Lição 11, Central Gospel, O Caminho do Santuário, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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SUBSÍDIOS
Lição 10: Dádiva, privilégios e responsabilidades na Nova
Aliança
Data: 11 de Março de 2018
1º Trimestre de
2018 - Título: A supremacia da Cristo — Fé,
esperança e ânimo na Carta aos Hebreus - Comentarista: José Gonçalves
TEXTO ÁUREO
“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé;
tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água
limpa” (Hb 10.22).
VERDADE PRÁTICA
A Nova Aliança é uma dádiva divina que traz grandes
responsabilidades.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Hb 10.14 Uma única oferta santificou aos que creem
Terça — Hb 10.12 O único ofertante suficiente para o sacrifício
Quarta — Hb 10.10 Uma única vez, um único sacrifício e a
substituição do culto
Quinta — Hb 10.23 A necessidade de vigilância para continuar crendo
na promessa
Sexta — Hb 10.35 A necessidade de confiança na grande recompensa
Sábado — Hb 10.36 A necessidade de perseverança para alcançar a
promessa
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 10.1-7,22-25.
1 — Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a
imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se
oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
2 — Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque,
purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado.
3 — Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se faz comemoração
dos pecados,
4 — porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes
tire pecados.
5 — Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não
quiseste, mas corpo me preparaste;
6 — holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram.
7 — Então, disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está
escrito de mim), para fazer, ó DEUS, a tua vontade.
22 — cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza
de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água
limpa,
23 — retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque
fiel é o que prometeu.
24 — E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos
ao amor e às boas obras,
25 — não deixando a nossa congregação, como é costume de
alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se
vai aproximando aquele Dia.
HINOS SUGERIDOS
208, 242 e 303 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a Nova Aliança é uma dádiva divina que traz grandes
responsabilidades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo
I Qual a dádiva da Nova Aliança; refere-se ao tópico I com os seus
respectivos subtópicos.
II. Apresentar os privilégios da Nova Aliança;
III. Explicar as responsabilidades da Nova Aliança.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado(a) professor(a), nesta lição veremos os inúmeros
privilégios que a Nova Aliança oferece a todos aqueles que creem no sacrifício
de JESUS e buscam se achegar a DEUS. Mediante a fé em JESUS fomos justificados
e regenerados e hoje temos livre acesso a presença do Pai. Com certeza, este é
o maior benefício que nos foi concedido pelo Senhor. Todos os benefícios da
Nova Aliança só se tornaram possíveis mediante a obra expiatória de JESUS CRISTO,
pois na Antiga Aliança somente o sumo sacerdote podia entrar no SANTO dos
Santos uma vez no ano no Dia da Expiação. Hoje por meio do sacrifício perfeito
e eterno de CRISTO temos livre acesso à presença de DEUS. Este é um grande
privilégio que conduz a uma grande responsabilidade. Como crentes jamais
devemos negligenciar a Nova Aliança menosprezando a graça de DEUS.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O autor sagrado está próximo de concluir a sua argumentação acerca
do sacerdócio e do sacrifício de CRISTO. A seção de Hebreus 10.1-18 é reservada
por ele para lembrar, reforçar e concluir os argumentos anteriormente expostos
sobre a singularidade e a eficiência da obra expiatória de JESUS CRISTO. Tendo
feito isso, ele destaca inúmeros privilégios desfrutados pelos crentes que só
se tornaram possíveis graças à superioridade da Nova Aliança. O acesso direto à
presença de DEUS, graças à mediação de CRISTO, constitui o maior deles. Mas ao
mesmo tempo em que destaca as bênçãos da nova vida em CRISTO, o autor também
chama a atenção para as responsabilidades que derivam dela.
PONTO CENTRAL
A Nova Aliança é uma dádiva divina que traz grandes responsabilidades.
I. A DÁDIVA DA NOVA ALIANÇA
1. Uma única oferta. O Antigo Testamento põe em destaque as
centenas de sacrifícios que eram realizados ano após ano no culto judaico. A
quantidade de animais mortos nessas celebrações impressionava. Especialistas em
cultura judaica, e na língua hebraica, afirmam que houve situações nas quais os
filhos de Arão se gabavam de ficar cobertos de sangue sacrifical até os
tornozelos. Em História dos Hebreus (CPAD), no livro “Guerras
Judaicas”, o historiador Flávio Josefo fala em centenas de milhares desses
sacrifícios. Para o autor de Hebreus, esses sacrifícios não passavam de uma
sombra da qual CRISTO era a realidade (Hb 10.1). CRISTO, com uma única oferta,
realizou a obra da redenção (Hb 10.14).
2. Um único ofertante. A oferta foi única, o ofertante também
(Hb 10.12). Aqui, como já havia feito anteriormente, o autor destaca o ofício
de CRISTO como sacerdote e rei. Este é o diferencial entre o sistema sacerdotal
do leviticalismo e o do cristianismo. À semelhança de Melquisedeque, CRISTO não
apenas oficia como sacerdote, mas também governa como rei. Depois de fazer a
purificação do pecado com seu próprio sangue, Ele, agora como rei, assentou-se
à direita de DEUS (Hb 1.3).
3. Uma única vez. Uma única oferta feita uma única vez por um
único sumo sacerdote (Hb 10.10)! Um dos pontos mais destacados na epístola pelo
autor de Hebreus foi o caráter único do sacrifício de CRISTO. Enquanto os
sacrifícios da Antiga Aliança necessitavam ser frequentemente repetidos, o
sacrifício de CRISTO foi feito uma única vez em favor de todos os homens. Esse
fato demonstra inequivocamente, que por um lado, os sacrifícios de animais eram
imperfeitos e jamais poderiam aperfeiçoar alguém; e que por outro, deixa claro
que somente o sangue de CRISTO pode satisfazer a justiça de DEUS.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A Nova Aliança nos concede uma grande dádiva.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Quando as pessoas se reuniam para a oferta de sacrifícios no Dia
da Expiação, elas eram lembradas dos seus pecados, e sem dúvida se sentiam
culpadas novamente. O que elas mais precisavam era do perdão — o perdão
permanente e poderoso que destrói o pecado, o perdão que temos em CRISTO.
Quando confessamos um pecado a Ele, não precisamos pensar nesse pecado nunca
mais.
Os sacrifícios de animais não podiam remover os pecados; eles
forneciam apenas uma forma temporária de lidar com o pecado até que JESUS
viesse para lidar com o pecado de forma permanente. Como, então, as pessoas
eram perdoadas nos tempos do Antigo Testamento? Pelo fato de os crentes do
Antigo Testamento seguirem o mandamento de DEUS sobre a oferta de sacrifícios, DEUS
lhes perdoava quando realizavam seus sacrifícios movidos pela fé. Mas essa
prática Aguardava, com expectativa, o sacrifício perfeito de CRISTO. O modo de CRISTO
é superior à maneira do Antigo Testamento porque o mundo antigo apenas apontava
para a obra excelente que CRISTO faria para remover os pecados” (Bíblia de
Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015, p.1798).
II. OS PRIVILÉGIOS DA NOVA ALIANÇA
1. Regeneração. No capítulo oito o autor já havia contrastado
a Antiga Aliança com a Nova, levando em conta o seu aspecto cerimonial e
ritual. Os inúmeros sacrifícios e rituais jamais puderam produzir mudança
interna. A santificação no Antigo Pacto se dava mais no aspecto cerimonial.
Todavia, a grandeza da Nova Aliança está na mudança interna que ela produz,
isto é, no coração (Hb 10.16). O apóstolo Paulo disse o mesmo com outras
palavras (Rm 2.29).
2. Adoração. O autor sacro já havia destacado que a adoração
na Antiga Aliança era imperfeita porque poucos tinham acesso à presença de DEUS.
O povo era representado pelos sacerdotes e, uma vez no ano, pelo sumo
sacerdote. Não era uma adoração em espírito e em verdade (Jo 4.23). Todavia, o
autor revela que esse fato mudou. No Novo Concerto o próprio crente tem acesso
ao lugar mais íntimo do santuário por intermédio de CRISTO JESUS, o perfeito
sumo sacerdote (Hb 10.19). A única atitude necessária destacada pelo autor é a
de chegarmos a DEUS “com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os
corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa” (Hb
10.22).
3. Comunhão. O conceito de Igreja como Corpo vivo de CRISTO
aparece no pensamento do autor de Hebreus. Embora o antigo povo formasse uma
“congregação no deserto”, ele não era uma igreja no sentido neotestamentário. A
existência da Igreja só se tornou possível depois do Calvário. Como Igreja, os
cristãos podem desfrutar da perfeita comunhão com CRISTO e uns com os outros.
Sem comunhão, sem congregação, não há igreja. Ninguém consegue ser crente
isolado ou sozinho. Por isso, o “congregar” é importantíssimo para a saúde
espiritual do crente (Hb 10.24,25).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Muitos são os privilégios da Nova Aliança, mas o acesso direto à
presença de DEUS, graças à mediação de CRISTO, constitui o maior deles.
III. AS RESPONSABILIDADES DA NOVA ALIANÇA
1. Vigilância. O autor volta às exortações feitas nos
capítulos dois e seis. Não há dúvida de que ele acreditava que um cristão
genuíno pode decair da graça, senão, não teria sentido algum seu duro tom
exortativo. Primeiramente, ele aconselha o crente a se firmar na fé (Hb 10.23).
O autor já havia usado a palavra “reter” (gr. katecheo ) duas outras
vezes (Hb 3.6,14). Essa palavra é usada em Lucas 8.15 (ARA) para os que “retêm
a palavra” a fim de não se desviarem dela. Esse apego era justificado segundo a
pergunta retórica do autor: “Quanto maior castigo cuidais vós será julgado
merecedor aquele que pisar o Filho de DEUS, e tiver por profano o sangue da
aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao ESPÍRITO da graça?” (Hb
10.29). Há um preço alto quando nos falta a vigilância.
2. Confiança. Com o objetivo de animar a fé dos crentes, o
autor faz menção ao histórico da vida deles. Eles haviam experimentado
sofrimento, abandono e até mesmo a espoliação; contudo, permaneceram firmes. O
que estava, portanto, acontecendo agora? Aquela mesma confiança que haviam tido
no passado deveria continuar como um sólido fundamento (Hb 10.35). Quando o
cristão perde a capacidade de confiar, ele perde a motivação pelas coisas
celestiais. O céu é para quem tem esperança!
3. Perseverança. O autor conclui o capítulo mostrando que na
jornada cristã o crente precisa de paciência (Hb 10.36). A palavra
grega hypomoné ocorre 32 vezes em o Novo Testamento com o sentido de
“paciência” e “perseverança”. Essa palavra aparece também em Lucas 8.15,
referindo-se ao crente que produz fruto com perseverança. O discipulado
cristão, bem como a produção de frutos, demanda tempo. E para alcançar as
promessas de DEUS é preciso perseverar até o fim.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Na Nova Aliança há privilégios, mas também grandes
responsabilidades.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O autor de Hebreus faz uma série de exortações e uma delas
é: ‘Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança’ (Hb 10.23). O autor
retorna à sua preocupação pelos leitores, que estão em perigo de se afastar de
sua fé e da confissão da esperança em CRISTO (cf. 2.1-3; 3.12-14; 4.1; 6.4-6;
10.26-31). ‘Reter firme’ significa literalmente não se desviar nem para um lado
nem para o outro, e deste modo significa estar ‘firme’, ‘estável’,
‘inabalável’. Para os leitores, reter firme sua ‘esperança’ em CRISTO como
judeus convertidos incluía permanecerem firmes em sua fé, crendo que JESUS CRISTO
é o seu sacrifício pelo pecado e o seu sumo sacerdote diante de DEUS. A
‘esperança’, porém, é mais abrangente do que a ‘fé’, porque inclui as promessas
específicas de DEUS sobre o futuro. O incentivo mais forte possível para
continuarem em direção à esperança é o caráter fidedigno de DEUS: ‘Porque fiel
é o que prometeu’. Nossa esperança é baseada na promessa infalível de DEUS;
porque não apreciamos e confessamos isto confiante e ousadamente.
Outra exortação importante é: ‘Consideremo-nos uns aos outros, para
nos estimularmos à caridade [ou ao amor] e às boas obras’ (Hb 10.24). Este
verso enfoca o ‘amor’ (Hb 10.24,25), que completa a tríade com a fé (Hb 10.22)
e a esperança (Hb 10.23). Os cristãos devem encorajar-se mutuamente e
estimularem-se uns aos outros (‘incitar’, ‘provocar’) às expressões práticas do
amor. O objetivo desta ação é o aumento e o aprofundamento do ‘amor e das boas
obras’ em meio aos crentes. O amor deve ter ‘um resultado prático’ e ‘uma
expressão tangível’” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger
(Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ:
CPAD, 2004, p.1602).
CONHEÇA MAIS
Sobre a importância de congregar
“10.25 Quando vedes que se vai aproximando aquele dia. O dia
da volta de CRISTO para buscar os seus fiéis está se aproximando [...]. Até
chegar esse dia, enfrentaremos muitas provações espirituais e muitas
falsificações na doutrina. Devemos congregar-nos regularmente para nos encorajarmos
mutuamente e nos firmarmos em CRISTO e na fé apostólica do novo concerto.
10.26 Se pecarmos voluntariamente. O escritor de Hebreus volta
advertir seus leitores sobre o caso de abandonar a CRISTO, como fizeram em
6.4-8”. Leia mais em Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pp.1914,15.
CONCLUSÃO
Chegamos ao final de mais uma lição. Observamos que o autor, neste
capítulo, praticamente exauriu o assunto em torno do sacerdócio de CRISTO. A
comparação detalhada que ele fez entre os dois pactos, a Antiga e a Nova
Aliança, serviu para mostrar a superioridade desta última. CRISTO tornou
possível o que na Antiga Aliança era apenas uma promessa. Todavia, o cristão
não deve se acomodar nem tampouco negligenciar a Nova Aliança, abusando do
poder da graça de DEUS. Em vez disso, ele deve demonstrar vigilância e
perseverança no caminhar com CRISTO.
PARA REFLETIR
A respeito de Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova
Aliança, responda:
1Segundo a lição, o que o Antigo Testamento põe em destaque?
O Antigo Testamento põe em destaque as centenas de sacrifícios que
eram realizados ano após ano no culto judaico.
2“Enquanto os sacrifícios da Antiga Aliança necessitavam ser
frequentemente repetidos, o sacrifício de CRISTO foi feito uma única vez em
favor de todos os homens”. O que esse fato demonstra?
Esse fato demonstra inequivocamente por um lado que os sacrifícios
de animais eram imperfeitos e jamais poderiam aperfeiçoar alguém e, por outro
lado, deixam claro que somente o sangue de CRISTO poderia satisfazer a justiça
de DEUS.
3 Em que está fundamentada a grandeza da Nova Aliança?
A grandeza da Nova Aliança está na mudança interna que ela produz,
isto é, no coração (Hb 10.16).
4 Segundo a lição, por que não há dúvida para o autor de Hebreus
que o cristão poderia cair da graça?
Não há dúvida que o autor acreditava que um cristão genuíno pode
decair da graça, senão, não teria sentido algum seu duro tom exortativo.
5 O que o autor de Hebreus destaca sobre a jornada da vida cristã?
O autor destaca que na jornada da vida cristã o crente precisa de
paciência (Hb 10.36).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Introdução
Texto Bíblico: Hebreus 10.1-7,22-25
2. I. A Dádiva da Nova Aliança
• 1. Uma única oferta.
• 2. Um único ofertante.
• 3. Uma única vez.
3. II. Os Privilégios da Nova Aliança
• 1. Regeneração.
• 2. Adoração.
• 3. Comunhão.
4. III. As Responsabilidades da Nova Aliança
• 1. Vigilância.
• 2. Confiança.
• 3. Perseverança.
5. Conclusão
Na aula desta semana é importante conhecer o conceito de Expiação,
que significa “reparação de culpas”. O termo é usado para se referir ao
cancelamento do pecado humano com base na justiça de CRISTO propiciada ao
pecador que passou pela experiência de novo nascimento. A bênção da Expiação
proporciona o cancelamento de todo pecado.
O conceito de Expiação é importante para compreender o ponto
central do capítulo 10. Este capítulo marca o fim de um sólido discurso que
teve início em Hebreus 4.17. Por isso, reproduzimos a explicação do teólogo
pentecostal J. Wesley Adam acerca da mediação e perfeito sacrifício de CRISTO:
“‘A lei’ de Moisés (10.1) com seu sistema sacrifical era
severamente limitada porque (1) era somente ‘a sombra’ ( skia ) e
‘não a imagem exata’ da realidade ( eikon ) e (2) não podia
‘aperfeiçoar’ aqueles que desejavam aproximar-se de DEUS como adoradores”.
“A lei serviu, no passado, como ‘uma testemunha de uma realidade
futura’ quando prefigurou ‘os bens futuros’ (10.1). Estes ‘bens’ (que sob a perspectiva
do Antigo Testamento estavam no futuro) vieram agora (9.11) no ministério do
sumo sacerdotal e na morte sacrifical de CRISTO”.
“Uma evidência da insuficiência e da imperfeição dos sacrifícios do
Antigo Testamento era que aqueles tinham de ser ‘continuamente oferecidos a
cada ano’ [a expiação de CRISTO foi única e suficiente]”.
SUBSÍDIOS
LIÇÃO
10 - A EFICÁCIA DO SACRIFÍCIO DE CRISTO
TEXTO ÁUREO:
“Porque, tendo a lei a sombra
dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos
sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a
eles se chegam” (Hb 10.1)
VERDADE PRÁTICA
Os sacrifícios diários do
Antigo Concerto não foram eficazes para a salvação dos pecadores. O sacrifício
de CRISTO, oferecido uma só vez, garante-nos a certeza da eterna salvação, pela
fé em seu nome.
LEITURA DIÁRIA:
Segunda Cl 2.17 Sombra das
coisas futuras
Terça Lv 16.21 Pecados sobre um animal
Quarta Mq 6.6,7 Dúvidas quanto ao sacrifício
Quinta Sl 40.6 Sacrifício rejeitado
Sexta Jo 17.19 JESUS santificou-se por nós
Sábado Hb 9.12 Uma eterna redenção
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:
HEBREUS 10.1,3,4 , 9-12,14
,19,22-25
1 Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das
coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano,
pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. 3 Nesses sacrifícios, porém, cada
ano, se faz comemoração dos pecados,4 porque é impossível que o sangue dos
touros e dos bodes tire pecados.
12 mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está
assentado para sempre à destra de DEUS, 14 Porque, com uma só oblação,
aperfeiçoou para sempre os que são santificados.
22 cheguemo-nos com verdadeiro
coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência
e o corpo lavado com água limpa, 23 retenhamos firmes a confissão da nossa
esperança, porque fiel é o que prometeu. 24 E consideremo-nos uns aos outros,
para nos estimularmos à caridade e às boas obras, 25 não deixando a nossa
congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e
tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.
PONTO DE CONTATO:
Os profetas anunciaram uma
Nova Aliança. Em que ela se baseia? Qual a sua precípua finalidade? Ela indica
o único caminho que conduz o homem a DEUS. A Nova Aliança propicia a entrada ao
trono divino, mediante o perdão e o esquecimento de todos os pecados. CRISTO
inaugurou-a com o sacrifício de si mesmo. Agora já não precisamos continuar
fazendo os sacrifícios levíticos. O que aqueles sacrifícios não podiam fazer,
foi feito pelo sacrifício de CRISTO sobre a cruz.
OBJETIVOS: No final desta aula
seu aluno deverá estar apto a:
Descrever a forma como o Velho Pacto foi substituído pelo Novo.
Enunciar os privilégios e responsabilidades dos crentes no Novo Pacto.
Valorizar o sacrifício perfeito de CRISTO.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:
O preparo da lição faz parte
dos deveres do professor, e deve ser feito tendo em vista a necessidade do
aluno, e não a do professor. O que interessa a um aluno adulto, não interessa a
um jovem ou a uma criança. Preparar uma lição sem pensar nisso é ficar diante
da classe pregando no deserto. O professor deve preparar a lição tendo em mira
três propósitos para com o aluno: 1) O que desejo que meus alunos aprendam? 2)
O que desejo que meus alunos sintam? 3) O que desejo que meus alunos façam? (A
Escola Dominical, CPAD.) Para esta lição, peça a seus alunos que tentem
identificar, no texto em estudo, quais as quatro fraquezas do sacrifício
levítico. Observe o esquema abaixo:
Os sacrifícios levíticos...
1) Não podem tornar perfeitos os ofertantes (v.1);
2) Não podem satisfazer a consciência quanto ao pecado (v.2);
3) Não podem apagar a memória dos pecados (v.3);
4) Não podem tirar os pecados (v.4).
COMENTÁRIOS:
INTRODUÇÃO
No Antigo Testamento, os sacrifícios eram repetidos todos os dias por
sacerdotes comuns. O sumo sacerdote entrava todos os anos no lugar santíssimo
para oferecer sacrifícios por si mesmo e pelo povo. Mas, como tudo isso era
“sombra dos bens futuros”, tais sacrifícios não aperfeiçoavam ninguém. Com
CRISTO, nosso Sumo Sacerdote, temos a certeza da plena salvação que nos
aperfeiçoa, até que um dia cheguemos “a varão perfeito, à medida da estatura
completa de CRISTO” (Ef 4.13). E isso só ocorrerá no céu.
I. SACRIFÍCIOS INEFICAZES
1. A sombra dos bens futuros (v.1). O Antigo Pacto se constituía de
sacrifícios, holocaustos, oblações e
oferendas, que eram figuras “dos bens futuros”, ou seja, do evangelho de
CRISTO, que nos trouxe as riquezas da graça de DEUS, a começar pela salvação de
nossas almas, através do sacrifício vicário de JESUS. Por serem sombras e não a
realidade, os sacrifícios de animais não puderam aperfeiçoar “os que a eles se
chegam”.
2. O sangue de animais não tirava os pecados (vv.2-4).
Para que serviam aquelas ofertas, se o escritor diz que “é
impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados” (v.2)? Os
sacrifícios não levavam os homens a DEUS, mas serviam, por antecipação, de meio
para expiação. A palavra expiação no hebraico tem o significado de “cobrir” os
pecados, num delito contra a Lei.
3. DEUS preparou um corpo para JESUS (v.5).
Somente no corpo humano (encarnação), Ele poderia ser
aceito por DEUS como oferta perfeita no lugar do homem pecador. No Antigo
Testamento, os sacrifícios eram substitutos imperfeitos. O corpo de CRISTO foi
a solução de DEUS para substituir todos os sacrifícios imperfeitos do Antigo
Testamento. Seu sangue, derramado na cruz, não apenas cobriu os pecados, mas
tirou-os, e lançou-os nas profundezas do mar (Mq 7.19). João exclamou: “Eis o
Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
II. O PRIMEIRO FOI TIRADO PARA O ESTABELECIMENTO DO SEGUNDO
1. CRISTO obedeceu a DEUS (v.9). JESUS foi obediente até à morte (Fp 2.8). Ele
cumpriu todos desígnios divinos no intuito de salvar o homem da perdição
eterna. Sua morte foi prova inconteste da sua total resignação, obediência e
submissão à vontade de DEUS. Ele afirmou: “Eis aqui venho, para fazer, ó DEUS,
a tua vontade”.
Trata-se de uma lição de valor espiritual inigualável para todos nós: JESUS,
sendo DEUS, voluntariamente
despojou-se de sua glória, e apresentou-se ao Pai na disposição irrestrita de
cumprir cabalmente o plano divino de redenção da humanidade (ver Fp 2.5-8).
2. O Velho Pacto substituído pelo Novo (v.9).
Ao dizer a Escritura “tira o primeiro para estabelecer o
segundo”, vemos a substituição definitiva do antigo sistema legal mosaico, no
qual os sacrifícios eram ineficazes para salvação, pelo Novo Pacto,
estabelecido por CRISTO, com seu sacrifício perfeito.
3. Comparação entre o velho e o Novo Concerto.
A lei não transformava o homem em termos morais; o
evangelho de CRISTO transforma, pois “é o poder de DEUS para salvação de todo
aquele que crê” (Rm 1.16); a lei apenas condenava o culpado; a graça de DEUS o
liberta. A lei consistia em símbolos da realidade; a graça consiste na
realidade dos símbolos; a lei era “o ministério da morte” (2 Co 3.7); a graça é
“lei do ESPÍRITO de vida, em CRISTO JESUS” (Rm 8.2).
III. UM SACRIFÍCIO PERFEITO
1. Santificados pela oblação do corpo de CRISTO (v.10).
Oblações eram ofertas
incruentas (sem sangue),
inanimadas, oferecidas a DEUS tais como: vinho, azeite, flor de farinha etc. Se
de um lado, CRISTO ofereceu seu próprio sangue como holocausto em nosso favor,
por outro, Ele foi aceito como oferta de cheiro suave a DEUS, “feita uma vez”,
de modo que, em CRISTO, somos aceitos por DEUS.
2. Sacrifício único (vv. 11-14).
O escritor lembra que os
sacerdotes, no Velho Pacto, diariamente ofereciam sacrifícios que não podiam
tirar pecados. E acentua que CRISTO ofereceu “um único sacrifício pelos
pecados”, demonstrando a eficácia do seu auto oferecimento a DEUS pelos
pecadores. Acrescenta que CRISTO está “assentado para sempre à destra de DEUS”
“...esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus
pés”.
3. Sacrifício que aperfeiçoa.
Diferente dos sacrifícios do
Antigo Pacto, que apenas cobriam temporariamente o pecado, mas não transformava
o pecador, o sacrifício de CRISTO constituiu-se “numa só oblação”, que
“aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (v.13; ver v.10). Aqui temos
algo que a lei não podia fazer: santificar as pessoas. Com o advento da graça,
somos santificados pela Palavra (Jo 17.17), pela fé em CRISTO (At 26.18) e pelo
sangue de JESUS (1 Pe 1.2).
IV. PRIVILÉGIOS E RESPONSABILIDADES DO CRENTE EM JESUS
1. Entrar no santuário de DEUS (v.19).
No Antigo Pacto, as pessoas
comuns do povo não podiam adentrar no santuário propriamente dito. Só chegavam
até ao pátio, que era a parte exterior do tabernáculo. Em CRISTO, no entanto,
homens e mulheres salvos são “sacerdotes reais” (1 Pe 2.9), e têm “ousadia para
entrar no Santuário pelo sangue de JESUS”. Este é um privilégio que só os fiéis
lavados e remidos pelo sangue de CRISTO podem ter.
Tais crentes não precisam de medianeiros, guias, orixás ou gurus. JESUS é “o
único mediador entre DEUS e o homem” (1 Tm 2.5).
2. Como chegar a DEUS (vv.22-25).
Não se pode chegar a DEUS de
qualquer maneira. O escritor, em sua incisiva exortação, nos mostra os cuidados
que devemos ter para chegarmos à presença de DEUS:
a) “Com verdadeiro coração”. Só podemos ter acesso ao Pai e ser aceitos por Ele
se tivermos um coração sincero, limpo e puro (Mt 5.8).
b) “Em inteireza de fé”. O crente, ao buscar a presença de DEUS, não pode ter
dúvida alguma de sua
existência, do seu poder e de sua graça.
c) “Tendo o coração purificado da má consciência”. Para DEUS não valem as
aparências. Ele vê o interior do homem. O salmista disse que DEUS nos sonda e
entende o nosso pensamento (Sl 139.1,2). Se dermos lugar à iniquidade, Ele não
nos ouvirá (Sl 65.18).
d) “O corpo lavado com água limpa”. Certamente, o texto bíblico aqui refere-se
à purificação do crente pela Palavra, como se lê em Ef 5.26: “purificando-a com
a lavagem da água, pela Palavra”, isto em relação à Igreja.
e) Retendo firmes a confissão da esperança. Em Hb 3.6 somos exortados a
“conservar firme a confiança e a glória da esperança até ao fim”. A confissão
da esperança indica a nossa fé nas gloriosas e infalíveis promessas de DEUS,
“porque fiel é o que prometeu”.
f) Considerando uns aos outros, estimulando-nos “à caridade e às boas obras”. O
bom relacionamento entre os crentes é condição importante para o acesso a DEUS.
A caridade (amor em ação) é a marca do cristão. Boas obras são dever do salvo
(Ef 2.10).
g) “Não deixando a nossa congregação”. Aqui não se refere ao sentido físico:
deixar a igreja local para ir congregar-se em outro bairro; mas sim, que não
devemos deixar de congregar-nos, de nos reunirmos, tendo em vista a necessidade
da comunhão coletiva. Somos membros uns dos outros (Rm 12.5). É equivocada e
carnal a ideia de que alguém pode ser “crente em casa”, a menos que esteja
doente.
h) “Admoestando-nos uns aos outros”. Admoestar, aqui, tem no original o sentido
de animar, encorajar. Essa prática, quando realizada com amor, tem grande
efeito no fortalecimento e encorajamento espiritual da comunidade cristã.
CONCLUSÃO
Diante do que estudamos nesta lição, cremos que não há lugar para qualquer
dúvida quanto à superioridade do Novo Concerto, baseado no perfeito e único
sacrifício de CRISTO em relação ao antigo, realizado na base de sacrifícios de
animais, que apenas cobriam provisoriamente os pecados do povo.
Subsídio Teológico
“O sangue dos touros (Hb 10.4). O sangue de animais era apenas uma provisão ou
expiação temporária pelos pecados do povo; em última análise, era necessário um
homem para servir como substituto da humanidade. Por isso, CRISTO veio à terra
e nasceu como homem a fim de que pudesse oferecer-se a si mesmo em nosso lugar
(2.9,14). Além disso, somente um homem isento de pecado poderia tomar sobre si
nosso castigo pelo pecado (2.14-18; 4.15) e, assim, de modo suficiente e perfeito,
satisfazer as exigências da santidade de DEUS (cf. Rm 3.25,26).
“Aperfeiçoou para sempre os... santificados (Hb 10.14). A oferenda única de
CRISTO na cruz e seu resultado (i.e., a salvação perfeita) são eternamente
eficazes todos quantos estão santificados ao se chegarem a DEUS por meio de
CRISTO (v.22;7.25) Note que a palavra no grego “santificar”, aqui e no
versículo 10, são particípios presentes que enfatizam a ação contínua no tempo
presente.
“Quando vedes que se vai aproximando aquele dia (Hb 10.25). O dia da volta de
CRISTO para buscar os seus fiéis está se aproximando. Até chegar esse dia,
enfrentaremos muitas provações espirituais e muitas falsificações na doutrina.
Devemos congregar-nos regularmente para encorajarmos mutuamente e nos firmarmos
em CRISTO e na fé apostólica do novo concerto.” (Bíblia de Estudo Pentecostal,
CPAD, págs. 1914, 1915.)
QUESTIONÁRIO:
1. Por que os sacrifícios de
animais não puderam aperfeiçoar os ofertantes?
R. Por serem sombras “dos bens futuros”, e não a realidade.
2. Qual o significado da palavra expiação?
R. Significa “cobrir” os pecados, como exigência para a reparação de um delito.
3. Por que DEUS preparou corpo para JESUS?
R. Porque somente no corpo da carne (na encarnação), Ele poderia ser aceito por
DEUS como substituto
perfeito para o homem pecador.
4. Que significa a expressão: “tira o primeiro para estabelecer o segundo”?
R. Refere-se à substituição definitiva do antigo pelo novo concerto.
5. Que significa a expressão “não deixando a nossa congregação”?
Que não devemos deixar de reunirmos, tendo em vista a necessidade da comunhão
coletiva.
REVISTA 1º TRIMESTRE DE
2023 - NA ÍNTEGRA
Lição 11,
Central Gospel, O Caminho do Santuário,
1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Resumo Geral
1- SACRIFÍCIOS INEFICAZES PARA A JUSTIFICAÇÃO
1-1- A sombra dos bens futuros
1-2- A ineficácia do derramamento de sangue animal
1-3- DEUS preparou um corpo para JESUS
2- OS SACRIFÍCIOS ERAM UM MEIO PARA SE
CHEGAR
A UM FIM MAIOR
2-1- CRISTO obedeceu a DEUS.
2-2- O antigo concerto foi substituído pelo novo
2-3- Comparação entre o antigo e o novo concerto
2-3-1-
Lei versus evangelho da graça
2-3-2- Posição do sacerdote, quantidade de sacrifícios
e propósito da oblação
3- UM SACRIFÍCIO EFICAZ
3-1- Sacrifício único
3-1-1- Exortação à perseverança
3-2- Sacrifício que aperfeiçoa e santifica
3-3- Sacrifício que nos garante a entrada no santuário
de DEUS.
TEXTO BÍBLICO BÁSICO – Hebreus 10.9-12, 14, 19, 22-25
9 Então, disse: Eis aqui venho, para fazer, ó DEUS, a tua vontade. Tira
o primeiro, para estabelecer o segundo.
10 Na qual
vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de JESUS CRISTO, feita
uma vez.
11 E assim
todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os
mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados;
12 mas
este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para
sempre à destra de DEUS,
14 Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são
santificados.
19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de
JESUS,
22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo
o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa,
23
retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu.
24 E
consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras,
25 não
deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos
uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.
TEXTO ÁUREO
Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a
imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se
oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Hebreus 10.1
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Levítico 16.20-22 Os pecados eram postos
sobre um animal
3ª feira - Miqueias 6.6, 7 Dúvidas com relação ao
sacrifício
4ª feira - Salmo 40.1-6 Sacrifício rejeitado
5ª feira - Hebreus 10.1-8 A sombra não é uma revelação
completa
6ª feira - Hebreus 10.10-15 Os salvos são santificados
pela obra de CRISTO
Sábado - Efésios 2.11-16 O sangue de JESUS aproxima-nos
de DEUS
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz
de:
- descrever a forma como o antigo pacto foi substituído
pelo novo;
- enunciar os privilégios e responsabilidades dos
cristãos no novo pacto;
- valorizar o sacrifício perfeito de CRISTO.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado
professor, os sacrifícios de animais eram a única forma de aproximar o homem do
Criador. Entretanto, tais oblações (ofertas) demonstraram ser ineficazes,
porque não removiam o pecado do povo. Dessa forma, havia a necessidade de um
sacrifício único e perfeito, que propiciasse aos homens a certeza da
reconciliação com DEUS. Nesta lição, enfatize para os alunos que a nova aliança
se baseia exclusivamente no sangue de CRISTO derramado na cruz. Ela indica o
único caminho que conduz o pecador a DEUS, propiciando-lhe o acesso ao trono
divino, mediante o perdão de todos os pecados. Deixe claro que a nova aliança
foi inaugurada com o sacrifício eficaz de JESUS, e, agora, não é mais
necessário realizar os sacrifícios levíticos estabelecidos no antigo concerto.
Excelente aula!
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
A
Lei mosaica não exigia uma perfeição estática ou meticulosa, mas presumia um
relacionamento no qual houvesse provisões para arrependimento e perdão,
permitindo, deste modo, que o Altíssimo fosse gracioso e perdoador. Assim como
Levítico 16 é o grande capítulo da expiação do Antigo Testamento, Hebreus 9 e
10 são os grandes capítulos neotestamentários da expiação: o capítulo nove
mostra CRISTO como o ofertante sumo sacerdotal, e o capítulo dez mostra-o como
a oferta sacrificial. O novo testamento (novo pacto) precisava ser ratificado;
a nova ordem, Oficial -mente instituída; e as coisas celestiais, consagradas.
Tudo isto foi cumprido. O escritor de Hebreus demonstra que o mesmo sangue
precioso que ratificou o novo testamento e consagrou a nova ordem, também nos
qualifica a entrar no SANTO dos Santos, o Lugar Santíssimo.
SUBSÍDIO Palavra
O
escritor sagrado aproxima-se do clímax da mensagem de Hebreus no capítulo 10.
Ele ressalta outro aspecto da morte de CRISTO: Seu sacrifício proporciona, de
uma vez para sempre, não apenas o perdão, mas também a santificação de todo
aquele que o aceita como salvador (Hb 10.10).
1- SACRIFÍCIOS INEFICAZES PARA A JUSTIFICAÇÃO
Os
sacrifícios diários do antigo concerto não tinham por objetivo garantir a
salvação dos pecadores. A partir dos profetas, especialmente, percebe-se o modo
como DEUS passou a responder aos sacrifícios cerimoniais (1 Sm 1.22; Os 6.6; Am
5.21,22; Is 1.11-15).
O
escritor de Hebreus cita o Salmo 40.6-8 (Hb 10.5-7), atribuindo tais palavras a
CRISTO na hora da Sua entrada no mundo para ser o sacrifício definitivo pelos
pecados da humanidade, a fim de mostrar aos seus leitores judeus como o ritual
vazio era incapaz de justificar os homens diante de DEUS.
1-1- A sombra dos bens futuros
Uma
sombra jamais pode ser considerada uma revelação completa do seu objeto; no
máximo, pode ser vista como um esboço da realidade. Além disso, uma vez que a
forma Verdadeira tenha sido apresentada, a sombra torna-se irrelevante. A
dispensação levítica foi uma determinação divina muito excelente e útil em seu
lugar e época; todavia, quando a promessa de justificação foi consumada em CRISTO,
era apropriado e necessário mostrar a fraqueza e a imperfeição dela.
A
lei de CRISTO tinha uma sombra; e quem amaria cega. mente uma sombra — embora
de boas promessas — quando a substância dela havia se manifestado?
1-2- A ineficácia do derramamento de sangue animal
A
oferta pelo pecado não aperfeiçoava o adorador, apenas o purificava
cerimonialmente. Nada, nem a vida de qualquer animal, pode remover a iniquidade
do homem, a não ser o sangue de CRISTO (Hb 9.22). O sangue de JESUS derramado
no Calvário purifica-nos de todo o pecado (1 Jo 1.7). Pelo sangue de CRISTO,
nós, que estávamos longe, chegamos perto (Ef 2.13), pois o véu do templo foi
rasgado (Mt 27.51), para que todos pudéssemos ter acesso ao Lugar Santíssimo
por meio de JESUS. Sim, o preço da Lei foi pago (1 Co 6.20; 7.23; 1 Tm 2.6) e a
salvação está garantida (Lc 1.69,77).
1-3- DEUS preparou um corpo para JESUS
O
Filho fez-se carne para cumprir um propósito redentor: por meio do nascimento
virginal, o ESPÍRITO SANTO gerou no ventre de Maria um corpo físico, JESUS, que
se tornaria o instrumento de sacrifício, como solução divina para substituir
todos os sacrifícios imperfeitos do Antigo Testamento. Hebreus 10.5 é uma
citação de Davi (conf. SI 40.6-8); mas o escritor dessa epístola a interpreta
como sendo palavras de CRISTO para DEUS, em vez de considerá-las palavras de
Davi. CRISTO, entrando no mundo (Hb 10.5), consentiu, voluntariamente, ser, por
meio de Seu corpo, o sacrifício vicário expiatório, em favor do pecador.
2- OS SACRIFÍCIOS ERAM UM MEIO PARA SE
CHEGAR
A UM FIM MAIOR
Em
si mesmos, os sacrifícios ficavam aquém daquilo que DEUS desejava do Seu povo.
Em certo sentido, eram apenas um meio para se chegar a um fim maior. O que DEUS
realmente desejava era a plena obediência e devoção do Seu povo, que cumpria a letra,
mas não o espírito da Lei.
2-1- CRISTO obedeceu a DEUS.
Aquilo
que foi visto pelo salmista como alvo mais desejável (SI 40.7,8), tornou-se
expressão factual em CRISTO, que, realmente, cumpriu a vontade de DEUS, a ponto
de tornar-se obediente até a morte de cruz (Fp 2.8). JESUS cumpriu todos os
desígnios divinos no intuito de salvar o homem da perdição eterna. Ele,
voluntariamente, dispôs-se a cumprir a vontade de DEUS (Hb 10.7,9). O messias
salvador veio a este mundo para fazer a vontade do Pai: não apenas como um
profeta, para revelar a vontade divina, não somente como um rei, para ordenar
as leis celestiais, mas como um sacerdote, para cumprir toda a justiça.
2-2- O antigo concerto foi substituído pelo novo
CRISTO
veio para cumprir a vontade de DEUS em duas instâncias:
-
retirando o primeiro sacerdócio, simbólico, insuficiente, — assim, retirou a no
qual DEUS não tinha mais prazer maldição da aliança das obras e cancelou a
sentença dele apagando a escrita anunciada contra nós, pecadores — das
ordenanças cerimoniais, pregando-a na cruz (Cl 2.14); e
-
estabelecendo o segundo sacerdócio (Hb 10.9b), isto é, o Seu próprio sacerdócio
e o evangelho eterno, a mais pura e perfeita demonstração da aliança da graça —
este é o grandioso alvo, no qual o coração de DEUS estava fixado desde a
eternidade.
2-3- Comparação entre o antigo e o novo concerto
2-3-1-
Lei versus evangelho da graça
A
sombra do antigo concerto constitui-se no pano de fundo para demonstração da
glória do novo (Hb 10.11-14). O a Lei não proporcionava transformação; o
evangelho de CRISTO, sim, pois é o poder de DEUS para salvação de todo aquele
que crê (Rm 1.16);
- a
Lei condenava o culpado; a graça divina liberta-o; e a Lei consistia em
símbolos da realidade; a graça, na realidade dos símbolos;
- a
Lei era o ministério da morte (2 Co 3.7); a graça, a lei do ESPÍRITO de vida
(Rm 8.2).
2-3-2- Posição do sacerdote, quantidade de sacrifícios
e propósito da oblação
A
posição ocupada pelo sacerdote, a quantidade de sacrifícios oferecidos e o
propósito da oblação (oferta) na antiga ordem, contrastam, marcadamente, com a
nova (Hb 10.11,12): Observe:
-
posição do sacerdote — a expressão "oferecendo muitas vezes"
contrasta com "havendo oferecido um único sacrifício";
-
quantidade de sacrifícios — a expressão "todo sacerdote aparece cada
dia" (lite fica de pé) contrasta com "está assentado para
sempre" — merece destaque o fato de os sacerdotes jamais poderem
sentar-se, porque sua obra nunca estava completa;
-
propósito da oblação — a expressão "que nunca Podem tirar pecados"
contrasta com "um único sacrifício pelos pecados".
SUBSÍDIO 3
Os sacerdotes que
permaneciam em pé, ministrando, contrastam com o JESUS assentado.
Esta é uma figura viva
de uma obra nunca acabada em comparação com uma obra plenamente
terminada para sempre
(Hb 10,11).
3- UM SACRIFÍCIO EFICAZ
O sacrifício de CRISTO,
oferecido uma única vez, dá-nos a certeza da eterna salvação, pela fé em Seu
nome.
3-1- Sacrifício único
No grego, os versículos
11 e 12 de Hebreus 10 são apresentados da seguinte forma: "por um lado —
por outro lado": por um lado, o escritor aponta para o serviço incessante
dos inúmeros sacerdotes no templo; por outro lado, ele aponta para o sacerdote
único — este — que, por muitos pecados, ofereceu um único sacrifício para,
somente então, assentar-se à destra do Pai.
3-1-1- Exortação à perseverança
Tendo JESUS substituído
o sistema sacrificial antigo, não existe outra oblação possível para aqueles
que o rejeitam, Portanto, o escritor adverte os seus leitores a perseverarem em
sua fé (Hb 10.19-25), pois aqueles que recuarem estarão como a pisar o Filho de
DEUS, profanando o sangue da aliança e insultando o ESPÍRITO da graça (Hb
10.29).
3-2- Sacrifício que aperfeiçoa e santifica
Porque, com uma só
oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados (Hb 10.14). Em si
mesmo, CRISTO reuniu todos aqueles a quem Ele representa para compartilhar com
estes a Sua perfeição.
Ser aperfeiçoado não
significa ser completo em caráter, no sentido de não mais precisar amadurecer;
significa, sim, ser levado a uma experiência de realidade e a um estado de
cumprimento em um relacionamento de coração com DEUS que a antiga ordem não
podia oferecer. A santificação do salvo é a vontade do Pai; seu aperfeiçoamento
é obra do Filho, mas o seu cumprimento é a predição do ESPÍRITO SANTO (Hb
10.15-18).
3-3- Sacrifício que nos garante a entrada no santuário
de DEUS.
No antigo pacto, as
pessoas não podiam adentrar o santuário propriamente dito; elas só podiam
chegar até o pátio, a parte exterior do tabernáculo. CRISTO, o supremo
sacerdote, portanto, instituiu o caminho para o santuário de DEUS: pelo véu,
isto é, pela sua carne (Hb 10.19,20).
A simbologia do
sacrifício no Antigo Testamento enfatiza que tão logo o pecador, ou o ofensor,
identifique-se com o sacrifício pelos pecados realizado por CRISTO, ele passa a
ter acesso a DEUS e comunhão com Ele.
Assim, à luz do que JESUS
havia feito, o escritor de Hebreus encoraja seus leitores a:
- entrarem no Lugar
Santíssimo, com confiança, por meio do sangue de JESUS;
- aproximarem-se de CRISTO
com coração sincero, consciência limpa e corpo puro;
- permanecerem firmes na
fé sem vacilar;
- não deixarem de
reunir-se com os outros cristãos; e
- encorajarem-se
mutuamente em vista da aproximação do dia da salvação (Hb 10.19-25).
SUBSÍDIO 3-3
O rasgar da carne de JESUS
como oferta pelo pecado não era o fim, porque Ele ressuscitou e ascendeu à
destra do Pai, onde vive sempre para interceder por nós (Hb 7.25). Assim, temos
um grande sacerdote sobre a casa de DEUS, que não só provê o novo e vivo
caminho, mas nos acompanha para dentro e permanece conosco. O caminho é vivo
porque o criador e guia do caminho está vivo.
CONCLUSÃO
O escritor da carta aos
Hebreus apresenta aos seus leitores a maneira de garantir uma única e
definitiva expiação: como exaltado sumo sacerdote celestial, JESUS ofereceu a
si mesmo como sacrifício perene pelo pecado de todos (Hb 7.27; 9.26; 10.10).
Dessa forma, CRISTO realmente cumpriu os mandamentos sobre sacrifício e
expiação, dados aos levitas. JESUS é o grande sumo sacerdote que se apresenta,
concomitantemente, como a oferta final: Seu sacrifício elimina a necessidade de
qualquer outra oblação e traz salvação a todo aquele que se achega a DEUS por
Seu intermédio (Hb 9—10).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Por que DEUS preparou
um corpo para JESUS?
R.: Porque somente pela
encarnação, JESUS poderia ser aceito por DEUS como substituto perfeito para o
homem pecador.