Escrita Lição 5, Betel, O Novo Nascimento, O Diálogo Transformador com Nicodemos, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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Silva
EBD Editora Betel | 3° Trimestre De 2025 | TEMA:
JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS: A verdade que Transforma Milagres,
Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de João | Escola
Bíblica Dominical
Vídeo https://youtu.be/bF3oMUZiVkA?si=UuwqVBGhgL3g-7xg
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/escrita-licao-5-betel-o-novo-nascimento.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/slides-licao-5-betel-o-novo-nascimento.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-5-betel-o-novo-nascimento-3tr25-pptx/281972653
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- CONVERSANDO COM O FILHO DE DEUS
1.1. Um encontro improvável
1.2. É necessário nascer de novo
1.3. O que significa nascer de novo
2- COMPREENDENDO O NOVO NASCIMENTO
2.1. O novo nascimento transforma vidas
2.2. A necessidade do novo nascimento
2.3. A ação do ESPÍRITO SANTO no novo nascimento
3- NICODEMOS NO EVANGELHO DE JOÃO
3.1. Nicodemos reconheceu JESUS como Mestre
3.2. Nicodemos rejeita a condenação do Mestre
3.3. Nicodemos leva especiarias para ungir o corpo de JESUS
TEXTO ÁUREO
“Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é; as coisas
velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 2 Соríntios 5.17.
VERDADE APLICADA
Somente o conhecimento intelectual da Bíblia e a boa vontade não
nos dispensam de passar pelo novo nascimento para entrar no Reino de DEUS.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Identificar a preocupação de Nicodemos com a sua própria
situação espiritual
- Destacar a importância do novo nascimento na vida do crente.
- Saber que Nicodemos amou JESUS até a Sua morte.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - João 3.1-6
1 E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 Este foi ter de noite com JESUS, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
Mestre, vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS
não for com ele.
3 JESUS respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS;
4 Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode
tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 JESUS respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da
água e do ESPÍRITO não pode entrar no reino de DEUS.
6 O que é nascido da carne, é carne, e o que é nascido do ESPÍRITO, é espírito.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 3.4 A conversa com Nicodemos.
TERÇA | Jo 3.3 O momento da conversa com o Filho de DEUS.
QUARTA | Jo 7.45-53 Nicodemos fala em defesa de JESUS.
QUINTA | Jo 3.7 Como entrar no Reino de DEUS.
SEXTA | Jo 7.46 Ninguém falou assim com o Filho de DEUS.
SÁBADO | Jo 19.38,9 Nicodemos no sepultamento de JESUS.
HINOS SUGERIDOS: 165, 227, 345
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que possamos reconhecer a necessidade de nascer de novo.
PONTO DE PARTIDA: É necessário nascer de novo.
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – REVISTAS ANTIGAS E LIVROS. LEIA
TUDO E TERÁ CONDIÇÕES DE DAR UMA EXCELENTE AULA.
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⁴⁰ Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as
especiarias, como os judeus costumam fazer na preparação para o sepulcro.
⁴¹ E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado e, no
horto, um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto.
⁴² Ali, pois (por causa da preparação dos judeus e por estar perto
aquele sepulcro)
João 19:38-42
João 19:39, onde é mencionado que Nicodemos levou cerca de cem
libras de um composto de mirra e aloés para o sepultamento de Jesus. Essa
quantidade representa aproximadamente 33 a 35 kg. O composto era
usado pelos judeus para embalsamar os corpos antes do sepultamento.
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Nicodemos defendeu JESUS perante o Sinédrio invocando a Halachá.
A lei judaica, ou Halachá, exige que o réu seja ouvido antes de
qualquer julgamento ou decisão. Este princípio, conhecido como
"audição do réu", é fundamental na justiça judaica e assegura que
todas as partes envolvidas em uma disputa tenham a oportunidade de apresentar
seus argumentos e evidências.
Elaboração:
A Halachá, ou lei judaica, é um sistema legal abrangente que se
baseia na Torá e no Talmud. O princípio da "audição do réu"
(também conhecido como direito de defesa ou devido processo legal) é um dos
fundamentos da justiça judaica, garantindo que o réu tenha a oportunidade de
apresentar sua versão dos fatos e se defender antes de qualquer decisão
judicial.
Este princípio é expresso de várias maneiras na Halachá, incluindo:
·
Direito
à defesa:
O réu tem o direito de contratar um advogado, apresentar
testemunhas e argumentos, e questionar as evidências apresentadas contra
ele.
·
Ouvir
o réu:
Juízes e tribunais são obrigados a ouvir o réu e considerar suas
palavras e argumentos antes de tomar qualquer decisão.
·
Justiça
e equidade:
A lei judaica busca garantir que o processo judicial seja justo e
equitativo, considerando todas as partes envolvidas.
·
Imparcialidade:
Os juízes devem ser imparciais e não mostrar preconceito contra o
réu.
Além disso, a Halachá enfatiza a importância da misericórdia e do
perdão. O objetivo final da lei judaica não é apenas a punição, mas também
a reconciliação e a restauração da justiça.
Portanto, a "audição do réu" na lei judaica é mais do que
apenas um procedimento legal; é um princípio ético e moral que visa
garantir a justiça e o tratamento justo de todas as pessoas envolvidas em um
processo judicial.
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Revista antiga para ajudar na compreensão da lição
Escrita Lição 2, CPAD, O Novo Nascimento, 2Tr25, Com. Extras
Pr Henrique, EBD NA TV
Video https://youtu.be/M9yTKUlinn0?si=tSzGUliPjHFE8Ieh
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/03/escrita-licao-2-cpad-o-novo-nascimento.html
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PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-2-cpad-o-novo-nascimento-2tr25-pptx/277310755
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – JESUS E NICODEMOS
1. Quem era Nicodemos?
2. O reconhecimento de Nicodemos sobre JESUS como Mestre
3. O diálogo entre JESUS e Nicodemos
II – O NOVO NASCIMENTO: A OBRA DE REGENERAÇÃO
1. O Novo Nascimento
2. A Regeneração como obra exclusiva de DEUS
3. A necessidade da Regeneração do pecador
III – OS MEIOS DA OBRA REGENERADORA
1. A operação do ESPÍRITO SANTO
2. A Palavra de DEUS
3. A Vontade soberana de DEUS
TEXTO ÁUREO
“JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.” (Jo 3.3)
VERDADE PRÁTICA
O Novo Nascimento é o modo bíblico de transformação radical da natureza do
pecador.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef
2.8 O novo nascimento como dom de DEUS
Terça - 1
Jo 3.9 Aquele que nasceu de novo não vive em prática pecaminosa
Quarta - 1
Jo 4.7 Quem nasceu de novo demonstra amor pelo próximo
Quinta - 1
Jo 5.1 A pessoa que nasceu de novo crê que JESUS é o
CRISTO
Sexta - 1
Jo 5.4 Aqueles que nasceram de novo vencem o mundo
Sábado - Gl
5.22 Quem nasceu de novo revela o Fruto do ESPÍRITO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 3.1-9,16
1 - E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos
judeus.
2 - Este foi ter de noite com JESUS e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
DEUS não for com ele.
3 - JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele
que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.
4 - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura,
pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 - JESUS respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer da água e do ESPÍRITO não pode entrar no Reino de DEUS.
6 - O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do ESPÍRITO é
espírito.
7 - Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem,
nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO.
9 - Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
16 - Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
https://www.cpad.com.br/harpa-crista-popular-grande-vinho-365638/p
HINOS
SUGERIDOS: 73, 227, 447 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 2
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Epístola do apóstolo Pedro: “sendo de novo gerados, não de semente corruptível,
mas da incorruptível, pela palavra de DEUS, viva e que permanece para sempre”
(1 Pe 1.23).
Semente de Adão corruptível (pecado)
Semente de DEUS incorruptível (Palavra - Bíblia)
Epístola do apóstolo Tiago:
Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos
como primícias das suas criaturas. (Tg 1.18).
Carta do apóstolo Paulo a Tito diz: Não pelas obras de justiça que houvéssemos
feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração
(colocação minha - Palavra) e da renovação do ESPÍRITO SANTO. Tito 3.5
Efésios 1.13 - Em quem também vós estais (em JESUS), depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele
também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; O
qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para
louvor da sua glória.
Só estamos em JESUS, ou seja, salvos, depois de ouvirmos a pregação do
evangelho e crermos nela (fé).
A Sequência é:
Ouvimos a pregação do evangelho falando a respeito da salvação em
JESUS que morreu por nós e em nosso lugar na cruz e ressuscitou.
Ao ouvirmos desenvolvemos nossa fé nesta Palavra, cremos. NASCEMOS
DE NOVO, agora da semente incorruptível que é a Plavra de DEUS. Somos
justificados pela fé. Somos regerados.
Estamos salvos - Agora o ESPÍRITO SANTO vem morar em nós nos
convencendo do pecado, da justiça e do juízo.
Nos arrependemos e pedimos perdão.
Somos introduzidos no corpo de CRISTO pelo ESPÍRITO SANTO.
Somos morada do ESPÍRITO SANTO que nos santifica.
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Lição 7, A Necessidade do Novo Nascimento
3º Trimestre de 2017 - Título: A Razão da Nossa Fé: Assim Cremos,
assim Vivemos
Comentarista: Pr. Pres. Esequias Soares, Assembleia de DEUS, Jundiaí, SP
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454
FIGURAS ILUSTRATIVAS USADAS NOS VÍDEOS - https://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/08/figuras-da-licao-7-necessidade-do-novo.html
LEITURA DIÁRIA (comentários BEP - CPAD)
Segunda - Jo 3.3-8 O novo nascimento é nascer do ESPÍRITO
3.3 NASCER DE NOVO. Para um exame da doutrina bíblica da regeneração (nascer de
novo).
3.5 NASCER DA ÁGUA. ÁGUA = PALAVRA + ESPÍRITO SANTO
Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível,
pela palavra de DEUS, viva, e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
(grifo nosso)
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do
ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5 (grifo nosso)
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Efésios 5:26 (grifo
nosso)
Visto como na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria,
aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação. 1
Coríntios 1:21 (grifo nosso)
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1.13 ouviu + creu = salvo
JESUS também se referia à obra purificadora do ESPÍRITO SANTO no novo
nascimento. Em Tt
3.5, Paulo fala da "lavagem da regeneração e da renovação do
ESPÍRITO SANTO".
3.8 O VENTO... DO ESPÍRITO. Assim como o vento, embora invisível, é
identificado por sua atividade e pelo seu sonido, assim também o ESPÍRITO SANTO
é observado pela sua atividade sobre os nascidos de novo e pelo seu efeito
sobre eles.
Terça - 2 Co 5.17 A fé salvífica faz do pecador uma nova criatura em CRISTO
JESUS
.17 NOVA CRIATURA É. Mediante a palavra criativa de DEUS (4.6), os que aceitam
JESUS CRISTO pela fé, são feitos novas criaturas, pertencendo totalmente a DEUS
e constituindo o seu povo, onde impera o ESPÍRITO SANTO (Rm
8.14; Gl
5.25; Ef
2.10). O crente é uma nova criatura (Gl
6.15; Ef
2.10; 4.24; Cl
3.10), renovada segundo a imagem de DEUS (2Co
4.16; 1
Co 15.49; Ef
4.24; Cl
3.10), que compartilha da sua glória (3.18), que experimenta a
renovação do conhecimento (Cl
3.10) e do entendimento (Rm
12.2), e que vive em santidade (Ef
4.24).
Quarta - At 10.43 O perdão dos pecados está disponível a todos
Depois de terminar seu relato da base histórica para a mensagem do evangelho -
a morte e a ressurreição de CRISTO -, Pedro anunciou-lhes as boas-novas:
"Todo aquele que nele crê recebe a remissão de pecados" (At
10:43; ver 2:21). Os ouvintes tomaram para si a expressão
"todo aquele"; aplicaram-na à própria vida, creram em JESUS CRISTO
e foram salvos.
Justificação (vv. 44-48). Pedro estava apenas começando sua mensagem
quando a congregação creu, e o ESPÍRITO SANTO interrompeu a reunião (At
11:15). Aqui, DEUS ESPÍRITO também o interrompe, e Pedro não
chega a terminar seu sermão! Como seria bom se os pregadores de hoje
sofressem interrupções desse tipo!
O ESPÍRITO SANTO dava testemunho aos seis judeus presentes de que esses
gentios haviam, verdadeiramente, nascido de novo.
Quinta - Tt 3.5 O novo nascimento significa regeneração
3.5 A LAVAGEM DA REGENERAÇÃO. A "renovação do ESPÍRITO SANTO"
refere-se à outorga constante da vida divina aos crentes à medida que se
submetem a DEUS (cf. Rm
12.2). ÁGUA – PALAVRA + ESPÍRITO SANTO
Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível,
pela palavra de DEUS, viva, e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
(grifo nosso)
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do
ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5 (grifo nosso)
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Efésios 5:26 (grifo nosso)
Visto como na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria,
aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação. 1
Coríntios 1:21 (grifo nosso)
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1.13 ouviu + creu = salvo
Sexta - 2 Co 5.18,19 Fomos reconciliados com DEUS pela morte de JESUS
5.18 NOS RECONCILIOU CONSIGO MESMO. A reconciliação (gr. katallage) é um dos
aspectos da obra de CRISTO como redenção. Refere-se à restauração do pecador à
comunhão com DEUS. (1) O pecado e a rebelião da raça humana trouxeram como
resultado, hostilidade contra DEUS e alienação dEle (Ef
2.3; Cl
1.21). Essa rebelião provoca a ira de DEUS e seu julgamento (Rm
1.18,24-32; 1
Co 15.25,26; Ef
5.6). (2) Mediante a morte expiatória de CRISTO, DEUS removeu a
barreira do pecado e abriu um caminho para a volta do pecador a DEUS (v.19; Rm
3.25; 5.10; Ef
2.15,16).
(3) A reconciliação entra em vigor mediante o arrependimento e a fé pessoal em
CRISTO, do pecador (Mt
3.2; Rm
3.22). (4) A igreja recebeu de DEUS o ministério da reconciliação
(v. 18), para conclamar todas as pessoas a se reconciliarem com Ele (v. 20;
ver Rm
3.25).
Sábado - Jo 1.12 Fomos adotados como filhos de DEUS pela fé em JESUS
1.12 RECEBERAM... CRÊEM. Este versículo retrata claramente como a fé salvífica
é tanto um ato instantâneo como uma atitude da vida inteira. (1) Para alguém se
tornar filho de DEUS, deve "receber" (gr. elabon, de lambano) a
CRISTO. O tempo pretérito do aoristo aqui denota um ato definido de fé. (2)
Após este ato de fé, de receber a CRISTO como Salvador, deve haver da parte do
pecador uma ação contínua de crer. O verbo "crer" (gr. pisteuosin, de
pisteuo) é um particípio presente ativo, indicando a necessidade da
perseverança no crer. A fé genuína precisa continuar após o ato inicial da
pessoa aceitar a CRISTO para que ela seja salva. "Aquele que perseverar
até ao fim será salvo" (Mt
10.22; 24.12,13; Cl
1.21-23; Hb
3.6, 12-15).
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 3.1-12
1 - E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 - Este foi ter de noite com JESUS e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
DEUS não for com ele. 3 - JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade
te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS. 4 -
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode
tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? 5 - JESUS respondeu: Na verdade,
na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO não pode
entrar no Reino de DEUS. 6 - O que é nascido da carne é carne, e o que é
nascido do ESPÍRITO é espírito. 7 - Não te maravilhes de te ter dito: Necessário
vos é nascer de novo. 8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não
sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do
ESPÍRITO. 9 - Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso? 10 - JESUS
respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso? 11 - Na
verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que
vimos, e não aceitais o nosso testemunho. 12 - Se vos falei de coisas
terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
PONTO CENTRAL - Cremos na necessidade do novo nascimento.
Resumo da Lição 7, A Necessidade do Novo Nascimento
I - UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO
1. Quem era Nicodemos?
2. Os fariseus.
3. Os sinais efetuados por JESUS.
II - O NOVO NASCIMENTO
1. É necessário nascer de novo (v.7).
2. Regeneração.
3. A perplexidade de Nicodemos.
III - UMA NECESSIDADE
1. O estado humano.
2. Saulo de Tarso.
3. O centurião Cornélio.
Escrita Lição 7, A Promessa De Um Coração Novo, 4Tr24, Com. Extras Pr.
Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O CORAÇÃO NA PERSPECTIVA BÍBLICA
1. O coração na Bíblia
2. A circuncisão do coração.
3. Um coração novo.
II – O CORAÇÃO DE QUEM ESTÁ EM DEUS
1. Um coração inclinado a DEUS.
2. Um coração consciente.
3. DEUS vê o coração.
III – PROMESSAS PARA O CORAÇÃO
1. Um coração feliz.
2. Um coração cheio de amor.
3. O penhor do ESPÍRITO no coração.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 2.25-29; Jeremias 31.31-34
Romanos 2
25 - Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei;
mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão.
26 - Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura, a
incircuncisão não será reputada como circuncisão?
27 - E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará,
porventura, a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei?
28 - Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é
exteriormente na carne.
29 - Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão, a que é do coração, no
espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de DEUS.
Jeremias 31
31 - Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa
de Israel e com a casa de Judá.
32 - Não conforme o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela
mão, para os tirar da terra do Egito, porquanto eles invalidaram o meu
concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.
33 - Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias,
diz o Senhor: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração;
e eu serei o seu DEUS, e eles serão o meu povo.
34 - E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão,
dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles
até ao maior, diz o Senhor; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me
lembrarei dos seus pecados.
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 7
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CORAÇÃO (não o membro de carne do corpo humano dentro do peito)
לב leb
HEBRAICO
ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
- parte interior, meio - meio (das coisas) - coração (do homem) -
alma, coração (do homem) - mente, conhecimento, razão, reflexão, memória -
inclinação, resolução, determinação (da vontade) - consciência -
coração (referindo-se ao caráter moral) - como lugar dos desejos
- como lugar das emoções e paixões- como lugar da coragem.
καρδια kardia
- GREGO
forma prolongada da palavra primária kar (Latim, cor “coração”);
denota o centro de toda a vida física e espiritual - o vigor e o sentido da
vida física
- o centro e lugar da vida espiritual - a alma ou a mente, como
fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições,
propósitos, esforços - do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência -
da vontade e caráter - da alma na medida em que é afetada de um modo ruim ou
bom, ou da alma como o lugar das sensibilidades, afeições, emoções, desejos,
apetites, paixões - do meio ou da parte central ou interna de algo, ainda que
seja inanimado.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Efésios 1.13 - Em quem também vós estais (em JESUS), depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele
também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; O
qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para
louvor da sua glória.
Só estamos em JESUS, ou seja, salvos, depois de ouvirmos a pregação do
evangelho e crermos nela (fé).
A promessa de DEUS de um coração novo é um tema fundamental na Bíblia,
especialmente no Antigo Testamento, e é reforçada no Novo Testamento. Essa
promessa está intimamente ligada à ideia da renovação espiritual e da salvação.
Para os judeus a promessa é de um derramar do ESPÍRITO SANTO no Milênio com o
governo de JESUS. (Jl 2.28).
Para nós, os gentios salvos, as promessas são superiores (Hb 8.6). Recebemos o
derramar do ESPÍRITO SANTO (Atos 2) e vamos ser arrebatados (1Ts 4.17) para
vivermos eternamente com JESUS na Nova Jerusalém (Jo 14.1-3).
No livro de Ezequiel, capítulo 36, versículos 26 e 27, está escrito:
"Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; tirarei
de vossa carne o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de
vós o meu ESPÍRITO e farei que andeis nos meus estatutos e guardeis os meus
juízos e os executeis."
Essa passagem enfatiza a transformação que DEUS promete realizar em seu povo,
substituindo o coração endurecido e rebelde por um coração novo, sensível e
obediente à sua vontade. O coração de pedra representa a resistência e a dureza
espiritual, enquanto o coração de carne simboliza a capacidade de amar, sentir
e responder à DEUS de maneira autêntica.
No Novo Testamento, essa promessa é reafirmada através da obra de JESUS CRISTO.
Através da fé nele, os crentes recebem um novo coração e são renovados pelo
ESPÍRITO SANTO (2 Coríntios 5:17; Efésios 4:24).
2 Coríntios 5:17 - Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é;
as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
Efésios 4:24 - E vos revistais do novo homem, que segundo DEUS é criado em
verdadeira justiça e santidade.
A promessa de um coração novo inclui:
1. Renovação espiritual: Uma transformação profunda que permite aos crentes
viverem de acordo com os valores e a vontade de DEUS.
2. Nova criação: Os crentes se tornam novas criaturas em CRISTO, com uma
natureza renovada.
3. Capacidade de amar: O coração novo permite amar a DEUS e ao próximo de
maneira mais profunda e autêntica.
4. Obediência: O coração novo está disposto a seguir os mandamentos e a vontade
de DEUS.
Essa promessa é um convite para todos que desejam experimentar uma
transformação espiritual profunda e viver em harmonia com DEUS.
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Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua
aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado;
porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos
olhos, porém o Senhor olha para o coração.
Este versículo está em 1 Samuel 16:7.
Este é um dos versículos mais conhecidos da Bíblia e destaca a diferença entre
como DEUS e os seres humanos avaliam as pessoas.
Ao escolher um novo rei para Israel, Samuel estava procurando alguém com
aparência física impressionante, mas DEUS o corrigiu, enfatizando que:
- A aparência exterior não é o que importa.
- O coração é o que verdadeiramente importa.
Aqui estão algumas lições importantes deste versículo:
1. DEUS não julga pelas aparências.
2. O coração é o refletor da verdadeira natureza de uma pessoa.
3. A avaliação humana pode ser enganosa.
4. DEUS busca a pureza e a integridade do coração.
Este versículo também nos lembra de que:
- O que importa não é o que os outros pensam de nós.
- O que importa é o que DEUS pensa de nós.
Outros versículos relacionados:
- "O Senhor examina os corações" (Jeremias 17:10).
- "Crie em mim, ó DEUS, um coração puro" (Salmos 51:10).
- "O coração que busca a DEUS será recompensado" (Hebreus 11:6).
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O homem interior
O homem interior na tradução da versão KJV em inglês, de ko eso anthropos
em Romanos
7.22; Efésios
3.16; 2
Coríntios 4.16 (na última referência apenas ko eso aparece, com
anthropos devendo, claramente, ser entendido a partir do contexto imediato). É
uma expressão paulina que se refere à natureza racional, moral e espiritual do
homem, que é a esfera total na qual o ESPÍRITO SANTO efetua a sua obra
convincente, renovadora e santificadora. Em resumo, é o sinônimo da alma do
homem. Desse modo, não é o “novo homem”, isto é, a nova capacidade de servir a
DEUS e à justiça, que DEUS misericordiosamente dá ao pecador na regeneração.
Em Romanos
7.22, Paulo está descrevendo a sua atitude em relação à lei divina
como um fariseu hipócrita, aquele que se gloria em sua própria justiça. (Para a
defesa da opinião e que Romanos
7.14-25 descreve Paulo ainda como um fariseu legalista. Como um
fariseu treinado, e possuindo um elevado respeito pela lei de DEUS, Paulo
poderia dizer que antes mesmo de sua conversão ele concordava e tinha prazer na
lei de DEUS. Mas não sendo regenerado na época de sua vida descrita em Romanos
7, Paulo teve que admitir que naquela época não possuía nenhuma
iluminação do ESPÍRITO SANTO, por meio da qual pudesse obedecer à lei conforme
seu sentido correto. Sendo este o caso, Paulo poderia, entretanto, declarar que
como um homem religioso altamente treinado, ele respeitava a lei divina em seu
“homem interior”.
De acordo com esta interpretação, todos os crentes têm duas capacidades dentro
de seu ser: servir ao pecado e deleitar-se na lei de DEUS. Estas duas
capacidades permanecem com o cristão durante toda a vida na terra, com a
constante possibilidade de conflito. Por sua liberdade de escolha, o crente
ativa a velha ou a nova capacidade. Isso é Livre arbítrio.
Em 2
Coríntios 4.16, Paulo está simplesmente expressando sua confiança de
que, embora seu corpo físico se desgastasse por causa do estresse e do esforço
de seu trabalho, seu "homem interior״, isto é, a sua alma e seu espírito seriam
renovados diariamente pelo ESPÍRITO SANTO.
Em Efésios
3.16, Paulo orou para que os crentes efésios pudessem experimentar
um novo avivamento do ESPÍRITO SANTO no “homem interior”. Aqui ele estava
meramente expressando seu desejo e a sua súplica de que eles crescessem
espiritualmente. R. L. R. - Dicionário Bíblico Wycliffe
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Na perspectiva bíblica, o coração é considerado o centro da vida espiritual,
emocional e intelectual do ser humano. Aqui estão algumas aspectos
importantes sobre o coração na Bíblia:
1. Centro da vida espiritual: O coração é considerado o local onde ocorre a
conexão com DEUS (Efésios 3:16-19).
2. Sede das emoções: O coração é associado às emoções, como amor, alegria,
tristeza e medo (João 14:1-3).
3. Fonte das decisões: O coração é onde são tomadas as decisões, boas ou más
(Provérbios 4:23).
4. Necessidade de renovação: A Bíblia enfatiza a necessidade de renovação do
coração para seguir DEUS (Romanos 12:2).
5. Promessa de um coração novo: DEUS promete dar um coração novo e renovado aos
que se arrependem e buscam sua graça (Ezequiel 36:26-27).
Algumas versículos bíblicos importantes sobre o coração:
- "Porque do coração procedem os pensamentos malignos" (Mateus
15:19).
- "O coração do homem é enganoso" (Jeremias 17:9).
- "Crie em mim, ó DEUS, um coração puro" (Salmos 51:10).
- "O coração que busca a DEUS será
recompensado" (Hebreus 11:6).
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O coração de quem está em DEUS, segundo a Bíblia, é caracterizado por:
1. Amor: Amor por DEUS e pelo próximo (1 Coríntios 13:1-3).
2. Humildade: Reconhecimento da própria limitação e dependência de DEUS
(Provérbios 22:4).
3. Pureza: Desejo de viver uma vida santa e justa (Mateus 5:8).
4. Obediência: Disposição para seguir os mandamentos de DEUS (João 14:15).
5. Gratidão: Reconhecimento da graça e bênçãos de DEUS (Salmos 100:4-5).
6. Misericórdia: Compaixão e bondade para com os outros (Mateus 5:7).
7. Paz: Tranquilidade interior, mesmo em meio às dificuldades (Filipenses 4:7).
8. Alegria: Felicidade que vem de viver em harmonia com DEUS (Salmos 16:11).
9. Esperança: Confiança na promessa de salvação e vida eterna (Romanos 5:1-5).
10. Sabedoria: Discernimento para tomar decisões certas (Provérbios 10:23).
Versículos bíblicos inspiradores:
- "O coração que busca a DEUS será recompensado" (Hebreus 11:6).
- "Crie em mim, ó DEUS, um coração puro" (Salmos 51:10).
- "O Senhor está perto dos que têm coração quebrantado" (Salmos
34:18).
- "O coração do homem é enganoso, mas DEUS examina os corações"
(Jeremias 17:9-10).
Lembre-se de que o coração de quem está em DEUS é um coração em constante
transformação e crescimento espiritual.
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Aqui estão algumas promessas de DEUS para o coração:
1. Um coração novo: "Dar-te-ei um coração novo e colocarei dentro de ti um
espírito novo" (Ezequiel 36:26).
2. Renovação: "Transformai-vos pela renovação da vossa mente"
(Romanos 12:2).
3. Paz: "A paz de DEUS, que excede todo o entendimento, guardará os vossos
corações" (Filipenses 4:7).
4. Consolo: "DEUS é o DEUS de toda consolação" (2 Coríntios 1:3).
5. Fortalecimento: "O Senhor fortalecerá o vosso coração" (1
Tessalonicenses 3:13).
6. Guiamento: "O coração do homem planeja seu caminho, mas o Senhor dirige
seus passos" (Provérbios 16:9).
7. Proteção: "O Senhor é o refúgio do meu coração" (Salmos 91:2).
8. Pureza: "Crie em mim, ó DEUS, um coração puro" (Salmos 51:10).
9. Esperança: "A esperança não decepciona, porque o amor de DEUS foi
derramado em nossos corações" (Romanos 5:5).
10. Vida eterna: "A vida eterna está nos corações dos que amam ao
Senhor" (João 17:3).
Lembre-se de que essas promessas são para aqueles que buscam e seguem DEUS.
Versículos bíblicos adicionais:
- "O Senhor está perto dos que têm coração quebrantado" (Salmos
34:18).
- "O coração que busca a DEUS será recompensado" (Hebreus 11:6).
- "Eu vos darei um coração que conheça que eu sou o Senhor" (Jeremias
24:7).
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Lição 7, A Necessidade do Novo Nascimento
3º Trimestre de 2017 - Título: A Razão da Nossa Fé: Assim Cremos, assim
Vivemos
Comentarista: Pr. Pres. Esequias Soares, Assembleia de DEUS, Jundiaí, SP
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454
FIGURAS ILUSTRATIVAS USADAS NOS VÍDEOS - https://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/08/figuras-da-licao-7-necessidade-do-novo.html
LEITURA DIÁRIA (comentários BEP - CPAD)
Segunda - Jo 3.3-8 O novo nascimento é nascer do ESPÍRITO
3.3 NASCER DE NOVO. Água - Palavra de DEUS. ESPÍRITO – Ação do ESPÍRITO SANTO.
3.5 NASCER DA ÁGUA. JESUS certamente se referia à obra purificadora do ESPÍRITO
SANTO no novo nascimento. Em Tt
3.5, Paulo fala da "lavagem da regeneração e da renovação do
ESPÍRITO SANTO".
3.8 O VENTO... DO ESPÍRITO. Assim como o vento, embora invisível, é
identificado por sua atividade e pelo seu sonido, assim também o ESPÍRITO SANTO
é observado pela sua atividade sobre os nascidos de novo e pelo seu efeito
sobre eles.
Terça - 2 Co 5.17 A fé salvífica faz do pecador uma nova criatura em CRISTO
JESUS
.17 NOVA CRIATURA É. Mediante a palavra criativa de DEUS (4.6), os que aceitam
JESUS CRISTO pela fé, são feitos novas criaturas, pertencendo totalmente a DEUS
e constituindo o seu povo, onde impera o ESPÍRITO SANTO (Rm
8.14; Gl
5.25; Ef
2.10). O crente é uma nova criatura (Gl
6.15; Ef
2.10; 4.24; Cl
3.10), renovada segundo a imagem de DEUS (2Co
4.16; 1
Co 15.49; Ef
4.24; Cl
3.10), que compartilha da sua glória (3.18), que experimenta a
renovação do conhecimento (Cl
3.10) e do entendimento (Rm
12.2), e que vive em santidade (Ef
4.24).
Quarta - At 10.43 O perdão dos pecados está disponível a todos
Depois de terminar seu relato da base histórica para a mensagem do evangelho -
a morte e a ressurreição de CRISTO -, Pedro anunciou-lhes as boas-novas:
"Todo aquele que nele crê recebe a remissão de pecados" (At
10:43; ver 2:21). Os ouvintes tomaram para si a expressão
"todo aquele"; aplicaram-na à própria vida, creram em JESUS CRISTO
e foram salvos.
Justificação (vv. 44-48). Pedro estava apenas começando sua mensagem
quando a congregação creu, e o ESPÍRITO SANTO interrompeu a reunião (At
11:15). Aqui, DEUS ESPÍRITO também o interrompe, e Pedro não
chega a terminar seu sermão! Como seria bom se os pregadores de hoje
sofressem interrupções desse tipo!
O ESPÍRITO SANTO dava testemunho aos seis judeus presentes de que esses
gentios haviam, verdadeiramente, nascido de novo.
Quinta - Tt 3.5 O novo nascimento significa regeneração
3.5 A LAVAGEM DA REGENERAÇÃO. Isto se refere ao novo nascimento do
crente, ÁGUA – PALAVRA + ESPÍRITO SANTO
Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível,
pela palavra de DEUS, viva, e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
(grifo nosso)
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do
ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5 (grifo nosso)
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Efésios 5:26 (grifo nosso)
Visto como na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria,
aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação. 1 Coríntios
1:21 (grifo nosso)
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1.13 ouviu + creu = salvo. A
"renovação do ESPÍRITO SANTO" refere-se à outorga constante da vida
divina aos crentes à medida que se submetem a DEUS (cf. Rm
12.2).
Sexta - 2 Co 5.18,19 Fomos reconciliados com DEUS pela morte de JESUS
5.18 NOS RECONCILIOU CONSIGO MESMO. A reconciliação (gr. katallage) é um dos
aspectos da obra de CRISTO como redenção. Refere-se à restauração do pecador à
comunhão com DEUS. (1) O pecado e a rebelião da raça humana trouxeram como
resultado, hostilidade contra DEUS e alienação dEle (Ef
2.3; Cl
1.21). Essa rebelião provoca a ira de DEUS e seu julgamento (Rm
1.18,24-32; 1
Co 15.25,26; Ef
5.6). (2) Mediante a morte expiatória de CRISTO, DEUS removeu a
barreira do pecado e abriu um caminho para a volta do pecador a DEUS (v.19; Rm
3.25; 5.10; Ef
2.15,16).
(3) A reconciliação entra em vigor mediante o arrependimento e a fé pessoal em
CRISTO, do pecador (Mt
3.2; Rm
3.22). (4) A igreja recebeu de DEUS o ministério da reconciliação
(v. 18), para conclamar todas as pessoas a se reconciliarem com Ele (v. 20;
ver Rm
3.25).
Sábado - Jo 1.12 Fomos adotados como filhos de DEUS pela fé em JESUS
1.12 RECEBERAM... CRÊEM. Este versículo retrata claramente como a fé salvífica
é tanto um ato instantâneo (Ef 1.13 – ouvimos e cremos) como uma atitude da
vida inteira. (1) Para alguém se tornar filho de DEUS, deve "receber"
(gr. elabon, de lambano) a CRISTO. O tempo pretérito do aoristo aqui denota um
ato definido de fé. (2) Após este ato de fé, de receber a CRISTO como Salvador,
deve haver da parte do pecador uma ação contínua de crer. O verbo
"crer" (gr. pisteuosin, de pisteuo) é um particípio presente ativo,
indicando a necessidade da perseverança no crer. A fé genuína precisa continuar
após o ato inicial da pessoa aceitar a CRISTO para que ela seja salva.
"Aquele que perseverar até ao fim será salvo" (Mt
10.22; 24.12,13; Cl
1.21-23; Hb
3.6, 12-15).
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 3.1-12
1 - E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 - Este foi ter de noite com JESUS e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
DEUS não for com ele. 3 - JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade
te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS. 4 -
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode
tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? 5 - JESUS respondeu: Na verdade,
na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO não pode
entrar no Reino de DEUS. 6 - O que é nascido da carne é carne, e o que é
nascido do ESPÍRITO é espírito. 7 - Não te maravilhes de te ter dito:
Necessário vos é nascer de novo. 8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua
voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é
nascido do ESPÍRITO. 9 - Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
10 - JESUS respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso? 11 -
Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o
que vimos, e não aceitais o nosso testemunho. 12 - Se vos falei de coisas
terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
Alguém que diz ter se convertido e continua no pecado, por exemplo, bebendo
bebida alcóolica ou fumando, é porque não nasceu de novo, continua em seus
pecados.
PONTO CENTRAL - Cremos na necessidade do novo nascimento.
Resumo da Lição 7, A Necessidade do Novo Nascimento
I - UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO
1. Quem era Nicodemos?
2. Os fariseus.
3. Os sinais efetuados por JESUS.
II - O NOVO NASCIMENTO
1. É necessário nascer de novo (v.7).
2. Regeneração.
3. A perplexidade de Nicodemos.
III - UMA NECESSIDADE
1. O estado humano.
2. Saulo de Tarso.
3. O centurião Cornélio.
SUBSÍDIO DIDÁTICO Top 1
Principais características de grupo religioso.
"Fariseus
Era um dos principais grupos de liderança religiosa em Israel no período de
JESUS. Os fariseus eram mais interessados na religião, ao passo que os saduceus
se interessavam mais pela política.
(Extraído e adaptado de Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal, CPAD,
2015, p. 1288.)
CONHEÇA MAIS Top 1
*Conversão
"[Do hb. sub, voltar atrás e mudar de rota; do gr. metanoeo, voltar; e, do
lat. conversionem, transformação] Mudança que DEUS opera na vida do que aceita
CRISTO como o seu Salvador pessoal, mundificando-lhe radicalmente a maneira de
ser, pensar e agir. A conversão é o lado objetivo e externo do novo nascimento.
Por intermédio dela, o pecador arrependido mostra ao mundo a obra que CRISTO
operou em seu interior: a regeneração. Em suma: o novo nascimento tem dois
lados: um subjetivo e outro objetivo." Para conhecer mais, leia Dicionário
Teológico, CPAD, p.115.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO Top 2
"O novo nascimento no Evangelho de João – morrer para a descendência de
Adão (semente do pecado), nascer para a descendência de DEUS (nascer da Palavra
de DEUS – esta é semente).
Encontramos a única menção explícita ao novo nascimento na conversa de JESUS
com Nicodemos (3.1-21). JESUS fala a Nicodemos: 'Na verdade, na verdade te digo
que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS' (v. 3). A
réplica de Nicodemos: 'Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode
tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?' (v. 4), indica que ele entendeu
o comentário de JESUS na esfera humana, física. A interpretação errônea de
Nicodemos fornece a JESUS a oportunidade de esclarecer o que queria dizer. Ele
fala da necessidade de um novo nascimento espiritual, não de um segundo
nascimento físico (vv. 6-8). A interpretação errônea e o esclarecimento
resultante dela são refletidos em um jogo de palavras no versículo 3 (repetidas
no v. 7). A palavra grega aõthen, traduzida por 'novo', na NVI, pode querer
dizer 'de novo' ou 'de cima'. Contudo, o fato de Nicodemos entendê-la com o
sentido de 'de novo' leva-o a concluir que JESUS fala de um segundo nascimento
físico, mas a resposta de JESUS, registrada nos versículos 6-8, mostra que Ele
se refere à necessidade de um nascimento espiritual, um nascimento 'de cima'.
Esse novo nascimento não é resultado de nenhum ato humano, só a fé ao ouvir a
pregação do evangelho(cf. v.6), a seguir vem a obra do ESPÍRITO SANTO (v. 8). É
necessária a atividade sobrenatural do ESPÍRITO de DEUS para realizar esse novo
nascimento espiritual no indivíduo. Ele não consiste apenas em percepção ou
compreensão mais excelente, mas na completa transformação do indivíduo (cf. 2
Co 5.17)" (ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro,
CPAD, 2008, pp. 245-6). Com acréscimos do Pr. Henrique.
As pessoas precisam de uma experiência nova com CRISTO.
SUBSÍDIO DIDÁTICO Top 3
Professor, copie o esquema abaixo no quadro. Utilize-o para explicar aos alunos
o fato de que Paulo era um homem extremamente religioso, conhecedor da Lei,
porém sedento espiritualmente. A religiosidade não implica em relacionamento
com DEUS. Todavia, Paulo teve um encontro com CRISTO, confessou seus pecados,
entregou-se inteiramente a JESUS e passou a ter uma nova vida, que implica num
relacionamento íntimo e pessoal com JESUS. Mais tarde Paulo aprendeu o que é
padecer pelo Senhor. Por intermédio desse "vaso escolhido" a igreja
tornou-se basicamente gentia.
PARA REFLETIR - A respeito da necessidade do novo nascimento,
responda:
Por que o diálogo de Nicodemos com JESUS ainda impressiona as pessoas até
hoje? Esse diálogo impressiona as pessoas ainda hoje, pois nele está o
que consideramos ser o texto áureo da Bíblia (Jo 3.16).
O que atraiu Nicodemos a JESUS? Os milagres que JESUS havia
realizado.
O que significa nascer de novo, da água e do ESPÍRITO? Nascer de
novo é nascer da água e do ESPÍRITO, e isso significa regeneração. É o início
de uma nova vida, quando o pecador se torna nova criatura (2 Co 5.17) criada em
CRISTO JESUS (Ef 2.10). Trata-se de uma experiência profunda com JESUS, e não
de mera mudança de religião. A pessoa ouve a pregação do evangelho e crê. Está
salva. (Ef 1.13; Rm 10.9).
Qual a vontade de DEUS em relação às suas criaturas? Que creiam em
JESUS CRISTO para perdão dos pecados e experimentem o novo nascimento.
Como o apóstolo Paulo passou a se ver depois de sua experiência com
CRISTO? Depois de sua experiência com JESUS, ele se considerou o principal
entre os pecadores (1 Tm 1.15) e descreveu o seu estado de miséria diante de
DEUS igualando-se aos demais pecadores (Tt 3.3).
O que atraiu Nicodemos a JESUS? Os milagres que JESUS havia
realizado.
O que significa nascer de novo, da água e do ESPÍRITO? Nascer de
novo é nascer da água e do ESPÍRITO, e isso significa regeneração. É o início
de uma nova vida, quando o pecador se torna nova criatura (2 Co 5.17) criada em
CRISTO JESUS (Ef 2.10). Trata-se de uma experiência profunda com JESUS, e não
de mera mudança de religião. A pessoa ouve a pregação do evangelho e crê. Está
salva. (Ef 1.13; Rm 10.9).
Qual a vontade de DEUS em relação às suas criaturas? Que creiam em
JESUS CRISTO para perdão dos pecados e experimentem o novo nascimento.
Como o apóstolo Paulo passou a se ver depois de sua experiência com
CRISTO? Depois de sua experiência com JESUS, ele se considerou o
principal entre os pecadores (1 Tm 1.15) e descreveu o seu estado de miséria
diante de DEUS igualando-se aos demais pecadores (Tt 3.3).
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão -
CPAD, nº 71, p39.
SUGESTÃO DE LEITURA - Vincent Vol.I, Hermenêutica Fácil e
Descomplicada e Teologia Sistemática Pentecostal
Resumo Rápido do Pr. Henrique da Lição 7, A Necessidade do Novo Nascimento
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
NASCER DA ÁGUA E DO ESPÍRITO - ÁGUA - PALAVRA DE DEUS PREGADA – FÉ -
CONVENCIMENTO E REVELAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível,
pela palavra de DEUS, viva, e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
(grifo nosso)
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do
ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5 (grifo nosso)
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Efésios 5:26 (grifo nosso)
Visto como na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria,
aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação. 1
Coríntios 1:21 (grifo nosso)
Nicodemos padrão de vida exemplar, era religioso, mas isso não fazia dele um
salvo. Precisava de JESUS. Era-lhe necessário nascer de novo.
Cornélio tinha prática de uma religiosidade sincera, era religioso, mas isso
não fazia dele um salvo. Precisava de JESUS. Era-lhe necessário nascer de novo.
Paulo tinha padrão de vida exemplar, era religioso, mas isso não fazia dele um
salvo. Precisava de JESUS. Era-lhe necessário nascer de novo.
Nesta lição veremos a necessidade e o que é nascer de novo.
I - UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO
1. Quem era Nicodemos?
Muito pouco se sabe a respeito dele. Seu nome é grego e significa
"vencedor do povo". Era fariseu, um príncipe do povo (Jo 3.1) e
membro do sinédrio (Jo 7.50). Nicodemos viu em JESUS algo que não existe em
nenhum dos seres humanos, mas ainda assim parece que não queria ser visto pelo
povo conversando com o Mestre. Talvez isso justifique o fato de ter ido à noite
se encontrar com o Senhor (v.2). Nicodemos nunca mais foi o mesmo depois desse
encontro com JESUS (Jo 7.51; 19.39). Esse diálogo impressiona as pessoas ainda
hoje, pois nele está o que consideramos ser o texto áureo da Bíblia (Jo 3.16).
Quem era Nicodemos?
Um fariseu, líder dos judeus (iarchon, “governador”, palavra usada muitas
vezes como título dos membros do Sinédrio, cf. João
7.50, “Nicodemos, que era um deles”) um mestre em Israel, e
provavelmente um homem abastado (Jo
3.1,10; 19.39).
Sua visita noturna a JESUS deu ocasião ao discurso sobre o nascimento
espiritual registrado em João
3.1-10.
Nicodemos só é mencionado (no NT) no Evangelho de João.
(1) Ele procurou JESUS durante a noite, e o Senhor lhe ensinou a doutrina do
novo nascimento (Jo
3.1-10) ;
(2) Ele defendeu JESUS perante os principais sacerdotes e os fariseus - o
Sinédrio (Jo
7.46-52);
(3) Ele ajudou José de Arimatéia na preparação do corpo de JESUS para o
sepultamento (Jo
19.38-42).
Nada se sabe com certeza sobre sua família ou antecedentes. Têm havido
tentativas para identificá-lo com o Nicodemos ben Gorion mencionado no Talmude.
Depois de sua participação no sepultamento de JESUS, Nicodemos desapareceu da
narrativa do NT. Porém, em um relato apócrifo da paixão e ressurreição de
CRISTO, várias vezes intitulado Evangelho de Nicodemos e Atos de Pilatos, são
feitas outras referências a ele. Embora o NT não afirme que Nicodemos tenha,
posteriormente, se tornado um cristão, existe uma forte possibilidade deste
fato ter ocorrido.
A tradição cristã diz que ele foi batizado por Pedro e João, sofreu muitas
provações nas mãos de judeus hostis, foi privado de suas funções no Sinédrio e
expulso de Jerusalém por causa de sua fé em CRISTO.
Dicionário Whicliffe - CPAD - B. M. W.
2. Os fariseus.
Acredita-se que o termo fariseu deriva do verbo hebraico parask, isto é,
“dividir ou separar”. Portanto, os fariseus eram “o povo separado”. Porém,
tanto a origem desse grupo judeu como do nome que recebeu ainda são incertos. A
“separação” da qual o nome está falando poderia referir-se a uma separação
geral das impurezas ou do mundo, ou poderia estar ligada a alguma situação
histórica em particular. Por exemplo, os fariseus poderiam ter surgido como a
expressão de uma rígida abstenção dos costumes pagãos na época de Esdras e de
Neemias (ç.u.), ou da recusa de adotar costumes gregos mesmo sob a ameaça de
morte na época de Antíoco Epifânio (q.v.), ou da ruptura que aconteceu em 165
a.C,, após a reconquista do Templo, entre os macabeus (q.v) e os “piedosos” ou
Chasidim, que estavam dispostos a lutar pela liberdade religiosa, mas não pela
independência política. Todas essas possibilidades foram levantadas como
teorias, e todas podem ser consideradas como a personificação de alguns
aspectos do espírito farisaico; mas as evidências não são conclusivas para
nenhuma delas.
A primeira referência aos fariseus, como um grupo existente em Israel, foi
feita durante o reinado de João Hircano (135-104 a.C.). De acordo com Josefo,
nessa época eles exerciam grande influência junto às massas. Hircano foi um de
seus discípulos, mas por causa de desentendimentos ele separou-se e juntou-se
aos saduceus (Ant. xiii.10. 5. f.). Em uma observação repleta de presságios,
Josefo acrescenta: “Por causa disso, naturalmente, cresceu o ódio das massas
por ele e seus filhos” (ibid). Consta, também, que Hircano deixou de observar
certos “regulamentos” que os fariseus haviam estabelecido para o povo. Josefo
explica que “os fariseus haviam transmitido ao povo certos regulamentos
(nomima) herdados das gerações anteriores, mas que não haviam sido registrados
na lei de Moisés (ttonwi), por essa razão eles foram rejeitados pelo grupo
saduceu” (10. xiii.6).
Esse relato serve para realçar o principal fator que existe em qualquer
definição do farisaísmo - o conceito da tradição, de uma contínua expansão da
lei oral. Ele também indica que, na época de Hircano, o farisaísmo já era um
florescente movimento com grande influência sobre a população. Além disso, a referência
à transmissão de regulamentos que haviam sido herdados das gerações anteriores
sugere alguma continuidade com o passado. Portanto, aqueles que têm procurado
acompanhar os fariseus desde os Chasidim, que lutaram ao lado de Judas Macabeu,
até a nova dedicação do Templo (1 Mac
2.42ss.; 7.13ss.; 2 Mac
14.6) podem ter chegado muito próximo da verdade. Embora algumas de
suas características tenham raízes que se estendem até tempos remotos, o
farisaísmo que conhecemos a partir de fontes disponíveis parece ter se
originado como uma resposta judaica ao desafio da cultura grega no início do
segundo século a.C.
Em uma época bastante posterior, quando o farisaísmo já havia se tornado a
expressão normativa do judaísmo, os hiatos históricos foram preenchidos de
forma a fazer crer que a lei oral havia sido estabelecida pelo próprio Moisés,
via Josué, os anciãos, os profetas, os homens da Grande Sinagoga fundada por
Esdras, e também por homens como Simeão, o Justo, e Antígono de Socho (séculos
IV e III a.C.) até os “pares” (zugoth) de mestres investidos de autoridade (por
exemplo, Semaías e Abtalion, Hilel e Shammai) e o rabinos que vieram depois
deles (veja o tratado de Mishna, conhecido como PirkeAboth, capítulo 1), Vale a
pena notar que a origem dos “pares” coincide aproximadamente com o momento em
que os fariseus começaram a constar em nossas fontes. É muito provável que a
era dos macabeus tenha marcado o seu verdadeiro aparecimento, embora eles
afirmassem que seus ancestrais espirituais haviam sido homens como Esdras, que
haviam confirmado e explicado a Torá. Eles podem até ter possuído algumas
tradições orais que remontavam até o início da época posterior ao Exílio.
Depois da ruptura com a casa real hasmoneana, representada por João Hircano, o
destino político dos fariseus sofreu algumas flutuações. Eles tornaram-se os
líderes de uma contínua oposição popular ao seu sucessor, Alexandre Janeu
(10376־ a.C.),
de forma que em seu leito de morte, impressionado pela influência que exerciam
sobre as massas, Alexandre insistiu com sua esposa Salomé Alexandra (76-67
a.C.) que trabalhasse mais próxima deles (Josefo, Ant. xiii. 15.5.). Os
tradicionais regulamentos herdados “dos pais” foram restabelecidos, e os
fariseus tornaram-se o poder por detrás do trono, livres para vingar as
injustiças que acreditavam ter sido feitas contra eles por Alexandre (ibid.,
xiii. 16.1; cf. Wars i.5. 2. f.). Na luta pelo poder que se seguiu à morte de
Alexandra, parece que os fariseus tornaram-se um terceiro partido que não
apoiava nenhum de seus dois filhos; eles requisitaram aos romanos que abolissem
o reinado judaico (que os sacerdotes haviam usurpado depois da revolta dos
macabeus) e o retomo ao antigo tipo de regulamento sacerdotal (Ant. xiv. 3.2).
Essa expectativa não se realizou, mas os romanos realmente puseram um ponto
final a essa disputa entre facções quando Pompeu capturou o Templo, invadiu o
santuário, exilou um dos filhos de Alexandra e indicou o outro (Hircano II)
como sumo sacerdote e representante do rei. A independência política,
conquistada de maneira tão nobre no século anterior, foi novamente perdida
quando o povo judeu passou a sofrer o domínio romano em 63 a.C.
Depois da conquista de Pompeu, os fariseus, em sua maior parte, tomaram-se
politicamente conformados. Embora houvesse alguns zelotes destacando-se entre
eles, os fariseus formavam um grupo que procurava evitar conflitos com Roma, e
somente depois de muita relutância foram finalmente arrastados para a malograda
revolta do ano 70 d.C. Depois da destruição de Jerusalém, foram os fariseus que
se incumbiram de recolher os fragmentos da fé e da vida judaica e reconstruir o
judaísmo que conhecemos por meio dos escritos dos rabinos. A situação era
análoga àquela que havia prevalecido após o exílio na Babilônia; não havia uma
nação judaica e a unidade do povo expressava-se através da lei, da sinagoga e
das boas obras. A esperança escatológica não estava ligada à atividade
revolucionária, mas à intervenção divina, e isso em seu momento oportuno. Dessa
forma, desde o ano 70 d.C. o judaísmo tomou-se o rebento daquilo que
previamente havia sido apenas um grupo entre vários outros — os fariseus.
Se os Salmos de Salomão mostram o farisaísmo sob o seu melhor aspecto, o NT
mostra o que de pior havia nele. Na época de JESUS, parece que os fariseus
formavam um grupo de laicos (isto é, homens que não eram sacerdotes), em que
alguns de seus membros haviam sido especialmente treinados no estudo das
Escrituras. Havia os escribas, e foi contra estes e contra os fariseus que o
Senhor JESUS dirigiu algumas de suas mais severas denúncias. O Senhor não contestava
categoricamente aquilo que aqueles homens ensinavam na sinagoga: “Na cadeira de
Moisés, estão assentados os escribas e fariseus” (Mt
23.2ss.); seus ensinos deveriam ser seguidos. Mas eles eram
hipócritas porque não viviam de acordo com seus elevados padrões de justiça.
Colocavam sobre o povo um jugo que eles próprios não estavam dispostos a
suportar (Mt
23.4) e faziam uso da casuística para fugir ao espírito da lei,
enquanto exigiam que ela fosse cumprida à risca (Mt
23.16-22; cf. Mc
7.9-13). Os fariseus gloriavam-se em sua justiça própria e só faziam
boas obras para serem vistos pelos homens (cf. Mt
23.5-12; 6.1-6,16-18; Lc
18.9-14). João Batista havia chamado os fariseus de “raça de
víboras” que se apoiavam de forma complacente sobre a filiação deles à Abraão (Mt
3.7ss.). O Senhor JESUS confirmou esse veredicto (Mt
23.33) acrescentando que eram como “sepulcros caiados” (23.27) e
filhos, não dos “profetas e dos justos”, para quem haviam construído túmulos
bem elaborados, mas daqueles que haviam assassinado esses mesmos profetas e
homens justos, desde Abel até Zacarias (23.29-36). Eram “condutores cegos” de
outros cegos, que procuravam encontrar muitos prosélitos, mas na realidade
deixavam os homens fora do Reino dos céus (Mt
15.14; 23.13-15).
Esse pensamento do NT é bem conhecido, mas não devemos nos esquecer de que
naquela ocasião os fariseus eram vistos sob uma luz um pouco mais favorável
(por exemplo, Lc
7.36ss.; 13.3 lss.). Foram atribuídas a Gamaliel (.q.v.) algumas das
boas qualidades que Josefo encontrou nos fariseus - moderação, renúncia a
castigos severos, consciência da soberania divina e também da responsabilidade
humana (Atos
5.33-39; cf. Josefo, Ant. xiii. 5.9; 10.6; Wars ii.8.14). Paulo
tinha sido um fariseu antes de sua conversão e aparentemente considerava esse
grupo como a mais elevada expressão da “justiça que há na lei” (Fp
3.4-6; cf. Gl
1.14). Também não devemos nos esquecer de que mesmo sendo
denunciados por JESUS, os fariseus eram capazes de pesquisar e de fazer uma
rigorosa autocrítica. O Talmude descreve, de forma jocosa, sete classes de
fariseus. Entre eles existiam os “fariseus de ombro” que levavam as suas boas
obras em seus ombros, para que pudessem ser vistos pelos homens; os “fariseus
pilão”, cuja cabeça era curvada como o pilão em um almofariz como um sinal de
falsa humildade. Porém, existiam aqueles que verdadeiramente amavam a DEUS, e
que eram como Abraão (veja, por exemplo, Ber. 9,14b; Sot. 5,20c; Sot. 22b,
explicados de forma muito conveniente na obra de C. G. Montefiore e H. Loewe A
Rabbinic Anthology, p. 1385).
Uma definição do farisaísmo poderia começar insistindo que ele era legal, mas
não literal. Era uma religião que “construiu uma cerca em volta da lei” (Pirke
Aboth 1.1), selecionando os regulamentos legais do AT, muitos dos quais eram
dirigidos aos sacerdotes levitas e tornando-os relevantes e aplicáveis a cada
judeu. Isso foi feito através de seu sistema de interpretação oral da tradição.
Eles levaram a lei ao alcance de cada homem, de forma que em um sentido
diferente de Martinho Lutero, o farisaísmo representou o *sacerdócio do
crente”. Para o fariseu sincero, a lei não representava uma “letra morta”, como
havia sido explicada e interpretada pelos escribas, mas a sua própria vida.
Então, por que o Senhor JESUS denunciou o farisaísmo? Em parte por causa da
hipocrisia de alguns de seus representantes, que “diziam, mas não praticavam” (Mt
23.3), e em parte porque o farisaísmo, em sua honesta tentativa de
adaptar a eterna lei de DEUS às mutáveis condições humanas, havia comprometido
a justa e absoluta exigência divina (Mt
15.3). Ao aplicarem a si mesmos e a seus seguidores certos deveres
exteriores, eles haviam realmente dado uma forma mais fácil à justiça, um
objetivo que seria alcançável através de uma certa obediência, para que quando
esses atos fossem realizados os fariseus pudessem pensar que haviam feito tudo
o que deles era exigido. Contra essa atitude, JESUS disse que mesmo quando tais
exigências tivessem sido cumpridas, o servo de DEUS ainda não poderia
permanecer seguro. A exigência ética ainda estava presente; ele ainda seria um
“servo inútil” (Lc
17.10). Portanto, JESUS disse aos seus discípulos: “Se a vossa
justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no
Reino dos céus” (Mt
5.20). Dicionário Whicliffe - CPAD - J. R. M.
JESUS disse que nós temos que superar a prática dos fariseus. Porque vos digo
que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum
entrareis no reino dos céus. Mateus 5:20
Exemplo. Jejuavam dois dias por semana. Faziam 3 horas de oração ao dia (3
orações de 1 hora cada). Davam esmolas. Estudavam e ensinavam a palavra de DEUS
com afinco. Faziam discípulos. Davam seus dízimos e ofertas fielmente.
3. Os sinais efetuados por JESUS.
Nicodemos foi atraído a JESUS devido aos milagres por Ele realizados. "estando
ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que
fazia, creram no seu nome" (Jo 2.23).
"ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com
ele" (v.2).
Os sinais, prodígios e maravilhas confirmam e atestam a procedência de JESUS.
Homens israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, homem aprovado por
DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio
de vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos 2:22
Esta era a oração dos apóstolos: “Agora, pois, Senhor, olha para as suas
ameaças e concede a teus servos que falem com toda ousadia a tua Palavra,
enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo
nome to teu SANTO Filho JESUS.”
E porque oravam por sinais e prodígios? Porque queriam eles com tamanha
ansiedade, que DEUS demonstrasse sinais e prodígios? E porque queriam eles que
DEUS estendesse Sua mão para curar?
Porque os sinais e prodígios ajudaram a trazer as pessoas ao Senhor JESUS.
Ajudaram a trazer o povo à fé salvadora. “E a multidão dos que criam no Senhor,
assim homens como mulheres, crescia cada vez mais.”
Esse não é um exemplo isolado no livro de Atos. Era algo padrão. Contamos, pelo
menos 17 vezes no livro de Atos, onde um milagre realizado ajuda a levar à
conversão. Temos visto o milagre de Pentecostes que resultou em 3.000
conversões, e o milagre do homem aleijado em Atos 3:6, que levou à conversão de
2.000 pessoas (Atos 4:4). Atos 9:34 – 35 e 40, 42, são os exemplos mais claros.
Pedro cura a Enéias e Lucas diz, “E viram-no todos os que habitavam em Lida e
em Sarona, os quais se converteram ao Senhor.” Pedro ressuscita Tabita, e Lucas
diz, “E foi isto notório por toda Jope, e muitos creram no Senhor.”
Não existe dúvida de que a operação de milagres – sinais e prodígios – ajuda a
trazer as pessoas a CRISTO. Isto é o que Lucas deseja que vejamos e esta,
certamente, é a razão por quê o Cristãos oraram em Atos 4:30 pedindo para que
DEUS estendesse sua mão para curar e para operar sinais e prodígios. Isto ajuda
a trazer as pessoas a CRISTO.
“Nós podemos produzir um grande número de convertidos - graças a DEUS por isso
- e isto acontece regularmente nas igrejas evangélicas a cada Domingo. Mas a
necessidade de hoje é demasiado grande para isso. A necessidade de hoje é a de
uma autenticação de DEUS, do sobrenatural, do espiritual, do eterno, e isto
poderá ser sua resposta dada graciosamente, ouvindo nosso clamor e outra vez
derramando Seu ESPÍRITO sobre nós, e enchendo-nos da mesma maneira em que Ele continuamente
enchia a igreja em seus primeiros dias.” (Joy Unspeakable, p. 278, em inglês).
O que necessitamos é uma poderosa demonstração do poder de DEUS que obrigaria
as pessoas a prestarem atenção, e a olhar, e a ouvir… (Veja Atos 8 - Filipe).
Esta a razão porque eu insisto em que orem por sinais e prodígios. “Quando DEUS
age, Ele pode fazer em um minuto muito mais do que o homem, com sua
organização, pode fazer em 50 anos.” (Revival, pp. 121 -122, em inglês). Martyn
Lloyd-Jones.
II - O NOVO NASCIMENTO
1. É necessário nascer de novo (v.7).
João 3.1-12
1 - E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 - Este foi ter de noite com JESUS e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
DEUS não for com ele. 3 - JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade
te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS. 4 -
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode
tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? 5 - JESUS respondeu: Na verdade,
na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO não pode
entrar no Reino de DEUS. 6 - O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido
do ESPÍRITO é espírito. 7 - Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é
nascer de novo. 8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes
donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO. 9
- Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso? 10 - JESUS respondeu e
disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso? 11 - Na verdade, na verdade
te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não
aceitais o nosso testemunho. 12 - Se vos falei de coisas terrestres, e não
crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
NOVO - Strong Português - ανωθεν anothen
1) de cima, de um lugar mais alto
1a) de coisas que vem do céu ou de DEUS
2) do primeiro, do início
3) de novo, mais uma vez
Para viver na terra - nascimento físico - de baixo - Nascer para o mundo.
Para viver no céu - Nascimento espiritual - de cima - Nascer para o reino de
DEUS. Nascer de novo - “anothen”, “de cima” -
Renascer significa experimentar a obra criativa e que traz vida, que é
realizada pelo ESPÍRITO SANTO. Ele regenera (Jo
3.5) aqueles que estão mortos em transgressões e pecados para que
possam ser espiritualmente vivificados (Ef
2,1,5)
e transformados de filhos do Diabo (Jo 8.44; Ef 2,2,31 em filhos e filhas de
DEUS (Jo
1.12; Rm
8,16,17),
Ao nascer novamente, a pessoa se torna participante da natureza divina de
CRISTO (Gl
2.20; Ef
2.10; Cl
1.27; 1
Pe 1.23; 2
Pe 1.4).
São várias as interpretações da expressão “nascer da água e do ESPÍRITO’' (Jo
3.5). Tanto no Evangelho de João (veja 1.33; 7.37-39) como no AT
(veja Ez
36.25-27; Is
44.3) esses dois elementos aparecem reunidos. Nos dias de Nicodemos,
o ministério de João Batista, que enfatizava a purificação através do
arrependimento e da vinda do ESPÍRITO, fora bastante ilustrativo. A água era o
sinal; a obra de purificação pelo ESPÍRITO era o significado literal. Ambas são
importantes e, em conjunto, complementam o conceito de arrependimento e fé (Atos
20.21) que traz a salvação.
A necessidade do novo nascimento. DEUS preveniu Adão que no dia em
que se rebelasse contra Ele, pela desobediência aos seus mandamentos, morreria
(Gn
2.17). Ele morreu espiritualmente, quando comeu do fruto proibido (Rm
5.12 ); com a conseqüência de que, a despeito do quanto seus
descendentes pudessem vir a ser moralmente justos e obedientes às leis, cada
homem, em seu coração, seria totalmente pecador e depravado. O homem passaria a
ter uma natureza decaída e, por estar cego em relação ao pecado, seria incapaz
de se salvar (Jo
3.6; Sl
51.5; 1
Co 2.14; Rm
8.7,8)
e, por isso, precisaria ser purificado de seus pecados para que tivesse sua
salvação pessoal (Sl
51.7; Mt
26.28; Jo
13.8; Tt
3.5; Hb
1.3; 10.14).
CRISTO explicou a Nicodemos, membro da suprema corte dos judeus (o Sinédrio) e
um dos principais teólogos de sua época, que deveria necessariamente nascer de
novo (ou “de cima" como alguns traduziram o termo anothen em João
3.3-7). Pois “o que é nascido da came é carne* - através de nossos
pais experimentamos o nascimento físico e entramos no mundo como seres humanos,
e “o que é nascido do ESPÍRITO é espírito” - através do ESPÍRITO SANTO
recebemos um nascimento espiritual e nos tornamos filhos de DEUS.
Os testes do novo nascimento. Uma das razões pelas quais os homens às vezes
ignoram a doutrina do novo nascimento, é que não perceberam que esse fato está
evidenciado não só em João
3, mas também em 1 João. Em sua epístola, João aborda mais
profundamente o assunto do novo nascimento e revela os sinais ou provas pelos
quais um homem pode saber se realmente nasceu de novo
(1) Esse homem não vive em pecado (1
Jo 3.9; 5.18).
(2) Ele sente um verdadeiro amor cristão pelos semelhantes (4.7,20; cf.
3.14,15), particularmente pelos irmãos cristãos (5.1).
(3) Ama a DEUS e tenta, a todo custo, obedecer aos seus mandamentos (5.2,3).
(4) Vence o mundo, isto é, vive uma vida cristã vitoriosa (5.4,5).
Quando essas evidências estão ausentes, o homem não passa de um cristão
nominal, e portanto não foi salvo, ou é um cristão que está vivendo uma vida
frustrada e de derrotas. Veja Nova Criatura; Regeneração. Dicionário Whicliffe
- CPAD - R. A. K. e W. M. D.
2. Regeneração.
Mas quando apareceu a benignidade e caridade de DEUS, nosso Salvador, para com
os homens, 5Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO
SANTO, Que abundantemente ele derramou sobre nós por JESUS CRISTO nosso
Salvador; Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos
herdeiros segundo a esperança da vida eterna. Tito 3.5-7
A LAVAGEM DA REGENERAÇÃO. Isto se refere ao novo nascimento do
crente, ÁGUA – PALAVRA + ESPÍRITO SANTO
Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível,
pela palavra de DEUS, viva, e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
(grifo nosso)
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do
ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5 (grifo nosso)
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Efésios 5:26 (grifo nosso)
Visto como na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria,
aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação. 1
Coríntios 1:21 (grifo nosso)
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1.13 ouviu + creu = salvo. A
"renovação do ESPÍRITO SANTO" refere-se à outorga constante da vida
divina aos crentes à medida que se submetem a DEUS (cf. Rm 12.2)
3.6 ABUNDANTEMENTE ELE DERRAMOU SOBRE NÓS. A referência de Paulo neste
versículo à obra do ESPÍRITO SANTO relembra o seu derramamento no dia do
Pentecoste, e a partir daí (cf. At 2.33; 11.15), DEUS provê um suprimento
abundante e adequado da sua graça e poder, como resultado do novo nascimento e
da operação do ESPÍRITO SANTO em nós.
REGENERAÇÃO - Strong Português - παλιγγενεσια paliggenesia
1) novo nascimento, reprodução, renovação, recreação, regeneração
1a) por isso renovação, regeneração, produção de uma nova vida consagrada a
DEUS, mudança radical de mente para melhor. A palavra é frequentemente usado
para denotar a restauração de algo ao seu estado primitivo, sua renovação, como
a renovação ou restauração da vida depois da morte
REGENERAÇÃO - Dicionário Wicliffe - CPAD
Este assunto não é apresentado de forma muito proeminente no AT, embora possa
ser visto em passagens como Isaías
57.15 e Salmo
51.10. No entanto, pode ser inferido a partir das passagens que
falam de uma regeneração nacional. Passagens que falam da salvação de todo
Israel por ocasião da segunda vinda de CRISTO, indicam a regeneração dos
israelitas sobreviventes (Jr
24.7; 31.31ss.; 32.38ss.; Ez
11.19; 36.24-27; 37.14; Rm
11.26). Zacarias
12.10-14 ; 13.6 refere-se
ao arrependimento de indivíduos judeus.
No NT, o termo palingenesia é usado em relação à restauração escatológica (Mt
19.28) de todas as coisas. Em Tito, na única outra vez em que a
palavra é usada, ela se refere à salvação do indivíduo (Tt
3.5). Outras expressões do NT são usadas para a mesma verdade, mas
todas têm em comum a ideia de uma mudança dramática semelhante, e denominada
novo nascimento. O novo nascimento significa renascer ou nascer do alto (Jo
3.3; 1
Pe 1.23), ser nascido de DEUS (Jo
1.13), ser gerado por DEUS (1
Pe 1.3), ser vivificado (Ef
2.5; Cl
2.13). Esta renovação ocorre pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Jo
3.5; Tt
3.5) e faz do homem uma nova criatura (q.v.; 2
Co 5.17; Ef
2.5; 4.24).
A regeneração deve ser distinguida da justificação. A justificação muda o
relacionamento do crente com DEUS. A regeneração afeta sua natureza moral e
espiritual e a transforma. A justificação remove sua culpa; a regeneração, sua
atrofia espiritual, de forma que ele passa da morte espiritual para a vida
espiritual. A justificação traz o perdão dos pecados; a regeneração, a
renovação da vida espiritual para que o indivíduo possa atuar como um filho de
DEUS.
A regeneração também deve ser distinguida da santificação (q.v.). A
santificação, ou a vida de crescimento progressivo na graça, começa somente
após a regeneração e continua até que o crente vá estar com CRISTO. Contudo, a
santificação é citada em termos similares à regeneração. O cristão é exortado a
ser transformado pela renovação de sua mente (Rm
12.2), a revestir-se do novo homem (Ef
4.22-24; Cl
3.9,10),
e a considerar- se morto para o pecado, mas vivo para DEUS (Rm
6.3-11). Estas passagens mostram que o período de santificação do
crente começa com sua regeneração.
Os teólogos da Reforma fazem uma distinção adicional e colocam a regeneração
antes da fé, mostrando que o ESPÍRITO SANTO deve trazer nova vida antes que o
pecador possa, pela capacitação de DEUS, exercitar a fé e aceitar a JESUS
CRISTO. No entanto, isto não significa que a regeneração possa ocorrer sem que
a fé imediatamente a suceda, porque elas estão unidas (Ef
2.8). Uma não ocorre sem a outra.
As igrejas Católica Romana e Anglicana ensinam uma forma de regeneração
batismal, e algumas igrejas da Reforma até falam da regeneração ocorrendo
“antes, durante, ou depois do batismo". As Escrituras, porém, não ensinam
a regeneração batismal de modo algum. Embora Pedro fale do batismo salvando o
crente (1
Pe 3.21), ele diz que a regeneração é causada pela Palavra de DEUS (1
Pe 1.23), como faz Tiago (Tg
1.18). Parece claro que o que Pedro quer dizer é que o batismo no
ESPÍRITO salva, a aplicação real do sangue de CRISTO pelo ESPÍRITO SANTO aos
nossos pecados na regeneração. CRISTO coloca tal ênfase no ato de fé de
aceitá-lo como Salvador (Jo
3.16,36; 5.24),
que qualquer regeneração, sem um conhecimento racional dele e uma aceitação
pessoal não é sequer considerada. As objeções nas Escrituras para a circuncisão
e para a observação da lei como um meio de regeneração mostram que qualquer
ensino de uma eficácia de batismo ex opere operato também não tem lugar. A
Palavra de DEUS fornece o conteúdo daquilo em que uma pessoa deve crer para ser
salva, e o batismo significa e confessa o poder purificador do sangue de CRISTO
para remover os pecados; mas a fé salvadora, dada como um dom ao homem no
momento da regeneração, é a condição. R. A. K.- Dicionário Whicliffe – CPAD
ÁGUA – PALAVRA + ESPÍRITO SANTO
Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível,
pela palavra de DEUS, viva, e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
(grifo nosso)
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do
ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5 (grifo nosso)
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Efésios 5:26 (grifo nosso)
Visto como na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria,
aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação. 1
Coríntios 1:21 (grifo nosso)
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1.13 ouviu + creu = salvo
Uma Teoria Absurda do espiritismo (Seitas e Heresias).
Procurando dar sentido bíblico à absurda teoria da reencarnação, Allan Kardec
lança mão do capítulo 3 de João para dizer que JESUS ensinou sobre a
reencarnação. Os tradutores da obra de Allan Kardec, O Evangelho Segundo o
Espiritismo, usaram a versão bíblica do padre Antônio Pereira de Figueiredo
como texto base de sua tradução, grifando o versículo 3 do citado capítulo de
João: "Na verdade te digo que não pode ver o reino de DEUS senão aquele
que renascer de novo" (ênfase minha), quando o versículo
naquela versão é escrito da seguinte forma: "Na verdade, na verdade, te
digo, que não pode ver o reino de DEUS, senão aquele que nascer de novo"
(ênfase minha).
"Renascer" já significa nascer de novo, enquanto "renascer de
novo" constitui-se numa intolerável redundância, mas não sem propósito por
parte do espiritismo, que por tudo procura provar que a absurda teoria da
reencarnação tem fundamento na Bíblia.
3. A perplexidade de Nicodemos.
Muita gente pensa que DEUS está preocupado com religião. Mas essas pessoas
estão enganadas, pois a vontade de DEUS é a comunhão com as suas criaturas
inteligentes. O problema é que existe uma barreira que se chama pecado (Is
59.2). Foi de DEUS a iniciativa de comunicação com Adão logo após a
Queda (Gn
3.8-10). Quando DEUS mandou Moisés levantar o tabernáculo,
manifestou o desejo de habitar no meio do seu povo (Êx
25.8). Por fim, DEUS assumiu a forma humana,"e o Verbo se fez
carne e habitou entre nós" (Jo
1.14). O novo nascimento é a restauração da comunhão com DEUS, e não
significa seguir um conjunto de regras religiosas ou éticas. Isso estava muito
longe da forma de pensar de Nicodemos e de muitos religiosos ainda hoje.
Foi de DEUS a iniciativa de comunicação com Adão logo após a Queda.
III - UMA NECESSIDADE
1. O estado humano.
Estávamos mortos - distanciados de DEUS - separados de DEUS por causa de nossos
pecados - Por Adão o pecado incluiu a todos na morte espiritual - Todos pecaram
e estavam condenados a nunca experimentarem da glória de DEUS. Todos merecíamos
um salário - a morte - éramos filhos da ira.
E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Efésios 2:1
E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne,
vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, Colossenses
2:13
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com CRISTO
(pela graça sois salvos), Efésios 2:5
Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte,
assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.
Romanos 5:12
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS; Romanos 3:23
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de DEUS é a vida
eterna, por CRISTO JESUS nosso Senhor. Romanos 6:23
Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da
ira, como os outros também. Efésios 2:3
2. Saulo de Tarso.
PAULO - Segundo seu próprio testemunho - Um israelita circuncidado
da tribo de Benjamin, que falava a língua aramaica em sua casa, herdeiro da
tradição do farisaísmo, estrito observador das exigências da Torá, e mais
avançado no judaísmo do que seus contemporâneos, era o primeiro e o mais
proeminente entre os judeus (Fp
3.5,6; Gl
1.14). “Eu sou fariseu, filho de fariseu! No tocante à esperança e
ressurreição dos mortos sou julgado!” (Atos
23.6). Mesmo depois desta afirmação, ele declarou: “Sirvo ao DEUS de
nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na Lei e nos Profetas” (Atos
24.14).
Contudo, ele era um judeu da Dispersão, nascido em Tarso da Cilícia, um lugar
que não era insignificante (Atos
21.39), Quando criança viveu no meio da cultura grega, um lugar de
educação e comércio. “Era a cidade cujas instituições reuniam melhor e mais
completamente, o caráter oriental e ocidental” (Ramsay, Cities, p. 88).
Tal ambiente provavelmente acarretou alguns problemas para um judeu. Primeiro,
ele seria membro de uma minoria, e até certo ponto, um grupo desprezado.
Segundo, um judeu seria confrontado com o problema do relacionamento social com
os gentios. Ele aprendeu a entendê- los a ponto de poder dizer: “Fiz-me tudo
para todos” (1
Co 9.22).
Foi para Jerusalém e foi educado por Gamaliel (Atos
22.3). A tríade das palavras: (1) “nascido”, (2) “criado” e (3)
"instruído” (Atos
22.3) era uma ordem literária única (veja também Atos
7.20- 22i, indicando que enquanto o lugar de nascimento de Paulo foi
Tarso, sua criação, tanto em casa como na escola, foi em Jerusalém.
Paulo passou um período de
8 a 10 anos na Síria e Cilícia (veja Gl
1.21—2.1; cf. Atos
9.30) enquanto adulto, e assim tornou-se profundamente consciente da
cultura do mundo em que vivia. Estes foram anos de preparação para aquele
ministério em que ficou conhecido como o “apóstolo dos gentios”.
Paulo era um cidadão romano (Atos
16.37-39; 22.25-28),
e esta foi uma posse premiada, porque se estimava que um a dois terços da
população do império romano era da classe dos escravos e, portanto, sem
cidadania romana. Paulo reconheceu o valor de ambas as cidadanias, a de Tarso (Atos
21.39) e a romana (Atos 22.2528־). É interessante notar a diferença na
estimativa destas respectivas cidadanias aos olhos do capitão romano Cláudio
Lísias. A primeira apenas estabeleceu o fato de que Paulo não era um egípcio (Atos
21.38); a segunda lhe deu uma imunidade aos açoites.
Paulo aparentemente herdou sua cidadania romana de seu pai: “Eu na verdade
nasci (um cidadão)”. Alguns dos privilégios contidos nesta cidadania eram: (1)
a garantia do julgamento (perante César, se exigido, cf. Atos
25.11) nos casos de acusação; (2) imunidade legal dos açoites antes
da condenação. e (3) imunidade em relação à crucificação, a pior forma de pena
de morte, no caso de condenação.
Nestas epístolas, Paulo não só defendeu fortemente a manutenção da lei e da
ordem (o fundamento do governo romano), mas também se referiu frequentemente à
cidadania. Os crentes em CRISTO já não são “estrangeiros, nem forasteiros, mas
concidadãos dos santos” (Ef
2,19). Sua cidadania era do céu (Fp
3.20). A palavra aparece novamente em Filipenses
1,27, e poderia ser literalmente traduzida da seguinte forma:
“Cumpram suas obrigações como cidadãos” (Lightfoot). Tal ênfase era
particularmente significativa aos destinatários da carta aos filipenses, porque
a cidade era uma colônia romana (Atos
16.12); e eles, sem dúvida, lembravam-se de que Paulo havia ali
apelado para sua cidadania romana.
Conversão
Em sua carta aos Gálatas, Paulo referiu-se a seu modo de vida anterior no
judaísmo, e como “sobremaneira perseguia a Igreja de DEUS e a assolava” (Gl
1.13). Naquela hora ele acreditava que ao seguir aquele caminho,
estava servindo a DEUS e mantendo a pureza da lei. A passagem em Gaiatas 1.15
não mostra nenhuma indicação de ter havido um intervalo neste esforço de
agradar a DEUS durante a época da sua conversão. E em Filipenses
3.6 ele mostrava sua “perfeição quanto à justiça que há na
lei”.
Enquanto as narrativas em Atos, assim como as notas nas cartas, parecem indicar
sua “súbita” conversão, alguns argumentam que certas experiências devem tê-lo
preparado previamente. Seu consentimento na morte de Estevão (Atos
7.58-8.1), e o fervor da sua campanha de casa em casa contra aqueles
do Caminho (Atos
8.3; 9.1,2; 22.4; 26.10,11)
dificilmente não o afetariam; sua furiosa jornada em direção a Damasco
representou o clímax dos seus esforços.
De qualquer modo, há dois elementos na história que são claros: (1) Paulo
estava convencido de que tinha visto o Senhor ressurrecto; e, (2) Sua vida foi
radicalmente mudada daquele dia em diante. A base da sua afirmação para o
apostolado reside naquela experiência. Mais uma vez ele insiste nisso
(veja 1
Co 9.1; 15.8-15; Gal
1.15-17; cf. Atos
9.3-8; 22.6-11; 26.12-18).
Visto que ele não era um dos doze discípulos, e não tinha nem um chamado do
Senhor JESUS, e tinha perseguido seus seguidores, a necessidade da revelação
pessoal de CRISTO para Paulo parece visível.
A mudança foi primeiramente indicada pela resposta de Paulo à voz celestial:
“Senhor, que farei?” (Atos
22.10). Em Gálatas
2.20, ele mostra que tinha um novo relacionamento com CRISTO (2
Co 5.16,17).
Segundo, a mudança foi evidenciada pela mensagem que Paulo começou a pregai nas
sinagogas de Damasco (precisamente no lugar onde ele pretendia prender os
discípulos do Senhor JESUS, cf. Atos
9.1,2).
Ele [JESUS] “é o Filho de DEUS” (Atos
9.20), Agora, ele assumia a tarefa de provar “que aquele era o
CRISTO” (Atos
9.22). Pouco tempo antes, ele imaginava que “contra o nome de JESUS,
o Nazareno, devia... praticar muitos atos”, tentando forçar seus seguidores a
blasfemar (dizer “JESUS é anátema” cf. 1
Co 12.3), perseguindo-os como um animal selvagem (Atos
26.9-11).
Terceiro, houve uma mudança no sentido da sua missão. Ele estava convencido de
que havia sido chamado por DEUS “para que o pregasse [o filho de DEUS] entre os
gentios” (Gl
1.16). Na verdade, este era o meio pelo qual Israel seria finalmente
restaurada e abençoada por DEUS (Rm
11.25-27).
Finalmente, houve uma mudança no próprio Paulo. Isto foi mostrado de várias
formas. Por exemplo, veja uma mudança no seu senso de valores em Filipenses
3.7-14. Em 1
Coríntios 13, encontramos “um hino de amor” escrito por alguém que
tanto odiou. Também podemos observar Epístola a Filemom, escrita em tons de
ternura e sensibilidade, ao contrário do seu comportamento exigente e rigoroso
de outrora.
CRISTO apareceu a ele - assim como certamente apareceu a outros depois da
ressurreição (cf. 1
Co 15.5-8).
Principais Ensinos
O pensamento de Paulo era complexo. O problema da compreensão das suas idéias é
mais complicado pela falta de um desenvolvimento sistemático. Os judeus não
sabiam nada sobre a abordagem da teologia sistemática; o Mishna mostra, como
alguns reconhecem, a total falta de concordância sobre os temas, por grandes
estudiosos judeus de qualquer período.
A doutrina da justificação pela fé. Esta grande verdade foi experimentada pela
primeira vez pelo próprio Paulo (cf. Gl
2.16), formando o ponto central de sua mensagem missionária
(cf. Atos
13.33,39),
e tornou-se o fundamento em suas cartas para as igrejas. Ela é central
particularmente nas cartas aos Gálatas (3-4) e Romanos (3.21-5.21), e até mesmo
onde não foi repetidamente elaborada supõe-se que seja a base para a
experiência cristã (1
Co 6,11; 2
Co 5.16-21; Ef
2.8,9).
A justiça de DEUS é atribuída ao homem pela fé, e não como o resultado de suas
obras ou méritos (Rm
3.22; 10.4; Gl
2.16; 3.22; Fp
3.9).
Se um homem crê em DEUS, ele mudou de ideia (arrependimento) sobre várias
coisas.
Para Paulo, estar “em CRISTO” significava ser liberto da escravidão do pecado e
da lei. Um exemplo poderoso desta verdade encontra- se em Romanos 6-8. Uma
pessoa torna-se viva “para DEUS, em CRISTO JESUS” (6.11); ela recebe a “vida
eterna, por CRISTO JESUS, nosso Senhor” (6.23); não há mais condenação para
aqueles que estão “em CRISTO JESUS, nosso Senhor” (8.1); e nada pode nos
separar do amor de DEUS “que está em CRISTO JESUS” (8.39). Tudo isto contrasta
com estar “na carne” (8.8) e experimentar a escravidão do pecado “que habita”
em cada um de nós (7.17). O resultado da verdade é que CRISTO está em nós pelo
seu ESPÍRITO, para nos dar esta vitória (8.9-11).
O Senhor JESUS transmitia a ideia de que sua Parousia messiânica poderia
ocorrer em um futuro próximo, e a vivida esperança de seus ouvintes determinou
a conduta que demonstraram. Esta mesma expectativa foi evidenciada pelos
primeiros discípulos (cf. Atos
1.6-11; 3.19-21),
e também por Paulo.
*Da primeira até a última carta, o pensamento de Paulo está sempre
uniformemente dominado pela expectativa do retomo imediato do Senhor JESUS, do
julgamento e da glória messiânica" (A. Schweitzer, The Mysticism of St.
Paul, p. 52).
Porem, muitos ainda reagem contra os excessos deste ponto de vista. Não havia
apenas uma mudança da ênfase da esperança da parousia à felicidade presente,
como A. M. Hunter entende (Paul and kis Predecessor, ver ed. 1961), mas havia
também “uma mudança gradual desde a escatologia apocalíptica à não
apocalíptica”. É possível que a distinção entre a escatologia e aquilo que é
apocalíptico tenha um propósito aqui. Paulo, na verdade acreditava firmemente
na segunda vinda de CRISTO como é evidente em muitas passagens de suas cartas (1
Ts 4.13-5.11; 2 Ts
1-2; 1
Co 15; Rm
13.11,12).
Ele ainda percebeu o perigo com entusiasmo excessivo, uma atitude repressiva em
relação à parousia. A menos que se exercesse algum controle, como essas igrejas
poderiam ter sobrevivido em uma sociedade como a do Império Romano do primeiro
século? Na verdade, ele disse: “Acontecerá - mas não ainda”. Enquanto isso, os
crentes deveriam ocupar-se com dedicação e atenção às responsabilidades do dia
a dia. “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2
Ts 3.10); este é um forte lembrete da atenção que deve ser dada às
obrigações diárias. Paulo enxergava a salvação dos gentios como um fato
necessário e preliminar para a salvação final de Israel. De forma contrária à
crença escatológica judaica, na qual a ordem estava invertida (Israel, depois
os gentios), Paulo ensinou que os “ramos da oliveira” seriam primeiros
enxertados, e depois os “ramos naturais” seriam enxertados na sua própria
oliveira (Rm
11.13-27). Então, desse modo, todo Israel seria salvo.
Paulo esperava ansiosamente a segunda vinda como um resultado lógico da
ressurreição do Senhor JESUS CRISTO. Ele tornou-se “as primícias dos que
dormem” (1
Co 15.20) ao ser ressuscitado dentre os mortos por DEUS Pai; do
mesmo modo, aqueles que são de CRISTO serão vivificados na sua vinda (15.23).
Naquele dia, todos os inimigos serão destruídos, incluindo a morte, e o
propósito de DEUS de “tornar a congregar em CRISTO todas as coisas" (Ef
1.10) será cumprido. W. M. D.
DEUS NÃO TEM NETO - SÓ FILHO
Ninguém no mundo nasce cristão; todos os seres humanos nascem pecadores (Rm
3.23; 5.12).
A salvação é individual e pessoal. Por isso, até mesmo aquele que nasceu num
lar cristão, apesar do privilégio de ter sido criado num ambiente cristão e de
ter recebido uma valiosa herança espiritual dos pais, precisa receber a JESUS
como Salvador pessoal para se tornar filho de DEUS (Jo
1.12). Ninguém é salvo simplesmente por pertencer a uma religião ou
seguir a tradição de seus antepassados. Saulo de Tarso era muito religioso -
era pertencente do judaísmo (At
26.5; Gl
1.14; Fp
3.5). Depois de sua experiência com JESUS, ele se considerou o
principal entre os pecadores (1
Tm 1.15) e descreveu o seu estado de miséria diante de DEUS
igualando-se aos demais pecadores: "insensatos, desobedientes,
extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e
inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros" (Tt
3.3).
3. O centurião Cornélio.
Quem Foi O Centurião Cornélio?
Este homem representa dois aspectos importantes em particular: ele é o primeiro
gentio (que foi registrado) a se converter ao cristianismo; e a história de sua
conversão é contada duas vezes. Sem contar a tripla repetição da memorável
conversão de Saulo, esta é única em Atos. A conversão de Cornélio é relatada
em Atos
10. Pedro, quando censurado em Jerusalém por comer com gentios
incircuncisos, contou novamente- te o incidente como a sua melhor defesa (Atos
11.1-18). No famoso Concílio de Jerusalém (48 d.C.), ele fez alusão
a este significativo evento como prova da intenção de DEUS de salvar os gentios
pela graça, de forma independente da lei mosaica (Atos
15.7-11).
Cornélio é identificado como um centurião da corte italiana estabelecida em
Cesaréia (Atos
10.1). Visto que em 82 a.C. Públio Cornélio Sulla libertou 10.000
escravos, dando a eles o nome de família Cornélio, este era um nome comum no
império romano desta época, e também muito honrado.
O centurião é descrito como um homem “piedoso e temente a DEUS, com toda a sua
casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a DEUS” (Atos
10.2). Há uma disputa considerável sobre o que isso significa
exatamente. Seria ele um verdadeiro prosélito do judaísmo? A maioria dos
estudiosos concorda que não, e ele tem sido normalmente rotulado como um
“prosélito de portão”. Mas Kirsopp Lake afirma que não existia uma categoria
como esta. Os adoradores gentios nas sinagogas judaicas eram considerados
prosélitos apenas se fossem circuncidados e observassem todas as regras da lei
mosaica (“Prosélitos e Tementes a DEUS”, Beginnings of Chri&tianity, V,
74-96). Cornélio não era um prosélito, mas um homem temente a DEUS. A palavra
grega para “temente” significa “pio, piedoso”. Fica evidente que Cornélio havia
aceitado o monoteísmo, e adorava ao DEUS verdadeiro na sinagoga. E também fica
igualmente claro que, antes disso, ele não tinha ouvido o Evangelho Cristão de
forma explícita. Na visão que teve, ele foi instruído a buscar Pedro, que lhe
declararia como poderia ser salvo (Atos
11.12-14). Pedro pregou sobre a salvação através do nome de JESUS (Atos
10.43). Cornélio e seus companheiros aceitaram a mensagem de CRISTO
e o ESPÍRITO SANTO foi derramado sobre eles (Atos
10.44). - Dicionário Whicliffe - CPAD. E.
O texto termina mostrando que o centurião Cornélio e os demais gentios de
sua casa foram batizados em nome do Senhor JESUS, deixando claro que DEUS tem
apenas um único povo, e que o chamado de sua graça não está baseado em qualquer
distinção de nacionalidade. Ali era a internacionalização da Igreja, onde
judeus e gentios formam um único corpo.
Não existe salvação sem JESUS (Jo
14.6). Nicodemos e Paulo eram israelitas e professavam a religião
dos seus antepassados, Abraão, Isaque, Jacó, Samuel, Davi e outros patriarcas,
reis e profetas do Antigo Testamento. Mas Cornélio era romano e, mesmo assim,
talvez por influência da religião judaica, era "piedoso e temente a DEUS,
com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava
a DEUS" (At
10.2). Observe que essas atitudes de Cornélio tinham a aprovação
divina (At
10.4). Mas ninguém é salvo pelas obras (Gl
2.16). Por isso o apóstolo Pedro foi enviado para falar a Cornélio
sobre a salvação em CRISTO. A descrição bíblica da conduta de Cornélio se
repete ao longo da história humana nas mais diversas culturas e civilizações. A
conversão envolve fé, arrependimento e regeneração. A salvação é um dom de DEUS
mediante a fé em JESUS (Ef
2.8,9).
É nossa tarefa como cristãos e comunicadores do evangelho falar sobre a
necessidade do novo nascimento.
CONCLUSÃO
Nicodemos era um líder religioso bem-intencionado, porém, não reconheceu JESUS
como DEUS. Nicodemos era um fariseu muito religioso, mas não salvo, foi atraído
a JESUS pelos sinais efetuados por Ele.
O novo nascimento deve ser buscado porque é necessário para haver a
regeneração. Nicodemos ficou perplexo com o ensino de JESUS. O Novo Nascimento
é uma necessidade devido ao estado humano de morte espiritual. Saulo de tarso e
o centurião Cornélio eram religiosos como bom testemunho de sua religiosidade,
as precisavam de um encontro com JESUS para serem salvos.
Precisamos levar o evangelho a todas as pessoas, pois sempre encontraremos os
religioso como Nicodemos, Paulo e Cornélio que estão esperando para ouvir o
evangelho e se converterem ao Senhor JESUS.
Comentários de diversas Bíblias, Dicionários e comentários Bíblicos
A REGENERAÇÃO DO SER HUMANO NAS SAGRADAS ESCRITURAS
Para nascer é preciso morrer.
A ideia de que o batismo é o ato pelo qual os pecados são perdoados,
inadvertidamente seguida, ainda hoje, por grupos religiosos que se dizem
evangélicos, é uma sutil humanização da doutrina da regeneração.
A regeneração
Quando correspondemos ao chamado divino e ao convite do ESPÍRITO e da
Palavra, DEUS realiza atos soberanos que nos introduzem na família do seu
Reino: regenera os que estão mortos nos seus delitos e pecados; justifica os
que estão condenados diante de um DEUS santo; e adota os filhos do inimigo.
Embora estes atos ocorram simultaneamente naquele que crê, é possível
examiná-los separadamente.
A regeneração é a ação decisiva e instantânea do ESPÍRITO SANTO, mediante a
qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia)
traduzido por "regeneração" aparece apenas duas vezes no Novo
Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em
Tito 3.5 se refere a renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo
Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de
linguagem para descrever o que acontece. O Senhor "tirara da sua carne o
coração de pedra e lhes dará um coração de carne" (Ez 11.19). DEUS diz:
"Espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados... E vos darei um
coração novo e porei dentro de vós um espírito novo... E porei dentro de vos o
meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos" (Ez 36.25,27). DEUS
colocará a sua lei "no seu interior e a escreverá no seu coração" Jr
31.33). Ele "circuncidará o teu coração... para amares ao Senhor" (Dt
30.6).
O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a da
renovação (Tt 3.5), porém a mais comum é a e nascer gr. gennaõ, gerar ou dar à
luz) . JESUS disse: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS" (Jo 3.3). Pedro declara que
DEUS, em sua grande misericórdia) "nos gerou de novo para uma viva
esperança" (1 Pe 1.3). E uma obra que somente DEUS realiza. Nascer de novo
diz respeito a uma transformação radical. Mas ainda se faz mister um processo
de amadurecimento. A regeneração é o início do nosso crescimento no
conhecimento de DEUS, na nossa experiência de CRISTO e do ESPÍRITO e no nosso
caráter moral. (Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD).
ÁGUA – PALAVRA + ESPÍRITO SANTO
Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível,
pela palavra de DEUS, viva, e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
(grifo nosso)
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do
ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5 (grifo nosso)
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Efésios 5:26 (grifo nosso)
Visto como na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria,
aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação. 1
Coríntios 1:21 (grifo nosso)
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1.13 ouviu + creu = salvo
A REGENERAÇÃO
Apresentamos a seguir, |
(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm
12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por DEUS e o ESPÍRITO SANTO (3.6; Tt 3.5). Por
esta operação, a vida eterna da parte do próprio DEUS é outorgada ao crente
(3.16; 2Pe 1.4; 1Jo 5.11), e este se torna um filho de DEUS (1.12; Rm
8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma
com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo DEUS “em verdadeira justiça e
santidade” (Ef 4.24). |
(2) A regeneração é necessária porque, à parte de CRISTO, todo
ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a
DEUS e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1Co 2.14), embora
conheça o bem e o mal Gn 3.5, 22). |
|
(3) A regeneração tem lugar naquele que coloca a sua fé pessoal
em JESUS CRISTO como seu Senhor e Salvador (ver 1.12) e se arrepende dos seus
pecados, e volta-se para DEUS (Mt 3.2). |
|
(4) A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em
uma nova vida de obediência a JESUS CRISTO (2Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10).
Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver
8.36; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a
DEUS e de seguir a direção do ESPÍRITO (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão
(1Jo 2.29), ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1Jo
3.9; 5.18) e não ama o mundo ( 1Jo 2.15,16). |
|
(5) Quem é nascido de DEUS não pode fazer do pecado uma prática
habitual na sua vida (ver 1Jo 3.9). Não é possível permanecer nascido de novo
sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a DEUS e de evitar o
mal (1Jo 2.3-11, 15-17, 24-29; 3.6-24; 4.7,8,20; 5.1), mediante uma comunhão
profunda com CRISTO (ver 15.4) e a dependência do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2-14). |
|
(6) Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos
pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que
ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7). |
|
(7) Assim como uma pessoa nasce do ESPÍRITO ao receber a vida de
DEUS, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em
iniquidade. As Escrituras afirmam: “se viverdes segundo a carne,
morrereis” (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão “como
já antes vos disse” (v. 21). |
|
(8) O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento
físico, pois o relacionamento entre DEUS e o salvo é questão do espírito e
não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho
nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que DEUS quer
manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na
terra (ver Rm 8.13). Nosso relacionamento com DEUS é condicionado pela nossa
fé em CRISTO durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de
obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2Tm 2.12). |
1. O homem foi criado por DEUS em perfeição. Só o DEUS Altíssimo, Pessoal e Onipotente, a quem rendemos toda
honra e glória, seria capaz disso! |
O homem não surgiu do acaso, como ensinam os humanistas, |
O homem foi criado à imagem e semelhança de DEUS (Gn 1.26,27). |
|
DEUS é a causa primária de todas as coisas, inclusive o ser
humano. |
|
O homem que veio à existência em estado de perfeição espiritual,
moral, psíquica e física. |
|
O homem é um complexo aparelho psíquico consciente e perfeito,
capaz de pensar e agir por vontade própria, que o reveste de responsabilidade
moral por seus feitos e de característica singular, acima de todos os seres
da Criação (Gn 1.28-31). |
|
O homem foi criado num corpo completo, funcional e com uma
anatomia perfeita. |
|
DEUS, soprou-lhe o espírito (Gn 2.7) a fim de propiciar-lhe
comunhão |
2. O homem pecou e foi afetado pelo pecado. |
Satanás interagindo enganosamente com o livre-arbítrio do homem,
seduziu-o e por meio dele (o homem), introduziu o pecado e a morte no mundo
(Rm 5.12). |
Um dos principais significados do vocábulo pecado é errar o alvo. |
|
O propósito de DEUS para a raça humana foi desvirtuado pela
desobediência de nossos primeiros pais (Gn 2.15-17). |
|
O pecado passou a contaminar todo homem que vem ao mundo,
tornando-o presa fácil de Satanás. |
|
Mediante a disseminação de ideologias materialistas, o pecado,
afasta a humanidade cada vez mais de DEUS. |
3. O homem necessita da regeneração. "Mas DEUS, não tendo em conta os tempos da ignorância,
anuncia agora a todos os homens, e em todo lugar, que se arrependam" (AT
17.30). |
No próprio juízo de DEUS ao primeiro casal, extensivo a toda raça
humana, veio também implícita a promessa de sua redenção (Gn 3.15) |
Na época exata, o Filho Unigênito de DEUS tomou a forma de homem
para, através de sua obra vicária, redimir o ser humano de seus pecados e das
mãos de Satanás (vv. 24-26; Fp 2.5-11). |
|
A parte de DEUS está perfeitamente consumada, como claramente
expõe reiteradamente a Epístola aos Hebreus. |
|
Basta ao homem crer na providência divina e pela fé salvífica em
CRISTO, aceitá-la, ao invés de dar ouvidos ao pós-modernismo humanista, que o
leva cada vez mais para o abismo. |
|
CRISTO veio para restaurar todas as coisas, a partir do homem (Mt
19.28; At 3.21). |
|
Quando o pecador se arrepende de seus pecados e aceita a JESUS
como seu Salvador, ele experimenta a nova vida em CRISTO, gerada pelo poder
do ESPÍRITO SANTO, que nele passa a habitar após receber a salvação. |
CONCLUSÃO
Assim, enquanto o mundo continua em busca da nova humanidade através dos
caminhos do pós-modernismo humanista, negando a necessidade da regeneração
bíblica, nós, os cristãos redimidos pelo sangue de CRISTO, reafirmamos com
ousadia os fundamentos da sua doutrina, sem a qual o revestir-se do novo homem
jamais poderá ser alcançado.
A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS
Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do
ESPÍRITO SANTO e a nova vida do CRISTO ressurreto saturavam e permeavam os
discípulos. Regeneração: Ato que se dá na vida de quem aceita a CRISTO,
tornando-o partícipe da vida e da natureza divina. |
(1) Durante a última reunião de JESUS com seus discípulos, antes
da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o ESPÍRITO
SANTO, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós”
(14.17). JESUS agora cumpre aquela promessa. |
(2) Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22, infere-se que se
trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é
o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde
DEUS “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito
alma vivente”. É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes
mortos, para que vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo
indica que JESUS estava lhes outorgando o ESPÍRITO a fim de neles produzir
nova vida e nova criação. Isto é, assim como DEUS soprou para dentro do homem
físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7),
assim também, agora, JESUS soprou sobre os discípulos, e eles se tornaram
novas criaturas. Mediante sua ressurreição, JESUS tornou-se em “espírito
vivificante” (1Co 15.45). |
|
(3) O imperativo “Recebei o ESPÍRITO SANTO” estabelece o fato que
o ESPÍRITO, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos
discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo
imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de
recebimento. Este “recebimento” da vida pelo ESPÍRITO SANTO antecede a
outorga da autoridade de JESUS para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no
ESPÍRITO SANTO, poucos dias depois, no dia de Pentecoste (At 2.4). |
|
(4) Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes
em CRISTO, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto, não da
igreja. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova
aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios
do novo concerto baseado na morte e ressurreição de JESUS (ver Mt 26.28; Lc
22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17. Foi, também, nessa ocasião, e não
no Pentecoste, que a igreja nasceu, i.e., uma nova ordem espiritual, assim
como no princípio DEUS soprou sobre o homem até então inerte para de fato
torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7). Porém, a igreja que
prega o evangelho só nasceu no dia do Pentecostes, pois JESUS os proibiu de
pregar o evangelho enquanto não fossem batizados com o ESPÍRITO SANTO. Só a
partir do batismo com o ESPÍRITO SANTO é que começaram a ganhar almas. “E eis
que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de
Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”. Lucas 24:49 |
|
(5) Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do
ESPÍRITO SANTO entre o povo de DEUS: (a) os discípulos receberam o ESPÍRITO
SANTO (i.e., o ESPÍRITO SANTO passou a habitar neles e os regenerou) antes do
dia de Pentecoste; e (b) o derramamento do ESPÍRITO SANTO em At 2.4.
Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no ESPÍRITO no dia do
Pentecoste foi, portanto, uma segunda e distinta obra do ESPÍRITO neles. |
|
(6) Estas duas obras distintas do ESPÍRITO SANTO na vida dos
discípulos de JESUS são normativas para todo cristão. Isto é, todos os
autênticos crentes recebem o ESPÍRITO SANTO ao serem regenerados, e a seguir
precisam experimentar o batismo com o ESPÍRITO SANTO para receberem poder
para serem suas testemunhas (At 1.5,8; 2.4; ver 2.39). |
|
(7) Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a
outorga por JESUS do ESPÍRITO SANTO em 20.22 era tão somente uma profecia
simbólica da vinda do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste. O uso do aoristo
imperativo para “receber” (ver supra) denota o recebimento naquele momento e
naquele lugar. |
Perfil de Liderança – BIBLICA - DA LIDERANÇA CRISTÃ - John C.
Maxwell
JESUS - Filho de DEUS, líder de DEUS. (Jo
3.1-21)
Um fariseu chamado Nicodemos reconheceu que havia algo especial em JESUS, algo
que o punha à parte de todos os outros religiosos que ele já havia encontrado.
JESUS parecia ter uma autoridade exclusiva em cada coisa que dizia ou fazia.
Por essa razão, esse zeloso líder corretamente confessou a JESUS: "Ninguém
pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não estiver com ele" (Jo
3.2). Com essa afirmação, Nicodemos mostrou o quanto ele estava
perto de compreender a verdadeira identidade de JESUS CRISTO.
Em seu diálogo com Nicodemos, bem como em seu encontro com a mulher samaritana
junto ao poço, na série de milagres que JESUS realizou e em seus ensinamentos
que seguem (Jo 4—6), JESUS propôs a si mesmo, em palavras e feitos, como Aquele
que DEUS tinha enviado para ser o Salvador do mundo.
“Homens israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, homem
aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS
por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis”; Atos 2:22
Nicodemos reconheceu que JESUS tinha sido enviado por DEUS, mas, na verdade,
havia muito mais nele do que isso. JESUS não tinha apenas sido enviado por
DEUS; ele era também o próprio DEUS encarnado, o Filho de DEUS, ou seja, o DEUS
verdadeiro e vivo.
Visto que nenhum de nós pode reclamar a elevada herança de JESUS, também nenhum
de nós pode querer equiparar-se à liderança que ele teve enquanto esteve entre
nós em forma humana. Mas nós podemos olhar para ele como o modelo e exemplo de
liderança perfeita e suplicar ao ESPÍRITO SANTO (como ele o fez) para que nos
capacite em nossa liderança para o imitarmos em tudo (Sede meus imitadores,
como também eu de CRISTO. 1 Coríntios 11:1).
PALAVRA-CHAVE - Coração
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
O coração tem uma perspectiva bíblica muito singular. A palavra se refere à
realidade da vida interior de cada pessoa. Por isso que, ao longo da Bíblia,
nos deparamos com conselhos que nos incentivam a cuidar do coração, e guardá-lo
de todas as influências maléficas. O coração, segundo a Bíblia, é o centro da
vida. As promessas para o coração são o tema desta lição.
I – O CORAÇÃO NA PERSPECTIVA BÍBLICA
1. O coração na Bíblia
Na Bíblia, raramente, a palavra “coração” é usada como referência ao órgão físico
(2 Sm 18.14; 2 Rs 9.24). De modo geral, essa palavra se refere ao “homem
interior” a fim de revelar o centro da vida mental, emocional e espiritual do
ser humano. Desse modo, o apóstolo Paulo faz referência ao “homem exterior” (o
corpo físico) e ao homem interior (alma e espírito), que constitui o ser humano
em sua integralidade: corpo, alma e espírito (Hb 4.12). É para a dimensão desse
“homem interior” que a Bíblia aplica a palavra “coração”, tudo o que faz parte
da nossa alma e espírito.
2. A circuncisão do coração
O texto da Leitura Bíblica em Classe apresenta Romanos 2.25-29 num contexto em
que o apóstolo Paulo ensina o sentido da verdadeira circuncisão da Nova
Aliança. De fato, a circuncisão foi um ato físico estabelecido por DEUS para os
descendentes de Abraão. Contudo, no Novo Testamento, o que atesta a Nova
Aliança não é mais uma marca física (Rm 2.28), mas a obra realizada pelo
ESPÍRITO SANTO no coração da pessoa (Rm 2.29). Essa é a verdadeira circuncisão!
Essa é uma obra exclusiva do ESPÍRITO que nos capacita a ser um seguidor do
Senhor JESUS e estabelecer um relacionamento pessoal com DEUS. Sem essa
circuncisão do coração é impossível manter um relacionamento vivo com o Pai (Jo
3.3-8).
3. Um coração novo
Esse ensino do apóstolo Paulo remonta o profeta Jeremias 31.31-34 a respeito de
uma Nova Aliança que rompe com a forma da Antiga. Essa Nova Aliança não seria
mais conhecida pelas marcas físicas, ritualísticas e externas, mas teria a ver
com o interior da pessoa, pois DEUS escreveria a sua Lei no “coração”, poria a
sua Lei no interior da Casa de Israel (Jr 31.33). Assim, DEUS daria um coração
novo ao seu povo. Por isso, o apóstolo Paulo faz referência a essa obra com a
Palavra “espírito” em vez da “letra” (Rm 2.29), pois a Lei de DEUS estaria dentro
do ser humano que passasse pela obra de regeneração promovida pelo ESPÍRITO
SANTO (Jo 3.6,7). Portanto, de maneira geral, a palavra “coração” se refere ao
que está no interior do ser humano (Pv 4.23; Mt 15.18-20).
AMPLIANDO O CONHECIMENTO - “KARDIA
Forma prolongada de uma palavra primária, káp (Kar, em latim, cor, ‘coração’);
o coração, i.e., (figurado) os pensamentos ou sentimentos (a mente); também
(por analogia) o meio: – coração partido. Um substantivo que significa coração,
a sede e o centro de circulação, e, portanto, da vida humana. Em o Novo
Testamento é usado apenas em sentido figurado: I – Como sede dos desejos,
sentimentos, afetos, paixões, impulsos, i. e., o coração ou a mente (Mt
5.8,28);
[...] II – Como sede do intelecto, significando a mente, o entendimento (Mt
13.15); [...] III – Em sentido figurado: o coração de alguma coisa,
o meio ou a parte central, i.e., o coração da terra (Mt
12.40) [...].” Amplie mais o seu conhecimento, lendo Bíblia
de Estudo Palavras-Chave: Hebraico e Grego, editada pela CPAD,
p.2252.
SINÓPSE I
O coração se refere ao “homem interior” para revelar o centro da vida mental,
emocional e espiritual do ser humano.
AUXÍLIO TEOLÓGICO - A MENTE
“O coração refere-se à mente, mas não ao cérebro e, nesse caso, não envolve a
fisiologia humana. Trata-se de uma metáfora e, embora a neurofisiologia do
coração possa ser interessante por si só, não tem relação com esse uso da
linguagem. Deuteronômio 6.5 dá a ordem de amar a DEUS de todo o coração, alma e
poder. Quando a ordem é repetida nos Evangelhos, ocorre com três variações (Mt
22.37; Mc
12.30; Lc
10.27). Comum a todas as três é a adição da palavra ‘mente’. Ao
acrescentarem ‘mente’, os escritores dos Evangelhos querem ter certeza de que o
público ouve JESUS, só que a adição é baseada no fato de que o significado da
palavra hebraica para referir-se à coração inclui a mente. As atividades
mentais do coração metafórico são abundantes. O coração é onde a pessoa pensa (Gn
6.5; Dt
7.17; 1
Cr 29.18; Ap
18.7), onde a pessoa compreende e tem entendimento (1
Rs 3.9; Jó
17.4; Sl
49.3; Pv
14.13; Mt
13.15). O coração faz planos e tem intenções (Gn
6.5; 8.21; Pv
20.5; 1
Cr 29.18; Jr
23.20). A pessoa crê com o coração (Lc
24.25; At
8.37; Rm
10.9). O coração é o lugar da sabedoria, discernimento e habilidade
(Êx
35.34; 36.2; 1
Rs 3.9; 10.24).
O coração é o lugar da memória (Dt
4.9; Sl
119.11). O coração desempenha o papel da consciência (2
Sm 24.10; 1
Jo 3.20, 21)” (LONGMAN III, Tremper. Dicionário
Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 407).
II – O CORAÇÃO DE QUEM ESTÁ EM DEUS
1. Um coração inclinado a DEUS
Quando uma pessoa recebe a CRISTO como seu Salvador, ela passa pelo processo do
Novo Nascimento, da Regeneração. Por isso, ela passa a enxergar o Reino de DEUS
e, ao mesmo tempo, a própria necessidade espiritual. A respeito disso, nosso
Senhor diz: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo
não pode ver o Reino de DEUS” (Jo 3.3). Assim, quem tem um coração regenerado,
transformado, participa do Reino de DEUS e, consequentemente, se inclina para
as coisas do ESPÍRITO a fim de viver de acordo com os mandamentos de DEUS (Rm
8.5,6).
2. Um coração consciente
Como centro da vida interior do ser humano, no coração meditamos, ponderamos e
avaliamos, como fez Maria, a mãe de JESUS, ao ouvir o que os pastores diziam
acerca do menino: “E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores
lhes diziam. Mas Maria guardava todas essas coisas, conferindo-as em seu
coração” (Lc 2.18,19). Assim, quem recebe um coração novo, transformado pela
nova natureza a partir da Palavra de DEUS, tem a capacidade de guardar seu
coração e o que se passa ao seu redor, de maneira que possa desejar fazer a
boa, agradável e perfeita vontade de DEUS (Rm 12.2; Fp 4.8,9).
3. DEUS vê o coração
No livro do Profeta Jeremias está escrito: “Tu, pois, ó Senhor dos Exércitos,
que provas o justo e vês os pensamentos e o coração, veja eu a tua vingança
sobre eles, pois te descobri a minha causa” (Jr 20.12). A partir desse texto,
podemos depreender que o coração do ser humano é um lugar que poucos podem
conhecer, adentrar e contemplar. É o local mais escondido da pessoa.
Contudo, a Bíblia diz que DEUS vê o coração. Ele contempla o ser humano por
dentro e por fora. O Criador formou o homem em sua integralidade, tanto a vida
exterior quanto a interior, e, por isso, Ele contempla e conhece bem o coração
de cada pessoa. Assim, quem foi regenerado e transformado é contemplado por
DEUS em todas as dimensões do coração.
SINÓPSE II
O coração novo é inclinado para DEUS, consciente da sua vontade e sabe que DEUS
conhece todas as coisas.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
NICODEMOS VISITA JESUS À NOITE (Jo
3.1-21).
“[...] O fato de uma pessoa precisar nascer novamente se referia a um
nascimento espiritual, mas Nicodemos entendeu que JESUS se referia a um
renascimento físico. Mas o que JESUS podia esperar que Nicodemos soubesse sobre
o Reino? A partir das Escrituras ele poderia saber que o Reino seria governado
por DEUS, seria finalmente restaurado na terra e iria incorporar o povo de
DEUS. JESUS revelou a esse piedoso fariseu que o Reino seria disponibilizado a
todo o mundo (Jo
3.16), não apenas aos judeus, e que Nicodemos não faria parte dele a
não ser que nascesse novamente (3.5).
Esse era um conceito revolucionário: o Reino é pessoal, e não nacional ou
étnico, e as exigências para entrar nele são o arrependimento e o novo
nascimento espiritual. Mais tarde, JESUS ensinou que o Reino de DEUS já havia
começado no coração dos crentes (Lc
17.21), e estará plenamente realizado quando Ele voltar para julgar
o mundo e abolir a iniquidade para sempre (Ap
21—22). [...] Somente o DEUS ESPÍRITO SANTO concede a nova vida do
céu (ser ‘nascido do ESPÍRITO’). Ao mesmo tempo em que DEUS coloca o seu
precioso ESPÍRITO em nós, recebemos um espírito humano novo e regenerado. É o
ESPÍRITO de DEUS, e não o nosso esforço, que nos torna filhos de DEUS (1.12).
A descrição de JESUS retifica a esperança dos homens de poderem, de alguma
forma, herdar a virtude de seus pais, de conquistá-la pelo bom comportamento,
pela formação recebida na igreja, ou por se associarem às pessoas certas. Em
determinado momento, devemos ser capazes de responder à pergunta, ‘Será que já
nasci do ESPÍRITO?’” (Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. Vol. 1. Rio de Janeiro:
CPAD, 2009, pp. 501, 502).
III – PROMESSAS PARA O CORAÇÃO
1. Um coração feliz
Quando o ser humano tem um novo coração, como resultado da obra realizada por
DEUS por meio de seu ESPÍRITO, a felicidade é uma realidade. Em seu Sermão do
Monte, o Senhor JESUS traz uma lista de bem-aventuranças, isto é, um estado de
felicidade para quem manifesta as virtudes do Reino de DEUS (Mt 5.1-9). Isso
significa que a felicidade para o cristão não se encontra em coisas materiais,
mas em praticar aquilo que agrada a DEUS. Em Provérbios, lemos: “O coração
alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos” (Pv
17.22). Como consequência dessa felicidade, a alegria se instala no coração.
Hoje, sabemos pela ciência que a alegria no coração, isto é, no interior,
produz reações químicas que contribuem para o equilíbrio e a manutenção da
saúde humana. A pessoa que procura a presença de DEUS, no seu dia a dia, tem a
alegria do Senhor, que é a nossa força (Ne 8.10).
A pessoa que procura a presença de DEUS, no seu dia a dia, tem alegria do
Senhor, que é a nossa força.”
2. Um coração cheio de amor
O amor é a essência do Cristianismo. Sem ele, não existe a verdadeira expressão
e identidade do que significa ser cristão. O apóstolo Paulo escreve: “E a
esperança não traz confusão, porquanto o amor de DEUS está derramado em nosso
coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado” (Rm 5.5). Essa palavra mostra que
o amor de DEUS está derramado no coração daqueles que têm o ESPÍRITO SANTO e,
por isso, o coração transformado. Por isso, o coração do salvo está cheio de
amor. Dessa forma, podemos viver o que o apóstolo Paulo escreveu: “E, sobre
tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de DEUS,
para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e
sede agradecidos” (Cl 3.14,15).
3. O penhor do ESPÍRITO no coração
Em sua Segunda Carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo escreve: “Mas o que nos
confirma convosco em CRISTO e o que nos ungiu é DEUS, o qual também nos selou e
deu o penhor do ESPÍRITO em nossos corações” (2 Co 1.21,22). Aqui, esse texto
bíblico mostra que o penhor do ESPÍRITO SANTO é a garantia de nossa salvação,
dada por DEUS e testificada em nosso coração. Além dessa garantia, o “penhor do
ESPÍRITO SANTO”, também chamado de “penhor da nossa herança”, é garantia de
vitória para a Igreja do Senhor JESUS CRISTO (Ef 1.13,14). Portanto, o ESPÍRITO
SANTO é a maior garantia de que DEUS cumprirá integralmente todas as promessas
feitas à sua Igreja.
SINÓPSE III
DEUS tem promessas de um coração novo, feliz, cheio do amor que é derramado
pelo ESPÍRITO SANTO.
CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos a promessa de “um coração novo” para a Igreja. Ninguém
pode ver o coração, pois ele se refere ao interior de cada um. A pessoa pode
falar uma coisa e pensar outra, pode prometer uma coisa e proceder de modo
diferente. Tudo isso faz parte das fraquezas da condição humana. Contudo,
mediante sua Onisciência, DEUS sabe de tudo e de todas as coisas, tanto do
universo quanto do coração do ser humano. Ele é o Senhor que esquadrinha o
nosso coração, prova os pensamentos e recompensa a cada um conforme suas ações
(Jr 17.10).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. A que a palavra “coração” se refere?
A palavra se refere à realidade da vida interior de cada pessoa.
2. O que atesta a obra da Nova Aliança?
O que atesta a Nova Aliança não é mais uma marca física (Rm
2.28), mas a obra realizada pelo ESPÍRITO SANTO no coração da pessoa
(Rm
2.29).
3. Qual é a capacidade de quem recebe o coração novo?
Tem a capacidade de guardar seu coração e o que se passa a seu redor, de
maneira que possa desejar a fazer a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS (Rm
12.2; Fp
4.8,9).
4. Qual é a essência do Cristianismo?
O amor é a essência do Cristianismo. Sem ele, não existe a verdadeira expressão
e identidade do que significa ser cristão.
5. O que pode ser testificado em nosso coração?
O penhor do ESPÍRITO SANTO é a garantia de nossa salvação, dada por DEUS e
testificada em nosso coração.
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Lição 03 - JOÃO 3 – Conversa com Nicodemos sobre o Novo Nascimento | 2°
Trimestre de 2024 | EBD PECC
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em João 3 há 36 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, João
3.1-21 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura
complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
A morte implica em estar sem vida plena. Não é sem vida física ou moral. Então,
hoje, professor, você não falará dos mortos que não podem pecar, mas dos mortos
que não podem ver ou sentir a glória de CRISTO, pois são esses que necessitam
nascer de novo.
O Evangelista João faz questão de fazer distinção dos períodos dos dois
encontros que Nicodemos teve com JESUS. O primeiro foi durante a noite, pois
ele tinha medo dos demais fariseus vê-lo com JESUS, pois sentir vergonha de
estar perto de JESUS é típico de alguém que ainda não nasceu de novo. O segundo
foi durante o dia, aos olhos de todos, pois quem já teve um encontro real com
JESUS não teme confessar publicamente a sua fé em Nele (Jo 19. 38-39).
Estar morto significa ser filho de Adão, parecido com Adão, ter a semente do
pecado em si. Conhecer o bem e o mal, mas amar mais as trevas do que a luz. É
escolher o caminho errado.
PARA COMEÇAR A AULA
Amado professor, inicie esta aula falando da transformação que ocorre na vida
de quem passa pelo novo nascimento, isso pode ser feito a partir de uma
analogia. Tendo em mãos um grão de milho e uma pipoca, pergunte à classe se ela
tem noção da transformação que ocorre para que o milho vire pipoca – as
respostas serão múltiplas. Em seguida, compare isso com o estado de mudança de
vida de quem goza da salvação ao se libertar do pecado que o aprisionava para
uma vida de alegria na presença de DEUS.
LEITURA ADICIONAL
OBS.: Pr. Henrique - Para sermos salvos só precisamos ouvir o evangelho e
crer nele.
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da
verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes
selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios1.13
É verdade que deve haver arrependimento, confissão, perdão e purificação do
pecado para alguém capacitar-se a permanecer no reino de DEUS. Deve, porém,
haver mais que isso, é preciso que o poder renovador e transformador do
ESPÍRITO SANTO intervenha. Enfatizo, portanto, que JESUS usa uma figura
conhecida por Nicodemos. JESUS tinha falado a respeito das talhas de água para
a purificação e do batismo de arrependimento pregado por João.
OBS.: Pr. Henrique - Nascer da água, no sentido espiritual é nascer
do ouvir a Palavra de DEUS – Para a santificar, purificando-a com a lavagem da
água, pela palavra, Efésios 5:26.
Após ser salvo precisa ser interiormente purificado, assim como a água nos lava
externamente.
Em João 1.33, Água e ESPÍRITO são mencionados, lado a lado, em ligação com
o Nascer de novo. Água – Palavra de DEUS (Ef 1.13; Pois, visto que na sabedoria
de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria, aprouve a DEUS salvar
os crentes pela loucura da pregação.1 Coríntios 1:2. A fé entra para introduzir
o novo convertido no corpo de CRISTO. Sem a fé do ouvinte do evangelho não há
salvação. É preciso crer na pregação. Esta fé vem pelo ouvir o evangelho (Ef
2.8; De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS. Romanos
10:17).
Nascer de novo. ESPÍRITO – Após o novo convertido ouvir e crer o ESPÍRITO SANTO
vem convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo para que se arrependa,
confessando seu pecado e recebendo perdão e purificação no sangue de JESUS.
O batismo nas águas não purifica pecado – batizamos salvos nas águas - não
batizamos para serem salvos. Quando entram nas águas já eram salvos.
O sinal de fato é de grande valor, é de grande importância tanto como uma
figura quanto como um selo. Mas o sinal deve ser acompanhado pela coisa que ele
representa: a obra purificadora do ESPÍRITO SANTO.
Sem a purificação da alma, operada pelo ESPÍRITO SANTO (Tt 3.5), mediante a
palavra de DEUS (Ef 5.26), ninguém pode entrar no reino de DEUS. Nessa mesma
trilha de pensamento, D. A. Carson diz que a passagem mais esclarecedora para
explicar João 3.5 é Ezequiel 36.25-27, em que água e ESPÍRITO
aparecem ligados muito estreitamente, a água significando purificação da
impureza, e o ESPÍRITO retratando a transformação do coração que capacitará as
pessoas a seguir DEUS integralmente.
Nascer do ESPÍRITO é nascer de cima, do alto, de DEUS. E ser transformado pelo
ESPÍRITO SANTO (Ez 36.25-27, Is 44.3). É ser nova criatura. O novo nascimento
não é algo superficial. Não é uma mera reforma moral. E uma mudança completa do
coração, do caráter e da vontade.
Livro: “João: As Glórias do Filho de DEUS (Editora Hagnos Lida, 2015, São
Paulo – SP págs. 89-90)
“A isto, respondeu JESUS: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não
nascer de novo, não pode ver o reino de DEUS.” Jo 3.3
Vamos explorar versículo por versículo do capítulo 3 de João, analisando o
contexto, significado e implicação teológica de cada um:
·
Versículo 1:
"Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos
principais dos judeus."
·
Contexto:
Nicodemos era um fariseu, membro do Sinédrio, o conselho judaico, era um líder,
e um "principal dos judeus", o que significa que ele era uma figura
de destaque na comunidade religiosa judaica.
·
Significado:
Nicodemos representa a busca sincera por compreender os ensinamentos de JESUS,
apesar de sua posição social e religiosa. Ele vem a JESUS à noite,
possivelmente por medo ou discrição.
·
Implicação
teológica: Este encontro entre Nicodemos e JESUS destaca a importância da busca
individual pela verdade espiritual e a disposição de questionar as crenças e
tradições estabelecidas.
·
Versículo 2:
"Este foi ter com JESUS, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és
Mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
DEUS não estiver com ele."
·
Contexto:
Nicodemos reconhece JESUS como um mestre enviado por DEUS, com base nos sinais
miraculosos que ele realizou.
·
Significado:
Nicodemos reconhece a autoridade e o poder de JESUS, indicando uma abertura
para aprender com ele.
·
Implicação
teológica: Este versículo destaca a importância do reconhecimento da autoridade
divina de JESUS como Mestre e revelador da verdade de DEUS.
·
OBS.:
Pr. Henrique - Por isso mesmo o evangelho deve ser pregado com
a cooperação do sinais, prodígios e maravilhas. Mostramos o JESUS que pregamos
com Ele mesmo estando presente e curando a todos (marcos 16.15-20).
·
Versículo 3:
"Respondeu-lhe JESUS: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não
nascer de novo, não pode ver o reino de DEUS."
·
Contexto: JESUS
responde à abordagem de Nicodemos sobre os sinais miraculosos, levando a
conversa para um nível espiritual mais profundo.
·
Significado:
JESUS introduz o conceito de novo nascimento espiritual como condição para
entrar no reino de DEUS.
·
Implicação
teológica: Este versículo enfatiza a necessidade de uma transformação
espiritual radical, o novo nascimento, para experimentar e participar do reino
de DEUS.
·
Versículo 4:
"Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho?
Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?"
·
Contexto:
Nicodemos interpreta literalmente a declaração de JESUS sobre o novo
nascimento, expressando incredulidade (OBS.: Pr. Henrique - o
primeiro nascimento nosso é na semente ou na descendência de Adão – em pecado)
·
Significado:
Nicodemos não compreende o conceito espiritual do novo nascimento, pois está
pensando apenas em termos físicos.
·
Implicação
teológica: Este versículo destaca a dificuldade humana em compreender e aceitar
conceitos espirituais, e a necessidade de uma revelação divina para
entendê-los.
·
Versículo 5:
"JESUS respondeu: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer
da água e do ESPÍRITO, não pode entrar no reino de DEUS."
·
Contexto: JESUS
explica o novo nascimento em termos espirituais, referindo-se ao ouvir a
Palavra de DEUS, o evangelho, e crer e ao trabalho regenerador do ESPÍRITO
SANTO (OBS.: Pr. Henrique).
·
Significado: O
novo nascimento envolve tanto o ouvir a Palavra de DEUS como a obra interior do
ESPÍRITO SANTO, que purifica e regenera o coração humano.
·
Implicação
teológica: Este versículo enfatiza a importância da fé como um símbolo externo
da regeneração espiritual e a necessidade da obra do ESPÍRITO SANTO para trazer
vida espiritual ao indivíduo.
Esses primeiros versículos do capítulo 3 de João introduzem temas
essenciais da teologia cristã, como a busca pela verdade espiritual, a
necessidade do novo nascimento, a dificuldade da compreensão humana e a
importância da fé e do ESPÍRITO SANTO na vida espiritual do crente. Esses temas
continuarão a ser explorados e desenvolvidos ao longo do restante do capítulo.
A única forma de ingressarmos no céu é através do novo nascimento.
A verdade destacada aqui é fundamental na teologia cristã, baseada na declaração
de JESUS a Nicodemos em João 3:3. Vamos explorá-la mais a fundo:
·
A Necessidade
do Novo Nascimento: JESUS enfatiza que é essencial nascer de novo para entrar
no Reino de DEUS. Isso indica uma transformação espiritual profunda e interior,
que vai além de meras reformas externas ou religiosidade superficial. João 3:3
- "A isto, respondeu JESUS: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém
não nascer de novo, não pode ver o reino de DEUS."
·
Tito 3:5 -
"Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua
misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do
ESPÍRITO SANTO."
·
Exclusividade
da Salvação em CRISTO: O novo nascimento não pode ser alcançado por meio de
esforços humanos, boas obras ou tradições religiosas. É um ato sobrenatural da
graça de DEUS, acessado somente pela fé em CRISTO como Salvador e Senhor. Atos
4:12 - "E não há salvação em nenhum outro, pois abaixo do céu não há
nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos."
·
Efésios 2:8-9 -
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é
dom de DEUS; não de obras, para que ninguém se glorie."
·
O Papel do
ESPÍRITO SANTO: O novo nascimento envolve a obra regeneradora do ESPÍRITO SANTO
na vida do crente. É Ele quem convence do pecado, da justiça e do juízo, e
capacita o indivíduo a se arrepender e crer em CRISTO para a salvação. João
16:8 - "Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do
juízo."
·
Romanos 8:11 -
"E, se o ESPÍRITO daquele que ressuscitou JESUS dentre os mortos habita em
vós, aquele que ressuscitou a CRISTO dentre os mortos também dará vida aos
vossos corpos mortais, por meio do seu ESPÍRITO que em vós habita."
Portanto, a verdade de que apenas através do novo nascimento
podemos ingressar no céu destaca a centralidade de CRISTO na salvação, a
necessidade da obra do ESPÍRITO SANTO em nossas vidas e o convite para uma fé
genuína e comprometida com JESUS como Senhor.
NTRODUÇÃO
I- NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO Jo 3.1-7
1- Fé Superficial Jo 3.2
2- Indignação contra DEUS Jo 3.3
3- Única forma de entrar no Reino de DEUS Jo 3.5
II- CONDIÇÕES PARA O NOVO NASCIMENTO Jo 3.8-15
1- Reconhecer os pecados Jo 3.10
2- Crer na morte de JESUS Jo 3.15
3- Mudança radical Jo 3.3 (não para salvação, mas para posterior
preservação da salvação).
III- RESULTADOS DO NOVO NASCIMENTO Jo 3.16-21
1- Livramento da condenação Jo 3.16
2- Garantia da vida eterna Jo 3.16-18
3- A caminhada na luz Jo 3.20-21
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
O novo nascimento é a mais importante e a mais urgente necessidade de sua vida.
JESUS é enfático: “importa-vos nascer de novo” (3.7). Sem o novo nascimento,
sua vida é vã, sua esperança é vã e sua religião é vã. Do capítulo 3 a 5 de
João, JESUS tem uma série de conversas transformadoras nas quais ele
instantaneamente chega ao coração dos indivíduos com histórias de vida e
necessidades diferentes. Falaremos sobre Nicodemos (3.1-15), a mulher
samaritana (4.1-26), ο oficial romano (4.46-54) e o homem no tanque de
Betesda (5.1- 15)
Essa introdução ressalta a importância crucial do novo nascimento na vida de
uma pessoa, baseando-se nas palavras de JESUS em João 3:7. Aqui estão alguns
pontos para aprofundar a introdução:
·
A
Urgência do Novo Nascimento:
·
Destacar a
urgência e a necessidade imediata de nascer de novo, conforme enfatizado por
JESUS. Sem isso, a vida espiritual é vazia e sem propósito.
·
Transformação
Pessoal através das Conversas de JESUS:
·
Mencionar como
JESUS teve conversas transformadoras com pessoas de diferentes origens e
circunstâncias. Ele não apenas falou com elas, mas penetrou profundamente em
seus corações, abordando suas necessidades mais profundas.
·
Personagens
Bíblicos em Destaque:
·
Apresentar
brevemente os personagens - Nicodemos, a mulher samaritana, o oficial romano e
o homem no tanque de Betesda. Cada um desses encontros revela uma dimensão
única da mensagem de JESUS sobre o novo nascimento.
·
Relevância
Contínua da Mensagem:
·
Salientar que a
mensagem do novo nascimento não é apenas histórica, mas tem relevância e
aplicabilidade contínuas na vida das pessoas hoje. Assim como esses personagens
bíblicos precisavam nascer de novo, nós também precisamos experimentar essa
transformação espiritual em nossas vidas.
I- NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO (Jo 3.1-7)
O encontro de Nicodemos com JESUS está logicamente conectado ao contexto
imediatamente anterior, no qual JESUS demonstra certo receio sobre a fé
daqueles que creram somente porque viram o Senhor operando milagres (Jo 2.23-
25). Nicodemos estava entre estes. Nicodemos vai visitar JESUS à noite, talvez
por temor de ser visto em público com JESUS. Porém, como destaca D. A. Carson,
a noite de Nicodemos era mais escura do que ele pensava. Apesar de toda a sua
religiosidade, o mestre da Lei foi surpreendido com as palavras de JESUS. É bem
provável que ele tenha se perguntado o seguinte: Por que precisamos nascer de
novo?
1- Fé superficial (Jo 3.2)
Este, de noite, foi ter com JESUS e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre
vindo da parte de DEUS: porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
DEUS não estiver com ele.
Algumas pessoas, ao verem os milagres de JESUS, foram atraídas com uma fé
apenas intelectual ou emocional e creram Nele (2.23-25). Nicodemos foi a JESUS
admirado pelos milagres que o mestre praticava (3.2). Isso levou Nicodemos a
reconhecer que JESUS era vindo de DEUS e que DEUS estava com Ele. Mas essa fé
não é suficiente para a salvação da alma. Quando Nicodemos se aproximou de
JESUS tecendo-lhe os mais altos elogios, JESUS desviou o assunto para uma
necessidade mais urgente. Ele foi direto ao ponto, mostrando a Nicodemos a
necessidade da transformação de sua vida através do novo nascimento.
2- Inclinação contra DEUS (Jo 3.3)
A isto, respondeu JESUS: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não
nascer de novo, não pode ver o reino de DEUS.
Você jamais desejará conhecer DEUS se o próprio DEUS não provocar essa sede em
você. A inclinação da sua carne é inimizade contra DEUS (Rm 8.7). Os maus
desígnios vêm do seu coração, mas não o desejo de ser salvo. Você não pode
mudar sozinho ou dar vida a si mesmo. Se você for deixado à própria sorte,
perecerá. Para ser salvo, é preciso que um poder do alto lhe dê vida, assim
como DEUS chamou à existência as coisas que não existiam. Dar vida é uma
prerrogativa divina.
3- Única forma de entrar no Reino de DEUS (Jo 3.5)
Respondeu JESUS: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do
ESPÍRITO não pode entrar no reino de DEUS.
Ao ouvir que precisava nascer de novo, Nicodemos não conseguiu conceber a
profundidade das palavras de JESUS. Talvez ele, como o jovem rico, achasse que
já cumpria todos os requisitos para entrar no Reino de DEUS. Para o homem
natural as coisas de DEUS são loucuras incompreensíveis. JESUS é categórico:
Necessário vos é nascer de novo (3.7). Se mesmo Nicodemos, com seu vasto
conhecimento bíblico, talentos, entendimento, posição e integridade, não podia
entrar no reino prometido em virtude de sua posição e obras, que esperança há
para alguém que procura salvação por essas vias? Concordo com F. F. Bruce,
quando ele diz que, pelo nascimento natural, as pessoas tornam-se membros de
uma família terrena. Mas, para que elas se tornem membros da família de DEUS,
para receberem a natureza espiritual, que é o único meio de ser admitido em seu
reino, faz-se necessário um nascimento “do alto”.
1- Fé Superficial (Jo 3.2):
Nicodemos expressa uma fé inicial baseada nos milagres que JESUS realizou. Ele
reconhece JESUS como vindo de DEUS devido aos sinais extraordinários que
testemunhou. No entanto, essa fé parece ser mais intelectual do que pessoal e
transformadora. Nicodemos ainda não compreende plenamente o propósito e a
mensagem de JESUS. A fé meramente baseada em sinais e maravilhas pode ser
superficial e passageira, não alcançando a verdadeira salvação. JESUS, ao invés
de elogiar Nicodemos por sua fé inicial, direciona a conversa para uma
necessidade mais profunda: o novo nascimento.
2- Inclinação Contra DEUS (Jo 3.3):
JESUS revela a Nicodemos a necessidade do novo nascimento, afirmando que
ninguém pode ver o reino de DEUS a menos que nasça de novo. Essa afirmação
indica que a condição humana natural está em oposição a DEUS. A inclinação da
carne é descrita como inimizade contra DEUS em Romanos 8:7. O novo nascimento
não é simplesmente uma questão de reforma moral ou de ajustar comportamentos
externos, mas uma transformação radical e espiritual do coração humano. É uma
obra divina, não algo que o homem possa alcançar por seus próprios esforços.
3- Única Forma de Entrar no Reino de DEUS (Jo 3.5):
JESUS explica a Nicodemos que o novo nascimento envolve nascer da água e do
ESPÍRITO. Isso não se refere ao batismo físico, mas sim à purificação e
renovação espiritual que ocorrem quando alguém é regenerado pelo ESPÍRITO
SANTO. A água pode simbolizar a purificação espiritual e a regeneração,
enquanto o ESPÍRITO SANTO é o agente ativo desse novo nascimento. A entrada no
reino de DEUS não é determinada por realizações humanas ou status social, mas
pela obra do ESPÍRITO SANTO na vida de uma pessoa. É uma transformação interior
que capacita o indivíduo a viver em comunhão com DEUS e participar de Seu reino
eterno.
Esses três pontos destacam a natureza essencial do novo nascimento como um
processo divino de transformação espiritual, que transcende a fé superficial e
a justiça baseada em obras, levando à verdadeira entrada no reino de DEUS. Essa
transformação é necessária para todos, independentemente de sua posição social,
conhecimento ou mérito pessoal.
II- CONDIÇÕES PARA O NOVO NASCIMENTO (Jo 3.8-15)
Neste ponto, o Senhor JESUS confronta o orgulhoso mestre Nicodemos e o instrui
a respeito das condições de um autêntico novo nascimento. Afinal, o que é
nascer de novo?
1- Reconhecer os pecados (Jo 3.10)
Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas?
Nicodemos relutava em admitir-se como pecador, uma vez que era quase impensável
que um orgulhoso fariseu admitisse tal realidade. Somente aqueles que sabem que
foram inoculados por um veneno mortal, chamado pecado, é que correm
desesperadamente para DEUS clamando por misericórdia (Pv 28.13). O
céu não é apenas o nosso destino, mas também a nossa origem. Nascemos não do
sangue, da vontade da carne, ou da vontade do homem, mas de DEUS (1.12). Nenhum
ser vivo pode operar em si mesmo esse novo nascimento, como nenhum ser morto
pode dar a vida a si mesmo. Só o ESPÍRITO pode abrir nosso coração,
convencer-nos do pреса- do, regenerar-nos, batizar-nos no corpo de CRISTO e
selar-nos para o dia da redenção. Sem a purificação da alma, operada
pelo ESPÍRITO SANTO (Tt 3.5), mediante a palavra de DEUS (Ef 5.26),
ninguém pode entrar no reino de DEUS. O ESPÍRITO SANTO é comparado ao vento por
JESUS. Não podemos explicá-lo, mas podemos senti-lo e ouvir sua voz. O ESPÍRITO
SANTO sopra onde e em quem jamais superaremos. Ele sopra na rua, na boate, no
campo de futebol, no botequim, no lar, na igreja.
2- Crer na morte de JESUS (Jo 3.15)
Para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
Nicodemos, enquanto confessa que JESUS era um mestre vindo da parte de DEUS,
não estava pronto a aceitá-lo como DEUS. JESUS deixa explícito o propósito de
ser levantado: para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. (3.15). JESUS
faz referência a um episódio com o povo de Israel, no deserto, quando este se
insurgiu contra DEUS e o provocou à ira (Nm 21.4,5). DEUS castigou o povo com
serpentes venenosas, que o mordiam. Desesperado, o povo rogou a Moisés, que
intercedeu por ele (Nm 21.5,6). A humanidade, como aqueles israelitas do
passado, foi mordida, e o veneno mortal instilado em suas veias é o pecado. Na
ocasião, DEUS ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze.
Todo aquele que a olhasse seria curado imediatamente (Nm 21.9). Da mesma forma,
DEUS providenciou-nos um remédio na pessoa de Seu Filho. Somente os que se reconhecem
pecadores olharam para JESUS como o DEUS Salvador. Ao ser levantado na cruz,
Ele assumiu o nosso lugar, como nosso Redentor. DEUS lançou sobre Ele todos os
nossos pecados. Quando olhamos para CRISTO, quando cremos Nele e confiamos no
que Ele fez por nós, então somos salvos e recebemos a vida eterna. Aí acontece
o novo nascimento. O reino de DEUS pode ser visto ou adentrado por intermédio
da obra salvadora de CRISTO na cruz, recebida pela fé.
3- Mudança radical (Jo 3.3)
A isto, respondeu JESUS: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não
nascer de novo, não pode ver o reino de DEUS.
A Bíblia diz que, se alguém está A em CRISTO é nova criatura, as coisas antigas
já passaram e se fizeram novas (2Co 5.17). Ocorre uma transformação de dentro
para fora, que implica ter um novo coração, uma nova mente, um novo nome, uma
nova família, uma nova pátria, novos desejos, novos gostos, novas preferências,
novos temores. Uma nova cosmovisão, transformada por CRISTO e atualizada pela
Sua Palavra. JESUS deixa claro para Nicodemos que uma pessoa só pode ver o
reino de DEUS se o ESPÍRITO SANTO implantar em seu coração a vida celestial. A
salvação implica uma mudança radical. Muitas pessoas confundem a verdadeira
natureza do novo nascimento. Vejamos a seguir o que ele não é
a) Ser bem-sucedido (19.39). Seu dinheiro não pode lhe garantir um lugar no
céu. Nicodemos era rico, mas não podia comprar a salvação de sua alma.
b) Ter conhecimento bíblico (3.10). Nicodemos era mestre da Lei, mas não estava
salvo. Há muitas pessoas que conhecem a verdade, mas nunca foram transformadas
por essa verdade.
c) Ser religioso (3.1). Os fariseus davam mais atenção às observações externas
da Lei do que à transformação interior do coração, acreditando em uma salvação
pelas obras. Nicodemos mantinha uma vida moralmente irrepreensível, mas não
estava salvo.
1- Reconhecer os Pecados (João 3.10):
Nicodemos, como mestre da Lei, deveria compreender as verdades espirituais, mas
JESUS o confronta, questionando sua compreensão das coisas celestiais. O novo
nascimento começa com o reconhecimento da própria pecaminosidade e da
necessidade de perdão e transformação. É somente quando admitimos nossa
condição pecaminosa que podemos buscar a graça salvadora de DEUS. O ESPÍRITO
SANTO, comparado ao vento, sopra onde quer, convencendo os corações do pecado e
da necessidade de redenção (João 16:8). Nenhum esforço humano pode gerar essa
transformação; é uma obra divina que requer humildade e quebra do orgulho.
2- Crer na Morte de JESUS (João 3.15):
JESUS destaca a necessidade de crer na obra redentora que Ele realizará na
cruz. Assim como o povo de Israel olhou para a serpente de bronze e foi curado,
aqueles que olham para JESUS com fé são salvos. A morte sacrificial de JESUS na
cruz é o meio pelo qual o perdão e a vida eterna são oferecidos à humanidade. O
novo nascimento ocorre quando reconhecemos nosso pecado, confiamos na morte
expiatória de JESUS como nosso substituto e aceitamos Sua graça salvadora. Isso
implica uma mudança de perspectiva, de confiança em nossas próprias obras para
confiança exclusiva na obra redentora de CRISTO (Romanos 10:9-10).
3- Mudança Radical (João 3:3):
JESUS enfatiza que o novo nascimento não é apenas uma reforma superficial, mas
uma transformação radical de todo o ser. É uma obra do ESPÍRITO SANTO que
concede uma nova vida espiritual e um relacionamento restaurado com DEUS. Essa
transformação resulta em uma nova identidade e uma nova direção na vida do
crente. A experiência do novo nascimento é evidenciada por uma mudança de
coração, mente e comportamento. Nicodemos representa aqueles que confiam em sua
própria justiça e tradição religiosa, mas JESUS mostra que a verdadeira
salvação só é possível através de uma transformação interior operada pelo
ESPÍRITO SANTO (2 Coríntios 5:17).
Esses pontos destacam que o novo nascimento não é meramente uma formalidade
religiosa ou uma adesão intelectual a doutrinas, mas uma experiência
transformadora que afeta todos os aspectos da vida de uma pessoa. É uma jornada
espiritual que começa com o reconhecimento do pecado, continua com a fé na obra
salvadora de CRISTO e culmina em uma mudança radical de vida. Através do novo
nascimento, somos reconciliados com DEUS e capacitados a viver uma vida de
obediência e comunhão com Ele.
III- RESULTADOS DO NOVO NASCIMENTO (Jo 3.16-21)
A comparação que JESUS faz da obra do ESPÍRITO com o vento nos ensina,
outrossim, que muitas vezes não conseguimos entender essa obra, mas podemos ver
seus efeitos. Embora algumas vezes não consigamos entender como o ESPÍRITO
SANTO trabalha, podemos ver seu efeito na vida dos convertidos. Três resultados
são destacados por JESUS no texto em tela.
1- Livramento da condenação (Jo 3.16)
Porque DEUS amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Há uma condenação inexorável para todos aqueles que permanecem em seus pecados:
“O salário do pecado é a morte” (Rm. 6.23). Contudo, quando você olha para
JESUS e o recebe como seu Salvador, essa condenação é cancelada, porque o Justo
morreu pelo injusto. Como seu substituto, ele sofreu a penalidade que você
deveria sofrer. Ele morreu em seu lugar, e agora você está livre de condenação.
Seu amor é oferecido a todas as pessoas livremente,
plenamente, honestamente, irreservadamente, mas unicamente através da
redenção que há somente em CRISTO.
2- Garantia da vida eterna (Jo 3.16-18)
Porquanto DEUS enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por ele (3.17).
Aqueles que foram amados por DEUS e creem no Seu Filho, em vez de condenação,
recebem vida eterna. John Charles Ryle diz que sem fé não há salvação, mas pela
fé em CRISTO o mais vil pecador pode ser salvo. Este jamais perecerá
eternamente. Assim como a morte era afastada daqueles que olhavam para a
serpente de bronze, os pecados são perdoados daqueles que creem no Filho de
DEUS. Concordo com Werner de Boor quando ele escreve: “Quem não quer aceitar o
ato redentor de DEUS na entrega do Filho está forçosamente sujeito ao juízo e,
consequentemente, já está julgado, ainda que isso venha a ser definitivamente
manifesto apenas naquele dia diante do trono”.
3- A caminhada na luz (Jo 3.20-21)
Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a
fim de não serem arguidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da
luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque foram feitas em DEUS.
Aqueles que nascem de novo e creem no Filho de DEUS têm mudado não apenas seu
destino, mas também seu estilo de vida. Agora eles não amam mais as trevas. Seu
prazer está em DEUS. Seu deleite está em fazer a vontade de DEUS. Eles agora
têm uma nova mente, um novo coração, uma nova vida, novos gostos, novas
preferências, novos desejos. Passaram das trevas para a luz. Não vivem mais em
pecado, mas têm prazer em CRISTO, a luz que ilumina todo ser humano.
1- Livramento da Condenação (João 3.16):
O amor incondicional de DEUS pela humanidade é um tema central nas Escrituras.
João 3:16 destaca esse amor de maneira marcante: "Porque DEUS amou ao
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Esse versículo mostra que a
morte de JESUS na cruz não foi apenas um evento histórico, mas uma expressão
suprema do amor divino, oferecendo salvação àqueles que creem Nele. Como disse
Charles Spurgeon, "O amor de DEUS é tão grande que Ele enviou Seu Filho ao
mundo para morrer pelos pecadores mais vis." A cruz é o lugar onde a
justiça de DEUS foi satisfeita e Sua graça abundou, proporcionando perdão e
reconciliação.
2- Garantia da Vida Eterna (João 3.16-18):
O Evangelho de João enfatiza repetidamente o tema da vida eterna como uma
promessa para aqueles que creem em JESUS CRISTO. Em João 3:16-18, JESUS explica
que Ele veio ao mundo para salvar, não para condenar. Esses versículos mostram
que a salvação é uma dádiva graciosa de DEUS, recebida pela fé. Como disse
Martinho Lutero, "A fé é um presente de DEUS que nos capacita a receber a
graça e a salvação." Aqueles que creem em JESUS são justificados diante de
DEUS e têm a garantia da vida eterna. Essa garantia não se baseia em nossos
próprios méritos, mas na obra redentora de CRISTO.
3- A Caminhada na Luz (João 3:20-21):
A transformação interior resultante do novo nascimento se manifesta em uma
mudança de comportamento e atitude em relação à luz e às trevas. João 3:20-21
destaca essa realidade: "Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz
e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras. Quem
pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam
manifestas, porque foram feitas em DEUS." Esses versículos mostram que os
crentes são chamados a viver em conformidade com a verdade e a justiça,
refletindo a luz de CRISTO ao mundo. Como disse John Stott, "Os cristãos
são chamados a viver em um padrão moral mais elevado porque são filhos da luz e
do dia." A nova natureza que recebemos em CRISTO nos capacita a viver uma
vida santa e agradável a DEUS.
APLICAÇÃO PESSOAL
Cada batida de seu coração é uma nova oportunidade para você aceitar o convite
de viver plenamente a fé em JESUS. Hoje é o dia.
A afirmação de que "cada batida de seu coração é uma nova oportunidade
para você aceitar o convite de viver plenamente a fé em JESUS" reflete uma
verdade fundamental do Evangelho: a disponibilidade constante da graça de DEUS
para a salvação. Vamos explorar esse tema em detalhes:
·
Cada batida do
coração como oportunidade: A vida é efêmera e incerta, mas a misericórdia de
DEUS é eterna e sempre acessível. Cada momento que vivemos é uma oportunidade
para nos voltarmos para DEUS e aceitarmos Seu convite para uma vida
transformada em CRISTO. Como Paulo escreveu aos Coríntios: "Como
colaboradores de DEUS, vos exortamos a que não recebais em vão a graça de DEUS,
pois Ele diz: 'Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação'.
Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação" (2 Coríntios 6:1-2).
·
Aceitar o
convite para viver plenamente a fé em JESUS: A fé em JESUS não é apenas um
conjunto de crenças intelectuais, mas uma adesão total à Sua pessoa e obra
redentora. Significa confiar Nele como Senhor e Salvador, seguindo-O em todas
as áreas da vida. JESUS disse: "Eu vim para que tenham vida e a tenham
plenamente" (João 10:10). Aceitar o convite de JESUS é abraçar essa vida
abundante que Ele oferece, uma vida marcada pelo perdão, pela graça e pela
comunhão com DEUS.
·
Hoje é o dia: A
urgência do Evangelho ressoa em cada página das Escrituras. Não devemos
presumir sobre o futuro, mas sim responder ao chamado de DEUS enquanto é
chamado hoje (Hebreus 3:15). O amanhã pode nunca chegar, e adiar a resposta ao
evangelho é arriscar a eternidade. JESUS disse: "Eis agora o tempo
favorável, eis agora o dia da salvação" (2 Coríntios 6:2). Portanto, hoje
é o momento oportuno para se voltar para DEUS e receber a salvação que Ele
oferece em CRISTO.
Em resumo, cada batida do coração é uma oportunidade preciosa
concedida por DEUS para aceitarmos Seu convite para uma vida de fé em JESUS.
Não devemos desperdiçar essa oportunidade, mas sim responder com gratidão e
submissão aos Seus chamados, vivendo plenamente para Sua glória.
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LIÇÃO 2, CPAD, O NOVO NASCIMENTO - REVISTA NA ÍNTEGRA 2Tr2025
Escrita Lição 2, CPAD, O Novo Nascimento, 2Tr25, Com. Extras Pr Henrique,
EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – JESUS E NICODEMOS
1. Quem era Nicodemos?
2. O reconhecimento de Nicodemos sobre JESUS como Mestre
3. O diálogo entre JESUS e Nicodemos
II – O NOVO NASCIMENTO: A OBRA DE REGENERAÇÃO
1. O Novo Nascimento
2. A Regeneração como obra exclusiva de DEUS
3. A necessidade da Regeneração do pecador
III – OS MEIOS DA OBRA REGENERADORA
1. A operação do ESPÍRITO SANTO
2. A Palavra de DEUS
3. A Vontade soberana de DEUS
TEXTO ÁUREO
“JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.” (Jo 3.3)
VERDADE PRÁTICA
O Novo Nascimento é o modo bíblico de transformação radical da natureza do
pecador.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef
2.8 O novo nascimento como dom de DEUS
Terça - 1
Jo 3.9 Aquele que nasceu de novo não vive em prática pecaminosa
Quarta - 1
Jo 4.7 Quem nasceu de novo demonstra amor pelo próximo
Quinta - 1
Jo 5.1 A pessoa que nasceu de novo crê que JESUS é o
CRISTO
Sexta - 1
Jo 5.4 Aqueles que nasceram de novo vencem o mundo
Sábado - Gl
5.22 Quem nasceu de novo revela o Fruto do ESPÍRITO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 3.1-9,16
1 - E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 - Este foi ter de noite com JESUS e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
DEUS não for com ele.
3 - JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.
4 - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura,
pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 - JESUS respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer
da água e do ESPÍRITO não pode entrar no Reino de DEUS.
6 - O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do ESPÍRITO é espírito.
7 - Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem
para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO.
9 - Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
16 - Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
https://www.cpad.com.br/harpa-crista-popular-grande-vinho-365638/p
HINOS
SUGERIDOS: 73, 227, 447 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A Bíblia denomina como Novo Nascimento a obra de Regeneração produzida pelo
ESPÍRITO SANTO. A conversa entre JESUS e Nicodemos, um doutor da Lei, revela um
dos textos bíblicos mais relevantes para a explicação da Doutrina Bíblica da
Regeneração. Essa obra pode ser também designada como "transformação de
vida de dentro para fora", "nascimento espiritual" ou
"recriação interior da vida espiritual de uma pessoa". Essas e outras
sentenças estão presentes no estudo intitulado de "Regeneração: Nascimento
e Renovação Espiritual", que se encontra na Bíblia
de Estudo Pentecostal Edição Global.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Relatar a conversa entre JESUS e Nicodemos; II)
Examinar a Doutrina da Regeneração; III) Elencar os meios da obra regeneradora.
B) Motivação: O tema da Obra da Regeneração encontra-se hierarquicamente
subordinado à Doutrina da Salvação, ou seja, ao estudo teológico da
Soteriologia. Esse conceito relaciona-se com o processo de transformação
espiritual e moral que resulta de uma mudança profunda no coração e na
personalidade do pecador. A Obra de Regeneração constitui a fundamentação de
toda a Ética Cristã, servindo como ponto de referência para uma nova forma de
pensar, sentir e agir na vida daquele que foi regenerado.
C) Sugestão de Método: O tema da Regeneração Cristã pode abordar diversos
tópicos que possibilitam uma reflexão profunda sobre como vivemos a nossa vida
moral e espiritual. Assim, sugerimos que destine um tempo no final da aula para
um momento de introspecção. Incentive a turma a ponderar sobre a necessidade de
transformação nas suas vidas pessoais. Por exemplo, você poderá levantar as
seguintes perguntas: Quais valores estão alinhados com o processo de
regeneração que experimentei? Existe coerência entre estar regenerado e não
demonstrar evidências na minha vida de que essa Regeneração realmente ocorreu?
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A Palavra de DEUS revela de forma clara que o pecador que
experimenta a Obra de Regeneração vê a sua vida espiritual e moral totalmente
transformada, visando glorificar a DEUS em todos os aspectos da sua existência.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 101, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Nicodemos", localizado
depois do primeiro tópico, aprofunda as informações a respeito de Nicodemos; 2)
No final do segundo tópico, o texto "O Amor de DEUS" estabelece uma
correlação entre a Obra da Regeneração e a Obra do Calvário como ato do Amor de
DEUS.
PALAVRA-CHAVE - Regeneração
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos uma das mais significativas obras do ESPÍRITO SANTO: a
Regeneração. Com base no diálogo entre JESUS e Nicodemos, analisaremos a
realidade do Novo Nascimento, percebendo a Regeneração como uma ação única de
DEUS por meio do ESPÍRITO. Adicionalmente, destacaremos a importância dessa
extraordinária obra na vida do pecador e os meios que DEUS disponibiliza para
que possamos vivenciar a experiência da Regeneração.
I – JESUS E NICODEMOS
1. Quem era Nicodemos?
O contexto de João 3 revela que JESUS já era uma figura conhecida em Jerusalém.
Devido ao milagre que realizou, ao transformar água em vinho, a sua fama
espalhou-se entre o povo, especialmente entre os líderes religiosos do Templo
de Jerusalém (Jo 2.2-25). Foi nesse cenário que JESUS despertou o interesse de
um mestre israelita chamado Nicodemos (Jo 3.1), um sábio judeu de grande
prestígio tanto entre o povo como entre os seus colegas fariseus. Assim,
Nicodemos procurou JESUS durante a noite para questioná-lo sobre seus
ensinamentos (Jo 3.2).
2. O reconhecimento de Nicodemos sobre JESUS como Mestre
O versículo 2 indica que Nicodemos percebeu a autoridade que o Pai concedeu a
JESUS, chamando-o de “rabi” (Jo 3.2). Neste contexto, nota-se que não existia
hostilidade nas palavras de Nicodemos para com JESUS, mas sim um genuíno
interesse em compreender o “ensino novo” apresentado pelo nosso Senhor. Este
interesse também decorre do reconhecimento de Nicodemos em relação aos milagres
realizados por JESUS, que demonstram que nosso Senhor era mais do que um
simples mestre; era um enviado de DEUS.
3. O diálogo entre JESUS e Nicodemos
A partir do versículo 3, a afirmação de JESUS sobre o conceito de “nascer de
novo” e “nascer da água e do ESPÍRITO” para poder ver o Reino de DEUS deixou
Nicodemos perplexo (Jo 3.3,5,6). As palavras “água” e “ESPÍRITO” aparecem
frequentemente ao longo do Evangelho de João, transmitindo a ideia de elementos
fundamentais para a nossa admissão no Reino Celestial. Desta forma, a
referência à “água” e ao “ESPÍRITO” recorda-nos a mensagem de João Batista
sobre o arrependimento dos pecados e uma nova forma de viver (Jo 3.31; cf. Mt
3.10-12).
SINÓPSE I - A conversa entre JESUS e Nicodemos demonstra a procura genuína pela
verdade de um líder judaico.
AUXILIO BIBLIOLÓGICO - “NICODEMOS
DEUS é especialista em encontrar e transformar pessoas que consideramos fora de
alcance. Demorou algum tempo para que Nicodemos deixasse de ser um discípulo
anônimo, mas DEUS foi paciente com este crente ‘secreto’. [...] Sabemos pouco
sobre Nicodemos, mas sabemos que ele saiu transformado daquele encontro com
JESUS; saiu com um entendimento completamente novo a respeito de DEUS e de si
mesmo.
Nicodemos era um dos membros do Sinédrio. Ele estava presente quando levaram
JESUS para ser julgado (Jo 7.50). À medida que o grupo discutia sobre como
poderia eliminar o Mestre, Nicodemos levantou a questão da justiça. Apesar de
sua objeção ser rejeitada, ele falou. Uma mudança foi operada em sua
vida.
A última ilustração sobre Nicodemos mostra-o unido a José de Arimatéia para
solicitar o corpo de JESUS, a fim de providenciar o enterro (Jo 19.39). Mesmo
percebendo que se arriscava, Nicodemos praticou um ato corajoso. Ele continuou
a crescer na fé cristã.
DEUS espera por um desenvolvimento firme, não uma perfeição instantânea. Seu
crescimento espiritual atual condiz com o tempo que você conhece JESUS?
[...] Nicodemos foi a JESUS pessoalmente, apesar de poder enviar um de seus
assistentes. Queria examinar JESUS por si próprio para separar os fatos dos
rumores” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022,
p.1419).
II – O NOVO NASCIMENTO: A OBRA DE REGENERAÇÃO
1. O Novo Nascimento
A palavra “regeneração” tem origem no termo grego palingenesia, que significa
literalmente “voltar a ser gerado novamente”. Assim, a Regeneração é um
conceito utilizado na Teologia, especialmente na Soteriologia (Doutrina da
Salvação), para descrever o ato divino de transformação interior do pecador. A
expressão “Novo Nascimento” está vinculada à doutrina bíblica da Regeneração,
referindo-se a uma mudança realizada pela graça, quando o pecador, que possui
uma natureza carnal, corrompida e caída em pecado, passa a ter uma nova
natureza, agora purificada e espiritualmente restaurada (Tg 1.18,21). JESUS
abordou este tema quando falou a Nicodemos: “aquele que não nascer de novo não
pode ver o Reino de DEUS” (Jo 3.3).
2. A Regeneração como obra exclusiva de DEUS
A Regeneração é um ato que DEUS realiza na vida do pecador, levando-o a uma
mudança radical do seu coração e provocando uma transformação profunda da sua
vida interior. Este processo acontece quando o pecador reconhece os seus erros
e a necessidade de um Salvador. Neste contexto, DEUS efetua essa obra
regeneradora através do ESPÍRITO SANTO, que concede nova vida ao pecador. Por
esta razão, a regeneração é uma ação puramente divina. Na Epístola de Tiago,
encontramos a seguinte afirmação: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do
alto”; “segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade” (Tg
1.17,18).
3. A necessidade da Regeneração do pecador
A Bíblia ensina que o ser humano é pecador. Em uma de suas cartas, o apóstolo
Paulo destaca a pecaminosidade do ser humano em razão da queda dos nossos
primeiros pais: “todos pecaram” (Rm 5.12). Assim, surge a necessidade de cada
indivíduo passar pela experiência da Regeneração (Rm 5.19). Esta magnífica obra
foi confirmada pelo Senhor JESUS durante sua morte sacrificial (Fp 2.8). Na
Cruz, Ele conquistou a oportunidade de vivermos uma nova vida (1 Pe 3.18).
Portanto, devido à nossa natureza pecaminosa e ao que JESUS realizou na Cruz, a
ação regeneradora do ESPÍRITO SANTO é essencial para todos os seres humanos.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“Provavelmente por suas muitas ocupações, por desejar ser discreto ou mesmo por
temer ser descoberto, Nicodemos procurou JESUS de noite. As conversas à luz do
dia entre os fariseus e JESUS tendiam a ser hostis, mas Nicodemos queria
realmente aprender. Este homem provavelmente recebeu muito mais do que
esperava: um desafio para uma nova vida!” Amplie mais o seu conhecimento, lendo
a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.1419.
SINÓPSE II - O ser humano é, por natureza, um pecador. Por isso, a obra de
regeneração é uma ação exclusiva de DEUS.
“Neste contexto, DEUS efetua essa obra regeneradora através do ESPÍRITO SANTO,
que concede nova vida ao pecador. Por esta razão, a regeneração é uma ação
puramente divina.”
AUXILIO BIBLIOLÓGICO - O AMOR DE DEUS
“[...] A nossa salvação acontece quando olhamos para JESUS, crendo que Ele irá
salvar-nos. DEUS nos tem dado este precioso Caminho, a fim de que possamos ser
curados da ferida fatal, infligida pelo pecado! [...] O amor de DEUS não é
estático ou egoísta; alcança e atrai os outros. Aqui, percebemos que DEUS
estabeleceu o exemplo do verdadeiro amor, a base para todos os relacionamentos
amorosos: quem ama alguém carinhosamente está disposto a dar-se gratuitamente,
a ponto de sacrificar a si mesmo. O amor de DEUS o levou a pagar o preço da
redenção do homem: a vida de seu Filho; o mais alto preço que Ele poderia
pagar. JESUS aceitou nossa punição, pagou o preço por nossos pecados, e nos
ofereceu uma nova vida, que comprou para nós. Quando partilhamos as Boas Novas
com os outros, nosso amor deve ser como o de JESUS; devemos prontamente
desistir de nosso conforto e segurança, caso seja necessário, para que outros
possam unir-se a nós e receber o amor de DEUS!” (Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1413).
III – OS MEIOS DA OBRA REGENERADORA
1. A operação do ESPÍRITO SANTO
O conceito de “nascer da água” refere-se, de forma metafórica, à ação
purificadora do ESPÍRITO. Embora muitos interpretem a “água” no Evangelho de
João como uma alusão ao batismo cristão, a regeneração que se produz não é algo
físico ou material, mas sim uma transformação interior que apenas o ESPÍRITO
SANTO pode realizar. Nesse sentido, o “nascer da água” simboliza a obra
purificadora do ESPÍRITO, referindo-se àqueles que são “nascidos do ESPÍRITO”
(Jo 3.5,8). De certa forma, o modo como se manifesta a Regeneração na vida do
salvo possui um caráter misterioso. No entanto, é inegável que aqueles que
vivenciam essa experiência recebem, mediante a ação do ESPÍRITO, uma nova vida
em CRISTO e a “lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO” (Tt
3.5).
2. A Palavra de DEUS
A Palavra de DEUS tem poder regenerador na vida do pecador, conforme podemos
ler na Epístola do apóstolo Pedro: “sendo de novo gerados, não de semente
corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de DEUS, viva e que permanece
para sempre” (1 Pe 1.23). Semelhante, em Tiago lemos que pela sua vontade, DEUS
nos “gerou pela palavra da verdade” (Tg 1.18). Portanto, o Novo Testamento
apresenta com clareza o caráter regenerador da Palavra de DEUS. Por isso ela é
tão poderosa, viva e eficaz, pois alcança o lugar mais profundo do pecador que
mensagem humana alguma tem poder de alcançar (Hb 4.12). Ela é a semente de que
o ESPÍRITO SANTO se serve para gerar uma “nova criatura”.
3. A Vontade soberana de DEUS
A Palavra de DEUS ensina que é intenção divina que todos os seres humanos
alcancem a salvação e cheguem ao conhecimento da verdade (1 Tm 2.3,4). O plano
de salvação de DEUS revela a sua vontade perfeita, desejando que ninguém seja
condenado eternamente, como é mencionado na Epístola de Pedro (2 Pe 3.9). No
entanto, segundo a sua vontade permissiva, as pessoas têm a liberdade de fazer
escolhas, decidindo se buscam ou não o perdão divino e, por consequência, a
vida eterna (Lc 7.30; At 7.51). Logo, o ser humano não pode escapar da sua
tomada de decisão.
SINÓPSE III - A ação do ESPÍRITO, a Palavra de DEUS e a vontade soberana divina
são os instrumentos através dos quais DEUS atua na regeneração do pecador.
CONCLUSÃO
A obra de Regeneração do ESPÍRITO SANTO possibilita ao pecador a participação
na natureza divina (Gl 4.7). Este recebe pleno acesso ao Reino de DEUS, bem
como a sua filiação divina “aos que creem no seu nome” (Jo 1.12). Dessa forma,
assim que o pecador se arrepende e aceita o Evangelho, o ESPÍRITO SANTO começa
a residir nele e realiza a obra de Regeneração, capacitando-o para enfrentar a
sua velha natureza e garantindo que ele alcance a vitória total em CRISTO
JESUS.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quem era Nicodemos? Um sábio judeu de grande prestígio tanto entre o povo
quanto entre os seus colegas fariseus.
2. Que afirmação de JESUS deixou Nicodemos perplexo? A afirmação de JESUS sobre
o conceito de “nascer de novo” e “nascer da água e do ESPÍRITO” para poder ver
o Reino de DEUS deixou Nicodemos perplexo (Jo 3.3,5,6).
3. O que se entende por Regeneração? A Regeneração é um conceito
utilizado na Teologia, especialmente na Soteriologia (Doutrina da Salvação),
para descrever o ato divino de transformação interior do pecador.
4. Por qual razão todos os seres humanos necessitam de Regeneração? Devido à
nossa natureza pecaminosa e ao que JESUS realizou na Cruz, a ação regeneradora
do ESPÍRITO SANTO é essencial para todos os seres humanos.
5. Qual é o significado da expressão “nascer da água”? O conceito de “nascer da
água” refere-se, de forma metafórica, à ação purificadora do ESPÍRITO.
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LIÇÃO 5, BETEL, O NOVO NASCIMENTO NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA
Escrita Lição 5, Betel, O Novo Nascimento, O Diálogo Transformador
com Nicodemos, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 99991520454 (Tel) Luiz Henrique de Almeida
Silva
EBD Editora Betel | 3° Trimestre De
2025 | TEMA: JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS: A verdade que
Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de
João | Escola Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- CONVERSANDO COM O FILHO DE DEUS
1.1. Um encontro improvável
1.2. É necessário nascer de novo
1.3. O que significa nascer de novo
2- COMPREENDENDO O NOVO NASCIMENTO
2.1. O novo nascimento transforma vidas
2.2. A necessidade do novo nascimento
2.3. A ação do ESPÍRITO SANTO no novo nascimento
3- NICODEMOS NO EVANGELHO DE JOÃO
3.1. Nicodemos reconheceu JESUS como Mestre
3.2. Nicodemos rejeita a condenação do Mestre
3.3. Nicodemos leva especiarias para ungir o corpo de JESUS
TEXTO ÁUREO
“Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é; as coisas
velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 2 Соríntios 5.17.
VERDADE APLICADA
Somente o conhecimento intelectual da Bíblia e a boa vontade não
nos dispensam de passar pelo novo nascimento para entrar no Reino de DEUS.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Identificar a preocupação de Nicodemos com a sua própria
situação espiritual
- Destacar a importância do novo nascimento na vida do crente.
- Saber que Nicodemos amou JESUS até a Sua morte.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - João 3.1-6
1 E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 Este foi ter de noite com JESUS, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
Mestre, vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS
não for com ele.
3 JESUS respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS;
4 Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode
tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 JESUS respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da
água e do ESPÍRITO não pode entrar no reino de DEUS.
6 O que é nascido da carne, é carne, e o que é nascido do ESPÍRITO, é espírito.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 3.4 A conversa com Nicodemos.
TERÇA | Jo 3.3 O momento da conversa com o Filho de DEUS.
QUARTA | Jo 7.45-53 Nicodemos fala em defesa de JESUS.
QUINTA | Jo 3.7 Como entrar no Reino de DEUS.
SEXTA | Jo 7.46 Ninguém falou assim com o Filho de DEUS.
SÁBADO | Jo 19.38,9 Nicodemos no sepultamento de JESUS.
HINOS SUGERIDOS: 165, 227, 345
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que possamos reconhecer a necessidade de nascer de novo.
PONTO DE PARTIDA: É necessário nascer de novo.
INTRODUÇÃO
Veremos, nesta
lição, o encontro do fariseu Nicodemos com o Filho de DEUS, que lhe fala sobre
a necessidade do novo nascimento. Além do singular encontro, abordaremos outros
dois textos no Evangelho de João que mencionam Nicodemos. Com a indispensável
ajuda do ESPÍRITO SANTO, é possível extrair desses registros lições preciosas
para o nosso crescimento em CRISTO.
1- CONVERSANDO
COM O FILHO DE DEUS
Nicodemos
reconheceu que JESUS foi enviado por DEUS: “Bem sabemos que és Mestre vindo de DEUS,
porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele”,
Jo 3.2. JESUS explicou a Nicodemos que, para entrar no Reino de DEUS,
é preciso nascer de novo (Jo 3.3). Isso gerou dúvida no religioso, que
questionou como um homem velho poderia nascer novamente se não teria como
voltar ao ventre de sua mãe (Jo 3.4).
1.1. Um
encontro improvável
Nicodemos tinha
uma posição respeitada na sociedade da época, já que era um príncipe dos judeus
(Jo 3.1). Além disso, ele era fariseu, ou seja, pertencia ao núcleo mais
rigoroso do judaísmo, constituído essencialmente por pessoas da classe média,
com grande autoridade entre o povo e muitos protocolos a seguir (Jo 12.42,43).
Isso significa que Nicodemos era meticuloso quanto ao cumprimento da Lei
Mosaica, tornando o encontro com JESUS um insulto ao seu legalismo.
Revista
Betel Dominical, 2º Trimestre de 2002, Lição 5: “Este diálogo, travado entre JESUS
e uma pessoa especificada, é o mais bem desenvolvido de todos. Como Nicodemos é
tão claramente identificado, é possível traçar-se uma clara imagem de sua
personalidade e do propósito de sua visita. Como um dos principais dos
fariseus, pertencia à fraternidade mas profundamente religiosa de todo o
judaísmo. Como líder dos judeus, integrava o supremo organismo jurídico
permitido pelos romanos, o Sinédrio, encarregado da liderança espiritual e
moral da nação. Como mestre de Israel, era um teólogo preocupado com a
verdadeira compreensão e ensino da revelação dada por DEUS”.
1.2. É
necessário nascer de novo
Nicodemos devia
estar inseguro quanto à sua situação espiritual, por isso foi ver JESUS (Jo
3.2). Mesmo sendo membro do Sinédrio, que tinha cerca de setenta membros,
Nicodemos estava carente de DEUS (Sl 42.1,2). O Sinédrio tinha o poder de
decidir todas as questões além da jurisdição das cortes locais. Apesar de sua
importância e de ser conhecedor das Escrituras, Nicodemos só ouviu sobre a
necessidade de nascer de novo ao encontrar JESUS (Jo 3.3). Mais tarde, ele
defendeu o Mestre quando os fariseus e os principais dos sacerdotes queriam
prender JESUS durante a Festa dos Tabernáculos em Jerusalém (Jo 7.45-53).
Revista
Betel Dominical, 4º Trimestre de 2017, Lição 5: “A regeneração causada pelo
efeito do novo nascimento acontece individualmente, no interior de cada cristão
(1Pe 1.23). É o ato pelo qual o pecador recebe vida espiritual através da graça
soberana de DEUS e obra especial do ESPÍRITO SANTO, passando a compreender e
discernir as coisas espirituais. Sem o novo nascimento não existe qualquer
esperança para a salvação. JESUS disse a Nicodemos que o novo nascimento era
uma necessidade, sem a qual não havia possibilidade alguma de se fazer parte do
Reino de DEUS (Jo 3.5). Interessante que o termo ‘novo, no grego ‘anothen,
significa ‘oriundo do alto, de cima’; por isso, é utilizado se referindo a tudo
que tem origem celestial ou do céu. Assim, é possível dizer ‘nascer do alto’
ou ‘nascer de DEUS’ (Jo 1.13).
1.3. O que
significa nascer de novo
Conforme
o Dicionário Grego do Novo Testamento de Strong, a expressão “nascer”,
dentre outros sentidos, indica “gerar, no sentido ativo, referindo-se a DEUS,
que tem a prerrogativa de gerar em um sentido espiritual; transmissão de uma
nova vida e de um novo espírito em CRISTO (1Jo 5.1)”. E a expressão “novo”
aponta para o que “é de DEUS”. Assim, “nascer de novo” é nascer de DEUS (Jo
1.13), receber de DEUS uma nova vida espiritual. Trata-se de uma ação que tem
origem celestial. É a operação do grande poder em nós (Ef 1.19); não por sermos
merecedores, mas porque DEUS é riquíssimo em misericórdia e por Seu grande amor
(Ef 2.4).
Revista
Betel Dominical, 4º Trimestre de 2017, Lição 5:”Um termo sinônimo para novo
nascimento é ‘regeneração’. A palavra ‘regeneração’ significa “voltar a criar”.
É uma referência ao ato pelo qual o homem caído é recriado internamente a uma
condição que lhe permite ter comunhão com DEUS. Em outras palavras, o novo
nascimento é a renovação espiritual da imagem de DEUS no homem (Ef 4.24; Cl
3.10). A nossa condição antes da regeneração era esta: “Entenebrecidos no
entendimento, separados da vida de DEUS pela ignorância que há neles, pela
dureza do seu coração” (Ef 4.18).
EU ENSINEI QUE:
JESUS explicou
a Nicodemos que, para entrar no Reino de DEUS, é preciso nascer de novo.
2-
COMPREENDENDO O NOVO NASCIMENTO
Nascer de novo
é passar por uma mudança profunda (Gl 2.20), começar novamente e renovar-se
espiritualmente (2Co 5.17). O Filho de DEUS nos livrou da lei do pecado e da
morte (Rm 8.2).
2.1. O novo
nascimento transforma vidas
Quando alguém
nasce de novo, há um desejo de viver a nova vida pautada nos ensinamentos do
Filho de DEUS (1 Jo 2.24-28). Isso acontece porque a mudança proposta por JESUS
é uma mudança de consciência, não de aparência (At 24.16). Quando Nicodemos
ouviu JESUS falar de novo nascimento, ele não conseguiu perceber que se
tratava de uma nova consciência, de morrer para os próprios desejos (1Jo
2.16,17). Ο novo nascimento nos leva a abandonar práticas antigas para viver
uma nova vida em CRISTO (1Jo 1.9).
Obs.:
Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já
passaram; eis que tudo se fez novo. 2 Coríntios 5:17. Nascer de novo muda
caráter, moral e identificação. De criatura passa a ser filho de DEUS. De pecador a santo. Fazíamos boas obras para
sermos salvos, agora fazemos boas obras porque somos já salvos. (Pr. Henrique).
Revista
Betel Dominical, 4° Trimestre de 2017, Lição 5: “O apóstolo Paulo em sua
primeira Carta aos Coríntios 2.14 diz: “Ora, o homem natural não compreende as
coisas do ESPÍRITO de DEUS, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las,
porque elas se discernem espiritualmente. Escrevendo aos efésios, o apóstolo
Paulo descreve o novo nascimento como uma ressurreição de entre os mortos (Ef
2.5,6). Ou seja, quando estávamos mortos em nossos delitos e pecados, a
primeira coisa que DEUS realizou em nossas vidas foi ressuscitarmos
espiritualmente para que pudéssemos compreender, ver, ouvir e receber o
espiritual, e, dessa maneira, ter comunhão com Ele através da fé”.
2.2. A
necessidade do novo nascimento
Todos os seres
humanos têm necessidade do novo nascimento para se reconciliar com DEUS. O
autor da Carta aos Hebreus recomenda não nos afastarmos de DEUS: “Vede, irmãos,
que não haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do DEUS
vivo”, Hb 3.12. JESUS ensinou a Nicodemos que todos precisam nascer de
novo para entrar no Reino de DEUS (Jo 3.3). JESUS disse a Nicodemos que aquele
que é nascido da carne é carne, e o nascido do ESPÍRITO é espírito (Jo 3.6).
Obs.:
nascido do ESPÍRITO é espírito - tem vida no ESPÍRITO SANTO, vida espiritual
(Pr. Henrique).
Ralph
Earle & Joseph Mayfield (2019, p.50): “O gerado sempre é semelhante ao que
o gerou. A aliança antiga só pode produzir a vida antiga. A escuridão gera
escuridão. A lei, que é para aqueles que estão sem lei, não pode gerar uma vida
boa. Se alguém quer ter vida, a fonte deve ser o ESPÍRITO. A preposição usada
nesta última frase é muito clara. Uma tradução literal seria “O que é nascido a
partir do ESPÍRITO é espírito”.
2.3. A ação do ESPÍRITO SANTO no novo nascimento
A nova criação,
que Paulo em Efésios expressa como “criados em CRISTO JESUS” (Ef
2.10), é levada a efeito pela ação do ESPÍRITO SANTO: “nascer do ESPÍRITO” (Jo
3.5,6). O ESPÍRITO SANTO opera o novo nascimento e nos concede uma nova vida em
CRISTO (Tt 3.5). E, após o novo nascimento, o mesmo ESPÍRITO habita na nova
criatura operando outras obras: capacitação, fruto, ajuda, santificação e
tantas outras. Como o próprio Senhor disse: o ESPÍRITO está com os discípulos
de CRISTO e vive com os Seus discípulos (Jo 14.16-17).
Revista
Betel Dominical, 4º Trimestre de 2017, Lição 5:”Assim como o ESPÍRITO SANTO
desempenhou um papel na criação (Gn 1.2) a regeneração é Obra do ESPÍRITO SANTO
no íntimo das pessoas. Como o Senhor JESUS CRISTO foi gerado pelo ESPÍRITO SANTO,
assim, pela operação do mesmo ESPÍRITO, somos “feitos filhos de DEUS” (Jo
1.12). Como já visto anteriormente, antes do novo nascimento, o ser humano
está, espiritualmente, morto em ofensas e pecados. A regeneração é DEUS agindo
em favor do homem: “E porei em vós o meu ESPÍRITO, e vivereis…” (Ez 37.14). O ESPÍRITO
SANTO é o ESPÍRITO de Vida (Rm 8.2). Logo, o novo nascimento não é somente uma
doutrina, mas uma realidade”.
EU ENSINEI QUE:
O novo
nascimento nos leva a viver uma nova vida em CRISTO.
3- NICODEMOS NO
EVANGELHO DE JOÃO
O nome
Nicodemos, no grego, significa “conquistador por povo” ou “vencedor sobre o
povo”. Somente o Evangelho de João menciona esse homem. Os registros revelam um
homem interessado em conhecer mais sobre JESUS; posteriormente, argumentando
com os principais dos sacerdotes e fariseus a favor de JESUS; e participando da
preparação do corpo de JESUS e Seu sepultamento.
3.1. Nicodemos reconheceu JESUS como Mestre
JESUS era
amplamente reconhecido por Suas palavras e ensinamentos, sendo chamado tanto de
“Rabi” quanto de “Senhor”, títulos que evidenciavam o respeito que o povo
nutria por Ele como Mestre. Esse reconhecimento não se limitava apenas ao povo
comum, mas também alcançou membros da elite religiosa judaica. Nicodemos, um
fariseu e membro do Sinédrio, rompeu com o preconceito dominante entre as
autoridades religiosas ao buscar JESUS para aprender com Ele. Apesar da
resistência de seus pares, Nicodemos reconheceu a autoridade de CRISTO,
dirigindo-se a Ele com respeito e admiração: “Rabi, bem sabemos que és Mestre
vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não
for com ele”, (João 3:2). A atitude de Nicodemos nos lembra que o verdadeiro
discipulado exige humildade para reconhecer a verdade e coragem para romper com
paradigmas estabelecidos.
D.A.
Carson (O Comentário de João, Shedd Publicações, 1ª Edição Abril de 2007, p.
187): “Embora fosse um mestre destacado, Nicodemos se dirigiu a JESUS com um
colegial rabi. Em certo sentido, isso valeu mais que quando a mesma palavra foi
pronunciada por dois discípulos de João Batista não informados (1.38); foi
certamente mais respeitoso que o tom de alguns dos colegas de Nicodemos (7.15,
45-52). Tampouco, este desdenhava os milagres de JESUS como aqueles que
atribuíram suas Obras ao poder de Satanás (8.48, 52). É a evidência dos sinais
miraculosos que convence Nicodemos de que JESUS não é um mestre comum: Ele deve
ser um mestre que veio de DEUS – o que certamente não é uma confissão da
preexistência de JESUS, mas um reconhecimento de que DEUS estava peculiarmente
com Ele […].”
3.2. Nicodemos
rejeita a condenação do Mestre
Nicodemos era
membro do Sinédrio. João relatou que os principais sacerdotes e fariseus
enviaram servos para prender JESUS, mas eles não conseguiram executar a missão,
pois as palavras de JESUS tinham autoridade (Jo 7.46). Nicodemos protestou
contra a condenação de JESUS pelos líderes religiosos, uma vez que Ele não teve
chance de se defender (Jo 7.51).
F.F.
Bruce (1987, p. 165): “A regra a qual Nicodemos apela é assim formulada na
literatura rabínica: ‘Carne e sangue podem julgar um homem depois de ouvir suas
palavras; sem ouvi-las, não podem pronunciar julgamento. A lei romana coincidia
com a lei judaica neste aspecto […] Mas até o protesto de Nicodemos só
conseguiu da maioria irada a sugestão desdenhosa de que ele mesmo também se
tornará galileu”. O argumento usado pelos principais dos sacerdotes e fariseus
(Jo 7.52) demonstra como eram ignorantes a respeito de JESUS, inclusive sobre a
região de seu nascimento.
Obs.:
JESUS nasceu em Belém, na Judeia, mas morou na Galileia. (Pr. Henrique).
3.3. Nicodemos
leva especiarias para ungir o corpo de JESUS
No último
registro sobre Nicodemos no Evangelho de João, vemos que ele participou, junto
com José de Arimateia, da preparação do corpo de JESUS e de Seu sepultamento.
Nicodemos levou uma grande quantidade de especiarias para ungir o corpo de JESUS:
“E foi também Nicodemos (aquele que, anteriormente, se dirigira de noite a JESUS),
levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés”, Jo 19.39.
F.F.
Bruce (1987, pp. 324-325): “Mesmo que esta mistura de aloés e mirra não fosse
um unguento tão caro como o ‘nardo puro’ de Maria de Betânia (12.3-5), uma
quantidade tão grande deve ter representado uma despesa que somente um homem
excepcionalmente rico podia fazer. Entretanto, por que razão foi trazida uma
quantidade tão grande de substância aromáticas para sepultar um homem? Não
ficaríamos surpresos se todo este preparo fosse um sepultamento real mas, aos
olhos de Nicodemos, e provavelmente também de José, o sepultamento de JESUS
tinha tal natureza. Para eles, JESUS era verdadeiramente o que a inscrição na
cruz proclamara através de zombaria – O Rei dos Judeus”.
EU ENSINEI QUE:
Nicodemos
rompeu com o preconceito dos fariseus ao reconhecer JESUS como Mestre.
CONCLUSÃO
Concluímos que,
porque todos pecaram (Rm 3.23), todos precisam se submeter à condição
estabelecida por DEUS para entrar em Seu Reino: o novo nascimento. Essa
experiência é resultado da ação do ESPÍRITO SANTO e da Palavra de DEUS
na vida daquele que crê em JESUS CRISTO e se arrepende de seus pecados (At
2.38; 3.19), resultando em um viver como nova criatura em CRISTO (2Co 5.17).
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