Escrita Lição 6, O Avivamento No Ministério De Pedro, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 6, O Avivamento No Ministério De Pedro

  

 
TEXTO ÁUREO
“Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.”  (At 2.14)
 

VERDADE PRÁTICA
A vida de um crente pode ser comparada entre o antes e o depois de um avivamento.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 26.41 Vigilância e oração, pois a carne é fraca
Terça - Mt 6.9-13 Modelo de oração ensinado por JESUS
Quarta - At 10.45,46 Línguas e magnificação a DEUS no ESPÍRITO
Quinta - At 19.1-6 Batismo no ESPÍRITO SANTO e imposição de mãos
Sexta - 1 Co 13.1 O falar em línguas e a prática do amor
Sábado - 1 Co 14.39 Não deve haver proibição para o falar em línguas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.14-24
14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.
16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
17 - E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;
18 - e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão;
19 - e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.
20 - O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor;
21 - e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
22 - Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
23 - a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de DEUS, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;
24 - ao qual DEUS ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.


HINOS SUGERIDOS: 24, 249, 470 da Harpa Cristã


PALAVRA-CHAVE - Ministério
 
 
Resumo da Lição 6, O Avivamento No Ministério De Pedro
I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES
1. As duas atitudes de Pedro.
2. Pedro nega JESUS três vezes.
II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES
1. Pedro batizado no ESPÍRITO SANTO.
2. Pedro e a cura do coxo.
3. Pedro avivado em outras ocasiões.
III – A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES
1. A Igreja atual e o Pentecostes.
2. Tempos de multiplicação da iniquidade.
3. A Igreja será arrebatada.
 
 
 
PEDRO πετρος Petros
Pedro = “uma rocha ou uma pedra”
um dos doze discípulos de JESUS
 
 

 

Vejamos alguns fatos importantes na vida de Pedro:

1- Pedro encontro com JESUS: João 1.35-42

 No seu primeiro encontro com JESUS, Simão foi chamado de Cefas (aramaico) ou Pedro (grego) que significa rocha.

2- Chamado ministerial de Pedro: Lucas 5.1-11

Depois de uma pescaria frustrada, JESUS operou o milagre da pesca maravilhosa e Pedro se prostrou diante de CRISTO o reconhecendo como Senhor.

3- Pedro vacila sobre o mar: Mateus 14.22.32

Quando JESUS anda sobre as águas, Pedro primeiro demonstra fé ao pedir para andar também, mas depois teve medo e duvidou.

4- Pedro confessa que deseja continuar seguido a JESUS: João 6.66-69

Após o sermão de JESUS, quando muitos o deixavam, Pedro declarou que queria seguir a CRISTO como único caminho.

5- Perdro confessa e nega em seguida: Mateus 16.13-23

JESUS pergunta quem os discípulos pensam Dele e Pedro confessa que é o Filho de DEUS, mas depois é usado pelo inimigo para intentar JESUS a não enfrentar a cruz.

6- Pedro se alegra no momento da transfiguração: Marcos 9.2-10

Quando JESUS foi transfigurado Pedro ficou tão feliz que nem queria ir embora e propôs fazer tendas para ficar no monte.

7- Pedro indeciso e arrogante no Lavapés: João 13.4-9

JESUS foi lavar os pés dos discípulos e Pedro não queria deixar, mas JESUS lhe constrangeu a isso.

8- Timidez de Pedro na Santa Ceia: João 13.21-26

Quando JESUS disse que haveria um traidor, Pedro teve vergonha de perguntar quem seria.

9- Pedro afirma que morreria por CRISTO: João 13.36-38

Pedro prometeu que nunca abandonaria JESUS e que até morreria junto com CRISTO.

10- Pedro é avisado de que negaria JESUS: Marcos 14.29-31

JESUS avisou Pedro que negaria sua fé e mesmo assim ele resistiu e não reconheceu sua fraqueza.

11- Pedro dorme no Getsêmani: Mateus 26.40

JESUS chama os discípulos para orar, mas eles dormem.

12- Corta a orelha do soldado Malco: João 18.7-11

No Getsêmani Pedro tenta defender JESUS cortando a orelha de um soldado.

13- Pedro segue JESUS, mas de longe: Marcos 14.54

Depois que JESUS foi preso, Pedro foi seguindo JESUS de longe com medo de ser reconhecido.

14- Pedro nega JESUS três vezes e fica triste: Marcos 14.66-72

Assim como foi profetizado, negou a JESUS três vezes e o galo cantou.

15- Pedro confessa triplamente a JESUS: João 21.15-17

JESUS lhe deu a oportunidade de confessar três vezes que o ama.

16- Pedro recebe o ESPÍRITO SANTO e faz sua pregação no Pentecostes: Atos 2.14-19

No pentecostes Pedro se mostra um homem determinado e cheio do poder de DEUS.

17- Afirma ser a Pedra que JESUS lhe disse que seria: I Pedro 2.4-10

Pedro declara que somos as “pedras vivas” na Igreja de CRISTO.

Seja constante!

CONCLUSÃO

Me arrisco a dizer que Pedro foi o discípulo que mais CONFESSOU a JESUS. Em muitas situações fez declarações lindas de fé. E no momento da prisão de JESUS ele negou, mas os outros discípulos fugiram de tal maneira que não se tem registro do que fizeram ou falaram. Certamente eles também negaram. Mas Pedro teve a nobreza de contar o que fez e confessar seu pecado testemunhando sua conversão.

 https://www.esbocosermao.com/2011/01/estudo-altos-e-baixos-na-vida-do.html

 
 
Mt 14.37 VIGIAR UMA HORA. Pedro e os demais apóstolos negligenciaram a única coisa que poderia livrá-los do fracasso na hora da provação (v. 50): vigilância constante e oração.
Nossa vida cristã fracassará com certeza se não orarmos (ver At 10.9).
 
Mt 14.71 IMPRECAR E A JURAR. Pedro afirmou com juramento aquilo que estava dizendo, e invocou contra si mesmo a maldição divina, caso suas declarações fossem falsas.
 
Lc 9.29 TRANSFIGUROU-SE. Na sua transfiguração, JESUS foi transformado na presença de três discípulos, que viram a sua glória celestial, conforme Ele realmente era: DEUS em corpo humano. A experiência da transfiguração foi: (1) um alento para JESUS ante a sua iminente morte de cruz (cf. Mt 16.21); (2) um comunicado aos discípulos de que JESUS teria de sofrer na cruz (v.31); e (3) uma confirmação, por DEUS, que JESUS era verdadeiramente seu Filho, todo suficiente para redimir a raça humana (v.35). Ali estava Pedro.
 
 
Pedro acompanhou tudo sobre a prisão e julgamento de JESUS
26.57 PRENDERAM JESUS. Um estudo dos acontecimentos que vão da prisão de CRISTO à sua crucificação é de grande proveito. A ordem dos eventos é a seguinte: (1) a prisão (Mt 26.47-56, Mc 14.43-52; Lc 22.47-53; Jo 18.2-12); (2) o julgamento religioso perante Anás (Jo 18.12-14, 19-24) e perante Caifás (Mt 26.57,59-68; Mc 14.53, 55-65; Lc 22.54, 63-65; Jo 18.24); (3) a negação de Pedro (26.58, 69-75; Mc 14.54, 67-72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18, 25-27); (4) a condenação pelo sinédrio (27.1; Mc 15.1; Lc 22.66-71); (5) o suicídio de Judas (27.3-10); (6) o julgamento civil perante Pilatos (27.2, 11-14; Mc 15.2-5; Lc 23.1-5; Jo 18.28 38); (7) o julgamento perante Herodes (Lc 23.27-30), que o devolveu a Pilatos (27.11-26; Mc 15.6-15; Lc 23.11-25; Jo 18.28 19.1, 4-16); (8) o escárnio no palácio do governador (27.27-30; Mc 15.16-19; Jo 19.2,3), depois disso Ele foi açoitado e a seguir conduzido para ser crucificado (27.31); (9) a caminhada até o Gólgota (27.32-34; Mc 15.20-23; Lc 23.26-33; (10) a crucificação (27.35).
 
 
Lc 22.62 PEDRO... CHOROU AMARGAMENTE. Foi por fraqueza, e não por iniqüidade, que Pedro negou o Senhor, pois nunca cessara de amar seu Mestre e de crer nEle. Pedro estava espiritualmente fraco e incapaz de resistir uma grande tentação, porque ele, assim como os demais discípulos, ainda não tinham recebido o ESPÍRITO SANTO com sua graça regeneradora no sentido pleno do Novo Concerto. Foi somente no dia da ressurreição que receberam a presença do ESPÍRITO SANTO para habitar neles (ver Mc 14.50).
 
 
PEDRO sem entender
Jo 13.5 LAVAR OS PÉS DOS DISCÍPULOS. O ato comovente de JESUS haver lavado os pés dos discípulos teve lugar na última noite da sua vida terrena. Ele assim fez (1) para demonstrar a seus discípulos quanto os amava; (2) para prefigurar o sacrifício de si mesmo na cruz; e (3) para comunicar a seus discípulos a verdade de que Ele os estava chamando para servirem uns aos outros em humildade. A ânsia de grandeza tinha sempre in-quietado os discípulos (Mt 18.1-8; 20.20-27; Mc 9.33-37; Lc 9.46-48). CRISTO queria que eles percebessem que o desejo de ser o primeiro ? ser maior e receber mais honra que outros crentes ? é contrário ao espírito do seu Senhor (ver Lc 22.24-30 nota; Jo 13.12-17, 1 Pe 5.5).
13.8 SE EU TE NÃO LAVAR. Estas palavras falam da purificação espiritual do pecado mediante a cruz! Sem tal purificação ninguém pode pertencer a CRISTO (1 Jo 1.7)
 
 
Pedro voltando a velha profissão - fuga
Jo 21.3 VOU PESCAR. O plano dos discípulos de irem pescar não significa que estavam abandonando sua dedicação a CRISTO e a sua vocação de pregar o evangelho. Sabiam que JESUS ressuscitara da sepultura, mas não sabiam o que fazer naquele momento específico. Ainda não tinham recebido a ordem de esperar em Jerusalém até que o ESPÍRITO SANTO viesse sobre eles com grande poder (At 1.4,5). Pescar era uma necessidade, pois esses homens ainda precisavam ganhar o sustento para eles e as suas famílias.
21.6 LANÇAI A REDE À DIREITA DO BARCO. É essencial recebermos orientação do Senhor em todo o nosso trabalho. Sem a presença de CRISTO e sem sua mão orientadora, aquilo que fazemos torna-se um fracasso total e um esforço inútil.
21.7 CINGIU-SE COM A TÚNICA. Trata-se de uma roupa externa. A expressão "estava nu", neste versículo, significa "em trajes menores", i.e., uma espécie de tanga ou túnica leve, sem mangas.
21.15 AMAS-ME? A pergunta mais importante que Pedro já teve de responder foi se ele tinha amor devotado ao seu Senhor. (1) Aqui, "amor" traduz duas palavras diferentes em grego. A primeira, agapao, significa o amor inteligente e com propósito; sobretudo, da mente e da vontade. A segunda, phileo, envolve a afeição calorosa e natural das emoções e, portanto, um amor mais pessoal e afetivo. Com o emprego dessas duas palavras, JESUS indica que o amor de Pedro não deve ser somente da vontade, mas também do coração; amor este que brota tanto da determinação, quanto do afeto pessoal. (2) A pergunta que JESUS dirigiu a Pedro é a sua grande pergunta para todos os crentes. Todos nós devemos ter amor e devoção pessoal e de coração a JESUS (João 14.15; 16.27; Mt 10.37; Lc 7.47; 1 Co 16.22; 2 Co 5.14; Gl 5.6; Ef 6.24; Tg 1.12; 1 Pe 1.8; Ap 2.4).
21.16 APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. A descrição que JESUS faz dos crentes, como cordeiros (v. 15) e ovelhas (v. 16), subentende três coisas: (1) Precisamos de cuidados pastorais contínuos. (2) Precisamos alimentar-nos constantemente da Palavra. (3) Posto que as ovelhas tendem a desgarrar-se para o perigo, precisamos de orientação, proteção e correção, repetidamente.
21.17 AMAS-ME?... APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. JESUS considera o nosso amor por Ele como a qualificação básica para o serviço cristão. Outras qualificações são necessárias (1 Tm 3.1-13), mas o amor a CRISTO e ao próximo é indispensável (cf. 1 Co 13.1-3).
21.18 ESTENDERÁS AS MÃOS. Estas palavras referem-se ao tipo de morte com que Pedro glorificaria a DEUS. Segundo a tradição, Pedro foi crucificado em Roma, no reinado de Nero, aproximadamente na mesma data do martírio de Paulo (cerca de 67/68 d.C.), e que, mediante seu próprio pedido, foi crucificado de cabeça para baixo, porque se considerava indigno de ser crucificado da mesma maneira que seu Senhor.
 
 
Pedro e o discurso para 3 mil almas
Atos 2.14-40 O DISCURSO DE PEDRO NO DIA DE PENTECOSTE. O discurso de Pedro no dia de Pentecoste, juntamente com sua mensagem em At 3.12-26, contém um padrão para a proclamação do evangelho. (1) JESUS é o Senhor e CRISTO crucificado, ressurreto e exaltado (vv. 22-36; At 3.13-15). (2) Estando agora à destra do Pai, JESUS CRISTO recebeu autoridade para derramar o ESPÍRITO SANTO sobre todos os crentes (vv. 16-18,32,33; 3.19). (3) Todos devem colocar sua fé em JESUS como Senhor, arrepender-se dos seus pecados e ser batizados, demonstrando o perdão dos pecados (vv. 36-38; 3.19). (4) Os crentes devem esperar o prometido dom do ESPÍRITO SANTO, ou o batismo nEle, uma vez tendo crido e se arrependido (vv. 38,39). (5) Aqueles que atenderem com fé, devem separar-se do mundo e salvar-se dessa geração perversa (v. 40; 3.26). (6) JESUS CRISTO voltará para restaurar completamente o reino de DEUS (3.20,21).
2.16 DITO PELO PROFETA JOEL. O batismo no ESPÍRITO SANTO e as manifestações espirituais acompanhantes são cumprimentos de Jl 2.28,29. Joel, no século VIII a.C., profetizou um grande derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre todo o povo de DEUS (ver Jl 2.28,29 notas).
2.17 NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo (cf. Is 2.2-21; 3.18 -46; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o derramamento inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a segunda vinda do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período específico é caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de DEUS. (a) Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 12.28). (b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de CRISTO, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe 1.3-5; Ap 19). (c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar a obra salvífica de CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o dia final da ira (Rm 2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b). Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de CRISTO para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos dias introduzem o reino de DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc 11.20). Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal (2 Co 10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe 1.6,7)
2.17 VOSSOS FILHOS E AS VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO. Aqui o falar noutras línguas (vv. 4,11) está relacionado à profecia (vv. 17,18). Deste modo, falar em línguas é uma forma de profetizar. O significado básico aqui, de profecia, é o uso da nossa voz para o serviço e a glória de DEUS sob o impulso direto do ESPÍRITO SANTO. No livro de Atos: (1) os 120 todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem (2.4); (2) o ESPÍRITO SANTO desceu sobre Cornélio e sua casa. Todos, entre eles Pedro, os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS (At 10.44-47); e (3) os discípulos em Éfeso, quando veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam (At 19.6).
2.18 MEUS SERVOS E MINHAS SERVAS. Segundo a profecia de Joel, citada por Pedro, o batismo no ESPÍRITO SANTO é para aqueles que já pertencem ao reino de DEUS, i.e., servos de DEUS, ou crentes; tanto homens como mulheres salvos, regenerados, pertencentes a DEUS.
2.18 NAQUELES DIAS. Pedro, citando Joel, diz que DEUS derramará seu ESPÍRITO naqueles dias . O derramamento do ESPÍRITO SANTO e os sinais sobrenaturais que o acompanham, não podem ser limitados unicamente ao dia de Pentecoste. O poder e a bênção do ESPÍRITO SANTO são para todo cristão receber e experimentar, no decurso de toda a era da igreja, que é a totalidade do período de tempo entre a primeira e segunda vinda de CRISTO (Ap 19.20; ver At 2.39 nota).
2.33 PELA DESTRA DE DEUS. O derramamento do ESPÍRITO SANTO por JESUS comprova que Ele é de fato o Messias exaltado e que agora está à destra de DEUS, intercedendo pelos seus representantes na terra (Hb 7.25). (1) Desde o batismo de JESUS até o dia de Pentecoste, o ESPÍRITO estava sobre o CRISTO (i.e., o Ungido de DEUS; cf. Lc 3.21,22; 4.1,14,18,19). Estando JESUS agora à direita de DEUS, vive para derramar o mesmo ESPÍRITO sobre aqueles que nEle crêem. (2) Ao derramar o ESPÍRITO, a intenção de JESUS é que o Consolador transmita sua presença aos crentes e lhes conceda poder para continuarem a fazer tudo aquilo que Ele mesmo fazia enquanto estava na terra
2.38 ARREPENDEI-VOS, E CADA UM DE VÓS SEJA BATIZADO. O arrependimento, o perdão dos pecados e o batismo são condições prévias para o recebimento do dom do ESPÍRITO SANTO. Mesmo assim, o batismo em água antes do recebimento da promessa do Pai (cf. At 1.4,8) não deve ser tido como condição prévia absoluta para a plenitude do ESPÍRITO SANTO; assim como o batismo no ESPÍRITO não é uma conseqüência automática do batismo em água. (1) Na situação em apreço, Pedro exigiu o batismo em água antes do recebimento da promessa, porque na mente dos seus ouvintes judaicos, o rito do batismo era pressuposto como parte de qualquer decisão de conversão. O batismo em água, contudo, não precedeu o batismo no ESPÍRITO nas ocasiões registradas em At 9.17,18 (o apóstolo Paulo) e 10.44-48 (os da casa de Cornélio). (2) Cada crente, depois de se arrepender dos seus pecados e de aceitar JESUS CRISTO pela fé, deve receber (At 2.38; cf. Gl 3.14) o batismo pessoal no ESPÍRITO. Vemos no livro de Atos o dom do ESPÍRITO SANTO sendo conscientemente desejado, buscado e recebido (At 1.4,14; 4.31; 8.14-17; 19.2-6); a única exceção possível à regra, no NT, foi o caso de Cornélio (At 10.44-48). Daí, o batismo no ESPÍRITO não deve ser considerado um dom automaticamente concedido ao crente em CRISTO.
2.39 A VÓS, A VOSSOS FILHOS E A TODOS. A promessa do batismo no ESPÍRITO SANTO não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste (v.4), mas também para todos os que cressem em CRISTO durante toda esta era: a vós os ouvintes de Pedro; a vossos filhos à geração seguinte; à todos os que estão longe à terceira geração e às subseqüentes. (1) O batismo no ESPÍRITO SANTO com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja. Não cessou com o Pentecoste (cf. v. 38; At 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6), nem com o fim da era apostólica. (2) É o direito mediante o novo nascimento de todo cristão buscar, esperar e experimentar o mesmo batismo no ESPÍRITO que foi prometido e concedido aos cristãos do NT (1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49).
 
 
Pedro imitando JESUS
Atos 3.6 EM NOME DE JESUS...ANDA. A cura do mendigo coxo foi realizada pelo poder de CRISTO operando através dos apóstolos. JESUS disse aos seus seguidores no tocante àqueles que viriam a crer nEle: Em meu nome...imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão (Mc 16.17,18). A igreja continuou o ministério de cura que JESUS exercera, em obediência à sua vontade. O milagre aqui foi realizado mediante a fé em nome de JESUS CRISTO (v. 6) e o dom de curar, operando através de Pedro (ver 1 Co 12.1,9). Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas que daria ao mendigo coxo algo muito mais valioso. As igrejas que desfrutam de prosperidade material devem meditar nestas palavras de Pedro. Muitas igrejas dos nossos dias já não podem dizer: Não tenho prata nem ouro, mas também não tem condição de dizer: Em nome de JESUS CRISTO, o Nazareno , levanta-te e anda .
3.19 ARREPENDEI-VOS, POIS, E CONVERTEI-VOS. DEUS determinou que abençoará o seu povo com o derramamento do ESPÍRITO SANTO sob as condições prévias de arrependimento, i.e., de se desviarem do pecado e da geração perversa ao seu redor, e se converterem: voltar-se para DEUS, ouvir tudo quanto CRISTO, o Profeta, lhes diz (vv. 22,23), e sempre progredir na obediência sincera a CRISTO (cf. At 2.38-41; 5.29-32).
3.19 TEMPOS DO REFRIGÉRIO. No decurso de toda a presente era, e até à volta de CRISTO, DEUS enviará tempos do refrigério (i.e., o derramamento do ESPÍRITO SANTO) a todos aqueles que se arrependerem e se converterem. Embora tempos perigosos venham perto do fim desta era, acompanhada da apostasia da fé (2 Tm 3.1; 2 Ts 2.3), DEUS ainda promete enviar reavivamento e tempos de refrigério aos fiéis. A presença de CRISTO, a bênção espiritual, milagres e derramamento do ESPÍRITO SANTO virão sobre os remanescentes que fielmente o buscarem e vencerem o mundo, a carne e o domínio de Satanás (cf. At 26.18).
3.21 TEMPOS DA RESTAURAÇÃO. Os tempos da restauração de tudo é uma referência ao tempo da volta de CRISTO para debelar a iniquidade e estabelecer o reino de DEUS na terra, livre de todo o pecado. No fim, todas as coisas cuja restauração foi prometida no AT serão restauradas (cf. Zc 12; 13; 14; Lc 1.32,33). CRISTO redimirá ou renovará, a totalidade da Natureza (Rm 8.18-23) e reinará pessoalmente na terra (ver Ap 20; 21). Note que não serão os seres humanos da terra, mas CRISTO, com os seus exércitos celestiais, que realizará o triunfo de DEUS e do seu reino (Ap 19.11 21).
3.22 UM PROFETA. A predição de Moisés em Dt 18.17,18: Então o SENHOR me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu... , foi uma profecia a respeito de JESUS CRISTO. De que maneira foi JESUS semelhante a Moisés? (1) Moisés foi ungido pelo ESPÍRITO (Nm 11.17); o ESPÍRITO do Senhor estava sobre JESUS na pregação do evangelho (Lc 4.18,19). (2) DEUS usou Moisés para introduzir a antiga aliança; JESUS introduziu a nova aliança. (3) Moisés conduziu Israel, tirando-o do Egito para o Sinai, e estabeleceu o pacto de seu relacionamento com DEUS; CRISTO redimiu seu povo do pecado e da escravidão de Satanás, e estabeleceu um novo e vivo pacto com DEUS, por meio do qual seu povo pudesse entrar na sua própria presença. (4) Moisés, nas leis do AT, referiu-se ao sacrifício de cordeiros para prover em figura a redenção; o próprio CRISTO tornou-se o Cordeiro de DEUS para prover salvação a todos quantos o aceitarem. (5) Moisés conduziu o povo à lei, mostrando-lhe a sua obrigação em cumprir seus estatutos para ter a bênção divina; CRISTO chamava o povo a si mesmo e ao ESPÍRITO SANTO, como a maneira de DEUS cumprir a sua vontade, e dos fiéis receberem a bênção divina e a vida eterna.
3.26 DESVIASSE, A CADA UM, DAS VOSSAS MALDADES. Pedro volta a enfatizar que crer em CRISTO e receber o ESPÍRITO SANTO depende de renunciarmos ao pecado e separar-nos da iniqüidade (ver At 2.38,40 notas; At 3.19 nota; At 8.21 nota). Na mensagem apostólica original, toda bênção prometida requeria santidade.
 
 
Testemunho de Pedro
4.8 PEDRO, CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. Pedro continua no enchimento do ESPÍRITO SANTO que lhe traz repentina inspiração, sabedoria e ousadia para que proclamasse a verdade de DEUS. É teologicamente relevante que a plenitude do ESPÍRITO não foi uma experiência ocorrida uma única vez, mas, sim, rconstante. Este fato é um cumprimento da promessa de JESUS em Lc 12.11,12; outras ocorrências de novo enchimento do ESPÍRITO acham-se em At 7.55 e At 13.9.
4.12 EM NENHUM OUTRO HÁ SALVAÇÃO. Os discípulos tinham convicção de que a maior necessidade de cada indivíduo era a salvação do pecado e da ira de DEUS, e pregavam que esta necessidade não poderia ser satisfeita por nenhum outro, senão JESUS CRISTO. Isto revela a natureza exclusiva do evangelho e coloca sobre a igreja a pesada responsabilidade de pregar o evangelho a todas as pessoas. Se houvesse outros meios de salvação, a igreja poderia ficar despreocupada. Mas, segundo o próprio CRISTO (Jo 14.6), não há esperança para ninguém, fora da salvação em CRISTO (cf. 10.43; 1 Tm 2.5,6). Este é o fundamento do imperativo missionário.
4.20 NÃO PODEMOS DEIXAR DE FALAR. O ESPÍRITO SANTO criou nos apóstolos um desejo irreprimível de proclamar o evangelho. Por todo o livro de Atos, o ESPÍRITO impeliu os crentes a levar o evangelho aos outros (At 1.8; 2.14-41; 3.12-26; 8.25,35; 9.15; 10.44-48; 13.1-4).
4.29 CONCEDE AOS TEUS SERVOS ... OUSADIA. Os discípulos precisavam de renovação em sua coragem para testemunhar e falar de CRISTO. Durante a vida cristã, nós também precisamos nos aproximar de DEUS em oração a fim de vencer o medo de passar vergonha, rejeição, críticas, ou perseguição. A graça de DEUS, através da renovação do ESPÍRITO SANTO, ajudar-nos-á a falar com ousadia a respeito de JESUS (cf. Mt 10.32).
4.30 CURAR... SINAIS E PRODÍGIOS. Pregação e milagres devem andar juntos (At 3.1-10; 4.8-22,29-33; 5.12-16; 6.7,8; 8.6ss.; At 15.12; 20.7ss). Milagres são sinais acompanhantes mediante os quais CRISTO confirma a palavra de suas testemunhas (At 14.3; cf. Mc 16.20 ). (1) Sinais geralmente se refere a atos miraculosos realizados para demonstrar a existência do poder divino de advertir ou encorajar a fé. (2) Prodígios se refere a eventos extraordinários que causam pasmo ao espectador. Note neste versículo a igreja orando pela realização de curas, sinais e maravilhas. A igreja dos nossos dias precisa interceder ferventemente em oração para DEUS confirmar o evangelho com grande poder, milagres e graça abundante (v. 33). Somente quando o evangelho é proclamado com poder, como declara o NT, é que o mundo perdido pode ser ganho para CRISTO.
4.31 TODOS FORAM CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Várias verdades importantes destacam-se aqui. (1) A expressão batizados com ESPÍRITO SANTO (ver At 1.5) descreve a obra de consagração do ESPÍRITO SANTO capacitando inicialmente o crente com poder divino para testemunhar. Os termos cheios , revestido e com autoridade descrevem essa sua capacitação para trabalhar (At 2.4; 4.8,31; 9.17; 13.9,52). Conforme a necessidade, o enchimento do ESPÍRITO pode ser renovado. (2) As expressões do meu ESPÍRITO derramarei (At 2.17,18; 10.45), veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO (At 19.6), retratam de modo diferente a ocasião em que os crentes são cheios do ESPÍRITO SANTO (At 2.4; 4.31; 9.17). (3) Todos os crentes, inclusive os apóstolos anteriormente cheios (At 2.4), foram novamente cheios a fim de enfrentarem a oposição contínua dos judeus (v. 29). Novos enchimentos com o ESPÍRITO SANTO fazem parte da vontade e provisão de DEUS para todos os que receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. At 4.8 nota; At 13.52). Devemos esperá-los e buscá-los. (4) Aqui, o ESPÍRITO visita uma congregação inteira. Logo, para que seja cumprida a vontade de DEUS quanto a igreja, não somente indivíduos devem ser cheios do ESPÍRITO (4.8; 9.17; 13.9), mas também congregações inteiras (At 2.4; 4.31) devem experimentar visitações repetidas do ESPÍRITO SANTO face às necessidades e desafios especiais. (5) A atuação de DEUS sobre toda a congregação, com um novo enchimento do ESPÍRITO SANTO, resulta em ousadia e poder no testemunho dos crentes, em amor uns pelos outros e no recebimento de graça abundante sobre todos (vv. 31-33).
4.31 ANUNCIAVAM COM OUSADIA A PALAVRA DE DEUS O poder interior do ESPÍRITO e a realidade da presença de DEUS que vêm da plenitude do ESPÍRITO libertam o crente do medo doutras pessoas e aumenta grandemente a sua coragem e motivação para falar de DEUS
4.33 COM GRANDE PODER. Era poder divino manifesto no mais alto grau que operava nos apóstolos. O grego diz aqui mega dunamis. Grande poder é a característica distintiva da pregação e do testemunho apostólicos (cf. At 1.8), por três razões: (1) O testemunho apostólico baseava-se na Palavra de DEUS (v. 29) e na convicção de que ela fora dada pela inspiração do ESPÍRITO SANTO (ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS). (2) Os discípulos tinham certeza de terem sido enviados e comissionados pelo próprio JESUS CRISTO, o Senhor ressurreto (v. 33). (3) O grande poder do ESPÍRITO SANTO operando nos discípulos (v. 31), efetuava grande convicção nos ouvintes do evangelho quanto ao pecado de cada um, a justiça de CRISTO e o juízo divino (ver Jo 16.8 nota). Hoje, o mesmo acontecerá em nossas igrejas se o ESPÍRITO operar poderosamente.
 
 
Pedro - Ananias e Safira
5.3 MENTISSES AO ESPÍRITO SANTO. A fim de obterem prestígio e reconhecimento, Ananias e Safira mentiram diante da igreja a respeito das suas contribuições. DEUS considerou um delito grave essas mentiras contra o ESPÍRITO SANTO. As mortes de Ananias e Safira ficaram como exemplos perpétuos da atitude de DEUS para com qualquer coração enganoso entre aqueles que professam ser cristãos. Note, também, que mentir ao ESPÍRITO SANTO é a mesma coisa que mentir a DEUS, logo, o ESPÍRITO SANTO também é DEUS (vv. 3,4; ver Ap 22.15)
5.4 POR QUE FORMASTE ESTE DESÍGNIO...? A raiz do pecado de Ananias e de Safira era seu amor ao dinheiro e elogio dos outros. Isto os fez tentar o ESPÍRITO SANTO (v. 9). Quando o amor ao dinheiro e o aplauso dos homens tomam posse de uma pessoa, seu espírito fica vulnerável a todos os tipos de males satânicos (1 Tm 6.10). Ninguém pode estar cheio de amor ao dinheiro e, ao mesmo tempo, amar e servir a DEUS (Mt 6.24; Jo 5.41-44).
5.5 ANANIAS... CAIU E EXPIROU. DEUS feriu com severidade a Ananias e Safira (vv. 5,10), para que se manifestasse sua aversão a todo engano, mentira e deso-nes-tidade no reino de DEUS. Um dos pecados mais abomináveis na igreja é enganar o povo de DEUS no tocante ao nosso relacionamento com CRISTO, trabalho para Ele, e a dimensão do nosso ministério. Entregar-se a esse tipo de hipocrisia significa usar o sangue derramado de CRISTO para exaltar e glorificar o próprio eu diante dos outros. Esse pecado desconsidera o propósito dos sofrimentos e da morte de CRISTO (Ef 1.4; Hb 13.12), e revela ausência de temor do Senhor (vv. 5,11) e de respeito e honra ao ESPÍRITO SANTO (v. 3), e merece o justo juízo de DEUS.
5.11 HOUVE UM GRANDE TEMOR EM TODA A IGREJA O julgamento divino contra o pecado de Ananias e Safira levou a um aumento de humildade, reverência e temor do povo para com um DEUS santo. Sem o devido temor do DEUS santo e da sua ira contra o pecado, o povo de DEUS voltará, em pouco tempo, aos caminhos ímpios do mundo, cessará de experimentar o derramamento do ESPÍRITO e a presença milagrosa de DEUS e então lhe será cortado o fluxo da graça divina. Este é um elemento essencial da fé neotestamentária e do cristianismo bíblico hoje em dia.
5.16 TODOS ERAM CURADOS. Os apóstolos fizeram aquilo que seu Senhor fazia: libertavam os atormentados de espíritos imundos (ver Mc 1.34). Tratava-se de um sinal supremo de que o reino de DEUS viera sobre o povo com grande poder. Não é errado orar para que, mediante o ESPÍRITO SANTO, possamos praticar o bem e curar os oprimidos pela enfermidade e por Satanás (4.30)
5.29 MAIS IMPORTA OBEDECER A DEUS DO QUE AOS HOMENS. A grande pergunta que paira ante todo cristão não é: É conveniente, seguro, agradável popular entre os homens? , mas: O que está certo diante de DEUS? (cf. Gl 1.10).
5.32 O ESPÍRITO SANTO... ÀQUELES QUE LHE OBEDECEM. Se não houver verdadeira obediência a CRISTO (v. 32), nem busca sincera da justiça do seu reino (Mt 6.33; Rm 14.17), é falsa a afirmação de quem diz ter a plenitude do ESPÍRITO SANTO. O Pentecoste sem o senhorio de CRISTO é impossível (cf. 2.38-42), porque o ESPÍRITO SANTO é dado somente àqueles que vivem na obediência da fé (Rm 1.5).
 
Pedro em Samaria no avivamento com Filipe
8.16 SOBRE NENHUM DELES TINHA AINDA DESCIDO. O ESPÍRITO ainda não tinha descido sobre nenhum deles, da mesma maneira que descera sobre os crentes no dia de Pentecoste (2.4). Ainda não descera sobre eles de conformidade com a promessa do Pai (1.4) e conforme CRISTO predissera: vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO (1.5; ver vv. 5-24 nota; v. 18).
8.17 RECEBERAM O ESPÍRITO SANTO. Me-diante a imposição das mãos dos apóstolos, os samaritanos recebem o ESPÍRITO SANTO de modo idêntico ao batismo do dia de Pentecoste (At 1.8; 2.4). A experiência dos samaritanos em duas etapas, ou seja: primeiramente crer e depois ser cheio do ESPÍRITO, demonstra que a experiência em duas etapas dos crentes, do dia de Pentecoste não foi anômala. As experiências tanto de Paulo em At 9.5-17, como a dos discípulos efésios em At 19.1-6, foram iguais à dos samaritanos. Aceitaram CRISTO como Senhor e depois foram cheios do ESPÍRITO. Não tem que haver um longo tempo de espera entre a salvação e o batismo no ESPÍRITO, conforme demonstra o caso dos gentios em Cesaréia (At 10).
8.18 SIMÃO, VENDO. A descida do ESPÍRITO sobre os samaritanos foi acompanhada de manifestações externas visíveis notadas até por Simão, o mágico. É razoável concluir que as manifestações visíveis eram semelhantes às dos primeiros discípulos no dia de Pentecoste, i.e., falar noutras línguas (ver 2.4; 10.45,46 nota; 19.6). Assim, tanto os samaritanos como os apóstolos tiveram um sinal confirmador da descida do ESPÍRITO SANTO sobre aqueles novos crentes
8.21 O TEU CORAÇÃO NÃO É RETO. O batismo no ESPÍRITO SANTO através do livro de Atos ocorre somente entre os salvos por JESUS CRISTO. (1) Simão, que queria o poder e o dom do ESPÍRITO SANTO, bem como autoridade para transmitir o dom (v. 19), foi rejeitado por DEUS por ser ímpio, em laço de -iniqüidade (vv. 22,23), não tendo um coração reto diante de DEUS (v. 21). O dom genuíno do ESPÍRITO SANTO será derramado somente sobre quem o teme e faz o que é justo (At 10.35, cf. 44-48; ver também At 5.32). (2) Antes e depois do dia do Pentecoste os discípulos de CRISTO viviam para o Senhor ressurreto (At 1.2-14; 2.32) e oravam continuamente (At 1.14; 6.4). Suas vidas eram separadas do pecado e do mundo (At 2.38-40) e observavam o ensino dos apóstolos (At 2.42; 6.4). Novos derramamentos do ESPÍRITO eram concedidos a crentes que tinham largado seus pecados e seus maus caminhos, para viverem para JESUS CRISTO (cf. At 2.42; 3.1,19,22-26; 4.8,19-35; 5.29-32; 6.4; 8.14-21; 9.1-19; 10.34-47; 19.1-6; 24.16). Andar no ESPÍRITO e ser guiado por Ele são sempre condições para alguém ser cheio do ESPÍRITO (ver Gl 5.16-25; cf. Ef 5.18). (3) Qualquer experiência sobrenatural, tida como o batismo no ESPÍRITO SANTO, ocorrida em quem continua nos caminhos pecaminosos da carne, não é de CRISTO (cf. 1 Jo 4.1-6). Pelo contrário, é um falso batismo no ESPÍRITO, e que pode ser acompanhado de poderes demoníacos (Mt 7.21-23; 2 Ts 2.7-10).
 
 
Pedro ressuscita Dorcas
9.36 DORCAS... CHEIA DE BOAS OBRAS. Assim como DEUS operava através de Pedro para curar (vv. 33-35) e para ressuscitar os mortos (v. 40), Ele também operava através de Dorcas, para praticar atos de bondade e de amor. Os atos de amor para ajudar os necessitados são tanto uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, quanto o são os milagres, os sinais e os prodígios. Paulo enfatizou essa verdade em 1 Co 13 (cf. 1 Pe 4.10,11).
 
 
Pedro vai a Cesareia a casa de Cornélio
10.9 SUBIU PEDRO AO TERRAÇO PARA ORAR. O ESPÍRITO SANTO, o autor das Escrituras, revela através delas que os cristãos do NT eram dedicados a muita oração. Estavam convictos de que o reino de DEUS não poderia manifestar-se em todo o seu poder mediante uns poucos minutos de oração por dia (At 1.14; 2.42; 3.1; 6.4; Ef 6.18; Cl 4.2). (1) O judeu piedoso orava duas ou três vezes por dia (cf. Sl 55.17; Dn 6.10). Era prática dos seguidores de CRISTO, especialmente dos apóstolos (At 6.4), orar com a mesma devoção. Pedro e João subiram ao templo para a hora da oração (3.1), e Lucas e Paulo fizeram o mesmo (At 16.16). Pedro orava regularmente ao meio-dia, ou seja, à hora sexta (10.9); DEUS recompensou Cornélio pela sua fidelidade na observância das suas horas de oração (10.30ss.). (2) As Escrituras exortam os crentes a continuarem perseverantes na oração (Rm 12.12), a orarem sempre (Lc 18.1), a orarem sem cessar (1 Ts 5.17), a orarem em todos os lugares (1 Tm 2.8), a orarem em todo o tempo com toda a oração (Ef 6.18), a perseverarem na oração (Cl 4.2), e a orarem com eficácia (Tg 5.16). Estas exortações indicam que não poderá haver nenhum poder celestial em nossa batalha contra o pecado, Satanás e o mundo, nem vitória em nossa tentativa de ganhar os perdidos, sem muita oração diariamente. (3) Não seria do agrado de DEUS, tendo em vista a exortação do Senhor, que seus discípulos vigiem e orem pelo menos uma hora (Mt 26.38-41); e à luz da urgência dos tempos do fim, nos quais vivemos, se todo crente dedicasse pelo menos uma hora por dia à oração e ao estudo da Palavra de DEUS, visando ao crescimento do seu reino na terra e tudo quanto isso significa para nós (Mt 6.10,33)? (4) Uma hora de oração pode incluir o seguinte: (a) louvor, (b) cantar ao Senhor, (c) ações de graças, (d) esperar em DEUS, (e) ler a Palavra, (f) ficar atento ao ESPÍRITO SANTO, (g) orar com as próprias palavras das Escrituras, (h) confissão das faltas, (i) intercessão pelos outros, (j) petição pelas nossas próprias necessidades, e (l) oração em línguas
10.19 DISSE-LHE O ESPÍRITO. O ESPÍRITO SANTO deseja a salvação de todas as pessoas (Mt 28.19; 2 Pe 3.9). Pelo fato de os apóstolos terem recebido o ESPÍRITO, eles, também, desejavam a salvação de todas as pessoas. Intelectualmente, no entanto, não compreendiam que a salvação já não se restringia a Israel, mas que agora abrangia todas as nações (vv. 34,35). Foi o ESPÍRITO SANTO que alargou a visão da igreja. Em Atos, Ele é a força da obra missionária e o que dirige a igreja para novas áreas de testemunho (At 8.29,39; 10.19; 11.11,12; 13.2,4; 16.6; 19.21). O derramamento do ESPÍRITO e a compulsão à missão sempre andam de mãos dadas (cf. At 1.8). Mesmo hoje, muitos crentes anelam a salvação do seu povo, sem, porém, compreenderem plenamente o propósito do ESPÍRITO SANTO para as missões mundiais (ver Mt 28.19 nota; Lc 24.47 nota).
10.34 DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS. DEUS não tem nenhuma nação ou raça predileta, nem favorece qualquer indivíduo por causa da sua nacionalidade, linhagem ou posição na vida (cf. Tg 2.1). DEUS favorece e aceita aqueles, dentre todas as nações, que abandonam o pecado, crêem em CRISTO, temem a DEUS e vivem retamente (v. 35; cf. Rm 2.6-11). Todos aqueles que perseveram neste modo de vida, permanecerão no amor e no favor de DEUS (Jo 15.10).
10.38 CURANDO A TODOS OS OPRIMIDOS DO DIABO. Ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS
10.44 CAIU O ESPÍRITO SANTO SOBRE TODOS. A família gentia de Cornélio ouve e recebe a Palavra com fé salvadora (vv. 34-48; 11.14). (1) DEUS imediatamente derrama sobre ela o ESPÍRITO SANTO (v. 44) como seu testemunho de que creram e receberam a vida regeneradora de CRISTO (cf. 11.17; 15.8,9). (2) A vinda do ESPÍRITO SANTO sobre a família de Cornélio teve o mesmo propósito que o dom do ESPÍRITO SANTO para os discípulos no dia de Pentecoste (cf. 1.8; 2.4). Esse derramamento do ESPÍRITO não é a obra de DEUS na regeneração do pecador, mas sua vinda sobre eles para revesti-los de poder. Note as palavras de Pedro posteriormente, ressaltando a semelhança entre essa experiência e a do dia de Pentecoste (At 11.15,17). (3) Evidentemente, é possível uma pessoa ser batizada no ESPÍRITO imediatamente depois de receber a salvação (ver v. 46 nota; cf. At 11.17).
10.45 O DOM DO ESPÍRITO SANTO. Para uma abordagem das dimensões principais da atividade do ESPÍRITO SANTO na vida do crente.
10.46 OS OUVIAM FALAR EM LÍNGUAS. Pedro e os que o acompanhavam consideravam o falar em línguas, mediante o ESPÍRITO, como o sinal convincente do batismo no ESPÍRITO SANTO. Isto é, assim como DEUS confirmou o acontecimento do dia de Pentecoste com o sinal das línguas (2.4), Ele faz os gentios no lar de Cornélio falarem em línguas como sinal convincente para Pedro e os demais crentes judeus.
 
 
Explicação de Pedro aos Judeus sobre o batismo dos gentios.
11.15 CAIU SOBRE ELES O ESPÍRITO SANTO, COMO TAMBÉM SOBRE NÓS AO PRINCÍPIO. O derramamento do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste (At 2.4) foi um padrão para o recebimento do ESPÍRITO, a partir de então. O batismo no ESPÍRITO seria determinado pela transformação visível ocorrida no indivíduo pela infusão da alegria por expressões vocais sobrenaturalmente inspiradas e pela ousadia no testemunho (At 2.4; 4.31; 8.15-19; 10.45-47; 19.6). Por isso, quando Pedro salientou diante dos apóstolos e irmãos em Jerusalém que os familiares de Cornélio tinham falado em línguas, ao ser derramado sobre eles o ESPÍRITO SANTO (cf. At 10.45-46), ficaram convictos de que DEUS estava concedendo aos gentios a salvação em CRISTO (v. 18). Não se pode hoje dizer que alguém recebeu o batismo no ESPÍRITO se as manifestações físicas, tais como o falar em línguas, estão ausentes. Em nenhuma parte de Atos, o batismo no ESPÍRITO SANTO aparece como uma experiência percebida somente pela fé (ver At 8.12,16; 19.6).
 
 
Pedro na prisão e a intercessão da Igreja
12.5 A IGREJA. Através do livro de Atos, bem como outros trechos do NT, tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja neotestamentária. (1) Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo ESPÍRITO SANTO, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com DEUS e com JESUS CRISTO (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6 nota). (2) Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de CRISTO (At 2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26). (3) O batismo no ESPÍRITO SANTO será pregado e concedido aos novos crentes (ver At 2.39), e sua presença e poder se manifestarão. (4) Os dons do ESPÍRITO SANTO estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (At 2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18). (5) Para dirigir a igreja, DEUS lhe provê um ministério quíntuplo, o qual adestra os santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12) (6) Os crentes expulsarão demônios (At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17). (7) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, i.e., aos ensinamentos originais de CRISTO e dos apóstolos (2.42; ver Ef 2.20 nota). Os membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de DEUS e à obediência a ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15). (8) No primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se reunirá para a adoração e a mútua edificação através da Palavra de DEUS escrita e das manifestações do ESPÍRITO (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17). (9) A igreja manterá a humildade,
reverência e santo temor diante da presença de um DEUS santo (5.11). Os membros terão uma preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão aqueles que caírem no pecado, bem como os falsos mestres que são desleais à fé bíblica (20.28; 1 Co 5.1-13; ver Mt 18.15). (10) Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos padrões da justiça ensinados pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a direção das igrejas locais e a manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15 nota; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). (11) Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis para cuidarem dos negócios temporais e materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8 nota). (12) Haverá amor e comunhão no ESPÍRITO evidente entre os membros (At 2.42,44-46; ver Jo 13.34), não somente dentro da congregação local como também entre ela e outras congregações que crêem na Bíblia (15.1-31; 2 Co 8.1-8). (13) A igreja será uma igreja de oração e jejum (At 1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18). (14) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16). (15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22). (16) A igreja trabalhará ativamente para enviar mis-sionários a outros países (At 2.39; 13.2-4). Nenhuma igreja local tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do NT, a não ser que esteja se esforçando para manter estas 16 características práticas entre seus membros (ver o estudo A IGREJA, para mais exame da doutrina bíblica da igreja)
12.5 CONTÍNUA ORAÇÃO. Os crentes do NT enfrentavam a perseguição em oração fervorosa. A situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha Pedro na prisão vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17). As igrejas do NT freqüentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (At 1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2). A intenção de DEUS é que seu povo se reúna para a oração definida e perseverante; note as palavras de JESUS: A minha casa será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e coletiva como elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos por culto. Na igreja primitiva, o poder e presença de DEUS e as reuniões de oração integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO SANTO, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam unanimemente em oração e súplicas (1.14).
12.7 O ANJO. Os anjos são espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14; ver At 1.13).
 
 
Pedro no primeiro concílio em Jerusalém
15.8 DEUS, QUE CONHECE OS CORAÇÕES. O conhecimento que DEUS tinha dos corações dos gentios (i.e., de Cornélio e dos seus familiares) diz respeito à fé salvífica que Ele viu neles. DEUS deu testemunho da autenticidade da fé que tinham: (a) ao purificar seus corações mediante a obra interior da regeneração pelo ESPÍRITO SANTO (v. 9), e (b) ao batizá-los no ESPÍRITO SANTO imediatamente, com o sinal acompanhante de falar em línguas (At 10.44-46; 11.15-18).
15.11 PELA GRAÇA DO SENHOR JESUS CRISTO. A questão essencial da conferência de Jerusalém era se a circuncisão e a obediência à lei de Moisés eram necessárias à
salvação em CRISTO. Os representantes que se reuniram ali, chegaram à conclusão de que os gentios eram salvos pela graça do Senhor JESUS, que lhes perdoara os pecados e deles fizera novas criaturas (ver o estudo FÉ E GRAÇA). A graça é concedida à pessoa que se arrepende do pecado e crê em CRISTO como Senhor e Salvador (At 2.38,39). Essa receptividade à graça de DEUS capacita a pessoa a receber o poder de tornar-se filho de DEUS (Jo 1.12)
15.14 PARA TOMAR DELES UM POVO. O plano de DEUS para a presente era é tirar dentre todas as nações um povo para si, para o seu nome. Esse corpo de CRISTO, constituído daqueles que largaram o presente sistema mundano, ora prepara-se na qualidade de noiva de CRISTO (Ap 19.7,8).
15.16 O TABERNÁCULO DE DAVI. Tiago indica que a missão redentora de CRISTO abrange tanto os judeus quanto os gentios. A tenda de Davi, que caiu (ver Am 9.11-15 nota), refere-se a um remanescente de Israel que sobrevive ao juízo divino. (1) A profecia de Amós declara o seguinte: (a) DEUS julgará com destruição a nação pecaminosa de Israel, porém não totalmente. (b) Ele destruirá todos os pecadores da casa de Jacó (Am 9.8-10). (c) Depois da destruição dos judeus ímpios, DEUS a edificará como nos dias da antigüidade (cf. Am 9.11). (2) A salvação desse remanescente purificado dentre os judeus, levará as nações a buscarem o Senhor (v. 17). Noutros textos, Paulo diz a mesma coisa, referindo-se à bênção dos gentios como resultado do remanescente judaico de reconciliar-se com DEUS (ver Rm 11.11-15, 25,26).
15.28 PARECEU BEM AO ESPÍRITO SANTO. A conferência de Jerusalém foi dirigida pelo ESPÍRITO SANTO. JESUS prometera que o ESPÍRITO SANTO guiaria os fiéis em toda a verdade (Jo 16.13). As decisões da igreja não devem ser tomadas pelo homem apenas; este deve buscar a direção do ESPÍRITO, mediante oração e jejum e a fidelidade à Palavra de DEUS até que a vontade divina seja claramente discernida (cf. At 13.2-4). A igreja, para ser realmente a igreja de CRISTO, deve ouvir o que o ESPÍRITO diz às igrejas locais (cf. Ap 2.7).
15.29 QUE VOS ABSTENHAIS. O ESPÍRITO SANTO (v. 28) estabeleceu certos limites que possibilitam a convivência harmoniosa entre os cristãos judaicos e seus irmãos gentios. Os gentios deviam se abster de certas práticas consideradas ofensivas aos judeus (v. 29). Uma das maneiras de medir a maturidade do cristão é ver a sua disposição de refrear-se das práticas que certos cristãos consideram certas e outros consideram erradas (ver o ensino bíblico por Paulo, em 1 Co 8.1-11).
15.39 CONTENDA. Às vezes, surgem divergências entre crentes que amam ao Senhor e que também amam uns aos outros. Quando elas não podem ser solucionadas, é melhor desistirem de convencer um ao outro e deixar que DEUS opere a sua vontade na vida de todos os envolvidos. Diferenças de opiniões que levam à separação, como no caso de Paulo e Barnabé, nunca devem ser acompanhadas de amarguras e hostilidades. Tanto Paulo quanto Barnabé continuaram seus trabalhos na causa de DEUS, com sua bênção e graça.
 
 
Pedro é repreendido por Paulo
2.11 RESISTI-LHE NA CARA. Qualquer pastor ou outro obreiro que se torna culpado de erro e hipocrisia (v. 13), deve ser confrontado e repreendido (cf. 1 Tm 5.19). Isso, sem favoritismo; até mesmo uma pessoa de destaque como o apóstolo Pedro, que foi grandemente usado por DEUS, necessitou de uma repreensão corretiva (vv. 11-17; cf. 1 Tm 5.20,21). As Escrituras indicam que Pedro reconheceu a sua falta e aceitou a repreensão de Paulo, de modo humilde e arrependido. Posteriormente, ele refere-se a Paulo como "nosso amado irmão Paulo" (2 Pe 3.15).
2.12 TEMENDO OS... DA CIRCUNCISÃO. Os "da circuncisão" eram cristãos judeus, principalmente da igreja de Jerusalém, que criam que o sinal da circuncisão do AT era necessário a todos os crentes da Nova Aliança. Ensinavam, ainda, que os crentes judaicos não deviam comer com crentes gentios não circuncidados e que não observassem os costumes e as restrições sobre os alimentos dos judeus. Pedro, embora soubesse que DEUS aceitava os crentes gentios sem parcialidade (At 10.34,35), opôs-se a suas próprias convicções por medo das críticas e da possível perda de autoridade na igreja judaica-cristã em Jerusalém. Seu afastamento da comunhão com os crentes gentios, nas refeições, favoreceu a doutrina errônea de que havia dois corpos de CRISTO, o judaico e o gentio.

 
 
COMENTÁRIOS BEP - CPAD
 
2.14-40 O DISCURSO DE PEDRO NO DIA DE PENTECOSTE. O discurso de Pedro no dia de Pentecoste, juntamente com sua mensagem em At 3.12-26, contém um padrão para a proclamação do evangelho. (1) JESUS é o Senhor e CRISTO crucificado, ressurreto e exaltado (vv. 22-36; At 3.13-15). (2) Estando agora à destra do Pai, JESUS CRISTO recebeu autoridade para derramar o ESPÍRITO SANTO sobre todos os crentes (vv. 16-18,32,33; 3.19). (3) Todos devem colocar sua fé em JESUS como Senhor, arrepender-se dos seus pecados e ser batizados, demonstrando o perdão dos pecados (vv. 36-38; 3.19). (4) Os crentes devem esperar o prometido dom do ESPÍRITO SANTO, ou o batismo nEle, uma vez tendo crido e se arrependido (vv. 38,39). (5) Aqueles que atenderem com fé, devem separar-se do mundo e salvar-se dessa geração perversa (v. 40; 3.26). (6) JESUS CRISTO voltará para restaurar completamente o reino de DEUS (3.20,21).
2.16 DITO PELO PROFETA JOEL. O batismo no ESPÍRITO SANTO e as manifestações espirituais acompanhantes são cumprimentos de Jl 2.28,29. Joel, no século VIII a.C., profetizou um grande derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre todo o povo de DEUS (ver Jl 2.28,29).
2.17 NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo (cf. Is 2.2-21; 3.18 -46; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o derramamento inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a segunda vinda do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período específico é caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de DEUS. (a) Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 12.28). (b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de CRISTO, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe 1.3-5; Ap 19). (c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar a obra salvífica de CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o dia final da ira (Rm 2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b). Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de CRISTO para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos dias introduzem o reino de DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc 11.20). Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal (2 Co 10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe 1.6,7).
2.17 VOSSOS FILHOS E AS VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO. Aqui o falar noutras línguas (vv. 4,11) está relacionado à profecia (vv. 17,18). Deste modo, falar em línguas é uma forma de profetizar. O significado básico aqui, de profecia, é o uso da nossa voz para o serviço e a glória de DEUS sob o impulso direto do ESPÍRITO SANTO. No livro de Atos: (1) os 120 todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem (2.4); (2) o ESPÍRITO SANTO desceu sobre Cornélio e sua casa. Todos, entre eles Pedro, os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS (At 10.44-47); e (3) os discípulos em Éfeso, quando veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam (At 19.6).
2.18 MEUS SERVOS E MINHAS SERVAS. Segundo a profecia de Joel, citada por Pedro, o batismo no ESPÍRITO SANTO é para aqueles que já pertencem ao reino de DEUS, i.e., servos de DEUS, ou crentes; tanto homens como mulheres salvos, regenerados, pertencentes a DEUS.
2.18 NAQUELES DIAS. Pedro, citando Joel, diz que DEUS derramará seu ESPÍRITO naqueles dias . O derramamento do ESPÍRITO SANTO e os sinais sobrenaturais que o acompanham, não podem ser limitados unicamente ao dia de Pentecoste. O poder e a bênção do ESPÍRITO SANTO são para todo cristão receber e experimentar, no decurso de toda a era da igreja, que é a totalidade do período de tempo entre a primeira e segunda vinda de CRISTO (Ap 19.20; ver At 2.39).
 
 
A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS
Jo 20.22 “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO. ”
A outorga do ESPÍRITO SANTO por JESUS aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no ESPÍRITO SANTO como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4). Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do ESPÍRITO SANTO e a nova vida do CRISTO ressurreto saturavam e permeavam os discípulos.
Durante a última reunião de JESUS com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o ESPÍRITO SANTO, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (14.17 veja nota). JESUS agora cumpre aquela promessa.
Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22, infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde DEUS “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes mortos, para que vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que JESUS estava lhes outorgando o ESPÍRITO a fim de neles produzir nova vida e nova criação. Isto é, assim como DEUS soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, JESUS soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas. Mediante sua ressurreição, JESUS tornou-se em “espírito vivificante” (1Co 15.45).
O imperativo “Recebei o ESPÍRITO SANTO” estabelece o fato que o ESPÍRITO, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de recebimento. Este “recebimento” da vida pelo ESPÍRITO SANTO antecede a outorga da autoridade de JESUS para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no ESPÍRITO SANTO, pouco depois, no dia de Pentecoste (At 2.4).
Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em CRISTO, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na morte e ressurreição de JESUS (ver Mt 26.28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17). Foi, também, nessa ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja nasceu, i.e., uma nova ordem espiritual, assim como no princípio DEUS soprou sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7).
Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do ESPÍRITO SANTO entre o povo de DEUS: (a) os discípulos receberam o ESPÍRITO SANTO (i.e., o ESPÍRITO SANTO passou a habitar neles e os regenerou) antes do dia de Pentecoste; e (b) o derramamento do ESPÍRITO SANTO em At 2.4. Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no ESPÍRITO no dia do Pentecoste foi, portanto, uma segunda e distinta obra do ESPÍRITO neles.
Estas duas obras distintas do ESPÍRITO SANTO na vida dos discípulos de JESUS são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes recebem o ESPÍRITO SANTO ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo no ESPÍRITO SANTO para receberem poder para serem suas testemunhas (At 1.5,8; 2.4; ver 2.39).
Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a outorga por JESUS do ESPÍRITO SANTO em 20.22 era tão somente uma profecia simbólica da vinda do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste. O uso do aoristo imperativo para “receber” (ver supra) denota o recebimento naquele momento e naquele lugar.
 
 
16.18 AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO.
As portas do inferno representam Satanás e a totalidade do mal no mundo, lutando para destruir a igreja de JESUS CRISTO.
(1) Este texto não quer dizer que nenhum crente como pessoa e nenhuma igreja local, confederação de igrejas ou denominação, jamais chegará a cair na imoralidade, nos erros de doutrina ou na apostasia. O próprio JESUS predisse que muitos decairão da fé e Ele adverte as igrejas que estão abandonando a fé neotestamentária a voltar-se do pecado ou sofrer a pena da remoção do seu reino (Mt 24.10,11; Ap 2.5,12-29; 3.1-6,14-16; ver 1 Tm 4.1 nota; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL). A promessa do versículo 18 não se aplica àqueles que negam a fé, nem às igrejas mornas. (2) O que CRISTO quer dizer é que, a despeito de Satanás fazer o pior que pode, a despeito da apostasia que ocorre entre os crentes, das igrejas que ficam mornas e dos falsos mestres que se infiltram no reino de DEUS, a igreja não será destruída. DEUS, pela sua graça, sabedoria e poder soberanos, sempre terá um remanescente de crentes e de igrejas que, no decurso de toda a história da redenção, permanecerá fiel ao evangelho original de CRISTO e dos apóstolos e que experimentará a comunhão com Ele, o senhorio de CRISTO e o poder do ESPÍRITO SANTO. Como o povo genuíno de DEUS, esses crentes demonstrarão o poder do ESPÍRITO SANTO contra Satanás, o pecado, a doença, o mundo e as forças demoníacas. É essa igreja que Satanás com todas as suas hostes não poderá destruir nem resistir
16.18 PEDRO, A PEDRA E A IGREJA
O significado desta passagem é que CRISTO edificará a sua igreja sobre a verdade da confissão feita por Pedro e os demais discípulos, i.e., que JESUS é o CRISTO, o Filho do DEUS vivo (v. 16; At 3.13-26). JESUS emprega um trocadilho. Ele chama seu discípulo de Pedro (gr. Petros, que significa uma pedra pequena). A seguir, Ele diz: Sobre esta pedra (gr. petra, que significa uma grande rocha maciça ou rochedo) edificarei a minha igreja , i.e., sobre a confissão feita por Pedro. (1) É JESUS CRISTO que é a pedra, i.e., o único e grande alicerce da igreja (1 Co 3.11). Pedro declara que JESUS é a pedra viva... eleita e preciosa... a pedra que os edificadores reprovaram (1 Pe 2.4, 6, 7; At 4.11). Pedro e os demais discípulos são pedras vivas , como parte da estrutura da casa espiritual (a igreja) que DEUS está edificando (1 Pe 2.5). (2) Em lugar nenhum as Escrituras declaram que Pedro seria a autoridade suprema e infalível sobre todos os demais discípulos (cf. At 15; Gl 2.11). Nem está dito, também, na Bíblia que Pedro teria sucessores infalíveis, representantes de CRISTO e cabeças da igreja. Tais idéias são injunções do homem e não a verdade das Escrituras. No estudo A IGREJA, acha-se uma exposição da doutrina da igreja, como aparece aqui e noutras partes da Bíblia
16.19 AS CHAVES DO REINO.
As chaves representam a autoridade que DEUS delegou a Pedro e à igreja. Estas chaves são usadas para: (1) repreender o pecado e levar a efeito a disciplina eclesiástica (18.15-18); (2) orar de modo eficaz em prol da causa de DEUS na terra (18.19,20); (3) dominar as forças demoníacas e libertar os cativos (ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS); (4) anunciar a culpa do pecado, o padrão divino da justica e o juízo vindouro (At 2.23; 5.3,9); e (5) proclamar a salvação e o perdão dos pecados para todos quantos se arrependem e crêem em CRISTO (Jo 20.23; At 2.37-40; 15.7-9)
 
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Caro(a) professor(a), nesta lição veremos o avivamento espiritual na vida do apóstolo Pedro após o Batismo no ESPÍRITO SANTO. Antes do Dia de Pentecostes, os Evangelhos revelam características de um homem impulsivo, de caráter volúvel e indisciplinado. Após reencontrar o Senhor ressuscitado e receber a missão de apascentar as suas ovelhas, Pedro assume papel proeminente na liderança da igreja primitiva. Mas para o exercício pleno de seu ministério, bem como de todos os demais discípulos de CRISTO, faltava-lhe experimentar o revestimento de poder do Alto. Esse poder transformador capacitou o apóstolo, não apenas a operar milagres, como também a testemunhar a fé em JESUS por meio de uma mudança de caráter. A partir da experiência do apóstolo Pedro, sua classe aprenderá importantes lições no tocante às mudanças que o avivamento espiritual provoca no caráter do crente.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Destacar as características do apóstolo Pedro antes da experiência do Pentecostes; II) Compreender o impacto do Batismo no ESPÍRITO SANTO no caráter do apóstolo Pedro; III) Ressaltar a importância do avivamento espiritual para a igreja dos dias atuais mediante a experiência do Batismo no ESPÍRITO SANTO.
B) Motivação: O apóstolo Pedro experimentou uma mudança significativa de caráter porque permitiu que o Batismo no ESPÍRITO SANTO não se resumisse a uma experiência espiritual do Dia de Pentecostes e, sim, que se tornasse um avivamento contínuo em seu ministério. Para termos êxito no exercício de nosso ministério cristão, semelhantemente, precisamos permitir que a ação do ESPÍRITO SANTO esteja permanente em nossas vidas. Para tanto, é necessário que a reflexão sobre os princípios bíblicos, adicionada a busca contínua pelo poder do Alto, gere mudanças expressivas em nossa forma de pensar e agir. Nesta ocasião, reflita com seus alunos a respeito da relação entre a experiência do Batismo no ESPÍRITO e o testemunho cristão.
C) Sugestão de Método: Professor(a), realize um "estudo de caso" com seus alunos. Descreva a experiência vivenciada pelos apóstolos no Dia de Pentecostes (At 2.1-13), explique a natureza daquele evento e como ocorreu entre os crentes daqueles dias. Em seguida, analise com seus alunos quais foram as mudanças que o revestimento de poder do Alto trouxe para o relacionamento entre os crentes da igreja primitiva. Ao final, relacione a importância desse mesmo avivamento para a igreja dos dias atuais.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Após estudar o impacto do Batismo no ESPÍRITO SANTO na vida do apóstolo Pedro, faça a seguinte pergunta: que mudanças o ESPÍRITO SANTO tem provocado na sua conduta? Além de experimentar os dons espirituais e ministeriais, você tem produzido o Fruto do ESPÍRITO? Ressalte a importância dessa reflexão para a vida cristã, haja vista que o poder do Alto deve ser compreendido como uma experiência que potencializa a nossa vida espiritual.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) Para aprofundar o primeiro tópico, o texto "Pedro em Jerusalém" apresenta a trajetória do apóstolo Pedro após a ascensão de CRISTO até o momento em que ele assume o papel de liderança proeminente na igreja primitiva; 2) Para aprofundar o segundo tópico, o texto "O propósito do Pentecostes" destaca o propósito da experiência do derramamento do ESPÍRITO no dia de Pentecostes. A nova vida em CRISTO se expressa não somente por meio do poder e do dom do ESPÍRITO para o exercício do ministério, mas envolve também o compromisso com os novos irmãos comprometidos com CRISTO e uns com os outros.
 
 
SINÓPSE I - O ESPÍRITO SANTO transformou o Pedro, até então espiritualmente fraco, em apóstolo do Evangelho de CRISTO.
SINÓPSE II - O avivamento do ESPÍRITO SANTO na vida de Pedro foi notório em muitas ocasiões.
SINÓPSE III - O avivamento espiritual é uma necessidade imediata da Igreja que aguarda esperançosa pelo grande Dia do Arrebatamento.

Auxílio Teológico TOP1
Pedro em Jerusalém
“Depois da ascensão de JESUS, os discípulos estavam reunidos em um aposento para orar, aguardando a promessa do dom do ESPÍRITO SANTO. Pedro sugeriu que um deles fosse escolhido para ocupar o lugar de Judas, para que o apostolado fosse completo. No dia de Pentecostes, ele pregou a mensagem inicial à multidão que se reuniu, e declarou que eles deveriam arrepender-se e ser batizados no nome do Senhor JESUS. Cerca de 3 mil pessoas converteram-se, e a Igreja começou (At 2.14-42).
Durante os primeiros anos da Igreja em Jerusalém, Pedro foi reconhecido como seu líder. Ele realizou grandes milagres (At 3.1-10; 5.12-16), defendeu a causa perante o Sinédrio (4.5-12), e disciplinou ofensores como Ananias e Safira (5.1-11). Embora tenha saído da cidade depois da perseguição de Herodes em 44 d.C. (At 12.1-17), ele retornou a Jerusalém para participar do conselho relacionado à liberdade dos gentios (15.6-11). Ele concordou com Paulo contra os legalistas, onde os gentios não deveriam ser obrigados a obedecer à lei cerimonial como uma condição de salvação além da fé em CRISTO” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1492).
 
 
Auxílio Teológico TOP2
O propósito do Pentecostes
“No âmago do resultado da nova vida do ESPÍRITO não estão somente o poder e o dom do ESPÍRITO para o ministério, mas o que nós poderíamos chamar (na linguagem de Paulo) de ‘fruto’ do ESPÍRITO. Os crentes empoderados pelo ESPÍRITO amavam-se tanto que valorizavam uns aos outros mais do que valorizavam as suas propriedades. [...] Em Lucas-Atos, a verdadeira conversão envolve arrependimento e compromisso com um novo Senhor. Tal compromisso com o novo Senhor também envolve compromisso com os novos irmãos na nova comunidade (11.30; 12.25). À medida que Atos avança, fica claro que essa nova comunidade não pertencerá a uma só cultura, sua comunhão à mesa circunscrita por hábitos alimentares sagrados (10.28; 16.34; 27.35,36). Algumas vezes, os cristãos em Atos realmente se mostram relutantes em cruzar tais fronteiras (10.28; 11.3; cf. Gl 2.11-14), exatamente como os fariseus fizeram por ocasião da comunhão de JESUS à mesa com pecadores em arrependimento no primeiro livro de Lucas (e.g., Lc 5.30; 7.34; 15.2); mas DEUS não alivia até fazê-los cruzar essas fronteiras humanas. DEUS empodera seu povo com o ESPÍRITO para cruzar as barreiras culturais, para adorar a DEUS e para formar uma nova comunidade multicultural de adoradores comprometidos com CRISTO e uns com os outros” (KEENER, Craig S. Entre a História e a Igreja. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp. 252, 253).
Como o apóstolo Pedro que anelava pela vinda do Senhor de maneira avivada, estejamos também avivados e preparados para ouvir o toque da trombeta por ocasião do Arrebatamento.”
 
 

REVISANDO O CONTEÚDO
1. Diante de quem Pedro negou JESUS três vezes? Diante das duas criadas e perante várias pessoas.
2. Qual foi o impacto dos ouvintes com a pregação de Pedro? A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer.
3. Qual foi o tema da pregação de Pedro após o milagre do coxo? Logo depois, o apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte e da ressurreição de CRISTO, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde” no nome de JESUS (At 3.16).
4. Como pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes? Segundo a Bíblia, só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO como no Dia de Pentecostes (At 2.1).
5. O que o Senhor JESUS previu que aconteceria antes de sua volta? O Senhor JESUS previu um sinal altamente positivo que, antes da sua volta, o Evangelho seria pregado em todo o mundo.

LEITURAS PARA APROFUNDAR
Pedro: O Primeiro Pregador Pentecostal; Fundamentos da Vida Cristã.