Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm veja LIÇÃO 12, ZACARIAS, O REINADO MESSIÂNICO - 4º Trimestre de 2012 - http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_ZiGvlR4p5ETqRtT6ABKj2 http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv-2trim2012.htm (Arrebatamento, Governo do Anticristo, Milênio, Formosa Jerusalém, Juízo Final) TEXTO ÁUREO "E levantei os meus olhos, e olhei, e vi um homem vestido de linho, e os seus lombos, cingidos com ouro fino de Ufaz" (Dn 10.5). VERDADE PRÁTICA DEUS revela o futuro, para que o seu povo não fique amedrontado e confuso. LEITURA DIÁRIA Segunda - Mt 7.8 O poder da oração constante Terça - Sl 37.1-7 DEUS responde a oração sincera Quarta - Dn 10.4,5; Ap 1.13-17 A visão de Daniel e João Quinta - Dn 10.13; Ef 6.10-12 Atividade no mundo espiritual Sexta - Dn 10.12-14 Pela oração vencemos as potestades diabólicas Sábado - Ez 37.1-14; Mt 24.32; Lc 21. 29,30 Israel, a figueira brotando LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Daniel 10.1-6, 9,10,14 Daniel 10.1-6 1 No ano terceiro de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome se chama Beltessazar; e a palavra é verdadeira e trata de uma guerra prolongada; e ele entendeu essa palavra e teve entendimento da visão. 2 Naqueles dias, eu, Daniel, estive triste por três semanas completas. 3 Manjar desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com unguento, até que se cumpriram as três semanas. 4 E, no dia vinte e quatro do primeiro mês, eu estava à borda do grande rio Hidéquel; 5 e levantei os meus olhos, e olhei, e vi um homem vestido de linho, e os seus lombos, cingidos com ouro fino de Ufaz. 6 E o seu corpo era como turquesa, e o seu rosto parecia um relâmpago, e os seus olhos, como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés, como cor de bronze açacalado; e a voz das suas palavras, como a voz de uma multidão. Daniel 10.9,10,14 9 Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo a voz das suas palavras, eu caí com o meu rosto em terra, profundamente adormecido. 10 E eis que uma mão me tocou e fez que me movesse sobre os meus joelhos e sobre as palmas das minhas mãos.
14 Agora, vim para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias; porque a visão é ainda para muitos dias.
INTERAÇÃO Os anjos são seres espirituais presentes na Bíblia. Ele está envolvido com o futuro de Israel, no Antigo Testamento, e com o futuro da Igreja, em o Novo Testamento. Além disso, os anjos ministram por ordem divina e, por isso, não recebem adoração em hipótese alguma. OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Discorrer sobre a visão celestial de Daniel. Explicar o significado do homem vestido de linho. Saber que os anjos de DEUS são seres espirituais ajudadores. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, para concluir a aula da presente lição, reproduza o esquema abaixo de acordo com as suas possibilidades. O esquema é uma adaptação da explicação do teólogo pentecostal escocês, radicado nos EUA, Myer Pearlman. Destaque para os alunos o que a Bíblia revela acerca da natureza dos anjos: são criaturas, Espíritos, imortais e numerosos. A partir da análise da natureza angelical, enfatize que a Bíblia não nos ensina crendices quanto aos anjos. Boa aula! Resumo da Lição 11 - O Homem Vestido de Linho I. UMA VISÃO CELESTIAL (10.1-3) 1. "Foi revelada uma palavra a Daniel". 2. Daniel um homem de oração. 3. A tristeza de Daniel. II. A VISÃO DO HOMEM VESTIDO DE LINHO (10.4,5) 1. Um "homem vestido de linho". 2. "Eis que uma mão me tocou". 3. "O príncipe do reino da Pérsia". III. DANIEL É CONFORTADO POR UM ANJO (10.10-12) 1. Daniel é confortado por um anjo (10.10-12). 2. O conflito entre o Arcanjo Miguel e o príncipe do reino da Pérsia (10.13). 3. A hostilidade espiritual contra o povo de DEUS. SINOPSE DO TÓPICO (1) Daniel, um homem de oração, sentiu o peso da tristeza acerca da revelação das últimas coisas. SINOPSE DO TÓPICO (2) A visão de Daniel acerca do homem vestido de linho é semelhante a que o apóstolo João teve na Ilha de Patmos e com a do profeta Ezequiel. SINOPSE DO TÓPICO (3) Diante da visão Daniel desfaleceu. Mas, DEUS enviou-lhe um anjo para confortá-lo e reerguê-lo. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Exegético "Uma Visão Celestial de Conflitos Terrenos, 10.1-12.13 A maioria dos intérpretes concorda em que os últimos três capítulos do livro de Daniel constituem uma unidade. Keil descreve os conteúdos dessa seção como 'A revelação das aflições do Povo de DEUS Infligidas pelos Governantes do Mundo até a Consumação do Reino de DEUS'. Essa seção não está em forma de sonho ou visão. Ela é uma revelação, que vem diretamente a Daniel por intermédio de um ser celestial que age como o mediador da verdade. A expressão foi revelada uma palavra a Daniel (10.1) contém a palavra niglah, a forma passiva do verbo que significa 'desvendar, manifestar, revelar'. Essa manifestação culminante experimentada por Daniel veio a ele na forma mais elevada de revelação, através do encontro direto com a deidade. Keil descreve essa experiência como uma teofania, uma manifestação ou aparição de DEUS" (PRICE, Ross; GRAY, C. Paul (et al). Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel. 1.ed. vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.538-39). AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Bibliológico "Anjos Caídos Os anjos malignos, dos quais Satanás é o príncipe (Jo 12.31; 14.30; Ef 2.2; cf. 6.12), se opõem aos bons (Dn 10.13), perturbam o bem-estar do homem às vezes adquirindo o controle que DEUS tem sobre as forças da natureza (Jó 1.12-19) e as doenças (Jó 2.4-7); cf. Lc 13.16; At 10.38). Eles tentam o homem para pecar (Gn 3.1-7; Mt 4.3; Jo 13.27; 1 Pe 5.8) e espalham falsas doutrinas (1 Rs 22.21-23; 2 Co 11.13,14; 2 Ts 2.2; 1 Tm 4.1). No entanto, sua liberdade para tentar e testar o homem está sujeita à vontade permissiva de DEUS (Jó 1.12; 2.6). Embora eles ainda tenham a sua habilitação no céu e, às vezes, tenham acesso ao próprio trono de DEUS (Jó 1.6), serão lançados à terra por Miguel e seus anjos antes da Grande Tribulação (Ap 12.7-9), e finalmente serão lançados no lago de fogo e enxofre 'preparado para o diabo e seus anjos' (Mt 25.41). Os anjos, como seres criados separadamente, não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.30; Lc 20.36). Em contraste, os homens são todos participantes da raça humana e descenderam do primeiro casal, Adão e Eva. DEUS, portanto, não pode lidar com os anjos através de um representante e, sendo assim, os anjos caídos não podem ser remidos por um comandante federal como o homem (por exemplo, 'em Adão' e 'em CRISTO' Rm 5.12ss.; 1 Co 15.22). Com que base DEUS, então, separou os santos anjos (Mt 25.31; Mc 8.38) daqueles que pecaram (2 Pe 2.4; cf. Jd 6)? Com base em sua obediência, amor e lealdade a Ele. Aqueles que seguiram a Lúcifer em sua rebelião contra DEUS (Is 14.12-17; Ez 28.12-19) desse modo pecaram e caíram. Alguns destes foram colocados em cadeias eternas (Jd 6), mas os outros ainda estão livres e ativos e são chamados demônios. Aqueles anjos que continuaram firmes em amor, lealdade e obediência a DEUS foram confirmados em um caráter de justiça. Assim, os anjos podiam pecar ou permanecer puros até serem totalmente testados e confirmados em justiça" (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.139). BIBLIOGRAFIA SUGERIDA GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. LAHAYE, Tim; HINDSON (Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. Comentários de várias publicações, com algumas supressões e acréscimos do Ev. Luiz Henrique. O HOMEM VESTIDO DE LINHO
O capítulo que ora
vamos estudar encontra-se numa seção que se destaca dos capítulos
sete a nove: a de dez a doze. Estes aparecem como profecia que os
remete a uma retrospectiva histórica dos capítulos sete a nove.
Revista Ensinador Cristão.
Editora CPAD. pag. 41.
A seção dos capítulos dez a doze dividi-se
basicamente em três partes: introdução longa que descreve a aparição
do emissário divino para Daniel (cap. 10); a revelação que envolve a
história dos quatro impérios mencionados em profecias anteriores
(11.1—12.4); a consumação dos segredos divinos até o tempo do fim
(12.5-13).
O capítulo dez
retrata o envio de um emissário celestial, conhecido como o homem
vestido de linho, que trouxe uma mensagem a Daniel acerca do futuro
das nações e do povo de Israel. O profeta Daniel esgotou-se
fisicamente diante da realidade espiritual permeada na batalha entre
anjos cuja maioria dos estudiosos conservadores diz serem aqueles
anjos guardiões das nações que habitavam a região da Palestina e
adjacências.
Mais importante é
destacar que neste capítulo os anjos aparecem com uma missão
específica em relação ao desenrolar da história revelada em visão a
Daniel. Os seres espirituais são enviados pela parte de DEUS para
auxiliar o profeta concernente a interpretação de algo que Daniel
buscava compreender. Perceba que em nenhum momento há uma atitude de
deslumbramento por parte do profeta com relação aos seres
espirituais. Pois o seu desgaste físico tem haver com a dimensão do
mundo espiritual que ele viu-se imerso.
O anjo Gabriel
anunciou a concepção de Maria para que acontecesse o nascimento de
JESUS. O anjo Gabriel anunciou o advento do Messias. Na tentação de
JESUS, após Ele ser provado e ter vencido as tentações, anjos o
serviram. Anjos apareceram aos apóstolos, inclusive Pedro foi solto
da prisão através da ação de um anjo. Paulo teve visão de anjos. O
apóstolo Paulo nos falou que a nossa luta não é contra carne e
sangue, mas contra as potestades, nas regiões celestiais. Os anjos
são reais, o mundo espiritual é real.
Revista Ensinador
Cristão.
Editora CPAD. pag. 41.
Existência dos Anjos:
a-
Estabelecida pelo Ensino do Antigo Testamento
São inúmeros os textos do AT que comprovam a realidade da existência dos anjos. Queremos, no entanto, destacar apenas os que se seguem: Gn 32:1,2; Jz 6:11ss; 1Rs 19:5; Ne 9:6; Jó 1:6; 2:1; Sl 68:17; 91:11; 104:4; Is 6:2,3; Dn 8:15-17; Nos textos alistados anteriormente, vemos os anjos em suas funções principais de servir e louvar a Yahweh, transmitir as mensagens de Deus, obedecer Sua vontade, executar a vontade de Deus, e também como guerreiros. b- Estabelecida pelo Ensino do Novo Testamento
No contexto do NT, os anjos não são apresentados simplesmente como "mensageiros de Deus", mas também como "ministros aos herdeiros da salvação" (Hb 1:14). Outrossim, a existência dos anjos é apresentada de maneira inequívoca no NT. Vejamos, por exemplo, os textos a seguir: Mt 13:39; 13:41; 18:10; 26:53; Mc 8:38; Lc 22:43; Jo 1:51; Ef 1:21; Cl 1:16; 2Ts 1:7; Hb 1:13,14; 12:22; 1Pe 3:22; 2Pe 2:11; Jd 9; Ap 12:7; 22:8,9. Classes: Anjos - Serafins - Querubins - Anjo Gabriel - Arcanjo Miguel. (Do lado de Satanás estão organizados em várias classes também - Arcanjo Miguel - archangelos , "arcanjo", 1Ts 4:16 e Jd 9, o termo só aparece no singular, ligado unicamente ao nome de Miguel, donde se conclui biblicamente que só exista um anjo assim denominado Arcanjo, ou anjo-chefe, e que esse Arcanjo chama-se Miguel. Responsabilidade especiais como campeão de Israel contra o anjo rival dos persas (Dn 10:13,21), e ele comanda os exércitos celestiais contra todas as forças sobrenaturais do mal na última grande batalha (Dn 12:1).
Em Jd 9, há referência a uma disputa entre Miguel e o diabo com respeito ao corpo de Moisés. Miguel aparece em Ap 12:7, que retoma o tema de Dn 12:1, apresentando-se Miguel como sendo o vencedor do dragão primordial, identificado como Satanás.
Serafins: São anjos rebrilhantes, uma vez que essa raiz também pode significar "consumir com fogo", mas também "rebrilhar" e "refletir". Seis asas (Is 6:2). Estavam postos acima do trono de Deus (Is 6:2a), o que parece indicar que sejam líderes na adoração ao Senhor.
Os Querubins
No hebraico, temos keruhbim , plural de kerub . No grego cheroub. No Gênesis, tinham a incumbência de guardar o caminho para a árvore da vida, no jardim do Éden (Gn 3:24). Dois Querubins do propiciatório (a tampa que cobria a arca no santíssimo lugar - Êx 25:18-22; Cf Hb 9:5 - Sl 80:1 e 99:1). Ezequiel (Ez 10), o trono-carruagem de Deus, que continuava sustentado por Querubins, tornava-se móvel. Querubins nas cortinas e véus do Tabernáculo, bem como estampados nas paredes do Templo (Êx 26:31; 2Cr 3:7). O Anjo Gabriel
O vocábulo hebraico Gabriel significa "homem de Deus" (heb. geber , "varão" e El - forma abreviada de Elohim , "Deus todo poderoso").
No AT, Gabriel aparece apenas em Daniel, e ali como mensageiro celestial que surge na forma de um homem (Dn 8:16; 9:21). Suas funções são: revelar o futuro ao interpretar uma visão (Dn 8:17), e dar entendimento e sabedoria ao próprio Daniel (Dn 9:22).
No NT, Gabriel surge somente na narrativa de Lucas que descreve o nascimento de Cristo. Ali, ele é o mensageiro angelical que anuncia grandes eventos: o nascimento de João (Lc 1:11-20) e de Jesus (Lc 1:26-38). Também é apresentado como aquele que "assiste diante de Deus" (Lc 1:19). Destes casos, conclui-se que Gabriel é o portador das grandes mensagens divinas aos homens. Pode-se concluir, dizendo que na Bíblia, Gabriel é o "anjo mensageiro" e Miguel o "anjo guerreiro". O ANJO DO SENHOR
Outro ensino veterotestamentário de grande importância, que por sua vez está estritamente relacionado com as Teofanias, são as aparições do Anjo do Senhor. Optamos por estudar, separadamente, este assunto, em virtude de sua importância crucial, uma vez que as aparições do Anjo do Senhor se constituem em Teofanias, mas especificamente Teofanias onde as aparições de Deus se davam de forma humana.
A expressão "Anjo do Senhor" ou sua variante "Anjo de Deus", se encontram mais de cinquenta vezes no AT. Portanto, é necessário algumas considerações acerca desse personagem, que se reveste de grande importância quando tratamos da possibilidade da Encarnação.
A primeira aparição bíblica do "Anjo do Senhor", foi no episódio de Agar, no deserto (Gn 16:7). Outros acontecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn 22:11,15), Jacó (Gn 31:11-13), Moisés (Êx 3:2), todos os israelitas durante o Êxodo (Êx 14:19) e posteriormente em Boquim (Jz 2:1,4), Balaão (Nm 22:22-36), Gideão (Jz 6:11), Davi (1Cr 21:16), entre outros.
A Bíblia nos informa que o Anjo do Senhor realizou várias tarefas semelhantes às dos anjos, em geral. Às vezes, Suas aparições eram simplesmente para trazer mensagens do Senhor Deus, como por exemplo em Gn 22:15-18; 31:11-13. Em outras aparições, Ele fora enviado para suprir necessidades (1Rs 19:5-7) ou para proteger o povo de Deus de perigos (Êx 14:19; Dn 6:22).
Com relação à identidade do Anjo do Senhor, os eruditos não são e nunca foram unânimes. Entretanto, não há porque duvidar da antiquíssima interpretação cristã de que, nesses casos acima citados, encontramos manifestações preencarnadas da Segunda Pessoa da Trindade.
Desejamos, portanto, apresentar a seguir três argumentos bíblicos que comprovam, indubitavelmente, que o Anjo do Senhor é Jesus Cristo antes de encarnado.
Josué 5:14 - Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, diz a Palavra do Senhor que ele "...se prostrou sobre o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhE: Que diz meu Senhor ao seu servo?". Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio Senhor (ou melhor, o Senhor Jesus como Segunda Pessoa da Trindade), o anjo (caso fosse simplesmente "um anjo") teria proibido a Josué de adorá-lo, como ocorreu em Ap 19:10 e Ap 22:8,9.
Jz 13:18 - Embora concordemos com o fato de que existem controvérsias a respeito desta passagem, reputamos a mesma como factual e elucidativa. Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o Seu nome, Ele responde: "...porque perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso ?" Uma comparação desta resposta com a passagem de Is 9:6, demonstra que o Anjo do Senhor que apareceu a Manoá é o Menino que nos fora dado de Isaías. Isto é, o Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso (YHWH), é o próprio Senhor, e ao mesmo tempo o Menino que nos fora dado.
A terceira prova escriturística que queremos apresentar, é que no contexto neotestamentário, a Bíblia deixa de utilizar-se do termo "o Anjo do Senhor" como pessoa específica. Isto é demonstrado pelo fato de que o artigo definido masculino singular "o" deixa de ser utilizado, sendo substituído pelo artigo indefinido "um". Alguns exemplos disto, são os textos de Lc 1:11; At 12:7 e At 12:23, dentre muitos outros. Infelizmente, nem todas as ocorrências de Anjo do Senhor no NT, na versão ARC, se encontram com o artigo indefinido "um", o que ocorre na versão ARA nos textos citados e em outros correlatos.
Esta substituição possui um grande significado. Isto é, no contexto do NT, contemporâneo ou posterior à Encarnação, as manifestações angelicais não eram do Anjo do Senhor, mas meramente de um de Seus anjos, pois o Anjo do Senhor já havia sido manifestado na carne (1 Tm 3:16).
Os anjos estão vinculados a eventos especiais, tais como: a concepção de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento (Lc 2:10-12), Sua ressurreição (Mt 28:5,7) e Sua ascensão e Segunda Vinda (At 1:11).
BIBLIOGRAFIA
A BÍBLIA SAGRADA. Edição Revista e Corrigida no Brasil. Rio de Janeiro, Imprensa Bíblica Brasileira, 1994.
BANCROFT, Dr. Emery H. Teologia Elementar. Trad. João M. Bentes.3ª ed. SP, Imprensa Batista Regular, 1986.
CHAMPLIN, Russel N. & BENTES, João Marques. Enciclopédia de Bíblia Teóloga e Filosofia (6 volumes).São Paulo,
Associação Religiosa Editora e Distribuidora Candeia, 1991.
COMENTÁRIOS DE VÁRIOS AUTORES E LIVROS
O
título desse capítulo desperta curiosidade porque apresenta uma figura
que revela alguém singular, diferente de todas as figuras de linguagem
que ilustra o próprio DEUS e, que, de forma teofânica, indica a Pessoa
de JESUS CRISTO. Era, de fato, a revelação do CRISTO pré-encarnado, que
corresponde com a visão de Ezequiel (Ez 1.26) e depois, no Novo
Testamento, com o Apocalipse de João (Ap 1.12-20). Em todo este
capítulo, “o homem vestido de linho” é o personagem central das
revelações feitas a Daniel.
Temos
que considerar que os três últimos capítulos desse livro trazem a última
visão e revelação que Daniel teve da parte de DEUS. O capítulo 10 se
constitui, de fato, numa preparação para a revelação que DEUS queria dar
a Daniel, O capítulo 11 apresenta a visão escatológica que destaca o
futuro imediato de Israel em relação às nações. Nesta visão, Daniel
lembra quando chegou como exilado político na Babilônia ainda bem jovem.
Os anos se passaram, e agora nos capítulos 10,11 e 12, ele era um homem
com mais de 85 anos de idade. Ele lembra o nome estrangeiro Belsazar que
havia recebido da parte de Nabucodonosor e que tinha por objetivo apagar
a memória do seu povo e do seu DEUS. Mas Daniel, ao citá-lo em Dn 10.1,
queria lembrar, também, que nada mudou na sua mente e coração em relação
à sua fidelidade ao DEUS de Israel. Ele provou que apesar do desterro de
sua terra, nada havia mudado em relação à sua fé.
Fazendo uma digressão ao capítulo 9, Daniel sabia que o dedo de DEUS
dirige a história e o futuro do seu povo e nada o deteria de cumprir os
seus desígnios para com o seu povo, mesmo que o mesmo tenha pecado
contra o Senhor. Haviam passado os 70 anos preditos na profecia de
Jeremias e, então, DEUS envia o anjo Gabriel (Dn 9.21) para revelar esse
futuro do seu povo. Foi uma revelação depois de muitas lágrimas e
orações do profeta pelo seu povo. Daniel era um homem de lágrimas e DEUS
se agradava da sua humildade.
No
capítulo 10, já era o terceiro ano do reinado de Ciro da Pérsia (534 a.
C.), e Daniel, mesmo estando idoso, permaneceu no palácio sob a égide
dos reis que sucederam Nabucodonosor. Assumiram o império Ciro, da
Pérsia, e Dario, da Média. Constituindo, portanto, o Império Medo-persa.
Entre 538 e 536 a. C., Ciro, o persa, concedeu um decreto que autorizava
os judeus exilados na Babilônia a retornarem a Palestina, especialmente,
em Jerusalém, para reedificarem o templo judeu. Porém, esse retorno
aconteceu, de fato, a partir de 538 a. C. O edito real de Ciro emitido
está registrado em Esdras nos capítulos 1 ao 6. Segundo a história, uma
grande maioria de judeus havia aderido aos costumes estrangeiros e
preferiu não voltar à sua terra, ficando na Babilônia. Porém, o sonho de
Daniel era concretizado mediante sua pesquisa no livro do profeta
Jeremias ao constatar que já haviam se passado os 70 anos profetizados
de cativeiro. Mesmo assim, Daniel não desistiu de orar pelo seu povo e
por sua cidade santa, Jerusalém. Daniel era um homem de oração. Neste
capítulo algo diferente de todas as visões que tivera anteriormente
acontece. Há uma manifestação teofanica quando o próprio DEUS,
prefigurativamente, na pessoa de JESUS CRISTO, se apresenta a Daniel de
uma forma ímpar e gloriosa. Há, também, no texto uma manifestação
angelical em que anjos celestiais obedecem aos desígnios de DEUS em
favor dos seus servos na terra.
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 137-138.
Um
intercessor amado no céu (Daniel 10.1-21)
Daniel
é um dos maiores exemplos de intercessores que temos na Bíblia (homem de
jejum e oração).
Ele
ora com seus amigos, e os magos são poupados da morte (Dn 2.17,18). Ele
ora com as janelas abertas para Jerusalém, e DEUS o livra da cova dos
leões (Dn 6.10). Ele ora confessando seu pecado e os pecados do povo,
pedindo a restauração do cativeiro babilônico (Dn 9.3). Agora, Daniel
ora novamente em favor de sua nação (Dn 10.1-3).
Esse
texto tem muitas lições importantes a nos ensinar sobre oração e jejum.
Também nos fala dos reflexos que as orações da igreja produzem no céu.
Esse texto ainda nos ensina grandes lições sobre batalha espiritual.
LOPES.
Hernandes Dias.
DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 127.
Esse
capítulo, assim como os dois capítulos seguintes (que concluem esse
livro), fazem um resumo de toda a visão e profecia reveladas a Daniel e
destinadas ao uso da igreja, não através de sinais ou figuras como antes
(capítulos 7 e 8), mas por meio de palavras expressas. E isso aconteceu
cerca de dois anos depois da visão do capítulo anterior. Daniel orava
diariamente e uma visão lhe era concedida uma vez ou outra. Nesse
capítulo se vê algumas introduções à profecia, no capítulo décimo
primeiro tem as previsões em particular, e no
capítulo décimo
segundo a conclusão final. Esse capítulo nos mostra:
I. O
solene jejum e a solene humilhação de Daniel antes de ter essa visão (w.
1-3).
II. A
gloriosa aparição do Filho de DEUS e a profunda impressão que ela lhe
causou (w. 4-9).
III.
Como foi encorajado a descobrir os futuros acontecimentos que seriam
satisfatórios e úteis tanto para ele como para os outros e que, embora
fosse difícil, ele seria capacitado a entender o significado dessa
descoberta e permanecer forte sob o seu esplendor, mesmo sendo
deslumbrante e terrível (w. 10-21).
HENRY.
Matthew.
Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias.
Editora CPAD. pag. 889-890.
I - UMA VISÃO CELESTIAL (10.1-3)
1. “Foi revelada uma palavra a Daniel”.
Indiscutivelmente, Daniel é um dos modelos de vida devocional mais
importante da Bíblia. Ele soube conciliar sua atividade palaciana com a
sua vida devocional. No exílio, mesmo servindo a reis pagãos, Daniel não
se descuidou de estar em oração, três vezes por dia. Ele não estava em
Jerusalém para adorar ao Senhor no Templo, mas fazia do seu quarto de
dormir o seu altar de adoração e serviço a DEUS através da oração. Foi
desse modo que ele teve as grandes revelações dos desígnios de DEUS para
o seu povo.
Daniel, um homem de revelações de DEUS (10.1)
“foi
revelada uma palavra a Daniel” (10.1). A palavra revelação significa,
essencialmente, trazer à luz alguma coisa nova. A Daniel foi revelado
coisas extraordinárias acerca do seu povo e acerca de coisas futuras,
não apenas concernentes a Israel, mas abrangentes a todo o mundo,
inclusive à igreja. Porém, nos capítulos 10, 11 e 12, toda a revelação
fala de fatos que acontecerão “nos últimos dias”. Daniel era um homem
sensível à voz de DEUS, comprometido com a verdade e que dizia apenas o
que DEUS ordenasse. Daniel não enfeitava a profecia. As figuras de
linguagem utilizadas por DEUS para ilustrar as revelações eram
extremamente fiéis ao que DEUS queria revelar.
(10.2)
A tristeza de Daniel. “Estive triste por três semanas completas”. A
tristeza que afligiu o coração de Daniel o fez decidir por orar e jejuar
por 21 dias, abstendo-se de carnes e de vinho. As notícias negativas
acerca do que estava acontecendo com seu povo e com a reconstrução do
templo em Jerusalém o fez perceber que estava havendo confusão, posição
e má vontade da parte de muitos judeus em relação ao retorno para a sua
cidade, o lugar do templo do Senhor em Jerusalém. Os samaritanos e
palestinos que habitavam neste tempo em Jerusalém, começaram a criar
obstáculos, principalmente, para a reconstrução do Templo. Os judeus
haviam retornado para Jerusalém com o propósito de reconstruir o templo
enfrentaram muita oposição, e Esdras confirmou esse fato, quando disse:
“Todavia o povo da terra (samaritanos e palestinos) debilitava as mãos
do povo de Judá, e inquietava-os no edificar” (Ed 4.4). Por causa dessa
oposição ferrenha dos inimigos de Israel, agindo com falsidades e
mentiras, e procurando desanimar o povo, tudo faziam para frustrar os
propósitos da reconstrução do templo. Mais uma vez Esdras registrou essa
oposição e disse: “E alugaram contra eles conselheiros, para frustrarem
o seu plano, todos os dias de Ciro, rei da Pérsia" (Ed 4.5). Além desses
opositores, Daniel percebeu, também, que havia desinteresse de muitos
exilados na Babilônia em voltar à sua terra, pois haviam se acomodado à
vida exilada. A ordem de reconstrução e da volta do seu povo à Palestina
já havia sido autorizada e, passados alguns anos, o povo não se animava
de voltar à sua terra. Daniel ficou triste e se pôs a lamentar e chorar.
Porém, ele não desistiu de interceder pela compaixão de DEUS, o DEUS de
Israel. Ele percebeu que o povo havia se esquecido do Senhor e pouco se
interessava em servi-lo, preferindo viver uma vida dissoluta e de acordo
com os padrões da vida pagã. Ele sentia o peso desse fardo espiritual e
se pôs a orar e jejuar diante de DEUS por Israel (w. 3,12).
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 138-140.
Dn
10.1 “Foi revelada uma palavra...” O termo “revelar” ou o seu
equivalente no presente versículo, tem o mesmo sentido e pode ser
traduzido por “revelação”. Isto é, uma revelação de “uma guerra
prolongada” que seria desenvolvida e consolidada no capítulo 11 deste
livro, sendo aqui, porém, apenas o início da visão. Em toda a extensão
da Bíblia, encontramos a “revelação” com dois pontos focais: a) Os
propósitos de DEUS. b) A pessoa de DEUS. Por um lado, DEUS informa os
homens a respeito de si mesmo, revelando quem é Ele, o que tem feito, o
que está fazendo, o que fará, e o que requer que os homens façam. Assim
é que o Senhor tomou Noé, Abraão e Moisés, aceitando-os em relação de
confiança, informando-os sobre o que havia planejado e qual era a
participação deles nesse plano (Gn 6.13-21; 12.1 e ss.; 15.13-21; Ex
3.7-22). Por outro lado, quando DEUS envia a sua palavra aos homens, Ele
também os confronta consigo mesmo. “A Bíblia não conhece a revelação
como uma simples transmissão de informações, divinamente garantidas, mas
antes, como a vinda pessoal de DEUS aos homens, para tornar-se conhecido
deles. (Ver Gn 35.7; Êx 6.3; Nm 12.6-8; G1 1.15 e ss.). No texto em
foco, DEUS revelou a Daniel o que há de acontecer nos “últimos dias”.
Severino Pedro da Silva.
Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag.
185-186.
Uma
idéia geral dessa profecia (v. 1): “A palavra é verdadeira”, e toda
palavra de DEUS é assim. É verdade que Daniel teve essa visão e que tais
coisas foram ditas. Ele atesta esse fato solenemente, e jura na
qualidade de profeta. Et hoc pamtus est verificare - ele estava
preparado para verificá-las. E, como essas palavras tinham vindo do céu,
não há dúvida de que seriam confiáveis e imutáveis. Mas o período
mencionado ainda demoraria muito para chegar. Além disso, como é
habitual que os profetas enxerguem nas profecias as coisas espirituais e
eternas, existe nessa profecia um aspecto que parece estar dirigido ao
fim do mundo e à ressurreição dos mortos. Sendo assim, ele poderia muito
bem dizer: O tempo determinado ainda vai demorar a chegar. Daniel
entendeu do que se tratava, pois foi transmitida com bastante clareza e
recebida de uma forma que ele poderia dizer que havia entendido a visão.
Ela não só operou em sua imaginação, mas também em seu entendimento.
HENRY.
Matthew.
Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias.
Editora CPAD. pag. 890.
1.
"foi revelada uma palavra..." (10.1). Há um DEUS no Céu que pode revelar
o futuro, bem como qualquer assunto que for da sua vontade. Uma palavra
revelada do Céu é algo maravilhoso, certo e infalível.
Antônio Gilberto.
DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os
últimos dias. Editora CPAD.
2. Daniel um homem de oração.
Sem
dúvida, Daniel é um grande exemplo da prática da oração. Durante toda a
sua vida e, especialmente da juventude à velhice, o velho Daniel não
deixou de orar. Era um homem determinado e consciente de suas
limitações. Por três semanas consecutivas (21 dias) o velho Daniel não
deixou de orar em favor do retorno do seu povo à sua terra. Ele nunca
desistiu de clamar e pedir por esse retorno, porque sabia que o tempo de
DEUS não está preso às circunstâncias históricas. Ele não adianta nem
atrasa. No tempo devido, seus desígnios são concretizados. Entretanto,
Daniel, havia entendido que o plano de DEUS para o seu povo não havia
findado. Sua convicção era tão forte que não demorou muito para que DEUS
lhe desse outra grande revelação.
Daniel
havia ficado triste por 21 dias por causa da profecia de Jeremias e
havia nesta profecia a promessa de restauração do seu povo. Por isso,
ele sentiu motivado, não apenas para lamentar, mas para orar suplicando
que a promessa fosse realizada. Ele levou a sério esta necessidade de
orar e orava como hábito cotidiano três vezes ao dia. Ele orava com
seriedade, com reverência e com contrição, pois confessava o pecado do
povo e esperava a misericórdia de DEUS (Dn 9.3-15). No capítulo 10,
Daniel é surpreendido pelo “homem vestido de linho” que lhe revela
coisas maravilhosas.
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 140.
Dn
10.3: “Manjar desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha
boca, nem me ungi com unguento, até que se cumpriram as três semanas”.
O
presente versículo apresenta um jejum intensivo ainda que parcial, feito
por Daniel. Uma boa parte das religiões da Antiguidade conheciam a
prática do jejum. Abster-se de alimento era considerado, o meio de
escapar do poder de demônios, que, teriam sua influência na ausência da
oração e jejum. (Ver Mc 9.29). Antes de ser prática cultual oficialmente
estabelecida, o jejum, é, no Antigo Testamento, primordialmente, um ato
de piedade individual ou coletiva, realizada por ocasião de
circunstâncias particulares pessoais ou nacionais. O israelita jejua
quando está de luto (1 Sm 31.13; 2 Sm 1.12; 3.35), ou quando está em
graves dificuldades e espera de DEUS o auxílio de que necessita (2 Sm
12.16; 1 Rs 21.27; SI 35.13). Também se jejua em preparação para receber
a revelação de DEUS, como bem pode ser depreendido do texto de Ex 34.28
e do presente texto, ou antes de um empreendimento difícil (Ed 8.21-23;
Et 4.16). O jejum é, pois, a expressão de profundo arrependimento e de
uma esperança futura de algo que satisfaz (1 Rs 21.27; Jn 3.5).
Severino Pedro da Silva.
Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag.
186-187.
3. A tristeza de Daniel.
Dn
10.2 “Estive triste...” O texto em foco tem seu paralelo em 2 Co 7.10,
onde o apóstolo Paulo escreve dizendo: “Porque a tristeza segundo DEUS
opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende”.
Daniel, já muito experiente, via, nas visões escatológicas, descritos
todos os acontecimentos futuros envolvendo Israel; assim, cada visão por
ele presenciada não lhe trazia alegria, mas tristeza de alma. Nas
palavras de Paulo, podemos observar a similaridade de expressão, tanto
no presente versículo como no anterior. Tal tristeza é, de conformidade
com a vontade divina, obra de DEUS, é fruto de sua atuação, a fim de Ele
efetuar os seus propósitos no indivíduo. Não se trata de uma realização
humana. Se porventura for uma operação real não pode ser efetuada sem a
cooperação do livre arbítrio humano. Daniel sentiu-se “triste” em ver
diante de si um quadro verdadeiro da sentença divina, confrontado com
tanta indignidade.
Severino Pedro da Silva.
Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 186.
Daniel
é um homem de lágrimas. Ele chora pelo povo (v. 2). Esse é o terceiro
ano do reinado de Ciro. Daniel tem aproximadamente 84 anos, já é um
ancião. Ele orou, chorou e jejuou pela libertação do cativeiro. Agora o
povo está em Jerusalém, mas, sob fogo cruzado. A oposição dos
samaritanos interrompeu a construção do templo. O povo voltou, mas a
restauração plena ainda não aconteceu. Daniel, contudo, mesmo distante,
aflige sua alma e chora pelo povo. Os fardos do povo de DEUS precisam
pesar em nosso coração. Jamais seremos verdadeiros intercessores a não
ser que sintamos o peso das aflições do povo sobre nossos ombros. Daniel
jejua e ora pelo povo (v. 3,12). Ele se abstém de alimentos. Daniel
deixa por 21 dias o convívio social e se recolhe para um tempo de
quebrantamento, jejum e oração em favor de sua nação. Muitos judeus
preferiram ficar na Babilônia a voltar a Jerusalém. Daniel, porém, não
voltou por causa de sua idade e também porque na Babilônia podia
influenciar mais profundamente os reis persas. Mas durante os setenta
anos de cativeiro, mesmo ocupando altos cargos, nunca se esqueceu de
Jerusalém.
Diariamente, orava pela cidade (Dn 6.10).
Daniel
jejua e ora por duas razões: muitos judeus haviam se esquecido de
Jerusalém e mostravam pouco interesse em voltar do exílio; os poucos que
voltaram, enfrentavam dificuldades sem precedentes para reconstruir o
templo e a cidade. Os samaritanos haviam apelado ao rei da Pérsia e a
obra ficou paralisada. Parecia que os poucos que haviam retornado,
fizeram-no sem um verdadeiro motivo. Parecia que tudo fora em vão. Por
essas razões, Daniel orava e jejuava.
LOPES.
Hernandes Dias.
DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 128-129.
Dn
10.2,3 A informação por três semanas completas refere-se à observância
de Daniel da Páscoa e da Festa dos Pães Asmos, que aconteceu durante o
primeiro mês do ano (Ex 12.1-20). A Páscoa dava-se no décimo quarto dia
do mês e a Festa dos Pães Asmos, nos oito dias seguintes. Toda a
festividade terminava no vigésimo primeiro dia do mês.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo
Testamento
com recursos adicionais.
Editora Central Gospel. pag. 1290.
Um
relato da mortificação de Daniel antes de receber a visão. Ele não a
esperava, nem mesmo quando proferiu a sua solene oração (cap. 9). Ele
não parecia alimentar qualquer expectativa de uma visão que
correspondesse a ela, e estava sendo movido puramente por um princípio
de devoção e de piedosa simpatia pelo aflito povo de DEUS. Ele esteve
triste durante três semanas inteiras (v. 2) por causa dos seus próprios
pecados, e dos pecados e das lamentações do seu povo. Alguns crêem que
as razões da sua tristeza e abatimento tenham sido a preguiça e a
indiferença da maioria dos judeus que, embora tivessem a liberdade de
retornar à sua terra, ainda continuavam na terra do seu cativeiro, sem
dar valor aos privilégios que lhes haviam sido oferecidos. Talvez o que
levasse Daniel a se sentir ainda mais triste fosse o fato de que aqueles
que assim procediam tentassem se justificar através do exemplo de
Daniel, embora não tivessem as mesmas razões do profeta para lá
permanecer. Outros dizem que Daniel se entristeceu por ter ouvido a
respeito da obstrução à construção do templo, feita pelos inimigos dos
judeus que haviam contratado conselheiros contra eles a fim de frustrar
os seus propósitos (Ed 4.4,5), durante todo o reinado de Ciro. Esses
judeus tinham obtido o apoio do seu filho Cambises, ou de Artaxerxes,
que governou enquanto Ciro esteve ausente na guerra da Cítia. Os homens
justos não podem deixar de se entristecer ao ver como a obra de DEUS
anda devagar no mundo, e quanta oposição ela encontra. Como os seus
amigos são fracos e como os seus inimigos são ativos. Durante os seus
dias de tristeza, Daniel não comeu nenhum alimento desejável. Embora não
pudesse viver sem se alimentar adequadamente, ele reduziu drasticamente
a sua alimentação, e se mortificou tanto na qualidade como na quantidade
daquilo que comeu. E isso pode ser realmente entendido como um jejum, e
um sinal de humilhação e tristeza. Ele não comeu o pão que lhe era
agradável e que costumava comer, mas somente aquele que era rude e sem
gosto, a fim de não ser tentado a comer mais do que era necessário para
apenas manter a sua natureza. Assim como os ornamentos, essas iguarias
são completamente inconvenientes em um dia de humilhação. Daniel não
comeu carne, não bebeu vinho, nem se ungiu com unguento durante esse
período de três semanas (v. 3). Embora fosse agora um homem idoso e
pudesse alegar que a sua natureza exigisse aquilo que fosse nutritivo, e
embora fosse um homem importante e pudesse alegar que estando acostumado
a refeições elegantes não poderia passar sem elas, pois isso iria
prejudicar a sua saúde, no entanto, para que tudo isto pudesse servir
para testemunhar e auxiliar sua devoção, ele foi capaz de negar tais
confortos a si mesmo. Que isso sirva para envergonhar muitos jovens que
pertencem às fileiras comuns da vida, e que não são capazes, igualmente,
de se convencer a se privarem de certas coisas.
HENRY.
Matthew.
Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias.
Editora CPAD. pag. 890.
Dn
10.2. A aflição de alma de Daniel (10.2,3). A razão do seu lamento e
retraimento acompanhado de jejum é certamente explicada pela data
mencionada no versículo 1: "No terceiro ano de Ciro". É que por volta do
terceiro ano de Ciro, a obra iniciada, de reconstrução do templo, fora
embargada. (Ed 1-3; 4.4,5). Daniel, como patriota e membro da nação
eleita, preocupava-se com o futuro dela, como já vimos patenteado na sua
oração do capítulo 9.
A
perseverança de Daniel na oração e no jejum por 21 dias ocasionou a
resposta divina. "Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o
primeiro dia, em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te
perante o teu DEUS, foram ouvidas as tuas palavras; e por causa das tuas
palavras é que eu vim" (10.12). Nesse versículo vemos que as nossas
próprias palavras, na oração, são ouvidas no Céu!
Antônio Gilberto.
DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os
últimos dias. Editora CPAD.
São inúmeros os textos do AT que comprovam a realidade da existência dos anjos. Queremos, no entanto, destacar apenas os que se seguem: Gn 32:1,2; Jz 6:11ss; 1Rs 19:5; Ne 9:6; Jó 1:6; 2:1; Sl 68:17; 91:11; 104:4; Is 6:2,3; Dn 8:15-17; Nos textos alistados anteriormente, vemos os anjos em suas funções principais de servir e louvar a Yahweh, transmitir as mensagens de Deus, obedecer Sua vontade, executar a vontade de Deus, e também como guerreiros. b- Estabelecida pelo Ensino do Novo Testamento
No contexto do NT, os anjos não são apresentados simplesmente como "mensageiros de Deus", mas também como "ministros aos herdeiros da salvação" (Hb 1:14). Outrossim, a existência dos anjos é apresentada de maneira inequívoca no NT. Vejamos, por exemplo, os textos a seguir: Mt 13:39; 13:41; 18:10; 26:53; Mc 8:38; Lc 22:43; Jo 1:51; Ef 1:21; Cl 1:16; 2Ts 1:7; Hb 1:13,14; 12:22; 1Pe 3:22; 2Pe 2:11; Jd 9; Ap 12:7; 22:8,9. Classes: Anjos - Serafins - Querubins - Anjo Gabriel - Arcanjo Miguel. (Do lado de Satanás estão organizados em várias classes também - Arcanjo Miguel - archangelos , "arcanjo", 1Ts 4:16 e Jd 9, o termo só aparece no singular, ligado unicamente ao nome de Miguel, donde se conclui biblicamente que só exista um anjo assim denominado Arcanjo, ou anjo-chefe, e que esse Arcanjo chama-se Miguel. Responsabilidade especiais como campeão de Israel contra o anjo rival dos persas (Dn 10:13,21), e ele comanda os exércitos celestiais contra todas as forças sobrenaturais do mal na última grande batalha (Dn 12:1).
Em Jd 9, há referência a uma disputa entre Miguel e o diabo com respeito ao corpo de Moisés. Miguel aparece em Ap 12:7, que retoma o tema de Dn 12:1, apresentando-se Miguel como sendo o vencedor do dragão primordial, identificado como Satanás.
Serafins: São anjos rebrilhantes, uma vez que essa raiz também pode significar "consumir com fogo", mas também "rebrilhar" e "refletir". Seis asas (Is 6:2). Estavam postos acima do trono de Deus (Is 6:2a), o que parece indicar que sejam líderes na adoração ao Senhor.
Os Querubins
No hebraico, temos keruhbim , plural de kerub . No grego cheroub. No Gênesis, tinham a incumbência de guardar o caminho para a árvore da vida, no jardim do Éden (Gn 3:24). Dois Querubins do propiciatório (a tampa que cobria a arca no santíssimo lugar - Êx 25:18-22; Cf Hb 9:5 - Sl 80:1 e 99:1). Ezequiel (Ez 10), o trono-carruagem de Deus, que continuava sustentado por Querubins, tornava-se móvel. Querubins nas cortinas e véus do Tabernáculo, bem como estampados nas paredes do Templo (Êx 26:31; 2Cr 3:7). O Anjo Gabriel
O vocábulo hebraico Gabriel significa "homem de Deus" (heb. geber , "varão" e El - forma abreviada de Elohim , "Deus todo poderoso").
No AT, Gabriel aparece apenas em Daniel, e ali como mensageiro celestial que surge na forma de um homem (Dn 8:16; 9:21). Suas funções são: revelar o futuro ao interpretar uma visão (Dn 8:17), e dar entendimento e sabedoria ao próprio Daniel (Dn 9:22).
No NT, Gabriel surge somente na narrativa de Lucas que descreve o nascimento de Cristo. Ali, ele é o mensageiro angelical que anuncia grandes eventos: o nascimento de João (Lc 1:11-20) e de Jesus (Lc 1:26-38). Também é apresentado como aquele que "assiste diante de Deus" (Lc 1:19). Destes casos, conclui-se que Gabriel é o portador das grandes mensagens divinas aos homens. Pode-se concluir, dizendo que na Bíblia, Gabriel é o "anjo mensageiro" e Miguel o "anjo guerreiro". O ANJO DO SENHOR
Outro ensino veterotestamentário de grande importância, que por sua vez está estritamente relacionado com as Teofanias, são as aparições do Anjo do Senhor. Optamos por estudar, separadamente, este assunto, em virtude de sua importância crucial, uma vez que as aparições do Anjo do Senhor se constituem em Teofanias, mas especificamente Teofanias onde as aparições de Deus se davam de forma humana.
A expressão "Anjo do Senhor" ou sua variante "Anjo de Deus", se encontram mais de cinquenta vezes no AT. Portanto, é necessário algumas considerações acerca desse personagem, que se reveste de grande importância quando tratamos da possibilidade da Encarnação.
A primeira aparição bíblica do "Anjo do Senhor", foi no episódio de Agar, no deserto (Gn 16:7). Outros acontecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn 22:11,15), Jacó (Gn 31:11-13), Moisés (Êx 3:2), todos os israelitas durante o Êxodo (Êx 14:19) e posteriormente em Boquim (Jz 2:1,4), Balaão (Nm 22:22-36), Gideão (Jz 6:11), Davi (1Cr 21:16), entre outros.
A Bíblia nos informa que o Anjo do Senhor realizou várias tarefas semelhantes às dos anjos, em geral. Às vezes, Suas aparições eram simplesmente para trazer mensagens do Senhor Deus, como por exemplo em Gn 22:15-18; 31:11-13. Em outras aparições, Ele fora enviado para suprir necessidades (1Rs 19:5-7) ou para proteger o povo de Deus de perigos (Êx 14:19; Dn 6:22).
Com relação à identidade do Anjo do Senhor, os eruditos não são e nunca foram unânimes. Entretanto, não há porque duvidar da antiquíssima interpretação cristã de que, nesses casos acima citados, encontramos manifestações preencarnadas da Segunda Pessoa da Trindade.
Desejamos, portanto, apresentar a seguir três argumentos bíblicos que comprovam, indubitavelmente, que o Anjo do Senhor é Jesus Cristo antes de encarnado.
Josué 5:14 - Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, diz a Palavra do Senhor que ele "...se prostrou sobre o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhE: Que diz meu Senhor ao seu servo?". Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio Senhor (ou melhor, o Senhor Jesus como Segunda Pessoa da Trindade), o anjo (caso fosse simplesmente "um anjo") teria proibido a Josué de adorá-lo, como ocorreu em Ap 19:10 e Ap 22:8,9.
Jz 13:18 - Embora concordemos com o fato de que existem controvérsias a respeito desta passagem, reputamos a mesma como factual e elucidativa. Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o Seu nome, Ele responde: "...porque perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso ?" Uma comparação desta resposta com a passagem de Is 9:6, demonstra que o Anjo do Senhor que apareceu a Manoá é o Menino que nos fora dado de Isaías. Isto é, o Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso (YHWH), é o próprio Senhor, e ao mesmo tempo o Menino que nos fora dado.
A terceira prova escriturística que queremos apresentar, é que no contexto neotestamentário, a Bíblia deixa de utilizar-se do termo "o Anjo do Senhor" como pessoa específica. Isto é demonstrado pelo fato de que o artigo definido masculino singular "o" deixa de ser utilizado, sendo substituído pelo artigo indefinido "um". Alguns exemplos disto, são os textos de Lc 1:11; At 12:7 e At 12:23, dentre muitos outros. Infelizmente, nem todas as ocorrências de Anjo do Senhor no NT, na versão ARC, se encontram com o artigo indefinido "um", o que ocorre na versão ARA nos textos citados e em outros correlatos.
Esta substituição possui um grande significado. Isto é, no contexto do NT, contemporâneo ou posterior à Encarnação, as manifestações angelicais não eram do Anjo do Senhor, mas meramente de um de Seus anjos, pois o Anjo do Senhor já havia sido manifestado na carne (1 Tm 3:16).
Os anjos estão vinculados a eventos especiais, tais como: a concepção de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento (Lc 2:10-12), Sua ressurreição (Mt 28:5,7) e Sua ascensão e Segunda Vinda (At 1:11).
BIBLIOGRAFIA
A BÍBLIA SAGRADA. Edição Revista e Corrigida no Brasil. Rio de Janeiro, Imprensa Bíblica Brasileira, 1994.
BANCROFT, Dr. Emery H. Teologia Elementar. Trad. João M. Bentes.3ª ed. SP, Imprensa Batista Regular, 1986.
CHAMPLIN, Russel N. & BENTES, João Marques. Enciclopédia de Bíblia Teóloga e Filosofia (6 volumes).São Paulo,
Associação Religiosa Editora e Distribuidora Candeia, 1991.