Escrita Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
Lição 11, Central Gospel, Os
Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O QUE SIGNIFICA MORRER NO SENHOR?
(Apocalipse 14.13)
1.1. Um testemunho maravilhoso (Apocalipse 2.13)
1.2. Fidelidade total até a morte (Apocalipse 2.10)
1.3. A esperança da ressurreição (Isaías 26.19)
1.4. Descanso para o povo de DEUS (Hebreus 4.9,10)
2. ONDE ESTÃO OS MORTOS? (Lucas 16.22,23)
2.1. Dois destinos para toda a humanidade (Mateus 7.13,14)
2.2. Onde estão as pessoas ímpias que Morreram? (Apocalipse 21.8)
2.3. Onde estão os que morreram no Senhor? (2 Coríntios 12.4)
3. OBRAS QUE SEGUEM (Hebreus 11.4)
3.1. Praticando boas obras (Salmo 37.25,27-29)
3.2. Abençoando, somos abençoados (Ezequiel 18.5,7-9)
3.3. Formando um bom caráter (Gálatas 4.19)
3.4. Conduzindo à justiça (Daniel 12.3)
3.5. Abençoando vidas carentes (Salmo 112.9)
TEXTO BÍBLICO - Apocalipse 14.13,14
13 - E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados
os mortos
que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o ESPÍRITO para que
descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.
14 - E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um
semelhante
ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro,
e na sua mão uma foice aguda.
Apocalipse 21.7,8
7 - Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu DEUS, e
ele será meu filho.
8 - Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e
aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos
os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a
segunda morte.
TEXTO ÁUREO
Bem-aventurado e santo aquele que tem parte
na primeira ressurreição. Apocalipse 20.6a
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Filipenses 1.21-23 Para mim o viver é CRISTO
3ª feira – Marcos 12.18-27 Os saduceus e a ressurreição
4ª feira – Mateus 27.50-53 Os corpos dos santos foram ressuscitados
5ª feira – 1 Coríntios 15.1-57 A ressurreição
6ª feira – Filipenses 3.17-21 A nossa cidade está nos céus
Sábado – Lucas 16.19-31 A parábola do rico e Lázaro
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- entender que a vida é passageira e que, um dia, todos partirão
para a eternidade;
- preparar-se para os eventos do fim;
- entender que a humanidade caminha de maneira célere para o fim de
sua história.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, nesta aula, estudaremos o estado dos mortos em CRISTO.
A título de auxílio didático, veja algumas promessas para os salvos em CRISTO
na eternidade:
- terão o direito de comer da árvore da vida (Ap 2.7);
- receberão o maná escondido e a pedra branca (Ap 2.17);
- terão poder e autoridade sobre as nações (Ap 2.26);
- terão vestes brancas, como o Senhor (Ap 3.5);
- serão coluna no santuário de DEUS (Ap 3.12);
- sentar-se-ão com o Senhor em Seu trono (Ap 3.21).
Veja ainda algumas coroas destinadas aos salvos em CRISTO na
eternidade coroa de glória (1 Pe 5.4); coroa incorruptível (1 Co 9.25); coroa
de alegria (Fp 4.1; 1 Ts 2.19,20); coroa de justiça (2 Tm 4.8); coroa da vida
(Ap 2.10)! Excelente aula!
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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A Bíblia afirma a existência de duas ressurreições. João 5:28 a 29
diz: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham
nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a
ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do
juízo”. Agora, Apocalipse 20:5 e 6: “Os restantes dos mortos não reviveram até
que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado
e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda
morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de DEUS e de CRISTO
e reinarão com ele os mil anos”.
HADES - Hades é outro nome de Plutão, deus grego do submundo ou
inferno. Esse nome foi transferido para o próprio reino dos mortos - O Hades
dos gregos tinha duas partes. A parte mais profunda, onde as almas eram
castigadas, às vezes era chamada de Tártaro e o lugar das almas abençoadas
tinha o nome de Campos Elíseos (Edith Hamilton, Mythology, p. 39). Devemos
tomar cuidado ao incluir essas ideias pagãs gregas no vocabulário cristão.
Assim como a palavra grega theos, ou "deus", adquiriu um novo
significado no conceito judaico e cristão, a palavra hades também não deve ser
definida a partir de seu uso grego, mas do NT. A palavra hades é usada cerca de
dez vezes no NT:
1. Em Mateus 11.23 e Lucas 10.15. Aqui, como ressaltado na versão
ExpB, céu e hades são expressões proverbiais para a maior exaltação e a maior
degradação.
2. Em Mateus 16.18, a expressão "portas do inferno" (cf.
Jó 38.17; Is 38.10) é totalmente figurada. Provavelmente seja a imagem de uma
cidade murada com portões e barras. Esse verso poderia referir-se a um ataque
do reino de Satanás - que será derrotado.
3. Em Lucas 16.23, ela representa uma clara referência. A palavra
hades é usada para o lugar de tormento em contraste com o lugar de
bem-aventurança. Alguns a chamam de parábola, mas não existe nenhuma indicação
a esse respeito. Mas, de qualquer modo, a palavra é usada para designar um
lugar de punição.
4. Em Atos 2.27,31, essa passagem fica complicada pelo fato de
existir uma citação do AT com um significado bastante discutido. A opinião
geral é que ela se refere à descida de CRISTO ao reino dos mortos para pregar
aos pecadores ou libertar os justos do compartimento superior do Hades e
levá-los ao céu. O problema com essa explicação é que CRISTO já havia falado
que Hades era um lugar de tormento. E, em outra passagem, Ele disse que depois
de sua morte não estaria nesse lugar, mas no paraíso (Lc 23.43), junto com DEUS
Pai (Jo 16.28).
Uma opinião alternativa poderia interpretar essa passagem de acordo
com a sua forma original expressa no AT, no Salmo 16.10. Ali, a afirmação
"não deixarás a minha alma no inferno" certamente não está
referindo-se à condenação da natureza espiritual ao mundo dos mortos. A palavra
nepesh significa frequentemente apenas o "indivíduo" e raramente
"a natureza espiritual". O paralelo seria: "Nem permitirás que o
teu SANTO veja corrupção". Seria lógico adotar a primeira parte como um
paralelo sinónimo de-"não deixarás a minha alma na morte" (Veja o
tratamento dado por C. F. H. Henry, ed., "The Biblical Expositor",
II, p. 59ss.). Assim, a palavra hades nessa citação do AT teria sido usada com
seu significado hebraico original, isto é, she'ol, que muitas vezes significa
simplesmente "sepultura" (q.v.).
5. Em Apocalipse 1.18; 6.8; 20.13,14, esses
versos também estão em sentido figurado. No primeiro (Ap 1.18), CRISTO
está segurando as chaves da morte e do hades. Essa expressão lembra as
"portas do inferno [/iodes]" de Mateus 17.18. O hades é retratado
como uma cidade murada, nesse caso provavelmente uma prisão. Na passagem
seguinte (Ap 6.8), a palavra hades também está ligada à morte e personificada
como inimiga de DEUS e dos homens. Em Apocalipse 20.13,14, as palavras morte e
hades aparecem ligadas novamente, trazendo os ímpios que estão presos e
aguardando o juízo final. Esse uso é uma reminiscência da passagem em Lucas
16.23 e fortalece a ideia de que a palavra Hades do NT significa a residência
dos pecadores mortos.
Dicionário Bíblico Wycliffe
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O ESTADO
INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS
O que significa
"Estado Intermediário dos Mortos"?
O estado
intermediário é um período entre a morte de alguém e a ressurreição final do
fim dos tempos.
A Bíblia não
tem muito a dizer sobre o estado intermediário. Sua ênfase recai sobre a volta
de CRISTO.
As pessoas indagam
sobre como é após a morte. Confesso que, como um ser ainda vivo não saberia
dizer sobre a morte, ou como é ou como foi ou como será.
Talvez alguém que
foi morto e voltou possa dizer como foi. Mas afirmo, é difícil descrever como
seria isso.
Baseado na Bíblia,
livros e nos estudos escatológicos (estudo do que acontecerá quando
todas as coisas forem consumadas, particularmente, no que se refere na segunda
vinda de CRISTO) podemos dizer, resumidamente, de modo que os irmãos venham
entender sobre o “ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS”.
Onde estão os
mortos?
Esta questão
preocupa praticamente todas as religiões que já surgiram no mundo desde os mais
remotos tempos do aparecimento do homem sobre a Terra. Como exemplo podemos
citar:
Gregos –
diziam que os mortos iam para as “Ilhas dos Bem-Aventurados”, onde ficavam
aguardando o julgamento por três representantes do mundo subterrâneo. Se o
morto tivesse sido bom durante sua vida, e os juízes estabelecessem sua
retidão, ele podia entrar nos Campos Elíseos (um tipo de paraíso), um
lugar ocupado pelos heróis e pelos homens virtuosos, segundo a mitologia
Greco-latina. Ali os mortos estariam em uma terra de música e luz, de ar doce e
agradável. As almas boas viveriam ali para sempre.
Outras opiniões de
várias religiões preocupam-se sobre essa questão dos mortos, por exemplo:
Romanos –
Imaginavam a eternidade como espelho desta vida.
Muçulmanos – A
morte traz recompensas e punição.
Hindus e
budistas – dizem que as almas voltam a este mundo vezes seguidas, até que
alcancem a bem-aventurança eterna. Supõe que essa purificação acontece através
da transmigração das almas. Isto é, depois da morte a alma volta a reencarnar
no corpo de um animal inferior ou de outro ser humano. Há grande semelhança
entre essa crença e o que o espiritismo ensina quanto à reencarnação.
Teoria da
transmigração – a alma passa de um corpo para outro até ser purificada.
Então ela é autorizada a entrar na morada dos deuses. Os budistas chamam esse
lugar de “Nirvana” (s. m. A beatitude (bem-aventurança; bem-estar
espiritual) budista, isto é, a extinção da individualidade e sua absorção no
supremo espírito do Universo – Dic. Silveira Bueno), enquanto os hindus
brâmanes dizem que a alma se une a Brahma (divindade indiana, dotada
do poder de criação), o poder universal.
Com quem está a
verdade?
A verdade está
revelada na Palavra de DEUS, a Bíblia, e isso não deixa lugar para especulações
seja quem for, mesmo que as pessoas sejam bem-intencionadas. A Palavra de DEUS
afirma enfaticamente que uma das razões porque JESUS veio a este mundo, foi
para nos mostrar como podemos ter vida abundante não apenas aqui, mas também
eterna, no além. A Bíblia diz: “... segundo o poder de DEUS, que nos
salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas
conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em CRISTO JESUS,
antes dos tempos eternos.” (2Tm 1.8,9).
Não precisamos
ficar confundidos ou desencorajados a respeito do destino dos mortos porque
temos a Palavra de DEUS e a revelação de Seu Filho JESUS CRISTO.
As bênçãos
resultantes da vinda do Senhor JESUS a este mundo são incontáveis. Elas se
relacionam com tudo que concerne ao crente. Uma dessas bênçãos tem a ver com os
filhos de DEUS que já dormiram ou vierem a dormir no Senhor. Na glória
celestial ser-nos-ão reveladas inumeráveis outras bênçãos das quais
usufruiremos, derivadas da vinda de JESUS aqui. Elas têm alcance ilimitado,
aqui e na eternidade.
O que acontecia
antes da ressurreição de CRISTO?
Os mortos ímpios
iriam para um lugar chamado SHEOL (AT) HADES (NT), enquanto os justos, iam para
o seio de Abraão. Para compreender os ensinos bíblicos quanto ao lugar para
onde vão os mortos, é necessário observar o texto original do Antigo Testamento
em hebraico, e o original grego do Novo Testamento.
1. Antigo
Testamento:
a. SHEOL
- A morada dos mortos. Era considerado como uma região situada embaixo da terra
(Nm 16.30,33; Am 9.2), sombria e escura, onde os espíritos desencarnados tinham
uma existência consciente, mas amortecida e inativa (2Sm 22.6; Ec9.10). O povo
hebreu via o Sheol como o lugar para onde justos e ímpios iam, após a morte (Gn
37.35; Sl 9.17; Is 38.10; Dt 32.22; NTLH, o mundo dos mortos), um lugar onde se
recebiam punições e recompensas. Além disso, a Bíblia o descreve como tendo um
apetite insaciável (Is 5.14; Hc 2.5; a morte).
- Entretanto, DEUS está presente no Sheol (Sl 139.8; ARA, abismo; ARC, Seol).
Para DEUS, ele é aberto e conhecido (Jó 26.6; Pv 15.11). Isto sugere que, na
morte, ao morrer, o justo continua sob os cuidados de DEUS, e os perversos não
escapa ao seu castigo. O conceito de Sheol permite entender o significado de
Salmos 16.10. Pedro viu o cumprimento desse salmo messiânico na ressurreição de
JESUS (At 2.27).
2. Novo Testamento:
a. HADES
- Palavra grega traduzida por Inferno.
Tanto SHEOL como
HADES, ambas designam o lugar para onde, nos tempos do Antigo Testamento, iam
todos após a morte: justos e injustos, havendo, no entanto nessa região dos
mortos, uma divisão para os justos e outra para os injustos, separados por um
abismo intransponível. Todos estavam ali plenamente conscientes. O lugar dos
justos era de felicidade, prazer e segurança. Era chamado “Seio de
Abraão” e “Paraíso”. Já o lugar dos ímpios era e são medonhos,
cheio de dores e sofrimentos, estando todos lá plenamente conscientes. Tanto
SHEOL quanto HADES quer dizer INFERNO.
Quanto ao Inferno
podemos dizer que é um lugar de punição eterna pela injustiça. A ARA (Almeida
Revista Atualizada e ARC (Almeida Revista Contemporânea) usam essa palavra para
traduzir Sheol (hebraico - Antigo Testamento) e Hades (grego – Novo Testamento),
respectivamente, referindo-se ao mundo dos mortos.
Inferno também é a
tradução para Gehenna, a forma grega da frase hebraica que significa “Vale de
Hinom” – vale a oeste e sul de Jerusalém. Nesse vale, os cananeus
adoravam Baal (senhor, dono – nome de um ou mais falsos deuses, um
lugar e dois povos dos Antigos Testamentos: deus da fertilidade) e o
deus Moloque (a divindade nacional dos amonitas. Chamava-se, também,
Milcom e Malcã, 1Rs 11.5; Jr 49.3.), os amonitas sacrificava suas crianças em
um fogo que queimava continuamente. Acaz e Manassés, reis de Judá, foram
culpados por essa terrível prática idólatra (2Cr 28.3; 33.6).
O profeta Jeremias
profetizou que DEUS visitaria Jerusalém com tamanha destruição, a tal ponto de
seu vale ficar conhecido como “vale da Matança” (Jr 7.31-34; 19.2,6).
O inferno também
tem outra tradução chamada TÁRTARO, conforme 2Pe 2.4.
Depois da
ressurreição de CRISTO
Antes de morrer por
nós, JESUS prometeu que as portas do Inverno não prevalecerão contra a Igreja
(Mt 16.18). Isto mostra que os fiéis de DEUS, a partir dos dias de JESUS, não
mais descerão ao Hades, isto é, à divisão reservada ali para os justos. A
mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição do Senhor, pois Ele disse ao
ladrão arrependido: “... hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43).
Sobre o assunto, diz o apóstolo Paulo: “...Quando ele subiu às alturas,
levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer
subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da
terra?” (Ef 4.8,9).
Entende-se, pois,
que JESUS, ao ressuscitar, levou para o Céu os crentes do Antigo Testamento que
estavam no “seio de Abraão”, conforme ele prometera em Lucas 16.22.
Muitos desses crentes, JESUS os ressuscitou por ocasião da Sua morte,
certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na Festa das Primícias (Lv
23.9-11), que profeticamente falava da ressurreição de CRISTO (1Co 15.20,23).
O apóstolo Paulo
foi ao Paraíso, o qual está no terceiro Céu (2Co 12.1-4). Portanto, o Paraíso
está agora lá em cima, na imediata presença de DEUS. Não em baixo, como dantes.
A mesma coisa vê-se em Ap 6.9,10, onde as almas dos mártires da Grande
Tribulação permanecem no Céu, “debaixo do altar”, aguardando o fim da
Grande Tribulação, para ressuscitarem (Ap 20.4) e ingressarem no reino milenial
de CRISTO.
Os crentes que
agora dormem no Senhor estão no Céu, pois o Paraíso está lá agora, como um dos
resultados da obra redentora do Senhor JESUS CRISTO (2Co 5.8). No momento do
arrebatamento da Igreja, seus espíritos virão com JESUS, unir-se-ão a seus
corpos ressurretos e subirão com CRISTO, já glorificados.
JESUS no Céu
Depois que CRISTO
subiu para o Céu, a Bíblia não mais se refere ao Paraíso como estando “em
baixo”. Desse ponto em diante todas as referências no Novo Testamento falam da
localização do Paraíso como estando “em cima” ou “no alto”.
Na manhã da
ressurreição, CRISTO não permitiu que Maria Madalena ou os discípulos O
tocassem, porque Ele havia descido ao SHEOL. Ali Ele libertou os mortos justos
que estavam no Paraíso (seio de Abraão) e transferiu-os para um ponto situado
nos lugares celestiais. Foi nessa ocasião que Ele “levou cativo o
cativeiro” ou a multidão de almas cativas dos mortos justos esperando
no SHEOL/HADES pela consumação da obra de CRISTO.
Como já
sabemos, o crente quando morrer, não vai mais para o HADES. Ele vai estar com CRISTO.
Paulo disse que desejava "partir e estar com CRISTO". Em 2 Coríntios
5.6-8, o apóstolo Paulo foi enfático ao expressar sua confiança que, estar
"ausente do corpo" na morte, é estar "presente com o
Senhor". Portanto, os mortos justos estão "presentes com CRISTO"
agora, ou seja, estão onde CRISTO está.
A presente situação dos ímpios mortos
Continuam descendo ao HADES, o "império da morte", onde ficarão
retidos em sofrimento consciente até o Juízo do Grande Trono Branco, após o
Milênio, quando ressuscitarão para serem julgados e postos no Inferno eterno
(Ap 20.13-15). Assim sendo, qualquer fantasma ou "alma do outro
mundo" que possa aparecer por aqui é coisa diabólica, porque do HADES não
sai ninguém. É uma prisão, cuja chave está com JESUS (Ap 1.18). Alma do outro
mundo não vem à Terra, pois os salvos estão com JESUS, e os perdidos estão
presos. O diabo, sim, por enquanto está solto e sabe imitar e enganar com muita
habilidade.
O estudo comparativo de passagens bíblicas como 1Pe 3.18-20 e Atos 2.27,31,
mostra que a vitória de CRISTO foi anunciada até no HADES, o reino dos mortos.
Todo o universo tomou conhecimento da transcendental vitória de JESUS, na Sua
morte e ressurreição.
A sorte do incrédulo foi selada durante sua vida terrena. Ele sabe qual o seu
destino eterno, e está apenas aguardando o julgamento e a justiça de DEUS para
ser "lançado fora" e sua sentença começar.
O estado dos mortos
Escritores gregos antigos viam a morte como um sono. Homero, em sua obra A
ILÍADA, chama o sono de "irmão gêmeo da morte". Dizem que Sócrates,
condenado a morrer envenenado, declarou: "Se a morte é apenas um
sono sem sonhos, deve ser algo maravilhoso." Mas a Palavra de DEUS
ocupa-se do assunto com toda clareza. Davi aguardava por antecipação o dia em
que iriam despertar na presença do Senhor. Ele disse: "Eu, porém, na
justiça contemplarei a tua face; quando acordar eu me satisfarei com a tua
semelhança." (Sl 17.15). Outro autor dos Salmos declarou que nossos
dias nesta Terra são "...como um sono..." (Sl 90.5).
O estado dos justos falecidos
Na morte, a vida corpórea cessa e o corpo começa a desintegrar-se, o que é
inerente à sua natureza. Daí o espírito ou a alma humana entra em estado
consciente de existência. É a natureza desse estado, particularmente com
respeito aos justos, que agora temos de estudar.
1. Os justos estão com DEUS - A declaração em Eclesiastes 12.7, de
que o espírito volta a DEUS que o deu, acha-se repetida em passagens do Novo
Testamento. Em Filipenses 1.23 Paulo falou de partir e estar com CRISTO.
Referia-se ao dilema que tinha quanto ao morrer ou continuar vivo. Reconhecia
que, continuar nesta vida significava muito sofrimento, mas o terminar desta
vida significava uma partida imediata para a presença de CRISTO.
2. Os justos estão no paraíso - Conforme Apocalipse 2.7, àquele que
vencer, CRISTO lhe concederá o privilégio de comer "...da árvore da
vida, que está no meio do paraíso de DEUS". Ainda que não seja usado o
termo "paraíso" em Apocalipse 22.1,2, é provável que a ideia seja a
mesma. Nessa passagem, a "arvore da vida" aparece ao lado do rio da
água da vida, e o quadro total é o de um paraíso ou jardim de bem-aventurança.
3. Os justos estão vivos e conscientes - Os justos desincorporados
estão vivos e conscientes. Ainda que o Novo Testamento ensine que há um estado
desincorporado durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, em parte
alguma ele deixa transparecer a ideia de que esse estado seja de animação
suspensa ou de inconsciência. Várias passagens nos ajudam a compreender melhor.
Em Mateus 22.32 JESUS
declarou aos saduceus que DEUS é DEUS dos vivos. Sua declaração foi feita em
referência às palavras dirigidas a Moisés na ocasião da sarça
ardente: "Eu sou o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaque e o DEUS de
Jacó." JESUS interpretou essa declaração como significando que DEUS
estava dizendo: "Abraão, Isaque e Jacó morreram há muito tempo, porém
eles continuam vivos".
4. Os justos
estão em descanso - Esta declaração se baseia nas palavras de Apocalipse
14.13: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor.
Sim, diz o ESPÍRITO, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os
acompanham." A ideia principal do termo "descanso" é de
refrigério depois do labor. Os que morrem no Senhor são descritos como estando
num estado de bem-aventurança, porque entram numa experiência de regozijo, como
sendo aliviados então das lutas desta vida. Mais do que isto, sua obra não pára
quando eles morrem. Ela continua produzindo efeitos até aquele dia quando serão
abertos os livros (Ap 20.12).
O estado dos ímpios
falecidos
As passagens do
Novo Testamento que tratam dos maus ou injustos no estado desincorporados, são
menos numerosas do que as que se referem aos justos. Porém, as poucas que se
relacionam com este tópico, conduzem a várias conclusões:
Lucas 16.23 -
Ímpios falecidos:
a) Estão num lugar fixo.
b) Continuam vivos e conscientes.
c) Estão separados de DEUS.
2 Pedro 2.9 -
Ímpios falecidos:
- Estão reservados para o castigo eterno.
Portanto, o que
estão ensinando sobre os mortos (justos ou ímpios) se encontrarem na sepultura,
em sono profundo e em estado de inconsciência, não tem apoio nas Escrituras.
O céu e o inferno
O destino final da
Igreja é sua habitação na eterna presença de DEUS. A Bíblia e a doutrina cristã
chamam isto de "céu".
Como é o céu?
Quando as pessoas
perguntam qual a crença do cristão sobre o Céu, não é possível dar uma resposta
precisa e detalhada. As razões são óbvias. Como seria possível explicar a um
índio que vive na selva, como é a cidade grande? Todavia, tanto os selvagens
como o citadino vivem no planeta Terra, respiram o mesmo ar e gozam do mesmo
sol. Mas o Céu, como quer que ele seja, deve ser fundamentalmente diverso. Sua
definição deve estar quase além do entendimento humano.
Em Apocalipse está
escrito "...DEUS habitará com eles (homens)..." (Ap 21.3). O ponto
alto da história bíblica da redenção de DEUS é "a Cidade Santa", DEUS
com seu povo. Em tal comunidade, "...DEUS lhes enxugará dos olhos toda
lágrima" e não haverá nem prato, nem luto, nem dor, "porque as
primeiras cousas passaram" (Ap 21.4). Quanto a isto é importante saber
que:
1. O Céu é um
lugar real, literal - Este mundo é apenas a antessala do próximo. Esta
existência é breve e incidental em relação às alturas eternas da próxima. O
coração, em seu anseio por algo melhor, apoia a conclusão de que deve haver um
lugar para nós, após a morte física. Lendo João 14.2,3 vemos que por duas vezes
JESUS chama o Céu de LUGAR. Realmente o Céu é um lugar real, literal, físico. É
um lugar na presença de DEUS, um lugar que CRISTO nos está preparando.
2. O Céu é um
lugar espaçoso (Ap 7.9) - Se JESUS criou o mundo em seis dias, como os
animais, o firmamento e os seres humanos - toda a Sua criação é realmente
maravilha e ultrapassa a todo entendimento - qual não deve ser o lugar que Ele
vem preparando durante esses anos todos? Os capítulos 21 e 22 do livro de
Apocalipse fala das belezas desse lugar.
3. O Céu fica
em cima (At 1.9; 2Res 2.11; 2Co 12.2,4; Ap 21.3,4; 22.3-5) - Sim, o Céu
reserva maravilhosas perspectivas para aqueles que foram levados no precioso
sangue de CRISTO; e, verdade é que, onde quer que esteja o Céu está vinculado
às bênçãos de DEUS, em Seu Filho, JESUS CRISTO.
A realidade do
inferno
No Novo Testamento,
há três palavras diferentes, no grego, que são traduzidas pela mesma palavra
INFERNO em português, são elas: HADES, GEENA e TÁRTARO.
Na verdade, essas
três palavras gregas têm basicamente um significado diferente:
- HADES é o SHEOL
do Antigo Testamento. É o lugar onde os espíritos dos mortos aguardam a
ressurreição.
- GEENA por outro
lado, refere-se ao inferno em relação ao castigo eterno. É o lugar para onde
irão os injustos após o julgamento do Grande Trono Branco.
- TÁRTARO é usado
para referir-se à prisão dos anjos caídos (Jd v. 6).
Quanto ao inferno
- É antítese
(oposição entre palavras ou idéias) do Céu (Mt 11.23).
- CRISTO prometeu
fazer a Sua Igreja triunfar sobre o inferno (Mt 16.18).
- No inferno há
vida consciente e sofrimento eterno (Lc 16.23).
- DEUS tem poder de
matar o corpo e lançar a alma no Inferno (Mt 10.28).
- A indisciplina
dos nossos membros pode ser causa de condenação do corpo ao Inferno (Mt 5.29).
- Não
há escape do Inferno para o impenitente (Mt 23.33).
- O Inferno será um
lugar de sofrimento eterno e de eterna separação do Salvador (Mt 13.42,49,50;
25.41).
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- acesso em 11-06-2024
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Escrita Lição 11, CPAD, A
Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas.
2. O ensino do Universalismo.
3. O alerta apostólico.
II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
2. No Novo Testamento.
III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
1. O conceito bíblico de Inferno.
2. O que ensina a doutrina?
3. O castigo será eterno.
TEXTO ÁUREO
“Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mt 25.41)
VERDADE PRÁTICA
O Inferno é um lugar real de dor, agonia e desespero. Sua realidade é um alerta
para nós ao longo de nossa jornada.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15 A enganosa aparência de piedade dos falsos
ensinadores
Terça - 2 Tm 3.8; cf. Êx 7.11 Um contexto de resistência à verdade
Quarta - Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10 Inferno como sepultura, lugar dos mortos
Quinta - 2 Pe 2.4 Inferno como lugar de prisão dos anjos caídos
Sexta - Mt 23.33; 25.41,46 Inferno como castigo eterno, fogo eterno
Sábado - Mt 25.46; Jo 5.26 Passar a eternidade tem a ver com uma escolha
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 25.41-46
41 - Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42 - porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de
beber;
43 - sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e
estando enfermo e na prisão, não me visitastes.
44 - Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com
fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te
servimos?
45 - Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um
destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46 - E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
http://www.cpad.com.br/harpa-crista-grande-90-anos-luxocor-preta-/p
Hinos Sugeridos: 48, 127, 182 da Harpa Cristã
Palavra-Chave - INFERNO
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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INFERNO
No uso comum e teológico, o lugar para o futuro castigo dos que morreram no
pecado. No entanto, como a versão KJV em inglês usa o termo “inferno” como a
sepultura e o lugar dos espíritos desencarnados, tanto bons quanto maus,
deve-se ter cautela para evitar erros e confusão.
O inferno, no sentido de um lugar para futuro castigo, certamente é ensinado de
uma maneira distinta na Bíblia. Embora a doutrina não seja tão claramente
expressa no Antigo Testamento quanto o é no Novo Testamento, é sugerida em
trechos como Isaías 14.9-11 (cf. Ez 32.21ss.); Números 16.33; Deuteronômio 32.22; Jó 24.19; Salmos 9.17; Isaías 33.14; Daniel 12.2. No Novo Testamento é o
Senhor JESUS CRISTO, o nosso amado Salvador, que propicia o mais amplo ensino
sobre o inferno. Somente daquele que amou tanto os homens a ponto de morrer por
eles, é que se pode receber essa terrível verdade. Paulo aceita a doutrina, mas
não se estende sobre o assunto nem o esclarece. O apóstolo João acrescenta
detalhes no livro de Apocalipse (20.10,15).
Se há alguns que fazem objeções, dizendo que o ensino do fogo eterno do inferno
não deve ser interpretado ao pé da letra, o mínimo que podemos concluir é que
tais palavras e descrições são metáforas para expressar as terríveis agonias da
alma quando ela sofrer o remorso interminável por toda a eternidade, separada
de DEUS e de tudo o que é bom, e confinada com tudo o que é mau. Mesmo nesta
vida as agonias da mente podem ser iguais, se não superiores, às do corpo. O
ensino bíblico do inferno não pode ser negado sem se contradizer as palavras de
CRISTO, ou sem alegar que Ele não o ensinou de forma completa. Se as suas
palavras podem ser contraditadas, como então Ele sabe o suficiente para que
confiemos nele para nos salvar? Se Ele não tivesse ensinado de forma completa,
teria praticado uma fraude e assim não seria suficientemente santo para morrer
por nós.
As quatro palavras traduzidas como “inferno” são:
1. Sheol. Duas derivações possíveis da
palavra hebraica sherol foram sugeridas: shaal, “perguntar ou inquirir”, e
sho'al, “cavidade” (cf. Is 40.12, “concha de sua
mão", e Nm
22.24, “vereda [ou concavidade] de vinhas”). No hebraico pós-bíblico, a última
palavra é usada para a “profundeza” do mal. No Antigo Testamento, Sheol é usada
para a sepultura (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10) e para o lugar dos
mortos, tanto os bons (Gn 37.35; Jó 14.13; Sl 6.5; Ec 9.10) quanto os maus (Sl 55.15; Pv 9.18). A ideia é a de um
mundo abaixo do nosso mundo, onde prevalecem a escuridão, a decadência e a
negligência, e onde se está distante de DEUS (Sl 6.5; 88.3- 12; Is 38.18).
2. Hades, a palavra grega que mais se
aproxima de sheol e o nome do deus grego do submundo. O Senhor JESUS CRISTO
ensinou que o campo onde estão os espíritos dos humanos mortos está dividido em
duas partes: aquela descrita como o seio de Abraão, distinta da outra que é
chamada Hades e que é o lugar dos maus (Lc 16.23). Há versões que
traduzem a palavra tanto como “inferno” quanto como “morte” nos dez exemplos
onde é usada (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23; At 2.27,31; Ap 1.18; 6.8; 20.13,14), porém outras versões
utilizam a palavra “Hades”. Parece claro que em alguns casos a tradução
“inferno”, com o sentido de lugar de punição, é satisfatória.
Em Atos 2.27,31, no entanto, Hades é a
tradução de Sheol em Salmos 16.10 e refere-se
simplesmente ao sepulcro ou à morte. Nas passagens de Apocalipse, Hades parece
estar personificado como um sinônimo da morte em relação ao seu poder sobre os
homens, provavelmente seguindo a metáfora de Mateus 16.18. O consenso das críticas
textuais é de que o termo kades não aparecia originalmente em 1 Coríntios 15.55.
3. Geena, a forma adaptada ao grego da
palavra hebraica ge’ hínnom, O vale de Hinom. Uma ravina no lado sul de
Jerusalém onde eram celebrados os rituais do deus pagão Moloque (1 Rs 11.7; 2 Cr 28.3; 33.6; Jr 7.32). Convertido por Josias
em um lugar de abominação após espalhar ossos dos mortos (2 Rs 23.13), tornou-se a colina do
lixo de Jerusalém e, como um lugar onde havia fogo constante, um símbolo dos
espíritos perdidos atormentados. Em todos os trechos em que a palavra é usada,
ela significa propriamente inferno (Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15,33; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5; Tg3.6).
4. Tartaroo, um verbo grego que
significa “enviar ao Tártaro”, encontrada somente em 2 Pedro 2.4. Os gregos viam Tártaro
como um lugar subterrâneo, inferior ao Hades, onde a punição divina era
infligida; assim o termo veio a ser também empregado na literatura apocalíptica
judaica.
Além dessas quatro palavras, existem vários sinônimos para inferno, tais como
“fogo que nunca se apagará” (Mt 3.12); “negrura das trevas” (Jd 13); “fornalha de fogo” (Mt 13.42,50); tormento “com fogo e
enxofre” (Ap 14.10); “lago que arde com
fogo e enxofre” (Ap 21.8); local “onde seu bicho
não morre” (Mc 9.48); o lugar “preparado
para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41). R.A.K. - Dicionário
Bíblico Wycliffe, CPAD
Hades; Hinom; Seol.
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Lição 13 - O Destino Final dos Mortos
1º trimestre de 2016 - O Final de Todas as
Coisas - Esperança e Glória Para os Salvos
Comentarista da CPAD: Pr. Elinaldo Renovato de
Lima
Complementos, ilustrações, questionários e
vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE
TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO -
POLÊMICOS
TEXTO ÁUREO
"Se esperamos em CRISTO só nesta vida,
somos os mais miseráveis de todos os homens." (1 Co 15.19)
VERDADE PRÁTICA
Os salvos, que morreram em CRISTO, aguardam a
ressurreição no céu e os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento indizível.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dn 12.2 - Os que dormem no Senhor
ressuscitarão
Terça - Sl 9.17 - Os ímpios serão lançados no
lago de fogo
Quarta - Pv 15.24 - Para o tolo o caminho do
inferno está "embaixo"
Quinta - Ap 14.13 - Felizes os que desde agora
morrem no Senhor
Sexta - Fp 1.21 - O crente não teme a morte,
pois para o salvo "o morrer é ganho"
Sábado - Fp 3.21 - O corpo do salvo ressurreto
será semelhante ao do Senhor JESUS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 16.19-26
19 - Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura
e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
20 - Havia também um certo mendigo, chamado
Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele.
21 - E desejava alimentar-se com as migalhas que
caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
22 - E aconteceu que o mendigo morreu e foi
levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi
sepultado.
23 - E, no Hades, ergueu os olhos, estando em
tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio.
24 - E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem
misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me
refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de
que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este
é consolado, e tu, atormentado.
26 - E, além disso, está posto um grande abismo
entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não
poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que os salvos vão aguardar a
ressurreição no Paraíso de DEUS e os ímpios a esperam no Hades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar o estado intermediário dos mortos;
Saber a real situação espiritual dos mortos;
Mostrar o destino final dos mortos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Com a graça de DEUS, chegamos ao final de mais
um trimestre. Esperamos que as lições tenham implantado nos corações de seus
alunos a esperança de que JESUS voltará a qualquer momento. Essa é a nossa real
espera. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do destino final dos crentes e
dos ímpios que já morreram. A Palavra de DEUS nos assegura que os mortos em
CRISTO ressuscitarão para a vida eterna ao lado do Salvador. Esse é o destino
final dos crentes. Porém, os ímpios, vão ressuscitar para o desprezo eterno.
Seu destino final é o inferno, onde haverá dor, vergonha e tristeza. Que
possamos anunciar o Evangelho, ganhando pessoas para CRISTO e livrando-as da
condenação eterna.
PONTO CENTRAL
Os crentes que dormem no Senhor vão ressuscitar
para a vida eterna e os ímpios para o castigo eterno.
Resumo da Lição 13 - O Destino Final dos Mortos
I - O ESTADO INTERMEDIÁRIO
1. O que é?
2. O Sheol e o Paraíso.
3. O lugar dos mortos.
II - A SITUAÇÃO DOS MORTOS
1. O estado intermediário dos salvos.
2. Os justos são recebidos pelo Senhor.
3. O estado intermediário dos ímpios.
III - O DESTINO FINAL DOS MORTOS
1. O estado final dos salvos.
2. O estado final dos ímpios.
SÍNTESE DO TÓPICO I - Os salvos em JESUS CRISTO
e os ímpios terão um destino final diferente
SÍNTESE DO TÓPICO II - O salvo em JESUS
CRISTO ao morrer é conduzido ao céu e os ímpios, ao inferno.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Os salvos em JESUS e os
ímpios terão futuros distintos.
Comentários de vários autores com alguma
modificações do Ev. Luiz Henrique
Pontos difíceis e polêmicos discutidos
durante a semana em nossos grupos de discussão no WhatsApp (minhas conclusões)
Resumo Rápido da Lição 13 - O Destino
Final dos Mortos (Pr. Luiz Henrique)
I - O ESTADO INTERMEDIÁRIO
1. O que é? Lugar de espera da habitação final - Nova Jerusalém ou Lago de
Fogo
2. O Sheol e o Paraíso. Sheol dividido em 2 partes - Ímpios e justos
3. O lugar dos mortos. Todos os que morriam até a morte de JESUS iam
para o Sheol (Salmos 9.17), se era justificado ia para a parte dos justos, se
morria sendo ímpio ia para a parte dos ímpios.
II - A SITUAÇÃO DOS MORTOS
1. O estado intermediário dos salvos. A partir da morte e ressurreição de JESUS que
levou cativo o cativeiro dos justos (Ef 4.8) e fundou o paraíso no céu todos os
que morrem salvos vão para o paraíso (Lc 23.43).
2. Os justos são recebidos pelo Senhor. Não sabemos se é regra geral com todos os que
morrem salvos, mas o próprio JESUS recebeu Estêvão quando este morreu (At
7.56). Na história do rico e de Lázaro foram os anjos que conduziram Lázaro
para a parte dos justos (Lc 16.22).
3. O estado intermediário dos ímpios. A partir da morte e ressurreição de JESUS que
levou cativo o cativeiro dos justos e deixou só o Hades ou inferno embaixo onde
antes era o Sheol, agora todos os ímpios que morrem vão para ao inferno.
III - O DESTINO FINAL DOS MORTOS
1. O estado final dos salvos. Os salvos antes do arrebatamento são arrebatados
no dia do arrebatamento sendo seus corpos transformados e seguindo para a Nova
Jerusalém, casa da noiva, preparada por JESUS junto ao PAI.
Os salvos durante a grande tribulação que
morrerem degolados por amor de JESUS serão ressuscitados para a vida eterna e
reinarão com CRISTO no milênio indo depois disso para a eternidade na Nova
Terra onde estarão para sempre com o Senhor.
Os salvos tanto vivos quanto mortos no período
chamado milênio serão ressuscitados no final do milênio e comparecerão diante
do trono branco para serem logo depois levados para a Nova terra onde estarão
para sempre com o Senhor (Dn 12:2).
2. O estado final dos ímpios. Todos os ímpios desde Adão até o último que morrerá
no final do milênio, todos comparecerão diante do Trono Branco e serão julgados
no Juízo Final e logo após serão lançados no Lago de Fogo e Enxofre (Dn
12:2).
SHEOL - DUAS PARTES
Sheol tinha duas partes, justos sem sofrimento e
Ímpios sofrendo
Era o que acontecia da época de Adão até a
ressurreição de JESUS
Não se chamava inferno esta parte dos justos, se
chamava na época de JESUS - Seio de Abraão
Inferno é só a parte dos ímpios.
JESUS FOI AO INFERNO, VENCEU A MORTE, TOMOU
DE SATANÁS AS CHAVES DO INFERNO E DA MORTE, RESSUSCITOU LEVANDO O CATIVEIRO DOS
JUSTOS, SEIO DE ABRAÃO E INAUGUROU O PARAÍSO
Salmos 16.10 Pois não deixarás a minha alma no
inferno, nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção.
Salmos 49.15 Mas DEUS remirá a minha alma
do poder da sepultura, pois me receberá. (Selá.)
Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as
nações que se esquecem de DEUS. (Sl 9.17)
Mateus 12.40 Pois, como Jonas esteve três dias e
três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três
noites no seio da terra.
Lucas 23.43 E disse-lhe JESUS: Em verdade te
digo que hoje estarás comigo no Paraíso.
Efésios 4:8-10 Por isso diz: Subindo
ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto, ele
subiu, que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da
terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus,
para cumprir todas as coisas.
2 Coríntios 12.2 Conheço um homem em CRISTO
que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; DEUS o
sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.
Provérbios 15.24 Para o entendido, o
caminho da vida leva para cima, para que se desvie do inferno em baixo.
Lucas 23.42,43 Hoje estarás comigo no
Paraíso"
Atos 7.56,59 - Estevão viu os céus abertos e viu
em pé à mão direita de DEUS e "em invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o
meu espírito".
Isaías 53:9 - "E puseram a sua
sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu
injustiça, nem houve engano na sua boca." - O rico da parábola estava no
inferno, mesmo lugar que eu tinha que ir, mas JESUS pegou meus pecados sobre
Ele, morreu a minha morte na cruz, foi ao inferno em meu lugar levando o meu
castigo sobre Ele. Mas, graças a DEUS que Ele foi justificado em ESPÍRITO, Ele
nunca pecou, venceu a morte e o inferno, venceu Satanás, tomou dele as chaves
do inferno e da morte e ressuscitou em um corpo glorioso, que semelhante a este
um dia teremos no dia do arrebatamento.
TRICOTOMIA
1 Tessalonicenses: 5. 23. E o próprio DEUS de paz vos santifique
completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Eu, particularmente entendo que ou vão as 3 partes do ser humano para a Nova
Jerusalém (para DEUS) ou vão as 3 partes para o inferno.
Na teologia do Antigo Testamento nem existia o conceito de tricotomia e nem o
de tri unidade de DEUS, por isso escreveu Salomão -
### Primeiro - porque quem deu o corpo foi DEUS, quem deu a alma foi DEUS e
quem deu o espírito foi DEUS. Se fosse para o espírito voltar para DEUS porque
DEUS o deu, voltariam também a alma e o corpo, pois foi DEUS quem deu.
### Segundo - porque Satanás e os demônios são espíritos e foram lançados no
lago de fogo e enxofre.
### Terceiro - O anticristo e o falso profeta foram lançados no lago de fogo
vivos, ou seja com corpo, alma e espírito.
Se morre ímpio vai espírito e alma para o
inferno e corpo para a sepultura - No dia do juízo final corpo ressuscita e
nele é incorporado a alma e o espírito que estavam no inferno e vai este homem
ser lançado no lago de fogo.
Se morre salvo vai espírito e alma para o
paraíso e corpo para a sepultura - No dia do arrebatamento corpo ressuscita e
nele é incorporado a alma e o espírito que estavam no paraíso e vai este homem
para a Nova Jerusalém e na eternidade estará na Nova terra e Novos céus,
morando eternamente com DEUS.
Quem morrer durante a grande tribulação sendo
salvo vai ser ressuscitado e participará com JESUS do milênio.
Quem estiver vivo ou morto no final do milênio e
for salvo ressuscitará e irá para o Trono Branco e depois para a Nova Terra e
Novos Céus.
Apocalipse –
Escatologia – Eventos Finais |
|||
Arrebatamento (Antes Da
Grande Tribulação) |
ESPÍRITO SANTO Retirado
Com A Noiva (Destino – Nova Jerusalém) |
Tribunal De CRISTO (Nova Jerusalém) |
Bodas Do Cordeiro (Nova Jerusalém) |
Satanás Assume Governo
Da Terra (Grande Tribulação – 7
Anos) |
7 Anos De Governo De
Satanás – Anticristo (Besta Do Mar), Falso Profeta (Besta Da Terra) E Dragão
(3,5 Anos Paz Falsa E 3,5 Anos De Guerras E Juízos De DEUS) |
3,5 Anos De Engano –
Anticristo E Falso Profeta (Construção Do Templo) – 144 Mil |
Anticristo Descoberto
3,5 Anos De Guerras E Juízos De DEUS Sobre Israel. Marca Da Besta. Duas
Testemunhas - Selos – Trombetas -
Taças E Batalha Do Armagedom –.Juízos |
Vinda De JESUS Em
Glória - Derrota De Satanás E Seus Exércitos - Arrebatamento Dos
Degolados (Salvos Durane A Grande Tribulação) Judeus Salvos (Remanescente) |
Anticristo E Falso
Profeta Lançados No Lago De Fogo - Satanás Preso Por Mil Anos |
Juízo De Bodes E
Ovelhas. |
Ovelhas Ficam Para
Milênio. Bodes Mortos E Vão Para O Inferno. |
Milênio (Igreja No Céu,
Na Nova Jerusalém, Sua Casa) |
JESUS Governa Sobre
Israel E Demais Nações |
Restauração Da Terra E
Trilhões De Pessoas Na Terra (Paz, Prosperidade, Longevidade, Multiplicação) |
Satanás Solto – Guerra
Contra CRISTO – Magogue - Vencido Satanás Lançado No Lago De Fogo E
Enxofre – Apoiadores De Satanás - Inferno |
Arrebatamento De Todos
– Ressurreição Final (Uns Para Vida Eterna E Outros Para Perdição Eterna) |
Vivos Do Milênio E
Mortos Em Todas As Épocas (Inferno E Morte) |
Trono Branco (Salvos E
Perdidos) – Juízo Final Só Para Ímpios De Todas As Épocas |
Salvos Para Nova Terra
E Novos Céus Com Igreja Na Nova Jerusalém E DEUS Morando Lá (Eternidade Com DEUS). Ímpios Lançados No Lago
De Fogo E Enxofre (Eternidade Sem DEUS). |
SALVAÇÃO APÓS A MORTE?
Nunca existe salvação após a morte. JESUS não
pregou no sentido de procurar convencer, mas pregou no sentido de comunicar sua
vitória sobre o pecado a uma geração perversa.
E, como aos homens está ordenado morrerem uma
vez, vindo depois disso o juízo, Hebreus 9:27
LUGAR DO CÉU E DO INFERNO
Céu é para cima mesmo e inferno para mim é no
centro da terra.
SÓ ESTES VERSÍCULOS CHEGAM PARA PROVAR QUE O CÉU
É PARA CIMA E O INFERNO É NAS PARTES BAIXAS DA TERRA (NO CENTRO DA TERRA,
ACREDITO EU)
### Ora, isto-ele subiu-que é, senão que também
desceu às partes mais baixas da terra? (Efésios, 4.9)
### prevendo isto, Davi falou da ressurreição de
CRISTO, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a
corrupção. (Atos, 2.31)
### pois, como Jonas esteve três dias e três
noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e
três noites no seio da terra. (Mateus, 12.40)
### Conheço um homem em CRISTO que há catorze
anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; DEUS o sabe) foi
arrebatado até o terceiro céu. (2 Coríntios, 12.2)
### Lc 16.23 E no inferno, ergueu os olhos,
estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
### Para o entendido, o caminho da vida leva
para cima, para que se desvie do inferno em baixo. Provérbios 15:24
### Salmos 16.10 Pois não deixarás a minha alma
no inferno, nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção.
### Salmos 49.15 Mas DEUS remirá a minha
alma do poder da sepultura, pois me receberá. (Selá.)
O ESTADO INTERMEDIÁRIO - As Grandes
Doutrinas da Bíblia - Raimundo de Oliveira - CPAD
A morte se tem feito tema de discussão e
preocupação de todos os povos, independentemente da cultura e da religião que
tenham. A partida de um ente querido para o Além, não apenas fere corações
queridos, também levanta indagações dos que aqui ficam quanto ao futuro eterno
do ente querido que partiu. Neste caso, a Bíblia é de inestimável valor, uma
vez que ela fala, não apenas da vida presente, mas também fala da morte, do
estado intermediário dos mortos e do que lhes aguarda no porvir.
1. Onde Estão os Mortos
Onde estão os mortos tem preocupado e se feito
objeto de indagação de praticamente todas as religiões do mundo. Por exemplo,
os antigos gregos acreditavam que os mortos eram introduzidos nas "Ilhas
dos Bem-Aventurados", onde permaneciam aguardando o julgamento por três
representantes do Mundo Subterrâneo. Se o morto tivesse sido bom durante a
vida, e os juízes estabelecessem a sua retidão, ele podia entrar nos Campos
Elísios, um tipo de paraíso. Ali, de acordo com a mitologia grega, os mortos
estariam em uma terra de música, de ar doce e agradável. As almas boas viveriam
ali para sempre, entre as alegrias simples de flores e campinas verdejante
(Onde estão os Mortos? – Pág. 31) Outras religiões do mundo viam a morada dos
mortos de maneira diferente, dentre as quais se destacam o Islamismo, o
Budismo, o Hinduísmo, e o Espiritismo. Neste mundo de tantas religiões e de
tanta confusão em matéria de fé, pergunta-se: "Com quem está a verdade,
finalmente?" A resposta é simples: A verdade está revelada na Bíblia
Sagrada, a Palavra de DEUS, e isso não deixa lugar para especulações, seja para
quem for. A Palavra de DEUS afirma enfaticamente que uma das razões porque
JESUS veio a este mundo, foi para nos mostrar não apenas como termos vida
abundante aqui, mas também vida eterna no Além. A Bíblia diz: "Segundo o
poder de DEUS, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as
nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada
em CRISTO JESUS antes dos tempos eternos" (2 Tm 1.9,10). A imortalidade
sempre foi um fato inconteste nas Escrituras, mas foi necessário que CRISTO a
trouxesse à luz para que soubéssemos o que ela é e como podemos obtê-la.
2. Onde os Mortos Estão?
As bênçãos resultantes da vinda do Senhor JESUS
a este mundo são incontáveis. Elas se relacionam com tudo que concerne ao
crente. Uma dessas bênçãos diz respeito aos filhos de DEUS que já dormem ou
vierem a dormir no Senhor. Na Glória celestial ser-nos-ão reveladas e
usufruídas inumeráveis outras bênçãos derivadas da vinda de JESUS CRISTO aqui.
Elas têm alcance ilimitado, aqui e na eternidade.
a) Antes da Ressurreição de CRISTO
Para compreender o ensino bíblico sobre o lugar
para onde vão os mortos, é necessário observar o texto original tanto do Antigo
quanto do Novo Testamento. A palavra sheol, no Antigo Testamento, equivale em
sentido a Hades, no Novo. Ambos os termos designam o lugar para onde, nos
tempos do Antigo Testamento, eram levados todos os mortos: justos e ímpios,
havendo, no entanto, nessa região dos mortos uma divisão para os justos e outra
para os ímpios, separados por um abismo intransponível. Todos estavam ali
plenamente conscientes. O lugar dos justos era de felicidade, prazer e
segurança. Era chamado “Seio de Abraão” e "Paraíso". Já o lugar dos
ímpios era (e ainda é) medonho, cheio de dores, sofrimentos, e os que aí
habitam estão em plena consciência.
b) Depois da Ressurreição de CRISTO
Antes de morrer por nós, JESUS prometeu que as
portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja. Isto mostra que os fiéis de
DEUS, a partir dos dias de JESUS, não mais desceriam ao Hades, isto é, à
divisão ali reservada para os justos. O texto de Mateus 16.18, indica
futuridade em relação à ocasião em que foi proferido por JESUS. A mudança
ocorreu entre a morte e a ressurreição do Senhor, pois Ele disse na cruz ao
ladrão arrependido: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43).
Escreve o apóstolo Paulo: "Quando ele [JESUS] subiu às alturas, levou
cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer subiu,
senão que também havia descido até as regiões inferiores da terra?" (Ef
4.8,9). Entende-se, pois, que JESUS ao ressuscitar levou consigo os crentes do
Antigo Testamento, que jaziam no "Seio de Abraão". A muitos desses
crente JESUS ressuscitou por ocasião da sua própria morte no Calvário,
certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na Festa das Primícias (Lv
39.9-11) que profeticamente falava da ressurreição de CRISTO (1 Co 15.20,23).
Nessa festa profética havia pluralidade (o texto fala de "molho" ou
"feixe"). Logo, no seu cumprimento deveria haver também pluralidade.
E houve, conforme vemos em Mateus 27.52,53. Deste modo a obra redentora de
JESUS no Calvário alcançou beneficamente não só os vivos, mas também aqueles
que dormiam no Senhor.
3. Onde Estão os Crentes Mortos
O apóstolo Paulo foi ao Paraíso, o qual está no
terceiro céu (2 Co 12.1-4). Portanto, o Paraíso está agora lá em cima, na
imediata presença de DEUS, e não em baixo, como dantes. As almas dos mártires
da Grande Tribulação permanecerão no Céu, "debaixo do altar",
aguardando o momento da ressurreição e ingresso do reino milenial de
CRISTO" (Ap 6.9,10; 20.4). Portanto, os crentes que agora dormem no
Senhor, estão no Céu, pois o Paraíso está agora ali, como um dos resultados da
obra redentora do Senhor JESUS CRISTO" (2 Co 5.8). No momento do
arrebatamento da Igreja, porém, seus espíritos virão com JESUS, unir-se-ão a
seus corpos ressurretos, e subirão com CRISTO, já glorificados. Depois que
CRISTO subiu para o Céu, a Bíblia nunca mais se refere ao Paraíso como estando
"em baixo". Desse ponto em diante todas as referências no Novo
Testamento sobre o assunto, falam da localização do Paraíso como estando
"em cima" ou "no alto".
4. A Presente situação dos Ímpios Mortos
Para os ímpios mortos não houve qualquer
alteração quanto ao seu estado. Continuam descendo ao Hades, o "império da
morte", onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o Juízo Final,
após o Milênio, onde serão julgados e condenados ao Inferno eterno (Ap
20.13-15). Assim sendo, qualquer fantasma ou "alma do outro mundo"
que porventura aparecer por aqui, é coisa diabólica, porque do Hades não sai
ninguém. É uma prisão, cuja chave está nas mãos de JESUS (Ap 1.18). Alma doutro
mundo não vem à Terra, pois os salvos estão em JESUS, e os perdidos que
morreram estão encerrados para o grande dia do juízo do Grande Trono Branco. O
Diabo, sim, por enquanto está solto, vivo e ativo no planeta Terra.
II. O CÉU
O destino final e eterno da Igreja é sua
habitação na eterna presença de DEUS. A Bíblia e a doutrina cristã chamam isto
de "céu". Mas, como é o Céu?
1. O Céu é Um Lugar Indescritível
Quando as pessoas perguntam qual a crença cristã
sobre o Céu, não é possível dar uma resposta precisa e detalhada. As razões são
óbvias. Como seria possível explicar a um índio que vive nas selvas do Xingu
como é a cidade do Rio de Janeiro? Todavia, tanto os silvícolas quanto os
citadinos vivem no planeta Terra, respiram o mesmo ar e gozam dos benefícios do
mesmo sol. Mas o Céu, como quer que ele seja, deve ser fundamentalmente
diverso. Sua definição deve estar quase além do entendimento e imaginação do
homem. A coisa mais importante que podemos dizer neste caso é que o Céu é onde
DEUS está. Em termos do livro de Apocalipse, "DEUS habitará com os
homens?" (Ap 21.3). O ponto alto da história bíblica da redenção levada a
efeito por DEUS é "a Cidade Santa", DEUS com o seu povo. Em tal
'comunidade, DEUS enxugará toda lágrima e não haverá mais pranto, luto, nem
dor, "porque as primeiras coisas passaram" (Ap 21.4).
2. O Céu é um Lugar Real
Este mundo é apenas a porta de entrada no mundo
do porvir. A existência presente é apenas a primeira página da eternidade à
qual fomos destinados por DEUS. Deste modo, no seu anseio por coisa melhor, o
coração é levado a admitir a existência dum lugar melhor, para onde partirá a
alma após a morte física. Lendo João 14.2,3, vemos que por duas vezes JESUS
chama o Céu de LUGAR. Realmente o Céu é um lugar real, literal, físico. É um lugar
na presença de DEUS, um lugar que CRISTO nos está preparando.
3. O Céu é um Lugar Espaçoso
Grandes metrópoles como as cidades do México
Tóquio, Nova Iorque, Buenos Aires e São Paulo, se constituem em
insignificâncias diante da imensidão que é o Céu. No começo da descrição da sua
visão dos mártires glorificações, escreve o apóstolo João: "Depois destas
coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as
nações e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o
Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos" (Ap 7.9).
4. O Céu Fica em Cima
A posição exaltada do Céu é encontrada ao longo
de toda a narrativa bíblica. Sim, o Céu reserva maravilhosas perspectivas para
aqueles que foram lavados no precioso sangue de CRISTO; e a verdade é que, onde
quer que esteja o Céu, está vinculado às bênçãos de DEUS em Seu Filho, JESUS
CRISTO. Onde estão nossos entes queridos que são crentes, deve ser o bastante
para satisfazer às nossas expectativas, esperanças e desejos (A Doutrina das
Últimas Coisas – Imprensa Batista Regular – Pág. 25).
5. O Céu é um Lugar de Maior Conhecimento
Salomão diz que "ficar a alma sem
conhecimento não é bom" (Pv 19.2). Certamente que Salomão fala da
sabedoria deste mundo. Mesmo assim, esta sede de conhecimento se constitui num
dos elementos de distinção entre os homens e os irracionais. O conhecimento que
pertence a este mundo corresponde a importantes propósitos, porém "a
excelência do conhecimento" só é encontrada em CRISTO e na salvação que
Ele oferece (Fp 3.8). Os santos na terra, quando comparados com os pecadores,
são incomparavelmente sábios; porém comparados com os santos que estão nos Céu,
sabem mui pouco. Há muitos textos nas Escrituras que falam da imperfeição do
conhecimento dos crentes no estado presente. Diz a Bíblia que o que agora
sabemos "sabemos em parte", e que agora não detemos a totalidade do
conhecimento que adquiriremos no Céu. Na verdade ainda não é manifestado o que
haveremos de ser (1 Co 13.12; Jo 13.7; 1 Jo 3.2).
6. O Céu é um Lugar de Santidade Perfeita
No Céu não há pecado. É um lugar de delícias. Os
anjos são santos. Os redimidos estarão diante do trono sem mancha alguma. A
santidade do Céu se constitui num dos seus mais poderosos atrativos. Quão
profundamente nos impressionamos com a pureza desse lugar, ao recordar que as
nossas almas jamais poderão ali entrar a menos que tenham sido purificadas até
a última mancha de pecado! Não obstante aqui e agora o cristão seja molestado e
afligido pelo pecado Que tão de perto nos rodeia no Céu estarão a salvo de toda
e qualquer ação deletéria do pecado. No Céu os salvos viverão para sempre nos
domínios da pureza perfeita.
7. O Céu é um Lugar de Amor SANTO
O Céu é um reino repleto de santo amor. Todos os
santos daquele mundo dourado amam a DEUS no sentido mais elevado.
Diferentemente deste mundo hostil em que vive, ao chegar no Céu o crente poderá
dizer convictamente: "Amo a cada um destes santos que aqui estão e cada um
deles me amam". A satisfação derivada deste conhecimento nunca será
perturbada por qualquer tipo de dúvida ou suspeita. Deste modo não nos deve
admirar que Rowland Hill tenha dito: "Minha principal concepção do Céu é
que é um lugar de amor" (Compendio de Teologia Cristiana – Casa Bautista
de Publicaciones – Págs. 390, 393).
O INFERNO
Ao mesmo tempo em que é um grato privilégio
referirmo-nos ao Céu como a morada dos justos, se constitui um solene dever
reconhecer o ensinamento da Bíblia acerca do Inferno, o lugar onde os maus
serão castigados. A tendência própria da doutrina do castigo futuro é separar o
homem do pecado, assim como a doutrina da bem- aventurança futura o estimula e
o atrai à santidade. Evidentemente, tudo o que tivermos de dizer sobre o
Inferno como "lugar de tormento", deverá ser provado pelas
Escrituras. Sem este auxílio, nosso raciocínio não é digno de crédito.
1. O Inferno Existe
É inegável que há um inferno, em vista dos
seguintes textos das Escrituras:
-"Portanto, se o teu olho direito te
escandalizar, arranca-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos
teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno" (Mt 5.29)..
- "E não temais os que matam o corpo, e não
podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer parecer no inferno a alma
e o corpo" (Mt 10.28).
-"Serpentes, raça de víboras! como
escapareis da condenação do inferno? (Mt 23.33).
-"E, se a tua mão te escandalizar, corta-a;
melhor é para ti entrares na vida aleijado, do que, tendo duas mãos, ires para
o inferno, para o fogo que nunca se apaga" (Marc 9.43).
-"Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer;
temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos
digo, a esse temei" (Lc 12.5).
Estas passagens provam de maneira enfática, que
há um inferno, e que é um lugar terrível; pois se nos ensina que é prudente
evitar o inferno, sendo preferível ser mutilado ou sofrer a morte do corpo.
2. Os Maus Serão Castigados no Inferno
Que é castigo? É a imposição de uma pena por
causa de desobediência. Impor uma pena sem haver desobediência, seria uma
calamidade e não um castigo. Neste caso o castigo tem relação com o pecado, e,
debaixo do governo de DEUS, a pena é imposta por sua lei. É DEUS quem executa a
pena de morte eterna aos transgressores da sua lei. Segundo o ensinamento das
Escrituras, os ímpios no Inferno serão castigados na medida do que requerem as
suas faltas. Isto demonstra que o castigo será à medida da gravidade da falta,
será gradual em intensidade e não quanto à duração, uma vez que as Escrituras
mesmas dizem que o castigo será eterno.
3. O Castigo no Inferno Será Eterno
As palavras de JESUS são: "E irão estes
para o tormento eterno" (Mt 25.46). Acerca do castigo dos maus, diz o
apóstolo Paulo: "Os quais por castigo padecerão eterna perdição, ante a
face do Senhor e a glória do seu poder" (2 Ts 1.9). A destruição a que a
Bíblia faz referência, não é aniquilamento, porque durará eternamente. E o
processo de destruição que continuará para sempre. A doutrina do aniquilamento
dos maus, ensinada por algumas seitas heréticas, não encontra apoio nas
Escrituras. Como seus defensores não podem dar sequer um exemplo de
aniquilamento no mundo material, como provar ser isto possível no mundo
espiritual? Insistir nesta discussão é contrário tanto à filosofia quanto à
Palavra de DEUS. No seu DISCURSO AOS GREGOS ACERCA DOS HADES, o historiador
judeu, Flávio Josefo, contemporâneo do Senhor JESUS CRISTO, descreve o Inferno
como um lugar "preparado para um dia predestinado por DEUS, dia no qual
haverá um justo juízo sobre todos os homens, quando os injustos e todos os que
têm sido desobedientes a DEUS e têm honrado os ídolos, serão mandados a este
castigo eterno... enquanto os justos obterão um reino incorruptível que nunca
desaparecerá".
O Eterno e Perfeito Estado
Consumado todo o plano de DEUS para o final dos
séculos, haverá perfeita harmonia entre o céu e a terra. Cumprir-se-á na sua
íntegra a profunda declaração do ESPÍRITO SANTO através de Paulo, quanto ao
alcance final da obra de CRISTO: "E que, havendo por ele feito a paz pelo
sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas,
tanto as que estão na terra como as que estão nos céus" (Ap 22.3).
Nesse tempo "céu e terra hão de ser a mesma grei", como bem diz o
poeta sacro. Sim, porque o muro de separação (o pecado) foi totalmente
desfeito. Tudo quanto é santo, perfeito e belo, se associa ao terno e perfeito
estado quando a ordem divina abolir e substituir o caos hoje dominante no reino
dos homens. A esse estado por vir, se associam:
a) Santidade perfeita (Ap 22.3).
b) Governo perfeito (Ap 22.3).
c) Serviço perfeito (Ap 22.4).
d) Visão
perfeita (Ap 22.4).
e) Identificação
perfeita (Ap 22.5).
f) Iluminação perfeita (O Calendário da Profecia – CPAD – Pág. 101,102).
g) Interação
perfeita (1 Co
15.28).
Começam aqui as eras eternas, quando DEUS é tudo
em todas as coisas.
O Estado Intermediário da Morte - TEOLOGIA
SISTEMÁTICA STANLEY M. HORTON - CPAD
A morte não será o fim de nossa esperança, pois
temos a garantia de que, quando CRISTO voltar, "os que morreram em CRISTO
ressuscitarão primeiro" (1 Ts
4.16). Não perderão nada da glória do arrebatamento e
do prometido encontro nos ares (4.17). A Bíblia, entretanto, não nos conta tudo
quanto gostaríamos de saber a respeito do estado da nossa existência entre a
morte e a ressurreição. Acima de tudo, ela estimula-nos a que olhemos para
frente, para a herança que será nossa quando JESUS vier de novo.
O Ensino
Veterotestamentário
O Antigo Testamento deixa muito claro que DEUS é
a origem de toda a vida, e que a morte está no mundo como resultado do pecado (Gn
1.20-27; 2.7,22; 3.22,23). A
maioria dos israelitas, porém, olhava para a vida com uma atitude positiva (SI
128.5,6). O suicídio era extremamente raro, e uma vida longa era considerada
bênção de DEUS (SI 91.16). A morte trazia tristeza, usualmente expressada com
lamentações em voz alta e com luto profundo (Mt9.23;
1x8.52),
Os costumes israelitas de sepultamento eram
diferentes daqueles praticados pelos povos em derredor. Os túmulos dos faraós
ficavam repletos de móveis e de muitos outros objetos visando proporcionar-lhes
o mesmo nível de vida no além. Os cananitas colocavam uma lâmpada, um vasilhame
de óleo e um vaso de alimentos no esquife de cada pessoa sepultada. Os
israelitas agiam doutra forma. O corpo, envolvido em pano de linho, usualmente
ungido com especiarias, era simplesmente deitado num túmulo ou enterrado numa
cova. Isso não significava, porém, que não acreditassem na vida no além.
Falavam da ida do espírito a um lugar que, em hebraico, era chamado She'ol ou,
às vezes, mencionavam à presença de DEUS.
Como os termos she'ol; "morte" (heb.
maweth); "sepultura" (heb. qever); "cova" (Heb. bor); e
"destruição" (heb. 'abaddon, ou "Abadom") formam às vezes
paralelos entre si (SI 30.3), alguns dizem que tanto she'ol quanto
"cova" sempre significam o túmulo. Mesmo assim, a Bíblia retrata as
pessoas tendo algum tipo de existência no she'ol (Is
14.9-10). Outros interpretam she'olno sentido da vida no
além, e dizem que nunca significa túmulo.
Três passagens são frequentemente citadas com o
intuito de se comprovar que she'olé de fato o túmulo. Salmo
6.5 diz: "Na morte não há lembrança de ti;
no sepulcro [heb. she'ol] quem te louvará?" Essa lembrança, porém, forma
um paralelo com o louvor. A mesma palavra ("lembrar") é usada para
mencionar com solenidade o nome de DEUS entre o povo (Ex 3.15).
Refere-se a exaltação do nome de DEUS aqui na terra, o que não acontece quando
a pessoa morre. Logo, quando o espírito vai ao she'ol, cessa o louvor e o
testemunho daquela pessoa na terra dos viventes.21 Do ponto de
vista dos vivos, a morte é considerada em termos de silêncio (SI 115.17). O
salmista continua: "Mas nós bendiremos ao SENHOR, desde agora e para
sempre" (SI 115.18), o que subentende uma esperança melhor e que não
exclui o louvor na vida do além.
Ezequias declarou na sua oração: "Tu,
porém, tão amorosamente abraçaste a minha alma, que não caiu na cova da
corrupção, porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.
Porque não pode louvar-te a sepultura [heb. She'oI], nem a morte glorificar-te;
nem esperarão em tua verdade os que descem à cova" (Is
38.17,18).
Nesse texto, há a mesma preocupação com o testemunho e os resultados entre o
povo - desta vez por parte de Ezequias. Este foi salvo, mediante o perdão
divino dos seus pecados; não desceu ao lugar do castigo. Agora, estando curado,
veria a fidelidade de DEUS, e assim lhe foram acrescentados mais quinze anos de
vida (Is 38.5).
Na realidade, she'ol é muitas vezes descrito
como uma profundeza que se contrasta com as alturas do céu (Jó 11.8; SI
139.8; Am 9.2).
Frequentemente, o contexto refere-se à ira de DEUS (Jó
14.13; SI 6.1,5; 88.3,7; 89.46,48), e às vezes tanto à
ira quanto ao fogo (Dt
32.22). Nalguns casos, as referências são breves, e
parece que she'olé simplesmente o local ou estado dos mortos. Nele, os mortos
são chamados rephaim, o que poderíamos chamar de "fantasmas" (Is 14.9; 26.14).
Outros textos bíblicos referem-se a alguns dos mortos como 'elohim, no sentido
de "poderosos seres espirituais" (1 Sm
28.13). Frequentemente, porém, fica claro que she'ol é o
lugar para os ímpios e para "todas as nações que se esquecem de DEUS"
(SI 9.17; cf. SI 39.12,13; 55.15; 88.11,12; Pv 7.27; 9.18; Is
38.18). Quando o Novo Testamento cita textos do Antigo
Testamento que se referem ao she'ol, traduz esta palavra por hadês; este não é
o lugar que os pagãos se referiam sem clareza, mas, sim, um lugar de castigo.
Tendo em vista esse fato, é importante notar que
o Antigo Testamento não ensina que todos vão ao she'ol. E verdade, também, que
Jó falou da morte como uma beth mo'êd, uma "casa de reunião" para
todos os vivos (Jó
30.23), mas referia-se, simplesmente, ao fato de que
todos morrem; não estava dando a entender que todos vão para o mesmo lugar
depois de morrerem.
Pelo menos alguns dos santos do Antigo
Testamento tinham uma melhor esperança. Enoque e Elias foram levados
diretamente ao céu (Gn 5.24; 2 Rs
2.11). Quando Davi sentia a ira de DEUS por causa do
seu pecado, clamou por misericórdia para escapar ao she'ol. Mas quando
predominava a sua fé, sua esperança era assim manifesta: "habitarei na
casado SENHOR por longos dias" (SI 23.6; cf. 16.11; 17.15). Salmo
49.15, fazendo um contraste com os ímpios que vão vem
direção ao she'ol, diz: "DEUS, porém, remirá a minha alma da mão de
she'ol, pois Ele me levará [a si mesmo]" (tradução do autor). Isto é: o
she'olé personificado, como se quisesse agarrar o salmista e levá-lo para o
lugar de castigo, mas DEUS o redime e o salva de modo que não precisará mais ir
para o she'ol. Asafe escreveu: "Guiar-me-ás com o teu conselho",
durante a vida terrestre, "e, depois, me receberás em glória", ou seja:
no céu (SI 73.24).25 Salomão também declarou que "o
caminho da vida leva para cima [ao lugar nas alturas] os sábios [os que temem
ao SENHOR] a fim de se evitar o she'ol, embaixo" (Pv
15.24, tradução do autor). A mensagem de DEUS a Balaão
levou-o a reconhecer que a morte dos justos é melhor que a morte dos ímpios (Nm
23.10).
Possivelmente porque Jacó falara, chorando, em
descer ao she'ol ao seu filho José, e porque os judeus dos tempos posteriores
consideravam Jacó e José como justos, alguns deles levantaram a hipótese de
haver divisões no she'oh um lugar para os justos e um para os ímpios (Enoque
22.1-14). Jacó, porém, recusou-se a ser consolado naquela
ocasião, pensando, por certo, que tanto ele quanto José estavam debaixo do
juízo divino por algum motivo. Não há registro de Jacó ter buscado de novo ao
Senhor a não ser depois de receber a notícia de que José ainda estava com vida
(Gn
45.28-46.1). E provável que Jacó tenha
considerado o she'ol um lugar de castigo. A verdade é que nenhum texto do
Antigo Testamento necessita claramente postular a divisão do she'ol em dois
compartimentos, um para o castigo, e outro para a bênção.
Ainda outra frase parece indicar que os santos
do Antigo Testamento esperavam uma vida futura no além. DEUS disse a Moisés que
depois de este ter subido à montanha e olhado para a Terra Prometida à
distância: "Serás recolhido ao teu povo, assim como foi recolhido teu
irmão Arão" (Nm
27.13).
Arão, no entanto, foi enterrado no monte Hor, e
ninguém sabe onde DEUS sepultou Moisés (Dt 34-5,6). Logo, "ser recolhido
ao seu povo" dificilmente pode se referir ao sepulcro.
O Ensino Neotestamentário
A ênfase no Novo Testamento recai mais na
ressurreição do corpo do que naquilo que acontece imediatamente depois da
morte. A morte continua sendo uma inimiga, mas já não é para ser temida (1 Co
15.55-57; Hb 2.15). Para
o crente, o viver é CRISTO e o morrer é lucro; isto significa que morrer é
receber mais de CRISTO (Fp 1.21).
Logo, morrer e estar com CRISTO é muito melhor que permanecer no corpo
presente, embora devamos ficar aqui enquanto DEUS considera que isso seja
necessário (Fp 1.23,24).
Depois disso, a morte nos trará o repouso ou cessação das nossas labutas e
sofrimentos terrestres, e a entrada na glória (2 Co 4-17; cf. 2 Pe
1.10,11; Ap
14.13).
JESUS, em Lucas
16, descreve certo rico (sem citar o nome) que se
vestia como um rei e que celebrava todos os dias um banquete acompanhado por
muitas diversões. Diante do seu portão jazia um mendigo chamado Lázaro, coberto
de chagas, que desejava as migalhas que eram varridas para a rua, onde os cães
soltos as comeriam. Estes animais, impuros segundo a Lei, lambiam-lhe as
chagas, deixando-o imundo também. Lázaro só tinha uma coisa a seu favor - o seu
nome, que significa "DEUS é o meu socorro", indicando que, a despeito
de tudo, ele conservara a sua fé em DEUS. Quando Lázaro morreu, os anjos
levaram-no ao seio de Abraão que, certamente, era um lugar de bênção, pois aqui
recebeu Lázaro o consolo. Mas o rico, depois de morrer, achou-se em agonia no
fogo do Hades. Quando o rico ergueu os seus olhos (ao céu, cf. Lc
18.13), viu Abraão e Lázaro "ao longe". Mas
era tarde demais para receber ajuda, conforme lhe explicou Abraão: "está
posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar
daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá".
Noutras palavras: os destinos tanto dos ímpios quanto dos justos não poderão
ser mudados depois da morte. Alguns tratam esse relato como parábola, posto que
segue uma série de parábolas, mas JESUS, mesmo nas suas parábolas, nunca disse
nada que fosse contrário à verdade.
O desejo do apóstolo Paulo não era estar com
Abraão, mas, sim, com o Senhor. Indicou que tão logo se ausentasse do corpo (ao
morrer), estaria presente com o Senhor (2 Co
5.6-9; Fp 1.23). Essa
foi a promessa de JESUS ao ladrão moribundo na cruz: "Em verdade te digo
que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc
23.43). Numa visão, Paulo foi arrebatado ao terceiro
céu, que também chama de Paraíso (2 Co
12.1-5). JESUS diz que se trata de um lugar preparado,
onde há bastante espaço (Jo 14.2). E um
lugar de grande alegria, de comunhão com CRISTO e com os irmãos na fé, que
ressoa adorações e cânticos (Ap 4.10,11; 5.8-14; 14.2,3; 15.2-4),
Porque Paulo ansiava pelo corpo ressurreto que
será imortal, que não estará sujeito à morte nem à decadência, e porque dá a
impressão de repudiar a ideia de ser um espírito desnudado (2 Co
5.3,4),
alguns ensinam que, no estado intermediário, entre a morte e a ressurreição, os
crentes serão espíritos desencarnados, mas que serão consolados pelo fato de
estarem com CRISTO. Outros ensinam que os crentes, ao morrerem, receberão um
corpo temporário e "celestial", notando que Moisés e Elias apareceram
no Monte da Transfiguração com algum tipo de corpo, e que vestes brancas foram
dadas às almas dos mártires no céu (Lc
9.30-32; Ap
6.9-11). Todavia, a ressurreição do corpo dar-se-á na
ocasião da vinda de CRISTO para buscar a sua Igreja (Fp 3.20,21; 1 Ts
4.16,17).
Outras Ideias da Vida no Além
Porque JESUS se referiu a Lázaro e à filha
de Jairo como estando "dormindo", e porque Paulo se referiu à morte
como sono (1 Co
15.6, 18, 20; 1 Ts
4.13-15), alguns têm desenvolvido a teoria do "sono
da alma". Com isso, querem dizer que a alma, ou espírito, não está
simplesmente num estado inconsciente depois da morte, mas que a pessoa como um
todo morreu, e que a alma, ou espírito, cessa de existir até ser recriada na
ressurreição. Moisés e Elias, porém, no monte da Transfiguração, sabiam o que
acontecia, e conversavam com JESUS a respeito "da sua morte, a qual havia
de se cumprir em Jerusalém" (Lc 9.31).
Entendiam também que, para eles, significaria alguma coisa. Paulo achava que
conseguiria sentir as coisas, quer fosse um espírito desencarnado, quer não. O
"sono", portanto, pode aplicar-se somente ao corpo. Outros
supõem que a pessoa, depois da morte, não cessa de existir, mas fica num estado
de letargia. Certamente, nem Lázaro, nem Abraão, nem o rico estavam
inconscientes, ou em estado de letargia. Sabiam o que estava acontecendo, e
Lázaro estava sendo "consolado" (Lc
16.25).
Os católicos romanos ensinam que todos, menos
alguns santos e mártires especiais, precisam passar pelo purgatório (uma
condição mais do que um local) a fim de serem preparados para entrar no céu.
Agostinho introduziu essa ideia no século IV, mas a palavra
"purgatório" não foi usada a não ser no século XII. E essa doutrina
não foi elaborada completamente a não ser no Concílio de Trento no século XVI. A
doutrina do purgatório revelou ser lucrativa para a Igreja Católica Romana, mas
dava a aparência de que DEUS estaria demonstrando favoritismo aos ricos, cujos
parentes não teriam dificuldade em pagar as missas exigidas para tirá-los
rapidamente do purgatório.
Alguns católicos também conjecturaram que existe
uma condição chamada Limbo para os nenés não batizados, e outra para os santos
do Antigo Testamento, onde sofriam castigos temporários até à morte de JESUS.
Então, a alma de JESUS desceu até este último Limbo "a fim de lhes dar a
visão beatifica de DEUS", e desde a sua ascensão têm estado no céu. Limbo
(para as criancinhas) "agora é geralmente rejeitado", preferindo-se a
ideia de que as criancinhas e os severamente retardados receberão, depois da
morte, a oferta divina da vida eterna, e que terão a possibilidade de aceitá-la
ou rejeitá-la.1
O espiritismo ensina que médiuns conseguem
comunicar-se com os mortos, e que os espíritos dos mortos permanecem perto da
terra. G. W. Butterworth explica: "Há uma insistência quase universal,
indicando que o mundo supraterrestre é composto de sete ou oito esferas, sendo
cada uma um pouco mais alta do que a esfera anterior". Isso contraria a
garantia de que, na morte, o crente está "presente com o Senhor".
Várias religiões orientais, por causa do seu
conceito cíclico da História, ensinam a reencarnação. Na morte, a pessoa recebe
uma nova identidade, e nasce noutra vida como animal, um ser humano, ou até
mesmo um deus. Sustentam que as ações da pessoa geram uma força, karma, que
exige a transmigração das almas e determina o destino da pessoa na próxima
existência3 A Bíblia, todavia, deixa claro que agora é o dia da
salvação (2 Co
6.2). Não podemos salvar-nos mediante as nossas boas
obras. DEUS tem providenciado por meio de JESUS CRISTO a salvação total que
expia os nossos pecados, e cancela a nossa culpa. Não precisamos doutra vida
para cuidar dos pecados e enganos desta vida, ou de quaisquer supostas
existências anteriores. Além disso: "E como aos homens está ordenado
morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também CRISTO,
oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez,
sem pecado, aos que o esperam para a salvação [inclusive a plenitude das
bênçãos da nossa herança]" (Hb 9.27,28).
Fica claro, também, que quando Moisés e Elias
apareceram no monte da Transfiguração, ainda eram Moisés e Elias. JESUS CRISTO
também manteve a sua identidade depois da sua morte e ressurreição, e
"este mesmo JESUS", e não alguma reencarnação, voltará à terra (At
1.11).
ESTUDOS DO Dicionário Bíblico Wycliffe -
Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - CPAD
ABISMO - Uma tradução do termo gr. chasma, em
Lucas 16.26; uma fenda profunda que separa dois lugares. O Senhor JESUS CRISTO
afirma com a sua autoridade que um vasto abismo havia sido fixado por decreto
de DEUS entre o paraíso ("o seio de Abraão", q. v.) e o hades, a fim
de que as pessoas, na próxima vida, não pudessem atravessá-lo (cf. Hb 9.27).
O SEIO DE ABRAÃO,
Essa frase figurativa reproduzia a
bem-aventurança do crente no paraíso após a morte. Embora seja usada no
judaísmo rabínico, a única ocorrência escrita dessa expressão encontra-se na
parábola proferida por CRISTO sobre o homem rico e Lázaro (Lc 16.19ss.). Ao
morrer, o mendigo Lázaro é carregado pelos anjos até o seio de Abraão, enquanto
o homem rico, depois de seu enterro, é atormentado no Hades. De acordo com o
AT, ao morrer as pessoas vão ao encontro de seus pais (Gn 15.15; 47.30; Dt
31.16; Jz 2.10). Como Abraão era o pai dos judeus (Lc 3.8; Jo 8.39s.), a forma
mais concreta dessa expressão era ir ao pai Abraão (IV Mac 13.17). Uma simples
variação disto era falar da vida após a morte em termos de "seio de
Abraão". No judaísmo rabínico a frase tinha dois sentidos distintos, e os
intérpretes estão divididos quanto ao significado preciso da frase nessa
parábola. Deitar-se ou sentar-se no seio de Abraão pode exprimir,
figurativamente, a carinhosa comunhão que existe entre Abraão e seus
descendentes crentes no céu, em uma analogia à ternura paternal de um pai para
com o seu filho (Jo 1.18). Outros acreditam que a figura está enfocando, principalmente,
o banquete celestial onde, de acordo com a maneira romana de festejar, também
usada pelos judeus, Lázaro está reclinado sobre uma mesa com a cabeça no seio
de Abraão, seu anfitrião (Jo 13.23; 21.20).
Talvez ambos elementos possam ser aplicados à
parábola. Como as Escrituras geralmente representam a alegria do céu em termos
de um banquete (Mt 8.11; Lc 13.28,29; 14.16ss.), seria natural que isto
estivesse implícito na figura do pobre mendigo que antes se alimentava das
migalhas da mesa do rico e que agora está gozando da abundância do banquete
celestial. Mas a intimidade e a comunhão não estão ausentes desse quadro. O
mendigo, solitário e proscrito, está agora gozando das venturas do céu na
íntima companhia do pai dos crentes. E como Lázaro está no seio de Abraão,
também parece que ele recebeu um lugar de honra nesse banquete.
Os intérpretes também diferem se o seio de
Abraão representa um lugar que pode ser uma divisão ou compartimento do Hades.
Nos escritos judaicos, Seol-Hades é, muitas vezes, o lugar dos mortos em geral,
incluindo tanto os justos quanto os pecadores. No capítulo 22 da psd. de Enoque
existem até quatro divisões para Hades onde os mortos ficam à espera do dia do
julgamento. Mas aqui o seio de Abraão e o Hades são lugares distintos. JESUS
fala do homem rico somente no Hades e lá ele vê Abraão "ao longe",
informado que existia um "grande abismo" entre eles de modo que
qualquer transferência seria impossível. Abraão e Lázaro estão em uma posição
abençoada, enquanto no Hades o homem rico sofre tormentos e pede água para
refrescar a sua língua. Essas terríveis condições aparecem como as
consequências inerentes de estar no Hades. Suas implicações escatológicas são
claras, pois a fé de Lázaro o leva à alegria da vida eterna (o seio de Abraão)
enquanto a fortuna do descrente homem rico não pôde protegê-lo dos tormentos do
inferno (Hades). Esse contexto não oferece apoio à opinião de alguns católicos
romanos segundo a qual o seio de Abraão está se referindo ao Umbus patrum, um
lugar onde os crentes do AT gozam de paz enquanto esperam pela perfeita
redenção de CRISTO. No Egito, outros temas levam a uma interpretação do seio de
Abraão na qual estão enfatizados os elementos água fresca e refrigério.
ESPÍRITOS EM PRISÃO
A interpretação dos "espíritos em
prisão" (1 Pe 3.19) tem sido discutida ao longo da história da igreja. Uma
opinião é a de que os espíritos se referem aos indivíduos não regenerados
mortos, confinados na prisão do Hades, esperando seu destino final (cf. Lc
16.19-31). Para eles o Senhor JESUS proclamou a vitória sobre o pecado e a
morte durante os três dias em que esteve no sepulcro (cf. 1 Pe 4.6; Ef
4.9,10).
ESTADO INTERMEDIÁRIO
A doutrina do estado intermediário diz respeito
à condição dos homens imediatamente após a morte física, e antes da
ressurreição. Uma vez que todos os cristãos que crêem na Bíblia crêem na
ressurreição do corpo e no juízo futuro, segue-se que todos crêem em um estado
intermediário entre a morte e a ressurreição. Nem todos os cristãos, porém,
concordam quanto à condição dos mortos durante este intervalo. Todos reconhecem
que ele é diferente da condição daqueles que vivem na terra, e alguns crêem que
ele é, pelo menos em certos detalhes, bem diferente do que será após a
ressurreição. O problema na doutrina do estado intermediário, então, é a
natureza da existência dos justos e dos ímpios antes da ressurreição. Assim
como as Escrituras ensinam sobre a futura ressurreição tanto dos justos como
dos ímpios, elas também ensinam sobre a contínua existência pessoal e
consciente de ambos naquele período imediatamente após a morte e a dissolução
do corpo físico. Nem os justos nem os ímpios recebem corpos antes da
ressurreição. Os justos devem receber os seus corpos "ao ressoar da última
trombeta" ou "ante a última trombeta" (1 Co 15.52), o que é
identificado com o ARREBATAMENTO (1 Co 15.52). Também haverá uma ressurreição
para os ímpios mortos (At 24.15; Jo 5.28-30).
A Natureza da Existência no Estado
Intermediário
Os justos mortos.
Embora suas almas estejam sem corpos, o estado
intermediário para os justos é um estado de alegria e exaltação consciente
porque foram feitos perfeitos em santidade, estão livres do pecado e do
sofrimento, e passaram para a presença do Senhor em glória. Seus corpos, que
são do Senhor, jazem, ou dormem, em suas sepulturas até o dia da ressurreição.
O apóstolo Paulo ensinou que os crentes tinham plena confiança e desejavam
"deixar este corpo, para habitar com o Senhor" (2 Co 5.8). O marginal
que estava morrendo na cruz ouviu dos lábios santos do Senhor JESUS CRISTO.
"Hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23.43). Estar presente com o
Senhor certamente sugere uma alegria consciente, uma vez que CRISTO obviamente
não dormiu de uma forma inconsciente. Embora seu corpo tenha sido tirado da
cruz e colocado na tumba de José de Arimatéia, Ele entregara seu ESPÍRITO nas
mãos de DEUS (Lc 23.46). De acordo com as Escrituras, o destino eterno do homem
foi estabelecido em sua morte. Não existe uma passagem de um estado de
existência para um outro, depois da morte. A parábola do rico e Lázaro deixa
isto muito claro (Lc 16.25,26; cf. Hb 9.27). É, portanto, coerente com as
Escrituras crer que os justos, cuja salvação foi realizada por CRISTO através
da oferta de si mesmo de uma vez por todas, sejam, na morte, imediatamente
transformados da imperfeição à santidade perfeita. Era este estado que Paulo
tinha em mente quando disse que desejava "partir e estar com CRISTO,
porque isto é ainda muito melhor" (Fp 1.23). Com este zelo fervoroso pela
proclamação do Evangelho por toda a terra, Paulo certamente teria preferido
viver e continuar seu trabalho na terra, se a morte tivesse lhe dado a
perspectiva de inconsciência ou inatividade. Certamente, na presença de CRISTO
há "abundância de alegrias" (SI 16.11) e livramento de "toda má
obra" (2 Tm 4.18). À luz de 2 Coríntios 12.3,4 e Hebreus 12.23 o
"Paraíso" em que CRISTO e os justos que já morreram estão juntos só
pode ser no próprio céu.
Porém, a certeza de que para o crente o estado
intermediário não inclui a plenitude da bênção da ressurreição, é revelado no
fato de que Paulo esperava evitar o período de "nudez" para a alma e
viver até o arrebatamento na vinda do Senhor (2 Co 5.2-8). A suprema e gloriosa
antecipação do cristão é a ressurreição.
Os ímpios mortos.
Com relação àqueles que morrem no pecado e na
incredulidade, as Escrituras ensinam que eles estão em um estado
definitivamente fixo e consciente de sofrimento e castigo, embora o grau deste
castigo não seja identificado especificamente como o mesmo do estado eterno que
virá após a ressurreição dos ímpios. O castigo eterno está ligado àqueles que
estão em seus corpos (cf. Mt 10.28). Este castigo eterno é citado no NT em
relação a um lugar específico, o Geena (q.v.), que é uma designação metafórica
do lago de fogo; e os sofrimentos do estado intermediário nunca são mencionados
como ocorrendo ali. Isto não significa, porém, que qualquer distinção
fundamental deva ser feita entre os sofrimentos do inferno como um lugar de
tormento eterno, e o sofrimento que os ímpios experimentam no mundo invisível
antes da ressurreição.
Onde quer que a esfera de castigo no estado
intermediário esteja localizada, ele é mencionado no vocabulário grego do NT
como Hades (q.v.). Este é o equivalente ao Seol do AT (q.v.), na parte dos
ímpios (não a parte dos justos). Parece claro que as palavras Seol e Hades nem
sempre indiquem um local nas Escrituras, mas frequentemente denotam
simplesmente o estado da morte, ou a separação entre a alma e o corpo (1 Sm
2.6; SI 89.48; At 2.27,31). Existem também algumas passagens nas quais Seol
parece simplesmente designar a sepultura em um sentido geral (Gn 37.35; 44.29;
Jó 14.13; SI 6.5). A principal passagem na qual o Hades tem uma concepção de
local é Lucas 16.23. Pelo fato desta palavra estar em uma parábola, pode ser
argumentado que o Senhor, ao usar o termo, não pretendesse revelar qualquer
verdade com respeito a uma localidade específica como diferente de Geena, por
exemplo, mas simplesmente tenha usado uma ilustração que era bem conhecida em
seus dias. Quer isto seja ou não verdadeiro, esta parábola prova que, para os
ímpios, o estado intermediário não é um lugar permanente de caráter neutro onde
eles aguardam o juízo final, mas, antes, um lugar de sofrimento e castigo consciente
de onde não há retorno. O fato de que os que partem sejam citados como se
possuíssem órgãos corpóreos, não significa que eles realmente tenham corpos
antes da ressurreição, pois DEUS e os anjos são citados da mesma maneira.
Quatro Erros Comuns
Ao considerar a doutrina do estado intermediário
é necessário mostrar o fato de que as Escrituras nos permitem refutar quatro
erros cometidos de forma comum, com respeito à habitação da alma depois da
morte.
1. A doutrina de que as almas tanto dos justos
como dos ímpios dormem entre a morte e a ressurreição. Esta opinião tem sido
defendida por pequenas seitas desde os primeiros dias da história da igreja.
Embora seja verdade que as Escrituras frequentemente falam da morte como um
sono (Mt 9.24; At 7.60; 1 Co 15.51; 1 Ts 4.13), e que há certas passagens que
podem parecer ensinar que aqueles que partiram estão inconscientes (SI 6.5;
30.9; Is 38.18,19), as Escrituras nunca falam da alma ou da pessoa entrando em
um estado de sono, mas apenas do corpo. O termo sono é usado porque há uma
grande semelhança entre um corpo dormindo e um corpo morto; e, além disso, o
sono na morte do corpo deve ser interrompido pelo reavivamento na ressurreição.
As passagens das quais se pensa indicarem que os
mortos estão inconscientes, na verdade não fazem nada além de enfatizar o fato
de que os mortos não são mais capazes de participar das atividades do mundo dos
homens. Nenhuma passagem nas Escrituras encoraja os vivos a buscar ou esperar
qualquer tipo de diálogo com os mortos (Dt 18.9-12 (proibição de consultar
mortos); 1 Sm 28.7-10; Is 8.19,20). Nunca deve ser esquecido que as Escrituras
claramente retratam os justos desfrutando uma comunhão consciente com DEUS e
com o Senhor JESUS CRISTO imediatamente após a morte.
2. A doutrina que diz que o estado intermediário
é um estado de provação adicional. Esta teoria ensina que a salvação através de
CRISTO ainda é possível no estado intermediário para certas classes de pessoas,
e talvez para todas. Alguns ensinam que este é o período em que a salvação será
oferecida a todas as crianças que morreram na infância e aos pagãos que nunca
ouviram o Evangelho. As Escrituras frequentemente usadas para apoiar esta
teoria são 1 Pedro 3.19 e 4.6. Embora elas sejam entendidas como ensinando que
JESUS foi até o mundo dos mortos para pregar (cuja interpretação não é
necessária), certamente elas não provam que qualquer oferta de salvação tenha
sido estendida às almas que estavam ali.
A Palavra de DEUS representa uniformemente o
estado de todos os homens, sejam crentes ou descrentes, como completamente fixo
e decidido quando morrem. A passagem mais importante é Lucas 16.19-31, mas
deve-se sempre considerar João 8.21,24; 2 Pedro 2.4,9; Judas 7-13. Além disso,
as Escrituras nunca representam o destino eterno da alma como determinado por
aquilo que é feito no estado intermediário (veja Mt 7.22,23; Lc 12.47,48; Gl
6.7,8; 2 Ts 1.8; Hb 9.27).
3. A doutrina ensinada pela igreja de Roma, de
que as almas em paz com a igreja, mas não perfeitamente puras na morte (e quase
nenhuma é considerada pura), devem passar por um período de purificação antes
de ser permitido que entrem na perfeita e ilimitada alegria do céu. Esta
purificação é realizada em um lugar chamado purgatório, onde todas as almas
passam por sofrimentos com o propósito de expiação e purificação. A doutrina
romanista não coloca limites no tempo que as almas podem continuar no
purgatório (porém este período não ultrapassa o juízo final), uma vez que a
extensão de seu sofrimento é determinada por sua culpa e impureza. Elas podem
ser ajudadas pelas orações de santos que estejam vivos, e especialmente pelo
sacrifício da missa oferecida em favor delas. A autoridade católica romana para
a doutrina do purgatório é quase que exclusivamente o ensino da própria igreja
de Roma. O Papa deve ter jurisdição sobre o purgatório. Nenhum apelo em suporte
a esta doutrina pode ser feito às Escrituras, pois como foi mostrado acima, as
Escrituras ensinam que a alma do crente é imediatamente transportada para a
presença de CRISTO ao morrer, da mesma forma que os ímpios entram em tormento
eterno. Mais do que isto, porém, a doutrina do purgatório destruiria os ensinos
mais claros e vitais do Evangelho, expressos no NT. A salvação do pecador não
reside em suas próprias obras e méritos, mas inteiramente no sacrifício
infinitamente meritório de CRISTO, ao qual os pecadores nada podem acrescentar
ao fazerem alguma penitência pelo pecado (Ef 2.8,9).
Existem outras doutrinas não bíblicas que
surgiram na igreja de Roma em relação à doutrina do purgatório. Por exemplo, a
doutrina da super-rogação, a ideia de que um homem pode ser mais que perfeito e
com seus méritos excedentes ajudar aqueles que estão sofrendo no purgatório. De
uma forma estranha, os romanistas acreditam que o mérito de uma pessoa possa
ser imputado a uma outra, contudo eles não conseguem crer que a justiça
perfeita de CRISTO seja imputada aos pecadores. A doutrina romana do purgatório
pressupõe duas impossibilidades: Primeiro, que qualquer homem possa ser melhor
do que deveria ser. E segundo, que o homem possa acrescentar algo à perfeita
obra de salvação que CRISTO realizou através de sua morte e ressurreição.
4. Finalmente, existe o erro da doutrina do
aniquilacionismo. De acordo com este ensino, não há nenhuma existência
consciente para os ímpios após a morte. Uma distinção pode ser feita entre
aqueles que ensinam que a alma do descrente é privada da imortalidade por um
ato de DEUS, e assim é privada de ter consciência após a morte, e aqueles que
ensinam que a imortalidade é um dom de DEUS apenas para aqueles que crêem;
então a alma que não crê simplesmente deixa de existir.
As Escrituras são claras sobre o fato de que
tanto os ímpios como os justos viverão para sempre, e que no caso dos ímpios
sua existência será de sofrimento e castigo consciente (Ec 12.7; Mt 25.46; Rm
2.8-10; Ap 14.11; 20.10,12-15).
GEENA
Forma grega da palavra hebraica ge-hinnom, ou
"vale de Hinom" (Js 15.8; 18.161: também chamada de Tofete (2 Rs 23.
IO'1. A forma Gaienna ocorre na LXX em Josué 18.160. Essa palavra é usada como
nome metafórico do lugar de tormento dos pecadores depois do Juízo Final. Esse
vale era o lugar do culto idólatra a Moloque, o deus do fogo (Acaz...
"queimou incenso no vale do filho de Hinom e queimou a seus próprios
filhos" - 2 Cr 28.3; cf. 2 Cr 33.6; Jr 7.31; 32.35; Lv 18.21). Por essa
razão, o Geena foi condenado por Josias (2 Rs 23.10) a se tornar um lugar de
rejeição e de abominação.
O conceito de um lugar de eterno castigo
espiritual é muito frequente no AT (cf. Dt 32.22, "Porque um fogo se
acendeu na minha ira, e arderá até ao mais profundo do inferno". Veja
também Levítico 10.2; Isaías 30.27,30,33; 33.14; 66.24; Daniel 7.10; Salmos
18.8; 50.3; 97.3). Esse conceito, combinado com a profecia de Jeremias sobre o
mal contra o vale (Jr 19.2-10), desenvolveu a crença sobre um lugar de castigo
espiritual ao qual foi dado o temível nome de Geena. Gaster (IDB) sugere que a
aplicação desse nome a um lugar segue a analogia de usar lugares da Palestina -
como, por exemplo, o Armagedom (Ap 16.16; Zc 12.11), Jerusalém (Gl 4.26; Ap
21.2) ou Sodoma (Ap 11.8) - para representar conceitos espirituais. A partir da
literatura judaica podemos ver que a ideia era prevalecente (Enoque 10.12-14:
"[Pecadores] serão levados ao abismo de fogo sofrendo torturas, e serão
trancados por toda a eternidade na prisão". Também há referências neste
sentido em Enoque 18.11-16; 27.1-3; Judite 16.17; 2 Esdras 7.36; Sir 7.17;
Sibylline Oracles 1, 10.3; IQM 2.8; Talmude, Aboth 1.6; Assunção de Moisés
10.10). Alguns escritores judeus acreditavam que o povo escolhido deveria estar
isento, e que a duração do castigo deveria ser limitada. Entretanto, Filo
ensinou que judeus pecadores também deveriam ser punidos eternamente (De Praem.
Et Poen. 921). A natureza espiritual do Geena ainda é indicada pelo fato de ter
sido colocado no terceiro céu em livros apócrifos (Ascensão de Isaías 4.14; 2
Enoque 40.12; 41.2). Mas a doutrina fica mais explicitamente afirmada nos
ensinos de JESUS. O Senhor fala sobre o Geena (como um termo feminino) como um
lugar de futuro castigo (Mt 5.29; 18.8,9; Mc 9.45,47; Lc 12;5); "Geena de
fogo" (Mt 5.22); pode fazer perecer na Geena (Mt 10.28); a
"condenação da Geena" (Mt 23.33); "o tornais em dobro mais filho
da Geena", isto é, alguém merecedor de sua punição (Mt 23.15). Esse nome
também é usado em outra passagem do NT, em Tiago 3.6, "a língua... é
incendiada pelo fogo da Geena". O NT ensina claramente que o castigo da
geena é eterno (Mc 9.47,48; Mt 25.46; Ap 14.11).
O livro de Apocalipse dá ao Geena o nome de
"lago de fogo" (19.20; 20.10,14,15; 21.8). Além disso, como
Apocalipse assemelha o lago de fogo a uma "segunda morte" (20.14),
ele também é, aparentemente, um sinónimo da descrição do Geena. No livro de
Apocalipse, pode-se observar, em uma confirmação posterior da identidade desses
termos com Geena, que homens incrédulos foram a ele consignados (20.15; 21.8),
assim como o próprio Satanás (20.10). O Geena também é o lugar da eterna
condenação (20.106).
Bibliografia. Joachin Jeremias,
"Geena", TDNT, I, 657ss.
HADES
Hades é outro nome de Plutão, deus gregodo
submundo ou inferno. Esse nome foi transferido para o próprio reino dos mortos.
O Hades dos gregos tinha duas partes. A parte mais profunda, onde as almas eram
castigadas, às vezes era chamada de Tártaro e o lugar das almas abençoadas
tinha o nome de Campos Elíseos (Edith Hamilton, Mythology, p. 39). Devemos
tomar cuidado ao incluir essas ideias pagãs gregas no vocabulário cristão.
Assim como a palavra grega theos, ou "deus", adquiriu um novo
significado no conceito judaico e cristão, a palavra hades também não deve ser
definida a partir de seu uso grego, mas do NT. A palavra hades é usada cerca de
dez vezes no NT:
1. Em Mateus 11.23 e Lucas 10.15. Aqui, como
ressaltado na versão ExpB, céu e hades são expressões proverbiais para a maior
exaltação e a maior degradação.
2. Em Mateus 16.18, a expressão "portas do
inferno" (cf. Jó 38.17; Is 38.10) é totalmente figurada. Provavelmente
seja a imagem de uma cidade murada com portões e barras. Esse verso poderia
referir-se a um ataque do reino de Satanás - que será derrotado.
3. Em Lucas 16.23, ela representa uma clara
referência. A palavra hades é usada para o lugar de tormento em contraste com o
lugar de bem-aventurança. Alguns a chamam de parábola, mas não existe nenhuma
indicação a esse respeito. Mas, de qualquer modo, a palavra é usada para
designar um lugar de punição.
4. Em Atos 2.27,31, essa passagem fica
complicada pelo fato de existir uma citação do AT com um significado bastante
discutido. A opinião geral é que ela se refere à descida de CRISTO ao reino dos
mortos para pregar aos pecadores ou libertar os justos do compartimento
superior do Hades e levá-los ao céu. O problema com essa explicação é que
CRISTO já havia falado que Hades era um lugar de tormento. E, em outra passagem,
Ele disse que depois de sua morte não estaria nesse lugar, mas no paraíso (Lc
23.43), junto com DEUS Pai (Jo 16.28).
Uma opinião alternativa poderia interpretar essa
passagem de acordo com a sua forma original expressa no AT, no Salmo 16.10.
Ali, a afirmação "não deixarás a minha alma no inferno" certamente
não está referindo-se à condenação da natureza espiritual ao mundo dos mortos.
A palavra nepesh significa frequentemente apenas o "indivíduo" e
raramente "a natureza espiritual". O paralelo seria: "Nem
permitirás que o teu SANTO veja corrupção". Seria lógico adotar a primeira
parte como um paralelo sinónimo de-"não deixarás a minha alma na
morte" (Veja o tratamento dado por C. F. H. Henry, ed., "The Biblical
Expositor", II, p. 59ss.). Assim, a palavra hades nessa citação do AT
teria sido usada com seu significado hebraico original, isto é, she'ol, que
muitas vezes significa simplesmente "sepultura" (q.v.).
5. Em Apocalipse 1.18; 6.8; 20.13,14, esses
versos também estão em sentido figurado. No primeiro (Ap 1.18), CRISTO está
segurando as chaves da morte e do hades. Essa expressão lembra as "portas
do inferno [/iodes]" de Mateus 17.18. O hades é retratado como uma cidade
murada, nesse caso provavelmente uma prisão. Na passagem seguinte (Ap 6.8), a
palavra hades também está ligada à morte e personificada como inimiga de DEUS e
dos homens. Em Apocalipse 20.13,14, as palavras morte e hades aparecem ligadas
novamente, trazendo os ímpios que estão presos e aguardando o juízo final. Esse
uso é uma reminiscência da passagem em Lucas 16.23 e fortalece a ideia de que a
palavra Hades do NT significa a residência dos pecadores mortos.
INFERNO
No uso comum e teológico, o lugar para o futuro
castigo dos que morreram no pecado. No entanto, como a versão KJV em inglês usa
o termo "inferno" como a sepultura e o lugar dos espíritos
desencarnados, tanto bons quanto maus, deve-se ter cautela para evitar erros e
confusão. O inferno, no sentido de um lugar para futuro castigo, certamente é
ensinado de uma maneira distinta na Bíblia. Embora a doutrina não seja tão
claramente expressa no Antigo Testamento quanto o é no Novo Testamento, é
sugerida em trechos como Isaías 14.9-11 (cf. Ez 32.21ss.); Números 16.33;
Deuteronômio 32.22; Jó 24.19; Salmos 9.17; Isaías 33.14; Daniel 12.2. No Novo
Testamento é o Senhor JESUS CRISTO, o nosso amado Salvador, que propicia o mais
amplo ensino sobre o inferno. Somente daquele que amou tanto os homens a ponto
de morrer por eles, é que se pode receber essa terrível verdade. Paulo aceita a
doutrina, mas não se estende sobre o assunto nem o esclarece. O apóstolo João
acrescenta detalhes no livro de Apocalipse (20.10,15). Se há alguns que fazem
objeções, dizendo que o ensino do fogo eterno do inferno não deve ser
interpretado ao pé da letra, o mínimo que podemos concluir é que tais palavras
e descrições são metáforas para expressar as terríveis agonias da alma quando
ela sofrer o remorso interminável por toda a eternidade, separada de DEUS e de
tudo o que é bom, e confinada com tudo o que é mau. Mesmo nesta vida as agonias
da mente podem ser iguais, se não superiores, às do corpo. O ensino bíblico do
inferno não pode ser negado sem se contradizer as palavras de CRISTO, ou sem
alegar que Ele não o ensinou de forma completa. Se as suas palavras podem ser
contraditadas, como então Ele sabe o suficiente para que confiemos nele para
nos salvar? Se Ele não tivesse ensinado de forma completa, teria praticado uma
fraude e assim não seria suficientemente santo para morrer por nós.
As quatro palavras traduzidas como
"inferno" são:
1. Sheol. Duas derivações possíveis da palavra hebraica she'ol foram
sugeridas: sha'al, "perguntar ou inquirir", e sho'al,
"cavidade" (cf. Is 40.12, "concha de sua mão", e Nm 22.24,
"vereda [ou concavidade] de vinhas"). No hebraico pós-bíblico, a
última palavra é usada para a "profundeza" do mar. No Antigo
Testamento, sheol é usada para a sepultura (Jó 17.13; SI 16.10; Is 38.10) e
para o lugar dos mortos, tanto os bons (Gn 37.35; Jó 14.13; SI 6.5; Ec 9.10)
quanto os maus (SI 55.15; Pv 9.18). A ideia é a de um mundo abaixo do nosso
mundo, onde prevalecem a escuridão, a decadência e a negligência, e onde se
está distante de DEUS (SI 6.5; 88.3-12; Is 38.18).
2. Hades, a palavra grega que mais se aproxima de sheol é o nome do deus
grego do submundo. O Senhor JESUS CRISTO ensinou que o campo onde estão os
espíritos dos humanos mortos está dividido em duas partes: aquela descrita como
o seio de Abraão, distinta da outra que é chamada Hades e que é o lugar dos
maus (Lc 16.23). Há versões que traduzem a palavra tanto como
"inferno" quanto como "morte" nos dez exemplos onde é usada
(Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23; At 2.27,31; Ap 1.18; 6.8; 20.13,14), porém
outras versões utilizam a palavra "Hades". Parece claro que em alguns
casos a tradução "inferno", com o sentido de lugar de punição, é
satisfatória.
Em Atos 2.27,31, no entanto, Hades é a tradução de Sheol em Salmos 16.10 e
refere-se simplesmente ao sepulcro ou à morte. Nas passagens de Apocalipse,
Hades parece estar personificado como um sinónimo da morte em relação ao seu
poder sobre os homens, provavelmente seguindo a metáfora de Mateus 16.18. O
consenso das críticas textuais é de que o termo hades não aparecia
originalmente em 1 Coríntios 15.55.
3. Geena, a forma adaptada ao grego da palavra hebraica ge' hinnom, o
vale de Hinom. Uma ravina no lado sul de Jerusalém onde eram celebrados os
rituais do deus pagão Moloque (1 Rs 11.7; 2 Cr 28.3; 33.6; Jr 7.32). Convertido
por Josias em um lugar de abominação após espalhar ossos dos mortos (2 Rs
23.13), tornou-se a colina do lixo de Jerusalém e, como um lugar onde havia
fogo constante, um símbolo dos espíritos perdidos atormentados. Em todos os
trechos em que a palavra é usada, ela significa propriamente inferno (Mt
5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15,33; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5; Tg 3.6).
4. Tartaroo, um verbo grego que significa "enviar ao Tártaro",
encontrada somente em 2 Pedro 2.4. Os gregos viam Tártaro como um lugar
subterrâneo, inferior ao Hades, onde a punição divina era infligida; assim o
termo veio a ser também empregado na literatura apocalíptica judaica.
Além dessas quatro palavras, existem vários sinónimos para inferno, tais como
"fogo que nunca se apagará" (Mt 3.12); "negrura das trevas"
(Jd 13); "fornalha de fogo" (Mt 13.42,50); tormento "com fogo e
enxofre" (Ap 14.10); "lago que arde com fogo e enxofre" (Ap
21.8); local "onde seu bicho não morre" (Mc 9.48); o lugar
"preparado para o diabo e seus anjos" (Mt 25.41).
2. Hades, a palavra grega que mais se aproxima de sheol é o nome do deus grego
do submundo. O Senhor JESUS CRISTO ensinou que o campo onde estão os espíritos
dos humanos mortos está dividido em duas partes: aquela descrita como o seio de
Abraão, distinta da outra que é chamada Hades e que é o lugar dos maus (Lc
16.23). Há versões que traduzem a palavra tanto como "inferno" quanto
como "morte" nos dez exemplos onde é usada (Mt 11.23; 16.18; Lc
10.15; 16.23; At 2.27,31; Ap 1.18; 6.8; 20.13,14), porém outras versões
utilizam a palavra "Hades". Parece claro que em alguns casos a
tradução "inferno", com o sentido de lugar de punição, é
satisfatória.
Em Atos 2.27,31, no entanto, Hades é a tradução
de Sheol em Salmos 16.10 e refere-se simplesmente ao sepulcro ou à morte. Nas
passagens de Apocalipse, Hades parece estar personificado como um sinónimo da
morte em relação ao seu poder sobre os homens, provavelmente seguindo a
metáfora de Mateus 16.18. O consenso das críticas textuais é de que o termo
hades não aparecia originalmente em 1 Coríntios 15.55.
3. Geena, a forma adaptada ao grego da palavra hebraica ge' hinnom, o vale de
Hinom. Uma ravina no lado sul de Jerusalém onde eram celebrados os rituais do
deus pagão Moloque (1 Rs 11.7; 2 Cr 28.3; 33.6; Jr 7.32). Convertido por Josias
em um lugar de abominação após espalhar ossos dos mortos (2 Rs 23.13),
tornou-se a colina do lixo de Jerusalém e, como um lugar onde havia fogo
constante, um símbolo dos espíritos perdidos atormentados. Em todos os trechos
em que a palavra é usada, ela significa propriamente inferno (Mt 5.22,29,30;
10.28; 18.9; 23.15,33; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5; Tg 3.6).
4. Tartaroo, um verbo grego que significa "enviar ao Tártaro", encontrada
somente em 2 Pedro 2.4. Os gregos viam Tártaro como um lugar subterrâneo,
inferior ao Hades, onde a punição divina era infligida; assim o termo veio a
ser também empregado na literatura apocalíptica judaica.
Além dessas quatro palavras, existem vários
sinónimos para inferno, tais como "fogo que nunca se apagará" (Mt
3.12); "negrura das trevas" (Jd 13); "fornalha de fogo" (Mt
13.42,50); tormento "com fogo e enxofre" (Ap 14.10); "lago que
arde com fogo e enxofre" (Ap 21.8); local "onde seu bicho não
morre" (Mc 9.48); o lugar "preparado para o diabo e seus anjos"
(Mt 25.41).
LAZARO
Forma abreviada do nome hebraico Eleazar (que
significa "DEUS ajudou" ou aquele "a quem DEUS ajuda").
Na história do homem rico (Lc 16.19-31), o
mendigo chamado Lázaro morreu e foi para o seio de Abraão, enquanto o anónimo
homem rico partiu para o Hades. A história ensina que as pessoas devem
determinar seu destino antes da morte e que esse destino não pode ser
determinado por circunstâncias externas como a riqueza.
Geralmente, "lugar" é um local definido pelo contexto.
Judas, que traiu o Senhor JESUS CRISTO, foi para o seu próprio lugar (topos), em sua própria morada, isto é, o Hades.
MORTO
O Este termo, como adjetivo, é aplicado muitas vezes a indivíduos da Bíblia, desde Sara até Safira. As palavras que comumente se referem à morte são mot no AT e nekros no NT. O AT também usa a palavra nepesh (geralmente traduzida como "alma") para se referir a um corpo morto, mas isto ocorre por que a palavra frequentemente se refere a um indivíduo e, portanto, ao corpo do indivíduo. A palavra repaim também é, muitas vezes, traduzida como "sombras" na versão RSV em inglês. Seu significado etimológico como "magro" ou "impotente" é questionável. No NT também são usadas formas do verbo thnesko, ("morrer") e palavras semelhantes para designar o morto. Nenhum desses usos são suficientes para elucidar a condição daquele que partiu dessa vida.
O Ensino do AT
O AT não é muito explícito sobre esse assunto. Isso não deixa de mostrar uma interessante interrogação em vista das extravagantes especulações das pessoas que o cercam. Os versos do AT que lidam com a questão são encontrados principalmente em Jó, Salmos, Eclesiastes, Isaías e Ezequiel e se tornam mais difíceis por causa de seu contexto poético. O assunto também fica complicado pelo uso de palavras de etimologia incerta como Seol (q.v.), cujo significado preciso é discutível. Além disso, estudos críticos sobre esse assunto encontram-se muitas vezes viciados por uma pós-concepção que remonta às datas de alguns livros e passagens do AT, e encontram ideias de imortalidade e ressurreição no AT somente no período pré-exílico sob influência estrangeira. Mas, atualmente, os Salmos são aceitos como sendo, principalmente, pré-exílicos e os Salmos 16.8-11; 17.15; 49.14,15; 73.23-26 parecem falar claramente sobre a ressurreição e a imortalidade. Quanto ao Salmo 16.8-11, Pedro diz que Davi estava, conscientemente, predizendo a ressurreição de CRISTO (At 2.30,31). Também o Salmo 17.15 pode estar se referindo à futura ressurreição e não a despertar depois da morte, em glória. E bastante significativo que a ressurreição no NT seja chamada de despertar (Jo 11.11), embora isso seja relativamente figurativo, assim como a referência à morte como um sono. Os Salmos 49.14,15 e 73.19-26 podem estar se referindo ao atual estado do morto. O Salmo 73.19,24 e Isaías 57.1,2 parecem estar particularmente enfatizando a diferença entre o destino que aguarda o justo e o pecador depois de morrerem.
Existem vários versos específicos em Jó que ensinam sobre a imortalidade, mas igualmente significativo é o argumento total desse livro. Jó vê as iniquidades dessa vida, no entanto se prende firmemente na confiança em um DEUS de justiça. Mesmo hoje em dia, a única resposta a esse problema está no conceito de uma vida futura de recompensas e castigos. A clássica passagem está em Jó 19.25, "Porque eu sei que meu Redentor vive". Em Jó, esse verso se refere à ressurreição e não ao estado presente do morto.
Os textos em Isaías 25.8 e 26.19 são claros, e não há necessidade de colocar essas passagens em dias posteriores aos do próprio Isaías. Eles falam da ressurreição dos mortos como a futura esperança de Israel. O primeiro verso é citado expressamente com esta relação em 1 Coríntios 15.55. O texto em Daniel 12.2 também pode ser um ponto de referência. Tem sido sugerido que esse verso pode ser interpretado da seguinte forma. "E muitos que dormem no pó da terra irão acordar", entendendo a palavra min ("de" ou "do") como uma explicação e não como referência a uma ressurreição parcial, o que parece ser estranho a esse contexto (cf. Heidel, op. cit., p. 220ss.). Entretanto, essas passagens não revelam o estado atual do morto, exceto que proíbem a doutrina da extinção da pessoa porquanto existe uma esperança futura. Os exemplos de ressurreição, registrados no AT, reforçam essa conclusão. As traduções de Enoque e Elias, e o suporte de Samuel se concentram mais no estado do morto e também insistem que Israel sabia que existia uma vida futura para o povo de DEUS. Elias foi levado em corpo e alma e espírito para DEUS, em glória. Pode ser que a tradução tenha sugerido que era comum a ascensão da alma e do espírito dos justos; mas, obviamente, a ascensão do corpo era um evento singular.
Um lugar onde o corpo é rapidamente esquecido e onde a língua cessa de pronunciar louvores. "O Senhor DEUS sente pesar quando vê morrerem os que são fiéis a ele" (SI 116.15, Bíblia de Jerusalém), porque seu serviço de adorar, sacrificar e dar graças ao Senhor cessa completamente na terra. Mas esses versos não ensinam que essa é a condição do espírito depois da morte. Veja R. L. Harris, ''The Meaning of the Word Sheol", BETS, IV (1961), 129-135. Outras representações mostram os reis mortos na terra se elevando de seus tronos no Seol para saudar potentados recém-falecidos (Is 14.9-20. Ez 32.18-32). Isso também é extremamente figurativo. Heidel argumenta (op. cit., pg 198ss.) que o tratamento nesses versos se refere "quase exclusivamente ao túmulo e não ao mundo espiritual". Seol pode ser uma palavra poética para "túmulo" e isso explica as afirmações de ser um lugar de escuridão, silêncio etc. Mas, em relação à residência do espírito, o israelita temente e obediente, ao confiar no Senhor vivo e poderoso, da forma como fazia, morreu em paz esperando acordar em semelhança a DEUS (SI 17.15).
A Doutrina do NT
Embora o NT traga mais luz para a condição do morto, ele apenas amplia os ensinamentos do AT e claramente ensina sobre uma futura ressurreição. Existem muitas passagens a esse respeito, e a própria ressurreição de CRISTO é básica para todo esse quadro. Mas atualmente também existe mais luz sobre a condição do morto. Os cristãos "dormem em JESUS" (1 Ts 4.14). Isso parece ser claramente um eufemismo que surgiu da aparência de um corpo morto, pois os redimidos em glória são ativos (Ap 6.9ss.) e estão preocupados com os acontecimentos na terra. A cena da transfiguração mostra Moisés e Elias falando com JESUS sobre a crucificação que se aproximava (Lc 9.30,31). Os pecadores também estão terrivelmente conscientes do que acontece no mundo atual (Lc 16.19-31). Alguns têm afirmado que o registro do rico e Lázaro seja uma parábola. E possível, embora existam diferenças essenciais quando este relato é comparado às outras parábolas. Mas em todo caso, as parábolas de JESUS eram sempre ilustrações da vida real, e a conclusão é clara: os mortos estão agora em uma bem-aventurança, ou em uma situação de tormento. Esse foi o conforto que CRISTO ofereceu ao ladrão moribundo (Lc 23.43; a expressão "paraíso" é igualada a céu em 2 Coríntios 12.2,4) e Paulo declara que é "muito melhor" partir e estar com CRISTO (Fp 1.23). Para o cristão, estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Co 5.8). Ao morrer, Estêvão recebeu uma gloriosa visão de seu lar celestial (At 7.56) e o mesmo aconteceu com o idoso apóstolo em Patmos (Ap 4.11). Existe uma opinião de que, antes da cruz, havia dois compartimentos no Seol onde CRISTO entrou para libertar os redimidos que lá estavam e levá-los para o céu, como um benefício de sua crucificação. Além de ser muito estranha, essa opinião carece de fundamento exegético. Efésios 4.9 também é citado, mas esse verso pode simplesmente identificar o CRISTO ascendido com o JESUS que desceu à terra em sua encarnação. Outra passagem frequentemente citada é 1 Pedro 3.19,20. Ela pode apenas significar que, nos dias que antecederam o dilúvio, CRISTO pregou através do ESPÍRITO SANTO aos contemporâneos de Noé que agora estão "em prisão". Na verdade, e como já foi observado, CRISTO nos disse para onde iria depois de sua morte - para seu Pai e para o paraíso. O NT nos assegura que no momento de nossa morte também estaremos lá com CRISTO, até que Ele venha nos arrebatar (2 Co 5.2-8;
A Doutrina do NT
Embora o NT traga mais luz para a condição do morto, ele apenas amplia os ensinamentos do AT e claramente ensina sobre uma futura ressurreição. Existem muitas passagens a esse respeito, e a própria ressurreição de CRISTO é básica para todo esse quadro. Mas atualmente também existe mais luz sobre a condição do morto. Os cristãos "dormem em JESUS" (1 Ts 4.14). Isso parece ser claramente um eufemismo que surgiu da aparência de um corpo morto, pois os redimidos em glória são ativos (Ap 6.9ss.) e estão preocupados com os acontecimentos na terra. A cena da transfiguração mostra Moisés e Elias falando com JESUS sobre a crucificação que se aproximava (Lc 9.30,31). Os pecadores também estão terrivelmente conscientes do que acontece no mundo atual (Lc 16.19-31). Alguns têm afirmado que o registro do rico e Lázaro seja uma parábola. E possível, embora existam diferenças essenciais quando este relato é comparado às outras parábolas. Mas em todo caso, as parábolas de JESUS eram sempre ilustrações da vida real, e a conclusão é clara: os mortos estão agora em uma bem-aventurança, ou em uma situação de tormento. Esse foi o conforto que CRISTO ofereceu ao ladrão moribundo (Lc 23.43; a expressão "paraíso" é igualada a céu em 2 Coríntios 12.2,4) e Paulo declara que é "muito melhor" partir e estar com CRISTO (Fp 1.23). Para o cristão, estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Co 5.8). Ao morrer, Estêvão recebeu uma gloriosa visão de seu lar celestial (At 7.56) e o mesmo aconteceu com o idoso apóstolo em Patmos (Ap 4.11). Existe uma opinião de que, antes da cruz, havia dois compartimentos no Seol onde CRISTO entrou para libertar os redimidos que lá estavam e levá-los para o céu, como um benefício de sua crucificação. Além de ser muito estranha, essa opinião carece de fundamento exegético. Efésios 4.9 também é citado, mas esse verso pode simplesmente identificar o CRISTO ascendido com o JESUS que desceu à terra em sua encarnação. Outra passagem frequentemente citada é 1 Pedro 3.19,20. Ela pode apenas significar que, nos dias que antecederam o dilúvio, CRISTO pregou através do ESPÍRITO SANTO aos contemporâneos de Noé que agora estão "em prisão". Na verdade, e como já foi observado, CRISTO nos disse para onde iria depois de sua morte - para seu Pai e para o paraíso. O NT nos assegura que no momento de nossa morte também estaremos lá com CRISTO, até que Ele venha nos arrebatar (2 Co 5.2-8;
A Doutrina do NT
Embora o NT traga mais luz para a condição do morto, ele apenas amplia os ensinamentos do AT e claramente ensina sobre uma futura ressurreição. Existem muitas passagens a esse respeito, e a própria ressurreição de CRISTO é básica para todo esse quadro. Mas atualmente também existe mais luz sobre a condição do morto. Os cristãos "dormem em JESUS" (1 Ts 4.14). Isso parece ser claramente um eufemismo que surgiu da aparência de um corpo morto, pois os redimidos em glória são ativos (Ap 6.9ss.) e estão preocupados com os acontecimentos na terra. A cena da transfiguração mostra Moisés e Elias falando com JESUS sobre a crucificação que se aproximava (Lc 9.30,31). Os pecadores também estão terrivelmente conscientes do que acontece no mundo atual (Lc 16.19-31). Alguns têm afirmado que o registro do rico e Lázaro seja uma parábola. E possível, embora existam diferenças essenciais quando este relato é comparado às outras parábolas. Mas em todo caso, as parábolas de JESUS eram sempre ilustrações da vida real, e a conclusão é clara: os mortos estão agora em uma bem-aventurança, ou em uma situação de tormento. Esse foi o conforto que CRISTO ofereceu ao ladrão moribundo (Lc 23.43; a expressão "paraíso" é igualada a céu em 2 Coríntios 12.2,4) e Paulo declara que é "muito melhor" partir e estar com CRISTO (Fp 1.23). Para o cristão, estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Co 5.8). Ao morrer, Estêvão recebeu uma gloriosa visão de seu lar celestial (At 7.56) e o mesmo aconteceu com o idoso apóstolo em Patmos (Ap 4.11). Existe uma opinião de que, antes da cruz, havia dois compartimentos no Seol onde CRISTO entrou para libertar os redimidos que lá estavam e levá-los para o céu, como um benefício de sua crucificação. Além de ser muito estranha, essa opinião carece de fundamento exegético. Efésios 4.9 também é citado, mas esse verso pode simplesmente identificar o CRISTO ascendido com o JESUS que desceu à terra em sua encarnação. Outra passagem frequentemente citada é 1 Pedro 3.19,20. Ela pode apenas significar que, nos dias que antecederam o dilúvio, CRISTO pregou através do ESPÍRITO SANTO aos contemporâneos de Noé que agora estão "em prisão". Na verdade, e como já foi observado, CRISTO nos disse para onde iria depois de sua morte - para seu Pai e para o paraíso. O NT nos assegura que no momento de nossa morte também estaremos lá com CRISTO, até que Ele venha nos arrebatar (2 Co 5.2-8; e Filipenses 1.21-23).
PARAÍSO
Lugar de felicidade e bem-aventurança. A palavra hebraica pardes foi traduzida como bosque, jardim ou mata em Neemias 2.8, e "pomar" em Eclesiastes 2.5 e Cantares 4.13. Ela é derivada de uma antiga palavra persa, pairidaeza, que significa um jardim murado. A palavra pardes não foi usada em nenhuma passagem do AT com um sentido escatológico.
Na época do NT, entretanto, os judeus consideravam a região dos mortos (Hades ou Seol) como estando localizado no coração da terra; os iníquos que morriam iam para um "lugar de tormento", e os justos para um "lugar de bênçãos" (paraíso). O Senhor JESUS CRISTO usou essa palavra apenas uma vez, falando com o malfeitor que com Ele havia sido crucificado: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43). No entanto, na história do homem rico e de Lázaro, Ele empregou um termo alternativo, "seio de Abraão" (Lc 16.22). Em 2 Coríntios 12.4, Paulo fala sobre ser "arrebatado ao paraíso" e ouvir "palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar". No v. 2, ele fala sobre o "terceiro céu". Muitos pensam que quando CRISTO ressuscitou dos mortos Ele mudou a localização desse paraíso para cima nos céus, como está sugerido, em Efésios 4.8-10. O jardim do Éden foi inicialmente considerado como o primeiro paraíso. A Septuaginta (LXX) traduz gan 'éden, em Génesis 2.8, como paradeisos. Lá, Adão e Eva eram amigos de DEUS. Rios corriam pacificamente através do jardim; lá eles tinham acesso a frutas de muitas árvores, mas por causa da desobediência perderam o direito à "árvore da vida" (Gn 3.24). Lá, DEUS revelou a primeira promessa de um Redentor do pecado antes de serem expulsos do jardim (Gn 3.15).
Um novo paraíso para o pecador redimido aparece no último livro da Bíblia (Ap 2.7; cf. 22.20).
Em sua visão final da futura condição eterna, João viu um "rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de DEUS e do Cordeiro. No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações" (Ap 22.1,2).
Bibliografia. Joachim Jeremias, "Paradeisos". TDNT, V, 765-773.
POÇO DO ABISMO
Essa expressão ocorre somente uma vez, em Apocalipse 9.1,2, onde ao som do quinto anjo o poço é aberto por alguém que possui a chave, e são liberados seres parecidos com gafanhotos, mas com rosto humano (Ap 9.7). Seu aparato físico os deixava equipados para a sua missão, "danificar os homens por cinco meses" (Ap 9.10). Entretanto, a palavra abismo (abyssos) muitas vezes aparece sozinha e, tanto nas Escrituras como na literatura religiosa primitiva, indica o extremo oposto ao céu (cf. Testamento de Levi 3.9, onde o plural é usado para uma terceira categoria ou reino de coisas, junto com o céu e a terra, que são abalados pela presença de DEUS. Em 1 Clemente 28.3, o plural é usado, com a mesma categorização, em uma citação do Salmo 139.7,8). Paulo faz uma categorização semelhante em Filipenses 2.10 e fala sobre as coisas que estão sob a terra (katachthonios). Esse terceiro reino, chamado de abismo, também tinha o nome de Hades (um termo grego do Salmo 139.8 na LXX) e era considerado como a morada dos mortos (Rm 10.7; At 2.31) e dos demónios (Lc 8.31). O próprio Diabo é mantido no abismo, de acordo com a revelação de João (Ap 20.3). Alguns acreditam que, dessa forma, essa palavra signifique "as profundidades do inferno" (Arndt, p.55), mas isso não pode ser claramente estabelecido.
SEOL
A palavra heb. sh"'ol é de origem incerta e aparentemente não era usada em idiomas semitas fora dos círculos judaicos. Ela foi usada 65 vezes no AT, traduzida 31 vezes na versão KJV em inglês como "sepultura", 31 vezes como "inferno", e três vezes como "cova". As versões ASV e RSV em inglês a transliteram uniformemente como "Seol". Existem dificuldades com esta interpretação. A melhor ferramenta em seu estudo é uma concordância. A opinião usual é que Seol é o lugar dos espíritos dos mortos. Tanto os justos (Gn 37.35) como os ímpios iam para lá (Pv 9.18). A Bíblia de Referência Scofield, considerando uma opinião muito antiga, equipara o Seol ao Hades do NT. Ela sustenta que este possuía dois compartimentos antes da cruz, mas que CRISTO libertou os justos no Hades e os levou para o céu em sua ascensão (comentário sobre Lucas 16.23). As opiniões naturalísticas equiparam o Seol ao mundo dos mortos da crença babilónica, ou ao Hades da mitologia grega. Uma outra opinião (BulETS, IV [1961], 129-134) defende que o Seol é o lugar dos corpos dos mortos, isto é, a sepultura. Na maioria das passagens bíblicas esta interpretação ajusta-se muito bem, e é a tradução na metade dos casos na versão KJV em inglês. Esta opinião também é adequada naqueles versículos que falam do Seol como um lugar de silêncio (SI 31.17) onde DEUS não é louvado (SI 6.5; Is 38.18), um lugar de tristeza (2 Sm 22.6; SI 18.5; 116.3) ou inatividade (Ec 9.10). Estas passagens têm sido, às vezes, utilizadas em defesa do sono da alma. Mas se Seol significa sepultura, este termo só se refere ao sono do corpo na morte. Outros versículos referem-se aos vermes (Jó 17.14; 21.13,26; Is 14.11), ao consumo do corpo (SI 49.14), e à presença dos reis com seus ossos e armadura (Ez 32.27). Um problema é que o termo Seol é usado de uma maneira figurada que poderia enquadrar-se no conceito de "sepultura" ou de "lugar dos espíritos". Jonas clamou "do ventre do abismo" ou do "ventre do inferno" (Jn 2.2). O Seol é uma prisão com barras e portões (Jó 17.16; Is 38.10). Ele é personificado como uma criatura insaciável (Pv 30.16; 27.20; Is 5.14; He 2.5). Várias referências retratando o Seol como estando abaixo, ou como o contrário do céu, podem também ser consideradas como surgindo da referência à tumba, lembrando que na antiguidade as covas para os sepultamentos eram frequentemente profundas na terra (Dt 32.22; SI 139.8 etc). Não há nenhuma indicação de um grande reino subterrâneo dos mortos. As passagens especiais incluem Neemias 16.30,33, onde Corá foi enterrado vivo com seus pertences; e Salmo 16.10, que devemos traduzir da seguinte forma. "Não deixarás a minha alma na morte (ou no inferno)". Isto se harmoniza com Atos 2.29-31, onde o Hades equipara-se à "sepultura". O Hades em outras passagens do NT, na versão KJV em inglês, equivale a "inferno". Várias passagens em Provérbios falam do Seol como a recompensa dos ímpios (1.12; 5.5; 7.27; 9.18; 23.14). Isto pode apenas se referir ao julgamento da morte prematura. Os textos em Isaías 14.9-20 e Ezequiel 31.14-18; 32.18-32 provavelmente possuam uma referência figurativa aos reis mortos na tumba saudando um recém-chegado. Note em Isaías 14.19 que foi negado ao rei da Babilónia um sepultamento decente. O termo Seol é muito usado na poesia e é frequentemente um paralelo à "morte" e à "sepultura". Uma tradução uniforme como "sepultura" resolveria vários problemas de interpretação.
Bibliografia. R. Laird Harris, "The Meaning of the Word Sheol as Shown by Parallels in Poetic Texts". Evangelical Theological Society Bulletin, IV (1961), 129-134; Man - God's Eternal Creation, Chicago. Moody, 1971, pp. 162-184.
SEPULTURA
As palavras traduzidas como "sepultura" ou como algum termo equivalente são as palavras hebraicas 'i, "ruína" (pelo menos uma vez); qeber e q'bura, "tumba" (pelo menos 40 vezes); she'ol (pelo menos 31 vezes); shahat, "destruição" (pelo menos uma vez); e as palavras gregas hades (pelo menos uma vez); mnema (pelo menos uma vez) e mnemion, "tumba" (pelo menos oito vezes). Estas palavras também são traduzidas de outras formas. Qeber e qebura muitas vezes são traduzidas como "sepulcro" ou "local de enterro" assim como ocorre com mnema e mnemion. A tradução "tumba" também é usada. O termo heb. sh''ol também é traduzido como "inferno" (pelo menos 31 vezes) e "cova" (pelo menos três vezes) por exemplo na versão KJV em inglês. A versão RSV em inglês geralmente translitera tanto she'ol como hades. Os costumes de sepultamento dos israelitas são bastante claros a partir da arqueologia e das referências bíblicas. O AT fala de enterros tanto em jardins de casas (2 Rs 21.18) como em complexos de tumbas (Gn 23.20; 1 Rs 14.31). As sepulturas dos pobres, frequentemente, eram, sem dúvida alguma, apenas trincheiras rasas, como no grande cemitério em Qumran. Em outros casos um monumento de pedras era erigido sobre a sepultura, como para Acã (Js 7.26), reis inimigos (Js 8.29; 10.27), e Absalão (2 Sm 18.17). Sem dúvida alguma, os costumes de sepultamento variaram pouco com o passar dos séculos.
Os hebreus aparentemente não usavam caixões - nenhum foi encontrado nas tumbas nativas - mas enterravam seus mortos sobre um esquife ou cama baixa (2 Sm 3.31; 2 Cr 16.14; Ez 32.25; Lc 7.14), seguindo um costume cananeu como encontrado nas tumbas da Idade Média do Bronze em Jericó. Talvez a maior câmara mortuária dos tempos hebraicos tenha sido aquela que foi encontrada pelo Dr. Joseph P. Free em Dota (BASOR, Dez. 1960, pp. 10-13; existe um material posterior não publicado). Muitos corpos foram encontrados em uma única tumba. Os esqueletos daqueles enterrados antes haviam sido empurrados para os lados para abrir espaço para um sepultamento mais recente. Uma característica notável está relacionada às muitas lâmpadas encontradas. A tumba era deixada com uma lâmpada queimando ou as lâmpadas eram usadas nos rituais funerários? K. Kenyon encontrou nichos para lâmpadas cortados nas paredes das tumbas de uma data mais antiga em Jericó (Kathleen Kenyon, Archaeology in the Holy Land, p. 139). Note a menção de uma queima em um funeral em 2 Crónicas 16.14; 21.19. Esta provavelmente não era uma cremação, pois esta prática era excepcional entre os hebreus. Nos dias do NT complexos de tumbas eram cavados, como testemunhado pelas referências à tumba de José de Arimatéia. A tumba da família de Herodes em Jerusalém, em Israel, é um exemplo inequívoco. A pedra rolada que fechava a entrada baixa ainda está intacta. As assim chamadas tumbas do Sinédrio, a noroeste da moderna Jerusalém, com suas muitas câmaras e nichos para corpos, também podem ser datadas de um período anterior a 70 d.C.
Os pobres eram, sem dúvida alguma, enterrados de forma mais simples. Dos dias do NT vêm muitos ossuários que talvez refutem sepultamentos mais pobres. Estes são pequenas caixas de pedra contendo os ossos dos mortos que eram recolhidos após a decomposição. Elas não continham cinzas; o costume romano de cremação foi aparentemente rejeitado. Alguns destes ossuários são famosos. Nomes do NT tais como Miriã e Barjonas foram observados, mas é difícil dizer se estes sepultamentos eram cristãos ou judeus (cf. G. E Wright, Biblical Archaeology, p. 242). A famosa inscrição de Uzias refere-se ao ajuntamento dos ossos do rei Uzias (q.v.)
A palavra qeber, de modo geral, significa simplesmente "sepulcro". Ocasionalmente ela tem um uso figurativo; por exemplo, Salmo 5.9. Em Isaías 14.19 e Ezequiel 32.22,25,26 a palavra é usada no sentido dramático dos reis da terra que jazem em suas sepulturas, mas que se agitam para encontrar os reis da Babilónia e do Egito à medida que estes também vêm para a sepultura. Nestes contextos o termo she'ol também é usado. A palavra sh°'ol traz muitos problemas. Ela agora é geralmente definida como o lugar dos espíritos daqueles que morreram. Isto não se encaixa inteiramente nas 31 passagens (ou mais) traduzidas como "sepultura", por exemplo, na versão KJV em inglês. Nem faz justiça às declarações de que she'ol é um lugar de trevas, silêncio e esquecimento (Jó 17.13; SI 31.17; 88.3,12). Alguns têm concluído a partir destes versículos que a alma dorme no she'ol. No entanto, o problema é resolvido se estes versículos se referirem ao sono do corpo na sepultura. A. Heidel argumenta extensivamente que sh"'ol às vezes refere-se ao reino dos mortos, e às vezes à sepultura (A. Heidel, The Gilga-mesh Epic and OT Parallels, pp. 173ss.). Pode ser argumentado que sh"'ol seja uma palavra poética para "sepultura". Ela é usada em um paralelismo poético com mawet, "morte", e qeber, "sepulcro" (R. L. Harris, "The Meaning of the Word Sheol", BETS, IV [1961], 129-135).
Há poucas evidências sobre os detalhes dos costumes nos sepultamentos reais dos hebreus. Ananias e Safira foram enterrados muito rapidamente, como ainda é feito entre os judeus. Há algum tempo atrás, G. E Wright expressou sua dúvida quanto ao fato de serem deixados alimentos para os mortos, embora vários vasos e utensílios claramente o fossem (BA, VIII [1945], 17). A senhorita K. Kenyon encontrou comida nas tumbas de Jericó, mas estas eram de uma data anterior aos israelitas (op. cit., p. 191). A Bíblia não mostra nenhum culto dos mortos na religião ortodoxa hebraica.
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - CPAD
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SAIBA MAIS pela Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 50, p.42.
SUGESTÃO DE LEITURA
Apocalipse Versículo por Versículo, Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica e Dicionário de Profecia Bíblica.
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Mateus - Série Cultura Bíblica - R.V.G Tasker
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - CPAD
Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD
Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD
Estudos sobre o Apocalipse, CPAD
As Disciplinas da Vida Cristã; CPAD
A Doutrina Bíblica dos Anjos; CPAD
Doutrinas dos Anjos e Demônios, CPAD
Comentário Bíblico Apocalipse, CPAD
O Calendário da Profecia, CPAD
Uma Igreja Apaixonante, CPAD
Escatologia - Doutrina das Últimas Coisas - Severino Pedro da Silva - CPAD
Antes que a noite Venha, CPAD
A Segunda Vinda e Israel, CPAD
Gogue e o Anticristo, CPAD
Desmistificando sofismas, por Anderson Rangel (Apostila Heresias I - Rangel) - Rio das ostras - RJ
Erros escatológicos que os Pregadores devem evitar, CPAD
Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD
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Escrita Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas.
2. O ensino do Universalismo.
3. O alerta apostólico.
II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
2. No Novo Testamento.
III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
1. O conceito bíblico de Inferno.
2. O que ensina a doutrina?
3. O castigo será eterno.
2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15 A enganosa aparência de piedade dos falsos ensinadores
2 Tm 3.8; cf. Êx 7.11 Um contexto de resistência à verdade
Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10 Inferno como sepultura, lugar dos mortos
2 Pe 2.4 Inferno como lugar de prisão dos anjos caídos
Mt 23.33; 25.41,46 Inferno como castigo eterno, fogo eterno
Mt 25.46; Jo 5.26 Passar a eternidade tem a ver com uma escolha
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 25.41-46
41 - Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42 - porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43 - sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes.
44 - Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te servimos?
45 - Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46 - E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
Estudamos a respeito do Inferno. Muitos evitam falar sobre este tema, entretanto, não falar a respeito desse assunto não evita que alguns caminhem em sua direção. Um dia todos vão experimentar a morte, independente da classe social a que pertençam, religião ou títulos, e sabemos que, depois da morte, segue-se o juízo: Céu ou Inferno. O Inferno é real e ele não foi preparado para o ser humano, por essa razão nos sentimos incomodados de falar a respeito dele. Contudo, a sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa carreira. Embora esse seja um assunto difícil de tratar na atualidade, o Inferno é um dos principais assuntos do Novo Testamento. Veremos que JESUS ensinou de forma enfática a realidade do Inferno nos Evangelhos.
Palavra-Chave – Inferno
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
O Inferno é um dos assuntos principais do Novo Testamento. JESUS ensinou mais sobre o Inferno do que o apóstolo Paulo. Por isso, nesta lição, estudaremos a doutrina bíblica do Inferno. Situaremos a resistência atual de muitos em relação à doutrina, veremos as principais palavras que traduzem “Inferno” e mostraremos que negar essa doutrina bíblica significa negar todo o cristianismo bíblico.
I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas.
Os que vivem na incredulidade, dominados pelos poderes das trevas neste mundo, negam prontamente a realidade do Inferno. Filósofos humanistas dizem que a afirmação bíblica da existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos. Teólogos modernos e pós-modernos negam a inspiração plenária da Bíblia e, por isso, agem para enfraquecer a doutrina bíblica sobre o Inferno, dizendo que se trata de um pensamento pagão que deve ser erradicado da Bíblia. Outros chegam até a admitir que certas pessoas irão para o Inferno, mas por tempo provisório. Porém, durante esse período, serão purificadas e receberão uma segunda chance para entrar no Céu.
2. O ensino do Universalismo.
argumento muito frequente atualmente é o falso ensino de que, no final das contas, todas as pessoas irão para o Céu. Por exemplo, não haveria diferença no destino de um assassino frio e cruel para um crente que buscou ter uma vida santa, fugindo do pecado. A ideia central do Universalismo é a de que todos somos filhos de DEUS e, como Ele é um Ser de amor, não pode condenar o ser humano a uma punição eterna.
3. O alerta apostólico.
Esses falsos ensinos revelam a fraude que muitos intelectuais cristãos cometem a respeito do cristianismo bíblico. O que eles fazem é transformar a verdade de DEUS em mentira, negar integralmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente exposto no Novo Testamento. Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu a respeito desses falsos ensinadores: eles teriam aparência de piedade, mas negariam sua eficácia (2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15); resistiriam à verdade (2 Tm 3.8; cf. Êx 7.11); apostatariam da fé e dariam ouvido a doutrina de demônios, tendo suas consciências cauterizadas (1 Tm 4.1). Atualmente, estamos testemunhando de maneira vívida todos os alertas apostólicos quanto aos falsos ensinos e ensinadores dos últimos dias.
SINÓPSE I - Na atualidade muitos pensam que a existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Inferno
“Lugar onde DEUS designa os perdidos para o castigo eterno tanto do corpo quanto da alma (Mt 10.28). Essa agonia de tormento eterno no Inferno é a maior de todas as tragédias possíveis. Esse tópico da vida após a morte foi revelado apenas gradualmente nas Escrituras. ‘Geena’ originalmente se referia ao vale de Hinom perto de Jerusalém, o local das notórias ofertas, feitas por Acaz, de sacrifício de crianças pelo fogo ao deus Moloque (2 Cr 28.3) e Manassés (2 Cr 33.6). Mais tarde, o significado desse termo foi estendido ao lugar do castigo de fogo em geral. Ainda mais tarde, a localização geográfica desse lugar de punição foi mudada para debaixo da terra, mas a ideia de tormento de fogo continuou. Nos tempos do NT, os fariseus criam claramente na punição dos ímpios na vida após a morte. É principalmente nos ensinos de JESUS que a realidade de um lugar de punição eterna entra em nítido foco. Na descrição de JESUS, o Inferno envolve fogo, inextinguível (Mt 18.8,9), um lugar onde o verme não morre (Mc 4.48)” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 255).
II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
A primeira palavra a ser destacada no Antigo Testamento é Sheol, “mundo inferior dos mortos”, “sepultura”, “inferno”, “cova”. Ela traz a ideia do AT para “morada dos mortos”, “lugar que não tem retorno”. Essa palavra aparece 65 vezes no AT: sepultura, lugar para onde os mortos iam (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10); os fiéis seriam resgatados desse lugar (Sl 16.9-11; 49.15); os ímpios não seriam resgatados de lá (Jó 21.13; 24.19; Sl 9.17; 55.15). No AT, o ensino sobre o destino das pessoas se concentrava mais para o lugar onde os corpos das pessoas iam, não para o destino da alma após a morte. Não há, portanto, um texto claro no AT a respeito da divisão do Sheol entre um lugar de castigo e outro de bênçãos. Assim, o Antigo Testamento aponta para o Novo. Neste Testamento a doutrina do destino eterno das pessoas após a morte é bem clara. Contudo, de modo geral, a palavra hebraica Sheol também é descrita como lugar de castigo (Jó 24.19).
2. No Novo Testamento.
Três palavras gregas que aparecem no Novo Testamento foram traduzidas pela palavra “Inferno”: hades (traduz a hebraica Sheol); tártaro, geena. A palavra hades significa “lugar de castigo” (Mt 11.23; Lc 10.15; 16.23); também pode se referir ao estado de morte que o ser humano experimentará no fim da vida (Mt 16.18; At 2.27,31; Ap 1.18). A palavra tártaro traz a ideia de um abismo mais profundo que a sepultura, a habitação dos ímpios mortos em que eles sofrem punição pelas suas obras más. Os anjos caídos estão presos neste lugar (2 Pe 2.4). A palavra geena, que aparece 12 vezes no Novo Testamento, significa “castigo eterno”. É uma palavra que deriva de termos hebraicos atrelados ao Vale de Hinom, ao lado sul e leste de Jerusalém. Nesse lugar, os adoradores de Moloque sacrificavam bebês pelo fogo (2 Rs 16.3; 21.6). Não por acaso, o profeta Jeremias se referiu ao Vale de Hinom como de julgamento (Jr 7.32; 19.6). No tempo do NT era um lugar em que se queimava o lixo da cidade. Essa palavra recebeu todo o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46) que faz jus ao termo Inferno.
SINÓPSE II -
A palavra Inferno aparece na Bíblia tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Professor(a), explique que “JESUS também retrata a extrema angústia dos que sofrem o castigo final de serem ‘lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes’ (Mt 8.12).
Os apóstolos também ensinam a ideia de um severo castigo eterno para os perdidos. Na volta de CRISTO, os que vivem fora de um relacionamento adequado com o Senhor DEUS experimentarão repentina destruição (1 Ts 5.3), quando os anjos vierem ‘como labaredas de fogo’ e ‘tomando vingança dos que não conhecem a DEUS e dos que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO’ (2 Ts 1.6-9). O autor aos Hebreus fala de ‘uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários’ (Hb 10.27). Apocalipse descreve que ‘a fumaça do seu tormento sobre para todo o sempre ‘(Ap 14.11) e que os ímpios serão lançados no ‘lago que arde com fogo e enxofre’” (Ap 21.8) (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 256).
III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
1. O conceito bíblico de Inferno
À luz de Mateus 25.41, o Inferno é um lugar real. O DEUS justo e bom jamais faria um lugar como esse para o ser humano criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26), mas, sim, para o Diabo e seus anjos que se rebelaram contra Ele (2 Pe 2.4; Jd 12.6; Ap 12.7). Entretanto, quando o ser humano despreza a DEUS e sua Palavra, colocando-se sob o governo do deus deste século, o Diabo, será também sentenciado e destinado ao mesmo lugar que Satanás e seus demônios foram (2 Co 4. 4).
2. O que ensina a doutrina
A realidade do Inferno é um ensino integralmente bíblico (Mt 10.28; 23.33; Mc 9.43; Lc 12.5), descrito como um lugar de tristeza, vergonha, dor e extrema agonia. Isso porque o ser humano irá para o Inferno de maneira integral: corpo e alma. Assim, de acordo com o vasto ensino do Novo Testamento, todas as pessoas que desprezam JESUS como Senhor e Salvador de suas vidas passarão a eternidade totalmente separadas de DEUS, na presença do Diabo e seus demônios (Mt 25.41).
3. O castigo será eterno
Diversas passagens do Novo Testamento denotam a realidade do Inferno como lugar de castigo eterno: fogo inextinguível (Mt 3.12; Mc 9.43,48); fornalha acesa (Mt 13.42,50); trevas (Mt 8.12; 22.13); fogo eterno (Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15). Então, o castigo eterno se configura como uma penalidade aos que se rebelaram contra DEUS e sua Palavra. Por isso, esse castigo tem relação direta com o pecado. Todos os pecadores que não se arrependeram de seus pecados serão lançados no Lago de Fogo, o Inferno, logo após o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). Contudo, precisamos observar algo importante. A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de DEUS, mas um fruto da escolha do ser humano em viver deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo. O ensino bíblico é claro e simples: os que rejeitaram a CRISTO receberão o castigo eterno (Mt 25.46); os que escolheram a CRISTO receberão a vida eterna (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu ou para o Inferno, se passará a eternidade com CRISTO ou sem Ele, é pessoal.
SINÓPSE III
A doutrina bíblica do Inferno prova a sua realidade.
CONCLUSÃO
À luz da Bíblia, a possibilidade de passar a eternidade num contexto de dor e sofrimento é real. Por isso, essa realidade deve valorizar mais a tão grande salvação que DEUS providenciou para as nossas vidas e, por isso, devemos estar firmados em JESUS durante a nossa jornada de fé, pois sem CRISTO, o ser humano passará a eternidade longe de DEUS.
Nosso estudo focaliza todas as pessoas salvas que morreram em CRISTO. A Bíblia descreve o primeiro tipo de morte, conhecido como morte física ou morte natural (Mt 14.6-12; At 5.5,6,9,10). O segundo tipo é a morte espiritual (Gn 2.17; 1Sm 28.6; 1Tm 5.8; Mt 22.32; Ef 2.1). O terceiro, por sua vez, é a morte eterna, também conhecida como segunda morte (Ap 20.6,10,14; Mt 25.46; Dn 12.2).
(Apocalipse 14.13)
As Escrituras estabelecem uma enorme diferença entre a morte do santo e a do ímpio. O salvo tem a esperança de uma vida eterna e feliz com DEUS. O ímpio, ao contrário, tem medo da eternidade porque não tem esperança. Bem-aventurada é a pessoa que morre em CRISTO. Morrer em CRISTO é sinônimo de felicidade.
São bem-aventuradas todas as pessoas que morreram em CRISTO, porque tomaram posse definitiva da salvação, por meio da fé e da graça de DEUS (Ef 2.8). A decisão em aceitar CRISTO como Salvador foi o primeiro passo que as salvou da sentença do castigo e da condenação do pecado (Rm 8.1).
A virtude da fidelidade deve acompanhar o remido em CRISTO por toda sua vida. Ela pode Manifestar-se de várias formas:
- há fidelidade no muito (Mt 25.15); fidelidade no pouco (Mt 15.25); fidelidade para falar (Mt 5.37); fidelidade para servir (Mt 11.15; 13.15; At 7.57); fidelidade para ir (Mc 16.15; Mt 13.1-3); fidelidade para ficar (At 1.4; Lc 24.49); fidelidade em tudo (Lm 3.23; Sl 119.90; 89.1,2,5).
DEUS fez o homem à Sua imagem e semelhança (Gn 1.26), soprando nele o fôlego da vida (Gn 2.7). O espírito humano é imorredouro; portanto, a expressão “mortos em CRISTO” não indica que o indivíduo deixa de ter vida quando o corpo perece;
ao contrário, pelo arrependimento e fé, esta pessoa adquire o direito de viver eternamente com DEUS (Jo 10.10). A Bíblia garante que a vida eterna é concedida a todo aquele que crê em CRISTO. Quando a pessoa morre no Senhor,
ela adentra a dimensão da eternidade (Jo 10.28).
No Novo Testamento encontramos vários eventos em que pessoas passaram pela experiência da ressurreição, por exemplo:
- a filha de Jairo (Mt 9.23-25); o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-15) e Lázaro, na cidade de Betânia (Jo 11.43,44). As multidões ouviram claramente, em alto e bom som, dos lábios do Senhor JESUS, as palavras que nenhum fundador de religião ousou dizer: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá (Jo 11.25).
A morte para os que estão no Senhor é o começar da vida de descanso, paz, alegria e felicidade eterna (Ap 14.13). O autor da Carta aos Hebreus declara que DEUS entrou em Seu repouso para descansar. Após criar o céu, a terra, o universo com tudo que neles há, no sétimo dia, Ele descansou (Gn 2.2). Da mesma forma, o Senhor tem programado, para o homem e a mulher que entenderam o Seu plano salvador, um descanso que jamais terminará, de abundante gozo, paz
duradoura e felicidade eterna (Jo 3.16).
É normal que perguntas surjam sobre o destino eterno de alguém que acabou de morrer. Onde estará nosso ente querido que faleceu? Estará em sofrimento? Em que condições se encontrará?
Estará salvo ou perdido? DEUS deseja que todas as pessoas sejam salvas (1 Tm 2.3,4). Algumas famílias gastam fortunas, consultando pessoas que dizem comunicar-se com os mortos para saber como e onde estão seus amados. Há indivíduos que tentam, de todas as formas, comprar ou arranjar um lugar de felicidade para o parente que morreu. Segundo a Bíblia, os vivos não se comunicam com os mortos (Hb 9.27). Os que estão no Senhor esperam a vida eterna, estão conscientes para onde irão após a morte física (Tt 1.2; 1 Pe 1.3).
Ensinando sobre a vida futura, o Senhor JESUS mencionou que há duas portas e dois caminhos para a eternidade. Durante a jornada da vida, o ser humano só pode estar em um deles de cada vez. A maior parte das pessoas palmilha o caminho largo, enquanto a menor parte trilha o caminho estreito. JESUS deixou claro que não há uma terceira opção para o homem ou a mulher. Quem não entrou pela porta estreita, já está na porta larga. No entanto, o Mestre admoesta: Esforcem-se para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão (Lc 13.24).
A ideia de purgatório não se encontra nas Escrituras. Não existe um lugar destinado à purificação ou aperfeiçoamento após a morte. Não há estágios, dimensões ou ciclos que possam melhorar ou mudar o destino da pessoa que
atravessa o limiar da eternidade (Hb 9.27).
Assim como na justiça comum as pessoas que desobedeceram às leis aguardam o julgamento, todas as pessoas ímpias mortas estão em uma
habitação temporária, esperando o dia em que serão julgadas. Este é um lugar intermediário de sofrimentos terríveis, pavor, solidão e lembranças
angustiantes. Todas as pessoas que morreram sem CRISTO já estão condenadas. Elas não terão outra chance de serem salvas. O julgamento ocorrerá para provar que DEUS é justo e fiel. Elas ouvirão o veredito do Senhor, sairão da habitação temporária onde se encontram neste momento para serem lançadas em definitivo na perdição eterna. Como o ser humano pode escapar da perdição eterna? A resposta está em João 3.16 e nas passagens paralelas desse versículo.
O espírito do homem ou da mulher que morreu no Senhor não está vagando pelo espaço; também
não se encontra na sepultura, nos cruzamentos, nas cachoeiras, ou em algum lugar de purgação. Tampouco pode ser manipulado por demônios
para baixar em altares, terreiros, cemitérios ou em qualquer outro lugar. O espírito da pessoa salva em CRISTO está onde Ele está (Jo 14.3). Tanto o Hades — que significa aflição, sofrimento e perdição — como o Paraíso — que indica paz, alegria, salvação — não são um estado mental
ou figuras da imaginação humana; são lugares específicos e reais (Lc 23.43; Jo 20.17; Ap 6.9-11).
Os mortos no Senhor desfrutam, no Paraíso, da
presença de CRISTO, sendo iluminados pela luz divina. Neste lugar, onde não há pecado, maldição, dores, tristezas, desespero ou aflições, os que morreram no Senhor contemplam a
glória de DEUS. Eles são o tesouro pessoal do Senhor (Ml 3.17).
Tudo o que fazemos para DEUS e para o semelhante, especialmente para os domésticos da fé, é registrado nos livros das obras que estão no céu. A prática das boas obras não é algo inútil; ao contrário, é recompensada pelo Senhor aqui e na eternidade (1 Co 15.58). Quem pratica boas obras, agrada a DEUS, beneficia o próximo, tem muita paz e alegria no coração e, ainda, ajunta um tesouro no céu.
Existe um memorial que está sendo erigido no céu por todos os santos de todas as épocas — pessoas que, durante a jornada terrena, consagraram-se totalmente ao Senhor e aos seus
semelhantes. Este é o memorial das boas obras, que jamais será destruído. DEUS ordenou a edificação deste memorial que o honra e alegra o Seu coração (Jo 12.26).
As obras que seguem as pessoas que morreram no Senhor são resultado de uma vida consagrada, reta e justa. Todo e qualquer ser humano só pode ser justificado pela maravilhosa obra realizada em seu coração pelo sacrifício de CRISTO. Qualquer pessoa tem direito a este dom gratuito de DEUS. Quem recebe a graça divina — que ensina o salvo a ser sóbrio, sensato, equilibrado, justo, generoso e a viver piedosamente (Tt 3.11,12) — tem direito à salvação. Embora não seja suficiente para salvar alguém, as boas obras devem integrar a vida do salvo, porque isso agrada a DEUS (1 Pe 3.12).
Pelo poder da Palavra de DEUS, pela ação do ESPÍRITO SANTO e por seu testemunho pessoal, Paulo contemplou o fruto do seu trabalho na vida de Timóteo. Ele foi usado por DEUS para produzir um dos maiores e mais consagrados obreiros no ministério da Igreja primitiva (2 Tm 4.1-5). Os cristãos na Galácia foram forjados espiritualmente pelo trabalho de boas obras realizado por Paulo. Ele compara a importância, o sacrifício e o preço desta tarefa com dores de parto. Por isso, ele declarou: Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que CRISTO seja formado em vós (Gl 4.19).
Uma das maiores obras realizadas por homens e mulheres santos — parte integrante do memorial de boas obras — é a salvação das almas. De fato, esta é a única coisa que podemos levar desta vida e apresentar ao Pai: almas para o Senhor (At 4.20). O coração de DEUS se alegra, os anjos celebram, os céus festejam, quando uma alma é levada das trevas para a luz. Este milagre substantivo é resultado das boas obras praticadas por alguém sábio. As obras dos salvos, guardadas no memorial celestial, revelam o trabalho de cada pessoa indo buscar os perdidos para DEUS. Assim
como o Senhor JESUS foi às cidades, grandes e pequenas, às vilas e aldeias, às praias, à sinagoga, a casas, ao comércio, ao templo, às ruas em todos os lugares onde havia pessoas,
nós, enquanto vivos, devemos fazer da mesma maneira, com o mesmo empenho e amor (Mt 9.35; At 10.38).
Alimentar os famintos, dessedentar os caídos, vestir os despidos, curar os enfermos, cuidar do pobre, do órfão, da viúva, dos homens e mulheres no campo missionário são obras que agradam a DEUS e que permanecerão vivas por toda a
eternidade. O Senhor garante que, ao praticar boas obras, cuidando das pessoas necessitadas, somos abençoados com graça abundante e poderosa para suprir todas as nossas necessidades, sejam elas espirituais, sociais, emocionais ou físicas (2 Co 9.8,9).
O texto de Eclesiastes 12.7 diz que o nosso corpo, na morte, volta ao pó, e o espírito volta para DEUS, que o criou. Isso significa que os salvos em CRISTO, que já passaram desta para a
outra vida, encontram-se em um lugar intermediário de prazer e felicidade, o lar celestial. No entanto, na segunda vinda de CRISTO, este mesmo espírito se unirá ao corpo, pela ressurreição dos mortos, e estes, com seus corpos ressurretos, unir-se-ão ao Senhor, eternamente, em estado pleno de consciência
e extrema felicidade (CHAVES, G. V. O que todo discípulo de CRISTO precisa saber. Central Gospel, 2021).
1. De acordo com o que foi exposto nesta lição, responda: Por que são bem-aventuradas as pessoas que morreram em CRISTO, conforme descrito em Apocalipse 14.13?
R.: Porque elas tomaram posse definitiva da salvação, por meio da fé e da graça do Senhor JESUS CRISTO (Ef 2.8).