Escrita Lição 05, BETEL, O Servo e as multidões, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 

Lição 05, BETEL, O Servo e as multidões, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar – PIX – 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva

 

 


SUBSÍDIOS EXTRAS

 

Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT (com algumas modificações do Pr Henrique)

 Vídeo https://youtu.be/HxQ9uppnQE8

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/01/escrita-licao-05-betel-o-servo-e-as.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/01/slides-licao-05-betel-o-servo-e-as.html

https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-licao-05-betel-o-servo-e-as-multidoes-1tr23-pr-henriquepptx

 Quando JESUS se retirou “para o mar”, fez ali o bem. Enquanto os seus inimigos procuravam destruí-lo, Ele abandonou o lugar, para nos ensinar que em tempos tumultuados devemos mudar de lugar em prol de nossa própria segurança. Mas veja aqui:

1. Como Ele foi seguido, no seu afastamento.

Enquanto alguns tinham tanta inimizade por Ele, a ponto de o fazerem sair da sua região, outros o valorizavam tanto, que o seguiam para onde quer que Ele fosse, e a inimizade que os seus líderes sentiam por CRISTO não diminuía o seu respeito por Ele. “Uma grande multidão” o seguia, de todas as partes da nação; do norte, lugares tão distantes quanto a Galileia; do sul, tão distantes quanto a Judéia e Jerusalém; e da Iduméia; do outro lado do rio Jordão, do leste; e do oeste, de Tiro e de Sidom (vv. 7,8 – Líbano hoje). Observe:

(1) O que os levava a segui-lo:

Eram as notícias das “grandes coisas” que Ele fazia a todos os que iam ter com Ele; alguns desejavam ver aquele que tinha feito “tão grandes coisas”, e outros esperavam que Ele lhes fizesse “grandes coisas”. A consideração das grandes coisas que CRISTO fez deve nos motivar a ir até Ele.

(2) Para que o povo o seguia (v. 10):

“Todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem”. Aqui as doenças são chamadas de “males”, mastigas. Ali estava o Médico dos médicos. A unção do ESPÍRITO SANTO estava sobre Ele para curar (a mulher do fluxo de sangue só tocou em suas vestes e foi curada; a sombra de Pedro passava sobre os doentes e eram curados; os lenços e aventais de Paulo eram colocados sobre doentes e possessos e eram curados). Eles “se arrojavam sobre ele”, lutando para ver quem conseguiria chegar mais perto dele, e quem seria atendido primeiro. Eles se ajoelhavam diante dele (segundo o Dr. Hammond), solicitando os seus favores. Eles só desejavam ter a permissão para tocá-lo, crendo que seriam curados, não apenas pelo seu toque neles, mas pelo toque nele; e disso, sem dúvida, eles tinham tido muitas amostras.

(3) O que Ele providenciou para estar pronto para atender às pessoas (v. 9):

Passava noites em oração. “Ele disse aos seus discípulos”, que eram pescadores e tinham barcos à sua disposição, “que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele”, para levá-lo de um lugar a outro, na mesma costa, a fim de que, quando Ele tivesse concluído as coisas necessárias que tinha para fazer em um lugar, Ele pudesse, facilmente, ir a outro, onde a sua presença era exigida, sem ser comprimido pela multidão que o seguia movida pela curiosidade. Seu ministério estaria comprometido se ficasse o tempo todo só dedicado a curas. Ele pregava, ensinava e curava a todos.

2. Que bem abundante Ele fez aos outros, no seu afastamento. Ele não se afastou para ficar ocioso, nem mandou embora aqueles que rudemente o seguiram quando Ele se retirou, mas aceitou isso com bondade, e deu-lhes aquilo que eles tinham vindo procurar. Ele nunca disse a ninguém que o procurava diligentemente: “Buscai-me em vão”.

(1) As doenças eram efetivamente curadas.

Ele curou a muitos, diversos tipos de pacientes, que sofriam de diversos tipos de doenças; embora numerosos, embora variados, Ele os curou a todos.

(2) Os demônios foram realmente derrotados; aqueles que estavam possuídos por “espíritos imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele”, tremendo na sua presença, não para suplicar o seu favor, mas para abrandar a sua ira, e pelos seus próprios terrores eram obrigados a reconhecer que Ele era o Filho de DEUS (v. 1). É triste notar que essa grande verdade era negada por muitos filhos dos homens, que podiam se beneficiar dela, enquanto uma confissão dessa verdade era tão frequentemente arrancada dos demônios, que não podiam se beneficiar dela.

(3) Ao realizar essas grandes coisas, CRISTO não procurava aplausos, pois Ele recomendava rigidamente àqueles que eram beneficiados com elas a não divulgarem o que haviam recebido – “ele os ameaçava muito, para que não o manifestassem”, pois seu ministério era curto e deveria ensinar a seus discípulos muita coisa. O treinamento deveria ser contínuo e cotidiano.

 

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EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2022 | Tema: MARCOS – O Evangelho do Servo JESUS| Escola Bíblica Dominical | 

Lição 02: Marcos 2 e 3: A Oposição ao Servo

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Marcos 2 e 3 há 28 e 35 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Marcos 3.1-21 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Caro(a) professor(a), nesta lição veremos que o ministério do Filho de DEUS é muito operante. Nós também podemos transformar vidas se nós mostrarmos, nós mesmos, transformados. O crente é um cego que passou a ver; um paralítico que finalmente andou. Se nós mesmos somos um milagre, outros vão andar e enxergar quando contarmos quem nos transformou. Porém, como aconteceu com JESUS, logo aparecerão opositores que tentarão desacreditar a fé que nos sustenta. Mesmo assim, haja o que houver, sejamos perseverantes. Antes de conhecermos JESUS éramos paralíticos, agora podemos andar. Aleluia! É tempo de levarmos a JESUS todos quantos estejam dispostos a crer e a aceitá-lo como Filho do Altíssimo

 

OBJETIVOS

Proclamar o Evangelho e dar testemunho da nossa transformação.
Perseverar na fé em JESUS mesmo sob críticas e acusações.
Acolher todos quantos queiram conhecer JESUS e libertar-se dos pecados.

 

PARA COMEÇAR A AULA

Podemos começar a aula refletindo sobre o que dizem atualmente os opositores do Evangelho de JESUS. O contexto é de idolatria crescente; atentados à criação através da legalização do aborto e da ideologia de gênero. Há ainda seitas judaizantes e pregações enganosas. Nossos desertos devem nos qualificar, nunca nos desanimar. Não nos cabe julgar, mas convidar cada um a cear com JESUS, como na casa de Levi. A mensagem é de arrependimento e perdão. Sejamos dinâmicos no trabalho que temos a fazer.

 

LEITURA ADICIONAL

“Nos versículos anteriores a essa passagem, vemos nosso bendito Salvador sob a acusação dos escribas, que diziam estar ele em aliança com o diabo. (…) Nos versículos que lemos agora, percebemos que essa acusação absurda, feita pelos escribas, não foi tudo que JESUS precisou tolerar naquela ocasião. Somos informados também de que, ‘nisso, chegaram sua mãe e seus irmãos, e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá-lo’. Eles eram ainda incapazes de compreender a beleza e a utilidade da vida que nosso Senhor vivia. Embora, sem dúvida, o amassem muito, eles o teriam, de bom grado, persuadido a interromper suas atividades com a finalidade de ‘poupá-lo’.

Não sabiam o que estavam fazendo! Pouco haviam observado ou compreendido das palavras de nosso Senhor quando ele tinha apenas doze anos: ‘Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?’ (Lc 2.49). É interessante observarmos a tranquila, mas firme perseverança de nosso Senhor diante de todos os desencorajantes. Nenhuma dessas coisas foi capaz de abalá-lo. As caluniosas insinuações de seus adversários e as bem-intencionadas reprimendas de seus amigos e parentes ignorantes mostraram-se igualmente incapazes de fazê-lo desviar-se de seu curso. JESUS havia voltado o rosto, decididamente, na direção da cruz e da coroa. Ele sabia qual missão viera cumprir nesse mundo.

(…) Assim deve acontecer com todos os servos de Cristo. Nada, por um momento sequer, deve desviá-los do caminho estreito ou levá-los a parar e olhar para trás. Que eles não deem atenção às maldosas observações dos inimigos! Que não desistam diante de bem-intencionadas, mas errôneas súplicas de parentes e amigos não convertidos. Pelo contrário, que eles respondam com as palavras de Neemias: ‘Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer’ (Ne 6.3). Que eles declarem: ‘Já tomei minha cruz e de modo nenhum me desfarei dela!’”. Livro: Meditações no Evangelho de Marcos (RYLE John Charles. 2. ed., São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2018, pp. 58-59).

 

TEXTO ÁUREO

“Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida.” Mc 3.6

 

LEITURA BÍBLICA PARA ESTUDO

Marcos 3.1-21

E outra vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada. E estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem. E disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e vem para o meio. E perguntou-lhes: É lícito no sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar? E eles calaram-se.
E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a mão, sã como a outra. E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam. E retirou-se JESUS com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galileia, e da Judeia, e de Jerusalém, e da Idumeia, e dalém do Jordão, e de perto de Tiro, e de Sidom; uma grande multidão que, ouvindo quão grandes coisas fazia, vinha ter com ele. E ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não comprimisse, porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem. E os espíritos imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de DEUS. E ele os ameaçava muito, para que não o manifestassem. E subiu ao monte e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele. E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar e para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos do trovão; André, e Filipe, e Bartolomeu, e Mateus, e Tomé, e Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, e Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, o que o traiu. E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que nem sequer podiam comer pão. E, quando os seus parentes ouviram isso, saíram para o prender, porque diziam: Está fora de si. Marcos 3:1-21

 

 

Verdade Prática

Servir a CRISTO também significa ser fiel e corajoso em meio às provações e perseguições.

 

Esboço

INTRODUÇÃO
I- OPOSIÇÃO SILENCIOSA Mc 2.1-12
1- O paralítico e seus amigos Mc 2.3
2– JESUS e seus opositores Mc 2.7
3– Perdão de pecados Mc 2.9
II- OPOSIÇÃO EXPLÍCITA Mc 2.13-22
1- Reunião com pecadores Mc 2.15
2– Negligência do jejum Mc 2.18
3– Velhas tradições Mc 2.21
III- OPOSIÇÃO CRUEL Mc 2.23–3.35
1– Porque valorizou as pessoas acima dos costumes Mc 2.27
2– Porque fez o bem Mc 3.4
3– Porque não recuou Mc 3.14


APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Marcos 2.2
Terça – Marcos 2.5
Quarta – Marcos 2.10
Quinta – Marcos 3.5
Sexta – Marcos 3.15
Sábado – Marcos 3.28

 

Hinos da Harpa: 225 – 305

 

INTRODUÇÃO

JESUS atinge o auge de sua popularidade. Multidões afluem de todos os cantos em busca de cura e libertação (2.2; 3.7-8). Mas a popularidade de JESUS também atrai terríveis opositores, polêmicas religiosas e resistências familiares.

 

I- OPOSIÇÃO SILENCIOSA (Mc 2.1-12)

1- O paralítico e seus amigos (Mc 2.3).

Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. Devido à privilegiada localização geográfica, Cafarnaum foi escolhida por JESUS como sua cidade base (Mt 4.13). O Servo encontrava-se “em casa” (2.1), provavelmente a casa de Pedro (Mc 1.29) ou ele mesmo havia adquirido uma com seu trabalho anterior de carpinteiro, fazendo barcos para serem usados ali no Mara da Galileia. Havia uma multidão no local (2.2). De repente, percebeu-se que algumas pessoas enfrentavam dificuldades para conduzir um paralítico até JESUS. Somente Marcos revela que eram precisamente quatro homens os que carregavam o paralítico (2.3-4). Esse grupo tinha uma fé persistente e criativa: o peso do paralítico, a impenetrabilidade da multidão e as tentativas frustradas de acesso a JESUS pelas vias usuais não os fizeram desistir. Confiantes de que JESUS curaria aquele desafortunado, não mediram esforços: engenhosamente, contornaram a multidão, destelharam a casa e, pelo teto, baixaram diante de JESUS o leito em que jazia o paralítico (2.4; Lc 5.19). O que nos tem impedido de levar pessoas a Cristo? Havia fé no paralítico que se deixou conduzir perigosamente e nos seus quatro amigos que perseveraram em ajudar esse pobre homem.

 

2- JESUS e seus opositores (Mc 2.7).

Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é DEUS? A fé daqueles homens chamou a atenção de JESUS. Por isso, sua resposta foi igualmente surpreendente: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (2.5). Ora, a expectativa geral era a cura do corpo, porém JESUS decidiu tratar antes com o verdadeiro problema daquele homem: seu coração. Arrancou o mal pela raiz ao perdoar seus pecados, oportunizando salvação espiritual – propósito principal de sua vinda (Mt 1.21). Nesse ponto, o foco passa para a oposição dos doutores da lei. É que a menção a perdão de pecados suscita acusação silenciosa de blasfêmia por parte de alguns escribas ali presentes (2.6-7), uma vez que só DEUS pode perdoar pecados (Êx 34.6-7). O equívoco foi não perceber que aquele que estava entre eles era o próprio DEUS.

 

3- Perdão de pecados (Mc 2.9).

Qual é mais fácil: Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? Para seus críticos, JESUS era um charlatão e não poderia perdoar pecados (2.7). A prova disso era que tinha se limitado apenas a proclamar esse perdão, todavia sem prová-lo. Para eles, a prova irrefutável seria fazer o paralítico andar. Então, não por ostentação pessoal ou pressão humana, mas como mais um ponto da sua maravilhosa aula (para que “saibais” – 2.10), JESUS se revela como o prometido Filho do Homem (Dn 7.13-14) e ordena ao paralítico que se levante, tome seu leito e retorne para casa. No mesmo instante, o homem não só é curado, como também obedece à risca aos comandos do Servo de DEUS, deixando todos admirados (2.10-12). JESUS faz a obra completa em nossas vidas.

 

II- OPOSIÇÃO EXPLÍCITA (Mc 2.13-22)

1- Reunião com pecadores (Mc 2.15).

Achando-se JESUS à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e o seguiam. Marcos agora mostra que a autoridade de JESUS para perdoar pecados se estende inclusive para o coletor de impostos Levi, também chamado de Mateus (Mt 9.9). “Segue-me! Ele se levantou e o seguiu” (2.14). Ora, por cooperarem com o governo romano e explorarem o povo, não raro cobrando além do devido, essa classe social, também chamada de “publicanos”, era profundamente desprezada pela comunidade. Levi prepara, então, um banquete em sua casa. Convidados? JESUS e seus discípulos, além de “muitos publicanos e pecadores” (2.15).

A oposição, que antes fora um simples questionamento silencioso consigo mesmo (2.6-7), agora se torna verbalizada, todavia ainda não diretamente para JESUS, mas para seus discípulos: por que ele come e bebe com publicanos e pecadores (2.16)? Porém, o próprio JESUS responde: “os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores” (2.17). De fato, JESUS chama para si exatamente os cansados e sobrecarregados (Mt 11.28).

 

2- Negligência do jejum (Mc 2.18). 

Ora, os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram alguns e lhe perguntaram: Por que motivo jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam? A lei apontava para um jejum anual, no dia da expiação (Lv 16.29-34). Todavia, os fariseus, por exemplo, orgulhavam-se de jejuar pelo menos duas vezes por semana (Lc 18.12). Eles faziam do jejum o palco de um teatro onde apresentavam o show de uma piedade inexistente e hipócrita. A pergunta agora é feita diretamente a JESUS (2.18).

A oposição se torna cada vez mais explícita. Em resposta, JESUS compara a sua presença na terra com uma festa de casamento: “Durante o tempo em que estiver presente o noivo, não podem jejuar” (2.19). Ora, casamento é sinônimo de quebra de rotina, novidade de vida e alegria abundante. Não faz qualquer sentido jejuar em plena festa de casamento. É bom destacar que JESUS não estava contra o jejum. Ele denunciou o jejum dos hipócritas, mas não era de modo algum contra o verdadeiro e legítimo jejum que teria lugar na Igreja depois da Sua ressurreição até os nossos dias.

 

3- Velhas tradições (Mc 2.21).

Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo novo tira parte da veste velha, e fica maior a rotura. O Evangelho implica em vida radicalmente nova (2Co 5.17). Para clarear essa profunda verdade, JESUS se vale de duas figuras próprias ao cotidiano da época: remendo de roupas e acondicionamento de vinho. JESUS afirma que não se costura remendo de pano novo em veste usado (2.21). De fato, quando esse remendo novo for molhado, ele encolherá e rasgará o tecido velho. Da mesma forma, não se põe vinho novo em recipientes de couro (odres) velhos (2.22).

É que o vinho novo fermenta e se expande, rompendo a vasilha antiga, frágil e já inflexível. JESUS trouxe novidades de ensino e de vida (Mc 1.22 e 27; 2.12 e 3.34-35). Portanto, o cristianismo não é um adendo ou apêndice ao judaísmo, tampouco reforma dos antigos costumes judaicos. Trata-se, em verdade, de algo incompatível com a religiosidade exterior e as velhas tradições veneradas pelos líderes de então. Seu sangue constitui uma nova aliança (1Co 11.25), com uma nova comunidade (3.35) e novas práticas (Mt 5.3-15). Também é no período de jejum e oração que o crente experimenta a presença de DEUS e a unção do ESPÍRITO SANTO.

 

III- OPOSIÇÃO CRUEL (Mc 2.23–3.35)

1- Porque valorizou as pessoas acima dos costumes (Mc 2.27).

E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. A oposição a JESUS vai se tornando cada vez mais insistente e alarmante. Agora o Servo será testado em relação a outro tema caro aos fariseus: a questão do sábado. Ao observarem que os discípulos de JESUS colheram e comeram espigas, após debulhá-las com as mãos (2.23; Lc 6.1), os fariseus os acusam de violação do sábado (2.24; Ex 20.8-11).

JESUS aproveita a oportunidade para resgatar o autêntico sentido da lei divina, rememorando o episódio em que Davi e seus companheiros, com fome e desespero, entram no tabernáculo (“casa de DEUS”) e comem pães sagrados (1Sm 21.1-6), então destinados exclusivamente aos sacerdotes (Lv 24.5-9). Ora, ritos não valem mais que o ser humano. Assim, conclui que o sábado foi estabelecido por causa do homem e não o contrário (2.27). Como se vê, o conhecimento da Palavra é antídoto contra o legalismo e o amor é a chave de compreensão da Lei de DEUS (Dt 6.5).

JESUS é o nosso Sábado, Nele encontramos o descanso verdadeiro e eterno. (Mt 11.29).

 

2- Porque fez o bem (Mc 3.4).

Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio. O debate a respeito do sábado se prolonga. Desta feita, JESUS entra em uma sinagoga e se depara com um homem cuja mão direita estava ressequida (3.1). Insensíveis, seus opositores observam atentamente para ver se curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem (3.2). JESUS não se faz de rogado: É lícito fazer o bem no sábado? Marcos é o único que registra o silêncio sepulcral dos opositores. Mateus 12.11-12 detalha mais: “Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali?

Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha?”. O argumento é irrefutável. JESUS conclui a magistral lição: “Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem”. Em seguida, sai da teoria para a prática: à vista de todos, cura o homem, restaurando lhe a mão (3.5). Para os fariseus, a verdadeira religião consistia em obedecer às leis. Para JESUS, porém, em amar a DEUS e ao próximo (Jo 13.34-35; Tg 1.27). Mesmo apenas fazendo o bem, a oposição ao Servo de DEUS se acirra: uma surpreendente coalizão político-religiosos entre fariseus e herodianos (defensores da dominação romana) contra JESUS. O objetivo? Matá-lo (3.6). Os homens amaram mais as trevas do que a luz (Jo 3.19). JESUS é o nosso Sábado, Nele encontramos o descanso verdadeiro e eterno. (Mt 11.29).

 

 

3- Porque não recuou (Mc 3.14).

Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar. Perseguições nunca frearam o Reino de DEUS. Pelo contrário, expandiram-no (Êx 1.12; At 8.1 e 4). No auge da perseguição, inclusive com conspirações pela sua morte, JESUS segue resoluto em sua missão (3.7-11). Mais que isso: JESUS decide amplificar o poder de alcance de seu ministério ao separar entre seus discípulos doze homens para estarem mais próximos de si e os enviar para pregar e exercer a autoridade de expelir demônios (3.14-15). O conflito cósmico se agrava. A reação maligna é dura e cruel: a sanidade mental de JESUS é posta em xeque por sua própria família (3.21). Não bastasse, a seguir vem a sórdida acusação da parte dos líderes religiosos: “É pelo maioral dos demônios que expele os demônios” (3.22).

Na articulação de sua resposta, JESUS demonstra plena saúde intelectual e espiritual: de início, prova a contradição lógica das acusações (3.23-26); depois, afirma, por parábola, sua franca oposição a Satanás (3.27); por fim, faz solene advertência a respeito do perigo do pecado de blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO (3.28-29). Frustrados os ataques ao espírito e à mente, é chegado o momento da tentativa de contenção física: a família de JESUS aparece para levá-lo (3.31-32). A provável intenção de dar-lhe proteção, alimento e descanso (3.6, 9 e 20) era nobre e compreensível. Entretanto, a missão do Servo era fazer a vontade de DEUS (Jo 6.38). Por isso, para JESUS, vínculos espirituais haveriam de redimensionar o conceito de família: todos que abraçassem essa vontade seriam a sua própria família (3.35; Sl 27.10). O espiritual está acima do sentimental.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Aquele que serve a CRISTO caminha triunfantemente em meio a toda espécie de perigos e oposições.

 

RESPONDA

1) Qual a cidade base de JESUS em seu ministério público na Galileia? R. Cafarnaum (Mt 4.13).
2) O que JESUS quis dizer ao afirmar: “ninguém costura remendo de pano novo em veste velha”? R. O Evangelho era incompatível com as velhas tradições religiosas da época.
3) Ao se defender da acusação de violar o sábado, que importante personagem do Antigo Testamento JESUS invocou? R. Davi (1Sm 21.1-6).

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REVISTA BETEL 1TRIMESTRE DE 2023 NA ÍNTEGRA

 Lição 05, BETEL, O Servo e as multidões

  

TEXTO ÁUREO

"(..) E a grande multidão o ouvia de boa vontade." Marcos 12.37b

  

VERDADE APLICADA

Como JESUS, Seus discípulos devem lidar com as multidões com compaixão, discernimento e atenção.

  

OBJETIVOS DA LIÇÃO

- Ensinar como devemos nos portar em meio à multidão.

- Mostrar que ninguém pode atrapalhar nossos sonhos.

- Falar que o Servo socorre quem vai ao Seu encontro.

  

TEXTOS DE REFERÊNCIA – Marcos 3.7-11

7 E retirou-se JESUS com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galileia, e da Judeia,
8 e de Jerusalém, e da Idumeia, e dalém do Jordão, e de perto de Tiro, e de Sidom; uma grande multidão que,  ouvindo quão grandes coisas fazia, vinha ter com ele.
9 E ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não comprimisse,
10 porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem.
11 E os espíritos imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de DEUS.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA Mt 14.14 O Servo curou todos os enfermos da multidão.

TERÇA Mt 15.32 O Servo tinha compaixão da multidão.

QUARTA Mt 15.36 O Servo alimentou uma multidão.

QUINTA  Mt 23.1 O Servo tinha prazer em ensinar a multidão.

SEXTA Lc 6.19 A multidão queria tocar no Servo.

SÁBADO Jo 6.2 A multidão era testemunha do poder do Servo.

  

HINOS SUGERIDOS - 46, 61, 208

  

MOTIVO DE ORAÇAO - Ore para que consigamos nos destacar entre a multidão dos seguidores do Servo.

  

ESB0Ç0 DA LIÇÃO

1- JESUS e a multidão

1-1- Atento as necessidades da multidão.

1-2- No meio da multidão, mas atento às oportunidades.

1-3- Não permita que a multidão atrapalhe a sua busca por socorro.

2- As multidões que seguiam JESUS

2-1- Multidão dos curiosos.

2-2- Multidão dos desprovidos.

2-3- Multidão dos acusadores.

3- Os três grupos entre a multidão

3-1- Os setenta discípulos que se destacaram entre a multidão.

3.2. Os doze discípulos que se destacaram entre a multidão.

3-3- Os três discípulos que se destacaram entre a multidão.

  

INTRODUÇÃO

Estudaremos nesta lição mais um importante aspecto do ministério terreno de JESUS: lidando com as multidões.

O enfoque será quanto as questões de oportunidade, atenção, discernimento e discipulado, pois o fato de alguém estar entre a multidão que segue a Cristo, não  significa que, automaticamente, e um discípulo de JESUS.

  

1- JESUS e a multidão

É belo dizer que, assim como JESUS se compadeceu da multidão, também nós, na nossa caminhada cristã, somos chamados a termos compaixão do povo [Mc 6.34]. Podemos dizer que JESUS, além de saciar a fome da multidão, de igual modo a saciava com Seus

ensinamentos.

  

1-1- Atento as necessidades da multidão.

O evangelho de Marcos nos faz ver que de todas as partes as pessoas davam um jeito de irem ao encontro de JESUS para ouvi-lo e ficavam satisfeitas com seus atos de compaixão: "Naqueles dias, havendo mui grande multidão e não tendo o que comer, JESUS chamou a si os seus discípulos e disse- -lhes: Tenho compaixão da multidão, porque há ja três dias que estão comigo e não têm o que comer." [Mc 8.1-2].

Aprendemos com JESUS a relevância de estarmos atentos as necessidades das pessoas e nos colocarmos a disposição do Senhor para sermos usados pelo ESPÍRITO SANTO como canais de bençãos. "Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer..." [Mc 8.37]. O Senhor nos chama para participarmos do processo, nos orienta como agir a nos capacita com o poder do ESPÍRITO SANTO.

 

 SUBSÍDIO1

Dewey M. Mulholland

(Marcos: introdução e comentário, Vida Nova, 1999, P. 110): "No futuro, quando JESUS não estiver mais com eles (Seus discípulos), eles poderiam lembrar-se de que JESUS o Pastor daqueles que não têm líder.

Confrontados com a ordem de JESUS para alimentarem a multidão, os discípulos veem apenas a

impossibilidade de executá-la. Um trabalhador diarista teria que trabalhar cerca de um ano para comprar pão para uma multidão como aquela.

Os discípulos enfatizam o que eles não têm.”

 

 1-2- No meio da multidão, mas atento às oportunidades.

Lemos que um pai vendo o seu filho padecer se destacou entre a multidão para pedir socorro ao Servo. Esta postura audaciosa do pai do jovem lunático, se dirigindo a JESUS e apresentando a situação de seu filho, resultou na libertação do menino: "E JESUS, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele e não entres mais nele." [Mc 9.25]. Conforme observado, aprendemos que as disputas e discussões no meio da multidão ou as frustrações não podem nos impedir ou nos desanimar de ir a CRISTO e falar com Ele sobre nosso sofrimento e nossa necessidade [Mc 9.14-24].

 

 SUBSÍDIO2

Orlando Boyer (Marcos: O Evangelho do Servo do Senhor, Livros Evangélicos, p. 124) comenta este texto de Marcos em conexão com Lucas 9.38: "No original, clamando em muito alta voz, como JESUS ao morrer na cruz [Mc 15.37]. Note-se a angustiosa lista de sofrimentos de seu filho (...) Felizes são os filhos de pais que recorrem a CRISTO em oração, como fez o pai do menino possesso de um espírito mudo (...) Se te sentes desanimado, por causa do fracasso dos crentes, experimenta a CRISTO mesmo. Nao desconfies de CRISTO somente porque falta poder aos filhos professos de DEUS."

  

1-3- Não permita que a multidão atrapalhe a sua busca por socorro.

Marcos relata haver uma mulher que padecia de uma hemorragia visivelmente incurável ao homem e que vagarosamente destruía sua vida [Mc 5.26]. Essa enfermidade fazia com que essa mulher se abatesse, pois sua dor consumia suas forças dia após dia, além de suas muitas decepções com os médicos e a pobreza que lhe incidiu por haver gastado tudo. Conforme observado, sendo sabedora que JESUS passaria por ali, ela enxergou um fio de esperança em seu coração: "Ouvindo falar de JESUS, veio por detrás, entre a multidão, e tocou no seu vestido:' [Mc 5.27]. A respeito dessa atitude vemos que, sabedora que não lhe restava outro recurso, ela recorreu ao Servo, indo entre a multidão e encontrou cura, alívio, paz e salvação [Mc 5.28-29].

 

 SUBSÍDIO3

Craig S. Keener (Comentário Histórico-cultural da Bíblia - Novo Testamento, Vida Nova, 2017, p. 236): "De acordo com a Lei, tal doença a tornava constantemente impura [Lv 15.19-33] - além do problema físico, havia o problema social. Se a mulher tocasse em alguém ou mesmo nas vestes de uma pessoa, quem fosse tocado ficaria cerimonialmente impuro pelo restante do dia [Lv 15.26-27]. Assim, ela não deveria sequer estar no meio dessa multidão apertada. (...) Para que ninguém pense que a cura ocorreu por meio de uma magia paga comum, operando sem o conhecimento de JESUS, ele declara que a cura aconteceu em resposta a "fé" [Lc 8.48]:”

  

2- As multidões que seguiam JESUS

Descortinando os fragmentos da história, veremos no presente tópico três tipos de pessoas, dentre outras, que faziam parte da multidão: a multidão dos curiosos [Mc 1.27], a multidão dos desprovidos [Mc 6.34] e a multidão dos acusadores [Mc 15.11]. Nesse ponto cabe uma interrogação: estamos trafegando em alguma destas multidões?

 

 2-1- Multidão dos curiosos.

O que é verdadeiramente surpreendente e que nos dias de JESUS muitos só ambicionavam estar entre a multidão para constatarem os milagres dos outros, mas nao queriam compromisso com o Filho de DEUS: "E todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que e isto? Que nova doutrina é esta? Pois, com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!" [Mc 1.27]. O texto aponta que os curiosos entre a multidão se admiravam com a Sua maneira de ensinar, da Sua doutrina e Seu poder para expulsar os demônios [Mc 1.21-28]. Marcos coloca a questão de tal maneira que nos confronta a deixarmos de ser conduzidos pela curiosidade para podermos receber algo novo da parte de DEUS e crer e conhecer JESUS como o Servo enviado de DEUS para remir a humanidade de seus pecados.

  

SUBSÍDIO4

Um grupo de curiosos seguia JESUS entre a multidão porque via os sinais que Ele operava sobre os enfermos: "E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos." [Jo 6.2]. Esses curiosos enchiam as portas das casas onde JESUS ia realizar algum milagre para verem se JESUS realizava mesmo milagres ou se Ele era um falso profeta iludindo o povo. [Mc 5.38-39]. Gostaríamos de mencionar que normalmente todo curioso e mexeriqueiro e, pelo que podemos ver, estes curiosos gostavam de assistir os embates entre JESUS e os falsos religiosos: "E, quando se aproximou dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão e alguns escribas que disputavam com eles." [Mc 9.14].

 

 2-2- Multidão dos desprovidos.

Marcos escreve em seu evangelho que, onde JESUS passava, atraia uma multidão. Ele relata que, quando JESUS foi para casa, uma multidão se ajuntou a eles, a era tanta gente que JESUS e os discípulos nao tinham tempo nem para comer [Mc 3.20]. Afigura-se que essas pessoas viajavam de vários lugares, sendo pessoas de classes sociais distintas, em busca que o Servo apresentasse uma solução para seus problemas e respostas para as suas dores a ansiedades. Marcos descreve que JESUS teve compaixão, pois via que aquelas pessoas eram como ovelhas sem pastor [Mc 6.34].

  

SUBSÍDIO5

Para compreendermos o relacionamento do Servo com os carentes do Seu tempo, temos que nos lembrar de que Ele nunca se preocupou com a condição social de quem se aproximava dEle. O Servo, por Sua maneira de pensar e de interpretar a vida, ia em socorro dos mais humildes, o que lhe acarretou numerosas

perseguições e afrontas e, no final, a própria

crucificação.

  

2-3- Multidão dos acusadores.

Por entre as páginas das Escrituras Sagradas, no evangelho de Marcos podemos presenciar que muitos entre a multidão estavam ali sem um objetivo definido. Não por acaso, sendo inimigos declarados de JESUS, os principais dos sacerdotes viram neste grupo a oportunidade de matá-lo: "Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás." [Mc 15.11]. Convém observar que, sendo muito zelosos para levar o plano que haviam idealizado para a morte de Cristo, estes se valeram da multidão, instigando-a para gritar pela absolvição de Barrabás, mesmo sendo este um criminoso perigoso a ultrajante.

  

SUBSÍDIO6

Bispo Samuel Ferreira: "Segundo as leis romanas, Pilatos nao viu qualquer coisa para que JESUS merecesse tal condenação [Lc 23.4]. Ao recebe-lo de volta da parte de Herodes, tentou livrá-lo da condenação, dizendo: "Eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho nesse homem" Porém, a multidão gritava: "Crucifica-o! Crucifica-o!" Como era costume soltar um preso, Pilatos fê-los decidir entre Barrabás a JESUS. A multidão escolheu soltar Barrabás:”

 

 3- Os três grupos entre a multidão

Os evangelhos, em um panorama geral, identificam alguns grupos de discípulos de JESUS entre a multidão que O seguia. Assistimos nas Sagradas Escrituras que muitas pessoas tiveram contato com Ele, entretanto, devemos nos aperceber que estes três grupos conseguiram se distinguir entre os demais.

  

3-1- Os setenta discípulos que se destacaram entre a multidão.

É significativo notar que, dentre aquela multidão que seguia a JESUS, Ele separou setenta homens para irem, a cada dois, anunciar o Evangelho do Reino: "E, depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta a mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares onde ele havia de ir:' [Lc 10.1]. Estamos diante de um texto que nos mostra que JESUS escolhe setenta discípulos e os envia a cada dois a todas as cidades a lugares onde Ele havia de viajar posteriormente.

  

SUBSÍDIO7

Comentário Bíblico Beacon: "O número setenta parecia ter um significado especial entre os judeus. Havia setenta anciãos designados por Moisés, setenta membros do Sinédrio (setenta a um, incluído o presidente ou nasi) e, de acordo com a lenda judaica, os setenta povos ou nações da Terra, além dos judeus.  O simples fato de que JESUS tinha estes muitos discípulos dignos de confiança é significativo. Muitas vezes nos esquecemos de que Ele tinha muitos seguidores leais. Mandou-os ... de dois em dois. Para ajuda mútua e encorajamento. A todos as cidades e lugares aonde havia de ir. Estes deveriam preparar a visita dEle a essas cidades. Neste momento, os doze apóstolos estavam com Ele; os setenta foram adiante a sua face.”

  

3-2- Os doze discípulos que se destacaram entre a multidão.

Quanto ao grupo dos setenta, nós nem sabemos quem eram. Entretanto, os membros deste grupo dos doze, JESUS os chama pelo nome: "Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos do trovão; André, e Filipe, e Bartolomeu, e Mateus, e Tomé, e Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, e Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, o que o entregou" [Mc 3.16- 19]. O Senhor se afastou da multidão, foi ao monte e "chamou para si': Notemos os propósitos: eles devem estar com Ele e foram chamados para serem enviados [Mc 3.13-14].

  

SUBSÍDIO8

Charles R. Swindoll: "Grandes multidões se reuniam para ouvir os ensinamentos de JESUS e ter suas enfermidades curadas por Ele. A partir daquela multidão de discípulos, Ele escolheu doze para formarem um círculo mais próximo de pupilos, homens que Ele prepararia para se tornarem os primeiros líderes do novo reino. Quando JESUS os chamou para segui-lo, eles deixaram tudo para trás."

  

3-3- Os três discípulos que se destacaram entre a multidão.

Dentre os doze discípulos que JESUS separou para estar mais próximo a Ele, três se destacaram. Podemos visualizar no evangelho de Marcos que em três momentos somente Pedro, Tiago e João estiveram ao Seu lado:

1) na ressurreição da filha de Jairo [Mc 5.37];

2) no momento da transfiguração de JESUS[Mc 9.2];

3) na noite em que foi traído e preso, tão somente Pedro, Tiago e João seguiram JESUS a um ambiente um pouco mais particular no jardim [Mc 14.33].

  

SUBSÍDIO8

Myer Pearlman (Marcos - O Evangelho do Servo de Jeová, CPAD, 1995, p. 106): "Os três discípulos faziam parte do "círculo íntimo" de JESUS. Apesar de o Senhor nao ter favoritos, temos de convir: há aqueles que mantêm uma comunhão mais estreita com Ele.

Os tais desfrutam do privilégio de participar de seus sofrimentos, e compartilhar de sua glória:'

  

CONCLUSÃO

JESUS estava sempre atento aos necessitados a carentes, mesmo entre a multidão.

Assim, vimos que Nosso Senhor JESUS lidou as

multidões com compaixão, mas também com

discernimento, pois muitos que o seguiam nao tinham o propósito de serem Seus discípulos.