Escrita Lição 10, Betel,
Ordenança para buscar a Paz e fazer o Bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
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(CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD, Revista Editora Betel, 2° Trimestre De 2024, Tema: ORDENANÇAS
BÍBLICAS – Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma
vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, Escola Bíblica
Dominical
https://youtu.be/fEa3ZYb5RBI?si=6iTq5Dn2ILv_DzsJ
Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2024/06/escrita-licao-10-betel-ordenanca-para.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2024/06/slides-licao-10-betel-ordenanca-para.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-9-betel-ordenanca-para-uma-vida-de-santificacao-2tr24-pptx-b45b/269511291
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O SIGNIFICADO DE PAZ
1.1. Paz com todos os
homens.
1.2. A paz interior é
pré-requisito para a paz exterior.
1.3. A verdadeira paz vem de DEUS.
2- A PAZ É REPRESENTATIVA NA
VIDA DO CRISTÃO
2.1. A paz requerida aos
cristãos.
2.2. Os três pilares da paz.
2.3. Fomos chamados para sermos promotores da paz.
3- FAZER O BEM É UMA
RECOMENDAÇÃO BÍBLICA
3.1. Não nos cansemos de fazer
o bem.
3.2. Para fazer o bem é
preciso estar com a vida pautada
nos princípios da Palavra de DEUS.
3.3. Quem sabe fazer o bem e
não faz comete pecado.
TEXTO ÁUREO
‘Segui a paz com todos e a
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hebreus 12.14
VERDADE APLICADA
O autêntico discípulo de CRISTO
também deve ser conhecido por ser um promotor da paz e estar sempre procurando
fazer o bem.
TEXTO DE REFERÊNCIA
ROMANOS 12
18 Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.
19 Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está
escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
20 Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede,
dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua
cabeça.
21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Nm 6.26 O Senhor te dê
a paz.
TERÇA SI 4.8 Em paz me deitarei e dormirei.
QUARTA Jo 14.27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.
QUINTA Jo 16.33 Em CRISTO temos paz.
SEXTA Fp 4.6-7 A paz de DEUS excede todo o entendimento.
SÁBADO 1Pe 3.10-11 Aparte-se do mal e faça o bem
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os cristãos
possam viver em paz uns com os outros.
SUBSÍDIOS PARA A LIÇÃO
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/figuras-da-licao-5paz-de-deus-antidoto.html
Figuras da Lição
Resumo
rápido do Pastor Henrique
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Estudo
de hoje: Paz como uma das qualidades do fruto do ESPÍRITO e a inimizade como um
dos frutos da carne.
Quem
não é nascido de novo não tem ainda o Fruto do ESPÍRITO em si, portanto, não
pode ter a verdadeira paz que só CRISTO oferece. A paz de DEUS é interior e não
se importa com as adversidades da vida. A certeza de salvação e esperança de
estar para sempre com o SENHOR é maior do que tudo.
I.
A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
1.
Paz.
PAZ
- DICIONÁRIO STRONG EM PORTUGUÊS
ειρηνη
- eirene - Lê-se Êremê
provavelmente do verbo primário eiro (juntar);
1) estado de tranquilidade nacional
1a) ausência da devastação e destruição da guerra
2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e
mantêm as coisas seguras e prósperas)
4) da paz do Messias
4a) o caminho que leva à paz (salvação)
5) do cristianismo, o estado tranquilo de uma alma que tem certeza da sua
salvação através de CRISTO, e por esta razão nada temendo de DEUS e contente
com porção terrena, de qualquer que seja a classe
6) o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte
A
paz aqui é espiritual, é um milagre de DEUS em nossa vida, pois só a temos
devido ao sacrifício de JESUS por nós. A paz interior é resultado da paz com
DEUS que temos a partir do momento que aceitamos a JESUS CRISTO como SALVADOR e
SENHOR. O ESPÍRITO SANTO veio morar em nós e trouxe Consigo o fruto do
ESPÍRITO, e neste a paz para vivermos em harmonia com DEUS e nossos irmãos e
até com nossos inimigos, se for possível.
O
mundo pode estar em guerra a nossa volta, mas nós estamos em paz com DEUS e
procuramos estar em paz com todos.
Ultimamente,
temos visto o aumento da chamada Síndrome do Pânico. O crente que vive em paz
com DEUS não sentirá tais sintomas.
18
Sintomas da Síndrome do Pânico:
Sensação
de perigo iminente
Medo
de perder o controle
Medo
da morte ou de uma tragédia iminente
Sensação
de estar fora da realidade
Dormência
e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto
Palpitações,
ritmo cardíaco acelerado e taquicardia
Sudorese
Tremores
Dificuldade
pra respirar, falta de ar e sufocamento
Hiperventilação
Calafrios
Ondas
de calor
Náusea
Dores
abdominais
Dores
no peito e desconforto
Dor
de cabeça
Tontura
Sensação
de estar com a garganta fechando
Tudo
isso ocorre com quem não está em paz com DEUS.
2.
Paz com DEUS.
Quando
nos convertemos fomos declarados justos diante de DEUS porque nossos pecados
foram levados por JESUS na cruz e para o inferno. Como diz o profeta Isaias: "...o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados." Isaías 53:5
Paulo
nos revela isso assim: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz
com DEUS, por nosso Senhor JESUS CRISTO;" (Rm 5.1). Já não somos inimigos
de DEUS, agora somos filhos amados.
Depois
de termos esse milagre realizado me nossa vida podemos passar esta paz aos
outros pela pregação do evangelho e compartilhamento da presença de DEUS em
nós.
"Assim que, se
alguém está em CRISTO, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que
tudo se fez novo. E tudo isto provém de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo
por JESUS CRISTO, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, DEUS estava
em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e
pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte
de CRISTO, como se DEUS por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de CRISTO,
que vos reconcilieis com DEUS. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por
nós; para que nele fôssemos feitos justiça de DEUS." 2 Coríntios 5:17-21
JUSTIFICAÇÃO
- DICIONÁRIO STRONG EM PORTUGUÊS δικαιοω dikaioo
1) tornar justo ou com deve ser
2) mostrar, exibir, evidenciar alguém ser justo, tal como é e deseja ser
considerado
3) declarar, pronunciar alguém justo, reto, ou tal como deve ser
JUSTIFICAÇÃO
- Dicionário Bíblia Almeida
1)
Segundo alguns BIBLISTAS, o ato judicial de DEUS por meio do qual ele, pela sua
graça, perdoa os seres humanos de sua culpa. A base para esse perdão é que
JESUS cumpriu a Lei em lugar dos seres humanos e sofreu o castigo pelos pecados
deles (Rm 5.12-21). As pessoas são justificadas através da fé (Rm 3.21-25,28;
5.1), que DEUS lhes dá pela ação do ESPÍRITO SANTO.
2)
Segundo outros biblistas, justificação é o ato pelo qual DEUS, como Rei, Senhor
e Salvador, aceita e põe em relação correta consigo a pessoa que faz com ele
uma ALIANÇA, a qual é baseada na fé em CRISTO. A justificação é originada e
mantida pelo ESPÍRITO SANTO (v JUSTIÇA - Rm 1.17; 3.24 e 4.25 ).
JUSTIFICAÇÃO
- Dicionário Teológico - [Do heb. tsadik\ do gr. dikaios-, do lat.
justificationem] Ato de declarar justo. Processo judicial que se dá junto ao
Tribunal de DEUS, através do qual o pecador que aceita a CRISTO é declarado
justo (Rm 5.1). Ou seja: passa a ser visto por DEUS como se jamais tivera
pecado em toda a sua vida (Rm 5.1).
A
justificação é mais que um mero perdão. O criminoso perdoado, ou anistiado,
continuará criminoso. Mas se DEUS o justificar, torna-se ele justo (Rm 8.1). A
justificação é obtida única e exclusivamente pela fé em CRISTO JESUS.
JUSTIÇA
- Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde
-
Do hebraico “sedã-qãh” e do grego “dikaiosy-nê”, “dikaos’', é a virtude que dá
a cada um o que lhe é de direito.
A
palavra justiça na Bíblia adquire um sentido mais amplo do que nos
códigos coordenados pelos magistrados para orientarem seus atos,
ao serem chamados para julgar ou aplicar a lei.
Há
uma diferença profunda entre o significado da palavra justiça
na interpretação humana e sob o ponto de vista divino
A
justiça divina não é apenas um sentimento passageiro e falho; é
um atributo essencial através do qual os atos de DEUS
personificam a equidade
É
vá a tentativa de medir a justiça de DEUS através de medidas humanas. Os
fariseus e os rabinos do tempo de JESUS pensavam que receberiam
a justa recompensa divina somente por cumprirem a Lei. A eles JESUS
respondeu: “Depois de haverdes feito tudo quanto vos foi ordenado,
dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos
fazer” (Lc 17.10).
A
noção de justiça de DEUS em Paulo é encontrada em Romanos 1.17; 3.5,21,25;
10.3; 2 Coríntios 5.21 e tem um sentido derivado. Para a maior parte dos
exegetas, a justiça divina em Romanos é a justiça que vem de DEUS, que o
homem recebe de DEUS, meramente imputada, ou como fruto de santificação. Para
outros, a justiça de DEUS em Paulo é a justiça que o próprio DEUS
possui, isto é, um atributo divino que em certo sentido é comunicado
aos homens.
A
justiça de DEUS é o fundamento para a justiça humana e para a graça da
filiação, como encontramos nas cartas de João: “Se sabeis que Ele é
justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido
dele” (1 Jo 2.29). A justiça de DEUS requer que o homem que conhece e
ama essa justiça se abstenha de proceder como os demais que são como
que cegos espirituais. A justiça forma o elemento principal do caráter que
aprova a Palavra de DEUS. A exigência para que o homem se
apresente diante de DEUS e dos homens pronto para receber a
justiça consiste apenas em amar a misericórdia e andar humildemente com
DEUS.
As
Escrituras apresentam como justos os homens que possuem as qualificações
acima mencionadas. Vamos observar o que a Bíblia diz acerca de Simeão,
quando JESUS foi apresentado no templo: “Havia em Jerusalém um
homem chamado Simeão; homem este justo” (Lc 2.25). Simeão é chamado
de justo, isto é, digno de justiça, simplesmente porque viu o Messias
e creu nas infalíveis promessas divinas de restauração do gênero humano.
Tudo
quanto até aqui declaramos, foi apenas uma tentativa de esboçar o magnífico e
incomparável tema que é a justiça de DEUS. Contudo, somente nos aproximamos do
problema; não conseguimos penetrar no esplendor do reflexo dos atos
de recompensa da justiça divina, nem nos foi possível demonstrar a
profundidade dela, por uma razão muito simples: é impossível alcançar
a base da justiça de DEUS, pois está escrito que a justiça é a base do
trono de DEUS e quem poderá perscrutar esse fundamento?! (Sl 97.2).
Adão
e Eva foram expulsos em consequência da justiça de DEUS que
havia determinado bênção para o obediente e castigo para o
transgressor.
3.
Promotor da paz.
A
paz que encontramos em CRISTO deve ser anunciada e proclamada a todos os que
nos cercam, pois é desejo de DEUS que todos a incorrem também. As pessoas
perceberão esta paz em nós, mesmo durante nossas aflições e circunstâncias
adversas pelas quais passarmos por elas.
Paulo
fala de nosso esforço para ter paz com todos, de nossa parte devemos fazer de
tudo o que for possível para isso seja possível, mesmo sabendo que muitos nos
odiarão, mas JESUS disse que devemos amar nossos inimigos e orar por eles.
"Se for possível,
quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Romanos" 12:18
"E odiados de todos
sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será
salvo." Mateus 10:22
"Eu, porém, vos
digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que
vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais
filhos do vosso Pai que está nos céus;" Mateus 5:44
II.
INIMIZADES E CONTENDAS, AUSÊNCIA DE PAZ
1.
Três tipos de inimizades.
INIMIZADE
εχθρα
- echthra - Lê-se Festrá
1) inimizade
2) causa de inimizade
Inimizades.
A
palavra grega exthrai, traduzida por “inimizades”, significa hostilidade,
animosidade. Trata-se daquele sentimento hostil nutrido por longo tempo, que se
enraíza no coração. A ideia é a de um homem que se caracteriza pela hostilidade
para com seu semelhante. É o oposto do amor.
Três
tipos de inimizade. Vejamos:
Inimizade
para com DEUS (Rm 8.7) - “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra
DEUS, pois não é sujeita à lei de DEUS, nem, em verdade, o pode ser.” (Rm 8.7).
inimizade
entre as pessoas (Lc 23.12) - “E no mesmo dia, Pilatos e Herodes entre si se
fizeram amigos; pois dantes andavam em inimizade um com o outro.” (Lc 23.12)
hostilidade
entre grupos e pessoas (Ef 2.14-16) - “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os
povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua
carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em
ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E
pela cruz reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando com ela as
inimizades.” (Efésios 2:14-16)
Em
Gálatas, Paulo apresenta a inimizade, as contendas e as disputas como obras da
carne (Gl 5.20).
2.
Inimizade e soberba.
A
inimizade pode ser resultado da soberba, ou desejo de ser grande, de ser maior
que todos. Desejo de fama e de glória. JESUS ensinou que aquele que deseja ser
grande deve ser o menor.
"Mas entre vós não
será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso
serviçal;" (Marcos 10:43)
Na
igreja todos devemos servir a todos, cada um com seu talento dado por DEUS.
Cada um deve administrar aos outros aquilo que recebeu para benefício de todos.
"Cada um administre
aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de
DEUS."
(1 Pedro 4:10)
Que fareis pois, irmãos?
Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem
língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1
Coríntios 14:26
Paulo
nos diz que aqueles que buscam inimizades estão pecando, pois são carnais e não
podem agradar a DEUS.
"Porque
ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não
sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?" (1 Co 3.3)
3.
Inimizade e facção.
As
inimizades, muitas vezes, causam divisão e grandes prejuízos à obra de DEUS.
São grupos que se formam e se dividem dentro da ighreja e com focos diferentes.
A evangelização, que deve ser o objetivo comum, perde seu papel primordial e é
substituído por passeios e festas entre grupos.
Na
igreja de Corinto havia 4 grupos distintos. Eram partidos em torno de Paulo,
Apolo, Cefas e CRISTO. Uns diziam que pertenciam a Paulo, enquanto outros a
Apolo (1Co 1.12), outros a Pedro e ainda outros diziam pertencer a CRISTO.
Paulo dá fim à discussão e às inimizades perguntando aos irmãos: “Está CRISTO
dividido? Foi Paulo crucificado por vós?” (1Co 1.13).
Até
o grupo de CRISTO estava errado pois estavam divididos como se pudesse CRISTO
dividir a igreja em grupos.
Todos
devem se unir na evangelização dos povos, como um corpo, com todos os membros
se dirigindo para um único lugar, o Céu, com um mesmo SENHOR,JESUS, todos em
comunhão com um mesmo ESPÍRITO, O ESPÍRITO SANTO, todos sendo filhos de um
mesmo DEUS, o PAI.
III.
VIVAMOS EM PAZ
1.
O favor divino.
Fomos
todos árvores cheias de espinhos e que estavam destinadas ao fogo eterno,
éramos zambujeiros, mas fomos enxertados na oliveira verdadeira, JESUS e assim
nos chegamos a DEUS (Rm 11.17). Os judeus não compreenderam que foram colocados
por DEUS no mundo para abençoar as outras nações (Gn 12.3).
Paulo
nos mostra que, em CRISTO, tanto gentios como judeus, todos somos iguais
perante DEUS e todos carecemos de misericórdia e amor de DEUS, por isso,
devemos viver em paz e unidade, desde que através de JESUS. Só em JESUS
poderemos achar a unidade do corpo de CRISTO. Levemos a paz a todos os povos,
sem acepção de pessoas.
OLIVEIRA
(Tesouro de Conhecimentos Bíblicos)
-
Do hebraico “zayit”, do grego “elaia”. Nome científico: “olea europaea L”.
Como
a figueira e a videira, a oliveira é a planta característica da Palestina. É
vista mais comumente nas encostas das montanhas e floresce em
maio. Sua cor é acinzentada; a parte inferior das folhas é
esbranquiçada e a superior é verde escura. Por causa do intenso
calor, suas folhas se enrolam e encolhem, razão por que a sombra que
oferecem é pequena. Quando floresce, saem umas folhas esbranquiçadas
que caem depois que nascem um ou dois frutos. São muito conhecidos os
olivais de Siquém, Jerusalém e Hebrom. As palavras derivadas da oliveira
são poucas na Bíblia: monte das Oliveiras (Zc 14.4; Mt 26.30; Mc
14.26; Lc 22.39); encosta das Oliveiras (2 Sm 15.30). Sua madeira
dura é utilizável; seu fruto, em forma de ameixa, tem uma carne muito
oleosa; por causa dessa utilidade, é denominada de rainha das árvores (Jz
9.8). Nesse texto de Juízes, está registrado o apólogo de Jotão.
Em
Israel, os olivais de Ramá da Galileia são famosos, havendo oliveiras ali com
alguns milênios de idade. Visitando o Jardim das Oliveiras ou do Getsêmani,
deparamo-nos com oliveiras que presenciaram, silenciosas, o sofrimento de
JESUS. A Palestina não é somente descrita como terra que mana leite e
mel, mas também “terra das oliveiras”, abundante de azeite e mel (Dt
8.8). No tempo de Davi, havia um chefe encarregado dos olivais e um
outro do depósito de azeite (1 Cr 27.28).
Outro
fato que os leitores devem conhecer é que a azeitona, em grande parte, e em
algumas regiões é colhida verde. A razão disso é que - assim dizem os
entendidos - o azeite é melhor. O azeite era extraído, esmagando-se
ou pisando-se as azeitonas (Êx 27.20; Jl 2.24; Mq 6.15).
O
azeite também era usado para ungir os reis quando escolhidos. Os sacerdotes
também eram ungidos com o óleo especial (1 Sm 2.10,35; 12.3; 16.6).
Finalmente
temos uso do azeite na alimentação. Esta função como alimento é
das mais importantes, pois o uso do azeite não provoca irritações,
nem alergias, como acontece com outros produtos oleosos e gordurosos, que
facilitam também o desenvolvimento de doenças. Na Grécia e na
Palestina, a alimentação é preparada à base de azeite; esse fato elimina
muitas doenças do aparelho digestivo que afligem as criaturas que se
alimentam com gorduras pouco saudáveis.
Agora
vejamos o simbolismo da oliveira na Bíblia. A partir da época de Noé e do
Dilúvio, a oliveira transformou-se símbolo universal da paz,
não somente para os homens de sentimentos religiosos, mas também
para os políticos que tudo exploram em seu próprio favor. A razão por
que o ramo da oliveira é o símbolo da paz baseia-se no fato
registrado em Gênesis 8.11, onde aparece a pomba que Noé soltou,
após cento e cinquenta dias de chuva; ela voltou trazendo uma folha de
oliveira, sinal de que a ira de DEUS se aplacara, sinal de que havia
novamente paz entre os homens e DEUS.
O
fruto da oliveira, em seu estado silvestre, é pequeno e sem valor.
Torna-se bom e abundante quando na oliveira silvestre é enxertado um
ramo de boa árvore. Por outro lado, a oliveira se reproduz
através dos brotos que saem da raiz; esses são enxertados em
outra oliveira para que cresçam e deem frutos. Dessa figura
interessante, Paulo tira uma lição preciosa, quando escreve
aos romanos (Rm 11.17-24). Ele se refere aos ramos silvestres
(os pagãos), enxertados na oliveira cultivada (os judeus); o
ramo enxertado vive pela seiva transmitida através do tronco: os
gentios recebem benefícios por causa de Israel.
O
azeite na Bíblia é o símbolo do ESPÍRITO SANTO; precisamos de sua unção
para que nosso testemunho diante dos homens seja vivo e eficaz!
Com
o óleo especial de oliveira eram ungidos os reis e os sacerdotes que
se tornavam consagrados para o serviço de DEUS
2.
A cruz de CRISTO.
A
cruz é um dos símbolos mais conhecidos do cristianismo. A cruz é sinal de
maldição. É onde JESUS levou nossos pecados, doenças e enfermidades. Pelo seu
sacrifício fomos justificados, regenerados, perdoados, redimidos, salvos, pois,
pela graça de DEUS e mediante a fé no sacrifício de JESUS, somos reconciliados
com DEUS.
JESUS
sofreu calado por nós. Não abriu sua boca para reclamar ou dizer palavras
ofensivas aos seus algozes (Is 53.7; Jo 3.16). JESUS permaneceu quieto durante
seu julgamento e castigo. Ele demonstrou ter paz e equilíbrio emocional mesmo
vivendo uma situação tão terrível. Ele sabia o porquê de sua missão e que o seu
sacrifício era necessário para que pudéssemos nos reconciliar com DEUS.
Coleção
Comentários Expositivos Hagnos - Hernandes Dias Lopes
CRISTO
nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; 14 para que aos
gentios viesse a bênção de Abraão em JESUS CRISTO, a fim de que nós
recebêssemos pela fé a promessa do ESPÍRITO. (Gálatas 3.13).
A
justificação tem como causa meritória o sacrifício expiatório de CRISTO (3.13).
Depois de mostrar a total impossibilidade de o homem ser justificado pelas
obras da lei, Paulo apresenta o remédio, mostrando que CRISTO nos resgatou e
nos abriu o caminho da salvação. CRISTO foi nosso representante, fiador e
substituto. Ele assumiu o nosso lugar e levou sobre si os nossos pecados. Foi
traspassado pelas nossas transgressões. Bebeu sozinho o cálice amargo da ira de
DEUS que deveríamos beber e sofreu o golpe da lei que deveríamos sofrer. Fez-se
pecado e maldição por nós. Morreu em nosso lugar e em nosso favor. O sacrifício
de CRISTO é a causa meritória da nossa salvação, enquanto a fé é a sua causa
instrumental.
John
Stott tem razão quando diz que a maldição foi transferida de nós para CRISTO.
Ele a colocou voluntariamente sobre si mesmo, a fim de nos libertar dela. E
essa transferência da maldição que explica o horrível grito de abandono e
solidão que ele enunciou na cruz.273 Estou de pleno acordo com a
declaração de Adolf Pohl de que CRISTO não se fez maldição porque transgrediu a
lei. Ao contrário, foi obediente até a morte e morte de cruz. Ele “...se
ofereceu sem mácula a DEUS” (Hb 9.14), “...sem defeito e sem mácula” (lPe
1.19). Porém, se não suportou a maldição por si, ele a suportou por nós, “...o
justo pelos injustos” (lPe 3.18).
A
justificação implica a plena satisfação das demandas da lei (3.13). A
justificação é um ato, e não um processo. E um ato jurídico, legal e forense, e
não uma experiência subjetiva. Acontece fora de nós, e não em nós, no tribunal
de DEUS, e não em nosso coração. Porque CRISTO se fez maldição por nós e morreu
em nosso lugar, pagando a nossa dívida, estamos quites com a lei de DEUS e com
a justiça de DEUS. Não há mais nenhuma condenação para aqueles que estão em CRISTO
JESUS.
A
justificação redunda em resgate da maldição da lei (3.13). A obra de CRISTO na
cruz foi a maior missão resgate do mundo. O Filho de DEUS desceu às profundezas
do abismo, quando foi pendurado na cruz, pois ali se fez maldição. Ali sorveu
cada gota do cálice amargo da ira de DEUS. Ali foi ferido e traspassado pelos
nossos pecados. Ali desbaratou os principados e potestades e anulou o escrito
de dívida que era contra nós. Foi no Calvário que CRISTO nos resgatou da
maldição da lei, do império das trevas e da potestade de Satanás. A palavra
grega exegorasen, usada no versículo 10, contém a ideia de comprar no mercado,
redimir, pagar o preço pela libertação de um escravo.
A
justificação pela fé é a bênção de Abraão destinada a todos os que creem (Gl
3.14). DEUS não tem duas formas de salvar o pecador. Abraão foi justificado
pela fé, e assim todos os gentios recebem essa bênção de Abraão, a
justificação, pela fé. A justificação é em CRISTO, e não à parte de CRISTO. O ESPÍRITO
prometido, que nos convence do pecado, da justiça e do juízo, nos é dado pela
fé, e não pelas obras da lei.
Concluo
esta exposição com as oportunas palavras de William Hendriksen:
Entre
todas as pedras preciosas que resplandecem na coroa da bênção de Abraão (a
bênção que recebeu), com toda segurança, esta era uma das mais preciosas, a
saber, que por ele - mais precisamente, por meio de sua semente, o Messias -
uma quantidade inumerável de pessoas seria abençoada. Por meio de CRISTO e seu ESPÍRITO,
o ESPÍRITO da promessa (At 1.4,5; Ef 1.13), o rio da graça (Ez 47.3-5)
continuaria seu curso sem fim, abençoando primeiramente aos judeus, mas depois
também aos homens de toda raça, tanto gentios como judeus. Sim, o rio da graça
flui pleno, abundante, refrescante, fortificante para todos. E, para receber a
bênção, a saber, a realização da promessa: “Eu serei o teu DEUS”, a única coisa
da qual se necessita é a fé, a confiança no CRISTO crucificado, porque foi no
Calvário que as chamas da ira de DEUS descarregaram toda sua fúria, e os
crentes de todas as nações, tribos e línguas são salvos para sempre!
3.
A nossa missão.
JESUS
veio ao mundo com uma missão do PAI, morrer na cruz pelos nossos pecados. JESUS
nos deu uma missão (Mt 28.19,20; Mc 16). Para executarmos essa missão,
precisamos estar em paz com todos, pois em inimizade não poderíamos levar o
evangelho a ninguém. Como ouviriam de um inimigo o evangelho? Anunciemos ao
mundo que somente JESUS pode nos dar a verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe da
Paz (Is 9.6).
Uma
comissão universal (16.15-20) - Coleção Comentários Expositivos Hagnos -
Hernandes Dias Lopes
Paul
Beasley-Murray comentando esse passo bíblico faz algumas considerações
oportunas que vamos considerar.
Em
primeiro lugar, a boa nova é o próprio JESUS (16.15). As boas-novas
(euangelion) é uma das palavras favoritas de Marcos. Ele a usa sete vezes
(1.1,14,15; 8.35; 10.29; 13.10; 14.9). Para Marcos, a história de JESUS é a boa
nova a ser proclamada. O evangelho é a mensagem de que DEUS está agindo por
meio de JESUS, seu Filho, trazendo libertação ao cativo, quebrando o poder do
diabo, do pecado e da morte. Pelo evangelho proclamamos que em JESUS o curso da
História tem sido mudado. JESUS pela sua morte e ressurreição estabeleceu o seu
Reino. Isso é a grande boa nova do evangelho, diz Paul Beasley-Murray.
Em
segundo lugar, a boa nova de JESUS precisa ser pregada (16.15). O verbo pregar
é outra palavra favorita de Marcos. Ela é encontrada quatorze vezes nesse
evangelho, enquanto só aparece nove vezes em Mateus e Lucas. Marcos enfatiza
que CRISTO veio pregando (1.14). Marcos sabe que JESUS é mais do que um
pregador, por isso, relata vários dos seus milagres, porém destaca a primazia
do ministério de pregação de JESUS (1.38). Embora JESUS tenha se ocupado em
atender as necessidades físicas das pessoas, Ele focou primordialmente as
necessidades espirituais. JESUS chamou seus discípulos para pregar (3.14) e os
enviou a pregar (6.12). Agora, JESUS ordena seus discípulos a pregar em todo o
mundo. Dewey Mulholland diz que estar calado é um perigo maior que perseguição
e morte. O evangelho só é boas-novas se for compartilhado.
O
propósito de DEUS é o evangelho todo, por toda a igreja, em todo o mundo, a
todas as criaturas. O evangelho deve ser pregado a todas as nações (13.10), em
todo o mundo, a toda criatura (16.15). A Igreja precisa ser uma agência
missionária. Ela precisa ser luz para as nações. Uma igreja que não evangeliza
precisa ser evangelizada. A igreja é um corpo missionário ou um campo
missionário.
A
evangelização é uma tarefa imperativa, intransferível e impostergável. O mundo
precisa do evangelho e a salvação do evangelho precisa ser oferecida livremente
a toda a humanidade, diz John Charles Ryle.
Em
terceiro lugar, a boa nova de JESUS precisa ser recebida (16.16). O evangelho
somente é experimentado como boas-novas quando é recebido e crido. A Palavra de
DEUS é como espada de dois gumes, ao mesmo tempo em que traz vida, também
sentencia com a morte. A Igreja é perfume de vida e de morte, pois ninguém pode
ficar neutro diante da mensagem do evangelho que ela proclama. Aos que recebem
a mensagem, a Igreja é cheiro de vida para a vida, porém, àqueles que rejeitam
as boas-novas, ela é cheiro de morte para a morte.
Aquele
que crê deve ser batizado e introduzido na comunhão da igreja. A fé, porém,
precede ao batismo. O batismo não faz o cristão, mas demonstra-o. Uma pessoa
pode ser salva sem o batismo, como o foi o ladrão que se arrependeu na cruz,
mas jamais alguém pode ser salvo sem crer em JESUS. É a descrença e não a
ausência do batismo a razão da condenação (16.16). John Charles Ryle
corretamente afirma que milhares de pessoas são lavadas em águas sacramentais,
mas jamais foram lavadas no sangue de CRISTO. Isso, contudo, não significa que
o batismo deve ser desprezado ou negligenciado.
Certamente,
JESUS não está dizendo que o batismo é necessário para a salvação, mas a pessoa
que é salva deve ser batizada. É a rejeição de CRISTO que traz a condenação
eterna. JESUS foi claro, quando disse: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida
eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas
sobre ele permanece a ira de DEUS” (Jo 3.36). Adolf Pohl diz que o vínculo
direto entre os termos não é “batismo e salvação”, mas “fé e salvação”, ou
“incredulidade e condenação”.
Em
quarto lugar, a boa nova de JESUS precisa ser confirmada (16.17,18). Adolf Pohl
corretamente afirma que os sinais não estão vinculados a cargos, mas em
primeiro lugar à fé que deixa DEUS ser DEUS (5.36; 9.23; 11.22). Em segundo
lugar, eles fazem parte do contexto missionário, pois o fato de eles
“acompanharem” pressupõe que os discípulos estão a caminho para difundir o
evangelho.
Paul
Beasley-Murray diz que o que temos aqui é descritivo e não prescritivo. O que
temos aqui é um sumário da vida da Igreja primitiva. Os cristãos primitivos
expulsaram demônios em nome de JESUS (3.15; 6.7,13; At 8.7,16,18; 19.12). Eles
falaram em línguas (At 2.4; 10.46; 19.6; 1Co 12.10,28; 14.2-40). Paulo foi
picado por uma víbora sem sofrer o dano de seu veneno letal (At 28.3-6). Eles
impuseram as mãos sobre os enfermos para curá-los (At 28.8). Não há, porém,
nenhuma alusão no Novo Testamento sobre a ingestão de veneno. O único registro
que temos na história é de Eusébio, historiador da Igreja, que fala sobre
Justus Barsabas, um cristão que, forçado a beber veneno, pela graça de DEUS não
morreu.
CONCLUSÃO
A
Paz, qualidade do fruto do ESPÌRITO, é a paz que Excede Todo Entendimento, é
Paz Com DEUS, De posse desta paz devemos ser Promotores Da Paz.
As
Inimizades e Contendas são obras da carne, essa inimizade é ausência De Paz,
existem pelo menos três Tipos De Inimizades, entre uma pessoa e outra, entre
grupos e entre nações. Muitas vezes a Inimizade é produto da soberba. A
Inimizade produz Facção, ou divisão até mesmo dentro da igreja.
Portanto,Vivamos
Em Paz. Esta paz é um Favor Divino. Foi conquistada na Cruz por
CRISTO. JESUS nos deu uma Missão, a missão de ir por todo o mundo e
compartilhar esta paz de DEUS com todos. Compartilhar JESUS e sua salvação para
que todos tenham paz com DEUS e entre si.
Paz
é um milagre - é paz sobrenatural - vem do ESPÍRITO SANTO - Paz com DEUS
Porquanto o Reino de
DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO; (Rm
14.17).
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Comentário
Mattew Henry do Novo Testamento
Se
formos cuidadosos para agirmos sob a direção e o poder do ESPÍRITO bendito,
apesar de não sermos liberados dos estímulos e da oposição da natureza corrupta
que resta em nós, esta não teria domínio sobre nós. Os crentes estão metidos
num conflito em que desejam sinceramente essa graça que possa alcançar a
vitória plena e rápida. Os que desejam entregar-se à direção do ESPÍRITO SANTO
não estão sob a lei como aliança de obras, nem expostos a sua espantosa
maldição. Seu ódio pelo pecado, e sua busca da santidade, mostram que tem uma
parte na salvação do Evangelho.
As
obras da carne são muitas e manifestas. Estes pecados excluirão do céu aos
homens, todavia, quanta gente que se diz cristã vive assim e dizem que esperam
ir para o céu!
Enumeram-se
as qualidades do fruto do ESPÍRITO, ou da natureza renovada, que devemos
manifestar em nosso caráter. E assim como o apóstolo tinha mencionado
principalmente as obras da carne, não somente daninhas para os mesmos homens,
senão que tendem a fazê-los mutuamente nocivos, assim aqui o apóstolo nota
principalmente as qualidades do fruto do ESPÍRITO, que tendem a fazer
mutuamente agradáveis aos cristãos, assim como a torná-los felizes. As
qualidades do fruto do ESPÍRITO e seus resultados na vida cristã mostram
evidentemente que eles são conduzidos pelo ESPÍRITO.
A
descrição das obras da carne e do fruto do ESPÍRITO e suas qualidades nos diz
que devemos evitar e resistir, e que devemos desejar e cultivar; e este é o afã
e empresa sinceros de todos os cristãos reais. O pecado não reina agora em seus
corpos mortais, de modo que lhe obedeçam (Rm 6.12), mas eles procuram
destruí-lo. CRISTO nunca reconhecerá os que se rendem para serem servos do
pecado. E não basta com que cessemos de fazer o mal, senão que devemos aprender
a fazer o bem. Nossa conversação sempre deverá corresponder ao princípio que
nos guia e nos governa (Rm 8.5).
Obra
da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
PAZ
- eirene ειρηνη - Lê-se Êremê – Paz
O
Melhor da Vida
Havia
poucas coisas que o mundo antigo desejava mais do que a paz. A busca pela paz era
universal. O alvo de todas as filosofias antigas era ataraxia, a serenidade, a
tranquilidade, a mente quieta. César talvez pudesse produzir um mundo em paz,
mas o anelo dos homens era um coração em paz, uma paz não proclamada por César,
mas por DEUS (Epiteto: Discursos 2.13.12). Nesta busca pela paz, há certas
ideias que voltam sempre a ocorrer.
(a)
A paz somente pode vir com a eliminação do desejo.
“
Se quiser tornar Pitocles feliz,” disse Epicuro, “não aumente os seus bens, mas
diminua os seus desejos.
”
Nada que se possa dar ao homem pode lhe trazer a paz. Deve-se retirar-lhe os
desejos humanos instintivos que fazem da vida uma frustração e um campo de
batalha.
(b)
A paz somente pode vir com a morte da emoção. O homem deve tornar-se apathès,
livre da emoção. Se permitir que outra pessoa controle o seu coração, ou que
qualquer pessoa possua as chaves do mais íntimo do seu ser, então a paz será
perdida para sempre. Conforme diz Glover, os pensadores fizeram da vida um
deserto, e chamavam-no de paz.
(c)
A paz vem da aquisição da indiferença. Nesta vida tudo pode ser incluído entre
duas classes. Há as coisas que estão dentro do controle de um homem, e as
coisas que não estão. A única coisa que está dentro do controle de um homem e
sua mente, sua escolha moral, a atitude que adotara para com a vida e as
circunstâncias. Diante de todas as coisas externas e de tudo quanto possa ser
afetado por forças e circunstâncias fora do seu controle, o homem deve
conservar indiferença total. A solicitude para com qualquer pessoa ou objeto
deve ser estrangulada antes de nascer, conforme ensinavam os estoicos.
(d)
A paz vem de uma total independência autossuficiente, da autarkeia.
O
homem nunca deve tornar-se, em sentido algum, dependente de qualquer coisa fora
de si mesmo. Sua vida deve ser totalmente autossuficiente, defendida pela
resolução de que não se importará com nada.
Estas
eram as ideias básicas da paz: “a ausência da dor física e da preocupação na
mente,” conforme a definição de Epicuro. Fica bem claro que estes filósofos
antigos viam a paz em termos de imparcialidade, auto isolamento e resistência
contra a vida. A única coisa proibida era o envolvimento na situação humana
externa. E fica bem claro que há uma diferença enorme entre isto, o modo de
vida neotestamentário e o ideal cristão.
Examinemos,
então, a ideia neotestamentária de paz. A palavra paz entrou no Novo Testamento
com uma história grandiosa. E a tradução da palavra hebraica shalôm. É verdade
que shalõm significa paz, e como paz é traduzida na maior parte das referências
em nossas Bíblias, embora existam outras possibilidades tais como: (BV): saúde
(sal 38), .3bem-estar (como vai ele?) (Gn 43.27), prosperidade (riquezas e
fama) (Jó 15.21). Shalõm realmente significa tudo quanto contribui para o bem
do homem, tudo que faz com que a vida seja verdadeiramente vida. Entre nós, paz
passa a ter um significado um pouco negativo. Tende a significar a ausência de
guerra e de problemas. Por exemplo, se numa batalha, as hostilidades
propriamente ditas chegassem ao fim, sem haver mais lutas, provavelmente
diríamos que houve paz; mas bem certamente o hebreu não chamaria de paz uma
situação em que há terras queimadas, e onde as pessoas ainda se olham com um
tipo de suspeita aterrorizada. No pensamento hebraico a paz é algo muito mais
positivo; e tudo quanto contribui para o sumo bem dos homens. A saudação salaam
não expressa simplesmente o desejo negativo de que a vida da pessoa fique livre
de problemas; expressa a esperança e a oração positivas de que ela possa
desfrutar de todas as boas dádivas e bênçãos da mão de DEUS. Ao pensar no
significado de paz, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, é essencial ter
em mente o significado positivo da palavra.
Examinemos
brevemente, então, a palavra eirènè conforme é usada na LXX.
i.
Descreve a serenidade, a tranquilidade, o perfeito contentamento da vida
totalmente feliz e segura. O caminho da retidão será a paz, e o efeito da
retidão será a quietude e segurança para sempre (Is 32.17). O salmista
deitar-se-á em paz e dormirá, porque é DEUS quem o faz repousar seguro (sal
4.8). Jeremias contrasta a terra da paz com a floresta do Jordão (Jr 12.5).
Esta
palavra “paz” traz a calma e a serenidade da vida da qual o medo e a ansiedade
foram banidos para sempre.
ii.
Eirènè (Lê-se Êremê) é a palavra para descrever a perfeição dos
relacionamentos.
(a)
E a palavra da amizade humana. Os amigos de um homem são literalmente, em
hebraico, “os amigos da minha paz” (Jr 20.10, ARA: “ íntimos amigos;” Jr 38.22,
ARA: “bons amigos” ). A condenação que Isaias
faz
dos homens maus e injustos é que não conheceram o caminho da paz. Têm sido
destruidores de relacionamentos pessoais. Procura a paz, diz o salmista, e
empenha-te por alcançá-la (sal 34.14). Faça tudo para endireitar o
relacionamento com o seu próximo.
(b)
É a palavra do relacionamento certo entre uma nação e outra, como, por exemplo,
quando Josué faz a paz com os homens de Gibão (Js 9.15).
(c)
É a palavra do relacionamento certo entre o homem e DEUS. Entre DEUS e os Seus,
há uma aliança da paz, o que torna certo de que será mais fácil serem removidas
as montanhas e as colinas do que a misericórdia de DEUS se afastar dos homens
(Is 54.10). Jeremias declara que DEUS tem pensamentos de paz para com os homens
(Jr 29.11).
É
fácil ver quão importante é a palavra “paz.” É muito mais do que um estado
negativo onde os problemas cessaram temporariamente. Descreve a saúde do corpo,
o bem-estar e a segurança, a perfeita serenidade
e
tranquilidade, uma vida e um estado em que o homem tem um relacionamento
perfeito com o seu próximo e com o seu DEUS. Verdadeiramente, “paz” é uma
palavra que entra no vocabulário do NT trazendo consigo aspectos de glória.
No
NT a palavra paz, eirènè, ocorre oitenta e oito vezes, e em todos os livros. O
NT é o livro da paz.
A
ocorrência mais comum acha-se nas saudações. A saudação normal numa carta do NT
é: “Graça a vós outros e paz” (Rm 1.7; 1 Co 1.3; 2 Co 1.2; Gl 1.3; Ef 1.2; Fp
1.2; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.2; Fm 3; cf. 1 Tm 1.2; 2 Tm 1.2; Tt 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Pe
1.2; 2 Jo 3; Ap 1.4). é uma saudação especialmente significativa. Graça é
charis; charis é o substantivo de chairein que é o início normal de uma carta
pagã. É usualmente traduzido: “Saudações!” , e pode significar, conforme já
vimos: “A alegria seja contigo!” Paz é eirènè, e é a saudação normal e comum
numa carta judaica. É como se os escritores cristãos tomassem e juntassem as
saudações pagãs e judaicas e dissessem: “Em JESUS CRISTO realizou-se tudo
quanto judeus e gentios já sonharam e desejaram para si mesmos e para os
outros. Em JESUS CRISTO existe, para judeus e gentios, hebreus e gregos, tudo
para o sumo bem dos homens.” Todas as bênçãos reúnem-se no bem-estar perfeito
oferecido em JESUS CRISTO. No NT, paz tem certas origens: A paz provém da fé. A
oração de Paulo pelos cristãos em Roma é que o DEUS da esperança os enchesse
com todo o gozo e paz no seu crer (Rm 15.13). A paz provém da certeza da
sabedoria, do amor e do poder de DEUS. A paz provém de apostar sua vida na fé
de que aquilo que JESUS disse a respeito de DEUS é verídico.
A
paz provém da fé que se aplicou à atuação. Há glória e honra e paz para todos
quantos praticam o bem, para o judeu e o grego igualmente (Rm 2.10). A paz
provém da obediência que se fundamenta na total confiança em DEUS. A vida
cristã tem em primeiro plano a atividade intensa, e, como pano de fundo, uma
passividade sábia em que o cristão descansa em DEUS.
A
paz provém de DEUS. Paulo fala da paz de DEUS que excede todo o entendimento
(Fp 4.7). Com toda a probabilidade, isto não quer dizer tanto que a paz de DEUS
ultrapassa o poder da compreensão da mente
humana,
mas que a paz de DEUS ultrapassa a capacidade de planejar da mente humana. A
paz é muito mais uma coisa que DEUS dá, do que algo que o homem cria.
A
paz é o dom de JESUS CRISTO. Quando o CRISTO ressurreto voltou para Seu próprio
povo, Sua saudação foi: “Paz seja convosco” (Jo 20.19, 21, 26).
Mesmo
assim, JESUS também deixou Sua última vontade e testamento:
“Deixo-vos
a paz, a minha paz vos dou” (Jo 14.27). Em última analise a paz não é algo que
o homem alcança — é algo que ele aceita.
No
NT, a paz tem significado que é mais frequente do que qualquer outro, e foi
transmitido pelo pensamento e uso judaicos. A paz é o relacionamento certo em
todas as esferas da vida.
(a)
A paz é o relacionamento certo dentro do lar. Em 1 Co 7.12-16.
Paulo
trata de um problema que fora levantado pela igreja de Corinto. Havia um
partido dentro da igreja de Corinto que acreditava que, se um cônjuge num
casamento se tornasse cristão e o outro permanecesse pagão, o cônjuge cristão
deveria deixar o outro, rompendo e terminando, assim, o casamento. Paulo dá
conselhos enfáticos contra tal comportamento. O dever do cônjuge cristão não é
abandonar o cônjuge pagão, mas levá-lo a JESUS CRISTO. Passa, então, a citar a
razão: “DEUS vos tem chamado a paz” (1 Co 7.15). Esta palavra “paz” descreve a
união indissolúvel do relacionamento que existe entre o marido e a esposa
dentro do lar.
(b)
A paz e o novo relacionamento entre os judeus e os gentios. JESUS, disse Paulo,
é a nossa paz, porque de dois povos fez um, e derrubou o muro de hostilidade
que estava no meio. Criou nEle mesmo um novo homem para tomar o lugar dos dois,
fazendo a paz por este modo (Ef 2.14-17).
Há
um quadro duplo aqui. O Templo em Jerusalém consistia em uma série de átrios em
ordem crescente de santidade e separação. O átrio mais externo era o Átrio dos
Gentios onde qualquer homem de qualquer nação podia entrar. Havia, depois, o
Átrio das Mulheres, além do qual as mulheres não podiam penetrar a não ser que
fosse para fazer algum sacrifício estipulado. Mais para dentro ainda, havia o
Átrio dos Israelitas, além do qual não podia penetrar qualquer leigo. O átrio
mais interior era o Átrio dos Sacerdotes, na extremidade do qual havia o Templo
propriamente dito e o SANTO Lugar, e onde ficam os altares. Entre o Átrio dos
Gentios e o Átrio das Mulheres havia um cercado bem baixo chamado o cel.; e
encaixada nele, em intervalos, havia uma inscrição: “Nenhuma pessoa de outra
raça deve entrar no cercado e plataforma em volta do Lugar SANTO.
Quem
for encontrado agindo assim será responsável pela sua própria morte, que se
seguirá.” Havia, bem literalmente, um muro de divisão entre os judeus e os
gentios, uma separação total. Aquele muro foi edificado pelos judeus, mas do
lado dos gentios havia uma parede invisível de ódio, suspeita e antissemitismo
que excluía o judeu. Com a vinda de JESUS, a parede de separação foi derrubada;
a diferença radical foi apagada. Nas orações matutinas judaicas havia uma
expressão de ações de graças da parte do homem judeu, em que agradecia a DEUS
por não ter nascido gentio, escravo ou mulher. Mas a grande declaração de Paulo
é que em CRISTO não há nem judeu, nem grego, nem escravo, nem liberto, nem
homem, nem mulher (Gl 3.28). Em JESUS CRISTO as barreiras estão derrubadas, e
só nEle pode ser estabelecido o relacionamento certo entre uma nação e outra, e
entre uma raça e outra.
(c)
A paz descreve o novo relacionamento que deve existir dentro da Igreja. Na
Igreja, os cristãos devem manter a unidade do ESPÍRITO no vínculo da paz (Ef
4.3). Em Colossenses, Paulo usa uma metáfora: “Seja a paz de CRISTO o arbitro
em vossos corações” (Cl 3.15). A palavra “arbitro” é proveniente dos jogos
esportivos, referindo-se ao arbitro que dá suas decisões. Dentro da Igreja a
paz de DEUS deve ser o arbitro de todas as decisões dentro do nosso coração.
As
decisões não devem ser governadas pela ambição pessoal, desejo de prestígio,
amargura ou espírito implacável; devem, sim, ser governadas pela paz de DEUS;
devem ser feitas num relacionamento pessoal com os homens que é
possibilitado exclusivamente por um relacionamento com DEUS.
(d)
A paz descreve o relacionamento cristão entre um homem e outro.
É
dever de cada cristão esforçar-se por criar e manter esse relacionamento. O
cristão deve esforçar-se em prol da paz com todos os homens (Hb 12.14). O
cristão deve labutar para ser achado em paz por CRISTO, ou seja, num
relacionamento certo com seu próximo (2 Pe 3.14). A condenação dos maus é que
não conheceram o caminho da paz (Rm 3.17). Há aqui uma promessa e uma
advertência subentendidas. Ninguém pode fazer uma obra mais cristã do que
estabelecer o relacionamento certo entre os homens. E DEUS certamente não
considerara inocente o homem que perturba os relacionamentos pessoais dentro da
Igreja. O pacificador está fazendo a obra de DEUS; o provocador de contendas
está fazendo a obra do diabo.
(e)
A paz descreve o novo relacionamento entre o homem e DEUS. Temos paz com DEUS
porque, mediante a obra de JESUS CRISTO, entramos num relacionamento certo com
Ele (Rm 5.1). JESUS fez a paz, ou seja: estabeleceu um relacionamento certo,
entre DEUS e o homem, pelo sangue da Sua cruz (Cl 1.20). Através da obra de
JESUS CRISTO, o medo, a alienação, o terror e a distância já não existem e
temos intimidade com DEUS. Bem pode ser dito que o novo relacionamento é
resumido na nova palavra pela qual podemos, mediante JESUS, dirigir-nos a DEUS.
O próprio JESUS chamava DEUS de Abba (Mac 14.36), e mediante o ESPÍRITO nos é
possível usar a mesma palavra (Rm 8.15). Abba, na Palestina antiga, como yába
ainda o é entre os árabes hoje, era a palavra com a qual uma criancinha
dirigia-se ao pai no círculo familiar. Uma tradução em nossa língua pareceria
grotesca, pois o significado é “papai.” Que infinita diferença está no clamor
aterrorizado de Manoá, dizendo para a esposa: “Certamente morreremos, porque
vimos a DEUS” (Jz 13.22).
A
paz e o relacionamento completamente novo que JESUS CRISTO possibilitou entre o
homem e DEUS. Fica claro que esta paz tem um valor infinito; e sabemos que
alcançá-la não é uma tarefa fácil humanamente falando. Já dissemos que ela é o
dom de DEUS, porque no NT Ele é chamado de o DEUS da paz pelo menos seis vezes
(Rm 15.33; 16.20; Fp 4.9; 2 Co 13.11; 1 Ts 5.23; Hb 13.20,21).
Mas,
embora todas as dádivas de DEUS sejam feitas gratuitamente, há também um
sentido em que não são oferecidas de graça. Devem ser intensamente desejadas e
buscadas com grande esforço. Destarte, o NT usa três grandes palavras para a
parte do homem na busca desta paz. Devemos buscar a paz e persegui-la
(“empenhe-se por alcançá-la” — ARA) (1 Pe 3.11).
Devemos
ser zelosos para sermos achados por ele em paz (2 Pe 3.14).
A
palavra traduzida por buscar é zêtein, e significa fazer da paz o objeto de
todos os nossos esforços. A palavra traduzida por perseguir é diõkein, que
significa perseguir até alcançar, como um caçador faria. A palavra traduzida
por ser zeloso é spoudazein que significa procurar uma coisa com entusiasmo
ardente. A paz que consiste em relacionamentos certos não se obtém de modo
fácil ou automático, mas quando a desejamos de todo o coração e a buscamos com
toda a nossa mente, usando todas as nossas faculdades para achá-la e mantê-la,
DEUS abre a Sua mão e a dá abundantemente.
INIMIZADE
- Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William Barclay
echthra
- εχθρα - Lê-se Festrá - Inimizade
B,
ARC, ARA, Mar.: Inimizades; BJ, P, BV: ódio; BLH; as pessoas ficam inimigas; M:
brigas. Outras traduções de outras ocorrências da palavra:
RSV:
hostil ou hostilidade (Rm 8.7; Ef 2.14, 16). M: inimizade tradicional entre
famílias (Ef 2.16); W: inimizade mútua (Ef 2.16); P. elementos conflitantes (Ef
2.14).
Não
é necessário gastar muito tempo discutindo o significado de echthra; echthros é
a palavra grega normal para um inimigo, e echthra, para a inimizade.
No
próprio NT, ocorre somente em duas outras passagens. Em Rm 8.7
Paulo
escreve que a mente que se fixa na carne é hostil a DEUS, ou, conforme diz NEB:
“O ponto de vista da natureza inferior é inimizade contra DEUS.” Em Ef 2.14,16
é usada para a parede divisória de hostilidade que faz separação entre o judeu
e o gentio até que ambos se tornem um só em JESUS CRISTO.
No
mundo antigo havia três tipos de inimizade, e estas continuam sendo
reproduzidas na vida humana.
i.
Havia inimizade entre uma classe e outra dentro da mesma cidade do mesmo pais.
Platão disse que em cada cidade havia uma guerra civil entre os que possuem e
os que não possuem. Pode haver em qualquer
comunidade
uma guerra de classes que as pessoas de disposição maligna podem facilmente
fomentar visando atingir seus propósitos pessoais maldosos.
ii.
Havia a inimizade entre os gregos e os bárbaros. Esta, disse Platão, era uma
guerra que não conhecia fim; e Sócrates implorava que Homero nunca fosse
omitido do currículo educacional do jovem grego, porque
Homero
demonstra a separação eterna entre o grego e o bárbaro. Para os gregos,
havia num sentido literal uma diferença entre os gregos e os bárbaros. “Havia,”
escreve T. R. Glover, “alguma diferença natural entre os gregos e os bárbaros.
Não se podia ir contra a Natureza; e a Natureza planejara dois tipos distintos
do homem — o grego e o não grego — e a diferença era fundamental” (T. R.
Glover: Springs of Hellas, pag. 32).
Deve
ser notado quão essencialmente arrogante era esta distinção grega. Como,
perguntava insistentemente Ctesias, o historiador antigo, homens que só sabiam
latir chegariam a governar o mundo? Ora, este teste do idioma grego relegava
nações altamente civilizadas, tais como o Egito, a Fenícia, a Pérsia, a Lídia
tão próspera, a categoria de bárbaras. Aristóteles pensava que o próprio
clima do mundo mantinha esta diferença.
Aqueles
que habitavam no norte, nos países frios, tinham bastante coragem e ânimo, mas
pouca perícia e inteligência; aqueles que habitavam no sul, na Ásia Menor,
conforme o nome que agora damos a região, tinham bastante perícia, inteligência
e cultura, mas pouco ânimo ou coragem. Somente os gregos viviam num clima
projetado pela Natureza para produzir o caráter perfeitamente equilibrado e
harmonizado (Aristóteles: Política 7.7.2). Para os gregos, estes “bárbaros”
eram por natureza escravos, e era perfeitamente correto para um grego superior
reduzi-los a escravidão, comprá-los e vendê-los. Esta atitude para com o não
grego ressaltava-se vividamente num adjetivo que Plutarco aplica a Heródoto, o
historiador antigo. Heródoto tinha uma curiosidade insaciável, e poderíamos
dizer que era de alcance mundial. Para eles, grandes façanhas permaneciam
grandes façanhas, quer realizadas por um grego, quer não. Era, conforme J. L.
Myers escreve a respeito dele em The Oxford Clássica Dictiomry: “ isento do
preconceito e intolerância raciais”. E o resultado é que Plutarco rotula-o com
a palavra Philo bárbaros, amigo dos bárbaros, como se a palavra fosse uma
condenação (Plutarco: De Mal. Her. 857 A).
É
de relevância que dois dos lugares onde ocorre a palavra echthra (Ef 2.14, 16)
referem-se ao relacionamento no mundo antigo entre judeus e gentios. Havia
realmente uma parede de hostilidade, uma inimizade
tradicional
antiga, entre judeus e gentios. Era uma ojeriza que existia em ambas as partes.
Os romanos podiam falar da religião judaica como sendo superstição bárbara
(Cícero: Pro Flacco 28), e do povo judaico como o mais vil dos povos (Tácito.
Histórias 5.8). Na mesma passagem, Tácito diz a respeito dos judeus que tem uma
lealdade inabalável uns aos outros, mas um ódio hostil a todos os demais
homens. Diodoro Siculo repete o ditado de que os judeus supõem que todos os
judeus sejam inimigos (31.1.1.3). Apiao declarou que os judeus juraram
pelo DEUS do céu, da terra e do mar que nunca demonstrariam boa vontade a
qualquer homem de outra nação, e especialmente que nunca fariam isso com os
gregos (Joseio: Contra Apião 1.34; 2.10). Por outro lado, os judeus consideravam
os gentios impuros. Casar-se com um gentio era o mesmo que ter morrido. Nos
seus momentos mais amargos, os judeus podiam considerar os gentios como animais
imundos, odiados por DEUS, e destinados a serem combustível para o fogo do
inferno. O antissemitismo não é nenhum fenômeno novo, e a exclusividade judaica
faz parte da essência do judaísmo. A cortina de ferro do preconceito racial e
da amargura inter-racial Nilo e coisa nova. O espírito que produz os motins
raciais é a segregação das cores e tão antigo quanto a civilização — e desde o
seu início e condenado pela ética e fé cristãs.
iii.
Há a inimizade entre um homem e outro. Neste caso, é mais simples definir
echthra em termos do seu antônimo. Echthra é o antônimo exato de agapê. Agapê,
amor, a suprema virtude cristã, é a atitude mental que nunca permitirá sentir
amargura para com homem algum, e que nunca buscara outra coisa senão o sumo bem
dos outros, independentemente de qual seja a atitude dos outros para com ela
.Echthra é a atitude da mente e do coração que coloca as barreiras e que tira a
espada; agapê é a atitude do coração e da mente que alarga o círculo, que
estende irmão da amizade e que abre os braços do amor. A primeira é uma obra da
carne; a outra e qualidade do fruto do ESPÍRITO.
PAZ
- Dicionário Teológico
-
[Do hb. shalom;do gr. eirene; do lat. pacem] Nas Escrituras, paz não significa
apenas ausência de guerras, ou de, conflitos. De acordo com os profetas e
apóstolos, é a serenidade que o ESPÍRITO SANTO nos infunde no coração mediante
a fé que depositamos na providência divina (Is 26.3; Fp 4.7).
Como
qualidade do fruto do ESPÍRITO, a paz é a profunda quietude do coração firmada
na convicção de que DEUS está no comando de todas as coisas (GL 5.22,23).
Num
tempo de necessidade e insegurança, esta foi a oração de um homem que vivia a
paz como qualidade do fruto do ESPÍRITO: “Puseste alegria no meu coração, mais
do que no tempo em que se multiplicaram o seu trigo e o seu vinho. Em paz
também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em
segurança” (SL 4.7,8).
PAZ
- Dicionário Português
s.
f. 1. Estado de um país que não está em guerra; tranquilidade pública. 2.
Repouso, silêncio. 3. Tranquilidade da alma. 4. União, concórdia nas famílias.
5. Sossego. — Paz-de-alma: pessoa inofensiva, pacífica.
Paz -
Comentário Bíblico Wesleyano
A
coroa de tudo. É a qualidade da mente para o qual os homens lutam, sangram
e morrem e ainda que escapa milhões. É mais do que perdoar a si mesmo e
viver consigo mesmo. É um sentimento de relação harmoniosa com a de mais
significativo ambiente de DEUS, o céu, a justiça, a verdade, e os homens de boa
vontade. Não é tanto o ajuste de circunstâncias externas como a realidades
internas e finais. Ela respira a calma durante a tempestade e dá uma
âncora para a alma. É uma fonte de força e coragem, esperança e
confiança. Mas, também, não é uma conquista. É um resultado de uma
relação que produz um hábito da mente.
inimizades são
violações de amor em sentimento ou em ato.
Paz .Comentário
Bíblico - John Macarthur - NT (Tradução M4ycqn)
Se
a alegria fala da alegria de coração que vem de estar bem com DEUS,
então a paz ( eirēnē ) refere-se à tranquilidade de
espírito que vem da relação de poupança. O verbo tem a ver com a ligação
em conjunto e se reflete na expressão moderna "ter tudo juntos ou em
comum" Tudo está no lugar e como deveria estar. Assim como a
alegria, a paz não tem nenhuma relação com as circunstâncias. Os
cristãos sabem que "DEUS faz com que todas as coisas contribuam juntamente
para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito" (Rom. 8:28). Porque DEUS está no controle de todos os
aspectos da vida de um crente, como suas circunstâncias podem aparecer a partir
de uma perspectiva humana, não faz diferença final. É por isso que JESUS
pode dizer sem qualificação para aqueles que confiam nEle: "Não se turbe o
vosso coração" (João 14:1). Não há absolutamente nenhuma razão para
que um crente seja ansioso ou viva com medo. JESUS é o Príncipe da Paz, tanto
no sentido de que Ele é extremamente pacífico em Si mesmo e no sentido de que
Ele outorga Sua paz para aqueles que são Dele. Mesmo quando
enfrentou Satanás face-a-face no deserto, JESUS teve perfeita paz, sabendo que
seu Pai celestial estava continuamente com Ele e supriria todas as suas
necessidades (Mt 4: 1-11.). É a Sua própria paz que Ele lega a seus
discípulos: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o
mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." (João
14:27)."As coisas que você aprendeu e recebestes, e ouvistes, e vistes em
mim, praticai essas coisas", disse Paulo; "E o DEUS de paz
estará convosco" (Fp 4: 9.). Porque eles têm o DEUS da paz em seus
corações, os crentes não precisam "estar ansioso por nada", tendo
"a paz de DEUS, que excede todo o entendimento, [para] guarda [seus]
corações e [suas] mentes em CRISTO JESUS" ( v. 6-7).
Inimizades está
no plural e se refere a atitudes de ódio, que resultam
em conflitos entre indivíduos, incluindo os conflitos
amargos. Atitudes erradas invariavelmente trazem ações erradas.
Paz - Coleção Comentários
Expositivos Hagnos - Hernandes Dias Lopes
A
palavra grega eirene, traduzida por “paz”, refere-se fundamentalmente à paz com
DEUS. Era usada para descrever a tranquilidade e a serenidade que goza um país
sob um governo justo. Significa não apenas ausência de problemas, mas,
sobretudo, a consciência de que nossa vida está nas mãos de DEUS.
Virtudes ligadas ao
nosso relacionamento com o próximo. “... longanimidade, benignidade, bondade...”
(Gl 5.22b). Essas três virtudes estão conectadas com a nossa relação com o
próximo: longanimidade
é paciência para com aqueles que nos irritam ou perseguem, benignidade é
uma questão de disposição, e bondade refere-se a palavras em Gálatas 5.22, tinham
tudo em comum, estavam em comum acordo.
Inimizades.
A
palavra grega exthrai, traduzida por “inimizades”, significa hostilidade,
animosidade. Trata-se daquele sentimento hostil nutrido por longo tempo, que se
enraíza no coração. A ideia é a de um homem que se caracteriza pela hostilidade
para com seu semelhante. É o oposto do amor.
Paz
- Comentário Bíblico Moody
É
o dom de CRISTO (Jo. 14:27) e inclui uma reação interior (Fp. 4:6) e
relacionamento harmonioso com os outros (contraste com Gl. 5:15,20)
inimizades
- é algo latente, passando pelas porfias, que é algo operante (indicando neste
caso disputas devidas ao egoísmo), pelas dissensões (antes, divisões)
Tradução
do hebraico “SHALOM”, que não significa apenas ausência de guerra, inimizade e
brigas, mas inclui também tranquilidade, segurança, saúde, prosperidade e
bem-estar material e espiritual para todos (Sl 29.11; Jo 20.21).
Paz
com DEUS - Comentário Bíblico Wesleyano
ESTA
PAZ indica a "paz de completa reconciliação com Ele" ou "a
segurança e tranquilidade de aceitação." A ira de DEUS já não ameaça
naqueles que são aceitos em CRISTO. Godet chama essa paz "serenidade
completa" como para o passado, o futuro, e até mesmo o julgamento, porque
CRISTO não somente morreu por nós, mas vive para nos manter neste estado de
salvação ( 5: 9 , 10 ) Embora a palavra sugere sentimento ,
denota muito mais. É uma relação entre DEUS e o homem.
A
outra coisa a fazer é justificada para desfrutar da comunhão restaurada que o
tipo de justificação pela fé traz na expiação. Já
esta reconciliação é nossa por graça. A Inimizade é
destruída. Em vez de medo da ira, agora é comunhão entre o homem e
DEUS. O homem não foi capaz de conseguir isso. É uma libertação
operada pelo sangue de CRISTO. A paz é mais do que não-agressão. É a
harmonia e a partilha mútua. Na KJV é chamado de
" expiação " . Nós, que éramos tão "separados"
somos agora "um" pela expiação. Isso agora desfrutaremos na
certeza de que o tipo de fé e justiça inclui todos os recursos necessários para
o triunfo final através de JESUS CRISTO, nosso Senhor.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Terça – Rm 14.17 A paz é o fruto do Reino de DEUS - 17Pois o reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO,
1 Coríntios 8.8 Ora, o manjar não nos faz agradáveis a DEUS, porque, se comemos, nada temos de mais, e, se não comemos, nada nos falta.
1 Coríntios 1.10 Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor JESUS CRISTO, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer.
Quinta – Ef 2.14-17 CRISTO é a paz, pregou a paz, fez a paz - 14Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um, e destruiu a parede de separação, a barreira de inimizade que estava no meio, desfazendo na sua carne
João 16.33 Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
Atos dos Apóstolos 10.36 A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por JESUS CRISTO (este é o Senhor de todos),
Isaías 9.6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, DEUS Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Romanos 5.1 Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO;
com que fostes chamados, 2 com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3procurando guardar a unidade do ESPÍRITO no vínculo da paz.
GUARDAR A UNIDADE DO ESPÍRITO. "A unidade do ESPÍRITO" não pode ser criada por nenhum ser humano. Ela já existe para
aqueles que creram na verdade e receberam a CRISTO, conforme o apóstolo proclamou nos capítulos 1-3. Os efésios devem guardar e
preservar essa unidade, não mediante os esforços ou organizações humanos, mas pelo andar "como é digno da vocação com que fostes
chamados" (v. 1). A unidade espiritual é mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o ESPÍRITO (vv. 1-3,14,15; Gl 5.22-26). Não
pode ser conseguida "pela carne" (Gl 3.3).
Ef 2.14-16). E agora se esforçam, mediante seu testemunho e sua vida, para levarem outras pessoas, inclusive seus inimigos, à paz
com DEUS.
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Escrita Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a Paz e fazer o Bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620
(CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD, Revista Editora Betel, 2° Trimestre De 2024, Tema: ORDENANÇAS
BÍBLICAS – Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma
vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, Escola Bíblica
Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O SIGNIFICADO DE
PAZ
1.1. Paz com todos
os homens.
1.2. A paz interior
é pré-requisito para a paz exterior.
1.3. A verdadeira
paz vem de DEUS.
2- A PAZ É
REPRESENTATIVA NA VIDA DO CRISTÃO
2.1. A paz
requerida aos cristãos.
2.2. Os três
pilares da paz.
2.3. Fomos chamados para sermos promotores da paz.
3- FAZER O BEM É
UMA RECOMENDAÇÃO BÍBLICA
3.1. Não nos
cansemos de fazer o bem.
3.2. Para fazer o
bem é preciso estar com a vida pautada nos princípios da Palavra de DEUS.
3.3. Quem sabe
fazer o bem e não faz comete pecado.
TEXTO ÁUREO
‘Segui a paz com
todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hebreus 12.14
VERDADE APLICADA
O autêntico
discípulo de CRISTO também deve ser conhecido por ser um promotor da paz e
estar sempre procurando fazer o bem.
TEXTO DE REFERÊNCIA
ROMANOS 12
18 Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.
19 Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas daí lugar à ira, porque está
escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
20 Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede,
dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua
cabeça.
21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA Nm 6.26 O
Senhor te dê a paz.
TERÇA SI 4.8 Em paz me deitarei e dormirei.
QUARTA Jo 14.27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.
QUINTA Jo 16.33 Em CRISTO temos paz.
SEXTA Fp 4.6-7 A paz de DEUS excede todo o entendimento.
SÁBADO 1Pe 3.10-11 Aparte-se do mal e faça o bem
HINOS
SUGERIDOS: 140, 162, 245
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os
cristãos possam viver em paz uns com os outros.
INTRODUÇÃO
A presente lição
enfatiza os princípios bíblicos que devem nortear o discípulo de CRISTO na sua
ação de obediência em ser um agente promotor da paz e de perseverar em fazer o
bem.
1- O SIGNIFICADO DE
PAZ
A palavra “paz ” é
representada no Antigo Testamento hebraico principalmente pela raiz substantiva
“shalom”, e no Novo Testamento grego pela raiz do substantivo “eirene”. A ideia
geral é de bem-estar [Is 48.18]. Essa palavra engloba várias nuanças dando a
dimensão da tradução mais geral e aceitável como “paz”. Ela ocorre também na
saudação e no cumprimento geral [Lc 10.5,6; Jo 14.27].
1.1. Paz com todos os homens.
Sabemos que nem sempre a paz parte somente de um
lado, mas Paulo recomenda que, se for possível, procuremos ter paz com todos os
homens [Rm 12.18]. As melhores coisas para viver em paz com todos: não falar
mal de ninguém ; não enfrentar ninguém; não entrar na vida de ninguém; comprar
e pagar; tratar e cumprir; pensar antes de falar; saber que “toda ação gera uma
reação”. Há uma expressão popular que diz: “Quando um não quer, dois não
brigam” Não ligue para provocações, pois muitos querem tirar a nossa paz. Não
contenda com ninguém. Tanto quanto possível, viva em paz com todos.
Bíblia de Estudo do Expositor:
“Quando for possível, em vós, tende paz com todos os homens (o crente não tem
nenhum controle da conduta de outra pessoa, mas a ideia de culpa de ter
iniciado a desarmonia, causando um distúrbio, nunca deve originar-se pelo
cristão) [Rm 12.18].”
1.2. A paz interior é pré-requisito para a paz
exterior.
JESUS é o autor da paz interior, por isso um dos
Seus nomes é Príncipe da Paz [Is 9.6]. Muitos querem a paz exterior, a paz com
as pessoas, a paz no mundo, mas não têm paz dentro de si mesmos. Antes de lutar
para que haja paz no mundo, precisamos conquistar a paz interior. Quem está bem
por dentro, dificilmente o que vem de fora ou de baixo lhe atinge. Agora quem
perde as estribeiras facilmente, precisa cuidar do seu interior. Quem tem
desequilíbrio emocional, dificilmente consegue a paz interior. Quem está amargo
por dentro não tem como semear outra coisa, a não ser coisas amargas. Quem tem
um caldeirão fervendo dentro de si vai fazer queimadura em quem estiver ao seu
redor. Cuidemos do nosso interior e procuremos a ajuda do ESPÍRITO SANTO para
implantar em nossas vidas as virtudes do fruto do ESPÍRITO: temperança,
mansidão, domínio próprio.
Warren Wiersbe sobre Filipenses 4.6-9: “A paz com DEUS” é
o resultado da fé em CRISTO [Rm 5.1 ]; mas a paz de DEUS” é a presença do “DEUS
da paz” acontecem quando o crente prática, da forma correta, o pensar, o orar e
o viver. A tensão entre a mente e o coração resulta em angústia. Apenas se
cumprirmos as condições que o Senhor estabeleceu, a paz de DEUS guardará nosso
coração e nossa mente.”
1.3. A verdadeira paz vem de DEUS.
JESUS disse que no mundo teríamos aflições, mas
para também ter bom ânimo , pois nEle temos paz [Jo 16.33]. A paz genuína é
aquela que, mesmo nos momentos mais difíceis, permite-nos repousar tranquilos
[SI 4.8]. Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em
meio à tempestade. O mundo pode estar pegando fogo, mas quem tem JESUS tem a
paz interior. A paz interior entende que nem tudo sairá do nosso jeito, que nem
tudo está na nossa alçada para resolver, que o tempo de DEUS não é nosso tempo.
Pr. Fernando Viana (Revista
Betel Dominical, 1° Trimestre de 2018, Lição 4 – O sacrifício pacífico), ao
comentar sobre o Livro de Levítico e as características distintas das ofertas,
apresentando os vários aspectos do ministério e da obra que JESUS realizou,
escreveu sobre o sacrifício pacífico [Lv 3]: “Uma oferta de paz. Na oferta
pacífica, assim que o sangue era derramado, DEUS e o adorador podiam estar em
feliz e pacífica comunhão. O que JESUS veio trazer se encontra apenas no reino
de DEUS [Rm 14.17]. O mundo tenta promover essa paz, mas todos os meios
empregados para que isso aconteça têm se mostrado completamente inúteis e
frustrantes. No entanto, em JESUS, isso é alcançável para o homem .”
EU ENSINEI QUE:
No que depender de nós, devemos ter paz com todos
os homens.
2- A PAZ É REPRESENTATIVA NA VIDA DO CRISTÃO
A paz é uma virtude do fruto do ESPÍRITO [Gl
15.22-23]. O Reino de DEUS é paz [Rm 14.17]. Há uma forte conexão entre a busca
da paz com a busca da santidade [Hb 12.14]. JESUS é o príncipe da paz [Is 9.6].
A unidade do ESPÍRITO é mantida pelo vínculo da paz [Ef 4.3]. Sem paz não há
unidade que sobreviva.
2.1. A paz requerida aos cristãos.
É preciso ter paz entre os irmãos [Mc 9.50; At
2.42-47]; paz entre parentes [Gn 13.8]; paz com os que presidem no Senhor [1Ts
5.12-13]; paz com DEUS [Rm 5.1]; paz com a igreja [1Co 14.33; At 9.31]; paz com
os homens [Rm 12.18]; paz consigo mesmo [SI 4.8]. Nós só podemos ter paz quando
suportamos uns aos outros em amor [Ef 4.2]. Como eu posso pregar o Evangelho se
eu não tenho paz nem vivo em paz com os outros? (1Tm 2.8]. Quem não tem paz
fica difícil usar esta saudação: “A paz do Senhor JESUS”.
Pr. Fernando Viana (Revista
Betel Dominical 1° Trimestre de 2018, Lição 4 – O sacrifício pacífico) comentou
no tópico – Paz com o próximo – que “CRISTO criou o homem para viver em paz com
o seu semelhante e não para promover a guerra, mas CRISTO estabeleceu um
princípio para que a paz aconteça [Mt 10.34]. Significa que, para haver a paz,
seu princípio básico é consequência do relacionamento e obediência do homem
para com CRISTO. Uma paz onde a pureza fica em segundo plano não é aprovada por
CRISTO [Tg 3.17]. (…) Os que procuram se afastar de CRISTO para serem
agradáveis ao próximo, estão fugindo dos proposito s divinos”
2.2. Os três pilares da paz.
1) União – A união
gera a força e juntar as forças e puxar para o mesmo lado é o ideal do cristão
[SI 133];
2) Comunhão – Ter as coisas em comum , reunir-se nos mesmos lugares e
participar das mesmas coisas, sem acepção de pessoas [At 2.42-46; Tg 2.1];
3) Unidade – A unidade do ESPÍRITO só é mantida pelo vínculo da paz.
A paz vai nos levar à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS e à
medida da estatura completa de CRISTO. Pensar no mesmo sentido, falar a mesma
coisa, tendo o mesmo amor, trabalhar espiritualmente com um objetivo em comum
[Ef 4.3,13; Fp 2.2]. A paz não elimina as diferenças nem apaga a personalidade,
mas aceita conviver sem brigas, sem se enfrentar. Aceitamos a personalidade de
cada um sem querer remodelar ou entrar na sua vida particular. Aceitamos um ao
outro com o seu ministério, seu talento, seu dom, sem disputas, sem discórdias.
DEUS usa quem Ele quer, do jeito que Ele quer e o que DEUS preparou para você
ninguém toma. Não podemos fazer nada com contendas ou nos vangloriar por aquilo
que fazemos, para não apagar a paz [Fp 2.3].
Bispo Oídes José do Carmo
(Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 2022 – Lição 11: O fruto do
ESPÍRITO em relação a DEUS e ao próximo): “ Paz: uma
condição necessária para florescerem em união. O termo paz tem sua raiz na
palavra grega eirênê que significa concórdia, harmonia, reconciliação. Assim, a
paz que o fruto do ESPÍRITO proporciona está bem distante da “paz” que o mundo
almeja. Essa paz que o ESPÍRITO promove no coração do crente faz com que em
meio aos vendavais da vida ele possa estar em paz, essa é a paz que excede todo
entendimento segundo o apóstolo Paulo [Fp 4.7). Essa paz só é encontrada quando
o crente passa a andar pelo ESPÍRITO, porque a paz é fruto de uma vida repleta
do ESPÍRITO.”
2.3. Fomos chamados para sermos promotores da
paz.
Quem promove a paz gozará de muitos benefícios.
Quem busca a paz não joga lenha ou álcool naquilo que já está pegando fogo. São
bem-aventurados os pacificadores. JESUS falou que eles serão chamados filhos de
DEUS [Mt 5.9]. O crente em JESUS deverá ser igual aos bombeiros, está sempre
querendo apagar o fogo da discórdia. Ele não é contencioso nem estimula a
contenda. Age no sentido de aglutinar e não afastar as pessoas. Usa a palavra
branda para acalmar o furor [Pv 15.1]. Não torna mal por mal. Quem se desvia do
mal e faz o bem terá alguns benefícios: a paz abundante [Sl 119.165]; a paz
perfeita [Is 26.3]; paz como um rio [Is 48.18]; a paz que excede todo
entendimento [Fp 4.6-7]; a paz como presente [SI 29.11]; a paz do Senhor na
saudação [Lc 10.5-6; Jo 14.27; 20.21; Ef 1.2].
Bispo Abner Ferreira (Revista
Betel Dominical, 3° Trimestre de 2022, Lição 3: A mensagem
das bem-aventuranças): “Os pacificadores. Porque os pacificadores são bem-aventurados? Porque
eles se destacam, são diferentes dos demais homens e mulheres do mundo. São
pessoas possuídas pelo poder do ESPÍRITO SANTO e pelo caráter de DEUS. Todos os
problemas humanitários se originam no coração do homem. As guerras surgem
porque ninguém quer dar o braço a torcer. O pecado é o causador das discórdias
entre pais e filhos, irmãos, casais e nações. Daí a grande pergunta: como
trazer paz em um mundo de tantas guerras? A única resposta para isso é:
purificando o coração dos homens. É por esse motivo que o mundo precisa de
pacificadores, porque são pessoas de uma paz contagiante, uma paz viva que
reside dentro de cada um deles [Is 52.7; M t 5.9].”
EU ENSINEI QUE:
Os cristãos foram chamados para serem promotores da
paz.
3- FAZER O BEM É UMA RECOMENDAÇÃO BÍBLICA
Uma lei que JESUS deixou bem claro está registrada
em Mateus 7.12: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam,
fazei-lo também vós, porque esta é a lei e os profetas” O salmista também
expressou: “Confia no Senhor e faze o bem ; habitarás na terra e, verdadeiramente,
serás alimentado.” [SI 37.3].
3.1. Não nos cansemos de fazer o bem.
Paulo disse aos gálatas: “E não nos cansemos de
fazer o bem, por que a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
Então, enquanto tivermos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos
domésticos da fé,” [Gl 6.9-10]. Paulo também disse aos romanos: “Não te deixes
vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” [Rm 12.21]. Em outras palavras ele
diz: “Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem ” [Rm 12.9]. Faça o bem, sem olhar a
quem. Normalmente, queremos fazer o bem só àqueles que já nos fizeram o bem
também. Além dos sacrifícios de louvor, nós precisamos lembrar de fazer o bem,
este é outro sacrifício aceitável e agradável a DEUS [Hb 13.15-16]. Fazer o bem
é um dom cristão [Rm 12.8].
Donald Guthrie (Gálatas:
Introdução e Comentário, Vida Nova, 1984, p. 190) comenta sobre Gálatas 6.9:
“Aqui, o apóstolo inclui a si mesmo, porque sabe que não está imune ao
desencorajamento. O perigo de semear em solo errado é razoavelmente óbvio, mas
o perigo de estragar um bom trabalho por causa do desânimo é mais sutil. Paulo
talvez estivesse pensando que a vida na carne pode ser mais atraente nos seus
efeitos imediatos, porquanto a senda cristã envolve tão frequentemente a
privação, e isto tende a subverter a moral. Quando alguém se cansa enquanto
está fazendo coisas excelentes, significa que perdeu temporariamente seu senso
correto de valores.”
3.2. Para fazer o bem é preciso estar com a vida pautada nos princípios da
Palavra de DEUS.
A Bíblia ordena que façamos o bem, pois é um
ensinamento maravilhoso e serve de exemplo e influência às demais pessoas.
O apóstolo João deixa bem claro que só quem faz o bem é nascido de DEUS
ou é de DEUS [3 Jo 11]. Fazer o bem, além de ser uma ordenança, é um dever
cristão e de todos aqueles que amam o próximo e cumprem a santa e gloriosa
Palavra de DEUS [At 10.4].
O Senhor observa os Seus
filhos, presta atenção às suas orações, mas o rosto do Senhor se volta contra
aqueles que visam o mal. Nem sempre o bem que você fizer haverá reconhecimento,
agradecimento ou as pessoas se lembrarão, mas não podemos esperar recompensas
aqui; há um Livro de obras sendo escrito e o importante é estarmos com o nosso
nome anotado lá. Quem recebe recompensas aqui não precisa de galardão vindo de
lá [M t 6.2]. A Bíblia diz que todos haverão de comparecer ante o tribunal de CRISTO,
para que cada um receba segundo dono que tiver feito por meio do corpo, ou bem
ou mal [2Co 5.10].
3.3. Quem sabe fazer o bem e não faz comete
pecado.
Tiago diz para não sermos omissos e negligentes aos
atos de bondade para com o nosso próximo. Tudo que estiver ao nosso alcance
vale a pena fazer, para não incorrer no erro e pecado [Tg 4.17]. Se você pode
fazer o bem hoje, não deixe para amanhã, o amanhã não nos pertence [Pv
3.27-28]. Sempre há pessoas precisando de uma mão amiga, precisando da nossa
ajuda. Sei que não podemos ajudar a todos, mas podemos ajudar o máximo que
pudermos.
Pr. Alex de Mello Cardoso
(Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 2023, Lição 11: O
verdadeiro discípulo é uma referência no serviço cristão) comenta sobre 3
João 11, quando o apóstolo João exorta a Gaio para que sigas (ou seja, imites)
o bem. “Vivendo para fazer o bem. O termo bem no grego é kalopoieo, que
significa “agir corretamente”. Fazer o bem é a essência do Evangelho e a forma
como JESUS viveu na terra [At 10.38]. Pedro diz que o cristão não deve só fazer
o bem, mas se afastar do mal. Testemunhar JESUS é mostrar o bem .”
EU ENSINEI QUE:
Quem está com a vida pautada nos princípios da
Palavra de DEUS entende que não deve se cansar de fazer o bem.
CONCLUSÃO
Em um tempo de tantas distrações e frieza
espiritual à medida que se multiplica a iniquidade, o discípulo de CRISTO é
chamado a manter o foco nos princípios bíblicos para cumprir a autêntica
vocação de ser um agente que promove a paz e perseverar em fazer o bem, no
poder do ESPÍRITO SANTO e para a glória de DEUS.