Escrita Lição 1, CPAD, A ORIGEM DA IGREJA, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O POVO DE DEUS NA BÍBLIA E NA HISTÓRIA
1. No Antigo Testamento
2. No Novo Testamento
3. Na história cristã
II – A IGREJA COMO CRIAÇÃO DIVINA
1. A Igreja como um ideal de DEUS
2. A Igreja como uma realidade concreta
3. A Igreja no Pentecostes
III – A IGREJA COMO A COMUNIDADE DOS
SALVOS
1. Regenerados pelo sangue de CRISTO
2. Selados pelo ESPÍRITO SANTO
3. O Batismo de CRISTO e do ESPÍRITO
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/12/slides-licao-1-cpad-origem-da-igreja.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/LuizHenriquedeAlmeid6/slides-lio-1-cpad-a-origem-da-igreja-1tr24pptx
“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.”
(At 2.38)
VERDADE PRÁTICA
A Igreja é a família de DEUS, comprada com o sangue de CRISTO e selada com o
ESPÍRITO SANTO.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Dt 4.10 O povo de DEUS reunido debaixo do Antigo Pacto
Terça – At 20.28 A Igreja foi comprada com o sangue de CRISTO
Quarta – Ef 1.3-6 A Igreja idealizada em DEUS
Quinta – Mt 16.18 A Igreja como propriedade exclusiva de DEUS
Sexta – At 2.42-47 A Igreja como uma comunidade de salvos
Sábado – 1 Co 12.13 A Igreja selada com o ESPÍRITO SANTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.1,2; 37,38
1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e
encheu toda a casa em que estavam assentados.
37 - Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e
aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?
38 - E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome
de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.
HINOS SUGERIDOS: 247, 432, 434 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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A IGREJA – BEP - CPAD
Mt
16.18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
A palavra grega ekklesia (igreja),
literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convocação (gr. ekkaleo). No
NT, o termo designa principalmente o conjunto do povo de DEUS em CRISTO, que se
reúne como cidadãos do reino de DEUS (Ef 2.19), com o
propósito de adorar a DEUS. A palavra “igreja” pode referir-se a uma igreja
local (Mt 18.17;
At 15.4) ou à igreja no sentido universal (16.18; At 20.28; Ef 2.21, 22).
A igreja é apresentada como o povo
de DEUS (1Co
1.2; 10.32;
1Pe 2.4-10),
o agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de CRISTO (1Pe 1.18,19). É um povo
peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14),
cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com DEUS (1Pe 2.5; ver Hb 11.6).
A igreja foi chamada para deixar o
mundo e ingressar no reino de DEUS. A separação do mundo é parte inerente da
natureza da igreja e a recompensa disso é ter o Senhor por DEUS e Pai (2Co 18).
A igreja é o templo de DEUS e do ESPÍRITO
SANTO (ver 1Co 3.16; 2Co 6.14—7.1; Ef 2.11-22; 1Pe 2.4-10).
Este fato, no tocante à igreja, requer dela separação da iniquidade e da
imoralidade.
A igreja é o corpo de CRISTO (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27).
Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus
membros com CRISTO. A cabeça do corpo é CRISTO (Cl 1.18; Ef 1.22; 4.15; 5.23).
A igreja é a noiva de CRISTO (2Co 11.2;
Ef 5.23-27;
Ap 19.7-9).
Este conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, devoção e fidelidade da igreja
a CRISTO, quanto o amor de CRISTO à sua igreja e sua comunhão com ela.
A igreja é uma comunhão (gr.
koinonia) espiritual (2Co 13.14; Fp 2.1). Isto inclui
a habitação nela do ESPÍRITO SANTO (Lc 11.13; Jo 7.37-39; 20.22), a unidade
do ESPÍRITO (Ef 4.4)
e o batismo com o ESPÍRITO (At 1.5; 2.4; 8.14-17; 10.44; 19.1-7). Esta comunhão
deve ser uma demonstração visível do mútuo amor e cuidado entre os irmãos (Jo 13.34,35).
A igreja é um ministério (gr.
diakonia) espiritual. Ela ministra por meio de dons (gr. charismata) outorgados
pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 12.6; 1Co 1.7; 12.4-11, 20-31; Ef 4.11).
A igreja é um exército engajado num
conflito espiritual, batalhando com a espada e o poder do ESPÍRITO (Ef 6.17).
Seu combate é espiritual, contra Satanás e o pecado. O ESPÍRITO que está na
igreja e a enche, é qual guerreiro manejando a Palavra viva de DEUS, libertando
as pessoas do domínio de Satanás e anulando todos os poderes das trevas (At
26.18; Hb 4.12;
Ap 1.16; 2.16; 19.15, 21).
A igreja é a coluna e o fundamento
da verdade (1Tm 3.15),
funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção. A igreja deve
sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores
e os falsos mestres (ver Fp
1.17; Jd 3).
A igreja é um povo possuidor de uma
esperança futura. Esta esperança tem por centro a volta de CRISTO para buscar o
seu povo (ver Jo 14.3; 1Tm 6.14; 2Tm 4.8; Tt 2.13; Hb 9.28).
A igreja é tanto invisível como
visível. (a) A igreja invisível é o conjunto dos crentes verdadeiros, unidos
por sua fé viva em CRISTO. (b) A igreja visível consiste de congregações
locais, compostas de crentes vencedores e fiéis (Ap 2.11,
17, 26; ver 2.7), bem
como de crentes professos, porém falsos (Ap 2.2); “caídos” (Ap 2.5);
espiritualmente “mortos” (Ap
3.1); e “mornos” (Ap
3.16; ver Mt
13.24; At 12.5).
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ORIGEM DA IGREJA (Thiago Santos –
comentarista dos Subsídios da CPAD – 1Tr24)
Caríssimo(a) professor(a), a paz do
Senhor! Estamos iniciando um novo trimestre de estudos com a revista Lições
Bíblicas Adultos, editada pela CPAD. Neste trimestre, seus alunos aprenderão
sobre a origem, a natureza e o desenvolvimento da Igreja como instituição
estabelecida pelo Senhor Jesus neste mundo. Veremos que a Igreja existe para o
cumprimento de uma missão muito especial. Para tanto, ela possui ordenanças e
funções ministeriais que possibilitam a sua atuação como representante de
Cristo neste mundo.
A história da Igreja perpassa os
séculos e a compreensão do que significa a Igreja mudou de acordo com as
épocas. Contudo, há uma perspectiva presente na sua origem que nunca deixou de
existir, haja vista a obra do Espírito Santo em preservá-la: a Igreja foi
chamada para viver como uma comunidade de fé, avulsa ao pecado, fora do sistema
mundano que tem a Satanás como seu principal regente, e foi delegada a servir o
Senhor e a compartilhar das bênçãos espirituais disponíveis em Seu Reino. Do
ponto de vista atual, a Igreja, conforme discorre Stanley M. Horton, na obra
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal (CPAD, 1996), “refere-se
frequentemente ao prédio onde os crentes se reúnem (por exemplo: ‘Estamos indo
à igreja’). Pode indicar a nossa comunhão local ou denominação (‘Minha igreja
ensina o batismo por imersão’) ou um grupo religioso regional ou nacional (‘a
igreja da Inglaterra’). A palavra é empregada frequentemente com referência a
todos os crentes nascidos de novo, independentemente de suas diferenças
geográficas e culturais (‘a Igreja do Senhor Jesus Cristo’). Mas, seja como
for, o significado bíblico de “igreja” refere-se primariamente não às
instituições e culturas, mas, sim, às pessoas reconciliadas com Deus mediante a
obra salvífica de Cristo e que agora pertencem a Ele” (pp. 537e 538).
Nesse sentido, podemos concluir que,
apesar das diversas faces apresentadas pela Igreja ao longo dos séculos, o mais
preocupante não sãos suas versões institucionais, embora não deixem de ter a
devida importância, mas sua essência. A Igreja, independentemente da época, não
pode se furtar de preservar os valores e a fidelidade aos ensinamentos das Escrituras,
que tornam santos os que compartilham da cristandade. Em tempos trabalhosos,
“quem é justo faça justiça ainda e quem é santo seja santificado ainda” (Ap
22.11).
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Lição 8, A Igreja de CRISTO
3º Trimestre de 2017 - Título: A Razão da Nossa Fé: Assim
Cremos, assim Vivemos
Comentarista: Pr. Pres. Esequias Soares, Assembleia de DEUS,
Jundiaí, SP
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva - 99-99152-0454
TEXTO ÁUREO
"Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no
meio deles." (Mt 18.20)
VERDADE PRÁTICA
Cremos na Igreja, que é o corpo de CRISTO, una, santa e universal assembleia
dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 16.18 JESUS CRISTO é o fundador da Igreja
Terça - Hb 12.23 A Igreja é a comunidade dos remidos
Quarta - Ef 1.22,23 O Senhor JESUS CRISTO é a cabeça do Corpo da Igreja
Quinta - 1 Tm 3.15 A Igreja é a Casa de DEUS
Sexta - Ef 5.25-28 O relacionamento do casal é comparado ao de CRISTO com a sua
Igreja
Sábado - Ap 22.17 A Igreja no convite do pecador para CRISTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12.12-20,25-27
12 - Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros,
sendo muitos, são um só corpo, assim é CRISTO também. 13 - Pois todos nós fomos
batizados em um ESPÍRITO, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer
servos, quer livres, e todos temos bebido de um ESPÍRITO. 14 - Porque também o
corpo não é um só membro, mas muitos. 15 - Se o pé disser: Porque não sou mão,
não sou do corpo; não será por isso do corpo? 16 - E, se a orelha disser:
Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo? 17 - Se todo
o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o
olfato? 18 - Mas, agora, DEUS colocou os membros no corpo, cada um deles como
quis. 19 - E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? 20 - Agora,
pois, há muitos membros, mas um corpo.
25 - para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os
membros igual cuidado uns dos outros. 26 - De maneira que, se um membro padece,
todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros
se regozijam com ele. 27 - Ora, vós sois o corpo de CRISTO e seus membros em
particular.
12.13 TODOS NÓS FOMOS BATIZADOS EM UM ESPÍRITO. O batismo "em
um ESPÍRITO" não se refere, nem ao batismo em água, nem ao batismo no ESPÍRITO
SANTO que CRISTO outorga ao crente como
no dia de Pentecoste (ver Mc
1.8; At 2.4).
Refere-se, pelo contrário, ao ato do ESPÍRITO SANTO batizar o crente no corpo de CRISTO - a
igreja, unindo-o a esse corpo; fazendo com que ele seja um só com os demais
crentes. É a transformação espiritual (i.e., a regeneração) que ocorre na
conversão e que coloca o crente "em CRISTO" biblicamente.
12.25 TENHAM OS MEMBROS IGUAL CUIDADO UNS DOS OUTROS.
Os dons espirituais e ministeriais não devem ser base para se
destacar uma pessoa, ou para considerar um crente mais importante do que o
outro (vv. 22-24). Antes, cada pessoa é colocada no corpo de CRISTO de
conformidade com a vontade de DEUS (v. 18), e todos os membros são importantes
para o bem-estar espiritual e funcionamento apropriado desse corpo. Os dons
espirituais e ministeriais devem ser usados, não com orgulho, nem visando a
exaltação pessoal, mas com o desejo sincero de ajudar o próximo, e com um
coração que realmente se preocupa com os outros (1Co 13). Todos podem
e devem ter dons do ESPÍRITO SANTO (1 Coríntios 14:31).
12.28 A UNS PÔS DEUS NA IGREJA. Paulo apresenta aqui uma lista
parcial dos dons de ministério (ver Rm 12.6-8 e Ef 4.11-13,).
Para a definição dos termos apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre;
ver também Jo 6.2,
1Co 12.10, para uma definição de "milagres". Ver também Rm 12.7,8,
1Co 12.10 para definição de "socorros" ("exercer
misericórdia"), e "governos" ("presidir").
OBJETIVO GERAL
Mostrar a Igreja como corpo de CRISTO e os elementos que a identificam.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar o significado da palavra "igreja" e os seus
desdobramentos;
Explicar os elementos que identificam a Igreja;
Conscientizar os crentes de que eles são membros do corpo de
CRISTO.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Caro professor, é de suma importância para o aluno ter uma compreensão bíblica
e teológica a respeito da natureza da Igreja de CRISTO. Hoje, há algumas ideias
equivocadas quanto algumas instituições que se chamam "igrejas".
Muitos confundem a Igreja de CRISTO com tais instituições. Um dos objetivos da
lição desta semana é exatamente esclarecer essa questão. O que é a Igreja de
CRISTO? Qual a diferença entre a sua natureza visível e a sua natureza
invisível? Qual o papel do membro dentro do Corpo de CRISTO?
São algumas questões que devem nortear a aula desta semana. O nosso desejo é
que a sua classe compreenda melhor o maravilhoso privilégio de pertencer ao
Corpo de CRISTO, a Igreja do Senhor.
PONTO CENTRAL - A Igreja é o Corpo de CRISTO.
Resumo da Lição 8, A Igreja de CRISTO
I - A COMUNIDADE DOS FIÉIS
1. Etimologia.
2. A assembleia dos cidadãos.
3. O significado da expressão "Santa Igreja Católica".
II - ELEMENTOS QUE IDENTIFICAM UMA IGREJA
1. Afinal, o que é Igreja?
2. As ordenanças.
3. A adoração.
4. A família de DEUS.
III - O CORPO DE CRISTO
1. O corpo e seus membros.
2. A morada de DEUS.
3. Os membros do corpo.
SÍNTESE DO TÓPICO I - A palavra "igreja" remonta à
comunidade dos fiéis reunida em nome do Senhor JESUS.
SÍNTESE DO TÓPICO II - As ordenanças (batismo e ceia), a adoração e
a reunião de pessoas são elementos que identificam a Igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A Igreja é o corpo de CRISTO na terra, a
morada do DEUS Altíssimo.
SUBSÍDIO DIDÁTICO I
O primeiro tópico é um pouco técnico. Mas é importante conhecer o sentido
etimológico do termo "igreja". O comentarista mostra que ekklesia é
uma palavra grega que significa um grupo de pessoas "chamado para
fora" e a interliga com o termo hebraico qahal, "assembleia, multidão
humana reunida", no contexto do Antigo Testamento.
CONHEÇA MAIS
*Igreja - "Origem da Palavra
"No Novo Testamento, a palavra 'igreja' é uma tradução da
palavra grega ekklesia, que nunca se refere a um lugar de adoração, mas tem em
vista uma reunião de pessoas. Na maioria esmagadora dos casos, ekklesia indica
uma associação local de crentes". Para conhecer mais, leia Dicionário
Bíblico Wycliffe, CPAD, p.949.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO II
"Precisamos nos identificar primeiro com o Senhor JESUS CRISTO, parecer
com Ele no amor, no trato com as pessoas, nas estratégias de trabalho, no
aproveitamento das oportunidades, no uso de autoridade para libertar os
oprimidos e na compaixão pelas pessoas. Enfim, identificar-se com CRISTO é ser
parecido com Ele no projeto de transformar o mundo [...]. Precisamos também de
identificação entre nós mesmos, ou seja, precisamos entender e praticar o que é
ser Igreja. Não me refiro a uma comunidade com estatuto e CGC, endereço e
liderança, que faz o que quer, como quer e quando quer. Uma comunidade
burocrática e fria, cheia de deveres e direitos, sem vida nem poder. Igreja não
é um lugar onde uma multidão ali chega triste e sai vazia, nem tampouco um meio
através do qual se possa ganhar dinheiro, explorando-se a boa fé alheia. Igreja
não é uma facção dividida por um grupo de radicais e outro de liberais, onde só
há confronto e não há vida. Igreja não é lugar de promessas mirabolantes, mas
um lugar de vida onde JESUS se manifesta, onde há sinceridade, onde acontecem
maravilhas, onde o amor tem liberdade de atuar, onde há comunhão e onde há
poder" (FERREIRA, Israel Alves. Igreja Lugar de Soluções: Como recuperar
os enfermos espirituais. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.12-13).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO III
"A fim de enfatizar e visualizar a relação viva dos crentes com o CRISTO,
a Bíblia o apresenta como o 'cabeça' da Igreja, e a Igreja como seu 'corpo' (1
Co 12.27; Ef 1.22,23; Cl 1.18). Há várias razões para esta analogia. A igreja é
a manifestação física - visível - de CRISTO no mundo, a fazer seu trabalho, tal
como chamar os pecadores ao arrependimento, proclamando a verdade de DEUS às
nações e preparando-se para as eras vindouras. A Igreja também é um corpo,
composta de um arranjo complexo de diversas partes, cada qual discreta, cada
qual recebendo do Cabeça, cada qual com seus próprios dons e ministérios,
contudo, todos necessários à obra de DEUS por vir (Rm 12.4-8; 1 Co 6.15;
10.16,17; 12.12-27; Ef 4.15,16). (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M.
Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
1995, pp.134-35).
PARA REFLETIR - A respeito da Igreja de CRISTO, responda:
O que significa literalmente a palavra grega ekklesía, "igreja"?
O termo grego para "igreja" é ekklesía, literalmente, "chamado
para fora", do verbo grego ekkaleo "chamar, convocar".
Qual o tom da "universal assembleia e igreja dos primogênitos"?
Essas palavras expressam um tom de uma celebração jubilosa, de uma reunião
festiva com todos os remidos como cidadãos da comunidade celestial (Ap
5.11-13).
Quais as ordenanças da Igreja?
As ordenanças da Igreja são duas, a primeira é o batismo em águas e a segunda é
a Ceia do Senhor.
O que significa "casa de DEUS" em relação à Igreja?
Há passagens no Novo Testamento em que o termo "casa" parece se
referir à igreja. O termo "casa" também é utilizado na Bíblia
metaforicamente para designar "família" (Js 24.15; At 16.31). A
Igreja é citada como a família de DEUS (Ef 2.19) e o templo espiritual de DEUS
(1 Co 3.16; Ef 2.22). É por isso que chamamos de irmãos aqueles que se
convertem ao Senhor JESUS.
O que significa "batizado pelo ESPÍRITO" (1 Co 12.13)?
Ser batizado "por um só ESPÍRITO" quer dizer que é o ESPÍRITO quem
batiza; isso indica a iniciação dos crentes no corpo de CRISTO e não se refere
ao batismo do dia de Pentecostes.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão
- CPAD, nº 71, p40.
Comentários do Pr. Henrique da Lição 8, A Igreja de CRISTO
Comentários de Bíblias, Comentários, Dicionários e Livros
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ECLESIOLOGIA - As Grandes Doutrinas da Bíblia - Pr. Raimundo de
Oliveira – CPAD
ÍNDICE
I. DEFINIÇÃO DO TERMO
"IGREJA"
1. O Uso Clássico -
2. Seu Uso na Septuaginta -
3. O Uso Cristão
1. Considerada Profeticamente -
2. Considerada Historicamente
1. CRISTO - a Pedra
- 2. Pedro - Uma Pedra -
3. Petra e Petros
IV. A IGREJA EM RELAÇÃO AO REINO DE
DEUS
1. O Reino e a Igreja -
2. A Igreja não é o Reino -
3. O Reino Cria a Igreja -
4. A Igreja dá Testemunho do Reino -
5. A Igreja é a Agência do Reino -
6. A Igreja: a Guardadora do Reino
1. A Igreja é Composta Somente por
Aqueles que Demonstram Fé em CRISTO - 2. Uma Igreja se Compõe Somente Daqueles que Foram
Batizados Depois Duma Profissão de Fé.
1. O Sistema Episcopal -
2. O Sistema Presbiteriano
- 3. O Sistema Congregacional
1. Ser Aqui um Lugar de Habitação de
DEUS - 2. Testemunhar
da Verdade - 3.
Tornar Conhecida a Multiforme Sabedoria de DEUS
4. Dar Eterna Glória a DEUS
- 5. Edificar a Seus Membros -
6. Disciplinar Seus Membros
- 7. Evangelizar o Mundo - 8. Sustentar Uma Norma Digna de Conduta -
9. Cultivar a Comunhão Entre Seus Membros
VIII. A ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA
1. Os Doze Apóstolos -
2. Após a Ascensão de CRISTO -
3. Princípios Gerais
1. O Batismo em Água -
2. A Ceia do Senhor.
1. A Natureza da Adoração na Igreja -
2. Oração e Louvor -
3. Hinos e Cânticos Espirituais - 4.
Reafirmação da Fé Cristã - 5.
Ministração da Palavra de DEUS - 6. A Mordomia Cristã
ECLESIOLOGIA -
INTRODUÇÃO
Nas Escrituras a doutrina da Igreja (ou eclesiologia) se reveste de
tanta importância quanto as demais nela tratadas. O estudo e consequente
compreensão desta doutrina levará o cristão à conclusão de que, em valor, a
Igreja se sobrepõe aos grandes organismos e organizações existentes no mundo
hoje . A vocação e missão da Igreja têm alcance imensurável. Suas origens se
ocultam na eternidade passada, enquanto que a sua missão no presente tem a
capacidade de alterar a rotina tanto do Céu quanto do próprio Inferno. Há,
pois, grande recompensa no estudo e compreensão desta doutrina.
I. DEFINIÇÃO DO TERMO "IGREJA"
Os dicionários mais comuns dão dois significados ao termo ekklesia:
1° "Ajuntamento popular", e 2° "Igreja". O primeiro
significado é chamado profano, e o segundo "bíblico",
"eclesiástico". Os dicionários do Novo Testamento seguem a mesma
divisão subdividindo mais uma vez o significado do termo no Novo Testamento: 1°
Igreja, como comunidade universal. 2° Congregação, como comunidade local ou
particular, bem como comunidade doméstica (A Igreja do Novo Testamento – Aste –
Pág.15). Noutras palavras, "ekklesia”, traduzida por "igreja" se
deriva de ekkaleo, verbo que significa "chamar à parte"; por isto
denota uma assembleia citada ou chamada à parte, um corpo escolhido e separado
duma grande massa de gente. O uso do termo pode ser investigado levando-se o
seguinte em consideração:
1. O Uso Clássico
O uso clássico do termo "ekklesia" designa uma assembleia
de cidadãos, convocados por um arauto; uma espécie de assembleia legislativa.
Cremer diz que é o termo comum para designar uma reunião dos eklectoi, reunidos
para discutir os assuntos pertinentes à política de um estado livre e soberano.
Portanto, ekklesia era a assembleia legal, em uma cidade grega, formada de
todos os que possuíam o direito de cidadania para tratar dos assuntos públicos.
Eram pessoas literalmente chamadas para fora da grande massa de povo que
compunha o grosso da sociedade, - uma porção escolhida do povo, não o
populacho, tampouco os estrangeiros, não aqueles que haviam perdido os direitos
civis. Tanto a palavra "chamar" como a palavra "aparte"
possuem significado que não deve ser desprezado quando ambas tiverem de ser
estudadas no contexto da Igreja Cristã. Neste caso o termo ekklesia não denota,
exceto em uso excepcional e figurado, uma assembleia mista e não-oficial.
2. Seu Uso na Septuaginta
Na versão grega do Antigo Testamento chamada Septuaginta, o termo
ekklesia é a tradução usual do termo hebraico kahal, que denota a multidão
inteira de qualquer povo, unido pelos vínculos de uma sociedade, e constituindo
uma república ou estado. Em sua significação ordinária, o termo pode ser
definido como uma assembleia ou convocação do povo de Israel. Assim disse
Moisés: "Nenhum amonita ou moabita entrará na congregação ['ekklesia'] do
Senhor" (Dt 23.3;
Ne 13.1).
Assim também disse Davi: “O meu louvor virá de ti na grande congregação
[‘ekklesia’]; pagarei os meus votos perante os que o temem” (Sl 22.25). Neste
caso a ekklesia de Israel se compunha exclusivamente pelos israelitas feitos
idôneos para cumprirem com os deveres de povo do Senhor, e para participarem do
culto em seu santuário. Excluía-se, portanto os incircuncisos, os imundos e os
demais povos. A mesma restrição é evidente no uso do termo ekklesia no Novo
Testamento quando se refere ao antigo Israel como a “igreja do Senhor” (At 7.38; Hb 2.12).
3. O Uso Cristão
O termo "ekklesia" aparece no Novo Testamento cerca de cento
e quinze vezes. Destas, três se referem à congregação hebraica do Senhor (At 7.38; Hb 2.12); três
outras vezes se referem à assembleia grega (At 19.32,39,41); e cento e dez
à Igreja cristã.Como aparece no Novo Testamento, o, termo tem dupla designação:
1° Designa uma assembleia específica e local de crentes, organizados para
manutenção do culto, doutrinas ordenanças e disciplina do evangelho, e unidos
sob um concerto especial com CRISTO e entre si; como "a igreja em
Jerusalém", "as igrejas da Galácia". A palavra se encontra usada
neste sentido local em noventa e dois casos. 2° Denota a totalidade do corpo
dos escolhidos nos céus e na terra - todos quantos foram alcançados pelo
concerto da graça de DEUS que os faz membros do reino eterno de CRISTO. A
doutrina evangélica ensina que a Igreja pode existir independentemente de ter
ou não uma forma vista pelos homens, pois ela é tanto visível (militante), como
invisível (triunfante). A Igreja Invisível se compõe de todos os que estão
unidos a CRISTO. Não é uma organização externa, mas um organismo eterno. Os
seus membros são conhecidos por DEUS, ainda que não seja possível serem
conhecidos, totalmente pela vista humana. Muitos deles estão no Céu, ou ainda
estão por nascer. A Igreja Visível compõe-se de todos os que professam estarem
unidos a CRISTO; aqueles que têm os seus nomes arrolados nos livros de registro
das suas respectivas congregações. Não é sem certo constrangimento que
afirmamos que muitas vezes pode ocorrer da pessoa ter seu nome arrolado entre
os membros da Igreja visível sem, contudo tê-lo escrito no Livro da Vida do
Cordeiro.
II. A ORIGEM DA IGREJA
Para compreendermos a origem da Igreja, mister se faz estudá-Ia
levando-se em consideração fatores proféticos e históricos.
1. Considerada Profeticamente
Israel é descrito na Bíblia como uma igreja no sentido de ser uma
nação chamada dentre outras nações para ser um povo formado de servos de DEUS.
Israel, pois, era a congregação ou a igreja de Jeová no Antigo Testamento.
Depois da igreja judaica o ter rejeitado, CRISTO predisse a fundação duma nova
congregação ou igreja, uma instituição divina que continuaria sua obra na terra
(Mt 16.18).
Essa é a Igreja de CRISTO, que começou a existir visivelmente a partir do dia
de Pentecoste, conforme o capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos. Paulo fala
da manifestação mística da Igreja, usando os seguintes termos: "A mim, o
mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios,
por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de CRISTO, e demonstrar a
todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto
em DEUS, que tudo criou: para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de
DEUS seja conhecida dos principados e potestades nos léus, segundo o eterno
propósito que fez em CRISTO JESUS nosso Senhor" (Ef 3.8-11).Portanto,
no plano de DEUS, a Igreja já existia muito antes que qualquer outra coisa
viesse à existência, isso com base no sangue do Cordeiro que foi morto desde a
fundação do mundo (Ap
13.8). DEUS, segundo o seu soberano propósito, permitiu que as eras
se fossem escoando até que achou por bem tornar a Igreja manifesta e conhecida.
2. Considerada Historicamente
A Igreja de CRISTO veio à existência, como tal, no dia de
Pentecoste, quando do derramamento do ESPÍRITO SANTO . Assim como o Tabernáculo
foi construído e depois consagrado pela descida da glória divina (Ex 40.34), de igual
modo os primeiros membros da Igreja foram consagrados no Cenáculo e consagrados
como Igreja pela descida do ESPÍRITO SANTO sobre eles e dentro deles. É muito provável
que os cristãos primitivos vissem nesse evento o retorno da glória manifesta no
Tabernáculo e no Templo, glória essa que há muito tempo havia se afastado, e
cuja ausência era lamentada pelos rabinos judaicos mais piedosos (Conhecendo as
Doutrinas da Bíblia – Editora Vida - Pág. 217). Davi juntou os materiais para a
construção do Templo, mas a construção foi feita por seu sucessor, Salomão. Da
mesma maneira, JESUS, durante o seu ministério terreno, havia juntado os
materiais com os quais haveria de dar forma à sua Igreja, por assim dizer, mas
o edifício foi erigido pelo seu sucessor, o ESPÍRITO SANTO . Realmente: essa
obra foi feita pelo ESPÍRITO SANTO , operando através dos apóstolos, que
lançaram os fundamentos e edificaram a Igreja por sua pregação, ensino e
organização. Por isso a Igreja é descrita como sendo edificada sobre o fundamento
dos apóstolos (Ef 2.20).
III. O FUNDAMENTO DA IGREJA
A origem divina da Igreja é patenteada pela sua origem histórica,
bem como pela sua expansão e confirmação. Não é possível se pensar na Igreja
separadamente de CRISTO, nem se pensar em CRISTO separadamente da Igreja.
Apesar disto a teologia vaticano - romanista atribuição apóstolo Pedro, méritos
de pedra fundamental sobre a qual a Igreja de CRISTO está edificada. Buscando
achar fundamentos escriturísticos para tão absurdo ensino, os teólogos
católicos - romanos, apelam para as seguintes palavras do Salvador: "E
Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o CRISTO, o Filho de DEUS vivo. E JESUS,
respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não
revelou a carne e o sangue, mas meu Pai que esta nos céus. Pois também eu te
digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas
do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do remo dos
céus; e tudo o que ligares. na terra será ligado no céu, e tudo o que
desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16.16-19).
Dessa passagem, a Igreja Romana deriva o seguinte raciocínio de interpretação:
- Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja estar edificada.
- A Pedro foi dado o poder das chaves, portanto, só ele e seus
sucessores (os papas) poderão abrir a porta do reino dos céus.
- Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma.
- toda autoridade eclesiástica foi conferida a Pedro, até nossos
dias, através da linhagem de bispos e de papas, todos vigários de CRISTO.
1. CRISTO – a Pedro
A “pedra” constante de Mateus 16.18 nada
mais é do que a confissão de Pedro: em CRISTO está a verdade fundamental da
Igreja! “porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o
qual é JESUS CRISTO” (1
Co 3.11). Em vários textos da Bíblia encontramos alusões a CRISTO,
como sendo Ele a “Pedra”. Parar Daniel, no Antigo Testamento, CRISTO é a pedra
que do alto será lançada, e que destruirá a estatua do misterioso sonho de
Nabucodonosor (Dn 2.34,35). A pedra aqui
fala de CRISTO na sua segunda vinda, destruindo o poder gentílico mundial. Para
Pedro, CRISTO era a pedra que os lideres espirituais de Israel rejeitaram e
mataram (At 4.11).
Que CRISTO é a pedra, já era prefigurado no Antigo Testamento (1 Co 10.4). Dos
oitenta e quatro chamados Pais da Igreja primitiva, só dezesseis criam que o
Senhor se referiu a Pedro, quando disse "essa pedra". Os demais, uns
diziam que a expressão se referia a CRISTO mesmo, outros à confissão que Pedro
acabara de fazer, ou, ainda, a todos os apóstolos. Só a partir do IV Século
começou-se a falar a respeito da possibilidade de Pedro ser a pedra fundamental
da Igreja, e esta discussão estava intimamente relacionada com a pretensão
exclusivista do bispo de Roma.
2. Pedro - Uma Pedra
A interpretação da Igreja Romana segundo a qual CRISTO estabeleceu
a sua Igreja sobre a pessoa do apóstolo Pedro é insustentável e não suporta a
prova da teologia bíblica. Não consta em parte alguma das Escrituras, nem mesmo
na história do cristianismo, que Pedro tenha assumido essa posição de destaque
que o romanismo lhe atribui. Evidentemente, Pedro teve algumas oportunidades de
ações relevantes junto aos demais apóstolos. Foi, porém, uma posição temporária
ou transitória. Com exceção do que lemos em Gálatas 1.18, não
encontramos nenhuma outra referência a Pedro no restante do Novo Testamento,
nem sobre um possível episcopado sobre os demais apóstolos e comunidades
cristãs da sua época. É bom lembrar que Pedro foi enviado como missionário aos
samaritanos e gentios vizinhos a Jerusalém, sob a orientação de Tiago, quando
esse e não Pedro, era o pastor e líder da Igreja em Jerusalém. Pedro foi uma
pedra, mas não a pedra firme e inabalável sobre a qual foi fundada "a
universal assembleia e igreja dos primogênitos que estão escritos nos céus (Hb 12.23), e sim
uma pedra como são os demais salvos e remidos pelo sangue de JESUS (1 Pd 2.4).
3. Petra e Petros
O substantivo grego PETRA designa, no grego, "uma rocha grande
e firme". Já o substantivo masculino PETROS é aplicado geralmente para
designar blocos de pedra, móveis e isolados, bem como a pedras pequenas, tais
como a pederneira, ou pedra de arremesso.
Pedro é PETROS - parte da rocha, não PETRA - rocha grande e firme.
CRISTO é PETRA - rocha grande e firme.
Pedro foi uma pedra forte e firme, mas em união com CRISTO e nunca
desligado dele. Por exemplo: lemos no Evangelho que Pedro andou sobre o mar
encapelado, mas só enquanto tinha os olhos fixos em JESUS, pois quando começou
a olhar para as ondas do mar, começou a afundar. Era uma pedra que ia se
afundando. Como uma Igreja sobre a qual as portas do Inferno não poderiam
prevalecer, iria ser edificada sobre o homem Pedro?
IV. A IGREJA EM RELAÇÃO AO REINO DE DEUS
Parece unânime a opinião dos estudiosos das Escrituras quanto à
dificuldade de conciliar o estudo da doutrina da Igreja com o estudo
relacionado com o Reino de DEUS. O problema geralmente começa com as questões:
Deve o Reino de DEUS, em algum sentido da palavra, ser identificado com a
Igreja? Se não, qual a relação entre ambos? A busca de resposta a esta questão,
passará, sem dúvida à análise das seguintes questões:
1. O Reino e a Igreja
Achar-se o tipo de relação porventura existente entre Reino de DEUS
e a Igreja dependerá do conceito que o cristão tiver do Reino. Conclui-se,
pois, que, se o conceito que o cristão fizer do Reino estiver correto, ele
nunca deverá ser identificado com a Igreja. "O Reino é primeiramente o
reinado dinâmico ou o domínio soberano de DEUS e, derivadamente, a esfera na
qual tal soberania é experimentada. De acordo com a fraseologia bíblica, o
Reino não deve ser identificado com as pessoas que pertencem a Ele. Elas são o
povo do domínio de DEUS que entra no Reino, vive sob a autoridade do Reino, e é
governado e orientado pelo Reino. A Igreja é a comunidade do Reino, mas nunca o
próprio Reino. Os discípulos de JESUS pertencem ao Reino como o Reino lhes
pertence; mas eles não são o Reino. O Reino é o domínio de seus; a Igreja é uma
sociedade composta por seres humanos” (Teologia do Novo Testamento – JUERP –
Pág. 106).
2. A Igreja Não é o Reino
O Novo Testamento nunca confunde Igreja com o Reino. Os primitivos
pregadores do Evangelho pregaram o Reino de DEUS e não a Igreja (At 8.12; 19.8; 20.25; 28.23,31). Portanto é
impossível confundir "reino" por "igreja" na fraseologia
neotestamentária. As únicas referências ao povo de DEUS como Basiléia
encontram-se em Apocalipse
1.6 e 5.10; mas as pessoas que recebem tal designação recebem-na,
não em virtude de serem as pessoas que estão sob o domínio de DEUS, mas porque
são participantes do reino de CRISTO. “... e eles reinarão sobre a terra"
(Ap 5.10).
Nestas declarações, "reino" é sinônimo de "reis", e não de
pessoas sob o governo de DEUS. Deste modo é confuso afirmar como fez
Sommerlarth, que "a Igreja é a forma assumida pelo Reino de DEUS no
intervalo existente entre a ascensão e a parousia de CRISTO"; ou como
disse Gilmour: "A Igreja, (não como instituição, mas como comunidade
amada) tem sido o Reino de DEUS dentro do processo histórico".
3. O Reino Cria a Igreja
O domínio dinâmico de DEUS, presente na missão terrena de JESUS,
desafiou o homem no "Sentido de manifestar uma resposta positiva à sua
mensagem, introduzindo-o em um novo grupo de comunhão. Deste modo, a
manifestação do Reino de DEUS assinalava o cumprimento da esperança messiânica
do Antigo Testamento, prometida a Israel. Mas quando Israel como um todo
rejeitou a oferta do Reino, aqueles que a aceitaram foram constituídos o novo
povo de DEUS, os filhos do Reino, o verdadeiro Israel, a igreja incipiente. Assim
"a Igreja não é senão o resultado da vinda do Reino de DEUS ao mundo por
intermédio da missão de JESUS CRISTO" (Teologia do Novo Testamento – JUERP
– Pág.106). A Igreja visível e histórica, tem um duplo caráter. Ela se
constitui no povo do Reino, contudo, ela não forma o povo em seu caráter ideal,
uma vez que tem no seu seio pessoas que não podem ser indicadas realmente como
filhos do Reino. Por isso se conclui que a entrada no Reino de DEUS significa
participação na Igreja; mas a entrada na Igreja não é uma expressão equivalente
da entrada no Reino de DEUS.
4. A Igreja dá Testemunho do Reino
A Igreja é ineficaz para edificar o Reino é fazê-lo prosperar; no
entanto, tem ela o dever e a autoridade de testemunhar do Reino e para o Reino.
Este testemunho diz respeito aos atos redentores de DEUS por meio de JESUS CRISTO,
cobrindo todo o período compreendido pela Dispensação da Graça. Os doze
enviados, de Mateus 10
e os setenta, de Lucas
10, tinham o mandamento expresso de testemunhar do Reino. A comissão
desses primeiros discípulos de JESUS parece se revestir de grande simbolismo
para a Igreja hodierna. Portanto, é tarefa da Igreja viver e demonstrar a vida
e a comunhão do Reino de DEUS e da Era Vindoura numa era escravizada pela
perversidade e egoísmo, orgulho e animosidade. Esta demonstração da vida
característica do Reino é um elemento essencial do Testemunho da Igreja em
favor do Reino de DEUS. A Igreja pode e tem o dever de orar: “Venha o teu
reino...”
5. A Igreja é a Agência do Reino
Os primeiros discípulos de JESUS, além de proclamarem as boas-novas
afetas à presença do Reino, consideravam a si mesmos agentes instrumentais do
Reino. Pesava sobre seus ombros a grande comissão dada por JESUS antes de
voltar para o seio do Pai. Deste modo, a partir daí, eles consideravam que o
que eles faziam era como se JESUS CRISTO mesmo, em pessoa, tivesse realizado.
Assim tal como fez JESUS quando, visivelmente entre eles, quando eles curaram
enfermos, expulsaram demônios e ressuscitaram mortos (Mt 27.10.8; Lc 10.17). Os
discípulos tinham ciência de que o poder de que dispunham para realizar a obra
de DEUS, fora outorgado por delegação, mas não tinham a menor dúvida de que
esse poder neles e através deles operante, tinha a mesma eficácia que o poder
operante no ministério terreno de JESUS. Uma vez que o poder que dispunham para
realizar a obra de DEUS não lhes pertenciam como condição inata, não tinham
porque se vangloriar. Ao manifestar a decisão de fundar a sua Igreja triunfante
Mt 16.18), JESUS
estava garantindo que as forças das trevas e do inferno haveriam de recuar ante
a manifestação aterradora do Reino através da ação notória da Igreja vitoriosa.
6. A Igreja: a Guardadora do Reino
Os rabinos judaicos antigos tinham Israel na conta de guardador do
Reino de DEUS, segundo eles, inaugurado na terra nos dias de Abraão, finalmente
entregue a Israel quando da outorga da Lei no Sinai. Uma vez que Israel foi
feito guardião exclusivo da Lei divina, o Reino de JESUS se tornava posse
exclusiva de Israel. Quando um gentio queria fazer parte desse Reino, tinha de
se deixar proselitizar, ou se judaizar. Só após essa "conversão" o
judaísmo é que o gentio podia se considerar súdito do Reino. Era indispensável
a mediação de Israel, uma vez que só o israelita era considerado "filho do
Reino". Na pessoa de JESUS CRISTO, o domínio de DEUS manifestou-se em um
novo evento redentor, demonstrando, de um modo totalmente inesperado, os pobres
do reino escatológico dentro do cenário da história humana. Como a nação de
Israel rejeitou por completo esta nova forma de manifestação do Reino de DEUS,
a porta da graça divina se abriu para o mundo gentílico. A barreira de
separação existente entre judeus e gentios fora derribada. Já não haveria
"filhos exclusivos" do Reino. Súditos do Reino seriam todos aqueles
que absorvessem a revelação divina trazida por JESUS CRISTO. Os discípulos de JESUS,
a sua ekklesia, agora se tornaram os guardadores do Reino, em lugar da nação de
Israel. O Reino é tirado de Israel e dado a outro povo - a ekklesia de JESUS.
Deste modo, os discípulos de JESUS não somente dão testemunho a respeito do
Reino; eles não apenas se constituem em instrumento do Reino, à medida que este
manifesta o seu poder nesta Era presente, eles são também os guardadores do
Reino (Teologia do Novo Testamento – JUERP – Pág. 110).
V. OS MEMBROS DA IGREJA
Uma igreja é uma congregação de crentes em JESUS CRISTO batizados
depois duma profissão de fé, e voluntariamente ligados sob a aliança especial
para a manutenção do culto, verdades, ordenanças, e disciplina do evangelho
Portanto, face à questão quanto, a saber, quem são e quais as características
dos membros da Igreja de CRISTO, diríamos:
1. A Igreja é Composta Somente por Aqueles que Demonstram fé em CRISTO.
As unidades da Igreja são almas regeneradas e que vivem em união
com CRISTO. Deste modo a Igreja é uma assembleia de tais almas, atraídas umas
às outras por afinidades espirituais da nova vida que cada uma recebeu e pelo
vínculo comum que as une a DEUS. Disse JESUS que “aquele que não nascer de
novo, não pode ver o reino de DEUS” (Jo 3.3). É assim que
o novo nascimento espiritual se constitui condição indispensável e fundamental
para a união do homem com a Igreja cristã. Por mais difícil que pareça ser o
estabelecimento duma igreja formada só de pessoas inteiramente regeneradas, a
verdade é que a igreja local que mais trabalha no sentido de levar os seus
membros a demonstrarem uma genuína conversão, mais tem se aproximado do ideal
duma vida de fé e de pureza.
2. Uma Igreja se Compõe Somente Daqueles que Foram Batizados Depois
duma Profissão de Fé
As considerações seguintes fazem do batismo em água, não uma opção
mas uma ordenança para ser cumprida pelo crente:
-A comissão apostólica dada por JESUS nos manda não apenas fazer
discípulos, mas também batizar (Mt 28.19). A ordem
de fazer discípulos e depois batizar, se preserve definitivamente como decreto
da autoridade divina.
-Nas Escrituras, o batismo é o primeiro ato público do crente. Esse
ato tem duplo significado: a) fala do rompimento do crente com a vida de
outrora; e b) fala do seu membramento no corpo de CRISTO, que é a Igreja. O
batismo em água, desde o princípio, tem sido considerado como prática uniforme
de admissão do neoconvertido à igreja.
- As Epístolas do Novo Testamento se dirigem às igrejas, como
corpos compostos exclusivamente de pessoas batizadas em águas (Rm 6.1-14; 1 Pd 3.21).
VI. A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
Existem três formas distintas de igrejas, que se diferenciam entre
si pelos princípios fundamentais de sua organização, são elas: Episcopal,
Presbiteriana e Congregacional.
1. O Sistema Episcopal
O sistema episcopal de organização da igreja consiste numa rija
hierarquia, concentrando o poder eclesiástico no sacerdócio formado de três
ordens de bispos, sacerdotes e diáconos. Essas três ordens formam uma espécie
de governo sacerdotal. Esta forma é adotada pela Igreja Católica Romana, a
Igreja da Inglaterra, a Igreja Protestante Episcopal dos Estados Unidos, e a
Igreja Metodista Episcopal. Nesta última os bispos se diferenciam dos
presbíteros não como uma ordem distinta, mas somente por razões de funções. Em
todas estas igrejas o poder principal está nas mãos do clero, que se constitui
um corpo que se perpetua a si mesmo, distinto da congregação local, e
virtualmente independente dela.
2. O Sistema Presbiteriano
Nas igrejas que adotam este sistema de organização, a recepção e
disciplina de membros são confiadas a um conselho, composto de pastores, e
anciãos eleitos pela congregação; mas todos. Os atos eclesiásticos estão
sujeitos a revisão por um conselho superior, composto de pastores e anciãos de
muitas outras congregações. A igreja, segundo a concepção presbiteriana, é
formada de muitas e distintas congregações, reunidas por seus representantes -
pastores e anciãos - em um corpo, no qual reside todo o poder eclesiástico. Por
isto há uma cadeia de comando na seguinte ordem: o conselho, cujos membros são
eleitos pela congregação individual; o presbitério, composto de delegados dos
distintos conselhos; o sínodo, corpo local composto de delegados de vários
presbitérios; e a assembleia geral, composta de delegados de todos os
presbitérios, e que constitui a última corte de apelação. Todos os oficiais
eleitos pela congregação local e todos os atos executados por ela podem ser
anulados por esta mais alta autoridade eclesiástica.
3. O Sistema Congregacional
No sistema Congregacional de igreja, todo o poder eclesiástico é
exercido por cada igreja local, reunida em uma congregação, e as decisões
tomadas pela igreja local individual não estão sujeitas a revogação por nenhum
outro corpo eclesiástico. A esta classe pertence, com ligeiras diferenças e
pormenores de organização, os Independentes da Inglaterra, as igrejas
congregacionais da América e as igrejas batistas de todo o mundo (Su Forma de
Gobierno y Sus Ordenanzas – Editora Mundo Hispano – Pág.110). Quando comparadas
estes três sistemas de igreja, não há dúvida que o sistema Congregacional é o
que melhor se identifica com o modelo de organização da Igreja primitiva. De
acordo com o Novo Testamento, era a igreja como congregação local (e não o seu
ministério ordinário), que tinha autoridade de receber, disciplinar e excluir a
seus membros (1 Co 5.1-5;
2 Co 2.4,5; Rm 16.17; 2 Ts 3.6). Ela
detinha com exclusividade o direito de eleger os seus próprios oficiais (At 1.15-26; 6.1-6; 14.23; 1 Co 16.3). De
acordo com a História da Igreja, foram as congregações locais que escolheram
espontaneamente, proeminentes bispos, como Atanásio (328 d.C.), Ambrósio (374
d.C.) e Crisóstomo (398 d.C.). A igreja local, ainda, detém o poder de decidir
assuntos não decididos pelas Escrituras.
VII. O MINISTÉRIO DA IGREJA
O Lions Club existe em função dos "leões", o Rotary Club,
em função dos rotarianos, a Maçonaria, em função dos maçons. A Igreja é o único
organismo existente no mundo, cuja preocupação essencial não é o bem-estar de
seus próprios membros. A razão de ser, existir e agir da Igreja na terra é
ministrar em nome de CRISTO ao mundo. Em síntese, se constitui missão
prioritária da Igreja no mundo:
1. Ser Aqui um Lugar de Habitação de DEUS
"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas,
de que JESUS CRISTO é a principal pedra de esquina; no qual todo o edifício,
bem ajustado, cresce para templo santo do Senhor, no qual também vós juntamente
sois edificados para morada de DEUS em ESPÍRITO” (Ef 2.20-22).
“Não sabeis vós que sois o templo de DEUS, e que o ESPÍRITO de DEUS habita em
vós” (1 Co 3.16).
2. Testemunhar da Verdade
Para que se eu tardar, fiques cientes de como se deve proceder na
casa de DEUS, que é a igreja do DEUS vivo, coluna e baluarte da verdade (1 Tm 3.15).
3. Tornar Conhecida a Multiforme Sabedoria de DEUS
"Para que pela igreja, a multiforme sabedoria de DEUS se torne
conhecida agora dos principados e potestades nos lugares celestiais" (Ef 3.10).
4. Dar Eterna Glória a DEUS
"Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do
que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que em nós opera, a
ele seja a glória, na igreja e em CRISTO JESUS, por todas as gerações para todo
o sempre. Amém" (Ef
3.20,21).
5. Edificar a Seus Membros
"E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vista
ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao
pleno conhecimento do Filho de DEUS, à perfeita varonilidade, à medida da
estatura da plenitude de CRISTO" (Ef 4.11-13).
6. Disciplinar Seus Membros
"Se teu irmão pecar, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te
ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou
duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas toda
palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar
ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano'’ (Mt 18.15-17).
7. Evangelizar o Mundo
“JESUS, aproximando-se, falou-Ihes, dizendo: Toda autoridade me foi
dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO ; ensinando-os a
guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos
os dias até a consumação dos séculos" (Mt 28.18-20).
8. Sustentar Uma Norma Digna de Conduta
"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que há
de salgar? para nada mais presta senão para se Iançar fora, e ser pisado pelos
homens. Vós sois a luz do mundo não se pode esconder uma cidade edificada sobre
um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no
velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso
Pai que está nos céus" (Mt 5.13-16).
9. Cultivar a Comunhão Entre Seus Membros
"Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros;
como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros".
"Mas, se andardes na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os
outros, e o sangue de JESUS CRISTO seu Filho nos purifica de todo o
pecado" (Jo 13.34,35; 1 Jo 1.7).
VIII. A ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA
O Novo Testamento não provê um código detalhado de regulamentos e
preceitos para o governo da Igreja, e a própria ldéia de tal código pode
parecer repugnante para a liberdade da Dispensação do Evangelho. No entanto CRISTO
deixou atrás de si um corpo de líderes (os apóstolos), por ele mesmo escolhido,
ao qual ofereceu alguns princípios gerais para o exercício de sua função
reguladora.
1. Os Doze Apóstolos
Os doze apóstolos foram escolhidos, a fim de que estivessem com JESUS
CRISTO (Marc 3.14),
e essa associação pessoal qualificou-os para agirem como suas testemunhas (At 1.8). Por isso,
desde o princípio foram capacitados a expelirem demônios e a curarem enfermos (Mt 10.1), poder esse
que foi renovado e aumentado, atingindo a sua plenitude com o derramamento do ESPÍRITO
SANTO sobre suas vidas (Lc 24.49; At 1.8). Na sua
primeira missão foram enviados a pregar (Marc 3.14), e na
Grande Comissão foram instruídos a ensinar todas as nações. Assim receberam de CRISTO
a autoridade para evangelizar o mundo. Porém, foi-lhes igualmente prometida uma
função mais específica como juízes e governantes do povo de DEUS (Mt 19.28; Lc 22.29,30), com o poder de
ligarem e desligarem (Mt
18.18), e de perdoarem e reterem pecados (Jo 20.23). Tal
linguagem deu origem à concepção das chaves tradicionalmente definidas, como:
chave da doutrina, para ensinar qual conduta é proibida e qual é permitida
(esse é o sentido técnico de ligar e desligar na fraseologia legal judaica), e
chave da disciplina, para excomungar os indignos e reconciliar os contritos,
declarando o perdão de DEUS mediante a remissão de pecados exclusivamente em CRISTO.
Pedro recebeu esses poderes em primeiro lugar (Mt 16.18,19), como também
recebeu a comissão pastoral de alimentar o rebanho de CRISTO (Jo 21.15), mas
fê-Io de modo representativo, e não como uma capacidade pessoal; pois quando
tal comissão é repetida por JESUS em Mateus 18.18, a
autoridade de exercer o ministério da reconciliação é investida sobre todo o
corpo de discípulos, como um todo, como também é a congregação fiel, e não
qualquer indivíduo particular, que age em nome de CRISTO para abrir o Reino aos
crentes e fechá-lo aos incrédulos. Semelhantemente, essa função autoritativa é
exerci da primariamente pelos pregadores da Palavra, e o processo seletivo, de
conversão, é visto em operação desde a primeira pregação de Pedro, e daí em
diante (At
2.37-47). Quando Pedro confessou a CRISTO, sua fé se tornou típica
do alicerce rochoso sobre o qual a Igreja está edificada; mas, em realidade, o
alicerce da Jerusalém Celeste contém os nomes de todos os apóstolos (Ap 21.14) e não o
de Pedro, apenas, pois estes agiam conjuntamente nos primeiros dias da Igreja,
e a ideia de que Pedro tenha exercido qualquer primado entre eles é refutada,
parcialmente pela posição de liderança ocupada por Tiago no Concílio de
Jerusalém (At 15.13,19) e parcialmente
pelo fato de que Paulo resistiu a Pedro face a face (Gl 2.11). Era uma
capacidade conjunta que os apóstolos proviam liderança para a Igreja primitiva;
e essa liderança era eficaz tanto na misericórdia (At 2.42) como no
juízo (At 5.1-11).
Exerciam autoridade geral sobre cada congregação, enviando dois dentre os seus,
a fim de supervisionarem novos desenvolvimentos em Samaria (At 8.14), e
resolvendo com os anciãos qual a orientação comum para a administração dos
gentios (At 15),
enquanto que "a preocupação com todas as igrejas" (2 Co 11.28),
sentida por Paulo, é ilustrada tanto pelo número de suas viagens missionárias,
como pelo grande volume de sua correspondência.
2. Após a Ascensão de CRISTO
O primeiro passo dado pelos apóstolos logo após a ascensão de JESUS
CRISTO foi preencher a vaga deixada por Judas, e isso fizeram mediante um apelo
direto a DEUS (At
1.24-26). Outros foram posteriormente contados entre os apóstolos (Rm 16.7; 1 Co 9.5,6; Gl 1.19),mas as
qualificações de ser testemunha ocular da ressurreição (At 1.22), e de ter
sido de algum modo comissionado por CRISTO, não eram de natureza a poderem ser
perpetuadas indefinidamente. Quando a pressão do trabalho aumentou, fizeram
escolher sete assistentes, ou diáconos (At 6.1-6),
eleitos pela congregação e ordenados pelos apóstolos, a fim de que
administrassem a caridade entre os membros carentes da Igreja. Os oficiais
eclesiásticos com denominação distintiva são pela primeira vez encontrados nos
anciãos de Jerusalém, os quais receberam dons (At 11.30) e
participaram do Concílio aí realizado (At 15.6). Esse
ofício foi provavelmente copiado do presbítero das sinagogas judaicas; pois a
própria Igreja é chamada de "sinagoga" em Tiago 2.2, e os
anciãos judaicos, aparentemente ordenados por imposição de mãos, eram os
responsáveis pela manutenção da disciplina, com o poder de ligar e desligar os
que desobedecessem à Lei. O presbítero cristão, todavia, sendo um ministro
evangélico, âdquiriu deveres adicionais para pastorear (Tg 5.14; 1 Pd 5.1-3) e
para pregar (1 Tm 5.17).
Foram ordenados anciãos para todas as igrejas da Ásia Menor por Paulo e Barnabé
(At 14.23),
enquanto que Tito foi exortado a fazer o mesmo em relação à igreja em Creta (Tt 1.5); e embora os
distúrbios em Corinto possam sugerir que uma democracia mais completa
prevalecia naquela congregação (1 Co 14.26), o
padrão geral de governo eclesiástico na época apostólica parece ter sido uma
junta de anciãos ou pastores, possivelmente aumentada por profetas e mestres,
que governavam cada uma das congregações locais, tendo os diáconos como
ajudantes da administração, e contando com a superintendência geral da Igreja
inteira provida pelos apóstolos e evangelistas. Nada existe neste sistema
neotestamentário que corresponda exatamente ao moderno episcopado diocesano. Os
bispos, quando são mencionados (Fp 1.1), formavam uma
junta de oficiais da congregação local, a posição ocupada por Timóteo e Tito
era a de ajudantes pessoais de Paulo em sua obra missionárias. O que é mais
provável é que quando um ancião adquiria presidência permanente da junta,
passava então a ser especialmente designado pelo título de bispo; porém, mesmo
quando o bispo monárquico aparece nas cartas de Inácio, continuava sendo apenas
o pastor de uma única congregação. Na terminologia semelhante a uma hierarquia,
encontramos descrições vagas como "o que preside", "os que vos
presidem no Senhor" (Rm 18.8; 1 Ts 5.12), ou então
"vossos guias” (Hb
13.7,17,24). OS anjos das
igrejas citadas em Apocalipse
2 e 3, têm sido algumas vezes considerados como bispos verdadeiros;
porem, mais provavelmente são personificações de suas respectivas comunidades.
Aqueles que ocupam posições de responsabilidade têm o direito de serem honrados
(1 Ts 5.12,13), de serem
sustentados (1 Co 9.15),
e de estarem a salvo de acusações frívolas (1 Tm 5.19) .
3. Princípios Gerais
Cinco princípios gerais podem ser deduzidos do ensinamento
neotestamentário como um todo: Toda a autoridade se deriva de CRISTO (Mt 20.26-28);
A humildade de CRISTO provê o padrão para o serviço cristão; O governo d.a
Igreja deve ser exercido conjuntamente e não hierarquicamente: Ensinar e
dirigir são funções intimamente associadas. Ajudantes administrativos são
necessários para cooperarem com os pregadores da Palavra (At 6.2,3; - O Novo
Dicionário da Bíblia – Edições Vida Nova – Págs. 679-681). Quanto à
administração e governo da Igreja; convém, pois, saber:
- CRISTO é a Cabeça da Igreja. Sabemos que DEUS “pôs todas as
coisas embaixo dos seus pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à
igreja, a qual é o seu corpo; como também CRISTO é a cabeça da igreja; sendo
ele próprio o salvador do corpo" (Ef 1.22; 5.23). Da mesma
forma que a cabeça prove, sustenta e dirige o corpo, assim também CRISTO faz a
cada um dos membros de seu corpo espiritual a Igreja. O Senhor é capaz de
dirigir os menores detalhes da nossa vida, e quem desconhece ou se nega a
reconhecer a direção do Senhor em sua vida diária jamais conhecerá as doçuras
da vida verdadeiramente cristã.
- Quando o CRISTO subiu ao Céu, concedeu certos dons à sua Igreja.
São dons em forma de homens por Ele chamados. Esses diferentes dons estão
relacionados em Efésios 4.11.
Esses mesmos dons operaram em CRISTO, pois através do Novo Testamento vemo-lo
como apóstolo (Hb 3.1),
profeta (At 3.22,23), evangelista (Lc 4.18), pastor (Jo 1.10) e mestre (Jo 13.13,14).Agora, exaltado
à destra do Pai, JESUS concede à Igreja esses dons. Ministeriais que nele
operaram, para que a Igreja seja edificada. Nada há mais indefeso que um
rebanho de ovelhas sem pastor, e a Igreja é comparada a um rebanho de ovelhas.
- As palavras "pastor", "bispo" e
"presbítero" têm o mesmo significado quanto ao cargo. A palavra
"pastor" é a tradução de um vocábulo grego que significa
"supervisor". Pastor, no original, e alguém que conduz e alimenta as
ovelhas (1 Pd 1.25).
Ao ministro da casa de DEUS não basta ser intelectual capacitado para o
exercício do ministério cristão. É imprescindível que ele seja revestido do
poder do ESPÍRITO SANTO : Nem mesmo o Senhor JESUS CRISTO iniciou o seu
ministério terreno senão após receber a plenitude do ESPÍRITO SANTO sobre a sua vida. Portanto, se o ministro
deseja que o seu ministério seja uma continuação do ministério do Salvador,
deve se deixar possuir do mesmo poder que Ele (Jo 14.12,13).
É imperioso que todos os ministros sejam revestidos do poder do
alto (Jo 14.16,17).
- Há uma pesada responsabilidade sobre os ombros do ministério
evangélico. O ministro de DEUS é tal qual um atalaia sobre as muralhas de Sião.
Ele vê o perigo e avisa os pecadores do iminente juízo divino. Caso ele não aja
assim, será responsabilizado pela perda das almas sob seus cuidados. A mais
terrível declaração com respeito aos pastores sem fé, vitimadas pelo pecado da
desobediência, avareza, embriaguez e glutonaria, foi proferida pelo Senhor
através do profeta Isaías (Is 56.9-12).
O que foi dito aos pastores de Israel, deverá servir de solene aviso aos
ministros da casa de DEUS hoje em dia.
IX. AS ORDENANÇAS DA IGREJA
Apesar de possuir ordenanças, a Igreja não faz do ritualismo a sua
alma e a sua vida. A essência do cristianismo é um novo relacionamento entre o
homem e DEUS, através do novo nascimento operado pelo ESPÍRITO SANTO e pela Palavra de DEUS. São duas as principais
ordenanças dadas pelo Senhor JESUS CRISTO à sua Igreja: o batismo em água, e a
celebração da Santa Ceia do Senhor.
1. O Batismo em Água
O termo "batizar" comum ente significa mergulhar ou
imergir. Apesar de indefinida a origem da prática batismal e da razão porque
foi adotada pela Igreja cristã, a sua prática se faz algo imperioso quando
analisadas as seguintes palavras de JESUS: "Portanto ide, ensinai todas as
nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do ESPÍRITO SANTO " (Mt 28.19).
a) A Fórmula do Batismo
Os inimigos da doutrina trinitária, com frequência, se insurgem
contra a fórmula batismal dada por JESUS em Mateus 28.19. Por
exemplo, citam o apóstolo Pedro dizendo: “... cada um de vós seja batizado em
nome de JESUS" (At
2.38), para erroneamente afirmarem que a forma batismal bíblica é
"em nome de JESUS", e não "em nome do Pai, e do Filho e do ESPÍRITO
SANTO ". Um escritor cristão do II Século põe fim à questão quanto à forma
batismal cristã, quando escreve: "Agora, concernente ao batismo, batizai
assim: havendo ensinado todas as coisas, batiza em nome do Pai, do Filho, e do ESPÍRITO
SANTO , em água viva (corrente). E se não tiveres água viva, batiza em outra
água; e se não podes em água fria, então em água morna. Mas se não tiveres nem
uma nem outra, derrama água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai, e do
Filho e do ESPÍRITO SANTO " (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora
Vida – Pág.22).
b) O propósito do Batismo
Uma vez que só o salvo pode ser batizado, o batismo não tem como
finalidade a salvação do batizando. O ato do batismo se constitui num
testemunho público de que aquele que a ele se submete foi regenerado pela fé em
JESUS CRISTO. Assim, pelo batismo, o novo crente dá prova de haver morrido para
o mundo, estando pronto para ser sepultado e ressuscitado para uma nova vida em
CRISTO. No entanto, devemos compreender que se o crente, por uma circunstância
inesperada, vier a morrer antes de ser batizado em água, a sua posição de salvo
continua inalterada (Lc 23.42,43). Em
circunstâncias normais, uma vez que o batismo não se constitui uma opção, mas
uma ordenação divina, todos os que crêem devem ser batizados.
2. A Ceia do Senhor
O Senhor JESUS CRISTO começou o seu ministério terreno pelo batismo
no Jordão, e o encerrou com a celebração da Ceia no Cenáculo. Ambos os fatos
destacam o valor da Ceia do Senhor para a vida dos crentes hoje em dia.
a) O Propósito da Ceia
A Santa Ceia do Senhor tem por finalidade anunciar a nova Aliança (Mt 26.26-28),
e se constitui um memorial, conforme ordem expressa do próprio JESUS (Lc 23.19). É uma
lição objetiva que expõe os dois fundamentos do Evangelho: Primeiro: A
encarnação: Ao partir do pão, ouvimos o apóstolo João a dizer: "E o verbo
se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14). Segundo: A
expiação: As bênçãos incluídas na encarnação nos são concedidas mediante a
morte de CRISTO. O simbolismo do pão partido é que o Pão deve ser quebrantado
na morte, a fim de ser distribuído entre os espiritualmente famintos. O vinho
derramado nos diz que o sangue de CRISTO, o qual é a sua vida, deve ser
derramado na morte, a fim de que seu poder purificador e vivificante possa ser
outorgado às almas necessitadas. Os elementos usados na Ceia (o pão e o vinho)
nos lembram que pela fé podemos ser participantes da natureza de CRISTO, isto
é, ter "comunhão com ele". Ao participarmos do pão e do vinho, na
Ceia do Senhor, o ato nos recorda e nos assegura que, pela fé, podemos
verdadeiramente receber o ESPÍRITO de CRISTO e ser o reflexo do seu caráter.
b) Como Celebrar a Ceia
No ato da celebração da Ceia, CRISTO deixou-nos o exemplo de como
devemos ministrar. Todos os discípulos participaram do pão e do vinho, e esta
fórmula foi repetida no ensino do apóstolo Paulo (1 Co 11.24-26).
Por ser a Ceia do Senhor a maior festa espiritual da Igreja, interrompê-la com
outros assuntos se constitui profanação. Este tipo de atitude representa, na
verdade, falta de zelo para com as coisas de DEUS. Se por um lado a reverência
cristã condena o mero formalismo, ao mesmo tempo não pode aceitar que a Ceia do
Senhor seja celebrada sem nenhuma solenidade, de modo relaxado e desprezível.
Isto é profanar aquilo que é sagrado. Somos, igualmente, admoestados sobre o
modo como devemos participar da Ceia do Senhor: "Examine-se pois o homem a
si mesmo..." (1 Co
11.28). Portanto, erram clamorosamente aqueles que, ao invés de
examinarem a si mesmos, ficam a investigar as outras pessoas.
c) A Atitude Correta Face à Celebração da Ceia
Em 1 Coríntios
11.24,26,28, o apóstolo
Paulo chama a atenção do comungante da Santa Ceia do Senhor, para três direções
que essa cerimônia o leva a olhar:
Primeiro: O olhar retrospectivo: Como memorial, todas as vezes em
que celebrarmos a Ceia do Senhor, devemos fazê-lo com um olhar retrospectivo, -
em direção ao Calvário, onde o Senhor, com o seu próprio sangue, pagou o preço
exigido pelo resgate de nossas almas. O Calvário deve ser permanentemente o
tema de nossas vidas!
Segundo: O olhar introspectivo: Este é o olhar interior, pessoal
uma espécie de sondagem para saber como está a nossa vida diante do Senhor a
quem celebramos quando participamos do pão e vinho. Que valor temos dado ao seu
sacrifício. Em que posição nos encontramos concernente à nossa comunhão com o
Salvador? Este é um dos propósitos Ceia do Senhor. Ela nos estimula a uma
reflexão interior sobre os nossos passos na vida cristã.
Terceiro: O olhar expectativo: Finalmente, a Ceia do Senhor também
um fator de esperança. Todas as vezes que dela participamos, nossa mente se
volta para aquele glorioso dia quando nos assentaremos com o Senhor nas Bordas
do Cordeiro (Maturidade Cristã N° 4 – 4° Trimestre - CPAD). O próprio JESUS CRISTO
assim se expressou: “E digo-vos que, desde agora que, desde agora, não beberei
deste fruto da vide ate aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de
meu Pai" (Mt 26.29).
Paulo, em outras palavras reiterou a mesma mensagem: “... anunciais a morte do
Senhor até que venha” (1
Co 11.26).
X. A ADORAÇÃO NA IGREJA
A Igreja é conhecida basicamente como uma comunidade adoradora.
Como "povo de DEUS", a Igreja leva consigo associações da sua
redenção e do seu destino. Ela foi chamada por DEUS para ser propriedade e
herança exclusivamente dele. O apóstolo Paulo diz que "assim como [DEUS]
nos escolheu nele [no Senhor JESUS CRISTO] antes da fundação do mundo, para
sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para
ele, para a adoção de filhos, por meio de JESUS CRISTO, segundo o beneplácito
de sua vontade... predestinados... a fim de sermos para louvor da sua glória...
em quem também vós... tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO
SANTO da promessa" (Ef 1.4,5, 11-13).
1. A Natureza da Adoração na Igreja
Desse William Temple: "Adoração é o submetimento de todo o
nosso ser a DEUS. E tomar consciência de sua santidade; é o sustento da mente
com Sua verdade; é a purificação da imaginação por sua beleza; é o apego do
coração ao seu amor; é a rendição da vontade aos seus propósitos. E tudo isto
se traduz em louvor, a mais íntima emoção, o melhor remédio para o egoísmo que
é o pecado original". Dentre tantas vantagens da adoração, como partes do
culto da igreja a DEUS destacam-se as seguintes:
-A adoração cria uma atmosfera de redenção.
-A adoração destaca o valor do indivíduo e sua responsabilidade.
-A adoração dá perspectiva à vida.
-A adoração dá ocasião ao companheirismo fraternal.
-A adoração educa.
- A adoração enriquece a personalidade e fortalece o caráter.
-A adoração dá energia para o serviço cristão.
-A adoração sustém a esperança de paz no mundo (Que Mi Pueblo Adore
– Casa Bauistas de Publicaciones – Págs. 9-11).
2. Oração e Louvor
Dois tipos de oração são conhecidos no ensino e no exemplo da
Igreja do Novo Testamento. Há a oração particular no lugar secreto da comunhão
pessoal entre o crente e o Senhor, bem como a oração congregacional, feita
conjuntamente por todos os crentes reunidos no lugar de culto. Deste modo a
Bíblia fala de pessoas que oraram de forma individual, como de pessoas que
oraram coletiva ou congregacionalmente. JESUS parecia estar ensinando a
importância da oração congregacional, quando disse: "Em verdade também vos
digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer
coisa que porventura pedirem ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos
céus. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no
meio deles" (Mt 18.19,20). Através da
oração, o louvor a DEUS encontra a sua mais elevada expressão. Se oração é
petição, rogo e intercessão, o louvor se constitui na mais refinada forma de
adoração a DEUS - veículo através do qual o crente expressa o seu
reconhecimento pelos grandes benefícios recebidos de DEUS, inclusive fazendo
menção daqueles atributos divinos que, pronunciados, inundam de gozo a alma do
crente.
3. Hinos e Cânticos Espirituais
Escreveu o apóstolo Paulo: "A palavra de CRISTO habite em vós
abundantemente, em toda sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos
outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça
em vosso coração" (Cl
3.16). A Igreja Cristã nasceu em cânticos. Espera-se, pois, que o
Evangelho cristão traga consigo para acena da história uma explosão de hinódia
e dê louvor a DEUS. Além disto, podemos argumentar que todos os antecedentes do
aparecimento no mundo do Século I, nos levariam a esperar que a Igreja
primitiva fosse uma comunidade de cântico de hinos. Podemos investigar os
livros do Novo Testamento, tendo em mira descobrir ali a presença de
semelhantes cânticos de adoração. As grandes religiões do mundo, com exceção o
Cristianismo, não possuem hinos. Possuem apenas murmúrios de dor e lamentos.
Como expressão de adoração, os hinos são uma exclusividade do Cristianismo. Na
verdade a Igreja tem à sua disposição nada menos que quinhentos mil hinos. A
Bíblia manda: "Está alguém alegre? Cante louvores" (1 Co 14.15).
"Cânticos espirituais" se referem a fragmentos de louvor espontâneo
que o ESPÍRITO SANTO coloca nos lábios
do adorador enlevado. Noutras palavras, é o que diz o apóstolo Paulo: "Que
farei pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento" (Tg 5.13).Há ainda
hoje grande fonte de inspiração à disposição do crente no cântico, seja de
hinos congregacionais, seja em cânticos espirituais.
4. Reafirmações da Fé Cristã
Quando a Igreja se congrega para cultuar a DEUS, dentre outras
coisas, ela reafirma os valores espirituais por ela esposados. Deste modo a
Igreja é reconhecida como comunidade de fé, pregação e confissão. A Igreja
primitiva esposava um corpo de doutrinas distintivas, conservado como depósito
sagrado da parte de DEUS. As referências a esta base de verdade Salvífica estão
dispostas com uma plenitude de descrição e variedade de pormenores, embora não
se deva forçar a evidência para sugerir que houvesse qualquer coisa que se
aproximasse dos credos posteriormente adotados. Os seguintes termos demonstram
como os cristãos primitivos designavam o conjunto doutrinário que criam e
esposavam:
"A doutrina dos apóstolos" (At 2.42).
"A palavra da vida" (Fp 2.16).
"A forma de doutrina" (Rm 6.17).
"As palavras da fé e da boa doutrina” (1 Tm 4.6).
"O padrão das sãs palavras” (2 Tm 1.13).
"A sã doutrina” (2 Tm 4.3; Tt 1.9).
Anos após os eventos redentores da Cruz e do Túmulo Vazio, os
seguidores de JESUS CRISTO ainda estavam confessando: "CRISTO morreu pelos
nossos pecados segundo as Escrituras. Foi sepultado; ressuscitou ao terceiro
dia segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e, depois, aos Doze. Quando
reafirmamos os pontos salientes de nossa fé, as nossas convicções vão se
cimentando cada vez mais, até se transformarem em inabalável certeza.
5. Ministração da Palavra de DEUS
O principal elemento da adoração praticada na sinagoga judaica era
a leitura e a exposição da Lei: A Lei era lida primeiramente no hebraico
original, e depois em paráfrases aramaicas, chamadas Targuns, seguindo-se, por
sua vez, uma homilia ou pregação. Este era o centro de gravidade no culto da
sinagoga, havendo bênçãos e orações dispostas em derredor. A leitura e
exposição da Palavra de DEUS alcançou o seu apogeu no ministério terreno de JESUS,
bem como no ministério de seus apóstolos, especialmente do apostolo o que
escrevendo a Timóteo, disse: "Devota tua atenção à leitura [e exposição]
publica as escrituras’’ (1 Tm 4.23 – uma tradução livre).Dos ministros
escolhidos por DEUS para servirem à Igreja de CRISTO, é exigida a máxima
diligência no estudo e fidelidade na exposição das Escrituras. A igreja em cujo
culto nota-se a ausência da atitude de amor e de respeito pela Palavra de DEUS,
toda e qualquer outra coisa, porventura, aí existente, por grande que seja a
dedicação com que é feita, é abominável ao ESPÍRITO SANTO ultrajante à honra do Senhor JESUS CRISTO.
Culto sem compromisso com a fiel exposição das Escrituras, não é culto na
verdadeira acepção da palavra, pelo contrário, é confusão. Portanto, que os
ministros de CRISTO, pastores e mestres, deixem que o povo de DEUS seja
abençoado com a interpretação e exposição fiel das Escrituras.
6. A Mordomia Cristã
Da adoração cristã deve fazer parte não só aquilo que somos, mas
também o que DEUS nos tem dado. Particularmente, quanto ao dinheiro, o Novo
Testamento o reconhece como meio de troca e de ganhar a vida; e dá toda a
ênfase possível à necessidade de diligência e da consciência no trabalho diário
do cristão. Dentre tantas outras, há uma razão mais profunda para que o cristão
se aplique ao trabalho de forma mais honesta e com o melhor de seus esforços:
Adoramos a DEUS no decurso das nossas tarefas diárias, e a oferenda a Ele de
toda a perícia profissional e capacidade dedicada, com a melhor produtividade
da nossa mente e mãos, faz parte do nosso culto cristão tanto quanto o cântico
dos hinos e as devoções nos cultos na igreja. Daí a justificativa do acréscimo tipicamente
paulino àquilo que parece ser uma exortação pré-cristã: "Trabalhai de todo
o coração... como para o Senhor" (Cl 3.23).
O dinheiro que damos como parte do nosso culto a DEUS, junta estes
dois aspectos: a dádiva é "santificada", e a adoração é
"concretizada", à medida em que o fruto do nosso trabalho diário é
trazido e oferecido ao Senhor para uso no seu trabalho.
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LIÇÃO 01 - A IGREJA DE CRISTO
Primeiro Trimestre de 2007 - TEMA – A Igreja e a sua missão -
COMENTARISTA : Elienai Cabral
Tema do trimestre: A doutrina da Igreja sob um aspecto prático
LIÇÃO 01 - A IGREJA DE CRISTO
Texto Áureo:
E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei
a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. (Mt 16.18)
Verdade Prática:
Nenhuma barreira material, moral ou espiritual será capaz de
impedir a igreja de cumprir a sua missão na Terra.
Leitura Bíblica Em Classe:
Mateus 16.16-18:
Simão Pedro respondeu: Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo.
Respondeu-lhe JESUS: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e
sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus.
E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Atos 4.11,12:
Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual
foi posta por cabeça de esquina.
Em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do céu nenhum
outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
INTRODUÇÃO
AO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2007.
JO 10.9 EU SOU A PORTA. QUEM ENTRAR POR MIM SERÁ SALVO; PODERÁ
ENTRAR E SAIR E ACHARÁ COMIDA.
ENTRAR no curral das ovelhas, no aprisco, significa entrar no
reino espiritual, no reino da luz, no reino de DEUS (somente possível através
de JESUS, nosso salvador) e
SAIR, significa sair do mundo espiritualmente governado por
Satanás, reino das trevas.
ASSIM, temos um encontro com DEUS e sua Palavra revelada (comida do
céu).
ANTES, quando JESUS estava aqui na Terra, num corpo físico, DEUS
olhava de cima e só via um filho de DEUS; assim, quando precisava de alguém
para pregar o evangelho em Samaria, por exemplo, enviava para lá seu único
(unigênito) filho, porém as outras regiões ficavam sem ouvir o evangelho, pois
só havia um filho de DEUS na Terra para pregar o evangelho e este só podia
estar em um local de cada vez, pois estava sujeito a um corpo físico.
AGORA, após o sacrifício de JESUS na cruz por nós, a revelação do
ESPÍRITO SANTO disso e nossa conversão, quando DEUS olha de cima, vê milhões de
filhos de DEUS na Terra, gerados pela semente viva, a Palavra de DEUS,
fazendo sua obra por toda a parte e de todas as maneiras possíveis e em todo o
mundo habitado. Glória a DEUS, o plano de redenção deu certo!!!!!!!!!!!!!!!
Unidade Na Construção Do Edifício De DEUS:
1- O Fundamento Dos Apóstolos E Dos Profetas (V.20)
Os Profetas Do Antigo Testamento Profetizaram A Respeito De CRISTO
E Os Apóstolos, No Novo Testamento, Confirmaram Essas Profecias. Nessa
Tipologia De Um Edifício CRISTO É A Pedra Principal (De Esquina) E Os Profetas
E Apóstolos São Colunas De Sustentação E Declarados Também Como Fundamento,
Pois São Testemunhas Das Promessas De DEUS E Seus Ensinos, Juntamente Aos De
JESUS São A Base Da Igreja.
2- O Lugar De Cada Crente No Edifício De DEUS (Vv.21,22)
Somos O Templo De DEUS Na Terra, Unidos Pelo ESPÍRITO SANTO. Se
Somos Como Pedras Vivas O ESPÍRITO SANTO É Como A Massa De Cimento Unindo Essas
Pedras; Fazendo Assim Um Templo Que Cresce Cada Dia Mais, Indo De Encontro Ao
Artífice E Construtor Que É DEUS, Mas Sempre Olhando Para CRISTO, O Autor E
Consumador De Nossa Fé.
Unidade No Corpo De CRISTO:
1 Antes, Estávamos Longe; Agora Chegamos Perto (V.13)
Pelo Sangue De CRISTO, Chegamos Perto. Somos Um Mesmo ESPÍRITO Com
Ele. Antes Separados, Na Carne; Agora Unidos Pelo ESPÍRITO SANTO.
2 Antes, Sem Reconciliação; Agora Temos Paz Com DEUS (Vv.14,16)
CRISTO Nos Reconciliou Com O Pai ( A Ofensa Foi Paga Na Cruz ),
Através Do Seu
Sangue A Parede De Separação Foi Removida(O Pecado).
3 Antes, Éramos Dois Povos; Agora, Somos Um Só (V.15)
Não Há Mais Diferença, Formamos Um Só Corpo; O Corpo De CRISTO.
(DEUS Olha De Cima E Vê Milhões De Filhos)
4 Antes, Não Tínhamos Acesso Ao Pai; Agora, Em CRISTO, Isto É
Possível(Vv.18,19)
Os Gentios Não Podiam Nem Entrar No Templo Construído Pelos Judeus,
Agora Nós Podemos Entrar Na Presença Do Pai Pelo Novo E Vivo Caminho Que JESUS
Nos Consagrou = O Véu Foi Rasgado, Isto É, Sua Carne.
Frequente uma Igreja Regularmente
Quando você recebeu a JESUS CRISTO como seu Senhor e Salvador pessoal, você
iniciou um relacionamento não só com JESUS CRISTO, mas também com outros, que
tomaram este passo de fé, crentes. Não importa qual era a sua opinião antes,
mas ir a igreja hoje é uma experiência rica e recompensadora.
Através do ensino e da pregação da Palavra de DEUS a sua
compreensão d'Ela será cada vez maior.
Você terá oportunidade de fazer perguntas e discutir sobre as
Escrituras com outras pessoas.
Você aprenderá a adorar a DEUS, isto é, louvá-lo por tudo que Ele
é, e agradecer por tudo que Ele tem feito por você.
Adorando, aprendendo e servindo com outros cristãos, você
descobrirá outras pessoas com quem pode ter uma amizade duradoura, uma amizade,
que será para toda a eternidade!
Frequente a Escola Bíblica Dominical para que possa aprender melhor
a Palavra de DEUS.
ESTA É A IGREJA dos chamados para fora e esta é sua função
primordial - A salvação das almas e sua condução a DEUS.
EDIFÍCIO ESPIRITUAL - PEDRAS VIVAS - IGREJA CRISTOCÊNTRICA
INTRODUÇÃO
A linguagem figurativa da Bíblia retrata a Igreja como uma obra em edificação.
Este rico simbolismo aponta para a necessidade de um fundamento, sem o qual
nenhuma construção é capaz de ser erguida em condições de manter-se de pé ou
suportar a ação do tempo em suas estruturas. Ver Mt 7.24-27.
I. UMA PERGUNTA QUESTIONADORA
1. O propósito da pergunta. Como núcleo da Igreja incipiente, os
discípulos foram preparados por CRISTO para serem as colunas de sustentação
apostólica do Cristianismo bíblico. Eles teriam a responsabilidade ímpar de
iniciar a construção deste grande edifício - a Igreja. Chegara, portanto, o
momento supremo em que se descortinaria para a história este projeto concebido
na mente de DEUS. Com este propósito, o Mestre inicia uma reflexão e Ihes faz a
pergunta questionadora: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?"
(v.13).
À primeira vista, numa leitura menos teológica, tem-se a impressão de que o
Senhor está em processo de auto-afirmação, buscando, por isso. o reconhecimento
da opinião pública. No entanto, à medida em que se aprofunda o diálogo,
verifica-se que foi apenas o ponto de partida para chegar ao cerne da questão:
o fundamento da Igreja nascente.
2. A reação da opinião pública. A pergunta enseja aos
discípulos a oportunidade de mostrar o que pensava a opinião pública. Aqui
há
uma descoberta interessante,que serve de lição para o dia-a-dia: As percepções
sobre a vida variam de pessoa para pessoa e podem ser classificadas em níveis
distintos. São fatores diversos, internos e externos, que determinam essa
variação. A avaliação apresentada pelos
discípulos reflete essa realidade. Não obstante a clareza da mensagem pregada
pelo Senhor, o máximo que as respostas indicam é uma
percepção equivocada que situa CRISTO ao nível dos profetas do Antigo
Testamento (v.14).
II. UMA RESPOSTA REVELADORA
1. A percepção dos discípulos acerca de CRISTO. É provável que os
discípulos ainda nutrissem dúvidas sobre o caráter messiânico do
advento de CRISTO. Talvez tivessem uma percepção parecida com a da
opinião pública. Neste ponto crucial, o Senhor restringe o campo de sua
pesquisa e lhes faz a pergunta decisiva: "E vós, quem dizeis que eu
sou?" (v.15). Da resposta dependeriam os passos seguintes.
Contudo, o que se percebe do texto, num aparente hiato entre os vv.15 e 16,é a
retração do grupo. A percepção externa já cristalizada não
favorece uma posição clara. Esta ênfase é proposital porque, atualmente, em
diversos casos a percepção quanto à posição da Igreja em
CRISTO é conduzida pelos que os outros pensam e dizem a respeito, e não pelo
que a Bíblia revela.
2. A percepção de Pedro acerca de CRISTO. Todavia, no exato
momento em que os discípulos se encontram aparentemente perplexos
diante da pergunta inquiridora, entra em cena a revelação sobrenatural. Pedro,
inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, toma-se o porta-voz do grupo, e declara:
"Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo" (v.16). Aqui está o
reconhecimento implícito da messianidade de JESUS, pedra de toque do arcabouço
teológico que dá vida à Igreja.
O CRISTO da história, que viveu na dimensão humana, como enviado do Pai,
incorporava em si mesmo toda a plenitude da divindade, (Cl
2.9). Este é o sentido da revelação dada por DEUS a Pedro. Tirar esta doutrina
da centralidade da pregação é deixar a Igreja anômala e sem consistência
bíblica.
III. UMA DECLARAÇÃO CONCLUSIVA
1. A base da declaração. Chegasse, agora, ao ponto de tensão sobre quem é
o fundamento da Igreja. Inicialmente, o Senhor esclarece a
origem da revelação: Não foi fruto da percepção humana equivocada (carne e
sangue), mas resultado da ação direta de DEUS, mediante o ESPÍRITO SANTO, no
coração de Pedro, (v.17). Em segundo lugar, através de um recurso estilístico,
no grego, estabelece de forma precisa que o fundamento da Igreja está na
confissão do apóstolo, (v.18). CRISTO cita duas palavras da mesma raiz, mas com
significados diferentes,
que expressam a dimensão exata da revelação. A primeira, petros (o nome do
discípulo), significa um fragmento de pedra. A segunda,
petra, traduz-se como rocha inamovível. Está claro que o Senhor, ao mesmo tempo
em que reconheceu a sensibilidade espiritual de
Pedro, como um fragmento de pedra, deixou também estabelecido que a Igreja
seria edificada sobre aquela pedra inamovível - CRISTO, o Filho do DEUS vivo -
que se constituiu na confissão pública do apóstolo.
2. O alcance da revelação. O Senhor foi mais além, ao declarar a completa
vitória da Igreja sobre as portas do inferno. Tal afirmativa
revela a plena autoridade de CRISTO para cumprir cabalmente o plano
divino concernente ao mundo segundo a Palavra de DEUS. Por outro lado, fosse
Pedro o fundamento ou qualquer outro dos discípulos, a Igreja não teria
resistido aos fortes vendavais que sopraram sobre ela ao longo da história, e
nem suportaria os ventos que hoje tentam desviá-la da rota, (comp. Ap
3.10).
IV. UM FUNDAMENTO INAMOVÍVEL
1. Refutando o dogma romanista. Uma regra áurea de interpretação bíblica
determina que não se pode interpretar o texto isoladamente,
sem levar em consideração o contexto. Portanto, considera-se como doutrina
aquela que desfruta de respaldo em toda a Bíblia. Não é o caso do dogma
romanista. que situa Pedro como fundamento da Igreja. Senão, vejamos:
a) O livro de Atos, que narra os primeiros passos da Igreja Apostólica, em
nenhum momento deixa transparecer esta ideia. Nos primeiros
13 capítulos Pedro aparece tomando várias iniciativas, mas a partir daí, com
exceção do cap.15, que trata do Concílio em Jerusalém (onde
ele desponta no mesmo nível dos demais apóstolos), ele sai de cena.
b) Desde o momento em que Jerusalém começa a entrar em
declínio político, antes da diáspora do ano 70 d.C. DEUS se move através das
circunstâncias para transferir o núcleo da Igreja das fronteiras judaicas para
outro local estratégico. É assim que nasce a obra em Antioquia. A Bíblia
identifica os personagens principais como crentes anônimos, dispersos pela perseguição,
e cita Barnabé e Paulo em fase posterior. A liderança de Pedro sequer é
mencionada, (At 11.~9-26).
c) Nenhuma das epístolas faz alusão a Pedro como alguém que estivesse
ocupando posição de proeminência. Nem mesmo a que foi escrita aos romanos
o destaca. E pelo menos em uma ocasião sofre críticas de Paulo, em razão de sua
atitude dissimulada no relacionamento com os gentios (GI 2.11-15).
Como se vê, houvesse Pedro sido nomeado pelo Senhor como o fundamento da
Igreja, o Novo Testamento cuidaria de registrar, com detalhes, os fatos que
apontassem nessa direção.
2. A doutrina bíblica do fundamento da Igreja. Vejamos, finalmente, como
se posiciona o Novo Testamento em relação a CRISTO como o fundamento da Igreja.
Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, é enfático: "Porque ninguém
pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é JESUS
CRISTO", 3.11. O apóstolo segue a mesma linha da declaração revelatória no
ato da confissão de Pedro.
Mas é possível que algum crítico possa pôr em dúvida a afirmação do apóstolo,
alegando tratar-se de rivalidade entre ele e Pedro. Fosse desta forma, ter-se-ia
deste outro posicionamento. Todavia, a teologia petrina reitera a mesma
posição. Em At 4.11 e 1Pe 2.6,7, Pedro sem qualquer pretensão apresenta CRISTO
como a pedra principal de esquina. Esta expressão denota a ideia de
centralidade no alicerce de uma construção e está em sintonia com a teologia
paulina. É tanto que Paulo faz uso da mesma linguagem em Ef 2.20,21. Assim
sendo, o Novo Testamento apregoa a doutrina que sustenta a posição de CRISTO
como o fundamento eterno e inabalável da Igreja.
CONCLUSÃO
Ter a CRISTO como fundamento é a razão pela qual a Igreja subsiste a todos os
ataques do inimigo, desde o período apostólico até os dias atuais. É
também a garantia de que ela continuará triunfando contra todas as forças
diabólicas que ajustam suas estratégias malignas às circunstâncias de hoje para
tentar desviá-la do propósito de DEUS. Nada poderá jamais detê-la.
SÍMBOLOS DA IGREJA
Mediante uma ampla pesquisa, fale sobre o casamento nos tempos
bíblicos e, principalmente, como era entre os povos antigos, na Palestina, na
Grécia e em Roma. Destaque os costumes e os pontos de igualdade entre os
povos.
Fale sobre o tabernáculo e os templos na vida religiosa de Israel. Se possível,
mostre um desenho do tabernáculo, do templo de Salomão
e Herodes, não esquecendo de citar um resumo das fases históricas dos
templos.
Por último, discorra sobre as funções dos órgãos humanos, mostrando que nenhum
deles é sem importância para a nossa vida, bem como que eles obedecem a um
padrão orgânico criado por DEUS, que é a base de nossa sustentação física. Use
o Manual Bíblico do Estudante, da CPAD, para preparar seu trabalho em
classe.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
A Bíblia utiliza diversos símbolos para ilustrar a natureza da Igreja, de seus
membros em particular e de seu relacionamento com CRISTO.
No comentário de hoje, a abordagem restringir-se-á apenas a três que melhor
contextualizam a visão atual do papel da Igreja diante de todos: noiva, templo
e corpo.
I. A IGREJA COMO NOIVA DE CRISTO
1. A importância da noiva. Esta é a primeira alusão do comentário pela
importância que as Escrituras dão ao matrimônio, como instituição divina,
quando o compara ao relacionamento entre CRISTO e a Igreja. É primordial na
Igreja fortalecer o casamento, isto porque há uma ação maligna em curso contra
ele por ser, em primeiro lugar, a estratégia que melhor serve ao inimigo no seu
famigerado propósito de tentar destruir o plano de DEUS para o homem.
Em segundo lugar, porque desmoraliza uma instituição que melhor representa o
tipo de comunhão que CRISTO mantém com a sua noiva, no presente, e a
perspectiva da vida que ambos desfrutarão na era vindoura (Ap 19.7,8).
2. A sujeição da noiva. Outra lição que o texto de Paulo oferece é a da
sujeição da Igreja a CRISTO (Ef 5.24). O apóstolo a usa para exemplificar a
mesma atitude da mulher para com o marido. No entanto, a ideia não é a de uma
sujeição imposta pela força ou por uma decisão unilateral e legalista da
esposa. É fruto, isto sim, do amor intenso dedicado pelo esposo, que produz
nela profundo sentimento de afeto resultando no reconhecimento espontâneo de
sua sujeição posicional. É assim a relação de CRISTO com a sua noiva. O amor
que Ele lhe devota é tal, como demonstrado no ate da redenção, que ela se sente
espontaneamente constrangida a ser-lhe eternamente fiel e a viver em função de
sua liderança (2 Co 5.14,15J.
3. A pureza da noiva. Outro detalhe expresso no símbolo é que
a pureza da Igreja como noiva resulta da entrega do Senhor por ela (Ef
5.26,27). É Ele quem a santifica, purifica e a torna imaculada e irrepreensível.
Não é um ato intrínseco da Igreja, que, por si mesma, possa desenvolver essas
qualidades da vida cristã. Ela depende de estar abrigada sob o amor do noivo e
ter a noção exata da grande compaixão implícita nesta entrega. Só assim
poderá viver essas características e apresentar-se, no dia das bodas, como
"Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante..." Tal
é o comportamento que DEUS espera dos cônjuges. O amor do marido pela esposa
deve evidenciar-
se de tal maneira, não só por palavras, mas acima de tudo por atos, que a
mulher se sinta prazerosamente motivada a manter a sua pureza interior, bem
como as suas qualidades morais e físicas para que ambos tenham, por toda a
vida, plena satisfação na união conjugal. Assim, estarão dando um testemunho
sem palavras, na dimensão humana, do que representa, no nível mais sublime, a
comunhão entre CRISTO e a Igreja (Ef 5.32).
II. A IGREJA COMO TEMPLO DE DEUS:
1. Lugar da habitação de DEUS.
A Igreja, como templo de DEUS, traz a ideia subjacente da
construção de um edifício habitacional que se ergue sob rigorosas normas de
engenharia ("bem ajustado") (Ef 2.21).
Aqui se evidenciam duas coisas:
A) Quem normatiza e aplica os detalhes técnicos da obra é o engenheiro
responsável, princípio este que denota a mesma responsabilidade no trato de
CRISTO com a Igreja. As normas partem dele e já estão reveladas na Bíblia, não
podendo ser substituídas por suposições humanas sob pena de fazer ruir todo o edifício,
cf. Cl 2.20-23.
B) A Igreja foi projetada como lugar da habitação do DEUS
trino, que, mediante o ESPÍRITO SANTO, envolve-se em toda a sua
peregrinação histórica. O projeto, portanto, pertence ao Pai, a execução
ao Filho e o acompanhamento ao ESPÍRITO SANTO (cf. Ef 3.9; Mt 16.18; Jo
14.16,17,26).
Outro desdobramento cabível aqui é a doutrina da transcendência e
da imanência de DEUS. Em sua transcendentalidade. DEUS é chamado de altíssimo
porque habita "em um alto e santo lugar". Todavia, ao mesmo tempo em
que o céu dos céus é a sua eterna morada, identifica-se também como o DEUS
imanente, que habita "com o contrito e abatido de espírito", Is
57.15.
2. Templo de adoração a DEUS. Outro conceito implícito no
símbolo do templo, é que faz parte dá natureza essencial da Igreja adorar a
DEUS. Este é o sentido do termo cultuar. Infelizmente, porém, igrejas há
amarradas a uma liturgia cultual engessada, onde o ESPÍRITO SANTO não encontra
liberdade para atuar. As reuniões acabam-se tornando uma rotina repetitiva e
enfadonha com pouco proveito espiritual para os participantes. Em muitos casos
a adoração passa para o plano secundário ou mesmo terciário - se não for
totalmente esquecida - e os que se destacam na coordenação do culto ocupam o
centro das atenções. Os crentes, de modo geral, deixam de ser adoradores para
transformar-se em assistentes. Muitos escudam-se atrás da recomendação bíblica
sobre decência e ordem para defender essa situação. Todavia, levar este
princípio ao extremo e isolá-lo do contexto conduz ao formalismo. Em todas as
reuniões da Igreja, como templo de DEUS, sem menosprezo da organização, há
espaço garantido para os elementos que compõem o culto ao Senhor e aí o
ESPÍRITO SANTO tem liberdade para agir (1 Co 14.26-33).
III. A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO
1. O padrão orgânico do corpo.
Por último, neste comentário a Igreja é analisada sob a perspectiva do corpo
humano. De início traduz a ideia de que são diversos órgãos e muitos membros,
mas todos trabalham de forma orgânica e harmônica, interligados, em função do
corpo. Este recebe os benefícios (1 Co 12.12). Vale a pena reiterar: eles não
trabalham em função de si mesmos. Qualquer ação de um órgão ou membro em corpo
saudável está comprometida com a estrutura orgânica que sustenta a vida.
E acima está a cabeça - o cérebro - no comando.
Assim é a Igreja de CRISTO. Ela conta com milhões de membros espalhados pelo
mundo. Quando todos cumprem a sua parte, a Igreja se beneficia, mas se algum
deles está enfermo espiritualmente e não é logo restaurado, afeta todo o corpo.
Haja vista inúmeros exemplos que promovem escândalos e trazem má fama ao
povo de DEUS. É responsabilidade de todos os crentes trabalharem de forma
orgânica e harmônica, interligados, em favor do crescimento, saúde e
fortalecimento da Igreja, tendo CRISTO, como cabeça, na liderança (Ef 1.22,23).
Sem nenhum exagero, a Igreja atual precisa ser mais corpo e menos indivíduos.
2. A utilidade de cada membro do corpo. Todavia, a ideia de
corpo não anula a utilidade de cada membro em particular. Todos
cumprem uma atividade regular e indispensável no processo da vida. Se
algum deles por qualquer motivo pára de trabalhar, o corpo ressentir-se-á de
sua inatividade.
Esta é a mesma visão que norteia a presença da Igreja na Terra ( I Co
12.14,27).Muitos crentes, no entanto, por não entenderem corretamente este
princípio, sentem-se inúteis e não se envolvem no serviço cristão. Mas se todos
se impregnarem do senso de utilidade, a vida de oração será aprofundada, não
faltarão recursos para a expansão do Reino, a evangelização será mais rápida, a
obra missionária não andará a passos lentos, a unidade não constituir-se-á em
utopia e a Igreja terá relevância no mundo (1 Co 15.58).
CONCLUSÃO
Como noiva de CRISTO, esteja a Igreja consciente de que Ele é a fonte de sua
pureza espiritual. Como templo de DEUS, tenha ela a visão de que é o lugar
santo de Sua habitação na Terra e do compromisso de permanentemente adorá-Lo.
Como corpo de CRISTO, mostre-se ao mundo como um corpo bem ajustado, onde cada
membro cumpra com alegria a sua responsabilidade em favor do corpo.
Características da Igreja Verdadeira
Onde pode ser encontrada hoje a igreja verdadeira e quais os seus
aspectos essenciais? Em primeiro lugar devemos distinguir os vários
significados da palavra igreja:
1. Todo o povo de DEUS em todos os séculos, o conjunto total dos
eleitos. Os Reformadores falaram disto como sendo a igreja invisível.
2. A comunidade local dos cristãos, reunidos visivelmente para
adoração e ministério; este significado abrange a vasta maioria das referências
à igreja (ekklesia) do Novo Testamento.
3. Todo o povo de DEUS no mundo, em determinada época, talvez
melhor definida como a igreja universal. Esse sentido ocorre apenas
ocasionalmente no Novo Testamento (1 Co 10.32; Gl 1.13).
4. “A igreja dentro da igreja”. Notamos antes a distinção feita entre a edah (toda a congregação visível) e os gahal (aqueles dentro dela que respondem ao chamado de DEUS). JESUS ensinou que o reino corresponde a este padrão: o joio está misturado com o trigo (Mt 13.24-30; 36-43). Dentro do grupo identificado com CRISTO acha-se o povo de DEUS, a verdadeira igreja. Não existe, então, uma igreja pura; em meio a cada igreja pode haver pessoas que não professaram a sua fé e outras cuja profissão será desmascarada no último dia (Mt 7.21-23).
Admitindo-se assim que uma igreja pura ou perfeita não é possível
deste lado da glória, onde podemos descobrir o verdadeiro povo de DEUS
visivelmente reunido? Tradicionalmente, são reconhecidos quatro sinais da
igreja autêntica:
UNA
A unidade da igreja procede de seu fundamento do único DEUS (Ef
4.1-6). Todos os que pertencem verdadeiramente à igreja são um só povo e,
portanto, a igreja verdadeira será distinguida por sua unidade.
Esta unidade, porém, não implica necessariamente uniformidade
total. Na igreja do Novo Testamento havia uma variedade de ministérios (1 Co
12.4-6) e de opiniões sobre assuntos de importância secundária (Rm 14:1-15:13).
Embora houvesse uniformidade nas convicções teológicas básicas (1 Co 15.11,
BLH; Jd 3), a fé comum recebia ênfases diversas, segundo as diferentes
necessidades percebidas pelos apóstolos (Rm 3.20; cf. Tg 2.24; Fp 2.5-7; cf. Cl
2.9s).
Havia também uma variedade de formas de adoração. O tipo de culto
em Corinto (1 Co 14.26ss) não era comum nas igrejas palestinas, onde a adoração
se baseava no modelo da sinagoga judaica e tinha um padrão mais formal,
centrado na exposição da palavra escrita. Este modelo tirado da sinagoga
justifica o fato de as igrejas do primeiro século serem consideradas um ramo do
judaísmo. Tiago 2.2 usa até mesmo a palavra sinagoga para a reunião dos
cristãos. Existem também elementos discerníveis de mais de uma forma de governo
da igreja.
A verdadeira unidade no ESPÍRITO SANTO de todo o povo regenerado é
um fato independente da desunião denominacional exterior. O chamado para a
unidade no Novo Testamento é, portanto, uma ordem para manter a unicidade
fundamental da vida que o ESPÍRITO concedeu através da regeneração (Ef 4.3). Os
Reformadores salientaram este ponto, distinguindo entre a igreja invisível
(todos os eleitos que são verdadeiramente um em CRISTO) e a igreja visível (um
grupo misto de regenerados e não-regenerados). A unidade da igreja invisível é
um fato consumado, concedido com a salvação.
Roma tem usado este sinal de maneira polêmica, a fim de proclamar
sua unidade, comparando-a à fragmentação do protestantismo, como uma evidência
de ser a verdadeira igreja. Isto, no entanto, ignora três pontos: (i) A própria
Roma separou-se da igreja ortodoxa em 1054, e jamais tinha sido considerada
universalmente como a única igreja verdadeira em séculos anteriores; por
exemplo, a igreja celta floresceu na Inglaterra, e Patrício fundou a igreja
inglesa muito antes de os missionários romanos terem chegado à Inglaterra. (ii)
Os sinais devem manter-se juntos. A sucessão histórica e a unidade exterior não
têm validade quando não associadas à lealdade e ao evangelho apostólico. (iii)
Embora o protestantismo tenha-se mostrado às vezes necessariamente desagregador,
pode ser argumentado que, através de seu desvio da doutrina bíblica, é a
própria Roma que tem sido a maior causa de cismas no correr dos séculos.
As Escrituras encorajam a mais plena expressão de unidade possível
entre o povo de DEUS, mas elas também tornam claro que a divisão acha-se
perfeitamente de acordo com a vontade divina quando a essência do Cristianismo
Apostólico estiver em risco. Esta foi a razão da discórdia entre Paulo e os
judaizantes (Gl 1.6-12), e entre JESUS e os fariseus (Mc 7.1-13). É
significativo notar que quando Judas pretendeu escrever sobre a salvação que
temos em comum, ele achou necessário insistir com os leitores para “batalhar
diligentemente pela fé que uma vez foi entregue aos santos” (Judas 3). Para o
Novo Testamento, a unidade está baseada em um compromisso consciente com as
verdades reveladas do Cristianismo Apostólico.
O Novo Testamento dirigiu seus ensinos sobre a unidade a grupos
específicos, com implicações imediatas para seus relacionamentos visíveis (Ef
2.15; 4.4; Cl 3.15). JESUS orou pela unidade, que ajudaria o mundo a crer (João
17.21); embora o paralelo entre esta unidade e a dEle com o Pai (17.11,22)
confirme o caráter essencialmente espiritual da unidade bíblica, esta
certamente inclui identificação visível de vida e propósito, pois JESUS em toda
a sua missão expressou uma união visível e demonstrável com o Pai. Em outras
palavras, é preciso buscar uma unidade visível mais plena do que aquela que
está sendo experimentada pelos que são fiéis ao evangelho apostólico.
Este fato tem especial importância quando dois ou mais grupos que
têm uma fé bíblica estiverem operando na mesma área, como, por exemplo, em um
campus universitário. O desafio mais profundo deste ensinamento, porém,
situa-se ao nível dos relacionamentos na igreja local. Nesse ambiente, a
unidade da vida em CRISTO deve expressar-se através do cuidado e compromisso
genuínos e tangíveis de uns para com os outros. Na ausência disto, a
reivindicação de ser uma verdadeira igreja cristã é posta em dúvida (1 Co 3.3s).
Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns
aos outros.
João 13:35
SANTA
O povo de DEUS forma a nação santa (1 Pe 2.9). No sentido mais
profundo a igreja é santa, da mesma forma que todo indivíduo cristão é santo em
virtude de estar unido a CRISTO, separado para ele e revestido com sua justiça
perfeita. Na sua posição diante de DEUS em CRISTO, a igreja é irrepreensível e
isenta de qualquer mancha moral. A distinção entre a igreja visível e a
invisível aplica-se aqui, desde que esta santidade imputada não pertence aos
membros da igreja não confiam pessoalmente em CRISTO como Salvador. A íntima
comunhão com o ESPÍRITO SANTO leva a igreja a se separar para DEUS, esperando a
iminente volta de JESUS para buscá-la.
A união com CRISTO envolve também uma santidade de vida que seja
visível. Desse modo, a relação da igreja com CRISTO, o seu cabeça, será
expressa no caráter moral e nas características especiais de sua vida e de seus
relacionamentos comunitários. A igreja alheia à santidade é alheia a CRISTO.
Quando CRISTO dirigiu-se à sua igreja, ele esperava dela essa mesma diferença
moral e foi severo em seu julgamento quando observou que ela lhes faltava (Ap
2.-3). A noiva deve permanecer pura no espírito, alma e corpo, a espera de seu
noivo (1 Ts 5:23).
A fim de não desanimarmos ao aplicar este teste, vale a pena
lembrar que grande parte da vida da igreja do Novo Testamento foi eivada de
erros, divisões, falhas morais e instabilidade. Não obstante, a presença de um
sinal visível de santidade é uma característica invariável da igreja de DEUS.
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma,
e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo. 1 Tessalonicenses 5:23
CATÓLICA
O termo católico significa literalmente abrangendo ao todo. E em
seu uso primitivo, significava ser a igreja universal, distinguindo-a da local;
mais tarde, veio significar a igreja que professava a fé ortodoxa, em contraste
com os hereges. Com o passar do tempo, Roma adotou o termo para referir-se a si
mesma como instituição eclesiástica, centrada no papado, historicamente
desenvolvida e geograficamente difundida. Os reformadores do século dezesseis
procuraram restaurar o significado anterior da catolicidade, em termos do
reconhecimento da fé ortodoxa; nesse sentido, argumentavam eles, a igreja
católica era de fato eles e não Roma.
O principal aspecto da catolicidade da igreja primitiva estava na
sua abertura para todos. Distinta do judaísmo, com seu exclusivismo racial, e
do gnosticismo, com seu exclusivismo cultural e intelectual, a igreja abriu
seus braços a todos que quisessem ouvir a mensagem e aceitar seu salvador, sem
levar em conta cor, raça, posição social, capacidade intelectual e antecedentes
morais. Ela surgiu no mundo como uma fé para todos (Mt 28.19; Ap 7.9). A única
exigência para admissão era a fé pessoal em JESUS CRISTO como Salvador e
Senhor, ensinando o batismo como o rito ordenado por JESUS e a santa ceia.(Mt
28.19; At 2.38,41).
É neste nível fundamental que esta característica (a de ser
católica) deve ser entendida. As igrejas que exigem outros testes devem ser
consideradas como suspeitas. Não existe lugar numa verdadeira igreja para a
discriminação de qualquer tipo, seja racial, de cor, social, intelectual ou
moral, neste último caso desde que haja evidência de verdadeiro arrependimento.
A discriminação denominacional também precisa ser examinada com cuidado nos
casos em que as doutrinas fundamentais bíblicas sejam claramente reconhecidas.
APOSTÓLICA
O apóstolo é uma testemunha do ministério e da ressurreição de
JESUS; é um arauto autorizado do evangelho (Lc 6.12s; At 1.21s; 1 Co 15.8-10).
Os arautos tomam posição entre JESUS e todas as gerações subsequentes da fé
cristã; nós só nos achegamos a ele por meio dos apóstolos e de seu testemunho
sobre ele, incorporado no Novo Testamento. Neste sentido fundamental, toda a
igreja é "edificada sobre o fundamento dos apóstolos" e profetas (Ef
2.20; cf. Mt 16.18; Ap 21.14). Os evangelhos de Mateus e João nos dá suporte
necessário para nossa fé, eles foram apóstolos que conviveram diretamente com JESUS.
O primeiro mostrou sua messianidade e descendência do rei Davi e o segundo
mostrou sua espiritualidade e intimidade com o ESPÍRITO SANTO e com o PAI. A Apostolicidade da igreja encontra-se,
portanto, no fato de ela conformar-se à fé apostólica "que uma vez por
todas foi entregue ao santos" (Jd 3; cf. At 2.42). Os apóstolos ainda
governam e organizam a igreja na medida em que esta permite que sua vida, seu entendimento
e sua pregação sejam constantemente reformados pelos ensinos das Sagradas
Escrituras. O ministério apostólico permanece como visto em efésios 4.11, mas não
com autoridade para continuar a escrever a Bíblia ou reinterpretá-la. Isso aconteceu
até os escritos dos apóstolos Paulo, Judas e Tiago.
Grandes Reformas aconteceram, como os despertamentos do século
dezoito com Whitefield e os Wesleys.
O catolicismo romano estende esta interpretação de
"apostólico" para incluir a reivindicação de que o Bispo de Roma é o
sucessor histórico de Pedro e o guardião especial da graça de DEUS na igreja. A
alegação é insustentável. A primazia de Pedro entre os apóstolos não passou de
uma clara liderança no período da primeira missão cristã. Ele claramente recuou
para um segundo plano à medida que a igreja avançou fora de Jerusalém, sendo
Paulo nomeado para liderar a missão fora da Palestina e quando João lutava para
corrigir as igrejas prejudicadas pelos falsos mestres. É bem significante que
Pedro não apareceu no papel principal no Concílio de Jerusalém (At 15), e que
ficou claramente à sombra de Paulo no incidente registrado em Gálatas 2.
Roma alega ainda que esta suposta supremacia de Pedro deveria
continuar para a salvação eterna e bem contínuo da igreja. Nenhum dos
versículos citados como apoio escriturística (Mt 16.18s; Jo 21.15-17 e Lc
22.32) faz qualquer referência a um sucessor de Pedro. Essas duas
reivindicações romanas contrariam a evidência manifesta no Novo Testamento, e a
terceira, de que a primazia de Pedro se estende ao bispo de Roma, é ainda menos
digna de crédito. O fato de Pedro ter terminado sua vida como mártir em Roma é
uma tradição primitiva que encontra apoio razoável na traição humana e não na
bíblia; as dificuldades históricas, porém, para mostrar que houve uma sucessão
estabelecida de bispos monárquicos de Roma, a partir do primeiro século, são
intransponíveis.
A sucessão apostólica é na verdade a sucessão do evangelho
apostólico, quando o depósito original de verdade apostólica é passado de uma
para outra geração: "homens fiéis ... para instruir a outros" (2 Tm
2.2). A igreja é apostólica à medida que reconhece na prática a autoridade
suprema das escrituras apostólicas.
OS SINAIS DOS REFORMADORES
Embora os Reformadores não pusessem de lado esses quatro sinais
tradicionais, as controvérsias em que se viram envolvidos prenderam sua atenção
em outras coisas. Eles identificaram duas características da igreja verdadeira
e visível. "Onde quer que vejamos a Palavra de DEUS pregada e ouvida em
toda a sua pureza e os sacramentos ministrados segundo a instituição de CRISTO,
não há dúvida de que existe uma igreja de DEUS".
“A Palavra pregada em toda a sua pureza” trouxe à tona a supremacia
do evangelho bíblico e forma precisamente nesse ponto que surgira a verdadeira
ruptura com Roma. Atrás desta ênfase havia uma convicção quanto ao elo
indissolúvel entre a Palavra escrita e o ESPÍRITO; pertencer à comunidade do
ESPÍRITO iria necessariamente refletir a submissão à Palavra que o ESPÍRITO
havia inspirado. Os Reformadores desconheciam qualquer ESPÍRITO que não os levasse
à Palavra; desconheciam qualquer amor por DEUS que não estivesse ligado à fé e
à verdade. O outro ponto em que discerniram a verdadeira igreja, os
sacramentos, era também polêmico, já que foi no aspecto do ensino e da prática
com relação aos sacramentos que os Reformadores viram a mais clara violação da
religião bíblica por parte de Roma.
A existência de grupos cristãos (p. ex. o Exército da Salvação e a
Sociedade dos Amigos) que não possuem sacramentos faz-nos hesitar quanto à
afirmação de que os sacramentos são essenciais para que a igreja seja
verdadeira. Não obstante, nosso Senhor claramente considerou o batismo como
intimamente ligado à mensagem da igreja e à resposta humana a ela (Mt 28.19s),
e a participação na Ceia como fundamental para a vida da igreja (Lc 22.19; 1 Co
11.24s).
Podemos generalizar esses sinais afirmando que o sinal supremo para
os Reformadores era o próprio CRISTO. Ele é o centro da Palavra e o cerne dos
sacramentos.
A MISSÃO – UM SINAL AUSENTE?
Nas instruções de JESUS sobre a vida da igreja (Jo 13-16; Lc
10.1-20; At 1.1-8), encontramos um elemento não abordado nas características da
igreja identificadas até agora, que é a missão: a responsabilidade de levar as
boas novas de JESUS aos confins da Terra.
Existe certamente grande significado no fato de a história da
igreja do Novo Testamento, o livro de Atos, Ter como seu tema principal a
expansão sucessiva na pregação do evangelho: Jerusalém, Judéia, Samaria, e, em
seguida, o mundo gentio (1.8; cf. 6.8s; 7; 8; 10.34-38; 11.19-26; 13.1ss). A
igreja é missão talvez seja uma frase exagerada, mas em seu serviço total ao
propósito e à glória de DEUS, a missão é um ingrediente bíblico fundamental,
que se relaciona com a grande comissão ordenada por CRISTO.
Assim sendo, uma igreja que não prega o evangelho não sente a
responsabilidade pelo bem-estar moral e espiritual dos que a rodeiam, nem
expressa interesse pelos pobres e necessitados onde quer que eles sejam
encontrados, perdeu seu direito à autenticidade, constituindo-se numa negativa
viva de seu Senhor.
Para resumir: a verdadeira igreja será reconhecida pela sua unidade nos relacionamentos, pela sua santidade de vida, pela sua abertura a todos, pela sua submissão à autoridade das escrituras, pela sua pregação de CRISTO em palavras e sacramentos, pelo batismo com o ESPÍRITO SANTO, com evidência do falar em línguas, pelas manifestações do dons do ESPÍRITO SANTO e pelo seu compromisso com a missão.
Fonte: Texto retirado do livro Conheça a Verdade
Estudando as Doutrinas da Bíblia, de Bruce Milne, ABU Editora (com modificações
do Pr Henrique).
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LIÇÃO 05 - IGREJA POVO ESCOLHIDO DE ADORAÇÃO
TEXTO ÁUREO:
"DEUS é ESPÍRITO, e importa que os que o adoram o adorem em
espírito e em verdade" (Jô 4.24)
VERDADE PRÁTICA:
A igreja existe para adorar a DEUS e levar o seu maravilhoso
conhecimento às nações.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Pedro 2.5-10; Romanos 12.1.
1 Pedro 2
5 - Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio
santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a DEUS, por JESUS
CRISTO. 6 - Pelo que também na Escritura se contém: Eis que ponho em
Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem
nela crer não será confundido.
7 - E assim para vós, os que credes, é preciosa,
mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a
principal da esquina;
8 - e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo,
para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também
foram destinados.
9 - Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação
santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz;
10 - vós que em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois
povo de DEUS; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes
misericórdia.
Romanos 12
1. Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de DEUS, que
apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS,
que é o vosso culto racional.
ADORAÇÃO
Há duas palavras no A.T. significando adoração: uma delas, em
certos lugares, tem o sentido de fazer ‘reverência’, ‘inclinar-se’ (Dn 2.46;
3.5); a outra usa-se a respeito do culto prestado ao SENHOR e a outros deuses
ou objetos de reverência (Gn 24.26, 48, etc.; Êx 34.14; Dt 4.19,etc.); e também
a respeito do ‘príncipe do exército do Senhor’ (Js 6.14). No N.T. a palavra
mais frequentemente empregada significava, na sua origem, beijar a mão de
alguém, como sinal de consideração, fazendo-se uma inclinação respeitosa. É
usada com as seguintes significações: adoração a DEUS (Mt 4.10); reverência
para com JESUS CRISTO (Mc 5.6); e culto idólatra (At 7.43; cf. Ap 9.20; 14.9;
22.8). (http://www.portalgospel.com/dicionario/)
A Adoração (EVANGELHO DE JOÃO 4.23)
Jo 4.23- “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em ESPÍRITO e em verdade; porque o Pai procura
a tais que assim o adorem”.
Os Samaritanos devido a terem sido dominados por povos não Judeus durante muito
tempo (2 Rs 17.6) e também por serem em sua maioria idólatras desde o tempo de
Acabe com Jezabel (1 Rs 16.32), também fizeram alianças com idólatras (1 Rs
20.34; 2 Rs 1.3) , também esta região foi habitada por várias nações gentias
que o rei da Assíria trouxe de Babel, e de Cuta, e de Ava, e de Hamate, e de
Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria (2 Rs 17.24) ficaram com uma
maioria de "judeus mestiços", o que causou uma inimizade entre os
outros judeus que não aceitavam que judeus se misturassem através do casamento
com os gentios. Isso chegou ao ponto de os judeus de Judá não passarem pelo
território de Samaria para chegarem até a Galileia, preferiam passar por
Decápolis e atravessar o Mar da Galileia.
A inimizade dentre esses irmãos de mesma descendência perdurou por
muito tempo e JESUS quebrou esta regra (Mt 5.44) passando por Samaria quando
estava indo para a Galileia, evangelizando assim tanto a samaritana como toda a
cidade dela; mais tarde vamos ver Filipe, o diácono e posterior Evangelista (At
6.5; 21.8)), evangelizando esta mesma Samaria e obtendo excelentes resultados
nesse território.(At 8.6)
Cabe-nos
esclarecer que os verdadeiros adoradores são aqueles que trabalham na obra do
Senhor, dando suas vidas pela causa do mestre; embora muitos pensam que são os
exclusivamente cantores. A adoração a DEUS é um estado constante em nosso
espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO
SANTO), não sendo determinada por momentos de louvor, mas uma vida de comunhão
com o ESPÍRITO SANTO; neste capítulo 4, a palavra adoração aparece 10 vezes
indicando-nos, a necessidade de atentarmos mais para esse fato tão importante.
A verdadeira adoração exige serviço na obra de DEUS e dedicação em obedecer à
vontade de DEUS e ganhar almas
(esta é a prioridade da Igreja, a evangelização).
Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam adorá-lo devem
fazê-lo em espírito e em verdade, ou seja, dispensando os estímulos externos;
com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a expressão máxima da
oração).
Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
- Louva-se a
DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
- O louvor é
um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
- No louvor precisa-se da participação de outras pessoas
e às vezes de instrumentos musicais, a adoração é individual e nasce dentro de
nós, em nosso espírito;
- O louvor
chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos (presença de DEUS);
- No louvor são usados o corpo e a alma; na
adoração são usados o corpo (mortificado), a alma (lavada no sangue de JESUS) e
o espírito (“recriado”);
- Para louvar
a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois até os animais o
louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é preciso uma estreita
comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos transporta ao trono.
- O louvor é
como um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um beijo cheio de amor.
- Tomemos como
exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua esposa e manda entregar em
sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de amor, mas quando o mesmo
chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de amor (isso é
adoração).
- Para louvar
não é preciso nascer de novo, para adorar só com espírito “recriado” (ligado a
DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO).
- Observação:
Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que louvam.
Aos homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora
(manifestação interna).
Note que JESUS está dizendo para a mulher que os judeus adoravam a DEUS
com a palavra de DEUS (em verdade, pois possuíam todos os escritos do
Pentateuco até os profetas) mas suas bocas diziam uma coisa e o coração outra.
Não adoravam em ESPÍRITO, só com a verdade.
Os samaritanos adoravam em ESPÍRITO, pois não tinham nem o templo
legítimo e nem a palavra (só adotavam o Pentateuco), faltava-lhes portanto a
verdade.
JESUS está dizendo que chegou o tempo de adorar em ESPÍRITO e em
Verdade, pois ele envia o ESPÍRITO SANTO àqueles que lhe aceitarem como senhor
e salvador e estes aprenderão o real sentido da adoração.
Veja que é DEUS que procura aos verdadeiros adoradores que o adoram
em ESPÍRITO e em verdade. (Porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Parte b do v. 23)
Não é nem no Monte Gerizim em Samaria (templo já destruído) e nem
no Monte Moriá em Jerusalém (onde estava erigido um suntuoso templo construído
por Herodes e foi destruído no ano 70 d.C.) - mas a verdadeira adoração a DEUS
é feita onde você estiver, bastando para isso erguer o pensamento a DEUS e
adorá-lo, entregando-se totalmente ao ESPÍRITO SANTO. Não há lugar
específico para se adorar.
***Caim ofereceu sacrifício inferior ao de seu irmão Abel, pois
Abel ofereceu sua própria vida a DEUS (verdadeira adoração), tipificada no
cordeiro que foi imolado e derramado o seu sangue; Antítipo de CRISTO.(Gn
4.2-5;Hb 11.4); por isso seu sacrifício foi aceito - uma vida para
DEUS.***Abraão por já ser velho não poderia oferecer sua vida, pois pouco lhe
restava para viver aqui na terra, por isso DEUS lhe pediu uma vida mais
preciosa, a de seu filho amado que já estava começando a ocupar o lugar que só
era de DEUS, no coração do velho patriarca.***Moisés ofereceu sua vida quando
deixou os seus 40 anos de orgulho de ser filho da filha de um faraó e passar a
ser pastor de ovelhas por mais 40 anos e depois passar mais 40 anos dirigindo o
povo de DEUS pelo deserto, inclusive passando pelo Mar Vermelho, símbolo de
batismo nas águas, ou seja, morte. Se tivéssemos espaço e tempo falaríamos de
tantos outros que entregaram a DEUS o melhor da adoração, suas próprias vidas,
como os milhares que morreram nas arenas de Roma, no Coliseu. (Hb 11.4 - Pela
fé Abel ofereceu a DEUS mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou
testemunho de que era justo, dando DEUS testemunho das suas oferendas, e por
meio dela depois de morto, ainda fala.5 Pela fé Enoque foi trasladado para não
ver a morte; e não foi achado, porque DEUS o trasladara; pois antes da sua
trasladação alcançou testemunho de que agradara a DEUS.===17 Pela fé Abraão,
sendo provado, ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigênito aquele que
recebera as promessas,===24 Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado
filho da filha de Faraó,===35 As mulheres receberam pela ressurreição os seus
mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem
uma melhor ressurreição;36 e outros experimentaram escárnios e açoites, e ainda
cadeias e prisões.37 Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio;
morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras,
necessitados, aflitos e maltratados 38 (dos quais o mundo não era digno),
errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
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Lição 13 - A mordomia da adoração - 07/04/2005
- http://www.ebdweb.com.br/licoes/licao13_0403.htm
Texto Áureo:
Dai ao Senhor a glória de seu nome; trazei presentes, e vinde
perante Ele; adorai ao Senhor na beleza da sua santidade”
(1 Cr 16.29).
ADORAI AO SENHOR NA BELEZA DA SUA SANTIDADE. A adoração genuína deve ser
prestada em "santidade" (cf. 2 Cr 20.21). DEUS aceita a adoração
espiritual e jubilosa (15.28) somente quando acompanhada de uma disposição
reverente e pura de um anelo sincero de estar perto dEle e de um firme
propósito de resistir a tudo quanto ofenda a sua santa natureza (ver v. 7).
Verdade Prática:
O ato de adorar a DEUS implica reconhecer a sua soberania e dar-lhe
a glória que lhe é devida, com espontânea reverência e serviço amoroso. Segundo
o novo concerto, todos os crentes são sacerdotes de DEUS (1 Pe 2.5,9) e, como
tais, devem desempenhar o ministério espiritual de louvores e ações de graças a
DEUS. "Portanto, ofereçamos sempre, por ele, [CRISTO] a DEUS sacrifício de
louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" (Hb 13.15). O
louvor e a adoração do crente devem ser com palavras e também com atos (ver v.
29) e são aceitáveis diante de DEUS, somente à medida que o crente for dedicado
à sua Palavra, e não conformado com o mundo (Rm 12.1,2).
Leitura Bíblica em Classe:
EFÉSIOS 1.4-6
4 como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo,
para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade,5 e
nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo
o beneplácito de sua vontade, 6 para louvor e glória da sua graça, pela qual
nos fez agradáveis a si no Amado.
EM CRISTO JESUS. Todo crente "fiel" tem vida somente estando "em
CRISTO JESUS". (1) Os termos "em CRISTO JESUS", "no
Senhor", "nEle", ocorrem 160 vezes nos escritos de Paulo (36
vezes só em Efésios). "Em CRISTO", significa que o crente vive e age
agora na esfera de CRISTO JESUS. O novo ambiente do redimido é o da união com
CRISTO. "Em CRISTO" o crente tem comunhão consciente com seu Senhor,
e, nesse relacionamento, sua própria vida é considerada a vida de CRISTO
manifesta através dele (ver Gl 2.20). Essa comunhão pessoal com CRISTO é a
coisa mais importante na experiência cristã. A união com CRISTO é uma dádiva de
DEUS mediante a fé. (2) A Bíblia contrasta nossa nova vida "em
CRISTO" com a velha vida não regenerada, "em Adão". Enquanto a
velha vida é caracterizada pela rebeldia, pecado, condenação e morte, nossa
nova vida "em CRISTO" é caracterizada pela salvação, vida no
ESPÍRITO, graça abundante, retidão e vida eterna (ver Rm 5.12-21; 6; 8;
14.17-19; 1 Co 15.21,22, 45-49; Fp 2.1-5; 4.6-9)
Efésios 1.11,12;
11 nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido
predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o
conselho da sua vontade, 12 com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós,
os que primeiro esperamos em CRISTO;
2Ts 2. 13 Mas devemos sempre dar graças a DEUS, por vós, irmãos amados do
Senhor, por vos ter DEUS elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do ESPÍRITO e fé da verdade,
1 PEDRO 2.5,9
1 PEDRO 2.5 vós também, como pedras vivas, sois edificados casa
espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais,
agradáveis a DEUS, por JESUS CRISTO.
SACERDÓCIO SANTO. No AT, o sacerdócio era restrito a uma minoria qualificada.
Sua atividade distintiva era oferecer sacrifícios a DEUS, em prol do seu povo e
comunicar-se diretamente com DEUS (Êx 19.6; 28.1; 2 Cr 29.11). Agora, por meio
de JESUS CRISTO, todo crente é constituído sacerdote para o serviço de DEUS (Ap
1.6; 5.10; 20.6). Esse sacerdócio de todos os crentes abrange o seguinte.
(1) Todos os crentes têm acesso direto a DEUS, através de CRISTO
(3.18; Jo 14.6; At 4.12; Ef 2.18).
(2) Todos os crentes têm a obrigação de viver uma vida santa (vv.
5,9; 1.14-17).
(3) Todos os crentes devem oferecer "sacrifícios
espirituais" a DEUS, inclusive:
(a) viver em obediência a DEUS, sem conformar-se com o mundo (Rm
12.1,2);
(b) orar a DEUS e louvá-lo (Sl 50.14; Hb 13.15);
(c) servir com coração íntegro e mente disposta (1 Cr 28.9; Fp
2.17; Ef 5.1,2);
(d) praticar boas ações (Hb 13.16);
(e) contribuir com nossas posses materiais (Rm 12.13; Fp 4.18)
e
(f) apresentar nossos corpos a DEUS como instrumentos da justiça
(Rm 6.13,19).
(4) Todos os crentes devem interceder e orar uns pelos outros e por
todos (Cl 4.12; 1 Tm 2.1; Ap 8.3).
(5) Todos os crentes devem proclamar a Palavra e orar pelo sucesso
dela (v. 9; 3.15; At 4.31; 1 Co 14.26; 2 Ts3.1; Hb 13.15)
1 PEDRO 2.9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
A NAÇÃO SANTA. Os crentes são separados do mundo a fim de pertencerem
totalmente a DEUS (Cf. At 20.28; Tt 2.14) e de proclamarem o evangelho da
salvação para a glória e louvor de DEUS (cf. Êx 19.6; Is 43.20,21).
Comentários:
INTRODUÇÃO
A mordomia da adoração se constitui numa doutrina essencial na vida da Igreja.
Nesta lição, trataremos do culto a DEUS através da adoração, como a Bíblia nos
ensina. Trataremos também da sua prática na vida cotidiana da igreja.
I. MORDOMIA DA ADORAÇÃO A DEUS
A primeira verdade da mordomia da adoração é que ela é um privilégio concedido
ao povo salvo para, deste modo, servir a DEUS.
ADORAÇÃO NO CRISTIANISMO
Devemos nos lembrar de que somente adoram a DEUS em espírito e em
verdade aqueles que são nascidos de novo, ou seja, os que têem o ESPÍRITO SANTO
residente em si mesmos, pois o espírito do homem precisa ser religado a DEUS
para que haja legítima adoração, antes de aceitar a CRISTO o homem está
espiritualmente desligado, separado de DEUS por causa de suas ofensas ou
pecados; depois de o fazer o ESPÍRITO SANTO (O Selo) faz sua parte que é ligar
o espírito do homem a DEUS que é ESPÍRITO e procura pelos adoradores legítimos,
seus filhos amados, nascidos da Palavra de DEUS e do ESPÍRITO de DEUS.
Não há lugar próprio para a nossa adoração (ex.Montes), podemos
adorar a DEUS em todos os lugares e em todo o tempo.; basta para isso elevarmos
nosso pensamento a DEUS e entregarmos a ELE nossa vida, reconhecendo que ELE é
Senhor.
A adoração na igreja primitiva era prestada tanto no templo de
Jerusalém quanto em casas particulares (At 2.46,47). Fora de Jerusalém, os
cristãos prestavam culto a DEUS nas sinagogas, enquanto isso lhes foi
permitido. Quando lhes foi proibido utilizá-las, passaram a cultuar a DEUS
noutros lugares, geralmente em casas particulares (cf. At 18.7; Rm 16.5; Cl
4.15; Fm v. 2), mas, às vezes, em salões públicos (At 19.9,10).
MANIFESTAÇÕES DA ADORAÇÃO CRISTÃ.
(1) Dois princípios-chaves norteiam a adoração cristã. (a) A verdadeira
adoração é a que é prestada em espírito e verdade (ver Jo 4.23), i.e., a
adoração deve ser oferecida à altura da revelação que DEUS fez de si mesmo no
Filho (ver Jo 14.6). Por sua vez, ela envolve o espírito humano, e não apenas a
mente, e também como as manifestações do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.7-12). (b) A
prática da adoração cristã deve corresponder ao padrão do NT para a igreja (ver
At 7.44). Os crentes atuais devem desejar, buscar e esperar, como norma para a
igreja, todos os elementos constantes da prática da adoração vista no NT
(cf. o princípio hermenêutico estudado na introdução a Atos).
(2) O fato marcante da adoração no AT era o sistema sacrificial
(ver Nm 28, 29). Uma vez que o sacrifício de CRISTO na cruz cumpriu
esse sistema, já não há mais qualquer necessidade de derramamento de sangue
como parte do culto cristão (ver Hb 9.1—10.18). Através da ordenança da Ceia do
Senhor, a igreja do NT comemorava continuamente o sacrifício de CRISTO,
efetuado de uma vez por todas (1Co 11.23-26). Além disso, a exortação que tem a
igreja é oferecer “sempre, por ele, a DEUS sacrifício de louvor, isto é, o
fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15), e a oferecer nossos
corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS” (Rm 12.1).
(3) Louvar a DEUS é essencial à adoração cristã. O louvor era
um elemento-chave na adoração de Israel a DEUS (e.g., Sl 100.4; 106.1; 111.1;
113.1; 117), bem como na adoração cristã primitiva (At 2.46,47; 16.25; Rm
15.10,11; Hb 2.12).
(4) Uma maneira autêntica de louvar a DEUS é cantar salmos, hinos e
cânticos espirituais. O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao
Senhor (e.g., 1Cr 16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5,6; 100.1,2). Na ocasião do
nascimento de JESUS, a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de
louvor (Lc 2.13,14), e a igreja do NT era um povo que cantava (1Co 14.15; Ef
5.19; Cl 3.16; Tg 5.13). Os cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente
(i.e. num idioma humano conhecido) ou com o espírito (i.e., em línguas; ver 1Co
14.15). Em nenhuma circunstância os cânticos eram executados como
passatempo.
(5) Outro elemento importante na adoração é buscar a face de DEUS
em oração. Os santos do AT comunicavam-se constantemente com DEUS através
da oração (e.g. Gn 20.17; Nm 11.2; 1Sm 8.6; 2 Sm 7.27; Dn 9.3-19; cf. Tg
5.17,18). Os apóstolos oravam constantemente depois de JESUS subir ao céu (At
1.14), e a oração tornou-se parte regular da adoração cristã coletiva (At 2.42;
20.36; 1Ts 5.17). Essas orações eram, às vezes, por eles mesmos (At 4.24-30);
outras vezes eram orações intercessórias por outras pessoas (e.g. At 12.5; Rm
15.30-32; Ef 6.18). Em todo tempo a oração do crente deve ser acompanhada de
ações de graças a DEUS (Ef 5.20; Fp 4.6; Cl 3.15,17; 1Ts 5.17,18). Como o
cântico, o orar podia ser feito em idioma humano conhecido, ou em línguas (1Co
14.13-15).
(6) A confissão de pecados era sabidamente parte importante da
adoração no AT. DEUS estabelecera o Dia da Expiação para os israelitas
como uma ocasião para a confissão nacional de pecados (Lv 16). Salomão, na sua
oração de dedicação do templo, reconheceu a importância da confissão (1Rs
8.30-36). Quando Esdras e Neemias verificaram até que ponto o povo de DEUS se
afastara da sua lei, dirigiram toda a nação de Judá numa contrita oração
pública de confissão (cap. 9). Assim, também, na oração do Pai nosso, JESUS
ensina os crentes a pedirem perdão dos pecados (Mt 6.12). Tiago ensina os
crentes a confessar seus pecados uns aos outros (Tg 5.16); através da confissão
sincera, recebemos a certeza do gracioso perdão divino (1Jo 1.9).
(7) A adoração deve também incluir a leitura em conjunto das
Escrituras e a sua fiel exposição. Nos tempos do AT, DEUS ordenou que,
cada sétimo ano, na festa dos Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem
para a leitura pública da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo mais patente
desse elemento do culto no AT, surgiu no tempo de Esdras e Neemias (8.1-12). A
leitura das Escrituras passou a ser uma parte regular do culto da sinagoga no
sábado (ver Lc 4.16-19; At 13.15). Semelhantemente, quando os crentes do NT
reuniam-se para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de DEUS (1Tm 4.13;
cf. Cl 4.16; 1Ts 5.27) juntamente com ensinamento, pregação e exortação
baseados nela (1Tm 4.13; 2Tm 4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).
(8) Sempre quando o povo de DEUS se reunia na Casa do Senhor, todos
deviam trazer seus dízimos e ofertas (Sl 96.8; Ml 3.10). Semelhantemente,
Paulo escreveu aos cristãos de Corinto, no tocante à coleta em favor da igreja
de Jerusalém: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que
puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (1Co 16.2). A verdadeira adoração a
DEUS deve, portanto ensejar uma oportunidade para apresentarmos ao Senhor os
nossos dízimos e ofertas.
(9) Algo singular no culto da igreja do NT era a atuação do
ESPÍRITO SANTO e das suas manifestações. Entre essas manifestações do
ESPÍRITO na congregação do Senhor havia a palavra da sabedoria, a palavra do
conhecimento, manifestações especiais de fé, dons de curas, poderes
miraculosos, profecia, discernimento de espíritos, falar em línguas e a
interpretação de línguas (1Co 12.7-10). O caráter carismático do culto cristão
primitivo vem, também, descrito nas cartas de Paulo: “Quando vos ajuntais, cada
um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem
interpretação” (1Co 14.26). Na primeira epístola aos coríntios, Paulo expõe
princípios normativos da adoração deles (ver 1Co 14.1-33). O princípio
dominante para o exercício de qualquer dom do ESPÍRITO SANTO durante o culto é
o fortalecimento e a edificação da congregação inteira (1Co 12.7; 14.26).
(10) O outro elemento excepcional na adoração segundo o NT era a
prática das ordenanças — o batismo e a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor
(ou o “partir do pão”, ver At 2.42) parece que era observada diariamente entre
os crentes logo depois do Pentecostes (At 2.46,47), e, posteriormente, pelo
menos uma vez por semana (At 20.7,11). O batismo conforme a ordem de CRISTO (Mt
28.19,20) ocorria sempre que havia conversões e novas pessoas ingressavam na
igreja (At 2.41; 8.12; 9.18; 10.48; 16.30-33; 19.1-5).
II. RAZÕES PARA A ADORAÇÃO
O homem foi criado para adorar ao Criador de modo livre e espontâneo. Com a
queda de Adão e Eva, esse senso de adoração foi completamente desvirtuado. Mas
DEUS providenciou a restauração da humanidade mediante a revelação de Seu Filho
JESUS CRISTO. Foi o próprio JESUS quem proveu essa recuperação humana abrindo o
caminho para a adoração ao Pai, revelando-O de modo especial.
III. ASPECTOS DA ADORAÇÃO CRISTÃ
1. Administrando o culto a DEUS.
a) Leitura da Palavra. (Ne 8.5,6).
INCLINARAM-SE E ADORARAM O SENHOR. Este capítulo da Bíblia
descreve um dos maiores cultos de adoração ao Senhor, de todos os tempos. DEUS
deseja a adoração do seu povo e o conclama a adorá-lo continuamente
b) Pregação e ensino da Palavra de DEUS. (2 Cr 34.30-33).
c) O cântico na adoração. (Sl 136; Sl 126.3). (Ex 15.1-21).
d) A oração na adoração.
e) Contribuição e adoração.
CONCLUSÃO
O homem foi criado para a glória de DEUS, que deseja e espera receber o devido
louvor de sua criação (Is 43.7). A adoração do crente deve ser direcionada
única e exclusivamente a DEUS (Mt 4.10), pois, nas Escrituras, encontramos as
principais razões para assim procedermos, “porque nele vivemos, e nos
movemos, e existimos” (At 17.28).
Sacerdote
Ministro divinamente designado, cuja principal função era
representar o homem diante de DEUS.
Comunhão com DEUS
Relacionamento estreito que o crente passa a manter com DEUS mediante o
sacrifício de CRISTO no Calvário.
A ADORAÇÃO A DEUS (BEP CPAD)
Ne 8.5,6 “E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo;
porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs
em pé. E Esdras louvou o SENHOR, o grande DEUS; e todo o povo respondeu:
Amém! Amém!, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com
o rosto em terra.”
A adoração consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram à
majestade do grande DEUS do céu e da terra. Sendo assim, a adoração
concentra-se em DEUS, e não no ser humano. No culto cristão, nós nos acercamos
de DEUS em gratidão por aquilo que Ele tem feito por nós em CRISTO e através do
ESPÍRITO SANTO. A adoração requer o exercício da fé e o reconhecimento de que
Ele é nosso DEUS e Senhor.
BREVE HISTÓRIA DA ADORAÇÃO AO VERDADEIRO DEUS. O ser humano adora a
DEUS desde o início da história. Adão e Eva tinham comunhão regular com DEUS no
jardim do Éden (cf. Gn 3.8). Caim e Abel trouxeram a DEUS oferendas (hb.
minhah, termo também traduzido por “tributo” ou dádiva”) de vegetais e de
animais (Gn 4.3,4). Os descendentes de Sete invocavam “o nome do SENHOR”
(Gn 4.26). Noé construiu um altar ao Senhor para oferecer holocaustos depois do
dilúvio (Gn 8.20). Abraão assinalou a paisagem da terra prometida com altares
para oferecer holocaustos ao Senhor (Gn 12.7,8; 13.4, 18; 22.9) e falou
intimamente com Ele (Gn 18.23-33; 22.11-18). Somente depois do êxodo,
quando o Tabernáculo foi construído, é que a adoração pública se tornou formal.
A partir de então, sacrifícios regulares passaram a ser oferecidos diariamente,
e especialmente no sábado, e DEUS estabeleceu várias festas sagradas anuais
como ocasiões de culto público dos israelitas (Êx 23.14-17; Lv 1—7; Dt 12; 16).
O culto a DEUS foi posteriormente centralizado no templo de Jerusalém (cf. os
planos de Davi, segundo relata 1Cr 22—26). Quando o templo foi destruído, em
586 a.C., os judeus construíram sinagogas como locais de ensino da lei e
adoração a DEUS enquanto no exílio, e aonde quer que viessem a morar. As
sinagogas continuaram em uso para o culto, mesmo depois de construído o segundo
templo por Zorobabel (Ed 3—6). Nos tempos do NT havia sinagogas na Palestina e
em todas as partes do mundo romano (e.g. Lc 4.16; Jo 6.59; At 6.9; 13.14; 14.1;
17.1, 10; 18.4; 19.8; 22.19). A adoração na igreja primitiva era prestada tanto
no templo de Jerusalém quanto em casas particulares (At 2.46,47). Fora de
Jerusalém, os cristãos prestavam culto a DEUS nas sinagogas, enquanto isso lhes
foi permitido. Quando lhes foi proibido utilizá-las, passaram a cultuar a DEUS
noutros lugares, geralmente em casas particulares (cf. At 18.7; Rm 16.5; Cl
4.15; Fm v. 2), mas, às vezes, em salões públicos (At 19.9,10).
AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS VERDADEIROS ADORADORES. Quando os
crentes verdadeiramente adoram a DEUS, muitas bênçãos lhes estão reservadas por
Ele. Por exemplo, Ele promete (1) que estará com eles (Mt 18.20), e que entrará
e sairá com eles (Ap 3.20); (2) que envolverá o seu povo com a sua glória (cf.
Êx 40.35; 2Cr 7.1; 1Pe 4.14); (3) que abençoará o seu povo com chuvas de
bênçãos (Ez 34.26), especialmente com a paz (Sl 29.11); (4) que concederá
fartura de alegria (Sl 122.1,2; Lc 15.7,10; Jo 15.11); (5) que responderá às
orações dos que oram com fé sincera (Mc 11.24; Tg 5.15); (6) que encherá de
novo o seu povo com o ESPÍRITO SANTO e com ousadia (At 4.31); (7) que enviará
manifestações do ESPÍRITO SANTO entre o seu povo (1Co 12.7-13); (8) que
guiará o seu povo em toda a verdade através do ESPÍRITO SANTO (Jo 15.26;
16.13); (9) que santificará o seu povo pela sua Palavra e pelo seu ESPÍRITO (Jo
17.17-19); (10) que consolará, animará e fortalecerá seu povo (Is 40.1; 1Co
14.26;2Co 1.3,4; 1Ts 5.11); (11) que convencerá o povo do pecado, da justiça e
do juízo por meio do ESPÍRITO SANTO (ver Jo 16.8); e (12) que salvará os
pecadores presentes no culto de adoração, sob a convicção do ESPÍRITO SANTO
(1Co 14.22-25).
O mundo sempre adorou deuses de toda espécie, de estátuas, objetos,
animais e até mesmo prédios.
O culto imperial em Roma iniciou-se com Octaviano César
Augusto, que era filho adotivo de Júlio César. O imperador era assim visto como
um DEUS (Augustus) e por isso muitos imperadores acrescentaram ao seu nome o
título de Augustus. O culto imperial foi um dos fatores da centralização e
de unificação do Império Romano, encontrando resistências no Cristianismo, que
por isso não foi aceito na sua fase inicial. Muitos cristãos foram perseguidos
nos séculos II e III. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Culto_imperial )
EMPECILHOS À VERDADEIRA ADORAÇÃO. O simples fato de pessoas se
dizendo crentes realizarem um culto, não é nenhuma garantia de que haja aí
verdadeira adoração, nem que DEUS aceite seu louvor e ouça suas orações.
(1) Se a adoração a DEUS é mera formalidade, somente externa, e se
o coração do povo de DEUS está longe dEle, tal adoração não será aceita por
Ele. CRISTO repreendeu severamente os fariseus por sua hipocrisia; eles
observavam a lei de DEUS por legalismo, enquanto seus corações estavam longe
dEle (Mt 15.7-9; 23.23-28; Mc 7.5-7). Note a censura semelhante que Ele dirigiu
à igreja de Éfeso, que adorava o Senhor mas já não o amava plenamente (Ap
2.1-5).
(2) Outro impedimento à verdadeira adoração é um modo de vida
comprometido com o mundanismo, pecado e imoralidade. DEUS recusou os
sacrifícios do rei Saul porque este desobedeceu ao seu mandamento (1Sm
15.1-23). Isaías repreendeu severamente o povo de DEUS como “nação pecadora...
povo carregado da iniquidade da semente de malignos” (Is 1.4); ao mesmo tempo,
porém esse mesmo povo oferecia sacrifícios a DEUS e comemorava seus dias
santos. Por isso, o Senhor declarou através de Isaías: “As vossas festas da lua
nova, e as vossas solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já
estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós
os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as
vossas mãos estão cheias de sangue” (Is 1.14,15). Semelhantemente, na igreja do
NT, JESUS conclamou os adoradores em Sardes a se despertarem, porque “não achei
as tuas obras perfeitas diante de DEUS” (Ap 3.2). Da mesma maneira, Tiago
indica que DEUS não atenderá as orações egoístas daqueles que não se separam do
mundo (Tg 4.1-5). O povo de DEUS só pode ter certeza que DEUS estará presente à
sua adoração e a aceitará, quando esse povo tiver mãos limpas e coração puro
(Sl 24.3,4; Tg 4.8).
AUXÍLIO bibliográfico - Subsídio Homilético
"Concentre-se na Eternidade Paulo nos diz em Colossenses
3.1 ,2 para pensarmos "nas coisas que são de cima", não naquelas que
são terrenas. Afinal, como ele diz, a nossa vida 'está escondida com CRISTO em
DEUS'. Nosso espírito habita com Ele nos lugares celestiais; por que deveríamos
ficar confortáveis na sarjeta? [..Seguem algumas idéias para você começar sua
vida de louvor. Recomendo a seleção e a prática imediata de algumas.
1. Louve a DEUS através da música. Existe bastante boa música
de louvor, mas minha sugestão é para que você escolha alguns bons hinos e de
fato passe algum tempo ouvindo, meditando profundamente nas palavras e louvando
a DEUS através deles.
2. Louve a DEUS através de versículos das Escrituras
memorizados. Não posso recomendar a você nenhuma tarefa mais merecedora de
seu tempo que aprender os grandes versículos da Bíblia memorizando-os. Uma vez
que aqueles versículos estão incutidos em seu coração, tornam-se uma parte
permanente de seu ser. Você recebeu do ESPÍRITO santo uma ferramenta para
encorajamento em sua vida. Ele o fará recordar daqueles versículos quando você
mais precisar deles.
3. Louve a DEUS nos intervalos diários. Escolha pequenos
intervalos em que você possa parar suas atividades e cantar baixinho, louvores
a DEUS ou entoá-Ios em voz alta. Leve consigo um
Novo Testamento de bolso ou mesmo alguns dos seus versículos
favoritos anotados em um cartão. Depois de algum tempo, isto não acontecerá
apenas em intervalos determinados. Você estará adorando constantemente durante
suas atividades diárias."
UEREMIAH, David. O desejo do meu coração: vivendo cada momento
na maravilha da adoração. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.224-6.)
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia Amplificada - Bíblia Católica Edições Ave-Maria - Bíblia da
Liderança cristã - John C Maxwell - Bíblia de Estudo Aplicação pessoal - CPAD -
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica
do Brasil, 2006 - Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto
bíblico Almeida Revista e Corrigida. Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em
português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes.
Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA:CPAD, 1999. Bíblia Ilúmina em
CD - Bíblia de Estudo NVI em CD - Bíblia Thompson EM CD. - Bíblia NVI
- Bíblia Reina Valera - Bíblia SWord - Bíblia Thompson - Bíblia VIVA - Bíblia
Vivir - Bíblias e comentários e dicionários diversos da Bíblia The Word -
Comentário Bíblico Moody - Comentário Bíblico Wesleyano - Coleção Comentários
Expositivos Hagnos - CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S,
Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal. - Dicionário de Referências
Bíblicas, CPAD - Dicionário Strong Hebraico e Grego - Dicionário Teológico,
Claudionor de Andrade, CPAD - Dicionário Vine antigo e novo testamentos -
CPAD - Enciclopédia Ilumina - Série Cultura Bíblica - Vários autores
- Vida Nova - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486,
São Paulo - SP, 04602-970 - - HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:
Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996 - Dicionário
Bíblico Wycliffe, Comentário Bíblico. Editora Geográfica, 2008 - Pequena
Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer - CPAD - Comentário do Novo
Testamento de Adam Clarke - CPAD - GRUDEM, W. Manual de Teologia Sistemática.
Editora Vida, I a . Edição, 2001, p.258 - WWAD, S. A Terra Santa em Cores
(revista), Jerusalém. Ralphot Ltda. 1986, pp.44-48 SILVA, Severino Pedro da. A
Vida de CRISTO. CPAD, 2 a . Edição, 2000, pp.49-57 - JOSEFO, Flávio. História
dos Hebreus. Livro III. CPAD, 8 a . Edição, 2004 [Art. 120], pp.I76-I77 -
Enciclopédia Judaica. No 1. V Editora e Livraria Sêfer Ltda, 1989, p.73 -
MEDRANO, R. Pitágoras e seus versos dourados.1993, p.I3 - Charles F. Pfeiffer,
Howard F. Vos, John Rea - CPAD - Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD -
Peq. Enc. Bíb. - Orlando Boyer - CPAD -
BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. Editora Batista Regular. www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/ -
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IGREJA - Dicionário Bíblico Wycliffe – CPAD
Origem da Palavra
No Novo Testamento, a palavra “igreja” é uma tradução da palavra
grega ekklesia, que nunca se refere a um lugar de adoração, mas tem em vista
uma reunião de pessoas. Na maioria esmagadora dos casos, ekklesia indica uma
associação local de crentes.
Não se tem certeza das circunstâncias sob as quais ekklesia
tomou-se a palavra aceita para as congregações cristãs. A palavra aparece no
Novo Testamento na declaração de JESUS registrada em Mateus 16.18 e 18,17. No
entanto, a menos que JESUS tenha falado grego nessas duas ocasiões (uma
possibilidade muito remota), é mais provável que ekklesia, nesse texto, reflita
a terminologia de Mateus e da igreja primitiva, Além disso, não há como
determinar quais palavras hebraicas ou aramaicas JESUS poderia ter usado, pois
ekklesia poderia ser usada para traduzir pelo menos três palavras semitas
diferentes. Tampouco é provável que ekklesia deva sua origem aos primeiros
fiéis de Jerusalém. Em Atos, existe uma variedade do que parecem ser
autodenominações dos membros dessa comunidade, tais como “os irmãos״, “os discípulos”, “seguidores do caminho”, ou “os santos”; mas
não existe evidência de que eles se chamassem de “a igreja”.
É mais que provável que tenha sido entre os cristãos judeus que
falavam grego e os seus partidários gentios que a palavra tenha aparecido pela
primeira vez, e no contexto da sua própria tradição cultural. No mundo grego, a
palavra ekklesia normalmente se refere a uma reunião. Também era usada
tecnicamente para referir-se às assembleias regularmente agendadas dos cidadãos
de uma cidade grega. Em Atos 19.39, é fornecido um exemplo desse uso, quando o
escrivão da cidade de Éfeso disse ao povo que eles deveriam encaminhar qualquer
ação contra os companheiros de Paulo em um legítimo ajuntamento, ou ekklesia.
Também é possível que os cristãos judeus no mundo helênico tenham
introduzido a palavra ekklesia, porque essa era uma das duas expressões básicas
usadas na Septuaginta (LXX) para designar o povo de DEUS. A palavra ekklesia
traduz quase 100 vezes a palavra hebraica qahal, que significa “assembleia”. A
outra palavra usada para traduzir qahal era synagoge, mas esse termo já havia
sido incorporado pela comunidade judia que falava grego para designar os seus
lugares de reunião.
Qualquer que tenha sido a maneira como ekklesia veio a chamar a
atenção dos cristãos, seu rápido progresso, passando a ter um uso geral, e sua
predominância sobre outros termos concorrentes não podem ser vistos como
acidentais. Dois fatores parecem ser responsáveis por isso. O primeiro em
importância é a consciência, por parte dos cristãos, do desenvolvimento
paralelo que eles mantinham com o povo de DEUS do Antigo Testamento. A “assembleia״ do Antigo Testamento foi estabelecida quando DEUS convocou
Israel no monte Sinai (Dt 5.22; 9.10; 10.4; 18.16) e pela sua própria Palavra e
por seus atos foi criada a comunidade da aliança. Daquela época em diante, os
israelitas tornaram-se a qahal (ekklesia) de DEUS, ״ativamente
engajada nos propósitos da revelação e da salvação concedidas por DEUS,
expressas pelos poderosos acontecimentos através dos quais DEUS intervém na
história de uma forma redentora, e impulsiona a aliança em direção ao seu
cumprimento final e universal” (T. F. Torrance, “The Israel of God”, Interpretation,
X, 306).
Da mesma maneira, a qahal ou ekklesia do Novo Testamento foi
convocada por DEUS pela Palavra divina, o Eterno Logos. Ela também foi criada
como uma comunidade de “aliança”, e tendo recebido uma nova aliança por meio do
sangue de JESUS, foi “alcançada” pelo grande programa redentor de DEUS. Assim,
os cristãos, pelo uso do nome de JESUS, dão testemunho de que são os sucessores
diretos de Israel como herdeiros da esperança de Israel. O uso que os cristãos
faziam de outras expressões que tradicionalmente se referiam a Israel confirma
essa argumentação. Os primeiros cristãos são chamados, no Novo Testamento, de
“os eleitos”, “a semente de Abraão”, “as doze tribos”, “estrangeiros da
dispersão”, e “Israel de DEUS”.
O nascimento da Igreja foi reconhecido pelos cristãos como um
cumprimento de parte da aliança feita com Abraão e Moisés. DEUS tinha feito um
pacto com os israelitas pelo qual Ele iria estabelecer um povo que seria seu, e
que iria receber as suas promessas. Esse povo seria sua “propriedade peculiar”,
um “reino de sacerdotes”, uma “nação santa”, aquele que levaria sua luz ás
nações (Êx 19.5,6).
É exatamente nesses termos que Pedro dirige-se à comunidade do Novo
Testamento em sua primeira carta. Eles são “eleitos segundo a presciência de DEUS
Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS
CRISTO... que... nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição
de JESUS CRISTO dentre os mortos, para uma herança incorruptível,
incontaminável e que se não pode murchar” (1.2-4). Eles são preciosos “... como
pedras que vivem... edificados casa espiritual” para serem “sacerdócio santo”,
a fim de oferecerem “sacrifícios espirituais” (2.4,5). Eles tornaram-se “a
geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido”, para
anunciarem “as virtudes” daquele que os chamou “das trevas para a sua
maravilhosa luz” (2.9).
O segundo fator para a escolha final do termo ekklesia pela
comunidade cristã está relacionado com a rejeição do Messias pelos judeus. Um
novo povo de DEUS havia sido estabelecido. Para esse povo era adequada a
escolha de uma palavra da versão LXX que historicamente se referisse ao povo de
DEUS, um nome familiar pelo seu uso e pelas suas associações, sagrado por fazer
parte do Livro Divino, do qual a oposição judaica ainda não tivesse se
apropriado. G. W. Ba.
O que seria mais natural do que a escolha da palavra ekklesia, uma
palavra suficientemente neutra para ser adaptada às muitas e novas compreensões
que pertencem à nova esperança?
A Origem da Igreja
Existe muita diferença de opinião a respeito da data de origem da
Igreja. Ela teve início no Pentecostes, ou naquela época foi meramente
constituída sob a forma que teria no Novo Testamento?
Aqueles que acreditam que a Igreja teve início no Pentecostes
ressaltam que a afirmação de CRISTO em Mateus 16.18, “edificarei
a minha Igreja", apresenta o verbo no futuro e faz alusão a uma época pelo
menos subsequente a essa afirmação. Adicionalmente, eles argumentam que alguém
se torna um membro da Igreja por meio do batismo no ESPÍRITO SANTO, que assim o
une ou o identifica com o corpo místico de CRISTO (1 Co 12.13ss.). O
batismo no ESPÍRITO SANTO era um evento futuro nos Evangelhos (Mt 3,11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33) e em Atos 1.5. Porém, em Atos 11,15,16 ele Já havia
sido concedido pela primeira vez. Onde mais alguém poderia logicamente começar
o batismo, a não ser no Pentecostes? Se o começo do batismo no ESPÍRITO SANTO,
por meio do qual alguém se torna membro da Igreja, ocorre no Pentecostes, então
a Igreja deve ter começado ali.
Além disso, o apóstolo Paulo refere-se ao ESPÍRITO SANTO em Efésios 3.2-11,
e ressalta que ele fala do “mistério.., o qual, noutros séculos, não foi
manifestado aos filhos dos homens, como, agora, tem sido revelado peto ESPÍRITO
aos seus santos apóstolos e profetas' ׳vv. 3-5).
Outros respondem que essa passagem não nega claramente a existência
anterior da Igreja, mas apenas afirma que sua extensão não tinha sido dada a
conhecer a eles, como tinha sido aos apóstolos. Em outras palavras, embora o
Antigo Testamento certamente tivesse dado indicações de que os gentios iriam
receber o evangelho quando o Messias viesse (Is 9.2; 11.10; 42.6; 49.6; 60.3; 66.12; Am 9.121,
ele não deixava clara a eliminação da divisão, ou da parede de separação entre
os judeus e os gentios (Ef
2.14; 3,9).
A isto, eles acrescentam que a unidade da aliança da graça - de que
a saivaçâo, em todos os tempos e com todas as revelações, foi oferecida sobre a
base da graça de DEUS e por meio da fé — e o ensino de Romanos 4 a respeito da
justificação pela fé, anterior à lei no caso de Abraão, sob a lei no caso de
Davi, e na época do Novo Testamento, mostram a existência da Igreja no Antigo
Testamento e sua continuidade no Novo !testamento. R. A. K.
A Natureza da Igreja
A verdadeira Igreja é única, como está indicado pelo uso singular
da palavra em Efésios e em várias outras passagens, quando se faz referência a
todos os fiéis (1 Co 15.9;
Gl 1.13; Cl 1.18,24; 1 Tm 3.15). Apesar
disso, havia muitos grupos locais conhecidos como “a igreja” naquele lugar. W.
C. Robinson explica o paradoxo; “Onde quer que a igreja se reúna, ela existe
como um todo, ela é a igreja naquele lugar. A congregação em particular
representa a igreja universal, e por meio da participação na redenção de CRISTO,
abrange misticamente o todo, do qual faz parte a manifestação local״ (BDT, p. 124).
A característica significativa de cada igreja local e da igreja
universal é o seu relacionamento com DEUS e com JESUS CRISTO; “igrejas de DEUS...
em CRISTO JESUS” (1 Ts
2.14). A Igreja é de DEUS porque Ele a estabeleceu pelos atos
sobrenaturais de vir à terra na Pessoa de seu Filho por meio do nascimento
virginal, comprou um povo por meio do sacrifício substitutivo do seu Filho,
ressuscitou o Filho dos mortos para promover a vida eterna, e enviou o ESPÍRITO
SANTO para abastecer e equipar os seus santos.
Há pelo menos oito imagens no Novo Testamento que representam a
relação de CRISTO com sua Igreja: (l)o Pastor e as ovelhas (Jo 10.1-30;
At 20.28; Hb 13.20); (2) a
Videira e os ramos (Jo
15.1-17); (3) a Pedra Angular ou a fundação e as pedras de um templo
sagrado (Ef
2.20-22; 1
Co 3.9-17; 1
Pe 2.4-8); (4) o Sumo
Sacerdote e o reino de sacerdotes (Hb 5.1-10; 6.13-8.6; 1 Pe 2.5,9; Ap 1.6); (5) a Cabeça e o corpo que tem muitos membros (Ef 1.22,23; 4.4,12,15; 5.23,30; 1 Co 12.12-27;
Cl 1,18; 2.19); (6) o Noivo e
a noiva (Jo 3.29;
2 Co 11.2; Ef 5.25-33; Ap 19,7,8); (7) O Primogênito entre muitos irmãos, ou as
primícias (Rm 8.29;
1 Co 15.20,23; Ap 1.5); (8) O Senhor e os servos (Ef 6.5-9; Cl 3.22- 4.1;
1 Co 7.22-23;
Rm 6.18,22; Fp 1.1). Estas e
outras descrições revelam que a vida da Igreja, sua santidade e sua unidade
estão em CRISTO (Cl 3.3,4; 1 Co 1.30; Gl 3.28; Jo 17.21-23).
Ministério e Missão da Igreja
Como um corpo, um organismo vivo, a Igreja deveria crescer para a
maturidade, “à medida da estatura completa de CRISTO” (Ef 4.13; cf. vv.
14-16). Como ajuda para esse desenvolvimento, CRISTO deu alguns dons à sua
Igreja, sob a forma de homens que realizariam várias tarefas. Alguns eram
apóstolos, e outros eram profetas, evangelistas, pastores e doutores, para
equipar os santos para a obra do ministério (Ef 4.11,12). Como os membros
da Igreja eram batizados no ESPÍRITO SANTO, cada um tinha um dom espiritual, ou
mais, para edificar os outros na comunidade de crentes (1 Co 12.4-13;
Rm 12.3-8).
Cada um deveria servir de acordo com sua chamada e com sua habilidade (1 Pe 4.10,11).
A Igreja também deveria crescer no sentido de expansão. Cada crente
deveria ser uma testemunha de CRISTO por meio do poder do ESPÍRITO SANTO (At 1.8), levando o
evangelho a todas as criaturas, e fazendo discípulos em todas as nações (Mc 16.15; Mt 28.19).
Embora todos os crentes tivessem uma posição igual perante CRISTO,
o Cabeça, a Igreja organizou-se com a finalidade de assegurar seu funcionamento
prático e ordenado aqui na terra. De certo modo, os apóstolos e os profetas
eram sua fundação (Ef 2.20),
os representantes autorizados por JESUS CRISTO para completar a revelação de
sua Palavra para seu povo. Nesse sentido básico do apostolado, não poderia
haver sucessão dos apóstolos depois daqueles que haviam testemunhado o
ministério e a ressurreição do Senhor JESUS (At 1.21,22). Os apóstolos
instituíram os diáconos (At 6.1-6) e os
anciãos (ou presbíteros; At
14.23; 20.17-
38; Fp 1.1;
1 Tm 3.1-7;
Tt 1.5-9;
1 Pe 5.1-4;
Tg 5.14) para
presidir as igrejas locais e dar-lhes a orientação necessária.
Qualquer que fosse a função na qual cada crente servisse, é
importante observar que ele era escolhido e então guiado e capacitado pelo ESPÍRITO.
De uma forma não especificada, o ESPÍRITO SANTO revelou que Barnabé e Paulo
deveriam ser enviados como missionários, (At 13.1-3).
Da mesma forma, os anciãos de Éfeso foram estabelecidos como líderes da
comunidade pelo ESPÍRITO (At
20.28). Uma declaração profética acompanhou os dons espirituais
conferidos a Timóteo em sua consagração (1 Tm 4.14). Paulo e
Silas foram conduzidos a Trôade pelo ESPÍRITO (At 16.6-8).
Dessa forma, o principal ministério da Igreja consistia em servir
ao seu Senhor (At 13.2a),
adorá-lo como sacerdotes por meio do ESPÍRITO que habita dentro de cada um (Fp 3.3) e fazer sua
vontade na terra, realizando sua obra por meio do poder do seu ESPÍRITO (Jo 14.12,16,17). A presença do
sobrenatural tem caracterizado a Igreja em todos os momentos.
J. R. - Dicionário Bíblico Wycliffe – CPAD
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Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman – Editora Vida
A Igreja
JESUS projetou, claramente, a existência duma sociedade
de seus seguidores que daria aos homens seu Evangelho e ministraria à
humanidade no seu ESPÍRITO, e que trabalharia pelo aumento do reino de DEUS
como ele o fez. Ele não modelou nenhuma organização e nenhum plano de governo
para essa sociedade... Ele fez algo mais grandioso que lhe dar organização
— ele lhe concedeu vida. JESUS formou essa sociedade de seus seguidores
chamando-os a unirem-se a ele, comunicando-lhes, durante o tempo em
que esteve no mundo, tanto quanto fosse possível, de sua
própria vida, de seu ESPÍRITO e de seu propósito. Ele prometeu
continuar até ao fim do mundo concedendo sua vida à sua sociedade, à
sua igreja. Podemos dizer que seu dom à igreja foi ele mesmo. —
Robert Hastings Nichols.
I. A natureza da Igreja
Que é a igreja? A questão pode ser solucionada considerando: 1) As
palavras que descrevem essa instituição; 2) As palavras que descrevem os
cristãos; 3) As ilustrações que descrevem a igreja.
1. Palavras que descrevem a igreja.
A palavra grega no Novo Testamento para igreja é
"ekklesia", que significa "uma assembleia de chamados para
fora". O termo aplica-se a:
1) Todo o corpo de cristãos em uma cidade (Atos 11:22; 13:1.)
2) Uma congregação, (1Cor. 14:19,35; Rom. 16:5.)
3) Todo o corpo de crentes na terra. (Efés. 5:32.)
2. Palavras que descrevem os cristãos.
(a) Irmãos. A igreja é uma fraternidade ou comunhão espiritual, no
qual foram abolidas todas as divisões que separam a humanidade.
- "não há grego nem judeu": a mais profunda de todas as
divisões baseadas na história religiosa é vencida;
- "não há grego nem bárbaro". a mais profunda de
todas as divisões culturais é vencida;
- "não há servo ou livre". a mais profunda de todas as
divisões sociais e econômicas é vencida;
- "não há macho nem fêmea". a mais profunda de todas as divisões humanas é vencida. (Vide Col. 3:11; Gál. 3:28.)
(b) Crentes. Os cristãos são chamados "crentes" porque sua doutrina característica é a fé no Senhor JESUS.
(c) Santos. São chamados "santos" (literalmente "consagrados ou piedosos") porque estão separados do mundo e dedicados a DEUS.
(d) Os eleitos. Refere-se a eles como "eleitos", ou os "escolhidos", porque DEUS os escolheu para um ministério importante e um destino glorioso.
(e) Discípulos. São "discípulos" (literalmente "aprendizes"), porque estão sob preparação espiritual com instrutores inspirados por CRISTO.
(f) Cristãos. São "cristãos" porque sua religião gira em tomo da Pessoa de CRISTO.
(g) Os do Caminho. Nos dias primitivos muitas vezes eram conhecidos
como "os do Caminho" (Versão Brasileira) (Atos 9:2) porque
viviam de acordo com uma maneira especial de viver.
3. Ilustrações da igreja.
(a) O corpo de CRISTO.
O Senhor JESUS CRISTO deixou este mundo há mais de dezenove
séculos; entretanto, ele ainda está no mundo. Com isso queremos dizer que sua
presença se faz sentir por meio da igreja, a qual é seu corpo. Assim como
ele viveu sua vida natural na terra, em um corpo humano individual, assim
também ele vive sua vida mística em um corpo tomado da raça humana em
geral. Na conclusão dos Evangelhos não escrevemos: "Fim", mas,
"Continua", porque a vida de CRISTO continua a ter expressão por
meio dos seus discípulos como se evidencia no livro de Atos dos Apóstolos
e pela subsequente história
da igreja. "Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a
vós" (João 20:21).
"Quem vos recebe, a mim me recebe" (Mat. 10:40). Antes
de partir da terra, CRISTO prometeu assumir esse novo corpo. Entretanto, usou
outra ilustração: "Eu sou a videira, vós as varas" (João 15:5). A
videira está incompleta sem as varas e as varas nada são à parte da vida
que flui da videira. Se CRISTO há de ser conhecido pelo mundo, terá que
ser mediante aqueles que tomam o seu nome e participam de sua vida. Na
medida em que a igreja se tem mantido em contato com CRISTO, sua Cabeça,
assim tem participado de sua vida e experiências. Assim como CRISTO foi
ungido no Jordão, assim também a igreja foi ungida no Pentecoste. JESUS andou
pregando o Evangelho aos pobres, curando os quebrantados de coração, e
pregando libertação aos cativos; e a verdadeira Igreja sempre tem seguido
em suas pisadas. "Qual ele é, somos nós também neste mundo" (1João 4:17). Assim
como CRISTO foi denunciado como uma ameaça política e, finalmente,
crucificado, assim também sua igreja, em muitos casos, tem sido crucificada
(figurativamente falando) por governantes perseguidores. Mas tal qual o seu
Senhor, ela ressuscitou! A vida de CRISTO dentro dela a torna
indestrutível. Este pensamento da identificação da igreja com CRISTO
certamente estava na mente de Paulo quando falou: "na minha carne cumpro o
resto das aflições de CRISTO, pelo corpo, que é a igreja" (Col. 1:24). O uso
dessa ilustração faz lembrar que a igreja é um organismo e não meramente uma
organização. Uma organização é um grupo de indivíduos voluntariamente
associados com um propósito especial, tal como uma organização fraternal ou um
sindicato. Um organismo é qualquer coisa viva, que se desenvolve pela vida
inerente. Usado figuradamente, significa a soma total das partes entrelaçadas,
na qual a relação mútua entre elas implica uma relação do conjunto. Desse modo,
um automóvel poderia ser considerado uma "organização" de certas
peças mecânicas; o corpo humano é um organismo porque é composto de muitos
membros e órgãos animados por uma vida comum. O corpo humano é um, embora seja
composto de milhões de células vivas. Da mesma maneira o corpo de CRISTO é
um, embora composto de almas nascidas de novo. Assim como o corpo humano é
vivificado pela alma, da mesma maneira o corpo de CRISTO é vivificado
pelo ESPÍRITO SANTO. "Pois todos nós fomos batizados em um ESPÍRITO formando
um corpo" (1Cor.
12:13). Os fatos supra citados indicam uma característica única
da religião de CRISTO. Assim escreve W. H. Dunphy: Ele — e unicamente ele
— dos fundadores de religião, produziu um organismo permanente, uma união
permanente de mentes e almas, concentradas em torno de sua Pessoa. Os
cristãos não são meramente seguidores de CRISTO, senão membros de CRISTO e
membros uns dos outros. Buda reuniu sua sociedade de
"esclarecidos", mas a relação entre eles não passa de relação
externa, de mestre para com o aluno. O que os une é sua doutrina, e não a
sua vida. O mesmo pode dizer-se de Zoroastro, de Sócrates, de Maomé, e dos
outros gênios religiosos da raça. Mas CRISTO não somente é Mestre, ele é a
vida dos cristãos. O que ele fundou não foi uma sociedade que estudasse e
propagasse suas idéias, mas um organismo que vive por sua vida, um corpo
habitado e guiado por seu ESPÍRITO.
(b) O templo de DEUS. (1Ped. 2:5,6.) Um templo é um
lugar em que DEUS, que habita em toda parte, se localiza a si mesmo em
determinado lugar, onde seu povo o possa achar "em casa". (1Reis 8:27.) Assim
como DEUS morou no Tabernáculo e no templo, assim também vive, por seu ESPÍRITO,
na igreja. (Efés 2:21,22; 1Cor. 3:16,17.) Neste templo
espiritual os cristãos, como sacerdotes, oferecem sacrifícios espirituais,
sacrifícios de oração, louvor e boas obras.
(c) A noiva de CRISTO. Essa é uma ilustração usada tanto no Antigo como no Novo Testamento para descrever a união e comunhão de DEUS com seu povo. (2 Cor. 11:2; Efés. 5:25-27; Apoc. 19:7; 21:2; 22:17.) Mas devemos lembrar que é somente uma ilustração, e não se deve forçar sua interpretação. O propósito dum símbolo é apenas iluminar um determinado lado da verdade e não o de prover o fundamento para uma doutrina.
II. A Fundação da Igreja
1. Considerada profeticamente.
Israel é descrito como uma igreja no sentido de ser uma nação
chamada dentre as outras nações a ser um povo de servos de DEUS. (Atos 7:38.) Quando o
Antigo Testamento foi traduzido para o grego, a palavra "congregação"
(de Israel) foi traduzida "ekklesia" ou "igreja". Israel,
pois, era a congregação ou a igreja de Jeová. Depois de a igreja judaica o
ter rejeitado, CRISTO predisse a fundação duma nova congregação ou igreja,
uma instituição divina que continuaria sua obra no terra (Mat. 16:18). Essa é
a igreja de CRISTO, que veio a ter existência no dia de Pentecoste.
2. Considerada Historicamente.
A igreja de CRISTO veio a existir, como igreja, no dia de
Pentecoste, quando foi consagrada pela unção do ESPÍRITO. Assim como o
Tabernáculo foi construído e depois consagrado pela descida da glória divina (Êxo. 40:34), assim
os primeiros membros da igreja foram congregados no cenáculo e consagrados como
igreja pela descida do ESPÍRITO SANTO. É muito provável que os
cristãos primitivos vissem nesse evento o retorno da "Shekinah"
(a glória manifesta no Tabernáculo e no templo) que, havia muito, partira
do templo, e cuja ausência era lamentada por alguns dos rabinos. Davi juntou
os materiais para a construção do templo, mas a construção foi feita por
seu sucessor, Salomão. Da mesma maneira, JESUS, durante seu ministério terreno,
havia juntado os materiais da sua igreja, por assim dizer, mas o edifício
foi erigido por seu sucessor, o ESPÍRITO SANTO. Realmente, essa
obra foi feita pelo ESPÍRITO, operando mediante os apóstolos que lançaram
os fundamentos e edificaram a igreja por sua pregação, ensino e organização.
Portanto, a igreja é descrita como sendo "edificados sobre o
fundamento dos apóstolos..." (Efés. 2:20).
III. Os membros da Igreja.
O Novo Testamento estabelece as seguintes condições para
os membros da igreja:
- fé implícita no Evangelho e confiança sincera e de coração
em CRISTO como o único e divino Salvador (Atos 16:31);
- submeter-se ao batismo nas águas como testemunho simbólico da fé
em CRISTO; e
- confessar verbalmente essa fé. (Rom.10:9,10.)
No princípio, praticamente todos os membros da igreja eram
verdadeiramente regenerados. "E todos os dias acrescentava o Senhor à
igreja aqueles que se haviam de salvar" (Atos 2:47). Entrar
na igreja não era uma questão de unir-se a uma organização, mas de
tornar-se membro de CRISTO, assim como o ramo é enxertado na árvore. No
transcurso do tempo, entretanto, conforme a igreja aumentou em número e em
popularidade, o batismo nas águas e a catequese tomaram o lugar da
conversão. O resultado foi um influxo na igreja de grande número de
pessoas que não eram cristãs de coração. E desde então, essa tem sido mais
ou menos a condição da cristandade. Assim como nos tempos do
Antigo Testamento havia um Israel dentro dum Israel, israelitas
de verdade, bem como israelitas nominais, assim também no
transcurso da história da igreja vemos uma igreja, dentro da igreja,
cristãos verdadeiros no meio de cristãos apenas de nome. Portanto, devemos
distinguir entre a igreja invisível, composta dos verdadeiros cristãos de todas
as denominações, e a igreja visível, constituída de todos os que professam ser
cristãos — a primeira, composta daqueles cujos nomes estão escritos no céu;
a segunda, compreendendo aqueles cujos nomes estão registrados no rol
de membros das igrejas. Nota-se a distinção em Mateus 13, onde
o Senhor fala dos "mistérios do reino dos céus" — expressão essa que
corresponde à designação geral "cristandade".
As parábolas nesse capítulo esboçam a história espiritual
da cristandade entre o primeiro e o segundo advento de CRISTO, e
nelas aprendemos que haverá uma mistura de bons e maus na igreja,
até a vinda do Senhor, quando a igreja será purificada e se fará separação
entre o genuíno e o falso. (Mat. 13:36-43,
47-49.)
O apóstolo Paulo expressa a mesma verdade quando compara a igreja a
uma casa na qual há muitos vasos, uns para honra e outros para desonra. (2Tim. 2:19-21).
É a igreja sinônimo do reino de DEUS? Que a igreja seja uma fase do reino
entende-se pelo ensino de Mat.
16: 18, 19,
pelas parábolas em Mat.
13, e pela descrição de Paulo da obra cristã como sendo parte do
reino de DEUS (Col. 4:11).
Sendo "o reino dos céus" uma expressão extensa, podemos descrever a
igreja como uma parte do reino. William Evans assim escreveu: "A
igreja pode ser considerada como uma parte do reino de DEUS, assim como o
Estado de Illinois é parte dos Estados Unidos." A igreja prega a
mensagem que trata do novo nascimento do homem, pelo qual se obtém entrada
no reino de DEUS (João
3:3-5; 1Ped.
1:23.)
IV. A obra da Igreja.
1. Pregar a salvação.
A obra da igreja é pregar o Evangelho a toda a criatura (Mat. 28:19, 20), e explanar o
plano da salvação tal qual é ensinado nas Escrituras. CRISTO tornou
acessível a salvação por provê-la; a igreja deve torná-la real por
proclamá-la.
2. Prover meios de adoração.
Israel possuía um sistema de adoração divinamente
estabelecido, pelo qual se chegava a DEUS em todas as necessidades e
crises da vida. Assim também a igreja deve ser uma casa de oração
para todos os povos, onde DEUS é cultuado em adoração, oração
e testemunho.
3. Prover comunhão religiosa.
O homem é um ser social; ele anela comunhão e intercâmbio
de amizade. é natural que ele se congregue com aqueles que participam dos
mesmos interesses. A igreja provê uma comunhão baseada na Paternidade de DEUS e
no fato de ser JESUS o Senhor de todos. É uma fraternidade
daqueles que participam duma experiência espiritual comum. O calor dessa
comunhão era uma das características notáveis da igreja primitiva. Num
mundo governado pela máquina política do Império Romano, em que o
indivíduo era praticamente ignorado, os homens anelavam uma comunhão onde
pudessem livrar-se do sentimento de solidão e desamparo. Em tal mundo, uma das
características mais atraentes da igreja era o calor e a solidariedade da
comunhão — comunhão em que todas as distinções terrenas eram eliminadas e os
homens e mulheres tomavam-se irmãos e irmãs em CRISTO.
4. Sustentar uma norma de conduta moral.
A igreja é "a luz do mundo", que afasta a ignorância
moral; é o "sal da terra", que a preserva da corrupção moral. A
igreja deve ensinar aos homens como viver bem, e a maneira de se preparar
para a morte. Deve proclamar o plano de DEUS para regulamentar
todas as esferas da vida e sua atividade. Contra as tendências para
a corrupção da sociedade, deve ela levantar a sua voz de admoestação.
Em todos os pontos de perigo deve colocar uma luz como sinal
de perigo.
V. As ordenanças da Igreja
O Cristianismo no Novo Testamento não é uma religião ritualista; a
essência do Cristianismo é o contato direto do homem com DEUS por meio do ESPÍRITO.
Portanto, não há uma ordem de adoração dogmática e inflexível, antes
permitindo à igreja, em todos os tempos e países, a liberdade de adotar o
método que lhe seja mais adequado, para a expressão de sua vida. Não
obstante, há duas cerimônias que são essenciais, por serem divinamente
ordenadas, a saber, o batismo nas águas e a Ceia do Senhor. Em razão de
seu caráter sagrado, elas, às vezes, são descritas como sacramentos,
literalmente, "coisas sagradas", ou "juramentos consagrados
por um rito sagrado". Também são elas mencionadas como
ordenanças porque são "ordenadas" pelo próprio Senhor.
O batismo nas águas é o rito do ingresso na igreja cristã,
e simboliza o começo da vida espiritual. A Ceia do Senhor é o rito de
comunhão e significa a continuação da vida espiritual. O primeiro sugere a
fé em CRISTO; o segundo sugere a comunhão com CRISTO. O primeiro é
administrado somente uma vez, porque pode haver apenas um começo da vida
espiritual; o segundo é administrado freqüentemente, ensinando que a vida
espiritual deve ser alimentada.
1. O batismo.
(a) O modo. A palavra "batizar", usada na fórmula
de Mateus 28:19.20. significa
literalmente mergulhar ou imergir. Essa interpretação é confirmada por eruditos
da língua grega e pelos historiadores da igreja. Mesmo eruditos pertencentes a
igrejas que batizam por aspersão admitem que a imersão era o
modo primitivo de batizar. Além disso, há razões para crer que
para os judeus dos tempos apostólicos, o mandamento de ser
"batizado" sugeriria "batismo de prosélito", que
significava a conversão dum pagão ao Judaísmo. O convertido estava de pé
na água, até ao pescoço, enquanto era lida a lei, depois do que ele mesmo
se submergia na água, como sinal de que fora purificado
das contaminações do paganismo e que começara uma nova vida
como membro do povo da aliança. De onde veio, então, a prática da aspersão
e de derramar a água? Quando a igreja abandonou a simplicidade do Novo
Testamento, e foi influenciada pelas idéias pagãs, atribuiu importância
antibiblica ao batismo nas águas, o qual veio a ser
considerado inteiramente essencial para se alcançar a regeneração.
Era, portanto, administrado aos enfermos e moribundos. Posto que
a imersão não era possível em tais casos, o batismo era
administrado por aspersão. Mais tarde, por causa da conveniência do
método, este generalizou-se. Também, por causa da importância da ordenança,
era permitido derramar a água quando não havia suficiente para praticar a
imersão. Notem a seguinte citação dum antigo escritor do segundo século,
agora concernente ao batismo, batiza assim: havendo ensinado todas essas
coisas, batiza em nome do Pai, do Filho, e do ESPÍRITO SANTO, em água viva
(corrente). E se não tiveres água viva, batiza em outra água; e se não
podes em água fria, então em água morna. Mas se não tiveres nem uma nem
outra, derrama água três vezes sobre a cabeça, em o nome do Pai e
do Filho e do ESPÍRITO SANTO. Não obstante, o modo bíblico e original é
imersão, o qual corresponde ao significado simbólico do batismo, a saber,
morte, sepultura e ressurreição. (Rom. 6:1-4.)
(b) A fórmula. "Batizando-os em nome do Pai, e do Filho
e do ESPÍRITO SANTO" (Mat. 28:19). Como
vamos reconciliar isso com o mandamento de Pedro: "...cada um de vós
seja batizado em nome de JESUS CRISTO"? (Atos 2:38). Estas
últimas palavras não representam uma fórmula batismal, porém uma simples
declaração afirmando que recebiam batismo as pessoas que reconheciam JESUS como
Senhor e CRISTO. Por exemplo, o "Didaquê", um documento cristão
escrito cerca do ano 100 A.D., fala do batismo cristão celebrado em nome
do Senhor JESUS, mas o mesmo documento, quando descreve o rito
detalhadamente, usa a fórmula trinitária. Quando Paulo fala que Israel foi
batizado no Mar Vermelho "em Moisés", ele não se refere a uma fórmula
que se pronunciasse na ocasião; ele simplesmente quer dizer que, por causa
da passagem milagrosa através do Mar Vermelho, os israelitas aceitaram Moisés
como seu guia e mestre como enviado do céu. Da mesma maneira, ser batizado
em nome de JESUS significa encomendar-se inteira e eternamente a
ele como Salvador enviado do céu, e a aceitação de sua direção
impõe a aceitação da fórmula dada por JESUS no capítulo 28 de Mateus.
A tradução literal de Atos
2:38 é: "seja batizado sobre o nome de JESUS CRISTO".
Isso significa, segundo o dicionário de Thayer, que os judeus haviam de
"repousar sua esperança e confiança em sua autoridade
messiânica". Note-se que fórmula trinitária é descrita duma experiência.
Aqueles que são batizados em nome do triúno DEUS, por esse meio
estão testificando que foram submergidos em comunhão espiritual com a
Trindade. Desse modo pode-se dizer acerca deles: "A graça do Senhor JESUS CRISTO
e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com vós todos" (2 Cor. 13:13).
(c) O recipiente. Todos os que sinceramente se arrependem de
seu pecado, professam a fé no Senhor JESUS, são elegíveis para o
batismo. Na igreja apostólica o rito era acompanhado das seguintes expressões
exteriores:
1) Profissão de fé. (Atos 8:37.)
2) Oração. (Atos
22:16.)
3) Voto de consagração. (1 Ped. 3:21.)
Visto que os infantes não têm pecados de que se arrepender e
não podem exercer a fé, logicamente são excluídos do batismo
nas águas. Com isso não os estamos impedindo que venham a CRISTO (Mat. 19:13,14), pois eles
podem ser consagrados a JESUS em culto publico.
(d) A eficácia. O batismo nas águas, em si não tem poder
para salvar; as pessoas são batizadas, não para serem salvas, mas
porque já são salvas. Portanto, não podemos dizer que o rito
seja absolutamente essencial para a salvação. Mas podemos insistir
em que seja essencial para a integral obediência a CRISTO. Como
a eleição do presidente da nação se completa pela sua posse
do governo, assim a eleição do convertido pela graça e pela glória
de DEUS se completa por sua pública admissão como membro da igreja de
CRISTO.
(e) O significado. O batismo sugere as seguintes idéias:
1) Salvação. O batismo nas águas é um drama sacro (se nos
permitem falar assim), representando os fundamentos do Evangelho. A
descida do convertido às águas retrata a morte de CRISTO efetuada;
a submersão do convertido fala da morte ratificada, ou seja, o
seu sepultamento; o levantamento do converso significa a
conquista sobre a morte, isto é a ressurreição de CRISTO.
2) Experiência. O fato de que esses atos são efetuados com o
próprio convertido demonstra que ele se identificou espiritualmente com CRISTO.
A imersão proclama a seguinte mensagem: "CRISTO morreu pelo
pecado para que este homem morresse para o pecado." O levantamento
do convertido expressa a seguinte mensagem: "CRISTO ressuscitou
dentre os mortos a fim de que este homem pudesse viver uma nova
vida de justiça."
3) Regeneração. A experiência do novo nascimento tem sido
descrita como uma, "lavagem" (literalmente "banho", Tito 3:5), porque por
meio dela, os pecados e as contaminações da vida de outrora foram lavados.
Assim como o lavar com água limpa o corpo, assim também DEUS, em união com
a morte de CRISTO e pelo ESPÍRITO SANTO, purifica a alma. O batismo nas
águas simboliza essa purificação. "Levanta-te, e lava os teus pecados
(isto é, como sinal do que já se efetuou)" (Atos 22:16).
4) Testemunho. "Porque todos quantos fostes batizados em CRISTO
já vos revestistes de CRISTO" (Gál. 3:27). O
batismo nas águas significa que o convertido, pela fé,
"vestiu-se" do caráter de CRISTO de modo que os homens podem ver a CRISTO
nele, como se vê o uniforme no soldado. Pelo rito de batismo, o
convertido, figurativamente falando, publicamente veste o uniforme do
reino de CRISTO.
2. A ceia de Senhor. Pontos principais.
Define-se a Ceia do Senhor ou Comunhão como o rito distintivo
da adoração cristã, instituído pelo Senhor JESUS na véspera de
sua morte expiatória. Consiste na participação solene do pão e vinho,
os quais, sendo apresentados ao Pai em memória do sacrifício inexaurível de CRISTO,
tornam-se um meio de graça pelo qual somos incentivados a uma fé mais viva
e fidelidade maior a ele. Os seguintes são os pontos-chave dessa ordenança:
(a) Comemoração. "Fazei isto em memória de mim." Cada
ano, no dia 4 de julho, o povo norte-americano recorda de maneira especial
o evento que o fez um povo livre. (*[1])
Cada vez que um grupo de cristãos se congrega para celebrar a Ceia do Senhor,
estão comemorando, dum modo especial, a morte expiatória de CRISTO que
os libertou dos pecados. Por que recordar a sua morte mais do que qualquer
outro evento de sua vida? Porque a sua morte foi o evento culminante de
seu ministério e porque somos salvos, não meramente por sua vida e
seus ensinos, embora sejam divinos, mas por seu sacrifício expiatório.
(b) Instrução. A Ceia do Senhor é uma lição objetiva que expõe
os dois fundamentos do Evangelho:
1) A encarnação. Ao participar do pão, ouvimos o apóstolo João
dizer: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nos" (João 1:14); ouvimos o próprio
Senhor declarar: "Porque o pão de DEUS é aquele que desce do céu e dá
vida ao mundo" (João 6:33).
2) A expiação. Mas as bênçãos incluídas na encarnação nos
são concedidas mediante a morte de CRISTO. O pão e o vinho
simbolizam dois resultados da morte: a separação do corpo e da vida, e a
separação da carne e do sangue. O simbolismo do pão partido é que o Pão
deve ser quebrantado na morte (Calvário) a fim de ser distribuído entre
os espiritualmente famintos; o vinho derramado nos diz que o sangue de CRISTO,
o qual é sua vida, deve ser derramado na morte a fim de que seu poder
purificador e vivificante possa ser outorgado às almas necessitadas.
(c) Inspiração. Os elementos, especialmente o vinho, nos
lembram que pela fé podemos ser participantes da natureza de CRISTO, isto
é, ter "comunhão com ele". Ao participar do pão e do vinho
da Ceia, o ato nos recorda e nos assegura que, pela fé,
podemos verdadeiramente receber o ESPÍRITO de CRISTO e ser o reflexo
do seu caráter.
(d) Segurança. Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue"!
(1 Cor.
11:25). Nos tempos antigos a forma mais solene de aliança era o
pacto de sangue, que era selado ou firmado com sangue sacrificial. A
aliança feita com Israel no Monto Sinai foi um pacto de sangue. Depois que
DEUS expôs as suas condições e o povo as aceitou, Moisés tomou uma bacia
cheia de sangue sacrificial e aspergiu a metade sobre o altar do
sacrifício, significando esse ato que DEUS se havia comprometido a cumprir
a sua parte do convênio; em seguida, ele aspergiu o resto do sangue sobre o
povo, comprometendo-o, desse modo, a guardar também a sua parte
do contrato (Êxo.
24:3-8). A nova aliança firmada por JESUS é um pacto de sangue. DEUS
aceitou o sangue de CRISTO (Heb. ?); portanto, comprometeu-se, por causa de CRISTO,
a perdoar e salvar a todos os que vierem a ele. O sangue de CRISTO é a
divina garantia de que ele ser benévolo e misericordioso para aquele que se
arrepende. A nossa parte nesse contrato é crer na morte expiatória de CRISTO. (Rom. 3:25,26.) Depois, então
poderemos testificar que foram aspergidos com o sangue da nova aliança. (1Ped. 1:2.)
(e) Responsabilidade. Quem deve ser admitido ou excluído
da Mesa do Senhor? Paulo trata da questão dos que são dignos
do sacramento em 1Cor.
11:20-34. "Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber este
cálice do Senhor indignamente, será culpado (uma ofensa ou pecado contra) do
corpo e do sangue do Senhor." Quer isso dizer que somente aqueles que são
dignos podem chegar-se à Mesa do Senhor? Então, todos nós estamos excluídos!
Pois quem dentre os filhos dos homens é digno da mínima das misericórdias de DEUS?
Não, o apóstolo não está falando acerca da indignidade das pessoas, mas da
indignidade das ações. Sendo assim, por estranho que pareça, é possível a
uma pessoa indigna participar dignamente. E em certo sentido, somente
aqueles que sinceramente sentem a sua indignidade estão aptos para
se aproximar da Mesa; os que se justificam a si mesmos nunca
serão dignos. Outrossim, nota-se que as pessoas mais profundamente
espirituais são as que mais sentem a sua indignidade. Paulo descreve-se a si
mesmo como o "principal dos pecadores" (1Tim. 1:15). O
apóstolo nos avisa contra os atos indignos e a atitude indigna ao
participar desse sacramento. Como pode alguém participar indignamente?
Praticando alguma coisa que nos impeça de claramente apreciar o
significado dos elementos, e de nos aproximarmos em atitude solene,
meditativa e reverente. No caso dos coríntios o impedimento era sério, a
saber, a embriaguez.
VI. A Adoração da Igreja.
Das epístolas de Paulo inferimos que havia duas classes de reuniões
para adoração: uma consistia em oração, louvor, e pregação; a outra era um
culto de adoração, conhecido como a "Festa de Amor"
("ágape", em língua grega). O primeiro era culto público; o
segundo era um culto particular ao qual eram admitidos somente os
cristãos.
1. O culto público.
O culto público, segundo o historiador Robert Hastings Nichols, era
"realizado pelo povo conforme o ESPÍRITO movesse as pessoas". Citamos
um trecho dos escritos desse historiador: Oravam a DEUS e davam
testemunhos e instruções espirituais. Cantavam os Salmos e também os hinos
cristãos, os quais começaram a ser escritos no primeiro século. Eram lidas
e explicadas as Escrituras do Antigo Testamento, e havia leitura ou
recitação decorada dos relatos das palavras e dos atos de JESUS. Quando os
apóstolos enviavam cartas às igrejas, a exemplo das Epístolas do Novo
Testamento, essas também eram lidas. Esse singelo culto podia ser
interrompido a qualquer momento pela manifestação do ESPÍRITO na forma de
profecia, línguas e interpretações, ou por alguma iluminação inspirada sobre
as Escrituras. Essa característica da adoração primitiva é reconhecida por
todos os estudantes sérios da história da igreja, não importando sua filiação
denominacional ou escola de pensamento. Pela leitura de 1Cor. 14:24, 25 sabemos que essa
adoração inspirada pelo ESPÍRITO era um meio poderoso de atrair e evangelizar
os não-convertidos.
2. O culto particular.
Lemos que os primeiros cristãos perseveraram no "partir do
pão" (Atos 2:42).
Descrevem essas palavras uma refeição comum ou a celebração da Ceia do
Senhor? Talvez ambas. É possível que houvesse acontecido o seguinte: no
princípio a comunhão dos discípulos entre si era tão unida e vital que
tomavam suas refeições em comum. Ao sentarem-se à mesa para pedir a bênção
de DEUS sobre o alimento, vinha-lhes à lembrança a última Páscoa de CRISTO,
e assim essa bênção sobre o alimento espontaneamente se estendia
em culto de adoração. Dessa forma, em muitos casos, é difícil dizer
se os discípulos faziam uma refeição comum ou participavam da Comunhão. A
vida e a adoração a DEUS estavam intimamente relacionadas naqueles dias! Porém
muito cedo os dois atos, o partir do pão e a Ceia do Senhor, foram
distinguidos, de forma que o segundo se tomou a ordem do culto: em
determinado dia os cristãos reuniam-se para comer uma refeição sagrada de
comunhão, conhecida como a Festa de Amor, a qual era uma refeição alegre e
sagrada, simbolizando o amor fraternal. Todos traziam provisões e delas
participavam todos em comum. Em 1Cor. 11:21,22 Paulo censura o
egoísmo daqueles que comiam seus alimentos sem distribuí-los entre os
pobres. Ao terminar a Festa de Amor, celebrava-se a Ceia do Senhor. Na
igreja de Corinto alguns se embriagavam durante o "ágape"
e participavam do sacramento nessa condição indigna. Mais tarde, no
primeiro século, a Ceia do Senhor foi separada do "ágape"
e celebrada na manhã do Dia do Senhor.
VII. A Organização da Igreja
1 - O Governo da Igreja.
É evidente que o propósito do Senhor era que houvesse uma
sociedade de seus seguidores que comunicasse seu Evangelho aos homens e
o representasse no mundo. Mas ele não moldou nenhuma organização ou plano
de governo; não estabeleceu nenhuma regra detalhada de fé e prática.
Entretanto, ele ordenou os dois singelos ritos de batismo e comunhão. Ao
mesmo tempo, ele não desprezou a organização, pois sua promessa concernente ao
Consolador vindouro deu a entender que os apóstolos seriam guiados em toda
a verdade concernente a esses assuntos. O que ele fez para a igreja foi
algo mais elevado do que organização: ele lhe concedeu sua própria vida,
tornando-a em organismo vivo. Assim como o corpo vivo se adapta ao
meio ambiente, semelhantemente, ao corpo vivo de CRISTO foi
dada liberdade para selecionar suas próprias formas de
organização, segundo suas necessidades e circunstâncias. Naturalmente,
a igreja não era livre para seguir nenhuma manifestação contrária aos
ensinos de CRISTO ou à doutrina apostólica. Qualquer manifestação
contrária aos princípios das Escrituras é corrupção. Durante os dias que se
seguiram ao Pentecoste, os crentes praticamente não tinham nenhuma organização,
e por algum tempo faziam os cultos em suas casas e observavam as horas de
oração no templo. (Atos 2:46.)
Isso foi completado pelo ensino e comunhão apostólicos. Ao crescer
numericamente a igreja, a organização originou-se das seguintes causas:
primeira, oficiais da igreja foram escolhidos para resolver as emergências
que surgiam, como, por exemplo, em Atos 6:1-5;
segunda, a possessão de dons espirituais separava certos indivíduos para a
obra do ministério.
As primeiras igrejas eram democráticas em seu governo,
circunstância natural em uma comunidade onde o dom do ESPÍRITO SANTO
estava disponível a todos, e onde toda e qualquer pessoa podia ser dotada
de dons para um ministério especial. É verdade que os apóstolos e anciãos
presidiam às reuniões de negócios e à seleção dos oficiais; mas tudo se fez em
cooperação com a igreja. (Atos 6:3-6; 15:22; 1Cor. 16:3; 2Cor. 8:19; Fil. 2:25.) Pelo que
se lê em Atos 14:23
e Tito 1:5,
poderá entender-se que Paulo e Barnabé nomearam anciãos sem consultar a
igreja; mas historiadores eclesiásticos de responsabilidade afirmam que
eles os "nomearam" da maneira usual, pelo voto dos membros da
igreja. Vemos claramente que no Novo Testamento não há apoio para uma
fusão das igrejas em uma "máquina eclesiástica" governada por
uma hierarquia. Nos dias primitivos não havia nenhum governo centralizado
abrangendo toda a igreja. Cada igreja local era autônoma e administrava
seus próprios negócios com liberdade. Naturalmente os "Doze
Apóstolos" eram muito respeitados por causa de suas relações com CRISTO, e
exerciam certa autoridade. (Vide Atos 15.)
Paulo exercia certa supervisão sobre as igrejas gentílicas;
entretanto, essa autoridade era puramente espiritual, e não uma autoridade
oficial tal como se outorga numa organização. Embora que cada igreja fosse
independente da outra, quanto à jurisdição, as igrejas do Novo Testamento
mantinham relações cooperativas umas com as outras. (Rom. 15:26, 27; 2Cor. 8:19; Gál. 2:10; Rom. 15:1; 3João 8.) Nos séculos
primitivos as igrejas locais, embora nunca lhes faltasse o sentimento de
pertencerem a um só corpo, eram comunidades independentes e com governo
próprio, que mantinham relações umas com as outras, não por uma organização
política que as reunisse todas elas, mas por uma comunhão fraternal
mediante visitas de delegados, intercâmbio de cartas, e alguma assistência
recíproca indefinida na escolha e consagração de pastores.
2. O ministério da igreja.
No Novo Testamento são reconhecidas duas classes de ministério:
1) O ministério geral e profético geral, porque era
exercido com relação às igrejas de modo geral mais do que em relação a
uma igreja particular, e profético, por ser criado pela possessão
de dons espirituais.
2) O ministério local e prático local porque era limitado a
uma igreja, e prático, porque tratava da administração da igreja.
(a) O ministério geral e profético.
1) Apóstolos. Eram homens que receberam sua comissão do próprio CRISTO
em pessoa (Mat. 10:5;
Gál. 1:1), que
haviam visto a CRISTO depois de sua ressurreição (Atos 1:22; 1Cor. 9:1); haviam
gozado duma inspiração especial (Gál. 1:11,12; 1Tess. 2:13);
exerciam um poder administrativo sobre as igrejas (1Cor. 5:3-6; 2Cor. 10:8; João 20:22, 23); levavam
credenciais sobrenaturais (2Cor.
12:12), e cujo trabalho principal era estabelecer igrejas em
campos novos. (2Cor.
10:16.) Eram administradores da igreja e organizadores
missionários, chamados por CRISTO e cheios do ESPÍRITO. Os
"doze" apóstolos de JESUS, e Paulo (que por sua chamada especial
constituía uma classificação à parte), eram apóstolos por preeminência;
entretanto, o título de apóstolo também foi outorgado a outros que se
ocupavam na obra missionária. A palavra "apóstolo" significa
simplesmente "missionário". (Atos 14:14; Rom. 16:7.) Tem
havido apóstolos desde então? A relação dos doze para com CRISTO foi uma
relação única que ninguém desde então pôde ocupar. Sem dúvida, a obra
de homens tais como João Wesley, com toda razão, pode ser considerada
como apostólica.
2. Profetas. Eram os dotados do dom de expressão inspirada. Desde
os primeiros dias até ao fim do século constantemente apareceram, nas igrejas
cristãs profetas e profetisas. Enquanto o apóstolo e o evangelista levavam
sua mensagem aos incrédulos (? 2:7,8), o ministério do profeta, era
particularmente entre os cristãos. Os profetas viajavam de igreja em
igreja, tanto como os evangelistas o fazem na atualidade; não obstante,
cada igreja tinha profetas que eram membros ativos dela.
3. Mestres. Eram os dotados de dons para a exposição da Palavra. Tal qual os profetas, muitos deles viajavam de igreja em igreja.
(b) O ministério local e prático. O ministério local, que
era nomeado pela igreja, com base de certas qualidades (1Tim. cap.
3), incluía os seguintes:
1. Presbíteros, ou anciãos, aos quais foi dado o título
de "bispo", que significa supervisor, ou que serve de
superintendente. Exerciam a superintendência geral sobre a igreja local, especialmente
em relação ao cuidado pastoral e à disciplina. Seus deveres eram, geralmente de
natureza espiritual. Às vezes se chamam "pastores". (Efés. 4:11, Vide Atos 20:28.)
Durante o primeiro século cada comunidade cristã era governada por um
grupo de anciãos ou bispos, de modo que não havia um obreiro só fazendo
para a igreja o que um pastor faz no dia de hoje. No princípio do terceiro
século colocava-se um homem à frente de cada comunidade com o título de
pastor ou bispo.
2. Associados com os presbíteros havia um número de obreiros ajudantes chamados diáconos (Atos 6:1-4; 1Tim. 3:8-13; Fil. 1:1) e diaconisas (Rom. 16:1; Fil. 4:3), cujo trabalho parece, geralmente, ter sido o de visitar de casa em casa e exercer um ministério prático entre os pobres e necessitados (1Tim. 5:8-11). Os diáconos também ajudavam os anciãos na celebração da Ceia do Senhor.
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Lição 1 2024 1Tr24 – NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 1, CPAD, A ORIGEM DA IGREJA, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O POVO DE DEUS NA BÍBLIA E NA HISTÓRIA
1. No Antigo Testamento
2. No Novo Testamento
3. Na história cristã
II – A IGREJA COMO CRIAÇÃO DIVINA
1. A Igreja como um ideal de DEUS
2. A Igreja como uma realidade concreta
3. A Igreja no Pentecostes
III – A IGREJA COMO A COMUNIDADE DOS
SALVOS
1. Regenerados pelo sangue de CRISTO
2. Selados pelo ESPÍRITO SANTO
3. O Batismo de CRISTO e do ESPÍRITO
TEXTO ÁUREO
“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.”
(At 2.38)
VERDADE PRÁTICA
A Igreja é a família de DEUS, comprada com o sangue de CRISTO e selada com o
ESPÍRITO SANTO.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Dt 4.10 O povo de DEUS reunido debaixo do Antigo Pacto
Terça – At 20.28 A Igreja foi comprada com o sangue de CRISTO
Quarta – Ef 1.3-6 A Igreja idealizada em DEUS
Quinta – Mt 16.18 A Igreja como propriedade exclusiva de DEUS
Sexta – At 2.42-47 A Igreja como uma comunidade de salvos
Sábado – 1 Co 12.13 A Igreja selada com o ESPÍRITO SANTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.1,2; 37,38
1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e
encheu toda a casa em que estavam assentados.
37 - Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e
aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?
38 - E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome
de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.
HINOS SUGERIDOS: 247, 432, 434 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O propósito deste trimestre é estudar a respeito da doutrina da Igreja segundo
a sua origem, natureza e missão neste mundo. Nesta primeira lição, abordaremos
o tema da origem da Igreja. Procuraremos responder as seguintes questões: Como
o povo de DEUS é formado na Bíblia? Como a Igreja foi planejada por DEUS? O que
a Igreja de fato é?
Para tratar desses e outros assuntos, contaremos com o pastor José Gonçalves,
líder da Assembleia de DEUS em Água Branca (PI), mestre em Teologia, graduado
em Filosofia, escritor de diversas obras editadas pela CPAD e membro da
Comissão de Apologética da CGADB.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Descrever a trajetória do povo de DEUS na Bíblia e na
história; II) Apresentar a Igreja como criação divina; III) Identificar a
Igreja como a comunidade de salvos.
B) Motivação: Uma das imagens bíblicas mais interessantes a respeito da Igreja
pode ser contemplada a partir desta expressão: “o Corpo de CRISTO”. Tal
expressão revela que a Igreja não é uma mera associação, mas uma instituição
orgânica e divina que foi estabelecida pelo próprio DEUS. Você se sente
conscientemente parte desse Corpo?
C) Sugestão de Método: O primeiro tópico desta lição apresenta o
desenvolvimento do Povo de DEUS ao longo da Bíblia. No Antigo Testamento, ele
aparece como a nação de Israel; no Novo, como a Igreja de CRISTO. Para
enfatizar o desenvolvimento do conceito de Igreja, expanda o conteúdo do
subtópico “Na história cristã”, mostrando como esse conceito foi desenvolvido
ao longo do tempo. Para isso, consulte obras especializadas como “DEUS e o Seu
Povo”, editada pela CPAD, e, a partir do conceito apresentado na lição,
aprofunde o conceito de Igreja ao longo da história com a classe. Você pode
apresentar esse conceito expandido da Igreja por meio de projeção digital ou de
notas distribuídas previamente a cada aluno.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Só faz parte da Igreja, o Corpo de CRISTO, quem é regenerado,
justificado, santificado pelo Senhor JESUS e selado pelo ESPÍRITO SANTO. Aqui,
é muito importante afirmar que a natureza da Igreja é celestial, pois não nos
congregamos a ela por mera vontade humana, mas pela obra de CRISTO na cruz
mediante ao arrependimento e fé, na força do ESPÍRITO SANTO.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 96, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Termo EKKLÊSIA”, localizado
depois do primeiro tópico, aprofunda a compreensão técnica a respeito da origem
bíblica da Igreja; 2) O texto “A Origem da Igreja”, ao final do segundo tópico,
amplia a reflexão a respeito da origem da concreta da Igreja de CRISTO.
PALAVRA-CHAVE -
Igreja
INTRODUÇÃO
Uma rápida leitura do Novo Testamento é suficiente para percebermos o que a
Igreja é de fato e que importância ela tem. Para os apóstolos e os primeiros
cristãos a Igreja era relevante. Paulo, por exemplo, a denominou de “coluna e
firmeza da verdade” (1 Tm 3.15); e Pedro a chamou de “geração eleita” (1 Pe
2.9). Nesta lição, mostraremos o que a Bíblia, de fato, revela sobre a Igreja
de DEUS. Veremos que a ekklesia, a Igreja de DEUS, longe de ser meramente uma
associação de pessoas, é uma instituição divina.
I – O POVO DE DEUS NA BÍBLIA E NA HISTÓRIA
1. No Antigo Testamento
O termo hebraico qahal é usado para se referir a um ajuntamento do povo de DEUS debaixo do Antigo Pacto. Nesse aspecto, o seu uso é o de “uma convocação para uma assembleia” ou “o ato de reunir-se em assembleia”. Dessa forma, qahal é descrito como o povo reunido (Dt 4.10); congregação do povo (Jz 20.2); multidão (1 Sm 17.47 – NAA); congregação (1 Rs 8.22); congregação de Israel (1 Cr 13.2) e grande ajuntamento (Ne 5.7). O termo qahal, portanto, no contexto do Antigo Testamento, se refere ao Israel étnico, uma nação que se juntava ou reunia tanto com fins cúlticos ou não.
2. No Novo Testamento
O termo grego ekklesia se refere à igreja cristã. Contudo, no contexto neotestamentário, o seu sentido diferirá do que lhe é dado no Antigo Testamento, tanto na forma como na função. Não é apenas uma raça ou nação, mas todos aqueles, de diferentes raças e nações, que foram comprados pelo sangue de CRISTO (Ef 3.6; At 20.28; Ap 5.9). Assim, o seu sentido no Novo Testamento é majoritariamente sacro, isto é, de uma assembleia de crentes que se juntaram para adorar a DEUS (At 12.5; 13.1). Não é apenas um ajuntamento de pessoas, mas uma assembleia de crentes regenerados que se reúnem para adorar a DEUS. JESUS, por exemplo, usou o termo ekklesia com um sentido exclusivo – o povo adquirido pelo seu sangue (Mt 16.18). Dessa forma, o uso paulino de ekklesia, nas suas epístolas, designa sempre a comunidade dos salvos. Assim vemos Paulo saudando a igreja (1 Co 1.2); ensinando as igrejas (1 Co 7.17); disciplinando o uso dos dons na adoração da igreja (1 Co 14.4,5,12,19,23,28,33,34,35) e dando diretrizes à igreja (1 Co 16.1).
3. Na história cristã
Há quem creia
que a Igreja subsiste governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em
comunhão com ele. Evidentemente, a tradição protestante rejeita esse conceito,
visto que ele não reflete o contexto do Novo Testamento onde a figura do
sucessor de Pedro é totalmente estranha e desconhecida. Após a Reforma do
século XVI, a tradição protestante procurou dar um sentido bíblico e mais
preciso a respeito do que uma igreja é de fato. Em uma grande denominação
protestante histórica, a Igreja é definida como “uma congregação local de
pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé”. Por outro lado, de
acordo com um documento de uma grande denominação pentecostal americana,
entendemos a Igreja como “o corpo de CRISTO, a habitação de DEUS através do
ESPÍRITO SANTO, com divinas nomeações para cumprimento de sua Grande Comissão
onde cada crente, nascido do ESPÍRITO, é parte integrante da Assembleia
Universal e da Igreja dos primogênitos, que estão inscritos no Céu” (Ef
1.22,23; 2.22; Hb 12.23).
SINÓPSE I - O desenvolvimento do povo de DEUS é mostrado ao longo da Bíblia e
da história cristã.
Auxílio Teológico - O TERMO EKKLÊSIA
“JESUS assevera, em Mateus 16.18: ‘Edificarei a minha igreja’. Esta é a
primeira entre mais de cem referências no Novo Testamento que empregam a
palavra grega primária para ‘igreja’: ekklęsia, composta com a preposição ek
(“fora de”) e o verbo kaleõ (“chamar”). Logo, ekklęsia denotava originalmente
um grupo de cidadãos chamados e reunidos, visando um propósito específico. O
termo é conhecido desde o século V a.C., nos escritos de Heródoto, Xenofontes,
Platão e Eurípedes. Este conceito de ekklęsia prevalecia especialmente na
capital, Atenas, onde os líderes políticos eram convocados como assembleia
constituinte até quarenta vezes por ano.1 O uso secular do termo também aparece
no Novo Testamento. Em Atos 19.32,41, por exemplo, ekklęsia refere-se à turba
enfurecida de cidadãos que se reuniu em Éfeso para protestar contra os efeitos
do ministério de Paulo.2 Na maioria das vezes, porém, o termo tem uma aplicação
mais sagrada e refere-se àqueles que DEUS tem chamado para fora do pecado e
para dentro da comunhão do seu Filho, JESUS CRISTO, e que se tornaram
“concidadãos dos santos e da família de DEUS” (Ef 2.19). Ekklęsia é sempre
empregada às pessoas e também identifica as reuniões destas para adorar e
servir ao Senhor” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.536).
II – A IGREJA COMO CRIAÇÃO DIVINA
1. A Igreja
como um ideal de DEUS
Desde a eternidade, a Igreja estava no coração de DEUS e foi idealizada por Ele. Em sua essência, ela é um projeto divino: “Como também nos elegeu nele [CRISTO] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.4). Na sua Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo fala de um “mistério” que estava oculto (Ef 3.3-6). Esse mistério que fora revelado era exatamente a Igreja! Na mente de DEUS, portanto, a Igreja já existia. O amor de DEUS fez com que Ele provesse um plano para salvar o homem caído. Assim, CRISTO amou a Igreja e se entregou por ela (Ef 5.25). Assim, a Igreja é formada por pessoas que estavam no pecado, a caminho da condenação eterna, mas que, graças ao Evangelho, tiveram suas vidas transformadas.”
2. A Igreja como uma realidade concreta
Como vimos, a Igreja não ficou apenas na mente de DEUS; ela passou a existir de uma forma concreta. O início da Igreja acontece na plenitude dos tempos: “mas, vindo a plenitude dos tempos, DEUS enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4). Dessa forma, DEUS faz “congregar em CRISTO todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Ef 1.10). Então, surge a pergunta: “Quando a Igreja passou a existir de fato? Quando ela se estabeleceu na sua forma concreta?” A maioria dos teólogos defende que foi no Pentecostes. A Igreja, por exemplo, não é citada nos Evangelhos de Marcos, Lucas e João. Mateus fala de sua existência, mas como um evento futuro (Mt 16.18).
3. A Igreja no Pentecostes
Depois do
Pentecostes, Lucas destaca que “todos os dias acrescentava o Senhor à igreja
aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47). Dessa forma, a Igreja, que existia
apenas no coração e na mente de DEUS, se tornava uma realidade concreta quando
o ESPÍRITO SANTO é derramado no Pentecostes após a ressurreição de JESUS (At
2.1,2).
SINÓPSE II - A Igreja surgiu como o ideal de DEUS na eternidade e tornou-se
realidade concreta no Pentecostes.
Auxílio Teológico - A ORIGEM DA IGREJA
“Várias são as razões para crermos que a Igreja teve sua origem, ou pelo menos
foi publicamente reconhecida pela primeira vez, no dia de Pentecostes. Embora
na era pré-cristã DEUS certamente se associasse a uma comunidade pactual de
fiéis, não há evidências claras de que o conceito de Igreja existisse no
período do Antigo Testamento. Ao citar expressamente ekklęsia pela primeira vez
(Mt 16.18), JESUS falava de algo que iniciaria no futuro (‘edificarei’ [gr.
oikodomęső] é um verbo no futuro simples, não uma expressão de disposição ou
determinação).
Na condição de corpo de CRISTO, é natural que a Igreja dependa integralmente da
obra concluída por Ele na Terra (sua morte, ressurreição e ascensão) e da vinda
do ESPÍRITO SANTO (Jo 16.7; At 20.28; 1 Co 12.13). Millard J. Erickson observa
que Lucas não emprega ekklęsia no seu evangelho, mas a palavra aparece 24 vezes
em Atos dos Apóstolos. Este fato sugere que Lucas não tinha nenhum conceito da
presença da Igreja antes do período abrangido em Atos.8 Imediatamente após
aquele grande dia em que o ESPÍRITO SANTO foi derramado sobre os crentes
reunidos, a Igreja começou a propagar poderosamente o Evangelho, conforme fora
predito pelo Senhor ressurreto em Atos 1.8. A partir daquele dia, a Igreja
continuou a propagar-se e a aumentar no mundo inteiro,
III – A IGREJA COMO A COMUNIDADE DOS
SALVOS
1. Regenerados pelo sangue de CRISTO
No Pentecostes, o apóstolo Pedro disse: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados” (At 2.38). Com essas palavras, o apóstolo Pedro estava dizendo como se dá o ingresso de uma pessoa na Igreja, ou seja, por meio do arrependimento e do batismo. A Igreja é uma comunidade cristã formada por pessoas regeneradas que fizeram uma pública profissão de fé. O ingresso de alguém à Igreja não se dá por adesão, mas pela conversão. É exatamente esse o sentido da palavra grega metanoeo, traduzida aqui por arrependimento. Significa uma mudança de mente. Assim, a Igreja é formada por pessoas que estavam no pecado, a caminho da condenação eterna, mas que, graças ao Evangelho, tiveram suas vidas transformadas.
2. Selados pelo ESPÍRITO SANTO
Já foi dito que a Igreja tem sua origem no dia de Pentecostes. Por meio do ESPÍRITO de DEUS, somos batizados no Corpo de CRISTO, a Igreja, então, passamos a fazer parte dela. É exatamente isso o que o apóstolo Paulo diz aos Coríntios na sua Primeira Carta: “Pois todos nós fomos batizados em um ESPÍRITO, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um ESPÍRITO” (1 Co 12.13).
3. O Batismo de CRISTO e do ESPÍRITO
O apóstolo
Pedro, que exortou os presentes no dia Pentecostes a se arrependerem, também
disse: “e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO” (At 2.38). Assim, podemos afirmar
que CRISTO batizou os crentes com o ESPÍRITO SANTO e com fogo, um batismo de
capacitação (At 1.4), enquanto o ESPÍRITO os batizou no Corpo de CRISTO, um
batismo de iniciação, formando a Igreja (1 Co 12.13).
SINÓPSE III - Como comunidade dos salvos, a Igreja é a reunião dos regenerados
pelo sangue de CRISTO e selados pelo ESPÍRITO.
CONCLUSÃO
Nesta lição vimos como surgiu a Igreja fundada por JESUS CRISTO. Ela existiu,
primeiramente, no plano de DEUS até se estabelecer no Novo Testamento após a
morte, ressurreição de CRISTO e a infusão dos Cristãos no Corpo de CRISTO por
meio do ESPÍRITO SANTO. A Igreja, portanto, não foi idealizada por homem algum,
nem tampouco está fundada sobre teses humanas. O seu fundamento é CRISTO, que é
a cabeça da Igreja. Por isso, é um grande privilégio fazer parte da Igreja, o
Corpo de CRISTO.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. A que se refere o termo hebraico qahal no contexto do Antigo Testamento?
O termo qahal, portanto, no contexto do Antigo Testamento, se refere ao Israel
étnico, uma nação que se juntava ou reunia tanto com fins cúltico ou não.
2. A que se refere o termo grego ekklesia no sentido do Novo Testamento?
O termo grego ekklesia se refere a igreja cristã.
3. Onde a Igreja estava desde a eternidade?
Desde a eternidade a Igreja estava no coração de DEUS e foi idealizada por Ele.
4. Como se dá o ingresso de uma pessoa à Igreja?
O ingresso de alguém à Igreja não se dá por adesão, mas pela conversão.
5. Por meio de quem somos batizados no Corpo de CRISTO e passamos a fazer parte
da Igreja?
Por meio do ESPÍRITO de DEUS somos batizados no Corpo de CRISTO, a Igreja,
então, passamos a fazer parte dela.