Lição 2, Betel, Um coração de Servo
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(CPF - Luiz Henrique de Almeida Silva - Bradesco - Imperatriz - MA)
Vídeo https://youtu.be/fU45ygTVYFg
Escrita -
Slides
- https://ebdnatv.blogspot.com/2023/01/slides-licao-02-betel-um-coracao-de.html
SUBSÍDIO
EXTRA – REVISTA PEEC
EBD Pecc (Programa
de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De
2022 | Tema: MARCOS – O Evangelho do Servo Jesus | Escola
Bíblica Dominical |
Lição
07: Marcos 9 – A Transfiguração do Servo
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em
Marcos 9 há 50 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes,
Marcos 9.2-29 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura
complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. A Paz do Senhor,
professor(a)! Nesta lição, vamos acompanhar os momentos de preparação de Jesus
para a cruz. Veremos como o Pai conforta seu Filho de forma maravilhosa,
prenunciando a glória que viria após as dores. Como imitadores do Cristo,
precisamos atravessar vales se quisermos chegar ao monte; ser os últimos em
tudo, se quisermos ser os primeiros. Ninguém atravessa a vida cristã sem
obstáculos, mas ninguém vence os obstáculos sozinho. Precisamos de Jesus, pois
ele é o nosso socorro, aquele a quem devemos buscar em incessante oração. Na
vida diária, cultivemos uma fé prática que se mostra na nossa disponibilidade
de servir como os menores empregados do Reino.
OBJETIVOS
• Perseverar no
caminho da vida cristã até que estejamos com Jesus.
• Testemunhar uma fé genuína e incondicional em Jesus.
• Servir a todos os necessitados com alegria.
PARA
COMEÇAR A AULA
Professor(a),
nesta lição, temos a oportunidade de aprender que a vida cristã exige humildade e atitude. Para vencer batalhas espirituais
precisamos cultivar uma rotina de oração, mas o jejum também nos ensina a
procurar mais a glória do céu do que os prazeres terrenos. É por essa
disciplina que o espírito se fortalece e resplandece na atitude prática de
servir com disponibilidade e fé genuína. Ensine aos seus irmãos que apenas os
que renunciarem a si mesmos verão Jesus na plenitude de sua glória.
LEITURA
ADICIONAL
“Quem
poderia imaginar que alguns poucos pescadores e publicanos seriam dominados
pela competição e pelo desejo de supremacia? Quem esperaria que homens pobres,
que haviam desistido de tudo por amor a Cristo, seriam perturbados por contenda
e dissensão quanto ao lugar e à precedência que cada um merecia? Não obstante,
foi isso que aconteceu. (…) É um fato horrível, mas, admitamos ou não, o
orgulho é um dos mais comuns pecados que assediam a natureza humana. Todos nós
nascemos fariseus. Naturalmente, todos nós imaginamos que merecemos algo melhor
do que aquilo que possuímos.
Esse
é um pecado muito antigo. Começou no Jardim do Éden, quando Adão e Eva pensaram
que não tinham tudo o que seus méritos mereciam. Esse é um pecado sutil.
Governa e dirige muitos corações sem ser detectado e pode até mesmo revestir-se
de humildade. (…) as máximas do mundo são diretamente contrárias à mentalidade
de Cristo. Dominar é a ideia que o mundo faz da grandeza; mas a grandeza do
crente consiste em servir. A ambição do mundo consiste em receber honrarias e
atenções; porém, o desejo do crente deve ser o de dar e não o de receber; o de
servir ao próximo e não o de procurar ser servido. Em suma, o homem que mais
serve aos outros e é útil, em sua época e geração, é justamente o maior aos
olhos de Cristo. Esforcemo-nos para fazer uso prático desse princípio.
(…)
Haverá algum serviço que possamos prestar aos nossos irmãos na fé? Haverá algum
ato de gentileza que possamos fazer para ajudá-los e promover a felicidade
deles? Se a resposta é sim, façamos isso sem demora. (…) Os homens que estão
dispostos a ser os últimos e servos de todos, por amor a Cristo, são sempre bem
poucos. Não obstante, esses são os homens que fazem o bem, que derrubam por
terra os preconceitos, que convencem os incrédulos de que o cristianismo é uma
realidade e que sacodem o mundo.
(…)
A carne e o sangue não são capazes de perceber outra forma de grandeza senão o
poder, a riqueza e as elevadas posições sociais no mundo. O Filho de Deus
declarou que a verdadeira grandeza consiste em nos devotarmos a cuidar dos mais
fracos e humildes de seu rebanho”. Livro: Meditações no Evangelho de Marcos
(RYLE, John Charles. 2. ed., São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2018, pp. 163-164).
TEXTO
ÁUREO
As
suas vestes tornaram-se resplandecentes e sobremodo brancas, como nenhum
lavandeiro na terra as poderia alvejar.” Mc 9.3
LEITURA
BÍBLICA PARA ESTUDO
VERDADE
PRÁTICA
O
discípulo de Cristo deve cultivar uma vida de serviço humilde e abnegado e não
de busca de elogio humano.
INTRODUÇÃO
I- O SERVO É TRANSFIGURADO Mc 9.1-8
1- Brilho incomparável Mc 9.2
2– Presenças ilustres Mc 9.4
3– Entendimento limitado Mc 9.5
II- O PODER DA FÉ GENUÍNA Mc 9.9-32
1– Correção teológica Mc 9.11
2– Reação demoníaca Mc 9.17
3– Disciplina espiritual Mc 9.24
III- O SERVIÇO LEVA À HONRA Mc 9.33-50
1– Vaidade e ambição Mc 9.33
2– Humildade e tolerância Mc 9.35
3– Renúncia e santidade Mc 9.43
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL
DIÁRIO
Segunda –
Marcos 9.7
Terça – Marcos 9.23
Quarta – Marcos 9.29
Quinta – Marcos 9.31
Sexta – Marcos 9.39
Sábado – Marcos 9.40
Hinos da Harpa: 20 – 192
INTRODUÇÃO
Chegamos
à segunda metade do Evangelho de Marcos. A partir de agora, o Servo de Deus marchará
firmemente em direção à cruz. Neste capítulo 9, Jesus manifesta um vislumbre da
beleza da sua glória, ensina sobre o poder da fé genuína e corrige o rumo de
corações egoístas. Para tanto, em cada evento, preciosos segredos de seu Reino
são revelados.
I-
O SERVO É TRANSFIGURADO (Mc 9.1-8)
1- Brilho
incomparável (Mc 9.2)
Seis
dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João e levou-os sós, à parte,
a um alto monte. Foi transfigurado diante deles.
Seis
dias depois da confissão de Pedro e da revelação da natureza sacrificial do discipulado
(Mc 8.29-38), Tiago, João e Pedro estavam com o Servo em um “alto monte” (v.
2). Na ocasião, Jesus foi transfigurado diante deles, a ponto de suas vestes
refletirem um brilho incomparável (v. 3). Mateus refere que o rosto de Jesus
resplandecia como o sol (Mt 17.2). Não fazia muito, Jesus chamara seus
opositores de “hipócritas” (Mc 7.6) – termo que remete ao cenário teatral,
onde o uso de máscaras expressa simples mudança exterior, sem equivalência
interior. A transfiguração, porém, retratou o oposto: exterior refletindo o
interior (Jo 8.12). Séculos antes, Deus revelou sua glória a Moisés no Monte Sinai, a ponto de seu rosto resplendecer (Êx 34.29). Os
“seis dias” representam outro paralelo de Marcos com esse evento central da
história de Israel (Êx 24.16). Diferentemente, porém, Moisés refletiu a glória
de Deus, ao passo que Jesus refletiu sua própria glória (Jo 1.14).
2-
Presenças ilustres (Mc 9.4)
Apareceu-lhes
Elias com Moisés, e estavam falando com Jesus.
Personagens
de destaque estavam presentes na transfiguração de Jesus, tudo a proclamar
profundas verdades espirituais. De fato, Moisés e Elias ali compareceram e
dialogavam com o reluzente Servo (v. 4). O tema da conversa é revelado
exclusivamente por Lucas: a “partida” de Jesus para Jerusalém (do grego êxodos,
“saída” – Lc 9.30- 31). Ou seja, a morte, ressurreição e ascensão de Jesus
representaria a grande libertação da humanidade no Novo Testamento, assim como
o êxodo do Egito representou a libertação no Antigo Testamento. Ademais, Moisés
representava a lei, enquanto Elias retratava os profetas – dois elementos
centrais na história do povo judeu (Ml 4.4- 5) que se cumpriram em Jesus (Mt
5.17). Igualmente, Moisés morreu e foi sepultado (Dt 34.5-6), mas Elias foi
arrebatado (2Rs 2.11). Assim, suas presenças também apontam para o fato de que
Jesus, quando voltar, ressuscitará os corpos dos que já morreram no Senhor e
arrebatará os santos que estiverem vivos (1Ts 4.13-18).
3-
Entendimento limitado (Mc 9.5)
Então,
Pedro, tomando a palavra, disse: Mestre, bom é estarmos aqui e que façamos três
tendas: uma será tua, outra, para Moisés, e outra, para Elias.
Pedro,
Tiago e João estavam no monte da transfiguração testemunhando a glória de Deus.
Todavia, não alcançaram as alturas espirituais do evento. Pedro,
impulsivamente, fala a primeira coisa que lhe vem à mente, propondo a
construção de três tendas, igualando a Jesus com Moisés e Elias (v. 5) – embora
somente Jesus tenha se transfigurado (v. 2). Com isso, demonstrou pouco
discernimento quanto ao verdadeiro significado daquele santo colóquio. O Pai,
que também estava presente, imediatamente corrigiu a teologia dos discípulos,
dizendo- -lhes: “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi” (v. 7). De repente,
todos desapareceram, restando com eles somente a Jesus (v. 8).
A
espiritualidade sadia é cristocêntrica (Cl 1.18). Sendo Filho de Deus, Cristo é
maior que Moisés e Elias (Lc 24.25-27; Hb 1.1-3). Essas mesmas e amorosas
palavras do Pai também serviram para revigorar o coração do Filho a fim de que
cumprisse cabalmente a etapa mais difícil de sua missão: sofrer e morrer em
resgate por muitos (Mc 10.45). De toda forma, a trilha rumo à cruz não impediu
a manifestação da glória de Deus. Em verdade, eis aí o segredo revelado: é o
caminho do sofrimento que conduz à glória (Fp 2.5-11).
II-
O PODER DA FÉ GENUÍNA (Mc 9.9-32)
1-
Correção teológica (Mc 9.11)
E
interrogaram-no, dizendo: Por que dizem os escribas ser necessário que Elias
venha primeiro?
Devido
às suas pressuposições culturais, os discípulos enfrentaram dificuldades para
entender o que havia acontecido no monte da transfiguração, haja vista
presumirem que os justos ressuscitariam simultaneamente (Dn 12.2) e o próprio
Elias viria no fim dos tempos para preparar a vinda do Senhor (Ml 3.1 e 4.5).
Agora, é o Filho quem promove oportunas correções teológicas. Para tanto,
esclarece que Elias já veio (v. 13), sendo que seu papel fora cumprido em João Batista (Mt 17.11-13; Mc 1.2-7; Lc 1.17). Mas se
Elias deveria voltar nos últimos dias, porque era necessário que o Filho do
Homem morresse? Afinal, pressupunham que o Messias viria como rei conquistador
e vitorioso (Jo 6.14-15). O fato é que essa concepção negligenciava a
incontornável doutrina do sofrimento e morte do Servo (Sl 22; Is 53). Tal fé
era equivocada. Logo, ineficaz em poder.
2-
Reação demoníaca (Mc 9.17)
E
um, dentre a multidão, respondeu: Mestre, trouxe-te o meu filho, possesso de um
espírito mudo.
A
vigorosa dinamicidade da narrativa de Marcos segue nos surpreendendo: no mesmo
dia, os discípulos vão da glória do “alto monte” para a mais imunda ação
satânica. Partem de uma grandiosa experiência espiritual para um surpreendente
relato de fracasso ministerial. A vida cristã é mesmo uma “terra de montes e de
vales” (Dt 11.11). Desta feita, um demônio que tentava matar um jovem desde sua
infância (v. 21) o havia transformado em surdo e mudo (v. 25). Embora tivessem
tentado, os discípulos de Jesus haviam falhado na tentativa de expeli-lo (v.
18).
Debate
lançado: o fracasso dos seguidores colocava em dúvida o ministério do Mestre
(v. 14; Mc 6.7). Física e emocionalmente esgotado, o pai do rapaz, desesperado
e banhado em lágrimas, não hesitou em confessar ao Servo sua humildade
espiritual: “Ajuda-me na minha falta de fé!” (v. 24). Jesus não despreza o clamor
de quem lhe deposita toda a confiança: expulsou o demônio e restaurou o menino
a seu pai (v. 25-27). Embora pequena, tal fé era genuína e, por conseguinte,
eficaz em poder (Mc 4.30-32).
3-
Disciplina espiritual (Mc 9.24)
E imediatamente
o pai do menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de
fé! Marcos continua a narrar sobre fé.
Por
que os discípulos tiveram insucesso na expulsão daquele demônio? Porque
negligenciaram algum aspecto da vida com Deus. Afinal, conforme o ensino de
Jesus, fé madura envolve persistente disciplina espiritual, em especial a
prática da oração e do jejum (v. 29). No âmago de todo pecado há uma recusa em
crer nas verdades de Deus, trocando-as por mentiras (Rm 1.25). A humildade desse
pai deve nos inspirar a nunca nos estribar em nossas próprias forças, mas
sempre confiar inteiramente no Senhor Jesus (Jr 17.5-7). O fracasso em nossa
caminhada cristã aponta para a necessidade de buscarmos mais a Deus através da
oração e do jejum (Dn 9.3; Jl 2.12). Descortinado mais um segredo: fé genuína e
disciplina espiritual geram grande poder na batalha contra o mal (Ef 6.10-18).
Incrivelmente, porém, àquela altura, mesmo os discípulos ainda nutriam dúvidas
a respeito de elementos básicos dessa fé poderosa (v. 30-32).
III-
O SERVIÇO LEVA À HONRA (Mc 9.33-50)
1-
Vaidade e ambição (Mc 9.33)
Tendo
eles partido para Cafarnaum, estando ele em casa, interrogou os discípulos: De
que é que discorríeis pelo caminho?
Jesus
promove uma conversa a sós com seus discípulos (v. 33). Pergunta sobre o que
haviam discorrido pelo caminho a Cafarnaum, recebendo como resposta um silêncio
constrangedor. Sabendo que Jesus era um exímio leitor de corações (Mc 2.6-8),
logo perceberam que o Servo sabia que andaram discutindo entre si sobre quem
era o maior (v. 34). Não fazia muito que Jesus expusera a necessidade de seu
sofrimento e morte em favor de pecadores (v. 31; Mc 8.31). Todavia, os corações
dos discípulos engajaram-se em trilha oposta, mergulhados em um espantoso jogo
de vaidade e ambição. Procuremos ser servos humildes e deixemos as grandezas
nas mãos de Deus (Ap 4.9-11).
2-
Humildade e tolerância (Mc 9.35)
E
ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser o primeiro,
será o último e servo de todos.
Para
corrigir esses corações egoístas, Jesus ensinou que aquele que se esforça em
servir aos outros é o maior aos olhos de Deus (v. 35). Para o mundo, grande é
aquele que é servido e exerce poder sobre outros. Porém, no Reino de Deus,
grande é aquele que serve e considera os outros superiores a si mesmo (Fp 2.3).
O verdadeiro líder tem coração de servo (Lc 22.26-27). Em seguida, tomou uma
criança em seus braços e disse: “Qualquer que receber uma criança, tal como
esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer um que a mim me receber, não
recebe a mim, mas ao que me enviou” (v. 37). Ora, naquela época, crianças não
eram vistas como inocentes e puras, mas, sim, como fracas e inferiores.
Acolher
os mais frágeis e esquecidos da sociedade é o caminho para o reconhecimento
divino (Mt 25.34-40; Tg 1.27). João ainda tentou defender os discípulos,
apontando para seu zelo (v. 38), porém, sem êxito (v. 39). Jesus aproveita para
liberar mais um esplêndido segredo espiritual: “… quem não é contra nós, é por
nós” (v. 40). De fato, o Reino de Deus é maior que nossa experiência dele. Por
isso, sejamos tolerantes e também honremos aqueles que servem a Cristo fora do
nosso grupo ou de modo diferente daquele com o qual estamos acostumados. Se
Cristo estiver sendo pregado, então, alegremo-nos (Fp 1.18)! Como já foi dito:
“nas questões essenciais, a unidade; nas periféricas, liberdade; em todas as
coisas, o amor.”
3-
Renúncia e santidade (Mc 9.43)
E,
se tua mão te faz tropeçar, corta- -a; pois é melhor entrares maneta na vida do
que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível.
Jesus,
por fim, ensina que o Reino de Deus exige renúncia completa de tudo aquilo que
nos afasta da santidade e determinação radical para fazer morrer a nossa
natureza terrena (Cl 3.5), ainda que o custo dessa renúncia seja altíssimo – em
linguagem metafórica e com propósitos pedagógicos, o Mestre valeu-se de três
figuras expressivas do corpo humano: mãos, pés e olhos (v. 43-47).
Verdadeiramente, o ato de seguir a Jesus não pode ser motivado pelo simples
desejo de conquistar realizações pessoais. O discipulado é difícil e demanda
uma vida de sacrifícios (Mc 8.34-38). Há uma guerra em curso (Ef 6.10-12).
Portanto, cicatrizes são inevitáveis para o cristão verdadeiro (Gl 6.17). Ceder
à tentação e viver em pecado nos conduzirá a algo bem pior: o inferno, “onde
não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (v. 47-48). A promessa é esta:
humilhemo-nos sob a poderosa mão de Deus e, em tempo oportuno, ele nos exaltará
(1Pe 5.6). Serviço abnegado conduz à honra (v. 41).
APLICAÇÃO
PESSOAL
Uma
vida de amor incondicional a Cristo e rejeição firme ao pecado nos levará a
atender às necessidades dos outros sem esperar por recompensas terrenas. O
coração do cristão verdadeiro não anela satisfação própria, mas a glória de
Deus.
RESPONDA
1)
Que personagens do Antigo Testamento aparecem conversando com Jesus no monte da
transfiguração? R. Elias e Moisés (Mc 9.4).
2) Segundo a lição, a convicção de que o Messias viria como rei conquistador e
vitorioso negligenciava que importante doutrina das Escrituras? R. A do
sofrimento e morte do Servo (Sl 22; Is 53).
3) No Reino de Deus, quem é considerado como grande? R. Aquele que é servo
de todos (Mc 9.35).
LIÇÃO
COMPLETA COMO NA REVISTA
Lição
2, Um coração de Servo
TEXTO
AUREO
"Porque
o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir a dar a sua
vida em resgate de muitos." Marcos 10.45
VERDADE
APLICADA
Precisamos
atentar para Jesus Cristo como nosso exemplo maior de vida comprometida com o
serviço conforme o plano divino.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
Destacar
Jesus como o Servo enviado por Deus.
Apresentar
Jesus como o Servo exemplar.
Mostrar
que devemos servir a Deus e ao nosso próximo.
TEXTOS
DE REFERÊNCIA
MARCOS
9.30. E, tendo partido dali, caminharam pela Galileia, e não queria que alguém
o soubesse. 31. Porque ensinava os seus discípulos, e lhes dizia: o Filho do
Homem será entregue nas mãos dos homens, a matá-lo-ão; e, morto ele,
ressuscitará ao terceiro dia. 32. Mas eles não entendiam esta palavra e
receavam interrogá-lo. 33. E chegou a Cafarnaum e, entrando em Casa,
perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho? 34. Mas eles
calaram-se, porque, pelo caminho, tinham disputado entre si qual era o maior.
35. E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o
primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA
Is 42.1-4 O servo fiel e sustentado por Deus.
TERÇA
Is 52.13 O servo age com sabedoria.
QUARTA
Mc 10.45 Jesus veio a este mundo para servir.
QUINTA
Lc 22.27 O maior a aquele que serve.
SEXTA
10 12.26 O bom servo sempre está ao lado de Cristo.
SÀBADO
GI 5.13 Devemos servir uns aos outros.
HINOS
SUGERIDOS 212, 225, 418
MOTIVO
DE ORAÇAO - Ore para que possamos servir ao Senhor com alegria.
ESBOÇO
DA LIÇÃO
1-
Jesus, o Servo enviado por DEUS.
1-1- O
Servo cheio do Espírito Santo.
1-2- O
Servo que foi tentado a venceu no deserto.
1-3- O
Servo perseverante na oração.
2-
Jesus, o Servo exemplar.
2-1-
Jesus, o exemplo a ser seguido.
2-2-
Jesus, exemplo de obediência.
2-3-
Jesus, nosso exemplo de submissão.
3-
Jesus, o exemplo de Servo em ação.
3-1- O
Servo nos ensina que devemos ser guiados por fé.
3.2. O
Servo nos mostrou ser possível liderar através do serviço.
3.3. O
Servo e Sua influência inspiradora.
INTRODUÇÃO
As
reflexões seguintes nos farão ver que, no evangelho de Marcos, Jesus em seu
ministério teve o cuidado de nos ensinar quão admirável e, entre Seus
discípulos, a disposição para servir.
1-
Jesus, o Servo enviado por DEUS.
A
temática que nos propomos reintroduzir no centro de nossos estudos é procurar
mostrar no evangelho de Marcos que o próprio Filho do Homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar a Sua vida por muitos [Mc 10.45]. No diagnóstico
alcançado pelo apóstolo Paulo sobre a pessoa de Jesus, presenciamos o Seu
caráter servidor: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante aos homens" [Fp 2.6-7].
1-1- O
Servo cheio do Espírito Santo.
Podemos
ver com clareza que Jesus desceu às águas batismais em submissão ao Pai:
"E aconteceu, naqueles dias, que Jesus, tendo ido de Nazaré, da Galileia,
foi batizado por João, no Jordão" [Mc 1.9]. No evangelho de Marcos
visualizamos que antes de Jesus seguir em Sua missão e após ser batizado, o céu
se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Ele e nunca o abandonou [Mc 1.10].
Dentro de cada um dos quatro evangelhos não seria difícil de mostrar que o
Espírito Santo sempre esteve presente no ministério de Jesus, O auxiliando em
cada detalhe a realizar a missão estabelecida pelo Pai.
1-2- O
Servo que foi tentado a venceu no deserto.
Dizem
que o deserto é a escola de Deus. E é verdade. Podemos verificar isso no
evangelho de Marcos, que ocupa uma narrativa nos fazendo ver que, no início do
ministério de Cristo, Ele precisou passar pelo deserto. Marcos destaca que, no
começo da caminhada de Jesus, o Espírito o conduziu para o deserto para ser
tentado por Satanás: "E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ali
esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, a
os anjos o serviam." [Mc 1.12-13].
1-3- O
Servo perseverante na oração.
Não
exclusivamente o evangelho de Marcos, mas, sim, todos os evangelhos descrevem a
vida de oração do Servo. A relação harmoniosa entre o Filho e o Pai nos faz ver
que qualquer leitura dos evangelhos deixa muito evidente a prática constante de
oração na vida de Jesus. Para Jesus a oração era uma parte muito importante de
Sua comunhão com o Pai. Ainda podemos dizer que as Suas orações corroboravam
Seu caráter e a Sua intimidade com Deus. Desse modo, aprendemos com Jesus que
devemos orar antes de tomarmos grandes decisões. Pois, assim como Jesus,
devemos buscar alinhar a nossa vontade a do Pai.
2-
Jesus, o Servo exemplar
Jesus
é o nosso referencial de Servo. Podemos dizer sem medo de errar que não há
nenhum modelo de servo mais solido do que Jesus Cristo.
2-1-
Jesus, o exemplo a ser seguido.
Há
numerosas referências em todo o evangelho de Marcos sobre a entrega de Cristo
como Servo. Neste evangelho o Senhor Jesus Cristo, nosso perfeito Mestre, nos
ensinou o significado de servir sem reclamar por palavras e exemplos. Desse
modo, nós como Seus discípulos somos chamados a servir como Ele serviu. Daqui
não ser exagero afirmar que em nenhum momento a Bíblia deixa transparecer em
Suas páginas que Jesus foi incompreensivo ou desrespeitoso com alguém. Pelo
contrário, Ele servia a todos com o mesmo carinho e atenção. Sendo até os dias
de hoje, o nosso maior exemplo de serviço ao próximo.
2-2-
Jesus, exemplo de obediência.
Estamos
cientes de que o grande princípio da Palavra de Deus é a obediência. No que diz
respeito a obediência, alguns dicionários a definem como uma ação de
submeter-se vontade de alguém. A par desta compreensão, importante dizer que
existem nas Escrituras grandes exemplos de obediência, contudo, o maior deles e
o nosso Senhor Jesus Cristo. Em cada ação do Servo, presenciamos Ele sendo
obediente ao Pai. Assim aprendemos a enxergar que Cristo nos ensinou no
evangelho de Marcos grandes lições sobre a necessidade de obedecer a Deus, de
modo que possamos ser participantes do Seu Reino.
2-3-
Jesus, nosso exemplo de submissão.
Em
todo o evangelho de Marcos, Jesus deu o exemplo de submissão ao Pai. Podemos
observar do capítulo um ao capítulo dezesseis deste evangelho que Jesus veio
cumprindo os desígnios de Deus. O evangelho de Marcos nos apresenta que Jesus
cumpriu todo o projeto que o Pai idealizou para a salvação da humanidade. Como
nos mostra este evangelho, Jesus em nenhum momento se insubordinou à vontade do
Pai. Paulo diz que Ele foi obediente até a morte e morte de cruz [Fp 2.8].
3-
Jesus, o exemplo de Servo em ação.
Existe
pouco relato sobre o ensino de Jesus no evangelho de Marcos. Claro está para
nos que, na maior parte da narrativa deste evangelho, observamos Jesus fazendo
coisas a nao falando. Daí a necessidade de estuda-lo em toda a sua totalidade,
para aprendermos com Marcos que, como servos de Cristo, não podemos permanecer
imparciais, necessitamos responder efetivamente ao nosso chamado.
3-1- O
Servo nos ensina que devemos ser guiados por fé.
Percebemos
no evangelho de Marcos de forma incontestável que devemos ter fé no Senhor
Jesus Cristo a ponto de confiarmos a Ele todas as nossas dores [Mc 1.40-42].
Marcos nos apresenta que devemos nos achegar a Cristo e Ele cuidará de nós [Mc
10.51-52]. Ainda podemos enxergar neste evangelho que carecemos de colocar
nossa fé em Cristo, tornando-nos Seus discípulos para cumprirmos o Ide
determinado por Ele [Mc 16.15-18]. Em Marcos fica evidenciado que Jesus sempre
nos socorre em todas as nossas situações de ansiedade, medo e dores que
enfrentamos [Mc 4.35-41].
3-2- O
Servo nos mostrou ser possível liderar através do serviço.
No
evangelho de Marcos encontra-se largamente difundida a ideia de que Jesus
liderava através do serviço: "E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam.
E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue,
porque para isso vim. E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galileia, e
expulsava os demônios:” [Mc 1.37-39]. A partir de uma análise dos quatro
evangelhos podemos identificar que este evangelho é o que mais destaca essa
observação. Desse modo, compreende-se facilmente que, como Seus discípulos,
devemos imitá-Lo no serviço.
3-3- O
Servo a Sua influência inspiradora.
No
evangelho de Marcos Podemos conhecer Jesus pelo que Ele é. Passamos a
conhecê-Lo por suas ações e cuidado com todos. Se bem observado podemos ver
Nele uma influência inspiradora para todos nós. Podemos dizer sem medo de errar
que Jesus é o Homem perfeito, o nosso maior padrão de integridade e justiça.
Sua disposição em servir na melhoria das pessoas era extraordinária. Por tudo
que fez, Jesus tornou-se o modelo dos fiéis na Palavra, no procedimento, no
amor, na fé e na pureza [1Tm 4.12].
CONCLUSÃO
Aprendemos
nesta lição que devemos ter o mesmo comportamento de Cristo, que
"aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo" [Fp 2.7].