Escrita Lição 3, Betel, O Verdadeiro Discípulo de Cristo exerce o seu chamado em Amor, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 3, Betel, O Verdadeiro Discípulo de Cristo exerce o seu chamado em Amor, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2023 TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã.

 


 

https://youtu.be/VHCk5v6M-qA?si=l19wtWVZVcptwS96 Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/10/escrita-licao-3-betel-o-verdadeiro.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/10/slides-licao-3-betel-o-verdadeiro.html

Power Point https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-lio-3-betel-o-verdadeiro-discpulo-de-cristo-exerce-o-seu-chamado-em-amorpptx

  

TEXTOS DE REFERÈNCIA - 1Coríntios 13.1-4
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.
4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Jo 3.16 O amor deve motivar o coração do discípulo.
TERÇA – 1Co 16.14 Tudo deve ser feito em amor.
QUARTA – Hb 13.1 O amor deve ser permanente.
QUINTA – 1Pe 4.8 O amor deve ter mão dupla
SEXTA– 1 Jo 4.8 Deus é amor
SÁBADO – 1 Jo 4.16 Quem está em amor está em Deus.


HINOS SUGERIDOS: 35, 227, 430

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o amor de Deus seja manifesto na vida e no ministério dos líderes.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O AMOR DE DEUS

1.1. Fruto do Espírito 

1.2. Jamais acaba 

1.3. É destinado a todos 

2- O DOM DO AMOR

2.1. Liberta o homem do pecado 

2.2. Constrange o homem à santidade 

2.3. Ordena-nos a amar 

3- MANIFESTAÇÕES DE AMOR

3.1. Discipulando em amor

3.2. Perdoando por amor 

3.3. Entregando-se por amor 

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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Lição 12, Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

  

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 12.8-14

8 - ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. 9 - O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. 10 - Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. 11 - Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; 12 - alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; 13 - comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade; 14 - abençoai aos que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis.

12.8 EXORTA... REPARTE... PRESIDE... EXERCITA... MISERICÓRDIA. Trata-se, aqui, de dons espirituais.

(1) Exortar é a disposição, capacidade e poder dados por DEUS, para o crente proclamar a Palavra de DEUS de tal maneira que ela atinja o coração, a consciência e a vontade dos ouvintes, estimule a fé e produza nas pessoas uma dedicação mais profunda a CRISTO e uma separação mais completa do mundo (ver At 11.23; 14.22; 15.30-32; 16.40; 1 Co 14.3; 1 Ts 5.14-22; Hb 10.24,25).

(2) Repartir é a disposição, capacidade e poder, dados por DEUS a quem tem recursos além das necessidades básicas da vida, para contribuir livremente com seus bens pessoais, para suprir necessidades da obra ou do povo de DEUS (2 Co 8.1-8; Ef 4.28).

(3) Presidir ou liderar é a disposição, capacidade e poder dados por DEUS, para o obreiro pastorear, conduzir e administrar as várias atividades da igreja, visando ao bem espiritual de todos (Ef 4.11,12; 1 Tm 3.1-7; Hb 13.7,17, 24).

(4) Misericórdia é a disposição, capacidade e poder dados por DEUS para o crente ajudar e consolar os necessitados ou aflitos (cf. Ef 2.4)

 

12.9 ABORRECEI O MAL. Ver Hb 1.9

 

12.10 AMAI-VOS CORDIALMENTE UNS AOS OUTROS. Todos os que se dedicam a JESUS CRISTO pela fé, também devem dedicar mútuo amor uns aos outros, como irmãos em CRISTO (1 Ts 4.9,10), com afeição sincera, bondosa e terna. Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição espiritual dos nossos irmãos, sendo solidários e assistindo-os nas suas tristezas e problemas. Devemos preferir-nos em honra uns aos outros, i.e., devemos estar dispostos a respeitar e honrar as boas qualidades dos outros crentes (ver Jo 13.34,35).

 

 

Resumo da Lição 12, Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina

I - A SINGULARIDADE DO AMOR AGÁPE

1. Amor, um aspecto do fruto.

2. O amor agápe.

3. O amor agápe derramado em nós.

II - AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO

1. O amor a DEUS.

2. O amor a si mesmo.

3. O amor ao próximo.

III - SOB A TUTELA DO AMOR, REJEITEMOS AS OBRAS DAS TREVAS

1. Debaixo da tutela do amor.

2. Amor, antídoto contra o pecado.

3. O amor leva à obediência.

 

 

Resumo Rápido do Pr. Henrique

Lição 12, Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina

Introdução

Amor ágape é o amor perfeito que está em DEUS. Nós não produzimos este amor, ele se manifesta em nós através do ESPÍRITO SANTO. É uma manifestação sobrenatural. É a perfeição se manifestando no imperfeito.

O amor de DEUS é perfeito, já nosso amor tanto para com DEUS como para com as pessoas é imperfeito. O Amor perfeito de DEUS é uma das qualidades do fruto do ESPÍRITO, a primeira e a mais importante, somente após esse amor entrar em operação é que as outras qualidades se manifestarão.

Se nos deixarmos guiar ou conduzir pelo ESPÍRITO SANTO esse amor se manifestará trazendo salvação, curas, milagres, libertações etc. Tudo de bom que a presença de DEUS nos traz.

Em 1 Co 14.1, Paulo usa uma expressão muito significativa. A ARA traduz: “Segui o amor.” Mas o verbo que é traduzido por seguir é diõkein que significa perseguir, correr atrás. O amor cristão não é algo que simplesmente acontece; é algo que deve ser buscado, desejado, perseguido, algo que exige a oração e a disciplina do homem para obtê-lo. Longe de ser uma posse automática, e a realização suprema da vida. Pode-se até dizer que o amor cristão não é somente difícil; humanamente falando, é impossível. O amor cristão não é uma realização humana; faz parte do fruto do ESPÍRITO. É derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO. É, assim, chegamos a outra verdade a respeito deste amor cristão. Há um versículo magnífico na carta aos filipenses. Nele, a palavra “amor” propriamente dita não aparece, mas a ideia é a que está no centro do amor cristão. Paulo escreve, conforme diz a AV: “Anseio por todos vós nas entranhas de JESUS CRISTO” (Fp 1.8). Literalmente, isto significa: “Amo-vos com o próprio amor de CRISTO. Através de mim CRISTO vos ama. O amor que eu vos tenho não é outro senão o amor do próprio CRISTO.” Ágape tem a ver com a mente: não é simplesmente uma emoção que surge em nosso coração sem ser convidada; é um princípio segundo o qual vivemos deliberadamente. Ágape tem a ver, de modo supremo, com a vontade.

O amor Ágape é impossível a qualquer pessoa que não seja cristã. Ninguém pode pôr em prática a ética cristã até que se torne cristão.

Como agrupar os nove aspectos do fruto do ESPÍRITO SANTO?

Aspectos que tratam do nosso relacionamento com DEUS: amor, paz e alegria.

Aspectos que tratam do nosso relacionamento com o próximo: longanimidade, benignidade e bondade.

Aspectos que tratam do nosso relacionamento com nós mesmos: fidelidade, mansidão e domínio próprio.

 

I - A SINGULARIDADE DO AMOR AGÁPE

1. Amor, um aspecto do fruto.

O amor é o primeiro aspecto do fruto que encontramos em Gálatas 5.22. Em 1 Coríntios 13 encontramos uma apologia ao amor de DEUS derramado em nossos corações.

No grego podemos estudar alguns vocábulos para denominar o amor:

 

AMOR - Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009,

Em várias versões o substantivo utilizado é, frequentemente, “caridade״ (q.v.). O principal verbo hebraico para amor é ’aheb (aprox. 225 vezes no AT), embora ocorram 18 outras palavras de significado semelhante (menos de 30 ocorrências no total). A tradução usual da LXX de ’ aheb é agapao (195 vezes). As palavras gregas clássicas para amor variavam. (1) erao, eros, “desejo sexual, desejo passional״ (um substantivo na LXX por duas vezes; nunca utilizada como verbo; o mesmo ocorre no NT); (2) phileo, philia, “afeição por amigos ou parentes” (um substantivo na LXX por oito vezes; como verbo, 26 vezes; como substantivo no NT, uma vez; como verbo, 25 vezes); (3) philadelphia, “amor dos irmãos” (não na LXX; seis vezes no NT); (4) philanthropia, "amor pela humanidade” (uma vez na LXX; duas vezes no NT); (5) stergo, storge, “afeição, amor familiar" (não consta na LXX nem no NT, mas veja astorgos, Rm 1.31; 2 Tm 3.3; philostorgos, Rm 12.10); (6) agapao, Ágape (Lê-se Ágapi), agapetos (como substantivo na LXX 20 vezes; como verbo, cerca de 250 vezes; mais de 100 vezes como substantivo no NT: como verbo, cerca de 140 vezes; como adjetivo, mais de 60 vezes).

 

AMOR - Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi) - αγαπη - Amor - o Maior de todos - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay

Há a palavra Ágape. Aqui, temos pouca orientação com base no grego secular. O verbo correspondente agapan é bastante comum no grego secular, mas o substantivo Ágape quase nunca ocorre. Conforme diz R. C. Trench: “Ágape é uma palavra que nasce no seio da religião revelada.” E isto não é por acidente. Ágape é uma palavra nova que descreve uma qualidade nova, uma palavra que indica uma atitude nova para com os outros, uma atitude nascida dentro da comunidade, vinda de DEUS, e impossível sem a dinâmica cristã. Como, pois, devemos determinar o significado de Ágape? Podemos determinar melhor seu significado tendo por fundamento a maneira de o próprio JESUS falar dele. A passagem básica é Mt 5.43-48. Ali, JESUS insiste em que o amor humano deve seguir o padrão do amor de DEUS. E qual é a grande característica do amor de DEUS? DEUS faz vir chuvas sobre justos e injustos, e faz nascer o sol sobre maus e bons. Logo, o significado de Ágape é a benevolência invencível, a boa vontade que nunca é derrotada.

Ágape é o ESPÍRITO no coração que nunca procurará outra coisa senão o sumo bem do seu próximo. Não se importa com o tratamento que recebe do seu próximo, nem com a natureza dele; não se importa com a atitude do próximo para com ele, nunca procurará outra coisa a não ser o sumo bem do próximo, o melhor para ele. Quando se vê isto, imediatamente surgem algumas verdades vitais.

 

 

2. O amor ágape.

Perfeição só após o arrebatamento.

Nem Paulo se declarou perfeito.

 

3. O amor ágape derramado em nós.

Tudo começa com o amor de DEUS, porque DEUS é o DEUS de amor (2 Co 13.11). O amor cristão é o reflexo do amor de DEUS, e dele obtém seu padrão e poder. Este amor de DEUS é totalmente imerecido, porque a prova dele é que, enquanto ainda éramos pecadores, CRISTO morreu por nós (Rm 5.8). O Novo Testamento nunca poderia tolerar qualquer conceito de expiação que subentendesse ou sugerisse que qualquer coisa que JESUS fez mudou ou alterou a atitude de DEUS para com os homens; que, de alguma maneira, JESUS tenha transformado a ira de DEUS em amor. O processo inteiro da salvação tem seu início no amor de DEUS, não merecido por nós. Além disso, o amor de DEUS é um amor que produz e transforma. É aquele amor que, derramado no coração dos homens, produz as grandes qualidades da vida e do caráter cristãos (Rm 5.3-5). Há um amor humano que enfraquece a fibra moral do homem, que paralisa seu esforço, e que o retira da batalha da vida; mas o amor de DEUS é a dinâmica transformadora da vida cristã, produzindo no homem a paciência, a perseverança, a experiência e a esperança que o preparam-no para a vida. O amor de DEUS é um amor inseparável. Nada há no tempo nem na eternidade que pode separar o homem dele (Rm 8.35-39). Aqui, na realidade, temos um dos grandes argumentos para a vida após a morte. O amor e a perfeição do relacionamento entre duas personalidades, e o amor de DEUS oferece um relacionamento consigo mesmo que, pela própria natureza das coisas, nada pode quebrar ou interromper. O amor de DEUS é simplesmente um grande amor (Ef 2.4-7). E, de conformidade com esta passagem, o amor de DEUS é um grande amor por três razoes. Primeira: Ele nos amou enquanto estávamos mortos nos nossos pecados. Segunda, vivificou-nos para a novidade de vida. Terceira, ultrapassa o tempo e vai além da vida para os lugares celestiais.

 

II - AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO

1. O amor a DEUS.

O primeiro mandamento: amar a DEUS (v.30). Um escriba aproximou-se de JESUS e perguntou-lhe qual seria o “primeiro de todos os mandamentos” (Mc 12.28). O Mestre, serenamente, respondeu, citando Dt 6.5, que diz: “Amarás, pois, o SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder”.

a) “De todo o teu coração”. No Antigo Testamento, DEUS disse: “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3). Era um preceito, uma determinação legal. Nosso Senhor JESUS CRISTO, tomou esse preceito e o transportou para a esfera do amor. O Senhor não admitia nem admite que o crente tenha outro DEUS além dEle, em seu coração. Não se pode servir a DEUS com coração dividido. O amor a Ele devotado deve ser total, incondicional e exclusivo, verdadeiro e santo. É condição indispensável, inclusive, para poder encontrar a DEUS: “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração (Jr 29.13).

b) “De toda a tua alma”. A alma é a sede da emoções, dos sentimentos. Podemos dizer que é o centro da personalidade humana. O amor a DEUS deve preencher todas as emoções e sentimentos do cristão. Maria disse: “A minha alma engrandece ao Senhor” (Lc 1.46). O salmista adorou: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (Sl 103.1,2).

c) “De todo o teu entendimento”. Isso fala de compreensão, de conhecimento. Aquele que ama a DEUS de verdade, tem consciência plena desse amor, sendo, por isso, grato ao Senhor. É o culto racional (Rm 12.1b).

d) “De todas as tuas forças”. Certamente, o Senhor JESUS referia-se aos esforços espiritual, pessoal, emocional, e, muitas vezes, até físico, voltados para a adoração a DEUS. 

 

 

2. O amor a si mesmo.

Amor A Si Mesmo - A Dimensão Interior

O Amor a si mesmo reflete o amor de DEUS por nós

É importante ser ensinável, se submeter à sã doutrina. Mas há algumas coisas que nenhum ser humano pode ensinar. Há algumas crises que só o ESPÍRITO SANTO pode levar à uma saída. Às vezes inexistem respostas em lugar algum da mente humana, e então o ESPÍRITO SANTO precisa nos ensinar como sair da crise! Necessitamos voltar-nos para o nosso interior, e bloquear todas as vozes e as falas exteriores. Eis a prova:

 

“...a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine...” (I João 2:27).

“...a loucura de DEUS é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de DEUS é mais forte do que os homens” (I Coríntios 1:25).

As coisas que DEUS deseja fazer por nós ainda nem sequer chegaram à mente dos conselheiros sábios do mundo.

“...nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que DEUS tem preparado para aqueles que o amam” (I Coríntios 2:9).

Elas são reveladas pelo ESPÍRITO em nós!

“...DEUS no-lo revelou pelo ESPÍRITO...”

Se aquilo que DEUS preparou para nós ainda “nem penetrou na mente humana”, como alguém poderá me dizer algo que não sabe?

“Porque qual dos homens sabe as cousas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as cousas de DEUS, ninguém as conhece, senão o ESPÍRITO de DEUS” (I Coríntios 2:11).

Não estou contra o cristão buscar bom aconselhamento. Não estou contra a psicologia cristã. Mas nenhuma delas vale sequer mencionar, a menos que leve a pessoa à esta verdade absoluta: nenhum outro ser humano pode ser a sua fonte de felicidade e paz!

Os que se apoiam nos braços da carne cavam poços que não aguentam um teste. Estão sempre precisando de alguém para lhes derramar um conselho, mas não o retém. São cisternas rotas.

“Não sabeis que sois santuário de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?” (I Coríntios 3:16).

“Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio...” (Gal. 5:22).

“é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe (em nós) e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).

“em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o SANTO ESPÍRITO da promessa, o qual é o penhor da nossa herança, até o resgate da sua propriedade...” (Efésios 1:13,14).

Você está pronto para receber essa verdade e agir baseado nela? O que foi que acabamos de ler? Ele está em você: para consolar, para guiar, para guiar à toda a verdade; para lhe mostrar as coisas que virão; para lhe vivificar; para lhe ajudar em suas enfermidades; para lhe ajudar a entender todas as coisas que DEUS graciosamente lhe concedeu; para lhe trazer alegria, amor, paz, paciência, bondade, domínio próprio; para lhe dar tudo que foi prometido a um filho de DEUS; para lhe recompensar por sua diligência; para lhe assegurar liberdade; para lhe prover acesso ao Pai; para lhe levar a um lugar de repouso suave e de verdade.

 

2- O Pecado impede que a pessoa ame a si mesma

O pecado faz divisão entre nós e DEUS, causa o efeito "Falta de confiança para falar com DEUS ou ouvir DEUS falando conosco". A fé fraqueja no momento mais difícil e de precisão da alma que anseia pela comunhão, mas sucumbe na dúvida.

 

Relação entre as três dimensões do amor ágape

Há uma distinção entre ágape e as outras qualidades do amor, sempre integradas uma à outra e presentes em toda experiência do amor. Pelo seu caráter transcendente, ágape não pode ser experimentada como força vital, senão através das outras e especialmente do eros. Contudo, em todas as decisões morais, ágape deve ser o elemento determinante, pois é ligado à justiça e transcende a finitude do amor humano. Sozinha, ágape se tornaria moralista e legalista. Mas sem ágape, o amor perderia a sua seriedade. Contudo, não vimos uma ordem hierárquica entre as qualidades do amor, a não ser em relação à ágape.

O fruto do ESPÍRITO é como uma linda flor que se abre com uma chave chamada AMOR; é só a partir do Amor que conhecemos as outras qualidades do fruto do ESPÍRITO em nós implantado, no instante em que aceitamos a CRISTO como nosso Senhor e Salvador.

 

Como vimos, o amor não pode por um lado ser um tema abandonado, nem por outro, um discurso isolado. Se somos cristãos de fato, a mais autêntica cristologia bíblica deverá acompanhar esta amor e a importância dada aos demais mandamentos da lei de DEUS deverá testemunha de nossa fidelidade (ou adesão) ao Bem Maior, que é CRISTO JESUS. Não amamos porque somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. Não cumpriremos a lei para fazer-nos “justos”, mas porque ele nos justificou com sua justiça. Não brilharemos porque temos luz própria, mas porque refletimos o sol da justiça.

 

3. O amor ao próximo.

O amor ao próximo se demonstra com ações. 

De que valeria a nosso semelhante um amor de indicações?

Is 56.6 Acaso não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?7 Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?8 Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda.9 Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;10 e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.11 O Senhor te guiará continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham.

 

O segundo mandamento – amar ao próximo (v.31). JESUS, complementando a resposta ao escriba, acrescentou que o segundo mandamento, semelhante ao primeiro, é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, concluindo que “Não há outro mandamento maior do que este”. Os judeus, a exemplo dos orientais em geral, não valorizavam muito o amor ao próximo. O evangelho de CRISTO trouxe nova dimensão ao amor às pessoas. Paulo enfatiza isso, dizendo : “porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8b); “O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor (Rm 13.10).

 

AMOR FRATERNAL (Dicionário Wycliffe)

O termo grego “philadelphia” foi traduzido com este sentido tanto em 2 Pedro 1.7 quanto em outras passagens (1 Pe 1.22; Rm 12.10; 1 Ts 4.9; Hb 13.1). A conotação bíblica de "philadelphia" não é simplesmente a do amor pelos irmãos de sangue, como em todos os escritos pagãos primitivos, mas de amor por uma fraternidade mais ampla, a dos verdadeiros crentes (cf. Arndt). Aqueles que, através da fé em CRISTO, foram adotados passando a ter uma filiação Divina (Jo 1.12) tornam-se, necessariamente, irmãos em seu relacionamento mútuo (Mt 23.8; Rm 8.17; Ef 4.15,16; considere o sentido de “vizinho” ou “próximo” no AT, por exemplo, em Lv 19.17). Assim, o amor fraternal se toma um elemento indispensável (1 Jo 4.20) no crescimento cristão na santificação (2 Pe 1.7) que se mostra com harmonia (At 2.46; Rm 12.16), sinceridade (1 Pe 1.22), afeição e estima pelos seus companheiros discípulos (Rm 12.10; cf. Gl 6.10; e em Lv 19.34 para outros também), e é mantido com zelo (Hb 13.1; 1 Pe 1.22). Ao testemunhar essa especial abnegação, os pagãos podiam apenas exclamar, "Vejam como eles amam uns aos outros!” (Tertuliano , Apologéticus, cf. Jo 13.35).

 

III - SOB A TUTELA DO AMOR, REJEITEMOS AS OBRAS DAS TREVAS

1. Debaixo da tutela do amor.

COMO JESUS TRATOU AS PESSOAS COMUNS (Como JESUS Tratava as pessoas)

Você já participou do jogo "siga-o-líder" quando era criança? E ao brincar nesse jogo, você alguma vez se encontrou entrando numa piscina com todas as roupas, caminhando através de um lodaçal ou pulando do alto do telhado da garagem? Se já, provavelmente você aprendeu a questionar seriamente o jogo!

Os carneiros são notórios por seguirem o líder. Em um matadouro na cidade de Nova Iorque um bode foi treinado para ser o líder. Seu nome era Judas. Ele ia entrando pelo portão tão logo este se abria e todos os carneiros o seguiam cegamente. No último minuto, o bode escapava através de um pequeno portão lateral e os carneiros continuavam rumo ao seu destino, enquanto o bode voltava para conduzir outro grupo.

Uma das menores parábolas, contadas por JESUS é sobre o assunto dos perigos do jogo "siga-o-líder" no sentido espiritual. Ela se encontra em S. Lucas 6:39 e 40.

"Propôs-lhes também uma parábola: Pode porventura um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco? O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre."

Frequentemente, JESUS compara Seus seguidores a ovelhas, e somos convidados a seguir para onde Ele nos conduz. Assim, o problema não está em seguir, mas com quem está liderando você. Nos dias de CRISTO, os fariseus e saduceus eram aceitos como líderes pela vasta maioria do povo comum. Como notamos os fariseus eram os tradicionalistas, os conservadores; e os saduceus eram os liberais. Ambos eram legalistas, porque ambos os grupos dependiam de seus próprios esforços para garantir a salvação. E as pessoas seguiam seus líderes - seus cegos líderes - e no final uniram-se a eles, rejeitando a JESUS.

É trágico o fato de que o povo raramente se eleva acima de seus ministros, professores ou líderes. O povo judeu pereceu como nação porque eles seguiram seus líderes no erro. Eles não pesquisaram as Escrituras por si mesmos e não decidiram por si mesmos o que era a verdade. Isso não é um grande perigo para nós hoje? Quão fácil é simplesmente seguir, em vez de estudar, pesquisar e orar por nós mesmos para conhecermos a voz do verdadeiro Pastor.

Um outro texto semelhante, concernente a seguir líderes, encontra-se em S. Mateus 15:13 e 14. Isto ocorreu exatamente após JESUS ter dito algumas coisas duras aos líderes religiosos daqueles dias e Seus discípulos Lhe perguntaram: Você sabe que os fariseus ficaram ofendidos quando ouviram o que o Senhor disse? Então JESUS "respondeu: Toda planta que Meu Pai celeste não plantou, será arrancada. Deixai-os: são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco". Aparentemente é possível encontrar líderes, mesmo em comunidades religiosas, que não foram plantados pelo Senhor. Nem todos os que são externamente membros do corpo de CRISTO são árvores de justiça. E o tempo virá, quando aqueles que não são plantados pelo Senhor serão arrancados.

Eu gostaria de fazer aqui uma declaração: quando falamos hoje sobre seguir os líderes, não estamos falando exatamente dos que dirigem a igreja de um local específico. A prática de seguir o líder não está limitada às sedes da igreja. Isto não é de maneira nenhuma uma crítica ou censura à direção da igreja. As pessoas escolhem seus próprios líderes - dependendo de como desejam viver, e você pode sempre encontrar alguém em algum lugar que lhe indicará a direção que você deseja seguir. DEUS tem ordenado a liderança como meio de guiar em Sua obra e em Sua igreja. A liderança tem um propósito e uma função válidos. O ponto aqui é que é perigoso seguir qualquer um cegamente.

Segundo pesquisas e estatísticas disponíveis, apenas uma entre quatro ou cinco pessoas na igreja hoje está gastando algum tempo em comunhão pessoal e estudo da Palavra de DEUS. Se este é o caso, então temos hoje, também, um grande número de seguidores cegos. Assim, não vamos apenas olhar para isso como uma lição da história, mas ver onde podemos nos beneficiar das lições que JESUS tentou ensinar ao grande número de seguidores cegos de Seus dias.

Assim, foi nessa situação que JESUS apresentou a parábola de que é possível seguir um líder diretamente para dentro da cova. Por que era assim? Qual era o problema com o povo comum, as multidões que seguiam, que o faziam tão facilmente enganados?

Primeiro, eles não estavam convertidos. Eles nunca haviam experimentado a obra sobrenatural do ESPÍRITO SANTO no coração humano. A atitude deles para com DEUS não havia mudado. Eles nunca haviam permitido que DEUS lhes desse uma nova capacidade que eles não possuíam de conhecê-Lo. Eles gastavam pouco tempo em buscar pessoalmente a DEUS porque nem mesmo tinham tal capacidade. Nos dias de CRISTO, eles amarravam pedacinhos da Escritura ao redor dos punhos e da cabeça, em vez de colocá-los no coração. Todas as suas atividades religiosas se centralizavam no ego. Eles se sentiam satisfeitos com uma religião externa e aceitavam as formas e cerimônias, mas o coração se mantinha intocado pela graça de DEUS.

Essas pessoas não tinham relacionamento com DEUS. Eram vítimas da salvação pelas obras e o motivo de seus exercícios e padrões religiosos era garantir bênçãos temporais. Eles gostavam de a idéia dos gafanhotos pararem e não cruzarem a cerca daqueles que pagavam seus dízimos. Eles estavam interessados no Céu e na oferta de viver para sempre. Ficaram impressionados pelos pães e peixes - e as doenças que foram banidas por poucas e suaves palavras de JESUS. Mas, em S. João 6, quando JESUS falou do pão da vida, eles ficaram decepcionados e disseram: "Duro é este discurso, quem o pode ouvir?" Verso 60.

As pessoas nos dias de JESUS O aceitavam apenas de maneira limitada. Eles estavam dispostos a aceitá-Lo como um grande Mestre. Estavam dispostos a aceitá-Lo como um operador de milagres. Estavam dispostos a crer que Ele era um profeta. Porém, eles se recusavam a aceitá-Lo como Salvador, Senhor ou DEUS. Sua limitada aceitação terminou em total rejeição.

As pessoas tinham problemas em aceitar o ESPÍRITO de Profecia. Você encontra isso em S. Lucas 16:19-31, onde JESUS usa uma bem conhecida fábula romana para ensinar várias verdades - e a condição da raça humana após a morte Não é uma delas! Porém o homem rico, como você se lembra estava em tormento, e pediu que Lázaro, o mendigo, fosse enviado para falar a seus cinco irmãos e os advertir da mesma sorte. "Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os profetas; ouçam- nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém (entre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos." Versos 29-31.

Pouco tempo depois, alguém foi ressuscitado dentre os mortos e seu nome era Lázaro! Eles não apenas se recusaram a aceitar essa evidência, mas conspiraram para matar tanto JESUS como Lázaro, a quem Ele havia ressuscitado. Assim, essas pessoas enfrentaram dificuldades com Moisés e os profetas.

Em S. Mateus 23, é dito que eles adornavam os túmulos dos profetas, e no entanto, eram os filhos daqueles que haviam matado os profetas, tanto em espírito quanto em linhagem. Paulo fala sobre isto em Atos 13:26 e 27. Aqui Paulo está pregando:

"Irmãos, descendência de Abraão... Pois os que habitavam em Jerusalém, e as suas autoridades, não conhecendo a JESUS nem os ensinos dos profetas que se leem todos os sábados, quando O condenaram cumpriram as profecias. " Eles liam cada sábado os escritos dos profetas, mas não aceitavam ou compreendiam o que liam.

Estêvão disse isso em Atos 7:51-53:

"Homens de dura cerviz e. incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao ESPÍRITO SANTO, assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis. Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos, vós que recebestes a lei por ministério de anjos, e não a guardastes."

Aquilo foi demais para as pessoas ali, e eles se lançaram sobre Estêvão, arrastaram-no para fora da cidade e um jovem chamado Saulo permaneceu ali coletando as vestes, enquanto as pedras começavam a voar. Porém, Estêvão olhando para o céu, teve uma visão de JESUS, em pé à destra do Pai. Eu sempre gostei dessa história. JESUS não ia enfrentar isso assentado! Ele estava em pé ao lado de Estêvão e Estêvão morreu em paz, orando por seus inimigos. Mas ele havia falado a verdade sobre aquelas pessoas. Eles professavam aceitar e reverenciar os profetas, mas na realidade rejeitavam tanto os profetas quanto Aquele anunciado pelos profetas.

Isto é evidenciado também no relacionamento deles com João Batista. Em S. Mateus 21, os líderes religiosos se encontraram numa situação difícil, porque JESUS os havia questionado sobre como eles consideravam João Batista. E eles se recusaram a responder, porque sabiam que as pessoas criam que João era um profeta. Porém, eles deram a João Batista apenas uma limitada aceitação, pois não aceitaram a JESUS como Aquele a quem João Batista havia indicado.

JESUS tentou contar às pessoas comuns que eles não precisavam de líderes? Não. Há um propósito para a liderança. Contudo, é propósito da liderança colocar a verdade nas mãos das pessoas sem lhes perguntar nada? Não! O propósito dos líderes, professores e pregadores é encorajar e motivar as pessoas a compreenderem a verdade, buscando e pesquisando por si mesmas. Um velho adágio afirma: "Dê a um homem um peixe e você vai alimentá-lo por um dia. Ensine-o a pescar e vai alimentá-lo por toda a vida." Não sei se essa você poderia chamar de uma ilustração vegetariana, mas apesar disso é boa.

Paulo ensinou a verdade? Certamente que sim. JESUS ensinou a verdade? Sim. Seus discípulos ensinaram a verdade? Sim. E os bereanos conferiram isso para ver se era verdade - e foram elogiados por seu discernimento. JESUS não pedia às massas que O seguissem cegamente. Ele não pede a ninguém que O siga cegamente. Contudo, Ele pediu-lhes que O seguissem.

A maioria das pessoas comuns nos dias de CRISTO não aceitaram. Mas houve exceções, e elas nos dão hoje, coragem e inspiração.

Nem todos aqueles no meio da multidão eram inconstantes. Nem todos uniam-se àqueles que cantaram Seu louvor na entrada triunfal e poucos dias depois gritaram: "Crucifica-O!" A mulher no poço estava buscando alguma coisa para satisfazer a alma. Ela aceitou a JESUS como o Messias e convenceu uma cidade toda de Seu valor. Lázaro, um trabalhador comum, sem distinção na sinagoga, por ocasião de seu primeiro encontro com JESUS, amou-O com um amor que nunca se atrofiou. O ladrão na cruz voltou a cabeça em meio à dor e gritou: "Senhor, lembra-Te dê mim!" Estou feliz e alegre pelas exceções, e você?

Podemos hoje unir-nos às exceções, como fizeram os discípulos no final do discurso de JESUS em S. João 6. As multidões estavam se retirando e JESUS perguntou: Estão vocês se retirando também? Veja verso 67. Você não quer se unir aos discípulos e dizer, como eles: "Senhor para quem iremos? Tu tens as palavras de vida!" Verso 68. Crer em JESUS não era popular. Isso não era comum, que as multidões continuassem seguindo a JESUS quando Ele esteve aqui - e ainda não é. Mas eu gostaria de convidá-lo a uma dupla experiência que o impedirá de seguir cegamente a qualquer um e ser malconduzido.

Primeiro, um relacionamento com JESUS por si mesmo. Segundo, uma compreensão inteligente da verdade na qual tal relacionamento está baseado. Ambas são igualmente importantes. Uma semana outra não funciona. Entretanto, podemos aceitar hoje o privilégio de conhecer a JESUS e a verdade por nós mesmos, bem como buscá-Lo em Sua Palavra e através da oração. E podemos continuar a procurá-Lo até que Ele venha novamente.

 

2. Amor, antídoto contra o pecado.

A oposição ao pecado é outro atributo ou característica do verdadeiro amor a DEUS.

Esse atributo com certeza está implícito na própria essência e natureza da benevolência. A benevolência é ter boa vontade ou desejar o máximo bem do ser como um fim. Ora, nada no universo destrói mais esse bem que o pecado. A benevolência não pode senão opor-se para sempre ao pecado, como algo abominável a que necessariamente odeia. E absurdo e contraditório afirmar que a benevolência não se opõe ao pecado. DEUS é amor ou benevolência. Ele deve, portanto, ser o oponente inalterável do pecado — de todo pecado, e toda forma e grau.

Mas há um estado, tanto do intelecto como da sensibilidade, muitas vezes confundido com a oposição da vontade ao pecado. A oposição a todo pecado é e deve ser um fenômeno da vontade e só por essa base torna-se virtude. Mas ela muitas vezes existe como um fenômeno do intelecto e igualmente da sensibilidade. O intelecto não pode contemplar o pecado sem desaprová-lo. Essa desaprovação é com frequência confundida com a oposição do coração ou da vontade. Quando o intelecto desaprova com veemência e denuncia o pecado, existe natural e necessariamente um sentimento correspondente de oposição a ele na sensibilidade, um sentimento de aversão, de ódio, de repugnância. Isso é amiúde confundido com a oposição da vontade ou coração. Isso é manifesto pelo fato de que com frequência os pecadores mais notórios manifestam forte indignação diante da opressão, injustiça, falsidade e muitas outras formas de pecado. Esse fenômeno da sensibilidade e do intelecto, conforme eu disse, é muitas vezes confundido com uma oposição virtuosa ao pecado, o que não pode ser, a menos que implique um ato da vontade.

Mas deve-se lembrar que a oposição virtuosa ao pecado é uma característica do amor a DEUS e ao homem, ou seja, a benevolência. Não é possível essa oposição ao pecado coexistir com algum grau de pecado no coração. Ou seja, essa oposição não pode coexistir com uma escolha pecaminosa. A vontade não pode ao mesmo tempo opor-se ao pecado e cometê-lo. Isso é impossível, e a suposição implica uma contradição. A oposição ao pecado como um fenômeno do intelecto ou da sensibilidade pode existir; em outras palavras, o intelecto pode desaprovar com veemência o pecado, e a sensibilidade pode sentir-se profundamente contrária a certas formas dele, enquanto, ao mesmo tempo, a vontade pode apegar-se à indulgência consigo mesma em outras formas. Esse fato sem dúvida responde pelo engano corriqueiro de que podemos, ao mesmo tempo, exercer uma oposição virtuosa ao pecado e ainda continuar a cometê-lo.

Muitos estão, sem dúvida, labutando sob esse engano fatal. Eles estão cônscios não só de uma desaprovação intelectual do pecado em certas formas, mas também, às vezes, de fortes sentimentos de oposição a ele. E mesmo assim também estão cônscios de continuar a cometê-lo. Assim, concluem que possuem neles um princípio de santidade e um princípio de pecado, que são em parte santos e em parte pecadores ao mesmo tempo. A oposição intelectual e emocional deles, supõem-na uma oposição santa quando, sem dúvida, é apenas tão comum no Céu e, até, mais que na Terra, uma vez que o pecado é mais descoberto ali do que o é em geral aqui.

Mas agora pode surgir a pergunta: como é possível o intelecto e a sensibilidade estarem em oposição ao pecado e, ainda assim, perseverar-se nele? Que motivo a mente pode ter para uma escolha pecaminosa quanto levada a ela não pelo intelecto nem pela sensibilidade? A filosofia desse fenômeno exige explicação. Vamos nos dedicar a ela.

Sou um agente moral. Meu intelecto necessariamente desaprova o pecado. Minha sensibilidade está tão ligada ao meu intelecto, que simpatiza com ele ou é afetada por suas percepções e julgamentos. Eu considero o pecado. Eu necessariamente o desaprovo e o condeno. Isso afeta minha sensibilidade. Eu o detesto e abomino. Ainda assim, o cometo. Ora, a que se deve isso? O método usual o atribui a uma depravação na própria vontade, um estado decaído ou corrompido da faculdade, de modo que persevera na escolha do pecado pelo próprio pecado. Ainda que desaprovado pelo intelecto e abominado pela sensibilidade, ainda assim, dizem, é a depravação inerente da vontade que é pertinaz em apegar-se ao pecado apesar de tudo e continuará a fazê-lo até que tal faculdade seja renovada pelo ESPÍRITO SANTO e uma tendência ou inclinação santa seja inculcada na própria vontade.

Mas há um engano crasso. Para ver a verdade nesse assunto, é de grande importância inquirir o que é pecado. Todos aceitam que o egoísmo é pecado. Comparativamente poucos parecem compreender que o egoísmo é a totalidade do pecado, que toda forma de pecado pode resumir-se em egoísmo, exatamente como toda forma de virtude pode resumir-se em benevolência. Não é meu propósito agora mostrar que o egoísmo é a totalidade do pecado. Por enquanto é suficiente tomar a admissão de que o egoísmo é pecado. Mas que é egoísmo? É a escolha da gratificação própria como um fim. E a preferência de nossa própria gratificação à custa do máximo bem da existência universal. A gratificação própria é o fim supremo do egoísmo. Essa escolha é pecaminosa. Ou seja, a moral dessa escolha egoísta é pecado. Ora, em caso algum nosso pecado é ou pode ser escolhido por si ou como um fim. Sempre que algo é escolhido para gratificar a si próprio não é escolhido porque a escolha é pecaminosa; mesmo assim, é pecaminosa. Não é o caráter pecaminoso da escolha em que a preferência se fixa como um fim ou por si, mas a gratificação trazida pelo objeto escolhido. Por exemplo, furtar é pecado. Mas a vontade, no ato de furtar, não almeja nem termina no caráter pecaminoso do furto, mas no ganho ou gratificação esperada do objeto furtado. A bebedeira é pecaminosa, mas o bêbado não intenta ou escolhe o pecado por si ou como um fim. Ele não escolhe a bebida forte porque a escolha é pecaminosa, mas, mesmo assim, ela é. Escolhemos a gratificação, mas não o pecado, como um fim. Escolher a gratificação como um fim é pecado, mas o pecado não é o objeto da escolha. Nossa mãe, Eva, comeu o fruto proibido. Esse ato foi pecaminoso. Mas o objeto escolhido ou intentado não foi o pecado de comer, mas a gratificação que a fruta daria. O pecado não é e não pode ser escolhido como um fim em si, em caso algum. O pecado é só a qualidade do egoísmo. O egoísmo é a escolha, não do pecado como um fim ou por si, mas da gratificação própria; e essa escolha da gratificação própria como um fim é pecaminosa. Ou seja, a qualidade moral da escolha é pecado. Dizer que o pecado é ou pode ser escolhido por si é mentiroso e absurdo. E o mesmo que dizer que uma escolha pode terminar num elemento, qualidade ou atributo de si mesmo; que o objeto escolhido é de fato um elemento da própria escolha.

Mas dizem que os pecadores às vezes têm consciência de escolher o pecado por si ou porque é pecado; que eles possuem um estado mental tão maldoso, que amam o pecado por si; que "rolam o pecado como uma guloseima doce sob a língua"; que "engolem os pecados do povo de DEUS como se comessem pão" (SI 14.4), ou seja, que amam os próprios pecados e os pecados dos outros, como amam a comida que lhes é necessária e os escolhem por esse motivo ou exatamente como escolhem a comida, que não só pecam com ânsia, mas também têm prazer nos que fazem o mesmo. Ora, tudo isso pode ser verdade, mas não desaprova de modo algum a posição que eu tomei, a saber, que o pecado jamais é e jamais pode ser escolhido como um fim ou por si. O pecado pode ser buscado e amado como um meio, mas jamais como um fim. A escolha da comida servirá de ilustração. A comida jamais é escolhida como um fim último; ela jamais pode ser escolhida desse modo. Ela é sempre um meio. E a gratificação ou a utilidade dela, de algum ponto de vista, que constitui a razão de escolhê-la. A gratificação é sempre o fim pelo qual o homem egoísta come. Aquilo que ele busca pode não ser única ou principalmente o prazer momentâneo de comer. Mas, apesar disso, se for egoísta, terá em vista a própria gratificação como um fim. Pode ser que não tenha em vista tanto uma gratificação presente, mas uma gratificação remota. Assim, ele pode escolher um alimento que lhe dê saúde e força para buscar alguma gratificação distante, a aquisição de bens ou outra coisa que lhe trará gratificação.

Pode acontecer de um pecador chegar a um estado de rebelião contra DEUS e o universo, de caráter tão temerário que tenha prazer em desejar, fazer e dizer coisas pecaminosas só porque são pecaminosas e desagradáveis para DEUS e para os seres santos. Mas, mesmo nesse caso, o pecado não é escolhido como um fim, mas como um meio de gratificar esse sentimento maldoso. E, afinal, a gratificação própria escolhida como um fim, não o pecado. O pecado é o meio e a gratificação própria, o fim.

Ora, estamos prontos para compreender como pode ocorrer de o intelecto e a sensibilidade estarem muitas vezes contra o pecado e, mesmo assim, a vontade apegar-se à indulgência. Um bêbado considera o caráter moral da bebedeira. Ele condena instantânea e necessariamente a abominação. Sua sensibilidade simpatiza com o intelecto. Ele detesta o caráter pecaminoso de beber bebida forte e detesta a si mesmo por isso. Ele tem vergonha e, fosse possível, cuspiria no próprio rosto. Ora, nesse estado, com certeza seria absurdo supor que poderia escolher o pecado de beber, como um fim, por si. Isso seria escolhê-lo por um motivo impossível e não por motivo algum. Mesmo assim, ele pode escolher continuar sua bebedeira, não por ser pecado, mas mesmo assim é pecado. Pois embora o intelecto condene o pecado de beber bebida forte, e a sensibilidade deteste o caráter pecaminoso da indulgência, entretanto ainda existe um apetite tão forte, não pelo pecado, mas pelo álcool, que ele busca a gratificação, apesar de ser pecaminoso. Assim é e assim deve ser em todos os casos em que o pecado é cometido diante das queixas do intelecto e da abominação da sensibilidade. A sensibilidade detesta o pecado, mas deseja com maior vigor o objeto escolhido, o qual é pecaminoso. A vontade não ser egoísta presta obediência ao impulso mais forte da sensibilidade, e o fim escolhido não é, em caso algum, o caráter pecaminoso do ato, mas a gratificação própria. Aqueles que supõem que essa oposição do intelecto ou da sensibilidade seja um princípio santo estão fatalmente enganados. É esse tipo de oposição ao pecado que com frequência se manifesta entre homens perversos e que os leva a creditarem para si uma bondade ou virtude, sem possuir um átomo sequer disso. Esses não se considerarão moral e totalmente depravados, enquanto tiverem consciência de possuir dentro de si tamanha hostilidade para com o pecado. Mas eles devem compreender que essa oposição não vem da vontade, pois então não conseguiriam prosseguir no pecado; ela é um puro estado involuntário da mente, não possuindo qualquer caráter moral. Deve-se lembrar, portanto, que uma oposição virtuosa ao pecado é sempre e necessariamente um atributo da benevolência, um fenômeno da vontade; e que é naturalmente impossível que essa oposição da vontade coexista com a comissão do pecado.

Uma vez que essa oposição ao pecado está claramente implicada e é um atributo essencial da benevolência ou do verdadeiro amor a DEUS, segue-se que a obediência à lei de DEUS não pode ser parcial, no sentido de amarmos a DEUS e pecarmos ao mesmo tempo.

 

3. O amor leva à obediência.

É um amor obediente. Repetidas vezes o NT preconiza que a única maneira de podermos comprovar que amamos a DEUS é oferecendo-Lhe nossa obediência incondicional (Jo 14.15, 21, 23, 24; 13.35; 15.10;

1 Jo 2.5; 5.2, 3; 2 Jo 6). A obediência é a prova final do amor. A obediência a DEUS e a ajuda amorosa prestada aos homens são duas coisas que comprovam o nosso amor.

A equação de amor e obediência também é repetida (Jo 14.15,21; 1 Jo 4.21-5.3). O amor não é um mero sentimento, mas uma entrega pessoal e voluntária que conduz à submissão.

 

Conclusão:

Existe uma singularidade no amor Ágape, amor, um aspecto do fruto, o amor Ágape é derramado em nós pelo ESPÍRITO SANTO, Devemos amar a DEUS e ao próximo, Amor vertical, horizontal e a nós se resume em o amor a DEUS, o amor ao próximo e o amor a si mesmo, sob a tutela do amor rejeitemos as obras das trevas, vivamos debaixo da tutela do amor. Amor é antídoto contra o pecado, o amor leva à obediência.

 

 

 

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMAS CORREÇÕES DO Pr. Luiz Henrique

 

Exortações a todos os membros da igreja, Rm 12.9-21

9 O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. 10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. 11 No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; 12 regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; 13 compartilhai (ativamente) as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade (incansavelmente); 14 abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. 15 Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. 16 Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos (Pv 3.7). 17 Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem (Pv 3.7,27; 17.13) perante todos os homens; 18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; 19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas daí lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. 20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça (Pv 25.21,22). 21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

 

 

João 3.16

16 Porque DEUS amou o mundo (apresenta o tipo de amor a DEUS) , que deu o seu Filho Unigênito (o entregou à Cruz, por isso é que ele tomou para redimir a humanidade) , para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna.

 

3.16 DEUS AMOU O MUNDO DE TAL MANEIRA. BEP - CPAD - João 3.16 revela o coração e o propósito de DEUS para com a humanidade. (1) O amor de DEUS é suficientemente imenso para abranger todos os homens, i.e., "o mundo" (cf. 1 Tm 2.4). (2) DEUS "deu" seu Filho como oferenda na cruz por nossos pecados. A expiação procede do coração amoroso de DEUS. Não foi algo que Ele foi obrigado a fazer (1 Jo 4.10; Rm 8.32). (3) Crer (gr. pisteuo) inclui três elementos principais: (a) plena convicção de que CRISTO é o Filho de DEUS e o único Salvador do perdido pecador; (b) comunhão com CRISTO pela nossa auto submissão, dedicação e obediência a Ele (cf. João 15.1-10; ver 14.21; Jo 15.4); (c) plena confiança em CRISTO de que Ele é capaz e quer conduzir o crente à salvação final e à comunhão com DEUS no céu (ver o estudo FÉ e GRAÇA, p. 1704). (4) "Perecer" é a quase sempre esquecida palavra em 3.16. Ela não se refere à morte física, mas à pavorosa realidade do castigo eterno no inferno (Mt 10.28). (5) "Vida eterna" é a dádiva que DEUS outorga ao homem quando este nasce de novo (ver o estudo A REGENERAÇÃO). "Eterna" expressa não somente a perpetuidade da nova vida, mas também a qualidade desta vida, como a de DEUS; uma vida que liberta o homem do poder do pecado e de Satanás, e que o afasta daquilo que é puramente terreno para que ele conheça a DEUS (cf. João 8.34-36; ver 17.3)

 

 

AMOR - Dicionário Strong em português

Amor - אהב ’ahab ou אהב ’aheb

1) amar

1a) (Qal)

1a1) amor entre pessoas, isto inclui família e amor sexual

1a2) desejo humano por coisas tais como alimento, bebida, sono, sabedoria

1a3) amor humano por ou para DEUS

1a4) atitude amigável

1a4a) amante (particípio)

1a4b) amigo (particípio)

1a5) o amor de DEUS pelo homem

1a5a) pelo ser humano individual

1a5b) pelo povo de Israel

1a5c) pela justiça

1b) (Nifal)

1b1) encantador (particípio)

1b2) amável (particípio)

1c) (Piel)

1c1) amigos

1c2) amantes (fig. de adúlteros)

2) gostar

 

AMOR - Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi) - αγαπη - Amor - o Maior de todos - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay

O alvo necessário de todos os escritores sobre a ética da vida virtuosa é pintar em palavras o retrato do homem bom. Em outras palavras: a tarefa contínua do mestre da ética é expor os vários ingredientes na receita da bondade. É isto que Paulo faz em Gálatas 5.22, 23 quando alista as grandes qualidades do fruto do ESPÍRITO - amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. É inevitável que o amor fique no início da lista, porque DEUS é amor (I João 4.8) e, portanto, necessariamente, o maior destes é o amor ( 1 Co 13.13).

O amor é o vínculo da perfeição, o vínculo perfeito, que liga tudo numa harmonia perfeita (Cl 3.14), é o amor e em si mesmo o cumprimento da lei (Rm 13.10).

Devemos começar definindo os nossos termos. Há momentos em que o português, em comparação com o grego, é um idioma pobre. Diz-se que, em gaulês, se um jovem ama uma moça, há vinte maneiras diferentes para ele lhe dizer isso! Nós temos uma só palavra para “ amar” ’ e esta palavra tem que servir para expressar muitos sentimentos. Mas o grego tem quatro palavras para “amar.”

(i) Há a palavra Eros. É caracteristicamente a palavra para o amor entre os sexos, o amor de um rapaz para com uma jovem; sempre há um lado predominantemente físico, e sempre envolve o amor sexual. Aristóteles diz que erõs sempre começa com o prazer dos olhos, que ninguém se apaixona sem primeiramente ficar encantado pela beleza, e que o amor não é amor, a não ser que se anseie pelo amado quando ele está ausente, desejando ardentemente a sua presença (Aristóteles: Ética a Nicômaco 9.4.3). Epíteto descreve este tipo de amor como uma compulsão da paixão (Discursos 4.1.147). Esta palavra não aparece no NT em lugar algum, não porque o NT despreza ou rejeite o amor físico, mas porque, já nos tempos do NT, esta palavra passara a ser ligada com a concupiscência mais do que com o amor. Eros, conforme alguém já disse, é o amor ainda sem conversão. Atração sexual.

(ii) Há a palavra philia. Esta é a palavra mais nobre no grego secular para expressar o amor. Descreve um relacionamento caloroso, íntimo e tenro do corpo, mente e espírito. Inclui o lado físico do amor, pois o verbo philein pode significar beijar ou acariciar, mas inclui muita coisa a mais. Até mesmo nesta palavra há algo que falta. “O amor não é o amor” , disse Shakespeare, “que se altera quando descobre uma alteração.” Mas philia, como todas as coisas humanas, pode alterar-se. Aristóteles escreve: “O prazer do amante é contemplar a sua amada, o prazer da amada é receber as atenções do seu amante, mas quando murchar a beleza da amada, a amizade (philia) as vezes murcha também, visto que o amante já não acha prazer na visão da sua amada, e a amada não recebe atenção do amante” (Aristóteles: Ética a Nicômaco 8.4.1). É verdade que philia descreve o tipo mais nobre do amor humano, mas também é verdade que a luz da philia pode diminuir e seu calor esfriar.

(iii) Há a palavra storgè. Esta e a palavra mais limitada na sua esfera, porque no grego secular e a palavra do amor no lar, do amor dos pais para com os filhos e dos filhos para com os pais, para o amor entre irmãos, irmãs e parentes.

(iv) Há a palavra Ágape. Aqui, temos pouca orientação com base no grego secular. O verbo correspondente agapan é bastante comum no grego secular, mas o substantivo Ágape quase nunca ocorre. Conforme diz R. C. Trench: “Ágape é uma palavra que nasce no seio da religião revelada.” E isto não é por acidente. Ágape é uma palavra nova que descreve uma qualidade nova, uma palavra que indica uma atitude nova para com os outros, uma atitude nascida dentro da comunidade, vinda de DEUS, e impossível sem a dinâmica cristã. Como, pois, devemos determinar o significado de Ágape? Podemos determinar melhor seu significado tendo por fundamento a maneira de o próprio JESUS falar dele. A passagem básica é Mt 5.43-48. Ali, JESUS insiste em que o amor humano deve seguir o padrão do amor de DEUS. E qual é a grande característica do amor de DEUS? DEUS faz vir chuvas sobre justos e injustos, e faz nascer o sol sobre maus e bons. Logo, o significado de Ágape é a benevolência invencível, a boa vontade que nunca é derrotada.

Ágape é o espírito no coração que nunca procurará outra coisa senão o sumo bem do seu próximo. Não se importa com o tratamento que recebe do seu próximo, nem com a natureza dele; não se importa com a atitude do próximo para com ele, nunca procurará outra coisa a não ser o sumo bem do próximo, o melhor para ele. Quando se vê isto, imediatamente surgem algumas verdades vitais.

(i) Quando Aristóteles escreve a respeito do amor, sua atitude é que somente aquele que merece o amor pode ser amado. Fala daqueles que desejam ser amados, que tem desejo de que o amor seja recíproco, e diz a respeito das pessoas que tem este desejo que seu anseio é ridículo,' se eles nada possuem de atraente (Aristóteles: Ética de Nicômaco 8.8.6). Insiste em que um homem não pode esperar ser amado “ se nada houver j nele para despertar afeição” (Ética a Nicômaco 9.1.2). Epíteto diz praticamente a mesma coisa, quando declara: “Aquilo que desperta o interesse da pessoa e o que ela ama por natureza” (Discursos 2.22.1). Platão disse: “O amor é para os amoráveis.” Mas a qualidade distintiva do amor cristão acha-se exatamente na sua obrigação e capacidade de amar os pouco amáveis e os que dificilmente se pode amar, de procurar o sumo bem do outro independentemente daquilo que ele é, ou faz, ou tenha feito. No amor cristão a ideia do mérito não deve ser levada em conta.

(ii) Para os escritores gregos, o amor é necessariamente uma coisa exclusiva. Aristóteles define o amor como “a amizade num grau superlativo” . Passa, então, a dizer que, se é assim, pode ser por uma pessoa, e

por uma pessoa somente (Aristóteles: Ética a Nicômaco 9.10.5). Na realidade, a convicção de Aristóteles é de que o amor não pode ser difundido, nem pode a amizade ser muito espalhada. Na amizade, o círculo deve ser estreito; no amor, nem sequer há um círculo, mas somente um único ponto em que tudo se focaliza. O amor cristão é o próprio inverso disso. É uma benevolência que abrange a todos. Agostinho disse a respeito de DEUS que Ele ama a todos como se houvesse uma só pessoa para Ele amar; o amor cristão deve modelar-se no amor de DEUS.

(iii) Há um sentido em que o amor cristão difere radicalmente do amor humano comum. O amor humano comum é uma reação do coração; e algo que simplesmente ocorre. Ele é algo com cuja criação e aurora nada temos a ver. Mas Ágape, o amor cristão, é um exercício da personalidade total. É um estado não somente do coração, mas também da mente; faz parte dos sentimentos, emoções, e da vontade. Não é alguma coisa que simplesmente acontece e que não podemos evitar; é algo que temos de desejar. Não é algo com que não temos nada a fazer; é uma conquista é uma realização. Na realidade, tem sido dito que, em pelo menos um dos seus aspectos, Ágape é a capacidade, o poder e a determinação de amar as pessoas das quais não gostamos. É certamente verídico que este amor cristão não é uma coisa fácil e sentimental; não é uma resposta emocional automática e não procurada. É uma vitória sobre o eu. A pura verdade é que este amor cristão é uma qualidade do fruto do ESPÍRITO; é algo totalmente impossível sem a dinâmica de JESUS CRISTO. Por isso é fútil falar na aceitação da ética do Sermão do Monte e do amor cristão. A verdade simples é que o mundo não pode aceitá-la; somente o cristão cheio do ESPÍRITO e dedicado a CRISTO pode fazê-lo.

(iv) Havia uma grande área do pensamento pagão que considerava esta ideia do amor cristão como uma contradição revolucionária de tudo quanto ele mesmo tinha em vista. Todas as filosofias contemporâneas ao cristianismo tinham um só alvo e objetivo: a única coisa que todos procuravam era a paz de espírito, ataraxia, serenidade, tranquilidade, o coração em repouso. A fim de chegarem a isto, todas elas, de uma forma ou outra, insistiam na absoluta necessidade de duas qualidades básicas.

A primeira era autarkeia, que significa a perfeita autossuficiência, a perfeita independência de qualquer objeto ou pessoa. Autarkeia é a atitude da mente que acha sua felicidade e paz inteira e exclusivamente dentro de si mesma.

A segunda tinha uma estreita relação com ela; era apatheia. Apatheia não é a apatia no sentido da indiferença. A apatheia é essencialmente a incapacidade de sentir alegria ou tristeza, gozo ou mágoa; é a atitude de coração e mente que não pode ser tocada por qualquer coisa que porventura pudesse acontecer a si mesma ou a outrem. É o coração isolado de todos os sentimentos e emoções Se este for o ideal da vida, então bem claramente o grande inimigo da paz e o amor; o amor é o grande perturbador. Epíteto conta como César trouxe paz e segurança políticas a este mundo, e depois diz, com desespero: “Mas será que César pode nos dar a imunidade do amor?” (Epíteto: Discursos 2.13.10). Concorda que o homem deve tornar-se afetuoso (philostorgos), mas somente de uma maneira tal que, nunca, em tempo algum, dependerá de outra pessoa para a sua felicidade e alegria, porque, se um homem permitir a outra pessoa entrar no seu coração e habitar ali, sua liberdade foi-se para sempre (Epíteto: Discursos 3.24-58). Para Epíteto, o amor é um tipo de escravidão (Epíteto: Discursos 4.17.57). Por essa razão, a filosofia é um treinamento que visa atingir a indiferença. Epíteto insiste em que os homens nunca devem fixar seu coração em qualquer objeto ou pessoa, porque nada e ninguém deve ser uma necessidade para nós. O homem deve ensinar-se a não se importar com nada. Que comece com coisas sem importância — uma vasilha, uma xícara que, de qualquer maneira, pode ser facilmente quebrada. Que avance um pouco mais, para uma túnica, um miserável cachorro, um mero cavalo, um pedaço de terra. Se algo acontecer a alguma destas coisas, que aprenda a não se importar. Depois, finalmente, chegará paulatinamente a uma etapa em que não se importará com o que acontece a seu próprio corpo, quando poderá perder os filhos, a esposa, os irmãos — sem se importar com isso (Epíteto. Discursos 4.1.110,111). É verdade que as vezes Marco Aurélio fala de modo aparentemente diferente. Amai os homens entre os quais a vossa sorte é lançada, diz ele e amai de todo o coração. Amai a humanidade e segui a DEUS. Tudo quanto é racional é afim, e faz parte da natureza humana importar-se com todos os homens. A divindade entronizada dentro de nós acalenta um sentimento fraterno para com os homens. Se não podeis converter o malfeitor, lembrai-vos de que a bondade vos foi dada para enfrentar semelhante caso e lidar com tal homem. Ninguém deve, em caso algum, ser obrigado a arrancar de nós a bondade. Devemos viver com mansidão para com aqueles que procuraram opor-se a nós e para com aqueles que são um espinho em nossa carne (Marco Aurélio: Meditações 6.38; 7.31, 34, 36;| 9.11; 11.9). O cínico verdadeiro será necessariamente acoitado, mas devei amar os homens que o acoitam, como se fosse o pai ou o irmão deles todos (Epíteto: Discursos 3.22.55). Mas, ao procurar o sentido e significado de passagens tais como estas, sempre deve ser lembrado que esta atitude para com os outros nasceu, não da identificação com os outros, ou da simpatia para com os outros, ou da participação da sua situação humana, mas da superioridade consciente. O sábio estava tão fechado dentro da sua virtude, tão acima dos homens! comuns, que nunca deixaria as excentricidades e a insensatez dos mortais inferiores afetarem sua calma olímpica. Em contraste direto com isto, o amor cristão se importa. O amor cristão é o próprio inverso dos princípios elementares da filosofia pagã. O filosofo pagão dizia: “Ensina-te a não te importar.” A mensagem cristã dizia: “Ensina-te a importar-te apaixonada e intensamente para com os homens.” O filosofo pagão dizia: “Não deves, em circunstância alguma, ficar pessoal e emocionalmente envolvido na situação humana.” A mensagem cristã diz: “Deves entrar na situação humana de tal maneira que vejas penses e sintas com os olhos, a mente e o coração da outra pessoa na sua profunda identificação com os outros.” A mensagem cristã oferecia o caminho para a felicidade naquela mesma atitude que o filosofo pagão considerava como o caminho para a infelicidade. Para o cristão, o princípio no amago da vida era a única coisa que o filosofo pagão procurava eliminar inteiramente da sua vida. Analisemos, portanto, o significado deste Ágape, usando em especial os elementos das cartas de Paulo, onde a palavra ocorre mais de sessenta vezes.

(i) Tudo começa com o amor de DEUS, porque DEUS é o DEUS de amor (2 Co 13.11). O amor cristão é o reflexo do amor de DEUS, e dele obtém seu padrão e poder. Este amor de DEUS é totalmente imerecido, porque a prova dele é que, enquanto ainda éramos pecadores, CRISTO morreu por nós (Rm 5.8). O Novo Testamento nunca poderia tolerar qualquer conceito de expiação que subentendesse ou sugerisse que qualquer coisa que JESUS fez mudou ou alterou a atitude de DEUS para com os homens; que, de alguma maneira, JESUS tenha transformado a ira de DEUS em amor. O processo inteiro da salvação tem seu início no amor de DEUS, não merecido por nós. Além disso, o amor de DEUS é um amor que produz e transforma. É aquele amor que, derramado no coração dos homens, produz as grandes qualidades da vida e do caráter cristãos (Rm 5.3-5). Há um amor humano que enfraquece a fibra moral do homem, que paralisa seu esforço, e que o retira da batalha da vida; mas o amor de DEUS é a dinâmica transformadora da vida cristã, produzindo no homem a paciência, a perseverança, a experiência e a esperança que o preparam-no para a vida. O amor de DEUS é um amor inseparável. Nada há no tempo nem na eternidade que pode separar o homem dele (Rm 8.35-39). Aqui, na realidade, temos um dos grandes argumentos para a vida após a morte. O amor e a perfeição do relacionamento entre duas personalidades, e o amor de DEUS oferece um relacionamento consigo mesmo que, pela própria natureza das coisas, nada pode quebrar ou interromper. O amor de DEUS é simplesmente um grande amor (Ef 2.4-7). E, de conformidade com esta passagem, o amor de DEUS é um grande amor por três razoes. Primeira: Ele nos amou enquanto estávamos mortos nos nossos pecados. Segunda, vivificou-nos para a novidade de vida. Terceira, ultrapassa o tempo e vai além da vida para os lugares celestiais.

(ii) À medida em que Paulo fala do amor de DEUS, também fala do amor de JESUS CRISTO. Para Paulo, o amor de DEUS e o amor de JESUS CRISTO são a mesma coisa. Em Rm 8.35-39 Paulo começa perguntando: “Quem nos separará do amor de CRISTO'? E termina, dizendo: “nada poderá separar-nos do amor de DEUS, que está em CRISTO JESUS nosso Senhor.” Para Paulo, JESUS é o amor de DEUS em demonstração e ação. Paulo passa, então, a dizer certas coisas a respeito do amor de JESUS CRISTO. É um amor que excede todo entendimento (Ef 3.19). O amor é sempre um mistério. Qualquer pessoa que é amada fica atônita, perguntando a si mesma por que aquilo acontece. O amor de CRISTO não é algo a ser explicado; é algo diante de que o homem somente pode maravilhar-se prestar culto e adorar. O amor de JESUS CRISTO é o padrão da vida cristã.) O cristão deve andar em amor conforme CRISTO o amou (Ef 5.2). O cristão não é perseguido pelo medo a fim de ser bom; é elevado até a bondade mediante a obrigação do amor que desperta a generosidade que esta adormecida na alma.

(iii) Uma das associações mais consistentes que Paulo faz é entre o amor e a fé (Ef 1.15; Cl 1.4; 1 Ts 1.3; 3.6; 2 Ts 1.3; Fm 5). O mais alto louvor que Paulo pode oferecer a qualquer igreja é dizer que seus membros têm fé em CRISTO e amor uns para com os outros. O cristianismo envolve um duplo relacionamento pessoal e uma dupla dedicação: o relacionamento com CRISTO e a dedicação a Ele, e o relacionamento com os homens a dedicação a eles. O cristianismo é a comunhão com DEUS e os homens “Ninguém,” disse Joao Wesley, “já foi para o céu sozinho” “DEUS,” disse o sábio e velho conselheiro a Wesley quando este estava para deixar esta vida, “não conhece a religião solitária.” Há uma dupla associação entre a fé e o amor. Em Ef 6.23 Paulo ora para que seu povo tenha fé com amor; em Gl 5.6 fala da fé operando através do amor, ou, conforme talvez seja a melhor tradução: a fé energizada operada, pelo amor. Podemos expressar este fato nas seguintes palavras o amor sem fé é sentimentalismo, e a fé sem amor é aridez.

O amor deve basear-se na fé. Por exemplo, é inquestionavelmente verdadeiro que a única base válida para uma crença na democracia é a crença de que todos os homens são criaturas naturais de DEUS; e a única base verdadeira da evangelização é a convicção teológica de que CRISTO morreu por todos os homens: A fé deve ser inflamada pelo amor, a fim de não se transformar em intelectualismo, e para que o teólogo não se torne, conforme a expressão Anatole France, um homem que nunca olhou para o mundo em sua volta. Esta combinação de fé e amor deve produzir ação, porque o amor nunca deve ser mera aparência (Rm 12.9). É perfeitamente possível pregar o amor e viver uma vida sem ele, cantar os louvores do amor nas palavras, e negar a existência dele nas ações. O amor produzirá especialmente duas coisas. Produzirá a generosidade prática. Quando Paulo estava levantando a coleta para os cristãos pobres de Jerusalém, seus repetidos apelos às igrejas mais novas é no sentido de demonstrarem a sinceridade do seu amor, fornecendo a prova dele mediante a sua generosidade cristã (2 Co 8.7, 8,. 24). Isto redundará em perdão. Depois de terminarem os problemas em Corinto, e depois de a paz ter sido restaurada, o apelo de Paulo aos coríntios é para que reafirmem seu amor perdoando o homem que outrora fora o foco de agitação e de todos os problemas (2 Co 2.8). A fé deve estar ligada ao amor, e o amor à fé, e esta combinação deve ter como resultado a mão generosa e o coração que perdoa. Devemos agora passar a ver, aquilo que poderíamos chamar de a qualidade básica do amor em ação na vida cristã.

(i) O amor é a atmosfera da vida cristã. O cristão, diz Paulo, deve andar em amor (Ef 5.2). Toda vida leva consigo a sua própria atmosfera. Uma das alunas da grande mestra norte-americana Alice Freeman Palmer disse acerca dela: “Ela fazia com que me sentisse banhada pelos raios do sol.” Por outro lado, Richard Church em seu ensaio autobiográfico fala a respeito do primeiro dia que passou na escola. Tinha consciência daquilo que chamou de “um fingimento frio e impessoal de benevolência no ar” . Há uma atmosfera que é como uma túnica quente, e outra que é como uma ducha fria. O cristão leva esta atmosfera de benevolência radiante por onde for. Paulo expressa esta mesma verdade de outra maneira. O amor, diz ele, é a vestimenta da vida cristã. Conclama os colossenses a se vestirem com o amor (Cl 3.14). Falamos de uma pessoa revestida de beleza, ou armada em virtude. A vida cristã veste-se desta boa vontade que se estende a todos os homens.

(ii) O amor é o motivo universal da vida cristã. “ Todos os vossos atos sejam feitos com amor,” Paulo escreve aos coríntios (1 Co 16.14). O Sermão no Monte nos deixa sem dúvidas quanto a importância dos motivos do coração na vida cristã (Mt 5.21-48). Há um tipo de generosidade cujo motivo principal é obter prestígio. Há um tipo de advertência e repreensão que brota do deleite em ferir as pessoas e em vê-las afastando-se. Há até mesmo um tipo de labuta e serviço que provém do orgulho. Um dos deveres mais negligenciados da vida cristã é o autoexame, e talvez isto seja negligenciado por ser um exercício muito humilhante. Se nos examinarmos, é bem possível que descubramos que não há quase nada neste mundo que façamos com motivos puros e sem mistura. Ainda que seja assim, devemos continuar a colocar diante de nós o padrão pelo qual devemos viver, a insistência de que o único motivo cristão é o amor.

(iii) O amor é o segredo da unidade cristã. Os cristãos são unidos pelo amor (Cl 2.2). O que há de significante neste amor cristão é que ele se espalha em círculos que se expandem cada vez mais. (a) Começa sendo amor pelos santos, ou seja, amor pelos demais membros da comunidade cristã e pelos nossos irmãos cristãos (Ef 1.15; Cl 1.4; 1 Ts 3.12). (b) É amor pelos líderes da Igreja (1 Ts 5.12, 13). E um fato muito simples que a única dádiva que Paulo pediu da parte das suas igrejas foi que orassem por ele, que o conservassem em seus corações, e que o sustentassem através da oração (Rm 15.30). (c) Toma-se amor por todos os homens. Os cristãos deve abundar em amor uns com os outros, e com todos os homens (1 Ts 3.12). Há um tipo de cristianismo que resume-se nas quatro linhas de um verso mal feito:

Somos os poucos escolhidos de DEUS, Todos os demais irão para o inferno; Não há lugar no céu para ti - O céu não deve superlotar-se. O amor cristão é o inverso disso; expande-se até procurar englobar o mundo inteiro em seus braços, e receber todos os homens em seu coração ;

(iv) O amor é o enfatizar da verdade cristã. O cristão deve necessariamente ser um amante da verdade (2 Ts 2.10), mas a todo tempo deve falar a verdade em amor (Ef 4.15). É fácil falar a verdade de tal maneira

a ferir e machucar; não é impossível alguém ter prazer ao ver uma pessoa encolher-se e estremecer sob as chicotadas da verdade. “A verdade,” diziam os cínicos, “é como a luz para olhos irritados.” Florence Allshorn foi uma famosa e muito amada diretora de um grande instituto missionário para mulheres. Inevitavelmente havia ocasiões em que ela tinha de repreender suas estudantes; mas dizia-se a respeito dela que, quando tinha motivo para repreender, sempre o fazia como se estivesse abraçando a pessoa a ser repreendida A verdade falada com o intuito de ferir nada pode produzir senão ressentimento; mas a verdade falada em amor pode despertar o arrependimento que e algo que traz restauração.

(b) O amor é o fundamento do apelo cristão. Quando Paulo roga a Filemom em favor do escravo fugitivo Onésimo, é ao amor que apela? (Fm 7). É ao amor que Paulo apela quando pede as orações da igreja de

Roma antes de empreender viagem para Jerusalém (Rm 15.30). O cristão nunca apelará à forca; o cristão raramente apelará a sua autoridade. A arma do cristão é sempre o apelo ao amor e quase nunca a exigência do poder.

(c) O amor é o motivo da pregação cristã. Mesmo nos seus momentos mais severos, a motivação e a aceitação das palavras de JESUS é o amor. É com amor que intercede pela cidade quando está para morrer (Mt 23.37). Talvez o capítulo menos compreendido em toda a Bíblia seja Mateus 23 onde há uma série terrível de “ais” dirigida contra os escribas e os fariseus. É muito comum pensar nesse capitulo e lê-lo como se tivesse sido falado num acesso de fúria incandescente, e como se JESUS estivesse acoitando as pessoas com o chicote da Sua língua. “Ai de vos! ” diz JESUS (Mt 23.13 ss.). Mas a palavra em grego é Ouai, e o próprio som dela é um lamento. O sentimento não é de condenação, e sim de tristeza. Não é uma explosão de ira; é a marca do amor que parte o coração. Há momentos em que certos pregadores dão a impressão de que odeiam os seus ouvintes, e assaltam-nos com uma bateria de ameaças quase causando a impressão de que querem vê-los condenados ao inferno. ” Os homens podem ser levados a aceitar o evangelho muito mais facilmente se não receberem açoites verbais para que o aceitem. Stanley Jones em seu livro sobre a conversão conta a respeito da obra do Dr. Karl Menninger da Clínica Menninger, em Topeka, EUA. Toda a obra da clínica era organizada em torno do amor. Era tomado como princípio que “ desde os psiquiatras superiores, descendo até aos eletricistas e faxineiros, todos os contatos com os pacientes devem manifestar amor” . E tratava-se do “amor sem limites” . O resultado foi que o período de internamento foi reduzido pela metade. Houve uma mulher que ficou sentada durante três anos numa cadeira de balanço sem dizer uma palavra para pessoa alguma. O médico chamou uma enfermeira e disse-lhe: “Maria, estou colocando a Sra. Brown como sua paciente. Tudo quanto lhe peço é que a ame até que ela sare.” A enfermeira fez a experiência. Pegou uma cadeira de balanço do mesmo tipo, sentou-se ao lado dela, e amou-a de manhã, de tarde e de noite. No terceiro dia, a paciente falou, e dentro de uma semana, saiu da sua concha — e curada! Stanley Jones cita alguns outros exemplos deste princípio em operação.Moços que fazem parte de quadrilhas podem ser alcançados oferecendo-lhes aquilo que mais almejam — o amor por parte de um adulto disposto a ajudar numa emergência.” Certo fabricante hindu disse a Stanley Jones por que viera a um dos seus retiros espirituais: “Sabe por que vim? Há muitos anos, quando eu era menino, atormentamos um missionário que estava pregando num bazar, jogando tomates nele. Ele enxugou do seu rosto o caldo dos tomates e então, após a reunião, levou-nos para a confeitaria e comprou-nos doces. Eu vi o amor de CRISTO naquele dia, e é por isso que estou aqui.” Um negro já idoso falou a respeito de um negro mais jovem que se metera numa encrenca seria: “A gente simplesmente deve amá-lo para atraí-lo para fora disto.” Havia na comunidade um ébrio inveterado. Certa manhã, disse: “Os meninos jogaram pedras em mim ontem à noite.” Respondeu o amigo dele: “ Talvez estivessem procurando fazer de você um homem melhor.” O homem disse: “Ora, nunca ouvi falar que JESUS jogava pedras num homem para torna-lo melhor” . Os homens podem ser ganhos muito mais se os amarmos para levá-los ao céu do que se os ameaçarmos para que escapem do inferno.

(v) O amor é o controlador da liberdade cristã. A liberdade deve ser usada, não como desculpa para a licenciosidade, mas como dever de servirmos uns aos outros (G1 5.13). Existem muitas coisas que são perfeitamente seguras para o irmão mais forte, e que poderia legitimamente ser; permitida, sem dúvida alguma; mas ele abstém-se dessas coisas porque, ama e recusa-se a prejudicar com o seu exemplo o irmão por quem CRISTO morreu (Rm 14.15). Se o amor é a base da vida, a responsabilidade e a sua tônica. Nenhum cristão pensa nas coisas somente porque afetam a sua própria pessoa. O privilégio da liberdade cristã é condicionado pela obrigação do amor cristão.

(vi) Este amor cristão não é nenhuma emoção fácil e sentimentalista. O amor tem os olhos abertos. A oração de Paulo pelos filipenses é no sentido de que abundem em todo o conhecimento e em toda a percepção sensível, de modo que sejam capacitados a distinguir entre as coisas que diferem entre si, escolhendo as que são certas (Fp 1.10). O amor cristão na vida é acompanhado por uma nova sensibilidade para com os sentimentos, necessidades e problemas dos outros, uma nova consciência da bondade, e um novo horror pelo pecado. Longe de ser cego, o amor cristão ensina o homem a ver com clareza e a sentir com uma intensidade nunca experimentada. Da mesma maneira, o amor cristão é forte. Na correspondência de Paulo com a igreja em Corinto há dois usos muito iluminadores da palavra “amor.” Em 2 Co 2.4 Paulo escreve a respeito da carta dura e severa que havia enviado a igreja em Corinto, carta esta que causara aos coríntios mágoa e dor. Mas, diz ele, aquela carta foi escrita, não para lhes causar mágoa e tristeza, mas para comprovar seu amor por eles. A sentença final da primeira carta aos coríntios é : “O meu amor seja com todos vós! ” (1 Co 16.24). As cartas a Corinto estão muito longe de serem cartas sentimentais. Administram a disciplina; transmitem a repreensão; não hesitam em ameaçar com o uso da vara de correção; distribuem a correção mais severa; até mesmo exigem a exclusão do perturbador da comunhão da Igreja — contudo, são o resultado do amor. O amor no sentido neotestamentário do termo nunca comete o engano de pensar que amar é deixar uma pessoa fazer o que ela quer. O NT deixa claro que há momentos quando a ira, a disciplina, a repreensão, o castigo e a correção fazem parte do amor.

(vii) É fácil ver que a aquisição e a prática do amor cristão não são uma tarefa fácil. Em 1 Co 14.1, Paulo usa uma expressão muito significativa. A ARA traduz: “Segui o amor.” Mas o verbo que é traduzido por seguir é diõkein que significa perseguir, correr atrás. O amor cristão não é algo que simplesmente acontece; é algo que deve ser buscado, desejado, perseguido, algo que exige a oração e a disciplina do homem para obtê-lo. Longe de ser uma posse automática, e a realização suprema da vida. Pode-se até dizer que o amor cristão não é somente difícil; humanamente falando, é impossível. O amor cristão não é uma realização humana; faz parte do fruto do ESPÍRITO. É derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO. É, assim, chegamos a outra verdade a respeito deste amor cristão. Há um versículo magnífico na carta aos filipenses. Nele, a palavra “amor” propriamente dita não aparece, mas a ideia é a que está no centro do amor cristão. Paulo escreve, conforme diz a AV: “Anseio por todos vós nas entranhas de JESUS CRISTO” (Fp 1.8). Literalmente, isto significa: “Amo-vos com o próprio amor de CRISTO. Através de mim CRISTO vos ama. O amor que eu vos tenho não é outro senão o amor do próprio CRISTO.” Ágape tem a ver com a mente: não é simplesmente uma emoção que surge em nosso coração sem ser convidada; é um princípio segundo o qual vivemos deliberadamente. Ágape tem a ver, de modo supremo, com a vontade. É uma conquista, uma vitória é uma realização. Ninguém já amou por natureza os seus inimigos. Amar os inimigos é uma conquista de todas nossas inclinações e emoções naturais. Este amor cristão, não é meramente uma experiência emocional que vem a nós sem convite e sem ser procurada; é um princípio deliberado da mente, uma conquista e realização da vontade. É, na realidade, o poder de amar os que não são amáveis, de amar as pessoas das quais não gostamos. O cristianismo não pede que amemos nossos inimigos e os homens em geral da mesma maneira que amamos nossos entes queridos e os que estão mais próximos de nós; isto seria tanto impossível quanto errado. Mas realmente ele exige que tenhamos a todo tempo uma certa atitude e direção da vontade para com todos os homens, sem nos importarmos com que são eles. Qual, pois, é o significado deste Ágape? A principal passagem para a interpretação do significado de Ágape é Mt 5.43-48. Ali, somos ordenados a amar os nossos inimigos. Por que? A fim de que sejamos como DEUS. E qual é a ação típica de DEUS que é citada? DEUS envia Sua chuva aos justos e injustos, maus e bons. Ou seja: a natureza do homem, não importa, DEUS não procura outra coisa senão o sumo bem dele. Quer o homem seja santo, ou um pecador, o único desejo de DEUS é o seu sumo bem. Ora, isto e Ágape. Ágape é o espírito que diz: “Não importa o que o homem me faça, eu nunca procurarei lhe fazer mal; nunca intentarei a vingança; sempre buscarei exclusivamente o sumo bem dele.”  Isto quer dizer que o amor cristão, é a benevolência invencível, a boa vontade insuperável. 

Não é simplesmente uma onda de emoção; é uma convicção deliberada da mente que tem como resultado uma política deliberada na vida; é a realização, conquista e vitória da vontade. Atingir o amor cristão exige a totalidade do homem; exige não somente seu coração, mas também sua mente e vontade. Sendo assim, duas coisas devem ser notadas.

i) O amor humano para com o nosso próximo, é forçosamente uma qualidade imprescindível do fruto do ESPÍRITO. O amor cristão não é natural no sentido de que não é impossível ao homem natural. O homem somente pode exercer esta benevolência universal, sendo purificado do ódio, da amargura e da reação humana natural como a inimizade, injuria e antipatia, quando o ESPÍRITO tomar posse dele e derramar no seu coração o amor de DEUS. O amor cristão é impossível a qualquer pessoa que não seja cristã. Ninguém pode pôr em prática a ética cristã até que se torne cristão. Pode-se ver bem claramente a qualidade desejável da ética cristã; pode-se perceber que é a solução para os problemas do mundo; pode-se aceitá-la mentalmente; mas, na prática, não pode ser vivido se CRISTO não viver dentro da pessoa.

(ii) Quando entendemos o que Ágape significa, refutamos amplamente a objeção de que uma sociedade baseada neste amor seria um paraíso para os criminosos, e que isto significa simplesmente deixar o malfeitor fazer o que quer. Se buscarmos somente o sumo bem do homem, é bem possível que tenhamos de resisti-lo; é bem possível que tenhamos de castigá-lo; é bem possível que tenhamos de agir com severidade diante dele — para o bem da sua alma imortal. No entanto, permanece o fato de que tudo quanto fizermos ao homem nunca será por vingança; nunca será uma simples retribuição; sempre será feito com o amor que perdoa e que procura, não o castigo do homem, e muito menos a eliminação do homem, mas sempre o seu sumo bem. Noutras palavras, Ágape importa em lidar com os homens conforme DEUS lida com eles — e isso não significa deixá-los agir desenfreadamente segundo a sua própria vontade. Quando estudamos o NT descobrimos que o amor é a base de todo relacionamento perfeito no céu e na terra.

(i) O amor é a base do relacionamento entre o Pai e o Filho, entre DEUS e JESUS. JESUS pode falar do “amor com que me amaste” (Jo 17.26). Ele e “ o Filho do Seu amor” (Cl 1.13; cf. Jo 3.35; 10.17; 15.9; 17.23, 24).

(ii) O amor e a base do relacionamento entre o Filho e o Pai. O propósito  de toda a vida de JESUS era que o mundo soubesse que Ele amava o Pai (Jo 14.31).

(iii) E dever do homem amar a DEUS (Mt 22.37; cf. Mac 12.30 e Lc 10.27; Rm 8.28; 1 Co 2.9;2Tm4.8;l Jo 4.19).  O cristianismo não pensa em termos do homem finalmente se submeter ao poder de DEUS; pensa em termos de ele finalmente se entregar ao amor de DEUS. Não se trata de a vontade do homem ser esmagada, trata-se de o seu coração ser quebrantado.

(iv) A força motriz da vida de JESUS era o amor pelos homens (Gl 2.20; Ef 5.2; 2 Ts 2.16; Ap 1.5; Jo 15.9). JESUS realmente é aquele que ama as almas.

(v) A essência da fé cristã é o amor por JESUS (Ef 6.24; 1 Pe 1.8; Jo 21.15, 16). Assim como JESUS ama as almas, assim também o cristão ama a CRISTO. O NT tem muita coisa a nos dizer acerca do amor de DEUS pelos homens.

(i) O amor é da própria natureza de DEUS. DEUS é amor (1 Jo 4.7,8; 2 Co 13.11).

(ii) O amor de DEUS é universal. Não foi apenas uma nação escolhida, foi o mundo inteiro que DEUS amou (Jo 3.16).

(iii) O amor de DEUS é sacrificial. A prova do Seu amor é que deu Seu Filho em prol dos homens (1 Jo 4.9, 10; Jo 3.16). A garantia do amor de JESUS é que Ele nos amou e Se deu por nós (Gl 2,20; Ef 5.2; Ap 1.5).

(iv) O amor de DEUS é amor misericordioso (Ef 2.4). Não é ditatorial, não é possessivo de modo dominante; é o amor ansioso do coração misericordioso.

(v) O amor de DEUS salva e santifica (2 Ts 2.13). Salva da situação do passado e capacita o homem a enfrentar as condições do futuro.

(vi) O amor de DEUS é um amor fortalecedor. Nele e através dele o homem torna-se mais que vencedor (Rm 8.37). Não é o amor abrandador e ultra protetor que torna o homem fraco; é o amor que produz heróis.

(vii) O amor de DEUS é um amor que galardoa (Tg 1.12; 2.5). Nesta vida, ele é algo precioso, e suas promessas são ainda maiores para a vida futura. 

(viii) O amor de DEUS é um amor que disciplina (Hb 12.6). O amor de DEUS é o amor que sabe que a disciplina é uma parte essencial do amor. O NT tem muita coisa a dizer acerca de como deve ser o amor do homem por DEUS.

(i) Deve ser um amor exclusivo (Mt 6.24; cf. Lc 16.13). Há lugar para uma só lealdade na vida cristã.

(ii) É um amor que está alicerçado na gratidão (Lc 7.42, 47). Os dons do amor de DEUS exigem em troca a totalidade do amor dos nossos corações.

(iii) É um amor obediente. Repetidas vezes o NT preconiza que a única maneira de podermos comprovar que amamos a DEUS é oferecendo-Lhe nossa obediência incondicional (Jo 14.15, 21, 23, 24; 13.35; 15.10;

1 Jo 2.5; 5.2, 3; 2 Jo 6). A obediência é a prova final do amor.

(iv) É um amor comunicativo. O fato de amarmos a DEUS é comprovado ao amarmos e ajudarmos nosso próximo (1 Jo 4.12, 20; 3.14; 2.10). A falta em ajudarmos os homens comprova que nosso amor por DEUS é falso (1 Jo 3.17). A obediência a DEUS e a ajuda amorosa prestada aos homens são duas coisas que comprovam o nosso amor.

Vejamos, agora, outras características deste amor cristão.

(i) O amor é sincero (Rm 1.29; 2 Co 6.6; 8.8; 1 Pe 1.22). Não tem segundas intenções; não é interesseiro. Não é uma gentileza superficial que serve de máscara para a amargura interior. É o amor que ama com os olhos e coração abertos.

(ii) O amor é inocente (Rm 13.10). O amor cristão nunca prejudicou alguma pessoa. O falso amor pode ferir de duas maneiras. Pode levar ao pecado. Burns disse acerca do homem que conheceu quando estava

aprendendo a cardar linho em Irvine: “Sua amizade me causou prejuízo.” Ou pode ser super possessivo e superprotetor. O amor materno, por exemplo, pode tornar-se sufocante.

(iii) O amor é generoso (2 Co 8.24). Há dois tipos de amor - o amor que exige e o amor que dá. O amor cristão é o amor que dá, porque é uma cópia do amor de JESUS (Jo 13.34), e tem seu motivo principal no amor generoso de DEUS (1 Jo 4.11).

(iv) O amor é prático (Hb 6.10; 1 Jo 3.18. Não é meramente um sentimento bondoso, não se limita aos melhores votos piedosos; e amor que resulta em ação.

(v) O amor é longânime (Ef 4.2). O amor cristão resiste as coisas que tão facilmente transformam o amor em ódio.

(vi) O amor traz o aperfeiçoamento da vida cristã (Rm 13.10; Cl 3.14; 1 Tm 1.5; 6.11; 1 Jo 4.12). Não há nada mais sublime neste mundo do que amar. A grande tarefa de qualquer igreja não é primeiramente aperfeiçoar suas construções, ou sua liturgia, música ou paramentos. Sua grande tarefa é aperfeiçoar o seu amor. Finalmente, o NT preconiza que há certas maneiras segundo as quais o amor pode ser mal orientado.

(i) O amor pelo mundo é mal orientado (1 Jo 2.15). Porque Demas amou o mundo, abandonou a Paulo (2 Tm 4.10). O homem pode amar o tempo a ponto de se esquecer da eternidade. O homem pode amar as

recompensas deste mundo e se esquecer dos galardões ulteriores. O homem pode amar o mundo de tal maneira que aceita os padrões mundanos e abandona os de CRISTO.

(ii) O amor ao prestígio pessoal e mal orientado. Os escribas e os fariseus amavam os assentos principais nas sinagogas e os louvores dos homens (Lc 11.43; Jo 12.43). A pergunta do homem não deve ser: “O que os homens pensam sobre isso?” , mas: “O que DEUS pensa sobre isso?”

(iii) O amor pelas trevas e o medo da luz são as consequências inevitáveis do pecado (Jo 3.19). Assim que o homem peca, já tem algo para esconder; então passa a amar as trevas. Mas as trevas podem ocultá-lo dos homens não de DEUS. E assim, finalmente podemos dizer que o amor cristão se manifesta quando CRISTO é novamente encarnado através de uma pessoa que se entregou totalmente a Ele.

 

AMOR - Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009,

Em várias versões o substantivo utilizado é, frequentemente, “caridade״ (q.v.). O principal verbo hebraico para amor é ’aheb (aprox. 225 vezes no AT), embora ocorram 18 outras palavras de significado semelhante (menos de 30 ocorrências no total). A tradução usual da LXX de ’ aheb é agapao (195 vezes). As palavras gregas clássicas para amor variavam. (1) erao, eros, “desejo sexual, desejo passional״ (um substantivo na LXX por duas vezes; nunca utilizada como verbo; o mesmo ocorre no NT); (2) phileo, philia, “afeição por amigos ou parentes” (um substantivo na LXX por oito vezes; como verbo, 26 vezes; como substantivo no NT, uma vez; como verbo, 25 vezes); (3) philadelphia, “amor dos irmãos” (não na LXX; seis vezes no NT); (4) philanthropia, "amor pela humanidade” (uma vez na LXX; duas vezes no NT); (5) stergo, storge, “afeição, amor familiar" (não consta na LXX nem no NT, mas veja astorgos, Rm 1.31; 2 Tm 3.3; philostorgos, Rm 12.10); (6) agapao, Ágape (Lê-se Ágapi), agapetos (como substantivo na LXX 20 vezes; como verbo, cerca de 250 vezes; mais de 100 vezes como substantivo no NT: como verbo, cerca de 140 vezes; como adjetivo, mais de 60 vezes).

Na LXX parece haver pouca diferença entre as idéias traduzidas por phileo e agapao, ambas sendo usadas para traduzir a idéia de amor por alimentos, por prazer, por uma mulher e pelo sono. Eros (de onde vem o nosso adjetivo “erótico”), embora espiritualizado por Platão, não aparece no NT. Tanto as palavras hebraicas como gregas dizem respeito ao sentimento de desejo e são pessoais em natureza.

A comparação dos usos do AT (’aheb-agapao) e do NT (agapao) mostra quão diversos são os objetos do amor; por exemplo. (1) marido- mulher (Gn 24.67; Ef 5.25), (2) o próximo (Lv 19.18; Mt 5.43; 19.19), (3) dinheiro (Ec 5.9; 2 Pe 2.15), (4) um amigo (1 Sm 20.17 - Davi e Jônatas; Jo 11.5 - JESUS-Marta), (5) uma cidade (Sl 78.68; Ap 20.9).

Os usos teológicos em ambas as alianças dizem respeito ao amor de (1) DEUS ao homem, (2) do homem a DEUS, e (3) do homem para com os seus semelhantes.

1. A representação do AT do amor de DEUS ao homem é vista em sua preocupação com todos os homens (Dt 33.3), mas especialmente na escolha de Israel (seu amor eletivo, ’ahaba, Dt 7.7,8; 10.15; Is 63.9; Os 11.1; Ml 1.2), e seu voto de aliança constantemente renovado para com eles (seu amor contido em sua aliança, hesed, “misericórdia”, Dt 7.9; 1 Rs 8.23; Ne 9.32; “benignidade, Is 54.5-10; veja Benignidade). Este amor garante a Israel a proteção e a redenção de DEUS (Is 43.25; 63.9; Dt 23.5) e é estendido a cada um individualmente (Pv 3.12; Sl 41.12).

O NT reitera o amor que DEUS tem por todas as criaturas (Mt 5.45), mas enfatiza a manifestação em particular de si mesmo em CRISTO e no Calvário (Jo 3.16; Rm 5.8; 8.31-39), eventos que mostram a vida eterna para o crente. DEUS é revelado como amoroso porque Ele próprio é amor (1 Jo 4.8,16). O amor é a sua própria essência; o amor é outro termo juntamente com “luz” (1 Jo 1.5) que descreve a qualidade moral de seu ser. Veja DEUS.

2. O amor do homem a DEUS no AT é a resposta completa do homem (Dt 6.5,”de todo o coração”) ao DEUS misericordioso de Israel (Dt 6.5- 9; Êx 20.1-17; Sl 18.1; 116.1). O amor a DEUS é expresso, de forma ética, especialmente ao se guardar a lei e o temor a Ele (Êx 20.6; Dt 5.10; 10.12; Is 56.1-6). Este conceito de resposta total é repetido pelo Senhor JESUS no NT (Mc 12.29,30; veja também Mt 6.24; 10.37-39; Lc 9.57-62; 14.26,27). No entanto, a resposta é dirigida a um novo conjunto de eventos - a encarnação (Jo 4.10,19,25-29,39-42), a cruz (Rm 6.3-11; Gl 2.20; 5.24; 6.14), a ressurreição (Fp 3.10-11; Cl 3.1,2), e a segunda vinda (2 Tm 4.8). A equação de amor e obediência também é repetida (Jo 14.15,21; 1 Jo 4.21-5.3). O amor não é um mero sentimento, mas uma entrega pessoal e voluntária que conduz à submissão.

3. O amor do homem para com os seus semelhantes no AT é baseado no amor anterior de DEUS, e é exigido especialmente em relação ao próximo (Lv 19.18) e aos estrangeiros vivendo em Israel (Dt 10.19; Lv 19.34). Até mesmo o inimigo deve ser tratado com bondade (Êx 23.4,5; Pv 25.21). O Senhor JESUS apresentou o amor que deve existir entre os seres humanos (o seu principal uso no NT) como o segundo mandamento (Mt 22.39), o sinal infalível do discipulado (Jo 13.34,35), de filiação (1 Jo 4.7), e de nova vida (1 Jo 3.14). Ele deve ser expresso através de atitudes e obras (1 Jo 3.17,18). Ele é enfatizado pela unidade do corpo (Ef 4.1-4; Rm 12.16; Fp 1.27; 2.1,2; 4.2) e é evidenciado pela atrocidade do pecado de dissensão (Gl 5.19-21; 1 Co 1.10- 13; 3.3-8; 11.18-22). O Senhor JESUS ensinou que o amor deve incluir os inimigos (Mt 5.44), assim como Paulo ensinou que o amor prático deve incluir todos os homens (Gl 6.10). Esse amor, que deve ser diferenciado da afeição erótica e romântica, é a contraparte lógica do amor Divino em relação ao homem (1 Jo 4.11), e sem ele a reivindicação de amar a DEUS é vista como inconsistente (1 Jo 4.20- 21). Ele também é visto como o efeito do ESPÍRITO SANTO derramado em nossos corações (Rm 5.5; cf. Gl 5.22), Ele é uma imitação consciente do amor de DEUS, até mesmo por aqueles que fazem o mal (Mt 5.43-45; Jo 13.34; 15.12; Rm 15.7). O dever do cristão de retribuir o mal com o bem ao invés de retaliar (Rm 12.17-21) deve provavelmente ser considerado uma cooperação com o plano de DEUS para levar o homem ao arrependimento (Rm 2.4; 12.20-21). Este conceito de amor (Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi)) criativo é tão central que pode ser considerado uma ética cristã distinta.

A maior definição de amor Ágape (Lê-se Ágapi) nos relacionamentos humanos já escrita é a do apóstolo Paulo no hino de 1 Coríntios 13. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (w. 4-8a, F. F, Bruce, The Letters of Paul, an Expanded Translation, Grand Rapids. Eerdmans, 1965,p. 107). Resumindo, o amor é a comunhão entre as pessoas, baseado em atos de auto sacrifício. Tal amor é a bondade voluntária e deliberada, estendo-se até mesmo aos inimigos por quem não se tem qualquer afeto pessoal.

Veja Amigo, Amizade; Bondade; Benignidade; Misericórdia.

Bibliografia. Edwin M. Good, “Love in the Old Testament”, IDB, III, 164-168. George Johnston, "Love in the New Testament”, IDB, III, 168-178. C. S. Lewis, The Four Loves, Nova York, Harcourt, Brace & World, 1960.

Anders Nygren, Ágape and Eros, trad. por Philip S. Watson, Filadélfia. Westminster, 1953. Gottfried Quell e Ethelbert Stauffer, “Agapao etc.”, TDNT, I, 21-55. Norman H. Snaith, The Distinctive Ideas of the Old Testament, Londres. Epworth Press, 1944, pp. 94-142.J. W. R.

 

 

AMAR - Dicionario Vine Antigo e Novo Testamento

אהב ’ahab ou אהב ’aheb -  אהבה ’ahabah

 

A- Verbo.

'ãhab (אהב) ou ’ãheb (אהב): “amar, gostar”. Este verbo aparece no moabita e no ugarítico. Ocorre em todos os períodos do hebraico e ao redor de 250 vezes na Bíblia.

Basicamente, este verbo é equivalente a “amar” no sentido de ter um forte afeto emocional e desejo ou de possuir ou de estar na presença do objeto. Primeiro, a palavra se refere ao amor que um homem tem por uma mulher e uma mulher por um homem. Tal amor está arraigado no desejo sexual, embora, por geralmente, o desejo esteja dentro dos limites das relações legítimas: ‘Έ Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe, Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a” (Gn 24.67). Esta palavra se refere a um amor erótico, mas legítimo, fora do casamento. Tal emoção pode ser um desejo de se casar e cuidar do objeto desse amor, como no caso do amor de Siquém por Diná (Gn 34.3). Em raras ocasiões 'ãhab (ou ’ãheb) significa não mais que pura luxúria — um desejo desregrado de ter relações sexuais com seu objeto (cf. 2 Sm 13.1). O casamento pode ser consumado sem a presença de amor por um dos parceiros (Gn 29.30).

Raramente ’ãhab (ou ’ãheb) diz respeito a fazer amor (isto é representado pelo termo yãda\ “conhecer". ou por sãkab. “deitar-se”). Não obstante, a palavra parece ter este significado adicional em 1 Rs 11.1: "E o rei Salomão amou muitas mulheres estranhas, e isso além da filha de Faraó” (cf. Jr 2.25). Oséias parece usar esta acepção quando escreve que DEUS lhe disse: "Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adúltera" 1 Os 3.1). Este é o significado predominante do verbo quando aparece no radical causativo (como particípio ·. Em todas as ocasiões, menos uma (Zc 13.6), ãhab (ou 'ãheb> significa aquele com quem a pessoa fez ou quis fazer amor: "Sobe ao Líbano, e clama, e levanta a uma voz em Basã. e clama desde Abarim, porque estão quebrantados os teus namorados" (Jr 22.20: cf. Ez 16.331.

O termo 'ãhab (ou 'ãheb) também é usado para aludir ao amor entre pais e filhos. Em sua primeira ocorrência bíblica, a palavra retrata o afeto especial de Abraão por seu filho Isaque: ‘Έ disse: Toma agora o teu filho, O teu único filho, Isaque, a quem amas" (Gn 22.2). A palavra ’ãhab (ou ’ãheb) pode se referir ao amor familiar experimentado por uma nora por sua sogra (Rt 4.15). Este tipo de amor também é representado pela palavra rãham.

Às vezes, 'ãhab (ou ,ãheb) descreve um forte afeto especial que um escravo tem por seu senhor sob cujo domínio ele deseja permanecer: “Mas, se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos, não quero sair forro” (Êx 21.5). Talvez aqui haja uma implicação de amor familiar; ele “ama" seu senhor como um filho “ama" seu pai (cf. Dt 15.16). Esta ênfase pode estar em 1 Sm 16.21, onde lemos que Saul '"amou muito” Davi. Israel veio a “amar” e admirar profundamente Davi, de forma que eles observavam todos os seus movimentos com admiração (1 Sm 18.16).

Uso especial desta palavra diz respeito a um afeto especialmente íntimo entre amigos: “A alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma” (1 Sm 18.1). Em Lv 19.18: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (cf. Lv 19.34; Dt 10.19), ’ãhab (ou ’ãheb) significa este tipo fraterno ou amigável de amor. Além disso, a palavra sugere que o indivíduo busca se relacionar com seu irmão e todas as pessoas de acordo com o que está especificado na estrutura da lei que DEUS deu a Israel. Este devia ser o estado normal das relações entre os homens.

Este verbo é usado politicamente para descrevei־ a lealdade de um vassalo ou subordinado ao seu senhor. Hirão. rei de Tiro, “amou” Davi no sentido de que este lhe era completamente leal (1 Rs 5.1).

O forte afeto e desejo emocional sugeridos por 'ãhab (ou ’ãheb) também podem ser estabelecidos em objetos, circunstâncias, ações com relações.

B- Substantivo.

’ahabãh (אהבה): “amor”. Esta palavra aparece por cerca de 55 vezes e representa vários tipos de “amor”. A primeira ocorrência bíblica de 'ahabãh está em Gn 29.20, onde a palavra trata do “amor” entre homem e mulher como conceito geral. Em Os 3.1, a palavra é usada para aludir ao “amor” como atividade sexual. Em 1 Sm 18.3. ’ahabãh quer dizer “amor” entre amigos: Έ Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma”. A palavra se refere ao “amor” de Salomão em 1 Rs 11.2 e ao “amor” de DEUS em Dt 7.8.

C- Particípio.

’ãhab (אהב): “amigo”. Esta palavra usada como particípio pode significar “amigo”: “Os amigos dos ricos são muitos” (Pv 14.20).

 

AMOR - A Epístola aos Gálatas - Germano Soares

Encabeçando a lista está ágapê1 que aparece sempre ao final dos catálogos de virtudes e manifesta deste modo como princípio e fundamento de todas as demais virtudes. Este amor foi derramado em nossos corações com o ESPÍRITO SANTO e se manifesta na fé enquanto amor “meu”. Ele dirige-se a DEUS (Rm 8.28; 1 Co 2.9), a CRISTO e ao próximo (Rm 13.8,10; G1 5.13,14 etc). O amor de CRISTO JESUS está dentro dos nossos corações, tendo sido derramado pelo ESPÍRITO SANTO que atua como força vital divina que funde todos os carismas, é invariável e permanente.

 

 

AMOR - Comentário Bíblico Wesleyano

Na moral como na ordem natural, não há nenhum substituto para a fruta. Obras não pode realizar muito para a produção de uma árvore ou de seus frutos. "Só DEUS pode fazer uma árvore." Mas o que não pode ser produzido no reino da obra humana é perfeitamente possível e natural no ESPÍRITO. O fruto do ESPÍRITO é descrito em nove termos que cobrem a faixa de valores éticos e espirituais que fazem para o cumprimento tanto do indivíduo e da sociedade empresarial e que agradam a DEUS. À medida que as obras da carne indicam claramente inadequação do ato e atitude para o Reino de DEUS, essas graças manifestar a presença e poder do ESPÍRITO SANTO na vida e revelam que um já é uma parte do Reino. Esta é a herança dos filhos de promessa pela fé.

O fruto do ESPÍRITO é enumerada em três grupos de três cada, que apresentam algum grau de ordem. Os três primeiros compreendem hábitos cristãos da mente em seu aspecto geral. O amor , é claro, é a fundação. Como a expressão de santidade, esta é a qualidade que descreve a natureza de DEUS. "Ele está derramado em nossos corações pelo ESPÍRITO SANTO que foi dado a" (Rom. 5: 5 ). Ele é iluminado boa vontade. É o alcance de um coração e vida que são renovadas pela graça e restaurado à imagem de DEUS. O maior de todos os mandamentos (Marcos 12:30 , 31 ) não é uma conquista de longo trabalho e luta. Ela brota quase despercebida como fruto do trabalho interior do ESPÍRITO de DEUS no coração do homem.

 

 

 

AMOR - BEP - CPAD

“Caridade” (gr. Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi)), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).

 

AMOR - Dicionário Bíblia Almeida - CPAD

Amor - Sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem (1Sm 20.17). No relacionamento CONJUGAL o amor envolve atração sexual e sentimento de posse (Ct 8.6). DEUS é amor (1Jo 4.8). Seu amor é a base da ALIANÇA, o fundamento da sua fidelidade (Jr 31.3) e a razão da ELEIÇÃO do seu povo (Dt 7.7-8). CRISTO é a maior expressão e prova do amor de DEUS pela humanidade (Jo 3.16). O ESPÍRITO SANTO derrama o amor no coração dos salvos (Rm 5.5). O amor é a mais elevada qualidade cristã (1Co 13.13), devendo nortear todas as relações da vida com o próximo e com DEUS (Mt 22.37-39). Esse amor envolve consagração a DEUS (Jo 14.15) e confiança total nele (1Jo 4.17), incluindo compaixão pelos inimigos (Mt 5.43-48; 1Jo 4.20) e o sacrifício em favor dos necessitados (Ef 5.2; 1Jo 3.16).

 

AMOR - Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia

Discussão Preliminar

Tradução do termo hebraico aheb, palavra de larga conotação. Outros vocábulos também eram usados no Antigo Testamento, com sentidos variegados, associados a amor, desejo, amante etc. No N.T., temos

O círculo do amor de DEUS não tinha início, e não terá fim. O amor de DEUS inspirou e garantiu a execução da missão tridimensional do Logos. Ele ministrou e ministra na terra, no hades e nos céus para ser tudo para todos,

afinal — .

O amor de DEUS é real universalmente,

— não meramente potencial - O amor de DEUS será absolutamente efetivo,

afinal — .

Limites de pedra não podem conter o amor. E o que o amor pode fazer, isso o amor ousa fazer.

(William Shakespeare)

 

O oposto de injustiça não é justiça — é amor

Agape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi) (agapao), comum na Septuaginta, e phileo, sinônimo de agapao. Agapao aparece por 142 vezes no Novo Testamento; Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi), por 116 vezes, e phileo por 25 vezes. Agapao tem todo o alcance possível de significado que a nossa palavra amor exibe; e mediante o uso dessa palavra, não se pode estabelecer a diferença entre o amor divino e o amor humano, em contraste com phileo. A suposta diferença entre essas duas palavras torna-se nula quando simplesmente tomamos um léxico e lemos as referências onde figuram os dois termos. Ver o artigo sobre Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi), como ilustração desse fato, e quanto a outras informações. A mudança de uma para outra palavra, em João 21, é simples questão estilística, não envolvendo qualquer sentido oculto. Eros, com frequência usada para indicar o amor apaixonado e sexual, não se encontra no Novo Testamento. Também pode ser usado para indicar o amor nobre e espiritual, embora envolvendo, em muitos casos pelo menos, um sentido menos nobre do que aqueles achados no caso de agapao ephileo. Nas Escrituras, o amor aparece tanto como um atributo de DEUS como uma virtude humana moral, pelo que o assunto do amor pertence tanto à teologia quanto à ética. O amor é fundamental à verdadeira religião e à filosofia moral, e de fato, até na maior parte das filosofias pessimistas, como na de Schopenhauer, onde é encarado favoravelmente sob o título de simpatia. O amor é uma parte importante e mesmo dominante da fé judaico-cristã, básica ao evangelho. (Ver João 3; 16). Ê um elemento essencial em todo o relacionamento humano. Portanto, tanto mais atônitos ficamos em face do fato de que quase todos os credos denominacionais evangélicos deixam-no totalmente de lado, ao alistarem seus itens de crença (ver o artigo sobre Credos). Paulo declara que o amor é a maior de todas as graças cristãs (ver I Cor. 13:13, onde aparece a exposição do NTI, quanto a muitos dos atributos e características do amor). Nós escritos de Paulo, também é o solo de onde brotam todas as outras virtudes (ver Gál. 5:22,23). Trata-se da marca distintiva de que alguém é filho de DEUS (ver Mat. 5:44 ss.). É um pré-requisito absoluto para que alguém seja uma pessoa espiritual, um bom cidadão, um bom vizinho, um bom marido, esposa ou pai, ou qualquer outra coisa, que envolva boas qualidades divinas ou humanas.

 

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LIÇÃO 13 - AMOR, A VIRTUDE

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 2º TRIMESTRE DE 2009

1Coríntios - Os Problemas da Igreja e Suas Soluções

Comentários do Pr. Antônio Gilberto

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 13.1-8,13.

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. 2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda; que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria. 3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria. 4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, 5 não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 A caridade nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade.

 

1Co 13:1-13 - (Bíblia de Estudo Pentecostal BEP )

13.1 E NÃO TIVESSE CARIDADE. O cap. 13 é uma continuação do ensino de Paulo sobre os dons espirituais. Ele enfatiza, aqui, que ter dons espirituais sem amor (caridade), de nada adianta (vv. 1-3). O "caminho ainda mais excelente" (1Co 12.31) é o exercício de dons espirituais com amor (vv. 4-8). O amor, sendo o único contexto em que os dons espirituais podem cumprir o propósito de DEUS, deve ser o princípio predominante em todas as manifestações espirituais. Daí, Paulo exortar os coríntios: "Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais" (1Co 14.1). Os crentes devem, com muito zelo, buscar as coisas do ESPÍRITO, para que, assim equipados, possam ajudar, consolar e abençoar o próximo neste mundo.

13.2 NADA SERIA. Há pessoas afeitas às práticas religiosas sem qualquer aprovação de DEUS. É até possível que nem sejam crentes. Por exemplo, pessoas, que falam em línguas, profetizam, têm conhecimento ou realizam grandes obras da fé, sem, contudo terem amor, nem a justiça de CRISTO. Esses, "nada" são aos olhos de DEUS. Diante de DEUS, a sua espiritualidade e profissão de fé são vãs (v.1); esses não têm lugar no Reino de DEUS (cf. 1Co 6.9,10). Não somente lhes falta a plenitude do ESPÍRITO, como também não têm a sua presença habitando neles. As manifestações espirituais que ocorrem neles não provêm de DEUS, mas doutro espírito (ver At 8.21; 1 Jo 4.1). O essencial na autêntica fé cristã é o amor segundo uma ética que não prejudique o próximo e que persevere na lealdade a CRISTO e à sua Palavra (ver também v. 13)

13.4-7 A CARIDADE. Essa seção descreve o amor divino através de nós como atividade e comportamento, e não apenas como sentimento ou motivação interior. Os vários aspectos do amor, neste trecho, caracterizam DEUS Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO. Sendo assim, todo crente deve esforçar-se para crescer nesse tipo de amor.

13.8 LÍNGUAS, CESSARÃO. Os dons espirituais, como profecia, línguas e ciência terminarão no fim da presente era. A ocasião em que eles cessarão é descrita assim: "quando vier o que é perfeito" (v. 10), ou seja, no fim da presente era, quando, então, o conhecimento e o caráter do crente se tornarão perfeitos na eternidade, depois da segunda vinda de CRISTO (v. 12; 1Co 1.7). Até chegar esse tempo, precisamos do ESPÍRITO e dos seus dons na congregação. Não há nenhuma evidência aqui, nem em qualquer outro trecho das Escrituras, de que a manifestação do ESPÍRITO SANTO através dos seus dons cessaria no fim da era apostólica.

13.13 A MAIOR... É A CARIDADE. Este capítulo deixa claro que um caráter semelhante ao de CRISTO, DEUS o enaltece acima do ministério, da fé ou da posse dos dons espirituais. (1) DEUS valoriza e destaca o caráter que age com amor, paciência (v. 4), benignidade (v. 4), altruísmo (v. 5), aversão ao mal e amor à verdade (v.6), honestidade (v.6), e perseverança na retidão (v. 7), muito mais do que a fé que move montanhas ou realiza grandes feitos na igreja (vv. 1,2,8,13). (2) Os maiores no reino de DEUS serão aqueles que aqui se distinguem em piedade interior e no amor a DEUS, e não aqueles que se notabilizam pelas realizações exteriores (ver Lc 22.24-30). O amor de DEUS derramado dentro do coração do crente pelo ESPÍRITO SANTO, é sempre maior do que a fé, a esperança, ou qualquer outra coisa (Rm 5.5).

 

Palavra-Chave: Amor - É a revelação da natureza e do poder de DEUS em nossas vidas.

 

Oração

Meu DEUS, meu PAI, me ensina a amar como o Senhor ama (Mesmo sabendo que não conseguirei, lhe peço assim mesmo).

Meu DEUS, meu PAI, ajuda-me a amar meu semelhante como a mim mesmo (Mesmo sabendo que não conseguirei, lhe peço assim mesmo).

Meu DEUS, meu PAI, me ensina e me ajude a pelo menos me esforçar por amar como o Senhor ama.

 

Como nunca atingiremos o perfeito amor, como é o desejo de DEUS para nós, então o que é perfeito só será visto, sentido e vivido no céu após o arrebatamento. Isso não quer dizer que não vamos continuar tentando crescer no amor de DEUS tanto para com ELE mesmo, como para com nossos irmãos e outras pessoas também, enquanto por aqui estivermos.

Aqui os dons são importantes demonstrações do poder e cuidado de DEUS para com a humanidade e não devem ser desprezados, são armas de conversão e de edificação, portanto, indispensáveis enquanto aqui vivermos, mas, no céu não teremos mais necessidade dos dons, lá só o amor prevalecerá.

 

O único ser humano que conseguiu amar como DEUS foi JESUS, que nasceu sem a semente do pecado, venceu o pecado em todas as suas formas e ELE mesmo É DEUS.

 

Jo 21.17- Disse-lhe terceira vez: “Simão, filho de Jonas, amas-me?” Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: “Amas-me”? E disse-lhe: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. JESUS Disse-lhe: “apascenta as minhas ovelhas”.

            Pedro traiu a JESUS  por três vezes  (Jo.:18.17-27) e depois se autoexcluiu da Comunhão do Senhor, Voltando ao ofício antigo (Lc 5.4; Jo 21.3), mas o mestre o havia chamado para ser pescador de homens (Lc 5.10).

Para restaurá-lo o senhor não usou de acusações ou repreensões e nem lhe perguntou se estava arrependido e também não pediu-lhe que não mais o negasse, buscou em Pedro o que ele tinha de mais precioso, a sinceridade e honestidade procurando infundir-lhe o verdadeiro amor (1 Co 13); na verdade o que mais interessa para JESUS é nosso coração (Mt 22.36-40; Sl 119.11; Sl 147.3; Pv 23.26). Existe, no diálogo entre JESUS e Pedro, dois tipos de amor: o amor AGAPEO (amor profundo e não interesseiro, amor de DEUS) e o amor PHILEO (amor com denotação de gostar, amor entre pais e filhos); portanto vamos reproduzir o diálogo de maneira mais clara:

            “Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes”? Ele respondeu: “Sim, senhor, tu sabes eu gosto de ti”. Ele disse: “Apascenta os meus cordeiros”. A segunda vez perguntou-lhe JESUS: “Simão, filho de Jonas, amas-me?” Ele respondeu: “Sim, senhor tu sabes que gosto de ti”. Ele disse: “pastoreia as minhas ovelhas”. Terceira vez perguntou-lhe JESUS: “Simão, filho de Jonas, gostas de mim”? Pedro entristeceu-se, por JESUS lhe ter perguntado pela terceira vez: “Gostas de mim?” E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que gosto de ti”. Disse-lhe JESUS: Apascenta as minhas ovelhas”.

            JESUS pergunta se Pedro o ama com amor profundo por duas vezes e ele responde que ainda não está pronto, pois o seu amor ainda é muito pequeno; a terceira pergunta vem como uma chicotada pois JESUS lhe pergunta, com suas próprias palavras se ele o ama mesmo com esse amor pequeno, mas sincero e Pedro agora é restaurado porque depois de negar ao seu mestre por três vezes, agora o confessa por três vezes. (1Pe 5.2-4). Esse é o DEUS de misericórdia, amor e perdão, que nos aceita mesmo com esse amor fraco e muito aquém do que deseja.

 

Jo 3.16- “Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

 

            O amor de DEUS é declarado aqui como algo incomensurável e tão grandioso que o autor, João não conseguiu encontrar em seu vocabulário uma expressão que o revelasse, deixando essa revelação para o ESPÍRITO de DEUS que testifica com nosso espírito que somos filhos de DEUS. Seu amor é tão grande, que ELE nos deu seu filho unigênito JESUS CRISTO, para morrer por nós na cruz, a fim de nos salvar.

O maior ser que existe (DEUS, o criador de todas as coisas).

O maior sentimento que existe (amor, DEUS sente por nós).

A maior quantidade de pessoas que existe (o mundo).

O maior cemitério que existe (a alma que pecar esta morrerá).

A maior dádiva que alguém pode oferecer (o filho unigênito).

O maior motivo de todos (a salvação, o perdão, a reconciliação).

O maior sacrifício de todos (morte na cruz, ELE fez).

A maior tragédia que existe (morte física, da alma e espiritual).

A maior fé que existe (é dom de DEUS).

A maior confissão que existe (Rm 10.9, Mt 10.32, você precisa fazer).

A maior e melhor vida que existe (A vida eterna, você a terá se confessar a JESUS como senhor e salvador, Jo 5.24).

 

 

 

 

O Fruto Do ESPÍRITO - Amor: o Fruto Excelente

 "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de DEUS; e qualquer que ama é nascido de DEUS e conhece a DEUS." (1Jo 4.7)

O amor é a essência de todas as virtudes morais de CRISTO originadas pelo ESPÍRITO SANTO, e implantadas no crente

Cl 3.14 O Amor é o vínculo da perfeição

1 Pedro 4.8 Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados,

João 13.34 Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.

Romanos 13.8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.

1Jo 4.7 O Amor confirma a filiação divina

4.7 AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS. Embora o amor seja um aspecto do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23) e uma evidência do novo nascimento (2.29; 3.9,10; 5.1), é também algo que temos a responsabilidade de desenvolver. Por essa razão, João nos exorta a amar uns aos outros, a termos solicitude por eles e procurar o bem-estar deles. João não está falando apenas em sentimento de boa-vontade, mas em disposição decisiva e prática, de ajudar as pessoas nas suas necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31). João nos admoesta a demonstrar amor, por três razões: (1) O amor é a própria natureza de DEUS (vv. 7-9), e Ele o demonstrou ao dar seu próprio Filho por nós (vv. 9,10). Compartilhamos da sua natureza porque nascemos dEle (v. 7). (2) Porque DEUS nos amou, nós, que temos experimentado o seu amor, perdão e ajuda, temos a obrigação de ajudar o próximo, mesmo com grande custo pessoal. (3) Se amamos uns aos outros, DEUS continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado (v. 12).

1Co 13.13 O Amor é a essência das virtudes cristãs

13.13 A MAIOR... É A CARIDADE. Este capítulo deixa claro que um caráter semelhante ao de CRISTO, DEUS o enaltece acima do ministério, da fé ou da posse dos dons espirituais. (1) DEUS valoriza e destaca o caráter que age com amor, paciência (v. 4), benignidade (v. 4), altruísmo (v. 5), aversão ao mal e amor à verdade (v.6), honestidade (v.6), e perseverança na retidão (v. 7), muito mais do que a fé que move montanhas ou realiza grandes feitos na igreja (vv. 1,2,8,13). (2) Os maiores no reino de DEUS serão aqueles que aqui se distinguem em piedade interior e no amor a DEUS, e não aqueles que se notabilizam pelas realizações exteriores (ver Lc 22.24-30). O amor de DEUS derramado dentro do coração do crente pelo ESPÍRITO SANTO, é sempre maior do que a fé, a esperança, ou qualquer outra coisa (Rm 5.5).

Rm 12.9 O Amor combate a hipocrisia

Hb 1.9 AMASTE A JUSTIÇA E ABORRECESTE A INIQÜIDADE. Não basta o crente amar a justiça; ele deve, também, aborrecer o mal. Vemos esse fato claramente na devoção de CRISTO à justiça (Is 11.5) e, na sua aversão à iniqüidade; na sua vida, no seu ministério e na sua morte (ver Jo 3.19; 11.33). (1) A fidelidade de CRISTO ao seu Pai, enquanto Ele estava na terra, conforme Ele demonstrou pelo seu amor à justiça e sua aversão à iniqüidade, é a base para DEUS ungir o seu Filho (v. 9). Da mesma maneira, a unção do cristão virá somente à medida que ele se identificar com a atitude do seu Mestre para com a justiça e a iniqüidade (Sl 45.7). (2) O amor do crente à justiça e seu ódio ao mal crescerá por dois meios: (a) crescimento em sincero amor e compaixão por aqueles, cujas vidas  estão sendo destruídas pelo pecado, e (b) por uma sempre crescente união com o nosso DEUS e Salvador, do qual está dito: "O temor do SENHOR é aborrecer o mal?? (ver Pv 8.13; Sl 94.16; 97.10; Am 5.15; Rm 12.9; 1 Jo 2.15; Ap 2.6).

Rm 5.5 O Amor é resultado da ação do ESPÍRITO SANTO no crente

5.5 O AMOR DE DEUS... EM NOSSO CORAÇÃO. Os cristãos experimentam o amor de DEUS nos seus corações, pelo ESPÍRITO SANTO; especialmente em tempos de aflição. O verbo "derramar" está no tempo pretérito perfeito contínuo, significando que o ESPÍRITO continua a fazer o amor transbordar em nossos corações. É essa experiência sempre presente do amor de DEUS, que nos sustenta na tribulação (v. 3) e nos assegura que nossa esperança da glória futura não é ilusória (vv. 4,5). A volta de CRISTO para nos buscar é certa (cf. 8.17; Jo 14.3)

1Jo 4.16 DEUS é a fonte e a causa do Amor

1 João 4.8 Aquele que não ama não conhece a DEUS, porque DEUS é caridade.

12 Ninguém jamais viu a DEUS; se nós amamos uns aos outros, DEUS está em nós, e em nós é perfeita a sua caridade.

1 João 3.24 E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto conhecemos que ele está em nós: pelo ESPÍRITO que nos tem dado.

 

João 13.34-35 =   34"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. 35 Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".

13.34 AMEIS UNS AOS OUTROS. O cristão é exortado a amar de um modo especial a todos os outros cristãos verdadeiros, quer sejam membros da sua igreja e da sua persuasão teológica, quer não. (1) Isso significa que o crente deve saber distinguir os cristãos verdadeiros daqueles cuja confissão de fé é falsa, observando a sua obediência a JESUS CRISTO e sua lealdade às Sagradas Escrituras (5.24; 8.31; 10.27; Mt 7.21; Gl 1.9). (2) Isso significa que quem possui uma fé viva em JESUS CRISTO e é leal à Palavra inspirada e inerrante de DEUS, conforme tal pessoa a compreende, e que resiste ao espírito modernista e mundano predominante em nossos tempos, é meu irmão em CRISTO e merece meu amor, consideração e apoio especiais. (3) Amar a todos os cristãos verdadeiros, inclusive os que não pertencem à minha igreja, não significa transigir ou acomodar minhas crenças bíblicas específicas nos casos de diferenças doutrinárias. Também não significa querer promover união denominacional. (4) O cristão nunca deverá transigir quanto à santidade de DEUS. É essencial que o amor a DEUS e à sua vontade, conforme revelados na sua Palavra, controlem e orientem nosso amor ao próximo. O amor a DEUS deve sempre ocupar o primeiro lugar em nossa vida (ver Mt 22.37,39).

13.35 CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr. ágape) deve ser a marca distintiva dos seguidores de CRISTO (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).

 

Lucas 6.27-35 =  27 "Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, 28 abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. 29 Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica. 30 Dê a todo aquele que lhe pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva. 31 Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles. 32 "Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os 'pecadores' amam aos que os amam. 33 E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os 'pecadores' agem assim. 34 E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Até os 'pecadores' emprestam a 'pecadores', esperando receber devolução integral. 35 Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus.

6.27 AMAI A VOSSOS INIMIGOS. Nós versículos 27-42, JESUS nos ensina como devemos conviver com outras pessoas. Como membros da nova aliança, temos a obrigação de cumprir as exigências que Ele expõe aqui. (1) Amar os nossos inimigos não significa um amor emotivo, i.e., de ter afeto por eles, mas, sim, uma genuína solicitude pelo seu bem e pela sua salvação eterna. Uma vez que sabemos da terrível ruína que aguarda os que são hostis a DEUS e ao seu povo, devemos orar por eles e procurar pagar-lhes o mal com o bem, levá-los a CRISTO e à fé do evangelho (ver Pv 20.22; 24.29; Mt 5.39-45; Rm 12.17; 1 Ts 5.15; 1 Pe 3.9). (2) Amar nossos inimigos não quer dizer ficarmos indiferentes enquanto os malfeitores continuam nas suas atividades iníquas. Quando necessário for, pela honra de DEUS, pelo bem ou segurança do próximo, ou proveito maior dos pecadores, deve-se tomar providências rigorosas para deter a iniqüidade (ver Mc 11.15; Jo 2.13-17).

 

DINÂMICA:  Eu utilizo uma rosa fechada, quase botão. Chamo a rosa de qualidade do Fruto do ESPÍRITO - AMOR. Tudo começa pelo amor e sem este nada mais poderá se desenvolver. Depois vou abrindo cada pétala que sai do amor de DEUS, e vou nomeando cada pétala, como qualidades ou resultados deste amor.

***Para ensinar sobre o Fruto do ESPÍRITO utilizo uma laranja com nove gomos, se não achar com nove abro-a em gomos e depois de contar nove gomos retiro os gomos que estão sobrando e dou para algum aluno chupar. Chamo a laranja de Fruto do ESPÍRITO e os gomos de qualidades do Fruto. Depois digo aos alunos que se cada um aproveitar de cada gomo como o aluno chupou aquele gomo que você lhe deu, será perfeito discípulo de CRISTO. Se o aluno não chupar de algum gomo ficará com deficiência em seu caráter cristão, se chupar um mais do que o outro também ficará com deficiência , o importante é que durante nossa peregrinação por aqui (na Terra), estejamos todo o tempo, chupando a laranja o mais possível, afinal, vitamina "C" é ótimo!!!!!! "C" de Caráter e "C" de CRISTO. Aproveitemos todos os gomos o máximo que pudermos!!!!

 

PARTE I - Os 4 Tipos De Amor:

Amor:- A palavra 'amor' neste trecho das Escrituras é a tradução da palavra grega 'Agape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi)'. Este é amor que flui diretamente de DEUS. 'O amor de DEUS está derramado em nossos corações pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado'(Rm 5.5). É um amor de tamanha profundidade que levou DEUS a dar seu único Filho como sacrifício pelos nossos pecados (Jo 3.16). É o amor de JESUS por nós: 'conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a nossa pelos irmãos (leia Jo 3.16; 15.2-13). É muito fácil amar os seus entes queridos, como os pais, filhos esposos, parentes, amigos, esposas etc. Mas, somente pelo ESPÍRITO SANTO, você é capaz de dedicar o amor aos seus inimigos, de tal forma que lhes deseje o bem e perdoe as suas ofensas, de todo o coração, para jamais se lembrar delas.

 

1- O Amor Divino:

O amor é a essência da natureza de DEUS. 

DEUS age sempre , em tudo, com Amor e conosco não é diferente, DEUS nos ama de uma tal forma que foi capaz de nos dar o que ELE tinha de maior valor para que reconhecêssemos esse imenso amor, seu único amado Filho, JESUS CRISTO.

Ágape (Amor De DEUS, O Importante E Necessário, O Principal)

DEUS ME AMA, e a prova que ele deu deste amor, foi enviando o seu Filho para morrer por mim quando eu era ainda seu inimigo (Rm. 5.8-10). Estava morto espiritualmente, mas Ele bondosamente me deu vida. Achava-me perdido, sem a menor chance de escapar da condenação eterna, porém, Ele graciosamente me salvou. JESUS veio para me dar vida, e vida com abundância

Este é o Amor ágape cristão, sentimento que nos liga mesmo aos que nos são indiferentes, mesmo aos nossos inimigos, e tem como horizonte virtual a humanidade inteira.

 

2- O Amor Fraterno:

Phileo (Fraternal, De Irmãos, Necessário Mas Não O Principal)   

 

O amor ao próximo se demonstra com ações. 

De que valeria a nosso semelhante um amor de indicações?

Is 56.6 Acaso não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?7 Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?8 Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda.9 Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;10 e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.11 O Senhor te guiará continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham.

 

3- O Amor Físico

Eros (Atração Física, Necessário Mas Não O Principal)  

 

4- O Amor Familiar

Storge (Afetivo, Amor Romântico, Necessário Mas Não O Principal)

 

PARTE II - Amor a DEUS - A Dimensão Vertical

1- Amar a DEUS acima de tudo

EU AMO A DEUS, devo toda a minha vida a Ele, e a Ele entrego-me com alegria para o seu serviço. Dedicar-me-ei a este curso, participando com empenho e com prazer, esforçando-me para aprender, de maneira que eu possa crescer espiritualmente, fortalecendo-me na graça e no conhecimento do meu Senhor, JESUS CRISTO. 

 

2- O Exemplo de JESUS

À esta altura percebemos que o “amor ao próximo”, conforme apresentado na primeira epístola de João, embora não negue um peculiar caráter “opcional”, ultrapassa a dimensão da escolha racional para tornar-se, principalmente, um resultado da graça divina. Sua fonte transfere-se da alma (antropologia hebraica) para o ser de DEUS. A adesão (sent. próprio do hebraico 'ahabh), segundo esta teologia joanina, não é uma mera filiação partidária ou paixão por uma causa (coisa que os “do mundo” também podem ter); ela é, antes, uma aliança ou pacto com o próprio DEUS. É aderir não a algo, mas a alguém. A partir deste ponto, podemos interpretar João com os olhos de  Agostinho que entendia o Ágape joanino como sendo uma pessoa. Aliás, note-se que, desde o evangelho e o Apocalipse, é comum para João personificar em DEUS, os títulos que lhe atribuímos. E assim como o Logos e a Luz procederam do Pai, encarnando-se na figura histórica de JESUS CRISTO, do mesmo modo o Amor manifestado entre os homens (4:9) é outra “figuração personificada” para falar do mistério da encarnação. Portanto, o dizer que o Amor procede de DEUS (h agaph ek tou qeou estin[ 4:7]) é uma explícita referência à procedência de CRISTO do Pai (para tou Patera[João 6:46; 7:29; 8:14; 8:42; 11:27, 16:28]) e quando se diz “DEUS é amor”(o Qeos agaph estin) paralelamente se deve lembrar do dito “e o Verbo era DEUS” (kai Qeos hn o logos).

O amor/ágape é, enfim, o Filho de DEUS vindo ao mundo e o “permanecer” neste amor equivale a “andar como ele andou” (amando ao próximo, cumprindo a justiça, obedecendo à lei) e confessar o que ele é de fato (1:6 e 4:2). Fazendo isto, trazemos para o presente uma encarnação salvadora fazendo com que ela deixe de ser mero evento de um longínquo passado com o qual não temos relação.

 

3-  O Teste do Amor ágape

Como sabermos se amamos com o amor de DEUS?

Se somos capazes de amar como DEUS ama, então sentimos este amor fluir de cada um de nós.

Jo 3.16 "Porque DEUS tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

Somos capazes de amar a ponto de darmos tudo o que temos de mais precioso, por amor aos outros?

Rm 5.8 Mas DEUS demonstra seu amor por nós: CRISTO morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.

Veja que DEUS não nos amou porque éramos bons; somos capazes de amar aos pecadores e por eles darmos nossas vidas?

Mt 5.44 Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem,

Somos capazes de amar nossos inimigos e orar por eles?

Jo 13.35 A marca distintiva do crente

35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr. Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi)) deve ser a marca distintiva dos seguidores de CRISTO (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).

 

PARTE III - Amor Ao Próximo - A Dimensão Horizontal

A questão do relacionamento humano, se torna ajustada, encaminhada e equilibrada quando há o diferencial DEUS, que nos tornou, pela salvação em CRISTO JESUS, seus filhos, e criou a família de fé na qual somos irmãos que devem aprender a se amar. Afinal, "Aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos" e, "Nisto são manifestos os filhos de DEUS, e os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não é de DEUS, nem aquele que não ama a seu irmão" (1Jo 2.11; 3.10).Entendamos: para o Antigo Testamento, para a cultura hebreia, o próximo, o semelhante era o igual. Os termos de Levítico 19.18 deixam claro esse fato: "Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor" (cf. Pv 3.28; Jr 22.13). Amar o próximo tinha como contrapartida odiar o inimigo. Assim o refletem Êxodo 15.6 e Levítico 26.8: "A tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder; a tua destra, ó Senhor, despedaça o inimigo"; "Cinco de vós perseguirão a cem, e cem de vós perseguirão a dez mil, e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós". JESUS e os apóstolos, porém, estendem o significado: "Amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios", disse um escriba ao Mestre, que aprovou a sua exclamação (cf. Mc 12.33). "Cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação", enunciou Paulo (Rm 15.2), precisamente na linha de João que deixou a exortação, "Aquele que não ama a seu irmão a quem viu, como pode amar a DEUS a quem não viu?" (1Jo 4.20b).

4.7 AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS. Embora o amor seja um aspecto do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23) e uma evidência do novo nascimento (2.29; 3.9,10; 5.1), é também algo que temos a responsabilidade de desenvolver. Por essa razão, João nos exorta a amar uns aos outros, a termos solicitude por eles e procurar o bem-estar deles. João não está falando apenas em sentimento de boa-vontade, mas em disposição decisiva e prática, de ajudar as pessoas nas suas necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31). João nos admoesta a demonstrar amor, por três razões: (1) O amor é a própria natureza de DEUS (vv. 7-9), e Ele o demonstrou ao dar seu próprio Filho por nós (vv. 9,10). Compartilhamos da sua natureza porque nascemos dEle (v. 7). (2) Porque DEUS nos amou, nós, que temos experimentado o seu amor, perdão e ajuda, temos a obrigação de ajudar o próximo, mesmo com grande custo pessoal. (3) Se amamos uns aos outros, DEUS continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado (v. 12).

 

PARTE IV - Amor A Si Mesmo - A Dimensão Interior

1- O Amor a si mesmo reflete o amor de DEUS por nós

É importante ser ensinável, se submeter à sã doutrina. Mas há algumas coisas que nenhum ser humano pode ensinar. Há algumas crises que só o ESPÍRITO SANTO pode levar à uma saída. Às vezes inexistem respostas em lugar algum da mente humana, e então o ESPÍRITO SANTO precisa nos ensinar como sair da crise! Necessitamos voltar-nos para o nosso interior, e bloquear todas as vozes e as falas exteriores. Eis a prova:

“...a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine...” (I João 2:27).

“...a loucura de DEUS é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de DEUS é mais forte do que os homens” (I Coríntios 1:25).

As coisas que DEUS deseja fazer por nós ainda nem sequer chegaram à mente dos conselheiros sábios do mundo.

“...nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que DEUS tem preparado para aqueles que o amam” (I Coríntios 2:9).

Elas são reveladas pelo ESPÍRITO em nós!

“...DEUS no-lo revelou pelo ESPÍRITO...”

Se aquilo que DEUS preparou para nós ainda “nem penetrou na mente humana”, como alguém poderá me dizer algo que não sabe?

“Porque qual dos homens sabe as cousas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as cousas de DEUS, ninguém as conhece, senão o ESPÍRITO de DEUS” (I Coríntios 2:11).

Não estou contra o cristão buscar bom aconselhamento. Não estou contra a psicologia cristã. Mas nenhuma delas vale sequer mencionar, a menos que leve a pessoa à esta verdade absoluta: nenhum outro ser humano pode ser a sua fonte de felicidade e paz!

Os que se apoiam nos braços da carne cavam poços que não aguentam um teste. Estão sempre precisando de alguém para lhes derramar um conselho, mas não o retém. São cisternas rotas.

“Não sabeis que sois santuário de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?” (I Coríntios 3:16).

“Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio...” (Gal. 5:22).

“é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe (em nós) e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).

“em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o SANTO ESPÍRITO da promessa, o qual é o penhor da nossa herança, até o resgate da sua propriedade...” (Efésios 1:13,14).

Você está pronto para receber essa verdade e agir baseado nela? O que foi que acabamos de ler? Ele está em você: para consolar, para guiar à toda a verdade; para lhe mostrar as coisas que virão; para lhe vivificar; para lhe ajudar em suas enfermidades; para lhe ajudar a entender todas as coisas que DEUS graciosamente lhe concedeu; para lhe trazer alegria, amor, paz, paciência, bondade, domínio próprio; para lhe dar tudo que foi prometido a um filho de DEUS; para lhe recompensar por sua diligência; para lhe assegurar liberdade; para lhe prover acesso ao Pai; para lhe levar a um lugar de repouso suave e de verdade.

 2- O Pecado impede que a pessoa ame a si mesma

O pecado faz divisão entre nós e DEUS, causa o efeito "Falta de confiança para falar com DEUS ou ouvir DEUS falando conosco". A fé fraqueja no momento mais difícil e de precisão da alma que anseia pela comunhão, mas sucumbe na dúvida.

 3- Relação entre as três dimensões do amor ágape

Há uma distinção entre ágape e as outras qualidades do amor, sempre integradas uma à outra e presentes em toda experiência do amor. Pelo seu caráter transcendente, ágape não pode ser experimentada como força vital, senão através das outras e especialmente do eros. Contudo, em todas as decisões morais, ágape deve ser o elemento determinante, pois é ligado à justiça e transcende a finitude do amor humano. Sozinha, ágape se tornaria moralista e legalista. Mas sem ágape, o amor perderia a sua seriedade. Contudo, não vimos uma ordem hierárquica entre as qualidades do amor, a não ser em relação à ágape.

O fruto do ESPÍRITO é como uma linda flor que se abre com uma chave chamada AMOR; é só a partir do Amor que conhecemos as outras qualidades do fruto do ESPÍRITO em nós implantado, no instante em que aceitamos a CRISTO como nosso Senhor e Salvador.

 

PARTE V - CARACTERÍSTICAS DO AMOR DE DEUS NO CRENTE 

1. É sofredor. 2. É benigno. 3. Não é invejoso. 4. Não é leviano. 5. Não é soberbo. 6. Não é indecente. 7. Não é interesseiro. 8. Não se irrita. 9. Não suspeita mal. 10. Não se regozija com a injustiça. 11. Regozija-se com a verdade. 12. Tudo sofre, crê, espera, suporta.  Para conhecer o amor de DEUS, primeiramente necessitamos saber como é o amor do homem. Segundo a Bíblia o amor do homem é frio (Mt 24:12), carnal (Gn 6:1-2), dobre, ou seja, passageiro (Os 6:4), deturpado pelos mundanos e adúlteros (Pv 7:18) e busca seus interesses (Sl 116:1).

O amor de DEUS é muito diferente do amor do homem, veja:

Como é o amor de DEUS?

Incondicional: Jo 13:1; Inseparável: nada pode nos separar dele. Rm 8:35-39; Inexprimível: palavras não podem expressá-lo. Ef 3:19; Extremamente grandioso: Jo 3:16; Cobre a multidão de pecados: I Pe 4:8; Renova o amor dos cristãos: Sf 3:17; Faz com que o cristão obedeça a DEUS através do constrangimento: II Co 5:14; Traz consolo a vida do crente: II Ts 2:16; Disciplinador: nos corrige como um pai ao filho. Hb 12:6; Repleto de bênçãos: II Tm 4:8;

Manifestação do amor de DEUS

O ESPÍRITO SANTO: Rm 5:5; Através de sua misericórdia: Ef 2:4-7; A nossa obediência traz a manifestação do amor de DEUS: I Jo 2:5; Jo 14:21.

Provas do amor de DEUS

A morte de JESUS CRISTO pela humanidade pecadora: Rm 5:8; Jo 3:16; I JO 3:16; Jo 15:13-14; Libertação do jugo deste mundo: Dt 7:8; Vida no ESPÍRITO SANTO: Ef 2:4-5.

Características do verdadeiro amor

Não pratica o mal, é santo: Rm 13:10; Edifica uma vida: I Co 8:1b; Suporta tudo: II Co 2:4; Ef 4:2b; É o fim da fé - a fé opera por ele: Gl 5:6; É perfeito, resplandece a glória de DEUS: Cl 3:14; Não tem medo: I Jo 4:18; Se gasta pelo próximo: II Co 12:15; Traz obras: I Jo 3:18; Imparcial: Dt 10:19; É sincero e verdadeiro: Rm 12:9; Forte como a morte: Ct 8:6-7. DEUS, pelo seu grande amor que nos amou espera que venhamos a correspondê-lo. O amor só pode ser correspondido por obras, veja o que DEUS espera que você faça para manifestar o seu amor a ele

Atitudes que DEUS espera do que o ama

Permaneça no seu amor: Jo 15:9; Obedeça a DEUS: Dt 10:12; Jo 14:15; Guarde o amor: Os 12:6; Andar no exemplo do amor abnegado (desvinculado) de CRISTO: Ef 5:1-2 ; Que o cristão siga o amor e ande nele: I Co 14:1; Ef 5:2; Seja constante no amor: Hb 13:1; Sirva o próximo por amor: Gl 5:13; Que todas suas obras sejam feitas com amor: I Co 16:14; Deteste o mal: Sl 97:10; Rejeite a Satanás e seus caminhos: Mt 6:24; Estimule os outros a amar: Hb 10:24; Que manifeste seu amor: Pv 27:5, Que declare seu amor a ele: Sl 18:1 Perca sua vida por amor de CRISTO: Mt 12:24-26; Gl 2:20;

Ordens de DEUS sobre o amor

Amar o próximo ardentemente de coração: I Pe 1:22; Jo 15:17; Amá-lo com tudo que possuímos: Dt 6:5; Amar os ímpios: Dt 10:19; Mt 5:44. DEUS, como bom galardoador que é, não deixará nem um de seus filhos sem a devida correspondência, assim como ao pecador é dada uma punição, ao obediente é dado um galardão. Veja o que a Bíblia Sagrada promete para aqueles que amam o seu próximo.

Bênçãos prometidas para quem ama

CRISTO, através do ESPÍRITO SANTO, habita ricamente nesta vida: Ef 3:17; Jo 14:26; Jo 16:27; Traz crescimento espiritual em CRISTO JESUS: Ef 4:15; Ef 6:24; Permanece ligado a CRISTO: I Jo 4:16; Traz a guarda do Senhor sobre nós: Sl 145:20; Repreensão por amor: Pv 3:12; Perdão de pecados: Is 38:17; Traz o amor de DEUS sobre nós: Jo 16:27; Todas as coisas que acontecerem na vida do crente serão usadas para o seu bem: Rm 8:28; Sua vida é conhecida por DEUS: I Co 8:3; A pessoa que ama está na luz do Senhor: I Jo 2:10; Todo que ama é filho de DEUS: I Jo 4:7; Libertação: Sl 91:14; Traz capacidade para perdoar o próximo: Pv 10:12; Bênçãos inefáveis: que não se podem expressar. I Co 2:9.

Fontes do verdadeiro amor

De DEUS - o ESPÍRITO SANTO: Gl 5:22; II Tm 1:7; I Ts 3:12; I Jo 4:7;

De um coração puro: I Tm 1:5;

De uma consciência boa: I Tm 1:5;

De uma fé cristã santa e verdadeira: I Tm 1:5;

Da misericórdia de DEUS: Tt 3:4-5;

Palavras de CRISTO sobre o amor

Ele é o princípio e a base de toda a lei de DEUS: Mt 22:37-40; Lc 11:42. O verdadeiro amor consiste em conhecer o poderoso nome do Senhor: Jo 17:26; Homens religiosos, carnais e que não crêem em DEUS não podem ter o seu amor: Jo 5:37-47

Findaremos este estudo com alguns textos bíblicos que falam sobre o amor.

"O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;" Romanos 12:9-11. Leituras complementares: Pv 15:17; Ct 1:2; Mt 5:43-48; Lc 10:25-37; Jo 21:15-23; Ap 12:11

 

Conclusão

Como vimos, o amor não pode por um lado ser um tema abandonado, nem por outro, um discurso isolado. Se somos cristãos de fato, a mais autêntica cristologia bíblica deverá acompanhar este amor e a importância dada aos demais mandamentos da lei de DEUS deverá testemunhar de nossa fidelidade (ou adesão) ao Bem Maior, que é CRISTO JESUS. Não amamos porque somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. Não cumpriremos a lei para fazer-nos “justos”, mas porque ele nos justificou com sua justiça. Não brilharemos porque temos luz própria, mas porque refletimos o sol da justiça.

  

 

kai o ean aitwmen lambanomen ap' autou, oti tas entolas autou throumen kai ta aresta enwpion autou poioumen.

E aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante dele o que lhe é agradável.

kai auth estin h entolh autou,

1 - ina pisteuswmen tw onomati tou uios autou Ihsou Cristou

2 - kai agappwmen allhlous,

kaqws edwken entolhn hmin

kai o thrwn tas entolas autou en autou menei kai autous en autw.

Ora, o mandamento é este:

1 - que creiamos em o nome de seu Filho JESUS CRISTO

2 - e que nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou.

E aquele que guarda os seus mandamentos, permanece nele e ele naquele.

 

 

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LIÇÃO 11 - O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 3º TRIMESTRE DE 2009

1 João - Os Fundamentos Da Fé Cristã

Comentários do Pr. Eliezer de Lira e Silva

Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antonio Gilberto

 

Palavra-Chave: Amor Ágape: amor abnegado, profundo e constante, como o amor de DEUS pela humanidade.

 

 

"Respondeu-lhe JESUS: Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22.37-40).

 

O mundo à nossa volta está promovendo o amor-próprio e a autoestima. A autoestima é um aspecto popular da psicologia humanista, que é baseada na crença de que todos nós nascemos bons e que a sociedade é a culpada. Esse sistema coloca o homem como a medida de todas as coisas. A ênfase no ego é exatamente o que começou no Jardim do Éden e se intensifica através dos ensinos humanísticos do amor-próprio, da autoestima, da autorrealização e auto-etc.

Por não crerem em JESUS CRISTO, os humanistas seculares têm o ego como o único centro de interesse do indivíduo. Assim podemos entender por que aqueles que não conhecem a CRISTO desejam amar, estimar e satisfazer o ego, pois é a única coisa que têm. E qual é a desculpa da Igreja?

Com o progresso da influência e da popularização da psicologia, a ênfase em DEUS foi deslocada para o ego por uma grande parte da igreja professa. De formas muito sutis, o ego vai tomando o primeiro lugar e, assim, a atitude de ser escravo de CRISTO é substituída pela de se fazer o que agrada e que seja para sua própria conveniência. O amor aos outros só é praticado se for conveniente.

Com toda esta ênfase no ego, é natural que os cristãos perguntem se é correto amar a si mesmo. Como JESUS responderia? Embora não seja ardilosa como as dos escribas e fariseus, a questão requer uma resposta "sim" ou "não". O "sim" leva facilmente a toda espécie de preocupação consigo mesmo. E o "não" conduz a um possível: "Bem, então devemos nos odiar?" Nem sempre JESUS respondia como esperavam seus ouvintes. Em vez disso, Ele usava a pergunta como oportunidade de lhes ensinar uma verdade. Sua ênfase sempre era o amor de DEUS e o nosso amor a Ele e aos outros.

Linguisticamente, em toda a Bíblia, o termo agapao é sempre dirigido aos outros, nunca a mim mesmo. O conceito de amor-próprio não é o tema do Grande Mandamento, mas apenas um qualificativo. Quando JESUS ordena amar a DEUS "de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força" (Mc 12.30), Ele enfatiza a natureza abrangente desse amor agapao (amor-atitude, que vai além da capacidade do homem natural, sendo possível exclusivamente pela graça divina). Se Ele usasse as mesmas palavras para o amor ao próximo, estaria encorajando-nos à idolatria. Contudo, para o grau de intensidade de amor que devemos ao próximo, Ele usou as palavras "como a ti mesmo".

JESUS não nos ordenou a amar a nós mesmos. Ele não disse que havia três mandamentos (amar a DEUS, ao próximo e a nós mesmos). Ele apenas afirmou: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22.40). O amor-próprio já está implícito aqui – ele é um fato – não uma ordem. Nenhum ensino nas Escrituras diz que alguém já não ama a si mesmo. Paulo afirma: "Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também CRISTO o faz com a igreja" (Ef 5.29). Os cristãos não são admoestados a amar ou a odiar a si mesmos. Amor-próprio, ódio-próprio (que é simplesmente uma outra forma de amor-próprio ou preocupação consigo mesmo), e autodepreciação (possivelmente uma desculpa para culpar a DEUS por não conceder ao ego maiores vantagens pessoais), são atitudes centradas no eu. Os que se queixam da falta de amor-próprio geralmente estão insatisfeitos com seus sentimentos, habilidades, circunstâncias, etc. Se realmente odiassem a si mesmos, eles estariam alegres por serem miseráveis. Todo ser humano ama a si mesmo.

Em toda a Escritura, e particularmente dentro do contexto de Mateus 22, a ordem é dirigir aos outros todo o amor que o indivíduo tem por si. Não nos é ordenado que amemos a nós mesmos. Já o fazemos naturalmente. O mandamento é que amemos os outros como já amamos a nós mesmos. A história do Bom Samaritano, que segue o mandamento de amar o próximo, não só ilustra quem é o próximo, mas qual é o significado da palavra amor. Nesse contexto, amor significa ir além das conveniências a fim de realizar aquilo que se julga ser melhor para o próximo. A idéia é que devemos procurar o bem dos outros do mesmo modo como procuramos o bem (ou aquilo que podemos até erradamente pensar que seja o melhor) para nós mesmos – exatamente com a mesma naturalidade com que tendemos a cuidar de nosso bem-estar.

Outra passagem paralela com a mesma idéia de amar os outros como já amamos a nós mesmos é Lucas 6.31-35, que começa com as palavras: "Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles." Evidentemente JESUS supunha que Seus ouvintes quisessem ser tratados com justiça, amabilidade e misericórdia. Em outras palavras, queriam ser tratados com amor e não com indiferença ou animosidade. Para esclarecer esta forma de amor em contraste com a dos pecadores, JESUS prosseguiu: "Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam... Amai, porém, os vossos inimigos..."

O amor que JESUS enfatiza é o demonstrado por atos, do tipo altruísta e não o que espera recompensas. Dada a naturalidade com que as pessoas satisfazem suas próprias necessidades e desejos, JESUS desviou-lhes o foco da atenção para além delas mesmas.

Essa espécie de amor pelos outros procede primeiro do amor de DEUS, e somente depois de respondermos sinceramente ao amor dEle (de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento). Não conseguiremos praticá-lo a não ser que O conheçamos através de Seu Filho. As Escrituras dizem: "Nós amamos porque ele nos amou primeiro" (1 Jo 4.19). Não podemos realmente amar (o amor-ação, agapao) a DEUS sem primeiro conhecermos o Seu amor através da graça; e não podemos verdadeiramente amar o próximo como a nós mesmos, sem primeiramente amarmos a DEUS. A posição bíblica correta para o cristão não é a de encorajar, justificar ou mesmo estabelecer o amor-próprio, e sim a de dedicar sua vida por amor a DEUS e ao próximo como [já ama] a si mesmo.

(adaptado de um artigo de PsychoHeresy Update).

 

  

 Ajuda extra (Segundo Semestre de 2000 - Revista CPAD - Comentarista Elinaldo Renovato de Lima)

INTRODUÇÃO

Até hoje, ninguém foi capaz de definir o que é amor. Poetas, escritores e dramaturgos, sempre tentaram esboçar uma definição de amor, mas nunca conseguiram. Por que isto? Certamente, porque o amor, em sua expressão perfeita e absoluta, é o próprio DEUS (1 Jo 4.8). Podemos dizer que o amor é a “pedra de toque” do cristão genuíno. O verdadeiro discípulo de JESUS é identificado pelo amor. Nesta lição, abordaremos alguns aspectos importantes desse tema.

 

I. AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO

1. O primeiro mandamento: amar a DEUS (v.30). Um escriba aproximou-se de JESUS e perguntou-lhe qual seria o “primeiro de todos os mandamentos” (Mc 12.28). O Mestre, serenamente, respondeu, citando Dt 6.5, que diz: “Amarás, pois, o SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder”.

a) “De todo o teu coração”. No Antigo Testamento, DEUS disse: “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3). Era um preceito, uma determinação legal. Nosso Senhor JESUS CRISTO, tomou esse preceito e o transportou para a esfera do amor. O Senhor não admitia nem admite que o crente tenha outro DEUS além dEle, em seu coração. Não se pode servir a DEUS com coração dividido. O amor a Ele devotado deve ser total, incondicional e exclusivo, verdadeiro e santo. É condição indispensável, inclusive, para poder encontrar a DEUS: “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração (Jr 29.13).

b) “De toda a tua alma”. A alma é a sede da emoções, dos sentimentos. Podemos dizer que é o centro da personalidade humana. O amor a DEUS deve preencher todas as emoções e sentimentos do cristão. Maria disse: “A minha alma engrandece ao Senhor” (Lc 1.46). O salmista adorou: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (Sl 103.1,2).

c) “De todo o teu entendimento”. Isso fala de compreensão, de conhecimento. Aquele que ama a DEUS de verdade, tem consciência plena desse amor, sendo, por isso, grato ao Senhor. É o culto racional (Rm 12.1b).

d) “De todas as tuas forças”. Certamente, o Senhor JESUS referia-se aos esforços espiritual, pessoal, emocional, e, muitas vezes, até físico, voltados para a adoração a DEUS. 

2. O segundo mandamento – amar ao próximo (v.31). JESUS, complementando a resposta ao escriba, acrescentou que o segundo mandamento, semelhante ao primeiro, é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, concluindo que “Não há outro mandamento maior do que este”. Os judeus, a exemplo dos orientais em geral, não valorizavam muito o amor ao próximo. O evangelho de CRISTO trouxe nova dimensão ao amor às pessoas. Paulo enfatiza isso, dizendo : “porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8b); “O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor (Rm 13.10).

 

II. CARACTERÍSTICA DO VERDADEIRO DISCÍPULO

JESUS, dirigindo-se aos discípulos, de modo paternal, disse: “Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco... Um novo mandamento vos dou”: 

1. “Que vos ameis uns aos outros” (v.34). O discípulo de JESUS tem o dever de amar ao próximo, ou seja, a qualquer pessoa, independentemente de ter afinidade, amizade, ou não (Mc 12.31). Esse é um amor devido, que faz parte das obrigações dos que servem a CRISTO. Contudo, o Senhor quer que amemos uns aos outros, como discípulos dEle, não apenas para cumprir um mandamento, mas por afeto, de modo carinhoso, mesmo. Paulo absorveu esse entendimento, e o retrata nas seguintes palavras: “Portanto, se há algum conforto em CRISTO, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no ESPÍRITO, se alguns entranháveis afetos e compaixões” (Fp 2.1). Com isso, ele enfatiza o amor que consola, e os “entranháveis afetos e compaixões”. Esse é o amor que deve haver entre os crentes, de coração, e não só por obrigação. Nada justifica o crente aborrecer a seu irmão. Isso é perigoso. Pode levar à condenação (vide 1 Jo 3.15).

2. “Como eu vos amei a vós” (v.34). O padrão do amor cristão é o exemplo de CRISTO. É o amor ágape, que tem origem em DEUS, o qual nos amou de modo tão grande (1 Jo 3.1). CRISTO demonstrou seu amor para conosco, de modo sacrificial. “Conhecemos a caridade nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (1 Jo 3.16). Isto mostra que JESUS nos amou de verdade, de modo sublime. Por isso, precisamos expressar o amor pelos irmãos, não de modo teórico, porém prático: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1 Jo 3.18). A prática do amor deve começar em casa, entre marido e mulher, pais e filhos e, na igreja, entre pastores e fiéis, membros do Corpo de CRISTO.

3. “Nisto conhecerão que sois meus discípulos” (v.35). Aqui, encontramos o padrão do verdadeiro discípulo de JESUS: “...se vos amardes uns aos outros”. Este “se” é o grande desafio ao verdadeiro discipulado. É importante que haja discípulos que façam outros discípulos. Contudo, mais importante é que os cristãos amem uns aos outros, pois, assim, demonstram serem discípulos de CRISTO, em condições de obedecer ao evangelho e, desse modo, viverem aquilo que pregam. Notemos que o Mestre não indicou outra característica pelos quais seus seguidores seriam conhecidos de todos. Não sabemos o impacto total dessas solenes palavras de JESUS entre os seus discípulos, mas Pedro mudou de idéia rapidamente (ver Jo 13.36-38).

 

III. O AMOR CRISTÃO GENUÍNO 

1. “Amai a vossos inimigos” (v.44). No Antigo Testamento, a norma era aborrecer o inimigo e amar apenas ao próximo, de preferência o amigo. JESUS contrariou toda aquela maneira de pensar e mandou que os cristãos amassem os próprios inimigos. Ao proferir essas palavras, certamente, os olhos dos ouvintes se arregalaram, causando-lhes grande impacto em suas mentes. 

2. “Bendizei o que vos maldizem” (v.44). Sem dúvida alguma, os que ouviam o sermão olharam uns para os outros, indagando: “Que ensino é esse? Isso contraria tudo o que nos foi ensinado até agora!”. Podemos ver, na Bíblia, homens piedosos, como Davi, expressar até ódio aos seus inimigos: “Não aborreço eu, ó SENHOR, aqueles que te aborrecem, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Aborreço-os com ódio completo; tenho-os por inimigos” (Sl 139.22).

3. “Fazei bem aos que vos odeiam” (v.44). O espanto deve ter sido completo entre todos que ouviam o Mestre pregar. Na Lei de Moisés, a ordem era “olho por olho e dente por dente” (Mt 5.38). JESUS mudou todo esse ensino e disse: “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”, mandando que os seus seguidores façam bem aos que os odeiam! Se para os judeus, isso era terrível, não o é menos difícil para os crentes, hoje. Só um crente com “abundante graça” (At 4.33) e sob o controle do ESPÍRITO SANTO (1 Pe 4.13,14) aceita e vive um ensino e uma prática como essa.

4. “Orai pelos que vos maltratam” (v.44). JESUS não disse em que termos se deve orar pelos que nos maltratam e nos perseguem. Mas, no contexto em análise, não deve ser com vingança e ódio. Certamente, devemos orar para que DEUS mude seus pensamentos, as circunstâncias, e os salve, assim os nossos desafetos passem a agir de modo diferente.

5. “Para que sejais filhos do Pai que estás nos céus” (v.45). Aqui está todo o escopo do ensino de JESUS sobre o amor cristão. Não é amar por amar. Não é ingenuidade. É amor consequente, que tem um objetivo sublime a ser alcançado. Todo esse amor deve ser praticado, “para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos”. Essa parte do sermão é concluída com a pergunta: “Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (v.46).

 

CONCLUSÃO

Os ensinos de JESUS sobre o amor contrariam toda a lógica ou referencial humano a respeito do assunto. No Antigo Testamento, o comum era amar o amigo e aborrecer, e até odiar o inimigo. JESUS determina que o verdadeiro cristão deve amar o seu inimigo, orar por ele e abençoá-lo.

É a superioridade da ética evangélica. Uma coisa é certa: muitos que se dizem cristãos não terão condições de ir ao encontro de JESUS, na sua vinda, pelo fato de aborrecerem a seu irmão (ler 1 Jo 3.15). Que DEUS nos ajude a cumprir a doutrina cristã do amor.

 

Como vimos, o amor não pode por um lado ser um tema abandonado, nem por outro, um discurso isolado. Se somos cristãos de fato, a mais autêntica cristologia bíblica deverá acompanhar este amor e a importância dada aos demais mandamentos da lei de DEUS deverá testemunhar de nossa fidelidade (ou adesão) ao Bem Maior, que é CRISTO JESUS. Não amamos porque somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. Não cumpriremos a lei para fazer-nos “justos”, mas porque ele nos justificou com sua justiça. Não brilharemos porque temos luz própria, mas porque refletimos o sol da justiça.

 

 

RESUMO DA REVISTA DA CPAD - 3º Trimestre de 2009

LIÇÃO 11 - O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO

INTRODUÇÃO

Será que amo de fato a DEUS e ao próximo? Como tenho demonstrado este amor?

I. O AMOR DIVINO

1. DEUS é amor.

2. A manifestação do amor de DEUS.

CRISTO é a materialização do amor divino.

II. O AMOR COMO IDENTIDADE DO CRISTÃO

1. O dever de amar a todos.

2. A identidade cristã. "

3. DEUS nos capacita a amar.

III. O AMOR E A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO

Evidências daqueles que são filhos de DEUS e, portanto, são salvos.

1. O amor ao próximo (vv.12,13).

2. A confissão de JESUS como Filho de DEUS (v.15).

3. A confiança no amor de DEUS (vv.16-18).

CONCLUSÃO

Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a DEUS, a quem não viu?"

 

Mateus 22.34-40; 24.10,12.

Mateus 22.34-40

34 E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar. 35 E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: 36 Mestre, qual é o grande mandamento da lei? 37 E JESUS disse-lhe: Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. 38 Este é o primeiro e grande mandamento. 39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 40 Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

Mateus 24.10,12.

10 Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. 11 E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. 12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará.

 

 

Tipos de amor

Há o amor de DEUS (João 3:16), o qual é a fonte de todo outro amor, até mesmo aquele manifestado pelos incrédulos. O ESPÍRITO de DEUS, atuando no mundo, impede-o de transformar-se em floresta completa, porquanto propaga ao redor o seu amor, e muitas pessoas fazem o que fazem por motivos puramente altruístas.

Há o amor de CRISTO pelo homem, o qual é uma extensão do amor de DEUS; e, em sua essência, é a mesma coisa. (Ver II Cor. 5:14 sobre esse amor, que nos constrange a atitudes que expressam o cristianismo).

Há o amor do indivíduo por si mesmo, num afeto inteiramente egoísta, pois só se preocupa consigo mesmo.

Há o amor de um homem por outro ser humano. Quando alguém ama outrem, deseja para o próximo o que deseja para si mesmo, ou transfere o cuidado por si mesmo para outra pessoa, desejando o seu bem-estar, tal como deseja o seu próprio bem-estar. Pode-se imaginar quase qualquer homem a amar um filho ou filha predileta. Por causa de seus cuidados por seu filho, ele fará sacrifícios e procurará protegê-lo. Pensará em como suprir às suas necessidades, e desejará a felicidade de seu filho. Em outras palavras, fará em prol de outra pessoa (sem importar quão mau seja, quanto a outras questões) aquilo que faria por si mesmo. O amor-próprio é fácil; não é muito difícil a transferência desse amor pelo menos a uma outra pessoa. Mas aqueles que amam verdadeiramente são os que descobriram como transferir o amor-próprio para muitos pessoas. Aqueles que assim fazem são a isso impelidos pelo ESPÍRITO de DEUS, sem importar se são ou não discípulos de CRISTO, no sentido tradicional.

Há o amor dirigido a CRISTO, o Filho de DEUS, ou então a DEUS Pai, o que se verifica quando amamos aos nossos semelhantes. (Mat.25:35 e ss ).

Há o amor do homem a CRISTO ou a DEUS Pai, diretamente expresso. Essa modalidade de amor requer um senso altamente desenvolvido, e normalmente se expressa por meios místicos, mediante a ascensão da alma, que passa a contemplar a DEUS. Certamente essa foi a forma de amor que o escritor sagrado tinha em mente, em João 4:7-21, embora o contexto contemple muitos resultados «diários» e «práticos» da mesma, como o evangelismo dos perdidos, a vida santa, a lealdade a CRISTO e as ações de caridade em favor do próximo.

Quantas pessoas hoje em dia, quando pregam, somente atacam várias formas de males, como o mundanismo, o modernismo, o comunismo, embora suas mensagens reflitam pouquíssimo do amor conquistador de CRISTO. Tornaram-se polemistas profissionais, mas pouco ou nada sabem do amor construtivo. Perderam a visão do CRISTO, em meio à batalha.

Há um caminho melhor do que esse. É o caminho do amor. O amor à semelhança da morte, transforma a tudo quanto toca. Os homens são atraídos pelo amor. As coisas semelhantes se atraem mutuamente. Os homens amam quando são amados. E odeiam quando são odiados.

O Amor de DEUS pelo mundo, a base do Evangelho

Este mundo não é o mundo dos eleitos — mas sim, de todos os indivíduos do mundo, de todas as épocas, sem exceção alguma.

DEUS, sendo um ser inteligente, tem consciência da existência deste mundo e ama a todos os homens que nele habitam. De alguma maneira, posto que indefinida, exceto conforme entendemos as pessoas, DEUS possui qualidades emocionais. O seu amor é a mais alta forma de amor, a mais pura, ao ponto de ser chamado de amor, conforme lemos no trecho de I João 4:8. Esse princípio de amor, que faz com que DEUS tenha o destino perfeito do homem, a sua felicidade e a sua utilidade perfeita e cumprimento da existência, sempre perante os seus olhos, e que é a força central motivadora de todas as suas ações para com os homens, também é compartilhado pelo homem, para ser exercido em direção aos seus semelhantes. A passagem de I João 4:16 expressa essa idéia, como também o faz o Sermão do Monte (Mat. 5:7 e 22:38,39). Esse amor de DEUS pelos homens deve ser recíproco — dos homens por DEUS, e, em seguida, por todos os homens. O amor, por conseguinte, é a força dinâmica de toda a criação, bem como a origem de toda autêntica bondade, porquanto a lei inteira se alicerça no amor, conforme também nos ensina o trecho de Mat. 22:40, declaração essa confirmada por Paulo, em Rom. 13:9. A grandeza do amor de DEUS impeliu o apóstolo Paulo a escrever o seu soneto imortal, o qual lemos no décimo terceiro capítulo de sua primeira epístola aos Coríntios; e nenhuma literatura superior a essa, sobre a questão, foi jamais escrita. E ainda que esse apóstolo nada mais houvesse deixado escrito, isso bastaria para assegurar-lhe o lugar de um dos maiores autores do mundo.

O amor de DEUS pelo Filho e na Familia divina

O amor de DEUS Pai por DEUS Filho é mencionado e enfatizado em João 10:17, 14:31,' 15:9, 17:23,24,26. Fica entendido que esse amor é mútuo. João 14:21 destaca o amor mútuo no seio da família de DEUS. Este evangelho apresenta o amor como um autêntico requisito para que a obediência aceitável, além de ser um grande motivo para agirmos corretamente, diante de DEUS.

 

DEUS é amor (I Jo. 4:8)

Implicações desta grande declaração:

Isso é o que ensinam as Escrituras. Essa é uma das grandes afirmativas das Escrituras, que quase todas as crianças de Escola Dominical conhecem. Certamente é uma das melhor conhecidas declarações da primeira epístola de João. O amor, naturalmente, é um atributo de DEUS; mas permeia a todas as coisas, de tal modo que é legítima a declaração que «DEUS é amor». Por igual modo se diz que «DEUS é luz» (I João 1:5) e «DEUS é ESPÍRITO» (João 4:24). Com idêntica propriedade poder-se-ia dizer que «DEUS é Justiça», «DEUS é Bondade» e «DEUS é Verdade», ficando assim personificados e elevados os seus atributos infinitos. Platão, ao descrever a realidade última, expressou-se desse modo. Assim sendo, as «idéias» finais (formas espirituais finais, copiadas e imitadas por tudo quanto existe no plano terrestre) seriam a «Bondade», a «Beleza» e a «Justiça». Em última análise, DEUS é essas coisas; no nível terrestre, vê-se apenas imitações das «idéias divinas», as quais representam a realidade espiritual final. As Escrituras Sagradas, entretanto, preferem dizer que «DEUS é Amor», porquanto todas as demais qualidades são atributos baseados sobre o amor divino. Portanto, a «bondade» de DEUS se baseia sobre o seu amor; ele expressa bondade porque ama. E a sua justiça, embora se mostre severa em certas ocasiões, se baseia no amor; pois até mesmo os juízos de DEUS são medidas pelas quais ele mostra ao homem o erro de seus distorcidos caminhos, levando-o a pagar dívidas necessárias, levando-o a reconhecer a verdade e a justiça. Além disso, o amor de DEUS se expressa através da «beleza». O plano de DEUS, relativo à redenção humana, reveste-se de beleza esplendorosa. É a beleza do evangelho .que atrai a ele mesmo tantas pessoas, e não a sua lógica, as suas ameaças e as suas promessas.

DEUS, como amor, é contrastado com outras noções religiosas, conforme se vê nos pontos abaixo:

Os antigos gregos imaginavam deuses tão imperfeitos como eles mesmos, e em doses sobre-humanas. Seus deuses eram supremamente invejosos, desprezíveis, destruidores, vingativos e odiosos. Estavam envolvidos em todas as formas de «concupiscências», mas em doses sobre-humanas. Quão impuro e destruidor era Zeus, com sua resmungadora esposa Hera, que sempre procurava levá-lo a fazer algo que ele não queria fazer! Quão licencioso era Zeus, embora ninguém pudesse chamá-lo à ordem! Em contraste com esse horrendo quadro de Zeus destaca-se o DEUS do N.T. - caracterizado pela pureza, pelo amor, pela bondade, pela justiça.

Além disso, Aristóteles fazia de DEUS um Impulsionador Inabalável. Para ele a deidade seria pensamento puro, a contemplar-se a si mesmo, porque nada haveria digno de contemplação fora dele. Ele não tinha amor pelo universo, e, na realidade, nem tinha consciência dele, porquanto nem merecia ser conhecido por ele não amaria ao seu universo, mas moveria todas as coisas, sendo amado. O N.T., entretanto, nega tais conceitos. Antes, ali se ensina que DEUS contempla seu universo e é levado a amá-lo; seu amor ativo faz o mundo prosseguir.

Os gnósticos pensavam que DEUS seria um ser totalmente transcendental. Ele tinha contato com seus universos somente através de uma longa linhagem de sombrias emanações angelicais ou mediadores, como eram os «aeons». DEUS seria elevado por demais para ter qualquer contato direto com este mundo, ou mesmo para ao menos interessar-se pela sua criação. O «deísmo» deles fazia de DEUS um ser intocável, inatingível para qualquer ser mortal.

Pontos de vista religiosos modernos, que exageram a vontade divina ou seu senso de vingança, às expensas de seu amor, também contradizem o quadro que o N.T. faz dele. Aqueles que crêem em «reprovação ativa» e em amor limitado; DEUS amaria não ao mundo, mas exclusivamente aos «eleitos», na realidade não acreditam que DEUS seja amor. Aqueles que veem apenas retribuição e vingança no julgamento divino, ignorando passagens como o primeiro capítulo da epístola aos Efésios e as passagens de I Ped. 3:18-20 e 4:6, ou então pervertendo-as, na realidade não podem dizer que «DEUS é amor». Até mesmo o juízo de DEUS é uma medida de seu amor, porque o juízo opera através do amor. Primeiramente mostra ao homem o quanto «custa» o erro de seu caminho; em seguida, mostra ao homem o próprio erro; e em seguida modifica a mente do homem acerca de CRISTO, de tal modo que até aqueles «debaixo da terra» (ver Fil. 2:10, que fala sobre o «hades», lugar da prisão e do juízo de almas perdidas) eventualmente virão a inclinar-se diante de «JESUS» (Salvador) e CRISTO, que é o Senhor. DEUS dá a todos uma vida espiritual (ver I Ped. 4:6), embora não seja o mesmo tipo de vida dos eleitos. Chegam a ter utilidade e propósito em CRISTO, porquanto o mistério da vontade de DEUS é que, eventualmente, o CRISTO seja «tudo para todos», conforme se aprende em Efé. 1:23. Os demais não chegarão a compartilhar da própria natureza de DEUS (ver II Ped. 1:4), conforme sucederá aos eleitos, mas acharão em CRISTO o propósito e alvo da existência; e o próprio julgamento será um meio para ensinar-lhes essa lição. Assim, pois, o «juízo» serve de aquilatarão do amor de DEUS, e não algo contrário ao mesmo. O julgamento é um dedo na mão do amor de DEUS. Ver

 

O Amor é a Prova da Espiritualidade

Sabemos que o amor é a maior de todas as

virtudes cristãs, mais importante que a fé ou a esperança (ver I Cor. 13:12).

Sabemos que o amor é o solo mesmo onde brotam e se desenvolvem todas as demais virtudes espirituais (ver Gál. 5:22,23).

Porém, o que talvez nos surpreenda é que não terá havido o novo nascimento, sob hipótese alguma, sem que o amor haja sido implantado na alma. A alma egoísta não pode ser uma alma regenerada.

I João 4:7 declara — ousadamente — que o amor é produto do próprio novo nascimento. DEUS é amor, e o amor vem da parte de DEUS. Aquele que nasceu de DEUS recebeu o implante da natureza altruísta. Tal indivíduo automaticamente amará a seu próximo, embora isso sempre deva ser fortalecido e incrementado, conforme a alma se vai tornando mais espiritual.

Portanto, afirmamos que o amor é a prova mesma da espiritualidade de uma pessoa. Trata-se da maior das virtudes espirituais, o solo onde todas as outras virtudes têm de medrar. Assim sendo, realmente é de estranhar que alguns pensem que o conflito e o ódio sejam a prova de sua espiritualidade!

Fomos aceitos no «Amado» (ver Efé. 1:6), e assim, no seio da família divina, existe uma comunhão de amor. Essa participação no espírito de amor deve necessariamente caracterizar qualquer verdadeiro filho de DEUS. Aquele que odeia pertence ao diabo.

Nossa espiritualidade imita DEUS, o Pai. DEUS é amor. Ele é a origem de todo o pensamento e ação altruísta. Os filhos de DEUS serão inspirados tanto por seu exemplo como através do cultivo do amor na alma, uma realização do ESPÍRITO.

A prática da lei do amor é um dos meios de desenvolvimento espiritual. De cada vez que fazemos o bem para alguma outra pessoa, impelidos por motivos puros, o nível da nossa espiritualidade se eleva. Outros meios de crescimento espiritual são o estudo dos livros sagrados, a oração, a meditação, a santificação e o emprego dos dons espirituais, que nos ajudam a cumprir nossas respectivas missões.

 

O Amor é a Cultivação, o Fruto do ESPÍRITO SANTO

Gál. 5:22, o amor é a primeira qualidade do fruto do ESPÍRITO na alma e na vida de uma pessoa, e toma-se o solo no qual todos os demais frutos crescem.

Como o produto supremo do ESPÍRITO, o amor torna-se a força por detrás de todos os dons espirituais, sendo maior que qualquer um deles, isoladamente ou em conjunto (ver I Cor. 13). Sem o amor nada somos.

DEUS nos confere o seu amor, pela operação do ESPÍRITO na alma. O amor é uma planta tenra da qual o ESPÍRITO cuida. Se o amor estiver ausente, então é que o ESPÍRITO não habita em nós.

O Amor como Altruísmo, comprimento da Lei

Capacidade de olvidar-se de si mesmo no serviço ao próximo. Isso é amar a CRISTO, Mat. 25:31 e ss.

O amor não consiste em mera emoção. E uma qualidade da alma, mediante a qual o indivíduo sente ser natural servir ao próximo, tal como sempre quererá servir a si mesmo. Essa qualidade da alma é produzida pela influência transformadora do ESPÍRITO, segundo se vê em Gál. 5:22.

— O amor consiste no interesse por nossos semelhantes como aquele que temos naturalmente por nós mesmos. Trata-se de um altruísmo puro, a negação do próprio «eu» visando o bem-estar alheio. Consiste em desejar as vantagens e a prosperidade, física e espiritual, em favor dos outros, como naturalmente anelamos para nós mesmos. Esse amor ao próximo é, ao mesmo tempo, amor a CRISTO, conforme aprendemos no vigésimo quinto capítulo do evangelho de Mateus (ver Mat. 25:31 e ss ). Poucas almas podem amar diretamente a DEUS, e somente quando a alma já ascendeu o suficiente na direção de

DEUS é que esse amor pode ocorrer, na forma de contemplação. Porém, parte dessa ascensão consiste no amor por aqueles para quem DEUS outorgou a vida eterna. Assim sendo, é impossível amar a DEUS e odiar a um ser humano. (Ver I João 4:7). Só ama verdadeiramente aquele que nasceu de DEUS, porquanto o «amor cristão» é uma qualidade eminentemente espiritual. (Ver I João 4:7). Outros- sim, aquele que não ama também não conhece a DEUS (ver I João 4:8), porque DEUS é a própria essência do amor, sendo altruísmo puro. Por semelhante modo, não amar é andar nas trevas (ver I João 2:11). O amor é o caminho mais rápido de retomo ao Senhor DEUS, porquanto é a virtude moral suprema que precisamos possuir a fim de compartilhar de sua imagem moral, permitindo que todas as demais virtudes possam ser bem mais facilmente adquiridas. Somente quando já somos possuidores da natureza moral divina é que podemos possuir a natureza metafísica, que está destinada aos remidos, a saber, a própria natureza de JESUS CRISTO, o Filho de DEUS. Somente então é que nos tornamos verdadeiros filhos de DEUS, juntamente com o Filho de DEUS, dentro da família divina, participantes da natureza divina. (Ver

Ped. 1.4).

«...segundo J.R. Seeley expressou o conceito, CRISTO adicionou um novo hemisfério ao mundo moral». (Ecce Homo,págs. 201 e 202. Ver o capítulo inteiro sobre a ‘Moralidade Positiva’). Paralelamente à moralidade negativa, e acima dela, ele estabeleceu a moralidade positiva. Alguém poderia guardar com perfeição os Dez Mandamentos e, no entanto, estar longe de praticar o verdadeiro cristianismo. Para nós não existem dez mandamentos, e, sim onze. O décimo primeiro consiste em: Amarás. Nessa pequena palavra, amor, no dizer de CRISTO, está sumariado o dever inteiro de um homem. Em tudo isso CRISTO manifesta muito mais originalidade do que percebemos. Assim também é que T.R. Glover, na obra ‘Influence of Christ in the Ancient World’, um excelente estudo acerca do cristianismo e dos seus rivais mais próximos, declara: ‘As filosofias epicúrea e estóica haviam posto grande ênfase na ‘imperturbabilidade’ e ‘liberdade* de toda emoção, o que, em cada caso, é essencialmente um cânon muito egoísta da vida’. Esse autor admite que no caso do estoicismo isso era sempre modificado pela memória do descanso do cosmos. Todavia, Liberdade das emoções? A palavra grega era e continua sendo, nesse caso apatia. ‘Não me ponho ao lado’, disse o gentil Plutarco, ‘daqueles que entoam hinos à selvagem e dura apatia’». (Cambridge, University of Cambridge Press, 1929, págs. 76 e 77). Não era esse o ideal de CRISTO. Tal como o seu Mestre, o crente deve expor-se a ‘sentir o que os miseráveis sentem’.

Para sermos justos para com os antigos, deveríamos acrescentar neste ponto que, tanto na moral de Sócrates, em sua busca pelas definições universais acerca da questões éticas, fundamentadas em sua confiança de que todo o princípio ético é eterno e imutável, contido na mente universal, como também na moral de Platão, em seus universais e em suas «realidades últimas», que seriam eternos, perfeitos e imutáveis, que também incluem princípios éticos e que, em seu diálogo sobre as «Leis», são identificados com «DEUS», há uma aproximação bem delicada do ideal do amor cristão.

 

"Respondeu-lhe JESUS: Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22.37-40).

 

 

Lição 5, Fruto do ESPÍRITO, o Eu Crucificado

Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 1° Trimestre 2021
Tema: O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade Da Doutrina Bíblica Sobre A Atuação Do ESPÍRITO SANTO
Comentarista: Esequias Soares
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
  


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Lição 5, Fruto do ESPÍRITO: o Eu Crucificado

 

Escrita - https://ebdnatv.blogspot.com/2021/01/escrita-licao-5-fruto-do-espirito-o-eu.html

Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2021/01/slides-licao-5-fruto-do-espirito-o-eu.html

Lição 5, Fruto do ESPÍRITO, o Eu Crucificado, completo, 1Tr21, Pr Henrique, EBD NA - https://www.youtube.com/watch?v=p9AM6Xl24ms

Slideshare - https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-5-fruto-do-esprito-o-eu-crucificado-3-partes-1tr21-pr-henrique-ebd-na-tv

 

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 5.16-26

16 - Digo, porém: Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a concupiscência da carne. 17 - Porque a carne cobiça contra o ESPÍRITO, e o ESPÍRITO, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. 18 - Mas, se sois guiados pelo ESPÍRITO, não estais debaixo da lei. 19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, 20 - idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, 21 - invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS. 22 - Mas o fruto do ESPÍRITO é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. 23 - Contra essas coisas não há lei. 24 - E os que são de CRISTO crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. 25 - Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO. 26 - Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

   

  

   

Cuidado Com O Orgulho Religioso - O Fruto É Do Espírito Santo, Não Nosso. Quanto Mais Nos Entregamos Ao Espírito Santo, Mais Nos Parecemos Com Jesus.

Não Há Dom Do Espírito Santo Sem Amor Ao Próximo, Pois É Preciso Que Aquele Que Recebe O Dom O Ministre Aos Outros.

Quem Recebe Dom Do Espírito Santo Vive Em Jejum, Oração E Estudo Da Bíblia. Portanto O Fruto Do Espírito Está Presente Com Certeza Em Quem É Usado Em Dons Do Espírito Santo.

 

 

Resumo rápido do Pr Henrique da Lição 5, Fruto do ESPÍRITO: o Eu Crucificado

  

INTRODUÇÃO

O fruto do ESPÍRITO SANTO nos é concedido no mesmo instante em que ouvimos o evangelho e nele cremos. É concedido pela graça de DEUS a todo salvo. À medida em que o crente se entrega ao ESPÍRITO SANTO, mais ele experimenta das qualidades ou aspectos do Fruto do ESPÍRITO SANTO. O crente não produz o fruto e nem suas qualidades, é o ESPÍRITO SANTO que manifestará essas qualidades à medida que sejam necessárias, pois é ELE quem está no controle do crente cheio do ESPÍRITO SANTO.

 

I - O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE

1. Definição.

O fruto do ESPÍRITO SANTO é a dádiva de DEUS para nós, para que possamos viver a vida de JESUS neste mundo. O amor de DEUS é derramdo em nossos corações.

O apóstolo Paulo nos revela as 9 qualidades ou aspectos do Fruto do ESPÍRITO SANTO. (amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança)

E, porque sois filhos, DEUS enviou aos nossos corações o ESPÍRITO de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Gálatas 4:6

E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de DEUS está derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado. Romanos 5:5

 

2. “O fruto”, no singular.

O fruto é singular, é um só fruto com 9 qualidades ou aspectos (exemplo didático - uma laranja com 9 gomos).

As qualidades são iniciadas pelo amor, sem a qual, as outras não serão desenvolvidas pelo ESPÍRITO SANTO no crente. O amor é sacrificial e exigirá uma contínua submissão ao ESPÍRITO SANTO.

JESUS quando expulsou os cambistas do templo (Mt 21.12), ou quando chamou Herodes de raposa (Lc 13.32), ou quando discutiu e chamou os religiosos de hipócritas e sepulcros caiados (Mt23.27), não deixou de ser cheio do ESPÍRITO SANTO e nem deixou de ter em si o Fruto do ESPÍRITO SANTO e todas suas qualidades inerentes a ele.

Paulo quando repreendeu Pedro na presença de todos (Gl 3.11) ou quando discutiu, contendeu e se separou de Barnabé (Atos 15.37-40), não deixou de ser cheio do ESPÍRITO SANTO e nem deixou de ter em si o Fruto do ESPÍRITO SANTO e todas suas qualidades inerentes a ele.

 

3. Andar no ESPÍRITO (v.16).

Significa andar submisso ao ESPÌRITO SANTO. Ouvir sua voz, entender sua vontade e a ela se submeter.

E porei dentro de vós o meu ESPÍRITO e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis. Ezequiel 36:27

E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo ESPÍRITO SANTO de anunciar a palavra na Ásia. Atos 16:6

Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO. Gálatas 5:25

E repousará sobre ele o ESPÍRITO do Senhor, e o ESPÍRITO de sabedoria e de inteligência, e o ESPÍRITO de conselho e de fortaleza, e o ESPÍRITO de conhecimento e de temor do Senhor. Isaías 11:2

 

JESUS era guiado, conduzido pelo ESPÍRITO SANTO.

Então, foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Mateus 4:1

E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou do Jordão e foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto. Lucas 4:1

 

O amor é o ponto de partida para as demais qualidades do Fruto do ESPÍRITO SANTO. Após o arrebatamento da igreja nós não precisaremos mais dos dons do ESPÍRITO SANTO, pois na eternidade não há doença, dor, sofrimento, morte e nada de mal. Lá ouviremos a DEUS mesmo falar conosco, não precisaremos mais de ouvir profecias nem Palavra de Sabedoria ou de Conhecimento (Apocalipse 21.4 e 22.1-5). Os dons são manifestos devido ao amor pelos nossos semelhantes que DEUS colocou em nós.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor. 1 Coríntios 13:13

Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. João 15:17

O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. João 15:12

Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. João 13:34

A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Romanos 13:8

Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por DEUS que vos ameis uns aos outros; 1 Tessalonicenses 4:9

 

 

  

A expressão “ESPÍRITO”, ou “ESPÍRITO de DEUS”, ou ainda “ESPÍRITO SANTO” se encontra na grande maioria dos livros da Bíblia. No Antigo Testamento a palavra hebraica empregada de forma uniforme para “ESPÍRITO” se referindo ao ESPÍRITO de DEUS é רוּח, rūaḥ significando “sopro,” “vento” ou “brisa.” A forma verbal da palavra é רוּח, rūaḥ, ou ריח, rı̄aḥ usado apenas no Hiphil e significando “respirar”, “soprar”. Um verbo semelhante é רוח, rāwaḥ, significando “respirar”. A palavra que sempre é usada no Novo Testamento para “ESPÍRITO” é o substantivo grego neutro πνεῦμα, pneúma, com ou sem o artigo e para o ESPÍRITO SANTO, πνεῦμα ἅγιον, pneúma hágion, ou τὸ πνεῦμα τὸ ἅγιον, tó pneúma tó hágioň. No Novo Testamento, nós encontramos as expressões, πνευματι θεου (“O ESPÍRITO de DEUS”), πνευμα κυριου (“ESPÍRITO do Senhor”), πνευμα του πατρος (“ESPÍRITO do Pai”), πνευματος ιησου χριστου (“ESPÍRITO de JESUS CRISTO”). A palavra grega para “ESPÍRITO” no grego vem do verbo πνέω, (pnéō), “respirar”, “soprar”. O correspondente em Latim é spiritus, de onde derivamos o nosso português “espírito”.

 

 

O fruto do ESPÍRITO SANTO é a dádiva de DEUS para nós, para que possamos viver a vida de JESUS neste mundo. O amor de DEUS é derramdo em nossos corações.

O fruto do ESPÍRITO SANTO é um com 9 qualidades ou aspectos. O fruto do ESPÍRITO SANTO em nossa vida significa andar submisso ao ESPÌRITO SANTO. Ouvir sua voz, entender sua vontade e a ela nos submetermos.

Dons do ESPÍRITO SANTO são capacitações para fazermos a obra de DEUS e darmos testemunho de JESUS e são temporários, ou seja, têm dia para findar, o arrebatamento.

Os dons na igreja são importantíssimos e necessários. Eles nos torna m fortes para vencermos a guerra espiritual em que vivemos.

O legalismo é obra da carne para nossa condenação. A carne é o sistema mundano de viver na escravidão do pecado. O ESPÍRITO é DEUS mesmo e nos conduz à santificação e união permanente com DEUS, nos incentivando e capacitando para o amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança. Os vícios (vv.19-21), ao contrário do Fruto do ESPÍRITO SANTO, nos torna escravos do pecado.

 

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LIÇÕES ANTIGAS SOBRE O ASSUNTO - FRUTO DO ESPÍRITO

 

Lição 1, As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

 

Ajuda para a Lição -

http://ebdnatv.blogspot.com.br/2016/12/licao-1-as-obras-da-carne-e-o-fruto-do.html Lição escrita 

http://ebdnatv.blogspot.com.br/2016/12/figuras-da-licao-1-as-obras-da-carne-e.html Lição em Figuras 

http://ebdnatv.blogspot.com.br/2016/12/videos-da-licao-1-as-obras-da-carne-e-o.html Lição em Vídeos

  

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 5.16-26

16 - Digo, porém: Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a concupiscência da carne. 17 - Porque a carne cobiça contra o ESPÍRITO, e o ESPÍRITO, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. 18 - Mas, se sois guiados pelo ESPÍRITO, não estais debaixo da lei. 19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, 20 - idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, 21 - invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS. 22 - Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. 23 - Contra essas coisas não há lei. 24 - E os que são de CRISTO crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. 25 - Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO. 26 - Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

 

  

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr. Luiz Henrique

 

Resumo rápido do Pastor Henrique

COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO

JESUS CRISTO é nosso salvador e senhor e temos que olhar continuamente para ELE e tentar imitá-lo em tudo, tanto em seu procedimento como ser humano, como em seu poder sobre as forças demoníacas e sobre as doenças e moléstias.

Nós somos formados por 3 partes distintas: espírito, alma e corpo. Somos essencialmente espírito, possuímos uma alma e habitamos em um corpo feito do pó da Terra e a ela está ligado enquanto não formos transformados e arrebatados ou morrermos. Enquanto isso travaremos uma guerra entre os desejos carnais que acompanham nossa antiga maneira de viver e a nossa nova realidade de filhos de DEUS, nascidos de novo para boas obras e um caráter reformado. A única forma de vencermos esta luta está em nos deixar dirigir, guiar, controlar pelo ESPÍRITO SANTO que em nós habita e nos deu o Fruto do ESPÍRITO.

 

 

2. O que é o espírito?

Existe espírito humano, também demônios que são espíritos auxiliares de Satanás, anjos que são espíritos ministradores a favor dos que hão de herdar a salvação, Serafins, Querubins e Arcanjo. e ESPÍRITO SANTO. 

 

espírito Humano - "espírito é a parte imaterial que DEUS insuflou no ser humano, transmitindo-lhe a vida".

πνευμα pneuma (Dicionário Strong - Bíblia The Word)

o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado

um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material

um movimento de ar (um sopro suave)

do vento; daí, o vento em si mesmo

 

ESPÍRITO SANTO - É DEUS (Jo 4.24). A Terceira Pessoa da Santíssima Trindade (Lc 4.1; Hb 3.7) - O ESPÍRITO SANTO é uma pessoa.

πνευμα pneuma

1) Uma pessoa da trindade, o SANTO ESPÍRITO, coigual, coeterno com o Pai e o Filho

1a) algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o SANTO ESPÍRITO)

1b) algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o ESPÍRITO da Verdade)

1c) nunca mencionado como um força despersonalizada.

 

 

 

OBRAS DA CARNE. “Carne” (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de DEUS (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.4-14; ver Gl 5.17). As obras da carne (5.19-21) incluem:

(1) “Prostituição” (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1). Os termos moichéia e pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição.

(2) “Impureza” (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).

(3) “Lascívia” (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).

(4) “Idolatria” (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que DEUS e sua Palavra (Cl 3.5).

(5) “Feitiçarias” (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23). 

(6) “Inimizades” (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas. 

(7) “Porfias” (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3). 

(8) “Emulações” (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3). 

(9) “Iras” (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8). 

(10) “Pelejas” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp 1.16,17). 

(11) “Dissensões” (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de DEUS (Rm 16.17). 

(12) “Heresias” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19). 

(13) “Invejas” (gr. fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos. 

(14) “Homicídios” (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas. 

(15) “Bebedices” (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante. 

(16) “Glutonarias” (gr. komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes. 

As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em JESUS e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de DEUS, i.e., não terá salvação (5.21; ver 1Co 6.9).

(AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO - BEP -CPAD)

 

 

Nos aproximemos, pois de DEUS e procuremos ter uma vida de comunhão e santidade com o ESPÍRITO SANTO, assim, ELE poderá nos ajudar a vencer sempre as concupiscências da carne e desenvolverá em nós as qualidades de seu fruto, em nós.

 

 

FRUTO DO ESPÍRITO, UM CHAMADO PARA SANTIDADE

1. O que é o fruto do ESPÍRITO?

Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe, "o fruto do ESPÍRITO são os hábitos e princípios misericordiosos que o ESPÍRITO SANTO produz em cada cristão". Esses hábitos e princípios são o resultado de uma vida de comunhão com DEUS.

 

FRUTO

καρπος karpos

1) fruta

1a) fruto das árvores, das vinhas; colheitas

1b) fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade.

2) aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado.

2a) trabalho, ação, obra.

2b) vantagem, proveito, utilidade.

2c) recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna.

 

FRUTO DO ESPÍRITO (Dicionário Teológico)

[Do gr. karpós;do lat. fructus, resultado da maturação de uma planta + Espiritus] Conjunto de virtudes morais e espirituais amadurecidas pelo ESPÍRITO SANTO na vida do crente como resultado de uma permanente comunhão com CRISTO (Gl 5.22-23).

A expressão certa é fruto e não frutos como se acha registrado em muitos trabalhos e livros teológicos. No Novo Testamento, o fruto é mostrado como o fator determinante e revelativo de um caráter. A árvore ruim não pode dar frutos bons, nem a árvore boa há de produzir frutos ruins. Por nossos frutos somos conhecidos (Mt 7.16).

 

 

 

O FRUTO DO ESPÍRITO. Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do ESPÍRITO”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o ESPÍRITO dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com DEUS (ver Rm 8.5-14; 8.14  ; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto do ESPÍRITO inclui: 

(1) “Caridade” (ou amor) (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14). 

(2) “Gozo” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de DEUS, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em CRISTO (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14  ).

(3) “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20). 

(4) “Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1). 

(5) “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3). 

(6) “Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13). 

(7) “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).

(8) “Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com equidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de JESUS, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20). 

(9) “Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).

O ensino final de Paulo sobre o fruto do ESPÍRITO é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.

(AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO - BEP - CPAD - Revista e Cd Da BEP da www.cpad.com.br)

 

  

a) Quando aceitamos a JESUS CRISTO como senhor e salvador, recebemos o ESPÍRITO SANTO em nossas vidas, nosso espírito é ligado a DEUS e o ESPÍRITO SANTO implanta em nós o seu fruto, ou semente, que devidamente tratada e regada crescerá e se tornará numa frondosa árvore cheia de frutos (no caso, virtudes ou qualidades).

 Se dermos lugar ao ESPÍRITO SANTO e santificarmos nossas vidas todos verão que DEUS está em nossas vidas, pois pelos frutos (no caso, virtudes ou qualidades) somos conhecidos tanto pelo mundo, como pelo pai.

b) o fruto do espírito representa os atributos de DEUS; os traços do seu caráter; o fruto vem de dentro que aparece do lado de fora, no quotidiano.

c) do amor precede todos os demais atributos de DEUS que são desenvolvidos no crente pelo ESPÍRITO SANTO que nele habita.

d) nossa maturidade cristã é medida pelo grau de permissão que damos ao ESPÍRITO SANTO de agir e dirigir ou guiar a nossa vida. (JESUS era guiado, conduzido pelo ESPÍRITO SANTO).

israel@openlink.com.br

 

  

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Lição 2, O Propósito do Fruto do ESPÍRITO

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

 

VÍDEO - http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/licao-2-o-proposito-do-fruto-do.html

 

FIGURAS  http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/figuras-da-licao-2-o-proposito-do-fruto.html

 

 

 

Resumo Rápido do Pr. Henrique

COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO

Numa época em que a maioria dos crentes só congregam aos Domingos, não ganham sequer uma alma para CRISTO em 1 ano inteiro, não sabem nem o que é jejum, não evangelizam, não oram nem 30 minutos por dia, a maioria não é batizada no ESPÍRITO SANTO, nem 1% possui algum dom do ESPÍRITO SANTO, falar de vida no ESPÍRITO parece coisa do tempo de Atos dos apóstolos ou pelo menos de tempos antiguíssimos.

Se não existe comunhão com o ESPÍRITO SANTO, não existe caráter de CRISTO, pois é o mesmo ESPÍRITO que nos comunica este caráter.

É bom esclarecermos que Paulo fala de Andar no ESPÍRITO, fala de FRUTO DO ESPÍRITO. LETRA MAIÚSCULA MESMO, pois se dependesse do espírito humano jamais conseguiríamos alcançar sinais de caráter parecidos com o de CRISTO. O espírito humano estava antes ligado a Satanás e não a DEUS. A partir do novo nascimento nosso espírito (letra minúscula) foi ligado ao ESPÍRITO SANTO e agora temos comunhão com DEUS através do ESPÍRITO SANTO que mora em nós. Nossos espírito agora pode se comunicar com DEUS, porém, infelizmente, muitos que nasceram de novo ainda permitem que seu espírito se comunique com Satanás como no passado. falta santidade (separação exclusiva para DEUS).

Efésios 2.1 vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência; 3 entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

Se não permitirmos o controle e a direção do ESPÍRITO SANTO de nada vale termos em nós o Fruto do ESPÍRITO, pois suas virtudes só se manifestam na direção do mesmo ESPÍRITO. Se retirarmos o ESPÍRITO SANTO do crente o fruto sai junto. Se retermos o ESPÍRITO SANTO o fruto é retido com suas qualidades. Existem muitos crentes com excelentes qualidades, parecidas com as do Fruto do ESPÍRITO, porém, movidas pela religiosidade e autojustificação, o que é um pecado. Fazer algo de bom para merecer alguma coisa de DEUS é, no mínimo, uma heresia. Somos salvos pela graça e tudo o que recebemos é pela graça de DEUS (JESUS CRISTO morreu e ressuscitou, levando sobre ELE nossos pecados e doenças e enfermidades).

 

I - A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO

1. O que significa ser controlado pelo ESPÍRITO?

Não há possibilidade do crente ser cheio do ESPÍRITOSANTO Sem transbordar, pois a medida de DEUS é sacudida, compactada e transbordante. O crente que não fala em línguas nunca foi totalmente cheio do ESPÍRITO SANTO, ou seja, nunca o ESPÍRITO SANTO assumiu total controle sobre ele, pois a língua ficou sem ser dominada.

Efésios 5.18: "[...] Mas enchei-vos do ESPÍRITO". Não é, aqui, um pedido ou um conselho, mas uma ordem, está no imperativo. Veja o significado:

Strong πληροω pleroo

1) tornar cheio, completar, i.e., preencher até o máximo

1a) fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente

1a1) Tenho em abundância, estou plenamente abastecido

2) tornar pleno, i.e., completar

2a) preencher até o topo: assim que nada faltará para completar a medida, preencher até a borda

2b) consumar: um número

2b1) fazer completo em cada particular, tornar perfeito

Atos 2.14 Pedro mencionou em seu sermão, como interpretação daquela extraordinária ocorrência, que acabara de suceder. (Ver Atos 2:16-21 e Joel 2:28-32). Essa profecia revela-nos como o ESPÍRITO haveria de ser derramado sobre toda a carne, de modo pleno e transbordante. Os cento e vinte irmãos reunidos no cenáculo, pois, foram os primeiros a experimentar isso. Foram cheios e falaram em línguas.

A qualidade de vida vibrante e transbordante disponível em CRISTO era evidente na autoridade de seus discursos e no poder de seu toque (Mateus 9:18; Marcos 1:27, 41:42; 5:27-29). Ele é o "autor da vida" (Atos 3:15), que proporciona o caminho à vida (Mateus 7:14; 25:46; Marcos 8:35-37; Marcos 9:42-47). Ele levantou os mortos com seu poder vivificador. A sua própria ressurreição fez dele um espírito vivificador, com o poder de uma vida indestrutível (Romanos 8:2; 1 Coríntios 15:45; Hebreus 7:16). Assim, JESUS CRISTO é a nossa vida (Colossenses 3:4) - nele temos "novidade de vida" (Romanos 6:4) e somos novamente criados vivendo de agora em diante para ele e não para nós mesmos (2 Coríntios 5:15-17).

Não existe vida transbordante, cheia do ESPÍRITO SANTO e guiada pelo ESPÍRITO SANTO sem manifestação de seus Dons. A grande maioria dos crentes não passou nem pelo primeiro estágio de enchimento que é o batismo e o falar em línguas. O crente deve todos os dias falar em línguas e orar em línguas para ser edificado. Orar bem. Falar diretamente com DEUS em mistérios. (! Coríntios 14)

2. Um viver santo.

Sem santificação não há visão de CRISTO. Esta é a vontade de DEUS, nossa santificação. Essa santificação é nossa separação para que ELE possa nos usar onde e da maneira que deseja. Nossa vida deve ser de jejuns, muita oração e estudo da bíblia. Nosso maior desejo deve ser ganhar almas para CRISTO. Sendo esse nosso desejo, vamos nos esforçar para estarmos sempre prontos para servir a DEUS em qualquer lugar ou circunstância.

3. A verdadeira comunhão.

Oração é o mais importante na comunhão com CRISTO. Os discípulos, vendo o resultado da oração de CRISTO pediram-Lhe para os ensinar a orar. Oração é intimidade com DEUS. JESUS disse que devemos entrar para nossos quarto e falar em secreto com nosso PAI e ELE nos recompensará publicamente. Nossas orações são como incenso aromático de cheiro suave perante DEUS. Nossa intercessão pode mover quaisquer barreiras ao evangelho.

Comunhão é relacionamento que envolve propósitos e atividades comuns; parceria (At 2.42; 2Co 6.14; Gl 2.9; Fm 6, RA). Nossa comunhão com DEUS quer dizer que vamos ter tudo em comum com ELE.

Comunhão é associação com uma pessoa, envolvendo amizade com ela e incluindo participação nos seus sentimentos, nas suas experiências e na sua vivência (1Co 1.9; 10.16; 2Co 13.13; Fp 2.1; 3.10, RA; 1Jo 1.3,6,7). Comunhão com o ESPÍRITO SANTO é ter tudo em comum com ELE.

 

II - O FRUTO DO ESPÍRITO EVIDENCIA O CARÁTER DE CRISTO EM NÓS

1. O que é caráter?

CARÁTER MORAL (Dicionário Teológico)

[Do lat. character ; do gr. kharacktér ,  marca, sinal de distinção] Natureza básica do ser humano que o torna responsável por seus atos tanto diante de DEUS como diante de seus semelhantes. O caráter moral tem como ressonância elementar a consciência que, como a voz secreta que temos na alma, aprova ou nos reprova as ações.

Segundo o Dicionário Houaiss, é a "qualidade inerente a um indivíduo, desde o nascimento; índole." 

Em nosso caso nosso caráter é modificado quando entramos na nova vida com CRISTO pelo Novo Nascimento. Um filho deve se parecer com o PAI.

Somente se nos deixarmos ser guiados pelo ESPÍRITO SANTO teremos um caráter parecido com o de CRISTO, pois foi assim mesmo que JESUS fez quando aqui na Terra. Deixou-se dominar, ser controlado, ser guiado pelo ESPÍRITO SANTO.

Importante não confundir caráter com temperamento.

DEUS usa a cada um com seu temperamento. Sobre temperamentos, o comentarista de nossa lição não entra em detalhes sobre o assunto, pois a Bíblia não faz relação a isso. Para que ninguém se complique de repente, tendo que acusar JESUS de ter um temperamento ruim, o melhor é não querer ser psicólogo sem ser. Exemplo: JESUS derrubou mesas e deu chicotadas em animais no Templo. Para a Bíblia e DEUS isso é zelo. Para um psicólogo isso é temperamento fleumático etc.   O problema de quem acredita nisso é que passa a culpar seu temperamento pelos seus pecados.

2. Caráter gerado pelo ESPÍRITO SANTO.

O Senhor JESUS afirmou que o ESPÍRITO SANTO habitaria conosco e em nós (Jo 14.17).

Antes quem reinava em nosso interior era a natureza adâmica, uma natureza carnal e pecadora. Agora, controlados e direcionados pelo ESPÍRITO SANTO podemos livremente escolher em fazer o bem, em amar a DEUS em primeiro lugar e aos outros como a nós mesmos. Podemos decidir servir a DEUS e nos entregarmos totalmente ao ESPÍRITO SANTO, nosso companheiro e professor inseparável. ELE sabe mais sobre nós do que nós mesmos. Já falou com Ele hoje?

3. Um novo estilo de vida.

Viver em novidade de vida - Por isso notamos tanta mudança de caráter em um novo convertido. Todos à sua volta veem a diferença. É o primeiro amor. É tudo novo e o ESPÍRITO SANTO está no controle. O assunto preferido é CRISTO. As roupas mudam, as palavras mudam, o agir muda, o comportamento muda, é tudo novo e maravilhoso. é a ação do ESPÍRITO SANTO num coração voluntário e entregue a DEUS. O problema é mantermos essa atitude a vida toda. Infelizmente, apara a maioria dos crentes, isso é impossível. O amor esfria. Que tal voltar ao primeiro amor?

Nossa vida atual precisa refletir a vida de CRISTO na Terra. Sejamos parecidos com CRISTO em tudo.

 

III - TESTEMUNHANDO AS VIRTUDES DO REINO DE DEUS

1. O propósito do fruto.

O propósito do fruto é nos capacitar para vivermos uma vida plena na presença de DEUS, cheios do ESPÍRITO SANTO e produzindo o que é mais precioso para DEUS - ALMAS.

O cristão não é um agente secreto, é um representante de CRISTO em meio à mundo corrompido. JESUS andava em meio às pessoas, conversava com elas, as abençoava e as curava de todos seus males. Somos "luz" do mundo e "sal" da terra (Mt 5.14,15). Todos gostavam de ouvir JESUS ensinar e pregar e todos queriam estar onde Ele estava. A atração de JESUS era a presença do ESPÍRITO SANTO. Ele ensinava o que fazia e fazia o que ensinava. JESUS praticava sua fé. Devemos ser o espelho de JESUS. Amemos não só de palavras, mas de ações.

O fruto produz a semente.

O fruto guarda a semente e a protege.

A semente vai gerar outras árvores que vão gerar outros frutos que vão gerar outras sementes.

2. Uma vida produtiva.

O crente precisa ter uma vida espiritual frutífera. Produzir no reino de DEUS é ganhar almas. Com nossa vida de cristãos, nosso testemunho e nossas ações de imitadores de CRISTO. Devemos ir até as pessoas e falar-lhes do amor de DEUS. Precisamos produzir e dar frutos. Esses frutos são resultados práticos para o reino de DEUS. ALMAS.

3. O que fazer para manter a produtividade?

A vida cristã precisa de manutenção. Por que um novo convertido é mudado e está sempre testemunhando de CRISTO e está sempre alegre? Porque está sempre orando, lendo a bíblia, jejuando congregando e evangelizando. Se fizermos o mesmo manteremos a produtividade em nossa vida para o reino de DEUS.

 

CONCLUSÃO

Temos que ter uma vida controlada pelo ESPÍRITO. Ser controlado pelo ESPÍRITO significa ter tudo em comum com ele, um viver santo, uma verdadeira comunhão em submissão.

Devemos saber que o fruto do ESPÍRITO evidencia o caráter de CRISTO em nós. Caráter é personalidade restaurada, é ser dirigido e controlado pelo ESPÍRITO SANTO que imprime em nós a personalidade de CRISTO. É o caráter gerado pelo ESPÍRITO SANTO em nós. É um novo estilo de vida. Precisamos agora testemunhar as virtudes do reino de DEUS, sabendo que o propósito do fruto é nos dar condições de ter uma vida produtiva e devemos manter esta produtividade em nossas vidas vivendo sempre em comunhão e submissão ao ESPÍRITO SANTO.

JESUS CRISTO fazia o que aqui na Terra? Pregava, Ensinava, Orava muito, Jejuava, Curava a todos, Libertava a todos, Fazia milagres. Será que estamos parecidos com JESUS CRISTO ou o ESPÍRITO SANTO não consegue nos dirigir?

 

 

 

BOAS OBRAS (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia)

Convém-nos considerar os pontos abaixo:

1- Considerações Práticas.

O homem espiritual foi criado a fim de praticar boas obras (Ef. 2:10). Essas são expressões da operação da lei do amor em nós, e resultam do fato de termos nascido de DEUS (I João 4:7,11). As boas obras, de todas as variedades, são recomendadas aos crentes (Ef. 2:10; Tito 2:14). Elas resultam do uso apropriado das Escrituras (II Tim. 3:17). Por intermédio delas, os homens glorificam a DEUS (Mat. 5:16). Há uma recompensa à espera daqueles que praticarem boas obras (I Cor. 3:14 e Apo. 22:12). As boas obras devem ser tanto sociais quanto individuais, porquanto, quando expressamos amor, devemos fazê-lo tanto em favor de indivíduos isolados como devemos ter em mira toda a sociedade humana. Fazem bem as igrejas locais que promovem programas de bem-estar social, hospitais, orfanatos e cursos práticos de instrução, que ajudam as pessoas a obterem empregos etc. Não basta evangelizar. Temos mostrado sermos ativos nisto, porquanto essa igreja tem promovido caridade, escolas, hospitais, etc., e algumas de suas ordens religiosas existem com o propósito explícito de praticar boas obras. Precisamos dar-nos crédito por essas atividades. Sermos sempre ativos nas boas obras sociais, mesmo que não somos justificados pelas boas obras, mas pela fé. A epístola de Tiago, no seu segundo capítulo, instrui-nos quanto a essa questão. Todos os que, com honestidade, e sem interesses egoístas, promovem o bem-estar social, estão cumprindo a vontade de DEUS, e nessa medida, são servos de DEUS,

 

2- Um dos Aspectos do Pragmatismo.

Em certo sentido, a verdade pode ser equiparada às boas obras, porquanto a verdade é aquilo que produz benefícios e opera em benefício dos homens. Se não exagerarmos quanto a isso, não a transformando em uma teoria da verdade, então seremos possuidores de uma compreensão útil. A verdade não pode jamais ser apenas um conceito. É necessário que a verdade tenha manifestações práticas. Uma dessas manifestações consiste em boas obras práticas.

3- A Boa Vontade.

Alguns filósofos pensam que a única coisa verdadeiramente boa é à vontade (Kant). Os atos bons que podemos realizar não serão tão bons se, por detrás dos mesmos, houver motivos egoístas. Além disso, quase sempre os próprios atos são corrompidos por motivos ulteriores, que geralmente assumem formas egoístas. Portanto, a bondade, quando pura e simples, reside na vontade de se fazer o bem. Seja como for, a boa vontade é a mola impulsionadora de onde fluem os atos bons. No sentido cristão, o ESPÍRITO SANTO transforma-nos para que sejamos dotados de boa vontade, a fim de podermos praticar o bem.

 

4- Considerações Teológicas.

a) Em primeiro lugar, temos o conflito em torno da causa da justificação. Algumas denominações cristãs, na realidade, a maioria das religiões, misturam o que é divino com o que é humano, presumindo que a justificação vem através da combinação da fé e das boas obras. Essa era a posição dos hebreus, refletida no Antigo Testamento. Os primitivos cristãos, conforme vemos no décimo quinto capítulo do livro de Atos, tiveram de enfrentar esse ponto de vista em suas próprias fileiras, o que suscitou forte controvérsia. Além disso, o livro de Tiago reflete essa posição, parecendo uma força opositora à doutrina paulina da justificação exclusivamente pela fé. Não podemos divorciar o livro de Tiago do décimo quinto capítulo do livro de Atos, interpretando-o não-historicamente. A história da Igreja primitiva envolve essa controvérsia, — não nos devendo maravilhar que um dos livros do Novo Testamento assuma uma posição não paulina sobre a questão. Precisamos reconhecer que uma contribuição tipicamente paulina para a compreensão da doutrina cristã é o seu princípio da graça divina. Há indícios dessa doutrina fora de Paulo, mas é inútil tentar encontrar qualquer apresentação clara da mesma antes das epístolas paulinas. Não obstante, é errônea a aplicação do princípio das boas obras dentro do sistema de merecimento humano, segundo o qual, mediante o acúmulo de atos corretos e feitos úteis ao próximo, uma pessoa vai acumulando crédito diante de DEUS, até que chegue a merecer a salvação de sua alma, através de suas boas obras.

Essa foi a ideia que os reformadores combateram, e com toda a razão. Os escritos de Paulo são radicalmente contrários a tal noção. Ver Romanos 3-5, quanto a uma prolongada declaração cristã a esse respeito. Ver também Gál. 2:16-21 e 3:1 ss. A posição protestante é que as boas obras são o resultado natural da conversão e da justificação, e jamais a sua causa. A ordem de coisas, em Efésios 2:8-10, serve de apoio a essa contenção. O ponto de vista paulino é que o indivíduo, por si mesmo, é incapaz de agradar a DEUS, pelo que suas boas obras não lhe servem de mérito. O terceiro capítulo da epístola aos Romanos é uma extensa declaração a esse respeito. O ESPÍRITO nos foi dado mediante o ouvir com fé (Gál. 3:2), e não através das obras da lei. A operação do ESPÍRITO é a nossa motivação e o nosso poder, e não a nossa tentativa, mediante as nossas próprias forças, e através de nossos próprios recursos, de acumular merecimento diante de DEUS.

 

b. Reconciliação. Há uma maneira de reconciliar os princípios das boas obras e da fé, como porções integrais da justificação. Se considerarmos que as obras realizadas são frutos e labores do ESPÍRITO em, e através de nós, então as obras tornam-se um termo para indicar a sua obra transformadora em nós, juntamente com os resultados práticos dessa transformação. Isso é algo necessário à justificação, porque o termo não é apenas uma expressão verbal. Inclui aquilo que é feito na vida do crente pelo ESPÍRITO de DEUS. A justificação, em uma definição mais ampla, tanto é transformação moral e espiritual quanto é santificação. Se não fosse assim, como Paulo poderia falar sobre a justificação da vida? (Romanos 5:18). Portanto, insisto aqui que a descrição paulina da justificação é mais ampla do que a definição dos reformadores a respeito. Ê precisamente isso que nos ensina a epístola de Tiago! Mas, segundo a definição protestante tradicional, a justificação exclui os aspectos posteriores da santificação e da transformação do caráter do crente.

A justificação não é uma categoria isolada das demais operações do ESPÍRITO. Somente como concepção mental podemos isolá-la desse modo. Na prática, as operações do ESPÍRITO em nós são reais e simultâneas; e essa realidade e simultaneidade fazem parte da justificação. Nesse sentido, a justificação depende tanto da fé quanto das obras da fé. Não obstante, essas obras não devem ser entendidas como meritórias, como se fossem fruto da bondade humana. Antes, trata-se da atuação do ESPÍRITO de DEUS em nós.

 

c) O Acolhimento Humano. A chamada ao arrependimento mostra que o homem é capaz de arrepender-se; de outro modo, tal chamada seria uma zombaria. O homem caiu no pecado, mas continua havendo uma — graça geral — que o capacita a reagir — favoravelmente — a DEUS. Se não adotarmos essa posição, perderemos inteiramente o aspecto do livre-arbítrio, — e tal perda é intolerável. Sem livre-arbítrio, não podem haver requisitos éticos, e nem responsabilidade humana. Em todos os homens resta bondade suficiente para sentirem a força de atração da bondade de DEUS e corresponderem à mesma. Porém, a salvação é um ato divino, e tanto a fé quanto as obras da fé são resultantes das operações do ESPÍRITO. Contudo, o homem caracteriza-se pela inércia espiritual, e para corresponder aos reclamos do ESPÍRITO, é mister que receba o influxo da graça divina capacitadora. Desse modo o homem chega a crer e a agir em consonância com a sua fé, embora suas boas obras não sejam meritórias para a salvação.

 

d) A Questão dos Galardões. Os galardões ou recompensas incluem aquilo que recebemos, mas o conceito consiste, essencialmente, naquilo em que nos tomamos. Se um homem vier a receber a coroa da justiça (II Tim. 4:8), isso significará que ele adquiriu a natureza moral e santa de DEUS. Se ele vier a receber a coroa da vida (Tia. 1:12 e Apo. 2:10), isso significará que ele veio a compartilhar da vida divina, da vida eterna, da vida celestial. Por toda a parte, as Escrituras são claras no sentido de que os homens serão julgados de acordo com as suas obras, recebendo essas coroas em resultado de um desempenho fiel, e não meramente por haver crido em certo número de doutrinas acerca de CRISTO. Ver Rom. 2:6; Apo. 20:12. O trecho de I Coríntios 3:10 ss, deixa claro que esse princípio se aplica plenamente ao crente. Portanto, podemos concluir somente que a glorificação, que-inclui o princípio das recompensas, dependerá das nossas obras, e não apenas da nossa fé. Ao mesmo tempo, precisamos apressar-nos a ajuntar que isso resulta das operações divinas em nós, não sendo méritos que acumulamos mediante nossos próprios esforços desassistidos. Não obstante, esse princípio mostra-nos que as obras, nesse sentido, não são meramente resultados da fé. Elas são, na sua própria essência, aquilo que o ESPÍRITO está operando em nós, em. seu processo de transformação do crente. Quanto a esse aspecto, fé e obras são sinônimos. Paulo declarou sucintamente esse princípio, ao escrever: «...desenvolvei (efetuai) a vossa salvação com temor e tremor; porque DEUS é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade» (Fil. 2:12,13). Deveríamos notar que ambos os verbos portugueses, «desenvolver» e «efetuar», no original grego procedem da mesma raiz. Ninguém, por si mesmo, pode efetuar a sua salvação. Mas quando alguém, através do ESPÍRITO, torna-se capaz disso, então está na obrigação de fazê-lo.

 

5- Contra a Crença Fácil.

Na Igreja Católica Romana, os sacramentos tomam conta de tudo, e obtém-se a impressão de que o homem nada mais precisa fazer, se tiver sido batizado, se assistir à missa com frequência, se participar da comunhão, etc. Tal doutrina é enganadora. Nas igrejas evangélicas, por sua vez, isso tem sido substituído pela pública confissão de fé, na qual, presumivelmente, o indivíduo confessa a CRISTO e dá seu assentimento diante de certo número de doutrinas acerca de sua pessoa e de sua realização, nada mais faz, e, contudo, supostamente atinge a salvação. Trata-se de uma total insensatez. Pois contradiz todos os conceitos neotestamentários que dizem respeito ao que está envolvido na salvação: a nossa transformação segundo a imagem e a natureza de CRISTO (Rom. 8:29), através da contínua operação do ESPÍRITO (II Cor. 3:18), mediante o cultivo em nós das virtudes morais e espirituais (Gál. 5:22,23). Ninguém obterá alguma coroa espiritual, a menos que seja digno (Apo. 2:7), e ninguém verá o Senhor sem a santificação (Heb. 12:14). Todas as promessas das sete cartas do Apocalipse foram endereçadas aos vencedores. Aos vencedores é ali prometida a árvore da vida (Apo. 2:14), o escapar da segunda morte (2:11), o poder comer do maná celestial e o receber de um novo nome (2:17), o entrar no reino milenar e o receber a estrela da manhã (2:28), o andar de branco e não ter o seu nome apagado do Livro da Vida (3:5), o tornar-se uma coluna no templo celestial de "DEUS e ter o nome de DEUS nele inscrito (3:12), e o sentar-se no trono de DEUS (3:21).

 

Essas são questões sérias, e, em minha opinião, são tratadas com superficialidade tanto pela Igreja Católica Romana quanto por muitas igrejas protestantes e evangélicas, embora sob diferentes ângulos. Nada é mais claro para mim do que isto: A confissão de um crente é a sua vida. Sem isso, não há confissão válida. (B C H NTI)

  

 

Manual de dúvidas, enigmas e contradições da Bíblia

Mt 7.20 Devêssemos avaliar as palavras de um professor examinando sua vida. Assim como a árvore se conhece pela classe de frutos que dá, um bom professor mostrará boa conduta e um caráter moral alto ao tentar viver as verdades das Escrituras. Isto não significa que devemos expulsar aos professores de Escola Dominical, pastores e demais que não tenham chegado à perfeição. Todos estamos expostos ao pecado e devemos mostrar a mesma misericórdia que nós mesmos necessitamos. JESUS está falando dos professores que deliberadamente ensinam doutrinas falsas. Devemos examinar a motivação dos professores, a direção que estão seguindo e quão resultados estão esperando obter.

 

Comentário Bíblico Vida Nova

O bom comportamento só pode vir de um bom coração. É tolice esperar bons frutos de um solo ruim e esperar bons atos de uma pessoa má. Somente a pessoa cujo coração é enriquecido com bom produzirá bom ensinamento.

A palavra de DEUS deve ser acolhida com fé e perseverança, se os ouvintes devem ser o tipo de terreno que produz bons frutos. Nos corações de algumas sementes de nunca ter a chance de germinar, enquanto outros interrompido porque o crescimento não vai conseguir perseverar.

 

 

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O caráter moldado pelo ESPÍRITO. 

Uma nova vida em CRISTO. Um novo caráter deve vir -a velha natureza deve morrer, uma vez que a pessoa se revista da nova natureza (3.5-14); novos princípios de vida devem ser adotados - a paz dominando o coração, a Palavra habitando no salvo, e a graça inspirando a canção do coração (3.15-17); uma nova conduta deve ser mostrada nos relacionamentos domésticos, e no evangelismo entre aqueles que são do mundo (3.18-4.6).

Ao darmos autorização ao ESPÍRITO SANTO de nos guiar, conduzir, dominar, então Este nos molda à semelhança de JESUS. As qualidades do fruto do ESPÍRITO (Gl 5. 22), que já está em nós desde o dia em que nos convertemos, passam a ser vistas e a produzirem vidas para o reino de DEUS. Nosso novo caráter agora é de um cristão e nossas ações (Mt 5.16) demonstram que tivemos um encontro real com o Salvador. Na igreja, vemos  que existem aqueles que são transformados por JESUS mais rapidamente e constatamos que a maioria não.

Quem está em CRISTO é uma nova criatura e como tal procura andar em novidade de vida, pois já se despiu do velho homem, da natureza adâmica (2Co 5.17).

Temos agora uma vida de Abstinência.

 

QUAIS OS BENEFÍCIOS DA ABSTINÊNCIA?

Romanos 6:13 É: nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado como instrumento de iniquidade; mas oferecei-vos a DEUS como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros a DEUS como instrumentos de justice. Abster-se de todo o mal é a forma pela qual posso dar glória a DEUS. É impossível agarrar-se a DEUS e a um estilo de vida pecaminoso ao mesmo tempo.

Cantares de Salomão 8:9-10 É: Se ela for um muro, edificaremos sobre ele uma torre de prata.. Eu sou um muro, e os meus seios como duas torres; sendo assim, fui tida por digna de confiança do meu amado. Abster-se de pecado sexual antes do casamento resulta em grandes bênçãos para você e seu cônjuge após o casamento..

PROMESSA DE DEUS:

Gálatas 5:22-23...Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas cousas não há lei.

 

Ataques ao seu caráter. 

Inimigos de nosso caráter cristão: a carne, o Diabo e o mundo.

Não estamos sós no mundo, portanto seremos tentados a nos desviar do verdadeiro caminho ou alvo que é CRISTO.

TENTAÇÃO (Dicionário Teológico)

[Do hb. nissi ; do gr. ekpeirazo ; do lat. tentationem ] Estímulo que leva à prática do pecado. Embora a tentação, em si, não constitua pecado, o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão das leis divinas. Eis porque JESUS, na Oração Dominical, ensina-nos a orar: "E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!" (Mt 6.13).

 

Atração para fazer o mal por esperança de obter prazer ou lucro. Pode vir do Tentador (Gn 3) ou de dentro do ser humano (Tg 1.14-15). Ninguém é tentado acima das suas forças (1Co 10.13). JESUS foi tentado e venceu (Mt 4.1-11), podendo, por isso, socorrer os que são tentados (Hb 2.18; 4.15). Devemos vigiar e orar para não cedermos à tentação (Mt 6.13; 26.41). E é nosso dever socorrer os que caem (Gl 6.1)Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida. (Provérbios 4:23)

REAÇÕES TENDEM A SEGUIR AFEIÇÕES.

O nosso coração - os nossos sentimentos de amor e desejo - revelam uma boa parte de como vivemos, porque sempre achamos tempo pra fazer o que gostamos. Salomão nos diz para guardar o nosso coração com muita diligência, sempre nos certificando que estamos concentrados naqueles desejos que nos manterão no caminho certo. Coloque barreiras nos seus desejos: Não vá atrás de tudo o que você vê. Olhe para frente, deixe os seus olhos fixados no seu objetivo e não se deixe desviar para caminho que levam a tentação.

É necessário orar, ler a Palavra de DEUS e jejuar. Sem a leitura da Bíblia, a oração e o jejum não conseguiremos vencer e ter uma vida frutífera.

 

Não existe possibilidade de um crente agradar a DEUS e viver na prática do pecado. O fruto do ESPÍRITO em nós deve desabrochar de acordo com nossa vida de total entrega ao ESPÍRITO SANTO.

 

 

 

A vida conduzida pela concupiscência da carne é uma vida sem DEUS. A concupiscência da carne é sempre morte. A vida guiada pela concupiscência da carne é uma vida desprovida de alegria e paz. A vida conduzida pela concupiscência dos olhos é uma vida de atrações pecaminosas. A degradação do caráter cristão se dá pela falta de condução do ESPÍRITO SANTO. As qualidades do fruto do ESPÍRITO não desabrocham. O caráter é o resultado de uma vida entregue a DEUS. As qualidades do ESPÍRITO que estão no fruto aparecerão. A vida, se conduzida pela carne e suas paixões aparecerão em pecados. O caráter moldado pelo espírito produz vida em abundância e aparência de CRISTO no cristão. Podem acontecer ataques ao caráter cristão, se o crente ceder terá uma vida que não agrada a DEUS. O Viver segundo a carne é seguir o caminho da perdição e condenação eterna. não continue vivendo como espinheiro que só serve para espetar os outros e não produz nada no reino espiritual de DEUS, não tenha uma vida infrutífera para DEUS. 

Quem vive segundo a carne não pode agradar a DEUS. E a vida sem DEUS torna-se infrutífera. Longe do Senhor nos tornamos espinheiros, nos ferimos e ferimos ao próximo. Busque a DEUS e seja uma árvore frutífera.

 

 

 

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Lição 4, Alegria, Fruto do ESPÍRITO; Inveja, Hábito da Velha Natureza

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

 

Figuras da Lição http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/figuras-da-licao-4-alegria-fruto-do.html

 

  

Regozijar - χαιρω chairo

1) regozijar-se, estar contente

2) ficar extremamente alegre

3) estar bem, ter sucesso

4) em cumprimentos, saudação!

5) no começo das cartas: fazer saudação, saudar

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 16.20-24

20 - Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria. 21 - A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo. 22 - Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vô-la tirará. 23 - E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vô-lo há de dar. 24 - Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra.

 

 

Resumo da Lição 4, Alegria, Fruto do ESPÍRITO; Inveja, Hábito da Velha Natureza

I - ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR

1. A alegria do Senhor.

2. A fonte da nossa alegria.

3. A bênção da alegria.

II - INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA

1. Definição.

2. Inveja, fruto da velha natureza.

3. Os efeitos da inveja.

III - A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA

1. A alegria no viver.

2. Alegria no servir.

3. Alegria no contribuir.

 

 

RESUMO RÁPIDO DO Pr. HENRIQUE

COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO

Na lição de hoje, estudaremos a alegria, como fruto qualidade do ESPÍRITO, e a inveja, como obra da carne.

Existe alegria da alma e do ESPÍRITO. A alegria que vem do fruto do ESPÍRITO é espiritual, portanto, sobrepõe a alegria da alma, sobrepõe os sentimentos, sobrepõe as aflições, angústias e todas as circunstâncias adversas que possam ocorrer.

A inveja, ou ciúme, ou zelo, tem um lado bom quando nos conduz ao desejo de melhorar nossa condição espiritual, mas pode nos conduzir ao pecado quando nos induz ao sentimento de tristeza e angústia por não possuir, ou ter, ou ser o que outro possui ou tem, ou é.

I - ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR

1. A alegria do Senhor.

A alegria, qualidade ou virtude do fruto do ESPÍRITO, independe do que está acontecendo a nossa volta. O crente pode estar alegre mesmo estando preso numa cadeia, como aconteceu com Paulo, quando escreveu aos filipenses. essa alegria é provinda da comunhão e intimidade com o ESPÍRITO SANTO. O crente que está alegre espiritualmente não se entristece com as circunstâncias a sua volta. A situação moral, espiritual ou material dos outros não pode abalar sua alegria com DEUS. A alegria da certeza da salvação e da viva esperança do arrebatamento não podem ser subjugadas pelos problemas da vida.

 

 

2. A fonte da nossa alegria.

ALEGRIA DO ESPÍRITO - Milagre de DEUS, vem de DEUS, é sobrenatural, é pura, é perfeita. Tiago nos revela que DEUS é a fonte de todas as dádivas que recebemos (Tg 1.17).

É um milagre de DEUS - Vem do ESPÍRITO SANTO, não é nossa, não vem de nós - DEUS é a fonte da Alegria Verdadeira.

 

Tg 1.17 Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.

 

3. A bênção da alegria.

Segredos conhecidos, mas pouco praticados para se ter uma vida alegre com DEUS - oração, a leitura da Palavra e o jejum.

Dois tipos de alegria - da alma e do ESPÍRITO.

ALEGRIA DA ALMA - Emoção e estado de satisfação e felicidade (Sl 16.11; Rm 14.17).

חדוה chedvah

1) alegria, contentamento

Dicionário Português - Qualidade de alegre. 2. Contentamento. 3. Tudo o que alegra. 4. Divertimento, festa.

Ne 8.10 Disse-lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força.

 

ALEGRIA DO ESPÍRITO

χαρα chara

1) alegria, satisfação

1a) a alegria recebida de você

1b) causa ou ocasião de alegria

Rm 14.17 Porque o reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO.

 

II - INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA

INVEJA - Zelos - Pode ser num sentido bom ou num sentido mal. Aqui na lição estudamos como desejo mal, como obra da carne.

1. Definição.

INVEJA - Sentimento de pesar pelo bem e pela felicidade de outra pessoa, junto com o desejo de ter isso para si (Sl 37.1; Pv 14.30; 1Pe 2.1).

  zelos ζηλος e  phthonos φθονος

 ciúmes e inveja

Inveja - קנאה  - qin’ah  ou קנא qana’

1) ardor, zelo, ciúme

1a) ardor, ciúme, atitude ciumenta (referindo-se ao marido)

1a1) paixão sexual

1b) ardor de zelo (referindo-se ao zelo religioso)

1b1) de homens por DEUS

1b2) de homens pela casa de DEUS

1b3) de DEUS pelo seu povo

1c) ardor de ira

1c1) de homens contra adversários

1c2) de DEUS contra os homens

1d) inveja (referindo-se ao homem)

1e) ciúme (que resulta na ira de DEUS)

 

Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea

CIÚME

No Antigo Testamento a palavra heb. qin'a tem como ideia básica o profundo ardor emocional. Pode ser o ardor: (1) do ciúme (Nm 5.14; Ct 8.6), (2) do zelo (Nm 25.11; Is 42.13; 63.15), ou (3) da ira (Ez 35.11; 36.6). O ciúme de DEUS é o ciúme daquele que ama e exige atenção exclusiva, adoração e fidelidade do seu povo (Êx 34.14; Nm 25.11; Dt 32.16-21; Jl 2.18; Zc 1.14; 8.2). No Novo Testamento, a palavra grega básica é zelos, que pode ser usada no bom sentido do zelo (2 Co 7.11; 9.2; 11.2), ou no mau sentido do ciúme (Rm 13.13; 1 Co 3.3), podendo até mesmo trazer uma conotação de inveja. Um sinônimo, phthonos, é sempre empregado quando se deseja transmitir o sentido de inveja (Mt 27.18; Fp 1.15). 

INVEJA

A inveja é um princípio ativo de hostilidade dirigido maliciosamente a um aspecto de superioridade - real ou suposta - de outra pessoa. Originou-se da fracassada tentativa de Satanás de usurpar os atributos divinos (Is 14.12-20). Eva absorveu esse pernicioso pecado ao ceder às insinuações de Satanás (Gn 3.4-7).

 

2. Inveja, fruto da velha natureza.

Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea

A palavra grega phthonos, que designa "inveja" em todas as passagens, possivelmente exceto em Tiago 4.5, caracteriza a natureza humana (Rm 1.29; Tt 3.3) e a "carne" (Gl 5.19,21). Sua manifestação entre os cristãos é proibida (Gl 5.26; 1 Tm 6.4; 1 Pe 2.1). A palavra grega zelos ("zelo"), embora muitas vezes justamente motivado (2 Co 7.7,11; 9.2) pode, quando mal direcionado (Rm 10.2; Fp 3.6), tornar-se facilmente em inveja (At 13.45; 17.5; Rm 13.13; 1 Co 3.3; 2 Co 12.20; Tg 3.14,16).

A inveja incendeia a pessoa que a guarda em seu coração a falar mal de outra pessoa e a não ajudar a outra pessoa apenas para que a mesma não se destaque mais do que ela. A inveja detesta o brilho dos outros, pois não suporta ver alguém brilhar mais do que a si própria.

Crentes deixam de ajudar ou de fazer a obra de DEUS porque não suportam a liderança da igreja, pois aparecem mais do que elas.

 

3. Os efeitos da inveja.

A inveja foi causadora do primeiro assassinato (Gn 4.5). Seu aspecto mais hediondo aparece em Raquel (Gn 30.1), nos irmãos de José (Gn 37.11, cf. At 7.9), em Saul (1 Sm 18.8ss), e em Israel (SI 106.16). Ela até instigou os líderes judeus a entregarem JESUS a Pilatos (Mt 27.18; Mc 15.10).

A inveja é sempre má, arrasa com toda felicidade e alegria.

É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas (φθονος phthonos - 1) inveja 2) por inveja, i.e., motivado pela inveja), porfias, blasfêmias, ruins suspeitas,  Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho: aparta-te dos tais.

 

 

III - A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA

1. A alegria no viver.

Seja alegre todo tempo e em todo tempo. A alegria vem em abundância sobre aqueles que estão em comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Estão ocupados na obra de DEUS. praticam a oração em abundância., bem como o estudo da Palavra de DEUS e o jejum.

 

2. Alegria no servir.

JESUS é o modelo de serviço a todos e principalmente a DEUS. Por isso mesmo o PAI também se alegrou com as obras do Filho (Mt 3.16,17).

Servir a DEUS e a nosso próximo é dever de todos nós, pois o amor de DEUS nos constrange a isto. Representamos JESUS aqui na terra e devemos fazer as mesmas obras que ELE fez e até maiores.

Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. João 14:12

 

3. Alegria no contribuir.

Nunca escolha o pior para DEUS, isso é o que fazem os tolos. Na hora de contribuir com suas ofertas, escolhem as piores notas ou até mesmo moedas para ofertarem. Querem muito de DEUS, mas dão para DEUS o seu pior. A oferta deve ser dada com alegria e agradecimento a DEUS que nos deu de tudo o que necessitávamos.

Quem não dizima e nem oferta não deveria nem entrar num templo onde se louva e adora a DEUS e se recebe de DEUS. Tudo ali foi construído com o dinheiro dos dízimos e das ofertas.

 

CONCLUSÃO

A alegria é uma felicidade interior, é a alegria do senhor que é a nossa fonte de onde jorra alegria e nos abençoa com a alegria de DEUS.

A inveja é o desgosto pela felicidade alheia, é por definição o sentimento de pesar pelo bem e pela felicidade de outra pessoa, junto com o desejo de ter isso para si (Sl 37.1; Pv 14.30; 1Pe 2.1). A Inveja é o fruto da velha natureza e traz consigo efeitos malignos como Paulo escreveu aos coríntios, foi responsável pelo assassinato de Abel cometido por Caim, pela fuga de Jacó diante de Esaú, pela venda de José para o Egito pelos seus irmãos, pela tentativa de assassinato feita por Saul contra Davi, e pelo ódio pagão que derramou o sangue dos mártires cristãos (I Clemente 4.6).

A alegria do espírito é para ser vivida, é a alegria no servir e no contribuir, é a alegria da comunhão com DEUS. Seja feliz e alegre, você é filho(a) de DEUS.

 

 

 

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Lição 5, Paz de DEUS: Antídoto contra as inimizades

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

 

 

 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- Efésios 2.11-17.

11 — Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; 12 — que, naquele tempo, estáveis sem CRISTO, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem DEUS no mundo. 13 — Mas, agora, em CRISTO JESUS, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de CRISTO chegastes perto.

14 — Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, 15 — na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, 16 — e, pela cruz, reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando com ela as inimizades. 17 — E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos que estavam perto;

 

 

Resumo da Lição 5, Paz de DEUS: Antídoto contra as inimizades

I. A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO 

1. Paz. 

2. Paz com DEUS. 

3. Promotor da paz. 

II. INIMIZADES E CONTENDAS, AUSÊNCIA DE PAZ 

1. Três tipos de inimizades. 

2. Inimizade e soberba. 

3. Inimizade e facção. 

III. VIVAMOS EM PAZ 

1. O favor divino. 

2. A cruz de CRISTO. 

3. A nossa missão. 

 

 

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr. Luiz Henrique

Lição 5, Paz de DEUS: Antídoto contra as inimizades

 

Resumo rápido do Pastor Henrique

COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO 

Estudo de hoje: Paz como uma das qualidades do fruto do ESPÍRITO e a inimizade como um dos frutos da carne.

Quem não é nascido de novo não tem ainda o Fruto do ESPÍRITO em si, portanto, não pode ter a verdadeira paz que só CRISTO oferece. A paz de DEUS é interior e não se importa com as adversidades da vida. A certeza de salvação e esperança de estar para sempre com o SENHOR é maior do que tudo.

 

I. A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO 

1. Paz. 

PAZ - DICIONÁRIO STRONG EM PORTUGUÊS

ειρηνη - eirene - Lê-se Êremê

provavelmente do verbo primário eiro (juntar);

1) estado de tranquilidade nacional

1a) ausência da devastação e destruição da guerra

2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia

3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)

4) da paz do Messias

4a) o caminho que leva à paz (salvação)

5) do cristianismo, o estado tranquilo de uma alma que tem certeza da sua salvação através de CRISTO, e por esta razão nada temendo de DEUS e contente com porção terrena, de qualquer que seja a classe

6) o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte

 

A paz aqui é espiritual, é um milagre de DEUS em nossa vida, pois só a temos devido ao sacrifício de JESUS por nós. A paz interior é resultado da paz com DEUS que temos a partir do momento que aceitamos a JESUS CRISTO como SALVADOR e SENHOR. O ESPÍRITO SANTO veio morar em nós e trouxe Consigo o fruto do ESPÍRITO, e neste a paz para vivermos em harmonia com DEUS e nossos irmãos e até com nossos inimigos, se for possível.

O mundo pode estar em guerra a nossa volta, mas nós estamos em paz com DEUS e procuramos estar em paz com todos.

 

Ultimamente, temos visto o aumento da chamada Síndrome do Pânico. O crente que vive em paz com DEUS não sentirá tais sintomas.

18 Sintomas da Síndrome do Pânico:

Sensação de perigo iminente

Medo de perder o controle

Medo da morte ou de uma tragédia iminente

Sensação de estar fora da realidade

Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto

Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia

Sudorese

Tremores

Dificuldade para respirar, falta de ar e sufocamento 

Hiperventilação

Calafrios

Ondas de calor

Náusea

Dores abdominais

Dores no peito e desconforto

Dor de cabeça

Tontura

Sensação de estar com a garganta fechando

Tudo isso ocorre com quem não está em paz com DEUS.

 

2. Paz com DEUS. 

Quando nos convertemos fomos declarados justos diante de DEUS porque nossos pecados foram levados por JESUS na cruz e para o inferno. Como diz o profeta Isaias: "...o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53:5

Paulo nos revela isso assim: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS, por nosso Senhor JESUS CRISTO;" (Rm 5.1). Já não somos inimigos de DEUS, agora somos filhos amados.

Depois de termos esse milagre realizado me nossa vida podemos passar esta paz aos outros pela pregação do evangelho e compartilhamento da presença de DEUS em nós.

"Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por JESUS CRISTO, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de CRISTO, como se DEUS por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de CRISTO, que vos reconcilieis com DEUS. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de DEUS." 2 Coríntios 5:17-21

 

 

3. Promotor da paz. 

A paz que encontramos em CRISTO deve ser anunciada e proclamada a todos os que nos cercam, pois é desejo de DEUS que todos a incorrem também. As pessoas perceberão esta paz em nós, mesmo durante nossas aflições e circunstâncias adversas pelas quais passarmos por elas.

Paulo fala de nosso esforço para ter paz com todos, de nossa parte devemos fazer de tudo o que for possível para isso seja possível, mesmo sabendo que muitos nos odiarão, mas JESUS disse que devemos amar nossos inimigos e orar por eles.

"Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Romanos" 12:18

"E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo." Mateus 10:22

"Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;" Mateus 5:44

 

II. INIMIZADES E CONTENDAS, AUSÊNCIA DE PAZ 

1. Três tipos de inimizades. 

INIMIZADE

 εχθρα - echthra - Lê-se Festrá

1) inimizade

2) causa de inimizade

Inimizades.

A palavra grega exthrai, traduzida por “inimizades”, significa hostilidade, animosidade. Trata-se daquele sentimento hostil nutrido por longo tempo, que se enraíza no coração. A ideia é a de um homem que se caracteriza pela hostilidade para com seu semelhante. É o oposto do amor.

 

Três tipos de inimizade. Vejamos:

Inimizade para com DEUS (Rm 8.7) - “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra DEUS, pois não é sujeita à lei de DEUS, nem, em verdade, o pode ser.” (Rm 8.7).

inimizade entre as pessoas (Lc 23.12) - “E no mesmo dia, Pilatos e Herodes entre si se fizeram amigos; pois dantes andavam em inimizade um com o outro.” (Lc 23.12)

hostilidade entre grupos e pessoas (Ef 2.14-16) - “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando com ela as inimizades.” (Efésios 2:14-16)

Em Gálatas, Paulo apresenta a inimizade, as contendas e as disputas como obras da carne (Gl 5.20).

 

2. Inimizade e soberba. 

A inimizade pode ser resultado da soberba, ou desejo de ser grande, de ser maior que todos. Desejo de fama e de glória. JESUS ensinou que aquele que deseja ser grande deve ser o menor.

"Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal;" (Marcos 10:43)

Na igreja todos devemos servir a todos, cada um com seu talento dado por DEUS. Cada um deve administrar aos outros aquilo que recebeu para benefício de todos.

"Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de DEUS." (1 Pedro 4:10)

Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1 Coríntios 14:26

 

Paulo nos diz que aqueles que buscam inimizades estão pecando, pois são carnais e não podem agradar a DEUS.

"Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?" (1 Co 3.3)

 

3. Inimizade e facção.

As inimizades, muitas vezes, causam divisão e grandes prejuízos à obra de DEUS. São grupos que se formam e se dividem dentro da ighreja e com focos diferentes. A evangelização, que deve ser o objetivo comum, perde seu papel primordial e é substituído por passeios e festas entre grupos.

Na igreja de Corinto havia 4 grupos distintos. Eram partidos em torno de Paulo, Apolo, Cefas e CRISTO. Uns diziam que pertenciam a Paulo, enquanto outros a Apolo (1Co 1.12), outros a Pedro e ainda outros diziam pertencer a CRISTO. Paulo dá fim à discussão e às inimizades perguntando aos irmãos: “Está CRISTO dividido? Foi Paulo crucificado por vós?” (1Co 1.13).

Até o grupo de CRISTO estava errado pois estavam divididos como se pudesse CRISTO dividir a igreja em grupos.

Todos devem se unir na evangelização dos povos, como um corpo, com todos os membros se dirigindo para um único lugar, o Céu, com um mesmo SENHOR,JESUS, todos em comunhão com um mesmo ESPÍRITO, O ESPÍRITO SANTO, todos sendo filhos de um mesmo DEUS, o PAI.

 

III. VIVAMOS EM PAZ 

1. O favor divino. 

Fomos todos árvores cheias de espinhos e que estavam destinadas ao fogo eterno, éramos zambujeiros, mas fomos enxertados na oliveira verdadeira, JESUS e assim nos chegamos a DEUS (Rm 11.17). Os judeus não compreenderam que foram colocados por DEUS no mundo para abençoar as outras nações (Gn 12.3).

Paulo nos mostra que, em CRISTO, tanto gentios como judeus, todos somos iguais perante DEUS e todos carecemos de misericórdia e amor de DEUS, por isso, devemos viver em paz e unidade, desde que através de JESUS. Só em JESUS poderemos achar a unidade do corpo de CRISTO. Levemos a paz a todos os povos, sem acepção de pessoas.

 

OLIVEIRA (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos)

- Do hebraico “zayit”, do grego “elaia”. Nome científico: “olea euro-paea L”.

Como a figueira e a videira, a oliveira é a planta característica da Palestina. É vista mais comumente nas encostas das montanhas e floresce em maio. Sua cor é acinzentada; a parte inferior das folhas é esbranquiçada e a superior é verde escura. Por causa do intenso calor, suas folhas se enrolam e encolhem, razão por que a sombra que oferecem é pequena. Quando floresce, saem umas folhas esbranquiçadas que caem depois que nascem um ou dois frutos. São muito conhecidos os olivais de Siquém, Jerusalém e Hebrom. As palavras derivadas da oliveira são poucas na Bíblia: monte das Oliveiras (Zc 14.4; Mt 26.30; Mc 14.26; Lc 22.39); encosta das Oliveiras (2 Sm 15.30). Sua madeira dura é utilizável; seu fruto, em forma de ameixa, tem uma carne muito oleosa; por causa dessa utilidade, é denominada de rainha das árvores (Jz 9.8). Nesse texto de Juízes, está registrado o apólogo de Jotão.

Em Israel, os olivais de Ramá da Galiléia são famosos, havendo oliveiras ali com alguns milênios de idade. Visitando o Jardim das Oliveiras ou do Getsêmane, deparamo-nos com oliveiras que presenciaram, silenciosas, o sofrimento de JESUS. A Palestina não é somente descrita como terra que mana leite e mel, mas também “terra das oliveiras”, abundante de azeite e mel (Dt 8.8). No tempo de Davi, havia um chefe encarregado dos olivais e um outro do depósito de azeite (1 Cr 27.28).

Outro fato que os leitores devem conhecer é que a azeitona, em grande parte, e em algumas regiões é colhida verde. A razão disso é que - assim dizem os entendidos - o azeite é melhor. O azeite era extraído, esmagando-se ou pisando-se as azeitonas (Êx 27.20; Jl 2.24; Mq 6.15).

O azeite também era usado para ungir os reis quando escolhidos. Os sacerdotes também eram ungidos com o óleo especial (1 Sm 2.10,35; 12.3; 16.6).

Finalmente temos uso do azeite na alimentação. Esta função como alimento é das mais importantes, pois o uso do azeite não provoca irritações, nem alergias, como acontece com outros produtos oleosos e gordurosos, que facilitam também o desenvolvimento de doenças. Na Grécia e na Palestina, a alimentação é preparada à base de azeite; esse fato elimina muitas doenças do aparelho digestivo que afligem as criaturas que se alimentam com gorduras pouco saudáveis.

Agora vejamos o simbolismo da oliveira na Bíblia. A partir da época de Noé e do Dilúvio, a oliveira transformou-se símbolo universal da paz, não somente para os homens de sentimentos religiosos, mas também para os políticos que tudo exploram em seu próprio favor. A razão por que o ramo de oliveira é o símbolo da paz baseia-se no fato registrado em Gênesis 8.11, onde aparece a pomba que Noé soltou, após cento e cinquenta dias de chuva; ela voltou trazendo uma folha de oliveira, sinal de que a ira de DEUS se aplacara, sinal de que havia novamente paz entre os homens e DEUS.

O fruto da oliveira, em seu estado silvestre, é pequeno e sem valor. Torna-se bom e abundante quando na oliveira silvestre é enxertado um ramo de boa árvore. Por outro lado, a oliveira se reproduz através dos brotos que saem da raiz; esses são enxertados em outra oliveira para que cresçam e deem frutos. Dessa figura interessante, Paulo tira uma lição preciosa, quando escreve aos romanos (Rm 11.17-24). Ele se refere aos ramos silvestres (os pagãos), enxertados na oliveira cultivada (os judeus); o ramo enxertado vive pela seiva transmitida através do tronco: os gentios recebem benefícios por causa de Israel.

O azeite na Bíblia é o símbolo do ESPÍRITO SANTO; precisamos de sua unção para que nosso testemunho diante dos homens seja vivo e eficaz!

Com o óleo especial de oliveira eram ungidos os reis e os sacerdotes que se tornavam consagrados para o serviço de DEUS

 

2. A cruz de CRISTO. 

A cruz é um dos símbolos mais conhecidos do cristianismo. A cruz é sinal de maldição. É onde JESUS levou nossos pecados, doenças e enfermidades. Pelo seu sacrifício fomos justificados, regenerados, perdoados, redimidos, salvos, pois, pela graça de DEUS e mediante a fé no sacrifício de JESUS, somos reconciliados com DEUS.

JESUS sofreu calado por nós. Não abriu sua boca para reclamar ou dizer palavras ofensivas aos seus algozes (Is 53.7; Jo 3.16). JESUS permaneceu quieto durante seu julgamento e castigo. Ele demonstrou ter paz e equilíbrio emocional mesmo vivendo uma situação tão terrível. Ele sabia o porquê de sua missão e que o seu sacrifício era necessário para que pudéssemos nos reconciliar com DEUS.

 

 

Entre todas as pedras preciosas que resplandecem na coroa da bênção de Abraão (a bênção que recebeu), com toda segurança, esta era uma das mais preciosas, a saber, que por ele - mais precisamente, por meio de sua semente, o Messias - uma quantidade inumerável de pessoas seria abençoada. Por meio de CRISTO e seu ESPÍRITO, o ESPÍRITO da promessa (At 1.4,5; Ef 1.13), o rio da graça (Ez 47.3-5) continuaria seu curso sem fim, abençoando primeiramente aos judeus, mas depois também aos homens de toda raça, tanto gentios como judeus. Sim, o rio da graça flui pleno, abundante, refrescante, fortificante para todos. E, para receber a bênção, a saber, a realização da promessa: “Eu serei o teu DEUS”, a única coisa da qual se necessita é a fé, a confiança no CRISTO crucificado, porque foi no Calvário que as chamas da ira de DEUS descarregaram toda sua fúria, e os crentes de todas as nações, tribos e línguas são salvos para sempre!

 

3. A nossa missão. 

JESUS veio ao mundo com uma missão do PAI, morrer na cruz pelos nossos pecados. JESUS nos deu uma missão (Mt 28.19,20; Mc 16). Para executarmos essa missão, precisamos estar em paz com todos, pois em inimizade não poderíamos levar o evangelho a ninguém. Como ouviriam de um inimigo o evangelho? Anunciemos ao mundo que somente JESUS pode nos dar a verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe da Paz (Is 9.6). 

 

 

CONCLUSÃO

A Paz, qualidade do fruto do ESPÌRITO, é a paz que Excede Todo Entendimento, é Paz Com DEUS, De posse desta paz devemos ser Promotores Da Paz.

As Inimizades e Contendas são obras da carne, essa inimizade é ausência De Paz, existem pelo menos três Tipos De Inimizades, entre uma pessoa e outra, entre grupos e entre nações. Muitas vezes a Inimizade é produto da soberba. A Inimizade produz Facção, ou divisão até mesmo dentro da igreja. 

Portanto, Vivamos Em Paz. Esta paz é um Favor Divino. Foi conquistada na Cruz por CRISTO. JESUS nos deu uma Missão, a missão de ir por todo o mundo e compartilhar esta paz de DEUS com todos. Compartilhar JESUS e sua salvação para que todos tenham paz com DEUS e entre si.

 

Paz é um milagre - é paz sobrenatural - vem do ESPÍRITO SANTO - Paz com DEUS

Porquanto o Reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO; (Rm 14.17).

 

 

INIMIZADE - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William Barclay

echthra - εχθρα - Lê-se Festrá - Inimizade

B, ARC, ARA, Mar.: Inimizades; BJ, P, BV: ódio; BLH; as pessoas ficam inimigas; M: brigas. Outras traduções de outras ocorrências da palavra:

RSV: hostil ou hostilidade (Rm 8.7; Ef 2.14, 16). M: inimizade tradicional entre famílias (Ef 2.16); W: inimizade mútua (Ef 2.16); P. elementos conflitantes (Ef 2.14).

Não é necessário gastar muito tempo discutindo o significado de echthra; echthros é a palavra grega normal para um inimigo, e echthra, para a inimizade.

No próprio NT, ocorre somente em duas outras passagens. Em Rm 8.7 

Paulo escreve que a mente que se fixa na carne é hostil a DEUS, ou, conforme diz NEB: “O ponto de vista da natureza inferior é inimizade contra DEUS.” Em Ef 2.14,16 é usada para a parede divisória de hostilidade que faz separação entre o judeu e o gentio até que ambos se tornem um só em JESUS CRISTO.

No mundo antigo havia três tipos de inimizade, e estas continuam sendo reproduzidas na vida humana.

i. Havia inimizade entre uma classe e outra dentro da mesma cidade do mesmo pais. Platão disse que em cada cidade havia uma guerra civil entre os que possuem e os que não possuem. Pode haver em qualquer

comunidade uma guerra de classes que as pessoas de disposição maligna podem facilmente fomentar visando atingir seus propósitos pessoais maldosos.

ii. Havia a inimizade entre os gregos e os bárbaros. Esta, disse Platão, era uma guerra que não conhecia fim; e Sócrates implorava que Homero nunca fosse omitido do currículo educacional do jovem grego, porque

Homero demonstra a separação eterna entre o grego e o bárbaro. Para os gregos, havia num sentido literal uma diferença entre os gregos e os bárbaros. “Havia,” escreve T. R. Glover, “alguma diferença natural entre os gregos e os bárbaros. Não se podia ir contra a Natureza; e a Natureza planejara dois tipos distintos do homem — o grego e o não grego — e a diferença era fundamental” (T. R. Glover: Springs of Hellas, pag. 32).

Deve ser notado quão essencialmente arrogante era esta distinção grega. Como, perguntava insistentemente Ctesias, o historiador antigo, homens que só sabiam latir chegariam a governar o mundo? Ora, este teste do idioma grego relegava nações altamente civilizadas, tais como o Egito, a Fenícia, a Pérsia, a Lídia tão próspera, a categoria de bárbaras.  Aristóteles pensava que o próprio clima do mundo mantinha esta diferença.

Aqueles que habitavam no norte, nos países frios, tinham bastante coragem e ânimo, mas pouca perícia e inteligência; aqueles que habitavam no sul, na Ásia Menor, conforme o nome que agora damos a região, tinham bastante perícia, inteligência e cultura, mas pouco ânimo ou coragem.  Somente os gregos viviam num clima projetado pela Natureza para produzir o caráter perfeitamente equilibrado e harmonizado (Aristóteles: Política 7.7.2). Para os gregos, estes “bárbaros” eram por natureza escravos, e era perfeitamente correto para um grego superior reduzi-los a escravidão, comprá-los e vendê-los. Esta atitude para com o não grego ressaltava-se vividamente num adjetivo que Plutarco aplica a Heródoto, o historiador antigo. Heródoto tinha uma curiosidade insaciável, e poderíamos dizer que era de alcance mundial. Para eles, grandes façanhas permaneciam grandes façanhas, quer realizadas por um grego, quer não. Era, conforme J. L. Myers escreve a respeito dele em The Oxford Clássica Dictiomry: “ isento do preconceito e intolerância raciais”. E o resultado é que Plutarco rotula-o com a palavra Philo bárbaros, amigo dos bárbaros, como se a palavra fosse uma condenação (Plutarco: De Mal. Her. 857 A).

É de relevância que dois dos lugares onde ocorre a palavra echthra (Ef 2.14, 16) referem-se ao relacionamento no mundo antigo entre judeus e gentios. Havia realmente uma parede de hostilidade, uma inimizade

tradicional antiga, entre judeus e gentios. Era uma ojeriza que existia em ambas as partes. Os romanos podiam falar da religião judaica como sendo superstição bárbara (Cícero: Pro Flacco 28), e do povo judaico como o mais vil dos povos (Tácito. Histórias 5.8). Na mesma passagem, Tácito diz a respeito dos judeus que tem uma lealdade inabalável uns aos outros, mas um ódio hostil a todos os demais homens. Diodoro Siculo repete o ditado de que os judeus supõem que todos os judeus sejam inimigos (31.1.1.3). Apiao declarou que os judeus juraram pelo DEUS do céu, da terra e do mar que nunca demonstrariam boa vontade a qualquer homem de outra nação, e especialmente que nunca fariam isso com os gregos (Joseio: Contra Apião 1.34; 2.10). Por outro lado, os judeus consideravam os gentios impuros. Casar-se com um gentio era o mesmo que ter morrido. Nos seus momentos mais amargos, os judeus podiam considerar os gentios como animais imundos, odiados por DEUS, e destinados a serem combustível para o fogo do inferno. O antissemitismo não é nenhum fenômeno novo, e a exclusividade judaica faz parte da essência do judaísmo. A cortina de ferro do preconceito racial e da amargura inter-racial Nilo e coisa nova. O espírito que produz os motins raciais é a segregação das cores e tão antigo quanto a civilização — e desde o seu início e condenado pela ética e fé cristãs.

iii. Há a inimizade entre um homem e outro. Neste caso, é mais simples definir echthra em termos do seu antônimo. Echthra é o antônimo exato de agapê. Agapê, amor, a suprema virtude cristã, é a atitude mental que nunca permitirá sentir amargura para com homem algum, e que nunca buscara outra coisa senão o sumo bem dos outros, independentemente de qual seja a atitude dos outros para com ela .Echthra é a atitude da mente e do coração que coloca as barreiras e que tira a espada; agapê é a atitude do coração e da mente que alarga o círculo, que estende irmão da amizade e que abre os braços do amor. A primeira é uma obra da carne; a outra e qualidade do fruto do ESPÍRITO.

 

PAZ - Dicionário Teológico

- [Do hb. shalom;do gr. eirene; do lat. pacem] Nas Escrituras, paz não significa apenas ausência de guerras, ou de, conflitos. De acordo com os profetas e apóstolos, é a serenidade que o ESPÍRITO SANTO nos infunde no coração mediante a fé que depositamos na providência divina (Is 26.3; Fp 4.7).

Como qualidade do fruto do ESPÍRITO, a paz é a profunda quietude do coração firmada na convicção de que DEUS está no comando de todas as coisas (GL 5.22,23).

Num tempo de necessidade e insegurança, esta foi a oração de um homem que vivia a paz como qualidade do fruto do ESPÍRITO: “Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se multiplicaram o seu trigo e o seu vinho. Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança” (SL 4.7,8).

 

PAZ - Dicionário Português

s. f. 1. Estado de um país que não está em guerra; tranquilidade pública. 2. Repouso, silêncio. 3. Tranquilidade da alma. 4. União, concórdia nas famílias. 5. Sossego. — Paz-de-alma: pessoa inofensiva, pacífica.

 

 

Paz - Comentário Bíblico Wesleyano

A coroa de tudo. É a qualidade da mente para o qual os homens lutam, sangram e morrem e ainda que escapa milhões. É mais do que perdoar a si mesmo e viver consigo mesmo. É um sentimento de relação harmoniosa com a de mais significativo ambiente de DEUS, o céu, a justiça, a verdade, e os homens de boa vontade. Não é tanto o ajuste de circunstâncias externas como a realidades internas e finais. Ela respira a calma durante a tempestade e dá uma âncora para a alma. É uma fonte de força e coragem, esperança e confiança. Mas, também, não é uma conquista. É um resultado de uma relação que produz um hábito da mente.

 

inimizades são violações de amor em sentimento ou em ato. 

 

 

inimizades - é algo latente, passando pelas porfias, que é algo operante (indicando neste caso disputas devidas ao egoísmo), pelas dissensões (antes, divisões)

 

Tradução do hebraico “SHALOM”, que não significa apenas ausência de guerra, inimizade e brigas, mas inclui também tranquilidade, segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual para todos (Sl 29.11; Jo 20.21).

 

Paz com DEUS - Comentário Bíblico Wesleyano

ESTA PAZ indica a "paz de completa reconciliação com Ele" ou "a segurança e tranquilidade de aceitação." A ira de DEUS já não ameaça naqueles que são aceitos em CRISTO. Godet chama essa paz "serenidade completa" como para o passado, o futuro, e até mesmo o julgamento, porque CRISTO não somente morreu por nós, mas vive para nos manter neste estado de salvação ( 5: 9 , 10 ) Embora a palavra sugira sentimento , denota muito mais. É uma relação entre DEUS e o homem. 

A outra coisa a fazer é justificada para desfrutar da comunhão restaurada que o tipo de justificação pela fé traz na expiação. Já está reconciliação é nossa por graça. A Inimizade é destruída. Em vez de medo da ira, agora é comunhão entre o homem e DEUS. O homem não foi capaz de conseguir isso. É uma libertação operada pelo sangue de CRISTO. A paz é mais do que não-agressão. É a harmonia e a partilha mútua. Na KJV é chamado de " expiação " . Nós, que éramos tão "separados" somos agora "um" pela expiação. Isso agora desfrutaremos na certeza de que o tipo de fé e justiça inclui todos os recursos necessários para o triunfo final através de JESUS CRISTO, nosso Senhor.

 

   

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Lição 6, Paciência: Evitando as Dissensões

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tiago 5.7-11

7 - Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. 8 - Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima. 9 - Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.

10 - Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. 11 - Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.

 

 

Resumo da Lição 6, Paciência: Evitando as Dissensões

I - PACIÊNCIA, ATO DE RESISTÊNCIA À ANSIEDADE

1. A paciência como fruto do ESPÍRITO.

2. A paciência e a ansiedade.

3. Jó, exemplo de paciência em meio à dor.

II - DISSENSÕES, RESULTADO DA IMPACIÊNCIA

1. Exemplos bíblicos de impaciência.

2. Deixe de lado toda dissensão.

3. Evitando o partidarismo.

III - PACIÊNCIA, PROVA DE ESPIRITUALIDADE E MATURIDADE CRISTÃ

1. Pacientes até a volta de JESUS.

2. Quando a paciência é provada.

3. Maturidade cristã.

 

  

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr. Luiz Henrique

 

Tiago 5.7-11

7 - Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. 8 - Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima. 9 - Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.

10 - Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. 11 - Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.

 

CHUVAS - temos que esperar as duas chuvas com fé e esperança, sendo pacientes para receber o resultado, a bênção completa.

1- chuva temporã - πρωιμος proimos

cedo, primeiras

da chuva temporã que cai a partir de Outubro

2- chuva serôdia - οψιμος opsimos

tardio, mais tarde

as chuvas tardias ou primaveris, que caem principalmente nos meses de Março e Abril justo antes da colheita

  

 

PACIÊNCIA dos profetas - μακροθυμια makrothumia - Lê-se Mácrosímia - Longanimidade

1) paciência, tolerância, constância, firmeza, perseverança

2) paciência, clemência, longanimidade, lentidão em punir pecados

 

PACIÊNCIA de Jó - υπομονη hupomone - Ipomonê

1) estabilidade, constância, tolerância

1a) no NT, a característica da pessoa que não se desvia de seu propósito e de sua lealdade à fé e piedade mesmo diante das maiores provações e sofrimentos

1b) pacientemente, firmemente

2) paciente, que espera por alguém ou algo lealmente

3) que persiste com paciência, constância, e perseverança

 

Pense no que espera uma colheita de grão, e não esperará você uma coroa de glória? Se for chamado a esperar um pouco mais que o camponês, não será que existe algo mais valioso que esperar? Em todo sentido vem-se aproximando a vinda do Senhor e todas as perdas, privações e sofrimentos de seu povo serão recompensados. Os homens contam como longo o tempo porque o medem segundo suas próprias vidas, porém todo o tempo é como nada para DEUS; é como um instante. Uns quantos anos parecem séculos às criaturas de curta vida; mas a Escritura, que mede todas as coisas pela existência de DEUS, reconhece que milhares de anos são como alguns dias.

 

Se a metáfora do agricultor não nos faz ficarmos esclarecidos dessa verdade, Tiago ainda nos dá outras duas comparações. Ele nos recorda dois outros exemplos de paciência: os profetas e jó (Tg 5.11-12) Sem levar em conta as imagens que ele dá, o segrede é prestar atenção nos frutos ou no resultado que deverá seguramente, ser revelado no final de tudo. BILBIA DA LIDERANÇA CRSTÃ - John C. Maxwell.

 

o que tenha que sofrer esperando.

E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, E à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade,

E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade. (2 Pedro 1:5-7).

 

Perseverança (Paciência no esperar)- υπομονη hupomone - Lê-se - Ipomonê

 

1) estabilidade, constância, tolerância

1a) no NT, a característica da pessoa que não se desvia de seu propósito e de sua lealdade à fé e piedade mesmo diante das maiores provações e sofrimentos

1b) pacientemente, firmemente

2) paciente, que espera por alguém ou algo lealmente

3) que persiste com paciência, constância, e perseverânça

Tudo se resume no amor - Há aqui primeiramente o tríplice desdobramento do próprio amor (amor, alegria, paz), depois seu tríplice desdobramento em relação ao próximo (longanimidade, benignidade, bondade), e finalmente o tríplice desdobramento da conduta pessoal (fidelidade, mansidão, domínio próprio).- Comentário Esperança N.T.

 

PACIÊNCIA - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William Barclay

Makrothumia OU Makrothumeo - μακροθυμια - Lê-se Mácrosâmia ou Macroçamel - Longanimidade

A Paciência Divina e Humana

Makrothumia, o substantivo, makrothumos, o adjetivo e makrothumein, o verbo, são expressos na ARC e ARA pela ideia de longanimidade e paciência. São palavras muito expressivas. Em inglês fala-se de pessoas com paciência curta, e em português, de pouca paciência. Não se usa uma frase que deveria ser o antônimo: a pessoa tem paciência longa, ou é de longa paciência. Mas temos a palavra longanimidade, porque makros significa grande ou longo, e thumos quer dizer ânimo ou disposição. Temos a palavra magnanimidade, que significa grandeza de coração. Na Vulgata makrothumia (Lê-se Mácrosímia) é traduzida bem literalmente pela palavra longanimitas, e as primeiras edições da Bíblia Católica Romana de Rheims (em inglês) procuraram introduzir na língua inglesa a palavra longanimity em 2 Pe 3.15 e Cl 1.11; a palavra longanimidade existe em português como expressão perfeita da ideia neste grupo de vocábulos gregos.

Makrothumia expressa uma certa atitude para com as pessoas e eventos. Expressa a atitude para com as pessoas de nunca perder a paciência, por pouco razoáveis que elas sejam, e de nunca perder a esperança com relação a elas, por menos agradáveis e dóceis que sejam. Expressa a atitude para com os eventos de nunca admitir derrota e de nunca perder a esperança e fé, por mais obscura que a situação seja, por mais incompreensíveis que os eventos se mostrem, ou por mais severa que seja a correção divina. E uma qualidade da qual os comentaristas do NT tem dado muitas definições excelentes. Trench diz que ela descreve “a mente que suporta por muito tempo, antes de dar lugar a ação ou ira” . T.K. Abbott diz que makrothumia (Lê-se Mácrosímia) é o autocontrole que não se apressa em retribuir o mal sofrido.” Plummer diz que é “a tolerância (ou longanimidade) que suporta as injurias e as ações malignas sem ser provocada a ira ou vingança” . Moffatt a descreve como “a tenacidade com que a fé vai suportando” . No Testamento de José (2.7) temos a frase: “A makrothumia (Lê-se Mácrosímia) é um grande remédio” . Há um ditado de Meandro que Plutarco cita: “Uma vez que você e mero homem, nunca peca aos deuses uma vida sem problemas, mas peca makrothumia. ” Poderíamos muito bem traduzir makrothumia (Lê-se Mácrosímia) como “ o poder de levar as coisas até ao fim.” Makrothumia não é uma palavra do grego clássico, mas entrou no vocabulário cristão com uma história grandiosa, porque e uma das grandes palavras do AT grego. No AT, movimenta-se em três esferas.

(a) Significa paciência com os eventos. O uso mais iluminador palavra neste sentido e 1 Mc. 8.4.

Ali o escritor atribui a grandeza de Roma a sua política e a sua paciência, a sua makrothumia, e, conforme diz R. C. Trench, essa makrothumia (Lê-se Mácrosímia) foi expressada pela determinação de Roma de que “nunca faria a paz em condições de derrota” . Os romanos tinham a perseverança que podia perder uma batalha, e até mesmo perder uma campanha mas que nunca admitiria a derrota numa guerra. Diz-se que o teste de um exército e de como ele luta quando os soldados estão famintos e cansados. Makrothumia é o espírito que não reconhecera nem admitira a derrota.

(b) Significa a paciência com as pessoas. Significa o espirito que nunca perde a paciência com as pessoas, nem a esperança para com elas; que nunca se tornara em amargura ou concordara em ser definitivamente repelido. Neste espirito e qualidade o AT vê a origem das coisas mais importantes da vida.

i. E a base do perdão. E o espírito que leva o homem a adiar a sua ira (Pv 19.11), e recusar-se a ficar irado e meio-caminho andado para o perdão.

ii. E a base da humildade. O paciente de espírito e melhor do que o orgulhoso de espírito (Ec 7.8). Makrothumia impede o homem de colocar-se no centro do quadro e de fazer dos seus sentimentos o padrão para tudo.

iii. E obviamente o alicerce da comunhão. O homem iracundo suscita contendas, mas o longânime apazigua a luta (Pv 15.18). O homem que sempre está com o dedo no gatilho da sua ira destrói a amizade e a comunhão; o homem cujo gênio está sob controle solidifica a comunhão, e não deixa surgir a contenda.

iv. E a base de todos os bons relacionamentos pessoais. Conforme Moffatt traduz Pv 25.15: “O homem irado e apaziguado pela longanimidade.” Makrothumia sempre suaviza e nunca exacerba. Recusa-se a permitir uma falha entre os relacionamentos pessoais, e faz um grande esforço para sana-la quando ela surge.

v. E a base de toda a sabedoria verdadeira. “O longânime e grande em entendimento, mas o de animo precipitado exalta a loucura” (Pv 14. 29). O ditado judaico diz: “0 homem irritadiço não pode ensinar,” e, da

mesma forma, ele também não pode aprender. A primeira necessidade da aprendizagem e a paciência.

vi. E a base de alegria perpétua. Conforme diz Ben Siraque: “A paixão do ímpio não será justificada, porque o ímpeto de sua cólera e a sua ruína. 0 paciente resistira até o momento oportuno, mas depois a alegria

brotara para ele” (Ecli. 1.22, 23). 0 homem impetuoso destrói a sua própria felicidade e também a dos outros; o homem de gênio sereno traz a felicidade para si mesmo e para todos com os quais entra em contato.

vii. E a base de todo o poder legítimo. “Melhor o longânime do que o herói da guerra, e o que domina o seu espirito do que o que toma uma cidade” (Pv 16.32). O homem que pode dominar a si mesmo e o homem

que pode governar aos outros.

(c) Mas o fato mais sublime no tocante a esta palavra e que descreve o caráter do próprio DEUS.

Há uma descrição de DEUS que percorre o AT como um refrão. DEUS passou diante de Moises e proclamou: “SENHOR, SENHOR DEUS compassivo, clemente e longânime, e grande em misericórdia e fidelidade” (Ex 34.6). Disse Neemias: “Porém tu, o DEUS perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande em bondade” (Ne 9.17). Repetidas vezes nos Salmos achamos o grande refrão de regozijo: “O SENHOR e misericordioso e compassivo; longânime e assaz benigno” (SI 103.8; 86.15; 145.8). Foi exatamente isso que Jonas não percebeu e teve de aprender (Jn 4.2). Nesta longanimidade e demora em irar-Se por parte de DEUS, vemos certas verdades a respeito da atitude de DEUS para com o pecador.

i. A makrothumia (Lê-se Mácrosímia) de DEUS e a esperança do pecador. Porque DEUS e misericordioso, compassivo, tardio em irar-se e grande em benignidade, o conclama as pessoas a rasgarem o seu coração, e não as suas vestes, e a se converterem a DEUS (J1 2.13). Sem a paciência de DEUS, não poderia haver lugar para o arrependimento.

ii. A makrothumia (Lê-se Mácrosímia) de DEUS e a advertência ao pecador. O pecador não ousa pensar que, se nada aconteceu, ele escapou das consequências do seu pecado. “Não digas: ‘pequei; o que me aconteceu?’, porque o Senhor e paciente. Ele não te soltara de modo algum” (Ecli. 5.4 — LXX). E realmente na Sua longanimidade que DEUS visita os pecados dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração (Nm 14.18). Porque DEUS é paciente, Ele tem a última palavra.

iii. A makrothumia (Lê-se Mácrosímia) de DEUS pode ser a condenação do pecador.

Em 2 Mac. 6.14 há o pensamento terrível de que DEUS é paciente com os homens, e deixa-os agirem por conta própria até que cheguem a medida máxima de seus pecados — então vem o julgamento. O homem pode usar a longanimidade de DEUS para sua própria destruição.

Agora, voltemo-nos para o uso e o significado de makrothumia (Lê-se Mácrosímia) no NT. Aqui, move-se nas mesmas três esferas de significado do AT.

(a) Makrothumia fala da paciência de DEUS.

i. Em 2 Pedro a paciência de DEUS é apresentada no seu sentido mais amplo. “ Tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor” (2 Pe 3.15). É questão rebatível se “ o Senhor” é JESUS ou DEUS, mas o significado do dito não é realmente afetado. O pano de fundo no qual 2 Pedro foi escrito é de decepção e desilusão por causa da demora na Segunda Vinda de JESUS CRISTO. E o argumento do escritor é que esta demora não é insensibilidade; e paciência. É a oportunidade para os homens se arrependerem e crerem no evangelho, para transformarem sua pecaminosidade em santidade, e tornarem sua imprudência em preparação. Por trás disto há o pensamento de que DEUS teria sido justo se explodisse o mundo ao ponto de não existir mais, e de que, se fosse humano, teria agido assim há muito tempo; mas na Sua paciência Ele espera dando aos homens a oportunidade para aceitarem a salvação.

Em Paulo temos exatamente o mesmo pensamento, e de modo ainda mais pessoal. Em 1 Tm 1.12-16 — decerto um fragmento paulino genuíno, ainda que as Pastorais não sejam paulinas na sua totalidade conforme hoje as possuímos (nota dos editores: não há uma base solida para essa afirmação) — Paulo conta como blasfemava, perseguia e insultava a CRISTO, sendo o principal dos pecadores. Mas nele JESUS demonstrou Sua perfeita longanimidade. Com paciência, JESUS esperou até que Paulo, o perseguidor, se tornasse no Paulo pronto a ser o apostolo. A paciência de DEUS aguarda, ao passo que a impaciência do homem já há muito tempo teria agido em há destrutiva.

ii. Mas a paciência de DEUS e mais do que o simples aguardar; ela está chamando os homens a se arrependerem. DEUS e longânime, não querendo que ninguém pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento (2 Pe 3.9). Os homens nunca devem abusar da bondade e longanimidade de DEUS, porque essa bondade não visa ser uma oportunidade para o pecado, mas, sim, um convite para o arrependimento (Rm 2.4). DEUS não apenas aguarda os homens até que retomem ao lar; em JESUS CRISTO veio busca-los e salva-los; e ainda agora os convence com a atuação e os rogos do Seu Espirito SANTO.

iii. Assim como no pensamento do AT, a paciência de DEUS pode ser usada pelos homens para a sua própria destruição. A longanimidade de DEUS com Israel pode ser entendida a luz da decisão de deixar a nação obstinada seguir seu próprio caminho até que forçosamente acontecesse a sua rejeição final (Rm 9.22). DEUS espera com paciência; DEUS busca com paciência; e esta espera e busca pretendem contribuir para a salvação do homem, mas o homem na sua teimosia pode transforma-las em condenação.

(b) O NT fala da makrothumia (Lê-se Mácrosímia) em relação ao nosso próximo.

i. Makrothumia é a insígnia e o emblema da vida cristã. O cristão deve andar com toda humildade e mansidão e longanimidade, suportando a seu próximo em amor (Ef 4.2). O cristão deve revestir-se, como uma roupa, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade, e deve suportar com amor o seu próximo (Cl 3.12). A longanimidade e a bondade são a marca da vida cristã (2 Co 6.6). O amor cristão deve ser longânime, paciente e benigno (1 Co 13.4). Por mais indesejáveis que os homens sejam, o cristão deve ser longânime para com eles (1 Ts 5.14). O homem do mundo pode perder sua calma, paciência e fé nos homens; o cristão nunca deve agir assim.

ii. Não e sem motivo que makrothumia (Lê-se Mácrosímia) ocupa um lugar de destaque entre as virtudes cristas nas Epistolas Pastorais. O amor perseverante do mestre cristão e contrastado com a estultícia dos falsos mestres (2 Tm 3.10). O jovem missionário e instruído no sentido de nunca falhar na longanimidade” (2 Tm 4.2). E ali, sem dúvida, a palavra combina seus dois significados, porque o mestre e o pregador nunca devem perder sua fé nos homens, por menos que eles pareçam corresponder, e nunca devem desesperar-se, por mais hostis que sejam as circunstancias. Nenhum homem pode pregar ou ensinar sem makrothumia.

(c) Makrothumia descreve a resposta do cristão as circunstâncias aos eventos.

Paulo ora para que os Colossenses tenham perseverança e longanimidade com alegria (Cl 1.11). A paciência cristã não e uma aceitação inflexível e árida de uma situação; até a própria paciência e irradiada com

a alegria. O cristão aguarda, não como quem espera a noite, mas como quem espera a manhã. Esta paciência incansável faz parte da vida cristã (2 Co 6.6). Devido ao fato de Abraão ter perseverado com paciência, recebeu a promessa, e esta longanimidade opera igualmente a favor do cristão que tem a mesma fé (Hb 6.12-15).

Talvez a lição mais difícil de ser aprendida seja a de esperar; como esperar quando parece que nada está acontecendo, e quando todas as circunstancias mostram motivos para o desanimo. Tiago insiste que o cristão deve ser como os profetas que repetidas vezes tinham de aguardar a atuação de DEUS; deve ser como o agricultor que lança a semente e depois, no decurso dos meses lentos, espera a chegada da ceifa (Tg 5.7-10). É bem possível que esta seja a tarefa mais difícil para uma era que fez da velocidade um deus.

De certa forma, makrothumia (Lê-se Mácrosímia) é a maior virtude. Não está revestida de romance e fascinação; não tem a emoção da ação repentina numa aventura; mas e a virtude do próprio DEUS. DEUS na Sua makrothumia (Lê-se Mácrosímia) tolera os pecados, recusas e rebeldia dos homens. DEUS na Sua makrothumia (Lê-se Mácrosímia) recusa-se a abandonar Sua esperança no mundo que Ele criou e que tão frequentemente vira as costas ao seu Criador. O homem na sua vida terrena deve reproduzir a paciência incansável de DEUS para com as pessoas, e a paciência que não perde a coragem com os eventos. 

 

  

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Lição 7, Benignidade, um escudo protetor contra as porfias

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Colossenses 3.12-17

12 - Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, 13 - suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como CRISTO vos perdoou, assim fazei vós também. 14 - E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.  15 - E a paz de DEUS, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. 16 - A palavra de CRISTO habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração. 17 - E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor JESUS, dando por ele graças a DEUS Pai.

 

 

Resumo da Lição 7, Benignidade, um escudo protetor contra as porfias

I - A BENIGNIDADE FUNDAMENTA-SE NO AMOR

1. O que é benignidade?

2. JESUS, exemplo de benignidade.

3.A benignidade na prática.

II - A PORFIA FUNDAMENTA-SE NA INVEJA E NO ORGULHO

1. Inimizade e porfia.

2. Evódia e Síntique.

3. Miriã e Arão.

III - REVISTAMO-NOS DE BENIGNIDADE

1. Retirando as vestes velhas.

2. Sede benignos.

3. Imitando a conduta de Paulo.

 

 

Resumo Rápido do Pr. Henrique

INTRODUÇÃO

Estudo de hoje - Benignidade, uma qualidade do fruto do ESPÍRITO X Porfias, mais uma das obras da carne.

O crente cheio do ESPÍRITO SANTO é naturalmente (melhor dizendo, espiritualmente) benigno, ou seja, sempre deseja o bem das pessoas, tem sempre uma intenção de agradar e de abençoar as pessoas com quem convive e às com quem deseja conviver, se não aqui na terra, mas no céu, na eternidade.

Sabemos que para convivermos com DEUS devemos ser humildes e Dele nada exigir e nem O confrontar, pois Ele é DEUS e pode fazer do vaso o que desejar.

Para nos relacionar bem com nossos semelhantes precisamos evitar discussões, disputas e polêmicas. Paulo nos ensina a não entrar em discussões tolas a evitar e fugir de toda aparência do mal (Tt 3.9,10; 1 Ts 5.22).

I - A BENIGNIDADE FUNDAMENTA-SE NO AMOR

1. O que é benignidade?

Chrestotes χρηστοτης - Lê-se Crístotês - Benignidade - qualidade do Fruto do ESPÍRITO

Em Gálatas,VB e P traduzem por “bondade” , ao passo que a TB, ARC, ARA, BJ e Mar. traduzem por “benignidade.” a BLH tem “ ternura,” e “gentileza” representa a tradução oferecida na RV, RSV, Kingsley Williams e Moffatt. Em 2 Co 6.6; Ef 2.7; Cl 3.12; Tt 3.4 a tradução em português É geralmente “benignidade” , com “bondade” como outra alternativa.

A Vulgata traduz por generosidade, ou por benignitas, de onde provém o adjetivo benigno. A Bíblia Católica Romana de Rheims chega bem perto do significado quando traduz chrèstotès por benignidade e em 2 Co 6.6 por doçura. Plummer, comentando 2 Co 6.6, diz que chrèstotès nos homens é “a gentileza simpática ou doçura de gênio que deixa os outros a vontade e recua diante da ideia de provocar dor” .

Cl 3.12 Portanto, como eleitos de DEUS, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. (Bíblia Ave-Maria -católica romana)

Nós não somos benignos por nossa própria capacidade, embora algumas pessoas possam parecer benignas mesmo não sendo crentes. A benignidade, qualidade do fruto do ESPÍRITO, é produzida pelo ESPÍRITO SANTO em nós, à medida que nos entregamos a ELE, mediante a comunhão com JESUS CRISTO. Não conseguimos ser bondosos pelo nosso próprio esforço. A benignidade se manifesta em nós por uma ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. É olhar para uma pessoa como DEUS olha. É tratar uma pessoa como se fosse JESUS ali conversando e abençoando aquela pessoa que está diante de nós.

2. JESUS, exemplo de benignidade.

JESUS, como homem perfeito, é o nosso maior exemplo de benignidade e amor (Jo 3.16). Estamos falando de JESUS como homem, portanto digno de imitação. Ele não fazia acepção de pessoas, não tratava um rico diferente de um pobre ou um homem diferente de uma mulher, ou um adulto diferente de uma criança. Todos que a Ele vinham, os amava a todos e os abençoava a todos.

A única espécie de homens que JESUS tratava diferente eram os religiosos, pois estes, ao contrário dos outros, não vinham a Ele para ouví-lo ou receber alguma bênção, mas vinham para contendas e acusações, devido à inveja que os cegava. JESUS mesmo disse: "Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora". João 6:37.

3. A benignidade na prática.

Sermos o que somos é fácil. Nossa tendência é sermos benignos com nossos amados próximos. Quando contratamos com outras pessoas desconfiamos imediatamente delas, às vezes as tememos, às vezes pensamos o que podemos tirar dessa pessoa, porém, poucas vezes olhamos para alguém com o desejo de dar a ela algo de melhor, de eterno, nosso amor, compreensão, carinho, e principalmente, compartilharmos com ela nossa salvação.

Muitas pessoas rejeitam o cristianismo porque alguns cristãos não amam como o seu Mestre. Tomemos cuidado com a inveja - Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros. Gálatas 5:26. Devemos evitar ao máximo as discussões e disputas - Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros. Gálatas 5:15. Para ganharmos almas devemos ser conhecidos como discípulos de JESUS - Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. João 13:35.

JESUS foi gentil para com os todos os que a Ele se achegaram buscando DEUS. Publicanos e pecadores (Mt 9.11,12; Lc 19.1-10), salteadores (Lc 23.42,43); adúlteras (Jo 8.4), Cananeia (Mt 15.22) , centurião romano (Lc 7.2), etc...,

II - A PORFIA FUNDAMENTA-SE NA INVEJA E NO ORGULHO

1. Inimizade e porfia.

Eriteá

 

A inimizade contra DEUS é também um atributo do egoísmo. - Teologia Sistemática de Charles Finney

Inimizade é ódio. O ódio pode existir ou como um fenômeno da sensibilidade, ou como um estado ou atitude da vontade. E egoísmo visto em suas relações com DEUS. Que o egoísmo é inimizade contra DEUS é manifesto:

(1) Na Bíblia. O apóstolo Paulo diz expressamente que "a inclinação da carne (a mente carnal) é inimizade contra DEUS" (Rm 8.7).

(2) O egoísmo opõe-se diretamente à vontade de DEUS conforme expressa em sua lei. Esta exige benevolência. O egoísmo é seu oposto e, portanto, inimizade contra o legislador.

(3) O egoísmo é tão hostil quanto possível ao governo de DEUS. Ele é diretamente oposto a toda lei, princípio e medida de seu governo.

(4) O egoísmo é uma oposição à existência de DEUS. DEUS é o inimigo intransigente do egoísmo. O egoísmo é inimizade moral contra DEUS. DEUS assumiu a natureza humana e levou a benevolência divina a um conflito com o egoísmo humano. Os homens não conseguiam tolerar sua presença sobre a Terra e não descansaram até matá-lo.

Todas as inimizades terrenas podem ser superadas pela bondade e pela mudança de circunstâncias; mas que bondade, que mudança de circunstâncias pode mudar o coração humano, pode superar o egoísmo ou a inimizade contra o DEUS que ali reina?

echthra εχθρα - Inimizade

B, ARC, ARA, Mar.: Inimizades; BJ, P, BV: ódio; BLH; as pessoas ficam inimigas; M: brigas. Outras traduções de outras ocorrências da palavra: RSV: hostil ou hostilidade (Rm 8.7; Ef 2.14, 16). M: inimizade tradicional entre famílias (Ef 2.16); W: inimizade mútua (Ef 2.16); P. elementos conflitantes (Ef 2.14). Não e necessário gastar muito tempo discutindo o significado de echthra; echthros é a palavra grega normal para um inimigo, e echthra, para a inimizade. No próprio NT, ocorre somente em duas outras passagens. Em Rm 8.7 Paulo escreve que a mente que se fixa na carne é hostil a DEUS, ou, conforme diz NEB: “O ponto de vista da natureza inferior é inimizade contra DEUS.” Em Ef 2.14, 16 é usada para a parede divisória de hostilidade que faz separação entre o judeu e o gentio até que ambos se tornem um só em JESUS CRISTO. No mundo antigo havia três tipos de inimizade, e estas continuam sendo reproduzidas na vida humana.

i. Havia inimizade entre uma classe e outra dentro da mesma cidade do mesmo pais.

ii. Havia a inimizade entre os gregos e os bárbaros.

iii. Ha a inimizade entre um homem e outro. Neste caso, e mais simples definir echthra em termos do seu antônimo.

Echthra é o antônimo exato de ágape. Ágape, amor, a suprema virtude crista, e a atitude mental que nunca permitirá sentir amargura para com homem algum, e que nunca buscara outra coisa senão o sumo bem dos outros, independentemente de qual seja a atitude dos outros para com ela.

Echthra é a atitude da mente e do coração que coloca as barreiras e que tira a espada; ágape é a atitude do coração e da mente que alarga o círculo, que estende laços da amizade e que abre os braços do amor. A primeira é uma obra da carne; a outra e fruto do ESPÍRITO.

Porfia – eritheia (Êritêia)- εριθεια - Lê-se Éritiá - Discórdia - Obra da Carne

B: facões; ARC: pelejas; ARA: discórdias; BJ: discussões; Mar: rixas; P: rivalidade; BLH: separam-se em partidos; BV: esforço constante para conseguir o melhor para si próprio. Outras traduções de outras ocorrências da palavra — ARC: contenção; ARA: discórdia; P: espírito de partidarismo; BV: fazer inveja (Fp 1.17). BV: desavenças (2 Co 12.20); ser egoísta (Fp 2.3).

Descreve uma atitude errada na realização de um serviço e na detenção de um cargo. No grego secular a palavra, com seu verbo correspondente, tinha dois sentidos.

Erithos é trabalhador diarista, eritheuesthai, o verbo, é trabalhar por contrato, e eritheia é o trabalho contratado. A palavra, portanto, pode descrever a atitude do homem que não tem consideração pela prestação do serviço, nenhum orgulho, nenhuma alegria no trabalho, e que se ocupa em qualquer trabalho visando somente o que pode ganhar com ele.

Segundo o Dicionário Houaiss, inimizade é ódio, indisposição e malquerença; porfia significa contendas de palavras, discussão, disputa e polêmica.

A inimizade pode surgir de uma porfia, inclusive entre irmãos. Já vi irmãs chegarem ao ponto de expulsarem demônios uma da outra. Isso é resultado de pequenas discussões que acabam por dividir igrejas e prejudicar muito o trabalho do Senhor. Em cidades pequenas a política partidária tem dividido igrejas a ponto de serem abertas outras congregações com facções políticas. também líderes de igrejas grandes assistiram a perda de seus membros para outras denominações ou se dividirem em outras convenções devido a essas porfias. Quantas denominações têm, por exemplo, da Assembleia de DEUS, em nosso país. Tudo resultado de porfias entre líderes.

2. Evódia e Síntique.

 

Evódia e Síntique - Quando o evangelho chegou à Europa por instrução do Senhor e realizou sua obra em Filipos, essas duas mulheres estiveram juntas na luta. Será que já tinham participado daquela primeira pequena reunião de mulheres com Lídia na beira do rio ?

É o que Paulo lembra agora quando precisa advertir as duas em público; afinal, a carta era lida em voz alta na assembleia da igreja, todos ouviam juntos a exortação. Como é delicado o jeito de Paulo! Dirige-se individualmente a cada uma delas: evita qualquer juízo acerca das diferenças. Não critica sua atuação em si. Exorta somente essas duas da mesma forma como havia feito com a igreja toda em Fp 2.2: “que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, concordes e buscando uma só coisa.” A unidade é uma questão muito séria para Paulo! Com que clareza ele via os grandes perigos a que também essa igreja amada está exposta por causa das circunstâncias! A história da igreja confirmou sobejamente a preocupação dele.

Ainda que não exista nenhuma biografia sobre elas, ainda que a própria igreja desconsidere ou em breve esqueça novamente sua ação – ela consta para sempre, inesquecível, no livro de DEUS, o livro da vida.

As duas mulheres serão alvo de gratidão pelo fato de que um homem – visivelmente importante na igreja – cuida das dificuldades delas. Porque a melhor forma de entender a marcante expressão “genuíno Sýzygos” é que de fato se trata de um nome próprio, ainda que não o encontremos documentado como tal em nenhum outro lugar. Esse nome Sýzygos significa “companheiro de jugo”. Sê, pois, um verdadeiro companheiro de jugo, diz Paulo, aludindo ao nome dele, atrelando-te também ao jugo nesta dificuldade, e atrele as duas mulheres novamente unidas sob o jugo do serviço para o Senhor! Não te irrites com sua discórdia, mas pensa no seu corajoso engajamento para a igreja nos primórdios, e ajuda-as para que também agora tornem a prestar um serviço concorde e abençoado na igreja. Como podemos aprender de Paulo a “exortar”!

3. Miriã e Arão.

Números 12. 1 E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cusita, com quem se casara; porquanto tinha casado com uma mulher cusita. 2 E disseram: Porventura falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu. 3 E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. 4 E logo o Senhor disse a Moisés, a Arão e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três. 5 Então o Senhor desceu na coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda; depois chamou a Arão e a Miriã e ambos saíram. 6 E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele. 7 Não é assim com o meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa. 8 Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés? 9 Assim a ira do Senhor contra eles se acendeu; e retirou-se. 10 E a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã ficou leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa. 11 Por isso Arão disse a Moisés: Aí, senhor meu, não ponhas sobre nós este pecado, pois agimos loucamente, e temos pecado. 12 Ora, não seja ela como um morto, que saindo do ventre de sua mãe, a metade da sua carne já esteja consumida. 13 Clamou, pois, Moisés ao Senhor, dizendo: Ó DEUS, rogo-te que a cures. 14 E disse o Senhor a Moisés: Se seu pai cuspira em seu rosto, não seria envergonhada sete dias? Esteja fechada sete dias fora do arraial, e depois a recolham. 15 Assim Miriã esteve fechada fora do arraial sete dias, e o povo não partiu, até que recolheram a Miriã.

כושי Kuwshiyth - (Strong Português)

zípora - uma mulher cuxita, a esposa de Moisés, assim denominada por Miriã e Arão

מרים - Miryam - Miriã = “rebelião”

1) irmã mais velha de Moisés e Arão

אהרן - Ααρων Aaron - (Strong Português)

Arão = “que traz luz”

1) o irmão de Moisés, o primeiro sumo sacerdote de Israel e o líder de toda ordem sacerdotal.

Arão - No segundo ano de peregrinação no deserto, Arão ajudou Moisés a realizar um censo para contar o povo (Números 1:1-3,17-18). Mais tarde Arão teve inveja de Moisés por sua posição de liderança. Ele e Miriam, sua irmã, começaram a conspirar contra ele, embora Moisés fosse o homem mais humilde na face da terra (Números 12:1-4). A ira de DEUS sobre eles foi aplacada pela oração de Moisés. Miriam sofreu pelo seu pecado (Números 12:5-15). Arão novamente escapou da condenação.

משה - Μωσευς - Moseus ou Μωσης - Moses - (Strong Português)

Moisés = “o que foi tirado”

1) legislador do povo judaico e num certo sentido o fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia, comumente mencionados como os livros de Moisés. Chamado o homem mais manso da terra.

(Hebreus - SÉRIE Comentário Bíblico)

sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa.

O próprio DEUS falou isso a respeito de Moisés quando argumentava com Arão e Miriã, dizendo: “Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa” (Nm 12.7 ).

Nm 12:3 (Manual de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia)

NÚMEROS 12:3 - Como pôde Moisés fazer essa declaração a respeito de si mesmo?

PROBLEMA: Números 12:3 diz: "Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra". A posição tradicional quanto ao Pentateuco é a de que foi Moisés o autor dos cinco livros. Mas como pôde ele fazer essa declaração sobre si mesmo? Ele não estaria cheio de orgulho?

SOLUÇÃO: Certamente ninguém afirmaria que JESUS estava sendo jactancioso ou orgulhoso quando disse: "sou manso e humilde de coração" (Mt 11:29). JESUS estava apenas declarando fatos. De igual modo, Moisés não estava se vangloriando ou se enchendo de orgulho pela sua mansidão. Não, ele estava simplesmente declarando um fato, porque isso era crucial para se Entender o significado dos evento que ele estava narrando.

O capítulo 11 de números relata que depois que o ESPÍRITO do Senhor veio sobre Eldade e Medade, fazendo-os profetizar, Josué aproximou-se de Moisés e disse: "Moisés, meu senhor, proíbe-lho" (Nm 11:28). A resposta de Moisés é uma perfeita ilustração de sua mansidão: "Tens tu ciúmes por mim? Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu ESPÍRITO!" (Nm 11:29). Moisés demonstrou ter o caráter de um homem manso, que não se irou porque DEUS estava usando outros para profetizar; demonstrou ser humilde, não interessado em sua própria glória, mas somente na glória do Senhor.

Moisés havia sido escolhido pelo Senhor para conduzir o seu povo até Canaã, e uma das suas características mais marcantes era a mansidão e a humildade (Nm 12.3). Todo líder precisa dessas duas características para que tenha uma liderança bem-sucedida. Certo dia, Miriã e Arão, irmãos de Moisés, ficaram indignados pelo fato de ele ter se casado com uma mulher cuxita (Nm 12.1). Eles não estavam preocupados com Moisés, mas, por trás da porfia, também havia outro sentimento, a inveja. Eles certamente desejavam a liderança do irmão. Um sentimento carnal traz consigo outros sentimentos, despertando o que há de pior em cada pessoa. As consequências da inveja e da porfia foram terríveis para Miriã e para todo o povo, pois tiveram que ficar retidos, em um lugar, até que Miriã pudesse se ajuntar novamente à congregação (Nm 12.15). Tenha cuidado com a porfia, pois ela trará prejuízos a você e ao povo de DEUS.

“Inveja” (phthonoí) serve de passagem para este grupo. E o desejo de se apropriar do que outras pessoas possuem. Refere-se ao desejo de privar o outro do que ele tem. E aquela pessoa que fica amargurada diante da visão de outra possuindo o que ela não tem, e que faria tudo quanto fosse possível não para possuir a coisa, mas para evitar que a outra pessoa a possua.41

Quando Moisés foi confrontado por Miriã e Arão (12:1), ele não respondeu em defesa própria. Esta é uma característica da mansidão. Por que Moisés não falou com eles? Por que não lhes falou com franqueza? Por que DEUS teve de falar com Miriã e Arão, em favor de Moisés? A explicação encontra-se em Nm 12:3. Moisés não estava lá para glorificar-se a si mesmo. Se ele tivesse respondido em sua própria defesa, estaria justificando as queixas que eles tinham feito contra a sua pessoa. Mas Moisés não era o líder do povo por ter tido qualquer espécie de ambição, nem por ter confiado em si mesmo, nem por exercer uma obstinada busca de subir ao poder. Ele foi escolhido por DEUS. Moisés era benevolente.

Curiosidade -

LEPRA (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos)

Do hebraico “sãrá at” e do grego “lepra”. A lepra é uma enfermidade infecciosa e contagiosa, crônica, provocada pelo “bacillus lepra de Hansen” ou o “Mycobacterium le-prae”; ela se apresenta com lesões na pele, nos nervos e nas vísceras, com anestesia local e ulceração.

O leproso deveria andar com a cabeça descoberta, para ser reconhecido a distância; era obrigado a cobrir o lábio superior, a fim de evitar o contágio da enfermidade

A raiz hebraica “sã-rá” quer dizer ferido de DEUS.

Além disso, há dois tipos de lepra: a alba, pela falta de pigmento da pele, e a maculosa, pelas manchas roxas e brancas no rosto e no corpo.

Quem diagnosticava a lepra não era o médico mas o sacerdote, porque a preocupação em relação à higiene do povo também era religiosa, ritual.

Aquele que era declarado leproso caía num estado de impureza ritual e deveria habitar somente fora do acampamento ou cidade. Também era o sacerdote quem declarava cura do leproso, por isso ele deveria apresentar-se diante do sacerdote.

O Antigo Testamento menciona alguns personagens célebres, afetadas pela lepra: Moisés, no milagre da sarça (Êx 4.6); sua irmã Miriã (Nm 12.10); Naamã (2 Rs 5); o rei Azarias (2 Rs 15.5); provavelmente Jó.

JESUS curou muitos leprosos e afirmou que a pureza ritual era um acessório. O importante é a pureza moral, a pureza do coração, que nada tem a ver com possíveis manchas na pele (Mt 15.10-20). Os textos que falam da cura dos leprosos são: Mateus 8.1-4; 10.8; 11.5; 26.6; Lucas 17.12.

λεπρα - lepra - (Strong português)

moléstia cutânea muito desagradável, irritante e perigosa. Seu vírus, que geralmente impregna o corpo inteiro, é comum no Egito e no Oriente

III - REVISTAMO-NOS DE BENIGNIDADE

1. Retirando as vestes velhas.

Evidenciamos a verdadeira conversão quando mortificamos nossa natureza terrena (Cl 3.5-9)

Agora, o apóstolo volta a defender o que, para ele, era uma linha positiva de controle próprio, que é tanto oposta à permissividade (3.5-8) quanto afirmadora de um estilo de vida apropriado para o caráter cristão (3.10,11). O apóstolo Paulo aborda três sublimes verdades aqui.

Em primeiro lugar, devemos andar com a certidão de óbito no bolso (3.5-7). O apóstolo Paulo dá uma ordem: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena...” (3.5). A palavra “pois” indica que a mortificação, na prática, é motivada pelas qualidades do fruto do ESPÍRITO em nós. A palavra grega nekrosate, “fazer morrer”, é a mesma da qual vem nossa palavra “necrotério”. Precisamos andar com a nossa certidão de óbito no bolso. Porque morremos com CRISTO (3.3), temos poder para fazer morrer a nossa natureza terrena (isso não é ascetismo - flagelação do corpo). Devemos considerar-nos mortos para o pecado (Rm 6.11). JESUS disse: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti” (Mt 5.29).

É óbvio que nem Paulo nem CRISTO estão falando de uma cirurgia literal. O mal não vem do olho, da mão, do pé, mas sim do coração, que abriga desejos perversos. Li algures sobre duas jovens que se converteram depois de vários anos vivendo na boêmia. Suas parceiras de aventuras mundanas, um dia, as convidaram para irem juntas à boate, ao que elas prontamente responderam: “Nós não podemos ir, porque estamos mortas”.

Em segundo lugar, devemos saber para quais coisas estamos mortos (3.5). Paulo enumera vários pecados. Esses pecados faziam parte da velha vida dos colossenses (3.7) e eles atraem a ira de DEUS (3.6). Esses pecados não são mais compatíveis com a nova vida que temos em CRISTO.

Que pecados são esses?

a. Pecados morais. Prostituição, impureza e lascívia estão diretamente ligados a pecados sexuais. Toda sorte de relação sexual antes e fora do casamento está aqui incluída.

Paulo condena não apenas o ato pecaminoso, mas também a intenção e o desejo impuro. Fica claro que os desejos e apetites conduzem às ações. A fim de purificar os atos, é preciso antes purificar a mente e o coração.

b. Pecados sociais. Desejo maligno e avareza falam de desejar o mal para os outros e de desejar o que é dos outros.

A avareza, pleonexia, é o pecado de desejar sempre mais, sem nunca se satisfazer: sejam coisas ou prazeres.

A idéia básica de pleonexia é a de um desejo que o homem não tem o direito de alimentar. O desejo de dinheiro, por exemplo, conduz ao roubo; o desejo de poder conduz à tirania, e o desejo sexual conduz à impureza. E o desejo de obter sempre o que não se tem direito de possuir. Isso é idolatria, porque coloca as coisas no lugar de DEUS e substitui DEUS por coisas ou prazeres. A essência da idolatria é o desejo de obter. O homem que está dominado pelo desejo de possuir coisas coloca-as no lugar de DEUS e as adora e lhes presta culto às coisas em vez de adorar a DEUS. Nessa mesma linha de pensamento, Ralph Martin diz que a avareza leva uma pessoa para longe de DEUS e a encoraja a confiar nas suas possessões materiais. Por isso, a avareza não é melhor do que a idolatria, a devoção a um deus falso.

Em terceiro lugar, devemos despojar-nos das mortalhas da velha vida e deixá-las na sepultura (3.8,9). O apóstolo Paulo prossegue na lista de pecados que devem ser removidos da nossa vida, uma vez que morremos e ressuscitamos com CRISTO. Agora, Paulo fala de mais duas categorias de pecado.

a- Pecados ligados ao temperamento (3.8). Paulo menciona três pecados: ira (thumos), indignação {orge) e maldade (kakian). Esses três pecados falam de um temperamento não controlado pelo ESPÍRITO de DEUS. A ira (thumos) descreve um temperamento explosivo como fogo de palha. Ela se relaciona com a palavra “ferver”. Por outro lado, a indignação {orge) é uma ira inveterada, que arde continuamente, que se recusa a ser pacificada e jamais cessa. Ralph Martin diz que essas duas explosões de mau gênio humano destroem a harmonia dos relacionamentos humanos. A maldade (kakia) fala de uma depravação mental da qual surgem todos os vícios particulares. Trata-se de um desejo maligno contra uma pessoa a ponto de entristecer-se quando ela é bem-sucedida e de alegrar-se quando ela passa por problemas. 

b- Pecados ligados à língua (3.8,9). Aquela lista agora é substituída por um novo catálogo, que consiste nos pecados da língua. Novamente Paulo menciona três pecados: maledicência, linguagem obscena e mentira. Todos esses são termos que descrevem o uso indevido e impróprio da língua.

Aqui blasfêmia é falar mal dos outros.

Linguagem obscena significa ter a boca suja e refere-se a todo tipo de palavra torpe, de comunicação vulgar e de humor de baixo calão.

Mentira é o falseamento a verdade. Quando um cristão mente, ele está cooperando e aliando-se com Satanás, que é o pai da mentira. Espalhar contenda entre os irmãos é o pecado que a alma de DEUS mais abomina (Pv 6.16-19).

Russell Shedd alerta: As críticas aos nossos irmãos devem ser de tal modo dominadas pelo amor que sempre expressem o desejo de encorajar, e nunca a intenção de destruir maliciosamente. Cuidado com as fofocas e os comentários desnecessários que, ao invés de encorajar e abençoar, amaldiçoam e desestimulam.

2. Sede benignos.

A palavra “bondade” (chrestótes) tem seu uso comum tanto no grego bíblico, quanto no eclesiástico. Na LXX é o bem no sentido de bens terrenos (Ec 4.8; 5.10; 6.3) ou de felicidade (Ec 5.14), o bem que acontece a alguém (Ec 15.17; 6.6; 9.18). A bondade de DEUS é provada através dos bens que Ele concede na terra (2 Esd 19.25,35) ou guarda para o céu (2 Esd 23.31). E o bem moral que se pratica (Jz 8.35; 9.16; 2 Cr 24.16; SI 51.5). Em Paulo, significa benignidade, gentileza. Refere-se a uma disposição gentil e bondosa para com os outros, é a característica de “ser bom”.

O perigo da vida é que as mas companhias corrompem os bons costumes que o cristão sempre deve ter (1 Co 15.33). Esta benignidade é uma das coisas que o cristão deve vestir como parte da vestimenta da vida cristã (Cl 3.12).

É com esta benignidade que os cristãos devem perdoar uns aos outros, e este perdão segue o modelo que nos mesmos recebemos de DEUS. “Antes sede uns para com os outros benignos, perdoando-vos uns aos outros, como também DEUS em CRISTO vos perdoou” (Ef 4.32). Até mesmo as virtudes mais rigorosas perdem seu valor se esta benignidade não estiver presente na vida (2 Co 6.6).

Ainda restam mais duas ocorrências da palavra no NT, que faltam ser estudadas, e que tem mais para acrescentar ao quadro desta palavra. Em Lc 5.29 chrèstos é usado para o vinho que se envelheceu e amadureceu. A dureza, aspereza e amargura foram banidas pela benignidade cristã, é a graciosidade madura do amor cristão permanece. Em Mt 11.30 JESUS diz: “Meu jugo é suave.” Ali, chrèstos pode significar bem-adaptado. O serviço de CRISTO não é autoritariamente imposto sobre um homem; não age como um capataz de escravos; é algo benigno, e a tarefa que CRISTO dá a um homem lhe é feita sob medida.

A benignidade cristã é bela e amável, e o seu encanto provém do fato de que ela significa tratar os outros do modo que DEUS nos tratou.

“Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35). Não há equívoco algum no versículo que transcrevemos. É melhor, muito melhor, dar do que receber, afirma a Palavra de DEUS, em contraste com o espírito cobiçoso e interesseiro que sempre está alerta quando ouve pronunciar a palavra receber. Paulo recordou essas palavras de JESUS porque sabia quão grande era o prazer de dar, dar bens materiais, dar atenção, dar amor, dar a própria vida em favor do progresso do Evangelho de JESUS CRISTO e para o bem do próximo!

3. Imitando a conduta de Paulo.

Paulo sempre via as pessoas com benignidade - sofreu muito, inclusive com agressões físicas, mas nunca deixou de anunciar as virtudes daquele que o chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pedro 2:9) Quem poderia, hoje em dia, chamar os crentes e dizer: "sede meus imitadores (1 Co 11.1)?

 

CONCLUSÃO

A benignidade fundamenta-se no amor, o que é benignidade? É ter JESUS como, exemplo de benignidade, ser benigno é viver a benignidade na prática.

A porfia fundamenta-se na inveja e no orgulho e isso gera inimizade. Exemplo disso são Evódia e Síntique que apesar de irmãs viviam separadas por inimizade. Miriã e Arão porfiaram contra Moisés por inveja.

Revistamo-nos de benignidade retirando as vestes velhas do pecado. Sejamos benignos imitando a conduta do apóstolo Paulo que imitava o senhor da benignidade - JESUS.

 

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr. Luiz Henrique

 

Benignidade é amar antes de fazer, é amar com as palavras, é delicadeza no tratamento, é desejo de ajudar; Bondade é demonstrar a Benignidade através de ações, é amar com atos práticos.

 

Colossenses 3.12-17 -

12 - Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, 13 - suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como CRISTO vos perdoou, assim fazei vós também. 14 - E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.  15 - E a paz de DEUS, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. 16 - A palavra de CRISTO habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração. 17 - E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor JESUS, dando por ele graças a DEUS Pai.

 

Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e amados (3.12). - Comentário Histórico Cultura do Novo Testamento

O mandamento “revesti-vos” (endysathe) é paralelo aos mandamentos anteriores de Paulo; “mortificar e “despojai-vos.” O chamado urgente, presente, expressa o aspecto positivo da responsabilidade pessoal do cristão, enquanto os chamados anteriores expressam o aspecto negativo da responsabilidade do cristão.

O que Paulo faz nestas exortações é nos lembrar de que, embora a transformação que experimentamos dentro de nosso ser seja uma obra de DEUS em sua totalidade, você e eu somos responsáveis por fazer as escolhas morais que determinam se aquela obra de DEUS encontrará ou não expressão em nossa vida cotidiana.

E a paz de DEUS, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações (3.15).

A palavra é brabeuo, e só é usada aqui no NT. No grego mais antigo ela possuía uma conotação esportiva e significava "arbitrar”. É possível que no século I a palavra significasse simplesmente decidir ou julgar.

A questão crítica aqui é se Paulo está continuando a discutir os relacionamentos dentro da igreja, e assim a “paz” seria interpessoal, ou se Paulo apresenta um novo sujeito, e assim a paz seria interior. Os tradutores da NVI preferem a segunda opinião, na qual “paz” é uma confiança que vem quando fazemos escolhas que estão dentro da vontade de DEUS. Uma falta de paz pode muito bem indicar que temos que repensar uma decisão, ou adiá-la por algum tempo.

E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor JESUS (3.17). No século I, agir “em nome” de uma outra pessoa era agir como seu representante. Tudo o que dizemos ou fazemos ajudará a moldar a impressão que os outros têm de JESUS,

 

Comentários Mattew Henry Cl 3.12-17

Não só não devemos magoar a ninguém; devemos fazer todo o bem que possamos a todos, os que são eleitos de DEUS, santos e amados, devem ser humildes e compassivos com todos. Enquanto estivermos neste mundo, onde há tanta corrupção em nossos corações, às vezes surgirão contendas, mas nosso dever é perdoar-nos uns a outros imitando o perdão pelo qual somos salvados. A ação de graças sem DEUS ajuda a fazer-nos agradáveis ante todos os homens. O evangelho é a palavra de CRISTO. Muitos têm a palavra, porém habita pobremente neles; não tem poder sobre eles. A alma prospera quando estamos cheios das Escrituras e da graça de CRISTO. Quando cantamos salmos devemos ser afetados pelo que cantamos. Façamos tudo em nome do Senhor JESUS, e dependendo da fé nEle, seja o que for em que estivermos ocupados. Aos que fazem tudo em nome de CRISTO nunca lhes faltará tema para agradecer a DEUS, o Pai.

 

  

 

Chrestotes χρηστοτης - Lê-se Crístotês - Benignidade - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay

A Benignidade Divina

A quinta virtude no fruto do ESPÍRITO é chrèstotès. Em Gálatas,VB e P traduzem por “bondade” , ao passo que a TB, ARC, ARA, BJ e Mar. traduzem por “benignidade.” a BLH tem “ ternura,” e “gentileza” representa a tradução oferecida na RV, RSV, Kingsley Williams e Moffatt.

Em 2 Co 6.6; Ef 2.7; Cl 3.12; Tt 3.4 a tradução em português e geralmente “benignidade” , com “bondade” como uma alternativa.

R. C. Trench diz a respeito de chrèstotès: “é uma bela palavra para a expressão de uma bela graça” . A Vulgata traduz a palavra por bonitas, que é bondade ou generosidade, ou por benignitas, de onde provém o

adjetivo benigno. A Bíblia Católica Romana de Rheims chega bem perto do significado quando traduz chrèstotès por benignidade e em 2 Co 6.6 por doçura. Plummer, comentando 2 Co 6.6, diz que chrèstotès nos homens é “a gentileza simpática ou doçura de gênio que deixa os outros a vontade e recua diante da ideia de provocar dor” .

Cl 3.12 Portanto, como eleitos de DEUS, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Bíblia Ave-Maria (católica)

É uma palavra que chegou ao vocabulário cristão com uma história importante. Marco Aurélio a usa para descrever DEUS. Fala da benignidade com que DEUS tem glorificado ao homem (Meditações 8.34). Fala do dever do homem de perdoar o pecador e o néscio, e diz que isto é um dever porque os deuses são chrèstoi, são benignos, porque eles também perdoam ao pecador (Meditações 8.11). Os filósofos pagãos cantavam os louvores da virtude da benignidade. Marco Aurélio estipula que “a benignidade (to eumenes) é irresistível, quando é sincera e não é um sorriso fingido ou uma máscara colocada” (Meditações 11.18). Epiteto diz que um homem perde a própria essência da varonilidade, a qualidade distintiva que faz dele um homem, quando perdeu sua benignidade (to eugnõri) e sua fidelidade. Diz que conhecemos a moeda e sabemos a quem uma moeda pertence pela impressão existente nela; e depois diz que sabemos que o homem pertence a DEUS quando tem em si o carimbo da mansidão, da generosidade, da paciência e da afeição, quando é hèmeros, koinõnikos, anektikos e filallèlos.

Até mesmo os filósofos pagãos teriam definido que é a benignidade que torna o homem semelhante a DEUS.

Mas é na LXX que chrèstotès tem seu pano de fundo mais importante para o pensamento neotestamentário. Na LXX chrèstos e chrèstotès são usadas mais comumente a respeito de DEUS do que qualquer outra pessoa. É uma revelação que traz regozijo o fato de descobrirmos que, quando nossas versões bíblicas chamam DEUS de bom, repetidas vezes o significado não é tanto a bondade moral quanto a benignidade. Muitas vezes, quando voltamos a LXX, achamos que bom é chrèstos e bondade é chrèstotès.

Frequentemente o salmista canta: “Rendei graças ao SENHOR, porque ele é benigno, porque a sua misericórdia dura para sempre” (sal 106.1; 107.1; 136.1; Jr 40.11).

O que comove o coração do salmista não é a bondade moral de DEUS, mas a Sua pura benignidade. Seu único direito aos dons de DEUS e sua única esperança de perdão, acham-se no fato de que DEUS é benigno; sua oração é para que DEUS o ouça e para que lhe seja misericordioso porque Ele é benigno (sal 69.16; 86.3; 100.5; 109.21). “ Lembre-te de mim” , ele ora, “ segundo a tua misericórdia, por causa da tua benignidade, o SENHOR” (sal 25.7). “DEUS é o único rei e o único benigno (gracioso)” (2 Mac. 1.24). Os sacerdotes e os levitas cantam seu louvor a DEUS porque Sua benignidade (misericórdia) e glória estão para sempre em todo Israel ( 1Ed 5.61).

A bondade de DEUS não é uma santidade moral que provoca no homem um recuo aterrorizado; é uma benignidade que o atrai a Ele com amor. O AT vê esta benignidade de DEUS expressa de certas maneiras.

i. A benignidade de DEUS é expressa na natureza. “Também o SENHOR dará benignidade,” diz o salmista, “ e a nossa terra produzirá o seu fruto” (sal 85.12). DEUS abençoara a lavoura do ano por causa da Sua benignidade (sal 64.11 — LXX). Quando DEUS abre a Sua mão, os homens ficam satisfeitos com a benignidade (sal 104.28). A liberalidade da natureza é a expressão da benignidade de DEUS.

 ii. A benignidade de DEUS expressa-se nos eventos da história. O salmista divulgara a memória da benignidade de DEUS (sal 145.7). Dá graças a DEUS por aquilo que DEUS tem feito; o nome de DEUS é bom, benigno, diante dos santos (sal 52.9). DEUS foi adiante do rei com bênçãos da benignidade e pôs-lhe na cabeça uma coroa de ouro puro (sal 20.3).

iii. A benignidade de DEUS expressa-se até mesmo nos julgamentos divinos. O salmista ora: “Afasta de mim o opróbrio, que temo, porque os teus juízos são benignos” (sal 119.39). Se os julgamentos de DEUS fossem apenas moralmente bons, logo, não sobraria nada senão o medo; mas os juízos de DEUS são benignos, e nisto temos a nossa esperança.

iv. A benignidade de DEUS expressa-se na instrução divina. “ Tu és benigno,” diz o salmista a DEUS, “na Tua benignidade, portanto, ensina-me os teus decretos” (sal 119.65-68). DEUS é reto e benigno, e por essa mesma razão, instruíra os pecadores a respeito do caminho (sal 25.8). A benignidade de DEUS expressa-se na revelação da Sua vontade e santidade diante dos homens.

v. A benignidade vem de maneira muito especial para certas pessoas. Vem para os que se sentem aflitos. O Senhor é benigno para com aqueles que se refugiam no dia da sua angústia (Na 1.7). Vem para os

que são pobres, para aqueles que conhecem muito bem a sua própria incapacidade e insuficiência. DEUS na Sua benignidade preparou para os pobres (sal 68.10). A benignidade vem para aqueles que esperam e confiam em DEUS. O apelo do Salmista é no sentido de que os homens provem e vejam que DEUS é benigno, e que a alegria vem ao homem que coloca nEle a sua esperança (sal 34.8). Vem para aqueles que O reverenciam e temem. Há grande benignidade reservada para os que temem a DEUS (sal 31.19). Vem para aqueles que esperam em DEUS. O Senhor é benigno para com os que esperam nEle (sal 145.9).

vi. Portanto, não é surpreendente que o fato de possuir este tipo de benignidade torna o homem bom, e que negligenciá-la traz a condenação divina. A lamentação do salmista é por não haver ninguém que pratique a benignidade, e por não haver ninguém que é benigno, nem sequer uma só pessoa (sal 53.3). Confia no Senhor, diz o salmista, e faze o bem. Espera no Senhor, e sê benigno (sal 36.3). A tragédia da vida é que não há ninguém que pratique a benignidade (sal 13.1, 3). O homem bom e benigno é aquele que se compadece e empresta (sal 112.5). Importar-se com os outros faz parte da própria essência da vida virtuosa; ser bom é ser benigno, e ser benigno é ser bom.

vii. Finalmente, no que diz respeito ao AT, podemos notar que a palavra chrèstos pode descrever algo muito precioso, porque em Ezequiel é usada duas vezes para descrever pedras preciosas (Ez 27.22; 28.13); e que pode descrever algo que é bom e útil, porque em Jeremias é usada para descrever figos bons em contraste com frutos podres (Jr 24.2, 4, 5).

Isto realmente acrescenta algo ao significado da palavra, porque pode existir uma benignidade que enfraquece e debilita, mas a benignidade que o AT exige da parte dos homens e constantemente atribui a DEUS é proveitosa, preciosa e saudável.

Agora voltemo-nos para as ocorrências das palavras no NT.

i. O NT também fala da benignidade e da longanimidade de DEUS (Rm 2,4), e Paulo pode somente condenar o homem que não vê que esta benignidade de DEUS visa conduzir-nos ao arrependimento (Rm 2.4). Na realidade, deve ser assim: a própria benignidade de DEUS é a dinâmica da bondade cristã. Pelo fato de que os homens tiveram a experiência de que o Senhor é benigno, devem deixar de lado todas as coisas pecaminosas (1 Pe 2.3). Nunca deve-se considerar que a benignidade de DEUS oferece oportunidade para pecar; é uma coisa terrível procurar tirar dela proveito indevido. De qualquer maneira, esta benignidade de DEUS não é algo sentimental e negligente, porque juntamente com ela está a severidade de DEUS (Rm 11.22).

Em DEUS há uma combinação de força e suavidade. A benignidade de DEUS é universal, porque DEUS é benigno até mesmo para com os ingratos e maus (Lc 6.35). A verdade é que é impossível viver no mundo e desfrutar da luz do sol sem experimentar a benignidade de DEUS; não há homem que não tem dívida para com esta benignidade porque ela é outorgada de modo universal, não de conformidade com o merecimento dos homens, mas segundo a liberalidade de DEUS em dar.

A benignidade de DEUS tem um poder salvífico. É a benignidade de DEUS, nosso Salvador (Tt 3.4). É uma benignidade que perdoa os pecados do passado e que, mediante o ESPÍRITO SANTO, fortalece os homens para

a benignidade no futuro. Não somente perdoa o pecador; também o transforma em um homem bom. E por isso que a benignidade de DEUS para conosco é exemplificada e demonstrada, acima de tudo, em JESUS CRISTO (Ef 2.7). A vinda de JESUS CRISTO é o ato supremo da benignidade de DEUS, e em JESUS CRISTO esta virtude é encarnada no ser humano.

ii. Assim como no AT, também no NT a benignidade é uma característica da vida virtuosa. Paulo cita o salmista, dizendo que a tragédia da vida é que não há quem faça o bem, não há quem seja benigno (Rm 3.12).

O perigo da vida é que as mas companhias corrompem os bons costumes que o cristão sempre deve ter (1 Co 15.33). Esta benignidade é uma das coisas que o cristão deve vestir como parte da vestimenta da vida cristã (Cl 3.12).

É com esta benignidade que os cristãos devem perdoar uns aos outros, e este perdão segue o modelo que nos mesmos recebemos de DEUS. “Antes sede uns para com os outros benignos, perdoando-vos uns aos outros, como também DEUS em CRISTO vos perdoou” (Ef 4.32). Até mesmo as virtudes mais rigorosas perdem seu valor se esta benignidade não estiver presente na vida (2 Co 6.6).

Ainda restam mais duas ocorrências da palavra no NT, que faltam ser estudadas, e que tem mais para acrescentar ao quadro desta palavra. Em Lc 5.29 chrèstos é usado para o vinho que se envelheceu e amadureceu. A dureza, aspereza e amargura foram banidas pela benignidade cristã, é a graciosidade madura do amor cristão permanece. Em Mt 11.30 JESUS diz: “Meu jugo é suave.” Ali, chrèstos pode significar bem-adaptado. O serviço de CRISTO não é autoritariamente imposto sobre um homem; não age como um capataz de escravos; é algo benigno, e a tarefa que CRISTO dá a um homem lhe é feita sob medida.

A benignidade cristã é bela e amável, e o seu encanto provém do fato de que ela significa tratar os outros do modo que DEUS nos tratou.

 

Benignidade - χρηστοτης chrestotes - Cristotês - Dicionário Strong

1) bondade moral, integridade

2) benignidade, bondade

 

“Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35). Não há equívoco algum no versículo que transcrevemos. É melhor, muito melhor, dar do que receber, afirma a Palavra de DEUS, em contraste com o espírito cobiçoso e interesseiro que sempre está alerta quando ouve pronunciar a palavra receber. Paulo recordou essas palavras de JESUS porque sabia quão grande era o prazer de dar, dar bens materiais, dar atenção, dar amor, dar a própria vida em favor do progresso do Evangelho de JESUS CRISTO e para o bem do próximo!

 

  

Benignidade - Bondade; misericórdia (Sl 26.3; Gl 5.22). - Dicionário Almeida

Benignidade - Sl 17:7; 26:3; 63:3; Is 63:7; Jr 31:3; 32:18; Os 2:19. - V. Compaixão, Misericórdia, Bondade de DEUS. - AJUDAS BÍBLICAS EXAUSTIVAS - BÍBLIA THOMPSON

Ver tb: Gn 48:11, Êx 15:13, Dt 8:16, 2Sm 22:51, Sl 5:7, Sl 25:6, Sl 31:21, Sl 36:7, Sl 36:10, Sl 40:10, Sl 42:8, Sl 48:9, Sl 51:1, Sl 69:16, Sl 88:11, Sl 89:33, Sl 89:49, Sl 92:2, Sl 101:1, Sl 103:4, Sl 107:43, Sl 117:2, Sl 119:76, Sl 119:88, Sl 119:149, Sl 119:159, Sl 138:2, Sl 143:8, Is 54:8, Jr 9:24, Jr 16:5, Jl 2:13, Ef 2:7, Tt 3:4

 

 

Porfia -  eritheia - εριθεια - Lê-se Éritiá - Discórdia - Obra da Carne - Comentário Bíblico Wesleyano

Ressentimentos ou rivalidade é fortemente autoafirmação. iras indica uma forma mais apaixonada da contenda. Facções são um desenvolvimento mais forte de ciúmes. A hostilidade em seguida, chega ao ponto em que os contendores separar em transitórias divisões ou permanentes partes . Estes são seguidos por uma violação grosseira do amor que os outros, invejas , o desejo de privar outro do que ele tem. Muitos textos carregam a violação um passo além e incluir a palavra assassinato , onde meios violentos são utilizados para levar a cabo o propósito mal. Em outras palavras, a humanidade indisciplinada e não resgatada, vive na carne, funciona mal e tende a cultivar uma atitude de espírito que é bastante impermeável à influência do evangelho. No entanto, é a este nível que o legalismo está condenado. Observe a condenação de ambos o moralista e o homem religioso em Romanos 2: 1-3: 20 . Não há libertação no nível humano. De tudo isso o ESPÍRITO deve entregar e deve proteger aqueles que vêm pela fé e pela promessa.

 

 

CONTENDA - Porfia - Hebraico - riyb ou רוב ruwb -  מריבה m ̂eriybah - yariyb - Dicionario Vine Antigo e Novo Testamento

Verbo.

ríb (ריב): “pelejar, lutar, contender”. Este verbo ocorre 65 vezes e em todos os períodos do hebraico bíblico.

Em Êx 21.18, rib é usado com relação a uma luta física: Έ, se alguns homens pelejarem, ferindo um ao outro com pedra ou com o punho, e este não morrer...” O termo ríb aparece em Jz 6.32 com o significado de “combater” por meio de palavras.

Substantivos.

ríb (ריב): “contenda, discussão, disputa, processo, demanda, altercação, causa”. Este substantivo só tem um cognato no aramaico. Suas 60 ocorrências ocorrem em todos os períodos do hebraico bíblico.

O substantivo ríb é usado para designar conflitos fora do âmbito dos casos legais e dos tribunais. Este conflito entre indivíduos pode se manifestar em disputa, como em Pv 17.14: “Como o soltar as águas, é o princípio da contenda; deixa por isso a porfia, antes que sejas envolvido”. Em Gn 13.7,8 (primeira ocorrência de ríb), a palavra é usada para se referir à “contenção” anterior para desencadear luta entre dois grupos: “E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló”. Em tal caso, aquele com “contenda" é claramente a parte culpada.

O termo ríb representa "disputa" entre duas partes. Esta “disputa" é estabelecida no contexto de uma estrutura legal mútua ligando ambas as partes e um tribunal que é autorizado a decidir e executar justiça. Isto pode envolver "altercação" entre duas partes desiguais (um indivíduo e um grupo), como quando todos os israelitas disputaram com Moisés, afirmando que ele não tinha cumprido sua parte no trato fornecendo provisões suficientes para eles. Moisés apelou para o Juiz, que o vindicou enviando água da rocha (rochedo íngreme?) ao ser golpeada por Moisés: “E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel” (Êx 17.7). DEUS decidiu quem era a parte culpada, Moisés ou Israel. A “altercação” pode ser entre dois indivíduos, como em Dt 25.1, onde os dois disputantes vão aos tribunais (ter um “processo” ou “controvérsia” não significa que a pessoa seja má): “Quando houver contenda entre alguns, e vierem a juízo para que os juizes os julguem, ao justo justificarão e ao injusto condenarão”. Em Is 1.23, O juiz injusto aceita suborno e não permite que a “causa” (os argumentos) justa da viúva chegue perante dele. Provérbios 25.8,9 admoestam o sábio: “Pleiteia a tua causa com o teu próximo”, quando este pode “te confundir”.

O termo ríb representa o que acontece na situação real de um tribunal. E usado para aludir ao processo inteiro de adjudicação: “Nem ao pobre favorecerás [serás parcial] na sua demanda’'’ (Ex 23.3; cf. Dt 19.17). Também é usado para se referir às várias partes de um processo. Em Jó 29.16, o patriarca defende sua retidão afirmando que ele era defensor dos indefesos: “Dos necessitados era pai e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com diligência”. Aqui, a palavra significa a falsa acusação trazida contra um acusado. Mais cedo no Livro de Jó (Jó 13.6), ríb representa os argumentos da defesa: “Ouvi agora a minha defesa e escutai os argumentos dos meus lábios”. Em outro lugar, a palavra descreve os argumentos da acusação: “Olha para mim. SENHOR, e ouve a voz dos que contendem comigo [literalmente, “os homens que apresentam 0 caso da acusação”]” (Jr 18.19). Finalmente, em Is 34.8. ríb significa um “processo” já discutido e ganho. esperando justiça: “Porque será 0 dia da vingança do SEXHOR. ano de retribuições, pela luta de Sião".

Dois outros substantivos relacionados com ríb ocorrem raramente. O termo nfríbãh aparece duas vezes e significa "contenda”. A palavra se refere a uma confrontação extralegal (Gn 13.8) e a uma confrontação legal (Xm 27.14). O vocábulo yãríb ocorre três vezes e quer dizer “disputante, oponente, adversário" (Sl 35.1; Is 49.25; Jr 18.19).

 

São vários os textos que de maneira concisa, relacionam uma série de pecados motivados pela carne e suas ambições. Dicionario Vine Antigo e Novo Testamento.

 

Advertência de CRISTO: I. (Mt 23.13-33)

— Hipocrisia  — Condutores cegos - condutores do mal - — Insensatos cegos - - cegueira do pensamento — Sepulcros caiados — Iniquidade — Fariseu cego — Serpentes — Raça de víboras

 

Advertência de CRISTO: II. (Me 7.21,22)

— Maus pensamentos — Adultério — Prostituição — Homicídio — Furto — Avareza — Engano — Dissolução — Inveja — Blasfêmia — Soberba — Loucura

 

 

Advertência de Paulo aos romanos: III. (Rm 1.24-31)

— Concupiscência — Imundície — Mentira — Paixões infames — Torpeza — Erro — Sentimento perverso — Iniquidade — Avareza — Engano — Dissolução — Inveja — Blasfêmia — Soberba — Loucura — Prostituição — Maldade — Malícia — Avareza — Inveja — Homicídio — Contenda — Engano — Malignidade — Murmuração — Detratores — Aborrecedores — Aborrecedores de DEUS — Injuriadores — Soberbos

— Presunçosos — Inventores de males — Desobedientes aos pais e às mães — Néscios — Infiéis nos contratos — Sem afeição natural — Irreconciliáveis — Sem misericórdia

 

 

Advertência de Paulo —pecados de prostituição: IV. (1 Co 5.11)

 

 Advertência de Paulo —pecados abomináveis: V. (1 Co 6.10)

— Devasso — Avarento — Idólatra — Maldizente — Beberrão — Devassos — Idólatras — Adúlteros — Efeminados — Sodomitas — Ladrões — Avarentos — Bêbados — Maldizentes — Roubadores

 

 

Advertência de Paulo aos Gálatas — obras da carne: VI. (Gl 5.19-21)

— Prostituição —Impureza — Lascívia — Idolatria — Feitiçaria — Inimizades — Porfias — Emulações — Iras — Pelejas — Dissensões — Heresias  — Invejas — Homicídios — Bebedices — Glutonarias — E coisas semelhantes a estas.

 

 

g) Advertência de Paulo aos efésios — obras infrutuosas:

 

VII. (Ef 5.3-6) — Prostituição — Impureza — Avareza — Torpezas — Parvoíces — Chocarrices — Devasso — Impuro — Avarento — Idólatra — Palavras vãs — Filhos da desobediência

 

 

Advertência de Paulo aos colossenses — o velho homem: VIII. (Cl 3.5,8)

— Impureza — Apetite desordenado — Vil concupiscência — Avareza, que é idolatria — Ira — Cólera — Malícia — Maledicência — Palavras torpes

 

 

Advertência de Paulo a Timóteo — tempos trabalhosos: IX. (2 Tm 3.2-5)

Homens amantes de si mesmos - Avarentos - Presunçosos - Soberbos - Blasfemos - Desobedientes a pais e mães - Ingratos - Profanos - Sem afeto natural - Irreconciliáveis - Caluniadores - Incontinentes - Cruéis

- Sem amor para com os bons - Traidores - Obstinados - Orgulhosos - Mais amigos dos deleites do que amigos de DEUS

 

 

Advertência de CRISTO: X. (Ap 21.8) Primeira lista:

— Os tímidos - Os incrédulos — Os abomináveis — Os homicidas — Os fornicadores — Os feiticeiros — Os idólatras — Os mentirosos

 

 

Advertência de CRISTO: XI. (Ap 22.15)

— Os cães — Os feiticeiros — Os que se prostituem — Os homicidas — Os idólatras — E qualquer que ama e comete a mentira.

 

  

Unidade manifestando influência no caráter.

Outras palavras são o usadas como variantes contextualizadas em algumas destas palavras mencionadas acima, que representam o lado mal da vida. Contudo, JESUS falou dos dois lados com respeito ao caráter: bom ou mal do homem.

a) O bom caráter. JESUS falou do homem de bom caráter. Ele disse: “O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro” (Mt 12. 35a).

b) O mal caráter. Eles fazem parte do contexto e da tese principal, com outros nomes e apelativos, com o mesmo sentido. Por exemplo, a omissão do bem é pecado. “Aquele pois que sabe fazer o bem e o não faz, comete pecado” (Tg 4.17); a ausência da fé é pecado. “Tudo que não é de fé é pecado” (Rm 14.23). Não crer em JESUS e em suas palavras é pecado. “Se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados” (Jo 8.24). Aborrecer alguém sem causa é pecado. “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida” (1 Jo 3.15). Nos contextos de Levítico 19.17 e Mateus 5.22, se toma passivo de pecado, aquele que aborrece a seu irmão ‘sem motivo’. Este variante apresenta o pecado com sentido temático sobre o caráter do homem. As Escrituras usam também alguns temas para descrever com eles o caráter de várias categorias de pecadores, tais como:

O homem violento (Sl 18.48);

O homem do pecado (2 Ts 2.3);

O homem mau (Mt 12.35);

O homem vão (Jó 11.12);

O homem vil (Dn 11.21);

O homem iníquo (Pv 29.27);

Os obreiros da iniquidade (Sl 14.4);

Os homens perversos (Act 17.5);

Grandes pecadores etc. (Gn 13.13).

 

 

SÃO CHAMADOS

Filho do inferno (Mt 23.15);

Filho do Diabo (Act 13.10);

Filho da perdição — Judas (Jo 17.12);

Filho da perdição —Anticristo (2 Ts 2.3);

Os filhos da desobediência (Ef 2.2);

Os filhos deste mundo (Lc 16.8);

Os filhos da ira (Ef 2.3).

 

 

 

Lição 8, A Bondade que Confere Vida

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 5.20-26

20 - Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus. 21 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. 22 - Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno. 23 - Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,  24 - deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta. 25 - Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. 26 - Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil.

 

 

 

Resumo Rápido do Pr. Henrique

INTRODUÇÃO

20 “Porém Eu advirto a todos: - a menos que vocês tenham melhor caráter que os fariseus e outros líderes dos judeus, não poderão de maneira nenhuma entrar no Reino do Céus”. 21 “De acordo com as Leis de Moisés, a regra era: "Se você matar; deve morrer””. 22 “Porém Eu ampliei aquela regra, e digo que basta que vocês fiquem com raiva, mesmo que seja só em casa, para que corram já perigo de julgamento! Se vocês chamarem um amigo de idiota, correm o perigo de serem levados perante o tribunal. E se amaldiçoarem alguém, correm o perigo das chamas do inferno”. 23 “Portanto, se você estiver diante do altar no templo, oferecendo um sacrifício a DEUS, e de repente se lembrar de que um amigo tem alguma coisa contra você”, 24 “deixe seu sacrifício ali, ao lado do altar, vá e peça desculpas, faça as pazes com ele, depois volte, e ofereça o seu sacrifício a DEUS”. 25 “Chegue depressa a um acordo com o seu inimigo, antes que seja tarde demais, e ele arraste você ao tribunal, para que seja lançado na cadeia como devedor”. 26 “Porque você ficará ali até chegar o último centavo”.

Bíblia Viva

A justiça dos fariseus e outros líderes dos judeus era a justiça própria e por isso não valia de nada diante de DEUS. Nossa Justiça vem de DEUS mediante o sacrifício de JESUS por nós. Essa justiça não é nossa, não temos mérito algum nela. Por isso nossa justiça é superior à justiça dos fariseus e outros líderes dos judeus.

Nossa justiça foi conquistada por um ato de bondade de DEUS (enviou seu único filho para morrer por nós)

Já que nascemos de novo deveríamos ter somente bons pensamentos e boas intenções. Mas não é o que acontece na realidade. Muitas vezes vamos precisar de uma ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO para nos impulsionar a fazer aquilo que DEUS gostaria que fizéssemos. Nesta hora, neste momento, entra a ação do nosso espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO que vai ouvir ou perceber uma ação do ESPÍRITO SANTO para que façamos alguma coisa boa. Que coloquemos em prática o amor de DEUS para com alguém. Isso é uma qualidade do fruto do ESPÍRITO tentando se manifestar através de nós. Acontece que nós temos o controle de permitir esta ação e a executarmos ou de não permitirmos esta ação e não a executarmos.

 

I - BONDADE: O FIRME COMPROMISSO PARA O BENEFÍCIO DOS OUTROS

1. A bondade como qualidade do fruto do ESPÍRITO.

Benignidade e bondade se confundem muitas vezes, pois enquanto uma deseja fazer o bem a outra executa esta necessidade de se fazer o bem.

A palavra grega para bondade é agathosüne αγαθω συν η - Lê-se Ágatôsini, que significa bondade de DEUS, que é perfeito e completo (Mc 10.18).

Pessoas podem e devem ser bondosas, isso é agradável a DEUS (Mt 12.35; At 11.24; 1 Pe 2.18).

A bondade, como uma das qualidades do  fruto do ESPÍRITO, é uma qualidade nobre, gerada por DEUS, nos corações dos crentes que nasceram de novo (Jo 3.3). Somos, ou pelo menos, deveríamos ser inclinados sempre para fazer o bem às outras pessoas (2 Co 5.17). Na verdade, essa qualidade vem de DEUS e só pode ser vivenciada em sua plenitude quando direcionada pelo próprio DEUS.

 

αγαθω συν η αγαθω συν η - agathosune - Lê-se Ágatôsini  - Lê-se Ágatôsini

integridade ou retidão de coração e vida, bondade, gentileza

 

2. A bondade de DEUS.

A bondade de DEUS é perfeita e ativa. DEUS consegue ser bondoso até para com seus inimigos (Sl 145.9. DEUS foi tão bondoso para conosco que nos amou primeiro e ainda nos amou quando ainda éramos pecadores.

Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro. (1 João 4:19)

Mas DEUS prova o seu amor para conosco, em que CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos 5:8)

DEUS é bem diferente de nós quanto à bondade: Nós procuramos ser bons apenas para aqueles que nos são mais próximos, como familiares e amigos; DEUS se importa com todos.

DEUS dá chuva, sol etc. a todos, independentemente de sua fé, condição social ou financeira ou racial: Ele faz com que o sol e a chuva se levante sobre os justos e injustos (Mt 5.45).

Enquanto queremos condenar, DEUS quer sempre salvar.

Porque DEUS enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. João 3:17

A impossibilidade de sermos bons nos leva a uma sincera pergunta; Como um coração tão santo é obtido? Para fazer a pergunta os discípulos de JESUS um dia lhe perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?" (Mat. 19:25). E a única resposta é a que JESUS deu naquela ocasião:" Aos homens é isso impossível, mas a DEUS tudo é possível" (v 26)..Portanto, está bondade não é obtida por méritos humanos, mas só DEUS pode conceder através do ESPÍRITO SANTO que em nós habita. A bondade é uma qualidade do fruto do ESPÍRITO.

NO AT A BONDADE DE DEUS SE MANIFESTA PELA LEI E NO NO NT PELA GRAÇA.

  

 

3. Um homem bondoso e uma mulher bondosa.

Em nossa jornada aqui na terra encontramos pessoas bondosas que nem crentes são e a bíblia registra pessoas bondosas que foram visitadas por DEUS devido à sua bondade.

Primeiro exemplo é Jó:

Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a DEUS e desviava-se do mal. Jó 1:1 

Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a DEUS no seu coração. Assim fazia Jó continuamente.

Todo o capítulo 31 de Jó fala de suas qualidades incomparáveis e quase impossíveis de serem imitadas por nós.

Fiz aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem? Jó 31:1 

Se andei com falsidade, e se o meu pé se apressou para o engano. Se os meus passos se desviaram do caminho, e se o meu coração segue os meus olhos, e se às minhas mãos se apegou qualquer coisa, Jó 31:7

Se o meu coração se deixou seduzir por uma mulher, ou se eu armei traições à porta do meu próximo, Jó 31:9

Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo; Jó 31:13

Se retive o que os pobres desejavam, ou fiz desfalecer os olhos da viúva, Ou se, sozinho comi o meu bocado, e o órfão não comeu dele (Porque desde a minha mocidade cresceu comigo como com seu pai, e fui o guia da viúva desde o ventre de minha mãe), Se alguém vi perecer por falta de roupa, e ao necessitado por não ter coberta, Se os seus lombos não me abençoaram, se ele não se aquentava com as peles dos meus cordeiros, Se eu levantei a minha mão contra o órfão, porquanto na porta via a minha ajuda, Jó 31:16-21.

Jó era um homem notável em seu caráter e sua bondade era admirável. Faltava-lhe, porém conhecer de onde vinha esta bondade.

Então DEUS se revelou a ele. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos. Jó 42:5

 

Segundo exemplo é Dorcas:

Morava em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta mulher estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. Atos 9:36

Pedro, foi chamado para orar por Dorcas quando esta veio a falecer. Quando Pedro chegou no quarto alto onde estava o corpo de Dorcas,  todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera quando estava com elas. Atos 9:39

Parece que esta mulher era costureira e usava sua profissão para ajudar a todos na cidade de Jope. DEUS a ressuscitou para que continuasse suas boas obras de bondade.

Veja que tanto Jó como Dorcas demonstravam seu amor para com seus próximos na prática. O evangelho é prática de bondade.

Juridicamente chamadas de Excludentes de Ilicitude, são elas: a) Legítima defesa b) Estado de necessidade e, c) Estrito cumprimento do dever legal Há também as Excludentes de culpabilidade.

Marcos: 10. 17. Ora, ao sair para se pôr a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele e lhe perguntou: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? 18. Respondeu-lhe JESUS: Por que me chamas bom? ninguém é bom, senão um que é DEUS.

JESUS se comportava como homem e nenhum homem é bom por si mesmo. A bondade vem de DEUS

Esta bondade dá lição é qualidade do fruto do ESPÍRITO. É produzida pelo ESPÍRITO, vem de DEUS, não do homem.

É aquele desejo que vem em nosso coração de ajudar as pessoas. Quem se deixa dominar pelo ESPÍRITO vai e realiza esse. Desejo do ESPÍRITO, quem está dominado pela carne não realiza e ainda crítica quem realiza.

Benignidade e Bondade são frutos gêmeos? São duas qualidades do fruto do ESPÍRITO muito parecidas. A benignidade vê o bem que deve ser feito e a bondade vai e faz.

Em sua Benignidade DEUS viu o homem condenado e em sua Bondade enviou JESUS para nos salvar.

 

  

Aborto, a morte de um inocente indefeso.

ABORTO - Enciclopédia Ilumina Gold

ABORTO - Expulsão do feto antes do tempo em que possa permanecer vivo fora do útero materno (Jó 3.16).

O QUE TEM DEUS A DIZER SOBRE A VIDA NO ÚTERO? Jeremias 1:1-5

VERSÍCULO CHAVE: Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e te constitui profeta às nações. (Jeremias 1:5)

AS PESSOAS TÊM VALOR MESMO ANTES DE NASCEREM.

DEUS lhe conheceu, como conheceu a Jeremias, muito antes de você nascer ou ser concebido. Ele lhe conheceu, pensou a seu respeito, fez planos para você. Quando você se sentir desencorajado ou inadequado, lembre-se que DEUS sempre o considerou valioso e sempre teve um propósito para você.

Salmo 139: 1-24

Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste. (Salmo 139: 13-14)

DEUS OBRA NA VIDA DAS PESSOAS AINDA DENTRO DO ÚTERO

O caráter de DEUS participa na criação de cada pessoa. Quando você se sente sem valor, ou começa a se odiar, lembre-se que o ESPÌRITO de DEUS está pronto e disposto a obrar em você. DEUS pensa em você constantemente (Salmo 139: 1-4). Devemos nos respeitar tanto quanto o Criador nos respeita.

O QUE ESTÁ POR TRÁS DO ABORTO HOJE?

2 Crônicas 28:1-8

 Tinha Acaz vinte anos de idade, quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém; e não fez o que era reto perante o Senhor, como Davi seu pai (2 Crônicas 28:1).

O ABORTO É UM PECADO CONTRA DEUS.

Tente imaginar a monstruosidade de uma religião que oferece criancinhas como sacrifícios. DEUS permitiu que Judá sofresse pesados danos como consequência das maldades de Acaz. Esta prática perdura até os dias atuais. O sacrifício de crianças aos duros deuses da conveniência, economia e desejos fugazes continua em clínicas esterilizadas em quantidades que assombrariam ao próprio Acaz. Se queremos permitir que crianças se aproximem de JESUS, precisamos primeiro permitir que venham ao mundo.

No caso de Manoá e sua esposa, DEUS lha proibiu de beber bebida alcoólica antes mesmo de ficar grávida de Sansão, pois era estéril. Para DEUS Sansão já existia desde aquele momento que falou com a mulher que ela iria ficar grávida e ter um filho. A vida começa antes do útero para DEUS.

 

O aborto é considerado homicídio tanto na Bíblia quanto em nosso código penal. Se trata de um atentado contra a vida de um indefeso.

DEUS é o doador da vida (Is 45.12; Mt 10.28).

Algumas mulheres, desprezando o ensinamento bíblico, acreditam que o aborto deve ser uma escolha da mulher, que dizem elas, serem possuidoras de seu próprio corpo.

DEUS não nos deu o direito de decidir sobre vida e morte. DEUS deu a vida e só Ele pode tirá-la.

A Eutanásia é outro homicídio praticado por muitos, hoje em dia.

 

Antes da Formação no Ventre existe vida.

Dra. Angelica B. W. Boldt

Como professora e pesquisadora em Genética Humana, confesso que me enquadrava dentro da “grande maioria” que acredita que a Bíblia não é clara sobre quando se dá o início da vida humana, uma vez que conceitos como “célula”, “zigoto” e o próprio mecanismo de fecundação e gestação eram um completo mistério para os seus escritores, como é evidente no Salmo 139: “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre da minha mãe... Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.” (NVI, grifo do autora).ao meditar sobre a história do nascimento de Sansão em Juízes 13, descobri que a Bíblia é BEM CLARA a respeito da origem da vida humana. Ela conta que a mulher de Manoá, como a mãe de Sansão é chamada, era estéril até receber a visita de um anjo. Este lhe declara que ela engravidará de um filho que deve ser nazireu durante toda a sua vida, pois deve se tornar um juiz do seu povo e libertá-lo da opressão dos inimigos. O nazireado implicava em um sinal de consagração interior, através da abstenção de qualquer produto da videira (mesmo uvas e passas), e de consagração exterior, através da distância de cadáveres e manutenção do cabelo (o cabelo, assim como a barba, nunca poderiam ser cortados). O detalhe crucial é que o anjo ordena à própria mãe que não deve ingerir nada que viesse da uva, embora o nazireado coubesse explicitamente ao filho.

Para ficar bem clara, esta ordem é repetida duas vezes. Uma vez à mulher; outra vez a ela e a seu marido Manoá. Além disso, a mãe também deveria se lembrar de não ingerir qualquer comida impura, regulamento ao qual se sujeitavam todos os israelitas, nazireus ou não. Como ela não sabia do momento da concepção, deveria iniciar o jejum de uva desde já. Contudo, se a “vida” de Sansão se iniciasse após 11-12 semanas de gestação, a ordem do anjo teria sido a de abstenção da uva a partir do momento em que a mulher de Manoá percebesse que estava grávida. Se a “vida” de Sansão se iniciasse somente após o parto, a mãe receberia ordens apenas para cuidar da dieta do filho. A seriedade deste compromisso revela que o espírito de Sansão poderia ser contaminado pela desobediência da mãe desde o estágio mais tenro do seu desenvolvimento, ou seja: o momento da união de um óvulo com o espermatozoide!

Portanto, como mães e como pais (note que o anjo falou a ambos), somos responsáveis pelas vidas que geramos, desde a sua concepção! Pequenas, preciosas vidas que não podemos, não devemos rejeitar. Isto também é reforçado por várias outras passagens bíblicas que refletem a aversão que DEUS sente pelo aborto provocado. Por exemplo, o famoso princípio “Olho por olho, dente por dente” ocorre pela primeira vez na Torah (os cinco livros de Moisés) no contexto em que um parto prematuro é provocado porque uma mulher grávida foi ferida em uma briga de homens: Êx. 21:22-25. Também na Torah, a ordem de que “um cabrito não deve ser cozido no leite da sua própria mãe” é repetida três vezes (Êx. 23:19, 34:26, Deut. 14:21). Mais do que um preciosismo culinário, creio que esta ordem representa a idéia de que uma mãe não deve ter participação alguma na morte do seu filho.

A principal razão para a destruição dos povos canaanitas foi a promiscuidade sexual seguida do sacrifício dos filhos indesejados ao deus Moloque — os bebês eram queimados vivos. Razões semelhantes conduziram à destruição de Jerusalém e ao êxodo dos israelitas para a Assíria e a Babilônia. Quer os filhos sejam queimados após o nascimento, quer sugados aos pedaços (como quer a cartilha mais recente sobre “Como abortar com segurança” da OMS), quer destruídos na forma de embriões ou fetos, creio que o ódio divino contra a destruição da vida humana é evidente de qualquer forma.

Filhos são sempre uma bênção, mesmo que em circunstâncias indesejadas. O assim chamado “planejamento familiar” tem minado a saúde mental de centenas de mulheres às quais foi ensinado que a criação de filhos representa um fardo e um empecilho às suas carreiras. Acreditem, essa é uma grande mentira! Dois dos meus filhos nasceram durante o mestrado e um no início do pós-doutorado. Cada um deles me enriqueceu de uma maneira não comparável a todo o reconhecimento que obtive pela minha carreira!

 

  

SEJAMOS BONDOSOS E MISERICORDIOSOS

1. Servindo ao outro com amor.

JESUS sempre é nosso ideal. Ao contrário do que nossos líderes pensam, JESUS veio para dar sua vida por nós e não para nos tirar alguma coisa. JESUS veio para servir. Mt 20.28).

Precisamos mostrar ao mundo nosso serviço e compaixão (Mt 5.13,14). Levarmos as cargas uns dos outros (Gl 6.2).

O amor de DEU derramado em nossos corações pelo ESPÍRITO SANTO nos impelirá a fazer o bem, a sermos sempre bondosos e misericordiosos. Deixemo-nos conduzir pelo ESPÍRITO SANTO e as qualidades do Fruto do ESPÍRITO aparecerão para nos auxiliar.

SERVO - Enciclopédia Ilumina Gold

1) Empregado (Mt 25.14, NTLH).

2) ESCRAVO (Gn 9.25, NTLH).

3) Pessoa que presta culto e obedece a DEUS (Dn 3.26; Gl 1.10) ou a JESUS CRISTO (Gl 1.10). No NT JESUS CRISTO é chamado de “o Servo”, por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da humanidade (Mt 12.18; RA: At 3.13; 4.27).

 

2. Ajudando o ferido.

Nossa geração de cristãos tem demonstrado ser a pior dentre todas as outras. O egoísmo, o amor ao dinheiro e as distrações têm roubado o coração dos crentes. (2 Tm 3.1).

O amor está em baixa e cada qual cuida de si mesmo e mal de sua família.

CRISTO dá o exemplo de um pobre judeu em apuros, socorrido por um bom samaritano. Este coitado caiu nas mãos de ladrões que o deixaram ferido e quase moribundo. Os que deveriam ser seus amigos o ignoraram, e foi atendido por um estrangeiro, um samaritano, da nação que os judeus mais desprezavam e detestavam, com os que não queriam ter tratos. É lamentável observar quanto domina o egoísmo nestes níveis; quantas escusas dão os homens para poupar-se problemas ou gastos em ajudar o próximo. O verdadeiro cristão tem escrita em seu coração a lei do amor. O ESPÌRITO de CRISTO mora nele; a imagem de CRISTO se renova em sua alma. A parábola é uma bela explicação da lei de amar ao próximo como a um mesmo, sem acepção de nação, partido nem outra distinção. Também estabelece a bondade e o amor de DEUS nosso Salvador para com os miseráveis pecadores. Nós éramos como este coitado viajante em apuros. Satanás, nosso inimigo, nos roubou e nos feriu: tal é o mal que nos faz o pecado. o bendito JESUS se compadeceu de nós. O crente considera que JESUS o amou e deu sua vida por ele quando éramos inimigos e rebeldes; e tendo mostrado misericórdia, o exorta a ir a fazer o mesmo. é o nosso dever, em nosso trabalho e segundo a nossa capacidade, socorrer, ajudar e aliviar a todos os que estejam em apertos e necessitados.

 

 

Imitemos o Bom Samaritano, sejamos como aquele que acolhe e ajuda ao ferido (Lc 10.25-37).

 

3. Ajudando os irmãos.

 

Porque aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém. Isto lhes pareceu bem, e mesmo lhes são devedores; porque, se os gentios têm sido participantes dos valores espirituais dos judeus, devem também os servir com bens

Por isso, enquanto (ainda) tivermos oportunidade, façamos o bem a todos. O mesmo período que em Gl 1.4 ainda era chamado de “era perversa” (nvi), tem para a igreja cristã simultaneamente o valor de uma oportunidade propícia, a qual cumpre aproveitar. Isso seguramente acontece transmitindo-se a boa mensagem. Apenas que no presente contexto Paulo não nutre o alvo de dizer o bem, mas de fazer o bem. Cabe tornar compreensível para cada pessoa, por meio da bondade prática, que também temos algo de bom para dizer, que o evangelho é profundamente bom. Pois o próprio DEUS faz acompanhar de bondade sua palavra à humanidade. Ele mantém o mundo caído, abençoa-o ano após ano com boas dádivas e suporta malfeitores com paciência. Seu povo está convocado para ser perfeito como ele é perfeito (Mt 5.48), e posicionar-se integralmente do seu lado. Neste contexto cabe também esse fazer o bem por parte dos cristãos. Deve-se notar que essa prática do bem não é exatamente coincidente com seus esforços evangelísticos, mas está muito antes relacionada a eles como uma peça complementar. Tem o mesmo grupo-alvo. Assim como o evangelho se dirige a todos, também as boas obras dos fiéis devem acontecer em relação a todos. Acrescenta-se ainda um adendo que parece restringir o universalismo cristão. A prática do bem vale, mas principalmente aos da família da fé. Ou seja, será que agora o amor de novo circula principalmente nas próprias fileiras? Isso o tornaria questionável. Mas será uma ajuda para compreender essa palavra tomarmos o termo “família” literalmente. Na maior parte, as igrejas existiam como igrejas domiciliares. Tudo se desenrolava em ambientes de moradia apertados e de fácil supervisão. Nessas circunstâncias, a superação espiritual dos problemas do convívio dentro da igreja tornava-se a prova dos noves para o amor em geral. Não fazia sentido pregar o amor universal a todos e aos mais distantes, mas negar literalmente o amor ao próximo na igreja domiciliar. A lógica situa-se bem na linha de 1Tm 5.8: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”. (Comentário Esperança N.T)

 

Muitas vezes, ao lado de nossa casa tem alguém doente, desempregado, passando necessidades básicas no vestuário e na alimentação. Muitas vezes perdemos as almas de nossos vizinhos, enquanto corremos o mundo atrás das almas. Talvez dentro da igreja tenha irmãos passando por grandes necessidades sem ninguém saber.

É dever de a igreja organizar arrecadação de cestas básicas para ajudar aos pobres que vivem em seu derredor. Só assim teremos maior facilidade em ganhar as almas que estão perecendo sem DEUS, sem paz e sem salvação.

 

Não amemos apenas de palavras, mas também em ações, movidos pelo amor e bondade de DEUS.

 

 

 

CONCLUSÃO

A bondade é o firme compromisso para o benefício dos outros, a bondade é mais uma qualidade do fruto do espírito. DEUS tem em Si a bondade. Temos vários exemplos de pessoas que demonstraram a bondade de DEUS em suas vidas, como por exemplo, Jó e Dorcas.

A bíblia, através de João nos revela que é homicídio e destruição do próximo o ódio. A ordem de DEUS é: “não matarás”. Só DEUS tem autoridade sobre a vida. O aborto é a morte de um inocente indefeso. Vemos o primeiro homicídio surgir por inveja e ciúmes na vida de Caim que matou seu irmão Abel. Sejamos bondosos e misericordiosos servindo ao nosso semelhante com amor, ajudando o ferido e ajudando os irmãos.

 

 

 

 

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr. Luiz Henrique

 

 

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, dois elementos aparecem em particular: uma bondade que se baseia na misericórdia (hesed, chrestotes), e uma que se baseia na bondade moral de DEUS (tob, agathosune). Desta maneira, em algumas ocasiões, a bondade de DEUS é manifesta: “A terra está cheia da bondade do Senhor” (Sl 33.5; cf. Sl 52.1; 107.8); “Desprezas tu as riquezas da sua benignidade [bondade]... ignorando que a benignidade de DEUS te leva ao arrependimento?” (Rm 2.4). Em outras ocasiões, a perfeição e a bondade de DEUS vêm à tona (Nm 10.32; Sl 16.2; 23.6; Gl 5.22; 2 Ts 1.11). Uma das qualidades do fruto do ESPÌRITO é a bondade (agathosune) no sentido da santidade e da justiça cristã (Gl 5.22). Isto está de acordo com o objetivo da nossa vida cristã, que é o de sermos semelhantes ao nosso Pai Celestial, tanto em caráter quanto em atitudes, assim como CRISTO nos ensinou no Sermão do Monte (Mt 5.48). Deixemos o ESPÍRITO SANTO nos guiar à bondade perfeita de DEUS. (Dicionário Wycliffe).

 

 

αγαθω συν η - agathosune - Lê-se Ágatôsini  - também pode ser usado χρηστοτης - chrestotes - Lê-se Cristotês

“Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13). (BEP - CPAD)

 

 

A Bondade Magnânima - αγαθω συν η - agathosune - Lê-se Ágatôsini  - também pode ser usado χρηστοτης - chrestotes - Lê-se Cristotês - Livro Obra da carne e fruto do ESPÍRITO - William Barclay

A dificuldade com a sexta virtude no fruto do ESPÍRITO é definir mais exatamente o que ela significa. Todas as demais, em número de oito, são explicitamente adornos do caráter cristão; mas em português bondade é um termo amplo e geral. A dificuldade com a palavra é que seu significado depende do contexto e da esfera em que se acha a excelência especifica que é descrita. Podemos dizer, por exemplo: “Aquele é um bom animal.” Se o animal for criado para o abate é usado como alimento, a bondade consiste na carne e gordura do corpo dele. Se o animal for conservado para a reprodução, seu valor estará no seu pedigree. Se o animal for para a corrida, sua bondade se achará nos seus músculos treinados e no fato de não ter carne excessiva. Geralmente dizemos que o homem é bom em alguma coisa; definimos a esfera em que a bondade opera. Alguém pode ser bom nos idiomas e ruim na matemática; pode ser bom nos esportes e ruim nos estudos acadêmicos; pode ser bom no seu trabalho e ruim como marido e pai. Pode ser bom de caráter, mas ruim de saúde.

“Bondade” , em si mesmo, é um termo bom geral, e devemos procurar definir mais de perto a esfera em que Paulo está usando esta palavra. Começaremos citando duas sugestões quanto a linha geral do significado de bondade. A palavra é agathõsunè - e pode ser usada  χρηστοτης - chrestotes - Lê-se Cristotês.

As duas interpretações que citamos ligam chrèstotès (χρηστοτης - chrestotes - Lê-se Cristotês) e agathõsunè muito estreitamente. Lighfoot fez a distinção entre as duas, dizendo que há mais atividade em agathõsunè. Chrèstotès é uma qualidade do coração e emoção; agathõsunè é uma qualidade da conduta e ação. Uma indica intenção e outra ação de bondade. Elas se complementam. Nesta base poderíamos dizer que agathõsunè é chrèstotès em ação. É uma ideia atraente, mas computando-se os fatos não há nenhuma evidência explicita no sentido de as palavras serem assim diferenciadas no seu uso.

R. C. Trench segue a interpretação de Jerônimo. Segundo esta interpretação há uma qualidade de benignidade graciosa e atraente em chrèstotès, ao passo que em agathõsunè pode haver muito mais rigor e austeridade. Em chrèstotès, a benignidade é ressaltada; com agathõsunè o julgamento moral é enfatizado. Destarte, Trench diz que agathõsunè pode muito bem ser demonstrado no zelo pela bondade e verdade, na repreensão, correção e disciplina. JESUS demonstrou agathõsunè quando expulsou os compradores e os vendedores do Templo (Mt 21.13) e quando pronunciou suas ameaças e condenações contra os escribas e fariseus (Mt 23); mas demonstrou chrèstotès quando tratou com mansidão o arrependimento no coração da mulher que era pecadora e que ungiu os seus pês (Lc 7.37-50).

A dificuldade em definir o significado de agathõsunè é acentuada pelo fato de não ser uma palavra comum. Não ocorre nunca no grego secular.

Na LXX ocorre cerca de treze vezes, e no NT há somente três outras ocorrências da palavra.

Poderíamos ter procurado definir o significado deste substantivo examinando o adjetivo correspondente agathos, mas agora nos defrontamos com a dificuldade oposta. Agathos é uma das palavras mais comuns em grego. Na LXX ocorre quase 520 vezes e no NT 100 vezes; e seu alcance é bastante amplo. Pode descrever uma árvore (Mt 7.17); uma dádiva (Mt 7.11); um homem (Mt 12.35); um escravo (Mt 25.21); um mestre, sendo o próprio JESUS neste caso (Mt 10.17); terra fértil (Lc 8.8); a consciência de um homem (Ato 23.1); a vontade de DEUS (Rm 12.2); a esperança cristã (2 Ts 2.16); frutos e colheitas (Tg 3.17); palavras e ações (Ef 2.10; 2 Ts 2.17). A palavra agathos é tão ampla em seu significado a ponto de descrever aquilo que é excelente em qualquer esfera. A não ser que especifiquemos o seu sentido um pouco mais, ela não nos ajudara á a definir agathõsunè. Examinemos, portanto, a pequena quantidade de material disponível. Examinemos a palavra na LXX.

i. Na LXX agathõsunè pode significar bondade em geral. O salmista escreve: “Amas o mal antes que o bem” , e o paralelo é:“Preferes mentir a falar retamente” (sal 52.3). Neste caso, agathõsunè e simplesmente um termo geral para “ bondade” em contraste com “maldade.”

ii. Na LXX pode significar prosperidade na vida.  “No dia da prosperidade,” diz o Pregador, “viva alegremente” (Ec 7.15). Não há vantagem numa vida bem-sucedida se o homem não recebe nenhuma alegria com a sua prosperidade (Ec 6.3). Com seu profundo pessimismo o Pregador diz que até mesmo se um homem vivesse dois mil anos, não gozaria o bem (Ec 6.6). “Boa e bela coisa é,” diz ele, “ comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho” (Ec 5.17). Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador desenfreado pode destruir muitas coisas boas, ou seja: pode desfazer muita prosperidade (Ec 9.18). Ec 5.10,11 é um versículo obscuro. A LXX diz: “Na multidão do bem são aumentados os que comem deste.” A ARA diz: “Onde os bens se multiplicam, também se multiplicam os que deles comem.” Moffatt ressalta melhor o significado: “Quanto mais o homem ganha, mais pessoas há para gastar.” Certamente na LXX agathõsunè significa prosperidade, mas isto não nos ajuda muito aqui.

iii. Na LXX pode ter a ideia de benefício. “Para quem trabalho eu,” diz o Pregador, “ se nego a minha alma os bens da vida?” (Ec 4.8). A ideia é: Por que me privo dos benefícios que poderia desfrutar? As palavras finais do livro de Neemias são:“ Lembra-te de mim, DEUS meu, para o meu bem” (Ne 13.31). Este também é um significado que não nos ajuda muito.

iv. Na LXX pode ter a ideia de generosidade. A acusação de Neemias contra o povo é: “Pois eles no seu reino, e na muita abundância de bens [lit. bondade] que lhes deste” (Ne 9.35). Diz a respeito das pessoas que entraram na Terra Prometida: “Comeram e se fartaram e engordaram, e viveram em delícias, pela tua grande bondade” (Ne 9.25). Regalavam-se, poderíamos dizer, na generosidade de DEUS. Agathõsunè, portanto, tem a ideia de generosidade, especificamente a generosidade de DEUS. As evidências neotestamentárias desta palavra são escassas.

Nada mais podemos fazer a não ser registrar as três ocorrências dela fora desta passagem. Em 2 Ts 2.17 Paulo ora em prol do seu povo no sentido de que DEUS cumpra para com ele toda boa palavra [lit.]. Em Ef 5.9 Paulo diz que o fruto do ESPÍRITO consiste em toda a bondade, e justiça, e verdade. Em Rm 15.14, ele escreve a respeito dos cristãos de Roma: “E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros.” Ainda temos pouca ajuda para estabelecer com exatidão o significado desta palavra. A melhor maneira de chegar ao significado desta palavra será comparando-a com duas outras; com uma delas forma um paralelo estreito, e da outra é a antítese. A palavra agathos frequentemente ocorre junto com a palavra dikaios, e agathõsunè várias vezes está em associação com a palavra dikaiosunè. Dikaios significa justo e dikaiosunê significa justiça. Os gregos definiam o justo como o homem que dá aos deuses e aos homens o que lhes é devido. Os escritores gregos, exatamente nesta base, definem, comparam e contrastam dikaiosunê e agathõsunè. A justiça, dizem eles, é a qualidade que dá ao homem o que lhe é devido; a benignidade é a qualidade que pretende fazer muito mais do que isto, e que deseja dar ao homem tudo quanto visa o seu benefício e ajuda. O homem que é justo cumpre a sua obrigação segundo a letra; o homem que é benigno vai muito além. Neste ponto temos uma aplicação interessante. Os gnósticos diziam que o DEUS do AT é dikaios, justo, ao passo que o DEUS do NT é agathos, generoso e benigno. Falando de modo geral, no AT há o retrato de um DEUS que pôs em operação a lei moral, e de quem cada um recebe de acordo com os seus merecimentos. Falando de modo geral, no NT o retrato é de um DEUS que lida com os homens, não segundo a lei, mas segundo a graça, e que lhes dá, não aquilo que merecem, mas aquilo que Seu amor da gratuitamente, sem merecimento.

OU SEJA, NO AT A BONDADE DE DEUS SE MANIFESTA PELA LEI E NO NO NT PELA GRAÇA (Pr. Henrique).

 As Homílias Clementinas dizem que DEUS é tanto agathos quanto dikaios: agathos por perdoar o pecador arrependido, dikaios porque cada um recebe de acordo com suas ações depois de ter-se arrependido. A grande característica de agathõsunè é a generosidade que dá ao homem aquilo que nunca poderia ter merecido. Isto quer dizer que a ideia primaria de agathõsunè é a generosidade. Na justiça, não há espaço real para compaixão e misericórdia, porque elas simplesmente viriam interferir no decurso da justiça abstrata. Na benignidade estão presentes a compaixão e a misericórdia porque ela é a generosidade imerecida. A palavra com o significado oposto de agathos e ponêros. Ponèros é uma palavra bem geral para maligno ou mau. DEUS faz nascer Seu sol sobre maus {ponèros) e bons (agathos) (Mt 5.45). Os homens adquiriram o conhecimento do bem e do mal (Gn 2.9, 17). Ho Ponèros, o Maligno, é um dos títulos mais comuns para Satanás (Mt 6.13; Ef 6.16; 1 Jo 2.14). Mas ponèros tem um sentido especial. Ele é ressaltado especificamente na Parábola dos Trabalhadores na Vinha. No fim do dia, todos os trabalhadores receberam o mesmo pagamento, e aqueles que tinham cumprido um horário mais longo queixaram-se. O proprietário da vinha respondeu: “Porventura não me é licito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus {ponèros) os teus olhos porque eu sou bom (agathos)!” (Mt 20.15). Moffatt traduz: “Estais com rancor porque eu sou generoso?” A BV traduz:“ Você se zanga porque eu sou bondoso?” Claramente naquela passagem ponèros significa avarento, mesquinho, rancoroso, e agathos significa magnânimo, generoso. É possível que ponèros tenha o mesmo significado em duas outras passagens do NT. Em Mt 6.23 JESUS diz:“ Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas” , o que bem possivelmente significa:“ Se você for avarento, mesquinho e destituído de generosidade, sua vida inteira será sombras e escuridão” . JESUS alista entre os pecados do espirito o olhar maldoso, e mais uma vez pode significar um olhar mesquinho, ciumento, não-generoso:

Na LXX há alguns casos indiscutíveis de ponèros neste sentido. “Não comas o pão,” diz o Sábio, “ do mesquinho (ponèros) ” (Pv 23.6) “O homem avarento (ponèros) corre atrás das riquezas” (Pv 28.22). Há dois exemplos claros deste sentido em Deuteronômio. O homem mais mimoso e delicado na sua criação tem um olhar maldoso (ponèros) para com sua esposa, irmãos e amigos, ou seja: no seu desejo pelo luxo e mesquinho para com eles no tocante a tudo quanto precisa dar-lhes (Dt 28.54). Segundo os regulamentos em Deuteronômio, no Ano da Remissão, todo sétimo ano, todas as dívidas eram canceladas e tudo voltava a “estaca zero” . Em tais circunstâncias era muito natural e até mesmo prudente que o homem mesquinho se recusasse a emprestar alguma coisa quando estava perto o Ano da Remissão, temendo nunca receber seu dinheiro de volta, pois as dívidas seriam canceladas. É estipulado, portanto, que o homem não deve ter um olhar maldoso (ponèros) contra seu irmão pobre, ao ponto de não lhe dar nada. Isto quer dizer que o homem não deve ser tão mesquinho ao ponto de não emprestar aos pobres em tal ocasião (Dt 15.9).

De modo claro, ponèros frequentemente significa avarento, mesquinho, ganancioso, e, portanto, agathos significara generoso, liberal, magnânimo. O homem agathos não é como o dikaios, que dá ao outro somente aquilo que ele merece; nem mais nem menos, ele é generoso para dar o que nunca foi merecido. O homem agathos não é como o ponèros que se ressente por causa daquilo que deve dar; é generoso, de mãos e coração abertos. Agathõsunè é a generosidade que brota do coração benigno.

 

A Epístola aos Gálatas - χρηστοτης - chrestotes - Lê-se Cristotês (também pode ser usado αγαθω συν η - agathosune - Lê-se Ágatôsini)

A palavra “bondade” (chrestótes) tem seu uso comum tanto no grego bíblico, quanto no eclesiástico. Na LXX é o bem no sentido de bens terrenos (Ec 4.8; 5.10; 6.3) ou de felicidade (Ec 5.14), o bem que acontece a alguém (Ec 15.17; 6.6; 9.18). A bondade de DEUS é provada através dos bens que Ele concede na terra (2 Esd 19.25,35) ou guarda para o céu (2 Esd 23.31). É também o bem moral que se pratica (Jz 8.35; 9.16; 2 Cr 24.16; SI 51.5). Em Paulo, significa benignidade, gentileza. Refere-se a uma disposição gentil e bondosa para com os outros, é a característica de “ser bom”.

 

 

Bondade  - χρηστοτης - chrestotes - Lê-se Cristotês  - (também pode ser usado αγαθω συν η - agathosune - Lê-se Ágatôsini) a derivação encontrada em Agathos ( bondade ) tem a ver com a excelência moral e espiritual que é conhecida por sua doçura e bondade ativa. Paulo ajudou a definir essa virtude, quando ele observou que "dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer" (Rm 5:7.). Um cristão pode ser moralmente correto, mas ainda não manifestar a graça de DEUS . Ele pode ser admirado e respeitado por seus elevados padrões morais e pode até ter um amigo que iria arriscar sua vida por ele. Mas a pessoa que também tem a bondade é muito mais provável de ter amigos abnegados.

José era um homem justo e bom. Quando soube que Maria estava grávida, sem ainda saber que era pelo ESPÍRITO SANTO ", sendo um homem justo", ele não poderia se casar com ela, supondo que ela tinha sido infiel. Mas, sendo também um bom homem, ele não podia suportar a idéia de desonrar sua amada Maria e, portanto, "desejou  deixá-la secretamente" (Mat. 1:19).

Davi tinha uma profunda compreensão da bondade de DEUS, como ele revela repetidamente em seus salmos. "Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor para sempre", alegrou-se (Sl. 23:6). Ele confessou que de fato, "Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes. " (Sl. 27:13).

Tal acontece com a graça que o ESPÍRITO proporciona, os crentes são ordenados para exemplificar a bondade . Mais tarde, na carta Paulo exorta: “Enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, e especialmente para aqueles que são da família da fé" (Gl. 6:10). "Para este fim, também oramos por vocês sempre", ele escreveu aos Tessalonicenses ", que o nosso DEUS vos faça dignos da sua vocação, e cumpra todo desejo de bondade e da palavra de fé com poder" (2 Ts 1:11).

 

 

Comentário Bíblico Wesleyano - χρηστοτης - chrestotes - Lê-se Cristotês (também pode ser usado αγαθω συν η - agathosune - Lê-se Ágatôsini)

A bondade não é necessariamente o único ativo ou unicamente passiva. Lightfoot a chama de neutro. É uma disposição gentil para com os vizinhos em quaisquer que sejam as circunstâncias. Ela pode expressar-se em qualquer um com a paciência ou longanimidade. Fácil de se conviver. A integridade e força lhe pertencem. Além da paciência e longanimidade a terceira qualidade desta tríade é a bondade. Este é um princípio mais ativo e enérgico. A palavra grega é encontrada somente em escritores bíblicos e eclesiásticos. A qualidade em toda a sua força foi aparentemente tão carente de observações pagãs que nem mesmo é conhecida por eles. Pagãos conhecem boas ações, mas uma qualidade consistente como a bondade vai muito além das obras da humanidade. Tinha que ser uma qualidade do fruto do ESPÍRITO. É retidão de coração e vida, bondade ativada, beneficência.

 

Dicionário Teológico - χρηστοτης - chrestotes - Lê-se Cristotês (também pode ser usado αγαθω συν η - agathosune - Lê-se Ágatôsini)

[Do lat. bonitate ] Qualidade e caráter do que é intrínseca e extrinsecamente bom. Benevolência, indulgência, benignidade. Um dos atributos morais e comunicáveis de DEUS. Sua bondade manifesta-se não somente em relação às suas perfeições, mas também no amor que manifesta às suas criaturas.

 

Strong Português - χρηστοτης - chrestotes - Lê-se Cristotês (também pode ser usado αγαθω συν η - agathosune - Lê-se Ágatôsini)

1) bondade moral, integridade

2) benignidade, bondade

 

Strong Português - αγαθω συν η - agathosune - Lê-se Ágatôsini - integridade ou retidão de coração e vida, bondade, gentileza

αγαθο ς agathos

1) de boa constituição ou natureza.

2) útil, saudável

3) bom, agradável, amável, alegre, feliz

4) excelente, distinto

5) honesto, honrado

 

 

MISERICÓRDIA (Almeida.dctx)

1) Bondade (Js 2.14, RA).

2) Bondade, AMOR e GRAÇA de DEUS para com o ser humano, manifestos no perdão, na proteção, no auxílio, no atendimento a súplicas (Êx 20.6; Nm 14.19, RA; Sl 4.1). Essa disposição de DEUS se manifestou desde a criação e acompanhará o seu povo até o final dos tempos (Sl 136, RA; Lc 1.50).

3) Virtude pela qual o cristão é bondoso para com os necessitados (Mt 5.7; Tg 2.13).

 

BOM, BONDADE (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia)

Nos diálogos de Platão, exceto em seu Banquete, a Forma ou Idéia do Bom é o mais elevado princípio moral e metafísico. Portanto, usando termos cristãos, a bondade é a principal característica de DEUS, da qual tudo o mais se originou, e na direção do que tudo se move. A vida inteira é uma inquirição ética, cujo desígnio é libertar a alma de seu cárcere do corpo mortal, devolvendo-a à liberdade do mundo das idéias (equivalente aos céus cristãos). Dali ela provém, e para ali ela está retornando. Porém, isso toma-se impossível sem a perfeição na bondade moral.

 

I. Idéias Filosóficas:

1. No seu diálogo, Leb, Platão substituiu as idéias pelo termo DEUS, fazendo com que as idéias se tornassem atributos de DEUS. Portanto, a bondade seria o mais elevado atributo divino. Isso é paralelo à declaração cristã e bíblica de que DEUS é amor (ver I João 4:16). Ê interessante que a palavra anglo*saxôlli> ca para DEUS, God, seja a palavra por detrás da palavra bom, good. A verdadeira bondade é uma qualidade transcendental.

2. Platão deu início à discussão sobre o que é intrinsecamente bom e sobre o que é instrumento do bem. Um bem intrínseco é aquilo que é bom em si mesmo. Um bem instrumental é aquilo que resulta no bem, mediante o seu uso.

3. O que é intrinsecamente bom mescla-se com o conceito do bem maior, ou summum bonum (que vide), uma expressão empregada pelos filósofos para referir-se a DEUS, ou ao bem mais elevado possível.

4. Aristóteles pensava que a eudaimonia (felicidade) é o maior bem, bem como o objeto de nossa inquirição ética. Isso tem paralelo, na teologia cristã, há idéia de que a finalidade do homem consiste em glorificar a DEUS e desfrutar de DEUS para sempre (Confissão de Westminster, que vide).

5. Os filósofos epicureus faziam do prazer o bem mais elevado, embora usualmente o compreendessem como os prazeres intelectuais ou os prazeres moderados. Os hedonistas (ver sobre o hedonismo) pensavam que quanto maior fosse o prazer, tanto melhor; e isso, para eles, seria o maior bem.

6. Os estóicos faziam da apatia ou indiferença o maior bem.

7. O confucionismo (que vide) enfatiza o li (que vide), isto é a propriedade ou princípio do benefício, resultante do amor, como o maior bem.

Alguns filósofos veem a bondade como um conceito mais amplo do que o direito. O direito pode ser justo, mas a bondade aplica a misericórdia e o amor a todas as situações; pelo que a bondade é superior ao direito. Ver o contraste feito por Paulo entre o homem justo e o homem bom, em Romanos 5:7, e ver a exposição dessa idéia, no NTI.

8. Helvécio (que vide) fazia a bondade ser equivalente ao prazer coletivo.

9. Para Hegel (que vide) a bondade é a coincidência de uma vontade humana com a vontade universal, isto é, a vontade racional: a correção de vontade, e, por conseguinte, de ação, com base em princípios metafísicos.

10. Para Westermarck (que vide) a bondade equivale à aprovação da sociedade a qualquer ato ou atitude.

11. Os filósofos analíticos desistiram de definir tão importante e amplo vocábulo como é o adjetivo «bom».

12. Berdyaev (que vide) identificava o bom com a criatividade e a espontaneidade.

13. Para Blanshard (que vide) a bondade consistiria na combinação de satisfação e cumprimento.

II. Idéias Bíblicas

1. DEUS é amor, e, portanto, é o ser supremamente bom, bem como a origem de toda a bondade (I João 4:6). Através do amor, as boas obras visam o benefício do próximo. Quando DEUS amou o mundo de tal maneira (ver João 3:16), ele fez a missão de seu Filho revestir-se do proveito máximo. O bem mais alto é uma qualidade transcendental, relacionado ao ser divino. (Ver Sal. 34:3 ; 149:9).

2. Os homens tornam-se bons quando a bondade divina passa a ser cultivada neles, pelo ESPÍRITO SANTO, pois a bondade é um dos aspectos do fruto do ESPÍRITO de DEUS (ver Gál. 5:22).

3- O homem bom é superior ao homem meramente justo, porquanto, além de ser alguém dotado de ética correta, ele é generoso, demonstrando amor em sua vida (ver Rom 5:7).

4. A criação de DEUS é boa, pois ali ele manifestou suas idéias e seus atos (Gên. 3:5).

5. A prosperidade é um bem provido aos homens por DEUS. Essa prosperidade pode ser material ou espiritual (ver Jos. 23:14 ss; I Reis 22:8 e Jó 2:10).

6. A lei de DEUS é boa, porquanto faz a alma prosperar. Ver Deu. 30:15 ss\ Pirke Aboth 6:3:«O que é bom é simplesmente a Torah». Ver Rom 7:12.

7. O Novo Testamento dá continuidade aos conceitos de bom exarados no Antigo Testamento. O homem é uma boa obra de DEUS, criado para praticar o que é bom (Efé. 2:10). As boas obras dos crentes glorificam a DEUS (Mat. 5:16).

8. A vontade predestinadora de DEUS faz todas as coisas contribuírem juntamente para o bem do crente, e o propósito disso é levá-lo a compartilhar da imagem e natureza do Filho, afinei. Em outras palavras, a salvação (que vide) é o bom ato de DEUS, aplicado ao homem (Rom 8:29).

9. Todas as virtudes cristãs são boas e precisam ser cultivadas (Gál. 5:22,23; Filp. 4:8). Essas virtudes devem ser objetos constantes de nossos pensamentos, a fim de que elas se manifestem em nossas vidas. A alma é moralmente transformada por meio dessas boas qualidades, e a transformação moral nos conduz à perfeição (Mat. 5:48). E isso, finalmente, nos leva à transformação metafísica, de tal modo que os remidos compartilharão da própria natureza divina (II Cor. 3:18; II Ped. 1:4). Isso tem paralelo na idéia platônica de que o mais exaltado aspecto da inquirição ética é a transformação metafísica no mundo das idéias.

10. A bondade de DEUS garante tanto o poder quanto o cumprimento final de seus planos cosmológicos, por meio dos quais ele chegará a restaurar todas as coisas (Efé. 1:10). O primeiro capítulo da epístola aos Efésios mostra-nos que essa bondade será reconhecida pela criação inteira, e o oitavo capítulo de Romanos contém a mesma idéia. E então o problema do mal (que vide) encontrará perfeita solução.

 

Teologia Sistemática Pentecostal

Bondade. A bondade de DEUS é um dos seus atributos morais. DEUS é bom em si mesmo e para as suas criaturas. Ê a perfeição dEle que o leva a tratá-las com benevolência. Essa bondade é para com todos: “O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras” (Sm 145.9).

DEUS é a fonte de todo o bem. JESUS disse: “Não há bom, senão um, que é DEUS” (Mt 19.17). Nessa bondade estão envolvidos também o amor e a graça. São três conceitos distintos, mas o amor é a bondade divina exercida em favor de suas criaturas morais, em grau incomparável e perfeito:

Porque DEUS amor o mundo de tal maneira que deu seu o Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna Jo 3.16).

Mas DEUS prova o seu amor para conosco em que CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8).

Misericórdia, graça e longanimidade. Estes três atributos são correlatos, porém distintos entre si; manifestam a bondade de DEUS. Misericórdia é o termo teológico para compaixão; trata-se da disposição de DEUS para socorrer os oprimidos e perdoar os culpados. A graça é o favor imerecido de DEUS para com o pecador; é a bondade para quem apenas merece o castigo. Já a longanimidade é a demonstração de paciência; é ser lento para irar-se; retardar a ira.

 

Passando, pois, o Senhor perante a sua face, clamou: JEOVA, o SENHOR, DEUS misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração (Ex 34.6,1). Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade (Sl 103.8).

Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de DEUS, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO, que abundantemente ele derramou sobre nós por JESUS CRISTO, nosso Salvador (Et 3.4-6).

 

  

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Lição 10, Mansidão: Torna o Crente Apto para Evitar Pelejas

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 4.1-7

1 - Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 - com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 - procurando guardar a unidade do ESPÍRITO pelo vínculo da paz:  4 - há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 - um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 - um só DEUS e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos. 7 - Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de CRISTO.

 

 

Resumo da Lição 10, Mansidão: Torna o Crente Apto para Evitar Pelejas

I - MANSIDÃO, O OPOSTO DA ARROGÂNCIA

1. Mansidão não é covardia.

2. Ser manso é ser corajoso.

3. A mansidão, fruto do ESPÍRITO.

II - EVITANDO AS PELEJAS E CONTENDAS

1. Pelejas e discórdias.

2. Ações do homem carnal.

3. Um espírito aguerrido.

III - BEM-AVENTURADOS OS MANSOS

1. O Sermão da Montanha.

2. Estêvão um homem manso.

3. A mansidão de CRISTO.

 

 

 

Resumo Rápido do Pr. Henrique

Efésios 4.1-7

 Eu, portanto, o prisioneiro do Senhor, apelo e suplico a vocês que andem (levem uma vida) digna do chamado [divino], para o qual vocês têm sido chamados, [com comportamento que dê crédito para os recomendar para o serviço de DEUS, 2 vivendo como vocês se tornaram] em completa submissão de mente (humildade) e brandura (generosidade, gentileza e submissão) com paciência, suportando-se uns aos outros e fazendo concessões, por amarem-se uns aos outros. 3 Estejam ávidos e esforcem-se honestamente para guardar e manter a harmonia e a unidade de [e produzida pelo] ESPÍRITO, no vínculo do poder da paz. 4 [Há] um corpo e um ESPÍRITO – tanto quanto há também uma esperança [que pertence] ao chamado que vocês receberam - 5 [Há] um Senhor, uma fé, um batismo, 6 Um DEUS e Pai de nós todos, o qual é acima de todos [Soberano sobre todos], impregnado em todos e vivendo em todos nós.7 Contudo a graça (favor imerecido de DEUS) foi dada para cada um de nós individualmente [não indiscriminadamente, mas de diferentes formas] em proporção à medida do [rico e abundante] dom de CRISTO (Bíblia Amplificada).

 

Comentários BEP - CPAD

4.3 GUARDAR A UNIDADE DO ESPÍRITO. "A unidade do ESPÍRITO" não pode ser criada por nenhum ser humano. Ela já existe para aqueles que creram na verdade e receberam a CRISTO, conforme o apóstolo proclamou nos capítulos 1-3. Os efésios devem guardar e preservar essa unidade, não mediante os esforços ou organizações humanos, mas pelo andar "como é digno da vocação com que fostes chamados" (v. 1). A unidade espiritual é mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o ESPÍRITO (vv. 1-3,14,15; Gl 5.22-26). Não pode ser conseguida "pela carne" (Gl 3.3).

4.5 UM SÓ SENHOR. Uma parte essencial da fé e unidade cristãs é a confissão de que há "um só Senhor".

(1) "Um só Senhor" significa que a obra da redenção que JESUS CRISTO efetuou é perfeita e suficiente, e que não é necessário nenhum outro redentor ou mediador para dar ao crente salvação completa (1 Tm 2.5,6; Hb 9.15). O crente deve aproximar-se de DEUS somente através de CRISTO (Hb 7.25).

(2) "Um só Senhor" significa, também, que devotar lealdade igual ou maior a qualquer autoridade (secular ou religiosa) que não seja DEUS revelado em CRISTO e na sua Palavra inspirada, é a mesma coisa que recusar o senhorio de CRISTO, e, portanto, da vida que somente nEle existe. Não pode haver nenhum senhorio de CRISTO nem "unidade do ESPÍRITO" (v. 3) à parte da afirmação de que o Senhor JESUS é a suprema autoridade para o crente, e de que esta autoridade lhe é comunicada na Palavra de DEUS.

 

INTRODUÇÃO

Nesta oportunidade, estudaremos a qualidade do fruto do ESPÍRITO chamada mansidão. O que pode impedir a mansidão de se manifestar são as obras da carne tais como as pelejas, ou dissensões ou  disputas - estas são oposição à brandura e meiguice da mansidão. Atrelada à mansidão marcha a humildade que lhe dará suporte para agir. O contrário da humildade, que é a arrogância, impede o agir da mansidão e DEUS desaprova tal atitude (Pv 16.5). Os crentes são comparados às ovelhas porque ovelhas são dóceis, mansas e submissas ao pastor (Jo 10.14,15). Aprendamos de JESUS, pois ELE mesmo, apesar de pastor, disse ser manso e humilde de coração (Mt 11.29).

I - MANSIDÃO, O OPOSTO DA ARROGÂNCIA

1. Mansidão não é covardia. 

Quem é manso ou manifesta a mansidão de DEUS é humilde, amável e Cortez. A mansidão, como qualidade do fruto do ESPÍRITO, é uma atitude interior que brota da comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Na hora que é solicitada esta qualidade deve aparecer. Ela não é permanente em nós. Moisés, o homem mais manso do mundo falhou em manifestá-la na hora que mais precisou. Paulo muito precisou desta qualidade quando recebeu oposição de mestres dos Coríntios. Paulo sabia ser rígido com os falsos irmãos, mas sabia ser manso para com os verdadeiros irmãos.

2. Ser manso é ser corajoso. 

Nenhum crente pode ser covarde ou tímido (Qual é o homem medroso e de coração tímido? Dt 20.8).

O homem de DEUS deve ser corajoso e repreender o mal, combater sempre, mas ser manso e humilde ao mesmo tempo será necessário.

Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. 2 Timóteo 4:2

Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze. Tito 2:15

JESUS era manso e humilde de coração, mas sabia repreender os religiosos e combater os falsos ensinos.

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós. Mateus 23:15

Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando. Mateus 23:13

3. A mansidão, fruto do ESPÍRITO.

A mansidão deve ser manifesta entre as qualidades do fruto do ESPÍRITO na vida dos súditos do Reino de DEUS (Mt 5.11). Isso só é possível com a submissão ao ESPÌRITO SANTO., JESUS ensinou a mansidão e se mostrou como digno de imitação nisso. (Mt 11.29,30). Aprendamos com nosso mestre. Humildade e mansidão.

As pessoas vinham de longe para ter com JESUS - Ele é atraente em suas palavras, em seu agir, em seu vestir, em seu comportar, em seu tratar, eu seu amor.

A mansidão atrai pessoas para DEUS.

II - EVITANDO AS PELEJAS E CONTENDAS

1. Pelejas e discórdias.

No grego a palavra utilizada para discórdia é eritheiai

Discórdia - εριθεια  - eritheia - Lê-se Eritiá - Dicionário Strong em português

1) propaganda eleitoral ou intriga por um ofício 

1a) aparentemente, no NT uma distinção requerida, um desejo de colocar-se acima, um ESPÍRITO partidário e faccioso que não desdenha a astúcia 

1b) partidarismo, sectarismo

Antes do NT, esta palavra é encontrada somente em Aristóteles, onde denota um perseguição egoísta do ofício político através de meios injustos. (A&G) Paulo exorta ser um em CRISTO, não colocando-se acima ou sendo egoísta (Fp 2.3). Tg 3.14 fala contra ter amor-próprio ou se vangloriar.

Pode descrever uma pessoa que luta por posição e glória. A discórdia e a peleja são obras da carne (Gl 5.20).

2. Ações do homem carnal.

São conhecidas as lutas dentro da igreja por cargos e posições. deveria ser conhecida a luta por almas e pelas missões mundiais.

Cargos ministeriais deveriam ser pouco disputados já que, para quem está ocupado na obra de DEUS, o tempo para cuidar de coisas administrativas seria pouco e de pouco valor, tendo seu tempo dedicado a conquista de almas para ao reino de DEUS. O cuidado das ovelhas já requer um tempo dispendiosos para aqueles que querem realmente fazer a obra de DEUS.

3. Um ESPÍRITO aguerrido.

Olha o que convém e o que não convém ao servo de DEUS - E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura DEUS lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos. 2 Timóteo 2:24-26

DEUS deseja que sejamos santos - Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou SANTO. 1 Pedro 1:16 - santidade significa separação para DEUS - manter-se longe das discussões e pelejas.

Precisamos nos manter incorruptíveis, santos, sinceros e justos em um mundo de trevas (Fp 2.15). 

A única forma para combater a peleja é ser cheio do ESPÍRITO SANTO (Ef 5.18). O Consolador nos ajuda a seguir os passos de JESUS CRISTO.

Embora os servos de DEUS acabem por se tornarem famosos, pois isso lhes seria impossível, veja que a fama é uma fama boa. fama de ser pobre, de ser manso, de ser humilde, de ser cheio do ESPÍRITO SANTO, fama de ser usado por DEUS em milagres etc. Esta é a fama que mesmo não querendo, o servo de DEUS terá. Alguém quer esta fama hoje em dia? (JESUS se tornou pequeno, manso, humilde, semelhante aos homens - Fp 2.5-8).

III - BEM-AVENTURADOS OS MANSOS

1. O Sermão da Montanha.

Existem milhares de contrastes entre o reino dos homens e o reino de DEUS. No sermão da Montanha JESUS nos enumera alguns:

3 "Muito felizes são os humildes! " dizia Ele, "porque o Reino dos Céus é dado a eles”. 4 “Felizes são os que choram! Porque serão consolados”. 5 “Felizes são os mansos e simples! Porque o mundo inteiro pertence a eles”. 6 “Felizes aqueles que aspiram por ser justos e bons, porque terão a justiça com toda a certeza”. 7 “Felizes são os que são amáveis e têm misericórdia dos outros, porque a eles se mostrará misericórdia”. 8 “Felizes os que tem coração puro, porque verão a DEUS”. 9 “Felizes aqueles que procuram promover a paz - pois serão chamados Filhos de DEUS”. 10 “Felizes aqueles que são perseguidos por serem justos, pois o Reino dos Céus é deles”. 11 “Quando vocês forem maltratados, perseguidos e caluniados por serem meus seguidores - ótimo! ” 12 “Fiquem contentes com isso! Fiquem muito contentes! Porque uma grandiosa recompensa espera vocês lá em cima no céu. E lembrem-se: Os profetas antigos também foram perseguidos”.

Enquanto os judeus esperavam o JESUS do milênio para governar sobre eles, tendo destruído os exércitos romanos, JESUS lhes aparece manso e meigo, cheio de maior e de misericórdia. O reino de DEUS estava entre eles, mas não foram capazes de O reconhecer, pois seus corações estavam carregados de pecados, mágoas, rancores, ódio.

Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Provérbios 3:5

2. Estêvão um homem manso.

Estêvão foi eleito diácono, no início da igreja, porque era homem cheio de fé e do ESPÍRITO SANTO - Atos 6:5

Estêvão, era homem de DEUS, pois estava sempre cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Atos 6:8

Grupos se levantaram contra a pregação de Estêvão que não era política - E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. Atos 6:9

Para conseguirem algo contra o servo de DEUS subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra DEUS. Atos 6:11

E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao conselho. Atos 6:12 Durante a defesa de Estêvão no sinédrio, todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo. Atos 6:15

Estêvão era cheio de sabedoria e compreendia as escrituras - ele disse: Homens, irmãos, e pais, ouvi. O DEUS da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na mesopotâmia, antes de habitar em Harã, Atos 7:2

Por causa de sua sabedoria e intimidade com DEUS e seus desígnios Estevão foi expulso e morto - E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele. Atos 7:54

Estêvão antes de morrer viu seu SENHOR pronto a esperá-lo - Mas ele, estando cheio do ESPÍRITO SANTO, fixando os olhos no céu, viu a glória de DEUS, e JESUS, que estava à direita de DEUS; Atos 7:55

E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu ESPÍRITO. Atos 7:59

E Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. Atos 8:1

Suas palavras antes de morrer foram de um homem manso, humilde e cheio de amor e misericórdia como seu mestre JESUS:

E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu ESPÍRITO. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.

Atos 7:59,60

3. A mansidão de CRISTO.

Características de um servo sofredor - manso e humilde - Nosso Salvador. Consegue encontrar em seus líderes algumas dessas características de nosso mestre.

- não tinha beleza nem 

- não havia boa aparência nele, para que o desejássemos

- Era desprezado 

- mais rejeitado entre os homens 

- homem de dores

- experimentado nos trabalhos 

- como um de quem os homens escondiam o rosto, era - - desprezado 

- não fizemos dele caso algum.

- tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si

- nós o reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido

- foi ferido por causa das nossas transgressões, e 

- moído por causa das nossas iniquidades; 

- o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

- o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.

- Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; 

- como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.

-pela transgressão do meu povo ele foi atingido.

- puseram a sua sepultura com os ímpios,

- ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar

- as iniquidades deles levará sobre si.

Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.

Isaías 53:2-12

Conclusão

A Mansidão é o Oposto Da Arrogância, a Mansidão Não É Covardia. Ser Manso É Ser Corajoso. A Mansidão é uma qualidade importante do Fruto Do ESPÍRITO. Devemos viver evitando As Pelejas E Contendas e Discórdias, pois estas são ações Do Homem Carnal. Devemos ter um ESPÍRITO Aguerrido, mas sabendo que Bem-Aventurados são os Mansos, como já disse JESUS no Sermão Da Montanha.

Estêvão era um Homem Manso e mesmo na hora de morrer clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. nosso maior exemplo é JESUS. A Mansidão De CRISTO é dita até por ELE mesmo a nós - Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Mateus 11:29

 

 

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMAS CORREÇÕES DO Pr. Luiz Henrique

 

MANSIDÃO

 

πραοτης - Lê-se Právis - praotes - Mansidão - Dicionário Strong português

1) gentileza, bondade, humildade

 

πραοτης - Lê-se Právis - praotes - Mansidão - Força e Suavidade - Obra da Carne e o Fruto do Espirito - William Barclay

A oitava virtude no fruto do Espirito e prautès, traduzido por mansidão pelas versões em português, com exceção das paráfrases, que dizem: tolerância (P), e humildade (BLH). No pensamento e na linguagem modernos, a mansidão não e uma qualidade admirável. Hoje em dia, a palavra contém uma ideia de falta de dinâmica e animo, ou falta de forca e virilidade. A única alternativa razoável que as versões atuais (em inglês) oferecem e suavidade [que também pode ser traduzida por mansidão]; isto e melhor, mas absolutamente ainda não e uma tradução perfeita. A medida em que estudamos esta palavra, veremos que não há nenhuma palavra isolada em português que a traduza de modo adequado; notaremos, além disso, que trata-se de uma palavra que descreve uma qualidade sem a qual o homem nunca poderá progredir na vida devocional, ou pratica. Prautès, o substantivo, praus, o adjetivo, e prauein, o verbo, são palavras cujo significado recebe muita luz do grego secular. Ali, são usadas com uma atmosfera e qualidade muito especificas.

i. São usadas a respeito de pessoas ou coisas com uma certa natureza suavizam-te. São usadas a respeito de palavras que acalmam a pessoa que está num estado de ira, amargura e ressentimento contra a vida. São usadas para o unguento que pode aliviar a dor de uma ferida. Falam da suavidade no tom de voz daquele que ama. Nas Leis, Platão as usa no caso de uma criança que pede ao médico que lhe trate da maneira mais delicada possível. As palavras falam regularmente do poder de abrandar, acalmar e tranquilizar.

ii. São usadas para a delicadeza na conduta, especialmente por parte das pessoas que teriam condições de agir de outra maneira. Designam o tirano que corteja o povo mediante a promessa de um tratamento brando, se for investido de poder. Ciro, o rei persa, e descrito como “brando e perdoador dos erros humanos” , porque tratou com gentileza um oficial que falhara numa tarefa designada. Agesilau de Esparta foi descrito assim: animado em meio ao medo, brando em meio ao sucesso. Xenofonte usa estas palavras a respeito da maneira bondosa e paciente do oficial ao treinar e tratar o pelotão de soldados inábeis. Usa-as, também, para o modo simpático de o cavaleiro treinar e disciplinar um cavalo irrequieto. Platão as emprega no sentido da fineza e cortesia que são a base da sociedade. Xenofonte as usa a respeito da atmosfera da compreensão fraternal que se desenvolve entre soldados que tem sido companheiros de lutas durante muito tempo, que combateram juntos, e que juntos enfrentaram os perigos e a morte. Chama a agricultura de arte branda, porque nela, os homens aprendem a cooperar com a natureza nas suas forças e dádivas.

iii. Um dos sentidos característicos destas palavras e a descrição da atitude e atmosfera corretas que devem prevalecer em argumentos onde perguntas são feitas e respostas são exigidas e dadas. Destarte, Sócrates em República agradece a Trasimaco porque este deixou de implicar e tornou-se delicado. As palavras são usadas para a aceitação com bom humor de algumas alusões diretas, e para a discussão de coisas sem perder a calma. As vezes e mais fácil perceber o significado de uma coisa ao ver seu inverso em operação. Sir Joshua Reynolds disse a respeito do Dr. Johnson: “Para ele, a disputa mais leve e insignificante era uma disputa na arena. Em todas as ocasiões, lutava como se toda sua reputação dependesse da vitória do momento, e lutava com todas as suas armas. Se fosse derrotado num argumento, apelaria a linguagem ofensiva e a rudeza.” Depois de uma noite movimentada na Taverna “Coroa e Ancora” Johnson, feliz, disse a Boswell: “Ora, tivemos uma boa conversa.” E Boswell respondeu, obediente e com respeito: “Sim, o senhor jogou várias pessoas para o ar e chifrou a

todas elas.” Goldsmith disse a respeito do Johnson: “Não se pode discutir com Johnson; porque quando sua pistola nega fogo, ele nos derruba com a coronha.” Até mesmo o Rev. John Taylor, amigo íntimo de Johnson, disse a respeito dele: “Não se pode disputar com ele. Ele não presta atenção a nós e, com uma voz mais barulhenta, forçosamente nos silencia com rugidos.” Está claro que Johnson e prautès são estranhos um ao outro.

iv. As palavras são usadas a respeito de não levar uma coisa a sério. Sócrates diz que não se importa com as coisas que os outros acreditam ser valiosas. Xenofonte usa as palavras a respeito de um homem que fala levianamente a respeito de uma experiência desagradável, e da equanimidade e varonilidade com que Sócrates aceitou a sentença de morte.

v. As palavras são regularmente usadas a respeito dos animais mansos, que aprenderam a aceitar a disciplina e o controle. Um cavalo que obedece ao freio ou um cachorro treinado para atender a voz de comando, e praus.

vi. O uso mais característico destas palavras e na descrição do caráter em que a forca e a delicadeza estão juntas. Em Platão, a melhor ilustração de prautès e a do cão de guarda que revela hostilidade valente aos estranhos e amizade gentil para com os familiares da casa, aos quais conhece e ama. O melhor e mais sublime caráter do homem que é verdadeiramente  praus, é aquele que tem ao mesmo tempo impetuosidade e delicadeza nos mais altos graus. Praus é a palavra em que forca e suavidade estão perfeitamente combinadas. A mais plena e perfeita discussão de prautès acha-se em Aristóteles, mas deixaremos por enquanto está referência e veremos como as palavras são usadas na própria Bíblia.

i. Prautès e uma das excelentes qualidades da esposa virtuosa. O Sábio diz: “ Se a bondade e a doçura estão nos seus lábios, o seu marido e o mais feliz dos homens” (Ecli. 36.23). Podemos lembrar aqui a linha de Shakespeare: “A voz dela era sempre suave, branda e quieta, coisa excelente entre as mulheres.”

ii. Prautès é o espírito com que o homem deve responder ao seu próximo e tratar dos seus negócios. O Sábio conclama os homens a darem ao pobre uma resposta a sua saudação com amabilidade (Ecle. 4.8). “Filho,”

diz o Sábio, “ conduze teus negócios com doçura e serás amado mais do que um homem generoso” (Ecle. 3.17, 18). A verdade, a mansidão e a justiça capacitam um soberano a prosperar e reinar salmos 45.5.  As palavras quase chegam a significar que a cortesia perfeita para com os homens de todas as categorias e posições e a base de todos os relacionamentos humanos corretos.

iii. Este uso das palavras leva diretamente ao terceiro fato a respeito delas. A mansidão e regularmente contrastada com a soberba. “O Senhor,” diz o Sábio, “ derruba o trono dos poderosos e assenta os mansos em seus lugares” (Ecli. 10.14). Os pés dos mansos e dos aflitos pisarão sobre os soberbos (Is 26.6 - LXX). DEUS vindicara a justiça dos mansos, em contraste com o Seu tratamento dado aos hipócritas arrogantes (Jó 36.15). A mansidão e o antônimo da arrogância e orgulho.

iv. As vezes este contraste e mais amplo. Em alguns casos, o contraste e entre o manso e o pecador. “O SENHOR ampara os humildes, e dá com os ímpios em terra” (Salmos 147.6). Esta mansidão e nada menos do que a qualidade básica que impede o homem de pecar.

v. Repetidas vezes no AT o manso e o homem que goza do favor especial de DEUS. A tal homem DEUS revelara os Seus segredos. Os mistérios são revelados aos mansos (Ecls. 3.19). “Guia os humildes na justiça, e ensina aos mansos o seu caminho” (sal 25.9).

vi. Muito comumente rio AT fala-se da exaltação dos mansos. Os mansos herdarão a terra (sal 37.11). DEUS se levanta-Se em juízo para salvar todos os mansos de coração (sal 76.9). O Senhor deleita-Se no Seu povo, e exaltara os mansos com salvação (sal 149.4). “O SENHOR ampara os humildes, e dá com os ímpios em terra” (sal 147.6). A fé e a mansidão são um deleite para Ele (Ecles 1,18).

vii. Por enquanto não procuramos realmente definir o significado da palavra; pelo contrário, tentamos simplesmente reunir as evidencias em favor de tal definição. Mas antes de deixarmos a LXX, há um uso da palavra que e um indicio importante do seu significado. No AT, Moises e o exemplo supremo de mansidão. “Era o varão Moises mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12.3). E o Sábio repete esta verdade, dizendo que DEUS santificou Moises em toda a sua fidelidade e mansidão, e escolheu-o dentre todos os homens (Ecli. 45.4). O fato de o caráter de Moises ser o grande exemplo de mansidão lança luz sobre esta palavra — e voltaremos para esta consideração. Agora, atentemos para o uso de praus e prautès no próprio NT. Temos uma considerável quantidade de material para usar como base, porque o substantivo prautès ocorre onze vezes e o adjetivo praus, quatro vezes. Continuaremos simplesmente expondo as evidências, sem chegarmos ainda a definir o significado das palavras. Examinaremos em primeiro lugar as palavras que ocorrem ao lado de praus,

i. Aparece junto com ágape, que e o amor cristão. Paulo pergunta aos coríntios se querem que ele vá com a vara de castigo ou com amor e espírito de mansidão (1 Co 4.21). Já vimos que ágape significa a benevolência invencível e a boa vontade inflexível que nunca se transformara em amargura, mas sempre procurara o sumo bem do homem, sem importar-se com o que este fizer. Ha, portanto, uma conexão entre o amor e a mansidão.

ii. Ocorre ao lado de epieikeia. Certamente, epieikeia e a palavra mais difícil de ser traduzida no NT. E comumente traduzida por “mansidão,” “ clemencia” , ou “modéstia,” mas significa muito mais do que isto. Aristóteles falou de epieikeia coma a qualidade que é justa e as vezes e melhor do que a justiça. Falou de epieikeia como a qualidade que corrige alei quando esta falha por causa das suas generalizações. Ha ocasiões em que e necessário proceder com base na equidade e não na justiça legalista. Ha ocasiões em que decisões precisam ser tomadas, não conforme as regras e os regulamentos ditam, mas num espirito que transcende a lei. Ha circunstancias que tornam injusta a aplicação rigorosa da lei, e epieikeia é a qualidade que sabe quando a lei deve ser esquecida, passando-se a lidar com os outros, não segundo a lei, mas pela misericórdia e amor. Em 2 Co 10.1. Paulo coloca juntas as palavras prautès e epieikeia e aplica-as a JESUS, falando da “mansidão e benignidade” de JESUS. Portanto, prautès e semelhante a esta grande qualidade que reconhece que há ocasiões em que a justiça pode tornar-se injusta e que existe algo muito superior a lei.

iii. Mais de uma vez prautès está associada com a modéstia e a humildade. A humildade e a mansidão são características da vocação cristã (Ef 4.2). Os eleitos de DEUS se revestirão da humildade de mente e mansidão (Cl 3.12). O próprio JESUS e manso e humilde de coração (Mt 11.29). Prautès tem a ver com a mansidão e humildade onde não há arrogância e onde há prazer em servir. Agora devemos examinar as palavras com as quais prautès é contrastada.

i. E contrastada com o castigo severo e condigno. Já citamos a passagem em que Paulo pergunta aos coríntios se desejam que ele vá com a severidade da vara do castigo ou com mansidão e amor (1 Co 4.21). Prautès é o antônimo da disciplina severa que aplica o castigo exigido pela justiça rigorosa.

ii. E contrastada como espírito beligerante e pugnaz, o espírito de briga. Nas Epistolas Pastorais o dever do ministro cristão é conclamar todos os homens a não serem altercadores, mas a darem provas de cortesia para com todos os homens (Tt 3.2). Prautès e o antônimo do espírito agressivo e beligerante que vive em guerra contra todos os homens. Devemos examinar agora o papel que prautès desempenha na vida cristã, e descobriremos que prautès é um dos elementos essenciais da vida cristã.

i. Prautès e o espírito em que se deve aprender. Os homens devem receber com mansidão a palavra que pode salvar sua alma (Tg 1.21). Prautès é o espírito em que o homem conhece a sua própria ignorância e com o qual e suficientemente humilde para saber que não sabe; e o espirito que pode abrir a mente a verdade de DEUS e o coração ao amor dEle.

ii. Prautès é o espírito em que a disciplina deve ser exercitada, e em que as falhas dos outros devem ser corrigidas. O conselho de Paulo e de que se alguém for surpreendido em alguma falta, certamente deve ser corrigido, mas a correção deve ser dada e aplicada em espírito de prautès (Gl 6.1). A correção pode ser administrada de maneira a desencorajar e levar o homem ao desespero; mas também pode ser aplicada de maneira a soerguer o homem, tornando-o resoluto no sentido de agir melhor e tendo a esperança de que se comportara melhor. Prautès e o espírito que faz da correção um estimulo e não um desencorajamento; um meio para chegar a esperança, e não uma causa do desespero.

iii. Prautès e o espírito com que se deve enfrentar a oposição. Nas Epistolas Pastorais o ministro cristão e conclamado a instruir com prautès os que se opõem a ele (2 Tm 2.25). Frequentemente encontramo-nos com aqueles que não concordam conosco e que tem diferenças de opinião, num espirito em que procuramos agredi-los verbalmente até que mudem de opinião. O Dr. Dickie usa a seguinte ilustração: suponhamos que entremos num aposento num dia de frio intenso, e descubramos que as janelas estão com uma camada de gelo do lado de dentro. Ha duas coisas que podemos fazer. Podemos procurar tirar o gelo esfregando  para remove-lo das janelas, mas o único resultado será que, quanto mais esfregarmos, mais rapidamente o gelo voltara a formar-se. Ou, podemos acender a lareira e as janelas serio limpas por si mesmas quando o gelo começar a derreter-se. O calor faz o que a fricção não pode fazer. Ao lidarmos com aqueles que, segundo cremos, estão enganados, a delicadeza produzira os resultados que a forca nunca produziria.

iv. Prautès e o espírito do testemunho cristão. Pedro exige que o cristão sempre esteja pronto para dar a razão da esperança que nele há — mas sempre com prautès e temor (1 Pe 3.15). 0 verdadeiro testemunho cristão sempre tem uma delicadeza graciosa muito mais eficaz do que o tipo descortês de testemunho que procura forçar os outros a aceitarem as suas opiniões. O testemunho cristão deve ser cativante, além de forte.

v. Prautès é o espírito que deve permear toda a vida cristã. Prautès sempre estará presente na vida e conduta do homem sábio (Tg 3.13). O verdadeiro adorno da vida, precioso aos olhos de DEUS e amável aos olhos dos homens e o espírito manso e quieto (1 Pe 3.4). Este e o espírito que realmente e agradável aos homens e a DEUS. Restam duas coisas a serem ditas a respeito do uso de prautès no NT.

i. Prautès é mais do que alguma coisa delicada e graciosa. E o segredo da conquista e do poder, porque os mansos são bem-aventurados e herdarão a terra (Mt 5.5). Prautès faz do homem um rei entre os demais.

ii. Finalmente, devemos notar que pelo menos três vezes esta qualidade está ligada ao próprio JESUS. Este foi o convite de JESUS: “Tomai sobre vos o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29). Sua entrada triunfante em Jerusalém foi o cumprimento da profecia: “Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento” (Zc 9.9; Mt 21.5). E pela mansidão e benignidade de CRISTO que Paulo apela aos Coríntios rebeldes, pedindo simpatia e obediência (2 Co 10.1). Esta mansidão e da própria essência do caráter de JESUS. Conforme dissemos no início, quase todas as versões do NT traduzem prautès por “mansidão” ou “humildade.” A ARA coloca “mansidão” em 1 Co 4.21; 2 Co 10.1; G1 5.23; Ef 4.2; Cl 3.12; 2 Tm 2.25; Tg 1.21; 3.13; “brandura” em Gl 6.1; e “ cortesia” em Tt 3.2. A BV tem “mansidão” em 2 Co 10.1; Gl 5.23; 6.1; 2 Tm 2.25; “bondade” em 1 Co 4.21; “amável” em Ef 4.2; “paciência” em Cl 3.12; “atencioso” em Tt 3.2; “humildade” em Tg 1.21; e “não fazer alarde” em Tg 3.13. Versões em inglês tem expressões tais como: “a humildade de sabedoria” , “o espírito tenro que perdoa” , “modéstia.” A grande variação nas versões dos tradutores demonstra muito bem a dificuldade em traduzir estas palavras. Ao discutirmos o significado destas palavras no grego clássico, dissemos que uma discussão mais completa poderia ser encontrada em Aristóteles, e agora examinaremos este enfoque. No pequeno tratado Das Virtudes e dos Vícios, incluído nas obras de Aristóteles, mas que não é dele, diz-se que prautès e coragem pertencem ao lado impetuoso da natureza humana (1.3); diz-se, em seguida, que prautès e a bondade do lado impetuoso da natureza do homem, e que o fato de possuí-la dificulta a explosão de ira de uma pessoa (2.2). Em seguida, vem a definição mais completa: “A prautès pertence a capacidade de suportar repreensões e ofensas com moderação, sem partir rapidamente para a vingança e sem ser facilmente provocado a ira, mas está livre de amargura e contenda, tendo tranquilidade e estabilidade de espirito” (4.3). Agora, prautès está assumindo uma forma. Na Ética a Eudemo, volta-se a tratar de prautès. Ê definido ali que o antônimo de prautès é ira, e que o homem explosivo e o inverso daquele que é praus (2.5, 9). Mais adiante existe uma definição mais completa e iluminadora. Explodir em ira e errado, e ser submisso com espirito de escravidão também o e. “ Visto, portanto, que estes dois estados de caráter são errados, fica claro que o meio-termo entre eles e certo, porque não e um gênio precipitado nem lento demais, não fica irado contra as pessoas com quem não deve ficar, nem deixa de expressar sua ira contra quem deve” (3.3, 4). O homem praus é o meio-termo entre aquele que e servil e aquele que e severo. Mas a análise mais completa de prautès acha-se na Ética a Nicômaco. Para Aristóteles, cada virtude é o meio entre dois extremos. Por um lado, está o extremo do excesso e por outro está o extremo da deficiência; entre eles está o meio. Aristóteles diz que prautès e o meio-termo entre orgilotès, a ira excessiva, e aorgèsia, a falta excessiva de ira .Prautès é o meio-termo entre ira em demasia e ira insuficiente; o homem que e praus é aquele que tem a quantidade exatamente certa de ira em sua personalidade (2.7.10). Prautès, continua dizendo, e a observância do meio-termo no que diz respeito a ira. O homem praus é aquele que se ira “ por motivos justos, contra as pessoas certas, da maneira certa, no momento certo e pelo prazo certo.” Aqui, pois, está o significado de praus. O homem praus é aquele que sempre se ira no momento certo, e nunca no momento errado.

E aqui esta a razão pela qual Moises e o grande exemplo de prautès. Moises não era nenhuma criatura sem caráter. Ele era um homem que podia irar-se ardentemente, quando a ira era necessária, e que, também,

podia ser humildemente submisso quando necessário. Nenhuma criatura sem caráter, sem espírito ou fraca poderia ter conduzido os homens do modo pelo qual Moises os conduziu. Moises tinha uma combinação de forca e suavidade. E se esta verdade se aplica a Moises, aplica-se ainda mais a JESUS CRISTO, porque nEle havia ira justa e amor que perdoava. Somente um homem praus poderia ter purificado o Templo expulsando os comerciantes ou ter perdoado a mulher pega em flagrante adultério, a quem todos os ortodoxos condenavam. O significado radical de prautès é o autocontrole. E o controle completo da parte impetuosa da nossa natureza. Quando temos prautès tratamos todos os homens com cortesia perfeita, podemos repreender sem rancor, podemos debater sem intolerância, podemos enfrentar a verdade sem ressentimento, podemos irar-nos sem pecar e podemos ser mansos sem ser fracos. Prautès é a virtude na qual nossos relacionamentos conosco mesmos e com os nossos próximos podem tornar-se perfeitos e completos. Claramente nenhum homem pode atingir esse autocontrole para si e por si. As explosões de ira rompem as correias e são fortes demais para a vontade e a razão que querem refreá-las. Exatamente por este motivo prautès faz parte do fruto do ESPÍRITO de DEUS. Prautès é o poder que, mediante o Espirito de DEUS, faz a forca poderosa e explosiva da ira ser aproveitada no serviço humano e divino.

 

 

Mansidão - A Epístola aos Gálatas - Germano Soares

# V. 23 - Mansidão e domínio próprio. “Mansidão” (prautes) é doçura, conduta suave, atitude pacífica com o próximo. Contém um sentido de brandura que é visto como a disposição de submeter-se à vontade de DEUS. E uma característica especial dos cristãos enquanto pessoas espirituais. Este fruto deve ser usado sempre que aparece a ira. E certo de que o conceito paulino de “mansidão” é de origem helenística e, em razão disso, conserva o sentido primário de “brandura”; porém, baseado na perspectiva cristã, está em íntima conexão com a tradição do judaísmo e do Antigo Testamento, que pressupõe temor e obediência a DEUS.

 

A mansidão - Comentário Bíblico Wesleyano - Mansidão é acompanhado com fidelidade. Por si só ou, neste contexto, que carrega uma imagem completamente oposta à impressão popular. Não é fraqueza, mas de força. O homem manso tem força de caráter suficiente para ser leve, suave e gentil sob pressão. Homens fracos não têm a força para ser gentil. Mansidão, também, vem de um mais elevado do que o poder humano. É uma qualidade do fruto do ESPÍRITO.

 

MANSIDÃO - Dicionário Wycliffe

Este termo indica moderação nas ações, requinte nas atitudes e disposição; a ausência daquilo que é precipitado e rude. O termo hebraico correspondente é ‘Ana, e tem o significado básico de “inclinar”, “condescender”. Cf, a clemência de DEUS em relação à humanidade (Sl 18.35). Quatro termos são usados para bondade no NT.

1. A palavra grega chrestotes (Tt 3.4; Rm 2.4; 2 Co 6.6; Ef 2.7; Gl 5.22; Cl 3.12), tem o significado geral de “benignidade”, “doçura”, “bondade potencial”, “bondade moral e integridade". Josefo atribui a bondade de Isaque à sua natureza. O velho vinho sazonado era chamado de chrestos. Os pagãos pareciam confundir chrestos coro o nome de CRISTO, Christos, o que não podia ser considerado como um erro total “à luz da natureza de CRISTO. Ele próprio fala sobre o seu jugo (Mt 11.30) como sendo chrestos, isto é, aquele que não irrita, preocupa ou atormenta, mas é suave e sereno. Portanto, esse termo sugere aquela bondosa natureza que é jovial e que, de outra forma teria sido dura e austera.

2. A palavra grega prautes quer dizer “mansidão”, “suavidade”, “meiguice”, “paciência” (1 Co 4.21; 2 Co 10.1; Gl 5.22,23). Esse termo parece também especificar cortesia, consideração e um ESPÍRITO humilde e modesto (2 Tm 2.25).

3. A palavra grega epios quer dizer “afável”, “bondade em relação a alguém” (1 Ts 2.7; 2 Tm 2.24).

4. A palavra grega epieikeia indica a pessoa que é justa, bondosa, branda, compassiva, conveniente e de bom senso (Fp 4.5; 1 Tm 3.3; Tt 3.2). É o contrário de discórdia e egoísmo, e foi definida por Aristóteles como “equidade” ou “ESPÍRITO justo”. Portanto, não é de admirar que Paulo especificasse essa palavra como sendo uma das qualidades necessárias de um oficial da igreja.

Existe ainda outro termo semelhante (philantropia) que embora não seja traduzido como mansidão traz em si o conceito básico de “cortesia”, “bondade” ou “amor a um semelhante” (At 27.3; 28.2; Tt 3.4).

R. E. Pr.

 

Mansidão - Teologia Sistemática de Charles Finney - Outro atributo da benevolência é a mansidão.

A mansidão, considerada como virtude, é um fenômeno da vontade. Esse termo também expressa um estado da sensibilidade. Quando empregada para designar um fenômeno da sensibilidade, é quase sinônima de paciência. Ela designa um temperamento dócil e controlado sob provocação. A mansidão, como um fenômeno da vontade e como um atributo da benevolência, é o oposto da resistência à injúria e da retaliação. É, de modo mais estrito e próprio, paciência sob tratamento injurioso. Com certeza esse é um atributo de DEUS, conforme demonstram claramente a nossa existência e o fato de não estarmos no Inferno. CRISTO disse a respeito dele mesmo: "sou manso e humilde de coração" (Mt 11.29), e isso decerto não era vangloria. De que forma admirável e incessante manifestou-se esse atributo de seu amor? O quinquagésimo terceiro capítulo de Isaías é uma profecia que expõe esse atributo sob luz mais tocante. Aliás, é difícil que algum aspecto do caráter de DEUS e de CRISTO seja manifesto de maneira mais contundente que essa. Evidentemente, esse deve ser um atributo da benevolência. A benevolência é a boa vontade para com todos os seres. Somos naturalmente pacientes com aqueles cujo bem buscamos de maneira honesta e diligente. Se nosso coração está decidido a lhes fazer bem, naturalmente exerceremos paciência para com eles. DEUS confiou a nós, de modo grandioso, sua paciência no fato de, quando éramos ainda seus inimigos, abster-se de nos punir e nos dar seu Filho para morrer por nós. A paciência é um atributo doce e amável. Como é tocante a maneira pela qual ele a manifestou no tribunal de Pilatos e sobre a cruz. "Foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca" (Is 53.7).

Esse atributo possui, neste mundo, abundante oportunidade de desenvolver e manifestar-se nos Santos. São ocasiões diárias para o exercício dessa forma de virtude. Aliás, todos os atributos da benevolência são chamados com frequência ao exercício nesta escola de disciplina. De fato, este é um mundo adequado em que treina os filhos de DEUS para desenvolver e fortalecer toda modalidade de santidade. Esse atributo deve sempre aparecer onde existir a benevolência e sempre que houver ocasião para seu exercício.

Há muito prazer em contemplar a perfeição e glória daquele amor que se constitui obediência à lei de DEUS. Em algumas ocasiões, a vislumbramos desenvolvendo um atributo após outro, e pode haver muitos de seus atributos e modalidades dos quais ainda não temos idéia alguma. As circunstâncias farão com que sejam exercidas. É provável, se não certo, que os atributos da benevolência fossem conhecidos de modo muito imperfeito no céu, antes da existência do pecado no universo e que, não fosse o pecado, muitos desses atributos jamais teriam sido manifestados em exercício. Mas a existência do pecado, tamanho o mal, dá oportunidade para que a benevolência manifeste suas lindas fases e desenvolva seus ternos atributos da maneira mais encantadora. Assim, a administração divina da benevolência faz o bem brotar de mal tão grande.

O temperamento impetuoso e impaciente sempre manifesta indícios de falta de benevolência ou de verdadeira religião. A mansidão é e deve ser característica peculiar dos Santos neste mundo em que existe tanta provocação. CRISTO reforçou com frequência e vigor a obrigação de ser paciente. "Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas" (Mt 5.39-41). Como é lindo!

 

 

Santificação.

A SANTIFICAÇÃO (BEP - CPAD)

1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas”.

Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com DEUS e servi-lo com alegria.

(1) Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do ESPÍRITO SANTO mediante a salvação em CRISTO, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de CRISTO, produz em nós o fruto do ESPÍRITO e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de dedicação a DEUS (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23; ver 2Co 5.17).

(2) Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de DEUS, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que DEUS lhe deu, morreu com CRISTO e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm 6.18); por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu Salvador, JESUS CRISTO. Mediante o ESPÍRITO SANTO, temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.

(3) A santificação no AT foi a vontade manifesta de DEUS para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6; Lv 11.44; 19.2; 2Cr 29.5). De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em CRISTO. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). 

(4) Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do ESPÍRITO SANTO no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13)

(5) A santificação é uma obra de DEUS, com a cooperação do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de DEUS quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do ESPÍRITO SANTO, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8).

(6) A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com CRISTO (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à Palavra de DEUS (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de DEUS (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniqüidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de DEUS (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14; Ef 5.18).

(7) Segundo o NT, a santificação não é descrita como um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver para DEUS (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados pelo ESPÍRITO à semelhança de CRISTO (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a DEUS e ao próximo (Mt 22.37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21).

(8) A santificação pode significar uma outra experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de DEUS uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que DEUS o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a DEUS como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do ESPÍRITO SANTO graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a DEUS (Rm 12.1,2; 6.19-22).

 

3. Deixando os excessos.

Os extremos são perigosos. Tudo o que vai além do limite da Palavra de DEUS deve ser evitado.

Como nos comportar de acordo com a orientação do ESPÍRITO SANTO?

Comer com moderação e só o que é permitido pela Palavra de DEUS.

Praticar sexo normal e dentro do que permite a Palavra de DEUS e somente com o cônjuge.

 

Conclusão

Temperança Significa Domínio Das Inclinações Carnais. Devemos Viver De Modo Sóbrio. A Temperança é Qualidade De Vida Espiritual E Deve Ser Constante Na Vida De Quem Segue A CRISTO, Pois ELE Era Temperante. A Prostituição E A Glutonaria São Descontroles Da Natureza Humana. Fugi Da Prostituição É A Ordem Da Palavra De DEUS. Deve A Igreja Praticar A Disciplina Em Casos De Prostituição De Seus Membros. A Glutonaria Trás Grandes Males Para O Crente E Até Seu Afastamento Dos Caminhos Do Senhor.  Que Possamos Ser Achados Vivendo Em Santificação E Deixando Os Excessos, Agradando A DEUS Em Tudo.  Vivendo Em Santificação. Deixando Os Excessos.

  

 

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMAS CORREÇÕES DO Pr. Luiz Henrique

 

Domínio próprio - εγκρατεια - egkrateia - Lê-se Egréziá - Strong em português

1) autocontrole (virtude de alguém que domina seus desejos e paixões, esp. seus apetites sensuais)

 

Domínio próprio - εγκρατεια - Lê-se Engraziá - egkrateia - Domínio próprio´- A Vitória sobre o Desejo - Obra da Carne e o Fruto do Espirito - William Barclay

A nona e última virtude no fruto do Espirito é egkrateia, traduzida por temperança na B, ARC, Mar., P.; por domínio próprio na ARA,BLH,BV; e por autodomínio na BJ. Domínio próprio, que também aparece a margem da RSV, é a melhor tradução.

No próprio NT temos muito pouca matéria com que podemos avaliar o significado desta palavra. Ocorre somente em dois outros lugares. Paulo debateu com o governador Felix e sua esposa Drusila acerca da justiça e do domínio próprio (At 24.25). Pedro conclama seus leitores a acrescentarem o domínio próprio ao conhecimento, e a perseverança a temperança (2 Pe 1.6).

O verbo correspondente, egkrateuomai, ocorre duas vezes no NT.

Significa exercer domínio próprio ou ter autodomínio. Em 1 Co 7.9 Paulo, falando do relacionamento entre os sexos, adverte contra o casamento,

mas então acrescenta: “Caso, porém, não se dominem, que se casem.” Ou seja: se o domínio próprio se revelar impossível, então o casamento

e permissível. Em 1 Co 9.25 ele determina o princípio universal de que todo homem que se esforça para vencer em tudo se domina, ou e temperado. O adjetivo correspondente egkratès ocorre uma só vez no NT. Significa “ com domínio de si” , Em Tt 1.8 e estipulado aos bispos que  sejam sóbrios, justos, piedosos e que tenham domínio de si. De modo claro, o NT propriamente dito fornece bem pouca matéria para a elucidação do significado desta palavra.

A LXX não as usa frequentemente, mas as poucas ocorrências realmente ajudam a dar conteúdo ao seu significado. Ecli. 18.30 começa uma seção chamada Temperança da Alma. Na BJ Domínio de si mesmo é a tradução deste título da seção seguinte: “Não te deixes levar por tuas

paixões e refreia os teus desejos. Se cedes ao desejo da paixão, ela fara de ti objeto de alegria para teus inimigos. Não te deleites numa existência voluptuosa, não te ligues a uma tal sociedade. Não te empobreças banqueteando com dinheiro emprestado, quando nada tens no bolso” (Ecli. 18.30-33). Com base nesta passagem fica claro que egkrateia inclui, pelo menos, autodomínio e autodisciplina em questões de prazer físico e corporal.

A palavra ocorre mais uma vez em 4 Macabeus. Este livro fala da terrível perseguição contra os judeus no reinado de Antioco Epifânio, que fez uma tentativa deliberada e selvagem de liquidar a religião judaica. Eleazar e colocado diante dos perseguidores e lhe e' oferecida a escolha entre comer carne de porco e a morte. Sua resposta e: “Eu não te trairei, O Lei, minha instrutora! Não te abandonei, o amada Temperança!” (4 Mac. 5.4). Neste caso, a palavra descreve a auto restrição, a autodisciplina, a abnegação que não violara as leis alimentares judaicas, ainda que o comprimento importe em morte. O verbo egkrateuesthai ocorre na LXX no sentido de refrear-se de fazer alguma coisa. Quando Jose reconheceu seus irmãos, e em especial quando reconheceu Benjamim, ficou tomado pelas suas emoções. Retirou-se para esconder a sua emoção e lagrimas. Depois lavou o rosto, e saiu; e na presença deles, conteve-se (Gn 43.31). Ou seja, refreou a sua emoção. De modo semelhante, em Ester, Hama enfurece-se diante da prosperidade de Mordecai, porem se conteve no momento (Et 5.10). Ou seja: refreou a sua ira por um momento. Na LXX egkratês e bastante comum, mas não no sentido ético. Todas estas palavras têm como raiz o verbo kratein que significa “pegar

em,” “ agarrar.” Destarte, egkratès pode significar simplesmente ter posse de, ou segurar em (Tob. 6.3; Ecli. 6.27; 15.1; 27.30; 2 Mac. 8.30; 10.15, 17; 13.13). Na realidade, esta e uma valiosa informação casual sobre o significado ético da palavra; pois quando a palavra entra na esfera moral e ética descreve a forca da alma com que o homem agarrasse em si mesmo, domina-se e tem um completo autocontrole de modo a poder refrear-se de todo desejo maligno. Na LXX parece ocorrer uma só vez no sentido ético. O Sábio declara: “Graça sobre graça e uma mulher recatada, aquela que é casta é de um valor inestimável” (Ecli. 26.15).

Ali a palavra descreve a castidade marcante que tem toda paixão sob o mais completo controle. No grego clássico a palavra aparece em Platão como uma palavra moral e ética. Platão fala na egkrateia, o domínio dos prazeres e dos desejos (República 430 E). Na Memorabilia Xenofonte registra a respeito de Sócrates que este era, entre todos os homens, o que mais dominava os desejos do amor e do apetite (Memorabilia 1.2.1).  Como no caso de pautes, a palavra egkrateia e discutida muito pormenorizadamente por Aristóteles, mas deixaremos a análise feita por ele para o fim. A partir deste ponto, dirigindo-nos a épocas anteriores ao NT, não achamos muito material que ajude na definição de egkrateia. Neste caso,

podemos procurar descobrir alguma ajuda indo para os tempos posteriores. O primeiro grupo de escritores cristãos fora do NT escreveu durante

os últimos anos do século I e na primeira metade do século II; são conhecidos como os Pais da Igreja. São, obviamente, de vital importância para

o estudo do pensamento da Igreja primitiva, e tem muita coisa a dizer a respeito de egkrateia e seu lugar na vida cristã.

i. E um dos maiores dons de DEUS. “Quão bem-aventurados e maravilhosos são os dons de DEUS” escreve Clemente de Roma, e depois passa a enumerar alguns deles: “A vida na imortalidade, o esplendor na justiça, a verdade na ousadia, a fé na confiança, a continência (egkrateia) na santidade”  (1 Clemente 35.1, 2). A temperança (egkrateia), diz Hermas, e como toda dadiva de DEUS. E dupla, porque há algumas coisas das quais refrear- se e um dever, e há outras das quais o não refrear-se e um dever (O Pastor de Hermas, Mandados 8.1). Clemente tem uma passagem nobre sobre a excelência da vida cristã: “O forte, cuide do fraco; e o fraco respeite o forte. O rico, ajude com liberalidade o pobre; e o pobre seja agradecido a DEUS, porque lhe deu alguém através de quem suas necessidades foram supridas. O sábio manifeste a sua sabedoria não em palavras, mas em boas obras; o que e humilde, não de testemunho de si mesmo, mas deixe que de outro lhe venha o testemunho; o que e puro na carne, não se jacte, sabendo que outro e o que lhe concede (o dom de) a continência” (1 Clemente 38.2). A última oração de Clemente em favor de seus leitores e: “Possa o DEUS que a tudo vê, Senhor dos espíritos e de toda carne, que escolheu o Senhor JESUS CRISTO, e a nos, através dele, para sermos “um povo peculiar” , dar a toda alma que invoca o seu magnifico e santo nome, fé, temor, paz, paciência, longanimidade, domínio próprio, pureza e sobriedade, para serem agradáveis ao seu nome, por meio de nosso Sumo Sacerdote e Protetor, JESUS CRISTO, através de quem lhe seja gloria e majestade, poder e honra, agora e por todos os séculos. Amem” (1 Clemente 64). Num mundo que contamina as pessoas, os mestres primitivos amavam egkrateia e a viam como uma das maiores dadivas de DEUS.

ii. Faz parte da própria base da vida cristã. Clemente, encerrando a sua carta, escreve: “Tocamos em todos os aspectos da fé, do arrependimento,

do legitimo amor, do domínio próprio, da sobriedade e da paciência (1 Clemente 62.2). Egkrateia é uma das colunas fundamentais que sustentam a vida cristã. Segundo Hermas, egkrateia faz parte do primeiro mandamento da vida cristã. O anjo lhe diz: “Ordeno-te no primeiro mandamento a conservar a fé e o temor e a continência” (O Pastor de Iíermas, Mandamentos 6.1).

iii. E a aliada da vida cristã. A carta de Barnabé diz: “O temor e a paciência são ajudadores da nossa fé, a longanimidade e a continência são suas aliadas” (A Carta de Barnabé 2.2).

iv. E a maneira de salvar a alma. O anjo diz a Hermas: “ Tu es salvo por não teres rompido com o DEUS vivo e pela tua simplicidade e grande temperança” (i0 Pastor de Hermas, Visões 2.3.2). Em 2 Clemente está escrito: “Penso agora que meus conselhos não foram de somenos valor, a

respeito do controle próprio, e se qualquer homem os seguir, não se arrependera, mas salvara tanto a si mesmo quanto a mim, o seu conselheiro”

(2 Clemente 15.1).

v. E a marca do amor cristão. Policarpo define a lição que as esposas cristas devem aprender: “Em seguida, ensina as nossas esposas a permanecerem na fé que lhe foi dada, e, em amor e pureza, a amarem os seus maridos em toda a verdade, e a amar os demais igualmente em toda a castidade, e a educar seus filhos no temor a DEUS” (Policarpo: Filipenses 4.2). Egkrateia faz com que o amor seja castidade não concupiscência.

vi. E o suporte da Igreja Crista. Nas suas Visões Hermas viu uma torre sendo edificada, e a torre e o símbolo da Igreja. Em derredor da torre havia sete mulheres, e a torre era sustentada por elas. “A segunda, que tem cintura e que parece um homem, e chamada Continência; e ela e a filha da fé. Quem portanto, segui-la, será bem-aventurado em sua vida, porque se absterá de todas as ações mas, crendo que, refreando-se de todas a concupiscência maligna, herdara a vida eterna” (O Pastor de Hermas: Visões 3.8.4). Um dos suportes e fundamentos da Igreja e vida cristã e egkrateia. O valor que os mestres primitivos atribuíam a virtude de egkrateia está claro. E a auto restrição, o autocontrole, a autodisciplina, a pureza e a castidade presentes na palavra, estão claros. Aristóteles faz a grande análise clássica da palavra. Ele, ou seu discípulo, trata-a no seu opúsculo Das Virtudes e dos Vícios. Declara-se ali que egkrateia e a virtude da parte apetitiva da alma (1.3). Posteriormente, e definida de modo mais completo: “A egkrateia pertence a capacidade de refrear o desejo pela razão, quando este fixa-se nos gostos e prazeres vis, e de ser resoluto e sempre pronto a suportar a necessidade e dor naturais”(5.1). Na Ética a Eudemo, egkrateia volta a ser comentada. Ali Aristóteles lida com o homem que é o inverso de egkratès, aquele que é a kratês. Ele escreve: “ Toda a iniquidade torna o homem mais injusto, e a falta de domínio próprio parece ser iniquidade; o homem descontrolado e o tipo de homem que age de conformidade com o desejo e de modo contrário ao raciocínio; e demonstra sua falta de controle quando sua conduta e guiada pelo desejo; de modo que o homem descontrolado agira injustamente e segundo o seu desejo” (2.7.6). O inverso de egkrateia é a ação dominada pelo desejo, e o homem egkratès é aquele que evita o desejo de ser o ditador das suas ações e da sua vida. A discussão mais completa de egkrateia acha-se no sétimo livro da Ética a Nicômaco e é de grande interesse e importância. Aristóteles começa definindo aquele que e egratès ao tratar do caso inverso: o homem akratès. O homem que e egkratès tem controle próprio, aquele que é akratès não se controla (7.1.1.). Estas duas palavras, na realidade, nos oferecem a chave para toda a questão. As duas tem ligação com o verbo kratein, que significa agarrar, segurar firme, sustentar, controlar. O homem egkratès e controlado por sua natureza decidida e confiante, aquele que e akratès não tem segurança nem controle sobre si mesmo. Aristóteles passa, então, a falar das coisas com as quais akrasia, a qualidade do homem akratès, tem ligação. Está associada com malakia, a fraqueza no viver e trufè, que e a luxuria sensual no viver (7.14). Por outro lado, e contrastada com karteria, que e a solida perseverança e persistência. Aristóteles passa, então, a definir as diferenças essenciais entre certos tipos de caráter. O homem que e sõphrón, prudente e controlado, sempre tem domínio próprio e perseverança. O homem que é akratès pratica atos errados, mas não os pratica por escolha própria, ele e levado pelos impulsos e impetuosidade, sabendo que está praticando coisas mas, em certo sentido, contra sua vontade e juízo. O desejo forçou-o a separar-se da linha de ação que, segundo a razão lhe diz, e boa. O homem que e akoiastos pratica deliberadamente as coisas erradas; e o libertino que, de modo proposital, escolhe o caminho do desejo. O homem egkratès tem desejos fortes que procuram desvia-lo do caminho da razão, mas ele os mim tem sob controle (7.1.6, 7; 7.2.6.7).

Mas onde está área de desejo e descontrole? Nesta vida há dois tipos de prazer — o prazer necessário e o desnecessário. Os prazeres necessários são aqueles dos instintos naturais; os prazeres desnecessários são o dinheiro, as vantagens, a honra, e coisas assim. Ora, pode-se dizer que um homem e incontido no seu desejo pelo dinheiro ou pela fama, mas em tal caso não seria dito que ele é intemperante pura e simplesmente; declarasse a área em que ele e incontido. Quando se usa a palavra incontido acerca de qualquer homem, sem qualifica-la, queremos dizer incontido no que diz respeito aos prazeres e sofrimentos do corpo (7.4.1-4).

Aqui temos a essência de toda a questão. Egkrateia não é outra coisa senão a castidade, e a castidade foi a única virtude completamente nova que a ética cristã trouxe para este mundo. Egkrateia é a grandiosa qualidade do homem quando CRISTO está em seu coração, a qualidade que o capacita a viver e andar no mundo, conservando imaculadas as suas vestes.

 

Domínio próprio - A Epístola aos Gálatas - Germano Soares - “domínio próprio” (egkrateia), significa autocontrole, a característica de ter domínio sobre seus próprios apetites. Esta palavra também é de origem helenística, e designa para Paulo, a conduta interna e externa em oposição à imoralidade sexual, impureza e lascívia. Ela não significa somente a capacidade de controle, mas de uma forma mais ampla: o autodomínio e disciplina sexual.56 O autocontrole, no entanto, não significa a negação de si mesmo, mas uma avaliação real da função do nosso eu na forma mais nobre de vida.

 

 

 

Revista do 1º Trimestre de 2005 -  Título: O Fruto do ESPÍRITO — A plenitude de CRISTO na vida do crente - Comentarista: Pr. Antonio Gilberto

Temperança é domínio-próprio em ação! O temperante segundo Tito 1.8 é aquele que exerce autocontrole sobre as paixões ou desejos desregrados da alma. Na criação, DEUS dotou o homem de certas faculdades naturais necessárias à sobrevivência: alimentar-se, preservar-se, reproduzir-se, dominar sobre a criação e adquirir bens. No entanto, com a entrada do pecado, essas aptidões inatas foram contaminadas pelo pecado. A partir de então, surgiram a glutonaria, o suicídio, a prostituição, a servidão, a ganância, a cobiça etc. Esses últimos manifestam-se muitas vezes de modo incontido, aprisionando a pessoa aos vícios e ao desejo irrefreável de cometer tais pecados — a Bíblia os chama de “concupiscências da carne”. O desejo refreado, por exemplo, é contemplado por Tito (1.8) no termo traduzido por “moderado”. Este termo, no original (sophroneo), significa literalmente “são de cérebro” ou “mente sóbria” e se refere à prudência e ao autocontrole proveniente de uma reflexão. O moderado, dentro deste contexto, é alguém que não se deixa dominar pela ansiedade, pelo contrário, exerce controle sobre ela, pois pondera seus atos e suas respectivas consequências de acordo com a Palavra de DEUS.

 

 Temperança em diversas áreas da vida:

 

INTRODUÇÃO

 Nesta lição, analisaremos o fruto do ESPÍRITO quanto a sua “fatia” da disciplina — a temperança. O crente, que permite ao ESPÍRITO SANTO torná-lo segundo a imagem de JESUS, desenvolverá esta virtude em todas as áreas da vida (2Co 3.18).

Você precisa de mais disciplina e ordem em sua vida, sem reclamação? O fruto da temperança ou autocontrole — não simplesmente o natural ou advindo de cursos, mas do ESPÍRITO — é a resposta.

I. O QUE É TEMPERANÇA

DEUS anela que o crente tenha domínio próprio, pois este fruto capacita o crente a renunciar a impiedade e as concupiscências mundanas (Tt 2.11,12). O fruto da temperança abrange a renúncia aos desejos ou prazeres pecaminosos.

1. Definição bíblica. A palavra original traduzida por “temperança” aparece somente em três passagens do NT: Gl 5.22, At 24.25 e 2Pe 1.6. Em Gálatas 5.22, é usada para designar a última seção do fruto nônuplo do ESPÍRITO. Em Atos 24.25, Paulo empregou o termo ao discorrer com Félix acerca “da justiça, e da temperança, e do juízo vindouro”. Em 2 Pedro 1.5,6, a palavra é incluída na lista das qualidades que todo cristão deve desenvolver: “Acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança, e à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade”.

2. Temperança como fruto do ESPÍRITO é autodisciplina. A ideia principal de “temperança” é força, poder ou domínio sobre o ego, inclusive petulância, arrogância, brutalidade e vanglória. É o controle de si mesmo sob a orientação do ESPÍRITO SANTO.

Em 1 Coríntios 9.25, a temperança é empregada em alusão ao treinamento e disciplina rígidos de corredores gregos em seu esforço para conquistar o prêmio. Paulo frequentemente faz uso das analogias do atleta e do soldado em seus escritos. “Correi de tal maneira que alcanceis [o prêmio]. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado” (1Co 9.24,26,27). Aqui, não se trata de ascetismo pagão e idólatra, nem de autoflagelação religiosa, mas de manter o nosso inteiro ser em sujeição por amor a CRISTO.

3. Domínio sobre os desejos sexuais. A palavra temperança também é usada em referência ao domínio do cristão sobre os desejos sexuais: “Mas, se [os solteiros] não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar-se do que abrasar-se” (1Co 7.9).

II. O SEGREDO DA TEMPERANÇA

A falta de temperança leva a pessoa a cometer excessos ao dar vazão aos desejos pecaminosos da carne. O melhor antídoto contra isso é estar cheio do ESPÍRITO SANTO, porque desta maneira estaremos sob o seu controle. Ele nos ajuda a dominar nossas fraquezas, e submetermo-nos à sua vontade. Ver Rm 8.5-9 e Jo 3.6.

Sem o auxílio do ESPÍRITO de DEUS, nossas inclinações naturais cedem facilmente aos desejos pecaminosos. Todavia, ao nascermos do ESPÍRITO, a nova natureza divina em nós esforça-se por cumprir toda a sua vontade e agradá-lo.

III. UMA VIDA EQUILIBRADA

1. O princípio do equilíbrio é uma das leis naturais do universo. O controle perfeito que DEUS exerce sobre a natureza é mencionado na Bíblia (Jó 37.14-16).

2. O propósito divino é que os cristãos tenham uma vida equilibrada. Isto implica equilíbrio espiritual, físico, mental e emocional. Por exemplo, o apóstolo Paulo escreveu os capítulos 12, 13 e 14 de 1 Coríntios a fim de enfatizar o equilíbrio no exercício dos dons espirituais, e a necessidade de estes estarem harmonizados pelo amor. Na igreja de Corinto havia abuso no exercício dos dons espirituais, enquanto, na de Tessalônica havia controle excessivo dos referidos dons, o que também causava desequilíbrio. Estes crentes impediam a obra do ESPÍRITO e até menosprezavam os dons, principalmente o mais notório, a profecia (1Ts 5.19,20).

3. Vida equilibrada é viver com moderação. Isto significa que devemos evitar os extremos de comportamento ou expressão, conservando os apropriados e justos limites.

Obviamente há coisas das quais o cristão tem de se privar totalmente (Gl 5.19-21; Rm 1.29-31; Rm 3.12-18; Mc 7.22,23). Entretanto, DEUS criou muitas coisas boas para delas desfrutarmos com prudência, sob a orientação do ESPÍRITO SANTO e da Palavra de DEUS. Examinemos os ensinos bíblicos quanto à temperança em áreas específicas de nossa vida.

a) Controle da língua. A temperança começa com o controle da língua, e o apóstolo Tiago informa-nos o quão difícil é realizá-lo (Tg 3.2). Se você não controla sua língua, sua fala, sua conversa, não controla nada mais em sua vida. Se você realmente deseja o fruto da temperança, peça ao ESPÍRITO SANTO para controlar sua língua.

b) Moderação nos hábitos cotidianos. Em 1 Coríntios 6.12-20, aprendemos a importância de honrar a DEUS através do nosso corpo. Nesta passagem, trata-se não só a respeito da imoralidade sexual, mas também sobre qualquer outra prática que desonre o corpo e, consequentemente, desonre DEUS.

A glutonaria e a bebedice são hábitos pecaminosos contra os quais somos advertidos na Bíblia (Pv 23.20,21). Alguém que repreende outrem por alcoolismo e ao mesmo tempo come de forma excessiva é incoerente. Esse tal prejudica-se igualmente, pecando contra o corpo. Precisamos da ajuda do ESPÍRITO SANTO para educar nossos hábitos alimentares.

c) Moderação no uso do tempo. Provavelmente o maior exemplo bíblico de satisfação excessiva dos próprios desejos é o rico insensato de Lc 12.15-21. JESUS destacou a importância de usar nosso tempo com sabedoria em seu discurso em relação à vigilância (Lc 12.35-48). O crente equilibrado o dividirá entre a família, o trabalho, o estudo da Bíblia a Casa do Senhor, a oração, o descanso e o lazer. O preguiçoso, ou o indivíduo que desperdiça tempo em atividades inúteis, não tem domínio próprio (1Ts 5.6-8).

d) Autodomínio da mente. No mundo de hoje, há muitas atrações e passatempos aparentemente inofensivos com o objetivo de afastar-nos de nossas responsabilidades para com DEUS. O que lemos, vimos, ou ouvimos causa impacto em nossa mente, por isso precisamos da ajuda do ESPÍRITO SANTO a fim de conservá-la pura (Fp 4.8).

IV. UMA VIDA SANTA 

Acima de tudo, DEUS deseja que sejamos santos! Esta ideia é enfatizada inúmeras vezes ao longo da Bíblia: “Porque eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso DEUS, e para que sejais santos; porque eu sou santo” (Lv 11.45). “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

O ESPÍRITO SANTO trabalha em nosso interior, aperfeiçoando a santidade e tornando CRISTO uma realidade em nossa vida. Ele quer produzir em nós o fruto espiritual da temperança, e cria em nós o desejo de separação do mundo pecaminoso para viver de modo agradável a DEUS (Rm 8.8-10).

CONCLUSÃO 

O fruto da temperança suscitado pelo ESPÍRITO SANTO opõe-se a todas as obras da natureza pecaminosa carnal e humana. No momento em que somos salvos, o ESPÍRITO SANTO passa a habitar em nós. A partir de então, não deveremos estar mais sob a escravidão do pecado. Ao longo da vida terrena, precisamos exercer o governo disciplinado sobre os desejos da carne. Esta (a natureza inatamente pecaminosa) fará tudo para recuperar o seu domínio sobre nós. Busquemos todos, sempre, a renovação espiritual e tenhamos uma vida inteiramente rendida a JESUS como Senhor. Nessa dimensão espiritual nasce e cresce o fruto do ESPÍRITO.

 

VOCABULÁRIO

Antídoto: Medicamento que reverte os efeitos do veneno; contraveneno; antitóxico.

Ascetismo: Doutrina que considera a privação, a solidão e a autopunição como elementos necessários à santidade.

Excessivo: Exagerado; demasiado; desmedido.

  

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Lição 13 - Uma Vida de Frutificação

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 15.1-6

1 - Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. 2 - Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. 3 - Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. 4 - Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. 5 - Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer. 6 - Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.

 

Comentários da BEP - CPAD

15.1 EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA. Nesta parábola ou alegoria, JESUS se descreve como "a videira verdadeira" e aqueles que se tornaram seus discípulos, como "os ramos". Ao permanecerem ligados nEle como a fonte da vida, frutificam. DEUS é o lavrador que cuida dos ramos, para que deem fruto (vv. 2,8). DEUS espera que todo crente dê fruto.

15.2 TODA VARA. JESUS fala de duas categorias de varas: infrutíferas e frutíferas. (1) As varas que cessam de dar fruto são as que já não têm em si a vida que provém da fé perseverante em CRISTO e do amor a Ele. A essas varas o Pai tira, i.e., Ele as separa da união vital com CRISTO (cf. Mt 3.10). Quando cessam de permanecer em CRISTO, DEUS passa a julgá-las e a rejeitá-las (v. 6). (2) As varas que dão fruto são as que têm vida em si por causa da sua perseverante fé e amor para com CRISTO. A essas varas o Pai "limpa", poda, a fim de ficarem mais frutíferas. Isso quer dizer que Ele remove de suas vidas qualquer coisa que desvia ou impede o fluxo vital de CRISTO. O fruto é o caráter cristão, como qualidades, que no crente glorifica a DEUS, mediante sua vida e seu testemunho (ver Mt 3.8; 7.20; Rm 6.22; Gl 5.22,23; Ef 5.9; Fp 1.11)

 

15.4 ESTAI EM MIM. Quando uma pessoa crê em CRISTO e recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de estar ou permanecer nEle. Tendo esse poder, o crente precisa aceitar sua responsabilidade quanto à salvação e permanecer em CRISTO. Assim como a vara só tem vida enquanto a vida da videira flui na vara, o crente tem a vida de CRISTO somente enquanto está vida flui nele pela sua permanência em CRISTO. A palavra grega aqui é menor, que significa "continuar", "permanecer", "ficar", "habitar". As condições mediante as quais permanecemos em CRISTO são: (1) conservar a Palavra de DEUS continuamente em nosso coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações (v. 7); (2) cultivar o hábito da comunhão constante e profunda com CRISTO, a fim de obtermos dEle forças e graça (v. 7); (3) obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor (v. 10) e amar uns aos outros (vv. 12,17); (4) conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do ESPÍRITO SANTO (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl 5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22)

 

15.6 SERÁ LANÇADO FORA, COMO A VARA. A alegoria da videira e das varas deixa plenamente claro que CRISTO não admitia que "uma vez na videira, sempre na videira". Pelo contrário, JESUS nessa alegoria faz aos seus discípulos uma advertência séria, porém amorosa, mostrando que é possível um verdadeiro crente abandonar a fé, deixar JESUS, não permanecer mais nEle e por fim ser lançado no fogo eterno do inferno (v. 6). (1) Temos aqui o princípio fundamental que rege o relacionamento salvífico entre CRISTO e o crente, a saber: que nunca é um relacionamento estático, baseado exclusivamente numa decisão ou experiência passada. Trata-se, pelo contrário, de um relacionamento progressivo, à medida que CRISTO habita no crente e comunica-lhe sua vida divina (ver 17.3; Cl 3.4; 1 Jo 5.11-13). (2) Três verdades importantes são ensinadas nesta passagem. (a) A responsabilidade de permanecer em CRISTO recai sobre o discípulo (ver v. 4 nota). É esta a nossa maneira de corresponder ao dom da vida e ao poder divinos concedidos no momento da conversão. (b) Permanecer em CRISTO resulta em JESUS continuar a habitar em nós (v. 4a); frutificação do discípulo (v. 5); sucesso na oração (v. 7); plenitude de alegria (v. 11). (c) As consequências do crente deixar de permanecer em CRISTO são a ausência de fruto (vv. 4,5), a separação de CRISTO e a perdição (vv. 2a,6).

  

 

PROPÓSITOS DA FRUTIFICAÇÃO

1- A frutificação é uma expressão da vida de CRISTO.

2- A frutificação é evidência de discipulado.

1- A frutificação abençoa outras pessoas.

1- A frutificação traz glória a DEUS.

  

 

Resumo da Lição 13 - Uma Vida de Frutificação

I - A VIDEIRA E SEUS RAMOS

1. A parábola da vinha.

2. Condição para ser produtivo.

3. A poda.

II - O FUNDAMENTO DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL

1. Firmados no amor de CRISTO. 

2. Por que o amor é a base da frutificação?

3. Cheios do ESPÍRITO e de amor.

III - CHAMADOS PARA FRUTIFICAR

1. Revestidos de amor.

a) A frutificar em nosso relacionamento espiritual.

b) A ter um relacionamento conjugal frutífero.

c) A ter um relacionamento familiar frutífero.

2. Se a Palavra estiver em nós.

3. Cumprindo a lei.

 

 

 

Resumo Rápido do Pr. Henrique

 

"raiz duma terra seca" (Is 53:2).

Isaías vê JESUS no futuro nascendo como a videira verdadeira em uma terra seca (tempos de secura espiritual em Israel, não havia profeta e nem revelação de DEUS).

Esta é uma apropriada figura de CRISTO descrevendo um aspecto de seu ministério ("sem mim nada podeis"). DEUS plantou duas videiras. No AT a videira era Israel, mas não deu fruto, secou e foi retirada (Temporariamente - o remanescente será salvo). Mas no NT, JESUS é a videira verdadeira em que os crentes permanecem para ter vida espiritual (Jo 15:1,3). JESUS gerou milhões de filhos para DEUS.

Israel perseguiu e matou os enviados por DEUS para tomarem posse da vinha e por fim matou o filho do dono da vinha. Mas ele RESSUSCITOU, está vivo para sempre, venceu a morte, o inferno, satanás e o pecado. Nosso Salvador e Senhor está à direita do PAI, onde intercede por nós. Estamos em CRISTO e nada pode nos separar Dele. Fique firme ai, em CRISTO e brevemente estaremos com ELE na eternidade.

 

É importante saber que é o ESPÍRITO SANTO que coloca as qualidades quando são necessárias. para isso é preciso estar cheio e controlado pelo ESPÍRITO SANTO. 

As pessoas parecem ter o fruto, mas não é possível ter se as manifestações são dadas pelo ESPÍRITO SANTO na hora que precisamos. O fruto é do ESPÍRITO e não nosso. Conhecemos pessoas boas que são crentes, mas podem ser também católicas, espíritas, macumbeiras. Olha que os espíritas, por exemplo, são mais gentis e amorosos do que os crentes em geral. O problema é que existem interesses por detrás dessa "bondade" da grande maioria. Essa bondade é natural, geralmente nasce com a pessoa e muitas vezes é até resultado de um problema cardíaco.

 

Introdução

Nosso assunto de hoje é produção, resultado, frutificação. Espera-se que os galhos cheios de seiva que vem da árvore produzam frutos em abundância. Ou seja, espera-se que os crentes, cheios do ESPÍRITO SANTO ganhem muitas almas, pois estão ligados a JESUS que deseja salvar a todos os homens. O ESPÍRITO SANTO manifestará as qualidades necessárias aos crentes para que produzam muito para o reino de DEUS, para que ganhem muitas almas. Para produzirmos devemos estar ligados à Videira Verdadeira que é CRISTO. Sem Ele nada podemos (Jo 15.4). Quem receberá a glória, honra e louvor pela colheita é o PAI (Jo 15.8).

 

I - A VIDEIRA E SEUS RAMOS

1. A parábola da vinha.

A vinha é figura de Israel no AT e figura de JESUS CRISTO no NT.

Em João 15.1-6 podemos ver aí uma parábola, ou alegoria, a respeito da videira. A videira é JESUS CRISTO e os ramos são todos os discípulos de CRISTO, a igreja. O lavrador é o PAI. Devemos frutificar.

No antigo testamento a videira era Israel e falhou em produzir, pois deveria ter evangelizado os povos do mundo todo e eles mesmos terem aceitado JESUS quando se manifestou a eles como o Messias. Então Israel se tornou a falsa videira. JESUS veio evangelizando os povos, Em Israel poucos o aceitaram, mas dentre os gentios milhões O aceitaram e ainda Continuam aceitando e sendo salvos. Ele usa os galhos para evangelizarem agora. Cada galho pode produzir muitos frutos, pois a videira produz em cada galho muitos frutos.

JESUS então é a videira verdadeira.

Nós somos os galhos que precisam frutificar. Se existe verdadeira Videira é porque JESUS estava dizendo que a outra era falsa. Falsa no sentido de falhar. Falsa de não ser capaz de salvar. Falsa no sentido de não entender sua missão. Falsa porque não produziu frutos dignos de arrependimento e nem reconheceu seu Messias. Falsa também por não ter pregado aos gentios e os aceitado como povo de DEUS também.

 

2. Condição para ser produtivo.

Sem JESUS não há frutificação. Se os galhos da videira não estiverem em CRISTO nada poderão fazer para DEUS. Esse foi o problema de Israel, não tinham CRISTO e nem o reconheceram quando se manifestou a eles. Muitas igrejas ditas cristãs ou evangélicas hoje não produzem para DEUS pois, rejeitam o ESPÍRITO SANTO que é quem liga o galho à árvore, ou seja, liga o Crente a JESUS.

O amor de DEUS se manifesta no crente assim que se arrepende e aceita a JESUS como único salvador e senhor. Este crente já pode e deve ser batizado no ESPÍRITO SANTO e nas águas e ser uma testemunha do amor de DEUS, ganhando almas para CRISTO. Isso acontece muito devido ao novo convertido se entregar totalmente a CRISTO e ao ESPÍRITO SANTO e assim, através desse primeiro amor que já vem do fruto do ESPÍRITO nele implantado pelo ESPÍRITO SANTO, produz muito para o reino de DEUS. Frutifica muito nos primeiros dias. Pena que com o passar dos anos a maioria dos crentes percam essa total entrega e passem a mar o mundo e o que nele há. Assim param de frutificar. Mas DEUS espera que despertem deste sono e sejam ganhadores de milhões de almas..

 

3. A poda.

O motivo da poda é maior frutificação e ás vezes é para tentar salvar um galho que não produz mais. Às vezes é preciso cortar os ramos que estão atrapalhando o desenvolvimento da planta. Os galhos que produzem vão produzir mais após a poda e os galhos que não produzirem serão cortados na próxima poda.

JESUS retira de nós tudo que nos impede de frutificar ou nos faz frutificar pouco. Isso é santificação. Isso acontece pelo ouvir a Palavra de DEUS ( João 15.3 - Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado).

 

II - O FUNDAMENTO DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL

1. Firmados no amor de CRISTO. 

Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna João 3.16

 Mas DEUS prova o seu amor para conosco, em que CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5.8

É nesse amor de DEUS por nós e por toda humanidade que vamos ser usados pelo ESPÍRITO SANTO para ganharmos almas para CRISTO. A seiva da árvore, da videira, é o amor, primeiro produzido por JESUS e depois transmitido a nós pelo ESPÍRITO SANTO. Assim frutificamos, pois, amamos a DEUS e a nosso próximo.

 

2. Por que o amor é a base da frutificação?

Porque o amor é como um botão de rosas que só vai gerar a flor depois de abrir a primeira pétala que é o amor. As outras pétalas dependem dessa primeira. O ESPÍRITO SANTO só vai conseguir manifestar as qualidades do fruto do ESPÍRITO em nós se nos entregarmos a Ele para que manifeste em nós essa primeira qualidade.

Para sermos salvos não necessitamos de obras e elas, quando apresentadas a DEUS como justificação, são chamadas obras mortas. Somos salvos pela graça de DEUS, por meio da fé, ou seja, tudo o que era preciso fazer para sermos salvos, JESUS já fez. Só precisamos crer para sermos salvos.

Agora, depois de salvos, nossa fé só será aceita se retesarmos obras para DEUS. Essas obras têm como objetivo a salvação das pessoas.

Quanto mais o sangue de CRISTO, que pelo ESPÍRITO eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a DEUS, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao DEUS vivo? Hebreus 9:14

Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de CRISTO, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em DEUS, Hebreus 6:1

Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. Tiago 2:26

Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Tiago 2:17

 

3. Cheios do ESPÍRITO e de amor.

Na igreja primitiva, ou primeira, em Atos dos Apóstolos, temos o exemplo do verdadeiro amor altruísta que JESUS ensinou. É um amor desinteressado que sempre está desejando dar e não tirar algo de alguém.

Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor JESUS, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. Atos 20:35

Tinha crentes tão cheios do ESPÍRITO SANTO e controlado por Ele, que venderam suas propriedades para ajudar aos pobres.

"Não havia, pois, entre eles necessitado algum [...]" (At 4.34).

E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. Atos 2:45

(Barnabé) Possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos. Atos 4:37

E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha. Atos 4:35

 

III - CHAMADOS PARA FRUTIFICAR

1. Revestidos de amor.

A palavra de DEUS sempre nos orienta a sermos cheios do ESPÍRITO SANTO e assim permitirmos a ELE manifestar em nós as virtudes contidas no fruto do ESPÍRITO. Devemos frutificar em tudo:

a) A frutificar em nosso relacionamento espiritual.

A vida cristã abundante só é possível sob 3 pilares - Oração, Jejum e Leitura com estudo da Palavra de DEUS. JESUS jejuava, seus discípulos jejuavam, Paulo jejuava.

Precisamos orar mais, muito mais. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? Mateus 26:40

O jejum é importante para vencermos a entrada do pecado, é importante para termos mais capacidade de ouvir e entender a voz do ESPÍRITO SANTO. É importante para compreendermos melhor a Palavra de DEUS. É importante para nos fortificar espiritualmente para expulsarmos demônios. Jejum também é bom para se ouvir a orientação de DEUS sobre a escolha de obreiros para a obra de DEUS.

Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de CRISTO. Porque quando estou fraco então sou forte. 2 Coríntios 12:10

Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum. Mateus 17:21

Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. 2 Coríntios 11:27

E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. Atos 14:23

E disse Cornélio: Há quatro dias estava eu em jejum até esta hora, orando em minha casa à hora nona. Atos 10:30

E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Atos 13:2

 

b) A ter um relacionamento conjugal frutífero.

O que a mulher mais deseja num homem é seu amor. Dificilmente um homem entende qual o amor que sua mulher deseja. Mas em resumo, é um amor de marido que demonstra seu amor lembrando das datas importantes, dando-lhe presentes, de preferência joias, um marido que a faça feliz sexualmente. Que a trate com carinho e atenção.

O amor que vem do fruto do ESPÍRITO é superior a tudo isso. É um amor que vai conduzir sua esposa a CRISTO, à salvação.

Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também CRISTO amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Efésios 5.25

 

c) A ter um relacionamento familiar frutífero.

O maior desejo do marido é que sua esposa lhe seja submissa e que seus filhos a imitem nisso. O princípio de autoridade está em plena decadência hoje e isso se reflete na sociedade. Quando uma esposa não é submissa a seu marido, por conseguinte, seus filhos não serão obedientes a ela, nem a seu esposo, nem aos seus professores, nem a seu pastores,, nem às autoridades.

Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido. Ef 5.33

Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

Efésios 6:1-3.

 

2. Se a Palavra estiver em nós.

Tudo funciona bem quando usamos a Palavra de DEUS. A Palavra é CRISTO e devemos fazer como Pedro: E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede. Lucas 5:5

 

ORE A PALAVRA DE DEUS, ORE A RESPOSTA.

Desempregado? O meu DEUS, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por CRISTO JESUS. Filipenses 4:19

Doente? Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido. Isaías 53:4

As palavras de DEUS devem estar guardadas em nosso coração - Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. Salmos 119:11

Precisamos estar em CRISTO e suas palavras estarem em nós - 1 co 15.7 Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.

 

3. Cumprindo a lei.

"[...] quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13.8).

Quem ama nunca faz mal aos outros.

O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor. Romanos 13:10

JESUS resumiu toda lei e os profetas em uma palavra só - AMOR

E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu DEUS de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. Lucas 10:27

 

Conclusão

A videira e seus ramos são figuras da parábola da vinha. A condição para ser produtivo é estar em CRISTO. A poda é necessária para cortar o que atrapalha a planta de produzir mais e fazer o galho que produz, produzir mais ainda. O fundamento da frutificação espiritual é o amor. Temos que estar firmados no amor de cristo. 

Por que o amor é a base da frutificação? Porque somente cheios do ESPÍRITO e de amor somos chamados para frutificar e somos revestidos de amor. Assim podemos frutificar em nosso relacionamento espiritual. Teremos um relacionamento conjugal e familiar frutíferos. Se a palavra estiver em nós e ao mor de DEUS cumpriremos a lei.

 

 

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMAS CORREÇÕES DO Pr. Luiz Henrique

 

FRUTO - καρπος - kárpós - Dicionário Strong

1) fruta 

1a) fruto das árvores, das vinhas; colheitas 

1b) fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade

2) aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado 

2a) trabalho, ação, obra 

2b) vantagem, proveito, utilidade 

2c) louvores, que sã apresentados a DEUS como oferta de agradecimento 

2d) recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna

 

FRUTO - καρπος - kárpós - Dicionário Wycliffe

O produto de muitas plantas e árvores. Os mais frequentemente mencionados nas Escrituras são as uvas, os figos e as azeitonas, e ainda hoje são cultivados na Palestina. Veja comentários individuais no tópico Plantas.

Figurativo. O termo “fruto” é frequentemente usado de forma simbólica. A§ crianças são mencionadas como frutos (Ex 21.22; Sl 21.10) em frases como “o fruto do ventre” (Sl 127.3; Dt 7.13; Lc 1.42) e “o fruto do corpo” (Sl 132.11; Mq 6.7). O louvor é poeticamente descrito como o "fruto dos lábios” (Is 57.19; cf. Hb 13.15), e as palavras de um homem são chamadas de “fruto da boca” (Pv 12.14; 18.20).

O termo “fruto” é aplicado às consequências das nossas ações e motivos; “Comerão do fruto do seu caminho [ou procedimento]״ (Pv 1.31; Is 3.10). “O fruto da impiedade” é o juízo em que alguém incorre devido a ações erradas (Jr 6.19; 21.14); e os “frutos de justiça” são as boas obras que brotam do coração de um homem temente e obediente ao Senhor (Fp 1.11). “O fruto do ESPÍRITO" são os hábitos e princípios misericordiosos que o ESPÍRITO SANTO produz em cada cristão (Gl 5.22,23; Ef 5.9). Assim, neste sentido pode ser dito que o “fruto” é o resultado total que procede de qualquer ação ou atitude específica. O fruto pode ser mal (Mt 3.10; 7.15-20; 12.33; Lc 6.43-46; Rm 7.5), porém ele é mais frequentemente bom (Sl 104.13; Mt 3.8; 21.43; Rm 7.4; Tg 3.17).

Os discípulos foram incentivados a “produzir frutos” (Mc 4.20; Cl 1.10; Jo 15.4-8), e foram criticados por serem espiritualmente infrutíferos (Mc 4.19; Tt 3.14; 2 Pe 1.8; cf. 1 Co 14.14).

 

 

FRUTO - καρπος - kárpós - Comentário Mattew Henry do Novo Testamento

Figurativo. O termo “fruto” é frequentemente usado de forma simbólica. A§ crianças são mencionadas como frutos (Ex 21.22; Sl 21.10) em frases como “o fruto do ventre” (Sl 127.3; Dt 7.13; Lc 1.42) e “o fruto do corpo” (Sl 132.11; Mq 6.7). O louvor é poeticamente descrito como o "fruto dos lábios” (Is 57.19; cf. Hb 13.15), e as palavras de um homem são chamadas de “fruto da boca” (Pv 12.14; 18.20).

O termo “fruto” é aplicado às consequências das nossas ações e motivos; “Comerão do fruto do seu caminho [ou procedimento]״ (Pv 1.31; Is 3.10). “O fruto da impiedade” é o juízo em que alguém incorre devido a ações erradas (Jr 6.19; 21.14); e os “frutos de justiça” são as boas obras que brotam do coração de um homem temente e obediente ao Senhor (Fp 1.11). “O fruto do ESPÍRITO" são os hábitos e princípios misericordiosos que o ESPÍRITO SANTO produz em cada cristão (Gl 5.22,23; Ef 5.9). Assim, neste sentido pode ser dito que o “fruto” é o resultado total que procede de qualquer ação ou atitude específica. O fruto pode ser mal (Mt 3.10; 7.15-20; 12.33; Lc 6.43-46; Rm 7.5), porém ele é mais frequentemente bom (Sl 104.13; Mt 3.8; 21.43; Rm 7.4; Tg 3.17).

Os discípulos foram incentivados a “produzir frutos” (Mc 4.20; Cl 1.10; Jo 15.4-8), e foram criticados por serem espiritualmente infrutíferos (Mc 4.19; Tt 3.14; 2 Pe 1.8; cf. 1 Co 14.14).

 

FRUTO - καρπος - kárpós - DICIONÁRIO TEOLÓGICO

[Do gr. karpós; do lat. fructus, resultado da maturação de uma planta + Espiritus] Conjunto de virtudes morais e espirituais amadurecidas pelo ESPÍRITO SANTO na vida do crente como resultado de uma permanente comunhão com CRISTO (GL 5.22,23).

A expressão certa é fruto e não frutos como se acha registrado em muitos trabalhos e livros teológicos. No Novo Testamento, o fruto é mostrado como o fator determinante e relativo de um caráter. A árvore ruim não pode dar frutos bons, nem a árvore boa há de produzir frutos ruins. Por nossos frutos somos conhecidos (Mt 7.16).

 

 

FRUTO - καρπος - kárpós -  Comentário Bíblico Wesleyana

VIDEIRA VERDADEIRA e os ramos ( 15: 1-17) - Este capítulo tem uma ligação dupla com o que se passou antes, com a oração no capítulo anterior e com analogias de pão e água em capítulos anteriores. O objetivo aqui é um avanço sobre o que se passou antes, porque JESUS estava interessado no produto permanente e divulgação da nova vida vivida pelos discípulos. Ele seria deixá-los em breve. Qual seria, então acontecer com eles e com a mensagem que lhe fora confiada a eles? Era inevitável que ele deve proceder para utilizar o presente analogia da videira e dos ramos, ou um de natureza semelhante. Para o pão e água só pode sustentar-eles não podem se reproduzir. A videira com seus ramos é viva e tem o poder de produzir frutos, e por isso está se torna uma ilustração mais completa da relação entre CRISTO e os cristãos e as consequências do relacionamento. Rezar e fruitbearing estão intimamente relacionados aqui, o único que permanece em CRISTO pede e recebe, e aquele que permanece nele, esse dá muito fruto.

JESUS é a videira , o cristão é o ramo , e que o Pai é o lavrador ou agricultor. Todo o processo de poda e descartando de ramos inúteis é descrito aqui e quase não precisa ser explicada porque o seu significado é tão óbvio. A ênfase principal é sobre o fato de que os homens não são objetos inanimados, mas estão vivendo, querendo, escolhendo, criaturas falíveis. JESUS sabia disso melhor do que ninguém. Ele tinha observado pessoas indo e vindo, agora crentes, agora enganadora, mutante como o vento e se deslocam com a multidão. Um de seus doze escolhidos tinha apenas decidiu renunciar a sua lealdade. O que agora dos onze restantes? A lição ensinada neste capítulo é forte e pontiagudo.

Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós (v. 16 ). JESUS aqui declarou Sua autoridade soberana sobre Seus seguidores. Eles estavam com ele porque ele os havia escolhido. Nem a sua própria escolha, nem a confluência de circunstâncias poderia ter provocado o seu relacionamento com ele. No entanto, ele não estava negando, assim, que eles próprios tinham tido um papel em que, na realidade, foi um acordo entre eles e JESUS. Vós não me escolhestes a mim deve ser levado em uma relativa, não absoluta, sentido. Para eles, na verdade, tinha respondido a sua siga-me , tinha decidido ficar quando Judas tinha decidido deixar; e o apelo de JESUS era sua vontade e poderes de escolha- permanecerdes em mim; permanecereis no meu amor; guardareis os meus mandamentos; ameis uns aos outros . Esta mesma conclusão é entendida em campanhas evangelísticas hoje, onde a ênfase é colocada em cima de aceitar a CRISTO, ao tomar uma decisão por CRISTO, dando-se a CRISTO, ou consagrar-se a Ele. O convite sai ", JESUS convida-o a vir a Ele", e que a resposta é: "O Cordeiro de DEUS, eu venho." Esse tipo de recurso tem marcado o avanço do cristianismo evangélico ao longo dos séculos. João colocou um conteúdo teológico forte em sua maneira de expressar esse caráter duplo da escolha divina: a resposta do homem é baseada na escolha de DEUS. Antes de nós escolheu, Ele já nos havia escolhido. A soberania de DEUS não destrói ou anular a soberania dada por DEUS do homem, nem a soberania do homem existe para além da soberania de DEUS. DEUS é soberano em sua esfera de ação; homem é soberano na sua esfera, pela vontade de DEUS. Escolhas do homem são reais e não imaginários, mais quando Judas saiu do cenáculo e enforcou-se, foi porque DEUS quer o escolheu para que o destino horrível ou não a escolhê-lo para a salvação.

Esta teologia joanina é fortemente apoiada por Paulo; DEUS "nos escolheu nele [CRISTO] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor" ( Ef 1: 4. ). Em CRISTO, DEUS escolheu o homem para uma vida de santidade. A Encarnação com todas as suas implicações Foi com esse propósito primário. Em nenhum lugar nas Escrituras, interpretadas à luz da Cruz de CRISTO, ele pode ser encontrado que DEUS escolhe o homem para qualquer outro destino de salvação. Ele fez apenas uma escolha para o homem-salvação. Qualquer outro destino para o homem vem contrário à vontade de DEUS. Se isso soa como a limitação do poder soberano de DEUS, basta reconhecer que DEUS não tem o Seu caminho em muito do que se passa no mundo. Paulo se refere a "príncipes do mundo destas trevas" ( Ef. 6:12 ) contra a qual o cristão deve lutam. Eleição do Novo Testamento é a salvação, nunca para a condenação. A eleição divina é a salvação. São Paulo reforça esse conceito, referindo-se a ele como o "bom" o prazer da vontade de DEUS ( Ef. 1: 5 ), o "conselho" de sua vontade ( Ef 1:11), o "propósito eterno" de Sua vontade ( Ef. 3:11 ), todos os quais estão envolvidos no "mistério" da Sua vontade ( Ef. 1: 9 ). É verdade que é um mistério revelado ( mysterion ), mas não é um mistério totalmente compreendido. É possível que a pessoa se torne overwise ao afirmar conhecimento dos caminhos de DEUS, ao passo que Paulo estava em humilde admiração diante do mistério da verdade revelada. A soberania de DEUS e a soberania delegada do homem pode ser melhor entendida quando visto, cada um em relação ao outro.

JESUS disse ainda que o caminho do discipulado não era uma maneira fácil. O objetivo do discípulo a seguir deve ser forte se ele vai resistir ao estresse da vida; de fato, ele deve ser renovado ou perpetuada continuamente se é para durar. Os discípulos foram escolhidos com o objetivo de dar frutos. E este fim pode ser só se realiza por segurando as pontas, ou permanecer em CRISTO, enquanto ameixas DEUS e trabalhos para fazer melhores vinhas frutíferas. Há uma certa quantidade de sofrimento associado com a disciplina depois é o que poda na vida cristã é. Se uma árvore de maçã, por exemplo, não é aparado ele se transformará em uma proliferação de agências e uma profusão de flores, e vai dar frutos que é a certeza de ser uma decepção. A fruta é da mesma qualidade como a árvore. Uma árvore boa produz bons frutos ( Mateus 7: 17-18. ). Bom fruto é glorificar para o agricultor.

O fruto da qual JESUS falou é o amor. O que ele tinha feito para eles e o Seu breve retorno morte na cruz foi feito no amor. O fruto da vida cristã é o amor a DEUS e amor para a humanidade. Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei (v. 12 ). A palavra grega é ágape , dom de si, o amor de autorrealização. O fruto é um, não muitos. O amor tem seu muitos subprodutos e atinge o seu objeto ou o destino de muitas formas, assim como frutas ou grãos chegue ao cliente de variadas formas. Mas o amor que deve ser, e amá-lo será, se DEUS tem permissão para podar e disciplina.

JESUS disse que o sucesso do Evangelho depende do fruto produzido por seus discípulos. Duas vezes nestes poucos versos ordenou a Seus discípulos a amar uns aos outros (vv. 12 , 17 ). Uma pessoa não pode ser comandado a amar como se poderia ser comandado a remar um barco ou cantar uma canção. No entanto, o amor gera amor, o amor recebido responde no amor, e comandos de amor na forma mais forte possível. CRISTO não estava comandando como Senhor soberano, mas como Salvador Encarnado. Ele ordena que amamos por Suas próprias demonstrações de amor. Nós amamos, porque ele nos amou primeiro ( 1 Jo. 4:19 ). A esposa de um ministro irmão morreu recentemente depois de uma doença prolongada que cobre um período de 12 anos. Ele cuidou e cuidou dela quando ela não podia nem falar nem cuidar de suas próprias necessidades mais simples. O conselho médico poderia ter dito para colocá-la em uma casa de repouso, e os amigos podem ter aconselhado outras maneiras de conhecer o problema; mas o amor mandou e ele obedeceu. O homem era de amor e obrigado. Os mandamentos de CRISTO são os mandamentos do amor (cf. 2 Cor. 5:14 ). Quando nossas vidas e ações são impelidos pelo amor, então é o Pai glorificado , porque estamos tendo muito fruto , e nós somos seus discípulos, de fato.

 

 

VIDEIRA - αμπελος - ampelos - Dicionário Strong

1) videira

 

VIDEIRA - αμπελος - ampelos - Dicionário Almeida

videira - Pé de uvas (Jo 15.1).

 

O papel de DEUS em João - Bíblia da Liderança cristã - John C Maxwell

Se nós tivéssemos de peneirar este Evangelho e separar uma única mensagem para os líderes, seria esta: DEUS exemplifica líderes em JESUS de maneira que eles possam obter seu poder e sustento do próprio CRISTO. Em João 15, JESUS descreve a si mesmo como sendo a "videira" e nós como sendo os "ramos".

Nenhum líder é uma ilha. Se nós temos de cumprir a missão divina, nós devemos nos prover de poder de DEUS nos sustenta e dirige enquanto estamos liderando. Nós devemos permanecer ligados a ele, se nós quiser ser competentes em seu favor. Visto que nós podemos ver JESUS de uma perspectiva divina neste Evangelho, dizer que também podemos liderar nessa mesma perspectiva de DEUS. JESUS, o maior de todos os líderes, trabalhou para permanecer ligado ao seu Pai. Ele também disse que falou apenas sobre aquilo que tinha ouvido de Pai e fez somente aquilo que viu seu Pai fazer (Jo 5.19-20). Da perspectiva horizontal, a liderança se dirige para pessoas, mas, na perspectiva vertical, é uma resposta para DEUS.

Líderes em João

JESUS, João Batista, o chefe dos sacerdotes, os fariseus, Pilatos

Outras pessoas de influência em João

Os doze discípulos, a mulher samaritana junto ao poço, Maria Madalena

Lições de liderança

• Líderes de DEUS primeiro se submetem a DEUS, depois servem pessoas.

• Grandes líderes convidam para um grande comprometimento.

• Líderes espirituais dão prioridade ao seu relacionamento com seus liderados.

• Líderes têm a coragem de deixar as coisas familiares.

• Líderes efetivos têm no crescimento das pessoas a sua maior conquista.

• Líderes sábios jamais julgam pela aparência exterior.

• Líderes bons vão para lugares onde sua Causa é celebrada e não apenas tolerada.

  

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 5.19-25

19- Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,

20- idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,

21- invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS.

22- Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

23- Contra essas coisas não há lei.

24- E os que são de CRISTO crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.

25- Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO.

   

 

INTRODUÇÃO

O salvo em CRISTO JESUS, desde quando aceitou a JESUS como seu único e suficiente Salvador, pode passar por diversas situações em sua vida para experimentar o avivamento espiritual. A vida cristã é uma jornada espiritual que começa no dia da conversão e prossegue até à morte, se a pessoa perseverar até o fim (Mt 10.22). Na caminhada espiritual, o crente precisa conservar-se fiel, vivendo de acordo com a vontade de DEUS. Para isso é necessário andar no ESPÍRITO.

  

 

I – A VIDA NO ESPÍRITO

1- Andando em ESPÍRITO.

Na Bíblia, o verbo andar tem o sentido figurado de viver, experienciar, praticar e conduzir na vida espiritual. Por isso, Paulo escreve: “Digo, porém: Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 5.16). O andar em ESPÍRITO, com “E” maiúsculo, tem um significado espiritual muito elevado e profundo. É ter uma vida cristã subordinada à direção do ESPÍRITO SANTO, pautada nos ditames da santa Palavra de DEUS. É ter uma vida espiritualmente avivada (Rm 8.1).

 

 

2- Por que andar em ESPÍRITO?

O crente em JESUS deve andar de acordo com o ESPÍRITO SANTO para não cumprir os desejos da natureza carnal (Gl 5.16). Escrevendo aos romanos, o apóstolo Paulo disse: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque a lei do ESPÍRITO de vida, em CRISTO JESUS, me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.1,2). Por isso, andando no ESPÍRITO, o salvo tem vitória sobre o império do pecado e da morte.

 

 

3- Como andar em ESPÍRITO?

Não é fácil andar no ESPÍRITO. Infelizmente, a inclinação da natureza carnal, herdada de nossos primeiros pais, inerente a todos os seres humanos, faz com que busquemos as coisas que não agradam a DEUS. Quando as pessoas aceitam a CRISTO como Salvador, tornam-se novas criaturas, pelo processo salvífico do Novo Nascimento (Jo 3.3; 2 Co 5.17). Entretanto, elas precisam cultivar o relacionamento espiritual e perseverante com DEUS. Portanto, para o crente andar em ESPÍRITO é preciso ter o ESPÍRITO SANTO dentro dele (Jo 14.17); ser guiado pelo ESPÍRITO (Rm 8.14); ser cheio do SANTO ESPÍRITO (Ef 5.18).

 

 

 

O AVIVAMENTO PELO FRUTO DO ESPÍRITO

1- O Fruto do ESPÍRITO.

Dons e Fruto do ESPÍRITO são características essenciais para a vida e o caráter cristão. O uso dos dons espirituais, sem a prática do Fruto do ESPÍRITO, pode ser apenas uma demonstração de egoísmo e exibicionismo. Nem todos os cristãos são portadores da graça dos dons espirituais, mas todos devem experimentar e testemunhar o Fruto do ESPÍRITO em sua vida. Um cristão não pode dar bom testemunho sem a unidade do Fruto do ESPÍRITO: não pode ter amor sem ter fé; não pode ter gozo (alegria) e não ter benignidade, bondade ou temperança (Gl 5.22,23). Um aspecto do fruto não pode ser dissociado do outro. Podemos usar o exemplo de uma fruta, como uma laranja, que tem vários gomos, mas é um só fruto.

 

 

2- Os nove aspectos do Fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22).

Na Bíblia, amor (ou caridade) (gr. ágape) é mais que filantropia, pois significa o verdadeiro amor como sinônimo do amor ágape, o amor de DEUS no coração do homem (Fp 1.9; 1 Jo 4.7-8,16); gozo (gr. chara) é a alegria produzida pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 8.13; Fp 1.4); paz (gr. eirene) é “a paz de DEUS que excede todo o entendimento” (Fp 4.7); longanimidade (gr. makrothumia) é a paciência para suportar as adversidades, os defeitos do outro (Ef 4.2; 2 Tm 3.10; Hb 12.1); benignidade (gr. chrestotes) é a qualidade de quem é benigno, bondoso, complacente, perdoador (Ef 4.32); bondade (gr. agathosune) refere-se àquele que é bom (Mt 12.35; Ef 5.9; Sl 37.23); fé (gr. pistis), não é a fé natural, mas a produzida pelo ESPÍRITO SANTO no coração dos que creem em DEUS, conforme as Escrituras (Jo 7.38; Rm 1.17; 3.28; Hb 11.6); mansidão (gr. prautes) diz respeito àquele que é manso, sinônimo de “brandura, de gênio afável, sossegado, dócil” (Mt 5.5; 1 Tm 6.11) ; temperança (gr. egkrateia) quer dizer autocontrole, domínio próprio, é o aspecto elevadíssimo do relacionamento com os outros, com situações e fatos diversos na vida (Tt 1.8; 2 Pe 1.6).

 

 

3- Contra o Fruto do ESPÍRITO, não há lei.

A conclusão de Paulo sobre o fruto do ESPÍRITO é impressionante. Ele afirma de modo incisivo e categórico: “Contra essas coisas não há lei. E os que são de CRISTO crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO” (Gl 5.23-25). Que DEUS nos ajude a cultivar o Fruto do ESPÍRITO em nossas vidas. Os dons espirituais só têm valor se forem acompanhados do Fruto do ESPÍRITO. Isso é viver na plenitude do ESPÍRITO, tendo uma vida verdadeiramente avivada.

 

 

CONCLUSÃO

Crentes avivados são beneficiados com grandes bênçãos da parte de DEUS, pois eles andam em ESPÍRITO, e não andam conforme as concupiscências da carne (Gl 5.16). Além dos dons espirituais, eles têm o Fruto do ESPÍRITO: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22). Por isso, DEUS concede bênçãos em abundância sobre os crentes que andam e vivem no ESPÍRITO: “Bendito o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em CRISTO” (Ef 1.3).

 

  

 

Vivendo no ESPÍRITO: a mensagem de Paulo.

“A mensagem de Paulo é clara. Os crentes cheios do ESPÍRITO se separaram completamente do pecado, do mundo e da carne. Mas as perguntas ainda permanecem. Em que sentido nós fomos crucificados? Como esta crucificação acontece? E que papel representamos na experiência da crucificação? Em resposta, note que a nossa crucificação está sempre relacionada à cruz de CRISTO. Nós não nos crucificamos a nós mesmos, mas em um sentido passivo fomos crucificados ‘com CRISTO’. Deste modo a morte de CRISTO na cruz serve como o único fundamento para todas as outras crucificações no corpo de CRISTO. Pela fé podemos participar da morte, sepultamento e ressurreição de CRISTO (Rm 6.1-6). Em resumo, a partir da perspectiva de DEUS, as experiências de CRISTO se tornaram as nossas experiências.

Não obstante, como crentes temos um papel ativo na crucificação da carne (Gl 5.24). Os efésios são ordenados a despojarem-se do velho homem e revestirem-se do novo homem (Ef 4.22-24). Os romanos são exortados a pararem de oferecer seus membros como instrumentos de iniquidade (Rm 6.13). Não devem viver de acordo com a natureza pecadora, mas de acordo com o ESPÍRITO (8.1,4). Os coríntios são desafiados a limparem-se de toda contaminação do corpo e do espírito (2 Co 7.1). Embora CRISTO seja a nossa santidade (1 Co 1.30) os crentes recebem a ordem de viver a santidade na vida diária (Rm 12.1; 1 Co 3.16,17; 6.19,20)” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento: Romanos-Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 379).

 

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LIÇÃO 4TR23 NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 3, Betel, O Verdadeiro Discípulo de Cristo exerce o seu chamado em Amor, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 

EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2023 TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã.

 

TEXTO ÁUREO

“Que em presença da igreja testificaram da tua caridade; aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem farás.” 3 João 6

 

VERDADE APLICADA

Como discípulos de Cristo, busquemos abundar em amor, pois os últimos dias são marcados pelo egoísmo e a indiferença.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar o poder do amor.
Ressaltar que o amor é o maior bem.
Ensinar que sem amor não existe discipulado.

 

TEXTOS DE REFERÈNCIA - 1Coríntios 13.1-4
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.
4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Jo 3.16 O amor deve motivar o coração do discípulo.
TERÇA – 1Co 16.14 Tudo deve ser feito em amor.
QUARTA – Hb 13.1 O amor deve ser permanente.
QUINTA – 1Pe 4.8 O amor deve ter mão dupla
SEXTA– 1 Jo 4.8 Deus é amor
SÁBADO – 1 Jo 4.16 Quem está em amor está em Deus.


HINOS SUGERIDOS: 35, 227, 430

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o amor de Deus seja manifesto na vida e no ministério dos líderes.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O AMOR DE DEUS

1.1. Fruto do Espírito 

1.2. Jamais acaba 

1.3. É destinado a todos 

2- O DOM DO AMOR

2.1. Liberta o homem do pecado 

2.2. Constrange o homem à santidade 

2.3. Ordena-nos a amar 

3- MANIFESTAÇÕES DE AMOR

3.1. Discipulando em amor

3.2. Perdoando por amor 

3.3. Entregando-se por amor 

 

 

 

INTRODUÇÃO

O apóstolo João adverte que quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor [1Jo 4.8]. Ele não apenas sente amor, Ele é o próprio amor, esta é a sua natureza, por isso Seus filhos também devem amar [1Jo 4.20].

 

1- O AMOR DE DEUS

João mostra que o amor é mais que um sentimento, é uma Pessoa: Deus. Nele reside toda benevolência [Sl 136], misericórdia [Lc 1.50], perdão [Mq 7.18]. O termo usado em 1 João 4.8 para amor é ágape (grego), o mesmo que Paulo utiliza em 1 Coríntios 13, onde diz que esse amor deve mover o uso de qualquer dom espiritual e o cultivo da piedade humana, bem como estar acima dos próprios interesses. Esse “tipo” de amor nos faz servir aos nossos irmãos [GI 5.14], manifestando bondade, misericórdia e perdão, como o Senhor faz conosco [Jl 2.13].

 

1.1. Fruto do Espírito 

Em Gálatas 5.22, o amor “ágape” aparece como Fruto do Espírito Santo. Ou seja, é o amor divino, “produzido” pela Terceira Pessoa da Trindade. Sendo assim, podemos adquirir esse amor e manifestá-lo graciosamente quando estamos em Jesus [Jo 15.5]. O termo fruto vem do grego karpos, alguns significados são: “aquele que se origina ou vem de algo” ou “aquilo que é produzido pela energia inerente de um organismo vivo”. Os filhos de Deus só podem produzir o que vem dele.

Em Tiago 2.14-26, lemos que a fé é evidenciada por obras. Aquele que é filho de Deus manifestará o amor de Deus em forma de obras: amando, cuidando, ajudando. E pelo Espírito Santo que esse fruto é gerado, o amor “ágape”, tendo como exemplo o próprio Filho de Deus [Rm 8.16]. Não foi à toa que, ao enumerar as nove características do Fruto do Espírito, Paulo começa pelo amor. O amor é o número 1! O apóstolo mesmo diz em 1 Coríntios 13 que podemos ter qualquer outro dom, mas se não tivermos amor, de nada serve! É esse amor que um cristão deve expressar. Robert Murray M’ Cheyne diz: “Um homem não pode ser um verdadeiro ministro, até que pregue a Cristo por amor de Cristo. Até que ele desista de lutar para atrair pessoas para si mesmo e busque apenas atraí-las para Cristo (…)”.

 

1.2. Jamais acaba 

Deus é eterno [Is 40.28], sendo assim, o amor de Deus não pode ter fim. Paulo destaca essa característica do amor divino, ao dizer que ele nunca perece [1Co 13.8]. Isso significa que não há o que possa nos tirar do coração de Deus, como Paulo mesmo nos mostra em Romanos 8.35a: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. O salmista deixa essa ideia clara ao repetir 26 vezes: “…porque o seu amor dura para sempre: O amor de Deus também é traduzido por “misericórdia”, termo do latim composto por misere, “sentir piedade, sentir compaixão”, mais cor, “coração”. Quando Jeremias diz: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” [Lm 3.22], entendemos a eternidade do amor de Deus. Em João 15, Jesus deixou um mandamento: que Seus discípulos amem uns aos outros, como Ele ama a todos [Jo 15.12) e falou que é esta característica do Fruto do Espírito que deve permanecer [Jo 15.16]. Quando Paulo fala sobre o amor, ele diz que os dons cessarão e o conhecimento desaparecerá, mas o amor, permanecerá. Jamais acabará. O verbo acabar [1Co 13.8] é ekpipto, que significa “desmoronar, perecer, cair sem forças, estar sem vigor”. Então, o amor de Deus, que Ele entregou a nós e pede que entreguemos aos nossos irmãos, deverá ter essa qualidade. Não ser temporário, não ser condicional, não ser débil.

 

1.3. É destinado a todos 

Gaio amava aos irmãos e aos estranhos [3 Jo 5]. deixando esse amor visível por suas atitudes, como a de recebê-los e cuidar deles. Isso era claro para a igreja [3 Jo 6], como deve ser [Jo 13.35]. Um discípulo de Cristo que não ama a todos não conhece a Deus [1 Jo 4.8], que ama indistintamente. A força de um verdadeiro discípulo não está na função que ocupa, mas no amor que demonstra sem acepções. Devemos amar a todos, o bom discípulo para alcançar o êxito ministerial, precisa ser exemplo dos fiéis [1 Tm 4.12]. O exemplo é o mais valioso tesouro de um discipulador de vital importância que todo discípulo de Cristo viva o que valoriza, pois ações falam mais que palavras. Pr. Gerson Elias Torrezan: “Sem o amor, a soberba torna-se inevitável e o poder uma força monstruosa e destruidora. As duas únicas condições em que o homem não se rende à fascinação do poder são quando ele se mantém crucificado com Cristo, morrendo para si mesmo a cada dia, ou quando se encontra no caixão Infelizmente, muitos amam o poder, mas não têm o poder de amar!

 

EU ENSINEI QUE:

Aquele que ama deve amar a todos como Deus ensina, manda e faz. O amor é mais do que um sentimento, é uma ação e deve nascer do Espírito Santo. Quem ama nessa medida, obedece a fonte do amor Deus.

 

2- O DOM DO AMOR

O termo dom em grego é dorea que significa “dádiva, presente: O maior presente que o homem recebeu foi Jesus. João diz que o Filho de Deus foi dado (de presente) ao mundo por um amor divino cuja dimensão é indefinida, sendo descrito como “de tal maneira” [Jo 3.16]. Jesus é esse dom, o presente do amor de Deus que recebemos sem merecer [Rm 5.8]. Sua missão foi nos resgatar do pecado e da morte [1Jo 4.10], demonstrando o amor do Pai.

 

2.1. Liberta o homem do pecado 

O amor de Deus foi a razão para que o pecador recebesse um presente diretamente do céu: Jesus. Ele foi prometido tão logo houve a queda no Éden [Gn 3.15] e a promessa salvadora foi cumprida com o anúncio do anjo à jovem Maria: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” [Mt 1.21]. Jesus subiu em uma cruz para nós não descemos ao inferno. A melhor definição de amor não está nos dicionários, e sim no Calvário!

Deus nos amou quando ainda éramos pecadores, ou seja, cegos para a santidade. Não há pecado insignificante. Todo deslize moral afeta a relação entre o homem e Deus e deixa uma névoa no caráter. Por isso, todo pecador, sem exceção, precisam desesperadamente de Jesus, o presente de Deus, para ser liberto, Corrie Ten Boom, uma missionária holandesa que salvou a vida de centenas de judeus do nazismo, escreveu: “Não há poço tão profundo, que o amor de Deus não seja ainda mais profundo”. Foi conversando com uma samaritana em um poço, que Jesus se declarou como presente de Deus pelos pecadores: “Se tu conheceras o dom de Deus” [Jo 4.10].

 

2.2. Constrange o homem à santidade 

Paulo diz que o amor de Deus constrange o homem [2 Co 5.14]. Etimologicamente, a palavra “constranger” no grego significa “pressionar por todos os lados” e no latim “apertar, ligar, estar fortemente unido”. Assim, entendemos que se trata de um amor dado a nós para nos proteger, corrigir e nos fazer viver em novidade de vida porque o passado de pecado ficou para trás [2 Co 5.17]. Diótrefes não apresentava transformação de caráter. Suas acusações feitas contra João não eram apenas tolices sem base, mas premeditadamente maliciosas e malignas [3 Jo 10). Por não praticar o amor, em vez de reproduzir o caráter de Deus, ele manifestava a face de Satanás

Receber o presente, o perdão de Deus, deve mudar a perspectiva que temos de nossa própria vida, mas isso não ocorreu com Diótrefes, pois era insensível. O dom de Deus nos faz santos e irrepreensíveis, e precisamos permanecer assim. Só existe mudança verdadeira mediante arrependimento genuíno. O arrependimento autêntico leva ao abandono das velhas práticas, O amor de Deus nos constrange à santidade e essa conduta deve ser manifestada por todo aquele que é chamado por Deus. “Santos sem santidade são a tragédia do Cristianismo”, diz A. W. Tozer, pastor e escritor americano.

 

2.3. Ordena-nos a amar 

É por causa do amor que devemos amar, porque o amor procede de Deus [1Jo 4.7], Paulo termina 1 Coríntios 13 dizendo que apenas a fé, a esperança e o amor permanecerão, mas o maior destes é o amor. Jesus diz que, depois de amar a Deus sobre todas as coisas, devemos amar ao nosso próximo [Jo 15.17]. Há uma ordem divina para amar e a todos os discípulos de Cristo não resta outra opção, pois como Cristo amou, devemos amar dando a vida pelas suas ovelhas [Jo 10.11]. Foi o amor manifesto por Gaio e Demétrio que chamou a atenção do apóstolo João, em contraste com a atitude desleixada de Diótrefes, que só pensava em si. Quem ama, como Deus ordenou, mostra obediência a Ele. O pregador das ruas, John Wesley, disse: “Faça todo o bem que puder, por todos os meios que puder, de todas as maneiras que puder, em todos os lugares que puder, em todos os momentos que puder, a todas as pessoas que puder, enquanto puder. Eis um clássico exemplo de amor manifesto!

 

EU ENSINEI QUE:

O amor de Deus é um presente que nos liberta do pecado, nos protege e nos estimula a compartilhar o mesmo sentimento

 

3- MANIFESTAÇÕES DE AMOR

João exalta a atitude de amor manifestada por Gaio, que serviu como testemunho perante aquela igreja local. Essa verdade diz respeito ao próprio Deus para conosco [Jo 3.16], ao enviar Seu Filho para entregar a vida por amor dos homens [Jo 15.13].

 

3.1. Discipulando em amor

O discipulador precisa amar seus discípulos, ensinando e zelando pelo rebanho de Cristo [Hb 13.17]. É necessário conduzir os discípulos no caminho de Cristo. Paulo diz que sem amor nada mais importa [1Co 13]. Foi o amor de Deus pelo mundo que trouxe Jesus a esta terra [Jo 3.16]. O dever é amar a igreja como Jesus a amou, tornando-se o exemplo de amor sacrificial a ser seguido: “…ame como eu vos amei a vós” [Jo 13.34]. O perigo da ausência do amor é a presença da indiferença. Quando um “pseudo” discipulador não exerce o discipulado pastoral no amor, este comete erro e jamais pode ser um verdadeiro discípulo de Cristo.

 

3.2. Perdoando por amor 

Uma grande demonstração de amor é o perdão [Lc 7.47]. Ainda que tenha sido traído, cabe ao discípulo perdoar os que lhe fizeram mal, a exemplo do Salvador, nossa maior referência [Lc 23.34]. Um discípulo verdadeiro deve se espelhar na conduta de Jesus, amando e perdoando [Ef 5.1-2]. Através de Cristo descobrimos que Sua graça é suficiente para cobrir uma vida inteira de pecados [Jo 8.11]. No encontro com o Cristo ressuscitado, o qual ele havia negado anteriormente, Pedro ouviu do Senhor: “Tu me amas?”. Após a resposta positiva do apóstolo, Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas” [Jo 21.17]. Jesus exercia amor e misericórdia para com os pecadores e marginalizados, mas não tolerava a hipocrisia dos religiosos e arrogantes de sua época [Mt 12.34]. Com eles, Jesus se mostrava completamente avesso. Por se considerarem sujas e indignas, as prostitutas estão mais perto do Salvador do que aqueles que se julgam merecedores da sua graça. Deus aceita o sujo que reconhece que é sujo, mas abomina o sujo que quer se passar por limpo. O poder do perdão nasce no amor e se fortalece na prática de perdoar [Mt 18.21-35]. O teólogo Lewis B. Smedes diz: “Você saberá que o perdão começou quando se lembrar daqueles que o feriram e sentir o poder de desejar-lhes o bem”.

 

3.3. Entregando-se por amor 

O pastor deve proteger suas ovelhas, arriscar-se por elas [Jo 10.4], ir atrás da perdida [Lc 15.4-7]. Deus chamou os pastores segundo o Seu coração [Jr 3.15]. Para amar o rebanho de Cristo como Ele o amou, devemos ser homens de genuína humildade, “mansos e humildes de coração” [Mt 11.29]. O discipulador não vive mais como uma pessoa comum, mas sua vida manifesta a vida de Jesus, marcada por amor e entrega [GI 2.20].

O escritor Ted Christman ressalta: “Para ter um coração segundo o coração de Deus é preciso, entre outras coisas, ter um coração de amor. As implicações de não ter um coração de amor são mais que óbvias. Uma vez que os pastores são dádivas para a igreja (Ef 4.11). O mesmo Salvador que amou os seus até o fim (Jo 13.1), implanta uma porção de seu DNA espiritual no coração de cada verdadeiro pastor.”

 

EU ENSINEI QUE:

O discipulador que ama conduz o rebanho de Deus em amor, manifestando atitudes de amor, como o perdão, e entregando-se pelas ovelhas, a exemplo de Cristo.

 

CONCLUSÃO

Quando alguém ama a Igreja, ele não apenas prega o amor, mas vive e manifesta este sentimento com atitudes que o próprio Deus manifestou aos homens, como perdão, misericórdia, benevolência. O verdadeiro poder de um cristão está em imitar Jesus, a fonte e o modelo do perfeito amor de Deus.