EBD, Revista
Editora Betel, 4° Trimestre De 2023, TEMA: Terceira Epistola de
João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os
laços da fraternidade.
TEXTO ÁUREO
“E, quando
aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.” 1
Pedro 5.4
VERDADE APLICADA
Para ser um bom
discípulo de CRISTO, precisa, mais que qualquer atributo, ser escolhido e
abençoado por DEUS.
OBJETIVOS DA
LIÇÃO
Expor princípios
do discipulado.
Ensinar sobre os compromissos do discípulo
Mostrar os critérios validados por DEUS.
TEXTO DE
REFERÊNCIA - 1 SAMUEL 16.5-7
5 E disse ele: É de paz, vim sacrificar ao Senhor. Santificai-vos e vinde
comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e a seus filhos e os convidou ao
sacrifício.
6 E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe, e disse: Certamente, está perante
o Senhor o seu ungido.
7 Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a
altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como
vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha
para o coração.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Js
24.24 Quem serve obedece.
TERÇA – SI 89.3 O escolhido tem aliança com DEUS.
QUARTA – Lc 17.20 O reino de DEUS não é por aparência.
QUINTA – Jo 5.44 Buscar a honra que vem de DEUS.
SEXTA – At 5.28 Obedecer a DEUS em primeiro lugar.
SÁBADO – 1 Pe 2.17 DEUS ordena a honra.
HINOS SUGERIDOS: 344, 455, 484
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o
discipulador respeite e entenda seu chamado como uma escolha de DEUS.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A ESCOLHA DE
DEUS
1.1. Não é
segundo a aparência.
1.2. Está
alinhada ao Seu coração.
1.3. Cabe apenas
a DEUS.
2- O PRINCÍPIO DO
CHAMADO
2.1. Honrar a DEUS.
2.2. Honrar a
Igreja de CRISTO.
2.3. Honrar ao próximo.
3- CONDUTA DO
ESCOLHIDO
3.1. Adorar a DEUS.
3.2. Lutar as
guerras de DEUS.
3.3. Obedecer a DEUS.
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SUBSÍDIOS EXTRAS
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MESTRE διδασκαλος
didaskalos
1) professor
2) no NT, alguém que ensina a respeito das coisas de DEUS, e dos deveres do
homem
1a) alguém que é qualificado para ensinar, ou que pensa desta maneira
1b) os mestres da religião judaica
1c) daqueles que pelo seu imenso poder como mestres atraem multidões, i.e.,
João Batista, JESUS
1d) pela sua autoridade, usado por JESUS para referir-se a si mesmo como aquele
que mostrou aos homens o caminho da salvação
1e) dos apóstolos e de Paulo
1f) daqueles que, nas assembleias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar,
assistidos pelo SANTO ESPÍRITO
HONRA τιμη time
1) avaliação pela qual o preço é fixado
1a) do preço em si
1b) do preço pago ou recebido por uma pessoa ou algo comprado ou vendido
2) honra que pertence ou é mostrada para alguém
2a) da honra que alguém tem pela posição e ofício que se mantém
2b) deferência, reverência
A honra é o alto
respeito ou estima mostrada a uma outra pessoa ou recebida dela, ou ainda uma
demonstração de tal respeito. O conceito é expresso figurativamente no AT por
palavras que também são traduzidas como beleza, majestade, talento,
preciosidade, valor e glória. Os paralelos são significativos: glória e honra (1 Cr 16.27; Sl 8.5); glória e majestade (Sl 21.5; 96.6; 104.1); honra e distinção (Et 6.3); dádivas, prêmios e
grandes honras (Dn 2.6);
riquezas e glória (1 Rs 3.13).
Dessa forma, o conceito insere-se na adoração (q.v.), que é o reconhecimento do
valor.
O próprio DEUS
merece toda a honra; o reconhecimento daquilo que Ele é, e a atribuição do
louvor que lhe é devido. DEUS também pode fazer com que os homens sejam
reconhecidos pelos outros: “DEUS deu riquezas, fazenda e honra” (Ec 6.2). Ele ordenou que fosse
mostrado respeito aos pais (Ex
20.12) e aos mais velhos (Lv
19.32). Uma esposa virtuosa merece a estima de seu marido (Pv 31.25; 11.16; 1 Pe 3.7). Aqueles que honram a
DEUS serão por sua vez honrados (1
Sm 2.30). O homem que persegue a justiça e a lealdade da aliança encontrará
a honra (Pv 21.21).
Uma sugestão para
o motivo pelo qual DEUS restaura a honra aos homens de modo redentor é dada no Salmo 8.5: DEUS fez o homem um
pouco menor do que os anjos. O homem mais representativo, o Senhor JESUS,
coroado com glória e honra por seu sofrimento de morte, traz a redenção e a
glória final para os seus redimidos (veja Hb 2.5-10). A honra,
como um subproduto da sabedoria e da piedade, é associada à vida no sentido de
que só podería encontrar sen cumprimento em uma imortalidade abençoada (Pv 3.16; 8.18; 21.21; 22.4; cf. Rm 2.7,10).
No NT grego,
palavras significando valor e glória são traduzidos como honra. Os valores
éticos estão em perspectiva. A honra descreve de forma majestosa a aprovação e
a estima mútua entre o Pai e o Filno (2 Pe 1.17; Hb 2.9; Jo 8.49,54). A honra em glória
redentora é concedida por DEUS aos homens (Rm 2.10; 1 Pe 1.7; Jo 12.26). Os homens e os
anjos dão glória e honra a DEUS (1
Tm 1.17; Ap 4.9; 19.1) e a CRISTO (Jo 5.23; Ap 5.12ss.). Os homens devem buscar
a honra ou a aprovação que vem de DEUS ao invés da aprovação dos homens (Jo 12.43). Entretanto, não
devemos negaT a honra que é devida aos outros (Rm 12.10): aos pais (Mt 15.4), às viúvas (1 Tm 5.3), aos mestres (1 Tm 6.1), e ao rei (1 Pe 2,17). O casamento,
também, deve ser honrado por todos (Hb 13.4). W. B. W. Dicionário
Bíblico Wycliffe
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SENHOR
O nome
"Senhor", quando aplicado a CRISTO no Novo Testamento, tem diversos
sentidos. Em certos casos é usado simplesmente como forma de tratamento cortês
e de respeito (Mt 8.2; 20.33). Em tais casos
significa pouco mais do que a palavra "Senhor" que se usa com frequência
no tratamento entre os homens. Noutros casos é expressivo de domínio e
autoridade, sem indicar algo quanto ao caráter divino de CRISTO e sua
autoridade em assuntos espirituais e eternos (Mt 21.3; 24.42). Finalmente, o nome
"Senhor" é expressivo do caráter de CRISTO e sua suprema autoridade
espiritual, e é quase equivalente ao nome de DEUS (Marc 12.36,37; Lc 2.11; 3.4; Act 2.36; 1 Co 12.3; Fp 2.11). É especialmente
depois da ressurreição que se aplica de forma plena e apropriada este nome a CRISTO,
indicando que Ele é o dono e governante da Igreja (Manoel de Doutrina Cristã – Coedição
Luz para o Caminho e Ceibel – Págs. 159-162).
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DIVINDADE DE
JESUS: Características:
Como Criador (Cl.1:16;
Hb.1:3);
Seus desígnios (Rm.11:33-36);
Se fez homem (Lc.1:26-35);
Ressuscitou (Lc.24:36-53;At.1:3; At.2:22-39;
At.3:13-26; At.4:10; At.5:30-32; At.10:39-42; At.13:30-32; At.13:37; Rm.1:4; 1Co.6:14; 1Co.15:15; Cl.2:12; Cl.3:1; 1Ts.4:14-16; Hb.13:20; 1Pe.1:2-3; 1Pe.1:21; 1Pe.3:21-23; Ap.5:6-10; Ap.20:6 ); Tem todo o poder
(Mt.28:18; Fp.2:9-11); Poder para perdoar
pecados (Mt.9:6; Mc.2:1-12; Lc.5:24);
É sobre todos
(At.10:36; Rm.9:1-5).
Ele é o
resplendor da Glória de DEUS (Hb.1:3);
Imagem de si (Hb.1:3;
Cl. 1:15-19).
JESUS é diferente
dos líderes; único que convence que é DEUS a uma parte do mundo- escárnios
pagãos testemunham da adoração a CRISTO;
Impecabilidade:
nas palavras e obras de JESUS há ausência completa de conhecimento ou confissão
de pecado(Jo.8:46;Hb.4:15;
Hb.9:28);
Ele se afirmava
como DEUS: Igualdade com o Pai:
(Jo.10:30;Jo.8:58)
(viola o sábado)(Jô.5:18; Jô.9:16);enviado
(Jo.20:21);defende
sua honra divina (Jo.5:23); Conhecer (Jo.8:19);
Crer (Jo.14:1);
Ver (Jo.14:9)
Aceita reverência
a Ele, como adoração divina:(prostrar-se) Jo.4:20-22;
At.8:27; Jo.4:24; Mt.
4:10 e Lc. 4:8; leproso (Mt.8:2);
cego (Jo.9:35);
discípulos (Mt.14:33; Jo.20:27).
Anjos e meros homens não aceitaram essa reverência para si:(At.10:25-26 e Ap.19:10).
Referências Bíblicas: (Jo.5:18; Jo.8:42;Jo.8:54;Jo.10:35-36;Jo.13:3;Jo.13:31-32;
Jo.16:27;
Jo.20:17);
Outras Provas:
Sua igreja o
adora por quase 2.000 anos;
mudou a história
(AC e DC)
Emanuel(DEUS
conosco) - (Mt.1:23);
Quem estava
tentado era JESUS-DEUS (Mt.4:7;Lc.4:12;);
JESUS foi adorado
e servido como DEUS pelos anjos (Mt.4:10-
11;Lc.4:8;Hb.1:6;);
demônios o
reconheceram como divino (Mt.8:29; Mc.1:24; Mc.3:11;
Mc.5:7;
Lc.4:34;
Lc.4:41;
Lc.8:28;
Tg.2:19);
adorado e
reconhecido pelos homens (Mt.14:33; Mt.16:16;Mt.27:54;
Mc.15:39; Mc.16:19;Lc.2:26-38; Lc.7:16;
Lc.9:20;
Jo.9:33;
Jo.11:27;
Jo.16:30;
Jo.20:28;
At.7:55-56; Paulo (Fil.2:9;Tito
2:13); João Batista (Lc.3:2);Pedro (Mt.16:15
e At.3:26); Tomé (Jo.20:28);Escritor (Hb.1:8);
Estevão (At.7:9); leproso (Mt.8:2); cego (Jo.9:35);
discípulos (Mt.14:33;Jo.20:27);
No julgamento:
Condenação de JESUS foi por sua confissão induzida, onde “tu o disseste” é uma
maneira educada judaica de responder(Mt.26:64;
Mc.14:62; Lc.22:70; Lc.23:42);
reconhecido por
anjos (Mc.1:35; Lc.2:12; Jo.10:33);
Ensinos absolutos
(não retrata, acha ou muda nada), autoridade suprema “Em verdade,...;
Confirmado por
explicações teológicas bíblicas gerais que explicam a JESUS como DEUS
(inclusive passagens declaratórias de que Ele é DEUS): (Jo.1:1-2;
Jo.1:12-13; Jo.1:18;
Jo.1:29;
Jo.1:34;
Jo.1:36;
Jo.1:49;
Jo.3:16-21; Jo.3:36; Jo.6:69; Jo. 17:3; Jo.20:31; At.20:28; Rm.5:10;
Rm.6:23;Rm.8:3; Rm.8:34; Rm.9:5; 1Co.1:9; 1 Co.1:24; 1 Co.1:30; 1 Co.6:11; 1 Co.8:6; 2 Co.4:6; 2 Co.15:19; 2 Co.13:13; Ef.1:3; Fp.2:6-11; Cl. 1:13-15; 1 Tm.2:5; 1 Tm.3:6; 2 Tm.4:1; Tt.2:13; Hb.1:1; Hb.1:8-9; Hb.2:9; Hb.2:17; Hb.4:14; Hb.7:3;Hb.9:14; Hb.9:24; Hb.10:12; 1 Pe.3:18; 2 Pe.1:1; 2 Pe.1:17; 1 Jo.4:9; 1 Jo.5:9-13; 1 Jo.5:20; 2 Jo.1:9; Jd.1:4; Ap.14:2; Ap.19:10).
10)JESUS COMO
VERBO: No Grego logov logos- (preexistente-anterior à Criação do homem,
intimamente ligado DEUS no seio do Pai, não que JESUS seja idêntico DEUS-Pai,
mas no mesmo caráter, essência, qualidade e ser de DEUS). JESUS é tão
perfeitamente o mesmo que DEUS em mente, coração e essência (Jo.1:14;Jo.14:9).
(EU SOU):Antigo
testamento hyh hayah hyh hayah (EU SOU O QUE SOU) - (Ex.3:14);
Novo testamento
egw ego eimi (Mt.20:15; Mt.20:22;
Lc.22:70;
Jo.8:24;
Jo.8:28;
Jo.8:58;Jo.13:19;At.18:10;
Ap.2:23);
Outras
Referências Bíblicas: O PÃO (Jo:6:35; Jo.6:41;
Jo.6:48;
Jo.6:51);
A LUZ (Jo.8:12;Jo.12:46;);
ENVIADO (Jo.8:18); DO CÉU (Jo.8:26)
A PORTA (Jo.10:7; Jo.10:9);
O BOM PASTOR (Jo.10:11;Jo.10:14);
A RESSURREIÇÃO E A VIDA (Jo.11:25); O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA (Jo.14:6);
A VIDEIRA VERDADEIRA (Jo.15:1; Jo.15:5)
REI (Jo.18:37);
SENHOR
(At.9:5;At.22:8;At.26:15;);
SANTO (1
Pe.1:16); ALFA E ÔMEGA
(ETERNO) (Ap.
1:8,11,17,18;
Ap.21:6;
Ap.22:13);
RAIZ E GERAÇÃO DE DAVI E ESTRELA DA MANHÃ (Ap.22:16);
JESUS COMO A
PALAVRA DE DEUS (expressando seu poder, inteligência e vontade, imagem revelada
de DEUS ) Referências bíblicas: (Lc.4:32; Lc.4:36;
Jo.2:22;
Jo.5:24;
Jo.8:31;
Jo.8:51;
Jo.12:48;
Jo.14:23-24; Jo.15:3;
At.10:36; 1 Co.1:18; 2
Co.2:17; 2 Co.5:19; Ef.1:13;
Fp.2:16;
Cl.3:16;
1
Tm.1:15; 1 Jo.5:7; Hb.1:3;
Ap.1:9;
Ap.3:8;
Ap.3:10;
Ap.6:9;
Ap.12:11;
Ap.19:13;
Ap.20:4).
TEOLOGIA
SISTEMÁTICA – Govaski
ATRIBUTOS DIVINOS: TRINDADE:
ONIPRESENÇA: *
Pai: Jr.
23:24; * Filho: Mt. 28:20; * ESPÍRITO SANTO: Sl.
139:7; ONIPOTÊNCIA: * Pai: Gn.17:1;
*Filho: Mt.28:18; * ESPÍRITO SANTO: Lc.1:35;
ONISCIÊNCIA: *Pai: 1 Pe.1:2; *Filho: Jo.21:17;
ESPÍRITO SANTO: 1 Co.2:10 DEUS CRIADOR: *Pai: Gn.1:1;
Filho: Jo.1:3;
*ESPÍRITO SANTO: Jó.33:4; ETERNIDADE: *Pai: Rm.16:26;
*Filho: Ap.22:13; *Hb.9:14;
SANTIDADE: Pai:Ap.4:8; *Filho: At. 3:14; ESPÍRITO SANTO: 1
Jo.2:20; SANTIFICADOR: *Pai: Jo.
10:36; Filho:Hb.2:11; * ESPÍRITO SANTO: 1Pe.1:2;
SALVADOR: *Pai: Is.43:11; *Filho: 2
Tm.1:10; * ESPÍRITO SANTO: Tt.3:5;
OS TRÊS SÃO UM: (1
Jo.5:7);
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MESSIAS – UNGIDO - A palavra “Messias”, como uma transliteração da
palavra hebraica mashiach vem do aramaico mashicha e do grego messias. Sua
origem hebraica é encontrada no verbo mashach, isto é, “ungir”, que foi
traduzido muitas vezes como “o ungido”. Na versão KJV em inglês, o termo
“Messias” só aparece como uma transliteração em Daniel 9.25,26 e em João 1.31; 4.25. A palavra Mashiach
ocorre 37 vezes como “o ungido” na versão KJV em inglês. Dessas 37 ocorrências,
4 referem-se ao sumo sacerdote como sendo um ungido de DEUS (Lv 4.3,5,16; 6.22), porque o óleo da unção
era derramado sobre o sumo sacerdote em sua consagração, e se referem ao rei.
Parece que as referências bíblicas feitas ao rei como “ungido do Senhor” se
originam do profundo respeito de Davi pelo rei como representante de Jeová. A
maior parte das primeiras ocorrências dessa palavra vem das referências feitas
por Davi a Saul e as demais ao próprio Davi e não a qualquer outra pessoa,
embora ela tenha sido usada para outros reis, até para o rei Ciro da Pérsia (Is 45.1) e para os patriarcas
em retrospecto (Sl 105.15;
cf. 1 Cr 16.22). Na
literatura intertestamentária, a palavra “Messias” não é encontrada nos
Apócrifos, mas ocorre em alguns livros pseudoepígrafos (Salmos de Salomão
17.32; 18.5, 7; Enoque 48.10; 52.4; 2 Esdras 7.28,29; 12.32; e 2 Baruque 38.7;
40.1; 70.9; 72.2). Também ocorrem referências na literatura de Qumran, nos
Targum aramaicos, no Talmude e em algumas antigas orações hebraicas.
No NT, a palavra
grega Christos tem o mesmo significado de “ungido”, assim como é transmitido
pela palavra hebraica mashiach. A ideia messiânica do AT não está especialmente
associada ao rei que está temporariamente no trono, embora a palavra seja usada
muitas vezes dessa maneira, mas a um rei escatológico e a um reinado de caráter
utópico. A ideia do Messias e de seu papel messiânico é muito mais ampla do que
o uso desses termos, embora ela esteja certamente centrada em tomo do conceito
de um reinado davídico como sendo o ideal em termos de um futuro rei e reinado
maiores e mais perfeitos. Em Davi se encontra a fonte, ou as fontes, dos
conceitos messiânicos; no entanto, as expectativas da providência especial das
bênçãos de DEUS ao seu povo encontram, em seu reinado, um centro em torno do
qual podem ser expressas de forma concreta. A profecia de Natã (2 Sm 7,4-17) forma uma
base sólida para a expressão das promessas e expectativas escatológicas através
da linhagem de Davi.
A ideia do
Messias não pode ficar estritamente confinada ao ensino que está orientado ao
rei escatologícamente ungido. O termo Messias tem descrito todos os ramos das
profecias do AT que falam daquele que virá de DEUS para cumprir as promessas de
libertação, e as promessas de um novo estado de bênçãos divinas. A natureza
dessa libertação, assim como a natureza do estado de bênçãos divinas e a
natureza do Messias, variam imensamente nas diversas fontes de promissora esperança
que aparecem no AT. De fato, essas profecias variam tanto que eram aguardados
Messias de vários tipos, com uma variedade de nomes descritivos, por aqueles
que aceitavam essas diferentes concepções, tanto no período intertestamentário
como na época do NT, assim como em toda a era cristã. O termo Messias abrangia
outras figuras proféticas do AT, como o Profeta que seria semelhante a Moisés,
o Servo Sofredor de Isaías, o Ramo de Jeremias, o Filho do Homem de Daniel e
outras figuras, inclusive a do próprio Senhor como o libertador de seu povo.
A história das
promessas messiânicas, como foi apresentada nas Escrituras, começa com o
registro da afirmação de DEUS à serpente e a Eva no Jardim do Éden, em relação
à descendência de ambas. A queda de Adão e Eva de seu estado imaculado de
pureza para o advento do pecado no jardim, através das sedutoras sugestões da
serpente, produziu a divisão entre as forças do bem e do mal que, no final,
resultaria na vitória sobre o mal por um descendente da prole de Eva. Essa
vitória sobre o mal, e o consequente retorno a uma abençoada existência seja em
nível espiritual ou físico, encontra-se subjacente a todos os conceitos e
representações messiânicos. O dia em que a vitória virá é, muitas vezes,
mencionado como o dia do Senhor.
Uma das primeiras
profecias messiânicas é encontrada na bênção de Jacó, quando ele diz: “O Cetro
não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló;
e a ele se congregarão os povos” (Gn 49.10). A despeito do
significado da expressão “até que venha Siló”, que já teve várias traduções,
nesse caso existe a profecia de um rei da tribo de Judá. Como Siló significa
“repouso”, muitos acreditam que essa passagem esteja se referindo a uma
dinastia em Judá até a chegada do provedor do repouso. Com uma mudança de
vogais (que não constavam do texto original), essa frase poderia ser traduzida
como “até que venha aquele de quem ela é”. De qualquer forma, um clímax deveria
vir através de alguma pessoa suprema. O vidente Balaão também previu a vinda de
um rei triunfante, como foi registrado em Números 24,17,19 - “Uma estrela procederá de
Jacó, e um cetro subirá de Israel... E dominará um de Jacó...”
A maioria das
profecias sobre o rei messiânico surgiu da ideia de um rei da linhagem de Davi
e de seu reino como sendo o reino ideal; sendo assim, elas têm, portanto, uma
forma política e nacional, embora o domínio nacional fosse considerado
universal.
Isaías viu o
amanhecer de um novo dia através de um menino de paz, com nomes extraordinários
que pertenciam a DEUS, e que do trono de Davi exerceria um governo eterno de
expansão ilimitada (Is
9.2-7). As características de paz, espiritualidade, beneficência, justiça e
universalidade que formam a sua raiz, e de onde brotarão os rebentos de Jessé,
estão magnificamente enfatizadas em Isaías 11.
Jeremias também
se refere ao Messias como o Renovo: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que
levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e
executará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5). No verso seguinte,
aquele que virá é chamado de “Senhor, Justiça Nossa”. Miquéias refina ainda
mais a informação referente à vinda messiânica ao profetizar que o rei virá de
Belém (Mq 5.2), chamando- o
de desbravador (ç.i׳.; Mq 2.13), enquanto Ezequiel vê
*Davi” vindo como pastor e príncipe (Ez 34.23,24) e Zacarias o retrata como
“justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento” ao entrar em Jerusalém (Zc 9.9). Especialmente
notáveis, pelas suas muitas referências messiânicas, são os Salmos 2; 45; 72; 110. A aliança de Davi
prometia uma filiação única à linhagem real de Davi, que não poderia se cumprir
totalmente até que a sua dinastia apresentasse um rei que personificasse esse
relacionamento único e filial com DEUS (2 Sm 7.14). O Salmo 2 enfatiza esse
relacionamento: “Tu és meu Filho; eu hoje te gerei" (v.7). O Salmo como um
todo retrata o caráter universal do reino messiânico, e o poder que o Messias
teria para subjugar as revoltas. O Salmo 45 mostra o rei
messiânico como sendo maior do que Salomão, assim como o Salmo 2 representa o Messias
como maior do que Davi. Esse Salmo também está em linha direta com a aliança de
Davi. A principal ênfase dos versos 6 e 7 está na duração eterna do trono desse
Rei Justo que é chamado de DEUS. A fonte original da ideia do reino eterno está
em 2 Samuel 7.13,16.
As afirmações
contidas no Salmo 89.4 são
paralelas às do Salmo 45:
“A tua descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de
geração em geração”. No Salmo
89.36,37 lemos: “A sua
descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim;
será estabelecido para sempre como a lua”. No Salmo 72.5 lemos: “Temer-
te-âo enquanto durar o sol e a lua, de gerarão em geração”, e em Isaías 9.7 lemos: “Do
incremento desse principado e da paz, não haverá fim.״”.
Os mesmos sinais de duração eterna e de governo justo que, em toda parte, são
marcos do Messias, e que foram prometidos como o ápice da linhagem de Davi,
estão aqui evidentes no Salmo do DEUS-Rei. No Salmo 72, o sublime caráter do
justo e compassivo Rei-Messias e de seu reino foi reunido ao seu domínio
universal de eterna duração para nos dar um retrato de um governo e de um
governante utópicos.
O Salmo 110 apresenta o eterno
reino de um sacerdote-rei. O salmista canta um oráculo que Jeová irá cumprir
quando a aliança de Davi produzir seus frutos através do Rei-Messias. O Messias
será colocado à mão direita de Jeová, onde irá permanecer até que todos aqueles
que se opõem a Ele estejam prostrados a seus pés. Um elemento inteiramente novo
foi agora introduzido ao quadro messiânico. Esse Rei Todo-Poderoso também será
um eterno sacerdote com domínio eterno sobre as funções governamentais e
eclesiásticas.
Isaías introduz
outro curso ao rio da profecia messiânica nas passagens do Servo do Senhor (Is 42.1-9; 49.1-6; 50.4-9; 52.13-53.12), que
encontram o seu ponto culminante em Isaías 53. Aqui, o Servo do
Senhor é um líder rejeitado e sofredor, que experimenta uma morte substitutiva
pelo seu povo, mas que, no entanto, prolonga os seus dias e prospera. Daniel
nos oferece ainda outro tributo a essa corrente crescente quando conta suas visões
do fim dos tempos. Em uma visão crucial ele contempla uma figura “como o Filho
do homem” que vinha nas nuvens do céu, recebendo do Ancião de Dias um reino
glorioso, universal, eterno e derradeiro (Dn 7,13). Essa visão contém os
elementos paradoxais da humanidade e da divindade nas frases: “como o Filho do
homem” e “vinha nas nuvens”, porque o Filho do homem representa o ser humano, e
as nuvens do céu eram consideradas o veículo de DEUS.
Embora alguns
insistam que essa figura seja a personalização dos santos do Altíssimo, que
mais tarde iriam possuir o reino (vv. 18,22), essa conclusão não é garantida
porque em outras passagens das visões de Daniel, são feitas referências ao rei
e ao reino nas mesmas figuras (7.17; cf. 23). A diferença entre a representação
da visão do Filho do homem e do rei Davídico se encontra nas características da
profecia apocalíptica. O rei Davídico deveria nascer como um bebê da linhagem
de Davi na terra, mas o Filho do homem vem de cima, do céu. O rei Davídico
deveria experimentar o crescimento normal de um ser humano e estender o seu
controle sobre a terra; o Filho do homem vem rapidamente, como um cataclismo do
céu. E os dois reinos deveriam ser eternos e universais. No período
intertestamentário, a figura do Filho do homem aparece especialmente em 1
Enoque, onde as características da visão de Daniel são evidentes.
Outro curso da
profecia messiânica tem início com a promessa de DEUS a Moisés, registrada em Deuteronômio 18.15, onde está
prometido um profeta semelhante a Moisés. Os samaritanos, em especial, usavam Deuteronômio 15 como um texto
de prova messiânica; portanto não é de surpreender que a mulher de Samaria, com
quem JESUS falou, dissesse que o Messias lhes anunciaria tudo (Jo 4.25).
A própria vinda
do Senhor contribui para esse curso messiânico. As referências especiais a
Jeová, como aquele que vem como Salvador e Redentor, representam em Isaías mais
um acréscimo ao retrato messiânico (Is 35.4; 40.10; 59.20). Esta é a forma como o
caminho de Jeová está sendo preparado em Isaías 40. É o Senhor DEUS que
deve vir para reinar, alimentar e cuidar de seu rebanho (Is 40.3,4,9-11). Malaquias
também predisse a vinda do próprio Senhor depois que o seu mensageiro tivesse
preparado o caminho antes dele (Ml
3.1).
Da literatura
intertestamentária, incluindo certos escritos de Qumran, e também do NT, fica
evidente que essa rica e variada apresentação de alguém que deveria vir para
conduzir o dia do Senhor foi entendida como a noção de diferentes Messias. Só
depois que JESUS de Nazaré guiou esse povo a um único curso, é que alguém
considerou possível harmonizar, em uma única pessoa, todas as esperanças
messiânicas.
Ocasional mente,
nosso Senhor revelou em uma única afirmação dois ou mais temas da profecia
messiânica do AT como, por exemplo, quando disse: “Bem como o Filho do Homem
não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de
muitos” (Mt 20.28; Mc 10.45). Aqui foram
reunidos o apocalíptico Filho do homem de Daniel, e o profético Servo do Senhor
de Isaías (Is 53). As
aparições pós-ressurreição dizem, especialmente, que JESUS ensinou a seus
discípulos como as profecias do AT se cumpriram em sua pessoa (Lc 24.27,44-47; Act 1.3).
De acordo com os
escritores do NT, muitas dessas profecias se cumpriram no primeiro advento de JESUS.
Outras foram relacionadas, pelo próprio Senhor JESUS, ao período existente
entre os dois adventos ou à época de sua volta; se não fosse pelo seu
cumprimento inicial, certamente o seriam pela sua culminação. Portanto, a
profecia do Filho do homem está relacionada a uma época posterior à de seu
primeiro advento, de acordo com as suas palavras a Caifás (Mt 26.63-64) e a
mensagem que transmitiu aos seus discípulos em Mateus 24.
A
responsabilidade do NT é mostrar que JESUS é o Messias prometido no AT, e que
Ele próprio deu aos seus discípulos as indicações para a interpretação do AT. O
Senhor JESUS CRISTO disse aos discípulos na estrada de Emaús: “Assim está
escrito, e assim convinha que o CRISTO padecesse e, ao terceiro dia,
ressuscitasse dos mortos; e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a
remissão dos pecados, em todas as nações” (Lc 24. 46,47). Veja JESUS CRISTO. E. S.
K. - Dicionário Bíblico Wycliffe
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Entendendo JESUS
Segundo o Novo Testamento
Os títulos
atribuídos a JESUS no Novo Testamento ajudam-nos a compreendê-lo em termos
relevantes para o mundo no qual viveu. Eles também nos ajudam a compreender a
sua natureza incomparável.
Senhor e CRISTO
Que espécie de
cristologia temos em Atos
2.22-36? Pedro inicia lembrando aos judeus o poder de JESUS para operar
milagres, conhecido de todos eles. Era importante. A caracterização feita por
Paulo - "Os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria" (1 Co 1.22) - é exata para os
dois povos. Mas, como em qualquer afirmação confiável sobre JESUS, Pedro passa
rapidamente a falar a respeito da sua morte - Ele foi crucificado, mas DEUS o
ressuscitou dentre os mortos! Pedro e muitos outros eram testemunhas desse
fato. Em seguida, Pedro oferece uma explicação detalhada da ressurreição e de
alguns textos do Antigo Testamento que a profetizavam. Empregando hermenêutica
séria, comprova que o Salmo 16
não pode ser aplicado somente a Davi, mas certamente também a JESUS (At
2.29,31).
JESUS, exaltado
agora à destra de DEUS, juntamente com o Pai derrama-lhes o ESPÍRITO SANTO (Ats 2.33). Esse fato explica o
falar em outras línguas e a proclamação das coisas boas de DEUS, ouvida por
judeus de pelo menos 15 nações provenientes da Dispersão, que se haviam reunido
em Jerusalém para a Festa do Pentecoste. Era realmente um sinal miraculoso.
Em seguida, Pedro
confirma a ascensão mediante o emprego de Salmos 110.1 (ver Ats 2.34-35):
"Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que
ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés". Essa é a explicação de
que o Senhor JESUS CRISTO esteve nesta Terra, na carne, e então subiu ao Céu
onde recebeu de volta a sua condição atual.
Atos 2.36 declara que devemos
crer para receber a salvação do Messias divino: "Saiba, pois, com
certeza, toda a casa de Israel que a esse JESUS, a quem vós crucificastes, DEUS
o fez Senhor e CRISTO". Note a continuidade. O JESUS exaltado é o mesmo
que foi crucificado. Os dois títulos, "Senhor" e "CRISTO",
são os termos principais do sermão de Pedro no dia de Pentecoste. A ligação com
o ministério terrestre de JESUS é significativa aqui, pois quando DEUS Pai fez
de JESUS Senhor e CRISTO, estava aplicando o carimbo de aprovação total à vida
e ministério de JESUS - seus milagres, seus sinais e maravilhas, seu ensino,
sua morte, sua ressurreição.
Servo e Profeta
O contexto de Atos 3.12-26 é a cura
do homem à porta Formosa. Este milagre atraiu uma multidão, e Pedro pregou a
todos. Iniciou com o fato de que DEUS glorificou a "seu Filho JESUS"
(v. 13) depois de os judeus de Jerusalém o terem matado. Mataram JESUS, apesar
de ser Ele "o Príncipe [ou Autor] da vida" (v. 15). Que paradoxo!
Como se pode matar o Originador da vida? Tal não deveria ter ocorrido, mas
aconteceu.
"Servo"
é outro importante título de JESUS. No v. 13, a palavra grega é pais
("servo", e também "criança"). Algumas versões da Bíblia
trazem o termo "Filho" ("criança"), mas, em Atos 3 e 4, "Servo" é
mais apropriado. Não foi crucificada a criança, mas o homem JESUS, carregando
os pecados do mundo. O contexto exige "servo", pois em Atos 3 uma cristologia do Servo
começa a despontar. Note como, a partir do v. 18, as profecias do Antigo
Testamento vindicam JESUS como o Messias de maneiras inusitadas para os judeus.
Estes esperavam que CRISTO reinasse, não que sofresse.
Pedro declara que
JESUS voltará (vv. 20,21) - fato não mencionado no cap. 2. E então, depois
dessa segunda vinda, DEUS restaurará todas as coisas segundo as profecias no
Antigo Testamento. Note que não é agora o tempo da restauração de todas as
coisas. O texto o coloca claramente no futuro. Quando chegar essa hora,
ocorrerá a segunda vinda de JESUS. Começará o Milênio, e toda a realidade da
era futura, descrita em vários livros da Bíblia, terá o seu começo.
Em seguida, Pedro
apresenta JESUS como o Profeta semelhante a Moisés (vv. 22,23). Moisés havia
declarado: "O SENHOR, teu DEUS, te despertará um profeta do meio de ti, de
teus irmãos, como eu; a ele ouvireis" (Dt 18.15). Seria natural dizer
que Josué cumpriu essa profecia. Josué, o seguidor de Moisés, realmente veio
depois deste e foi um grande libertador de seu tempo. Surgiu, porém, outro
Josué (na língua hebraica, os nomes Josué e JESUS são idênticos). Os cristãos
primitivos reconheciam JESUS como o derradeiro cumprimento da profecia de
Moisés.
No final do
capítulo (vv. 25,26), Pedro lembra aos ouvintes a aliança com Abraão, muito
importante para se entender a obra de CRISTO: "Vós sois os filhos dos
profetas e do concerto que DEUS fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua
descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando DEUS a
seu Filho JESUS, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos
desviasse, a cada um, das vossas maldades". Claro está que, agora, é JESUS
quem traz a bênção prometida e cumpre a aliança com Abraão - e não apenas a Lei
dada por meio de Moisés.
Logos
João 1.1 apresenta CRISTO
mediante o termo grego logos, que significa "palavra",
"demonstração", "mensagem", "declaração" ou
"o ato da fala". Mas Oscar Cullman aponta a importância de se
reconhecer que, em João 1,
logos tem um significado específico: é descrito como uma hypostasis (Hb 1.3), uma existência
distinta e pessoal de um ser real e específico. João 1.1 demonstra que "o
Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS" são duas expressões simultaneamente
verídicas. Isto significa jamais ter havido um período em que o Logos não
existisse juntamente com o Pai.
João passa,
então, a demonstrar o Verbo atuante na criação. Gênesis 1.1 nos ensina que DEUS
criou o mundo. João 1.3
especifica que o Senhor JESUS CRISTO, no seu estado pré-encarnado, fez a obra
da criação, executando a vontade e o propósito do Pai.
Descobrimos
também que é no Verbo que a vida se encontra. João 1.4 diz: "Nele,
estava a vida e a vida era a luz dos homens". Porque JESUS é o referencial
da vida, o único lugar onde ela pode ser conquistada. E aqui se descreve a
existência de uma qualidade de vida: a vida eterna. Esta espécie de vida está
disponível em DEUS, pelo seu poder vivificante através do Verbo vivo. Somente
obtemos a vida eterna como a vida de CRISTO em nós.
O fato de não ter
o mundo compreendido o Logos, indica-o João 1.5: "A luz
resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam". Na continuação,
João Batista aparece como testemunha enviada daquela Luz. Mas queremos focalizar
a nossa atenção neste ponto: "Ali estava a luz verdadeira, que alumia a
todo homem que vem ao mundo, estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o
mundo não o conheceu" (1.9,10). O Criador do mundo, a segunda Pessoa da
Trindade, DEUS Filho, estava aqui no mundo, mas este não o reconheceu. O
versículo seguinte é mais específico: "Veio para o que era seu [seu
próprio lugar, a Terra que criara], e os seus [seu próprio povo, Israel] não o
receberam" (1.11).
Os herdeiros da
aliança, os descendentes físicos de Abraão, não o receberam. Este tema é
destaque e percorre todo o Evangelho de João: a rejeição de JESUS. Quando JESUS
pregava, alguns judeus zombavam. Quando JESUS disse: "Abraão, vosso pai,
exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se", os judeus, na sua
incredulidade, retrucaram: "Ainda não tens cinquenta anos e viste
Abraão?" Então JESUS declarou: "Antes que Abraão existisse, eu
sou" (Jo 8.57,58). O tempo presente do
verbo, "sou", indica existência linear. Antes que Abraão fosse, o
Filho já é.
Embora muitos
rejeitassem a mensagem, alguns nasceram de DEUS. Em João 1.12 lemos: "Mas a
todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos
que crêem no seu nome". Em outras palavras, JESUS estava redefinindo toda
a realidade de alguém tornar-se filho de DEUS. Até aquele momento, a pessoa
precisava nascer especificamente no povo de Israel, chamado segundo a aliança
(ou pelo menos afiliar-se a ele), para ter aquela oportunidade. João, porém,
enfatiza que a mensagem espiritual, o Evangelho poderoso, chegara às pessoas, e
que elas haviam recebido JESUS, o Logos. Recebê-lo importava em obter o direito
ou autoridade de se tornar filho de DEUS. Alguns dos que o receberam eram
judeus, e outros eram gentios. JESUS derrubou o muro divisório e franqueou a
salvação a todos os que desejassem chegar a Ele e recebê-lo pela fé (1.13).
A verdade
essencial a respeito do Logos ora descrito, vê-se em João 1.14: "O Verbo se
fez carne e habitou entre nós". Aqui o termo logos é aproveitado para
descrever JESUS CRISTO, mas a realidade da sua Pessoa vai além do que abrange o
sentido secular do conceito. Para os antigos gregos devotados à filosofia, um
logos feito carne seria uma impossibilidade. Por outro lado, para os que
crerem no Filho de DEUS, um logos na carne é a chave para se entender a
encarnação. E é exatamente isto que a encarnação significa: o Logos
preexistente tomou sobre si a carne humana e andou entre nós.
Filho do Homem
De todos os seus
títulos, "Filho do Homem" é o que JESUS preferia usar a respeito de
si mesmo. E os escritores dos evangelhos sinóticos usam a expressão 69 vezes. O
termo "filho do homem" tem dois possíveis significados principais. O
primeiro indica simplesmente um membro da humanidade. E, neste sentido, cada
um é um filho do homem. Tal significado era conhecido nos dias de JESUS e
remonta (pelo menos) aos tempo do livro de Ezequiel, onde é empregada a
fraseologia hebraica ben 'adam, com significado quase idêntico. Essa
expressão, na realidade, pode até mesmo funcionar como o pronome da primeira
pessoa do singular, "eu" (cf. Mt 16.13).
Por outro lado, a
expressão é usada também a respeito da personagem profetizada em Daniel e na
literatura apocalíptica judaica posterior. Essa personagem surge no fim dos
tempos com uma intervenção dramática, a fim de trazer a este mundo a justiça
de DEUS, o seu Reino e o seu julgamento. Daniel 7.13,14 é o texto fundamental para
esse conceito apocalíptico:
Eu estava olhando
nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho
do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe
dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas
o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino,
o único que não será destruído.
O aparecimento
dessa personagem em forma humana diante do Ancião de Dias, conforme relatado no
livro de Daniel, deu motivo a muitas especulações, escritos e interpretações
durante o período intertestamentário.
No próprio livro
de Daniel, entretanto, surge uma pergunta a respeito da identidade do Filho do
Homem, no trecho que começa em 7.15. Os santos do Altíssimo lutam contra o mal,
contra os chifres da fera etc. Mas seria o Filho do Homem um indivíduo ou
estaria representando coletivamente os santos do Altíssimo? Este último
conceito não era popular nos tempos antigos. E, realmente, à medida que o
conceito acerca do Filho do Homem começava a ser associado cada vez mais com a
glória, o poder e a vinda nas nuvens, acerca dos quais Daniel escreveu, a
interpretação da personagem começava a avançar cada vez mais na direção de ser
o Filho do Homem um indivíduo, o agente de DEUS que veio apresentar o seu dia.
O livro
apocalíptico de 1 Enoque, que (apesar de alegadamente escrito por Enoque) foi
escrito no século I a.C, não faz parte das Escrituras inspiradas. Mesmo assim,
num sentido histórico, contribui para a nossa compreensão do progresso do
pensamento apocalíptico. Diz o capítulo 46:
E vi ali alguém
que tinha uma cabeça de dias, e a sua cabeça era branca como a lã, e com ele
havia outro ser cujo semblante tinha a aparência de um homem. E o seu rosto
estava cheio de graciosidade com um dos santos anjos. E perguntei ao anjo que
ia comigo, e que mostrava todas as coisas ocultas a respeito daquele Filho do
Homem, quem Ele era, de onde Ele vinha e porque Ele ia com a cabeça de dias.
Esse trecho
claramente desenvolve temas encontrados em Daniel 7. A "cabeça de
dias" é o Ancião de Dias mencionado em Daniel 7, e aquele que tinha
"a aparência de um homem" é o Filho do Homem, também em Daniel 7. Em primeiro lugar
porque relata Enoque, na continuação: "Ele respondeu e me disse: Este é o Filho
do Homem que tem justiça. O Senhor dos Espíritos tem escolhido a ele e... este
Filho do Homem a quem você viu suscitará os reis... e quebrará os dentes dos
pecadores. Deporará os reis dos seus tronos e reinos porque a Ele não louvam e
exaltam".
Note a mudança
sutil que ocorre aqui. Em Daniel, o Senhor DEUS, o Ancião de Dias, é quem
julga; o Filho do Homem simplesmente aparece diante dEle. Aqui, o Filho do
Homem fica sendo o agente: quebra os dentes dos pecadores e arranca reis dos
seus tronos. Em outras palavras, nos séculos entre o Antigo e o Novo
Testamento, os judeus atribuíam ao Filho do Homem apocalíptico um papel muito
mais ativo quanto ao levar a efeito o juízo divino e o Reino de DEUS.
Ao vermos a
expressão "Filho do Homem" nos evangelhos, é necessário perguntarmos
se diz respeito a um membro da humanidade ou ao Filho do Homem triunfante,
segundo Daniel. Parece que JESUS escolheu esse título por haver nele algo de
secreto. Despertava a curiosidade e possuía um caráter evidentemente
misterioso. Para JESUS, escondia o que precisava ser escondido e revelava o que
precisava ser revelado.
Embora o título
"Filho do Homem" apresente duas definições principais, são três as
aplicações contextuais, no Novo Testamento. A primeira é o Filho do Homem no
seu ministério terrestre. A segunda refere-se ao seu sofrimento futuro (como
por exemplo Mc 8.31). Assim, atribuiu-se novo significado a uma terminologia
existente dentro do Judaísmo. A terceira aplicação diz respeito ao Filho do
Homem na sua glória futura (ver Mc 13.24, que aproveita diretamente toda a
corrente profética que brotou do livro de Daniel).
JESUS, no
entanto, não se limitava às categorias existentes. Sem dúvida, já haviam as
categorias apocalípticas, mas Ele ensinava coisas novas e exclusivas a esse
respeito. Depois, quando foi julgado diante do sumo sacerdote e respondeu a
este, vemos outra referência ao Filho do Homem na sua glória futura. Marcos 14.62 diz:
"Vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo
sobre as nuvens do céu". Aqui, JESUS se identifica com o Filho do Homem
segundo Daniel. Este fato nos ajuda a compreender a flexibilidade do termo. O
Filho do Homem viera e estava presente na Terra, mas ainda está para vir com
poder e glória.
Essa
flexibilidade é incomparável. JESUS veio à Terra, autodenominava-se Filho do
Homem e, além de fazer coisas tais como a cura do paralítico, falava a respeito
do seu sofrimento e morte futuros. Mas esse modo de entender o Filho do Homem
está separado da sua vinda com poder e glória e domínio, quando julgará os
pecadores e assumirá o controle. Logo, JESUS é o Filho do Homem - passado,
presente e futuro.
O fato de o Filho
do Homem ser um homem literal também é incomparável. Com base nos escritos
apocalípticos, seria natural concebê-lo como um ser superangelical ou um
companheiro poderoso do Ancião de Dias. Que o Filho do Homem tenha sido JESUS
na Terra, assumindo lugar de verdadeiro homem, é notável.
Messias
O título
"messias" está no âmago da maneira como o Novo Testamento entende JESUS,
e veio a constituir-se em nome para Ele. E difícil, portanto, exagerar a sua
importância.
O termo grego
Christos ("Ungido") traduzia o termo hebraico mashiach, que nossas
Bíblias traduzem por "Messias" ou, mais frequentemente, "CRISTO".
Tendo por base o significado fundamental de ungir com azeite de oliva, referia-se
à unção de reis, sacerdotes e profetas para o ministério que DEUS os chamaria a
exercer. Posteriormente, veio a significar um descendente específico de Davi
que, segundo esperavam, governaria sobre os judeus e lhes daria a vitória sobre
os gentios, seus opressores. Para muitos dos judeus, JESUS não era um Messias
do agrado deles.
Saber que JESUS
não era o único no Judaísmo antigo que declarou ser o Messias pode ajudar nosso
modo de entender o emprego do termo. Quando o Concílio prendeu Pedro e João e
considerava o que fazer a respeito, Gamaliel levantou-se e aconselhou:
"Varões israelitas, acautelai-vos a respeito do que haveis de fazer a
estes homens. Porque, antes destes dias, levantou-se Teudas, dizendo ser
alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens; o qual foi
morto, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos e reduzidos a nada.
Depois deste, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, e levou
muito povo após si; mas também este pereceu, e todos os que lhe deram ouvidos
foram dispersos" (At 5.35-37).
Josefo, ao
relatar sobre Judas e outros messias, conta que os corpos crucificados de
insurrecionistas enfileiravam-se nas beiradas de algumas estradas romanas,
naquela região. Para os transeuntes, as cruzes serviam de lição prática sobre o
fim daqueles que seguissem um messias judaico. Podemos começar a compreender,
portanto, por que JESUS não se interessava muito em deixar que o título
"Messias" fosse aplicado a Ele.
JESUS, na
verdade, evitava o termo "messias". Este é um dos aspectos mais
notáveis do seu messiado. Por exemplo, Ele correspondeu à confissão de Pedro
("Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo"), dizendo:
"Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem
to revelou, mas meu Pai, que está nos céus" (Mt 16.16,17). Mas JESUS passou a
advertir "aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o CRISTO"
(Mt 16.20). JESUS queria
mesmo evitar o termo, por incluir conotação de liderança política e militar,
que não fazia parte das atividades do seu Reino na sua primeira vinda.
Essa abordagem ao
termo "messias" também fica evidente pelo modo de JESUS lidar com os
demônios. Lucas 4-41 diz: 45 "E também de muitos saíam demônios, clamando
e dizendo: Tu és o CRISTO, o Filho de DEUS. E ele, repreendendo-os, não os
deixava falar, pois sabiam que ele era o CRISTO". JESUS não queria se
deixar levar para um tipo de realeza messiânica que evitasse a cruz.
Mesmo diante do
tribunal, JESUS mostrou-se relutante em aceitar o título de
"Messias". Em Marcos 14.60-62
lemos: "E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a JESUS,
dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti? Mas ele calou-se e
nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: Es tu o CRISTO,
Filho do DEUS Bendito? E JESUS disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem
assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu". O
sumo sacerdote compreendeu, e, de tão raivoso, rasgou as próprias vestes.
A relutância de JESUS
pode ser notada mais especialmente quando olhamos o contexto da pergunta e o
tempo que o sumo sacerdote levou para conseguir que JESUS confessasse ser o
Messias. Mateus 26.63
indica ainda mais relutância, pois o sumo sacerdote acabou submetendo JESUS a
juramento sagrado. Em consequência, JESUS já não podia manter silêncio:
"Disse-lhes JESUS: Tu o disseste" (26.64) - era a confirmação. Não
se jactava de ser o Messias, nem se esforçava para estabelecer-se tal. Ele
simplesmente é o Messias.
Finalmente, JESUS
chegou realmente a identificar-se como o Messias? A resposta é: raras vezes.
Nos evangelhos sinóticos, na realidade, JESUS não se designa como o Messias;
Ele se autodenomina Filho do Homem. Não tinha interesse em chamar-se Messias,
pelas razões já citadas. Mas, quando a mulher à beira do poço em Samaria disse:
"Eu sei que o Messias (que se chama o CRISTO)46 vem", JESUS
respondeu: "Eu o sou, eu que falo contigo" (Jo 4.25,26). JESUS, portanto,
realmente designou-se como o Messias. Note, porém, onde Ele fez essa revelação:
em Samaria, e não na Galileia ou em Jerusalém.
A maior
expectativa nos dias de JESUS era que o Messias fosse um governante político.
Seria o Descendente do Rei Davi. Davi era o protótipo do Messias: um libertador
e conquistador. E depois, a comunidade de Cumrã acrescentou a expectativa de
dois Messias: o Messias de Arão, sacerdotal, e o Messias de Israel, um
Rei-Messias. Parece que não conseguiam manter juntos os conceitos de Messias
político-soberano e o de Messias sacerdotal, que servia e ministrava. Por
isso, dividiram o conceito do Messias em duas figuras.
Talvez, naqueles
tempos, Cumrã previsse o Cristianismo mais do que qualquer outro no Judaísmo,
porque (de modo muito mais poderoso) JESUS realizaria exatamente a obra que
estava prevista. Na sua primeira vinda, Ele era o Messias sacerdotal, que
servia; e Ele será o Rei-Messias no poder e glória da segunda vinda. Esse ponto
de vista concordante, entretanto, não torna cristãos os membros da comunidade
de Cumrã, nem mesmo cristãos incipientes. Eram judeus. Mas certamente tinham
uma abordagem bem diferente à questão inteira do Messias, ao proporem duas
personagens, a ideia de dois Messias.
Outro aspecto da
qualidade incomparável do título "CRISTO" é ter-se tornado realmente
um nome de JESUS. E nenhum outro título de JESUS ficou sendo o seu nome, senão
Messias, ou CRISTO. Por isso, é preeminente entre todos os seus títulos. Em
Atos e nas Epístolas, Ele não é chamado "JESUS Filho do Homem", ou
"JESUS Servo"; Ele é JESUS CRISTO (JESUS o Messias). Além disso, o
incomparável Messias divino, JESUS, não deixou de ser o Messias ao morrer na
cruz, pois foi ali que aperfeiçoou a salvação. Depois, ressuscitou dentre os
mortos e subiu até a presença do Pai, onde certamente continua sendo o Messias
divino.
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1 Samuel 16:1-5 - Com.
Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Samuel É Comissionado a
Ungir um Rei entre os Filhos de Jessé de Belém
Samuel havia se
retirado para a sua casa em Ramá, com a decisão de não mais aparecer em
público, mas de devotar-se totalmente à instrução e treinamento dos filhos dos
profetas, sobre os quais presidia (como vemos no 1Sm 19.20). Ele sentia mais
satisfação em jovens profetas do que em jovens príncipes; e não encontramos
que, até o dia de sua morte, DEUS o chamou para qualquer ação pública
envolvendo o estado, a não ser aqui para ungir a Davi.
I
DEUS o censura aqui por demorar-se em lamentar
a rejeição de Saul. O Senhor não o culpa pelo fato de ter tido dó naquela
ocasião, mas de exceder-se na sua tristeza: Até quando terás dó de Saul? (v.
1). Não lemos que Samuel lamentava o fato de ter sido posto de lado junto com
sua família e pela destituição dos seus próprios filhos, mas pela rejeição de
Saul e sua semente, porque o primeiro foi feito pelo descontentamento tolo do
povo, mas agora isso ocorreu pela ira justa de DEUS. Está na hora de Samuel
renovar a sua alegria, e não ir pranteando para o túmulo.
1. Porque foi DEUS que
rejeitou a Saul, e ele precisa concordar com a justiça divina e esquecer sua
afeição por Saul; se DEUS será glorificado na sua decadência, Samuel precisa
estar satisfeito. Além disso, qual era o propósito do seu choro? O decreto já
havia sido anunciado, e nem todas as suas orações e lágrimas reverteriam sua
decisão (2 Sm 12.22,23).
2. Porque Israel não
sairia perdendo com isso, e Samuel precisa escolher o bem-estar público em vez
da sua própria afeição pessoal por esse amigo. “Não tenha dó de Saul, porque me
tenho provido de um rei. O povo providenciou um rei, mas ele não foi aprovado,
agora eu providenciarei um rei, um varão conforme o meu coração” (Sl 89.20; At
13.22). “Mesmo que Saul tenha sido rejeitado, Israel não será como ovelhas que
não têm pastor (Mt 9.36). Tenho outro rei reservado para eles; que a sua
alegria por ele consuma a sua tristeza pelo príncipe rejeitado”.
II
DEUS o envia a Belém, para ungir um dos filhos
de Jessé, uma pessoa provavelmente não desconhecida de Samuel. Enche o teu vaso
de azeite. Saul foi ungido com um frasco de azeite, escasso e frágil; Davi foi
ungido com um chifre de azeite, que era mais abundante e durável; por esta
razão lemos de uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo (Lc 1.69). No
original aparece “um chifre da salvação”.
III
Samuel alega o perigo de cumprir a sua missão
(v. 2): Como irei eu? Pois, ouvindo-o Saul, me matará. Aqui podemos inferir:
1. Que Saul tinha se tornado perverso e ultrajante,
caso contrário, Samuel não o teria mencionado. De que tipo de impiedade ele não
seria culpado, se até ousasse matar o próprio Samuel?
2. Que a fé de Samuel
não era tão forte como esperaríamos, caso contrário não teria temido a fúria de
Saul. Acaso Aquele que o enviou também não o protegeria e o apoiaria?
Precisamos lembrar que nem mesmo os homens mais íntegros são perfeitos em sua
fé, nem o medo será completamente erradicado deste lado do céu. Mas isso pode
ser entendido como o desejo de Samuel de receber orientação do céu para lidar
com essa questão de forma prudente, para não expor a si mesmo ou outra pessoa
mais do que devia.
IV
DEUS manda cobrir o seu intento com um
sacrifício: Dize: Vim para sacrificar. E isso era verdade, e era apropriado
fazê-lo, visto que vinha ungir um rei (1Sm 11.5). Como profeta, ele deveria
sacrificar quando e onde DEUS o convocasse. E não era, de forma alguma,
inconsistente com as leis da verdade, dizer que vinha sacrificar quando, de
fato, o faria, embora tivesse outro objetivo em mente, que achou melhor
ocultar. Ele deveria anunciar um sacrifício e convidar Jessé (que provavelmente
era o homem principal da cidade) e sua família, a vir à festa durante o
sacrifício. Então DEUS diz: eu te farei saber o que hás de fazer. Aqueles que
realizam a obra de DEUS, de acordo com a sua vontade, serão dirigidos passo a
passo, sempre que não tiverem clareza em como agir.
V
Samuel então foi para Belém, não em pompa, ou
com qualquer comitiva, somente um servo para levar a bezerra que deveria
sacrificar; mesmo assim, os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo,
temendo que era uma indicação do desagrado de DEUS contra eles e que Samuel
vinha para pronunciar algum juízo por causa das iniquidades daquele lugar. A
culpa causa medo. No entanto, convém ter respeito pelos mensageiros de DEUS e
tremer diante de sua palavra. Talvez temessem que Saul estivesse insatisfeito
com eles, porque provavelmente sabiam o quanto estava irritado com Samuel e
temiam que se indisporia com eles pelo fato de acolherem Samuel. Eles
perguntaram: “De paz é a tua vinda? Acaso não estás fugindo de Saul? Acaso
estás em paz conosco e não tens nenhuma mensagem de ira?”. Deveríamos todos
ansiar sinceramente por boas relações com os profetas de DEUS, e temer ter a
palavra de DEUS, ou suas orações, contra nós. Quando o Filho de Davi nasceu
como rei dos judeus, toda Jerusalém estava perturbada (Mt 2.3). Samuel
normalmente permanecia em casa, e era algo estranho vê-lo tão longe de casa.
Eles, portanto, concluíram que deveria ser alguma ocasião extraordinária que o
trouxe até eles, e temiam o pior até que disse para que veio (v.; 5): “É de
paz; vim sacrificar ao SENHOR, não com uma mensagem de ira contra vocês, mas
com métodos de paz e reconciliação; e, portanto, podem me dar as boas-vindas e
não precisam temer a minha vinda; assim, santifiquem-se e preparem-se para
unir-se a mim em sacrifício, para que recebam o benefício do mesmo”. Observe:
Diante de ordenanças solenes, deve haver uma preparação solene. Quando estamos
nos preparando para oferecer sacrifícios espirituais, devemos nos separar das
coisas deste mundo e nos dedicar a DEUS, para nos santificar. Quando nosso
Senhor JESUS veio ao mundo, embora as pessoas tivessem motivos suficientes para
tremer, temendo que sua missão fosse para condenar o mundo, Ele as assegurou
que sua missão era de paz, porque veio para sacrificar, e trouxe sua oferta com
ele: corpo me preparaste (Hb 10.5). Vamos nos santificar, para que possamos nos
beneficiar do seu sacrifício. Observe: Aqueles que vêm para sacrificar deveriam
vir de maneira pacífica. Exercícios religiosos não deveriam ser realizados de
forma tumultuosa.
VI
Samuel tinha uma consideração particular por
Jessé e seus filhos, porque com eles o profeta tinha um assunto particular. É
provável que Samuel conheceu Jessé nessa sua primeira vinda e se hospedou na
sua casa. Ele pediu para que todos os anciãos se santificassem, mas ele
santificou a Jessé e os seus filhos ao orar com eles e instruí-los. Talvez os
tivesse conhecido anteriormente, e parece que era uma família devota e
religiosa (1Sm 20.29, em que lemos acerca dos sacrifícios que essa família
realizava). Samuel os auxiliou nos preparativos da família para o sacrifício
público e, é provável, escolheu Davi, e o ungiu, nas solenidades da família,
antes de o sacrifício ser oferecido ou de a festa santa ser celebrada. Talvez
ele tenha oferecido sacrifícios privados, como Jó, segundo o número de todos
eles (Jó 1.5) e, sob este pretexto, convocou a todos a aparecer diante dele.
Quando bênçãos notáveis estão para chegar a uma família, os membros precisam se
santificar.
1 Samuel 16:6-13
Davi É Escolhido,
depois de todos os Filhos de Jessé Passarem por Samuel
Se os filhos de Jessé
tomaram conhecimento de que DEUS providenciaria um rei do meio deles (como
havia dito, v. 1), podemos supor que todos eles procuraram se apresentar da
melhor forma possível, e cada um esperava ser o escolhido. Lemos o seguinte:
I
Como todos os filhos mais velhos, que tinham
maiores esperanças de ser o escolhido, foram preteridos.
1. Eliabe, o mais
velho, foi privativamente apresentado primeiro a Samuel. Provavelmente ninguém
mais estava presente além de Jessé, e Samuel achava que ele deveria ser o
homem: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido (v. 6). Os profetas,
quando falavam debaixo da direção divina, eram tão sujeitos a erros como
qualquer outro; como Natã (2 Sm 7.3). Mas DEUS corrigiu o engano do profeta por
meio de um sussurrar secreto em sua mente: Não atentes para a sua aparência (v.
7). Era estranho que Samuel, que tinha sido tristemente desapontado em relação
a Saul, cuja aparência e estatura o recomendavam mais do que qualquer outro,
deveria estar tão ansioso em julgar um homem por essa regra. Quando DEUS
desejava satisfazer o povo com um rei, escolheu um homem decoroso; mas, quando
desejava ter alguém conforme o seu coração, esse não deveria ser escolhido pela
sua aparência exterior. Os homens julgam segundo a vista dos seus olhos, mas DEUS
não (Is 11.3). O SENHOR olha para o coração, isto é: (1) Ele conhece o coração.
Nós podemos afirmar como as pessoas se parecem, mas Ele pode afirmar quem elas
são. As pessoas olham para os olhos (de acordo com o original), e se satisfazem
com a vivacidade e disposição de alguém, mas DEUS olha para o coração, e vê os
pensamentos e intenções dele. (2) Ele julga as pessoas pelo coração. A boa
disposição do coração, a santidade ou bondade dele, nos recomendam a DEUS. O
coração é precioso diante dele (1 Pe 3.4), não a majestade da aparência, ou a
força e estatura do corpo. Vamos reconhecer a verdadeira beleza que está no
interior, e julgar as pessoas, tanto quanto for possível, pelo seu coração, e
não pela sua aparência.
2. Quando Eliabe não
foi o escolhido, Abinadabe e Samá, e mais quatro filhos de Jessé, sete ao todo,
foram apresentados a Samuel, com o mesmo propósito; mas Samuel, que agora
estava mais atento à direção divina, os rejeitou a todos: O SENHOR não tem escolhido
estes (vv. 8,10). Os homens arranjam seus filhos, quanto à honra e posição, de
acordo com a idade e prioridade de nascimento, mas DEUS não segue essa regra. O
maior servirá ao menor (Gn 25.23). Caso a escolha tivesse ficado ao encargo de
Samuel, ou de Jessé, um destes sete certamente teria sido escolhido; mas DEUS
exaltará sua soberania ao preterir alguns que pareciam mais promissores e
escolher outros que aos olhos humanos não pareciam muito promissores.
II
Como Davi finalmente foi escolhido. Ele era o
mais novo de todos os filhos de Jessé; seu nome significa amado, porque era um
tipo do Filho amado. Observe:
1. Davi estava nos
campos, apascentando as ovelhas (v. 11), e foi deixado ali, mesmo tendo um
sacrifício e festa na casa de seu pai. Os caçulas geralmente são os mais
mimados da família, mas, pelo que parece, Davi tinha a menor importância entre
todos os filhos de Jessé; ou não discerniam ou não valorizavam devidamente o
seu excelente espírito. Muitas pessoas de grande talento e caráter continuam
sepultadas na obscuridade e desdém; e DEUS, com frequência, exalta aquele que
as pessoas desprezam e dá muito mais honra ao que tinha falta dela (1 Co
12.24). O Filho de Davi era alguém que os homens desprezavam, a pedra que os
edificadores rejeitaram (Sl 118.22) e, no entanto, Ele recebeu um nome que é
sobre todo o nome (Fp 2.9). Davi foi escolhido quando ia após as ovelhas, para
apascentar a Jacó (Sl 78.71), como ocorreu com Moisés, quando apascentava o
rebanho de Jetro — um exemplo de humildade e assiduidade. DEUS deleita-se em
honrar esse tipo de pessoas. Talvez pensássemos em uma vida militar, mas DEUS
entendia que a vida pastoril (que apresenta vantagens quanto à contemplação e
comunhão com o céu), era o melhor preparativo para o poder real, pelo menos em
relação às graças do ESPÍRITO que são necessárias para o devido desempenho
dessa função. Davi estava cuidando de ovelhas, embora fosse uma época de
sacrifício; porque há misericórdia que tem precedência sobre o sacrifício.
2. A seriedade de
Samuel em esperar pela chegada de Davi: “Não nos assentaremos em roda da mesa
para comer (talvez não fosse a festa relacionada ao sacrifício, mas uma
refeição comum) até que ele venha aqui; porque, se todos os outros foram
rejeitados, este deve ser o escolhido”. Aquele que nem deveria sentar-se à mesa
é, agora, esperado como o hóspede principal”. Se DEUS quiser exaltar aqueles de
pouca influência, quem o impedirá?
3. A aparência de Davi
na sua chegada. Ninguém falou de sua roupa. Sem dúvida, ela era simples e
desprezível, de acordo com a sua ocupação de pastor; e ele não mudou de roupa,
como ocorreu com José (Gn 41.14); mas ele tinha um olhar muito honesto, não
imponente, como o de Saul, mas gracioso e agradável. Ele era ruivo, e formoso
de semblante, e de boa presença (c. 12), isto é, ele tinha um aspecto distinto,
olhos brilhante e um rosto gracioso. Suas feições eram extraordinárias, e havia
algo em seu visual que era muito atraente. Embora não usasse de nenhum tipo de
artifício para ajudar na sua aparência exterior, visto que estava
constantemente exposto ao sol e ao vento, no entanto, a natureza cuidou disso,
e, pela graciosidade de sua aparência, dava claros indícios de um temperamento
afável e disposição de espírito. Talvez seu rubor modesto, quando foi levado
diante de Samuel, e recebido por ele com um respeito surpreendente, o fez
parecer tanto mais vistoso.
4. A unção de Davi. O
Senhor disse a Samuel (como o havia feito em 9.15) que este era aquele que
deveria ungir (v. 12). Samuel não discute a falta de estudo de Davi, nem sua
pouca idade, ou a falta de respeito que tinha em sua própria família, mas, em
obediência à ordem divina, tomou seu chifre de azeite e ungiu-o (v. 13),
expressando com isso:
(1) Uma nomeação divina
ao governo, após a morte de Saul. Por meio dessa unção, Davi recebia plena
garantia disso. Não que ele fosse, agora, investido de poder real, mas esse
poder viria sobre ele no devido tempo. (2) Uma comunicação divina de dons e graças,
para prepará-lo para o governo, e torná-lo um tipo dAquele que seria o Messias,
o Ungido, que recebeu o ESPÍRITO, não por medida, mas sem medida. Lemos que
Davi foi ungido no meio dos seus irmãos, que até então, possivelmente, não
entendiam ser essa uma designação para o governo e, portanto, não invejavam a
Davi (como ocorreu com os irmãos de José), uma vez que não viam sinais
adicionais de dignidade nele; não, certamente não uma túnica de várias cores.
Mas o bispo Patrick traduz o texto da seguinte forma: Ele o ungiu do meio dos
seus irmãos, isto é, ele o selecionou do restante e o ungiu em particular, com
a ordem de guardar esse segredo, não deixando que seus irmãos o soubessem.
Parece que esse podia ser o caso, de acordo com a reação de seu irmão Eliabe
(1Sm 17.28). Calcula-se que Davi tivesse agora 20 anos. Se isso é verdade, suas
angústias com Saul duraram 10 anos, porque tinha 30 anos quando Saul morreu. O
Dr. Lightfoot acredita que ele tivesse 25 anos, e que suas angústias duraram
mais do que cinco anos.
5. Os efeitos
favoráveis da sua unção: desde aquele dia em diante, o ESPÍRITO do SENHOR se
apoderou de Davi (v. 13). A sua unção não foi uma cerimônia vazia, mas um poder
divino foi acrescentado a esse sinal instituído, e ele sentiu-se em seu
interior investido de sabedoria, coragem e interesse pelo bem-estar público,
com todas as qualificações de um príncipe, embora não visíveis em suas
circunstâncias externas. Ele estava plenamente satisfeito de que sua eleição
era de DEUS. A melhor evidência de sermos predestinados para o reino da glória
é o fato de sermos selados com o ESPÍRITO da promessa e nossa experiência de
uma obra da graça em nosso coração. Alguns entendem que sua coragem, que fez
com que matasse o leão e o urso, e sua extraordinária habilidade na música,
eram consequência e evidência da vinda do ESPÍRITO sobre ele. De qualquer
forma, isso o tornou o amável salmista de Israel (2 Sm 23.1). Após tê-lo
ungido, Samuel foi para Ramá em segurança, e nunca mais lemos a respeito dele,
a não ser uma única vez (1Sm 19.18), antes de lermos acerca de sua morte. Agora
ele se retirou para morrer em paz, uma vez que seus olhos tinham visto a
salvação, e o cetro tinha sido levado à tribo de Judá.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Lição 7, Davi é Ungido Rei 4º
Trimestre de 2019 - O Governo Divino Em Mãos Humanas - Liderança do Povo de
DEUS em 1 e 2 Samuel - Comentarista CPAD - Pr Osiel GomesComplementos,
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Trimestre de 2009 - Davi - As Vitórias e derrotas de um homem
de DEUS - Comentaristas:
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TEXTO ÁUREO
“Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus
irmãos; e, desde aquele dia em diante, o ESPÍRITO do SENHOR se apoderou de
Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.” (1 Sm 16.13) VERDADE
PRÁTICA
O propósito da unção é capacitar o obreiro para desempenhar a obra de
DEUS e, com autoridade, vencer os gigantes. LEITURA DIÁRIA
Segunda – Is 61.1 Ungido para a obra de DEUS
Terça – 2 Co 1.21,22 O cristão tem a unção do ESPÍRITO
Quarta – At 1.8 Ungido pelo ESPÍRITO para testemunhar com ousadia
Quinta – 1 Jo 2.20,27 Ungido para o entendimento
Sexta – Is 55.8 A escolha de DEUS segundo o seu conselho
Sábado – Mc 10.45 Sendo um bom servo para servir
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Samuel 16.1-13
1 - Então, disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul,
havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de
azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me
tenho provido de um rei. 2 - Porém disse Samuel: Como irei eu? Pois, ouvindo-o
Saul, me matará. Então, disse o SENHOR: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos
e dize: Vim para sacrificar ao SENHOR. 3 - E convidarás Jessé ao sacrifício; e
eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser. 4 -
Fez, pois, Samuel o que dissera o SENHOR e veio a Belém. Então, os anciãos da
cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda? 5- E
disse ele: É de paz; vim sacrificar ao SENHOR. Santificai-vos e vinde comigo ao
sacrifício. E santificou ele a Jessé e os seus filhos e os convidou ao
sacrifício. 6- E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse: Certamente,
está perante o SENHOR o seu ungido. 7 - Porém o SENHOR disse a Samuel: Não
atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho
rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está
diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração. 8 - Então, chamou Jessé a
Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este tem
escolhido o SENHOR. 9 - Então, Jessé fez passar a Samá, porém disse: Tampouco a
este tem escolhido o SENHOR. 10 - Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos
diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não tem escolhido estes.
11- Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o
menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e
manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele
venha aqui. 12- Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso
de semblante, e de boa presença). E disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, porque
este mesmo é. 13 - Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos
seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o ESPÍRITO do SENHOR se apoderou de
Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá. POR QUE
DEUS DESTITUIU SAUL E ASCENDEU A DAVI?Assim
morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da
palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a
adivinhadora para a consultar. 1 Crônicas 10:13 Davi
nasceu no décimo ano do governo de Saul.Saul foi
rejeitado por DEUS em seu segundo ano de governo.Tanto
Saul quanto Davi são ungidos após a refeição da Aliança, sacrifício pacífico.Davi é
tipo de CRISTO. Davi é ungido três vezes - JESUS é ungido três vezes. QUALIDADES
DE DAVI - Então
respondeu um dos moços, e disse: Eis que tenho visto a um filho de Jessé, o
belemita, que sabe
tocar eé
valente e vigoroso,
e homem
de guerra, e prudente
em palavras, e de
gentil presença; o
Senhor é com ele. 1 Samuel
16:18 A unção é
do ESPÍRITO SANTO, mas não é o ESPÍRITO SANTO.
Quando Paulo deu o lenço para que uma pessoa levasse ao doente ele
repartiu da unção que estava sobre ele. Ele não deu o ESPÍRITO SANTO num lenço
ou num avental.
At 19:12 De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo
aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.
Quando Elizeu morreu o morto ao ser jogado em cima de seu esqueleto
reviveu devido a unção que estava sobre Elizeu, não caiu sobre o ESPÍRITO SANTO.
At 5:15 De sorte que transportavam os enfermos para as ruas, e os
punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este
passasse, cobrisse alguns deles.
Não era a sombra de Pedro que curava, mas a unção de cura que estava
sobre Pedro fornecida pelo ESPÍRITO SANTO.
2Rs 13:21 Certa vez alguns homens que estavam sepultando um amigo viram
esses bandidos; então, mais que depressa, jogaram o defunto no túmulo de
Eliseu. E logo que o corpo tocou os ossos de Eliseu, o morto reviveu e se pôs
em pé
Lc 4:18 O ESPÍRITO SANTO é sobre mim, pois que me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
O ESPÍRITO SANTO UNGIU JESUS.
DESIGNOU.
CAPACITOU.
DEU PODER A ELE.χριω chrio
provavelmente pela ideia de contato;
1) ungir
1a) consagrando JESUS para o ofício messiânico e concedendo-lhe os
poderes necessários para o seu ministério
1b) revestindo os cristãos com os dons do ESPÍRITO SANTO
O crente recebe o ESPÍRITO SANTO no mesmo momento que aceita a
JESUS CRISTO como Salvador e Senhor.
Ef 1:13 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da
verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes
selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa.
Já a unção do ESPÍRITO SANTO (dons) podem ou não vir sobre o crente
algum dia. É preciso desejo e fé. Para mim
Davi já era crente desde novinho lá no campo quando matou um Leão e um Urso.
Ele era um adorador com sua harpa e compondo Salmos.
Esta era já uma unção para derrotar inimigos e para tocar e compor. A
unção com óleo Depois foi para ser rei.
4 Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR
para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o SENHOR que seja
chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou.
Davi nem tinha nascido ainda
CREIO QUE ESTE ACONTECIMENTO DA GUERRA E DE GOLIAS FOI PELO MENOS UNS 2
ANOS DEPOIS DE DAVI SER UNGIDO POR SAMUEL.
1 Sm 17:12 E David era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá,
cujo nome era Jessé, que tinha oito filhos; e, nos dias de Saul, era este homem
já velho e adiantado na idade entre os homens.13 Foram-se os três filhos mais
velhos de Jessé e seguiram a Saul à guerra; e eram os nomes de seus três
filhos, que foram à guerra, Eliabe, o primogénito, e o segundo, Abinadabe, e o
terceiro, Samá.14 E David era o menor; e os três maiores seguiram a Saul.15
David, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai, em
Belém.16 Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por
quarenta dias.
Só três filhos mais velhos de Jessé foram para o exército devido a
terem 20 anos ou mais.
Então, se tinha oito filhos, vamos colocar pelo menos um filho por ano.
Se foram 3 ficaram 5.
Um com 19, outro com 18, outro com 17, outro com 16, então Davi tinha
15 anos quando foi lá para levar comida para seus irmãos e enfrentar o gigante
Golias.Davi pode ter
sido ungido por Samuel com 12 ou 13 anos.
Mas teve um rei em Israel, descendente de Davi, que começou a reinar
com oito anos.
2 Reis 22:1 Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e
reinou trinta e um anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe, Jedida, filha de
Adaías, de Bozcate. 2 E fez o que era reto aos olhos do SENHOR; e andou em todo
o caminho de David, seu pai, e não se apartou dele nem para a direita nem para
a esquerda.
Alguém cheio do ESPÍRITO SANTO pode receber do ESPÍRITO SANTO uma unção
para tocar ou cantar ou pregar como Davi que tocava e o demônio saia de Saul.
Houve tantos pregadores que levavam milhões a JESUS não é? Uma unção do
ESPÍRITO SANTO para isso.
Conheço um pregador que tem esta unção. Ganha cerca de mil almas por
mês.
Pr. Clebison Bandeira, Imperatriz, MA. No NT não
vemos a unção de objetos, nem lugares, nem estabelecimentos.
Vemos unção com óleo em enfermos e doentes , e unção transmitida pela
imposição de mãos sobre pessoas separadas para DEUS ou para enviar pessoas numa
tarefa especial para a Igreja. Missionários e obreiros eram assim ungidos, com
a imposição de mãos. O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma unção do ESPÍRITO SANTO
e na bíblia muitas vezes foi concedido após uma imposição de mãos.
Tg 5:14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e
orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do SENHOR.
At 6:6 E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes
impuseram as mãos.
At 8:17 Então lhes impuseram as mãos, e receberam o ESPÍRITO SANTO.
Atos 13:2 E, servindo ao SENHOR, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO:
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
Atos 19:6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO
SANTO; e falavam línguas, e profetizavam Um dom é uma
unção do ESPÍRITO SANTO, muitas vezes concedida pela imposição de mãos.
1Tm 4:14 Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por
profecia, com a imposição das mãos do presbitério.
2Tm 1:6 Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de DEUS que
existe em ti pela imposição das minhas mãos. Como hoje a
imposição de mãos é a maneira de ungir uma pessoa, precisamos tomar cuidado
como e porque impomos as mãos sobre alguém.
Para curar ou para separar para o ministério.
1 Timóteo 5:22 A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem
participes dos pecados alheios: conserva-te a ti mesmo puro.
Para que alguém receba a imposição de mãos ou unção para o exercício do
ministério deve possuir as qualidades exigidas pela Palavra de DEUS.
Atos 6:3 Escolhei pois, irmãos, de entre vós sete varões de boa reputação,
cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este
importante negócio. 4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da
palavra.5 Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as
coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como
já te mandei; 6 Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha
filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução, nem sejam
desobedientes.7 Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como dispenseiro
de casa de DEUS, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador,
nem cobiçoso de torpe ganância; 8 Mas dado à hospitalidade, amigo do bem,
moderado, justo, santo, temperante; 9 Retendo firme a fiel palavra, que é
conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã
doutrina, como para convencer os contradizentes.10 Porque há muitos
desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da
circuncisão.11 Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas
inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância. O que é
unção? Ouça atenciosamente cada resposta. Em seguida, explane sobre o assunto
de acordo com o primeiro tópico. Ao final do tópico, resuma o conteúdo a fim de
que alguma dúvida identificada nas respostas do aluno seja superada. É importante
aplicar a perspectiva do serviço cristão no mundo atual. Para isso, considere o
seguinte trecho teológico: “Diakonia (‘serviço’, ‘ministério’). São os esforços
no serviço a CRISTO que continuam o ministério encarnacional que Ele realizou e
que nos ajuda a realizar. O caráter desse ministério é servir; não imita o
padrão da autoridade ou do propósito que este mundo impõe. A essência do
ministério tem sido exemplificada por CRISTO de uma vez para sempre (Mc 10.45)
e, como consequência, servimos a CRISTO por meio de servir à criação que está
debaixo do seu senhorio. A dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de
divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de DEUS que
é alcançar de modo prático os marginalizados da sociedade. As pessoas que não
têm ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram desconsideradas e
abandonadas, também foram criadas à imagem de DEUS” (HORTON, Stanley (Ed.).
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996,
p.604).
- Aqui, vale a pena fazer uma comparação entre Davi e Golias, conforme este
trecho: “Um homem de estatura gigantesca, Golias, de Gate (4), apresentou-se
como o campeão dos filisteus, e desafiou um oponente do exército de Israel –
uma prática comum nas antigas táticas de guerra. Ele tinha mais de dois metros
e oitenta centímetros de altura, usava uma armadura que pesava cerca de
sessenta e oito quilos, e a haste de sua lança era como um eixo de tecelão,
cuja ponta pesava cerca de nove quilos. O côvado era a distância desde a ponta
do cotovelo até a extremidade do dedo médio, cerca de quarenta e cinco
centímetros. O palmo era a distância entre a ponta do mindinho até a ponta do
polegar, quando os dedos estão esticados, e mede em torno de quinze a vinte
centímetros. Grevas (6), perneiras. Escudo, ou seja, dardo. Ouvindo, então,
Saul e todo o Israel... espantaram-se e temeram muito (11). Os israelitas
sabiam que Saul, o homem mais alto e mais forte do exército, deveria ser
campeão de Israel. E Davi era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá (12)
– como os livros históricos do Antigo Testamento registram, em alguns casos,
compilados a partir de documentos mais antigos (por exemplo, 10.25; 1 Rs 11.41;
14.19; 15.7; etc.), existe a ocasional repetição de informações dadas
anteriormente. Jessé era um homem idoso nessa época. Os seus três filhos mais
velhos estavam no exército com Saul. Davi, porém, ia e voltava de Saul, para
apascentar as ovelhas de seu pai (15) – uma referência à aparição anterior de
Davi na corte de Saul em Gibeá (cf. 16.19-23)” (Comentário Bíblico Beacon: 2
Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.209). PARA
REFLETIR - A respeito de “Davi é ungido Rei”, responda:
O que o ato
da unção passou a simbolizar? Como um ato ordenado por DEUS, a unção passou a
simbolizar o derramamento do ESPÍRITO do Senhor (1 Sm 10.9; Is 61.1).
Qual a diferença entre a unção do Antigo e do Novo Testamento? No
geral, entendemos a unção no Antigo Testamento como separação de alguém para
algum ofício. No Novo Testamento ela está relacionada a CRISTO e aos cristãos,
no sentido de dotar o cristão de poder para testemunhar as verdades do
Evangelho (At 1.8; 1 Jo 2.20,27).
O que Davi não abandonou? Davi, sendo ungido, não abandonou sua posição
de servo e fez isso até que chegasse o momento de assumir o trono.
Qual foi o grande desafio de Davi? Após ungido, Davi tem diante de si
um grande desafio, o qual foi temido por todo Israel: lutar contra Golias.
Com que Davi matou o gigante? Davi lançou a pedra com sua funda,
acertando o gigante, o qual caiu atordoado com a espada. UM
POUCO SOBRE A HISTÓRIA DE DAVI.REVISTA CPAD 1994INTRODUÇÃO: Os acontecimentos que vamos considerar através do
estudo desta lição nos trarão uma visão mais ampla do interesse de DEUS pelo bem-estar
do seu povo quando ordenou ao profeta que tomasse as devidas providências para
ungir um outro rei para Israel, porquanto o seu povo estava atravessando dias
difíceis em virtude do. mau comportamento do rei Saul.
DEUS usou a capacidade de Davi, aperfeiçoando-a e dando a ele condições para
ocupar o trono, porém, somente depois de fazê-lo passar por uma série de
experiências é que foi possível ao jovem pastorzinho tornar-se um ousado e
valente monarca.
I. O SIGNIFICADO DA UNÇÃO
Ungir, no sentido literal, significa untar com óleo ou substância
gordurosa.
O simbolismo da unção. DEUS determinou que fossem ungidos aqueles a quem ele
chamou para o Seu serviço.
A unção simbolizava consagração. separação. a transmissão de autoridade. força
e honra.
O JOVEM UNGIDO REI
DEUS quer usar um jovem ainda bem moço para ser o líder da nação, tinha ele
certas qualidades na vida que poderiam fazer dele um rei.
DEUS ordena a Samuel ungir a Davi. Samuel era Sacerdote, estava sendo
perseguido por Saul, pois este sabia que DEUS já não era mais com ele. E não
demorou e DEUS falou a Samuel que tinha um trabalho importante a realizar por
seu intermédio.
ENTÃO disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu
rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem,
enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido
de um rei.
1. A fase preparatória. Talvez Davi nem atinasse bem no que estava
acontecendo e o que tinha pela frente. Contudo, com DEUS não tinha nada a
temer, pois o Senhor era com ele.
Muitos anos ainda se passaram até que fosse conduzido ao trono e nos anos que
se sucederam foram um tempo de escola, Davi aprendeu muita coisa para sua vida
adulta e para ser capaz de liderar seu país, precisava ser testado numa guerra
desigual. Em razão da visão errada que Saul tinha de seu reinado seus inimigos
começaram a atormentar Israel o povo de DEUS passou a viver escondido temendo a
cada momento uma inesperada invasão do inimigo em seu território.
a. Um menino contra Um Gigante.b.
Servindo na casa do rei. Não só de guerras vive um monarca, mas
também de várias outras situações que da mesma forma requerem capacidade de
quem lidera.
DEUS estava preparando o inexperiente jovem para ocupar o trono e
cuidar do povo, que era muito especial, assim, era necessário que
ele amadurecesse para a função que deveria exercer.
Dessa forma, também Davi teve oportunidade de ir conviver com o rei
Saul em seu palácio (1 Sm 18.2).
c. Sofrendo perseguições. Davi conquistou a confiança e a amizade de todos no palácio.
O rei Saul o tinha como um valente e corajoso soldado e estava muito
satisfeito em tê-lo no palácio.
Até que um dia quando Davi voltava de uma batalha juntamente com o rei,
o povo, alegre pela vitória, saiu às ruas cantando e elogiando os feitos do rei
e destacando a participação de Davi na batalha.
Entrou o espírito de inveja no coração de Saul e dali por diante ele
começou a dirigir uma série de ostensivas perseguições a Davi, prometendo mesmo
tirar-lhe a vida, o que 'intentou por várias vezes (1 Sm 18.11; 19.10; 20.33;
24.2; 26.2). Todavia, em todas essas situações DEUS livrou Davi das mãos de
Saul.
O equilíbrio, a perseverança e a confiança com que Davi enfrentava as
situações difíceis demonstram o quanto ele esperava e confiava
em DEUS.
Assim como DEUS cuidou de Davi, Ele cuida de cada um de nós.
UM JOVEM FAZENDO PARTE DO PLANO DE DEUS
Desde o Éden, por ocasião da queda do homem, DEUS revelou seu plano de
redenção, o qual estava preparado antes da fundação do mundo (Ef 1.24) e
colocou-o em prática, através dos tempos, chamando homens, separando uma nação,
conquistando vitórias para o seu povo, até que tudo se cumprisse em seu Filho
JESUS.
Neste contexto vamos encontrar o jovem e simples pastorzinho decidido a
mesmo sem saber o que DEUS pretendia fazer dele, ocupar-se em obedecer e
seguir às ordens divinas.
Da mesma forma, como antigamente DEUS usava jovens, como foi
o caso de Davi; e crianças, como o caso de Samuel e da menina judia em
casa de Naamã; e também homens e mulheres avançados em idade, como o caso de
Abraão e Sara, o Senhor continua usando aqueles que se dispõem a fazer a Sua
vontade e a submeter-se ao seu querer. DEUS quer encontrar homens de coração
puro e reto e de abnegada dedicação ao trabalho.
Depois de todas as provas e estando já madurecido para ocupar a posição
de rei, Davi foi chamado a ocupar o trono.
O reinado de Israel estendeu grandemente suas fronteiras pelas
conquistas obtidas e tornou-se uma nação verdadeiramente grande
e respeitada por todas as nações vizinhas.
1. Uma descendência abençoada. DEUS prometeu que abençoaria a descendência de Davi e cumpriu Sua
promessa.
Depois de Davi, veio a reinar seu filho Salomão, que foi o monarca mais
sábio, mais poderoso e mais rico de Israel. Foi uma época abençoada, quando o
povo passou por um período de paz e tranquilidade, sem guerras, e por esse
motivo o grande e majestoso templo de Jerusalém pôde ser construído (1 Rs
6.11-13).
A nação de Israel subsistiu a muitos ataques e até mesmo escravidão e
exílio. DEUS preparou todas as coisas e tornou tudo aos seus lugares até que se
cumprissem as profecias acerca da Casa de Davi (Jr 23.5; Mq 5.2,3).
2. O ungido de DEUS. DEUS ungiu a Davi,
isto é, separou-o para um trabalho especial, dotou-o das qualidades necessárias
e encheu-o do ESPÍRITO SANTO e de poder para que ele tivesse condições de
conquistar vitórias sem precedentes para o povo de Israel. Davi foi um rei
segundo o coração de DEUS (1 Sm 13.14), o que nos faz entender que Davi não
fazia a sua própria vontade, mas a do Senhor.
Tudo isso foi deveras muito importante. Porém, precisamos compreender
que era apenas a preparação para o maior acontecimento de todos os tempos na
história da humanidade.
Um descendente de Davi, nasceria em Belém, cidade de Davi, e seria o
Messias prometido, o Salvador do mundo, e este foi JESUS CRISTO, o Ungido
de DEUS (ls 61.1,2; At 10.38).
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Lição 10, O ministério de Mestre ou DoutorLições Bíblicas - 2º Trimestre de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e
adultosTema:
Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações, questionários e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de
Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com -
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Silva Lição 10, O ministério de Mestre ou Doutorhttps://youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18n22PQ9kHGcCkvGLW-VPUA vídeos de 2014 desta mesma LiçãoEscritahttps://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/escrita-licao-10-o-ministerio-de-mestre.html Slideshttps://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/slides-licao-10-o-ministerio-de-mestre.html Vídeo
completo, Lição
10, O Ministério de Mestre ou Doutor, 2Tr21, Pr Henrique, EBD NA TVhttps://www.youtube.com/watch?v=2qgcsYmzvOI
PowerPoint https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-10-o-ministrio-de-mestre-ou-doutor-2tr21-pr-henrique-ebd-na-tv
Resumo
da Lição 10 - O Ministério de Mestre ou DoutorI
- JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA1.
O Mestre da Galileia.2.
O Mestre divino.3.
O Mestre da humildade.II
- O ENSINO DAS ESCRITURAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO1.
Uma ordem de JESUS.2.
A doutrina dos apóstolos.3.
Ensinamento persistente.Ill
- A IMPORTÂNCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE1.
Uma necessidade urgente da igreja.2.
A responsabilidade de um discipulado contínuo.3.
Requisitos necessários ao Mestre .a)
Um salvo em CRISTO. b) O hábito de ler.c)
Preparo intelectual. d) Um coração em chamas. Comentários do Pr Henrique e de livros, com correções segundo meu
entendimento da lição.Lição 10 - O Ministério de Mestre ou DoutorLições Bíblicas - 2º Trimestre de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e
adultosTema:
Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos:
Pr. Luiz Henrique de Almeida Silvahttps://www.youtube.com/watch?v=2qgcsYmzvOI
TEXTO ÁUREO“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é
dada: [...] se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.6,7). VERDADE PRÁTICAOs vocacionados por DEUS para o ministério do ensino são por Ele
chamados para edificar a Igreja de CRISTO. LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 7.28,29; Atos 13.1; Romanos 12.6,7;
Tiago 3.1.Mateus 7.28 - E aconteceu que, concluindo JESUS este discurso, a
multidão se admirou da sua doutrina, 29 - porquanto os ensinava com autoridade
e não como os escribas.Atos 13.1 - Na igreja
que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e
Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes,
o tetrarca, e Saulo.Romanos 12.6 - De modo
que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja
ela segundo a medida da fé; 7 - se é ministério, seja em ministrar; se é
ensinar, haja dedicação ao ensino;Tiago 3.1 - Meus
irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro
juízo. OBJETIVOS
- Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:Aprender que
JESUS, o Mestre da Galileia, é Mestre por excelência.Identificar a ordem
de JESUS aos seus discípulos para ensinar a igreja do primeiro século.Saber da
importância do dom ministerial de ensinador na igreja local. Meus comentários - Pr. Luiz Henrique - Livros diversos Com
acréscimos e comentários extras do Pr Henrique. “E o que de mim, entre muitas testemunhas,
ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os
outros” 2 Tm 2:2 INTRODUÇÃO 1Nessa lição estamos falando de ministério Mestre ou doutor,
ministério esse que é acompanhado por sinais, prodígios e maravilhas, como era
normal na vida dos primeiros mestres. Vemos na reunião em Antioquia que os
mestres, ou doutores, eram homens de adoração, jejum, oração e ouviam
diretamente a voz do ESPÍRITO SANTO. Eram Profetas e mestres de um ministério
sobrenatural (Ef 4.11)."E
na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com
Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e
jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a
que os tenho chamado". Atos 13:1,2.Paulo foi um Mestre por excelência, se autodenominava
"doutor dos gentios" - "Para o que fui constituído
pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios". 2 Timóteo 1:11.Quase nenhum pastor é Mestre - quantos você conhece que
através dele, de seu ministério pessoal, acontecem milagres, curas, batismos no
ESPÍRITO SANTO, libertações, etc...?O pastor recebe comunicação dos irmãos sobre coisas que estão a
perturbar o rebanho e sobre problemas com cada um, então procura na Bíblia uma
mensagem para corrigir esses erros, às vezes doutrinários ou de ordem moral,
etc... Isso não faz do pastor um mestre. O Mestre recebe uma mensagem de
DEUS para dar à igreja que tocará nos corações e confrontará seus pecados,
fortalecerá os que estão lutando contra o pecado, exortará os duvidosos e
consolará os tristes. O ensino pastoral é humano, o ensino do Mestre é
sobrenatural, é espiritual. A mensagem vem do ESPÌRITO SANTO que sondou os
Corações se mentes dos ali presentes. É inacreditável de repente pensarmos que
todo pastor é um Mestre e que todo professor de EBD também o é. Na
maioria das vezes se encontra um Mestre só entre toda uma igreja de
10.000 pessoas, por exemplo. É raro esse ministério, não estamos falando de
gente que estuda muito, que tem muitos livros e que tem facilidade de decorar o
que lê, que tem diplomas de teologia, estamos falando de um ministério poderoso
e eficaz de CRISTO. Procuremos não diminuir os ministérios, por favor. Assim
como é difícil encontrar um legítimo apóstolo, um legítimo profeta, um legítimo
evangelista, um legítimo pastor, assim é também difícil encontrar um legítimo Mestre
ou doutor. Estamos, nesta lição, falando de coisas superiores, sobrenaturais,
espirituais, excelentes. Estou mostrando que o pastor não é mestre porque ensina - o pastor
recebe comunicação dos irmãos sobre coisas que estão a perturbar o rebanho e
sobre problemas com cada um, então procura na Bíblia uma mensagem, para
corrigir esses erros, às vezes doutrinários ou de ordem moral ,etc... Isso não
faz dele um mestre. O mestre recebe mensagem diretamente do ESPÍRITO SANTO, é
sobrenatural. O ESPÍRITO SANTO sonda os corações se dá a mensagem na mesma hora
ao mestre. sobre o que cada um precisa ouvir. διδασκαλος didaskalos professor, doutor ou Mestre .
* no NT, alguém que ensina.
Em nossa lição é um ministério dado por CRISTO a igreja, é uma pessoa escolhida
por JESUS e capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, pessoa dada a Igreja.
Está é a definição do ofício de doutor ou Mestre em nossa lição.
Não tem a ver com professor de EBD ou pastor que ensina no culto de doutrina ou
de ensino. Não sei onde alguns irmãos acharam esse dom de ensino. Existe Dom
ministerial de Mestre ou Doutor.O Mestre ou Doutor é uma pessoa dada, por CRISTO, à igreja,
para ensinar a igreja ou qualquer que lhe pergunte a respeito de DEUS ou que
deseja aprender a Bíblia, seu ensino é sobrenatural e é confirmado por sinais,
prodígios e maravilhas.. É uma pessoa capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons
espirituais e alguém que busca e recebe revelações de DEUS para aquilo que
ensina. Acontecem salvações, curas e milagres quando um Mestre ensina.
Exemplo disso são JESUS, Paulo, Pedro, Estêvão e Filipe, etc... ---- Todos
podem ensinar, mas nunca serem Mestres ou Doutores, mas, todo Mestre ou Doutor
é excelente ensinador. Todos podem e devem estudar para ensinarem, porém o
Mestre ou Doutor recebe ensino direto de DEUS, além do que aprendeu estudando. "Porque eu recebi do Senhor o que
também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na noite em que foi traído, tomou o
pão"; 1 Coríntios 11:23.A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras
persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de
poder, 1 Coríntios 2:4 As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas
com as que o ESPÍRITO SANTO ensina, comparando as coisas espirituais
com as espirituais. 1 Coríntios 2:13Um legítimo Mestre é aquele que tira de seu aió, ou alforje, ou embornal, ou cofo, ou sacola, ou pasta, ou mochila, etc... (bolsa onde se coloca as sementes
para plantar, de acordo com cada região do Brasil), daí o Mestre retira,
coisas velhas e coisas novas, ou seja, coisas já reveladas e coisas que ele
buscou de DEUS e são novas revelações da Palavra de DEUS, e as ensina a seus
alunos (palavra que sai da boca de DEUS). - "E ele
disse-lhes: Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é
semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e
velhas". Mateus 13:52.O Mestre aplica tanto o serviço
espiritual de buscar a revelação da Palavra, em oração, quanto aplica o serviço
material que envolve estudar a finco a bíblia sobre o que vai ensinar e também se
aplica ao jejum para se manter em comunhão íntima com o ESPÍRITO SANTO, também
ministra dons do ESPÍRITO SANTO aos ouvintes - Sem entrega total da vida não
existe ministério de Mestre - sem sacrifício não existe presença de DEUS. Nicodemos disse: Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de
DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com
ele (2). Os milagres que JESUS realizara (2.23) indicavam o caminho para
Nicodemos e para aqueles que este representava (observe a forma plural
sabemos). Por causa desses milagres, eles descobriram que JESUS era um
professor especial enviado por DEUS.A maior tragédia do ensino em nossos dias é não ver na vida
prática dos ensinadores o que eles mesmos ensinam, é não ver e ouvir a
confirmação de seu ensinos através do poder de DEUS em operação pela
manifestação dos dons espirituais na vida ministerial de tais
"mestres". NOVO NASCIMENTOAcontece quando há o arrependimento de pecado e o pecador
arrependido confessa a JESUS CRISTO como único e suficiente Salvado e Senhor, é
invisível a presença do ESPÍRITO SANTO na pessoa, mas a partir desse momento
Ele está morando nesse novo filho de DEUS, nascido de novo. Este antes era do
reino das trevas, agora é do reino da luz, era do reino de Satanás, agora
pertence ao reino de DEUS, era filho da ira, agora filho de DEUS. JESUS disse
que é como o vento que ninguém vê, mas sabe que está balançando a árvore, assim
o que é nascido de novo apresenta mudança de vida, mas ninguém vê o ESPÍRITO
SANTO na pessoa, embora O Mesmo esteja morando lá. SINAL INTERNO E INVISÍVEL Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.41.Vivemos num tempo de avanço tecnológico e de multiplicação das
informações em distintas áreas do conhecimento. Basta um computador conectado à
internet e, pronto: um mundo outrora desconhecido agora se abre para você.
Possivelmente, o seu aluno conhece o assunto a ser lecionado nesta semana.
Certamente ele pesquisou muita coisa em livros e na internet. E pode ter
acumulado até mais informação que o conteúdo preparado para a sua aula. Este é
o nosso mundo globalizado!Nesta lição, o nosso desafio é explicar como se pode relacionar o
dom ministerial de Mestre com as urgências existenciais dos dias
contemporâneos. Não por acaso, ela abre o tema analisando o ministério do
ensino em JESUS de Nazaré. O Mestre da Galileia era antenado com as
circunstâncias sociais, políticas e espirituais do seu tempo. Com propriedade,
JESUS ensinou sobre a política, as prevenções contra o materialismo e
confrontou os discípulos a respeito do verdadeiro sentido da vida humana. Levando
sempre uma proposta de vida segundo a perspectiva do Reino de DEUS. É a
urgência da tarefa de todo educador cristão: levar os alunos a pensarem as
demandas da existência à luz do Evangelho e segundo os aspectos positivos e
negativos do Reino de DEUS (Mt 5-7). O ensino do Mestre trás revelações
sobrenaturais que o aluno jamais encontrará nos livros e na internet.Preeminência do ministério do Mestre Podemos afirmar historicamente que, logo após a morte dos santos
apóstolos, as testemunhas da ressurreição do Senhor, os mestres ministeriais
eram líderes chaves na comunidade antiga, assim como os apóstolos ministeriais,
profetas ministeriais, os evangelistas ministeriais e
os pastores ministeriais. Ao ponto de a
Bíblia registrar a exortação apostólica: "Os presbíteros (ministros,
anciãos, líderes) que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada
honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina" (1Tm
5.17). Os presbíteros que se dedicavam ao exame da Palavra de DEUS eram
estimados por duplicada honra porque eles se afadigavam dia e noite para
compreender os mistérios divinos (Rm 12.7). A mensagem do Reino tinha de fazer
sentido na vida dos cristãos de outrora.Caro professor, o Pai concedeu o dom ministerial do Mestre
para a sua Igreja atingir a estatura de CRISTO em sua plenitude. Portanto,
estude, persista em ler e reflita acerca da fé; não se esqueça de que os nossos
alunos devem enfrentar as questões da vida sob o prisma da mensagem do Reino de
DEUS. E você professor, é um instrumento essencial nesse processo de formação
cristã. Busque o ministério de Mestre ou doutor em oração e jejum. Busque
ser usado por DEUS em Dons do ESPÍRITO SANTO para que seu ensino seja
confirmado por DEUS sobrenaturalmente. Acréscimo do
Pr Henrique. INTRODUÇÃO 2Entre os dons ministeriais, concedidos por DEUS para edificação e
“aperfeiçoamento dos santos”, nas igrejas locais, está o de “doutor” ou “Mestre
”. Não é um dom muito reconhecido em geral, nas comunidades cristãs, por falta
de entendimento acerca do seu valor, ou até por preconceito contra esses
termos. As pessoas não têm qualquer receio de tratar um obreiro como “pastor”,
“evangelista”, “bispo” ou até “apóstolo”, nos dias presentes. Mas não é comum
um obreiro, que tem o dom de Mestre ser chamado de “Mestre ” ou “doutor”.
Isso se deve à visão que se tem do que é ser dotado de capacidade para o
exercício desse dom ministerial, tão importante quanto os demais dons de DEUS.
Ou pelo “ar de superioridade” que alguns vêm naqueles usados no exercício desse
dom. Percebe-se que, em muitos casos, os pastores, por falta de humildade perseguem os mestres ou doutores, não percebendo que aquele
que deu o dom foi DEUS. O verdadeiro Mestre ou doutor não se porta com
diletantismo ou soberba, pelo fato de ser intelectualmente mais galardoado do
que outros. Os mestres devem ser sustentados pela igreja que muitas vezes não
lhe provê nem o sustento básico, como escrito acima - Os presbíteros que se dedicavam ao exame da Palavra de
DEUS eram estimados por duplicada honra porque eles se afadigavam dia e noite
para compreender os mistérios divinos (Rm 12.7). 1 Timóteo 5:18 - O trabalhador é digno do seu salário.Não se deve generalizar em caso algum o comportamento dos maus
obreiros. Há os mestres ou doutores que, a despeito de seu elevado grau de
conhecimento bíblico, teológico e secular, são humildes e sinceros,
colocando-se como servos a serviço das igrejas.Os bons mestres ou ensinadores são muito úteis às igrejas locais.
Na maioria das vezes os pastores, assoberbados com as atividades
administrativas, construindo templos, cuidando do patrimônio, em viagens
pastorais, e tantas atividades, próprias dos que realmente trabalham em prol da
obra do Senhor, não têm tempo de preparar estudos e mensagens substanciais,
para alimentar a igreja local. E recorrem aos mestres ou ensinadores, para que
lhes ajudem nessa imensa tarefa de edificar o rebanho. Somente aí se dá o
devido valor ao Mestre . Raríssimas são as oportunidades dadas aos mestres nas
igreja, hoje em dia. A atividade primordial do Mestre , doutor ou ensinador é cuidar do
ensino recebido sobrenaturalmente. É tão importante que a Bíblia requer que
haja dedicação ao exercício desse dom. “...se é ministério, seja em ministrar;
se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.7 — grifo nosso). Imagine
quantas horas de oração, estudo da Bíblia e de jejum o verdadeiro Mestre
se entrega diariamente para poder exercer seu ministério. Talvez seja uma das
grandes falhas em muitos ministérios, a falta de dedicação ao ministério de
ensino. Há pessoas que querem ensinar sem o mínimo preparo para essa atividade.
Nos tempos pós-modernos, mais do que nunca, existe a necessidade de bons
ensinadores. Há questionamentos e problemas que não havia há alguns anos. E
muitos pastores não estão preparados para dar respostas adequadas ao rebanho.O avanço das ciências, das tecnologias, as questões da bioética,
as mudanças rápidas no comportamento social provocam questões que exigem, não
só o conhecimento bíblico e teológico, mas também secular. Além de tudo, a
dependência do ESPÍRITO SANTO que sonda os corações revela as necessidades de
cada um.O Mestre , doutor ou ensinador precisa ter o cuidado de não se
considerar superior ao pastor ou dirigente de uma congregação, pelo fato de ter
mais conhecimento que a média dos obreiros. Humildade, modéstia, sabedoria e
equilíbrio são qualidades indispensáveis aos que são dotados por DEUS de mais
capacidade para se dedicarem ao ensino. Mais cuidado ainda deve ter o Mestre ,
pois deles será requerido mais, como diz Tiago: “Meus irmãos, muitos de vós não
sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Aquele que recebe o nome de Mestre , sem o ser, está em perigo
constante, pois representa o papel daquele que realmente foi escolhido por
DEUS, não sabendo ele que será cobrado por ensinar o que não prática e nem crê.Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 118-119. Com acréscimos do Pr Henrique. ENSINOA importância do ensino Cristão1. Ensinemos por meio de palavras, pela força do exemplo. O ensino
faz parte da Grande Comissão (ver Mt. 28:20).2. Os dons espirituais existem para servir de auxílio no
ministério do ensino, e o alvo de tudo é a maturidade espiritual, o crescimento
e o aperfeiçoamento dos santos (ver Ef. 4:11 e ss).3. Os verdadeiros mestres são dádivas divinas à igreja, para seu benefício
(ver Ef. 4:11). E a revelação da palavra é dada especialmente aos mestres, a
fim de que sejam eficazes em seu ministério (ver I Cor. 12:8).4. O ensino tem um efeito edificador. Portanto, é importante, se a
igreja tiver de ser edificada. O ensino é vital para esse propósito (Ef 4.12).5. As Escrituras Sagradas nos foram transmitidas nessa forma
escrita a fim de que o ministério do ensino fosse facilitado e se tomasse mais
eficaz. São a base de qualquer ministério (At 2.42).6. Acima de tudo o mais, CRISTO foi o Mestre Supremo. Se seguirmos
o exemplo que nos deixou, sem dúvida haveremos de ensinar. Ensinava, pregava e
curava (Mt 4.23).7. Se apenas houver evangelização e faltar o ensino cristão, a
igreja terá de contentar-se com uma igreja infantil, carnal, com disputas e
cisões. Um povo faminto espiritualmente, será um povo infeliz. Daí a
importância do Mestre (Mt. 28:20).8. A ausência de ensino cristão arma o palco para a apostasia.
(ver Hb. 6:1 e ss).9. Chega um tempo, na vida de cada crente, que se espera que ele
se tome um Mestre , e não um aprendiz (ver Hb. 5:12).10. Observemos a importância emprestada por Paulo à necessidade de
haver homens bons que sejam mestres de outras pessoas na fé cristã, para que
esta possa passar de uma geração à outra (ver 2 Tm, 2:2).Aquele que tem o privilégio de ser bem ensinado terá o privilégio
de ser instrumento na obra de DEUS.Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste
inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes
as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em
CRISTO JESUS. Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar,
para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de
DEUS seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra. 2 Timóteo
3:14-17CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia
e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 390. Com
acréscimos do Pr Henrique. Os versículos 7-8 acrescentam: Se é ensinar, haja dedicação ao
ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar. Colocada ao lado de ensinar,
a palavra exortar sugere pregação. Sobre o significado de exortação (dom de
exortar). No entanto, Barrett nos lembra que precisamos evitar fazer uma
distinção muito precisa entre ensinar e exortar. “Cada um destes termos
significa uma comunicação da verdade do evangelho ao ouvinte, efetivada de
diversas maneiras: em uma delas, é explicada - em outra, é aplicada. Contudo,
esta comunicação nunca deve ser explicada sem ser aplicada, nem aplicada sem
ser explicada”.William M. Greathouse. Comentário Bíblico Beacon.
Editora CPAD. Vol. 8. pag. 164. Com acréscimos do Pr
Henrique. É um
belo dom, que o use e ocupe-se dele. “...se é ensinar, haja dedicação ao
ensino”; assim alguns o complementam, ho didaskon, en te didaskalia.Que ele seja regular, constante e diligente no ensino; que
permaneça naquilo que é a sua própria função, e esteja nela como em seu
ambiente natural (veja 1 Tm 4.15,16, onde isso é explicado por duas palavras:
em toutois isthi e epimene autois, estar nessas coisas e continuar nelas). É
função do Mestre aplicar as verdades e as regras do evangelho mais
próximas à situação e à condição das pessoas e inculcar nelas aquilo que for
mais prático. Se requer uma cabeça esclarecida e um coração aquecido. Gera
edificação dividir o trabalho adequadamente e, qualquer que seja a tarefa de
que nos encarregamos, vamos nos dedicar a ela. Cuidar do nosso trabalho é
entregar o melhor de nosso tempo e pensamentos a ele, aproveitar todas as
oportunidades para ele e não apenas refletir em como fazê-lo, mas fazê-lo bem.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 389. Com acréscimos do Pr Henrique. Nas páginas do N.T., o vocábulo «...ministério...» geralmente
aparece vinculado a alguma forma de ministração física, como no caso do serviço
prestado por Marta (ver Luc. 10:40), embora também possa indicar alguma forma
de serviço espiritual, como o serviço prestado pelos anjos aos herdeiros da
salvação, conforme lemos em Heb. 1:14. No trecho de 2 Cor. 3:7, essa mesma
palavra é usada para falar sobre o ministério geral de Moisés. Pode significar
o serviço geral, físico ou espiritual, relativo às coisas temporais ou às
realidades eternas.(Ver I Cor. 12:5; Ef. 4:13 e II Tim. 4:11).Vê-se, portanto, que a palavra «ministério» se aplica tanto ao
serviço físico como ao serviço espiritual, dos menores serviços aos mais
elevados que podem ser realizados na igreja. (Ver Atos 6:1,4).«...dediquemo-nos ao ministério...» Essa «dedicação» não aparece no original grego, embora seja
corretamente suprida na tradução. Literalmente, o trecho original diz: «...o
que ensina, esmere-se no fazê-lo...» (Atos 20:20). Uma vez mais, o original
grego diz tão-somente, «...aquele que ensina, no seu ensino...», deixando
subentendida a ideia de «dedicação» ou «diligência». Aquele cujo ofício
consiste em ensinar, deveria esforçar-se por aprimorar os seus conhecimentos,
por melhorar a eficácia dos seus métodos de ensino, aumentando o seu interesse
pessoal por aqueles que são os seus alunos. Um dos mais graves escândalos das
modernas igrejas evangélicas é que a grande maioria dos seus mestres em nada
melhora com a passagem dos anos, incluindo-se nisso tanto o conhecimento como
os métodos empregados, como também não demonstram crescente interesse pessoal
pelo bem-estar de seus alunos. Pois, não é verdade que muitos pastores e outros
ministros, depois de terminarem algum curso bíblico, em um instituto bíblico ou
em um seminário qualquer, nunca mais envidam esforço para melhorarem, mas de
ano após ano não apresentam qualquer mudança para melhor, dizendo sempre as
mesmas coisas e da mesma maneira? Ponderamo-nos admirar, portanto que, neste
nosso mundo moderno, onde o conhecimento geral aumenta de forma assustadora,
tantos se sintam enfadados das igrejas, até que finalmente se desviam de todo?
Não é suficiente proferir dogmas contínuos, sem variação e sem imaginação.
Ninguém pode tolerar esse tipo de ministério para sempre. Esse tipo de
ministério não corresponde aos problemas de nossa complexa sociedade
contemporânea. No entanto, que o ensino bíblico é importante se toma
imediatamente evidente através do fato que a Grande Comissão nos ordena não
somente evangelizar, mas igualmente ensinar, e ensinar «todas as coisas» que
ele nos ordenou.Ensinar mediante o «exemplo» também é importante, embora se trate
de um aspecto olvidado por tantos mestres cristãos. (Atos 12:25). Existe
distinção entre «profetas» e «mestres», em Atos 13:1 e Ef. 4:11). A distinção é
que os mestres, em sua inspiração imediata, lhes é permitido revelar alguma
coisa nova, uma revelação da Palavra de DUS, por exemplo, de que ainda não se
tinha conhecimento. que empresta autoridade àquilo que dizem.Deveria tornar-se evidente, com base neste texto da epístola aos
Romanos, que o ensino é um dom e ministério. E os crentes possuidores desse
ministério deveriam procurar aprimorar-se na aplicação de sua chamada. O
Mestre cristão deve também buscar pela inspiração do ESPÍRITO SANTO, para
que o Senhor o guie em suas pesquisas e em seus pensamentos. O Mestre expõe aos
seus ouvintes muitos tesouros, alguns antigos e outros novos, mas todos
proveitosos e expressos de maneira tão convincente que podem transformar as
vidas dos homens, porquanto as suas palavras podem ser usadas pelo ESPÍRITO de
DEUS visando exatamente a essa função.CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 3. pag. 814. Com
acréscimos do Pr Henrique. I - JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA1. O Mestre da Galileia.a- O SIGNIFICADO DE MESTREA palavra Mestre, nas escrituras, tem o sentido de designar “uma
pessoa que é superior às outras, em poder, autoridade, conhecimento ou em algum
outro aspecto”. No hebraico, a palavra 'adon que dizer “soberano” ou “senhor”.
A palavra “rab” designa um “professor comum”. Com relação a JESUS, foi usada a
palavra “rabi” (cf. Jo 4.31), indicando que ele era um Mestre superior.
As pessoas chamavam de “meu Mestre ”, “meu Senhor”, a quem tinha esse título.
JESUS recebeu esse tratamento diversas vezes (Jo 1.38,49; 3.2,26). Quando JESUS
ressuscitou, Maria usou a palavra “Raboni?, quando o reconheceu. “Disse-lhe
JESUS: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)!” (Jo
20.16). Em seus ensinos, “O Senhor JESUS proibiu o uso deste termo entre os
discípulos por causa do orgulho e da exaltação pessoal com que era utilizado
entre os fariseus (Mt 23. 7,8). b- O MESTRE DA GALILEIAJESUS era o Mestre perfeito. Além de apóstolo, profeta,
evangelista e pastor, exercia com excelência a missão de ensinar.
Evangelizava e discipulava de maneira eficaz. Era o Mestre perfeito; o Doutor
incomparável (Mt 4.23-25).Seus ensinos, seus sermões ou discursos e suas aulas eram
eloquentes e profundamente convincentes aos que o ouviam. Ele não ensinava
teorias abstratas ou acadêmicas que impressionassem pela retórica. Seu ensino
era bem recebido pelas multidões, porque Ele vivia o que ensinava e ensinava o
que vivia.O Mestre dos mestres fazia diferença em seus ensinos perante as
multidões. O povo estava descrente das mensagens dos escribas e fariseus, que
proferiam discursos eloquentes e legalistas, mas vazios de autenticidade e
poder. Não foi por acaso, que as multidões que seguiam JESUS aumentavam a cada
dia. A diferença dos ensinos de JESUS e os dos fariseus, era que JESUS falava
com autoridade (Mt 7.28,29). Ministrava os dons do ESPÍRITO SANTO curando e
libertando (Mt 4.23; 9.35)) e Ele era
incomparável, como Rabi da Galileia (Jo 3.2).O Mestre dos Mestres deixou-nos grandes exemplos de sua pedagogia.1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27);2) Conhecia seus alunos (Mt 13; Lc 15.8-10; Jo 21);3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47);4) Ensinava as verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17-
26; Jo 14.6);5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de
ouvintes (Parábolas, perguntas, discursos, preleção, leitura, demonstração,
etc.).6) Curava e libertava as pessoas com poder tremendo (Mt 4.23; 9.35).Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 120-121. Com
acréscimos do Pr Henrique. MESTREO significado literal de várias palavras gregas varia de
"instrutor" ou didaskalos, como em Mateus 10.24, até
"déspota" ou despotes, como em 1 Pedro 2.18. Outra palavra grega
traduzida como "Mestre ", epistates, significa "alguém nomeado
sobre" outros, como em Lucas 5.5. Ainda outra palavra grega é, na verdade,
hebraica - "rabbi" que significa "meu Mestre "
("superior" ou "professor"), como em João 4.31. Uma quinta
palavra grega para "Mestre " é kurios que geralmente foi traduzida
como "senhor" ao longo de todo o NT e significa "supremo"
(em autoridade). No sentido mais elevado, o título se aplica apenas ao Senhor
JESUS. Ainda existem outras palavras gregas e hebraicas com diferentes aspectos
de significado que foram traduzidas como "Mestre ". Duas palavras
gregas para "Mestre " ocorrem em Mateus 23.8-10, "Vós, porém,
não queirais ser chamados Rabi [rhabbi, "meu Mestre ", ou
"professor"], porque um só é o vosso Mestre [kathegetes,
"líder" ou "professor"], a saber, o CRISTO, e todos vós
sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai porque um só é o vosso Pai,
o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres [kathegetes,
"líderes"], porque um só é vosso Mestre, que é o CRISTO". Sendo assim, na autoridade e plenitude do ESPÍRITO SANTO só JESUS
foi o Mestre por excelência, perfeito em seus ensinos. Depois veio a
Igreja e entre seus 5 ministérios, o de Mestre (Ef 4.11).PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 1261-1262. Com acréscimos do Pr Henrique. RABIEsta palavra é uma transliteração da palavra hebraica usada como
um termo de respeito e honra. A palavra significa literalmente "meu
grande", "meu Mestre ". Embora o termo tenha sido originalmente
usado como uma marca de respeito, depois do século I d.C. ele tornou-se um
título para mestres religiosos e líderes, perdendo em grande parte o seu
significado original. Este título continuou em uso durante a era Cristã, e é
usado atualmente para designar os ministros ordenados entre os judeus. Embora
as escolas recentes entre os judeus tenham tentado usar a graduação de títulos
variando de "rab", um professor comum, até "rabi", e então
"raboni", no tempo do Senhor JESUS não houve nenhuma consistência em
uma forma de uso semelhante. No NT, o termo rabi foi aplicado ao Senhor JESUS
em várias ocasiões, porém mais provavelmente no sentido de honra do que em um
significado técnico (Jo 1.38,49; 3.2,26; 6.25). A palavra raboni, usada por
Maria ao se dirigir ao Senhor ressuscitado (Jo 20.16) é a forma aramaica da
mesma palavra. Certa vez o Senhor JESUS proibiu o uso deste termo entre os
discípulos por causa do orgulho e da exaltação pessoal com que era utilizado
entre os fariseus (Mt 23.7,8).PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 1242-1243. Com acréscimos do Pr
Henrique. CRISTO passou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas e
pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doentes e enfermos (Mt 4.23; 9.35). Entenda;a- O que CRISTO falava sobre o Evangelho do reino.O Reino dos céus, isto é, o reino de graça e glória, é
enfaticamente o reino, o reino que estava chegando; o reino que iria
sobreviver, que superaria todos os reinos da terra, o reino de poder. O
Evangelho compreende os estatutos deste reino, contendo o juramento de coroação
do Rei, pelo qual Ele se obriga graciosamente a perdoar, proteger, curar e
salvar os súditos daquele reino e a procurar a sua honra. Este é o Evangelho do
reino; dele, o próprio CRISTO foi o pregador, para que a nossa fé no reino possa
ser confirmada.b- Onde Ele ensinava.Nas sinagogas. Não apenas ali, mas ali principalmente, porque
estes eram os lugares onde a multidão se reunia, onde a sabedoria erguia a sua
voz (Pv 1.21); porque eram os lugares onde o povo se reunia para a adoração
religiosa e ali, esperava-se perdão de pecados e cura física, a mente do povo
estaria preparada para receber o Evangelho; e ali as Escrituras do Antigo
Testamento eram lidas, e a sua exposição poderia facilmente introduzir o
Evangelho do reino.c- O empenho que Ele tinha em ensinar.Ele passou por toda a Galileia, ensinando
nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doentes e
enfermos. Ele podia ter publicado uma proclamação, convocando todas
as pessoas para que viessem até Ele; mas para mostrar a sua humildade, e a
condescendência da sua graça, e a necessidade de que todos fossem abençoados,
Ele vai até eles; pois Ele espera ser gracioso e vir para buscar e salvar.
Josefo disse que havia aproximadamente duzentas cidades e vilas na Galileia, e
CRISTO visitou todas elas, ou a sua maioria. Ele viajava fazendo o bem. Nunca
houve um Mestre itinerante assim, tão infatigável, como era CRISTO. Ele
ia de cidade em cidade, para comunicar aos pobres pecadores que se
reconciliassem com DEUS, Ele ensinava, pregava e
curava a todos. Este é um exemplo para os ministros mestres, para que se
dediquem a fazer o bem, e, para que Sejam insistentes e constantes, a tempo e
fora de tempo, em ensinar a palavra e curar a todos os doentes e enfermos, em
nome de JESUS.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 39-40. Com
acréscimos do Pr Henrique. CRISTO passou por toda a Galileia,
ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de
doentes e enfermos (Mt 4.23; 9.35).Com estas palavras Mateus repete o que já afirmou em 4.23-25 sobre
a atividade abrangente do Senhor. O v. 35 caracteriza, numa coincidência quase
literal com 4.23, a atuação com quatro verbos. São eles: percorrer a região,
ensinar, evangelizar, curar.Estas quatro atividades revelam-nos o CRISTO que fala e que
trabalha, ou seja, a atuação de JESUS com palavra e atos, com cuidado pela alma
e cuidado pelo corpo.Primeiro: JESUS percorria
a região. Ele procurava as pessoas lá onde estavam em casa, em seus hábitos.
Ele realiza “visitas domiciliares”, como diríamos hoje. Samuel Keller afirmou
certa vez: “A chave para as almas das pessoas está pendurada em sua casa. Por
isso é necessário ir até elas, procurá-las em sua vida cotidiana, em suas
aflições, em suas doenças, em sua solidão.”Segundo: Ensinando.
Ensinar refere-se à instrução dada ao povo (exposição da palavra de DEUS!), e
também à controvérsia com os fariseus e escribas.O objetivo é que o povo seja ensinado a partir da autoridade, e
não dos “estatutos humanos”. A palavra, novamente a palavra, a palavra poderosa
do ESPÍRITO. De que outra maneira o Bom Pastor alcançaria seu rebanho, se não
fazendo ressoar a sua voz?Terceiro: Ao lado do ensino acontece, como segunda característica, o
“anúncio”, a “proclamação de alegria” do reino.Quarto: Ensino e proclamação são acompanhados da ação simultânea.
Pois o reino de DEUS está “em vigor”. Quando o Senhor diz a sua palavra, caem
as amarras do pecado, os castelos do Mamom, as fortalezas da doença, sim os
laços da morte. JESUS nos proíbe deixar de lado a grande miséria física, social
e econômica das multidões, como se não tivéssemos nada a ver com ela, como se
fosse possível ouvir e aceitar o evangelho do reino de modo desligado dela.
JESUS nos proíbe considerar essa miséria como algo sancionado por DEUS. Pelo
contrário, ela faz parte da realidade sem DEUS em que JESUS nos ordenou que
penetrássemos, dando-nos as magníficas palavras do “sal” e da “luz”, com
sinais, prodígios e maravilhas.Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de
Mateus. Editora Evangélica Esperança. Com
acréscimos do Pr Henrique. Mt 7.28,29 Nos dois últimos versículos, tomamos conhecimento da
impressão criada pelo discurso de CRISTO nos seus ouvintes.1. Eles ficaram admirados com a sua doutrina.2. Apesar de ensinar com autoridade, Ele não era como os escribas.
CRISTO pronunciava o seu discurso da mesma maneira que um juiz pronuncia uma
sentença. Ele realmente fazia seus discursos com um tom de autoridade. Suas
lições eram leis, e a sua palavra era uma palavra, de comando. CRISTO, sobre a
montanha, mostrava mais autoridade que os escribas na cadeira de Moisés. Dessa
forma, quando CRISTO ensina às almas através do seu ESPÍRITO, Ele ensina com
autoridade e poder miraculoso (Mt 4.23; 9.35).HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 90. Com acréscimos do Pr Henrique Mt 7. 28-29. O impacto do sermão do Monte foi profundamente
marcante e duradouro. “As multidões estavam totalmente fora de si.” Estavam
como que atordoadas, paralisadas! Pavor e admiração, profundo abalo interior e
simples incapacidade de captar tomaram conta de seu coração. Jamais tinham
ouvido algo assim.Nenhum discurso que tenha saído de lábios humanos era mais
arrasador e impactante do que esse. Ele era, no mais verdadeiro sentido da
palavra, a “inversão de todos os valores”. Ele foi e continua sendo o mais
abrangente e mais radical paradoxo, i. é, diretamente oposto a tudo o que houve
até então, que já fora dito sobre a face da terra. Mateus 5 - O pobre de
espírito é bem-aventurado. O que chora é bem-aventurado. O que têm fome e sede de justiça é
bem-aventurado, O que sofre perseguição por causa da justiça é bem-aventurado.
O injuriado, e perseguido é bem-aventuradoFritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de
Mateus. Editora Evangélica Esperança. 2. O Mestre divino.O ensino do
Mestre JESUS não teve nem tem paralelo
em qualquer instrução, discurso ou filosofia dos homens. São ensinamentos para
serem vividos, e não apenas pregados. Não eram como os ensinos dos fariseus ou
dos doutores de sua época (Mt 7.29). Tempos depois, seu discípulo e apóstolo,
Paulo, que não conviveu com Ele, que afirmou: “A minha palavra e a minha
pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em
demonstração do ESPÍRITO e de poder” (1 Co 2.4). Uma das maiores causas do descrédito
no evangelho pregado por muitas igrejas e muitos pregadores é a falta de
autenticidade na vida deles. Falta a confirmação da Palavra pelos sinais,
prodígios e maravilhas. JESUS demonstrou, com sua palavra e com seus feitos que
era o Mestre Divino. Ele pregava o evangelho vivo e poderoso, que não consistia
apenas em belos sermões, mas em vidas transformadas física e espiritualmente.JESUS foi aprovado por DEUS com maravilhas, prodígios e sinais -
Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, varão aprovado por
DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio
de vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos 2:22O apostolado de Paulo foi aprovado por DEUS também com maravilhas,
prodígios e sinais - Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós,
com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 121. Com
acréscimos do Pr Henrique. João 3.1,2 Nicodemos era um líder religioso judeu e um fariseu,
isto é, pertencia à seita mais rigorosa daqueles tempos.O que motivou Nicodemos a procurar JESUS? Provavelmente, ele
estava impressionado com os sinais que JESUS fazia (bem sabemos que és mestre
vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não
for com ele. João 3:2b) e também curioso por causa de seus ensinos, e preferiu
formar sua opinião a respeito de JESUS depois de uma conversa inicial. Talvez
preferisse evitar ser visto na sua companhia, em plena luz do dia, por temer a
censura de seus companheiros fariseus (que não criam que JESUS era o Messias).
Mas pode não ter sido o medo que o levou a JESUS depois de escurecer, e também
é possível que tenha escolhido um momento em que pudesse conversar sozinho e
longamente com o popular Mestre que estava sempre cercado de pessoas. Queria
mais intimidade, se interessava por DEUS (por isso mesmo se converteu - João
19:39).Respeitosamente, Nicodemos se dirigiu a JESUS como o Mestre que
havia sido enviado por DEUS. Embora isso fosse verdade, esse título revela seu
limitado conhecimento sobre JESUS, afinal Ele era muito mais que um simples
rabino. Mas pelo menos Nicodemos identificou os sinais miraculosos de JESUS
como a revelação do poder de DEUS.Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora
CPAD. Vol 1. pag. 500. Com acréscimos do Pr Henrique. Uma Vida Nova Para um Homem Morto — Nicodemos (3.1-21)A salvação é para “todos” (16), mas também é verdade que todos os
homens precisam do nascimento que vem do céu (cf. Rm 3.23).O cuidado com que se descreve a situação de Nicodemos na vida
religiosa judaica não é uma coincidência. Ele era um homem entre os fariseus,
um príncipe dos judeus. Se algum homem, na ordem antiga, conheceu o significado
de DEUS e dos seus planos e propósitos para o homem, esse foi Nicodemos — ele
era profundamente entranhado na tradição monoteísta, além dos ensinos da lei,
da história de Israel e das proclamações dos profetas. Mas em algum lugar, de
alguma maneira, ele se perdera no caminho, e de alguma maneira exemplificava o
que havia acontecido com o judaísmo. Assim, uma vez mais, João estabelece um
vívido contraste entre a antiga aliança, com todos os seus mal-entendidos, as
suas inadequações e suas falhas, e a nova aliança, que assegura a abundância da
vida, que tem o DEUS vivo e verdadeiro como a sua Fonte.Este foi ter de noite com JESUS (2). “Por que ele veio, afinal?” A
resposta pode explicar por que ele veio de noite. Devido à profunda necessidade
da sua alma, ele veio até o Senhor saindo da escuridão na qual ele e os seus
companheiros estavam imersos. Compare isto com o ato de Judas. Quando ele
deixou JESUS para ir fazer o acordo com os judeus, ele saiu “e era já noite”
(13.30). O contraste vívido entre a luz e as trevas aparece regularmente ao
longo de todo o Evangelho (cf. 1.5, 9; 3.19; 8.12; 9.4-5; 12.35).Nicodemos disse: Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de
DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com
ele (2). Os milagres que JESUS realizara (2.23) indicavam o caminho para
Nicodemos e para aqueles que este representava (observe a forma plural
sabemos). Por causa desses milagres, eles pensavam que JESUS era um professor
especial enviado por DEUS. Rabi... és... vindo de DEUS. Mas isto não
significava que JESUS estava sendo reconhecido como o Messias. Embora mais
tarde Nicodemus tenha se convertido (João 19:39).Joseph H. Mayfield. Comentário Bíblico Beacon. Editora
CPAD. Vol. 7. pag. 48. Com acréscimos do Pr
Henrique. A expectativa do Messias vindouro estava viva em Israel e ganhara
nova intensidade sob a pressão da dominação estrangeira romana. Já por ocasião
do surgimento de João Batista a pergunta era: Será que ele pretende ser o
Messias (cf. Jo 1.19ss)? Ocorre que em sua pessoa e seus atos JESUS é ainda
mais poderoso e envolvente que João Batista. João Batista naõ realizou nenhum
milagre, por isso mesmo não poderia ser confundido com o Messias (veja profecia
sobre o Messias - Isaías 61:1 Cf com Lucas 4:18 - O ESPÍRITO do Senhor é
sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os
quebrantados do coração). Por isso muitos creram em seu nome (Jo 2.23). Por
essa razão vai até JESUS um dos homens dirigentes de Jerusalém, chamado
Nicodemos, que pertencia ao grupo dos fariseus e tinha assento e voz no
Sinédrio.O
tratamento que Nicodemos dirige a JESUS é honroso. Ele, o reconhecido teólogo,
o Mestre em Israel (v. 10), chama o homem sem estudo da Galileia de Rabi.
Vieste de DEUS, sim; porém és apenas um grande Mestre , nada mais que isso. Ou
queres ser mais? Queres concordar com aqueles que agora estão a dizer em
Jerusalém: JESUS CRISTO, JESUS o Messias? Nicodemos dirige essa indagação
oculta a JESUS. É sobre essa pergunta que ele pretende falar com o próprio
JESUS. Acaba por encontrar o verdadeiro Messias (João 19:39).Werner de Boor. Comentário Esperança Evangelho de
João. Editora Evangélica Esperança. Com
acréscimos do Pr Henrique. Nicodemos pode ter tido uma compreensão deficiente, mas pelo menos
não estava cegado por preconceitos, como aqueles líderes religiosos cuja reação
às palavras e obras de JESUS foi atribuí-las à atividade demoníaca (veja Jo
8.48,52, Mc 3.22ss.). Mesmo que ele não tenha compreendido o significado dos
sinais, percebeu que eles somente poderiam ter sido operados pelo poder de
DEUS. Por esta razão, apesar de JESUS não pertencer às escolas de ensino sacro
reconhecidas, este Mestre-líder em Israel saudou-o como um igual com o título
Rabi - um sinal de respeito que valia mais partindo de Nicodemos que dos dois
discípulos jovens de João 1.38. As conclusões de Nicodemos eram válidas, até
onde tinha ido, mas não chegaram ao ponto que importava. JESUS viu o estado de sua
alma, por trás das palavras de saudação proferidas por ele e respondeu-lhe numa
linguagem que, por mais desconcertante e incompreensível que tenha parecido a
Nicodemos, fora calculada com cuidado para falar à sua condição e levá-lo à
salvação (João 19:39)..F.
F. BRUCE. João. Introdução e Comentário. Editora Vida
Nova. pag. 78-79. Com acréscimos do Pr Henrique. 3. O Mestre da humildade.Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Mateus 11:29 A Auto humilhação de JESUS (Jo 13.4-20)Pelo fato de a declaração de abertura do capítulo 13 ser longa e
detalhada, o leitor deve considerar que o início da cena da ceia ocorre na
primeira oração do versículo 2: E, acabada a ceia (o texto grego diz “durante a
ceia”), e então continua com a primeira oração no versículo 4: levantou-se da
ceia. Ao fazê-lo, o Senhor tirou as vestes (4, cf. 10.17; Fp 2.5-8); i.e., a
túnica externa. Então, tomando uma toalha, cingiu-se, o que “marca a ação de um
escravo”. Assim preparado, Ele pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos
discípulos e a enxuga-los com a toalha com que estava cingido (5). João não
declara por que algum dos discípulos não executou esta tarefa servil, mas
evidentemente havia ocorrido alguma “busca de posição” entre os doze (Lc
22.24). Além disso, JESUS era o único naquela sala que poderia executar até
mesmo o simbolismo da purificação — pois só Ele estava limpo no sentido
teológico e moral da palavra (cf. 17.19; Hb 13.12). Ele veio para dar ao homem
a possibilidade de tornar-se puro, moralmente limpo, santo.Naquela sala só tinha um totalmente limpo - JESUS - Só ELE poderia
lavar os pés de todos.Quando JESUS foi lavar os pés de Pedro, este lhe disse: Senhor, tu
lavas-me os pés a mim? (6) A resposta de JESUS, não o sabes tu, agora, não só
afirmava a ignorância de Pedro em relação às coisas espirituais (e.g., a vinda
do ESPÍRITO), como também incluía uma promessa: tu o saberás depois (7). O que
eu faço era a humilhação do Senhor, simbolizada no ato de lavar-lhes os pés; na
verdade, porém, Ele estava proporcionando toda a obra redentora de DEUS para o
homem. Hoskyns comenta que a reação de Pedro não é um contraste entre o orgulho
de Pedro e a humildade de JESUS, mas, antes, “entre o conhecimento de JESUS, o
qual é a base da ação, e a ignorância de Pedro, que ainda não percebe que a
humilhação do Messias é a causa efetiva da salvação cristã” (cf. 2.22; 7.39;
12.16; 14.25-26; 15.26; 16.13; 20.9). Mas o entendimento do futuro estava longe
demais para Pedro. Ele só via a incongruência imediata da situação — JESUS
lavando os seus pés. Impulsivamente, ele declarou: “Nunca em nenhum momento
lavarás os meus pés — para sempre” (tradução literal). Pedro esperava colocar
um ponto final em tudo aquilo. Mas JESUS conhecia o caminho para o coração de
Pedro — a ameaça de ser excluído da presença de JESUS, a quem Pedro amava. Se
eu te não lavar, não tens parte comigo (8; cf. Hb 12.14). “Não há lugar na
sociedade dos cristãos para aqueles que não forem purificados pelo próprio
Senhor JESUS”. Se a comunhão só poderia ser adquirida pela purificação (cf. 1
Jo 1.7), então Pedro queria tudo o que pudesse ter — pés, mãos e cabeça (9).JESUS fez uma aplicação geral da ideia sobre a qual conversava com
Pedro: “Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés. Ele está
todo limpo”. “Vós estais limpos, mas não todos” (10). Hoskyns comenta que, no
ato da lavagem dos pés, JESUS “simbolicamente declara a completa purificação
deles através da humilhação da morte do Messias. O cristão fiel é purificado
pelo sangue de JESUS” (1 Jo 1.7; cf. Rm 6.1-3; 1 Co 10.16). Tudo isto era uma
prefiguração simbólica da obra do ESPÍRITO que se tornaria possível através da
sua vinda (14.15-17,25-26; 15.26; 16.7-15).Mas, e quanto a Judas? Ele estava limpo? JESUS sabia, e soube
(6.70-71), quem o haveria de trair; por isso, disse: Nem todos estais limpos
(11). Bernard diz: “No que diz respeito à limpeza do corpo, não há dúvida de
que ele estava nas mesmas condições dos outros, mas não no sentido espiritual”.Tendo lavado os pés dos discípulos e vestido a sua túnica, JESUS,
estando à mesa, outra vez perguntou aos discípulos: Entendeis o que vos tenho
feito? (12) Macgregor comenta: “Quando ‘veste a sua túnica’, JESUS assume a sua
vida novamente (10.17ss.) no poder do ESPÍRITO, e assim esclarece todas as
coisas” (7). Sem esperar por uma resposta, JESUS explicou que isto tinha sido
um exemplo (15), ou modelo, “que estimula ou deve estimular alguém a imitá-lo”.
Da mesma forma que Ele, seu Mestre (literalmente, “Ensinador”) e Senhor, lhes
tinha feito, assim deveriam fazer uns aos outros (13-14; cf. 34). Hoskyns diz:
“Seu ato de lavar os pés dos discípulos expressa a própria essência da
autoridade cristã”. Não parece haver qualquer evidência de que JESUS quisesse
que a lavagem dos pés fosse instituída como um sacramento. Mas fica claro que
Ele estava ensinando, pelo exemplo básico e axiomático, embora paradoxal, que a
única maneira de ser “o maior” (Lc 22.24) ou de ser bem-aventurado (17) é tomar
a estrada do serviço amoroso (13.34) e do sacrifício (10.15), baseado no
conhecimento da vontade de DEUS para nós. A palavra traduzida como
bem-aventurado é makarioi (Mt 5.3-12).Joseph H. Mayfield. Comentário Bíblico Beacon. Editora
CPAD. Vol. 7. pag. 116-117. Com acréscimos do Pr
Henrique. João 13. 4/5 Nesse episódio torna-se palpável o que Paulo quer
dizer em Fp 2.6ss: Ele, que subsistindo em forma de DEUS, esvaziou-se a si
mesmo, assumindo a forma de servo. Com o pano de linho se cingiu do avental de
escravo para servir, exercendo um serviço típico de escravo.Werner de Boor. Comentário Esperança Evangelho de
João. Editora Evangélica Esperança. Jo 13.3-5. Lucas acrescenta um elemento interessante, descrevendo
como a disputa deles sobre este assunto provocou em JESUS algumas palavras
sobre os verdadeiros padrões de grandeza e um apelo para que olhassem para seu
próprio exemplo: “ ...no meio de vós, eu sou como quem serve" (Lc
22.24-27).Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 240-241. Jo
13. 12/14“Vós deveis também lavar os pés uns aos outros” (Jo 13.12-17).
Lucas 22.24 nos diz que, enquanto os discípulos entravam na sala em que
ocorreria a Última Ceia, eles discutiam quem seria o maior no Reino do céu.Esse pano de fundo encontrado em Lucas nos ajuda a perceber a
importância da pergunta de JESUS: “Entendeis o que vos tenho feito?” Se JESUS,
seu Senhor e Mestre, podia curvar-se para servir, os discípulos não deviam
competir por grandeza, mas, antes, concentrar-se em servir. “Eu vos dei o
exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”.A preocupação de CRISTO não é com o ato, mas com a postura
que ele demonstra. A humildade e o servir são elementos necessários à condição
de discípulo cristão. Se somos seguidores de JESUS, certamente devemos seguir o
seu exemplo.Lawrence
O. Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD.
pag. 693-694. Com acréscimos do Pr Henrique. No meu ver, JESUS estava lavando a parte dos discípulos que tinha
contato com o mundo, com a Terra. Esta parte estava suja. O ensino de JESUS é que nós no mundo nos sujamos no dia a dia pelo
contato com as coisas do mundo. Conversas, TV, Internet, etc...Temos que sermos limpos todos os dias através do perdão de JESUS.Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9. II - O ENSINO DAS ESCRITURAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO1. Uma ordem de JESUS.E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura. Marcos 16:15 Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do
Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-as a guardar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à
consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:19,20 Mateus
28.19 IDE... ENSINAI... BATIZANDO. Estas palavras constituem a Grande Comissão
de CRISTO a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a
responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja. (1) A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos,
de conformidade com a revelação no NT, da parte de CRISTO e dos apóstolos (ver
Ef 2.20). Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar
missionários a todas as nações (At 13.1-4). (2) O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na
remissão (perdão) dos pecados (Lc 24.47), na promessa do recebimento de o dom
do ESPÍRITO SANTO (At 2.38), e na exortação de separar-nos desta geração
perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a volta de JESUS, do céu
(At 3.19,20; 1 Ts 1.10). (3) O propósito da Grande Comissão é fazer discípulos que
observarão os mandamentos de CRISTO. Este é o único imperativo direto no texto
original deste versículo. A intenção de CRISTO não é que o evangelismo e o
testemunho missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias
espirituais não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de
membros da igreja, mas, sim, em fazer discípulos que se separam do mundo, que
observam os mandamentos de CRISTO e que o seguem de todo o coração, mente e
vontade (cf. Jo 8.31). (4) Note-se, ainda, que CRISTO nos ordena a concentrar nossos
esforços para alcançar os perdidos e não em cristianizar a sociedade ou assumir
o controle do mundo. Aqueles que crêem em CRISTO devem abandonar o presente
sistema mundano maligno e separar-se da sua imoralidade (Rm 13.12; 2 Co 6.14),
e ao mesmo tempo expor a sua malignidade (Ef 5.11). (5) Os que crêem em CRISTO e no evangelho devem ser batizados em
água. Este ato representa o compromisso que assumiram, de renúncia à
imoralidade, ao mundo e à sua própria natureza pecaminosa e de se consagrar sem
reservas a CRISTO e aos propósitos do seu reino (ver At 22.16). (6) CRISTO estará com seus seguidores obedientes, através da
presença e do poder do ESPÍRITO SANTO (cf. v. 20; 1.23; 18.20). Devem ir a
todas as nações e testemunhar somente depois que do alto sejam revestidos de
poder (Lc 24.49; ver At 1.8)
28.20 ESTOU CONVOSCO. Esta promessa é a garantia de CRISTO para os que estão
empenhados em ganhar os perdidos e ensinar-lhes a obedecer aos seus padrões de
retidão.
JESUS ressurgiu, está vivo, e pessoalmente tem cuidado de cada filho seu. Ele
está contigo na pessoa do ESPÍRITO SANTO (Jo 14.16,26), e através da sua
Palavra (Jo 14.23). Não importa a tua condição - fraco, pobre, humilde, sem
importância , Ele cuida de ti e vê com solicitude cada detalhe das lutas e
provações da vida e concede a graça suficiente (2 Co 12.9), bem como a sua
presença para te dar vitória até o fim (28;20, At 18.10). Esta é a resposta do
crente, ante cada temor, dúvida, problema, angústia e desânimo. BEP - CPAD - Com acréscimos do Pr
Henrique. e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos
pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. Lucas 24:47 24.47 ARREPENDIMENTO E A REMISSÃO DE PECADOS.
Os discípulos somente deviam pregar o perdão dos pecados juntamente com o
arrependimento do pecador. O pregador que anuncia a salvação como uma simples
crença ou religião fácil, ou uma formal aceitação da salvação gratuita, sem
nenhum compromisso voluntário do pecador de obedecer a CRISTO e à sua Palavra,
está pregando um falso evangelho. O verdadeiro arrependimento inclui o abandono
do pecado, i.e., um elemento fundamental e imutável do verdadeiro evangelho neotestamentário
(ver Mt 3.2).
24.47 EM TODAS AS NACÕES. O próprio CRISTO institui a obra missionária cristã
como uma tarefa santa e obrigatória da igreja. Missões é um tema prioritário,
tanto no Antigo como no Novo Testamento (Gn 22.18; 1 Rs 8.41-43; Sl 72.8-11; Is
2.3, 45.22-25; Mt 28.19; At 1.8; 28.28; Ef 2.14-18).Mas recebereis o poder do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós;
e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e
até aos confins da terra. Atos 1:8 1.8 RECEBEREIS A VIRTUDE. O
termo original para virtude ou poder é dunamis, que significa poder real; poder
em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do
batismo no ESPÍRITO SANTO é o recebimento de poder divino para testemunhar de
CRISTO, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto
CRISTO ordenou. Sua finalidade é que CRISTO seja conhecido, amado, honrado,
louvado e feito Senhor do povo de DEUS (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23;
15.26,27). (1) Poder (gr. dunamis)
significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o
poder divino em operação, em ação. O batismo no ESPÍRITO SANTO trará o poder
pessoal do ESPÍRITO SANTO à vida do crente.(2) Está relacionado o
batismo no ESPÍRITO SANTO, a salvação e a regeneração da pessoa, junto com o
poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande
eficácia. (3) A obra principal do
ESPÍRITO SANTO no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra
salvífica de CRISTO, à sua ressurreição e à promessa do batismo no ESPÍRITO
(cf. 2.14-42). O ESPÍRITO dá testemunho e isso representa papel importante em
nossa vida pessoal.
1.8 SER-ME-EIS TESTEMUNHAS. O batismo no ESPÍRITO
SANTO não somente outorga poder para pregar JESUS como Senhor e Salvador, como
também aumenta a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo
nosso relacionamento com o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO por termos sido
cheios do ESPÍRITO (cf. Jo 14.26; 15.26,27). (1) O ESPÍRITO SANTO revela e torna mais real
para nós a presença pessoal de JESUS (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o
próprio JESUS CRISTO resultará num desejo cada vez maior da nossa parte de
amar, honrar e agradar nosso Salvador. (2) O ESPÍRITO SANTO dá testemunho da
justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a CRISTO (Jo
16.14), não somente com palavras, mas também no modo de viver e no agir. Daí,
quem tem o testemunho do ESPÍRITO SANTO a respeito da obra redentora de JESUS CRISTO,
manifestará com certeza, à semelhança de CRISTO, o amor, a verdade e a justiça
em sua vida (cf. 1 Co 13). (3) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorga poder
para o crente testemunhar de CRISTO e produz nos perdidos a convicção do
pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8). Os efeitos desta convicção se
tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra
e naqueles que a recebem (2.39,40). (4) O batismo no ESPÍRITO SANTO destina-se
àqueles cujos corações pertencem a DEUS por terem abandonado seus maus caminhos
(2.38; 3.26), e é mantido mediante a mesma dedicação sincera a CRISTO (ver
5.32). (5) O batismo no ESPÍRITO SANTO é um batismo
no ESPÍRITO que é santo (cf. ESPÍRITO de santificação , Rm 1.4). Assim, se o
ESPÍRITO SANTO realmente estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior
conformidade com a santidade de CRISTO. À luz destas verdades bíblicas,
portanto, quem for batizado no ESPÍRITO SANTO, terá um desejo intenso de
agradar a CRISTO em tudo o que puder. Noutras palavras: a plenitude do ESPÍRITO
complementa (i.e., completa) a obra salvífica e santificadora do ESPÍRITO SANTO
em nossa vida. Aqueles que afirmam ter a plenitude do ESPÍRITO, mas vivem uma
vida contrária ao ESPÍRITO de santidade, estão enganados e mentindo. Aqueles
que manifestam dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória
inspiradora, devem ter uma vida de verdadeira fé, amor e retidão. Com acréscimos do Pr Henrique. Isso nos leva a uma
consideração dos termos da Grande Comissão. Qual foi a comissão que o Senhor
JESUS deu a Igreja? Não pode haver dúvida de que a maioria de suas versões
(pois parece que ele repetiu a comissão de várias formas e em várias ocasiões)
dá ênfase ao evangelismo. “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda
criatura” é o mandamento familiar da “longa conclusão” do Evangelho de Marcos
(Mc 16.15). “Ide […] fazei discípulos de todas as nações, batizando-os […],
ensinando-os” é a forma que Mateus escolheu (Mt 28.19-20), enquanto Lucas
registra, no final de seu evangelho, as palavras de CRISTO de que “em seu nome
se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações” e no
início de Atos, de que seu povo receberia poder para se tornar testemunha até
os confins da terra (Lc 24.47; At 1.8). A ênfase cumulativa parece clara. Ela é
colocada na pregação, testemunho e discipulado, e devemos mesmo deduzir disso
que a missão da igreja, de acordo
com as especificações do Senhor ressurreto, seja prioritariamente uma missão de
pregação, conversão e ensino. Evidente
que a Igreja tem outras tarefas como a educação, adoração, trabalho social,
etc...Embora em missões anteriores JESUS tivesse
enviado os discípulos somente aos judeus (10.5,6), a sua missão a partir de
então seria a todas as nações. Isto é chamado de Grande Comissão. Os discípulos
tinham sido bem treinados, e tinham visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam
preparados para ensinar as pessoas de todo o mundo a guardar todas as coisas
que JESUS tinha mandado (Mt 28.20). Isto também mostrava aos discípulos que
haveria um período entre a ressurreição de JESUS e arrebatamento. Durante este
período, os seguidores de JESUS tinham uma missão a cumprir - evangelizar,
batizar e ensinar as pessoas a respeito de JESUS para que elas, por sua vez,
pudessem fazer a mesma coisa.As boas novas do Evangelho deveriam ser transmitidas a todas as
nações. Com este mesmo poder e autoridade, JESUS ainda nos ordena que contemos
a outros sobre as boas-novas, e os façamos discípulos do reino. Nós devemos ir
– seja à porta ao lado ou a outro país - e fazer discípulos. Esta não é uma
opção, mas um mandamento a todos os que chamam JESUS de “Senhor”. Quando
obedecermos, sentiremos conforto sabendo que JESUS está conosco todos os dias.
Isto irá acontecer por meio da presença do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes.
O ESPÍRITO SANTO será a presença de JESUS que nunca nos deixará (Jo 14.26; At
1.4,5). JESUS continua a estar conosco hoje, por meio do seu ESPÍRITO SANTO.Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 171. Com acréscimos
do Pr Henrique. Mt 28:18 Toda a autoridade. Em seu estado
ressuscitado, JESUS exerce autoridade absoluta em todo o céu e a terra, o que
demonstra sua divindade. Sua autoridade foi dada pelo Pai, o que indica que ele
continua sujeito ao Pai (1 Coríntios. 15:28).Mt 28:19 O imperativo (fazer discípulos , isto é, chamar as
pessoas a comprometer-se a JESUS como Mestre e Senhor) explica o foco central
da Grande Comissão, enquanto os particípios gregos (traduzido como batizando ,
e "ensinar" [v.20 ]) descrevem os aspectos do processo. todas as
nações . O ministério de JESUS em Israel era para ser o ponto de partida do que
viria a ser uma proclamação do evangelho a todos os povos da terra, incluindo
não só os judeus, mas também os gentios. O nome (singular, não plural) do Pai,
do Filho e do ESPÍRITO SANTO é uma indicação precoce da divindade trinitária e
uma proclamação aberta da divindade de JESUS.Mt 28:20 O ensino é um meio pelo qual os discípulos de JESUS são
continuamente transformados, a fim de tornar-se mais semelhante a CRISTO (cf.
10:24-25;. Rom 8:29;. 2 Coríntios 3:18). observar. Obedeça. estou convosco
todos os dias . JESUS conclui a comissão, e Mateus seu Evangelho, com o
elemento crucial do discipulado: a presença do Mestre, que é "DEUS
conosco" (Mt 1:23).BIBLIA DE ESTUDO ESV ENGLISH STANDARD VERSION. Published by Crossway
Bibles. Com acréscimos do Pr Henrique. 2. A doutrina dos apóstolos.12.5 A IGREJA. Através do livro de Atos, bem como outros trechos
do NT, tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma
igreja neotestamentária. (1) Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em
congregações locais e unidas pelo ESPÍRITO SANTO, que diligentemente buscam um
relacionamento pessoal, fiel e leal com DEUS e com JESUS CRISTO (At 13.2; 16.5;
20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6). (2) Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são
salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja;
participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de CRISTO (At 2.41,42; 4.33;
5.14; 11.24; 1 Co 11.26). (3) O batismo no ESPÍRITO SANTO será pregado e concedido aos novos
crentes (ver At 2.39), e sua presença e poder se manifestarão. (4) Os dons do ESPÍRITO SANTO estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co
12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (At 2.18,43; 4.30;
5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18). (5) Para dirigir a igreja, DEUS lhe provê um ministério quíntuplo,
o qual adestra os santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12). (6) Os crentes expulsarão demônios (At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc
16.17). (7) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, i.e., aos ensinamentos
originais de CRISTO e dos apóstolos (2.42; ver Ef 2.20). Os membros da igreja
se dedicarão ao estudo da Palavra de DEUS e à obediência a ela (6.4; 18.11; Rm
15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15). (8) No primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2), a congregação
local se reunirá para a adoração e a mútua edificação através da Palavra de
DEUS escrita e das manifestações do ESPÍRITO (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17). (9) A igreja manterá a humildade, reverência e santo temor diante
da presença de um DEUS santo (5.11). Os membros terão uma preocupação vital com
a pureza da igreja, disciplinarão aqueles que caírem no pecado, bem como os
falsos mestres, falsos apóstolos, falsos evangelistas e falsos pastores que são
desleais à fé bíblica (20.28; 1 Co 5.1-13; 2 Co 11.13; Mt 18.15; 24.1; Mc
13.22; 2 Pe 2.1). (10) Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos padrões da
justiça ensinados pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a direção das
igrejas locais e a manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15; 1 Co 5.1-5; 1
Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). (11) Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis
para cuidarem dos negócios temporais e materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8). (12) Haverá amor e comunhão no ESPÍRITO evidente entre os membros
(At 2.42,44-46; ver Jo 13.34), não somente dentro da congregação local como
também entre ela e outras congregações que crêem na Bíblia (15.1-31; 2 Co
8.1-8). (13) A igreja será uma igreja de oração e jejum (At 1.14; 6.4;
12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18). (14) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas
prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl
1.4; 1 Jo 2.15,16). (15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus
costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22). (16) A igreja trabalhará ativamente para enviar missionários a
outros países (At 2.39; 13.2-4). Nenhuma igreja local tem o direito de se
chamar de igreja segundo as normas do NT, a não ser que esteja se esforçando
para manter estas 16 características práticas entre seus membros.
12.5 CONTÍNUA ORAÇÃO. Os crentes do NT perseveravam em oração fervorosa. A
situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha Pedro na prisão
vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção
de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e
oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro, na casa
de Maria, mãe de Marcos. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17).
As igrejas do NT frequentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (At
1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2). A intenção de DEUS é que seu povo se reúna
para a oração definida e perseverante; note as palavras de JESUS: A minha casa
será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua
teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e
noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e coletiva como
elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos por culto. Na
igreja primitiva, o poder e presença de DEUS e as reuniões de oração
integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação,
movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO
SANTO, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam
unanimemente em oração e súplicas (1.14). BEP - CPAD O ensino do evangelho de CRISTO aos novos convertidos era tão
sério e profundo, que os primeiros crentes eram batizados em águas
imediatamente após se converterem (De sorte que foram batizados os que de bom
grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil
almas. Atos 2:41; Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome
do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; Mateus 28:19), “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no
partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e
sinais se faziam pelos apóstolos” (At 2.42, 43 — grifo nosso). A “doutrina dos apóstolos” era o conjunto de ensinos, ministrados
por eles aos novos crentes, de forma eficaz, produzindo mudanças e
transformações na vida dos que se convertiam, com sinais prodígios e
maravilhas. Essa doutrina apostólica ainda está em vigor em nossos dias. Os
mestres ou doutores, com humildade e amor, devem fundamentar seus estudos nos
ensinos preciosos do evangelho de CRISTO, imitando em tudo a JESUS, ou seja,
ensinando, pregando e curando.E percorria JESUS toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e
pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias
entre o povo. Mateus 4:23 E percorria JESUS todas as cidades e aldeias, ensinando nas
sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as
enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 9:35 e enviou-os a pregar o Reino de DEUS e a curar os enfermos. Lucas
9:2 E aconteceu que, em um daqueles dias, estava ensinando, e estavam
ali assentados fariseus e doutores da lei que tinham vindo de todas as aldeias
da Galileia, e da Judeia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele
para curar. Lucas 5:17 Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 125. Com
acréscimos do Pr Henrique. Atos 2.42 Este primeiro
relato da igreja que acabava de nascer descreve a adoração na igreja primitiva,
na primeira década da igreja. Os três mil novos crentes se agregaram aos outros
crentes. Isto é, se reuniram com outros como eles, pessoas de pensamento e fé
semelhantes. Perseveravam implica que estavam regularmente, continuamente,
persistindo nas atividades que vinham a seguir.Estas
atividades formam um mapa prático não somente para a igreja de um dia de idade,
mas para qualquer igreja, de qualquer idade.A doutrina dos apóstolos era essencial para o conteúdo daquilo que
deveria ser estudado. Os apóstolos, as testemunhas oculares de tudo o que JESUS
tinha feito, seriam aqueles a quem o ESPÍRITO SANTO lembraria as verdades
fundamentais segundo as quais a igreja seria conduzida pelos séculos futuros
(Jo 14.17,25,26; 16.13). Desde o início, a igreja primitiva se dedicou a ouvir,
estudar e aprender o que os apóstolos tinham para ensinar.A comunhão (do grego, koinonia) significa associação e
relacionamentos íntimos. Isto era mais do que simplesmente ficarem juntos,
certamente mais do que simplesmente uma reunião religiosa. Isto envolvia
compartilhar bens, fazer refeições juntos, e orar juntos.O partir do pão se refere aos cultos de comunhão que eram
realizados como lembrança de JESUS e instituídos de acordo com a Última Ceia,
que JESUS tinha tido com os seus discípulos antes da sua morte (Mt 26.26-29). É
provável que este culto incluísse regularmente uma refeição em comum (At 2.46;
20.7; 1 Co 10.16; 11.23-25; Jd 1.12).A oração está ligada ao partir do pão, para explicar a palavra
“comunhão”. Estas eram pelo menos duas das atividades que faziam parte das suas
reuniões regulares. A oração sempre foi uma marca das reuniões dos crentes.Atos 2.43 A palavra temor é a palavra grega phobos, literalmente
traduzida como “medo”. Este temor era parcialmente causado pelas muitas
maravilhas e sinais que os apóstolos faziam. As “maravilhas” (teratá) eram os
milagres fabulosos que evocavam assombro naqueles que os viam. Os “sinais”
miraculosos (semeia) conferiam autenticidade à mensagem e ao mensageiro,
direcionando os observadores a uma fonte divina do milagre ou a uma verdade
divina. Aqui, estes sinais e maravilhas conferiam autenticidade à mensagem dos
apóstolos, identificando-a como uma verdade divina.E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando
com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
Marcos 16:20Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 633. (1) Os cristãos da igreja primitiva estavam todos os dias no
templo (v. 46). Adorar a DEUS tem de ser nossa atividade diária, e, sempre que
houver oportunidade, quanto mais vezes fizermos publicamente, melhor.(2) Os cristãos da igreja primitiva eram unânimes (v. 46). Não
havia discórdia ou discussão entre eles, somente amor santo. Com prazer e
entusiasmo, eles se reuniam nos cultos públicos. Mantinham reuniões
exclusivamente suas e eram unânimes em suas orações.c- Os primeiros
cristãos juntavam-se na ordenança da Ceia do Senhor. Eles perseveravam no
partir do pão (v. 42), celebrando o memorial da morte do Mestre, como pessoas
que não se envergonhavam de relacionar-se e depender de JESUS CRISTO e este
crucificado (2 Co 2.2). Eles repartiam o pão em casa, kat oikon - de casa em
casa. Não julgavam adequado celebrar a Ceia do Senhor no templo, visto que isso
era peculiar aos cristãos. Eles iam de uma a uma destas pequenas casas
domésticas, casas que continham igrejas, e lá celebravam a Ceia do Senhor com
as pessoas que normalmente se reuniam ali para adorar a DEUS.d- Os primeiros cristãos perseveravam [...] nas orações (v.
42). Depois que o ESPÍRITO foi derramado, como também antes enquanto o
esperavam, eles permaneceram perseverantes em oração. O partir do pão se coloca
entre a obra e a oração, pois se liga a ambas, e é uma forma de assistência
apara ambas.5. Os primeiros cristãos abundavam em ação de graças; sempre
estavam louvando a DEUS (v. 47). O louvor deve ser parte de toda oração e não
algo a ser escondido num canto.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 24. Atos 2. 43 “Cada alma, porém, enchia-se de temor.” Consideramos
isso estranho? O “temor de DEUS” obviamente se tornou algo desconhecido para
nós, porque DEUS ficou distante e impreciso, uma mera ideia de nossas cabeças.
Acerca dos primeiros cristãos, porém, Bengel escreve com razão ao comentar este
trecho: “Habebant enim DEUM praesentum” – “A saber, tinham a DEUS presente”.
Para pessoas salvas, portanto, o temor não era aquele medo do castigo, sobre o
qual João escreve que é lançado fora pelo amor perfeito (1 Jo 4.18). Pelo
contrário, era o respeito sagrado daqueles que agora de fato “habitavam” na
presença de DEUS pelo ESPÍRITO SANTO e por isso “com o fogo devorador e com as
chamas eternas”, de que falou Isaías 33.14. É o “temor” que Pedro deseja aos
fiéis como característica permanente de toda a sua conduta (1Pe 1.17).Essa proximidade de DEUS se tornou palpável nos “prodígios e
sinais, que aconteciam por intermédio dos apóstolos”. DEUS é por natureza um
DEUS dos milagres, um DEUS que intervém nas realidades da vida, ajudando,
libertando e restaurando. Em vista disso, o “temor” sobreveio também àqueles
que ainda não pertenciam à igreja. Olhavam com apreensão para esses cristãos,
entre os quais DEUS se mostrava tão poderoso. Tinham uma sensação de que DEUS
ainda era algo diferente daquele personagem da tradição antiga, em quem haviam
“crido” e que haviam venerado em formas do passado sem um abalo especial do
coração. É uma marca de autenticidade daqueles “prodígios e sinais” o fato de
não desencadearem entusiasmo e fanatismo, mas “temor”.Werner de Boor. Comentário Esperança Atos. Editora
Evangélica Esperança. 3. Ensinamento persistenteAtos 13.2 SERVINDO... E JEJUANDO. O cristão cheio do ESPÍRITO é
muito sensível ao que o ESPÍRITO SANTO comunica durante a oração e o jejum (ver
Mt 6.16). Aqui, a comunicação da parte do ESPÍRITO SANTO provavelmente foi uma
palavra profética (cf. v. 1). Atos 20.19 COM MUITAS LÁGRIMAS. Paulo, em
muitas ocasiões, menciona que servia ao Senhor com lágrimas (v. 31; 2 Co 2.4;
Fp 3.18). Nesse discurso diante dos anciãos de Éfeso (vv. 17-38), Paulo
refere-se à admoestação que, com lágrimas, lhes dirigiu durante três anos (v.
31). As lágrimas não resultaram de fraqueza; pelo contrário, Paulo via a
condição perdida da raça humana, a maldade do pecado, a distorção do evangelho
e o perigo de rejeitar o Senhor, como coisas tão graves, que sua pregação era frequentemente
acompanhada de lágrimas (cf. Mc 9.24; Lc 19.41).
20.20 NADA... DEIXEI DE VOS ANUNCIAR. Paulo pregava tudo que era útil ou
necessário à salvação de seus ouvintes. O ministro do evangelho deve ser fiel
ao anunciar toda a verdade de DEUS à sua congregação. Não deve procurar agradar
aos desejos dos ouvintes, nem satisfazer o gosto deles, nem promover sua
própria popularidade. Mesmo se tiver que falar palavras de repreensão e de
reprovação, ensinar contrariamente à preconceitos naturais, ou pregar padrões
bíblicos opostos aos desejos da natureza carnal; o pregador fiel entregará a
verdade plena por amor ao rebanho (e.g., Gl 1.6-10; 2 Tm 4.1-5), afinal
"Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e
arrepende-te" Apocalipse 3:19 - BEP - CPADOs primeiros mestres ou ensinadores foram os integrantes do
Colégio Apostólico. Como pioneiros na propagação do evangelho, foram
perseguidos, presos e alguns mortos. Mas cumpriram a ordem de JESUS de pregar e
ensinar a sua Palavra. Diz o texto bíblico: “E todos os dias, no templo e nas
casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a JESUS CRISTO” (At 5.42). Não
perdiam tempo. Não havia templos cristãos. A igreja começou nas casas. O ensino
era ministrado a pequenos grupos nos lares. O apóstolo Paulo, falando aos
anciãos de Éfeso, mostrou o caráter do seu ensino como verdadeiro
Mestre cristão: “servindo ao Senhor com toda a humildade e com muitas
lágrimas e tentações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram; como nada,
que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas,
testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a DEUS e a fé em
nosso Senhor JESUS CRISTO” (At 20.19-21 — grifo nosso).Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 125-126. Os apóstolos prosseguiram na obra com
diligência infatigável: Eles foram castigados por pregarem no nome de JESUS (v.
40) e receberam a ordem de não pregarem mais nesse nome. Contudo, eles não
cessavam de ensinar e de anunciar (v. 42). Não deixaram de aproveitar toda
oportunidade, nem diminuíram nada em seu zelo ou fervor.Observe: (1) Quando os apóstolos pregavam: Todos os dias (v. 42).
Não só em fim de semana, mas diariamente, tão regularmente quanto chegava
o dia, sem falhar um dia sequer; como fez o Mestre (Mt 26.55, Lc 19.47). Eles
não temiam ser mortos ou enfadar os ouvintes. (2) Onde os apóstolos pregavam:
publicamente no templo e particularmente nas casas (v. 42). Em reuniões
heterogéneas, nas quais todos acorriam, e nas reuniões seletas de cristãos para
ordenanças especiais. Eles não pensavam que um tipo de reunião os dispensaria
de outro, pois a palavra deve ser pregada a tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2).
Eles visitavam as famílias dos irmãos que estavam sob perseguição e lhes davam
instruções particulares segundo requeria cada caso, até para crianças e
escravos. (3) Qual era o tema que os apóstolos pregavam: Eles anunciavam a
JESUS CRISTO (v. 42). Eles não pregavam a si mesmos, mas a CRISTO JESUS (2 Co
4.5), como amigos fiéis do noivo, tornando sua tarefa promover o interesse
dele. Esta era a pregação que mais ofendia os sacerdotes, que queriam que eles
pregassem qualquer coisa, menos JESUS CRISTO. Mas eles não mudariam o tema para
agradá-los. Os ministros do evangelho devem ser constantes em anunciar senão a
JESUS CRISTO e este crucificado (1 Co 2.2), anunciar a JESUS CRISTO e este
glorificado. Nada mais que JESUS CRISTO e o que for conversível a este tema.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 58-59. Atos 20. 20-21. A pregação de Paulo era autêntica (w. 20,21). Ele
foi a Éfeso para pregar o evangelho de CRISTO, fora-lhes fiel e àquele que o
comissionou. (1) O apóstolo era um pregador claro. Ele entregava as mensagens
de modo bastante compreensivo. Essa interpretação se baseia em duas palavras:
Nunca deixei de vos anunciar e ensinar (v. 20). Ele não divertiu os efésios com
especulações sutis, nem os levou para depois abandoná-los nas nuvens de altas
teorias e sublimes expressões. Ele lhes anunciou as verdades claras do
evangelho, verdades da maior influência e importância, e lhes ensinou como se
ensina a crianças. “Eu vou anunciei o caminho certo para a felicidade, e vos
ensinei a andar nele.” (2) O apóstolo era um ensinador poderoso, ideia
implícita no fato de testemunhar aos efésios (v. 21, testificando). Ele ensinou
como se estivesse sob juramento, como se estivesse inteiramente certo da
verdade que defendia. Seu único desejo era que a mensagem os convencesse, os
influenciasse e os orientasse. Ele anunciou o evangelho, não como um vendedor
de jornais que proclama as manchetes na rua (pouco lhe importando se o que
proclama é verdadeiro ou falso), mas como testemunha conscienciosa que
apresenta provas no tribunal, com a maior seriedade e solicitude. Paulo ensinou
o evangelho como uma testemunha a favor deles, caso o recebessem, e como uma
testemunha contra eles, caso o rejeitassem. (3) O apóstolo era um pregador útil
(v. 20). Em todas as suas pregações, objetivava fazer o bem àqueles para quem
pregava. Ele proclamava tudo que fosse útil aos efésios, que tendesse a
torná-los sábios e bons, mais sábios e melhores, que documentasse seus
julgamentos e corrigisse seus corações e vidas. Ele pregava ta sympheronta, as
coisas que traziam consigo a luz, o calor e o poder divino para suas almas. Nós
fazemos tudo isto, ó amados, para vossa edificação (2 Co 12.19). Paulo não
tencionava ensinar o que fosse agradável, mas o que fosse útil. E, quando
agradava, o alvo era ser útil. A Bíblia diz que DEUS ensina ao seu povo o que é
útil (Is 48.17).Os que ensinam ao povo o que é útil estão ensinando no lugar de
DEUS. (4) O apóstolo era um ensinador esmerado, muito diligente e infatigável
em seu trabalho: Ele ensinava publicamente e pelas casas (v. 20). Em suas
visitas particulares e enquanto vão de casa em casa, os ministros devem
discorrer sobre os mesmos assuntos que ensinam publicamente. Devem repeti-los,
reprisá-los, explicá-los e, caso necessário, perguntar: Entendestes todas estas
coisas? (Mt 13.51). E, sobretudo, devem ajudar as pessoas a aplicar a verdade a
si mesmas e à sua própria situação. (5) O apóstolo era um ensinador fiel: Ele
não só pregava o que era útil, mas tudo que julgasse que fosse útil para os
efésios. (1 Co 1.23). (6) O apóstolo era um ensinador universal: Ele
testemunhou tanto aos judeus como aos gregos (v. 21). Os ministros têm de
pregar o evangelho com imparcialidade porque são ministros de CRISTO para a igreja
universal que é o corpo de CRISTO. (7) O apóstolo era um ensinador
verdadeiramente cristão: Ele não ensinava noções filosóficas ou questões de
discussão duvidosa, nem pregava política ou se intrometia em assuntos do estado
ou do governo civil. Ele pregava a fé e o arrependimento - os dois grandes
temas do evangelho suas características e exigências. Esses eram temas nos
quais insistia em todas as ocasiões. [1] O arrependimento para com DEUS (v. 21,
versão RA; ou a conversão a DEUS, RC). [2] A fé em nosso Senhor JESUS CRISTO
(v. 21).HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 222-223. Atos 20. 20. O ministério pastoral de Paulo se realizava
publicamente em reuniões (tais quais aquelas que se realizavam na escola de
Tirano) e também de casa em casa (2:46; cf. Rm 16:5; Cl 4:15; Fm 2). Paulo dá
considerável ênfase ao fato de que, no decurso de tudo, não deixara de ensinar
qualquer coisa que fosse proveitosa para seus ouvintes (cf. v. 27), embora nem
sempre fosse bem aceita (G1 4:16, cf. 2 Co 4:2). Atos 20. 21. proclamava aos judeus a necessidade da fé, e aos
gregos, a necessidade do arrependimento, respectivamente.I. Howard Marshall. Atos. Introdução e Comentário.
Editora Vida Nova. pag. 308-309. Atos 13. A Incumbência (13.1-3).Literalmente, o versículo 1 diz: “Na igreja que estava em
Antioquia havia alguns profetas e doutores” (ASV; cf. NEB). A cidade de Antioquia na Síria era a terceira maior cidade do
Império Romano (depois de Roma e Alexandria). Dali saiu a grande missão voltada
aos gentios. Antioquia tornou-se a base principal da evangelização do mundo
gentílico. Foi feita uma referência a alguns profetas e doutores da igreja de
Antioquia. A palavra grega prophetes (de prophemi, “falar”, com o sentido de
declarar) significa “aquele que age como intérprete ou comunicador da vontade
divina”, e da mesma maneira ela foi usada pelos profetas do Antigo Testamento
(e.g., 3.22-23; 7.37; 8.28). Os profetas e os doutores, ou mestres, passaram a
constituir os dois principais grupos de obreiros da igreja dignos de receber
apoio, como mostra claramente o Didache (c. 13) do segundo século.Na língua grega, a partícula te é colocada antes da palavra
Barnabé e com Manaém. Este fato levou Ramsay a sugerir que a relação de cinco
nomes deveria ser dividida em duas partes, com os três primeiros sendo
designados como profetas e os dois últimos como doutores. Mas como profetas e
doutores são tratados como classes distintas tanto no Novo Testamento como no
Didache (ver acima), a interpretação de Ramsay merece alguma consideração.Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD.
Vol. 7. pag. 298-300. Atos 13.1- Até este ponto, parece que Barnabé e Paulo tinham sido
os principais professores na igreja de Antioquia (11.26). Esta lista mostra
pelo menos outros três, considerados como profetas e doutores. Saulo era um
rabino judeu, altamente instruído, e cidadão romano. O seu nome conclui a lista
deste grupo tão variado. As diferenças sociais, geográficas e raciais destes
indivíduos mostram que o ESPÍRITO de DEUS tinha estado trabalhando rapidamente
e sobre uma ampla região geográfica. O Evangelho não tinha apenas chegado a
estas regiões, mas também o ESPÍRITO de DEUS usava a Antioquia cosmopolita para
reunir uma equipe diversificada para a próxima “fase” da expansão do reino.Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 680. Ill - A IMPORTÂNCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE1. Uma necessidade urgente da igreja.O legítimo mestre ministro tem
revelações da Palavra de DEUS que nenhum outro ministro terá. É revelado ao
mestre ministro exatamente o que cada um
precisa ouvir para que seja edificado, exortado ou consolado. O ESPÍRITO SANTO
sonda as pessoas e comunica ao mestre ministro a
mensagem a ser dada. O mestre ministro possui intima comunhão com o ESPÍRITO
SANTO.A Igreja necessita de mestres ministros urgentemente
para que a obra de DEUS seja realizada a contento. Nenhuma igreja pode
sobreviver sem mestre ministro de CRISTO. Ensinar No Novo TestamentoTerminologia. Alguma forma da palavra "ensinar" é usada
em várias versões para traduzir cinco termos gregos, quatro dos quais são
precisamente traduzidos pela versão RSV em inglês.1. O grego matheteuo, "ser" ou "fazer um
discípulo" (Mt 28.19; At 14.21).2. O grego paideuo, "educar" ou "treinar" (At
22.3; Tt 2.12).3. O grego katecheo, "instruir" (1 Co 14.19; Gl 6.6 duas
vezes).4. O grego kataggello, "proclamar" (At 16.21; RSV
"advogar").5. O grego sophronizo, "encorajar",
"aconselhar" (Tt 2.4).A versão RSV em inglês traz o termo "ensino" em Lucas
10.39 como a tradução do termo logos.A ideia transmitida pela palavra "ensinar", por seus
cognatos e compostos reside inteiramente sobre alguma forma do verbo didasko. διδασκαλος didaskalos professor, doutor ou Mestre .
* no NT, alguém que ensina.
Em nossa lição é um ministério dado por CRISTO a igreja, é uma pessoa escolhida
por JESUS e capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, pessoa dada a Igreja.
Está é a definição do ofício de doutor ou Mestre em nossa lição.
Não tem a ver com professor de EBD ou pastor que ensina no culto de doutrina ou
de ensino. O ESPÍRITO SANTO como Mestre .Paulo afirmou que sua pregação não consistia de palavras ensinadas
pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo ESPÍRITO SANTO (1 Co 2.13). O Senhor JESUS encorajou seus discípulos a não se preocuparem com
o que deveriam dizer nas ocasiões de perigo e perseguição, porque naquela mesma
hora o ESPÍRITO SANTO lhes ensinaria o que deveriam dizer (Lc 12.12). Disse o nosso Senhor JESUS que O
ESPÍRITO SANTO viria como um Paracleto e ensinaria todas as coisas aos seus
discípulos (Jo 14.26). A unção do ESPÍRITO é o tutor perpétuo do crente (1 Jo 2.27).E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes
necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as
coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele
permanecereis. 1 João 2:27 O Senhor JESUS como Mestre .Paulo, mesmo exercendo seu ministério após a morte e ressurreição
de JESUS, recebeu ensino de JESUS em seu ministério e ensinou a todos o que
recebeu de seu ensino - Porque eu recebi do Senhor o que
também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na noite em que foi
traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23.Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi
anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem
algum, mas pela revelação de JESUS CRISTO. Gálatas 1:11,12O ministério de JESUS por toda a Palestina é descrito como sendo
essencialmente de ensino e pregação e cura (Mt 4.23; 9.35), seja para as
multidões casuais ou para os seus próprios discípulos; quer nas sinagogas, nos
lugares públicos, ou na audiência dos líderes religiosos (Lc 5.17). O efeito
sobre suas reuniões era impressionante e reforçava a convicção de que Ele
ensinava não como os escribas, mas como alguém que possuía autoridade (Mt
7.28ss.; 13.54; Mc 1.22; 6.2; cf. Lc 4.32). O Senhor JESUS afirmou que as
palavras que Ele falava lhe haviam sido ensinadas por DEUS Pai (Jo 8.28), e que
seu ensino vinha do Pai (Jo 7.16ss.). Seu ensino foi caracterizado pelo uso
frequente de parábolas (Mc 4.2).Nicodemos reconheceu que JESUS era um Mestre vindo de DEUS,
e que isto fora atestado por obras poderosas (Jo 3.2). Os principais dos
sacerdotes e escribas o interrogaram quanto à fonte de sua autoridade de ensino
(Mt 21.23; cf. Jo 18.19). Até mesmo os seus adversários admitiram francamente
que o Senhor ensinava o caminho de DEUS imparcialmente, independente do temor
ou do favor do homem (Mc 12.14; Lc 20.21; Mt 22.16; cf. Jo 18.19). Certamente,
todos estavam admirados com seu ensino (Mt 7.28; 13.54; 22.33; Mc 1.22; 11.18)
e perguntaram se era um novo ensino (Mc 1.27). Em seu circuito inicial na
Galileia, CRISTO foi glorificado por todos devido ao seu ensino (Lc 4.15). Nos
últimos dias de seu ministério, Ele estava diariamente no templo ensinando (Lc
19.47; 20.1; cf. Mc 14.49; Jo 18.20). Seu ministério foi caracterizado pela
atividade que os judeus - entendendo mal algumas de suas declarações -
questionavam, por exemplo, não sabendo se Ele estava ensinando sobre a Diáspora
e os gentios (Jo 7.35).A reputação do Senhor JESUS CRISTO como Mestre rapidamente
lhe trouxe o respeitoso título de rabi (q.v.), ou raboni ("meu
senhor", um extraordinário título para um Mestre distinto) por parte
de seus discípulos (Mc 9.5; 11.21; Jo 1.49), daqueles que o ouviam (Mc 12.14;
Jo 3.2), e até mesmo de seus inimigos (Lc 10.25; 11.45; 19.39; 20.28). Este
título aramaico às vezes é deixado sem uma tradução, às vezes é interpretado,
porém é mais frequentemente traduzido pela palavra grega didaskalos
("Mestre " ou "professor"), que embora não seja uma
tradução literal é verdadeira no sentido do contexto original. O Senhor JESUS
aceitou este título como indicativo do verdadeiro relacionamento existente
entre si mesmo, como Mestre , e os seus seguidores, como discípulos (Jo 13.13;
Lc 6.40; Mt 10.24ss.). O tema central no ensino do Senhor JESUS era o reino de
DEUS (Mt 5.2; 9.35). Lucas descreveu o relato de seu Evangelho como pertencendo
a tudo o que JESUS começou tanto a fazer como a ensinar (At 1.1). Dentre as muitas
lições que o Senhor JESUS ensinou aos seus discípulos, os evangelistas
escolheram várias para as suas menções particulares; por exemplo, o Sermão do
Monte (q.v.); o pedido de seus discípulos para que lhes ensinasse a orar (Lc
11.1): sua rejeição, morte e ressurreição em Jerusalém (Mc 8.31; 9.31); e sua
segunda vinda (Mt 24-25; Mc 13; Lc 17.20-27; 21). Os apóstolos como mestres.Durante seu ministério, o Senhor JESUS enviou os seus discípulos
para ensinar, pregar, libertar e curar (Mc 6.1-13; 30). Mais tarde, o Senhor
mandou que fizessem discípulos de todas as nações, e ensinando-os a observar
tudo o que Ele havia ordenado (Mt 28.20). Depois do Pentecostes, que ocorreu
após a ascensão, os apóstolos ensinaram ao povo que o Senhor JESUS ressuscitou
dos mortos (At 4.2). O concílio judeu mandou que Pedro e João desistissem de
ensinar no nome de JESUS (At 4.18), uma ordem que eles não atenderam, e foram
presos no templo enquanto continuavam a ensinar (At 5.21, 24ss.). Apesar de uma
outra severa advertência das autoridades, os apóstolos continuaram a ensinar,
pregar a JESUS CRISTO (At 5.42) e curar os doentes se enfermos, até que toda Jerusalém
estivesse repleta de seu ensino (At 5.28). Barnabé e Paulo ensinaram durante um
ano inteiro na igreja que estava em Antioquia (At 11.26; cf. 15.35). O
procônsul Sérgio Paulo ficou admirado com o ensino de Paulo sobre o Senhor
JESUS, após Paulo ordenar que Elimas ficasse cego para não atrapalhar a obra de
DEUS (At 13.11,12). Quando os atenienses ouviram Paulo, eles o levaram ao
Areópago para que pudesse lhes expor seu novo ensino (At 17.19). Paulo passou
dezoito meses em Corinto ensinando a Palavra de DEUS (At 18.11), e mais tarde
lembrou aos presbíteros efésios que ele lhes havia ensinado publicamente e de
casa em casa durante sua estada em Éfeso, onde
ocorreram milagres incríveis (At 19.5-12; 20.20). Apolo, embora
conhecendo apenas o batismo de João, ensinou diligentemente em Éfeso as coisas
do Senhor (At 18.25). Os discípulos judeus acusaram Paulo diante de Tiago e dos
presbíteros em Jerusalém, de ter ensinado os gentios a abandonar as leis de
Moisés, a deixar a prática da circuncisão, e a abandonar os costumes judeus (At
21.21). Esta mesma acusação foi lançada pelos próprios judeus quando
descobriram Paulo no templo e exclamaram contra ele como alguém que havia
ensinado os homens em toda parte contra os judeus, a lei, e o templo (At
21.28). Pela palavra falada e escrita, os apóstolos ensinaram a mensagem do
cristianismo aos seus contemporâneos. Mestres na igreja.Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o
Senhor JESUS, na noite em que foi traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e
pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor. Atos 15:35Paulo refere-se repetidamente à sua designação como Mestre
dos gentios na fé e na verdade (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) e de sua doutrina (2 Tm
3.10; 1 Co 4.17). Ele negou que o Evangelho que ele pregava tivesse sido
ensinado por um homem; antes, ele declarou que o recebeu pela revelação de
JESUS CRISTO (Gl 1.12). Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi
anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem
algum, mas pela revelação de JESUS CRISTO. Gálatas 1:11,12 O ensino de Paulo foi dirigido a todos os homens em toda a
sabedoria para que todo homem pudesse tornar-se maduro em CRISTO (Cl 1.28; cf.
Hb 6.1,2). Entre os dons e a capacitação do CRISTO que subiu aos céus a fim de
equipar e treinar os membros de seu Corpo, estavam a capacitação para se
tornarem doutores (ou mestres; Efésios 4.11). Uma vez que os apóstolos,
profetas e evangelistas tinham a princípio uma grande mobilidade, é provável
que muitos dos mestres na igreja primitiva tenham tido um ministério de viagens,
visitando os crentes em uma certa cidade por um período mais curto ou mais
longo. É provável que a maioria ou todos os cinco homens citados em Atos 13.1
não estivessem residindo permanentemente em Antioquia. O papel do Mestre
na igreja era designado e desempenhado através da indicação Divina e da
capacitação do ESPÍRITO (1 Co 12.28). A integridade e a fidelidade para com a
tarefa do ensino são enfaticamente ordenadas (Rm 12.7; 1 Tm 4.11,13,16), tanto
em sua preparação como em seu conteúdo (Tt 2.1,7; 2 Tm 4.2). Aqueles que
ensinam devem ser considerados dignos de duplicada honra (1 Tm 5.17), e merecem
o apoio daqueles que são ensinados (Gl 6.6). O aspirante a Mestre é
solenemente advertido de que esta atividade, em última instância, o envolverá
em um julgamento mais rigoroso (Tg 3.1). Mas embora existam aqueles que são
especialmente selecionados para ensinar na igreja, cada crente deve envolver-se
neste ministério (Cl 3.16; 1 Co 14.6,26; Hb 5.12). Este deve ser para o
benefício de todos, e não deve ser complacente com desordem na adoração da
igreja (1 Co 14.6,19,26). O servo do Senhor deve ser apto para ensinar e evitar
contendas (2 Tm 2.24). Embora as mulheres sejam proibidas de ensinar os homens
na igreja (1 Tm 2.12), Paulo ordena que as mulheres idosas ensinem o que é bom
enquanto educam as mulheres mais jovens (Tt 2.3). O ensino na igreja.Há uma referência no NT a uma tradição cristã apostólica
denominada diferentemente de sã doutrina (Tt 2.7) ou de palavra fiel (Tt 1.9),
que havia sido entregue à igreja (Rm 6.17; 16.17; Ef 4.21; Cl 2.7; 2 Ts 2.15; 2
Tm 2.2; Tt 1.9). Os primeiros discípulos em Jerusalém dedicaram-se ao ensino
dos apóstolos (At 2.42). Parte desta tradição era o AT, que é proveitoso, diz
Paulo, para o ensino (Rm 15.4; 2 Tm 3.16; cf. 1 Tm 1.8-10). O ensino cristão, e
somente ele (1 Tm 1.3), deve ser confiado aos homens que crêem e praticam o que
ensinam, que por sua vez serão capazes de ensinar aos outros também (2 Tm 2.2;
cf. 1 Tm 4.11). O presbítero, portanto, deve ser apto para ensinar (1 Tm 3.2),
e deve permanecer firme na palavra fiel que lhe foi ensinada, para que possa dar
instrução na sã doutrina e oferecer uma apologia eficaz para a fé (Tt 1.9). A
obediência ao padrão da doutrina é creditada com o poder moral para libertar o
crente da escravidão do pecado (Rm 6.17). A doutrina está de acordo com a
piedade (1 Tm 6.3) e fornece o alimento espiritual necessário ao crente (1 Tm
4.6). Aquele que ensina deve crer naquilo que ensina e praticar aquilo que
ensina. Outros usos.O menino JESUS foi encontrado por sua família sentado entre os
doutores da lei no templo co apenas 12 anos de idade (Lc 2.46), Nicodemos foi
chamado, por nosso Senhor, de Mestre de Israel (Jo 3.10 etc...). João
Batista ensinou a seus discípulos como orar (Lc 11.1). O Senhor JESUS adverte
que aquele que infringe o menor mandamento e assim o ensina aos homens, será o
menor no reino; e, ao contrário, aquele que observa e ensina corretamente aos
homens será grande no reino (Mt 5.19). JESUS censurou os escribas e os fariseus
por adorarem a DEUS de forma vã, ensinando como doutrinas os preceitos dos
homens (Mt 15.9; Mc 7.7; cf. Is 29.13). Falso ensino.Entre os cristãos na Judeia havia aqueles que ensinavam a
necessidade da circuncisão para a salvação, uma doutrina mais tarde repudiada
pelo Concílio de Jerusalém (At 15.1). Paulo faz menção dos preceitos e ensinos
humanos que prescrevem regulamentos rituais aos quais os cristãos não devem
submeter-se (Cl 2.20-22). Ele adverte Timóteo que nos anos futuros alguns iriam
afastar-se da fé dando ouvidos a doutrinas de demônios (1 Tm 4.1), enquanto
outros reuniriam em torno de si mestres que se adequassem aos seus próprios
desejos (2 Tm 4.3). Em outras passagens está previsto que os falsos mestres
trarão heresias destrutivas à igreja (2 Pe 2.1). Paulo rogou a Timóteo que
ensinasse as sãs palavras de JESUS, e que rejeitasse aqueles que ensinam de
outra maneira (1 Tm 6.2ss.). O apóstolo ensinou que havia aqueles que deveriam
ser silenciados visto que estavam perturbando famílias inteiras ensinando
basicamente o que não tinham o direito de ensinar (Tt 1.11), e também adverte
Timóteo contra os judaizantes que desejavam, em vão, se tornar mestres da lei
(1 Tm 1.7). O mesmo apóstolo exortou os efésios à integração espiritual e à
participação vital de todos dentro da igreja, para que eles não fossem agitados
de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina (Ef 4.14).
O autor da epístola aos Hebreus adverte seus leitores a não se deixarem
envolver por doutrinas várias e estranhas (Hb 13.9), enquanto João ordena aos
seus leitores que não se associem a alguém que não permaneça na doutrina de
CRISTO (2 Jo 9,10). A igreja em Pérgamo é criticada por ter alguns que aderiram
ao ensino de Balaão e à doutrina dos nicolaítas (Ap 2.14), enquanto a igreja em
Tiatira é censurada por tolerar o ensino de Jezabel (Ap 2.20,24).PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 647-650. Com acréscimos do Pr Henrique. 2 Pedro 2.1 O final do capítulo 1 leva ao tema da sua carta. Pedro
tinha explicado que DEUS tinha operado por meio de seres humanos para
transmitir as suas palavras às pessoas (1.21).Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 749-750.Os
verdadeiros mestres são de suma importância para a Igreja devido a existência
dos falsos mestres. Sempre tem havido falsos mestres entre o
povo de DEUS, e sempre os haverá.!O cristianismo é, realmente, uma religião de liberdade; mas também
exige amoroso serviço totalmente dedicado a JESUS, o Redentor. Paulo, Judas,
Tiago e outras personalidades de destaque no Novo Testamento deleitavam-se em
chamar-se “escravos” ..Os falsos mestres não eram assim. Michael
Green. II Pedro. Introdução e Comentário. Editora Vida
Nova. pag. 89-91. 2. A responsabilidade de um discipulado contínuo. O DISCIPULADO PERMANENTEO ensino da Palavra de DEUS, na igreja local, é indispensável e de
fundamental importância. Depois da evangelização, vem o discipulado dos
novos convertidos. Mas o discipulado não deve ser visto como apenas algumas
lições da Escola Bíblica Dominical. O discipulado cristão é para toda a vida.
Ninguém deixa de ser discípulo pela idade ou “por tempo de serviço”. O pastor
ou bispo ou qualquer obreiro, devem ter sempre a capacidade para ensinar. Diz
Paulo: “Convém que o bispo seja.... apto a ensinar ’ (1 Tm 3.2 — grifo nosso).
Porém, sabe ensinar não implica em ser mestre ministro de CRISTO. Por isso DEUS
resolveu designar algumas pessoas com a missão de dedicar-se exclusivamente ao
ensino (cf. Rm 12.7). “E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente, apóstolos, em
segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores (ou mestres)...” (1 Co 12.28).A missão dos mestres ou doutores, nas igrejas, é de grande valor.
Os pregadores, os evangelistas ou os missionários pregam a Palavra de DEUS,
atraindo as almas para CRISTO. Os novos convertidos são como “crianças”
espirituais, que precisam receber o alimento espiritual de acordo com o seu
tempo de conversão; os crentes mais antigos, supostamente, devem ter mais
maturidade; mas todos precisam do ensino fundamentado, que expresse a sã
doutrina. Sem o ensino, os crentes ficam sem o conhecimento indispensável ao
seu crescimento na graça e no conhecimento de Nosso Senhor JESUS CRISTO (cf. 2
Pe 3.18). O PAPEL DOS MESTRESA necessidade do ensino da Palavra de DEUS requer pessoas
preparadas para ministrá-la com sabedoria, graça e unção da parte de DEUS.
Diante disso, vem o papel dos mestres e doutores. São pessoas que se dedicam ao
ensino (cf. Rm 12.7). Eles não se consideram superiores aos demais obreiros,
pelo fato de terem recebido o dom de ensinar. Mas, pela dedicação constante ao
estudo e à pesquisa bíblica, reúnem informações e subsídios, extraídos das
Escrituras, para compartilhar com toda a igreja e ainda têm a inspiração
contínua do ESPÍRITO SANTO em seu ministério. Revelações sobrenaturais estão
presentes nos ensinos nestes doutores ou mestres.Dificilmente um pastor terá o ministério de Mestre junto a seu
ministério, embora precise saber ensinar. O ensino pastoral tem a ver com o
saber dos problemas da igreja e procurar estudar a Palavra de DEUS sobre tais
assuntos e aplicá-las em seu ensino para corrigi-los. Os pastores em seu
ministério são todos apascentadores, que zelam, cuidam, vigiam e protegem o
rebanho de CRISTO aos seus cuidados. Porém, os mestres são usados
sobrenaturalmente para penetrarem no íntimo de seus ouvintes pelo ESPÌRITO
SANTO e lhes revelar a solução espiritual para seus problemas.Os mestres, doutores ou ensinadores, que recebem o dom de ensinar,
podem (e devem) cooperar com a liderança da igreja na ministração de estudos
valiosos e profundos para a edificação dos crentes. Diz o pastor Elienai
Cabral: “Igrejas sem Mestre são igrejas fracas espiritualmente. Por isso,
deve-se reconhecer a importância e a necessidade do ministério do ensino. É
através do ensino inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, que a igreja se justifica
contra as falsas doutrinas e que se fortifica contra os ataques espirituais de
Satanás”.Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 121-123. Com acréscimos do Pr Henrique. O QUE É DISCIPULADO?JESUS estudou a Palavra de DEUS, aos doze anos já ensinava a
mestres (Lucas 2.46). Treinou homens para implantarem o Reino de DEUS. Seus
discípulos estiveram com ele dia e noite por quase três anos e meio. Escutavam
seus sermões e memorizavam seus ensinamentos, embora ainda obscuros. Viram-no
viver a vida que ele ensinava. Viram e ouviram sinais, prodígios e maravilhas
que realizava. Então, após sua ascensão, confiaram as palavras de CRISTO a
outros e encorajaram-nos a adotar o seu estilo de vida e a obedecer ao seu
ensino. Discípulo é o aluno que aprende as palavras, os atos e o estilo de vida
de seu Mestre com a finalidade de ensinar outros.O discipulado cristão é um relacionamento de Mestre e aluno
baseado no modelo de CRISTO e seus discípulos, no qual o Mestre reproduz
tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em CRISTO que o aluno é capaz de
treinar outros para que ensinem outros.Um estudo cuidadoso do ensino e da vida de CRISTO revela que o
discipulado possui dois componentes essenciais: a morte de si mesmo e a
multiplicação. São essas as ideias básicas de todo o ministério de JESUS. Ele
morreu para que pudesse reproduzir nova vida. E ele requer que cada um de seus
discípulos siga o seu exemplo. MORRER PARA SI MESMOO chamado de CRISTO para o discipulado é um chamado para a morte
de si mesmo, uma entrega absoluta a DEUS. JESUS disse: “Se alguém quiser
acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois
quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha
causa, este a salvará” (Lc 9.23,24).Da perspectiva do mundo, a franqueza de CRISTO em chamar as
pessoas para segui-lo parece exagerada. JESUS ensina que para compartilhar de
sua glória, primeiro a pessoa tem de compartilhar de sua morte.JESUS é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis. E o Senhor do
Universo ordena que toda pessoa o siga. Seu chamado a Pedro e André (Mt
4.18,19) e a Tiago e João (Mt 4.21) foi uma ordem. “Siga-me”. Sempre tem sido
uma ordem, nunca um convite (Jo 1.43).JESUS nunca implorou que alguém o seguisse. Ele era
embaraçosamente direto. Ele confrontou a mulher no poço, com o seu adultério;
Nicodemos, com seu orgulho intelectual; os fariseus, com sua justiça própria.
Ninguém pode interpretar “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo”
(Mt 4.17) como uma súplica. JESUS ordenou a cada pessoa que renunciasse a seus
interesses, abandonasse os pecados e obedecesse completamente a ele.Quando o jovem rico se recusou a vender tudo o que possuía para
segui-lo (Mt 19.21), JESUS não foi correndo atrás dele tentando conseguir um
acordo. Ele nunca minimizou seu padrão. JESUS declarava apenas: “Quem me serve
precisa seguir-me [...]” (Jo 12.26).JESUS esperava obediência imediata. Ele não aceitava desculpas (Lc
9.62). Quando um homem quis primeiro sepultar o pai antes de seguir CRISTO, ele
replicou: “[...] Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios
mortos” (Mt 8.22). Homem algum recebeu algum elogio por ter obedecido à ordem
de CRISTO de segui-lo e tornar-se seu discípulo; era o que se esperava de
todos. JESUS disse: “Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que lhes
for ordenado, devem dizer: 'Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso
dever’ ” (Lc 17.10).Assim, quando é que você se torna um cristão, um discípulo de
CRISTO? Quando vai à frente em resposta a um apelo? Quando se ajoelha diante do
altar? Quando chora sinceramente? Nem sempre. Os primeiros seguidores de CRISTO
tornaram-se discípulos quando lhe obedeceram, quando ‘eles, deixando
imediatamente seu pai e o barco, o seguiram” (Mt 4.22)A obediência à ordem de CRISTO “Siga-me” resulta na morte de si
mesmo. O cristianismo sem essa morte é apenas uma filosofia abstrata. É um
cristianismo sem CRISTO.Talvez o erro fundamental cometido por muitos cristãos seja fazer
distinção entre receber a salvação e tornar-se discípulo. Colocam as duas
coisas em níveis diferentes de maturidade cristã, presumindo que é aceitável
ser salvo sem assumir compromisso com as exigências mais radicais de JESUS,
como “tomar a sua cruz” e segui-lo (Mt 10.38).Essa ideia baseia-se na crença errada de que a salvação é
principalmente para o benefício do homem a fim de torná-lo feliz e evitar a
condenação eterna.Embora a salvação venha ao encontro da mais profunda necessidade
do homem, essa ideia humanista de fazer uma coisa em favor do bem-estar da
pessoa ignora completamente a razão fundamental pela qual CRISTO morreu na
cruz. DEUS concede a salvação aos homens principalmente para trazer glória a
ele por meio de um povo que tem o caráter de seu Filho (Ef 1.12). A glória de
DEUS é mais importante do que o bem-estar do homem (Is 43.7).Ninguém que compreenda o propósito da salvação ousaria especular
que uma pessoa pudesse ser salva sem aceitar o senhorio de CRISTO. CRISTO não
pode ser o Senhor da minha vida se eu for o senhor dela. Para que CRISTO esteja
no controle, tenho de morrer. Não posso me tornar discípulo sem morrer para mim
mesmo e sem me identificar com CRISTO, que morreu pelos meus pecados (Mc 8.34).
O discípulo segue o seu Mestre até mesmo à cruz.Por muito tempo, lutei para entender as implicações práticas de
“morrer para si mesmo”. Como essa determinada autor renúncia se manifestaria em
minha vida? Ao meditar em Gálatas 2.20, finalmente compreendi: “Fui crucificado
com CRISTO. Assim, já não sou eu quem vive, mas CRISTO vive em mim [...]”.Suponhamos que no dia 1 ° de janeiro eu estivesse sobrevoando o
Kansas quando o avião explodiu. Meu corpo caiu no chão, e morri com o impacto.
Depois de algum tempo, um fazendeiro encontrou meu corpo. Não havia pulsação,
nenhuma batida do coração nem fôlego. Meu corpo estava frio. Era óbvio que eu
estava morto. O fazendeiro fez uma cova. Mas, ao colocar meu corpo na terra, o
dia já estava escuro demais para cobri-lo. Decidindo que terminaria o trabalho
na manhã seguinte, ele voltou para casa.Então CRISTO veio e me disse: “Keith, você está morto. Sua vida
sobre a Terra acabou, mas eu soprarei um fôlego de nova vida em você se
prometer fazer qualquer coisa que eu pedir e ir a qualquer lugar que eu
mandar”.Minha reação imediata foi: “De maneira nenhuma. Isso não é
razoável. É escravidão”. Mas, então, reconhecendo que não estava em posição de
negociar, sincera e rapidamente concordei.Instantaneamente, os pulmões, o coração e os demais órgãos vitais
voltaram a funcionar. Voltei à vida. Nasci de novo. Daquele momento em diante,
não importava o que CRISTO pedisse de mim ou onde me mandasse, eu estava mais
que disposto a obedecer-lhe. Nenhuma tarefa seria por demais difícil, nenhum
horário cansativo demais, nenhum lugar perigoso demais. Nada era sem motivo.
Por quê? Porque eu não tinha direito sobre minha vida; estava vivendo com tempo
emprestado, o tempo de CRISTO. Keith morrera no dia 1° de janeiro em um
milharal do Kansas. Então eu podia dizer como Paulo: “Estou crucificado [morri]
com CRISTO; já não sou eu [Keith] quem vive, mas CRISTO [quem] vive em mim”.É isso que significa morrer para si mesmo e nascer de novo. A
ordem de CRISTO “Siga-me” é uma determinação para participar de sua morte a fim
de experimentar uma nova vida. Você se torna morto para si mesmo totalmente
consagrado a ele.Um grande paradoxo da vida está em que existe imensa liberdade
nessa morte. O morto já não se preocupa com seus direitos, com sua
independência ou com as opiniões dos outros a seu respeito. Ao unir-se
espiritualmente ao CRISTO crucificado, riquezas, segurança e status — as coisas
que o mundo tanto almeja — perdem o valor. “Os que pertencem a CRISTO JESUS
crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos” (G1 5.24). A
pessoa que toma a cruz, que está crucificada com CRISTO, não fica ansiosa pelo
amanhã porque o seu futuro está nas mãos de outro.Por outro lado, o morto para si mesmo é liberto a fim de fazer
todas as coisas para a glória de DEUS (Rm 8.10). Ele coloca tudo o que tem e
tudo o que é à disposição permanente de DEUS. Sua submissão ao senhorio de
CRISTO capacita-o a agradar a DEUS em cada decisão que toma, em cada palavra
que diz e em cada pensamento que tem. O discípulo vê toda a sua vida e todo o
seu ministério como adoração (ICo 10.31). Morrer para si mesmo liberta-o para
ter prazer em seu amor a DEUS.A morte do eu é pré-requisito essencial para tornar-se discípulo.
Qualquer pessoa que nao tenha experimentado a morte de si mesmo não pode se
qualificar como elo legítimo no processo de discipulado porque é incapaz de
reproduzir o que JESUS ensinou: “[...] se o grão de trigo não cair na terra e
não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto” (Jo 12.24). Sem
multiplicação, não existe discipulado. COMO SABER SE VOCÊ É DISCÍPULO?Muitas pessoas dizem ter experimentado a morte de si mesmo e estar
vivendo totalmente consagradas a CRISTO. Mas JESUS disse: “Nem todo aquele que
me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz
a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7.21).Como saber se você é um discípulo de CRISTO? Como saber se você já
morreu para si mesmo e está apto a reproduzir? A evidência inegável ao
discernir se alguém é uma versão espiritual de imitação de ouro ou o artigo
genuíno é a presença de um caráter semelhante ao de CRISTO. Se o caráter de
CRISTO estiver faltando, você ainda não morreu para si mesmo e não está
preparado para reproduzir.Talvez a maior dificuldade que você tenha de enfrentar seja crer
de fato que seu caráter é mais importante do que sua capacidade ou suas
habilidades. Tal ideia é tão incomum ao mundo que, mesmo depois de entregar-se
à morte de si mesmo, você a achará estranha. Sempre soube em minha mente que só o ESPÍRITO de DEUS movia as
pessoas ao arrependimento e à confissão e que fui chamado apenas para
testemunhar, e não para convertê-las. Contudo, agia como se a qualidade da
minha vida cristã e a salvação dos outros dependessem da minha capacidade e
criatividade na evangelização.Finalmente, a Bíblia alertou-me para a verdade. Primeiramente, e
acima de tudo, DEUS queria que eu tivesse o caráter de CRISTO —fosse cristão.
Só então ele operaria por meio de mim para a sua glória.Que revelação paralisante! Eu havia confundido ativismo e a
resposta do homem com retidão; havia substituído a adoração por atividades. De
repente, minha segurança nas boas obras foi destruída.A verdade era dolorosamente clara. É necessário ser médico antes
de tratar dos doentes. É necessário ser advogado antes de advogar. Do mesmo
modo, eu teria de ser como CRISTO antes de realizar sua obra.O caráter cristão consiste na união de qualidades mentais e éticas
que o capacitem “para que vocês vivam de maneira digna de DEUS, que os chamou
para o seu Reino e glória’ (lTs 2.12); exibe o fruto do ESPÍRITO: amor,
alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio (G1 5.22,23).Um exame cuidadoso do ministério de CRISTO revela que, entre as
virtudes que caracterizavam sua vida, quatro qualidades destacavam-no de todas
as demais pessoas como o Filho unigênito de DEUS: obediência, submissão, amor e
oração.Quando descobri isso pela primeira vez, fiquei aturdido. Será que
o DEUS encarnado escolheu edificar sua Igreja sobre o fundamento dessas quatro
qualidades? Pareciam características de uma pessoa fraca — de alguém que
depende totalmente de outra para ter direção, motivação e confiança.No entanto, era exatamente isso. Essas qualidades descreviam
perfeitamente a relação de CRISTO com o Pai. A força de CRISTO vinha de sua
dependência do Todo-poderoso. E, se eu quisesse ser usado por DEUS, minha
relação com ele teria de ser moldado conforme a do meu Senhor. O caráter
cristão é construído por meio de minha disposição (exercício de minha vontade)
em sujeitar cada aspecto de minha vida à imagem de CRISTO.Alguns cristãos têm procurado entrar no nosso ministério de
discipulado com a condição de que seus talentos sejam utilizados. Mas tal
perspectiva é uma negação da morte de si mesmo e demonstra que seus valores
estão distorcidos. A principal ocupação do discípulo deve ser que seu caráter
seja construído e multiplicado. Todos nós procuramos fazer discípulos, mas
sabemos que isso é impossível sem que sejamos primeiramente discípulos.
Precisamos conhecer a DEUS antes de torná-lo conhecido.O discípulo emprega qualquer dom ou talento que construa o Reino
ou edifique o corpo. Ele confiantemente deixa de exercer habilidades que possam
nutrir seu orgulho ou impedir sua maturidade cristã. O enfoque do homem morto
para si mesmo é DEUS. Ele procura ser como CRISTO.Se algum homem tivesse motivo para encontrar segurança em sua
reputação, capacidades ou credenciais este seria o apóstolo Paulo. Mas ele
reconhecia que isso tudo era lixo em comparação a ser como CRISTO (Fp 3.8). A
capacidade da pessoa nada vale sem um caráter reto. É claro que mortal algum
pode atingir tais qualidades por seus próprios esforços. Mas DEUS predestinou
os discípulos, a serem “conformes à imagem de seu Filho” (Rm 8.29).Se você não tiver um alvo para sua vida, é provável que fique à
deriva. Se o seu alvo for o nada, provavelmente o atingirá. É por isso que você
tem de ter uma compreensão perfeita da pessoa que CRISTO quer que você seja.Obediência, submissão, amor e oração são os objetivos pelos quais
você e cada discípulo que fizer deverão lutar. Servem de instrumento para medir
o seu crescimento e o progresso daqueles a quem discipula. São tão importantes
que os examinaremos individualmente nos capítulos seguintes.Keith Phillips. A Formação de um Discípulo. Editora
Vida. Com acréscimos do Pr Henrique. 3. Requisitos necessários ao Mestre Um bom ensinador, Mestre ou doutor é pessoa que, usada por
DEUS, na unção do ESPÍRITO SANTO, pode muito contribuir para a edificação
espiritual e moral dos crentes. O Eclesiastes resume o valor dos que ensinam
com a sabedoria de DEUS: “As palavras dos sábios são como aguilhões e como
pregos bem fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo
único Pastor” (Ec 12.11). Para ser um bom Mestre , na igreja, são necessários
alguns requisitos. 1) Apresentar-se a DEUS. “Procura apresentar-te a DEUS aprovado...
que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15a). Um bom Mestre deve ser
um obreiro aprovado por DEUS, e não apenas nas faculdades de teologia ou
seculares. O que ensina deve ser aprovado:a) No testemunho pessoal (1 Tm 4.16; 2 Tm 4.5);b) Na vida familiar (SI 128.1);c) Na vida social (Mt 5.16);d) Na igreja (Ec 5.1,2).e) Através de sinais, prodígios e maravilhas (Os sinais do meu
apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais,
prodígios e maravilhas.
2 Coríntios 12:12 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes,
cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se
seguiram. Amém! Marcos 16:20) 2) “Que não tem de que se envergonhar... ” (2 Tm 2.15b). Quem é
Mestre precisa ser exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12). Deve ter uma vida
íntegra, para não ser alvo de acusações por parte dos que o ouvem ou dos de
fora da igreja. Se um ensinador dá escândalo compromete seu nome, sua imagem e
seus ensinos. 3) “Que maneja bem a palavra da verdade...” (2 Tm 2.15c). Esse
requisito é muito importante, porque o Mestre ou doutor é o homem que faz
uso da Palavra de DEUS para ministrar o ensino à igreja. Seu manual de ensino é
a Bíblia Sagrada. Ele deve conhecer bem a Palavra para poder preparar estudos,
mensagens e reflexões a serem compartilhadas, verbalmente ou por escrito, para
a edificação da igreja. Devem ser “aptos para ensinar” (1 Tm 3.2; 2 Tm 2.24).
Para ter esse manejo, é preciso que o Mestre ou doutor tenha certos
cuidados:a) Seja um leitor persistente e estudioso da Bíblia (1 Tm 4.13).b) Seja dedicado ao ensino (Rm 12.7b). Essa dedicação exige
esforço e disciplina para o desenvolvimento de um ministério frutífero;c) Seja um leitor de bons livros de estudo bíblico (2 Tm 4.13). Os
bons livros não substituem a Bíblia, mas, quando são escritos por homens de
DEUS, são excelentes auxílios ao preparo de estudos e mensagens;d) Procure conhecer versões variadas da Bíblia, principalmente as
de estudo bíblico, examinando seus comentários, para evitar inserções
heréticas, em suas notas;e) Utilize dicionários, concordâncias e enciclopédias bíblicas.f) Seja um leitor de revistas, jornais, e periódicos (evangélicos
e seculares), que tenham subsídios para fortalecer o ensino.g) Tenha preparo teológico. Um curso teológico de boa qualidade
não faz um excelente Mestre no ensino da Palavra de DEUS. Esse é feito por
DEUS. Contudo, o curso dá uma visão ampla do estudo sistemático da Palavra de
DEUS, a partir da Teologia Sistemática e suas divisões; da Hermenêutica, da
Homilética, da História da Igreja, da Geografia Bíblica, Ética Pastoral,
Didática, Psicologia, etc... A Bíblia diz: “Examinai tudo. Pretende o bem...”
(1 Ts 5. 21). Um Mestre deve ter conhecimentos acima da média de seus
alunos.Tiago adverte que muitos não queiram ser mestres (doutores ou
professores), visto que “receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Diante disso, é
importante que os mestres sejam pessoas cuidadosas no exercício de sua missão,
pautando-se pelos princípios éticos e morais da Palavra de DEUS, para que
possam contribuir para o crescimento espiritual dos crentes, nas igrejas,
auxiliando os pastores ou líderes a melhor conduzirem o rebanho do Senhor
JESUS.4) Deve ser homem de adoração, oração e Jejum. Sem uma íntima
comunhão com o ESPÍRITO SANTO não haverá revelação durante a explanação do
mestre a respeito da Palavra de DEUS. O mestre deve ouvir nitidamente a voz do
ESPÍRITO SANTO.Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e
doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e
Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao
Senhor e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para
a obra a que os tenho chamado. Atos 13:1,2Elinaldo Renovato. Dons espirituais
& Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 123-124. Com acréscimos
do Pr Henrique. I Tm 4.13 « ...aplica-te...» No grego é «prosecho», que significa
«dar atenção a», «seguir», «voltar a mente para». Isso se refere à diligência e
à dedicação necessárias por parte de todo o Mestre , sobretudo em suas funções
públicas, que passam a ser enumeradas.Embora o sentido primário dessas palavras indique a leitura
pública das Escrituras, e como os ensinadores deveriam mostrar-se fiéis nessa
função eclesiástica, espera-se, mui naturalmente, que todos os líderes cristãos
sejam homens que dediquem muito tempo ao estudo e à leitura dos documentos
sagrados.«...à exortação...» No grego é «paraklesis», que significa
«encorajamento», «exortação», «consolo». O ESPÍRITO SANTO é o «Consolador», o
«Ajudador», o «divino paracleto», palavra teológica essa baseada no termo grego
que ora comentamos.Esse verbo significa «chamar para o lado de, com o intuito de
ajudar», «convocar»; e isso tanto para exortar como para consolar. No presente
versículo, porém, devemos entender «exortar», porquanto a palavra é usada em
conexão com a ideia da leitura das Escrituras em público, indicando, portanto,
o ensino que compunha parte do culto de adoração dos cristãos. Mas em
particular, um «supervisor» também deveria agir como consolador; e também
poderia ensinar mensagens consoladoras, a seu público. Mas parece que a ideia
de exortação é que se destaca aqui, pelas razões dadas acima. Tais exortações
podem estar baseadas ou não na leitura feita, pois normalmente eram feitas
mediante «alguma espécie de explicação sobre o que era lido, ou, pelo menos,
incluía algo dessa atividade.«...no ensino...» No grego é «didaskalia», que significa
«instrução», «ensino». Não é suficiente ler e exortar. Exortação e ensino
também são unidos em Rom. 12:7,8 e I Tim. 6:2.A principal função do Mestre , no tocante ao culto de adoração, é
aqui salientada. O ensino não é bastante por si mesmo. Também deve haver o
ensino, e as passagens de Rom. 12:7 e Tito 2:1-14 mostram-nos que o ensino deve
incluir tanto a instrução doutrinária como a instrução moral.CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 326. Com acréscimos do Pr Henrique. I Tm 4.13.Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Não desprezes o
dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do
presbitério. Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento
seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas
coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te
ouvem. 1 Timóteo 4:13-16 ler - exortar - ensinar - dom - meditar- ocupar - cuidado -
doutrina - perseverar - salvar.Na leitura: trata-se da leitura em voz alta das Escrituras
disponíveis perante a congregação reunida - A bíblia deve ser ouvida para gerar
fé - De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS. Romanos
10:17. Os textos de 2 Co 3.14; Lc 4.16; At 13.15 se referem à leitura do AT
praticada na sinagoga, um direito de cada homem que soubesse ler. Conforme 1Tm
5.18 (citações do AT e do NT), 1Ts 5.27; Cl 4.16; Ap 1.3 a leitura pode ser
tanto do AT como dos escritos do NT já existentes. Aqui a ênfase certamente
incide sobre a leitura de escritos apostólicos, o que no entanto não exclui a
conhecida prática de proclamar textos do AT. “Conjuro-vos, pelo Senhor, que
esta epístola seja lida a todos os irmãos. E, uma vez lida esta epístola
perante vós, providenciai por que seja também lida na igreja dos laodicenses; e
a dos de Laodiceia, lede-a igualmente perante vós.” As pastorais não permitem
notar uma diferença em relação a essa leitura de suas missivas motivadas por
autoridade apostólica (QI 21, 25e).Na exortação: No culto da sinagoga a palavra livremente lida era
interpretada. “Depois da leitura da lei e dos profetas, os chefes da sinagoga
(judaica) mandaram dizer-lhes: Irmãos, se tendes alguma palavra de exortação
para o povo, dizei-a!” Após essa solicitação Paulo se levanta e evangeliza.
Isso não é a mesma coisa que ensinar. Também em Rm 12.7s ele diferencia
nitidamente entre exortar e ensinar como dois dons distintos da graça. O
próprio DEUS é o DEUS de toda a consolação, CRISTO o Parákletos, que envia
outro Parákletos, o ESPÍRITO SANTO. Deparamo-nos aqui com uma palavra-chave da
revelação do NT que liga da maneira mais estreita possível as pastorais com
todas as demais cartas de Paulo e com os escritos de João. O Messias é o
consolo de Israel, que será revelado no fim dos tempos e pelo qual esperam os
mansos da terra. Os ricos, que tentam usar sua riqueza para se tranquilizar em
seu vazio humano, “já têm sua consolação”. Nesse contexto também deve ser
entendida a “consolação das Escrituras”, porque elas apontam para o DEUS da
esperança. Da Escritura e de sua leitura provêm o verdadeiro consolo e a
verdadeira admoestação.Exortar significa tratar, com base nas Escrituras, e com
autoridade profética, por meio do ESPÍRITO SANTO, de cada indivíduo e de cada
igreja em sua carência, aflição e perigo atuais, dirigindo-se de forma amável e
séria à consciência e ao coração dos ouvintes. A “paráclese” sempre possui o
duplo sentido de exortar e encorajar, de anunciar e desafiar, de consolar e
fortalecer. Exortar visa a situação atual, motivo pelo qual é aplicação
pessoal, ou, se quisermos, subjetiva, i. é, direcionada ao sujeito, da Escritura
Sagrada.Na doutrina: atividade de ensino, instrução, educação. Ensinar é
algo diferente e é mais que retirar um versículo da Bíblia, relacionando com
ele considerações edificantes. Estão em jogo a totalidade da fé cristã e a
história da salvação: “a forma da doutrina”. Quem ensina, expõe os desígnios de
DEUS e evidencia as dádivas e os deveres deles decorrentes; interpela o
entendimento e convida para o cumprimento em obediência. Quem exorta, nutre e
fortalece o coração dos ouvintes com a palavra de DEUS. Coloca-os junto com seu
fracasso diante daquele que perdoa e restaura. Interpela sua consciência, para
que acordem da indiferença.Timóteo deve nutrir-se pessoalmente com a palavra da fé e seguir a
doutrina, então terá condições de exortar e ensinar a igreja a partir da
Escritura. A vivência na Escritura e a leitura a partir de seus textos
constitui o fundamento para as duas atividades principais do servo da palavra:
exortar e ensinar, dirigir-se ao indivíduo, falar-lhe a partir de DEUS e
colocá-lo no contexto geral dos desígnios de DEUS com a igreja e o mundo, o
subjetivo e o objetivo, as pequenas coisas do cotidiano e a grande dimensão
universal e supramundana das idéias e intenções de DEUS. Ambas precisam ser
mantidas em equilíbrio e tensão recíproca. Quando se enfatiza demais a doutrina
e falta a exortação, surge um conhecimento cerebral, dissociado da vida e
atividade cotidianas. Quando a exortação se torna preponderante, o ser humano
se perde na subjetividade, na autocontemplação e em última análise na
santificação própria, na mesquinhez, e a devoção adquire aparência mofada e
estreita. Falta a relação com a magnitude e a totalidade dos desígnios de DEUS.
Por essa razão ambas as coisas são necessárias, da maneira como o ESPÍRITO
explicita para cada respectiva situação.Paulo exorta Timóteo a despertar o dom do ESPÍRITO SANTO que nele
residia para que tenha confirmação de seu ministério perante os outros líderes
e confirmação da mensagem que transmitia ao povo. Um Mestre jamais será
respeitado como tal sem a confirmação sobrenatural de seu ministério.Hans
Bürki. Comentário Esperança Cartas aos I
Timóteo.. Editora Evangélica Esperança. Com acréscimos
do Pr Henrique. II Tm 4.13. Ainda mais que a capa, Paulo queria seus livros e
pergaminhos. A prisão de Paulo poderia ter ocorrido tão inesperadamente,
que ele não pôde voltar para casa para apanhar seus pertences pessoais. Os
livros incluiriam partes do Antigo Testamento. Os pergaminhos eram muito
provavelmente pergaminhos ou papiros escritos à mão, frequentemente usados no
século I para a tomada de notas (como em cadernos), confecção de memorandos, ou
primeiros rascunhos de obras literárias. Talvez estes pergaminhos fossem
rascunhos de algumas das epístolas de Paulo. Praticamente tudo o que era
escrito também tinha um grande valor. Paulo era um estudioso e teria reunido,
para o seu uso, uma biblioteca pequena, mas eficiente. Quando Paulo pediu os
livros e os pergaminhos, ele estava pedindo sua biblioteca, alguns documentos
mais apreciados. provavelmente também entre esses estavam cópias de orações da
Palavra de DEUS.Isso mostra que Paulo dava muito valor ao estudo da Palavra de
DEUS aos seus escritos sobre a mesma.Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 542-543. Com acréscimos
do Pr Henrique. «...especialmente os pergaminhos...» Eram livros ou documentos
feitos de peles preparadas de bezerro, de antílope, de cabra ou de ovelha. O
material mais caro era feito de bezerro ainda não-nascido, devido à sua fina
textura. Eram caríssimos, e poucas pessoas possuíam livros feitos desse
material. Eram reunidos, formando rolos, ou então eram deixados como páginas
soltas. O termo pergamina (equivalente a «membrana»), e que se refere a esse
material, se derivou do nome da cidade de Pérgamo, na Mísia, onde era
manufaturado em grande quantidade, e de onde foi introduzido na Grécia. Posto
que esse era o material mais valioso, e visto que Paulo parecia mais ansioso
por receber esses documentos do que os «livros», alguns eruditos têm pensado
que esses eram os livros que continham as Escrituras do A.T., pelo menos certas
de suas porções, porquanto não havia como transportar o A.T. inteiro escrito
sobre esse material, que ficaria por demais volumoso. Mas outros eruditos
supõem, além disso, que havia ali cópias primitivas das declarações e da
história da vida de JESUS, bem como algumas das cartas e escritos do próprio
Paulo. A única coisa que parece certa é que eram documentos escritos, e não
apenas material de escrita em branco.CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 406. PALAVRAS-CHAVE
- Doutor
ou Mestre: Pessoa que manifesta sapiência.SINOPSE DO
TÓPICO (1) - JESUS, o Mestre da Galileia, é reconhecido em o
Novo Testamento tanto como o Mestre Divino quanto o Mestre da humildade.SINOPSE DO
TÓPICO (2) - O ensino na igreja do primeiro século foi ordenado por
JESUS para os apóstolos ensinarem persistentemente.SINOPSE DO
TÓPICO (3) - O dom ministerial de Mestre é uma necessidade
para a igreja local e uma responsabilidade para um discipulado permanente.BIBLIOGRAFIA
SUGERIDAARAÚJO,
Carlos Alberto R. A Igreja dos Apóstolos: Conceito e Forma das
Lideranças na Igreja Primitiva, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. GANGEL,
Kenneth O.; HENDRII CKS, Howard G (Eds.), Manual de Ensino para o
Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do
verdadeiro ensino cristão, 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÃO 6, BETEL,
4TR23, NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 6,
Betel, O Verdadeiro Discípulo Sujeita-se ao Supremo Mestre: JESUS
Para me ajudar
PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD, Revista
Editora Betel, 4° Trimestre De 2023, TEMA: Terceira Epistola de
João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os
laços da fraternidade.
TEXTO ÁUREO
“E, quando
aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.” 1
Pedro 5.4
VERDADE APLICADA
Para ser um bom
discípulo de CRISTO, precisa, mais que qualquer atributo, ser escolhido e
abençoado por DEUS.
OBJETIVOS DA
LIÇÃO
Expor princípios
do discipulado.
Ensinar sobre os compromissos do discípulo
Mostrar os critérios validados por DEUS.
TEXTO DE
REFERÊNCIA - 1 SAMUEL 16.5-7
5 E disse ele: É de paz, vim sacrificar ao Senhor. Santificai-vos e vinde
comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e a seus filhos e os convidou ao
sacrifício.
6 E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe, e disse: Certamente, está perante
o Senhor o seu ungido.
7 Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a
altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como
vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha
para o coração.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Js
24.24 Quem serve obedece.
TERÇA – SI 89.3 O escolhido tem aliança com DEUS.
QUARTA – Lc 17.20 O reino de DEUS não é por aparência.
QUINTA – Jo 5.44 Buscar a honra que vem de DEUS.
SEXTA – At 5.28 Obedecer a DEUS em primeiro lugar.
SÁBADO – 1 Pe 2.17 DEUS ordena a honra.
HINOS SUGERIDOS: 344, 455, 484
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o
discipulador respeite e entenda seu chamado como uma escolha de DEUS.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A ESCOLHA DE
DEUS
1.1. Não é
segundo a aparência.
1.2. Está
alinhada ao Seu coração.
1.3. Cabe apenas
a DEUS.
2- O PRINCÍPIO DO
CHAMADO
2.1. Honrar a DEUS.
2.2. Honrar a
Igreja de CRISTO.
2.3. Honrar ao próximo.
3- CONDUTA DO
ESCOLHIDO
3.1. Adorar a DEUS.
3.2. Lutar as
guerras de DEUS.
3.3. Obedecer a DEUS.
INTRODUÇÃO
Engana-se quem pensa que os atributos de um
verdadeiro discipulador estão reduzidos a capacidade, habilidade, inteligência,
força etc. Samuel se enganou [1Sm 16.7]. Mas DEUS ensinou que o discipulador
tem a ver com Ele e com Sua bênção sobre o escolhido.
1- A ESCOLHA DE DEUS
Samuel foi chamado por DEUS para uma importante
missão: ungir o segundo rei de Israel, aquele que seria o líder conforme a Sua
escolha. O primeiro rei, Saul, foi levantado a partir do clamor do povo
por um rei, pois tinha as outras nações como referência [1Sm 8.19- 20], o que
desagradou a DEUS [1Sm 10.17-19]. Os povos vizinhos eram comandados por reis, o
que fez com que os israelitas desejassem viver sob reinado humano [1Sm 8.5].
Mas não era o plano de DEUS para aquele momento. O sistema teocêntrico (ou
teocrático), onde DEUS é quem governa, estava sendo rejeitado [1Sm 8.7].
NÃO QUERIAM QUE DEUS GOVERNASSE SOBRE ELES.
1.1. Não é segundo a aparência.
O primeiro rei de Israel, quanto à aparência
física, “sobressaía a todo o povo” [1Sm 9.2], o que deve ter causado admiração
ao povo quando apresentado [1Sm 10.23-24]. Isso pode ter se tornado uma
referência para Samuel, ao acreditar que Eliabe seria o próximo rei [1Sm 16.6].
O nome Sha’uwl no hebraico significa “desejado” ou “pedido”. Infelizmente, após
ser ungido, as atitudes de Saul não foram condizentes com o que se espera de um
governante do povo que tem aliança com DEUS. O Senhor DEUS já tinha falado a
Abraão sobre reis que descenderiam dele [Gn 17.15-16]. Assim, parece que o povo
não foi paciente para esperar o momento de se estabelecer a monarquia em
Israel.
John Nash (1928-2015), matemático norte-americano,
diz: “Talvez seja bom ter uma mente bonita, mas um dom ainda maior é descobrir
um coração bonito. Quando DEUS mede um homem, Ele passa sua fita métrica em
torno do seu coração e não da sua cabeça. Essas palavras vão ao encontro do
pensamento de Edward McKendree Bounds (1835-1913), um ministro da Igreja
Metodista: “O Evangelho flui pelo coração. O coração faz o céu, e o céu é o
amor. O coração grande gera grandes pregadores, e o coração bondoso gera
pregadores bondosos. O ministério profissional é um ministério sem coração.
Quando jovem, eu admirava as pessoas inteligentes. Hoje, admiro as que são
bondosas. Um cérebro inteligente arranca aplausos na terra, mas um coração
bondoso arranca aplausos no céu”.
1.2. Está alinhada ao Seu coração.
A escolha de DEUS para um líder se baseia em um
coração que esteja alinhado com o seu. Esse não era o caso de Saul, pois um
verdadeiro discípulo de CRISTO deve estar alinhado com o coração de DEUS. Saul
não era segundo o coração de DEUS, e posteriormente, nem os filhos de Jessé que
se apresentaram a Samuel [1 Sm 16.10]. Mas havia alguém, que não fora lembrado
por ninguém, mas que estava na mente e nos planos de DEUS e que tinha a ver com
Ele. Davi não exibia uma aparência capaz de chamar a atenção nem de
Samuel, mas tinha o coração segundo o coração de DEUS [At 13.22]. E para o
Senhor, é isso que importa. Ser um discipulador segundo o coração de DEUS,
acima de qualquer outra coisa. Saul começou bem, vencendo as guerras de DEUS,
mas logo se perdeu em suas vontades, tornando-se desobediente [1Sm 15.22-23]. DEUS
usou Samuel para dizer que, em lugar de Saul, Ele levantaria um “homem segundo
o seu coração” [1Sm 13.7-14]. Nenhum outro critério foi exigido, a não ser
estar alinhado ao coração de DEUS. Ter o coração alinhado ao de DEUS é depender
dEle. Saul errou ao acreditar ser autossuficiente. Charles Haddon Spurgeon:
“Não se torne autossuficiente. A autossuficiência é a rede de Satanás onde ele
pega os homens, como pobres peixes bobos, e os destrói. (…) A maneira de
crescer forte em CRISTO é tornar-se fraco em si mesmo. DEUS não derrama poder
no coração do homem até que o poder do homem seja todo derramado”. DEUS não
caminha com o homem que marcha na sua própria força!
1.3. Cabe apenas a DEUS.
Eleger alguém para servir na obra de DEUS é uma
escolha exclusiva do Senhor, que pode, inclusive, acontecer na infância [Jr
1.5]. É Ele quem escolhe os que farão parte de Seus propósitos [Mc 3.13-19]. O
caminho de Samuel e Davi se cruza quando o profeta vai à casa de Jessé para
ungir um novo rei [1Sm 16.1]. O chamado de ambos foi feito por DEUS, por isso
frutificou [Mt 7.16-20].
Diótrefes não atentou que ele ocupava uma posição
destacada que não estava glorificando a DEUS e que, portanto, nada tinha a ver
com o Senhor. Seu interesse era apenas ser reconhecido. Ele era um tipo de
obreiro ou membro que não comparece a reuniões dirigidas por outros. E quando
marca presença, faz sempre questão de demonstrar descaso e frieza com a
liderança dos colegas. Não coopera com trabalho algum da iniciativa dos outros.
Ele não se deu conta de que não fora escolhido por DEUS. Assim sendo, logo perderia
aquele lugar na obra.
EU ENSINEI QUE:
Nenhum ministério bem-sucedido está relacionado a
critérios pessoais. Ele passa obrigatoriamente pela escolha de DEUS. Por isso,
todo discípulo necessita estar alinhado ao coração do Senhor.
2- O PRINCÍPIO DO CHAMADO
Não se pode servir a DEUS de qualquer
jeito. Jeremias disse que aquele que faz a obra relaxadamente é
maldito [Jr 48.10]. Um obreiro ou líder deve ser alguém abençoado por DEUS.
Para ser abençoado é preciso fazer o que Ele manda integralmente. (não
parcialmente como traz o contexto da passagem citada). Diótrefes mostrou-se
negligente com o chamado, sendo por isso um mau discípulo.
2.1. Honrar a DEUS.
O termo honra em grego é time (tee-may’) e diz
respeito a um “preço pago”, como em honorário, que vem dessa mesma raiz. É,
ainda, reverência a alguém pela posição; no caso de DEUS é “glória” a Ele. Um
verdadeiro discípulo deve honrar ao Senhor – pelo que Ele é e faz. Em Romanos
13.7, Paulo ordena honra a quem honra. Esse princípio vem de DEUS. Se um
discípulo quer ser honrado por DEUS, Ele deve honrá-lo, pois ele só tem essa
“credencial” porque DEUS o escolheu.
Pastor Marcos Sant’Anna da Silva (Livro
“Aperfeiçoamento cristão: propósito de DEUS para o discípulo de CRISTO”, p.
59): “Como membros do Corpo de CRISTO, temos que estar comprometidos com a
responsabilidade de cuidar uns dos outros [1Co 12.25; GI 5.13]. Não é tarefa
apenas dos que lideram ou fazem parte do ministério da igreja local, mas de
todos que têm o ESPÍRITO SANTO. Assim, há edificação, crescimento e o Senhor DEUS
é glorificado.”
2.2. Honrar a Igreja de CRISTO.
Ser um discípulo é estar exercendo a liderança, é
ser escolhido para tal ministério [Ef 4.11], e isso não tem a ver com ser
humanamente capaz ou hábil, mas receber o “óleo da unção sobre a cabeça” [Sl
89.20]. Samuel achou que alguém aparentemente forte daria conta de ser o rei de
Israel, então, quando viu Eliabe, o irmão guerreiro de Davi, achou que ele
era o escolhido de DEUS [1Sm 16.6]. Mas o Senhor mostrou ao profeta o que de
verdade importava: o coração. Honrar a igreja de CRISTO é possuir um coração
que sirva sem restrições, como faziam Gaio e Demétrio, que andavam na verdade
[3Jo 3.12] e honravam a igreja. Quem não honra a igreja busca reconhecimento
por domínio e autoritarismo, como Diótrefes. Honrar a Igreja é cuidar dela
tendo JESUS como exemplo de amor e de entrega. A Igreja é a Noiva de CRISTO, e
toda noiva deve ser honrada, pois um dia se tornará esposa! Paulo disse:
“Porque estou zeloso de vós com zelo de DEUS; porque vos tenho preparado para
vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a CRISTO” [2Co 11.2].
Antes ele era perseguidor da Igreja, após a escolha de JESUS [At 9.15], passou
a honrar a Igreja que ele perseguia.
2.3. Honrar ao próximo.
Um discípulo deve honrar as pessoas, da igreja e de
fora dela. Ele precisa ter o coração disposto a ajudar quem precisa, a exemplo
de JESUS. Diótrefes era orgulhoso, egocêntrico e controlador, com
comportamentos totalmente opostos ao de CRISTO. JESUS repreendeu os que não
amavam ao seu próximo e só buscavam a honra dos homens para alimentar o seu
ego: “Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a
honra que vem só de DEUS?” [Jo 5.44]. Honrar o próximo é ordenança devida a
todos [Rm 12.10]. Pedro ensina: “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a DEUS.
Honrai o rei” [1Pe 2.17].
Os discípulos comprometidos com CRISTO amam a DEUS
e aceitam a responsabilidade de ajudar a seus irmãos chegarem ao céu. Isso é
honrar e amar a seus irmãos. No entanto, há cristãos que não revelam esse amor
e cuidado pelos outros, eles só cuidam de si mesmos, como fazia Diótrefes, que,
por isso, foi rejeitado.
EU ENSINEI QUE:
Estar apto significa seguir princípios
estabelecidos por DEUS, como honra, amor e obediência. Tudo vem dele!
3- CONDUTA DO ESCOLHIDO
O verdadeiro discípulo é aquele que cumprirá o Seu
propósito, ainda que se ache incapaz de fazê-lo [Ex 4.1-12]. Ele será idôneo e responsável
por tudo o que está sob seus cuidados [1Sm 17.34] e não medirá esforços para
fazer a obra de DEUS avançar [2Co 12.15].
3.1. Adorar a DEUS.
Antes de aparecer para o público, Davi já era
conhecido por DEUS no campo, “escondido” atrás das malhadas. Enquanto cuidava
das ovelhas de seu pai [1Sm 16.18], tinha profunda comunhão com DEUS, o que
pode ser visto nos salmos compostos por ele, como o Salmo 63, onde diz que
sua “alma tem sede de DEUS”. Mesmo antes de JESUS definir o que era ser
adorador [Jo 4.23-24], os salmos de Davi mostram que ele já fazia isso. No Novo
Testamento, o ato de adorar era expresso por ajoelhar-se ou prostrar-se em
reverência e reconhecimento de que o adorado é superior. Assim, Diótrefes não
poderia ser considerado um adorador, pois faltava-lhe humildade para isso. Suas
atitudes eram egocêntricas.
Quem busca glórias para si, rouba a glória de DEUS
e, muitas vezes, não percebe que as trevas estão tomando conta da sua vida.
Somos servos, e não celebridades. Quando a igreja se reúne em nome de CRISTO é
para a adoração a DEUS, não para a satisfação de egos.
3.2. Lutar as guerras de DEUS.
Os irmãos mais velhos de Davi – Eliabe, Abinadabe,
Samá – lutavam as guerras de Saul [1Sm 17.13], mas DEUS queria um rei que
lutasse as Suas guerras. E era isso que Davi fazia, tanto que, em cada batalha,
ele consultava a DEUS para obter Sua autorização e estratégias [1Cr 14.14]. Um
discípulo de CRISTO não faz as coisas segundo sua vontade, como fez Saul em
diversos momentos [1Sm 15]. Diótrefes também errou nisso, agindo em causas
próprias e não nas de DEUS. Assim, foi repreendido por João [3Jo 10]. A guerra
que Diótrefes empreendia era a guerra de poder! Ao agir assim e, em sua
prepotência, o homem está declarando guerra contra DEUS, quando deveria lutar
as guerras de DEUS-contra injustiças, idolatria, perseguições – como os hebreus
enfrentaram no Egito, por exemplo. Após atravessar o Mar Vermelho, Moisés
cantou: “O Senhor é homem de guerra” [Êx 15.3]. Davi, em sua primeira
“aparição” pública em um conflito, lutou contra Golias em nome de DEUS: “Tu
vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome
do Senhor dos Exércitos, o DEUS dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado”
[1Sm 17.45].
3.3. Obedecer a DEUS.
Samuel obedeceu a DEUS quando foi chamado para ir à
casa de Jessé ungir o futuro rei de Israel. Ele teve medo [1Sm 16.2], mas
confiou em DEUS. Saul deixou de confiar no Senhor e O desobedeceu, por isso foi
rejeitado por DEUS [1Sm 15.26] e seu reino foi rasgado [1Sm 15.28].
A obediência é qualidade indispensável ao discípulo. Quando Davi
desobedeceu a DEUS [2Sm 11], mesmo sendo o rei escolhido, colheu o fruto deste
pecado.
Obedecer, do hebraico shama, é “ouvir, escutar,
concordar” e tem grande relevância para DEUS. Tanto assim que os judeus recitam
até hoje o Shema Ysrael, profissão de fé central do monoteísmo judaico.
Obedecer a DEUS significa tê-lo como “único” digno de ser adorado. JESUS disse:
“Adorarás o Senhor teu DEUS, e só a ele servirás” [Lc 4.8]. Quem obedece cumpre
a missão, como fez JESUS mesmo diante do sofrimento e morte de cruz [Fp 2.8].
Graças à Sua obediência a DEUS, fomos salvos!
EU ENSINEI QUE
Existem condutas e comportamentos próprios daqueles
que são chamados por DEUS. Um verdadeiro discípulo de CRISTO deve entender seu
chamado como uma escolha de DEUS. Assim, precisa estar sujeito aos critérios
que o Senhor determina, entre os quais estão a adoração e a obediência.
CONCLUSÃO
DEUS escolheu as coisas loucas e as que não são
[1Co 1.27-29]. Pela ótica humana, Saul seria um rei melhor que Davi. Samuel
achou que até os irmãos de Davi eram aparentemente melhores. Mas DEUS escolheu
alguém que Ele abençoou para ser o rei ungido com santo óleo para liderar o Seu
povo.