Escrita Lição 6, Betel, O Verdadeiro Discípulo Sujeita-se ao Supremo Mestre: JESUS, 4Tr23, Pr Hernique, EBD NA TV

Escrita Lição 6, Betel, O Verdadeiro Discípulo Sujeita-se ao Supremo Mestre: JESUS, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

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EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2023, TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade.

 

TEXTO ÁUREO

“E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.” 1 Pedro 5.4

 

VERDADE APLICADA

Para ser um bom discípulo de CRISTO, precisa, mais que qualquer atributo, ser escolhido e abençoado por DEUS.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Expor princípios do discipulado.
Ensinar sobre os compromissos do discípulo
Mostrar os critérios validados por DEUS.

 

TEXTO DE REFERÊNCIA - 1 SAMUEL 16.5-7
5 E disse ele: É de paz, vim sacrificar ao Senhor. Santificai-vos e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e a seus filhos e os convidou ao sacrifício.
6 E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe, e disse: Certamente, está perante o Senhor o seu ungido.
7 Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Js 24.24 Quem serve obedece.
TERÇA – SI 89.3 O escolhido tem aliança com DEUS.
QUARTA – Lc 17.20 O reino de DEUS não é por aparência.
QUINTA – Jo 5.44 Buscar a honra que vem de DEUS.
SEXTA – At 5.28 Obedecer a DEUS em primeiro lugar.
SÁBADO – 1 Pe 2.17 DEUS ordena a honra.


HINOS SUGERIDOS: 344, 455, 484

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o discipulador respeite e entenda seu chamado como uma escolha de DEUS.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A ESCOLHA DE DEUS

1.1. Não é segundo a aparência.

1.2. Está alinhada ao Seu coração. 

1.3. Cabe apenas a DEUS. 

2- O PRINCÍPIO DO CHAMADO

2.1. Honrar a DEUS. 

2.2. Honrar a Igreja de CRISTO. 

2.3. Honrar ao próximo. 

3- CONDUTA DO ESCOLHIDO

3.1. Adorar a DEUS. 

3.2. Lutar as guerras de DEUS. 

3.3. Obedecer a DEUS. 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS

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MESTRE διδασκαλος didaskalos
1) professor
2) no NT, alguém que ensina a respeito das coisas de DEUS, e dos deveres do homem
1a) alguém que é qualificado para ensinar, ou que pensa desta maneira
1b) os mestres da religião judaica
1c) daqueles que pelo seu imenso poder como mestres atraem multidões, i.e., João Batista, JESUS
1d) pela sua autoridade, usado por JESUS para referir-se a si mesmo como aquele que mostrou aos homens o caminho da salvação
1e) dos apóstolos e de Paulo
1f) daqueles que, nas assembleias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo SANTO ESPÍRITO

 

 

HONRA  τιμη time

1) avaliação pela qual o preço é fixado
1a) do preço em si
1b) do preço pago ou recebido por uma pessoa ou algo comprado ou vendido
2) honra que pertence ou é mostrada para alguém
2a) da honra que alguém tem pela posição e ofício que se mantém
2b) deferência, reverência

 

 

A honra é o alto respeito ou estima mostrada a uma outra pessoa ou recebida dela, ou ainda uma demonstração de tal respeito. O conceito é expresso figurativamente no AT por palavras que também são traduzidas como beleza, majestade, talento, preciosidade, valor e glória. Os paralelos são significativos: glória e honra (1 Cr 16.27; Sl 8.5); glória e majestade (Sl 21.5; 96.6; 104.1); honra e distinção (Et 6.3); dádivas, prêmios e grandes honras (Dn 2.6); riquezas e glória (1 Rs 3.13). Dessa forma, o conceito insere-se na adoração (q.v.), que é o reconhecimento do valor.

O próprio DEUS merece toda a honra; o reconhecimento daquilo que Ele é, e a atribuição do louvor que lhe é devido. DEUS também pode fazer com que os homens sejam reconhecidos pelos outros: “DEUS deu riquezas, fazenda e honra” (Ec 6.2). Ele ordenou que fosse mostrado respeito aos pais (Ex 20.12) e aos mais velhos (Lv 19.32). Uma esposa virtuosa merece a estima de seu marido (Pv 31.25; 11.16; 1 Pe 3.7). Aqueles que honram a DEUS serão por sua vez honrados (1 Sm 2.30). O homem que persegue a justiça e a lealdade da aliança encontrará a honra (Pv 21.21).

Uma sugestão para o motivo pelo qual DEUS restaura a honra aos homens de modo redentor é dada no Salmo 8.5: DEUS fez o homem um pouco menor do que os anjos. O homem mais representativo, o Senhor JESUS, coroado com glória e honra por seu sofrimento de morte, traz a redenção e a glória final para os seus redimidos (veja Hb 2.5-10). A honra, como um subproduto da sabedoria e da piedade, é associada à vida no sentido de que só podería encontrar sen cumprimento em uma imortalidade abençoada (Pv 3.16; 8.18; 21.21; 22.4; cf. Rm 2.7,10).

No NT grego, palavras significando valor e glória são traduzidos como honra. Os valores éticos estão em perspectiva. A honra descreve de forma majestosa a aprovação e a estima mútua entre o Pai e o Filno (2 Pe 1.17; Hb 2.9; Jo 8.49,54). A honra em glória redentora é concedida por DEUS aos homens (Rm 2.10; 1 Pe 1.7; Jo 12.26). Os homens e os anjos dão glória e honra a DEUS (1 Tm 1.17; Ap 4.9; 19.1) e a CRISTO (Jo 5.23; Ap 5.12ss.). Os homens devem buscar a honra ou a aprovação que vem de DEUS ao invés da aprovação dos homens (Jo 12.43). Entretanto, não devemos negaT a honra que é devida aos outros (Rm 12.10): aos pais (Mt 15.4), às viúvas (1 Tm 5.3), aos mestres (1 Tm 6.1), e ao rei (1 Pe 2,17). O casamento, também, deve ser honrado por todos (Hb 13.4). W. B. W. Dicionário Bíblico Wycliffe

 

 

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SENHOR

O nome "Senhor", quando aplicado a CRISTO no Novo Testamento, tem diversos sentidos. Em certos casos é usa­do simplesmente como forma de tratamento cortês e de respeito (Mt 8.2; 20.33). Em tais casos significa pouco mais do que a palavra "Senhor" que se usa com frequência no tratamento entre os homens. Noutros casos é expressivo de domínio e autoridade, sem indicar algo quanto ao caráter divino de CRISTO e sua autoridade em assuntos espirituais e eternos (Mt 21.3; 24.42). Finalmente, o nome "Senhor" é expressivo do caráter de CRISTO e sua suprema autoridade espiritual, e é quase equivalente ao nome de DEUS (Marc 12.36,37; Lc 2.11; 3.4; Act 2.36; 1 Co 12.3; Fp 2.11). É especialmente depois da ressurreição que se aplica de forma plena e apropriada este nome a CRISTO, indicando que Ele é o dono e governante da Igreja (Manoel de Doutrina Cristã – Coedição Luz para o Caminho e Ceibel – Págs. 159-162).

 

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DIVINDADE DE JESUS: Características:

Como Criador (Cl.1:16; Hb.1:3);

Seus desígnios (Rm.11:33-36);

Se fez homem (Lc.1:26-35);

Ressuscitou (Lc.24:36-53;At.1:3; At.2:22-39; At.3:13-26; At.4:10; At.5:30-32; At.10:39-42; At.13:30-32; At.13:37; Rm.1:4; 1Co.6:14; 1Co.15:15; Cl.2:12; Cl.3:1; 1Ts.4:14-16; Hb.13:20; 1Pe.1:2-3; 1Pe.1:21; 1Pe.3:21-23; Ap.5:6-10; Ap.20:6 ); Tem todo o poder (Mt.28:18; Fp.2:9-11); Poder para perdoar pecados (Mt.9:6; Mc.2:1-12; Lc.5:24);

É sobre todos (At.10:36; Rm.9:1-5).

Ele é o resplendor da Glória de DEUS (Hb.1:3);

Imagem de si (Hb.1:3; Cl. 1:15-19).

 

 

JESUS é diferente dos líderes; único que convence que é DEUS a uma parte do mundo- escárnios pagãos testemunham da adoração a CRISTO;

Impecabilidade: nas palavras e obras de JESUS há ausência completa de conhecimento ou confissão de pecado(Jo.8:46;Hb.4:15; Hb.9:28);

Ele se afirmava como DEUS: Igualdade com o Pai:

(Jo.10:30;Jo.8:58) (viola o sábado)(Jô.5:18;   Jô.9:16);enviado

(Jo.20:21);defende sua honra divina (Jo.5:23); Conhecer (Jo.8:19); Crer (Jo.14:1); Ver (Jo.14:9)

Aceita reverência a Ele, como adoração divina:(prostrar-se) Jo.4:20-22; At.8:27; Jo.4:24; Mt. 4:10 e Lc. 4:8; leproso (Mt.8:2); cego (Jo.9:35); discípulos (Mt.14:33; Jo.20:27). Anjos e meros homens não aceitaram essa reverência para si:(At.10:25-26 e Ap.19:10). Referências Bíblicas: (Jo.5:18; Jo.8:42;Jo.8:54;Jo.10:35-36;Jo.13:3;Jo.13:31-32; Jo.16:27; Jo.20:17);

Outras Provas:

Sua igreja o adora por quase 2.000 anos;

mudou a história (AC e DC)

Emanuel(DEUS conosco) - (Mt.1:23);

Quem estava tentado era JESUS-DEUS (Mt.4:7;Lc.4:12;);

JESUS foi adorado e servido como DEUS pelos anjos (Mt.4:10- 11;Lc.4:8;Hb.1:6;);

demônios o reconheceram como divino (Mt.8:29; Mc.1:24; Mc.3:11; Mc.5:7; Lc.4:34; Lc.4:41; Lc.8:28; Tg.2:19);

adorado e reconhecido pelos homens (Mt.14:33; Mt.16:16;Mt.27:54; Mc.15:39; Mc.16:19;Lc.2:26-38; Lc.7:16; Lc.9:20; Jo.9:33; Jo.11:27; Jo.16:30; Jo.20:28; At.7:55-56; Paulo (Fil.2:9;Tito 2:13); João Batista (Lc.3:2);Pedro (Mt.16:15 e At.3:26); Tomé (Jo.20:28);Escritor (Hb.1:8); Estevão (At.7:9); leproso (Mt.8:2); cego (Jo.9:35); discípulos (Mt.14:33;Jo.20:27);

No julgamento: Condenação de JESUS foi por sua confissão induzida, onde “tu o disseste” é uma maneira educada judaica de responder(Mt.26:64; Mc.14:62; Lc.22:70; Lc.23:42);

reconhecido por anjos (Mc.1:35; Lc.2:12; Jo.10:33);

Ensinos absolutos (não retrata, acha ou muda nada), autoridade suprema “Em verdade,...;

Confirmado por explicações teológicas bíblicas gerais que explicam a JESUS como DEUS (inclusive passagens declaratórias de que Ele é DEUS): (Jo.1:1-2; Jo.1:12-13; Jo.1:18; Jo.1:29; Jo.1:34; Jo.1:36; Jo.1:49;

Jo.3:16-21; Jo.3:36; Jo.6:69; Jo. 17:3; Jo.20:31; At.20:28; Rm.5:10;

Rm.6:23;Rm.8:3; Rm.8:34; Rm.9:5; 1Co.1:9; 1 Co.1:24; 1 Co.1:30; 1 Co.6:11; 1 Co.8:6; 2 Co.4:6; 2 Co.15:19; 2 Co.13:13; Ef.1:3; Fp.2:6-11; Cl. 1:13-15; 1 Tm.2:5; 1 Tm.3:6; 2 Tm.4:1; Tt.2:13; Hb.1:1; Hb.1:8-9; Hb.2:9; Hb.2:17; Hb.4:14; Hb.7:3;Hb.9:14; Hb.9:24; Hb.10:12; 1 Pe.3:18; 2 Pe.1:1; 2 Pe.1:17; 1 Jo.4:9; 1 Jo.5:9-13; 1 Jo.5:20; 2 Jo.1:9; Jd.1:4; Ap.14:2; Ap.19:10).

10)JESUS COMO VERBO: No Grego logov logos- (preexistente-anterior à Criação do homem, intimamente ligado DEUS no seio do Pai, não que JESUS seja idêntico DEUS-Pai, mas no mesmo caráter, essência, qualidade e ser de DEUS). JESUS é tão perfeitamente o mesmo que DEUS em mente, coração e essência (Jo.1:14;Jo.14:9).

(EU SOU):Antigo testamento hyh hayah hyh hayah (EU SOU O QUE SOU) - (Ex.3:14);

Novo testamento egw ego eimi (Mt.20:15; Mt.20:22; Lc.22:70; Jo.8:24; Jo.8:28; Jo.8:58;Jo.13:19;At.18:10; Ap.2:23);

Outras Referências Bíblicas: O PÃO (Jo:6:35; Jo.6:41; Jo.6:48; Jo.6:51); A LUZ (Jo.8:12;Jo.12:46;); ENVIADO (Jo.8:18); DO CÉU (Jo.8:26) A PORTA (Jo.10:7; Jo.10:9); O BOM PASTOR (Jo.10:11;Jo.10:14); A RESSURREIÇÃO E A VIDA (Jo.11:25); O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA (Jo.14:6); A VIDEIRA VERDADEIRA (Jo.15:1;        Jo.15:5) REI (Jo.18:37); SENHOR

(At.9:5;At.22:8;At.26:15;); SANTO (1 Pe.1:16); ALFA E ÔMEGA

(ETERNO) (Ap. 1:8,11,17,18; Ap.21:6; Ap.22:13); RAIZ E GERAÇÃO DE DAVI E ESTRELA DA MANHÃ (Ap.22:16);

JESUS COMO A PALAVRA DE DEUS (expressando seu poder, inteligência e vontade, imagem revelada de DEUS ) Referências bíblicas: (Lc.4:32; Lc.4:36; Jo.2:22; Jo.5:24; Jo.8:31; Jo.8:51; Jo.12:48; Jo.14:23-24; Jo.15:3; At.10:36; 1 Co.1:18; 2 Co.2:17; 2 Co.5:19; Ef.1:13; Fp.2:16; Cl.3:16; 1 Tm.1:15; 1 Jo.5:7; Hb.1:3; Ap.1:9; Ap.3:8; Ap.3:10; Ap.6:9; Ap.12:11; Ap.19:13; Ap.20:4).

TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Govaski

 

ATRIBUTOS DIVINOS: TRINDADE:

ONIPRESENÇA: * Pai: Jr. 23:24; * Filho: Mt. 28:20; * ESPÍRITO SANTO: Sl. 139:7; ONIPOTÊNCIA: * Pai: Gn.17:1; *Filho: Mt.28:18; * ESPÍRITO SANTO: Lc.1:35; ONISCIÊNCIA: *Pai: 1 Pe.1:2; *Filho: Jo.21:17; ESPÍRITO SANTO: 1 Co.2:10 DEUS CRIADOR: *Pai: Gn.1:1; Filho: Jo.1:3; *ESPÍRITO SANTO: Jó.33:4; ETERNIDADE: *Pai: Rm.16:26; *Filho: Ap.22:13; *Hb.9:14; SANTIDADE: Pai:Ap.4:8; *Filho: At. 3:14; ESPÍRITO SANTO: 1 Jo.2:20; SANTIFICADOR: *Pai: Jo. 10:36; Filho:Hb.2:11; * ESPÍRITO SANTO: 1Pe.1:2; SALVADOR: *Pai: Is.43:11; *Filho: 2 Tm.1:10; * ESPÍRITO SANTO: Tt.3:5;

OS TRÊS SÃO UM: (1 Jo.5:7);

 

 

 

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MESSIAS – UNGIDO - A palavra “Messias”, como uma transliteração da palavra hebraica mashiach vem do aramaico mashicha e do grego messias. Sua origem hebraica é encontrada no verbo mashach, isto é, “ungir”, que foi traduzido muitas vezes como “o ungido”. Na versão KJV em inglês, o termo “Messias” só aparece como uma transliteração em Daniel 9.25,26 e em João 1.31; 4.25. A palavra Mashiach ocorre 37 vezes como “o ungido” na versão KJV em inglês. Dessas 37 ocorrências, 4 referem-se ao sumo sacerdote como sendo um ungido de DEUS (Lv 4.3,5,16; 6.22), porque o óleo da unção era derramado sobre o sumo sacerdote em sua consagração, e se referem ao rei. Parece que as referências bíblicas feitas ao rei como “ungido do Senhor” se originam do profundo respeito de Davi pelo rei como representante de Jeová. A maior parte das primeiras ocorrências dessa palavra vem das referências feitas por Davi a Saul e as demais ao próprio Davi e não a qualquer outra pessoa, embora ela tenha sido usada para outros reis, até para o rei Ciro da Pérsia (Is 45.1) e para os patriarcas em retrospecto (Sl 105.15; cf. 1 Cr 16.22). Na literatura intertestamentária, a palavra “Messias” não é encontrada nos Apócrifos, mas ocorre em alguns livros pseudoepígrafos (Salmos de Salomão 17.32; 18.5, 7; Enoque 48.10; 52.4; 2 Esdras 7.28,29; 12.32; e 2 Baruque 38.7; 40.1; 70.9; 72.2). Também ocorrem referências na literatura de Qumran, nos Targum aramaicos, no Talmude e em algumas antigas orações hebraicas.

No NT, a palavra grega Christos tem o mesmo significado de “ungido”, assim como é transmitido pela palavra hebraica mashiach. A ideia messiânica do AT não está especialmente associada ao rei que está temporariamente no trono, embora a palavra seja usada muitas vezes dessa maneira, mas a um rei escatológico e a um reinado de caráter utópico. A ideia do Messias e de seu papel messiânico é muito mais ampla do que o uso desses termos, embora ela esteja certamente centrada em tomo do conceito de um reinado davídico como sendo o ideal em termos de um futuro rei e reinado maiores e mais perfeitos. Em Davi se encontra a fonte, ou as fontes, dos conceitos messiânicos; no entanto, as expectativas da providência especial das bênçãos de DEUS ao seu povo encontram, em seu reinado, um centro em torno do qual podem ser expressas de forma concreta. A profecia de Natã (2 Sm 7,4-17) forma uma base sólida para a expressão das promessas e expectativas escatológicas através da linhagem de Davi.

A ideia do Messias não pode ficar estritamente confinada ao ensino que está orientado ao rei escatologícamente ungido. O termo Messias tem descrito todos os ramos das profecias do AT que falam daquele que virá de DEUS para cumprir as promessas de libertação, e as promessas de um novo estado de bênçãos divinas. A natureza dessa libertação, assim como a natureza do estado de bênçãos divinas e a natureza do Messias, variam imensamente nas diversas fontes de promissora esperança que aparecem no AT. De fato, essas profecias variam tanto que eram aguardados Messias de vários tipos, com uma variedade de nomes descritivos, por aqueles que aceitavam essas diferentes concepções, tanto no período intertestamentário como na época do NT, assim como em toda a era cristã. O termo Messias abrangia outras figuras proféticas do AT, como o Profeta que seria semelhante a Moisés, o Servo Sofredor de Isaías, o Ramo de Jeremias, o Filho do Homem de Daniel e outras figuras, inclusive a do próprio Senhor como o libertador de seu povo.

A história das promessas messiânicas, como foi apresentada nas Escrituras, começa com o registro da afirmação de DEUS à serpente e a Eva no Jardim do Éden, em relação à descendência de ambas. A queda de Adão e Eva de seu estado imaculado de pureza para o advento do pecado no jardim, através das sedutoras sugestões da serpente, produziu a divisão entre as forças do bem e do mal que, no final, resultaria na vitória sobre o mal por um descendente da prole de Eva. Essa vitória sobre o mal, e o consequente retorno a uma abençoada existência seja em nível espiritual ou físico, encontra-se subjacente a todos os conceitos e representações messiânicos. O dia em que a vitória virá é, muitas vezes, mencionado como o dia do Senhor.

Uma das primeiras profecias messiânicas é encontrada na bênção de Jacó, quando ele diz: “O Cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos” (Gn 49.10). A despeito do significado da expressão “até que venha Siló”, que já teve várias traduções, nesse caso existe a profecia de um rei da tribo de Judá. Como Siló significa “repouso”, muitos acreditam que essa passagem esteja se referindo a uma dinastia em Judá até a chegada do provedor do repouso. Com uma mudança de vogais (que não constavam do texto original), essa frase poderia ser traduzida como “até que venha aquele de quem ela é”. De qualquer forma, um clímax deveria vir através de alguma pessoa suprema. O vidente Balaão também previu a vinda de um rei triunfante, como foi registrado em Números 24,17,19 - “Uma estrela procederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel... E dominará um de Jacó...”

A maioria das profecias sobre o rei messiânico surgiu da ideia de um rei da linhagem de Davi e de seu reino como sendo o reino ideal; sendo assim, elas têm, portanto, uma forma política e nacional, embora o domínio nacional fosse considerado universal.

Isaías viu o amanhecer de um novo dia através de um menino de paz, com nomes extraordinários que pertenciam a DEUS, e que do trono de Davi exerceria um governo eterno de expansão ilimitada (Is 9.2-7). As características de paz, espiritualidade, beneficência, justiça e universalidade que formam a sua raiz, e de onde brotarão os rebentos de Jessé, estão magnificamente enfatizadas em Isaías 11.

Jeremias também se refere ao Messias como o Renovo: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5). No verso seguinte, aquele que virá é chamado de “Senhor, Justiça Nossa”. Miquéias refina ainda mais a informação referente à vinda messiânica ao profetizar que o rei virá de Belém (Mq 5.2), chamando- o de desbravador (ç.i׳.; Mq 2.13), enquanto Ezequiel vê *Davi” vindo como pastor e príncipe (Ez 34.23,24) e Zacarias o retrata como “justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento” ao entrar em Jerusalém (Zc 9.9). Especialmente notáveis, pelas suas muitas referências messiânicas, são os Salmos 2; 45; 72; 110. A aliança de Davi prometia uma filiação única à linhagem real de Davi, que não poderia se cumprir totalmente até que a sua dinastia apresentasse um rei que personificasse esse relacionamento único e filial com DEUS (2 Sm 7.14). O Salmo 2 enfatiza esse relacionamento: “Tu és meu Filho; eu hoje te gerei" (v.7). O Salmo como um todo retrata o caráter universal do reino messiânico, e o poder que o Messias teria para subjugar as revoltas. O Salmo 45 mostra o rei messiânico como sendo maior do que Salomão, assim como o Salmo 2 representa o Messias como maior do que Davi. Esse Salmo também está em linha direta com a aliança de Davi. A principal ênfase dos versos 6 e 7 está na duração eterna do trono desse Rei Justo que é chamado de DEUS. A fonte original da ideia do reino eterno está em 2 Samuel 7.13,16.

As afirmações contidas no Salmo 89.4 são paralelas às do Salmo 45: “A tua descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração em geração”. No Salmo 89.36,37 lemos: “A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim; será estabelecido para sempre como a lua”. No Salmo 72.5 lemos: “Temer- te-âo enquanto durar o sol e a lua, de gerarão em geração”, e em Isaías 9.7 lemos: “Do incremento desse principado e da paz, não haverá fim.״”. Os mesmos sinais de duração eterna e de governo justo que, em toda parte, são marcos do Messias, e que foram prometidos como o ápice da linhagem de Davi, estão aqui evidentes no Salmo do DEUS-Rei. No Salmo 72, o sublime caráter do justo e compassivo Rei-Messias e de seu reino foi reunido ao seu domínio universal de eterna duração para nos dar um retrato de um governo e de um governante utópicos.

O Salmo 110 apresenta o eterno reino de um sacerdote-rei. O salmista canta um oráculo que Jeová irá cumprir quando a aliança de Davi produzir seus frutos através do Rei-Messias. O Messias será colocado à mão direita de Jeová, onde irá permanecer até que todos aqueles que se opõem a Ele estejam prostrados a seus pés. Um elemento inteiramente novo foi agora introduzido ao quadro messiânico. Esse Rei Todo-Poderoso também será um eterno sacerdote com domínio eterno sobre as funções governamentais e eclesiásticas.

Isaías introduz outro curso ao rio da profecia messiânica nas passagens do Servo do Senhor (Is 42.1-9; 49.1-6; 50.4-9; 52.13-53.12), que encontram o seu ponto culminante em Isaías 53. Aqui, o Servo do Senhor é um líder rejeitado e sofredor, que experimenta uma morte substitutiva pelo seu povo, mas que, no entanto, prolonga os seus dias e prospera. Daniel nos oferece ainda outro tributo a essa corrente crescente quando conta suas visões do fim dos tempos. Em uma visão crucial ele contempla uma figura “como o Filho do homem” que vinha nas nuvens do céu, recebendo do Ancião de Dias um reino glorioso, universal, eterno e derradeiro (Dn 7,13). Essa visão contém os elementos paradoxais da humanidade e da divindade nas frases: “como o Filho do homem” e “vinha nas nuvens”, porque o Filho do homem representa o ser humano, e as nuvens do céu eram consideradas o veículo de DEUS.

Embora alguns insistam que essa figura seja a personalização dos santos do Altíssimo, que mais tarde iriam possuir o reino (vv. 18,22), essa conclusão não é garantida porque em outras passagens das visões de Daniel, são feitas referências ao rei e ao reino nas mesmas figuras (7.17; cf. 23). A diferença entre a representação da visão do Filho do homem e do rei Davídico se encontra nas características da profecia apocalíptica. O rei Davídico deveria nascer como um bebê da linhagem de Davi na terra, mas o Filho do homem vem de cima, do céu. O rei Davídico deveria experimentar o crescimento normal de um ser humano e estender o seu controle sobre a terra; o Filho do homem vem rapidamente, como um cataclismo do céu. E os dois reinos deveriam ser eternos e universais. No período intertestamentário, a figura do Filho do homem aparece especialmente em 1 Enoque, onde as características da visão de Daniel são evidentes.

Outro curso da profecia messiânica tem início com a promessa de DEUS a Moisés, registrada em Deuteronômio 18.15, onde está prometido um profeta semelhante a Moisés. Os samaritanos, em especial, usavam Deuteronômio 15 como um texto de prova messiânica; portanto não é de surpreender que a mulher de Samaria, com quem JESUS falou, dissesse que o Messias lhes anunciaria tudo (Jo 4.25).

A própria vinda do Senhor contribui para esse curso messiânico. As referências especiais a Jeová, como aquele que vem como Salvador e Redentor, representam em Isaías mais um acréscimo ao retrato messiânico (Is 35.4; 40.10; 59.20). Esta é a forma como o caminho de Jeová está sendo preparado em Isaías 40. É o Senhor DEUS que deve vir para reinar, alimentar e cuidar de seu rebanho (Is 40.3,4,9-11). Malaquias também predisse a vinda do próprio Senhor depois que o seu mensageiro tivesse preparado o caminho antes dele (Ml 3.1).

Da literatura intertestamentária, incluindo certos escritos de Qumran, e também do NT, fica evidente que essa rica e variada apresentação de alguém que deveria vir para conduzir o dia do Senhor foi entendida como a noção de diferentes Messias. Só depois que JESUS de Nazaré guiou esse povo a um único curso, é que alguém considerou possível harmonizar, em uma única pessoa, todas as esperanças messiânicas.

Ocasional mente, nosso Senhor revelou em uma única afirmação dois ou mais temas da profecia messiânica do AT como, por exemplo, quando disse: “Bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28; Mc 10.45). Aqui foram reunidos o apocalíptico Filho do homem de Daniel, e o profético Servo do Senhor de Isaías (Is 53). As aparições pós-ressurreição dizem, especialmente, que JESUS ensinou a seus discípulos como as profecias do AT se cumpriram em sua pessoa (Lc 24.27,44-47; Act 1.3).

De acordo com os escritores do NT, muitas dessas profecias se cumpriram no primeiro advento de JESUS. Outras foram relacionadas, pelo próprio Senhor JESUS, ao período existente entre os dois adventos ou à época de sua volta; se não fosse pelo seu cumprimento inicial, certamente o seriam pela sua culminação. Portanto, a profecia do Filho do homem está relacionada a uma época posterior à de seu primeiro advento, de acordo com as suas palavras a Caifás (Mt 26.63-64) e a mensagem que transmitiu aos seus discípulos em Mateus 24.

A responsabilidade do NT é mostrar que JESUS é o Messias prometido no AT, e que Ele próprio deu aos seus discípulos as indicações para a interpretação do AT. O Senhor JESUS CRISTO disse aos discípulos na estrada de Emaús: “Assim está escrito, e assim convinha que o CRISTO padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações” (Lc 24. 46,47). Veja JESUS CRISTO. E. S. K. - Dicionário Bíblico Wycliffe



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Entendendo JESUS Segundo o Novo Testamento

Os títulos atribuídos a JESUS no Novo Testamento aju­dam-nos a compreendê-lo em termos relevantes para o mun­do no qual viveu. Eles também nos ajudam a compreender a sua natureza incomparável.

 

Senhor e CRISTO

Que espécie de cristologia temos em Atos 2.22-36? Pedro inicia lembrando aos judeus o poder de JESUS para operar milagres, conhecido de todos eles. Era importante. A carac­terização feita por Paulo - "Os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria" (1 Co 1.22) - é exata para os dois povos. Mas, como em qualquer afirmação confiável sobre JESUS, Pedro passa rapidamente a falar a respeito da sua morte - Ele foi crucificado, mas DEUS o ressuscitou dentre os mortos! Pedro e muitos outros eram testemunhas desse fato. Em seguida, Pedro oferece uma explicação detalhada da ressurreição e de alguns textos do Antigo Testamento que a profetizavam. Empregando hermenêutica séria, com­prova que o Salmo 16 não pode ser aplicado somente a Davi, mas certamente também a JESUS (At 2.29,31).

JESUS, exaltado agora à destra de DEUS, juntamente com o Pai derrama-lhes o ESPÍRITO SANTO (Ats 2.33). Esse fato explica o falar em outras línguas e a proclamação das coisas boas de DEUS, ouvida por judeus de pelo menos 15 nações provenientes da Dispersão, que se haviam reunido em Jeru­salém para a Festa do Pentecoste. Era realmente um sinal miraculoso.

Em seguida, Pedro confirma a ascensão mediante o em­prego de Salmos 110.1 (ver Ats 2.34-35): "Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés". Essa é a explica­ção de que o Senhor JESUS CRISTO esteve nesta Terra, na carne, e então subiu ao Céu onde recebeu de volta a sua condição atual.

Atos 2.36 declara que devemos crer para receber a salva­ção do Messias divino: "Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse JESUS, a quem vós crucificastes, DEUS o fez Senhor e CRISTO". Note a continuidade. O JESUS exaltado é o mesmo que foi crucificado. Os dois títulos, "Senhor" e "CRISTO", são os termos principais do sermão de Pedro no dia de Pentecoste. A ligação com o ministério terrestre de JESUS é significativa aqui, pois quando DEUS Pai fez de JESUS Se­nhor e CRISTO, estava aplicando o carimbo de aprovação total à vida e ministério de JESUS - seus milagres, seus sinais e maravilhas, seu ensino, sua morte, sua ressurreição.

 

Servo e Profeta

O contexto de Atos 3.12-26 é a cura do homem à porta Formosa. Este milagre atraiu uma multidão, e Pedro pregou a todos. Iniciou com o fato de que DEUS glorificou a "seu Filho JESUS" (v. 13) depois de os judeus de Jerusalém o terem matado. Mataram JESUS, apesar de ser Ele "o Príncipe [ou Autor] da vida" (v. 15). Que paradoxo! Como se pode matar o Originador da vida? Tal não deveria ter ocorrido, mas aconteceu.

"Servo" é outro importante título de JESUS. No v. 13, a palavra grega é pais ("servo", e também "criança"). Algumas versões da Bíblia trazem o termo "Filho" ("criança"), mas, em Atos 3 e 4, "Servo" é mais apropriado. Não foi crucificada a criança, mas o homem JESUS, carregando os pecados do mundo. O contexto exige "servo", pois em Atos 3 uma cristologia do Servo começa a despontar. Note como, a partir do v. 18, as profecias do Antigo Testamento vindicam JESUS como o Messias de maneiras inusitadas para os judeus. Estes esperavam que CRISTO reinasse, não que sofresse.

Pedro declara que JESUS voltará (vv. 20,21) - fato não mencionado no cap. 2. E então, depois dessa segunda vinda, DEUS restaurará todas as coisas segundo as profecias no Antigo Testamento. Note que não é agora o tempo da restauração de todas as coisas. O texto o coloca claramente no futuro. Quando chegar essa hora, ocorrerá a segunda vinda de JESUS. Começará o Milênio, e toda a realidade da era futura, descrita em vários livros da Bíblia, terá o seu começo.

Em seguida, Pedro apresenta JESUS como o Profeta seme­lhante a Moisés (vv. 22,23). Moisés havia declarado: "O SENHOR, teu DEUS, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis" (Dt 18.15). Seria natural dizer que Josué cumpriu essa profecia. Josué, o segui­dor de Moisés, realmente veio depois deste e foi um grande libertador de seu tempo. Surgiu, porém, outro Josué (na língua hebraica, os nomes Josué e JESUS são idênticos). Os cristãos primitivos reconheciam JESUS como o derradeiro cumprimento da profecia de Moisés.

No final do capítulo (vv. 25,26), Pedro lembra aos ouvin­tes a aliança com Abraão, muito importante para se enten­der a obra de CRISTO: "Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que DEUS fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando DEUS a seu Filho JESUS, primeiro o en­viou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos desviasse, a cada um, das vossas maldades". Claro está que, agora, é JESUS quem traz a bênção prometida e cumpre a aliança com Abraão - e não apenas a Lei dada por meio de Moisés.

 

Logos

João 1.1 apresenta CRISTO mediante o termo grego logos, que significa "palavra", "demonstração", "mensagem", "de­claração" ou "o ato da fala". Mas Oscar Cullman aponta a importância de se reconhecer que, em João 1, logos tem um significado específico: é descrito como uma hypostasis (Hb 1.3), uma existência distinta e pessoal de um ser real e específico. João 1.1 demonstra que "o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS" são duas expressões simultanea­mente verídicas. Isto significa jamais ter havido um período em que o Logos não existisse juntamente com o Pai.

João passa, então, a demonstrar o Verbo atuante na criação. Gênesis 1.1 nos ensina que DEUS criou o mundo. João 1.3 especifica que o Senhor JESUS CRISTO, no seu estado pré-encarnado, fez a obra da criação, executando a vontade e o propósito do Pai.

Descobrimos também que é no Verbo que a vida se encontra. João 1.4 diz: "Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens". Porque JESUS é o referencial da vida, o único lugar onde ela pode ser conquistada. E aqui se descreve a existência de uma qualidade de vida: a vida eterna. Esta espécie de vida está disponível em DEUS, pelo seu poder vivificante através do Verbo vivo. Somente obtemos a vida eterna como a vida de CRISTO em nós.

O fato de não ter o mundo compreendido o Logos, indi­ca-o João 1.5: "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam". Na continuação, João Batista aparece como testemunha enviada daquela Luz. Mas queremos foca­lizar a nossa atenção neste ponto: "Ali estava a luz verdadei­ra, que alumia a todo homem que vem ao mundo, estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conhe­ceu" (1.9,10). O Criador do mundo, a segunda Pessoa da Trindade, DEUS Filho, estava aqui no mundo, mas este não o reconheceu. O versículo seguinte é mais específico: "Veio para o que era seu [seu próprio lugar, a Terra que criara], e os seus [seu próprio povo, Israel] não o receberam" (1.11).

Os herdeiros da aliança, os descendentes físicos de Abraão, não o receberam. Este tema é destaque e percorre todo o Evangelho de João: a rejeição de JESUS. Quando JESUS prega­va, alguns judeus zombavam. Quando JESUS disse: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se", os judeus, na sua incredulidade, retrucaram: "Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?" Então JESUS declarou: "Antes que Abraão existisse, eu sou" (Jo 8.57,58). O tempo presente do verbo, "sou", indica existência linear. Antes que Abraão fosse, o Filho já é.

Embora muitos rejeitassem a mensagem, alguns nasce­ram de DEUS. Em João 1.12 lemos: "Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos que crêem no seu nome". Em outras palavras, JESUS estava redefinindo toda a realidade de alguém tornar-se filho de DEUS. Até aquele momento, a pessoa precisava nascer especificamente no povo de Israel, chamado segundo a ali­ança (ou pelo menos afiliar-se a ele), para ter aquela oportu­nidade. João, porém, enfatiza que a mensagem espiritual, o Evangelho poderoso, chegara às pessoas, e que elas haviam recebido JESUS, o Logos. Recebê-lo importava em obter o direito ou autoridade de se tornar filho de DEUS. Alguns dos que o receberam eram judeus, e outros eram gentios. JESUS derrubou o muro divisório e franqueou a salvação a todos os que desejassem chegar a Ele e recebê-lo pela fé (1.13).

A verdade essencial a respeito do Logos ora descrito, vê-se em João 1.14: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós". Aqui o termo logos é aproveitado para descrever JESUS CRISTO, mas a realidade da sua Pessoa vai além do que abrange o sentido secular do conceito. Para os antigos gregos devota­dos à filosofia, um logos feito carne seria uma impossibilida­de. Por outro lado, para os que crerem no Filho de DEUS, um logos na carne é a chave para se entender a encarnação. E é exatamente isto que a encarnação significa: o Logos preexistente tomou sobre si a carne humana e andou entre nós.

 

Filho do Homem

De todos os seus títulos, "Filho do Homem" é o que JESUS preferia usar a respeito de si mesmo. E os escritores dos evangelhos sinóticos usam a expressão 69 vezes. O termo "filho do homem" tem dois possíveis significados principais. O primeiro indica simplesmente um membro da humanida­de. E, neste sentido, cada um é um filho do homem. Tal significado era conhecido nos dias de JESUS e remonta (pelo menos) aos tempo do livro de Ezequiel, onde é empregada a fraseologia hebraica ben 'adam, com significado quase idên­tico. Essa expressão, na realidade, pode até mesmo funcio­nar como o pronome da primeira pessoa do singular, "eu" (cf. Mt 16.13).

Por outro lado, a expressão é usada também a respeito da personagem profetizada em Daniel e na literatura apocalíptica judaica posterior. Essa personagem surge no fim dos tempos com uma intervenção dramática, a fim de trazer a este mun­do a justiça de DEUS, o seu Reino e o seu julgamento. Daniel 7.13,14 é o texto fundamental para esse conceito apocalíptico:

Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído.

O aparecimento dessa personagem em forma humana diante do Ancião de Dias, conforme relatado no livro de Daniel, deu motivo a muitas especulações, escritos e inter­pretações durante o período intertestamentário.

No próprio livro de Daniel, entretanto, surge uma per­gunta a respeito da identidade do Filho do Homem, no trecho que começa em 7.15. Os santos do Altíssimo lutam contra o mal, contra os chifres da fera etc. Mas seria o Filho do Homem um indivíduo ou estaria representando coletiva­mente os santos do Altíssimo? Este último conceito não era popular nos tempos antigos. E, realmente, à medida que o conceito acerca do Filho do Homem começava a ser associ­ado cada vez mais com a glória, o poder e a vinda nas nuvens, acerca dos quais Daniel escreveu, a interpretação da personagem começava a avançar cada vez mais na direção de ser o Filho do Homem um indivíduo, o agente de DEUS que veio apresentar o seu dia.

O livro apocalíptico de 1 Enoque, que (apesar de alegadamente escrito por Enoque) foi escrito no século I a.C, não faz parte das Escrituras inspiradas. Mesmo assim, num sentido histórico, contribui para a nossa compreensão do progresso do pensamento apocalíptico. Diz o capítulo 46:

E vi ali alguém que tinha uma cabeça de dias, e a sua cabeça era branca como a lã, e com ele havia outro ser cujo semblante tinha a aparência de um homem. E o seu rosto estava cheio de graciosidade com um dos santos anjos. E perguntei ao anjo que ia comigo, e que mostrava todas as coisas ocultas a respeito daquele Filho do Homem, quem Ele era, de onde Ele vinha e porque Ele ia com a cabeça de dias.

 

Esse trecho claramente desenvolve temas encontrados em Daniel 7. A "cabeça de dias" é o Ancião de Dias menci­onado em Daniel 7, e aquele que tinha "a aparência de um homem" é o Filho do Homem, também em Daniel 7. Em primeiro lugar porque relata Enoque, na continuação: "Ele respondeu e me disse: Este é o Filho do Homem que tem justiça. O Senhor dos Espíritos tem escolhido a ele e... este Filho do Homem a quem você viu suscitará os reis... e quebrará os dentes dos pecadores. Deporará os reis dos seus tronos e reinos porque a Ele não louvam e exaltam".

Note a mudança sutil que ocorre aqui. Em Daniel, o Senhor DEUS, o Ancião de Dias, é quem julga; o Filho do Homem simplesmente aparece diante dEle. Aqui, o Filho do Homem fica sendo o agente: quebra os dentes dos pecadores e arranca reis dos seus tronos. Em outras palavras, nos sécu­los entre o Antigo e o Novo Testamento, os judeus atribuí­am ao Filho do Homem apocalíptico um papel muito mais ativo quanto ao levar a efeito o juízo divino e o Reino de DEUS.

Ao vermos a expressão "Filho do Homem" nos evange­lhos, é necessário perguntarmos se diz respeito a um membro da humanidade ou ao Filho do Homem triunfante, segundo Daniel. Parece que JESUS escolheu esse título por haver nele algo de secreto. Despertava a curiosidade e possuía um cará­ter evidentemente misterioso. Para JESUS, escondia o que precisava ser escondido e revelava o que precisava ser reve­lado.

Embora o título "Filho do Homem" apresente duas defi­nições principais, são três as aplicações contextuais, no Novo Testamento. A primeira é o Filho do Homem no seu minis­tério terrestre. A segunda refere-se ao seu sofrimento futuro (como por exemplo Mc 8.31). Assim, atribuiu-se novo signi­ficado a uma terminologia existente dentro do Judaísmo. A terceira aplicação diz respeito ao Filho do Homem na sua glória futura (ver Mc 13.24, que aproveita diretamente toda a corrente profética que brotou do livro de Daniel).

JESUS, no entanto, não se limitava às categorias existen­tes. Sem dúvida, já haviam as categorias apocalípticas, mas Ele ensinava coisas novas e exclusivas a esse respeito. De­pois, quando foi julgado diante do sumo sacerdote e respon­deu a este, vemos outra referência ao Filho do Homem na sua glória futura. Marcos 14.62 diz: "Vereis o Filho do Ho­mem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu". Aqui, JESUS se identifica com o Filho do Homem segundo Daniel. Este fato nos ajuda a compreender a flexibilidade do termo. O Filho do Homem viera e estava presente na Terra, mas ainda está para vir com poder e glória.

Essa flexibilidade é incomparável. JESUS veio à Terra, autodenominava-se Filho do Homem e, além de fazer coisas tais como a cura do paralítico, falava a respeito do seu sofrimento e morte futuros. Mas esse modo de entender o Filho do Homem está separado da sua vinda com poder e glória e domínio, quando julgará os pecadores e assumirá o controle. Logo, JESUS é o Filho do Homem - passado, presen­te e futuro.

O fato de o Filho do Homem ser um homem literal também é incomparável. Com base nos escritos apocalípticos, seria natural concebê-lo como um ser superangelical ou um companheiro poderoso do Ancião de Dias. Que o Filho do Homem tenha sido JESUS na Terra, assumindo lugar de ver­dadeiro homem, é notável.

 

Messias

O título "messias" está no âmago da maneira como o Novo Testamento entende JESUS, e veio a constituir-se em nome para Ele. E difícil, portanto, exagerar a sua importância.

O termo grego Christos ("Ungido") traduzia o termo hebraico mashiach, que nossas Bíblias traduzem por "Messi­as" ou, mais frequentemente, "CRISTO". Tendo por base o significado fundamental de ungir com azeite de oliva, refe­ria-se à unção de reis, sacerdotes e profetas para o ministério que DEUS os chamaria a exercer. Posteriormente, veio a significar um descendente específico de Davi que, segundo esperavam, governaria sobre os judeus e lhes daria a vitória sobre os gentios, seus opressores. Para muitos dos judeus, JESUS não era um Messias do agrado deles.

Saber que JESUS não era o único no Judaísmo antigo que declarou ser o Messias pode ajudar nosso modo de entender o emprego do termo. Quando o Concílio prendeu Pedro e João e considerava o que fazer a respeito, Gamaliel levantou-se e aconselhou: "Varões israelitas, acautelai-vos a respeito do que haveis de fazer a estes homens. Porque, antes destes dias, levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajun­tou o número de uns quatrocentos homens; o qual foi morto, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos e reduzidos a nada. Depois deste, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, e levou muito povo após si; mas também este pereceu, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos" (At 5.35-37).

Josefo, ao relatar sobre Judas e outros messias, conta que os corpos crucificados de insurrecionistas enfileiravam-se nas beiradas de algumas estradas romanas, naquela região. Para os transeuntes, as cruzes serviam de lição prática sobre o fim daqueles que seguissem um messias judaico. Podemos começar a compreender, portanto, por que JESUS não se interessava muito em deixar que o título "Messias" fosse aplicado a Ele.

JESUS, na verdade, evitava o termo "messias". Este é um dos aspectos mais notáveis do seu messiado. Por exemplo, Ele correspondeu à confissão de Pedro ("Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo"), dizendo: "Bem-aventurado és tu, Si­mão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to reve­lou, mas meu Pai, que está nos céus" (Mt 16.16,17). Mas JESUS passou a advertir "aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o CRISTO" (Mt 16.20). JESUS queria mesmo evitar o termo, por incluir conotação de liderança política e militar, que não fazia parte das atividades do seu Reino na sua primeira vinda.

Essa abordagem ao termo "messias" também fica eviden­te pelo modo de JESUS lidar com os demônios. Lucas 4-41 diz: 45 "E também de muitos saíam demônios, clamando e dizendo: Tu és o CRISTO, o Filho de DEUS. E ele, repreendendo-os, não os deixava falar, pois sabiam que ele era o CRISTO". JESUS não queria se deixar levar para um tipo de realeza messiânica que evitasse a cruz.

Mesmo diante do tribunal, JESUS mostrou-se relutante em aceitar o título de "Messias". Em Marcos 14.60-62 lemos: "E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a JESUS, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes con­tra ti? Mas ele calou-se e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: Es tu o CRISTO, Filho do DEUS Bendito? E JESUS disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu". O sumo sacerdote compreendeu, e, de tão raivoso, rasgou as próprias vestes.

A relutância de JESUS pode ser notada mais especialmen­te quando olhamos o contexto da pergunta e o tempo que o sumo sacerdote levou para conseguir que JESUS confessasse ser o Messias. Mateus 26.63 indica ainda mais relutância, pois o sumo sacerdote acabou submetendo JESUS a juramento sagrado. Em consequência, JESUS já não podia manter silên­cio: "Disse-lhes JESUS: Tu o disseste" (26.64) - era a confir­mação. Não se jactava de ser o Messias, nem se esforçava para estabelecer-se tal. Ele simplesmente é o Messias.

Finalmente, JESUS chegou realmente a identificar-se como o Messias? A resposta é: raras vezes. Nos evangelhos sinóticos, na realidade, JESUS não se designa como o Messias; Ele se autodenomina Filho do Homem. Não tinha interesse em chamar-se Messias, pelas razões já citadas. Mas, quando a mulher à beira do poço em Samaria disse: "Eu sei que o Messias (que se chama o CRISTO)46 vem", JESUS respondeu: "Eu o sou, eu que falo contigo" (Jo 4.25,26). JESUS, portanto, realmente designou-se como o Messias. Note, porém, onde Ele fez essa revelação: em Samaria, e não na Galileia ou em Jerusalém.

A maior expectativa nos dias de JESUS era que o Messias fosse um governante político. Seria o Descendente do Rei Davi. Davi era o protótipo do Messias: um libertador e conquistador. E depois, a comunidade de Cumrã acrescen­tou a expectativa de dois Messias: o Messias de Arão, sacer­dotal, e o Messias de Israel, um Rei-Messias. Parece que não conseguiam manter juntos os conceitos de Messias político-soberano e o de Messias sacerdotal, que servia e minis­trava. Por isso, dividiram o conceito do Messias em duas figuras.

Talvez, naqueles tempos, Cumrã previsse o Cristianismo mais do que qualquer outro no Judaísmo, porque (de modo muito mais poderoso) JESUS realizaria exatamente a obra que estava prevista. Na sua primeira vinda, Ele era o Messias sacerdotal, que servia; e Ele será o Rei-Messias no poder e glória da segunda vinda. Esse ponto de vista concordante, entretanto, não torna cristãos os membros da comunidade de Cumrã, nem mesmo cristãos incipientes. Eram judeus. Mas certamente tinham uma abordagem bem diferente à questão inteira do Messias, ao proporem duas personagens, a ideia de dois Messias.

Outro aspecto da qualidade incomparável do título "CRISTO" é ter-se tornado realmente um nome de JESUS. E nenhum outro título de JESUS ficou sendo o seu nome, senão Messias, ou CRISTO. Por isso, é preeminente entre todos os seus títulos. Em Atos e nas Epístolas, Ele não é chamado "JESUS Filho do Homem", ou "JESUS Servo"; Ele é JESUS CRISTO (JESUS o Mes­sias). Além disso, o incomparável Messias divino, JESUS, não deixou de ser o Messias ao morrer na cruz, pois foi ali que aperfeiçoou a salvação. Depois, ressuscitou dentre os mortos e subiu até a presença do Pai, onde certamente continua sendo o Messias divino.

 

 

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1 Samuel 16:1-5 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

Samuel É Comissionado a Ungir um Rei entre os Filhos de Jessé de Belém

 

Samuel havia se retirado para a sua casa em Ramá, com a decisão de não mais aparecer em público, mas de devotar-se totalmente à instrução e treinamento dos filhos dos profetas, sobre os quais presidia (como vemos no 1Sm 19.20). Ele sentia mais satisfação em jovens profetas do que em jovens príncipes; e não encontramos que, até o dia de sua morte, DEUS o chamou para qualquer ação pública envolvendo o estado, a não ser aqui para ungir a Davi.

I

 DEUS o censura aqui por demorar-se em lamentar a rejeição de Saul. O Senhor não o culpa pelo fato de ter tido dó naquela ocasião, mas de exceder-se na sua tristeza: Até quando terás dó de Saul? (v. 1). Não lemos que Samuel lamentava o fato de ter sido posto de lado junto com sua família e pela destituição dos seus próprios filhos, mas pela rejeição de Saul e sua semente, porque o primeiro foi feito pelo descontentamento tolo do povo, mas agora isso ocorreu pela ira justa de DEUS. Está na hora de Samuel renovar a sua alegria, e não ir pranteando para o túmulo.

1. Porque foi DEUS que rejeitou a Saul, e ele precisa concordar com a justiça divina e esquecer sua afeição por Saul; se DEUS será glorificado na sua decadência, Samuel precisa estar satisfeito. Além disso, qual era o propósito do seu choro? O decreto já havia sido anunciado, e nem todas as suas orações e lágrimas reverteriam sua decisão (2 Sm 12.22,23).

2. Porque Israel não sairia perdendo com isso, e Samuel precisa escolher o bem-estar público em vez da sua própria afeição pessoal por esse amigo. “Não tenha dó de Saul, porque me tenho provido de um rei. O povo providenciou um rei, mas ele não foi aprovado, agora eu providenciarei um rei, um varão conforme o meu coração” (Sl 89.20; At 13.22). “Mesmo que Saul tenha sido rejeitado, Israel não será como ovelhas que não têm pastor (Mt 9.36). Tenho outro rei reservado para eles; que a sua alegria por ele consuma a sua tristeza pelo príncipe rejeitado”.

II

 DEUS o envia a Belém, para ungir um dos filhos de Jessé, uma pessoa provavelmente não desconhecida de Samuel. Enche o teu vaso de azeite. Saul foi ungido com um frasco de azeite, escasso e frágil; Davi foi ungido com um chifre de azeite, que era mais abundante e durável; por esta razão lemos de uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo (Lc 1.69). No original aparece “um chifre da salvação”.

III

 Samuel alega o perigo de cumprir a sua missão (v. 2): Como irei eu? Pois, ouvindo-o Saul, me matará. Aqui podemos inferir:

1. Que Saul tinha se tornado perverso e ultrajante, caso contrário, Samuel não o teria mencionado. De que tipo de impiedade ele não seria culpado, se até ousasse matar o próprio Samuel?

2. Que a fé de Samuel não era tão forte como esperaríamos, caso contrário não teria temido a fúria de Saul. Acaso Aquele que o enviou também não o protegeria e o apoiaria? Precisamos lembrar que nem mesmo os homens mais íntegros são perfeitos em sua fé, nem o medo será completamente erradicado deste lado do céu. Mas isso pode ser entendido como o desejo de Samuel de receber orientação do céu para lidar com essa questão de forma prudente, para não expor a si mesmo ou outra pessoa mais do que devia.

IV

 DEUS manda cobrir o seu intento com um sacrifício: Dize: Vim para sacrificar. E isso era verdade, e era apropriado fazê-lo, visto que vinha ungir um rei (1Sm 11.5). Como profeta, ele deveria sacrificar quando e onde DEUS o convocasse. E não era, de forma alguma, inconsistente com as leis da verdade, dizer que vinha sacrificar quando, de fato, o faria, embora tivesse outro objetivo em mente, que achou melhor ocultar. Ele deveria anunciar um sacrifício e convidar Jessé (que provavelmente era o homem principal da cidade) e sua família, a vir à festa durante o sacrifício. Então DEUS diz: eu te farei saber o que hás de fazer. Aqueles que realizam a obra de DEUS, de acordo com a sua vontade, serão dirigidos passo a passo, sempre que não tiverem clareza em como agir.

V

 Samuel então foi para Belém, não em pompa, ou com qualquer comitiva, somente um servo para levar a bezerra que deveria sacrificar; mesmo assim, os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, temendo que era uma indicação do desagrado de DEUS contra eles e que Samuel vinha para pronunciar algum juízo por causa das iniquidades daquele lugar. A culpa causa medo. No entanto, convém ter respeito pelos mensageiros de DEUS e tremer diante de sua palavra. Talvez temessem que Saul estivesse insatisfeito com eles, porque provavelmente sabiam o quanto estava irritado com Samuel e temiam que se indisporia com eles pelo fato de acolherem Samuel. Eles perguntaram: “De paz é a tua vinda? Acaso não estás fugindo de Saul? Acaso estás em paz conosco e não tens nenhuma mensagem de ira?”. Deveríamos todos ansiar sinceramente por boas relações com os profetas de DEUS, e temer ter a palavra de DEUS, ou suas orações, contra nós. Quando o Filho de Davi nasceu como rei dos judeus, toda Jerusalém estava perturbada (Mt 2.3). Samuel normalmente permanecia em casa, e era algo estranho vê-lo tão longe de casa. Eles, portanto, concluíram que deveria ser alguma ocasião extraordinária que o trouxe até eles, e temiam o pior até que disse para que veio (v.; 5): “É de paz; vim sacrificar ao SENHOR, não com uma mensagem de ira contra vocês, mas com métodos de paz e reconciliação; e, portanto, podem me dar as boas-vindas e não precisam temer a minha vinda; assim, santifiquem-se e preparem-se para unir-se a mim em sacrifício, para que recebam o benefício do mesmo”. Observe: Diante de ordenanças solenes, deve haver uma preparação solene. Quando estamos nos preparando para oferecer sacrifícios espirituais, devemos nos separar das coisas deste mundo e nos dedicar a DEUS, para nos santificar. Quando nosso Senhor JESUS veio ao mundo, embora as pessoas tivessem motivos suficientes para tremer, temendo que sua missão fosse para condenar o mundo, Ele as assegurou que sua missão era de paz, porque veio para sacrificar, e trouxe sua oferta com ele: corpo me preparaste (Hb 10.5). Vamos nos santificar, para que possamos nos beneficiar do seu sacrifício. Observe: Aqueles que vêm para sacrificar deveriam vir de maneira pacífica. Exercícios religiosos não deveriam ser realizados de forma tumultuosa.

VI

 Samuel tinha uma consideração particular por Jessé e seus filhos, porque com eles o profeta tinha um assunto particular. É provável que Samuel conheceu Jessé nessa sua primeira vinda e se hospedou na sua casa. Ele pediu para que todos os anciãos se santificassem, mas ele santificou a Jessé e os seus filhos ao orar com eles e instruí-los. Talvez os tivesse conhecido anteriormente, e parece que era uma família devota e religiosa (1Sm 20.29, em que lemos acerca dos sacrifícios que essa família realizava). Samuel os auxiliou nos preparativos da família para o sacrifício público e, é provável, escolheu Davi, e o ungiu, nas solenidades da família, antes de o sacrifício ser oferecido ou de a festa santa ser celebrada. Talvez ele tenha oferecido sacrifícios privados, como Jó, segundo o número de todos eles (Jó 1.5) e, sob este pretexto, convocou a todos a aparecer diante dele. Quando bênçãos notáveis estão para chegar a uma família, os membros precisam se santificar.

 

1 Samuel 16:6-13

Davi É Escolhido, depois de todos os Filhos de Jessé Passarem por Samuel

 

Se os filhos de Jessé tomaram conhecimento de que DEUS providenciaria um rei do meio deles (como havia dito, v. 1), podemos supor que todos eles procuraram se apresentar da melhor forma possível, e cada um esperava ser o escolhido. Lemos o seguinte:

I

 Como todos os filhos mais velhos, que tinham maiores esperanças de ser o escolhido, foram preteridos.

1. Eliabe, o mais velho, foi privativamente apresentado primeiro a Samuel. Provavelmente ninguém mais estava presente além de Jessé, e Samuel achava que ele deveria ser o homem: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido (v. 6). Os profetas, quando falavam debaixo da direção divina, eram tão sujeitos a erros como qualquer outro; como Natã (2 Sm 7.3). Mas DEUS corrigiu o engano do profeta por meio de um sussurrar secreto em sua mente: Não atentes para a sua aparência (v. 7). Era estranho que Samuel, que tinha sido tristemente desapontado em relação a Saul, cuja aparência e estatura o recomendavam mais do que qualquer outro, deveria estar tão ansioso em julgar um homem por essa regra. Quando DEUS desejava satisfazer o povo com um rei, escolheu um homem decoroso; mas, quando desejava ter alguém conforme o seu coração, esse não deveria ser escolhido pela sua aparência exterior. Os homens julgam segundo a vista dos seus olhos, mas DEUS não (Is 11.3). O SENHOR olha para o coração, isto é: (1) Ele conhece o coração. Nós podemos afirmar como as pessoas se parecem, mas Ele pode afirmar quem elas são. As pessoas olham para os olhos (de acordo com o original), e se satisfazem com a vivacidade e disposição de alguém, mas DEUS olha para o coração, e vê os pensamentos e intenções dele. (2) Ele julga as pessoas pelo coração. A boa disposição do coração, a santidade ou bondade dele, nos recomendam a DEUS. O coração é precioso diante dele (1 Pe 3.4), não a majestade da aparência, ou a força e estatura do corpo. Vamos reconhecer a verdadeira beleza que está no interior, e julgar as pessoas, tanto quanto for possível, pelo seu coração, e não pela sua aparência.

2. Quando Eliabe não foi o escolhido, Abinadabe e Samá, e mais quatro filhos de Jessé, sete ao todo, foram apresentados a Samuel, com o mesmo propósito; mas Samuel, que agora estava mais atento à direção divina, os rejeitou a todos: O SENHOR não tem escolhido estes (vv. 8,10). Os homens arranjam seus filhos, quanto à honra e posição, de acordo com a idade e prioridade de nascimento, mas DEUS não segue essa regra. O maior servirá ao menor (Gn 25.23). Caso a escolha tivesse ficado ao encargo de Samuel, ou de Jessé, um destes sete certamente teria sido escolhido; mas DEUS exaltará sua soberania ao preterir alguns que pareciam mais promissores e escolher outros que aos olhos humanos não pareciam muito promissores.

II

 Como Davi finalmente foi escolhido. Ele era o mais novo de todos os filhos de Jessé; seu nome significa amado, porque era um tipo do Filho amado. Observe:

1. Davi estava nos campos, apascentando as ovelhas (v. 11), e foi deixado ali, mesmo tendo um sacrifício e festa na casa de seu pai. Os caçulas geralmente são os mais mimados da família, mas, pelo que parece, Davi tinha a menor importância entre todos os filhos de Jessé; ou não discerniam ou não valorizavam devidamente o seu excelente espírito. Muitas pessoas de grande talento e caráter continuam sepultadas na obscuridade e desdém; e DEUS, com frequência, exalta aquele que as pessoas desprezam e dá muito mais honra ao que tinha falta dela (1 Co 12.24). O Filho de Davi era alguém que os homens desprezavam, a pedra que os edificadores rejeitaram (Sl 118.22) e, no entanto, Ele recebeu um nome que é sobre todo o nome (Fp 2.9). Davi foi escolhido quando ia após as ovelhas, para apascentar a Jacó (Sl 78.71), como ocorreu com Moisés, quando apascentava o rebanho de Jetro — um exemplo de humildade e assiduidade. DEUS deleita-se em honrar esse tipo de pessoas. Talvez pensássemos em uma vida militar, mas DEUS entendia que a vida pastoril (que apresenta vantagens quanto à contemplação e comunhão com o céu), era o melhor preparativo para o poder real, pelo menos em relação às graças do ESPÍRITO que são necessárias para o devido desempenho dessa função. Davi estava cuidando de ovelhas, embora fosse uma época de sacrifício; porque há misericórdia que tem precedência sobre o sacrifício.

2. A seriedade de Samuel em esperar pela chegada de Davi: “Não nos assentaremos em roda da mesa para comer (talvez não fosse a festa relacionada ao sacrifício, mas uma refeição comum) até que ele venha aqui; porque, se todos os outros foram rejeitados, este deve ser o escolhido”. Aquele que nem deveria sentar-se à mesa é, agora, esperado como o hóspede principal”. Se DEUS quiser exaltar aqueles de pouca influência, quem o impedirá?

3. A aparência de Davi na sua chegada. Ninguém falou de sua roupa. Sem dúvida, ela era simples e desprezível, de acordo com a sua ocupação de pastor; e ele não mudou de roupa, como ocorreu com José (Gn 41.14); mas ele tinha um olhar muito honesto, não imponente, como o de Saul, mas gracioso e agradável. Ele era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença (c. 12), isto é, ele tinha um aspecto distinto, olhos brilhante e um rosto gracioso. Suas feições eram extraordinárias, e havia algo em seu visual que era muito atraente. Embora não usasse de nenhum tipo de artifício para ajudar na sua aparência exterior, visto que estava constantemente exposto ao sol e ao vento, no entanto, a natureza cuidou disso, e, pela graciosidade de sua aparência, dava claros indícios de um temperamento afável e disposição de espírito. Talvez seu rubor modesto, quando foi levado diante de Samuel, e recebido por ele com um respeito surpreendente, o fez parecer tanto mais vistoso.

4. A unção de Davi. O Senhor disse a Samuel (como o havia feito em 9.15) que este era aquele que deveria ungir (v. 12). Samuel não discute a falta de estudo de Davi, nem sua pouca idade, ou a falta de respeito que tinha em sua própria família, mas, em obediência à ordem divina, tomou seu chifre de azeite e ungiu-o (v. 13), expressando com isso:

(1) Uma nomeação divina ao governo, após a morte de Saul. Por meio dessa unção, Davi recebia plena garantia disso. Não que ele fosse, agora, investido de poder real, mas esse poder viria sobre ele no devido tempo. (2) Uma comunicação divina de dons e graças, para prepará-lo para o governo, e torná-lo um tipo dAquele que seria o Messias, o Ungido, que recebeu o ESPÍRITO, não por medida, mas sem medida. Lemos que Davi foi ungido no meio dos seus irmãos, que até então, possivelmente, não entendiam ser essa uma designação para o governo e, portanto, não invejavam a Davi (como ocorreu com os irmãos de José), uma vez que não viam sinais adicionais de dignidade nele; não, certamente não uma túnica de várias cores. Mas o bispo Patrick traduz o texto da seguinte forma: Ele o ungiu do meio dos seus irmãos, isto é, ele o selecionou do restante e o ungiu em particular, com a ordem de guardar esse segredo, não deixando que seus irmãos o soubessem. Parece que esse podia ser o caso, de acordo com a reação de seu irmão Eliabe (1Sm 17.28). Calcula-se que Davi tivesse agora 20 anos. Se isso é verdade, suas angústias com Saul duraram 10 anos, porque tinha 30 anos quando Saul morreu. O Dr. Lightfoot acredita que ele tivesse 25 anos, e que suas angústias duraram mais do que cinco anos.

5. Os efeitos favoráveis da sua unção: desde aquele dia em diante, o ESPÍRITO do SENHOR se apoderou de Davi (v. 13). A sua unção não foi uma cerimônia vazia, mas um poder divino foi acrescentado a esse sinal instituído, e ele sentiu-se em seu interior investido de sabedoria, coragem e interesse pelo bem-estar público, com todas as qualificações de um príncipe, embora não visíveis em suas circunstâncias externas. Ele estava plenamente satisfeito de que sua eleição era de DEUS. A melhor evidência de sermos predestinados para o reino da glória é o fato de sermos selados com o ESPÍRITO da promessa e nossa experiência de uma obra da graça em nosso coração. Alguns entendem que sua coragem, que fez com que matasse o leão e o urso, e sua extraordinária habilidade na música, eram consequência e evidência da vinda do ESPÍRITO sobre ele. De qualquer forma, isso o tornou o amável salmista de Israel (2 Sm 23.1). Após tê-lo ungido, Samuel foi para Ramá em segurança, e nunca mais lemos a respeito dele, a não ser uma única vez (1Sm 19.18), antes de lermos acerca de sua morte. Agora ele se retirou para morrer em paz, uma vez que seus olhos tinham visto a salvação, e o cetro tinha sido levado à tribo de Judá.

 

 
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Lição 7, Davi é Ungido Rei
 
4º Trimestre de 2019 - O Governo Divino Em Mãos Humanas - Liderança do Povo de DEUS em 1 e 2 Samuel - Comentarista CPAD - Pr Osiel Gomes
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4º Trimestre de 2009 - Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de DEUS - Comentaristas: José Gonçalves - Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de DEUS - Comentarista: Pastor José Gonçalves
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TEXTO ÁUREO
“Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o ESPÍRITO do SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.” (1 Sm 16.13)
 
VERDADE PRÁTICA
O propósito da unção é capacitar o obreiro para desempenhar a obra de DEUS e, com autoridade, vencer os gigantes.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Is 61.1 Ungido para a obra de DEUS
Terça – 2 Co 1.21,22 O cristão tem a unção do ESPÍRITO
Quarta – At 1.8 Ungido pelo ESPÍRITO para testemunhar com ousadia
Quinta – 1 Jo 2.20,27 Ungido para o entendimento
Sexta – Is 55.8 A escolha de DEUS segundo o seu conselho
Sábado – Mc 10.45 Sendo um bom servo para servir
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE -  1 Samuel 16.1-13
1 - Então, disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei. 2 - Porém disse Samuel: Como irei eu? Pois, ouvindo-o Saul, me matará. Então, disse o SENHOR: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos e dize: Vim para sacrificar ao SENHOR. 3 - E convidarás Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser. 4 - Fez, pois, Samuel o que dissera o SENHOR e veio a Belém. Então, os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda? 5- E disse ele: É de paz; vim sacrificar ao SENHOR. Santificai-vos e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e os seus filhos e os convidou ao sacrifício. 6- E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido. 7 - Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração. 8 - Então, chamou Jessé a Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este tem escolhido o SENHOR. 9 - Então, Jessé fez passar a Samá, porém disse: Tampouco a este tem escolhido o SENHOR. 10 - Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não tem escolhido estes. 11- Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui. 12- Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é. 13 - Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o ESPÍRITO do SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.
 
 
POR QUE DEUS DESTITUIU SAUL E ASCENDEU A DAVI?
Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar. 1 Crônicas 10:13
 
Davi nasceu no décimo ano do governo de Saul.
Saul foi rejeitado por DEUS em seu segundo ano de governo.
Tanto Saul quanto Davi são ungidos após a refeição da Aliança, sacrifício pacífico.
Davi é tipo de CRISTO. Davi é ungido três vezes - JESUS é ungido três vezes.
 
QUALIDADES DE DAVI
- Então respondeu um dos moços, e disse: Eis que tenho visto a um filho de Jessé, o belemita, que
sabe tocar e
é valente e
vigoroso, e
homem de guerra, e
prudente em palavras, e
de gentil presença;
o Senhor é com ele.
1 Samuel 16:18
 
 
A unção é do ESPÍRITO SANTO, mas não é o ESPÍRITO SANTO.

Quando Paulo deu o lenço para que uma pessoa levasse ao doente ele repartiu da unção que estava sobre ele. Ele não deu o ESPÍRITO SANTO num lenço ou num avental.
At 19:12 De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.
Quando Elizeu morreu o morto ao ser jogado em cima de seu esqueleto reviveu devido a unção que estava sobre Elizeu, não caiu sobre o ESPÍRITO SANTO.
At 5:15 De sorte que transportavam os enfermos para as ruas, e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles.
Não era a sombra de Pedro que curava, mas a unção de cura que estava sobre Pedro fornecida pelo ESPÍRITO SANTO.
2Rs 13:21 Certa vez alguns homens que estavam sepultando um amigo viram esses bandidos; então, mais que depressa, jogaram o defunto no túmulo de Eliseu. E logo que o corpo tocou os ossos de Eliseu, o morto reviveu e se pôs em pé
Lc 4:18 O ESPÍRITO SANTO é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,

O ESPÍRITO SANTO UNGIU JESUS.
DESIGNOU.
CAPACITOU.
DEU PODER A ELE.
χριω chrio provavelmente pela ideia de contato;
1) ungir
1a) consagrando JESUS para o ofício messiânico e concedendo-lhe os poderes necessários para o seu ministério
1b) revestindo os cristãos com os dons do ESPÍRITO SANTO

 O crente recebe o ESPÍRITO SANTO no mesmo momento que aceita a JESUS CRISTO como Salvador e Senhor.

Ef 1:13 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa.

Já a unção do ESPÍRITO SANTO (dons) podem ou não vir sobre o crente algum dia. É preciso desejo e fé.
 
Para mim Davi já era crente desde novinho lá no campo quando matou um Leão e um Urso. Ele era um adorador com sua harpa e compondo Salmos.

Esta era já uma unção para derrotar inimigos e para tocar e compor. A unção com óleo Depois foi para ser rei.
4 Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o SENHOR que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou.
Davi nem tinha nascido ainda

CREIO QUE ESTE ACONTECIMENTO DA GUERRA E DE GOLIAS FOI PELO MENOS UNS 2 ANOS DEPOIS DE DAVI SER UNGIDO POR SAMUEL.
1 Sm 17:12 E David era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá, cujo nome era Jessé, que tinha oito filhos; e, nos dias de Saul, era este homem já velho e adiantado na idade entre os homens.13 Foram-se os três filhos mais velhos de Jessé e seguiram a Saul à guerra; e eram os nomes de seus três filhos, que foram à guerra, Eliabe, o primogénito, e o segundo, Abinadabe, e o terceiro, Samá.14 E David era o menor; e os três maiores seguiram a Saul.15 David, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai, em Belém.16 Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por quarenta dias.

Só três filhos mais velhos de Jessé foram para o exército devido a terem 20 anos ou mais.
Então, se tinha oito filhos, vamos colocar pelo menos um filho por ano.
Se foram 3 ficaram 5.
Um com 19, outro com 18, outro com 17, outro com 16, então Davi tinha 15 anos quando foi lá para levar comida para seus irmãos e enfrentar o gigante Golias.
Davi pode ter sido ungido por Samuel com 12 ou 13 anos.
Mas teve um rei em Israel, descendente de Davi, que começou a reinar com oito anos.

2 Reis 22:1 Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe, Jedida, filha de Adaías, de Bozcate. 2 E fez o que era reto aos olhos do SENHOR; e andou em todo o caminho de David, seu pai, e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda.

Alguém cheio do ESPÍRITO SANTO pode receber do ESPÍRITO SANTO uma unção para tocar ou cantar ou pregar como Davi que tocava e o demônio saia de Saul.
Houve tantos pregadores que levavam milhões a JESUS não é? Uma unção do ESPÍRITO SANTO para isso.

Conheço um pregador que tem esta unção. Ganha cerca de mil almas por mês.
Pr. Clebison Bandeira, Imperatriz, MA.
 
 
No NT não vemos a unção de objetos, nem lugares, nem estabelecimentos.
Vemos unção com óleo em enfermos e doentes , e unção transmitida pela imposição de mãos sobre pessoas separadas para DEUS ou para enviar pessoas numa tarefa especial para a Igreja. Missionários e obreiros eram assim ungidos, com a imposição de mãos. O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma unção do ESPÍRITO SANTO e na bíblia muitas vezes foi concedido após uma imposição de mãos.

Tg 5:14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do SENHOR.

At 6:6 E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

At 8:17 Então lhes impuseram as mãos, e receberam o ESPÍRITO SANTO.

Atos 13:2 E, servindo ao SENHOR, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.

Atos 19:6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas, e profetizavam
 
 
Um dom é uma unção do ESPÍRITO SANTO, muitas vezes concedida pela imposição de mãos.

1Tm 4:14 Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.

2Tm 1:6 Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de DEUS que existe em ti pela imposição das minhas mãos.
 
 
Como hoje a imposição de mãos é a maneira de ungir uma pessoa, precisamos tomar cuidado como e porque impomos as mãos sobre alguém.
Para curar ou para separar para o ministério.

1 Timóteo 5:22 A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios: conserva-te a ti mesmo puro.

Para que alguém receba a imposição de mãos ou unção para o exercício do ministério deve possuir as qualidades exigidas pela Palavra de DEUS.

Atos 6:3 Escolhei pois, irmãos, de entre vós sete varões de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. 4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.5 Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei; 6 Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução, nem sejam desobedientes.7 Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como dispenseiro de casa de DEUS, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; 8 Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; 9 Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.10 Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão.11 Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.
 
 
 
O que é unção? Ouça atenciosamente cada resposta. Em seguida, explane sobre o assunto de acordo com o primeiro tópico. Ao final do tópico, resuma o conteúdo a fim de que alguma dúvida identificada nas respostas do aluno seja superada.
 
 
É importante aplicar a perspectiva do serviço cristão no mundo atual. Para isso, considere o seguinte trecho teológico: “Diakonia (‘serviço’, ‘ministério’). São os esforços no serviço a CRISTO que continuam o ministério encarnacional que Ele realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito que este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por CRISTO de uma vez para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a CRISTO por meio de servir à criação que está debaixo do seu senhorio. A dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de DEUS que é alcançar de modo prático os marginalizados da sociedade. As pessoas que não têm ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram desconsideradas e abandonadas, também foram criadas à imagem de DEUS” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.604).
 

- Aqui, vale a pena fazer uma comparação entre Davi e Golias, conforme este trecho: “Um homem de estatura gigantesca, Golias, de Gate (4), apresentou-se como o campeão dos filisteus, e desafiou um oponente do exército de Israel – uma prática comum nas antigas táticas de guerra. Ele tinha mais de dois metros e oitenta centímetros de altura, usava uma armadura que pesava cerca de sessenta e oito quilos, e a haste de sua lança era como um eixo de tecelão, cuja ponta pesava cerca de nove quilos. O côvado era a distância desde a ponta do cotovelo até a extremidade do dedo médio, cerca de quarenta e cinco centímetros. O palmo era a distância entre a ponta do mindinho até a ponta do polegar, quando os dedos estão esticados, e mede em torno de quinze a vinte centímetros. Grevas (6), perneiras. Escudo, ou seja, dardo. Ouvindo, então, Saul e todo o Israel... espantaram-se e temeram muito (11). Os israelitas sabiam que Saul, o homem mais alto e mais forte do exército, deveria ser campeão de Israel. E Davi era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá (12) – como os livros históricos do Antigo Testamento registram, em alguns casos, compilados a partir de documentos mais antigos (por exemplo, 10.25; 1 Rs 11.41; 14.19; 15.7; etc.), existe a ocasional repetição de informações dadas anteriormente. Jessé era um homem idoso nessa época. Os seus três filhos mais velhos estavam no exército com Saul. Davi, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai (15) – uma referência à aparição anterior de Davi na corte de Saul em Gibeá (cf. 16.19-23)” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.209).
 
 
PARA REFLETIR - A respeito de “Davi é ungido Rei”, responda:
O que o ato da unção passou a simbolizar? Como um ato ordenado por DEUS, a unção passou a simbolizar o derramamento do ESPÍRITO do Senhor (1 Sm 10.9; Is 61.1).
Qual a diferença entre a unção do Antigo e do Novo Testamento? No geral, entendemos a unção no Antigo Testamento como separação de alguém para algum ofício. No Novo Testamento ela está relacionada a CRISTO e aos cristãos, no sentido de dotar o cristão de poder para testemunhar as verdades do Evangelho (At 1.8; 1 Jo 2.20,27).
O que Davi não abandonou? Davi, sendo ungido, não abandonou sua posição de servo e fez isso até que chegasse o momento de assumir o trono.
Qual foi o grande desafio de Davi? Após ungido, Davi tem diante de si um grande desafio, o qual foi temido por todo Israel: lutar contra Golias.
Com que Davi matou o gigante? Davi lançou a pedra com sua funda, acertando o gigante, o qual caiu atordoado com a espada.
 
 
UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DE DAVI.
REVISTA CPAD 1994
INTRODUÇÃO: Os acontecimentos que vamos considerar através do estudo desta lição nos trarão uma visão mais ampla do interesse de DEUS pelo bem-estar do seu povo quando ordenou ao profeta que tomasse as devidas providências para ungir um outro rei para Israel, porquanto o seu povo estava atravessando dias difíceis em virtude do. mau comportamento do rei Saul. 
DEUS usou a capacidade de Davi, aperfeiçoando-a e dando a ele condições para ocupar o trono, porém, somente depois de fazê-lo passar por uma série de experiências é que foi possível ao jovem pastorzinho tornar-se um ousado e valente monarca. 

I. O SIGNIFICADO DA UNÇÃO 

Ungir, no sentido literal, significa untar com óleo ou substância gordurosa. 
O simbolismo da unção. DEUS determinou que fossem ungidos aqueles a quem ele chamou para o Seu serviço. 
A unção simbolizava consagração. separação. a transmissão de autoridade. força e honra. 

O JOVEM UNGIDO REI 
DEUS quer usar um jovem ainda bem moço para ser o líder da nação, tinha ele certas qualidades na vida que poderiam fazer dele um rei. 
DEUS ordena a Samuel ungir a Davi. Samuel era Sacerdote, estava sendo perseguido por Saul, pois este sabia que DEUS já não era mais com ele. E não demorou e DEUS falou a Samuel que tinha um trabalho importante a realizar por seu intermédio. 
 ENTÃO disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.

1. A fase preparatória. Talvez Davi nem atinasse bem no que estava acontecendo e o que tinha pela frente. Contudo, com DEUS não tinha nada a temer, pois o Senhor era com ele. 
Muitos anos ainda se passaram até que fosse conduzido ao trono e nos anos que se sucederam foram um tempo de escola, Davi aprendeu muita coisa para sua vida adulta e para ser capaz de liderar seu país, precisava ser testado numa guerra desigual. Em razão da visão errada que Saul tinha de seu reinado seus inimigos começaram a atormentar Israel o povo de DEUS passou a viver escondido temendo a cada momento uma inesperada invasão do inimigo em seu território. 
a. Um menino contra Um Gigante.
b. Servindo na casa do rei. Não só de guerras vive um monarca, mas também de várias outras situações que da mesma forma requerem capacidade de quem lidera. 
DEUS estava preparando o inexperiente jovem para ocupar o trono e cuidar do povo, que era muito especial, assim, era necessário que ele amadurecesse para a função que deveria exercer. 
Dessa forma, também Davi teve oportunidade de ir conviver com o rei Saul em seu palácio (1 Sm 18.2). 

c. Sofrendo perseguições. Davi conquistou a confiança e a amizade de todos no palácio.
O rei Saul o tinha como um valente e corajoso soldado e estava muito satisfeito em tê-lo no palácio. 
Até que um dia quando Davi voltava de uma batalha juntamente com o rei, o povo, alegre pela vitória, saiu às ruas cantando e elogiando os feitos do rei e destacando a participação de Davi na batalha. 
Entrou o espírito de inveja no coração de Saul e dali por diante ele começou a dirigir uma série de ostensivas perseguições a Davi, prometendo mesmo tirar-lhe a vida, o que 'intentou por várias vezes (1 Sm 18.11; 19.10; 20.33; 24.2; 26.2). Todavia, em todas essas situações DEUS livrou Davi das mãos de Saul. 
O equilíbrio, a perseverança e a confiança com que Davi enfrentava as situações difíceis demonstram o quanto ele esperava e confiava em DEUS. 
Assim como DEUS cuidou de Davi, Ele cuida de cada um de nós. 

UM JOVEM FAZENDO PARTE DO PLANO DE DEUS 

Desde o Éden, por ocasião da queda do homem, DEUS revelou seu plano de redenção, o qual estava preparado antes da fundação do mundo (Ef 1.24) e colocou-o em prática, através dos tempos, chamando homens, separando uma nação, conquistando vitórias para o seu povo, até que tudo se cumprisse em seu Filho JESUS. 
Neste contexto vamos encontrar o jovem e simples pastorzinho decidido a mesmo sem saber o que DEUS pretendia fazer dele, ocupar-se em obedecer e seguir às ordens divinas. 
Da mesma forma, como antigamente DEUS usava jovens, como foi 

o caso de Davi; e crianças, como o caso de Samuel e da menina judia em casa de Naamã; e também homens e mulheres avançados em idade, como o caso de Abraão e Sara, o Senhor continua usando aqueles que se dispõem a fazer a Sua vontade e a submeter-se ao seu querer. DEUS quer encontrar homens de coração puro e reto e de abnegada dedicação ao trabalho. 
Depois de todas as provas e estando já madurecido para ocupar a posição de rei, Davi foi chamado a ocupar o trono. 
O reinado de Israel estendeu grandemente suas fronteiras pelas conquistas obtidas e tornou-se uma nação verdadeiramente grande e respeitada por todas as nações vizinhas. 
 
1. Uma descendência abençoada. DEUS prometeu que abençoaria a descendência de Davi e cumpriu Sua promessa. 
Depois de Davi, veio a reinar seu filho Salomão, que foi o monarca mais sábio, mais poderoso e mais rico de Israel. Foi uma época abençoada, quando o povo passou por um período de paz e tranquilidade, sem guerras, e por esse motivo o grande e majestoso templo de Jerusalém pôde ser construído (1 Rs 6.11-13). 
A nação de Israel subsistiu a muitos ataques e até mesmo escravidão e exílio. DEUS preparou todas as coisas e tornou tudo aos seus lugares até que se cumprissem as profecias acerca da Casa de Davi (Jr 23.5; Mq 5.2,3). 

2. O ungido de DEUS. DEUS ungiu a Davi, isto é, separou-o para um trabalho especial, dotou-o das qualidades necessárias e encheu-o do ESPÍRITO SANTO e de poder para que ele tivesse condições de conquistar vitórias sem precedentes para o povo de Israel. Davi foi um rei segundo o coração de DEUS (1 Sm 13.14), o que nos faz entender que Davi não fazia a sua própria vontade, mas a do Senhor. 
Tudo isso foi deveras muito importante. Porém, precisamos compreender que era apenas a preparação para o maior acontecimento de todos os tempos na história da humanidade. 
Um descendente de Davi, nasceria em Belém, cidade de Davi, e seria o Messias prometido, o Salvador do mundo, e este foi JESUS CRISTO, o Ungido de DEUS (ls 61.1,2; At 10.38). 
 
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Lição 10, O ministério de Mestre ou Doutor
Lições Bíblicas - 2º Trimestre de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações, questionários e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
  
 
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Lição 10, O ministério de Mestre ou Doutor
https://youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18n22PQ9kHGcCkvGLW-VPUA vídeos de 2014 desta mesma Lição
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/escrita-licao-10-o-ministerio-de-mestre.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/slides-licao-10-o-ministerio-de-mestre.html
Vídeo completo, Lição 10, O Ministério de Mestre ou Doutor, 2Tr21, Pr Henrique, EBD NA TV
https://www.youtube.com/watch?v=2qgcsYmzvOI
PowerPoint https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-10-o-ministrio-de-mestre-ou-doutor-2tr21-pr-henrique-ebd-na-tv
 
 
Resumo da Lição 10 - O Ministério de Mestre ou Doutor
I - JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA
1. O Mestre  da Galileia.
2. O Mestre  divino.
3. O Mestre  da humildade.
II - O ENSINO DAS ESCRITURAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO
1. Uma ordem de JESUS.
2. A doutrina dos apóstolos.
3. Ensinamento persistente.
Ill - A IMPORTÂNCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE
1. Uma necessidade urgente da igreja.
2. A responsabilidade de um discipulado contínuo.
3. Requisitos necessários ao Mestre .
a) Um salvo em CRISTO. b) O hábito de ler.
c) Preparo intelectual. d) Um coração em chamas.
 
 
 
Comentários do Pr Henrique e de livros, com correções segundo meu entendimento da lição.
Lição 10 - O Ministério de Mestre ou Doutor
Lições Bíblicas - 2º Trimestre de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva

https://www.youtube.com/watch?v=2qgcsYmzvOI

 
 
TEXTO ÁUREO
“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: [...] se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.6,7).
 
 
VERDADE PRÁTICA
Os vocacionados por DEUS para o ministério do ensino são por Ele chamados para edificar a Igreja de CRISTO.
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 7.28,29; Atos 13.1; Romanos 12.6,7; Tiago 3.1.
Mateus 7.28 - E aconteceu que, concluindo JESUS este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, 29 - porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Atos 13.1 - Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
Romanos 12.6 - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; 7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
Tiago 3.1 - Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.
 
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Aprender que JESUS, o Mestre  da Galileia, é Mestre  por excelência.
Identificar a ordem de JESUS aos seus discípulos para ensinar a igreja do primeiro século.
Saber da importância do dom ministerial de ensinador na igreja local.
 
 
Meus comentários - Pr. Luiz Henrique - Livros diversos Com acréscimos e comentários extras do Pr Henrique.
 
“E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” 2 Tm 2:2
 
INTRODUÇÃO 1
Nessa lição estamos falando de ministério Mestre ou doutor, ministério esse que é acompanhado por sinais, prodígios e maravilhas, como era normal na vida dos primeiros mestres. Vemos na reunião em Antioquia que os mestres, ou doutores, eram homens de adoração, jejum, oração e ouviam diretamente a voz do ESPÍRITO SANTO. Eram Profetas e mestres de um ministério sobrenatural (Ef 4.11).
"E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado". Atos 13:1,2.
Paulo foi um Mestre  por excelência, se autodenominava "doutor dos gentios" - "Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios". 2 Timóteo 1:11.
Quase nenhum pastor é Mestre  - quantos você conhece que através dele, de seu ministério pessoal, acontecem milagres, curas, batismos no ESPÍRITO SANTO, libertações, etc...?
O pastor recebe comunicação dos irmãos sobre coisas que estão a perturbar o rebanho e sobre problemas com cada um, então procura na Bíblia uma mensagem para corrigir esses erros, às vezes doutrinários ou de ordem moral, etc... Isso não faz do pastor um mestre. O Mestre  recebe uma mensagem de DEUS para dar à igreja que tocará nos corações e confrontará seus pecados, fortalecerá os que estão lutando contra o pecado, exortará os duvidosos e consolará os tristes. O ensino pastoral é humano, o ensino do Mestre  é sobrenatural, é espiritual. A mensagem vem do ESPÌRITO SANTO que sondou os Corações se mentes dos ali presentes. É inacreditável de repente pensarmos que todo pastor é um Mestre  e que todo professor de EBD também o é. Na maioria das vezes se encontra um Mestre  só entre toda uma igreja de 10.000 pessoas, por exemplo. É raro esse ministério, não estamos falando de gente que estuda muito, que tem muitos livros e que tem facilidade de decorar o que lê, que tem diplomas de teologia, estamos falando de um ministério poderoso e eficaz de CRISTO. Procuremos não diminuir os ministérios, por favor. Assim como é difícil encontrar um legítimo apóstolo, um legítimo profeta, um legítimo evangelista, um legítimo pastor, assim é também difícil encontrar um legítimo Mestre ou doutor. Estamos, nesta lição, falando de coisas superiores, sobrenaturais, espirituais, excelentes.
 
 
Estou mostrando que o pastor não é mestre porque ensina - o pastor recebe comunicação dos irmãos sobre coisas que estão a perturbar o rebanho e sobre problemas com cada um, então procura na Bíblia uma mensagem, para corrigir esses erros, às vezes doutrinários ou de ordem moral ,etc... Isso não faz dele um mestre. O mestre recebe mensagem diretamente do ESPÍRITO SANTO, é sobrenatural. O ESPÍRITO SANTO sonda os corações se dá a mensagem na mesma hora ao mestre. sobre o que cada um precisa ouvir.
 
 
διδασκαλος didaskalos professor, doutor ou Mestre .
* no NT, alguém que ensina.
Em nossa lição é um ministério dado por CRISTO a igreja, é uma pessoa escolhida por JESUS e capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, pessoa dada a Igreja.
Está é a definição do ofício de doutor ou Mestre  em nossa lição.
Não tem a ver com professor de EBD ou pastor que ensina no culto de doutrina ou de ensino.
 
 
Não sei onde alguns irmãos acharam esse dom de ensino. Existe Dom ministerial de Mestre ou Doutor.
O Mestre  ou Doutor é uma pessoa dada, por CRISTO, à igreja, para ensinar a igreja ou qualquer que lhe pergunte a respeito de DEUS ou que deseja aprender a Bíblia, seu ensino é sobrenatural e é confirmado por sinais, prodígios e maravilhas.. É uma pessoa capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons espirituais e alguém que busca e recebe revelações de DEUS para aquilo que ensina. Acontecem salvações, curas e milagres quando um Mestre  ensina. Exemplo disso são JESUS, Paulo, Pedro, Estêvão e Filipe, etc... ---- Todos podem ensinar, mas nunca serem Mestres ou Doutores, mas, todo Mestre ou Doutor é excelente ensinador. Todos podem e devem estudar para ensinarem, porém o Mestre ou Doutor recebe ensino direto de DEUS, além do que aprendeu estudando.
"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na noite em que foi traído, tomou o pão"; 1 Coríntios 11:23.
A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder, 1 Coríntios 2:4
As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o ESPÍRITO SANTO ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. 1 Coríntios 2:13
Um legítimo Mestre  é aquele que tira de seu aió, ou alforje, ou embornal, ou cofo, ou sacola, ou pasta, ou mochila, etc... (bolsa onde se coloca as sementes para plantar, de acordo com cada região do Brasil), daí o Mestre  retira, coisas velhas e coisas novas, ou seja, coisas já reveladas e coisas que ele buscou de DEUS e são novas revelações da Palavra de DEUS, e as ensina a seus alunos (palavra que sai da boca de DEUS). - "E ele disse-lhes: Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas". Mateus 13:52.
O Mestre  aplica tanto o serviço espiritual de buscar a revelação da Palavra, em oração, quanto aplica o serviço material que envolve estudar a finco a bíblia sobre o que vai ensinar e também se aplica ao jejum para se manter em comunhão íntima com o ESPÍRITO SANTO, também ministra dons do ESPÍRITO SANTO aos ouvintes - Sem entrega total da vida não existe ministério de Mestre  - sem sacrifício não existe presença de DEUS.
 
Nicodemos disse: Rabi, bem sabemos que és Mestre  vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele (2). Os milagres que JESUS realizara (2.23) indicavam o caminho para Nicodemos e para aqueles que este representava (observe a forma plural sabemos). Por causa desses milagres, eles descobriram que JESUS era um professor especial enviado por DEUS.
A maior tragédia do ensino em nossos dias é não ver na vida prática dos ensinadores o que eles mesmos ensinam, é não ver e ouvir a confirmação de seu ensinos através do poder de DEUS em operação pela manifestação dos dons espirituais na vida ministerial de tais "mestres".
 
 
NOVO NASCIMENTO
Acontece quando há o arrependimento de pecado e o pecador arrependido confessa a JESUS CRISTO como único e suficiente Salvado e Senhor, é invisível a presença do ESPÍRITO SANTO na pessoa, mas a partir desse momento Ele está morando nesse novo filho de DEUS, nascido de novo. Este antes era do reino das trevas, agora é do reino da luz, era do reino de Satanás, agora pertence ao reino de DEUS, era filho da ira, agora filho de DEUS. JESUS disse que é como o vento que ninguém vê, mas sabe que está balançando a árvore, assim o que é nascido de novo apresenta mudança de vida, mas ninguém vê o ESPÍRITO SANTO na pessoa, embora O Mesmo esteja morando lá. SINAL INTERNO E INVISÍVEL
 
 
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.41.
Vivemos num tempo de avanço tecnológico e de multiplicação das informações em distintas áreas do conhecimento. Basta um computador conectado à internet e, pronto: um mundo outrora desconhecido agora se abre para você. Possivelmente, o seu aluno conhece o assunto a ser lecionado nesta semana. Certamente ele pesquisou muita coisa em livros e na internet. E pode ter acumulado até mais informação que o conteúdo preparado para a sua aula. Este é o nosso mundo globalizado!
Nesta lição, o nosso desafio é explicar como se pode relacionar o dom ministerial de Mestre  com as urgências existenciais dos dias contemporâneos. Não por acaso, ela abre o tema analisando o ministério do ensino em JESUS de Nazaré. O Mestre  da Galileia era antenado com as circunstâncias sociais, políticas e espirituais do seu tempo. Com propriedade, JESUS ensinou sobre a política, as prevenções contra o materialismo e confrontou os discípulos a respeito do verdadeiro sentido da vida humana. Levando sempre uma proposta de vida segundo a perspectiva do Reino de DEUS. É a urgência da tarefa de todo educador cristão: levar os alunos a pensarem as demandas da existência à luz do Evangelho e segundo os aspectos positivos e negativos do Reino de DEUS (Mt 5-7). O ensino do Mestre  trás revelações sobrenaturais que o aluno jamais encontrará nos livros e na internet.
Preeminência do ministério do Mestre
Podemos afirmar historicamente que, logo após a morte dos santos apóstolos, as testemunhas da ressurreição do Senhor, os mestres ministeriais eram líderes chaves na comunidade antiga, assim como os apóstolos ministeriais, profetas ministeriais, os evangelistas ministeriais e os pastores ministeriais. Ao ponto de a Bíblia registrar a exortação apostólica: "Os presbíteros (ministros, anciãos, líderes) que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina" (1Tm 5.17). Os presbíteros que se dedicavam ao exame da Palavra de DEUS eram estimados por duplicada honra porque eles se afadigavam dia e noite para compreender os mistérios divinos (Rm 12.7). A mensagem do Reino tinha de fazer sentido na vida dos cristãos de outrora.
Caro professor, o Pai concedeu o dom ministerial do Mestre  para a sua Igreja atingir a estatura de CRISTO em sua plenitude. Portanto, estude, persista em ler e reflita acerca da fé; não se esqueça de que os nossos alunos devem enfrentar as questões da vida sob o prisma da mensagem do Reino de DEUS. E você professor, é um instrumento essencial nesse processo de formação cristã. Busque o ministério de Mestre  ou doutor em oração e jejum. Busque ser usado por DEUS em Dons do ESPÍRITO SANTO para que seu ensino seja confirmado por DEUS sobrenaturalmente. Acréscimo do Pr Henrique.
 
 
INTRODUÇÃO 2
Entre os dons ministeriais, concedidos por DEUS para edificação e “aperfeiçoamento dos santos”, nas igrejas locais, está o de “doutor” ou “Mestre ”. Não é um dom muito reconhecido em geral, nas comunidades cristãs, por falta de entendimento acerca do seu valor, ou até por preconceito contra esses termos. As pessoas não têm qualquer receio de tratar um obreiro como “pastor”, “evangelista”, “bispo” ou até “apóstolo”, nos dias presentes. Mas não é comum um obreiro, que tem o dom de Mestre  ser chamado de “Mestre ” ou “doutor”. Isso se deve à visão que se tem do que é ser dotado de capacidade para o exercício desse dom ministerial, tão importante quanto os demais dons de DEUS. Ou pelo “ar de superioridade” que alguns vêm naqueles usados no exercício desse dom. Percebe-se que, em muitos casos, os pastores, por falta de humildade perseguem os mestres ou doutores, não percebendo que aquele que deu o dom foi DEUS. O verdadeiro Mestre  ou doutor não se porta com diletantismo ou soberba, pelo fato de ser intelectualmente mais galardoado do que outros. Os mestres devem ser sustentados pela igreja que muitas vezes não lhe provê nem o sustento básico, como escrito acima - Os presbíteros que se dedicavam ao exame da Palavra de DEUS eram estimados por duplicada honra porque eles se afadigavam dia e noite para compreender os mistérios divinos (Rm 12.7). 1 Timóteo 5:18 - O trabalhador é digno do seu salário.
Não se deve generalizar em caso algum o comportamento dos maus obreiros. Há os mestres ou doutores que, a despeito de seu elevado grau de conhecimento bíblico, teológico e secular, são humildes e sinceros, colocando-se como servos a serviço das igrejas.
Os bons mestres ou ensinadores são muito úteis às igrejas locais. Na maioria das vezes os pastores, assoberbados com as atividades administrativas, construindo templos, cuidando do patrimônio, em viagens pastorais, e tantas atividades, próprias dos que realmente trabalham em prol da obra do Senhor, não têm tempo de preparar estudos e mensagens substanciais, para alimentar a igreja local. E recorrem aos mestres ou ensinadores, para que lhes ajudem nessa imensa tarefa de edificar o rebanho. Somente aí se dá o devido valor ao Mestre . Raríssimas são as oportunidades dadas aos mestres nas igreja, hoje em dia.
A atividade primordial do Mestre , doutor ou ensinador é cuidar do ensino recebido sobrenaturalmente. É tão importante que a Bíblia requer que haja dedicação ao exercício desse dom. “...se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.7 — grifo nosso). Imagine quantas horas de oração, estudo da Bíblia e de jejum o verdadeiro Mestre  se entrega diariamente para poder exercer seu ministério. Talvez seja uma das grandes falhas em muitos ministérios, a falta de dedicação ao ministério de ensino. Há pessoas que querem ensinar sem o mínimo preparo para essa atividade. Nos tempos pós-modernos, mais do que nunca, existe a necessidade de bons ensinadores. Há questionamentos e problemas que não havia há alguns anos. E muitos pastores não estão preparados para dar respostas adequadas ao rebanho.
O avanço das ciências, das tecnologias, as questões da bioética, as mudanças rápidas no comportamento social provocam questões que exigem, não só o conhecimento bíblico e teológico, mas também secular. Além de tudo, a dependência do ESPÍRITO SANTO que sonda os corações revela as necessidades de cada um.
O Mestre , doutor ou ensinador precisa ter o cuidado de não se considerar superior ao pastor ou dirigente de uma congregação, pelo fato de ter mais conhecimento que a média dos obreiros. Humildade, modéstia, sabedoria e equilíbrio são qualidades indispensáveis aos que são dotados por DEUS de mais capacidade para se dedicarem ao ensino. Mais cuidado ainda deve ter o Mestre , pois deles será requerido mais, como diz Tiago: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Aquele que recebe o nome de Mestre , sem o ser, está em perigo constante, pois representa o papel daquele que realmente foi escolhido por DEUS, não sabendo ele que será cobrado por ensinar o que não prática e nem crê.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 118-119. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
ENSINO
A importância do ensino Cristão
1. Ensinemos por meio de palavras, pela força do exemplo. O ensino faz parte da Grande Comissão (ver Mt. 28:20).
2. Os dons espirituais existem para servir de auxílio no ministério do ensino, e o alvo de tudo é a maturidade espiritual, o crescimento e o aperfeiçoamento dos santos (ver Ef. 4:11 e ss).
3. Os verdadeiros mestres são dádivas divinas à igreja, para seu benefício (ver Ef. 4:11). E a revelação da palavra é dada especialmente aos mestres, a fim de que sejam eficazes em seu ministério (ver I Cor. 12:8).
4. O ensino tem um efeito edificador. Portanto, é importante, se a igreja tiver de ser edificada. O ensino é vital para esse propósito (Ef 4.12).
5. As Escrituras Sagradas nos foram transmitidas nessa forma escrita a fim de que o ministério do ensino fosse facilitado e se tomasse mais eficaz. São a base de qualquer ministério (At 2.42).
6. Acima de tudo o mais, CRISTO foi o Mestre Supremo. Se seguirmos o exemplo que nos deixou, sem dúvida haveremos de ensinar. Ensinava, pregava e curava (Mt 4.23).
7. Se apenas houver evangelização e faltar o ensino cristão, a igreja terá de contentar-se com uma igreja infantil, carnal, com disputas e cisões. Um povo faminto espiritualmente, será um povo infeliz. Daí a importância do Mestre  (Mt. 28:20).
8. A ausência de ensino cristão arma o palco para a apostasia. (ver Hb. 6:1 e ss).
9. Chega um tempo, na vida de cada crente, que se espera que ele se tome um Mestre , e não um aprendiz (ver Hb. 5:12).
10. Observemos a importância emprestada por Paulo à necessidade de haver homens bons que sejam mestres de outras pessoas na fé cristã, para que esta possa passar de uma geração à outra (ver 2 Tm, 2:2).
Aquele que tem o privilégio de ser bem ensinado terá o privilégio de ser instrumento na obra de DEUS.
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em CRISTO JESUS. Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra. 2 Timóteo 3:14-17
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 390. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
Os versículos 7-8 acrescentam: Se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar. Colocada ao lado de ensinar, a palavra exortar sugere pregação. Sobre o significado de exortação (dom de exortar). No entanto, Barrett nos lembra que precisamos evitar fazer uma distinção muito precisa entre ensinar e exortar. “Cada um destes termos significa uma comunicação da verdade do evangelho ao ouvinte, efetivada de diversas maneiras: em uma delas, é explicada - em outra, é aplicada. Contudo, esta comunicação nunca deve ser explicada sem ser aplicada, nem aplicada sem ser explicada”.
William M. Greathouse. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 164. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
É um belo dom, que o use e ocupe-se dele. “...se é ensinar, haja dedicação ao ensino”; assim alguns o complementam, ho didaskon, en te didaskalia.
Que ele seja regular, constante e diligente no ensino; que permaneça naquilo que é a sua própria função, e esteja nela como em seu ambiente natural (veja 1 Tm 4.15,16, onde isso é explicado por duas palavras: em toutois isthi e epimene autois, estar nessas coisas e continuar nelas). É função do Mestre  aplicar as verdades e as regras do evangelho mais próximas à situação e à condição das pessoas e inculcar nelas aquilo que for mais prático. Se requer uma cabeça esclarecida e um coração aquecido. Gera edificação dividir o trabalho adequadamente e, qualquer que seja a tarefa de que nos encarregamos, vamos nos dedicar a ela. Cuidar do nosso trabalho é entregar o melhor de nosso tempo e pensamentos a ele, aproveitar todas as oportunidades para ele e não apenas refletir em como fazê-lo, mas fazê-lo bem.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 389. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
Nas páginas do N.T., o vocábulo «...ministério...» geralmente aparece vinculado a alguma forma de ministração física, como no caso do serviço prestado por Marta (ver Luc. 10:40), embora também possa indicar alguma forma de serviço espiritual, como o serviço prestado pelos anjos aos herdeiros da salvação, conforme lemos em Heb. 1:14. No trecho de 2 Cor. 3:7, essa mesma palavra é usada para falar sobre o ministério geral de Moisés. Pode significar o serviço geral, físico ou espiritual, relativo às coisas temporais ou às realidades eternas.(Ver I Cor. 12:5; Ef. 4:13 e II Tim. 4:11).
Vê-se, portanto, que a palavra «ministério» se aplica tanto ao serviço físico como ao serviço espiritual, dos menores serviços aos mais elevados que podem ser realizados na igreja. (Ver Atos 6:1,4).
«...dediquemo-nos ao ministério...» Essa «dedicação» não aparece no original grego, embora seja corretamente suprida na tradução. Literalmente, o trecho original diz: «...o que ensina, esmere-se no fazê-lo...» (Atos 20:20). Uma vez mais, o original grego diz tão-somente, «...aquele que ensina, no seu ensino...», deixando subentendida a ideia de «dedicação» ou «diligência». Aquele cujo ofício consiste em ensinar, deveria esforçar-se por aprimorar os seus conhecimentos, por melhorar a eficácia dos seus métodos de ensino, aumentando o seu interesse pessoal por aqueles que são os seus alunos. Um dos mais graves escândalos das modernas igrejas evangélicas é que a grande maioria dos seus mestres em nada melhora com a passagem dos anos, incluindo-se nisso tanto o conhecimento como os métodos empregados, como também não demonstram crescente interesse pessoal pelo bem-estar de seus alunos. Pois, não é verdade que muitos pastores e outros ministros, depois de terminarem algum curso bíblico, em um instituto bíblico ou em um seminário qualquer, nunca mais envidam esforço para melhorarem, mas de ano após ano não apresentam qualquer mudança para melhor, dizendo sempre as mesmas coisas e da mesma maneira? Ponderamo-nos admirar, portanto que, neste nosso mundo moderno, onde o conhecimento geral aumenta de forma assustadora, tantos se sintam enfadados das igrejas, até que finalmente se desviam de todo? Não é suficiente proferir dogmas contínuos, sem variação e sem imaginação. Ninguém pode tolerar esse tipo de ministério para sempre. Esse tipo de ministério não corresponde aos problemas de nossa complexa sociedade contemporânea. No entanto, que o ensino bíblico é importante se toma imediatamente evidente através do fato que a Grande Comissão nos ordena não somente evangelizar, mas igualmente ensinar, e ensinar «todas as coisas» que ele nos ordenou.
Ensinar mediante o «exemplo» também é importante, embora se trate de um aspecto olvidado por tantos mestres cristãos. (Atos 12:25). Existe distinção entre «profetas» e «mestres», em Atos 13:1 e Ef. 4:11). A distinção é que os mestres, em sua inspiração imediata, lhes é permitido revelar alguma coisa nova, uma revelação da Palavra de DUS, por exemplo, de que ainda não se tinha conhecimento. que empresta autoridade àquilo que dizem.
Deveria tornar-se evidente, com base neste texto da epístola aos Romanos, que o ensino é um dom e ministério. E os crentes possuidores desse ministério deveriam procurar aprimorar-se na aplicação de sua chamada. O Mestre  cristão deve também buscar pela inspiração do ESPÍRITO SANTO, para que o Senhor o guie em suas pesquisas e em seus pensamentos. O Mestre expõe aos seus ouvintes muitos tesouros, alguns antigos e outros novos, mas todos proveitosos e expressos de maneira tão convincente que podem transformar as vidas dos homens, porquanto as suas palavras podem ser usadas pelo ESPÍRITO de DEUS visando exatamente a essa função.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 3. pag. 814. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
I - JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA
1. O Mestre  da Galileia.
a- O SIGNIFICADO DE MESTRE
A palavra Mestre, nas escrituras, tem o sentido de designar “uma pessoa que é superior às outras, em poder, autoridade, conhecimento ou em algum outro aspecto”. No hebraico, a palavra 'adon que dizer “soberano” ou “senhor”. A palavra “rab” designa um “professor comum”. Com relação a JESUS, foi usada a palavra “rabi” (cf. Jo 4.31), indicando que ele era um Mestre  superior. As pessoas chamavam de “meu Mestre ”, “meu Senhor”, a quem tinha esse título. JESUS recebeu esse tratamento diversas vezes (Jo 1.38,49; 3.2,26). Quando JESUS ressuscitou, Maria usou a palavra “Raboni?, quando o reconheceu. “Disse-lhe JESUS: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)!” (Jo 20.16). Em seus ensinos, “O Senhor JESUS proibiu o uso deste termo entre os discípulos por causa do orgulho e da exaltação pessoal com que era utilizado entre os fariseus (Mt 23. 7,8).
 
 
b- O MESTRE DA GALILEIA
JESUS era o Mestre perfeito. Além de apóstolo, profeta, evangelista e pastor,  exercia com excelência a missão de ensinar. Evangelizava e discipulava de maneira eficaz. Era o Mestre perfeito; o Doutor incomparável (Mt 4.23-25).
Seus ensinos, seus sermões ou discursos e suas aulas eram eloquentes e profundamente convincentes aos que o ouviam. Ele não ensinava teorias abstratas ou acadêmicas que impressionassem pela retórica. Seu ensino era bem recebido pelas multidões, porque Ele vivia o que ensinava e ensinava o que vivia.
O Mestre dos mestres fazia diferença em seus ensinos perante as multidões. O povo estava descrente das mensagens dos escribas e fariseus, que proferiam discursos eloquentes e legalistas, mas vazios de autenticidade e poder. Não foi por acaso, que as multidões que seguiam JESUS aumentavam a cada dia. A diferença dos ensinos de JESUS e os dos fariseus, era que JESUS falava com autoridade (Mt 7.28,29). Ministrava os dons do ESPÍRITO SANTO curando e libertando (Mt 4.23; 9.35)) e Ele era incomparável, como Rabi da Galileia (Jo 3.2).
O Mestre dos Mestres deixou-nos grandes exemplos de sua pedagogia.
1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27);
2) Conhecia seus alunos (Mt 13; Lc 15.8-10; Jo 21);
3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47);
4) Ensinava as verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17- 26; Jo 14.6);
5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes (Parábolas, perguntas, discursos, preleção, leitura, demonstração, etc.).
6) Curava e libertava as pessoas com poder tremendo (Mt 4.23; 9.35).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 120-121. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
MESTRE
O significado literal de várias palavras gregas varia de "instrutor" ou didaskalos, como em Mateus 10.24, até "déspota" ou despotes, como em 1 Pedro 2.18. Outra palavra grega traduzida como "Mestre ", epistates, significa "alguém nomeado sobre" outros, como em Lucas 5.5. Ainda outra palavra grega é, na verdade, hebraica - "rabbi" que significa "meu Mestre " ("superior" ou "professor"), como em João 4.31. Uma quinta palavra grega para "Mestre " é kurios que geralmente foi traduzida como "senhor" ao longo de todo o NT e significa "supremo" (em autoridade). No sentido mais elevado, o título se aplica apenas ao Senhor JESUS. Ainda existem outras palavras gregas e hebraicas com diferentes aspectos de significado que foram traduzidas como "Mestre ". Duas palavras gregas para "Mestre " ocorrem em Mateus 23.8-10, "Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi [rhabbi, "meu Mestre ", ou "professor"], porque um só é o vosso Mestre [kathegetes, "líder" ou "professor"], a saber, o CRISTO, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres [kathegetes, "líderes"], porque um só é vosso Mestre, que é o CRISTO".
Sendo assim, na autoridade e plenitude do ESPÍRITO SANTO só JESUS foi o Mestre  por excelência, perfeito em seus ensinos. Depois veio a Igreja e entre seus 5 ministérios, o de Mestre (Ef 4.11).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1261-1262. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
RABI
Esta palavra é uma transliteração da palavra hebraica usada como um termo de respeito e honra. A palavra significa literalmente "meu grande", "meu Mestre ". Embora o termo tenha sido originalmente usado como uma marca de respeito, depois do século I d.C. ele tornou-se um título para mestres religiosos e líderes, perdendo em grande parte o seu significado original. Este título continuou em uso durante a era Cristã, e é usado atualmente para designar os ministros ordenados entre os judeus. Embora as escolas recentes entre os judeus tenham tentado usar a graduação de títulos variando de "rab", um professor comum, até "rabi", e então "raboni", no tempo do Senhor JESUS não houve nenhuma consistência em uma forma de uso semelhante. No NT, o termo rabi foi aplicado ao Senhor JESUS em várias ocasiões, porém mais provavelmente no sentido de honra do que em um significado técnico (Jo 1.38,49; 3.2,26; 6.25). A palavra raboni, usada por Maria ao se dirigir ao Senhor ressuscitado (Jo 20.16) é a forma aramaica da mesma palavra. Certa vez o Senhor JESUS proibiu o uso deste termo entre os discípulos por causa do orgulho e da exaltação pessoal com que era utilizado entre os fariseus (Mt 23.7,8).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag.  1242-1243. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
CRISTO passou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doentes e enfermos (Mt 4.23; 9.35). Entenda;
a- O que CRISTO falava sobre o Evangelho do reino.
O Reino dos céus, isto é, o reino de graça e glória, é enfaticamente o reino, o reino que estava chegando; o reino que iria sobreviver, que superaria todos os reinos da terra, o reino de poder. O Evangelho compreende os estatutos deste reino, contendo o juramento de coroação do Rei, pelo qual Ele se obriga graciosamente a perdoar, proteger, curar e salvar os súditos daquele reino e a procurar a sua honra. Este é o Evangelho do reino; dele, o próprio CRISTO foi o pregador, para que a nossa fé no reino possa ser confirmada.
b- Onde Ele ensinava.
Nas sinagogas. Não apenas ali, mas ali principalmente, porque estes eram os lugares onde a multidão se reunia, onde a sabedoria erguia a sua voz (Pv 1.21); porque eram os lugares onde o povo se reunia para a adoração religiosa e ali, esperava-se perdão de pecados e cura física, a mente do povo estaria preparada para receber o Evangelho; e ali as Escrituras do Antigo Testamento eram lidas, e a sua exposição poderia facilmente introduzir o Evangelho do reino.
c- O empenho que Ele tinha em ensinar.
Ele passou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doentes e enfermos. Ele podia ter publicado uma proclamação, convocando todas as pessoas para que viessem até Ele; mas para mostrar a sua humildade, e a condescendência da sua graça, e a necessidade de que todos fossem abençoados, Ele vai até eles; pois Ele espera ser gracioso e vir para buscar e salvar. Josefo disse que havia aproximadamente duzentas cidades e vilas na Galileia, e CRISTO visitou todas elas, ou a sua maioria. Ele viajava fazendo o bem. Nunca houve um Mestre  itinerante assim, tão infatigável, como era CRISTO. Ele ia de cidade em cidade, para comunicar aos pobres pecadores que se reconciliassem com DEUS, Ele ensinava, pregava e curava a todos. Este é um exemplo para os ministros mestres, para que se dediquem a fazer o bem, e, para que Sejam insistentes e constantes, a tempo e fora de tempo, em ensinar a palavra e curar a todos os doentes e enfermos, em nome de JESUS.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 39-40. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
CRISTO passou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doentes e enfermos (Mt 4.23; 9.35).
Com estas palavras Mateus repete o que já afirmou em 4.23-25 sobre a atividade abrangente do Senhor. O v. 35 caracteriza, numa coincidência quase literal com 4.23, a atuação com quatro verbos. São eles: percorrer a região, ensinar, evangelizar, curar.
Estas quatro atividades revelam-nos o CRISTO que fala e que trabalha, ou seja, a atuação de JESUS com palavra e atos, com cuidado pela alma e cuidado pelo corpo.
Primeiro: JESUS percorria a região. Ele procurava as pessoas lá onde estavam em casa, em seus hábitos. Ele realiza “visitas domiciliares”, como diríamos hoje. Samuel Keller afirmou certa vez: “A chave para as almas das pessoas está pendurada em sua casa. Por isso é necessário ir até elas, procurá-las em sua vida cotidiana, em suas aflições, em suas doenças, em sua solidão.”
Segundo: Ensinando. Ensinar refere-se à instrução dada ao povo (exposição da palavra de DEUS!), e também à controvérsia com os fariseus e escribas.
O objetivo é que o povo seja ensinado a partir da autoridade, e não dos “estatutos humanos”. A palavra, novamente a palavra, a palavra poderosa do ESPÍRITO. De que outra maneira o Bom Pastor alcançaria seu rebanho, se não fazendo ressoar a sua voz?
Terceiro: Ao lado do ensino acontece, como segunda característica, o “anúncio”, a “proclamação de alegria” do reino.
Quarto: Ensino e proclamação são acompanhados da ação simultânea. Pois o reino de DEUS está “em vigor”. Quando o Senhor diz a sua palavra, caem as amarras do pecado, os castelos do Mamom, as fortalezas da doença, sim os laços da morte. JESUS nos proíbe deixar de lado a grande miséria física, social e econômica das multidões, como se não tivéssemos nada a ver com ela, como se fosse possível ouvir e aceitar o evangelho do reino de modo desligado dela. JESUS nos proíbe considerar essa miséria como algo sancionado por DEUS. Pelo contrário, ela faz parte da realidade sem DEUS em que JESUS nos ordenou que penetrássemos, dando-nos as magníficas palavras do “sal” e da “luz”, com sinais, prodígios e maravilhas.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica Esperança. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
Mt 7.28,29 Nos dois últimos versículos, tomamos conhecimento da impressão criada pelo discurso de CRISTO nos seus ouvintes.
1. Eles ficaram admirados com a sua doutrina.
2. Apesar de ensinar com autoridade, Ele não era como os escribas. CRISTO pronunciava o seu discurso da mesma maneira que um juiz pronuncia uma sentença. Ele realmente fazia seus discursos com um tom de autoridade. Suas lições eram leis, e a sua palavra era uma palavra, de comando. CRISTO, sobre a montanha, mostrava mais autoridade que os escribas na cadeira de Moisés. Dessa forma, quando CRISTO ensina às almas através do seu ESPÍRITO, Ele ensina com autoridade e poder miraculoso (Mt 4.23; 9.35).
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 90. Com acréscimos do Pr Henrique
 
Mt 7. 28-29. O impacto do sermão do Monte foi profundamente marcante e duradouro. “As multidões estavam totalmente fora de si.” Estavam como que atordoadas, paralisadas! Pavor e admiração, profundo abalo interior e simples incapacidade de captar tomaram conta de seu coração. Jamais tinham ouvido algo assim.
Nenhum discurso que tenha saído de lábios humanos era mais arrasador e impactante do que esse. Ele era, no mais verdadeiro sentido da palavra, a “inversão de todos os valores”. Ele foi e continua sendo o mais abrangente e mais radical paradoxo, i. é, diretamente oposto a tudo o que houve até então, que já fora dito sobre a face da terra. Mateus 5 - O pobre de espírito é bem-aventurado. O que chora é bem-aventurado. O que têm fome e sede de justiça é bem-aventurado, O que sofre perseguição por causa da justiça é bem-aventurado. O injuriado, e perseguido é bem-aventurado
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica Esperança.
 
 
2. O Mestre  divino.
O ensino do Mestre JESUS não teve nem tem paralelo em qualquer instrução, discurso ou filosofia dos homens. São ensinamentos para serem vividos, e não apenas pregados. Não eram como os ensinos dos fariseus ou dos doutores de sua época (Mt 7.29). Tempos depois, seu discípulo e apóstolo, Paulo, que não conviveu com Ele, que afirmou: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder” (1 Co 2.4). Uma das maiores causas do descrédito no evangelho pregado por muitas igrejas e muitos pregadores é a falta de autenticidade na vida deles. Falta a confirmação da Palavra pelos sinais, prodígios e maravilhas. JESUS demonstrou, com sua palavra e com seus feitos que era o Mestre Divino. Ele pregava o evangelho vivo e poderoso, que não consistia apenas em belos sermões, mas em vidas transformadas física e espiritualmente.
JESUS foi aprovado por DEUS com maravilhas, prodígios e sinais - Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos 2:22
O apostolado de Paulo foi aprovado por DEUS também com maravilhas, prodígios e sinais - Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 121. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
João 3.1,2 Nicodemos era um líder religioso judeu e um fariseu, isto é, pertencia à seita mais rigorosa daqueles tempos.
O que motivou Nicodemos a procurar JESUS? Provavelmente, ele estava impressionado com os sinais que JESUS fazia (bem sabemos que és mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele. João 3:2b) e também curioso por causa de seus ensinos, e preferiu formar sua opinião a respeito de JESUS depois de uma conversa inicial. Talvez preferisse evitar ser visto na sua companhia, em plena luz do dia, por temer a censura de seus companheiros fariseus (que não criam que JESUS era o Messias). Mas pode não ter sido o medo que o levou a JESUS depois de escurecer, e também é possível que tenha escolhido um momento em que pudesse conversar sozinho e longamente com o popular Mestre que estava sempre cercado de pessoas. Queria mais intimidade, se interessava por DEUS (por isso mesmo se converteu - João 19:39).
Respeitosamente, Nicodemos se dirigiu a JESUS como o Mestre que havia sido enviado por DEUS. Embora isso fosse verdade, esse título revela seu limitado conhecimento sobre JESUS, afinal Ele era muito mais que um simples rabino. Mas pelo menos Nicodemos identificou os sinais miraculosos de JESUS como a revelação do poder de DEUS.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 500. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
Uma Vida Nova Para um Homem Morto — Nicodemos (3.1-21)
A salvação é para “todos” (16), mas também é verdade que todos os homens precisam do nascimento que vem do céu (cf. Rm 3.23).
O cuidado com que se descreve a situação de Nicodemos na vida religiosa judaica não é uma coincidência. Ele era um homem entre os fariseus, um príncipe dos judeus. Se algum homem, na ordem antiga, conheceu o significado de DEUS e dos seus planos e propósitos para o homem, esse foi Nicodemos — ele era profundamente entranhado na tradição monoteísta, além dos ensinos da lei, da história de Israel e das proclamações dos profetas. Mas em algum lugar, de alguma maneira, ele se perdera no caminho, e de alguma maneira exemplificava o que havia acontecido com o judaísmo. Assim, uma vez mais, João estabelece um vívido contraste entre a antiga aliança, com todos os seus mal-entendidos, as suas inadequações e suas falhas, e a nova aliança, que assegura a abundância da vida, que tem o DEUS vivo e verdadeiro como a sua Fonte.
Este foi ter de noite com JESUS (2). “Por que ele veio, afinal?” A resposta pode explicar por que ele veio de noite. Devido à profunda necessidade da sua alma, ele veio até o Senhor saindo da escuridão na qual ele e os seus companheiros estavam imersos. Compare isto com o ato de Judas. Quando ele deixou JESUS para ir fazer o acordo com os judeus, ele saiu “e era já noite” (13.30). O contraste vívido entre a luz e as trevas aparece regularmente ao longo de todo o Evangelho (cf. 1.5, 9; 3.19; 8.12; 9.4-5; 12.35).
Nicodemos disse: Rabi, bem sabemos que és Mestre  vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele (2). Os milagres que JESUS realizara (2.23) indicavam o caminho para Nicodemos e para aqueles que este representava (observe a forma plural sabemos). Por causa desses milagres, eles pensavam que JESUS era um professor especial enviado por DEUS. Rabi... és... vindo de DEUS. Mas isto não significava que JESUS estava sendo reconhecido como o Messias. Embora mais tarde Nicodemus tenha se convertido (João 19:39).
Joseph H. Mayfield. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 48. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
A expectativa do Messias vindouro estava viva em Israel e ganhara nova intensidade sob a pressão da dominação estrangeira romana. Já por ocasião do surgimento de João Batista a pergunta era: Será que ele pretende ser o Messias (cf. Jo 1.19ss)? Ocorre que em sua pessoa e seus atos JESUS é ainda mais poderoso e envolvente que João Batista. João Batista naõ realizou nenhum milagre, por isso mesmo não poderia ser confundido com o Messias (veja profecia sobre o Messias -  Isaías 61:1 Cf com Lucas 4:18 - O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração). Por isso muitos creram em seu nome (Jo 2.23). Por essa razão vai até JESUS um dos homens dirigentes de Jerusalém, chamado Nicodemos, que pertencia ao grupo dos fariseus e tinha assento e voz no Sinédrio.
O tratamento que Nicodemos dirige a JESUS é honroso. Ele, o reconhecido teólogo, o Mestre  em Israel (v. 10), chama o homem sem estudo da Galileia de Rabi. Vieste de DEUS, sim; porém és apenas um grande Mestre , nada mais que isso. Ou queres ser mais? Queres concordar com aqueles que agora estão a dizer em Jerusalém: JESUS CRISTO, JESUS o Messias? Nicodemos dirige essa indagação oculta a JESUS. É sobre essa pergunta que ele pretende falar com o próprio JESUS. Acaba por encontrar o verdadeiro Messias (João 19:39).
Werner de Boor. Comentário Esperança Evangelho de João. Editora Evangélica Esperança. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
Nicodemos pode ter tido uma compreensão deficiente, mas pelo menos não estava cegado por preconceitos, como aqueles líderes religiosos cuja reação às palavras e obras de JESUS foi atribuí-las à atividade demoníaca (veja Jo 8.48,52, Mc 3.22ss.). Mesmo que ele não tenha compreendido o significado dos sinais, percebeu que eles somente poderiam ter sido operados pelo poder de DEUS. Por esta razão, apesar de JESUS não pertencer às escolas de ensino sacro reconhecidas, este Mestre-líder em Israel saudou-o como um igual com o título Rabi - um sinal de respeito que valia mais partindo de Nicodemos que dos dois discípulos jovens de João 1.38. As conclusões de Nicodemos eram válidas, até onde tinha ido, mas não chegaram ao ponto que importava. JESUS viu o estado de sua alma, por trás das palavras de saudação proferidas por ele e respondeu-lhe numa linguagem que, por mais desconcertante e incompreensível que tenha parecido a Nicodemos, fora calculada com cuidado para falar à sua condição e levá-lo à salvação (João 19:39)..
F. F. BRUCE. João. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 78-79. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
3. O Mestre  da humildade.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Mateus 11:29
 
A Auto humilhação de JESUS (Jo 13.4-20)
Pelo fato de a declaração de abertura do capítulo 13 ser longa e detalhada, o leitor deve considerar que o início da cena da ceia ocorre na primeira oração do versículo 2: E, acabada a ceia (o texto grego diz “durante a ceia”), e então continua com a primeira oração no versículo 4: levantou-se da ceia. Ao fazê-lo, o Senhor tirou as vestes (4, cf. 10.17; Fp 2.5-8); i.e., a túnica externa. Então, tomando uma toalha, cingiu-se, o que “marca a ação de um escravo”. Assim preparado, Ele pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxuga-los com a toalha com que estava cingido (5). João não declara por que algum dos discípulos não executou esta tarefa servil, mas evidentemente havia ocorrido alguma “busca de posição” entre os doze (Lc 22.24). Além disso, JESUS era o único naquela sala que poderia executar até mesmo o simbolismo da purificação — pois só Ele estava limpo no sentido teológico e moral da palavra (cf. 17.19; Hb 13.12). Ele veio para dar ao homem a possibilidade de tornar-se puro, moralmente limpo, santo.
Naquela sala só tinha um totalmente limpo - JESUS - Só ELE poderia lavar os pés de todos.
Quando JESUS foi lavar os pés de Pedro, este lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? (6) A resposta de JESUS, não o sabes tu, agora, não só afirmava a ignorância de Pedro em relação às coisas espirituais (e.g., a vinda do ESPÍRITO), como também incluía uma promessa: tu o saberás depois (7). O que eu faço era a humilhação do Senhor, simbolizada no ato de lavar-lhes os pés; na verdade, porém, Ele estava proporcionando toda a obra redentora de DEUS para o homem. Hoskyns comenta que a reação de Pedro não é um contraste entre o orgulho de Pedro e a humildade de JESUS, mas, antes, “entre o conhecimento de JESUS, o qual é a base da ação, e a ignorância de Pedro, que ainda não percebe que a humilhação do Messias é a causa efetiva da salvação cristã” (cf. 2.22; 7.39; 12.16; 14.25-26; 15.26; 16.13; 20.9). Mas o entendimento do futuro estava longe demais para Pedro. Ele só via a incongruência imediata da situação — JESUS lavando os seus pés. Impulsivamente, ele declarou: “Nunca em nenhum momento lavarás os meus pés — para sempre” (tradução literal). Pedro esperava colocar um ponto final em tudo aquilo. Mas JESUS conhecia o caminho para o coração de Pedro — a ameaça de ser excluído da presença de JESUS, a quem Pedro amava. Se eu te não lavar, não tens parte comigo (8; cf. Hb 12.14). “Não há lugar na sociedade dos cristãos para aqueles que não forem purificados pelo próprio Senhor JESUS”. Se a comunhão só poderia ser adquirida pela purificação (cf. 1 Jo 1.7), então Pedro queria tudo o que pudesse ter — pés, mãos e cabeça (9).
JESUS fez uma aplicação geral da ideia sobre a qual conversava com Pedro: “Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés. Ele está todo limpo”. “Vós estais limpos, mas não todos” (10). Hoskyns comenta que, no ato da lavagem dos pés, JESUS “simbolicamente declara a completa purificação deles através da humilhação da morte do Messias. O cristão fiel é purificado pelo sangue de JESUS” (1 Jo 1.7; cf. Rm 6.1-3; 1 Co 10.16). Tudo isto era uma prefiguração simbólica da obra do ESPÍRITO que se tornaria possível através da sua vinda (14.15-17,25-26; 15.26; 16.7-15).
Mas, e quanto a Judas? Ele estava limpo? JESUS sabia, e soube (6.70-71), quem o haveria de trair; por isso, disse: Nem todos estais limpos (11). Bernard diz: “No que diz respeito à limpeza do corpo, não há dúvida de que ele estava nas mesmas condições dos outros, mas não no sentido espiritual”.
Tendo lavado os pés dos discípulos e vestido a sua túnica, JESUS, estando à mesa, outra vez perguntou aos discípulos: Entendeis o que vos tenho feito? (12) Macgregor comenta: “Quando ‘veste a sua túnica’, JESUS assume a sua vida novamente (10.17ss.) no poder do ESPÍRITO, e assim esclarece todas as coisas” (7). Sem esperar por uma resposta, JESUS explicou que isto tinha sido um exemplo (15), ou modelo, “que estimula ou deve estimular alguém a imitá-lo”. Da mesma forma que Ele, seu Mestre (literalmente, “Ensinador”) e Senhor, lhes tinha feito, assim deveriam fazer uns aos outros (13-14; cf. 34). Hoskyns diz: “Seu ato de lavar os pés dos discípulos expressa a própria essência da autoridade cristã”. Não parece haver qualquer evidência de que JESUS quisesse que a lavagem dos pés fosse instituída como um sacramento. Mas fica claro que Ele estava ensinando, pelo exemplo básico e axiomático, embora paradoxal, que a única maneira de ser “o maior” (Lc 22.24) ou de ser bem-aventurado (17) é tomar a estrada do serviço amoroso (13.34) e do sacrifício (10.15), baseado no conhecimento da vontade de DEUS para nós. A palavra traduzida como bem-aventurado é makarioi (Mt 5.3-12).
Joseph H. Mayfield. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 116-117. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
João 13. 4/5 Nesse episódio torna-se palpável o que Paulo quer dizer em Fp 2.6ss: Ele, que subsistindo em forma de DEUS, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo. Com o pano de linho se cingiu do avental de escravo para servir, exercendo um serviço típico de escravo.
Werner de Boor. Comentário Esperança Evangelho de João. Editora Evangélica Esperança.
 
 
Jo 13.3-5. Lucas acrescenta um elemento interessante, descrevendo como a disputa deles sobre este assunto provocou em JESUS algumas palavras sobre os verdadeiros padrões de grandeza e um apelo para que olhassem para seu próprio exemplo: “ ...no meio de vós, eu sou como quem serve" (Lc 22.24-27).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 240-241.
 
 
Jo 13. 12/14
“Vós deveis também lavar os pés uns aos outros” (Jo 13.12-17). Lucas 22.24 nos diz que, enquanto os discípulos entravam na sala em que ocorreria a Última Ceia, eles discutiam quem seria o maior no Reino do céu.
Esse pano de fundo encontrado em Lucas nos ajuda a perceber a importância da pergunta de JESUS: “Entendeis o que vos tenho feito?” Se JESUS, seu Senhor e Mestre, podia curvar-se para servir, os discípulos não deviam competir por grandeza, mas, antes, concentrar-se em servir. “Eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”.
A preocupação de CRISTO não é com o ato, mas com a postura que ele demonstra. A humildade e o servir são elementos necessários à condição de discípulo cristão. Se somos seguidores de JESUS, certamente devemos seguir o seu exemplo.
Lawrence O. Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag. 693-694. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
No meu ver, JESUS estava lavando a parte dos discípulos que tinha contato com o mundo, com a Terra. Esta parte estava suja.
O ensino de JESUS é que nós no mundo nos sujamos no dia a dia pelo contato com as coisas do mundo. Conversas, TV, Internet, etc...
Temos que sermos limpos todos os dias através do perdão de JESUS.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9.
 
 
II - O ENSINO DAS ESCRITURAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO
1. Uma ordem de JESUS.
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:19,20
Mateus 28.19 IDE... ENSINAI... BATIZANDO. Estas palavras constituem a Grande Comissão de CRISTO a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja.
(1) A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos, de conformidade com a revelação no NT, da parte de CRISTO e dos apóstolos (ver Ef 2.20). Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4).
(2) O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na remissão (perdão) dos pecados (Lc 24.47), na promessa do recebimento de o dom do ESPÍRITO SANTO (At 2.38), e na exortação de separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a volta de JESUS, do céu (At 3.19,20; 1 Ts 1.10).
(3) O propósito da Grande Comissão é fazer discípulos que observarão os mandamentos de CRISTO. Este é o único imperativo direto no texto original deste versículo. A intenção de CRISTO não é que o evangelismo e o testemunho missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias espirituais não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de membros da igreja, mas, sim, em fazer discípulos que se separam do mundo, que observam os mandamentos de CRISTO e que o seguem de todo o coração, mente e vontade (cf. Jo 8.31).
(4) Note-se, ainda, que CRISTO nos ordena a concentrar nossos esforços para alcançar os perdidos e não em cristianizar a sociedade ou assumir o controle do mundo. Aqueles que crêem em CRISTO devem abandonar o presente sistema mundano maligno e separar-se da sua imoralidade (Rm 13.12; 2 Co 6.14), e ao mesmo tempo expor a sua malignidade (Ef 5.11).
(5) Os que crêem em CRISTO e no evangelho devem ser batizados em água. Este ato representa o compromisso que assumiram, de renúncia à imoralidade, ao mundo e à sua própria natureza pecaminosa e de se consagrar sem reservas a CRISTO e aos propósitos do seu reino (ver At 22.16).
(6) CRISTO estará com seus seguidores obedientes, através da presença e do poder do ESPÍRITO SANTO (cf. v. 20; 1.23; 18.20). Devem ir a todas as nações e testemunhar somente depois que do alto sejam revestidos de poder (Lc 24.49; ver At 1.8)
28.20 ESTOU CONVOSCO. Esta promessa é a garantia de CRISTO para os que estão empenhados em ganhar os perdidos e ensinar-lhes a obedecer aos seus padrões de retidão.
JESUS ressurgiu, está vivo, e pessoalmente tem cuidado de cada filho seu. Ele está contigo na pessoa do ESPÍRITO SANTO (Jo 14.16,26), e através da sua Palavra (Jo 14.23). Não importa a tua condição - fraco, pobre, humilde, sem importância , Ele cuida de ti e vê com solicitude cada detalhe das lutas e provações da vida e concede a graça suficiente (2 Co 12.9), bem como a sua presença para te dar vitória até o fim (28;20, At 18.10). Esta é a resposta do crente, ante cada temor, dúvida, problema, angústia e desânimo.
BEP - CPAD - Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. Lucas 24:47
24.47 ARREPENDIMENTO E A REMISSÃO DE PECADOS. Os discípulos somente deviam pregar o perdão dos pecados juntamente com o arrependimento do pecador. O pregador que anuncia a salvação como uma simples crença ou religião fácil, ou uma formal aceitação da salvação gratuita, sem nenhum compromisso voluntário do pecador de obedecer a CRISTO e à sua Palavra, está pregando um falso evangelho. O verdadeiro arrependimento inclui o abandono do pecado, i.e., um elemento fundamental e imutável do verdadeiro evangelho neotestamentário (ver Mt 3.2).
24.47 EM TODAS AS NACÕES. O próprio CRISTO institui a obra missionária cristã como uma tarefa santa e obrigatória da igreja. Missões é um tema prioritário, tanto no Antigo como no Novo Testamento (Gn 22.18; 1 Rs 8.41-43; Sl 72.8-11; Is 2.3, 45.22-25; Mt 28.19; At 1.8; 28.28; Ef 2.14-18).
Mas recebereis o poder do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Atos 1:8
1.8 RECEBEREIS A VIRTUDE. O termo original para virtude ou poder é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no ESPÍRITO SANTO é o recebimento de poder divino para testemunhar de CRISTO, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto CRISTO ordenou. Sua finalidade é que CRISTO seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de DEUS (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27).
(1) Poder (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no ESPÍRITO SANTO trará o poder pessoal do ESPÍRITO SANTO à vida do crente.
(2) Está relacionado o batismo no ESPÍRITO SANTO, a salvação e a regeneração da pessoa, junto com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia.
(3) A obra principal do ESPÍRITO SANTO no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra salvífica de CRISTO, à sua ressurreição e à promessa do batismo no ESPÍRITO (cf. 2.14-42). O ESPÍRITO dá testemunho e isso representa papel importante em nossa vida pessoal.
1.8 SER-ME-EIS TESTEMUNHAS. O batismo no ESPÍRITO SANTO não somente outorga poder para pregar JESUS como Senhor e Salvador, como também aumenta a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO por termos sido cheios do ESPÍRITO (cf. Jo 14.26; 15.26,27).
(1) O ESPÍRITO SANTO revela e torna mais real para nós a presença pessoal de JESUS (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio JESUS CRISTO resultará num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador. (2) O ESPÍRITO SANTO dá testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a CRISTO (Jo 16.14), não somente com palavras, mas também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do ESPÍRITO SANTO a respeito da obra redentora de JESUS CRISTO, manifestará com certeza, à semelhança de CRISTO, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13).
(3) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorga poder para o crente testemunhar de CRISTO e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8). Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem (2.39,40).
(4) O batismo no ESPÍRITO SANTO destina-se àqueles cujos corações pertencem a DEUS por terem abandonado seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante a mesma dedicação sincera a CRISTO (ver 5.32).
(5) O batismo no ESPÍRITO SANTO é um batismo no ESPÍRITO que é santo (cf. ESPÍRITO de santificação , Rm 1.4). Assim, se o ESPÍRITO SANTO realmente estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a santidade de CRISTO. À luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for batizado no ESPÍRITO SANTO, terá um desejo intenso de agradar a CRISTO em tudo o que puder. Noutras palavras: a plenitude do ESPÍRITO complementa (i.e., completa) a obra salvífica e santificadora do ESPÍRITO SANTO em nossa vida. Aqueles que afirmam ter a plenitude do ESPÍRITO, mas vivem uma vida contrária ao ESPÍRITO de santidade, estão enganados e mentindo. Aqueles que manifestam dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória inspiradora, devem ter uma vida de verdadeira fé, amor e retidão.  Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
Isso nos leva a uma consideração dos termos da Grande Comissão. Qual foi a comissão que o Senhor JESUS deu a Igreja? Não pode haver dúvida de que a maioria de suas versões (pois parece que ele repetiu a comissão de várias formas e em várias ocasiões) dá ênfase ao evangelismo. “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” é o mandamento familiar da “longa conclusão” do Evangelho de Marcos (Mc 16.15). “Ide […] fazei discípulos de todas as nações, batizando-os […], ensinando-os” é a forma que Mateus escolheu (Mt 28.19-20), enquanto Lucas registra, no final de seu evangelho, as palavras de CRISTO de que “em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações” e no início de Atos, de que seu povo receberia poder para se tornar testemunha até os confins da terra (Lc 24.47; At 1.8). A ênfase cumulativa parece clara. Ela é colocada na pregação, testemunho e discipulado, e devemos mesmo deduzir disso que a
missão da igreja, de acordo com as especificações do Senhor ressurreto, seja prioritariamente uma missão de pregação, conversão e ensino. Evidente que a Igreja tem outras tarefas como a educação, adoração, trabalho social, etc...
Embora em missões anteriores JESUS tivesse enviado os discípulos somente aos judeus (10.5,6), a sua missão a partir de então seria a todas as nações. Isto é chamado de Grande Comissão. Os discípulos tinham sido bem treinados, e tinham visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam preparados para ensinar as pessoas de todo o mundo a guardar todas as coisas que JESUS tinha mandado (Mt 28.20). Isto também mostrava aos discípulos que haveria um período entre a ressurreição de JESUS e arrebatamento. Durante este período, os seguidores de JESUS tinham uma missão a cumprir - evangelizar, batizar e ensinar as pessoas a respeito de JESUS para que elas, por sua vez, pudessem fazer a mesma coisa.
As boas novas do Evangelho deveriam ser transmitidas a todas as nações. Com este mesmo poder e autoridade, JESUS ainda nos ordena que contemos a outros sobre as boas-novas, e os façamos discípulos do reino. Nós devemos ir – seja à porta ao lado ou a outro país - e fazer discípulos. Esta não é uma opção, mas um mandamento a todos os que chamam JESUS de “Senhor”. Quando obedecermos, sentiremos conforto sabendo que JESUS está conosco todos os dias. Isto irá acontecer por meio da presença do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes. O ESPÍRITO SANTO será a presença de JESUS que nunca nos deixará (Jo 14.26; At 1.4,5). JESUS continua a estar conosco hoje, por meio do seu ESPÍRITO SANTO.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 171. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
Mt 28:18 Toda a autoridade. Em seu estado ressuscitado, JESUS exerce autoridade absoluta em todo o céu e a terra, o que demonstra sua divindade. Sua autoridade foi dada pelo Pai, o que indica que ele continua sujeito ao Pai (1 Coríntios. 15:28).
Mt 28:19 O imperativo (fazer discípulos , isto é, chamar as pessoas a comprometer-se a JESUS como Mestre e Senhor) explica o foco central da Grande Comissão, enquanto os particípios gregos (traduzido como batizando , e "ensinar" [v.20 ]) descrevem os aspectos do processo. todas as nações . O ministério de JESUS em Israel era para ser o ponto de partida do que viria a ser uma proclamação do evangelho a todos os povos da terra, incluindo não só os judeus, mas também os gentios. O nome (singular, não plural) do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO é uma indicação precoce da divindade trinitária e uma proclamação aberta da divindade de JESUS.
Mt 28:20 O ensino é um meio pelo qual os discípulos de JESUS são continuamente transformados, a fim de tornar-se mais semelhante a CRISTO (cf. 10:24-25;. Rom 8:29;. 2 Coríntios 3:18). observar. Obedeça. estou convosco todos os dias . JESUS conclui a comissão, e Mateus seu Evangelho, com o elemento crucial do discipulado: a presença do Mestre, que é "DEUS conosco" (Mt 1:23).
BIBLIA DE ESTUDO ESV ENGLISH STANDARD VERSION. Published by Crossway Bibles. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
2. A doutrina dos apóstolos.
12.5 A IGREJA. Através do livro de Atos, bem como outros trechos do NT, tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja neotestamentária.
(1) Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo ESPÍRITO SANTO, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com DEUS e com JESUS CRISTO (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6).
(2) Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de CRISTO (At 2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26).
(3) O batismo no ESPÍRITO SANTO será pregado e concedido aos novos crentes (ver At 2.39), e sua presença e poder se manifestarão.
(4) Os dons do ESPÍRITO SANTO estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (At 2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18).
(5) Para dirigir a igreja, DEUS lhe provê um ministério quíntuplo, o qual adestra os santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12).
(6) Os crentes expulsarão demônios (At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17).
(7) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, i.e., aos ensinamentos originais de CRISTO e dos apóstolos (2.42; ver Ef 2.20). Os membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de DEUS e à obediência a ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15).
(8) No primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se reunirá para a adoração e a mútua edificação através da Palavra de DEUS escrita e das manifestações do ESPÍRITO (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17).
(9) A igreja manterá a humildade, reverência e santo temor diante da presença de um DEUS santo (5.11). Os membros terão uma preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão aqueles que caírem no pecado, bem como os falsos mestres, falsos apóstolos, falsos evangelistas e falsos pastores que são desleais à fé bíblica (20.28; 1 Co 5.1-13; 2 Co 11.13; Mt 18.15; 24.1; Mc 13.22; 2 Pe 2.1).
(10) Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos padrões da justiça ensinados pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a direção das igrejas locais e a manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). (11) Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis para cuidarem dos negócios temporais e materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8).
(12) Haverá amor e comunhão no ESPÍRITO evidente entre os membros (At 2.42,44-46; ver Jo 13.34), não somente dentro da congregação local como também entre ela e outras congregações que crêem na Bíblia (15.1-31; 2 Co 8.1-8).
(13) A igreja será uma igreja de oração e jejum (At 1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18).
(14) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16).
(15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).
(16) A igreja trabalhará ativamente para enviar missionários a outros países (At 2.39; 13.2-4). Nenhuma igreja local tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do NT, a não ser que esteja se esforçando para manter estas 16 características práticas entre seus membros.
12.5 CONTÍNUA ORAÇÃO. Os crentes do NT perseveravam em oração fervorosa. A situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha Pedro na prisão vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro, na casa de Maria, mãe de Marcos. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17). As igrejas do NT frequentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (At 1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2). A intenção de DEUS é que seu povo se reúna para a oração definida e perseverante; note as palavras de JESUS: A minha casa será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e coletiva como elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos por culto. Na igreja primitiva, o poder e presença de DEUS e as reuniões de oração integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO SANTO, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam unanimemente em oração e súplicas (1.14). BEP - CPAD
 
O ensino do evangelho de CRISTO aos novos convertidos era tão sério e profundo, que os primeiros crentes eram batizados em águas imediatamente após se converterem (De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. Atos 2:41; Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; Mateus 28:19),
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (At 2.42, 43 — grifo nosso).
A “doutrina dos apóstolos” era o conjunto de ensinos, ministrados por eles aos novos crentes, de forma eficaz, produzindo mudanças e transformações na vida dos que se convertiam, com sinais prodígios e maravilhas. Essa doutrina apostólica ainda está em vigor em nossos dias. Os mestres ou doutores, com humildade e amor, devem fundamentar seus estudos nos ensinos preciosos do evangelho de CRISTO, imitando em tudo a JESUS, ou seja, ensinando, pregando e curando.
E percorria JESUS toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 4:23
E percorria JESUS todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 9:35
e enviou-os a pregar o Reino de DEUS e a curar os enfermos. Lucas 9:2
E aconteceu que, em um daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei que tinham vindo de todas as aldeias da Galileia, e da Judeia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar. Lucas 5:17
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 125. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
Atos 2.42 Este primeiro relato da igreja que acabava de nascer descreve a adoração na igreja primitiva, na primeira década da igreja. Os três mil novos crentes se agregaram aos outros crentes. Isto é, se reuniram com outros como eles, pessoas de pensamento e fé semelhantes. Perseveravam implica que estavam regularmente, continuamente, persistindo nas atividades que vinham a seguir.
Estas atividades formam um mapa prático não somente para a igreja de um dia de idade, mas para qualquer igreja, de qualquer idade.
A doutrina dos apóstolos era essencial para o conteúdo daquilo que deveria ser estudado. Os apóstolos, as testemunhas oculares de tudo o que JESUS tinha feito, seriam aqueles a quem o ESPÍRITO SANTO lembraria as verdades fundamentais segundo as quais a igreja seria conduzida pelos séculos futuros (Jo 14.17,25,26; 16.13). Desde o início, a igreja primitiva se dedicou a ouvir, estudar e aprender o que os apóstolos tinham para ensinar.
A comunhão (do grego, koinonia) significa associação e relacionamentos íntimos. Isto era mais do que simplesmente ficarem juntos, certamente mais do que simplesmente uma reunião religiosa. Isto envolvia compartilhar bens, fazer refeições juntos, e orar juntos.
O partir do pão se refere aos cultos de comunhão que eram realizados como lembrança de JESUS e instituídos de acordo com a Última Ceia, que JESUS tinha tido com os seus discípulos antes da sua morte (Mt 26.26-29). É provável que este culto incluísse regularmente uma refeição em comum (At 2.46; 20.7; 1 Co 10.16; 11.23-25; Jd 1.12).
A oração está ligada ao partir do pão, para explicar a palavra “comunhão”. Estas eram pelo menos duas das atividades que faziam parte das suas reuniões regulares. A oração sempre foi uma marca das reuniões dos crentes.
Atos 2.43 A palavra temor é a palavra grega phobos, literalmente traduzida como “medo”. Este temor era parcialmente causado pelas muitas maravilhas e sinais que os apóstolos faziam. As “maravilhas” (teratá) eram os milagres fabulosos que evocavam assombro naqueles que os viam. Os “sinais” miraculosos (semeia) conferiam autenticidade à mensagem e ao mensageiro, direcionando os observadores a uma fonte divina do milagre ou a uma verdade divina. Aqui, estes sinais e maravilhas conferiam autenticidade à mensagem dos apóstolos, identificando-a como uma verdade divina.
E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:20
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 633.
 
(1) Os cristãos da igreja primitiva estavam todos os dias no templo (v. 46). Adorar a DEUS tem de ser nossa atividade diária, e, sempre que houver oportunidade, quanto mais vezes fizermos publicamente, melhor.
(2) Os cristãos da igreja primitiva eram unânimes (v. 46). Não havia discórdia ou discussão entre eles, somente amor santo. Com prazer e entusiasmo, eles se reuniam nos cultos públicos. Mantinham reuniões exclusivamente suas e eram unânimes em suas orações.
c- Os primeiros cristãos juntavam-se na ordenança da Ceia do Senhor. Eles perseveravam no partir do pão (v. 42), celebrando o memorial da morte do Mestre, como pessoas que não se envergonhavam de relacionar-se e depender de JESUS CRISTO e este crucificado (2 Co 2.2). Eles repartiam o pão em casa, kat oikon - de casa em casa. Não julgavam adequado celebrar a Ceia do Senhor no templo, visto que isso era peculiar aos cristãos. Eles iam de uma a uma destas pequenas casas domésticas, casas que continham igrejas, e lá celebravam a Ceia do Senhor com as pessoas que normalmente se reuniam ali para adorar a DEUS.
d- Os primeiros cristãos perseveravam [...] nas orações (v. 42). Depois que o ESPÍRITO foi derramado, como também antes enquanto o esperavam, eles permaneceram perseverantes em oração. O partir do pão se coloca entre a obra e a oração, pois se liga a ambas, e é uma forma de assistência apara ambas.
5. Os primeiros cristãos abundavam em ação de graças; sempre estavam louvando a DEUS (v. 47). O louvor deve ser parte de toda oração e não algo a ser escondido num canto.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 24.
 
 
Atos 2. 43 “Cada alma, porém, enchia-se de temor.” Consideramos isso estranho? O “temor de DEUS” obviamente se tornou algo desconhecido para nós, porque DEUS ficou distante e impreciso, uma mera ideia de nossas cabeças. Acerca dos primeiros cristãos, porém, Bengel escreve com razão ao comentar este trecho: “Habebant enim DEUM praesentum” – “A saber, tinham a DEUS presente”. Para pessoas salvas, portanto, o temor não era aquele medo do castigo, sobre o qual João escreve que é lançado fora pelo amor perfeito (1 Jo 4.18). Pelo contrário, era o respeito sagrado daqueles que agora de fato “habitavam” na presença de DEUS pelo ESPÍRITO SANTO e por isso “com o fogo devorador e com as chamas eternas”, de que falou Isaías 33.14. É o “temor” que Pedro deseja aos fiéis como característica permanente de toda a sua conduta (1Pe 1.17).
Essa proximidade de DEUS se tornou palpável nos “prodígios e sinais, que aconteciam por intermédio dos apóstolos”. DEUS é por natureza um DEUS dos milagres, um DEUS que intervém nas realidades da vida, ajudando, libertando e restaurando. Em vista disso, o “temor” sobreveio também àqueles que ainda não pertenciam à igreja. Olhavam com apreensão para esses cristãos, entre os quais DEUS se mostrava tão poderoso. Tinham uma sensação de que DEUS ainda era algo diferente daquele personagem da tradição antiga, em quem haviam “crido” e que haviam venerado em formas do passado sem um abalo especial do coração. É uma marca de autenticidade daqueles “prodígios e sinais” o fato de não desencadearem entusiasmo e fanatismo, mas “temor”.
Werner de Boor. Comentário Esperança Atos. Editora Evangélica Esperança.
 
 
3. Ensinamento persistente
Atos 13.2 SERVINDO... E JEJUANDO. O cristão cheio do ESPÍRITO é muito sensível ao que o ESPÍRITO SANTO comunica durante a oração e o jejum (ver Mt 6.16). Aqui, a comunicação da parte do ESPÍRITO SANTO provavelmente foi uma palavra profética (cf. v. 1).
Atos 20.19 COM MUITAS LÁGRIMAS. Paulo, em muitas ocasiões, menciona que servia ao Senhor com lágrimas (v. 31; 2 Co 2.4; Fp 3.18). Nesse discurso diante dos anciãos de Éfeso (vv. 17-38), Paulo refere-se à admoestação que, com lágrimas, lhes dirigiu durante três anos (v. 31). As lágrimas não resultaram de fraqueza; pelo contrário, Paulo via a condição perdida da raça humana, a maldade do pecado, a distorção do evangelho e o perigo de rejeitar o Senhor, como coisas tão graves, que sua pregação era frequentemente acompanhada de lágrimas (cf. Mc 9.24; Lc 19.41).
20.20 NADA... DEIXEI DE VOS ANUNCIAR. Paulo pregava tudo que era útil ou necessário à salvação de seus ouvintes. O ministro do evangelho deve ser fiel ao anunciar toda a verdade de DEUS à sua congregação. Não deve procurar agradar aos desejos dos ouvintes, nem satisfazer o gosto deles, nem promover sua própria popularidade. Mesmo se tiver que falar palavras de repreensão e de reprovação, ensinar contrariamente à preconceitos naturais, ou pregar padrões bíblicos opostos aos desejos da natureza carnal; o pregador fiel entregará a verdade plena por amor ao rebanho (e.g., Gl 1.6-10; 2 Tm 4.1-5), afinal "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te" Apocalipse 3:19 - BEP - CPAD
Os primeiros mestres ou ensinadores foram os integrantes do Colégio Apostólico. Como pioneiros na propagação do evangelho, foram perseguidos, presos e alguns mortos. Mas cumpriram a ordem de JESUS de pregar e ensinar a sua Palavra. Diz o texto bíblico: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a JESUS CRISTO” (At 5.42). Não perdiam tempo. Não havia templos cristãos. A igreja começou nas casas. O ensino era ministrado a pequenos grupos nos lares. O apóstolo Paulo, falando aos anciãos de Éfeso, mostrou o caráter do seu ensino como verdadeiro Mestre  cristão: “servindo ao Senhor com toda a humildade e com muitas lágrimas e tentações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram; como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a DEUS e a fé em nosso Senhor JESUS CRISTO” (At 20.19-21 — grifo nosso).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 125-126.
 
 Os apóstolos prosseguiram na obra com diligência infatigável: Eles foram castigados por pregarem no nome de JESUS (v. 40) e receberam a ordem de não pregarem mais nesse nome. Contudo, eles não cessavam de ensinar e de anunciar (v. 42). Não deixaram de aproveitar toda oportunidade, nem diminuíram nada em seu zelo ou fervor.
Observe: (1) Quando os apóstolos pregavam: Todos os dias (v. 42). Não só em fim de semana, mas diariamente, tão regularmente quanto chegava o dia, sem falhar um dia sequer; como fez o Mestre (Mt 26.55, Lc 19.47). Eles não temiam ser mortos ou enfadar os ouvintes. (2) Onde os apóstolos pregavam: publicamente no templo e particularmente nas casas (v. 42). Em reuniões heterogéneas, nas quais todos acorriam, e nas reuniões seletas de cristãos para ordenanças especiais. Eles não pensavam que um tipo de reunião os dispensaria de outro, pois a palavra deve ser pregada a tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2). Eles visitavam as famílias dos irmãos que estavam sob perseguição e lhes davam instruções particulares segundo requeria cada caso, até para crianças e escravos. (3) Qual era o tema que os apóstolos pregavam: Eles anunciavam a JESUS CRISTO (v. 42). Eles não pregavam a si mesmos, mas a CRISTO JESUS (2 Co 4.5), como amigos fiéis do noivo, tornando sua tarefa promover o interesse dele. Esta era a pregação que mais ofendia os sacerdotes, que queriam que eles pregassem qualquer coisa, menos JESUS CRISTO. Mas eles não mudariam o tema para agradá-los. Os ministros do evangelho devem ser constantes em anunciar senão a JESUS CRISTO e este crucificado (1 Co 2.2), anunciar a JESUS CRISTO e este glorificado. Nada mais que JESUS CRISTO e o que for conversível a este tema.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 58-59.
 
Atos 20. 20-21. A pregação de Paulo era autêntica (w. 20,21). Ele foi a Éfeso para pregar o evangelho de CRISTO, fora-lhes fiel e àquele que o comissionou. (1) O apóstolo era um pregador claro. Ele entregava as mensagens de modo bastante compreensivo. Essa interpretação se baseia em duas palavras: Nunca deixei de vos anunciar e ensinar (v. 20). Ele não divertiu os efésios com especulações sutis, nem os levou para depois abandoná-los nas nuvens de altas teorias e sublimes expressões. Ele lhes anunciou as verdades claras do evangelho, verdades da maior influência e importância, e lhes ensinou como se ensina a crianças. “Eu vou anunciei o caminho certo para a felicidade, e vos ensinei a andar nele.” (2) O apóstolo era um ensinador poderoso, ideia implícita no fato de testemunhar aos efésios (v. 21, testificando). Ele ensinou como se estivesse sob juramento, como se estivesse inteiramente certo da verdade que defendia. Seu único desejo era que a mensagem os convencesse, os influenciasse e os orientasse. Ele anunciou o evangelho, não como um vendedor de jornais que proclama as manchetes na rua (pouco lhe importando se o que proclama é verdadeiro ou falso), mas como testemunha conscienciosa que apresenta provas no tribunal, com a maior seriedade e solicitude. Paulo ensinou o evangelho como uma testemunha a favor deles, caso o recebessem, e como uma testemunha contra eles, caso o rejeitassem. (3) O apóstolo era um pregador útil (v. 20). Em todas as suas pregações, objetivava fazer o bem àqueles para quem pregava. Ele proclamava tudo que fosse útil aos efésios, que tendesse a torná-los sábios e bons, mais sábios e melhores, que documentasse seus julgamentos e corrigisse seus corações e vidas. Ele pregava ta sympheronta, as coisas que traziam consigo a luz, o calor e o poder divino para suas almas. Nós fazemos tudo isto, ó amados, para vossa edificação (2 Co 12.19). Paulo não tencionava ensinar o que fosse agradável, mas o que fosse útil. E, quando agradava, o alvo era ser útil. A Bíblia diz que DEUS ensina ao seu povo o que é útil (Is 48.17).
Os que ensinam ao povo o que é útil estão ensinando no lugar de DEUS. (4) O apóstolo era um ensinador esmerado, muito diligente e infatigável em seu trabalho: Ele ensinava publicamente e pelas casas (v. 20). Em suas visitas particulares e enquanto vão de casa em casa, os ministros devem discorrer sobre os mesmos assuntos que ensinam publicamente. Devem repeti-los, reprisá-los, explicá-los e, caso necessário, perguntar: Entendestes todas estas coisas? (Mt 13.51). E, sobretudo, devem ajudar as pessoas a aplicar a verdade a si mesmas e à sua própria situação. (5) O apóstolo era um ensinador fiel: Ele não só pregava o que era útil, mas tudo que julgasse que fosse útil para os efésios. (1 Co 1.23). (6) O apóstolo era um ensinador universal: Ele testemunhou tanto aos judeus como aos gregos (v. 21). Os ministros têm de pregar o evangelho com imparcialidade porque são ministros de CRISTO para a igreja universal que é o corpo de CRISTO. (7) O apóstolo era um ensinador verdadeiramente cristão: Ele não ensinava noções filosóficas ou questões de discussão duvidosa, nem pregava política ou se intrometia em assuntos do estado ou do governo civil. Ele pregava a fé e o arrependimento - os dois grandes temas do evangelho suas características e exigências. Esses eram temas nos quais insistia em todas as ocasiões. [1] O arrependimento para com DEUS (v. 21, versão RA; ou a conversão a DEUS, RC). [2] A fé em nosso Senhor JESUS CRISTO (v. 21).
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 222-223.
 
Atos 20. 20. O ministério pastoral de Paulo se realizava publicamente em reuniões (tais quais aquelas que se realizavam na escola de Tirano) e também de casa em casa (2:46; cf. Rm 16:5; Cl 4:15; Fm 2). Paulo dá considerável ênfase ao fato de que, no decurso de tudo, não deixara de ensinar qualquer coisa que fosse proveitosa para seus ouvintes (cf. v. 27), embora nem sempre fosse bem aceita (G1 4:16, cf. 2 Co 4:2). 
Atos 20. 21. proclamava aos judeus a necessidade da fé, e aos gregos, a necessidade do arrependimento, respectivamente.
I. Howard Marshall. Atos. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 308-309.
 
Atos 13. A Incumbência (13.1-3).
Literalmente, o versículo 1 diz: “Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores” (ASV; cf. NEB).
A cidade de Antioquia na Síria era a terceira maior cidade do Império Romano (depois de Roma e Alexandria). Dali saiu a grande missão voltada aos gentios. Antioquia tornou-se a base principal da evangelização do mundo gentílico. Foi feita uma referência a alguns profetas e doutores da igreja de Antioquia. A palavra grega prophetes (de prophemi, “falar”, com o sentido de declarar) significa “aquele que age como intérprete ou comunicador da vontade divina”, e da mesma maneira ela foi usada pelos profetas do Antigo Testamento (e.g., 3.22-23; 7.37; 8.28). Os profetas e os doutores, ou mestres, passaram a constituir os dois principais grupos de obreiros da igreja dignos de receber apoio, como mostra claramente o Didache (c. 13) do segundo século.
Na língua grega, a partícula te é colocada antes da palavra Barnabé e com Manaém. Este fato levou Ramsay a sugerir que a relação de cinco nomes deveria ser dividida em duas partes, com os três primeiros sendo designados como profetas e os dois últimos como doutores. Mas como profetas e doutores são tratados como classes distintas tanto no Novo Testamento como no Didache (ver acima), a interpretação de Ramsay merece alguma consideração.
Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 298-300.
 
Atos 13.1- Até este ponto, parece que Barnabé e Paulo tinham sido os principais professores na igreja de Antioquia (11.26). Esta lista mostra pelo menos outros três, considerados como profetas e doutores. Saulo era um rabino judeu, altamente instruído, e cidadão romano. O seu nome conclui a lista deste grupo tão variado. As diferenças sociais, geográficas e raciais destes indivíduos mostram que o ESPÍRITO de DEUS tinha estado trabalhando rapidamente e sobre uma ampla região geográfica. O Evangelho não tinha apenas chegado a estas regiões, mas também o ESPÍRITO de DEUS usava a Antioquia cosmopolita para reunir uma equipe diversificada para a próxima “fase” da expansão do reino.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 680.
 
 
Ill - A IMPORTÂNCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE
1. Uma necessidade urgente da igreja.
O legítimo mestre ministro tem revelações da Palavra de DEUS que nenhum outro ministro terá. É revelado ao mestre ministro exatamente o que cada um precisa ouvir para que seja edificado, exortado ou consolado. O ESPÍRITO SANTO sonda as pessoas e comunica ao mestre ministro a mensagem a ser dada. O mestre ministro possui intima comunhão com o ESPÍRITO SANTO.
A Igreja necessita de mestres ministros urgentemente para que a obra de DEUS seja realizada a contento. Nenhuma igreja pode sobreviver sem mestre ministro de CRISTO.
 
 
Ensinar No Novo Testamento
Terminologia. Alguma forma da palavra "ensinar" é usada em várias versões para traduzir cinco termos gregos, quatro dos quais são precisamente traduzidos pela versão RSV em inglês.
1. O grego matheteuo, "ser" ou "fazer um discípulo" (Mt 28.19; At 14.21).
2. O grego paideuo, "educar" ou "treinar" (At 22.3; Tt 2.12).
3. O grego katecheo, "instruir" (1 Co 14.19; Gl 6.6 duas vezes).
4. O grego kataggello, "proclamar" (At 16.21; RSV "advogar").
5. O grego sophronizo, "encorajar", "aconselhar" (Tt 2.4).
A versão RSV em inglês traz o termo "ensino" em Lucas 10.39 como a tradução do termo logos.
A ideia transmitida pela palavra "ensinar", por seus cognatos e compostos reside inteiramente sobre alguma forma do verbo didasko.
 
διδασκαλος didaskalos professor, doutor ou Mestre .
* no NT, alguém que ensina.
Em nossa lição é um ministério dado por CRISTO a igreja, é uma pessoa escolhida por JESUS e capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, pessoa dada a Igreja.
Está é a definição do ofício de doutor ou Mestre  em nossa lição.
Não tem a ver com professor de EBD ou pastor que ensina no culto de doutrina ou de ensino.
 
 
O ESPÍRITO SANTO como Mestre .
Paulo afirmou que sua pregação não consistia de palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo ESPÍRITO SANTO (1 Co 2.13).
O Senhor JESUS encorajou seus discípulos a não se preocuparem com o que deveriam dizer nas ocasiões de perigo e perseguição, porque naquela mesma hora o ESPÍRITO SANTO lhes ensinaria o que deveriam dizer (Lc 12.12).
Disse o nosso Senhor JESUS que O ESPÍRITO SANTO viria como um Paracleto e ensinaria todas as coisas aos seus discípulos (Jo 14.26).
A unção do ESPÍRITO é o tutor perpétuo do crente (1 Jo 2.27).
E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis. 1 João 2:27
 
 
O Senhor JESUS como Mestre .
Paulo, mesmo exercendo seu ministério após a morte e ressurreição de JESUS, recebeu ensino de JESUS em seu ministério e ensinou a todos o que recebeu de seu ensino - Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na noite em que foi traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23.
Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de JESUS CRISTO. Gálatas 1:11,12
O ministério de JESUS por toda a Palestina é descrito como sendo essencialmente de ensino e pregação e cura (Mt 4.23; 9.35), seja para as multidões casuais ou para os seus próprios discípulos; quer nas sinagogas, nos lugares públicos, ou na audiência dos líderes religiosos (Lc 5.17). O efeito sobre suas reuniões era impressionante e reforçava a convicção de que Ele ensinava não como os escribas, mas como alguém que possuía autoridade (Mt 7.28ss.; 13.54; Mc 1.22; 6.2; cf. Lc 4.32). O Senhor JESUS afirmou que as palavras que Ele falava lhe haviam sido ensinadas por DEUS Pai (Jo 8.28), e que seu ensino vinha do Pai (Jo 7.16ss.). Seu ensino foi caracterizado pelo uso frequente de parábolas (Mc 4.2).
Nicodemos reconheceu que JESUS era um Mestre  vindo de DEUS, e que isto fora atestado por obras poderosas (Jo 3.2). Os principais dos sacerdotes e escribas o interrogaram quanto à fonte de sua autoridade de ensino (Mt 21.23; cf. Jo 18.19). Até mesmo os seus adversários admitiram francamente que o Senhor ensinava o caminho de DEUS imparcialmente, independente do temor ou do favor do homem (Mc 12.14; Lc 20.21; Mt 22.16; cf. Jo 18.19). Certamente, todos estavam admirados com seu ensino (Mt 7.28; 13.54; 22.33; Mc 1.22; 11.18) e perguntaram se era um novo ensino (Mc 1.27). Em seu circuito inicial na Galileia, CRISTO foi glorificado por todos devido ao seu ensino (Lc 4.15). Nos últimos dias de seu ministério, Ele estava diariamente no templo ensinando (Lc 19.47; 20.1; cf. Mc 14.49; Jo 18.20). Seu ministério foi caracterizado pela atividade que os judeus - entendendo mal algumas de suas declarações - questionavam, por exemplo, não sabendo se Ele estava ensinando sobre a Diáspora e os gentios (Jo 7.35).
A reputação do Senhor JESUS CRISTO como Mestre  rapidamente lhe trouxe o respeitoso título de rabi (q.v.), ou raboni ("meu senhor", um extraordinário título para um Mestre  distinto) por parte de seus discípulos (Mc 9.5; 11.21; Jo 1.49), daqueles que o ouviam (Mc 12.14; Jo 3.2), e até mesmo de seus inimigos (Lc 10.25; 11.45; 19.39; 20.28). Este título aramaico às vezes é deixado sem uma tradução, às vezes é interpretado, porém é mais frequentemente traduzido pela palavra grega didaskalos ("Mestre " ou "professor"), que embora não seja uma tradução literal é verdadeira no sentido do contexto original. O Senhor JESUS aceitou este título como indicativo do verdadeiro relacionamento existente entre si mesmo, como Mestre , e os seus seguidores, como discípulos (Jo 13.13; Lc 6.40; Mt 10.24ss.). O tema central no ensino do Senhor JESUS era o reino de DEUS (Mt 5.2; 9.35). Lucas descreveu o relato de seu Evangelho como pertencendo a tudo o que JESUS começou tanto a fazer como a ensinar (At 1.1). Dentre as muitas lições que o Senhor JESUS ensinou aos seus discípulos, os evangelistas escolheram várias para as suas menções particulares; por exemplo, o Sermão do Monte (q.v.); o pedido de seus discípulos para que lhes ensinasse a orar (Lc 11.1): sua rejeição, morte e ressurreição em Jerusalém (Mc 8.31; 9.31); e sua segunda vinda (Mt 24-25; Mc 13; Lc 17.20-27; 21).
 
 
Os apóstolos como mestres.
Durante seu ministério, o Senhor JESUS enviou os seus discípulos para ensinar, pregar, libertar e curar (Mc 6.1-13; 30). Mais tarde, o Senhor mandou que fizessem discípulos de todas as nações, e ensinando-os a observar tudo o que Ele havia ordenado (Mt 28.20). Depois do Pentecostes, que ocorreu após a ascensão, os apóstolos ensinaram ao povo que o Senhor JESUS ressuscitou dos mortos (At 4.2). O concílio judeu mandou que Pedro e João desistissem de ensinar no nome de JESUS (At 4.18), uma ordem que eles não atenderam, e foram presos no templo enquanto continuavam a ensinar (At 5.21, 24ss.). Apesar de uma outra severa advertência das autoridades, os apóstolos continuaram a ensinar, pregar a JESUS CRISTO (At 5.42) e curar os doentes se enfermos, até que toda Jerusalém estivesse repleta de seu ensino (At 5.28). Barnabé e Paulo ensinaram durante um ano inteiro na igreja que estava em Antioquia (At 11.26; cf. 15.35). O procônsul Sérgio Paulo ficou admirado com o ensino de Paulo sobre o Senhor JESUS, após Paulo ordenar que Elimas ficasse cego para não atrapalhar a obra de DEUS (At 13.11,12). Quando os atenienses ouviram Paulo, eles o levaram ao Areópago para que pudesse lhes expor seu novo ensino (At 17.19). Paulo passou dezoito meses em Corinto ensinando a Palavra de DEUS (At 18.11), e mais tarde lembrou aos presbíteros efésios que ele lhes havia ensinado publicamente e de casa em casa durante sua estada em Éfeso, onde ocorreram milagres incríveis (At 19.5-12; 20.20). Apolo, embora conhecendo apenas o batismo de João, ensinou diligentemente em Éfeso as coisas do Senhor (At 18.25). Os discípulos judeus acusaram Paulo diante de Tiago e dos presbíteros em Jerusalém, de ter ensinado os gentios a abandonar as leis de Moisés, a deixar a prática da circuncisão, e a abandonar os costumes judeus (At 21.21). Esta mesma acusação foi lançada pelos próprios judeus quando descobriram Paulo no templo e exclamaram contra ele como alguém que havia ensinado os homens em toda parte contra os judeus, a lei, e o templo (At 21.28). Pela palavra falada e escrita, os apóstolos ensinaram a mensagem do cristianismo aos seus contemporâneos.
 
Mestres na igreja.
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na noite em que foi traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23
E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor. Atos 15:35
Paulo refere-se repetidamente à sua designação como Mestre  dos gentios na fé e na verdade (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) e de sua doutrina (2 Tm 3.10; 1 Co 4.17). Ele negou que o Evangelho que ele pregava tivesse sido ensinado por um homem; antes, ele declarou que o recebeu pela revelação de JESUS CRISTO (Gl 1.12).
Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de JESUS CRISTO. Gálatas 1:11,12
O ensino de Paulo foi dirigido a todos os homens em toda a sabedoria para que todo homem pudesse tornar-se maduro em CRISTO (Cl 1.28; cf. Hb 6.1,2). Entre os dons e a capacitação do CRISTO que subiu aos céus a fim de equipar e treinar os membros de seu Corpo, estavam a capacitação para se tornarem doutores (ou mestres; Efésios 4.11). Uma vez que os apóstolos, profetas e evangelistas tinham a princípio uma grande mobilidade, é provável que muitos dos mestres na igreja primitiva tenham tido um ministério de viagens, visitando os crentes em uma certa cidade por um período mais curto ou mais longo. É provável que a maioria ou todos os cinco homens citados em Atos 13.1 não estivessem residindo permanentemente em Antioquia. O papel do Mestre  na igreja era designado e desempenhado através da indicação Divina e da capacitação do ESPÍRITO (1 Co 12.28). A integridade e a fidelidade para com a tarefa do ensino são enfaticamente ordenadas (Rm 12.7; 1 Tm 4.11,13,16), tanto em sua preparação como em seu conteúdo (Tt 2.1,7; 2 Tm 4.2). Aqueles que ensinam devem ser considerados dignos de duplicada honra (1 Tm 5.17), e merecem o apoio daqueles que são ensinados (Gl 6.6). O aspirante a Mestre  é solenemente advertido de que esta atividade, em última instância, o envolverá em um julgamento mais rigoroso (Tg 3.1). Mas embora existam aqueles que são especialmente selecionados para ensinar na igreja, cada crente deve envolver-se neste ministério (Cl 3.16; 1 Co 14.6,26; Hb 5.12). Este deve ser para o benefício de todos, e não deve ser complacente com desordem na adoração da igreja (1 Co 14.6,19,26). O servo do Senhor deve ser apto para ensinar e evitar contendas (2 Tm 2.24). Embora as mulheres sejam proibidas de ensinar os homens na igreja (1 Tm 2.12), Paulo ordena que as mulheres idosas ensinem o que é bom enquanto educam as mulheres mais jovens (Tt 2.3).
 
O ensino na igreja.
Há uma referência no NT a uma tradição cristã apostólica denominada diferentemente de sã doutrina (Tt 2.7) ou de palavra fiel (Tt 1.9), que havia sido entregue à igreja (Rm 6.17; 16.17; Ef 4.21; Cl 2.7; 2 Ts 2.15; 2 Tm 2.2; Tt 1.9). Os primeiros discípulos em Jerusalém dedicaram-se ao ensino dos apóstolos (At 2.42). Parte desta tradição era o AT, que é proveitoso, diz Paulo, para o ensino (Rm 15.4; 2 Tm 3.16; cf. 1 Tm 1.8-10). O ensino cristão, e somente ele (1 Tm 1.3), deve ser confiado aos homens que crêem e praticam o que ensinam, que por sua vez serão capazes de ensinar aos outros também (2 Tm 2.2; cf. 1 Tm 4.11). O presbítero, portanto, deve ser apto para ensinar (1 Tm 3.2), e deve permanecer firme na palavra fiel que lhe foi ensinada, para que possa dar instrução na sã doutrina e oferecer uma apologia eficaz para a fé (Tt 1.9). A obediência ao padrão da doutrina é creditada com o poder moral para libertar o crente da escravidão do pecado (Rm 6.17). A doutrina está de acordo com a piedade (1 Tm 6.3) e fornece o alimento espiritual necessário ao crente (1 Tm 4.6). Aquele que ensina deve crer naquilo que ensina e praticar aquilo que ensina.
 
Outros usos.
O menino JESUS foi encontrado por sua família sentado entre os doutores da lei no templo co apenas 12 anos de idade (Lc 2.46), Nicodemos foi chamado, por nosso Senhor, de Mestre  de Israel (Jo 3.10 etc...). João Batista ensinou a seus discípulos como orar (Lc 11.1). O Senhor JESUS adverte que aquele que infringe o menor mandamento e assim o ensina aos homens, será o menor no reino; e, ao contrário, aquele que observa e ensina corretamente aos homens será grande no reino (Mt 5.19). JESUS censurou os escribas e os fariseus por adorarem a DEUS de forma vã, ensinando como doutrinas os preceitos dos homens (Mt 15.9; Mc 7.7; cf. Is 29.13).
 
Falso ensino.
Entre os cristãos na Judeia havia aqueles que ensinavam a necessidade da circuncisão para a salvação, uma doutrina mais tarde repudiada pelo Concílio de Jerusalém (At 15.1). Paulo faz menção dos preceitos e ensinos humanos que prescrevem regulamentos rituais aos quais os cristãos não devem submeter-se (Cl 2.20-22). Ele adverte Timóteo que nos anos futuros alguns iriam afastar-se da fé dando ouvidos a doutrinas de demônios (1 Tm 4.1), enquanto outros reuniriam em torno de si mestres que se adequassem aos seus próprios desejos (2 Tm 4.3). Em outras passagens está previsto que os falsos mestres trarão heresias destrutivas à igreja (2 Pe 2.1). Paulo rogou a Timóteo que ensinasse as sãs palavras de JESUS, e que rejeitasse aqueles que ensinam de outra maneira (1 Tm 6.2ss.). O apóstolo ensinou que havia aqueles que deveriam ser silenciados visto que estavam perturbando famílias inteiras ensinando basicamente o que não tinham o direito de ensinar (Tt 1.11), e também adverte Timóteo contra os judaizantes que desejavam, em vão, se tornar mestres da lei (1 Tm 1.7). O mesmo apóstolo exortou os efésios à integração espiritual e à participação vital de todos dentro da igreja, para que eles não fossem agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina (Ef 4.14). O autor da epístola aos Hebreus adverte seus leitores a não se deixarem envolver por doutrinas várias e estranhas (Hb 13.9), enquanto João ordena aos seus leitores que não se associem a alguém que não permaneça na doutrina de CRISTO (2 Jo 9,10). A igreja em Pérgamo é criticada por ter alguns que aderiram ao ensino de Balaão e à doutrina dos nicolaítas (Ap 2.14), enquanto a igreja em Tiatira é censurada por tolerar o ensino de Jezabel (Ap 2.20,24).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 647-650. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
2 Pedro 2.1 O final do capítulo 1 leva ao tema da sua carta. Pedro tinha explicado que DEUS tinha operado por meio de seres humanos para transmitir as suas palavras às pessoas (1.21).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 749-750.
Os verdadeiros mestres são de suma importância para a Igreja devido a existência dos falsos mestres. Sempre tem havido falsos mestres entre o povo de DEUS, e sempre os haverá.!
O cristianismo é, realmente, uma religião de liberdade; mas também exige amoroso serviço totalmente dedicado a JESUS, o Redentor. Paulo, Judas, Tiago e outras personalidades de destaque no Novo Testamento deleitavam-se em chamar-se “escravos” ..Os falsos mestres não eram assim.
Michael Green. II Pedro. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 89-91.
 
 
2. A responsabilidade de um discipulado contínuo.
 O DISCIPULADO PERMANENTE
O ensino da Palavra de DEUS, na igreja local, é indispensável e de fundamental importância. Depois da evangelização, vem o discipulado dos novos convertidos. Mas o discipulado não deve ser visto como apenas algumas lições da Escola Bíblica Dominical. O discipulado cristão é para toda a vida. Ninguém deixa de ser discípulo pela idade ou “por tempo de serviço”. O pastor ou bispo ou qualquer obreiro, devem ter sempre a capacidade para ensinar. Diz Paulo: “Convém que o bispo seja.... apto a ensinar ’ (1 Tm 3.2 — grifo nosso). Porém, sabe ensinar não implica em ser mestre ministro de CRISTO. Por isso DEUS resolveu designar algumas pessoas com a missão de dedicar-se exclusivamente ao ensino (cf. Rm 12.7). “E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores (ou mestres)...” (1 Co 12.28).
A missão dos mestres ou doutores, nas igrejas, é de grande valor. Os pregadores, os evangelistas ou os missionários pregam a Palavra de DEUS, atraindo as almas para CRISTO. Os novos convertidos são como “crianças” espirituais, que precisam receber o alimento espiritual de acordo com o seu tempo de conversão; os crentes mais antigos, supostamente, devem ter mais maturidade; mas todos precisam do ensino fundamentado, que expresse a sã doutrina. Sem o ensino, os crentes ficam sem o conhecimento indispensável ao seu crescimento na graça e no conhecimento de Nosso Senhor JESUS CRISTO (cf. 2 Pe 3.18).
 
O PAPEL DOS MESTRES
A necessidade do ensino da Palavra de DEUS requer pessoas preparadas para ministrá-la com sabedoria, graça e unção da parte de DEUS. Diante disso, vem o papel dos mestres e doutores. São pessoas que se dedicam ao ensino (cf. Rm 12.7). Eles não se consideram superiores aos demais obreiros, pelo fato de terem recebido o dom de ensinar. Mas, pela dedicação constante ao estudo e à pesquisa bíblica, reúnem informações e subsídios, extraídos das Escrituras, para compartilhar com toda a igreja e ainda têm a inspiração contínua do ESPÍRITO SANTO em seu ministério. Revelações sobrenaturais estão presentes nos ensinos nestes doutores ou mestres.
Dificilmente um pastor terá o ministério de Mestre junto a seu ministério, embora precise saber ensinar. O ensino pastoral tem a ver com o saber dos problemas da igreja e procurar estudar a Palavra de DEUS sobre tais assuntos e aplicá-las em seu ensino para corrigi-los. Os pastores em seu ministério são todos apascentadores, que zelam, cuidam, vigiam e protegem o rebanho de CRISTO aos seus cuidados. Porém, os mestres são usados sobrenaturalmente para penetrarem no íntimo de seus ouvintes pelo ESPÌRITO SANTO e lhes revelar a solução espiritual para seus problemas.
Os mestres, doutores ou ensinadores, que recebem o dom de ensinar, podem (e devem) cooperar com a liderança da igreja na ministração de estudos valiosos e profundos para a edificação dos crentes. Diz o pastor Elienai Cabral: “Igrejas sem Mestre  são igrejas fracas espiritualmente. Por isso, deve-se reconhecer a importância e a necessidade do ministério do ensino. É através do ensino inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, que a igreja se justifica contra as falsas doutrinas e que se fortifica contra os ataques espirituais de Satanás”.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 121-123. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
O QUE É DISCIPULADO?
JESUS estudou a Palavra de DEUS, aos doze anos já ensinava a mestres (Lucas 2.46). Treinou homens para implantarem o Reino de DEUS. Seus discípulos estiveram com ele dia e noite por quase três anos e meio. Escutavam seus sermões e memorizavam seus ensinamentos, embora ainda obscuros. Viram-no viver a vida que ele ensinava. Viram e ouviram sinais, prodígios e maravilhas que realizava. Então, após sua ascensão, confiaram as palavras de CRISTO a outros e encorajaram-nos a adotar o seu estilo de vida e a obedecer ao seu ensino. Discípulo é o aluno que aprende as palavras, os atos e o estilo de vida de seu Mestre  com a finalidade de ensinar outros.
O discipulado cristão é um relacionamento de Mestre e aluno baseado no modelo de CRISTO e seus discípulos, no qual o Mestre  reproduz tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em CRISTO que o aluno é capaz de treinar outros para que ensinem outros.
Um estudo cuidadoso do ensino e da vida de CRISTO revela que o discipulado possui dois componentes essenciais: a morte de si mesmo e a multiplicação. São essas as ideias básicas de todo o ministério de JESUS. Ele morreu para que pudesse reproduzir nova vida. E ele requer que cada um de seus discípulos siga o seu exemplo.
 
MORRER PARA SI MESMO
O chamado de CRISTO para o discipulado é um chamado para a morte de si mesmo, uma entrega absoluta a DEUS. JESUS disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, este a salvará” (Lc 9.23,24).
Da perspectiva do mundo, a franqueza de CRISTO em chamar as pessoas para segui-lo parece exagerada. JESUS ensina que para compartilhar de sua glória, primeiro a pessoa tem de compartilhar de sua morte.
JESUS é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis. E o Senhor do Universo ordena que toda pessoa o siga. Seu chamado a Pedro e André (Mt 4.18,19) e a Tiago e João (Mt 4.21) foi uma ordem. “Siga-me”. Sempre tem sido uma ordem, nunca um convite (Jo 1.43).
JESUS nunca implorou que alguém o seguisse. Ele era embaraçosamente direto. Ele confrontou a mulher no poço, com o seu adultério; Nicodemos, com seu orgulho intelectual; os fariseus, com sua justiça própria. Ninguém pode interpretar “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo” (Mt 4.17) como uma súplica. JESUS ordenou a cada pessoa que renunciasse a seus interesses, abandonasse os pecados e obedecesse completamente a ele.
Quando o jovem rico se recusou a vender tudo o que possuía para segui-lo (Mt 19.21), JESUS não foi correndo atrás dele tentando conseguir um acordo. Ele nunca minimizou seu padrão. JESUS declarava apenas: “Quem me serve precisa seguir-me [...]” (Jo 12.26).
JESUS esperava obediência imediata. Ele não aceitava desculpas (Lc 9.62). Quando um homem quis primeiro sepultar o pai antes de seguir CRISTO, ele replicou: “[...] Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos” (Mt 8.22). Homem algum recebeu algum elogio por ter obedecido à ordem de CRISTO de segui-lo e tornar-se seu discípulo; era o que se esperava de todos. JESUS disse: “Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: 'Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever’ ” (Lc 17.10).
Assim, quando é que você se torna um cristão, um discípulo de CRISTO? Quando vai à frente em resposta a um apelo? Quando se ajoelha diante do altar? Quando chora sinceramente? Nem sempre. Os primeiros seguidores de CRISTO tornaram-se discípulos quando lhe obedeceram, quando ‘eles, deixando imediatamente seu pai e o barco, o seguiram” (Mt 4.22)
A obediência à ordem de CRISTO “Siga-me” resulta na morte de si mesmo. O cristianismo sem essa morte é apenas uma filosofia abstrata. É um cristianismo sem CRISTO.
Talvez o erro fundamental cometido por muitos cristãos seja fazer distinção entre receber a salvação e tornar-se discípulo. Colocam as duas coisas em níveis diferentes de maturidade cristã, presumindo que é aceitável ser salvo sem assumir compromisso com as exigências mais radicais de JESUS, como “tomar a sua cruz” e segui-lo (Mt 10.38).
Essa ideia baseia-se na crença errada de que a salvação é principalmente para o benefício do homem a fim de torná-lo feliz e evitar a condenação eterna.
Embora a salvação venha ao encontro da mais profunda necessidade do homem, essa ideia humanista de fazer uma coisa em favor do bem-estar da pessoa ignora completamente a razão fundamental pela qual CRISTO morreu na cruz. DEUS concede a salvação aos homens principalmente para trazer glória a ele por meio de um povo que tem o caráter de seu Filho (Ef 1.12). A glória de DEUS é mais importante do que o bem-estar do homem (Is 43.7).
Ninguém que compreenda o propósito da salvação ousaria especular que uma pessoa pudesse ser salva sem aceitar o senhorio de CRISTO. CRISTO não pode ser o Senhor da minha vida se eu for o senhor dela. Para que CRISTO esteja no controle, tenho de morrer. Não posso me tornar discípulo sem morrer para mim mesmo e sem me identificar com CRISTO, que morreu pelos meus pecados (Mc 8.34). O discípulo segue o seu Mestre até mesmo à cruz.
Por muito tempo, lutei para entender as implicações práticas de “morrer para si mesmo”. Como essa determinada autor renúncia se manifestaria em minha vida? Ao meditar em Gálatas 2.20, finalmente compreendi: “Fui crucificado com CRISTO. Assim, já não sou eu quem vive, mas CRISTO vive em mim [...]”.
Suponhamos que no dia 1 ° de janeiro eu estivesse sobrevoando o Kansas quando o avião explodiu. Meu corpo caiu no chão, e morri com o impacto. Depois de algum tempo, um fazendeiro encontrou meu corpo. Não havia pulsação, nenhuma batida do coração nem fôlego. Meu corpo estava frio. Era óbvio que eu estava morto. O fazendeiro fez uma cova. Mas, ao colocar meu corpo na terra, o dia já estava escuro demais para cobri-lo. Decidindo que terminaria o trabalho na manhã seguinte, ele voltou para casa.
Então CRISTO veio e me disse: “Keith, você está morto. Sua vida sobre a Terra acabou, mas eu soprarei um fôlego de nova vida em você se prometer fazer qualquer coisa que eu pedir e ir a qualquer lugar que eu mandar”.
Minha reação imediata foi: “De maneira nenhuma. Isso não é razoável. É escravidão”. Mas, então, reconhecendo que não estava em posição de negociar, sincera e rapidamente concordei.
Instantaneamente, os pulmões, o coração e os demais órgãos vitais voltaram a funcionar. Voltei à vida. Nasci de novo. Daquele momento em diante, não importava o que CRISTO pedisse de mim ou onde me mandasse, eu estava mais que disposto a obedecer-lhe. Nenhuma tarefa seria por demais difícil, nenhum horário cansativo demais, nenhum lugar perigoso demais. Nada era sem motivo. Por quê? Porque eu não tinha direito sobre minha vida; estava vivendo com tempo emprestado, o tempo de CRISTO. Keith morrera no dia 1° de janeiro em um milharal do Kansas. Então eu podia dizer como Paulo: “Estou crucificado [morri] com CRISTO; já não sou eu [Keith] quem vive, mas CRISTO [quem] vive em mim”.
É isso que significa morrer para si mesmo e nascer de novo. A ordem de CRISTO “Siga-me” é uma determinação para participar de sua morte a fim de experimentar uma nova vida. Você se torna morto para si mesmo totalmente consagrado a ele.
Um grande paradoxo da vida está em que existe imensa liberdade nessa morte. O morto já não se preocupa com seus direitos, com sua independência ou com as opiniões dos outros a seu respeito. Ao unir-se espiritualmente ao CRISTO crucificado, riquezas, segurança e status — as coisas que o mundo tanto almeja — perdem o valor. “Os que pertencem a CRISTO JESUS crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos” (G1 5.24). A pessoa que toma a cruz, que está crucificada com CRISTO, não fica ansiosa pelo amanhã porque o seu futuro está nas mãos de outro.
Por outro lado, o morto para si mesmo é liberto a fim de fazer todas as coisas para a glória de DEUS (Rm 8.10). Ele coloca tudo o que tem e tudo o que é à disposição permanente de DEUS. Sua submissão ao senhorio de CRISTO capacita-o a agradar a DEUS em cada decisão que toma, em cada palavra que diz e em cada pensamento que tem. O discípulo vê toda a sua vida e todo o seu ministério como adoração (ICo 10.31). Morrer para si mesmo liberta-o para ter prazer em seu amor a DEUS.
A morte do eu é pré-requisito essencial para tornar-se discípulo. Qualquer pessoa que nao tenha experimentado a morte de si mesmo não pode se qualificar como elo legítimo no processo de discipulado porque é incapaz de reproduzir o que JESUS ensinou: “[...] se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto” (Jo 12.24). Sem multiplicação, não existe discipulado.
 
COMO SABER SE VOCÊ É DISCÍPULO?
Muitas pessoas dizem ter experimentado a morte de si mesmo e estar vivendo totalmente consagradas a CRISTO. Mas JESUS disse: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7.21).
Como saber se você é um discípulo de CRISTO? Como saber se você já morreu para si mesmo e está apto a reproduzir? A evidência inegável ao discernir se alguém é uma versão espiritual de imitação de ouro ou o artigo genuíno é a presença de um caráter semelhante ao de CRISTO. Se o caráter de CRISTO estiver faltando, você ainda não morreu para si mesmo e não está preparado para reproduzir.
Talvez a maior dificuldade que você tenha de enfrentar seja crer de fato que seu caráter é mais importante do que sua capacidade ou suas habilidades. Tal ideia é tão incomum ao mundo que, mesmo depois de entregar-se à morte de si mesmo, você a achará estranha.
 
Sempre soube em minha mente que só o ESPÍRITO de DEUS movia as pessoas ao arrependimento e à confissão e que fui chamado apenas para testemunhar, e não para convertê-las. Contudo, agia como se a qualidade da minha vida cristã e a salvação dos outros dependessem da minha capacidade e criatividade na evangelização.
Finalmente, a Bíblia alertou-me para a verdade. Primeiramente, e acima de tudo, DEUS queria que eu tivesse o caráter de CRISTO —fosse cristão. Só então ele operaria por meio de mim para a sua glória.
Que revelação paralisante! Eu havia confundido ativismo e a resposta do homem com retidão; havia substituído a adoração por atividades. De repente, minha segurança nas boas obras foi destruída.
A verdade era dolorosamente clara. É necessário ser médico antes de tratar dos doentes. É necessário ser advogado antes de advogar. Do mesmo modo, eu teria de ser como CRISTO antes de realizar sua obra.
O caráter cristão consiste na união de qualidades mentais e éticas que o capacitem “para que vocês vivam de maneira digna de DEUS, que os chamou para o seu Reino e glória’ (lTs 2.12); exibe o fruto do ESPÍRITO: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (G1 5.22,23).
Um exame cuidadoso do ministério de CRISTO revela que, entre as virtudes que caracterizavam sua vida, quatro qualidades destacavam-no de todas as demais pessoas como o Filho unigênito de DEUS: obediência, submissão, amor e oração.
Quando descobri isso pela primeira vez, fiquei aturdido. Será que o DEUS encarnado escolheu edificar sua Igreja sobre o fundamento dessas quatro qualidades? Pareciam características de uma pessoa fraca — de alguém que depende totalmente de outra para ter direção, motivação e confiança.
No entanto, era exatamente isso. Essas qualidades descreviam perfeitamente a relação de CRISTO com o Pai. A força de CRISTO vinha de sua dependência do Todo-poderoso. E, se eu quisesse ser usado por DEUS, minha relação com ele teria de ser moldado conforme a do meu Senhor. O caráter cristão é construído por meio de minha disposição (exercício de minha vontade) em sujeitar cada aspecto de minha vida à imagem de CRISTO.
Alguns cristãos têm procurado entrar no nosso ministério de discipulado com a condição de que seus talentos sejam utilizados. Mas tal perspectiva é uma negação da morte de si mesmo e demonstra que seus valores estão distorcidos. A principal ocupação do discípulo deve ser que seu caráter seja construído e multiplicado. Todos nós procuramos fazer discípulos, mas sabemos que isso é impossível sem que sejamos primeiramente discípulos. Precisamos conhecer a DEUS antes de torná-lo conhecido.
O discípulo emprega qualquer dom ou talento que construa o Reino ou edifique o corpo. Ele confiantemente deixa de exercer habilidades que possam nutrir seu orgulho ou impedir sua maturidade cristã. O enfoque do homem morto para si mesmo é DEUS. Ele procura ser como CRISTO.
Se algum homem tivesse motivo para encontrar segurança em sua reputação, capacidades ou credenciais este seria o apóstolo Paulo. Mas ele reconhecia que isso tudo era lixo em comparação a ser como CRISTO (Fp 3.8). A capacidade da pessoa nada vale sem um caráter reto. É claro que mortal algum pode atingir tais qualidades por seus próprios esforços. Mas DEUS predestinou os discípulos, a serem “conformes à imagem de seu Filho” (Rm 8.29).
Se você não tiver um alvo para sua vida, é provável que fique à deriva. Se o seu alvo for o nada, provavelmente o atingirá. É por isso que você tem de ter uma compreensão perfeita da pessoa que CRISTO quer que você seja.
Obediência, submissão, amor e oração são os objetivos pelos quais você e cada discípulo que fizer deverão lutar. Servem de instrumento para medir o seu crescimento e o progresso daqueles a quem discipula. São tão importantes que os examinaremos individualmente nos capítulos seguintes.
Keith Phillips. A Formação de um Discípulo. Editora Vida. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
3. Requisitos necessários ao Mestre
Um bom ensinador, Mestre  ou doutor é pessoa que, usada por DEUS, na unção do ESPÍRITO SANTO, pode muito contribuir para a edificação espiritual e moral dos crentes. O Eclesiastes resume o valor dos que ensinam com a sabedoria de DEUS: “As palavras dos sábios são como aguilhões e como pregos bem fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo único Pastor” (Ec 12.11). Para ser um bom Mestre , na igreja, são necessários alguns requisitos.
 
1) Apresentar-se a DEUS. “Procura apresentar-te a DEUS aprovado... que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15a). Um bom Mestre  deve ser um obreiro aprovado por DEUS, e não apenas nas faculdades de teologia ou seculares. O que ensina deve ser aprovado:
a) No testemunho pessoal (1 Tm 4.16; 2 Tm 4.5);
b) Na vida familiar (SI 128.1);
c) Na vida social (Mt 5.16);
d) Na igreja (Ec 5.1,2).
e) Através de sinais, prodígios e maravilhas (Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas.
2 Coríntios 12:12 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:20)
 
2) “Que não tem de que se envergonhar... ” (2 Tm 2.15b). Quem é Mestre  precisa ser exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12). Deve ter uma vida íntegra, para não ser alvo de acusações por parte dos que o ouvem ou dos de fora da igreja. Se um ensinador dá escândalo compromete seu nome, sua imagem e seus ensinos.
 
3) “Que maneja bem a palavra da verdade...” (2 Tm 2.15c). Esse requisito é muito importante, porque o Mestre  ou doutor é o homem que faz uso da Palavra de DEUS para ministrar o ensino à igreja. Seu manual de ensino é a Bíblia Sagrada. Ele deve conhecer bem a Palavra para poder preparar estudos, mensagens e reflexões a serem compartilhadas, verbalmente ou por escrito, para a edificação da igreja. Devem ser “aptos para ensinar” (1 Tm 3.2; 2 Tm 2.24). Para ter esse manejo, é preciso que o Mestre  ou doutor tenha certos cuidados:
a) Seja um leitor persistente e estudioso da Bíblia (1 Tm 4.13).
b) Seja dedicado ao ensino (Rm 12.7b). Essa dedicação exige esforço e disciplina para o desenvolvimento de um ministério frutífero;
c) Seja um leitor de bons livros de estudo bíblico (2 Tm 4.13). Os bons livros não substituem a Bíblia, mas, quando são escritos por homens de DEUS, são excelentes auxílios ao preparo de estudos e mensagens;
d) Procure conhecer versões variadas da Bíblia, principalmente as de estudo bíblico, examinando seus comentários, para evitar inserções heréticas, em suas notas;
e) Utilize dicionários, concordâncias e enciclopédias bíblicas.
f) Seja um leitor de revistas, jornais, e periódicos (evangélicos e seculares), que tenham subsídios para fortalecer o ensino.
g) Tenha preparo teológico. Um curso teológico de boa qualidade não faz um excelente Mestre no ensino da Palavra de DEUS. Esse é feito por DEUS. Contudo, o curso dá uma visão ampla do estudo sistemático da Palavra de DEUS, a partir da Teologia Sistemática e suas divisões; da Hermenêutica, da Homilética, da História da Igreja, da Geografia Bíblica, Ética Pastoral, Didática, Psicologia, etc... A Bíblia diz: “Examinai tudo. Pretende o bem...” (1 Ts 5. 21). Um Mestre  deve ter conhecimentos acima da média de seus alunos.
Tiago adverte que muitos não queiram ser mestres (doutores ou professores), visto que “receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Diante disso, é importante que os mestres sejam pessoas cuidadosas no exercício de sua missão, pautando-se pelos princípios éticos e morais da Palavra de DEUS, para que possam contribuir para o crescimento espiritual dos crentes, nas igrejas, auxiliando os pastores ou líderes a melhor conduzirem o rebanho do Senhor JESUS.
4) Deve ser homem de adoração, oração e Jejum. Sem uma íntima comunhão com o ESPÍRITO SANTO não haverá revelação durante a explanação do mestre a respeito da Palavra de DEUS. O mestre deve ouvir nitidamente a voz do ESPÍRITO SANTO.
Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Atos 13:1,2
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 123-124. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
I Tm 4.13 « ...aplica-te...» No grego é «prosecho», que significa «dar atenção a», «seguir», «voltar a mente para». Isso se refere à diligência e à dedicação necessárias por parte de todo o Mestre , sobretudo em suas funções públicas, que passam a ser enumeradas.
Embora o sentido primário dessas palavras indique a leitura pública das Escrituras, e como os ensinadores deveriam mostrar-se fiéis nessa função eclesiástica, espera-se, mui naturalmente, que todos os líderes cristãos sejam homens que dediquem muito tempo ao estudo e à leitura dos documentos sagrados.
«...à exortação...» No grego é «paraklesis», que significa «encorajamento», «exortação», «consolo». O ESPÍRITO SANTO é o «Consolador», o «Ajudador», o «divino paracleto», palavra teológica essa baseada no termo grego que ora comentamos.
Esse verbo significa «chamar para o lado de, com o intuito de ajudar», «convocar»; e isso tanto para exortar como para consolar. No presente versículo, porém, devemos entender «exortar», porquanto a palavra é usada em conexão com a ideia da leitura das Escrituras em público, indicando, portanto, o ensino que compunha parte do culto de adoração dos cristãos. Mas em particular, um «supervisor» também deveria agir como consolador; e também poderia ensinar mensagens consoladoras, a seu público. Mas parece que a ideia de exortação é que se destaca aqui, pelas razões dadas acima. Tais exortações podem estar baseadas ou não na leitura feita, pois normalmente eram feitas mediante «alguma espécie de explicação sobre o que era lido, ou, pelo menos, incluía algo dessa atividade.
«...no ensino...» No grego é «didaskalia», que significa «instrução», «ensino». Não é suficiente ler e exortar.  Exortação e ensino também são unidos em Rom. 12:7,8 e I Tim. 6:2.
A principal função do Mestre , no tocante ao culto de adoração, é aqui salientada. O ensino não é bastante por si mesmo. Também deve haver o ensino, e as passagens de Rom. 12:7 e Tito 2:1-14 mostram-nos que o ensino deve incluir tanto a instrução doutrinária como a instrução moral.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 326. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
I Tm 4.13.
Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 1 Timóteo 4:13-16
 ler - exortar - ensinar - dom - meditar- ocupar - cuidado - doutrina - perseverar - salvar.
Na leitura: trata-se da leitura em voz alta das Escrituras disponíveis perante a congregação reunida - A bíblia deve ser ouvida para gerar fé - De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS. Romanos 10:17. Os textos de 2 Co 3.14; Lc 4.16; At 13.15 se referem à leitura do AT praticada na sinagoga, um direito de cada homem que soubesse ler. Conforme 1Tm 5.18 (citações do AT e do NT), 1Ts 5.27; Cl 4.16; Ap 1.3 a leitura pode ser tanto do AT como dos escritos do NT já existentes. Aqui a ênfase certamente incide sobre a leitura de escritos apostólicos, o que no entanto não exclui a conhecida prática de proclamar textos do AT. “Conjuro-vos, pelo Senhor, que esta epístola seja lida a todos os irmãos. E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por que seja também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodiceia, lede-a igualmente perante vós.” As pastorais não permitem notar uma diferença em relação a essa leitura de suas missivas motivadas por autoridade apostólica (QI 21, 25e).
Na exortação: No culto da sinagoga a palavra livremente lida era interpretada. “Depois da leitura da lei e dos profetas, os chefes da sinagoga (judaica) mandaram dizer-lhes: Irmãos, se tendes alguma palavra de exortação para o povo, dizei-a!” Após essa solicitação Paulo se levanta e evangeliza. Isso não é a mesma coisa que ensinar. Também em Rm 12.7s ele diferencia nitidamente entre exortar e ensinar como dois dons distintos da graça. O próprio DEUS é o DEUS de toda a consolação, CRISTO o Parákletos, que envia outro Parákletos, o ESPÍRITO SANTO. Deparamo-nos aqui com uma palavra-chave da revelação do NT que liga da maneira mais estreita possível as pastorais com todas as demais cartas de Paulo e com os escritos de João. O Messias é o consolo de Israel, que será revelado no fim dos tempos e pelo qual esperam os mansos da terra. Os ricos, que tentam usar sua riqueza para se tranquilizar em seu vazio humano, “já têm sua consolação”. Nesse contexto também deve ser entendida a “consolação das Escrituras”, porque elas apontam para o DEUS da esperança. Da Escritura e de sua leitura provêm o verdadeiro consolo e a verdadeira admoestação.
Exortar significa tratar, com base nas Escrituras, e com autoridade profética, por meio do ESPÍRITO SANTO, de cada indivíduo e de cada igreja em sua carência, aflição e perigo atuais, dirigindo-se de forma amável e séria à consciência e ao coração dos ouvintes. A “paráclese” sempre possui o duplo sentido de exortar e encorajar, de anunciar e desafiar, de consolar e fortalecer. Exortar visa a situação atual, motivo pelo qual é aplicação pessoal, ou, se quisermos, subjetiva, i. é, direcionada ao sujeito, da Escritura Sagrada.
Na doutrina: atividade de ensino, instrução, educação. Ensinar é algo diferente e é mais que retirar um versículo da Bíblia, relacionando com ele considerações edificantes. Estão em jogo a totalidade da fé cristã e a história da salvação: “a forma da doutrina”. Quem ensina, expõe os desígnios de DEUS e evidencia as dádivas e os deveres deles decorrentes; interpela o entendimento e convida para o cumprimento em obediência. Quem exorta, nutre e fortalece o coração dos ouvintes com a palavra de DEUS. Coloca-os junto com seu fracasso diante daquele que perdoa e restaura. Interpela sua consciência, para que acordem da indiferença.
Timóteo deve nutrir-se pessoalmente com a palavra da fé e seguir a doutrina, então terá condições de exortar e ensinar a igreja a partir da Escritura. A vivência na Escritura e a leitura a partir de seus textos constitui o fundamento para as duas atividades principais do servo da palavra: exortar e ensinar, dirigir-se ao indivíduo, falar-lhe a partir de DEUS e colocá-lo no contexto geral dos desígnios de DEUS com a igreja e o mundo, o subjetivo e o objetivo, as pequenas coisas do cotidiano e a grande dimensão universal e supramundana das idéias e intenções de DEUS. Ambas precisam ser mantidas em equilíbrio e tensão recíproca. Quando se enfatiza demais a doutrina e falta a exortação, surge um conhecimento cerebral, dissociado da vida e atividade cotidianas. Quando a exortação se torna preponderante, o ser humano se perde na subjetividade, na autocontemplação e em última análise na santificação própria, na mesquinhez, e a devoção adquire aparência mofada e estreita. Falta a relação com a magnitude e a totalidade dos desígnios de DEUS. Por essa razão ambas as coisas são necessárias, da maneira como o ESPÍRITO explicita para cada respectiva situação.
Paulo exorta Timóteo a despertar o dom do ESPÍRITO SANTO que nele residia para que tenha confirmação de seu ministério perante os outros líderes e confirmação da mensagem que transmitia ao povo. Um Mestre jamais será respeitado como tal sem a confirmação sobrenatural de seu ministério.
Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica Esperança. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
II Tm 4.13. Ainda mais que a capa, Paulo queria seus livros e pergaminhos. A prisão de Paulo poderia ter ocorrido tão inesperadamente, que ele não pôde voltar para casa para apanhar seus pertences pessoais. Os livros incluiriam partes do Antigo Testamento. Os pergaminhos eram muito provavelmente pergaminhos ou papiros escritos à mão, frequentemente usados no século I para a tomada de notas (como em cadernos), confecção de memorandos, ou primeiros rascunhos de obras literárias. Talvez estes pergaminhos fossem rascunhos de algumas das epístolas de Paulo. Praticamente tudo o que era escrito também tinha um grande valor. Paulo era um estudioso e teria reunido, para o seu uso, uma biblioteca pequena, mas eficiente. Quando Paulo pediu os livros e os pergaminhos, ele estava pedindo sua biblioteca, alguns documentos mais apreciados. provavelmente também entre esses estavam cópias de orações da Palavra de DEUS.
Isso mostra que Paulo dava muito valor ao estudo da Palavra de DEUS aos seus escritos sobre a mesma.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 542-543. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
«...especialmente os pergaminhos...» Eram livros ou documentos feitos de peles preparadas de bezerro, de antílope, de cabra ou de ovelha. O material mais caro era feito de bezerro ainda não-nascido, devido à sua fina textura. Eram caríssimos, e poucas pessoas possuíam livros feitos desse material. Eram reunidos, formando rolos, ou então eram deixados como páginas soltas. O termo pergamina (equivalente a «membrana»), e que se refere a esse material, se derivou do nome da cidade de Pérgamo, na Mísia, onde era manufaturado em grande quantidade, e de onde foi introduzido na Grécia. Posto que esse era o material mais valioso, e visto que Paulo parecia mais ansioso por receber esses documentos do que os «livros», alguns eruditos têm pensado que esses eram os livros que continham as Escrituras do A.T., pelo menos certas de suas porções, porquanto não havia como transportar o A.T. inteiro escrito sobre esse material, que ficaria por demais volumoso. Mas outros eruditos supõem, além disso, que havia ali cópias primitivas das declarações e da história da vida de JESUS, bem como algumas das cartas e escritos do próprio Paulo. A única coisa que parece certa é que eram documentos escritos, e não apenas material de escrita em branco.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 406.
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE - Doutor ou Mestre: Pessoa que manifesta sapiência.
SINOPSE DO TÓPICO (1) - JESUS, o Mestre  da Galileia, é reconhecido em o Novo Testamento tanto como o Mestre Divino quanto o Mestre da humildade.
SINOPSE DO TÓPICO (2) - O ensino na igreja do primeiro século foi ordenado por JESUS para os apóstolos ensinarem persistentemente.
SINOPSE DO TÓPICO (3) - O dom ministerial de Mestre  é uma necessidade para a igreja local e uma responsabilidade para um discipulado permanente.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARAÚJO, Carlos Alberto R. A Igreja dos Apóstolos: Conceito e Forma das Lideranças na Igreja Primitiva, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. GANGEL, Kenneth O.; HENDRII CKS, Howard G (Eds.), Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão, 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. 
 

 

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LIÇÃO 6, BETEL, 4TR23, NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 6, Betel, O Verdadeiro Discípulo Sujeita-se ao Supremo Mestre: JESUS

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2023, TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade.

 

TEXTO ÁUREO

“E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.” 1 Pedro 5.4

 

VERDADE APLICADA

Para ser um bom discípulo de CRISTO, precisa, mais que qualquer atributo, ser escolhido e abençoado por DEUS.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Expor princípios do discipulado.
Ensinar sobre os compromissos do discípulo
Mostrar os critérios validados por DEUS.

 

TEXTO DE REFERÊNCIA - 1 SAMUEL 16.5-7
5 E disse ele: É de paz, vim sacrificar ao Senhor. Santificai-vos e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e a seus filhos e os convidou ao sacrifício.
6 E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe, e disse: Certamente, está perante o Senhor o seu ungido.
7 Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Js 24.24 Quem serve obedece.
TERÇA – SI 89.3 O escolhido tem aliança com DEUS.
QUARTA – Lc 17.20 O reino de DEUS não é por aparência.
QUINTA – Jo 5.44 Buscar a honra que vem de DEUS.
SEXTA – At 5.28 Obedecer a DEUS em primeiro lugar.
SÁBADO – 1 Pe 2.17 DEUS ordena a honra.


HINOS SUGERIDOS: 344, 455, 484

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o discipulador respeite e entenda seu chamado como uma escolha de DEUS.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A ESCOLHA DE DEUS

1.1. Não é segundo a aparência.

1.2. Está alinhada ao Seu coração. 

1.3. Cabe apenas a DEUS. 

2- O PRINCÍPIO DO CHAMADO

2.1. Honrar a DEUS. 

2.2. Honrar a Igreja de CRISTO. 

2.3. Honrar ao próximo. 

3- CONDUTA DO ESCOLHIDO

3.1. Adorar a DEUS. 

3.2. Lutar as guerras de DEUS. 

3.3. Obedecer a DEUS. 

 

INTRODUÇÃO

Engana-se quem pensa que os atributos de um verdadeiro discipulador estão reduzidos a capacidade, habilidade, inteligência, força etc. Samuel se enganou [1Sm 16.7]. Mas DEUS ensinou que o discipulador tem a ver com Ele e com Sua bênção sobre o escolhido.

 

1- A ESCOLHA DE DEUS

Samuel foi chamado por DEUS para uma importante missão: ungir o segundo rei de Israel, aquele que seria o líder conforme a Sua escolha. O primeiro rei, Saul, foi levantado a partir do clamor do povo por um rei, pois tinha as outras nações como referência [1Sm 8.19- 20], o que desagradou a DEUS [1Sm 10.17-19]. Os povos vizinhos eram comandados por reis, o que fez com que os israelitas desejassem viver sob reinado humano [1Sm 8.5]. Mas não era o plano de DEUS para aquele momento. O sistema teocêntrico (ou teocrático), onde DEUS é quem governa, estava sendo rejeitado [1Sm 8.7].

 

NÃO QUERIAM QUE DEUS GOVERNASSE SOBRE ELES.

 

1.1. Não é segundo a aparência.

O primeiro rei de Israel, quanto à aparência física, “sobressaía a todo o povo” [1Sm 9.2], o que deve ter causado admiração ao povo quando apresentado [1Sm 10.23-24]. Isso pode ter se tornado uma referência para Samuel, ao acreditar que Eliabe seria o próximo rei [1Sm 16.6]. O nome Sha’uwl no hebraico significa “desejado” ou “pedido”. Infelizmente, após ser ungido, as atitudes de Saul não foram condizentes com o que se espera de um governante do povo que tem aliança com DEUS. O Senhor DEUS já tinha falado a Abraão sobre reis que descenderiam dele [Gn 17.15-16]. Assim, parece que o povo não foi paciente para esperar o momento de se estabelecer a monarquia em Israel.

John Nash (1928-2015), matemático norte-americano, diz: “Talvez seja bom ter uma mente bonita, mas um dom ainda maior é descobrir um coração bonito. Quando DEUS mede um homem, Ele passa sua fita métrica em torno do seu coração e não da sua cabeça. Essas palavras vão ao encontro do pensamento de Edward McKendree Bounds (1835-1913), um ministro da Igreja Metodista: “O Evangelho flui pelo coração. O coração faz o céu, e o céu é o amor. O coração grande gera grandes pregadores, e o coração bondoso gera pregadores bondosos. O ministério profissional é um ministério sem coração. Quando jovem, eu admirava as pessoas inteligentes. Hoje, admiro as que são bondosas. Um cérebro inteligente arranca aplausos na terra, mas um coração bondoso arranca aplausos no céu”.

 

1.2. Está alinhada ao Seu coração. 

A escolha de DEUS para um líder se baseia em um coração que esteja alinhado com o seu. Esse não era o caso de Saul, pois um verdadeiro discípulo de CRISTO deve estar alinhado com o coração de DEUS. Saul não era segundo o coração de DEUS, e posteriormente, nem os filhos de Jessé que se apresentaram a Samuel [1 Sm 16.10]. Mas havia alguém, que não fora lembrado por ninguém, mas que estava na mente e nos planos de DEUS e que tinha a ver com Ele. Davi não exibia uma aparência capaz de chamar a atenção nem de Samuel, mas tinha o coração segundo o coração de DEUS [At 13.22]. E para o Senhor, é isso que importa. Ser um discipulador segundo o coração de DEUS, acima de qualquer outra coisa. Saul começou bem, vencendo as guerras de DEUS, mas logo se perdeu em suas vontades, tornando-se desobediente [1Sm 15.22-23]. DEUS usou Samuel para dizer que, em lugar de Saul, Ele levantaria um “homem segundo o seu coração” [1Sm 13.7-14]. Nenhum outro critério foi exigido, a não ser estar alinhado ao coração de DEUS. Ter o coração alinhado ao de DEUS é depender dEle. Saul errou ao acreditar ser autossuficiente. Charles Haddon Spurgeon: “Não se torne autossuficiente. A autossuficiência é a rede de Satanás onde ele pega os homens, como pobres peixes bobos, e os destrói. (…) A maneira de crescer forte em CRISTO é tornar-se fraco em si mesmo. DEUS não derrama poder no coração do homem até que o poder do homem seja todo derramado”. DEUS não caminha com o homem que marcha na sua própria força!

 

1.3. Cabe apenas a DEUS. 

Eleger alguém para servir na obra de DEUS é uma escolha exclusiva do Senhor, que pode, inclusive, acontecer na infância [Jr 1.5]. É Ele quem escolhe os que farão parte de Seus propósitos [Mc 3.13-19]. O caminho de Samuel e Davi se cruza quando o profeta vai à casa de Jessé para ungir um novo rei [1Sm 16.1]. O chamado de ambos foi feito por DEUS, por isso frutificou [Mt 7.16-20].

Diótrefes não atentou que ele ocupava uma posição destacada que não estava glorificando a DEUS e que, portanto, nada tinha a ver com o Senhor. Seu interesse era apenas ser reconhecido. Ele era um tipo de obreiro ou membro que não comparece a reuniões dirigidas por outros. E quando marca presença, faz sempre questão de demonstrar descaso e frieza com a liderança dos colegas. Não coopera com trabalho algum da iniciativa dos outros. Ele não se deu conta de que não fora escolhido por DEUS. Assim sendo, logo perderia aquele lugar na obra.

 

EU ENSINEI QUE:

Nenhum ministério bem-sucedido está relacionado a critérios pessoais. Ele passa obrigatoriamente pela escolha de DEUS. Por isso, todo discípulo necessita estar alinhado ao coração do Senhor.

 

2- O PRINCÍPIO DO CHAMADO

Não se pode servir a DEUS de qualquer jeito. Jeremias disse que aquele que faz a obra relaxadamente é maldito [Jr 48.10]. Um obreiro ou líder deve ser alguém abençoado por DEUS. Para ser abençoado é preciso fazer o que Ele manda integralmente. (não parcialmente como traz o contexto da passagem citada). Diótrefes mostrou-se negligente com o chamado, sendo por isso um mau discípulo.

 

2.1. Honrar a DEUS. 

O termo honra em grego é time (tee-may’) e diz respeito a um “preço pago”, como em honorário, que vem dessa mesma raiz. É, ainda, reverência a alguém pela posição; no caso de DEUS é “glória” a Ele. Um verdadeiro discípulo deve honrar ao Senhor – pelo que Ele é e faz. Em Romanos 13.7, Paulo ordena honra a quem honra. Esse princípio vem de DEUS. Se um discípulo quer ser honrado por DEUS, Ele deve honrá-lo, pois ele só tem essa “credencial” porque DEUS o escolheu.

Pastor Marcos Sant’Anna da Silva (Livro “Aperfeiçoamento cristão: propósito de DEUS para o discípulo de CRISTO”, p. 59): “Como membros do Corpo de CRISTO, temos que estar comprometidos com a responsabilidade de cuidar uns dos outros [1Co 12.25; GI 5.13]. Não é tarefa apenas dos que lideram ou fazem parte do ministério da igreja local, mas de todos que têm o ESPÍRITO SANTO. Assim, há edificação, crescimento e o Senhor DEUS é glorificado.”

 

2.2. Honrar a Igreja de CRISTO. 

Ser um discípulo é estar exercendo a liderança, é ser escolhido para tal ministério [Ef 4.11], e isso não tem a ver com ser humanamente capaz ou hábil, mas receber o “óleo da unção sobre a cabeça” [Sl 89.20]. Samuel achou que alguém aparentemente forte daria conta de ser o rei de Israel, então, quando viu Eliabe, o irmão guerreiro de Davi, achou que ele era o escolhido de DEUS [1Sm 16.6]. Mas o Senhor mostrou ao profeta o que de verdade importava: o coração. Honrar a igreja de CRISTO é possuir um coração que sirva sem restrições, como faziam Gaio e Demétrio, que andavam na verdade [3Jo 3.12] e honravam a igreja. Quem não honra a igreja busca reconhecimento por domínio e autoritarismo, como Diótrefes. Honrar a Igreja é cuidar dela tendo JESUS como exemplo de amor e de entrega. A Igreja é a Noiva de CRISTO, e toda noiva deve ser honrada, pois um dia se tornará esposa! Paulo disse: “Porque estou zeloso de vós com zelo de DEUS; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a CRISTO” [2Co 11.2]. Antes ele era perseguidor da Igreja, após a escolha de JESUS [At 9.15], passou a honrar a Igreja que ele perseguia.

 

2.3. Honrar ao próximo. 

Um discípulo deve honrar as pessoas, da igreja e de fora dela. Ele precisa ter o coração disposto a ajudar quem precisa, a exemplo de JESUS. Diótrefes era orgulhoso, egocêntrico e controlador, com comportamentos totalmente opostos ao de CRISTO. JESUS repreendeu os que não amavam ao seu próximo e só buscavam a honra dos homens para alimentar o seu ego: “Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a honra que vem só de DEUS?” [Jo 5.44]. Honrar o próximo é ordenança devida a todos [Rm 12.10]. Pedro ensina: “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a DEUS. Honrai o rei” [1Pe 2.17].

Os discípulos comprometidos com CRISTO amam a DEUS e aceitam a responsabilidade de ajudar a seus irmãos chegarem ao céu. Isso é honrar e amar a seus irmãos. No entanto, há cristãos que não revelam esse amor e cuidado pelos outros, eles só cuidam de si mesmos, como fazia Diótrefes, que, por isso, foi rejeitado.

 

EU ENSINEI QUE:

Estar apto significa seguir princípios estabelecidos por DEUS, como honra, amor e obediência. Tudo vem dele!

 

3- CONDUTA DO ESCOLHIDO

O verdadeiro discípulo é aquele que cumprirá o Seu propósito, ainda que se ache incapaz de fazê-lo [Ex 4.1-12]. Ele será idôneo e responsável por tudo o que está sob seus cuidados [1Sm 17.34] e não medirá esforços para fazer a obra de DEUS avançar [2Co 12.15].

 

3.1. Adorar a DEUS. 

Antes de aparecer para o público, Davi já era conhecido por DEUS no campo, “escondido” atrás das malhadas. Enquanto cuidava das ovelhas de seu pai [1Sm 16.18], tinha profunda comunhão com DEUS, o que pode ser visto nos salmos compostos por ele, como o Salmo 63, onde diz que sua “alma tem sede de DEUS”. Mesmo antes de JESUS definir o que era ser adorador [Jo 4.23-24], os salmos de Davi mostram que ele já fazia isso. No Novo Testamento, o ato de adorar era expresso por ajoelhar-se ou prostrar-se em reverência e reconhecimento de que o adorado é superior. Assim, Diótrefes não poderia ser considerado um adorador, pois faltava-lhe humildade para isso. Suas atitudes eram egocêntricas.

Quem busca glórias para si, rouba a glória de DEUS e, muitas vezes, não percebe que as trevas estão tomando conta da sua vida. Somos servos, e não celebridades. Quando a igreja se reúne em nome de CRISTO é para a adoração a DEUS, não para a satisfação de egos.

 

3.2. Lutar as guerras de DEUS. 

Os irmãos mais velhos de Davi – Eliabe, Abinadabe, Samá – lutavam as guerras de Saul [1Sm 17.13], mas DEUS queria um rei que lutasse as Suas guerras. E era isso que Davi fazia, tanto que, em cada batalha, ele consultava a DEUS para obter Sua autorização e estratégias [1Cr 14.14]. Um discípulo de CRISTO não faz as coisas segundo sua vontade, como fez Saul em diversos momentos [1Sm 15]. Diótrefes também errou nisso, agindo em causas próprias e não nas de DEUS. Assim, foi repreendido por João [3Jo 10]. A guerra que Diótrefes empreendia era a guerra de poder! Ao agir assim e, em sua prepotência, o homem está declarando guerra contra DEUS, quando deveria lutar as guerras de DEUS-contra injustiças, idolatria, perseguições – como os hebreus enfrentaram no Egito, por exemplo. Após atravessar o Mar Vermelho, Moisés cantou: “O Senhor é homem de guerra” [Êx 15.3]. Davi, em sua primeira “aparição” pública em um conflito, lutou contra Golias em nome de DEUS: “Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o DEUS dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado” [1Sm 17.45].

 

3.3. Obedecer a DEUS. 

Samuel obedeceu a DEUS quando foi chamado para ir à casa de Jessé ungir o futuro rei de Israel. Ele teve medo [1Sm 16.2], mas confiou em DEUS. Saul deixou de confiar no Senhor e O desobedeceu, por isso foi rejeitado por DEUS [1Sm 15.26] e seu reino foi rasgado [1Sm 15.28]. A obediência é qualidade indispensável ao discípulo. Quando Davi desobedeceu a DEUS [2Sm 11], mesmo sendo o rei escolhido, colheu o fruto deste pecado.

Obedecer, do hebraico shama, é “ouvir, escutar, concordar” e tem grande relevância para DEUS. Tanto assim que os judeus recitam até hoje o Shema Ysrael, profissão de fé central do monoteísmo judaico. Obedecer a DEUS significa tê-lo como “único” digno de ser adorado. JESUS disse: “Adorarás o Senhor teu DEUS, e só a ele servirás” [Lc 4.8]. Quem obedece cumpre a missão, como fez JESUS mesmo diante do sofrimento e morte de cruz [Fp 2.8]. Graças à Sua obediência a DEUS, fomos salvos!

 

EU ENSINEI QUE

Existem condutas e comportamentos próprios daqueles que são chamados por DEUS. Um verdadeiro discípulo de CRISTO deve entender seu chamado como uma escolha de DEUS. Assim, precisa estar sujeito aos critérios que o Senhor determina, entre os quais estão a adoração e a obediência.

 

CONCLUSÃO

DEUS escolheu as coisas loucas e as que não são [1Co 1.27-29]. Pela ótica humana, Saul seria um rei melhor que Davi. Samuel achou que até os irmãos de Davi eram aparentemente melhores. Mas DEUS escolheu alguém que Ele abençoou para ser o rei ungido com santo óleo para liderar o Seu povo.