Escrita Lição 4, A Atualidade dos Dons Espirituais, Pr Henrique, EBD NA TV

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Lição 4, A Atualidade dos Dons Espirituais
Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 1° Trimestre 2021
Tema: O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade Da Doutrina Bíblica Sobre A Atuação Do ESPÍRITO SANTO
Comentarista: Esequias Soares
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
  

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Lição 4, A Atualidade dos Dons Espirituais
 
 
Ajuda
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-mp-2tr11-aimportanciadosdonsespirituais.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-mp-2tr11-donsmanifestamsabedoriadedeus.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-mp-2tr11-osdonsdepoder.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-mp-2tr11-ogenuinocultopentecostal.htm
 
 
TEXTO ÁUREO
“Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo.”  (1 Co 12.4)
 
 
VERDADE PRÁTICA
Ser pentecostal significa crer na atualidade das manifestações do ESPÍRITO SANTO, e isso envolve o batismo no ESPÍRITO e os dons espirituais.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 12.6-8 Alguns dons espirituais são apresentados em Romanos
Terça - 1 Co 12.28-30 O apóstolo acrescenta alguns dons à lista de Romanos
Quarta - 1 Co 12.31 Somos ensinados a procurar os melhores dons
Quinta - 1 Co 13.1-3 O amor supera os dons espirituais
Sexta - 1 Co 14.1 O Novo Testamento nos ensina a buscar os dons espirituais
Sábado - Ef 4.8-11 Os dons de CRISTO aqui são os mesmos dons do ESPÍRITO SANTO
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12.1-11
1 - Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. 2 - Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. 3 - Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo ESPÍRITO de DEUS diz: JESUS é anátema! E ninguém pode dizer que JESUS é o Senhor, senão pelo ESPÍRITO SANTO. 4 - Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. 5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos. 7 - Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. 8 - Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; 9 - e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; 10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 11 - Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
 
 
Resumo da Lição 4, A Atualidade dos Dons Espirituais
I - A NECESSIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS HOJE
1. Exortação a conhecer os dons (v.1).
2. Pneumatikós e chárisma.
3. O que são os dons espirituais?
II - A FUNÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS
1. As listas dos dons.
2. Classificação teológica.
3. Classificação bíblica.
4. “Para o que for útil” (v.7).
III - OS DONS REVELAM A UNIDADE NA DIVERSIDADE
1. Diferentes dons.
2. Unidade.
 
 
 
 
Resumo rápido do Pr Henrique da Lição 4, A Atualidade dos Dons Espirituais
 
I - A NECESSIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS HOJE

1. Exortação a conhecer os dons (v.1).
 
O ESPÍRITO SANTO através de Paulo exorta a todos nós a que dezejemos conhecer claramente a doutrina bíblica sobre os dons. Devemos procurar diligentemente por sermos usados nos dons do ESPÍRITO SANTO. É de suma importância para a Igreja ser usada em dons do ESPÍRITO SANTO para evangelizar, para discipular os crentes e edificar a Igreja. Os dons são dados para utilidade da Igreja.
E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:20
Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1 Coríntios 14:26
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. 1 Coríntios 12:7
Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. 1 Coríntios 14:1
 
2. Pneumatikós e chárisma.
 
Espirituais - (Strong Português) - πνευματικος pneumatikos
que pertence ao Espírito Divino
de Deus, o Espírito Santo
alguém que está cheio e é governado pelo Espírito de Deus
relativo ao vento ou à respiração; ventoso, exposto ao vento, que sopra
 
Dons - (Strong Português) - χαρισμα charisma
favor que alguém recebe sem qualquer mérito próprio
dom da graça divina
Dons que denotam poderes extraordinários, que distinguem certos cristãos e os capacitam a servir a igreja de Cristo. A recepção desses dons é devido ao poder da graça divina que opera sobre seus espíritos pelo Espírito Santo
 
 
"Dons carismáticos" (carismas) seria a designação mais correta para o termo, porém, como os católicos romanos usam essa desegnação, nós, pentecostais evangelicos usamos Dons Espirituais ou Dons do ESPÍRITO SANTO.
 
 
3. O que são os dons espirituais?
 
Existem os dons de DEUS PAI (1 Co 12.28; Rm 12.8)
Existem os dons ministeriais de JESUS CRISTO (Ef 4.11)
Existem os Dons do ESPÍRITO SANTO (1 Co 12.8-10)
Todos esses são dons espirituais.
 
O que chamamos Dons do ESPÍRITO SANTO são os dons que estão alistados em 1 Co 12.4-11. O que veremos mais abaixo, no tópico II.
 
 
 
II - A FUNÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS
1. As listas dos dons.
 
Realmente a lista oficial dos dons do ESPÍRITO SANTO está contida em 1 Co 12.8-10, sendo nove o número desses dons, alistados por Paulo, sob a orientação do próprio ESPÍRITO SANTO. Alguns confundem os dons do Pai e do Filho com os dons do ESPÍRITO SANTO.
8 - Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; 9 - e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; 10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 1 Co 12.8-1

 

Realmente a listagem dos Dons de JESUS CRISTO (homens dados a igreja) está contida em Efésios 4.11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.
 
Realmente a listagem dos Dons do PAI está contida em 1 Co 12.28b; Rm 12.8 -
E a uns pôs Deus na igreja, ... socorros, governos. 1 Coríntios 12:28b
ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. Romanos 12:8
 
2. Classificação teológica.
 
Os dons mencionados em seguida são classificados em três grupos de três dons (vv.8-11).
A divisão mais conhecida é a seguinte: a) dons de revelação, palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos; b) dons de poder, fé, dons de curar e operações de maravilhas; c) dons de inspiração, profecia, variedade de línguas e interpretação.
Essa é uma das várias classificações, todas elas são didáticas.
 
 
a) dons de revelação:
 
Palavra da Sabedoria - palavra é uma pequena parte da sabedoria de DEUS sobre o futuro, tem a ver com a onicisciência de DEUS (Exemplo, profeta Ágabo - E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judeia um profeta, por nome Ágabo; Atos 21:10 - E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.
JESUS - Atos 11:28 - e, havendo-o açoitado, o matarão; e, ao terceiro dia, ressuscitará. Lucas 18:33).
 
 
Palavra da Ciência ou do Conhecimento - palavra é uma pequena parte do conhecimento de DEUS a respeito do passado, ou do presente, tem a ver com a onipresença de DEUS - (Exemplo, Profeta Eliseu - E disse um dos seus servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir. 2 Reis 6:12 -
JESUS  - Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu estando tu debaixo da figueira. João 1:48).
 
 
Discernimento dos espíritos - Capacitação para enxergar no reino espiritual a causa de certas manifestações estranhas e também capacitação para expulsar demônios - (Exemplo - Pedro - Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. Atos 5:4
JESUS - E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás mantinha presa? Lucas 13:16
 
b) dons de poder:
 
 - Neste dom mortos ressuscitam. è uma fé sobrenatural que toma conta do crente para que acredite em algo impossível. Exemplo - Pedro e Paulo - Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se. Atos 9:40; Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está. Atos 20:10 -
JESUS - E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir. João 11:44.
 
 
Dons de Curar - Doenças, o que dói (enxaqueca, Artrite, Hernia de disco, etc...e enfermidades, o que não dói (depressão, aansiedade, etc...) - Nesse dom o crente ´pe usado para curar as pessoas dontes ou enfermas. É a multiplicação do sinal contido em Marcos 16. - imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão. Marcos 16:18. Exemplo - Pedro e Paulo - Feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades e sararam, Atos 28:9 - Pedro - de sorte que transportavam os enfermos para as ruas e os punham em leitos e em camilhas, para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles. Atos 5:15 -
JESUS - E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele virtude que curava todos. Lucas 6:19.
 
 
Operações de maravilhas ou Milagres - São ações de do ESPÍRITO SANTO na natureza. As leis da natureza são quebradas e alteradas, seja a da gravidade, seja a genética, etc...Exemplo - Paulo - E estava assentado em Listra certo varão leso dos pés, coxo desde o seu nascimento, o qual nunca tinha andado. Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou. Atos 14:8-10 (quando a pessoa é alejado de nascença não é cura, é milagre, pois, naturalmente, se nasceu aleijado, morreria aleijado)
JESUS - E, vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite, aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar adiante deles, Marcos 6:48
 

 
3. Classificação bíblica.
Stanley M. Horton pegou outra tardução da palavra no grego para dar outra interpretação das manifestações do ESPÍRITO SANTO, oq ue não convém ao contexto.
 
Não existe na Bíblia "dons do ensino ou pregação. Isso se aprende estudando a Bíblia e treinando - é natural, não é sobrenatural. A pessoa pode ter um talento natural para falar ou para ensinar, mas os dons são sobrenaturais.
Não existe na Bíblia "dons de ministério" - existem ministérios dados por CRISTO, como em Efésios 4.11 - Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres.
Não existe na Bíblia dons de adoração - A adoração é feta por nós com nossa mente, com nosso espírito, desejando reconhecer DEUS como Onisciente, Onipresente e onipotente.

 
4. “Para o que for útil” (v.7). Os dons são sempre para o que for útil para a obra de DEUS, seja na evangelização, seja para edificação dos crentes.
O ESPÍRITO reparte “particularmente a cada um como quer” (v.11). Os Dons são dados aos crentes pelo ESPÍRITO SANTO. Ficam residentes no crente para serem usados a qualquer momento e em qualquer lugar, desde que seja para o bem e progresso da obra de DEUS e a edificaçção da igreja.
 
 
III - OS DONS REVELAM A UNIDADE NA DIVERSIDADE
1. Diferentes dons.
 
O dons se manifestam através de nossa fé em DEUS. Precisamos liberar a ação do ESPÍRITO SANTO, ou seja, ministrar os dons para que as pessoas sejam abençoadas. Não adianta o crente receber dons se não os ministrar aos outros. De que vale ter dons de curar se não impusaer as mãos sobre os doentes e enfermos e orar por eles?

2. Unidade.
 
mas o ESPÍRITO é o mesmo, não é como no mundo que são vários os espíritos, ou demônios, que operam nas pessoas. No crente só opera um espírito, o ESPÍRITO SANTO.
mas o Senhor é o mesmo, isso nos reporta a JESUS CRISTO, nosso Senhor.
mas é o mesmo DEUS, isso nos reporta ao PAI.
 
 
 
 
Lições Do 3º Trimestre De 2006 - Tema - As Doutrinas Bíblicas Pentecostais: 
Comentarista:  Pr. Antonio Gilberto  - 100. Aniversário Do Avivamento Da Rua Azusa. 
 
Licao5 - Os Dons Do ESPÍRITO SANTO
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 16.16-24
16 - E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. 17 - Esta, seguindo a Paulo e a nós, c/amava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do DEUS Altíssimo. 18 - E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de JESUS CRISTO, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu. 19 - E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Si/as e os levaram à praça, à presença dos magistrados. 20 - E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade. 21 - E nos expõem costumes que nos não é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos. 22 - E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas. 23 - E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança, 24 - o qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior e Ihes segurou os pés o tronco.
 
16.16 ESPÍRITO DE ADIVINHAÇÃO. As expressões vocais demoníacas da jovem escrava eram consideradas a voz de um deus; por isso, os serviços dela como adivinha eram muito procurados, dando grande lucro aos seus donos. Através de Paulo, CRISTO demonstrou aqui, mais uma vez, seu poder sobre o império do mal.
16.23 HAVENDO-LHES DADO MUITOS AÇOITES. A lei judaica sobre castigo por açoites prescrevia até quarenta açoites para o culpado, dependendo do juiz (Dt 25.2,3). O costume judaico era usar o chicote com três a cinco tiras de couro presas a um cabo curto. Aqui trata-se do costume romano (v.21) que usava a vara. Os açoites eram aplicados ao corpo desnudo do preso (vv. 22,23). Dependendo do juiz romano, este castigo podia ser terrivelmente cruel, por não estar fixado em lei o número de açoites por castigo. Muitas vezes o preso morria em conseqüência dos açoites. Os açoites de Paulo em 2 Co 11.24,25 abrangem tanto o açoitamento judaico (v. 24 recebi dos judeus ), como o romano (v. 25 fui açoitado com varas ). Em 2 Co 11.24 vemos a crueldade dos judeus contra Paulo neste tipo de castigo. Davam-lhe 39 açoites para que pudessem depois aplicar-lhe idêntico castigo, uma vez que a lei mosaica limitava a 40 o total de açoites (Dt 25.3). Certamente foi nas sinagogas que Paulo mais sofreu o açoitamento dos judeus, pois ele costumava freqüentá-las para pregar a CRISTO. Os judeus não tinham autoridade para decretar pena de morte por estarem sob domínio romano, mas podiam castigar.
16.25 ORAVAM E CANTAVAM HINOS. Paulo e Silas estavam sofrendo a humilhação do encarceramento, tendo seus pés presos ao tronco e as costas laceradas por açoites. No meio desse sofrimento, no entanto, oravam e cantavam hinos de louvor a DEUS (cf. Mt 5.10-12). Aprendemos da experiência missionária deles:
(1) que a alegria do crente vem do interior e independe das circunstâncias externas; a perseguição não pode destruir nossa paz e nossa alegria (Tg 1.2-4);
(2) que os inimigos de CRISTO não poderão destruir a fé em DEUS e o amor por Ele que o crente tem (Rm 8.35-39);
(3) que mesmo no meio das piores circunstâncias, DEUS dá graça suficiente àqueles que estão na sua vontade e que sofrem por amor ao seu nome (Mt 5.10-12; 2 Co 12.9,10); (4) que sobre aqueles que sofrem por amor ao nome de CRISTO, repousa o ESPÍRITO da glória de DEUS (1 Pe 4.14).
16.26 FORAM SOLTAS AS PRISÕES DE TODOS. Por todo o livro de Atos, Lucas enfatiza que nada pode impedir o avanço do evangelho de CRISTO quando propagado por crentes fiéis. Em Filipos, DEUS interveio, e Paulo e Silas foram libertos por um terremoto enviado por Ele. O resultado foi um maior progresso do evangelho, destacando-se a salvação do carcereiro e de todos os seus familiares (vv. 31-33).
16.30 QUE É NECESSÁRIO QUE EU FAÇA PARA ME SALVAR? Esta é a pergunta mais importante que alguém se pode fazer. A resposta dos apóstolos é: Crê no Senhor JESUS CRISTO (v. 31).
(1) Crer no Senhor JESUS é achegarmo-nos a Ele como o nosso vivo e divino Redentor, nosso Salvador da condenação eterna e o Senhor da nossa vida. É crer que Ele é o Filho de DEUS enviado pelo Pai e que tudo quanto Ele é verdadeiro e final para a nossa vida. É crer que Ele perdoa os nossos pecados, torna-nos seus filhos, dá-nos o ESPÍRITO SANTO e está sempre presente conosco para nos ajudar, guiar, consolar e nos levar até ao céu.
(2) A fé salvífica é muito mais do que crer em verdades a respeito de CRISTO. Ela nos aproxima dEle, faz-nos permanecer nEle e entregar-lhe nossa vida conturbada, na confiança de que Ele, sua Palavra e o ESPÍRITO SANTO nos conduzirão através desta vida à gloriosa presença do Pai.
 
Fruto do ESPÍRITO - Batismo No ESPÍRITO - Dons do ESPÍRITO
O fruto é implantado no crente no momento de sua conversão e o recebemos pela graça de DEUS e sem merecimento - Pegue uma laranja com nove gomos como exemplo - No momento da conversão se recebe a laranja para que bebamos dos nove gomos em nossa caminhada cristão. Podemos beber muito de um gomo e de outro não, mas seguramente beberemos de todos, pelo menos um pouco de cada. se bebermos muito do primeiro que é o amor, seguramente beberemos muito de todos os outros.
Quanto ao batismo recebemos pela graça de DEUS e sem merecimento. JESUS quer batizar-nos desde o momento de nossa conversão, assim como o fruto nos foi implantado desde esse momento. O ESPÍRITO SANTO já está habitando em nós a partir daí - O problema é deixarmos que o ESPÍRITO SANTO fale através de nossa língua (membro difícil de ser domado) - O problema é deixarmos que o ESPÍRITO SANTO controle nosso ser, nosso eu, que ELE nos use para ganharmos almas; só assim poderemos ser revestidos de poder para sermos testemunhas de CRISTO.
Quanto aos dons, recebemos pela graça de DEUS e sem merecimento, à medida que acreditamos na ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO e nos dispomos a ser Seu canal de poder para operação de seus dons. Temos que desejar os dons e abundar neles. Temos que dar a vida pelos outros. ser usado em dons significa ser criticado, odiado, perseguido e tudo isso por causa dos outros. para que possamos ser usados nos dons temos que amar aos outros como a nós mesmos e sacrificarmos nossa vida por eles. Jejuar, orar e estudar muito.
 
INTRODUÇÃO
"Porque os dons e a vocação de DEUS são sem arrependimento" (Rm 11.29).
Estamos em plena crise de dons na igreja - enquanto uns pouquíssimos são usados em vários dons, a grande maioria da igreja nem mesmo sabe diferenciar entre um dom e outro. A bíblia afirma: "Todos podeis profetizar...", mas a realidade é que quase nenhum profetiza.
"Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados." - Paulo, (I Coríntios, 14:31)
 
Os dons são concedidos pelo nosso desejo em dar espaço ao ESPÍRITO SANTO de agir em nossa vida e trabalho na obra de DEUS.
A vontade de DEUS não exclui de modo algum o desejar por parte do crente estes dons, de fato Paulo diz várias vezes para ambicionar os dons espirituais: "Desejai ardentemente os maiores dons" (1 Cor. 12:31), "procurai abundar neles, para edificação da igreja" (1 Cor. 14:12), diz Paulo. Estes dons devem ser objeto de busca por parte de todos nós, ninguém está excluído. Não há uma categoria de crentes que está excluída desta busca. Todos devem estar envolvidos nela. Quem não os deseja na realidade não quer que a Igreja seja edificada pela manifestação do ESPÍRITO. Ele não quer que a Igreja de hoje seja edificada por meio dos dons, como o era a igreja antiga.
 
Para estudarmos os dons os dividimos em 3 grupos:
DONS DE REVELAÇÃO
DONS DE PODER
DONS DE INSPIRAÇÃO OU DA FALA
 
Hoje vamos estudar sobre dons de revelação:
 
 
DONS DE REVELAÇÃO (REVELAM ALGO OCULTO OU DESCONHECIDO SOBRENATURALMENTE).
São três - Palavra de sabedoria, Palavra de conhecimento ou da ciência e Discernimento de espíritos.
Essas manifestações do ESPÍRITO SANTO são sobrenaturais, não devemos confundir os dons com sabedoria adquirida com estudo de livros, revistas, pesquisas na internet ou cursos de homilética, hermenêutica, lingüística ou qualquer outra disciplina.
 
 
1- Palavra de sabedoria:
Palavra= pequena parte da sabedoria de DEUS; acontecimento futuro, só DEUS sabe; tem a ver com a onisciência de DEUS. JESUS sabia todas as cosias que estavam por vir. O profeta Ágabo (novo testamento tem profeta) revelava uma seca na Judéia que aconteceu realmente pouco tempo depois e a prisão de Paulo, tudo no futuro.
Aqui, estamos estudando sobre revelações futurísticas que são dadas pelo ESPÍRITO SANTO, de repente, sem um prévio aviso ou estudo.
Esta revelação pode ser dada por meio de uma visão, de um sonho, ou por meio de uma voz escutada também.
 
Exemplos:
JESUS:
"Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai. Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem." (Mt 24: 36-44)
 
Exemplo em Atos dos apóstolos:
Profeta Ágabo a respeito de uma grande fome
Atos 11:28 e levantando-se um deles, de nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande fome por todo o mundo, a qual ocorreu no tempo de Cláudio.
Profeta Ágabo a respeito de Paulo
Atos 21:11 e, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele os próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios.
Paulo em viagem para Roma
"Atos 27.34 Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.".
Paulo sobre arrebatamento:
I Co 15:51 "Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados".
 
Sobre 1 Rs 3.16-28 - Não concordo com o autor da revista nesse ponto.
Salomão, por exemplo, usou a sabedoria divina ao julgar o caso daquelas mulheres que lutavam pela posse de um recém-nascido (1 Rs 3.16-28). Todos os que ouviram a sentença do rei temeram ao Senhor, pois sabiam que sobre o monarca atuara uma sabedoria sobrenatural vinda diretamente de DEUS (1 Rs 3.28). Como carecemos desse dom! Muitos problemas, tidos como insolúveis, seriam prontamente resolvidos entre nós, na obra de DEUS, em toda sua abrangência.
 
Não concordamos aqui com o autor da revista - Não foi revelado por uma manifestação sobrenatural quem era a mãe da criança, mas com a sabedoria concedida por DEUS a Salomão ele pode armar uma estratégia para descobrir quem era a mãe verdadeira, portanto não é uma manifestação de um dom do ESPÍRITO SANTO, mas uma sabedoria humana aumentada por DEUS.
 
Um exemplo aqui de Palavra de Sabedoria no AT poderia ser II Reis 3.16, 20:
Eliseu, solicitou a presença de um músico. Queria enlevar o espírito. Sentir-se inspirado: "E sucedeu que, tocando o músico, veio sobre ele a mão do Senhor. E disse: "Assim diz O Senhor, fazei neste vale, muitas covas".
"E sucedeu que, pela manhã, oferecendo-se a oferta de alimentos, eis que vinham as águas pelo caminho de Edom; e a terra se encheu de água".
 
 
2- Palavra de conhecimento ou da ciência:
Palavra = pequena parte do conhecimento de DEUS, revelação de coisa conhecida; tem a ver com onipresença de DEUS. (pode ser coisa conhecida por pessoas em outra parte ou localidade, que é revelada aqui onde estamos). JESUS via Natanael debaixo de uma figueira sem nem mesmo estar na mesma cidade. Eliseu sabia todas as estratégias de guerra do inimigo sem nem mesmo estar perto de seu acampamento.
 
Exemplos:
JESUS:
Jo 1.48 Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe JESUS: Antes que Felipe te chamasse, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
João 4:16-19 JESUS disse à mulher samaritana: "Vai, chama o teu marido e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe JESUS: Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta"
 
Eliseu sobre conversas escondidas:
2 Rs 6.12 E disse um dos servos: Não, ó rei meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas no teu quarto de dormir.
Exemplo em Atos dos apóstolos:
Pedro, Ananias e Safira
Atos 5.4 “Enquanto o possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS”.
 
 
3- Discernimento de espíritos:
Saber de onde vem e o que está operando numa pessoa. JESUS enxergava a fé dentro das pessoas. Tem a ver com a onipotência de DEUS (Aqui se expulsa demônios e se vence forças e idéias malignas). Paulo enxergou um demônio falando a verdade a seu respeito, mas com o intuito de ganhar crédito para suas adivinhações.
 
Exemplo:
JESUS:
"E JESUS, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados são os teus pecados."(Mc 2:5).
 
Exemplo em Atos dos apóstolos:
Paulo e a pitonisa:
" E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de JESUS CRISTO que saias dela. E na mesma hora saiu."(At 16:18).
 
Para julgar profecias esse dom é imprescindível.
1Co 14.26 - "E falem dois ou três profetas, e os outros julguem".
O julgamento de manifestações espirituais é uma ordenança bíblica. O apóstolo João escreveu: "Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo"(1Jo 4.1). O discernimento é uma necessidade para a igreja dos dias atuais, pois há um verdadeiro bombardeio de modismos doutrinários, heresias e misticismos antibíblicas. Em meio a essa confusão da espiritualidade pós-moderna, a "profecia", ou melhor, a profetada é um dos meios em que muitas heresias têm sido gerada.
Como saber se determinada manifestação espiritual vem do ESPÍRITO de DEUS, do espírito humano ou de Satanás? Somente com o discernimento dado pelo ESPÍRITO SANTO.
 
Esse dom também tem a ver com o discernimento para se distinguir a fonte do falar em línguas espirituais (ou estranhas).
- se aquele que fala em línguas está falando na carne (fingindo ser batizado, ou aquele que aprendeu a repetir palavras como se fossem em línguas espirituais),
- se aquele que fala em línguas está falando de DEUS (foi realmente batizado)
- ou se fala imitações de Satanás, através de demônios que imitam o falar em línguas verdadeiro.
 
A própria pregação e/ou ensino deve ser ouvida e julgada para se discernir entre a pregação/ensino que vem de DEUS ou a que vem do homem ou a que vem do Diabo.
 
Mediante este dom o ESPÍRITO SANTO capacita o crente de discernir a presença de espíritos malignos em pessoas ou próximo de pessoas ou ver os espíritos enquanto operam malvadamente. Existem espíritos de vários generos, isto é, ocupados a fazer várias formas de mal. Existem espíritos que provocam mudez e surdez como aquele expulso daquele menino epiléptico por JESUS, de fato JESUS lhe disse: "ESPÍRITO mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele" (Mar. 9:25). De modo que nestes casos para que a cura se faça é necessário discernir o espírito ou os espíritos que provocam as doenças para depois expulsá-lo ou expulsá-los em nome de CRISTO JESUS. Existem espíritos enganadores que estão ocupados a enganar; Paulo diz de fato que em dias vindouros "alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores…." (1 Tim. 4:1). Destes espíritos existem já muitos no seio do povo de DEUS; mediante eles toda a sorte de falsa doutrina é ensinada a certos crentes. Existem espíritos que fazem sinais e prodígios; João viu alguns deles em visão: "E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do DEUS Todo-Poderoso" (Ap. 16:13-14).
 
 
LEITURA BÍBLlCA EM CLASSE - Atos 8.5-8; 1 Coríntios 12.4-10
Atos 8
5 - E, descendo Filipe à cidade de Samaria, Ihes pregava a CRISTO. 6 - E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, 7 - pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. 8 - E havia grande alegria naquela cidade.
1 Coríntios 12
4 - Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. 5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos. 7 - Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. 8 - Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; 9 - e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; 10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
 
PALAVRA-CHAVE - Poder [Do grego Kratos]. "Força para fazer a obra de DEUS."
 
Comentários da BEP - CPAD
Atos 8
8.5-24 DESCENDO FILIPE À ... SAMARIA. Note a seqüência de eventos nesse registro do derramamento do ESPÍRITO SANTO nos crentes samaritanos.
(1) Filipe pregou o evangelho do reino, e DEUS confirmou a Palavra com sinais e prodígios (vv. 5-7).
(2) Muitos samaritanos receberam a Palavra de DEUS (v. 14), creram em JESUS (v. 12), foram curados e libertos de espíritos imundos (v. 7), e batizados nas águas (vv. 12,13). Assim, experimentaram a salvação, a obra regeneradora do ESPÍRITO SANTO e o poder do reino de DEUS (ver v. 12).
(3) O ESPÍRITO SANTO, porém, não tinha descido sobre nenhum deles depois da sua conversão a CRISTO e batismo em água (v. 16).
(4) Alguns dias depois da conversão dos samaritanos, Pedro e João chegaram a Samaria e oraram para os novos crentes receberem o batismo no ESPÍRITO SANTO (vv. 14,15). Houve um definido intervalo entre a conversão deles e o recebimento do batismo no ESPÍRITO SANTO (vv. 16,17; cf. 2.4). Este caso dos samaritanos segue o padrão da experiência idêntica dos discípulos no dia de Pentecoste.
(5) Sem dúvida houve manifestação externa neste caso de recebimento do ESPÍRITO SANTO, a saber: línguas e profecia (ver v. 18).
8.6 OS SINAIS QUE ELE FAZIA. A promessa de CRISTO no sentido de operar sinais e milagres para confirmar a pregação da Palavra não se limitava aos apóstolos (Mc 16.15-18). Ele prometeu que os convertidos por seus discípulos (os que crerem na palavra deles) operarão milagres em nome de JESUS, tais como expulsar demônios (Mc 16.17) e curar os enfermos (Mc 16.18). Foi exatamente o que Filipe fez (vv. 6,7)
8.12 CRESSEM... DO NOME DE JESUS CRISTO. Os samaritanos já eram convertidos e salvos antes do ESPÍRITO vir sobre eles (ver o v. 17).
(1) Creram e foram batizados. Dois fatos tornam claro que a fé dos samaritanos era fé genuína salvífica.
(a) Tanto Filipe (v. 12) quanto os apóstolos (v. 14) consideravam válida a fé que eles tinham.
(b) Os samaritanos assumiram um compromisso público com CRISTO mediante o batismo em água (v. 12). As Escrituras afirmam que Quem crer e for batizado será salvo (Mc 16.16). Sendo assim, eram regenerados e o ESPÍRITO SANTO habitava neles (Rm 8.9).
(2) O recebimento do ESPÍRITO SANTO por eles, vários dias mais tarde (v. 17), não era para salvação. Era o recebimento do ESPÍRITO SANTO como os discípulos o receberam no dia de Pentecoste, i.e., para dotá-los de poder para o serviço e o testemunho para DEUS (1.8). Lucas emprega aqui a expressão recebereis a virtude do ESPÍRITO , primeiramente no sentido de revestir de poder divino (1.8; 2.38; 8.17; 10.47; 19.2), e não no sentido do novo nascimento ou da regeneração
Comentários da BEP - CPAD
1 Coríntios 12
12.1 ACERCA DOS DONS ESPIRITUAIS. Nos caps. 12-14, Paulo trata dos dons do ESPÍRITO SANTO concedidos ao corpo de CRISTO. Esses dons eram parte indispensável da vida e do ministério da igreja primitiva. DEUS quer que esses dons continuem em ação na igreja até a volta de JESUS CRISTO (ver 1.7). Seus propósitos para os dons espirituais são os seguintes:
(1) Manifestar a graça, o poder, e o amor do ESPÍRITO SANTO entre seu povo nas reuniões públicas, nos lares, nas famílias e nas atividades pessoais (vv. 4-7; 14.25; Rm 15.18,19; Ef 4.8).
(2) Ajudar a tornar eficaz a pregação do evangelho aos perdidos, confirmando de modo sobrenatural a mensagem do evangelho (Mc 16.15-20; At 14.8-18; 16.16-18; 19.11-20; 28.1-10).
(3) Suprir as necessidades humanas, fortalecer e edificar espiritualmente, tanto a congregação (vv. 7,14-30; 14.3,12,26), como os crentes individualmente (14.4), i.e., aperfeiçoar os crentes na "caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida" (1 Tm 1.5; cf. 1 Co 13).
(4) Batalhar com eficácia na guerra espiritual contra Satanás e as hostes do mal (Is 61.1; At 8.5-7; 26.18; Ef 6.11,12).
Alguns trechos bíblicos que tratam dos dons espirituais são: Rm 12.3-8; 1 Co 1.7; 12-14; Ef 4.4-16; 1 Pe 4.10,11).
12.1-6 DONS ESPIRITUAIS. Os termos que a Bíblia emprega para os dons espirituais descrevem a sua natureza.
(1) "Dons espirituais", (gr. pneumatika, derivado de pneuma, "espírito"). A expressão refere-se às manifestações sobrenaturais concedidas como dons da parte do ESPÍRITO SANTO, e que operam através dos crentes, para o seu bem comum (vv. 1,7; 14.1).
(2) "Dons" ou "dons da graça" (gr. charismata, derivado de charis, "graça"), indicam que os dons espirituais envolvem tanto a motivação interior da pessoa, como o poder para desempenhar o ministério referente ao dom (i.e., a capacitação dinâmica) recebido do ESPÍRITO SANTO.
Esses dons fortalecem espiritualmente o corpo de CRISTO e aqueles que necessitam de ajuda espiritual (v. 4; ver Rm 12.6; Ef 4.11; 1 Pe 4.10.
(3) "Operações" ou "efeitos" (gr. energemata, derivado de energes, "ativo, enérgico"). O termo indica que os dons espirituais são operações diretas do poder de DEUS Pai, visando resultados definidos (vv. 6,10).
(5) "A manifestação do ESPÍRITO" (gr. phanerosis, derivado de phaneros, "manifestar") realça o fato de que os dons espirituais são manifestações diretas da operação e da presença do ESPÍRITO SANTO na congregação (vv. 7-11)
DONS DE PODER (DÃO PODER PARA SE FAZER ALGO SOBRENATURAL).
ESTÃO INTIMAMENTE LIGADOS Ä ONIPOTÊNCIA DE DEUS.
SE OS TRÊS PRIMEIROS DONS SÃO MUITO VISTOS EM OPERAÇÃO NO PROFETA, ESSES DONS DE PODER JÁ SÃO MUITO VISTOS EM OPERAÇÃO ATRAVÉS DOS EVANGELISTAS.
1- Fé:
Dom da Fé (12.9).
Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo ESPÍRITO SANTO, capacitando o crente a crer em DEUS para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do ESPÍRITO, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
 
Esse dom não se refere à fé salvadora (cf. At 16.31), nem ao crescimento da fé (cf. 2 Ts 1.3) ou ao reforço à fé que o batismo no ESPÍRITO SANTO nos dá (cf. 2 Co 4.1 3), mas consiste em um impulso à fé [...] para executar aquilo que DEUS determinou que fizéssemos. Esse dom em ação gera uma atmosfera de fé, que dá a convicção de que agora tudo é possível (cf. Jo 11 .40-44; Mc9.23) [...].
 
Fé para crer no impossível (temos fé natural, sobrenatural e espiritual), precisamos de fé para comer (pode estar envenenado), para andar no meio da rua (pode ser atropelado), para viajar de avião (pode cair), para adorar a DEUS (Não estamos vendo-o), para crer em milagres sem os ver.
Dom de fé é acreditar que o impossível de acontecer já aconteceu. É impossível que alguém que já morreu torne a viver.
Ex: JESUS: "E, tendo dito isso, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!(Jo 11: 43)
Paulo: "Tendo Paulo descido, debruçou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, pois a sua alma está nele."(At 20:10)
2- Dons de curar:
Dons de Curas (12.9).
Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de DEUS. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de CRISTO (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).
 
A cura do corpo doente pela fé é um fruto da morte de CRISTO na cruz do Calvário (cf Is 53.4,5; 1 Pe 2.24,25; Mt 8.16,17 e 9.35,36). Os dons de curar consistem em uma operação do ESPÍRITO SANTO, pela qual o poder de cura que JESUS ganhou é transmitido ao doente de modo abundante, imediato, para a cura completa. [...] Esse dom não significa uma capacidade de curar quando e como a pessoa quer, porém é sempre uma transmissão de poder do ESPÍRITO SANTO. Por isso, é indispensável que o portador do dom esteja ligado a CRISTO e siga a sua direção. O dom é dado à Igreja e constitui uma confirmação de DEUS à pregação da Palavra (cf. Mc 16.20; At 14.1-4; 10.38 e 5.11,12). Por esse motivo, JESUS deve sempre ser o único glorificado.
 
Dons no plural, São várias as enfermidades e doenças, alguns são usados para certos tipos de doenças, NENHUMA PESSOA É USADA PARA CURAR TODOS OS TIPOS DE DOENÇA.
Ex: JESUS: "Mas ele, conhecendo-lhes os pensamentos, disse ao homem que tinha a mão atrofiada: Levanta-te, e fica em pé aqui no meio. E ele, levantando-se, ficou em pé."(Lc 6:8)
Paulo: "Aconteceu estar de cama, enfermo de febre e disenteria, o pai de Públio; Paulo foi visitá-lo, e havendo orado, impôs-lhe as mãos, e o curou."(At 28:8);
 
"Erasto ficou em Corinto; a Trófimo deixei doente em Mileto."(2Tm 4:20). PAULO NÃO CUROU SEU COMPANHEIRO Trófimo porque não tinha o Dom de curar todos os tipos de doenças..
 
OS DONS DE CURAR 
DOM, totalmente dependente de DEUS.
DEUS tem o senhorio e é soberano; com isso cura quem quer.
DEUS cura pela fé da pessoa.
Sem fé, é impossível agradar a DEUS.
Há cura instantânea, visível e espetacular.
Há certa cura onde os sintomas  da doença  não desaparece imediatamente, mas a operação da cura já ocorreu. É gradativo ...
DEUS pode curar qualquer pessoa, pois ele é soberano, não cabe a nós o julgar os fatos, pois não sabemos os planos de DEUS para aquela pessoa. DEUS pode curar por pura misericórdia e compaixão e até para sua glória.
Há diferenças entre doenças e enfermidades.
Doença: é de sentido amplo e pode ser uma enfermidade com particularidade de apresentar dores.
Doença e dor tem a mesma origem da palavra latina “dolere".
 
Enfermidade: Não revela o estado em que o indivíduo se encontra realmente, seu corpo, sua aparência apresenta boa saúde, mas há surdez, paralesia, etc.Tem relação com  defeitos  físicos  ou deficiências  orgânicas e não acarretam diretamente dores.
Não haverá cura nem milagres, se não houver fé.
Muitos  não se  curam pois  não  querem  serem  curados. Chamam mais atenção assim! 
Há  males   que   não  são de  origem   maligna   e  não  podem ser diretamente classificadas como resultado de pecado tal como:
Excesso  de  trabalho,  preocupação  exagerada (problemas familiares ou financeiros),  pouco  descanso, poucas horas de sono, epidemias, má alimentação, tristeza, angústia, depressão, medo, etc.
NÃO se descuide de sua saúde e seu limite físico.
Fp 2 :25-30 (Epafrodito) amigo de Paulo da cidade de Filipos. Paulo o chamava de “cooperador”. Sua atitude dentro da  obra de DEUS,  foi de tal forma, que seu exagero o levou a beira da morte. Ficou doente!
JESUS quer que  nossa fé seja  fundamentada  na sua Palavra e não apenas  em  sinais  e  maravilhas  que  podemos  ver  com os olhos físicos (Jo 4:48).
Ninguém tem o poder  de  curar,  mas todos podem ter o poder de curar ao ser usado pelo ESPÍRITO SANTO.
Além  dos   motivos   expostos,  os  dons   de  curar  têm  ainda  um propósito  mais elevado : a Glória de DEUS.
Os dons  de  cura chamam  atenção   para  a  majestade  de   DEUS,  pela  sua  confirmação  da palavra e amor a nós.
Devemos ter em mente:
A) Nem  sempre  a  enfermidade  é uma consequência  direta de um pecado que o doente cometeu.
B) Ao afirmarmos que  as  enfermidades  procedem  de  satanás, alguém pode fazer inúmeras perguntas, mas devemos lembrar que satanás  não  pode possuir um crente em comunhão com DEUS. Pode oprimi-lo, mas sua vida é do Senhor DEUS. (JÓ)
A doença e a enfermidade é um meio pelo  qual satanás pode oprimir um servo de DEUS. 
Os servos de DEUS devem se revestir  do  poder  e da autoridade que CRISTO nos deixou, para dominarem o opressor.
 
Curas Efetuadas por JESUS
JESUS ordenava "Curai os enfermos" (Mt. 10:8).
Condições para a cura - a importância da fé
A recepção da cura muitas vezes dependerá da fé.
"Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das ações (a fé de quem ora e de quem recebe); doutras, basta uma só".
Quando o enfermo não tem essa fé, pode atrapalhar a ação da cura.
Podemos entender, agora, porque JESUS, ao curar alguém, dizia: "Se tiveres fé" ou "A tua fé te salvou".
 
Curas que JESUS realizou:
Apenas pelo olhar e pela palavra
1 ) Ao paralítico, no tanque de Betesda, indaga (Jo. 5 :1/9):
- Queres ser curado?
Ante a resposta afirmativa, ordena:
- Levanta-te, toma o teu leito e anda.
Imediatamente o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar.
2) Age de modo semelhante com o paralítico de Cafarnaum (Mt. 9:2/8, Mc. 2:1/12 e Lc. 5:17/26).
- Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa.
E, levantando-se, partiu para sua casa.
 
Pelo toque ou imposição das mãos
1) "...todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias (Lc 4:40) lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um".
2) Aproximou-se dele um leproso, rogando-lhe de joelhos:
- Senhor, se queres, podes tomar-me limpo. (Mc. 1:40/45) JESUS, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o, e disse-lhe:
- Quero, fica limpo1 (Mt. 8: IR.) No mesmo instante lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.
3) Em Jericó, JESUS passava acompanhado por uma multidão.
Um cego estava à margem do caminho. Ouvindo que era JESUS quem passava, pôs-se a segui-lo clamando para que o curasse.
(Mc. 10:46/52, Lc. 18:35/43 e Mt. 20:29/34.) JESUS parou e mandou chamá-lo.
- Que queres que eu te faça?
- Mestre, que eu tome a ver.
- Vai; a tua fé te salvou.
E imediatamente o cego tomou a ver, e seguia JESUS estrada afora. (Mateus diz que eram 2 cegos e que JESUS lhes tocou os olhos).
4) Quando iam prender JESUS no Horto das Oliveiras, Pedro sacou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.
Mas JESUS acudiu, dizendo: Deixai, basta.
E, tocando-lhe a orelha (ao servo ferido), o curou. (Mt.26:47/56, Mc. 14:43/50, Lc. 22:47/53 e Jo. 18:2/11.)
Outros exemplos:
JESUS abençoa as criancinhas impondo-lhe as mãos.(Mc.10: 13/16.) JESUS cura a sogra de Pedro, de febre muito alta: "tomou-a pela mão", e "repreendeu a febre". (Mt. 8:14/15, Mc. 1:29/31 e Lc. 4:38/39.)
Cura de um hidrópico: "E tomando-o o curou e o despediu". (Lc. 14:1/6.)
Cura de dois cegos:
"Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos". (Mt. 9:27/31.)
 
Com saliva
1) Então lhe trouxeram um surdo e gago e lhe suplicaram que impusesse a mão sobre ele. (Mc. 7:32/37.) JESUS, tirando-o da multidão, à parte, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e lhe tocou a língua com saliva; depois, erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá, que quer dizer: Abre-te. Abriram-se-lhe os ouvidos e logo se lhe soltou o empecilho
da língua, e falava desembaraçadamente.
2) Então chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse. (Mc. 8:22/26.) JESUS, tomando-o pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: - Vês alguma coisa? Este, recobrando a vista, respondeu: - Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando.
Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito.
Destaquemos nestas duas passagens: usou o toque, a saliva, a oração e a palavra; retirou o enfermo para longe da multidão, porque poderia prejudicar a realização do milagre.
 
Com saliva e com terra
1) Encontrando um cego de nascença, JESUS "cuspiu na terra, e tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe:
- "Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado).
"Ele foi, lavou-se, e voltou vendo". (Jo. 9:1/12.) Se esta passagem está fiel ao acontecido, tentemos uma análise:
 
Curas à distância
Os enfermos, à distância, ficaram curados no mesmo momento em que JESUS assegurava isso.
l) Cura do criado de um centurião romano, em Cafarnaum. (Mt. 8;5/13.) O enfermo ficara em casa, o centurião foi até JESUS pedir a cura.
"Então, disse JESUS ao centurião: Vai-te e seja feito conforme a tua fé. E naquela mesma hora o servo foi curado".
2) Em Caná, um oficial do rei pede a JESUS a cura do filho que ficara em Cafarnaum, enfermo. (Jo. 4:46/54.) "Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce, antes que meu filho morra." "Vai, disse-lhe JESUS; teu filho vive." "O homem creu na palavra de JESUS e partiu" (para Cafarnaum) vindo a saber, depois, que o filho ficara bom exatamente na hora em que JESUS afirmara a sua cura.
 
Por lhe tocarem as vestes
"... punham os enfermos nas praças, rogando-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste; e quantos a tocavam saíam curados". (Mc. 6:55/56.) Não era o fato de lhe tocarem as vestes que os curava e, sim, o de entrarem em contacto com sua unção.
E "todos " se curavam? Os que tinham fé para tanto.
É o que fica evidente no caso a seguir:
1) Cura de uma mulher hemorroíssa (fluxo de sangue). (Mt. 9:19/23 e Lc. 8:42/48.) Há 12 anos tinha ela um fluxo sangüíneo e já se havia tratado com vários médicos, sem alcançar a cura e gastando tudo quanto possuía. Tendo ouvido a fama de JESUS, a mulher veio por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste, porque dizia:
- Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada. E logo se lhe estancou a hemorragia e sentiu no corpo estar curada.
JESUS perguntou:
- Quem me tocou?
- Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder (ou virtude, força) (percebera que alguém atraíra sua unção).
E olhava ao redor para ver quem o tocara.
Então a mulher, vendo que não podia ocultar-se, cônscia do que nela se operara, trêmula se aproximou, prostrou-se diante de JESUS e declarou-lhe o que fizera e porquê.
JESUS lhe disse:
- Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz, e fica livre do teu mal.
 
"Curai os enfermos", mandou ele aos seus discípulos, mas completou: "anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de DEUS" (Lc. 10-9). Não queria que apenas curassem corpos mas que orientassem os enfermos para o entendimento e cumprimento das leis de DEUS, porque a verdadeira cura é a do espírito e esta não se dá apenas pela supressão dos sintomas da doença física, a qual é tão-somente uma conseqüência.
 
 
3- Operação de maravilhas:
Dom de Operação de Milagres (12.10).
Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de DEUS contra Satanás e os espíritos malignos (ver Jo 6.2).
 
Esse dom constitui uma operação do ESPÍRITO SANTO pela qual é transmitido o poder ilimitado do DEUS Todo-Poderoso (cf. SI 115.3 e 135.6). JESUS possuía esse dom (cf. Mt 8.26; Jo 11.43,44)" (BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 4.ed. RJ: CPAD, 2005, pp.111-12).
 
Mudança na natureza, MUDA O QUE ERA NATURAL.
EX. PARAR O SOL (JOSUÉ) - VOLTAR DEZ GRAUS O TEMPO (ISAÍAS)
Ex: JESUS: "Dito isto, cuspiu no chão e com a saliva fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego, e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa Enviado). E ele foi, lavou-se, e voltou vendo."(Jo 9:6,7)
Paulo: "Mas ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum."(At 28:5).
 
 
INTERAÇÃO
Neste domingo estudaremos a respeito dos dons espirituais de poder. Esses dons foram concedidos à igreja a fim de auxiliá-Ia na propagação do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado. Não devemos jamais nos gloriar por termos recebido de DEUS qualquer dom. Toda a honra e glória devem ser dadas Àquele que nos dotou de tal bênção. Tanto a Igreja Primitiva como a Assembléia de DEUS tem registrado em sua trajetória a manifestação dos dons. Busquemos, pois, incansavelmente os dons que o Senhor prometeu à sua Igreja.
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer os dons de poder.
Explicar o que representa cada dom.
Saber que os dons são necessários para a edificação do Corpo de CRISTO.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A lição de hoje trata dos dons espirituais de poder. Explique aos alunos que esses dons são concedidos à Igreja para sua edificação, a fim de que possa manifestar o poder divino na Terra. No início da aula, escreva no quadro-de-giz os nomes dos três dons de poder que serão estudados na lição (fé, cura e operação de maravilhas). Solicite aos alunos que falem a respeito desses dons. Aproveite para avaliar o conhecimento que eles têm sobre o assunto. Depois, de acordo com o texto da revista, escreva no quadro-de-giz a definição de cada dom.
Conclua enfatizando que os dons jamais devem ser utilizados para a exaltação pessoal.
 
 
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 7 - OS DONS DE PODER
I. O DOM DA FÉ
1. Definição. Intervenção divina para operar o impossível!
2. A distinção entre o dom da fé e a fé natural.
3. Nem todos possuem o dom da fé.
II. OS DONS DE CURAR
1. Por que "dons de curar"?
2. O propósito dos dons de curar.
3. Os dons de curar e a doutrina da salvação.
III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS
1. O que é a operação de maravilhas.
2. A atualidade do dom da operação de maravilhas.
3. A importância desse dom para a Igreja.
 
REFLEXÃO
"Os dons devem ser exercidos com amor, por causa do perigo de serem comunicados de modo errôneo, até mesmo por pessoas com as mais sinceras intenções. E todo dom deve ser avaliado pela igreja." David Lim.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O dom da fé é concedido ao crente para que ele realize proezas em nome do Senhor.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Os dons de curar são concedidos à igreja para que os enfermos sejam curados e o nome do Senhor seja glorificado.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
O dom de operação de maravilhas é concedido pelo Senhor para que a igreja opere sobrenaturalmente nas mais diversas circunstâncias.
 
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BERCSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
 
SAIBA MAIS LENDO A Revista Ensinador Cristão CPAD, nº46, p. 39.
 
 
 
 
 
D  O  N  S
 
1-    Operações de DEUS (DONS)
E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos.(I Co 12:6)
E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.(I Co 12:28)
De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria. (Rm 12: 6-8) DEUS pode usar animal para falar, como fez com a jumenta de Balaão ou usar um descrente para glorificá-lo, com fez com Nabucodonosor; DEUS usa a quem quer e da maneira que quer.
 
 
2-    Dons de CRISTO(Ministérios):  
    E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres.(Ef 4:11); são pessoas dadas à Igreja, para orientá-la e guiá-la fazendo-a crescer. Para edificar e fortalecer a noiva de CRISTO, que é a Igreja. Assim como no corpo humano temos cinco sentidos (olfato,visão,tato,paladar e audição), assim também no corpo de CRISTO, na terra tem cinco ministérios.
 
 
3-    Dons do ESPÍRITO SANTO(Manifestações = mostrar realmente a presença de DEUS):
    A cada um, porém, é dada a manifestação do ESPÍRITO para o proveito comum. Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. Para estudá-los dividimos em.
 
 
4-    DONS DE REVELAÇÃO - DONS DE PODER - DONS DE INSPIRAÇÃO.
 
4.1-    DONS DE REVELAÇÃO (REVELAM ALGO OCULTO OU DESCONHECIDO  SOBRENATURALMENTE).
4.1.1. Palavra de sabedoria:
    Palavra= pequena parte da sabedoria de DEUS; acontecimento futuro, só DEUS sabe; tem a ver com onisciência.
Ex:JESUS: "Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai. Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem." (Mt 24: 36-44)
Paulo: "34 Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós." (At 27:34).
 
4.1.2. Palavra de conhecimento ou da ciência:
Palavra = pequena parte do conhecimento de DEUS, revelação de coisa conhecida; tem a ver com onipresença. (pode ser coisa conhecida por pessoas em outra parte ou localidade, que é revelada aqui onde estamos).
Ex: JESUS: "Mas JESUS logo percebeu em seu espírito que eles assim arrazoavam dentro de si, e perguntou-lhes: Por que arrazoais desse modo em vossos corações?" (Mc 2:8)
JESUS: Jo 1.48 Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe JESUS: Antes que Felipe te chamasse, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
Paulo: "Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados"(I Co 15:51).
 
4.1.3. Discernimento de espíritos: 
    Saber de onde vem e o que está operando numa pessoa.
Ex: JESUS: "E JESUS, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados são os teus pecados."(Mc 2:5)
Paulo:" E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de JESUS CRISTO que saias dela. E na mesma hora saiu."(At 16:18).
 
4.2-    DONS DE PODER (DÃO PODER PARA SE FAZER ALGO SOBRENATURAL).
4.2.1. Fé:  
    Para crer no impossível (temos fé natural, sobrenatural e espiritual), precisamos de fé para comer (pode estar envenenado), para andar no meio da rua (pode ser atropelado), para viajar de avião (pode cair), para adorar a DEUS (Não estamos vendo-o), para crer em milagres sem os ver. Don de fé é acreditar que o impossível de acontecer já aconteceu. É impossível que alguém que já morreu torne a viver.
Ex: JESUS: "E, tendo dito isso, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!(Jo 11: 43)
Paulo: "Tendo Paulo descido, debruçou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, pois a sua alma está nele."(At 20:10)
                    NASCERIA UM FILHO DE UM CASAL EM QUE O HOMEM TEM 100 ANOS E A MULHER 90 ANOS? ABRAÃO CREU ASSIM MESMO. PODERIA ALGUÉM MATAR UM FILHO E DEPOIS VOLTAR PARA CASA COM ESTE FILHO VIVO? ABRAÃO CREU; POR ISSO FOI JUSTIFICADO PELA SUA FÉ EM DEUS.
 
4.2.2. Dons de curar: 
    Dons no plural, alguns são usados para certos tipos de doenças, NENHUMA PESSOA É USADA PARA CURAR TODOS OS TIPOS DE DOENÇA.
Ex: JESUS: "Mas ele, conhecendo-lhes os pensamentos, disse ao homem que tinha a mão atrofiada: Levanta-te, e fica em pé aqui no meio. E ele, levantando-se, ficou em pé."(Lc 6:8)
Paulo: "Aconteceu estar de cama, enfermo de febre e disenteria, o pai de Públio; Paulo foi visitá-lo, e havendo orado, impôs-lhe as mãos, e o curou."(At 28:8); "Erasto ficou em Corinto; a Trófimo deixei doente em Mileto."(2Tm 4:20). PAULO NÃO CUROU SEU COMPANHEIRO TRÓFIMO.
 
4.2.3. Operação de maravilhas: 
    Mudança na natureza, MUDA O QUE ERA NATURAL.
EX. PARAR O SOL (JOSUÉ) - VOLTAR DEZ GRAUS O TEMPO (ISAÍAS)
Ex: JESUS: "Dito isto, cuspiu no chão e com a saliva fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego, e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa Enviado). E ele foi, lavou-se, e voltou vendo."(Jo 9:6,7)
Paulo: "Mas ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum."(At 28:5).
 
4.3-    DONS DE INSPIRAÇÃO OU DA FALA (DIZEM ALGO DE SOBRENATURAL).
4.3.1. Profecia:
    Pode vir de 3 fontes: DEUS, homem e satanás. Devem ser julgadas (1 Ts 5:21,22) e controladas para haver ordem no culto; um depois do outro e no máximo três em cada reunião (1 Co 14.31). Não devem ser desprezadas(1 Ts 5:20). Vêm para edificação, exortação e consolação(1 Co 14:3). Línguas + Interpretação = Profecia (1 Co 14:27,13). Diferente de profeta, todo profeta profetiza, nem todo que profetiza é profeta (1Co 14:31) e (Ef 4:11) Profeta é ministério dado por CRISTO, profecia é manifestação do ESPÍRITO SANTO. Profeta prediz alguma coisa que ainda vai acontecer, profecia não prediz nada. Todos podem profetizar (1 Co 14.31), mas poucos são chamados para serem profetas. 
Ex: JESUS: "Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas eu vos tornarei a ver, e alegrar-se-á o vosso coração, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará."(Jo 16:22).
Paulo: "disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos. Então os soldados cortaram os cabos do batel e o deixaram cair. Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum, não havendo provado coisa alguma. Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós."(At 27:31-34).
 
4.3.2. Variedade de línguas: 
    4 tipos de línguas: Não proibais falar em línguas; é ordem de DEUS (1 Co 14.39).
 
4.3.2.1. Língua para oração:     
    "Porque se eu orar em língua, o meu espírito ORA BEM, mas o meu entendimento fica infrutífero."(I Co 14:14). Você quer orar bem? Veja também em Rm 8.26 que não sabemos pedir como convém, mas o ESPÍRITO SANTO sabe o que precisamos e ELE sabe pedir.
Fala com DEUS: "Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a DEUS; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios."(I Co 14:2). Por isso é tão combatido o falar em línguas, pois nem Satanás entende.
Edificação própria: "O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja."(I Co 14:4)
Você quer ser edificado? "Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé,  orando no ESPÍRITO SANTO," Jd.20 (orar no ESPÍRITO, não quer dizer orar em pensamento).
 
4.3.2.2. Língua para interpretação: 
    "Todos têm dons de curar? falam todos em línguas? interpretam todos?"(I Co 12:30), nem todos recebem; "Que fazer, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento."(I Co 14:15). Falam em línguas todos? Quer dizer em línguas para interpretação, ou seja, nem todos têm o dom de línguas, mesmo sendo batizados. Essa linguagem pode ser interpretada pelo que fala ou por outrem.
 
4.3.2.3. Língua como sinal para incrédulo: 
    "De modo que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; a profecia, porém, não é sinal para os incrédulos, mas para os crentes."(I Co 14:22); estrangeiros ouvem em sua própria língua, ex: "Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua."(At 2:6). Pode alguém ser usado para falar, por exemplo em alemão em algum lugar e uma pessoa presente alí, que fala alemão entenderá tudo o que DEUS quer falar-lhe.
 
4.3.2.4. Gemidos inexprimíveis:
    " Do mesmo modo também o ESPÍRITO nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o ESPÍRITO mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis."(Rm 8:26), oração intercessora. O ESPÍRITO SANTO é nosso intercessor aqui na terra. ELE leva nossa oração a JESUS CRISTO que está assentado à direita de DEUS PAI, intercedendo por nós lá no céu. O pai recebe a oração e responde de acordo com sua vontade.
 
4.3.3. Interpretação de Línguas:
"Que fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado (ore tão baixinho que ninguém o note) na igreja, e fale consigo mesmo, e com DEUS."(I Co 14:26-28); "Por isso, o que fala em língua, ore para que a possa interpretar."(I Co 14:13) JESUS não falava porque tudo que falava era o que DEUS queria falar e as línguas são sinais da presença de DEUS em nosso meio, JESUS é DEUS.
Paulo: "Dou graças a DEUS, que falo em línguas mais do que vós todos."(I Co 14:18).Não quis dizer latim, grego e hebraico, pois são línguas aprendidas e faladas no tempo de Paulo por quase todos; o que Paulo quis dizer é que orava muito em línguas e também que tinha dom de línguas.
 Nós falamos sem aprender, vem de cima, vem de DEUS, não necessitamos que alguém nos ensine, podemos receber na igreja, na rua, no campo, em casa (como aconteceu comigo) ou outro qualquer lugar sem interferência de outrem ou por imposição de mãos de alguém.
                   
5-    CONSIDERAÇÕES FINAIS:
5.1• Dons, só depois do batismo com o ESPÍRITO SANTO.(vaso vazio não transborda)
5.2• O senhorio é de CRISTO.(o cabeça do corpo)
5.3• Para glorificação de DEUS.(o ESPÍRITO SANTO glorifica a DEUS)
5.4• Vaso deve estar limpo sempre para o uso constante.(santificação)
5.5• Nada é de nós mesmos, tudo vem de DEUS(nada de orgulho).
5.6• Todos os dons são para os outros só um para nós linguagem de oração. (língua que foi batizado) 
 
 
Ajuda insejec@uol.com.br
 
 
Paulo e os Dons
Estudando sobre a vida do apóstolo Paulo pude confirmar realmente que os nove dons operavam em seu ministério:
 
Vamos ver: -PALAVRA DE SABEDORIA: (pequena parte da sabedoria de DEUS a respeito do futuro) At 27.22 Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perder] a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. - PALAVRA DE CONHECIMENTO: (pequena parte do conhecimento  de DEUS a respeito de algo conhecido em outra parte, porém não no local revelado) At 27.10 Dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas. - DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS: At 16.18 E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de JESUS CRISTO, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu. - FÉ: (Dom necessário para ressurreição de mortos - crer no impossível) At 20.10 Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está. – Milagres ou Maravilhas (Agindo sobrenaturalmente na natureza) At  28. 5 Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não sofreu nenhum mal. – DONS DE CURAR: At 28. 8 E aconteceu estar de cama enfermo de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou.
- PROFECIA (Edificação, Exortação e Consolação) Ts 4.13 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. – DOM VARIEDADE DE LÍNGUAS: 1 Co 14. 18 Dou graças ao meu DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos – DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS: 1 Co 14. 13 Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar (Este não está claro, porém por dedução, como estava ensinando, muito provavelmente era o que acontecia com ele próprio).
Ev.Luiz Henrique de Almeida Silva    
 
 
 
ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS
Luiz Antonio Ferraz / outubro de 1995
 
INTRODUÇÃO
Os Nove Dons Extraordinários
Neste trabalho, nos propomos a demonstrar a atualidade dos dons espirituais. Desejamos comprovar que os dons extraordinários não cessaram com a ultimação do Novo Testamento. Segundo alguns expoentes, os dons dividem-se em ordinários e extraordinários. Na primeira classificação incluem-se os dons de natureza comum. Na segunda encontramos aqueles dons de caráter sobrenatural. Na opinião de muitos eruditos, alguns desses dons de natureza sobrenatural cessaram quando o Novo Testamento foi completado. Esses dons extraordinários são aqueles nove alistados em I Coríntios 12:8-10: (1) palavra da sabedoria, (2) palavra do conhecimento, (3) fé, (4) curas, (5) operação de milagres, (6) profecia, (7) discernimento de espíritos, (8) variedade de línguas, (9) interpretação de línguas. Afirma-se que nos dias de hoje não devem existir esses dons, porque eles tinham a função de causar efeito, autenticar a mensagem apostólica e servir de sinal para a inauguração de uma nova era que estava surgindo no plano dispensacional de DEUS.
Para levar a efeito nosso propósito, dividimos este ensaio em dois capítulos. Na primeira parte apresentamos os pressupostos filosóficos que devem ser vistos como evidências, e não como provas, da atualidade dos dons extraordinários. É importante salientar que, toda vez que utilizarmos a expressão "dons extraordinários" neste trabalho, estaremos nos referindo aos nove dons alistados em I Coríntios 12:8-10. A segunda parte traz argumentos escriturísticos extraídos das Sagradas Escrituras (Basearemos nossos argumentos em uma única passagem bíblica: a passagem clássica de I Coríntios 13:8-13 onde, alguns supostamente encontram elementos para negarem a atualidade dos dons extraordinários). Obviamente, nas Escrituras reside nossa melhor força argumentativa, pois é dela que extraímos o material mais apropriado, sem, contudo, desprezarmos as fontes extrabíblicas, pois estas trouxeram grande contribuição a este trabalho. Reconhecemos, entretanto, que qualquer outra fonte, por melhor que seja, seria inútil se estivesse desassociada do reconhecimento da superioridade, inerrância e infalibilidade das Escrituras Sagradas. É, pois, da análise da Bíblia que ousamos apresentar provas incontestáveis da atualidade dos dons extraordinários. A filosofia nos foi muito útil, mas apenas como ferramenta de apoio, e não como prova cabal. A filosofia demonstra as evidências. As Escrituras comprovam os fatos.
Apesar da suficiência das Escrituras, era nosso desejo enriquecer este trabalho com outras fontes, além dos argumentos filosóficos. Gostaríamos de ter apresentado os fatos históricos, o que certamente abrilhantaria esta tese. Mas a escassez de tempo e espaço nos obrigou a limitarmos nosso trabalho em apenas duas fontes.
Não temos a pretensão de sermos inéditos, pois em toda parte podemos encontrar, com certa profusão, obras sobre o assunto. Também não pretendemos esgotar este tema, pois homens com mais capacidade do que nós escreveram obras com superior qualidade. Neste sentido nosso trabalho está muito aquém da obra destes eruditos, e não poderemos satisfazer plenamente aqueles que, eventualmente, desejem uma análise mais profunda sobre este tema. Naturalmente, cremos que ainda outros surgirão, pois para os mistérios de DEUS nunca haverá uma palavra definitiva. Nenhum ser humano pode, hoje, arrogar para si o múnus de falar em nome de DEUS. Embora tenhamos, num certo sentido, "inspiração" da parte do ESPÍRITO de DEUS, devemos saber que "...nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação..." (II Pe.1:20).

CAPÍTULO I  -  ARGUMENTOS FILOSÓFICOS
Os argumentos filosóficos são aqueles que se relacionam com o saber humano à parte da revelação divina. O campo da filosofia são as diversas áreas do conhecimento, pois ela trabalha tanto com o conhecimento teórico quanto com o conhecimento experimental, e a relação existente entre estes dois universos.
I. EPISTEMOLÓGICO 
O primeiro argumento filosófico que examinaremos é o epistemológico. "A epistemologia é o campo da filosofia que investiga a natureza e a origem do conhecimento.1
A epistemologia estuda como sabemos.2
" Na área da epistemologia devemos fazer as seguintes perguntas: "Como conhecemos alguma coisa? Quando é justificada a alegação de que alguém sabe? É possível o conhecimento indubitável (certo) acerca de qualquer coisa"?3
Para respondermos à pergunta "como podemos conhecer"? devemos analisar as nossas fontes de conhecimento ou a origem de nossas crenças. As seguintes fontes serão aqui analisadas: o testemunho de outras pessoas, a intuição (usada aqui no sentido de instintos, sentimentos, e desejos), o raciocínio, e a experiência sensória. Estas fontes levam a cinco lógicas ou critérios para validar as crenças. São elas a fé ou o autoritarismo, o subjetivismo, o racionalismo, o empirismo, e o pragmatismo.
1. AUTORITARISMO: Esta fonte baseia-se no testemunho de autoridades. Começamos nossa aprendizagem ao aceitar as crenças da nossa família. Posteriormente aceitamos o que nos é dito por nossos professores e amigos. Ainda depois de formados, dependemos do testemunho de livros, jornais, etc. Aceitamos todas essas fontes quando acreditamos serem elas boas. Desse modo delegamos autoridade às fontes que acreditamos fidedignas. Essa autoridade tem origem em 4 elementos:
1.1. O Prestigio da Autoridade: As autoridades evangélicas que defendem a atualidade dos dons extraordinários são pessoas de prestígio. Elas gozam de nossa confiança, e não somente da nossa, mas até mesmo da de seus oponentes. Portanto, a palavra desses irmãos, homens de erudição comprovada, tem um peso decisivo sobre nossas crenças. Algumas autoridades que podemos citar são: D. M. Lloyd Jones, John R. W. Stott, Ray C. Stedman, David Yonggi Cho, C. P. Wagner, Caio Fábio D'Araujo Filho, entre outros.
1.2. O Número de Defensores: O grande número de pessoas que defendem a atualidade dos dons é algo que deve ser levado em conta. Se os dons extraordinários tivessem cessado, então grande multidão de evangélicos estariam sendo enganados. Será que DEUS permitiria tal coisa?
1.3. A Persistência na Crença: Apesar dos ataques que vem sofrendo ao longo da história, a crença nos dons extraordinários tem persistido até o presente. Se os dons extraordinários manifestados imediatamente após o período apostólico, as manifestações históricas contemporâneas, bem como as atuais da era moderna, fossem de fato falsificações, há muito elas teriam desaparecido da lembrança do povo evangélico. Ele não fariam nenhuma questão de ressuscitá-las.
1.4. A Antiguidade da Crença: A crença nos dons extraordinários não é nenhuma inovação da Igreja Moderna. Ela existe desde o nascimento da Igreja; tem o sêlo apostólico como garantia, bem como a autenticação do ESPÍRITO SANTO nas suas mais diversas operações através da Igreja.
2. Subjetivismo: Temos aqui o argumento baseado na intuição, isto é no sentido dos instintos, sentimentos e desejos. Isto não significa que nossas crenças acerca da realidade dos dons extraordinários tem sua origem em dados dos sentidos ou coisas semelhantes, mas, sim, através de nosso contato imediato com o conhecido. Portanto este elemento pressupõe que o conhecedor tenha algum tipo de contato direto com o que é conhecido, ou seja com o objeto da crença, que no nosso caso, são os dons extraordinários. Para melhor elucidação também classificamos o subjetivismo em duas categorias: realismo direto e misticismo.
2.1. Realismo Direto ou do Bom Senso: É o ponto de vista concebido pelo homem comum, sem qualquer reflexão filosófica, porém caracterizada pelo bom senso e bom juízo. Pessoas psiquicamente sadias não ousariam defender uma experiência subjetiva se de fato não acreditassem nela. Pode ser que estivessem enganadas, mas não por muito tempo. Pode ser que alguns se enganassem, mas não todos. Uma experiência subjetiva, isto é, pessoal, interior, é algo que costuma ficar gravado no espírito pelo resto de nossas vidas, principalmente se esta tem sua origem na pessoa do ESPÍRITO SANTO de DEUS. Este fato deve ser considerado como evidência de que o ESPÍRITO SANTO ainda opera extraordinariamente, através dos dons, em nossos dias.
2.2. Misticismo: É o subjetivismo supra-racional, que tem a ver com o conhecimento de DEUS. Certamente podemos conhecer a DEUS, e de fato o conhecemos, mas alguns conhecimentos estão além da razão humana. É o caso também dos dons extraordinários, que conhecemos hoje em parte, mas não o compreendemos totalmente. A experiência mística de muitos irmãos comprovam a atualidade dos dons extraordinários.
3. Racionalismo: Este elemento aponta para a razão, para aquilo que é cognoscível. Há boas razões para acreditarmos nos dons extraordinários para hoje. Os próprios argumentos deste trabalho se constituem em algumas destas razões.
4. Empirismo: Aponta para o elemento baseado mais na experiência do que na razão. É claro que a experiência de um cristão não deve servir como padrão para autenticação dos dons, mas o grande número de experiências sentidas por tantos cristãos, servem para evidenciar que algumas delas são pelo menos genuínas. Já que o empirismo se baseia na experiência, é óbvio supor que esta se serve dos sentidos e daquilo que se descobre com eles.
4.1. Sentidos Físicos: Visão, olfato, audição, tato e paladar. Relatos de experiências espirituais envolvendo a visão é a mais comum que encontramos. Mas também já se ouviu falar de manifestações envolvendo a audição, o olfato e outros sentidos.
4.2. Sentidos Emocionais: Inúmeros irmãos têm sido tocados em suas emoções, quando as operações espirituais do ESPÍRITO SANTO de DEUS se manifestam. Deveríamos mesmo acreditar que essas experiências foram apenas produto da emoção humana? Não seriam de fato o resultado da operação do ESPÍRITO? Quando DEUS se manifesta, homem algum pode resistir a ponto de permanecer emocionalmente estático.
5. Pragmatismo: Este argumento considera a funcionalidade, utilidade e resultados práticos do objeto conhecido.
5.1. Funcionalidade: Os dons que conhecemos funcionam mesmo?
5.2. Utilidade: Os dons são realmente úteis?
5.3. Resultado: Os dons extraordinários de hoje têm bons resultados práticos?

II. METAFÍSICO 
Este nome provém de uma palavra grega que significa "depois da física". Através do uso do termo este veio a significar "além" do físico. Daí, a metafísica, para alguns filósofos, "é o estudo do ser ou da realidade."4
Enquanto que a epistemologia ocupa-se com as capacidades e as limitações de quem sabe, "a metafísica trata da existência e da natureza daquilo que é sabido."5
A metafísica considera, pois, as qualidades e os relacionamentos das coisas conhecidas, ou seja: a realidade. De que forma então podemos conhecer realisticamente (metafisicamente) os dons extraordinários? Só podemos conhecer o desconhecido por intermédio do que conhecemos, o real desconhecido pelo real desconhecido, o irreal desconhecido pelo irreal desconhecido. Só podemos conhecer aquilo que é verdadeiro por meio daquilo que não é verdadeiro. Logo podemos conhecer a realidade verdadeira por meio da realidade falsa. Conhecemos muito bem as falsificações demoníacas, e por meio delas podemos conhecer a verdadeira manifestação de DEUS. Se existe o falso, necessariamente deve também existir o verdadeiro. A realidade dos falsos dons extraordinários, comprovam a existência dos verdadeiros dons extraordinários.

CAPÍTULO II  -  ARGUMENTOS ESCRITURÍSTICOS
Os argumentos escriturísticos são aqueles baseados na revelação de DEUS, em sua palavra escrita, isto é nas Sagradas Escrituras.

I. EXEGÉTICO
O argumento exegético baseia-se na interpretação do texto bíblico original. Para este trabalho utilizaremos a passagem de I Coríntios 13:8-13, que tem sido usada por muitos comentaristas para defender a negação dos dons extraordinários neste tempo presente. Um destes comentarista é B. F. Cate, autor do livro "The Nine Gifts of the Spirit. Are not in the church today" (Os Noves dons do ESPÍRITO. Não se manifestam na igreja no dia de hoje). Veremos então a interpretação de B. F. Cate, e, em seguida apresentaremos nossa exegese do texto em questão.
1. A Visão de B. F. Cate de I Coríntios 13:8-13: Cate inicia o primeiro capítulo de seu livro fazendo esta pergunta: "Os Nove Dons: Quando Cessaram Eles?" Em seguida passa a argumentar da seguinte maneira: "Paulo diz: 'O amor jamais acaba.' Isto implica que os dons acabariam; portanto, ele prossegue dizendo: 'mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque em parte conhecemos e em parte profetizamos (versículo 8 e 9). a razão por que eles só conheciam em parte era que então ainda ainda não estava completamente revelado aquilo do Novo Testamento que agora está escrito. 'Quando, porém,' diz Paulo, 'vier o que é perfeito (a ultimação do Novo Testamento), então o que é em parte (profecia, etc.) será aniquilado' (versículo 10). Depois ele ilustra isso dizendo: 'Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das cousas próprias de menino' (versículo 11). Nos dias primitivos da presente dispensação, quando foi escrita esta epístola, eles eram como meninos; mas estava aproximando-se rapidamente o tempo quando desistiriam 'das cousas próprias de menino' (os nove dons), e andariam pela fé no 'caminho sobremodo excelente' do 'amor' e na luz da completa revelação de DEUS.
"Paulo ilustra novamente, dizendo: 'Porque agora (quando esta epístola foi escrita) vemos como em espelho, obscuramente (em parte conhecemos), então (quando a revelação de DEUS ao homem fosse completada) veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido' (versículo 12). Conhecer 'como também sou conhecido,' significa: nós, agora que a revelação de DEUS está completa, não mais 'em parte conhecemos,' mas conhecemos a mente de DEUS (para esta dispensação) tal como Ele conhece nossa mente."6
Cate prossegue dizendo: "Existem alguns que encontram dificuldade em ver que 'o que é perfeito' em I Coríntios 13:9,10 refere-se à perfeição (ultimação) da revelação de DEUS para a era da igreja. Paulo, ao demonstrar que 'o amor jamais acaba,' mas que os nove dons cessariam quando o Novo Testamento chegasse à sua ultimação, refere-se apenas a três deles como exemplo do todo (versículo 8). Depois, nos versículos 9 e 10 ele reduz isto a um único dom - o da profecia - como um exemplo do todo. Vejamos mais uma vez o que dizem estes versículos: 'Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos. quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte (profetizar) será aniquilado.' Paulo não está falando a respeito da perfeição dos santos; está falando a respeito da perfeição da profecia. Demonstra assim que o dom de profecia deveria cessar quando a revelação de DEUS para a era da Igreja chegasse à perfeição."7
Esta é a visão de Cate. Com amor e respeito àqueles que pensam dessa forma, passaremos a contra-argumentar esta posição. Nós cremos que, na passagem, Paulo fala da perfeição dos santos, e defenderemos esta tese, porque se o fizermos, ficará também demonstrado que os dons extraordinários existem hoje. Isto porque Paulo deixa claro, na passagem, que os profetas deveriam profetizar 'em parte' até que viesse 'o que é perfeito.' Portanto, se 'o que é perfeito' ainda não veio, então nós ainda temos profetas profetizando 'em parte' ainda hoje.
2. Uma Análise de I Coríntios 13:8-13: Nesta passagem analisaremos os vocábulos "perfeito", "quando", "agora", "então" e "conhecer". 
2.1. O Perfeito do Versículo 10: O termo grego usado em I Coríntios 13:10 é teleio (téleios).Esta palavra pode ser traduzida de várias maneiras: (1) "perfeito", referindo-se à coisas (Rm.12:2; ICo.13:10; Tg.1:4,17,25; Hb.9:11, IJo.4:18, etc.); (2) "perfeito", referindo-se à pessoas, com o sentido de "maduro" ou "adulto" em sentido moral e espiritual (Mt.5:48; 19:21; Fp.3:15; Cl.1:28; ICo.2:6; 14:20; Ef.4:13; Hb.5:14); (3) "perfeito", referindo-se à DEUS em sua perfeição absoluta (Mt.5:48).8
No versículo 10 de I Coríntios 13, o termo grego teleion (téleion) é "adjetivo pronominal, nominativo, neutro, singular."9
De acordo com isto, a tradução correta do texto deveria ser: "quando. porém, vier aquilo que é perfeito, então aquilo que é em parte será aniquilado." Isto porque este adjetivo, na língua grega, não é feminino nem masculino, mas está no gênero neutro. Portanto, o argumento de Cate, de que "o que é perfeito em parte" se refere a profecia, se desfaz; e isto por duas razões: (1) A palavra grega profecia, usada no versículo 8 (profhteia = profeteía), é "substantivo, nominativo, feminino, plural."10
Se a palavra "profecia" é feminina, então "aquilo que é perfeito" também deveria estar no gênero feminino para concordar, mas não está. (2) Se "o que é perfeito" fosse a revelação profética completada pelo Novo Testamento, então "o que é perfeito em parte," a revelação profética do Antigo Testamento, teria sido aniquilada. De fato o Antigo Testamento foi aperfeiçoado ou completado pelo Novo Testamento, mas de forma alguma ele foi aniquilado ou cessou em seus efeitos. JESUS disse que nenhuma profecia do Antigo Testamento cessaria até que tudo se cumprisse (Mt.5:18). JESUS não disse que a lei cessaria até que tudo fosse revelado (a revelação do Novo Testamento), mas até que tudo se cumprisse. Como poderia o Antigo Testamento ter sido aniquilado se ainda há muitas profecias para serem cumpridas? "...a Escritura não pode falhar." (Jo.10:35). 
Cremos que a palavra "perfeito" contém nesta passagem a idéia do fim ou do objeto consumado ou completado, pois de acordo com o contexto da epístola, Paulo, logo adiante, no capítulo 15, passa a tratar da ressurreição. Em I Coríntios 15:24 o apóstolo diz: "...então virá o fim..." A palavra fim é telo (télos). Portanto deve referir-se à ressurreição ou perfeição dos santos na consumação, quando toda a profecia terá sido completada, finalizada ou aperfeiçoada11
(Lc.22:37) e a fé terá o seu fim, quando deixaremos de ver por enigma, e veremos face a face ao Nosso Salvador: "(CRISTO) a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas." (I Pedro 1:8,9).
Uma passagem esclarecedora pode ser encontrada em Romanos 10:4, onde lemos que "...o fim ( télos) da lei é CRISTO...". Óbviamente a lei não teve seu fim (ela não foi aniquilada, veja Mt.5:17), mas ela foi aperfeiçoada por CRISTO: "Anulamos, pois, a lei, pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei." (Rm3:31). Pela nossa fé em CRISTO, a lei está sendo, em nós, confirmada e aperfeiçoada, até que chegue a ressurreição, quando deixaremos de andar por fé (IICo.5:7) para andar por vista, pois veremos CRISTO face a face: "...quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como Ele é."(I João 3:2). Na ressurreição alcançaremos nossa perfeição espiritual, deixaremos de ser meninos, e conheceremos plenamente a CRISTO, como dEle somos conhecidos: "...até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de DEUS, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de CRISTO, para que não mais sejamos como meninos..." (Ef.4:13,14). O contexto desta passagem diz que CRISTO "...concedeu dons aos homens... até que todos cheguemos à unidade da fé..." (vv.8,13). De acordo com este contexto, os dons de CRISTO devem durar até que se completem as observações feitas por Paulo no versículo 13. Neste sentido, nem mesmo o dom de apóstolo, mencionado no versículo 11, teria cessado.
2.2. O Quando do Versículo 10: A palavra quando usada neste versículo é traduzida do grego otan (hótan). Este termo é uma "partícula temporal" que pode ser traduzida por "no tempo que."12
Portanto o versículo está dizendo que "o que é perfeito em parte" somente será aniquilado "no tempo que vier o que é perfeito," e esse tempo ainda é futuro, pois hótan se refere a "um tempo definido e específico." Esse tempo definido e específico era futuro para o apóstolo Paulo, quando ele escrevia a epístola, e ainda hoje, é futuro para nós.
2.3. O Quando do Versículo 11: O quando deste versículo, no grego, não é hotan, como no versículo anterior, mas ote (hóte), que também é uma "partícula temporal,"13 mas se refere a um tempo indefinido, pois Paulo não estava falando da época em que ele era criança, mas de um tempo indefinido, ao qual ele chama de "tempo de menino," que ele usa para contrastar com o tempo definido pela vinda daquilo que é perfeito.
2.4. O Agora do Versículo 12: Esta palavra aparece duas vezes no versículo 12, como tradução do vocábulo grego arti (arti). Trata-se de um advérbio, com sentido de "já, imediatamente, no presente, presentemente," como é utilizado em Jo.9:19,25: I Pe.1:6,8. "No grego helenístico o sentido é ampliado para referir-se ao presente em geral."14
Segundo Grosheide, arti expressa "um contraste entre esta dispensação e a futura."15
De acordo com isto, o agora do versículo 12 não expressa apenas o tempo do apóstolo Paulo, quando a epístola foi escrita por ele, mas também o tempo presente, até o final da presente dispensação.
2.5. O Agora do Versículo 13: A palavra agora deste versículo é traduzida do grego nune (nune), que pode também ter a idéia de tempo (At.22:1; 24:13; Rm.3:21; Ef.2:13; etc.), mas no versículo em questão, foi usado com sentido lógico e não temporal, como é usado em I Co.5:11; 15:20; Hb.9:26; etc. Nesses casos, a idéia de tempo é "enfraquecida ou totalmente ausente" e deve ser melhor traduzida por "porém, mas, ora."16
Nesse sentido o que o apóstolo está dizendo é que neste tempo presente ainda "vemos como em espelho, obscuramente," porque vemos por meio da fé (II Co.5:7), e da esperança (Rm.8:24,25) que "é a certeza das cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." (Hb.11:1). "Logo..." - diz o apóstolo - "...permanecem a fé, a esperança e o amor..." (v.13). Estas três virtudes são necessárias para haver o conhecimento de DEUS. A fé e a esperança nos concedem um conhecimento parcial (Rm.1:17; Ef.3:17-19; IITm.3:15), por isso cessarão, quando o conhecimento completo vier. O amor, porém permanecerá pela eternidade, quando vier o que é perfeito, pois o amor "...é o vínculo da perfeição." (Cl.3:14).
2.6. O Então do Versículo 12: A palavra grega para este vocábulo é tote (tóte). Este advérbio indica tempo, e está em conexão com o "quando" do versículo 10, que também é temporal. Segundo o léxico, deve ser traduzido por "naquele tempo."17
2.7. O Verbo Conhecer dos Versículos 9 e 12: Este verbo aparece quatro vezes no texto. Nas duas primeiras ocorrências, é usado o verbo grego gnwskw (gnôskô): "...em parte conhecemos..."(v.9), "...agora conheço em parte..."(v.12). Nas outras duas ocorrências o verbo grego é preposicionado com o prefixo grego epi (epi): epignwskw (epignôskô): "...então conhecerei como também sou conhecido..."(v.12). O prefixo adicionado ao vocábulo dá um sentido pleno ao verbo. A Nova Versão Internacional do Novo Testamento traduz com mais exatidão o versículo 12: "Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido."18
Note que na primeira ocorrência, Paulo acrescenta as palavra "em parte" ao verbo conhecer, porque o seu conhecimento, quando ele escrevia a epístola era parcial. Mas ele diz que, no tempo (então) em que viesse aquilo que é perfeito, ele veria face a face e teria o pleno conhecimento. Barrett diz que "As palavras apresentam a inadequação do atual conhecimento humano de DEUS, em contraste com o conhecimento que DEUS tem do homem e o conhecimento de DEUS que os homens terão na era futura."19
É claro que Paulo não atingiu o pleno conhecimento. Ele caminhava com esfôrço na vida cristã, para obter o melhor nível de perfeição, mas sabia que seria impossível atingí-lo nesta vida: "...para o conhecer e o poder da sua ressurreição... para de algum modo alcançar a ressurreição dentre os mortos. Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por CRISTO JESUS. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de DEUS em CRISTO JESUS. Todos, pois, que somos perfeitos (maduros até um certo nível), tenhamos este sentimento; e, se porventura pensais doutro modo, também isto DEUS vos esclarecerá. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos."(Fp.3:10-16). Entretanto quando Paulo estava para morrer, sabendo que iria encontrar-se com o Senhor face a face, ele escreveu: "Combati o bom combate, completei (telew = teléô = aperfeiçoei) a carreira, guardei (threw = têréô = permenecí fiel) a fé."(II Tm.4:7). O sentido de teléo neste verso é: "terminar, completar, chegar ao alvo."20
O que é verdade para Paulo, também é para nós. Nenhum cristão hoje ousa dizer que tem o pleno conhecimento de DEUS ou das coisas de DEUS. Paulo, que não atingiu esse nível, possuía muito mais conhecimento do que nós que temos a Escritura completa. é certo que podemos ter um pleno conhecimento subjetivo da verdade (IITm.2:25), mas o conhecimento pleno, objetivo e absoluto, só a deus pertence (Dt.29:29). Portanto "...conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva a sua vinda é certa..." (Os.6:3), porque "...a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único DEUS verdadeiro, e a JESUS CRISTO, a quem enviaste... Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu neles esteja." (Jo.17:3,26).

II. HERMENÊUTICO
Este argumento baseia-se nas leis de interpretação do texto bíblico. Não há em todo o Novo Testamento nenhum texto que diga claramente que os dons extraordinários cessariam. O único texto que poderia dar alguma margem à esta interpretação é o de I Coríntios 13: 8-13. Este texto, por ser um pouco obscuro, e de difícil interpretação, tem sido usado para demonstrar a extinção dos dons extraordinários para a época posterior à época apostólica. Contudo, uma boa exegese, como a que acabamos de apresentar, no sub-capítulo anterior, dissolve toda a dúvida quanto a existência dos dons extraordinários para hoje.

III. PROFÉTICO
O argumento profético tem a ver com o caráter profético da mensagem, do sinal operado ou propriamente da manifestação do dom extraordinário. O genuíno dom extraordinário tem que ser puro e santo. Suas asseverações devem ser claras e exatas, não deixando nenhuma margem à dúvida. Desassemelham-se das adivinhações, prognósticos, agouros e feitiçarias, com os quais não devem ter nenhum vínculo, o mínimo que seja (Dt.18:9-14). A palavra profética, por exemplo, deve acontecer exatamente como foi predita: "Se disseres no teu coração: como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que quando esse profeta falar, em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o tal profeta: não tenhas temor dele." (Dt.18:21,22).
Inúmeros crentes têm sido beneficiados com a manifestação do genuíno dom extraordinário. Vidas foram edificadas ao receberem uma palavra profética de edificação, exortação e consolo (I Co.14:3). Poderia vir de Satanás algo que promovesse o bem estar dos santos? Certamente que não! "Acaso pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?" (Tg.3:11).

IV. ESPIRITUAL
Este argumento, tão importante quanto o profético, baseia-se não no caráter do dom propriamente, mas no caráter espiritual da pessoa através da qual o dom se manifesta. Ele se focaliza no instrumento que manifesta o dom, e não na manifestação do dom. É preciso discernir o caráter da pessoa que fala ou manifesta algum dom extraordinário. Esta pessoa é séria em sua vida com DEUS? Leva uma vida santa e irrepreensível? É conhecida? Deixa transparecer alguma suspeita? Tudo isso deve ser levado em conta, mesmo que o sinal por ela predito, venha a acontecer: "Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti, e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, e disser: vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o Senhor vosso DEUS vos prova, para saber se amais o Senhor vosso DEUS de todo o vosso coração, e de toda a vossa alma." (Dt.13:1-3). DEUS permite a manifestação de "...poder, e sinais e prodígios da mentira..." (II Ts.2:9), para enganar aqueles que "...não acolheram o amor da verdade..." (II Ts.2:10). Portanto, todo sinal ou dom extraordinário, por mais portentoso que seja, que contraria a verdade da palavra de DEUS deve ser rejeitado porque não vem de DEUS. O Novo Testamento apresenta um caso interessante o nosso para exame. Diz a bíblia que "..indo nós para o lugar da oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador... seguindo a Paulo e a nós, clamava dizendo: estes homens são servos do DEUS Altíssimo, e vos anunciam o caminho da salvação..." (At.16:16,17). Note que nesta passagem tudo que o espírito dizia acerca de Paulo e seus companheiros era verdade, porém tratava-se de um espírito adivinhador, isto é, um demônio que "...adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores." (At.16:16). Paulo tratou logo de expulsar aquele espírito (At.16:18) para proteger a pureza de sua mensagem, a qual ele anunciava gratuitamente, sem fins lucrativos, para que os seus ouvintes não a considerassem equivalente à mensagem que aquele espírito anunciava.
Temos encontrado homens seríssimos em sua vida com DEUS. Estes têm servido de instrumentos nas mãos divinas, como canais de manifestação de dons extraordinários. Se rejeitarmos a existência dos dons extraordinários, teríamos que rejeitar a muitos homens e mulheres de DEUS.

CONCLUSÃO
Nesta conclusão queremos salientar uma palavra final sobre o texto de I Coríntios 13:8-13, muito usado por nossos oponentes para negar a atualidade dos dons extraordinários, e, por nós, para defender a sua existência. Reconhecemos algumas dificuldades que a passagem apresenta. Paulo não diz claramente o que é "o perfeito." Dissemos neste trabalho tratar-se, o perfeito da ressurreição. Alguns têm afirmado tratar-se da vinda de JESUS; outros, por sua vez, dizem que é o amor. Todas essas posições trazem dificuldades. A ressurreição (anastasi = anástasis) vinda(parousia = parousía), e o amor (agaph = agápê) são palavras femininas, enquanto que a palavra perfeito (telo = télos) está no gênero neutro. Talvez pudéssemos dizer, referindo-se à ressurreição, que Paulo estava falando do evento da ressurreição, do seu fenômeno. Daí teríamos uma possível solução. O mesmo se poderia dizer em relação à vinda de CRISTO.
Uma coisa, porém, podemos afirmar sem vacilar. Aquilo que é perfeito não é a profecia do Novo Testamento, como afirmou B. F. Cate. Isto demonstramos ao longo deste ensaio. Nós acreditamos que o perfeito é o conjunto de todas estas coisas: a vinda de JESUS, seu amor completado em nós, a ressurreição, o cumprimento das promessas futuras, encontradas nas Escrituras, que virão na consumação desta era. Todos estes elementos, é claro, não poderia ser gramaticalmente descrito por uma só palavra, masculina ou feminina. Paulo vinculou o todo à uma só palavra: "o perfeito," e esta, para descrever tantas perfeições de DEUS, só poderia estar no neutro, porque se refere à muitas coisas.
De qualquer forma, seja o que for o perfeito, claro ficou que ele ainda não veio, e mesmo que não saibamos o que possa ser (esta nossa dificuldade prova que não conhecemos plenamente hoje), é fato inegável que os dons extraordinários não cessaram.
 
 
LIÇÃO 5 - A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS
Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos
MOVIMENTO PENTECOSTAL - As doutrinas de nossa fé
Comentários da revista da CPAD: Pr. Elienai Cabral
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
 
 
TEXTO ÁUREO
"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" (1 Co 12.1).
VERDADE PRÁTICA
Os dons espirituais são concessões do ESPÍRITO SANTO, objetivando expandir, edificar, consolar e exortar a Igreja de CRISTO, para que ela cumpra, eficaz e plenamente, a missão que DEUS lhe confiou.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - JI 2.28,29 - Os dons espirituais preditos
Terça - Le 24.49; At 1.8 - Os dons prometidos por JESUS
Quarta - At 2. 1-4 - Os dons concedidos a partir do Pentecostes
Quinta - At 14.3; Hb 2.4 - Os dons na confirmação do Evangelho
Sexta - 1 Co 12.7; 14.12 - Os dons exercidos na edificação da Igreja
Sábado - 1 Co 13.1-3 - Os dons espirituais sem amor são ineficazes.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12.1-11
1- Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. 2- Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. 3- Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo ESPÍRITO de DEUS diz: JESUS é anátema! E ninguém pode dizer que JESUS é o Senhor, senão pelo ESPÍRITO SANTO. 4- Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. 5- E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 6- E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos. 7- Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. 8- Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; 9- e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; 10- e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 11- Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
 
Introdução
Vamos falar de Dons de maneira a buscarmos o desenvolvimento da obra de DEUS (para toda manifestação de DEUS existe uma imitação de Satanás).
São manifestações sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO.
Existem Dons naturais e Dons sobrenaturais (espirituais).
Estudaremos sobre Dons do ESPÍRITO SANTO (existem operações de DEUS, às quais chamaremos de dons do PAI – Rm 12; e existem dons de CRISTO, do Filho Ef 4.11).
Principalmente estudaremos 1 Co 12 e 1 Co 14 para melhor compreendermos sobre os Dons do ESPÍRITO SANTO.
Embora os Dons fossem normais nas vidas dos líderes da igreja ao início da mesma, hoje quase não se vê suas manifestações através da liderança, talvez por falta dos jejuns, das orações prolongadas em línguas, da falta de compromisso com DEUS, pela falta do legítimo amor pelas almas, pelo excesso de interesse pelo dinheiro e pelas posses materiais.
 
 
Comentários da BEP - CPAD
12.1 ACERCA DOS DONS ESPIRITUAIS.
Nos caps. 12-14, Paulo trata dos dons do ESPÍRITO SANTO concedidos ao corpo de CRISTO. Esses dons eram parte indispensável da vida e do ministério da igreja primitiva. DEUS quer que esses dons continuem em ação na igreja até a volta de JESUS CRISTO (ver 1.7). Seus propósitos para os dons espirituais são os seguintes: (1) Manifestar a graça, o poder, e o amor do ESPÍRITO SANTO entre seu povo nas reuniões públicas, nos lares, nas famílias e nas atividades pessoais (vv. 4-7; 14.25; Rm 15.18,19; Ef 4.8). (2) Ajudar a tornar eficaz a pregação do evangelho aos perdidos, confirmando de modo sobrenatural a mensagem do evangelho (Mc 16.15-20; At 14.8-18; 16.16-18; 19.11-20; 28.1-10). (3) Suprir as necessidades humanas, fortalecer e edificar espiritualmente, tanto a congregação (vv. 7,14-30; 14.3,12,26), como os crentes individualmente (14.4), i.e., aperfeiçoar os crentes na "caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida" (1 Tm 1.5; cf. 1 Co 13). (4) Batalhar com eficácia na guerra espiritual contra Satanás e as hostes do mal (Is 61.1; At 8.5-7; 26.18; Ef 6.11,12). Alguns trechos bíblicos que tratam dos dons espirituais são: Rm 12.3-8; 1 Co 1.7; 12-14; Ef 4.4-16; 1 Pe 4.10,11).
12.1-6 DONS ESPIRITUAIS.
Os termos que a Bíblia emprega para os dons espirituais descrevem a sua natureza. (1) "Dons espirituais", (gr. pneumatika, derivado de pneuma, "espírito"). A expressão refere-se às manifestações sobrenaturais concedidas como dons da parte do ESPÍRITO SANTO, e que operam através dos crentes, para o seu bem comum (vv. 1,7; 14.1). (2) "Dons" ou "dons da graça" (gr. charismata, derivado de charis, "graça"), indicam que os dons espirituais envolvem tanto a motivação interior da pessoa, como o poder para desempenhar o ministério referente ao dom (i.e., a capacitação dinâmica) recebido do ESPÍRITO SANTO. Esses dons fortalecem espiritualmente o corpo de CRISTO e aqueles que necessitam de ajuda espiritual (v. 4; ver Rm 12.6; Ef 4.11; 1 Pe 4.10). (3) "Ministérios" (gr. diaoniai, derivado de diakonia, "serviço"). Isso mostra que há diferentes tipos de serviço e que certos dons envolvem o recebimento da capacidade e poder de ajudar e assistir o próximo (vv. 4,5,27-31; Ef 4.7,11-13). Paulo indica que o aspecto ministe-rial dos dons fala do ministério do Senhor JESUS como "servo". Assim, a operação dos dons é definida em termos da presença e da ação de CRISTO em nosso meio (cf. v.3; 1.4). (4) "Operações" ou "efeitos" (gr. energemata, derivado de energes, "ativo, enérgico"). O termo indica que os dons espirituais são operações diretas do poder de DEUS Pai, visando resultados definidos (vv. 6,10). (5) "A manifestação do ESPÍRITO" (gr. phanerosis, derivado de phaneros, "manifestar") realça o fato de que os dons espirituais são manifestações diretas da operação e da presença do ESPÍRITO SANTO na congregação (vv. 7-11)
12.3 JESUS É O SENHOR. Paulo começa seu ensino dos dons espirituais, partindo da verdade de que os dons e as manifestações do ESPÍRITO SANTO exaltarão JESUS como Senhor da igreja. O intuito máximo da atividade do ESPÍRITO SANTO é a expressão cada vez maior da pessoa, da presença, do poder, do amor e da justiça do Senhor JESUS CRISTO. Na manifestação dos dons espirituais, o próprio JESUS, mediante o ESPÍRITO SANTO, ministra ao seu povo, através do seu povo (ver vv. 12-27; Mt 25.40).
 
DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE (Comentários da BEP - CPAD)
1Co 12.7 “Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”.

PERSPECTIVA GERAL.
Uma das maneiras do ESPÍRITO SANTO manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do ESPÍRITO visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.
(1) As manifestações do ESPÍRITO dão-se de acordo com a vontade do ESPÍRITO (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).
(2) Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).
(3) É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que DEUS aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do ESPÍRITO, com o fruto do ESPÍRITO, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
(4) Satanás pode imitar a manifestação dos dons do ESPÍRITO, ou falsos crentes disfarçados como servos de CRISTO podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).

OS DONS ESPIRITUAIS.
Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o ESPÍRITO SANTO concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
(1) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de DEUS ou a sabedoria do ESPÍRITO SANTO a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de DEUS, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de DEUS e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).
(2) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo ESPÍRITO SANTO, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).
(3) Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo ESPÍRITO SANTO, capacitando o crente a crer em DEUS para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do ESPÍRITO, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20, sobre a fé verdadeira; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
(4) Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de DEUS. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de CRISTO (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).
(5) Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de DEUS contra Satanás e os espíritos malignos (ver Jo 6.2).
(6) Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do ESPÍRITO da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do ESPÍRITO, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do ESPÍRITO, observe o seguinte: (a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de DEUS, sob o impulso do ESPÍRITO SANTO (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado. (b) Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de DEUS e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3). (c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31). (d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de DEUS (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a CRISTO (12.3). (e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de DEUS e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando DEUS tomava o profeta para isso (12.11).
(7) Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo ESPÍRITO, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do ESPÍRITO SANTO ou não (ver 14.29; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (ver Mt 24.5) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (ver 1Tm 4.1), esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja.
(8) Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do ESPÍRITO, notemos os seguintes fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o ESPÍRITO de DEUS, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com DEUS (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do ESPÍRITO SANTO, à
parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20). (c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo ESPÍRITO, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). (d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo ESPÍRITO, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28). (9) Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo ESPÍRITO SANTO, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do ESPÍRITO SANTO. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13).

 
PALAVRA-CHAVE - Dom. Do latim donum, dádiva, presente.
 
REFLEXÃO - "Sem os dons do ESPÍRITO, ao invés de a Igreja ser um organismo vivo e poderoso, seria apenas mais uma organização humana e religiosa." Estevam Ângelo de Souza
D O N S
1- Operações de DEUS (DONS)
E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos.(I Co 12:6)
E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.(I Co 12:28)
De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria. (Rm 12: 6-8) DEUS pode usar animal para falar, como fez com a jumenta de Balaão ou usar um descrente para glorificá-lo, com fez com Nabucodonosor; DEUS usa a quem quer e da maneira que quer.
 
2- Dons de CRISTO (Ministérios):
E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres.(Ef 4:11); são pessoas dadas à Igreja, para orientá-la e guiá-la fazendo-a crescer. Para edificar e fortalecer a noiva de CRISTO, que é a Igreja. Assim como no corpo humano temos cinco sentidos (olfato,visão,tato,paladar e audição), assim também no corpo de CRISTO, na terra tem cinco ministérios.
3- Dons do ESPÍRITO SANTO (Manifestações = mostrar realmente a presença de DEUS):
A cada um, porém, é dada a manifestação do ESPÍRITO para o proveito comum. Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. Para estudá-los dividimos em.
 
4- DONS DE REVELAÇÃO - DONS DE PODER - DONS DE INSPIRAÇÃO.
4.1- DONS DE REVELAÇÃO (REVELAM ALGO OCULTO OU DESCONHECIDO SOBRENATURALMENTE).
4.1.1. Palavra de sabedoria:
Palavra= pequena parte da sabedoria de DEUS; acontecimento futuro, só DEUS sabe; tem a ver com onisciência.
Ex:JESUS: "Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai. Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem." (Mt 24: 36-44)
Paulo: "34 Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós." (At 27:34).
4.1.2. Palavra de conhecimento ou da ciência:
Palavra = pequena parte do conhecimento de DEUS, revelação de coisa conhecida; tem a ver com onipresença. (pode ser coisa conhecida por pessoas em outra parte ou localidade, que é revelada aqui onde estamos).
Ex: JESUS: "Mas JESUS logo percebeu em seu espírito que eles assim arrazoavam dentro de si, e perguntou-lhes: Por que arrazoais desse modo em vossos corações?" (Mc 2:8)
JESUS: Jo 1.48 Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe JESUS: Antes que Felipe te chamasse, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
Paulo: "Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados"(I Co 15:51).
4.1.3. Discernimento de espíritos:
Saber de onde vem e o que está operando numa pessoa.
Ex: JESUS: "E JESUS, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados são os teus pecados."(Mc 2:5)
Paulo:" E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de JESUS CRISTO que saias dela. E na mesma hora saiu."(At 16:18).
 
4.2- DONS DE PODER (DÃO PODER PARA SE FAZER ALGO SOBRENATURAL).
4.2.1. Fé:
Para crer no impossível (temos fé natural, sobrenatural e espiritual), precisamos de fé para comer (pode estar envenenado), para andar no meio da rua (pode ser atropelado), para viajar de avião (pode cair), para adorar a DEUS (Não estamos vendo-o), para crer em milagres sem os ver. Don de fé é acreditar que o impossível de acontecer já aconteceu. É impossível que alguém que já morreu torne a viver.
Ex: JESUS: "E, tendo dito isso, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!(Jo 11: 43)
Paulo: "Tendo Paulo descido, debruçou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, pois a sua alma está nele."(At 20:10)
NASCERIA UM FILHO DE UM CASAL EM QUE O HOMEM TEM 100 ANOS E A MULHER 90 ANOS? ABRAÃO CREU ASSIM MESMO. PODERIA ALGUÉM MATAR UM FILHO E DEPOIS VOLTAR PARA CASA COM ESTE FILHO VIVO? ABRAÃO CREU; POR ISSO FOI JUSTIFICADO PELA SUA FÉ EM DEUS.
4.2.2. Dons de curar:
Dons no plural, alguns são usados para certos tipos de doenças, EXISTEM MUITOS TIPOS DE DOENÇA. TEM CAUSADA POR DEMÔNIOS, NATURAIS, HERDADAS, ADQUIRIDAS, EPIDEMIAS, ETC...
Ex: JESUS: "Mas ele, conhecendo-lhes os pensamentos, disse ao homem que tinha a mão atrofiada: Levanta-te, e fica em pé aqui no meio. E ele, levantando-se, ficou em pé."(Lc 6:8)
Paulo: "Aconteceu estar de cama, enfermo de febre e disenteria, o pai de Públio; Paulo foi visitá-lo, e havendo orado, impôs-lhe as mãos, e o curou."(At 28:8); "Erasto ficou em Corinto; a Trófimo deixei doente em Mileto."(2Tm 4:20). PAULO NÃO CUROU SEU COMPANHEIRO TRÓFIMO.
 
4.2.3. Operação de maravilhas:
Mudança na natureza, MUDA O QUE ERA NATURAL.
EX. PARAR O SOL (JOSUÉ) - VOLTAR DEZ GRAUS O TEMPO (ISAÍAS)
Ex: JESUS: "Dito isto, cuspiu no chão e com a saliva fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego, e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa Enviado). E ele foi, lavou-se, e voltou vendo."(Jo 9:6,7)
Paulo: "Mas ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum."(At 28:5).
4.3- DONS DE INSPIRAÇÃO OU DA FALA (DIZEM ALGO DE SOBRENATURAL).
4.3.1. Profecia:
Pode vir de 3 fontes: DEUS, homem e satanás. Devem ser julgadas (1 Ts 5:21,22) e controladas para haver ordem no culto; um depois do outro e no máximo três em cada reunião (1 Co 14.31). Não devem ser desprezadas(1 Ts 5:20). Vêm para edificação, exortação e consolação(1 Co 14:3). Línguas + Interpretação = Profecia (1 Co 14:27,13). Diferente de profeta, todo profeta profetiza, nem todo que profetiza é profeta (1Co 14:31) e (Ef 4:11) Profeta é ministério dado por CRISTO, profecia é manifestação do ESPÍRITO SANTO. Profeta prediz alguma coisa que ainda vai acontecer, profecia não prediz nada. Todos podem profetizar (1 Co 14.31), mas poucos são chamados para serem profetas.
Ex: JESUS: "Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas eu vos tornarei a ver, e alegrar-se-á o vosso coração, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará."(Jo 16:22).
Paulo: "disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos. Então os soldados cortaram os cabos do batel e o deixaram cair. Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum, não havendo provado coisa alguma. Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós."(At 27:31-34).
 
4.3.2. Variedade de línguas:
4 tipos de línguas: Não proibais falar em línguas; é ordem de DEUS (1 Co 14.39).
 
4.3.2.1. Língua para oração:
 
"Porque se eu orar em língua, o meu espírito ORA BEM, mas o meu entendimento fica infrutífero."(I Co 14:14). Você quer orar bem? Veja também em Rm 8.26 que não sabemos pedir como convém, mas o ESPÍRITO SANTO sabe o que precisamos e ELE sabe pedir.
Fala com DEUS: "Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a DEUS; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios."(I Co 14:2). Por isso é tão combatido o falar em línguas, pois nem Satanás entende.
Edificação própria: "O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja."(I Co 14:4)
Você quer ser edificado? "Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO," Jd.20 (orar no ESPÍRITO, não quer dizer orar em pensamento).
4.3.2.2. Língua para interpretação:
"Todos têm dons de curar? falam todos em línguas? interpretam todos?"(I Co 12:30), nem todos recebem; "Que fazer, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento."(I Co 14:15). Falam em línguas todos? Quer dizer em línguas para interpretação, ou seja, nem todos têm o dom de línguas, mesmo sendo batizados. Essa linguagem pode ser interpretada pelo que fala ou por outrem.
4.3.2.3. Língua como sinal para incrédulo:
"De modo que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; a profecia, porém, não é sinal para os incrédulos, mas para os crentes."(I Co 14:22); estrangeiros ouvem em sua própria língua, ex: "Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua."(At 2:6). Pode alguém ser usado para falar, por exemplo em alemão em algum lugar e uma pessoa presente ali, que fala alemão entenderá tudo o que DEUS quer falar-lhe.
 
4.3.2.4. Gemidos inexprimíveis:
" Do mesmo modo também o ESPÍRITO nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o ESPÍRITO mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis."(Rm 8:26), oração intercessora. O ESPÍRITO SANTO é nosso intercessor aqui na terra. ELE leva nossa oração a JESUS CRISTO que está assentado à direita de DEUS PAI, intercedendo por nós lá no céu. O pai recebe a oração e responde de acordo com sua vontade.
4.3.3. Interpretação de Línguas:
"Que fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado (ore tão baixinho que ninguém o note) na igreja, e fale consigo mesmo, e com DEUS."(I Co 14:26-28); "Por isso, o que fala em língua, ore para que a possa interpretar."(I Co 14:13) JESUS não falava porque tudo que falava era o que DEUS queria falar e as línguas são sinais da presença de DEUS em nosso meio, JESUS é DEUS.
Paulo: "Dou graças a DEUS, que falo em línguas mais do que vós todos."(I Co 14:18).Não quis dizer latim, grego e hebraico, pois são línguas aprendidas e faladas no tempo de Paulo por quase todos; o que Paulo quis dizer é que orava muito em línguas e também que tinha dom de línguas.
Nós falamos sem aprender, vem de cima, vem de DEUS, não necessitamos que alguém nos ensine, podemos receber na igreja, na rua, no campo, em casa (como aconteceu comigo) ou outro qualquer lugar sem interferência de outrem ou por imposição de mãos de alguém.
 
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS:
5.1• Dons, só depois do batismo com o ESPÍRITO SANTO.(vaso vazio não transborda)
5.2• O senhorio é de CRISTO.(o cabeça do corpo)
5.3• Para glorificação de DEUS.(o ESPÍRITO SANTO glorifica a DEUS)
5.4• Vaso deve estar limpo sempre para o uso constante.(santificação)
5.5• Nada é de nós mesmos, tudo vem de DEUS(nada de orgulho).
5.6• Todos os dons são para os outros só um para nós linguagem de oração. (língua que foi batizado)
Paulo e os Dons
Estudando sobre a vida do apóstolo Paulo pude confirmar realmente que os nove dons operavam em seu ministério:
Vamos ver: -PALAVRA DE SABEDORIA: (pequena parte da sabedoria de DEUS a respeito do futuro) At 27.22 Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perder] a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. - PALAVRA DE CONHECIMENTO: (pequena parte do conhecimento de DEUS a respeito de algo conhecido em outra parte, porém não no local revelado) At 27.10 Dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas. - DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS: At 16.18 E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de JESUS CRISTO, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu. - FÉ: (Dom necessário para ressurreição de mortos - crer no impossível) At 20.10 Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está. – Milagres ou Maravilhas (Agindo sobrenaturalmente na natureza) At 28. 5 Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não sofreu nenhum mal. – DONS DE CURAR: At 28. 8 E aconteceu estar de cama enfermo de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou.
- PROFECIA (Edificação, Exortação e Consolação) Ts 4.13 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. – DOM VARIEDADE DE LÍNGUAS: 1 Co 14. 18 Dou graças ao meu DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos – DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS: 1 Co 14. 13 Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar (Este não está claro, porém por dedução, como estava ensinando, muito provavelmente era o que acontecia com ele próprio).
Ev.Luiz Henrique de Almeida Silva
 
ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS
Luiz Antonio Ferraz / outubro de 1995
INTRODUÇÃO
Os Nove Dons Extraordinários
 
Neste trabalho, nos propomos a demonstrar a atualidade dos dons espirituais. Desejamos comprovar que os dons extraordinários não cessaram com a ultimação do Novo Testamento. Segundo alguns expoentes, os dons dividem-se em ordinários e extraordinários. Na primeira classificação incluem-se os dons de natureza comum. Na segunda encontramos aqueles dons de caráter sobrenatural. Na opinião de muitos eruditos, alguns desses dons de natureza sobrenatural cessaram quando o Novo Testamento foi completado. Esses dons extraordinários são aqueles nove alistados em I Coríntios 12:8-10: (1) palavra da sabedoria, (2) palavra do conhecimento, (3) fé, (4) curas, (5) operação de milagres, (6) profecia, (7) discernimento de espíritos, (8) variedade de línguas, (9) interpretação de línguas. Afirma-se que nos dias de hoje não devem existir esses dons, porque eles tinham a função de causar efeito, autenticar a mensagem apostólica e servir de sinal para a inauguração de uma nova era que estava surgindo no plano dispensacional de DEUS.
Para levar a efeito nosso propósito, dividimos este ensaio em dois capítulos. Na primeira parte apresentamos os pressupostos filosóficos que devem ser vistos como evidências, e não como provas, da atualidade dos dons extraordinários. É importante salientar que, toda vez que utilizarmos a expressão "dons extraordinários" neste trabalho, estaremos nos referindo aos nove dons alistados em I Coríntios 12:8-10. A segunda parte traz argumentos escriturísticos extraídos das Sagradas Escrituras (Basearemos nossos argumentos em uma única passagem bíblica: a passagem clássica de I Coríntios 13:8-13 onde, alguns supostamente encontram elementos para negarem a atualidade dos dons extraordinários). Obviamente, nas Escrituras reside nossa melhor força argumentativa, pois é dela que extraímos o material mais apropriado, sem, contudo, desprezarmos as fontes extrabíblicas, pois estas trouxeram grande contribuição a este trabalho. Reconhecemos, entretanto, que qualquer outra fonte, por melhor que seja, seria inútil se estivesse desassociada do reconhecimento da superioridade, inerrância e infalibilidade das Escrituras Sagradas. É, pois, da análise da Bíblia que ousamos apresentar provas incontestáveis da atualidade dos dons extraordinários. A filosofia nos foi muito útil, mas apenas como ferramenta de apoio, e não como prova cabal. A filosofia demonstra as evidências. As Escrituras comprovam os fatos.
Apesar da suficiência das Escrituras, era nosso desejo enriquecer este trabalho com outras fontes, além dos argumentos filosóficos. Gostaríamos de ter apresentado os fatos históricos, o que certamente abrilhantaria esta tese. Mas a escassez de tempo e espaço nos obrigou a limitarmos nosso trabalho em apenas duas fontes.
Não temos a pretensão de sermos inéditos, pois em toda parte podemos encontrar, com certa profusão, obras sobre o assunto. Também não pretendemos esgotar este tema, pois homens com mais capacidade do que nós escreveram obras com superior qualidade. Neste sentido nosso trabalho está muito aquém da obra destes eruditos, e não poderemos satisfazer plenamente aqueles que, eventualmente, desejem uma análise mais profunda sobre este tema. Naturalmente, cremos que ainda outros surgirão, pois para os mistérios de DEUS nunca haverá uma palavra definitiva. Nenhum ser humano pode, hoje, arrogar para si o múnus de falar em nome de DEUS. Embora tenhamos, num certo sentido, "inspiração" da parte do ESPÍRITO de DEUS, devemos saber que "...nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação..." (II Pe.1:20).
 
CAPÍTULO I - ARGUMENTOS FILOSÓFICOS
Os argumentos filosóficos são aqueles que se relacionam com o saber humano à parte da revelação divina. O campo da filosofia são as diversas áreas do conhecimento, pois ela trabalha tanto com o conhecimento teórico quanto com o conhecimento experimental, e a relação existente entre estes dois universos.
 
I. EPISTEMOLÓGICO
O primeiro argumento filosófico que examinaremos é o epistemológico. "A epistemologia é o campo da filosofia que investiga a natureza e a origem do conhecimento.1
A epistemologia estuda como sabemos.2
" Na área da epistemologia devemos fazer as seguintes perguntas: "Como conhecemos alguma coisa? Quando é justificada a alegação de que alguém sabe? É possível o conhecimento indubitável (certo) acerca de qualquer coisa"?3
Para respondermos à pergunta "como podemos conhecer"? devemos analisar as nossas fontes de conhecimento ou a origem de nossas crenças. As seguintes fontes serão aqui analisadas: o testemunho de outras pessoas, a intuição (usada aqui no sentido de instintos, sentimentos, e desejos), o raciocínio, e a experiência sensória. Estas fontes levam a cinco lógicas ou critérios para validar as crenças. São elas a fé ou o autoritarismo, o subjetivismo, o racionalismo, o empirismo, e o pragmatismo.
1. AUTORITARISMO: Esta fonte baseia-se no testemunho de autoridades. Começamos nossa aprendizagem ao aceitar as crenças da nossa família. Posteriormente aceitamos o que nos é dito por nossos professores e amigos. Ainda depois de formados, dependemos do testemunho de livros, jornais, etc. Aceitamos todas essas fontes quando acreditamos serem elas boas. Desse modo delegamos autoridade às fontes que acreditamos fidedignas. Essa autoridade tem origem em 4 elementos:
1.1. O Prestigio da Autoridade: As autoridades evangélicas que defendem a atualidade dos dons extraordinários são pessoas de prestígio. Elas gozam de nossa confiança, e não somente da nossa, mas até mesmo da de seus oponentes. Portanto, a palavra desses irmãos, homens de erudição comprovada, tem um peso decisivo sobre nossas crenças. Algumas autoridades que podemos citar são: D. M. Lloyd Jones, John R. W. Stott, Ray C. Stedman, David Yonggi Cho, C. P. Wagner, Caio Fábio D'Araujo Filho, entre outros.
1.2. O Número de Defensores: O grande número de pessoas que defendem a atualidade dos dons é algo que deve ser levado em conta. Se os dons extraordinários tivessem cessado, então grande multidão de evangélicos estariam sendo enganados. Será que DEUS permitiria tal coisa?
1.3. A Persistência na Crença: Apesar dos ataques que vem sofrendo ao longo da história, a crença nos dons extraordinários tem persistido até o presente. Se os dons extraordinários manifestados imediatamente após o período apostólico, as manifestações históricas contemporâneas, bem como as atuais da era moderna, fossem de fato falsificações, há muito elas teriam desaparecido da lembrança do povo evangélico. Ele não fariam nenhuma questão de ressuscitá-las.
1.4. A Antiguidade da Crença: A crença nos dons extraordinários não é nenhuma inovação da Igreja Moderna. Ela existe desde o nascimento da Igreja; tem o sêlo apostólico como garantia, bem como a autenticação do ESPÍRITO SANTO nas suas mais diversas operações através da Igreja.
2. Subjetivismo: Temos aqui o argumento baseado na intuição, isto é no sentido dos instintos, sentimentos e desejos. Isto não significa que nossas crenças acerca da realidade dos dons extraordinários tem sua origem em dados dos sentidos ou coisas semelhantes, mas, sim, através de nosso contato imediato com o conhecido. Portanto este elemento pressupõe que o conhecedor tenha algum tipo de contato direto com o que é conhecido, ou seja com o objeto da crença, que no nosso caso, são os dons extraordinários. Para melhor elucidação também classificamos o subjetivismo em duas categorias: realismo direto e misticismo.
2.1. Realismo Direto ou do Bom Senso: É o ponto de vista concebido pelo homem comum, sem qualquer reflexão filosófica, porém caracterizada pelo bom senso e bom juízo. Pessoas psiquicamente sadias não ousariam defender uma experiência subjetiva se de fato não acreditassem nela. Pode ser que estivessem enganadas, mas não por muito tempo. Pode ser que alguns se enganassem, mas não todos. Uma experiência subjetiva, isto é, pessoal, interior, é algo que costuma ficar gravado no espírito pelo resto de nossas vidas, principalmente se esta tem sua origem na pessoa do ESPÍRITO SANTO de DEUS. Este fato deve ser considerado como evidência de que o ESPÍRITO SANTO ainda opera extraordinariamente, através dos dons, em nossos dias.
2.2. Misticismo: É o subjetivismo supra-racional, que tem a ver com o conhecimento de DEUS. Certamente podemos conhecer a DEUS, e de fato o conhecemos, mas alguns conhecimentos estão além da razão humana. É o caso também dos dons extraordinários, que conhecemos hoje em parte, mas não o compreendemos totalmente. A experiência mística de muitos irmãos comprovam a atualidade dos dons extraordinários.
3. Racionalismo: Este elemento aponta para a razão, para aquilo que é cognoscível. Há boas razões para acreditarmos nos dons extraordinários para hoje. Os próprios argumentos deste trabalho se constituem em algumas destas razões.
4. Empirismo: Aponta para o elemento baseado mais na experiência do que na razão. É claro que a experiência de um cristão não deve servir como padrão para autenticação dos dons, mas o grande número de experiências sentidas por tantos cristãos, servem para evidenciar que algumas delas são pelo menos genuínas. Já que o empirismo se baseia na experiência, é óbvio supor que esta se serve dos sentidos e daquilo que se descobre com eles.
4.1. Sentidos Físicos: Visão, olfato, audição, tato e paladar. Relatos de experiências espirituais envolvendo a visão é a mais comum que encontramos. Mas também já se ouviu falar de manifestações envolvendo a audição, o olfato e outros sentidos.
4.2. Sentidos Emocionais: Inúmeros irmãos têm sido tocados em suas emoções, quando as operações espirituais do ESPÍRITO SANTO de DEUS se manifestam. Deveríamos mesmo acreditar que essas experiências foram apenas produto da emoção humana? Não seriam de fato o resultado da operação do ESPÍRITO? Quando DEUS se manifesta, homem algum pode resistir a ponto de permanecer emocionalmente estático.
5. Pragmatismo: Este argumento considera a funcionalidade, utilidade e resultados práticos do objeto conhecido.
5.1. Funcionalidade: Os dons que conhecemos funcionam mesmo?
5.2. Utilidade: Os dons são realmente úteis?
5.3. Resultado: Os dons extraordinários de hoje têm bons resultados práticos?

II. METAFÍSICO
Este nome provém de uma palavra grega que significa "depois da física". Através do uso do termo este veio a significar "além" do físico. Daí, a metafísica, para alguns filósofos, "é o estudo do ser ou da realidade."
Enquanto que a epistemologia ocupa-se com as capacidades e as limitações de quem sabe, "a metafísica trata da existência e da natureza daquilo que é sabido."
A metafísica considera, pois, as qualidades e os relacionamentos das coisas conhecidas, ou seja: a realidade. De que forma então podemos conhecer realisticamente (metafisicamente) os dons extraordinários? Só podemos conhecer o desconhecido por intermédio do que conhecemos, o real desconhecido pelo real desconhecido, o irreal desconhecido pelo irreal desconhecido. Só podemos conhecer aquilo que é verdadeiro por meio daquilo que não é verdadeiro. Logo podemos conhecer a realidade verdadeira por meio da realidade falsa. Conhecemos muito bem as falsificações demoníacas, e por meio delas podemos conhecer a verdadeira manifestação de DEUS. Se existe o falso, necessariamente deve também existir o verdadeiro. A realidade dos falsos dons extraordinários, comprovam a existência dos verdadeiros dons extraordinários.
 
CAPÍTULO II - ARGUMENTOS ESCRITURÍSTICOS
Os argumentos escriturísticos são aqueles baseados na revelação de DEUS, em sua palavra escrita, isto é nas Sagradas Escrituras.

I. EXEGÉTICO
O argumento exegético baseia-se na interpretação do texto bíblico original. Para este trabalho utilizaremos a passagem de I Coríntios 13:8-13, que tem sido usada por muitos comentaristas para defender a negação dos dons extraordinários neste tempo presente. Um destes comentarista é B. F. Cate, autor do livro "The Nine Gifts of the Spirit. Are not in the church today" (Os Noves dons do ESPÍRITO. Não se manifestam na igreja no dia de hoje). Veremos então a interpretação de B. F. Cate, e, em seguida apresentaremos nossa exegese do texto em questão.
1. A Visão de B. F. Cate de I Coríntios 13:8-13: Cate inicia o primeiro capítulo de seu livro fazendo esta pergunta: "Os Nove Dons: Quando Cessaram Eles?" Em seguida passa a argumentar da seguinte maneira: "Paulo diz: 'O amor jamais acaba.' Isto implica que os dons acabariam; portanto, ele prossegue dizendo: 'mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque em parte conhecemos e em parte profetizamos (versículo 8 e 9). a razão por que eles só conheciam em parte era que então ainda ainda não estava completamente revelado aquilo do Novo Testamento que agora está escrito. 'Quando, porém,' diz Paulo, 'vier o que é perfeito (a ultimação do Novo Testamento), então o que é em parte (profecia, etc.) será aniquilado' (versículo 10). Depois ele ilustra isso dizendo: 'Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das cousas próprias de menino' (versículo 11). Nos dias primitivos da presente dispensação, quando foi escrita esta epístola, eles eram como meninos; mas estava aproximando-se rapidamente o tempo quando desistiriam 'das cousas próprias de menino' (os nove dons), e andariam pela fé no 'caminho sobremodo excelente' do 'amor' e na luz da completa revelação de DEUS.
"Paulo ilustra novamente, dizendo: 'Porque agora (quando esta epístola foi escrita) vemos como em espelho, obscuramente (em parte conhecemos), então (quando a revelação de DEUS ao homem fosse completada) veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido' (versículo 12). Conhecer 'como também sou conhecido,' significa: nós, agora que a revelação de DEUS está completa, não mais 'em parte conhecemos,' mas conhecemos a mente de DEUS (para esta dispensação) tal como Ele conhece nossa mente."6
Cate prossegue dizendo: "Existem alguns que encontram dificuldade em ver que 'o que é perfeito' em I Coríntios 13:9,10 refere-se à perfeição (ultimação) da revelação de DEUS para a era da igreja. Paulo, ao demonstrar que 'o amor jamais acaba,' mas que os nove dons cessariam quando o Novo Testamento chegasse à sua ultimação, refere-se apenas a três deles como exemplo do todo (versículo 8). Depois, nos versículos 9 e 10 ele reduz isto a um único dom - o da profecia - como um exemplo do todo. Vejamos mais uma vez o que dizem estes versículos: 'Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos. quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte (profetizar) será aniquilado.' Paulo não está falando a respeito da perfeição dos santos; está falando a respeito da perfeição da profecia. Demonstra assim que o dom de profecia deveria cessar quando a revelação de DEUS para a era da Igreja chegasse à perfeição."7
Esta é a visão de Cate. Com amor e respeito àqueles que pensam dessa forma, passaremos a contra-argumentar esta posição. Nós cremos que, na passagem, Paulo fala da perfeição dos santos, e defenderemos esta tese, porque se o fizermos, ficará também demonstrado que os dons extraordinários existem hoje. Isto porque Paulo deixa claro, na passagem, que os profetas deveriam profetizar 'em parte' até que viesse 'o que é perfeito.' Portanto, se 'o que é perfeito' ainda não veio, então nós ainda temos profetas profetizando 'em parte' ainda hoje.
2. Uma Análise de I Coríntios 13:8-13: Nesta passagem analisaremos os vocábulos "perfeito", "quando", "agora", "então" e "conhecer".
2.1. O Perfeito do Versículo 10: O termo grego usado em I Coríntios 13:10 é teleio (téleios).Esta palavra pode ser traduzida de várias maneiras: (1) "perfeito", referindo-se à coisas (Rm.12:2; ICo.13:10; Tg.1:4,17,25; Hb.9:11, IJo.4:18, etc.); (2) "perfeito", referindo-se à pessoas, com o sentido de "maduro" ou "adulto" em sentido moral e espiritual (Mt.5:48; 19:21; Fp.3:15; Cl.1:28; ICo.2:6; 14:20; Ef.4:13; Hb.5:14); (3) "perfeito", referindo-se à DEUS em sua perfeição absoluta (Mt.5:48).8
No versículo 10 de I Coríntios 13, o termo grego teleion (téleion) é "adjetivo pronominal, nominativo, neutro, singular."9
De acordo com isto, a tradução correta do texto deveria ser: "quando. porém, vier aquilo que é perfeito, então aquilo que é em parte será aniquilado." Isto porque este adjetivo, na língua grega, não é feminino nem masculino, mas está no gênero neutro. Portanto, o argumento de Cate, de que "o que é perfeito em parte" se refere a profecia, se desfaz; e isto por duas razões: (1) A palavra grega profecia, usada no versículo 8 (profhteia = profeteía), é "substantivo, nominativo, feminino, plural."10
Se a palavra "profecia" é feminina, então "aquilo que é perfeito" também deveria estar no gênero feminino para concordar, mas não está. (2) Se "o que é perfeito" fosse a revelação profética completada pelo Novo Testamento, então "o que é perfeito em parte," a revelação profética do Antigo Testamento, teria sido aniquilada. De fato o Antigo Testamento foi aperfeiçoado ou completado pelo Novo Testamento, mas de forma alguma ele foi aniquilado ou cessou em seus efeitos. JESUS disse que nenhuma profecia do Antigo Testamento cessaria até que tudo se cumprisse (Mt.5:18). JESUS não disse que a lei cessaria até que tudo fosse revelado (a revelação do Novo Testamento), mas até que tudo se cumprisse. Como poderia o Antigo Testamento ter sido aniquilado se ainda há muitas profecias para serem cumpridas? "...a Escritura não pode falhar." (Jo.10:35).
Cremos que a palavra "perfeito" contém nesta passagem a idéia do fim ou do objeto consumado ou completado, pois de acordo com o contexto da epístola, Paulo, logo adiante, no capítulo 15, passa a tratar da ressurreição. Em I Coríntios 15:24 o apóstolo diz: "...então virá o fim..." A palavra fim é telo (télos). Portanto deve referir-se à ressurreição ou perfeição dos santos na consumação, quando toda a profecia terá sido completada, finalizada ou aperfeiçoada11
(Lc.22:37) e a fé terá o seu fim, quando deixaremos de ver por enigma, e veremos face a face ao Nosso Salvador: "(CRISTO) a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas." (I Pedro 1:8,9).
Uma passagem esclarecedora pode ser encontrada em Romanos 10:4, onde lemos que "...o fim ( télos) da lei é CRISTO...". Óbviamente a lei não teve seu fim (ela não foi aniquilada, veja Mt.5:17), mas ela foi aperfeiçoada por CRISTO: "Anulamos, pois, a lei, pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei." (Rm3:31). Pela nossa fé em CRISTO, a lei está sendo, em nós, confirmada e aperfeiçoada, até que chegue a ressurreição, quando deixaremos de andar por fé (IICo.5:7) para andar por vista, pois veremos CRISTO face a face: "...quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como Ele é."(I João 3:2). Na ressurreição alcançaremos nossa perfeição espiritual, deixaremos de ser meninos, e conheceremos plenamente a CRISTO, como dEle somos conhecidos: "...até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de DEUS, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de CRISTO, para que não mais sejamos como meninos..." (Ef.4:13,14). O contexto desta passagem diz que CRISTO "...concedeu dons aos homens... até que todos cheguemos à unidade da fé..." (vv.8,13). De acordo com este contexto, os dons de CRISTO devem durar até que se completem as observações feitas por Paulo no versículo 13. Neste sentido, nem mesmo o dom de apóstolo, mencionado no versículo 11, teria cessado.
2.2. O Quando do Versículo 10: A palavra quando usada neste versículo é traduzida do grego otan (hótan). Este termo é uma "partícula temporal" que pode ser traduzida por "no tempo que."12
Portanto o versículo está dizendo que "o que é perfeito em parte" somente será aniquilado "no tempo que vier o que é perfeito," e esse tempo ainda é futuro, pois hótan se refere a "um tempo definido e específico." Esse tempo definido e específico era futuro para o apóstolo Paulo, quando ele escrevia a epístola, e ainda hoje, é futuro para nós.
2.3. O Quando do Versículo 11: O quando deste versículo, no grego, não é hotan, como no versículo anterior, mas ote (hóte), que também é uma "partícula temporal,"13 mas se refere a um tempo indefinido, pois Paulo não estava falando da época em que ele era criança, mas de um tempo indefinido, ao qual ele chama de "tempo de menino," que ele usa para contrastar com o tempo definido pela vinda daquilo que é perfeito.
2.4. O Agora do Versículo 12: Esta palavra aparece duas vezes no versículo 12, como tradução do vocábulo grego arti (arti). Trata-se de um advérbio, com sentido de "já, imediatamente, no presente, presentemente," como é utilizado em Jo.9:19,25: I Pe.1:6,8. "No grego helenístico o sentido é ampliado para referir-se ao presente em geral."14
Segundo Grosheide, arti expressa "um contraste entre esta dispensação e a futura."15
De acordo com isto, o agora do versículo 12 não expressa apenas o tempo do apóstolo Paulo, quando a epístola foi escrita por ele, mas também o tempo presente, até o final da presente dispensação.
2.5. O Agora do Versículo 13: A palavra agora deste versículo é traduzida do grego nune (nune), que pode também ter a idéia de tempo (At.22:1; 24:13; Rm.3:21; Ef.2:13; etc.), mas no versículo em questão, foi usado com sentido lógico e não temporal, como é usado em I Co.5:11; 15:20; Hb.9:26; etc. Nesses casos, a idéia de tempo é "enfraquecida ou totalmente ausente" e deve ser melhor traduzida por "porém, mas, ora."16
Nesse sentido o que o apóstolo está dizendo é que neste tempo presente ainda "vemos como em espelho, obscuramente," porque vemos por meio da fé (II Co.5:7), e da esperança (Rm.8:24,25) que "é a certeza das cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." (Hb.11:1). "Logo..." - diz o apóstolo - "...permanecem a fé, a esperança e o amor..." (v.13). Estas três virtudes são necessárias para haver o conhecimento de DEUS. A fé e a esperança nos concedem um conhecimento parcial (Rm.1:17; Ef.3:17-19; IITm.3:15), por isso cessarão, quando o conhecimento completo vier. O amor, porém permanecerá pela eternidade, quando vier o que é perfeito, pois o amor "...é o vínculo da perfeição." (Cl.3:14).
2.6. O Então do Versículo 12: A palavra grega para este vocábulo é tote (tóte). Este advérbio indica tempo, e está em conexão com o "quando" do versículo 10, que também é temporal. Segundo o léxico, deve ser traduzido por "naquele tempo."17
2.7. O Verbo Conhecer dos Versículos 9 e 12: Este verbo aparece quatro vezes no texto. Nas duas primeiras ocorrências, é usado o verbo grego gnwskw (gnôskô): "...em parte conhecemos..."(v.9), "...agora conheço em parte..."(v.12). Nas outras duas ocorrências o verbo grego é preposicionado com o prefixo grego epi (epi): epignwskw (epignôskô): "...então conhecerei como também sou conhecido..."(v.12). O prefixo adicionado ao vocábulo dá um sentido pleno ao verbo. A Nova Versão Internacional do Novo Testamento traduz com mais exatidão o versículo 12: "Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido."18
Note que na primeira ocorrência, Paulo acrescenta as palavra "em parte" ao verbo conhecer, porque o seu conhecimento, quando ele escrevia a epístola era parcial. Mas ele diz que, no tempo (então) em que viesse aquilo que é perfeito, ele veria face a face e teria o pleno conhecimento. Barrett diz que "As palavras apresentam a inadequação do atual conhecimento humano de DEUS, em contraste com o conhecimento que DEUS tem do homem e o conhecimento de DEUS que os homens terão na era futura."19
É claro que Paulo não atingiu o pleno conhecimento. Ele caminhava com esfôrço na vida cristã, para obter o melhor nível de perfeição, mas sabia que seria impossível atingí-lo nesta vida: "...para o conhecer e o poder da sua ressurreição... para de algum modo alcançar a ressurreição dentre os mortos. Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por CRISTO JESUS. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de DEUS em CRISTO JESUS. Todos, pois, que somos perfeitos (maduros até um certo nível), tenhamos este sentimento; e, se porventura pensais doutro modo, também isto DEUS vos esclarecerá. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos."(Fp.3:10-16). Entretanto quando Paulo estava para morrer, sabendo que iria encontrar-se com o Senhor face a face, ele escreveu: "Combati o bom combate, completei (telew = teléô = aperfeiçoei) a carreira, guardei (threw = têréô = permenecí fiel) a fé."(II Tm.4:7). O sentido de teléo neste verso é: "terminar, completar, chegar ao alvo."20
O que é verdade para Paulo, também é para nós. Nenhum cristão hoje ousa dizer que tem o pleno conhecimento de DEUS ou das coisas de DEUS. Paulo, que não atingiu esse nível, possuía muito mais conhecimento do que nós que temos a Escritura completa. é certo que podemos ter um pleno conhecimento subjetivo da verdade (IITm.2:25), mas o conhecimento pleno, objetivo e absoluto, só a deus pertence (Dt.29:29). Portanto "...conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva a sua vinda é certa..." (Os.6:3), porque "...a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único DEUS verdadeiro, e a JESUS CRISTO, a quem enviaste... Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu neles esteja." (Jo.17:3,26).

II. HERMENÊUTICO
Este argumento baseia-se nas leis de interpretação do texto bíblico. Não há em todo o Novo Testamento nenhum texto que diga claramente que os dons extraordinários cessariam. O único texto que poderia dar alguma margem à esta interpretação é o de I Coríntios 13: 8-13. Este texto, por ser um pouco obscuro, e de difícil interpretação, tem sido usado para demonstrar a extinção dos dons extraordinários para a época posterior à época apostólica. Contudo, uma boa exegese, como a que acabamos de apresentar, no sub-capítulo anterior, dissolve toda a dúvida quanto a existência dos dons extraordinários para hoje.

III. PROFÉTICO
O argumento profético tem a ver com o caráter profético da mensagem, do sinal operado ou propriamente da manifestação do dom extraordinário. O genuíno dom extraordinário tem que ser puro e santo. Suas asseverações devem ser claras e exatas, não deixando nenhuma margem à dúvida. Desassemelham-se das adivinhações, prognósticos, agouros e feitiçarias, com os quais não devem ter nenhum vínculo, o mínimo que seja (Dt.18:9-14). A palavra profética, por exemplo, deve acontecer exatamente como foi predita: "Se disseres no teu coração: como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que quando esse profeta falar, em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o tal profeta: não tenhas temor dele." (Dt.18:21,22).
Inúmeros crentes têm sido beneficiados com a manifestação do genuíno dom extraordinário. Vidas foram edificadas ao receberem uma palavra profética de edificação, exortação e consolo (I Co.14:3). Poderia vir de Satanás algo que promovesse o bem estar dos santos? Certamente que não! "Acaso pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?" (Tg.3:11).

IV. ESPIRITUAL
Este argumento, tão importante quanto o profético, baseia-se não no caráter do dom propriamente, mas no caráter espiritual da pessoa através da qual o dom se manifesta. Ele se focaliza no instrumento que manifesta o dom, e não na manifestação do dom. É preciso discernir o caráter da pessoa que fala ou manifesta algum dom extraordinário. Esta pessoa é séria em sua vida com DEUS? Leva uma vida santa e irrepreensível? É conhecida? Deixa transparecer alguma suspeita? Tudo isso deve ser levado em conta, mesmo que o sinal por ela predito, venha a acontecer: "Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti, e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, e disser: vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o Senhor vosso DEUS vos prova, para saber se amais o Senhor vosso DEUS de todo o vosso coração, e de toda a vossa alma." (Dt.13:1-3). DEUS permite a manifestação de "...poder, e sinais e prodígios da mentira..." (II Ts.2:9), para enganar aqueles que "...não acolheram o amor da verdade..." (II Ts.2:10). Portanto, todo sinal ou dom extraordinário, por mais portentoso que seja, que contraria a verdade da palavra de DEUS deve ser rejeitado porque não vem de DEUS. O Novo Testamento apresenta um caso interessante o nosso para exame. Diz a bíblia que "..indo nós para o lugar da oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador... seguindo a Paulo e a nós, clamava dizendo: estes homens são servos do DEUS Altíssimo, e vos anunciam o caminho da salvação..." (At.16:16,17). Note que nesta passagem tudo que o espírito dizia acerca de Paulo e seus companheiros era verdade, porém tratava-se de um espírito adivinhador, isto é, um demônio que "...adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores." (At.16:16). Paulo tratou logo de expulsar aquele espírito (At.16:18) para proteger a pureza de sua mensagem, a qual ele anunciava gratuitamente, sem fins lucrativos, para que os seus ouvintes não a considerassem equivalente à mensagem que aquele espírito anunciava.
Temos encontrado homens seríssimos em sua vida com DEUS. Estes têm servido de instrumentos nas mãos divinas, como canais de manifestação de dons extraordinários. Se rejeitarmos a existência dos dons extraordinários, teríamos que rejeitar a muitos homens e mulheres de DEUS.
 
CONCLUSÃO
Nesta conclusão queremos salientar uma palavra final sobre o texto de I Coríntios 13:8-13, muito usado por nossos oponentes para negar a atualidade dos dons extraordinários, e, por nós, para defender a sua existência. Reconhecemos algumas dificuldades que a passagem apresenta. Paulo não diz claramente o que é "o perfeito." Dissemos neste trabalho tratar-se, o perfeito da ressurreição. Alguns têm afirmado tratar-se da vinda de JESUS; outros, por sua vez, dizem que é o amor. Todas essas posições trazem dificuldades. A ressurreição (anastasi = anástasis) vinda(parousia = parousía), e o amor (agaph = agápê) são palavras femininas, enquanto que a palavra perfeito (telo = télos) está no gênero neutro. Talvez pudéssemos dizer, referindo-se à ressurreição, que Paulo estava falando do evento da ressurreição, do seu fenômeno. Daí teríamos uma possível solução. O mesmo se poderia dizer em relação à vinda de CRISTO.
Uma coisa, porém, podemos afirmar sem vacilar. Aquilo que é perfeito não é a profecia do Novo Testamento, como afirmou B. F. Cate. Isto demonstramos ao longo deste ensaio. Nós acreditamos que o perfeito é o conjunto de todas estas coisas: a vinda de JESUS, seu amor completado em nós, a ressurreição, o cumprimento das promessas futuras, encontradas nas Escrituras, que virão na consumação desta era. Todos estes elementos, é claro, não poderia ser gramaticalmente descrito por uma só palavra, masculina ou feminina. Paulo vinculou o todo à uma só palavra: "o perfeito," e esta, para descrever tantas perfeições de DEUS, só poderia estar no neutro, porque se refere à muitas coisas.
De qualquer forma, seja o que for o perfeito, claro ficou que ele ainda não veio, e mesmo que não saibamos o que possa ser (esta nossa dificuldade prova que não conhecemos plenamente hoje), é fato inegável que os dons extraordinários não cessaram.
INTERAÇÃO
A lição de hoje destaca a importância dos dons espirituais na Igreja de CRISTO, bem como o seu significado e propósito. Dom é um presente de DEUS que não se recebe por merecimento, mas pela vontade soberana do Senhor. É imprescindível entender que os dons do ESPÍRITO são concedidos para a realização da obra do Senhor e não para a glória humana ou usufruto. Por isso, incentive seus alunos a buscarem, em oração, os dons espirituais.
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Reconhecer a importância dos dons espirituais para a obra do Senhor.
Compreender que os dons espirituais e o fruto do ESPÍRITO devem caminhar juntos.
Saber Os propósitos dos dons espirituais.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, esta aula é ideal para traçarmos um paralelo entre os dons e o Fruto do ESPÍRITO. Muitos ostentam dons, mas parecem não possuir uma vida transformada. Este era o caso da igreja de Corinto que possuía todos os dons (l Co 1.7). Não obstante, faltava-lhe as características mais básicas de um discípulo de CRISTO (l Co 3.1-4). Na atualidade, infelizmente, a situação é bem parecida. Pessoas, muitas vezes, sem compromisso com o evangelho querem com os dons, ou usando uma imitação desses, manipular famílias, ministério, obreiros e até a obra do Senhor em nome de uma espiritual ida de "acima da média". Reproduza o quadro abaixo, conforme suas possibilidades, e explique aos alunos que o Fruto e os dons do ESPÍRITO devem caminhar juntos para que a Igreja de CRISTO seja edificada , e o nome do Senhor seja glorificado.
 
 
 
 
Lição 12 - O Fruto Do ESPÍRITO - O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO (20-Mar-2005)
O FALAR EM LÍNGUAS PROVAS DO GENUÍNO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO DONS
 
 
TEXTO ÁUREO: “A caridade nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá” (1 Co 13.8).
13.8 LÍNGUAS, CESSARÃO. Os dons espirituais, como profecia, línguas e ciência terminarão no fim da presente era. A ocasião em que eles cessarão é descrita assim: "quando vier o que é perfeito" (v. 10), ou seja, no fim da presente era, quando, então, o conhecimento e o caráter do crente se tornarão perfeitos na eternidade, depois da segunda vinda de CRISTO (v. 12; 1.7). Até chegar esse tempo, precisamos do ESPÍRITO e dos seus dons na congregação. Não há nenhuma evidência aqui, nem em qualquer outro trecho das Escrituras, de que a manifestação do ESPÍRITO SANTO através dos seus dons cessaria no fim da era apostólica.
 
 
VERDADE PRÁTICA: O fruto e os dons do ESPÍRITO capacitam o crente a realizar atos miraculosos para a glória de DEUS e avanço do seu reino.
 
Gl 5.22 Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 CORÍNTIOS 12.28-31; 13.1,2
28 A uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 29 São todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? São todos operadores de milagres? 30 Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam-nas todos? 31 Portanto, procurai com zelo os melhores dons. E agora eu vos mostrarei o caminho mais excelente.
12.28 A UNS PÔS DEUS NA IGREJA. Paulo apresenta aqui uma lista parcial dos dons de ministério (ver Rm 12.6-8 e Ef 4.11-13)
12.30 FALAM TODOS DIVERSAS LÍNGUAS? A pergunta retórica de Paulo, aqui, subentende uma resposta negativa. O contexto no cap. 12 revela que Paulo se refere ao uso do dom de línguas e o outro dom que o acompanha nos cultos públicos ? o dom de interpretação de línguas. Paulo não está a limitar o uso de línguas nas orações e no louvor a DEUS em particular (cf. 14.5). Muitos crentes batizados no ESPÍRITO SANTO acham fácil orar em línguas à medida que se rendem ao ESPÍRITO SANTO. No dia do Pentecoste (At 2.4), em Cesaréia (At 10.44-46) e em Éfeso (At 19.2-6), todos que estavam cheios do ESPÍRITO falaram em línguas como sinal de que tinham recebido a plenitude do ESPÍRITO (ver o estudo O FALAR EM LÍNGUAS)
 
13.1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine. 2 Ainda que eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
13.1 E NÃO TIVESSE CARIDADE. O cap. 13 é uma continuação do ensino de Paulo sobre os dons espirituais. Ele enfatiza, aqui, que ter dons espirituais sem amor (caridade), de nada adianta (vv. 1-3). O "caminho ainda mais excelente" (12.31) é o exercício de dons espirituais com amor (vv. 4-8). O amor, sendo o único contexto em que os dons espirituais podem cumprir o propósito de DEUS, deve ser o princípio predominante em todas as manifestações espirituais. Daí, Paulo exortar os coríntios: "Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais" (14.1). Os crentes devem, com muito zelo, buscar as coisas do ESPÍRITO, para que, assim equipados, possam ajudar, consolar e abençoar o próximo neste mundo.
13.2 NADA SERIA. Há pessoas afeitas às práticas religiosas sem qualquer aprovação de DEUS. É até possível que nem sejam crentes. Por exemplo, pessoas, que falam em línguas, profetizam, têm conhecimento ou realizam grandes obras da fé, sem, contudo terem amor, nem a justiça de CRISTO. Esses, "nada" são aos olhos de DEUS. Diante de DEUS, a sua espiritualidade e profissão de fé são vãs (v.1); esses não têm lugar no Reino de DEUS (cf. 6.9,10). Não somente lhes falta a plenitude do ESPÍRITO, como também não têm a sua presença habitando neles. As manifestações espirituais que ocorrem neles não provêm de DEUS, mas doutro espírito (ver At 8.21; 1 Jo 4.1). O essencial na autêntica fé cristã é o amor segundo uma ética que não prejudique o próximo e que persevere na lealdade a CRISTO e à sua Palavra (ver também v. 13)
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 14.1 O fruto e os dons devem ser igualmente buscados
1 Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.
14.1 PROCURAI COM ZELO OS DONS ESPIRITUAIS. Os crentes que têm amor genuíno pelos que também pertencem ao corpo de CRISTO, devem buscar os dons espirituais a fim de poderem ajudar, consolar, encorajar e fortalecer os necessitados (cf. 12.17). Não devem esperar passivamente que DEUS lhes conceda os dons do ESPÍRITO SANTO (12.7-10). Devem, pelo contrário, com zelo, desejar e buscar com oração esses dons, principalmente os que são próprios para encorajar, consolar e edificar (vv. 3,13,19,26).

Terça - Rm 12.3 O fruto é conexo à fé que DEUS reparte
3 Pois pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com moderação, conforme a medida da fé que DEUS repartiu a cada um.
1 Coríntios 3.10 Segundo a graça de DEUS que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.

Quarta - Mt 7.16 Pelo fruto conhece-se a árvore
16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
7.16 POR SEUS FRUTOS OS CONHECEREIS. Os falsos mestres exteriormente parecem justos, mas interiormente são lobos devoradores (v. 15). Eles devem ser identificados pelos seus frutos . Os frutos dos falsos mestres consistem, principalmente, no caráter dos seus seguidores (1 Jo 4.5,6). O falso mestre produzirá discípulos que manifestarão as seguintes características: (1) serão cristãos professos, cuja lealdade é dedicada mais a indivíduos do que à Palavra de DEUS (v. 21). Honram e servem a criatura mais do que ao seu Criador (cf. Rm 1.25). (2) Serão seguidores que se ocupam mais com seus próprios desejos do que com a glória e a honra de DEUS. Sua doutrina será mais antropocêntrica do que teocêntrica (vv. 21-23; ver 2 Tm 4.3). (3) Serão discípulos que aceitam doutrinas e tradições dos homens, mesmo que isso contradiga a Palavra de DEUS (vv. 24-27; 1 Jo 4.6). (4) Serão seguidores que buscam mais as experiências religiosas e as manifestações sobrenaturais do que a Palavra de DEUS e seus padrões de justiça. A sua experiência religiosa ou manifestações espirituais são a sua autoridade final quanto a autenticidade da verdade (vv. 22,23), e não todo o conselho da Palavra de DEUS. (5) Serão seguidores que não suportarão a sã doutrina, mas procurarão mestres que lhes ofereçam a salvação, em conjunto com o caminho largo da injustiça (vv. 13,14, 23; ver 2 Tm 4.3).

Quinta - 1 Co 1.7,8 O fruto tem a ver com o nosso ser e os dons com o fazer
7 de modo que nenhum dom vos falta, aguardando a revelação de nosso Senhor JESUS CRISTO,
1.7 NENHUM DOM VOS FALTA. Paulo elogia os coríntios porque DEUS, na sua graça (v. 4), lhes outorgou dons espirituais específicos. Esses dons são valiosos e indispensáveis para corroborar o ministério do ESPÍRITO SANTO na igreja; sem eles, os crentes deixam de fortalecer e de ajudar uns aos outros como DEUS deseja. Em lugar nenhum desta epístola, Paulo descarta esses dons. Pelo contrário, ele procura mudar a atitude dos coríntios concernente aos dons espirituais, de modo que eles os usem segundo o propósito de DEUS.
1.7 ESPERANDO A MANIFESTAÇÃO DE NOSSO SENHOR. Os cristãos primitivos viviam na expectativa da volta de CRISTO para os seus dias (ver Mt 24.42; Jo 14.3). Tinham uma fé firme no fato da vinda do Senhor, vivendo cada dia na expectativa daquela grande esperança. Note que a esperança do cristão é a volta pessoal do Senhor JESUS CRISTO, e não o conjunto geral dos eventos que assinala os últimos dias (cf. 1 Ts 1.10; 4.13-17; Tt 2.13; Hb 9.28)

Sexta - 1 Co 12.4 Os dons são operações sobrenaturais do ESPÍRITO
4 Há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo.
12.1-6 DONS ESPIRITUAIS. Os termos que a Bíblia emprega para os dons espirituais descrevem a sua natureza. (1) "Dons espirituais", (gr. pneumatika, derivado de pneuma, "espírito"). A expressão refere-se às manifestações sobrenaturais concedidas como dons da parte do ESPÍRITO SANTO, e que operam através dos crentes, para o seu bem comum (vv. 1,7; 14.1). (2) "Dons" ou "dons da graça" (gr. charismata, derivado de charis, "graça"), indicam que os dons espirituais envolvem tanto a motivação interior da pessoa, como o poder para desempenhar o ministério referente ao dom (i.e., a capacitação dinâmica) recebido do ESPÍRITO SANTO. Esses dons fortalecem espiritualmente o corpo de CRISTO e aqueles que necessitam de ajuda espiritual (v. 4; ver Rm 12.6; Ef 4.11; 1 Pe 4.10;). (3)"Ministérios" (gr. diaoniai, derivado de diakonia, "serviço"). Isso mostra que há diferentes tipos de serviço e que certos dons envolvem o recebimento da capacidade e poder de ajudar e assistir o próximo (vv. 4,5,27-31; Ef 4.7,11-13). Paulo indica que o aspecto ministerial dos dons fala do ministério do Senhor JESUS como "servo". Assim, a operação dos dons é definida em termos da presença e da ação de CRISTO em nosso meio (cf. v.3; 1.4). (4) "Operações" ou "efeitos" (gr. energemata, derivado de energes, "ativo, enérgico"). O termo indica que os dons espirituais são operações diretas do poder de DEUS Pai, visando resultados definidos (vv. 6,10). (5) "A manifestação do ESPÍRITO" (gr. phanerosis, derivado de phaneros, "manifestar") realça o fato de que os dons espirituais são manifestações diretas da operação e da presença do ESPÍRITO SANTO na congregação (vv. 7-11)

Sábado - Gl 5.22 O fruto é gerado pelo ESPÍRITO e os dons comunicados por Ele
Gl 5.22 Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
 
OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
1- Estabelecer a diferença entre os dons, o dom e o fruto do ESPÍRITO.
2- Explicar a relação entre os dons e o fruto do ESPÍRITO SANTO nas epístolas paulinas.
3- Definir o termo maturidade cristã.
PONTO DE CONTATO: Professor, dentro do contexto pentecostal, os dons espirituais têm recebido muita atenção enquanto o fruto esporadicamente é abordado. A associação dos dois temas apresentados nesta lição exigirá conhecimento tanto de um quanto do outro. Evite teorias e posições infundadas sobre os dons e o fruto. Resguarde-se da supervalorização dos dons em detrimento do fruto, e vice-versa. É necessário o equilíbrio entre uma doutrina e outra para a completa maturidade dos fiéis. Ensine a classe não somente a cultivar o fruto, mas também a buscar os dons espirituais.
 
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA: Nesta lição, usaremos um Paralelo Lógico. Este recurso possibilita a comparação entre vários elementos e suas possíveis correspondências. Na lição, trabalhamos com três conceitos distintos que se entrelaçam seja por contraste, seja por complementação. Reproduza o gráfico abaixo no quadro-de-giz e preencha-o com os alunos.
 
DONS
FRUTO
DOM DO ESPÍRITO
Habilita a saber, falar e agir com poder
Habilita a falar , agir e ser como CRISTO
Habilita a testemunhar e servir com eficácia
Devem ser exercidos com o fruto
Disciplina o uso dos dons
Possibilita os dons aos crentes
Atestam o recebimento do batismo no ESPÍRITO
Evidencia a habitação do ESPÍRITO no crente
Confirma o recebimento dos dons e a habitação do ESPÍRITO
Não transforma o caráter à semelhança de CRISTO
Transforma o caráter à semelhança de CRISTO
Concede o mesmo poder que habita em CRISTO
 
 
COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO
Nesta lição estaremos estudando sobre a diferença entre O Dom do ESPÍRITO, Os Dons do ESPÍRITO e O Fruto do ESPÍRITO.
 
I. OS DIVERSOS RELACIONAMENTOS DO FRUTO
1. Os Dons e o Dom.
OS DONS ESPIRITUAIS. Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o ESPÍRITO SANTO concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
PERSPECTIVA GERAL. Uma das maneiras do ESPÍRITO SANTO manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do ESPÍRITO visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.
O Dom é concedido ao crente como graça de DEUS àquele que se entrega totalmente a Ele, neste momento o crente é cheio do ESPÍRITO SANTO, e fala em língua concedida pelo ESPÍRITO SANTO. é o chamado batismo com ou no ESPÍRITO SANTO.
 
Só é possível Os Dons àquele que recebe o Dom, ou seja, O Batismo com ou no ESPÍRITO SANTO
 
2. Os Dons e o Fruto.
A mesma pessoa pode ter Dons e não desenvolver as qualidades do Fruto do ESPÍRITO, porém com o passar do tempo, estes Dons tendem a deixar de agir e vão perdendo força na vida deste crente relapso.
Os Dons são capacitações sobrenaturais distribuídas pelo ESPÍRITO SANTO ao crente para realização das obras de DEUS.
O fruto é desenvolvido com nosso esforço em aprimorar nosso caráter olhando sempre para CRISTO como nosso alvo.
 
3. Fruto, Dons e Dom do ESPÍRITO.
Fruto = Esforço na busca de melhorar nosso caráter à imagem de CRISTO e com a ajuda do ESPÍRITO SANTO
Dons = Doados pelo ESPÍRITO para a realização de Obras
Dom = Sinal de posse e confirmação do Batismo Com O ESPÍRITO SANTO
 
II. O FRUTO E OS DONS NAS EPÍSTOLAS PAULINAS
1. A Primeira Epístola aos Coríntios 12, 13, 14.
Dons do ESPÍRITO SANTO (Manifestações = mostrar sobrenaturalmente e realmente a presença de DEUS):
A cada um, porém, é dada a manifestação do ESPÍRITO para o proveito comum. Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. Para estudá-los dividimos em.
Dons de Revelação (Palavra de Sabedoria, Palavra de Conhecimento e Discernimento de espíritos) Dons de Inspiração (Profecia, Variedade de Línguas e Interpretação de Línguas) e Dons de Poder (Fé, Milagres e Curas)

A busca de Dons deve ser constante na vida do crente e é incentivada pela Palavra de DEUS, porém quando se confunde Sinal com Dom, isto impede que aquele que ainda não recebeu o Dom ore para que o receba. A diferença entre o Falar em Línguas Espirituais (Estranhas) como sinal do batismo com o ESPÍRITO SANTO e como linguagem de oração, e o Dom De Línguas é tão próximo que muitos os confundem, não sabendo discernir que no Dom de línguas é uma variedade de línguas falada pelo crente, podendo o mesmo numa mesma oração falar vários tipos de línguas, assim como durante uma pregação ou na entrega de alguma mensagem a alguém ou à Igreja.
 
2. A Epístola aos Romanos 12.
Operações de DEUS (DONS)
E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos.(I Co 12:6)
E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.(I Co 12:28)
De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria. (Rm 12: 6-8) DEUS pode usar animal para falar, como fez com a jumenta de Balaão ou usar um descrente para glorificá-lo, com fez com Nabucodonosor; DEUS usa a quem quer e da maneira que quer.
 
3. A Epístola aos Efésios 4.
Dons de CRISTO(Ministérios):
E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres.(Ef 4:11); são pessoas dadas à Igreja, para orientá-la e guiá-la fazendo-a crescer. Para edificar e fortalecer a noiva de CRISTO, que é a Igreja. Assim como no corpo humano temos cinco sentidos (olfato,visão,tato,paladar e audição), assim também no corpo de CRISTO, na terra tem cinco ministérios.
 
4. Propósitos dos dons e do fruto.
Os Dons são doados aos oficiais da Igreja ou aos obreiros como capacitação dos ministérios da Igreja, escolhidos por CRISTO, para que a obra de DEUS seja feita em toda a Terra.
Por exemplo:
O Apóstolo precisa de sinais que acompanham seu apostolado, como o dom de milagres ou maravilhas,
O profeta precisa de sinais que acompanham sua pregação, como a palavra de sabedoria e a palavra de conhecimento,
O Evangelista precisa de sinais que acompanham sua pregação, como a profecia,
O pastor precisa de sinais que acompanham seu pastorado, como o discernimento de espíritos,
O mestre precisa de sinais que acompanham seu mestrado, como os dons de curar,
 
O Fruto é a manifestação da personalidade de CRISTO no crente
"Diga-me com quem tu andas que eu te direi quem tu és", já dizia minha mãe; assim o crente que anda com quem gosta de contar piadas passa a ser um piadista, o crente que anda com quem gosta de comentar futebol acaba sendo comentarista esportivo; então o crente que anda em intimidade com JESUS acaba copiando o jeito e o modo de JESUS falar e agir.
 
III. OS DONS, O FRUTO E A MATURIDADE CRISTÃ
1. Maturidade cristã. O SENHOR QUER QUE CRESÇAMOS ATÉ À ESTATURA DE UM CRISTÃO ADULTO E MADURO!
Quando nós somos salvos e nascemos de novo, espiritualmente somos apenas crianças. E cada dia uma criança tem que comer e fazer um pouco mais de exercício a fim de crescer um pouco mais! Mas muitos Cristãos param de crescer quando têm apenas alguns anos e nunca se tornam adultos, nunca amadurecem! Pensam que já aprenderam tanto que não têm que aprender mais e nunca chegam a ser os Cristãos maduros que o Senhor quer que cada um de nós seja: verdadeiros soldados capazes de arcar com muita responsabilidade e fazer sacrifícios!
A Palavra de DEUS diz que até JESUS "aprendeu a obediência através das coisas que padeceu" e que, "cresceu em estatura e em sabedoria e em graça para com DEUS e os homens." (Heb.5:8; Luc. 2:52). Cada dia, nós aprendemos a obedecer em alguma coisa nova. E embora algumas coisas fiquem mais difíceis, outras ficam mais fáceis, como quando crescemos! Se trata exatamente disso!
Maturidade espiritual não é uma questão de anos ou de tempo, mas depende apenas da nossa conexão com o Senhor e a Sua Palavra, e da nossa obediência e humildade. Uma criança torna-se adulta quando aprende a sacrificar-se pelos outros e a compartilhar e ajudar os outros! Isso, aos olhos do Senhor, é maturidade!
 
ORGANOGRAMA DA MATURIDADE CRISTÃ - Hebreus - 12
1 PORTANTO nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, 2 Olhando para JESUS, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de DEUS. 3 Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. 4 Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.
5 E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; 6 Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. 7 Se suportais a correção, DEUS vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? 8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. 9 Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? 10 Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. 11 E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. 12 Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, 13 E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado. 14 Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; 15 Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de DEUS, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. 16 E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura. 17 Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou. 18 Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, 19 E ao sonido da trombeta, e à voz das palavras, a qual os que a ouviram pediram que se lhes não falasse mais; 20 Porque não podiam suportar o que se lhes mandava: Se até um animal tocar o monte será apedrejado ou passado com um dardo. 21 E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado, e tremendo. 22 Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; 23 À universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a DEUS, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; 24 E a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. 25 Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus; 26 A voz do qual moveu então a terra, mas agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu. 27 E esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam. 28 Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a DEUS agradavelmente, com reverência e piedade; 29 Porque o nosso DEUS é um fogo consumidor.
 
2. O cristão espiritualmente maduro.
Crescendo em CRISTO JESUS
Antes, crescei na graça se conhecimento de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!
Paulo define as pessoas espiritualmente "perfeitas" ou maduras, que possuem a plenitude de CRISTO. (1) Ser espiritualmente maduro, significa não ser "meninos" (v. 14), os quais são instáveis, facilmente enganados pelas falsas doutrinas dos homens e suscetíveis ao artificialismo enganoso. O crente permanece infantil quando tem uma compreensão inadequada das verdades bíblicas e pouca dedicação a elas (vv. 14,15). (2) Ser espiritualmente maduro inclui falar "a verdade em caridade" (v. 15). A verdade do evangelho, conforme apresentada no NT, deve ser crida com caridade, apresentada com caridade e defendida em espírito de caridade. Essa caridade é dirigida primeiramente a "CRISTO" (v. 15); em seguida, à igreja (v. 16) e, finalmente, de uns para com os outros (v. 32; cf. 1 Co 16.14).
 
3. Alcançando a maturidade cristã.
O que representa e em que consiste o fruto do ESPÍRITO na vida do crente? O fruto do ESPÍRITO consiste nas nove virtudes ou qualidades da personalidade de DEUS implantadas pelo ESPÍRITO de Verdade no interior do crente com a finalidade de conduzi-lo à perfeição, ou seja, à imagem de CRISTO. Em suma, os frutos do ESPÍRITO representa os atributos de DEUS; os traços do seu caráter. O crente precisa absorvê-lo com a ajuda do ESPÍRITO SANTO. O fruto tem sua manifestação na vida interior, vem de dentro para fora, é o desenvolvimento da semente que caiu em boa terra e produz para a glória de DEUS.
a. O fruto do ESPÍRITO representa 'expressões do caráter cristão':- O caráter cristão verdadeiro expressa-se no fruto do ESPÍRITO que é resumido no amor. Do amor surgem todos os demais atributos de DEUS que são desenvolvidos no crente pelo ESPÍRITO SANTO que nele habita. É por isso que o amor aparece encabeçando a lista das virtudes cristãs geradas pelo ESPÍRITO de DEUS, por ser a fonte originária de todas as demais virtudes.
b. O fruto do ESPÍRITO representa a maturidade cristã:- O ESPÍRITO SANTO produz o fruto do caráter cristão em nossa vida somente à medida que cooperamos com Ele. As línguas, a profecia, e até mesmo o conhecimento são úteis, e são dons maravilhosos do ESPÍRITO SANTO, mas sua presença em nossa vida nem sempre é uma indicação de nossa maturidade cristã. A medida de nossa maturidade em DEUS, depende de quão bem temos permitido que o ESPÍRITO SANTO produza os traços do caráter de JESUS em nossa vida. A maturidade espiritual envolve melhor entendimento do ESPÍRITO de DEUS e das necessidades das pessoas. 'O fruto do ESPÍRITO é resultado na vida dos que participam da natureza divina, ou seja, dos que estão ligados a CRISTO a 'videira verdadeira' (João 15.1-5). Maturidade em CRISTO envolve união com Ele; a limpeza ou a poda pelo Pai e a frutificação. Estas são as condições da frutificação e conseqüente vida cristã vitoriosa.
 
 
CONCLUSÃO:
Devemos ter em mente que o mais importante depois de aceitar a CRISTO como Senhor e Salvador, é lermos a Palavra de DEUS todos os dias, orando para que nos seja revelado o poder de DEUS, colocando nossa vida a disposição de DEUS e sua obra, sendo que nosso viver deve ser de acordo com o molde de DEUS, ou seja, imitemos a CRISTO em tudo, em seu modo de viver e de agir.
Considerações:
1 Dons, só depois do batismo com o ESPÍRITO SANTO. (vaso vazio não transborda)
2 O senhorio é de CRISTO (o cabeça do corpo)
3 Para glorificação de DEUS (o ESPÍRITO SANTO glorifica a DEUS)
4 Vaso deve estar limpo sempre para o uso constante (santificação)
5 Nada é de nós mesmos, tudo vem de DEUS (nada de orgulho).
6 Todos os dons são para os outros só um para nós, linguagem de oração.
(língua em que fomos batizados)
7 Dom de Variedade de Línguas vem após o batismo e nem todos o recebem.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES: Subsídio Devocional
“Você jamais crescerá sem a intervenção dos céus. É a norma divina para se manter inviolável à dependência da criatura perante o seu criador. Vida madura é vida sobrenatural. A essência da verdadeira espiritualidade reside no fato de que o próprio DEUS está interessado em conceder-nos o crescimento. Cabe-nos, porém, preencher certas condições que demonstram nossa voluntária submissão aos preceitos básicos de seu governo. Sob que motivos pode ser anulada nossa maturidade? Quais são os obstáculos potenciais? Que tipos de empecilhos podem surgir ao longo do processo de maturação espiritual? Se você conseguir responder tais perguntas, desobstruindo o acesso rumo à estabilidade na fé, nada o deterá nesta ascendente jornada. [...] O preço da maturidade está na rejeição de conceitos e práticas que venham a projetar o domínio do pecado sobre nós (Rm 6.14). Abster-se de coisas e atos que entristecem ao Senhor, é requisito básico da dieta espiritual. Onde deixamos nossa bandeira de oposição ao mal? [...] Maturidade não é uma virtude que surge abrupta e repentinamente. Não se pode alcançá-la da noite para o dia. Não existe um ‘toque de mágica’ capaz de nos transformar de anões espirituais em gigantes da fé.
Reconhecemos que crescer implica um esforço titânico numa escala também titânica. Há um processo gradativo para se chegar à presença de DEUS. Isto exige determinação. É o triunfo da fé persistente sobre nossa negligente natureza. Esta tomada de posição deixa claro que o progresso espiritual é, prioritariamente, um ato de invasão. É inútil supor que o crescimento virá a nós subitamente. Temos de persegui-lo até conquistar o direito de posse. Cada passo que você der neste território, trará consigo nova oportunidade de ascendência espiritual.
Para quem faz sua opção por CRISTO, mas permanece distante das verdades fundamentais do Evangelho, sem responsabilidades definidas quanto aos ditames de se tomar a cruz, negar-se a si mesmo e seguir a CRISTO bem de perto, resta um inglório fim: seu caminho não prosperará. Que diremos então? É mais que óbvio que DEUS dará um crescimento na proporção exata de nossa disposição de avançar.
Por que é que alguns cristãos continuam bebês espirituais, enquanto outros avançam na direção da maturidade? [...] Todavia, quando lemos em Mateus 5.6, descobrimos o segredo do gigantismo espiritual: ‘Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos’. JESUS revelou que o segredo do crescimento espiritual está no apetite voraz pela Palavra de DEUS. Os que satisfazem esse apetite, alimentando-se da Palavra e comungando com CRISTO, já usufruem de real maturidade espiritual; já se fazem gigantes na fé”. (SANTOS, Ismael dos. A caminho da maturidade. RJ:CPAD, 1995, 17, 19, 22-24.) Leia mais Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 21, p. 42
 
 
O FALAR EM LÍNGUAS
At 2.4 “E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.”

O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de DEUS para evidenciar o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do ESPÍRITO continua o mesmo para os dias de hoje.

O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS. (1) As línguas como manifestação do ESPÍRITO. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo ESPÍRITO, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática” para referir-se ao falar noutras línguas pelo ESPÍRITO.
(2) Línguas como sinal externo inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o ESPÍRITO SANTO se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, DEUS vinculou o falar noutras línguas ao batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.
(3) As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais: (a) O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo ESPÍRITO, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co 14.5,6,13-17). (b) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a DEUS nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1Co 14.4). Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar (14.2,14,15,28), dar graças (14.16,17) ou cantar (14.15; ver
1Co 14).
OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM FALSAS. O simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do ESPÍRITO SANTO. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais procedem realmente de DEUS (ver 1Jo 4.1).
(1) Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do ESPÍRITO SANTO, como em 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do ESPÍRITO SANTO. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo.
(2) O ESPÍRITO SANTO nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; cf. 2Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de DEUS (2Pe 2.1,2).
(3) Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a JESUS CRISTO, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de DEUS, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do ESPÍRITO SANTO (1 Jo 3.6-10; 4.1-3; cf. Gl 1.9; Mt 24.11-24, Jo8.31).
 
 
As “outras línguas”.
 
LÍNGUA CHAMADA ESTRANHA, OU ESPIRITUAL, DADA PELO ESPÍRITO SANTO - (Strong Português) LÍNGUA ESPIRITUAL - γλωσσα glossa - ESTE TIPO DE LÍNGUA É FALADA NO MOMENTO DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO.
idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos usados por outras nações.
NÃO EXISTE NA TERRA NAÇÃO QUE FALE ESTA LÍNGUA NATURALMENTE. É LÍNGUA SOBRENATURAL CONCEDIDA PELO ESPÍRITO SANTO.
 
LÍNGUA FALADA PELOS POVOS É ESSA - (Strong Português) LÍNGUA HUMANA FALADA NA TERRA διαλεκτος dialektos
1) conversação, fala, discurso, linguagem
2) língua ou a linguagem própria de cada povo.
 
2. Função das línguas.
São pelo menos 4 os tipos de línguas espirituais (ou estranhas). A Língua do batismo no ESPÍRITO SANTO, a Língua para falar com o estrangeiro, a Língua para ser interpretada e a Lingua para oração de intercessão.
 
a- Edificação própria, individual - Língua que recebemos no dia do batismo no ESPÍRITO SANTO.
O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo... 1 Coríntios 14:4a
Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO, Judas 1:20.
orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO... Efésios 6:18a
 
Pelo que nos parece, o apóstolo Paulo passava horas de oração em línguas.
Dou graças ao meu DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos. 1 Coríntios 14:18
 
A oração em línguas do batismo no ESPÍRITO SANTO são para falarmos diretamente com DEUS e ninguém nos entende, só DEUS.
Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a DEUS; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios. 1 Coríntios 14:2
 
b- As línguas faladas no Dom Variedade de Línguas são importantíssimas.
Todos os crentes podem e devem ser batizados no ESPÍRITO SANTO e falr em línguas a vida toda, para oração particular, porém, nem todos recebem o dom de variedade de línguas.
Falam todos diversas línguas? Interpretam todos? 1 Coríntios 12:30b
 
b.1- Língua para falar com o estrangeiro - com essa língua podemos falar numa língua desconheceida para nós, porém o ouvinte de outro país ouvirá em sua língua materna, de seu país o que DEUS quer lhe falar.
De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis.. 1 Coríntios 14:22a
Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? Atos 2:8
 
b.2- Língua para ser interpretada - essa língua é para ser interpretada por outro irmão, mas pode ser por aquele que fala também. - é de grande valia para edificação. Falar em línguas com interpretação equivale a profecia.
e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 1 Coríntios 12:10b
Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1 Coríntios 14:26
que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação. 1 Coríntios 14:5
Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar. 1 Coríntios 14:13
 
b.3- Lingua para oração de intercessão - essa língua não é expressa em palavras, mas em gemidos intercessórios do ESPÍRITO SANTO que nos ajuda na oração. A oração é perfeita quando o ESPÍRITO SANTO nos ajuda.
E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Romanos 8:26
 
Elas sinalizam a presença do ESPÍRITO. O falar em línguas, pelo que se vê nos capítulos 12 a 14 de 1 Coríntios, está associado à oração pessoal (1 Co 14.13-23). As línguas, em Atos, indicam o recebimento do poder profético (2.4,17; 19.6). As línguas nas cartas paulinas são também importantes, pois o apóstolo as descreve como língua do ESPÍRITO, por meio dais quais conversamos com DEUS em mistério; por meio delas oramos em espírito e louvamos a DEUS (1 Co 14.14,16,17). O falar em línguas sem dúvida, é muito útil para a oração, as devoções pessoais e o desenvolvimento de nossa sensibilidade ao ESPÍRITO (1 Co 14.2). Foram as línguas que sinalizaram o batismo de Cornélio (At 10.47). Que sinal tangível levou Simão Samaritano a desejar impor as mãos sobre as pessoas e as ver sendo batizadas no ESPÍRITO SANTO e falando em línguas? (At 8.18). Ele pensou que podia comprar o poder dos apóstolos Pedro e João.
Algumas vezes vemos o batismo no ESPÍRITO SANTO ser chamado de "dom do ESPÍRITO" na Bíblia porque é dado pela graça de DEUS (sem merecimento).
E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS. Atos 10:44-46.
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO. Atos 2:38
 
Paulo indica que o melhor dom para a igreja é o de profetizar. Então falar em línguas e interpretar o que foi falado para a igreja entender, é o melhor das línguas para a edificação do corpo de CRISTO, a Igreja.
Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. 1 Coríntios 14:1.
 
3. Atualidade das línguas.
A promessa de ser batizado no ESPÍRITO SANTO é para toda a Igreja - nenhum crente deve deixar de ser batizado no ESPÍRITO SANTO. Isso engloba todos os cristãos em todos os lugares e em todas as eras (Jl 2.28-32; At 2.16-21), de modo que as línguas são inseparáveis do batismo no ESPÍRITO. Dos três sinais sobrenaturais manifestos no dia de Pentecostes com a descida do ESPÍRITO SANTO, somente o “falar em outras línguas” (v. 4) veio para ficar, ele se repete (At 10.44-47; 19.6). Mas, os outros dois: “um som, como de um vento veemente e impetuoso” (v.2) e “línguas repartidas, como que de fogo” (v.3) ocorreram uma só vez, e eles não se repetem nunca mais ou são inaudíveis e invisíveis a nossos olhos humanos - isso é o que notamos na prática.
Promessa de batismo e ordem para o esperarem.
Lc 24:49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai: Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.
At 1:4 E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.
 
Pelo que tenho visto em 30 anos de experiência de avivamentos e em ministrações de batismos no ESPÍRITO SANTO, ninguém recebe o batismo no ESPÍRITO SANTO sem falar em línguas imediatamente após o receber.
Também nunca vi alguém receber um dom do ESPÍRITO SANTO sem ser batizado no ESPÍRITO SANTO. Pode alguém ser usado em algum sinal dos crentes Esporadicamente, mas não em dons do ESPÍRITO SANTO QUE SÃO PERMANENTES E ATUANTES, sem ser batizado no ESPÍRITO SANTO.
SINAIS DOS CRENTES - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão. Marcos 16:17,18.
 
 Línguas - (Strong Português) - γλωσσα glossa
idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos usados por outras nações (Línguas estranhas ou espirituais concedidas pelo ESPÍRITO SANTO no batismo no ESPÍRITO SANTO).
 
 
 
PROVAS DO GENUÍNO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
At 10.44,45 “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios.”

As Escrituras ensinam que o crente deve examinar e provar tudo o que se apresenta como sendo da parte de DEUS (1Ts 5.21; cf. 1Co 14.29). “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de DEUS” (1Jo 4.1). Seguem-se alguns princípios bíblicos para provar ou testar se é de DEUS um caso declarado de batismo no ESPÍRITO SANTO.
(1) O autêntico batismo no ESPÍRITO SANTO levará a pessoa a amar, exaltar e glorificar a DEUS Pai e ao Senhor JESUS CRISTO mais do que antes (ver Jo 16.13,14; At 2.11,36; 10.44-46).
(2) O verdadeiro batismo no ESPÍRITO SANTO aumentará a convicção da nossa filiação com o Pai celestial (1.4; Rm 8.15,16), levará a
uma maior percepção da presença de CRISTO em nossa vida diária (Jo 14.16, 23; 15.26) e aumentará o clamor da alma “Aba, Pai”!
(Rm 8.15; Gl 4.6). Por sua vez, um batismo no ESPÍRITO SANTO que não leva a uma maior comunhão com CRISTO e a uma mais intensa
comunhão com DEUS como nosso Pai não vem dEle.
(3) O real batismo no ESPÍRITO SANTO aumentará nosso amor e apreço pelas Escrituras. O ESPÍRITO da verdade (Jo 14.17), que inspirou as Escrituras (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21), aprofundará nosso amor à verdade da Palavra de DEUS (Jo 16.13; At 2.42; 3.22; 1Jo 4.6). Por outro lado, qualquer suposto batismo no ESPÍRITO que diminui nosso interesse em ler a Palavra de DEUS e cumpri-la, não provém de DEUS.
(4) O real batismo no ESPÍRITO SANTO aprofundará nosso amor pelos demais seguidores de CRISTO e a nossa preocupação pelo seu bem-estar (2.38, 44-46; 4.32-35). A comunhão e fraternidade cristãs, de que nos fala a Bíblia, somente podem existir através do ESPÍRITO (2Co 13.13).
(5) O genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO deve ser precedido de abandono do pecado e de completa obediência a CRISTO (2.38). Ele será conservado quando continuamos na santificação do ESPÍRITO SANTO (2.40; 2Ts 2.13; Rm 8.13; Gl 5.16,17). Daí, qualquer suposto batismo, em que a pessoa não foi liberta do pecado, continuando a viver segundo a vontade da carne, não pode ser atribuído ao ESPÍRITO SANTO (2.40; 8.18-21; Rm 8.2-9). Qualquer poder sobrenatural manifesto em tal pessoa trata-se de atividade enganadora de Satanás (cf. Sl 5.4,5).
(6) O real batismo no ESPÍRITO SANTO fará aumentar o nosso repúdio às diversões pecaminosas e prazeres ímpios deste mundo, refreando-nos a busca egoísta de riquezas e honrarias terrenas (20.33; 1Co 2.12; Rm 12.16; Pv 11.28).
(7) O genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO nos trará mais desejo e poder para testemunhar da obra redentora do Senhor JESUS CRISTO (ver Lc 4.18; At 1.8; 2.38-41; 4.8-20; Rm 9.1-3; 10.1). Inversamente, qualquer suposto batismo no ESPÍRITO que não resulte num desejo mais intenso de ver os outros salvos por CRISTO, não provém de DEUS (ver 4.20).
(8) O genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO deve despertar em nós o desejo de uma maior operação sua no reino de DEUS, e também
uma maior operação de seus dons em nossa vida. As línguas como evidência inicial do batismo devem motivar o crente a permanecer
na esfera dos dons espirituais (2.4, 11, 43; 4.30; 5.12-16; 6.8; 8.7; Gl 3.5).
(9) O autêntico batismo no ESPÍRITO SANTO tornará mais real a obra, a direção e a presença do ESPÍRITO SANTO em nossa vida diária.
Depois de batizados no ESPÍRITO SANTO, os crentes de Atos tornaram-se mais cônscios da presença, poder e direção do ESPÍRITO SANTO (4.31; 6.5; 9.31; 10.19; 13.2, 4, 52; 15.28; 16.6,7; 20.23). Inversamente, qualquer suposto batismo no ESPÍRITO SANTO que não aumentar a nossa consciência da presença do ESPÍRITO SANTO, nem aumentar o nosso desejo de obedecer à sua orientação, nem reafirmar o nosso alvo de viver diante dEle de tal maneira a não entristecê-lo nem suprimir o seu fervor, não provém de DEUS.
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 5 - A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS
I. OS DONS ESPIRITUAIS
1. O significado da palavra "dom" e o crescimento da Igreja.
2. A concessão dos dons espirituais.
3. A manifestação do dom.
II. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO E A ESPIRITUALIDADE
1. A espiritualidade e os dons.
2. Os dons espirituais sem o fruto do ESPÍRITO.
3. Imaturidade espiritual e os dons.
III. OS PROPÓSITOS DOS DONS ESPIRITUAIS
1. Edificar a Igreja.
2. Promover a pregação do evangelho.
3. O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12).
 
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Os dons espirituais são concedidos não por merecimento do crente, mas pela soberania de DEUS. Eles são entregues à Igreja para o fortalecimento e santificação do Corpo de CRISTO.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A espiritualidade do servo de DEUS não pode ser avaliada apenas pela manifestação dos dons espirituais em sua vida, e sim pelas obras que o crente realiza como resultado do Fruto do ESPÍRITO em sua vida.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Os dons espirituais foram concedidos a Igreja para promover a pregação do evangelho, a edificação da Igreja e para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos crentes.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Stanley M. Horton SOUZA, Estevam Ângelo de. Os naves Dons do ESPÍRITO SANTO. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
BERCSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
 
Saiba mais pela Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 46, p. 38.
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Bibliológico
"Paulo, no capítulo 1 2 de 1 Coríntios, descreve a Igreja como o Corpo de CRISTO e afirma que os crentes são membros desse Corpo, com diferentes dons, provindos de DEUS pelo ESPÍRITO SANTO, do mesmo modo como os membros do corpo humano têm diferentes funções para diversos propósitos. Os dons do ESPÍRITO são os meios pelos quais os membros do Corpo de CRISTO são habilitados e equipados para a realização da obra de DEUS. Sem os dons do ESPÍRITO, ao invés de a Igreja ser um organismo vivo e poderoso seria apenas mais uma organização humana religiosa.
Cremos que a Igreja da época atual é a Igreja dos últimos dias e a noiva destinada a encontrar-se com CRISTO no dia do arrebatamento, para as Bodas do Cordeiro. À luz do Novo Testamento, os últimos dias da Igreja de CRISTO na terra serão assinalados pelo maior avivamento espiritual de todos os tempos: 'Acontecerá que nos último dias, diz o Senhor, que derramarei do meu ESPÍRITO sobre toda a carne...' (At 2.17). Em adição, revelam-nos as Escrituras, e também a história da Igreja, que o verdadeiro avivamento se caracteriza pela manifestação abundante dos dons do ESPÍRITO, tal como aconteceu nos dias apostólicos e em outros períodos de avivamento espiritual. Paulo referiu-se à vinda de CRISTO, associando-a com a manifestação dos dons do ESPÍRITO, nestes termos: '... assim como o testemunho de CRISTO tem sido confirmado em vós, de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor JESUS CRISTO' (l Co 1.6,7)" (SOUZA, Estevam Ângelo de. Os noves Dons do ESPÍRITO SANTO. Rio de Janeiro: CPAD, 1985, pp. 11 ,12).
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico
Os dons são oferecidos à Igreja "'Convém, portanto, que os dons sejam usados na igreja. Assim, a igreja poderá exercer a sua influência espiritual de modo constante. Todos os dons cabem no trabalho da Igreja (At 5.12-16; 6.7,8;14.7-10). Alguns acham que, tendo recebido um dom, torna-se mais convenientes exercê-Io em um trabalho particular, isto é, desvinculado da Igreja. A igreja não precisa de nenhum trabalho 'especializado' à parte dela, como por exemplo, um trabalho profético, ou de cura, ou de discernimento de espíritos e de revelação. Não, mas todos os dons podem e devem funcionar na Igreja, no seu trabalho normal.
DEUS colocou os ministros na direção da Igreja. Os dons são dados aos membros da Igreja, para que sirvam de ajuda como uma confirmação da parte de DEUS para a pregação do Evangelho (cf. Mc 16.20). Porém, a direção da igreja continua na mão dos ministros, pois ninguém, por possuir um dom espiritual, torna-se 'líder da igreja'.
Os crentes de hoje devem ser orientados a buscar os dons.
Vivemos agora no tempo do derramamento do ESPÍRITO SANTO (cf. At 2.17). É o tempo de buscar a DEUS. Devemos ensinar sobre a necessidade de buscar dons. Foi isso que o apóstolo Paulo fez (cf. 1 Co 12.1-31). Insistiu para que os crentes não fossem ignorantes acerca dos dons, e os ensinou sobre o valor deles (cf. 1 Co 14.12,39). 'A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de DEUS' (Rm 10.17). Os dons enriquecem a igreja (cf. 1 Co 1.5).
Devemos orientar os crentes a buscarem os dons pela oração (cf. Hc 3.1-4; 2 Tm 1.6). Devemos orar buscando os dons conforme a orientação da Bíblia (cf. 1 Co 12.31; 14.1,13,39). Quando o rei Salomão pediu, DEUS lhe deu o dom de sabedoria (cf. 1 Rs 3.6-13). Devemos pedir com fé (cf. Tg 1.6; 1 Jo 5.14,15; Me 11.22-24). Devemos ficar então na expectativa, esperando no Senhor (cf. SI 27.14; Is 30.18). ' Ele a nós virá como chuva' (Os 6.3), E, quando vier, devemos obedecer-lhe (cf. At 5.32)" (BERGSTÉN. Eurico. Teologia Sistemática. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. pp.1 05,106,109).
 
 
QUESTIONÁRIO LIÇÃO 5 - A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 2º TRIMESTRE DE 2011
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Acerca dos ______________________ espirituais, ______________________ quero, irmãos, que sejais _____________________________" (1 Co 12.1).
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Os dons espirituais são _______________________________ do ESPÍRITO SANTO, objetivando __________________________, edificar, consolar e exortar a Igreja de CRISTO, para que ela cumpra, eficaz e plenamente, a ________________________ que DEUS lhe confiou.
 
INTRODUÇÃO
3- Qual foi o homem que DEUS inspirou para escrever e ensinar a respeito dos dons do ESPÍRITO SANTO (1 Co 12.1-31; 14.1-40)?
(    ) O apóstolo João.
(    ) O apóstolo Paulo.
(    ) O apóstolo Pedro.
 
I. OS DONS ESPIRITUAIS
4- Qual o significado da palavra "dom"?
(    ) Na língua hebraica, a palavra "dom" está no singular - charisma (At 2.38) - Concessão ou capacitação.
(    ) Na língua grega, a palavra "dom" está no singular - charisma (At 2.38) - Concessão ou capacitação.
(    ) Na língua Latina, a palavra "dom" está no singular - charisma (At 2.38) - Concessão ou capacitação.
 
5- Quais os sentidos dos dons?
(    ) Dons naturais (habilidades, aptidões e competências inatas),
(    ) Dons ministeriais.
(    ) Dons serviçais.
(    ) Dons espirituais.
 
6- Como os dons influenciaram o crescimento da Igreja?
(    ) A igreja só ganhou almas através dos dons e não precisou nem de pregar e ensinar o evangelho.
(    ) O livro de Atos relata que, na Igreja Primitiva, havia abundante manifestação de dons espirituais.
(    ) Os dons ajudavam a promover a expansão e o crescimento do Evangelho, apesar de tanta oposição e dificuldades (At:, 5.12-16).
 
7- Como é a concessão dos dons espirituais?
(    ) Os dons são dados aleatoriamente pelo ESPÍRITO SANTO aos crentes.
(    ) Os dons espirituais acham-se disponíveis à Igreja de CRISTO.
(    ) Não devemos esperar recebê-Ios como prêmio por algum serviço prestado a DEUS.
(    ) Sua concessão não depende de méritos pessoais.
(    ) Sua concessão depende única e exclusivamente da vontade soberana do ESPÍRITO SANTO.
(    ) Ele quer que os utilizemos para a edificação, exortação e consolação da Igreja de CRISTO.
(    ) Com os dons deve se cumprir a missão redentora que o Senhor confiou à Igreja.
 
8- De acordo com Stanley Horton, teólogo pentecostal, os dons são como o que?
(    ) Como "faculdades da Pessoa divina operando no ser humano".
(    ) Como "dons adquiridos nas faculdades de teologia, operando no crente".
(    ) Como "capacitações da Pessoa divina de CRISTO somente para os ministros".
 
9- Como são as manifestações do ESPÍRITO SANTO?
(    ) O ESPÍRITO SANTO manifesta-se somente através dos dons ministeriais concedidos aos crentes.
(    ) O ESPÍRITO SANTO manifesta-se somente através dos dons de operação de DEUS PAI concedidos aos crentes.
(    ) O ESPÍRITO SANTO manifesta-se através dos dons espirituais concedidos aos crentes.
10- Qual o propósito das manifestações do ESPÍRITO SANTO?
(    ) São para o nosso deleite, para demonstração de superioridade espiritual e também para o fortalecimento e santificação da Igreja.
(    ) Não é para o nosso deleite, ou demonstração de superioridade espiritual, mas para o sofrimento e angústia da Igreja.
(    ) Não é para o nosso deleite, ou demonstração de superioridade espiritual, mas para o fortalecimento e santificação da Igreja.
 
II. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO E A ESPIRITUALIDADE
11- Qual a relação entre espiritualidade e os dons?
(    ) A espiritualidade de um crente só pode ser aferida pela manifestação dos dons espirituais em sua vida cristã.
(    ) A espiritualidade de um crente não pode ser aferida pela manifestação dos dons espirituais.
(    ) Pedro corrigiu esse equívoco logo nos primórdios da Igreja, quando o povo maravilhou-se ante a cura do coxo de nascença.
(    ) Disse ele: "Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?" (At 3.12).
(    ) O apóstolo deixou claro que o milagre aconteceu não por seus méritos, mas através da fé em o nome de JESUS CRISTO.
(    ) O milagre é uma autenticação da mensagem do Evangelho para a salvação de vidas, não motivo de espetáculo.
(    ) Os crentes de Corinto possuíam variados dons espirituais (1 Co 1.7). Todavia, Paulo afirma que eles eram carnais.
(    ) Nossa espiritualidade não pode ser avaliada por atos miraculosos, mas mediante o fruto do ESPÍRITO, manifesto em nossa vida.
 
12- Por que os dons espirituais não devem existir sem o fruto do ESPÍRITO?
(    ) Porque para existir dom tem que existir fruto primeiro.
(    ) Os dons espirituais e o fruto do ESPÍRITO devem caminhar juntos para que a Igreja seja plenamente edificada e o nome do Senhor, glorificado.
(    ) Uma árvore é identificada e conhecida mediante os seus frutos..
(    ) Só viremos a aferir a espiritualidade de um crente através de suas obras realizadas mediante o fruto do ESPÍRITO e não apenas por seus dons espirituais.
(    ) Os dons estão relacionados ao que fazemos para DEUS, enquanto que o fruto está relacionado ao que DEUS, através do ESPÍRITO SANTO, realiza em nós, moldando-nos o caráter de acordo com a entrega incondicional do nosso inteiro ser a Ele, e de conformidade com as demandas de sua Palavra.
(    ) Ser crente implica em se ter uma conduta condizente com a fé que ostentamos.
 
13- Complete segundo a imaturidade espiritual e os dons:
No que diz respeito ao uso dos dons, há uma nítida distinção entre uma criança e um adulto na fé. Paulo adverte aos crentes de Éfeso para que não ajam _______________________________ (Ef 4.14). Os "meninos na fé" são aqueles que ainda não se desenvolveram ______________________________ e requerem um cuidado especial, pois são mais vulneráveis aos ventos de doutrina.Tais crentes experimentam tudo o que Ihes é oferecido. São facilmente _________________________ por falsos mestres e doutores. Há, ainda, os que além de imaturos são _________________________: deixam-se levar por novas idéias, princípios e atitudes sem respaldo bíblico, resultando isso em conduta corrompida. Em nome de uma falsa _____________________________, distorcem ' a verdade de acordo com suas conveniências pessoais (2 Tm 4.3,4).
 
III. OS PROPÓSITOS DOS DONS ESPIRITUAIS
14- Quais os principais propósitos do dons do ESPÍRITO SANTO?
(    ) Edificar a Igreja, promover a pregação do evangelho e o aperfeiçoamento dos santos.
(    ) Enriquecer materialmente a Igreja, promover a pregação do evangelho e o aperfeiçoamento dos santos.
(    ) Divertir a Igreja, promover a pregação do evangelho e o aperfeiçoamento dos santos.
15- Os dons são para edificar a Igreja. Complete:
A ___________________________ de coisas santas constitui-se num gravíssimo _______________________ (At 8.17-21). Não devemos utilizar coisas santas para nossa promoção nem para nosso ____________________________________ Nada podemos fazer sem a _______________________________ de DEUS em nossa vida.
 
16- Como os dons promovem a pregação do evangelho?
(    ) Os dons tornam a pregação do Evangelho mais ineficaz, pois confirmam a Palavra de DEUS que está sendo proclamada e muitos se convertem..
(    ) Os dons tornam a pregação do Evangelho mais perspicaz, pois confirmam a Palavra de DEUS que está sendo proclamada e muitos se convertem.
(     ) Os dons tornam a pregação do Evangelho mais eficaz, pois confirmam a Palavra de DEUS que está sendo proclamada e muitos se convertem.
 
17- De que maneira os dons se manifestam para aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12)?
(    ) A manifestação dos dons aumenta nossa distância em relação à santidade de JESUS..
(    ) Para que isso aconteça, temos de utilizá-los com sabedoria.
(    ) Observemos. pois, a recomendação bíblica quanto ao seu uso: "Mas faça-se tudo decentemente e com ordem".
(    ) A manifestação dos dons aumenta nossa fé.
 
CONCLUSÃO
18- Complete:
A Igreja precisa não apenas ensinar os crentes a usar os ___________________________, mas também incentivá-Ios a buscá-Ios. Carecemos deles para que o povo de DEUS seja edificado, consolado e fortalecido. "A primeira regra para a expressão dos dons espirituais é que nenhum dom deve ser posto de _________________________. Pessoas batizadas com o ESPÍRITO SANTO terão a abundância do dons disponíveis para a _______________________________ da igreja."
 
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
 
 
 
OBJETIVO GERAL - Apresentar a atualidade dos dons espirituais.
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apontar a necessidade dos dons espirituais hoje;
Situar a função dos dons espirituais;
Reconhecer que os dons revelam a unidade na diversidade.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Os dons espirituais são realidade na Igreja de CRISTO. Na Bíblia não há menção de algum ensino que afirme a cessação desses dons após o período dos apóstolos. A Bíblia e o testemunho da história da Igreja garantem que os dons espirituais sempre estiveram presentes no Corpo de CRISTO em maior ou menor grau.
Não podemos esfriar na fé. Não podemos esquecer que, sem a manifestação poderosa do ESPÍRITO SANTO, corremos o risco de tornar apenas um aglomerado formal de crentes. Uma igreja orgânica, aquecida pelo ESPÍRITO SANTO da Promessa faz a diferença no bairro, na cidade, no estado, no país e no mundo. Que o ESPÍRITO SANTO ache plena liberdade em nós!
 
 
PONTO CENTRAL - Os dons espirituais são atuais para a Igreja
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Os dons espirituais são uma realidade hoje.
Todos nós devemos buscar os dons espirituais a qualquer momento.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Há unidade na diversidade quando os dons espirituais se manifestam.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O uso dos dons espirituais é essencial nas reuniões cristãs, na vida pessoal e no serviço da evangelização.
A função dos dons espirituais é tornar a manifestação do poder de DEUS cada vez mais real e dinâmica.
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Inicie a aula de hoje perguntando o que são os dons espirituais. Ouça as respostas dos alunos. Após a escuta, exponha o tópico a fim de unificar as informações. Leve em conta que esse tópico refletirá o conceito da expressão “dons espirituais”. É muito importante que cada aluno compreenda com perfeição tal conceito a fim de que ele não tenha dificuldade de compreender as diferentes classes de dons presentes no Novo Testamento. Há uma boa definição de dons espirituais que está presente neste tópico, conforme a nossa Declaração de Fé: “capacitações especiais e sobrenaturais concedidas pelo ESPÍRITO de DEUS ao crente para serviço especial na execução dos propósitos divinos por meio da Igreja”. Ao final da exposição do tópico, revise o conceito de dons espirituais e certifique que os alunos o compreenderam bem.
 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“[...] Os dons são encarnacionais. Isto é, DEUS opera através dos seres humanos. Os crentes submetem a DEUS sua mente, coração, alma e forças. Consciente e deliberadamente, entregam tudo a Ele. O ESPÍRITO, então, os capacita de modo sobrenatural a ministrar acima das suas capacidades humanas e, ao mesmo tempo, a expressar cada dom através de sua experiência de vida, caráter, personalidade e vocabulário. Os dons manifestos precisam ser avaliados. Isto não diminui em nada a sua eficácia, pelo contrário, dá à congregação a oportunidade de testar, pela Bíblia, sua veracidade e valor para a edificação.
O princípio encarnacional é visto na revelação de DEUS à raça humana. JESUS é o Emanuel, DEUS conosco (plenamente DEUS e plenamente humano). A Bíblia é ao mesmo tempo um livro divino e um livro humano. É divina, inspirada por DEUS, autorizadora e inerrante. É humana, pois reflete os antecedentes, situações vivenciais, personalidades e ministérios dos escritores. A Igreja é uma instituição tanto divina quanto humano. DEUS estabeleceu a Igreja, pois de outra forma ela nem existiria. Apesar disso, sabemos que a Igreja é bastante humana. DEUS opera através de vasos de barro (2 Co 4.7). O mistério que permaneceu oculto através das gerações e agora foi revelado aos gentios é ‘CRISTO em vós, esperança da glória’ (Cl 1.27)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.d. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.470).
 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3
“[...] O ESPÍRITO SANTO concede os dons. As Pessoas da Deidade desempenham papéis diferentes, porém cooperam vitalmente entre si e se harmonizam numa unidade perfeita de expressão.
A Igreja deve refletir a natureza do Senhor, a quem ela serve. Não há cisma, divisão, orgulho carnal, glorificação do próprio-eu, luta pela primazia ou usurpação de direitos no âmbito da Trindade. Não devemos fazer o que nossa vontade ordena, mas o que vemos DEUS fazendo (Jo 5.19). Quanta diferença faria na maneira de compartilharmos os dons! Ministrados corretamente, os dons revelam a coordenação, a unidade criativa na diversidade e a sabedoria e poder que o ESPÍRITO harmoniza. Por toda parte vemos a diversidade. A Igreja pode vir a enfrentar situações as mais diferentes. Mas podemos dispor dessa obra do ESPÍRITO, que nos harmoniza numa unidade maior, se nos prostrarmos diante do DEUS de tremenda santidade, poder e propósitos” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.396).
 

PARA REFLETIR - A respeito de “A Atualidade dos Dons Espirituais”, responda:
O que o apóstolo Paulo e o ESPÍRITO SANTO esperavam dos coríntios e dos crentes hoje sobre os dons espirituais? O que o apóstolo quer dizer com essa declaração introdutória é que esperava dos coríntios, e essa é também a vontade do ESPÍRITO ainda na atualidade, que todos os crentes entendam os dons e a sua finalidade.
Quais os dois termos gregos usados pelo apóstolo para “dons espirituais”? Pneumatikós e chárisma são os dois termos gregos básicos usados pelo apóstolo para “dons espirituais” (vv. 1-11).
O que são dons espirituais segundo a Declaração de Fé das Assembleias de DEUS? “Capacitações especiais e sobrenaturais concedidas pelo ESPÍRITO de DEUS ao crente para serviço especial na execução dos propósitos divinos por meio da Igreja”.
Quais as listas e as classificações dos dons espirituais? Uma classificação ou divisão, seriam em três grupos, dois, cinco, dois, assim: a) dons do ensino ou pregação, palavra da sabedoria e palavra da ciência; b) dons de ministério, fé, dons de curar, operação de maravilhas, a profecia e dom de discernir os espíritos; c) dons de adoração, variedade de línguas e interpretação de línguas.
Qual a função dos dons espirituais? A função dos dons espirituais é tornar a manifestação do poder de DEUS cada vez mais real e dinâmica para a edificação do corpo de CRISTO, é antes de tudo autenticar a obra de CRISTO (At 2.33).

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 84, p. 38. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
 
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www.portalebd.org.br (Pr. Caramurú)
BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo, IBR, 1975.
SILVA, S. P. da. Quem É DEUS. Rio de Janeiro, CPAD, 1991.
CEGALLA, D. P. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1977.
RIGGS, R. M. O ESPÍRITO SANTO. São Paulo, Vida. 1981.
DUEWELL, W. L. Deixe DEUS Guiá-lo Diariamente. São Paulo, Candeia, 1993.
GEE, D. A Respeito do Dons Espirituais. São Paulo, Vida, 1977.
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Edição contemporânea. São Paulo, Vida, 1994.
SILVA, S. P. da. Apocalipse Versículo por Versículo. Rio de Janeiro, CPAD, 1995.
McNAIR, S. E. A Bíblia Explicada. Rio de Janeiro, CPAD, 1994.
CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado. Milenium, 1982.
SILVA, S. P. da. A Existência e a Pessoa do ESPÍRITO SANTO. Rio de Janeiro, CPAD


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