Escrita Lição 2, Central Gospel, A Superioridade de Cristo Sobre os Anjos, 1 Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 

Lição 2, Central Gospel, A Superioridade de Cristo Sobre os Anjos

 


 

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) 2° Trimestre De 2022 | Tema: HEBREUS E TIAGO – Jesus: Autor e Consumador da Fé Escola Biblica Dominical 

 

SUBSÍDIO REVISTA PECC

Lição 02: HEBREUS 1e 2 – Jesus é Superior aos Anjos | 2 ° Trimestre De 2022 | EBD – Pecc

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Hebreus 1 e 2 há 14 e 18 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Hebreus 1.4-14 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Queridos professores, o capítulo 2 de Hebreus é a continuação da exaltação de Cristo sobre os anjos. Vale ressaltar que somente no século XIII que Estêvão Langton, arcebispo de Canterbury, introduziu o sistema que agora conhecemos como capítulos da Bíblia. Os versículos foram adicionados bem mais tarde pelo impressor Estêvão, em sua edição do Novo Testamento grego, em 1551. Diante do exposto, devemos considerar que a carta era um único rolo de pergaminho ou papiro sem as divisões atuais. Portanto, para entender o capítulo 2 devemos relembrar as menções feitas aos anjos no capítulo 1. Será de grande valia para o professor consultar livros de teologia sistemática sobre o tema Angelologia, para enriquecer a aula.

OBJETIVOS

Exortar acerca da responsabilidade do Cristão.
Exaltar a pessoa de Cristo em relação aos anjos.
Explicar a humildade de Cristo ao tornar-se homem.

PARA COMEÇAR A AULA

Os anjos são espíritos ministradores a serviço da Igreja, mas ao longo dos séculos muitas distorções teológicas ocorreram por falta de conhecimento da Palavra. Enquanto muitos exaltam, prestam cultos e idolatram os anjos, outros desprezam a existência e a atuação dos mesmos em nossos dias. Pergunte aos alunos se já ouviram ou leram acerca de seitas que idolatram os anjos, ou acerca de outras seitas que afirmam que Jesus não é Deus, mas apenas um Anjo ou mais especificamente o Arcanjo Miguel.

LEITURA ADICIONAL

A primeira seção [do capítulo 2] (v 5-9), que esboça a necessidade da salvação e os meios pelos quais ela é atingida, se torna mais inteligível se é conectada com 1.14. Anjos são enviadas para servir aqueles que hão de herdar a salvação (1.14): Não foi a anjos que ele sujeitou o mundo que há de vir (2.5) Nessas palavras, o autor está dizendo que apesar do que pode ter sido uma política de ação temporária (…), não era o propósito de Deus dar aos anjos soberania sobre seu “sistema moral, organizado” (…). Essa soberania, ele reservou somente para o homem, como mostra tão claramente o uso de Sl 8 (observe a forma casual em que ele introduz sua citação, lit. “alguém testemunhou em algum lugar, sugerindo que para o autor de Hebreus a ferramenta é insignificante, na verdade, foi Deus quem falou): Tu […] o coroaste (o homem, o filho do homem) de glória e de honra: tudo sujeitaste debaixo dos seus pés (v.7b,8). Isto então é o ideal divino (cf. Gn 1.26-28) o homem deve governar; o filho do homem que foi feito somente “por um pouco […] menor do que Deus” (SI 85, ARA), foi destinado a ser soberano, e nada deve existir que não esteja debaixo dos seus pés (v.8).

E nesse ponto, no entanto, que a necessidade de salvação se torna completamente clara, pois não vemos que todas as coisas estão sujeito homem (v.8b). O alvo de Deus para o homem não está sendo atingido. Contudo, os propósitos divinos não podem ser frustrados. O v.9 revela que Deus proveu o meio para a salvação. Ele encontrou um caminho de trazer o homem de volta ao seu lugar de soberania: Jesus, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos é agora coroado de honra e de glória. [Observação: Aqui pela primeira vez temos a menção do nome “Jesus”. É uma designação favorita, usada 13 vezes pelo autor de Hebreus em sua carta) (..) A expressão feita menor do que os anjos, significa, provavelmente, pouco mais do que o Eterno se tornou humano, pois se deve perceber que essa expressão foi tomada por empréstimo de Sl 8 (citado anteriormente), e é o único que diz alguma coisa acerca da natureza do homem. Por isso, quando o autor de Hebreus afirma que Jesus foi feito menor do que os anjos, ele está simplesmente dizendo, por meio da fraseologia bíblica, que o Filho de Deus se tornou encarnado como homem, que ele assumiu a posição de homem. Mas essa é uma declaração tremendamente importante, mesmo assim, pois no seu pensamento foi somente nesse ato de autoidentificação com a raça humana que pela graça de Deus ele foi capacitado para que experimentasse a morte (9)

Livro Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento (Bruce F.F. São Paulo: Vida, 2008.

TEXTO ÁUREO

“Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” Hb 1.14

LEITURA BÍBLICA PARA ESTUDO

Hebreus 1.4-14

VERDADE PRÁTICA

O Filho é superior aos anjos, contudo, fez-se menor para nos salvar.

INTRODUÇÃO
I- O FILHO É SUPERIOR AOS ANJOS Hb 1.4-13
1-
 Por causa do Seu nome Hb 1.4
2– Por causa da Sua natureza Hb 1.8
3– Por causa da Sua exaltação Hb 1.13
II- CLASSIFICAÇÃO DE ANJOS
1-
 Querubins
2– Serafins
3– Arcanjo
III- MISSÃO DOS ANJOS Hb 1.6-14
1
– Adorar Hb 1.6
2– Cumprir os propósitos de Deus Hb 1.14
3– Servir os salvos Hb 1.14
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Hebreus 1.9
Terça – Hebreus 1.10
Quarta – Hebreus 1.13
Quinta – Hebreus 2.12
Sexta – Hebreus 2.12
Sábado – Hebreus 2.13

Hinos da Harpa: 252 – 124

INTRODUÇÃO

Considerando o grande interesse que os judeus tinham pelos anjos o autor aos Hebreus vai demonstrar a superioridade de Jesus em relação a eles, provando assim que, uma vez que a Lei foi trazida por anjos e Cristo é superior aos mesmos, a revelação que Ele trouxe também é superior à lei. Por que voltar ao Judaísmo se o evangelho é superior?

1- O FILHO É SUPERIOR AOS ANJOS (Hb 1.4-13)

Anjos são seres espirituais e pessoais criados por Deus. Eles possuem capacidades morais e intelectuais e estão à disposição de Deus para cumprirem os seus propósitos.

1- Por causa do Seu nome (Hb 1.4) “ Tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles”

Mesmo que os anjos sejam num certo sentido, seres mais elevados que o homem, eles não são de maneira alguma superiores ao Filho, porque “ele herdou” um nome que é superior ao deles. Até este momento, o Filho não foi apresentado pelo nome, seja como Jesus ou como Cristo, o que ocorre só a partir de Hebreus 2.9. O nome do Filho aqui não se refere a um nome pessoal específico, mas à sua designação como Filho unigênito de Deus, o Filho único. Isso subentende um tipo de relacionamento ímpar, mais estreito e íntimo, o qual nenhum dos anjos jamais teve ou terá. Eles até podem ser chamados “filhos de Deus” (Jó 1.6; 38.7), “poderosos” (SI 29.1) ou “santos” (SI 89.6), mas permanecem seres criados, em contraste com o Filho unigênito, que é Criador deles.

A pergunta retórica em Hebreus 1.5 comprova a tese do autor Citando os Salmos, ele demonstra a extensão dessa superioridade exatamente por causa do relacionamento inigualável do Filho com o Pai.

2- Por causa da sua natureza (Hb 1.8) “ Mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus é para toda a sempre e Cetro de equidade é a cetro do seu reino”

Como excelente conhecedor que era do Antigo Testamento, o autor aos Hebreus apresenta uma lista de sete citações veterotestamentárias. Já vimos uma delas, agora ele apresenta outra demonstrando a natureza singular do filho: “O teu trono, ó Deus é para todo o sempre.” (51 45.6). O filho é superior aos anjos não apenas pelo seu relacionamento com o Pai, mas porque sua natureza é completamente diferente. Enquanto os anjos são criaturas, Ele é o criador. Enquanto os anjos tiveram um começo, o Filho é eterno, Anjos são servidores, o Filho é Senhor Anjos adoram, Jesus é adorado. Anjos anunciaram sua concepção (Lc 1.26-27): seu nascimento (Lc 2.9-11): trouxeram-lhe comida (Mt 4.11); confortaram-no (Lc 24.4).

3- Por causa da Sua exaltação (1.13) “Ora, a qual dos anjos jamais disse Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés?

A resposta à pergunta é tão óbvia que se faz desnecessária. O escritor sagrado estabelece um contraste inequívoco entre o Filho entronizado e os anjos ministradores. A função deles (de todos) é eminentemente de serviço, enquanto a função do Filho como servo foi temporária. O fato do Filho ter sido exaltado mostra que sua missão foi completada, ao passo que a dos anjos é permanente e nunca serão entronizados. Nenhum anjo, por mais exaltado que fosse jamais foi apresentado sentando-se na presença de Deus, muito menos na sua mão direita.

O Filho tem trono eterno, um cetro de justiça e um reino universal. Anjos não têm nada disso, ao contrário são seus súditos. Essa exaltação do Filho será mencionada por Pedro em seu sermão no dia de Pentecostes relacionando-a com a autoridade de derramar o Espírito Santo, privilégio que jamais anjo nenhum teve ou terá: “Exaltado, pois, à destra de Deus tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (Atos 2.33)

Ser escolhido por um rei para assentar-se à sua mão direita é a maior honra que alguém poderia esperar receber. Esse é o lugar que Jesus recebeu quando completou sua obra salvadora, João e Tiago, os filhos de Zebedeu, almejaram assentar-se à direita e o outro à esquerda de Jesus (Mt 20.21)

II – CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS

A palavra anjo significa “mensageiro”. A Bíblia não declara com exatidão quando eles foram criados. Isso não é relevante, mas sim o fato de serem criaturas de Deus. Provavelmente foram criados todos juntos, pois não podem procriar (Mt 22.30). Além dos anjos em sentido geral, a Bíblia revela certas classes deles: Querubins, Serafins e Arcanjo. “Anjo do Senhor” é consenso tratar-se de uma Teofania, ou seja, uma manifestação de Deus e não de uma categoria angelical

1- Querubins

O hebraico é “qeruh”. “Querubim é plural (o plural em hebraico se faz com “im” e não com “s”). Eles impediam o retorno ao Jardim do Éden (Gn 3.24). Dois deles estavam representados sobre o propiciatório, que era a tampa da arca do Senhor (Êx 25.17-20; Hb 9:5). Parece ser sua função proteger lugares e objetos sagrados. Eram destinados a revelar o poder, a majestade, a glória de Deus, e a defender a santidade de Deus (Ex 10.1-4)

2- Serafins

O hebraico é seraf, derivado de “saraph” que significa “queimar consumir com fogo”: Os Serafins são os anjos em fogo. “Seres ardentes” seria uma boa definição São mencionados apenas em Isaías 6.2,6. São representados simbolicamente em forma humana com seis asas cobrindo o rosto, os pés e duas prontas para execução das ordens do Senhor. Permanecem servidores em torno do trono do Deus Poderoso, cantam louvores e proclamam a santidade de Deus. A proximidade destes seres ao Deus Santo os faz arder em fogo. São seres em constante adoração a Deus. Eles repetem constantemente que Deus é santo. A ideia do texto não é três vezes santo, como querem alguns, mas infinitamente santa. É um recurso literário, indicando um tipo de ênfase.

3- Arcanjo

O termo arcanjo só ocorre duas vezes nas escrituras (1Ts 4.16; Jd 9). Significa primeiro, principal, anjo maioral. Miguel é o único a ser chamado de arcanjo e aparece comandando seus anjos (Ap 12.7) e como príncipe do povo de Israel (Dn 10.13,21: 12.1). A maneira pela qual Gabriel é mencionado também indica que ele é um anjo maioral de classe muito elevado. Ele está diante da presença de Deus (Le 1:19) e a ele são confiadas as mensagens de mais elevada importância relacionadas ao reino de Deus (Dn 8.16; 9.21). Apesar de a Bíblia denominar apenas Miguel como arcanjo, a teologia judaica considera Gabriel como arcanjo. Os arcanjos são seres ligados a momentos muito especiais e decisivos. Sua voz será ouvida por ocasião do arrebatamento (1Ts 4.16).

III- MISSÃO DOS ANJOS (Hb 1.6-14)

Lamentavelmente, o misticismo moderno tem atrapalhado a correta compreensão do que sejam os anjos. Eles não podem ser manipulados a bel prazer por pessoas supostamente “ungidas” Anjos obedecem ordens divinas e não dos homens. O estado servil dos anjos é enfatizado pelo escritor Eles são como os ventos e os relâmpagos, que são parte da criação de Deus e completamente obedientes a Deus. O texto de Hebreus 1.7 compara os anjos aos ventos e às chamas de fogo para indicar que embora façam obras poderosas, eles permanecem como humildes servos. As principais missões dos anjos são:

1- Adorar (Hb 1.6) “ E novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.”

Não somente o Filho é maior que os anjos, mas ele é adorado pelos anjos”: O Filho é o criador dos anjos, e Deus ordena a essas criaturas que honrem o seu Filho. Eles adoraram a Deus na criação (Jó 38.7), em Isaías 6.3 os Serafins clamavam uns aos outros dizendo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos”. Poucas vezes a Bíblia repete algo três vezes seguidas. Mencionar algo três vezes é elevá-lo ao grau superlativo. Apenas esta vez um atributo de Deus é mencionado três vezes seguidas. Quando Cristo foi introduzido no mundo, a ordem foi: “E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 16). O ministério da adoração permanecerá pela eternidade, onde anjos e os remidos o adorarão pelos séculos dos séculos. Anjos adoram, não são adorados. Adoração, culto e orações a anjos são práticas condenadas por Deus. Os anjos não são dignos de adoração, mas sim agentes da providência divina

2- Cumprir os propósitos de Deus (Hb 1.14) “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?”

Eles executam toda e qualquer ordem vinda de Deus. Apesar de serem poderosos e capazes de entender muitas coisas, os anjos,
1) Não são oniscientes,
2) Não são onipresentes,
3) Não são onipotentes,
4) Não podem pregar o evangelho, pois, essa nobre tarefa Deus outorgou à sua Igreja (1 Pe 1.12).
Não devemos subestimar o ministério dos anjos. Além de proteger os filhos de Deus, eles são usados para livramentos especiais. “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra (SL 34.7). Uma das atribuições angelicais está ligada a livramento e proteção.

3- Servir os salvos (Hb 1.14) “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?”

Eles ficam de prontidão, permanente prontos para obedecer às ordens de Deus e servir os “que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14).
Neste versículo conclusivo do capítulo 1, o escritor propõe uma questão retórica que aguarda uma resposta positiva: “Os anjos não são espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?”. A resposta é: Sim, todos são. Ao contrário das respostas às questões dos versos 5 e 13, cujas respostas são negativas. A expressão “todos eles” também merece especial atenção. Todos eles incluem todas as categorias angelicais. Eles não tiram férias, não descansam e não dormem. Que consolo para nós!

Os anjos não são uma raça, mais um batalhão, um exército. Constituem uma inumerável multidão, pois João relata em Apocalipse que ele “ouviu a voz de muitos anjos, de milhões de milhões e milhares de milhares” (Ap 5.11). São muitas as manifestações de anjos no Antigo Testamento e também no Novo Testamento. Nos dias atuais, eles continuam se manifestando em cumprimento às ordens de Deus a serviço do seu povo para livrar, proteger e ajudar.

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APLICAÇÃO PESSOAL

Os Anjos são considerados importantes na transmissão da mensagem divina. Sendo Jesus superior a eles, quais as consequências de rejeitarmos Sua mensagem?

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RESPONDA

1) Conforme a lição, mencione duas razões pelas quais Jesus é superior aos anjosR. Por causa do seu nome e da Sua exaltação
2) Qual o único arcanjo mencionado nas Escrituras? 
R. Miguel
3) Mencione duas funções dos anjos estudadas na lição. 
R. Adorar a Deus e servir os salvos

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COMPLETA COMO NA REVISTA

Lição 2, Central Gospel, A Superioridade de Cristo Sobre os Anjos

  

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Hb 1.4-9, 13,14

4 feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
5 Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
6 E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
7 E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labareda de fogo.
8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.
9 Amaste a justiça e aborreceste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.
13 E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés?
14 Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?
Hebreus 2:1-3

1Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas.
2Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,
3como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram;



 

TEXTO ÁUREO

Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome.

Filipenses 2.9

 

COMENTÁRIO

Palavra introdutória

Uma vez que o tema de Hebreus é a superioridade de Cristo e da salvação que Ele oferece em relação à Lei dada a Moisés, o escritor discorre amplamente sobre os seres angelicais, afirmando, porém, que Jesus é superior a todos eles (Hb 1.1-2.18). Era urgente e necessário para os crentes judeus entenderem que Jesus está acima dos anjos em todos os aspectos, pois Sua mensagem e missão têm finalidades infinitamente mais sublimes.

 

1- OS ANJOS NA BÍBLIA

Os anjos são mencionados mais de 100 vezes no Antigo Testamento, e mais de 160 vezes no Novo Testamento. Sabe--se que eles são mensageiros de Deus (Mt 1.20; Lc 1.11,13-17,19). Com frequência, suas mensagens trazem orientações do Altíssimo às pessoas (At 10.3-5; Hb 1.14).

 

1-1- A natureza dos anjos

Mesmo atuando em favor dos que hão de herdar a vida eterna, os anjos são criaturas limitadas, se comparados ao senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, o messias, o criador que está assentado à direita do Pai (Hb 1.2-4). Ademais, no que tange à sua natureza, pode-se afirmar que eles:

- são imortais, santos (Mt 25.31) e possuem grande poder, oriundo de Deus (SI 103.20; 2 RS 19.35);

- possuem inteligência e sabedoria superiores (2 Sm 14.17b);

- são espíritos criados; não têm corpo, mas podem assumir forma humana quando estão ministrando na terra;

- serviram a Jesus em algumas ocasiões quando Ele esteve aqui na terra (Mt 4.11; LC 22.43); agora, servem ao Senhor e a nós.

 

1-2- Por que tanta atenção aos anjos?

Seria surpreendente para o leitor judaico típico ouvir que um homem tinha uma posição mais elevada que a dos anjos, em função de eles terem ajudado a entregar a Lei a Moisés, no monte Sinai (Dt 33.2). Estêvão e Paulo, séculos depois, continuavam a afirmar que a Torah fora promulgada por meio de anjos (At 7.53; Gl 3.19), uma indicação de que o povo da aliança se orgulhava do fato de milhares de seres celestiais terem sido designados pelo Eterno para o estabelecimento de Sua Lei.

 

2- A SUPERIORIDADE DE JESUS EM RELAÇÃO AOS ANJOS

A mais excelente designação de Jesus é a de Filho, que expressa não a condição gerada literal, mas o sentido divino do termo: Cristo é possuidor da mesma natureza do Pai (Hb 1.3b).

 

2-1- O Primogênito gerado pelo Pai

Primogênito (Hb 1.6) é o termo utilizado,

 simbolicamente, pelo escritor sagrado, para indicar não a ordem de nascimento, mas a posição principal daquele que tem a primazia. Trata-se de um título hierárquico e honorífico atribuído a Cristo, visto que o primogênito recebe uma herança e bênção especiais (Gn 27.36; Hb 12.16). Assim como Paulo disse que Cristo tem lugar de honra sobre toda a Criação (Cl 1.17,18), o escritor de Hebreus replica esse sentido em seu livro, colocando Cristo acima dos anjos (Hb 1.6).

 

2-2- O Filho pela ressurreição

O salmista faz-nos saber que Jesus é o Filho de Deus, desde a eternidade: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei (SI 2.7; messiânico). Esta realidade evidencia-se em Sua ressurreição (Rm 1.4 NTLH). Cristo humilhou-se e  

      fez-se homem (FP 2.5,6). No exercício de Seu

ministério terreno, Ele declarou ser Filho de Deus, reafirmando Sua divindade (Jo 5.17, 18). Antes de ser crucificado, Jesus glorificou a humanidade que o Pai lhe dera e recebeu de volta a glória eterna que havia ocultado (Jo 17.1,5).

 

SUBSÍDIO1

Atanásio, teólogo cristão do século quarto, referindo-se à eternidade de Jesus, disse: "O Pai não seria Pai, se não existisse o Filho.".

 

3- JESUS HOMEM, POR UM POUCO, MENOR QUE OS ANJOS

Assim como as Escrituras revelam a deidade absoluta de Jesus, elas ensinam que Ele é plenamente humano (1 Tm 2.5). Ao dizer: Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos (Hb 2.7 ARA), o escritor emprega essas palavras referindo-se não a Jesus, mas à Sua humanidade (SI 8.4-6).

 

 3-1- O Filho deve ser adorado pelos anjos

Cristo, o Primogênito, foi adorado pelos anjos quando trazido ao mundo (Lc 2.13, 14). O Pai ordenou que os

      seres celestiais assim o fizessem, ratificando a

     divindade do Filho gerado, pois nenhum anjo se

         prostraria diante de uma simples criatura

                              (Dt 2.43; SI 97.7).

 

3-2- Jesus está à direita de Deus

O Filho está com o Pai, no céu, o reino espiritual descrito pela perspectiva humana como lugar que está elevado acima da terra (SI 103.11). Esta é a posição de honra dada somente a Cristo, e a mais ninguém: E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra (...)? (Hb 1.13).

 

3-3- Jesus é criador, messias e rei

No segundo capítulo da carta aos Hebreus, o escritor parte da posição exaltada que o Filho ocupava diante do Pai nos tempos mais remotos da eternidade (Hb 2.7-9); passa pela encarnação, como o messias prometido para salvar o perdido (Hb 2.17); e estende-se até o Seu estado de exaltação junto ao Pai no presente momento. O Filho é chamado Deus, como de fato Ele o é (Hb 1.8), além de ser também rei, cujo cetro (símbolo da autoridade real) é de retidão.

 

CONCLUSÃO

Quando Cristo fez-se homem, Ele não se tornou inferior aos anjos, pois em Seu corpo terreno realizou algo que os anjos jamais poderiam fazer: levar-nos das trevas para o Seu reino de luz. Glórias, pois, a Ele

eternamente!

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1- Por que a Bíblia diz que Jesus foi feito, por um pouco, menor que os anjos?