Escrita Lição 7, Central Gospel, Sacrifícios Voluntários, Um Caminho para a Nova Aliança, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 7 / ANO
2- N° 4
ESBOÇO DA LIÇÃO 7, CENTRAL GOSPEL, 1Tr2025
1. HOLOCAUSTO: A CONSAGRAÇÃO TOTAL AO SENHOR
1.1. O ritual do holocausto
1.2. Aspectos tipológicos do holocausto
1.2.1. Obediência suprema: a entrega voluntária de CRISTO
1.2.2. Cinzas de aceitação: a prova do sacrifício aceito por DEUS
1.2.3. Aroma de santidade: a vida consagrada como testemunho de
CRISTO
2. OFERTA DE MANJARES: O SERVIÇO DEVOTO AO CRIADOR
2.1. O ritual da oferta de manjares
2.2. Aspectos tipológicos da oferta de manjares
3. OFERTA DE PAZ: A COMUNHÃO ÍNTIMA COM DEUS
3.1. O ritual da oferta de paz
3.2. Aspectos tipológicos da oferta de paz
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Efésios 2.13-18
13 Mas, agora, em CRISTO JESUS, vós, que antes estáveis longe, já
pelo sangue de CRISTO chegastes perto.
14 Porque ele é a nossa paz, O qual de ambos os povos fez um; e,
derribando a parede de separação que estava no meio,
15 na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos,
que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem,
fazendo a paz,
16 - e, pela cruz, reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando
com ela as inimizades.
17 E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos
que estavam perto;
18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo ESPÍRITO.
TEXTO ÁUREO
Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome,
Ó Senhor, porque é bom. Salmo 54.6
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Ageu 1.3-4
Despertados para ofertas voluntárias.
3ª feira - 1 Crônicas 29.20-24
Expiação para reconciliar a todo o Israel.
4ª feira - Hebreus 10.19-23
Um novo e vivo caminho.
5ª feira - 2 Coríntios 5.20,21
Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós.
6ª feira - Efésios 5.1,2
CRISTO se entregou em cheiro suave.
Sábado - Romanos 5.1-11
Sendo, pois, justificados pela fé.
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- reconhecer a necessidade de oferecer louvor e adoração
ao Senhor por todas as bênçãos recebidas;
- entender que há oportunidades de trabalho disponíveis
para todos que estiverem dispostos a contribuir;
- buscar com diligência o propósito de DEUS para sua
vida, visando alcançar o sucesso.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, incentive seus alunos a
refletirem sobre a importância de estarmos constantemente agradecendo ao
Senhor. E essencial que cada cristão compreenda que tudo o que possuímos ou
somos provém de DEUS.
A própria Bíblia nos instrui a darmos graças em
todas as circunstâncias, não apenas pelas grandes bênçãos ou milagres
extraordinários, mas também pelas pequenas coisas do cotidiano, que muitas
vezes nos parecem já garantidas.
Excelente aula!
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 7, CENTRAL GOSPEL, 1Tr2025
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Por que DEUS exigia sacrifícios de animais no Velho Testamento?
Resposta
DEUS exigia sacrifícios de animais para que a humanidade pudesse
receber perdão dos seus pecados (Levítico 4:35; 5:10). Para começar,
sacrifício de animal é um tema importante encontrado por todas as Escrituras.
Quando Adão e Eva pecaram, animais foram mortos por DEUS para providenciar
vestimentas para eles (Gênesis 3:21). Caim e Abel trouxeram ofertas ao Senhor.
A de Caim foi inaceitável porque ele trouxe frutas, enquanto a de Abel foi
aceitável porque ele trouxe “das primícias do seu rebanho e da gordura deste”
(Gênesis 4:4-5). Depois que o dilúvio recuou, Noé sacrificou animais a DEUS.
Esse sacrifício de Noé foi de aroma agradável ao Senhor (Gênesis 8:20-21). DEUS
ordenou que Abraão sacrificasse seu filho Isaque. Abraão obedeceu a DEUS, mas
quando Abraão estava prestes a sacrificar a Isaque, DEUS interveio e
providenciou um carneiro para morrer no lugar de Isaque (Gênesis 22:10-13).
O sistema de sacrifícios atinge seu ponto máximo com a nação de Israel. DEUS
ordenou que essa nação executasse inúmeros sacrifícios diferentes. De acordo
com Levítico 1:1-4, um certo procedimento era para ser seguido. Primeiro,
o animal tinha que ser perfeito. Segundo a pessoa que estava oferecendo o
animal tinha que se identificar com ele. Então, a pessoa oferecendo o animal
tinha que infligir morte ao animal. Quando feito em fé, esse sacrifício
providenciava perdão dos pecados. Um outro sacrifício chamado de dia de expiação,
descrito em Levítico 16, demonstra perdão e a retirada do pecado. O grande
sacerdote tinha que levar dois bodes como oferta pelo pecado. Um dos bodes era
sacrificado como uma oferta pelo pecado do povo de Israel (Levítico 16:15), enquanto
o outro bode era para ser solto no deserto (Levítico 16:20-22). A oferta pelo
pecado providenciava perdão, enquanto o outro bode providenciava a retirada do
pecado.
Por que, então, não oferecemos mais sacrifícios de animais nos dias de hoje? O
sacrifício de animais terminou porque JESUS CRISTO foi o sacrifício supremo.
João Batista confirmou isso quando O viu pela primeira vez: “Eis o Cordeiro de DEUS,
que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). Você pode estar se perguntando: “por
que animais? O que eles fizeram de errado?” Esse é justamente o ponto: já que
os animais não fizeram nada de errado, eles morreram no lugar daquele que
estava executando o sacrifício. JESUS CRISTO também não tinha feito nada de
errado, mas voluntariamente entregou-Se a morrer pelos pecados da humanidade (1
Timóteo 2:6). Muitas pessoas chamam de substituição essa ideia de morrer no
lugar de outra pessoa. JESUS CRISTO tomou para Si o nosso pecado e morreu no
nosso lugar. 2 Coríntios 5:21 diz: “Aquele que não conheceu pecado,
ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de DEUS.”
Através de fé no que JESUS CRISTO cumpriu na cruz qualquer pessoa pode receber
perdão.
Em resumo, os sacrifícios de animais foram ordenados por DEUS para que tal
pessoa pudesse experimentar do perdão dos pecados. O animal servia como um
substituto – quer dizer, o animal morreu no lugar do pecador. Sacrifício de
animais parou com JESUS CRISTO. JESUS CRISTO foi o substituto sacrificial
supremo e é agora o mediador entre DEUS e os homens (1 Timóteo 2:5).
Sacrifícios de animais serviam como um sinal do que estava para vir – o
sacrifício de CRISTO a nosso favor. A única base sobre a qual o sacrifício de
um animal providenciaria perdão dos pecados é o fato de que CRISTO iria Se
sacrificar pelos nossos pecados, providenciando o perdão que aqueles animais
podiam apenas ilustrar e prenunciar.
Quais foram os vários sacrifícios no Antigo Testamento?
Resposta
Existem cinco tipos principais de sacrifícios, ou ofertas, no
Antigo Testamento. O holocausto (Levítico
1; 6:8-13; 8:18-21; 16:24), a oferta de manjares (Levítico
2; 6:14–23), o sacrifício pacífico (Levítico 3; 7:11–34 ), a oferta
pelo pecado (Levítico 4; 5:1–13; 6:24–30; 8:14–17; 16:3–22)
e a oferta pela culpa (Levítico 5:14–19; 6:1– 7; 7:1-6). Cada um
desses sacrifícios envolvia certos elementos, sejam animais ou frutos do campo,
e tinha um propósito específico. A maioria era dividida em duas ou três porções
— a porção de DEUS, a porção para os levitas ou sacerdotes e, se houvesse uma
terceira, uma porção mantida pela pessoa que oferecia o sacrifício. Os
sacrifícios podem ser amplamente categorizados como ofertas voluntárias ou
obrigatórias.
Sacrifícios Voluntários
Houve três ofertas voluntárias. A primeira foi o holocausto, um ato voluntário
de adoração para expressar devoção ou compromisso com DEUS. Também foi usada
como uma expiação pelo pecado não intencional. Os elementos do holocausto eram
um touro, um pássaro ou um novilho sem defeito. A carne, ossos e órgãos do
animal deveriam estar totalmente queimados, e essa era a porção de DEUS. O
couro do animal era dado aos levitas, que mais tarde poderiam vendê-lo para
ganhar dinheiro para si mesmos.
A segunda oferta voluntária era a oferta dos manjares, na qual o fruto do campo
era oferecido na forma de um bolo ou pão assado feito de grãos, farinha fina,
azeite e sal. A oferta dos manjares era um dos sacrifícios acompanhados por uma
oferta de bebida de um quarto de him (cerca de um litro) de vinho, o qual era
derramado no fogo sobre o altar (Números 15:4–5). O propósito dessa oferta era
expressar gratidão em reconhecimento da provisão de DEUS e boa vontade
imerecida para com a pessoa fazendo o sacrifício. Os sacerdotes recebiam uma
parte dessa oferta, mas ela precisava ser comida dentro da corte do
tabernáculo.
A terceira oferta voluntária era o sacrifício pacífico, que consistia em
qualquer animal imaculado do rebanho do adorador, e/ou vários grãos ou pães. Este
era um sacrifício de ação de graças e comunhão seguido por uma refeição
compartilhada. O sumo sacerdote recebia o peito do animal; o sacerdote
oficiante recebia a perna dianteira direita. Estes pedaços da oferta eram
chamados de "ofertas movidas" porque eram movidos ou levantados sobre
o altar durante a cerimônia. A gordura, os rins e o lóbulo do fígado eram dados
a DEUS (queimados), e o restante do animal era para os participantes comerem,
simbolizando a provisão de DEUS. A oferta de votos, a oferta de ação de graças
e a oferta voluntária mencionada no Antigo Testamento eram todas ofertas
pacíficas.
Sacrifícios Obrigatórios
Havia dois sacrifícios obrigatórios na lei do Antigo Testamento. O primeiro foi
a oferta pelo pecado. O propósito da oferta pelo pecado era expiar o pecado e
purificar da corrupção. Havia cinco elementos possíveis de um sacrifício pelo
pecado — um novilho, um bode, uma cabra, uma pomba ou 1/10 de efa de farinha. O
tipo de animal dependia da identidade e situação financeira do doador. Uma
cabra era a oferta pelo pecado para a pessoa comum, a farinha fina era o
sacrifício dos muito pobres, um touro jovem era oferecido pelo sumo sacerdote e
a congregação como um todo e assim por diante. Cada um desses sacrifícios tinha
instruções específicas sobre o que fazer com o sangue do animal durante a
cerimônia. As porções gordurosas e o lóbulo do fígado e dos rins eram dados a DEUS
(queimados); o resto do animal era totalmente queimado no altar e as cinzas ou
eram jogadas fora do acampamento (como expiação pelo sumo sacerdote e pela
congregação) ou devoradas dentro do pátio do tabernáculo.
O outro sacrifício obrigatório era a oferta pela culpa, e esse sacrifício era
exclusivamente um novilho. A oferta pela culpa era dada como expiação por
pecados não intencionais que exigiam reembolso a uma parte ofendida, e também
como uma purificação de pecados profanos ou doenças físicas. Novamente, as
porções de gordura, os rins e o fígado eram oferecidos a DEUS, e o restante do
novilho tinha que ser comido dentro da corte do tabernáculo.
Os sacrifícios no Antigo Testamento apontavam para o sacrifício perfeito e
final de CRISTO. Como no resto da Lei, os sacrifícios eram "sombra das
coisas que haviam de vir; porém o corpo é de CRISTO" (Colossenses 2:17).
Os cristãos hoje reconhecem a morte expiatória de CRISTO na cruz como o único
sacrifício necessário pelo pecado, oferecido de uma vez por todas (Hebreus
10:1–18). Sua morte abriu o "SANTO dos Santos" para nós (Hebreus
10:19–22) para que pudéssemos entrar livremente na presença de DEUS e oferecer
nosso "sacrifício de louvor" (Hebreus 13:15; cf.
9:11–28; 4:14—5:10).
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Lição 10, O Sistema de Sacrifícios - 2º
Trimestre de 2019 - O Tabernáculo - Símbolos da Obra Redentora de CRISTO -
Comentário: Pr Elienai Cabral
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
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Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2019/06/licao-10-o-sistema-de-sacrificios-4.html
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2019/06/escrita-licao-10-o-sistema-de.html
Vídeo da Lição 10 - https://www.youtube.com/watch?v=Y-TukmO-dOo
Resumo da Lição 10, O Sistema de Sacrifícios
I – A OFERTA VOLUNTÁRIA: O HOLOCAUSTO (Lv 1.1-3)
1. O conceito de holocausto.
2. O que era a oferta de holocausto?
3. Uma oferta voluntária.
4. O sacrifício de CRISTO foi um “holocausto” agradável ao Pai.
II – A OFERTA DE MANJARES (Lv 2.1-3)
1. O significado da oferta.
2. Como era a oferta de manjares?
3. A oferta aponta para um alimento espiritual.
III - A OFERTA PACÍFICA, O SACRIFÍCIO PELO PECADO E O DIA DA
EXPIAÇÃO (Lv 3.1,2; 7.1,2)
1. O que era a oferta pacífica?
2. A simbologia da oferta pacífica.
3. O que era a oferta pelo pecado?
4. O grande dia da expiação.
TEXTO ÁUREO
“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em
CRISTO JESUS, ao qual DEUS propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para
demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a
paciência de DEUS.” (Rm 3.25).
VERDADE PRÁTICA
JESUS CRISTO executou, na cruz, o sacrifício perfeito, obtendo, por meio de seu
sangue, e de uma vez por todas, a redenção eterna para todos os que creem nEle.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Lv 6.8-13; Hb 10.4-10 A oferta de holocaustos
Terça – Lv 6.14-23 A oferta de manjares
Quarta – Lv 7.11-21 A oferta pacífica
Quinta – Lv 6.24-30 A oferta pela expiação do pecado
Sexta – Lv 7.1-10 A oferta pela expiação da culpa
Sábado – Lv 16.1-23 O grande Dia da Expiação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Levítico 1.1-3; 2.1-3; 3.1,2; 7.1,2; 1
João 2.1,2
Levítico 1.1-3
1 - E chamou o SENHOR a Moisés e falou com ele da tenda da congregação,
dizendo: 2 - Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vós
oferecer oferta ao SENHOR, oferecereis as vossas ofertas de gado, de vacas e de
ovelhas. 3 - Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem
mancha; à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade,
perante o SENHOR.
2.1-3
1 - E, quando alguma pessoa oferecer oferta de manjares ao SENHOR, a sua oferta
será de flor de farinha; nela, deitará azeite e porá o incenso sobre ela 2 - E
a trará aos filhos de Arão, os sacerdotes, um dos quais tomará dela um punhado
da flor de farinha e do seu azeite com todo o seu incenso; e o sacerdote
queimará este memorial sobre o altar; oferta queimada é, de cheiro suave ao
SENHOR. 3 - E o que sobejar da oferta de manjares será de Arão e de seus
filhos; coisa santíssima é, de ofertas queimadas ao SENHOR.
3.1,2
1 - E, se a sua oferta for sacrifício pacífico, se a oferecer de gado macho ou
fêmea, a oferecerá sem mancha diante do SENHOR. 2 - E porá a sua mão
sobre a cabeça da sua oferta e a degolará diante da porta da tenda da
congregação; e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o sangue sobre o
altar, em roda.
7.1,2
1 - E esta é a lei da expiação da culpa; coisa santíssima é. 2 - No lugar onde
degolam o holocausto, degolarão a oferta pela expiação da culpa, e o seu sangue
se espargirá sobre o altar em redor.
1 João 2.1,2
1 - Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém
pecar, temos um Advogado para com o Pai, JESUS CRISTO, o Justo. 2 - E ele é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos
de todo o mundo.
OBJETIVO GERAL
Apresentar as diferentes ordens cerimoniais que constituem o sistema de
sacrifícios estabelecido em Israel.
PONTO CENTRAL
O sistema de sacrifícios do Antigo Testamento é a representação
perfeita do sacrifício de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.
SÍNTESE DO TÓPICO I - O holocausto era a imagem perfeita de como
fomos reconciliados com o Pai mediante o sacrifício de seu Filho amado, JESUS.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A oferta de manjares representa como devemos
apresentar o fruto do nosso trabalho diante de DEUS. Não podemos nos apresentar
perante Ele de mãos vazias.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A oferta pacífica, a oferta pelo pecado e o
dia da expiação são expressões clarividentes da graça redentora de DEUS
manifestada na cruz do Calvário.
Comentários do Pr Henrique da Lição 10, O Sistema de Sacrifícios
INTRODUÇÃO
Sacrifícios foram feitos por aproximadamente 1200 anos descontando
os anos sem templo de Salomão (destruído por Nabucodonosor) e o período para
construir o templo de Zorobabel (tempo também que esteve parado para que fosse
restaurado por Herodes).
HAVIA VÁRIAS OFERTAS A SEREM OFERECIDAS A DEUS - PELO MENOS ESTAS:
Lev 7: 37 Esta é a lei do holocausto (1), da oferta de
alimentos (2), e da expiação do pecado (3), e da expiação da culpa (4), e da
oferta das consagrações (5), e do sacrifício pacífico (6), 38 Que o
Senhor ordenou a Moisés no monte Sinai, no dia em que ordenou aos filhos de
Israel que oferecessem as suas ofertas ao Senhor, no deserto de Sinai.
Quanto a nós, somos exortados a oferecer a DEUS, na pessoa de JESUS
CRISTO, por mediação do ESPÍRITO SANTO, sacrifícios de louvores (Hb 13.15).
OBSERVAÇÃO DO PASTOR HENRIQUE - O MOTIVO DO CULTO E SEU RESULTADO
MOTIVO OU OBJETIVO DO CULTO - 6 - E disse Moisés: Esta coisa que o
SENHOR ordenou fareis; e a glória do SENHOR vos aparecerá. OBJETIVO DO
CULTO FOI A APARIÇÃO DE DEUS ENTRE ELES.
RESULTADO DO CULTO - (Moody)
23. Entraram Moisés e Arão na tenda da congregação. A entrada de
Moisés e Arão na tenda da congregação podia ser com o propósito de instruir o
novo sumo sacerdote em seus deveres. Saindo da tenda, o mediador da lei de DEUS
e o sumo sacerdote uniram-se para abençoar o povo. 24. E eis que saindo fogo de
diante do Senhor. A glória do Senhor apareceu como um fogo milagroso - (cons.
Êx. 3:2-4; 13:21; 19:18, etc.) que se juntou ao que já estava queimando sobre o
altar e completou a consumição do sacrifício. O povo reagiu à manifestação
divina prostrando-se em admiração e humildade. OBJETIVO ALCANÇADO - DEUS SE
MANIFESTOU ENTRE ELES.
Glória de DEUS se manifestou - כבוד kabowd raramente כבד kabod 1) glória, honra,
glorioso, abundância
1b) honra, esplendor, glória 1a) abundância, riqueza 1c) honra, dignidade 1f)
glória 1d) honra, reputação 1e) honra, reverência, glória.
Como souberam que a Glória de DEUS se manifestou? Porque viram o fogo descer
do céu e consumir o holocausto - אש ’esh
1) fogo 1a) fogo, chamas
1b) fogo sobrenatural (junto com teofania)
1c) fogo (para cozinhar, assar, crestar)
1d) fogo do altar
1e) a ira de DEUS (fig.)
Observação do Pr. Henrique~- Dia da Expiação.
Importante observar que o sumo sacerdote levava cinco animais para fazer a
expiação.
Com isto Arão entrará no santuário: com um novilho, para expiação
do pecado, e um carneiro para holocausto. Levítico 16:3
E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes para
expiação do pecado e um carneiro para holocausto. Levítico 16:5
Dois carneiros, um novilho e dois bodes.
O carneiro era para fazer oferta no altar de holocausto, um pelo
sumo-Sacerdote e outro pelo povo.
O novilho era para fazer purificação do santuário e dos sacerdotes,
inclusive o sumo sacerdote e sua casa.
Depois Arão oferecerá o novilho da expiação, que será para ele; e
fará expiação por si e pela sua casa. Levítico 16:6
Uma parte do sangue deste novilho seria passada nas pontas do
altar, outra parte seria borrifada perante o propiciatório, outra parte seria
colocada na tampa do propiciatório e o restante derramado no altar de
holocaustos.
O sangue de um bode (expiatório) que seria degolado seria colocado nos
chifres do altar, outra parte borrifado perante o propiciatório e o que
sobrasse seria derramado no altar de holocaustos.
E Arão lançará sortes sobre os dois bodes; uma pelo Senhor, e a
outra pelo bode emissário. Então Arão fará chegar o bode, sobre o qual cair a
sorte pelo Senhor, e o oferecerá para expiação do pecado. Levítico 16:8,9
E tomará do sangue do novilho, e com o seu dedo espargirá sobre a
face do propiciatório, para o lado oriental; e perante o propiciatório
espargirá sete vezes do sangue com o seu dedo.
Depois degolará o bode, da expiação, que será pelo povo, e trará o
seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez
com o sangue do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório, e perante a face
do propiciatório. Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias
dos filhos de Israel e das suas transgressões, e de todos os seus pecados; e
assim fará para a tenda da congregação que reside com eles no meio das suas
imundícias. Levítico 16:14-16
O outro bode, emissário ou Azazel, seria conduzido ao deserto e lá
abandonado. Antes, porém fazia expiação pelo povo e pelo santuário com o
sangue do bode que degolara - E daquele sangue espargirá sobre o altar, com o
seu dedo, sete vezes, e o purificará das imundícias dos filhos de Israel, e o
santificará. Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, e pela
tenda da congregação, e pelo altar, então fará chegar o bode vivo. E Arão porá
ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as
iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os
seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela
mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as
iniquidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto. Levítico
16:19-22
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de DEUS, que apresenteis os
vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto
racional. Romanos 12:1
Qual o fim do bode expiatório e do novilho que foram degolados e
seu sangue oferecido na tampa do propiciatório?
Mas o novilho da expiação, e o bode da expiação do pecado, cujo
sangue foi trazido para fazer expiação no santuário, serão levados fora do
arraial; porém as suas peles, a sua carne, e o seu esterco queimarão com fogo.
Levítico 16:27
Os dois carneiros para que serviam?
E banhará a sua carne em água no lugar santo, e vestirá as suas
vestes; então sairá e preparará o seu holocausto (um carneiro), e o holocausto
do povo (um carneiro), e fará expiação por si e pelo povo. Levítico 16:24
Cremos que esses sacrifícios para expiação eram feitos dentro do
Tabernáculo, porém o povo ficava fora (mesmo porque como caberiam lá dentro? E
como poderiam entrar se estavam em pecado? Todo o Tabernáculo era santo.
MOISÉS ENTRAVA E SAÍA DO SANTO DOS SANTOS TODO DIA - Êx 25:22
E ali virei a ti, e de cima do propiciatório, do meio dos dois
querubins que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo a respeito de
tudo o que eu te ordenar no tocante aos filhos de Israel. Moisés era mediador
entre DEUS e os hebreus.
JESUS está permanentemente no SANTO dos Santos verdadeiro, o céu, pois é
mediador entre DEUS e todos os homens.
Porque há um só DEUS, e um só Mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO. 1
Timóteo 2:5
Quem é que condena? Pois é CRISTO quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre
os mortos, o qual está à direita de DEUS, e também intercede por nós. Romanos
8:34 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a
DEUS, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25
SACRIFÍCIOS - Levítico 7
1 E esta é a lei da expiação da culpa; coisa santíssima é. 2 No
lugar onde degolam o holocausto, degolarão a oferta pela expiação da culpa, e o
seu sangue se espargirá sobre o altar em redor.3 E dela se oferecerá
toda a sua gordura; a cauda, e a gordura que cobre a fressura.4 Também
ambos os rins, e a gordura que neles há, que está junto aos lombos, e o redenho
sobre o fígado, com os rins se tirará; 5 E o sacerdote os queimará sobre o
altar em oferta queimada ao Senhor; expiação da culpa é. 6 Todo o varão
entre os sacerdotes a comerá; no lugar santo se comerá; coisa santíssima é. 7 Como
a expiação pelo pecado, assim será a expiação da culpa; uma mesma lei
haverá para elas; será do sacerdote que houver feito propiciação com ela.
8 Também o sacerdote, que oferecer o holocausto de alguém, terá para si o
couro do holocausto que oferecer. 9 Como também toda a oferta que se cozer
no forno, com tudo que se preparar na frigideira e na caçoula, será do
sacerdote que a oferecer. 10 Também toda a oferta amassada com azeite, ou
seca, será de todos os filhos de Arão, assim de um como de outro. 11 E
esta é a lei do sacrifício pacífico que se oferecerá ao Senhor: 12 Se o
oferecer por oferta de ação de graças, com o sacrifício de ação de graças,
oferecerá bolos ázimos amassados com azeite; e coscorões ázimos amassados com
azeite; e os bolos amassados com azeite serão fritos, de flor de farinha. 13 Com
os bolos oferecerá por sua oferta pão levedado, com o sacrifício de ação de
graças da sua oferta pacífica. 14 E de toda a oferta oferecerá uma parte
por oferta alçada ao Senhor, que será do sacerdote que espargir o sangue da
oferta pacífica. 15 Mas a carne do sacrifício de ação de graças da sua
oferta pacífica se comerá no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até
à manhã. 16 E, se o sacrifício da sua oferta for voto, ou oferta
voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício se comerá; e o que dele
ficar também se comerá no dia seguinte; 17 E o que ainda ficar da carne do
sacrifício ao terceiro dia será queimado no fogo. 18 Porque, se da carne
do seu sacrifício pacífico se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não
será aceito, nem lhe será imputado; coisa abominável será, e a pessoa que dela
comer levará a sua iniquidade. 19 E a carne que tocar alguma coisa imunda
não se comerá; com fogo será queimada; mas da outra carne, qualquer que estiver
limpo, comerá dela.
20 Porém, se alguma pessoa comer a carne do sacrifício pacífico, que é do
Senhor, tendo ela sobre si a sua imundícia, aquela pessoa será extirpada do seu
povo. 21 E, se uma pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundícia de
homem, ou gado imundo, ou qualquer abominação imunda, e comer da carne do
sacrifício pacífico, que é do Senhor, aquela pessoa será extirpada do seu povo.
22 Depois falou o Senhor a Moisés, dizendo: 23 Fala aos filhos de
Israel, dizendo: Nenhuma gordura de boi, nem de carneiro, nem de cabra
comereis; 24 Porém pode-se usar da gordura de corpo morto, e da
gordura do dilacerado por feras, para toda a obra, mas de nenhuma maneira a
comereis; 25 Porque qualquer que comer a gordura do animal, do qual se
oferecer ao Senhor oferta queimada, a pessoa que a comer será extirpada do seu
povo. 26 E nenhum sangue comereis em qualquer das vossas habitações,
quer de aves quer de gado. 27 Toda a pessoa que comer algum sangue,
aquela pessoa será extirpada do seu povo. 28 Falou mais o Senhor a Moisés,
dizendo: 29 Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quem oferecer ao Senhor o
seu sacrifício pacífico, trará a sua oferta ao Senhor do seu sacrifício
pacífico.
30 As suas próprias mãos trarão as ofertas queimadas do Senhor; a gordura
do peito com o peito trará para movê-lo por oferta movida perante o Senhor.
31 E o sacerdote queimará a gordura sobre o altar, porém o peito será de
Arão e de seus filhos. 32 Também a espádua direita dareis ao sacerdote por
oferta alçada dos vossos sacrifícios pacíficos. 33 Aquele dos filhos de
Arão que oferecer o sangue do sacrifício pacífico, e a gordura, esse terá a
espádua direita para a sua porção; 34 Porque o peito movido e a espádua
alçada tomei dos filhos de Israel dos seus sacrifícios pacíficos, e os dei a
Arão, o sacerdote, e a seus filhos, por estatuto perpétuo dos filhos de Israel.
35 Esta é a porção de Arão e a porção de seus filhos das ofertas queimadas
do Senhor, desde o dia em que ele os apresentou para administrar o sacerdócio
ao Senhor. 36 O que o Senhor ordenou que se lhes desse dentre os filhos de
Israel no dia em que os ungiu; estatuto perpétuo é pelas suas gerações.
37 Esta é a lei do holocausto, da oferta de alimentos, e da expiação do
pecado, e da expiação da culpa, e da oferta das consagrações, e do sacrifício
pacífico, 38 Que o Senhor ordenou a Moisés no monte Sinai, no dia em
que ordenou aos filhos de Israel que oferecessem as suas ofertas ao Senhor, no
deserto de Sinai.
O Altar de sacrifícios, ou de Cobre, ou de Holocausto era a
primeira mobília que aparecia quando se adentrava o Tabernáculo.
Ficava no centro, antes da Pia e antes da parte coberta onde ficavam o Lugar
SANTO e o SANTO dos Santos. Sem Sacrifício não havia adoração e nem
manifestação de DEUS. Na porta do Tabernáculo todo pecador levava um animal e
colocava sua mão sobre sus cabeça e depois o sacrificava para ser perdoado por
seus pecados. Uma vida era sacrificada em lugar do pecador. Sangue de uma
vítima sem defeito, sem mancha, era derramado em lugar de um pecador. Este
Altar feito de bronze, era topologicamente a cruz onde JESUS seria crucificado
e levaria sobre ELE nossos pecados.
Apesar da glória e da simbologia do holocausto, os profetas não
demoraram a revelar a transitoriedade desse ritual levítico. Eles sabiam que,
embora a oferenda fosse eficiente como tipo de um sacrifício melhor e
definitivo, não era eficaz, em si mesma, para redimir o pecador. Por isso, o
holocausto tinha de ser oferecido, pela fé, com os olhos postos no Calvário (ou
seja, esperando a vinda do Messias). Conforme veremos nesta lição, o Senhor
JESUS CRISTO, ao encarnar-se, tornou-se o holocausto perfeito, para
resgatar-nos de nossos pecados, tornando-nos propícios ao Pai. Ele é o
Holocausto dos holocaustos.
I – O HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO
1. Definição de holocausto.
HOLOCAUSTO (Enciclopédia Ilumina)
Sacrifício em que a vítima era completamente queimada em sinal de que o
ofertante se dedicava completamente a DEUS (Êx 29.18; Hb 10.6).
HOLOCAUSTO - (Dicionário Strong português)
עלה
Ìalah (aramaico)
1) oferta queimada, holocausto
σφαγη sphage
1) holocausto
1a) de ovelhas destinadas para matança
1b) do dia da destruição
כליל
kaliyl
1) inteiro, completo, perfeito adv
2) totalidade subst
3) todo, oferta totalmente queimada, holocausto, totalidade
òlah ou עולה òwlah holocausto (hebraico)
1) oferta queimada
2) subida, escada, degraus
O sacrifício subia em cheiro suave ao Senhor, e a vida, oferecida
tipicamente no holocausto, continuava a subir em agrado de DEUS.
O termo holocausto provém do vocábulo hebraico olah, que, entre
outras coisas, significa: ascender ou ir para cima. É uma referência tanto à
subida da rampa para se alcançar o Altar, como à fumaça da oferta queimada que
subia, como a essência dessa mesma oferta que se elevava às narinas do Senhor
como cheiro suave e agradável (Lv 1.9). Narinas aqui significa um
sacrifício do agrado de DEUS.
O holocausto era o primeiro e mais importante sacrifício do culto divino no
Antigo Testamento (Lv 1.1-3). Consistindo no oferecimento de aves e de animais,
a oferenda implicava a queima total da vítima (salvo algumas partes), como
sacrifício incondicional ao Senhor (Lv 1.9). Era a oferta que abria as
solenidades diárias, sabáticas, mensais e anuais do calendário levítico. A
cerimônia era conhecida também como oferta queimada.
A Lei dos Holocaustos - Levítico 1. 3-9
Se um homem fosse rico e tivesse recursos para isso, supõe-se que ele traria o
seu holocausto, com o qual ele tencionava honrar a DEUS, tirando-o de entre o
melhor de seus rebanhos. Aquele que considera que DEUS é o melhor Ser que
existe, resolverá lhe dar o melhor que tiver. De outro modo, ele não conferirá
a devida glória ao precioso nome do Senhor. Entretanto, se um homem resolvesse
matar um boi não como uma festividade para a sua família e seus amigos, mas
como um sacrifício para DEUS, algumas regras deveriam ser religiosamente
observadas:
1. O animal a ser ofertado deveria ser um macho, e sem mancha, e o
melhor que ele tivesse em seus pastos. Sendo inteiramente destinado à honra
Daquele que é infinitamente perfeito, ele deveria ser o mais perfeito de sua
espécie. Isso simbolizava o poder e a pureza perfeitos que existiam em CRISTO,
que se ofereceu para morrer como o sacrifício perfeito, e a sinceridade de
coração e a inculpabilidade da vida que deveria existir nos cristãos, que são
oferecidos a DEUS como sacrifícios vivos. Mas em CRISTO JESUS não existe,
literalmente, qualquer preconceito ou distinção entre macho e fêmea. Uma mancha
natural no corpo jamais será um empecilho para nossa aceitação junto a DEUS,
mas somente as falhas morais e as deformidades introduzidas na alma pelo
pecado.
2. O dono tem que ofertá-lo voluntariamente. O que é feito na
religião, de modo a agradar a DEUS, não deve ser feito através de nenhuma outra
coerção senão aquela que vem do amor. DEUS aceita as pessoas dispostas, e o
doador prestimoso. Que o ofertante tenha sempre em vista esse objetivo – para
que ele possa ser aceito pelo Senhor”. Só serão aceitos aqueles que
sinceramente desejarem e objetivarem isso em todas as suas práticas religiosas,
2 Coríntios 5.9. 3.
Deve ser ofertado na porta do Tabernáculo, para depois ser
levado pelos sacerdotes ao altar de bronze dos holocaustos, o que santificava a
oferta (Obs. Pr. Henrique - fogo de DEUS existia ali), e não em outro lugar.
Ele deve oferecê-lo à porta, como alguém indigno de entrar, e reconhecendo que
não existe acesso para um pecador no concerto e comunhão com DEUS, a não ser
através do sacrifício. Mas ele deve oferecê-lo na porta da tenda da congregação
em um sinal de sua comunhão com todo o povo de Israel, sim, até mesmo nesse
serviço pessoal.
4. O ofertante deve colocar a sua mão sobre a cabeça de sua oferta,
v. 4. “Ele deve colocar ambas as mãos”, dizem os estudiosos judeus, “com toda a
sua força, entre os chifres do animal”, indicando assim:
(1) A transferência, na prática, para DEUS de todo o seu direito e
proveito no animal, através de uma entrega manual, consagrando-o ao seu
serviço.
(2) Um reconhecimento de que ele merecia morrer, e teria estado
disposto a morrer se DEUS tivesse solicitado, a serviço de sua honra, e da
obtenção de seu favor.
(3) Uma dependência do sacrifício, como um modelo instituído do
notável sacrifício no qual a iniquidade de todos nós seria depositada. Alguns
pensam que o apóstolo se referia ao significado místico dos sacrifícios, e
especialmente deste rito, através da doutrina da imposição das mãos (Hb 6.2),
que tipificava a fé evangélica. O ato do ofertante, ao colocar a sua mão sobre
a cabeça da oferta deveria representar o seu desejo e a sua esperança de que
esta pudesse ser aceita para que lhe trouxesse a expiação de seus pecados.
Embora os holocaustos não dissessem respeito a algum pecado específico como
ocorria com a oferta pelo pecado, ainda assim eles deveriam representar a
expiação do pecado em geral. E aquele que colocava a sua mão sobre a cabeça do
holocausto deveria confessar que havia deixado de fazer o que deveria ter
feito, e que havia feito algo que não deveria ter feito. Ele deveria orar para
que, embora ele próprio merecesse morrer, a morte do animal que estava sendo
oferecido em sacrifício pudesse ser aceita pela expiação de sua culpa.
5. O sacrifício deveria ser morto pelos sacerdotes dentre os
levitas, diante do Senhor, isto é, de um modo religioso e sincero, e voltado
para DEUS e para a sua honra. Isso significava que nosso Senhor JESUS deveria
tornar a sua alma, ou a sua vida, uma oferta pelo pecado. O Messias, o
Príncipe, deve ser oferecido como um sacrifício, mas não por si mesmo, Daniel
9.26. Isso também significava que, nos cristãos, que são sacrifícios vivos, a
parte embrutecida deve ser subjugada ou morta, a carne deve ser crucificada com
as suas luxúrias e paixões corruptas, juntamente com todos os apetites da mera
vida animal.
6. Os sacerdotes deveriam espargir o sangue sobre o altar (v 5).
Pois, sendo o sangue a vida, era ele que realizava a expiação pela alma. Isso
simbolizava a consideração direta e real que nosso Senhor JESUS tinha para com
a satisfação da justiça de seu Pai, e a proteção de sua honra ofendida, através
do derramamento do seu sangue. Ele se ofereceu a DEUS Pai como um sacrifício
imaculado. Isso também simbolizou a pacificação e a purificação das nossas
consciências através da aspersão, pela fé, do sangue de JESUS CRISTO sobre
elas, 1 Pedro 1.2; Hebreus 10.22.
7. O animal deveria ser esfolado e cortado apropriadamente, e
separado em suas várias juntas ou pedaços. E então todos os pedaços, com a
cabeça e a gordura (sendo as pernas e as partes internas do corpo lavadas
antes), deveriam ser queimadas juntas sobre o altar, vv. 6-9.
“Mas com que finalidade”, diriam alguns, “se fazia esse
desperdício? “Porque deveria toda essa boa carne, que poderia ter sido dada aos
pobres, e ter servido por um longo tempo às suas famílias famintas, ser
queimada até virar cinzas?” Esta era a vontade de DEUS. E não nos cabe
contestá-la e muito menos procurar falhas nela. Ao ser queimada para a honra de
DEUS, em obediência à sua ordem, e para simbolizar bênçãos espirituais, ela era
realmente mais bem utilizada, e atendia melhor à finalidade de sua criação, do
que quando era utilizada como alimento para o homem. Jamais devemos considerar
como perdido aquilo que é despendido para a honra e a glória de DEUS. Queimar o
sacrifício simbolizava os sofrimentos lancinantes de CRISTO, e os sentimentos
religiosos com os quais, como um fogo santo, os cristãos devem oferecer a DEUS,
de forma completa, o próprio espírito, corpo e alma. 8. Foi dito que esta é uma
oferta de cheiro suave, ou de um cheiro agradável ao Senhor. A queima da carne
é algo desagradável em si. Mas este, como um gesto de obediência a uma ordem
divina, e um símbolo de CRISTO, era bem agradável a DEUS: Ele era reconciliado
com o ofertante, e se sentia satisfeito por esta reconciliação. Ele descansou e
restaurou-se com essas instituições de sua graça, como, a princípio, com as
suas obras na criação (Êx 31.17), alegrando-se nisso, Salmos 104.31. Foi dito
que a entrega de CRISTO a DEUS Pai tem um cheiro suave (Ef 5.2), e que os
sacrifícios espirituais dos cristãos são agradáveis a DEUS. 1 Pedro 2.5. (Com.
Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT)
Obs.: Pr. Henrique - O animal simbolizava JESUS e o Atar
simbolizava a Cruz.
Simbolicamente, Paulo considerou a atitude dos irmãos filipenses, em favor da
obra missionária, como holocausto de aroma suave (Fp 4.18). Paulo, agora preso,
esperava a ajuda dos irmãos que se converteram através dele, já que a Palavra
de DEUS diz que aquele que ensina deve participar dos bens materiais daquele
que é ensinado. Também diz que a boca do boi não pode ser tapada quando
trabalha.
2. Objetivos do holocausto.
Natureza do Sacrifício do Holocausto
Esse oferecimento contemplava mais a comunhão com DEUS que a
expiação por certo pecado. Em certo sentido, ele contemplava a natureza
decaída do homem, e por seu oferecimento reatava-se a relação entre DEUS e o
pecador, relação esta interrompida na queda de Adão.
O pecador confessava não um determinado pecado cometido, mas o seu
pecado e implorava comunhão com o Criador.
O holocausto era consumido no fogo, e, em sua tipificação, o
pecador era consumido, e com ele o seu pecado, em a natureza, de modo que dali
em diante podia gozar paz e comunhão com DEUS.
Convém lembrar que o holocausto também tinha valor expiatório,
vicário, sem o que o ofertante não poderia gozar comunhão com DEUS.
Resumindo as idéias aqui expressas, cada pecador tinha de oferecer
primeiro um sacrifício pelo seu pecado, para depois oferecer o holocausto da
consagração. Oferecia uma vida por seu pecado e depois oferecia uma vida
por sua consagração. No primeiro caso, a vida era toda inteira; no
segundo, também. Nada se lhe poderia tirar. Depois que somos salvos
e nos sentimos inteiramente debaixo da graça, o primeiro impulso da alma é
dar-se inteiramente ao Senhor. Isto mesmo era representado pelo
holocausto.
O holocausto não era oferecido apenas pela culpa do pecado; era
ofertado também como ação de graças a DEUS por uma vitória alcançada (Lv 1.4;
cf. 1 Sm 6.14). O sacrifício representava, ainda, uma oração dramática que o
adorador, através do sacerdote, endereçava ao Senhor (Sl 116.17). Todavia, o
ritual, para ter validade, tinha de ser oferecido com fé e confiança na
intervenção divina.
3. A tipologia do holocausto.
Holocausto - Vemos no holocausto CRISTO e sua
obra, e aprendemos algo do que CRISTO é para DEUS e de nossa posição em CRISTO:
“aceitos no Amado”.
A obra de CRISTO é uma só, contudo, embora prefigurem seus diferentes aspectos,
as ofertas estão estreitamente associadas entre si. O ofertante, nos dois
casos, impunha a mão sobre a cabeça do animal diante da porta do tabernáculo da
congregação, ou do Tabernáculo.
O holocausto fala mais da justificação que do perdão, e por isso prefigura a
verdade de Atos 13.39: “Por meio dele, todo aquele que crê é justificado de
todas as coisas”; ao passo que o aspecto da oferta pelo pecado na obra de
CRISTO é prefigurado no versículo anterior: “Quero que saibam que mediante
JESUS lhes é proclamado o perdão dos pecados”. No holocausto, DEUS vê o pecador
justificado em CRISTO, como se não tivesse pecado, e na oferta pelo pecado faz
provisão para sua culpa.
JESUS - DEUS nos vê nele em toda sua perfeição.
Os animais oferecidos como holocausto podem ser tirados da manada (de gado) ou
do rebanho. O povo podia oferecer novilhos, cordeiros, cabritos, rolinhas ou
pombinhos. A variedade em geral denota a situação financeira de cada um. Embora
nossa falta de apreço possa interferir em nossa alegria da salvação, somos
abençoados conforme a estima que DEUS atribui à excelência de CRISTO, não
segundo o nosso próprio valor. Para cada um de nós é necessário um CRISTO
inteiro. A força caracteriza o boi (Pv 14-4); a submissão, o cordeiro (Is
53.7); e a inocência que geme, o pombo (Is 59.11; 38.14; Mt 10.16).
Quando o holocausto era constituído de cabeça de gado ou de rebanho, os
sacerdotes deviam cortá-lo em pedaços e os arrumar sobre o altar. A cabeça é
geralmente considerada representação da inteligência, dos pensamentos; a
gordura representa a saúde e o vigor gerais, ou excelência; as entranhas, os
motivos e inclinações; e as pernas, o andar.
Levítico 1.9 fala da lavagem na água. Parece que isso se refere ao teste pela
Palavra. De toda e qualquer maneira que se teste CRISTO, sua excelência se revela.
As cinzas do holocausto eram primeiro depositadas no lado oriental do altar (Lv
1.16). Elas falavam do sacrifício aceito. No salmo 20, Davi ora: “Que o Senhor
te responda no tempo da angústia [...] Lembre-se de todas as tuas ofertas e
aceite os teus holocaustos”. DEUS demonstrava aceitação da oferta enviando
fogo, e as cinzas comprovavam que o fogo dissera: “É o bastante” (Pv 30.16). O
fogo fez sua obra completa no Calvário. DEUS está satisfeito. E nós tomamos
nossa posição, agora e por toda a eternidade, como os sacerdotes em 2Crônicas
5.12, no lugar das cinzas, o lugar do sacrifício aceito. O tabernáculo
orientava-se na direção leste — oeste, e o lugar das cinzas, a extremidade mais
próxima da entrada, ficava de frente para o leste, ao passo que a tampa da
arca, voltava-se para o oeste.
No conhecido texto de Salmos 103.12, não se pode incluir a interpretação do
tabernáculo? O versículo refere-se principalmente à distância imensurável entre
oriente e ocidente, na infinitude do espaço, quando nos diz: “Como o Oriente
está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas
transgressões”, mas não existe também uma distância infinita entre nossa
posição de pecadores, quando comparecemos ao tabernáculo pela primeira vez e
nos colocamos em pé ao lado do altar de bronze, no local das cinzas, e a
posição que ocupamos quando, com ousadia, passamos pelo véu e entramos no lugar
santíssimo e nos aproximamos do trono da graça? Do mesmo modo que o local das
cinzas está longe da tampa da arca, também DEUS afasta para longe as nossas
transgressões (Nós temos, em CRISTO, livre acesso a DEUS)..
Temos uma bela descrição de uma cena dos tempos de Ezequias, não mais na época
do Tabernáculo, em que o holocausto era oferecido no meio da multidão que se
regozijava e adorava: “Iniciado o sacrifício, começou também o canto em louvor
ao Senhor, ao som das cornetas e dos instrumentos de Davi, rei de Israel. Toda
a assembleia prostrou-se em adoração, enquanto os músicos cantavam e os
corneteiros tocavam, até que terminou o holocausto” (2Cr 29.27,28).
Enxergar o Senhor JESUS CRISTO como o holocausto certamente nos traz alegria ao
coração. Quando ele desceu para cumprir a vontade de DEUS na terra, levantou-se
um coro de louvor no céu que até na terra se fez ouvir. O evangelho de Lucas
registra que se ouviu uma grande multidão do exército celestial “louvando a
DEUS e dizendo: ‘Glória a DEUS nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais
ele concede o seu favor’” (2.13,14).
O holocausto era perfeitamente aceitável a DEUS, e em CRISTO os homens podiam
achar favor. A hoste celestial não podia cantar como uma multidão de redimidos,
nem louvar por ter sido aceita desse modo, mas houve júbilo na presença dos
anjos quando o Bom Pastor saiu voluntariamente para a obra. Tudo isso continuou
até que terminou o holocausto”, e nós ouvimos o eco dos brados de triunfo que
ressoaram por todo o céu quando JESUS voltou para lá, conforme lemos nas
palavras exultantes do salmo 24: “Abram- se, ó portais; abram-se, ó portas
antigas, para que o Rei da glória entre. Quem é o Rei da glória? O Senhor forte
e valente, o Senhor valente nas guerras”. A batalha terminara, o holocausto
fora aceito. Vem o dia em que as portas eternas serão abertas pela segunda vez,
assim como no salmo, e o Rei da glória entrará — não sozinho, mas acompanhado
por todos os que o viram como o Cordeiro de DEUS.
“Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória!”
(Manual Tipologia - Bíblia The Word).
II – O HOLOCAUSTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL
Moisés recebeu ordens expressas do próprio DEUS, para orientar os
responsáveis pela construção dos altares que deviam ser edificados no
tabernáculo, no deserto, e, mais tarde, no templo. O altar dos holocaustos era
uma espécie de cofre oco, de madeira de cetim, coberto de cobre, com
argolas dos lados para ser transportado de um lugar para outro. A
descrição completa do altar dos holocaustos está registrada
no capítulo 27 do livro de Êxodo. Era quadrado, de madeira
de acácia, oco por dentro e revestido de bronze. Era expressamente
proibido subir ao altar do Senhor através de degraus. Tinha que ser
construída uma rampa de Terra. Nos quatro cantos do altar dos holocaustos
estavam colocados quatro chifres. Sobre o altar de bronze se oferecia
expiação e outras ofertas pacíficas. Era consumida pelo fogo como no
caso do holocausto (Nm 28.6, 10,15,23).
No templo, esses altares guardaram a mesma forma e determinação, embora
fossem construídos de tamanho maior. O dos holocaustos, por
exemplo, foi erigido de pedra e uma rampa de três subidas dava
acesso a ele. (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde - CPAD).
ALTAR (Dicionário Wycliffe - CPAD)
No Antigo testamento hebreu, a palavra usual para altar é mizbeah, “lugar de
sacrifício”, que deriva do verbo zabah, “matar, sacrificar”. Em Esdras 7.17,
aparece a palavra aramaica madbah, formada a partir da mesma palavra. Essas
palavras em aramaico podem ser atribuídas ao período posterior ao cativeiro.
Dois outros termos para altar parecem ser derivados da linguagem acadiana. Em
Ezequiel 43.15,16 as expressões har’el “montanha de DEUS”(?) e ‘ari’el (de
significado não aclarado) são traduzidas como “altar” na versão KJV em inglês e
na versão NTLH em português, e como “base do altar” na versão ASV em inglês.
1. No período patriarcal.
Altares Patriarcais
Abel e Caim construíram altares. Noé construiu um altar para holocausto, após o
dilúvio. Sobre este, ele fez uma oferta queimando um animal limpo e uma ave
limpa de cada tipo que haviam sido preservados na Arca. Abrão construiu um
altar em Siquém, outro próximo a Betel (Gn 12.6-8) e outro "nos carvalhais
de Manre, que estão junto a Hebrom” (Gn 13.18). Mais tarde, Abraão, construiu
um altar no Monte Moriá, onde DEUS providenciou um sacrifício substituto para
Isaque (Gn 22.9-13). De acordo com os registros bíblicos, Isaque construiu
apenas um altar, aquele que estava em Berseba (Gn 26.23-25), ao passo que Jacó
erigiu um em Siquém (Gn 33.18,20) e outro em Betel (Gn 35.1-7). Não há
descrições do tamanho, forma ou construção de nenhum desses altares.
(Dicionário Wycliffe - CPAD).
Um altar era construído tanto para agradecimento a DEUS, como para
voto, como para pedir perdão, como para reconhecimento do amor de DEUS, como
para demarcar uma promessa de DEUS.
2. No período mosaico.
Altares Mosaicos
Além dos altares do Tabernáculo, diz-se que Moisés edificou um altar depois da
batalha com os Amalequitas (Êx 17.15), e também após a revelação da lei no
Sinai (Êx 24.4,5). Além desse altar, doze colunas - uma para cada tribo - foram
erguidas, e sobre o altar se ofereciam holocaustos . O Pentateuco também
menciona duas outras ocasiões em que se construíram altares além do
Tabernáculo. Balaão, que não era um israelita, construiu sete altares em três
lugares diferentes, e sobre cada altar sacrificou um bezerro e um carneiro (Nm
23.1,14,29). Moisés instruiu os anciãos de Israel a edificar um altar de pedras
inteiras no Monte Ebal. Sobre esse altar eles deveriam fazer ofertas pacíficas
e em grandes pedras dispostas próximas ao altar eles deveriam escrever as
palavras da Lei (Dt 27.4-8). Josué cumpriu fielmente essa determinação alguns
anos mais tarde (Js 8.30-32).
Embora somente a construção do altar no Monte Ebal seja descrita nessas
passagens, o Pentateuco contém diversos conjuntos de instruções com respeito à construção
de altares. Depois de descer do Monte Sinai, Moisés disse ao povo que os
altares deveriam ser construídos de terra ou de pedras inteiras. Não poderia
haver degraus em nenhum dos dois tipos, para não expor a nudez do sacerdote (Êx
20.24-26). O altar no Monte Ebal era desse tipo e, supostamente, também aqueles
construídos pelas tribos de Rúben, Gade e pela meia tribo de Manassés (Js
22.10,34), por Gideão (Jz 6.26,27), Homens de Israel (1 Sm 6:14); Samuel (1 Sm
7.9, 10; 17), Saul (1 Sm 14.35), Davi (2 Sm 24.18,25; 1 Cr 21:26) e Elias (1 Rs
18.30). (Dicionário Wycliffe - CPAD)
Quem ofereceu sacrifício em 1 Samuel 13:9, 10, foi Saul. Para
Samuel seria 1 Sm 7:9,10
Altar Holocausto erguido por Davi - exemplo -
1 Cr 21:26 Então, Davi edificou ali um altar ao SENHOR, e ofereceu
nele holocaustos e sacrifícios pacíficos, e invocou o SENHOR, o qual lhe
respondeu com fogo do céu sobre o altar do
holocausto.
1 Cr 22:1 E disse Davi: Esta será a Casa do SENHOR DEUS, e este será o altar do
holocausto para Israel (eira de Ornã, o jebuseu - Monte Moriá - Jerusalém).
Altar do Tabernáculo
O altar de cobre localizava-se logo na entrada principal do pátio,
do lado de dentro deste, e estava alinhado com a porta do Tabernáculo. Sobre
ele eram feitos os sacrifícios de animais e manjares (ou cereais) de Israel (Êx
40.6,29). Quando o altar foi consagrado, uma oferta pelo pecado foi feita cada
dia, durante sete dias, para a expiação dos pecados. O altar também foi ungido
com óleo. Após a sua consagração, o altar tornou-se santíssimo, e tudo o que
tocasse o altar era considerado santo (Êx 29.36,37,44; 30.28; 40.10; Lv 8.11;
Nm 7.10-88). (Dicionário Wycliffe - CPAD)
3. No período nacional.
Altar do Templo
O altar de cobre que Salomão projetou para o Templo era maior do
que o do Tabernáculo. Seus lados mediam nove metros, e tinha quatro metros e
meio de altura (2 Cr 4.1). Ele foi reparado por Asa (2 Cr 15.8), mas
substituído por Acaz, que construiu um novo altar seguindo o modelo assírio (2
Rs 16.14- 17). Ezequias ordenou que o altar fosse restaurado e limpo para ser
usado (2 Cr 29.18- 24). Manassés a princípio ignorou o altar de cobre, porém
mais tarde restaurou-o à sua função (2 Cr 33.16).
Evidentemente, o altar de cobre foi destruído pelo povo da Babilônia, após a
queda de Jerusalém (2 Rs 25.14). Antes que o segundo Templo fosse construído,
os exilados que haviam retomado reconstruíram o altar no pátio e restabeleceram
seu uso adequado (Ed 3.1-6).
Enquanto estava no cativeiro, Ezequiel teve uma visão de um grande altar em um
Templo futuro, e registrou sua forma e tamanho com detalhes. Ele teria três
níveis. As laterais da base mediriam sete metros, as do segundo nível cerca de
seis metros e meio e as do nível final cerca de cinco metros e meio. A altura
total seria de aproximadamente cinco metros. Os degraus que conduziam até ao
altar estariam no seu lado leste (Ez 43.13- 27). (Dicionário Wycliffe -
CPAD)
III – JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO
ALTAR (Dicionário Teológico)
[Do lat. altare ] Mesa ou bloco de pedra consagrado ao sacrifício de
animais em holocausto, ou a outros tipos de oferendas. No Antigo Testamento, o
altar era o lugar onde o crente: a) demonstrava sua gratidão a DEUS; b) buscava
o favor e o perdão divinos; c) prestava um testemunho referente à presença do
Todo-Poderoso entre o seu povo; e, principalmente, d) adorava a DEUS.
O altar do holocausto, no Tabernáculo, fora construído de acordo com instruções
específicas de DEUS (Êx 27.1-7). A cruz de Nosso Senhor JESUS CRISTO é uma
espécie de altar. Aliás, é o altar dos altares, por ter sido nela que CRISTO
JESUS foi oferecido, de uma vez por todas, para conduzir-nos à presença de DEUS
(1 Co 5.7).
Mesmo antes da instituição do culto levítico, a ideia do altar achava-se
impregnada na alma humana. Haja vista o altar construído pelos santos
patriarcas do Antigo Testamento. Através de seus altares, puderam eles mostrar
todo o seu amor e gratidão ao Todo-Poderoso. E o que dizer do altar ao DEUS
Desconhecido que os gregos edificaram em Atenas?
O sofrimento de CRISTO.
O SACRIFÍCIO VICÁRIO
A Bíblia ensina que “todos pecaram e destituídos estão da glória de
DEUS” (Rm 3.23) e que o homem é completamente incapaz de salvar-se a si mesmo
(Is 64.6), de ir ao céu pela sua própria força, justiça e bondade. Assim, DEUS
proveu a salvação de maneira que a paz e a justiça se encontrassem (Sl 85.10).
O sacrifício de JESUS satisfez toda a justiça da lei e dos profetas. O Antigo
Testamento não somente anuncia a vinda de JESUS com sua paixão e morte como
também apresenta a importância do sangue, no sacrifício, apontando para o
Calvário: “... é o sangue que fará expiação...” (Lv 17.11). Isso é confirmado
no Novo Testamento... sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hb 9.22).
“Expiação”, portanto, significa reconciliação, é a restauração de uma relação
quebrada. Na cruz fomos reconciliados com DEUS (2 Co 5.19; Ef 2.23-26).
O termo “vicário” vem do latim vicarius, que significa “o que faz as vezes de
outro, substituto” (SARAIVA, 2000, p. 1273). Morte vicária significa morte
substitutiva, pois JESUS morreu em nosso lugar (1 Co 15.3; Gl 2.20). Os
apóstolos entenderam o significado teológico na morte de JESUS, pois DEUS
propôs o sangue de seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (Rm 3.25; 1
Pe 3.18; 1 Jo 2.1,2).
A paixão e a morte de JESUS são contadas como parte de sua vida terrena nos
quatro evangelhos, sendo as evidências externas sólidas e indestrutíveis.
Há inúmeras referências à morte de CRISTO no Antigo Testamento, alguns exemplos
foram citados acima. O próprio JESUS predisse, várias vezes, a sua morte; dois
exemplos são suficientes para confirmar esse fato:
Desde então, começou JESUS a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a
Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos
escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia ... E, subindo JESUS a
Jerusalém, chamou à parte os seus doze discípulos e, no caminho, disse-lhes:
Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes
dos sacerdotes e aos escribas, e condená-lo-ão à morte” (Mt 16.21; 20.17, 18).
Historiadores judeus e romanos atestaram a morte de JESUS. O fato foi
registrado por Josefo:
Nesse mesmo tempo, apareceu JESUS, que era um homem sábio, se é que podemos
considerá-lo simplesmente um homem, tão admiráveis eram as suas obras. Ele
ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não
somente por muitos judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o CRISTO. Os
mais ilustres dentre os de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou
que o crucificassem. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia,
como os santos profetas haviam predito, dizendo que ele faria muitos outros
milagres. É dele que os cristãos, os quais vemos ainda hoje, tiraram o seu nome
(Antiguidades, Livro 18.4.772).
Josefo não era cristão e por isso muitos críticos duvidam da autenticidade da
menção de JESUS em sua obra. Porém, nada há nos manuscritos que justifiquem tal
suspeita, ela é fundamentada apenas nos adjetivos que o historiador aplicou a
JESUS. A literatura judaica antiga menciona a morte de JESUS, o Talmud
Babilônico declara a morte de JESUS na véspera da Páscoa (Sanh. 43a). Tácito, o
historiador romano, afirma: “CRISTO, foi executado no reinado de Tibério pelo
procurador Pôncio Pilatos” (Anais XV.44.2,3). Luciano de Samosata, satirista
grego e zombador dos cristãos, por volta de 170 escreveu: “Os cristãos, como
todos sabem, adoram um homem até hoje – o distinto personagem que iniciou seus
novos rituais – foi crucificado por causa disso” (MCDOWELL, 1995, p. 60). A
confirmação bíblica e histórica da morte de JESUS é fato incontestável. A
verdade é que a cruz de CRISTO sempre foi escândalo para os que perecem (1 Co
1.23).
O homem precisava e precisa de JESUS, ele que se tornou o nosso sacrifício,
morreu em nosso lugar para abrir o caminho ao céu. O que é tão ofensivo na
cruz? O orgulho do homem faz com que se rebele contra a sentença de DEUS. O
incrédulo ofende-se porque DEUS não aceita seus esforços pessoais! O sacrifício
de JESUS CRISTO mostra que o homem é completamente incapaz de ir ao céu, à
presença de DEUS, pela própria bondade e força. JESUS deixou isso claro:
“Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai
senão por mim” (Jo 14.6); “sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5). ALTAR
(Tesouro de Conhecimentos Bíblicos).
OS SOFRIMENTOS DE CRISTO
As dores, decorrentes da agonia que levou JESUS CRISTO a suar sangue,
continuaram através das atrocidades infligidas ao nosso Salvador no período da prisão
à morte na cruz, e foram:
A FINALIDADE DO SOFRIMENTO E DA MORTE DE JESUS
O sofrimento de quem colhe os frutos de um viver alheio aos
propósitos de DEUS não tem formalidade animadora e nem gratificante.
JESUS sofreu, ao executar o plano divino que previa resultados eternos.
Consideremos a sua finalidade:
1. JESUS sofreu e morreu por nós, "para aniquilar o pecado pelo
sacrifício de si mesmo" (Hb 9.26).
Ele é o "Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo" (Jo
1.29).
2. "Para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos mais ao
pecado como escravos" (Rm6.6).
O sofrimento de JESUS teve por função libertar-nos da escravidão do
pecado (Jo 8.32-36).
3."Para que nos consideremos mortos para o pecado e vivos para DEUS"
(Rm 6.11).
Os que vivem no pecado, mesmo vivos estão mortos (1 Tm 5.6).
4. Para que o pecado não reine mais em nosso corpo mortal, dominando-nos
através das paixões (Rm 6.12).
5. JESUS tomou os nossos pecados em seu corpo, para que o nosso corpo não
seja instrumento de iniquidade, mas de justiça (Rm 6.13,19).
6. Para que a vida de JESUS se manifeste em nosso corpo,
proporcionando-nos a felicidade nesta vida.
O apóstolo Pedro declara que CRISTO foi enviado para nos abençoar, no
sentido de que cada um se aparte de suas perversidades (At 3.26).
Se cremos que CRISTO sofreu por nós, forçoso nos é admitir que Ele
padeceu por estas sublimes finalidades, que são a expressão máxima do
seu amor e a segurança da nossa eterna salvação.
(Revista CPAD 2►1º trimestre de 1994 - Estevam Ângelo de Souza.)
PARA REFLETIR - A respeito da lição “O Sistema de Sacrifícios”,
responda:
Quais animais podiam ser apresentados na oferta de holocaustos? A
oferta apresentada no altar do holocausto podia ser de animais como boi,
ovelha, cabra, pombinhos ou rolinhas.
Cite um texto bíblico que aponte o sacrifício de JESUS como um “holocausto”
agradável a DEUS. - O Cordeiro de DEUS “que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29
cf. Is 52.13-15; Fp 2.5-8; Hb 12.2,3).
Qual era o significado da oferta de manjares? Essa oferta representava a
gratidão do hebreu pela fecundidade da terra.
Para que a oferta pacífica aponta? A oferta pacífica aponta para a nossa
reconciliação com o Pai.
Para que o rito da Expiação aponta? Esse rito aponta para o nosso grande dia da
Expiação, no Calvário, quando JESUS CRISTO, nosso Senhor, exclamou na cruz:
“Está consumado” (Jo 19.30).
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 78, p
41.
SUGESTÃO DE LEITURA - Billy Graham: Paz com DEUS; A
Família no Antigo Testamento; Viaje Através da Bíblia.
SUBSÍDIO DIDÁTICO PEDAGÓGICO
A aula desta semana é uma excelente oportunidade para que seus
alunos conheçam a aplicabilidade de cada cerimonial de sacrifício instituído na
Lei mosaica. Neste caso, à medida que você destacar a importância do holocausto
como imagem perfeita do sacrifício de CRISTO na cruz do Calvário, é fundamental
que seus alunos visualizem como acontecia este cerimonial. Para tanto, pesquise
na internet, ou revistas, e leve para a sala de aula imagens ou figuras que
representem o momento do holocausto realizado pelo sacerdote. Sugiro para o seu
estudo o Novo Manual de Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, especificamente, o
capítulo que trata a respeito da religião; e o livro Tempos do Antigo
Testamento: um contexto Social, Político e Cultural.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O próprio cerne da relação do concerto — comunhão entre o Senhor e
o seu povo — e o meio da sua realização inicial de Levítico, onde, com respeito
aos holocaustos, o Senhor diz: ‘À porta da tenda da congregação [a oferta]
trará, para que o homem seja aceito perante o SENHOR’? (Lv 1.3, ARA). [...] O
fato de o concerto entre o Senhor e Israel ter sido modelado segundo os pactos
do antigo Oriente Próximo em forma e função, permite-nos entender com clareza
incomum, a miríade de detalhes relacionados ao culto no Pentateuco. Os
sacrifícios e as ofertas tinham o objetivo de demonstrar a subserviência de
Israel, expiar as ofensas contra o Soberano, o Senhor, e refletir a harmonia e
a índole pacífica da relação estabelecida ou restabelecida.
O holocausto e a oferta de manjares (Lv 1-2) serviam para identificar o
ofertante como servo do rei, servo que não ousava chegar diante dele de mãos
vazias. As ofertas pelo pecado e pela culpa (Lv 4-5) serviam para restabelecer
uma relação que fora rompida por causa da desobediência do servo. Elas eram a
sua recompensa a um senhor ofendido. As ofertas pacíficas (ou de comunhão, Lv
3) constituíam expressão da ação de graças pelo vassalo a um estado de comunhão
que atualmente existia. Eram testemunhos voluntários e não-obrigatórios de um
coração cheio de graças e louvor pela bondade do Senhor” (ZECK, Roy B. Teologia
do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.71,72)
SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
“Em certo sentido, o Senhor foi morto pelos executores romanos. Pedro disse:
‘Vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos’ (At 2.23). Mas, em outro
sentido, Ele não foi morto, pois entregou voluntariamente sua vida. JESUS
disse: ‘Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.
Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e
poder para tornar a tomá-la. Esse mandamento recebi de meu Pai’ (Jo 10.17,18).
O Senhor morreu voluntariamente, o Pastor entregando a vida pelas ovelhas. Que
coisa surpreendente! Ninguém morria de boa vontade nos sacrifícios do Antigo
Testamento. Nenhum cordeiro, bode ou ovelha jamais rendeu espontaneamente a sua
vida. Mas JESUS fez isso por nós. É maravilhoso poder afirmar: ‘Pai, nas tuas
mãos entrego o meu espírito’.
Antes de entregar sua vida, JESUS perdoou os inimigos. Deu salvação a um ladrão
arrependido. Cuidou de sua mãe. Terminou a obra que DEUS lhe dera para fazer.
[...] hoje devemos seguir o exemplo de CRISTO e perdoar nossos inimigos, pois é
possível que venhamos morrer ainda hoje. Não queremos encontrar o Senhor tendo
alguma coisa contra quem quer que seja no coração. Queremos chegar à hora da
nossa morte havendo compartilhado com outros a salvação” (WIERSBE, Warren W. O
Que as Palavras da Cruz Significam Para Nós. 1ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001,
p.119).
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Levítico 7.11-21
11 - E esta é a lei do sacrifício pacífico que se oferecerá ao SENHOR. 12 - Se
o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá
bolos asmos amassados com azeite e coscorões asmos amassados com azeite; e os
bolos amassados com azeite serão fritos, de flor de farinha. 13 - Com os bolos
oferecerá pão levedado como sua oferta, com o sacrifício de louvores da sua
oferta pacífica. 14 - E de toda oferta oferecerá um deles por oferta alçada ao
SENHOR, que será do sacerdote que espargir o sangue da oferta pacífica. 15 -
Mas a carne do sacrifício de louvores da sua oferta pacífica se comerá no dia
do seu oferecimento; nada se deixará dela até a manhã. 16 - E, se o sacrifício
da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu
sacrifício se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte. 17 -
E o que ainda ficar da carne do sacrifício ao terceiro dia será queimado no
fogo. 18 - Porque, se da carne do seu sacrifício pacífico se comer ao terceiro
dia, aquele que a ofereceu não será aceito, nem lhe será imputado; coisa
abominável será, e a pessoa que comer dela levará a sua iniquidade. 19 - E a
carne que tocar alguma coisa imunda não se comerá; com fogo será queimada; mas
da outra carne qualquer que estiver limpo comerá dela. 20 - Porém, se alguma
pessoa comer a carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, tendo ela sobre
si a sua imundícia, aquela pessoa será extirpada dos seus povos. 21 - E, se uma
pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundícia de homem, ou gado imundo, ou
qualquer abominação imunda, e comer da carne do sacrifício pacífico, que é do
SENHOR, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.
As Ofertas - Manual Tipologia - Ada Habekshon - EDITORA VIDA |
||||
Oferta |
Consiste em |
A PARTE DE DEUS SOBRE O |
Porção |
Tipificação DO SENHOR JESUS |
Holocausto |
Bois, bodes, carneiros, cordeiros, bolinhas, pombinhos |
Tudo queimado |
Couro |
Na sua vida e morte, cumprindo perfeitamente a vontade de DEUS |
Oferta de cereal |
Melhor farinha, espigas verdes, incenso puro, óleo, sal. |
Um punhado, parte do óleo, todo o incenso, coda a oferta dos
sacerdotes |
Todo o restante |
Como ser humano, apresentando a DEUS uma vida sem mácula |
Oferta de comunhão |
Machos e fêmeas das manadas e dos rebanhos: novilhos, cordeiros,
bodes. |
Toda a gordura |
O peito movido ritualmente e a coxa oferecida. |
Por sua morte tornou-se a nossa paz e a base da comunhão. |
Oferta pelo pecado |
Macho e fêmea da manada e do rebanho, ou rolinhas, pombinhos e
1/10 de farinha |
Toda a gordura, sangue na base do altar (e nas pontas do altar de
incenso). |
Oferta da qual o sangue não era levado para dentro do
tabernáculo. |
Na cruz feito pecado por nós |
Resumo da Lição 10, Ofertas Pacíficas para um DEUS de Paz
I – A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
1. Oferta pacífica.
2. Tipos de ofertas pacíficas.
a) Ação de graças. b) Voto. c) Oferta movida.
3. Objetivos das ofertas pacíficas.
II – A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA
1. Jacó, filho de Isaque.
2. Ana, mãe de Samuel.
3. Davi, rei de Israel.
III – A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
1. Consagração incondicional.
2. Sacrifícios de louvores.
3. Adoração contínua.
A respeito de “Ofertas Pacíficas para um DEUS de Paz”, responda:
Qual é a característica mais importante da oferta pacífica? A voluntariedade.
Quais são os tipos de ofertas pacíficas? Ação de graças, voto e oferta movida.
Quais são os objetivos das ofertas pacíficas? Os objetivos da oferta pacífica:
aprofundar a comunhão entre DEUS e o crente, e levar o ofertante a reconhecer
que tudo quanto recebemos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua
plenitude (Sl 24.1).
Diga o nome de três pessoas que fizeram votos ao Senhor. Jacó, Ana e Davi.
Em que consiste, hoje, o nosso sacrifício pacífico? Consiste em entregar a DEUS
o nosso ser; perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a DEUS em todo
o tempo.
Resumo Rápido do Pr. Henrique da Lição 10, Ofertas Pacíficas para
um DEUS de Paz
INTRODUÇÃO
AS OFERTAS DE LEVÍTICO, JESUS COMO REDENTOR
“Estes, porém, foram escritos para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de
DEUS, e para que crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20.31)
Levítico é livro que trata da santificação do povo de DEUS. O Êxodo
lembra a conversão. Israel foi livre da escravidão do Egito, figura da
escravidão do pecado, fez o Tabernáculo e estava ao pé do monte Sinai, onde
DEUS deu a Lei. Foi armado o Tabernáculo e a glória do Senhor o encheu, em
forma de nuvem de dia e de fogo à noite (Êx 40.34,38).
Ali deu DEUS as instruções sobre o cerimonial de Levítico, que representa todos
os detalhes da obra de JESUS CRISTO na cruz.
Quem estuda cuidadosamente este livro, vê que antes pouco sabia da razão pela
qual JESUS morreu crucificado.
A tipologia de JESUS no livro de Levítico está nas cinco ofertas no Dia da
Expiação e nas festas do capítulo 23.
As cinco ofertas são descritas nos capítulos 1 a 7 e explicam tudo que foi
realizado no Calvário. Formam um todo, mas podem ser estudadas separadamente,
assim será dada maior atenção aos pormenores.
Vamos estudar hoje a oferta de paz...
שלם shelem
1) oferta pacífica, retribuição, sacrifício por aliança ou amizade
1a) sacrifício voluntário de agradecimento
Aproximação do ofertante com DEUS (JESUS nos aproximou, nos
reconciliou, nos deu a paz com DEUS).
sacrifício - זֶבַח zevach - sacrifício de justiça
oferta - מִנְחִָׁ֖ה - minchah
para-oferta - לְמִנְחִָ֑ה - leminchah
Oferta
1- Foi ordenada ainda que era voluntária.
2- Tinha sangue.
3- É expiatória.
4- O sangue derramado era um sacrifício, a entrega de uma vida, uma
substituição.
CRISTO e a oferta de paz - Colocando-se entre DEUS e os homens, JESUS
CRISTO nos trouxe a paz. Esta oferta encerra o significado da reconciliação.
O livro de Levítico começa com a voz do Senhor chamando Moisés, da tenda da congregação
(Lv 1.1b). Lembra a voz dos céus que disse: "...Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo'' (Mt 3.17b).
A exortação aqui não se dirige ao pecador perdido, mas aos que têm um pacto com
DEUS e aos corações movidos pela gratidão, a ponto de trazerem uma oferta a
DEUS.
Fala aos que voluntariamente desejam trazer alguma coisa que Ele aprova. O que
trazem lembra DEUS trazendo JESUS CRISTO. Aqui não se trata de obrigação. É
"quem quiser", "qualquer pessoa", "se alguém..."
No evangelho de Lucas a Oferta pacífica é representada - A paz deve
ser entendida como base da comunhão com DEUS. Os capítulos 14 e 15 de Lucas
mostram o caminho pelo qual DEUS, em sua graça, vem ao encontro do homem e o
atrai para si.
Significação da Oferta pacífica
Pacífica - Comunhão com DEUS.
A Oferta Pacífica (Lv 3.1-17; 7.11-34; Sl 85)
Diferente de todas as outras, porque nela o ofertante comia uma parte. Na
de holocausto onde tudo era queimado para DEUS. Nas outras três ofertas, o
sacerdote tirava uma parte para si e seus filhos.
Representa a oferta pacífica - a comunhão com DEUS.
Nesta oferta podia ser trazido para sacrifício:
- um novilho ou novilha (3.1-5);
- um cordeiro (3.6-11);
- uma cabra (3.12-16).
Não era permitido o sacrifício de pombos, como na do holocausto.
O pombo ou rolinha era de menor valor financeiro. Espiritualmente tem aplicação
ao crente menos desenvolvido no conhecimento de JESUS CRISTO. O crente que só
sabe que JESUS é do Céu e que vai encontrar com Ele no Céu, não cresceu. Não
aprendeu a servir, não produziu o fruto do ESPÍRITO, não tem paz. Tal crente
não faz a oferta pacífica.
JESUS CRISTO cumpriu o sentido da oferta pacífica “Porque Ele é a nossa
paz..." (Ef 2.14a). "...Por Ele é feito a paz pelo seu
sangue..." (Cl 1.20a).
O peito era comido pelo sacerdote (7.30,31). Peito, lugar de afeição. Somos
agora sacerdotes e nos alimentamos do amor de CRISTO que nos dá a paz.
A espádua direita (7.32) também pertencia ao sacerdote. A força representada
pela espádua é o poder que vem do Senhor JESUS, para seus servos realizarem a
obra do testemunho neste mundo.
O sangue pertencia a DEUS (v 20). O sangue trouxe o perdão dos pecados, a
purificação. Não pode haver comunhão sem perdão. O sangue de JESUS CRISTO nos
purifica. O ato de comer uma parte da oferta lembra o significado da Ceia do
Senhor. Recebendo pela fé o que JESUS realizou na cruz, temos paz com DEUS.
O crente tem obrigação de buscar a paz se quiser experimentá-la. Outras pessoas
não podem estragar a minha paz. "Aparte-se do mal e faça o bem; busque a
paz e siga-a" (1 Pe3.11). "Não estejais inquietos por coisa alguma:
antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de DEUS pela oração e
súplicas, com ação de graças. E a paz de DEUS... guardará os vossos
corações..." (Fl 4.6,7b).
Depois, oferecerá do sacrifício pacífico a oferta queimada ao
SENHOR: a gordura que cobre a fressura e toda a gordura que está sobre a
fressura. Então, ambos os rins, e a gordura que está sobre eles e sobre as
tripas, e o redenho que está sobre o fígado com os rins tirará. E os filhos de
Arão queimarão isso sobre o altar, em cima do holocausto, que estará sobre a
lenha que está no fogo; oferta queimada é, de cheiro suave ao SENHOR.
Levítico 3:3-5.
Toda Gordura e Rins, queimados.
Levítico 2.1 OFERTA DE MANJARES. A oferta de manjares (ou, melhor,
de cereais) era uma dádiva apresentada a DEUS como ato de adoração, e que
simbolizava a dedicação a DEUS, do fruto do trabalho da pessoa. Subentendia que
todo o trabalho humano devia ser feito como para o Senhor, e que nosso alimento
cotidiano deve ser recebido com ações de graças a Ele (cf. 1 Co 10.31; ver Cl
3.23).
Levítico 2.11 NENHUM FERMENTO, NEM DE MEL. Não podiam ser oferecidos no altar
porque eram usados para fomentar a fermentação. A fermentação envolve
alteração, decomposição ou deterioração e, geralmente, simboliza
o mal (ver Êx 13.7).
O mel é um antibiótico natural. Também contém açúcar. As ofertas não poderiam
ter modificação em sua composição natural. Deveriam ser queimadas no altar
santo. Esta oferta representa JESUS.
Já as ofertas que não eram queimadas no altar e somente movidas, poderiam ter
mel e fermento. Elas simbolizavam as pessoas que são falhas e pecadoras.
Eu acredito que a oferta de paz era feita em duas etapas, uma com
cereais e depois outra com animais e seu sangue.
Conforme Lev. 3 e 7:11, parece que havia duas espécies de ofertas de paz, uma
de sangue, outra sem sangue ou de cereais.
Para comemorar, na terra, o dito fausto, DEUS instituiu a Oferta de
Paz. Paz entre os céus e a terra! Ao ser elevada a oferta no altar, fincava-se
o marco da vitória da fé sobre a incredulidade. Tendo sido a restauração
espiritual do pecador feita mediante o sangue substitutivo da vítima animal, a
festa seria de paz e alegria. As quentes emoções da ocasião durariam por todo
esse tempo, embalsamando a alma e conservando-a para a continuidade da paz e
comunhão com DEUS.
Nada há tão desejável como a paz mesmo entre os homens. Nada lhe é comparável.
Por ela, deviam eles trabalhar mais afincadamente do que pelo pão, pois é
possível passar uma hora de dor física com o espírito tranquilo, mas é difícil
passar um minuto de tormento moral e espiritual. A paz é o fator primordial do
trabalho e do progresso. Cem ela, tudo se constrói; sem ela, tudo se derruba.
Por ela, edificam-se castelos e mansões, sem ela, arruína-se o mais sólido
patrimônio. À sombra da bandeira da paz, se ensaiam as mais sentidas canções do
espírito humano, mas, com o turbilhão da desordem, põem-se abaixo nações,
impérios, lares, e sociedades.
FATO IMPRESSIONANTE ERA QUE A OFERTA ERA MOVIDA DA DIREITA PARA A ESQUERDA E DE
CIMA PARA BAIXO - ISSO FAZIA UMA CRUZ.
GLÓRIA A DEUS.
JESUS FOI OFERECIDO NA CRUZ COMO OFERTA DE PAZ ENTRE DEUS E NÓS. SEU SANGUE NOS
PURIFICOU.
NOSSA CONTA FOI PAGA, NOSSA INIMIZADE DESFEITA. NOSSA COMUNHÃO RESTAURADA.
GLÓRIA A DEUS.
I – A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
No culto temos a intenção de Recebermos o Perdão de DEUS, Louvar a
DEUS, Adorar a DEUS. depois de nos aproximarmos de DEUS, nossa expectativa deve
ser a manifestação de DEUS.
“Nosso culto racional - sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS”
(Rm 12.1).
O culto é racional por que vamos por livre e espontânea
vontade e com desejo de nos aproximarmos de DEUS. Voluntariedade é necessária.
O culto é vivo porque não apresentamos um sacrifício de animal
morto, mas nos apresentamos a nós mesmos, vivos, para prestarmos um legítimo
culto de louvor e adoração a DEUS.
O culto é agradável a DEUS porque estamos dispostos a adorá-Lo na
beleza de sua santidade.
Nesta lição, veremos uma das cinco ofertas de sacrifício que eram apresentadas
a DEUS no Altar de Sacrifícios - a oferta de paz, ou pacífica - que tinha como
objetivo aprofundar a comunhão entre o Israelita e DEUS. Ao aproximar-se do
Senhor, com tal oferta, o crente do Antigo Testamento manifestava-lhe, em
palavras e gestos, que o seu único almejo era agradecê-lo por todos os
benefícios recebidos (Sl 103.1,2).
NOME |
CONTEÚDO |
SIGNIFICADO |
Ofertas queimadas |
Um boi, cordeiro, bode, ou um pombo macho ou um pombinho sem defeito. |
|
Ofertas de cereais |
Grãos, flor de farinha, com óleo de oliva e sal, mas nunca com
qualquer fermento. |
Essa oferta voluntária acompanha a maioria das ofertas queimadas
e simboliza devoção a DEUS. |
Ofertas de comunhão (pacíficas) |
Qualquer animal sem mancha do rebanho de gado ou de ovelhas |
A refeição, seguindo essa oferta voluntária, simboliza comunhão
com DEUS e ação de graças por bênção. |
Ofertas pelo pecado |
Animal específico é requerido dependendo do status e posição. Ao
muito pobre é permitido trazer uma oferta de fina flor de trigo. |
Pelo pecado ou impureza. |
|
Valioso cordeiro ou ovelha sem defeito. |
Essa oferta era requerida se uma pessoa violasse os direitos de
alguém, como por furto. Era também requerida quando houvesse cura da lepra,
pois DEUS era privado de um adorador enquanto a pessoa estivesse doente. |
1. Oferta pacífica.
Esta oferta geralmente era oferecida logo após o holocausto, sendo
um complemento da aproximação com DEUS. primeiro passo era o arrependimento e
agora o louvor.
O ofertante devia estar ali por livre e espontânea vontade e desejo
de comunhão com DEUS - voluntariedade (Lv 7.12). O louvor em forma de
ações de graças vinha no íntimo do ofertante. o motivo da oferta não era
petição (a mais esquecida oração e mais negligenciada), mas a motivação ali era
aproximação com DEUS por intermédio do louvor. A intenção era
agradecer ao Senhor por todas as bênçãos (exemplo - curas), galardões e
livramentos. Nos Salmos, as ofertas pacíficas manifestam-se em louvores ao
Senhor por todas as suas benignidades (Sl 106.1). Como nos mostram os salmos
118 e 136.
O apóstolo Paulo ensina-nos a oferecer, de forma contínua, ação de graças a
DEUS (1 Ts 5.18 - não é por tudo, mas em toda a situação difícil ou fácil pela
qual passarmos). Devemos agir assim para jamais perderemos a comunhão quer com
DEUS, quer com a Igreja de CRISTO (Cl 3.15).
Lv 7:11 - E esta é a lei do sacrifício pacífico que se oferecerá ao
SENHOR. 12 - Se o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de
louvores, oferecerá bolos asmos amassados com azeite e coscorőes asmos
amassados com azeite; e os bolos amassados com azeite serão fritos, de flor de
farinha. 13 - Com os bolos oferecerá pão levedado como sua oferta, com o
sacrifício de louvores da sua oferta pacífica.
Ritual. O azeite deveria ser misturado à farinha na oferta queimada
diária ou contínua (Êx 29.40), na oferta de manjares ou de grãos (Lv 2.1-10),
na oferta do nazireado (Nm 6.15), nas ofertas de consagração dos líderes (Nm
7.13 etc.), e na oferta pela culpa de um leproso limpo (Lv 14.10-32). Também
fazia parte da oferta das primícias (Lv 2.14-16).
O azeite não deveria ser usado na oferta pelo pecado (Lv 5.11) nem na oferta de
ciúmes (Nm 5.15), porque o azeite significava alegria e felicidade (Sl 45.7; Hb
1.9).
COSCORÕES ou OBREIAS (Wycliffe)
Um pedaço de pão fino e chato. O termo heb. raqiq é usado para descrever um
bolinho não fermentado, oferecido em cerimônias de consagração de sacerdotes
(Êx 29.2,23; Lv 8.26), no cumprimento do voto do nazireu (Nm 6.15,19) ou como
parte da oferta de grãos ou de manjares (Lv 2.4; 7.12). Em heb. a palavra
sappihit é usaçla uma vez para descrever o sabor do maná (Êx 16,31).
A mesa do rei Salomão era abastecida diariamente com comidas
exuberantes - “Trinta coros de flor de farinha e sessenta coros de farinha; dez
vacas gordas, e vinte vacas de pasto, e cem carneiros, afora os veados, e as
cabras monteses, e os corços, e as aves cevadas” (1 Rs 4.22,23).
2. Tipos de ofertas pacíficas.
As ofertas pacíficas compreendiam três modalidades ou fases: ação
de graças, voto e oferenda movida diante do altar.
Era oferecido qualquer animal sem mancha do rebanho de gado ou de
ovelhas - A refeição, seguindo essa oferta voluntária, simboliza comunhão com
DEUS e ação de graças por bênçãos alcançadas.
a) Ação de graças.
NO SISTEMA LEVÍTICO ERA PADRONIZADO bolos e coscorões (Pães
achatados) ázimos amassados com azeite, sendo que os bolos deviam ser feitos da
flor de farinha e depois tinham de ser fritos (Lv 7.12-15). Quanto à carne
oferecida junto, devia ser consumida no mesmo dia (Lv 7.15), Nada poderia ser
comido após 3 dias. O ofertante agradecia a DEUS, ou seja, louvava a DEUS no
ato do sacrifício.
O sacrifício de JESUS louvou a DEUS por nossa salvação.
Hoje devemos também oferecer louvores a DEUS, tanto em oração
como em cânticos (Hb 13.15).
AÇÃO DE GRAÇAS (Wycliffe)
Expressão de agradecimento ou apreço a DEUS. É conhecida pelo homem
universalmente, mas somente conhecida a fundo pelo cristão que enxerga a DEUS
como o Criador de um mundo que era “bom" (Gn 1.4,31), o Provedor da
salvação do homem imediatamente após o pecado e a queda, e aquele que dá todo
dom bom e perfeito.
A Bíblia está repleta de ações de graças, e os exemplos mais pronunciados são
encontrados em uma oferta especial de ação de graças no AT (Lv 7.12-15; 22.29;
2 Cr 29.31; Am 4.5) e nas várias festividades instituídas para Israel (Êx
23.14ss.; Êx 34.22,23; Lv 23; Nm 29; Dt 16), nos Salmos de ações de graças (Sl
34.3; 50.14; 92.1-5; 100; 107; 136). No NT o cristão nunca deve orar sem dar
graças (Fp 4.6; Cl 4,2) pelas coisas que DEUS tem feito por ele (1 Co 15.57; 2
Co 2.14; 8.16; 9,15; 1 Tm 4.3,4). A ministração dos dons que temos, em
benefício de outras pessoas, deve ser motivo de ação de graças por parte destas
(gr. eucharistia) a DEUS por sua graça abundante (charis) e favor (2 Co 4.15;
9.11,12). O céu estará repleto de vozes de criaturas angelicais e também
daqueles que foram salvos dando graças a DEUS (Ap 4.9; 7.12; 11.17).
A celebração nacional do dia de ação de graças nos Estados Unidos da América é
um eco e duas festas do AT. A Festa da Sega RA/ RC (Êx 23.16), também charpada
de Pentecostes e Festa das Semanas (Ex 34.22), pois era celebrada depois de
sete semanas ou 50 dias após a Páscoa judaica; e da Festa dos Tabernáculos (Lv
23.34-43), também chamada de Festa das Primícias (Êx 23.16; 34.22) no final do
ano agrícola. O Pentecostes marcava o final da colheita de trigo em Israel que
acontecia em Junho, enquanto nosso dia de ação de graças marca o final de toda
a estação da colheita que acontece no outono, como ocorria na Festa dos Tabernáculos
após as azeitonas, uvas, e outras frutas serem colhidas. R. A. K.
Quando alguém grita "Aleluia'' sem a gratidão a DEUS, sem a
alegria e a paz pelo reconhecimento da bênção do Senhor, será hipócrita aos
olhos de JESUS. Ou quando uma pessoa diz "Amém" sem concordar com a
vontade de DEUS, sem desejar de coração que se realize o pensamento da mensagem
ouvida, ou da oração do irmão que está ao lado, estará aumentando seu pecado,
pela leviandade da palavra.
ALELUIA e AMÉM são manifestações de testemunho e de louvor ao Senhor DEUS, dos
que estão em comunhão com Ele. São também motivo de condenação para quem as pronúncia
só com os lábios, sem o propósito de DEUS, e sem o cultivo do amor fraternal.
"...Por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás
condenado" (Mt 12.37).
b) Voto.
VOTO (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde - CPAD)
- Do hebraico “neder”, e do grego “euche’ (que também significa oração).
Inicialmente, diremos que não se trata de um voto para a eleição de alguém
ou coisa semelhante. A palavra voto emprega-se para definir o ato
da preferência do cidadão na escolha de um candidato político ou
mesmo de qualquer outra agremiação. Entretanto, a palavra voto que vamos
focalizar tem um sentido diferente, quando examinada à luz
dos costumes e da religiosidade do povo judeu, de acordo com
as Escrituras. A palavra era usada para designar a
dedicação especial, voluntária, de uma pessoa ou mesmo de uma
propriedade que se oferecia com fins sagrados. Voto era o oferecimento que se
fazia espontaneamente a DEUS, ou a promessa de praticar alguma obra boa, ou
então de abster-se de algum ato ou prazer, mesmo que fossem lícitos,
desde que animado por um sentimento de fidelidade a DEUS. O sentido
de voto, nos dias do Antigo Testamento podia ser o de uma promessa, por um
sentimento de gratidão a DEUS por favores e bênçãos recebidos, como
também poderia ser motivada pelo temor de um perigo iminente, a fim
de evitá-lo. O voto estava imbuído de um sentimento de culto a DEUS.
As coisas e pessoas que não estivessem ainda envolvidas em voto, como o
caso dos primogênitos que já eram do Senhor, e que não fossem vergonhosas, como
o dinheiro da prostituição ou da sodomia (Dt 23.18), podiam ser objeto de
voto de alguém. O marido poderia votar a DEUS sua própria pessoa, bem como
a de sua mulher, de seus filhos, servas, animais, campo, etc. As
pessoas eram resgatadas pelas quantias estabelecidas e os
animais impuros eram resgatados pelos puros ou pelo valor
correspondente, assim como sucedia com as casas, os campos etc. O
valor era estabelecido pelo sacerdote. As mulheres podiam fazer um voto ao
Senhor, se independentes; quando eram casadas ou solteiras, devia
obter a permissão do marido ou do pai.
A prática do voto vem desde o tempo dos patriarcas. Jacó fez um voto no lugar
em que teve a visão da escada cujo topo chegava ao Céu. A seguir deu o
nome de Betel ao lugar em que tivera o sonho. Convém que todos os
leitores conheçam o voto de Jacó e saibam se ele cumpriu o que
prometera: “Se DEUS for comigo, e me guardar nesta jornada que
empreendo... então o Senhor será o meu DEUS... e de tudo quanto
me concederes, certamente eu te darei o dízimo” (Gn 28.20-22).
Moisés regulamentou a prática do voto entre os hebreus, a fim de evitar
abusos, excessos e incompreensões. Na legislação não é descrito o uso do voto,
que nasceu e continuou a existir por causa da piedade um tanto
quanto interesseira dos crentes da velha dispensação. Se não encontramos
no Antigo Testamento detalhes sobre o seu uso, encontramos advertências
para que o voto fosse cumprido. Aquele que fizesse um voto assumia a
alta responsabilidade de cumpri-lo, ou então seria considerado
enganador. Para aqueles-que não honrassem sua palavra, o profeta
Malaquias fez esta tremenda advertência: “Pois maldito seja o
enganador, que tendo macho no seu rebanho, promete e oferece
ao Senhor um defeituoso” (Ml 1.14). Importante, sem dúvida, é que os
leitores conheçam os termos em que Moisés colocou o problema do voto.
Eis o que ele declarou: “Quando fizeres algum voto ao Senhor teu DEUS,
não tardarás em cumpri-lo; porque DEUS certamente o requererá de ti” (Dt
23.21). Outro texto que fala sobre isso é Levítico 22.21-24.
É necessário o cumprimento do voto, porque, de outra forma, a atitude contrária
engana a DEUS; é. preferível não votar a votar e não cumprir o prometido.
O autor do livro de Eclesiastes fez esta expressiva advertência,
válida para todos os tempos: “Quando a DEUS fizeres algum voto, não
tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o teu voto que
fizeres. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras” (Ec
5.4,5).
Como vimos, se alguém fizesse um voto consagrando-se ao serviço de DEUS, ou se
oferecesse pessoa de sua família, e se depois se arrependesse, devia
resgatar o compromisso com determinada importância. A avaliação do
resgate cabia ao sacerdote, que determinava quanto o autor do voto
devia pagar. Tratando-se de pessoas, o preço do resgate variava
de acordo com a idade da pessoa a ser resgatada, isto é, que
devia ser desobrigada do voto feito (Lv 27). Tratando-se
de propriedade, o resgatante devia pagar uma quinta parte além da
avaliação que o sacerdote havia feito.
Este comentário estaria seriamente prejudicado, e os leitores ficariam privados
de conhecimentos valiosíssimos, se não incluíssemos aqui alguns exemplos de
votos feitos a DEUS, enfatizando os resultados positivos e as consequências
negativas do cumprimento do voto e da transgressão da promessa feita.
Em todos os tempos e em todos os lugares sempre existiram pessoas honestas e
cumpridoras de seus deveres e compromissos, mas também sempre houve
transgressores de leis e de promessas. A mãe de Samuel fez um voto ao
Senhor de dedicar seu filho ao serviço divino, mesmo antes de o
filho haver sido concebido. No tempo próprio ela cumpriu o seu voto
(1 Sm 1.11, 27,28).
Há um episódio emocionante registrado no livro de Juizes 11.30-34. Ali se
descreve a ação corajosa e fiel de Jefté, juiz em Israel, que fez um
voto ao Senhor: se DEUS lhe concedesse a vitória sobre seus inimigos,
então ofereceria ao Senhor a quem primeiro lhe aparecesse, ao voltar da
guerra para casa. Aconteceu que Jefté retornou vitorioso da luta e
a primeira pessoa que lhe veio ao encontro, cantando e
saltando de prazer pela vitória, foi a sua própria filha, a única
filha, bela, prendada e querida por todos. Jefté sentiu que uma calamidade
viera sobre sua vida. Teria de cumprir o seu voto sobre sua única
filha, que estava no verdor dos anos, ou então mentir a DEUS, quebrando
o voto que fizera. A corajosa resolução de Jefté está registrada nestas
eloquentes e expressivas palavras: “Porquanto fiz um voto ao Senhor,
não tornarei atrás”(Jz 11.35). Como resultado positivo do voto e de
seu cumprimento, a filha de Jefté ficou virgem até o fim de
sua vida, não conhecendo varão (Jz 11.39,40) (Há dúvidas se Jefté
matou ou não sua filha). Davi também era usual dos votos como vemos em Sl
22.25.
Os leitores também precisam conhecer o lado negativo do tema, isto é, devem
tomar conhecimento dos resultados funestos do não cumprimento do
voto feito ao Senhor DEUS. No mesmo livro que registra o ato corajoso
e digno de Jefté, está registrada a história de Sansão, que os
leitores já devem conhecer. O que talvez ignorem é que Sansão era nazireu, isto
é, Manoá, seu pai, concordou em oferecê-lo ao Senhor, como nazireu; este
voto incluía o fato de não poder cortar o cabelo nem beber
vinho. Entretanto, Sansão, embora consciente do voto de seu pai
e de sua consagração ao Senhor, não honrou o voto, não cumpriu a
promessa, e revelou o segredo de sua força, permitindo que lhe cortassem o
cabelo, depois de ter tomado vinho. As consequências foram
trágicas. Trágicas são as consequências para todos aqueles que
desonram a DEUS.
Vários salmos celebram o êxito de votos proferidos e cumpridos, como os Sl 61;
65; 66.
JESUS não proíbe os votos, mas ensina que não devem impedir o cumprimento dos
deveres filiais (Mt 15.5,6).
O voto de uma virgem estava obrigado se seu pai não o desaprovasse
(Nm 30.3-5); da mesma forma, o voto de uma mulher casada dependia da aprovação
de seu marido (Nm 30.6-15).
Voto era o oferecimento que se fazia espontaneamente a DEUS, ou a promessa
de praticar alguma boa obra, ou então de abster-se de algum ato
ou prazer.
PERSONAGEM |
VOTO |
Jacó |
“Se DEUS for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der
pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o
SENHOR será o meu DEUS” (Gn 28.20,21). |
Ana |
“Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição
da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à
tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua
vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1 Sm 1.11). |
Davi |
“O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus
votos perante os que o temem” (Sl 22.25). |
Voto |
“Empenho voluntário de uma palavra a DEUS ou a outra pessoa. Nas
Sagradas Escrituras, o voto, via de regra, tem um caráter sagrado e não pode
ser revogado a menos que seja feito com base na ignorância e presunção (1 Sm
14.24-35). Por este motivo, para que o voto seja legítimo é mister que se
observe os seguintes requisitos: 1) Voluntariedade; 2) Consciência e
responsabilidade; 3) Conformidade com a Palavra de DEUS; 4) Que não envolva
terceiras pessoas sem o consentimento destas” (Dicionário Teológico, CPAD, p.
361). |
c) Oferta movida.
Cerimônia pela qual as ofertas são dedicadas mais provavelmente
levantando-se o objeto diante do senhor. Vários objetos podiam ser levantados
na oferta movida, dentre os quais a porção do peito da oferta pacífica.
Na última etapa do sacrifício pacífico o sangue do sacrifício era
aspergido sobre o altar. A gordura do animal era queimada (Lv 7.30). O peito
era entregue a Arão e a seus filhos. Num último ato do sacrifício, o sacerdote
movia a parte mais excelente da oferenda perante o altar: o peito e a coxa (Lv
7.31-35).
As ofertas movidas eram aquelas porções dos sacrifícios que eram movidas na
direção do altar em vez de serem queimadas, e que depois eram comidas pelos
sacerdotes e pelo oferente. Esta oferta era agitada pelo oferente, da direita
para a esquerda, e era movida para cima e para baixo (Êx 29.24, 26 - Lv 7.30,
34 - Nm 18.11, 18).
Êxodo 29, Versículo 22 . a gordura e o garupa. A rabada ou cauda de
algumas ovelhas orientais é a melhor parte do animal, e é tida como a melhor
carne a ser ingerida. Eles também são muito grandes, alguns deles pesando
entre 12 e 40 kg de peso.
Êxodo 29, Versículo 23 . E um pedaço de pão -
Comentário do Velho Testamento de Adam Clarke
O pão de diferentes tipos (ver Clarke em Êxodo 29:2) nesta oferta, parece
ter sido concebido como uma minchah, ou oferta
de gratidão reconhecimento pelas bênçãos providenciais. A
essência da adoração consistia em reconhecer DEUS, 1.Como o Criador, Governador
e Preservador de todas as coisas, é distribuidor de todo dom bom e
perfeito. 2. Como o juiz dos homens, o Justiceiro do pecado, e quem
só poderia perdoa-lo. Os minchahs, ofertas alçadas, ofertas movidas, e
ofertas agradecimento, referiu-se ao primeiro ponto. Os
holocaustos, ofertas pelo pecado, e sacrifícios em geral, referiu-se
à segunda.
O versículo 24 . Para uma oferta movida - Veja
Levítico 7:1 abaixo:
O versículo 27 . peito da oferta movida e a espádua
da oferta alçada a...
Como a oferta de movimento foi agitada para lá e para cá e
alçada para cima e para baixo, alguns têm concebido que esta ação
dupla representou a figura da cruz, em que a grande oferta de paz foi
oferecida entre DEUS e o homem no sacrifício pessoal de nosso bendito
Redentor. Se tivéssemos autoridade bíblica para esta conjectura, seria
certamente lançar muita luz sobre o significado e a intenção dessas ofertas.
Muito provavelmente aí está representada a cruz, onde a raça humana foi levantada,
perante DEUS. "A oferta alçada e oferta movida, embora sejam
duas cerimônias estão na mesma oblação. A distinção entre ambas está em que
a oferta de movimento implica que a vítima foi transferida para cá e
para lá, para a Direita e para a Esquerda, enquanto a oferta
alçada era levantada de Cima para Baixo, e isso era feito várias
vezes. Desta forma alguns judeus messiânicos explicam essas coisas, e ensinam
os cristãos, que por esses atos a cruz foi apresentada como oferta de
paz da raça humana que depois foi substituída por CRISTO.
O peito e do ombro, assim, DEUS ordenou, foram designados para serem doados aos
sacerdotes para sempre, e isso, como o Sr. Ainsworth observa piamente
"ensina aos sacerdotes como, com todo o seu coração e toda a
sua força, eles devem dar-se ao serviço do Senhor na sua Igreja porque
serão sustentados pelo Senhor e seu povo". Moisés,
como sacerdote, recebeu nesta ocasião o peito e o ombro,
que se tornou mais tarde a parte dos sacerdotes; ver Êxodo
29:28 e Levítico 7:34. É digno de nota que, embora o próprio
Moisés não tivesse consagração ao ofício sacerdotal, mas ele atuou aqui como
sumo sacerdote, consagrando o sumo sacerdote, e recebeu o peito e
o ombro, que eram parte dos sacerdotes! Moisés, porém, foi
um extraordinário mensageiro, e sua autoridade, não veio por meio de ritos
e cerimônias, mas do próprio DEUS. Não está escrito que CRISTO batizou
os doze apóstolos, ou os tenha ordenado pela imposição de suas mãos,
porque os escolheu por sua própria suficiência infinita, deu-lhes autoridade
tanto para expulsar demônios, curar enfermos, ressuscitar mortos, batizar, e
para impor as mãos, na nomeação de outros para o trabalho do ministério
sagrado.
Levítico 7
Versículo 4 . A gordura que está sobre eles
-------------------------------
Principalmente a gordura que foi encontrado em um estado separado, não
misturado com os músculos, como o omento ou coifa, a gordura do mesentério, a
gordura sobre os rins.
O versículo 8 . O sacerdote terá para si a pele ---------------------------
Talvez esta ordenança tenha sido iniciada com a oferta de Adão, É provável que
o próprio Adão ofereceu o primeiro sacrifício, e teve a pele dada a ele por
DEUS para fazer roupas para ele e sua esposa se cobrirem. isto está em
conformidade com a ordem para que os sacerdotes ficassem com a pele dos
holocaustos para si, quando estas não eram queimadas junto com os sacrifícios,
como em algumas ofertas pelo pecado (Levítico 4:11).
O versículo 9 . Cozer no forno - Levítico 2:5.
Versículo 12. - Levítico 7:38.
O versículo 15. Ele não se deixará dela até pela manhã.--------------
Levítico 7:18: "Se alguma parte da carne do sacrifício e comer ao
terceiro dia, não será aceito, nem será imputado àquele que o tiver oferecido,
é uma abominação, e a pessoa que dela comer levará a sua iniquidade.” - Muito
provavelmente pode sugerir a ressurreição de JESUS ao terceiro dia, portanto o
sacrifício só teria valor no primeiro e segundo dia, antes de apodrecer.
Versículo 20. Tendo sua imundícia sobre ele
---------------------------
Tendo tocado alguma coisa imunda pelo qual ele se tornou legalmente
contaminado, e não tinha lavado as suas vestes, e banhado sua carne.
Versículo 21. Imundícia do homem
Qualquer úlcera, dor, ou lepra, ou qualquer tipo de doença cutânea, ou
repugnante ou infecciosa.
Versículo 23. Gordura de boi, nem de carneiro, nem de cabra. (Lv
7:4).
O versículo 27. Tudo alma que comer qualquer espécie de sangue (Gênesis 9:4)
será extirpada, ou seja, excomungado do povo de DEUS, e assim privada de
qualquer parte em sua herança, e de suas bênçãos. (Gênesis 17:14).
Versículo 29. Trará a sua oferta
Ou seja, as coisas que foram dadas fora das ofertas pacíficas ao Senhor e ao
sacerdote (Êxodo 29:27).
Versículo 32. O ombro direito (Êxodo 29:27).
3. Objetivos das ofertas pacíficas.
A oferta pacífica, oferta de paz, sacrifícios pacíficos
ou sacrifícios de paz (em hebraico: zevah shelamim) era um dos sacrifícios e
ofertas na Bíblia hebraica descritas no livro de Levítico.
Os principais objetivos eram: Louvar a DEUS, agradecendo por curas
ou outras bênçãos alcançadas. Aproximar-se de DEUS. Reconhecer que DEUS nos deu
tudo o que possuímos e é que está no controle de Tudo, inclusive de nossa vida.
II – A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA
1. Jacó, filho de Isaque.
JACÓ (Dicionário Wycliffe)
Em hebraico, o nome ya‘aqob significa '1apanhador de calcanhar",
“malandro” ou “suplantador". O substantivo que significa “calcanhar”
ocorre em hebraico Vaqeb), aramaico, siríaco, árabe, ugarítico e acádio.
1. O patriarca. O filho gêmeo mais novo de Isaque e Rebeca; mais tarde chamado
de Israel.
A vida na Palestina (Gn 25-27). O nascimento de Esaú e Jacó está registrado em
Gênesis 25.21-28. Isaque casou-se com Rebeca quando tinha quarenta anos de
idade. Rebeca, assim como Sara (cf. Gn 11.30; 16.1,2), era estéril. As orações
de Isaque por sua esposa foram ouvidas e atendidas. Ela deu à luz dois meninos
gêmeos, que lutaram no útero assim como a posteridade de suas nações fez na
vida real. Esaú, o primeiro a nascer, foi assim chamado porque era peludo. O
segundo foi chamado de Jacó porque saiu do útero agarrado no calcanhar de seu
irmão. Os filhos gêmeos de Rebeca herdaram suas principais características,
Esaú herdou sua mente aberta; Jacó, sua astúcia. Esaú tornou-se um hábil caçador,
um homem do campo, a quem Isaque amava, porque este seu filho lhe dava carne de
caça para comer. Em contraste, Jacó era calado, introspectivo, acomodado, um
homem íntegro vivendo em tendas, amado por Rebeca, sua mãe.
DEUS prometeu a Abraão que através de sua semente, Isaque, faria dele uma
grande nação. Esta promessa foi renovada em Isaque. A questão era, através de
qual semente, Jacó ou Esaú? Esta luta resultou em um conflito doméstico e
forçou Jacó a viver sob constante tensão. Gênesis 25.23 declara que pela
escolha divina, Jacó seria o herdeiro da promessa; mas dois eventos
interessantes ocorrem para implementar o propósito divino.
O primeiro é a compra do direito de primogenitura de Esaú (Gn 25.29-34). Quando
Esaú, o caçador, veio do campo faminto e de mãos vazias, desejou um pouco
daquele guisado vermelho (Gn 25.30, lit.), um cozido que seu irmão pastor,
Jacó, estava preparando. Em sua condição faminta, Esaú negociou o seu direito
de primogenitura. Jacó insistiu em um juramento, considerado irrevogável (Gn
25.33; cf. Js 9.19). Então, através de uma providência sagaz (como quem tira
vantagem de uma forma injusta), Jacó adquiriu a reputação de seu nome e ganhou
o direito de primogenitura, que a sua ordem de nascimento não lhe dava. A
intenção de DEUS (Gn 25.23) estava tomando-se realidade com a ajuda de Jacó,
embora o Senhor a pudesse realizar de uma forma diferente e sem a ajuda deste.
De qualquer forma, junto com a boa sorte de Jacó, sementes de hostilidade que
trariam grandes aborrecimentos futuros a Jacó foram plantadas (Gn 27.41).
O segundo evento é o roubo da bênção da aliança (Gn 27.1-46), O já idoso
Isaque, temendo a morte iminente (137 anos de idade - porém 43 anos antes de
sua morte), instruiu Esaú para que preparasse para ele o seu prato favorito,
para que pudesse transmitir ao seu primogênito a bênção patriarcal contida em
sua alma (Gn 27.4). À medida que o inocente Esaú estava cumprindo a sua tarefa,
Jacó cooperou com o plano de Rebeca a fim de tomar a bênção para si mesmo
(Acréscimo do Pr. Henrique - pois a tinha ganho comprando-a de seu irmão). Com
audácia e mentiras grosseiras, Jacó executou a fraude conforme havia sido
esboçado por sua mãe (Gn 27.19,24). Jacó acrescentou blasfêmias chocantes (v.
20: “Porque o Senhor, teu DEUS, a mandou ao meu encontro” (Acréscimo do
Pr. Henrique - colocou até o nome de DEUS numa mentira). O fato patético da
ocasião toma-se ainda mais agravante devido à cegueira de Isaque. Tomado de
suspeita e dúvida (a voz era de Jacó, mas as mãos de Esaú, 27.22 (Acréscimo do
Pr. Henrique - devido a Jacó ter colocado a pele do animal morto recobrindo seu
pescoço e seus braços), o pai cego finalmente colocou sobre Jacó a sua bênção
final, já no leito de morte, (Acréscimo do Pr. Henrique - segundo ele
acreditava) (Gn 27.27- 29; cf. 24.1-9; 49.1-33). Por ocasião do retorno de
Esaú, quando Isaque tomou conhecimento do logro, a bênção não podia mais ser
alterada nem retirada (27.37,38). Então, nada mais do que uma triste sorte
restava para Esaú (27.39,40).
A vida em Harã (Gn 28-30). Quando a trama toda foi descoberta, Jacó foi enviado
para junto de seus parentes em Harã. Em sua viagem a partir de Berseba, Jacó,
como um exaurido, cansado, e fugitivo pecador, passou sua primeira noite nas
proximidades do antigo santuário cananeu de Luz. Em uma visão noturna, DEUS
revelou-se a este peregrino como o DEUS de seu pai. Ele também renovou a bênção
da aliança (Gn 12.7; 13.14- 17; 26.3-5), prometeu-lhe a terra, deu-lhe uma
missão universal e assegurou-lhe que teria a orientação divina e uma vida
próspera. Jacó respondeu com um voto pessoal e chamou o local de Betel
(Acréscimo do Pr. Henrique - casa de DEUS) q.v.).
Jacó chegou a Arã-Naaraim (Mesopotâmia) e a misericórdia do Senhor veio
resgatá-lo novamente. Lá, conheceu Raquel, no poço, e este foi um caso de amor
à primeira vista. Ela, por sua vez, levou-o até à casa de seu pai, Labão, que
era tio dele, e o apresentou (Gn 29.10,11,18,20). O amor de Jacó por Raquel
garantiu-lhe um emprego permanente junto a Labão. Jacó trabalhou por sete anos
para tê-la como esposa. Na manhã seguinte à cerimônia de casamento, ele
descobriu que, ao invés de ter se casado com Raquel, que tinha uma voz suave,
havia se casado com Léia, que tinha uma enfermidade (Acréscimo do Pr. Henrique
- defeito físico) nos olhos. O engodo de Labão era equivalente à ira de Jacó,
por isso, ele concordou em dar-lhe Raquel após as festividades tradicionais de
casamento que duravam uma semana, se este o servisse por mais sete anos. Jacó
trouxe grande prosperidade a seu sogro (Gn 30.30), e o astuto Labão sempre era
capaz de reconhecer um bom negócio.
A prosperidade de Jacó aumentou assim como sua família. Doze filhos nasceram a
Jacó na Mesopotâmia.
A preparação de Jacó para voltar para casa (Gn 31). Jacó desejava retomar à
Palestina (Gn 30.25).
Enquanto Labão estava pastoreando o seu rebanho, Jacó com suas esposas, filhos,
servos e rebanhos partiram rumo à terra de seu pai (Gn 31.17-20).
O retorno à Palestina (Gn 32-33). Vinte anos haviam se passado desde que Jacó
havia enganado Isaque e roubado a bênção de Esaú.
Passando pela parte rasa do ribeiro de Jaboque (q.v.) para proteger
sua família de Esaú, Jacó encontrou-se com “um varão” que lutou com ele até o
romper do dia (v. 24). Embora estivesse com seu quadril ferido, Jacó foi
bem-sucedido e ganhou, do varão com quem lutou, uma bênção que mudou o seu nome
de Jacó (“enganador”) para Israel (“o que luta com DEUS”; veja Israel). O
estranho revelou sua verdadeira identidade abençoando Jacó e também mudando o
seu nome - Ele era o próprio Eterno (cf. Gn 17.5; 35,9־ 15; Is 65.15; Os 2.23;
12.3,4). (Acréscimo do Pr. Henrique - Um combate em oração).
Em uma cena de grande ternura, Jacó encontrou-se com Esaú, e a discórdia foi
resolvida, pelo menos temporariamente, com magnanimidade e afeição.
Vivendo pela segunda vez na Palestina (Gn 33.17-45.5). Esaú foi a Seir e lá
formou uma nação (Gn 33.16; cf. o cumprimento da promessa de Gn 25.23;
27.39-40; 36.1-43). Jacó passou a residir em Canaã para assumir sua herança.
Ele agora era de fato um patriarca. Após a partida de Esaú, Jacó permaneceu a
leste do rio Jordão e acampou próximo a Sucote; então foi para Siquém, onde
comprou terras e reconstruiu um altar (Gn 33.17-20). Sob a ordem de DEUS, foi
para Betel e lá o Senhor renovou as promessas patriarcais (35.1-5).
A promessa de DEUS a Jacó foi cumprida. Em sua morte, os egípcias lhe prestaram
uma grande homenagem. Seus filhos, liderados por José, o primeiro-ministro do
Egito, levaram seu corpo de volta a Canaã, e o sepultaram em Macpela com Abraão
e Isaque (49.29-50.13; cf. 25.9-10; 35.28-29), realizando um desejo comum dos
antigos, de serem enterrados em sua terra natal (cf. o Sinuhe egípcio, ANET,
pp. 20ssj. D. W.D.
2. Ana, mãe de Samuel.
ANA - (Dicionário Wycliffe)
A história de Ana, mãe de Samuel, é encontrada em 1 Samuel 1 e 2.
Ela era uma das duas esposas de Elcana, um levita da linhagem de Coate, que
vivia no Monte Efraim. Talvez pelo fato de Ana ter sido estéril, ele se casou
com uma segunda esposa chamada Penina, que lhe gerou filhos.
Ana era uma mulher de oração, de muita fé, e determinada. Ela suplicou que DEUS
lhe desse um filho, e prometeu que, se Ele o fizesse, ela o daria ao Senhor. E
assim fez quando Samuel nasceu; levou-o ao Tabernáculo ainda pequeno, e deixou-o
aos cuidados de Eli, o sumo sacerdote. Mais tarde, ela se tomou a mãe demais
cinco filhos (I Sm 2.21). A oração profética de Ana (1 Sm 2.1-10) revela grande
maturidade e visão espiritual. Ela era cheia de alegria e reconhecia a
santidade, o poder, a soberania e a graça de DEUS. Falava do poder sustentador
do Senhor, e que Ele, algum dia, viria para “julgar as extremidades da terra”.
Além de tudo isto, parece que, embora vagamente, ela previu o estabelecimento
final do Ungido de DEUS como Rei, uma profecia que começou a se cumprir através
de Davi, um século mais tarde (1 Sm 2.10; cf. Sl 18.50; 89.19-37). J. A. S.
3. Davi, rei de Israel.
Davi era um adorador.
E, introduzindo a arca do SENHOR, a puseram no seu lugar, na tenda
que Davi lhe armara; e ofereceu Davi holocaustos e ofertas pacíficas perante o
SENHOR. 2 Samuel 6:17
E edificou ali Davi ao SENHOR um altar e ofereceu holocaustos e
ofertas pacíficas. Assim, o SENHOR se aplacou para com a terra e cessou aquele
castigo de sobre Israel. 2 Samuel 24:25
Então, Davi edificou ali um altar ao SENHOR, e ofereceu nele holocaustos e
sacrifícios pacíficos, e invocou o SENHOR, o qual lhe respondeu com fogo do céu
sobre o altar do holocausto.
(na eira de Ornã, o jebuseu de que Davi comprou e veio a ser o local do templo
mais tarde) 1 Crônicas 21:26
Então, irei ao altar de DEUS, do DEUS que é a minha grande alegria, e com harpa
te louvarei, ó DEUS, DEUS meu. Salmos 43:4
A partir de Davi se começou a fazer os sacrifícios nas festas com
música também.
E deu ordem Ezequias que oferecessem o holocausto sobre o altar, e,
ao tempo em que começou o holocausto, começou também o canto do SENHOR, com as
trombetas e com os instrumentos de Davi, rei de Israel. 2 Crônicas 29:27
DAVI - (Dicionário Wycliffe)
Segundo rei de Israel, fundador da monarquia unida (1000-962 a.C.).
Fontes
A principal fonte da vida e da época de Davi encontra-se no material encontrado
nos livros de 1 e 2 Samuel e 1 Reis 1-2. Esses relatos, principalmente 2 Samuel
9.20 (a história da corte de Davi) formam uma representação realista de Davi
feita por um historiador contemporâneo. O livro de 1 Crônicas 11.29 contém um
relato paralelo a Samuel-Reis com alguns acréscimos e algumas omissões. E mais
completo que eles em relação a detalhes da organização do templo e faz uma
lista dos funcionários reais, apresentando Davi de forma mais idealista do que
Samuel-Reis.
Também são encontradas numerosas referências a Davi em outros livros do AT e do
NT. As fontes secundárias são histórias no Talmude, Alcorão e nas tradições
rabínicas e cristãs. Elas ajudam a ilustrar, se não a iluminar, a figura mais
amada de Israel depois do patriarca Abraão.
Nome e Família
O nome Davi pode significar “amado”, do nome hebraico dod (cf. Jedidias, “por
amor do Senhor” ou “porque o Senhor o amava”, 2 Sm 12.25).
Davi nasceu em Belém de Judá, uma cidade a cerca de 10 quilômetros ao sul de
Jerusalém, mencionada nas cartas de Tel el Amarna. Era a cidade de Boaz e Rute,
e tornou-se mais conhecida como cidade natal de um filho de Davi, o Messias de
Israel.
Davi era o caçula de uma família que tinha dez filhos (1 Sm 16.10,11; 1 Cr
2.13-16 relacionam apenas nove, talvez um filho tivesse morrido na infância).
Os nomes de seus irmãos eram Eliabe (Eliú), Abinadabe, Siméia, Natanael, Radai
e Ozém. Os nomes de suas irmãs eram Abigail e Zeruia. De acordo com 2 Samuel
17,25, essas meninas eram filhas de Naás. Aparentemente, a mãe de Davi teve
essas filhas em um casamento anterior, e seu nome é desconhecido. Seu pai,
Jessé, era um ancião rico e muito respeitado em Belém, e que reivindicava ser
da linhagem de Boaz. Davi era um filho da velhice de Jessé (1 Sm 17.12).
Os Anos de sua Juventude
A primeira menção a Davi ocorre no relato da visita do profeta Samuel a Belém
para escolher um sucessor para o rei Saul. Davi foi convocado de sua tarefa de
cuidar das ovelhas e ganhou a aprovação do profeta como o homem de DEUS para a
nação (Acréscimo do Pr. Henrique - tendo sido escolhido por DEUS).
Embora Davi tenha sido ungido na presença de seus irmãos (1 Sm 16.13) o
propósito exato dessa unção permaneceu desconhecido de todos os
presentes.
Importante para Samuel e para Israel era a garantia de que “desde aquele dia em
diante o ESPÍRITO do Senhor se apoderou de Davi”. Ele foi o escolhido do
profeta e de DEUS para a tarefa que aguardava a nação. Ele se tornaria o
escolhido do povo algum tempo depois.
Davi ficou conhecido em Israel por causa de dois importantes acontecimentos, um
relacionado com a música e o outro relacionado com sua competência física. Na
busca de um habilidoso músico que pudesse aliviar a melancolia (Acréscimo
do Pr. Henrique -e a possessão demoníaca) de Saul.
O texto em 1 Samuel 16.18 relaciona, entre suas qualificações, que
Davi “sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em
palavras, e de gentil presença; o Senhor é com ele”. Além da boa aparência e do
excelente talento musical, ele tinha um bom antecedente familiar, podia lutar
se fosse chamado, sabia como contornar situações difíceis e possuía o carisma
que é necessário para alguém que presta um serviço público.
“o Senhor” era “com ele”. Seu prestígio cresceu, com grande
velocidade, tanto em Benjamin como em Judá.
Nos primeiros anos de sua juventude, outro acontecimento que chamou a atenção
de toda a nação, foi sua vitória sobre Golias, o gigante filisteu, na batalha
que teve lugar no vale de Elá (ou vale do Carvalho; 1 Sm 17). O capítulo 17
pode estar referindo-se a eventos anteriores à contratação Davi para tocar na
corte de Saul, incluídos de forma intercalada pelo autor, para explicar as
qualificações de Davi (1 Sm 16.18).
Davi ofereceu-se para aceitar o desafio de Golias, e Saul lhe deu o melhor
equipamento militar que o exército hebreu conseguiu reunir. Davi recusou a
armadura por ser difícil de manejar e escolheu as suas próprias armas, as armas
de um pastor, a pedra e a funda. Com esses instrumentos ele havia protegido os
rebanhos de seu pai terreno, e com eles tentaria proteger o povo do rebanho de
seu Pai Celestial. Ele aceitou a oferta de Golias como uma oportunidade para
expressar sua heroica fé na vitória que DEUS tinha reservado para o seu povo.
Golias foi derrotado por um menino pastor, sua cabeça foi levada para a
metrópole de Jerusalém como um troféu de guerra, e sua armadura colocada na
tenda de Davi (alguns interpretam *tenda” como a tenda em Nobe).
A vitória de Davi sobre Golias serviu para introduzi-lo ainda mais na corte de
Saul.
A paciência de Davi e seu respeito para com o rei Saul eram admiráveis. Ele
nada fez que pudesse derrubar seu trono, mas simplesmente manteve um passo à
frente daquele rei que o perseguia. Seu respeito religioso e sadio por aquele
que havia sido ungido por DEUS e, ao mesmo tempo, um constante desenvolvimento
de seu próprio programa a fim de estar preparado quando DEUS o chamasse para
assumir a liderança, eram seus objetivos paradoxais. Esse tempo chegou com a
morte de Saul e Jônatas na batalha do Monte Gilboa. Quase toda a nação de
Israel lamentou a trágica morte de seu rei. Davi chorou com eles e compôs uma
elegia em honra a Saul e Jônatas (2 Sm 1.17-27).
Rei de Israel
Rei em Hebrom . Davi tornou-se rei da tribo de Judá (2 Sm 2-4) antes de se
tomar rei de toda a nação de Israel. De forma vagarosa, porém segura, Davi foi
capaz de conquistar toda a legião de colaboradores do reino de Saul para o
sólido apoio que havia conquistado em Judá. Finalmente, Davi foi coroado rei de
todo o Israel. Ele foi o primeiro monarca de um império unificado e o fundador
de uma dinastia que permaneceu no poder durante 425 anos. Poucas dinastias no
mundo conseguiram igualar os recordes da família de Davi. O NT revela a
natureza eterna do reino de DEUS no verdadeiro Filho de Davi, o Rei dos reis, o
Senhor JESUS CRISTO.
O primeiro ato de Davi, como rei de Israel, foi escolher um determinado lugar
para a capital, que pudesse ser aceito tanto pelas tribos do norte como do sul;
Jerusalém tornou-se esse lugar. Davi construiu o seu palácio no Monte Sião, uma
colina situada a sudoeste, que havia sido capturada dos jebuseus (2 Sm 5.6-9),
e ergueu inúmeros edifícios governamentais para abrigar os seus escritórios.
Sua própria experiência e o período dos Juizes provavam que a nação não podia
depender de um exército formado pelo povo. Por esta razão, Davi criou um
exército de soldados profissionais. Este era composto por muitos quereteus e
peleteus sob a liderança de Benaia, de Cabzeel e de 600 homens sob Itai de
Gate, um velho amigo do período em que Davi era um fugitivo. Davi empreendeu
vitoriosas guerras contra os filisteus, contra Edom, Moabe, Amom e Aram ou
Síria (2 Sm 5; 8; 10; 12).
Suas duas mais significativas contribuições para a vida de Israel foram:
(1)a unificação das 12 tribos em uma monarquia cuja capital estava
situada em Jerusalém, e (2) os planos para a centralização da adoração do povo
de Israel em um templo nessa capital. Ele o fez estabelecendo a adoração do
povo de Israel de acordo com a lei Mosaica, como se pode ver no ritual da arca.
Colocando a arca, símbolo do DEUS invisível, no centro do país, Davi
centralizou a adoração em Jerusalém e preparou o caminho para o templo.
Os judeus que viveram depois de Davi o consideraram como o rei ideal, e
retrataram, como um segundo Davi, o governante dos dias felizes que esperavam.
Avaliação
Davi não era isento de defeitos. O caso que manteve com Bate-Seba e o
assassinato de Urias são indicadores de sua fraqueza humana. Ele demonstrava,
muitas vezes, um certo desrespeito pelos homens que haviam sido seus constantes
apoiadores (por exemplo, Joabe e o exército de Israel na rebelião de Absalão).
Entretanto, era fiel aos compromissos. intensamente leal a seus amigos e mais
acessível à direção dos profetas do que Saul. Tem sido chamado de doce cantor
de Israel; o fundador de uma dinastia de reis; um profeta: e um homem amado por
DEUS, pois o seu coração estava inclinado a Ele, e sabia como se arrepender e
implorai׳
a graça divina. (Acréscimo do Pr. Henrique - Foi um excelente salmista e
adorador de DEUS, tendo oferecido inúmero sacrifícios a DEUS). F. E.Y.
Pelo que observamos nos Salmos, Davi foi o homem que, em todo o
Israel, mais sacrifícios pacíficos apresentou ao Senhor (Sl 22.25; 56.12;
61.5,8). Aliás, os seus cânticos já são, em si mesmos, um sacrifício pacífico
ao Senhor.
III – A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
De que modo apresentaremos, hoje, nossos sacrifícios pacíficos ao
Senhor? Há três maneiras: consagrando-nos a nós mesmos; perseverando nos
sacrifícios de louvores e adorando a DEUS em todo o tempo.
BREVE HISTÓRIA DA ADORAÇÃO AO VERDADEIRO DEUS.
O ser humano adora a DEUS desde o início da história. Adão e Eva
tinham comunhão regular com DEUS no jardim do Éden (cf. Gn 3.8). Caim e Abel
trouxeram a DEUS oferendas (hb. minhah, termo também traduzido por “tributo” ou
dádiva”) de vegetais e de animais (Gn 4.3,4). Os descendentes de Sete invocavam
“o nome do SENHOR” (Gn 4.26). Noé construiu um altar ao Senhor para oferecer
holocaustos depois do dilúvio (Gn 8.20). Abraão assinalou a paisagem da terra
prometida com altares para oferecer holocaustos ao Senhor (Gn 12.7,8; 13.4, 18;
22.9) e falou intimamente com Ele (Gn 18.23-33; 22.11-18).
Somente depois do êxodo, quando o Tabernáculo foi construído, é que a adoração
pública se tornou formal. A partir de então, sacrifícios regulares passaram a
ser oferecidos diariamente, e especialmente no sábado, e DEUS estabeleceu
várias festas sagradas anuais como ocasiões de culto público dos israelitas (Êx
23.14-17; Lv 1—7; Dt 12; 16). O culto a DEUS foi posteriormente centralizado no
templo de Jerusalém (cf. os planos de Davi, segundo relata 1Cr 22—26). Quando o
templo foi destruído, em 586 a.C., os judeus construíram sinagogas como locais
de ensino da lei e adoração a DEUS enquanto no exílio, e aonde quer que viessem
a morar. As sinagogas continuaram em uso para o culto, mesmo depois de
construído o segundo templo por Zorobabel (Ed 3—6). Nos tempos do NT havia
sinagogas na Palestina e em todas as partes do mundo romano (e.g. Lc 4.16; Jo
6.59; At 6.9; 13.14; 14.1; 17.1, 10; 18.4; 19.8; 22.19).
A adoração na igreja primitiva era prestada tanto no templo de Jerusalém quanto
em casas particulares (At 2.46,47). Fora de Jerusalém, os cristãos prestavam
culto a DEUS nas sinagogas, enquanto isso lhes foi permitido. Quando lhes foi
proibido utilizá-las, passaram a cultuar a DEUS noutros lugares, geralmente em
casas particulares (cf. At 18.7; Rm 16.5; Cl 4.15; Fm v. 2), mas, às vezes, em
salões públicos (At 19.9,10).
MANIFESTAÇÕES DA ADORAÇÃO CRISTÃ.
(1) Dois princípios-chaves norteiam a adoração cristã.
(a) A verdadeira adoração é a que é prestada em espírito e verdade (ver Jo
4.23), i.e., a adoração deve ser oferecida à altura da revelação que DEUS fez
de si mesmo no Filho (ver Jo 14.6). Por sua vez, ela envolve o espírito
humano, e não apenas a mente, e também como as manifestações do ESPÍRITO SANTO
(1Co 12.7-12).
(b) A prática da adoração cristã deve corresponder ao padrão do NT para a
igreja (ver At 7.44). Os crentes atuais devem desejar, buscar e esperar,
como norma para a igreja, todos os elementos constantes da prática da adoração
vista no NT (cf. o princípio hermenêutico estudado na introdução a Atos).
(2) O fato marcante da adoração no AT era o sistema sacrificial (ver Nm 28,
29). Uma vez que o sacrifício de CRISTO na cruz cumpriu esse sistema, já
não há mais qualquer necessidade de derramamento de sangue como parte do culto
cristão (ver Hb 9.1—10.18). Através da ordenança da Ceia do Senhor, a igreja do
NT comemorava continuamente o sacrifício de CRISTO, efetuado de uma vez por
todas (1Co 11.23-26). Além disso, a exortação que tem a igreja é oferecer
“sempre, por ele, a DEUS sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que
confessam o seu nome” (Hb 13.15), e a oferecer nossos corpos como “sacrifício
vivo, santo e agradável a DEUS” (Rm 12.1).
(3) Louvar a DEUS é essencial à adoração cristã. O louvor era um
elemento-chave na adoração de Israel a DEUS (e.g., Sl 100.4; 106.1; 111.1;
113.1; 117), bem como na adoração cristã primitiva (At 2.46,47; 16.25; Rm
15.10,11; Hb 2.12).
(4) Uma maneira autêntica de louvar a DEUS é cantar salmos, hinos e cânticos
espirituais. O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao Senhor
(e.g., 1Cr 16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5,6; 100.1,2). Na ocasião do nascimento
de JESUS, a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor (Lc
2.13,14), e a igreja do NT era um povo que cantava (1Co 14.15; Ef 5.19; Cl
3.16; Tg 5.13). Os cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente (i.e.
num idioma humano conhecido) ou com o espírito (i.e., em línguas; ver 1Co
14.15). Em nenhuma circunstância os cânticos eram executados como passatempo.
(5) Outro elemento importante na adoração é buscar a face de DEUS em
oração. Os santos do AT comunicavam-se constantemente com DEUS através da
oração (e.g. Gn 20.17; Nm 11.2; 1Sm 8.6; 2 Sm 7.27; Dn 9.3-19; cf. Tg 5.17,18).
Os apóstolos oravam constantemente depois de JESUS subir ao céu (At 1.14), e a
oração tornou-se parte regular da adoração cristã coletiva (At 2.42; 20.36; 1Ts
5.17). Essas orações eram, às vezes, por eles mesmos (At 4.24-30); outras vezes
eram orações intercessórias por outras pessoas (e.g. At 12.5; Rm 15.30-32; Ef
6.18). Em todo tempo a oração do crente deve ser acompanhada de ações de graças
a DEUS (Ef 5.20; Fp 4.6; Cl 3.15,17; 1Ts 5.17,18). Como o cântico, o orar podia
ser feito em idioma humano conhecido, ou em línguas (1Co 14.13-15).
(6) A confissão de pecados era sabidamente parte importante da adoração no
AT. DEUS estabelecera o Dia da Expiação para os israelitas como uma
ocasião para a confissão nacional de pecados (Lv 16). Salomão, na sua oração de
dedicação do templo, reconheceu a importância da confissão (1Rs 8.30-36).
Quando Esdras e Neemias verificaram até que ponto o povo de DEUS se afastara da
sua lei, dirigiram toda a nação de Judá numa contrita oração pública de
confissão (cap. 9). Assim, também, na oração do Pai nosso, JESUS ensina os
crentes a pedirem perdão dos pecados (Mt 6.12). Tiago ensina os crentes a confessar
seus pecados uns aos outros (Tg 5.16); através da confissão sincera, recebemos
a certeza do gracioso perdão divino (1Jo 1.9).
(7) A adoração deve também incluir a leitura em conjunto das Escrituras e a sua
fiel exposição. Nos tempos do AT, DEUS ordenou que, cada sétimo ano, na
festa dos Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem para a leitura pública
da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo mais patente desse elemento do culto
no AT, surgiu no tempo de Esdras e Neemias (8.1-12). A leitura das Escrituras
passou a ser uma parte regular do culto da sinagoga no sábado (ver Lc 4.16-19;
At 13.15). Semelhantemente, quando os crentes do NT se reuniam para o culto,
também ouviam a leitura da Palavra de DEUS (1Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1Ts 5.27)
juntamente com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1Tm 4.13; 2Tm
4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).
(8) Sempre quando o povo de DEUS se reunia na Casa do Senhor, todos deviam
trazer seus dízimos e ofertas (Sl 96.8; Ml 3.10). Semelhantemente, Paulo
escreveu aos cristãos de Corinto, no tocante à coleta em favor da igreja de
Jerusalém: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que
puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (1Co 16.2). A verdadeira adoração a
DEUS deve, portanto, ensejar uma oportunidade para apresentarmos ao Senhor os
nossos dízimos e ofertas.
(9) Algo singular no culto da igreja do NT era a atuação do ESPÍRITO SANTO e
das suas manifestações. Entre essas manifestações do ESPÍRITO na
congregação do Senhor havia a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento,
manifestações especiais de fé, dons de curas, poderes miraculosos, profecia,
discernimento de espíritos, falar em línguas e a interpretação de línguas (1Co
12.7-10). O caráter carismático do culto cristão primitivo vem, também, descrito
nas cartas de Paulo: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação” (1Co 14.26). Na
primeira epístola aos coríntios, Paulo expõe princípios normativos da adoração
deles (ver 1Co 14.1-33). O princípio dominante para o exercício de qualquer dom
do ESPÍRITO SANTO durante o culto é o fortalecimento e a edificação da
congregação inteira (1Co 12.7; 14.26).
(10) O outro elemento excepcional na adoração segundo o NT era a prática das
ordenanças — o batismo e a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor (ou o “partir
do pão”, ver At 2.42) parece que era observada diariamente entre os crentes
logo depois do Pentecostes (At 2.46,47), e, posteriormente, pelo menos uma vez
por semana (At 20.7,11). O batismo conforme a ordem de CRISTO (Mt 28.19,20)
ocorria sempre que havia conversões e novas pessoas ingressavam na igreja (At
2.41; 8.12; 9.18; 10.48; 16.30-33; 19.1-5).
AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS VERDADEIROS ADORADORES.
Quando os crentes verdadeiramente adoram a DEUS, muitas bênçãos lhes estão
reservadas por Ele. Por exemplo, Ele promete
(1) que estará com eles (Mt 18.20), e que entrará e ceiará com eles (Ap 3.20);
(2) que envolverá o seu povo com a sua glória (cf. Êx 40.35; 2Cr 7.1; 1Pe
4.14);
(3) que abençoará o seu povo com chuvas de bênçãos (Ez 34.26), especialmente
com a paz (Sl 29.11);
(4) que concederá fartura de alegria (Sl 122.1,2; Lc 15.7,10; Jo 15.11);
(5) que responderá às orações dos que oram com fé sincera (Mc 11.24; Tg 5.15);
(6) que encherá de novo o seu povo com o ESPÍRITO SANTO e com ousadia (At
4.31);
(7) que enviará manifestações do ESPÍRITO SANTO entre o seu povo (1Co 12.7-13);
(8) que guiará o seu povo em toda a verdade através do ESPÍRITO SANTO (Jo
15.26; 16.13);
(9) que santificará o seu povo pela sua Palavra e pelo seu ESPÍRITO (Jo
17.17-19);
(10) que consolará, animará e fortalecerá seu povo (Is 40.1; 1Co 14.26;2Co
1.3,4; 1Ts 5.11);
(11) que convencerá o povo do pecado, da justiça e do juízo por meio do
ESPÍRITO SANTO (ver Jo 16.8); e
(12) que salvará os pecadores presentes no culto de adoração, sob a convicção
do ESPÍRITO SANTO (1Co 14.22-25).
1. Consagração
Esta é primeiramente uma palavra utilizada no AT, e traduz vários
verbos heb. e seus substantivos derivativos (haram, “dedicar”; qadash, “pôr de
lado”; male, “encher a mão”; e nazar, “separar”). A ideia comum destas palavras
hebraicas parece ser a de separar algo ou alguém para o serviço peculiar ao
Senhor: sacerdotes (Êx 28.1-3; 30.30), coisas (Js 6.19), dias de festa (Ed
3.5), sacrifícios (Lv 7.37), ganhos (Mq 4.13). A palavra também é usada para
descrever o procedimento pelo qual alguém que foi contaminado pode recuperar o
acesso à presença do Senhor (Nm 6.7-12).
No NT, a versão KJV em inglês usa esta palavra para traduzir duas palavras
gregas. Hb 10.20 declara que JESUS consagrou (enkaini- zo, “renovou”) um novo e
vivo caminho para DEUS. A passagem em Hebreus 7.28 mostra que JESUS é eternamente
consagrado (teleioo, “aperfeiçoado”) como o nosso grande Sumo Sacerdote.
A versão RSV em inglês prefere usar esta palavra para traduzir hagiazo,
geralmente traduzida na KJV como “santificar” ou “santificação”. A ideia em sua
raiz ainda é a de separar do uso secular (mundano) para o serviço divino. Há
alguns exemplos de coisas sendo separadas para DEUS (cf. Mt 23.17,19), mas
primeiramente a ideia é de separar as pessoas para DEUS. A ênfase é mudada do
indivíduo excepcional para todo o corpo de cristãos. O ato da consagração
ocorre primeiramente no momento da conversão. O agente é sempre DEUS; o objeto
é o homem (cf. Hb 2.11). No entanto, a ideia de separação e capacitação para o
serviço é encontrada no caso de JESUS (Jo 17.19), pois consagrou a si mesmo, e
dos apóstolos (Jo 17.17) a quem DEUS assim consagrou. Algumas passagens parecem
envolver o crescimento ou o desenvolvimento do cristão em uma vida santa (cf. 1
Ts 5.23).
De interesse particular é o fato de que o adjetivo para este verbo (hagios) é
uma das designações mais comuns para o crente. Geralmente traduzida como
“santo”. A ideia no mundo é que todo crente é um santo, alguém consagrado,
alguém que está separado do mundo e que pertence a DEUS. Ser um santo é a nossa
vocação, e nos tornarmos santos é o nosso objetivo na vida. A prática moderna
de aplicar a palavra apenas para grandes cristãos, especialmente dos períodos
antigos, é totalmente antibíblica. O uso bíblico nos justifica ao dizer que
cada crente verdadeiro é um santo; ele foi consagrado por DEUS para Si mesmo
através de JESUS CRISTO. F. L. F.1 (Wycliffe).
CONSAGRAÇÃO
O ato pelo qual o ofício sagrado é conferido. No AT os sacerdotes
eram consagrados (ou ordenados) por imposição de mãos (Êx 28.41; 29.9,33; Nm
3.3); a cerimônia era solenizada com o sacrifício de um carneiro (Êx 29.22-34;
Lv 8.22-33). A consagração ou ordenação no NT, da mesma forma simbolizada pela
imposição das mãos, era conferida aos diáconos (Atos 6.6), presbíteros (Atos
14.23) e missionários (Atos 13.3).
2. Sacrifícios de louvores.
1 Crônicas 16.7-14
7Então, naquele mesmo dia, entregou Davi em primeiro lugar o Salmo
seguinte, para louvarem ao SENHOR, pelo ministério de Asafe e de seus irmãos: 8
Louvai ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos entre os povos os seus
feitos. 9 Cantai-lhe, salmodiai-lhe, atentamente falai de todas as suas
maravilhas. 10 Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que
buscam o SENHOR. 11 Buscai o SENHOR e a sua força; buscai a sua face
continuamente. 12 Lembrai-vos das suas maravilhas que tem feito, dos seus
prodígios, e dos juízos da sua boca. 13 Vós, semente de Israel, seus servos,
vós, filhos de Jacó, seus eleitos. 14 Ele é o SENHOR, nosso DEUS; em toda a
terra estão os seus juízos.
16.7 O SALMO SEGUINTE, PARA LOUVAREM AO SENHOR.
Este salmo consiste em trechos dos Sl 105.1-15; 96.1-13;
106.1,47,48.
O modo de Davi exaltar a DEUS e suas obras poderosas em favor de
Israel consistia, em grande parte, em louvores e ações de graças. Segundo o
novo concerto, todos os crentes são sacerdotes de DEUS (1 Pe 2.5,9) e, como
tais, devem desempenhar o ministério espiritual de louvores e ações de graças a
DEUS. "Portanto, ofereçamos sempre, por ele, [CRISTO] a DEUS sacrifício de
louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" (Hb 13.15). O
louvor e a adoração do crente devem ser com palavras e também com atos (ver v.
29) e são aceitáveis diante de DEUS, somente à medida que o crente for dedicado
à sua Palavra, e não conformado com o mundo (Rm 12.1,2).
16.10 ALEGRE-SE O CORAÇÃO DOS QUE BUSCAM O SENHOR.
Nossa felicidade, segurança e isenção da ansiedade dependem da
nossa gratidão a DEUS e da nossa perseverança em buscar diariamente a sua face
(vv. 8-11). Aqueles que continuamente invocam o Senhor com ações de graças
podem confiar que Ele estará ao lado deles e que será um socorro sempre
presente durante a vida inteira (Sl 46.1; ver Fp 4.6,7)
16.29 Dai ao SENHOR a glória de seu nome; trazei presentes e vinde
perante ele; adorai ao SENHOR na beleza da sua santidade.
ADORAI AO SENHOR NA BELEZA DA SUA SANTIDADE. A adoração genuína
deve ser prestada em "santidade" (cf. 2 Cr 20.21). DEUS aceita a
adoração espiritual e jubilosa (15.28) somente quando acompanhada de uma
disposição reverente e pura de um anelo sincero de estar perto dEle e de um
firme propósito de resistir a tudo quanto ofenda a sua santa natureza (ver v.
7).
LOUVOR (Wycliffe)
As principais palavras hebraicas para louvor são hiílel, da raiz halal, e hoáà
deyadà. A primeira corresponde à conhecida expressão hallelujah, “Louvai ao
Senhor [Yahweh]”. O título hebraico do livro dos Salmos é “louvores”
(tehillim), enquanto os Salmos 113118־ são conhecidos como salmos Halel, e
utilizados nas festas judaicas. O “hino” cantado antes da saída de JESUS da
última ceia pode ter sido a segunda parte do Halel, Salmos 115-118 (cf. Mishna
Pesahim 10,6ss.). A palavra hoda, embora comum no AT, ficou agora mais
conhecida a partir dos hinos sectários (Hodayoth) encontrados em Qumran.
O louvor a DEUS é uma das características mais típicas da piedade bíblica.
Desde o cântico de Moisés (Êx 15.1-19), o Senhor foi louvado por seus atos
redentores; mas, a sistematização do louvor israelita é atribuída a Davi, Os
livros das Crônicas registram detalhadamente a instituição dos músicos e dos
porteiros do Templo levíticos (1 Cr 23.1- 26.32, especialmente 23,5,30; cf.
capítulo 6), e a atribuição de muitos Salmos a Davi ou aos seus músicos (por
exemplo, Asafe, os filhos de Corá, Hemã ou Jedutum) dão suporte a essa
tradição.
Quando Judá foi para o exílio, tornou-se impossível realizar cultos no Templo
e, dessa forma, o louvor ficou centralizado na sinagoga. Ele assumiu algumas
das características dos sacrifícios designados naquela época, e foi concedido
um mérito especial ao louvor “incessante” (ou oração, q.v.), isto é, a oração
antes do amanhecer ou durante toda a noite (veja, por exemplo, Salmos de
Salomão 3.1ss. Qumran Hodayoth xil1-11).
O louvor como sacrifício (Hb 13.15) e como um dever e privilégio contínuos (1
Ts 5.16ss.; cf. Ap 4.8) também são temas do NT. Os hinos de louvor do NT têm
como enfoque a redenção que há em JESUS CRISTO (por exemplo, Lc 1.46-55,68-79;
2.13ss.; Ef 1.3-14; Cl 1.18-20; Ap 5.9-14; 7.10-12), embora o Senhor DEUS e sua
obra da criação (Ap 4.8,11; Cl 1.15-17) não tenham sido esquecidos. Além disso,
os cristãos são encorajados a fazer de sua conduta e de toda a sua vida uma
forma de louvor a DEUS (Ef 1.12; Fp 1.11; 4.8; 1 Pe 1.7; 2.9). J. R. M.
3. Adoração contínua.
O que é adoração
Adorar é um ato de rendição a DEUS - Sl
95.6; 2 Cr 29.30.
Adorar a DEUS é reverenciá-Lo com
sinceridade e dedicação - Hb 12.28,29.
Adorar a DEUS é uma experiência interior - Sl
95.6,7.
Adorar a DEUS é estar unido a CRISTO - Lc
22.14-20; Jo 15.1-10.
Cabe-nos esclarecer que os verdadeiros adoradores são aqueles que
trabalham na obra do Senhor, dando suas vidas pela causa do mestre; embora
muitos pensam que são os exclusivamente cantores. A adoração a DEUS é um estado
constante em nosso espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento,
através do ESPÍRITO SANTO), não sendo determinada por momentos de louvor, mas
uma vida de comunhão com o ESPÍRITO SANTO; neste capítulo 4, a palavra adoração
aparece 10 vezes indicando-nos, a necessidade de atentarmos mais para esse fato
tão importante. A verdadeira adoração exige serviço na obra de DEUS e dedicação
em obedecer à vontade de DEUS e ganhar almas (esta é a prioridade da Igreja, a
evangelização).
Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam adorá-lo devem
fazê-lo em espírito e em verdade, ou seja, dispensando os estímulos externos;
com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a expressão máxima da
oração). Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
1- Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que
ELE é;
2- O louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
3No louvor precisa-se da participação de outras pessoas e às vezes de
instrumentos musicais, a adoração é individual e nasce dentro de nós, em nosso
espírito;
4- O louvor chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos
(presença de DEUS);
5- No louvor são usados o corpo e a alma; na adoração são usados o corpo
(mortificado), a alma (lavada no sangue de JESUS) e o espírito (“recriado”);
6- Para louvar a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois
até os animais o louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é preciso uma
estreita comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos transporta ao trono.
7- O louvor é um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um beijo cheio
de amor.
8- Tomemos como exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua esposa
e manda entregar em sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de amor,
mas quando o mesmo chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de
amor (isso é adoração).
9- Para louvar não é preciso nascer de novo, para adorar só com espírito
“recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO).
10- Observação: Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que louvam.
11- Aos homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora
(manifestação interna).
·Note que JESUS está dizendo para a mulher samaritana, em João 4, que os judeus
adoravam a DEUS com a palavra de DEUS (em verdade, pois possuíam todos os
escritos do Pentateuco até os profetas) mas suas bocas diziam uma coisa e o
coração outra. Não adoravam em ESPÍRITO, só com a verdade.
·Os samaritanos adoravam em espírito, pois não tinham nem o templo legítimo e
nem a palavra (só adotavam o Pentateuco), faltava-lhes, portanto, a
verdade.
·JESUS está dizendo que chegou o tempo de adorar em ESPÍRITO e em Verdade, pois
ele envia o ESPÍRITO SANTO àqueles que lhe aceitarem como senhor e salvador e
estes aprenderão o real sentido da adoração.
·Veja que é DEUS que procura aos verdadeiros adoradores que o adoram em ESPÍRITO
e em verdade.
·Não é nem no Monte Gerizim em Samaria (templo já destruído) e nem no Monte
Moriá em Jerusalém (onde estava erigido um suntuoso templo construído por
Herodes) - mas a verdadeira adoração a DEUS é feita onde você estiver, bastando
para isso erguer o pensamento a DEUS e adorá-lo, entregando-se totalmente ao
ESPÍRITO SANTO.
***Caim ofereceu sacrifício inferior ao de seu irmão Abel, pois Abel ofereceu
sua própria vida a DEUS(verdadeira adoração), tipificada no cordeiro que foi
imolado e derramado o seu sangue; Antítipo de CRISTO.(Gn 4.2-5;Hb
11.4)***Abraão por já ser velho não poderia oferecer sua vida, pois pouco lhe
restava para viver aqui na terra, por isso DEUS lhe pediu uma vida mais
preciosa, a de seu filho amado que já estava começando a ocupar o lugar que só
era de DEUS, no coração do velho patriarca.***Moisés ofereceu sua vida quando
deixou os seus 40anos de orgulho de ser filho da filha de um faraó e passar a
ser pastor de ovelhas por mais 40 anos e depois passar mais 40 anos dirigindo o
povo de DEUS pelo deserto, inclusive passando pelo Mar Vermelho, símbolo de
batismo nas águas, morte. Se tivéssemos espaço e tempo falaríamos de tantos
outros que entregaram a DEUS o melhor da adoração, suas próprias vidas. (Hb
11.4 Pela fé Abel ofereceu a DEUS mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual
alcançou testemunho de que era justo, dando DEUS testemunho das suas oferendas,
e por meio dela depois de morto, ainda fala.5 Pela fé Enoque foi trasladado
para não ver a morte; e não foi achado, porque DEUS o trasladara; pois antes da
sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a DEUS.===17 Pela fé
Abraão, sendo provado, ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigênito
aquele que recebera as promessas,===24 Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou
ser chamado filho da filha de Faraó,===35 As mulheres receberam pela
ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento,
para alcançarem uma melhor ressurreição;36 e outros experimentaram escárnios e
açoites, e ainda cadeias e prisões.37 Foram apedrejados e tentados; foram
serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de
ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados 38 (dos quais o mundo
não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da
terra.
ADORAÇÃO (2) (Wycliffe)
O propósito da adoração é estabelecer ou dar expressão a um relacionamento
entre a criatura e a divindade. A adoração é praticada prestando-se reverência
e homenagem religiosa a DEUS em pensamento, sentimento ou ato, com ou sem a
ajuda de símbolos e ritos. A adoração pura expressa a veneração sem fazer
alguma petição, e pressupõe a auto renúncia e a entrega sacrificial a DEUS.
Estritamente falando, a adoração é a ocupação da alma com o próprio DEUS, e não
inclui a oração por necessidades e ação de graças pelas bênçãos.
A adoração é representada na Bíblia principalmente por duas palavras: no AT a
palavra heb. shaha (mais de 100 vezes) significando “curvar-se diante”,
“prostrar-se”, (Gn 22.5; 42.6: 48.12; Êx 24.1; Jz 7.15; 1 Sm 25.41; Jó 1.20; Sl
22.27; 86.9 etc.), e no NT a palavra gr. proskyneo (59 vezes), significando
'prostrar-se”, “prestar homenagem a alguém” (Mt 2.2,8,11; 4,9; Mc 5.6; 15.19;
Lc 4.7,8: Jo 4.20-22 etc.). Essas duas palavras são constantemente traduzidas
pela palavra ־adoração׳’, denotando o valor
daquele que recebe a honra ou devoção especial. Ambos os termos “adoração” e
“digno” podem ser vistos juntos na grande descrição dos 24 anciãos
prostrando-se diante daquele que se assenta no trono (Ap 4.10-11; cf.
5.8-14).
Além das duas palavras principais há um extenso vocabulário tanto no heb. como
no gr. definindo ainda mais a atividade de adoração. As palavras comumente
usadas são o heb. ‘abad, significando “trabalhar”, “servir”, “adorar” (2 Rs
10.19-23) com a sua contraparte gr. latreuo, significando “prestar serviço
religioso ou honra a DEUS” (Atos 24.14; Fp 3.3), Uma palavra heb. e aram.
sagad, significando “prostrar-se em adoração”, é encontrada em Isaías
44.15,17,19; 46.6; Daniel 2.46 e frequentemente no capítulo seguinte. Temer ao
Senhor é um sinônimo próximo, à medida que se aprende a comparar Deuteronômio
6.13 com a citação deste versículo pelo Senhor JESUS em Mateus 4.10. Aqui o
temor tem um sentido de admiração e reverência (cf. Sl 5.7). Outras palavras
gregas de grande importância são sebomai e os seus diversos cognatos,
significando “ficar admirado”, “reverenciar”, e threskeia, significando
“religião”, “adoração cerimonial” (Cl 2.18; Atos 26.5; Tg 1.26ss.).
A Adoração no AT
A adoração no AT pode ser dividida em dois períodos principais, o patriarcal e
o teocrático. Antes das instituições mosaicas, há poucas indicações de adoração
formal e pública entre os patriarcas. Os tempos dos patriarcas revelam, antes,
os atos individuais, pessoais e ocasionais de adoração que caracterizariam um
povo seminômade vivendo longe da sociedade organizada (por exemplo, Abraão no
Moriá, Gênesis 22.1-5; Jacó em Betel, Gênesis 28.18-22). Gênesis, porém,
retrata os primórdios da religião ritualista na instituição de sacrifícios e na
construção de altares (Gn 4.3,4,26; 8.20-22).
Durante o período teocrático, o conceito corporativo e ritualista da adoração
tornou-se proeminente. Um sistema de adoração altamente organizado e muito
completo foi revelado por DEUS a Moisés no Sinai, o qual incluía:
1. Tipos especiais de ofertas e sacrifícios para toda a nação; (a) diário (Nm
28.3-8); (b) todos os sábados (Nm 28.9,10; Lv 24.8); (c) na lua nova (Nm
28.11-15); (d) a Páscoa ou a Festa dos Pães Asmos (Nm 28.16-25; Êx 12.1ss.);
(e) Festa das Primícias e Pentecostes - Festa das Semanas (Lv 23.15-20; Nm
28.26-31); (f)Festa das Trombetas(Lv23.23- 25; Nm 29.1-6; cf. Is 18.3;
27.12,13; Jl 2.15- 32); (g) Dia da Expiação (Lv 23.26-32; Nm 29.7-11); (h)
Festa dos Tabernáculos, quando, no décimo quinto dia do sétimo mês, logo após a
colheita, enquanto o povo habitava em tendas feitas de galhos de árvores em memória
de sua libertação do Egito, os sacerdotes ofereciam sete dias de sacrifícios
especiais (Lv 23.33-44; Nm 29.13ss.).
2. Sacrifícios específicos a serem oferecidos por um indivíduo por si mesmo e
sua família, como o manjar da Páscoa e a Páscoa em si (Êx 12; cf. Lv 23.5); uma
oferta queimada de um macho do rebanho sem mancha, por si mesmo e sua família
(Lv l.lss.) com o qual ele se identificava e sobre o qual tanto os seus pecados
como os dos seus familiares eram simbolicamente depositados, ao colocar a sua
mão sobre a cabeça da oferta quando ela era morta; uma oferta de manjares como
uma oferta de louvor apontando para a perfeição de DEUS e de CRISTO (Lv 2); uma
oferta pacífica apontando para CRISTO como a nossa paz (Lv 3). Havia ofertas
apropriadas para o caso dos pecados praticados por ignorância (Lv 4-5) e pelas
transgressões (Lv 6.1-7).
3. Sacrifícios especiais pelos próprios sacerdotes na consagração de Arão e
seus filhos (Lv 8.2,14,15); na unção de um sacerdote (Êx 29.15ss.; Lv 6.19-23);
quando um sacerdote havia pecado (Lv 4.3ss.); na purificação das mulheres (Lv
12.6,8); para a purificação de leprosos (Lv 14.19); para remover a impureza
cerimonial (Lv 15.15,30); na conclusão ou na quebra do voto de um nazireu (Nm
6.11- 14).
Houve, sem dúvida, muita confusão durante o período dos juizes, e a dispersão
das tribos por toda a terra, posteriormente, perturbou o quadro religioso. O
conceito corporativo de adoração, apesar de tudo, estava destinado a aumentar.
Santuários foram estabelecidos e buscados pelo povo ano após ano; Dã, Gilgal,
Siquém, Siló e Berseba, para citar os mais importantes. Tendências sincretistas
em religião constantemente corrompiam a adoração nesses lugares, inspirando
práticas pagãs na religião de Israel. Por causa da corrupção constante e
crescente, a religião de Israel estava em uma situação difícil quando Saul e a
monarquia chegaram. Na verdade, o reinado de Davi poderia ser visto como uma
época de reavivamento religioso que culminou com a edificação do Templo sob a
autoridade de Salomão. Sem dúvida alguma a própria experiência de adoração de
Davi em particular, e a sua comunhão com o Senhor em meio às circunstâncias
mais atribuladas, lhe trouxeram o desejo de levar outros a louvar e adorar a
DEUS (Sl 42.1-4; 122.1; 2 Sm 6.12-18; 1 Cr 16.1-36). O efeito do Templo na
adoração de Israel é desequilibrado por qualquer outro fator. Gradualmente,
todos os outros lugares de adoração foram eliminados, e o Templo em Jerusalém
permaneceu como o único lugar para sacrifício, a base da adoração.
Além de todas as ofertas e sacrifícios especificados por DEUS na lei mosaica,
desenvolveu-se um sistema de adoração pública com algumas características: (1)
Atos sacrificiais especiais para ocasiões extraordinárias, como a consagração
do Tabernáculo (Nm 7) ou do Templo de Salomão (2 Cr 7.5ss.). (2) Atos
cerimoniais específicos nos quais o povo expressava uma reverência incomum,
como quando o sumo sacerdote oferecia incenso no lugar santo, quando Salomão
abençoava o povo (1 Rs 8.14), e quando os sacerdotes tocaram as trombetas de
prata (2 Cr 7.6). (3) Ministrações de louvor no Templo quando cânticos vocais e
instrumentos musicais de todo tipo eram empregados (2 Cr 5.13). Moisés compôs
um cântico de livramento depois que DEUS conduziu o povo a pés enxutos pelo meio
do mar Vermelho, e Miriã, sua irmã, e as mulheres o acompanharam com tamboris
(Êx 15.1,20). Depois da arca do Senhor ter sido recuperada dos filisteus, Davi
designou um coral de levitas para ministrar diante dela (1 Cr 16.4), e também
formou uma orquestra (1 Cr 16.6,42,43; cf. 2 Sm 6.5). O último Salmo recomenda
que instrumentos musicais de todos os tipos sejam usados para louvar ao Senhor
(Sl 150). Existem possivelmente alguns Salmos antifonais (Sl 20; 21; 24; 107;
118). (4) A oração pública quando o povo foi guiado por Moisés (Dt 26.15), por
Salomão (1 Rs 8.23-54), e como encontrado nos Salmos 51, 60, 79, 80 e muitos
outros. (5) Discursos públicos, como a soma da obra de Moisés com cinco
discursos no livro de Deuteronômio; o discurso de Salomão para a congregação (2
Cr 6.4-11); Neemias mandando ler a lei e então mandando os levitas orarem (Ne
9.3-38; cf. 13.1-5).
Depois que os cativos retomaram da Babilônia, a reedificação do Templo era de
certo modo o renascimento da religião nacional. Nos séculos que se seguiram ao
retorno, a adoração de Israel tomou-se altamente desenvolvida e ritualista. O
calendário religioso foi expandido para incluir as festas pós-exílio e as
observâncias sagradas. O Templo não era só um edifício, mas um centro que
colocava em foco a adoração de toda a nação. Sua evidência verdadeira revela
que algumas seitas do judaísmo (como os essênios) eram antitemplo em sua
expressão de adoração, mas a principal corrente da vida judaica, alimentada por
muitos e divergentes tributários (como os saduceus e os fariseus), fluía
através do Templo.
Depois do retorno do exílio babilônico, a sinagoga (q.v.) apareceu como um
rival para o Templo. Estritamente falando, a sinagoga foi criada para a
instrução e não para a adoração; mas, na prática, parece ter havido algum
elemento de adoração na ministrarão da sinagoga desde o seu início, Na verdade,
este era um elemento crescente; e após a destruição do Templo em 70 d.C., a
sinagoga se apropriou de tudo o que restou da adoração judaica.
A Adoração no NT
Com a morte, sepultamento e ressurreição de CRISTO, todos os sacrifícios e
ofertas do AT tornaram-se coisa do passado. Agora “não resta mais sacrifício
pelos pecados”, pois o Cordeiro de DEUS tirou o pecado do mundo Hb 10.26; Jo
1.29). Agora o crente tem, em CRISTO. um advogado diante de DEUS para
defendê-lo quando ele se arrepende de seus pecados (1 Jo 1.9; 2.1), e assim não
precisa de nenhum sacerdote terreno. Portanto, a forma de adoração logo começou
a mudar. Porém a adoração pública nos primeiros dias do cristianismo ainda
estava associada ao Templo. O livro de Atos descreve cristãos judeus
continuando sua adoração no Templo (Atos 2.46; 3.1; 5.20,42), mesmo na época da
prisão de Paulo (Atos 21.26-33). Somente a hostilidade daqueles que controlavam
o Templo, aparentemente, afastou os primeiros cristãos daquele lugar santo.
Ao mesmo tempo, o cristianismo começou a se voltar para as residências
particulares como lugares de reunião (Atos 2.46; 5.42; 12.12). O elemento de
sacrifício, que era básico no Templo, foi perpetuado apenas na ceia que
rememorava a morte sacrificial de CRISTO. Esta observância parece ter sido, a
princípio, uma parte de uma refeição coletiva que os cristãos compartilhavam (1
Co 11.20-34). Posteriormente ela se tomou especialmente associada com o dia do
Senhor, o dia que logo foi separado para a adoração cristã. O sábado judaico
foi gradualmente substituído pelo primeiro dia da semana, firmando-se como o
dia das primeiras experiências cristãs com o CRISTO ressurrecto (Jo 20.19,26; Atos
20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10). Pregar e ensinar eram elementos de suprema
importância nas reuniões públicas para as jovens igrejas (Atos 11.26; 15.35;
18.25; 20.7). Aqueles elementos que faziam parte da adoração no judaísmo também
aparecem nas primeiras ministrações cristãs; leitura do AT (1 Tm 4.13), oração
(Atos 2.42; 1 Co 14.14-16), canto (Ef 5.19; Cl 3.16) e a entrega de ofertas ou
donativos (1 Co 16.1,2).
A verdadeira adoração congregacional é regulamentada em 1 Coríntios 11-14.
Qualquer membro era livre para participar conforme o ESPÍRITO dispusesse (1 Co
14.26), principalmente quando procurasse ministrar aos outros através de seu
dom espiritual ou carismático (1 Pe 4.10ss.). Uma mulher que orasse ou
profetizasse deveria ter a sua cabeça coberta (1 Co 11.5). Uma mensagem em uma
língua incompreensível deveria ser interpretada, e toda profecia deveria estar
sujeita aos profetas na congregação (1 Co 14.27- 33).
CRISTO não prescreveu para os seus discípulos formas específicas de adoração
pública, sem dúvida assumindo que o seu próprio exemplo e o ESPÍRITO SANTO
fariam com que estas surgissem espontaneamente. Ele realmente enfatizou que os
adoradores deveriam adorar a DEUS “em espírito e em verdade" (Jo 4.23ss.)
e que procurassem guardar a sua adoração de formas mera mente exteriores,
enfatizando a privacidade e a realidade diante de DEUS (Mt 6.1-18). O apóstolo
Paulo nos permite enxergar uma parte de sua vida devocional particular quando
menciona o falar a DEUS em mistérios em seu espírito e através de suas orações,
e quando nos ensina sobre cantar e bendizer a DEUS tanto com o espírito como
com a mente (1 Co 14.2,14-19).
Alguns estudiosos têm professado encontrar nas religiões de mistério várias
práticas que têm - segundo eles pensam - uma adoração cristã influenciada. O
banho ou batismo cerimonial (como o banho de sangue do Mitraísmo); o manjar
sagrado, às vezes com um significado memorial (como a elevação da espiga de
trigo como um símbolo de morte e renascimento no ritual Eleusiano). É
claramente certo que essas religiões eram totalmente inferiores ao
cristianismo, pois a base da adoração cristã reside no fato histórico e não em
mitos e teorias. Por seus próprios méritos inerentes, o cristianismo ganhou a
sua vitória sobre as religiões rivais do mundo antigo, e tais expressões de
adoração, quando são similares ao cristianismo, apenas apontam para a ampla
base religiosa que é inerente à natureza humana. Uma das maiores dificuldades
do cristianismo chegou cedo e em conexão com a adoração. Roma decretou uma
religião universal para o mundo: o culto aos imperadores. Era a política romana
chamar a atenção de todas as pessoas para o centro do poder, e o culto imperial
era um meio de dar coesão ao vasto império. Este culto jamais teve a intenção
de perseguir ou substituir as religiões nacionais, não pretendia impor um dogma
religioso. Na verdade, a apoteose imperial era política em natureza e
propósito, surgindo como resultado de lisonja, gratidão e precedente histórico.
Os imperadores reagiram à apoteose em graus diferentes. De todos os
imperadores, embora provavelmente encorajando a adoração a si mesmo em níveis
inferiores a qualquer outro, Augusto recebeu a adoração mais genuína. Tibério
recusou-se a receber honras divinas em Roma, mas encorajou o culto nas
províncias. Calígula era insistente em sua divindade. Nero foi o primeiro
imperador vivo a usar a corona radiata que era o símbolo da descendência do
deus sol. Domiciano reivindicou o título de domitnus et deus durante o período
em que viveu. Embora não possuísse nenhum valor religioso, o culto se tomou,
nas províncias, um modo conveniente de detectar a deslealdade a Roma. Os
principais não-conformistas eram os republicanos, os judeus e os cristãos. O
cristianismo jamais esteve disposto a atribuir um senhorio a César, o que
trouxe um imenso sofrimento e uma perseguição generalizada no final do século I
— A adoração dos cristãos - mesmo em uma era politeísta - era exclusivamente
reservada a CRISTO. H. LD.eE. A. K. – Dicionário Wycliffe - CPAD
CONCLUSÃO
A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
A Oferta pacífica era oferecida geralmente logo após a oferta de holocausto e
era feita com bolos, coscorões, azeite e animais.
Os Tipos de ofertas pacíficas eram: Ação de graças (Louvor), Voto
(pedindo, recebendo e devolvendo para DEUS) e Oferta movida (Vários objetos
podiam ser levantados perante DEUS na oferta movida, dentre os quais a porção
do peito da oferta pacífica).
Os principais Objetivos das ofertas pacíficas eram louvar a DEUS e reconhecer
sua soberania sobre tudo e todos e se aproximar de DEUS.
A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA
Jacó, filho de Isaque faz voto e oferece sacrifício. Ana, mãe de Samuel
faz voto e oferece sacrifício. Davi, rei de Israel faz voto e oferece
sacrifício, ofereceu diversos sacrifícios pacíficos (2 Samuel 6:17; 2
Samuel 24:25; Salmos 43:4)
A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
A Consagração deve ser incondicional e voluntária. Sacrifícios de
louvores são bem-vindos, bem como instrumentos musicais na vida cristã. A
Adoração contínua do cristão se dá pela sua vida de santidade e trabalho na
seara do Mestre.
Ofereçamos a DEUS oferta pacífica de paz, nosso culto racional onde
nosso corpo é oferecido como oferta de sacrifício vivo, santo e agradável a
DEUS.
COMENTÁRIOS EXTRAS DE LIVROS ABAIXO
Cap. 3 - OFERTA DE PAZ - AÇÃO DE GRAÇAS - (Lev 3.1-17; 7:11-21) -
Comentário Neves de Mesquita
Segundo alguns rabis, a oferta de paz pode ser interpretada como oferta inteira
e completa em si mesma, incluindo tanto a oferta mesma, como o ofertante. A
palavra hebraica de onde se traduz "oferta de paz" fornece elementos
para esta ideia, porque ela significa atitude de íntima relação entre a oferta
e o ofertante. Daqui a ideia de paz e amizade entre o pecador e DEUS, de uma
união vital, em que as duas entidades se fundem.
Conforme outros, a palavra implica a ideia de compensação ou reparo feito,
sendo relacionada também com a ideia de expiação, ideia que, não obstante estar
um tanto remota, não deixa de ser incursa na oferta. O elemento expiatório
encontra-se em todas as ofertas, ainda mesmo que não seja elemento principal,
como não o é na oferta de paz, do mesmo modo que em todas as ofertas se encontram
as idéias de reparo e substituição, mas em cada uma delas há a ideia básica.
Por exemplo, não se deve confundir sacrifício expiatório, em que a ideia é de
expiação, com o sacrifício de transgressão, em que a ideia é de reparo. Na
oferta do holocausto, como já vimos, a ideia é de dedicação, não obstante lhe
estar intimamente relacionada a de expiação. De igual modo, na oferta de paz, a
ideia é de comunhão entre o ofertante e DEUS, e se bem que tal comunhão fosse
possível mediante a oferta de expiação, nem por isso a oferta de paz deixa de
ser necessária, incluindo, já se vê, o elemento expiatório, incluso em todas as
ofertas em que há sangue, porque sem sangue não há remissão nem possibilidade
de comunhão, entre DEUS e o ,pecador.
Assim, seria difícil interpretar a "Oferta de Paz" como. inteira e
completa em si, excluindo dela tudo que pudesse referir-se à expiação.
Primariamente, ela significa comunhão e paz, e era neste caráter oferecida. Em
segundo, como se não fosse possível alienar de toda e qualquer oferta a ideia
de expiação, ela inclui também este elemento.
Nenhum pecador podia chegar ao Templo ou Tabernáculo para oferecer uma oferta
de paz sem que antes tivesse oferecido a de expiação. Nenhum pecador poderia
aspirar a gozar a comunhão com o seu DEUS sem que tivesse. oferecido a vítima
da substituição pelo seu pecado. Feita essa expiação, podia, então, gozar
comunhão com o Criador, e isto ele declarava por meio da "Oferta de
Paz".
Conforme Lev. 3 e 7:11, parece que havia duas espécies de ofertas de paz, uma
de sangue, outra sem sangue ou de cereais. O mais provável é que, em muitos
casos, a oferta de cereais bastasse; noutros, seria necessária a de sangue. Se
se tratasse de oferta de expiação, o sangue seria absolutamente exigido e não
poderia jamais ser substituído, mas, visto que essa não era a ideia fundamental
desta oferta, casos haveria em que podia ser feita de cereais mesmo. Não
parece, pois, haver duas espécies de ofertas de paz, mas uma só, com três
modalidades de oferecimento (Levíticos 7:16). Neste caso, teríamos: (1) oferta
de ação de graças, (2) oferta de voto e (3) oferta voluntária. A de Paz era
espontânea, podendo ser oferecida ou não. O que era essencial era a Oferta de
Expiação, não a de Paz - que era mais um memorial que oferta propriamente. O
crente que se sentia perdoado e em paz com DEUS declarava esta paz por meio da
oferta, mas podia deixar de o fazer. Podia também dar-lhe o caráter de voto a
DEUS. Neste caso, a oferta declararia que o ofertante jamais se apartaria dos
estatutos divinos e fazia declaração de viver segundo a reta justiça. No
terceiro caso, expressava um sentimento, muito natural do crente, de vir
perante Jeová, trazendo sua oferta. Era regra que ninguém podia aparecer vazio
diante de DEUS. Um hebreu que de tempos em tempos viesse ao templo teria de
oferecer a oferta pela culpa e depois ofereceria invariavelmente a espontânea,
de gratidão. Perdoe o leitor a repetição, mas convém dizer que nenhum coração
penitente se satisfaria com uma só oferta: depois de cumprir o que sabia ser a
exigência da Lei, cumpriria a exigência do seu próprio coração. Assim é ainda
hoje. O crente faz o que lhe é exigido e o que voluntariamente deseja fazer. O
que mais trabalha é sempre o que mais deseja trabalhar.
1. Natureza da Oferta de Paz e Ação de GRAÇAS
1) Não era oferta expiatória - Ainda que a vítima tivesse de ser pura
simbolicamente, isto é, sem defeito físico, não era exigida a confissão. Poria
a mão sobre a cabeça do animal, porque este era seu substituto, mas não
confessava os pecados, porque estes já haviam sido confessados na "oferta
pelo Brecado".
2) Era o sacrifício ou oferta do crente perdoado - Era a lembrança do
holocausto, da oferta de transgressão, da oferta de expiação. Lembrava todos os
sacrifícios. No caso de a Oferta de Paz significar voto ou oferta voluntária,
que eram as partes menos importantes, podia comer-se no dia em que era oferecida
e também no dia seguinte, mas nunca no terceiro, dia (Lev. 7:16,17). Se parte
da oferta fosse comida no terceiro dia, o sacrifício não seria aceito. É que a
oferta acompanhava de perto as emoções do coração, e tudo que se relacionasse
cem a oferta não podia ser distanciada no momento em que ela era oferecida. O
que passasse além dos momentos da oferenda cairia na formalidade e no frio
ritual. Era preciso conservar o coração bem perto da oferta e esta bem perto
das emoções e sentimentos do momento. Não somente deixaria ela de ser aceita,
mas se converteria numa abominável farsa, se qualquer porção dela passasse para
o terceiro dia. Muitas vezes o nosso culto se terna frio, e ainda pior, morno,
porque o desassociamos dos nossos sentimentos e emoções da alma. Se é cântico,
apenas emitimos os sons musicais já decorados, tão longe do espírito do hino;
se é a contribuição, apresentamo-la como uma obrigação ou costume, esquecendo o
que ela significa em nossa experiência de comunhão com DEUS; se é a ida mesmo
ao culto, obedecemos tantas vezes ao, hábito (e seja dito, hábito bom), quando
devíamos sentir o gozo de ir adorar ao Senhor, que nos tem dado, além da
salvação, tudo o mais de que nossa vida carece para se manter normalmente. Isto
tudo Jeová evitou, exigindo que a cerimônia da Oferta de Paz não se
distanciasse dos momentos emotivos da ocasião da oferta.
3) Era a cerimônia das festas - Sempre que o crente recebesse uma manifestação
graciosa de DEUS, devia vir ao templo oferecer sua oferta de paz. Como se nada
acontecesse na vida sem a intervenção de DEUS, nada devia ser recebido sem ação
de graças. Nós pensamos muitas vezes que certas felicidades nos vêm por via de
nossa habilidade e inteligência, esquecendo-nos de que DEUS enfeixa em sua mão
todo o governo do mundo e preside aos mais insignificantes momentos da vida e
de cada criatura. Â parte da liberdade que temos de nos conduzir bem ou mal,
tudo, entretanto, DEUS vê e governa, e, se alguma bênção nos vem à mão, vem
pela sua graciosa interferência.
4) É oferta de memorial - Tenhamos em mente que o pecado é o fato delituoso
mais grave nas relações entre DEUS e o homem. É como se fora um cataclismo que
abalasse o cosmos pelos seus fundamentos. O pecado tem mobilizado as forças dos
céus e dos infernos, na horrenda disputa pela vitória, Através da Bíblia, vemos
como anjos, serafins e arcanjos cooperam diligentemente na obra divina da
redenção da raça; ao mesmo tempo, vemos como Satanás movimenta seu povo para
atrapalhar e destruir a obra de DEUS. Tal tem sido a luta multimilenária. Pois
bem. Quando DEUS, pela sua inefável graça, consegue que um pecador se reabilite
na paz e comunhão celestes, por meio de uma aproximação adequada, e assim
restaura a primitiva situação de paz e amizade entre si e o homem, faz-se uma
festa, de cujas proporções não temos a menor ideia. JESUS declara que há
alegria diante dos anjos de DEUS por um pecador que se arrepende. Que alegria
será essa? Qual será a música? Que extravases de júbilo serão essas no céu? Eis
o que nem a imaginação com toda a sua extravagância pode calcular. Mas um
acontecimento aparentemente insignificante aos olhos dos mortais, que assim
abala os céus com todas as suas hostes, é inegavelmente um acontecimento
grandioso.
Para comemorar, na terra, o dito fausto, DEUS instituiu a Oferta de Paz. Paz
entre os céus e a terra! Ao ser elevada a oferta no altar, fincava-se o marco
da vitória da fé sobre a incredulidade. Tendo sido a restauração espiritual do
pecador feita mediante o sangue substitutivo da vítima animal, a festa seria de
paz e alegria. As quentes emoções da ocasião durariam por todo esse tempo,
embalsamando a alma e conservando-a para a continuidade da paz e comunhão com
DEUS.
Nada há tão desejável como a paz mesmo entre os homens. Nada lhe é comparável.
Por ela, deviam eles trabalhar mais afincadamente do que pelo pão, pois é
possível passar uma hora de dor física com o espírito tranquilo, mas é difícil
passar um minuto de tormento moral e espiritual. A paz é o fator primordial do
trabalho e do progresso. Cem ela, tudo se constrói; sem ela, tudo se derruba.
Por ela, edificam-se castelos e mansões, sem ela, arruína-se o mais sólido
patrimônio. À sombra da bandeira da paz, se ensaiam as mais sentidas canções do
espírito humano, mas, com o turbilhão da desordem, põem-se abaixo nações,
impérios, lares e sociedades.
Nós podemos conjecturar apenas o que seria uma dessas festas! O sacerdote e os
levitas, que, por suas funções, viviam afastados das gentes para que não se
contaminassem, ajuntavam-se com o ofertante da Oferta de Paz, e este, com sua
família, e todos comiam. Era a festa da paz entre DEUS e o pecador. Era a festa
dos puros e santificados. Se uma pessoa imunda comesse dela seria extirpada da
face da terra.
Nós, que temos sido purificados pelo sangue de CRISTO e temos chegado a, gozar
desta mesma paz, num grau superior ao que gozava o israelita, também devemos
oferecer de contínuo nossa Oferta de Paz, não mais por meio da vítima, mas por
meio da inteligência, fazendo que a nossa paz contagie o ambiente, e todo ele
se sature de paz celeste. Nós bem devíamos, em virtude de nossa relação
pacífica e amorosa com o bondoso Criador semear a paz e a concórdia entre os
irmãos; ter perenemente levantado o altar com a oferta do espírito redimida; e
a esta festa trazermos os amigos e a família, para que todos se alegrassem na
nossa paz. Muito ao contrário, tantas vezes trazemos os amigos e parentes para
a fogueira das nossas discórdias, lhes incendiamos a alma com nossas próprias
paixões e fazemos soprar um temível temporal de desordem e contenda, que
arrasta na sua fúria a coluna monumental erigida à custa dos grandes labores,
para depois contemplarmos as ruínas deixadas após a passagem do vendaval. Oh!
como é adorável, nos céus, a paz! Como até os anjos se alegram quando um pobre
mortal entra as mansões pacíficas por meio da fé! Não seremos nós os que, por
princípio, por mister, por ofício mesmo, teremos de construir a paz universal?
Não será verdade que o mundo só gozará paz quando a bandeira de CRISTO for
desfraldada às gentes e sobre as suas dobras se abrigarem todos os povos? Por
certo. Agora que o exército é pequeno e que os porta-bandeiras são poucos e
fracos, não dispersemos as forças, não lhes conta--minemos a alma com
discórdias pequeninas. Antes lhes saturemos o coração com aquela paz que CRISTO
nos deixou e que, no seu próprio falar, é a paz que o mundo não conhece e não
pode, portanto, dar.
Façamos a festa da salvação, uma festa de dois dias, e gozemos a recordação por
toda a vida. No Templo ou no Tabernáculo, festejavam por dois dias os amigos do
ofertante da festa pacífica, como querendo tornar a alma bem permeada do
ambiente santo e santificante do lugar em que aprazia a Jeová manifestar-se.
Nós, com a contínua presença de DEUS em nossa vida, temos muito maiores motivos
para viver em festa espiritual contínua e associarmos à dita festa os amigos e
parentes, fazendo-os partilhar dela. É só uma questão de desejar e ser
obediente.
5) Era a festa da Eucaristia - Esta palavra talvez careça de uma explicação.
Eucaristia é, na terminologia católica a hóstia consagrada pelo padre, mas, em
linguagem evangélica, é uma festa memorial. Antigamente, os crentes tinham mais
nítida esta noção toda vez que tomavam a Ceia. Para eles, era a Eucaristia a
festa memorial em que celebrava a salvação trazida por JESUS CRISTO. Depois que
a Igreja Católica lhe deu a ideia de que no pão e vinho, ou somente no pão, em
forma de hóstia, estão o corpo real e a divindade do Senhor, os crentes
abandonaram a palavra eucaristia, para somente prevalecer a da ceia.
Entretanto, ou seja, uma ou outra a palavra usada, o que não resta dúvida é que
a Ceia é uma festa em que entram todas as emoções da alma salva pela graça de
CRISTO e as recordações do sofrimento vicário do Senhor, juntamente com a
esperança da sua volta certa, para levar a Igreja. É uma festa que aponta para
o passado, para o presente e para o futuro. Para o passado, lembrando a
tragédia do Calvário, em que foi efetuada a nossa redenção; para o presente, em
que gozamos, na carne, os benefícios de nossa salvação; para o futuro, quando
para sempre estaremos com o Senhor e em quem serão realizados, de forma final e
definitiva, todos os benefícios implicados na morte, expiatória de JESUS. Na
Ceia, pois, ao mesmo tempo que choramos o nosso pecado, que levou à cruz o
Filho bendito de DEUS, alegramo-nos na salvação que ora gozamos e ante libamos
o gozo celeste na glória.
A Festa de Paz e Ação de Graças que ora estudamos era, entre os hebreus, a sua
eucaristia. Quantos deles compreenderiam o significado da festividade, não nos
será possível saber. Uns compreenderiam muito; outros, pouco. Os mais
espirituais teriam uma inteligência mais compreensiva de toda a transação,
vendo nela a graça de Jeová errei dignar-se a aceitar o animal em substituição
do pecador, declarando, por meio deste rito, que o dito pecador estava
doravante em paz e comunhão com Ele. Os menos espirituais conformar-se-iam
simplesmente com o rito sem lhe perceberem o conteúdo. Entretanto, uns e outros
viviam debaixo deste pálio de graça que acobertava toda a nação, de maneira
que, poderíamos dizer, viviam num ambiente saturado de paz e comunhão com DEUS.
À parte a natureza recalcitrante da raça, que sempre se afastava dos preceitos
de Jeová, podemos reconhecer que era uma nação que desfrutava paz e comunhão
com DEUS coletiva e pessoalmente.
Para suprir toda e qualquer deficiência nesta admirável Teocracia, deficiência
essa provocada pela incúria de uns e pela materialidade de outros, DEUS propôs
as festividades de natureza coletiva, em que entravam tanto os Fiéis e
dedicados como os rebeldes e recalcitrantes. O dia de Expiação Nacional, por
exemplo, em que toda a nação entrava como uma, entidade, deixava claro que não
podia haver um só fora da comunhão com DEUS. Nesta festa se chorava o pecado, e
se fazia alarido festivo pela redenção feita no lugar SANTO com o sangue do
bode.
Passado o tempo da dispensação nacional e entrada da dispensação pessoal, todos
nós podemos erigir o nosso altar no coração e ali celebrarmos nossa oferenda de
paz e comunhão com DEUS. Não precisamos mais da oferenda material, porque
CRISTO fez-se oferta eterna por nós, mas, porque lhe queiramos oferecer uma
oferenda aceitável, oferecemos-lhe a vida, com todos os seus poderes e
capacidades, consagramos-lhe, no altar do serviço e adoração, todas as reservas
vivas de nosso ser inteligente e racional, fazendo subir ao alto, como um
holocausto, a fragrância da mesma vida imolada no altar da Reverência e veneração
do Senhor.
Alongamo-nos mais do que seria preciso nestas considerações. É, que não pudemos
obstar o extravasamento da alma, na contemplação dos dois altares, não obstante
a distância do tempo que os separa, em que, no primeiro, se ofertava um animal
de substituição, e, no segundo, se ofereceu o próprio Filho de DEUS, na
grandiosidade do amor divino, fazendo que, num ato aparentemente tão
insignificante, houvesse um mundo de graças e favor, como contemplamos na Cruz
do Calvário, onde foram vitalizadas espiritualmente todas as sombras típicas do
ritual mosaico.
2. Ritual da OFERTA de Paz
Não penetraremos no espírito desta oferta, se não atendermos à diferença que há
entre ela e as outras. Em certo sentida, cedas eram iguais em seus efeitos
redentores, porque todas tinham sangue, menos a última oferta que estudamos, a
Oferta de Manjares, pois sem sangue não há remissão de pecados. Mas a diferença
de ritual é bastante impressiva para dar a entender o alcance parcial de cada
oferta, de modo que todas elas completassem uma única e solene verdade - que o
pecador está perdido em seus pecados e o sangue da vítima o pode salvar.
1) Um animal macho ou FÊMEA - No sacrifício do holocausto, não era admitido
senão o macho; no de paz, porém, a fêmea podia ser oferecida. É que não se
tratava propriamente, de sacrifício, mas de oferenda e, neste caso, não se
exigia o tipo forte da espécie. Assim como o pecado mata todas as energias
físicas e espirituais do pecador, o sacrifício que tira estas faltas deve
conter, pelo menos em símbolo, todas as energias compensadoras. O macho é mais
forte que a fêmea, e, por essa razão, era exigido para o sacrifício de
expiação, mas não para o de Paz. Era opcional, no segundo caso. O importante é
que todos gozassem a salvação. A festa comemorativa seria feita segundo os
recursos de cada um.
A mesma era franqueia a todos que desejassem gozar as bênçãos da comunhão. Caso
não tivesse o penitente um bezerro, podia oferecer uma novilha; se esses
animais não estivessem ao seu alcance, uma cordeira ou cordeiro serviam; se
ainda fosse impossível este animal, uma cabra servia. Prodigalidade da graça,
contanto que seja aceita segundo DEUS a oferece.
2) IMPOSIÇÃO das mãos do pecador - A cerimônia da imposição das mãos sobre o
animal era obrigatória, em virtude do caráter substitutivo. O animal ia em
lugar do crente. A vida tinha sido salva e pertencia agora ao Senhor, que bem a
aceitaria. Mas, como a sua imolação roubaria a raça de sua cooperação e mesmo
porque DEUS nunca exigiu sangue humano - ao contrário, quem derramasse sangue
humano seria derramado o seu - o animal daria a substituição perfeitamente
aceitável. Não obstante a imposição das mãos, não havia confissão de pecados.
Não havia pecado a confessar. Este já havia sido extirpado da alma no momento
da oferta pelo pecado, que devia, como já vimos, preceder esta, da imposição
das mãos. O que esta oferta visava era o oferecimento da vida em serviço e
adoração, e não o perdão do pecado. Tenhamos bem presente que ninguém é
aceitável a DEUS enquanto seu pecado não tiver sido perdoado. Por todo o tempo
que o pecado reinar, em todo o seu império, na vida do pecador, nada este pode
oferecer de aceitável. Seu culto, se o pudesse prestar, seria abominável. Os
lábios que beijam o pecado não podem beijar o Senhor. A alma que se deleita no
pecado não pode sentir deleite em DEUS. Oh! se bem pudéssemos penetrar no âmago
destas verdades tão importantes! Seria nossa vida mais circunspecta e mais
santa. Não a contaminaríamos tanto com as coisas mundanas.
3) O sangue seria aspergido em redor do altar - No caso de sacrifício pelo
pecado, o sangue seria aplicado sete vezes nos chifres do altar do incenso
(4:7, 17), em sinal de força e revigoramento de energias perdidas no pecado.
Agora bastava que fosse aspergido em volta do altar. Não há nem a cerimônia. da
aplicação do sangue sete vezes (perfeição), nem aplicação aos chifres (força).
O sangue era exigido como o elemento vital da oferenda, não podia ser aceita
uma vida sem sangue, mas não era requerido o elemento purificador ou
expiatório. O sangue apenas, incluía a ideia da existência do pecado, ainda que
este não mais reinasse na vida do crente ofertante.
Ninguém podia oferecer a DEUS sua vida sem que a oferecesse de fato. O sangue
era a prova de que a vida tinha sido mesmo oferecida. Se o crente oferecia o
animal em reconhecimento de uma bênção recebida, ainda reconhecia também a
relação entre sua vida de crente e Jeová, que lhe concedia o favor. O descrente
é que recebe tudo na vida como se tudo viesse pela sua indústria e agência,
relegando DEUS para um lado; não é assim o crente. Se era um voto feito a DEUS,
tal voto incluía dedicação dos poderes da pessoa votante, e, neste caso, devia
oferecer-lhe a vida como garantia da oferta e o sangue era a prova. Era o mesmo
que se DEUS dissesse: "Nada aceitarei que não seja a vida inteira e
incondicionalmente. Todos os poderes de tua mente e coração que vivem animados
pelo sangue que rega todo o teu corpo, e sem o que eles não existiriam, eu os
requeiro, garantidos pelo teu próprio sangue, que pode ser substituído pelo do
animal."
DEUS é justo e santo, e ninguém pode dele acercar-se sem estar na mesma luz.
Uma vida que ousa oferecer-se imolada, ainda que tipicamente, é uma vida santa.
Em nossa experiência, verificamos sempre que os crentes oferecem sua vida ao
Senhor na proporção da santidade em que vivem. Referimo-nos a um oferecimento
racional, inteligente e aceitável. Pode ser que um interessado também contribua
e assista aos cultos, mas isto em sentido algum é oferecimento de vida.
4) A gordura era do Senhor, assim como o sangue - O sangue é a vida; a gordura,
a força. Um animal gordo é forte; um magro, fraco. A gordura que estava sobre
os intestinos e os rins do animal seria queimada sobre o holocausto no altar e
seu cheiro subiria a DEUS como se fora a própria vida que subisse ao céu. Assim
que, por todas as gerações dos judeus, o sangue e a gordura não eram comidos
pelo povo.
5) Certas partes eram queimadas; outras, simplesmente movidas (7:28-30) - As
partes da vítima que eram queimadas pertenciam totalmente ao Senhor, porque
delas nada restava. O fogo que as consumia, elevando ao céu o seu odor,
significava inteira entrega e aceitação. As partes que não eram queimadas, eram
movidas perante o Senhor; eram oferecidas, e depois entregues ao sacerdote,
para seu alimento (31). Em primeiro lugar, temos que as partes queimadas eram
oferecidas ao Senhor no ato de movimentação perante o altar, e, em segundo
lugar, temos que, mesmo depois de assim oferecidas, eram entregues ao representante
do Senhor, para seu alimento. Era a porção dos sacerdotes.
O sacerdote representava DEUS em todas estas transações, assim condão
representava o pecador. No ato, porém, de jazer expiação, representava simples
e puramente a divindade. Era, portanto, o Senhor aceitando o pecador. O
sacerdote tinha de ser alimentado, e sua alimentação vinha das próprias vítimas
do sacrifício. Da oferta pelo pecado, o sacerdote não podia comer; desta, que
significava paz entre o pecador e DEUS, podia. Era o sacrifício da paz. Não há
mais separação entre DEUS e o pecador. A oferta é, pois, de comunhão. Há paz
entre os dois entes, e das oferendas de paz todos podem comer (7:19). Não há
outro sacrifício em que a divindade se associe ao pecador por meio do
sacerdote. Como a inimizade tinha desaparecido e os dois entes podiam viver em
comunhão, sentam-se à volta da mesma mesa e participam juntas das mesmas
viandas. Podemos imaginar um chefe de família aparecendo diante de Jeová, e,
depois de oferecer o sacrifício pelo pecado, sem o qual não podia oferecer
sacrifício de paz ou de ação de graças, sentam-se ele e sua família de um lado
e o sacerdote, representante de DEUS, do outro, e todos se associam à festa da
salvação. £ a alegria da festa. DEUS não podia estar fora da festividade,
porque dele é a terra e a sua plenitude. Sua soberania deve ser notada em todo
parte.
Há outra doutrina que deve ser destacada neste sacrifício. Se, por um lado, o
sacerdote comia da carne oferecida em sacrifício de paz, corno representante da
divindade, é certo que este direito lhe assistia em virtude do seu ofício. Ele
trabalhava no serviço do culto e devia ser sustentado do culto. Nunca DEUS
pensou noutra maneira de sustentar os que trabalham na religião. A tribo de
Levi, separada para o sacerdócio, não recebeu herança territorial entre seus
irmãos. Devia ser espalhada por toda a terra, entre todas as tribos. Não
semeava, não cultivava, nem colhia, mas devia comer. Devia comer do serviço que
prestava no templo. Os dízimos foram reservados para o sustento do culto e as
ofertas, tirada a parte exigida por DEUS para o fogo, eram para sustento dos
sacerdotes também. Nenhum culto pode ser espiritual e nenhum ministro pode
servir bem a este culto se ele viver afogado em mil coisas materiais, com a alma
posta no ganha pão de cada dia, deixando para o culto um espírito apagado e
exausto. Por outro lado, também, os crentes perdem boa parte do interesse nas
coisas espirituais, inclusive o Ministério, porque não dão nada para elas. DEUS
soube o que fez quando ordenou que "os que servem o altar vivam do
altar". Naturalmente nem sempre é possível praticar esta doutrina bíblica,
mas isso não implica na sua nulidade. Devemos reconhecê-la e praticá-la, e, se
não podemos pô-la em prática, reconhecemos ainda que ela é a única norma posta
por DEUS para o sustento do Ministério.
Como em muitas outras ofertas de sacrifício, DEUS não deixou excluído o pobre
de poder oferecer seu sacrifício de paz, ou de bolos asmos, obreiras asmas,
bolos de pão levedado, um novilho, uma cabra ou outro animal limpo (7:12-14;
3:1-17). Ninguém precisava ficar fora do círculo de paz e amizade com DEUS por
falta de recursos, pois que DEUS não se apraz na quantidade, mas na qualidade.
Do mesmo modo hoje: quem não tem muito oferece o pouco como o que pode dar; bem
assim, o que oferece o muito, como o tanto que deve dar. A DEUS não vai o
volume das ofertas; vai o motivo delas. Tais idéias não se encontram senão na
religião de Jeová, em que tão aceitável é o pobre como o rico, tão louvado é o
que dá muito como o que dá pouco, se cada um dá o que pode. JESUS louvou mais à
oferta da viúva pobre, que em si mesma nada valia, do que as mãos cheias de
ouro ou prata que os ricos lançavam na arca do tesouro.
Em nenhum outro sacrifício era permitido oferecer pão levedado, mas, na oferta
de consagração ou de paz, era permitido. Por quê? O fermento é tomado na Bíblia
como símbolo de corrupção (Mat. 13:33) e maldade (Luc. 12:1). Aqui, porém, não
se trata mais de expiação, nem de sacrifício no sentido real, mas de uma festa
de paz, e, neste caso, a exigência de pureza absoluta em todos os elementos não
procede. O pecador estava em paz e comunhão com DEUS; seu pecado já tinha sido
expiado. Agora era um pecador perdoado em comunhão festiva com o seu salvador.
Outra coisa singular neste sacrifício é o fato de que o pecador mesmo devia
oferecer a sua vítima (7:30). No tempo de CRISTO, o ritual deste sacrifício era
feito da seguinte maneira: o ofertante trazia sua vítima e a matava na presença
do sacerdote, e este aspergia o sangue. Depois o animal era partido, e o
sacerdote oficiante tirava as partes internas, cortava a carne em pedaços e
separava o peito e a pá direita. Depois colocava a gordura na mão do ofertante,
juntamente com o peito, e, por cima de tudo isto, a pá direita. Os dois rins e
o fígado por cima de tudo, e afinal o pão que devia ser usado na festa. O
sacerdote punha a mão por baixo da do ofertante e juntos moviam as espécies
perante o Senhor. Após isso, o sacerdote salgava as partes internas e as queimava
sobre o altar. O peito e a pá, bem como o pão, que eram de novo movidos perante
o Senhor, depois do que eram comidos pelo sacerdote e pelos sacerdotes
ajudantes, ao mesmo tempo que restante era comido pelo ofertante juntamente com
seus amigos Se a oferta fosse oferecida por duas pessoas em comum, uma faria
oferta pelos dois, e, se uma mulher fosse a ofertante, o sacerdote fazia a
moção, pois que as mulheres não podiam mover oferta perante o Senhor (Núm.
5:25; 6:20).
3. Simbolismo do Sacrifício de Paz
Todo o objetivismo dos sacrifícios levíticos se encontra na obra de JESUS
CRISTO. Para os israelitas, seria difícil compreender o alcance de todo aquele
cerimonialismo; o mesmo se daria conosco, se não soubéssemos o que sabemos em
CRISTO. Isto mesmo se dá quando uma pessoa não familiar com o Novo Testamento
lê o levítico ou outro livro do Velho Testamento. Não compreende nada e, muitas
vezes, se escandaliza. Todavia, à luz do sacrifício de CRISTO, todos estes
emblemas renovam o seu antigo fulgor.
Na obra mediatária de JESUS, temos tudo quanto se encontra nos sacrifícios do
holocausto, pelo pecado, pela transgressão, de cereais e no de paz e de ação de
graças, o que ora estudamos. Houve, ampla apropriação de graça para que num só
ato JESUS satisfizesse o que era exigido de vários modos e em circunstâncias
diferentes. Assim como no sacrifício de Paz o crente israelita gozava de
comunhão com Jeová e era considerado em plena harmonia com as exigências
nacionais e religiosas, do mesmo modo o crente em JESUS, depois de perdoado,
goza da plenitude da graça de DEUS e continua nesta santa comunhão. O sangue de
CRISTO derramado sobre o propiciatório (Rom. 3:21) fez ampla provisão para todo
e qualquer pecador e purgou todo e qualquer pecado. Em vista disso, ele goza de
todas as bênçãos decorrentes da salvação.
1) Tem paz com DEUS - Havendo sido "justificados, pois, pela fé, temos paz
com DEUS... "(Rom. 5:1). CRISTO ofereceu por nós o sacrifício de paz. Ele
não nos salvou para ainda nos deixar no mesmo estado de ansiedade e dúvida ou
guerra com DEUS. Certa vez JESUS disse que o Reino de DEUS estava dentro de
nós, e o Reino de DEUS não é comida nem bebida, mas paz... Se há coisa que um
cristão deve gozar como resultado de sua salvação, é paz, e paz com DEUS. Não
há dúvida de que ele terá muitas aflições, como JESUS mesmo adverte, mas Ele
também diz que venceu o mundo, e é certo que nos conforta, para que vençamos
também nossas lutas. A paz é o principal patrimônio do crente em JESUS. De tudo
ele poderá ter pouco. Poderá ter pouco talento para umas tantas coisas; poderá
ter pouco conhecimento das coisas desta vida; poderá ter pouco de tudo que há
em todo sentido, mas poderá ser enriquecido de paz. É a única coisa em que
todos podemos ser iguais e viver por igual nesta vida - na paz com nós mesmos e
com DEUS. "Não se turbe o vosso coração..." Se temos sido resgatados
da maldição do pecado, tenhamos paz com DEUS e paz dentro de nós. Certo que
corvejam sobre esta nossa riqueza espiritual milhares de corvos. Sobre ela piam
todas as corujas. Todavia, urge que não deixemos arrebatar tão preciosa dádiva.
Conservemos a paz. Deve haver dentro de cada peito cristão uma forte doze de
estoicismo, não desse estoicismo histórico, mas estoicismo filho da fé em
CRISTO. Todas as tentativas feitas para nos roubarem esta preciosidade são de
alcance limitado, em comparação com o alcance da paz que vem de DEUS; são como
se estivessem atirando contra nós com canhões de insignificante calibre, quando
temos uma fortaleza inexpugnável. Gostamos de pensar, quando olhamos para uma
estrela a brilhar no firmamento, cuja distância ignoramos, que, além daquela
que vemos, há milhares que ignoramos; que além do mundo celeste que observamos,
há outros mundos ignorados. Se as lutas forem do tamanho do mundo, maiores
telescópios hão ainda e maiores espaços para devassar. Além de tudo, DEUS. Além
de todas as provações da vida, DEUS. Salvemos. pois, a nossa paz, ainda que
tenhamos de pôr em movimento todas as reservas da fé. Podemos deixar-nos roubar
de tudo e ainda ficarmos de pé, mas, se deixarmos roubar a paz, estamos mortos.
Muitos dos últimos ensinos de JESUS visavam justamente a este ponto. Ele bem
sabia que, se o seu povo tivesse paz, teria ânimo; mas, se esta lhe faltasse,
nada o poderia garantir. "Não se turbe o vosso coração..."
2) Tem MOTIVOS para dar graças - Muitos dos sacrifícios de paz eram de ações de
graças (Lev. 7:12) e os crentes têm cada dia motivos novos para dar graças a
DEUS. Deve haver um hino contínuo nos lábios de cada crente, o hino de ações de
graças, porque, podendo estar perdidos, estamos salvos; podendo estar sem
esperança, estamos inflamados dela; podendo, estar desanimados, temos sempre
bom ânimo; podendo considerar-nos sozinhos, temos muitos amigos e irmãos. Nossa
salvação não traz somente salvação, traz tudo o que ela envolve.
Certa vez, desembarcamos numa ilha, onde não esperávamos encontrar um só amigo.
Fomos à terra, e logo encontramos um homem que nos perguntou se éramos maçom.
Dissemos-lhe que não, mas que éramos cristãos.
- Ah! tanto melhor! Que igreja o senhor segue? - perguntou.
- Batista.
- Não há batistas nesta cidade, creio - disse ele - mas os cristãos são seus
irmãos.
Nada nos faltou durante os dias que lá estivemos, ainda que de nada
precisássemos. Se precisássemos de amigos, os teríamos encontrado; se
precisássemos de auxílio, tê-lo-íamos encontrado. Naquela ilha, não pudemos
deixar de dar graças, porque pertencíamos a uma família que tem os seus membros
espalhados por toda a terra. Quando nos lembramos de que temos ao nosso serviço
todas as boas forças da terra e todas as dos céus, devemos dar graças a DEUS.
O descrente também goza de muitas bênçãos que o crente desfruta, mas não sabe
de onde vêm e não sabe dar graças. Se vivem ou se morrem a seu lado, se tem
fome ou fartura, se estão alegres ou tristes, de nada sabem dar graças. Não é
assim o crente. Este sabe de onde lhe vem a boa dádiva. Sabe de onde vem o pão,
e a sua aflição, e por tudo dá graças. Cada nova bênção deve ser motivo de
novas graças. CRISTO deve estar presente em nossas mentes, como o gracioso
doador de toda boa dádiva e de todo dom perfeito.
3) TEMOS acesso a DEUS Pai - Mediante o sacrifício ritualístico, o crente judeu
tinha acesso a DEUS e podia gozar cerimonialmente esta comunhão. Depois que
CRISTO morreu por nós e o aceitamos como o nosso substituto, temos acesso a
DEUS Pai. O privilégio da comunhão com DEUS não é nem pode ser bem apreciado
por nós aqui na terra, mas, nos limites de nossa compreensão, deve constituir
um motivo de justo regozijo. Seja onde e como for que vivamos, a ideia de que
podemos estar em paz com DEUS é certamente filha de nossa salvação por CRISTO.
Uma só coisa concorre para que a nossa crença deixe de produzir todos os seus
efeitos - a incredulidade de nossos corações. Se não fora isso, todos
viveríamos o céu na terra, que é de fato o ideal.
4) Em JESUS nos alegraremos nas bênçãos recebidas COMO o judeu se alegrava na
oferta de ação de graças - Se o ofertante judeu fazia uma festa quando aparecia
perante o Senhor com os seus bolos ou seu animal, muito maior festa deve fazer
o crente cristão quando aparece perante DEUS com o sangue do Cordeiro
Imaculado. Já se disse que a vida do cristão é de festa. O que existe destoante
deste postulado deve ser levado à conta de notas desafinadas na sinfonia
humana. Devemos viver em festa espiritual, e assim vivem os que vivem
verdadeiramente em CRISTO. Há muitos cristãos tristes e chorosos, como há
muitos queixosos e descontentes, mas simplesmente porque não vivem a verdadeira
vida cristã. Pelo menos três vezes no ano deviam os crentes judeus comparecer a
Jerusalém, a sede do culto, para oferecerem seus sacrifícios e fazerem festa. A
nação não podia deixar-se matar de desânimo. Nós não podemos comparecer três
vezes ao centro de nosso culto, porque comparecemos todos os dias e todos os
momentos, pois que já chegou o dia quando nem em Jerusalém nem em Samaria se
adora a Jeová, mas em qualquer parte da terra. Portanto, desta comunhão deve
resultar maior alegria. Mesmo as melhores partes do culto de domingo são
estragadas pelo espírito de amargura e angústia. Quantos crentes deixam a casa
do Senhor em pior condição do que quando lá entraram! Há coisas que não estão
sendo feitas como desejamos? Lembremo-nos de que tampouco as faríamos a
contento de todos. O pregador não pregou como gostaríamos? Lembremo-nos de que
não pregaríamos melhor do que ele. Há um mundo de coisas defeituosas e que não
correm a nosso jeito, mas também nós somos um amontoado de defeitos e
imperfeições e, todavia, nosso Pai nos aceita. Só há uma coisa que deve
entristecer-nos: se andamos em pecado. Nenhuma outra coisa deve levar-nos a
deixar de dar graças ao Senhor e vivermos alegres. Remediaríamos uma multidão
de queixas se nos puséssemos no lugar daqueles que são motivo delas. O mundo
não é nosso, a Igreja não é nossa, os crentes não são nossos, ninguém vive para
nós e morre para nós. Demos, pois, graças
ao Senhor e sejamos alegres. Sejamos pelo menos o que um bom judeu seria nos
dias de sua festa em Jerusalém.
5) Podemos ser santos - O israelita, depois de oferecer o seu sacrifício pelo
pecado, era julgado santo, e fundamentalmente todo judeu era considerado santo,
pois está dito: "sede santos, porque eu sou santo" (Lev. 11:44) e
"vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo" (Êx. 19:6). CRISTO
removeu toda nossa iniquidade, assim como cerimonialmente o antigo sacrifício
removia a iniquidade do crente judeu. Assim, pois, sejamos santos. A vida de
JESUS deve ser o nosso maior estímulo a uma vida de santidade, pois que Ele em
tudo se santificou por nós. Não há nenhum motivo para vida de iniquidade. Basta
a luz que em nós já foi feita sobre a diferença entre pecado e santidade, para
que detestemos aquele e amemos esta. O pecado deve causar verdadeiro pânico a
um sincero crente. Sua presença é sinal de derrocada espiritual e fracasso na
obra de JESUS CRISTO. Deve haver suficiente reserva em nós para podermos viver
essa vida ideal. JESUS não nos acenou com uma miragem; deixou-nos exemplos. Se
Ele pede que sigamos em santidade, é porque sabe ser possível tal situação. Não
ficamos órfãos, quando JESUS morreu; Ele enviou o seu ESPÍRITO aos nossos
corações e podemos clamar: "Abba, Pai." Não somente devemos viver em
santidade, mas temos o dever imperioso de assim viver. Morreria CRISTO debalde?
Criaria Ele uma vida irrealizável? Não seria Ele mesmo o autor dos sacrifícios
levíticos como uma antecipação real do futuro sacrifício? Por certo que sim. Os
crentes, ao aceitarem a JESUS, assumem o compromisso sagrado de viver pelo que
professam.
De onde nos vem essa consciência do pecado? Não será de nossa comunhão com
CRISTO, mediante seu ESPÍRITO em nós? De onde vem que o pecado entristece,
enquanto a santidade alegra? Vede o crente caído como anda triste, enquanto o
que goza comunhão com CRISTO exubera de felicidade. Vede, outrossim, como é
feliz em sua pobreza o crente que vive santamente, enquanto se decompõe
espiritualmente o que vive nos deleites de sua carne. Em CRISTO podemos ter um
conceito e compreensão elevados da vida de santidade. A oferta, repetimos, de
um animal ou de alguns bolos, em ação de graças, fazia uma comunidade gozar da
comunhão em santidade com Jeová. Não terá o sangue de CRISTO maior efeito que o
de bodes ou a oferta de bolos? Lá, DEUS se comprazia em aceitar aquelas coisas
e mediante elas dispensar ao pecador os meios de graça. Muito mais hoje, que
Ele nos deu o seu Filho como Cordeiro imaculado para tirar nossos pecados.
6) O Senhor é o dono de nossa vida em CRISTO - Pela oferenda do sacrifício de
paz ou ação de graças, ficava arbitrado que a vida pertencia ao Senhor,
tinha-lhe sido dedicada. Não era somente uma festa de comunhão, paz, alegria e
santidade; era também a consagração da vida. No momento que o crente trazia ao
sacerdote o animal ou quaisquer viandas, e estas eram aceitas, ficava
hipotecada a vida ao Senhor. Ora, tudo isto em muito melhor luz temos no Novo
Testamento: "Fostes comprados por preço...", doutrina o apóstolo. A
doutrina da Mordomia não diz respeito apenas ao que é nosso, e, sim, também a
nós. Não será possível que nossa fazenda pertença ao Senhor, se primeiro não
nos oferecermos a nós mesmos. Isto diz o apóstolo Paulo, falando aos coríntios
sobre a grande coleta a favor dos cristãos pobres de Jerusalém. Primeiro eles
se tinham dado ao Senhor. Se os pregadores falassem mais de consagração das
vidas, não Precisariam de falar tanto de consagração da fazenda, falar de
dinheiro, sejam dízimos ou ofertas. Quando a noção de que somos do Senhor e, consequentemente,
que dele é tudo que temos se apegar à nossa alma, teremos resolvido os
problemas financeiros das igrejas. O que precisamos de combater é a Idolatria
em nós, para que em seu lugar nasça a dedicação.
O judeu era doutrinado a dar o dízimo, mas ele dava muito mais do que isto.
Talvez 60% de suas rendas fossem para o sustento do culto, se tomarmos os em
consideração o que ele gastava com dízimos, ofertas, sacrifícios, tempo e
dinheiro para assistir às festividades nacionais. Numa religião elementar como
era a judaica, em comparação com o cristianismo, era singular este espírito.
Calcado neste espírito está todo o ensino de JESUS a respeito do dinheiro.
Calcula-se que 30% de seus ensinos giram em torno do dinheiro. Bem sabia Ele
que não podemos ter dois senhores. A consagração da fazenda, pois, é condição
precípua à consagração da vida, e, inversamente, a consagração da vida é
condição essencial para a consagração da fazenda.
Poderíamos dizer que, se praticarmos bem a Mordomia, teremos dado o passo para
a prática de todas as demais doutrinas, visto que JESUS mesmo reconheceu que
onde estivesse o nosso tesouro aí estaria o nosso coração. Ora, onde estiver o
coração do homem estará todo o seu empenho e dedicação. Se consagrarmos ao
Senhor tudo, teremos atingido o ideal.
Para finalizar estas considerações, lembramos que os antigos sacrifícios tinham
o seu lado ritual e legal, mas também o lado prático. Não era uma simples
formalidade chegar ao sacerdote o oferecer o sacrifício, fosse sobre que fim
fosse, e depois voltar a viver como se nada houvera feito. As impressões
deixadas pelo ritual expressivo e impressivo ensinariam dia após dia o quanto
Jeová exigia para que se pudesse habitar em comunhão com Ele.
Naturalmente haveria, como em tudo o mais, as falhas e lacunas; mas, em geral,
cada observador da lei sentia os impulsos que o ritual deixava impresso em sua
alma. Nem outra coisa era de esperar de DEUS. Se não fosse este o objetivo
atual, além do profético, não seria tão enérgica a obrigação. Encontramos, no
último profeta, cerradas objurgatórias contra os que estavam agindo formalistamente,
oferecendo animais impuros e defeituosos a Jeová. Estes se tinham desviado do
caminho.
Lembremo-nos de que se de um judeu era exigido tanto, não poderá haver medida
menor para nós. Seremos mais responsáveis pelo culto que oferecemos a DEUS do
que o era um judeu nos velhos tempos.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 75, p41.
SUBSÍDIO DIDÁTICO TOP 1
Professor(a), reproduza a tabela abaixo no quadro e utilize-a para mostrar aos
alunos os vários tipos de sacrifícios apresentados individualmente pelos
israelitas.
NOME |
CONTEÚDO |
SIGNIFICADO |
Ofertas queimadas |
Um boi, cordeiro, bode, ou um pombo macho ou um pombinho sem
defeito. |
|
Ofertas de cereais |
Grãos, flor de farinha, com óleo de oliva e sal, mas nunca com
qualquer fermento. |
Essa oferta voluntária acompanha a maioria das ofertas queimadas
e simboliza devoção a DEUS. |
Ofertas de comunhão (pacíficas) |
Qualquer animal sem mancha do rebanho de gado ou de ovelhas |
A refeição, seguindo essa oferta voluntária, simboliza comunhão
com DEUS e ação de graças por bênção. |
Ofertas pelo pecado |
Animal específico é requerido dependendo do status e posição. Ao
muito pobre é permitido trazer uma oferta de fina flor de trigo. |
Pelo pecado ou impureza. |
|
Valioso cordeiro ou ovelha sem defeito. |
Essa oferta era requerida se uma pessoa violasse os direitos de
alguém, como por furto. Era também requerida quando houvesse cura da lepra,
pois DEUS era privado de um adorador enquanto a pessoa estivesse doente. |
CONHEÇA MAIS - TOP 1 - Sobre pão levedado
“O pão levedado podia ser usado com a oferta pacífica, porque esta não era
colocada no altar (cf.2.11 nota).
[2.11] Não podiam ser oferecidos no altar porque eram usados para fomentar a
fermentação. A fermentação envolve alteração, decomposição ou deterioração e,
geralmente, simboliza o mal.” Leia mais em “Bíblia de Estudo Pentecostal”,
CPAD, pp.186,93
SUBSÍDIO BÍBLICO-DIDÁTICO TOP 2
Professor(a), para apresentar de forma mais didática os três
exemplos de pessoas que fizeram votos ao Senhor, e foram plenamente atendidas:
Jacó, Ana e Davi. Reproduza o quadro abaixo. Depois faça a seguinte indagação:
“O que é um voto?” Ouça os alunos e em seguida, se desejar leia a explicação
para que compreendam o significado do termo.
PERSONAGEM |
VOTO |
Jacó |
“Se DEUS for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der
pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o
SENHOR será o meu DEUS” (Gn 28.20,21). |
Ana |
“Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição
da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à
tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua
vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1 Sm 1.11). |
Davi |
“O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus
votos perante os que o temem” (Sl 22.25). |
Voto |
“Empenho voluntário de uma palavra a DEUS ou a outra pessoa. Nas
Sagradas Escrituras, o voto, via de regra, tem um caráter sagrado e não pode
ser revogado a menos que seja feito com base na ignorância e presunção (1 Sm
14.24-35). Por este motivo, para que o voto seja legítimo é mister que se
observe os seguintes requisitos: 1) Voluntariedade; 2) Consciência e
responsabilidade; 3) Conformidade com a Palavra de DEUS; 4) Que não envolva
terceiras pessoas sem o consentimento destas” (Dicionário Teológico, CPAD, p.
361). |
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - TOP3
“A natureza e o propósito dos sacrifícios pacíficos estão aqui mais
distintamente abertos. Eles eram oferecidos: 1. Em gratidão por alguma
misericórdia especial recebida, como a recuperação de uma enfermidade, a
proteção em viagem, o livramento no mar, a redenção do cativeiro, tudo que é
especificado no Salmo 107, e por estas coisas os homens são convocados a
oferecer sacrifícios de gratidão. 2. No cumprimento de algum voto que um homem
fez quando estava em aflição, e isto menos honorável do que no caso anterior,
embora a omissão de ofertar este sacrifício tivesse sido mais culpável. 3. Em
súplica por alguma misericórdia especial que um homem estava buscando com
elevada expectativa. Este sacrifício é, aqui, chamado de oferta voluntária.
Este sacrifício acompanhava as orações de um homem, assim como o anterior
acompanhava os seus louvores. Não encontramos que os homens fossem obrigados
pela lei, a menos que tivessem se obrigado — através de um voto — a oferecerem
estas ofertas pacíficas em tais ocasiões, da mesma forma que deveriam fazer os
seus sacrifícios de expiação no caso de terem cometido pecados. Não que a
oração e o louvor sejam tanto nossa obrigação como o arrependimento o é. Mas
aqui, nas expressões de seu senso de misericórdia, DEUS os deixou mais para a
liberdade deles do que nas expressões de seu senso de pecado — para provar a
generosidade de sua devoção, e que os seus sacrifícios, sendo ofertas
voluntárias, pudessem ser as mais louváveis e aceitáveis. Além disto,
obrigando-os a trazer os sacrifícios de expiação, DEUS mostraria a necessidade
de grande propiciação” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 373,374).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar o que era oferta voluntária do Holocausto;
Ressaltar o que representava a oferta de manjares;
Conceituar a oferta pacífica, a oferta pelo pecado e o Dia da Expiação.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A lição desta semana destaca a funcionalidade dos sacrifícios
designados por DEUS para compor o complexo sistema de sacrifícios no Antigo
Testamento. As ordenanças quanto aos cerimoniais deveriam ser seguidas à risca.
Esta foi a forma que DEUS empregou para ensinar o seu povo que a reconciliação
e a comunhão com Ele não poderiam ser tratadas com menor importância. Deveria
haver temor e obediência contínuos no cumprimento das suas ordenanças.
Entretanto, a Palavra de DEUS nos mostra que o sacrifício único de CRISTO na
cruz do Calvário foi suficiente para apagar os nossos pecados e nos reconciliar
com o Criador (2 Co 5.21; 1 Pe 3.18). Portanto, devemos ser gratos a DEUS por
tão grande amor e bondade.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA NA ÍNTEGRA LIÇÃO 7, CENTRALGOSPEL, 1TR2025
Escrita Lição 7, Central Gospel, Sacrifícios Voluntários, Um
Caminho para a Nova Aliança, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 7 / ANO
2- N° 4
ESBOÇO DA LIÇÃO 7, CENTRAL GOSPEL, 1Tr2025
1. HOLOCAUSTO: A CONSAGRAÇÃO TOTAL AO SENHOR
1.1. O ritual do holocausto
1.2. Aspectos tipológicos do holocausto
1.2.1. Obediência suprema: a entrega voluntária de CRISTO
1.2.2. Cinzas de aceitação: a prova do sacrifício aceito por DEUS
1.2.3. Aroma de santidade: a vida consagrada como testemunho de
CRISTO
2. OFERTA DE MANJARES: O SERVIÇO DEVOTO AO CRIADOR
2.1. O ritual da oferta de manjares
2.2. Aspectos tipológicos da oferta de manjares
3. OFERTA DE PAZ: A COMUNHÃO ÍNTIMA COM DEUS
3.1. O ritual da oferta de paz
3.2. Aspectos tipológicos da oferta de paz
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Efésios 2.13-18
13 Mas, agora, em CRISTO JESUS, vós, que antes estáveis longe, já
pelo sangue de CRISTO chegastes perto.
14 Porque ele é a nossa paz, O qual de ambos os povos fez um; e,
derribando a parede de separação que estava no meio,
15 na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos,
que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem,
fazendo a paz,
16 - e, pela cruz, reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando
com ela as inimizades.
17 E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos
que estavam perto;
18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo ESPÍRITO.
TEXTO ÁUREO
Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome,
Ó Senhor, porque é bom
Salmo 54.6
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Ageu 1.3-4
Despertados para ofertas voluntárias.
3ª feira - 1 Crônicas 29.20-24
Expiação para reconciliar a todo o Israel.
4ª feira - Hebreus 10.19-23
Um novo e vivo caminho.
5ª feira - 2 Coríntios 5.20,21
Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós.
6ª feira - Efésios 5.1,2
CRISTO se entregou em cheiro suave.
Sábado - Romanos 5.1-11
Sendo, pois, justificados pela fé.
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- reconhecer a necessidade de oferecer louvor e adoração
ao Senhor por todas as bênçãos recebidas;
- entender que há oportunidades de trabalho disponíveis
para todos que estiverem dispostos a contribuir;
- buscar com diligência o propósito de DEUS para sua
vida, visando alcançar o sucesso.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, incentive seus alunos a
refletirem sobre a importância de estarmos constantemente agradecendo ao
Senhor. E essencial que cada cristão compreenda que tudo o que possuímos ou
somos provém de DEUS.
A própria Bíblia nos instrui a darmos graças em
todas as circunstâncias, não apenas pelas grandes bênçãos ou milagres
extraordinários, mas também pelas pequenas coisas do cotidiano, que muitas
vezes nos parecem já garantidas.
Excelente aula!
COMENTÁRIO -
Palavra introdutória
Nesta lição, focaremos os três
sacrifícios voluntários descritos no Livro de Levítico: o holocausto, que
simboliza a consagração a DEUS; a oferta de manjares, que representa o serviço
a DEUS; e a oferta de paz, que expressa a comunhão com DEUS.
1. HOLOCAUSTO:
A CONSAGRAÇÃO TOTAL
AO SENHOR
O holocausto (hb. “oláh = “aquilo que é totalmente queimado para DEUS”),
conforme descrito em Levítico 1.1-17, é o sacrifício mais antigo e
significativo nas Escrituras, praticado antes da Lei por figuras como Abel (Gn
4.4), Noé (Gn 8.20), Abraão e outros (Gn 22.13; 46.1).
Este sacrifício
envolvia a oferta de animais (Lv 1.3; 10-14) que eram totalmente
consumidos pelo fogo no altar, simbolizando a consagração total ao Senhor.
A prática exigia, em primeiro lugar, a expiação dos pecados do ofertante, e
posteriormente, o holocausto servia como um ato de consagração.
O fogo do altar
deveria arder continuamente (Lv 6.13), permitindo que os fiéis sempre pudessem
apresentar suas ofertas, reconhecendo seus pecados e se consagrando a DEUS.
Mais tarde, o holocausto tornou-se um sacrifício perpétuo, realizado
diariamente em nome do povo (Nm 28.1-8).
___________________________
Os sacrifícios oferecidos a DEUS, também chamados de ofertas ou oblações,
só eram aceitos quando o pecador demonstrava verdadeira consciência da
necessidade de obediência e buscava uma comunhão sincera com DEUS (1 Sm 15.22;
Sl 40.6-8; Is 1.11; Os 6.6; Am 5.21,22; Mq 6.6,7).
___________________________
1.1. O ritual
do holocausto
No ritual do holocausto, o ofertante deveria apresentar um animal macho
sem defeito, sobre o qual colocava as mãos, simbolizando a transferência de sua
vida. O sacrifício não visava ao perdão de pecados; portanto, não havia
confissão (Lv 1.3,4).
Após ser morto, o animal era esfolado, cortado em pedaços, e as partes
eram lavadas para remoção de impurezas. Os sacerdotes, então, organizavam e
queimavam completamente o sacrifício no altar (Lv 1.6-9). No caso de aves, o
processo envolvia destroncamento e fenda das asas (Lv 1.14-17).
O couro do animal era dado ao sacerdote (Lv 7.8). O sangue, representando
a vida, era derramado ao redor do altar de cobre. DEUS aceitava o sacrifício
como cheiro suave ao Senhor (Lv 1.9,13,17).
1.2. Aspectos
tipológicos do holocausto
O holocausto, diferentemente da oferta pelo pecado, não tem foco na
expiação de pecados específicos, mas simboliza a consagração total a DEUS e a
entrega completa do ofertante. Paulo segue essa ordem, primeiro falando da
remissão dos pecados (At 13.38) e depois da justificação (At 13.39).
O holocausto prefigura essa justificação, representando O crente já
reconciliado com DEUS, purificado em CRISTO. JESUS, sendo tanto a vítima quanto
o sacerdote, ofereceu Seu próprio sangue de uma vez por todas (Hb 9.12). Seu
sacrifício na cruz cumpre perfeitamente os tipos de sacrifícios do Antigo
Testamento, de acordo com a vontade do Pai (Mt 26.39; Jo 4.34; Hb 10.7).
1.2.1.
Obediência suprema: a entrega voluntária de CRISTO
JESUS, assim como o animal doado no sacrifício, entregou-se
voluntariamente à vontade do Pai, sendo exemplo perfeito de obediência (Is
50.5,6; 53.7; Jo 10.2,5,17; 15.13; Hb 9.14; 10.10). Após recebermos o perdão de
DEUS e sermos renovados, somos chamados a consagrar nossa vida inteiramente a
Ele. Essa entrega total, simbolizada como um sacrifício vivo, santo e
agradável (Rm 12.1), deve Lhe ser oferecida como um aroma suave, pois agora
pertencemos a Ele, tendo sido comprados por um alto preço (1 Co 6.20). Nossa
consagração reflete a devoção completa e o reconhecimento de que nossa vida se
destina à glorificação do nome do Senhor.
1.2.2. Cinzas
de aceitação: a prova do sacrifício
aceito por DEUS
A retirada das cinzas do holocausto e sua colocação ao lado do altar
simbolizava a aceitação total do sacrifício por DEUS (Lv 6.10), marcando a
conclusão do processo de purificação e consagração. No Novo Testamento, esse
simbolismo é ampliado, com CRISTO sendo visto como o sacrifício
perfeito. Assim como as cinzas indicavam a aceitação do sacrifício no
Antigo Testamento, a obra de CRISTO na cruz simboliza nossa aceitação diante do
Senhor (Ef 1.6; 1 Pe 2.5).
1.2.3. Aroma de
santidade: a vida consagrada
como testemunho
de CRISTO
A vida do cristão deve ser oferecida como um sacrifício contínuo e
agradável a DEUS, semelhante ao holocausto, que é uma tipificação da
consagração absoluta. Assim como a oferta subia como um aroma suave ao Senhor,
a vida entregue à vontade do Altíssimo torna-se um testemunho vivo, difundindo
a fragrância de Sua presença e o bom cheiro de CRISTO por todo o mundo (2 Co
2.14-16).
2. OFERTA
DE MANJARES: O SERVIÇO
DEVOTO AO
CRIADOR
As ofertas de manjares ou cereais também eram voluntárias e agradavam ao
Senhor. Elas eram parcialmente queimadas pelo sacerdote, e o restante servia de
alimento para ele e sua família (Lv 2.10). DEUS considerava essas ofertas como
santíssimas (Lv 2.3), sendo o único sacrifício queimado sem derramamento de
sangue.
2.1. O ritual
da oferta de manjares
O texto de
Levítico 2 descreve quatro tipos de ofertas de cereais que poderiam ser feitas
ao Senhor: farinha pura e peneirada (v. 1), bolos cozidos no
forno (v. 4), cereais cozidos na frigideira (v. 7) e
cereais de primícias, isto é, grãos novos esmagados e tostados ao fogo, que não
seriam queimados (vv, 12,14). Essas ofertas eram preparadas conforme as
instruções cerimoniais e misturadas com azeite, incenso, sal e vinho puro, mas
sem fermento ou mel (v. 11). Os crentes ofereciam parte do que tinham em
suas mesas como expressão de devoção a DEUS.
2.2. Aspectos
tipológicos da oferta de manjares
Essa oferta
representava o reconhecimento do devoto de que tudo o que possuía era uma
dádiva divina (1 Cr 29.14). Como pecador, ele não tinha direito ao fruto da
terra, mas o Senhor o sustentava com os alimentos produzidos (Dt 28.2-5). Em
gratidão, ele oferecia cereais ou bolos, parte dos quais era queimada como
aroma agradável a DEUS, e o restante servia como sustento para o ministério no
Santuário.
Observe a
seguir os principais simbolismos inscritos no ritual:
aptidão para o
serviço (Lv 2.1-3) — a oferta de manjares simbolizava a aptidão para o
serviço, no qual o ofertante, embora não pudesse realizar as funções
sacerdotais e levíticas, podia apoiar o sustento desses servos de DEUS. A
manutenção financeira dos ministérios e atividades da Igreja é exemplo atual da
aplicação dessa atitude. Mesmo não sendo chamados para atuar
fisicamente, os membros do Corpo de CRISTO têm oportunidade de participar
com suas contribuições e orações em favor da seara do Senhor e seus trabalhadores;
pureza (Lv 2.1)
— a flor de farinha pura, sem fermento, simboliza um coração puro e
sincero (Sl 51.10), algo que agrada a DEUS (Hb 10.22). Assim como a
farinha era obtida por meio do esmagamento do trigo, JESUS sofreu e foi
esmagado por nossos pecados (Is 53.5), representando a pureza e o sacrifício em
nossa redenção;
fermento e mel
(Lv 2.11) — ambos eram proibidos. O fermento — simbolizando corrupção e
fraude —, por alterar a essência da massa; e o mel, por sua capacidade de
alterar a integridade dos elementos sagrados da oferta. Da mesma
forma, nossas ofertas de serviço a DEUS não podem estar contaminadas por
contendas, ciúmes ou interesses egoístas (Tg 3.16);
sal (Lv 2.13)
— permitido nas ofertas de bolos assados no forno, na assadeira ou na
frigideira, o sal atua como elemento purificador e preservador.
Ele simboliza o ESPÍRITO SANTO, que é o agente de DEUS responsável por nos
manter espiritualmente vivos e produtivos (Mt 5.13; Mc 9.5; Cl 4.6);
azeite (Lv 2.1)
— símbolo de consagração e alegria (Lv 8.10-12). O serviço na casa do
Senhor deve ser realizado com dedicação e contentamento, pois Ele não se agrada
quando este é feito com tristeza (2 Co 9.7);
incenso (Lv
2.2) — símbolo da oração e súplica (Sl 141.2; Ap 5.8; 8.3). Feito de
acordo com uma fórmula divina (Êx 30.34-38), o incenso era utilizado
exclusivamente no Santuário, cobrindo o Tabernáculo com um aroma agradável e
substituindo o cheiro dos sacrifícios. Além disso, criava uma nuvem que
protegia o sacerdote de ver a glória de DEUS no Lugar Santíssimo (Êx
30.10). Da mesma forma, a oração envolve o crente e o aproxima de DEUS (Mt
6.6);
libações de
vinho — o vinho puro era ofertado no altar e foi utilizado por jesus na
Ceia para representar Seu sangue (Mc 14.23,24; 1 Co 11.25). Ele simboliza a
vida, a alegria e a força espiritual (Sl 104.15). Da mesma forma, o crente
deve estar cheio de vida, alegria e da força do Senhor, que é a nossa Videira
verdadeira (Jo 15.9; Ef 5.18).
______________________________
Embora
o capítulo 2 de Levítico não mencione diretamente o uso do vinho na oferta de
manjares, ele é frequentemente associado às libações (ofertas derramadas) que
acompanhavam os holocaustos e outras ofertas, como descrito em Números 15.5-10.
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3. OFERTA
DE PAZ: A COMUNHÃO ÍNTIMA COM DEUS
As ofertas de paz ou pacíficas representavam a comunhão, paz e amizade
entre DEUS e o ofertante. Essas ofertas eram realizadas em celebração e
gratidão, muitas vezes após um sacrifício expiatório, para reafirmar a paz com DEUS
e promover a harmonia na comunidade de fé. Os sacerdotes e levitas, que
normalmente viviam separados, podiam participar dessa refeição sacrifical com a
família do ofertante, simbolizando a união entre todos os membros da comunidade
israelita. As ofertas podiam ser feitas como louvor, gratidão, cumprimento de
votos ou voluntariamente (Gn 31.33; Lv 7.2,16).
3.1. O ritual
da oferta de paz
O sacrifício de paz (Lv 3.1) permitia que qualquer pessoa oferecesse um
animal, cujo sangue era aspergido ao redor do altar, simbolizando comunhão e
paz com DEUS.
A gordura era queimada como oferta ao Senhor (Lv 3.3-5), e pães e bolos
sem fermento podiam ser incluídos (Lv 7.12).
Diferente dos sacrifícios de expiação, este ritual celebrava a comunhão
com o Altíssimo e a união na comunidade de fé, permitindo que o ofertante, sua
família e amigos consumissem a came (Lv 7.15,16). Mulheres também podiam
participar, exceto em casos específicos de votos ou ritos, que exigiam a
intervenção de um sacerdote (Nm 5.25; 6.20).
3.2. Aspectos
tipológicos da oferta de paz
Observe a
seguir os principais simbolismos inscritos no ritual:
CRISTO foi
oferecido por nós como o sacrifício da paz (Cl 1.20; Ef 2.13-17), tornando-se a
oferta de graça que nos sustenta espiritualmente (Jo 6.51-57; 1 Co
10.16). É pelo favor imerecido de DEUS que, por intermédio o de CRISTO,
somos conduzidos ao único caminho que nos proporciona a verdadeira comunhão com
o Pai (Rm 3.21; 5.1);
as ofertas de
paz exigiam um ato pessoal de devoção por parte do povo de Israel. Cada
indivíduo tinha a responsabilidade de selecionar cuidadosamente um animal sem
defeito ou os melhores cereais, dedicando tempo e reflexão para expressar sua
gratidão a DEUS e ao próximo. Esse processo não apenas representava um
gesto de adoração, mas também reforçava a proximidade e o acesso contínuo ao
Senhor, que sempre esteve disponível para todos.
CONCLUSÃO
Nesta lição,
compreendemos que os sacrifícios voluntários em Levítico tipificam nossa
consagração, serviço e comunhão com DEUS. Cada oferta reflete o chamado divino
para nos arrependermos, vivermos em santidade e dedicarmos nossa vida
inteiramente ao Senhor.
ATIVIDADE PARA
FIXAÇÃO
1. Quais
sacrifícios voluntários, descritos no Livro de Levítico, foram destacados nesta
lição?
R.: O
holocausto; a oferta de manjares e a oferta de paz.