Escrita Lição 07, Central Gospel, As Duas Testemunhas Do Final Dos Tempos, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 07, Central Gospel, As Duas Testemunhas Do Final Dos Tempos, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

  


 

https://youtu.be/ITYKoCsA0DQ?si=yJBB-3CHVdSnU36M Vídeo

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Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2024/05/slides-licao-07-central-gospel-as-duas.html

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ESBOÇO DA LIÇÃO

1. DUAS TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS

1.1. Testemunhas especiais

1.2. Castiçais e oliveiras

1.3. Profetas na terra dos profetas

1.4. Vestimenta significativa

2. TESTEMUNHAS PODEROSAMENTE

CAPACITADAS POR DEUS

2.1. O poder de DEUS

2.2. A manifestação do poder de DEUS

3. QUATRO ETAPAS DA MISSÃO DAS

TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS

3.1. Perseguidas pelo império das trevas

3.2. Mortas pela besta, o Anticristo

3.3. Ressuscitadas por DEUS na praça de Jerusalém

3.4. Arrebatadas aos céus

  

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Apocalipse 11.3-12

3 - E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.

4 - Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do DEUS da terra.

5 - E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.

6 - Estas têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.

7 - E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e as vencerá, e as matará.

8 - E jazerá o seu corpo morto na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.

9 - E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seu corpo morto por três dias e meio, e não permitirão que o seu corpo morto seja posto em sepulcros.

10 - E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão,

e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.

11 - E, depois daqueles três dias e meio, o espírito de vida, vindo de DEUS, entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.

12 - E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.

  

TEXTO ÁUREO

Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibas, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Isaías 43.10

  

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – 1 Crônicas 16.15-22 Não toqueis nos meus ungidos

3ª feira – Mateus 5.14-16 Resplandecendo como luz no mundo

4ª feira – João 5.28,29 A ressurreição da vida

5ª feira – Atos 1.8-11 Poder para testemunhar

6ª feira – Atos 13.1-3 Profetas na Igreja do Senhor

Sábado – 1 Tessalonicenses 4.15-17 Os salvos serão arrebatados

  

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

- analisar a missão das Duas Testemunhas no contexto escatológico desta lição;

- conhecer as principais características do plano divino para uma vida de testemunho cristão fidedigno;

- conscientizar-se de que uma testemunha fiel e autêntica passa por perseguição ou até mesmo pela morte, como as Duas Testemunhas.

  

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, nos dias que antecedem a sua aula, é impreterível que haja planejamento; portanto, pense em qual método você utilizará na condução do processo de ensino-aprendizagem.

Um dos métodos mais utilizados em classe é o da preleção (ou exposição oral), que está centralizado na figura do professor — o que pode ser uma desvantagem —; todavia, se ele for

empregado em alternância com outros, tornar-se-á mais funcional. Trabalhos em grupo e debates contribuem para uma aula mais clara e precisa, trazendo melhores resultados. A seguir, destacamos algumas sugestões para o uso do método expositivo:

- utilize-se de ilustrações para aclarar o tema;

- conheça seus ouvintes — isto favorece a adequação da linguagem para que eles sejam alcançados pelo tema;

- domine o assunto que será ministrado em classe;

- no final da aula, apresente uma síntese das ideias centrais da lição. Adaptado de: CHAVES, G. V. Central Gospel, 2012. Boa aula!

  

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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TESTEMUNHAS - עד – Ìed (hebraico)
1) testemunha
1a) testemunha, evidência (referindo-se a coisas)
1b) testemunha (referindo-se a pessoas)

 

μαρτυς martus (grego)
1) testemunha
1a) num sentido legal
1b) num sentido histórico
1b1) alguém que presencia algo, p. ex., uma contenda
1c) num sentido ético
1c1) aqueles que por seu exemplo provaram a força e genuidade de sua fé em CRISTO por sofrer morte violenta

 

 

JERUSALÉM REVELADA COMO SODOMA E EGITO -  E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra. Ap 17.5.

 

DUAS TESTEMUNHAS PODEM SER Moisés e Elias, porém, o mais provável é que sejam homens normais que venham na unção e poder, ou seja, no mesmo espírito de Moisés e de Elias, como João Batista veio na mesma unção de Elias.

 

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A medição do Templo e as Duas Testemunhas (11:1—13).

O capítulo 11 contém o interlúdio entre a sexta e a sétima trombeta, que trata em sua maior parte da medição do templo e da missão das duas testemunhas.

11:1-4 resume as seis trombetas que já soaram, e a sétima trombeta é tocada.

Temos de nos lembrar que as divisões em capítulos e versículos são uma invenção relativamente moderna, nem sempre representando unidades de pensamento no texto. Vai ajudar se fizermos primeiro um resumo do capítulo. João recebe ordens de medir o templo de DEUS e os que nele adoram, exceto o pátio interno, que as nações pisarão por quarenta e dois meses. DEUS envia duas testemunhas a Jerusalém, para que falem contra as nações, mas a besta as mata, e todo o povo se alegra com este martírio. Depois de três dias e meio elas são ressuscitadas e levadas para o céu. Em seguida um grande terremoto destrói um décimo da cidade, matando sete mil pessoas, mas o restante dá glória ao DEUS do céu.

Dispensacionalistas interpretam os principais detalhes da passagem literalmente e simbolicamente, reconhecendo nela uma profecia de restauração do templo judeu em Jerusalém no fim dos tempos e da luta entre os judeus restaurados e o Anticristo (a besta). Com certeza é também uma profecia da preservação e salvação, no fim, do povo judeu. Quando João escreveu seu livro Jerusalém já tinha sido destruída há muito tempo, e o templo estava abandonado. Pouco antes da guerra de 66-70 a.C. a comunidade judaico-cristã tinha fugido de Jerusalém para a cidade de Pela, na Transjordânia. Isto tinha aumentado a hostilidade dos judeus contra a comunidade judaico-cristã, e apressado o rompimento completo entre a sinagoga e a igreja. A pergunta que ardia nos judeus cristãos era “Será que DEUS rejeitou seu povo?” (Rm 11:1). Paulo dedicou três capítulos a este problema e concluiu que no fim os ramos originais (os judeus), que tinham sido quebrados da oliveira (o povo de DEUS), seriam reenxertados na árvore; “E assim todo o Israel será salvo” (Rm 11:26), o remanescente vivo no final da Grande Tribulação, é claro (Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. Romanos 9:27). É difícil interpretar estes três capítulos como falando simbolicamente da igreja — o Israel espiritual. Eles ensinam que o Israel físico ainda será incluído no Israel espiritual.

O próprio Senhor JESUS falou disto. Depois de lamentar sobre Jerusalém, ele afirmou: “Declaro-vos, pois, que desde agora já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mt 23:39). Em outra afirmação sua está implícita a salvação de Israel: “Até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles” (Lc 21:24). Cremos que a profecia de Apocalipse 11 é a maneira de João de predizer a preservação do povo judeu e a sua salvação no fim.

 

E outra vez diz a Escritura: Verão aquele que traspassaram. João 19.37 (final da Grande Tribulação)

 

Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e prantearão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito. Ez 12.10 (final da Grande Tribulação)

 

E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul. Ml 1.4 (final da Grande Tribulação)

 

 

b. A medição do templo e as duas testemunhas (11:1-13).

1. Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te, e mede o santuário de DEUS, o seu altar, e os que nele adoram. A palavra grega traduzida “templo” significa o edifício do templo em si, em distinção aos pátios externos. Isto é importante para a compreensão desta passagem. A área do templo era um complexo que tinha no centro de um edifício ou santuário onde estavam o SANTO Lugar e o SANTO dos Santos. Ao redor deste edifício havia três pátios: o pátio dos sacerdotes, com o altar das ofertas queimadas, onde só sacerdotes podiam entrar, ladeado, de dois outros pátios: o pátio de Israel e o pátio das mulheres. A palavra sugere que nestes pátios os judeus se reuniam para adorar. Os pátios imediatamente ao redor do edifício eram rodeados por um pátio externo bem grande — o pátio dos gentios, no qual qualquer interessado podia entrar. Na visão que João tem ele mede o santuário, os pátios dos sacerdotes, de Israel e das mulheres, junto com os que estão adorando neles, separando-os do pátio exterior dos gentios. A figura de medir uma cidade nada tem a ver com determinar suas dimensões. Ela é um símbolo para separar uma cidade ou para preservá-la ou para destruí-la. Zacarias viu um homem medindo Jerusalém, o que simbolizava a proteção divina (Zc 2:1-5). Ezequiel teve uma visão muito longa da medição de Jerusalém — simbolizando o fato de que Jerusalém ainda viria a ser a verdadeira cidade de DEUS (Ez 40-43). Em outras passagens a medição é antes um ato que simboliza destruição que preservação (2 Rs 21:13, Is 34:11; Lm 2:8). Na visão de João a medição do santuário, dos seus pátios internos e dos que estão adorando neles é um símbolo de proteção e preservação. É interessante, apesar de não especialmente importante, observar que João está agindo em sua visão. Ele recebeu uma vara e a ordem de “levantar-se e medir o santuário de DEUS” . Depois de terminar a tarefa ele novamente se tornou observador.

 

2. Mas deixa de parte o átrio exterior do santuário, e não meças, porque foi ele dado aos gentios; eles por quarenta e dois meses calcarão aos pés a cidade santa. O santuário e os pátios interiores são separados do pátio exterior — o átrio dos gentios — que não é protegido, mas será pisado pelas nações, juntamente com a cidade santa, Jerusalém inteira. É verdade que a palavra grega usada para “santuário” , não é usada no Novo Testamento para a igreja, a verdadeira morada de DEUS, em contraste com o templo judaico, que se tomou obsoleto (1 Co 3:16; 2 Co 6:16; Ef 2:21). Não há, em princípio, nenhuma razão para não dizer que a medição do templo representa simbolicamente a preservação da igreja. Aqui, porém, o templo, não está representado em primeiro plano como a morada de DEUS, mas como o templo dos judeus em Jerusalém. Além disto parece haver uma intenção específica no contraste entre a preservação do templo em si e dos seus pátios, e do pátio externo e o restante da cidade, que não são preservados. Reconhecer aqui, como alguns fazem, um contraste entre preservação espiritual em meio a perseguição física e martírio, traz consigo algumas dificuldades. A chave para interpretarmos a passagem é o que o pátio exterior e toda a cidade de Jerusalém são pisados pelos gentios. O significado mais natural de Jerusalém é que ela esteja em lugar do povo judeu. Quando JESUS disse que os gentios pisariam a cidade (Lv 21:24), ele estava falando de todo o povo. Contrastando a cidade toda com o santuário e seus adoradores, que são preservados, o contraste parece ser entre todo o povo judeu e um remanescente que adora a DEUS em verdade. Historicamente todos os judeus tinham acesso ao pátio interno para participar do culto a DEUS. Ê óbvio, porém, que no nosso caso o santuário e os que nele adoram não podem representar todo o Israel, pois estão em contraste com o pátio exterior e a cidade, que representam a nação. Isto sugere um contraste entre um remanescente fiel de israelitas crentes, que adoram verdadeiramente a DEUS, e a cidade como um todo (a cidade santa). Israel como um todo será pisado pelas nações; será julgado por DEUS porque se tomou espiritualmente apóstata. O versículo 8, onde Jerusalém é figuradamente chamada de “Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado” , sustenta este ponto de vista. Também em outras passagens da Escritura Jerusalém representa toda a nação (SI 137:5-6, Is 40:1-2; Mt 23:37).

O número “ quarenta e dois meses” tem sua origem na profecia de Daniel 9, onde o tempo que falta para o cumprimento da aliança é de “setenta semanas de anos” (Dn 9:24). Ninguém com seus cálculos pode tomar isto como um espaço de tempo exato.

Três anos e meio é o espaço de tempo que o mal dominará antes do fim. O pequeno chifre que sai dos dez chifres da quarta besta em Daniel 7 oprimirá os santos do Altíssimo “por um tempo, dois tempos, e metade de um tempo” (Dn 7:25, veja também 12:7). No Apocalipse este número é o tempo em que a cidade santa será oprimida (11:2), em que as duas testemunhas executarão sua missão (11:3), a mulher celestial (a igreja) será preservada no deserto (12:6,14) e em que a besta tem permissão para exercer autoridade (13:5). Lembremo-nos que João escreveu seu livro uns sessenta anos depois do ministério do nosso Senhor, o que deixa óbvio que ele não está pensando em nenhum tipo de continuidade direta das sete semanas de Daniel. Temos de concluir que os quarenta e dois meses (1.260 dias) representam o período em que Satanás exerce seu poder no mundo, com referência especial aos últimos dias do Anticristo (grande tribulação). Tudo que o povo de DEUS sofre da parte de Satanás durante os séculos nada mais é que uma amostra da opressão convulsiva do fim pelo Anticristo.

Neste sentido todo o desenrolar da história pode ser encarado como o tempo do fim.

 

3. Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias. DEUS não abandonará seu povo, mesmo permitindo que a cidade seja pisada pelas nações por quarenta e dois meses. Ele lhe enviará duas testemunhas, para que estas profetizem a palavra de DEUS ao povo em apuros. Ê difícil decidir se para João estas duas testemunhas eram pessoas históricas ou somente representavam a igreja testemunhando a Israel. A favor desta última conclusão está o fato de que os dois versículos precedentes são claramente simbólicos, falando da medição do templo e dos seus pátios internos, e do pátio externo que será pisado pelas nações. A descrição das duas testemunhas e do seu ministério, porém, é relatada com tantos detalhes que parece mais que João tinha estas duas testemunhas como pessoas reais que viriam de fato a Israel para promover sua conversão. É possível que o simbólico e o real estejam misturados. Assim como os três anos e meio parecem representar todo o período em que o mal dominará, com referência especial aos últimos dias desta era, assim também os dois profetas podem representar o testemunho da igreja a Israel através dos tempos, que será completado com o surgimento de dois profetas no tempo do fim. A flexibilidade do simbolismo apocalíptico deve ter lugar para possibilidades como esta. Mas também pode significar dois judeus (que já morreram ou não) que profetizarão e farão grande sinais para confirmarem que sua mensagem vem de DEUS.

 

A expressão escatológica “ os últimos dias” é usada no Novo Testamento para a

época do evangelho de CRISTO (Hb 1:2), a época do ESPÍRITO SANTO (A t 2:17), e também para os últimos dias maus (2 Tm 3:1) – Grande Tribulação.

11:4-7 Pano de saco é a vestimenta normal dos profetas (2 Rs 1:8, Is 20:2, Zc 13:4).

4. São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra. Isto é uma referência clara a uma visão de Zacarias, que viu um candeeiro de ouro, com sete lâmpadas, ladeado de dois ramos de oliveira (Zc 4:12). Em Zacarias estes ramos representam os dois ungidos, “ que assistem junto ao Senhor de toda a terra” (Zc 4:14); as duas testemunhas do Senhor, o sacerdote Josué (Zc 3:1) e o governador Zorobabel (Zc 4:6-7). João usa este simbolismo de Zacarias para afirmar que as duas testemunhas têm autorização de DEUS para falar, de onde

provém suas palavras proféticas. A frase “onde também o seu Senhor foi crucificado” (v. 8) nos leva a concluir que se trata de profetas cristãos. O grande pecado de Israel foi ter rejeitado JESUS como seu Messias e Senhor. Os dois profetas dão testemunho da lei e dos profetas ao senhorio de JESUS como Messias, e por isto também do pecado de Israel em rejeitá-lo.

5. Ninguém pode fazer mal às duas testemunhas enquanto não tiverem cumprido sua missão. Se alguém tentar, sai fogo das suas bocas e devora os inimigos. Qualquer tentativa de destruir os profetas é autodestruição. Temos aqui uma alusão à história de Elias, cujo chamado profético foi confirmado por fogo do céu (2 Rs 1:11-12.

6. Este versículo diz alguma coisa sobre a identidade das duas testemunhas.

Foi Elias quem teve autoridade para fechar o céu, para que não chova, ,e foi Moisés que teve poder sobre às águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda a sorte de flagelos. Moisés e Elias apareceram no monte da Transfiguração falando com JESUS (Mc 8:4). Mas não precisamos pensar que são eles os dois profetas, retornando à terra; dois profetas escatológicos personificarão estes dois grandes profetas, assim como João Batista personificou Elias (Mt 11:14; 17:10-13).

7. Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo pelejará contra elas e as vencerá e matará.

Enquanto não tiverem cumprido sua missão as duas testemunhas são intocáveis; cumprida a sua tarefa, elas se tomam vítimas da cólera da besta. Esta é a primeira menção à besta, como por acaso, como se ela fosse uma personagem familiar. Alguns comentadores acham que isto é uma referência antecipada à besta do capítulo 13, e é claro que em parte isto é verdade. A besta, ou Anticristo, no entanto, era um conceito familiar ao pensamento judaico-cristão, e não exigia uma descrição detalhada. A ideia remonta a Daniel 7, onde quatro bestas ferozes simbolizam uma série de grandes impérios mundiais. A quarta besta tinha 10 chifres, dos quais surgiu mais um chifre que era mais forte que os outros (Dn 7:20) e que “fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles” (Dn 7:21). Este “pequeno chifre” (Dn 7:8) “ proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo, ... que lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (Dn 7:25). Este pequeno chifre teve seu cumprimento primordial em Antíoco Epifânio, o rei selêucida que tentou desviar toda a nação judia do culto ao seu DEUS (veja o relato em 1 Macabeus), mas no fundo ele se refere ao Anticristo escatológico. Em seu discurso no monte das Oliveiras, JESUS profetizou a vinda de uma personagem escatológica que ele chamou de "abominável da desolação” (Mc 13:14, Mt 24:15), que trará sobre o povo de DEUS o pior tempo de tribulação e perseguição jamais visto. Será tão devastador que “não tivesse o Senhor abreviado aqueles dias, e ninguém se salvaria” (Mc 13:20). O terrível acontecimento de 66-70 d.C., quando os exércitos romanos cercaram Jerusalém e destruíram o templo sob as ordens de Tito foi uma amostra disto (Lc 21:20). Temos aqui uma chave importante para compreender a profecia bíblica: os acontecimentos escatológicos têm um cumprimento parcial antecipado nos acontecimentos históricos. Paulo também estava familiarizado com esta personagem, que ele chamava de homem da iniquidade (ilegalidade, no grego), porque ele desafiava as leis de DEUS e dos homens, exigindo soberania completa para si (2 Ts 2:3-4). Ele se oporá e exaltará contra qualquer assim chamado deus ou objeto de culto, e tentará até destronar a DEUS, para ser o soberano absoluto. Paulo acrescentou um traço que reaparece no Apocalipse: esta personagem escatológica será inspirada por Satanás, e terá como objetivo principal desviar os homens de CRISTO, para que todos pereçam (2 Ts 2:9-10). A besta (ou Anticristo) é figura central no Apocalipse. Ele é em primeiro plano uma personagem escatológica, em quem se concentrará a hostilidade de séculos contra DEUS, manifestada na história das nações pagãs; esta hostilidade, porém, em segundo plano já é antecipada por Roma e seu imperador, como já o fora por Antíoco Epifânio. Na passagem em questão a besta representa tanto todos os poderes maus e hostis que oprimem e perseguem o povo de DEUS quanto, e principalmente, a personagem escatológica do fim dos tempos (o anticristo).

6. Encontramos a previsão da vinda do Anticristo na literatura apocalíptica judaica em passagens como Salmos de Salomão 2:29, 17:3; Apocalipse de Baruque 40:1-3; Ascensão de lsaías 4:2-8; Oráculos Sibilinos 3:63-74.

 

11:8 O abismo, ou “poço sem fundo” , do qual sai a besta, era o lugar de onde provinham as pragas demoníacas da quinta e sexta trombeta. A besta também é de origem satânica, e tem seu poder do reino demoníaco. Depois de as duas testemunhas terem cumprido sua missão que DEUS lhe dera, a besta recebe permissão para fazer guerra contra elas e matá-las. Não devemos querer tirar demais da metáfora da guerra; no capítulo 12 há guerra entre Miguel e seus anjos e o dragão (Satanás) (12:7-8), onde é óbvio que “guerra” é um conflito espiritual. Na presente passagem guerra simplesmente significa conquista por qualquer meio, não necessariamente militar.

8. Os seus cadáveres ficarão estirados na praça da grande cidade que,

espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi

crucificado. Deixar corpos expostos e insepultos era a maior indignidade no mundo antigo (1 Rs 21:24; Jr 8:1-2; 14:16). Está claro que a cidade em foco é Jerusalém. No v. 2 encontramos razões para crer que a “cidade Santa” foi usada como sinônimo para o pátio externo do templo, em contraste com o santuário e os pátios internos, exigindo uma interpretação simbólica, referindo-se a todo o povo judeu. Nesta passagem a interpretação simbólica encontra dificuldades. Sendo a cidade a mesma em que o Senhor foi crucificado, ela deve ser a cidade literal. Aqui temos de concluir que João tinha em vista o poder da besta em Jerusalém. Para os dias de João esta profecia era destituída de importância; na Guerra Judaica de 66-70 d.C. a cidade tinha sido cruelmente arrasada, o templo fora destruído e Jerusalém deixara de ser um centro judeu. Podemos somente concordar com Hanns Lilje: “De forma que aqui Jerusalém não é mencionada meramente como uma figura teorética, vazia. De um ou outro modo a Jerusalém terrena, geográfica e histórica terá seu lugar na história dos últimos dias”. A besta estabeleceu sua soberania na capital religiosa do mundo, Jerusalém, que aqui é apresentada reconstruída e habitada por Judeus. “Sodoma e Egito” são símbolos da hostilidade contra DEUS e seu povo; Sodoma pela maneira com que seus habitantes tentaram tratar os anjos que visitaram Ló (Gn 19:1-11) e seus pecados, e Egito por ter escravizado o povo de DEUS, sempre simbolizando a escravidão do pecado. “Sodoma” se tomou símbolo de perversão, Judá é comparada a ela durante a sua apostasia (Dt 32:32; Is 1:9; Ez. 16:46, 49, 55; Jr 23:14). O “Egito” nunca foi comparado ao povo de DEUS no Antigo Testamento, mas aqui é comparado a Jerusalém. A natureza específica do pecado de Jerusalém consistia no fato de que a cidade era “ onde o seu Senhor foi crucificado” . É também a cidade que até aquele momento rejeitava o testemunho dos dois profetas enviados por DEUS para fazer Israel voltar ao seu Messias.

 

9. Além de os habitantes de Jerusalém tratarem os cadáveres dos profetas com grande indignidade, muitos dentre os povos, as tribos, as línguas e as nações, isto é, não-judeus, contemplam os cadáveres das duas testemunhas... e não permitem que estes cadáveres sejam sepultados. Esta afirmação nos faz supor que os judeus de Jerusalém fizeram uma aliança com as nações ao seu redor, simpatizando com elas, judeus e não-judeus unindo-se pelo desprezo aos dois profetas. Por três dias e meio é um número simbólico do tempo de calamidade ou maldade. Esta expressão reforça nossa conclusão de que o número três anos e meio (veja v. 2) tempo de sofrimento.

 

10. Os que habitam sobre a terra é uma expressão frequente no Apocalipse, significando o mundo pagão (3:10; 6:10; 8:13;13:8,14; 17:8).

A mensagem dos dois profetas era dirigida principalmente aos judeus, mas ela repreendia também o mundo pagão e denunciava os seus caminhos perversos. Por esta razão os não-judeus se alegraram com a morte dos dois pregadores, enviando presentes uns aos outros para expressar sua alegria.

 

11. Mas, depois dos três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de DEUS, neles penetrou e eles se ergueram sobre seus pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo. É difícil ver nestas palavras de João algo mais que uma simples afirmação literal. A conversão de Israel será acompanhada por um milagre de ressurreição. Os “três dias e meio” não se referem aos três dias que JESUS passou na sepultura, mas simplesmente ao período em que seus corpos estavam insepultos nas ruas da cidade (v. 9). “ESPÍRITO de vida” é uma frase do Antigo Testamento (Gn 2:7; 6:17; 7:15, 22). A ressurreição dos dois profetas nos lembra a profecia do reavivamento de Israel em Ez 37:10.

A ressurreição dos mártires é um acontecimento público que deverá infligir

“grande medo... àqueles que os viram” .

12. Depois de ressurretos os mártires ascendem ao céu. Os que viram sua ressurreição ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu na nuvem, e os seus inimigos as contemplaram. As palavras são quase as mesmas que João ouviu em 4:1, mas o significado é outro. João foi levado ao céu em espírito, enquanto que as duas testemunhas foram transportadas ao céu fisicamente, à vista dos que há pouco tinham se alegrado com sua morte. Elas são levadas abertamente ao céu como sinal para aqueles que tinham ouvido seu testemunho de que elas eram verdadeiros profetas, revestidos do poder de DEUS.

13. Naquela hora houve grande terremoto e ruiu a décima parte da cidade, e morreram nesse terremoto sete mil pessoas, ao passo que as outras ficaram sobremodo aterrorizadas. Um terremoto é um acontecimento que geralmente pressagia o fim (veja 6:12 e Ez 38:19, 20). Uma grande catástrofe na natureza acompanha a morte e ascensão das duas testemunhas, matando sete mil habitantes de Jerusalém. A consequência da ressurreição e ascensão dos dois mártires e do terremoto subsequente é a conversão final do povo judeu como um todo. “As outras” devem ser o restante dos habitantes de Jerusalém; não há razão para aplicar este termo aos não-judeus, que o Apocalipse representa constantemente como dedicados adoradores da besta, que não se arrependem (9:21; 16:9).

A afirmação de que eles deram glória ao DEUS do céu dá ideia de arrependimento, não somente remorso. Alguns intérpretes entendem que a frase significa que eles glorificaram a DEUS de medo e terror, sem se arrepender verdadeiramente. Porém quando esta frase é usada em outras passagens ela significa arrependimento (Js 7:19; Is 42:12, Jr 13:16; 1 Pe 2:12; 14:7; 15:4; 16:9; 19:7; 21:24). Por causa destes poderosos feitos de DEUS no fim dos tempos o povo judeu se arrependerá dos seus pecados e dará glória ao verdadeiro DEUS. Antes eles não tinham glorificado a DEUS; tinham crucificado seu Messias e rejeitado seus profetas. Agora eles se arrependem da sua desobediência e dão glória a DEUS.

APOCALIPSE - Introdução e Comentário - George Eldon Ladd - Professor de Novo Testamento e Exegese - Seminário Teológico Fuller – SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA e ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO.

(COM ALGUMAS ALTERAÇÕES DO Pr. Henrique)

 

 

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BEP - CPAD

11.1 MEDE O TEMPLO DE DEUS. Ap 11 continua o interlúdio (que começou no cap. 10) acerca de Israel e do templo, e dá uma ideia da vida espiritual de então daquele povo. Os eventos aqui registrados ocorrem na cidade onde o Senhor foi crucificado, i.e., Jerusalém (v. 8). Israel continua na incredulidade durante essa parte da tribulação. O "templo de DEUS" pode referir-se à existência de um templo em Jerusalém nesse período, o qual será profanado pelo anticristo no final dos 3 anos e meio iniciais de Tribulação (ver Ap 13.14,15Dn 9.2712.112 Ts 2.4). A medição do templo significa que DEUS medirá a condição espiritual do povo judaico (cf. Ez 40Zc 2).

11.2 PISARÃO. Durante a tribulação, Israel e a "Cidade Santa" serão oprimidos pelos gentios e sofrerão grandemente durante 42 meses (ver Lc 21.24). Israel será severamente julgado por causa da sua rejeição a CRISTO e da sua imoralidade semelhante a "Sodoma" (vv. 8,13). Os 42 meses provavelmente se refiram ao período final, de três anos e meio, da tribulação (cf. Dn 7.259.27Ap 12.7).

11.3 MINHAS DUAS TESTEMUNHAS. DEUS enviará duas testemunhas para pregar o evangelho e profetizar a respeito do futuro; terão grande poder sobrenatural (vv. 5,6) e exercerão o seu ministério no poder do ESPÍRITO. Serão grande ameaça ao Anticristo e a todo o mundo ímpio durante um período de 1260 dias, e neutralizarão os sinais e maravilhas dos profetas da Besta (Ap 13.13,14). As duas testemunhas têm poder como Moisés e Elias (ver Ml 4.5).

11.4 OLIVEIRAS... CASTIÇAIS. Através desta linguagem, João está dizendo que as duas testemunhas receberão o poder do ESPÍRITO SANTO para revelarem a luz, a verdade de DEUS (ver Zc 4.2-14).

11.7 A BESTA... AS MATARÁ. As duas testemunhas são mortas porque apresentam a verdade do evangelho e bradam fielmente contra os pecados do povo. Jerusalém é, neste tempo, chamada "Sodoma" por causa da sua imoralidade, e "Egito" devido ao seu mundanismo (v. 8).

A besta é o anticristo (cf. Ap 3.114.9,1115.216.217.3,1319.2020.10) ou o "homem do pecado" (2 Ts 2.3-10). Note-se que as duas testemunhas não podiam ser mortas até completarem a sua obra. Assim é o caso de todos os servos de DEUS que permanecem fiéis a Ele.

11.11 CAIU GRANDE TEMOR. Por causa da ressurreição das duas testemunhas (vv. 11,12) e do julgamento divino (v. 13), um remanescente em Israel aceitará a mensagem das duas testemunhas e dará glória a DEUS (v. 13).

Bíblia de Estudo Pentecostal BEP (COM ALGUMAS ALTERAÇÕES DO Pr. Henrique)

  

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11.1-3 tire as medidas... e conte as pessoas. Ao mesmo tempo em que presenciamos muita morte e destruição na terra, da parte de DEUS está tudo sabido e contado, tudo sob controle, quarenta e dois meses é o mesmo tempo que mil duzentos e sessenta dias, e também que "três anos e meio" (12.4). Em Apocalipse os números sempre são mais do que simples contagem; aqui representam um período delimitado de tempo de sofrimento para o povo de DEUS (Israel) em que a missão é testemunhar. A visão destas duas testemunhas se relaciona com a profecia de Zc 3.

11.10 Os povos da terra ficarão felizes. Repare que "povos da terra" se refere a toda a população que não segue JESUS. Com a vitória conquistada sobre o povo de DEUS (Israel), as pessoas imitarão o Natal, trocando presentes em comemorarão pela morte das testemunhas. Do memo modo a vida e a pregação do povo de DEUS incomoda muita gente, especialmente os líderes da sociedade, que são quem mais lucram com a forma como vivemos no planeta (e que possivelmente decretarão feriado e festividades).

11.11 todas as pessoas que os viram. As testemunhas, tal qual JESUS, não passarão muito tempo mortas, de modo que ainda estará bem viva na memória das pessoas a lembrança do povo de DEUS, quando este será ressuscitado e subirá para o encontro nas nuvens com o Senhor (1Ts 5). Naturalmente, todos "os que habitam sobre a terra" ficarão apavorados.

11.13 Naquele momento houve um violento terremoto. É uma pena que as pessoas tenham de ver os desastres naturais e as intervenções sobrenaturais para reconhecer a existência e a soberania de DEUS, pois ele é o mesmo que mostra seu poder e misericórdia em nossa vida diariamente.

11.15 reinará para todo o sempre. Este verso, trazido com o toque da última trombeta, é muito conhecido pelo coro da música "Aleluia" de Handel. Finalmente este mundo vai se tornar o mundo de DEUS e de seu Messias, JESUS que reinará por mil anos sobre todo planeta Terra.

Adam Clarke Novo Testamento (COM ALGUMAS ALTERAÇÕES DO Pr. Henrique)

 

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Lição 07, Central Gospel, As Duas Testemunhas Do Final Dos Tempos, NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 07, Central Gospel, As Duas Testemunhas Do Final Dos Tempos, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. DUAS TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS

1.1. Testemunhas especiais

1.2. Castiçais e oliveiras

1.3. Profetas na terra dos profetas

1.4. Vestimenta significativa

2. TESTEMUNHAS PODEROSAMENTE

CAPACITADAS POR DEUS

2.1. O poder de DEUS

2.2. A manifestação do poder de DEUS

3. QUATRO ETAPAS DA MISSÃO DAS

TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS

3.1. Perseguidas pelo império das trevas

3.2. Mortas pela besta, o Anticristo

3.3. Ressuscitadas por DEUS na praça de Jerusalém

3.4. Arrebatadas aos céus

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Apocalipse 11.3-12

3 - E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.

4 - Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do DEUS da terra.

5 - E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.

6 - Estas têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.

7 - E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e as vencerá, e as matará.

8 - E jazerá o seu corpo morto na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.

9 - E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seu corpo morto por três dias e meio, e não permitirão que o seu corpo morto seja posto em sepulcros.

10 - E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.

11 - E, depois daqueles três dias e meio, o espírito de vida, vindo de DEUS, entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.

12 - E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.

  

TEXTO ÁUREO

Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibas, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Isaías 43.10

  

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – 1 Crônicas 16.15-22 Não toqueis nos meus ungidos

3ª feira – Mateus 5.14-16 Resplandecendo como luz no mundo

4ª feira – João 5.28,29 A ressurreição da vida

5ª feira – Atos 1.8-11 Poder para testemunhar

6ª feira – Atos 13.1-3 Profetas na Igreja do Senhor

Sábado – 1 Tessalonicenses 4.15-17 Os salvos serão arrebatados

  

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

- analisar a missão das Duas Testemunhas no contexto escatológico desta lição;

- conhecer as principais características do plano divino para uma vida de testemunho cristão fidedigno;

- conscientizar-se de que uma testemunha fiel e autêntica passa por perseguição ou até mesmo pela morte, como as Duas Testemunhas.

  

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, nos dias que antecedem a sua aula, é impreterível que haja planejamento; portanto, pense em qual método você utilizará na condução do processo de ensino-aprendizagem. Um dos métodos mais utilizados em classe é o da preleção (ou exposição oral), que está centralizado na figura do professor — o que pode ser uma desvantagem —; todavia, se ele for empregado em alternância com outros, tornar-se-á mais funcional. Trabalhos em grupo e debates contribuem para uma aula mais clara e precisa, trazendo melhores resultados. A seguir, destacamos algumas sugestões para o uso do método expositivo:

- utilize-se de ilustrações para aclarar o tema;

- conheça seus ouvintes — isto favorece a adequação da linguagem para que eles sejam alcançados pelo tema;

- domine o assunto que será ministrado em classe;

- no final da aula, apresente uma síntese das ideias centrais da lição. Adaptado de: CHAVES, G. V. Central Gospel, 2012. Boa aula!

  

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

Nesta lição, estudaremos duas personagens misteriosas, referidas no Livro do Apocalipse apenas como as Duas Testemunhas (Ap 11.3). O que se sabe a respeito dessas duas  personalidades escatológicas é que elas estão ligadas ao tempo da Grande Tribulação, quando o Anticristo se voltará contra a nação de Israel, depois de profanar o Templo (2 Ts 2.4; Ap 11.1,2). Essas testemunhas profetizarão na cidade de Jerusalém e exercerão um ministério impactante e sobrenatural por 42 meses — 1.260 dias, ou três anos e meio. As Duas Testemunhas proclamarão uma nova etapa, um novo mundo, onde não haverá morte, nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4). Todos os que aceitarem o dom de DEUS, permanecerem fiéis e guardarem os mandamentos do Senhor serão salvos e viverão felizes na presença do Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). Logo que terminarem a sua missão, as Duas Testemunhas serão mortas pela besta (Ap 11.7).

  

1. DUAS TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS

Muitas especulações foram feitas no decorrer da História a respeito da identidade das Duas Testemunhas. Uma das correntes mais  conhecidas defende que elas representam os dois Testamentos (Antigo e Novo). Outros estudiosos, no entanto, afirmam que elas podem retratar duas dispensações (como, por exemplo, Lei e Graça). Outros comentaristas bíblicos acreditam que podem ser Josué e Zorobabel, João e Paulo, Enoque e Elias ou, talvez, dois pregadores — um judeu e outro gentio. Entretanto, a opinião mais predominante é que sejam Moisés e Elias.

  

1.1. Testemunhas especiais

Essas Duas Testemunhas encontram-se no meio da septuagésima semana das visões  escatológicas de Daniel (Dn 9.24). Mesmo que este seja um período da falsa paz, em que haverá demonstrações de poder e muitos sinais, elas se levantarão contra o Anticristo — para fazer oposição ao seu governo autocrático e diabólico — e tentarão libertar o mundo da cegueira espiritual, pois as pessoas, nesse período, o aclamarão como líder mundial e o adorarão, profanamente, como se fosse ele um deus (Is 14.13,14; 2 Ts 2.4). A coligação infernal — composta pelo Anticristo, pelo Falso Profeta, pelos demônios e pelas nações ímpias que rejeitam e blasfemam contra o DEUS verdadeiro (Ap 16.9) — formará um único bloco maligno, que buscará a vitória pública, esmagadora e contundente do diabo e, por essa razão, se posicionará contra as Duas Testemunhas (Ap 11.3).

  

1.2. Castiçais e oliveiras

No decurso de três anos e meio, despontará um fato que comprovará a origem divina das Duas Testemunhas, simbolizadas no Apocalipse como castiçais e oliveiras que estão diante do DEUS da terra (Ap 11.4b). Como castiçais, elas refletirão a luz divina e iluminarão o mundo, envolto em trevas. Como oliveiras (árvore que produz azeitona, e de cujo fruto se extrai o azeite), representarão a unção do ESPÍRITO SANTO. Ungidas, separadas e enviadas pelo Senhor todo-poderoso, as Duas Testemunhas serão instrumentos vivos da glória de DEUS (Lc 4.18,19).

  

SUBSÍDIO 1.2

“As testemunhas são descritas como duas oliveiras e dois castiçais. (...) O princípio universal para essas e todas as outras testemunhas do Senhor é que o testemunho delas pela verdade não é por força, nem por violência, mas pelo ESPÍRITO do Senhor (Zc 4.6).” (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010b).

  

1.3. Profetas na terra dos profetas

As Duas Testemunhas proclamarão as palavras de DEUS em Israel, terra dos profetas. Jerusalém, a cidade inesquecível, amada e reverenciada por judeus em todos os lugares do mundo, será o palco principal dos eventos mais importantes do tempo do fim. As testemunhas-profetas do Senhor exercerão suas atividades precisamente onde tudo começou e onde tudo terminará (Ap 11.8,9). O propósito divino para as Duas Testemunhas é o de que sirvam como vozes proféticas no tempo do fim. Elas alertarão as pessoas a buscarem o Senhor, enquanto houver oportunidade (Is 55.6); anunciarão as punições e bênçãos prometidas, quando os reinos forem do CRISTO de DEUS (Ap 11.15); profetizarão sobre a restauração espiritual, política, social e territorial de Israel, do remanescente que fugirá para o deserto (Ap 12); e vaticinarão a derrota do Anticristo e seus exércitos (Ap 17.14; 19.11-21). As Duas Testemunhas exercerão seu ministério profético durante o tempo predeterminado pelo Senhor (Ap 11.3).

  

SUBSÍDIO 1.3

“O Anticristo, finalmente, receberá permissão para matar as Duas Testemunhas. Porém, ela não (a besta) não poderá matá-las, até que elas terminem o seu testemunho.” (WILLMINGTON, H. L. Central Gospel, 2015a).

  

1.4. Vestimenta significativa

Os panos de saco (tecido grosseiro, fabricado com pelo de bode; conf. Ap 11.3) eram utilizados por aqueles que pranteavam — Jacó (Gn 37.34); Davi (2 Sm 3.31); Acabe (1 Rs 21.27); Ezequias (2 Rs 19.1). Esse tipo de vestimenta traduz humildade e modéstia, mas, ao mesmo tempo, indica tristeza, insatisfação e desconforto. Trajadas com tais vestes, as Duas Testemunhas, simbolicamente, manifestarão seu desagrado e discordância em relação à situação causada pelos agentes do mal.

  

SUBSÍDIO 1.3

A aparência das Duas Testemunhas é peculiar; elas estarão vestidas de saco (Ap 11.3), simbologia que indica tristeza, humildade e lamento (Gn 37.34; 2 Sm 3.31). Elias e João Batista vestiram-se desta maneira (2 Rs 1.8; Mt 3.4).

  

2. TESTEMUNHAS PODEROSAMENTE CAPACITADAS POR DEUS

Para desenvolverem a sua missão, as Duas Testemunhas escatológicas receberão, de DEUS, poder (Ap 11.3) para enfrentar o governo do Anticristo, que opera por Satanás (Ap 13.2).

Vejamos, portanto, como DEUS as capacitará para enfrentar as forças das trevas (Ap 11.4).

  

2.1. O poder de DEUS

DEUS declara que as Duas Testemunhas são dele (minhas; conf. Ap 11.3) e que as dotará de poder — como a Moisés e a Elias (Êx 7.19,20; Tg 5.17) —, a fim de que possam comprovar suas profecias e executar, em última instância, Seus planos eternos. Durante três anos e meio, as duas personagens escatológicas serão imbatíveis, poderosas e invencíveis. Como profetas, vaticinarão juízos divinos sobre seus inimigos (Ap 11.5) e sobre a Natureza (Ap 11.6), e seus vaticínios se cumprirão imediatamente — como aconteceu a Eliseu (2 Rs 5.27) e a Paulo (At 13.11).

  

2.2. A manifestação do poder de DEUS

Obras maravilhosas, fruto do incomparável poder do Senhor, aparecem em todo texto bíblico. Lembremo-nos de algumas delas.

- Libertação de cativeiros — como ocorreu no Egito, após 430 anos de escravidão (Êx 12.40,51) — e prisões — como aconteceu ao apóstolo Pedro (At 12.10).

- Aniquilação dos inimigos de DEUS e de todos os que se levantam contra Sua obra — como aconteceu nos dias de Ezequias, rei de Judá (2 Rs 19.20-35).

- Provisão de alimentos — como aconteceu à viúva de Sarepta e a seu filho (1 Rs 17.14-16) e no ministério do Senhor JESUS (Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc 9.10-17; Jo 6.1-14).

- Proteção de todo mal (doenças, desastres, ataques e tragédias) — como aconteceu ao patriarca Jacó (Gn 28.15; 35.3). Assim como aconteceu no passado, nos tempos do fim, as

Duas Testemunhas — investidas, revestidas e possuídas pelo poder de DEUS — cumprirão integralmente a missão divina.

  

3. QUATRO ETAPAS DA MISSÃO DAS

TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS

O ministério das Duas Testemunhas subdivide-se em quatro etapas: perseguição, morte,  Ressurreição e arrebatamento. Suas obras repercutirão no céu, no inferno, na terra — especialmente em Israel e nações vizinhas — e nas regiões celestiais.

  

3.1. Perseguidas pelo império das trevas

A Escritura narra o sofrimento, a perseguição e até a morte (martírio) dos que servem ao Senhor com fidelidade e incondicional retidão (Ez 3.25; Mt 10.16-18,21,22; Jo 15.20; 16.2; At 14.22; 2 Tm 3.12). As Duas Testemunhas escatológicas não escaparão à perseguição feroz e cruel que se levantará por todos os lados, visando à sua destruição. Certamente, nesse tempo, os algozes desses servos de DEUS utilizarão os recursos midiáticos e tecnológicos disponíveis para este fim. E a mensagem que propagarão será uma só: “Eles são inimigos públicos do Estado, do sistema, do grande líder, das instituições e da família. São perigosos porque se utilizam de forças estranhas, místicas e assombrosas; por essa razão, precisam ser eliminados a qualquer custo”. 

 

3.2. Mortas pela besta, o Anticristo

Ao fim de três anos e meio, o ministério público das Duas Testemunhas terá fim. Neste momento, o Anticristo fará guerra aos santos (Dn 7.21) e os vencerá (Ap 11.7). Os habitantes trocarão

presentes (Ap 11.9,10). Tudo isso acontecerá na cidade de Jerusalém, que é chamada, espiritualmente, de Sodoma e Egito, devido à sua apostasia e pecado (Ap 11.8).

  

3.3. Ressuscitadas por DEUS na praça de  Jerusalém

Em sinal de infâmia e desonra, homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações impedirão que as Duas Testemunhas sejam sepultadas. Todavia, após três dias e meio, os corpos jacentes na Praça ouvirão a voz de DEUS e ressuscitarão (Jo 5.25; Ap 11.11) — como aconteceu no vale de ossos secos, DEUS trará à vida os seus servos (Ez 37.10). O impacto desse acontecimento confundirá o mundo. O texto bíblico diz ainda que, naquela ocasião, as pessoas testemunharão — seja pela televisão ou por quaisquer outros recursos midiáticos — o terremoto que abalará a cidade e tragará sete mil homens (Ap 11.13); e acrescenta que os sobreviventes, muito atemorizados, darão glória ao DEUS do céu (Ap 11.13b).

  

3.4. Arrebatadas aos céus

DEUS chamará as Duas Testemunhas ao céu, e elas subirão em uma nuvem, sob os olhares perplexos dos seus perseguidores (Ap 11.12).

Esse evento corrobora o arrebatamento dos mortos salvos, que ressuscitaram e foram arrebatados ao céu — juntos com os salvos vivos transformados —, para encontrar-se com o Senhor JESUS (1 Ts 4.16-18). 

 

CONCLUSÃO

DEUS sempre apresenta ao mundo um testemunho, para que ninguém fique inescusável diante Dele — inclusive os homens cegos pelo Anticristo. Durante a Grande Tribulação, dois profetas do Senhor se levantarão entre os homens, dando mostras de Seu imenso poder para julgar o mundo, destruir Satanás e desmascarar o erro (Ap 11.3-6). Eles levarão ao reino do Anticristo — como Elias e Moisés levaram a Acabe e Faraó (1 Rs 18.17; Êx 9.1-9,14) — desassossego, perturbação e derrota.

  

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Por que DEUS levantará Duas Testemunhas escatológicas no meio da Grande Tribulação?

R.: Porque elas testemunharão contra o Anticristo e suas promessas ilusionistas. As Duas Testemunhas terão um ministério semelhante

ao de Moisés e Elias: elas serão vozes proféticas de denúncia, advertência e juízo nesse tempo (Ap 11.2-19).