Escrita Lição 10, Só o Evangelho Muda a Cultura Humana, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 10, Só o Evangelho Muda a Cultura Humana
 
1º Trimestre de 2020A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção- Comentarista CPAD - Pr Elienai Cabral
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP
 
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Ajuda para esta Lição 10 -
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-ctc-4tr15-caim-era-do-maligno.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-ctc-4tr15-mundo-de-lameque.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao05-dns-malesdoconsumismo.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-vidasanta-fortalecendoafeanteavindadecristo.htm
Veja 3º Trimestre De 2005 - Vida Santa Até A Volta De CRISTO: COnselhos Para Uma Vida Vitoriosa - Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato De Lima - Livro Tema: 1e 2 Tessalonicenses 
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-mii-3tr11-igreja-agentetransformador.htm
 
 
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Lição 10, Só o Evangelho Muda a Cultura Humana
 
 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a DEUS, para servir ao DEUS vivo e verdadeiro.” (1 Ts 1.9)
 

VERDADE PRÁTICA
Em consequência do pecado, não há culturas inocentes nem inofensivas, mas todas elas podem ser transformadas pelo Evangelho de CRISTO.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lv 18.30 Costumes antigos
Terça - Lv 20.23 Os costumes de Canaã
Quarta - 2 Rs 17.34 Costumes ofensivos a DEUS
Quinta - Jr 10.3 Os costumes dos povos
Sexta - At 13.18 Os maus costumes de Israel
Sábado - 1 Co 15.33 Os bons costumes
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Tessalonicenses 1.1-10
1 - Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em DEUS, o Pai, e no Senhor JESUS CRISTO: graça e paz tenhais de DEUS, nosso Pai, e do Senhor JESUS CRISTO. 2 - Sempre damos graças a DEUS por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações, 3 - lembrando-nos, sem cessar, da obra da vossa fé, do trabalho do amor e da paciência da esperança em nosso Senhor JESUS CRISTO, diante de nosso DEUS e Pai, 4 - sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de DEUS;
5 - porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no ESPÍRITO SANTO, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós. 6 - E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do ESPÍRITO SANTO, 7 - de maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia. 8 - Porque por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com DEUS se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma; 9 - porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a DEUS, para servir ao DEUS vivo e verdadeiro 10 - e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, JESUS, que nos livra da ira futura.
 
OBS. BEP - 1.4 A VOSSA ELEIÇÃO. A descrição que Paulo faz dos eleitos de DEUS acha-se nos versículos 6-10. São os que seguem a CRISTO, sofrem as tribulações com gozo do ESPÍRITO SANTO e se tornam exemplos de fé e retidão para o próximo. Deixaram o pecado, servem a DEUS e esperam a segunda vinda do Filho de DEUS. A doutrina que alguns defendem, de que se alguém professar CRISTO como Salvador será salvo, independente do seu modo de viver (i.e., de se arrepender, aceitar CRISTO como Senhor, perseverar na fé ou possuir o fruto do
ESPÍRITO SANTO), não se acha em parte alguma da Palavra de DEUS, e é uma flagrante corrupção da doutrina original da salvação pregada por CRISTO e pelos.
1.5 EM PODER... NO ESPÍRITO SANTO. A pregação apostólica do evangelho consistia em quatro elementos essenciais. (1) Os apóstolos pregavam aos outros a Palavra de DEUS (2.8) e de CRISTO (3.2). (2) Pregavam a Palavra de DEUS no poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 3.11; At 1.5-8; 2.4). Esse poder resultava na convicção do pecado, na libertação da escravidão de Satanás e na operação de milagres e curas (ver At 4.30, nota; 1 Co 2.4, nota). (3) A mensagem era proclamada com profunda convicção. Porque tinham fé em CRISTO e o ESPÍRITO SANTO operando nele; possuíam em seus corações a plena certeza da veracidade e do poder da mensagem (cf. Rm 1.16). (4) Aqueles que criam na mensagem obedeciam à Palavra e a praticavam; eram santos e justos diante de todos. Sem esses quatro elementos para acompanhar a proclamação do evangelho, a plena redenção em CRISTO não será experimentada nas igrejas.
 
 

OBJETIVO GERAL - Demonstrar que a cultura pode ser transformada pelo Evangelho.
 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Definir a cultura;
Descrever uma cultura dominada pela iniquidade;
Mostrar que o Evangelho transforma a cultura.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A Bíblia relata que o ser humano foi atingindo pelo pecado original. Por isso, suas ações carregam essa herança negativa. Por causa do pecado, o homem está inclinado ao mal. Entretanto, a Palavra de DEUS mostra que o ser humano é “imagem de DEUS”. Ainda que a consequência do pecado fosse trágica, ele não perdeu essa imagem. Assim, é possível ver homem produzir coisas boas. Nesse sentido, podemos afirmar que a cultura que o ser humano produz traz consigo a herança do pecado, mas também a herança da imagem divina, por isso, há aspectos positivos e negativos na cultura humana. O Evangelho propõe restaurar o ser humano todo e, assim, como consequência, fazer com que ele produza cultura que glorifique a DEUS em todos os aspectos humanos.
 
 
PONTO CENTRAL - Toda cultura pode ser transformada pelo Evangelho de CRISTO.
 

Resumo da Lição 10, Só o Evangelho Muda a Cultura Humana
I – O QUE É A CULTURA
1. Definição de cultura.
2. A cultura dos gentios.
3. A cultura do povo de DEUS.
II – UMA CULTURA DOMINADA PELA INIQUIDADE
1. A cultura original.
2. A cultura do homicídio.
3. A cultura do erotismo.
4. A cultura do consumo irrefreado.
III – O EVANGELHO TRANSFORMA A CULTURA
1. JESUS nasceu num contexto cultural.
2. O Evangelho transforma a cultura.
3. Os crentes de Corinto, um exemplo da influência do Evangelho.
 

PARA REFLETIR - A respeito de “Só o Evangelho Muda a Cultura Humana”, responda:
De acordo com a lição, o que é cultura? No princípio, a cultura tinha a ver apenas com o cultivo da terra, visando a produção de alimentos (Gn 4.2). Depois, passou a ser considerada como a soma de todas as realizações humanas: espirituais, intelectuais, materiais etc.
Como era caracterizada a cultura pré-diluviana? Pela cultura do homicídio, do erotismo e do consumo irrefreado.
Em que contexto cultural JESUS nasceu? O Filho de DEUS, quando de sua encarnação, foi acolhido numa sociedade dominada por três grandes culturas – a judaica, a grega e a romana (Jo 19.20).
De que forma o Evangelho influenciou a cultura gentia? Pela mensagem do Evangelho.
Como podemos transformar a nossa cultura? A cultura atual em nada difere da pré-diluviana. No entanto, podemos transformá-la através da pregação do Evangelho de CRISTO.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Cultura é a soma de todas as realizações humanas: espirituais, intelectuais, materiais etc.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O homem foi feito para lavrar a terra e fazer cultura, mas, por causa do pecado, a cultura humana pôs-se contra DEUS.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O Evangelho pode transformar a cultura dominada pela iniquidade.

Resumo Rápido do Pr Henrique da Lição 10, Só o Evangelho Muda a Cultura Humana
Ex 20:4; Dt 18:11; Dt 22:5; Lv 20:13; Gn 9:4; Lv 7:27; Lv 3:17; Lv 7:23; Lv 11:7; Dt 14 comidas proibidas.
 
INTRODUÇÃO
Através das culturas grega, hebraica e grega, por exemplo, podemos entender o quanto estas culturas influenciaram nossos dias o desenvolvimento, pois delas alcançamos a era informática e digital
A herança cultural, na área de livros e estudos deixada pelos Gregos foi muita rica e influenciou a civilização Ocidental, foram influências no campo da filosofia, das artes plásticas, da arquitetura, do teatro, enfim, de muitas ideias e conceitos que deram origem às atuais ciências humanas, exatas e biológicas.... Suas concepções de beleza, retratadas na obras de esculturas, pintura e arquitetura, foram tidas como clássicos, por seu equilíbrio e harmonia. Também sua produção teatral, filosófica e científica foi fecunda e marcou as linhas dos pensamentos, até a idade moderna.
 A evolução espiritual dos hebreus foi marcada por avanços e recuos, segundo diversas tendências, muitas vezes contraditórias. Mas ligadas à diversa experiência de sua História.
A contribuição dos judeus para a humanidade é patente desde Abraão – o primeiro hebreu que há mais de quatro mil anos emigrou para Canaã e fundamentou o conceito do DEUS Único e a prática da caridade e da justiça. Veio depois Moisés, que libertou os hebreus da dura escravidão do Egito em 1150 a.C., formou a primeira organização governamental e nos transmitiu os Dez mandamentos de DEUS, pedra fundamental da Bíblia hebraica (Torá) e uma das maiores contribuições à humanidade, que ainda hoje formam as bases das leis morais e regras éticas que regem as sociedades judaico-cristãs.
A espantosa mobilidade geográfica judaica criou duas circunstâncias interessantes e que têm íntima relação de causa e efeito: as inúmeras ondas migratórias da diáspora judaica e o quanto os judeus influenciaram o poder econômico (e militar) das nações em que chegaram. O estabelecimento em um país de boa parcela do povo judeu, transformando-o no principal centro judaico de atividade intelectual, econômica e política sempre contribuía para sua supremacia global. Vimos tal fato acontecer na Espanha, (que teve sua época de ouro com a migração judaica, sendo que Toledo era considerada a Jerusalém do ocidente, pela integração em seu território de cristãos, árabes e judeus), seguindo por Portugal, onde os judeus deram um grande alento às grandes navegações, contribuindo em todos os sentidos, Holanda (com seus ourives que lidavam com ouro e diamantes), Inglaterra e mais tarde pelos Estados Unidos da América. Exatamente nessa ordem cronológica, esses países tiveram sua ascensão hegemônica após uma forte migração de judeus para suas fronteiras. Aqui também se inclui o Império Austro- Húngaro (1867-1916), no qual os judeus tiveram uma ascensão notável e fizeram desse pedaço da Europa, nessa época, um centro irradiador da cultura moderna.
Além disso, os judeus tiveram grande participação na mudança do sistema feudal para o capitalismo comercial, na expansão do velho Continente para o Novo Mundo e ainda na revolução industrial.
a importância dos judeus para a humanidade sempre foi visível. Contrariando as teses raciais pseudo-científicas da inferioridade semita, os judeus se tornaram o povo que mais recebeu o Prêmio Nobel, em todas as suas categorias: ciências, filosofia, arte, finanças, etc. Juntos perfazem um total de 20% de ganhadores desse prêmio mundial, que distingue os que contribuíram para o avanço e o bem estar da comunidade humana
A concepção monoteísta foi, então, assumida pelo povo hebreu como uma possessão preciosa e, por sua vez o manteve vivo ao fornecer-lhe o orgulho de ser um povo escolhido. O judeu tem influenciado em quase todo o universo com a religião.
Os egípcios contribuíram bastante para que muitas pessoas não morressem de fome, as terras do Egito eram férteis e produziam muito, colheitas cresciam e serviam de alimento para toda a sociedade. Eles nos deixaram como herança: a matemática, medicina e a astronomia.
Os egípcios foram um dos primeiros povos a ter uma escrita, através dos hieróglifos. Eles esculpiam a forma humana, e na maioria das vezes, visava dar uma forma física aos deuses e seus representantes na terra, os faraós. Como foram o primeiro povo a ter uma cultura e uma história registrada, influenciaram todas as civilizações que vieram posteriormente. Bem, levando isso em consideração, pode-se concluir que influenciaram os povos que os dominaram, que depois influenciaram outros povos... e assim por diante. O Egito fica na África, numa pontinha muito próxima da Europa. Quando o Brasil foi "descoberto" pelos europeus, estes já tinham a influência da cultura egípcia... logo, assim que as manifestações artísticas no Brasil começaram a ser influenciadas pela arte européia, também possuíam influência egípcia... Bem, se ainda assim, este caminho é muito longo, pode-se levar em consideração todos os estudos que a civilização egípcia antiga fez em diversas áreas, como a matemática, a arquitetura, a arte, as proporções do corpo humano, a ciência, a medicina... tudo isso tem sido muito estudado hoje em dia, principalmente depois de o código dos hieróglifos terem sido desvendados... 
 
 
 
I – O QUE É A CULTURA
1. Definição de cultura.
 
Significado de Cultura
O que é Cultura:
Cultura significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membro.
Cada país tem a sua própria cultura, que é influenciada por vários fatores. A cultura brasileira é conhecida internacionalmente pela boa disposição e alegria, e isso se reflete também na música, no caso do samba, que também faz parte da cultura brasileira.
No caso da cultura portuguesa, o fado é o patrimônio musical mais famoso, que reflete uma característica do povo português: o saudosismo.
Cultura na língua latina, entre os romanos, tinha o sentido de agricultura, que se referia ao cultivo da terra para a produção, e ainda hoje é conservado desta forma quando é referida a cultura da soja, a cultura do arroz, etc.
Cultura também é definida em ciências sociais como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade.
Seria a herança social da humanidade ou ainda, de forma específica, uma determinada variante da herança social.
A principal característica da cultura é o mecanismo adaptativo, que consiste na capacidade que os indivíduos têm de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais até que possivelmente uma evolução biológica.
A cultura é também um mecanismo cumulativo porque as modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, onde vai se transformando, perdendo e incorporando outros aspetos procurando assim melhorar a vivência das novas gerações.
A cultura é um conceito que está sempre em desenvolvimento, pois com o passar do tempo ela é influenciada por novas maneiras de pensar inerentes ao desenvolvimento do ser humano.
Cultura organizacional
O conceito de cultura organizacional remete ao conjunto de normas, padrões e condições que definem a forma de atuação de uma organização ou empresa.
Cultura Popular
A cultura popular é algo criado por um determinado povo, sendo que esse povo tem parte ativa nessa criação.
Pode ser representada pela literatura, música, arte, dança e etc. A cultura popular é influenciada pelas crenças do povo em questão e é formada graças ao contato entre indivíduos de certas regiões.
Cultura na Filosofia
De acordo com a filosofia, a cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou o comportamento natural.
É uma atitude de interpretação pessoal e coerente da realidade, destinada as posições suscetíveis de valor íntimo, argumentação e aperfeiçoamento.
Além dessa condição pessoal, cultura envolve sempre uma exigência global e uma justificação satisfatória, sobretudo para o próprio.
Podemos dizer que há cultura quando essa interpretação pessoal e global se liga a um esforço de informação, no sentido de aprofundar a posição adotada de modo a poder intervir em debates. Essa dimensão pessoal da cultura, como síntese ou atitude interior, é indispensável.
Cultura na Antropologia
A cultura na antropologia é compreendida como a totalidade dos padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano.
Este tipo de cultura tem como objetivo representar o saber experiente de uma comunidade, saber obtido graças à sua organização espacial, na ocupação do seu tempo, na manutenção e defesa das suas formas de relação humana.
Estas manifestações constituem aquilo que é denominado como a sua “alma cultural”, os ideais estéticos e diferentes formas de apresentação.
(https://www.significados.com.br/cultura/)
 
 
2. A cultura dos gentios.
 
O Que Significa Gentios?
 Daniel Conegero
Os gentios na Bíblia basicamente eram as pessoas que não pertenciam ao povo de Israel. A palavra gentios aparece muitas vezes na Bíblia, do Antigo ao Novo Testamento. Mas dependendo do contexto, o significado de gentios pode apresentar algumas variações. Neste estudo nós iremos entender um pouco melhor sobre quem eram os gentios, e qual é o significado e aplicação desse termo nos textos bíblicos.
O significado de “gentios” na Bíblia
De forma geral, gentios significa “nações”, e esse era o sentido originalmente aplicado a esse termo. Entretanto, no decorrer da narrativa bíblica, a palavra “gentios” adquiriu um sentido restrito, principalmente para designar os pagãos. Isso significa que o termo hebraico goyim, e o termo grego ethnos (ou hellenes), são traduzidos ora como “nações”, ora como “pagãos”, e ora como “gentios”.
Dessa forma, algumas vezes a palavra “gentios” é aplicada para se referir a todas as nações não judaicas, sem representar alguma antipatia ou aversão. Outras vezes é aplicado no sentido de enfatizar o paganismo das outras nações. Então nesse último caso o termo “gentios” passa a ser similar ao termo “pagãos” (2 Reis 16:3; Esdras 6:21; Salmos 9:5,15,19).
Primeiramente, no livro de Gênesis a palavra “gentios” (heb. goyim, em algumas traduções “nações”) foi utilizado sem distinção na divisão entre os descendentes dos filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé (Gênesis 10:5,20,31). Apesar de o contexto de tal passagem bíblica refletir os ideais espirituais do futuro Israel, em Gênesis 10 o termo é aplicado simplesmente com ênfase nas nações.
Ainda em Gênesis, na aliança que DEUS estabeleceu com Abraão, vemos como seus descendentes passaram a ser distinguidos das outras nações (Gênesis 12:2,3; 18:18; 22:18; 26:4). Os descendentes de Abraão seriam uma nação eleita, escolhida pelo próprio DEUS, e responsáveis por ensinar outras nações acerca dos mandamentos do Senhor (Êxodo 19:4-6; Deuteronômio 26:5).
Com base nesse princípio, a nação de Israel sempre é descrita na Bíblia como a nação do Senhor (Salmos 106:5). Já os demais povos são denominados simplesmente como “as nações”, ou seja, os gentios (Isaías 60:3; Atos 13:47).
Como as nações que não conheciam ao Senhor estavam cada vez mais mergulhadas na idolatria e na corrupção, a expressão “os gentios” (ou “as nações”) passou a ser aplicada principalmente de uma forma que enfatizava o estado idólatra e pervertido daqueles povos. Então para os israelitas, os gentios eram considerados meramente pagãos (Salmos 9:5; 10:16).
O problema dos gentios para Israel
Ao longo do Antigo Testamento, diversas vezes notamos como os israelitas eram tentados a se misturar com as práticas idólatras e imorais praticadas pelos gentios (1 Reis 14:24). Muitas vezes os hebreus se esqueciam de que eram um reino de sacerdotes do Senhor; por isso eles atraiam sobre si mesmos os juízos de DEUS (2 Reis 17:7; Ezequiel 5:5).
Por conta da desobediência, o povo de Israel fracassou em ser o que pretendia ser, isto é, Israel deveria ser luz para os gentios que estavam em trevas, mas acabou servindo de escândalo ao nome de DEUS (Isaías 52:5; Romanos 2:19). A contaminação de Israel ficou ainda mais complicada após o exílio, pois os judeus que permaneceram em Canaã acabaram se corrompendo.
Devido aos esforços contra essa contaminação causada pela mistura do povo de Israel com as nações vizinhas, houve um comportamento bastante duro por parte dos judeus no relacionamento com outros povos. Por causa disso, no tempo de JESUS um judeu marcado com o termo “gentio” significava uma infâmia muito grande, e expressava um desrespeito terrível diante da sociedade, algo semelhante ao termo “publicano”.
Ainda há distinção entre judeus e gentios?
Em várias profecias os gentios aparecem simplesmente como povos derrotados que serviriam para aumentar a glória de Israel; e isso de fato se cumpriu no contexto histórico específico de cada momento. No entanto, também havia promessas de que os gentios participariam da herança do Messias que haveria de trazer salvação até os confins da terra. Então judeus e gentios estariam reunidos no reino messiânico (Isaías 42:6; 49:6).
No Evangelho de Lucas vemos que Simeão, lembrando-se de tais profecias, saudou a JESUS como “luz para iluminar as nações” (Lucas 2:32). Já no ministério de JESUS, ficou claro que a divisão entre judeus e gentios deveria ser removida (Mateus 12:18,21). Em um determinado momento, o próprio JESUS foi questionado pelos judeus se Ele partiria para os gentios (João 7:35).
Mais tarde, o apóstolo Paulo escreveu que, através da obra redentora de CRISTO, e a justificação pela fé n’Ele, de dois povos se fez um, “derrubando a parede de separação que estava no meio” (Efésios 2:14).
No início do Cristianismo até ocorreram algumas situações que revelaram um certo conflito entre os crentes judeus e os crentes gentios. Mas de maneira geral a Igreja Primitiva rapidamente entendeu a igualdade entre judeus e gentios na presença de DEUS (Romanos 1:16; Colossenses 3:11). O Evangelho é a esperança que deve ser anunciada a todos os povos; pois CRISTO é a salvação tanto de judeus quanto de gentios (Mateus 28:19,20; Marcos 16:15; Gálatas 2:14; Apocalipse 21:24; 22:7). Isso significa que não existe mais qualquer distinção entre judeus e gentios. DEUS possui um único povo (João 10:16).
  
 
3. A cultura do povo de DEUS.
 
“Como me foi este mistério manifestado pela revelação (…) podeis perceber a minha compreensão do mistério de CRISTO, O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo ESPÍRITO aos seus santos apóstolos e profetas; A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em CRISTO pelo evangelho” (Efésios 3:3-7).
Quando os gentios começaram a engrossar a fileira dos que criam no Senhor JESUS, os apóstolos judeus desconfiaram, e por isso enviaram representantes da Igreja para saberem o que de fato estava acontecendo (At.8:14). Tais representantes confirmaram que muitos gentios estavam aderindo à fé no CRISTO judeu, nascido de uma virgem judia, que havia morrido pelos pecados da humanidade, sido sepultado e ressuscitado para a salvação de todo aquele que nele crê – primeiro do judeu e também do grego (Rm.1:16).
Os primeiros a crerem, além dos prosélitos gentios de Atos 2, foram os samaritanos, por meio da pregação de Filipe (At.8:5-13), que cumpria a ordem de JESUS de ser sua: “…testemunha tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At.1:8). O mesmo Filipe evangelizou o ministro das finanças da Etiópia (At.8:26-40), o que resultou no batismo do etíope, cumprindo a ordenança do Senhor JESUS, conforme encontramos em Mateus 28:19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO”. Depoios foi para Cesareia oinde se tornou Filipe, o evangelista, que tinha 4 filhas que profetizavam. Enquanto isso os que se converteram no dia do pentecostes saíram pregando em seus países de origem e o evangelho expandiu por todas as partes do mundo. O evangelho chegou a Roma, por exemplo, através dos prosélitos romanaos que estavam em Jerusalém no dia do pentecostes.
 Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia, e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos), e cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de DEUS. Atos 2:8-11. O evangelho tinha como base o Antigo Testamento e o testemunho dos apóstolos, sendo divulgado pelos crentes nas sinagogas judaicas e por toda parte do mundo. No início teve como casa de oração e de comunhão o templo em Jerusalém e as casas dos próprios cristãos. Foi como fermento na massa populacional. Foi penetrando e crescendo por toda parte. Mudanças no proceder. nos costumes, nas culturas, na alimentação, na política, na economia, nas artes, enfim, em todas sociedades pr onde chegava provocava mudanças radicais.
 
 
II – UMA CULTURA DOMINADA PELA INIQUIDADE

1. A cultura original.
 
A CULTURA INFLUENCIADA POR DEUS, COMO DEVERIA SER?
E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás. Gênesis 4:6,7
Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas. 1 João 3:12
 
 
Algumas orientações para a cultura do povo de DEUS - Gn 9:4; Ex 20:4; Lv 3:17; Lv 7:23; Lv 7:27; Lv 11:7; Lv 12:2-5; Lv 20:13; Dt 7:6; Dt 14; Dt 18:11; Dt 22:5, etc...
 
Gênesis 9:4
A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.
 
 
Êxodo 20:1-17
Então, falou DEUS todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor, teu DEUS, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos. Não tomarás o nome do Senhor, teu DEUS, em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu DEUS; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou. Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu DEUS, te dá. Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
 
 
Levítico 3:17
Estatuto perpétuo será nas vossas gerações, em todas as vossas habitações: nenhuma gordura, nem sangue algum comereis.
 
 
Levítico 7:23
Fala aos filhos de Israel, dizendo: Nenhuma gordura de boi, nem de carneiro, nem de cabra comereis.
 
 
Levítico 7:27
Toda pessoa que comer algum sangue, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.
 
 
Levítico 11:4-10
Destes, porém, não comereis: dos que remoem ou dos que têm unhas fendidas: o camelo, que remói, mas não tem unhas fendidas; este vos será imundo; o coelho, porque remói, mas não tem as unhas fendidas; este vos será imundo; a lebre, porque remói, mas não tem as unhas fendidas; esta vos será imunda. Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, mas não remói; este vos será imundo; da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver. Estes vos serão imundos. Isto comereis de tudo o que há nas águas: tudo o que tem barbatanas e escamas nas águas, nos mares e nos rios; aquilo comereis. Mas tudo o que não tem barbatanas nem escamas, nos mares e nos rios, todo réptil das águas e toda alma vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação.
 
 
Levítico 12:3-5
E, no dia oitavo, se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio. Depois, ficará ela trinta e três dias no sangue da sua purificação; nenhuma coisa santa tocará e não virá ao santuário até que se cumpram os dias da sua purificação. Mas, se tiver uma fêmea, será imunda duas semanas, como na sua separação; depois, ficará sessenta e seis dias no sangue da sua purificação.
 
 
Levítico 20:13
Quando também um homem se deitar com outro homem como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue é sobre eles.
 
Deuteronômio 7:6 eu vos escolhi
Porém assim lhes fareis: derrubareis os seus altares, quebrareis as suas estátuas, cortareis os seus bosques e queimareis a fogo as suas imagens de escultura. Porque povo santo és ao Senhor, teu DEUS; o Senhor, teu DEUS, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há. O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos,mas porque o Senhor vos amava; e, para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito. Deuteronômio 7:5-8
 
Deuteronômio 14:1-6
Filhos sois do Senhor, vosso DEUS; não vos dareis golpes, nem poreis calva entre vossos olhos por causa de algum morto.
Porque és povo santo ao Senhor, teu DEUS, e o Senhor te escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe seres o seu povo próprio. Nenhuma abominação comereis. Estes são os animais que comereis: o boi, o gado miúdo das ovelhas, o gado miúdo das cabras, o veado, a corça, o búfalo, a cabra montês, o texugo, o boi silvestre e o gamo. Todo animal que tem unhas fendidas, que tem a unha dividida em duas, que remói, entre os animais, isso comereis.
 
 
Deuteronômio 18:9-15
Quando entrares na terra que o Senhor, teu DEUS, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos, pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor, teu DEUS, as lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o Senhor, teu DEUS. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor, teu DEUS, não permitiu tal coisa.  Senhor, teu DEUS, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;
 
Deuteronômio 22:5
Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem veste de mulher; porque qualquer que faz isto abominação é ao Senhor, teu DEUS. Deuteronômio 22:5
 
 
Más companhias corrompem bons costumes
Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. 1 Coríntios 15:33
 
Sabemos que somos de DEUS e que todo o mundo está no maligno. 1 João 5:19
 
 
A Civilização Hebraica
Templo Construído por Herodes em Jerusalém
 Antes de se fixarem na palestina, que é uma estreita faixa de terra situada a sudeste da Fenícia, banhada pelo rio Jordão, que divide o território palestino em duas partes, e desemboca no mar morto, limita-se com o mar Mediterrâneo, a Oeste, com o deserto Arábico, a leste com a penisula do Sinai, ao Sul, seu clima seco e solo pouco fértil fez com que nesta região se desenvolvesse basicamente, o pastoreio.
 Os hebreus eram nómades Semita que se dedicavam ao pastoreio. Estavam organizados em clãs patriarcais (grupo ligados por laços de parentesco e de tradição), os quais possuíam como autoridade maior o patriarca, (chefe que ocupava os cargos de sacerdote, juiz e comandante militar).
 Abraão (cujo o significado o nome é: Pai de muitas nações), teria sido segundo a Bíblia, o primeiro patriarca que saindo de Ur (sul da Caidéia) e levando sua família, foi ate Haran (nordeste da Mesopotamia), e dai para Canaã ou Palestina. Quando se fixaram nesta região, os hebreus dividiram-se em varias tribos, tomando posse dos territórios férteis do norte e das zonas montanhosas do sul; Neste período num processo lento, os hebreus passaram a dedicar-se cada vez mais à agricultura e, conseqüeníemente ao sedentárismo.  
 
UR dos Caldeus - Mesopotâmia
Entretanto, a posse das terras na palestina (2.000 a. C.), não foi, pacifica pois os territórios palestinos já eram habitados por outros povos tais como: os cananeus e filisteus, contra os quais os hebreus travaram lutas sangrentas.
 A história política dos hebreus é dividida em três período: Períodos dos Patriarcas, Período dos Juizes, Período dos Reis.
 Períodos dos Patriarcas, fugindo das secas que castigavam o território da Palestina, boa parte das tribos hebraicas foram para o prospero Egito, onde se refugiaram da fome e das constantes guerras contra os outros povos habitantes da região da Palestina.  
Por quatro séculos os hebreus permaneceram no Egito. Tempo mais que suficiente para que os mesmos se integrassem na sociedade egípcia, porem sem deixar de lado sua unidade religiosa e cultural, alias, traço marcante da sociedade hebraica.
 A permanência tão prolongada dos hebreus no Egito foi possível devido a influência de alguns hebreus sobre o governo egípcio (a história de José); a invasão e ao domínio dos hiecsos (povo semita), sobre o Norte do Egito. Porém mais tarde, com a morte de José e a expulsão dos hiecsos, as consequências para os hebreus foram a perseguição e a escravidão.
 O aumento da população hebraica (os clãs transformaram-se em tribos) e sua colaboração com os hicsos, fizeram com que o governo egípcio (Faraós do novo Império), preocupado com uma nova dominação estrangeira, ordenasse a escravidão dos hebreus. A escravidão dos hebreus no Egito só terminou com o Êxodo (fuga do Egito para a Palestina, século XIH a.C.), quando Moisés, liderou as doze tribos hebreias, conduziu o povo hebreu através do deserto até a terra prometida.
A Bíblia diz que durante a travessia do deserto, Moisés recebeu diretamente de Javé ou Jeová, no Monte Sinai, O Decálogo (Os Dez Mandamentos), o qual estabeleceu os fundamentos: Jurídico, Religioso e Moral da civilização hebraica. Moisés não conseguiu chegar a canaa. Morre ao avista-la.  
 
Seu sucessor, Josué cruza o rio Jordão e dá combate aos cananeus, que então habitavam a terra prometida. Vencidos os cananeus, os israelitas se estabelecem na Palestina. Tem de travar luta contra os povos vizinhos permanentemente.    Devido as lutas pelas conquistas de Canaà ou Terra Prometida, surgiu necessidade do poder e do comando estarem nas mãos de chefes militares. Estes chefes passaram a ser conhecidos como Juizes. Período dos Juizes, Com a concentração do poder em suas mãos, os juizes procuraram a união das doze tribos, pois ela possibilitaria a realização do objeto comum: O domínio da Palestina.
 As principais lideranças deste período foram os juizes: Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel, todos eram considerados enviados de Jeová, para comandar os Hebreus. 
A união das doze tribos era difícil de ser conseguida e mantida, pois os juizes tinham um poder temporário e mesmo com a unidade cultural, (língua, costumes, e, principalmente religião), havia muita divisão política entre as tribos. Assim foi preciso estabelecer uma unidade política. Isto foi conseguido através da centralização do poder nas mãos de um monarca (Rei), o qual teria sido escolhido por Jeová para governar.
 Período dos Reis: O primeiro rei hebreu foi Saul que liderou guerras contra os filisteus, porem morreu sem conseguir vence-los. Foi sucedido por Davi, que conseguiu derrotar os filisteus e estabeleceu domínio sobre a Palestina, fundando o Estado Hebreu, cuja a capital passou a ser Jerusalém. Em seguida, Salomão; sábio e pacifico famoso pelo poder e riqueza.
 Salomão construiu o templo de Jerusalém com auxilio de operários fenícios.
Aliou-se ao rei Hirâo de Tiro (Fenícia); cobrou tributos das caravanas que atravessavam suas terras; comerciou com vizinhos e povos distantes. Sua corte era faustosa e o monarca, ao fim de seus dias, caiu no desagrado do povo pêlos gastos excessivos de seu palácio e pêlos altos impostos que cobrava. Além disso, permitiu que deuses estranhos se misturassem ao culto monotéista, que caracterizava a religião dos hebreus desde a sua origem.
 Após a morte de Salomão, os hebreus dividiram-se: Dez tribos do norte formaram o Reino de Israel, liderados por Jerobaão; Duas tribos do sul formaram o Reino Judá, Siderados por Reoboão, filho de Salomão (924 a.C.).
 A partir de então varias vezes estiveram em luta. O Reino de Israel, desde o inicio viveu na idolatria; isto fez com que a ira de DEUS se manifesta-se sobre ele permitindo que no ano 722 a.C., fosse conquistado por Sargão II, da Assíria, e seu povo fosse levado para o cativeiro, sendo seu território habitado por outros povos, ali colocados por ordem do rei da Assíria.  
 O Reis de Judá viveu períodos de fidelidade a DEUS e períodos de idolatria. Quando a apostasia dominou a nação, o castigo de DEUS veio sobre ela através do rei Nabucodonozor, da Babilónia, no ano 586 a.C. A cidade santa, Jerusalém, foi destruída o Templo foi queimado os nobres eram amarrados e levados para o cativeiro. Ali foram deixados os pobres para vinheros e para lavouras, ficando Gedalias como maioral sobre eles.
O cativeiro durou até os dias de Ciro, rei da Pérsia que permitiu que o povo que estava escravizado na Caidéia, regressar a Palestina e reerguer o Templo de Jerusalém (536 a.C.). A seguir a Palestina foi invadida por Alexandre da Macedònia (322 a.C.). Depois passou a seu protetorado egípcio (301 a.C.), Colónia Síria (198 a.C.), e província romana (63 a.C.).
 No ano 70 da era crista, após uma fracassada revolta contra a dominação romana, Jerusalém foi conquistada por Tito e seus exércitos, ocorrendo uma segunda destruição do Templo.
Os judeus foram expulsos da palestina, ficando este acontecimento conhecido na história pelo nome de Diaspora, só retomando no século XX, onde fundaram em 1948 o atual Estado de Israel.  
Da cultura criada pêlos hebreus, a religião é, sem dúvida o legado mais importante. O judaísmo tem seus fundamentos no Antigo Testamento. Influenciou todas as realizações culturais dos hebreus: Do direito a literatura e as artes.
 Os dois traços característicos da religião dos hebreus são o monoteísmo e o salvacionismo isto é a crença na vinda de um Messias ou Salvador para libertar o povo hebreu.
Com o Cisma ( a separação política entre Israel e Judá), a religião monoteista oficial dói ameaçada pela difusão da religião popular, politeísta. Os profetas, Amos Isaías, Jeremias, Daniel e outros, trataram de combater as praticas religiosas politeístas reafirmando a ideia messiânica e o monoteísmo hebraico. " Ouvi esta palavra, que levanto como lamentação sobre vos, o casa de Israel; Caiu a virgem de Israel, nunca mais tornara a levantar-se... Pois assim diz o Senhor a casa de Israel; Buscai-me e vivei "(Amos, 5,1 -2; 4).
 A escrita e literatura, entre os hebreus, povo de língua semita, surgiu muito cedo uma escrita própria. A arqueologia revelou a existência de uma escrita a partir de meados do segundo milénios a. C., (época do Êxodo). Aos poucos porem, eles foram substituindo, em sua escrita a sua língua original pelo aramaico, que era a língua comercial e diplomática do Oriente, próximo na antiguidade. O alfabeto hebraico aíual é uma variedade do aramaico, que juntamente com a língua aramaica tornou-se muito difundido, suplantando os outros alfabetos e línguas semitas.
 Artes e Ciências o monoteísmo hebraico influenciou todas as realizações culturais dos hebreus. Deve-se destacar a arquitetura, especialmente a construção de Templos, muralhas e fortificações. A maior realização arquitetõnica foi o Templo de Jerusalém.
 Nas ciências, não apresentaram progresso notável. A importância cultural da sociedade hebraica residiu principalmente nas esferas religiosa (monoteista) e moral (na lei Mosaica), sua área de influencia atingiu o Ocidente e grande parte do oriente. O Judaísmo constituiu uma das bases do cristianismo, com o qual o Islamismo formou tríade das grandes religiões universais.
 
 
2. A cultura do homicídio.
CAIM
Gênesis 4.1-10
1 - E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um varão. 2 - E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 3 - E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. 4 - E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. 5 - Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante. 6 - E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? 7 - Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás. 8 - E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou. 9 - E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? 10 - E disse DEUS: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra.
 
O que levou Caim a odiar Abel?
O fato da oferta de Abel ser aceita e a dele não.
Como era o culto de Caim?
O culto de Caim era para satisfazer o seu ego.
Por que o ofertório de Caim foi reprovado?
Porque seu coração era mau, cheio de inveja e ódio.
Que desculpa deu Caim ao Senhor?
Ele afirmou estar em outro lugar quando da morte de Abel.
Quais as características da geração de Caim?
Uma geração perversa e contumaz.
 
Caim ofertou e fez culto como todo mundo faz. Muito louvor, pregação, avisos, etc... Abel fez culto de adoração, ofereceu sua própria vida (animal em seu lugar)
Como o sangue desse animal prefigurava o sangue de JESUS na cruz e o sacrifício desse animal prefigurava o sacrifício de JESUS na cruz:
Pela fé Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando DEUS testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala. Hebreus 11:4
Primeiro. todos estavam expulsos do Éden, portanto no Éden ninguém mais entrou.
Segundo. os filhos de Adão aprenderam com seu pai a adorar a DEUS.
Terceiro. Um filho era adorador e puxou para o lado bom.
Quarto. O outro filho era do maligno. Prestou culto, nas não adorou. [Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão [...]." (1 Jo 3.11,12)]
Quem estava em Caim sabia o que era matar e instigou Caim a matar seu irmão. Ele veio para matar, roubar e destruir. Roubou a paz dos irmãos, destruiu a família de Adão, matou a semente boa de Adão, seu filho Abel.
João diz que Caim invejava Abel, pois suas obras eram más, enquanto os do seu irmão eram mais justas (1Jo 3.12), e nós Lemos em Hebreus que "pela fé Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício que Caim" (Hb 11.4).
 
LAMEQUE
Gênesis 6.1-8
1 - E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, 2 - viram os filhos de DEUS que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. 3 - Então, disse o Senhor: Não contenderá o meu ESPÍRITO para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. 4 - Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de DEUS entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama. 5 - E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. 6 - Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração. 7 - E disse o Senhor: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. 8 - Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.
 
O que caracterizava o mundo de Lameque?Violência sem limites, devassidão sexual e resistência à graça divina.
Qual o ofício de Tubalcaim?Metalurgia, fabricação de instrumentos cortantes.
Que pecados caracterizavam os contemporâneos de Noé?Era uma geração corrompida pelo pecado e caracterizada pela depravação moral.
É possível resistir a graça divina?A graça de DEUS, ainda que perfeita e infalível, pode ser resistida.
De que forma Noé apregoava a justiça divina?Ele pregava a justiça divina com a voz e com as obras.
 
LINHAGEM MÁ DE CAIM
1. Lameque
 (Gn 4.18-24).
 No hebraico, este nome significa vigoroso. Na descendência de Caim, ele constituí a quinta geração e foi pai de muitos filhos, em cuja posteridade destacaram-se agricultores, e os que trabalhavam com metais e instrumentos musicais. Lameque se tornou o primeiro homem bígamo, pois tomou para si duas mulheres. É o tipo de casamento que DEUS nunca legitimou e nem autorizou.
2. Jabal.
 Dos filhos de Lameque, Jabal ficou conhecido como o pai dos construtores de tendas e criadores de gado (Gn 4.20).
3. Jubal. Este, irmão de Jabal, destacou-se como o inventor de instrumentos musicais. Por isso, ficou conhecido como "o pai dos músicos"(Gn 4.21). Sem dúvida, muito contribuiu para a cultura mais bela da humanidade.
4.Tubal-Caim (Gn 4.22). Filho de Lameque e sua mulher Zilá. Há um aspecto positivo, que deve ser considerado nesta descendência cainita. Nem tudo o que faziam era mau ou ruim. No caso de Tubal­Caim, ele foi o iniciador da metalurgia, ao descobrir e trabalhar com metais.
5. Naamá. No texto de Genesis 4.22, há urna referência especial ao nome desta mulher, filha de Lameque. "Naamah", no hebraico, significa a bela, a graciosa. Ela é irmã de Tubal-Caim e é citada, de modo especial, no capítulo 4 de Genesis, pois não se mencionavam nomes de mulheres nas genealogias antigas. Esta citação não vem como um elogio, mas como urna denúncia do começo da prostituição no meio da humanidade.
 
VINGAR - nãqam (□?:): “vingar, tomar vingança, castigar”. Esta raiz e seus derivados ocorrem 87 vezes no Antigo Testamento, com muita freqüência no Pentateuco, Isaías e Jeremias; ocorre ocasionalmente nos livros históricos e nos Salmos. A raiz também ocorre no aramaico, assírio, árabe, etiópico e hebraico recente.
A canção da espada de Lameque é um desafio depreciativo aos seus companheiros e um descarado ataque à justiça de DEUS: “Porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado', mas Lameque, setenta vezes sete” (Gn 4.23,24).
O Senhor reserva a vingança como esfera de Sua ação: “Minha é a vingança e a recompensa, [...] porque [Ele] vingará o sangue dos seus servos, e sobre os seus adversários fará tornar a vingança” (Dt 32.35,43). A lei proibia a vingança pessoal: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR” (Lv 19.18).
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
 
Os filmes, jogos e novelas trazem todos mensagens em comum - Vingança, prostituição, adultérios e assassinatos. Isso, ao invés de afastar as pessoas de tais distrações, faz é aproxima-las ainda mais.
 
 
 
3. A cultura do erotismo.
2 Coríntios 6.14-18; 7.1,8-10
2 Coríntios 6.14-18
14 Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? 15 E que concórdia há entre CRISTO e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? 16 E que consenso tem o templo de DEUS com os ídolos? Porque vós sois o templo do DEUS vivente, como DEUS disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu DEUS, e eles serão o meu povo. 17 Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; 18 e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.
 
2 Coríntios 7.1,8-10
1 ORA, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de DEUS
 
8 Porquanto, ainda que vos contristei com a minha carta, não me arrependo, embora já me tivesse arrependido por ver que aquela carta vos contristou, ainda que por pouco tempo. 9 Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo DEUS; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. 10 Porque a tristeza segundo DEUS opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.
 
Vamos estudar nesta licao, principalmente sobre santificação, assunto quase desaparecido de nosso pulpitos na atualidade. Paulo estava preocupado com a situacao da igreja corintia a esse respeito, tanto que quase nao espera que eles respirem a reconciliacao entre eles e jaos esta exortanto sobre a separacao que deveriam ter do mundo, seus costumes, suas festas iolatricas e seus banquetes dedicados aos idolos, bem como sua prostituicao cultual e relacionamentos libidiosos.
 
Exortação à santificação

 
Significado de Exortar
Animar, Incentivar, estimular - Induzir, conversar. Advertir, admoestar, aconselhar.
 
Significado de Santificação
Apartar-se (de algo impróprio) para uso sagrado (para DEUS).
santificação no corpo, na alma e no espírito

6 Contatos entre o crente e o mundo:
Jugo
Sociedade
Comunhão
Harmonia
Participação
Consenso


6 diferentes posições:
Crédulos e Incrédulos
Justos e Injustos
Luz e Trevas
CRISTO e Satanás
Crentes e Descrentes
Santuário de DEUS e Santuário de Satanás


A Bíblia deixa claro que não há contato, não há mistura. Ou se está em uma posição, ou se está em outra. Não dá para ficar com o “pé nos dois barcos”.

Como está a sua vida. Analise agora: sua família, seu casamento, noivado, namoro, compromisso, escola, trabalho, empresa. Enfim, todas as áreas de sua vida.

Quando Paulo fala “recebei-nos”, ele não está falando de receber CRISTO, mas sim, de receber a ele mesmo. Que os cristãos de Corinto deveriam “receber” Paulo como pastor, obedecê-lo e respeitá-lo. O amor de Paulo era tão grande que ele afirma: “junto viveremos” e “juntos morreremos”. Ele diz que se gloria da igreja e o mais importante, que está cheio de consolação e transborda de alegria nas “nossas tribulações”. Paulo participa das tribulações dos coríntios.
 
1 Co 6.14 JUGO DESIGUAL COM OS INFIÉIS. Diante de DEUS, há apenas duas categorias de pessoas: as que estão em CRISTO e as que não estão (vv. 14-16). O crente, portanto, não deve ter comunhão ou amizade íntima com incrédulos, porque tais relacionamentos corrompem sua comunhão com CRISTO. Neste contexto estão as sociedades nos negócios, as ordens secretas (Maçonaria), namoro e casamento com incrédulos. A associação entre o cristão e o incrédulo deve ser o mínimo necessário à convivência social ou econômica, ou com o intuito de mostrar ao incrédulo o caminho da salvação

6.16 O TEMPLO DE DEUS COM OS ÍDOLOS? 
Paulo apresenta um forte argumento no sentido de um crente nascido de novo, sendo templo de DEUS e do ESPÍRITO SANTO (Jo 14.23; 1 Co 6.19), não poder ser habitado por demônios.
(1) Os ídolos, tanto no AT quanto no NT, representavam demônios (Dt 32.17; 1 Co 10.20,21). Logo, a pior forma de profanação no AT era colocar ídolos no próprio templo de DEUS (2 Rs 21.7,11-14). Semelhantemente, nunca devemos profanar nosso corpo, a habitação do ESPÍRITO SANTO, permitindo aos demônios ter acesso a ele (cf. v.15, onde "Belial" refere-se a Satanás; ver também Lc 10.19; 2 Tm 2.25,26; 1 Jo 4.4; 5.18).
(2) Embora um espírito imundo não possa habitar lado a lado com o ESPÍRITO SANTO num verdadeiro crente, pode haver circunstâncias em que um espírito maligno aja num indivíduo cuja conversão esteja em marcha, não estando ele ainda plenamente regenerado pelo ESPÍRITO SANTO. A conversão pode, às vezes, envolver a expulsão de demônios de uma pessoa que, sinceramente, deseja seguir a CRISTO, mas que está enfrentando problemas maiores com certos pecados. Até ser aniquilado aquele poder ou controle demoníaco, a pessoa não poderá experimentar uma salvação plena e completa e, assim, tornar-se "templo do DEUS vivente" (cf. Mt 12.28,29)
6.17 APARTAI-VOS. Ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE.
 
7.1 TEMOS TAIS PROMESSAS. Paulo afirma com toda clareza que não podemos reivindicar as promessas maravilhosas e graciosas de DEUS alistadas em 6.16-18, sem uma vida de separação e de santidade (ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE). Este fato explica por que alguns perderam sua alegria cristã (Jo 15.11), sua proteção divina (Jo 17.12,14,15), resposta às orações (Jo 15.7,16) e o senso da presença paternal de DEUS (Jo 14.21,23). Uma vida de parceria com o mundo significa perder a presença e as promessas de DEUS.

7.1 PURIFIQUEMO-NOS. 
Os crentes precisam purificar-se de todo pecado, do corpo e do espírito. Fazer isso significa romper totalmente com toda forma de transigência ímpia e resistir, continuamente, aos desejos da carne. Devemos mortificar as ações pecaminosas do corpo, repudiá-las cada vez mais e fugir delas (vv. 9-11; Rm 8.12,13; Gl 5.16).

7.10 TRISTEZA SEGUNDO DEUS... TRISTEZA DO MUNDO. Aqui, Paulo identifica dois tipos de tristezas.
(1) Há a tristeza autêntica, causada pelo pecado, que leva ao arrependimento. Consiste numa mudança de atitude, que nos leva a voltar-nos contra o pecado, e para DEUS. Esse tipo de arrependimento leva à salvação. Para Paulo, o arrependimento do pecado e a fé em CRISTO são responsabilidades humanas quanto à salvação (ver Mt 3.2).
(2) Em contraste, os que não se arrependem, se entristecem repetidamente devido às conseqüências do seu pecado; tal tristeza conduz à morte e à condenação eternas (Mt 13.42,50; 25.30; Rm 6.23).
 

Palavra Chave: Santificação - Separação do mal e do pecado, e dedicação total e exclusiva a DEUS.
 
A SANTIFICAÇÃO (BEP - CPAD)
1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas”.

Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com DEUS e servi-lo com alegria.
(1) Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do ESPÍRITO SANTO mediante a salvação em CRISTO, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de CRISTO, produz em nós o fruto do ESPÍRITO e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de dedicação a DEUS (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23; ver 2Co 5.17).
(2) Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de DEUS, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que DEUS lhe deu, morreu com CRISTO e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm 6.18); por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu Salvador, JESUS CRISTO. Mediante o ESPÍRITO SANTO, temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.
(3) A santificação no AT foi a vontade manifesta de DEUS para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6; Lv 11.44; 19.2; 2Cr 29.5). De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em CRISTO. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
(4) Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do ESPÍRITO SANTO no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).
(5) A santificação é uma obra de DEUS, com a cooperação do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de DEUS quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do ESPÍRITO SANTO, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8).
(6) A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com CRISTO (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à Palavra de DEUS (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de DEUS (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniqüidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de DEUS (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14; Ef 5.18).
(7) Segundo o NT, a santificação não é descrita como um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver para DEUS (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados pelo ESPÍRITO à semelhança de CRISTO (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a DEUS e ao próximo (Mt 22.37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21).
(8) A santificação pode significar uma outra experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de DEUS uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que DEUS o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a DEUS como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do ESPÍRITO SANTO graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a DEUS (Rm 12.1,2; 6.19-22).
 
 
4. A cultura do consumo irrefreado.
Eclesiastes 2.4-11.
4 Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. 5 Fiz para mim hortas e jardins e plantei neles árvores de toda espécie de fruto. 6 Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores. 7 Adquiri servos e servas e tive servos nascidos em casa; também tive grande possessão de vacas e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém. 8 Amontoei também para mim prata, e ouro, e jóias de reis e das -províncias; provi-me de cantores, e de cantoras, e das delícias dos filhos dos homens, e de instrumentos de música de toda sorte. 9 E engrandeci-me e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. 10 E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhos neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho. 11 E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito nenhum havia debaixo do sol.
O PRAZER... E EIS QUE TUDO ERA VAIDADE. Salomão relata como ele experimentou o prazer, as riquezas, e as recreações culturais na busca da satisfação e do prazer. Porém, nada disso lhe proporcionou real felicidade, a insatisfação em seu viver continuou (v. 11). Somente em DEUS e na sua vontade pode o ser humano encontrar paz, satisfação e alegria permanentes.
Eclesiastes 5.10-17 O QUE AMAR O DINHEIRO NUNCA SE FARTARÁ DE DINHEIRO. O dinheiro e a abundância de bens terrenos não dão, por si, sentido à vida e, portanto, não podem promover a verdadeira felicidade. Geralmente, o trabalhador honesto, ao chegar à sua casa depois de um dia normal de trabalho, dorme tranqüilo, enquanto o rico não consegue conciliar o sono, temeroso que alguma calamidade, ou falha de sua parte, arruíne tudo o que tem. Mas, mesmo sem qualquer prejuízo, o rico nada levará consigo ao morrer. É de lastimar que tantas pessoas trabalhem tanto para enriquecer, quando o principal é acumular tesouros no céu (Mt 6.19-21).
Eclesiastes 5.18-20 GOZAR DO SEU TRABALHO, ISSO É DOM DE DEUS. Quando no trabalho que DEUS nos concedeu, ganhamos de modo honesto, além do necessário para cobrir nossas necessidades, devemos reconhecer que recebemos de DEUS uma dádiva para ser usada na ajuda ao próximo e para a promoção da causa de DEUS na terra.
Eclesiastes 30.8 NEM A POBREZA NEM A RIQUEZA. Devemos orar para termos um salário suficiente para cobrir nossas necessidades e as da nossa família, para ajudar a manter a obra de DEUS e auxiliar os necessitados (ver 2 Co 9.8-12).
 
 
1- O consumo desenfreado é motivado pela mídia. As propagandas incentivam o consumo do supérfluo em detrimento do essencial, criando nas pessoas uma compulsão doentia pelas compras.
Alimentação saudável, mas sem exageros
Atenção constante ao que vai pôr no prato. Trocar a carne de vaca por um peito de frango. Nada de gordura. Muita salada, temperada com sal e um fio de azeite de oliva - extra-virgem, claro. Em vez de refrigerante, suco natural ou água. No lugar da torta de chocolate, uma fruta fresca para a sobremesa. Uma alimentação assim todo dia é sinônimo de vida saudável, certo? Nem sempre.
Enquanto estudos mostram que problemas de saúde decorrentes dos maus hábitos alimentares - como obesidade e doenças do coração - estão aumentando, há pessoas indo na direção oposta, levando a preocupação com uma alimentação saudável ao extremo. É um transtorno novo e que já tem nome: ortorexia (em grego, orthos significa correto e orexis, apetite).
"A alimentação saudável é uma opção de vida. Se vai além disso, pode virar uma prisão. A pessoa perde a liberdade de escolha. Passa a ver todos os outros alimentos como coisas que vão contaminá-la", diz a psiquiatra Isa Kabacznik, presidente do Comitê Multidisciplinar da Adolescência da Associação Paulista de Medicina.
Pv 23.31 Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. 32 No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá.
Há também os que são viciados em café, coca-cola, remédios, isso sem falar nos descrentes que são viciados em drogas, cigarro, bebidas, etc...Estes estão se autodestruindo para acompanhar a moda ou os costumes mundanos.
Aconselhamos principalmente, acima de tudo, ter um bom relacionamento com DEUS.
Pv 23.3 Não cobices as suas iguarias porque são comidas enganosas.
Pv 23.20 Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.
21 Porque o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos.
 Ricardo Westin e Simone Iwasso
 
Vestuário:
Dt 22.5 Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao SENHOR teu DEUS.
Os santos são sensíveis à voz do ESPÍRITO SANTO e antes de usar determinadas vestes, procuram conhecer a vontade de DEUS. Não é conveniente ao homem usar roupas sabidamente femininas.
As mulheres devem vestir-se com sabedoria visando apenas a edificação do próximo, jamais, despertar a sensualidade ou desejos lascivos. Vestes transparentes, decotes profundos, saias e blusas curtas, calças apertadas (justas) e toda a espécie de roupas que mostram ou marcam o corpo despertando a sensualidade devem ser rejeitadas. É preciso cuidado com os extremos, o uso de vestidos e saias cobrindo os tornozelos, blusas com mangas até os pulsos e golas à altura do pescoço; não é sinal de santidade, geralmente desperta a rejeição no próximo impedindo que exalemos o bom perfume de CRISTO.
O uso de roupas de "marca" ou "etiqueta" de modo geral é um canal aberto para o devorador (são caríssimas) e que desperta no coração a vaidade. Basicamente, quem usa uma roupa de griffe o faz para que o próximo veja. A moda não é feita para o povo de DEUS, que devem optar pela simplicidade de aços, a exemplo de nosso Senhor.
"Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples. Que elas se enfeitem, mas não com penteados complicados, nem com jóias de ouro ou de pérolas, nem com roupas caras! Que se enfeitem com boas ações, como devem fazer as mulheres que dizem que são dedicadas a DEUS!" 1 Tm 2:9,10.
Já há também o oposto, que são aqueles que aderem ao nu e ao escândalo de se vestirem quase que sem roupa nenhuma.
 
O olhar do crente.
De acordo com 1Jo 2.16, três aspectos do mundo pecaminoso são abertamente hostis a DEUS:
(a) “A concupiscência da carne”, que inclui os desejos impuros e a busca de prazeres pecaminosos e a gratificação sensual (1Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14).
(b) “A concupiscência dos olhos”, que se refere à cobiça ou desejo descontrolado por coisas atraentes aos olhos, mas proibidas por DEUS, inclusive o desejo de olhar para o que dá prazer pecaminoso (Êx 20.17; Rm 7.7). Nesta era moderna, isso inclui o desejo de divertir-se contemplando pornografia, violência, impiedade e imoralidade no teatro, na televisão, no cinema, ou em periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28). Pv 23.5 Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia.
(c) “A soberba da vida”, que significa o espírito de arrogância, orgulho e independência auto-suficiente, que não reconhece DEUS como Senhor, nem a sua Palavra como autoridade suprema. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover a si mesma, julgando não depender de ninguém (Tg 4.16).
 
A mídia trabalha em cima de mensagens subliminares:
A mídia trabalha em cima de mensagens subliminares que levam o consumidor desavisado a desejar e comprar até o que não desejaria ou não precisaria, apenas pelo prazer de comprar ou de possuir o que outro tem, ou ainda não conseguiu adquirir.
A vitrines estão abertas e chamativas ao consumo exagerado; Ao consumismo exagerado; Ao gasto excessivo; Ao endividamento.
 
2- O comércio em Jerusalém era abusivo e fraudulento, razão pela qual foi severamente condenado por JESUS. Esta forma infame de comércio, infelizmente, é constatada em alguns ministérios e igrejas na atualidade.
Azorrague, pode ser sinônimo de açoite, espécie de chicote, ou látego, usado para a aplicação de flagelo em condenados. Na Roma antiga ele era também um instrumento de tortura comum, usado pelos soldados, para supliciar os condenados. Ele era composto por oito tiras de couro que, em cada ponta, possuía um instrumento pérfuro-cortante, ou um pedaço de osso de carneiro. Tinha seu uso aplicado como pena subsidiária, nalguns casos, onde o condenado à morte deveria ser antes objeto do castigo público.
Este instrumento aparece nas mãos de JESUS conforme conta o evangelho de João onde JESUS trança um azorrague para com ele expulsar os cambistas do templo. É interessante o que diz o texto bíblico: "Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo" (Jo 2.15).
O texto chama atenção para o fato de que o próprio JESUS fez para si um azorrague. Percebe-se que JESUS primeiro toma consciência do que estava ocorrendo no templo, e então ele dedicou um tempo trançando um açoite antes de expulsar aqueles homens que inflacionavam a Fé. Não se sabe exatamente o que passava pela mente de JESUS naquele momento, mas creio que enquanto ele trançava seu azorrague, provavelmente ele meditava em tudo aquilo que seus olhos viram acontecendo no templo, e interiormente se indignava com aquela situação.
Particularmente creio que foi assim com JESUS, pois atualmente também constatamos comportamentos absurdos entre o povo de DEUS, e por isso vou entrelaçando essas palavras e frases tal como as tiras de um azorrague, enquanto medito na realidade que meus olhos vêem e interiormente também me revolto contra o atual comércio da fé.
O motivo pelo qual JESUS expulsou tais comerciantes do templo, foi porque eles inflacionavam a fé, uma vez que se aproveitando da necessidade que os judeus tinham de oferecer sacrifícios, eles formavam um sistema de monopólio e colocavam altos valores nos produtos, causando assim opressão, empobrecimento de muitos, e exclusão, pois desta forma os pobres não poderiam ofertar a DEUS.
Com isso também se observa que milênios antes da implantação da sociedade capitalista no mundo ocidental, este espírito ganancioso, o qual visa o lucro pela exploração do homem, este espírito capitalista sempre esteve presente no mundo.
Entretanto sabe-se que pela lei de Moisés era permitido aos judeus comprar e vender na área do templo, porque nem sempre o animal para o sacrifício chegaria em boas condições para ser oferecido no altar (Dt 14.24-26).
Por isso o que foi confrontado por JESUS, não foi o comércio em si, mas os cambistas ou mercadores que inflacionavam o preço dos produtos a serviço da fé. Por exemplo se um estrangeiro ou judeu, no norte do país, vendia localmente suas ovelhas e o cereal, pois o caminho era demasiadamente longo, e esperava comprar os mesmos produtos para ofertá-los pelo mesmo preço em Jerusalém, nota-se que perante o mercado do templo de Jerusalém ele não podia oferecer o que a DEUS pertencia, pois os cambistas aumentavam demasiadamente o preço dos produtos; E o resultado imediato disso era a exclusão, pois se esta pessoa não tivesse condições de arcar com a diferença, ela então ficaria de fora e não poderia adorar a DEUS como era costume naquela época. E JESUS percebendo este comércio injusto, se indignou, pois os que estavam ali negociando haviam perdido o respeito à fé, e queriam apenas enriquecer.
É fato que muitos cristãos atualmente usam esse texto para impedir que quaisquer produtos sejam vendidos em suas igrejas locais, mas não é disso que trata o texto. Hoje a situação dos vendilhões ou cambistas da fé é mais grave pois hoje eles vendem ministérios e serviços espirituais.
Em 1517, assim como vários precursores chamados pré-reformadores, sabe-se que Martinho Lutero na Alemanha se revoltou contra a Igreja do ocidente, pois além da venda de falsas relíquias espirituais, estavam vendendo também o perdão e a salvação eterna. E o resultado de sua revolta, a história demonstra que foi o nascimento da chamada Igreja Protestante, da qual hoje faço parte.
Já faz alguns anos que foi publicado na revista Eclésia, que uma pregadora chegou a manter dois escritórios, um no RJ e outro em SP, para agendar seus compromissos, e a cifra dos produtos que vendia era enorme. E também outro pregador famoso que teria afirmado que nem completara trinta anos de idade e estava rico, para o resto da vida. Sua agenda estava lotada e ele havia montado uma equipe de assessores e uma mídia cristã para o promover.
Recentemente fiquei sabendo que para exercer o ministério que DEUS me deu, o melhor caminho para encontrar espaço nas igrejas e congressos como pregador, seria utilizar o serviço dos agenciadores. Confesso que fiquei curioso para saber do que se tratava e foi-me dito que estas pessoas poderiam me agendar em qualquer lugar do país a qualquer dia da semana.
Ao tomar consciência deste fato lamentável, senti um frio descendo pela espinha e meu coração fibrilar, pois ficar sabendo que uma agenda ministerial cheia pode ser artificialmente fabricada e não mais pelo mover espontâneo de DEUS, creio que isto deixa qualquer pessoa de bom senso arrepiado.
Saiu inclusive um anúncio deste tipo em uma revista evangélica de circulação nacional, e nele havia alguém se oferecendo como agenciador entre pregadores e igrejas. Percebi que era um intermediário, ou melhor dizendo, era um atravessador, já que o produto vendido no mercado, é o próprio ministério com seus dons e serviços espirituais prestados, onde este agenciador ganha para agenciar compromissos, estabelecendo as condições, o preço e retirando dele sua parte.
Até mesmo a chamada “cobertura espiritual” tornou-se um produto vendável neste mercado da Fé.
Muitos sabem que existem tais problemas na Igreja, mas quase ninguém assume que estes problemas, muitas vezes estão presentes na própria igreja local.
Também freqüentemente observo alguns ministérios evangélicos se gabando de sua agenda cheia, como se ela fosse sinal da aprovação divina. Porém vejo aí também um grande engano, pois a agenda ministerial cheia que ostentam como crescimento, sucesso e bons frutos, agora sabemos que estes são frutos de cera, e que não são sinceros (sem-cera), porque são frutos artificialmente fabricados por assessores-agenciadores-intermediários, com o objetivo de promover a venda de dons e serviços espirituais e geração de riquezas.
Observe que o problema abordado aqui, também não é o comércio em si, mas a prática comercial injusta, a qual existe para exploração do povo e de pequenas denominações independentes, os quais possuem pouca chance de oferecer resistência, e acabam se vendo muitas vezes, obrigados a ceder perante este sistema excludente.
O leitor pode discordar da opinião deste artigo, contudo este comércio é injusto, opressor, excludente e desumanizador, pois pessoas comuns desprovidas de capital, tal como grande parte dos brasileiros (eu me incluo neste grupo), elas dificilmente encontrarão espaço para exercerem o ministério que DEUS lhes deu.
Possivelmente você que está lendo este artigo agora, conhece bem esta situação, pois você sabe que foi chamada por DEUS, mas não sabe porquê não encontra espaço para exercê-lo na Igreja. Você pensa que as coisas são assim porque esta é a vontade de DEUS, e que numa hora certa, tal como num passe de mágica, tudo se resolverá, entretanto quero que saiba, que este sistema jamais foi da vontade de DEUS, e a prova disso é a indignação pessoal de JESUS frente a ele em seu tempo.
É necessário preparar o azorrague, a fim de acabar com esta rede mafiosa, que estabeleceram na igreja, que somente permite passagem de quem tem condições de pagar-lhes o pedágio. Portanto cabe neste sentido ao leitor, o qual se identifica com essa mensagem, que se dedique a um trabalho de conscientização de pastores e líderes da Igreja em geral, a fim de que eles evitem convidar ministérios que recorrem ao sistema de agenciamento e venda de serviços espirituais, e passem então a oferecer oportunidades legítimas e justas àqueles que possuam o verdadeiro chamado de DEUS, para que estas pessoas possam oferecer a DEUS o que Ele merece.  (por Mariel Marra).
 
3- Na oração Dominical JESUS ensinou o mesmo princípio ensinado por Agur: Devemos buscar primeiro o Reino de DEUS, mas é da vontade do Pai que oremos por nossas necessidades.
O FRUTO DO ESPÍRITO.
Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do ESPÍRITO”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o ESPÍRITO dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com DEUS (ver Rm 8.5-14; 8.14; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9).
O fruto do ESPÍRITO inclui:
(1) “Caridade” (amor) (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).
(2) “Gozo” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de DEUS, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em CRISTO (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14).
(3) “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).
(4) “Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).
(5) “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).
(6) “Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).
(7) “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).
(8) “Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de JESUS, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).
(9) “Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio próprio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5), também no controle da vida financeira.
O ensino final de Paulo sobre o fruto do ESPÍRITO é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.
 
 
4- Para fugir do consumismo é necessário: evitar o desperdício e o supérfluo, economizar, poupar e fugir das dívidas e, acima de tudo, investir no Reino de DEUS.
A Família e as Finanças
1 Timóteo 6: 6-10
Estamos vivendo uma época em que as pessoas são convidadas a consumir, a comprar. Propagandas bem elaboradas, programas de crédito facilitado, novidades nas vitrines, etc, são um verdadeiro apelo a gastar. O cartão de crédito virou o terror da família. A fonte de muitos problemas enfrentados pelas famílias está no mau uso do dinheiro e no abuso do crediário.
Este estudo tem o objetivo de mostrar os males do amor ao dinheiro, e os benefícios que ele pode proporcionar, se usado com sabedoria e moderação.
a- O AMOR AO DINHEIRO E SEUS MALES
Todos estamos cientes da importância do dinheiro para a sobrevivência da família. No entanto, o amor a ele é a raiz de todos os males, I Tm. 6: 10a. JESUS  já falara do perigo do dinheiro tornar-se um deus na vida do homem, Mt. 6: 24. Ele quis dizer que a busca das riquezas poderia exigir uma dedicação tão grande, quanto DEUS exigia de seus servos. Seria, portanto, impossível servir aos dois, ao mesmo tempo.
Esse fato foi exemplificado por JESUS  quando Ele encontrou-se com o jovem rico, Mt. 19:16-22. Não que a riqueza em si fosse de todo má, mas o coração pode estar tão preso por ela que isso se constitui num obstáculo para seguir a JESUS . Quando o dinheiro se torna um deus na vida do homem, tal pessoa é capaz de usar até meios ilícitos para obtê-lo ou usá-lo. Veja como agem alguns:
*** há pessoas que mentem e enganam com a finalidade de obter lucros e vantagens pessoais, Pv. 21: 06;
***outros exploram os semelhantes em benefício próprio, Jr. 22: 13; Tg. 5: 4;
***muitos praticam o suborno, Is. 1: 23; Am. 5: 12;
***isso além dos roubos, assassinatos, assaltos e tantos outros crimes que visam a subtrair bens ou dinheiro de pessoas ou instituições.
Essas práticas não resolvem o problema de ninguém porque o resultado desse lucro desonesto são as dificuldades no lar, Pv. 15: 27; o desapontamento, Ec. 5: 10; insensatez, Jr. 17: 11; miséria, Tg. 5: 3 e apostasia, I Tm. 6: 10.
 
b- O DINHEIRO PODE SER BÊNÇÃO
Talvez a palavra dinheiro e o verbo comprar sejam os mais usados nos lares. Entretanto, a má atitude de algum membro da família com relação ao dinheiro pode prejudicar a todos. Mas, se houver bom ensinamento e boa administração financeira, certamente o dinheiro será bênção.
***É necessário união e compreensão entre os membros da família. Se todos tiverem afeição e confiança entre si, se houver altruísmo, tolerância e respeito como base para seu relacionamento, a família conseguirá superar seus problemas financeiros. É preciso que todos saibam fazer a diferença entre aquilo que é necessário e o que é supérfluo, I Tm. 6: 8, cooperando-se mutuamente.
***Deve-se ter uma atitude equilibrada com relação ao dinheiro. Ele não deve ser encarado como um fim em si mesmo. É apenas um meio pelo qual se alcançam alguns valores da vida. Por outro lado, não podemos minimizar sua importância. É justo que se trabalhe, se esforce e que se poupe certa quantidade para momentos imprevisíveis e para outras necessidades da vida. Economizar visando a um futuro melhor para os filhos é um dever dos pais, e os filhos aprenderão a gastar construtivamente e a dar a devida importância ao dinheiro.
***Determinação de viver dentro dos rendimentos. Precauções devem ser tomadas para que as despesas do lar não ultrapassem ao que se ganha. Se há descontrole nas finanças, se os pais excedem nos gastos, é claro que no final do mês haverá dificuldades financeiras.
 
1 CRÔNICAS 29.12,14= E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo. Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos.

PARA OFERECER HOJE VOLUNTARIAMENTE AO SENHOR. O capítulo 29 exemplifica a atitude certa ao contribuirmos para a obra do reino de DEUS. Devemos ter:
(1) prazer no reino de DEUS e dedicação a ele (vv. 3,17);
(2) boa vontade para consagrar a DEUS a nossa pessoa e os nossos bens (vv. 5,6);
(3) alegria que brota do fato de termos contribuído de todo o coração (v. 9);
(4) reconhecimento de que aquilo que ganhamos honestamente, nos veio da parte de DEUS (v. 12);
(5) humildade e gratidão pelo privilégio de participarmos dos propósitos eternos de DEUS (vv. 13-15);
(6) motivos para a contribuição que procedam de um coração sincero e de uma vida reta (v. 17);
(7) oração para que DEUS continue a dirigir nosso coração à fidelidade inabalável a Ele e à sua causa na terra (v. 18; ver 2 Co 9). 
1 TIMÓTEO 6.9,10= Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
ESTEJAMOS... CONTENTES. Os crentes devem estar satisfeitos, tendo as coisas essenciais desta vida, como alimento, vestuário e teto. Caso surjam necessidades financeiras específicas, devemos confiar na providência de DEUS (Sl 50.15), enquanto continuamos a trabalhar (2 Ts 3.7,8), a ajudar os necessitados (2 Co 8.2,3), e servir a DEUS com contribuições generosas (2 Co 8.3; 9.6,7). Não devemos querer ficar ricos (vv. 9-11).
 
  
III – O EVANGELHO TRANSFORMA A CULTURA

1. JESUS nasceu num contexto cultural.
 
HÁBITOS E COSTUMES; HIGIENE PESSOAL; DIVERSÕES - A Vida Diária Nos Tempos de JESUS - Henri Daniel Rops - Vida Nova
A vida diária — Higiene pessoal — Relações sócias — Os demônios e as estreias — Lazer e diversões — A prostituição
A VIDA DIÁRIA
Muito pode ser dito ainda sobre a vida de uma comunidade humana mesmo depois de sua estrutura geográfica e histórica ter sido definida e suas instituições sociais básicas descritas, juntamente com seu tipo de habitação, vestuário« alimento; mesmo quando seus métodos de comunicação, sua linguagem e escrita, e suas atividades intelectuais e espirituais tiverem sido tratados. A fim de descrever a vida da sociedade de uma certa época em sua existência diária, seria necessário destacar todos aqueles pequenos e inúmeros detalhes e costumes, aquelas formas usuais de comportamento, atitude mental, gostos, necessidades, expressões comuns e superstições que se combinam para formar a atmosfera de um período, e que em sua maioria são tão pouco notados, tão praticamente automáticos, que ninguém se preocupa em registrá-los. Todavia, são justamente essas coisas que fazem o clima da época e que distinguem um período de outro, mesmo quando estes são bastante aproximados, pois esses pequenos hábitos e costumes mudam com extraordinária rapidez. Mesmo agora que possuímos uma quantidade enorme de equipamentos para prender o momento que passa — jornais, cinema, gravadores — é difícil transmitir exatamente o que torna a década de sessenta diferente daquela dos anos cinqüenta. Este é o pó impalpável da história, o pó iridescente que as asas de um borboleta deixam em nossos dedos.
Para a Israel da época de CRISTO a tarefa é muito mais difícil. Nossa fonte principal deveria ser o Novo Testamento, pois o Velho se interrompe mais do que trezentos anos antes. Mas, não é preciso dizer que os evangelistas e apóstolos não tinham como alvo fornecer-nos informações sobre este assunto. Não obstante, uma alusão ocasional e breve destaca algum hábito característico da época: o beijo de Judas, por exemplo, e o modo como uma mulher desconhecida saudou JESUS,1 nos informam a respeito de certas maneiras de falar e cumprimentar; mas esses fragmentos de informação exata são raros.
É possível, porém, sempre recorrer aos inesgotáveis tratados do Talmude. Em seu desejo de aplicar os preceitos da religião em todos os casos possíveis, os rabinos fixaram especificamente inúmeros pequenos detalhes da vida diária. Embora muitos dos tratados tivessem sido compostos pouco antes ou pouco depois dos dias de CRISTO, eles tomaram sua forma final e foram reunidos em coleção cerca de 100 ou 150 anos depois dEle. E apesar de nesse período a História não estar sujeita àquela imensa aceleração de que fala Daniel Halévy2, no ano 150
A.D. muitos acontecimentos terríveis haviam colocado o Povo Escolhido em condições por completo diferentes daquelas em que tinham vivido durante os anos 25 e 30. Além disso, grande parte do Talmude foi compilada na Babilônia, isto é,num ambiente cultural nada semelhante ao da Palestia. Pode-se perfeitamente usar os tratados talmúdicos para resolver questões relativas a leis e instituições, e mesmo para certas atitudes de mente e práticas governadas pela religião até certo ponto, pois, em Israel, a grande força da tradição relativa a esses assuntos impedia qualquer mudança rápida. Mas, pode o mesmo ser dito quanto a modas e costumes transitórios? 0 tratado Shabbath, por exemplo, estabelece o que não pode ser feito no dia de descanso com as mais extraordinárias minúcias, e nos diz que não era proibido à mulher sair de casa usando peruca,3 mas esse tratado foi feito na Babilônia, provavelmente cerca do ano 35 A.D. Será que ele alude então a um costume das mulheres bem vestidas da Babilônia, ou isto era comum entre as de Jerusalém cem anos antes? Historicamente, não pode ser provado por intermédio dele que as palestinas usassem perucas ou coques falsos na época de CRISTO.
HIGIENE PESSOAL
Uma coisa é certa. Os israelitas eram muito limpos. A "limpeza," diz o erudito rabino A. Cohen, "não é apenas uma vizinha próxima da piedade, mas parte integrante dela, e uma parte muito importante mesmo"4 A limpeza estava entre as grandes exigências em Levítico: "Mantenham-se incontaminados".6 Comer sem lavar as mãos era literalmente um pecado. Lavar-se cuidadosamente, afirmavam os rabinos, era melhor do que qualquer remédio. Outros declaravam que os sujos podiam enlouquecer. E alguns chegaram ao ponto de dizer: "É proibido viver numa cidade onde não haja dependências para se tomar banho."3
Havia pois muitas dessas casas de banho: elas tinham aumentado de número durante o período helenista, e naturalmente os romanos que as apreciavam grandemente, construíram ainda outras: os arqueólogos encontraram traços de inúmeras dessas casas. Algumas não passavam de piscinas comuns franqueadas a todos, mas outras eram muito mais elaboradas, como as termas romanas, com piscinas de água quente e fria, saunas e aposentos de descanso, com todo o pessoal de serviço, massagistas e empregadas. Os rabinos recomendavam um banho de vapór seguido de um chuveiro frio, a fim de "temperar o corpo como se faz com o aço", e depois disso uma massagem completa com óleo. O rabino Khannina, com oitenta anos, podia ainda "ficar num pé só enquanto colocava o chinelo no outro",7 porque sua mãe o acostumara a esta prática desde menino.
As cinzas de plantas contendo soda, misturadas com um certo tipo de gordura eram usadas para lavar. Seria a esta mistura que Jó fez alusão?3 Suas palavras poderiam também referir-se à pedra-pomes, conhecida dos gregos e romanos. Quando a pessoa estava realmente muito suja usava o natron, aquele salitre que, segundo Jeremias, não seria suficiente para lavar os pecados da nação- infiel,9 tratava-se do carbonato de sódio, proveniente do Egito ou da Síria. É significativo o fato do seu nome derivar da mesma raiz da palavra traduzida como "espumar". Esta soda ou barrilha era usada por aqueles que faziam serviços sujos, os curtidores e preparadores do couro, que se limpavam nas tardes de sexta-feira, antes de iniciar-se o sábado. Também costumavam esfregar o corpo com ervas de aroma forte como o alecrim e a manjerona. Já conheciam a esponja, isso fica muito claro através do episódio relatado no evangelho, quando um espectador da crucificação estendeu a JESUS uma.esponja molhada com água e vinagre na ponta de uma vara, para que ele bebesse10 — o mesmo acontecia com as escovas. Não escovas de dente, porém, nem pastas dentais. Para purificar o hálito faziam uso da "pimenta de cheiro" — sem dúvida uma espécie de aniz.11
Os homens se barbeavam? A Bíblia menciona esse hábito com tanta freqüência que somos tentados a crer que se tratava de uma prática comum. Declara-se, por exemplo, que todo homem que fizesse o voto nazireu12 não deveria barbear-se;13 mas, por outro lado, no dia que os levitas se purificavam ritualmente deveriam raspar todo o corpo.14 No primeiro caso a referência é ao cabelo e no segundo aos pêlos do corpo. Os "barbeiros" tantas vezes mencionados na Septuaginta com certeza já existiam; mas não se sabe definidamente se não passavam de simples cabeleireiros. Muitas passagens bíblicas dão a impressão de que os judeus deixavam a barba crescer. 0 Salmo 123 declara explicitamente que Arão, irmão de Moisés, tinha barba; e o bálsamo corria através dela até a fímbria de suas vestes. Não cuidar da barba era sem dúvida um sinal de infelicidade;16 e no luto mais profundo a pessoa a cortava.16 Cortar a barba de um homem consistia num insulto grave.17 Como os romanos tinham o rosto barbeado, é bastante provável que os judeus dos dias de JESUS considerassem a barba como um parte essencial de sua resistência aos invasores. É portanto praticamente certo que JESUS, como judeu fiel, jamais tivesse incorrido na censura pronunciada por Jeremias contra os que se barbeavam.16 Pode ser que como os rabinos de hoje Ele usasse aquela parte da barba que é como uma continuação do cabelo nas têmporas, aquelas compridas mechas laterais que Levítico tornara obrigatórias.19
De modo bastante estranho, Levítico também proibia diretamente qualquer tipo de tatuagem ou marca.20 Isto talvez se devesse ao fato dos fenícios e outros pagãos tatuarem as mãos e a testa em honra de seus ídolos. Talvez só os profetas tivessem na testa ou nas mãos a "marca do Senhor" mencionada por Isaías.21 O livro de Apocalipse, ao referir-se à "marca da besta" e ao "selo do DEUS vivo",22 poderia estar indicando a tatuagem; a primeira aludindo naturalmente ao costume pagão e a segunda, como uma metáfora, a um sinal espiritual.
0 cabelo era objeto de muita atenção e cuidado. Os ricos, sem serem necessariamente um Absalão23 ou princesas de contos de fada com cabelos crespos e "pretos como o corvo" do Amado nos Cantares de Salomão,24 gostavam de usá-lo longo, prática que Paulo chamou de "desonrosa".26 Os jovens depravados, declara Josefo, o aspergiam com ouro para torná-lo mais brilhante. Os mais velhos, como Herodes, ainda segundo Josefo, tingiam o cabelo. Os homens do povo também usavam cabelo comprido, mas não tanto; e exceto nos feriados usavam tranças ou o enrolavam debaixo da cobertura da cabeça. Nos banquetes, como vimos26 e como o evangelho cita em muitos lugares,27 era muito comum perfumar os cabelos; o anfitrião, ou um de seus empregados, derramava óleo perfumado sobre a cabeça do principal convidado. O cabelo mal tratado, por sua vez, mostrava tristeza, mais ainda usar a cabeça raspada ou arrancar os cabelos. Os judeus possuíam pentes de ouro, marfim ou madeira, quase sempre decorados com um desenho de flores, como os encontrados no Egito. O espelho, feito de metal polido e com cabo, já era conhecido desde um período remoto; desde o cativeiro no Egito com certeza, pois são citados já no Livro de Êxodo.26
Como é natural, as mulheres cuidavam ainda mais do cabelo. 0 próprio Paulo não admitiu que uma cabeleira bem cuidada era uma glória para a mulher? É verdade também que em sua Epístola a Timóteo ele advertiu as mulheres cristãs a não exagerarem na questão de cuidarem do cabelo.29 As mulheres israelitas tinham muito talento para trançar, adornar e até encrespar o cabelo. Entre as mulheres bem vestidas, especialmente as mais infuenciadas pelo paganismo, a moda naturalmente entrava em cogitação. Quando em Roma ela favorecia o cabelo empilhado no alto da cabeça, não se pode duvidar que Herodias e Salomé copiassem Cláudia e Lívia. De todas as proibições no tratado Shabbath, a mais desagradável para as mulheres era com certeza aquela que impedia que trançassem, encrespassem ou pusessem fitas e ornamentos no cabelo no dia de descanso. Nos dias de Jezabel as mulheres costumavam reparar os estragos dos anos, tingindo os cabelos com tinta vermelha de Antioquia ou hena de Alexandria. Se a informação contida no Talmude for válida para a Palestina, elas também usavam cabeleiras ou perucas, feitas "com o seu próprio cabelo, com o de uma vizinha ou de algum animal doméstico".
Além disso, elas se pintavam e se perfumavam. Entre os objetos encontrados nas escavações arqueológicas existem muitos potinhos e apetrechos para pintar o rosto, feitos de osso, marfim ou metal, assim como espátulas para espalhar cosméticos. Esta era uma prática antiga: mesmo antes de Abraão ter chegado à Palestina, as mulheres de Creta e do Egito já estavam tâo familiarizadas com a maquilagem para os olhos, rosto e lábios quanto as parisienses de hoje. Este exemplo deveria ter sido seguido muito rapidamente; Jó nâo chamou sua terceira filha pelo nome pitoresco de Pote de Antimônio?30 0 antimônio ou pouch era usado para escurecer as pestanas e sobrancelhas: os romanos o chamavam de stibium, sendo conhecido pelas mulheres árabes de hoje como kohl. Para o rosto e os lábios elas usam a sikra, que já foi mencionada como a substância para colorir a tinta de vermelho. As folhas de uma espécie de alfeneiro, chamada a/ khanna (com frequência mencionado nos Cantares de Salomão, esse catecismo de amor31), quando reduzidas a cinza fornecem uma tinta vermelho-amarelada que as mulheres árabes usam para colorir as unhas e as palmas das mãos, e até o cabelo na ausência de outras tintas. As judias da época de CRISTO faziam o mesmo? Algumas, mas nem todas. Podemos porém imaginar Maria Madalena com as sobrancelhas escurecidas, cílios azuis, face pintada e palmas das mãos tingidas.
Quanto a perfumes, eles eram largamente utilizados. Como todos os povos do Oriente, os judeus o empregavam tanto por gostar deles como pelo fato de atenuarem os efeitos desagradáveis da transpiração, essa inconveniência dos climas quentes. Basta abrir o Velho Testamento. Poder-se-ia dizer do Livro o que Ben Siraque afirmou a respeito da Sabedoria:32 "Exalei fragrância como canela e bálsamo aromático, e qual perfume de mirra finíssima, como gálba-no e unha aromática e estoraque, e como exalação de incenso no tabernáculo”.33 Os camelos da rainha de Sabá levaram enormes quantidades de perfume ao rei Salomão; Ezequias tinha os celeiros cheios deles; antes de sua apresentação ao rei, Ester foi perfumada durante um ano inteiro; e o Amado dos Cantares de Salomão foi literalmente ensopado com óleo aromático. As mulheres de Israel encontraram nas Sagradas Escrituras autoridade e encorajamento para a sua paixão pelos perfumes. As de Jerusalém tinham o direito de gastar a décima parte de seu dote com eles; elas usavam até pequenos vaporizadores de couro em suas sandálias, e bastava-lhes mover os dedos dos pés para serem envolvidas pelo mais inebriante de todos os meios de sedução. Alguns perfumes eram particularmente apreciados. Em primeiro lugar se achava o nardo, aquele com que Maria Madalena ungiu os pés de JESUS, e cujo odor era tão forte que imediatamente encheu a casa. Era proveniente da índia e muito caro, sendo que uma imitação foi portanto inventada usando uma planta local. A Cássia, nome de uma outra filha de Jó, se assemelhava um tanto ao perfume da cânfora, bastante ativo; justamente o oposto da mirra, um produto dispendioso importado da Arábia, e do bálsamo que podia ser encontrado em Jericó; pois ambos eram aromas pesados. Flores deliciosamente perfumadas como o lírio e o jasmim, depois de maceradas em óleo, serviam também como perfume. Quanto ao ônix, ou onycha, que é ainda conhecido como "unha perfumada", não era um mineral, mas o opérculo córneo do molusco do mesmo nome. Todas essas coisas eram compradas de artífices especializados ou lojistas, homens e mulheres perfumistas; eles são comfreqüência mencionados na Bíblia, mas sempre com um certo grau de reprovação, desde que naturalmente seus melhores clientes eram mulheres de má vida; embora não fossem de modo algum os únicos fregueses. As mulheres perfeitamente respeitáveis tinham permissão para perfumar-se â vontade, mas as que não recorriam a esses atrativos recebiam a mesma admiração. Uma das canções cantadas ao levar a noiva ao lugar onde se realizaria o casamento dizia em seu louvor: "Nem ruge nem pó, nem unguento nem óleo perfumado, nada tem de artificial, é tão pura como uma corça".
Todos esses pontos de higiene pessoal e adorno dão uma impressão muito mais "civilizada" do que seria de esperar. Hoje em dia, até mesmo nas tendas dos nômades, encontramos no Oriente refinamentos que o camponês ocidental da Idade Média jamais teria imaginado. Existe porém um aspecto que nos deixa constrangidos: nem a Bíblia nem o Talmude contêm qualquer menção do lenço, esse modesto quadrado de linho que consideramos tão necessário. Isso não quer dizer que os judeus não estivessem familiarizados com os resfriados, mas sim que eles, como os romanos, resolviam suas manifestações exteriores mais simplesmente, mais naturalmente do que os chineses que, por sua vez, já conheciam o lenço de papel há séculos.
RELAÇÕES SOCIAIS
O cuidado com que as pessoas se lavavam, escovavam e perfumavam mostra a grande importância dada por elas às relações sociais, pois dificilmente nos perfumamos para nosso próprio deleite. Os israelitas eram, de fato, uma nação muito sociável. Havia muitas razões para isto. A primeira achava-se ligada ao clima: como acontece em todos os pafses ensolarados, o povo da Palestina vivia grande parte do tempo fora de casa; embora esta fosse muito apreciada, nada tinha das habitações zelosamente protegidas das regiões mais frias. As razões religiosas e sociais também tinham a sua parte, pois a reunião do povo, a comunidade, a "sinagoga", ocupava uma posição fundamental no relacionamento dos judeus com DEUS.
Uma das características marcantes dos judeus na Bfblia é a sua hospitalidade: isto Israel tinha em comum com todas as nações da antiguidade. Tratar bem um hóspede era um dever de honra, permitir que fosse insultado em nossa casa considerava-se falta grave, matá-lo era o mais hediondo dos crimes. Eles estavam sempre prontos a estender convites para uma refeição: Abraão, por exemplo, deteve seus visitantes desconhecidos em Mamre a fim de que comessem um novilho assado — aqueles personagens desconhecidos que eram de fato os anjos do Senhor.34 No evangelho vemos o próprio CRISTO convidando-se para a casa deste ou daquele, sem qualquer cerimônia; tanto â casa de seus amigos em Betânia, como â do fariseu ou a do bom publicano Zaqueu. Foi perfeitamente natural para os seus discípulos de Emaús dizerem ao companheiro de viagem desconhecido: "Fica conosco, porque é tarde e o dia já declina”. Além disso, em muitos pontos Ele recomenda a hospitalidade generosa, essa forma de caridade muito urbana;36 Ele também declara exatamente como os discípulos devem comportar-se ao recebê-la.36 Paulo faz as mesmas recomendações em sua Epístola aos Romanos;37 e o realista apóstolo Pedro acrescenta que ao receber hóspedes não devem haver murmurações;38 a Epístola aos Hebreus lembra que "alguns . .. sem o saber acolheram anjos"39
Os hóspedes principais eram naturalmente os amigos do dono da casa. A amizade desempenhava sem dúvida uma parte importante na vida de Israel, mais importante que a solidariedade do sindicato na vida dos trabalhadores de hoje. Ela tinha até os seus aspectos religiosos, selada com um juramento como o que uniu Davi e Jônatas na Bíblia.40 Os verdadeiros amigos sempre foram na verdade raros, amigos como aquele a quem Provérbios se refere quando diz: "Em todo tempo ama o amigo",-41 mas como a amizade pode ser belal Ben Sira-que tem uma passagem admirável sobre o assunto que termina assim: "... O que teme a DEUS é constante na sua amizade, porque qual é ele, tal é também o seu amigo".42 CRISTO usa tantas vezes a palavra amizade que é impossível dar todas as referências, e quanta bondade Ele mostra com aqueles a quem aplica a expressão I Parece que três dentre eles, Pedro, Tiago e João, os que levou em sua companhia a fim de cootemplarem a sua transfiguração, eram amigos especialmente íntimos, mais diretamente associados â sua missão do que os outros apóstolos.
Em Israel havia ocasiões em que a amizade assumia um caráter oficial: nas cerimônias de casamento eles tinham, como vimos,43 o "amigo do noivo", que desempenhava o papel de faz-tudo indispensável. Os amigos se beijavam, como faziam os pais com os filhos, irmãos e irmãs, primos e, naturalmente, maridos e mulheres que estavam em bons termos. A Bíblia fala de beijos com bastante frequência: de amor, de afeição e os que eram dados por civilidade. Exigia-se, por exemplo, que a pessoa beijasse todo convidado que entrasse em sua casa; o superior mostrava sua benevolência beijando o inferior e este, por sua vez, beijava de joelhos a mão do superior; ou mesmo, caso quisesse mostrar respeito ilimitado, os pés dele. Os discípulos de um rabino o saudavam beijando-lhe a mâo. 0 conhecido beijo de Judas deve ter sido deste tipo em lugar do beijo no rosto que tantos pintores representaram. Os que pertenciam ao mesmo grupo religioso trocavam o "beijo da paz"; sendo esta a prática dos essênios e entre os primeiros cristãos era sinal de amor fraterno.44
Quando beijar podia trazer constrangimento como no caso de um encontro na rua, usavam-se saudações estabelecidas, do tipo "Como vai?" ou "Bom dia". Vemos no Novo Testamento que dois desses cumprimentos eram geralmente empregados: "A paz esteja convosco" e "Saudações".46 Com base no Talmude parece que a primeira era a fórmula usada pelos crentes tradicionais: Shalom alekh hem continua sendo a saudação entre os judeus. O judeu praticante, porém, teria tomado a máxima precaução para nâo dirigir tal saudação a um sama-ritano ou pagão, se possfvel ele preferiria pronunciar uma imprecação. Para um amigo, um conterrâneo, por outro lado, ele acrescentaria facilmente uma bênção à sua saudação, como a que a mulher dirigiu certa vez a JESUS: "Bem-aventurada aquela que te concebeu e os seios que te amamentaram"46, sendo este o exato oposto de um insulto muito usado: "Amaldiçoada seja a tua mãe". E havia outros destinados a pôr em dúvida a legitimidade do nascimento do recipiente. Mas nenhuma das saudações usadas se assemelha à nossa de tirar o chapéu. O homem jamais o tirava da cabeça mesmo diante de um superior, ou diante de um potentado para quem usaria a expressão "teu servo" ao referir-se à sua própria pessoa; ele não o tirava nem mesmo diante de DEUS, no Templo ou na sinagoga.
Como dissemos, a vida era vivida quase todo tempo ao ar livre, nas ruas e lugares públicos; a vida dos homens, seja dito, pois não era costume das mulheres ficarem ociosas, exceto nas fontes,onde formavam bandos grandes e ruidosos.Como vimos no caso de Jerusalém,47 as ruas eram varridas regularmente, pelo menos nas cidades. Os amigos passeavam juntos, não de braço dado como na Itália de hoje, mas de mãos dadas. Seria entretanto muito impróprio passear assim com uma mulher. Não existiam cafés onde os homens pudessem conversar: eles ficavam sentados de pernas cruzadas numa soleira de porta, nos degraus de uma escada ou num canto sombrio. Mas tinham de tomar cuidado com a natureza da sombra, pois como diz o Talmude, os maus espíritos apreciavam especialmente a sombra da alcaparreira, e da figueira, o que deve ter sido muito inconveniente, pois toda casa tinha no seu jardim uma figueira. Deitar à sombra de um barco no porto era ainda mais insensato, pois corria-se o risco de ver o diabo em pessoa.48
Encontrava-se com frequência nas ruas seres que embora menos alarmantes mesmo assim constituiam um aborrecimento: os mendigos. A presença deles era típica da vida judaica da época, e seu número era grande. 0 Novo Testamento cita muitos, desde Lázaro que ficava deitado coberto de chagas, desejando alimentar-se das migalhas que calam da mesa do homem rico, e do cego Bartimeu que Marcos mostra sentado no caminho pouco antes da cidade de Jericó, até o paralítico encontrado por Pedro e João junto à Porta Formosa do Templo.49 Alguns eram imprestáveis e estúpidos, evidentemente ociosos e ineptos; mas havia também os aleijados e doentes, pois nâo existiam nem hospitais nem asilos para abrigá-los; devemos lembrar dos leprosos que se contavam às centenas: todos juntos formavam um pequeno mundo de pessoas famintas, maltrapilhas, mostrando o lado feio da vida dos judeus. Foi sob a aparência de um desses miseráveis que JESUS referiu-se a si mesmo quando falou do juízo final. "Porque tivé fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era forasteiro e me hospedastes; estava nu e me vestistes; enfermo e me visitastes."60
Embora a pobreza fosse grande, esmolas eram dadas regularmente e com generosidade: a religião insistia nisto. Ouçam as palavras fortes de Jó:"Se a alguém vi perecer por falta de roupa, e ao necessitado por não ter coberta. Se os seus lombros não me abençoaram, se ele nâo se aquentava com a lâ dos meus cordeiros .. . Então caia a omoplata do meu ombro, e seja arrancado o meu braço da articulação".61 Um dos gestos mais comuns na vida do judeu era dar dinheiro ou um pedaço de pão aos infelizes que esmolavam nas ruas. Jerusalém, principalmente nos dias das grandes peregrinações, ficava repleta de mendigos vindos de toda parte da Terra Santa: eles sabiam muito bem que todos os que iam para ali pedir o perdão de DEUS estariam inclinados à caridade. Em outras ocasiões os pobres vagavam pelas estradas, indo para os mercados e os vaus do rio, e aproveitando-se também da permissão que a Lei lhes dava de comer as espigas de milho nos campos e as uvas nas vinhas, desde que nâo levassem nem cesto nem foice,52 e de apanhar as frutas caídas e os feixes esquecidos. A vida diária de Israel era pontuada pelo som de suas súplicas.
OS DEMÔNIOS E AS ESTRELAS
De todos os que vagavam pelos lugares públicos e as estradas, os mais importunos nâo eram os leprosos (pois estes, em qualquer caso, podiam ser reconhecidos de longe pelo seu grito "Impuro, impuro!” que eram obrigados a proferir se alguém se aproximasse deles) mas os possessos, os que eram presa dos demônios. Apenas um exorcismo cuidadosamente conduzido, apropriado para o espírito mau que tivesse se apossado deles poderia curá-los. Havia, potanto, exorcistas profissionais entre os rabinos. Nosso Senhor evidentemente se refere aos mesmos em sua resposta aos que o acusaram de expelir demônios "pelo poder de Belzebu".54 Iam de cidade em cidade cruzando as estradas da Terra Santa na prática de sua profissão.
Que os casos de possessão eram reais é praticamente certo: teologicamente correto. A Bíblia nos dá muitas provas disto e o evangelho confirma, falando de sete exemplos de possessão curados por nosso Senhor55 e mostrando quando ele transfere aos discípulos o poder de expulsar demônios.55 Isto nâo significa porém que em adição aos genuinamente possuídos não houvesse uma série de pessoas loucas, desequilibradas, neuróticas e histéricas, cujo comportamento nada tinha a ver com Satanás e suas obras. 0 próprio conceito da doença mental era estranho à maneira de pensar dos judeus, como o era a todos os povos da antigüidade: os maus espíritos pareciam a melhor explicação.
A crença em maus espíritos estava além disso tão profundamente arraigada entre o povo culto e o comum que se tornou objeto de inúmeros preconceitos no Talmude.57 Foi dada então permissão para acender uma luz no sábado a fim de afugentar um demônio ou, ao fugir de algum deles, andar mais do que a distância permitida. Havia também pecados considerados como sendo tão evidentemente obra do Maligno que o pecador não era julgado responsável por eles.
Qual a origem desses demônios? Alguns com toda certeza eram anjos decaídos, mas também pensavam que outros podiam ser filhos de Adão antes de ter gerado um filho "à sua própria imagem", como aprendemos no quinto capítulo de Gênesis. Eles quase sempre eram invisíveis, mas se alguém espalhasse areia na soleira da porta, as marcas de seus pés podiam ser vistas na manhã seguinte, pegadas como as que um galo deixaria. Podiam ser encontrados em toda parte, principalmente nas casas abandonadas, brejos, à sombra de certas árvores, como vimos e nos lavatórios: certo rabino, a fim de proteger-se contra eles, sempre levava um cordeiro em sua companhia cada vez que ia ao lavatório. Eles atacavam tanto animais como seres humanos; mas entre os humanos o que atacavam com mais freqüência eram os inválidos crônicos, as noivas e o padrinho do noivo: o que, de um ponto de vista psicológico é eminentemente saudável. 0 homem sensato não dormia nunca sozinho numa casa, pois seria vítima de Lilith, a mulher-diabo, e qualquer coisa poderia acontecer-lhe.
DEUS porém, felizmente, nomeara anjos da guarda para aqueles que observassem todas as exigências da religião, e quando lutavam contra os demônios "mil deles caíam de um lado e mil do outro". Todavia, esses defensores sobrenaturais precisavam de ajuda, principalmente da oração. "A pessoa que recita o Shema Israel ao deitar-se possui como que uma espada de dois gumes contra os demônios da noite". Era também prudente usar o tefiHin (aquelas pequenas caixas colocadas no braço e na testa durante a oração) no momento em que fosse percebida a presença de um espírito maligno: na caixa de couro do filactério encontrava-se um versículo bíblico poderosíssimo contra o demônio: o quinto versículo do Salmo 91: "Não te assustarás do terror noturno, nem da seta que voa de dia".
Muitos israelitas, entretanto, até mesmo os mais piedosos, não ficavam satisfeitos com essas armas legítimas contra os ataques do diabo. De maneira mais ou menos disfarçada também usavam amuletos. Este deve ter sido um costume bem estabelecido, pois o tratado Shab-bath julgou necessário estipular que era lícito sair no sábado com um ovo de gafanhoto, dente de raposa ou prego de forca. Foram encontrados nas escavações grande número de objetos que, com certeza, eram talismãs deste tipo, todos de pequeno tamanho: conchas furadas, dentes de animais, crescentes lunares, discos contendo uma estrela. É bem possível que infringindo a lei contra a representação de figuras de animais, alguns usassem aquelas pequenas serpentes metálicas, moscas de ouro, hipopótamos de lápis-lazuli, que eram comuns entre os pagãos da Fenícia e Egito. Alguns desses objetos profanos não foram encontrados sobre os corpos de soldados judeus durante as guerras do período macabeu?88 É muito provável que os descendentes desses heróis tivessem mantido o mesmo costume: e não é também possível que os adornos e brincos das mulheres fossem também um remanescente dessa mesma prática?    
Ao ler o Talmude tem-se a impressão de que a superstição desempenhava parte importante na vida diária do povo judeu. Não há nada de surpreendente nisso, pois a nação estava de tal forma mergulhada na religião, tão confinada a um sistema de observâncias rígidas, onde qualquer infração acarretava sérios castigos, que entre o povo simples a crença necessariamente se voltava para o estabelecimento de tabus e para algo que se assemelhava à adoração de fetiches. Por razões tão obscuras quanto aquelas que tornam o número treze desagradável hoje, eles consideravam os números pares como agourentos, quer se tratase de marcar a data de uma viagem ou do número de copos de vinho a serem bebidos. Se duas pessoas que estivessem comendo juntas atirassem bolinhas de pão uma na outra é certo que ficariam doentes. Pôr a mão no prato ao mesmo tempo que outro convidado também traria má sorte. Era essencial equipar o cavalo ou jumento com um trapo vermelho ou uma cauda de raposa, pendurados entre os olhos, de outra forma o cavaleiro estava sujeito a sofrer uma queda — os gregos hoje em dia colocam nas montarias contas azuis. O pior é que havia pessoas que lançavam mau olhado e cuja simples presença trazia infelicidade: um rabino chegou a firmar que dentre cem mortes, noventa e nove eram devidas a esta maldição. Existiam porém fórmulas para enfrentar este perigo.
Este clima de superstição, tão diferente da atmosfera pura e cristalina do evangelho, gerou naturalmente as artes mágicas. A Bíblia entretanto proibia com a maior veemência a prática da magia. 0 capítulo dezoito de Deuteronômio preparou cuidadosamente a lista das proibições: "Não se achará entre ti . . . nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos", certo rabino acrescentou à lista os encantadores de serpentes e os ventríloquos. Seriam tais proibições estritamente observadas? A pergunta tem razão de ser quando vemos a insistência com que o Talmude promete que "os que jamais tomarem parte em adivinhações terão um lugar no céu em que nem mesmo os anjos oficiantes poderão entrar". Esta era uma prática particularmente ahominável e o Livro dos Jubileus, escrito cerca do ano 150 A.C., dizia que fora ensinada pelos anjos perversos. No Livro Sibilino ela era chamada "aquela ciência maligna que gerou toda sorte de infortúnios". Mas nesse caso, por que o texto sagrado mostra ter sido praticada na antiguidade remota?89 E por que alguns rabinos contam histórias provando que a astrologia falava a verdade? Por exemplo a narrativa do Rei Ninrode, a quem as estrelas revelaram que uma criança estava prestes a nascer, cujos descendentes suplantariam os caldeus, de modo que os pais de Abraão foram obrigados a ocultá-lo. Ou também a história que explicava a conhecida atitude da mulher de Potifar para com o jovem José: ao que parece as estrelas lhe haviam dito que ele iria dar-lhe um descendente, mas sem especificar se a criança seria sua (o que, segundo os rabinos, foi o que aconteceu) ou de sua filha Azenate.60 Os judeus talvez não tivessem dado tanta importância à adivinhação e à astrologia quanto os romanos da mesma é-poca,8' mas não há qualquer dúvida de que ambas faziam parte de sua vida diária e da escolha dos nomes de seus filhos. 0 conflito entre os rabinos a este respeito é revelador: um deles declarou, "A sabedoria e a riqueza são determinadas pelo planeta sob cuja influência a pessoa nasce”; outro asseverou, "As estrelas não têm qualquer influência sobre o destino dos israelitas”. Mais tarde, porém, quando Jerusalém se achava em ruínas, o compilador do tratado Sota, escreveu com tristeza a seguinte frase: "A superstição e a imoralidade destruíram tudo.”
LAZER E DIVERSÕES
Quase pode ser dito que a Bíblia não menciona diversões ou jogos: as únicas alusões nela contidas estão ligadas a brincadeiras infantis. CRISTO, por exemplo, repete o refrão daquela dança de roda de que já falamos.62 Vimos também63 que as meninas judias, isentas da lei que proibia a representação de qualquer criatura viva, possuíam sem dúvida as bonecas e animais feitos de cerâmica que já discutimos antes64 e dos quais foram encontrados exemplares nas escavações. Os contemporâneos de CRISTO não tinham lazer? Uma coisa é certa, as diversões não ocupavam na vida deles o mesmo lugar que lhes era concedido pelos romanos; pois em Roma, como todo mundo sabe, elas constituíam um meio de governar, uma orientação política. 0 notório panem et circenses, que se tornaria cada vez mais a senha política do império, não tinha equivalente entre o Povo Escolhido.
Não é preciso dizer que muitas de nossas diversões seriam perfeitamente inconcebíveis em Israel. Nenhum judeu pensaria em empreender uma viagem só por prazer. Os infatigáveis pescadores que enchem os rios da França todos os domingos, atormentando os peixes, teriam parecido simplesmente ridículos então: a pesca para eles era um trabalho árduo e não uma distração. Será que caçavam? Há pouca menção deste nobre esporte na Bíblia, e as insinuações feitas no Novo Testamento a respeito de armadilhas e laços86 referem-se a um tipo de caçada cuja natureza é mais um trabalho que um prazer. Tratava-se de caçadas a fim de matar feras selvagens e comer caça e não para divertir-se. Eles caçavam com o arco, a funda e a espada; isto é, as mesmas armas usadas na guerra. Os judeus aparentemente não usavam cães nas caçadas, diferindo nisso dos mesopotâmios. A Lei sempre vigilante tomou conhecimento da caçada como o fazia em relação a qualquer outra atividade humana: ela exigia o sangramento imediato dos animais mortos, com se fossem gado ou ovelhas, e que o sangue fosse coberto com terra, "porquanto a vida de toda a carne é o seu sangue".66 Mas a Lei era ao mesmo tempo bondosa, proibindo que se matasse o pássaro em seu ninho se houvessem ovos ou filhotes; a ave adulta deveria ser espantada para que voasse e então, sem sentir qualquer culpa, poder-se-iam tomar os filhotes.67
Os "jogos de salão" eram conhecidos e se pareciam bastante com os atuais, por mais curioso que possamos julgar tal coisa. Os arqueólogos encontraram fichas, piões usados nos jogos de azar e dados, os últimos exatamente iguais aos que usamos hoje. Um dos que foram encontrados era tão irregular que poderia ser chamado de contrafeito ou viciado. As regras dos jogos se perderam, embora possamos contar como jogavam os heteus. Havia alguns, como o nosso "jogo do ganso" {tudo) que parece ser muito antigo em Israel: eles atiravam o dado a fim de mover peças em forma de cone de um quadrado para outro. Pequenas peças de marfim com orifícios foram também encontradas, semelhantes às de nosso jogo de paciência. Todos eles eram parentes próximos dos que os romanos chamavam latruncula e os gregos p/inthríon. Na Palestina e no Jordão eles jogam ainda hoje o mancala, com um suporte ou prateleira com duas fileiras de sete furos na mesma, para os quais se fazia deslizar as fichas; o
jogo parece datar de uma época muito anterior à invasão maometana.88
Certos jogos tinham lugar em espaço aberto. Plutarco diz que quando os soldados não estavam em serviço eles jogavam dados ou um outro jogo semelhante ao de damas. Os que tiraram sortes para ver quem ficava com a túnica sem costura na crucificação devem ter levado dados no cinto. Nas pedras que formavam o piso do Hthostrotos, no pátio de lajes da fortaleza Antônia onde Pilatos estabeleceu o seu pretório, pode-se ver claramente as linhas de um jogo como o de amarelinha, e o "jogo do círculo” mencionado por Plautus. Este era jogado com quatro ossinhos dos nós dos dedos, marcados com letras que eram também números. Alguns movimentos tinham nomes, como no jogo de xadrez: "movimento Alexandre", "efebo”, "Dario", e o melhor de todos o "movimento do rei", basileus, em grego. Nas lajes percebe-se perfeitamente a linha esboçada do círculo, e ela corre através de várias figuras: em vários lugares vemos o B de basileus e no fim existe uma coroa real. Isto não poderia ter dado origem às zombarias que os soldados atiraram a JESUS, e à coroa de espinhos? 0 movimento do rei para o Rei dos Judeus. É uma visão que fere profundamente.89
Alguns outros jogos ao ar livre se aproximavam mais do que hoje chamamos esporte. A julgar pela Bíblia, os hebreus aparentemente sempre gostaram de lutar e daqueles torneios para os quais os filisteus desafiavam os seguidores de Saul. Eles também praticavam o tiro ao alvo70 com arcos e a funda,71 alguns "acertando num fio de cabelo sem errar". Isaías também se refere a um certo Sebna, dizendo que deveria aguardar até que o Senhor "enrolar-te-á num invólucro e te fará rolar como uma bola para terra espaçosa”,72 parecendo mencionar um jogo que foi o ancestral do nosso futebol.
Temos toda razão para supor que os judeus dos dias de CRISTO jogavam esses jogos tradicionais de seus antepassados. Será que CRISTO fazia o mesmo; teria a influência dos gregos e romanos acrescentado outros, os jogos do circo, do estádio, do hipódromo e do anfiteatro? Joshua, conhecido como Jasom ("o perverso Jasom", diz o segundo livro de Macabeus) "corrompendo seus conterrâneos” introduziu os jogos pagãos na Terra Santa, embora fosse sumo sacerdote.73 Herodes o Grande, que foi assistir os jogos olímpicos, encorajou o desenvolvimento das lutas gregas e acima de tudo, das corridas de carros: próximo à sua residência ele construiu um hipódromo que foi considerado um dos mais esplêndidos da época e talvez também um anfiteatro em Jericó. Havia outros hipódromos e anfiteatros em outras cidades Palestinas, tais como Cesaréia, Tariquéia e Samaria-Sebaste. Mas as diversões ali praticadas eram tidas como profanas e os rabinos se opunham às mesmas: os verdadeiros crentes não as frequentavam. E significativo o fato dos evangelhos não fazerem qualquer alusão a nenhum desses jogos. Quando Paulo falou sobre as corridas no estádio, estava se dirigindo aos cristãos de Corinto, gregos convertidos ou judeus vivendo numa cidade pagã.74 Israel certamente repelia desgostoso os espetáculos vis e revoltantes que deliciavam as multidões romanas: gladiadores lutando até que um deles morresse; condenados mortos em público por feras selvagens. A honra e a dignidade da nação se faziam sentir nesse aspecto.
A PROSTITUIÇÃO
Então os israelitas não conheciam outras distrações menos confessáveis do que a amarelinha, o jogo de ossos e as lutas? Devemos admitir que conheciam: os textos não deixam lugar a dúvidas. Desde os tempos mais remotos, uma das maiores tentações do Povo Escolhido foi a de interessar-se excessivamente pelos templos pagãos de Canaã ou da Fenícia, onde as prostitutas sagradas de ambos podiam ser encontradas. Apesar da proibição direta em Deute-ronômio,78 parece que até mesmo os verdadeiros israelitas, rapazes e mulheres jovens se tornaram o que o texto chama duramente de "cães". Havia certos lugares altos, tais como o Monte Erix na Sicília, um dos centros de prostituição religiosa durante séculos, que atraíam bandos desses cães, assim como seus seguidores: eram também notórios pela sua idolatria.
Durante muito tempo o comércio ficou nas mãos dos fenícios e cartagineses até que fosse açambarcado pelos romanos. A prostituição religiosa desapareceu de Israel depois das campanhas de Amós e Oséias e das medidas religiosas do rei Josias. Os que queriam envolver-se nela precisavam então descer para a costa, em direção aos portos da Síria e da Fenícia.
Não se pode dizer que não existisse prostituição em Israel nos dias de CRISTO. 0 Novo Testamento prova que existia. Não é provavelmente correto atribuir um significado muito severo à expressão "mulher pecadora" usada tão amplamente pelo Talmude que chega a incluir nela a esposa que dá ao marido um prato pelo qual não tenha pago o dízimo; não fica porém qualquer sombra de dúvida de que esta era a profissão de Maria Madalena, a mais comovente infratora de toda história antes do Senhor afastá-la da mesma. A mulher que ungiu os pés de CRISTO durante a refeição na casa de Simão, o fariseu, quer fosse ou não a Madalena (um ponto ainda em discussão), é formalmente descrita como "pecadora". Na parábola do Filho Pródigo, JESUS declara diretamente que o jovem insensato desperdiçara seu dinheiro com prostitutas. E os "vários maridos" da mulher samaritana que encontrou no poço de Jacó, poderiam ser perfeitamente chamados em linguagem mais simples de "seus fregueses".76 CRISTO fala de meretrizes em vários lugares;77 como sabemos, Ele se refere às mesmas com mais piedade do que dureza, vendo naturalmente nelas vítimas e não criminosas. Na verdade chegou a dizer aos fariseus que algumas prostitutas seriam mais facilmente admitidas no céu do que eles. Não sabemos se ainda existiam os bordéis freqüentemente mencionados no Velho Testamento,78 mas isso é mais que provável desde que o lupanar era uma das grandes e florescentes instituições do império romano e que muitas estalagens possuíam um corpo de "mulas"' — estalagens como a da via de//'Abbondanza em Pompéia, por exemplo, cujo anúncio atraente oferece os serviços de suas ocupantes aos transeuntes. Não parece que a conversão ao cristianismo bastasse para anular o triste espetáculo dessa chaga social e desses caminhos perversos. Paulo fala com severidade sobre o assunto.
Embora o evangelho não se refira à prostituição masculina, ela era com certeza conhecida na época, como vemos pela Epístola aos Romanos escrita por Paulo (1.27) e pelos Livros Sibilinos apócrifos, na versão judaica, que acusavam violentamente "os que mantêm relações impuras com jovens varões".
Não é preciso dizer que todo o ensino religioso de Israel se opunha a essas práticas libidinosas. A repugnância pela prostituição por parte dos escritores bíblicos se evidencia pela maneira como usam esta palavra, dando-lhe o sentido de abominação das abominações, a própria idolatria. "Prostituir-se" na linguagem dos profetas, não significava necessariamente vender o próprio corpo, tendo acima de tudo o sentido de render a alma a deuses falsos. A Babilônia, "a grande meretriz" do Apocalipse (isto é, Roma), era tanto um centro de devassidão como a capital simbólica do paganismo. A Lei condenava toda prostituição, proibindo os pais de prostituírem suas filhas;81 ela todavia não estabelecia nenhum castigo, exceto no caso da filha de um sacerdote, que deveria ser queimada. Além disso, o sacerdote estava proibido de casar-se com uma prostituta. Mais importantes ainda que esses decretos eram as advertências dos profetas e grandes homens de DEUS a fim de impedir que os judeus seguissem pelo caminho do mal. A melhor de todas elas é o capítulo nove de Eclesiástico, em que Ben Siraque descreve as artimanhas da meretriz com tanta habilidade e realismo, assim como a degradação e infelicidade do homem que se entrega a ela. Todavia, não se pode estar absolutamente certo de que todos os judeus estivessem inteiramente convencidos de que "mortos eram os companheiros da prostituta, não como convidados dela mas do mundo das trevas lá de baixo".
 
 
 
2. O Evangelho transforma a cultura.
CARTA AOS TESSALONICENSES
Lembrando das qualidades cristãs (1.3).
1Ts 1.3 lembrando-nos sem cessar da vossa obra de fé, do vosso trabalho de amor e da vossa firmeza de esperança em nosso Senhor JESUS CRISTO, diante de nosso DEUS e Pai,
Aqueles novos discípulos de CRISTO, desde cedo, adquiriram qualidades muito importantes para a vida espiritual, a saber;
1) Tiveram a sua fé fortalecida na tribulação (1.6; 2.14; 3.2-4);
Devido à grande perseguição que sofriam tanto dos descrentes como dos judaizantes (Judeus que se diziam cristãos, porém não aceitavam as práticas e normas do Judaísmo, contidas em seu livro de regras - O Talmude), estes crentes novos convertidos tinham que orar muito pedindo a graça de DEUS para suportarem seus inimigos e ainda tinham que ler muito os escritos bíblicos para terem como combater as falsas doutrinas introduzidas pelos falsos crentes que se introduziram em seu meio, assim se fortaleceram na fé.
 
2) Viveram a prática do amor cristão, a caridade (3.6,12; 5.8,13);
Tiveram que aprender a se ajudarem pois muitos eram perseguidos a ponto de perderem seus empregos e até mesmo os meios mais importantes de sobrevivência. Daí brotou o amor e a misericórdia de CRISTO em seus corações sofredores.
 
3) Experimentaram a "paciência da esperança" em CRISTO JESUS:
Como JESUS não voltou em sua época, tiveram que continuar esperando com paciência e perseverança, o final de sua tribulação. Era forte a esperança de em breve se encontrarem com seu salvador, este é o segredo, o desejo ardente e constante do encontro celestial.
 
4) Tinham fé em CRISTO, pela qual continuavam como vencedores (1.3,8; 3.2,6,7).
A fé é uma geradora de confiança e perspectiva no futuro que impulsiona o cristão a continuar na luta, sabendo que aquele que nos salvou e escolheu é suficientemente poderoso para nos livrar de todo o mal e nos conduzir à vida eterna.
 
Eleição que vem de DEUS (1.4).
1Ts 1.4 conhecendo, irmãos, amados de DEUS, a vossa eleição;
 
Ef 1.11 nele, digo, no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade,12 com o fim de sermos para o louvor da sua glória, nós, os que antes havíamos esperado em CRISTO; 13 no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa,
 
Veja que somos predestinados para a salvação depois de ouvirmos a Palavra de DEUS, Crer nessa Palavra, e então só depois é que somos selados com o ESPÍRITO SANTO, ou seja, só depois de ouvirmos e crermos é que recebemos a predestinação para salvação, desde que permaneçamos fiéis a quem nos chamou. A certeza de salvação nos é concedida somente pelo ESPÍRITO SANTO que nos dá esta certeza em nosso interior. Agora fomos eleitos filhos de DEUS.
 
 Ef 1.4,5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.”
 
A predestinação (gr. proorizo) significa “decidir de antemão” e se aplica aos propósitos de DEUS inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por DEUS, “em CRISTO”, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de DEUS (todos os crentes genuínos em CRISTO).
(1) DEUS predestina seus eleitos a serem:
(a) chamados (Rm 8.30); justificados (Rm 3.24; 8.30);
(c) glorificados (Rm 8.30);
(d) conformados à imagem do Filho (Rm 8.29);
(e) santos e inculpáveis (1.4); (
f) adotados como filhos (1.5);
(g) redimidos (1.7);
(h) participantes de uma herança
(1.14); (i) para o louvor da sua glória (1.12; 1Pe 2.9); (j) participantes do ESPÍRITO SANTO (1.13; Gl 3.14); e (l) criados em CRISTO JESUS para boas obras (2.10).
(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de CRISTO (i.e., a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em JESUS CRISTO (1.5, 7, 13; cf. At 2.38-41; 16.31).
 
No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande navio viajando para o céu. DEUS escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria nau. CRISTO é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em CRISTO. Enquanto permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos. Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS preparou para quem nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante JESUS CRISTO.
 
O EVANGELHO DE PODER
1. Não só com palavras (1.5).
Enquanto hoje temos várias "empresas de missões" enviando missionários por toda a parte sem lhes conceder uma ajuda digna e exigir dos mesmos que fundem e dirijam igrejas por onde passam, aprendemos com Paulo um evangelho de poder, na unção do ESPÍRITO SANTO, que transforma vidas e é capaz de varrer toda uma cidade com a Palavra de DEUS, em apenas três semanas e que consegue colocar para dirigir igrejas os próprios convertidos nos lugares por onde passam.
 Se ao invés de ensinar a nossos missionários a "Teologia" e ensinarmos a eles CONHECIMENTO de DEUS, INTIMIDADE com DEUS, PODER de DEUS, então conseguiremos melhores resultados na evangelização dos povos.
 
2. O modelo cristão (1.5).
No versículo em apreço, o apóstolo afirma que "o nosso evangelho", ou seja, a mensagem que pregou, não era um "evangelho somente de palavras", isto é, um evangelho teórico, hermenêutico, homilético. O que atrai, o que convence são sinais e prodígios realizados em nome de JESUS. As credenciais de JESUS sempre foram, "O MIRACULOSO". foi com o poder do sinal de expulsão de demônios que Paulo em Filipos ficou conhecido de todos, foi com o poder sobrenatural que Paulo foi liberto da prisão em Filipos, foi assim que sua fama correu toda aquela região e em espaço de três semanas pregou o evangelho em toda a Tessalônica, mas sempre arriscando sua vida e sempre confiando a DEUS a manifestação poderosa do ESPÍRITO SANTO, porque lhes pregava a CRISTO.
 
A CONVERSÃO GENUÍNA DOS TESSALONICENSES
a- Imitando os pais na fé (1.6).
Paulo não só pregava o evangelho, mas vivia o evangelho, respirava o evangelho, se alimentava do evangelho, sobrevivia pelo evangelho, fazia tendas para o evangelho, morria pelo evangelho. O testemunho é fator importantíssimo na evangelização, podendo ser 50% responsável pelo êxito de uma missão; talvez por isto mesmo não vemos mais tantas conversões em nossas cruzadas e também em nossos trabalhos missionários. missionários devem ser conhecidos como homens de oração, acostumados ao trabalho e aos jejuns, excelentes manejadores da Palavra de DEUS, ótimos pais, excelentes esposos e esposas, bem como filhos e filhas. A visitação e o amor demonstrado às almas perdidas é de fundamental importância para quem trabalha na Obra do Mestre.
 
Paulo edificava os novos crentes e os impressionava com o seu caráter e amor com que se dedicava a CRISTO. Três semanas foi todo o tempo que teve para esse trabalho, mas serviu-lhe à conta de instruir e de fazer sentir à congregação a responsabilidade de cada um, tanto que os crentes se aperceberam bem das características do cristianismo – o monoteísmo, a expressão pessoal da religião ou da prática da vida cristã, e a largueza ou extensão do reino – o espírito missionário. Ao que se sabe, a igreja dos Tessalonicenses era muito zelosa. Sirva de testemunho o próprio conceito de Paulo; “vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a Palavra no meio de muita tribulação com gozo no ESPÍRITO SANTO, de sorte que vos tornastes modelo para todos os crentes na Macedônia e Acaia”(1 Tessalonicenses 1.6,7). Igreja ativa, não descuidou do evangelismo: “... pois de vós fez-se ouvir a Palavra do Senhor não somente na Macedônia e na Acaia, mas também em todos os lugares divulgou-se a vossa fé para com DEUS, de maneira que não nos é necessário dizer coisa alguma”(1 Tessalonicenses 1.8).
 
 
b- Recebendo a palavra com alegria, na tribulação(1.6 b).
os Tessalonicenses sofreram por causa do evangelho, isto lhes trouxe maior união e ânimo na luta contra Satanás e suas hostes. É no furor da batalha que se forjam os melhores crentes. Crente que não é provado e nem passa por tribulação é fraco e inconstante. Na necessidade de conhecimento de DEUS, os Tessalonicenses se fortaleceram na fé em JESUS e em seu poder.
 
c- A fé exemplar(1.7-9).
Este é o segredo de se fazer missões, tornar o novo convertido mais um missionário, é colocar a prática unida à teoria, é fazer e não só falar em fazer ou falar que fez. DEUS está interessado no que estamos fazendo em prol de sua obra e nos capacita dia a dia para tal.
É impressionante a conversão (mudança de atitude, de vida) dos Tessalonicenses, que de idólatras passaram a pregadores do evangelho em um muito pouco espaço de tempo, demonstrando assim que o poder transformador do evangelho pregado e vivido na esfera do ESPÍRITO SANTO traz verdadeiras conversões. Haja vista o "panteon" entre os antigos gregos e romanos, onde cultuava-se todos os deuses do paganismo.Entretanto, os irmãos de Tessalônica converteram-se ao Senhor "para servir ao DEUS vivo e verdadeiro".
 
d- A fé que espera a vinda de JESUS.
"E esperar dos céus a seu filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, JESUS , que nos livra da ira futura"(1.10). Os novos crentes da Tessalônica ficaram tão convictos e anelantes ante a mensagem que os missionários lhes pregaram concernente a segunda vinda de CRISTO, que entendiam que a mesma ocorreria naqueles dias enquanto estavam vivos (4.10-12; 15,17; 2 Ts 3.6-13). Era um exagero? Talvez... Se vivêssemos como se hoje JESUS estivesse voltando, poderíamos enxergar mais a necessidade que temos de pregar o evangelho a todas as criaturas, consagraríamos mais a nossa vida e teríamos crentes realmente convictos de suas salvação. é evidente que existem os exageros, o fanatismo em que alguns incorrem em largar empregos, retirar seus filhos dos colégios, etc..., a isto o apóstolo Paulo corrige falando a respeito da vinda de JESUS aos Tessalonicenses como veremos  mais detalhadamente nas lições vindouras.
 
 
A mensagem das epístolas aos Tessalonicenses revela que a igreja do Senhor, quando fundamentada nos santos e verdadeiros ensinos da palavra de DEUS, mesmo diante de grandes tribulações, permanece firme, esperando  a sua vinda.   
Quando se tem um apóstolo Paulo à frente de uma obra, podemos afirmar que a fé é fortalecida nos crentes e a salvação fica mais fácil aos ouvintes do evangelho. procuremos, portanto crescer em nossa fé e sermos imitadores de Paulo e principalmente de CRISTO do qual Paulo era imitador, pois somente em JESUS CRISTO e na fé em seu nome e em seu poder venceremos as lutas e ganharemos as almas sedentas de DEUS que morrem por este mundo aos milhares todos os dias.
 
 
Questões éticas à luz da Bíblia
Daremos, aqui, uma síntese de algumas questões éticas, com algumas respostas indicadas por certas correntes de pensamento.
a) O Cristão e a Guerra.
É certo um crente, militar, ir a guerra e, ali, tirar a vida de seus semelhantes, por ordem do governo de seu país? Ou, na guerra do dia-a-dia, um policial crente atirar num bandido que lhe ameaça a vida?
O Ativismo diz que sim. Usam o argumento bíblico de que o governo é ordenado por DEUS. No VT, DEUS usou a guerra para destruir povos ímpios. No Novo Testamento, JESUS manda dar a “César o que é de César, e a DEUS o que é de DEUS” (Mt 22.21); Paulo diz que as autoridades são dadas por DEUS e devem ser obedecidas (Rm 13.1-7).
O Pacifismo diz que não. Também usam a Bíblia que diz: “não matarás (Êx 20.13). A guerra, dizem, é um assassinato em massa. JESUS mandou amar os inimigos, e não matá-los (Mt 5.44). JESUS mandou Pedro guardar a espada (Mt 26.52).
O seletivismo diz que é certo participar de algumas guerras. Resume os argumentos anteriores, usando, também, a Bíblia. Para eles, nem sempre se deve obedecer o governo. Ex. Os três hebreus (Dn 3), Daniel (Dn 6), que não obedeceram ao rei. Os apóstolos desobedeceram a ordem de não pregar (At 4 e 5). Assim, se uma guerra não é justificada, não se deve aceitá-la; entretanto, há guerras justificáveis. DEUS mandou destruir nações ímpias (Js 10.40; 20.16,17). Nações más devem ser destruídas por ordem de DEUS.
b) O hierarquismo: reconhece que o governo é dado por DEUS, mas não está acima de DEUS (1 Pe 2.13). Entre “César” e DEUS, o cristão fica com DEUS. Assim, se a razão maior para a punição de um ditador, de um governante assassino, a guerra é justificável. Ex. O caso de Hitler, que foi combatido na segunda guerra mundial.
 O cristão e a responsabilidade social.
Biblicamente, todo cristão tem responsabilidade social. Caim não cuidou disso. A lei áurea indica isso (Mt 7.12). O Bom Samaritano (Lc 10.30) demonstra essa responsabilidade.
O cristão e o controle da natalidade (o planejamento familiar)
DEUS disse: “crescei e multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 1.28). Mas DEUS não deu um multiplicador. Logo, ter um filho ou dois já é multiplicação. No VT não ter filhos era constrangedor (1 Sm 20).
Os filhos são galardão do Senhor (Sl 127.3). Para ter filhos, cremos que o casal deve orar muito, para que nasçam debaixo da bênção de DEUS. E, para não tê-los, deve orar muito mais, para não contrariar a vontade de DEUS. A limitação de filhos por vaidade é pecado, mas por necessidade, como no caso de doença da mãe, que lhe cause risco de vida cremos ser moralmente justificável; mas isso depende da consciência de cada um diante de DEUS, pois o que não é de fé é pecado (Rm 14.23).
O cristão e o aborto
A vida foi criada por DEUS (Gn 1.27,28). A vida foi dada por DEUS (At 17.26). Por isso, somente DEUS pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso” (Sl 139.14). DEUS escolhe pessoas desde o ventre (Ex. Is 49.1; Jr 1.5; Lc 1.15; 1.31-35). Se uma mãe comete aborto, como fica o plano de DEUS? Há abortos que não são pecados: natural, quando por doença, morte do feto; acidental, resultante de fatores como susto, queda, acidente etc; aborto terapêutico: para salvar a vida da mãe. Mas há abortos pecaminosos: por razões egoístas; por estética (pecado), por razões eugênicas (para evitar nascer um filho com defeito); o aborto provocado é um crime, é covardia (a vítima não pode defender-se).
O cristão e a eutanásia
Eutanásia quer dizer “boa morte”. Refere-se a tirar a vida de um doente terminal, que sofre muito, não tendo mais solução evitando prolongar sua dor, desligando aparelhos, aplicando injeção letal, etc. é certo para o cristão? A Bíblia diz: “não matarás”.
Há quem diga que deixar “morrer misericordiosamente” (Geisler) não é o mesmo que “matar misericordiosamente”. É um dilema para o cristão, pois cremos que sempre há possibilidade de que faça um milagre, mesmo no instante final e, até mesmo ressuscitar um morto. Cremos não é correto tirar a vida de ninguém que está doente, mas deve-se envidar todo esforço na tentativa de sua cura, seja por medicamentos, seja pela oração da fé (Tg 5.15,16).
c) O cristão e o suicídio
Há suicídio por si mesmo (egoísta) e o suicídio pelos outros (altruísta). De qualquer forma, é a destruição da vida. Só DEUS pode tirá-la, pois só Ele a deu. A pessoa que deve amar a si mesmo como os outros (Mt 22.39; cf. Ef 5.29).
Há quem cite o caso de Sansão (Jz 16.30) como exemplo e suicídio aprovado por DEUS. Não vemos assim. Há casos em que uma pessoa morre, sacrificando-se por outra ou por outras. Um bombeiro entra no fogo e salva várias pessoas, mas ele morre; um soldado lança-se sobre uma granada, impedindo que muitos companheiros pereçam. Isso não é suicídio. É sacrifício. JESUS fês um sacrifício por nós, morreu em nosso lugar, levou sobre o castigo que era para nós.
d) O cristão e a doação de órgãos humanos
A lei do país diz que, se a pessoa não declarar em documento, seus órgãos podem ser retirados para salvar vidas de pessoas doentes. Como o cristão deve ver isso? Há quem diga que não deve aceitar. Há quem diga que não há problema. O problema é que o cristão crê em milagre. Se um parente sofre acidente, entra em “morte cerebral”, e o enfermeiro tirar seus órgãos, não estará impedindo a possibilidade do milagre? E na ressurreição, como ficam os órgãos?
Entendemos que doar órgão é um ato de amor. E deve ser voluntário. A lei é de certa forma autoritária. Se o cristão doar seus órgãos não peca. Se não quiser doar, também não peca. Na ressurreição, não há problema, pois ressuscitaremos em “corpo glorioso”(Fp 3.21), “corpo espiritual” (1 Co 15.42,43), que não precisará de órgãos “físicos”, ainda que será o corpo sepultado que vai ressuscitar, transformado, em corpo glorioso.
e) O cristão e a pena de morte
No Antigo Testamento, a pena de morte era determinada por DEUS (Gn 9.6; Êx 21.25; Lv 20.10). No Novo Testamento, vemos Ananias e Safira passando pela pena de morte (At 5.3). Vemos em Rm 13.1-2, que a autoridade tem o direito de trazer “a espada”, mas tudo sob a égide da autoridade dada por DEUS e não por leis humanas, que são falhas. A justiça humana é falha. Há os “erros judiciários”, em que um inocente foi morto em lugar do culpado. Há as perseguições políticas, os abusos da autoridade. Assim, cremos que o cristão não deve ser favorável à pena capital, mas à prisão perpétua, em casos de crimes hediondos.
f) O cristão e a mentira
Geisler conta o caso do capitão Bucher, que, tendo seu navio atacado por piratas, estes o obrigaram a fazer certas confissões que não eram verdadeiras, sob pena de matar toda a tripulação. O capitão aceitou e a tripulação foi salva. Ele mentiu? Errou? Ou não?
As parteiras hebreias mentiram a Faraó, quando este mandou que elas matassem todo o varão hebreu, e DEUS as abençoou por isso (Êx 1.15-21). Elas erraram? Raabe contou uma mentira para salvar os espias de Israel (Js 2.1-6). E DEUS a abençoou. Nesse casos, cremos que não houve a mentira no sentido comum, de prejudicar alguém, mas “omissão da verdade” em prol de uma causa maior.
ÉTICA DO COMPORTAMENTO CRISTÃO - Pr. Elinaldo Renovato de Lima
 
 
3. Os crentes de Corinto, um exemplo da influência do Evangelho.
 
A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE
2Co 6.17,18 “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”.
O conceito de separação do mal é fundamental para o relacionamento entre DEUS e o seu povo. Segundo a Bíblia, a separação abrange duas dimensões, sendo uma negativa e outra positiva:
(a) a separação moral e espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a JESUS CRISTO, à justiça e à Palavra de DEUS;
(b) acercar-se de DEUS em estreita e
íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço a Ele.
(1) No AT, a separação era uma exigência contínua de DEUS para o seu povo (Lv 11.44; Dt 7.3; Ed 9.2). O povo de DEUS deve ser santo, diferente e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a DEUS. Uma principal razão por que DEUS castigou o seu povo com o desterro na Assíria e Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos povos vizinhos (ver 2Rs 17.7,8; 24.3; 2Cr 36.14; Jr 2.5, 13; Ez 23.2; Os 7.8).
(2) No NT, DEUS ordenou a separação entre o crente e
(a) o sistema mundial corrupto e a transigência ímpia (Jo 17.15,16; 2Tm 3.1-5; Tg 1.27; 4.4);
(b) aqueles que na igreja pecam e não se arrependem de seus pecados (Mt 18.15-17; 1Co 5.9-11; 2Ts 3.6-15); e
(c) os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam erros teológicos e negam as verdades bíblicas (ver Mt 7.15; Rm 16.17; Gl 1.9; Tt 3.9-11; 2Pe 2.17-22; 1Jo 4.1; 2Jo 10,11; Jd vv.12,13).
(3) Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de
(a) ódio ao pecado, à impiedade e à conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb 1.9; 1Jo 2.15), (b) oposição
à falsa doutrina (Gl 1.9),
(c) amor genuíno para com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm 9.1-3; 2Co 2.1-8; 11.28,29; Jd v. 22) e
(d) temor de DEUS ao nos aperfeiçoarmos na santificação (7.1).
(4) Nosso propósito na separação do mal, é que nós, como o povo de DEUS,
(a) perseveremos na salvação (1Tm 4.16; Ap 2.14-17), na fé (1Tm 1.19; 6.10, 20,21) e na
santidade (Jo 17.14-21; 2Co 7.1);
(b) vivamos inteiramente para DEUS como nosso Senhor e Pai (Mt 22.37; 2Co 6.16-18) e
(c) convençamos o mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho (Jo 17.21; Fp 2.15).
(5) Quando corretamente nos separarmos do mal, o próprio DEUS nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18).
(6) O crente que deixa de separar-se da prática do mal, do erro, da impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com DEUS (6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho (6.18; cf. Rm 8.15,16).
 
 
OS PROPÓSITOS DA IGREJA
 
ESBOÇO COMPLETO
A IGREJA EXISTE PARA GLORIFICAR A DEUS
Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar.– Habacuque 2.14.
DEUS quer que a sua glória seja espalhada e conhecida em toda a face da terra.
No livro de Gênesis, a Bíblia afirma que DEUS colocou sua imagem e semelhança no ser humano e em seguida lhe deu a ordem de encher a terra. Naquela ocasião ainda não havia pecado no mundo, e o ser humano que DEUS criou era o agente para encher a terra da sua glória.
Gênesis 1.27,28 diz: “Criou DEUS, pois, o homem à sua imagem, à imagem de DEUS o criou; homem e mulher os criou. E DEUS os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”.
Infelizmente, com a entrada do pecado no mundo, esta imagem e semelhança de DEUS ficou destorcida, mas em CRISTO, DEUS começa o processo de restauração de todas as coisas.
CRISTO edifica sua igreja para que ela seja o agente que espalhe a glória de DEUS. Desde o seu nascimento, a sua glória foi vista. Seu ministério foi glorioso, e sua ressurreição maravilhosa. Sua presença na igreja manifesta a glória de DEUS.
O fim último da obra missionária é a adoração a DEUS. No céu não haverá mais necessidade de missões, mas a adoração a DEUS continuará eternamente.
 
A IGREJA EXISTE PARA ESPALHAR O REINO DE DEUS
 1Coríntios 15.24-28.
24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao DEUS e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder.
25 Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. 
26 O último inimigo a ser destruído é a morte. 
27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou.
28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que DEUS seja tudo em todos.
Haverá um dia quando CRISTO entregará o Reino a DEUS, o Pai. O texto afirma que antes de entregar, ele destruirá todo domínio, autoridade e poder. Enquanto isto, CRISTO está reinando sobre todos os seus inimigos. Ele está exercendo este poder através da sua igreja. Por isso Ele afirmou que “as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja” (Mateus16.18).
Estamos no meio de uma batalha, onde CRISTO está utilizando a igreja para destruir os poderes e autoridades espirituais. Isto acontece quando a igreja proclama o evangelho e vidas são tiradas do império das trevas e transportadas para o Reino de DEUS.
O apóstolo Paulo fala desta investida da igreja, ao relatar o seu chamado para o rei Agripa no livro de Atos 26.17,18:
17 “livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, 
18 para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para DEUS, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim”.
 
Vejam que no processo há três ações:
1. Abrir-lhes os olhos;
2. Convertê-los das trevas para a luz;
3. Convertê-los do poder de Satanás para DEUS.
 
A igreja tem esta autoridade e comissão de CRISTO de fazer que todos os seres humanos tenham uma oportunidade de ouvir a mensagem de salvação e um convite para mudar de reino.
 
A IGREJA EXISTE PARA FAZER DISCÍPULOS
Mateus 28.18-20.
18 JESUS, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;
20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”
 
Este é um texto famoso das Escrituras, conhecido como a Grande Comissão. Muitos interpretam que a ordem de CRISTO é “ir”, mas na língua original fica bem claro que o imperativo, que denota o mandamento está no “fazer discípulos”. A igreja tem um chamado de levar as pessoas a se tornarem discípulas de CRISTO. O texto apresenta algumas facetas de como fazer discípulos:
 1.   “Batizando-os em nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO.”
O batismo implica um compromisso muito sério com CRISTO e sua igreja. É um testemunho público de novo nascimento e um compromisso com o senhorio de CRISTO.
2.    “Ensinando-os a obedecer a tudo o que lhes ordenei.”
O processo de fazer discípulos, além de levá-los a um compromisso serio com CRISTO e sua igreja, é ajudá-los a serem obedientes. Mas notem que para obedecer eles precisam conhecer o que JESUS ordenou. Aqui entra a responsabilidade de passar adiante os princípios da Palavra, da igreja e do Reino de DEUS.
E importante também notar que JESUS manda fazer discípulos de todas as nações. Fica muito clara a ordem missionária de CRISTO para sua igreja. Uma igreja que não alcança as nações está falhando na sua obediência a CRISTO.
 3.    JESUS promete estar conosco.
Ele prometeu que estará conosco até o fim dos tempos. CRISTO nunca abandona sua igreja e a presença dele dá segurança e poder para que a igreja continue fazendo discípulos e construindo o Reino.
 
A IGREJA EXISTE PARA TESTEMUNHAR DE CRISTO
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra – Atos 1.8.
 
1.   A igreja tem que ser cheia do ESPÍRITO SANTO.
JESUS foi bem claro quando disse que seus discípulos receberiam um poder sobrenatural com a presença do ESPÍRITO SANTO. Infelizmente poucos cristãos tem se apropriado deste poder e acabam vivendo uma vida crista derrotada.
2.   A igreja tem que ser testemunha de CRISTO.
O verso deixa claro que toda pessoa que tem uma experiência pessoal com CRISTO torna-se uma testemunha. É muito interessante notar que aqueles que realmente passam por uma transformação e experimentam a realidade do poder de CRISTO, naturalmente começam a falar a outros que CRISTO é real, e o único caminho a DEUS. Todo cristão verdadeiro é uma testemunha.
 
3.   A igreja tem uma visão geográfica.
A maioria das Bíblias apresenta alguns mapas para ajudar o leitor a entender a questão geográfica. Se você olhar o mapa em sua Bíblia, encontrará estas quatro regiões.
 
a.   Jerusalém
Era a cidade onde os discípulos estavam quando JESUS deu a ordem missionária. Devemos determinar que nossa Jerusalém é nossa cidade ou região.
 
b.   Judéia
Judéia era um estado e Jerusalém sua capital. Devemos estabelecer que o Estado onde estamos vivendo deve ser a nossa Judéia.
 
c.   Samaria
Era uma região ao norte da Judéia, onde habitavam os samaritanos que não se davam bem com os judeus. Podemos determinar que nossa Judéia é o nosso país. Ou uma região mais ampla.
 
d.   Confins da Terra
Aqui voltamos a constatar que CRISTO quer que sua glória seja espalhada para todas as nações do nosso globo.
A visão de DEUS para a igreja é muito clara. Há pastores e líderes que estabelecem uma visão para a igreja e se esquecem que a visão já estava estabelecida basta ler e estudar Atos 1.8.
 
A IGREJA É O AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE
Mateus 5.13-16.
13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.
16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
 
Apocalipse 19.6-8.
6 Então, ouvi, uma voz como de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovoes, dizendo:
7 Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso DEUS, o Todo-Poderoso. Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,
8 pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.
A igreja é colocada por DEUS na terra para transformar a sociedade. Partindo de Gênesis, verificamos que o mundo todo foi contaminado pelo pecado, e DEUS começa um processo de restauração por meio do sacrifício de JESUS. Esta ação de DEUS continua por intermédio da sua igreja. Todo aquele que recebe os benefícios da cruz do calvário torna-se um agente do Reino de DEUS na terra.
Por isso, a igreja deve entender sua posição e suas atitudes:
 
1.   A igreja é sal da terra.
O sal é um elemento que transforma, dá sabor e conserva. O mundo podre no qual vivemos precisa de uma ação poderosa de restauração, e a igreja de CRISTO é o agente para esta transformação. A igreja deve estar no meio do mundo, mas nunca ser contaminada pelo mundo. Há alguns cristãos que, em vez de mudarem o mundo, estão permitindo que o mundo os mude. Precisamos de igrejas fortes, firmes na Palavra, para mudar o mundo.
2.   A igreja é luz do mundo.
A igreja também é luz. A Bíblia fala que Satanás é o líder do império das trevas, mas DEUS tem um Reino de luz. E a igreja manifesta esta luz. Quando há luz, o pecado é visto com mais clareza, e a própria luz afasta as trevas. Paulo exorta que no meio de uma geração pervertida e corrupta devemos brilhar como luzeiros no mundo (Filipenses 2.15).
 
3.   A igreja faz atos de justiça.
O texto de Apocalipse afirma que a vestimenta da Noiva de CRISTO no dia das bodas do Cordeiro será um linho finíssimo, que são os atos de justiça dos santos.
A igreja precisa denunciar o pecado, a injustiça social, a corrupção no governo e nas demais áreas da sociedade.
A igreja também precisa organizar ministérios que tragam justiça à nossa sociedade. A Bíblia nos ensina que não somos salvos por obras, mas isto não quer dizer que a igreja não precisa praticar obras. Outras religiões e movimentos têm organizado diversos trabalhos de ajuda social, e a igreja, que é quem deveria fazer isso, muitas vezes fica fora desses trabalhos. Algumas sugestões: organizar orfanatos, asilos, casas para cuidar de aidéticos, distribuição de cestas básicas, de roupas, assessoria jurídica, médica, tirar mendigos e dependentes químicos da rua, creches, ajudar o governo a criar infraestrutura, plantar árvores, ajudar a melhorar o trânsito etc.
A igreja pode e deve fazer muito. Veja os problemas da sua comunidade, ore por uma solução, e faça algo de prático para transformar a situação.
 
A IGREJA EXISTE PARA GLORIFICAR A DEUS
A IGREJA EXISTE PARA ESPALHAR O REINO DE DEUS
A IGREJA EXISTE PARA FAZER DISCÍPULOS
A IGREJA EXISTE PARA TESTEMUNHAR DE CRISTO
A IGREJA É O AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE
http://www.google.com.br/#q=igreja+agente+transformador+da+sociedade&hl=pt-BR&prmd=ivns&ei=_h9MTuauHqLpsQKdtLXFCA&start=40&sa=N&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.&fp=9f8a9f16ffb84248&biw=1366&bih=643 acesso em 17-08-2011)
 
 
CONCLUSÃO
A cultura na antropologia é compreendida como a totalidade dos padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Os gentios na Bíblia basicamente eram as pessoas que não pertenciam ao povo de Israel e que desenvolveram sua própria cultura à parte de DEUS. Tinham vários deuses.
Os hebreus tinham sua própria cultura, no princípio abalizada na Palavra de DEUS, totalmente diferentes dos outros povos, tanto na alimentação, como no vestuário, como na religião, como na linguagem, como nas normas de convivência. Um único DEUS, onisciente, onipotente e onipresente. Depois nasceu a igreja, cheia do ESPÍRITO SANTO, com um testemunho vivo do evangelho de JESUS CRISTO.
A cultura origina nasceu no jardim do Éden com a comunhão entre Adão e DEUS. O pecado de Adão provocou a separação entre o homem e DEUS com consequências malévolas na cultura humana. A cultura do homicídio nasceu com Caim e seu descendente Lameque, principalmente e atingiu a toda raça humana posterior. A cultura do erotismo nasceu com Lameque e sua bigamia e foi disseminada por Sodoma e seus moradores. A cultura do consumo irrefreado tem seu ápice na época de Salomão e hoje vemos seu laço bem apertado na sociedade pós-moderna.
Sabemos que só o evangelho pode transformar uma cultura. JESUS nasceu num contexto cultural triplo – Hebraico - Grego – Romano. Mesmo neste contexto JESUS foi capaz de atrair a Ele todas as culturas e transformá-las, como vemos com a mulher siro-fenícia, o centurião romano e a samaritana. Só o legítimo Evangelho de ensino e pregação da Palavra de DEUS, acompanhado pelos sinais, prodígios e maravilhas pode transformar as culturas ora existentes. Podemos a transformação que o evangelho produz numa cultura pelo exemplo dos crentes de Corinto, de Éfeso e de Jerusalém.
BUSQUEMOS SER A CULTURA DE JESUS NO MUNDO COMO SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO.
Não são do mundo, como eu do mundo não sou. João 17:16
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que nos céus. Mateus 5:16
 
 
 
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíbia TheWord.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Gênesis - Comentário Adam Clarke
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
Blogs e Matérias afins na Internet.