Escrita, Lição 13, CPAD, O Propósito de Missões, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620
(CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O
ALVO DA OBRA MISSIONÁRIA
1. O
fundamento da realidade salvífica
2. Um
propósito global
II –
PREGAR O EVANGELHO: A
RESPONSABILIDADE
DE TODO CRISTÃO
1. Qual
é a nossa disposição?
2.
“Pois me é imposta essa obrigação”
TEXTO ÁUREO
“Porque,
se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa
obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Co 9.16)
VERDADE PRÁTICA
Pregar
o Evangelho a toda a criatura não é uma opção, mas uma imposição divina.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Mt 28.18-20 Uma ordenança para pregar o Evangelho
Terça - 1 Co 9.16 A pregação do Evangelho como o dever de cada crente
Quarta - Mt 24.14 A vinda do Senhor JESUS tem a ver com a obediência da
evangelização
Quinta - Ec 9.10; 2 Co 5.10; Ap 22.12 A obra da evangelização é uma urgência no
Reino de DEUS
Sexta - At 20.24 Prontos em cumprir com alegria a incumbência da evangelização
Sábado - Mt 24.45-51; 25.14-30 Prestaremos contas do nosso trabalho de
evangelização
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse 5.9-14
9 - E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de
abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para DEUS
homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
10 - e para o nosso DEUS os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a
terra.
11 - E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e
dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares,
12 - que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o
poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.
13 - E ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e
que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado
sobre o trono e ao Cordeiro sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e
poder para todo o sempre.
14 - E os quatro animais diziam: Amém! E os vinte e quatro anciãos
prostraram-se e adoraram ao que vive para todo o sempre.
Hinos Sugeridos: 72, 173, 316 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS
EXTRAS PARA A LIÇÃO
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Meus comentários (Pr. Henrique
– 09-12-2023)
Introdução
A tarefa mais importante da
Igreja de JESUS CRISTO, enquanto aqui na
terra, é pregar o evangelho a todos os seres humanos. Não há como fugir da
ordem de JESUS a todos nós: IDE. Não é um pedido, não é um conselho, não é uma
advertência; é uma ordem sem permissão de retrucar ou apresentar alguma
desculpa. Podendo o ouvinte ser penalizado severamente se vier a se recusar a
obedecer. É uma imposição de DEUS
.
I – O ALVO DA OBRA MISSIONÁRIA
1. O fundamento da realidade
salvífica
“Digno és de tomar o livro e
de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para
DEUS homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9).
DICIONÁRIO CALVINISTA Strong πας pas
- Os calvinistas dizem que esse todo ou toda se refere somente aos escolhidos
por DEUS antes da fundação do mundo. Para eles se refere a apenas os
predestinados para a salvação (implica em dizer que JESUS morreu só por estes e
os outros que não estão neste grupo foram escolhidos para irem para o inferno e
posterior Lago de Fogo e Enxofre).
1) individualmente
1a) cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer
coisa
2) coletivamente
2a) algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele
Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no
Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O
mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em
vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as
pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para
significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus,
alguns gentios, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a
judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
PORÉM NÃO PODEM ESCAPAR DESTE
VERSÍCULO - 1 Jo 2.2 E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente
pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
DICIONÁRIO CALVINISTA Strong κοσμος kosmos
mundo, universo - o círculo da terra, a terra - os habitantes da terra, homens,
a família humana
- a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso
hostil a causa de CRISTO.
Mas eles dão sempre um jeito
de traduzir a palavra todos de uma maneira que signifique somente os
predestinados ou escolhidos (assim são ensinados e assim creem, infelizmente).
ESTE VERSÍCULO DEVERIA SER
SUFICIENTE PARA ELES, PORÉM NÃO É.
- 1 Jo 2.2 E ele é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos
de todo o mundo.
Assim em toda parte onde
aparece todos para eles significa somente os que foram previamente escolhidos
para a salvação, não considerando a presciência de DEUS, mas a pré-escolha, ou
predestinação (equivocada).
Mas, nós que recebemos a
revelação do ESPÍRITO SANTO, sabemos bem que todos são todos mesmo e que JESUS morreu
por todos e para que todos tenham a chance de serem salvos a partir do momento
que ouvirem a pregação do evangelho e crerem. Os grifos a seguir são nossos:
¹³ Em
quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho
da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito
Santo da promessa; Efésios 1:13
Porque pela graça sois
salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; Efésios 2.8
¹⁷ De
sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Romanos 10:17
²¹ Visto
como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria,
aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. 1 Coríntios 1:21
³ Porque isto é bom e
agradável diante de Deus nosso Salvador, ⁴ Que quer que todos os homens se
salvem, e venham ao conhecimento da verdade. ⁵ Porque há um só Deus, e um só
Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. 1 Timóteo 2:3-5
¹⁶ Porque não me envergonho do
evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que
crê; primeiro do judeu, e também do grego. Romanos 1:16
16 Porque Deus amou o mundo de
tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna Jo 3.16
³²
Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante
de meu Pai, que está nos céus.
Mateus
10:32
2. Um propósito global
É impossível ler o capítulo
16 de Marcos e não perceber a ordem explícita de JESUS para pregarmos o evangelho
a todos os seres humanos. Para que pregaríamos a todos se todos não podem ser
salvos? (porém, para os calvinistas todos esses todos se referem a apenas os escolhidos
previamente desde a fundação do mundo, desprezando a onisciência de DEUS – é lamentável
esse ensino distorcido, mas é no que acreditam).
Marcos
16.15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. 17 E
estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão
novas línguas; 18 pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera,
não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão. 19 Ora,
o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à
direita de Deus. 20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes,
cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se
seguiram. Amém!
A Grande
Comissão, é dada mais brevemente em Marcos (v. 15 )
do que em Mateus ( 28, 19-20 ), mas
o principal impulso é o mesmo. Há uma forte ênfase no batismo (v. 16 ), será que está se referindo mesmo ao batismo nas águas como a maioria dos
estudiosos acredita? O contexto imediato indica batismo com o ESPÍRITO SANTO. Veja:
Falarão novas línguas – se refere a quem é batizado
com o ESPÍRITO SANTO.
Expulsão de demônios e curas se refere a Dons do ESPÍRITO
SANTO recebidos após o batismo com o ESPÍRITO SANTO, na maioria das vezes,
quando manifestados em muitas ocasiões.
Mateus coloca ênfase no todas as nações indicando globalidade.
¹⁹ Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; Mateus
28:19
II – PREGAR O EVANGELHO: A
RESPONSABILIDADE DE TODO CRISTÃO
1. Qual é a nossa
disposição?
Vemos nos primeiros cristãos a
urgência de pregar o evangelho, pois esperavam a iminente volta de JESUS para
os buscar cotidianamente. Acordavam pensando no arrebatamento e adormecem
pensando nisso mesmo. Devido a isso era-lhes urgente pregar o evangelho a todos
para também fossem salvos.
Parece que a letargia
espiritual tomou conta dos crentes atuais que não esperam a volta de JESUS hoje,
não amam sua vinda, antes amam mais as coisas de baixo do que as de cima. Vivem
no materialismo e consumismo desenfreado. Se lhes fosse oferecida a chance de
escolherem entre viverem aqui na terra como ricos e o arrebatamento, prefeririam
ficar por aqui mesmo.
O primeiro amor e o desejo pela
vinda de JESUS esfriaram.
⁴ Tenho, porém, contra ti que deixaste
o teu primeiro amor. Apocalipse 2:4
⁸ Desde agora, a coroa da
justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e
não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. 2
Timóteo 4:8
É urgente que preguemos o
evangelho a todos os que encontrarmos
pela frente. O tempo é este e a hora é esta. Vamos prestar contas diante de DEUS
pela obra que deixamos de realizar para Ele por preguiça, dispersão ( falta de concentração; desatenção) ou
qualquer outra desculpa.
Não é preciso acontecer alguma
guerra ou pandemia ou qualquer tragédia para que aconteça o arrebatamento. O dia
e a hora não nos foram revelados e pode acontecer hoje ainda. Agora mesmo.
Assim devemos estar atentos e prontos.
2. “Pois me é imposta essa obrigação”
Pesa επικειμαι epikeimai
1) estar em cima, basear-se sobre, estar colocado sobre
1a) sobre brasas ardentes
2) metáf.
2a) de coisas, da pressão de uma tempestade violenta
2b) dos homens, pressionar, ser urgente
Não há possibilidade de recusa ou desculpa. Imposta significa que nossa
vontade não é respeitada ou solicitada. Quem não faz por amor e obediência deve
fazer por medo de ir para ao inferno.
⁴ Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se
não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. ⁵ Eu sou a
videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer. ⁶ Se alguém não estiver em mim, será lançado
fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. João 15:4-6
Obrigação αναγκη anagke
1) obrigação, imposta seja pelas circunstâncias, ou pelo
princípio do dever com referência à benefício, costume ou desacordo de alguém
2) calamidade, aflição, situação extremamente difícil
Não há escolha, não há
permissão, não há possibilidade de recusa.
EIS AÍ A GRANDE
COMISSÃO
Marcos 16.15 E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Mateus 28:19 Portanto ide, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO
Atos 1:8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo,
que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como
em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.
João 20:21,22 Disse-lhes,
pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também
eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes:
Recebei o Espírito Santo.
Lucas 24:46,47 E disse-lhes:
Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia
ressuscitasse dentre os mortos, E em seu nome se pregasse o arrependimento e
a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
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A Missão da Igreja - Byron D. Klaus
- TEOLOGIA SISTEMÁTICA STANLEY M. HORTON
Qualquer debate a respeito da missão
da Igreja leva-nos a considerar os alicerces nos quais acha-se edificada a sua
identidade. Os pentecostais certamente tornaram-se notórios pelo fervor de sua
reação à missão redentora que nos confiou o Senhor JESUS Cristo. Mesmo assim,
cada geração deve ter a sua própria apreciação da missão e propósitos nos quais
centralizam-se a sua identidade. 1
Nosso conceito da Igreja e de sua
missão encontra-se profundamente arraigado à nossa experiência com Cristo e com
o ESPÍRITO SANTO. Sugerir que nos esquivemos dessa influência para,
simplesmente, teorizarmos a respeito da Igreja e de sua missão, implica na
remoção da parte essencial de nossa vocação. Embora algumas tradições
religiosas considerem o Movimento Pentecostal como basicamente centralizado
nas experiências, não devemos permitir que isso lance dúvidas à obra soberana
de DEUS reintroduzida no século XX. O ESPÍRITO tem, graciosamente, permitido
que o nosso movimento sirva de testemunho do revestimento de poder necessário à
Igreja ser o meio de levar a efeito a missão redentora que nos confiou DEUS. 2
A Missão da Igreja Segundo a Bíblia
Embora os temas do Pentecostes e da
missão da Igreja sejam importantes à nossa reflexão, a compreensão bíblica
torna-se indispensável. Desde a Criação até à Consumação, a Bíblia registra a
reconciliação como o aspecto fundamental do caráter divino. A missão de DEUS,
que é reconciliar consigo mesmo a humanidade, segundo os registros autorizados
das Escrituras, revela a origem de nossa motivação suprema quanto à missão da
Igreja.
Alicerces no Antigo Testamento
O Antigo Testamento oferece-nos as
figuras iniciais dos esforços de DEUS em redimir um povo que lhe refletisse a
glória. A história primitiva do povo de DEUS está fixada no contexto de
"as nações" (Gn 12.3;
22.17). Esse fato tem profunda relevância
para o desdobramento da intenção de DEUS: a redenção da humanidade. 3
Gênesis 1.26-28 revela que a
humanidade foi criada à imagem de DEUS. Embora esse fato requeira explicações
consideráveis, dois elementos fazem-se fundamentais: (1) Fomos criados para ter
comunhão com DEUS. (2) Temos a responsabilidade, pelo fato de termos sido
criados à sua imagem, de manter esse relacionamento com DEUS. A totalidade da
raça humana compartilha de uma origem e dignidade comuns em virtudes de suas
raízes também comuns. Jamais poderemos contemplar o mundo sem vermos a DEUS
como o DEUS de toda a humanidade. Estamos sujeitos a DEUS, e vivemos na esfera
de sua atividade redentora. 4
O Gênesis (capítulos 1-11) registra
os inícios da História; o Apocalipse, a sua culminação. O caráter redentivo de
DEUS permeia o tema da salvação, tema este que abre caminho pelas
complexidades da História, e que terá como auge a redenção de um número
incontável de pessoas de cada "tribo e língua" reunidas em derredor
do trono divino (Ap 5.9,10; 7.9-17). No relato da família de Abraão,
vemos o início do escopo mundial da redenção (Gn 12.1-3). Não foi para
excluir o restante da humanidade que DEUS escolheu um homem ou um povo. Pelo
contrário: Abraão e Israel foram escolhidos para que canalizassem as bênçãos
divinas a todos os povos da terra (Gn 12.3).5 DEUS foi lidando com
Abraão e com Israel a fim de exprimir suas reivindicações redentoras sobre
todas as nações. 6
Israel, como o povo de DEUS no
Antigo Testamento, tinha um triste histórico: esquecer-se do propósito para o
qual fora escolhido por DEUS. Seu orgulho veio a ser causa de muitas tragédias.
DEUS usava continuamente os profetas, inspirados pelo ESPÍRITO SANTO, para
lembrar ao povo de que sua identidade era de "luz para todas as
nações" (Is 49.6). Êxodo
19.4-6 retrata como DEUS salvou a Israel
do Egito. O Senhor era, para com Israel, como se fosse uma águia vigiando seus
filhotes no aprendizado do vôo. Israel era "propriedade peculiar" de
DEUS. A terra inteira era do Senhor, mas Israel devia ser "reino
sacerdotal e povo santo". SANTO no sentido de ser separado para DEUS, a
fim de cumprir o seu propósito de abençoar a todas as nações.
Num trecho paralelo (Dt 7.6-8), DEUS induziu a
seu povo a lembrar-se de que não mereciam essa condição por sua própria
grandeza qualitativa ou quantitativa. Eram sua possessão preciosa pela sua
própria escolha e graça, e porque Ele é amor. Como povo santo de DEUS, deviam
refletir-lhe o amor. Por isso, tornou-os um "reino sacerdotal". Nesse
trecho, DEUS estava fazendo seu povo lembrar-se de sua missão. Israel devia
funcionar como intermediário entre as nações e DEUS. Como "nação
santa", teria de se dedicar completamente aos propósitos para os quais
foram escolhidos e colocados. Sua identidade não tinha outra fonte senão o
amor de DEUS,.e seu propósito não tinha outra origem senão aquela definida pelo
Senhor.7
Outro trecho do Antigo Testamento
oferece-nos uma perspectiva clara acerca da intenção de DEUS para o seu povo. O
Salmo 67 é um cântico missionário; uma
oração para que DEUS abençoe o seu povo. As bênçãos divinas sobre os israelitas
demonstrariam às nações que Ele é gracioso. Sua salvação seria então conhecida,
e todas as nações da terra participariam de seu louvor jubiloso. Esse salmo era
cantado regularmente em conexão com a bênção sacerdotal (Nm
6.24-26). Vemos aqui uma mensagem tanto ao
povo de DEUS no Antigo Testamento, quanto à Igreja: DEUS entrega ao seu povo o
papel central na tarefa mediadora de proclamar e demonstrar às nações o seu
nome (ou seja: o seu caráter) e a sua salvação.
O povo de DEUS é convocado (1) para
proclamar às nações o seu plano (Gn
12.3); (2) para participar do seu sacerdócio como agentes de bênção para o
mundo (Ex 19; Dt 7); e (3) demonstrar o seu propósito a todos os povos (SI 67). 8
O Servo do Senhor
A missão redentora de DEUS, vista
mais claramente em JESUS Cristo, deve ser examinada dentro do fundo histórico
do que DEUS já estava fazendo durante o período veterotestamentário. Esse fato
é ressaltado nitidamente em Isaías
49.3-6. No v. 3, o Servo é chamado Israel,
mas não pode haver referência à nação de Israel, pois o propósito de DEUS é
usar o Servo para trazer a restauração ao próprio Israel (v. 5).9 DEUS declara
ao Servo: "Também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação
até à extremidade da terra" (v. 6). O ESPÍRITO SANTO pairava sobre Simeão
quando este tomou o Menino JESUS nos braços, e louvou a DEUS por Ele haver
cumprido Isaías 49.6 (Lc 2.25-32). JESUS
passou a comissão adiante aos seus seguidores em Lucas 24.47,48 e Atos 1.8, com o mandamento adicional de esperar a promessa do Pai: o poder
do alto. O mesmo versículo (Is 49.6) oferece mais motivos para a salvação dos gentios (At 28.28).
A encarnação de Cristo, portanto,
demonstrou, na carne humana, o caráter reconciliador de DEUS. Ele, na sua graça
soberana, procura restaurar a sua criação* a si mesmo. A identidade e a missão
da Igreja acham-se arraigadas na pessoa de JESUS Cristo e naquilo que DEUS tem
realizado através dEle. Ao buscarmos entender a Igreja e a sua missão, devemos
sempre voltar à missão redentora tão claramente articulada e exemplificada
pelo Unigénito de DEUS - JESUS Cristo. 10
Em JESUS Cristo, vemos o testemunho
mais fundamental do Reino de DEUS. Este estava personificado em JESUS, conforme
vemos no seu ministério e milagres. Sua vida, morte e ressurreição garantem-nos
que, quando Ele vier de novo, esmagará a soberba que tem destruído a harmonia
entre as nações bem como entre as pessoas. Em JESUS, vemos o poder de DEUS que
um dia neutralizará o governo humano, e encherá o mundo com um reino de
justiça.11 O reino, ou governo de DEUS, através da vida e ministério de JESUS,
revelou o poder para destruir o domínio sufocante que o pecado tem sobre a
humanidade. Essa é a base da missão global da Igreja na era presente. 12
A proclamação feita por JESUS das
boas-novas do Reino deve ser entendida em termos da aliança com Abraão, cujas
condições declaravam o propósito de DEUS: abençoar a todos os povos da terra (Gn 12.3).13 JESUS não deixou
dúvidas quanto ao Reino de DEUS já ter entrado na História, embora sua
derradeira consumação ainda esteja no futuro (Mt 24.14). Porque esse reino
já está manifestado à destra do trono do Pai, onde JESUS está agora exaltado, e
intercede por nós (At 2.33,34; Ef
1.20-22; Hb 7.25; 1 Jo 2.1) e de onde "tendo recebido do
Pai a promessa do ESPÍRITO SANTO, derramou isto que vós agora vedes e
ouvis" (At 2.33), a Igreja pode avançar com confiança. O testemunho
autorizado do ministério terrestre de Cristo, registrado nos evangelhos,
ajuda-nos a compreender onde acharemos o nosso propósito, e como devemos
oferecer o nosso serviço no cumprimento da missão que nos confiou Cristo.
E essencial, para entendermos a
natureza da Igreja e de sua missão, tomar consciência de que qualquer tentativa
de se ministrar em nome de JESUS deve reduplicar seu ministério no seu
propósito, caráter e poder. Nosso ministério é legítimo somente se representar
de modo verídico o ministério de Cristo. Qualquer esforço que tenha por alvo o
ministério de Cristo, deve refletir a solicitude do Salvador pela redenção
eterna da humanidade. Cristo anda em nosso meio com a firme intenção de ministrar
aos perdidos, aos quebrantados, aos cativos e aos oprimidos deste mundo. Ser
cristão é perguntar onde Cristo está operando e como poderemos participar de
sua obra. Esse propósito eterno é a única causa que merece a nossa filiação, e
em direção da qual vale a pena levar o povo de DEUS. 14
Alicerces Neotestamentários
O Novo Testamento registra o
testemunho, não somente do ministério terrestre de Cristo, como também do
aparecimento da Igreja como a expressão mais plena do povo de DEUS. São
numerosos os temas que se acham nas Escrituras que, de maneira bastante clara,
fornecem as bases adequadas para qualquer tentativa séria de reflexão teológica
sobre a missão da Igreja. Vários textos fundamentais ajudam-nos a compreender
devidamente o assunto.
O mandato para as missões acha-se em
cada evangelho e em Atos dos Apóstolos. Porque toda a autoridade nos céus e na
terra foi entregue a JESUS: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO,
ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com
vocês, até ao fim dos tempos" (Mt 28.18-20 [NIV]).
"Vão" (gr. poreuthentes)
não é um imperativo. Significa, literalmente, "tendo ido". JESUS toma
por certo que os crentes irão, quer por vocação, por lazer, ou por
perseguição. O único imperativo nesse trecho bíblico é "façam
discípulos" (gr. mathêteusate), que inclui batizá-los e ensiná-los continuamente.
Marcos 16.15 também
registra esse mandamento: "Tendo ido por todo o mundo, proclamem
[anunciem, declarem e demonstrem] as boas novas a toda a criação"
(tradução literal).
Lucas 24-45 narra como JESUS abriu a
mente dos seus seguidores "para compreenderem as Escrituras". Em
seguida, declara-lhes: "Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo
padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; e, em seu nome, se
pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações,
começando por Jerusalém" (Lc
24.46,47). Deviam esperar, contudo, até que JESUS
enviasse o que o Pai lhes prometera, até serem "revestidos de poder do
alto" (Lc 24.49).
JESUS também disse que, "quando
ele (o ESPÍRITO SANTO) vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do
juízo" (Jo 16.8). E, posteriormente, quando os
discípulos viram o Senhor ressuscitado, receberam dEle esta comissão:
"Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós" (Jo 20.21). Mas não teriam de ir com as próprias forças. As palavras de JESUS
antes de sua ascensão confirmaram que o mandato deve ser levado a efeito no
poder do ESPÍRITO (At 1.8). O ESPÍRITO, através deles, faria o trabalho da
convicção e do convencimento do mundo.
Posteriormente, o apóstolo Paulo
ofereceu um quadro de como a Igreja deve compreender a si mesma e à sua missão
(2 Co 5.17-20). O v. 17
declara que o governo de Cristo veio em grande poder a fim de abrir uma era de
vitória e reconciliação. Os vv. 18-20 deixam bem claro que a vitória de
Cristo, agora, será tornada tangível pelos crentes que são chamados
"embaixadores de Cristo". Paulo retrata a Igreja cujos membros, pelas
suas ações, demonstram diante do mundo o que significa ser reconciliado com DEUS.
O apóstolo quer que haja uma Igreja que, mediante a sua vida coletiva,
demonstre ao mundo o caráter de DEUS, o DEUS da reconciliação. De modo
confiante e ousado, como embaixadores de Cristo, devemos fazer um apelo à
humanidade para que se reconcilie com DEUS. Nossa missão como Igreja descobre
a sua razão de ser ao compartilhar, com um mundo moribundo, um DEUS cujo
propósito é "ter um povo separado do meio de todos os povos". 15
A Epístola aos Efésios retrata uma
Igreja que centraliza sua atenção nas missões. Acaba com qualquer tentativa de
se conceber a missão da Igreja como um mero programa, ou seja: a ideia de que
as missões nacionais e estrangeiras devem receber uma ênfase meramente
simbólica, sem prioridade sobre números ou programas. Efésios retrata uma nova
comunidade de pessoas que refletem o governo do seu Rei vitorioso em todos os
aspectos do seu relacionamento. Essa comunidade não é deixada em dúvidas sobre
o que seus membros podem e devem fazer (Ef 1.9,10). Estão unidos na identidade que o
próprio Senhor JESUS dá à comunidade. Seu interesse primário é o único grande
propósito: a continuação da missão reconciliadora de Cristo, que a Igreja,
revestida de poder, deve levar adiante. 16
Paulo ressalta o fato de que todas
as nossas considerações a respeito da Igreja e de sua missão não são meras
abstrações, nem simples assuntos a serem estudados ou debatidos. A Igreja é uma
comunidade visível que reflete a missão de um DEUS reconciliador. A Igreja deve
ser a "hermenêutica do Evangelho", o lugar onde as pessoas poderão
ver o Evangelho retratado em cores vivas (2 Co 3.3). Como o Evangelho pode ser suficientemente fidedigno e poderoso a
ponto de levar as pessoas a crerem que um homem pendurado na cruz realmente
tem a derradeira palavra nos assuntos humanos? Sem dúvida, a única resposta, a
única hermenêutica, é uma congregação que crê nisso e que vive à altura de sua
fé (Fp 2.15,16). Isso quer dizer: somente uma igreja ativa na missão pode dar a
razão adequada para a necessidade da reconciliação que o mundo está pedindo aos
brados sem ter consciência disso. 17
A Primeira Epístola de Pedro faz da
Igreja um tema de destaque. No segundo capítulo, Pedro cita livremente dois
temas do Antigo Testamento e os aplica à Igreja. Nos vv. 9 e 10 refere-se aos
textos de Deuteronômio e Êxodo que já receberam um breve estudo neste capítulo.
A Igreja deve ser uma demonstração coletiva da reconciliação, ou seja: um
sacerdócio real. A Igreja é um povo santo, separado para uma missão bem
definida. Os crentes declaram as boas-novas de que DEUS os redimiu das trevas
da autodestruição e do domínio de Satanás. Agora se acham na luz divina que
revela a sua identidade e propósito como o povo de DEUS. Pedro, nesses
versículos, sintetiza seu conceito da Igreja e de sua missão. A missão da
Igreja baseia-se na missão de DEUS para reconciliar a humanidade consigo mesmo.
A Igreja declara entre todos os povos o que DEUS tem feito em JESUS Cristo.
Pedro parece estar relembrando a admoestação do Salmo 96.3: "Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os
povos, as suas maravilhas".18
Claramente, o Novo Testamento
retrata uma comunidade revestida pelo poder do ESPÍRITO a fim de continuar a
missão divina da reconciliação. Com Cristo e o ESPÍRITO, a Igreja já começou
sua existência como o povo de DEUS, não somente tendo suas raízes no passado,
mas também, e do modo mais importante, enfocando o futuro. Essa última dimensão
dá um senso de confiança e de coragem ao povo de DEUS ao viver a koinõnia
("comunhão", "convívio", "parceria") do ESPÍRITO
e ao dar poderoso testemunho das boas-novas de JESUS Cristo ao mundo inteiro.
19
Poder para a Missão
Para o cristão realmente entender o
que ele realmente é, faz-se indispensável a afirmação de que a missão da
reconciliação, revestida pelo poder do ESPÍRITO SANTO, fornece a essência de
nossa identidade: Somos um povo vocacionado e revestido pelo poder do alto (At
1.8) para sermos cooperadores de Cristo na sua missão redentora. A partir daí,
o que significa ser um pentecostal está pelo menos parcialmente incorporado à
avaliação da natureza e do resultado do batismo no ESPÍRITO SANTO conforme
registrado em Atos 2. Os pentecostais têm afirmado historicamente que esse dom,
prometido a todos os crentes, é o poder para a missão.20 Os pentecostais
recebem esse nome, disse o missiólogo pentecostal Melvin Hodges, porque
acreditam que o ESPÍRITO SANTO virá aos crentes nos tempos atuais assim como
veio aos discípulos no Dia de Pentecostes. Um encontro desse tipo resulta na
presença poderosa do ESPÍRITO que passa a assumir a liderança. O resultado
também inclui manifestações evidentes do seu poder para redimir e para levar a
efeito a missão de DEUS. 21
A Relevância do Pentecostalismo
No Dia de Pentecostes, JESUS
concedeu aos discípulos o dom do ESPÍRITO. O prometido derramamento do ESPÍRITO
sobre os que o esperavam, deu-lhes a possibilidade de continuarem a fazer e a
ensinar as coisas "que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar"
(At 1.1,2). O dom do ESPÍRITO sugere que os crentes foram revestidos, no Dia de
Pentecostes, com a mesma unção que JESUS recebera para executar a sua missão.
O revestimento de poder infundiu confiança nos 120 e nos que iam sendo
acrescentados diariamente à Igreja. Não seriam deixados a cumprir a tarefa por
conta própria. O Pentecostes, portanto, fazia parte essencial de como a Igreja
passou a compreender a si mesma e ao seu propósito. Dois mil anos mais tarde, o
Pentecostes continua sendo vital para a Igreja compreender a si mesma. Devemos
buscar sempre e continuamente mais esclarecimento a respeito. 22
No Dia de Pentecostes, passou a
existir uma comunidade carismática como a residência primária do governo de DEUS.
Os crentes podiam ir adiante na sua declaração do Reino, porque o Cristo
reinante chegara a todos eles mediante o ESPÍRITO. Agora, passariam a ser
testemunhas do governo de Cristo, e ressaltariam com palavras e ações o caráter
e o poder autorizados do Rei. "O Pentecostes é DEUS quem se oferece a si
mesmo, de modo totalmente adequado aos seus filhos, sendo que isso foi
possibilitado pela obra redentora do seu Filho JESUS Cristo. O Pentecostes é a
chamada de DEUS aos seus filhos para serem purificados interiormente, e para
serem revestidos de poder para testemunhar". A vinda do ESPÍRITO foi a
primeira prestação do Reino e testemunha da realidade deste. Foi, também,
testemunha da continuação da missão redentora de DEUS, que é levada adiante até
"às regiões além" com fervor incansável, obra esta que é sustentada
pela distribuição dos dons. 23
Conforme foi declarado antes, o
Pentecostes é crucial para os pentecostais entenderem a sua existência. Não somente
é um evento de relevância na História da Salvação, como também fornece
implicações profundas para um debate sobre a Igreja e sua missão. Esse dom
está vinculado à formação da missão da Igreja para proclamar as boas-novas, e
também à sua missão para criar padrões de testemunho de vidas transformadas. 24
O Modo de Lucas Entender a Missão
O modo de Lucas elaborar essa
conexão crucial entre o batismo no ESPÍRITO e a eficácia da missão da Igreja
pode ser visto no mútuo relacionamento de pelo menos três textos em Lucas e
Atos. Lucas 24-49 oferece uma perspectiva missionária no seu enfoque da
necessidade de poder para a tarefa que a Igreja tem diante de si: "E eis
que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de
Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder". O tema de revestimento
de poder para a missão é retomado em Atos 1.8, onde JESUS, imediatamente antes
de subir ao Pai, reafirma aos discípulos: "Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO
SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém
como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra". Essa promessa
foi cumprida no Dia de Pentecostes, conforme se vê registrado em Atos 2. O
batismo no ESPÍRITO SANTO, com sua manifestação exterior do falar noutras
línguas, é vital para o cumprimento da promessa que aparece em todos esses
textos.
As palavras inspiradas de Pedro que
seguiram o derramamento pentecostal demonstram que ele recebeu um esclarecimento
relevante da missão que Cristo veio introduzir. Falando pelo ESPÍRITO, Pedro
identificou as implicações apostólicas na profecia do antigo profeta Joel. O
apóstolo viu claramente a vinda do ESPÍRITO no Dia de Pentecostes como uma
confirmação de que já tinham chegado os "últimos dias" (At 2.14-21).
Isto quer dizer que a Era da Igreja, a era do ESPÍRITO, é a última era antes da
volta de Cristo para estabelecer seu reino na terra. Não haverá nenhuma outra
era antes do Milênio. Pedro explicou, ainda, que a vinda do ESPÍRITO deixou
claro que a obra de Cristo era vitoriosa, e que sua posição como Senhor e
Cristo era garantida (At 2.34-36). 25
Pedro passou, então, a experimentar
um resultado surpreendente do revestimento de poder mediante o batismo no ESPÍRITO:
tornou-se porta-voz do ESPÍRITO SANTO para proclamar as boas-novas do perdão
mediante JESUS Cristo, e fez um apelo aos ouvintes para que se reconciliassem
com DEUS. Ao mesmo tempo, Pedro levou os ouvintes a entender que uma resposta
obediente à mensagem da reconciliação resulta em sua imediata integração à
comunidade que demonstra vividamente, através de uma nova ordem redentora, o
que significa ser reconciliado com DEUS (At 2.37-40). O restante do capítulo
dois oferece um pequeno relance da primeira igreja. Vemos como os crentes
procuravam concretizar a chamada envolvida no batismo pentecostal para serem
uma comunidade nascida do ESPÍRITO e comissionada a testemunhar por meio do ESPÍRITO
de Cristo.
Uma teologia pentecostal da missão
da Igreja deve levar a sério o fato de o batismo no ESPÍRITO ser uma promessa
cumprida. A linha de argumento seguida pela totalidade de Atos dos Apóstolos
demonstra a natureza do papel do ESPÍRITO no plano de DEUS para a redenção. A
estrutura em Atos demonstra que esse revestimento de poder tem a intenção de
levar o povo de DEUS a atravessar terrenos geográficos e culturais com as
boas-novas do Evangelho. A Igreja irrompe da miopia do povo de DEUS no Antigo
Testamento, e começa a refletir a natureza universal do plano eterno de DEUS
para a redenção. 26
O revestimento do poder pentecostal
possibilita as várias expressões de ministério que aparecem em Atos. O ESPÍRITO
SANTO é o dirigente da missão. Não somente o ESPÍRITO capacita as pessoas a
testemunhar, como também dirige quando e onde esse testemunho deve ser dado.
Vastas fronteiras culturais foram
atravessadas quando o Evangelho avançou além das fronteiras de Jerusalém (At
8). Os cristãos que saíram de Jerusalém proclamavam o Evangelho "por toda
parte" (v. 4). Os vv. 5-8 registram como Filipe anunciou o Evangelho aos
samaritanos, bem como os poderosos encontros resultantes em que o Evangelho
triunfou e trouxe "grande alegria".
Atos 10 demonstra como a Igreja foi
levada a reconhecer que os gentios deviam ser incluídos no Reino de DEUS. A
Igreja deve abranger todos os povos, e dar testemunho ativo do fato de que o
Evangelho é para todas as nações. A visitação angelical e os sonhos também
parecem indicar que o sobrenatural pode, na realidade, ter sido bem normal
nesse plano de DEUS para a redenção, conforme Ele o tornava conhecido aos
gentios.
Atos 11.19-26 revela que numerosos
gentios foram acolhidos na igreja em Antioquia. Barnabé foi designado a
ajudá-los, e avaliou essa igreja crescente como legítima. O resultado foi uma
autêntica igreja multicultural que concretizava dois fatos: o Evangelho devia
ser pregado com poder até aos "confins da terra", e aqueles que o
ouviam deviam corresponder com uma mudança genuína na maneira de viver e nos
seus mútuos relacionamentos. O fato de que "em Antioquia, foram os
discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos" (v. 26), demonstra que
outras pessoas reconheciam tal transformação em suas vidas.
Esse testemunho incomparável do
movimento poderoso do Evangelho através das fronteiras culturais e geográficas
produziu muito fruto quando Antioquia veio a tornar-se uma igreja
internacional, multicultural e missionária. Atos 13.2,3 registra seu processo de
selecionamento e confirmação, quando enviou seus primeiros missionários, Paulo
e Barnabé. Atos 13.4 demonstra que
o ESPÍRITO SANTO, além de instigar a igreja em Antioquia a enviar esses
missionários, também lhes determinou os alvos a serem alcançados. Semelhantes
atividades missionárias, guiadas pelo ESPÍRITO SANTO, continuavam a avançar em
círculos cada vez maiores, ultrapassando barreiras culturais. Atos 15 narra a orientação do ESPÍRITO SANTO no sentido de afirmar que o
Evangelho de Cristo abrange a todos, e que não é exclusivamente judaico. A
decisão da conferência em Jerusalém, orientada pelo ESPÍRITO, levou Paulo,
Barnabé e outros a atravessar barreiras ainda maiores.
Nos capítulos subsequentes de Atos
dos Apóstolos, Lucas continua seu mapeamento do plano redentor de DEUS, levado
a efeito pelo ESPÍRITO SANTO através dos homens revestidos pelo seu poder.
Lucas enfatiza com clareza o fato de que esses apóstolos e crentes, descritos
em Atos dos Apóstolos, recebiam poder e orientação do ESPÍRITO de modo bem semelhante
a JESUS quando de seu ministério terreno. 27
A maneira de Lucas tirar um paralelo
entre o batismo no ESPÍRITO SANTO e o revestimento de poder para a missão da
Igreja pode ser resumida de modo sucinto: "A glossolalia, como parte
integrante da experiência do batismo no ESPÍRITO em Atos 2, representava uma participação verbal no revestimento do poder do
ESPÍRITO e... no poder criador do ESPÍRITO para dar início à ordem de vida
redentora de Cristo JESUS". 28
Em Atos 10 e 19, essa experiência também é mencionada explicitamente, e é
subentendida em vários outros casos (At 4 e At 8). Faz parte crucial da
teologia de Atos ligar o falar noutras línguas ao poder do ESPÍRITO para
admitir uma pessoa e um grupo como testemunhas, participando individual e
coletivamente na missão redentora de JESUS Cristo.
Em Atos 11.17 e 15.8, Pedro relata o fato de que a inclusão dos gentios na
comunidade redentora está ligada a uma experiência comum no batismo no ESPÍRITO.
Quando declara que DEUS "lhes deu testemunho, dando-lhes o ESPÍRITO SANTO,
assim como também a nós" (15.8), coloca categoricamente o batismo no ESPÍRITO
dentro da intenção do derramamento no Dia do Pentecostes. Em essência, diz a
todos aqueles que ouvem a narração daquele dia tão importante na casa de
Cornélio, que o batismo no ESPÍRITO SANTO com a evidência do falar noutras
línguas é parte integrante daquele encontro espiritual com DEUS. Esse encontro
assinala claramente o senhorio de Cristo: Ele está no comando de tudo.
Evidencia a sua autoridade ao criar em" nós uma nova língua, demonstrando,
assim, que Ele não somente é o Criador como também o Recriador. Ele é o DEUS
que está incorporando alguns de cada tribo e língua e povo e nação no seu
reino, e as portas do hades não poderão prevalecer contra semelhante esforço (Mt 16.18; Ap 5.9). O mesmo encontro com JESUS Cristo, hoje, dá-nos poder para
testemunhar da mensagem do Reino, e para participar de modo criativo da
comunidade da redenção que conclama o mundo a reconciliar-se com DEUS (2 Co 5.20). 29
Concluindo: várias questões devem
ser reiteradas no tocante à importância do Pentecoste para o desenvolvimento
de uma teologia da Igreja e de missões. A conexão entre o batismo no ESPÍRITO
dado no Dia de Pentecostes e nosso entendimento e implementação da missão da
Igreja é estreita e intrínseca. "O Pentecoste significa que a vida eterna
e sobrenatural do próprio DEUS transbordou sobre a Igreja, e que o mesmo DEUS,
no seu ser e poder, estava presente no seu meio". 30
O revestimento de poder, que está
presente no batismo no ESPÍRITO SANTO, visa levar o povo de DEUS a atravessar
fronteiras geográficas e culturais com as boas-novas do Evangelho. "A
missão da Igreja é a continuação da missão de JESUS Cristo". Assim como o ESPÍRITO
SANTO foi dado a JESUS para o cumprimento de sua missão (Lc 3.22), assim também o ESPÍRITO
é dado aos seus discípulos (At 1.8; 2.4) para continuar essa mesma missão (de
reconciliação) - e isso de modo carismático. 31
A Conexão Global
"Cosmovisão" é um termo
que os antropólogos empregam para descrever o que se acha no âmago de cada
cultura. A cosmovisão é uma rede de percepções inter-relacionadas que orientam
todas as facetas de nossa vida. E o modo de o universo humano ser percebido e
entendido pelos membros de uma determinada sociedade. Fornece diretrizes para o
emprego de nosso tempo, bem como para nossas suposições a respeito do mundo
material. A cosmovisão faz perguntas tais como: O que causa essas coisas? Que
poder está por trás dessa ação? Que forças estão operando no Universo? Que
resultados trazem? E essas forças são pessoais ou impessoais? Ou ambas?
A cosmovisão pentecostal reflete um
modo de entender que abrange a realidade de todos os aspectos da vida -
naturais e sobrenaturais. A profecia, a orientação divina, as visões e os
sonhos, as curas e os demais milagres, não são considerados exemplos estáticos
daquilo que Cristo fazia. São realidades que continuamos a esperar nos dias de
hoje; realidades estas que permitem que sejam demonstradas a grandeza e glória
de DEUS. O fato de que o ESPÍRITO SANTO quer estar operando poderosamente em, e
através da vida de cada crente, pode tornar novo e emocionante cada dia. Esse
revestimento de poder abre a porta para que o ESPÍRITO dê ao cristão um senso
daquilo que precisa ser feito, e a capacidade de fazê-lo. Os pentecostais não
somente afirmam que os cristãos têm o direito de experimentar o envolvimento sobrenatural
do ESPÍRITO de DEUS, mas também esperam que o poder de DEUS permeie a vida de
cada seguidor de Cristo.
Não podemos entender a essência do
Pentecostalismo sem reconhecer que nosso conceito dinâmico da causalidade
realça a forma de nosso entendimento da missão da Igreja e da expressão
consequente dos ministérios cristãos. A lente através da qual os pentecostais
olham para poderem agir, tem o rótulo da declaração do antigo profeta Zacarias:
"Não por força, nem por violência, mas pelo meu ESPÍRITO" (Zc 4.6). Os pentecostais participam da missão da Igreja, afirmando que DEUS
cumprirá a sua Palavra. Seus propósitos reconciliadores são inabaláveis, e seu
poder para levar a efeito tais propósitos faz parte integrante da ressurreição
de Cristo. Afirmamos, também, que o Pentecoste é a garantia de que a missão
redentora de Cristo continua intacta mediante o ministério do ESPÍRITO SANTO.
A porta de entrada à semelhante cosmovisão é o batismo no ESPÍRITO, conforme
descrito em Atos 1.8 e 2.4. 32
Embora todos os cristãos devam ver
na Bíblia a sua derradeira fonte de autoridade, os encontros pessoais com o DEUS
vivo certamente criam impacto em nosso conceito da missão da Igreja e até mesmo
na nossa interpretação dos textos bíblicos. Embora pentecostais responsáveis
jamais proporão uma experiência espiritual como um fim em si mesma, afirmamos
que um encontro genuíno com o DEUS vivo deixará um impacto emocional
considerável. Podemos dizer que se trata de "teologia cristocêntrica
confirmada pela experiência".33 A cosmovisão e, portanto, as
pressuposições que os pentecostais têm ao refletirem sobre a Igreja e a sua
missão, não pode ser removida desse encontro com DEUS, pois faz parte
integrante da nossa identidade. Isto não pode suplantar em evidencia o que
procuramos expressar e concretizar conceptualmente através da missão da
Igreja.34
A Visão da Missão
A Reflexão Teológica Inicial
A história do Pentecostalismo não
pode ser compreendida corretamente à parte da sua visão missionária. O surgimento
do Movimento Pentecostal no início do século XX, produziu um aumento repentino
dos esforços missionários. Até mesmo uma avaliação superficial dos primeiros
registros do reavivamento pentecostal leva à observação de que foi firmado um
relacionamento estreitíssimo entre o falar em línguas como evidência de se
estar revestido de poder para o testemunho cristão, a fervorosa esperança na
iminência da Segunda Vinda de Cristo, e seu mandamento de se fazer discípulos
até aos confins da terra. O batismo no ESPÍRITO SANTO, considerado o
cumprimento da profecia de Joel a respeito dos "últimos dias", serviu
para dinamizar o compromisso que os primeiros pentecostais tinham com os
esforços evangelísticos agressivos, que rompiam barreiras culturais e
geográficas. 35
William J. Seymour, o líder negro do
Movimento da Santidade no reavivamento na Rua Azusa, afirmou:
- Quem é batizado com o ESPÍRITO SANTO
tem o poder de DEUS na sua alma e tem poder com DEUS e com os homens, poder
sobre os reinos de Satanás e sobre todos os emissários deste.
Quando o ESPÍRITO SANTO vem sobre
nós, e nos usa como seus instrumentos, esse é o poder que convence homens e
mulheres e os leva a ver que servir a JESUS Cristo é a realidade.
O ESPÍRITO SANTO é poder com DEUS e
com os homens. 36
A Fé Apostólica, uma publicação da
Missão da Rua Azusa, demonstra repetidamente que os primeiros líderes
pentecostais consideravam o derramamento do ESPÍRITO SANTO um cumprimento da
profecia de Joel e, consequentemente, um motivo ainda maior para o envolvimento
nos esforços missionários globais. Escreveram: "O Pentecoste certamente
chegou até nós, acompanhado pelas evidências bíblicas... O verdadeiro reavivamento
está apenas no início... deitando os alicerces para um poderoso vagalhão de
salvação entre os inconversos". 37
É digno de nota que o batismo no ESPÍRITO
SANTO, com a evidência de falar noutras línguas, tenha sido a experiência de
incontáveis pessoas durante a manifestação soberana de DEUS no começo deste
século. E embora muitos críticos tenham chamado o Pentecostalismo de "movimento
das línguas", os primeiros líderes, tais como William Seymour, deixaram
bem claro que havia algo de maior relevância nesse avanço gracioso de DEUS.
Seymour admoestava as pessoas a "não falar a respeito das línguas ao
saírem das reuniões, para procurar levar as pessoas à salvação". 38
Embora houvesse excessos, Seymour e
outros líderes focalizavam muito mais o impacto cristológico do batismo no ESPÍRITO.
Exaltar a Cristo era necessário para se receber a experiência. Essa
cristocentricidade deve ser vista como um motivo fundamental para o evangelismo
fervoroso do reavivamento. O impacto do batismo no ESPÍRITO aumentava essa
consciência. Os pentecostais antigos acreditavam que a evidência bíblica das
línguas era um sinal de que "os dias da Bíblia haviam voltado".
Examinavam Atos dos Apóstolos, e viam que o revestimento do poder do ESPÍRITO
fazia parte da continuação do ministério de JESUS Cristo atravessando
fronteiras culturais. A lógica deles era simplesmente seguir o padrão bíblico,
porque eles, também, haviam tido um encontro com o Senhor ressurreto mediante o
batismo no ESPÍRITO. Esse encontro produziu uma consciência cada vez maior de
que a missão e ministério reconciliadores de Cristo era obra para a qual eles
também tinham sido comissionados a realizar. Seus olhos abriram-se para verem a
orientação do ESPÍRITO. Os pentecostais antigos foram revestidos de poder para
obedecer às ordens do Senhor JESUS.
Stanley Frodsham, participante do
reavivamento na Rua Azusa e historiador pentecostal, insistia: a essência do
Movimento Pentecostal, em seus primórdios, não era o falar em línguas, mas
engrandecer a pessoa do Senhor JESUS Cristo.39 Essa "teologia comprovada
pela experiência" levou a fervorosos esforços missionários no âmbito
local e na obra transcultural. Esse motivo teológico teve origem num encontro
profundo e incomum com JESUS Cristo, e impulsionou quem dele participou a
servir ao Senhor.
J. Roswell Flower, escrevendo em
1908, resumiu assim o significado do batismo no ESPÍRITO e seu impacto sobre a
Igreja e sua missão:
O batismo no ESPÍRITO SANTO não
consiste simplesmente no falar em línguas. Tem um significado muito mais grandioso
e profundo. Enche a nossa alma do amor de DEUS pela humanidade perdida.
Quando o ESPÍRITO SANTO entra em
nosso coração, o espírito missionário entra junto; são inseparáveis entre
si.... Levar o Evangelho às almas famintas deste país e dos demais não passa do
resultado natural [de ser batizado no ESPÍRITO SANTO]. 40
Outro componente essencial da
reflexão dos pentecostais antigos no tocante à missão da Igreja era a sua
focalização intensa na verdade da Segunda Vinda de Cristo. Tal certeza forjou o
fervor missionário do antigo movimento pentecostal. Os pentecostais afirmavam
que as promessas do profeta Joel também eram para os seus dias. Passavam em
revista as considerações bíblicas das chuvas "têmporas" e
"serôdias" (Jl 2.23) e supunham que estivessem no meio
do derramento do ESPÍRITO dos últimos dias, que ocorreria imediatamente antes
da volta de Cristo.41 Estava presente a mentalidade dos "últimos
dias".
Embora muitos talvez vejam o
Pentecostalismo simplesmente como um "movimento de línguas", os
antigos pentecostais tinham um modo teológico de compreender a si mesmos que
não pode ser desconsiderado como se fora mera emoção. Os pentecostais antigos
demonstravam que mantinham na perspectiva certa as dimensões experimentais de
sua espiritualidade, mormente quando vinculavam sua participação obediente aos
esforços missionários da Igreja com o revestimento do poder recebido no batismo
do ESPÍRITO SANTO.
Aproximando-nos do Século XX
Uma perspectiva pentecostal da
Igreja e de sua missão não pode ser separada de suas raízes no começo do século
XX. Ao entrarmos no século XXI, poderemos atingir o entendimento crucial de
nós mesmos se examinarmos, como os pioneiros, o batismo no ESPÍRITO SANTO. Nós,
que vivemos num mundo onde o modo teológico se de entender as coisas é um
reflexo da cultura popular em derredor, faríamos bem em contemplar o fervor
evangelístico dos pentecostais antigos (ver Jo 4.35). Assim como Atos dos Apóstolos registra o evento do Pentecoste
como garantia de que a missão de Cristo na redenção continuava intata, assim
também obteremos a perspectiva dos pioneiros do Movimento Pentecostal.
Afirmavam que o "Consolador chegara", e por isso anunciavam uma
seara para os últimos dias da qual participariam alegremente os crentes
batizados no ESPÍRITO SANTO e revestidos pelo seu poder.
O Movimento Pentecostal existe como
testemunho a todos os cristãos que anseiam que DEUS irrompa a vitalidade
espiritual nas formas religiosas vazias, e encha a vida eclesiástica
egocêntrica com a dinâmica de uma Igreja com uma missão no mundo. O DEUS que
graciosamente atuou entre os corações famintos na virada do século XX é o mesmo
DEUS da redenção; sua missão não mudou. Ele continua a revestir a Igreja com o
poder do Pentecoste que sustenta e envia seu povo a cumprir sua missão
reconciliadora.
A missão da Igreja é "realmente
uma continuação da missão divina da reconciliação. A missão de DEUS sempre foi
suscitar um povo para refletir a sua glória (inclusive seu caráter e sua
presença). A revelação que DEUS faz de si mesmo sempre envolve seus esforços
para reconciliar a humanidade consigo mesmo. JESUS é o quadro mais nítido de DEUS
e de sua missão. Com a sua vida, morte e ressurreição, vemos vitoriosamente
completados todos os fatores necessários para se redimir a humanidade e para
se restaurar a comunhão com DEUS. A declaração dessas boas-novas foi iniciada
na proclamação e ministério de JESUS Cristo. O Pentecoste garante-nos que a
missão de Cristo permanece intacta. 42
Melvin Hodges declarou que a missão
da Igreja é facilitada por três aspectos inter-relacionados, sendo que cada um
deles é igualmente importante, e que cada um deles é igualmente necessário
para a eficácia dos outros dois. Primeiro, a Igreja é chamada a ministrar a DEUS
através da adoração. Segundo, é chamada a ministrar aos membros da própria
Igreja. Os membros da Igreja devem exercer os dons e a koinõnia do ESPÍRITO num
relacionamento de mútua edificação. Terceiro, a Igreja deve ministrar ao
mundo, e proclamar as boas-novas do Evangelho de JESUS Cristo. Esses três aspectos
inter-relacionados do ministério sempre devem ser vividos pela igreja local.
Todos eles são necessários para a missão eficaz da igreja.43
Ministério a DEUS. Qualquer estudo
do que a Igreja deve ser ou fazer no mundo precisa necessariamente começar com
o seu ministério principal a DEUS: a adoração. Os cristãos obtêm consciência de
quem são com o povo de DEUS, e de até que ponto estão reunidos entre si ao se
encontrarem com o DEUS vivo mediante o ministério da adoração. O ministério ao
mundo, refletindo os padrões do ministério de Cristo, deve estar ancorado no
ministério fervoroso a DEUS, pois somente Ele merece nossas honrarias.
A adoração leva-nos para além das
barreiras do tempo e do espaço, e deixa-nos concretizar nossa experiência
terrestre num âmbito eterno onde a vontade de DEUS é cumprida. A partir desse
encontro com o eterno, posicionamo-nos no meio da criação rebelde. E o fazemos
com bom ânimo porque, mediante a adoração ao DEUS que nos redime, vemos mais
claramente o nosso papel: Refletir os propósitos divinos da reconciliação para
com uma humanidade necessitada". 44
A adoração deve ser marcada pelos
vários ministérios do ESPÍRITO que edificam espiritualmente os adoradores e honram
a DEUS. Falar em línguas é uma parte vital do encontro através da adoração que
nos relaciona diretamente com DEUS (1 Co 14.2,14). Transcende as limitações comuns
da linguagem, e alcança um nível de comunhão com DEUS que vai além de nossos
órgãos fonadores. Capacita o crente a agir à altura de novas possibilidades,
nunca imaginadas, e que não provêm de percepções já existentes da realidade.
Essa consciência crescente recebe um novo e autêntico caráter. O ministério a DEUS
através da adoração, pelo poder do ESPÍRITO, produz uma comunidade de crentes
que provaram o "vinho novo". Agora, não são apenas pessoas que têm
fome e sede de DEUS e de sua justiça, mas também pessoas que querem agir
segundo a motivação e capacitação do ESPÍRITO para fazerem parte do ministério
contínuo de Cristo. 45
A adoração pentecostal significa
mais que se deleitar na experiência jubilosa do poder de DEUS. Ela fica repleta
de reverente temor e admiração ao contemplar a majestade de DEUS, que muitas
vezes deixa-nos assoberbados com o senso de nossa própria insuficiência (Is 6.5). Essa adoração produz uma maturidade que tem poder para dar
testemunho das boas novas ao mundo inteiro. E assim, a atividade do ESPÍRITO na
adoração deve ser contrabalançada por meio do ESPÍRITO que compele a Igreja a
sair para um mundo necessitado. DEUS não nos vocacionou para uma vida
acomodada, mas para sermos co-participantes de sua santidade e cooperadores na
sua seara. A Igreja não é Igreja a não ser que vidas sejam transformadas e se
tornem diferentes do modo de ser e dos valores dos incrédulos.
Na adoração pentecostal, mormente
através da manifestação de todos os dons do ESPÍRITO, transcendemos a
rotinização que tão facilmente ocorre em nossa vida. Nossas tendências à
racionalização devem ser contrabalançadas por encontros genuínos com DEUS que
nos deixam ministrar no ESPÍRITO. Nessa arena da "transcendência vivida na
prática", conhecemos o Bom Pastor, e alcançamos intimidade com Ele, pois
sua própria natureza é da interação com a sua criação, e leva-nos em direção
aos seus propósitos no ministério da reconciliação. 46
A comunidade pentecostal, na
adoração, está, na realidade, envolvendo-se num ministério a DEUS, por
reconhecer a sua soberania sobre o Universo. Através do batismo no ESPÍRITO SANTO
e do envolvimento contínuo no falar noutras línguas, os pentecostais participam
de uma atividade de adoração que edifica os alicerces de um ministério
cristocêntrico. Adorar a DEUS é encontrar-se com JESUS, que é o Salvador, o que
batiza no ESPÍRITO SANTO, o Médico dos médicos, e o Rei que há de vir em breve.
Por isso, semelhante adoração obriga-nos a participar no ministério arraigado
na historicidade de Cristo na terra, ministério este transposto numa forma, que
se encaixa no contexto atual.
À medida que as comunidades dos
crentes se encontram com Cristo na dinâmica da adoração espiritual, também
ficam sabendo que a adoração a DEUS nunca poderá ser totalmente compreendida a
não ser que se realize no contexto dos irmãos na fé. Isso porque, todos os
encontros genuínos com DEUS, através da adoração, edificarão comunidades que
se amadurecerão juntas. Mediante seu mútuo crescimento como canal da graça de DEUS,
devem avançar com testemunho sacrificial, vocacionados e capacitados pelo
mesmo poder que ressuscitou JESUS Cristo dentre os mortos.
Ministério à Igreja. A Igreja é o
estandarte da reconciliação entre a humanidade e DEUS, e dos seres humanos
entre si. É "a comunidade dos pecadores justificados,... que experimentam
a salvação, e que vivem nas ações de graças... Ela, com os olhos fitos em
Cristo, vive no ESPÍRITO SANTO".47 O ministério que se estende à Igreja
afirma que, aquilo que nos vincula num só, não pode ser resumido na forma de
dogmas, mas tem muita coisa a ver com o ser incluído numa comunidade que
reflete a comunhão com DEUS e, subsequentemente, o convívio fraternal com uma
humanidade redimida.
Os escritos do apóstolo João
(especialmente João 17 e 1 João 4) sugerem um paralelo entre a comunhão dentro da Trindade e a
comunhão potencial dentro da Igreja. João 17 registra a oração de JESUS na qual Ele faz um paralelo explícito
entre a comunhão que Ele tem conhecido com o Pai e aquela que, segundo Ele está
pedindo na oração, será manifestada entre os crentes da terra. O ministério
dos irmãos na fé uns aos outros deve envolver atividades que fornecerão uma
expressão sobrenatural da comunhão entre as Pessoas da Deidade e o povo de DEUS
na terra, ligando, portanto, entre si, os relacionamentos verticais e
horizontais. Por isso, devemos tratar nossos irmãos, membros da Igreja, com a
mesma atitude de comunhão e convívio amoroso que DEUS nos oferece. A comunhão
com DEUS sem comunhão com nossos irmãos e irmãs no Senhor fica fora do alvo,
bíblica e relacionalmente.48
O ministério à Igreja inclui o
compartilhar da vida divina. Só temos a dinâmica daquela vida à medida que
permanecermos nEle e continuarmos repassando a sua vida uns aos outros dentro
do Corpo. Esse processo de edificação é descrito por Paulo como relacionamentos
de mútua confiança: pertencemos uns aos outros, precisamos uns dos outros,
afetamos uns aos outros (Ef
4.13-16).49 Essa mútua confiança inclui
abnegação para ajudarmos a suprir as necessidades uns dos outros. Não somos um
clube social mas, sim, um exército que exige mútua cooperação e solicitude ao
enfrentarmos o mundo, negarmos a carne e resistirmos ao diabo.
DEUS não pede nossos conselhos a
respeito de quem Ele trará à Igreja. Gálatas
3.26-29 deixa claro que todas as barreiras
entre DEUS e a humanidade, levantadas ao longo da história, bem como as
barreiras entre uns seres humanos e outros, foram tornadas irrelevantes por
Cristo. O ESPÍRITO transcendeu os vínculos e fronteiras humanos, e colocou-nos
numa união onde vivemos na prática as implicações de pertencermos uns aos
outros por causa de nossa mútua fraternidade em Cristo. Quer sejamos ricos ou
pobres, cultos ou incultos, talentosos ou imperitos, e independentemente de
nossa etnicidade, não devemos desprezar uns aos outros nem imaginar que temos
uma posição de superioridade em relação aos outros diante de DEUS. Não há
favoritismo com DEUS (Ef 6.8; Tg
2.1-9).
O emprego por Paulo da metáfora a
respeito da Igreja reconhece que todas as partes do corpo "são
interdependentes e necessárias à saúde do corpo".50 A dinâmica do
relacionamento não é meramente uma opção conveniente. Fomos feitos à imagem de
DEUS (Gn 1.26-28), e
a Igreja tem o propósito de ser uma restauração corpórea da imagem quebrada. A
Igreja não é simplesmente uma ideia genial, como também é essencial ao plano
divino da redenção (Ef 3.10,11). DEUS manifesta sua presença ao mundo através de um povo interdependente
de pessoas que servem umas às outras. 51
Porque o ministério à Igreja reflete
uma figura bíblica que representa a Igreja como um organismo, podemos ver como
a dimensão relacional da vida na Igreja é dinâmica, e não estática. Certamente
exercemos algum efeito uns sobre os outros. O ministério à Igreja corrige a
tendência da sociedade ocidental de enfatizar o indivíduo mais do que a comunidade.
O ministério da Igreja inclui equipar um grupo de pessoas que vivem em mútua
comunhão, capacitando-as a crescer até formarem uma entidade amorosa, equilibrada
e madura. Paulo diz claramente em Efésios
4.11-16 que a equipagem dos santos para o
serviço compassivo em nome de Cristo deve acontecer numa comunidade. O crescimento
espiritual e o contexto em que ele ocorre de modo mais eficaz não surgem por
mera coincidência. O amadurecer do crente não poderá acontecer fora da
comunidade da fé. O discipulado não possui nenhum outro contexto que não seja a
igreja de JESUS Cristo, porque não se pode seguir fielmente a JESUS à parte de
uma participação cada vez mais madura com outros crentes na vida e no ministério
de Cristo. 52
Koinõnia ("convívio
fraternal", "comunhão", "parceria",
"participação") é um tema bíblico que oferece uma perspectiva
enriquecedora para a compreensão do ministério à Igreja. E criada pelo ESPÍRITO
SANTO ao confirmar a afirmação que os crentes fazem em comum de que JESUS é
Senhor da Igreja. A comunidade que mantém sua comunhão na fé consta,
idealmente, como uma lembrança sempre presente diante do mundo de como parece a
vida quando o Reino de DEUS está presente.53 Permeando essa koinõnia, há o
caráter de Cristo, cujo efeito é ensinar e edificar a comunidade cristã.54
Embora ensinar a verdade da Palavra de DEUS certamente seja um ministério vital
à Igreja, os discípulos são edificados, não somente mediante o ensino da
verdade, mas também por estarem numa comunidade positiva, amorosa e generosa de
pessoas que, juntas, estão sendo conformadas à imagem de Cristo.55
Os crentes estão amadurecendo para
formar uma comunidade que demonstre o caráter, o poder e a autoridade de
Cristo. Logo, as estruturas e processos que estabelecemos para nosso mútuo
amadurecimento e equipamento em Cristo, devem facilitar o fruto e dons do ESPÍRITO.
As igrejas que não permitem que a koinõnia do ESPÍRITO crie seu ministério uns
com aos outros, perdem a comunhão com Cristo. Ele colocou a promessa "eis
que estou convosco sempre" lado a lado com a ordem "ide e fazei
discípulos".56
Ministério ao Mundo. É uma premissa
da máxima importância que a identidade da Igreja acha-se vinculada ao seu
ministério. Devemos, portanto, considerar seriamente as atividades nas quais
nos envolvemos em nome de Cristo, e como essas atividades são uma réplica do
ministério de Cristo na terra. E o ministério de Cristo que estabelece o
padrão mediante o qual avaliamos o nosso ministério. Esse processo é crítico,
conforme vemos em Mateus
7.21-23. Indica que não devemos tomar nosso
ministério como padrão obrigatório. Somente se nosso ministério realmente
adotar o seu caráter e propósito, e for referendado com o poder divino, é que
poderemos aspirar por alinhar-nos ao ministério contínuo de Cristo. A
possibilidade de fazermos assim é garantida pelo Pentecoste e pelo revestimento
do poder do ESPÍRITO SANTO.
Uma das declarações cristãs mais
antigas, em forma de credo, é: "JESUS é Senhor". Esta afirmação,
feita pela Igreja Primitiva, mostra que Cristo reina não somente sobre a Igreja
mas também sobre o Universo e sobre os seus propósitos.57 A declaração de quem
JESUS Cristo é, e do que Ele tem feito e ainda fará, é a essência da
proclamação bíblica. A Igreja não pode fugir do fato: confessar que JESUS é
Senhor leva os crentes a proclamarem ao mundo inteiro essa realidade divina.
Não poderemos confessar que JESUS é Senhor sem antes proclamar o seu senhorio
sobre todas as nações.58
Esse tema bíblico certamente dá
conteúdo ao ministério ao mundo. A declaração de que JESUS é o Senhor convoca
todo ser humano a prestar contas diante de DEUS. Todo e qualquer ministério
deve levar consigo o ímpeto para declarar uma mensagem de consequências
divinas; o Evangelho das "boas-novas" (Mc 1.14) é uma palavra de juízo além de ser um caminho de arrependimento e
a promessa de um novo modo de viver.59
A proclamação de Cristo e de sua
oferta de salvação não é apenas uma afirmação para provocar meditação e diálogo
- exige uma decisão (Mt 18.3).
E uma exigência além de ser um convite para juntar-se ao povo de DEUS, que
agora desfruta das gloriosas riquezas de Cristo JESUS" (Fp 4.19). E, também, uma chamada para sermos totalmente dedicados a DEUS e
à humanidade. Deve haver urgência na proclamação desse evangelho, e uma
disposição pela Igreja para conclamar ao arrependimento e à obediência à
Palavra de DEUS.60
Diakonia ("serviço",
"ministério"). São os esforços no serviço a Cristo que continuam o
ministério encarnacional que Ele realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter
desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito
que este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificado por
Cristo de uma vez para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a
Cristo por meio de servir à criação que está debaixo do seu senhorio. 61
A dimensão de serviço no ministério
leva-nos, além de divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do
desejo de DEUS que é alcançar de modo prático os marginalizados da sociedade.
As pessoas que não têm ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram
desconsideradas e abandonadas, também foram criadas à imagem de DEUS. A Igreja,
revestida pelo poder do ESPÍRITO, terá de passar das palavras para as ações se
quer ver realizados os propósitos de DEUS. Não poderá haver maneira de fugir
deste fato: se vamos realmente servir no ministério continuado de JESUS Cristo,
esse serviço deverá seguir o exemplo do seu ministério.
Lucas 4.18-21 enfatiza o
ministério do tipo de servo. A regra do Senhor JESUS leva-nos adiante, para
alguma coisa além de uma mera versão cristã da Cruz Vermelha. O mal que é
perpetrado no mundo inteiro já foi vencido por Cristo. Como é que o ministério
do servo demonstrará essa vitória mediante a compaixão no meio do mal? As incapacidades
físicas não são impedimentos para o Reino de DEUS. No meio da enfermidade e da
tragédia física, temos o privilégio de dizer agora: "Levante-se e seja
curado!" Àqueles que estão amarrados pelo demonismo, presos pelo poder
destrutivo do maligno, podemos proclamar que a libertação está perto e que o
"novo" governo de DEUS liberta os cativos.62 As numerosas massas que
a sociedade tem abandonado à beira do caminho da vida, podemos demonstrar com
autoridade, mediante os nossos atos tangíveis de misericórdia e compaixão, que
o Reino de DEUS traz dignidade e valor humanos a "um destes
pequeninos" (Mt 25.40).63
Como pentecostais, devemos
reconhecer que nosso crescimento explosivo entre os setores mais indigentes da
humanidade exige que consideremos com seriedade como poderemos participar de
modo mais poderoso e marcante no ministério de servo. O fato de estarmos
crescendo de modo sem precedentes nalgumas partes não-ocidentais do mundo não é
por acaso. E justamente nesses lugares que a população, de modo geral, está
oprimida e sem dignidade. 64
A Igreja, cheia do ESPÍRITO de DEUS,
pode crescer de modo criativo e agir com compaixão através do serviço (inspirado
pelo coração reconciliador de DEUS) de "um destes pequeninos". O
poder de DEUS para a nossa transformação reúne-nos em comunidades que refletem
coletivamente a reconciliação com DEUS (1 Co 12.13; 2 Co 5.17-20). Essas
comunidades revestidas de poder não devem se restringir a determinadas pessoas,
porque DEUS já identificou com clareza o objeto de seu amor (Lc 4.18,19). Temos de imitar o nosso Supremo Comandante, que busca os que
estão amarrados pelo pecado, mantidos cativos pelo diabo. O ESPÍRITO deseja
dar ao seu povo poder para penetrar com ousadia nas arenas do desespero e da
destruição, para que não nos tornemos uma Igreja do tipo censurada pelo
profeta Amós - um povo com uma religião ritualizada, sem compaixão e sem
conteúdo ético.65 Para o bem do nosso testemunho, precisamos esquecer-nos dos
nossos direitos, ser humildes e perdoadores no meio da perseguição, e
"estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer
que vos pedir a razão da esperança que há em vós, tendo uma boa
consciência" (1 Pe3.15,16).
Cumpre-nos repetir que a identidade
pentecostal deve estar arraigada em At 1.8. Essas palavras declaram nitidamente
que a existência da Igreja visa testemunhar ao globo terrestre inteiro. A
koinõnia criada pelo ESPÍRITO, a proclamação que JESUS é Senhor e Salvador, e
o ministério compassivo de servo produzem, no seu conjunto, um testemunho
poderoso ao ministério contínuo de JESUS Cristo. 66
O testemunho diante do mundo é a
operação prática de nossa participação na missão de DEUS: a reconciliação com o
mundo. Proclamamos e demonstramos o caráter compassivo e o poder autoritativo
de Cristo, que já irromperam nesta era. Por meio de palavras e de ações, damos
testemunho das boas-novas de que JESUS ama os pobres, os doentes, os famintos,
os endemoninhados, os fisicamente torturados, os emocionalmente feridos, os
destituídos de amor e até mesmo os auto-suficientes. E então continuamos a
amá-los e a cuidar deles, fazendo deles discípulos que já não sejam
"meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo
engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente" (Ef 4.14). 67
Uma motivação primária do ministério
pentecostal no mundo tem sido a crença de que ministramos como testemunhas do
poder autoritativo de Cristo. Demonstrações do poder do ESPÍRITO, portanto, são
um elemento essencial daquele testemunho (Mc 16.15-20), pois o ministério de
Cristo continua intato pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 28.19,20). A demonstração sobrenatural da presença e poder de DEUS vence a
resistência da humanidade ao Evangelho. Essas demonstrações são, na realidade,
a presença do Cristo ressurreto que rompeu o domínio de Satanás e que agora
está oferecendo um espetáculo público da insuficiência de qualquer potência
que questiona a autoridade divina de Cristo (Cl 2.15). Quando as pessoas entram em contato com esse testemunho da
autoridade de Cristo, ficam conhecendo a realidade de DEUS e a comunidade do
poder de DEUS que dá testemunho autorizado do senhorio de Cristo sobre o mundo,
a carne e o diabo. 68
Esse poder autoritativo nas palavras
e nas ações tem recebido uma renovação nos tempos presentes. A experiência
pentecostal dá testemunho de que DEUS tem reafirmado a todos quantos\recebem a JESUS
como Senhor: Ele não os deixará órfãos (Jo 14.18). Pelo contrário: Ele os comissiona com poder para a continuação
da sua missão redentora. O Pentecoste dá testemunho das "chuvas
serôdias" (Os 6.1-3; Jl
2.23-27) pouco antes da Segunda Vinda de
Cristo. Assim, somos enviados ao mundo com compaixão e paixão divinamente
inspiradas. Entramos nessa batalha com expectativa e antegozo. Stanley Frodsham
resumiu bem essa situação, ao escrever:
O tempo está curto; a vinda do
Senhor está próxima; as oportunidades para se exercer o evangelismo não
durarão muito.
Graças a DEUS, porque Ele está
derramando poderosamente o seu ESPÍRITO nestes últimos dias.
O fogo continua ardendo... e arderá
até àquele dia alegre em que o Senhor JESUS Cristo descerá do Céu, e levará a
sua Igreja para estar com Ele para sempre.69
Perguntas Para o Estudo
Por que a experiência pentecostal é
crucial para uma perspectiva pentecostal da Igreja e da sua missão?
O que o estudo do povo de DEUS no
Antigo Testamento acrescenta ao nosso entendimento da Igreja contemporânea e
da sua missão no mundo?
Como a Epístola aos Efésios
ajuda-nos a ver a Igreja nas missões como mais do que um programa entre outros
tantos programas?
O que há de exclusivo no modo de
Lucas entender o Pentecoste e a missão?
Como o batismo no ESPÍRITO SANTO e o
nosso modo de entender a missão da Igreja estão intrinsecamente vinculados
entre si?
Como os pentecostais antigos
entendiam a conexão entre o derramamento do ESPÍRITO que começou em 1900 d.C.
e o desenvolvimento de uma visão para a missão da Igreja?
Como o modo pentecostal de adoração
aumenta o nosso
fervor pelas missões?
Como se pode ver a palavra
"missão" e o tríplice ministério da Igreja como uma inteireza
integrada?
Como o ESPÍRITO cria a koinõnia
bíblica?
Quais as maneiras de se esperar o
poder de Cristo demonstrado no nosso ministério?
Passe em revista a declaração
sucinta de Stanley Frodsham no fim deste capítulo. De que maneira ela é uma boa
síntese da cosmovisão pentecostal e do modo pentecostal de se ver a Igreja e
sua missão?
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GRANDE COMISSÃO - Dicionário
A ordem pós-ressurreição de JESUS CRISTO aos seus discípulos como registrado em Mateus
28.19,20; Marcos 16.15-18; Lucas 24.46-49; Jo 20.21- 23 e Atos 1.4,5,8.
Sua integridade. A autenticidade e a veracidade das passagens da Grande
Comissão, especialmente como encontradas em Mateus e Marcos, foram atacadas
por representantes do racionalismo e da alta crítica, a primeira Com base
teológica e a segunda com evidências manuscritas. Estudiosos evangélicos,
porém, têm defendido a veracidade como também a autenticidade das passagens e
defenderam bem a questão com base nas evidências internas e externas.
Sua interpretação. A interpretação das passagens da Grande Comissão
diferenciou-se grandemente através dos séculos e causou uma considerável
discussão. Os debates giraram em torno de várias questões. Estas palavras foram
faladas aos discípulos como apóstolos de JESUS CRISTO? Elas constituíram uma
parte da atribuição singular para o ofício apostólico? Ou elas foram dirigidas
aos apóstolos como representantes da igreja de JESUS CRISTO, e dessa forma são
parte da comissão da igreja até o final dos tempos? Novamente, qual é a Inter- relação
entre batizar e ensinar? A segunda atividade está coordenada com a primeira ou subordinada a ela, uma vez que a conjunção “e” está faltando entre os
versículos 19 e 20 de Mateus 28? Ou o ensino está associado ao batismo, não sendo algo
meramente subsequente a ele? E como o batismo e o ensino estão relacionados a
fazer discípulos? Qual é o real significado de batizar “no” nome? Por que a
palavra “nome” é usada no singular quando ela é seguida por uma enumeração de
três pessoas da Divindade?
Os estudiosos evangélicos têm procurado sempre responder a estas perguntas
mantendo a apresentação que se segue, crendo que a comissão é dirigida à igreja
e deve ser obedecida até o final dos séculos, e que deve ser interpretada à luz
de uma revelação completa. Poucos comentadores lidam exaustivamente com as
passagens da Grande Comissão. Recentemente surgiram dois estudos exegéticos de
relevância. O primeiro é de Karl Barth, e o segundo de Eobert D. Culver. Nenhum
destes homens tenta investigar o escopo completo da Grande Comissão; ambos
limitam os seus estudos à passagem do Evangelho de Mateus. Desse modo, estas
são somente considerações parciais da Grande Comissão.
Sua relação com o cristianismo, A Grande Comissão não é um mandamento
isolado, arbitrariamente imposto sobre o cristianismo. Ela é uma soma lógica e
um fluxo natural do caráter de DEUS à medida que Ele é revelado nas Escrituras
(Ez 33.11; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.91, bem como do propósito e impulso missionários de DEUS
conforme revelado no AT (por exemplo, Is 49.6; 56.3-8; Jo 3.10; 4.2,11), e historicamente encarnado na chamada de Israel (Gn 12.1-3; Êx 19.5,6; Is 42.6,7,19); da vida, teologia e obra salvadora de CRISTO como é revelada nos
Evangelhos (Mt 9.35- 11.1;
Lc 19.10; Jo 10.16); da natureza e obra do ESPÍRITO SANTO como predito por nosso Senhor e
manifestado no Pentecostes e depois dele (At 2.17; 13.2,4; 16.6-10); e da natureza e projeto da igreja de JESUS CRISTO como é revelado em
Atos (At 2.9-11,21,39; 13.46-49; 15.7-18) e nas epístolas (Rm 10.18;
Ef 2.11-22; 3,8-11; Cl 1.6,23). CRISTO declarou profeticamente que seu Evangelho será pregado por todo o
mundo como um testemunho para todas as nações antes que venha o fim (Mt 24.14). O cumprimento
desta profecia está previsto na cena celestial descrita em Apocalipse 7.9,10. A comissão está, dessa forma, firmemente baseada no corpo total da
revelação, tanto no AT como no NT. Ela forma uma unidade orgânica e uma parte
integral dentro desta revelação, e só recebe o seu significado e força
verdadeiros se vista neste relacionamento mais amplo.
A Grande Comissão não faz do cristianismo uma religião missionária. O
cristianismo é assim por causa de sua fonte, natureza, e projeto como um todo.
Os apóstolos tomaram-se missionários não por causa de uma comissão, mas porque
o cristianismo é o que é, e por causa da habitação interior do ESPÍRITO SANTO
que é um espírito de missões. O próprio Senhor JESUS CRISTO fala da missão do ESPÍRITO SANTO como uma missão de
testemunho (Jo 15.26; 16.8-15). Desse modo, se as palavras específicas da Grande Comissão nunca tivessem
sido pronunciadas, ou se tendo sido pronunciadas elas não tivessem sido
registradas ou preservadas, o impulso e a responsabilidade missionária da
igreja não seriam sequer minimamente afetados. O impulso das missões prospera
onde quer que O cristianismo seja verdadeiramente conhecido, totalmente crido e
genuinamente experimentado. Seu valor. No entanto, é de imenso valor que a Grande
Comissão tenha sido ordenada pelo nosso Senhor, e registrada pelo ESPÍRITO SANTO,
através dos escritores dos Evangelhos. Embora não crie novas obrigações para o
cristianismo, esta ordem final de JESUS CRISTO
concentra-se fortemente no impulso e responsabilidade missionária além aa
dúvida e da disputa razoável. Novamente, sua singularidade como o principal
mandamento do Senhor em seu ministério ressurrecto a destaca como única entre
as suas palavras, e a toma mais do que apenas uma comissão entre muitos outros
mandamentos aos discípulos. A sua reafirmação por cada um dos escritores dos
Evangelhos testemunha sua tradição viva na igreja primitiva, e o livro de Atos
demonstra sua dinâmica no movimento original do cristianismo.
Sua natureza composta. A Grande Comissão é um mandamento composto. Seu
registro em todos os quatro Evangelhos e em Atos é singular entre as palavras
de CRISTO e destaca sua importância na mente de cada escritor, sua riqueza e
plenitude de conteúdo, e a unidade e estilo de cada um dos Evangelhos. Todos
eles culminam na Grande Comissão e apontam para uma direção comum. O
cristianismo é centrífugo em natureza e impulso. O fato de que cada um dos
quatro evangelistas entrega a Grande Comissão de uma forma ou de outra, precisa
ser observado. Nenhum deles a entrega em sua totalidade. Embora cada um dos
evangelistas a apresente sob o seu próprio ponto de vista e com sua própria
ênfase, juntos eles completam uns aos outros, trazendo uma totalidade, como
mostra o seguinte esquema.
Mateus - a autoridade, o objetivo com total inclusão e a extensão de tempo
da obra. Marcos - o método e o escopo geográfico da obra.
Lucas - a mensagem e a universalidade da obra.
João - o equipamento espiritual e a natureza espiritual da obra.
Somente quando vemos todo o esquema como é apresentado nos quatro
Evangelhos, é que enxergamos a Grande Comissão em sua totalidade.
Seu alcance e padrão. Uma análise da Grande Comissão revela dois
imperativos no grego original que dão direção à comissão. Estes são encontrados
em Mateus e Marcos nas palavras “fazei discípulos” e “pregai o evangelho”.
Assim, a Grande Comissão é como uma elipse com seus focos duplos. Enquanto que
nos anos anteriores ao movimento missionário moderno iniciando com William
Carey, a ênfase estava sobre o enfoque de Marcos - “pregai o evangelho” - e o
evangelismo era o impulso total das missões, a ênfase hoje é sobre o enfoque de
Mateus - “fazei discípulos” - e a implantação das igrejas chegou ao seu
primeiro plano. A Bíblia iria enfatizar ambos e mantê-los em um correto
equilíbrio. Os dois imperativos são completados pelos termos “ide” (Mc
16.15; Mt 28.19), “batizando" (Mt 28.19; cf. Mc 16.16), e “ensinando” (Mt
28.20).
Não há
verbos imperativos relativos a testemunho ou pregação em Lucas, João ou Atos.
No entanto, há uma força bíblica (“assim está escrito”, Lucas 24.46) e
espiritual (“recebei o ESPÍRITO SANTO”, João 20.22) por
trás destas palavras, de forma que um mandamento para testemunhar não é
necessário; na verdade, pareceria até mesmo deslocado. A dinâmica da Palavra e
do ESPÍRITO substitui o imperativo.
Então, um estudo da Grande Comissão composta como registrado nos quatro
Evangelhos, produz os seguintes fatos. O objetivo que inclui tudo é “fazei
discípulos” de todas as nações, Para que este propósito se cumpra, deve
acontecer o seguinte.
1. Os cristãos devem se engajar
em uma proclamação intensiva e extensiva do Evangelho entre as nações do mundo,
comunicando significativamente o Evangelho de DEUS como está registrado nas
Escrituras.
2. Os cristãos devem conduzir as
pessoas a uma experiência da graça de DEUS que se toma disponível através da
morte e ressurreição de JESUS CRISTO, oferecendo o perdão dos pecados em seu
Nome a todos os que crerem no Evangelho.
3. Os cristãos devem separar as
pessoas de seus velhos relacionamentos pecaminosos (sem tirá-las de sua própria
cultura) e edificá-las dentro da nova congregação de DEUS através da prática do
batismo.
4. Os cristãos devem
doutriná-las nos preceitos do Mestre, e, assim, pela renovação de suas mentes,
moldá-las no verdadeiro discipulado cristão.
Este é o padrão do nosso ministério de acordo com a Grande Comissão.
Nenhuma das coisas essenciais podem ser omitidas ou negligenciadas. Nem o tempo
exaure a dinâmica ou a validade da comissão. Os mandamentos de CRISTO ligam
cada cristão a esta tarefa, até a consumação dos séculos. Veja Evangelistas;
Testemunho.
Bibliografia. Karl Barth, The Theology of the Christian Mission, ed. por Gerald Andersen, Nova York. McGraw-Hill. Robert D. Culver, “What Is the Church׳s Commissi- on? Some Exegetical Issues in Matthew 28.16-20", Bulletin of Evangelical Theological Society, X (1967), 115-126. Joachim Jeremias, JESUS’ Promise to the Nations, trad. 5. H. Hooke, Naperville, 111.. Allenson, 1958, (esta obra traz uma excelente bibliografia). George E. Mendenhall, “Missions”, IDB, III, 404ss. John R. W. Stott, “The Great Commission”, ChT, XII (1968), 723-725,778- 782, 826-829. John M. L. Young, “Theology of Missions, Covenant-centered”, CT, XIII (1968), 162-165. G. W. P.
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MISSÕES, A GRANDE COMISSÃO - PR JOSIAS MOURA
UNIDADE VIII
PROPÓSITO: Oferecer uma visão clara do valor missiológico
das palavras proferidas pelo mestre JESUS CRISTO, após sua ressurreição e antes
da ascensão, conhecidas como “A Grande Comissão”. Palavras estas que formam o
mais expressivo bloco de ensinamento bíblico para o alcance das nações com o
evangelho”.
A grande comissão é o supremo alvo da vida e do propósito
de JESUS. Ele treinou, esperou e lutou para chegar ao ponto de enviar
discípulos preparados e revestidos de poder.
Durante muito tempo, a Igreja tem buscado conscientizar o
seu povo da Grande Comissão dada por CRISTO com relação à obra missionária. Tal
é a sua importância, que é encontrada diversas vezes no Novo Testamento como
veremos a seguir.
DEUS atua no mundo e tem um plano e uma meta a cumprir.
Segundo Apocalipse capítulos 21 e 22, podemos dizer que o plano de DEUS é uma
nova criação para a Sua glória, isto é, Ele renovará e transformará tudo para
Sua glória. O que não significa que todos serão salvos, pois os que continuam
rebeldes se perderão, mesmo tendo que reconhecer JESUS CRISTO como Filho de DEUS
(Fp. 2.10-11). Na criação do mundo, DEUS fez tudo sem a ajuda dos homens, porém
na nova criação somos cooperadores de DEUS na sua Missão (I Co. 3.9).
O plano de DEUS para esta missão inclui a Igreja comprada
pelo sangue de JESUS CRISTO. Na execução do plano, DEUS ordena que façamos
certos trabalhos, e um destes é o de pregar o evangelho, as boas novas de JESUS
CRISTO.
A Grande Comissão é a participação que DEUS espera de
nós, e apresenta-se nos textos bíblicos, envolvendo ênfase diferentes, como
vemos:
a) Mateus- autoridade, objetivo, o tempo e a esfera de
trabalho.
b) Marcos- urgência, o método e esfera de trabalho.
c) Lucas- a mensagem a universalidade do trabalho.
d) João- o revestimento espiritual e a natureza do
trabalho.
e) Atos- o poder e o campo de ação.
Após a Sua morte e ressurreição, JESUS CRISTO reúne-se
com seus discípulos e lhes oferece a sublime oportunidade de serem cooperadores
de DEUS, dando-lhes a Grande Comissão.
A Grande Comissão encontra-se registrada nos quatro
Evangelhos e no livro de Atos dos Apóstolos com as seguintes referências:
Mateus 28.18-20; Marcos 16.15; Lucas 24.44-48; João 20.21; Atos
1.8.
I – MATEUS (28.18.20)
Num monte na Galileia, os discípulos se reuniram e JESUS
lhes deu a Sua palavra final. Ele falou como um Rei.
a) Sobre autoridade – Ele recebeu toda autoridade de DEUS
e assim tem o direito de enviar embaixadores, concedendo a Sua autoridade para
eles.
b) Sobre o seu propósito – fazer discípulos é a única
expressão imperativa da Grande Comissão.
b.1- Fazer discípulos é a tarefa central na mensagem
cristã.
(Mt. 4.19-21; 9.9; 1921; I Co 3.8; I Jo 3.2; Lc. 9.23; Jo
12.26)
Discípulos- “seguir alguém, imitar, crer e obedecer,
tomar posição com, morrer com”.
b.2- É para fazer discípulos de todas as nações,
atravessando todas as fronteiras.
b.3- Para fazer discípulos, é necessário um processo de
desenvolvimento em comunhão (batismo no corpo de CRISTO) e instrução.
c) Sobre a forma– “Ide”, “batizando-as”, e
“ensinando-as”. “Ide” é no grego “quando está indo”, é automático e deve
acontecer sempre.
d) Sobre a presença do Rei – “ Eis que estou convocando…”
Não fazem o trabalho sozinho ? (Aleluia)
e) De acordo com o texto de Mateus, a lição é a de
que o grande alvo missões é o de “fazer discípulos de todas as nações”.
II – MARCOS (16.5)
Esta tem sido a expressão mais usada quando se fala de
evangelismo na Igreja Cristã… “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda
a criatura.”
a) esfera – Está claro de que a esfera de
missão é o mundo
b) método – A pregação é o método de missões. É
a evangelização com a prova de sinais que se seguem ( 16,17,18).
c) A mensagem – Na obra de missões, só uma
mensagem: O evangelho de CRISTO. Aqui descobrimos que o alcance
da missão de DEUS é universal, pois CRISTO ordenou: “Ir ao mundo todo, e pregai
o Evangelho a toda criatura.”
III – LUCAS ( 24.44-48)
Neste texto, iremos descobrir a fundamentação da mensagem
que pregamos na Grande Comissão de JESUS CRISTO.
a) A base bíblica do Evangelho – são as
Escrituras ( A lei de Moisés, os profetas e os Salmos).
O missionário tem um livro e tem que conhecer este livro
profundamente.
b) O conteúdo do Evangelho – é a morte e a
ressurreição de JESUS. A cruz de CRISTO é sempre o tema central na mensagem ( I
Co 1.18 a 25)
c) O Imperativo do Evangelho – é arrependimento
e remissão dos pecados. CRISTO quer fazer algo no homem e não somente para o
homem.
d) A esfera do Evangelho – é entre as nações.
e) Os instrumentos do Evangelho – “vós sois
minhas testemunhas”.
Observe-se que a mensagem que pregamos é que CRISTO
morreu e ressuscitou por nós, e que o propósito desta é para que haja
arrependimento para a remissão dos pecados.
IV – JOÃO ( 20.19-23)
Quando JESUS CRISTO diz: “Assim como o pai me enviou, eu
também vos envio”, vemos que, na obra missionária, temos que seguir o exemplo
de JESUS CRISTO, como missionário enviado da parte do Pai celeste.
a) Identificação – os discípulos precisam
identificar-se com o Senhor no trabalho designado… “Assim como”.
a.1) Enviou – no grego, uma ação contínua e não
um passado prefeito. Ainda é enviado ! (Ele continua trabalhando através dos
discípulos de todas as épocas).
a.2) Junto – Não para os discípulos trabalharem
para o Senhor, mas juntos com o Senhor ( Mt. 28.20; I Co .3.9)
a.3) Luta – Missão é uma luta profunda e o
trabalho mais importante que existe. Pregar é oferecer a possibilidade de
perdão dos pecados. Se não pregamos, retemos os pecados.
Assim aprendemos que, no cumprimento da Grande Comissão, o
povo de DEUS deve testemunhar de CRISTO não só com palavras, mas também
seguindo o seu exemplo.
V – ATOS
Aqui encontramos o registro da última ordem de CRISTO no
que diz respeito à Grande Comissão para a Igreja.
a) O poder do Evangelho – é a promessa do
Pai ( Lc 24.49), o ESPÍRITO SANTO; sem o ESPÍRITO SANTO, somos instrumentos
vazios e sem condições.
b) O Revestimento – “… permanecei em
Jerusalém…” “ Recebereis o poder” – A condição para receber o poder é
permanecer na presença de DEUS.
c) O campo de ação – “… começando por
Jerusalém”( Lc 24.47). “Tanto em”, “Como em toda”, “E até os confins da terra”.
A ação missionária da Igreja é global.
DEUS faz a obra missionária ! Mas Ele não dispensa o
nosso trabalho. Assim em Atos 1.8 aprendemos que cooperamos com DEUS pelo poder
do ESPÍRITO SANTO.
DECLARAÇÕES COMPLEMENTARES
SOBRE A GRANDE COMISSÃO |
|
||||
AS DECLARAÇÕES |
A AUTORIDADE |
A CAPACITAÇÃO |
A ESFERA |
A MENSAGEM |
AS ATIVIDADES |
Mt. 28.18-20 |
A autoridade dada a CRISTO:
todo o poder no céu e na terra |
CRISTO está conosco até o
fim da era |
As nações (Gentias) |
Todas as coisas que CRISTO
ordenou |
Discipular por meio de ir,
batizar e ensinar |
Mc. 16.15 |
O mundo inteiro, e toda a
criatura |
O Evangelho |
Ide e pregai (proclamai) |
||
Lc 24.46-49 |
Em Seu Nome (de CRISTO) |
A promessa do Pai i.e: poder |
Todas as nações começando de
Jerusalém |
Arrependimento e o perdão
dos pecados |
Pregar e testemunhar
(proclamar) |
Jo 20.21 |
Enviados por CRISTO assim
como Ele foi enviado pelo Pai |
||||
At. 1.8 |
Poder do ESPÍRITO SANTO |
Jerusalém, toda a Judéia,
Samaria e até aos confins da terra |
CRISTO |
Testemunhar |
|
* De David J. Hesselgrave: Comunicating Chirst Cross –
Cultarlly ( Grand Rapids: Zondervan, 1978), pag. 54. A ser publicado brevemente por Edições Vida Nova |
|
RESUMO FINAL DA UNIDADE – LIÇÕES PRINCIPAIS
1. No projeto da nova criação, DEUS nos escolheu como
seus cooperadores no exercício desta tarefa missionária.
2. Pregar o Evangelho, as boas novas do reino, é a
principal tarefa daqueles que foram escolhidos para executar o grande plano
divino para o homem.
3. As ênfases apresentadas pelos vários registros da Grande
Comissão representam o propósito global da missão que DEUS nos ofereceu através
do Seu Filho JESUS CRISTO.
4. Baseados nos textos e estudos concernentes à Grande
Comissão, podemos formular um conceito da missão de DEUS:
“Missão é a obra de DEUS dada à Igreja que, seguindo o
exemplo de CRISTO proclama por palavras e ações o Reino de DEUS, no poder do ESPÍRITO
SANTO, chamando todos ao arrependimento e fé em CRISTO, ensinando-os a serem
discípulos dele”.
5.Vamos alargar a nossa visão missionária de acordo com o
alcance da missão de DEUS, que é universal; vamos estudar a Bíblia para pregar
melhor a mensagem a respeito da morte e ressurreição de CRISTO.
Devemos estar dispostos a seguir o exemplo de CRISTO,
pois o trabalho de DEUS se faz no poder do ESPÍRITO SANTO. Assim estaremos
cumprindo o grande alvo de missões que é fazer discípulos em todas as nações.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
PALAVRA
MINISTRADA PELO PR JOSIAS MOURA
1.
Introdução
Nos
últimos duzentos anos da história humana, avançamos em todos os campos do conhecimento científico-tecnológico, mais do que nos últimos
2000 anos. Os avanços experimentados em tantos segmentos, não foram suficientes
para dar conforto interior a milhares de pessoas. Em muitos países do mundo,
vemos ainda índices de suicídio elevados, taxas de criminalidade crescentes,
crises e conflitos sociais como o desemprego, pobreza, e fome.
Podemos
concluir, que vivemos em tempos difíceis que foram profetizados, em II Timóteo 3:1-5 pelo apóstolo Paulo, nas seguintes palavras: “1 Lembre disto:
nos últimos dias haverá tempos difíceis. 2 Pois muitos serão
egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes
aos seus pais e não terão respeito pela religião. 3 Não terão amor
pelos outros e serão duros, caluniadores, incapazes de se controlarem,
violentos e inimigos do bem. 4 Serão traidores, atrevidos e cheios
de orgulho. Amarão mais os prazeres do que a DEUS; 5 parecerão ser
seguidores da nossa religião, mas com as suas ações negarão o verdadeiro poder
dela. Fique longe dessa gente!” (NTLH).
Nas
palavras proféticas de Paulo, acerca dos
tempos finais, concluímos que a humanidade avançou no conhecimento geral, e
regrediu em seus conceitos morais e principalmente em seu relacionamento com
DEUS . O profeta Isaías vislumbrou os dias de hoje e disse em Isaías 33: 9 “A terra geme e
desfalece; o Líbano se envergonha e se murcha; Sarom se torna como um deserto,
Basã e Carmelo são despidos de suas folhas.”
Qual o remédio para uma sociedade em crise moral e espiritual? Qual
a solução para um mundo que clama por alívio, por paz e solução para os
seus conflitos? O salmista aqui nos dá a resposta: “Anunciai entre as nações a
sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas”. Meu irmão, a Igreja de
CRISTO é a resposta para os povos que clamam. A Igreja de CRISTO é a resposta de
DEUS, para um mundo que está em crise moral.
2.
Desenvolvimento
ST.
PORQUE A IGREJA DE CRISTO É A RESPOSTA DE DEUS AO CLAMOR DOS POVOS?
2.1 Porque
através da Igreja, o mundo conhecerá a glória de DEUS: “Anunciai entre as
nações a sua glória…”.
Nosso
grande objetivo, nossa grande missão, meu irmão, é anunciar a glória de DEUS as
nações. O mundo precisa conhecer a glória de DEUS. Gostaria aqui, de fazer
algumas considerações.
Primeiro,
entendamos o que é a glória de DEUS.
A glória de DEUS está associada àmajestade e o brilho que acompanham a revelação
da
presença
e do poder de DEUS. Aqui,
quero levar você a lembrar da experiência de Isaías com a glória de
DEUS, no capítulo 6, de seu livro. No ano 640 a.c, em que o rei Uzias
morreu, Isaías tem uma visão. Nesta visão ele vislumbra DEUS assentado num alto
e sublime trono em sua expressão máxima de sua glória. Enquanto em Jerusalém
havia disputas pelo poder, instabilidade, conflitos sociais e desordem, pelo
fato do trono de Uzias está vazio, Isaías vê que o trono celestial permanece
ocupado. DEUS estará sempre em seu trono, seu governo será eterno.
Isaías
fica fascinado com esta visão da glória de DEUS. Ele cai em si. E conclui: “Ai
de mim! Estou perdido! Pois os meus lábios são impuros, e moro no meio de um
povo que também tem lábios impuros….”. Ao ver DEUS em seu trono de glória,
Isaías entende que é apenas um pecador. Aprendemos aqui, algo importante:
QUANDO UM
HOMEM PRESENCIA UMA MANIFESTAÇÃO DA GLÓRIA DEUS, HÁ UM RECONHECIMENTO DE SUA
CONDIÇÃO PECAMINOSA.
A glória
de DEUS nos faz entender quem somos. Somos pecadores que carecem da
misericórdia do nosso DEUS.
Quando
Isaías reconhece o seu pecado, DEUS envia um de seus serafins com uma brasa que
tinha sido tirada do altar. (verso 6). Este anjo toca na boca do profeta. Há
aqui, duas coisas importantes: Primeiro. DEUS está purificando o profeta. O
fogo é visto como uma ação purificadora do ESPÍRITO SANTO. Isaías precisa ser
purificado porque sem santidade, sem pureza em sua vida, sem consagração, sem
separação para o serviço, ele não poderia falar e anunciar a mensagem de seus
para os seus compatriotas. Segundo. Após ter sua vida e seus lábios
santificados com brasa, Isaías está em condições de ser um porta voz de DEUS
para sua nação.
Vejo na
história relatada neste capitulo, quatro momentos importantes na vida de
Isaías:
1) visão
da glória de DEUS.
2)
sentimento de reconhecimento do estado pecaminoso.
3) a ação
santificadora de DEUS.
4) a
chamada divina e o envio.
Após ter
sua vida transformada sobrenaturalmente e experimentado o poder santificador de
DEUS Isaías ouve do Senhor: “A quem enviarei? Quem há de ir por nós?” DEUS está
aqui, despertando Isaías para a importante tarefa de anunciar sua mensagem para
Israel.
Aqui,
faço menção a um detalhe importante: não podemos ser mensageiros de uma verdade
não experimentada. Não podemos ser porta vozes de uma glória não testemunhada,
não sentida, não vivida. Não podemos dar a outros d’aquilo que nunca tivemos.
DEUS então, permite ao profeta vê-lo em seu trono de glória. E esta experiência
permite que Isaías fale de uma glória que ele mesmo experimentou em sua vida.
Quero sua
atenção para um princípio importante, que aqui passo a clarear: A IGREJA DO
SENHOR, ANUNCIARÁ AS NAÇÕES UMA MENSAGEM A RESPEITO DA GLÓRIA DE DEUS, QUE
RESULTE DE SUA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA COM DEUS.
O que
quero dizer, é que as nações precisam ser alcançadas por uma glória de DEUS,
que também nos alcançou. Portanto, meu irmão quando você disser a alguém algo
do tipo: “veja a glória de DEUS”, o que espera-se de mim e você é que também
tenhamos em nossas vidas a mesma experiência.
Há ainda
outro aspecto a tratar acerca da glória de DEUS. Este tem a ver com o fato, que
precisamos aprender a perceber a revelação dessa glória em nosso cotidiano. Era
isto que JESUS queria ensinar a Marta e Maria. Em João 11, verso 3, as duas
irmãs de Lázaro mandam dizer a JESUS: “Senhor, o seu querido amigo Lázaro está
doente!”. O que viam neste cenário, Marta e Maria? Viam a glória de DEUS? Não.
Enxergavam apenas a enfermidade. Viam a situação como a maior parte de
nós vê. E a verdade, meu irmão é que nós vemos nossas crises, problemas,
conflitos e dores de forma limitada. Vemos geralmente pelo pior ângulo. O
ângulo da incredulidade, da impossibilidade e da murmuração. Porém, JESUS
estava presente naquele momento da vida de Marta e Maria, e queria ensiná-las a
ver as suas crises e calamidades de um novo modo. Em sua resposta a Marta e
Maria, no verso 4 JESUS demonstra essa nova forma de ver uma crise ou
enfermidade: “Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de
DEUS,…”. JESUS estava ensinando a Marta e Maria, que elas precisavam aprender a
enxergar como a glória de DEUS se manifesta por meio de nossos conflitos
humanos. Aprenda você também a ver nos momentos difíceis de sua vida DEUS se
revelando em sua glória.
Ao se
deparar com um problema difícil, ore assim: “Senhor, me ensina a ver a tua
glória nesta situação”. Tenho certeza que DEUS não negará a nenhum de nós,
experiências diárias e cotidianas com a sua glória.
AS NAÇÕES
NÃO ALCANÇADAS, INTERPRETAM OS SEUS CONFLITOS PELO PIOR ÂNGULO POSSÍVEL. E por
isso, a Igreja do Senhor é a resposta para o clamor dos povos, porque
temos experimentado seguidas manifestações da glória de DEUS em nós, e
precisamos compartilhar isto com outros, para que estes aprendam a ver a glória
de DEUS através de seus conflitos e crises.
2.2 A
igreja de CRISTO é a resposta ao clamor dos povos, porque através dEla, o mundo
verá as maravilhas do Senhor: “…entre todos os povos, as suas maravilhas.”
O
salmista está dizendo, que a Igreja anunciará também “…entre todos os povos as
suas maravilhas…”. Quero definir o termo “maravilhas”. No grego a palavra é:
dunamiv (dunamis). Dunamis pode ser traduzido como poder, força ou habilidade
para realizar milagres. Estamos então falando de sinais milagrosos realizados
por DEUS.
Em êxodo
4, após ter recebido de DEUS a ordem para comandar o êxodo dos israelitas no
Egito, Moisés questiona DEUS
dizendo: “Mas, os israelitas não vão acreditar em mim, nem dar atenção ao que
eu falar e vão dizer que o Senhor não me apareceu”. DEUS então manda Moisés
pegar o seu bastão e jogá-lo no chão. Inexplicavelmente, acontece um milagre. O
bastão transforma-se em cobra (cap.4:4). DEUS realiza ainda, nos versos
seguintes outros milagres. Mas preste atenção ao que DEUS diz a Moisés no verso
5: “Faça isso para provar aos israelitas que o Senhor, o DEUS dos seus
antepassados, o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaque, e o DEUS de Jacó apareceu a
você”.
O que
concluímos com estes versos? Moisés deveria anunciar a mensagem de DEUS a
Faraó. E este anúncio seria acompanhado por maravilhas e sinais. E estes sinais
comprovariam que DEUS estava ao lado de Moisés.
JESUS foi
claro ao dizer em Marcos 16:17,18 que “Estes sinais
hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão
novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não
lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.”
Mas, é
neste ponto da nossa reflexão que desejo lhe questionar. Você tem visto
ultimamente, muitos sinais operados por DEUS através de sua vida? Talvez,
alguns de nós, honestamente concluiremos que não. Certamente somos levados a
concluir, que hoje observamos uma visível redução da manifestação de milagres
como aqueles que JESUS realizava, como mortos que ressuscitavam, paralíticos
que andavam.
Talvez
você pergunte: Será que DEUS mudou sua maneira de agir com relação a milagres?
Acredito que não. Nós é que mudamos nossas atitudes. A diminuição de milagres
em sua vida ou até a ausência, pode ser explicada pela ausência de vida
consagrada e santa no altar no Senhor. Precisamos aqui, lembrar das palavras de
Josué ditas ao povo no capítulo 3:5, quando ele e
os israelitas estavam diante do rio Jordão, e precisavam de um milagre para
atravessar o rio: “Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor
fará maravilhas no meio de vós…”.
A
escassez de milagres na vida de muitos crentes resulta da ausência de um
projeto de vida, dirigido para busca de santidade. Santifique-se meu irmão,
porque somos a resposta de DEUS para os problemas desta geração, e precisamos
pedir ao Senhor que evidencie sinais e maravilhas entre todos os povos ainda
não alcançados.
Em alguns
momentos de nossas vidas, precisamos confrontar o poder do maligno, por meio de
sinais e maravilhas. Quem não se lembra do confronto de forças entre Elias e os 400 profetas de Baal e 400 de Azera? O povo estava
dividido entre o DEUS de Elias e o deus dos 800 profetas. Mas, foram sinais
milagrosos realizados por DEUS, diante daquela multidão dividida, que provaram
aos indecisos e aos de coração dividido que DEUS é Senhor absoluto e soberano.
Destronemos
satanás destes corações seduzidos pelo pecado, e peçamos a DEUS, que derrame em
nossas vidas um novo tempo de manifestações de sinais e maravilhas.
3. Conclusão
Entenda
que DEUS projetou a sua vida para que você seja um instrumento dEle em um plano
de salvação daqueles que estão perdidos. Porém, é preciso saber se você tem que
se colocar nas mãos do Senhor como um vaso nas mãos do oleiro. Será que DEUS
pode contar com você? Será que você pode falar como Isaias, que disse: “eis-me
aqui Senhor, envia-me a mim”.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA
4TR23, LIÇÃO 13 NA ÍNTEGRA
Escrita, Lição 13, CPAD, O Propósito de Missões, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620
(CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O
ALVO DA OBRA MISSIONÁRIA
1. O
fundamento da realidade salvífica
2. Um
propósito global
II –
PREGAR O EVANGELHO: A
RESPONSABILIDADE
DE TODO CRISTÃO
1. Qual
é a nossa disposição?
2.
“Pois me é imposta essa obrigação”
TEXTO ÁUREO
“Porque,
se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa
obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Co 9.16)
VERDADE PRÁTICA
Pregar
o Evangelho a toda a criatura não é uma opção, mas uma imposição divina.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Mt 28.18-20 Uma ordenança para pregar o Evangelho
Terça - 1 Co 9.16 A pregação do Evangelho como o dever de cada crente
Quarta - Mt 24.14 A vinda do Senhor JESUS tem a ver com a obediência da
evangelização
Quinta - Ec 9.10; 2 Co 5.10; Ap 22.12 A obra da evangelização é uma urgência no
Reino de DEUS
Sexta - At 20.24 Prontos em cumprir com alegria a incumbência da evangelização
Sábado - Mt 24.45-51; 25.14-30 Prestaremos contas do nosso trabalho de
evangelização
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse 5.9-14
9 - E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de
abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para DEUS
homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
10 - e para o nosso DEUS os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a
terra.
11 - E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e
dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares,
12 - que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o
poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.
13 - E ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e
que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado
sobre o trono e ao Cordeiro sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e
poder para todo o sempre.
14 - E os quatro animais diziam: Amém! E os vinte e quatro anciãos
prostraram-se e adoraram ao que vive para todo o sempre.
Hinos Sugeridos: 72, 173, 316 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A Igreja de CRISTO tem um nobre propósito a desempenhar neste mundo: proclamar
a mensagem de salvação até que JESUS CRISTO volte. Essa é a sublime missão da
Igreja. Nos tempos em que vivemos, a Igreja de CRISTO, diretamente ou
indiretamente, é pressionada a renunciar a sua missão primária. Entretanto, a
vontade de DEUS é que mantenhamos firmes a missão de proclamar a CRISTO,
principalmente, em lugares que Ele não foi anunciado.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apontar o alvo da obra missionária; II) Conscientizar
que cada cristão é responsável por essa missão.
B) Motivação: O que estamos fazendo para contribuir com a evangelização de
nossa rua, bairro, cidade, estado, nação e o mundo?
C) Sugestão de Método: Pesquise na internet ou em livros de especializado em
Missões. A CPAD editou livros nas áreas de Missões que poderão ajudá-lo(a).
Selecione um missionário em que a vida é um exemplo no desempenho do propósito
missionário. Conclua a lição, abordando esse exemplo.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Organize um evangelismo pessoal com a classe, sob a orientação do
departamento de Missões, ou secretaria de evangelismo, de sua igreja local.
Apresente a sua classe esse desafio: evangelizar o bairro da igreja local.
Estimule cada aluno e aluna para que participem dessa atividade de modo que se
envolva com Missões Locais.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 95, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O Missionário é um
Enviado", ao final do segundo tópico, amplia a reflexão a respeito da
responsabilidade de pregar o Evangelho.
PALAVRA-CHAVE - Propósito
COMENTÁRIO
– INTRODUÇÃO
O
propósito da Igreja de CRISTO neste mundo é o de proclamar a mensagem de
salvação até JESUS voltar. Claramente, a Palavra de DEUS nos mostra que a
missão da Igreja envolve um propósito global, ou seja, a missão de pregar o
Evangelho a cada criatura. Não importa a língua, a cultura ou o contexto
econômico, cada pessoa deste mundo deve conhecer a respeito de JESUS e de sua
mensagem de salvação. Esse é o assunto que estudaremos nesta semana.
I – O ALVO DA OBRA MISSIONÁRIA
1. O
fundamento da realidade salvífica
Numa
leitura atenta do livro do Apocalipse é possível perceber o propósito de DEUS
de redimir a humanidade desde o livro de Gênesis. Por exemplo, em Apocalipse 5
há o relato de uma grande multidão de pessoas redimidas pelo sangue de JESUS:
“Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o
teu sangue compraste para DEUS homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação”
(Ap 5.9). Isso aqui é o resultado produzido pela obra de CRISTO no Calvário.
Nesse sentido, anunciar essa realidade salvífica para todo ser humano é o alvo
sublime de nossa missão.
2. Um propósito global
Em
Mateus 28.18-20, a palavra “toda” traz a mesma conotação de alcance em que
encontramos em Apocalipse 5. Isso reitera o princípio universal de nossa
missão. Nesse caso, pregar o Evangelho a todos os povos para resultar em
conversão de milhões de pessoas de todas as etnias é o propósito glorioso de
DEUS para a sua Igreja. Essa noção de universalidade, ou totalidade,
relacionada ao alcance do Evangelho, nos responsabiliza como parte integrante
desse poderoso e grandioso projeto de DEUS: a obra missionária (1 Co 9.16).
Diante dessa assertiva, nosso dever básico é o de proclamar o Evangelho a todos
os povos.
SINÓPSE I - O alvo da obra
missionária é apresentar o plano de salvação a todo o pecador.
II – PREGAR O EVANGELHO:
A
RESPONSABILIDADE DE TODO CRISTÃO
1. Qual
é a nossa disposição?
Como
está a nossa disposição em levar o Evangelho a todo o mundo? Você sabia que a
vinda do Senhor JESUS tem a ver com a execução dessa ordenança (Mt 24.14)? À
luz dessa grande urgência evangélica, o que temos feito em prol do Reino de
DEUS (Ec 9.10; 2 Co 5.10; Ap 22.12)? Temos formado obreiros suficientes para
cumprir a Grande Comissão? E os jovens crentes? Eles enxergam a grande urgência
deste trabalho (Jo 4.35)? Estamos prontos a dar a vida por essa grande obra (At
20.24)? Essas perguntas contribuem para atestarmos uma grande realidade, ou
seja, se a igreja não atender ao apelo divino da Grande Comissão, se houver
omissão por parte de seus líderes, e se os crentes não se dispuserem a ir ao
campo, e se o mundo não receber o Evangelho nesta dispensação da Graça, haverá
um duro juízo contra os negligentes (Mt 24.45-51; 25.14-30).
[...] Se a igreja não atender ao apelo divino da Grande Comissão, se houver
omissão por parte de seus líderes, e se os crentes não se dispuserem a ir ao
campo, e se o mundo não receber o Evangelho nesta dispensação da Graça, haverá
um duro juízo contra os negligentes.”
2. “Pois me é imposta essa obrigação”
O
apóstolo Paulo via a responsabilidade de pregar o Evangelho como uma obrigação
imposta a ele (1 Co 9.16). A expressão “ai de mim se não pregar o evangelho”
tem dois sentidos claros: 1) a obrigação; 2) a punição. O apóstolo estava
consciente de que pregar o Evangelho é uma obrigação que inside privilégio,
pois é a partir do que CRISTO fez por nós. Nesse sentido, é um ato de
obediência a DEUS. Contudo, essa obrigação também leva em conta a punição em
relação à recusa sistemática dessa obrigação imposta ao apóstolo. Ora, pregar o
Evangelho não é uma opção para o cristão, mas uma imposição divina.
SINÓPSE II - Pregar o Evangelho é a obrigação de cada crente.
Auxílio Missiológico
O
MISSIONÁRIO É UM ENVIADO
“Há uma
identificação de CRISTO com seus enviados que dissipa toda a amargura e espanta
as sombras através de seu sorriso abençoado. Sua presença e companhia são uma
experiência constante e a herança permanente deles. A grande necessidade dos
que são enviados é praticar constantemente a consciência de sua presença. [...]
O missionário hoje é um ‘enviado’ se for um missionário no sentido bíblico da
palavra. Um missionário não é aquele que partiu, mas aquele que foi enviado. É
o modo como vai que faz toda a diferença. Se ele não caminhar com a segurança
divina de que foi enviado, não será capaz de suportar a tensão, frustração, as
pressões e os desapontamentos da vida missionária. A consciência, contudo, de
ter sido enviado o sustentará em seus julgamentos e fracassos e certamente irá
conduzi-lo ao triunfo e sucesso. [...]” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de
Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.306).
CONCLUSÃO
Há um propósito divino quanto a proclamar a mensagem de salvação ao
pecador. Não podemos, então, desviar um milímetro desse santo propósito. De
fato, evangelizar não é uma opção. Pelo contrário, é uma imposição divina como
resultado do que o Senhor JESUS fez em nossas vidas por intermédio do ESPÍRITO
SANTO. Portanto, preguemos a boa notícia para todo o pecador e em qualquer
lugar em que ele se encontrar. Esse é o mais nobre e sublime propósito da
Igreja de CRISTO.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que é possível perceber numa leitura atenta no livro de Apocalipse?
Numa leitura atenta do livro do Apocalipse é possível perceber o propósito de
DEUS em redimir a humanidade desde o livro de Gênesis.
2. Qual é o alvo sublime de nossa missão?
Anunciar a realidade salvífica para todo ser humano é o alvo sublime de nossa
missão.
3. Segundo a lição, qual é o propósito glorioso de DEUS para a sua Igreja?
Pregar o Evangelho a todos os povos para resultar em conversão de milhões de
pessoas de todas as etnias é o propósito glorioso de DEUS para a sua Igreja.
4. Qual é a sua disposição em levar o Evangelho ao pecador?
Resposta pessoal.
5. Quais são os dois sentidos da expressão “ai de mim se não pregar o
evangelho”?
A expressão “ai de mim se não pregar o evangelho” tem dois sentidos claros: 1)
a obrigação; 2) a punição.