Escrita Lição 9, Central Gospel, As Bodas do Cordeiro, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
1. CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO JUDAICO
1.1. Procedimentos do jovem pretendente
1.2. Deveres da noiva pretendida
1.3. É chegada a hora das bodas
2 . O AMOR DO NOIVO E DA NOIVA
2.1. Características do amor do Noivo
2.2. Características do amor da Noiva
3. A GRANDE FESTA DAS BODAS
3.1. Onde tudo acontecerá
3.2. Vestimenta adequada
3.3. Convidados especiais
3.4. É tempo de cantar e regozijar
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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Lição 7, As Bodas
do Cordeiro
1º trimestre de
2016 - O Final de Todas as Coisas - Esperança e Glória Para os Salvos
Comentarista da
CPAD: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos,
ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE
ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES
AQUI VOCÊ VÊ PONTOS
DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
TEXTO ÁUREO
"E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das
bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de
DEUS."
(Ap 19.9)
VERDADE PRÁTICA
Nas Bodas do Cordeiro todos os salvos em JESUS CRISTO estarão reunidos e
viverão para sempre com o Senhor.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 22.30
Todos os salvos se assentarão à mesa com JESUS
Terça - Ap 5.9 JESUS comprou homens e mulheres de todas as nações
Quarta - Ap 22.14 Bem-aventurados os que lavaram suas vestes no sangue do
Cordeiro
Quinta - 1 Ts 4.17
Os crentes que estiverem vivos na vinda de JESUS serão arrebatados
Sexta - 1 Ts 5.23 Que o DEUS de paz nos santifique em tudo até a vinda de seu
Filho
Sábado - Lc 13.29 Os salvos virão de todos os lados para estarem à mesa no
Reino de DEUS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 22.1-14
1 - Então, JESUS, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas,
dizendo: 2 - O Reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as
bodas de seu filho.
3 - E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não
quiseram vir. 4 - Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos
convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já
mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas. 5 - Porém eles, não fazendo
caso, foram, um para o seu campo, e outro para o seu negócio; 6 - e, os
outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram. 7 - E o rei,
tendo notícias disso, encolerizou-se, e, enviando os seus exércitos, destruiu
aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.8 - Então, disse aos servos: As
bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. 9 -
Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os que
encontrardes. 10 - E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos
quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial ficou cheia de
convidados. 11 - E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um
homem que não estava trajado com veste nupcial. 12 - E disse-lhe: Amigo,
como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. 13 - Disse,
então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas
exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes. 14 - Porque muitos são
chamados, mas poucos, escolhidos.
OBJETIVO GERAL
Mostrar o que será as Bodas do Cordeiro;
Explicar as consequências da rejeição ao convite do Cordeiro;
Compreender que somente a Noiva do Cordeiro se assentará à mesa do Rei.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito do glorioso encontro da Igreja, a Noiva
de CRISTO, com o seu Noivo. Este encontro é chamado de Bodas do Cordeiro, e
somente os salvos em JESUS CRISTO poderão participar. As Bodas do Cordeiro será
a conclusão do maior Plano Redentivo da história da humanidade, onde todos os
salvos vão ter a honra de se assentar à mesa do Rei. Neste mundo cruel, muitos
crentes sofrem escárnio, zombaria, rejeição e até morrem por não negar a sua
fé, mas vale a pena ser fiel ao Senhor e se preparar para as Bodas do Cordeiro,
quando ali seremos honrados pelo Noivo.
Incentive seus alunos a permanecerem fiéis ao Noivo, pois devido à infidelidade
de alguns, muitos estão abandonando a Noiva de CRISTO. O Senhor JESUS nos ama e
jamais nos decepcionará. Que você e seus alunos venham olhar para Ele, pois em
breve virá nos buscar e nos assentaremos à sua mesa.
PONTO CENTRAL -
Todos os salvos em JESUS CRISTO vão participar das Bodas do Cordeiro.
Resumo da
Lição 7, As Bodas do Cordeiro
I - AS BODAS DO CORDEIRO
1. O que será?
2. Quem poderá participar destas bodas?
3. Quem ficará de fora deste glorioso evento?
II - A REJEIÇÃO AO CONVITE DO CORDEIRO
1. O convite ao povo de Israel.
2. A tragédia dos que rejeitaram a DEUS.
3. O Rei convida a todos.
III - A NOIVA DO
CORDEIRO
1. Assentados à mesa do Rei.
2. As características da Noiva do Cordeiro.
a) É fiel. b) É santa. c) Não dá lugar ao mundo. d) Espera pelo seu Noivo. e)
Adora a DEUS. f) Proclama a mensagem do Noivo.
SÍNTESE DO TÓPICO I
- As Bodas do Cordeiro será o encontro glorioso do Senhor JESUS CRISTO com a
sua Noiva.
SÍNTESE DO TÓPICO
II - Todos que rejeitaram o convite de JESUS CRISTO serão excluídos eternamente
da presença do Rei.
SÍNTESE DO TÓPICO
III - A Noiva de CRISTO vai assentar-se à mesa com o Noivo.
A respeito da
Escatologia Bíblica, responda:
O que acontecerá depois que os servos fiéis forem galardoados?
Após galardoar seus servos fiéis, no seu Tribunal, JESUS conduzirá a Igreja às
mansões celestiais, onde será servida a grande Ceia do Senhor.
O que serão as Bodas do Cordeiro?
Será o encontro glorioso, já nos céus, entre CRISTO e sua Igreja amada.
Quem participará das Bodas do Cordeiro?
Todos os salvos em JESUS CRISTO.
Quem ficará de fora das Bodas do Cordeiro?
Todos os que rejeitarem o convite de JESUS CRISTO (judeus e gentios) serão
excluídos eternamente da presença e da comunhão do Filho de DEUS.
Quais as características da Noiva do Cordeiro?
Santa, fiel e adoradora.
CONSULTE - Revista
Ensinador Cristão - CPAD, nº 65, p39.
SUGESTÃO DE LEITURA
- Sua Igreja Está Preparada?; Quem é Você para Julgar?; Questões Cruciais do
Novo Testamento.
Comentários de
vários autores com alguma modificações do Pr. Luiz Henrique
Pontos difíceis e polêmicos
discutidos durante a semana em nossos grupos de discussão no WhatsApp (minhas
conclusões)
ISSO É PARA OS
JUDEUS - O NOIVO JESUS MANDOU O CONVITE PARA AS BODAS QUE DEVERIAM TER SIDO
REALIZADAS AOS 33 ANOS DELE AQUI ENTRE ELES. MANDOU SEUS SERVOS OS PROFETAS A
CONVIDÁ-LOS, ALGUNS ELES MATARAM, OUTROS FORAM ESCARNECIDOS. A IRA DE DEUS VEIO
SOBRE ELES E DEUS DEIXOU JERUSALÉM SER INCENDIADA. - VEJA AGORA A LEITURA -
PARTE PRIMEIRA -
2 - O Reino dos
céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho. 3 - E
enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não
quiseram vir. 4 - Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos
convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já
mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas. 5 - Porém eles, não fazendo
caso, foram, um para o seu campo, e outro para o seu negócio; 6 - e, os
outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram. 7 - E o rei,
tendo notícias disso, encolerizou-se, e, enviando os seus exércitos, destruiu
aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
A parábola pode ser
aplicada aos judeus que não receberam o noivo e foram para o inferno. Entraram
nas bodas sem aceitaram o noivo, por isso foram lançados fora. Eles se vestiram
da capa da religiosidade sem JESUS. Os judeus foram designados como os representantes
de DEUS na terra, tinham a responsabilidade de usar seus conhecimentos sobre
DEUS para converter os outros povos, mas não o fizeram, trancaram as portas
para os gentios. Alguns profetas e homens de DEUS fizeram o certo como Elias,
Eliseu, Davi, Samuel, etc..., mas a maioria dos judeus não trabalharam na
divulgação e aceitarão de DEUS entre os povos. Foram destruídos.
A parábola pode ser
aplicada aos judeus que não receberam o noivo e foram para o inferno. Entraram
nas bodas sem aceitaram o noivo, por isso foram lançados fora. Eles se vestiram
da capa da religiosidade sem JESUS. Os judeus foram designados como os representantes
de DEUS na terra, tinham a responsabilidade de usar seus conhecimentos sobre
DEUS para converter os outros povos, mas não o fizeram, trancaram as portas
para os gentios. Alguns profetas e homens de DEUS fizeram o certo como Elias,
Eliseu, Davi, Samuel, etc..., mas a maioria dos judeus não trabalharam na
divulgação e aceitarão de DEUS entre os povos. Foram destruídos.
A GRAÇA NOS
ALCANSOU - 8 - Então, disse aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas,
mas os convidados não eram dignos. 9 - Ide, pois, às saídas dos caminhos e
convidai para as bodas a todos os que encontrardes. 10 - E os servos,
saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como
bons; e a festa nupcial ficou cheia de convidados.
Os outros
convidados somos nós - a igreja, formada por toda sorte de pessoas pecadores do
mundo que se arrependeram e foram santificadas e transformadas por JESUS
CRISTO.
O INTRUSO É SATANÁS
- 11 - E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não
estava trajado com veste nupcial. 12 - E disse-lhe: Amigo, como entraste
aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. 13 - Disse, então, o rei
aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores;
ali, haverá pranto e ranger de dentes. 14 - Porque muitos são chamados,
mas poucos, escolhidos.
O homem que estava
vestido inadequadamente era Satanás - os crentes que estão ali já foram
arrebatados. Nenhuma condenação há para eles mais, então não podem ser eles e
nenhum deles o atrevido visitante. Veja que fala só de um e não de muitos. -
Satanás será amarrado por mil anos. Veja que Judas foi convidado para a ceia,
mas JESUS mandou que ele saísse antes de acabar. O mesmo acontece com Satanás
que será amarrado e lançado nas trevas exteriores - depois é solto no final do
milênio - derrotado por CRISTO e lançado no lago de fogo e enxofre.
Veja que Judas é um
tipo de Satanás, ele foi convidado para a ceia, mas JESUS mandou que ele saísse
antes de acabar. Satanás foi também à ceia de JESUS, só que dentro de Judas
também foi chamado amigo, também foi descoberto no meio dos verdadeiros discípulos,
também foi excluído, também foi para reino das trevas.
Entrou, porém,
Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos
doze. Lucas 22:3
Figura do casamento
judaico, o noivo ia à casa do pai da noiva e ceiava (noivado) - depois ia para
a casa de seu pai fazer sua casa e depois voltava para buscar a noiva
(casamento). JESUS veio, fez sua refeição com seus discípulos (noivado com a
igreja ali representada) voltou para o PAI para preparar a nossa morada na Nova
Jerusalém e voltará para buscar a noiva para o casamento (arrebatamento, bodas
e ceia).
A aliança ensina que ceia é compromisso - primeiro compromisso é noivado,
segundo é casamento.
Quem entra no
milênio são as pessoas normais que viviam na terra e não foram mortos nem pelo
anticristo e nem foram destruídos por JESUS porque não receberam a marca da
besta, mas também não eram cristãos convertidos, inclusive os desviados e os
judeus. Nós, a igreja, já fomos arrebatados, estamos em corpos glorificados
lembra? Só estaremos com CRISTO em um corpo glorificado.
Muitos se
converterão durante a grande tribulação, mas muitos não, mas também não
aceitarão o sinal da besta mesmo não se convertendo. Todos os que sobreviveram
à grande tribulação e não receberam o sinal da besta entrarão para o milênio.
E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta,
e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também este
beberá do vinho da ira de DEUS, que se deitou, não misturado, no cálice da sua
ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do
Cordeiro. Apocalipse 14:9,10.
Muitas nações não
apoiarão o anticristo.
Tem muita gente que teme a DEUS. Tem gente que defenderá Israel como fazem os
americanos. Outras que os odeiam como o PT.
Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem.
Por isso haverá guerra no Armagedom. Povos a favor de israel e povos contra
Israel e a favor do Anticristo.
Assim como no milênio - No final povos a favor do governo de JESUS e povos
contra JESUS e a favor de Satanás.
Ap 22.15. 15 Mas,
ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os
homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.
Agora João acrescenta
uma frase que parece não combinar com o contexto: Fora (da cidade) ficam os cães, os feiticeiros,
os impuros, os assassinos, os idólatras, e todo aquele que ama e prática
mentira. Literalmente isto dá a
ideia de que na cidade moram os redimidos, enquanto que os perversos estão
excluídos dela, têm seu destino em algum lugar no sistema externo, como
cachorros que vadiam ao redor das portas das cidades. João já afirmou que o
destino deles não é somente ficar fora da cidade, mas o lago do fogo (21:8).
Este versículo é uma maneira pitoresca de contrastar o destino dos perversos
com o dos justos. Aqueles são de fato excluídos da cidade. “Cãs” é um termo às
vezes usado para pessoas perversas, má(Fp 3:2; SI 22:16,20). Apocalipse
Introdução e Comentário - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA e
ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO
“Ficarão de fora os
cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras,
e qualquer que ama e comete a mentira”.
I. “...os cães”.
Este é o único item novo neste versículo, algo que fora dito antes por João ou
o anjo neste livro inteiro. Esse era um termo pejorativo usado pelos judeus,
referindo-se aos gentios. De acordo com a lei cerimonial, o cão era animal
imundo, não podemos conseguir uma posição melhor dentro do arraial, ficando
assim do lado de fora (Dt 23.18).
1. Tanto o cão como
o porco, são citados por JESUS e Paulo em (Mt 7.6 e Fl 3.2), como figuras de
maus elementos. Os antigos os consideravam assim:
(a) Os hereges: os
cães; (b) Os inimigos: os porcos.
Agostinho os
dividia assim: os perseguidores hostis (cães); os indivíduos imundos, sem
sentimento de santidade (porcos).
2. Ama e comete a
mentira. “A mentira é intrinsecamente má, e, consequentemente, totalmente
ilícita. Sua gravidade se mede pela gravidade das consequência que pode ter
para o próximo – ou, quaisquer que sejam essas consequências, pela intenção
gravemente perniciosa que a tenha ditado”.
O AT olhava os cães
com desprezo e nojo, apesar de serem os primeiros animais domesticados. No
Egito, eram reverenciados e usados na caça. Ainda se alimentam basicamente de
carniça no Oriente, sendo, portanto, "impuros" e potenciais
transmissores de doenças. Em Fp 3.2 "cães" são os judaizantes e em Ap
22.15, pessoas de vida imoral. DICIONÁRIO BÍBLICO VIDA NOVA - Derek Williams
kuon (Kuioi') e usado
em dois sentidos: (a) natural (Mt 7.6: Lc 16.21; 2 Pe 2.22): (b) metafórico (Fp
3.2; Ap 22.15, acerca daqueles cuja impureza moral os excluíra da Nova
Jerusalem). Os judeus usavam o termo para se referir aos gentios, sob a ideia
de impureza cerimonial. Entre os gregos, era um epiteto de imprudência.
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
Também simbolizam
os aproveitadores do dinheiro da igreja sem o merecerem (comem da mesa de
JESUS, sem o amarem).
FEITICEIROS
pharmakos
(<t>apnaKO<;). adjetivo que significa “dedicado a artes magicas”, e
usado como substantivo, “feiticeiro”, especialmente aquele que usa drogas, poções,
feitiços, encantos (Ap 21.8. nos melhores textos: alguns tem pharmakeus; Ap
22.15) Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
HOMICIDIO -
Havia distinção entre homicídio culposo e doloso (e.g., Êx 21.12ss.)
MENTIRA
"Porque mentira
alguma jamais procede da verdade" (1 Jo 2:21). O inferno foi preparado
para "todo aquele que ama e pratica a mentira" (Ap 22:15). Isso nao
significa que toda pessoa que mentiu algum dia irá para o inferno, mas sim que
as pessoas cuja vida e controlada pela mentira - que amam a mentiram e que
inventam mentiras - estão condenadas a perdição eterna. A vida do cristão deve
ser controlada pela verdade.
É importante observar
que essas pessoas tiveram a oportunidade de crer e de ser salvas. DEUS nao
sente prazer algum em julgar os perdidos (Ez 33:11) e "nao [quer] que
nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pe 3:9).
Essas pessoas serão julgadas e sofrerão para sempre, pois nao aceitaram a
verdade nem creram nela. O coração desses indivíduos será tão perverso que nao terão
amor algum pela verdade. Os que amam e praticam a mentira serão excluídos da
cidade celestial (Ap 22:15) e enviados para o lago de fogo.
Sequência -
Arrebatamento, cumprida as bodas e ceia do cordeiro no céu (Nova Jerusalém),
depois a vinda em Glória com a igreja para destruir os exércitos do anticristo
no Armagedon, depois estabelecer o Reino milenial (residência oficial - Nova
Jerusalém com a igreja), e depois celebrará a ceia e bodas do Reino com os
judeus e reinará mil anos, depois batalha no final do milênio (Satanás solto e
preso de novo), depois juízo final (Satanás e todos os que seus nomes não estão
no livro da vida lançados no lago de fogo e enxofre - segunda morte), depois
entregar tudo ao Pai.
No final do milênio e depois do juízo final JESUS entregará tudo ao pai. Sua
missão na Terra estará totalmente cumprida. Novos Céus, Nova Terra. Jerusalém
Celeste morada de todos.
Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a DEUS, ao Pai, e quando
houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. 1 Coríntios 15:24
A Celebração das
Bodas (Escatologia - Doutrina das Últimas Coisas - Severino Pedro da Silva)
1. As Bodas do
Cordeiro
Após a avaliação de
CRISTO das obras de seus servos diante do Tribunal, Ele, então, conduzirá sua
Noiva para o Palácio Real, onde se encontra “ a sala do Banquete” (Ct 2.4),
quando então terão início as Bodas do Cordeiro.
As Bodas do Cordeiro são uma preciosa revelação para os corações de todos os
filhos de DEUS. Os anjos, e os santos do Antigo Pacto ali estarão a cantar: “
Regozijemo-nos, e alegremo-nos e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas
do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7).
a. As Escrituras, tanto no Antigo como no Novo Testamento, utilizam-se do
casamento, ou mesmo de outra ocasião festiva para simbolizar a glória
espiritual finai e a alegria dos fiéis servos de DEUS. Vejamos como as
Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe! Somente
depois que o Senhor julgar a grande prostituta, Babilônia, que vem descrita
mística e literalmente nos capítulos 17 e 18 do Apocalipse, é que o Senhor
apresenta sua esposa, uma virgem pura (2 Co 11.2). No Novo Testamento, isso
simboliza, especialmente no Apocalipse, que a Noiva do Cordeiro não deve ser
confundida, por uma mulher poliandra (ligada a dois ou mais amaridos).
A interpretação alegórica de Cantares de Salomão retrata DEUS como sendo o
Noivo e Marido da nação israelita; e isso tem sido usado pelos intérpretes
cristãos para contemplar a Igreja como a “ Noiva de CRISTO” na sua glória
futura. O livro de Cantares lembra-nos, sobretudo, do verdadeiro retomo aos
primeiros tempos, à juventude da humanidade.(25) Ali aparecem dois nomes que,
segundo se diz não expressam a ideia comum apenas de um homem, “ Ish” e aquela
que leva seu nome (Isha - Gn 2.23) e sim por Salomão (Shelomo) e Sulamita
(Shulamith). O nome que eles trazem prova a necessidade da paz (Shalom) e do
perdão divino, para que não haja “ dureza de coração” .
b. As religiões helenistas como as romanas também empregavam esse simbolismo (o
simbolismo das Escrituras), considerando a união entre seus adeptos e o
salvador-deus como uma espécie de matrimônio sagrado.
“ Os cultos de fertilidade também empregam tal simbolismo” .(26) A parábola das
virgens loucas e prudentes pinta o reino dos céus como uma espécie de festa de
casamento (Mt 25.1-13). Enquanto que em Marcos 2.19,20, JESUS alude a si mesmo
como sendo o “ noivo” , e seus discípulos seriam os convidados. Em João 3.29,
João Batista refere-se a JESUS como o noivo. Paulo fez uma aplicação mística e
escatológica sobre esse simbolismo, dizendo que ele apresenta os crentes de Coríntios,
como uma “ noiva” , a CRISTO (2 Co 11.2). Por ocasião do arrebatamento da
Igreja por CRISTO, essa “ noiva” será pura e preparada para o Noivo (Ap 19.7).
Assim na presente era, a Igreja é retratada como “ noiva” de CRISTO; no período
das bodas, porém, como “ a esposa, a mulher do Cordeiro” .
c. Entre os judeus, as bodas eram celebradas durante sete dias com grande
alegria (Jz 14.12,15,17,18). As bodas de Jacó duraram sete dias (Gn 29.27,28).
Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, isso aponta para as bodas do
Cordeiro durante “ sete anos” : JESUS também é judeu e em termos proféticos um
dia é que vale um ano (Nm 14.34; Ez 4.6; Jo 4.9).
o Apocalipse descreve o tempo em que a “ noiva se aprontou” . Seu vestido é
todo bordado e branqueado no sangue do Cordeiro (SI 45.14; Ap 22.14), pois
ninguém pode entrar naquela festa com “ vestidura estranha” (Sf 1.8; Mt 22.11).
Tem sido alegado, diz o doutor Geo Goodman, que não existia o costume de dar
vestes nupciais nos banquetes orientais, como bodas, aniversários
etc. Mas alguns textos
escriturísticos apoiam que sim; às vezes, se fazia isso constantemente. José
apresentou mudas de roupa a seus irmãos (Gn 45.22 e ss); Sansão, no seu
casamento, deu trinta mudas de vestidos aos seus companheiros (Jz 14.12), e
Geazi pediu a Naamã mudas de roupas para os jovens que vieram da montanha de
Efraim, alegando que tinham vindo visitar seu senhor (2 Rs 5.22).
Devemos ter em mente que apenas um homem que entrou no banquete do rei sem as
vestes nupciais foi expulso sem misericórdia (Mt 22.11-13). O profeta Sofonias
adverte que ninguém deve comparecer naquele dia (por inferência) sem as vestes
reais: “ E acontecerá que no dia do sacrifício do Senhor, hei de castigar os
príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de vestidura estranha”
(Sf 1.8). Evidentemente, essa passagem aponta para o grande dia do Senhor, mas,
de certo modo, deve ser aplicada aqui também.
Portanto, prezado leitor, somente as vestes da justiça de CRISTO prevalecerão
naquele dia; o mais tudo será rejeitado (Ap 3.18).
2. A Ceia das Bodas
A ceia das bodas do
Cordeiro, serão para cumprimento das palavras de nosso Senhor quando se
encontrava no “ cenáculo mobiliado e preparado” . Numa expressão e gesto de quem estava dando um “Até
breve” a seus discípulos, Ele disse: “ ...até aquele (nas bodas) dia em que o
beba de novo convosco no reino de meu Pai” (Mt 26.29).
Esta celebração da
ceia terá lugar somente no final das bodas (sete anos depois do arrebatamento).
Esta ceia será para lembrar a morte de CRISTO! Ela deve ser lembrada aqui e na
eternidade. Ela (a ceia) teve lugar “ num cenáculo mobilado e preparado” . Seu
início marcou a última noite do ministério terreno do Filho de DEUS (Mt
26.28,29).
Foi a única coisa que o Senhor JESUS “ desejou” fazer nesta vida (Lc 22.15). A Páscoa
no antigo Pacto e a Ceia no Novo, apontam para uma mesma coisa: a morte de
CRISTO! A primeira, estava distante da outra cerca de 1500 anos, e tinha um
caráter prospectivo - apontava para a cruz de nosso Senhor; a segunda, a Santa
Ceia, tem um caráter retrospectivo - apontando também para a morte do Salvador.
a. A Páscoa judaica encontra seu cumprimento e seu fim na vida, morte e
ressurreição de CRISTO. O Cordeiro de DEUS substituiu o Cordeiro pascal, o
livramento do jugo egípcio corresponde à libertação da escravidão do pecado.
Doravante o corpo de CRISTO nos será dado por nutrição e seu sangue nos
guardará contra o malho destruidor do anjo da morte.
Assim CRISTO
retorna ao passado e o vivifica através de sua morte a memória da Páscoa. O
Passado da morte é dedicado à vida, e a memória é arrebatada pela esperança,
nas palavras solenes: “ ...CRISTO, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co
5.7).
b. A Ceia do Senhor inicia uma nova era e aponta para uma obra já consumada.
Podemos observar que “ duas festas uniram-se na celebração do Senhor” .(28) E,
nossa lembrança nos levará agora para a tarde sombria que antecipava o “dia da
morte” de CRISTO; nesse cenáculo deu-se um acontecimento notável; a festa
pascoal foi solenemente encerrada (Lc 22.16-18), e a Santa Ceia instituída com
igual solenidade (Compare-se Lucas 22.19-21).
Sobre essa mesa terminou um período e começou outro; CRISTO era o cumprimento
de uma ordenança e a consumação da outra. A Páscoa agora tinha servido a seu
propósito, porque o Cordeiro que o sacrifício simbolizava ia ser morto no dia
seguinte. Por isso foi substituída por uma nova instituição, apresentando a
verdadeira realidade do Cristianismo, como a Páscoa tinha apresentado a do
judaísmo. Mas nosso Senhor falou também de “uma ceia futura” , e agora, seu
cumprimento está em foco!
c. O livro do Apocalipse encerra “ sete bem-aventuranças” , e cada uma delas,
com significação especial:
1) “ Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e
guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” (Ap
1.3).
2) “
Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o ESPÍRITO
para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam” (Ap 14.13).
3) “ Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda os seus vestidos, para que não
ande nu, e não se vejam as suas vergonhas” (Ap 16.15).
4) “
Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E
disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de DEUS” (Ap 19.9).
5) “ Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição:
sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de DEUS e de
CRISTO, e reinarão com ele mil anos” (Ap 20.6).
6) “ Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro” (Ap
22.7).
7) “ Bem-aventurados aqueles que lavam suas vestiduras no sangue do Cordeiro,
para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas
portas” (Ap 22.14). Todas estas “ bem-aventuranças” recairão sobre aqueles que
foram arrebatados por JESUS e a quarta, é específica: para aqueles - os
chamados à ceia das bodas do Cordeiro.
d. Ao encerrar a
Santa Ceia naquele cenáculo, nosso Senhor falou de uma outra com caráter
escatológico, quando disse: “ digo-vos que, desde agora, não bebereis deste
fruto da vide até aquele dia (nas bodas) em que o beba de novo convosco no
reino de meu Pai” (Mt 26.29).
A ceia do cenáculo marcou o término da missão terrena de JESUS (terrena aqui
significa na esfera terrena) e deu início à sua missão celestial (Jo
17.4,11,13). Após a celebração daquela ceia, JESUS “ desceu” para o sombrio
vale da batalha; de igual modo, também, após a celebração da ceia das Bodas,
ele “ descerá” para o sombrio vale do Armagedom (Ap 19.11 e ss), a fim de
terminar com aquela grande guerra e a seguir, estabelecer seu reino milenar.
Por
isso se faz necessário que esta quarta “ bem-aventurança” recaia sobre aqueles
que levaram o vitupério de CRISTO em qualquer tempo ou lugar.
Escatologia -
Doutrina das Últimas Coisas - Severino Pedro da Silva
Lição 9: As Bodas
do Cordeiro - Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 1998
Título:
Escatologia — O estudo das últimas coisas - Comentarista: Elienai Cabral –
30/08/1998
TEXTO ÁUREO
“Regozijemo-nos, e
alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já
a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja,
glorificada e coroada no céu, será definitivamente desposada pelo glorioso
esposo, JESUS, o Cordeiro.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 14.1-3
- O lar preparado pelo Esposo
Terça - Hb
11.10; 12.22 - Esse lar é a gloriosa Jerusalém
Quarta - Mt
10.32; Lc 12.8; Ap 3.5; Cl 1.22; 1Ts 3.13; Ef 5.27; Jd v.24 - O Cordeiro
apresentará ao Pai a sua esposa
Quinta - Gn
24.51,58; 1Co 11.2 - A tipologia do encontro entre CRISTO e a Igreja
Sexta - 2Co 11.2,3;
Mt 6.24; Ap 2.10; Mt 24.13 - As características da noiva de CRISTO hoje
Sábado - Lc
12.35,37; 22.30; 13.28,29; Mt 26.29; Mc 14.25 - A grande ceia nos céus
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 25.1-12.
1 — Então, o Reino
dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao
encontro do esposo. 2 — E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas. 3 — As
loucas, tomando as suas lâmpadas não levaram azeite consigo. 4 — Mas as prudentes
levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. 5 — E, tardando o
esposo, tosquenejaram todas e adormeceram. 6 — Mas, à meia-noite, ouviu-se um
clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro! 7 — Então, todas aquelas virgens
se levantaram e prepararam as suas lâmpadas. 8 — E as loucas disseram às
prudentes: dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. 9 —
Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a
vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós. 10 — E, tendo elas ido
comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para
as bodas, e fechou-se a porta. 11 — E, depois, chegaram também as outras
virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos a porta! 12 — E ele, respondendo, disse:
Em verdade vos digo que vos não conheço.
PONTO DE CONTATO
Usando um princípio
pedagógico, que recomenda “partir do conhecido para o desconhecido”, JESUS
utiliza a analogia do casamento para apresentar o ensino sobre a iminente vinda
de CRISTO a fim de buscar a Sua Igreja. Não podemos esquecer que o casamento do
Oriente nos tempos bíblicos acontecia sob padrões e costumes culturais bastante
diferentes dos que conhecemos na atualidade.
OBJETIVOS - Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever as
características das bodas do Cordeiro.
Dissertar sobre os
ingredientes indispensáveis para entrar nas bodas do Cordeiro.
Reconhecer a
necessidade de estar preparado para a iminente vinda de CRISTO.
SÍNTESE
TEXTUAL
A Igreja é a esposa
de CRISTO porque está comprometida com Ele. Com base nesta verdade estudaremos
nesta lição a figura máxima da relação entre CRISTO e sua Igreja. Veremos como
eram as bodas no Oriente, as condições espirituais da esposa, o tempo de realização
das bodas, as suas características e o que representa para entendermos as bodas
da Igreja de CRISTO.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Da mesma forma que
JESUS usou um exemplo da vivência do povo para conduzi-lo ao conhecimento de
verdades e acontecimentos espirituais futuros, você, professor, também poderá
se valer do mesmo princípio com a classe. Analise a diferença entre o casamento
ocidental, hoje, e o casamento oriental dos tempos da Bíblia. Se possível,
escreva num quadro-de-giz ou numa folha de papel grande as diferenças citadas
pela classe. Este esclarecimento inicial se faz necessário para conduzir a
classe aos tempos antigos, pois o casamento moderno não serve para fazer a
analogia necessária com as bodas do Cordeiro. Ouça a classe com atenção e gaste
alguns minutos com o debate, pois a compreensão desta lição poderá depender
disso.
COMENTÁRIO/introdução
A ceia das bodas do
Cordeiro é a expressão máxima da relação entre CRISTO e Sua Igreja. E a figura
do casamento, do esposo e a esposa, que aparece na Bíblia em várias passagens
(Jo 3.29; 2Co 11.2; Ef 5.25-33; Ap 19.7,8; 21.1 — 22.7). O texto de Mateus 25
apresenta uma parábola de JESUS que retrata a história de um casamento, e que
oferece dupla interpretação: uma sobre Israel e outra a respeito da Igreja.
I. ANALOGIA CORRETA
DA PARÁBOLA
1. Fundo histórico.
JESUS ilustrou Seu ensino utilizando-se do costume oriental para o casamento.
Depois de feitas as cerimônias religiosas, começava-se a celebração festiva do
casamento. A festa podia prolongar-se por vários dias, dependendo das possibilidades
do pai da noiva. Nos festejos noturnos, os convidados deviam sempre ter
lâmpadas acesas. No caso da história de JESUS, o noivo atrasou. Os convidados
deveriam estar devidamente preparados com azeite em suas vasilhas e nas
lâmpadas. Qualquer convidado sem lâmpada era considerado um estranho e não
podia entrar na festa.
2. Correntes de
interpretação. A primeira interpretação diz que as virgens representam o
remanescente judeu salvo no período da Grande Tribulação. A segunda distingue
os dois grupos como uma representação dos crentes salvos e dos crentes apenas
nominais no seio da Igreja, quando da vinda de CRISTO. A terceira interpreta as
dez virgens como um todo e, também, cada crente individualmente.
3. Quem são as dez
virgens? (Mt 25.1). Não são dez pretendentes do esposo. Nem são dez igrejas
cristãs que competem pelo mesmo esposo. São, na verdade, os crentes
individualmente que compõem o corpo da Igreja (a esposa do Cordeiro). O número
dez não tem um significado dogmático ou doutrinário e, sim, um sentido de
inteireza. Representa a noiva na sua inteireza. JESUS via a Igreja como um
todo, o corpo invisível em toda a Terra (1Co 12.12,14,27). Ele via, também, a
igreja local e visível, isto é, os membros em particular.
4. Por que as
palavras “esposo” e “esposa”? No Oriente, o noivado é tão sério quanto o
casamento. Na história bíblica a mulher comprometida em noivado era chamada
esposa e, apesar de não estar unida fisicamente ao noivo, ela estava obrigada à
mesma fidelidade como se estivesse casada (Gn 29.21; Dt 22.23,24; Mt 1.18,19).
A Igreja é a esposa de CRISTO porque está comprometida com Ele (Ap 19.7; 21.9;
22.17).
II. AS CONDIÇÕES
ESPIRITUAIS DA ESPOSA. (Mt 25.2-5)
1. Duas classes de
crentes: os insensatos e os cautelosos. Essas duas classes são uma realidade
espiritual na Igreja de CRISTO. São identificadas por JESUS como loucas e
prudentes. As loucas representam os cristãos insensatos e alienados
espiritualmente. São aqueles cristãos que não agem racionalmente na sua vida de
fé, por isso, não sabem o que estão fazendo.
As prudentes
representam os cristãos cautelosos e previdentes, que mantêm uma vida de
vigilância e espiritualidade.
2. Ingredientes
indispensáveis para estar nas bodas. Aquelas virgens tinham vasilhas e lâmpadas
(Mt 25.7-9). Mas precisavam, na verdade, ter o principal elemento: o azeite. As
loucas não levaram azeite em suas vasilhas, mas as prudentes sim. Estavam devidamente
preparadas. Aquelas virgens tinham que ter vestidos brancos de linho fino (Ap
19.8), lavados no precioso sangue do Cordeiro (Ap 7.14). Precisavam de calçados
do Evangelho da Paz (Is 52.7; Ef 6.15). Tinham que ter com elas vasilhas para o
azeite (Mt 25.4: Ef 5.18) e o próprio azeite (Mt 25.3,4), que é símbolo do
ESPÍRITO SANTO.
III. O TEMPO DAS
BODAS (Mt 25.6)
1. O sentido do
clamor da meia-noite. O texto diz: “Mas à meia-noite, ouviu-se um clamor” (Mt
25.6). Que representa a meia-noite? É o tempo do clímax da esperança da Igreja.
É o fim e o princípio de um tempo (dia, dispensação, era). É a hora do silêncio
total, quando todos dormem. Pode ser a consumação ou princípio de um novo dia
ou tempo. Não é difícil de estabelecer o tempo desse evento. Ele acontecerá
entre o arrebatamento da Igreja e a segunda fase da volta de CRISTO à Terra.
Ocorrerá, precisamente, logo após o julgamento das obras dos crentes no
tribunal de CRISTO, visto que em Ap 19.8, a esposa aparece vestida de linho
fino que “são as justiças dos santos”.
2. O Dia de CRISTO
(Fp 1.10). Na linguagem escatológica a palavra “dia” é interpretada, literal ou
figuradamente, dependendo do seu contexto. Dia pode, então, representar ano, ou
seja, um dia igual a um ano, conforme se percebe na profecia de Daniel capítulo
9. Destacamos no contexto bíblico quatro dias (anos, tempos) históricos para a
humanidade: o “dia do homem” (1Co 4.3), que compreende o tempo da história da
humanidade; o Dia de CRISTO (Fp 1.10), que diz respeito, especialmente, ao
tempo de sete anos, nos quais a Igreja estará no céu e, simultaneamente,
ocorrerá a Terra a Grande Tribulação; o Dia do Senhor (1Ts 5.2), a manifestação
pessoal e visível de CRISTO no final da Grande Tribulação, e durará mil anos
(Milênio); e, finalmente, o Dia de DEUS (2 Pe 3.12,13), que é o tempo do Juízo
Final e da consumação de todas as coisas, o começo do Reino eterno.
Neste estudo, o Dia
de CRISTO abrange três fatos escatológicos especiais, os quais são: o encontro
da Igreja com CRISTO nas nuvens (1Co 15.51,52; 1Ts 4.14-17) (para mim na Nova
Jerusalém, por enquanto invisível aos olhos humanos - Obs. Pr. Henrique); o
tribunal de CRISTO (2Co 5.10; Fp 1.10; 2Co 1.14; Ef 5.27); e, as bodas do
Cordeiro (Ap 19.7).
IV. CARACTERÍSTICAS
DAS BODAS
1. Lugar das bodas
(Ap 19.1; 21.9). Pela ordem normal dos acontecimentos escatológicos, esse
evento acontecerá no céu (para mim na Nova Jerusalém, por enquanto invisível
aos olhos humanos - Obs. Pr. Henrique). Quando João declarou “ouvi no céu como
que uma grande voz de uma grande multidão que dizia: Aleluia!”, ele identificou
naturalmente o lugar. Alegria e triunfo pelas vitórias do Cordeiro são
demonstradas e, a seguir, surge a noiva do Cordeiro já glorificada, coroada e
preparada para o glorioso casamento. Entendemos, então, que o céu (para mim na
Nova Jerusalém, por enquanto invisível aos olhos humanos - Obs. Pr. Henrique) é
o lugar mais adequado para esse acontecimento extraordinário.
2. Participantes
das bodas. O casamento é de CRISTO e a Igreja, mas os convidados são muitos. De
acordo com Dn 12.1-3 e Is 26.19-21, o Israel salvo da Grande Tribulação e os
santos do Antigo Testamento são os convidados especiais. Devemos ter cuidado na
interpretação desse evento para não confundirmos nem misturarmos os fatos que
envolvem as bodas no céu e as bodas na Terra. No céu, as bodas são da Igreja e
o Cordeiro (Ap 19.7-9). Na Terra, as bodas envolvem Israel e o Cordeiro (Mt
22.1-14; Lc 14.16-24; Mt 25.1-13). A cena das bodas no céu difere das bodas na
Terra. No céu, somente a Igreja e seus convidados participarão. Na Terra,
Israel estará esperando que o esposo venha convidá-lo a conhecer a esposa (a
Igreja), que estará reinando com Ele no período milenial.
CONCLUSÃO
No céu, os salvos
receberão as recompensas (coroas) por suas obras feitas na Terra, e as bodas do
Cordeiro coroará a Igreja pela sua fidelidade a CRISTO.
Tesouro de
Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde - CPAD
CASAMENTO -
Na Bíblia aparece mais a palavra boda, do hebraico “ hãtunnã” e do grego
“ gamos” .
No Evangelho de
Mateus, capítulo 25, CRISTO refere-se a um cortejo nupcial, ao mencionar as dez
Virgens da parábola que vão ao encontro do esposo. JESUS também participou das
bodas de Caná, na Galiléia (Jó 2.1-3).
Entre os judeus,
podia ser efetuado o casamento desde a idade núbil, isto é, desde os treze anos
e um dia para os rapazes e doze anos e um dia para as meninas, porém o costume
fixava a idade de dezoito anos. As viúvas ou
Repudiadas não
podiam contrair novo matrimônio antes de se passarem três meses, depois da
separação. Os esponsais tinham o mesmo valor legal que o matrimônio; esses
esponsais duravam mais ou menos um ano, quando os noivos se comunicavam através
de intermediários. Depois do período de noivado, havia a festa, que não trazia
nenhuma cerimônia religiosa em si. No sábado seguinte ao início da festa do
casamento, os novos esposos eram levados à sinagoga (no tempo do Novo
Testamento) e o marido era convidado a fazer a leitura e a exposição de uma
passagem bíblica.
Depois, o mesmo
cortejo que os trouxera à sinagoga levava-os para a casa deles (noivos). O novo
casal desfrutava de certas regalias, durante um ano (Dt 24.5).
Acerca dos direitos
e deveres dos cônjuges, a esposa podia exigir de marido dez coisas, três das
quais estão estipuladas na Lei: o alimento, o vestido e o dever conjugal (Êx
21.10) e as outras sete são prescritas pelos doutores: ajuda na enfermidade,
resgate para a remissão do cativeiro, sepultura na morte, permanência ao lado
do marido, casa na viuvez, comida para os filhos, uma parte da herança e o dote
para os filhos. As obrigações da esposa são: o seu trabalho, sua presença
habitual, etc. Nos dias do Antigo Testamento, o casamento era negociado pelos
pais dos noivos. O homem que desejasse uma esposa tinha de comprá-la, e o preço
estabelecido, de acordo com o que se lê na Bíblia (Dt 22.29), era de cinquenta
siclos de prata, cujo pagamento poderia ser feito em camelos, ovelhas ou em
Dinheiro. Esse pagamento era chamado “ monhar”.
Se o casamento
fosse pacífico, não era tratado diretamente pelo noivo nem pela noiva. Os
intermediários no trato do consórcio eram os amigos do noivo. O contato dos
intermediários com a família da noiva exigia que estes levassem presentes para
a noiva e não podiam ir de mãos vazias. A noiva não tinha a menor interferência
nas negociações de seu casamento com o noivo. Não tinha o direito de recusar o
homem que lhe escolhessem para marido. Nos tempos do Novo Testamento, era
permitido que as jovens de maior idade recusassem uma união que lhes
desagradasse, mesmo que tivesse sido combinada pelos pais. No contrato de
casamento não estava a ação de qualquer mulher, nem mesmo da mãe da noiva.
Todos os assuntos relacionados com o enlace eram realizados pelo pai da noiva
e, na falta deste, pelo irmão mais velho; na falta do irmão, um amigo de
confiança ou mesmo
um servidor da casa poderia ser o intermediário. Em Gênesis 24, aparece Abraão
dando instruções ao seu servo para procurar uma esposa para Isaque. O próprio
Isaque desempenhou papel secundário. Convém lembrar que os casamentos desses
dias distantes deviam realizar-se entre pessoas da mesma tribo; não se admitiam
casamentos com estrangeiros. Em certas épocas e lugares, o noivo não podia
escolher qualquer moça para sua esposa. Se
pretendesse casar-se com uma jovem de determinada família mesmo que tivesse
sido combinada pelos pais. No contrato de casamento não estava a ação de
qualquer mulher, nem mesmo da mãe da noiva. Todos os assuntos relacionados com
o enlace eram realizados pelo pai da noiva e, na falta deste, pelo irmão mais
velho; na falta do irmão, um amigo de confiança ou mesmo um servidor da casa
poderia ser o intermediário. somente podia fazê-lo com a irmã mais velha, quer
fosse feia ou bonita, inteligente ou ignorante, dedicada ou desgovernada. Foi o
que aconteceu a Jacó, quando pretendeu casar-se com a filha de Labão, fato que
está registrado em Gênesis 29.26: “E disse Labão: Não se faz assim no nosso
lugar, que a menor se dê antes da primogênita”. Se o matrimônio envolvia
pessoas de recursos, então a distribuição entre os pobres de vinho, azeite,
figos e nozes fazia parte da cerimônia. Onde as manifestações e regozijo
culminavam era no cortejo nupcial que consistia no acompanhamento da noiva da
casa de seu pai até a casa do noivo. Desse desfile participavam os amigos dos
noivos, as virgens e
os mancebos, e todo o povo. O desfile era realizado à noite. Os integrantes do
cortejo nupcial levavam lâmpadas que queimavam azeite. Essas lamparinas deviam
ser abastecidas antes do desfile. A pressa ou a falta de cuidado dos servidores
encarregados de encher de azeite as lamparinas, às vezes, causava embaraços e
perturbações, pela falta de luz. Foi baseado nesse costume que JESUS CRISTO
apresentou aos homens de seus dias a parábola das dez virgens que foram esperar
o noivo, porém, as lâmpadas de algumas não tinham azeite, não estavam
preparadas e, quando foram abastecer-se, o noivo apareceu e elas não puderam
acompanhá-lo, perdendo o privilégio de recebê-lo (Mt 25.10-12). Nenhuma pessoa
podia aproximar-se do cortejo sem alguma espécie de luz; as luzes eram chamadas
de “mesh-als” ; a estopa ou farrapos de linho eram muito torcidos e colocados
em certos vasos de metal, no topo de um pedaço de madeira. Às vezes, a lâmpada
era levada numa das mãos, enquanto que na outra havia um vaso com azeite, para
abastecê-la. As bodas, ordinariamente, duravam sete dias (Gn 29.27; Jz 14.12).
Os convidados das duas partes eram chamados de filhos das bodas (Mt 9.15).
Havia os companheiros do noivo e as companheiras da noiva (Jz 14.10-18; SI
45.9,14,15). As amigas da noiva cantavam o “ Epithalamium” ou cântico nupcial,
à porta da noiva, antes do casamento. Todos os convidados da festa acompanhavam
o noivo, na tarde do primeiro dia, da casa dos pais da noiva à casa do noivo,
onde estava preparada a mesa do banquete e a câmara nupcial. Nessa hora a mãe
já havia coroado o noivo com um turbante especial (Ct 3.11; Is 62.3). A esposa
era levada ao esposo coberta com um véu (Gn 24.65; 29.25). Enfeitada para o
esposo, tendo um cinturão próprio do casamento (Jr 2.32), ela aguardava o
esposo no quarto das mulheres, o tálamo nupcial (Jl 2.16). Em grego, os noivos
recebem o nome de “ nymphios”
Tesouro de
Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde - CPAD
Referências
Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo -
Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo
Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo
Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo
Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com
referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida-
EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM
CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Mateus - Série
Cultura Bíblica - R.V.G Tasker
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP -
Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na
TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine
antigo e novo testamentos - CPAD
Dicionário Bíblico
Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - CPAD
Lições Bíblicas
CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 1998 - Título: Escatologia — O
estudo das últimas coisas- Comentarista: Elienai Cabral - Lição 9: As
Bodas do Cordeiro
Escatologia -
Doutrina das Últimas Coisas - Severino Pedro da Silva
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BODAS
Esta é a grande celebração que acontecerá quando Cristo e sua
igreja unirem-se para sempre (Ap
19.7־ 9). Veja Noiva de Cristo.
Existem diferentes opiniões sobre quem deverá se casar com Cristo
nesse momento. Israel não tem o nome de noiva, mas de esposa, a esposa que
adulterou e se foi após deuses. Deus retrata a Si próprio como esposo de Israel
e não como seu noivo (Jr 31.32; Os 2.1-23). A
Noiva será formada pelos crentes de todas as épocas porque os santos do NT
deverão participar das promessas juntamente com os santos do AT (Rm 4.16; Hb 11.39ss.).
Como em Romanos
4 Paulo prova que todos, tanto dos tempos do AT como do NT, serão
salvos (justificados) apenas pela fé, e prossegue dizendo que os crentes
participam das promessas dadas a Abraão e assim serão os herdeiros do mundo (Rm 4.13-16.. Todos os
crentes, tanto os do AT quanto os do NT, participarão igualmente da Ceia das
Bodas do Cordeiro.
Na Bíblia Sagrada, assim como no Oriente Médio atual, encontramos
muitas variações dos costumes relacionados ao casamento. Daí, portanto, seria
muito precipitado de nossa parte especular sobre a base das imagens encontradas
nas parábolas e em outras passagens prevendo as futuras bodas de Cristo, qual
seria a sua exata natureza e a ordem dos eventos a ela relacionados.
Entretanto, sabemos que existem três procedimentos básicos presentes nos
casamentos do século I d.C, no oriente;
(l) o contrato de casamento, realizado muitas vezes pelos pais
quando um ou os dois participantes ainda eram crianças, com a apresentação do
dote da noiva e os presentes de compensação oferecidos à sua família pelo noivo
para selar o pacto e unir as duas famílias (cf. Gn 34.6- 12);
(2) uma procissão quando o casal atinge uma idade adequada, na qual
o noivo vai buscar a noiva para conduzi-la até sua casa (Mt 25.1-13); e,
(3) a festa do casamento para a qual os amigos são convidados,
realizada assim que o noivo chega com a noiva à sua casa (Jo 2.1-12).
Como foi mencionado por John F. Walvoord (The, Revelation of Jesus Ckrist, p.
271), o simbolismo do casamento foi maravilhosamente cumprido no relacionamento
de Cristo com sua igreja. O pacto do casamento é implementado no momento em que
os membros da igreja são redimidos. Cristo, o noivo, busca a sua esposa no
arrebatamento (q.v.). Segue-se, então, a terceira fase, isto é, a Ceia do
Casamento.
A passagem em Apocalipse
19.6-9 é, na verdade, um hino profético que antevê o casamento do
Cordeiro com sua Noiva, após Ele ter iniciado o reinado, e esse início não
acontecerá até que Ele tenha vencido os reis da terra liderados pelo Anticristo
(George E. Ladd, The Blessed Hope, pp. 99-102). A Ceia das Bodas terá lugar no
céu, em Jerusalém celestial. Poderiamos identificá-la com o banquete messiânico
previsto em Isaías
25.6-9 (cf. Lc
14.7-24)? Será que em alguma ocasião a festa de casamento poderia ser
realizada na casa da noiva (Gn
29.22; Jz
14.10), se, geralmente, ela acontecia na casa do noivo (Mt 22.2ss,, Jo 2.9) e frequentemente
è noite (Mt 25.6)? Há
indicação de duas Ceias, uma na casa da noiva (no noivado) e outra oferecida
pelo noivo (em sua casa construída ao lado da casa do Pai).
Será que a expressão “ceia das bodas״
(Ap 19.9) indica, na
verdade, um acontecimento futuro, um simples banquete cerimonial? Ou seria o
conceito do casamento meramente simbólico do íntimo relacionamento do qual os
santos ressuscitados continuarão a gozar ao lado de seu Noivo Celestial, como o
próprio Senhor Jesus sugeriu quando disse que Ele beberia conosco do fruto da
vide no reino de seu Pai (Mt
26.29; cf. Lc
13.28ss.? Algumas referências bíblicas sobre o fatoglorioso:
companheiros do Noivo (“filhos das bodas”, Mt 9.15),
acompanhantes virgens (Mt
25.1-13) ou convidados do casamento (Mt 22.1-14; Ap 19.9)? A
Noiva é descrita como vestida de “linho fino puro e resplandecente” e isso foi
interpretado como símbolo das justiças dos santos (Ap 19.8), Desse modo, qualquer
que seja a exata natureza da futura comunhão dos crentes com o Senhor, sua
conduta atual será da maior importância como forma de agradar ao Noivo
Celestial. R. A. K.
BODAS - NOIVADO – CASAMENTO
Significando “noivado” ou “compromisso de casamento”, eram
consideradas quase tão sérias quanto o próprio casamento (Dt 20.7; 22.23,25,27,28; Os 2.19,20; Lc 1.27; 2,5).
Isto explica a preocupação de José em relação a Maria, e sua decisão de deixá-
la (Mt 1.18,19). O
homem noivo era, às vezes, chamado de esposo (Dt 22.23; Mt 1.19), e
a jovem, de mulher (Gn 29.21;
Dt
22.23,24; Mt 1.20).
Embora a Bíblia não legisle, exceto em Deuteronômio 22,
quanto a um noivado rompido, o código de Hamurabi o faz. Ele exigia que, se o
futuro marido rompesse o noivado, o pai da noiva poderia manter o presente para
a noiva, e se o pai da noiva renunciasse, ele pagaria em dobro o presente
recebido. Um homem poderia declarar as suas intenções e efetuar um noivado
estendendo a sua capa sobre a sua amada (Rt 3.9; cf. Dt 22.30; 27.20; Ez 16.8).
Figurativamente, no AT, a nação de Israel é considerada como tendo sido
desposada ou como tendo noivado com Jeová no deserto (Jr 2.2;
cf. Ez
16.8), mas que pela idolatria mais tarde tornou-se a esposa adúltera de
Jeová (Os
2.2,16-23),
agora repudiada, mas que será finalmente restaurada (O remanescente será salvo
no final da Grande Tribulação). O NT se refere à igreja como a noiva desposada
de Cristo (2 Co
11.2; Ef
5.25-32; Ap
19.6-8). R. A. K.
A Natureza do Casamento
1. O casamento faz parte
da própria ordem da criação. Deus revelou ao homem que ele precisava de uma
esposa (Gn 2.18) e que a
esposa precisava de um marido (Gn
3.16). Desde o começo, Ele criou a mulher para o homem e o homem para a
mulher (Gn 1.26.27). Desde o
início o homem entendeu qne era vontade de Deus que ele tivesse uma esposa.
“Osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gn 2.23) e que deveria amá-la e
cuidar dela como de si próprio. Paulo escreveu. “Assim devem os maridos amar a
sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si
mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e
sustenta, como também o Senhor à igreja” (Ef 5.28,29).
2. O casamento é um
sacramento de sociedade. No casamento, assim como na união sexual em
particular, o homem e a mulher sentem prazer e fazem dele a demonstração
exterior daquilo que é uma graça interior. Sacramentado por Deus (cf. 1 Tm 4.3)
ele representa a mais elevada expressão de afeto mútuo e a mais profunda
comunhão humana, e por isso o próprio Deus usou o casamento para expressar a
incalculável profundidade de seu amor por nós.
3. O casamento é um pacto solene celebrado entre um homem e uma
mulher dentro de uma perfeita liberdade, e através do qual prometem entre si o
amor e a fidelidade, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na
prosperidade e na adversidade enquanto viverem. De acordo com a visão de Deus,
ele somente termina com a morte ou então por causa de uma grave infidelidade ou
separação de um cônjuge descrente (Mt 5.32; 19.9; Rm 7.2,3; 1 Co 7.15).
Esse pacto deve ser celebrado apenas entre duas pessoas que compartilhem o
mesmo espírito e fé, pois “que parte tem o fiel com o infiel?״
(2Co
6.14,15).
4.O casamento é uma vocação, um convite de Deus para a
demonstração, a todo o mundo, da mais elevada forma de amor mútuo (Gn 2.23,24; Ef 5.21ss.).
Também é a maneira correta de se gerar filhos (Gn 33.5; 48.4; Dt 28.4; Js 24.3,4; Sl 127.3),
alimentá-los física e espiritualmente, e o ambiente mais propício para lhes
ensinar a Palavra de Deus (Dt
6.7-20; 11.18-21; Pv 22.6) e
treiná-los paia serem bons cidadãos (Pv 13.24; 19,18; 22.15; 23.13; 29.15,17).
Os Propósitos do Casamento
1. A propagação da raça
humana. E a forma Divina de desenvolver a espécie chamada humanidade, No caso
dos seres angelicais, Deus criou cada um deles individualmente, mas no caso da
hnmanidade, Ele criou um homem e uma mulher e toda a raça humana descendeu desse
primeiro casal. Deus só poderia ter redimido separadamente cada anjo caído se
Cristo morresse individualmente por cada um deles, mas Ele pôde redimir a raça
humana de Adão com uma única morte de Cristo, pois Ele qstaria representando a
raça como um todo. E à luz desse fato que entendemos o significado de 1 Coríntios 15.22.
“Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados
em Cristo”.
Deus preferiu gerar filhos espirituais que irão amá-lo por causa de
sua soberana graça salvadora e trazer-lhes a vida através do relacionamento do
casamento. Os aspectos sacramentais e da propagação da espécie do casamento
ficam dessa forma reunidos e a geração dos filhos se torna um ato de santidade
para a verdadeira glória de Deus.
2. É a maneira de Deus
de criar os filhos. Filhos precisam de um lar, e de pais dentro deste lar. No
lar eles recebem abrigo e alimento. Através da vida de seus pais eles aprendem
o que significa o verdadeiro amor porque são o objeto do amor dos pais e porque
vêem o amor recíproco que existe entre eles. Somente através dos pais eles
podem entender plenamente o profundo e duradouro amor conjugal e, dessa forma,
ficam preparados para esperar e procurar um amor igual para si mesmos. É nesse
ponto que a discórdia conjugal e os lares desfeitos exercem o efeito mais
devastador sobre os filhos. O filho que nunca observou a demonstração de um
verdadeiro amor em seu lar não está pronto para enfrentar sozinho a vida. Deus
também teve a intenção de que a demonstração de um verdadeiro amor entre pais e
filhos fosse a base para o entendimento do amor que Ele mesmo sentiu ao enviar
o seu Filho para morrer pelos nossos pecados (cf. Ef 5.25-32).
3. O casamento é a
maneira de Deus incutir nos filhos os princípios da justiça e da autoridade
responsável. Os pais devem tratar os filhos com paciência e justiça (Ef 6.4; Cl 3.21) e
lhes ensinar o que é justo e direito. Devem dar exemplo de responsabilidade e
autoridade na divinamente ordenada economia do lar (cf. 1 Tm 3.4,5,12: Tt 1.6). O
pai, como o cabeça da esposa e do lar, embora consultando plenamente sua esposa
de uma forma realmente democrática, é o responsável por todas as decisões. Isso
ensina a submissão à autoridade e um verdadeiro senso de responsabilidade (Ef 5.21-24).
4. O casamento é o meio
pedagógico de Deus ensinar aos fillios sobre Si mesmo. Deus se intitula nosso
Pai e demonstra que o seu amor é tão maravilhoso como o amor de um bom pai (Sl 103.13; Jo 3.16),
tão terno como o amor de uma boa mãe (Is 49.15; 66.13; Mt 23,37),
tão íntimo como aquele que existe entre o marido e a esposa (Ef 5.25ss.).
Desse modo, todo o relacionamento dentro do casamento e da família transparece
na demonstração e nos ensinos daquilo que Deus é, da natureza do seu amor.
O lugar do Sexo
Embora o sexo tenha como objetivo estabelecido por Deus gerar
filhos para povoar a terra e assim indiretamente encher o céu com filhos
renascidos em Deus, ele também preenche importantes necessidades pessoais e
familiares. O esposo necessita da esposa e a esposa necessita do marido, porque
o homem é feito de tal maneira que as tensões da vida são aliviadas através do
amor conjugal (1 Co
7.1 -5). Ao mesmo tempo, nesse íntimo ato de amor são liberadas energias
criativas tanto na vida do marido como da esposa.
Podemos observar melhor que Deus fez o homem e a mulher para o
verdadeiro prazer e um mútuo companheirismo em Cantares de Salomão, onde as
intimidades do amor conjugal e do prazer estão descritas de uma forma
maravilhosa e pura. No relacionamento sexual todo o amor é expresso através de
atos e palavras e é consumado em comunhão e união. E uma expressão de amor que
pode ser exercitada com apenas uma pessoa por causa de sua natureza santa. Cada
um mantém a experiência de um profundo amor pelo outro e somente por essa
pessoa. Nesse sentido, ele é o exemplo típico de um relacionamento exclusivo
que deve existir individualmente entre cada cristão e seu Senhor, e no qual
nenhuma outra pessoa ou deus pode ter a permissão de participar (Êx 20.3;
cf. Ef
5.25ss.).
Um casamento baseado em uma vida sexual plena e estável é feliz e
equilibrado, desde que esse aspecto da vida seja a expressão do mais profundo
amor e não a mera satisfação de desejos carnais. Ele é de grande importância
para os filhos (assim como para o marido e a esposa), porque vêem não só um
casamento estável, como também seu encanto, pureza, beleza, e profunda
satisfação. Os filhos, por sua vez, podem aprender que o sexo é uma dádiva
divina e pode ser verdadeiramente belo e maravilhoso quando usado de acordo com
as intenções de Deus. Os cuidados que Deus coloca no ato sexual permitem aos
filhos aprender com pureza e se conservarem puros, mais tarde usando o sexo de
acordo com os propósitos Divinos, vendo que a plena liberdade e alegria no
casamento realimente vêem quando se vive dentro do âmbito do sétimo mandamento
(1 Ts
4.3-8; Hb
13.4).
Como Deus Fala sobre o Casamento
Em primeiro lugar, Deus usa o casamento como uma metáfora para
expressar o relacionamento de Cristo com a igreja, comparando Cristo com o
noivo e a igreja com a noiva (Ef 5.24-32; Ap 19.7-9).
Tanto o crente individualmente como a igreja em geral, sempre são considerados
no sentido de ser a noiva em relação a Cristo (2 Co 11.2). A
total submissão da virgem Maria à orientação e capacitação do Espírito Santo
quando disse, “Cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38), representa uma
analogia com o relacionamento que deve existir entre o Espírito Santo e o
cristão. O fruto do Espírito deve ser introduzido e nascer na vida do crente (Gl 5.22,23)
assim como Cristo foi formado pelo Espírito no ventre de Maria (Lc 1.42). No Salmo 45,
Cristo é visto em toda a sua majestade e beleza juntamente com a sua Noiva
Real, a igreja, para representar a pureza que Deus deseja de seus filhos. A
Noiva é grandemente desejada por causa de sua beleza (v. 11) tanto exterior
como interior. Seus trajes são delicados e belos até o mais ínfimo detalhe.
Monogamia
Embora a poligamia fosse praticada durante algum tempo no AT, ela
só era permitida como uma medida temporária. Ela negava o princípio do marido e
a esposa serem uma única carne (Gn
2.24; Mt
19.5), e levou a muitos problemas conjugais. Tanto Abraão como Jacó
sofreram muitas tristezas por causa disso (Gn 21.9ss.; 30.1-24), e
Davi e Salomão se desviaram por causa de suas esposas pagãs (2 Sm 5,13; 1 Rs 11.1-3),
Somente através da monogamia é possível evitar o ciúme dentro da família e
ilustrar corretamente o relacionamento de Cristo com o crente (Ef 5.23ss.).
Casamento e Divórcio (com acréscimos do Pr Henrique)
O divórcio sempre representou um grave problema. O ensino de Cristo
é encontrado em Mateus
5.31,32; 19.3-9; Marcos
10.2-12; Lucas
16.18. Ele revelou que era somente por causa da dureza do coração dos
homens que Moisés permitiu uma lei de divórcio e que isso podería
verdadeiramente levar ao adultério (Mt 19.8,9). O
casamento só deve ser anulado por motivo de fornicação (Mt 5,31,32; 19,9).
Isso significa que um divórcio somente deveria ser permitido quando houvesse
uma relação sexual com outra pessoa que não fosse o cônjuge. Mesmo no caso de
pessoas comprometidas na etapa do noivado, este deve ser rompido caso um dos
dois cometa o ato de fornicação. Cristo afirmou que o homem, assim como a
mulher, podia cometer adultério se forçasse um divórcio injusto. Isso
contrariava a opinião dos judeus que viam a mulher como a única culpada
possível. Só é permitido pela lei se a noiva não for achada virgem ao se casar,
daí seu esposo pode lhe dar carta de divórcio ou entregá-la para ser apedrejada
até a morte.
13 Quando um homem tomar mulher, e, entrando a ela, a
aborrecer,14 e lhe imputar coisas escandalosas (coisa feia Dt 24.1), e
contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher e me cheguei a ela,
porém não a achei virgem; Deuteronômio 25.13,14.
20 Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não
achou na moça,21 então, levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os
homens da sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura
em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de
ti. Deuteronômio 25.20.
Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será
que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará
escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.
As Escrituras aceitam que uma lei maior pode ser aplicada aos
divorciados, isto é, a lei do perdão onde existe um verdadeiro arrependimento
pelo pecado. Oséias perdoou e recebeu de volta a sua esposa adúltera porque a
amava, assim como Deus está disposto a perdoar e receber de volta a sua
adúltera nação de Israel (Os 2.1,2; 3.1ss.; 14.1-8). R. A. K.
CASAMENTO
Costumes e Cerimônias Matrimoniais
1. A escolha da noiva:
Na Bíblia não existe qualquer restrição relativa à idade mais apropriada para o
casamento, mas parece certo que as jovens se casavam muito cedo (Pv 2.17; 5.18),
Em Isaías
62,5, ojovem, ao se casar, recebe o nome de bahur, isto é, o melhor, um
jovem robusto e decidido na flor de sua capacidade física (cf. 1 Sm 9.2; Is 40.30; Am 8.13); a
virgem recebe o nome de bstula, uma jovem atraente e sexualmente pronta para o
casamento (cf. Jl
1.8; Jr
2.32). No Talmude, os rabinos estabeleceram 12 anos como idade mínima
para as meninas e 13 para os meninos.
2. Por causa da forte
influência tribal e da unidade do clã na sociedade patriarcal, os pais
consideravam seu dever e prerrogativa assegurar esposas para seus filhos (Gn 24,3; 38.6).
Normalmente, a noiva em perspectiva, assim como o noivo, simplesmente
concordava com os arranjos feitos de acordo com os interesses da família e da
lealdade à tribo. Não é de admirar que muitas vezes os pais procurassem o
casamento entre primos em primeiro grau, como por exemplo, no caso de Rebeca e
Isaque. O casamento com mulheres estrangeiras era desaconselhado (Gn 24.3; 26.34,35; 27.46; 28.8) e
mais tarde foi totalmente proibido (Ex 34.16; Dt 7.3; Ed 10.2,3,10,11)
pelo perigo de uma volta à prática da idolatria das demais nações. Casamentos
mistos eram tolerados apenas no caso dos exilados (por exemplo, José, Gn 41.45;
Moisés, Ex
2.21) e dos reis apenas por razões políticas.
Por outro lado, havia em Israel a oportunidade para casamentos
baseados no namoro. O jovem podia declarar a sua preferência (Gn 34.4; Jz 14.2).
Por exemplo, Mical se apaixonou por Davi (1 Sm 18.20),
Na época do AT as mulheres não eram mantidas como reclusas, como nos países
muçulmanos, e podiam sair às ruas com o rosto descoberto (cf. 1 Sm 1.13).
Elas cuidavam das ovelhas (Gn
29.6; Êx
2.16), carregavam água (Gn
24.13; 1 Sm 9.11) , colhiam nos campos (Rt 2.3) e visitavam outros lares
(Gn 34.1). Dessa maneira, os
jovens tinham a liberdade de procurar a futura noiva sozinhos.
2. O noivado: A escolha da noiva era seguida pelo noivado (q.v.),
que era um procedimento formal onde havia um compromisso maior do que no
noivado de nossos dias. Os homens que iam se casar com as filhas de Ló jã eram
considerados como seus genros (Gn
19.14). Um homem que estava noivo era dispensado do serviço militar para
poder tomar (isto é, casar-se com) sua esposa e viver com ela em sua casa
durante um ano (Dt 20.7; 24.5).
Qualquer imoralidade sexual com uma jovem noiva era um crime tão grave quanto o
adultério (Dt 22.22-27).
Inscrições encontradas no Oriente Próximo também indicam que o noivado era um
costume reconhecido, que tinha consequências legais muito definidas.
Geralmente, o noivado era realizado por um amigo ou representante
legal da parte do noivo (1 Sm 25.39ss,),
E, no caso da noiva, por seus pais. Era confirmado através de juramentos (Em 1Sm 18.2-16
lemos: “Serás hoje meu genro”). Nessa ocasião era discutida a quantia do “dote”
(em hebraico mohar. Veja Dote) com os pais da jovem, e era pago imediatamente à
família da moça se a moeda corrente fosse o meio de compensação.
Tanto na antiga Mesopotâmia como em Israel o casamento era um
simples contrato civil, sem qualquer formalização através de uma cerimônia
religiosa. Embora o AT não faça uma menção especifica sobre a existência de um
contrato de casamento por escrito, tais contratos estavam estipulados no Código
de Hamurabi. Existem vários contratos de casamento entre os papiros encontrados
na colônia judaica de Elefantine, do século V a.C., e essa prática é mencionada
no Livro de Tobias (Tob 7.13). Os Talmudistas do Mishna chamam esse contrato de
ketuba e dão minuciosas instruções sobre como usar e guardar o mohar. O termo
“concerto” ou “aliança” ib'rit) em Provérbios 2.17 e Malaquias 2.14
podem estar fazendo alusão a um contrato por escrito.
3. Cerimônia de
casamento: A essência da cerimônia do casamento ou das festividades era o ato
de retirar a noiva da casa do pai e trazê-la para a casa do noivo ou de seu
pai. Dessa forma, havia uma verdade literal na expressão hebraica “tomar” uma
esposa (por exemplo, Gn
4.19; 12.19; 24.67; 38.2; Nm 12.1; 1 Sm 25.39-42; 1 Rs 3.1; 1 Cr 2.21).
Vestindo um turbante imponente (Is 61.10) ou
uma coroa nupcial (Ct 3.11)
como um ornamento, o noivo partia de sua casa acompanhado por seus amigos (Jo 3.29) ou
ajudantes (Mt 9.15) tocando
tamborins e também podendo ser acompanhado por uma banda (1 Mac 9.39),
Como a procissão nupcial geral- mente se realizava à noite (Ct 3.6-11), muitos
portavam tochas ou lanternas (Mt 25.1- 8). A alegria
e a felicidade (Jr
7.34; 16.9; 25.10; Ap 18.22ss.)
anunciavam sua aproximação à população local que ficava aguardando à porta das
casas que ficavam à beira do caminho até a casa da noiva e também quando
regressavam à casa do noivo (Mt
25.5,6).
A noiva aguardava lindamente vestida e adornada com jóias (Sl 45.13ss.;
Is
61.10; Ap
19.8), Para essa ocasião especial ela usava um véu (Gn 24.65; Ct 4.1,3; 6.7),
que somente poderia retirar quanto estivesse sozinha com seu esposo, no escuro,
na câmara nupcial (cf. Gn 29.23-25).
O noivo conduzia todos os convidados ao casamento, agora com a
presença da esposa e seus acompanhantes (Sl 45.14b),
até a casa de seu pai para a “ceia das bodas” (Ap 19.9). Todos os amigos e
vizinhos eram convidados à festa do casamento (Gn 29.22; Mt
22.3-10; Lc
14.8; Jo
2.2) que era normalmente oferecida pelo pai do noivo (Mt 22.2). Recusar o convite
para uma dessas festas representava uma grave ofensa (Mt 22.5; Lc
14.16-21). Geralmente, as festividades duravam uma semana (Gn 29.27ss.; Jz 14.10-12,17),
mas o casamento era consumado na primeira noite ׳ Gn 29.23). O
anfitrião presenteava os convidados com vestes apropriadas (Mt 22,11); jogos e outras
formas de diversão acrescentavam mais alegria à festividade (Jz 14.12-18). O
último ato da cerimônia era conduzir a noiva à câmara nupcial (em hebraico,
heder, Jz
15.1; Ct
1.4; Jl
2.16). Nesse quarto havia sido preparado um dossel (em hebraico huppa, Salmo 19.5,
“tálamo”; Joel
2.16, um “aposento particular״
ou “recâmara”) sobre o leito ou cama nupcial (Ct 1.16). Em seguida, o noivo “entrava
à noiva* (Gn 16.2; 30.3; 38.8) e
o lençol manchado de sangue, dessa noite de casamento, era guardado como uma
prova da virgindade da noiva (Dt 22.13-21).
4. Estado civil: Em
Israel, o estado civil do esposo era revelado pelo fato de que em hebraico ele
é chamado de, ba‘al, o mestre ou senhor de sua esposa (Ex 21.22; Dt 21.13; 22.22; 2 Sm 11.26; Pv 12.4; 31.11,23,28).
Isso traz a possibilidade de uma dupla interpretação para a profecia de Oséias 2.16, “E
acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que me chamarás. Meu marido e não me
chamarás mais. Meu Baal”. O fato da esposa aceitar o papel de dependente do
marido pode ser visto quando Sara se dirige ao esposo Abraão como “meu senhor”
(’adoni, Gn
18.12; 1 Pe
3.6). Para o dever que o homem tinha de gerar um filho com a viúva de
seu falecido irmão, veja Casamento, Levirato. J.R.
NOIVA - NOIVO
A palavra noiva, traduzida do termo hebraico kallah e do termo
grego nymphe, refere-se a uma mulher comprometida ou recém-casada (Is 61.10; 62.5; Jr 7.34; Jo 3.29). O
mesmo termo hebraico foi traduzido como “esposa” em Ct 4.8-5.1.
Seu uso mais importante é a referência à Igreja como a Noiva de Cristo (Ap 21.2,9; 22;17;
também em 2 Co
11.2; Ef
5.25ss.). A palavra grega gyne, que significa “esposa”, também está muito
relacionada, como em Mateus
1.20.
O noivo representa a contrapartida da noiva. O tenno grego nymphios
corresponde a “noivo” (Jo 3.29; Ap 18.23),
enquanto o termo hebraico hatan significa “noivo”, “marido” ou “genro”, de
acordo com o contexto. Cristo usou esse termo a respeito de si mesmo na
parábola das dez virgens (Mt
25.6). O “amigo do noivo” era uma pessoa que cuidava dos detalhes do
casamento e ocupava um lugar proeminente nas festividades do casamento (Jo 3.29)..
NOIVA DE CRISTO
Uma das sete figuras usadas para estabelecer o relacionamento da
Igreja com Cristo: os ramos e a Vinha (Jo
15.1-11), a ovelha e o Pastor (Jo
10.1-30), as pedras e a Pedra Angular (1 Pe 2.4-8),
os sacerdotes e o Sumo Sacerdote (Hb 2.17; 4.14; 7.26; 1 Pe 2.9), a
nova criação e o Último Adão (1 Co
15.45-50), os membros e a Cabeça do Corpo (1 Co 12; Ef 4.4-16), a
noiva e o Noivo (Ap
19.7-9; cf. Ef 5.21-32).
A Igreja, formada por aqueles que foram salvos pela graça através
da fé, constitui a Noiva de Cristo. Aqueles que já estão com o Senhor, junto
com aqueles que ainda estiverem vivos por ocasião do arrebatamento, irão nesse
evento receber o corpo da ressurreição (1 Ts 4.14-17; 1 Co 15.51s.).
Como membros da Igreja, eles irão celebrar as bodas do Cordeiro com Cristo (Ap 19.7-9), próximo à
data de seu retorno a fim de aniquilar seus inimigos (Ap 19.11-21). Nosso
Senhor previu a ocorrência desse casamento na parábola das dez virgens, na qual
Ele realçou o fato de que o dia e a hora de seu retomo são desconhecidos (Mt 24.36; 25.1-13), e
a consequente necessidade de estarmos sempre prontos com azeite em nossas
lâmpadas - talvez uma figura da salvação no sentido de que o cristão é o Templo
cio Espírito Santo (1 Co
6.19).
Portanto, no presente, o casamento entre a Igreja e Cristo ainda
não foi consumado. Ela deve viver como a virgem prometida ao seu futuro esposo
(2 Co
11.2), pertencendo a Cristo de acordo com um contrato de casamento
(isto é, o pacto da redenção). Ele buscou sua noiva com amor e, até agora, a
está santífi- cando para que ela possa estar livre de qualquer mácula quando
Ele mesmo a apresentai a si próprio com todo esplendor (Ef 5.23- 27).
Esse tempo atual de purificação da Igreja é uma reminiscência dos doze meses de
embelezamento pelos quais passaram Ester e as virgens, antes de serem trazidas
à presença do rei (Et
2.12). A Noiva de Cristo se incorpora à última oração da Bíblia, à
medida que espera seu retorno, que acontecerá por causa dela: “E o Espírito e a
esposa dizem [a Jesus), Vem... Amém! Ora vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.17,20).
Em conexão com o tema da noiva e do Noivo, o ensino do NT fala
sobre os convidados para o casamento (Mt 22.1-14), os
“filhos das bodas” (Mc
2.19ss.) e até do amigo do noivo, isto é, João Batista (Jo 3.27-30).
As imagens do AT incluem os acompanhantes das núpcias e a filha do rei ou a
noiva em uma linda profecia poética sobre o casamento messiânico que se
realizará (Sl
45.13-15). A interpretação de quem seriam esses convidados e acompanhantes
não é teologicamente exata. Por fim, a noiva irá reinar ao lado de seu Esposo
sobre a nova terra, como parece indicar a idêntica metáfora da cidade santa, da
nova Jerusalém “que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada
para seu marido” (Ap 21.2,9,10).
R. A. K. e J. R.
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)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 9, Central Gospel, As Bodas do Cordeiro NA ÍNTEGRA
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO JUDAICO
1.1. Procedimentos do jovem pretendente
1.2. Deveres da noiva pretendida
1.3. É chegada a hora das bodas
2 . O AMOR DO NOIVO E DA NOIVA
2.1. Características do amor do Noivo
2.2. Características do amor da Noiva
3. A GRANDE FESTA DAS BODAS
3.1. Onde tudo acontecerá
3.2. Vestimenta adequada
3.3. Convidados especiais
3.4. É tempo de cantar e regozijar
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Apocalipse 19.7-10
7 - Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque
vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
8 - E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.
9 - E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à
ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de DEUS.
10 - E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me:
Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de JESUS;
adora a DEUS; porque o testemunho de JESUS é o espírito de profecia
2 Coríntios 11.2
2 - Porque estou zeloso de vós com zelo de DEUS; porque vos tenho
preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a CRISTO.
Efésios 5.27
27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem
ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
Lucas 12.35-37
35 - Estejam cingidos os vossos lombos, e Acesas, as vossas
candeias.
36 - E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor,
quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe.
37 - Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor
vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à
mesa, e, chegando-se, os servirá.
TEXTO ÁUREO
Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas
são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. Apocalipse 19.7
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Juízes 14.12-17 Bodas celebradas por sete dias
3ª feira – Cantares 2.1-4 A sala do banquete
4ª feira – Mateus 8.5-13 Assentar-se à mesa com Abraão, Isaque e
Jacó
5ª feira – Mateus 22.1-14 Sem as vestes nupciais
6ª feira – Mateus 25.1-6 A chegada do esposo
Sábado – Apocalipse 19.1-9 Felizes são os convidados para as bodas
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- compreender biblicamente que a Igreja é a Noiva de CRISTO e se
tornará a Esposa do Cordeiro;
- identificar, de acordo com a concepção bíblica, as
características de uma noiva que espera a chegada do noivo;
- descrever o amor do Noivo e da Noiva, cujo clímax se dará na
glória do maior casamento de todos os tempos.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, o encontro entre a Igreja e CRISTO é descrito no
Novo Testamento como: “as bodas do Cordeiro”. Este evento ocorrerá logo após o
Arrebatamento. O mundo estará debaixo
das dores e sofrimentos dos sete anos de Tribulação. Enquanto isso,
nas dimensões celestiais acontecerá dois grandes eventos:
o tribunal de CRISTO e o encontro de raro esplendor entre a Igreja (a
Noiva) e o Senhor JESUS (o Noivo). A noiva, agora esposa, representa a
comunidade de todos os salvos que foram comprados pelo sangue de CRISTO. A
esposa e os convidados têm sentido e Características idênticas, ou seja, não
estarão ali por méritos próprios, mas, sim, porque receberam um convite aberto
de extrema graça e generosidade, como disse o profeta Isaías: Vinde e
arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata,
eles se tronarão
brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como carmesim, se
tornarão como a lã (Is 1.18).
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
DEUS criou o homem e a mulher com Suas próprias mãos — como pessoas
adultas — e uniu-os em santo matrimônio (Gn 2.24). No final dos tempos, após o
tribunal de CRISTO, DEUS celebrará outra união, como no início. Será o grande
casamento: grande em amor, felicidade, alegria, significado, beleza, glória, louvor,
reverência, mistério e santidade! Esse matrimônio
chama-se “As bodas do Cordeiro”; nele, o Senhor JESUS será o Noivo,
e a Igreja, a Noiva (Ap 19.7).
SUBSÍDIO
Em paralelo, a nação de Israel e a Igreja são
comparadas a uma noiva, observando-se suas
diferenças:
(1) a nação de Israel é descrita como uma esposa imoral (Is 54.5,6;
Ez 16.28; Os 2.2; 5.3;9.1);
(2) a Igreja é descrita como uma noiva pura e virgem (2 Co 11.2)
(Adaptado de: WILLMINGTON, H. L. Central Gospel, 2015b).
1. CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO JUDAICO
O casamento judaico era uma ocasião de grande júbilo familiar (Jr 33.11).
Os nubentes usavam trajes especiais nesse dia (Is 61.10; Ez 16.9-13).
A noiva usava um fino vestido, em geral adornado com joias e outros
ornamentos (Sl 45.14,15; Is 61.10), e um véu (Gn 24.65; Ct 4.3), que era
removido no aposento nupcial — isto explica a necessidade de Rebeca
ter-se coberto com véu na presença de Isaque, seu noivo (Gn 24.65), como também
explica o fato de Labão ter
encontrado certa facilidade para trocar Raquel por Leia, sua filha
mais velha, na noite do casamento com Jacó (Gn 29.23-25). O noivo, por sua vez,
geralmente trajava roupas finas e um diadema (Ct 3.11; Is 61.10).
1.1.
Procedimentos do jovem pretendente
Segundo a
tradição hebraica, na maior parte das vezes, o pai dizia ao seu filho com qual
moça ele deveria se casar; de outra parte, a jovem teria o marido escolhido por
seu pai (1 Sm 18.17-28). Em outras ocasiões, no entanto, o rapaz poderia
contrair
matrimônio com a moça por quem se interessasse (Jz 14.1-3). A partir de então,
a proposta de casamento era feita — por meio de um contrato (legal e verdadeiro),
no qual se estabeleciam os termos do acordo. O mais importante a ser
considerado na transação era o preço que o noivo estava disposto a pagar para
desposar aquela noiva em particular (Gn 34.12).
Depois de
firmado o contrato, o noivo pagava o valor estipulado e, depois, partia.
Historiadores informam que o noivo deveria fazer um breve discurso à noiva,
dizendo: eu vou preparar lugar para você (Jo 14.2). De volta à casa de seu pai,
o
noivo deveria
construir para a noiva uma câmara nupcial, na qual passariam a lua de mel. Se
alguém visse o noivo trabalhando para concluir sua câmara nupcial, e porventura
lhe perguntasse quando seria o grande dia, ele deveria responder: só meu pai
sabe (Mt 24.36).
1.2. Deveres da
noiva pretendida
Nesse período,
a noiva era considerada consagrada, separada e comprada por preço. Ela não
poderia retirar o véu, símbolo do seu compromisso (Gn 24.65). A noiva estaria
obrigada a esperar pacientemente pelo dia do matrimônio. Nesse ínterim — além
de preparar o enxoval
e organizar
todas as coisas, até que o noivo viesse buscá-la —, a noiva deveria convocar
suas irmãs, suas melhores amigas e todos aqueles que seguiriam com ela para as
bodas. Segundo a tradição, a noiva deveria ter consigo uma lâmpada
com azeite,
para o caso de o noivo demorar a chegar, ou para o caso de ele chegar tarde da
noite — ela deveria estar pronta para partir, assim que fosse solicitada, e
isso poderia acontecer
de um momento
para o outro, sem prévio aviso (Mt 25.6).
1.3. É chegada
a hora das bodas
Os amigos do
noivo eram obrigados a dar um sinal à noiva quando se aproximassem da casa
dela, que poderia ser um grito: aí vem o esposo!
(Mt 25.6) — ao
ouvir o brado, ela saberia que a hora das bodas chegara. Ao se encontrarem, os nubentes
entravam na câmara nupcial e trancavam a porta para consumar o casamento.
Algum amigo ou
parente ficava à porta, pelo lado de fora, para vigiá-la, a fim de garantir que
eles não seriam incomodados. Enquanto isso, o pai do noivo recebia os
convidados para as bodas.
Passados sete
dias, os noivos saíam da câmara nupcial e eram anunciados por alguém que
estivesse junto à porta (Gn 29.27,28; Jz 14.12; Jo 2.2-10). Nesta ocasião, a
noiva apresentava-
se sem o véu,
por já estar desposada. A aparição dos recém-casados na festa era celebrada com
uma ceia em
homenagem ao casal.
SUBSÍDIO
A Noiva do
Cordeiro ficará sete anos no céu, na casa do Pai, e depois virá. Desta vez, com
seu Esposo, e todos conhecerão a mais formosa
entre as
mulheres (Ct 6.1; Jd 1.14).
2 . O AMOR DO
NOIVO E DA NOIVA
A essência de
todo e qualquer casamento reside na maior de todas as virtudes: o amor (1 Co
13.1-13). O amor é o vínculo da perfeição, pois reveste os cônjuges de afeto,
misericórdia, bondade,
humildade, mansidão
e longanimidade (Cl 3.14) e reveste a união conjugal de beleza, força e
estabilidade. O amor do Noivo pela Nova é infinitamente superior ao amor storge
(grego = amizade entre familiares); philia (grego = companheirismo) ou eros
(grego = amor romântico ou sensual, associado à atração física, ao prazer e ao
ato sexual propriamente dito).
O amor de CRISTO
pela Igreja — Sua futura esposa — é ágape (grego = divino e puro).
2.1.
Características do amor do Noivo
“Agostinho
disse que, no céu, o amor que recebermos de DEUS para a nossa alma transbordará
para nosso novo corpo ressurreto em uma torrente de prazer.” (KREEFT; TACELLI.
Central Gospel,
2008).
O amor (ágape)
do Noivo (JESUS) possui as seguintes características:
- sacrificial —
porque Ele entregou-se, deu-se por sua Noiva, a Igreja (Ef 5.25);
- incondicional
— porque não há qualquer exigência ou cobrança (Is 53.7);
- intenso,
robusto, crescente e edificante (Ef 4.16);
- provedor —
porque Ele supre as necessidades da Noiva, em todas as áreas (Ef 5.29);
- purificador,
com mensagens extraídas da Palavra divina (Ef 5.25,26b); ]
- eterno —
maior do que o tempo, as circunstâncias, a terra e tudo mais (Jo 13.1).
2.2.
Características do amor da Noiva
A essência do
amor da Noiva (Igreja) é o ESPÍRITO SANTO, prefigurado no azeite, citado por JESUS
na parábola das dez virgens (Mt 25.1-4). Significa dizer que o amor da Noiva é
essencialmente consagrado, dirigido e orientado pela terceira pessoa da
Trindade divina. O amor da Noiva, eleita pelo Cordeiro, é:
- santo e puro
— porque ela não se conforma aos padrões mundanos, que contaminam e Corrompem
aqueles que se deixam levar por eles (1 Jo 2.15,16);
- engrandecedor
— porque a prepara, habilita e aperfeiçoa (Ef 5.27), até que ela esteja pronta
para o encontro com o Noivo, a quem tanto ama e a quem prometeu fidelidade (Et 2.12;
2 Co 11.2);
- paciente —
porque a Noiva, submissa, espera a chegada do Seu amado (Tg 5.7);
- pacífico,
equilibrado e seguro — porque ela confia na promessa do seu Noivo: Ele voltará
para buscá-la (Jo 14.1-3);
- diligente,
dinâmico e operante — porque ela trabalha enquanto é dia, anunciando as
virtudes do Seu amado, até que Ele venha (Jo 9.4; 1 Co 11.26);
- alerta —
porque, até na escuridão da noite, ela está pronta, aguardando o Noivo, que
poderá chegar de repente (Mt 25.6).
3. A GRANDE
FESTA DAS BODAS
Nenhuma festa
de casamento terrena pode ser comparada, sob qualquer aspecto, às bodas do
Cordeiro. Todos os salvos e remidos, de todas as épocas e lugares, aguardam esse
grande dia (Ap 19.7).
3.1. Onde tudo
acontecerá
O céu foi
criado e configurado por DEUS para ser Sua morada (1 Rs 8.27,30; Is 63.15;
57.15) e para ser a morada eterna dos remidos (Hb 11.16). A grande festa das
bodas do Cordeiro acontecerá nesse lugar de perfeição, onde não haverá mais
morte, nem
pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4); nem noite (Ap 21.25); nem maldição (Ap
22.3); nem fome, sede ou calor excessivo (Ap 7.16); nem condenação (Jo 5.24),
tampouco corrupção (1 Co 15.54; 1 Pe 1.4).
A festa das
bodas do Cordeiro acontecerá na Jerusalém celestial, a cidade do DEUS vivo (Hb
12.22), exatamente na sala do trono de DEUS, onde resplandece a luz perpétua e
divinal, que o Noivo dará à Sua Noiva (Is 60.1-3,19,20).
3.2. Vestimenta
adequada
A veste nupcial
será o traje de todos os participantes escolhidos e convidados para o grande
casamento — estas foram lavadas e alvejadas pelo sangue do Cordeiro (Ap 7.14;
22.14).
O vestido da
Noiva são os atos de justiça, representados como linho fino, puro e resplandecente
(Ap 19.6-8) — como na parábola do grande rei que celebra as bodas do seu filho
(Mt 22.1-12). Aqueles que não estiverem devidamente trajados, seguindo as
exigências do evento, serão reconhecidos, confrontados e punidos (Mt 22.14).
SUBSÍDIO
“Veste
significa ‘fidelidade em viver na prática
das boas
obras’. Essa vestimenta deve ser usada
pelo crente e
consiste em boas obras realizadas na dependência do ESPÍRITO SANTO (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central
Gospel, 2010b).
3.3. Convidados
especiais
Estarão
presentes neste casamento o Pai, o ESPÍRITO SANTO e todos os seres criados que
habitam os céus (1 Tm 5.21a). Somente os chamados terão acesso (Ap 19.9),
conjuntamente
com a Igreja
triunfante e os santos do Antigo Testamento (Mt 8.11; Lc 14.15) — como disse o
senhor JESUS, os amigos do Noivo (Jo 3.29).
3.4. É tempo de
cantar e regozijar
Nas bodas do
Cordeiro, haverá grande alegria, celebração, júbilo, regozijo e felicidade (Ap
5.11-14). Ao som de instrumentos preparados exclusivamente para este fim, em
meio a cânticos e louvores, estarão o Noivo e a Noiva. Veja! O inverno passou;
as chuvas acabaram e já se foram. Aparecem flores sobre a terra, e chegou o
tempo de cantar (Ct 2.11, 12 NVI).
CONCLUSÃO
A figura da
Igreja como uma noiva que se prepara para contrair núpcias com o Senhor JESUS —
para tornar-se a esposa do Cordeiro — aparece em várias passagens bíblicas.
Este é um dos mais relevantes símbolos neotestamentários, cujos
significados
são importantíssimos para os salvos de todas as épocas.
Nesta era — na
dispensação da graça —, DEUS, por intermédio do Seu SANTO ESPÍRITO, tem nos
dado Sua unção, Sua Palavra e Seu poder para anunciarmos o evangelho ao mundo,
até que
o Noivo volte
para o grande dia das bodas celestiais (Jo 14.1,2). Devemos estar disponíveis e
cautelosos para o dia do enlace eterno com o Senhor JESUS (2 Co 11.2).
ATIVIDADE PARA
FIXAÇÃO
1. Por que a
Bíblia descreve a Igreja como uma noiva que aguarda as bodas?
R.: Porque se
trata do relacionamento mais íntimo e duradouro, de acordo com os padrões
bíblicos. A Noiva, pura e santa, aguarda com paciência, alegria e esperança, a
consumação deste casamento na segunda vinda de nosso Senhor
(Ap 17.7-9;
21.9).