Lição
05, BETEL, O Servo e as multidões, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para
nos ajudar – PIX – 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva
SUBSÍDIOS
EXTRAS
Com.
Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT (com algumas modificações do Pr
Henrique)
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/01/escrita-licao-05-betel-o-servo-e-as.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2023/01/slides-licao-05-betel-o-servo-e-as.html
Quando JESUS se retirou “para o mar”, fez ali
o bem. Enquanto os seus inimigos procuravam destruí-lo, Ele abandonou o lugar,
para nos ensinar que em tempos tumultuados devemos mudar de lugar em prol de nossa
própria segurança. Mas veja aqui:
1.
Como Ele foi seguido, no seu afastamento.
Enquanto
alguns tinham tanta inimizade por Ele, a ponto de o fazerem sair da sua região,
outros o valorizavam tanto, que o seguiam para onde quer que Ele fosse, e a
inimizade que os seus líderes sentiam por CRISTO não diminuía o seu respeito
por Ele. “Uma grande multidão” o seguia, de todas as partes da nação; do norte,
lugares tão distantes quanto a Galileia; do sul, tão distantes quanto a Judéia
e Jerusalém; e da Iduméia; do outro lado do rio Jordão, do leste; e do oeste,
de Tiro e de Sidom (vv. 7,8 – Líbano hoje). Observe:
(1)
O que os levava a segui-lo:
Eram
as notícias das “grandes coisas” que Ele fazia a todos os que iam ter com Ele;
alguns desejavam ver aquele que tinha feito “tão grandes coisas”, e outros
esperavam que Ele lhes fizesse “grandes coisas”. A consideração das grandes
coisas que CRISTO fez deve nos motivar a ir até Ele.
(2)
Para que o povo o seguia (v. 10):
“Todos
quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem”. Aqui as
doenças são chamadas de “males”, mastigas. Ali estava o Médico dos médicos. A
unção do ESPÍRITO SANTO estava sobre Ele para curar (a mulher do fluxo de
sangue só tocou em suas vestes e foi curada; a sombra de Pedro passava sobre os
doentes e eram curados; os lenços e aventais de Paulo eram colocados sobre
doentes e possessos e eram curados). Eles “se arrojavam sobre ele”, lutando
para ver quem conseguiria chegar mais perto dele, e quem seria atendido
primeiro. Eles se ajoelhavam diante dele (segundo o Dr. Hammond), solicitando
os seus favores. Eles só desejavam ter a permissão para tocá-lo, crendo que
seriam curados, não apenas pelo seu toque neles, mas pelo toque nele; e disso,
sem dúvida, eles tinham tido muitas amostras.
(3)
O que Ele providenciou para estar pronto para atender às pessoas (v. 9):
Passava
noites em oração. “Ele disse aos seus discípulos”, que eram pescadores e tinham
barcos à sua disposição, “que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto
dele”, para levá-lo de um lugar a outro, na mesma costa, a fim de que, quando
Ele tivesse concluído as coisas necessárias que tinha para fazer em um lugar,
Ele pudesse, facilmente, ir a outro, onde a sua presença era exigida, sem ser
comprimido pela multidão que o seguia movida pela curiosidade. Seu ministério
estaria comprometido se ficasse o tempo todo só dedicado a curas. Ele pregava,
ensinava e curava a todos.
2.
Que bem abundante Ele fez aos outros, no seu afastamento. Ele não se afastou
para ficar ocioso, nem mandou embora aqueles que rudemente o seguiram quando
Ele se retirou, mas aceitou isso com bondade, e deu-lhes aquilo que eles tinham
vindo procurar. Ele nunca disse a ninguém que o procurava diligentemente:
“Buscai-me em vão”.
(1)
As doenças eram efetivamente curadas.
Ele
curou a muitos, diversos tipos de pacientes, que sofriam de diversos tipos de
doenças; embora numerosos, embora variados, Ele os curou a todos.
(2)
Os demônios foram realmente derrotados; aqueles que estavam possuídos por
“espíritos imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele”, tremendo na sua
presença, não para suplicar o seu favor, mas para abrandar a sua ira, e pelos
seus próprios terrores eram obrigados a reconhecer que Ele era o Filho de DEUS
(v. 1). É triste notar que essa grande verdade era negada por muitos filhos dos
homens, que podiam se beneficiar dela, enquanto uma confissão dessa verdade era
tão frequentemente arrancada dos demônios, que não podiam se beneficiar dela.
(3)
Ao realizar essas grandes coisas, CRISTO não procurava aplausos, pois Ele
recomendava rigidamente àqueles que eram beneficiados com elas a não divulgarem
o que haviam recebido – “ele os ameaçava muito, para que não o manifestassem”,
pois seu ministério era curto e deveria ensinar a seus discípulos muita coisa.
O treinamento deveria ser contínuo e cotidiano.
EBD Pecc (Programa
de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De
2022 | Tema: MARCOS – O Evangelho do Servo JESUS| Escola Bíblica
Dominical |
Lição
02: Marcos 2 e 3: A Oposição ao Servo
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em
Marcos 2 e 3 há 28 e 35 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula
lendo, com todos os presentes, Marcos 3.1-21 (5 a 7 min.). A revista funciona
como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da
Bíblia. Caro(a) professor(a), nesta lição veremos que o ministério do Filho de DEUS
é muito operante. Nós também podemos transformar vidas se nós mostrarmos, nós
mesmos, transformados. O crente é um cego que passou a ver; um paralítico que
finalmente andou. Se nós mesmos somos um milagre, outros vão andar e enxergar
quando contarmos quem nos transformou. Porém, como aconteceu com JESUS, logo
aparecerão opositores que tentarão desacreditar a fé que nos sustenta. Mesmo
assim, haja o que houver, sejamos perseverantes. Antes de conhecermos JESUS éramos
paralíticos, agora podemos andar. Aleluia! É tempo de levarmos a JESUS todos
quantos estejam dispostos a crer e a aceitá-lo como Filho do Altíssimo
OBJETIVOS
Proclamar o
Evangelho e dar testemunho da nossa transformação.
Perseverar na fé em JESUS mesmo sob críticas e acusações.
Acolher todos quantos queiram conhecer JESUS e libertar-se dos pecados.
PARA
COMEÇAR A AULA
Podemos
começar a aula refletindo sobre o que dizem atualmente os opositores do
Evangelho de JESUS. O contexto é de idolatria crescente; atentados à criação
através da legalização do aborto e da ideologia de gênero. Há ainda seitas
judaizantes e pregações enganosas. Nossos desertos devem nos qualificar, nunca
nos desanimar. Não nos cabe julgar, mas convidar cada um a cear com JESUS, como
na casa de Levi. A mensagem é de arrependimento e perdão. Sejamos dinâmicos no
trabalho que temos a fazer.
LEITURA
ADICIONAL
“Nos
versículos anteriores a essa passagem, vemos nosso bendito Salvador sob a
acusação dos escribas, que diziam estar ele em aliança com o diabo. (…) Nos
versículos que lemos agora, percebemos que essa acusação absurda, feita pelos
escribas, não foi tudo que JESUS precisou tolerar naquela ocasião. Somos
informados também de que, ‘nisso, chegaram sua mãe e seus irmãos, e, tendo
ficado do lado de fora, mandaram chamá-lo’. Eles eram ainda incapazes de
compreender a beleza e a utilidade da vida que nosso Senhor vivia. Embora, sem
dúvida, o amassem muito, eles o teriam, de bom grado, persuadido a interromper
suas atividades com a finalidade de ‘poupá-lo’.
Não
sabiam o que estavam fazendo! Pouco haviam observado ou compreendido das
palavras de nosso Senhor quando ele tinha apenas doze anos: ‘Não sabíeis que me
cumpria estar na casa de meu Pai?’ (Lc 2.49). É interessante observarmos a
tranquila, mas firme perseverança de nosso Senhor diante de todos os
desencorajantes. Nenhuma dessas coisas foi capaz de abalá-lo. As caluniosas
insinuações de seus adversários e as bem-intencionadas reprimendas de seus
amigos e parentes ignorantes mostraram-se igualmente incapazes de fazê-lo
desviar-se de seu curso. JESUS havia voltado o rosto, decididamente, na direção
da cruz e da coroa. Ele sabia qual missão viera cumprir nesse mundo.
(…)
Assim deve acontecer com todos os servos de Cristo. Nada, por um momento
sequer, deve desviá-los do caminho estreito ou levá-los a parar e olhar para
trás. Que eles não deem atenção às maldosas observações dos inimigos! Que não
desistam diante de bem-intencionadas, mas errôneas súplicas de parentes e
amigos não convertidos. Pelo contrário, que eles respondam com as palavras de
Neemias: ‘Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer’ (Ne
6.3). Que eles declarem: ‘Já tomei minha cruz e de modo nenhum me desfarei
dela!’”. Livro: Meditações no Evangelho de Marcos (RYLE John Charles. 2. ed.,
São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2018, pp. 58-59).
TEXTO
ÁUREO
“Retirando-se
os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe
tirariam a vida.” Mc 3.6
LEITURA
BÍBLICA PARA ESTUDO
Marcos
3.1-21
E
outra vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos
mirrada. E estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem. E disse
ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e vem para o meio. E
perguntou-lhes: É lícito no sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou
matar? E eles calaram-se.
E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu
coração, disse ao homem: Estende a mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída
a mão, sã como a outra. E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com
os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam. E retirou-se JESUS com
os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galileia, e da
Judeia, e de Jerusalém, e da Idumeia, e dalém do Jordão, e de perto de Tiro, e
de Sidom; uma grande multidão que, ouvindo quão grandes coisas fazia, vinha ter
com ele. E ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um
barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não comprimisse, porque
tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se
arrojavam sobre ele, para lhe tocarem. E os espíritos imundos, vendo-o,
prostravam-se diante dele e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de DEUS. E ele os
ameaçava muito, para que não o manifestassem. E subiu ao monte e chamou para si
os que ele quis; e vieram a ele. E nomeou doze para que estivessem com ele e os
mandasse a pregar e para que tivessem o poder de curar as enfermidades e
expulsar os demônios: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de
Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que
significa: Filhos do trovão; André, e Filipe, e Bartolomeu, e Mateus, e Tomé, e
Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, e Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, o que o
traiu. E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que
nem sequer podiam comer pão. E, quando os seus parentes ouviram isso, saíram
para o prender, porque diziam: Está fora de si. Marcos 3:1-21
Verdade
Prática
Servir
a CRISTO também significa ser fiel e corajoso em meio às provações e perseguições.
Esboço
INTRODUÇÃO
I- OPOSIÇÃO SILENCIOSA Mc 2.1-12
1- O paralítico e seus amigos Mc 2.3
2– JESUS e seus opositores Mc 2.7
3– Perdão de pecados Mc 2.9
II- OPOSIÇÃO EXPLÍCITA Mc 2.13-22
1- Reunião com pecadores Mc 2.15
2– Negligência do jejum Mc 2.18
3– Velhas tradições Mc 2.21
III- OPOSIÇÃO CRUEL Mc 2.23–3.35
1– Porque valorizou as pessoas acima dos costumes Mc 2.27
2– Porque fez o bem Mc 3.4
3– Porque não recuou Mc 3.14
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL
DIÁRIO
Segunda –
Marcos 2.2
Terça – Marcos 2.5
Quarta – Marcos 2.10
Quinta – Marcos 3.5
Sexta – Marcos 3.15
Sábado – Marcos 3.28
Hinos
da Harpa: 225 – 305
INTRODUÇÃO
JESUS
atinge o auge de sua popularidade. Multidões afluem de todos os cantos em busca
de cura e libertação (2.2; 3.7-8). Mas a popularidade de JESUS também atrai
terríveis opositores, polêmicas religiosas e resistências familiares.
I-
OPOSIÇÃO SILENCIOSA (Mc 2.1-12)
1-
O paralítico e seus amigos (Mc 2.3).
Alguns
foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. Devido à
privilegiada localização geográfica, Cafarnaum foi escolhida por JESUS
como sua cidade base (Mt 4.13). O Servo encontrava-se “em casa” (2.1),
provavelmente a casa de Pedro (Mc 1.29) ou ele mesmo havia adquirido uma com
seu trabalho anterior de carpinteiro, fazendo barcos para serem usados ali no
Mara da Galileia. Havia uma multidão no local (2.2). De repente, percebeu-se
que algumas pessoas enfrentavam dificuldades para conduzir um paralítico até JESUS.
Somente Marcos revela que eram precisamente quatro homens os que carregavam o
paralítico (2.3-4). Esse grupo tinha uma fé persistente e criativa: o peso do
paralítico, a impenetrabilidade da multidão e as tentativas frustradas de
acesso a JESUS pelas vias usuais não os fizeram desistir. Confiantes de que JESUS
curaria aquele desafortunado, não mediram esforços: engenhosamente, contornaram
a multidão, destelharam a casa e, pelo teto, baixaram diante de JESUS o leito
em que jazia o paralítico (2.4; Lc 5.19). O que nos tem impedido de levar
pessoas a Cristo? Havia fé no paralítico que se deixou conduzir perigosamente e
nos seus quatro amigos que perseveraram em ajudar esse pobre homem.
2-
JESUS e seus opositores (Mc 2.7).
Por
que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados,
senão um, que é DEUS? A fé daqueles homens chamou a atenção de JESUS. Por isso,
sua resposta foi igualmente surpreendente: “Filho, os teus pecados estão
perdoados” (2.5). Ora, a expectativa geral era a cura do corpo, porém JESUS decidiu
tratar antes com o verdadeiro problema daquele homem: seu coração. Arrancou o
mal pela raiz ao perdoar seus pecados, oportunizando salvação espiritual –
propósito principal de sua vinda (Mt 1.21). Nesse ponto, o foco passa para a
oposição dos doutores da lei. É que a menção a perdão de pecados suscita
acusação silenciosa de blasfêmia por parte de alguns escribas ali presentes
(2.6-7), uma vez que só DEUS pode perdoar pecados (Êx 34.6-7). O equívoco foi
não perceber que aquele que estava entre eles era o próprio DEUS.
3-
Perdão de pecados (Mc 2.9).
Qual
é mais fácil: Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer:
Levanta-te, toma o teu leito e anda? Para seus críticos, JESUS era um charlatão
e não poderia perdoar pecados (2.7). A prova disso era que tinha se limitado
apenas a proclamar esse perdão, todavia sem prová-lo. Para eles, a prova
irrefutável seria fazer o paralítico andar. Então, não por ostentação pessoal
ou pressão humana, mas como mais um ponto da sua maravilhosa aula (para que
“saibais” – 2.10), JESUS se revela como o prometido Filho do Homem (Dn 7.13-14)
e ordena ao paralítico que se levante, tome seu leito e retorne para casa. No
mesmo instante, o homem não só é curado, como também obedece à risca aos
comandos do Servo de DEUS, deixando todos admirados (2.10-12). JESUS faz a obra
completa em nossas vidas.
II-
OPOSIÇÃO EXPLÍCITA (Mc 2.13-22)
1-
Reunião com pecadores (Mc 2.15).
Achando-se
JESUS à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos
muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e o seguiam.
Marcos agora mostra que a autoridade de JESUS para perdoar pecados se estende
inclusive para o coletor de impostos Levi, também chamado de Mateus (Mt 9.9).
“Segue-me! Ele se levantou e o seguiu” (2.14). Ora, por cooperarem com o
governo romano e explorarem o povo, não raro cobrando além do devido, essa
classe social, também chamada de “publicanos”, era profundamente desprezada
pela comunidade. Levi prepara, então, um banquete em sua casa. Convidados? JESUS
e seus discípulos, além de “muitos publicanos e pecadores” (2.15).
A
oposição, que antes fora um simples questionamento silencioso consigo mesmo
(2.6-7), agora se torna verbalizada, todavia ainda não diretamente para JESUS,
mas para seus discípulos: por que ele come e bebe com publicanos e pecadores
(2.16)? Porém, o próprio JESUS responde: “os sãos não precisam de médico, e sim
os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores” (2.17). De fato, JESUS chama
para si exatamente os cansados e sobrecarregados (Mt 11.28).
2-
Negligência do jejum (Mc 2.18).
Ora,
os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram alguns e
lhe perguntaram: Por que motivo jejuam os discípulos de João e os dos fariseus,
mas os teus discípulos não jejuam? A lei apontava para um jejum anual, no dia
da expiação (Lv 16.29-34). Todavia, os fariseus, por exemplo, orgulhavam-se de
jejuar pelo menos duas vezes por semana (Lc 18.12). Eles faziam do jejum o
palco de um teatro onde apresentavam o show de uma piedade inexistente e
hipócrita. A pergunta agora é feita diretamente a JESUS (2.18).
A
oposição se torna cada vez mais explícita. Em resposta, JESUS compara a sua
presença na terra com uma festa de casamento: “Durante o tempo em que estiver
presente o noivo, não podem jejuar” (2.19). Ora, casamento é sinônimo de quebra
de rotina, novidade de vida e alegria abundante. Não faz qualquer sentido
jejuar em plena festa de casamento. É bom destacar que JESUS não estava
contra o jejum. Ele denunciou o jejum dos hipócritas, mas não era de modo algum
contra o verdadeiro e legítimo jejum que teria lugar na Igreja depois da Sua
ressurreição até os nossos dias.
3-
Velhas tradições (Mc 2.21).
Ninguém
costura remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo novo tira parte
da veste velha, e fica maior a rotura. O Evangelho implica em vida radicalmente
nova (2Co 5.17). Para clarear essa profunda verdade, JESUS se vale de duas
figuras próprias ao cotidiano da época: remendo de roupas e acondicionamento de
vinho. JESUS afirma que não se costura remendo de pano novo em veste usado
(2.21). De fato, quando esse remendo novo for molhado, ele encolherá e rasgará
o tecido velho. Da mesma forma, não se põe vinho novo em recipientes de couro
(odres) velhos (2.22).
É
que o vinho novo fermenta e se expande, rompendo a vasilha antiga, frágil e já
inflexível. JESUS trouxe novidades de ensino e de vida (Mc 1.22 e 27; 2.12 e
3.34-35). Portanto, o cristianismo não é um adendo ou apêndice ao judaísmo,
tampouco reforma dos antigos costumes judaicos. Trata-se, em verdade, de algo
incompatível com a religiosidade exterior e as velhas tradições veneradas pelos
líderes de então. Seu sangue constitui uma nova aliança (1Co 11.25), com uma
nova comunidade (3.35) e novas práticas (Mt 5.3-15). Também é no período de
jejum e oração que o crente experimenta a presença de DEUS e a unção do
ESPÍRITO SANTO.
III-
OPOSIÇÃO CRUEL (Mc 2.23–3.35)
1-
Porque valorizou as pessoas acima dos costumes (Mc 2.27).
E
acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por
causa do sábado. A oposição a JESUS vai se tornando cada vez mais insistente e
alarmante. Agora o Servo será testado em relação a outro tema caro aos
fariseus: a questão do sábado. Ao observarem que os discípulos de JESUS colheram
e comeram espigas, após debulhá-las com as mãos (2.23; Lc 6.1), os fariseus os
acusam de violação do sábado (2.24; Ex 20.8-11).
JESUS
aproveita a oportunidade para resgatar o autêntico sentido da lei divina,
rememorando o episódio em que Davi e seus companheiros, com fome e
desespero, entram no tabernáculo (“casa de DEUS”) e comem pães sagrados (1Sm
21.1-6), então destinados exclusivamente aos sacerdotes (Lv 24.5-9). Ora, ritos
não valem mais que o ser humano. Assim, conclui que o sábado foi estabelecido
por causa do homem e não o contrário (2.27). Como se vê, o conhecimento da
Palavra é antídoto contra o legalismo e o amor é a chave de compreensão da Lei
de DEUS (Dt 6.5).
JESUS
é o nosso Sábado, Nele encontramos o descanso verdadeiro e eterno. (Mt 11.29).
2-
Porque fez o bem (Mc 3.4).
Então,
lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida
ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio. O debate a respeito do sábado se
prolonga. Desta feita, JESUS entra em uma sinagoga e se depara com um homem
cuja mão direita estava ressequida (3.1). Insensíveis, seus opositores observam
atentamente para ver se curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem (3.2). JESUS
não se faz de rogado: É lícito fazer o bem no sábado? Marcos é o único que
registra o silêncio sepulcral dos opositores. Mateus 12.11-12 detalha mais:
“Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair
numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali?
Ora,
quanto mais vale um homem que uma ovelha?”. O argumento é irrefutável. JESUS conclui
a magistral lição: “Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem”. Em seguida, sai
da teoria para a prática: à vista de todos, cura o homem, restaurando lhe a mão
(3.5). Para os fariseus, a verdadeira religião consistia em obedecer às leis.
Para JESUS, porém, em amar a DEUS e ao próximo (Jo 13.34-35; Tg 1.27). Mesmo
apenas fazendo o bem, a oposição ao Servo de DEUS se acirra: uma surpreendente
coalizão político-religiosos entre fariseus e herodianos (defensores da
dominação romana) contra JESUS. O objetivo? Matá-lo (3.6). Os homens amaram
mais as trevas do que a luz (Jo 3.19). JESUS é o nosso Sábado, Nele encontramos
o descanso verdadeiro e eterno. (Mt 11.29).
3-
Porque não recuou (Mc 3.14).
Então,
designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar. Perseguições
nunca frearam o Reino de DEUS. Pelo contrário, expandiram-no (Êx 1.12; At
8.1 e 4). No auge da perseguição, inclusive com conspirações pela sua morte, JESUS
segue resoluto em sua missão (3.7-11). Mais que isso: JESUS decide amplificar o
poder de alcance de seu ministério ao separar entre seus discípulos doze homens
para estarem mais próximos de si e os enviar para pregar e exercer a autoridade
de expelir demônios (3.14-15). O conflito cósmico se agrava. A reação maligna é
dura e cruel: a sanidade mental de JESUS é posta em xeque por sua própria
família (3.21). Não bastasse, a seguir vem a sórdida acusação da parte dos
líderes religiosos: “É pelo maioral dos demônios que expele os demônios”
(3.22).
Na
articulação de sua resposta, JESUS demonstra plena saúde intelectual e
espiritual: de início, prova a contradição lógica das acusações (3.23-26);
depois, afirma, por parábola, sua franca oposição a Satanás (3.27); por fim,
faz solene advertência a respeito do perigo do pecado de blasfêmia contra o ESPÍRITO
SANTO (3.28-29). Frustrados os ataques ao espírito e à mente, é chegado o
momento da tentativa de contenção física: a família de JESUS aparece para
levá-lo (3.31-32). A provável intenção de dar-lhe proteção, alimento e descanso
(3.6, 9 e 20) era nobre e compreensível. Entretanto, a missão do Servo era
fazer a vontade de DEUS (Jo 6.38). Por isso, para JESUS, vínculos espirituais
haveriam de redimensionar o conceito de família: todos que abraçassem essa
vontade seriam a sua própria família (3.35; Sl 27.10). O espiritual está acima
do sentimental.
APLICAÇÃO
PESSOAL
Aquele
que serve a CRISTO caminha triunfantemente em meio a toda espécie de perigos e
oposições.
RESPONDA
1)
Qual a cidade base de JESUS em seu ministério público na Galileia? R.
Cafarnaum (Mt 4.13).
2) O que JESUS quis dizer ao afirmar: “ninguém costura remendo de pano novo em
veste velha”? R. O Evangelho era incompatível com as velhas tradições
religiosas da época.
3) Ao se defender da acusação de violar o sábado, que importante personagem do
Antigo Testamento JESUS invocou? R. Davi (1Sm 21.1-6).
REVISTA
BETEL 1TRIMESTRE DE 2023 NA ÍNTEGRA
TEXTO
ÁUREO
"(..)
E a grande multidão o ouvia de boa vontade." Marcos 12.37b
VERDADE
APLICADA
Como
JESUS, Seus discípulos devem lidar com as multidões com compaixão,
discernimento e atenção.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
-
Ensinar como devemos nos portar em meio à multidão.
-
Mostrar que ninguém pode atrapalhar nossos sonhos.
-
Falar que o Servo socorre quem vai ao Seu encontro.
TEXTOS
DE REFERÊNCIA – Marcos 3.7-11
7
E retirou-se JESUS com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande
multidão da Galileia, e da Judeia,
8 e de Jerusalém, e da Idumeia, e dalém do Jordão, e de perto de Tiro, e de
Sidom; uma grande multidão que, ouvindo
quão grandes coisas fazia, vinha ter com ele.
9 E ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho
junto dele, por causa da multidão, para que o não comprimisse,
10 porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum
mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem.
11 E os espíritos imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele e clamavam,
dizendo: Tu és o Filho de DEUS.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA
Mt 14.14 O Servo curou todos os enfermos da multidão.
TERÇA
Mt 15.32 O Servo tinha compaixão da multidão.
QUARTA
Mt 15.36 O Servo alimentou uma multidão.
QUINTA Mt 23.1 O Servo tinha prazer em ensinar a
multidão.
SEXTA
Lc 6.19 A multidão queria tocar no Servo.
SÁBADO
Jo 6.2 A multidão era testemunha do poder do Servo.
HINOS
SUGERIDOS - 46, 61, 208
MOTIVO
DE ORAÇAO - Ore para que consigamos nos destacar entre a multidão dos
seguidores do Servo.
ESB0Ç0
DA LIÇÃO
1-
JESUS e a multidão
1-1-
Atento as necessidades da multidão.
1-2-
No meio da multidão, mas atento às oportunidades.
1-3-
Não permita que a multidão atrapalhe a sua busca por socorro.
2-
As multidões que seguiam JESUS
2-1-
Multidão dos curiosos.
2-2-
Multidão dos desprovidos.
2-3-
Multidão dos acusadores.
3-
Os três grupos entre a multidão
3-1-
Os setenta discípulos que se destacaram entre a multidão.
3.2.
Os doze discípulos que se destacaram entre a multidão.
3-3-
Os três discípulos que se destacaram entre a multidão.
INTRODUÇÃO
Estudaremos
nesta lição mais um importante aspecto do ministério terreno de JESUS: lidando
com as multidões.
O
enfoque será quanto as questões de oportunidade, atenção, discernimento e
discipulado, pois o fato de alguém estar entre a multidão que segue a Cristo, não
significa que, automaticamente, e um
discípulo de JESUS.
1-
JESUS e a multidão
É
belo dizer que, assim como JESUS se compadeceu da multidão, também nós, na
nossa caminhada cristã, somos chamados a termos compaixão do povo [Mc 6.34].
Podemos dizer que JESUS, além de saciar a fome da multidão, de igual modo a
saciava com Seus
ensinamentos.
1-1-
Atento as necessidades da multidão.
O
evangelho de Marcos nos faz ver que de todas as partes as pessoas davam um
jeito de irem ao encontro de JESUS para ouvi-lo e ficavam satisfeitas com seus
atos de compaixão: "Naqueles dias, havendo mui grande multidão e não tendo
o que comer, JESUS chamou a si os seus discípulos e disse- -lhes: Tenho
compaixão da multidão, porque há ja três dias que estão comigo e não têm o que
comer." [Mc 8.1-2].
Aprendemos
com JESUS a relevância de estarmos atentos as necessidades das pessoas e nos
colocarmos a disposição do Senhor para sermos usados pelo ESPÍRITO SANTO como
canais de bençãos. "Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de
comer..." [Mc 8.37]. O Senhor nos chama para participarmos do processo,
nos orienta como agir a nos capacita com o poder do ESPÍRITO SANTO.
Dewey
M. Mulholland
(Marcos:
introdução e comentário, Vida Nova, 1999, P. 110): "No futuro, quando JESUS
não estiver mais com eles (Seus discípulos), eles poderiam lembrar-se de que JESUS
o Pastor daqueles que não têm líder.
Confrontados
com a ordem de JESUS para alimentarem a multidão, os discípulos veem apenas a
impossibilidade
de executá-la. Um trabalhador diarista teria que trabalhar cerca de um ano para
comprar pão para uma multidão como aquela.
Os
discípulos enfatizam o que eles não têm.”
Lemos
que um pai vendo o seu filho padecer se destacou entre a multidão para pedir
socorro ao Servo. Esta postura audaciosa do pai do jovem lunático, se dirigindo
a JESUS e apresentando a situação de seu filho, resultou na libertação do
menino: "E JESUS, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito
imundo, dizendo-lhe: espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele e não entres
mais nele." [Mc 9.25]. Conforme observado, aprendemos que as disputas e discussões
no meio da multidão ou as frustrações não podem nos impedir ou nos desanimar de
ir a CRISTO e falar com Ele sobre nosso sofrimento e nossa necessidade [Mc
9.14-24].
Orlando
Boyer (Marcos: O Evangelho do Servo do Senhor, Livros Evangélicos, p. 124)
comenta este texto de Marcos em conexão com Lucas 9.38: "No original,
clamando em muito alta voz, como JESUS ao morrer na cruz [Mc 15.37]. Note-se a
angustiosa lista de sofrimentos de seu filho (...) Felizes são os filhos de
pais que recorrem a CRISTO em oração, como fez o pai do menino possesso de um
espírito mudo (...) Se te sentes desanimado, por causa do fracasso dos crentes,
experimenta a CRISTO mesmo. Nao desconfies de CRISTO somente porque falta poder
aos filhos professos de DEUS."
1-3-
Não permita que a multidão atrapalhe a sua busca por socorro.
Marcos
relata haver uma mulher que padecia de uma hemorragia visivelmente incurável ao
homem e que vagarosamente destruía sua vida [Mc 5.26]. Essa enfermidade fazia
com que essa mulher se abatesse, pois sua dor consumia suas forças dia após
dia, além de suas muitas decepções com os médicos e a pobreza que lhe incidiu
por haver gastado tudo. Conforme observado, sendo sabedora que JESUS passaria
por ali, ela enxergou um fio de esperança em seu coração: "Ouvindo falar
de JESUS, veio por detrás, entre a multidão, e tocou no seu vestido:' [Mc
5.27]. A respeito dessa atitude vemos que, sabedora que não lhe restava outro
recurso, ela recorreu ao Servo, indo entre a multidão e encontrou cura, alívio,
paz e salvação [Mc 5.28-29].
Craig
S. Keener (Comentário Histórico-cultural da Bíblia - Novo Testamento, Vida
Nova, 2017, p. 236): "De acordo com a Lei, tal doença a tornava
constantemente impura [Lv 15.19-33] - além do problema físico, havia o problema
social. Se a mulher tocasse em alguém ou mesmo nas vestes de uma pessoa, quem
fosse tocado ficaria cerimonialmente impuro pelo restante do dia [Lv 15.26-27].
Assim, ela não deveria sequer estar no meio dessa multidão apertada. (...) Para
que ninguém pense que a cura ocorreu por meio de uma magia paga comum, operando
sem o conhecimento de JESUS, ele declara que a cura aconteceu em resposta a
"fé" [Lc 8.48]:”
2-
As multidões que seguiam JESUS
Descortinando
os fragmentos da história, veremos no presente tópico três tipos de pessoas,
dentre outras, que faziam parte da multidão: a multidão dos curiosos [Mc 1.27],
a multidão dos desprovidos [Mc 6.34] e a multidão dos acusadores [Mc 15.11].
Nesse ponto cabe uma interrogação: estamos trafegando em alguma destas
multidões?
O
que é verdadeiramente surpreendente e que nos dias de JESUS muitos só
ambicionavam estar entre a multidão para constatarem os milagres dos outros,
mas nao queriam compromisso com o Filho de DEUS: "E todos se admiraram, a
ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que e isto? Que nova doutrina é esta?
Pois, com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!"
[Mc 1.27]. O texto aponta que os curiosos entre a multidão se admiravam com a
Sua maneira de ensinar, da Sua doutrina e Seu poder para expulsar os demônios [Mc
1.21-28]. Marcos coloca a questão de tal maneira que nos confronta a deixarmos
de ser conduzidos pela curiosidade para podermos receber algo novo da parte de DEUS
e crer e conhecer JESUS como o Servo enviado de DEUS para remir a humanidade de
seus pecados.
SUBSÍDIO4
Um
grupo de curiosos seguia JESUS entre a multidão porque via os sinais que Ele
operava sobre os enfermos: "E grande multidão o seguia, porque via os
sinais que operava sobre os enfermos." [Jo 6.2]. Esses curiosos enchiam as
portas das casas onde JESUS ia realizar algum milagre para verem se JESUS realizava
mesmo milagres ou se Ele era um falso profeta iludindo o povo. [Mc 5.38-39].
Gostaríamos de mencionar que normalmente todo curioso e mexeriqueiro e, pelo
que podemos ver, estes curiosos gostavam de assistir os embates entre JESUS e
os falsos religiosos: "E, quando se aproximou dos discípulos, viu ao redor
deles grande multidão e alguns escribas que disputavam com eles." [Mc
9.14].
Marcos
escreve em seu evangelho que, onde JESUS passava, atraia uma multidão. Ele relata
que, quando JESUS foi para casa, uma multidão se ajuntou a eles, a era tanta
gente que JESUS e os discípulos nao tinham tempo nem para comer [Mc 3.20].
Afigura-se que essas pessoas viajavam de vários lugares, sendo pessoas de
classes sociais distintas, em busca que o Servo apresentasse uma solução para
seus problemas e respostas para as suas dores a ansiedades. Marcos descreve que
JESUS teve compaixão, pois via que aquelas pessoas eram como ovelhas sem pastor
[Mc 6.34].
SUBSÍDIO5
Para
compreendermos o relacionamento do Servo com os carentes do Seu tempo, temos
que nos lembrar de que Ele nunca se preocupou com a condição social de quem se
aproximava dEle. O Servo, por Sua maneira de pensar e de interpretar a vida, ia
em socorro dos mais humildes, o que lhe acarretou numerosas
perseguições
e afrontas e, no final, a própria
crucificação.
2-3-
Multidão dos acusadores.
Por
entre as páginas das Escrituras Sagradas, no evangelho de Marcos podemos
presenciar que muitos entre a multidão estavam ali sem um objetivo definido.
Não por acaso, sendo inimigos declarados de JESUS, os principais dos sacerdotes
viram neste grupo a oportunidade de matá-lo: "Mas os principais dos
sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás." [Mc
15.11]. Convém observar que, sendo muito zelosos para levar o plano que haviam
idealizado para a morte de Cristo, estes se valeram da multidão, instigando-a
para gritar pela absolvição de Barrabás, mesmo sendo este um criminoso perigoso
a ultrajante.
SUBSÍDIO6
Bispo
Samuel Ferreira: "Segundo as leis romanas, Pilatos nao viu qualquer coisa
para que JESUS merecesse tal condenação [Lc 23.4]. Ao recebe-lo de volta da
parte de Herodes, tentou livrá-lo da condenação, dizendo: "Eis que,
examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho nesse
homem" Porém, a multidão gritava: "Crucifica-o! Crucifica-o!"
Como era costume soltar um preso, Pilatos fê-los decidir entre Barrabás a JESUS.
A multidão escolheu soltar Barrabás:”
Os
evangelhos, em um panorama geral, identificam alguns grupos de discípulos de JESUS
entre a multidão que O seguia. Assistimos nas Sagradas Escrituras que muitas
pessoas tiveram contato com Ele, entretanto, devemos nos aperceber que estes
três grupos conseguiram se distinguir entre os demais.
3-1-
Os setenta discípulos que se destacaram entre a multidão.
É
significativo notar que, dentre aquela multidão que seguia a JESUS, Ele separou
setenta homens para irem, a cada dois, anunciar o Evangelho do Reino: "E,
depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta a mandou-os adiante da sua
face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares onde ele havia de ir:' [Lc
10.1]. Estamos diante de um texto que nos mostra que JESUS escolhe setenta
discípulos e os envia a cada dois a todas as cidades a lugares onde Ele havia
de viajar posteriormente.
SUBSÍDIO7
Comentário
Bíblico Beacon: "O número setenta parecia ter um significado especial
entre os judeus. Havia setenta anciãos designados por Moisés, setenta membros
do Sinédrio (setenta a um, incluído o presidente ou nasi) e, de acordo com a
lenda judaica, os setenta povos ou nações da Terra, além dos judeus. O simples fato de que JESUS tinha estes
muitos discípulos dignos de confiança é significativo. Muitas vezes nos
esquecemos de que Ele tinha muitos seguidores leais. Mandou-os ... de dois em
dois. Para ajuda mútua e encorajamento. A todos as cidades e lugares aonde
havia de ir. Estes deveriam preparar a visita dEle a essas cidades. Neste
momento, os doze apóstolos estavam com Ele; os setenta foram adiante a sua
face.”
3-2-
Os doze discípulos que se destacaram entre a multidão.
Quanto
ao grupo dos setenta, nós nem sabemos quem eram. Entretanto, os membros deste
grupo dos doze, JESUS os chama pelo nome: "Simão, a quem pôs o nome de
Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de
Boanerges, que significa: Filhos do trovão; André, e Filipe, e Bartolomeu, e
Mateus, e Tomé, e Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, e Simão, o cananeu, e Judas
Iscariotes, o que o entregou" [Mc 3.16- 19]. O Senhor se afastou da
multidão, foi ao monte e "chamou para si': Notemos os propósitos: eles
devem estar com Ele e foram chamados para serem enviados [Mc 3.13-14].
SUBSÍDIO8
Charles
R. Swindoll: "Grandes multidões se reuniam para ouvir os ensinamentos de JESUS
e ter suas enfermidades curadas por Ele. A partir daquela multidão de
discípulos, Ele escolheu doze para formarem um círculo mais próximo de pupilos,
homens que Ele prepararia para se tornarem os primeiros líderes do novo reino.
Quando JESUS os chamou para segui-lo, eles deixaram tudo para trás."
3-3-
Os três discípulos que se destacaram entre a multidão.
Dentre
os doze discípulos que JESUS separou para estar mais próximo a Ele, três se destacaram.
Podemos visualizar no evangelho de Marcos que em três momentos somente Pedro,
Tiago e João estiveram ao Seu lado:
1)
na ressurreição da filha de Jairo [Mc 5.37];
2)
no momento da transfiguração de JESUS[Mc 9.2];
3)
na noite em que foi traído e preso, tão somente Pedro, Tiago e João seguiram JESUS
a um ambiente um pouco mais particular no jardim [Mc 14.33].
SUBSÍDIO8
Myer
Pearlman (Marcos - O Evangelho do Servo de Jeová, CPAD, 1995, p. 106): "Os
três discípulos faziam parte do "círculo íntimo" de JESUS. Apesar de
o Senhor nao ter favoritos, temos de convir: há aqueles que mantêm uma comunhão
mais estreita com Ele.
Os
tais desfrutam do privilégio de participar de seus sofrimentos, e compartilhar
de sua glória:'
CONCLUSÃO
JESUS
estava sempre atento aos necessitados a carentes, mesmo entre a multidão.
Assim,
vimos que Nosso Senhor JESUS lidou as
multidões
com compaixão, mas também com
discernimento,
pois muitos que o seguiam nao tinham o propósito de serem Seus discípulos.