Lição 6 - Santificarás o Sábado 1 parte

Lição 6 - Santificarás o Sábado
Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos
Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança
Comentários: Pr. Esequias Soares
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
NÃO DEIXE DE LER O ESTUDO SOBRE ALIANÇA - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
 
 
TEXTO ÁUREO
"E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por causa do sábado." (Mc 2.27)
 

VERDADE PRÁTICA
O quarto mandamento envolve os aspectos espiritual e social, diz respeito ao relacionamento do homem com DEUS e ao mesmo tempo com o próximo.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.2 DEUS descansou no sétimo dia da criação
Terça - Êx 16.29,30 O sábado é um presente de DEUS para o povo de Israel
Quarta - Êx 23.12 O sábado foi dado a Israel para descanso
Quinta - Rm 14.5,6 A fé cristã é isenta de toda forma de legalismo
Sexta - Cl 2.16,17 A lei, juntamente com o sábado legal, foi encravada na cruz
Sábado - Hb 4.8 O sábado institucional se cumpre na vida da Igreja
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 20.8-11; 31.12-17
Êxodo 20.8-11
8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, 10 mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu DEUS; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. 11 Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o SENHOR o dia do sábado e o santificou.
 
Êxodo 31.12-17
12 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: 13 Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica. 14 Portanto, guardareis o sábado, porque santo é para vós; aquele que o profanar certamente morrerá; porque qualquer que nele fizer alguma obra, aquela alma será extirpada do meio do seu povo. 15 Seis dias se fará obra, porém o sétimo dia é o sábado do descanso, santo ao SENHOR; qualquer que no dia do sábado fizer obra, certamente morrerá. 16 Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo. 17 Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e restaurou-se.

OBJETIVO GERAL
Compreender o significado do sábado para os cristãos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ao lado, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico.
Analisar o conceito do sábado.
Considerar a forma da instituição do sábado.
Explicar os aspectos legais e cerimoniais do sábado.
Destacar o preceito cerimonial.
Apresentar JESUS como o Senhor do Sábado.

Resumo da Lição 6 - Santificarás o Sábado
I. O SÁBADO DA CRIAÇÃO
1. O shabat.
2. DEUS concluiu a criação no dia sétimo.
3. A bênção de DEUS sobre o sétimo dia.
II. O SÁBADO INSTITUCIONAL
1. Desde a criação.
2. Não era mandamento.
3. Os patriarcas não guardaram o sábado.
III. O SÁBADO LEGAL
1. Significado.
2. O sábado do Decálogo.
3. Propósito.
IV. UM PRECEITO CERIMONIAL
1. O sacerdote no Templo.
2. A circuncisão no sábado.
V. O SENHOR DO SÁBADO
1. O sábado e a tradição dos anciãos.
2. JESUS é o Senhor do sábado (Mc 2.28).
3. Dia do culto cristão.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I´- A base institucional e legal do sábado foi a celebração de DEUS no sétimo dia, após a criação. O Criador abençoou e santificou esse dia.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O sábado institucional se refere à necessidade de um período de descanso para a Criação e para o homem.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O sábado legal é um dia de descanso, introduzido na cultura do povo judeu por meio da Lei.
SÍNTESE DO TÓPICO IV - Segundo JESUS CRISTO, a guarda do sábado é um preceito cerimonial.
SÍNTESE DO TÓPICO V - Em o Novo Testamento, JESUS é o Senhor do sábado e somente Ele tem autoridade sobre esta instituição.
 
SUGESTÃO DE LEITURA
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Comentários de vários autores com algumas observações do Ev. Luiz Henrique
 
Obs. do Ev. Luiz Henrique: O Sábado é o descanso material dos cansados do trabalho físico (corporal). JESUS é o descanso espiritual dos cansados da alma (sobrecarregados de pecados, carregadores de fardos pesados). Assim o sábado é apenas uma figura do verdadeiro sábado que é CRISTO. Encontrando JESUS CRISTO, o verdadeiro descanso será encontrado, trazendo paz, alivio, descanso, salvação.
Mateus 11.28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.
Assim como os sacrifícios de animais apontavam para o sacrifício de JESUS, também o sábado, como realidade futura de descanso, foi abolido após JESUS ter vindo e nos salvado. Agora, todos aqueles que encontram JESUS encontram o descanso de DEUS. o Sábado se cumpre em CRISTO.
 
NÃO EXISTE BASE BÍBLICA PARA SE GUARDAR UM DIA PARA JUSTIFICAÇÃO. É OPCIONAL A GUARDA DE UM DIA PARA SE DEDICAR A DEUS E PARA SE DESCANSAR DO TRABALHO SEMANAL. EXISTEM MUITOS CRENTES QUE ORAM TODOS OS DIAS, TRABALHAM TODOS OS DIAS, SERVEM A DEUS TODOS OS DIAS. NEM POR ISSO DEIXAM DE ESTAR SALVOS E EM COMUNHÃO COM DEUS.
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Romanos 14:5 
 
O ESPÍRITO SANTO mora conosco e em nós. JESUS está presente todo o tempo conosco e o PAI está sempre nos ouvindo e nos abençoando. O verdadeiro crente é aquele que tem consciência da união com DEUS 24 horas por dia, 365 dias por ano. TODOS OS DIAS SÃO IGUAIS. ORAI SEM CESSAR.
 
DIFERENÇA ENTRE SÁBADO INSTITUCIONAL E SÁBADO LEGAL
SÁBADO INSTITUCIONAL - SHABÅT - שַׁבָּת
SÁBADO LEGAL - SHABÅTON - שַׁבָּתוֹן
Sábado da criação. "Ora, havendo DEUS completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera" (Gn 2.2). 
Sábado da lei, do decálogo.
Para descanso e adoração em Espírito e em verdade - um dia a cada sete - qual dia? opcional.
Obrigação, lei, lembrança do Egito, exigência de tempo para adoração, ...Se não guardado punido com a morte.
Descanso cumprido em JESUS que é nosso descanso. "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas" (Mt 11.29).
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.

Mateus 11:29
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.

Mateus 11:29
Cumprido em JESUS, mas não revelado ainda, por causa da dureza dos corações dos judeus.
Antes da lei. Abraão e patriarcas, se guardavam, não tem registro.
Guardado por judeus. Sinal entre DEUS e os judeus.
Não justifica ninguém diante de DEUS. Não tem valor como meio para se chegar à salvação. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS" (Ef 2.8).
Guardado pelos judeus como obrigação, sem amor, por imposição, tentam se justificar pela sua guarda para adquirirem salvação, como os adventistas.
Este dia não findou ainda, DEUS ainda trabalha nele, cuidando, mantendo. JESUS disse: "Meu Pai trabalha até agora, e Eu também" (Jo 5.17). DEUS cessou de criar aquelas primeiras coisas.
Sétimo dia após seis de trabalho. Semana de dias.
Não é obrigatoriamente guardado pelos evangélicos e nem por outras denominações ditas cristãs, exceto as mencionadas à direita.
"Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado depois disso de outro dia" (Hb 4.8). "Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de DEUS" (Hb 4.9). Resta Eternidade com DEUS, em CRISTO.
Observado tanto por judeus quanto por Adventistas do sétimo dia,  Adventistas da Promessa, Adventistas da Reforma, Batistas do sétimo dia, Israelitas da Nova Aliança, Igreja de DEUS, Ministério Ensinando de Sião, etc...
Cessação do trabalho de criação.
Sétimo dia da semana, dia de dedicação obrigatório.
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
Romanos 14:5 -  Formulada por Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/ebd-henr.htm
 
SANTIFICARÁS O SÁBADO
A palavra "sábado" é um termo hebraico e significa "sétimo". O mandamento do descanso foi instituído por DEUS, em primeiro lugar, para que o ser humano pudesse descansar. Lembre de que o contexto do advento da lei era a libertação da escravidão de Israel no Egito.
Como escravos, os hebreus não tinham descanso, eram explorados diuturnamente a fim de produzir mais e mais para o império de Faraó. Este via os judeus como números ou objetos necessários para enriquecerem ainda mais o Palácio. O Faraó não via os hebreus como pessoas que precisavam descansar e recarregar as energias porque eram pessoas, gente que precisava de dignidade. Apesar de Faraó não ver os israelitas como seres humanos, o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaque e o DEUS de Jacó contemplou todo esse processo de escravidão humana. E ouviu o clamor do seu povo!
 
Por razões culturais, religiosas e teológicas as três principais religiões monoteístas do mundo guardam um dia da semana como o significado de descanso e reverência a uma só divindade: os judeus, o Sábado; os árabes, a Sexta-Feira; os cristãos, o Domingo. Mais que discutir o dia do descanso, o importante é observarmos o sentido do Sábado, o seu descanso e a sua reverência para o Criador dos Céus e da Terra.
Ora, para nós, que confessamos JESUS como Salvador, o domingo é o dia do Senhor. Observamos o domingo porque foi o dia em que JESUS de Nazaré ressuscitou dos mortos, a Igreja Primitiva se reunia para comer o pão e confraternizar-se com alegria e singeleza de coração. Não é verdade que foi Constantino quem inventou o Domingo, o imperador romano apenas o legitimou e oficializou uma prática de mais de três séculos guardada pela comunidade cristã primitiva.
Não tenha esta pergunta como legalista, mas o que estamos fazendo com o dia do Senhor? Salva as exceções, o dia de descanso oficial no mundo ociidental é o domingo. Numa perspectiva bíblica e evangélica, neste dia deveríamos dedicar-nos a meditação espiritual, adoração ao Senhor com os irmãos, o convívio com a família e a visita aos enfermos. Um dia para se viver em comunidade! Não mero ativismo religioso onde pessoas se cansam mais do que no trabalho secular.
A lição desta semana não pode se deter apenas em assuntos periféricos, tais como "os adventistas estão certos ou errados" ou em "sermos ou não legalistas". O sentido desta lição é mais do que esse. É fazermos uma pergunta honesta: O que estamos fazendo com o dia do Senhor? E com a nossa vida e saúde?
Revista ensinador. Editora CPAD. pag. 39.
 
SÁBADO
1. Sabbaton ou sabbata. Sendo o ultimo termo, a forma plural, transliterado da palavra aramaica, que foi confundida com o plural; por conseguinte, o singular Sabbaton foi formado dela. A raiz significa “cessar. desistir” (em hebraico, shabatlv. cf. em árabe. sabata, “interceptar, interromper”): o duplo b em força intensiva implica uma cessação completa ou um fazer cessar, provavelmente o primeiro. A ideia não é de relaxamento ou repouso, mas cessação de atividade.
A observação do sétimo dia da semana, ordenada para Israel, era um sinal entre DEUS e o Seu povo na terra, baseado no fato de que depois dos seis dias de operações criativas. Ele descansou (Ex 31.16,17, com Ex 20.8-11). Os regulamentos do Antigo Testamento foram desenvolvidos e sistematizados a uma extensão tal que se tomaram um fardo para o povo (que de qualquer forma, se alegrava no descanso proporcionado) e um provérbio de extravagância absurda. Dois tratados da Mishna (o Shabbath e o Erubin) eram inteiramente ocupados com regulamentos para a observância do sábado; o mesmo se dá com as discussões na Gemara a respeito de opiniões rabínicas. O efeito sobre a opinião corrente explica o antagonismo despertado pelas curas do Senhor JESUS feitas no “sábado” (por exemplo. Mt 12.9-13; Jo 5.5-16), e explica o fato de os doentes serem levados para serem curados num "sábado” depois do por do sol (por exemplo, Mc 1.32). De acordo com ideias rabínicas, o ato de os discípulos arrancarem espigas (Mt 12.1; Mc 2.23) e esfregarem-nas (Lc 6.1), quebra o “sábado” em dois pontos: arrancar era colher, e esfregar era malhar. A atitude do Senhor em relação ao “sábado” era a guisa de desembaraça-lo destes inquietantes acréscimos tradicionais, os quais se tomaram um fim em si mesmo, em vez de ser um meio para um fim (Mc 2.27).
Nas Epistolas, as únicas menções diretas estão em Cl 2.16 (“sábados”, que deveria estar corretamente no singular: veja o primeiro parágrafo, acima), onde faz parte de uma lista entre coisas que eram “sombras das coisas futuras” (ou seja, da era introduzida no Dia de Pentecostes), e em Hb 4 .4 -11, onde o sabhatismos perpetuo é designado para os crentes (DESCANSO).
Referencias dedutíveis encontram-se em Rm 14.5 e Gl 4 .9 -11. Durante os primeiros três séculos da era cristã, o primeiro dia da semana nunca foi confundido com o “sábado”: a confusão das instituições judaicas e cristãs foi devida ao declínio do ensino apostólico.
Notas:
(1 > Em Mt 12.1,2.11; 24.20; Mc 6.2; Lc 6.1: 14.3: Jo 9.14, era usado corretamente o singular, “sábado”; em Mt 12.5, o plural (veja acima). Quanto ao uso ou omissão do artigo, a omissão nem sempre exige a tradução “um sábado”; esta ausente, por exemplo, em Jo 9.14.
Em At 16.13, e literalmente, “no dia de sábados” (plural).
Quanto a Mt 28 .1, (TARDE).
Prosabbaton (Trpoaa00ciToi') significa “o dia antes do sábado” (fonado de pro. “antes de”, e o n° I ), e ocorre em Mc 15.42 (“a véspera do sábado”); alguns manuscritos tem prin. “antes de”, com o termo sabbaton separadamente.
Vine's Expository Dictionary o f Biblical Words - Casa Publicadora das Assembleias de DEUS - Caixa Postal 331 - 20001-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
 
Êx 20.8 LEMBRA-TE DO DIA DO SÁBADO. O dia do Senhor no AT era o sétimo dia da semana. Santificar aquele dia importava em separá-lo como um dia diferente dos demais, cessando o labor para descansar, servir a DEUS e concentrar-se nas coisas respeitantes à eternidade, à vida espiritual e à glória de DEUS (vv. 9-11; Gn 2.2,3).
(1) A observância do dia do Senhor por Israel era um sinal de que ele pertencia a DEUS (31.13).
(2) Lembrava-lhes o seu livramento da escravidão do Egito (Dt 5.15; ver Mt 12.1)
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Ne 13.17 PROFANANDO O DIA DE SÁBADO. O povo de DEUS permitiu aqui que seus interesses comerciais e a busca de coisas materiais destruíssem sua obediência ao mandamento de DEUS, no
tocante ao dia de descanso. Os crentes do NT devem sempre tomar cuidado contra a tentação de deixar que a busca de riquezas e sucesso suplante seu desejo de honrar e adorar a DEUS, como
Ele estabeleceu. Devemos buscar "primeiro o Reino de DEUS, e a sua justiça" (Mt 6.33; ver 12.1).
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Am 8.5 O SÁBADO. Os comerciantes eram tão materialistas que ficavam ansiosos pelo término do sábado a fim de voltarem rapidamente aos seus negócios. Perguntemos a nós mesmos: "Estou tão
dedicado aos lucros que já não tenho nenhuma solicitude pela Palavra de DEUS nem pela promoção do seu reino?" Segundo o próprio JESUS, não podemos servir a DEUS e ao dinheiro ao mesmo
tempo (ver Mt 6.24).
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12.1 SÁBADO. O sábado semanal (gr. sabbaton, que significa repouso , cessação ) era o sétimo dia da semana, separado pela lei de Moisés como dia de descanso do trabalho normal, para repouso pessoal e adoração ao Senhor (Êx 20.10; Dt 5.14; ver Êx 20.8). Para o cristão, o sábado judaico já não é obrigatório. As exigências cerimoniais da lei foram canceladas na morte de CRISTO (Cl 2.14, 16; Rm 14.5,6; Gl 4.9-11). Além disso, o sábado como dia fixo semanal de descanso foi parte do pacto entre DEUS e Isaque, somente (Êx 31.13,17; Ez 20.12,20). Domingo foi o dia em que JESUS ressurgiu dentre os mortos, sendo chamado no NT de o dia do Senhor . O propósito espiritual de um dia de descanso em sete é benéfico ao cristão. No AT esse dia era visto como uma cessação do labor e ao mesmo tempo um dia
dedicado a DEUS; um período para se conhecer melhor a DEUS e adorá-lo; uma oportunidade para dedicar-se em casa e em público às coisas de DEUS (Nm 28.9; Lv 24.8). JESUS nunca ab-rogou o
princípio de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso dos líderes judaicos quanto à guarda do sábado (vv. 1-8; Lc 13.10-17; 14.1-6). JESUS indica que o dia de
descanso semanal foi dado por DEUS para o bem-estar espiritual e físico do homem (Mc 2.27).
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O Sábado que foi posto de lado já antes do nascimento da Igreja, isto é, antes da descida do ESPÍRITO SANTO. "O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado". (Mar. 2:27). DEUS fez o sábado para descanso do homem, para que nesse dia, o homem, especialmente lhe rendesse culto, e os israelitas fizeram do sábado um verdadeiro ídolo, a ponto de, no tempo dos Macabeus, Aristóbulo ser vencido, por ter Pompeu, general romano, ganhado grandes vantagens, preparando suas máquinas de guerra contra os muros de Jerusalém em dia de sábado, sem que os judeus o atacassem, pela veneração em que tinham o sábado. Notemos que JESUS ao citar os mandamentos, nunca citou o quarto e que, apesar de se encontrarem todos os demais mandamentos inúmeras vezes no Novo Testamento, o quarto é ali completamente omitido. (Gal. 4:10,11; Col. 2:16).
Notemos ainda que é completo absurdo a guarda universal do sábado, em vista da rotação da terra. Se pretendêssemos que os crentes do mundo inteiro guardassem o sábado, haveríamos de verificar que enquanto o sábado estivesse sendo guardado aqui no Brasil por nós, os crentes que estivessem no Japão, nosso antípoda, só começariam a guardá-lo doze horas após e, em comparação conosco, guardariam uma parte do sábado e outra do domingo!
 
SÁBADO
I. Os Termos
II. Caracterização Geral
III. Teorias da Origem
IV. Observações Bíblicas
V. Opiniões sobre a Obrigatoriedade
I. Os Termos
A palavra hebraica sabbat significa descanso ou cessação', provavelmente está relacionada à forma verbal sbt, que significa “trazer a un fim". Aiguns estudiosos supoem que a idéa do sábado surgiu na Babilônia e que o termo hebraico sabbat se relaciona à palavra acadiana (babilónica) sahpattu, que fala do dia de lua cheia. Esta teoria perdeu aceitação em anos recentes A palavra grega na Sectuaginta é a forma transliterada do hebraico sabbaton, que pode significar especificamente o sábado ou pode referir-se a uma semana inteira.
II. Caracterização Geral
O sétimo dia da semana era chamado de sábado e apenas esse dia tinha um nome. Os outros eram designados por números. Não há registro de que o sábado era observado na época patriarcal, embora o início “teolóico” esteja relacionado à criação divina de todas as coisas e ao descanso de DEUS de seu trabalho (Gên. 2.2). O início histórico na Bíblia é associado ao Pacto Mosaico. Observar o sábado tornou-se o próprio sinal do Pacto Mosaico. Na teologia hebraica, esse dia sagrado comemorava a criação original e a redenção de Israel do Egito (Gên. 2.2; Êxo. 20.8,11; Deu. 5.15). No início era um dia de descanso, mas gradativamente assumiu outro significado relativo à devoção e piedade. O acúmulo de regras relacionadas ao sábado era sufocante na época de JESUS. O descanso oferecia a oportunidade de engajamento em louvor, estudo e, especialmente, na leitura das Escrituras. A sinagoga transformou o sábado em seu dia sagrado mais importante. Ele se inicia na sexta-feira às 18:00 h e perdura até o sábado, às 18:00 h. Em tempos modernos, a comemoração de modo geral inicia-se mais tarde, para permitir às pessoas que trabalham uma chance para chegar à casa de reuniões. As Escrituras são lidas, são pregados sermões e oferecidas orações. Embora haja teorias diversas quanto às origens (ver a seção III, a seguir), parece que essa era uma instituição exclusiva aos hebreus antes de a idéia propagar-se a outros povos.
III. Teorias da Origem
Afirmações Não-bíblicas
1. Teoria planetária. Não há dúvida de que o desenvolvimento do sábado teve relação com a semana, mas foi apenas no inicio da era cristã que os nomes dos planetas passaram a ser associados com dias específicos. Chamar os sete dias com os nomes dos sete planetas chegou tarde demais para ter alguma relação com o sábado hebreu. Não há evidência de que tal dia tivesse alguma coisa que ver com a veneração de um planeta, algo que seria contrário à teologia hebraica. Nem há evidências de um “emprétimo hebraico” que tivesse sofrido adaptaçõs para ajustar-se à sua cultura.
2. Teoria pambabilônica. Os tabletes cuneiformes babilónicos usam a palavra shabatum para designar o 15º dia do mês, à hora da lua cheia, e tal dia era considerado um dia de pacificação ou apaziguamento do seu deus (presumivelmente o deus-chefe). Outros dias do mês, especificamente o 7º, o 14º, o 21º e o 28º (as fases da lua) eram considerados dias do mal ou do azar. Nesses dias até mesmo o rei tinha sua vida limitada: ele não podia andar de carruagem, comer carne assada em fogo, mudar de roupa ou discutir os negócios do Estado. Sacrifícios eram oferecidos aos deuses para afastar acidentes e reversões de fortuna. O épico babilónico Ertuna elish descreve esses e outros particulares, e lembramos, aqui e ali, o relato bíblico da criação, mas as diferenças são tão grandes que eliminam o possível apoio à teoria do “empréstimo direto”.
3. Teoria da festa lunar. O sábado hebraico era originalmente um antigo festival lunar? Alguns estudiosos acham que sim. A própria Bíblia ocasionalmente associa o sábado à lua nova (II Reis 4.23; Isa. 1.13; Amós 8.5). Um exame cuidadoso de Lev. 23.11.15 parece indicar que a palavra “sábado” pode referir-se ao dia de Lua cheia. No paganismo, as fases da lua (lua nova, lua cheia, meia-lua, lua minguante) eram comemoradas com sacrifícios e orações, principalmente para afastar o mal. Os judeus tinham certos sábados fixos, que caiam no dia de lua cheia, a saber a Páscoa, o banquete dos Tabernáculos e o banquete de Purim. O sábado comum de todas as semanas, contudo, não era vinculado à lua e às fases da lua. Alguns insistem que observações das fases lunares, em um momento posterior, provocaram uma observação semanal que perdeu as conexões lunares originais, mas não há nenhuma evidência que sustente tal opinião.
Afirmações Bíblicas
1. O próprio DEUS deu origem ao sábado, o dia de descanso, para comemorar seu descanso da atividade de criação (Gên. 2.2). Os conservadores consideram a afirmação de Gênesis como o fim de todos os argumentos sobre a origem do sábado. Os liberais e os críticos, contudo, acreditam que essa é uma afirmação anacrônica que de fato repousava em eventos posteriores ocorridos na época de Moisés. Nesse caso, a doutrina de que o próprio DEUS deu origem ao sábado, imediatamente após a criação, é “idealista” e “teolóica”, não uma doutrina históica. Os críicos destacam que o sábado não era observado na época patriarcal.
2. O sábado iniciou como um sinal do Pacto Mosaico (Êxo. 19).
3. O sinal foi então transformado no quarto dos Dez Mandamentos (o Decálogo). “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êxo. 20.8).
IV. Observações Bíblicas
Importantes observações bíblicas sobre o sábado são as que seguem. O originador deste dia como o dia de descanso foi Elohim, o Poderoso DEUS criador de todas as coisas (Gên. 2.2). A observação do sábado pelos homens, imitando a DEUS, transformou-se em um sinal do Pacto Mosaico e no quarto dos dez mandamentos (Êxo. cap. 19; 20.11). Embora originalmente fosse apenas um dia de descanso, o sábado tornou-se dia sagrado (Êxo. 16.23). Ele passou a ser associado a festas solenes, especialmente aquelas em dia de lua cheia (Amós 8.5; Osé. 2.13; Isa. 1.13). O dia era comemorado, provavelmente, como um dia de louvor, adoração e oração (Lev 23.1-3). Aqueles que se recusavam a observar o dia arriscavam possível apedrejamento até a morte (Núm. 15.32-36). Muitas vezes a celebração do sábado tornou-se uma formalidade sem que estivesse associada a isso qualquer fé religiosa sentida no coração. Tal degeneração foi denunciada pelos profetas (Isa. 1.12,13). Houve abusos do dia e de suas exigências, abusos que foram combatidos pelos profetas (Jer. 17.21, 22; Eze. 22.8). A assembléia sagrada do sábado exigia que as ofertas diárias fossem dobradas (Núm. 28.9 ss.). A manutenção do dia tornou-se um sinal da lealdade de Israel a Yahweh (o DEUS Eterno), como vemos em Isa. 56.2; 58.13; Eze. 20.12,21. O dia deveria ser de deleito e felicidade, não um dia de obrigações infelizes (Núm. 10.10; Isa. 58.13; Osé. 2.11).
No período entre o Antigo e o Novo Testamento, ocorreu uma radicalização na celebração do sábado. Na época dos macabeus, muitos preferiam morrer a deixar de celebrar o sábado. Soldados recusavam-se a defender a si mesmos e ao próprio povo naquele dia (I Macabeus 2.32-38; II Macabeus 6.11). A tradição judaica posterior permitia que o dia deixasse de ser observado sob circunstâncias de vida ou morte. Perigos que ameaçassem à vida poderiam ser encarados de maneiras que violassem a manutenção da tradição sabática (Yoma 8.6). Mas nem todas as facções do judaísmo seguiram as diretrizes de liberalização. Materiais encontrados no Qumran mostram que os fazendeiros não podiam realizar no sábado atos que preservassem a vida de animais durante parturições complicadas. Se a mãe ou sua cria morresse, o acontecimento era considerado um ato de DEUS.
JESUS, que vinha de uma região liberal da Galiléia, entrou em conflito direto com as autoridades judaicas por causa de sua aparente falha em cumprir as regras do sábado. De fato, isto aconteceu seis vezes, de acordo com os registros das Escrituras. Ver as referências a seguir: Mat. 12.1-4; 12.5; 12.8; João 5.1-18; 9.1-41; 9.40,41. A regra básica de JESUS era a de que o homem não havia sido feito para o sábado, mas, sim, o sábado havia sido feito para o homem (Mar. 2.27).
O ensinamento de Paulo era que, para o cristão, não há dias especiais. Por outro lado, um cristão tem a liberdade de tornar um dia sagrado se fizer isso “para o Senhor” (a fim de promover a espiritualidade), Rom. 14.1-6.
Depois do livro de Atos, a palavra sábado aparece apenas duas vezes no Novo Testamento (Col. 2.16; Heb. 4.4). Nesses versíulos, o sábado não é apresentado nem promovido como um dia que devesse ser celebrado, mas como um dia como todos os outros que CRISTO dá àqueles que nEle acreditam.
V. Opiniões sobre a Obrigatoriedade
Batistas do setimo dia e adventistas do sétimo dia continuam a celebrar o sábado no sétimo dia da semana. Outros cristãos o transformaram no domingo, o primeiro dia da semana, ou seja, um “sábado cristão (se guardado por alguém)”. Como em todas as polêmicas, devemos lembrar-nos de praticar o amor cristã, que é o maior princípio moral e espiritual de todos. À  parte de qualquer obrigação de manter a celebração do sábado que alguém possa emprestar do Antigo Testamento, Paulo informa-nos que é legitimo uma pessoa celebrar dias especiais, se isso for de sua escolha. Por outro lado, a liberdade funciona de outra forma: uma pessoa pode optar por considerar todos os dias iguais (Rom. 14.5,6; Col. 2.16; Gál. 4.10).
Em Defesa da Observação do Sábado
1. DEUS santificou o dia (Gên. 2.2).
2. O dia tornou-se um sinal do Pacto Mosaico e o quarto mandamento (Êxo. 19; 20.11).
3. JESUS e a igreja inicial praticavam a celebração, como demonstram várias referências das Escrituras em Atos. Ver Atos 2.46; 5.42; 9.20; 13.14; 14.1; 17.1,2,10; 18.4
4. A mudança do dia sagrado para o domingo fez parle da apostasia inicial da igreja, particularmente da Igreja Católica Romana.
5. A celebração do dia não é legalista, pois foi estabelecida antes da lei, por ato do próprio DEUS, que foi o primeiro a observar o sábado.
A Crítica à Celebração do Sábado
1. Gên. 2.2 não estabelece uma regra para os cristãos, ou tal regra certamente teria sido reiterada no Novo Testamento de alguma forma óbvia e definitiva. Os liberais e os críticos apontam essa referência como uma inserção na história da criação, um fragmento anacrônico que foi emprestado da história de Moisés e inserido no relato da origem das coisas.
2. O simples fato de que o sábado era o sinal do Pacto Mosaico mostra que ele não pertence ao Novo Pacto. A celebração do sábado é uma forma de legalização que Paulo refutou, pois os crentes não estão sob a lei (Rom. 6.14; Gál. 3.10-23).
3. Naturalmente, a igreja inicial, especialmente na Palestina, celebrava o sábado, pois essa prática descendia das raizes judaicas. Houve um período de transição da antiga à nova ordem das coisas. À medida que a igreja se espalhava aos paises gentios, a celebração do sábado perdeu força e praticamente desapareceu. Apo. 1.10 mostra que, mesmo na época dos apóstolos, o domingo, dia do Senhor, substituía o sábado antigo. Ver sob Dia do Senhor,
4. Se uma mudança do sábado para o domingo como um dia especial (seja ou não este considerado o “sábado cristão (se guardado por alguém)”) foi um ato de apostasia, isso ocorreu muito antes da formação da Igreja Catóica Romana. O Didache (150 d. C.), uma espécie de manual de ética e doutrina do cristianismo inicial, fala sobre o domingo como o dia no qual os cristãos se reuniam para o louvor e a oração. O mesmo é real sobre os escritos de Hipólito (160 d. C.) e Clemente de Alexandria (200 d. C.).
5. Embora pareça correto falar sobre a celebração do sábado como anterior à Lei, não sendo ela, portanto, uma prática legal, os versículos de Rom. 14.5,6; Col. 2.16 e Gál. 4.10 parecem colocá-la em tal classe. A celebração do sábado era de extrema importância para os hebreus, um verdadeiro sine qua non da condição de ser hebreu/judeu; de fato, era o sinal do Pacto Mosaico, e isso diz tudo. Algo tão importante assim dificilmente deixaria de ser reforçado vigorosamente caso se esperasse que os cristãos devessem celebrá-lo.
Quaisquer discussões desse tipo devem ser deixadas no Altar do Amor, e não representar um teste de espiritualidade ou retidão. Muitos cristãos judeus hoje continuam a observar uma variedade de festas e feriados judeus. Se fizerem isso “para o Senhor”, com vistas a ampliar sua espiritualidade, não devem ser criticados por aqueles que consideram todos os dias iguais. Por outro lado, aqueles que não seguem tais celebraçõs (incluindo aqui o sábado) não devem ser criticados. Certamente não merecem a designação de “hereges” ou apóstatas. A verdadeira espiritualidade não reside em manter nem em ignorar o sábado.
Russell Norman Champlin, Ph. D. -  O Antigo testamento Interpretado Versículo Por versículo - EDITORA HAGNOS - Rua Belarmino Cardoso de Andrade, 108 Cidade Dutra - São Paulo - SP - CEP 04809-270 - 2001.
 
COMENTÁRIOS DE VÁRIOS AUTORES COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO Ev. LUIZ HENRIQUE
INTRODUÇÃO
O quarto mandamento é uma ponte que liga os mandamentos teológicos com os mandamentos éticos. Os três primeiros preceitos do Decálogo dizem respeito à responsabilidade do homem com o Criador; os demais falam sobre o compromisso do homem com o seu próximo. A guarda do sábado fica entre esse dois grupos, pois a lei é clara em mostrar seu caráter social e humanitário e também sua função religiosa.
As controvérsias em torno deste mandamento se referem à sua interpretação. O que acontece é que existe o sábado institucional e o sábado legal, e quem não consegue separar estas duas instituições terminam radicalizando indo aos extremos. Esse é o principal problema dos sabatistas da atualidade, como os adventistas do sétimo dia. Todos os mandamentos do Decálogo dependem de definições e de como aplicá-los na vida diária, e essas instruções são dadas no próprio sistema mosaico. Mas as definições nem sempre são conclusivas. Por exemplo, o que a Bíblia define como trabalho? O mandamento de santificar o sábado é mais bem compreendido quando se analisa o propósito pelo qual ele foi dado.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 61-62.
 
"Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu DEUS. Não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu escravo, nem a tua escrava, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Pois em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, mas ao sétimo dia descansou. Por isso abençoou o Senhor o dia de sábado, e o santificou".
Esse é o único mandamento que não se encontra repetido na nova aliança. Esquadrinhando todo o Novo Testamento, não encontramos nenhum ensino de JESUS ou dos apóstolos para santificarmos o dia sétimo mais do que qualquer outro.
Todos os que ensinam que o sábado, o sétimo dia, deve ser santificado por todos os cristãos, não guardam este dia da maneira como foi ordenado. Os tais devem saber que a lei, ao mandar guardar ao sábado, também diz como ele deve ser observado. Para guardar o sábado os israelitas recebem as seguintes instruções:
1) não fazer nenhuma obra nesse dia, Êxodo 20.10;
2) trabalhar nos outros seis dias, v. 9;
3) não podiam apanhar lenha no dia de sábado; um homem achado fazendo isso foi apedrejado até morrer, Números 15.32,36;
4) não acender fogo em casa, Êxodo 35.3;
5) sacrificar duas ovelhas em oferta de manjares todos os sábados, Números 28.9,10.
Se os sabatistas querem insistir na guarda do sétimo dia, então terão de guardá-lo conforme estes preceitos.
A lei exigia que toda comida fosse preparada na véspera do sábado, e este dia era conhecido no tempo de JESUS como "o dia da preparação", assim mencionado nos Evangelhos. Os judeus que guardam a letra da lei, nem sequer acendem luz elétrica no sábado, porque seria acender lume. E se nós estamos vivendo sob a lei, devemos obedecer aos mandamentos em todos os preceitos.
Mas graças a DEUS que não vivemos sob a lei, mas sob a graça da nova aliança, e por isso não estamos obrigados a guardar um dia mais do que outro. Em Romanos 14.5,6 o apóstolo escreve: "Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em seu próprio ânimo. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. O que come para o Senhor come, porque dá graças a DEUS; e o que não come para o Senhor não come e dá graças a DEUS".
A doutrina dos que guardam o sábado corresponde com esta? Não, porque dizem que o sábado tem de ser guardado sobre todos os outros dias. Negam assim o privilégio de cada um decidir por si mesmo a esse respeito, privilégio que é parte da gloriosa liberdade dos filhos de DEUS.
Muito se ensina no Novo Testamento acerca do primeiro dia, o do Senhor, mas à luz de Romanos 14.4-6, entendemos que a questão de guardar um dia mais do que a outro não era obrigação, mas opção na primitiva igreja. O dia do Senhor, ou o primeiro dia, era guardado tendo por motivo o amor, e não a lei.
Se alguém arguir que JESUS guardava o sábado de Moisés, replico: tinha de fazer assim, visto que veio sob a lei e guardou todos os mandamentos de seu Pai para os judeus; porém, ao estabelecer a nova aliança, não nos deixou nenhum mandamento a respeito do sábado, exceto o que já mencionamos em Romanos 14 e em Hebreus 10.25, onde diz: "Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestemo-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia". Somos ensinados acerca das reuniões, mas o dia para realizá-las fica à nossa escolha.
Abraão de Almeida. O Sábado, a Lei e a Graça. Editora CPAD.
 
I. O SÁBADO DA CRIAÇÃO
1. O SHABAT.
O substantivo hebraico shabbat, "sábado", ou sábbaton, em grego, "sábado, semana", indica no calendário de Israel o sétimo dia da semana marcado pelo descanso do trabalho para cerimônias religiosas especiais, além de significar um período de sete dias, uma semana (BAUER, 2000, p. 909). O termo shabbãtôn significa "sabatismo, guarda ou observância do sábado", pois a desinência -ôn é característica de substantivo abstrato. Ele aparece no relato da criação: "E, havendo DEUS acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 62.
 
Os Termos
A palavra hebraica sabbat significa descanso ou cessação; provavelmente está relacionada à forma verbal sbt, que significa “trazer a um fim”.  A palavra grega na Septuaginta é a forma transliterada do hebraico sabbaton, que pode significar especificamente o sábado ou pode referir-se a uma semana inteira.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 2.
 
SÁBADO. (cessação, descanso', LXX, sábado, semana). O dia da semana de descanso e adoração dos hebreus, que era observado no sétimo dia da semana, começando ao por do sol na sexta-feira e terminando ao por do sol no sábado.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 6. pag. 266.
 
Gn 2.2 E havendo DEUS terminado no dia sétimo a sua obra... descansou.
Gên. 2.1-3 Os estudiosos conservadores aceitam o texto conforme ele está escrito, pensando em uma genuína instituição divina do sábado, após a obra da criação. A versão siríaca diz aqui “no sexto” dia, mas não há razão para supormos que “sétimo” não seja o texto correto, sendo esse o texto padrão hebraico, como também o texto mais difícil. Os escribas, com freqüência, alteravam os textos difíceis para torná-los mais fáceis ou aceitáveis, mas dificilmente faziam o contrário. Talvez o autor sacro pensasse que a instituição do sábado foi o real encerramento das obras da criação.
“A narrativa da criação, vista através dos olhos da nova nação de Israel, nos dias de Moisés, reveste-se de grande significação teológica. Dentre o caos e as trevas do mundo pagão, DEUS tirou o Seu povo, ensinando-lhes a verdade, garantindo-lhes a vitória sobre todo poder dos céus e da terra, comissionando-os para serem Seus representantes e prometendo-lhes descanso teocrático. E isso, igualmente, haveria de encorajar crentes de todos os séculos” (Allen P. Ross, in loc.).
A instituição do sábado sugere a legislação mosaica que haveria de seguir-se, bem como todos os privilégios de Israel como nação que haveria de ensinar a todas as demais nações.
Descansou. Não a fim de sugerir que o Ser Supremo pode ficar cansado, pois temos aqui uma declaração antropomórfica que diz respeito à cessação de atividades. Simbolicamente falando, o sábado foi uma obra de redenção, porquanto retrata o descanso após o pecado e a aceitação, como filho, na casa do Pai, Mas nesse sétimo dia não houve mais atividade criativa.
Gn 2.3 E abençoou DEUS o dia sétimo, e o santificou. Os eruditos conservadores, crendo na autoria mosaica do Gênesis, supõem que ele soube da instituição divina do sábado mediante inspiração, e que isso serviu de apropriado clímax da criação original.
O sábado era a grande instituição da fé do povo hebreu. A legislação mosaica lhes dera suas instituições, ritos e crenças, mas nada era mais importante do que o sábado. Os críticos pensam que a exaltada natureza do sábado tenha sido uma das conseqüências do exílio babilônico, mas sem dúvida temos aí uma apreciação exagerada. O sábado, desde os tempos mais remotos, serviu sempre como sinal mais decisivo para quem era hebreu ou judeu. Como é claro, havia outros sinais, incluindo a circuncisão (Gên, 17.10), e, naturalmente, as grandes provisões da própria lei mosaica.
As Razões da Separação. O autor sagrado apresenta várias delas no tocante à história da criação: a luz foi separada das trevas (1.14); as águas das águas (1.6); as águas de cima do firmamento das águas de baixo (1.9); as espécies foram separadas umas das outras, e não mediante evolução (1.11,20). O sábado separou um tempo de outro, o tempo devotado ao trabalho, do tempo devotado ao descanso e ao serviço e adoração a DEUS. Em tempos posteriores, o santuário divino serviu de meio de separar o sagrado do profano, o divino do humano.
DEUS Santificou o Sábado. Nesta oportunidade não ficou esclarecido como o sábado seria expresso e obedecido. Mas as instituições posteriores dos hebreus nos dão informações. A adoração a DEUS era frisada no dia de sábado, quando então havia culto ao Senhor. Tal como o sábado é separado para ser observado pelo homem, assim também o homem é separado para DEUS.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 21.
 
2. DEUS CONCLUIU A CRIAÇÃO NO DIA SÉTIMO.
E abençoou DEUS o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que DEUS criara e fizera" (Gn 2.2, 3).
DEUS celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o santificou. Gênesis é o livro das origens de todas as coisas, dos céus e da terra, do homem e do pecado, do sacrifício e da promessa de redenção, do casamento, da família, das nações, das línguas, da nação de Israel, do sábado e da semana. O sábado e a semana tiveram a sua origem em DEUS. A divisão hebdomadária (Referente a semana, semanária) do tempo aparece desde os dias pré-diluvianos e no período patriarcal (Gn 7.4, 10; 8.10, 12; 29.27, 28). Mas a semana na Mesopotâmia seguia as fases da lua, por isso nem sempre o sábado coincidia com o sétimo dia. A semana dos egípcios era de dez dias.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 62-63.
 
O quarto mandamento (Êx 20.8-11), embora claramente um elemento integral dos quatro primeiros — aqueles pertencentes à pessoa, à natureza e à adoração do Senhor — é uma transição para os seis restantes no fato de que tem que ver com o tratamento dos seres humanos, especialmente no relacionamento deles com o dia de descanso. Este é antecipado pela narrativa da criação, que declara: “No sétimo dia DEUS já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou DEUS o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação” (Gn 2.2,3). Para DEUS, o descanso não representava (e não representa) que ele se recuperaria da exaustão do labor, mas simplesmente que pararia o que estivera fazendo (hebraico, sbt). Ele, ao abençoar o dia, celebrou a obra de criação terminada, acrescentando a ela, por assim dizer, seu amém de aprovação.
Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd Publicações. pag. 332-333.
 
O Dia do SANTO Descanso (2.1-3)
Os primeiros três versículos deste capítulo pertencem apropriadamente ao conteúdo do capítulo 1, visto que trata do sétimo dia na série da criação. Durante seis dias, DEUS esteve criando e formando a matéria inorgânica, as plantas, os animais e o homem. De certo modo, tudo isso ocupa e está relacionado com o espaço. O homem recebeu a ordem específica de sujeitar o que se encontrava no âmbito espacial. DEUS inspecionou tudo e considerou muito bom; Ele concluiu tudo que quis criar. Certos rabinos antigos ficaram aborrecidos porque pensaram ter visto aqui uma indicação de que DEUS trabalhara no sábado. O rabino Rashi declarou que o que faltava para o mundo era descanso, e assim o último ato de DEUS foi a criação do Sábado, no qual há quietude e repouso.
George Herbert Livingston, B.D., Ph.D. Comentário Bíblico Beacon. Gênesis. Vol.1. pag. 34-35.
 
3. A BÊNÇÃO DE DEUS SOBRE SÉTIMO DIA.
DEUS abençoou e santificou o sétimo dia como um repouso contínuo, a dispensação da inocência, interrompido por causa do pecado. Agostinho de Hipona lembra que não houve tarde no dia sétimo, pois DEUS o santificou para que ele permanecesse para sempre: "Ora o sétimo dia não tem crepúsculo. Não possui ocaso porque Vós o santificastes para permanecer eternamente" [Confissões, Livro XIII.36). Adão e Eva viveram esse repouso durante a inocência até a Queda: "Foi o princípio e o tipo de repouso ao que a criação, depois que caiu da comunhão com DEUS pelo pecado do homem, recebeu a promessa de que uma vez mais seria restaurada pela redenção, em sua consumação final" (KEIL & DELITZSCH, tomo 1, 2008, p. 41). O sábado da criação aponta para o descanso de DEUS para o mundo inteiro no fim dos tempos: "Portanto, resta ainda um repouso para o povo de DEUS" (Hb 4.9).
O sábado legal não foi instituído aqui. Isso só aconteceu com a promulgação da lei. O sétimo dia é o fundamento da guarda do sábado dada aos israelitas, visto que este dia foi santificado desde o princípio do mundo. O sábado institucional é para toda a humanidade e por isso DEUS o santificou antes de estabelecê-lo como mandamento para Israel. "A santificação do sábado institui uma ordem para a humanidade segundo a qual o tempo é dividido em tempo e tempo sagrado... Por santificar o sétimo dia, DEUS instituiu uma polaridade entre o dia a dia e o solene, entre dias de trabalho e dias de descanso, a qual deveria ser determinante para a existência humana" (WESTERMANN, 1994, p. 171). O sábado institucional não é necessariamente o sétimo dia da semana, mas um a cada seis dias.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 65-66.
 
Gn 2 .3 - O fato de DEUS ter abençoado o sétimo dia significa que Ele o separou para uso santo. Este ato é encontrado nos Dez Mandamentos (Èx 20.1 -17), no qual DEUS ordenou a observância do sábado. Quanto ao ensino do sábado no NT, ler as seguintes passagens: Mateus 12.8; Colossenses 2.16. Consideremos, ainda, que o sábado, no AT, prefigurava o repouso que todos encontramos em CRISTO JESUS (Hb 4.1-11).
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 7.
 
Gn 2.3 afirma que DEUS "santificou" ou colocou à parte o dia de sábado porque ele descansou nesse dia. Mais tarde, na lei mosaica, o sábado foi colocado à parte como dia de culto (veja Êx 20.8). Hebreus 4.4 distingue entre o descanso físico e o descanso redentor para o qual o primeiro apontava. Está claro em Cl 2.16 que o sábado" de Moisés não possui lugar simbólico ou ritual na nova aliança. A igreja começou a realizar cultos no primeiro dia da semana para celebrar a ressurreição de CRISTO (At 20.7).
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 19.
 
II. O SÁBADO INSTITUCIONAL
1. DESDE A CRIAÇÃO.
Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. DEUS completou a sua obra da criação no sétimo dia. Duas vezes o texto sagrado declara que DEUS "descansou" ou seja, cessou, esse é o significado do verbo hebraico usado aqui, shãbat, cessar, desistir, descansar" (Gn 8.22; Jó 32.1; Ez 16.41). Descansar é sinônimo de cessar de criar. Esse repouso indica a obra concluída e não ociosidade, pois DEUS não pára nem se cansa (Is 40.28; Jo 5.17). Ele continua sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1.3). O Senhor JESUS também assentou-se à destra de DEUS depois de concluir a obra da redenção (Hb 8.1; 10.12). A expressão "acabado no sétimo dia” parece indicar que houve mais alguma atividade de DEUS na criação nesse dia. É o que pensam muitos expositores da atualidade. DEUS terminou a sua obra no dia sexto: segundo a Septuaginta, en tê hêméra tê hektê, "no dia sexto", e também no Pentateuco Samaritano, bayyôm hashishi, "no dia sexto". A Peshita segue também essa linha, mas tudo indica que se trata de alguma emenda deliberada. Segundo Umberto Cassuto, um estudo cuidadoso desse versículo mostra que "sétimo dia" é a forma correta (1998, p. 61).
O substantivo hebraico shabbat, "o dia de sábado", não aparece aqui; sua primeira ocorrência acontece no relato do maná (Êx 16.23). Mas este termo vem da raiz do verbo "descansar", shãbat. Foram descobertos tabletes em que revelam o shabatu, como os dias 7o, 14°, 21° e 28°, que segundo o registro dessas inscrições ocupavam espaço destacado no calendário mesopotâmio. Neles havia restrições a diversos tipos de trabalho, já que o dia era dedicado aos deuses (TENNEY, vol. 5, 2008, p. 267). O sábado dos israelitas era o dia de descanso reservado a cada seis dias de trabalho para todo o povo; entretanto, o shabatu era computado com base nas quatro fases da lua.
Há muitas discussões sobre a relação do shabatum com o sábado dos israelitas, e Umberto Cassuto explica o que está por trás de tudo isso. Os críticos liberais insistem em afirmar que os israelitas copiaram o sábado dos mesopotâmios e com isso querem associar o sábado de Israel com as quatro fases da lua. Cassuto questiona a existência da proibição de trabalho nos dias 7º, 14º, 21º e 28º do mês do luna na Babilônia e na Assíria. Segundo esse autor, o pensamento da Torá é justamente o oposto ao sistema babilônico e desvincula completamente o sábado da adoração aos astros: "O dia de sábado de Israel não será como o sábado das nações pagãs; não será o dia da lua cheia, ou outro dia conectado com as fases da lua, nem ligado, em conseqüência, com a adoração da lua, mas será o sétimo dia" (1998, p. 68). É um sábado completamente desassociado de sinais nos céus, das hostes celestiais e de qualquer conceito astrológico, "mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu DEUS" (Êx 20.10). Assim, o propósito da omissão do termo hebraico shabbat, "sábado", no relato da criação é evitar sua identificação com o shabatu dos mesopotâmios.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 63-65.
 
O contexto desta passagem e de outras similares neste capítulo refere-se a Gênesis 2.1-3, que diz: “Assim, os céus e a terra, e todo o seu exército foram acabados. E, havendo DEUS acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou DEUS o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que DEUS criara e fizera”. “A criação, tanto de céus e terra e do mundo espiritual, é atual também no primeiro capítulo da Bíblia. DEUS criou: ‘céus e terra’. O céu e a terra com todo o seu exército é mencionado em Gênesis 2.1 — Exército, aqui, é tsebaam, de tsaba, que significa ‘avançar como soldado’ (Gesenius, erudito hebreu do século XIX), ou ‘andar juntos para serviço’ (Furst); o termo é usado, portanto, acerca dos anjos (I Rs 22.19; 2 Cr 18.18; SI 148.2; Lc 2.13). Refere-se também aos corpos celestes e aos poderes do céu (Is 34.4; Dn 8.10; Mt 24.29). Na criação original mencionada nos capítulos 1 e 2 de Gênesis, está incluído o ‘céu e a terra’, o espiritual com seus anjos. São eles as personalidades criadas no mundo espiritual (Nm 9.6), os seres e as coisas e a raça humana no mundo material (Mc 10.6)”. DEUS, portanto, deixando o exemplo às suas criaturas, instituiu um dia para o descanso e “... ao sétimo dia, descansou, e restaurou-se” (Ex 31.17).
Severino Pedro Da Silva. Epistola aos Hebreus coisas novas e grandes que DEUS preparou para você. Editora CPAD. pag. 68-69.
 
Heb 4.8-10 O verdadeiro descanso de DEUS não veio por meio de Josué ou Moisés, mas por meio de JESUS CRISTO, que é maior cio que ambos. Josué levou a nação de Israel à terra do seu descanso prometido (veja Js 21.43-45). No entanto, esse foi simplesmente o descanso terreno que era apenas a sombra do que eslava envolvido no descanso celestial. O fato de que, segundo o Sl 95, DEUS ainda estava oferecendo o seu descanso no tempo de Davi (muito tempo depois de Israel ter se estabelecido na Terra Prometida) significava que o descanso oferecido era espiritual — superior ao que Josué havia obtido. O descanso terreno de Israel foi repleto de ataques de inimigos e consistiu no ciclo diário de trabalho. O descanso celestial é caracterizado pela plenitude ria promessa celestial (Ef 1.3) e pela ausência de qualquer trabalho para obtê-lo.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 1694.
 
2. NÃO ERA MANDAMENTO.
O sétimo dia da criação não era mandamento, mas revela a necessidade natural do descanso de toda natureza, homem, animal, máquina, agricultura. O repouso noturno de cada dia não é suficiente para isso. DEUS abençoou e santificou esse dia não somente para comemorar a obra da criação, mas para que nesse dia todos cessem o trabalho tendo em vista o descanso físico e mental e também o culto de adoração a DEUS. É importante que todos os seres humanos possam refletir que o universo foi criado por um DEUS pessoal, Todo-poderoso, sábio e transcendente, que planejou todas as coisas que foram criadas. Parece que esse dia foi logo esquecido pelo gênero humano, mas há resquício dele em muitos povos da antiguidade.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 63-65.
 
Afirmações Bíblicas
1. O próprio DEUS deu origem ao sábado, o dia de descanso, para comemorar seu descanso da atividade de criação (Gên. 2.2). Os conservadores consideram a afirmação de Gênesis como o fim de todos os argumentos sobre a origem do sábado. Os liberais e os críticos, contudo, acreditam que essa é uma afirmação anacrônica que de fato repousava em eventos posteriores ocorridos na época de Moisés. Nesse caso, a doutrina de que o próprio DEUS deu origem ao sábado, imediatamente após a criação, é “idealista” e “teológica”, não uma doutrina histórica. Os críticos destacam que o sábado não era observado na época patriarcal.
2. O sábado iniciou como um sinal do Pacto Mosaico.
3. O sinal foi então transformado no quarto dos Dez Mandamentos (o Decálogo). “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êxo. 20.8).
Observações Bíblicas
Importantes observações bíblicas sobre o sábado são as que seguem. O originador deste dia como o dia de descanso foi Elohim, o Poderoso DEUS universal e criador de todas as coisas (Gên. 2.2). A observação do sábado pelos homens, imitando a DEUS, transformou-se no sinal, no Pacto Mosaico e no quarto dos dez mandamentos (Êxo. cap. 19; 20.11). Embora originalmente fosse apenas um dia de descanso, o sábado tomou-se dia sagrado (Êxo. 16.23). Ele passou a ser associado a festas solenes, especialmente aquelas em dia de lua cheia (Amós 8.5; Osé. 2.13; Isa. 1.13). O dia era comemorado, provavelmente, como um dia de louvor, adoração e oração (Lev. 23.1-3).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 6. pag. 2-3.
 
O quarto mandamento em si não tem a pretensão de ser a primeira promulgação do sábado. Suas palavras introdutórias, “Lembra-te do dia de sábado” (Ex 20.8), sugere que o sábado já era conhecido, mas foi esquecido ou era negligenciado. O motivo dado no mandamento para a santificação do sábado foi o exemplo de DEUS ao terminar sua criação (20.9-11). O mandamento apontava para o passado, para a instituição original do sábado.
O quarto mandamento fez do sábado uma instituição distintamente hebraica. Fez parte integral da aliança que DEUS fez no Sinai com Israel. A aliança consistiu dos “dez mandamentos” proclamados pelo próprio Senhor no monte (Dt 4.13; 5.2-21). O quarto mandamento tem uma posição central nesta aliança, servindo como uma ponte de ligação entre aqueles mandamentos que têm a ver com obrigações para com DEUS e para com o homem.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 6. pag. 269.
 
3. OS PATRIARCAS NÃO GUARDARAM O SÁBADO.
O livro de Gênesis não menciona os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado. Segundo Justino, o Mártir, Abraão e seus descendentes até o Sinai agradaram a DEUS sem o sábado (Diálogo com Trifão 19.5). Irineu de Lião diz que Abraão, "sem circuncisão e sem observância do sábado, acreditou em DEUS e lhe foi imputado a justiça e foi chamado amigo de DEUS" (Contra as Heresias, Livro IV, 16.2). O sábado institucional não era mandamento nem havia imposição sobre a sua observância; talvez, seja essa a razão de aos poucos ter caído no esquecimento. A linguagem do quarto mandamento "Lembra-te do dia de sábado" (Êx 20.8) reforça a ideia de que não se trata de uma instituição nova, mas existente desde a criação.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 68.
 
A palavra grega por detrás desse vocábulo é uma combinação de pater, «pai», e archés, «cabeça», «chefe». Os patriarcas bíblicos são aqueles que são considerados os fundadores da raça humana, Adão e Noé (este último através de seus três filhos, Sem, Cão e Jafé; ver Gên. 10); ou então aqueles que foram cabeças ou fundadores das doze tribos de Israel. O vocábulo também é aplicado a Abraão, no Novo Testamento, em Heb. 7:4, por ser ele o fundador (progenitor) da nação hebreia, sendo também o pai dos homens espirituais, tanto judeus quanto gentios, que sigam com seriedade a vereda espiritual. Os filhos de Jacó são chamados «patriarcas» em Atos 7:8,9 e Davi é denominado desse modo, em Atos 2:29. O período patriarcal é aquele período de tempo da formação da nação hebreia, antes da época de Moisés.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5. Editora Hagnos. pag. 112.