Lição 4 - A Providência Divina Na Fidelidade Humana, 2 parte

Lição 4 - A Providência Divina Na Fidelidade Humana, 2 parte
 
O Anticristo e seu falso profeta.
Tanto o Anticristo como o seu profeta aparecem aqui no capítulo 13, sob a figura de duas bestas. O Anticristo é a besta que sobe do mar em 13.1. O Falso Profeta é a besta que sobe da terra em 13.11. O Anticristo é assim chamado por duas razões. Ele se opõe a CRISTO no sentido de resistir e hostilizar. Mas também se chama assim porque procura imitar a CRISTO no seu papel de redentor.
Satanás estará na terra já durante a primeira metade da 70ª semana, mas não se revelará como o Anticristo até a metade da semana, quando cancelará sua aliança com Israel. As duas testemunhas profetizarão durante a primeira metade da semana, quando ele as perseguirá e as matará. É provável que nesse tempo a Besta coloque sua imagem no templo, já reconstruído em Jerusalém e exija adoração à sua pessoa.
A segunda besta ou o Falso Profeta procura imitar o ESPÍRITO SANTO, como veremos ao estudarmos sobre ela neste mesmo capítulo.
 
A besta que subiu do mar - o Anticristo (13.1-10).
Versículo 1. "uma besta". A palavra usada no original indica animal selvagem. Isso mostra o caráter bestial, animalesco, baixo e vil do Anticristo, quando ele se manifestar abertamente. "Dez chifres... e sobre os chifres, dez diademas", o que indica a sua procedência satânica, pois o dragão aparece em 12.3 com sete cabeças e dez chifres. Mas há uma diferença entre os dois. Os diademas do dragão estavam nas cabeças (12.3), e os da besta nos chifres (13.1). Deste modo, os diademas do dragão eram sete, é os da besta dez. O profeta Daniel viu esse animal sob outro ângulo, porém tinha também sete cabeças e dez chifres (Dn 7.23,24).
Versículo 2. Aqui temos o que podemos chamar um retrato da besta: Parecida com leopardo, com pés de urso e boca de leão. Isso nos leva ao capítulo 7 de Daniel. Ali o leopardo é a Grécia; o urso é a Pérsia e o leão é Babilônia. O leopardo fala de rapidez; o urso, de força e o leão, de soberba. Certamente isso também significa que o domínio da besta será caracterizado por princípios que predominaram em Babilônia, na Pérsia e na Grécia e também no Império Romano, porque os dez chifres, como veremos logo mais, figuram uma expressão última daquele império. "E deu-lhe o dragão o seu poder". Assim, temos no início do capítulo a revelação de uma trindade satânica operando nesse tempo: o Dragão, que procura imitar DEUS; a Besta, que imita o Senhor JESUS; e o Falso Profeta (a segunda besta), que imita o ESPÍRITO SANTO. Que dias tenebrosos serão esses!
Versículo 5. O domínio da Besta será de 3 anos e meio. "Quarenta e dois meses", diz o versículo. "Foi-lhe dada uma boca que..." A Besta terá inigualável habilidade de influenciar as massas à ação com seus discursos inflamados. Com os modernos meios de comunicação por satélites, alcançará o mundo todo com sua demagogia saturada de poder maligno.
Versículo 7. Os "santos" aqui são aqueles que crerão durante a Grande Tribulação: judeus e gentios. Eles morrerão como mártires. A superigreja mundial encabeçada pelo Falso Profeta matará nesse tempo muito dos santos. Apocalipse 17.6: "Então vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de JESUS..."
Versículo 8. "dó Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo". Significa que cada cordeiro que era imolado como sacrifício no Antigo Testamento, desde o primeiro que Abel imolou (Gn 4.4), era uma prefiguração do Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Portanto, CRISTO e sua obra redentora é o tema central das Escrituras. Em 1 Pedro 1.20 confirma isto: "conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vos".
2. A besta que subiu da terra - o Falso Profeta (13.11-18). Ele é chamado por esse nome em três lugares do Apocalipse: 16.13; 19.20; 20.10.
Versículo 11. "possuía dois chifres". O chifre é símbolo de poder em qualquer sentido. Podem indicar seu poder político e religioso, pois no versículo 12 está dito que ela exerce a autoridade da primeira besta e compele todos à adoração da primeira besta, "parecendo cordeiro, mas falava como dragão". A segunda besta é descrita como cordeiro, o que indica o seu caráter religioso, que é confirmado pelo seu título "falso profeta". Profeta de quê? Só pode ser uma falsa religião.
Versículos 12,13. A leitura desses versículos mostra que haverá muita religiosidade naqueles dias. O versículo 13 indica que será um período de muitos milagres. Porém em 2 Tessalonicenses 2.9, o ESPÍRITO SANTO, falando por meio de Paulo, diz: "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios da mentira". Portanto, serão como sempre, milagres falsos, como acontece hoje em dia no espiritismo. Quando, por meio do espiritismo, o demônio sai de uma pessoa, muitos outros ficam doentes. O que acontece lá não é cura nem libertação, é um acordo entre os demônios, mas sempre com prejuízo do ser humano escravizado.
É a operação do erro, para crerem na mentira, como está escrito em 2 Tessalonicenses 2.11.
O Falso Profeta será, pois, um superlíder religioso. Pelos versículos 12 e 15 vê-se que ele promoverá uma religião universal em torno da primeira besta. O movimento religioso do ecumenismo já bem configurado por toda parte, visando unir todas as igrejas, e aceitando pessoas de todas as procedências religiosas (bastando que "creiam" em DEUS) está aí. O palco já está armado; só faltam os atores para o drama...
Versículo 15. A imagem da Besta falará. Sim, falará como atualmente os demônios falam através dos médiuns espíritas.
Versículos 16-18. O nome e o número da Besta. Será fácil saber isto pelos que estiverem aqui quando a Besta surgir no cenário mundial. Para nós, os salvos, aguardamos o arrebatamento da Igreja, muito antes da manifestação desse Anticristo. "Número de homem" (v. 18). A Besta não será o Diabo, nem um homem ressuscitado, mas um homem personificando o Diabo. Três coisas são ditas dela, no versículo 17: sua marca, seu nome, e seu número.
O número "666" é número de homem ou humano (v. 18). O homem foi criado no sexto dia. Ao homem foi determinado que trabalhe seis dias na semana. O escravo hebreu servia por seis anos de cada vez. O homem cultivava a terra por seis anos de cada vez. Encontramos o número "666" no Antigo Testamento, mas sem qualquer relacionamento com o da Besta (1 Rs 10.14; 2 Cr 9.13). Muitos, através dos tempos, têm encontrado o número "666" nos nomes de muitas personagens da história, mas tudo não passa de especulação.
Conclusão sobre as duas bestas. Estes dois homens de que acabamos de tratar representam dois grandes movimentos mundiais nos últimos dias dos tempos dos gentios: uma confederação de nações para fins políticos, e uma confederação (também mundial) de igrejas para fins religiosos.
Observando com atenção a profecia, vemos que os tempos dos gentios começaram com a adoração compulsória de uma imagem idolátrica (Dn 3), e findarão, como acabamos de ver, com a adoração, também compulsória, de uma imagem, desta vez, da Besta, o último governante mundial dos tempos dos gentios.
Antônio Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos dias. Editora CPAD.
 
A Segunda Besta que se Levanta da Terra (Ap 13.11,12)
"E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada."
A primeira besta levantou-se do mar (isto é, das nações do mundo). Agora, a segunda besta há de se levantar da terra. Está claro, pois, que não vem do céu, apesar de sua proclamação e da ostentação que faz de seus poderes sobrenaturais. E "uma outra" besta; ou seja: é do mesmo tipo que a primeira. Sua aparência de cordeiro contrasta com suas palavras, pois fala "como dragão".
Ela procura dar a impressão de ser um cordeiro - gentil e cuidadoso, cheio de amor. Mas tudo não passa de encenação. Ela é má. Suas palavras, embora convincentes, são enganosas. Faz parte do trio diabólico, que é uma imitação da trindade. A verdadeira Trindade é uma triunidade composta por três pessoas divinas num único Ser Eterno. Este trio, porém, é constituído de seres separados; formam uma unidade somente nos planos satânicos.
A segunda besta exercerá toda a autoridade e poder diante da primeira besta. Isto significa que o dragão, o próprio Satanás, é também a fonte de poder da segunda besta.
Com seu poder, ela ajudará a primeira besta. Forçará a terra e todos os seus habitantes a adorá-la, mostrando como aquela ferida mortal foi curada. Fica claro, pois, que não somente a sua cabeça, mas todo o seu corpo achava-se mortalmente ferido. Todavia, foi esta restaurada. (Ver comentário no versículo 3). Observamos que a preocupação da segunda besta será com a religião; ela é, portanto, identificada como o Falso Profeta (16.13; 19.20; 20.10).
Alguns creem que o Falso Profeta estará à frente da igreja apóstata durante a primeira parte da Grande Tribulação (os verdadeiros crentes já terão sido arrebatados para o encontro com Senhor JESUS nos ares). Assim, o Falso Profeta tornar-se-á o líder do sistema religioso mundial que o Anticristo estabelecerá na última parte da Grande Tribulação. Ao glorificar a besta e a sua falsa ressurreição, o Falso Profeta imita o ESPÍRITO SANTO, cuja missão é, entre outras coisas, glorificar o CRISTO ressuscitado.
 
Milagres Enganosos e Falsos (Ap 13.13-15)
"E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. E foi- lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta."
A segunda besta, o falso profeta, opera muitos sinais e milagres ("sinais" no versículo 13 é a tradução da mesma palavra grega (semeia) usada no Evangelho de João para descrever os milagres de JESUS). Na presença dos povos, o falso profeta faz até com que fogo, aparentemente vindo do céu, caia na terra. Trata-se de uma imitação clara do milagre realizado por Elias ao desafiar os israelitas a decidirem entre o Senhor e Baal. Apesar dos sacerdotes de Baal não puderem realizar o prodígio (1 Rs 18.22-34), o Falso Profeta, através do poder de Satanás, o fará. Todos ficarão impressionados. Até mesmo nesta era tão científica, há pessoas ingênuas dispostas a seguir os falsos profetas; são enganadas pelos milagres que não têm por objetivo a glorificação de DEUS.
Os pretensos milagres do Falso Profeta têm por objetivo enganar a humanidade (1 Ts 2.9-12). Mas Israel é advertido em Deuteronômio 13.1-3 a precaver-se contra os profetas que, apesar dos sinais e milagres que operam, levam o povo a desviar-se do verdadeiro DEUS. Os tais devem ser considerados impostores.
Pois os verdadeiros profetas falam por DEUS, e encorajam o povo a servi-lo e a adorar a CRISTO.
Pode ser que o Falso Profeta tente criar uma igreja ecumênica, aglutinando todas as religiões numa só, fazendo com que todos adorem o Anticristo. Seus pretensos milagres serão uma imitação dos sinais e portentos bíblicos; constituir-se-ão numa tentativa de copiar o ministério do ESPÍRITO SANTO (ver comentário no versículo três).
Com os seus falsos sinais e milagres, a segunda besta confundirá os habitante da terra (isto é, os incrédulos que forem aqui deixados). Estes, afinal, já se encontram no caminho largo da destruição por rejeitarem o Cordeiro de DEUS. JESUS advertiu que falsos profetas e falsos cristos levantar-se-iam no final dos tempos (Mt 24.24). O Anticristo e o Falso Profeta representam o clímax de todos estes enganos. As pessoas, contudo, não conseguirão enxergar que os milagres do Falso Profeta são enganosos. Hão de aceitá-los como prova de que a besta é o CRISTO verdadeiro.
Na realidade, o Falso Profeta persuade a todos a dedicar uma estátua ao Anticristo - a besta que sobreviveu a ferida mortal. Tal estátua será como a idealizada por Nabucodonosor visando a adoração de si mesmo (Dn 3.1). A estátua, ao que parece, será colocada no templo a ser reconstruído em Jerusalém (Dn 9.26; Mt 24.15; 2 Ts 2.4). Consequentemente, ela tornar-se-á num ponto central de adoração à Besta.
Ao Falso Profeta é dado poder para comunicar vida à estátua da besta. O termo grego pneuma que pode ser usado como referência a qualquer tipo de espírito. Que tipo de trapaça, ou fraude, capacitou a besta a realizar tal portento, a Bíblia não revela. Talvez o Falso Profeta tenha ordenado ao espírito demoníaco que animasse a estátua. Ao fazê-lo, o Falso Profeta reivindica poder divino para si mesmo e à primeira besta - o Anticristo. Este é um dos seus maiores enganos. A Bíblia deixa claro que somente DEUS pode criar e dar a vida. O verbo hebraico bara, "criar", é sempre mostrado na Bíblia em estreito relacionamento com DEUS. De diversas formas a Bíblia proclama o Senhor DEUS tanto Criador como Redentor.
Através deste "espírito" a estátua da besta põe-se a falar, induzindo a humanidade a crer que o Anticristo seja realmente um ser divino. A estátua da besta, então, baixa um decreto, determinando que sejam mortos os que se recusarem a adorar o Anticristo. Isto reforçará a exigência do Falso Profeta quanto a uma religião única. Mas os que resistirem ao Anticristo e continuarem a adorar a JESUS, serão martirizados por sua fé (Ap 6.9; 14.12,13; 17.9- 17). Fica patente, pois, que o Anticristo não seguirá uma filosofia ateísta. Seu sistema será religioso. Ele usará a religião para exaltar-se a si mesmo como DEUS, como o fizeram os antigos reis da Assíria, Babilônia e Roma.
 
A Marca da Besta (13.16-18)
"E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis."
O Falso Profeta não fará exceções em sua exigência para que todos os habitantes da terra recebam a marca do Anticristo (isto é, da primeira besta). O texto diz claramente que todos serão marcados - "pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos".
A marca da besta é o substitutivo de Satanás para a marca com a qual o 144.000 serão selados (Ap 7.3), e que servirá para identificar os que pertencem a DEUS. A marca da besta identificará os seus seguidores, os que se acham sob o controle de Satanás.
A palavra "marca" (grego charagma) era usada para designar o selo, que poderia ser gravado, colado ou impresso. Era destinado a marcar cavalos, autenticar documentos e cunhar moedas. (2) Não há, contudo, evidência de que algum tipo de selo haja sido usado, nos dias de João, para marcar seres humanos. (3) Nenhuma marca era impressa naqueles que juravam lealdade aos imperadores de Roma. Isto evidencia estar completamente equivocada a perspectiva preterista usada para interpretar o Apocalipse. A natureza da marca da besta, ou o método pela qual é aplicada, não é descrita, exceto a indicação do seu número. Fica claro que, desde o momento em que a for aplicada, tornar-se-á permanente. Os que a aceitam, farão como testemunho de sua rejeição a CRISTO. A pressão econômica os ajudará a decidir-se por receber a marca.
Entende-se pelo texto que a marca da besta controlará a economia de todo o mundo, pois ninguém poderá comprar ou vencer sem esta identificação. Nada disto aconteceu durante as perseguições romanas, ou nos períodos mais negros da história da Igreja.
O domínio sobre a economia mundial será usado como incentivo aos reticentes para que aceitem a marca da besta. Desde que a marca é identificada com o nome da primeira Besta, ela tem a ver com a sua natureza e caráter. A marca simboliza ainda plena submissão ao Anticristo e ao Falso Profeta. Lendo o versículo 15, tem-se a impressão de que os que se recusam a recebê-la serão identificados, descobertos e martirizados.
O versículo 18 oferece uma pequena lista para se entender o sentido da marca e do nome, ou caráter, da besta. O número 666, no entanto, tem-se tornado mui controvertido, e vem promovendo mais especulações que qualquer outra coisa da Bíblia.
Antes da invenção dos números arábicos (0,1,2,3...), os judeus e gregos tinham de escrever os números por extensos. Com o passar do tempo, começaram a substituir as letras do alfabeto pelo nome dos números. Assim, as primeiras dez letras eram usadas para os números de 1 até 10. A letra seguinte designava o 20, a outra 30, e daí por diante.
Vem se constituindo num passatempo popular adicionar letras aos mais diversos nomes para se obter a identidade da besta. Alguns concluem que o Anticristo haja sido Nero César, pois tal nome em caracteres hebraicos soma 666. Contudo, o Apocalipse está no grego, e fala do Alfa e do Omega, letras do alfabeto grego; e não "Alefe" e "Tau", letras do alfabeto hebraico. Assim, há somente especulação ao atribuir-se o número 666 a Nero.
Através da história, vem-se tentando identificar o Anticristo nos ditadores e tiranos. Quando me encontrava em Israel em 1962, um judeu convertido disse-me para prestar atenção no nome de Richard Nixon, pois vertido em hebraico soma exatamente 666. Mais tarde, um irmão da Itália contou-me que a inscrição dedicada ao papa, e que pode ser vista no interior da basílica de São Pedro, em Roma, em algarismos latinos, também soma 666. E digno de nota que alguns escribas antigos substituíssem deliberadamente o número 666, por 616, para que se encaixasse com o nome de Calígula. A Igreja Primitiva, unanimemente, rejeitou o artifício.
O Apocalipse, contudo, nada fala sobre a soma de números do nome da besta. A única chave é esta: "é o número de um homem". Expositores da Bíblia interpretam o seis para simbolizar a raça humana. O três para designar a Trindade. As tripla repetição - 666 - pode simplesmente significar que o Anticristo é um homem que crê ser um deus, membro de uma trindade composta pelo Anticristo, Falso Profeta e Satanás (2 Ts 2.4; Ap 13.8)
HORTON. Stanley. M. Serie Comentário Bíblico Apocalipse As coisas que Brevemente devem acontecer. Editora CPAD.
 
3. Coragem para não fazer concessões à idolatria (Dn 3.12).
Três acusações graves contra os judeus (3.12).
A primeira acusação: “não fizeram caso de Ti”(v. 12). Esta expressão é o mesmo que dizer: eles não te respeitaram como rei. Os seus acusadores passaram a ideia de que os jovens, quando não se ajoelharam nem adoraram a estátua do rei, voluntária e maliciosamente, decidiram desafiar publicamente a autoridade do rei.
A segunda acusação: “a teus deuses não servem” (v. 12). Estavam afirmando ao rei que os jovens hebreus não prestavam culto aos deuses da Babilônia, uma vez que havia um politeísmo babilônico exacerbado com muitos deuses e deusas. Os jovens hebreus mantiveram a fé recebida de seus pais em Jerusalém. Eles não serviriam a outros deuses, senão a Jeová, o DEUS de Israel.
A terceira acusação: “não servem, nem a estátua de ouro que levantaste, adoram” (v. 12). Os caldeus entendiam que a atitude dos jovens hebreus era de total rebelião e contra as demais religiões representadas pelas nações exiladas na Babilônia.
A lição que aprendemos com esses jovens hebreus é que eles conheciam a DEUS e sabiam que Ele tinha poder para interferir naquela situação e livrá-los da morte.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 59.
 
O presente versículo mostra os acusadores em plena atividade, prestando um serviço à pessoa de Satanás, o acusador de nossos irmãos, "... o qual diante de nosso DEUS os acusava de dia e de noite” (Ap 12.10). Eles bem sabiam das circunstâncias em que estes judeus haviam sido designados para os cargos, e estavam ressentidos pelo fato de ter o rei promovido estrangeiros para estarem acima deles. Agora, porém, segundo eles, estava ali a oportunidade de obter o favor do rei, revelando-lhes a traição daqueles jovens inocentes. Eles esqueceram que DEUS “se curva para ver o que está nos céus e na terra. Que do pó [do próprio cativeiro] levanta o pequeno, e do monturo ergue o necessitado, para o fazer assentar com os príncipes...” (SI 113.6-8). Sadraque, Mesaque e Abdenego, foram promovidos ali, exclusivamente pela misericórdia de DEUS (Dn 2.49).
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 60.
 
O coração dos três judeus (vv. 8-12).
No entanto, naquela imensa multidão, três homens permaneceram em pé, mesmo quando todo o resto prostrou-se com o rosto em terra. Sua fé estava no verdadeiro DEUS vivo e na Palavra que ele havia dado a seu povo. Conhecendo a história do povo judeu, tinham certeza de que o Senhor estava no controle e de que não havia nada a temer.
O profeta Isaías havia escrito: "Mas agora, assim diz o S en h o r , que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti" (is 43:1, 2). Ter fé significa obedecer a DEUS apesar dos sentimentos dentro de nós, das circunstâncias a nosso redor ou das conseqüências diante de nós.
E difícil reconstruir os detalhes dos acontecimentos, mas tudo indica que o rei Nabucodonosor e seus conselheiros ("caldeus") não estavam juntos enquanto assistiam à cerimônia e o rei não havia exigido que se juntassem ao povo em sua adoração. E possível que tivessem declarado sua lealdade em particular por considerarem um insulto juntar-se "à ralé". Uma vez que os três homens hebreus tinham cargos nas províncias (Dn 2:49), deviam estar presentes, mas não sabemos exatamente onde.3 Ao que parece, Nabucodonosor não tinha como observá-los, mas os caldeus podiam ver o que eles faziam e, sem dúvida, esses homens perversos vigiavam e esperavam uma oportunidade de acusar os três estrangeiros que haviam sido promovidos a líderes dos babilônios.
Não sabemos se esse grupo de conselheiros era o mesmo que havia sido envergonhado quando Daniel interpretou o sonho do rei, mas se esse é o caso, esqueceram-se rapidamente de que os "estrangeiros" haviam salvo a vida deles.
A verdadeira fé não teme as ameaças, não se impressiona com as multidões nem se abala com cerimônias supersticiosas. A verdadeira fé obedece ao Senhor e confia que ele cuidará das conseqüências. Esses três homens judeus conheciam a lei de DEUS:
"Não terás outros deuses diante de mim [...]. Não as adorarás, nem lhes darás culto" (Êx 20:3, 5). Uma vez que o Senhor falou sobre um assunto, isso está resolvido e não há espaço para discussão nem necessidade de transigência. Prostrar-se diante de uma imagem, ainda que uma só vez, quaisquer que fossem as desculpas que pudessem dar, teria acabado com seu testemunho e rompido sua comunhão com DEUS. O tempo do verbo grego, em Mateus 4:9, indica que Satanás pediu a JESUS que o adorasse apenas uma vez, e o Salvador se recusou. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não se prostrariam diante da imagem de ouro nenhuma vez, pois isso os levaria a servir os falsos deuses de Nabucodonosor para o resto da vida.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. IV. Editora Central Gospel. pag. 323-324.
 
 
III – A FIDELIDADE A DEUS ANTE A FORNALHA ARDENTE (Dn 3.8-12)
1. Os jovens hebreus foram acusados e denunciados (vv.8-12).
A punição foi inevitável. A ordem do rei não podia voltar atrás. Os inimigos dos três jovens hebreus não deram tréguas aos judeus. Depois de acusados e denunciados tiveram que enfrentar e submeter-se à punição do rei. Os seus algozes foram os mesmos que haviam sido poupados anteriormente da pena de morte no episódio do sonho do rei no capítulo 2 e não tiveram a menor consideração com seus pares dentro do Palácio. O rei, tão logo foi informado da desobediência dos jovens hebreus, ficou enfurecido e os chamou diante de si. Foram interrogados e, mais uma vez ameaçados com a punição da fornalha ardente, mas os servos do DEUS Altíssimo mantiveram sua fidelidade à fé judaica. Eles não se intimidaram diante das ameaças porque sabiam que DEUS poderia intervir naquela situação, e estavam prontos a serem queimados vivos sem trair a sua fé.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 60.
 
Dn 3.8 Ora, no mesmo instante, se chegaram alguns homens caldeus. O rei se fizera entender claramente. Ninguém poderia dizer-se ignorante da lei. Alguns oficiais provinciais observaram que havia três jovens judeus que não cumpriam seus “deveres religiosos”. Esses jovens estavam cometendo um claro ato de traição. Não temos aqui menção ao grupo de judeus no cativeiro, mas somente aos três jovens companheiros de Daniel, o que indica claramente que as massas dos judeus estavam obedecendo ao edito real. O três tinham sido colocados em posição de autoridade (ver Dan. 2.49 e 3.12, o que os tornara conspícuos.
E acusaram os judeus. Diz a Revised Standard Version: “acusaram maliciosamente”.
Isso é justificado pelas palavras literais: “e comeram seus pedaços”. Esta é uma expressão idiomática no aramaico, que comumente significava “acusar” , o que demonstra uma atitude virulenta. O aramaico também usava a expressão “comeram a carne deles” (Quran, 49.12). Cf. as palavras akalo karsi, das cartas de Tel-el-Amarna (e ver Sal. 27.2). Pode ter havido inveja política na questão, em que um partido tentava derrubar outro. A única coisa pior do que a perseguição política é a perseguição religiosa.
Dn 3.9 Disseram ao rei Nabucodonosor. Aqueles pequenos oficiais locais, em sua tremenda inveja, certificaram-se de que o rei ouvisse sobre a clara infração que tinham descoberto. Dessa maneira, demonstraram quão competentes e patriotas eram revelando a questão assim que puderam. Demonstraram respeito pelo rei, desejando que ele “vivesse para sempre”, e não dando valor algum à vida dos três “criminosos”, “Um prefácio de lisonja foi seguido de perto pela crueldade. Assim também, em Atos 24.2,3, onde Tértulo, ao acusar Paulo diante de Félix, começou lisonjeando o governador romano” (Fausset, in Ioc.). O restante dos judeus acompanhava o movimento de apostasia; Daniel era importante e favorecido demais para alguém tentar atingi-lo. Assim sendo, a ira recaiu sobre os três amigos de Daniel, que são mencionados por nome no vs. 12.
Dn 3.10 Tu, ó rei, baixaste um decreto, Aqueles réprobos lembraram a Nabucodonosor que fora ele próprio quem decretara, de modo “justo e sábio”, que, ao começarem a tocar os instrumentos musicais (já listados por duas vezes nos vss. 5 e 7), todos deveriam prostrar-se e adorar a imagem feita pelo monarca. Os instrumentos tinham sido tocados, O decreto entrara em efeito. Mas certos jovens preferiram desobedecer ao decreto real. Este versículo é uma repetição virtual do vs. 5, onde são oferecidas notas expositivas.
Dn 3.11 Qualquer que não se prostrasse e não adorasse. Este versículo repete essencialmente o vs. 6 — o resultado para quem não obedecesse ao decreto, ou seja, a fornalha ardente. Ver notas alí. Aqueles homens ímpios e desvairados agora “exigiam” que a execução ocorresse. Provavelmente eles seriam galardoados de alguma maneira, ainda que somente com a satisfação de ver a queda dolorosa de inimigos políticos que, além do mais, eram estrangeiros desprezados.
Dn 3.12 Há uns homens judeus. Os réprobos não demoraram a identificar os “traidores”: eram aqueles três estrangeiros, os desprezíveis cativos judeus, a saber, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, homens desobedientes e ímpios que ousavam desafiar o rei e o seu decreto, dignos da punição ameaçadora. Quanto aos nomes desses três homens, seus nomes hebraicos originais e seus novos nomes babilônicos, ver Dan. 1.6,7. O texto não menciona a razão pela qual Daniel (que também, sem dúvida, desobedecera ao decreto real) não estava entre os acusados.
Por isso floresceram várias conjecturas: 1. Daniel era alto demais para ser tocado; 2. ele estaria viajando; 3. ele teria seu próprio julgamento severo (capítulo 6), pelo que pôde ter-se mostrado culpado no caso, mas fora deixado em paz propositadamente.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3384-3385.
 
As pessoas ingratas têm memória curta (v. 8). Os caldeus tinham sido poupados da morte pela intervenção de Daniel e seus amigos (Dn 2.5,18). Agora eles, de forma ingrata, acusam as pessoas que lhes ajudaram, no passado, a se livrar da morte. A ingratidão é uma atitude que fere as pessoas e entristece a DEUS. A acusação dos caldeus é maliciosa. A palavra hebraica significa “comer a carne de alguém”.
As pessoas invejosas tentam se promover buscando a destruição dos concorrentes (v. 12). Os caldeus usam a arma da bajulação ao rei antes de acusar os judeus. Eles acrescentam um fato inverídico: “Não fizeram caso de ti”. Eles não querem informar, mas distorcer os fatos e destruir os judeus. Isso, apenas porque esses judeus foram constituídos sobre os negócios da província. A inveja foi o pecado que levou Lúcifer a ser um querubim descontente, mesmo no céu, e a tornar-se um demônio. A inveja provoca contendas, brigas, mortes e desastres. As pessoas fiéis, entretanto, entendem que fidelidade é uma questão inegociável. A fidelidade a DEUS é mais importante que a preservação da própria vida. Esses jovens entenderam que agradar a DEUS é mais importante que preservar a própria vida. A principal lição desse texto não é o livramento miraculoso, mas a fidelidade inegociável.
Três jovens têm coragem de discordar de todos; de preferir a morte ao pecado. Estão dispostos a morrer, não a pecar. Transigir era uma palavra que não constava do vocabulário deles.
A fidelidade incondicional não é uma barganha com DEUS. Muitas vezes, nossa fidelidade a DEUS nos levará à fornalha, à cova dos leões, à prisão, a sermos rejeitados pelo grupo, a sermos despedidos de uma empresa, a sermos rejeitados na escola. Nosso compromisso não é com o sucesso, mas com a fidelidade a DEUS.
Ceder à pressão da maioria pode destruir sua vida mais que o fogo da fornalha. Muitos jovens crentes são tentados a ceder. Jovens cristãos são instados a se embriagar com seus amigos ou a perder a virgindade antes do casamento. São tentados a mentir aos pais, a ver filmes indecentes, a curtir músicas maliciosas do mundo. O mundo tem sua própria fornalha ardente à espera daqueles que não se conformam em adorar seus ídolos. E a fornalha de ser desprezado, ridicularizado. Os que são fiéis a DEUS são chamados de retrógrados. Cuidado com a opinião da maioria, ela pode estar errada e, via de regra, está.
LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 53-54.
 
E estranho ver que Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego estavam presentes nessa reunião, sabendo, provavelmente, qual era o intento dessa convocação. Podemos supor que Daniel estivesse ausente porque os seus negócios o requisitavam, ou porque ele tivesse a dispensa do rei para se retirar, a menos que suponhamos que ele estivesse tão elevado no favor do rei que ninguém ousasse se queixar dele pela sua desobediência. Mas por que os seus companheiros não se afastaram do caminho? Certamente porque queriam obedecer ao rei até onde fosse possível, e estariam prontos a dar um testemunho público contra essa idolatria grosseira. Eles não acharam suficiente não se prostrarem diante da imagem, mas, estando no evento, se viram obrigados a ficar de pé diante dela, embora fosse a estátua que o rei, seu senhor, havia levantado, e uma estátua de ouro para aqueles que a adorassem. Então: IA denúncia é trazida ao rei por alguns caldeus, contra esses três homens que não obedeceram ao decreto real (v. 8). Talvez esses caldeus que os acusaram fossem alguns daqueles magos ou astrólogos que foram particularmente chamados de caldeus (cap. 2.2,4). Eles eram aqueles que guardavam rancor contra os companheiros de Daniel por causa dele, devido ao fato de ele tê-los ofuscado junto com esses companheiros. Os amigos de Daniel, por suas orações, tinham obtido a misericórdia que salvou a vida desses caldeus. Mas estes retribuíram o bem com o mal. Eram adversários daqueles que demonstraram amor. Isto também aconteceu com Jeremias, que intercedeu diante de DEUS por aqueles que mais tarde cavaram uma cova para a sua vida (Jr 18.20). Não devemos estranhar o fato de nos depararmos com homens ingratos. Ou talvez esses fossem os caldeus que esperavam pelos cargos aos quais esses homens foram promovidos, e invejavam o favorecimento deles. E quem pode suportar a inveja? Eles apelaram ao próprio rei a respeito do decreto. Apresentaram-se com o devido respeito à sua majestade, fazendo a saudação habitual: “O rei, vive eternamente!” (como se não visassem nada além da honra do rei, e quisessem servir aos seus interesses, quando, na verdade, estavam colocando sobre o rei aquilo que ameaçava a ruína dele e do seu reino). Então pedem licença: 1. Para lembrá-lo da lei que ele havia feito recentemente, pela qual toda sorte de pessoa, sem exceção de nação ou língua, deveria se prostrar e adorar a imagem de ouro. Eles também o lembraram da penalidade que pela lei deveria ser infligida aos que se recusassem: deveriam ser lançados no meio do forno de fogo ardente (w. 10,11). Não pode ser negado que essa era a lei. Ela deveria ser considerada, quer fosse uma lei justa ou não. 2. Para informá-lo de que esses três homens, Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego, não haviam obedecido ao seu decreto (v. 12). E provável que Nabucodonosor não tivesse qualquer propósito específico de apanhá-los em uma armadilha ao fazer a lei, porque então ele mesmo estaria de olho neles, e não teria precisado dessa informação. Mas os seus inimigos, que buscavam uma oportunidade contra eles, aproveitaram isso, e se apressaram a acusá-los. Para agravar a situação, e incitar mais o rei contra os servos de DEUS: (1) Eles o lembram da dignidade com que os criminosos tinham sido favorecidos. Embora fossem judeus, estrangeiros, cativos, homens de uma nação e religião desprezíveis, o rei os havia constituído sobre os negócios da província de Babilônia. Era, portanto, uma ingratidão e uma insolência intolerável desobedecerem à ordem do rei, depois de terem recebido tantos favores daquele monarca. E, além disso, a elevada posição em que estavam tornava a recusa deles ainda mais escandalosa. Isto seria um mau exemplo, e teria uma má influência sobre os outros. Portanto, era necessário que essa atitude fosse punida com muito rigor. Desse modo, os príncipes que são suficientemente incitados contra pessoas inocentes geralmente têm muitos ao redor deles que farão tudo o que puderem para agravar a situação. (2) Eles sugerem que isso foi feito maliciosamente, obstinadamente, e em desprezo ao monarca e à sua autoridade: “Eles não fizeram caso de ti. A teus deuses não servem, nem a estátua de ouro, que levantaste, adoraram.”
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 839-840.
 
2. A resposta corajosa dos jovens hebreus (Dn 3.16-18).
“agora, se estais prontos” (3.15). Eles estavam prontos, não para obedecer a imposição do rei quanto à sua fé. Eles estavam prontos, sim, para manter a sua fé no DEUS que podia mudar toda aquela situação. Aqueles jovens entendiam que fidelidade é algo inegociável. A fidelidade desses jovens era mais que uma qualidade de caráter, era uma confiança inabalável em DEUS que haveria de intervir naquela situação. A resposta resultava do conhecimento prévio que tinham do mandamento divino: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Ex 20.3-5). DEUS busca homens e mulheres que tenham a fibra de manter a fidelidade a Ele mesmo quando ameaçados.
“Não necessitamos de te responder sobre este negócio” (3.16). A confiança em DEUS e a certeza de que DEUS faria alguma coisa lhes deu a convicção de que valia a pena enfrentar a fornalha pelo nome de Jeová.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 60-61.
 
Dn 3.16 Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei. O rei não precisou mandar tocar de novo a música, nem os três cativos vacilaram , debateram e ficaram jogando na tentativa de escapar do inevitável, por meio de argumentos espertos. O caso era fácil: eles precisavam ser fiéis a Yahweh e entregaram sua vida nas mãos Dele, incondicionalmente. Assim , os três judeus responderam que não tinham necessidade de defender-se. A defesa deles era Yahweh, ou então não tinham defesa algum a. Se ser alguém leal a Yahweh era um crime, então eles eram os piores criminosos, pois a lealdade deles era grande e sem hesitações.
“A hesitação ou a parlamentação com o pecado é fatal. Uma decisão sem hesitação é a única vereda segura quando a vereda do dever é clara (ver Mat. 10.19,28)” (Fausset, in Ioc.). “Há certa demonstração de orgulho aqui, como no caso da resposta de Daniel ao rei, em Dan. 5.17. Era um orgulho derivado da consciência de que, na qualidade de servos de DEUS, eles eram superiores a qualquer potentado, e, assim, não precisavam de sua clemência ou de seus dons" (Arthur Jeffery, in Ioc.).
Dn 3.17 Se o nosso DEUS, a quem servimos, quer livrar-nos... Elohim, o Poder (relativo a Elah, a palavra caldaica que aparece neste versículo), era capaz. Eles estavam dispostos a submeter o Senhor a teste. Esperavam livramento — ser tirados da fornalha, e não postos dentro dela. Esse seria um livramento da mão perversa do rei idólatra. A tarefa era impossível para a instrumentalidade humana.
Nesse caso, somente o Ser divino poderia fazê-lo. Ocasionalmente, todos os homens enfrentam situações em que “somente DEUS é capaz” e então são obrigados a entregar a vida nas mãos Dele.
Oh, Senhor, concede-nos tal graça!
Ao serem submetidos a teste, eles também estavam submetendo Yahweh a teste.
Dn 3.18 Se não, fica sabendo, ó rei. Se eles seriam livrados ou não, não fazia nenhuma diferença. Eles sabiam que a idolatria estava errada, mesmo quando se tratasse da idolatria do governo, a lei da terra, mas eles não se envolveriam nisso, sem importar o que essa atitude lhes custaria. O tema principal da história, pois, emerge: O martírio é preferível à apostasia, uma lição que poucos judeus, na época do ataque babilônico e do cativeiro, tinham aprendido. Judá estava perdida em sua idolatria-adultério-apostasia. Este livro praticamente não usa o nome divino Yahweh, o qual, para os judeus piedosos, tinha-se tornado santo demais para que fosse proferido. Portanto, o nome DEUS é usado aqui, e aquele título especial é evitado.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3385.
 
Eles respondem algo com que todos concordam, que eles ainda permanecem firmes em sua decisão de não adorarem a estátua de ouro (w. 16-18). Temos aqui um exemplo de firmeza e magnanimidade que são raramente encontrados. Chamamos esses servos de DEUS de “os três jovens”, mas deveríamos chamá-los de “os três campeões”, “as três preciosidades do reino de DEUS entre os homens”. Eles não explodiram em qualquer violência ou paixão imoderada contra aqueles que adoravam a imagem de ouro, não os insultaram ou os afrontaram. Nem se lançaram precipitadamente a um tribunal, ou saíram do seu caminho para ir ao martírio da corte. Mas, quando foram devidamente chamados à prova de fogo, se comportaram corajosamente, com uma conduta e coragem que convinha aos sofredores de uma causa tão nobre. O rei não foi tão ousado e mal ao fazer esse ídolo, mas eles foram corajosamente bons quando testemunharam contra ele. Eles mantiveram a sua calma de uma forma admirável e exemplai; não chamaram o rei de tirano ou de idólatra (a causa de DEUS não precisa da ira do homem), mas, com uma calma e tranquilidade de espírito exemplar, eles deram sua resposta, pela qual resolveram aceitar as conseqüências. Observe:
1. O desprezo bondoso e generoso deles em relação à morte, e a nobre indiferença com a qual olham para o dilema que lhes é apresentado: “O Nabucodonosor, não necessitamos de te responder sobre este negócio”. Eles não lhe negam com mau humor uma resposta, nem permanecem mudos. Mas lhe dizem que não estão preocupados com isso. Não há necessidade de uma resposta (assim se lê). Eles decidem não obedecer, e o rei está decidido que eles morrerão se não obedecerem. A questão, portanto, está decidida, e por que isso deveria ser discutido? Mas é melhor ler: “Não queremos dar uma resposta para ti, nem temos de procurar uma, mas viemos preparados”.
(1) Eles não precisavam de tempo para deliberar a respeito desse negócio. Pois não tiveram a mínima hesitação se iriam obedecer ou não. Era uma questão de vida ou morte, e alguns diriam que eles poderiam ter pensado melhor antes de decidir. A vida é desejável, e a morte é terrível. Mas quando o pecado e a obrigação que estavam envolvidos no caso foram imediatamente determinados pela letra do segundo mandamento, e nenhum espaço foi deixado para se questionar o que era certo, então a vida e a morte que estavam envolvidos no caso não deveriam ser consideradas. Note que aqueles que querem evitar o pecado não devem negociar com a tentação. Quando aquilo a que somos atraídos ou aquilo que nos aterroriza é manifestadamente mal, o impulso deve ser rejeitado com indignação e repulsa, sem que haja qualquer hesitação. Não queira discutir o assunto, mas diga então, como CRISTO nos ensinou: “Para trás de mim, Satanás”.
(2) Eles não precisavam de tempo para planejar como responderiam. Enquanto fossem defensores de DEUS, chamados para testemunhar a favor de sua causa, eles não tinham dúvidas de que lhes seria dado na mesma hora o que deveriam falar (Mt 10.19). Eles não estavam planejando uma resposta evasiva, quando uma resposta direta estava sendo esperada deles. Não, nem iriam rogar ao rei que não insistisse nisso. Não há nada na resposta deles que pareça alguma saudação. Eles não começaram como os seus acusadores: “O rei, vive eternamente!” Também não fizeram nenhuma insinuação ardilosa, a captandam benevolentiam - para deixá-lo de bom humor, mas disseram tudo de forma clara e direta: “O Nabucodonosor, não precisamos te responder sobre este negócio”. Observe que aqueles que fazem da sua obrigação a sua preocupação principal, não precisam se preocupar com as várias situações que possam vir a enfrentar.
2. A forte confiança deles em DEUS e a sua dependência dele (v. 17). Foi isso que os capacitou a olhar para a morte com tanto desprezo, a morte em seu esplendor, a morte em todos os seus terrores. Eles confiavam no DEUS vivo, e por esta fé escolheram antes sofrer do que pecar. Por essa razão não temeram a ira do rei, mas resistiram, porque, pela fé, tinham o seu olhar fixo Naquele que é invisível (Hb 11.25,27): “Se for assim, se formos trazidos a essa dificuldade, se formos lançados na fornalha de fogo ardente a menos que sirvamos aos teus deuses, saiba, então:” (1) “Que embora não adoremos os teus deuses, não somos ateus. Há um DEUS que podemos chamar de nosso, a quem nós fielmente estamos ligados.” (2) “Que servimos a esse DEUS precioso. Temos nos dedicado à sua honra. Estamos empenhados em sua obra, e dependemos dele para nos proteger, suprir as nossas necessidades, e nos recompensar”. (3) “Que temos plena certeza de que este DEUS é capaz de nos livrar da fornalha de fogo ardente. Quer Ele nos livre ou não, temos certeza de que Ele pode impedir que sejamos lançados na fornalha, ou de nos resgatar dela.” Note que os servos fiéis de DEUS confiarão que o Senhor é capaz de sustentá-los nos seus serviços, controlando e dominando todos os poderes que são armados contra eles. ‘Senhor, se quiseres, tu podes’. (4) “Que temos motivos para esperar que Ele nos livre”, em parte porque, em um vasto comparecimento de idólatras como esse, seria muito oportuno, para a honra do seu nome grandioso, livrá-los, e em parte porque Nabucodonosor o havia desafiado a fazer isto - Quem é o DEUS que irá vos livrar? DEUS às vezes se manifesta de forma extraordinária para calar as blasfêmias do inimigo, como também para responder as orações do seu povo (SI 74.18-22; Dt 32.27). “Mas, se Ele não nos livrar da fornalha ardente, Ele nos livrará da tua mão”. Nabucodonosor pode apenas atormentar e matar o corpo. E, depois disso, não há mais nada que ele possa fazer. Então eles são afastados do seu alcance, e livrados da sua mão. Observe que os bons pensamentos a respeito de DEUS, e uma plena certeza de que Ele está conosco enquanto estivermos com Ele, nos ajudará muito a passarmos pelos sofrimentos. E, se Ele for por nós, não precisaremos temer o que os homens possam nos fazer, mesmo que tentem fazer o pior. DEUS nos livrará da morte ou na morte.
3. A firme decisão deles de permanecerem fiéis aos seus princípios, quaisquer que possam ser as conseqüências (v. 18): “Mas se não for assim, mesmo que DEUS ache por bem não nos livrar da fornalha ardente (o que sabemos que Ele pode fazer), se Ele permitir que caiamos na tua mão, saiba ó rei, que não serviremos estes deuses, embora eles sejam os teus deuses, nem adoraremos esta imagem de ouro, embora tu mesmo a tenhas levantado”. Eles não estão envergonhados nem com medo de reconhecer a sua religião, e dizem ao rei, face a face, que não têm medo dele, e que não lhe prestarão obediência. Se eles tivessem consultado a carne e o sangue, muito poderia ter sido dito para trazê-los a uma concordância, especialmente diante da impossibilidade de evitar a morte, uma morte tão sofrida. (1) Não foi exigido que eles renunciassem ao seu próprio DEUS, ou que abandonassem a sua adoração. Não, nem que por uma confissão ou declaração verbal reconhecessem essa imagem de ouro como sendo um deus, mas apenas se prostrassem diante dela, o que eles poderiam fazer com uma reserva secreta em seus corações pelo DEUS de Israel, detestando essa idolatria interiormente, assim como Naamã se inclinou na casa de Rimom. (2) Eles não iriam cair no caminho da idolatria. Era exigido deles apenas um simples gesto, que seria feito em um minuto, e o perigo teria acabado, e poderiam depois disso declarar a sua tristeza por isso.
(3) O rei que ordenou isso tinha um poder absoluto. Eles estavam sujeitos a ele, não só como súditos, mas como cativos. E, se eles fizessem isso, seria puramente por coerção e coação, o que serviria para desculpá-los. (4) Ele havia sido o benfeitor deles, os havia educado e favorecido, e em gratidão a ele, eles deveriam ir até onde pudessem, embora isso fosse exigir demais de sua consciência. (5) Eles estavam agora sendo forçados a entrar em um país estranho, e para aqueles que eram assim forçados a sair, foi dito, na verdade: “Vai, serve a outros deuses” (1 Sm 26.19). Foi considerado como certo que, na disposição deles, eles serviriam a outros deuses, e isto se tornou uma parte do juízo (Dt 4.28). Eles poderiam ser desculpados se tivessem seguido a corrente que era muito forte. (6) Os seus reis, os seus príncipes, os seus pais, e os seus sacerdotes também, levantaram ídolos até mesmo no Templo de DEUS, e os adoraram ali, e não só se incli naram diante deles, mas levantaram altares, queimaram incenso, e ofereceram sacrifícios a esses ídolos, sim, até mesmo os seus próprios filhos. Não adoraram todas as dez tribos, por muitas gerações, deuses de ouro em Dã e Betei? Serão eles mais exigentes do que os seus pais? Communis errorfacitjus - O que todos fazem deve estar certo. (7) Se eles concordassem salvariam as suas vidas e manteriam os seus cargos, e assim estariam em condições de prestar um grande serviço aos seus irmãos na Babilônia, e por muito tempo. Porque eles eram jovens, e estavam prosperando. Mas há o suficiente naquela única palavra de DEUS com a qual se deve responder e calar estes e muitos outros argumentos carnais: Não te inclinarás diante de nenhuma imagem, nem a adorarás. Eles sabem que devem obedecer a DEUS antes de ao homem. Eles devem, antes, sofrer do que pecar, e não devem fazer o mal para que o bem possa vir. Portanto, nenhuma dessas coisas os toca. Eles estão decididos, antes, a morrer em sua integridade do que a viver em sua iniquidade. Enquanto os seus irmãos, que ainda permaneciam em sua própria terra, estavam adorando imagens espontaneamente, eles na Babilônia não seriam levados a isso pela força, mas, curiosamente, se mostravam mais zelosos contra a idolatria estando em um país idólatra. E verdadeiramente, considerando todas as coisas, guardá-los dessa obediência pecaminosa era um milagre tão grande no reino da graça quanto guardá-los da fornalha ardente era um milagre no reino da natureza. Esses eram aqueles que anteriormente decidiram não se contaminar com a porção do manjar do rei, e, naquele momento, eles decidiram tão corajosamente não se contaminar com os seus deuses. Observe que, uma firme renúncia, uma forte devoção a DEUS e ao dever, em ocasiões menores, nos qualificará e nos preparará para fazer o mesmo em ocasiões maiores. E nisto devemos ser resolutos em nunca, sob nenhum pretexto, adorarmos imagens, ou fazermos “uma aliança” com aqueles que o fazem.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 840-842.
 
“Não necessitamos de te responder sobre este negócio”. O presente versículo mostra os três jovens hebreus diante do poderoso monarca; eles, tecnicamente, são culpados diante daquela corte, e nada há que os três possam dizer em sua defesa. Eles responderam ao rei dizendo: “Não necessitamos de te responder”. Há uma interpretação feita com base no original aramaico, que diz: “Nós não te responderemos! DEUS te responderá! Ele pode, tanto nos livrar como nos entregar nas tuas mãos, depende dele”. O verdadeiro cristão não faz sua defesa prévia, mas deixa tudo por conta do Senhor que disse: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor”. E evidente, portanto, que DEUS recompensará, tanto o ofendido como o ofensor: o primeiro com sua bênção; o segundo com seu castigo.
"... o nosso DEUS, a quem nós servimos...” O presente texto, declara claramente a posição dos três jovens hebreus, quanto à ordem do rei. Eles apelam tanto para “providência” como para “o poder de DEUS”. Seja como for, DEUS livra como quer! Se DEUS usasse a providência no presente caso, os moços não teriam ido para dentro do forno de fogo ardente, porém, é evidente que o monarca não teria reconhecido a soberania do Criador. (Ver v 29). Assim, DEUS permitiu que seus servos fossem parar ali; não os livrou do forno, mas os livrou no forno. DEUS permitiu que José, mesmo inocente, fosse parar na prisão, vítima de uma calúnia da mulher de Potifar, capitão da guarda de Faraó (Gn cap. 40), mas dali DEUS o exaltou, fazendo-o assentar-se no trono, ao lado de Faraó. DEUS é sempre o mesmo, tanto no passado como no presente. Ele não muda. O apóstolo Paulo entendeu isso, quando disse: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).
"... não serviremos a teus deuses...” Os jovens judeus, como já ficou demonstrado em outro capítulo deste livro, mesmo numa terra de cativeiro, permaneceram fiéis à lei do seu DEUS, que dizia: “Não terás outros deuses diante de mim (Ex 20.3). E perfeitamente compreensível que DEUS, disposto a ser o único DEUS suficiente e o recurso sobrenatural do seu povo proíba um apelo a quaisquer outros poderes sobrenaturais. Por isso, entendemos que o espiritismo é proibido a quem crê num DEUS vivo. No conceito divino, é impossível a criatura humana fazer uma representação superior à sua própria idéia, e por isso é-lhe impossível apresentar dignidade à divindade, pois DEUS há de ser infinitamente superior ao nosso mais sublime pensamento. Nabucodonosor não compreendia esse princípio emanado do supremo DEUS, mas aqueles hebreus sim, o conheciam muito bem.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD.
 
3. Reação à intimidade (Dn 3.16-18).
“Eis que o nosso DEUS, a quem servimos; é que nos pode livrar” (3.17). Esta declaração dos três judeus tinha a convicção da intervenção de DEUS naquela situação. O rei ficou enfurecido e intimidado, além dos jovens terem sido desafiados na sua fé com a ousadia do Rei em dizer-lhes: “Quem é o DEUS que vos poderá livrar das minhas mãos?” (Dn 3.15), eles não tiveram dúvidas de que valia a pena permanecerem fiéis a DEUS. Então, sem temor e com grande fé responderam ao Rei: “Eis que o nosso DEUS, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.17,18). Esta resposta dos jovens hebreus se confrontada com o cristianismo de muitos crentes hoje nos deixa preocupados. Quão facilmente cedemos; negamos nossa fé; fugimos do caminho da provação, mas DEUS conta com crentes fiéis que sejam capazes de responder às ameaças satânicas de que não as tememos.
“E, se não” (3.18). Duas palavras pequenas foram capazes de mostrar a todo o Império da Babilônia que aqueles jovens tinham um DEUS diferente que lhes dava a certeza de que ninguém pode confrontar Jeová. Eles sabiam que nada os demoveria de sua fé e eles não a negariam, mesmo que fossem queimados vivos naquela fornalha. Na vida cristã, estas duas palavrinhas “se não” estão fazendo na confissão de fé de tantos crentes. Satanás, nosso arqui-inimigo, quer que nos rendamos às ameaças e armadilhas preparadas para sufocar a nossa fé (1 Pe 5.8).
“não serviremos a teus deuses” (3.18). Os três jovens foram ousados. Não transigiram, nem cederam às ameaças. Eles não trocaram o seu DEUS pelos deuses de Nabucodonosor. A ira do rei manifestou-se com exagero ao ordenar que se aquecesse muito mais a fornalha. Eles não foram livrados da fornalha porque DEUS os esperava dentro daquela fornalha ardente. A fornalha tem o poder da intimidação, que pode nos levar à desistência de nossos valores espirituais. A verdade é que nem sempre podemos evitar a fornalha das angústias, das decepções pessoais, das enfermidades físicas. Aqueles jovens hebreus não se deixaram intimidar, mas foram ousados em não transigir, nem ceder às ameaças.
Eles enfrentaram a fornalha ardente sem temor (3.19-22)
Os judeus foram lançados na fornalha. Diz o texto que tudo que dizia respeito a eles em termos materiais, suas roupas e chapéus foram atados juntamente com eles e lançados na fornalha ardente. Os homens que os lançaram caíram mortos pela chama do fogo e todos inimigos do lado de fora imaginavam que os judeus seriam reduzidos a cinza dentro da fornalha.
“O aspecto do quarto homem é semelhante ao filho dos deuses" (3.23-25). Foram lançados três judeus, mas um quarto homem os esperava dentro da fornalha. O poder do quarto homem visto pelo rei dentro da fornalha os tornou incólumes e nenhum fio de cabelo se queimou. Esse quarto homem não era outro senão o próprio DEUS entre eles que os tornou aptos a superarem a força do fogo destruidor. E uma perfeita identificação com a Pessoa de JESUS CRISTO, o Filho de DEUS. Não era um anjo enviado de DEUS. Ele era, teofanicamente, o próprio DEUS. É interessante que Ele não apagou o fogo, nem tirou os três hebreus da fornalha. Ele os capacitou a estarem e passarem pelo meio do fogo sem serem destruídos. Tudo isso porque aqueles hebreus confiaram na providência divina que tem o poder de intervir, a tempo e fora de tempo, para nos livrar da destruição. As vezes, a vontade permissiva de DEUS nos ensina que DEUS pode permitir que soframos tribulações, angústias e dissabores como o fogo da fornalha, mas Ele nos livra no tempo próprio. Sua presença imanente é capaz de impedir que as chamas das tribulações nos destruam.
O poder providencial de DEUS os tornou incólumes no meio da fornalha (3.26-28). O impacto ante à visão que o rei teve ao olhar para dentro da fornalha deixou o rei perplexo e todos os que estavam com ele. Os jovens hebreus estavam vivos e tranquilos andando no meio da fornalha. DEUS honrou aqueles judeus. O rei e seus príncipes tiveram que reconhecer o poder do DEUS de Israel. A providência divina não só os protegeu da força do fogo, mas os manteve vivos para testemunharem da grandeza desse DEUS. O rei reconhecia que o DEUS dos judeus era poderoso, mas não o aceitava como seu DEUS. Para o rei, era mais um entre outros deuses, mas na mente e no coração dos jovens hebreus, Ele era o Único DEUS sobre todos os demais. O apóstolo Paulo nos dá uma lição preciosa de fé e disposição para servir a DEUS, quando diz: “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos, quer morramos, somos do Senhor” (Rm 14.8).
Uma doxologia do rei ao DEUS de Israel (3.29,30). Ainda que Nabucodonosor não tenha desistido dos seus deuses, reconheceu a religião judaica em seu império, especialmente, para os exilados judeus. Ele fez um decreto reconhecendo a grandeza do DEUS dos judeus e admitiu que nenhum outro deus poderia fazer o que Ele fez ao livrar os judeus dentro da fornalha ardente.
Restaurados e promovidos dentro do império (3.30). Os três jovens foram restaurados às suas posições palacianas e investidos de autoridade da parte do rei. Segundo o Comentário de Charles Pfeiffer, da Editora Batista Regular: “A vitória da fé tinha cinco objetivos: (1) Foram soltos de suas amarras (v. 25); (2) Foram protegidos do mal (v. 27); (3) Foram confortados na provação (vv. 24,25,28); (4) Seu DEUS foi glorificado (v. 29); (5) Como servos de DEUS foram recompensados (v. 30).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 61-63.
 
O equilíbrio e a calma dos três servos do DEUS Altíssimo estavam em claro contraste com a fúria incontida do rei. A ousadia da fé deles era equiparada à sua serenidade. Os três responderam ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder (“defender-nos”, NVI) sobre este negócio. Eis que o nosso DEUS, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei.
E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste (16-18).
A verdadeira fé não está ligada às circunstâncias nem às conseqüências. Ela está fundada na imutável fidelidade de DEUS. E a fé é decisiva no que tange à questão da fidelidade no crente. Poderia ter parecido algo de menor valor racionalizar apenas um pouco. Afinal, eles não deviam uma certa consideração ao rei? Porventura, eles não poderiam dobrar seus joelhos, mas ficar em pé em seus corações? Uma pequena concessão à limitada compreensão das coisas divinas por parte do rei seria uma questão insignificante.
Mas não! A reputação do caráter do DEUS vivo e verdadeiro dependia desse momento. Multidões de pagãos de muitos países estavam observando. Quer DEUS os libertasse das chamas, quer não, eles deveriam ser fiéis em honrar o seu nome.
Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 510.
 
A firmeza (v. 13-18)
E importante entender que não fomos chamados para sermos advogados de DEUS, mas Suas testemunhas (v.16-18). Os três jovens não entraram numa discussão infrutífera. Eles não tentaram defender DEUS. Eles apenas testemunharam dEle, mostrando que estavam prontos a morrer, mas não a ser infiéis a DEUS. Nabucodonosor tenta intimidá-los, dizendo que deus nenhum poderia livrá-los de sua mão (v. 15). Mas eles não tentam defender a reputação de DEUS, procuram apenas obedecê-Lo (v. 16,17).
É importante entender, também, que nossa fé não pode ser arrogante (v. 17,18). Os três jovens dizem que DEUS pode livrar, mas não dizem que DEUS o fará. Eles não são donos da agenda de DEUS. Eles não decretam nada para DEUS. Eles não dizem: “Eu não aceito isto”; “Eu rejeito aquilo”; “Eu repreendo o fogo”; “O rei está amarrado”.
Eles não determinam o que DEUS deve fazer. Nem sempre é da vontade de DEUS livrar Seus filhos dos padecimentos e da morte. O patriarca Jó, no auge da sua dor gritou: “Ainda que DEUS me mate, eu ainda confiarei nele” (Jó 13:15 ARA). Tiago, Paulo, John Huss, William Tyndale foram mortos, não poupados. Às vezes, DEUS livra Seus filhos da morte; outras vezes, da morte. Não importa, pois “se vivemos para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor” (Rm 14.8).
Devemos ser fiéis a DEUS, não apenas pelo que DEUS faz, mas por quem DEUS é (v. 17,18). Aqueles jovens não serviam a DEUS por causa dos benefícios recebidos. A religião deles não era um negócio, uma barganha com DEUS. Eles serviam a DEUS por causa do caráter de DEUS.
Eles tinham uma fé teocêntrica, não antropocêntrica.
Hoje as pessoas buscam a DEUS, não por causa de DEUS, mas por causa das dádivas de DEUS. Querem bênçãos, não DEUS.
Devemos fazer o que é certo e deixar as conseqüências nas mãos de DEUS (v. 17,18). Nossa função é sermos fiéis, não administrar resultados. Olyott, corretamente, diz que é melhor ser morto prematuramente e encontrar o reto Juiz em paz que viver um pouco mais com vida repreensível e encontrá-Lo em terror.17 Precisamos continuar crendo em DEUS apesar das circunstâncias. Viver não é preciso, andar com DEUS sim. A morte por causa de CRISTO não é uma tragédia, mas uma promoção. Os que morrem no Senhor são bem-aventurados. Ainda hoje, muitos cristãos preferem a morte nas prisões à liberdade no pecado. Prova disso é que mais da metade de todos os mártires da história viveram no século 20.
LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 54-56.
 
ELABORADO: Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.
 
Questionário da Lição 4 - A Providência Divina Na Fidelidade Humana
Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
TEMA: A INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL - O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas.
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
Eis que o nosso _________________, a quem nós __________________, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua _________________, ó rei" (Dn 3.17).
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Se formos ________________, a ________________ divina jamais ________________.
 
I. A TENTATIVA DE SE INSTITUIR UMA RELIGIÃO MUNDIAL
3- Embriagado pelo poder e pelo fulgor de sua própria glória, o rei caldeu chegou ao ápice da presunção, não se contentando em ser apenas "a cabeça de ouro" da grande estátua do seu "primeiro" sonho (Dn 2.36-45). O que fez ele?
(    ) Nabucodonosor perdeu o bom senso e construiu uma enorme estátua de ouro, prata, cobre e ferro.
(    ) Nabucodonosor perdeu o bom senso e construiu uma enorme estátua de ouro maciço.
(    ) Também ordenou que os representantes das nações, súditos seus, se ajoelhassem e adorassem a estátua que o representava.
(    ) A grande estátua de Nabucodonosor remete-nos a uma outra estátua que será erguida pelo último império mundial gentílico, profetizado como o reino do Anticristo que aparecerá no "tempo do fim".
 
4- Quais as diferenças entre a estátua do capítulo dois e a do capítulo três de Daniel?
(    ) A estátua do capítulo dois era literal, construída por ordem do rei caldeu.
(    ) A estátua do capítulo dois era simbólica e apareceu no sonho de Nabucodonosor.
(    ) A estátua do capítulo três era literal, construída por ordem do rei caldeu.
(    ) A estátua erigida tinha a forma de um obelisco que revelava, segundo se supõe, a intenção vaidosa de Nabucodonosor em autodeificar-se.
 
5- Quais os objetivos de Nabucodonosor para a  inauguração da estátua de ouro?
(    ) Com o coração engrandecido, Nabucodonosor desejou ser adorado como deus.
(    ) Nabucodonosor desejava uma religião totalitária em que as pessoas obedecem pela lealdade.
(    ) Não lhe bastou a revelação de que o único DEUS verdadeiro triunfaria na história.
(    ) Ele preferiu exaltar a si mesmo e aos seus deuses.
(    ) O objetivo era escravizar todos os seus súditos e obrigá-los a servirem as divindades caldeias.
(    ) Ele queria uma religião totalitária em que as pessoas obedecem não pela lealdade, mas pela força bruta.
 
II. O DESAFIO À IDOLATRIA
6- Quais eram as motivações principais para Nabucodonosor construir a grande estátua (v. 1)?
(    ) Uma das motivações era exibir-se perante os povos do mundo representados naquele evento.
(    ) As dimensões e a magnitude da estátua eram impressionantes: Aproximadamente 27 metros de altura por 6 de largura.
(    ) As dimensões e a magnitude da estátua eram impressionantes: Aproximadamente 37 metros de altura por 7 de largura.
(    ) A soberba, arrogância e insolência do rei não tinham limites.
(    ) A Bíblia diz que "a soberba precede a ruína".
(    ) A segunda motivação de Nabucodonosor era o anelo de ser adorado como divindade pelos seus súditos.
(    ) Por isso, ele deu ordens para que todos os oficiais do reino se reunissem a fim de adorarem a sua estátua.
 
7- Como a intenção do rei indica o espírito do Anticristo que virá?
(    ) A intenção de Nabucodonosor prenunciava o espírito do Anticristo, que levantará a imagem da Besta para ser adorada no tempo do fim.
(    ) A intenção de Nabucodonosor prenunciava o espírito do Anticristo, que se assentará no templo para ser adorado no tempo do fim.
(    ) A intenção do rei era impor a religião diabólica de sua imagem para dominar o mundo, não só nos campos material e político, mas também no espiritual.
 
8- Como aqueles três jovens demonstraram sua coragem para não fazer concessões à idolatria (Dn 3.12)?
(    ) Os três jovens hebreus fizeram um acordo com o rei para não morrerem queimados na fornalha.
(    ) Os três jovens hebreus estavam naquele local por força da ordem do rei.
(    ) Todos os grandes nomes do país, os chefes de governos, os sátrapas, os governadores das províncias, os sábios, os sacerdotes dos vários cultos pagãos, todos estavam lá.
(    ) A ordem era que quando a música fosse tocada todos deveriam ajoelhar-se e adorar a estátua do rei.
(    ) Quem não obedecesse seria lançado na fornalha de fogo ardente.
(    ) Como sabemos, os três jovens hebreus preferiram morrer queimados a negar sua fé.
 
III. A FIDELIDADE A DEUS ANTE A FORNALHA ARDENTE (Dn 3.8-12)
9- Os jovens hebreus foram acusados e denunciados (vv.8-12). Qual foi a reação do rei e deles?
(    ) Os jovens hebreus foram interrogados e juraram  fidelidade ao rei de Babilônia.
(    ) O rei, quando informado da desobediência dos judeus, ficou enfurecido e mandou que eles fossem trazidos à sua presença.
(    ) Os jovens hebreus foram interrogados, mas mantiveram sua fidelidade ao DEUS de Israel.
(    ) Eles não se intimidaram diante das ameaças, porque sabiam que DEUS poderia intervir naquela situação.
 
10- Qual foi a resposta corajosa dos jovens hebreus (Dn 3.16-18) ante a ameaça do rei de lança-los no fogo?
(    ) Aqueles jovens sabiam que a fidelidade a DEUS é algo inegociável.
(    ) A lealdade desses jovens era mais que uma qualidade de caráter.
(    ) Era uma confiança inabalável em DEUS.
(    ) A resposta resultava também do conhecimento que tinham do primeiro mandamento do Decálogo (Êx 20.3-5).
(    ) A resposta resultava também do conhecimento que tinham do segundo mandamento do Decálogo (Êx 6.3-5).
(    ) DEUS busca homens e mulheres que lhe sejam fiéis mesmo quando ameaçados.
(    ) Por isso, mesmo inquiridos pelo rei caldeu, Hananias, Misael e Azarias não se intimidaram e mantiveram sua posição (Dn 3.16-18).
 
11- Ao perguntar-lhes: "Quem é o DEUS que vos poderá livrar das minhas mãos? " (Dn 3.15), Nabucodonosor afrontou os jovens em sua fé. Qual a reação daqueles três jovens à intimidação de Nabucodonosor (Dn 3.16-18)? Complete:
Eles não tiveram dúvida de que valia a pena permanecer ________________ ao Todo--Poderoso. Então, sem temor e com grande fé, responderam ao rei: "Eis que o nosso DEUS, a quem nós ________________, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus ________________ nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste" (Dn 3.17,18). Os três jovens não cederam às ameaças e não ficaram ___________________ da fornalha, pois DEUS já os esperava ali. A companhia do ________________ homem visto pelo rei dentro da fornalha foi suficiente para que eles saíssem ilesos e sem um único fio de cabelo queimado. Esta resposta dos jovens hebreus ________________ a posição de muitos crentes de hoje. Quão facilmente cedemos e até negamos a fé, fugindo do caminho da ________________. Todavia, DEUS conta com crentes fiéis que sejam capazes de responder às ameaças sem ________________.
 
CONCLUSÃO
12- Complete:
A grande lição que aprendemos com esses três jovens é que "eles ________________ suas vidas a DEUS e não se preocuparam com as ________________ da fornalha". Mesmo que DEUS não os impedissem de morrer queimado eles não negariam a ________________! Que tenhamos essa mesma fé para enfrentar as ________________ da vida.
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Pb Alessandro Silva