Lição 8 - O Poder de JESUS sobre a Natureza e os Demônios parte 1

Lição 8 - O Poder de JESUS sobre a Natureza e os Demônios
2º trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico Amado.
Comentarista da CPAD: Pastor: José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QuestionárioNÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm

TEXTO ÁUREO"E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles, temendo, maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Quem é este, que até aos ventos e à água manda, e lhe obedecem?"(Lc 8.25)


VERDADE PRÁTICAAo mostrarem o poder de JESUS sobre as forças naturais e sobrenaturais, as Escrituras sublinham sua natureza divina e identidade messiânica.


LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 8.22-35 -JESUS tem poder sobre as forças da natureza
Terça - Lc 4.33-37 - JESUS tem poder sobre as forças malignas
Quarta - Lc 8.29-31 - JESUS veio para libertar os cativos do Diabo
Quinta - Mc 1.21-26 - JESUS conhecia a natureza dos demônios e não os deixava falar
Sexta - Lc 9.38-42 - JESUS veio para destruir as obras dos demônios
Sábado - Cl 2.15 - JESUS e a sua completa vitória sobre os demônios

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 8.22-25,35-39Lucas 8.22 - E aconteceu que, num daqueles dias, entrou num barco com seus discípulos e disse-lhes: Passemos para a outra banda do lago. E partiram. 23 - E, navegando eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento no lago, e o barco enchia-se de água, estando eles em perigo. 24 - E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança. 25 - E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles, temendo, maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Quem é este, que até aos ventos e à água manda, e lhe obedecem?
Lucas 8.35 - E saíram a ver o que tinha acontecido e vieram ter com JESUS. Acharam, então, o homem de quem haviam saído os demônios, vestido e em seu juízo, assentado aos pés de JESUS; e temeram. 36 - E os que tinham visto contaram-lhes também como fora salvo aquele endemoninhado. 37 - E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles, porque estavam possuídos de grande temor. E, entrando ele no barco, voltou. 38 - E aquele homem de quem haviam saído os demônios rogou-lhe que o deixasse estar com ele; mas JESUS o despediu, dizendo: 39 - Torna para tua casa e conta quão grandes coisas te fez DEUS. E ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas JESUS lhe tinha feito.

OBJETIVO GERAL JESUS, como o Filho de DEUS, tem poder sobre a natureza e os seres espirituais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Destacar o aspecto sobrenatural da pessoa de JESUS.
Apresentar a realidade bíblica da existência dos demônios.
Explicar o aspecto limitado dos demônios.
Mostrar que a obra de JESUS é oposta à dos demônios.
PONTO CENTRAL Embora as forças espirituais do mal pareçam maiores que nós, JESUS é mais poderoso.



Nesta lição, estudaremos os relatos que mostram o poder de JESUS sobre as forças da natureza e, também, sobre os demônios.
I - JESUS E AS FORÇAS SOBRENATURAIS
1. Poder sobre a natureza.
Lúgubre: relativo à morte, aos funerais; que evoca a morte; fúnebre, macabro
Comentários de alguns livros com algumas modificações do EV. Luiz Henrique
Introdução
Como foram criados os anjos e como se tornaram, alguns, em demônios?
Foram criados todos os anjos de uma vez só, todos adultos, sem sexualidade, gênero masculino. Enganados por Satanás, quando ainda era Lúcifer, a terça parte destes se revelaram contra DEUS. Foram expulsos do céu junto com seu líder e mentor. Não possuem mais a capacidade de assumirem a forma humana, agora são denominados demônios ou anjos caídos, para diferenciá-los dos anjos que continuam a ser fiéis a DEUS. Estão já condenados ao lago de fogo e enxofre. A decisão deles, devido a serem eternos, foi sua condenação eterna. Atualmente servem a Satanás, organizados em um exército satânico, com lideres de povoados, cidades, estados e países. Estão irremediavelmente condenados a fazerem companhia a seu líder, Satanás, no lago de fogo e enxofre, logo após o milênio. Mt 25.41; 2 Pe 2.4; Jd 6; Mt 10.1; Ap 12.7-9; Dn 10.12-21; Ef 6.11,12, etc...

Lucas 8.30-31 - JESUS lhe perguntou: “Qual é o seu nome?” “Legião”, respondeu ele; porque muitos demônios haviam entrado nele. E imploravam-lhe que não os mandasse para o Abismo.
Por que os demônios têm medo de serem mandados para o abismo?
Porque no abismo estão aprisionados os piores demônios que existem e estão esperando a grande tribulação, quando serão soltos. De lá sairão os terríveis gafanhotos. 4 demônios terríveis também moram lá.  É uma prisão donde os demônios só poderão sair direto para o lago de fogo. Por isso os demônios têm Medo de serem enviados para lá.

Qualquer crente pode expulsar demônios e orar por enfermos?
Todos os crentes podem e devem expulsar demônios (Marcos 16), porém, existem os "especialistas" (vamos dizer assim), os que têm o dom de discernimento de espíritos (1 Co 12). Assim também todos os crentes podem orar por enfermos e eles serem curados (Mc 16), mas nem todos têm o dom de curar (1 Co 12).
Eu sempre orei por curas e as pessoas eram curadas (2 ou 3... Por ai). Agora em cada lugar onde vou ministrar são 10, 20, 30 ou mais, curadas. A diferença é grande.



RESUMO RÁPIDO - Ev. Luiz Henrique
I - JESUS E AS FORÇAS SOBRENATURAIS
1. Poder sobre a natureza.
O poder do ESPÍRITO SANTO que estava em JESUS para agir na natureza é o dom de milagres. É a ação poderosa do ESPÍRITO SANTO modificando algo na natureza, como lei da gravidade (JESUS andar sobre as águas), repreender ventos e tempestades (JESUS fez isso), parar astros (Josué), seca prolongada (Elias), abrir o mar (Moisés), Abrir rio (Elias e Elizeu), fazer cego de nascença ver (JESUS fez), aleijado de nascença andar  (JESUS fez, Pedro, Paulo), surdo de nascença ouvir (JESUS fez), etc...

2. Poder sobre os demônios.
O poder do ESPÍRITO SANTO que estava em JESUS para agir na natureza é o dom de discernir os espíritos. É a ação ESPÍRITO SANTO detectando de onde vem uma fala ou ação que acontece em uma pessoa, dando capacidade de repreensão para libertação dessa pessoa possuída, àquele que tem o dom. (JESUS repreendeu tanto espíritos de doenças, como de enfermidades como de tentativas de suicídio. Paulo repreendeu espírito advinho da ptonisa).
É impressionante a mudança do gadareno principal.
Lucas 8.35 - E saíram a ver o que tinha acontecido e vieram ter com JESUS. Acharam, então, o homem de quem haviam saído os demônios, vestido e em seu juízo, assentado aos pés de JESUS; e temeram. 36 - E os que tinham visto contaram-lhes também como fora salvo aquele endemoninhado. 37 - E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles, porque estavam possuídos de grande temor. E, entrando ele no barco, voltou. 38 - E aquele homem de quem haviam saído os demônios rogou-lhe que o deixasse estar com ele; mas JESUS o despediu, dizendo: 39 - Torna para tua casa e conta quão grandes coisas te fez DEUS. E ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas JESUS lhe tinha feito.
Antes o gadareno andava nú (uma característica de gente que dá lugar a demônios - tirar cada dia mais a roupa) - Agora estava vestido.
Antes o gadareno era maluco - Agora tinha juízo.
Antes corria por toda parte, principalmente pelos cemitérios - Agora está assentado aos pés de seu salvador.
Antes era dominado por uma legião de demônios - Agora era controlado pelo ESPÍRITO SANTO.
Antes era notícia de terror - Agora notícia de milagre.
Antes era um mensageiro de Satanás - Agora um evangelista de JESUS.

II - JESUS E A REALIDADE DOS DEMÔNIOS
1. Uma realidade bíblica.
A bíblia não esconde a identidade e ação de Satanás e de seus companheiros e comandados, os demônios. JESUS falou muito sobre Satanás e seus demônios. Os evangelistas também falaram a respeito deles e Paulo chega a falar sobre sua organização celeste, tendo Satanás como comandante, depois seus principados, potestades, príncipes e demônios em geral. Podemos deduzir dai e do livro de Daniel que cada continente seja um principado de Satanás, cada nação uma potestade, cada estado tendo um príncipe sobre ele e cada ser humano tendo um demônio que o acompanha e entra nele. Podemos deduzir da fala de JESUS sobre demônios que voltam às pessoas e trazem mais sete demônios com ele que é assim mesmo.
Veja:
"E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má". Mateus 12:43-45
Quando "o espírito imundo tem saído do homem"? Quando ele aceita a JESUS como SENHOR E SALVADOR.
Por onde anda? "Por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra".
O que quer dizer "voltarei para a minha casa, de onde saí"? O corpo daquela pessoa que havia aceitado a JESUS como SENHOR E SALVADOR.
O que quer dizer "voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada"? Quer dizer que estava limpa de demônios pela presença do ESPÍRITO SANTO que agora a deixou.
O que quer dizer "vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele"? O demônio que antes morava na pessoa, mas saiu na sua conversão, agora volta e traz consigo mais sete demônios piores do que este que estava ali antes.
O que quer dizer "entrando, habitam ali"? Quer dizer que eles entram na pessoa e vão morar ali (oito agora - antes era só um).
O que quer dizer "são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros"? Quer dizer que cada um desses demônios tem prazer em alguns tipos de pecados diferentes (um pode gostar de jogar, outro de crack, outro de bebidas alcoólicas, outro de prostituição, outro de adultério, outro de cigarro, outro de roubar, outro de matar, etc...).

2. Uma realidade experimental.
JESUS lutou contra Satanás e contra seus demônios e os venceu. Assim também os apóstolos, os discípulos daquela época e nós, a igreja continuamos nessa batalha. Não paremos, pois a ordem é:
para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios: Marcos 3:15 (Grifo nosso)
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de DEUS. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém. Marcos 16:15-20  (Grifo nosso).
É uma realidade para nós as utas que enfrentamos no dia a dia contra esses demônios que atormentam as pessoas. O número de pessoas escravizadas por Satanás e seus demônios é assustador: Drogados, prostitutos e prostitutas, pessoas se suicidando, pessoas em depressão profunda,  pessoas no alcoolismo, etc...Lutemos as lutas de DEUS - libertemos essas pessoas do poder das trevas, depois preguemos a Palavra de DEUS a elas e disponibilizemos a elas uma maneira digna de sobrevivência até a volta de nosso SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO.

III - JESUS E A OBRA DOS DEMÔNIOS
1. JESUS e a oposição dos demônios.
"Que tenho eu contigo JESUS, Filho do DEUS Altíssimo? Peço-te que não me atormentes"  disse o espírito maligno. Esses demônios, que estavam em dois gadarenos, estavam espantados de JESUS os confrontar antes da grande tribulação, da batalha do Armagedom. Eles não entendiam porque o filho de DEUS estava ali se ainda não havia acontecido nem a crucificação, nem a ressurreição e nem o arrebatamento. Eles e nem o chefe deles entendiam muito bem o que estava acontecendo, era a sataneira (para ratos ratoeira, para Satanás...) de DEUS armada para pegá-los todos e vencê-los. Não entendiam que um homem tivesse tanto poder, esperavam um JESUS sem nenhum poder, um JESUS somente humano para morrer no lugar de todos, mas não um JESUS poderoso. Não entenderam que um ser humano cheio do ESPÍRITO SANTO tem todo o poder necessário para derrotar Satanás e seus demônios dentro de si mesmos, através do ESPÍRITO SANTO. Era previsto nas escrituras que o filho de DEUS tivesse a missão de destruir as obras do Diabo.
"O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos". Isaias 61.1.
"O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração". Lucas 4.18.
"Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de DEUS se manifestou: para desfazer as obras do diabo". 1 Jo 3.8.
É nossa tarefa (da igreja) continuarmos o IDE de JESUS. Enfrentemos as forças do mal confiantes em nosso comandante e chefe JESUS CRISTO que nunca perdeu uma batalha.

2. JESUS e a libertação de endemoninhados.
" E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás mantinha presa?". JESUS identifica a ação de demônios sobre aquela mulher encurvada (discernimento de espíritos) e sente amor e compaixão por ela. Assim ELE a liberta ordenando ao espírito que a deixe. 18 anos de sofrimento, imagine hoje quantos exames de coluna, tomografia computadorizada, anos e anos de filas, dinheiro gasto, tempo gasto, humilhação e nada aconteceria. Era demônio. Precisamos de buscar esse dom para enxergarmos a raiz dos problemas das pessoas e libertá-las.

Para melhorar nosso entendimento vamos a mais alguns estudos:
8.22-25 JESUS Acalma uma Tempestade Cf. Mateus 8.23-27; Marcos 4.35-41 - William Hendriksen - Comentários do Novo testamento - Vol. 1 - Lucas - Editora Cultura Cristã
A. A Partida de barco para a margem oriental do lago.
Ora, sucedeu em um daqueles dias que JESUS entrou num barco com seus discípulos; e ele lhes disse: Passemos para a outra margem do lago. E assim partiram.
Marcos 4.35 deixa claro que esse incidente ocorreu durante a tarde do dia em que JESUS se dirigiu às multidões por meio de parábolas, inclusive a do semeador. Lucas, em contrapartida, ao escrever “em um daqueles dias” , mostra que não lhe interessa o tempo exato em que esse acontecimento se deu. Tudo o que interessa a Lucas é mostrar como JESUS se revelou, a si, seu poder e seu amor, durante uma violenta tempestade. “Passemos para a outra margem do lago” (Lucas chama “lago” a essa massa de água; os demais a chamam “mar”). Uma vez que JESUS não era só plenamente divino, mas também plenamente humano, ele necessitava de descanso. Ele precisava afastar-se de todas aquelas pessoas: não só se aglomeravam na praia, ainda o cercavam em barcos, como o demonstra Marcos 4.36. Ainda que Marcos declare que os discípulos levaram JESUS com eles no barco, foi ele quem tomou a iniciativa dando-lhes a ordem: “Passemos ...” Eles, porém, eram os barqueiros, os navegantes. Então zarparam. Não devemos esquecer que a direção divina estava operando também aqui, como sempre: JESUS devia estar sobre essas águas com o fim de fortalecer a fé dos discípulos por meio de um milagre assombroso. Devia desembarcar na margem oriental, porque ali há um homem possesso de demônio que precisava dele (8.26-39). Não se nos revela até que ponto JESUS, segundo sua natureza humana, estava consciente de tudo isso.
B. Uma Tempestade Furiosa.
Ora, enquanto velejavam, ele adormeceu. Essas palavras não deixam a impressão de que o Mestre adormeceu assim que (ou quase imediatamente) o barco zarpou? Imediatamente ele caiu em profundo sono, mostrando com isso quão cansado estava; mostrando também que sua confiança no Pai celestial - seu proprio Pai - era inabalável. Então sobreveio ao lago uma furiosa borrasca, e começaram a soçobrar e a correr perigo. Para descrever essa violenta perturbação atmosférica, Marcos e Lucas falam de um lailaps, termo grego que significa torvelinho (cf. Jó 38.1; Jn 1.4) ou tormenta que prorrompe em furiosos vagalhões, uma terrível borrasca ou série de borrascas. Mateus a chama “uma grande tremor” ou “maremoto” . Teria sido um transtorno muito violento, uma estrondosa tempestade. De repente esse lailaps sobreveio ao lago. Qual foi a causa dessa tormenta? Alguns têm expresso a opinião de que Satanás teria participação nisso. Em abono dessa teoria apresentam- se os seguintes argumentos:
1. Jó 1.12, 19 pressupõe que foi Satanás que provocou um grande vento que soprou do deserto.
2. No presente relato, fica em evidência que na região pela qual o grupo estava velejando existiam muitos demônios (veja v. 30).
3. O versículo 24 afirma que JESUS “repreendeu” o vento etc. Cf. Marcos 4.39: “Fique em silêncio” . Essas expressões implicam que ele estava falando a objetos inanimados.
O mar da Galiléia está localizado ao norte do vale do Jordão. Tem cerca de 21 km de comprimento e doze de largura. Está aproximadamente a 220 m abaixo do nível do Mediterrâneo. Seu leito é uma depressão rodeada por colinas, especialmente na margem oriental, com seus penhascos escarpados. Quando as correntes frias descem do monte
Hermom, cerca de 3.000 m de altura, ou de outros lugares através de passagens estreitas e se chocam com o ar quente que fica sobre o lago, sua velocidade o converte em vento impetuoso. Os ventos violentos açoitam as águas com fúria, provocando grandes ondas que golpeiam a proa e os costados de toda embarcação que porventura esteja sulcando a superfície de suas águas. No presente caso, o barco pesqueiro, açoitado pelas imensas ondas, quase ia a pique, joguete dos elementos enfurecidos. Quando Lucas diz: “Começaram a soçobrar”, ele tem em mente “o barco começou a afundar”. Pelo prisma humano, o pequeno grupo com certeza corria grave risco.

C. Um clamor frenético
24. Então se chegaram a ele e o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo!
Os discípulos estavam completamente atemorizados. Isso mostra que a presente tempestade teria sido algo fora do comum. Acima de tudo, esses veteranos pescadores estavam acostumados com esse “lago” e seu caprichoso comportamento. Teriam deparado com muitas tempestades. Essa, porém, era diferente. Provavelmente nunca antes haviam experimentado algo semelhante. Humanamente falando, o perigo a que estavam expostos era fenomenal e o risco que corriam tomava-se cada vez maior. Então, em seu estado de alerta, despertaram o Mestre ainda adormecido. Foi a ele que recorreram em busca de socorro. Até aqui, tudo bem. João Batista, quando se viu preso das dúvidas, não recorreu a ele em busca de uma solução?
Em contrapartida, em que espírito os discípulos se aproximaram do Salvador agora acordado? Naturalmente, com uma petição sincera, uma súplica urgente, como o demonstra Mateus 8.25 (“Senhor, salva-nos”), mas, infelizmente, também com palavras de reproche, como o indica Marcos 4.38 (“Mestre, não percebes que estamos perecendo?”). Lucas omite tanto a súplica quanto a repreensão implícita. Em contrapartida, esse evangelista, sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO, faz sua contribuição pessoal. Ao duplicar o vocativo - a saber: “Mestre, Mestre, estamos perecendo” - ele em seu próprio estilo dá expressão ao terror frenético que havia se apoderado desses homens. Além disso, antes de começarmos a gritar: “Discrepância nos Evangelhos!”, deveríamos ter em mente que numa situação de terrível angústia, um discípulo gritava uma coisa, e o outro, outra coisa.
D. Um milagre assombroso
Ele levantou-se e repreendeu o vento e os vagalhões. Eles amainaram e houve calma. Segundo Mateus 8.26, JESUS se pôs em pé e “repreendeu os ventos e o mar”. Segundo Marcos 4.39, ele “repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Fique calmo” . Lucas também usa o mesmo verbo repreendeu. Há quem diga que esse verbo implica um objeto animado. Afirmam que essa diferença é corroborada por Marcos 4.39, o que é então traduzido: “Paz! Emudeça!”.
O fato realmente importante é que a expressão "repreendeu" insinua que de um modo muito efetivo JESUS afirmou sua autoridade sobre os elementos da natureza e qualquer influência sobre esta, de modo que a fúria foi subjugada e tudo serenou. O que é muitíssimo notável é que não só os ventos imediatamente se aquietaram, mas também as próprias ondas. Geralmente, como se sabe muito bem, depois que os ventos tenham perceptivelmente diminuído, os vagalhões continuam sua trajetória por algum tempo, subindo e descendo como se não quisessem seguir o exemplo das tranquilas correntes de ar que agora pairam sobre eles. Mas, nesse caso, os ventos e as ondas se sincronizam numa sublime harmonia de solene silêncio. Algo comparável à quietude vespertina dos céus estrelados cai sobre as águas. Repentinamente, a face do lago se toma lisa como um espelho.
E. Uma admoestação amorosa
25. Então ele lhes disse: Onde [está] sua fé? Segundo Mateus o descreve (8.25, 26), quando JESUS foi despertado de seu sono, ele não aquietou a tempestade imediatamente. Ao contrário, enquanto a tempestade continuava em sua fúria e o barco ainda era arremessado de um lado para o outro pelos vagalhões, o Mestre, com perfeita serenidade e compostura, assim falou aos discípulos aterrorizados: “Por que vocês estão aterrorizados, ó homens de pequena fé?” Em contrapartida, Lucas, na passagem que temos diante de nós, deixa bem claro que não só antes, mas também depois do milagre, os discípulos estavam assustados e necessitavam que sua fé fosse fortalecida. A tempestade os tinha aterrorizado. Agora estavam dominados pelo medo ante a presença daquele que acabava de silenciar súbita, completa e dramaticamente a tempestade. Para exemplos semelhantes de reverência induzida pela consciência de estar na presença da Majestade [divina], veja Isaías 6.5; Ezequiel 1.28; Lucas 5.8; Apocalipse 1.17. Cf. Juizes 13.20, 22. E então JESUS lhes pergunta: “Onde [está] sua fé?” Como se quisesse dizer: A tranquilização da tempestade e a suavização das ondas não lhes ensinaram que este seu Mestre é não só muito poderoso, mas também muito amoroso? Portanto, sua resposta não deveria ser a confiança de uma criancinha?
F. Um efeito profundo
Atônitos e cheios de pasmo, perguntaram uns aos outros: Quem, pois, é este que dá ordens inclusive aos ventos e às ondas, e eles lhe obedecem? Note que os discípulos estavam a um só tempo atemorizados e maravilhados, aterrorizados e perplexos. Não conseguiam recobrar-se de seu assombro. Estavam cheios de reverente temor. Começavam a compreender: JESUS é ainda muito maior do que haviam imaginado. Ele exerce controle não só sobre os auditórios (4.32), os doentes (6.19), os demônios (4.35, 36) e a morte (7.11-17; cf. 7.22), mas ainda sobre os elementos da natureza, os ventos e a água. Muito do que está errado na terra pode ser corrigido. É JESUS que ordena aos elementos do tempo, resultando, inclusive, que os ventos e a água lhe obedecem! É verdade que, em resposta à oração de Elias, em certo sentido, ele fez com que viesse uma seca e depois trouxe de novo a chuva (Tg 5.17, 18). Quem, pois, é este? A resposta não foi dada. Não obstante, veja o versículo 28. De forma bem apropriada, esse relato conclui fixando a atenção sobre a pessoa de CRISTO, de modo que todo aquele que lê pode formular sua própria resposta, pode professar sua própria fé e acrescentar sua própria doxologia. Resta elogiar os Doze pela medida com que se encheram de santa reverência. Não há, porém, também um elemento pecaminoso no “temor” deles?

Observação do Ev. Luiz Henrique - Não devemos nos esquecer de que JESUS agia como homem, não usando de suas prerrogativas divinas para repressender o mar, os ventos e a tempestade. O dom de milagres ou de maravilhas do ESPÍRITO SANTO nos capacita para que possamos influenciar na natureza pelo poder do ESPÍRITO SANTO.
JESUS se utilizou de sua fé e do poder do ESPÍRITO SANTO apara que mais este milagre se realizasse.
Atos 10.38 concernente a JESUS de Nazaré, como DEUS o ungiu com o ESPÍRITO SANTO e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque DEUS era com ele.
Lições Práticas Derivadas de Lucas 8.22-25
Versículos 23, 24
“Ora, enquanto eles velejavam, ele adormeceu ... Então ... o despertaram.”
Traz conforto saber que um clamor de angústia humana desperta aquele que não pode ser despertado por uma tempestade.
Versículo 25
“Então ele lhes disse: Onde [está] sua fé?” Primeiro esses homens se encheram de medo da tempestade. Isso é compreensível, ainda que não inteiramente justificável. Em seguida se encheram de reverência por causa da presença daquele que súbita e dramaticamente revelou seu poder e autoridade em acalmar a tempestade. Até aqui esse “temor” é bom. Cf. Salmo 4.4; 15.4; 33.8; 119.161. O elemento de “santa reverência” deve ser enaltecido. Em contrapartida, o elemento de “pânico” deve ser condenado. Os discípulos mostraram esse medo histérico. Deixaram-se dominar por ele tanto enquanto rugia a tempestade quanto também depois dela. Deveriam ter dito: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo” (SI 23.4; cf. SI 27.1; 46.1-3).

Versículo 26 Eles navegaram para a região dos gergesenos, que está defronte da Galiléia. 27 Ora, quando JESUS desceu à praia, certo homem da cidade, possesso de demônio, lhe saiu ao encontro. Há muito tempo que ele não se vestia e não vivia em uma casa, mas nos túmulos. 28 Ora, quando ele viu a JESUS, gritou e caiu diante dele, gritando com toda sua voz: Por que tu me incomodas, JESUS, Filho do DEUS Altíssimo? Rogo-te que não me tortures! (29 Porque JESUS ordenara ao espírito imundo que saísse do homem. Pois muitas vezes se apoderava dele, e embora fosse atado com cadeias e grilhões, e mantido sob guarda, ele rompia as cadeias e era impelido pelo demônio para lugares solitários). 30 JESUS lhe perguntou: Qual é seu nome? Legião, respondeu ele, porque muitos demônios tinham entrado nele. 31 E rogavam repetidas vezes a JESUS que não os mandasse ir para o abismo. 32 Ora, havia ali uma manada de muitos porcos comendo na encosta. Então os demônios lhe rogaram que os deixasse entrar neles; e ele lhes deu permissão. 33 Ao saírem os demônios do homem, entraram nos porcos. E a manada precipitou-se despenhadeiro abaixo no lago e se afogou. 34 Quando os encarregados dos porcos viram o que havia sucedido, fugiram e divulgaram a notícia na cidade e pelo campo. 35 Então o povo saiu para ver o que havia ocorrido. Vieram ver JESUS e encontraram o homem de quem saíram os demônios, sentado aos pés de JESUS, vestido e em perfeito juízo; e ficaram com medo. 36 Os que viram contaram ao povo como o endemoninhado fora curado. 37 Portanto, uma vez que ficaram terrivelmente amedrontados, toda a população da região dos gergesenos pediu a JESUS que os deixasse. Então ele subiu num barco e regressou. 38 O homem de quem saíram os demônios lhe rogava que o deixasse ir com ele. JESUS, porém, o despediu, dizendo: 39 Volte aos seus e conte-lhes quão grandes coisas DEUS fez por você. Então ele se foi, proclamando por toda parte as grandes coisas que JESUS fizera por ele.

Lucas 8.35 - E saíram a ver o que tinha acontecido e vieram ter com JESUS. Acharam, então, o homem de quem haviam saído os demônios, vestido e em seu juízo, assentado aos pés de JESUS; e temeram. 36 - E os que tinham visto contaram-lhes também como fora salvo aquele endemoninhado. 37 - E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles, porque estavam possuídos de grande temor. E, entrando ele no barco, voltou. 38 - E aquele homem de quem haviam saído os demônios rogou-lhe que o deixasse estar com ele; mas JESUS o despediu, dizendo: 39 - Torna para tua casa e conta quão grandes coisas te fez DEUS. E ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas JESUS lhe tinha feito.

B. JESUS revela seu amor pelos homens
34-36. Quando os encarregados dos porcos viram o que havia sucedido, fugiram e divulgaram a notícia na cidade e pelo campo. Então o povo saiu para ver o que havia ocorrido. Vieram ver JESUS e encontraram o homem de quem saíram os demônios, sentado aos pés de JESUS, vestido e em perfeito juízo; e ficaram com medo. Os que viram contaram ao povo como o endemoninhado fora curado. Os homens que estiveram apascentando os porcos teriam presenciado o encontro entre JESUS e o endemoninhado. Também teriam observado que esse homem se livrara de seu estado selvagem, e era como se houvera transferido essa condição selvagem para os porcos, com o resultado de que toda a manada havia perecido nas águas. Os porqueiros chegaram à correta conclusão de que fora JESUS quem ordenara e permitira que ocorresse tudo aquilo. Ele havia permitido aos demônios que saíssem e havia permitido que entrassem nos porcos. A perda dos porcos, portanto, não foi da responsabilidade de quem os estava guardando. Consequentemente, os porqueiros correram de volta para onde vivia o povo. Eles queriam que os proprietários e todos os demais na cidade e no campo, na aldeia e nas fazendas soubessem de quem era e de quem não era a culpa. Lucas descreve as pessoas correndo para ver o que havia sucedido. Isso foi provavelmente de manhã, depois de ocorrer o milagre. O que as pessoas viram? Viram a JESUS. Também observaram cuidadosamente o homem que estivera possesso de demônios. Não havia dúvida a respeito. Era o mesmo homem. Não obstante, agora já não andava correndo colina abaixo, mas estava sentado aos pés de JESUS, lembrando-nos de Maria (Lc 10.39). Já não estava nu, mas vestido. Já não agia como louco, mas estava em seu perfeito juízo (cf. 2Co 5.13). O poder e a majestade de JESUS, que haviam provocado tudo isso, causaram espanto no povo, reação essa que não foi em nada amenizada quando ali mesmo, no próprio lugar onde tudo havia ocorrido, foram relatados os detalhes da história - “como o possesso fora curado” - pelas testemunhas oculares: os porqueiros e os discípulos. Qual deveria ter sido o resultado? O pesar inicial pela perda dos porcos era natural. Mas não deveriam os proprietários e todos os que de alguma forma foram afetados por essa perda ter dito algo mais ou menos assim: “Compreendemos agora que a perda de nossos porcos foi um preço baixo ante a lição que aprendemos. Esses porcos, essa possessão significava muito para nós. Éramos egoístas. Nunca sentimos preocupação pelas necessidades de nosso concidadão, este pobre e desditoso homem. Agora vemos as coisas de forma diferente. Agora entendemos que os valores humanos excedem em muito os valores materiais”? Não deveriam ter felicitado o homem pelo fato de ele estar sentado aos pés de JESUS? Não deveriam ter levado seus enfermos inválidos a JESUS para que fossem curados? Certamente o povo de toda a região não podia ser totalmente ignorante acerca desse grande Benfeitor! Veja Mateus 4.25. Não deveriam ter tentado convencer a JESUS a ficar mais tempo em seu meio com o fim de comunicar bênçãos para o corpo e a alma? Cf. João 4.40. A verdadeira reação deles foi completamente diferente. Aliás, foi completamente contrária. JESUS tinha de ir embora e quanto antes melhor.
37. Portanto, uma vez que ficaram terrivelmente amedrontados, toda a população da região dos gergesenos pediu a JESUS que os deixasse. Então ele subiu em um barco e regressou. O povo estava aterrorizado. Porventura teriam sentido que aqui estava em ação um Poder sobre o qual eles não tinham controle; que havia ocorrido um fato que nem sequer podiam entender? Qualquer que tenha sido a causa de seu temor, não os aproximava de JESUS. Não era o tipo de temor descrito antes no versículo 25. Esse temor era, pelo menos em certa medida, “uma profunda reverência” que havia produzido a pergunta: “Quem é este ...?” Ao contrário, o temor da provação, provavelmente pagão em sua maioria segundo descrito neste relato, era supersticioso em seu caráter. Era definitivamente pecaminoso. Note que nem sequer demonstram interesse pela restauração do possesso. Parece que nunca haviam aprendido a alegrar-se com os que se alegram (Rm 12.15). Não devemos ignorar que tal preocupação por parte deles era mais censurável, porque a atenção deles acabava de voltar- se para a cura do possesso. Note o contexto: “Aqueles que assistiram, contaram ao povo como o possesso de demônio fora curado. Portanto ... pediram a JESUS que os deixasse”. Na verdade o coração deles tinha se tomado em extremo endurecido. E tudo indica que não havia exceções favoráveis entre eles: “toda a população da região” apresentou a solicitação. Então JESUS se foi. Não iria forçar o favor de continuar sua presença no meio de um povo que por palavra e por ato estava dizendo: “Não te queremos” . Isso, pois, significava que sua retirada foi total e sumária? Não, como o demonstrará o clímax sensivelmente belo:
38, 39. O homem de quem saíram os demônios lhe rogava que o deixasse ir com ele. JESUS, porém, o despediu, dizendo: Volte aos seus e conte-lhes quão grandes coisas DEUS fez por você. Então ele se foi, proclamando por toda parte as grandes coisas que JESUS fizera por ele. Note o seguinte:
a. Aquele que atendera o pedido dos demônios, permitindo-lhes a entrar nos porcos, e do povo para sair do território deles, recusa conceder o pedido de um homem que se convertera em seu ardoroso seguidor. Desse fato aprendemos que, quando DEUS permite que seu povo receba o que deseja possuir, isso nem sempre é uma bênção sem mistura. E quando se nega a dizer “sim” em resposta às suas fervorosas petições, isso necessariamente não é sinal de seu desagrado.
b. A verdadeira atividade missionária começa em casa.
c. Ao homem é ordenado que conte ao povo as grandes coisas que DEUS fez por ele. As palavras: “Ele se foi proclamando ... as grandes coisas que JESUS fizera por ele”, mostra que ele está ciente da relação muito estreita entre DEUS e JESUS.
d. O que poderia ser considerado como a lição principal é o que diz respeito a causa das missões. JESUS está mostrando profunda bondade, e isso não só a esse homem, mas a toda a comunidade que de forma tão vergonhosa o havia rejeitado. Eles lhe pediram que fosse embora, mas ele, em seu profundo amor, não pôde separar-se totalmente deles. Então lhes envia um missionário; aliás, o melhor gênero de missionário, um dentre seu próprio povo, uma pessoa que podia falar pela própria experiência. “Volte aos seus”, lhe disse JESUS. O homem curado fez mais que isso, porque, segundo Lucas o indica, “proclamou em toda a cidade quão grandes coisas JESUS fizera por ele”, tão cheio estava ele de alegria e gratidão! Aliás, como mostra Marcos 5.20, a atividade missionária desse homem se estendeu para além de sua própria cidade. A causa das missões é sem dúvida básica para uma compreensão dessa história. Aqui JESUS é representado como quem rompe o poder de Satanás, para que a alma dos homens esteja preparada para a recepção do evangelho. A expulsao de demonios e a atividade missionaria estão relacionadas de forma muito mais estreita do que comumente se reconhece. O propósito de DEUS é que os homens se convertam “das trevas para a luz, e do poder de Satanás para DEUS” (At 26.18). De forma alguma essa é a única passagem em que se põe a destruição das obras do diabo em estreita conexão com a difusão do evangelho. Veja também as seguintes: “Ou, como alguém pode entrar na casa do homem forte e levar dali seus bens, sem antes amarra-lo? (Mt 12.29). Cf. Mateus 12.18: “E ele proclamará justiça aos gentios” . “Os setenta e dois voltaram alegres e disseram: Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome. Ele respondeu: Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago” (Lc 10.17, 18). “Chegou a hora de ser julgado este mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jó 12.31, 32, em um contexto que descreve como alguns gregos expressavam seu desejo de ver a JESUS). Indubitavelmente, essas passagens também lançam luz sobre a verdadeira interpretação de Apocalipse 20.1-3. Como se disse anteriormente - veja sobre 2.39 -, o escritor do Terceiro Evangelho quase não inclui um relato de JESUS no ato de entrar em território gentílico. Mesmo quando, em seu primeiro tratado, enfatize reiteradas vezes o significado de CRISTO, tanto para os judeus quanto para os gentios, ele deixa reservada a própria história da evangelização dos gentios para seu segundo livro, a saber, Atos. Não obstante, aqui (Lc 8.26-39), por uma única vez, ele põe JESUS em território predominantemente gentílico. Certamente que não chegara ainda o período da plena abertura da porta da graça (pela qual multidões de gentios entram). A porta, porém, estava entreaberta. A mensagem e a lição são claras: o Calvário tem significado para o judeu e para o gentio. A maravilhosa história deve ser proclamada com alegria e fervor a ambos os grupos. Satanás deve ser banido dos corações e vidas para que CRISTO possa entrar. Esse é o sentido central desse relato.
Resumo da Lição 8 - O Poder de JESUS sobre a Natureza e os Demônios
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
2. Poder sobre os demônios.
II - JESUS E A REALIDADE DOS DEMÔNIOS
1. Uma realidade bíblica.
2. Uma realidade experimental.
III - JESUS E A OBRA DOS DEMÔNIOS
1. JESUS e a oposição dos demônios.
2. JESUS e a libertação de endemoninhados.

SÍNTESE DO TÓPICO I - JESUS tem poder sobre a natureza e sobre os demônios.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A Bíblia descreve o Diabo como um ser real e experimental.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A natureza dos demônios declara que eles são seres criados, limitados, espirituais, malignos e imundos

VOCABULÁRIO

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 40.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA
Abordagens e Práticas da Pedagogia Cristã, CRISTO entre outros Deuses e A Doutrina Bíblica dos Anjos