Escrita, Lição 13, Betel, O verdadeiro discípulo é um exemplo para futuras gerações, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2023, TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã
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TEXTO ÁUREO
“Lembrai-vos os
vossos pastores, que vos falaram a palavra de DEUS, a fé dos quais imitai,
atentando para sua maneira de viver” Hebreus 13.7
VERDADE
APLICADA
Os discípulos
de CRISTO, por pertencerem ao mesmo Corpo de CRISTO, devem exercer, uns sobre
os outros, influência que edifica.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar o contraste entre o bom e o mal discípulo
Ressaltar as características de um bom discípulo
Expor a importância do legado
TEXTOS DE REFERÊNCIA - 1 TIMÓTEO 1.9-12
9 Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles
o primado, não nos recebe.
10 Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo
contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos,
e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja.
11 Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de DEUS; mas quem faz o
mal não tem visto a DEUS.
12 Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós
testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Sl 78.5 O testemunho de DEUS deve ser transmitido
TERÇA – Pv 13.22 Um homem bom deixa boa herança
QUARTA – Ef 4.1 Ser um discípulo inspirado em JESUS
QUINTA – Ef 6.5 Servir a DEUS com sinceridade
SEXTA – 1 Ts 5.12 O bom discípulo deve ser reconhecido
SÁBADO – 1Pe 3.21 Ter boa consciência diante de DEUS
HINOS SUGERIDOS: 11, 93, 291
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que eu discípulo de CRISTO sirva de forma inspirar outros
em seus ministérios.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O MAL LEGADO DE DIÓTREFES
1.1. Uma liderança reprovável
1.2. Um mau discípulo é hipócrita
1.3. Fora dos padrões bíblicos
2- GAIO, UM VERDADEIRO DISCÍPULO
2.1. Um discípulo verdadeiro
2.2. Um discípulo fiel
2.3. Um discípulo altruísta
3- DEMÉTRIO, UM VERDADEIRO DISCÍPULO
3.1. Um discípulo inspirador
3.2. Um discípulo comprometido
3.3. Um discípulo é reconhecido
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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1 - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. 2 - Porque, por ela, os antigos ?alcançaram testemunho. 3 - Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de DEUS, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. 4 - Pela fé, Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando DEUS testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala. 5 - Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi achado, porque DEUS o trasladara, visto como, antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a DEUS. 6 - Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam. 7 - Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé. 8 - Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
22 - Pela fé, José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel e deu ordem acerca de seus ossos. 23 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei. 24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, 25 - escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de DEUS do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; 26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de CRISTO do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
30 - Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias. 31 - Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias. 32 - E que mais direi? Faltar-me- a o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel, e dos profetas, 33 - os quais, pela fé, venceram ?reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, 34 - apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos.
Prezado(a) professor(a), estudaremos um dos capítulos mais conhecidos da Epístola aos Hebreus, a galeria dos heróis da fé que se encontra no capítulo 11. Esses heróis e heroínas eram pessoas comuns, sujeitos as intempéries da vida, mas a fé deles em DEUS fez com que superassem grandes obstáculos, fazendo com que o nome do Senhor fosse exaltado. O estudo dessa galeria nos mostra que a fé, embora sendo algo subjetivo, traz sempre resultados práticos.
É importante que você ressalte, no decorrer da lição, que estes heróis da fé, não tinham as Escrituras Sagradas como temos hoje, o que tornava o conhecimento deles a respeito de DEUS, se comparado a nós, limitado.
1. O sacrifício de Abel.
Qual elemento o autor aos Hebreus cita para falar que JESUS é superior a Abel? O sangue da aspersão (Hb 12.24 - Abel).
Noé foi lembrado em qual Sermão do Senhor JESUS? No seu Sermão Escatológico de Mateus 24.
Abraão não é pai unicamente dos judeus. Explique. Segundo Gálatas 3.7, pela fé ele era pai de "todos os que creem".
Qual foi o pedido de José? Que na saída dos filhos de Israel do Egito levassem seus ossos (Hb 11.22).
Por que Jericó precisava ser destruída através de Josué? Porque o ingresso na terra não poderia ser feito enquanto Jericó permanecesse de pé.
1. O sacrifício de Abel.
Como DEUS tinha que todo dia descer para falar com Enoque; DEUS o levou para conversar com ele lá em cima.
A igreja que tem comunhão com o ESPÍRITO SANTO, esta será levada para o céu.
Quanto a ser ou não Enoque que virá na Grande Tribulação como uma das duas testemunhas, não o podemos afirmar.
Para mim são os mesmos que vieram; Para outros serão novas pessoas; Para outros Enoque e Elias.
Cada um com suas suposições. No reino espiritual não existe lógica.
Lembrando que todos os sinais que vão fazer são os mesmos feitos por Moisés e Elias.
Se Enoque representa a igreja, jamais poderia voltar a terra e muito menos morrer.
Já a lei e os profetas, representados por Moisés e Elias duraram até João.
RAABE - Hebreus Cap. 11.31 Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias. Acreditou no DEUS de milagres.
DEUS se agrada da fé. Uma gentia, prostituta, se torna uma ascendente de JESUS, oficialmente, ou seja, legalmente. Todos os reis de Israel são seus descendentes. Casou-se com um judeu, Salmom.
Daí veio Boaz, Obede, Jessé e depois Davi e todos os reis de Israel.
Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias. (Hebreus 11:31).
E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé (Mateus 1:5).
E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários, e os despediu por outro caminho? (Tiago 2:25).
O sacrifício de Abel e sua fé prefigurava o sacrifício de JESUS. Adoração perfeita. Uma vida sendo oferecida em lugar de outra. O testemunho de Enoque e sua fé sendo trasladado antes do dilúvio representa a igreja que será arrebatada antes da Grande Tribulação, igreja que mantém íntima comunhão com DEUS. A confiança de Noé e sua fé em DEUS salvou sua família e condenou a todos os outros que não entraram na arca, assim como nossa fé ajuda para que nossa família não perca a salvação.
1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.
2 Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho. 3 Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de DEUS, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
4 Pela fé, Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando DEUS testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala. 5 Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi achado, porque DEUS o trasladara, visto como, antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a DEUS.
6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
CARACTERÍSTICAS |
PERSONAGENS |
Fé caracterizada pela obediência irrestrita ao Senhor |
Abraão |
Recebeu uma revelação especial de DEUS relativa ao dilúvio |
Noé |
Agradou a DEUS por seu andar espiritual diante dEle |
Enoque |
Aos olhos de DEUS seu sacrifício teve maior valor |
Abel |
Nesta lição, estudaremos um dos assuntos mais palpitantes da Bíblia: a Fé. Esta palavra tão pequena encerra em si grande conteúdo para os que de DEUS se aproximam. Sem ela não existiria a Igreja, não haveria salvos, esperança de vida futura, não poderíamos esperar um mundo melhor nem creríamos na Segunda Vinda de CRISTO. É por meio da fé que recebemos as bênçãos de DEUS. Esta preciosa e santíssima fé vem-nos através de CRISTO, para que ninguém tenha de que se gloriar (Hb 12.2).
I. CONCEITO DE FÉ
O escritor sacro não pretendeu simplesmente definir a fé, mas sim descrevê-la como elemento fundamental da vida cristã.
1. O firme fundamento.
2. Das coisas que se esperam.
II. EXEMPLOS MARCANTES DE FÉ
1. Abel.
CRISTO) apesar de correta, é parcial, uma vez que a oblação de Caim, mesmo sendo de vegetais, também seria aceita por ser produto do seu trabalho como lavrador (Gn 4.3; ver v.7). Caim tinha má índole; era iracundo e “suas obras eram más” (1 Jo 3.12), por essas razões suas ofertas não foram aceitas pelo Senhor.
2. Enoque.
3. Noé.
4. Abraão.
1. Todos estes morreram na fé.
3. Crendo nas promessas, abraçando-as e confessando-as (v.13).
IV. HOMENS DOS QUAIS O MUNDO NÃO ERA DIGNO
Na última parte do texto em estudo, a Palavra de DEUS fala de forma comovente sobre dois tipos de heróis da fé. São eles:
1. Os lutadores. As Escrituras apresentam vários exemplos de lutadores. Eles “venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, neutralizaram a força do fogo, escaparam do fio da espada”, tudo isso pela fé no Todo-Poderoso.
3. Foram homens “dos quais o mundo não era digno”. O “mundo” que não é digno dos homens de DEUS é aquele que se opõe ao bem, e que dificulta a inquirição espiritual. Foi para esse mundo que JESUS apontou ao falar sobre a inevitabilidade das perseguições: “Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim” (Jo 15.18).
Os homens dos quais o mundo não era digno viram de longe as promessas, mas não as alcançaram, “provendo DEUS alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados” (vv.39,40).
CONCLUSÃO
Hoje para muitos, principalmente crianças e adolescentes que não conhecem a DEUS, os heróis são os ídolos humanos ou virtuais da TV e do cinema. Esses não passam de falsos ídolos e heróis que desencaminham seus admiradores para o mal. Contudo, a Bíblia nos inspira fé e perseverança, necessárias para que confiemos nas promessas de DEUS. Ela nos mostra em suas páginas a vida de homens e mulheres, crianças e adolescentes, jovens e adultos, que nos legaram exemplos extraordinários da verdadeira fé em DEUS.
“Encorajamento palas vitórias da fé (Cap.11). O autor, neste capítulo, destaca a fé como sendo a grande característica e o denominador comum do verdadeiro povo de DEUS em todos os tempos (cf. 10.38,39). Ele
menciona detalhadamente os heróis da fé que viviam sob a antiga aliança e cujos exemplos nos incentivam a sermos leais a DEUS, hoje.
O versículo 1 é muitas vezes citado como uma definição de fé, porém, na realidade é mais uma explicação das características da fé. Em poucas palavras, a fé é simplesmente confiança em DEUS e sua palavra (cf. Rm 10.17). Parafraseando o versículo, poderíamos dizer: “A fé significa que somos confiantes; temos a certeza (algo que serve de base ou apoio a qualquer coisa, como um alicerce, um fundamento, uma promessa ou um contrato) daquilo quer esperamos receber, a convicção da realidade das coisas invisíveis”.
Foi com essa atitude de fé que, naquele tempo, os heróis enfrentaram o futuro e aprenderam as coisas invisíveis. Os antigos alcançaram testemunho e o próprio DEUS também testificou da fé que possuíam, a qual
superou todos os obstáculos, sendo seus feitos registrados na Bíblia como homens de fé (v.2). A crença em DEUS como Criador de todas as coisas do universo é imprescindível para a vida de fé, qualquer que
seja sua manifestação (v.3). ‘Por isso, em primeiro lugar, o autor declara essa ação primária da fé, pela qual chegamos à plena certeza de que o mundo — a História e as eras — não resultou do acaso; é uma resposta à expressão da vontade de DEUS’ (Westcott).” (Comentário Bíblico — Hebreus, CPAD, pág. 158.)
“Creia que ele existe (Hb 11.6). Este versículo descreve as convicções integrantes da fé salvífica. (1) devemos crer na existência de um DEUS pessoal, infinito e santo, que tem cuidado de nós. (2) Devemos crer que Ele nos galardoará quando o buscarmos com sinceridade, sabendo que nosso maior galardão é a alegria e a presença do próprio DEUS. Ele é nosso escudo e nossa grande recompensa (Gn 15.1; Dt 4.29; Mt 7.7,8 nota; Jo 14.21). (3) Devemos buscar a DEUS com diligência e desejar ansiosamente a sua presença e graça.” (Bíblia de Estudo
Pentecostal, CPAD, pág. 1916.)
O Testemunho da Fé
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova
das coisas que se não vêem.
Este é o mais lido e conhecido dos 13 capítulos da
Epístola aos Hebreus. Alguns escritores da Bíblia o tem denominado de “A
Galeria dos Heróis da Fé”, visto que ela (a fé) encontra-se presente do
começo ao fim deste capítulo, marcando cada acontecimento. Tudo aqui se dá pela
fé. A expressão “pela fé” aparece cerca de 20 vezes, para mostrar o que a fé representa para a vida
religiosa. Descobrimos aqui também que existem duas maneiras de DEUS aplicar a
fé com relação ao cristão.
João Calvino, em um trecho de suas Institutas, define
qualquer natureza de fé como parte integrante da salvação. Seja ela comum ou
tida como fé especial, quando é demonstrada como sendo um dos dons de poder
(cf. I Co 12.9). “Onde quer que exista fé viva, ela necessariamente deve
ser acompanhada pela esperança da salvação eterna como doação divina mediante
esta fé, pois se não tivermos esta esperança, por mais eloquentemente que
discorramos sobre a fé, fica evidente que não temos fé nenhuma...” Há pessoas
que são escolhidas para honrarem a fé, enquanto outras são determinadas por
DEUS para que a fé os honre. Em outras palavras: uns morrem na fé, e outros
morrem pela fé. Não pode haver bom fundamento sem o alicerce da fé, visto ser
ela aqui apresentada como sendo “o fundamento principal” da nossa salvação (Ef 2.8,9).
Porque, por ela,
os antigos alcançaram testemunho.
As Escrituras estão permeadas de diversos
acontecimentos que foram promovidos pela fé. DEUS operou de várias maneiras,
com o objetivo de honrar a fé dos seus servos que nEle depositaram a sua
confiança. Alguns destes milagres operados em resposta a necessidades
prementes, se visualizados dentro da lógica humana, seriam tidos como
impossíveis. Mas sabemos que para DEUS nada é impossível, pois Ele opera quando
quer e pode ultrapassar qualquer possibilidade daquilo que é impossível.
“Porque para DEUS nada é impossível” (Lc 1.37). Aqui, portanto, cabe a frase que se delineia para o
campo da fé quando esta opera milagres: “o milagre não se explica, se aceita”.
E o testemunho da fé somente pode ser alcançado por meio da fé, porque sem fé
é impossível que tal testemunho seja consolidado.
Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de DEUS, foram
criados; de maneira que aquilo que se vê não feito do que é aparente.
A insistência do homem em não atribuir a criação ao
supremo poder de DEUS é pura
ilusão. DEUS criou os céus
pelo supremo poder da palavra (I
Cr 16.26; Jó 26.13; SI 8.3; 33.6; 96.5; 136.5; Pv 8.27). Criou também os céus e a terra (Êx 20.11; 31.17; Ne
9.6; SI 89.11,12; 102.25; 115.3,15,16;
121.2; 124.8; 134.3; 146.6; Pv 3.19; Is 37.16; 42.5; 44.24; 51.13,16;
Jr
10.12; 32.17; 51.15; Zc I2.1; At
4.24; 14.15; Ef 3.9; 2
Pe 3.5; Ap 4.11; 10.6; 13.8). DEUS os criou em
seis dias (Ex
20.11; 31.17). São sustentados pelo poder de sua palavra (SI 33.9;
148.5; Hb 1.3; 2
Pe 3.5). Partes desses céus criados por
DEUS, isto é, o céu atmosférico e o céu estelar, passarão com grande estrondo
no Dia do Senhor. O apóstolo Pedro usou uma terminologia grega literária: O
substantivo rhoizos era usado no grego antigo a propósito do zunido da flecha
ou para aludir ao rugido de um incêndio ou, provavelmente, ao enrolamento dos
céus como pergaminho.
Pela fé, Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício do que Caim, pelo
qual alcançou testemunho de que era justo, dando DEUS testemunho dos seus dons,
e, por ela, depois de morto, ainda fala.
Abel e Caim eram dois irmãos que nasceram dos mesmos
pais e no mesmo lar. Um dia, os dois ofereceram a DEUS sacrifícios como forma
de agradecimento pela prosperidade alcançada por ambos. “... Abel foi pastor de
ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim
trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos
primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e
para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou...” (Gn 4.2-5). A aceitação de Abel e a rejeição de Caim por parte de
DEUS deu-se por dois motivos distintos: Abel era justo — pertencia a DEUS (Mt 23.35), Caim era injusto pertencia ao maligno (I Jo 3.12). Caim não alcançou nenhum testemunho; Abel, pelo
contrário, alcançou o testemunho da fé que o tornou imortal, e mesmo “depois
de morto [seu testemunho], ainda fala”.
A Fé através dos Séculos
Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi
achado, porque DEUS o trasladara, visto como, antes da sua trasladarão,
alcançou testemunho de que agradara a DEUS.
A história de Enoque se encontra em Gênesis 5.18-24 e começa assim: “E viveu Jarede cento e sessenta e dois
anos e gerou a Enoque. E viveu Jarede, depois que gerou a Enoque, oitocentos
anos e gerou filhos e filhas... e viveu Enoque sessenta e cinco anos e gerou a Matusalém.
E andou Enoque com DEUS, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos e gerou
filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cincos
anos. E andou Enoque com DEUS; e não se viu mais, porquanto DEUS para si o
tomou”. No versículo 5 deste capítulo da Epístola aos Hebreus é exaltada a fé
deste grande homem
de DEUS, dizendo que ele “.f o i trasladado para não
ver a morte”, e em Judas 14 nos é dito que Enoque era também profeta de DEUS. Enoque
teve o mesmo privilégio que teve Elias, outro profeta de DEUS que fora
arrebatado vivo, sendo levado ao céu num carro de fogo por meio de um
redemoinho (2 Rs
2.11).
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que
aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe e que é galardoador dos que
o buscam.
O assunto principal abordado no presente capítulo — a
fé
compreende ainda Hebreus 10.38 até 12.2, e marca cinco períodos de suma importância:
1°A fé no período da criação (1-3). Esta fé assinala
que o que hoje existe, já houve um tempo quando não existia.
2° A fé no período primordial (4-7). Notemos que começa
não com Adão, mas com Abel. No caso de Abel, era fé no sacrifício oferecido a
DEUS; no de Enoque, fé na comunhão com DEUS; no de Noé, fé que testifica.
3° A fé no período dos patriarcas (8-22). O escritor
fala primeiro da fé e das coisas invisíveis (8-16), depois da fé e das coisas
improváveis (17-22). Abraão creu que DEUS era capaz de ressuscitar os mortos. A
fé de Isaque aceitou a determinação divina, que pôs de lado as consagradas
leis de herança. Na esfera espiritual, nossos propósitos muitas vezes sofrem modificações
por DEUS, e somente pela fé é que podemos aproveitar as lições que disso
advêm.
4° A fé durante o período israelita (23-40). Notemos
particularmente no caso de Moisés como sua fé era sempre a “visão do invisível”
— era o que ele percebia com DEUS. E vemos ainda que ele, por essa fé, recusou
(24) as vantagens do mundo; escolheu (25) uma sorte aparentemente desprezível;
deu valor (26) ao privilégio de sofrer com o povo de DEUS; enxergou (27) aquilo
que o olho natural não percebe; deixou a terra onde nascera e não temeu, mas
ficou firme, como quem enxerga o invisível.
5o A fé cristã iniciada por JESUS (12.1,2).
Esta fé assinala o período da dispensação da graça, quando o homem é salvo e
justificado por ela. Em JESUS, a fé e a graça justificam e salvam os homens.
“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça...” — “Sendo, pois,
justificados pela fé...” (Rm
3.24; 5.1). E o apóstolo Paulo acrescenta: “Porque pela graça sois
salvos, por meio da fé...” (Ef 2.8).
7 Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se
viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual
condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.
A história que marcou a fé deste grande patriarca encontra-se
narrada em Gênesis 5—10, além de outras passagens que falam dele, seja no
texto ou no contexto (Is
54.9; Ez 14.14,20; Mt 24.37-39; Lc 17.26,27; I Pe 3.20; 2Pe
2.5). Noé já era um homem reto quando DEUS
lhe deu a ordem de construir a arca. E com fidelidade ele cumpriu essa ordem.
Ele cresceu na retidão, tornando-se herdeiro da própria justiça de DEUS. Noé
foi o décimo e último dos patriarcas antediluvianos; era filho de Lameque, que
tinha 182 anos de idade quando Noé nasceu (Gn 5.28,29). Ele creu naquilo que nunca tinha visto, porque fora DEUS
quem falara. A construção da arca para sua salvação e de sua família, talvez
por um período de 100 anos, era mesmo um ato de fé, porque nesse tempo ainda
nem se quer chovia (cf. Gn 2.5,6; 8.22).
Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um
lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
Os estudiosos destacam cerca de “sete maneiras” pelas
quais a fé operava em Abraão:
1° — Abraão foi “chamado” por DEUS para deixar a sua
terra natal e tornar-se um peregrino, em busca de um país melhor. A fé exigiu
“ação aventurosa” da sua parte (v. 8).
2o
— A fé de Abraão o tornou um peregrino. Ele tinha uma herança, mas não entrou
na posse da mesma. Sua peregrinação o levou a reconhecer que nesta terra não
tinha habitação certa, e que a herança do crente não pode estar neste mundo —
Devemos, portanto, aguardar uma herança celestial (w. 9,10).
3o — A fé foi um poder miraculoso, nele
operante, bem como naqueles que com ele andavam, como Sara e outros (w. 11,12).
4o
— A fé abre a “dimensão eterna” à vida; leva o indivíduo a reconhecer que o
ser humano realmente pertence a um mundo espiritual e superior (v. 16).
5° — A fé nos ensina que DEUS é o nosso DEUS; que não
há limite para a glória, pois na filiação o infinito é trazido ao que é finito
(v. 16).
6° — A fé nos ensina que há um sacrifício supremo a ser
feito à vontade de DEUS, a fim de que se cumpra em nós tudo quanto foi por Ele
designado (v. 17).
o — A fé nos ensina a
esperar o impossível, porquanto dependemos do poder de DEUS, que transmite vida
e opera milagres (v. 19).
Abraão e sua Descendência
Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia,
morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.
Esses três patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó, são
mencionados frequentemente, porque suas vidas representam três gerações de
homens que viveram dentro dos limites da mesma fé. Suas vidas cobriram todo o
período de peregrinação na Terra Prometida. Depois de Jacó, veio a descendência
que foi levada ao cativeiro egípcio. Seus nomes são tomados para exemplificar a
própria existência de DEUS, quando deles testifica, dizendo: “Eu sou o DEUS de
Abraão, o DEUS de Isaque e o DEUS de Jacó...” (Mt 22.32). Aqui no texto em foco, DEUS se apresenta particularmente
a cada patriarca. Ele bem poderia dizer: “Eu sou o DEUS de Abraão, de Isaque e
de Jacó”, resumindo assim tempo e espaço. Contudo, Ele usou a extensão de seu
nome para cada um deles, quando disse: “Eu sou o DEUS de Abraão, o DEUS de
Isaque e o DEUS de Jacó”. Isso fala da fé extensiva e progressiva que vai
passando de pai para filho. Jacó pertencia a uma família que tinha vivido na
fé. De Timóteo se diz que a fé que ele professava foi herdada de sua família
cristã piedosa, como escreve Paulo: “trazendo à memória a fé não fingida que
em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou
certo de que também habita em ti” (2Tm 1.5). A fé de sua avó Lóide e de sua mãe Eunice, e o
ensinamento das “sagradas letras” em sua meninice lhe fizeram idôneo, sábio e
capaz para o desempenho espiritual de sua vida e de seu ministério (2Tm 3.15).
Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e
construtor é DEUS.
O escritor sagrado faz aqui alusão à Jerusalém
celestial, da qual o artífice e construtor é DEUS. Ela encontra-se edificada
sobre um alto e sublime monte (Ap 21.10). Ela desce do céu para receber os remidos, pois é
impossível construir uma cidade santa aqui na terra (cf. Fp 4.20). O fato de ser chamada de “cidade mãe” corresponde à
alegoria que Paulo faz em Gálatas 4.22-26, quando diz: “... está escrito que Abraão teve dois
filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia, o que era da escrava nasceu
segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa, o que se entende por
alegoria; porque estes são os dois concertos: um, do monte Sinai, gerando
filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia,
que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.
Mas a Jerusalém que é de cima é livre, a qual é mãe de todos nós”. Durante sua
peregrinação, Abraão nunca optou por morar na cidade de Jerusalém. Cremos que
se este fosse o seu desejo, ele teria toda a liberdade de fazê-lo. Esta cidade
fazia parte de sua herança e Melquisedeque, que nesta época era rei e sacerdote
ali, era amigo de Abraão e de sua parentela. Mas Abraão não se aproveitou de
nenhuma destas circunstâncias, pois tinha em mente uma outra linda cidade — a
cidade do DEUS vivo, a Jerusalém celestial —, por esta razão se declarou
peregrino aqui na terra durante a sua vida.
Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à
luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.
Aqui, o autor fala da esterilidade de Sara e no
versículo seguinte, do amortecimento de Abraão; a fé curou os dois e Sara
tornou-se fértil. Abraão era um homem idoso, que já passara da idade de gerar
filhos, e sua esposa, Sara, era estéril; porém, DEUS consertou tudo aquilo,
porque para Ele nada é impossível (Gn 18.14; Lc 1.37). Quando abrimos o Novo Testamento, observamos que o DEUS
Todo-poderoso permanece o mesmo. Isabel e Zacarias “... eram ambos justos
perante DEUS, vivendo irrepreensivelmente em todos os mandamentos e preceitos
do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos eram
avançados em idade” (Lc
1.6,7). Contudo, o DEUS que operou milagrosamente no idoso casal
do Antigo Testamento, concedendo-lhes Isaque, também operou eficazmente aqui
no Novo Testamento, dando a Zacarias e a Isabel o profeta João Batista. O
segredo de se honrar a DEUS com a fé é começar a crer na possibilidade de suas
promessas. Jó cria em qualquer dessas possibilidades quando disse: “Bem sei
eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42.1,2).
Pelo que também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em
multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia
do mar.
A promessa de DEUS a Abraão era de que ele se tornaria
pai de uma multidão de filhos. Isto se cumpriu não apenas literalmente, como
também no aspecto espiritual da promessa divina para com o patriarca. Ele foi
pai de Ismael, que se tornou o progenitor dos árabes meridionais. Depois da
morte de Sara, Abraão casou com Quetura e dela gerou seis filhos: “Zinrã, e
Jocsã, e Medã, e Midiã, e Isbaque, e Suá” (Gn 25.1,2). Abraão aconselhou a todos que se fossem se estabelecer
na terra oriental; “eles assumiram um estilo de vida nômade e [segundo alguns
historiadores], por fim, alcançaram toda a vasta península sírio-árabe”1.
Ali, estes descendentes de Abraão, hoje subdivididos em vários povos árabes do
Oriente Médio, formaram várias nações. Porém o pacto de DEUS com Abraão falava
de uma extensão maior de famílias que viriam através do filho da promessa —
Isaque. E assim, todas as nações, todas as raças, foram incluídas como
beneficiárias da fé de Abraão, sendo CRISTO a figura central em todos estes
acontecimentos.
Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas,
vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram
estrangeiros e peregrinos na terra.
Abraão e seus descendentes mais próximos, tais como
Isaque, Jacó e os patriarcas filhos de Jacó, peregrinaram na terra de Canaã, e
alguns deles foram ali sepultados na cova de Macpela, nos carvalhais de Manre,
na cidade de Hebrom (Gn
49.29-32; 50.5-13). Contudo, durante suas vidas aqui na terra, eles não
chegaram a alcançar a posse total daquela terra que fora dada por DEUS a Abraão
por meio de um juramento.
Mas eles morreram na fé — quer dizer, na confiança de que DEUS era fiel para cumprir seu
juramento, confirmando aquela terra por herança perpetua à descendência de
Abraão. Com efeito, porém, o anseio maior destes servos de DEUS era uma pátria
celestial, por esta razão ”... confessaram que eram estrangeiros e peregrinos
na terra”. Essa confissão feita pelos patriarcas durante os tempos de suas
peregrinações era tanto oral como moral. Eles confessavam a DEUS com suas
palavras e com seus exemplos, o que também serve de modelo para a Igreja cristã
do Pentecostes ao arrebatamento (Fp 2.15).
A Pátria Celestial
14 Porque os que isso dizem claramente
mostram que buscam uma pátria.
O escritor sagrado continua até o versículo 16 com o
mesmo argumento, mostrando que os patriarcas buscavam uma pátria melhor do que
aquela onde tinham nascido e viviam: eles buscavam a pátria celestial. O
objetivo dessa argumentação é mostrar àqueles cristãos e aos demais santos de
todos os tempos que a verdadeira pátria dos salvos não é aquela onde eles
nasceram ou viveram, mas a pátria celestial. Paulo aspirava por esta pátria
divina, e dela falou: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos
o Salvador, o Senhor JESUS CRISTO” (Fp 3.20). A terra da promessa sempre foi almejada pelo povo de
DEUS em ambos os Testamentos. Os judeus, quando se encontram fora de sua
pátria, sempre aspiram para a ela voltarem. Outros cristãos de todo o mundo
também amam esta pátria e sempre que têm a oportunidade, vão conhecê-la e
nela adorar ao Senhor. Mas a aspiração das almas
sequiosas pela presença de DEUS não é esta pátria terrena, e sim, a celestial.
E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído,
teriam oportunidade de tornar.
Abraão, Isaque e Jacó possuíam tudo o que as pessoas
bem- sucedidas têm aqui neste mundo. Eles possuíam riquezas, bens
diversificados e glórias que os grandes de seus dias possuíam. Se Abraão
quisesse voltar para Ur, cidade de seu nascimento, poderia bem fazê-lo. Isaque,
quando seu pai morreu, ficou também com suas riquezas. O mesmo aconteceu
também com Jacó que, além de sua riqueza adquirida em Arã, herdou a parte que
lhe cabia, quando Isaque morreu. Contudo, nenhum deles se valeu de suas
riquezas e de seu poder para voltar à terra de seus ancestrais, mas
permaneceram firmes na terra onde DEUS havia manifestado seu propósito para com
eles. Em figura de retórica, isso significa que jamais o cristão deve voltar
para a terra de onde veio (o mundo), mas deve avançar até alcançar a verdadeira
terra que mana leite e mel (o céu), a capital da nova terra, em que habita a
justiça (2 Pe 3.13).
Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a celestial.
Pelo que também DEUS não se envergonha deles, de se chamar seu
DEUS, porque já lhes preparou uma cidade.
Em algumas versões, como a Revista e Atualizada, por
exemplo, ao invés de “... uma [pátria] melhor”, lê-se: “uma pátria superior”,
indicando que aquela pátria que dera a Abraão e aos seus descendentes o direito
de cidadania não era a verdadeira pátria permanente prometida por DEUS.
Restava, portanto, uma outra pátria, a celestial. Naquela pátria superior,
DEUS já lhes preparou uma cidade, “... a nova Jerusalém, que de DEUS descia do
céu” (Ap 21.2). Assim relatou o escritor desta epístola, em 12.23,
quando descrevia a chegada destes peregrinos à pátria por eles almejada: “Mas
chegastes ao monte de Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial, e
aos muitos milhares de anjos”. Hoje, qualquer cidade do mundo, pequena ou
grande, não oferece a segurança que seus cidadãos gostariam de nela encontrar.
Mas na cidade de DEUS cada cidadão se sentirá seguro, porque “... não entrará
nela coisa alguma que contamine e cometa abominação...” (Ap 21.27).
Isaque como Símbolo do Sacrifício de CRISTO
Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele
que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.
Quando Isaque tinha crescido e se tornara um rapaz formoso,
aos olhos de seus pais e também aos olhos de todos, Abraão ouviu a voz de DEUS.
Esta era a oitava vez que DEUS falara com ele, dando-lhe sua orientação divina.
Mas esta mensagem não trazia o mesmo teor daquelas anteriores, conforme
escreve o autor sagrado: “E aconteceu, depois destas coisas, que tentou DEUS a
Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu
filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e
oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22.1,2). O Alcorão diz que no monte Moriá foi oferecido Ismael, o
primeiro filho de Abraão com a escrava egípcia. Mas é impossível que Moisés
tenha se enganado quando escrevia o Pentateuco, trocando Isaque por Ismael.
Isaque, o filho da promessa, foi o filho que DEUS ordenara a Abraão para tal
sacrifício.
Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência,
considerou que DEUS era poderoso para até dos mortos o ressuscitar.
Martinho Lutero traz uma meditação de grande inspiração
no tocante a este acontecimento, dizendo: “Abraão o amarrou e deitou sobre a
lenha. O pai ergueu o cutelo. O corpo de Isaque exposto àquele imenso cutelo
afiado, que caminhava em direção a sua garganta inocente. Se tivesse DEUS
dormita- do por um instante, o jovem estaria morto. Eu não poderia ter
contemplado. Não posso fazer meus pensamentos prosseguirem. O jovem era uma
ovelha para o matadouro. Nunca, na história, houve tal obediência, salvo somente
a de CRISTO. Mas DEUS estava observando, bem como todos os anjos. O Pai ergueu
a faca; o corpo não estremeceu. O anjo clamou: Abraão, Abraão!’ Vemos como a
majestade divina está às portas, na hora da morte. Dizemos: ‘Em meio à vida,
morremos’. DEUS responde: ‘Sim, e em meio à morte, vivemos”’.
E daí também, em figura, ele o recobrou.
Muitos comentaristas vêem aqui nesta alegoria a morte e
ressurreição de CRISTO. E JESUS parece querer ligar o oferecimento de Isaque
no monte Moriá com sua morte na cruz, quando disse aos judeus: “Abraão, vosso
pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se. Disseram-lhe, pois, os
judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Disse-lhes JESUS: Em
verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.56-58). Podemos ver ali no Moriá, como também aqui no pensamento
do autor, uma verdadeira alegoria (Gn 22.1-19).
Abraão — representa DEUS
Isaque nesse momento — o pecador
O monte Moriá — o Calvário
O cordeiro — JESUS
A árvore — a cruz
As pontas que seguravam o cordeiro ao arbusto — os
cravos.
O fato de JESUS afirmar ser “antes de Abraão”, e não
posterior a ele, confirma aquilo que JESUS disse aos judeus, quando estes
questionaram sua idade, dizendo: “Ainda não tens cinquenta anos e viste
Abraão?”, ao que JESUS lhes respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo que,
antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.57,58). Portanto, CRISTO é antes de
Abraão.
O cordeiro substituiu Isaque, e o Cordeiro de DEUS
(JESUS) foi o substituto do pecador (I Jo 2.1,2).
Pela fé, Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras.
Em Gênesis
27; 28, encontramos Isaque abençoando a seus dois filhos, Jacó e
Esaú. Jacó foi abençoado, ouvindo seu pai pronunciar as seguintes palavras:
“Assim, pois, te dê DEUS do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e
abundância de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê
senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam
os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem” (Gn 27.28,29). Na bênção conferida a Esaú, por outro lado, foi-lhe dito
que ele deveria habitar longe “das gorduras da terra e sem orvalho dos céus”,
conforme está escrito: “Então, respondeu Isaque, seu pai, e disse-lhe: Eis que
a tua habitação será longe das gorduras da terra e no orvalho dos céus. E pela
tua espada viverás e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que, quando te
libertares, então, sacudirás o seu jugo do teu pescoço” (Gn 27.39,40). Estas profecias têm se cumprido fielmente nas vidas
destes dois povos, porque elas foram proferidas pela fé, e DEUS honrou a fé —
porque a fé honra a DEUS!
As Gerações Posteriores
Pela fé, Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de
José e adorou encostado à ponta do seu bordão.
Podemos destacar três fases da vida de Jacó:
Ele nasceu lutando; Viveu enganando; Morreu abençoando.
Nasceu lutando. A primeira batalha de Jacó foi com seu
irmão ainda no ventre materno. “E os filhos lutavam dentro dela; então, disse:
Se assim é, por que sou eu assim? E foi-se a perguntar ao Senhor. E o Senhor
lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas
entranhas: um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao
menor” (Gn 25.22,23). Jacó também lutou “... com DEUS e com os homens”, quando
atravessava o ribeiro de Jaboque (Gn 32.28). Na primeira batalha, Jacó nasceu fisicamente — na segunda,
nasceu espiritualmente (Gn 32.30). Ele ainda participou de uma outra batalha com os
amorreus por causa de ”... um pedaço de terra”, cujos detalhes não nos são
revelados. Contudo, esta batalha aconteceu — e nela Jacó foi vitorioso (Gn 48.22)
Viveu enganando. O lado negativo de Jacó foi o engano.
Talvez seu nome tenha exercido alguma influência sobre isso, pois sua vida
mudou quando DEUS mudou o seu nome de Jacó para Israel. Jacó quer dizer
“suplantador”, ou “enganador”, enquanto Israel significa “aquele que luta com
DEUS”. Jacó enganou seu pai (Gn 27.29), seu irmão (Gn 27.36), seu sogro algumas vezes (Gn 30). Foi também enganado diversas vezes (Gn 29; 30). Ali operava a lei do mais esperto: “enganado e sendo
enganados” (2Tm
3.13).
Jacó morreu abençoando. Após seu encontro com DEUS no
vale de Jaboque, Jacó se transformou em um novo homem, e a partir daí ele é
mencionado por diversas vezes abençoando.
Abençoou a Faraó (Gn 47.7,10);
Abençoou os filhos de José (Gn 48.9,10);
Abençoou seus 12 filhos (Gn 49.28);
Finalmente, morreu adorando.
Pela fé, José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de
Israel e deu ordem acerca de seus ossos. Já bem perto de sua morte, José profetizou a libertação dos
filhos de Israel do jugo egípcio, dizendo: “Certamente, vos visitará DEUS, e
fareis transportar os meus ossos daqui” (Gn 50.25).
José recebeu de DEUS um discernimento especial no
tocante à posse da Terra Prometida. Isso explica o seu desejo de que seus ossos
fossem conduzidos quando DEUS provesse a grande libertação de seu povo, e ali
em Canaã fossem sepultados como símbolo da participação na liberdade conferida
por DEUS. Quando “... subiram os filhos de Israel da terra do Egito armados. E
tomou Moisés os ossos de José consigo, porquanto havia este estreitamente
ajuramentado aos filhos de Israel, dizendo: Certamente DEUS vos visitará;
fazei, pois, subir daqui os meus ossos convosco” (Êx
13.18,19). O desejo
deste grande servo de DEUS foi por ele e pelo povo eleito cumprido! “Também
enterraram em Siquém os ossos de José, que os filhos de Israel trouxeram do
Egito, naquela parte do campo que Jacó comprara aos filhos de Hamor...” (Js
24.32).
Moisés e o Êxodo
Pela fé, Moisés, já nascido (Hebreus 11:23), foi escondido três
meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
Esconder uma criança saudável e robusta com poder
absoluto de chorar, espernear e gritar em alta voz foi realmente um ato de fé.
Contudo, chegou um momento quando seus pais “não podendo, porém, mais
escondê-lo”, usaram novamente o poder da fé. Moisés foi colocado numa “arca de
junco” e esta lançada nas correntezas do rio Nilo. Mas a mão divina guiou
aquela pequena “embarcação” até onde se encontrava a filha do monarca egípcio
que, vendo Moisés chorando: "... moveu-se de compaixão dele”. A partir
daí, a fé e a proteção divina estavam presentes na vida daquele que DEUS havia
escolhido para libertar o seu povo da escravidão.
Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da
filha de Faraó,
Ser chamado filho da filha do monarca egípcio era um
dos maiores privilégios daquela época. Recusar tamanho privilégio era,
portanto, um verdadeiro ato de fé. Moisés foi alvo da misericórdia de DEUS e
também da bondade da princesa egípcia Thermuthis (segundo Flávio Josefo, é o
nome da princesa que adotou Moisés. Alguns historiadores afirmam ainda que seu
nome seria Hatchepsute2 ), filha de Faraó, que passeava pela margem
do rio Nilo, “... viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, e a
tomou. E, abrindo-a, viu o menino, e eis que o menino chorava; e moveu-se de
compaixão dele...” (Êx 2.5,6). Thermuthis, não tendo
filhos, “... o adotou; e chamou o seu nome Moisés e disse: Porque das águas o
tenho tirado” (Êx 2.10).
escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de DEUS do que, por um
pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
Somente a eternidade poderá nos revelar o que a fé pode
fazer para honrar a DEUS, como a decisão de Moisés em escolher
ser maltratado ao lado de um grupo de escravos,
sofrendo debaixo do julgo egípcio. Tal decisão levou Moisés a ser odiado por
Faraó e pelos seus súditos. Josefo nos informa que antes mesmo da morte do
egípcio por Moisés, os súditos de Faraó aconselharam ao rei que o mandasse
matar. O monarca prestou ouvidos a tais palavras, porque a grande fama de
Moisés já lhe causava inveja e ele começava a temer que o sobrepujasse também.
Mas Moisés nada disso temeu; ele sabia que DEUS tinha um plano para sua vida
com relação a Israel. E pelos inúmeros incidentes que marcaram sua vida, ele
era, portanto, a pessoa escolhida por DEUS para a libertação de seu povo (cf.
At 7.25). O Diabo usou de todos os meios sombrios de destruição e de todas as
suas artimanhas para que Moisés não se tornasse o grande libertador do povo de
DEUS, buscando assim frustrar o plano divino para com este povo. Mas DEUS
operou milagrosamente em tudo, e mais uma vez, como sempre, o Diabo foi
derrotado.
tendo, por maiores riquezas, o vitupério de CRISTO do que os
tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
Quem conhece o Egito sabe que ali existem alguns dos
maiores tesouros da humanidade encontrados pela arqueologia. O museu de
Antiguidade do Cairo revela todos os detalhes dessa suntuosidade. Basta
contemplar os tesouros que foram encontrados no túmulo de Tutankamon, no Vale
dos Reis, monarca egípcio assassinado aos 18 anos de idade. Este achado deu-se
em 4 de novembro de 1922, por Howard Carter. O sarcófago onde se encontrava o
corpo do rei é recoberto de ouro e pesa cerca de 1.800 libras (cerca de 816
quilos). Sua máscara mortuária consta de 200 quilos de ouro incrustado com
lápis-lazúli, turquesas e coralinas. Além de mais quatro sarcófagos — todos
recobertos de ouro, inúmeros objetos, em sua maioria de ouro ou pedras
preciosas, foram também ali encontrados. Além dos tesouros de Tutankamon,
outros achados preciosíssimos relacionados à vida dos faraós têm sido
encontrados pela arqueologia ou por pessoas comuns. Flávio Josefo também nos
diz que quando Faraó colocou Moisés em seus braços, para agradar a sua filha,
mandou que colocassem na cabeça de Moisés um diadema. Moisés, como uma criança
que se diverte, tirou-o e o jogou no chão, pisando-lhe em cima. Muitos destes
“tesouros do Egito” foram descobertos, inclusive em escavações mais recentes.
Contudo, Moisés teve por “... maiores riquezas o vitupério de CRISTO... porque
tinha em vista a recompensa” do porvir.
Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou
firme, como vendo o invisível.
Ver o invisível parece contraditório quando visualizado
na esfera humana. Pois se é invisível, como pode alguém ver? Talvez por esta
razão alguns tradutores traduziram esta parte final do versículo, “... como
quem vê aquele que é invisível”. Nesse caso seria uma referência direta a DEUS
ou a CRISTO. Mesmo havendo esta emenda de tradução, o sentido original deve ser
aqui conservado. “Como vendo o invisível” está de acordo com o argumento e a
tese principal daquilo que foi dito no início no tocante à definição da fé. Ela
é “... o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se
não vêem”. Moisés não estava vendo o futuro com os olhos naturais — mas estava
vendo e crendo nele, com os olhos da fé. Ele sabia que “as coisas que o olho
não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que
DEUS preparou para os que o amam” (I Co 2.9); por esta razão ficou firme na esperança de recebê-las.
28 Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o
destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.
Tudo relacionado com a Páscoa tinha um significado profundo
e um infinito alcance. Ela apontava para CRISTO, que é a “... nossa Páscoa” (I Co
5.7). Como também aquele sangue que oferecia proteção
contra o malho destruidor da ira divina tinha também uma significação toda
especial. O sangue do cordeiro ordinário, por si mesmo, sem a mistura da fé,
não podia oferecer proteção alguma, mas aquele sangue apontava para o tempo em
que JESUS morreria como o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo. E assim
como o sangue aspergi- do nos umbrais das portas do povo escolhido lhe garantiu
proteção contra o anjo destruidor, também o sangue de JESUS nos oferece
proteção contra o avanço das forças do mal, que possibilitam a destruição das
almas. A promessa de DEUS era esta: “... vendo eu sangue, passarei por cima de
vós, e não haverá entre vós praga de mortandade” (Êx 12.13).
Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que
intentando os egípcios, se afogaram.
Os céticos têm oferecido inúmeras explicações técnicas
para negar a possibilidade da operação divina na travessia do mar Vermelho.
Porém, todas elas, têm sido rejeitadas pelo povo de DEUS em geral e também por
aqueles que crêem na possibilidade dos milagres de DEUS. A Bíblia afirma que
DEUS ordenou a Moisés, dizendo: “levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre
o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em
seco... Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o
mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e
as águas foram partidas. E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em
seco; e as águas lhes foram como muro à sua direita e à sua esquerda” (Êx 14.16,21,22). Qualquer outra explicação fora deste contexto não se
harmoniza nem com a tese e nem com o argumento principal. Tudo foi possível
pelo caminho da fé. Os egípcios intentaram fazer a mesma trajetória, seguindo
pelo mesmo caminho pelas vias naturais - mas “... se afogaram”. Eles ignoraram
que aquele caminho aberto pelo sopro das narinas de DEUS era exclusivamente
para o seu povo. E isto é confirmado pelo profeta Isaías, séculos depois,
quando diz: “E ali haverá um alto caminho, um caminho que se chamará O Caminho
SANTO; o imundo não passará por ele, mas será para o povo de DEUS; os
caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão” (Is 35.8).
Diversos Livramentos e Vitórias mediante a Fé
Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete
dias.
A queda dos muros de Jericó foi um ato de fé. A fé cooperou
e DEUS operou com a fé de seu povo. Apenas uma parte
do muro ficou de pé, mas isso só foi possível por causa
da fé — a fé de Raabe. O restante todo foi “abaixo”. Isto significa que eles
não caíram nem para a direita e nem para a esquerda, mas foram pressionados por
uma força sobrenatural e caíram abaixo. DEUS assim operou para facilitar o
acesso a “... todos os homens de guerra”, para efetuarem a conquista da cidade
ao mesmo tempo. Isto fica subentendido em (Js 6.20), que diz: “o povo subiu à cidade, cada qual em frente de
si”. O que a fé produziu tem sido confirmado pelo testemunho da História. As
investigações arqueológicas com suas pás, picaretas e tábuas cronológicas
confirmam em cada detalhe a descrição bíblica da tomada da cidade de Jericó
pelo povo eleito.
Pela fé, Raabe, a meretriz não pereceu com os incrédulos, acolhendo
em paz os espias.
O capítulo 11 faz menção apenas de duas mulheres usando
seus nomes — uma delas é Raabe. Ela também é citada na genealogia de nosso
Senhor (Mt 1.5) e Tiago apresenta-lhe como exemplo da fé e das boas obras
cristãs, dizendo: “E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também
justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro
caminho?” (Tg
2.25) Lendo Josué 2.15, encontramos a casa de Raabe, a meretriz, edificada sobre
o muro da cidade. Confrontando esta passagem com Josué 6.22, fica subentendido que a única parte do muro que não caiu
foi exatamente aquela onde se encontrava a casa de Raabe. Ali naquela casa foi
colocado um “... cordão de escarlata”, símbolo do sangue de CRISTO, o que fez
com que DEUS passasse por cima. “...
vendo eu sangue, passarei por cima de vós” (Ex 12.13). Hoje, o sangue de JESUS nos oferece uma segurança ainda
maior. Aquele sangue livrava Israel da morte física; o de JESUS, da morte
eterna. Isso é glorioso, não?
E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de
Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel, e dos
profetas,
Neste versículo há um resumo da vida de vários personagens
da Bíblia, cujas vidas e exemplos foram marcados por acontecimentos onde a fé
milagrosamente esteve presente. Aqui está a lista desses heróis da fé: Gideão
(Jz 6—9), Baraque (Jz 5), Sansão (Jz 13—16), Jefté (Jz II; 12), Davi (I Sm 16 e ss), Samuel (I Sm I e ss); depois todos os profetas —
estão aqui em foco os profetas do Antigo Testamento. Os maiores e os menores,
isto é, desde Samuel até João Batista. Todos foram homens de elevado
desenvolvimento espiritual e de caráter marcado pela pureza e pela santidade,
sendo dignos exemplos de fé. O escritor citou aqui alguns nomes de maneira
abreviada, alegando que lhe faltava tempo, talvez por causa de sua morte ou de
uma outra atividade que requeria sua presença urgentemente. Contudo, a pequena
lista de nomes aqui deixada já é suficiente para que nós e nossos filhos
edifiquemos nossa fé em tudo aquilo que DEUS fez, faz e pode fazer, em qualquer
dispensação (Hb
2.1).
os quais, pela fé, venceram reinos, praticaram a
justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões,
Alguns personagens das Escrituras estiveram envolvidos
com leões; entre eles destacamos: Sansão. “Desceu, pois, Sansão com seu pai e
com sua mãe a Timna; e, chegando às vinhas de Timna, eis que um filho de leão,
bramando, lhe saiu ao encontro. Então, o ESPÍRITO do Senhor se apossou dele tão
possantemente, que o fendeu de alto a baixo, como quem fende um cabrito, sem
ter nada na sua mão...” (Jz
14.5,6) Benaia. “Também Benaia, filho de Joiada, filho de
um valente varão, grande em obras, de Cabzeel; ele feriu dois fortes leões de
Moabe; e também desceu e feriu um leão dentro de uma cova, no tempo da neve” (I Cr 11.22).
O profeta de Judá. O profeta que profetizou contra Jeroboão, ainda que de maneira
inversa, pois o seu caso, exemplifica aqueles que não honraram a fé. “E sucedeu
que, depois que comeu pão e depois que bebeu água, albardou ele o jumento para
o profeta que fizera voltar. Foi-se, pois, e um leão o encontrou no caminho e o
matou” (I Rs 13.23,24).
Daniel. “Então, o rei ordenou que trouxessem a Daniel,
e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel:
O teu DEUS, a quem tu continuamente serves, ele te
livrará...” (Dn
6.16-22).
Paulo. O apóstolo Paulo também falou do poder da fé que
fechou a boca de um tal leão, que queria lhe devorar. “... o Senhor assistiu-me
e fortaleceu-me... e fiquei livre da boca do leão” (2Tm 4.17).
Pedro. Na conclusão de sua primeira epístola, Pedro nos
adverte: “... o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão,
buscando a quem possa traga; ao qual resisti firmes na fé...” (I Pe 5.8,9). As palavras de Pedro, aqui, são uma figura do inimigo de
nossas almas, mencionado como leão “buscando a quem possa tragar”, o qual só
pode ser vencido pelo poder de DEUS, mediante a fé. A promessa divina para os
santos é que pisaremos pela fé o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do
leão e a serpente” (SI 91.13). Estas palavras são aplicadas diretamente a nosso
Senhor JESUS CRISTO, pois falavam de sua vitória sobre o Diabo; mas por extensão,
elas podem também ser aplicadas a todos os santos, de todos os tempos.
apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada,
da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida dos
exércitos dos estranhos.
Quando Israel andava no deserto, uma parte do povo que
se encontrava na última parte do arraial murmurou, e em resposta a sua
murmuração contra DEUS e contra Moisés, o Senhor mandou fogo que os consumiu.
“Então, o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou” (Nm 11.1,2). Por outro lado, os três companheiros de Daniel —
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego — foram salvos por DEUS da fornalha de fogo
ardente do rei Nabucodonosor. O próprio rei testemunhou dizendo: “vejo quatro
homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, e nada há de lesão neles”.
Tudo isso foi possível porque o quarto homem, chamado Filho de DEUS pelo rei,
estava ali com seus servos (Dn 3.25). Ele é o autor e consumador da nossa fé, e nEle
encontramos a confirmação de todas as promessas de DEUS, que “são nele sim, e
por ele o Amém, para glória de DEUS, por nós” (2 Co 1.20). A fé, no campo físico, pode apagar a fúria do fogo, mas
também, no campo espiritual, pode apagar todos os dardos inflamados do maligno
que são enviados para destruir os filhos de DEUS (cf. Is 43.2; Ef 6.16).
IX. Sofrimentos pela Fé
As mulheres receberam, pela ressurreição, os seus
mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem
uma melhor ressurreição;
Podemos deduzir deste versículo duas linhas de
pensamento, para que possamos chegarmos a uma conclusão satisfatória.
As mulheres que receberam pela ressurreição os seus
mortos devem ser aquelas que no Antigo e no Novo Testamentos foram envolvidas
em tais acontecimentos. São elas: a viúva de Sarepta, de Sidom (I Rs 17.17-24); a sunamita (2 Rs 4.1737); a mãe, irmã ou a esposa do homem que tocou nos ossos
de Eliseu (2 Rs 13.21); a viúva de Naim (Lc 7.I2-I5); a esposa de Jairo, principal da sinagoga (Lc 8.51-56); Marta e Maria (Jo 11.1 -45), que receberam as boas novas da ressurreição de JESUS;
Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam
(Lc
24.1-10); as irmãs de Jope (At 9.36-41); a
mãe e irmãs de Êutico (At 20.9-12).
2° As mulheres cujos entes queridos ressuscitaram por
ocasião da ressurreição de JESUS. Por eles serem “santos”, foram incluídos
pela fé neste grupo de santos (Mt 27.52,53). Estes, em sua maioria, eram santos do Antigo Testamento,
mas é obvio que alguns deles morrem durante a vida terrena do Senhor JESUS, e
foram ali incluídos como primícias da ressurreição da imortalidade (I Co 15.23).
E outros experimentaram escárnios e açoites, e até
cadeias e prisões.
Estes sofrimentos que são mencionados aqui, e que foram
suportados pelos santos de ambos os pactos, foram infligidos pelo Diabo como
armas mortais contra o povo de DEUS. José foi lançado numa prisão embora fosse
inocente (Gn); Micaías foi aprisionado por ordem de Acabe (I Rs 22.27,28); Jeremias foi lançado no calabouço (Jr 37.15,16).
O próprio JESUS foi escarnecido (Mt 27.29; Lc 23.11). Alguns foram presos: Pedro e João (At 4.3; 5.18), Paulo
e Silas (At 16.19,23,24); foram açoitados (At 5.40; 16.22,33; 2 Co). E nos anos
que se seguiram, inúmeros cristãos sofreram também essas coisas (cf. Ap 2.10, etc.). Atualmente, de acordo com notícias vindas de todas
as partes do mundo, há cristãos que se encontram aprisionados em vários países,
muitos deles até mesmo sendo mortos por causa de sua fé e do Evangelho da
glória de DEUS.
Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de
espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos
e maltratados.
Destacamos aqui alguns episódios em que os santos foram
envolvidos. Entre os que foram apedrejados, destacamos Nabote (I Rs 21.8-14); Zacarias, filho do sacerdote Joiada (2 Cr 24.20,21);
Estêvão (At 7.59) e Paulo (At 14.19; 2 Co 11.25. Tentaram também fazer isso com JESUS em várias ocasiões,
mas não conseguiram (Jo 10.31,32; 11.8). Outros profetas foram apedrejados em Jerusalém (Mt 21.35; 23.37) e outros, ainda, serrados. O Talmude babilônico diz que o
profeta Isaías morreu assim. Segundo a tradição, ele foi amarrado a uma árvore
e subsequentemente, esta foi serrada em duas partes. Esta mesma tradição afirma
que os heróis Macabeus também morreram assim. Muitos outros, pela fé, foram mortos
ao fio da espada. Outros, pela fé, escaparam do fio da espada (v. 34). 85
sacerdotes do Senhor com suas famílias morreram assim, por ordem de Saul (I Sm 22.18,19). O profeta Elias, quando encontrava-se escondido numa
caverna no monte Horebe, lamuriou-se a DEUS, dizendo que um grande número de
seus profetas haviam sido mortos ao fio da espada (I Rs 19.10,14). A parte final deste versículo apresenta circunstâncias
de natureza geral: “andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras,
desamparados, aflitos e maltratados”. Sofrimentos estes que estão presentes ao
longo de toda a vida dos santos (cf. 1Pe 5.9).
(homens dos quais o mundo não era digno), errantes
pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
Somente o céu, a pátria celestial, é digno da presença
destes homens santos que foram mencionados aqui. Contudo, por um pouco de
tempo, DEUS permitiu que eles passagem por aqui, a fim de deixar-nos exemplo
para que sigamos as suas pisadas. Alguns têm pensado que Paulo tenha sido de
fato o autor desta epístola, e que este capítulo 11 foi esboçado por ele quando
passava pela antiga Via Ápia, que dá acesso às catacumbas — cemitério
subterrâneo que posteriormente serviu de refúgio aos cristãos. Quando seguia
para sua prisão domiciliar, onde passou dois anos até ser condenado à morte, ao
ser transferido para o cárcere Mamertino (At 28.30), Paulo foi conduzido
através da Porta San Sebastiano, comumente conhecida como Porta Appia, do outro
lado da qual inicia-se a chamada strada delle catacombe: a Appia antica. E, de
fato, ao longo desta via que se encontram os cunículos escavados na pedra porosa
e utilizados, originalmente, para abrigar os despojos dos mártires que
ocupavam os cubículos e de famílias cristãs que eram sepultadas, por sua vez,
em simples lóculos. Assim, profeticamente falando, as “covas e cavernas da
terra” apontavam para este sentido.
E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não
alcançaram a promessa,
O desejo de todos os santos do Antigo Testamento era
ver JESUS CRISTO fisicamente e ser testemunha de sua ressurreição. O próprio
Mestre falou disso a seus compatriotas, dizendo: “Mas bem-aventurados os vossos
olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Porque em verdade vos
digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não o viram;
e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram” (Mt 13.16,17). A maior satisfação do sacerdote Simeão foi contemplar a
JESUS fisicamente diante de seus olhos. “Ele, então, o tomou em seus braços, e
louvou a DEUS, e disse: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo,
segundo a tua palavra, pois já os meus olhos viram a tua salvação” (Lc 2.28-30). Abraão, só em ver o dia de CRISTO, alegrou-se (Jo 8.56). O mesmo conceito pode ser aplicado aos santos que morreram
antes do arrebatamento da Igreja. Contudo, foi-lhes assegurado que todos
ressuscitarão naquele glorioso dia (I Ts 4.13-18).
40- provendo DEUS alguma coisa melhor a
nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.
A perfeição é tanto individual como coletiva. Mas ela
somente pode ser encontrada em CRISTO e por meio de CRISTO, pois Ele é o
centro e o caminho para a perfeição almejada por cada cristão. Paulo falou
dessa perfeição; ele desejava que todos os santos fossem aperfeiçoados. “Até
que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a
varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO” (Ef 4.13). A perfeição plena dessas testemunhas do Antigo Testamento
dar-se-á por ocasião da ressurreição e trasladação de todos os santos que
morreram na fé e viveram por ela em ambas as dispensações, no dia do
arrebatamento da Igreja. Ali, diante do poder de DEUS, todos seremos
transformados e receberemos o corpo da imortalidade. E isso que Paulo chama de
“... adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23).
"Três coisas são mencionadas a respeito da fé de Abel: (1) Ele é elogiado por ser um adorador de DEUS. A Escritura somente diz que 'pela fé, Abel ofereceu a DEUS maior [melhor] sacrifício do que Caim', porque o sacrifício de Abel era uma expressão de adoração que envolvia toda a sua vida e fé. Apresentou toda a sua fé a DEUS, não manteve qualquer reserva. Isto representou total devoção ao Senhor, não simplesmente uma cerimônia religiosa. Pela fé, adentrou a mais profunda realidade espiritual e interior do sacrifício ao DEUS invisível.
(2) 'Alcançou testemunho de que era justo'. Caim não era justo; DEUS lhe disse que sua oferta somente seria aceitável se fizesse o que era certo (Gn 4.3-7). DEUS rejeito a adoração de Caim porque seu coração não era justo. Abel, por outro lado, demonstra a íntima relação entre a retidão e a fé em 10.38. Sua adoração agradou a DEUS porque vivia e agia pela fé como um homem justo.
(3) Foi mencionado por seu testemunho. Abel morreu como o primeiro mártir profético da história (cf. Lc 11.50,51); seu testemunho duradouro passou por sucessivas gerações e continua a falar da vida de fé que agrada a DEUS, como homem fiel que adora a DEUS de todo o seu coração" (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) COMENTÁRIO Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1612).
"Fé no período patriarcal (11.8-22)
O período patriarcal do Antigo Testamento se estende de Abraão a José. Abraão é como o centro das atenções; somente um verso é dedicado a Isaque (v. 20), Jacó (v. 21) e José (v. 22). Isto é compreensível, já que Abraão, o homem de fé por excelência no Antigo Testamento, desempenha um papel central no princípio da história hebraica e na obra do plano de salvação de DEUS. No Novo Testamento, Abraão é mencionado mais extensivamente do que qualquer outra figura do Antigo Testamento. Aqui em Hebreus 11, três principais episódios da vida de Abraão são mencionados para ilustrar três importantes faces de sua jornada de fé.
1) Ao obedecer ao chamado de DEUS para partir de Ur dos Caldeus para uma terra prometida desconhecida, Abraão demonstrou fé no futuro não visto (11.8-10).
2) Durante longos anos de espera pelo filho e descendentes prometidos em circunstâncias humanamente impossíveis, Abraão demonstrou fé na promessa impossível (11.11,12).
3) Quando DEUS pediu que sacrificasse Isaque (seu único filho da promessa), Abraão demonstrou fé em meio à prova ou ao teste severo (11.17-19). Além destes modos em que a fé está poderosamente ilustrada, um parêntese em 11.13-16 chama a atenção para uma linha comum de fé que percorre a vida de Abraão e dos outros patriarcas" (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) COMENTÁRIO Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1614).
"Pela fé, Raabe, a meretriz, e sua família foram poupadas durante a destruição de Jericó (11.31; cf. Js 6.23). Com exceção de Sara (Hb 11.11), Raabe é a única mulher mencionada pelo nome, na lista dos heróis da fé em Hebreus 11. Sua fé é revelada por ter acolhido e ocultado dois espiais enviados por Josué a Jericó antes da conquista. É também evidente em sua confissão - 'Bem sei que o Senhor vos deu esta terra' (Js 2.9) - uma fé baseada naquilo que ouviu e creu sobre o relatório do milagroso Êxodo de Israel do Egito, e das vitórias de Israel a leste do Jordão, antes de rodearem Jericó (Js 2.10-13). 'Pela fé' ela creu que o DEUS de Israel era o DEUS do céu e da terra. Além disso, Raabe demonstrou sua fé arriscando o 'presente por causa da perseverança futura. Deste modo, quando Jericó foi conquistada e seus habitantes destruídos, Raabe 'não pereceu com os incrédulos' (isto é, os desobedientes da cidade). Raabe foi poupada - uma mulher gentílica, prostituta secular, pecadora contumaz - este é um clássico exemplo, no Antigo Testamento pelo fato de DEUS ser rico em misericórdia e abundante em graça, é salva pela graça através da fé (cf. Ef 2.3-9)" (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) COMENTÁRIO Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 1624,25).
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas
Revista CPAD - 3º Trimestre de 2001 - Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes” - Comentarista: Elinaldo Renovato
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TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO - BÍBLIA DA LIDERANÇA CRISTÃ
John C. Maxwell
INICIATIVA: LÍDERES DEVEM RECEBER AS PESSOAS EM SUA VIDA
(3Jo 3-12)
Enquanto a Primeira Carta de João tem como tema a vida, e a Segunda
a verdade, a Terceira Carta fala sobre o caminho de DEUS. JESUS disse: "Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida" (Jo 14.6).
Em sua última carta, João usa a figura de um hospedeiro. O
hospedeiro toma a iniciativa junto a seus hóspedes. Eles fazem pelos outros
aquilo que é correto, eles os fazem se sentir confortáveis, dão-lhes bons
roteiros de conversação e providenciam tudo quanto necessitam. Líderes, como se
fossem hospedeiros, não reagem impulsivamente; eles agem. Eles tomam a frente e
correm os riscos, quando os outros respondem de forma positiva. Isso faz parte
da essência de ser um líder.
De modo muito interessante, João faz distinção entre ser o primeiro
a ire pretender entre ser o primeiro. Ele toma com exemplo a Diótrefes que
"gosta de exercer a primazia eles" (3Jo 9). Diótrefes desejava ser o
primeiro, mas não era, necessariamente, o primeiro a servi-los. Aqui, nós vemos
a diferença entre um "hóspede" e um "hospedeiro". Leve em
conta o que esta carta ensina a respeito de um líder que é como um hospedeiro.
Os líderes tomam iniciativa...
• Em sua forma de viver (vs. 3-4);
• Junto aos outros, especialmente os estrangeiros (vs. 5-6);
• Em assumir a responsabilidade (vs. 7-8);
• Em fazer o bem e evitar o mal (v. II);
• Em dar exemplo aos outros (v. 12).
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PORQUE FOI ESCRITA. Para advertir uma senhora cristã e
hospitaleira a não atender a falsos mestres.
Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman
(Leia a Epístola)
Tema. Esta curta epístola dá uma ideia de certas condições que
existiam numa Igreja local no tempo de João. A história que pode ser colhida da
epístola, parece ser a seguinte: João tinha enviado um grupo de mestres
itinerantes, com cartas de recomendação, a diferentes igrejas, uma das quais,
era a assembleia a que pertenciam Gaio e Diótrefes.
Diótrefes, dominado por ciúme pelos direitos da igreja local, ou
por alguma razão pessoal, recusou-se a dar hospitalidade a estes mestres e
excomungou os membros da sua igreja que os recebiam. Gaio, um dos membros da
igreja, não deixou intimidar por este ditador espiritual e hospedava os
missionários e obreiros, os quais mais tarde, informaram ao apóstolo sobre a
sua bondade. Parece que João estava para enviar estes mestres pela segunda vez
(v. 6) e exortou a Gaio a continuar no ministério de amor para com eles. João
mesmo escreveu uma carta de advertência a Diótrefes, que foi desprezada. Por
isso, o apóstolo expressou a sua intenção de fazer uma visita pessoal à igreja
e a destituir esse tirano eclesiástico. Resumiremos o tema da seguinte maneira
: o dever da hospitalidade para com o ministério e o perigo de uma direção
ditatorial.
PORQUE FOI ESCRITA. Para elogiar Gaio por ter recebido esses
trabalhadores cristãos que dependiam inteiramente da hospitalidade dos crentes
e para denunciar a falta de hospitalidade e a tirania de Diótrefes.
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3 João - Comentário
- NVI (F. F. Bruce)
v. 1. Gaio\ Já é conhecido da igreja como amado. O apóstolo
acrescenta a sua aprovação pessoal: “Eu também o amo na verdade”.
v. 2. A saudação generosa é bem formulada na NVI. A expressão “acima
de tudo” na ARA, que transmite a impressão infeliz de que a prosperidade e
a boa saúde estejam avaliadas acima de tudo o mais, é corretamente condensada
em tudo e acrescentada como sujeito de lhe corra bem. A antiga e a nova
tradução podem ser conjugadas para dar a formulação “para que você
prospere e desfrute de boa saúde, assim como vai bem a sua alma”.
v. 4. Os meus filhos (numa relação pastoral: Cf. 1Tm 1.2; contraste
com Fm 10) estão andando, como hábito diário, na verdade, no evangelho e
nos mandamentos do Senhor JESUS.
v. 5. apesar de lhe serem desconhecidos-. A forma mais difícil e,
portanto, mais elogiável de hospitalidade (Hb 13.2; Mt 25.35).
v. 6. se os encaminhar em sua viagem: “Ajudar alguém na sua jornada
com comida, dinheiro, encontrando companheiros de viagem, meios de viagem etc.”
(Arndt); cf. Rm 15.24; 1Co 16.6,11. de modo agradável a DEUS, cujos servos
vocês são.
v. 7. eles saíram: A referência é aplicável a todo o curso de vida
deles, como também ao ministério particular, por causa do Nome:
Uma frase que expressa admiração profunda e é preservada na NVI (Lv
24.11; At 5.41). A aceitação de assistência praticada espontaneamente por
não-cristãos tem bons precedentes (At 28.2,7,10), e podemos traduzir por
“eles saíram dos pagãos não levando nada”. I.e., ao se tornarem
cristãos, e mais particularmente pregadores, eles abriram mão dos direitos de
propriedade e de herança nas suas famílias gentílicas. Eles poderiam ter
insistido nos seus direitos, mas por amor ao Nome não o fizeram (Fp
2.5-11) — uma renúncia exigida ainda hoje em países não-cristãos.
v. 8. Uma das formas em que a igreja cumpre o seu chamado de
difundir a verdade é apoiar tais homens. Essa declaração prepara o caminho
para mostrar o erro de Diótrefes de uma ótica muito séria.
v. 9,10. Escrevi algo (depreciativo): Só uma breve nota: uma
descrição adequada de 2João.
v. 10. Tem-se feito a objeção de que Gaio não pode ter pertencido à
mesma igreja que Diótrefes, pois, se fosse da mesma, não teria sido
preciso avisá-lo a respeito da conduta de Diótrefes. A objeção só seria
válida se essa fosse uma carta puramente particular — mas não há
cartas puramente particulares no NT. A carta é uma acusação formal de
Diótrefes, como também um atestado para Gaio e Demétrio.
v. 12. a própria verdade. O ESPÍRITO falando por meio dos crentes,
provavelmente por meio da profecia (cf. At 13.2; 1Tm 1.18). Demétrio não é
simplesmente alguém nomeado pelo apóstolo, como Gaio também não.
Independentemente disso, o seu valor é reconhecido amplamente. Os
comentaristas têm considerado Demétrio o portador da carta, ou um pregador
itinerante que foi recomendado à hospitalidade de Gaio.
v. 14. Acerca da promessa de uma visita como estímulo à imediata
submissão, v. Fm
21,22. em breve. Isso é acrescentado agora à meia promessa de
2Jo 12; uma leve indicação de que 3Jo é posterior a 2João.
v. 15. um por um (“nome por nome”, ARA): Um eco de Jo 10.5, em que
o Bom Pastor chama suas ovelhas pelo nome, um exemplo de co-pastores
e uma boa nota de conclusão para a correspondência pastoral
do presbítero.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
3 João - Comentário Bíblico Wesleyana
I. Saudação ( 3 Jo 1 )
1 O ancião ao amado Gaio, a quem eu amo em verdade.
A relação entre II e III João é muito evidente, é o autor, sem
dúvida, a mesma pessoa (ver Introdução ). Gaio é muito
provável que um jovem pastor estacionado em uma das igrejas sob a liderança de
João. O nome de Caio era muito comum no primeiro século, por
isso seria apenas conjectura para identificar este Gaio com alguns
dos outros do mesmo nome, no Novo Testamento.
João usa o título cativante amado , que na sua forma
original aparece dez vezes nas três epístolas. Mesmo quando o escritor tem
severo e grave exortação para dar, ele nunca perde a ternura para com aquele a
quem ele está escrevendo. Ele dá um exemplo que é digno para todos os que
lhe sucedeu a seguir. A frase que eu amo na verdade é a mesma
que foi encontrada em 2 João 1 , e tem a conotação de fidelidade no
amor. Curiosamente, a forma de carta, que é semelhante à forma de João II,
é "exatamente o modelo que todos os escritores de cartas usadas no tempo
da igreja primitiva."
II. ALEGRIA DO LÍDER ( 3 João 2-4 )
2 Amado, oro para que em todas as coisas tu possas
prosperidade e saúde, assim como vai a tua alma. 3 Porque muito
me alegrei quando os irmãos vieram e deu testemunho tua verdade, como tu andas
na verdade. 4 maior alegria tem Eu nada do que isso, para ouvir
os meus filhos andam na verdade.
Era costume em carta escrita no primeiro século de observação
relativa bem-estar físico de uma pessoa. João reza para que Caio
pode prosperar e ser em saúde, assim como sua alma
prospera . Pode-se supor a partir destas palavras que Caio não estava
bem fisicamente. Pelo menos ele foi melhor do que espiritualmente ele era
fisicamente. É natural que cada pastor de ter uma preocupação com o
bem-estar físico do seu povo, bem como para a sua saúde espiritual. Curiosamente,
para muitos cristãos, a fim de esta oração deve ser revertida. Muitos
pastores bem poderia pedir que a saúde da alma de seu povo deve ser
igual a de seus corpos físicos . Doenças da alma parecem ser
mais evidentes em muitas doenças de congregação do que o corpo.
O desejo que Gaio prosperar em todas as coisas podem se
estender a mais do que apenas a sua saúde física. É um trabalho público
possível Gaio 'na igreja foi dificultada por certas circunstâncias adversas
(vv. 9-10 ). João também deseja vitalidade nas atividades
espirituais que Gaio executa.
Certas falhas ou fraquezas por parte dos jovens pastores, como pode
ter caracterizado Gaio, pode muito bem acabar com a alegria de uma alma menos
resistente do que João. Mas ele foi capaz de se alegrar muito quando
chegou a notícia a ele que Caio era uma testemunha fiel à
verdade. Evidentemente, alguns dos irmãos cristãos que viajam
(v. 5 ) foi onde Caio morava e tinha trazido palavra a João a
respeito da igreja. Seu relatório sobre Caio foi bom, e que causou João
para se alegrar. Na verdade João afirma que é nos fiéis andar na
verdade de seus filhos que ele encontra a maior
alegria (v. 4 ; veja 2 João 4 ).
É muito mais fácil de andar na verdade e ser fiéis no testemunho de
um quando há outras pessoas fiéis presentes para dar incentivo e
inspiração. Mas quando uma pessoa é colocada em um ambiente hostil de
oposição à verdade e à liderança, a andar na verdade é mais
difícil. Na verdade, esta caminhada na verdade é viver no amor e
obediência a CRISTO ( 2 João 6 ). Para manter o amor suave de CRISTO
vivo no coração quando os outros estão se manifestando atitudes e ações carnais
é a maior prova de fidelidade.
III. Generosa hospitalidade ( 3 João 5-8 )
5 Amado, tu fazes um trabalho fiel em tudo o que tu
fazes para com os que são irmãos e desconhecidos, além
disto; 6 que deu testemunho de teu amor diante da igreja: a
quem hás de fazer bem para definir a frente em sua jornada digna de DEUS: 7 ,
porque isso por causa do Nome saíram, sem nada aceitar dos
gentios. 8 Nós, portanto, deveria acolher tal, para que sejamos
cooperadores da verdade.
O principal objetivo da João por escrito ao Gaio é revelado nestes
versos. Neste período da vida da igreja havia viajam missionários que
passaram de um lugar para outro a pregação do evangelho e prestando outros
serviços para as igrejas. Era dever do povo cristão em uma comunidade para
abrigar e alimentar esses missionários, enquanto eles estavam
presentes. Estes viajantes estavam dando-se ao trabalho da Igreja, e amor
cristão necessário que eles sejam recebidos, suportado, e graciosamente enviada
em seu caminho de uma forma verdadeiramente cristã.
Este costume de hospitalidade foi encontrado não só dentro da
Igreja, mas também no mundo antigo em todos os lugares. Foi considerado um
dever sagrado. Há muitos exemplos deste tipo de
hospitalidade. Certamente, se o mundo praticou tal hospitalidade, então os
cristãos seria de esperar para fazer menos. Pedro exortou os cristãos a
hospitalidade ( 1 Pedro 4: 9 ), como também o escritor aos Hebreus
( Hb. 13: 2 ). Paulo se refere a esta prática, tanto em 1
Timóteo 5: 9 e em Romanos 0:13 .Especialmente se os líderes da
igreja local ser homens que receberam a hospitalidade ( 1 Tim. 3: 2 e Tito
1: 8 ). Barclay recomenda a continuação desta prática hoje:
Na igreja primitiva o lar cristão foi, como deveria ser agora, o
lugar da porta aberta e as boas-vindas amoroso. Não pode haver alguns mais
nobre obras do que para dar um estranho ao direito de entrada para um lar
cristão. O círculo familiar deve sempre ser grande o suficiente para ter
um lugar para o estrangeiro, não importa de onde ele vem, e não importa o que
sua cor pode ser.
João diz: Tudo o que tu fazes para com os que são irmãos e
estranhos é um fiel trabalho (v. 5 ). Ele aprovou desses
trabalhadores que viajam porque deu testemunho ao amor de Gaio
(v. 6 ) e eles foram adiante por causa do
nome (v. 7 ), provavelmente o nome de CRISTO. Esses
missionários que viajam levou nada dos gentios e foram
considerados companheiros de trabalho para a
verdade (v. 8 ).
Exatamente o que essas pessoas não podem ser muito claro, mas eles
eram professores e pregadores que estavam interessados na atividade
missionária da Igreja religiosas. Eles tinham desistido de casa e trabalho
e foram dando-se ao serviço de CRISTO para o reino. Eles dependiam aqueles
a quem eles foram para o seu apoio. A este respeito, há um paralelo
interessante com as instruções de CRISTO aos seus discípulos, quando os enviou
(ver Mateus 10: 5-16. ; Mc 6, 7-11. ; Lc 9: 1-6. ; 10:
1 -11 ). Tornou-se o dever de as igrejas locais, sob a liderança de
seus pastores, para apoiar esses trabalhadores. Que eles levaram nada
dos gentios (v. 7 ) significa que eles não recebeu nenhum apoio
fora do grupo cristão.
Há uma grande lição para os cristãos a aprender com esta prática
precoce. DEUS chama alguns de seus trabalhadores a deixar suas famílias,
casas e emprego remunerado para ir para a atividade missionária da
Igreja. Outros estão autorizados a permanecer em casa, envolver-se em
atividades remuneradas, e dar apoio à Igreja. Estas pessoas em casa podem
se tornar companheiros de trabalho para a verdade , dando apoio e
oração para aqueles que levar o evangelho a áreas remotas. Nem todos podem
estar na linha de frente de serviço cristão em pessoa, mas tudo pode estar lá
em apoio financeiro e oração de intercessão, e, assim, compartilhar a
propagação e frutos do evangelho. Pode não ser sempre possível ter essas
pessoas como visitantes nos lares cristãos, mas é sempre possível compartilhar
as bênçãos de que casa com aqueles que viajam com a mensagem.
Na II João o autor alertou seus leitores contra a vinda de quem
iria divulgar falso ensino. Eles não estavam a receber essas pessoas em
suas casas, nem dar-lhes todo o cumprimento; na verdade, para dar uma
saudação pessoa faria dele um participante "em suas obras más"
( 2 João 10-11 ). Pode-se supor que João, por escrito, Caio não
está esperando que ele receber qualquer um que pode vir alegando falsamente de
ser um seguidor de CRISTO. Espera-se que essa pessoa deve possuir
credenciais adequadas, e que ele estava agindo sob a autoridade da Igreja ou
algum líder, como o próprio João. O perigo e até mesmo a disposição de
certos falsos mestres que se aproveitou desta hospitalidade cristã é anotado e
advertiu contra em a Didaquê .
IV. REPROVAÇÃO DO MAL ( 3 João 9-10 )
9 Eu escrevi um pouco à igreja; mas Diótrefes, que gosta
de ter entre eles a primazia, não nos recebe. 10 Portanto, se
eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras
maliciosas; e não contente com isto, não ele mesmo recebe os irmãos, e os que
querem que ele proíbe e expulsa -los para fora da igreja.
A carta que João tinha escrito em um momento anterior a esta
igreja, aparentemente, havia sido desconsiderado por um líder cujo nome
era Diótrefes . Por causa da falha para obter uma comunicação
satisfatória com a igreja, João empresa destaca Caiocomo uma pessoa em
quem ele pode confiar para corrigir esta situação infeliz. Esta carta
proporciona uma imagem interessante da Igreja primitiva, especialmente de sua
liderança. João reconheceu a si mesmo como o líder geral da Igreja e a
autoridade aquele a quem tinha sido cometida para o direcionamento de seus
negócios. No entanto, ele foi ter que dirigir a uma distância,
principalmente através de cartas e pessoas designadas. Algumas dessas
pessoas eram os evangelistas viajando que se mudaram de lugar para lugar
realização das direções gerais do líder (v. 5 ). Nas igrejas
locais eram pessoas que vieram para a liderança. Enquanto essas pessoas
eram fiéis ao líder geral, como aparentemente foi Gaio, haveria pouca
dificuldade. Nesta igreja particular, no entanto, um homem com o nome
de Diótrefes ganhou um lugar de liderança e não estava disposto a
submeter à autoridade de João. Isso deixou João prejudicada, exceto se ele
poderia encontrar alguém na igreja local, como Gaio, a quem pudesse
recorrer. Obviamente, isso é o que ele está fazendo nesta carta.
João acusou que Diótrefes nos ama não (v. 9 ),
e ele está proferindo contra nós palavras
maliciosas (v. 10 ). Ele não estava disposto a receber
os irmãos , e ele proíbe e expulsa as pessoas para fora da
igreja .
Diótrefes era um líder muito ambicioso, que, evidentemente, tinha a
capacidade de ganhar a aprovação de uma maioria substancial na igreja
local. Nenhum jovem deve ser condenado por entrar em um lugar de liderança
e provar-se digno da aprovação de seu povo. Mas, ao fazer isso, Diótrefes
havia usurpado autoridade que pertencia a outro e líder superior. Ele
colocou João de lado através do uso de palavras rudes e maus, e ele se recusou
a receber as pessoas para a igreja, que foram enviados por João. Além
disso, ele intimidado a minoria que recebeu mensagens de João, e até mesmo
lançar alguns deles para fora da igreja (v. 10 ). Infelizmente,
ele parece ter desenvolvido uma liderança independente dentro da congregação
local que ameaçava a autoridade de João, e, consequentemente, a própria estrutura
da igreja local.
Pode ser que Diótrefes e alguns de seus seguidores sentia que João
estava exercendo muita autoridade sobre a igreja local. Eles podem ter
acreditado que eles estavam completamente no seu direito de resistir a
liderança de João e continuar na autonomia da congregação local. Para
eles, esses missionários que viajam vinham desnecessariamente em sua comunidade
e tornando-se um incômodo para o trabalho local. Eles não foram os últimos
a se queixar de liderança episcopal no governo da Igreja.
João então é justificado em sua crítica severa deste homem e seus
seguidores? João não encontrou neles as marcas reais da verdade
cristã. O verdadeiro teste para a verdade cristã, como visto em I João, é
uma vida de obediência a JESUS CRISTO e de amor dos irmãos um para o
outro. Ao observar a conduta dos Diótrefes e seus seguidores nesta igreja,
João não podia ver essas virtudes cristãs. Desde as suas obras eram más,
essas pessoas não podia ser de DEUS (v. 11 ).
João expressou confiança de que em seu pessoal de vir para a igreja
que ele seria capaz de apontar o mal e ajudar a igreja para ver a
verdade. Assim, ele escreveu esta carta a Caio, a fim de ganhar o seu
apoio moral. Pode ser que os missionários que viajam (v.8 ), a quem
ele queria Gaio para receber, foram para abrir a porta para a posterior chegada
de João. Em uma palavra, João estava enfrentando dificuldades no controle
remoto de uma igreja, e ele achou necessário vir pessoalmente para resolver os
problemas existentes.
V. Comenda da BOA ( 3 João 11-12 )
11 Amados, não imitar o que é mau, mas o que é
bom. Quem faz o bem é de DEUS; aquele que faz o mal não tem visto a DEUS. 12 Demetrius
tem o testemunho de todos os homens , e até a própria verdade: sim,
nós também testemunhar; e sabes que o nosso testemunho é verdadeiro.
Pode-se supor a partir do versículo 11 que Caio não era
um líder agressivo, e que ele tendia a cair em linha com o status
quo , em vez de criar problemas. João exortou-o a não o que é
mau imitar, mas o que é bom . Apenas como fraco Caio tinha estado na
presença deste homem Diótrefes não é conhecida, mas é possível que ele
precisava da forte conselhos de João e a visita dos missionários que viajam a
fim de apoiá-lo em sua liderança. João queria que ele visse o mal na
liderança que está sendo dado por Diótrefes e seguir em vez da liderança do
Apóstolo.
Outra pessoa, cujo nome é Demétrio , agora é trazido para
a foto (v. 12 ). Não se sabe quem ele é. Qualquer
identificação dele com o ourives de Éfeso ( Atos 19:21 ), ou com o
Demas que abandonou Paulo ( 2 Tim. 4:10 ), é apenas
conjectura. Ele era uma pessoa de boa reputação e fiel à verdade do
evangelho. Ele teve a aprovação de João, e isso deve ser suficiente para
Caio. É possível que ele estava sendo enviado com esta carta especial para
Caio e foi ajudar Caio em sua posição contra Diótrefes. De qualquer forma,
ele era digno de imitação.
É lamentável que os homens bons são, por vezes fraco em sua
liderança e tendem a ser reticente em seu testemunho. Eles podem precisar
de um forte encorajamento de outros líderes, a fim de defender o que eles sabem
que é certo. Por outro lado, alguns homens de forte capacidade de
liderança vão aos extremos e erram. Muitas vezes isso tem sido verdade na
história da Igreja. João enfrentou Diótrefes aqui no primeiro século e
teve que incentivar os bons homens para exercer liderança na presença de outros
que haviam usurpado autoridade.
VI. CONCLUSÃO ( 3 João 13-14 )
13 Eu tinha muitas coisas para escrever a ti, mas não
estou disposto a escrever -lhes para te com tinta e
pena: 14 , mas espero que em breve ver-te, e vamos falar cara a
cara. Paz seja contigo. Os amigos te
cumprimentar. Saudai aos amigos pelo nome.
A semelhança desta epístola a II João também é evidente na
conclusão. Em ambos os lugares (v. 13 ; 2 João 12 ),
João tem muitas coisas que ele gostaria de dizer, mas ele prefere
dizer-los face a face , em vez de com tinta e
pena . Há algumas coisas melhor dito oralmente do que escrito. Cartas
podem cair nas mãos de pessoas hostis, ou criar mal-entendidos que se acumulam
hostilidade antes de correções podem ser feitas. Alguns problemas só podem
ser resolvidos em um encontro pessoa-a-pessoa. Por uma questão de
história, é bem que João escreveu tanto como ele fez. Quando se enfrenta
problemas da igreja ele poderia desejar João tinha escrito uma carta mais
longa.
Acima de tudo o apóstolo queria que os cristãos a ter
paz. Esta paz começa no coração, mas em última análise, deve existir na
comunidade crente. Satanás procura destruir esta paz, fato atestado pela
história da igreja. João tem confiança seus amigos vão recebê-lo, e amor
finalmente irá prevalecer. Esta carta respira não só o espírito de amor,
mas também a força da fé.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Escrita, Lição 13, Betel, O verdadeiro discípulo é um exemplo para
futuras gerações
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De
2023, TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado
baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade
Cristã
TEXTO ÁUREO
“Lembrai-vos os
vossos pastores, que vos falaram a palavra de DEUS, a fé dos quais imitai,
atentando para sua maneira de viver” Hebreus 13.7
VERDADE
APLICADA
Os discípulos
de CRISTO, por pertencerem ao mesmo Corpo de CRISTO, devem exercer, uns sobre
os outros, influência que edifica.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar o contraste entre o bom e o mal discípulo
Ressaltar as características de um bom discípulo
Expor a importância do legado
TEXTOS DE REFERÊNCIA - 1 TIMÓTEO 1.9-12
9 Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles
o primado, não nos recebe.
10 Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo
contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos,
e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja.
11 Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de DEUS; mas quem faz o
mal não tem visto a DEUS.
12 Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós
testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Sl 78.5 O testemunho de DEUS deve ser transmitido
TERÇA – Pv 13.22 Um homem bom deixa boa herança
QUARTA – Ef 4.1 Ser um discípulo inspirado em JESUS
QUINTA – Ef 6.5 Servir a DEUS com sinceridade
SEXTA – 1 Ts 5.12 O bom discípulo deve ser reconhecido
SÁBADO – 1Pe 3.21 Ter boa consciência diante de DEUS
HINOS SUGERIDOS: 11, 93, 291
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que eu discípulo de CRISTO sirva de forma inspirar outros
em seus ministérios.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O MAL LEGADO DE DIÓTREFES
1.1. Uma liderança reprovável
1.2. Um mau discípulo é hipócrita
1.3. Fora dos padrões bíblicos
2- GAIO, UM VERDADEIRO DISCÍPULO
2.1. Um discípulo verdadeiro
2.2. Um discípulo fiel
2.3. Um discípulo altruísta
3- DEMÉTRIO, UM VERDADEIRO DISCÍPULO
3.1. Um discípulo inspirador
3.2. Um discípulo comprometido
3.3. Um discípulo é reconhecido
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
baseada no nosso estudo focado no discipulado, mostraremos a importância
do legado, cujo significado, segundo o Dicionário é “aquilo que se passa de uma
geração a outra, que se transmite à posteridade: herança”.
1- O MAL LEGADO
DE DIÓTREFES
Diótrefes foi
um homem cuja curta biografia, dada por João, descreve-o como o obreiro apegado
à mentira, que falava mal de seu próprio líder e que impedia os outros de
servirem a DEUS [Mt 23.13]. Ele ignorava os Evangelistas que precisavam de
apoio e expulsava os crentes Leais que discordavam dele, pois amava a si mesmo
e queria ter a primazia. Esse mal testemunho obrigou João a tomar ações
disciplinares contra Diótrefes, que escreve essa carta relatando o problema a Gaio.
1.1. Uma
liderança reprovável
Nos Versículos
9 e 10, João mostra o legado de Diótrefes como um discípulo reprovado. Ele
proferia “palavras maliciosas”. O termo malicioso no grego significa “cheio de
labores, aborrecimentos, fadigas que causa dor e problema”. O fraco humilha os
outros, para sentir-se forte. O fraco não cuida do rebanho, apenas cuida de
seus interesses pessoais e enfraquece as ovelhas. É fraco por ocultar pecados
em vez de confessá-los [Tg 5.16].
SUBSÍDIO
1.1 - O mau discípulo é fraco e causa dores e problemas à
liderança maior, que precisa gastar tempo para consertar as consequências das
atitudes deste mau discípulo. Diótrefes falava mal das pessoas e de João.
Pessoas que exercem o poder ferindo e magoando os outros são fracas e imaturas.
Pessoas fracas e imaturas não enxergam as pessoas que as apoiam. Charles
Colton, clérigo e escritor inglês, alerta: “O poder intoxica os melhores
corações. Nenhum homem é suficientemente sensato ou bom para que lhe confiemos
poderes ilimitados”
1.2. Um mau
discípulo é hipócrita
Diótrefes era
um hipócrita, um dissimulado e mentiroso, porque se escondia atrás das funções,
fazendo-se de forte sendo fraco. A hipocrisia é uma característica do religioso
e foi exposta e repudiada por JESUS publicamente [Mt 15.7-8]. Os ensinamentos
de Diótrefes eram diferentes dos que João e demais líderes da Igreja Primitiva
transmitiam, e ele fazia isso impedindo que as cartas - meios utilizados para
se comunicar e doutrinar a igreja – escritas por seu líder chegassem aos
membros. Por agir assim, era preciso uma ação para deter esta influência má
sobre a Igreja [Rm 16.17]. Por isso, João expõe seu mau testemunho, em sua
Terceira Carta, a Gaio. O hipócrita não é verdadeiro, mas fingido. Esse
contraste era evidente entre Diótrefes e os outros dois discípulos cujo caráter
foram destacados por João. O hipócrita sorri na frente e apunhala pelas costas,
com suas maledicências, como Diótrefes fazia. Ele prega para os outros e nunca
para si.
SUBSÍDIO
1.2 - A manutenção da autoilusão acaba levando a uma vida de
hipocrisia. O conselho que João dá a respeito de Diótrefes é que sua liderança
hipócrita deveria ser afastada. Discípulos como Diótrefes enganam a si próprio,
para não encarar a sua realidade.
1.3. Fora dos
padrões bíblicos
Diótrefes
reivindicava a primazia para si, contrariando os ensinos de CRISTO para a
liderança da Igreja [Lc 22.26]. João afirma que ele era um mau
exemplo, que não devia ser seguido, e faz o contraste de líderes que eram o
oposto, como Gaio e Demétrio. Estes andavam na verdade; obreiros vocacionados
para conduzir e ajudar a edificar a Igreja como Corpo de CRISTO [Ef 4.11-12).
SUBSÍDIO
1.3 - A Igreja de CRISTO deve ser uma comunidade de
encorajamento, onde os excluídos sociais tenham total possibilidade de resgatar
sua dignidade. Essa não era a mensagem nem o ensinamento de Diótrefes. Em vez
de desprezar as ovelhas de CRISTO, o discipulador deve amá-las, aceitá-las em
sua individualidade, erguê-las e encorajá-las. Só o amor produz a união de
todos [Cl 3.14] e desperta o prazer em trabalhar.
EU ENSINEI QUE:
Diótrefes foi
apontado como um mau discípulo a não ser um exemplo a ser seguido. Ele encobria
sua verdadeira personalidade deixando clara sua hipocrisia, em vez de se tomar
um exemplo para a Igreja de Crista
2- GAIO, UM
VERDADEIRO DISCÍPULO
Gaio honrava a DEUS,
ao seu líder, o apóstolo João, e ao seu chamado. Com suas atitudes, de
alguém que andava na verdade, era leal e altruísta, deixou um legado de um
verdadeiro homem de DEUS, digno de ser continuado por outros. O legado de Gaio
foi ter servido com verdade.
2.1. Um
discípulo verdadeiro
A verdade é a
marca registrada na vida pessoal e ministerial de um discípulo, porque a
“Verdade” é JESUS [Jo 14.6]. Gaio foi saudado por João por “andar na verdade”
[3 Jo 3], revelando o caráter de alguém confiável. A verdade traz consigo
elementos fundamentais na caminhada cristã: amor, perdão e comunhão. O cristão
verdadeiro é aquele que abandonou as trevas para andar na luz, aprovando o que
é agradável ao Senhor [Ef 5.10].
SUBSÍDIO
2.1 - A verdade é aquilo que é certo, que é confiável, que não
muda. A palavra verdade no grego aletheia, significa “que é verdade em qualquer
assunto em consideração, realidade, de fato, certo”. A verdade se contrapõe à
mentira, criada por Satanás [Jo 8.44]. Não se pode servir a DEUS sem “andar na
verdade”. Gilbert Keith Chesterton, grande escritor e filósofo inglês, diz: “0
verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes”. O
verdadeiro discípulo usa a sua mão para se amparar. Gaio foi reconhecido por
essa fundamental qualidade na vida de seu líder, ao ajudar outros irmãos a
cumprirem seus chamados.
2.2. Um
discípulo fiel
Gaio foi
reconhecido por sua fidelidade, sendo destacado por João, ao dizer que ele
procedia “fielmente” em tudo o que fazia. Então, entende-se que o discípulo
verdadeiro é fiel em casa, no escritório, na igreja,
na sociedade etc. A fidelidade de um verdadeiro discípulo deve ser
medida em como ele age em toda a sua vida até a sua morte [Mt 25.21]. A
fidelidade é um padrão requerido por DEUS a todo discípulo [1Co 4.2]. O
discípulo fiel é aquele que recebe o legado para transmiti-lo a outros fiéis
[2Tm 2.2]. A fidelidade também é um atributo divino [SI 33.4], por isso exigida
de todos que pastoreiam o rebanho de DEUS. DEUS revela Sua aliança e promete
proteção aos fiéis [2Ts 3.3].
SUBSÍDIO
2.2 - Discípulos de verdade, como Gaio, reconhecem o que é
necessário para ganhar o respeito de seus subordinados. Eles se preocupam em se
conduzir fielmente, medindo suas palavras, observando suas atitudes,
respeitando sua liderança e obedecendo ao Senhor. A lealdade é um conjunto de
atitudes que formam um líder com esse caráter – não às vezes, mas sempre. Gaio
foi elogiado e visto como um homem de DEUS pela fidelidade.
2.3. Um
discípulo altruísta
A hospitalidade
de Gaio exibia seu coração acolhedor para os missionários que precisavam de
abrigo enquanto se locomoviam para cumprir seus chamados. A Igreja Primitiva
vivenciava oposição, desconfiança e limitações e, ao mesmo tempo, um grande
crescimento [At 12.24]. Gaio não pensava apenas em sua comunidade local, mas em
como as demais cidades poderiam receber o Evangelho. Um discípulo altruísta
está conectado ao propósito de DEUS e às coisas eternas [2Co 4.18]. O discípulo
altruísta deixa um legado para quem convive e para quem nunca o conheceu, assim
mostra seu amor a DEUS e ao próximo [1Jo 4.20]. Legado não é somente o que se
deixa para as pessoas, mas nas pessoas. A vida vai embora, mas o legado é
imortal!
SUBSÍDIO
2.3 - A origem da palavra altruísmo é “ausência de egoísmo,
interesse para com os outros”. Essa deve ser a causa de todo cristão. Esse era
o sentimento que Gaio tinha, cuidando das necessidades das pessoas da igreja
local e daqueles que o procuravam e precisavam ser atendidos.
EU ENSINEI QUE:
Um cristão
verdadeiro, para deixar um legado respeitado e digno de ser seguido, precisa
demonstrar verdade, lealdade e pensar nas pessoas
3- DEMÉTRIO, UM
VERDADEIRO
DISCÍPULO
João falou
pouco sobre Demétrio, mas o que falou mostrou que ele tinha um bom testemunho,
baseado tanto nas palavras dos outros como em sua autenticidade cristã,
confirmado por sua vida e ministério. João registra que a própria verdade dava
testemunho dele. Nosso legado é o reflexo do que somos em vida!
3.1. Um
discípulo inspirador
Demétrio gozava
da confiança de seu líder, por isso, segundo estudiosos, ele foi o portador
desta carta de João. O nome de Demétrio encerra essa breve carta, como um bom
testemunho descrito a Gaio, o destinatário dela. Demétrio era um discípulo
inspirador, que andava na verdade [2Co 13.8]. Ele era bem-visto pelas pessoas e
pela liderança, e isso o tornava um discípulo virtuoso. Quando um líder como
João testifica sobre o ministério de seu liderado, significa que aquelas ações
devem ser seguidas, pois mostram amor a DEUS e à Sua obra [1Jo 4.16], Demétrio
realizava bem sua missão e era reconhecido por tudo o que fazia [Cl 3.23].
SUBSÍDIO
3.1 - Assim como Gaio, Demétrio foi motivo de alegria para seu
líder João; um cooperador que deixou um legado de amor à Igreja [Tg 2.8]. A
dedicação dos bons revelará gente como Diótrefes, cheio de si e vazio do
chamado pastoral. Incapaz de inspirar alguém.
3.2. Um
discípulo comprometido
Demétrio era
comprometido com a obra que estava em suas mãos, o que o fazia ser reconhecido
por todos. João diz que ele havia alcançado bom testemunho, mostrando que o
verdadeiro discípulo deve buscar crescer no ministério [2Pe 3.18].
Conjectura-se que Demétrio se opôs às obras más de Diótrefes, não se mantendo
em jugo desigual com um infiel, o que o fez reconhecido por fazer o bem [2 Co
6.14].
SUBSÍDIO
3.2 - John C. Maxwell e Jim Dornan ressaltam que as pessoas
hoje estão desesperadas por líderes, mas querem ser influenciadas apenas por
indivíduos em que elas possam confiar, pessoas de bom caráter. Quando um
discípulo ganha a confiança do seu líder, começa a transmitir segurança a ele e
essa é uma das chaves para a influência. Quando as pessoas começam a confiar em
seus líderes, o nível de influência deles aumenta. E é aí que começam a
impactar a vida delas. Isto revela um crescimento mútuo entre discípulos e
discipuladores.
3.3. Um
discípulo é reconhecido
Demétrio teve
seu nome associado ao bom testemunho da verdade e a confiabilidade de seu
líder, o que deveria ser reproduzido como um comportamento aprovado [3Jo 12].
Em poucas palavras João destaca Demétrio como um padrão a ser seguido no Reino
de DEUS [1Tm 4.12]. A boa reputação de Demétrio, assim como a de Gaio, veio do
reconhecimento de outros, não deles próprios, o que já havia sido recomendado
por JESUS [Mt 6.5].
SUBSÍDIO
3.3 - João não podia, naquele momento, visitar Gaio
pessoalmente, como gostaria, mas podia confiar em alguém que, como Gaio,
testemunhasse a verdade, sendo reconhecido como um líder confiável. Fazer o bem
faz bem e ser bom é um bom negócio. Demétrio tinha essa característica, ele
estava disposto a cooperar com todos, por isso João podia contar com ele. Um
importante reconhecimento, que se pode ter é ser cooperador da obra de DEUS
[1Co 3.8-9].
EU ENSINEI QUE:
O discípulo que
deixa um bom testemunho é aquele que é comprometido com o Reino de DEUS,
cooperador da obra e que realiza sua missão de mãos dadas com os outros.
CONCLUSÃO
Gaio e Demétrio
foram discípulos reconhecidos pelo trabalho em prol do reino de DEUS em
contraposição ao mau testemunho de Diótrefes. Deixar um legado é cumprir bem a
missão de DEUS em amor, verdade e fidelidade a JESUS. Que legado você vai
deixar quando morrer?