Escrita Lição 9, O Primeiro Projeto de Globalismo, 1tr20, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 9, O Primeiro Projeto de Globalismo
 
1º Trimestre de 2020A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção- Comentarista CPAD - Pr Elienai Cabral
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP
 
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Lição 9, O Primeiro Projeto de Globalismo
 
 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.” (Gn 11.9)
 
 
VERDADE PRÁTICA
O globalismo afronta os propósitos deDeus quanto ao povoamento e ao governo da Terra.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 9.1,7 A multiplicação da família de Noé
Terça - Gn 9.22 A apostasia de Cam
Quarta-feira – Gn 9.29 A morte de Noé
Quinta - Gn 10.8,9 A ascensão de Ninrode
Sexta - Gn 11.1-10 A tentativa de unificação global
Sábado - Gn 12.1,2 A chamada de Abraão
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 11.1-9
1 - E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala. 2 - E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali. 3 - E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal. 4 - E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 - Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; 6 - e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7 - Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. 8 - Assim, o SENHOR os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
9 - Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra e dali os espalhou o SENHOR sobre a face de toda a terra.
 
 
OBJETIVO GERAL - Evidenciar que o globalismo afronta os propósitos de DEUS no mundo.
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar a segunda civilização humana a partir de Noé;
Explicar o globalismo de Babel;
Expor a intervenção de DEUS em Babel.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
As Escrituras revelam que um projeto global de poder que tire DEUS do centro é, por natureza, maligno. Isso foi registrado nas Sagradas Escrituras. A partir de um projeto global de poder, homens intentaram construir um “mundo particular” em que DEUS não faria mais parte dele.
Em pleno século XXI assistimos a esse mesmo projeto global de poder. Suas cores foram modificadas, mas a essência continua a mesma: Uma cultura secular que, no “espírito do Antricristo”, projeta um estilo de vida sem DEUS, uma espiritualidade fabricada e uma religião produzida. Entretanto, como na civilização de Babel, DEUS continua a intervir poderosamente no mundo, mostrando ao homem que seus intentos têm limites. Ele continua a governar o mundo.
 
PONTO CENTRAL - O globalismo afronta os propósitos de DEUS no mundo.
 
Resumo da Lição 9, O Primeiro Projeto de Globalismo
I – A SEGUNDA CIVILIZAÇÃO HUMANA
1. A apostasia de Cam e de Canaã.
2. O enfraquecimento da doutrina de Noé.
3. O descaso para com o mandamento divino.
II – O GLOBALISMO DE BABEL
1. Uma só língua e um só povo.
2. A construção de Babel.
III – A INTERVENÇÃO DE DEUS EM BABEL
1. A confusão das línguas.
2. O efetivo povoamento da Terra.
3. A eleição de Sem.
 
 
Resumo do Pr Henrique da Lição 9, O Primeiro Projeto de Globalismo
 
INTRODUÇÃO
O que é Globalismo? Esse é o nosso principal assunto desta lição.
Diferenças entre Globalismo e Globalização (modernamente)
Rodrigo Constantino fez uma feliz explicação da diferença entre globalismo e globalização. Em suma, a globalização é um fenômeno de conexão comercial entre países com economias pulsantes, abrindo, assim, a possibilidade da competição econômica e de transações comerciais a nível mundial; o globalismo, por sua vez, é um fenômeno político que parte do pressuposto do “vale tudo por poder”.
Não há erros em tal discrição do Rodrigo Constantino e como abordagem introdutória é de uma riqueza ímpar, mas creio ser necessário aprofundar algumas características históricas e filosóficas do globalismo para podermos, então, compreendê-lo em seus vieses políticos e como ele age na contemporaneidade.
As bases do globalismo:
O globalismo é um movimento ideológico que busca suprimir uma moral estrutural, uma tradição arraigada e/ou conceitos que sustentam a realidade ocidental tal como recebemos dos séculos que nos precederam. Tal movimento é verdadeiramente uma engenharia social em sua conceituação mais dinâmica e completa. Todavia, engana-se quem pensa que esse é uma intuição nova, talvez seja nova a sua roupagem e sua retórica, mas as suas ambições são tão antigas quanto o própria URSS no desejo de expandir sua filosofia política soviética pelo leste europeu e Américas. (Desde Ninrode o globalismo existe coo vamos ver nesta lição)
O comunismo estruturou sua fé ideológica sobre um comando que se reverberou por todos os cantos onde tais ideias chegaram. “Proletários de todos os países, unam-se” (MARX; ENGELS. 2012,  p. 83), foi o brado de guerra deixado por Karl Marx ao fim de seu Manifesto do partido comunista. Desde então, entendeu-se que o comunismo deveria ser alicerçado sob uma corrente internacionalista — podemos dizer de maneira sumária: o precursor do globalismo moderno foi a URSS em sua filosofia universalista —, a partir de então o encontro dos comunistas multinacionais começou a se chamar: “internacional comunista”. Sob Lênin inicia-se trama para a revolução global, mas as anexações dos países, propriamente dita, somente se inicia ao fim da vida de Lênin e tem sua continuidade sob Stálin. É bem verdade que Stálin assume muitas características do puro nacionalismo fascista; Vladimir Tismăneanu afirma que há um freamento na exportação da filosofia leninista e começa-se a exportar um “russocentrismo” e um utopismo comunista em sua vertente mais radical. Nada que nos espante, afinal, o fascismo e comunismo nunca tiveram tão distante assim como se pensa. Aliás, Tismăneanu também já afirmara em seu livro Do comunismo: “O comunismo e o fascismo são gênios totalitários, são dois gêmeos totalitários”. (TISMANEANU. 2015, p. 16)
Globalismo - https://logosapologetica.com/o-que-e-globalismo/
O globalismo é o fracassado desejo autoritário esquerdista de uma visão de “mundo único” que rejeita o importante papel das nações na proteção de valores e no incentivo à produtividade. O globalismo é anti-americano no sentido de incentivar os americanos a adotar uma “visão de mundo” em vez de uma “visão americana.” O objetivo final do globalismo é a eventual unificação da humanidade sob um governo mundial .
Os globalistas se opõem ao nacionalismo, à soberania nacional e ao autogoverno . Em vez disso, eles favorecem fronteiras abertas , livre comércio , vistos H-1B , intervencionismo, ajuda externa e mudanças na Constituição dos EUA . Eles se opõem à forte segurança nas fronteiras e à construção de muros fronteiriços. Globalistas se opuseram a Donald Trump em 2016. Em vez disso, os globalistas preferiram Jeb Bush , John Kasich , Marco Rubio e Ted Cruz, pela nomeação, a última das quais votou a favor da agenda globalista como senadores. Os globalistas podem vir de várias inclinações políticas, da extrema esquerda para aquelas consideradas no centro-direita. George Soros e os irmãos Koch são globalistas. Os globalistas afirmam falsamente que a migração em massa é necessária para o crescimento econômico. 
 
Os esquerdistas apoiam o globalismo porque isso leva ao poder centralizado, proporcionando assim aos esquerdistas uma maneira mais fácil de obter controle. Os esquerdistas podem mais facilmente persuadir um punhado de pessoas no governo centralizado a governar a seu favor do que convencer a todos de sua agenda em uma forma descentralizada de governo.
 
Cristãos teologicamente conservadores/ortodoxos acreditam que a razão última para o impulso ao globalismo e ao governo mundial é a rebelião contra DEUS levando ao Anticristo – em vez de se submeter a DEUS e reconhecer que só Ele pode unir o mundo e trazer paz mundial, liberal Os globalistas buscam criar a própria utopia e glorificar a humanidade em vez de DEUS.
De acordo com o Oxford American Dictionary, o globalismo é a defesa da “interpretação ou planejamento da política econômica e externa em relação a eventos e desenvolvimentos em todo o mundo”. Em suas formas mais extremas, às vezes é expresso usando termos como “um mundo”, apoio a um único governo mundial e / ou termos como “cidadão do mundo” ou “cidadão global”. Alguns grupos globalistas, como o Movimento Federalista Mundial, e algumas religiões não-cristãs, como Bahai , fazem campanha ativa pelo governo mundial.  
 
Globalização - https://www.significados.com.br/globalizacao/
É o processo de aproximação entre as diversas sociedades e nações existentes por todo o mundo, seja no âmbito econômico, social, cultural ou político. Porém, o principal destaque dado pela globalização está na integração de mercado existente entre os países. A globalização permitiu uma maior conexão entre pontos distintos do planeta, fazendo com que compartilhassem de características em comum. Desta forma, nasce a ideia de Aldeia Global, ou seja, um mundo globalizado onde tudo está interligado. O processo de globalização se constitui pelo modo como os mercados de diferentes países e regiões interagem entre si, aproximando mercadorias e pessoas. Costumes, tradições, comidas e produtos típicos de determinada localidade passam a estar presentes em outros lugares totalmente diferentes. Isso acontece graças a troca e liberdade de informações que a globalização pode proporcionar. A quebra de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível realizar transações financeiras e expandir os negócios - até então restritos ao mercado interno - para mercados distantes e emergentes.
 
A globalização é um dos processos de aprofundamento internacional da integração econômica, social, cultural e política, que teria sido impulsionado pela redução de custos dos meios de transporte e comunicação dos países no final do século XX e início do século XXI. Wikipédia
 
Não há nada de errado em Globalizar coisas boas que vão modificar pessoas para que andem em paz, justiça, amor e temor de DEUS, mas quando a globalização é para o lado mal, ai teremos uma situação de caos.
Globalismo boa - A Igreja é uma forma de globalização, todos nós gostaríamos que todas as pessoas do mundo fossem salvas. Trabalhamos e existimos para isso, enquanto estivermos aqui na Terra.
Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do ESPÍRITO pelo vínculo da paz:há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só DEUS e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos. Efésios 4:1-6.
Globalismo ruim - Cristãos teologicamente conservadores/ortodoxos acreditam que a razão última para o impulso ao globalismo e ao governo mundial é a rebelião contra DEUS levando ao Anticristo– em vez de se submeter a DEUS e reconhecer que só Ele pode unir o mundo e trazer paz mundial, liberal Os globalistas buscam criar a própria utopia e glorificar a humanidade em vez de DEUS.
 
Na Grande Tribulação haverá o Globalismo maligno governado por Santanás.Seus representantes serão o Anticristo e o Falso Profeta.
O comunismo é uma forma de globalismo maligno. A união sem DEUS no comando é suicídio social.
 
No Milênio haverá o Globalismo bom - JESUS CRISTO governando sobre tudo e sobre todos. Aqui governo de DEUS sobre a Terra.
A união com DEUS no comando é glorioso futuro.
 
Diferença principal entre Globalismo e Globalização.Globalismo tem ideologia, tem religião, tem interferência na vontade humana. Domínio do povo pela autoridade intelectual e financeira.
Globalização é política de livre comércio, é união das nações em torno de objetivos principalmente econômicos. É abrir fronteiras comerciais.
 
 
A primeira Civilização humana existiu antes do dilúvio.
Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e errante na terra, e será que todo aquele que me achar me matará. O Senhor, porém, disse-lhe: Portanto, qualquer que matar a Caim sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse qualquer que o achasse. Gênesis  4:14,15
Havia já um princíio de Globalismo fundado na cidade chamada Enoque, em homenagem ao filho primogênito de Caim.
A segunda Civilização humana existiu logo após o dilúvio.
Foi em Sinar, na Mesopotâmia, onde foi construída uma cidade e uma torre. A cidade foi chamada de Babilônia e a Torre ficou conhecida como Torre de Babel porque DEUS confundiu ali as línguas..
 
 
I – A SEGUNDA CIVILIZAÇÃO HUMANA

1. A apostasia de Cam e de Canaã.
E abençoou DEUS a Noé e a seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra. Gênesis 9:1
E despertou Noé do seu vinho e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. Gênesis 9:24,25
 
Noé não poderia amaldiçoar a quem DEUS abençoou, portanto, amaldiçoou o filho de Cam, Canaã.
 
E os filhos de Cam são: Cuxe, e Mizraim, e Pute, e Canaã. Gênesis 10:6
E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma, e Gomorra, e Admá, e Zeboim, até Lasa. Gênesis 10:19
 
CAM (Strong Português) חם ChamCam = “quente” - segundo filho de Noé, pai de Canaã e de vários povos que vieram a ser habitantes das terras do sul
 
CANAÃ (Strong Português) כנען K ̂ena ÌanCanaã = “terras baixas” n pr m
1) o quarto filho de Cam e o progenitor dos fenícios e das várias nações que povoaram a costa marítima da Palestina
2) a região oeste do Jordão povoada pelos descendentes de Canaã e subsequentemente conquistada pelos israelitas sob a liderança de Josué
 
 
Perguntas sobre a lição1° Noé estava vivo na época da torre de Babel? SIM
2° Na genealogia de Sem, Noé estava vivo quando Abraão nasceu? SIM.
3° Porque Noé amaldiçoou Canaã? O filho primogênito levava a bênção ou maldição do avô - vide filhos de José (neste caso, uma exceção - o menor foi mais abençoado). Noé não iria amaldiçoar o que DEUS abençoou - seus três filhos foram abençoados por DEUS (Gn 9.1). Então amaldiçoou Canaã, pai dos habitantes de canaã. Faltou reverência de Cam, Deveria ter feito o que fizeram Sem e Jafé. Virar as costas e tapar seu pai sem falar para ninguém. Seu filho foi amaldiçoado em seu lugar. A maldição aconteceu após Noé acordar da bebedeira - Os caninitas estavam amaldiçoados e DEUS deu a terra dels para os judeus (para Abraão). Mandou Moisés e depois Josué os matara a todos.
 
A apostasia de Cam
Gênesis 9: 22. Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, foi contar isso aos seus dois irmãos, que estavam do lado de fora. NAA

Para entendermos melhor o texto escolhido para o dia de hoje vamos trazer uma definição do termo apostasia. A palavra apostasia deriva-se do seguinte termo grego: (apóstasis). O sentido dessa palavra traz a ideia de abandono da fé outrora professada, profanação do sagrado dantes venerado, e rebeldia contumaz aos valores espirituais. E quem era Cam? Cam era o segundo filho de Noé, preservado das águas do dilúvio:
Os filhos de Noé, que saíram da arca, foram Sem, Cam e Jafé (possivelmente trigêmeos, já que nasceram no mesmo ano 500 da vida de Noé). Cam é o pai de Canaã, Gn.9.18. NAA. É interessante observar que ao referir-se a Cam, o autor sagrado traz a informação de que este era pai de Canaã. E outra informação importante no v. 19: Esses três são os filhos de Noé; e a partir deles se povoou toda a terra. Foi à partir dos filhos de Noé que a terra é novamente povoada e com essa informação entendemos as consequências do pecado de Cam, irreverência e desonra à seu pai ( expor a nudez de Noé aos irmãos e provavelmente ao seu filho Canaã) a pessoa que ele devia respeito. A autoridade patriarcal era algo muito respeitada pelos antepassados de Noé, bem como de todos os povos da antiguidade. O pai tinha em suas mãos o poder da bênção e maldição sobre seus filhos.
E qual foi a apostasia de Cam? Falta de reverência. Aquele que tinha a autoridade de abençoar a sua posteridade, foi tratado com irreverência, desrespeito e desonra. O ato de Cam trouxe péssimas consequências à nova civilização recém formada. Não sabemos como, mas o filho de Cam, Canaã, também foi envolvido naquele ato de desrespeito com o Avô, pois ao acordar e ser avisado do ocorrido, v.24 e 25, Noé diz: ... “Maldito seja Canaã; seja servo dos servos para os seus irmãos. Iniciar um povo com palavras de maldição de um pai, trouxe separação entre os irmaos. Canaã seria o servo de seus irmãos e, ao longo da história, acabaram perdendo suas terras para os descendentes de Sem (Abraão era semita) Gn.10.21-32; 11.10-26 (povo de Israel) e de Jafé, Gn.10.1-5 ( gentios). Alguns descendentes de Cam, de seu filho Canaã, são citados em Gn.15.18-21; 10.15-20; Sodoma e Gomorra fazia parte de terras cananéias, Gn.10.19. Os descendentes de Cam foram povos ímpios e repróbos, veja Gn.10.6-20.
Os cananeus foram povos depravados, imorais e irrecuperáveis. Não há na história nenhuma referência elogiosa a esse povo, mas citações onde se apresenta muita idolatria e história de sacerdotes ávidos por sacrifícios infantis. Esse povo sumiu da história e a última referência a eles foi em 146 a.C, quando Roma ataca a cidade fenícia de Cartago. E as terras de Canaã ainda hoje pertencem a Israel.
Fonte de pesquisa: O Começo de todas as Coisas, Pr. Claudionor de Andrade e Elinaldo Renovato;CPAD; 2015
 
 
O Pecado de Cam - Gênesis 9. 18-23
Aqui temos:
I- A família de Noé e sua atividade. Os nomes de seus filhos são outra vez mencionados (vv. 18,19) como aqueles que cobriam toda a terra, pelo que parece que Noé, depois do dilúvio, não teve mais filhos: todo o mundo foi formado a partir de seus três filhos, Sem, Cam e Jafé. Observe que DEUS, quando quer, pode fazer um pequeno se tornar mil, e aumentar grandemente o fim daqueles cujo início foi pequeno. Assim é o poder e a eficácia de uma bênção divina. A atividade a que Noé se aplicou foi a de lavrador. Em hebraico, um homem da terra, isto é, um homem que lida com a terra, que manteve a terra em suas mãos, e a ocupou. Todos nós somos naturalmente homens da terra, feitos dela, vivendo nela, e direcionados a ela. Muitos são pecaminosamente assim, viciados em coisas terrenas. Noé foi, por seu chamado, levado a negociar os produtos da terra. E começou Noé a ser lavrador da terra, isto é, algum tempo depois de sua saída da arca, ele retornou à sua antiga atividade, da qual havia se afastado primeiramente pela construção da arca, e depois disso pela construção de uma casa em terra seca para si mesmo e para a sua família. Durante este período ele tinha sido um carpinteiro, mas agora voltou a ser um lavrador. Observe que embora Noé fosse um grande homem e um homem bom, um homem idoso, um homem grandemente favorecido pelo céu e honrado na terra, ele não viveria uma vida ociosa, nem consideraria a vocação de lavrador como algo inferior para si. Observe que embora DEUS, por sua providência, possa nos tirar da nossa vocação por algum tempo, quando a ocasião terminar devemos com humildade e esforço nos aplicar a ela novamente. É necessário permanecermos fielmente na vocação a que formos chamados, para que possamos permanecer diante do nosso amado DEUS, 1 Coríntios 7.24.
II - A impudência e impiedade de Cam: Ele viu a nudez de seu pai e o fez saber aos seus irmãos, v. 22.
Vê-la acidentalmente e involuntariamente não teria sido um crime. Mas:
1. Ele sentiu prazer na visão, como os edomitas que olharam para o dia da adversidade de seus irmãos com satisfação e de uma forma ofensiva. Talvez o próprio Observe algo bastante comum: aqueles que andam em falsos caminhos se alegram pelos passos em falso que, às vezes, vêem os outros dar. Mas o amor não se alegra com a iniqüidade. Assim, os verdadeiros crentes que estão tristes por seus próprios pecados jamais poderão se alegrar pelos pecados dos outros.
2. Ele contou o fato aos seus dois irmãos, fora (na rua, conforme o significado da palavra), de uma maneira escarnecedora e zombadora, para que o seu pai pudesse parecer desprezível a eles.
É muito errado:
(1) Brincar com o pecado (Pv 14.9), e ficar envaidecido por aquilo que deveria trazer tristeza e profundo pesar, 1 Coríntios 5.2. E:
(2) Divulgar os defeitos de qualquer pessoa, especialmente dos pais, a quem temos a obrigação de honrar. Noé não só era um homem bom, mas havia sido um bom pai para Cam. E esta foi uma retribuição excessivamente vil e desprezível de seu carinho. Cam é aqui chamado de pai de Canaã, o que sugere que ele, que também era pai, deveria ter sido mais respeitoso para com aquele que era o seu próprio pai.
III - O cuidado piedoso de Sem e Jafé para cobrirem a vergonha do seu pobre pai, v. 23.
Além de não quererem ver o pai naquela situação deprimente, também providenciaram para que ninguém mais visse. Assim eles nos deram um exemplo de caridade com relação ao pecado e a vergonha de outros homens. Não é o bastante evitar comentar casos como este, sem nos envolver com aqueles que conspiram contra a boa moral dos demais. Mas devemos ter o cuidado de ocultar a vergonha alheia, ou pelo menos fazer o melhor possível, assim como gostaríamos que fizessem por nós.
1. Há um manto de amor que deve ser lançado sobre os defeitos de todos, 1 Pedro 4.8.
2. Além disso, há uma túnica de reverência que deve ser lançada sobre os defeitos dos pais e de outros superiores.
(Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT)
 
 
2. O enfraquecimento da doutrina de Noé.
 
O caráter de NOÉ, filho de Lameque
Referências gerais: Gn 5:29; 6:8; 7:1; 8:1,20; 9:1,17,29; Mt 24:37; Hb 11:7; 1Pe 3:20; 2Pe 2:5.
Fatos relacionados:
1- Andou com DEUS em um ambiente mau, Gn 6:8-12.
2- Obedeceu quando lhe foi dada uma tarefa difícil, Gn 6:14,22; 7:5.
3- Lembrado por DEUS e salvo da morte, Gn 8:1.
4- Pela fé, trabalhou para sua salvação e de sua Família, Hb 11:7.
5- Advertiu os vizinhos acerca do juízo vindouro, 2Pe 2:5.
6- Edificou o primeiro altar de que há registro, Gn 8:20.
7- Honrado pelo Senhor com uma aliança eterna, Gn 9:12-17.
 
O pecado e vergonha de Noé: Ele plantou uma vinha. E, quando havia juntado a vindima, provavelmente designou uma dia de júbilo e banquete com a sua família, e ele tinha os seus filhos e os filhos deles consigo para se alegrarem com ele pelo aumento de sua casa como também pelo aumento de sua vinha. E talvez Noé tenha designado esta festa com um propósito: no seu encerramento, abençoar os seus filhos, como Isaque, Gn 27.3,4 – “Para que eu coma, e para que minha alma te abençoe”. Nesta festa ele bebeu do vinho. Porque quem planta uma vinha e não bebe do seu fruto? Mas ele bebeu generosamente demais, mais do que a sua idade suportaria, porque ficou embriagado. Temos razões para pensar que ele nunca ficou embriagado antes nem depois. Observe como Noé foi, agora, surpreendido em sua falha. Este foi o seu pecado, e pode ser considerado um grande pecado, principalmente por ter ocorrido logo após um grande livramento. Mas DEUS o deixou sozinho, como fez com Ezequias (2 Cr 32.31), e deixou este seu erro registrado, para nos ensinar:
1. Que a cópia mais clara que o mero homem já escreveu desde a queda teve os seus defeitos e traços em falso. Foi dito a respeito de Noé que ele era perfeito em suas gerações (Gn 6.9), mas este fato mostra que estas palavras se referiam à sua sinceridade, e não a uma perfeição isenta de pecado.
2. Que às vezes aqueles que, com vigilância e resolução, têm, pela graça de DEUS, mantido a sua integridade em meio à tentação têm sido – através da segurança, do descuido, e da negligência da graça de DEUS – surpreendidos pelo pecado, quando a hora da tentação já passou. Noé, que havia se mantido sóbrio na companhia de embriagados, está agora embriagado na companhia de sóbrios. Aquele que pensa estar de pé tome todo cuidado para não cair.
3. Que precisamos ter muito cuidado, quando usamos abundantemente as coisas boas que DEUS criou, para que não as usemos excessivamente. Os discípulos de CRISTO devem tomar cuidado para que os seus corações não fiquem sobrecarregados em algum momento, Lucas 21.34.
Agora, a conseqüência do pecado de Noé foi a vergonha. Ele estava descoberto dentro de sua tenda, envergonhado pela exposição de sua nudez, como Adão quando havia comido o fruto proibido. No entanto, Adão procurou se esconder. Porém Noé está tão destituído de pensamento e razão que não procura sequer se cobrir. Este é um fruto da vide no qual Noé não pensou.
Observe aqui o grande mal do pecado da embriaguez.
(1) Ela descobre e expõe os homens. Eles mostram e até mesmo declaram as suas fraquezas quando estão embriagados, e revelam com muita facilidade os segredos que lhes foram confiados. Porteiros embriagados deixam os portões abertos. (2) Ela desgraça os homens, e os expõe ao desprezo. Assim como a embriaguez os revela, ela também os envergonha. Os homens dizem e fazem, quando estão embriagados, aquilo que, quando estão sóbrios, corariam de vergonha só de pensar, Habacuque 2.15,16. (Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT)
 
Esse episódio levou Noé a descrédito junto a comunidade que se iniciava. Aquele que devia dar bom exemplo era o que transgredia a boa conduta.
Cam, após ser amaldiçoado, deve ter espalhado porque foi amaldiçoado. Se revoltou contra a autoridade do pai. Formou um povo rebelde e sem temor de DEUS. Se DEUS não tivesse prometido a Noé que não mais destruiria os homens pelo dilúvio, certamente teria destruído a geração de Cam naquele momento, porém, deixou para mais tarde - através de Josué.
 
Noé viveu 950 anos, ou seja 350 anos após o dilúvio. Abraão foi contemporâneo de Noé.

 
3. O descaso para com o mandamento divino.
 
Havia uma expressa ordem divina quanto à povoação da Terra (Gn 9.7). Havia também uma aliança (Gn 9.11).
Mas vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela. Gênesis 9:7
E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra. Gênesis 9:11
 
Creio que Sem e Jafé se separaram de Cam e sua descendência a partir dai.
Mesmo separados não obedeceram a ordem de DEUS no povoamento da terra toda, pelo menos nesse momento. Após Babel todos eles se separaram e foram pelas terras do mundo afora se multiplicando e povoando toda a terra.
DEUS providenciou um meio para que todos O obedecessem - A confusão das línguas - Babel.
 
II – O GLOBALISMO DE BABEL
1. Uma só língua e um só povo.
 
Ninguém pode afirmar qual língua era falada antes da torre de Babel. Os estudiosos dizem que o hebraico é bem mais recente. O fato é que só existia uma língua comum a todos. Nem sotaque e nem regionalismos exitiam, pois todos moravam juntos em uma mesma localidade - Sinar, na Mesopotâmia.
 
 
o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS. 2 Tessalonicenses 2:4
Analisando o comportamento do Anticristo, podemos deduzir que Ninrode seria o anticristo daquela época. Foi ele quem incitou e comandou o povo na construção de Babilônia e da Torre de Babel. Queria ser adorado e exaltado. Queria subir até ao céu e ser como DEUS. Queria desafiar a DEUS não temendo outro dilúvio porque estaria nas alturas. Não queria obedecer a DEUS no povoamento da Terra. A estratégia era para que não exsitissem outros povos. Assim seria o único líder adorado por todos.
 
A ordem de JESUS é que o Evangelho não se concentre em Jerusalém, mas que alcance os confins da Terra (At 1.8).
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-as a guardar todas as que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:19,20
 
 
2. A construção de Babel.
Em contraste com os conceitos evolucionários das origens humanas, as Escrituras afirmam claramente que os primeiros homens da história tinham todos os talentos necessários para alcançar grandes realizações culturais. Caim, o filho de Adão, construiu uma cidade, e os seus descendentes imediatos viveram em cabanas, domesticaram gado, inventaram instrumentos musicais (“a harpa e o órgão”), e forjaram “toda obra de cobre e de ferro” (Gn 4.17-22). Noé tinha capacidade e ferramentas suficientes para construir uma gigantesca arca, de acordo com as especificações Divina (Gn 6.14-16). A grande longevidade e a unidade da linguagem sem dúvida contribuíram para um rápido desenvolvimento das artes e da ciência,
Um paralelo ao crescimento da civilização foi o amadurecimento da depravação espiritual. Na verdade, alguns notáveis homens de DEUS viveram durante esse período, como Abel, Enoque, Lameque e Noé; mas a raça, como um todo, afundou nas profundezas do abismo, do pecado (Gn 6.5-12; Mt 24.38; Jd 14,15). É possível interpretar Gênesis 6.1-4 em termos de raça de homens maus de grande estatura (hebr. nephilim; cf. Números 13.33) nascidos de homens que tinham se permitido ser totalmente possuídos por demônios (Jó 1.6). Com os atos de depravação tão difundidos, a paciência e a tolerância de DEUS chegaram ao fim (Gn 6.3; 1 Pe 3.20). Com exceção da família de Noé, “pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio” (2 Pe 3.6), e teve início outro capítulo da história da humanidade. J. C. W. - Dicionário Bíblico Wycliffe
Os filhos de Noé não eram ignorantes nem careciam de tecnologia, pois haviam sido capazes de executar o projeto da arca (Gn 6.14-16). E, de tal forma a construíram, que o grande barco resistiu aos ímpetos do Dilúvio. Por conseguinte, a construção de uma cidade, em cujo epicentro havia um arranha-céu, era apenas uma questão de tempo.
 
 
III – A INTERVENÇÃO DE DEUS EM BABEL
1. A confusão das línguas.
 
Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; Gênesis 11:5
Não vamos imaginar que DEUS deixou o trono de glória e desceu para olhar de perto aquele trabalho, mas podemos imaginar que vendo DEUS lá do céu (DEUS é onisciente, onipresente e onipotente), decidiu intervir.
Vemos em outro episódio onde a Bíblia diz que DEUS desceu - JESUS, em uma Teofania (preencarnação de JESUS) se manifestou a Abraão para o abençoar, mas quem foi ver e aplicar juízo foram dois anjos enviados por DEUS.
E levantou os olhos e olhou, e eis três varões estavam em pé junto a ele. E, vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, e inclinou-se à terra, Gênesis 18:2 Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito, descerei agora e verei se, com efeito, têm praticado segundo este clamor que é vindo até mim; e, se não, sabê-lo-ei. Então, viraram aqueles varões o rosto dali e foram-se para Sodoma; mas Abraão ficou ainda em pé diante da face do Senhor. Gênesis 18:20-22
Então, disseram aqueles varões a Ló: Tens alguém mais aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar; pois nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem engrossado diante da face do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo. Gênesis 19:12,13
 
Em Sinear os descendentes de Noé construiam duas gigantescas obras, a cidade de Babilônia e a Torre que mais tarde seria cahama "Torre de Babel".
Em sua infinita sabedoria e amor, para não destruir outra civilização, DEUS sabe exatamente o que fazer para impedir a loucura daqueles homens - confunde a língua daquela civilização (Gn 11.5-7).
Desentendendo-se, os filhos de Noé reagrupam-se de acordo com sua nova realidade linguística, e espalham-se por toda a terra.
A rebelião daqueles homens fora realmente grande. Mas como DEUS havia prometido não mais destruir a humanidade (Gn 9.11), decide espalhá-la para que os homens, separados uns dos outros, tivessem mais oportunidade de sobreviver numa terra contaminada pela apostasia.

 
2. O efetivo povoamento da Terra.
 
Sabemos que DEUS forçou os descendentes de Noé aos confins do mundo (Gn 11.9). Caso isso não tivesse acontecido, aquela geração teria o mesmo destino dos pré-diluvianos.
Assim como aquela geração chegou aos confins do mundo, o Senhor JESUS ordena-nos a levar o Evangelho até que todos os povos e nações venham a ouvir as Boas Novas (Mt 28.18-20). Quando isso acontecer, então virá o fim (Mt 24.14).

Capítulo 10 de Gênesis - Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé; e nasceram-lhes filhos depois do dilúvio.
Os filhos de Jafé são:
Gomer, e Magogue, e Madai, e Javã, e Tubal, e Meseque, e Tiras. E os filhos de Gomer são: Asquenaz, e Rifate, e Togarma. E os filhos de Javã são: Elisá, e Társis, e Quitim, e Dodanim. Por estes, foram repartidas as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações.
E os filhos de Cam são: Cuxe, e Mizraim, e Pute, e Canaã. E os filhos de Cuxe são: Sebá, e Havilá, e Sabtá, e Raamá, e Sabtecá; e os filhos de Raamá são: Sabá e Dedã. E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra. E este foi poderoso caçador diante da face do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. E o princípio do seu reino foi Babel, e Ereque, e Acade, e Calné, na terra de Sinar. Desta mesma terra saiu ele à Assíria e edificou a Nínive, e Reobote-Ir, e Calá, e Resém, entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade). E Mizraim gerou a Ludim, e a Anamim, e a Leabim, e a Naftuim, e a Patrusim, e a Casluim (donde saíram os filisteus), e a Caftorim. E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e ao jebuseu, e ao amorreu, e ao girgaseu, e ao heveu, e ao arqueu, e ao sineu, e ao arvadeu, e ao zemareu, e ao hamateu, e depois se espalharam as famílias dos cananeus. E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma, e Gomorra, e Admá, e Zeboim, até Lasa. Estes são os filhos de Cam, segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.
E a Sem nasceram filhos, e ele é o pai de todos os filhos de Éber e o irmão mais velho de Jafé. Os filhos de Sem são: Elão, e Assur, e Arfaxade, e Lude, e Arã. E os filhos de Arã são: Uz, e Hul, e Geter, e Más. E Arfaxade gerou a Salá; e Salá gerou a Éber. E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e o nome do seu irmão foi Joctã.
E Joctã gerou a Almodá, e a Selefe, e a Hazar-Mavé, e a Jerá, e a Hadorão, e a Uzal, e a Dicla, e a Obal, e a Abimael, e a Sabá, e a Ofir, e a Havilá, e a Jobabe; todos estes foram filhos de Joctã. E foi a sua habitação desde Messa, indo para Sefar, montanha do Oriente. 
Estes são os filhos de Sem, segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.
Estas são as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, em suas nações; e destes foram divididas as nações na terra, depois do dilúvio. Gênesis 10:1-32
 
Em resumo podemos dividir assim o povoamaneto da Terra pelos descendentes de Sem, Cam e Jafé.
De Sem vieram os semitas como Abraão até os judeus de hoje.
De Cam vieram os cananeus, os egípcios e os africanos.
De Jafé vieram os europeus de quem a maioria dos brasileiros são descendentes.
 
 
A Terra era um só continente - Pangea.
Como dilúvio houve rachaduras que, aos poucos, formaram os continentes e ilhas hoje existentes. Daí a facilidade dos descendentes de Noé em povoarem vários continentes e ilhas que mais tarde estavam separados.
Toda a água que se encontrava abaixo da superfície da Terra veio para cima, ao “romperem-se todas as fontes do grande abismo”. Antes do dilúvio, havia um bloco único continental também conhecido como Pangéia. Este sofreu imensas rachaduras, sendo destruído pelas chuvas torrenciais e pelas águas subterrâneas que afloravam sobre a Terra. Essa água, acompanhada de grande quantidade de lama, causou a morte de todos os animais, plantas e seres humanos que não estavam protegidos na arca de Noé.
Separação dos Continentes
Esse fato também explica a origem dos fósseis já encontrados, pois a grande maioria desses fósseis foi produzida em rochas sedimentares (processo pelo qual substâncias minerais ou rochosas, ou substâncias de origem orgânica, depositam-se em ambiente aquoso). Esse fenômeno fez também com que os continentes fossem se separando durante o período do dilúvio, encontrando-se atualmente em processo de acomodação. Há considerável evidência de que os continentes se moveram, separando-se. Pode não ter ocorrido que todo o movimento das placas dos continentes fosse completado durante o dilúvio; e movimentos significativos das placas podem ter continuado por algum tempo após o dilúvio.
De qualquer forma, as causas desse movimento não são bem compreendidas. Não se sabe se um movimento rápido das placas pode ter sido facilitado pelas “águas sob a terra” ou o rompimento das “fontes do abismo”, mas vale a pena considerar essa possibilidade. Atualmente, elas se movem muito lentamente, mas poderiam se mover mais rápido se houvesse condições apropriadas. No tempo presente, o monte Everest tem 2 m a mais do que tinha quando medido em 1954 pelos geólogos, devido a esse constante movimento das placas tectônicas.
Atualmente existem duas teorias com o objetivo de explicar o afastamento continental e a deformação da crosta terrestre com a formação das montanhas e outros acidentes geográficos (platôs, bacias oceânicas). Uma delas fala de um lento afastamento continental a partir de forças internas que atuam sobre eles (teoria das placas tectônicas) e a outra defende um afastamento rápido dos continentes, considerando que os mesmos “boiavam” e foram deslizando sobre as águas subterrâneas (teoria da deriva continental).
Embora a Bíblia não ofereça qualquer explicação sobre isso, podemos concluir que o fato do dilúvio tende a favorecer mais a última idéia de um afastamento rápido e cataclísmico, sendo que atualmente esse afastamento ainda continua, mas de forma muito lenta (pois estamos no período de acomodação dessas placas), o que origina os terremotos, maremotos e erupções vulcânicas atuais. Observando essas tragédias atuais causadas por tais fenômenos da natureza, o que não poderíamos imaginar sobre as conseqüências de um movimento rápido dessas placas, durante o dilúvio…?
Existe uma hipótese que diz que os dinossauros morreram com a queda de um grande meteoro na Terra, a qual é ensinada nas escolas como um fato já estabelecido. Costumamos repeti-la sem ao menos pensar no fato de que o meteoro matou animais tão grandes e resistentes como dinossauros, mas deixou vivas outras espécies animais bem mais sensíveis e frágeis. Por outro lado, o dilúvio explica bem a grande mortandade desses animais, pois devido ao tamanho de algumas espécies, seria necessária uma grande quantidade de material e, também, um tempo curto para sedimentá-los.
As águas que desceram do céu e, também, as que vieram do subsolo foram suficientes para cobrir em 15 côvados as montanhas mais altas por dois motivos: 1) a superfície terrestre era bem mais plana naquele período; e 2) as montanhas atuais foram formadas por compressão ou sobreposição da crosta terrestre, na época em que as placas continentais estacionaram e todo esse material foi-se projetando para cima.
Já ouvi alguns estudiosos afirmarem que os continentes se separaram quando houve a divisão da Terra nos dias de Pelegue (Gn 10.25). A idéia que esse texto nos dá é que o território estava sendo dividido entre eles e não que as placas continentais estavam-se separando. Um fato que contribui para essa idéia é que as diferenças entre os animais terrestres da América do Sul e da África são tão grandes que parece pouco provável que esses continentes estivessem ligados após o dilúvio.
Em Que nos Basear?
A Bíblia relata os acontecimentos de forma bastante resumida (2.000 anos de história são relatados do cap 2 ao cap 12 de Gênesis), e seu objetivo não é comprovar cientificamente os fatos, mas traçar a história da humanidade para que possamos compreender melhor a questão do pecado e como o homem deveria proceder para se aproximar novamente de seu Criador. Mas como podemos perceber neste artigo, a história bíblica não está em desacordo com as descobertas científicas, nem com as leis da natureza. Existe sim uma divergência muito grande com algumas hipóteses e teorias (como a da evolução das espécies), que até hoje não puderam ser comprovadas cientificamente, mas que são divulgadas na televisão, nas revistas e nas escolas como um fato concreto e indiscutível. Muitos cientistas atuais ainda insistem em desenvolver suas pesquisas e raciocínios partindo de um princípio de que DEUS não existe e que a Bíblia é um exemplo de alienação do verdadeiro conhecimento moderno. Muitas teorias vêm e vão, outras são bastante difundidas e logo caem em desuso, mas a Palavra de DEUS permanece para sempre. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Sl 111.10). Milhões de dólares são gastos em pesquisas para se descobrir o que já estava escrito na Bíblia há mais de 3 mil anos. Mas esse é um assunto para os próximos artigos…
Outras passagens bíblicas acerca do dilúvio: Gn 10.1,32; 11.10; Sl 29.10; 104.6-9; Is 54.9; Mt 24.38-39; Lc 17.26-27; Hb 11.7; I Pe 3.20; 2 Pe 2.5;3.3-7
Fontes de pesquisa:
www.degeo.ufop.br/geobr/artigos/artigos_completos/volume3/celino.pdf
www.scb.org.br
http://www.revistacriacionista.com.br
http://www.universocriacionista.com.br
http://www.antesdelfin.com
Onde tudo começou? Uma pequena introdução ao Criacionismo – material produzido pelo prof. Adauto Lourenço
Manual Bíblico Vida Nova
Manual Bíblico de Halley
CR-Rom História da Vida (www.cpb.com.br)
https://www.revistaimpacto.com.br/biblioteca/ciencia-e-fe-o-diluvio-e-a-formacao-dos-continentes/
 
 
3. A eleição de Sem.
Embora os três filhos de Noé, provavelmente, fossem trigêmeos, pois nasceram todos no mesmo ano 500 da vida de Noé, parece que Sem era o primogênito, tendo assim o direito de primogenitura, sendo escolhido por DEUS para dai nascer o salvador JESUS CRISTO.
E era Noé da idade de quinhentos anos e gerou Noé a Sem, Cam e Jafé. Gênesis 5:32
 
Muitos semitas eram idólatras, porém, Abraão foi achado fiel.
Então, Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor, DEUS de Israel: Dalém do rio, antigamente, habitaram vossos pais, Tera, pai de Abraão e pai de Naor, e serviram a outros deuses. Josué 24:2
Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Josué 24:14, 15.
 
Abraão foi escolhido no meio de uma geração pervertida, assim como Noé havia sido escolhido em meio a sua geração.
Eu, porém, tomei a Abraão, vosso pai, dalém do rio e o fiz andar por toda a terra de Canaã; também multipliquei a sua semente e dei-lhe Isaque. Josué 24:3
Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque, sendo ele só, eu o chamei, e o abençoei, e o multipliquei. Isaías 51:2
Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Hebreus 11:8
 
 
Abraão foi chamado por DEUS tendo em vista JESUS que seria de sua descendência. (Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é CRISTO. Gálatas 3:16)
JESUS foi adotado por filho por José, descendente direto do rei Davi (Lc 2.4), portanto, tendo direito a ser rei. (No milênio governará como rei) - Para a igreja é rei dos reis (Ap 19.16).
JESUS era filho de Maria, descendente direta de Arão, sumo sacerdote (Lc 1.5; 36), portanto, tendo direito a ser sumo sacerdote sobre Israel. (No milênio ministrará como sumo sacerdote) - Para a igreja é Sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.10).
Desse mesmo modo, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. A Escritura não declara: “E aos seus descendentes”, como se referindo a muitos, mas exclusivamente: “Ao seu descendente”, transmitindo a informação de que se trata de uma só pessoa, isto é, CRISTO. Gálatas 3:16
 
 
Assim como as línguas dividiram as nações neste período, as línguas nos unem pelo ESPÍRITO SANTO em nós desde o pentecostes, a igreja é formada pelos unidos pelo batismo no ESPÍRITO SANTO.
Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando? Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia, e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos), e cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de DEUS.
E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? Atos 2:1-12
 
 
CONCLUSÃO
A segunda civilização humana (a primeira nasceu com Adão e Eva), tem início com a maldição de Noé sobre Canaã filho de Cam, que desonrou seu pai ao vê-lo nú, devido a uma embriaguês por vinho que ele mesmo havia plantado e colhido.
Noé, devido a isso, perdeu autoridade sobre seus filhos. Numa união em torno de um famoso caçador, Ninrode, todos decidiram viver juntos e construirem uma cidade e uma torre que os levasse até ao céu. Uma clara desobediência a DEUS. Todos falavam a mesma língua, eram um só povo, unidos pelo desejo de independência de DEUS. Para que não fossem destruídos como a civilização antediluviana, era necessária uma intervenção divina. DEUS confundiu suas línguas e os espalhou por toda Terra. Abraão foi chamado para que de sua descendência nascesse o Salvador JESUS CRISTO.
A ordem de JESUS para todos nós é: E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-as a guardar todas as que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:19,20
 
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - O filho mais novo de Noé rebelou-se e inaugurou outro período de decadência e apostasia aos mandamentos divinos.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A civilização de Noé dispunha de grandes elementos para forjar uma sociedade globalista: uma só língua, um só povo e uma só cultura.
SÍNTESE DO TÓPICO III - DEUS interveio, confundiu a língua e dispersou os descendentes de Noé.
 
 
 
PARA REFLETIR - A respeito de “O Primeiro Projeto de Globalismo”, responda:O que foi a segunda civilização? Após o Dilúvio, o Senhor firmou uma nova aliança com Noé. E, assim, o patriarca deu início à segunda civilização humana.
Em que consistiu a apostasia de Cam? O episódio da vinha de Noé acabou por revelar a irreverência de Cam, o seu filho caçula.
Quem foi Ninrode? Ninrode, filho de Cuxe e neto de Cam (Gn 10.6-9). Ele é descrito como “poderoso caçador diante do Senhor”.
O que DEUS fez para a salvar a humanidade de si mesma? Para salvar a humanidade de si mesma, DEUS interveio, confundindo-lhe a língua.
Para que DEUS chamou Abraão? DEUS chamou Abraão, para dar continuidade à linhagem messiânica, da qual sairia JESUS, o CRISTO, Verdadeiro Homem e Verdadeiro DEUS.
 
 
AJUDA DE LIÇÕES PASSADAS 
 
 
Lição 10 - A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade - 4º trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de Gênesis - Comentarista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
 
 
 
TEXTO ÁUREO"[...] Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer" (Gn 11.6).
 

VERDADE PRÁTICAApesar da multiplicidade de línguas e dialetos, decorrente da confusão de Babel, o Evangelho de CRISTO pode ser perfeitamente entendido em todos os idiomas e culturas.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 11.1-9 - Torre de Babel, um monumento à soberba humana
Terça - Gn 10.20 - Os povos e nações são divididos em línguas
Quarta - Is 66.18 - Povos e línguas contemplarão a glória de DEUS
Quinta - Dn 3.4-7 - Nações e línguas curvam-se
Sexta - At 21.37-40; 27.31 - Paulo, um missionário poliglota escolhido pelo Senhor
Sábado - At 2.1-4 - A reversão de Babel em o Novo Testamento
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 11.1-9
- E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala. 2 - E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali. 3 - E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal. 4 - E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. 5 - Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; 6 - e o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7 - Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. 8 - Assim, o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. 9 - Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.
 
OBJETIVO GERALMostrar como se deu a diversidade cultural da humanidade.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Saber a respeito da torre de Babel;
Analisar como se deu a confusão de línguas;
Mostrar que a multiplicidade linguística e cultural, depois da Torre de Babel, tornou-se um fato.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORNa lição de hoje estudaremos a respeito da construção da Torre de Babel. Veremos que um dos fatores que contribuíram para que a depravação da humanidade viesse a crescer de forma vertiginosa foi o monolinguismo. A Terra havia sido purificada pelas águas do dilúvio, mas a semente do pecado estava em Noé e em seus descendentes. Não demorou muito para que o pecado se alastrasse novamente. Já que não havia impedimento quanto a língua, os homens cheios de soberba, e com um espírito de rebelião se unem para fazer um monumento que seria símbolo da sua empáfia. DEUS não estava preocupado com a construção ou com o tamanho da torre, mas com a arrogância que dominava, mais uma vez o coração do homem. O Senhor abomina a altivez, o orgulho (Pv 6.17). Que venhamos guardar os nossos corações destes sentimentos tão nefastos.

PONTO CENTRALO monolinguismo contribuiu para que a primeira civilização humana se tornasse uma civilização depravada e distante do Criador.
 
Resumo da Lição 10 - A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade
I - A TORRE DE BABEL
1. O monolinguismo.
2. Uma nova apostasia.
3. Um monumento à soberba humana.
II - A CONFUSÃO DE LÍNGUAS
1. Uma cidade à prova d'água.
2. A torre que DEUS não viu.
3. Quando ninguém mais se entende.
III - A MULTIPLICIDADE LINGUÍSTICA E CULTURAL
1. Linguísticas.
2. Culturais.
3. Geográficas.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - soberba dos homens da primeira civilização os levaram a desejar construir uma torre, um monumento a soberba humana.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Como uma forma de dificultar os intentos perversos dos homens, DEUS confundiu as línguas.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A confusão das línguas contribuiu para a multiplicidade linguística e cultural da humanidade
 
PARA REFLETIR - A respeito do livro de Gênesis:O que levou os descendentes de Noé a construírem a torre de Babel?
Eles queriam fama e desejavam segurança. Foram movidos pelo orgulho.
Como eles construíram a torre?
Eles prepararam o material: tijolos bem queimados e betume.
O que teria acontecido se eles tivessem alcançado o seu intento?
O homem não teria cumprido o mandato cultural que DEUS havia lhe dado.
O que, hoje, separa os seres humanos?
A diversidade linguística, cultural e geográfica.
Que episódio bíblico é considerado o contraponto da torre de Babel?
A proclamação do Evangelho, pois no Pentecostes, "todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem" (At 2.4).
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 64, p. 41. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos
 
SUGESTÃO DE LEITURA
Introdução à Teologia da História, Síntese Bíblica do Antigo Testamento - Vol. 1 e Perfeitamente Imperfeito
 
 
 
 
Comentários de diversos autores com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique
Observações do Pr. Luiz Henrique
CURIOSIDADES - PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
Por que queriam construir uma torre que tocasse o céu?
Resposta:
1- Queriam ser como DEUS;
2- Queriam um nome, uma identificação, não com DEUS;
3- Queriam desobedecer a DEUS que queria que se espalhassem e se multiplicassem e povoassem toda a Terra.
4- Queriam ficar juntos e rebeldes só em um local para se sentirem mais fortes do que DEUS.
 
A ordem de DEUS foi:
Gn 9.1 E abençoou DEUS a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra.
A resposta dos homens foi:
Gn 11.4 E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra
.
Vontade de DEUS - povoassem toda a Terra. - Vontade dos homens - para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
Os homens disseram Eia... DEUS respondeu: Eia...
Gn 11.7 - Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro
 
O capítulo 11 de Gênesis expõe a história de Babel, concluindo todos os relatos pré-abraâmicos. Além de encerrar a série de narrativas das origens, a história de Babel leva-nos diretamente para a narrativa de Abraão e a conseqüente à formação do povo de DEUS. A história de Babel tem como um de seus intuitos apresentar o ambiente pagão e politeísta do nosso pai na fé, Abraão.
Gênesis 11 mostra que a confusão do idioma, quando DEUS decidiu confundir as línguas da humanidade, ocorreu na quarta geração pós-diluviana. O propósito por trás do relato da Torre de Babel está paralelamente ligado ao mesmo propósito da narrativa de Adão e Eva em Gênesis 3: mostrar a busca pela própria autonomia e usurpar a glória de DEUS.
A Torre de Babel representa a eterna tentativa do ser humano em ser autônomo, ser independente e dono do seu próprio destino. Mas o texto deixa claro que quando o ser humano porfia por esse caminho, ele entra pelo caminho da morte, da rebelião contra a vontade de DEUS.De outro modo, o Dia de Pentecoste representa o ideal de DEUS, por intermédio da Igreja, o Corpo de CRISTO, em viver uma comunhão verdadeira e uma vida que faça sentido para o ser humano. A Torre de Babel é a tentativa da emancipação do homem por si mesmo; o Dia de Pentecoste é DEUS, por intermédio do ESPÍRITO SANTO, emancipando o ser humano. (http://perto-fim.blogspot.com/2015/11/licao-10-origem-da-diversidade-cultural.html)
 
Os primeiros nove versos do capítulo 11 devem ser tratados como parte do capítulo 10, visto fazerem parte das gerações dos filhos de Noé. A seqüência da narrativa mesmo exige esta conexão. Na ordem de tempo estes nove versos do cap. 11 deviam preceder o cap. 10, visto que o espalhamento do povo e sua formação em nações já foi o resultado da confusão das línguas, descritas nestes nove versos. Nós, porém, seguimos a ordem em que se encontram os dados históricos, deixando a cronologia no mérito em que Moisés a colocou.
DEUS primeiro colocou sua vontade escrita no capítulo 10, depois colocou como teve que fazer para que sua vontade fosse satisfeita no capítulo 11.
Não era preciso outro idioma se todos fossem obedientes a DEUS, pelo contrário, o evangelho seria pregado muito mais rápido a todos e todos seriam salvos. Todos seriam realmente irmãos, tanto descendentes se Noé, como filhos de DEUS.
 
A cidade de Babilônia foi resultado da torre de babel. Babel - Confusão de línguas - Babilônia - Portal de "DEUS". primeira cidade fundada depois do dilúvio = Babilônia, cidade mais antiga da Terra. Depois dela existe uma discussão, mas a mais aceita é Nínive.
 
Noé, Sem e Jafé estavam vivos nesta época de Babel, mas como aconteceu na época de Lameque o povo de DEUS se misturou com o povo do maligno (Cam). Noé deve ter lutado contra a torre, explicado que DEUS lhe havia dito que nunca mais destruiria a Terra com um dilúvio, mas Ninrode agora se tornara uma influência poderosa sobre eles por ser um exímio caçador, sua ambição por poder o levou a um ato de rebeldia contra DEUS e assim liderou a construção de uma torre para levar o povo a se tornarem independentes de DEUS. A torre era impermeável, a prova de água.. Queriam independência total de DEUS. Eram aproximadamente 1000 pessoas lideradas por Ninrode.
Noé ainda pode testemunhar sobre o dilúvio para Terá, pai de Abraão e possivelmente para o próprio Abraão. Noé morreu com 950 anos com um belíssimo testemunho de DEUS a seu favor:
 
 
Comentários de BEP - CPAD
11.2 NA TERRA DE SINAR. Sinar é o nome que o AT dá ao território da antiga Suméria e, posteriormente, chamado Babilônia ou o termo geral Mesopotâmia.
11.4 EDIFIQUEMOS... FAÇAMO-NOS UM NOME. O pecado do povo na terra de Sinar foi a ambição de dominar o mundo e dirigir o seu próprio destino, à parte de DEUS, através da união política centralizada, poder e grandes conquistas. Esse desígnio era fruto do orgulho e rebeldia contra DEUS. DEUS frustrou o propósito deles, multiplicando idiomas em seu meio, de tal maneira que não podiam comunicar-se entre si (vv. 7,8). Isso deu origem à diversidade de raças e idiomas no mundo. Nesse tempo, a raça humana deixando a DEUS, voltou-se para a idolatria, a feitiçaria e a astrologia (Is 47.12; ver Êx 22.18 nota; Dt 18.10). As funestas conseqüências deste estado espiritual nos seres humanos é descrita em Rm 1.21-28. DEUS os entregou à impureza dos seus próprios corações (Rm 1.24,26,28), e, com Abrão, Ele prosseguiu dando cumprimento ao propósito da salvação da raça humana (ver v. 31).
11.28 UR DOS CALDEUS. Essa cidade antiga ficava cerca de 160 km a sudeste da cidade de Babilônia, perto do rio Eufrates, na região hoje chamada Iraque. Sin , o deus-lua, era o deus padroeiro dessa cidade.
 
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
A INTERVENÇÃO DE DEUS SOBRE BABEL1. Ameaça a unidade da raça humana
2. Orgulho e autossuficiência
3. Confusão e dispersão
OBJETIVO - Concordar que se DEUS não tivesse intervido em Babel, seu plano de ocupação plena da Terra não teria se concretizado.
IMPORTANTE
Esclarecer que as características de cada raça foram estabelecidas pela própria Natureza, mediante a vontade divina. Por isso, a cor escura dos camitas, nada tem a ver com a maldição de Noé sobre Cão (Cam), pois é uma consequência de um componente químico, chamado melanina, fornecido pelo Sol, naquele continente.
A destruição de Babel e a confusão das línguas foi um mal necessário, pois o desejo dos descendentes de Noé era o de construir urna torre, para que se estabelecesse como urna unidade universal e um ponto de referencia da idolatria. Por isso, DEUS, sabiamente, a desfez e os obrigou a se dispersarem pelos continentes.
1. Ameaça a unidade da raça humana (Gn 11.1,2).
Noé e seus filhos, ao saírem da Arca, deixaram as montanhas do Ararate, na atual Armênia, e foram para as partes baixas e férteis que ficam entre o Tigre e Eufrates, a 320 km do mar, onde desembocam estes rios. Foi nesta terra que se iniciou urna nova civilização pós-diluviana. Possivelmente, neste lugar, os homens de então desenvolveram suas habilidades em artes e tecnologias próprias, capazes de planejarem a construção de cidades e um prédio de muitos andares, como Babel.
Mas o destaque destes primeiros versículos, é que os descendentes de Noé se multiplicaram e todos falavam urna mesma língua. Havia urna certa unidade de pensamento e de entendimento, que se manifestava de modo natural, porque era um só povo. Mesmo havendo o reinício da humanidade, o estigma do pecado, herdado de Adão e Eva (Rm 5.12), estava em cada pessoa daquela geração pós-diluviana.
2. Orgulho e autossuficiência (Gn 11.3;4 ).
Por estes mesmos pecados, Lúcifer foi expulso da presença de DEUS (Is 14.12-15). Ele não deixou por menos esta geração pós-diluviana, ao inspirar o sentimento de orgulho e autossuficiência. Dominados por este sentimento, e unidos pela comunicação, através de urna só língua, imaginaram fortalecer o poder humano, construindo urna cidade grande e urna torre que tocasse os céus. Esta intenção revelava;·também; a insegurança deixada pelo Dilúvio. Facilmente, esqueceram da aliança que DEUS havia feito com Noé.
3. Confusão e dispersão (Gn 11.5-9).
No versículo 5, DEUS resolveu "descer", quando os homens construíam a cidade e a torre. A expressão "então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre" é urna linguagem especial, para indicar o Todo-poderoso que se move, preocupa-se com suas criaturas e as obras que elas realizam.
No versículo 6, DEUS diz: "O povo é um e tem a mesma linguagem ". Esta declaração divina não significa que a unidade seja. urna coisa má. Entretanto, em relação àquele povo, ela tinha um fim negativo, pois visava confrontar a autoridade divina e estabelecer a autossuficiência humana.
No versículo 7, o Senhor reforça o papel divino, com urna forma plural do pronome pessoal, quando diz: "Vinde, desçamos e confundamos sua linguagem". Podemos perceber que a Trindade "desceu'.', para fazer aquele trabalho especial. Possivelmente, os anjos de DEUS fizeram parte da comitiva divina. Na infinita sabedoria e presciência e DEUS, todo aquele episódio obedeceu a um plano especial e milagroso. Foi o resultado dá intervenção divina. que conduziu aquele povo a fazer o que mais temia, ou seja, "espalhar-se pela terra". Se a mesma língua era suficiente para mantê-los unidos. DEUS produziu na mente deles a confusão da linguagem que tinham e entendiam, e os dispersou para todos os lados e cada grupo, isoladamente, desenvolveu um idioma, pelo qual pudesse se entender e comunicar-se.
CONCLUSÃO
No capítulo 11, ternos a demonstração da soberania divina intervindo na vida humana, para salvá-la.
DEUS não destruiu a torre de Babel, por recear que o homem pudesse elevá-la até os céus, pois isto era impossível. Esta atitude do Criador, entretanto, foi por causa da desobediência dos descendentes de Noé, pois o Senhor lhes falara que crescessem, multiplicassem e enchessem a Terra.
Todos nós, os seres humanos, somos descendentes dos três filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé. Após a destruição de Babel, os pós-diluvianos espalharam-se, imediatamente, por toda a parte. Daí, a origem das civilizações indígenas, as quais já se encontravam nas Américas, quando os europeus as descobriram.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
 
 
 
 
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
A confusão de línguas (11.1-9). O cenário desta história curta, mas intrigante, forma-se depois do dilúvio com os descendentes de Noé que se agruparam por uma língua comum e logo começaram a migrar para novos territórios. Cronologicamente, a história está relacionada com as fases mais primitivas de migração, pois 10.25 fala de uma divisão de povos nos dias de Pelegue e 11.8 menciona um espalhamento de clãs. O relato foi colocado depois das três genealogias do capítulo 10 para que sua relação com a profecia de Noé (9.25-27) não fosse perturbada. Mudando-se da região do monte Ararate, os povos se instalaram em Sinar (2), que é o vale da Mesopotâmia, o local dos vestígios mais antigos da civilização por nós conhecido. O vale é banhado pelos rios Tigre e Eufrates, sendo muito fértil. A história nos conta que, em assembleia, os novos habitantes de Sinar tomaram uma decisão totalmente fora da vontade de DEUS. O propósito da ação proposta é claro. Queriam fama: Façamo-nos um nome (4). E desejavam segurança: Para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. Ambas as metas seriam alcançadas somente pelo empreendimento humano. Não há dúvida sobre a ingenuidade das pessoas. Não tendo pedras, fabricaram em seu lugar tijolos de barro que depois queimaram bem (3). Viram a utilidade do betume (asfalto) abundante na área e o usaram como cal ou argamassa. Trabalharam com persistência até que houvesse bastante tijolo para o projeto de construção. O interesse principal deste povo estava numa torre (4), embora também houvesse a construção de uma cidade. A torre ia alcançar os céus. Nada é dito sobre um templo no topo da torre, por isso não está claro se a torre era como os zigurates que houve mais tarde na Babilônia. Havia morros enormes e artificiais feitos de tijolo, alguns elevando- se até 90 metros acima da planície circunvizinha. Colocados no centro das cidades, eram encimados por um templo dedicado a uma deidade pagã e, em inscrições antigas, há a descrição de que chegavam até o céu. O paganismo estava indiretamente envolvido nesta história, pois havia um ímpeto construtivo em direção ao céu e o único verdadeiro DEUS foi definitivamente omitido de todo o planejamento e de todas as metas. Mas DEUS não estava inativo. Ele observava o que estava acontecendo e logo mostrou sua avaliação da situação. O homem não foi cria­ do como ser independente de DEUS. Ser “à nossa imagem” (1.26) significava que o homem estava dotado de grandes poderes e que era totalmente dependente de DEUS para sua essência de vida e razão de ser. Há ironia no monólogo do Senhor. Os povos estavam unidos, tinham comunicação aberta entre si, contudo arruinaram estas bênçãos em rebelião contra o Criador. DEUS não permitiria ser ignorado, e a loucura da ilusão humana de que posses e atividades criativas eram insuperáveis não ficaria sem confrontação. O julgamento de DEUS logo manifestou estas ilusões. Para demonstrar que a unidade humana era superficial sem DEUS, Ele introduziu confusão de som na língua humana. Imediatamente estabeleceu-se o caos. O grande projeto foi abandonado e a sociedade unida, mas sem temor de DEUS, foi despedaçada em segmentos confusos. Em hebraico, um jogo de palavras no versículo 9 é pungente. Babel (9) significa “confusão” e a diversidade de línguas resultou em balbucios ou fala ininteligível.
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
 
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
FIM E PRINCÍPIO: BABEL E CANAà(11:1-32)
11:1-9. Babel.
A história primeva atinge seu clímax infrutífero quando o homem, cônscio das suas novas capacidades, prepara-se para glorificar-se e fortalecer-se mediante um esforço coletivo. Os elementos componentes do relato, foram sempre uma característica do espírito do mundo. O projeto é tipicamente grandioso. Os homens o descrevem excitadamente uns aos outros como se fosse a realização última — o que lembra muito bem as glórias do homem moderno em seus projetos espaciais.
Ao mesmo tempo, deixam entrever sua insegurança ao reunir-se em multidão para preservar a sua identidade e gerir os seus bens (4). A narrativa capta o absurdo e a gravidade simultâneos do fato. Mesmo os materiais são provisórios, como o assinala o versículo 3, mas os construtores são mais fracos ainda. Há ironia no eco do alarido dos homens, “ Vinde ... Vinde ...” que encontramos nas palavras de DEUS,
“Vinde, desçamos...” , e o fim é um anticlímax: “cessaram de ” . A cidade semi-construída é um monumento mais que suficiente deste aspecto do homem. Contudo, isso também é levado a sério. Aos ouvidos modernos, 6 é
totalmente adequado: “ Isto é só o começo...; agora, nada do que eles se propuserem ... ser-lhes-á impossível” (RSV). A nota de prognóstico assinala o interesse de um Criador e de um Pai, não de um rival; é como o que disse o nosso Senhor: “ Se em lenho verde fazem isto...” (Lc 23:31). Isto deixa claro que a unidade e a paz não são os bens últimos: é melhor a divisão do que a apostasia coletiva (cf. Lc 12:51).
O fim revela a decisiva mão de DEUS nos quefazeres humanos. É questão reconhecida que a incompreensão mútua tem suas causas naturais, tais como as próprias atitudes de orgulho e temor expressas no v. 4 (que poderia ser o moto do nacionalismo moderno); mas, em última instância, é a justa disciplina aplicada por DEUS a uma raça insubordinada.
O pentecostes iniciou um novo capítulo da história, na articulação de um Evangelho em muitas línguas. A inversão final é prometida em Sf 3:9: “ Sim, naquele tempo mudarei a linguagem dos povos para uma linguagem pura, para que todos invoquem o nome do Senhor e o sirvam de comum acordo” (RSV).
1. Uma linguagem (AV, RV, AA. Literalmente, “ uma [série de] palavras” ) é preferível a RSV: poucas palavras, embora uma e outra sejam possíveis (ver o hebraico de Ez 37:17; Gn 27:44 respectivamente).
O episódio deu-se logo depois dó dilúvio (cf. 10:5, etc.) ou, de outro modo, limitou-se a um povo particular, se a terra aqui significar “ território” . (A impressão de que este é um grupo de colonizadores com medo de sofrer ataque (2,4) empresta algum apoio à segunda interpretação.)
9. Babel (Babilônia) dava-se a si própria o nome de Babilônia “portal de DEUS” (que pode ter sido uma lisonjeira reinterpretação do seu sentido original).1 Mas. mediante um jogo de palavras, a Escritura sobrepõe o rótulo mais verdadeiro, bãlal (“ele confundiu” ). Na Bíblia, esta cidade veio a simbolizar crescentemente a sociedade ateísta, com suas pretensões (Gn 11), perseguições (Dn 3), prazeres, pecados e superstições (Is 47:8-13), suas riquezas e sua eventual ruína (Ap 17,18).
Uma de suas glórias foi seu enorme ziggurat, montanha artificial encimada por um templo cujo nome, Etemenanki, sugeria a ligação de céu e terra. Mas foram os seus pecados que “se acumularam até ao céu” (Ap 18:5). No Apocalipse ela é contrastada com a santa cidade que desce “do céu”, cujas portas abertas unem as nações (Ap 21:10, 24-27).
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
 
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
A TORRE DE BABILÔNIA OU BABEL E A CONFUSÃO DAS LÍNGUAS
Os primeiros nove versos do capítulo 11 devem ser tratados como parte do capítulo 10, visto fazerem parte das gerações dos filhos de Noé. A seqüência da narrativa mesmo exige esta conexão. Na ordem de tempo estes nove versos do cap. 11 deviam preceder o cap. 10, visto que o espalhamento do povo e sua formação em nações já foi o resultado da confusão das línguas, descritas nestes nove versos. Nós, porém, seguimos a ordem em que se encontram os dados históricos, deixando a cronologia no mérito em que Moisés a colocou. O primeiro verso do capítulo 11 declara que antes da confusão das línguas todo o mundo de então "era de uma mesma língua e de uma mesma fala". Qual seria esta língua, ainda ninguém pôde dizer. Antigamente, tanto judeus como cristãos criam que essa língua era a hebraica e ainda há hoje quem assim pense, sendo que só a tribo que ficou fiel a Jeová, a de Sem, teve o privilégio de reter a língua original, língua esta que foi falada no Éden e continuou depois da queda e da torre de Babel. No entanto, os progressos da filologia não deixam muita base a esta teoria. A origem das línguas é um assunto assaz difícil, e algumas delas têm sua história perdida nas brumas do passado, sem que o filólogo lhes consiga achar o começo. A língua hebraica é uma destas. Se ela foi a língua original ou não, é, como vimos, difícil afirmar e difícil negar, mas, caso não seja, deve ter tido um princípio como as outras, e, neste caso, qual teria sido? A nação hebraica veio de Abraão, e Abraão veio de Ur dos Caldeus, e a língua que se falava ali não era o hebraico como o temos nos escritos do V.T. A língua caldaica desse tempo era a antiga língua da Acádia que, provavelmente, foi a língua primitiva da terra. Os documentos ou tijolinhos descobertos nas ruínas das cidades contemporâneas de Abraão, todos são do tipo cuneiforme, e só temos que admitir que esta foi a língua de Abraão antes de mudar-se para Canaã. É, pois, difícil achar-se o ponto de partida, a gênese do hebraico. Crêem alguns, que ela começou a se desenvolver com o intercurso de Abraão com os povos da Palestina e se elaborou durante os anos que os hebreus permaneceram no Egito. À primeira vista, tomando as diversas estórias que se relacionam com a vida de Abraão, parece que uma era a língua tanto dos hebreus como dos heteus e mesmo egípcios, porque Abraão desceu de Padã-Arã e pôde comunicar-se com os heteus que moravam na terra. Desceu ao Egito por causa da terrível fome na Palestina, e lá o encontramos em franco intercurso com os egípcios, como se a sua língua fosse a deles. Entretanto, nada há de similaridade entre os hieróglifos do Egito e a língua hebraica. O problema parece resolver-se, se atentarmos em que haveria pontos comuns entre todas e que não seria preciso muitos meses para qualquer pessoa, numa terra de língua estranha, se poder fazer compreender. Este assunto, conquanto seja fascinante e mereça acurado estudo, não pode ser estudado aqui, ficando para a filologia comparativa decidir a questão, se puder.
Crêem alguns expositores que Abraão abandonou sua língua quando chegou a Canaã e adotou a língua da terra, e que, quando desceu ao Egito, já falava a língua corrente na terra de Canaã, quer fosse o cananeu ou heteu ou qualquer outro idioma, e que dessa língua veio depois o hebraico. Alguns monumentos descobertos têm inscrições com caracteres hebraicos, o que leva a crer que o hebraico já seria falado na Palestina quando da vinda de Abraão para ali. Em Isaías 19:18 há uma expressão que parece denotar que a língua de Canaã era falada até mesmo no Egito; Mas esta Escritura ou profecia visa ao futuro e pouca força tem para mostrar que a língua de Canaã era o hebraico e que foi levada por Jacó para o Egito e na volta do povo ainda era falada na terra. É admissível que houvesse pontos de contato entre as diversas línguas, ou mesmo similaridade, mas é difícil crer que o hebraico fosse falado na Palestina no tempo de Abraão. Não há dúvida de que havia um grande grupo de línguas irmãs, ainda assim bem diferentes, mesmo nos caracteres, como sejam, a etiópica, a árabe e mais tarde a aramaica, e talvez elas sejam filhas de uma outra língua, provavelmente morta. As recentes descobertas arqueológicas lançam muita luz sobre o problema filológico, especialmente no que se refere ao hebraico. Sabe-se que o hebraico é língua flexionável, portanto, do ramo indo-germânico ou europeu, enquanto as demais línguas antigas são todas do tipo cuneiforme ou hieroglífico, como a egípcia. Alguns admitem o ano de 1.600 para o início da língua hebraica; outros, a colocam em 1.500, mais ou menos. Dá-se, Igualmente, como terra original desta língua a Península do Sinai. As tabuinhas encontradas em Serabite estão escritas num hebraico arcaico. Entre as diversas línguas usadas no Seminário de Raz-Shanra, no norte da Palestina, o hebraico era uma delas. O hebraico compõe-se de 22 letras, enquanto os alfabetos grego e latino têm 24, (quase o mesmo número). Há, pois, certa relação entre o hebraico e as línguas neolatinas. Quem foi o seu autor? De onde veio? Já se admite que Moisés, no Egito ou mais tarde em Midiã, organizou o alfabeto hebraico, o qual depois foi levado ao norte da Palestina e, pelos fenícios, ao mundo ocidental, dando a estes a glória de serem os seus inventores. No campo da filologia, há muito que investigar, mas a glória da Invenção do alfabeto está errada: não foram os fenícios os seus inventores. Os livros do Pentateuco foram escritos no hebraico; logo, esta língua existia no tempo de Moisés. Para não deixar o assunto sem dizer uma outra palavra sobre qual seria a primitiva língua do mundo antes da confusão, mencionarei, ligeiramente, alguns conhecimentos que o estudo do assunto tem trazido à luz. Como já vimos em Gênesis 11:1, diz-se que toda a terra era originalmente de uma mesma língua. Este problema tem sido para a filologia o que a pedra filosofal foi para a alquimia; tem estimulado exaustivos estudos e conseguido arranjar um volumoso material; e ainda que tudo isto não tenha compensado o esforço despendido, tem, todavia, aberto o caminho para as mais brilhantes descobertas no campo intrincado da filologia. Crendo, como diz o relato divino, que houve um tempo em que só existia uma língua, conjeturou-se que esta primitiva língua ainda existiria ou pelo menos poderia ser descoberta entre os muitos dialetos e línguas do mundo. Daí, as mais penosas investigações no estudo comparativo das línguas, as mais dispendiosas expedições a terras longínquas, e um enorme vocabulário colecionado e a mais angélica paciência, examinando e comparando tudo isto, tomando em consideração a idade de cada uma das línguas sujeitas ao estudo, a fim de descobrir a língua mãe. Muitas conclusões prematuras foram tiradas, e cada qual dos investigadores reclamava para si o privilégio de haver descoberto a preciosa língua materna. À medida, porém, que o estudo continuava, a maior soma de material era adquirida, mas se foi tornando patente que o problema não era de tão fácil solução e muito restava fazer para descobrir o alvo almejado, e que todas as conclusões precedentes tinham sido prematuras. Pensava-se que a mera similaridade de sons entre duas ou mais línguas fosse suficiente para denunciar uma origem comum, mas em breve se verificou que isso pouco contribuía para desvendar o mistério e que essas similaridades eram casuais. A presença de palavras iguais em duas línguas foi também admitida, como prova de que ambas provinham de um tronco comum, ou uma provinha de outra, sem indagar se uma tinha tomado tais palavras por empréstimo da outra ou não. Por exemplo, há no Português um grande número de palavras de origem saxônica. Será isto suficiente para provar que o Português e o Inglês tiveram a mesma origem? Esta suposição breve se esvaeceu também. Assim que a mera relação ou similaridade entre duas ou mais línguas, tomada a princípio como ponto de partida seguro, teve de ser abandonada e ser nova trilha procurada. Tiveram de deixar a superfície do assunto, e penetrar até ao âmago, e logo que esse curso foi adotado, uma completa revolução se efetuou em todas as noções e concepções prévias e, a despeito do grande número de línguas e da enorme distância que separa muitas delas, a mais significativa similaridade de estrutura e vocabulário se revelou aos olhos dos filólogos. Daí em diante foi relativamente fácil a classificação em famílias e grupos, de modo que as mais recentes investigações reduzem a três grupos principais todas as línguas do mundo: 1. As línguas isoladas, ou que não desenvolveram as primitivas raízes, nas quais não há flexão nem meio de exprimir a relação de número, pessoa ou gênero. As raízes permanecem estagnadas, sem desenvolvimento ou evolução. Para formar o plural ou gênero, ajunta-se palavra a palavra, sem nexo, afinidade ou coerência. O plural de um nome é feito pelo ajuntamento de dois nomes iguais no singular, como "casa" mais "casa", igual a "casas". A língua dos primitivos babilônios, e que, sem dúvida, é vizinha da língua mãe, é desse tipo. O hebraico apresenta vestígios disso (II Reis 3:16).
2. As línguas aglutinadas, que representam um grande avanço sobre as isoladas. Possuem já as várias formas da linguagem, suportando modificações de forma, para expressar a idéia; a este grupo pertence a maioria das línguas orientais.
3. As línguas flexionáveis, as mais desenvolvidas e perfeitas. Estas línguas são faladas pela raça indo-europeia ou jafetita e pela raça semita. Ambas pertencem ao Velho e Novo Testamentos.
A língua semita, o hebraico, é a língua em que o V.T. foi escrito. Talvez a mais rica e flexionável das línguas indo-européias seja a grega, usada no N.T. O sânscrito, que se crê ser a língua mãe do grego, pertence a este grupo. Tomando estas conclusões como um todo, parece que estamos em vias de resolver o assunto de qual foi a língua a que se refere Gênesis 11:1, mas, infelizmente, não é assim. É lógico que a língua mais elementar destes grupos seja a mais próxima do original, mas, assim mesmo, o tempo operou tantas transformações, que esta mesma não representa o tipo primitivo. Ao filólogo cabe dissecar, no laboratório de sua perspicácia e argúcia científica, o corpo desta língua rudimentar e ver o que o tempo lhe acresceu, e do restante verificar se é ou não a primitiva. Mas, há duas dificuldades insuperáveis, a nosso ver: primeiro, faltará um ponto de contato no processo comparativo, para se poder afirmar que esta língua, separados os elementos acrescidos através dos séculos, é realmente a língua primitiva; em segundo lugar, é impossível, pela mesma razão, saber o que foi original e o que foi acrescentado. Assim que, é difícil sair do labirinto filólogo. Entretanto, não há que desanimar. As investigações nos têm levado, talvez, bem perto do alvo, e se ainda não pudermos chegar lá, pode ser que futuros conhecimentos nos removam o resto dos obstáculos, e possamos deleitar-nos no estudo das línguas que Adão, Noé, Sem, Cão, Jafé, Ninrode e o resto de nossos antepassados falaram; e se nunca chegarmos a esse paraíso, consolemo-nos com a verdade de que antes da confusão das línguas, na torre de Babel, "toda a terra tinha uma mesma língua e uma mesma fala". Como ficou dito, a narrativa do cap.10 está em conexão com o cap.11:2, que terminou na confusão de línguas e conseqüente dispersão da raça. Este verso parece indicar que o povo estava ainda morando nas imediações da terra de Arará, onde a Arca parou. Se Arará é a mesma Armênia, o que é duvidoso, então o povo começou a mover-se para o Oriente, até a planície de Sinear ou Babilônia, numa extensão de 220 léguas, aproximadamente. Como a Armênia é um país extremamente montanhoso, é possível que o povo seguisse o curso do rio Eufrates numa extensão considerável, até chegar ao imenso planalto na terra de Sinear. Ainda que mais de 100 anos já tivessem passado depois do Dilúvio, devemos pensar que o povo não era ainda muito numeroso e que tal emigração não era difícil; ao mesmo tempo, é crível que alguns ficassem nas terras da Armênia. O território ocupado abrangia os antigos impérios da Assíria e Babilônia.
 
Tentativa de Centralização
Logo que chegaram a essa terra fértil e agradável, surgiu a idéia da formação de um grande centro, com meios de escapamento, no caso de outra catástrofe como a do Dilúvio: fundar uma cidade e erigir uma torre que tocasse os céus. Não é preciso supor que o fim desta torre fosse insultar e desafiar a DEUS, mas (Nota de Pr. Henrique - também) prover os meios de segurança e refúgio (Nota de Pr. Henrique - contra uma possível ação de DEUS). A falta maior estava em que a ordem de DEUS era povoar a terra por meio de dispersão, e eles queriam ficar juntos. E disseram uns aos outros: "Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E tijolos serviram-lhes de pedra, e betume de cal. E disseram: Eia, edifiquemos uma cidade e uma torre cujo topo toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra." Justamente o contrário do que DEUS tinha ordenado. Havia um motivo: "façamo-nos um nome". Havia um receio: ser espalhados pela face de toda a terra. A empresa era digna da ambição mundana de Ninrode. Conforme o cap. 10:10, Babel ou Babilônia foi a primeira cidade do mundo. Assíria, a segunda, se aceitarmos a tradução comum de 10:11. Nínive, antiga capital do Império da Assíria, foi edificada depois por Ninrode, mas preferimos a outra tradução já mencionada, que será: "E desta forma saiu Assur e edificou a Nínive... em lugar de ... saiu à Assíria"; e, enquanto Ninrode era descendente de Cão, Assur era de Sem, e o povo assírio foi semita, e não camita. Os últimos anos têm assistido ao ressurgimento de toda esta primitiva civilização, segundo crêem os arqueológistas. Os tabletes de tijolo em que escreviam estes antigos ninrodianos ou acádios têm jorrado verdadeiros caudais de luz sobre a historicidade da narrativa nestes capítulos, e a Babilônia antiga tem sido desenterrada dos escombros do passado, e sua literatura fala-nos com a mesma clareza que aos seus contemporâneos. A literatura em português é paupérrima demais neste assunto, mas a inglesa e a alemã são fartas. Estas investigações foram levadas a efeito para certificar se a narrativa bíblica era histórica ou mitológica ou mesmo fictícia, diante dos formidáveis ataques do racionalismo alemão, e há mais de 50 anos que se escava o solo oriental onde floresceram estas civilizações, enchendo os museus da Europa e América com preciosos documentos comprobatórios de que de fato o relato bíblico está baseado em história bem documentada. Se é histórica a cidade de Babel, também o é a torre de Babilônia. As duas caem ou ficam de pé juntas. Cria-se, nos círculos intelectuais conservadores, que, a despeito da existência de tal torre construída e destruída no tempo de Ninrode, DEUS nada teria deixado que nos pudesse dar o consolo de ver, pelo menos, os alicerces. Josefo, historiador judaico, reproduziu a tradição corrente entre os judeus de que DEUS tinha demolido até aos fundamentas essa torre, com raios e coriscos, de maneira a não deixar vestígios de sua existência. É possível que isto acontecesse, mas Moisés nada diz a repeito. As recentes investigações afirmam ter-se encontrado na elevação que tem o nome árabe de Birs Nimrod o antigo local da torre. Nabucodonozor encontrou estes restos de ruínas, reedificou-os e embelezou-os, constituindo uma das belezas do seu reino. Mas, recentes informações afirmam que os próprios alicerces da torre foram descobertos e medidos, dando uma área suficientemente grande para suportar um monumento de estupenda altura. Talvez o futuro ainda revele muita coisa sobre este passado, tão importante em conexão com a Bíblia.
 
Intervenção Divina
Os versos 5-7 descrevem a descida de Jeová para ver a torre. A linguagem com que Moisés descreve Jeová é antropomórfica, isto é, põe DEUS em condições humanas, descendo para ver a torre, como se a DEUS houvesse qualquer coisa invisível. É grande maravilha como o Todo-poderoso se adapta às condições humanas, para fins redentores. Jeová desceu, viu a torre, viu também que todo o povo tinha uma mesma língua, e determinou fazer-lhes justamente o que eles temiam: espalhá-los pela face da terra.
"Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro". Mais uma vez notamos Jeová empregando o plural, como se outras pessoas fossem convidadas a participar da ação. Jeová, desceu ali, confundiu a língua do povo e o espalhou por toda a terra. A confusão das línguas deve ter sido uma formidável lição para os ninrodianos e um dos mais estupendos milagres. DEUS lançou a semente da confusão nas línguas, e até hoje, à medida que a terra se vai povoando, novas línguas vão aparecendo. É bem possível que fosse tão radical a diferença entre a língua original e as outras que surgiram do ato divino, que achar qual foi a original seja um problema demasiado difícil para desafiar o intelecto humano. Os críticos, visto não poderem compreender o problema, lançam mão de diversos meios para explicar o fenômeno, tais como a hipótese documentária ou a existência de mais um documento onde Moisés teria copiado este relato, e que um dos documentos é espúrio, sem base histórica. Afirmam que somente o capítulo 10 é histórico e que os 9 versos do capítulo 11 são invenção. Que o capítulo 10 reconhece as diversas famílias espalhando-se por toda a terra, levadas pelo instinto natural da emigração e conquista, e que as diversas línguas são o resultado desta dispersão e separação de um povo de outro. Quando, porém, têm de dizer por que há tais diferenças irreconciliáveis entre as muitas línguas, refugiam-se na filologia e no fato de que ela ainda é muito nova e está atrasada. Isto é um simples meio de pôr à parte o que o homem não pode compreender e uma presunção tola de negar a intervenção divina no curso da história humana. Mas estes críticos terão de sofrer a decepção de ver ruir suas idéias, enquanto que a narrativa bíblica continua inalterável, século após século. Nada há que possa explicar a diferença fundamental entre as principais línguas senão um fenômeno
como o descrito aqui. Se fosse uma questão evolutiva de uma língua para outra, por causa das condições locais, fácil seria identificar ou achar a língua original .Mas não; há um ponto em que o labirinto é tal que todas as sutilezas filológicas caem por terra e deixam o sábio estarrecido. O Dr. Conant, citado por Carroll, em seu livro sobre Gênesis, diz: "A diversidade de línguas da terra apresenta um problema que a filologia tem em vão procurado resolver. A filologia comparativa tem, entretanto, mostrado que as muitas línguas diferentes são agrupadas por afinidades comuns, como ramos da mesma família, tendo todos a mesma língua original, como mãe comum. Não obstante o grande número de línguas diversas, todas elas podem ser ligadas a umas poucas línguas maternas originais. A dificuldade jaz na diversidade essencial destas poucas primitivas línguas, sem que exista a mais remota afinidade que denuncie uma origem comum ou uma relação histórica, problema este, para o qual a filologia comparativa não pode encontrar solução. Os críticos não podem achar explicação natural para o problema e se recusam a admitir o sobrenatural. O problema resolve-se facilmente, aceitando-se a intervenção divina no curso da história humana. Havia uma língua original. DEUS aparece e multiplica esta língua em diversas outras, digamos, três ou oito. Destas, outras surgiram no curso da História, as quais, por um processo dedutivo, podem ser investigadas até à sua origem, em que se encontrarão estas três ou oito: mas, destas, até a única original, não há jeito de chegar, porque, quando DEUS a dividiu, não deixou vestígio de seu estado original. De acordo com isto, serão baldados todos os esforços humanos para desvendar o mistério. Qualquer que tenha sido a língua dos ninrodianos antes da confusão, perdeu-se, morreu, e o ponto de partida agora deve começar aqui, e o passado ser deixado com o infinito soberano. A Bíblia não pode ser entendida sem levarmos em conta , a parte que DEUS tem tomado na história do povo que ela descreve. Fora disto, é entrar num beco sem saída, é especular e encher a terra de problemas e dificuldades desnecessárias. Conquanto pareça à mente humana difícil resolver este assunto e outros iguais, ele não é tão difícil como os sábios o têm feito. Os que negam a historicidade deste e de outros eventos, porque não os podem compreender nem explicar, e que por isto procuram evasivas e interpretações sui generis, nada têm produzido que nos ajude a compreender a Bíblia ou a história dos nossos antepassados.
O nome da cidade que os pós-diluvianos edificaram ficou sendo Babel, porque ali DEUS confundiu suas línguas. Babel significa "confusão". Daí vem o nome grego Babilônia. A existência de uma cidade tão antiga, com um nome tão significativo, é fato de alguma importância que não pode ser posto de lado, a gosto de quem quer que seja. Babel tem permanecido de geração em geração, de milênio em milênio, como o indicador divino apontando para o quadro tétrico desenrolado na confusão das línguas, como uma lição de que o homem procura debalde executar seus planos contra a ordem divina. O caminho de DEUS é sempre o mais curto, por mais sinuosidade que ofereça. "Daqui Jeová os espalhou pela face de toda a terra."
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
 
 

 
 
 
 
REVISTA JUNIORES - LIÇÃO 5 - CONFUSÃO DE LÍNGUAS - 02/02/03
 
Gn 11.1-9 Gênesis
Toda a terra com uma mesma língua 
1 E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala. 2 E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali. 3 E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal. 4 E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. 5 Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; 6 e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.

A confusão das línguas 
7 Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.8 Assim, o SENHOR os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.9 Por isso, se chamou o seu nome 31Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra e dali os espalhou o SENHOR sobre a face de toda a terra.
 
11.2 NA TERRA DE SINAR. Sinar é o nome que o AT dá ao território da antiga Suméria e, posteriormente, chamado Babilônia ou o termo geral Mesopotâmia.
11.4 EDIFIQUEMOS... FAÇAMO-NOS UM NOME. O pecado do povo na terra de Sinar foi a ambição de dominar o mundo e dirigir o seu próprio destino, à parte de DEUS, através da união política centralizada, poder e grandes conquistas. Esse desígnio era fruto do orgulho e rebeldia contra DEUS. DEUS frustrou o propósito deles, multiplicando idiomas em seu meio, de tal maneira que não podiam comunicar-se entre si (vv. 7,8). Isso deu origem à diversidade de raças e idiomas no mundo. Nesse tempo, a raça humana deixando a DEUS, voltou-se para a idolatria, a feitiçaria e a astrologia (Is 47.12; ver Êx 22.18; Dt 18.10). As funestas conseqüências deste estado espiritual nos seres humanos é descrita em Rm 1.21-28. DEUS os entregou à impureza dos seus próprios corações (Rm 1.24,26,28), e, com Abrão, Ele prosseguiu dando cumprimento ao
propósito da salvação da raça humana (ver v. 31).
 

 

BABEL, hb. Porta de DEUS: A primeira cidade mencionada depois do dilúvio, edificada na planície de Sinear, Gn 11.2-9. Foi a sede do governo de Ninrode, Gn 10.8-10. Talvez lembrados do dilúvio, tencionavam construir uma torre altíssima e estabelecer nela o centro do império do mundo, Gn 10.4. Seria um desafio ao poder de DEUS em destruir a todos novamente através de outro dilúvio. O castigo divino foi a confusão de línguas e o fracasso da obra, Gn 11.7, 8. Babel se torna sinónimo de algazarra, balbúrdia, confusão; porque ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, Gn 11.9. Apesar de ter sido dispersado o povo por toda a superfície da terra, existiu ali depois uma grande comunidade, Babilônia, hoje Iraque.
 
 
Início das raças e nações Nimrod - Semiramis - Babel - Babilônia Confusão das línguas

Ninrod - (neto de Cão) começou a se destacar.
Ninrod vem do hebraico "marad" = "rebelar-se". A tradução literal do seu nome poderia ser: "vamos nos revoltar".
Gn 10: 8,9 - "Cuche também gerou a Ninrod, o qual foi o primeiro a ser poderoso na terra. Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrod, poderoso caçador diante do Senhor."
Dentro do contexto bíblico, expressões como : "valente", "poderoso" não tem boa conotação. Compare: Sl 51: 17 / Is 57: 15 / II Co 12; 9,10.
Ninrod foi a primeira tentativa de satanás de formar um ditador mundial. Ele foi o primeiro tipo de Anticristo. Ele fundou um reino EM OPOSIÇÃO ao reino de DEUS e chefiou a construção de uma torre ( Babel ) para a adoração dos astros, e de uma cidade - Babilônia - onde se originou todo o sistema anti-DEUS. Todas as religiões falsas do mundo têm sua origem em Babilônia.
Ap 17: 5 - "E na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. "
Gn 10: 10 - "O princípio de seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar."
DEUS havia planejado um reino, um governo, mas quando lemos Gn 10: 10, vemos claramente que outro reino estava sendo formado em oposição ao de DEUS.
Gn 11: 4 - "Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamos-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra."
Demonstrando sua profunda rebeldia contra DEUS, Ninrode chefiou a construção de "uma cidade e uma torre cujo topo chegue até aos céus..." O sentido literal destas palavras, revela que era uma torre para a adoração dos astros, a lua, o sol, as estrelas, e a história também mostra isto. Babel foi o modelo de todos os zigurates - o último degrau de um zigurate ( geralmente havia 7 ) , era considerado a "entrada do céu".
Usando betume na construção da torre de Babel, junto com tijolos ( no lugar de pedras) feitos por eles mesmos ( OBRAS ) , eles mostraram sua rejeição a DEUS, pois o betume era símbolo de expiação ( é a mesma palavra de Lv 17: 11 ). Com isto estavam declarando que não precisavam da salvação de DEUS, pois podiam fazer a sua própria salvação.
Toda religião falsa tem seus próprios métodos para chegar a DEUS, cometendo portanto o mesmo erro, e se desviando do "ÚNICO CAMINHO QUE É O SENHOR JESUS CRISTO". ( Jo 14: 6).
A confusão das línguas é uma maldição sobre a raça humana, mas ainda não é o juízo de DEUS; este se dará na tribulação.
Desde que foram espalhadas, as nações estão entregues a seus próprios caminhos, sem se lembrarem que DEUS tem o total controle da história e que um dia se cumprirá o :
Sl 2: 2,4 - "Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que está sentado nos céus se rirá; o Senhor zombará deles."
Este período termina com a intervenção e a vitória de DEUS sobre as trevas, para continuar o Seu plano redentor para o homem.

Nimrod - Semiramis - Tamuz
A Enciclopédia Britânica cita Semiramis como uma personagem histórica a quem se atribui a fundação de Babilônia e a primeira suma-sacerdotiza de uma religião. Ela era casada com Ninrode > e a Bíblia diz que Ninrode é o fundador de Babilônia.
Ap 17: 5 - "E na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra."
Vemos então que em Babilônia se originaram as abominações e as prostituições espirituais.
Semiramis esperava um filho quando Ninrode morreu. Quando o filho nasceu, ela declarou que o menino - que se chamou Tamuz - era a reencarnação de Ninrode. Aí estava fundado a base do espiritismo, com a reencarnação, que tem mancado quase que a totalidade das falsas religiões existentes no mundo. Satanás estava adulterando a verdade sobre "a semente da mulher" para desviar o homem quando a verdadeira semente viesse!
Quando Tamuz era moço e estava caçando nas matas, foi morto por um porco selvagem. Semiramis então, com todas as mulheres que serviam na sua religião, choraram e jejuaram por 40 dias, no final dos quais, de acordo com a lenda babilônica, Tamuz foi trazido de volta à vida. Isto foi uma demonstração do poder da mãe. Ela começou a ser adorada com o título de "rainha dos céus" ou "deusa mãe". O símbolo desta religião foi a imagem da mãe com a criança nos braços conhecido como "o mistério da mãe com a criança".
Rapidamente esta religião se estendeu pelo mundo. Os nomes eram outros, de acordo com as diferentes línguas, mas o culto à mãe com o filho era o mesmo.
Ashtarot e Baal na Fenícia.
Ishtar ou Inanna na Assíria
Isis e Osiris no Egito.
Afrodite e Eros na Grécia.
Vênus e Cupido em Roma.
Quando os medo-persa dominaram Babilônia, os sacerdotes de lá tiveram que fugir ( os medo-persas adoravam o fogo), e se estabeleceram em Pérgamo, na Ásia Menor. Pérgamo se tornou o centro do culto da mãe com o filho. Daí foi levado para Roma com os nomes de Vênus e Cupido.
No tempo de Constantino, ele teve que medir forças políticas com o Gal. Maxêncio para se tornar imperador.
Os imperadores do império romano portavam 2 coroas: a de imperador e a de pontifex maximus (sumo-sacerdote); isto significava autoridade política e religiosa.
Constantino, para obter o apoio dos cristãos, prometeu cristianizar o império, se vencesse. Os cristãos o apoiaram e numa última batalha, no ano 312, ele venceu e, como imperador e pontifex maximus, declarou o cristianismo a religião oficial do império.
Muitos se tornaram "cristãos" para agradar o imperador. Para um povo que adorava centenas de deuses, isto não era difícil! Mas estes nunca "nasceram de novo", e bem cedo começou a se formar um sincretismo do cristianismo com o paganismo. As imagens pagãs foram sendo reintroduzidas com nomes cristãos.
Vênus e Cupido passaram a se chamar "Maria e o menino JESUS". Ela foi honrada como a 'rainha dos céus" e se tornou a mediatrix entre deus e os homens. Exatamente como era na religião babilônica. Os velhos festivais e feriados foram re-introduzidos no chamado "cristianismo", se fixando cada vez mais com o passar do tempo.
A festa de Ashtarot ( o nome fenício de Semiramis) ou Ishtar ou Inanna como era chamada na Assíria. Em Nínive se tornou "Easter" para os anglo-saxãos na Bretanha, e é comemorado até hoje com este nome.
Uma princesa fenícia - Jezabel - introduziu este culto em Israel e o vemos claramente na Bíblia:
Tamuz - Ez 8: 14,18 - "Depois me levou `entrada da porta da casa do Senhor, que olha para o norte; e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz. Então me disse: Viste, filho do homem? Verás ainda maiores abominações do que estas. E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor; e eis que estavam `a entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; e assim virados para o oriente, adoravam o sol.
Então me disse: Viste, filho do homem? Acaso é isto coisa leviana para a casa de Judá, o fazerem eles as abominações que fazem aqui? pois, havendo enchido a terra de violência, tornam a provocar-me à ira; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz. Pelo que também eu procederei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade. Ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, contudo não os ouvirei."
O sol no céu era também o símbolo de Tamuz - o filho da rainha dos céus.
Jr 44: 14,19 - "De maneira que, da parte remanescente de Judá que entrou na terra do Egito a fim de lá peregrinar, não haverá quem escape e fique para tornar à terra de Judá, à qual era seu grande desejo voltar, para ali habitar; mas não voltarão, senão um pugilo de fugitivos. Então responderam a Jeremias todos os homens que sabiam que suas mulheres queimavam incenso a outros deuses, e todas as mulheres que estavam presentes, uma grande multidão, a saber, todo o povo que habitava na terra do Egito, em Patros dizendo: Quanto à palavra que nos anunciaste em nome do Senhor, não te obedeceremos a ti; mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, de queimarmos incenso à rainha do céu, e de lhe oferecermos libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; então tínhamos fartura de pão, e prosperávamos, e não vimos mal algum.
Mas desde que cessamos de queimar incenso à rainha do céu, e de lhe oferecer libações, temos tido falta de tudo, e temos sido consumidos pela espada e pela fome. E nós, mulheres, quando queimávamos incenso à rainha do céu, e lhe oferecíamos libações, acaso lhe fizemos bolos para a adorar e lhe oferecemos libações sem nossos maridos?"
Todas as religiões falsas do mundo tiveram sua origem em Babilônia!
A torre de Babel foi o monumento da rebelião e blasfêmia. Ao usarem betume para unir os tijolos, feitos por eles mesmos no lugar de pedras, estavam declarando sua total independência de DEUS.
Gn 11: 3 - "Disseram uns aos outros: Eia pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviam de pedras e o betume de argamassa."
A palavra betume, no hebraico, é a mesma palavra usada para expiação, a tradução é: cobertura, cobrir, e este era exatamente o resultado das expiações do Velho Testamento, que apontavam para o sangue de JESUS CRISTO.
A arca que é um tipo de JESUS CRISTO como Salvador, foi betumada por fora e por dentro.
Gn 6: 14 - "Fazei para ti uma arca de madeira de gôfer; farás compartimentos na arca, e a revestirás de betume por dentro e por fora."
Gn 11: 5,9 - "Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam, e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro.
Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra."
Se DEUS não interrompesse aqui, o pecado deste povo cresceria de tal maneira que uma medida muito mais drástica seria necessária.
A maldição das línguas ainda não é juízo sobre a raça humana, este se dará na tribulação.
Desde que foram espalhadas, não há lugar para DEUS nas nações, elas fazem e seguem seu próprio caminho e usam a terra como se não fosse de DEUS. Mas virá o dia ( e está perto ) em que se cumprirá e JESUS CRISTO estabelecerá o Seu reino e reinará com "vara de ferro".
Sl 2: 2,4 - "Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que está sentado nos céus se rirá; o Senhor zombará deles."
No final deste período, vemos claramente que DEUS, mais uma vez foi vitorioso sobre as trevas para continuar Seu plano que redime o homem e que, no final, libertará o mundo que hoje está nas mãos de satanás.
O homem - a raça humana - já havia rejeitado a DEUS:
Na área da Palavra - no tempo de Adão e Eva.
Na área da Adoração - no tempo de Caim e Abel, e agora,
na área do Governo.
O resultado desta rejeição é o estado caótico em que o mundo se encontra em todas as áreas: política/ social/ econômica-financeira/ espiritual/ intelectual, etc..
Mas, apesar de rejeitado pelo homem, DEUS continua a buscar o homem que Ele ama. DEUS não rejeitou o homem! Aleluia!
Jo 3: 16 - "Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
Rm 5: 8 - "Mas DEUS dá prova do seu amor para conosco, em que quando éramos ainda pecadores, CRISTO morreu por nós."
O programa de DEUS para a raça humana em geral ( como um todo ) ficou suspenso, porque a raça humana, como um todo, O rejeitou...
Então, DEUS introduz um novo programa, até ali desconhecido - este programa poderia ser desenvolvido através de indivíduos que respondessem ao Seu chamado - não dependia mais da raça, de nações; mas de indivíduos. DEUS iria agir a partir de um indivíduo para formar um canal para abençoar a terra - uma nação formada e separada por Ele para abençoar as nações que O rejeitaram.
DEUS vai chamar um homem para formar uma família, para então, formar esta nação. JESUS CRISTO.
fbetel@terra.com.br 
Fp 2.11 Filipenses
e toda língua confesse que JESUS CRISTO é o Senhor, para glória de DEUS Pai.
Rm 14.11 Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a DEUS.
23 Por mim mesmo tenho jurado; saiu da minha boca a palavra de justiça e não tornará atrás: que diante de mim se dobrará todo joelho, e por mim jurará toda língua.
Is 45.23 SE DOBRARÁ TODO JOELHO. Paulo cita este versículo em Rm 14.11 e Fp 2.10,11, para demonstrar que nem toda pessoa se voltará para DEUS, com arrependimento sincero, nesta vida; mas um dia todas as pessoas, voluntariamente ou não, se curvarão diante de CRISTO e confessarão que Ele é o Senhor.
Haverá um dia em que todos os homens comparecerão diante de DEUS e confessarão que JESUS CRISTO é Senhor e Rei. Nesse dia infelizmente não terão mais oportunidade de se arrependerem de terem rejeitado o filho de DEUS e desejado serem governados por homens corruptos e ímpios.
 
 
 

SUBSÍDIOS DA Lição 9, O Primeiro Projeto de Globalismo

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Mostre aos alunos que a história narrada no presente tópico encontra-se em Gênesis 9.18-29. Contextualize-os do encadeamento do relato bíblico: (1) Noé embriaga-se com o vinho; (2) Sua nudez foi vista pelo seu filho mais novo, Cam; (3) Cam desdenhou de seu pai aos seus irmãos, mas estes cobriram imediatamente a nudez de Noé; (4) Ao recuperar os sentidos, Noé não deu sua bênção a Cam e concentrou maldição a Canaã, seu neto, filho de Cam. É bom lembrar que a descendência de Canaã foi marcada por imoralidades agudas, sendo assim, fonte de muita corrupção para os israelitas. Esse relato trágico prepara o contexto simbólico que forjará a Torre de Babel e sua consequências.
 
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“O cenário desta história curta, mas intrigante, forma-se depois do dilúvio com os descendentes de Noé que se agruparam por uma língua comum e logo começaram a migrar para novos territórios. [...] A história nos conta que, em assembléia, os novos habitantes de Sinar tomaram uma decisão totalmente fora da vontade de DEUS. O propósito da ação proposta é claro. Queriam fama: Façamo-nos um nome (4). E desejavam segurança: Para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. Ambas as metas seriam alcançadas somente pelo empreendimento humano. [...] O interesse principal deste povo estava numa torre (4), embora também houvesse a construção de uma cidade. A torre ia alcançar os céus” (Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. Rio de Janeiro: CPAD, p.55).
 
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“O paganismo estava indiretamente envolvido nesta história, pois havia um ímpeto construtivo em direção ao céu e o único verdadeiro DEUS foi definitivamente omitido de todo o planejamento e de todas as metas. Mas DEUS não estava inativo. Ele observava o que estava acontecendo e logo mostrou sua avaliação da situação. O homem não foi criado como ser independente de DEUS. Ser ‘à nossa imagem’ (1.26) significava que o homem estava dotado de grandes poderes e que era totalmente dependente de DEUS para sua essência de vida e razão de ser. [...] O julgamento de DEUS logo manifestou estas ilusões. Para demonstrar que a unidade humana era superficial sem DEUS, Ele introduziu confusão de som na língua humana. Imediatamente estabeleceu-se o caos. O grande projeto foi abandonado e a sociedade unida, mas sem temor de DEUS, foi despedaçada em segmentos confusos. Em hebraico, um jogo de palavras no versículo 9 é pungente. Babel (9) significa ‘confusão’ e a diversidade de línguas resultou em balbucios ou fala ininteligível” (Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. Rio de Janeiro: CPAD, p.55).
 
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 81, p40.
 
 
SUGESTÃO DE LEITURA - Bíblia de Estudo Holman, História dos Hebreus e Geografia Bíblica

Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Gênesis - Comentário Adam Clarke
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP