Escrita Lição 3, CPAD, Missões Transculturais No Antigo Testamento, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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TEXTO ÁUREO
“Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó
e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios,
para seres a minha salvação até à extremidade da terra.” (Is 49.6)
VERDADE PRÁTICA
O amor de DEUS para com as nações deve ser o mesmo objetivo de todos os que
militam pela salvação das almas perdidas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 42.5-7; 43.10-13 Os israelitas como servos e testemunhas de DEUS
Terça - Ez 22.1-5 Os desvios, a desobediência, idolatrias e pecados morais dos
israelitas
Quarta - Jo 4.42 JESUS: De Israel como o Salvador do Mundo
Quinta - Is 45.6,22; 49.6; 52.10 Profecias de restauração que incluem as nações
entre os redimidos
Sexta - 1 Rs 17.8,9,23,24 DEUS em busca de uma pessoa estrangeira por
intermédio do profeta Elias
Sábado - Jn 1.1,2 DEUS em busca de uma nação por intermédio do profeta Jonas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 17.8,9,17-22; Jonas 1.1,2
1 Reis 17
8 - Então, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
9 - Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu
ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
17 - E, depois destas coisas, sucedeu que adoeceu o filho desta mulher, da dona
da casa; e a sua doença se agravou muito, até que nele nenhum fôlego ficou.
18 - Então, ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de DEUS? Vieste tu a
mim para trazeres à memória a minha iniquidade e matares meu filho?
19 - E ele lhe disse: Dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu regaço, e o levou
para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama,
20 - E clamou ao Senhor e disse: Ó Senhor, meu DEUS, também até a esta viúva,
com quem eu moro, afligiste, matando-lhe seu filho?
21 - Então, se mediu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor, e disse: Ó
Senhor, meu DEUS, rogo-te que torne a alma deste menino a entrar nele.
22 - E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele,
e reviveu.
Jonas 1
1 - E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua
malícia subiu até mim.
HINOS SUGERIDOS: 97, 266, 449 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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SUBSÍDIOS CPAD - Lição 3 - MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO
TESTAMENTO
Prezado(a) professor(a), nesta lição, veremos que Deus escolheu a
nação de Israel com um propósito missionário. O plano de reconciliação entre o
Criador e a humanidade foi estabelecido desde os tempos antigos e a vontade de Deus
era que Seu povo O divulgasse às demais nações. No decorrer da história,
percebemos que essa missão não foi acolhida pelos israelitas, haja vista as
muitas vezes que o Senhor os repreendeu para que não se contaminassem com as
religiões pagãs que habitavam ao seu redor.
Os diversos eventos que ocorreram na história de Israel a majestosa
libertação dos hebreus da escravidão no Egito e as vitórias alcançadas durante
a ocupação da Terra Prometida marcaram a nação e serviram de testemunho às gerações
seguintes. Entretanto, as leis e os testemunhos dos profetas não foram
suficientes para que os descendentes permanecessem fiéis à aliança que Deus
havia estabelecido (Êx 19.5,6). Com o passar dos anos, a iniquidade se
multiplicou de modo que não restou alternativa a não ser a repreensão pelo
cativeiro (Jr 25.8-12). Nesse período, o Reino do Sul, responsável por manter o
concerto divino, foi devastado. Todavia, o propósito divino ficaria firme por
meio do remanescente fiel.
Segundo George W. Peters (Teologia Bíblica de Missões, CPAD),
“dentre todas as religiões, a religião revelada do Antigo Testamento constitui
a missão de Deus no mundo pelo menos de quatro maneiras:
1. Ela é uma ação divina, expressando desaprovação das religiões
etnicamente desenvolvidas e humanamente criadas, e das práticas pagãs do mundo.
Ela está designada a preservar o mundo da suprema decadência moral e religiosa
e de um total vazio espiritual. É a testemunha constante de Deus no mundo (At
14.17);
2. É um monoteísmo étnico, divinamente inspirado, que preserva o
homem da desorientação total no panteísmo, na idolatria e no espiritismo. O
monoteísmo étnico por si só pode conferir significado ao universo, à história e
particularmente à cruz, assim como profundidade ao evangelho da graça;
3. É a criação de Deus para sustentar a esperança divinamente
inspirada no Redentor prometido (Gn 3.15), que salvaria a humanidade da
condição do pecado e destruição e restauraria sua glória, seu propósito e
significado originais;
4. É o chamado divino de uma minoria seletiva usada como
instrumento capaz de gerar um ímpeto eficaz missionário na humanidade,
almejando bênçãos e salvação para toda a humanidade” (p. 108).
Tanto as vitórias de Israel quanto a sua queda serviram de
testemunho para que as outras nações soubessem que o relacionamento com Deus
não pode ser estabelecido de forma superficial e inconsistente.
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Estudos retirados do CD da CPAD 3º Trimestre de 2000 - MISSÕES
Evangelismo e Missões - 3º Trimestre de 2002 - CD CPAD
A Igreja Cumprindo Sua Tarefa
Comentários de Pr. Esequias Soares
A Igreja Cumprindo Sua Tarefa - Comentários de Pr.
Esequias Soares
Lição 1 - O Evangelho
INTRODUÇÃO
Estamos iniciando um novo trimestre com mais um
tema palpitante: evangelismo e missões. Por que evangelizar e fazer missões? O
que significa evangelismo e missões para a Igreja neste novo milênio? Quais os
recursos e estratégias para a execução dessa tão sublime tarefa? A resposta a
essas e outras perguntas é o tema deste trimestre. Hoje, vamos estudar o
significado do evangelho de nosso Senhor JESUS Cristo.
I. A PALAVRA “EVANGELHO”
1. Etimologia.
A palavra “evangelho” vem de duas palavras gregas eu, que quer
dizer “bom”, e de angelia, que significa “mensagem, notícia, novas”. Assim, a
palavra euuangelion quer dizer “boas novas, notícias alvissareiras”. Essa
palavra aparece tanto no Antigo Testamento como na literatura extrabíblica. No
hebraico é bessorah (2 Sm 18.20,25,27; 2 Rs 7.9), que a Septuaginta traduziu
por euuangelion. Originalmente significava “pagamento pela transmissão de uma
boa notícia”. Com o tempo, passou a ganhar novo significado no mundo romano de
fala grega, em virtude do culto ao imperador, pois a palavra euuangelion era
usada para anunciar o nascimento deste ou a sua coroação.
2. Novo Testamento.
Esse vocábulo, que é encontrado 76 vezes em todo o Novo Testamento,
só aparece no singular; o verbo euuangelizo, “evangelizar”, 54; e
euuangelistes, “evangelista”, três. O Senhor JESUS Cristo é o conteúdo do
evangelho: sua vinda, seu ministério terreno, seu sofrimento, morte e
ressurreição (Rm 1.1-7). É a mensagem de Cristo que salva o pecador (Jo 3.16;
Rm 1.16). É o meio empregado por DEUS para a salvação de todo aquele que crer
(1 Co 15.2). Só através do evangelho é que o homem conhece a salvação na pessoa
de JESUS. O evangelho de Cristo é a única resposta para este mundo que perece
em consequência do pecado.
3. Os três estágios da palavra evangelho.
a) No mundo grego, tinha o sentido de recompensa por trazer boas novas.
b) No Antigo Testamento (Septuaginta), o vocábulo indica as próprias
boas-novas. Aparece em termos proféticos com o mesmo sentido que encontramos no
Novo Testamento: “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as
boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação,
que diz a Sião: O teu DEUS reina!” (Is 52.7). Veja o seu cumprimento em Romanos
10.15.
c) No Novo Testamento são as boas novas que falam do Reino de DEUS, da
salvação e do perdão dos pecados na pessoa de Nosso Senhor JESUS Cristo. É o
evangelho da graça de DEUS (At 20.24).
II. OS QUATRO EVANGELHOS
1. É a mensagem de salvação.
O evangelho é a mensagem transformadora do Calvário; não é
meramente um livro. Se não é um livro, por que chamamos as quatro primeiras
seções do Novo Testamento de “evangelhos”? Essa nomenclatura é externa, e
surgiu a partir do séc. II, mas parece haver apoio interno para isso:
“Princípio do evangelho de JESUS Cristo, Filho de DEUS” (Mc 1.1). O evangelista
Marcos, depois dessa declaração, passa a narrar o ministério público de JESUS,
que consiste no conteúdo do segundo livro na ordem do Novo Testamento; assim o
termo “evangelho” ganhou novo estilo literário.
2. A natureza dos evangelhos.
Mateus, Marcos, Lucas e João são a base do Novo Testamento; é
impossível compreender a este sem os quatro evangelhos.
a) Os evangelhos sinóticos.
Os três primeiros evangelhos são chamados de sinóticos. Este nome
vem de duas palavras gregas syn, que significa “com”, e opsis, “ótica, vista”.
A palavra “sinótico” quer dizer “visão conjunta”. Isto se aplica a Mateus,
Marcos e Lucas porque eles são uma sinopse da vida de Cristo. Eles contêm
muitas semelhanças entre si no conteúdo e na apresentação.
b) O Evangelho de João.
Enquanto os sinóticos registram o ministério incessante e intenso
do Senhor JESUS, as parábolas, os milagres e todos os demais feitos do Mestre,
João preocupou-se mais em descrever os discursos profundos e abstratos de
JESUS, revelando a sua deidade absoluta. O propósito é mostrar que JESUS é o
Cristo, o Filho de DEUS, e que a fé em seu nome dá a todo o que nEle crê a vida
eterna: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que JESUS é o Cristo, o
Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).
III. A PROMESSA DE DEUS
1. O resumo do evangelho.
O capítulo 1 da epístola aos Romanos é uma síntese do evangelho; é
a mais bela de todas as introduções das epístolas paulinas. Em tão poucas
palavras, diz tudo o que o homem precisa saber sobre JESUS. Alguém sugeriu que
todos os crentes a decorassem para recitá-la diariamente como uma confissão de
fé. Essas poucas palavras falam da origem divina e humana de JESUS, e descrevem
o plano de DEUS para a redenção da humanidade.
2. O plano de DEUS.
O evangelho não é algo surgido de improviso, pois DEUS o havia
prometido desde “antes dos tempos dos séculos” (Tt 1.2). A Bíblia diz que DEUS
o prometeu “pelos seus profetas nas Santas Escrituras” (Rm 1.2). O Messias foi
sendo revelado de maneira sutil e progressiva. Cada profeta apresentou um
perfil do Salvador, até que a revelação se consumou na sua vinda. Há inúmeras
profecias messiânicas e alusões diretas e indiretas ao Messias, e destas, cerca
de 20 passagens apontam JESUS como o filho e sucessor do rei Davi. Mateus
inicia o seu evangelho associando o Messias aos dois maiores pilares do Antigo
Testamento: Abraão e Davi (Mt 1.1). O apóstolo Paulo ressalta, aqui, a realeza
do Filho do homem (v.4).
IV. O EVANGELHO QUE SALVA
1. O caráter universal do evangelho.
A Bíblia diz que todos os homens são pecadores e precisam
reconciliar-se com DEUS (Rm 3.23; 5.12). Não existe salvação sem JESUS (At
4.12). Ele mesmo disse: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). No livro
de Atos, encontramos o ESPÍRITO SANTO impulsionando os cristãos no trabalho da
pregação do evangelho. O alcance do evangelho, em tão pouco tempo, foi
extraordinário. É o cumprimento da ordem de JESUS: “Até os confins da terra”
(At 1.8).
2. A evangelização.
O evangelho é a mensagem de que o mundo tanto carece. Já faz dois
mil anos que os cristãos vêm pregando esta mensagem, e ela continua sendo, a
cada dia, sempre nova e eficaz. A evangelização, o discipulado e a
intercessão são as três principais colunas do crescimento da Igreja. Cada
igreja deve elaborar um projeto, com metas bem definidas, para alcançar os
pecadores. O apóstolo Paulo diz que o evangelho salva, mas é
preciso permanecer nele (1 Co 15.1,2). Evangelizar é tarefa de todos os
crentes.
3. Influência do evangelho na legislação das nações.
O evangelho de Cristo tem influenciado muitas nações. Haja vista a
Inglaterra e os Estados Unidos. Herdeiros de grandes avivamentos espirituais,
ambos os países garantem, através de legislações inspiradas na Bíblia, o
respeito aos direitos humanos, a preservação da qualidade de vida e a justa
distribuição de renda. Infelizmente, o mesmo não acontece nos países que se
fecharam às Boas Novas de Cristo. Oremos, pois, a fim de que o Brasil seja
totalmente evangelizado, pois, feliz é a nação que se acha compromissada com o
evangelho de Nosso Senhor JESUS Cristo.
CONCLUSÃO
O Senhor JESUS constituiu a Igreja como a única agência do Reino de DEUS na
terra encarregada de anunciar as boas novas de salvação. É necessário, pois, a
mobilização de toda a Igreja para que essas metas sejam alcançadas. Cada crente
dos dias apostólicos era um dedicado, fervoroso e próspero ganhador de almas
(At 8.4). JESUS foi enviado ao mundo para salvar os pecadores (Mt 11.28-30),
através da mensagem do evangelho (1 Tm 1.15). Deve ser a nossa a resolução do
apóstolo Paulo: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o
poder de DEUS para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e
também do grego” (Rm 1.16).
Questionário
1. Qual o sentido da palavra “evangelho” no Novo Testamento?
R. É a mensagem de Cristo que salva o pecador (Jo 3.16; Rm 1.16). É o meio
empregado por DEUS para a salvação de todo aquele que crer (1 Co 15.2).
2. Onde no Antigo Testamento a palavra “boas novas” apresenta o mesmo sentido
que encontramos no Novo Testamento?
R. Isaías 52.7.
3. Originalmente a palavra “evangelho” significava uma mensagem ou um livro?
R. Uma mensagem.
4. Por que a introdução da epístola aos Romanos pode ser uma síntese do
evangelho?
R. Diz tudo que o homem precisa saber sobre JESUS em tão poucas palavras.
5. Quais os principais elementos responsáveis pelo crescimento da Igreja?
R. Evangelização, discipulado e intercessão.
Lição 2 - O Clamor do Mundo
INTRODUÇÃO
O quadro social e espiritual da Galileia pode servir como amostra da humanidade
sem Cristo. Além da mensagem de salvação, JESUS trazia conforto aos sofredores,
e lenitivo para a alma. Ele se compadecia das multidões, pois eram como ovelhas
que não têm pastor (Mt 9.36). Hoje veremos que as necessidades humanas são as
mesmas daquele tempo, e que a Igreja tem a solução para os problemas do nosso
povo: JESUS!
I. A GALILÉIA DOS GENTIOS
1. Galileia.
Do hebraico galil, que significa “anel, círculo, região”, pois era
um círculo de cidades em volta do mar da Galileia. A palavra aparece no Antigo
Testamento (Js 20.7; 1 Rs 9.11; Is 9.1). O rei da Assíria cercou Samaria, e
levou em cativeiro as 10 tribos do Norte, em 722 a. C. (2 Rs 17.6) e trouxe
gentios para povoarem a região (2 Rs 17.24). Isso deu origem a uma população
mista com minoria judaica. As descobertas arqueológicas revelam a presença de
cultos pagãos em Samaria, Fenícia, Síria e nas grandes cidades da Galileia. A
região era habitada predominantemente por esses gentios de modo que era chamada
de “Galileia dos Gentios”.
2. Por que a Galileia era menosprezada?
A região da Baixa Galileia, ou Galileia Inferior, mencionada na
maioria das narrativas dos evangelhos é uma área de terra fértil e bem regada
por ribeiros. Exportava cereais e azeite de oliva. A atividade pesqueira
representava também uma parcela considerável da economia da região. Era
densamente povoada, porém menosprezada pelos judeus (Jo 1.46; 7.52). A Galileia
esteve sob o governo da Fenícia durante 50 anos. Some-se a isso a diversidade
da população com seus cultos e costumes pagãos; resultado: o desprezo dos
judeus.
3. O centro das atividades de JESUS.
Embora o texto sagrado afirme que JESUS curava a todos os enfermos,
endemoninhados, lunáticos, paralíticos provenientes da Galileia, de Decápolis,
de Jerusalém, da Judéia, da costa marítima, de Tiro e Sidom, e dalém do Jordão
(v.25; Lc 6.17), ninguém pode negar que Ele haja operado mais sinais e
maravilhas na Galileia do que em qualquer outra região. Isso para que se cumprissem
as profecias de Isaías (9.1,2) e porque a necessidade da Galileia era maior.
Cafarnaum, na Baixa Galileia, é ainda hoje conhecida como a Cidade de JESUS
(4.13; Mt 9.1).
II. O SOFRIMENTO HUMANO
1. As necessidades do pobre.
Os economistas costumam dizer que as necessidades humanas são
ilimitadas, e os recursos disponíveis, escassos. Por isso, a escolha de
prioridade na administração é muito importante em todas as esferas da vida: na
igreja, no lar, na empresa etc. Se a situação é essa, como ficam os que vivem
em pobreza absoluta? A pobreza em Israel era grande naqueles dias. Se na
Judéia, onde a população era mais elitizada, havia um número considerável de
pessoas que viviam dos óbolos do Templo, o que não diremos da Galileia?
2. As necessidades dos ricos.
Estes também têm suas necessidades espirituais. Problemas de ordem
familiar,
social, profissional. As riquezas não preenchem o vazio da alma. Pesquisas
apontam que o maior índice de suicídio está na faixa entre 21 e 35 anos,
incluindo os universitários e profissionais das classes mais abastadas.
Suicídio é o resultado do fracasso espiritual. Ricos, pobres, intelectuais e
ignorantes: todos clamam por paz de espírito e alegria na alma. JESUS é
insubstituível; Ele veio para que o ser humano tenha vida com abundância (Jo
10.10).
II. O ÚNICO SALVADOR
1. Cristo salva.
JESUS é o único Salvador. A declaração de que não há salvação
debaixo do céu, a não ser em JESUS (At 4.12), nulifica as religiões pagãs.
JESUS já nasceu Salvador (Lc 2.11). DEUS o constituiu Príncipe e Salvador para
“dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados” (At 5.31). O texto
sagrado está dizendo que DEUS, ao nomear o Senhor JESUS como Salvador, deu aos
pecadores a oportunidade para o arrependimento. Se isso não acontecesse, não
teríamos salvação. Esse exclusivismo ainda afronta o mundo pagão, e deixa em
desconforto as religiões monoteístas, que não têm a Cristo como o Filho de DEUS
e o único Salvador do mundo.
2. Cristo liberta.
Libertador e Salvador. São dois títulos aplicados a Cristo no Novo
Testamento. A liberdade cristã oferecida por JESUS é diferente da liberdade
apregoada hoje pela imprensa e pelos políticos. É o ato de libertar a nossa
consciência da culpa do pecado. Essa promessa o Senhor JESUS a fez para todos
os homens em todos os tempos (Jo 8.32-36). Disse o apóstolo Paulo: “e nos
libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu
amor” (Cl 1.13 — Versão Almeida Atualizada). Devemos permanecer na liberdade
com que Cristo nos libertou (Gl 5.1).
III. CRISTO CURA
1. A origem da enfermidade.
É verdade que a doença é uma das consequências, direta ou indireta,
do pecado. Se não existisse pecado não existiriam enfermidades. Isso, porém,
não serve para dar sustentação à teoria que afirma que a enfermidade significa
estar o doente em pecado ou sem fé. Crer assim é afastar-se da verdade bíblica
e brincar com a fé cristã. Há enfermidades que são consequências diretas do
pecado (Jo 5.14). Mas o Novo Testamento fala também de homens piedosos que
tiveram problemas de saúde (1Tm 5.23; 2 Tm 4.20). Não se pode generalizar neste
particular.
2. O alcance do sacrifício de JESUS.
JESUS pode dar saúde a todos os enfermos, mas nem sempre
compreendemos o plano de DEUS em relação a determinada pessoa. Não existe, nesse
mundo, sofrimento maior do que a enfermidade nas suas inumeráveis
manifestações. Mas a obra de JESUS é completa; a expiação no Calvário alcança
também a cura do corpo físico (Is 53.4; 1 Pe 2.24). JESUS conferiu à sua Igreja
o poder de curar enfermos e libertar os oprimidos do Diabo (Mt 10.8; Mc
16.15-20). É dever nosso usar a autoridade do nome de JESUS para diminuir o
sofrimento humano.
IV. A FELICIDADE HUMANA
1. A felicidade está em JESUS.
O ministério de JESUS, aqui na terra, trouxe transformação para
inúmeras vidas, mudou a Galileia e alterou todo o curso da história da
humanidade. JESUS tem e é a solução de todos os problemas (Mt 11.28-30). Ele, e
somente Ele, pode dar sentido à vida. O mundo está em desespero. Infelizmente
Satanás cegou de tal forma a humanidade, que muitos não conseguem reconhecer a
JESUS como o seu Salvador e Libertador; veem-no apenas como um concorrente de
seus deuses (2 Co 4.4).
2. Nós ou os anjos?
Hoje temos de combater o materialismo, o paganismo, a imoralidade,
a corrupção. E, na autoridade do nome de JESUS, destruir todas as fortalezas do
Diabo. As pessoas vítimas dessas coisas estão gemendo; clamam no vale da sombra
e morte. Mas para que a luz do evangelho resplandeça sobre elas, é necessário
que você lhes fale de JESUS, e mostre-lhes que Ele é a solução. Esta
incumbência é nossa! O Senhor JESUS delegou essa tarefa aos seus discípulos; ou
seja: a cada um de nós (Mt 28.19,20) e não aos anjos (1 Pe 1.12).
CONCLUSÃO
Se cada um de nós fizer a sua parte, poderemos falar de Cristo a toda a
humanidade e, assim, diminuir os seus sofrimentos. Pois a causa destes é de
ordem espiritual (Lm 3.39). O Senhor JESUS equipou os seus discípulos e os
enviou ao mundo a fim que mudassem a face do planeta. E eles o fizeram, porque
cada um deles tinha a consciência de suas responsabilidades (At 8.4;
11.19,20).
Questionário
1. Por que a Galileia era uma região desprezada pela elite judaica?
R. Devido aos cultos pagãos e costumes de sua diversificada população.
2. Por que o Senhor JESUS procurou a Galileia como centro de suas atividades?
R. Para que se cumprisse as profecias de Isaías e porque a necessidade da
Galileia era maior.
3. Qual o principal elemento causador do sofrimento humano?
R. O pecado.
4. Quem é a solução de todos os problemas?
R. JESUS.
5. Quem DEUS chamou para levar o nome de JESUS aos sofredores?
R. Nós mesmos.
Lição 3 - O Missionário do Antigo Testamento
INTRODUÇÃO
O Cristianismo é a primeira religião proselitista e
missionária da história, pois o evangelho não é uma mensagem alternativa, é
única e exclusiva. JESUS afirmou que é uma questão de vida ou morte (Jo 17.3).
No Antigo Testamento, missões era um projeto ainda não colocado em prática. O
profeta Jonas, como missionário, era uma figura de Cristo. O Novo Testamento
tornou explícito o que dantes estava implícito no Antigo.
I. O CONTEXTO HISTÓRICO DE JONAS
1. O Reino de Israel.
Após a morte de Salomão, o reino hebreu dividiu-se em dois: Israel,
ou Reino do Norte, formado pelas 10 tribos encabeçadas por Efraim, tendo por
capital inicialmente Gibeá, e, depois, no tempo de Onri, Samaria; Judá, formado
por esta tribo e a de Benjamin, ou reino do Sul, cuja capital era Jerusalém,
onde a dinastia de Davi continuou reinando por mais de 400 anos.
2. O profeta e sua terra.
Jonas era filho de Amitai. Viveu no Reino do Norte e habitava em
Gate Hefer (2 Rs 15.25) que, segundo Jerônimo, era uma aldeia dos arredores de
Nazaré da Galileia. O profeta viveu na época de Jeroboão II, quando o Reino de
Israel se achava sob pressão dos assírios. A Assíria é a região onde hoje
localiza-se o norte do Iraque, e sua capital, na antiguidade, era Nínive.
3. Origem dos ninivitas.
Cidade fundada por Ninrode, filho de Cam, neto de Noé (Gn
10.11,12), a Assíria é conhecida como o país de Ninrode (Mq 5.6). Os assírios
são descendentes de Assur, ou Ashur, em hebraico, filho de Sem (Gn 10.22). A
expressão “saiu ele à Assíria” (Gn 10.11) é de difícil interpretação; no
original hebraico não se sabe se Ashur, ou Assíria, são uma e mesma coisa. Se o
primeiro caso puder ser confirmado, significa que Ninrode juntou-se a Ashur, e
ambos fundaram Nínive, além de outras cidades da região. Isso explicaria o fato
de um país semita ser chamado de terra de Ninrode, um camita.
4. Característica dos ninivitas.
Eram um povo beligerante. Os gregos caracterizavam-se pela
filosofia, os fenícios pela arte náutica, os hebreus pelo monoteísmo ético, mas
os assírios pela crueldade. São indescritíveis as torturas que eles
aplicavam aos seus prisioneiros. A arte bélica era a característica dos
assírios. Isso explica a deserção de Jonas; o profeta desejava fossem os
assírios destruídos em consequência de sua maldade (Jn 4.1,2).
II. A MENSAGEM DE JONAS
1. A incumbência de Jonas.
Depois que o grande peixe vomitou o profeta, DEUS novamente o envia
a Nínive, dizendo: “prega contra ela a pregação que eu te disse” (v.2). Qual
foi a pregação que DEUS entregou a Jonas? “Ainda quarenta dias, e Nínive será
subvertida” (v.4). Não era uma mensagem de misericórdia, mas uma sentença de
condenação. Era o anúncio do juízo de DEUS sobre a cidade.
2. O Senhor JESUS.
O Senhor JESUS apresentou suas credenciais de Messias: sinais e
maravilhas nunca vistos desde a fundação do mundo, ensinos extraordinários que
vêm impressionando a humanidade nesses 2.023 anos de Cristianismo, trazendo-nos
uma mensagem de perdão e de amor. Não há razão para recusarmos o evangelho ou
duvidar do Senhor JESUS. Ele tem o testemunho da lei e dos profetas (Rm 3.21).
A Bíblia declara: “A este dá testemunho todos os profetas, de que todos os que
nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome” (At 10.43).
3. O profeta Jonas.
O profeta Jonas, ao contrário, não mostrou sinais nem maravilhas e
a sua mensagem não era de perdão; sequer convidou os ninivitas ao
arrependimento. Todavia, o povo arrependeu-se a ponto de o rei proclamar um
jejum para toda a cidade e até para os animais. E, assim, o povo alcançou
misericórdia. Por isso JESUS disse que os ninivitas estariam presentes no juízo
para condenar aquela geração incrédula que recusou o Filho de DEUS: “Os
ninivitas ressurgirão no Juízo com esta geração e a condenarão, porque se
arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que
Jonas” (Mt 12.41).
III. MISSÕES NAS RELIGIÕES ANTIGAS
1. Os pagãos.
As religiões do antigo Oriente Médio eram tribais. Não há registro
de que um adepto de Astarote, divindade dos sidônios; ou de Milcom, dos
amonitas (1 Rs 11.5), ou ainda de qualquer outra divindade, haja levado sua
mensagem para os adeptos de outros deuses, pois tais religiões eram algo mais
de caráter cultural do que espiritual. Os pagãos entendiam que a cada povo
bastava o seu deus.
2. O Judaísmo.
Apesar de o Judaísmo não adorar a um DEUS tribal, não é uma
religião missionária, nem proselitista. Mas o Antigo Testamento, que os judeus
acatam como a Palavra de DEUS, assevera que toda a terra é do SENHOR (Êx 19.5;
Sl 24.1). Por conseguinte, DEUS tem o direito de reinar sobre todas as nações e
de proclamar seus juízos e a sua salvação. Com exceção de Jonas, os profetas do
Senhor sempre eram enviados ao seu próprio povo, e, em seus escritos,
encontramos mensagens de advertências, ameaças e também de bênçãos para as
nações vizinhas.
3. Os prosélitos no Novo Testamento.
Eram gentios convertidos à fé judaica (At 2.10; 6.5; 13.43). Parece
que havia empenho das autoridades judaicas do primeiro século no proselitismo
(Mt 23.15). O prosélito submetia-se a três coisas: fazer a circuncisão,
oferecer um sacrifício e submeter-se ao batismo. No batismo, o local não podia
conter menos que 300 litros de água e todo o corpo devia ser tocado pela água.
A pessoa tinha de rapar o cabelo, cortar as unhas e pôr-se desnuda. Ainda na
água, lia uma parte da Lei, e fazia a confissão de fé, diante de três
testemunhas — uma espécie de padrinhos. Em seguida, recebia as palavras de
consolo e de bênção. Quando saía das águas batismais, já era membro da família
de Israel. Era o batismo deles. Hoje os rabinos fazem sérias objeções aos
gentios que desejam se converter ao Judaísmo. Eles se empenham, acima de tudo,
em
trazer de volta para o Judaísmo seus próprios irmãos: os judeus não
religiosos.
4. Profecias cumpridas.
Há no Antigo Testamento vislumbres missionários, de profecias
que se cumpriram no Novo Testamento. A mensagem de Gn 12.3: “Em ti serão
benditas todas as famílias da terra” era a promessa de DEUS para salvar os
gentios (Gl 3.8). Isso está ainda mais claro no profeta Isaías: “As ilhas
aguardarão a sua doutrina” (42.4). Ou: “E, no seu nome, os gentios esperarão”,
conforme a Septuaginta, citada em Mt 12.21. Isso também é visto em Os 1.10;
2.23, citado em Rm 9.25,26. O Cristianismo é a primeira religião missionária do
mundo.
IV. O CARÁTER UNIVERSAL DO CRISTIANISMO
1. Os gentios ontem e hoje.
Os gentios, goiym em hebraico, são todas as nações que estão fora
do povo de Israel. Até a vinda de JESUS, a humanidade estava dividida em dois
povos: gentios e judeus, e o plano de DEUS era a reunificação deles, derribando
a parede de separação, o que JESUS realmente fez através de sua morte na cruz
(Ef 2.13-18). Hoje deixa de ser gentio quem se converte ao Senhor JESUS (1 Co
12.2; Ef 2.11). Somos filhos de Abraão, no sentido espiritual (Rm 4.12-12; 9.8,
30-32; Gl 3.7).
2. Jonas, uma figura de Cristo.
Ambos foram enviados aos gentios, eram galileus e por três dias e
três noites ficaram nas profundezas; Jonas, no ventre do grande peixe; JESUS no
seio da terra (Mt 12.40). Tais semelhanças servem para mostrar que Jonas é a
figura de Cristo no Antigo Testamento. Ali estava o prenúncio da salvação dos
gentios. A redenção destes estava no plano de DEUS antes da fundação mundo (Ap
13.8); não foi uma improvisação de última hora feita por JESUS. Os profetas
falaram dessa salvação (1 Pe 1.10-12).
CONCLUSÃO
O Messias, objeto da expectativa dos profetas do Antigo Testamento, é o Cristo
do Novo Testamento. O trabalho missionário, iniciado por Jonas, continuou com
os apóstolos, cabendo-nos a tarefa de expandi-lo até aos confins da terra. Hoje
somos frutos de missões e devemos fazer missões; há ainda milhões que estão
perecendo sem o conhecimento do evangelho.
Questionário
1. Qual a primeira religião proselitista e missionária da história?
R. O Cristianismo.
2. Qual a origem dos ninivitas?
R. Ninrode, filho de Cam, neto de Noé.
3. Qual a mensagem de Jonas para os ninivitas?
R. “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida”.
4. Por que os ninivitas se levantarão no juízo para condenar a geração que
rejeitou o Senhor JESUS?
R. Porque se arrependeram com a pregação de Jonas.
5. Em que sentido Jonas é uma figura de Cristo?
R. Ambos foram enviados aos gentios, eram galileus e ficaram três dias e três
noites em profundezas.
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Escrita Lição 9, Central Gospel, Ester, uma Líder Perspicaz, 2Tr23,
Pr Henrique, EBD NA TV
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Almeida Silva
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1- UMA JUDIA NO PALÁCIO IMPERIAL
1-1- O grande líder não procura tirar proveito pessoal de sua
posição destacada
2- UM AGAGITA NA CASA DO REI
2-1- Um genocídio decretado
2-1-1- Assuero deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã
3- DEUS USA UMA JUDIA PARA VENCER UM
AGAGITA NA CORTE PERSA
3-1- O grande líder discerne o tempo da ação
3-1-1- Ester deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo
3-2- O grande líder discerne o tempo da estratégia
3-2-1- Deus trabalha nas circunstâncias
3-2-2- A humilhação de Hamã
3-3- O grande líder discerne o tempo dos embates
decisivos
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Ester 7.1-6
1 - Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 - disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do
vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu
requerimento? Até metade do reino se fará.
3 - Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça
aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha
petição e o meu povo como meu requerimento.
4 - Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem,
matarem e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem,
calar-me-ia, ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.
5 - Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse?
E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?
6 - E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã.
Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
TEXTO ÁUREO
Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento
doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu Pai perecereis; e quem
sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? Ester 4.14
COMENTÁRIOS BEP – CPAD
Livro de Ester
Autor: Desconhecido
Tema: O Cuidado Providencial de Deus
Data: 460 — 400 a.C.
Considerações Preliminares
Depois da derrota do império babilônico e sua conquista pelos
persas em 539 a.C., a sede do governo dos exilados judeus passou à Pérsia. A
capital, Susã, é o palco da história de Ester, durante o reinado do rei Assuero
(seu nome hebraico) — também chamado Xerxes I (seu nome grego) ou Khshayarshan
(seu nome persa) — que reinou em 486 — 465 a.C. O livro de Ester abarca os anos
483 — 473 a.C. do reinado de Assuero (1.3; 3.7), sabendo-se que a maioria dos
eventos ocorreu em 473 a.C. Ester tornou-se rainha da Pérsia em 478 a.C.
(2.16). Cronologicamente, o episódio de Ester na Pérsia ocorre entre os caps. 6
e 7 do livro de Esdras, i.e., entre o primeiro retorno dos exilados judeus de
Babilônia e da Pérsia, para Jerusalém em 538 a.C., chefiados por Zorobabel
(Esdras 1– 6), e o segundo retorno chefiado por Esdras em 457 a.C. (Ed 7—10)
(ver a introdução a Esdras). Embora o livro de Ester venha depois de Neemias em
nosso AT, seus eventos realmente ocorreram trinta anos antes da volta de
Neemias a Jerusalém (444 a.C.) para reconstruir seus muros (ver a introdução a
Neemias). Enquanto os livros pós-exílicos de Esdras e Neemias tratam de fatos
do remanescente judaico que retornara a Jerusalém, Ester registra um
acontecimento de vital importância ocorrido entre os judeus que se encontravam
na Pérsia.
A importância da rainha Ester vê-se, não somente no fato de ela
salvar o seu povo da destruição, mas também por conseguir para esse povo,
segurança e respeito num país estrangeiro (cf. 8.17; 10.3). Esse ato
providencial tornou possível o cargo de Neemias na corte do rei, por décadas
seguidas, e sua escolha para reconstruir os muros de Jerusalém. Se Ester e os
judeus (inclusive Neemias) tivessem perecido na Pérsia, o remanescente em crise
em Jerusalém talvez nunca tivesse reconstruído a sua cidade. O resultado da
história judaica pós-exílica certamente teria sido outro muito diferente.
Embora não se conheça o autor do livro de Ester, as evidências
internas do livro revelam que ele conhecia pessoalmente os costumes persas, o
palácio de Susã e pormenores da pessoa do rei Assuero. Isso indica que o autor
provavelmente morava na Pérsia durante o período descrito no livro. Além disso,
o apreço do autor pelos judeus, bem como seu conhecimento dos costumes judaicos
sugerem que ele era judeu.
Propósito
O livro tem um propósito duplo. (1) Foi escrito para demonstrar a
proteção e livramento de extermínio iminente do povo judeu, mediante a
intervenção de Deus através da rainha Ester. Embora o nome de Deus não seja
mencionado especificamente, a evidência é patente da sua providência no decurso
de todo o livro. (2) Foi escrito, também, para prover um registro e contexto
histórico da festa judaica de Purim (3.6,7; 9.26-28) e, assim, manter viva para
gerações futuras, a lembrança desse grande livramento do povo judeu na Pérsia
(cf. a festa da Páscoa e o grande livramento dos israelitas da escravidão no
Egito).
Visão Panorâmica
O livro de Ester enseja um estudo do caráter de cinco personagens
principais do referido livro. (1) o rei persa, Assuero; (2) seu
primeiro-ministro, Hamã; (3) Vasti, a rainha que antecedeu Ester; (4) Ester, a
formosa moça judia que se tornou rainha; e (5) Mardoqueu, o íntegro primo de
Ester que a adotou como filha e cuidou dela na mocidade. Ester, naturalmente, é
a heroína da história; Hamã é o vilão; e Mardoqueu é o herói que, como alvo
principal do desprezo de Hamã, é vindicado e exaltado no fim. A figura
principal nos eventos do livro é Mardoqueu, pois ele influenciou a rainha Ester
e lhe deu conselhos retos.
A providência de Deus está presente em todas as partes do livro. É
vista, primeiramente, na escolha de uma virgem judia chamada Hadassa (hebraico)
ou Ester (persa e grego), para ser rainha da Pérsia, numa hora crítica da
história dos judeus (1—2; 4.4). A providência de Deus é novamente evidente
quando Mardoqueu, primo de Ester, que a criara como filha (2.7), foi informado
de uma trama para assassinar o rei, denunciou-a, salvou a vida do rei, e seu
ato foi registrado nas crônicas do rei (2.19-34). Isso, o rei descobriu
providencialmente no momento certo, durante uma noite de insônia (6.1-14).
O ódio que Hamã alimentava por Mardoqueu estendeu-se a todos os
judeus. Urdiu um horrendo complô e, usando de fraudulência, persuadiu Assuero a
promulgar um decreto para exterminar todos os judeus no dia 13 do mês Adar
(3.13). Mardoqueu persuadiu Ester a interceder junto ao rei a favor dos judeus.
Depois de um jejum levado a efeito por todos os judeus de Susã, de três dias de
duração, Ester arriscou a sua vida ao aproximar-se do trono real sem ter sido
convocada (cap. 4); obteve o favor do rei (5.1-4) e denunciou o funesto complô
de Hamã. A seguir, o rei mandou enforcar Hamã na forca que este preparara para
Mardoqueu (7.1-10). Um segundo decreto do rei possibilitou aos judeus
triunfarem sobre os seus inimigos (8.1—9.16). Essa ocasião motivou uma grande
celebração e deu origem à festa anual de Purim (9.17-32). O livro termina com
um relato da fama de Mardoqueu (10.1-3).
Características Especiais
Cinco características assinalam o livro de Ester. (1) É um dos dois
livros na Bíblia que levam o nome de uma mulher, sendo Rute o outro. (2) O
livro começa e termina com uma festa, e menciona um total de dez festas ou
banquetes no decurso das quais se desenrola boa parte do drama do livro. (3) O
livro de Ester é o último dos cinco rolos da terceira parte da Bíblia hebraica,
chamados Hagiographa (“Escritos Sagrados”). Cada um desses rolos é lido
publicamente em uma das grandes festas judaicas. Este aqui é lido na festa de
Purim, em 14-15 de Adar, que comemora o grande livramento do povo judeu na
Pérsia, durante o reinado de Ester. (4) Embora o livro mencione um jejum de
três dias de duração, não há qualquer referência explícita a Deus, à adoração,
ou à oração (aspecto este que tem levado alguns críticos a, insensatamente
questionarem o valor espiritual do livro). (5) Embora o nome de Deus não
apareça através do livro de Ester, sua providência é patente em toda parte do
mesmo (e.g., Et 2.7,17,22; 4.14; 4.16—5.2; 6.1,3-10; 9.1). Nenhum outro livro
da Bíblia ilustra tão poderosamente a providência de Deus ao preservar o povo
judeu a despeito do ódio demoníaco dos seus inimigos.
O Livro de Ester e o NT
Não há referência ou alusão a este livro no NT. Todavia, o ódio de
Hamã aos judeus e seu complô visando o extermínio de todos os judeus do império
persa (cap. 3; 7.4) é uma prefiguração no AT, do Anticristo do NT, que
procurará destruir todos os judeus e também os cristãos no final da história
(ver o livro de Apocalipse).
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SUBSÍDIOS REVISTAS ANTIGAS
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Lição 02: Ester, um Espelho para o Cristão de hoje | EBD BETEL | 1°
Trimestre De 2021
EBD | 1° Trimestre De 2021|Ester: A Soberania e o poder
de Deus na preservação do seu
Povo| Betel Adultos | CPAD |Escola Bíblica
Dominical
TEXTO ÁUREO
“(…) e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.”
(Ester 2.15b)
VERDADE APLICADA
As atitudes da rainha Ester enfatizam a necessidade
de sermos pessoas honradas.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Entender qual é o papel do cristão no mundo.
Apresentar Ester como um exemplo de fidelidade.
Ressaltar que Ester era íntegra e temente a Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - ESTER 2
8. Sucedeu, pois, que, divulgando-se o mandado do rei e a sua lei e
ajuntando-se muitas moças na fortaleza de Susã, debaixo da mão de Hegai, também
levaram Ester à casa do rei, debaixo da mão de Hegai, guarda das mulheres.
16. Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à sua casa real, no
décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.
17. E o rei amou a Ester mais do que todas as mulheres, e ela
alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a
coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Mt 5.13-14 – Devemos ser sal da terra e luz do
mundo.
TERÇA / Rm 12.2 – Não devemos nos conformar com este mundo.
QUARTA / 2Co 4.1-6 – Devemos pregar a Cristo Jesus, o Senhor.
QUINTA / Fp 2.15 – Devemos ser irrepreensíveis e sinceros.
SEXTA / Tt 2.11-12 – Devemos renunciar à impiedade.
SÁBADO / 1Jo 2.15 – Não devemos amar o mundo.
HINOS SUGERIDOS: 111, 141, 225
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que Deus nos dê estratégias para estarmos no centro da sua
vontade.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução – O papel do cristão no mundo – Um exemplo de fidelidade
– Ester, mulher íntegra e temente a Deus – Conclusão
INTRODUÇÃO
O livro de Ester nos descreve de uma maneira afetuosa as
estratégias de Deus, o qual agiu de modo silencioso para proteger o povo hebreu
dos seus inimigos.
PONTO DE PARTIDA
Devemos ser íntegros e tementes a Deus.
O Papel do Cristão no Mundo
Ester viveu em um período em que prevalecia a imoralidade. Em
seu reino havia promiscuidade, libertinagem, traição, embriaguez excessiva e
todo tipo de idolatria. Você conhece algum lugar assim? É impossível não
perceber que o nosso mundo hoje está semelhante àquele em que Ester convivia.
Como uma serva fiel, ela não se deixou corromper com as coisas que
o mundo oferece! Ela sabia que pertencia ao povo que tinha aliança com Deus. E
você, sabe qual o seu papel no mundo?
1.1. Devemos confiar no amor de Deus. Deus disse através do
profeta Jeremias: “Com amor eterno te amei” [Jr 31.3]. Ele nos criou e se
importa conosco. Uma prova deste amor nota-se na vida de Ester, que tinha uma
íntima e saudável comunhão com o Senhor. Deus sabia que ela não abandonaria as
verdades transmitidas por seu primo Mardoqueu [Et 2.7].
Temos observado que nos dias atuais muitos cristãos estão
abandonando suas verdades. O apóstolo João deixou registrado que: “E o mundo
passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece
para sempre.” [1Jo 2.17]. Isso nos faz ter a certeza de que não devemos
abandonar ao Senhor e que a alegria verdadeira está em ter uma comunhão contínua
com Ele.
Subsídio do Professor: Quando vivemos um relacionamento íntimo
com Deus, não damos lugar à mentira. Cabe a cada crente estudar as Escrituras e
obedecer às verdades ali contidas. Os crentes atuais necessitam duma composição
de valores básicos que lhes proporcione segurança e uma direção na caminhada
rumo aos céus. Cada cristão precisa estar alicerçado em verdades consistentes
de normas que identifiquem o que é certo ou errado, bom ou mau.
Como presenciamos, no caso da rainha Ester, a educação transmitida
por seu primo não admitia o errado no lugar do certo. Os valores morais que a
Bíblia nos oferece devem ser adotados, para nos ajudar a levar uma vida estável
e feliz.
1.2. Um exemplo para os cristãos de hoje. A maneira como o livro de
Ester aborda sua conduta serve de espelho para cada cristão. Ela nos ensina a
confiar no Senhor acima de tudo. A Bíblia corrobora nos orientando a não amar o
mundo. É por causa disso que Jesus afirmou que Seu reino não era deste mundo
[Jo 18.36]. O crente tem que aprender a dizer “não” às tentações do mundo: “Não
ameis o mundo, nem o que no mundo há” [1Jo 2.15].
Em uma sociedade contaminada e nefária, é preciso que haja cristãos
que façam a diferença em todos os segmentos de nossa sociedade, ao ponto de
conquistarem alguns para o Evangelho de Cristo, por causa da sua vida exemplar.
Subsídio do Professor: Deus dá valor à Sua Palavra e sempre
cumpre Suas promessas. Como bons filhos de Deus, devemos honrar nossa palavra,
assim como Deus cumpre a Sua. A nossa vida diária tem que fazer a diferença
neste mundo. Devemos andar apropriadamente e de cabeça levantada por onde quer
que passemos, não devemos viver uma vida fingida nem simulada, mas explícita e
verdadeira.
Jesus nos ensinou a ser verdadeiro: “Seja, porém, o vosso falar:
Sim, sim; não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna.” [Mt
5.37]. Devemos ser autênticos em nossas palavras, para que sejamos reconhecidos
como pessoas de confiança e contribua, assim, para que o Senhor seja
glorificado.
1.3. Uma fé inabalável. Através da Bíblia temos a
oportunidade de conhecer pessoas que fizeram toda a diferença neste mundo. Uma
destas pessoas foi Ester. Ela nos mostra que podemos até viver em uma terra
estranha, e ainda assim a nossa fé ser pautada no sobrenatural de Deus. Ela
pede que todos os judeus jejuem por ela por três dias [Et 4.16], tendo a plena
certeza da importância do jejum e da oração na vida do servo de Deus. Esta
atitude de Ester demonstra sua total dependência em Deus. Ester praticou o que
Jesus disse em Mateus 6.16-18.
Subsídio do Professor: Toda a Escritura é um manual
de fé e de coragem, que narra as histórias de muitos homens e mulheres, que,
agindo por meio da fé, praticaram a vontade do Senhor. Estes homens e mulheres
venceram obstáculos insonháveis. Dando-nos grandes exemplos de que, quando
atuamos por fé, experimentamos o momento tão sublime que Maria viveu quando o
anjo lhe disse: “Porque para Deus nada é impossível” [Lc 1.37].
Aprendemos que o Senhor é a fonte da fé. Ela vem dEle. Sem fé não é
possível agradar a Deus [Hb 11.6]. Jesus ficou admirado com a fé do centurião
romano: “Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta
fé” [Mt 8.10].
EU ENSINEI QUE:
É preciso que haja cristãos que façam a diferença em todos os
segmentos de nossa sociedade, ao ponto de conquistarem alguns para o Evangelho
de Cristo, por causa da sua vida exemplar.
2- Um Exemplo de Fidelidade
Em sua carta a Timóteo, Paulo escreveu: “…sê o exemplo dos fiéis,
na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” [1Tm 4.12].
Ester nos dá este exemplo em sua dependência total de Deus. Ester tinha tudo
para ser uma pessoa triste, desanimada, entretanto não é isso o que vemos.
Notamos que ela está firmada na palavra do salmista, que declarou: “Deus é o
nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” [Sl 46.1]. O
exemplo de fidelidade é uma das características mais importantes do autêntico
discípulo de Jesus.
2.1. Faça a diferença onde você estiver. Embora vivendo em uma
terra estrangeira, Ester não se deixou levar pelas influências que o mundo pode
oferecer. Assim como Ester, os cristãos de hoje são peregrinos em uma terra
estrangeira [1Pe 2.11], pois o nosso reino não é deste mundo [Jo 18.36].
Vivemos no meio de uma sociedade insensível e agressiva ao nosso projeto de
vida.
Contudo, não devemos ficar na defensiva. Devemos pregar a Cristo a
tempo e fora de tempo [2Tm 4.2]. Ester possuía as características que Deus
espera de todos nós, sem exceção. O verdadeiro cristão tem que fazer a
diferença no meio em que estiver, seja na sua igreja, no seu trabalho, em sua
casa e em sua família. Precisamos ser dependentes de Deus, e Ele honrará as
nossas atitudes.
Subsídio do Professor: Nossas atitudes refletem de fato quem
nós somos. Que atitudes temos tomado para fazer as melhores escolhas? Estamos
dando prioridade ao que realmente importa? Nossas famílias estão em primeiro
lugar em nossas escolhas? Estamos fazendo a obra de Deus como de fato ela tem
quer ser feita?
Aprendemos com as palavras de Jesus que nossas atitudes mostram os
nossos frutos: “Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê
bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto…” [Lc 6.43-44].
Atitude na presença de Deus faz a diferença para desfrutarmos de “todas as
bênçãos espirituais” [Ef 1.3].
2.2. As estratégias de Deus para a nossa vida. Ao falar sobre
estratégias de uma vida vitoriosa, nos vem à mente dois personagens: Ester e José.
José entrou na presença do rei quando foi convocado, Ester entrou sem ser
convidada. Ester foi capaz, mesmo sendo indigna, por ser judia, de tornar-se
rainha da Pérsia [Et 1.1], e José tornou-se governador do todo o Egito [Gn
41.40]. Aprendemos com a história de ambos que, quando o Senhor quer abençoar,
Ele se utiliza de várias estratégias.
Quando Deus quer abençoar, o que importa de fato é a nossa comunhão
com Ele. Tenha a certeza de que Deus tem uma estratégia para que a tua vida
seja vitoriosa. Subsídio do Professor: Muitas vezes estamos rodeados de
problemas inesperados, que nos deixam paralisados, sem saber como reagir. É
nesta hora que o Senhor nos dá estratégia, para que possamos continuar vencendo
mesmo diante de adversidades e crises.
2.3. Deus tem um propósito na vida de cada crente. O livro de
Ester nos faz entender que o cristão faz parte do plano de Deus na terra.
Devemos viver por meio da fé, certos de que Deus tem um propósito para cada um
de nós. Na dinâmica de Deus, Sua tática é a de uma vida vitoriosa para todos os
seus servos [Jr 29.11].
Para que o Senhor venha cumprir Seus propósitos em nossa vida,
precisamos basear todas as nossas ações no que diz a Sua Palavra: “E sabemos
que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados por seu decreto.” [Rm 8.28].
Subsídio do Professor: Temos que abrir nossos corações para
que Deus realize os Seus propósitos em nossas vidas. Nenhuma resolução que
possamos fazer é tão urgente como a coragem de amar aquele que nos amou
primeiro, e permitir que o Seu propósito seja realizado em nossa vida. Embora o
homem tenha se contaminado, e se feito inútil para o desígnio de Deus, Deus não
desiste do Seu propósito. O propósito de Deus é inalterável [Hb 6.17]. Seus
propósitos devem direcionar nossa vida. O desígnio de Deus deve se tornar o
nosso propósito, o nosso alvo!
EU ENSINEI QUE:
A fidelidade é uma das características mais importantes do
discípulo de Jesus.
3- Ester, Mulher Íntegra e Temente a Deus
Ester é apontada na Bíblia como uma serva sincera. Mulher íntegra e
temente a Deus. Integridade é um termo abrangente que significa: “Qualidade de
íntegro, retidão, imparcialidade, pureza”. Todos os adjetivos qualificam Ester.
Ela quis mostrar ao rei o que era, e não o que possuía [Et 2.15]. Seu
verdadeiro tesouro não estava em sua aparência, e sim no fato da presença de
Deus estar em sua vida.
3.1. A bênção do Senhor estava sobre a vida de Ester. Por sua
fidelidade espiritual, o Senhor engrandeceu Ester diante das nações: “E o rei
amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça
e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça,
e a fez rainha em lugar de Vasti.” [Et 2.17].
Ela tinha a bênção de Deus sobre a sua vida [Pv 10.22]. Isso faz
parte da promessa de Deus que expõe: “…os sinceros herdarão o bem” [Pv 28.10].
Quando a bênção do Senhor está sobre a nossa vida, milagres acontecem.
Subsídio do Professor: Ester, por sua obediência, se tornou a
mulher mais rica do império persa. Mesmo diante de tantas riquezas, Ester não
esqueceu suas origens. Jesus conta a parábola de um homem muito rico,
entretanto insensato [Lc 12.13-21].
Segundo a parábola, este homem era possuidor de tantas riquezas,
contudo possuía um grande defeito: não zelava por seu bem mais precioso: sua
alma. Para ele, seus bens materiais alimentariam sua alma [Lc 12.19]. No
entanto, a análise divina veio sobre ele de maneira consistente: “Louco, esta
noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será? Assim é
aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.” [Lc 12.20-21].
O Senhor chama de louco todos os que acrescentam patrimônios para
si mesmos, mas não se interessam em ser ricos no relacionamento com Deus. Os
cristãos que possuem uma fé genuína em Deus se favorecem das “riquezas da sua
benignidade, e paciência, e longanimidade” [Rm 2.4].
3.2. A vida eterna: tesouro incomparável. Nos dias de hoje,
existe um falso conceito de prosperidade. Mediante a isso, o homem vive
buscando acumular tesouros na terra. Jesus disse: “Não ajunteis tesouros na
terra” [Mt 6.19]. Os homens estão morrendo por tesouros perecíveis que a traça
e a ferrugem consomem.
Acumulam suas fortunas para, depois de sua morte, seus familiares
disputarem pelos bens deixados. Porém, os servos do Senhor procuram depositar
sua fé em Deus por meio de seu Filho, Jesus Cristo, sabendo que o seu tesouro
incomparável é a vida eterna.
Subsídio do Professor: Os bens terrenos fazem os corações
humanos se tornarem soberbos, proferem: “Eu obtive! É meu!”. O dinheiro se
torna um deus venerado e idolatrado por quem o amontoou. Não sabem eles que o
nosso maior tesouro é Cristo, a maior riqueza que Deus nos deu.
Quando Lhe entregamos nossa vida, Ele nos confere coragem e alento
para encararmos a vida com todas as pelejas. Ele nos torna mais que vencedores.
Ser filho de Deus é a prerrogativa mais ilustre da nossa salvação. Ser filho de
Deus é o alicerce da nossa fé e a esperança da glória futura.
3.3. Verdadeira paz só em Jesus. A oportunidade para se ter um
relacionamento saudável com Deus está disponível a todos os homens. Este
relacionamento talvez não resulte em prosperidade material aqui na terra,
todavia brotará uma paz profunda que nenhum dinheiro do mundo pode comprar.
Para se ter paz é preciso mais do que semear sementes financeiras
no seu Reino; é adotar um modo de vida e praticar uma devoção sincera e
contínua a Deus. Como disse o profeta Isaías, somente em Jesus podemos
encontrar a verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe da Paz [Is 9.6].
Subsídio do Professor: Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que
estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” [Mt 11.28]. O que Ele estava
querendo dizer é que somente nEle existe verdadeiramente a paz. Ao oferecer a
Sua vida na cruz do Calvário por cada um de nós, Jesus rompeu com o precipício
que existia entre Deus e o homem.
Ele resgatou a nossa vida aqui na terra, dando-nos a vida eterna no
céu após a nossa morte. Todavia, a vida eterna é somente para aqueles que
permitem Cristo fazer morada em seu coração. Quando consentimos que Cristo faça
parte da nossa vida e a conduza, todas as nossas inquietações, perturbações,
problemas e batalhas, são transferidos para Ele.
Àquele que for fiel, Ele promete que desfrutará de vida abundante
ainda nesta terra e no porvir. Esta é uma promessa real e admirável de um Deus
que nos ama com um amor irrestrito.
EU ENSINEI QUE:
Os servos do Senhor procuram depositar sua fé em Deus por meio de
seu Filho, Jesus Cristo, sabendo que o seu tesouro incomparável é a vida
eterna.
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição que a nossa vitória está em um conjunto de
passos e de atitudes de comportamentos. O livro de Ester nos ensina que nossas
atitudes podem influenciar no processo para sermos bem-sucedidos, como José,
Ester e tantos outros. Servir a Deus corretamente é fundamental para cumprirmos
nossa missão como discípulos de Cristo.
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Lição 07: Ester 2 – Ester é Coroada Rainha | EBD – Pecc | 3°
Trimestre De 2021
EBD Pecc | 3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e
Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã
Continuada | Escola Bíblica Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é
igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
Orientação Pedagógica
Em Ester 2 há 23 versos. Sugerimos começar a aula lendo,
com todos os presentes, Ester 2.1-23 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia
de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
É interessante observar que o livro de Ester mostra que, às vezes,
temos de esperar para ver o que Deus está fazendo. Em todo o livro, Ele não é
mencionado em parte alguma. Ainda que não possamos constatar de imediato a Sua
ação, não quer dizer que Ele esteja alheio aos acontecimentos. É o cenário
descortinado em Susã, no reinado de Assuero.
Por que Vasti jogou fora sua posição em um gesto impensado e
inútil? E por que Assuero fez sua exigência? Quem teve a ideia de substituir
Vasti por outra mulher, ao invés de resolver discretamente o conflito? Todos
esses acontecimentos parecem absolutamente ordinários, sem nenhum componente
miraculoso. Mas todos foram necessários para abrir caminho ao processo pelo
qual Ester seria elevada à posição de rainha, e assim, poderia livrar o seu
povo.
OBJETIVOS
• Informar sobre o cenário no qual viviam os judeus que
não regressaram para sua terra após o edito do rei.
• Mostrar a providência divina na escolha de Ester como
rainha.
• Entender a ação silenciosa de Deus para beneficiar o Seu
povo.
PARA COMEÇARA AULA
Peça aos alunos que falem sobre o império persa e como havia
tolerância para com os cativos, que podiam continuar exercendo suas crenças e
até falando a língua materna. Interessante observar também que a recusa da
rainha Vasti em obedecer ao chamado do rei para se apresentar perante os seus
oficiais gerou uma crise inesperada. Ponderar que Deus age por trás dos
bastidores, em oculto e em silêncio, quando lhe apraz. Ele tinha conhecimento
das circunstâncias que envolveriam os judeus que moravam na Pérsia e estava
tecendo os meios para prover o livramento ao Seu povo.
LEITURA ADICIONAL
A sentença inicial desta seção tem causado problemas, porque tanto
o seu significado real quanto o seu significado para o autor são obscuros. As
dificuldades se centralizam:
I. Na palavra hebraica traduzida pela segunda vez, pois
aparentemente não havia sido realiza da tal reunião anteriormente, e há quase
tantas explicações quanto comentaristas. Pode ser que alguns dos primeiros
tradutores para o grego e o latim não tenham entendido o seu significado, pois
eles omitiram a oração inicial. Talvez a emenda, pequena no texto consonantal
hebraico de senit para sonot, deva ser considerada favoravelmente. Nesse caso o
significado seria “quando várias virgens estavam sendo reunidas”, isto é,
recapitulando o versículo 8. Mas isto tem que ser pesado à luz do significado
da segunda oração,
II. Em vista do fato de que Mordecai podia ser encontrado
regularmente assentado à porta do rei (2.21:32: 5.9:13; 6.10.12), por que o
autor enfatiza tanto este ponto? Será que dois temas referentes
a Ester e Mordecai foram independentemente colocados juntos de
maneira incompleta? A conclusão a que Gordis chega com a frase “sentado à porta
do rei” é que ela “não é uma etiqueta sem significado em qualquer uma de suas
cinco ocorrências neste livro”. Ele indica que, por todo o Oriente Próximo
antigo “a porta” era o lugar em que se dispensava a justiça e que, enquanto os
litigantes ficavam de pé, o rei ou seu oficial nomeado ficava “sentado” (ct. Pv
31.23).
A modificação da frase em 19b desta forma assume significado
concreto, e Gordis faz a sugestão plausível de que Ester, quando se tornou
rainha, fez com que Mordecai fosse nomeado magistrado ou juiz, “uma posição
subalterna na elaborada hierarquia dos oficiais persas”, e que ela o executara
sem delongas, “antes do desfile cerimonial final que concluía as festividades
de coroação”. Se este é um raciocínio correto, 2.19-20 não recapitula
simplesmente 2.8-10, mas acrescenta um incidente importante para o
desenvolvimento da trama, Mordecai agora está em uma posição que pode ouvir de
passagem o que está sendo dito pelos oficiais do palácio (21) e tem acesso às
câmaras reais (22), e, embora seja conhecida a sua identidade judaica, não há
razão para que se subentenda que Ester também é judia.
Livro: Ester: Introdução e comentário. (Baidwin, Joyce G. Serie
Cultura Cristã. SP Vida Nova, 2011, p. 62, 631).
Texto Áureo
“A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti.
Com isto concordou o rei, e as sim se fez”. (Et 2.4)
Leitura Bíblica Para Estudo
Ester 1.10-12; 2.1-4; 21-23
Verdade Prática
Nem sempre os propósitos de Deus são manifestos de imediato, o que
faz com que a nossa caminhada seja fundamentada na confiança e fé de que Ele
sabe como agir.
INTRODUÇÃO
I- A ESCOLHA DA NOVA RAINHA Et 2.1-16
1- Em busca de uma nova rainha Et 2.1-4
2- Ester e Mordecai Et 2.7
3- Ester entre as candidatas Et 2.8
II- A RAINHA ESTER Et 2.16-20
1- Casamentos de monarcas Et 2.16
2- A coração de Ester Et 2.17
3- A rainha Ester é celebrada Et 2.17
III- MORDECAI SALVA O REI Et 2.19-23
1- Assentado à porta do Rei Et 2.19
2- Conspiração frustrada Et 2.21
3- Morte dos conspiradores Et 2.23
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 2.1-7
Terça – Ester 2.8-15
Quarta – Ester 2.16-18
Quinta – Ester 2.19-20
Sexta – Ester 2.21
Sábado – Ester 2.23-23
Hinos da Harpa 46-75
INTRODUÇÃO
Muitos judeus não voltaram para sua terra quando Ciro
decretou que o fizessem. Já bem estabelecidos na Pérsia, vamos encontrar Ester
e seu primo Mordecai, que são figuras importantes para o agir de Deus na
história desse povo. A ação providencial de Deus está, primeiro, em que Ester
alcançou graça aos olhos do rei e tornou-se a esposa principal de Assuero; e,
segundo, em Mordecai ter recebido um cargo que lhe possibilitava ficar à porta
do rei, onde os assuntos oficiais eram tratados, descobrindo assim a trama de
morte que dois serviçais armavam contra o rei.
I- A ESCOLHA DA NOVA RAINHA (Et 2.1-16)
1. Em busca de uma nova rainha (Et 2.1)
“Passadas estas coisas, e apaziguado já o furor do rei Assuero,
lembrou-se de Vasti, e do que ela fizera, e do que se tinha decretado contra
ela.”
Esse tempo indeterminado deve ser por cerca de dois a quatro anos,
que se passam entre o final do capítulo 1 e a escolha de Ester como rainha. Os
servos que atendiam o rei entenderam que era preciso agir em favor do rei e
recomendaram a implementação do plano de Memucã (Et 1.21). E houve então muito
entusiasmo na tarefa de encontrar e levar a Susã as moças mais atraentes do
reino. A ordem para encontrar uma substituta para Vasti foi expedida, mas isto
não se tratava de uma competição que alguém tivesse de se inscrever para
participar. “A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti.
Com isto concordou o rei, e assim se fez” (Et 2.4). Todas
as jovens do reino estavam no páreo pelo simples fato de viver em sua
jurisdição. Nenhuma das participantes voltaria para casa depois.
2. Ester e Mordecai (Et 2.7)
“Ele criara a Hadassa, que é Ester, filha de seu tio, a qual não
tinha pai nem mãe; e era jovem bela, de boa aparência e formosura. Tendo-lhe
morrido o pai e a mãe, Mordecai a tomara por filha.”
Saindo das dependências luxuosas do palácio, encontramos Mordecai e
Ester. Eles moravam em Susã; ele era “judeu, benjamita, filho de Jair, filho de
Simei, filho de Quis, que fora transportado de Jerusalém, com os exilados que
foram deportados com Jeconias, rei de Judá, a quem Nabucodonosor, rei de
Babilônia, havia transportado” (Et 2.5 6). Portanto, Mordecai não tinha
qualquer ligação com o rei ou com o reino medo-persa. Ele era apenas um judeu
exilado que cuidava de sua prima órfã, Hadassa (Et 2.7). O autor sagrado
enfatizou que Mordecai e Ester eram judeus puros e, assim, guardiães
apropriados de seu povo, em Susã. Ester era órfã, criada pelo primo Mordecai.
Estando Mordecai consciente da rara beleza física de sua prima, calculou
acertadamente que ela seria uma fortíssima candidata a substituir Vasti.
3. Ester entre as candidatas (Et 2.8)
“Em se divulgando, pois, o mandado do rei e a sua lei, ao serem
ajuntadas muitas moças na cidadela de Susã, sob as vistas de Hegai, levaram
também Ester à casa do rei, sob os cuida dos de Hegai, guarda
das mulheres.”
O livro nos mostra que a moça era bela, corajosa, esperta e cheia
de recursos. Coisa alguma é dita sobre o que ela pensava a respeito do plano de
ser feita rainha em lugar de Vasti. Ester era apenas uma candidata entre muitas
outras; porém, foi-lhe conferida vantagem imediata, porque ela despertou a
atenção do chefe do harém, de nome Hegai, o eunuco (Et 2.9). Ele se apressou a
fornecer a Ester os cosméticos de que ela precisaria; e deu-lhe sete donzelas
para servi-la. Deus trabalhava por intermédio de Hegai, sendo este o primeiro
passo em que a providência divina estava operando, uma vez que Ester foi posta
entre as candidatas.
II- A Rainha Ester (Et 2.16-21)
1. Casamentos de monarcas (Et 2.16) “Assim, foi levada Ester
ao rei Assuero, à casa real, no decimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo
ano do seu reinado.”
Os casamentos de príncipes costumam ser determinados por interesses
políticos e diplomático, visando à ampliação de seus domínios e ao
fortalecimento de suas alianças. A beleza era um fator importante, mas nem
sempre prevalecia o amor ou o agrado do monarca. Há quem sugira que Es ter
estava cometendo um grave pecado ao se submeter ao procedimento de escolha.
Isso se deve ao desconhecimento dos costumes antigos desses povos.
Nesta época, Ester não deveria ter mais do que 20 anos de idade, ou
poderia ser até mais jovem. Era uma oportunidade para ela conseguir tudo o que
quisesse. Em vez disso, ela permanece fiel ao que aprendeu e não sucumbe à
tentação ao seu redor; antes, porta-se com modéstia, coragem e fé em meio
àquela incomparável extravagância. Mesmo vivendo momentos de interrogações e
relutância, Ester não teve uma atitude negativa. Ela sentia o cuidado e a
providência de Deus na situação.
2. A coroação de Ester (Et 2.17)
“O rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou
perante ele favor e benevolência mais do que todas as virgens; o rei pôs-lhe na
cabeça a coroa real e a fez rainha em lugar de Vasti.”
Após todo um ano de preparativos, chegou a vez de cada jovem
comparecer diante do rei. Para essa visita, elas podiam usar todos os
ornamentos, joias ou roupas que quisessem. Mas Ester não se preocupou demais,
como aparentemente fizeram as outras, e veio a se destacar por meio apenas da
beleza natural. Nenhuma coisa pediu como adorno especial para apresentar-se ao
rei, mas apenas o que estava designado para ela. E mesmo assim, foi considerada
a mais agradável entre as candidatas (2.15). Quanto mais natural a beleza, mais
aprazível ela é.
É bom lembrar que Ester veio apresentar-se ao rei depois de muitas
outras moças. Embora todas fossem de boa aparência e habilidosas, o rei
percebeu que Ester se sobressaia a todas. Assim, o caminho para Ester estava
pavimentado pela soberana providência de Deus em lhe favorecer, inclusive com
predicados que a destacaram sobremaneira. O rei viu e “amou” Ester mais do que
todas as mulheres que ele vira até então. Ela obteve graça e favor aos olhos do
rei. Agora, sem esperar por mais nenhum outro procedimento, o rei logo decidiu
fazê-la rainha e pôr a coroa real na cabeça de Ester.
3. A Rainha Ester é Celebrada (Et 2.18)
“Então, o rei deu um grande banquete a todos os seus príncipes e
aos seus servos; era o banquete de Ester; concedeu alívio às províncias e fez
presentes segundo a generosidade real.”
As honras que o Rei concedeu a Ester foram além da escolha e da
colocação da coroa sobre sua cabeça, tornando-a a nova rainha. Ele também levou
todo o reino a celebrar solenemente a coroação com uma grande festa, na qual
apresentou Ester como a nova rainha. Somando a grandiosidade do momento e a
alegria do reino, praticou atos de bondade para com todos os cidadãos do reino,
como dar alívio fiscal às províncias, perdão de impostos, indultos a
prisioneiros e feriado nacional.
É notório que Ester, já elevada à posição de rainha, manteve
respeito e cuidado para com Mordecai, seu primo que a criara (v.20). E isso
demonstra seu espírito grato e sua humildade para continuar seguindo as
instruções de seu primo, padrasto, guardião e conselheiro.
Quem diria que uma criança judia, órfã de pai e mãe, trazida cativa
de Israel para a Pérsia, criada por seu primo, se tornaria rainha do império
mais poderoso da época. A segunda pessoa mais importante do país de seu
desterro. Foi através dela que Deus concedeu ao Seu povo uma grande libertação
dos desígnios malignos de seus inimigos. Tudo isso nos faz lembrar que o Senhor
é o Pai dos órfãos e os acolhe. A providência divina levanta o pobre para o
fazer assentar-se entre príncipes. Ele tem a caneta da história das nossas
vidas e nenhum de Seus planos podem ser frustrados.
III- MORDECAI SALVA O REI (Et 2.19-23)
1. Assentado à porta de relo rei Assuero” (Et 2.19)
“Quando pela segunda vez, se reuniram as virgens, Mordecai estava
assentado à porta do rei”.
É possível que Mordecai fosse uma espécie de oficial na corte
persa, pois se sentava no portão do rei. Talvez ele ocupasse alta posição no
sistema judicial do rei, visto que sentar-se no portão indicava deliberar
legalmente. Os oficiais esperavam à porta do palácio real e não entravam
enquanto não fossem convidados. Em sua posição especial de autoridade, Mordecai
descobriu um conluio para assassinar o rei (Et 2.21). Foi assim que o plano não
deu certo, e Mordecai obteve poder junto ao rei.
2. Conspiração frustrada (Et 2.21)
“Naqueles dias, estando Mordecai sentado à porta do rei, dois
eunucos do rei, dois guardas da parta Bigtã e Teres, sobremodo se indignaram e
tramaram atentar contra o rei Assuero”.
Mordecai soube da trama para assassinar o rei. Essas conspirações
eram muito comuns no palácio. Alguns anos mais tarde o rei foi assassinado
nesse tipo de ardil na corte. Mas, neste momento, a revelação da trama, feita
por Mordecai, salvou a vida do rei pela segunda vez: “Naqueles dias, estando
Mordecai sentado à porta do rei dois eunucos de rei, dos guardas da porta,
Bigtã e Teres, sobremodo se indignaram, e tramaram atentar contra o rei
Assuero” (Et 2.21). Mordecai tinha sua posição no portão e era conhecido pelo
rei.
3. Morte dos conspiradores (Et 2.23)
“Investigou-se o caso e era fato ambos foram pendurados numa forca.
Isso foi escrito no Livro das Crônicas, perante o rei.”
Não se sabe que desagrado o rei havia cometido contra os dois
eunucos, servos ou Oficiais Bigtã e Teres. Eles eram guardas da porta, quer
dizer, membros da guarda pessoal do rei que guardavam seus ambientes
particulares. Assim, tinham fácil acesso ao rei, que seria um homem
praticamente morto, não fora a intervenção de Mordecai. Mordecai tornou-se um
salvador da vida do rei quando ouviu os dois homens sussurrando o plano
assassino, passou as tristes notícias para Ester, que contou ao rei
demonstrando sua nova posição de influência e de acesso ao soberana.
O caso foi investigado, constatado como verdadeiro, e o resultado
natural foi a execução dos culpados por enforcamento, um método favorito de
execução entre os persas. Por sua vez, foi assim que Mordecai, oficial da corte
persa de Susã, transformou-se em amigo e salvador da vida do rei, fato que foi
registrado no livro das crônicas dos Reis e que mais tarde serviu para que
Mordecai, fosse honrado pelo rei e prevalecesse sobre Hamã, salvando também, a
vida dos seus compatriotas judeus (Et 2.23; 6.1).
APLICAÇÃO PESSOAL
No império medo-persa, duas pessoas relativamente insignificantes,
Mordecai e Ester, sobem ao palco como parte de um grupo de segunda ou terceira
geração de exilados, com atuação decisiva para a salvação da vida do rei mostra
que Deus continuava tecendo os fios dessa história em favor do Seu povo.
Responda
1) Qual o grau de parentesco entre Ester e Mordecai? Primos
2) O que motivou o rei Assuero na escolha de Ester para ser sua
rainha? Sua beleza Natural
3) Que tipo de trama Mordecai descobriu contra o rei
Assuero? O plano para assassinar o rei
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EBD – Pecc | Lição 09: Ester 5 e 6 – O Primeiro Banquete de Ester |
3° Trimestre De 2021
3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem
Das Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada | Escola
Bíblica Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é
igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 5 e 6 há 14 em cada capítulo. Sugerimos começar
a aula lendo, com todos os presentes, Ester 5.1-5 e 6.12-14 (5 a 7 min.). A
revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui
a leitura da Bíblia.
Enfatizar que Deus, durante a competição, fez com que Ester
ganhasse o favor do rei para enfrentar este momento difícil que viria para
todos os judeus. Interessante observar também que, quando o tempo de Ester
entrar em ação chega, Deus novamente a faz ganhar a graça do mesmo homem, e não
foi condena à morte por ter entrado na corte sem ser convidada.
Nesta visita ao rei, Ester convidou-lhe, e a Hama, para um banque
te que ela havia preparado naquele dia. Um outro banquete foi arranja do para o
próximo dia 0 tempo de um banquete ao outro foi realmente muito crítico. E a
indignação de Hamã em relação a Mordecai era tanta que ele não esperaria até o
dia definido para a destruição dos judeus para vê-lo morto. Mas os planos de
Deus não podem ser frustrados.
OBJETIVOS
Identificar o agir providencial de Deus na vida de Ester.
Entender como a arrogância, o orgulho e a vaidade podem levar
a atos extremos.
Constatar a providência divina até na insônia do rei.
PARA COMEÇAR A AULA
Para começar sua aula, fale sobre a insônia do rei naquela noite e
como isso foi providencial para o reconhecimento do que Mordecai havia feito
pelo rei, uma vez que este não fora sequer lembrado. Mas foi isto que fez com
que o rei pedisse para que lhe trouxessem o livro das crônicas do reino. Mas,
naquela noite, entre as muitas ano tações, havia uma única que precisava ser
lida; e, finalmente, foi esta a anotação lida. Após o rei saber que Mordecai
não tinha sido ainda recompensado, ele decidiu honrá-lo no dia seguinte.
LEITURA ADICIONAL
O rei não consegue dormir. A noite se arrasta. Ele pede que o livro
dos feitos memoráveis seja lido e ouve como uma conspiração contra sua vida
havia sido evitada mediante um gesto oportuno de Mordecai, surpreendendo-se ao
descobrir que este não recebera qualquer recompensa. Resolve então que ele
deverá ser premiado sem demora. […] O rei pergunta quem está no pátio e lhe
respondem que é Hamã (pois este se apresentara bem cedo a fim de obter uma
audiência como rei, na qual esperava conseguir autorização para enforcar
Mordecai). O rei pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja
honrar?” Hamã, supondo presunçosa mente ser ele mesmo o candidato a novas
preferências, envaidecido e faz a seguinte proposta atraente: tragam-se as
vestes reais, de que o rei costuma usar, e o cavalo em que o rei costuma andar
montado, e tenha na cabeça a coroa real, entreguem-se as vestes e o cavalo às
mãos dos mais nobres príncipes do rei, e vistam delas aquele a quem o rei
deseja honrar: levem-no a cavalo pela praça da cidade, e diante dele apregoem:
Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar”.
A proposta de Hamã evidencia sua ilimitada presunção, sua sede
doentia de louvor dos homens o sua ideia mesquinha de grandeza. Seu coração
bate mais forte quando se imagina sendo levado dessa forma em meio à adulação
de seus semelhantes. Então, ele ouve o rei dizer: “Apressa-te, toma as vestes e
o cavalo, como disseste, e fazei assim para com o judeu Mordecai Quê? Fazer
isso ao judeu Mordecai? Será que os ouvidos de Hamã estão zombando dele? Não! É
verdade. O rei falou e deve ser obedecido! O brilho foge dos olhos de Hamã. Seu
orgulho se derrete. È como se uma mortalha sombria lhe envolvesse o coração.
Por alguns segundos que parecem séculos ele fica ali de pé, perplexo diante de
seu senhor real. A seguir, retira-se devagar, com passos pesados, a fim de
exaltar Mordecai justamente do modo que ele mesmo estupidamente propusera.
Livro: Examina as Escrituras: Juízes a Ester. (Baxter, J.
Sidow São Paulo: Vida Nova, 1993, p.279 280).
Texto Áureo
“Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela
favor perante ele; estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão;
Ester se chegou e tocou a ponta do cetro”. Et 5.2
Leitura Bíblica Para Estudo
Ester 5.1-5; 6.12-14
Verdade Prática
Enquanto esperamos, Deus não trabalha apenas em nosso coração, mas,
igualmente, no de outros, renovando as forças a todo o momento.
INTRODUÇÃO
I- ESTER ALCANÇA O FAVOR Et 5.1-8
1- Ester vai falar com o rei Et 5.3
2– O primeiro banquete Et 5.5
3– A petição de Ester Et 5.8
II- A VAIDADE DE HAMÃ Et 5.9-14
1- O bom-humor de Hama Et 5.9
2– A ira de Hamã contra Mordecai Et 5.9b
3- Hamã planeja vingança Et 5.14
III- HUMILHAÇÃO DE HAMĀ Et 6.1-14
1- Ajuda de Mordecai lembrada Et 6.2
2- Mordecai honrado Et 6.11
3- Mulher de Hamã prevê fracasso Et 6.13
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 5.1-2
Terça – Ester 5.3-5
Quarta – Ester 5.6-14
Quinta – Ester 6.1-2
Sexta – Ester 6.3-11
Sábado – Ester 6.12-13
Hinos da Harpa 58-205
INTRODUÇÃO
Após jejuar três dias, Ester colocou suas melhores roupas para
comparecer perante o rei, pois conhecia sua natureza impulsiva. Deus a
acompanhou e o monarca estendeu para ela o cetro de ouro, prometendo dar-lhe o
que ela desejasse. Por que ela não pediu ao rei no primeiro momento, o que ela
desejava realmente? Talvez por querer confrontar Hamã com sua maldade de uma
forma estratégica e em um lugar no qual ele não tivesse escapatória. Talvez
Ester agisse de acordo com a melhor tradição do seu povo: confrontar Hamã face
a face, em vez de falar pelas costas. Dessa forma ela convidou a ambos para um
banquete
I- ESTER ALCANÇA O FAVOR (Et 5.1-8)
1. Ester vai falar com o rei (Et 5.3)
“Então, lhe disse o rei: Que é a que tens, rainha Ester, ou qual é
a tua petição? Até metade do reino se te dará.
Depois que Mordecai convenceu Ester a tentar intervir em favor dos
judeus, por meio de uma entre vista pessoal com o rei, Ester estava em uma
situação crítica, pois não havia sido chamada à presença do rei nos últimos
trinta dias. Passados, portanto, os dias do jejum por ela solicitado, ela se
vestiu da maneira mais atraente possível, colocou-se no pátio interno do
palácio, em frente ao salão do rei; e se colocou no lugar onde o rei pudesse
vê-la e chamá-la. Sabendo que Ester devia ter tido um motivo in comum para
atrever-se a se aproximar dele, ela acaba alcançando graça aos seus olhos.
Novamente, a providência de Deus é demonstrada pela reação do rei a
Ester. “Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor
perante ele estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester
se chegou e tocou a ponta do cetro (Et 5.2). Para indicar sua aprovação, o rei
estendeu-lhe o cetro de ouro, e então lhe diz: “Que é que tens, rainha Ester,
ou qual è a tua petição? Até metade do reino se te dará” (Et 5.3). Diante da
explosão de generosidade do rei, Ester não se precipitou. Ela apenas convidou o
rei e Hama para um banquete que preparara especialmente para eles.
2. O primeiro banquete (Et 5.5)
“Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendemos a
que Ester deseja. Vinda, pois, o rei e Hamã ao banquete que Ester havia
preparado.”
Observemos a prudência de Ester no trato com o rei. Ela não se
apresentou a ele intercedendo imediatamente pelo seu povo, porque sentiu que
aquele não era o momento nem o lugar adequado. Talvez ela tenha preferido um
lugar mais reservado para fazer o seu pedido. Mas, naquela oportunidade, ela
convidou o rei e Hama para irem a seu banquete naquele mesmo dia “Respondeu
Ester: Se bem te parecer, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que eu preparei
ao rei Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendamos ao que
Ester deseja. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete que Ester havia preparado,
disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará
Que desejas? Cumprir-se-á, ainda que seja metade do reino” (Et 5.4-6).
Assim, antes de pedir o que queria, Ester preparou um banquete para
o rei Assuero e para Hamã, cujo objetivo seria examinar o terreno e saber qual
era o estado de espírito do rei. Naquela noite, o rei novamente pediu-lhe que
dissesse o que desejava, mas Ester simplesmente convidou o rei e Hamã para
outro banquete. a ser realizado na noite seguinte. Era um lance arriscado
convidar Hamã para o banquete, como único conviva do casal real; contudo, isto
estava em plena concordância com a recente promoção desse homem, levada a
efeito pelo rei.
3. A petição de Ester (Et 5.8)
“Se achei favor perante o rei e se bem parecer ao rei conceder-me a
petição e cumprir o meu deseja venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de
preparar amanhã, e, então, farei segundo o rei me concede.”
Os dias de jejum coletivo, acompanhado de oração, haviam
dado a Ester uma sabedoria do alto e uma confiança que não lhe era
característica. Ela chegara até a preparar a refeição, crendo que o resultado
da sua ousada iniciativa seria favorável. Oferecendo publicamente duas vezes
cumprir o que Ester desejasse, até mesmo metade do rei no, a resposta dela foi
cautelosa e mansa, atributos que ela sabia que o rei valorizava numa mulher:
“Se achei favor perante o rei e se bem parecer do rei[…]” (Et 5.8). Isto fez o
rei se sentir no total controle da situação. O rei não tinha como se esquivar do
convite da rainha pois o propósito do banquete era para revelar o pedido dela.
E, nesse arriscado jogo, Ester estava fazendo tudo o que estava ao seu alcance
para aumentar as chances de sucesso.
II. A VAIDADE DE HAMÃ (Et 5.9-14)
1. O bom-humor de Hamã (Et 5.9)
“Então, saiu Hamã naquele dia alegre e de bom ânimo quando
viu porém, Mordecai à porta do rei e que não se levantara, nem se movera diante
dele, então, se encheu de furor contra Mordecai.”
Hamã alcançou tanto prestígio aos olhos do rei, que veio a tornar-se
o primeiro-ministro do reino. O rei chegou a ordenar que todos se inclinassem
perante ele. Portanto, era o homem de influência e confiança do rei. Ao pedir
ao rei que Hamã o acompanhasse no segundo banque te que ofereceria, Ester
queria assegurar-se do seu favor e, ao mesmo tempo, garantir a presença de Hamã
quando expusesse o plano perverso dele. Hamã teria então de calar-se Não
poderia negar a veracidade da acusação, nem ousaria contradizer a rainha na
presença do rei. E Hamã saiu alegre e disposto, sem saber o que lhe esperava
(Et 5.9a).
2. A ira de Hamã contra Mordecai (Et 5.9b)
“… Quando viu, porém, Mordecai à porta do rei e que não se
levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de furor contra
Mordecai”.
Hamã alimentava um ódio mor tal contra o judeu Mordecai e,
consequentemente, todos os judeus estavam incluídos nesse sentimento
fatídico. E quando, cheio de alegria e orgulho, pensando estar prestes a
receber alguma honraria adicional da parte do rei – pois fora o único convidado
para beber vinho com o rei e a rainha-, depara-se com Mordecai sentado na porta
do rei. Este nem ao menos se levantou quando ele passava e sequer se prostrou
diante dele, conforme exigiam os costumes orientais.
Então, a ira de Hamã se acendeu sobremaneira. O prazer de Hamã em
participar do banquete da rainha se transforma em ódio, então ele se
queixa diante da família e amigos da humilhação que sente diante da provocação
de Mordecai. A sua esposa e amigos alimentam esse ódio cruel, incentivando-o a
arquitetar um plano “maquiavélico” que o livraria de uma vez por todas da
presença nefasta do judeu.
3. Hama planeja vingança (Et 5.14)
“Então, lhe disse Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos:
Faça-se uma forca de cinquenta côvados de altura, e, pela manhã, dize ao rei
que nela enforquem Mordecai; então, entra alegre com o rei ao banquete. A
sugestão foi bem-aceita por Hama, que mandou levantar a forca”
Hamã era vaidoso, soberbo, arrogante e conteve sua ira ao passar
perto de Mordecai e ser alvo novamente da insubordinação daquele. Hamã, em sua
sandice, se gabava à esposa e aos amigos das riquezas que possuía, dos filhos
que tinha e de seu status no reino. Ter uma prole numerosa era considerado uma
grande bênção entre os antigos povos semitas. Na Pérsia, o homem que tivesse
mais filhos recebia presentes do rei em pessoa. Mas ele não estava satisfeito
com tudo o que possuía, enquanto Mordecai estivesse atravessado no seu caminho:
“Porém tudo isso não me satis faz, enquanto vir o judeu Mordecai assentado à
porta do rei” (Et 5.13).
Foi então que a mulher de Hamã, Zeres, expôs a sua grande e
horrível ideia de abater Mordecai, enforcando-o incontinente. No entanto, Deus
estava soberanamente operando por trás até de um ato tão odioso, como o de
levantar uma forma.
III- HUMILHAÇÃO DE HAMÃ (Et 6.1-14)
1. Ajuda de Mordecai lembrada (Et 6.2)
“Achou-se escrito que Mordecai é quem havia denunciado a Bigtã e a
Teres, as dois eunucos do rei, guardas da porta que tinham procura- do matar a
rei Assuero.”
E depois do primeiro banquete de Ester, já em seus aposentos,
o rei não consegue dormir. Ele pede então que o livro dos feitos memoráveis
seja lido e ouve a respeito de uma conspiração contra sua vida que havia sido
evitada mediante um gesto oportuno de Mordecai (Et 219-23), 0 rei surpreende-se
ao descobrir que o benfeitor não recebera qualquer recompensa. Resolve então
que este deveria ser premiado sem demora. Já estava quase amanhecendo. O rei
pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã; este estava aguardando
para ver o rei e conseguir autorização para enforcar Mordecai.
2. Mordecai honrado (Et 6.11)
“Hamã tomou as vestes e o cavalo, vestiu a Mordecai, e o levou a
cavalo pela praça da cidade, e apregoou diante dele: Assim se faz ao homem a
quem o rei deseja honrar.”
O rei então pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei
deseja honrar? (Et 6.6). Imediatamente, Hama dá a sua sugestão, De tão
arrogante, Hamã pensou que o rei estava querendo honrá-lo. Ele mesmo sugeriu as
honrarias que adoraria receber: um desfile real pela praça da cidade, para que
todos vissem e ouvissem como o rei se agradava dele.
O rei aceitou, mas planejava dar esse galardão ao homem que Hamã
julgava ser seu inimigo, embora o rei não tivesse nenhuma ciência disso. O pior
de tudo foi Hama ter sido encarregado de exaltar e fazer cumprir publicamente
as honrarias ao homem para o qual fora requerer uma sentença de morte, para
quem se atrevera a preparar a forca Ainda foi obrigado a proclamar que o rei se
agradava dele. Era uma estonteante humilhação.
Ali estava o odiado Mordecai que não se prostrava diante de Hamã,
montando o cavalo real. com as vestes púrpuras, enquanto. Hama puxava o cavalo
a pé pela praça da cidade, apregoando diante dele: ‘Assim se faz ao homem a
quem o rei deseja honrar.
3. Mulher de Hamã prevê fracasso (Et 6.13)
“Cantou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo
quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe
disseram: Se Mordecai perante o qual já começaste o cair é da descendência dos
judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente, cairás diante dele.”
Foi terrível contar todo o ocorrido, a humilhação era demasiada
para suportar. Então, a esposa e os amigos de Hamã disseram-lhe que ele não
prevaleceria, devido à ascendência judaica de Mordecai (Et 6.13). Hamã ainda
está se recuperando da humilhação quando chegam os mensageiros do rei
chamando-o para o segundo banquete com Assuero e Ester (Et 6.14).
APLICAÇÃO PESSOAL
A providência divina é manifesta em Assuero que, no meio
de sua insônia, decidiu ouvir a leitura das crônicas reais onde ficou
constatada a participação do judeu Mordecai na salvação da vida do
rei, sem que recompensa alguma lhe fosse dispensada até aquele momento.
RESPONDA
1) Quem a rainha Ester convidou para se assentar no banquete com o
rei Assuero? Hamã
2) Que tipo de vingança a mulher de Hamã tramo contra Mordecai?
Enforcamento
3) Qual foi a decisão do rei Assuero em favor de
Mordecai? Honrá-lo
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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 4º Trimestre de 2016
Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina
para a Igreja em meio às crises - Comentarista: Elienai Cabral
Lição 11: O socorro de Deus para livrar o seu povo -
Data: 11 de Dezembro de 2016
TEXTO ÁUREO
“Os justos clamam, e o SENHOR os ouve e os livra de todas as
suas angústias” (Sl 34.17).
VERDADE PRÁTICA
Deus é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e
promessas.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ester 5.1-6.
1 — Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de
suas vestes reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do
aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real,
defronte da porta do aposento.
2 — E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no
pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o
cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro.
3 — Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou
qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
4 — E disse Ester: Se bem parecer ao rei, venha o rei e Hamã
hoje ao banquete que tenho preparado para o rei.
5 — Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, que cumpra o
mandado de Ester. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete, que Ester tinha
preparado,
6 — disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua
petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? E se fará, ainda até metade
do reino.
OBJETIVO GERAL
Ressalvar que Deus é fiel no cumprimento de todas as suas alianças
e promessas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os
seus respectivos subtópicos.
I. Apontar a providência de Deus na história;
II. Mostrar como Ester foi colocada no palácio real;
III. Explicar a crise sofrida pelo povo de Deus no livro de
Ester.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Mediante o estudo da vida da rainha Ester, podemos ver o quanto
Deus é fiel em todas as suas promessas. Ele guardou o seu povo, livrando-o da
morte. O Senhor colocou Ester no palácio, tornando-a rainha para que
intercedesse por seu povo. Com isso, aprendemos que nada em nossas vidas
acontece por acaso. Todas as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28).
O povo judeu corria o risco de ser exterminado; se assim fosse, a
promessa que Deus fez a Abraão não poderia se cumprir. Mas, o Senhor é fiel. Se
Deus tem promessas em sua vida, creia que Ele cumprirá. Não deixe que os
“Hamãs” da vida venham impedir sua trajetória e amedrontá-lo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O nome de Deus não aparece no livro de Ester, porém o Senhor está
presente em todas as circunstâncias, intervindo em favor do seu povo. Veremos
que a história de Ester, Mardoqueu e dos judeus foi delineada pela providência
divina. Na lição de hoje, veremos que Deus age em prol dos que o servem.
PONTO CENTRAL
Deus livra o seu povo das crises.
I. A PROVIDÊNCIA DE DEUS
1. A providência divina na história de Ester. A palavra
providência vem do latim providentia e o prefixo “pro” significa
“antes” ou “antecipadamente”. O sufixo videntia deriva
de videre que significa “ver”. Logo, ao tratarmos a respeito da
providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente. Deus estava
ciente de todos os incidentes ocorridos no Império Persa. O Senhor estaria
colocando uma jovem judia no palácio de Assuero para que mais tarde seu povo
fosse salvo da destruição. Tal verdade nos mostra que os pensamentos de Deus
são mais altos do que os nossos (Is 55.9). Deus está no controle de todas as
coisas. Nada em nossa vida acontece por acaso.
2. A festa do rei. Assuero era vaidoso, e, querendo ostentar
sua glória, poder e riqueza a todos os súditos do império, decidiu fazer um
grande banquete, que durou muitos dias, onde os convidados podiam comer e beber
à vontade. Cento e vinte e sete províncias estavam representadas nesta festa.
Assuero bebeu muito e, já dominado pela embriaguez, decidiu exibir a beleza da
rainha Vasti para os convidados.
3. A destituição da rainha. Vasti recusou ser exibida como
objeto naquela festa profana. Não podemos nos esquecer que todos, ali, estavam
bêbados. Aquele não era o ambiente para uma rainha. Então, ela contrariou a
ordem do rei; defendeu a sua posição, mas pagou caro por isso.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Podemos ver a providência de Deus na história da rainha Ester.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Rebeldia de Vasti (Et 1.10-22)
A recusa de Vasti em obedecer as ordens de Xerxes foi vista como um
precedente para as mulheres de todo o império. Xerxes divorciou-se de Vasti e
emitiu um decreto; as mulheres deveriam obedecer a seus maridos. O decreto
reflete um princípio profundamente enraizado ainda hoje no Oriente Médio. O
marido governa a casa. Somente ele tem o direito de iniciar ou dar o divórcio.
Os filhos do matrimônio pertencem ao marido e, quando o divórcio acontece, ele
os mantém. O desafio de Vasti a Xerxes foi assim uma ameaça à ordem social
estabelecida” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma
análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ:
CPAD, 2012, p.324).
CONHEÇA MAIS
Hamã
“Hamã é chamado de agagita. A tradição judaica identifica-o como um
descendente do rei amalequita cujo povo Saul deixou de destruir (cf. Êx
17.8-14; 1Sm 15.7-33). Mordecai era da tribo de Saul (cf. 2.5). Assim
comentaristas rabínicos veem esse conflito como a luta histórica do povo judeu
com os inimigos gentios, cujo ódio irracional persiste por milhares de anos”.
Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD,
p.325.
II. ESTER NO PALÁCIO DE ASSUERO
1. A busca de uma jovem para o lugar de Vasti. Passado algum
tempo da destituição de Vasti, alguns servos de Assuero sugeriram que ele
buscasse moças virgens e formosas para que uma delas substituísse Vasti.
Comissários de todas as províncias trouxeram candidatas ao palácio de Susã. As
jovens ficaram aos cuidados do eunuco Hegai, que era guarda das mulheres. Entre
todas as moças levadas ao palácio estava uma judia de nome Ester. Essa jovem
logo ganhou a simpatia do eunuco do rei (Et 2.9). Ester não estava somente
participando de um concurso. O Senhor estava direcionando seus passos, ali no
palácio, para algo grande. Ela fazia parte do desígnio de Deus para ajudar o
seu povo. Mas talvez não imaginasse isso. Deus tem um plano em sua vida. Ainda
que você não consiga compreendê-lo inteiramente, confie no Senhor!
2. Mardoqueu e Ester. Ester não chegaria ao palácio sem a
ajuda de Mardoqueu, seu primo. Mardoqueu era um homem temente a Deus e estava
entre os cativos judeus que serviam aos interesses do rei em Susã. Mardoqueu
era um homem de fé e de profunda piedade espiritual; ele não havia perdido o
sonho de libertação do seu povo e sabia que isto não aconteceria sem uma
interferência de Deus. Era um homem que não recuava em seus propósitos ainda
que isso lhe custasse a vida (Et 4.1,2). Mardoqueu deu uma excelente educação à
Ester, cujos valores morais e espirituais serviram para torná-la um instrumento
de Deus na salvação dos judeus.
3. Ester é escolhida para o lugar de Vasti. Chegou a vez de
Ester apresentar-se diante do rei. Ela superou todas as moças que até então
haviam sido apresentadas, pois achou graça diante do rei. Com certeza era bela,
mas foi o Senhor que fez o coração do rei se inclinar para ela. Mardoqueu
orientou Ester para que ela não contasse a ninguém que era judia.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Deus colocou a rainha Ester no palácio do rei Assuero com um
propósito específico.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A rainha
“O rei persa nomeando Ester como rainha, ilustra como Deus pode
mudar o coração dos ímpios para que eles cumpram seus propósitos (cf. Pv 21.1).
Ester tinha agora condições de ajudar o seu próprio povo, o que se tornou
necessário cinco anos mais tarde. Deus usou as decisões espontâneas das pessoas
envolvidas, para proteger o seu povo (Et 4.4).
Embora Ester tivesse sido escolhida e coroada rainha do grande
império persa, não se orgulhou, nem se envaideceu por causa da sua posição
social e do poder que acabara de receber. Não desprezava os conselhos de seu
tio, de condição humilde, nem menosprezou sua tradição espiritual. Pelo
contrário, manifestava um espírito de mansidão, humildade e submissão após
tornar-se rainha, como sempre fizera antes” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. RJ: CPAD, p.758).
III. A CRISE CHEGA PARA O POVO DE DEUS
1. A trama de Hamã. Hamã era uma espécie de primeiro-ministro
de Assuero. Ele era o segundo homem mais importante do reino. Hamã era mal e
enchia-se de ódio quando Mardoqueu não se inclinava perante ele. Por isso,
traçou um plano para destruir todos os judeus. Ele persuadiu Assuero a fazer um
decreto, ordenando a morte dos judeus. O rei aderiu ao plano de Hamã. Então foi
feito um decreto para que todos os judeus fossem mortos e seus despojos
saqueados (Et 3.13-15). A crise havia chegado para os judeus, trazendo tristeza
e lamento. Mardoqueu vestiu-se de saco e foi para a porta do palácio de Assuero
(Et 4.1-6).
2. Ester toma conhecimento da trama contra seu povo. Mardoqueu
informou Ester acerca do decreto de morte do povo judeu. Ester disse que não
poderia fazer nada, pois só lhe era permitido entrar na presença do rei caso
fosse convidada. Então, Mardoqueu lembra-lhe de que ela foi colocada, pelo
Senhor junto ao rei para aquele momento. Ele deixou claro que se ela não
quisesse ajudar, Deus levantaria outra pessoa. A rainha não recusou ajudar seu
povo. Ela pediu a Mardoqueu que reunisse todos os judeus a fim de jejuar por
ela. Nos momentos de crise, não adianta lamentar e chorar. É preciso orar,
jejuar e buscar a face do Pai até que Ele envie o seu socorro.
3. A estratégia sábia de Ester. Depois de orar, jejuar e
buscar estratégias em Deus, Ester colocou suas vestes reais e foi para o pátio
interior da casa do rei. Ao vê-la, o monarca apontou seu cetro e Ester tocou-o
na ponta. O rei, deslumbrado pela beleza da rainha, perguntou-lhe: “Que é o que
tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até a metade do reino se te dará”
(Et 5.3). Ester convida o rei e Hamã para um banquete. Ester, então, informou
ao rei que havia um plano para matá-la, bem como ao povo judeu e este plano
havia sido tramado por Hamã. Isso enfureceu o rei. Ester desmascarou Hamã
diante de Assuero. Hamã foi morto na forca que tinha preparado para Mardoqueu.
O povo judeu foi salvo graças ao livramento divino e à disposição de Ester.
Você está disposto a ajudar o país a sair da crise política e econômica em que
se encontra? Então, ore e jejue em favor do Brasil. Peça a ajuda de Deus em
favor dos milhares de desempregados e carentes que estão também em perigo, como
o povo judeu.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A crise chegou até os israelitas. Eles corriam sério risco de serem
exterminados, mas o Senhor é fiel e livrou o seu povo da morte.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Hamã foi enforcado como resultado da justa intervenção de Deus,
porém o decreto do rei, no sentido de destruir os judeus, continuava em vigor.
Nem sequer o próprio rei poderia anular o decreto oficial. Mas, em resposta ao
pedido de Ester, foi escrito um segundo decreto concedendo aos judeus o direito
de resistência armada e de defesa, no dia decretado para sua destruição. Em
geral, Deus não operou o livramento do seu povo, sem a fiel participação deste;
porém, Ele está sempre com o seu povo para lhe prover livramento. Aqui, o
livramento de Israel resultou da ação de Deus, com a cooperação de crentes
fiéis.
Deus não somente capacitou os judeus a se defenderem, como também
fez os habitantes das terras temerem dos judeus (cf. Et 9.2). Noutras palavras,
o povo de Deus tornou-se mais respeitado devido à conspiração maligna de Hamã”
(Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, pp.763,764).
CONCLUSÃO
Aprendemos, por intermédio da história da rainha Ester, que Deus
salva o seu povo quando nos dispomos a orar, jejuar e agir. O Senhor colocou
Ester no palácio com um propósito definido. Ele também tem abençoado a sua vida
com um objetivo: abençoar os que sofrem e correm risco de morrer. Ester cumpriu
a sua missão. Então, deixe que os propósitos divinos se cumpram em sua vida.
PARA REFLETIR
A respeito do socorro de Deus para livrar seu povo, responda:
Segundo a lição, qual o significado da palavra providência?
A palavra providência vem do latim providentia e o
prefixo “pro” significa “antes” ou “antecipadamente”. O
sufixo videntia deriva de videre que significa “ver”. Logo,
ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo
antecipadamente.
Por que Vasti se recusou comparecer ao banquete do rei?
Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Aquele
não era o ambiente para uma rainha.
Quem havia criado Ester e a levado até a fortaleza de Susã?
Seu primo Mardoqueu.
Qual a posição que Hamã possuía no reino de Assuero?
Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o
segundo homem mais importante do reino.
Qual a atitude de Ester ao saber da sentença de morte contra o seu
povo?
Ela jejuou e orou ao Senhor.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Socorro de Deus para livrar o seu povo
A história da rainha Ester é uma das mais belas histórias do
livramento de Deus para com a nação de Israel. Uma exilada judia que viveu no
período do reinado de Assuero, o Xerxes, 486-465 a.C., na Pérsia. Seu nome,
Ester, era gentílico, derivado do persa stara, que significa “estrela”, e
tinha a ver com o paganismo babilônico (pois o nome Ishtar também
deriva Ester, de uma deusa babilônica). Entretanto, o nome de origem da jovem
judia era o hebraico Hadassa, que significa “murta”. Órfã desde muito
cedo, Hadassa foi criada por seu primo Mardoqueu (ela era filha do tio de
Mardoqueu cf. Et 2.7). A jovem era bela de aparência e formosa à vista. Por
isso foi contada entre as virgens do rei e levada a reinar no lugar de Vasti, a
antiga rainha que perdera o trono.
Assim, Hadassa foi escolhida por Assuero como a nova rainha do
palácio de Susã. Era agora a rainha Ester.
Embora num primeiro momento a rainha temesse e se mostrasse
apática, sendo preciso Mardoqueu lhe chamar a atenção para a gravidade dos
acontecimentos: “Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais
do que todos os outros judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo,
socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu
pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?”
(Et 4.13-14); posteriormente, a rainha se mostrou absolutamente decidida e focada
em proteger e a interceder pelo seu povo (4.15-17). A jovem rainha, ao longo do
reinado, mostrara-se uma mulher sábia, corajosa e leal ao seu povo. Ela ficou
no centro de uma conspiração covarde para aniquilar o seu próprio povo.
A rainha Ester arriscou a própria vida entrando na presença do rei,
revelando que era judia e suplicando que o rei Assuero fizesse um novo decreto,
cancelado o de Hamã e dando o direito aos judeus de se defenderem no reino da
Pérsia. Assim, Deus livrou o seu povo de ser aniquilado numa época distante.
Tudo isso foi pensado e colocado estrategicamente em pauta por
intermédio de jejum, oração e ação diante de Deus. No momento mais angustioso
da história do povo judeu, a nação se voltou ao Pai por meio de jejuns e muitas
súplicas. Deus deu o livramento ao seu povo!
Portanto, nos momentos de crises e de muitas tribulações devemos
nos inclinar aos pés do Senhor com jejuns, orações e ação sob a orientação do
Espírito Santo. Deus nos dará o escape!
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Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2007
Título: A busca do caráter cristão -
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 4: Ester, uma rainha altruísta - Data: 29 de Julho
de 2007
TEXTO ÁUREO
“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de
rubins” (Pv 31.10).
VERDADE PRÁTICA
Os que confiam no Senhor são vitoriosos, mesmo diante de
circunstâncias desfavoráveis.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ester 3.12,13; 4.13-17.
Ester 3
12 - Então, chamaram os escrivães do rei no primeiro mês, no
dia treze do mesmo, e conforme tudo quanto Hamã mandou se escreveu aos
príncipes do rei, e aos governadores que havia sobre cada província, e aos
principais de cada povo; a cada província segundo a sua escritura e a cada povo
segundo a sua língua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei
se selou.
13 - E as cartas se enviaram pela mão dos correios a todas as
províncias do rei, que destruíssem, matassem, e lançassem a perder a todos os
judeus desde o moço até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze
do duodécimo mês (que é mês de adar), e que saqueassem o seu despojo.
Ester 4
13 - Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não
imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os
outros judeus.
14 - Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e
livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai
perecereis; e quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?
15 - Então, disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
16 - Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e
jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite,
e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei,
ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.
17 - Então, Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe
ordenou.
INTERAÇÃO
Prezado professor, nesta aula a palavra-chave é “altruísmo”. Você
sabe o que significa esse vocábulo? Esse termo foi criado pelo filósofo Augusto
Comte para descrever a propensão humana em atender o próximo em suas
necessidades. Essa virtude é oposta ao egoísmo, mas sinônima da filantropia. Ao
ministrar a lição, destaque o caráter altruísta de nossa personagem principal,
Ester.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever o contexto histórico do tempo de Ester.
Explicar o sentido moral de altruísmo.
Apreciar o altruísmo como virtude necessária ao cristão.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, esta lição apresenta quatro personagens principais:
Ester, Mordecai, Xerxes e Hamã. Você sabe a importância de cada uma dessas
pessoas na história narrada pelo livro de Ester? O tópico “A Pérsia no tempo de
Ester” descreve algumas particularidades sobre esses indivíduos. Ao terminar a
ministração do tópico I, apresente aos alunos a síntese abaixo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra-Chave
Altruísmo: Virtude mediante a qual a pessoa nega a si mesma e
dedica-se ao próximo, mesmo que isto lhe cause infortúnio.
O texto bíblico em apreço conta-nos a miraculosa história de Ester,
uma jovem simples, que em razão de sua conduta corajosa, equilibrada e
altruísta, salvou seu povo de um terrível massacre. Desta narrativa,
extrairemos preciosas lições acerca do caráter de Ester e da providência e
fidelidade de Deus ao seu povo.
I. A PÉRSIA NO TEMPO DE ESTER
1. Contexto histórico (597-465 a.C). Por volta de 597 a.C.
Judá fora invadido por Nabucodonosor, rei de Babilônia. Onze anos depois, por
ordem deste poderoso monarca, os babilônios destruíram Jerusalém e levaram os
judeus para o cativeiro (2 Cr 36.17-21). Porém, a despeito de sua grandeza, o
Império Babilônico não resistiu às pressões militares do colossal exército
Medo-persa, sendo derrotado em 539 a.C. A partir daí, os judeus tornaram-se
vassalos dos persas.
Em 485 a.C, Dario Histapes, rei da Pérsia, o que reinara na época
da conclusão do templo de Jerusalém (ver 2 Cr 36.22,23; Ed 5-6), morreu, sendo
sucedido por seu filho Assuero (Xerxes I). A miraculosa história da rainha Ester
inicia-se no terceiro ano do reinado deste extraordinário monarca.
2. Assuero, rei persa. Assuero foi o homem mais poderoso de
seu tempo. Governou o vasto Império Pérsico, desde a Índia até a Etiópia, que
compreende cento e vinte e sete províncias (Et 1.1). Do texto bíblico inferimos
que Assuero era egocêntrico e costumava alardear o esplendor de sua grandeza
(Et 1.3-4). Não admitia que suas ordens fossem questionadas (Et 1.12). Certa
vez, embriagado e enfurecido, agiu com tirania contra Vasti, sua esposa (Et
1.7-12). Passado aquele momento de insensatez, percebeu que não deveria ter
procedido daquele modo (Et 2.1). Decisões tomadas no calor das emoções trazem
consequências desastrosas. A história de Jefté é um grande exemplo (Jz
11.30-40).
3. O ímpio Hamã. Assuero havia engrandecido a Hamã
sobremaneira, elevando-o à segunda pessoa mais influente do reino (Et 3.1).
Hamã era ganancioso, ardiloso, traiçoeiro; um mau exemplo para a própria
família (Et 5.11-14). Odiava Mardoqueu e desejava sua morte (Et 5.9). Não
queria apenas matá-lo, mas exterminar todo o seu povo (Et 3.5,6). Quando o
coração humano não tem Cristo é um solo fértil para o surgimento, abrigo e
crescimento do ódio. O cristão deve estar atento aos primeiros sinais dessa
praga que mina as forças espirituais (Ef 4.26). O autêntico Cristianismo está
baseado no amor (Jo 13.34,35). Qualquer atitude que fira este princípio deve
ser rejeitada (1 Jo 4.8).
4. Mardoqueu, um homem humilde e temente a Deus. Primo da
rainha Ester e fiel servidor do palácio (Et 2.5-7,21), Mardoqueu era um exemplo
de autêntica humildade, confiança e obediência a Deus (Et 5.13,14). A despeito
de ter sido promovido é exaltado pelo próprio rei, nenhum direito reivindicou;
sequer exigira as glórias que lhe eram devidas, mas retornou ao trabalho
cotidiano (Et 6.11,12), deixando tudo nas mãos do Senhor. Mais tarde, esse
extraordinário homem foi honrado e reconhecido como protetor do povo judeu (Et
10).
Enaltecida pela Palavra de Deus (Mt 5.3; Sl 138.6), a humildade é
uma virtude imprescindível a todo crente.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Algum tempo depois da queda do império babilônico pelo exército
Medo-persa, o grande rei Assuero estendeu muitíssimo o seu reino. Esse monarca,
por ser egocêntrico, destituiu sua rainha do trono. É nesse cenário que surge a
história de Ester - uma rainha altruísta.
II. ASPECTOS DO CARÁTER DE ESTER
1. Obediência. A Bíblia engrandece a obediência dos filhos aos
pais (Ef 6.1-3; Mt 15.4). Sendo órfã (Et 2.15), Ester em tudo obedecia a
Mardoqueu, seu pai adotivo. Certa ocasião, quando este lhe ordenou que não
declarasse a que povo pertencia, a jovem não titubeou, obedeceu-o prontamente
(Et 2.10,20). Mesmo casada, Ester permaneceu fiel às promessas que fizera a
Mardoqueu, honrando-o em tudo (Êx 20.12). Mais tarde, ao receber o pedido de
Mardoqueu para livrar seu povo do extermínio, Ester mais uma vez atendeu-o,
mesmo consciente dos sérios riscos que correria (Et 4.8,16).
A independência e as novas funções exercidas pelos filhos na
sociedade moderna não os impedem de respeitar seus pais, nem tiram destes a
responsabilidade de admoestá-los (Et 2.11). Deus abençoa os filhos que seguem
rigorosamente os sábios conselhos dos pais (Gn 7.7,13; 8.18).
2. Humildade. Ester estivera algum tempo sob os cuidados de
Hegai, guarda das mulheres (Et 2.8). Segundo a narrativa bíblica, ela poderia
pedir-lhe o que quisesse, entretanto, contentava-se com o que lhe oferecia (Et
2.15). Quantos, no lugar de Ester, não se esqueceriam do Senhor, usufruindo das
iguarias e dos recursos que estivessem à sua disposição.
O conselho de Pedro em sua primeira carta, capítulo três,
versículos de três a cinco, aplica-se perfeitamente à vida de Ester (Et 2.17).
3. Disposição. É maravilhoso quando nos colocamos inteiramente
nas mãos de Deus para realizarmos sua obra. Mas, infelizmente, nem todos estão
dispostos a pagar o preço (Mt 19.16-22). Ester colocou sua vida em risco a fim
de livrar seu povo do iminente extermínio (Et 4.16). Há muitos que não dedicam
sequer parte do seu tempo ao serviço do Reino de Deus. Todavia, Deus continua
convocando servos fiéis, dispostos a serem poderosamente usados em suas mãos.
4. Sensatez e Paciência. Ester era cautelosa (Et 2.10,20; cf.
Am 5.13) e paciente (Et 5.2,3,4-8; 7.1-6). Esperava o tempo de Deus com toda
resignação (Et 7.5-10). A sensatez e a paciência têm salvado muitas vidas ao
longo da história. São virtudes indispensáveis a todos os filhos de Deus (Sl
40.1; Rm 5.3,4; Pv 14.33). Foi exatamente em razão dessas qualidades que Ester
fez sucumbir os malévolos projetos de Hamã (Et 7-8). Cumpriu-se em Ester o
sábio provérbio: "O rei tem seu contentamento no servo prudente, mas,
sobre o que procede indignamente, cairá o seu furor" (Pv 14.35).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os principais aspectos do caráter de Ester eram: obediência,
humildade, disposição, sensatez e paciência.
III. COMO LIDAR COM SITUAÇÕES ADVERSAS
1. Orando (Cl 4.2; 1 Ts 5.17). Assim como a oração muda a
história de um povo (Jn 3.10; Et 9), pode alterar o destino de uma pessoa (Is
38.5). A oração faz parte do nosso relacionamento com Deus. Através dela Ele se
faz conhecido e nos revela seus eternos propósitos (Os 6.3; Jr 33.3). O
verdadeiro cristão deve crer no poder de Deus para que, por meio de sua
intercessão, as coisas aconteçam (Mt 21.22). “A oração feita por um justo pode
muito em seus efeitos” (Tg 5.16-18).
2. Confiando em Deus. Jesus nos advertiu da urgente
necessidade de vivermos em constante oração e comunhão com Deus (1 Co 1.9; 2 Co
13.13; Fp 2.1). A tendência do ser humano é desesperar-se diante das
circunstâncias adversas. Isso pode acontecer com qualquer um de nós. Mas a
vitória só será concedida àqueles que confiarem integralmente no Senhor (Sl
118.8,9).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O cristão pode vencer as adversidades da vida cotidiana por meio da
oração e da fé em Deus.
CONCLUSÃO
Devemos em nossa vida cotidiana orar e confiar totalmente no
Senhor. Somente assim desenvolveremos em nosso caráter a sensatez, a paciência
e a fé necessárias a uma vida vitoriosa na presença de Deus e dos homens. E,
como Ester, triunfaremos a despeito das adversidades. Confiemos sempre no
Senhor!
VOCABULÁRIO
Alardear: Ostentar; vangloriar-se; gabar.
Egocêntrico: Aquele que refere tudo ao próprio eu.
Insolúvel: Que não se pode resolver.
Sensato: Que tem bom senso; prudente.
Tirania: Governo opressor e cruel; opressão.
Vassalo: Subordinado, submisso.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COUTO, G. A transparência da vida cristã. RJ: CPAD, 2001.
MULDER, C. (et al) Comentário bíblico Beacon. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Quando tem início a história de Ester?
R. No terceiro ano do reinado de Assuero (485-465 a.C).
2. Descreva alguns aspectos do caráter de Assuero.
R. Egocêntrico e costumava alardear o esplendor de sua
grandeza (Et 1.3-4).
3. Quem era Mardoqueu?
R. Primo da rainha Ester e fiel servidor do palácio, era um
exemplo de autêntica humildade, confiança e obediência a Deus.
4. Descreva as características do caráter de Ester.
R. Obediência; humildade; disposição; sensatez e paciência.
5. Como resolver problemas aparentemente insolúveis?
R. Por meio da oração e da confiança em Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Apologético
“Mensagem espiritual do livro de Ester
O livro de Ester ensina muitas verdades espirituais para os
cristãos atuais. Vejamos:
1. Os judeus, apesar de desobedientes ao Senhor e desviarem-se
dEle no exílio, estão nos pensamentos de Deus e são objetos da sua misericórdia
e preocupação. Assim, o Senhor ama o pecador e fez com que o Seu Filho amado
morresse por ele.
2. A providência de Deus está sempre sobre o seu povo, para
salvá-lo das tramas malignas de seus inimigos.
3. Deus às vezes se oculta ao cumprir os seus propósitos no
mundo. Em Isaías 45.15 lemos: ‘Verdadeiramente, tu és o Deus que te ocultas, o
Deus de Israel, o Salvador’.
4. O poder da oração é ensinado claramente. É evidente que o
jejum solicitado em 4.16 é um motivo para esta prática na atualidade. A
resposta à oração deve ser vista no sucesso da rainha em convencer o rei a
ajudar os judeus no seu sofrimento.
5. A responsabilidade que temos em cumprir a missão delegada
por Deus é ensinada em 4.14: ‘E quem sabe se para tal tempo como este chegaste
a este reino?’ Também indica o risco que temos de correr ao cumprirmos nossa
missão: ‘e, perecendo, pereço’ (v.6)”.
(MULDER, C. (et al) Comentário bíblico Beacon. RJ: CPAD,
2005, Vol.2, p.545.)
APLICAÇÃO PESSOAL
Deus está presente mesmo quando não o vemos. Ele age mesmo quando
não vislumbramos os seus atos. Alguns imaginam que o Senhor não se importa com
os perigos que eles costumam atravessar. Mas, como de fato passaram pelo vale
da sombra da morte? Como saíram incólume do deserto? Como suas vestes não se
desgastaram e o calor não desidratou o espírito abatido? Por quanto tempo,
filho de Deus, estarás errante a murmurar que estás sozinho na batalha? Olhe
para trás e veja que as pegadas que contemplas não são tuas, mas do Senhor! Que
a brisa que soprava acalentando as tuas feridas era o alento divino enquanto
Ele te carregava em teus braços. O crepúsculo e a aurora que lhe enchiam de
esperança a cada manhã e tarde não era nada menos do que os olhos de El Roi, o
Senhor que tudo vê. Como achaste mel em solo rochoso? E água em pleno deserto?
Você não está sozinho!
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ESTER 2:1-18 - Como Ester pôde participar de um concurso de beleza
entre os pagãos?
PROBLEMA: É evidente que Ester foi escolhida por Deus como seu instrumento
para libertar Israel do mal no tempo determinado (Et 4:14). Entretanto, sendo
uma judia devota, como pôde ela participar de um espetáculo público pagão e
depois entrar no harém do rei Assuero?
SOLUÇÃO: Primeiro, não está claro se Ester tinha liberdade de se
recusar a participar, pois ela foi colocada como parte do conjunto das moças
"de boa aparência e formosura" apresentado ao rei. De acordo com
Ester 2:8, "levaram também Ester à casa do rei". Isso nos dá a
entender que ela não tinha alternativa alguma em relação a essa questão, mas
foi escolhida para servir o rei.
Segundo, nada se diz no texto quanto aos participantes daquele
espetáculo público terem tido de praticar qualquer coisa explicitamente imoral
para estarem no concurso. Pelo que sabemos do caráter de Ester, podemos estar
certos de que ela teria se recusado a qualquer coisa contrária à lei de Deus.
Finalmente, uma vez que Ester foi a escolhida pelo rei, ela foi
compelida a participar da corte dele. Foi a providência de Deus que levou Ester
àquele lugar precisamente no momento certo. Na hora certa ela se dispôs a
arriscar sua vida pelo povo do seu Deus.
ESTER 4:16 - Ester não teria desobedecido ao governo humano, o que
é contrário à vontade de Deus?
PROBLEMA: Romanos 13:1 nos informa de que "não há autoridade
que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele
instituídas". E Pedro acrescenta: "Sujeitai-vos a toda instituição
humana por causa do Senhor" (1 Pe 2:13; cf. Tt 3:1). Mas Ester 4:16 diz
que o que ela fez era "contra a lei" (4:16). Dessa forma, Ester não
teria violado leis da Pérsia ordenadas por Deus, ao apresentar-se diante do
rei?
SOLUÇÃO: Às vezes é necessário desobedecer ao governo humano, isto
é, quando ele nos compele a pecar. Por exemplo, se o governo diz que não
podemos orar a Deus (Dn 6), ou que devemos adorar um ídolo (Dn 3), ou que temos
de matar bebês inocentes (veja os comentários de Êx 1:15-21), então temos de
desobedecer.
No caso de Ester, entretanto, não havia lei alguma que a compelisse
a pecar. Mas nem assim ela desobedeceu à lei do país, já que esta permitia que
uma pessoa, não tendo sido chamada, se apresentasse perante o rei por seu
próprio risco (Et 4:11). Sabendo o que a lei dispunha, e aceitando o risco de
sua vida, Ester foi até o rei para salvar a vida do seu povo. Neste caso não
houve necessidade de desobedecer à lei, nem houve nada que a tivesse
constrangido a matar alguém ou cometer qualquer outro tipo de pecado.
Manual de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia. Norman
Geisler, Thomas Howe
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REVISTA 2TR2023 NA ÍNTEGRA
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Escrita Lição 9, Central Gospel, Ester, uma Líder Perspicaz, 2Tr23,
Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- UMA JUDIA NO PALÁCIO IMPERIAL
1-1- O grande líder não procura tirar proveito pessoal de sua
posição destacada
2- UM AGAGITA NA CASA DO REI
2-1- Um genocídio decretado
2-1-1- Assuero deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã
3- DEUS USA UMA JUDIA PARA VENCER UM
AGAGITA NA CORTE PERSA
3-1- O grande líder discerne o tempo da ação
3-1-1- Ester deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo
3-2- O grande líder discerne o tempo da estratégia
3-2-1- Deus trabalha nas circunstâncias
3-2-2- A humilhação de Hamã
3-3- O grande líder discerne o tempo dos embates
decisivos
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Ester 7.1-6
1 - Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 - disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do
vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu
requerimento? Até metade do reino se fará.
3 - Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça
aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha
petição e o meu povo como meu requerimento.
4 - Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem
e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem,
calar-me-ia, ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.
5 - Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse?
E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?
6 - E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã.
Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
TEXTO ÁUREO
Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento
doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu Pai perecereis; e quem
sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? Ester 4.14
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Ester 2.10 A sabedoria do silêncio
3ª feira – Salmo 75.7 Deus, a um exalta e a outro abate
4ª feira – Salmo 37.7 Deus trata com os inimigos do Seu povo
5ª feira – Hebreus 6.10 Deus não se esquece
6ª feira – Salmo 23.5 O Senhor honra os que sãos Seus
Sábado – Mateus 5.6 A fartura de justiça
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender
que:
- a rainha Ester estava no lugar certo, na hora certa;
- a liberdade para pedir aquilo que se deseja deve ser guardada
para a hora certa;
- a liderança sábia de Ester garantiu a salvação de uma nação
inteira.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, encontraremos diferentes modelos de liderança no
texto bíblico; por essa razão, não se deve comparar, por exemplo, a liderança
de Moisés à de Gideão, ou a de Neemias à de Ester. Algumas são permanentes;
outras, ocasionais, pontuais. Entretanto, cada uma delas revela sua eficácia em
atender a um propósito divino e, de cada uma, podem-se extrair grandes lições.
Nesta lição, procure focar as características singulares da liderança de Ester,
que podem ser aplicadas à vida de todos, indistintamente: o grande líder não
procura tirar proveito pessoal de sua posição destacada; discerne o tempo da
ação;
discerne o tempo da estratégia; e discerne o tempo dos embates
decisivos. Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Depois de setenta anos de cativeiro babilônico, os Medos e os
Persas venceram a Babilônia e Ascenderam ao poder. Entre os anos 483—473 a.C.,
Assuero foi alçado ao posto de imperador da Pérsia, exercendo o comando sobre
127 províncias.
Certa vez, o rei Assuero ofereceu uma festa, com duração de 180
dias, aos representantes das suas províncias: príncipes e governadores. Ao
mesmo tempo, Vasti, sua mulher, oferecia um banquete para as mulheres da casa
real (Et 1.9). No sétimo dia de festejo, o rei mandou chamar Vasti, com a coroa
real, para mostrar sua beleza aos seus convidados; ela, porém, recusou o
chamado de Assuero. A atitude de Vasti deixou o monarca furioso (Et 1.10-12).
Assuero tinha um grupo de sete conselheiros, chamados
“príncipes”, os quais viam o seu rosto constantemente e se
assentavam com ele (Et 1.14). Um deles, Memucã, considerando grave o ato de
Vasti, aconselhou Assuero a escrever uma carta, na qual constasse que a rainha
nunca mais poderia comparecer à presença do rei; que o seu reinado
deveria ser dado a outra mulher (Et 1.19-22).
Seguindo o conselho dos que o serviam, Assuero mandou procurar,
entre todas as suas províncias, moças virgens, de grande beleza, para ser
rainha da Pérsia, no lugar de Vasti. Dentre elas, achou Ester, uma linda jovem
judia.
1- UMA JUDIA NO PALÁCIO IMPERIAL
Os judeus eram considerados um povo inferior pelos persas; afinal,
haviam sido escravizados pelo Império Babilônico. Ademais, havia gente no
palácio que os via com maus olhos, como era o caso de Hamã, filho de Hamedata,
o imediato do rei Assuero (Et 3.1). O rei não sabia que Ester era judia, órfã
de pai e mãe, criada por seu primo Mardoqueu, que a tratava como se fosse sua
filha (Et 2.10).
1-1- O grande líder não procura tirar proveito pessoal de sua
posição destacada
Ávido por obter informações sobre Ester, Mardoqueu
passeava todos os dias pelo pátio da casa das mulheres — também
chamado de harém, parte do palácio destinado às servas do rei (Et 2.11). As
mulheres cumpriam uma agenda com o monarca: cada vez que uma delas era
convocada para comparecer perante o rei, ela tinha o direito de fazer-lhe algum
pedido. Quando chegou a vez de Ester, ela nada pediu ao soberano, que se
agradou mais dela do que das demais (Et 2.17). Assentado à porta do palácio,
onde ficava normalmente, Mardoqueu ouviu a conversa de dois eunucos, Bigtã e
Teres, os quais tramavam a morte do rei. Mardoqueu enviou um recado a Ester,
que levou o fato ao conhecimento de Assuero, em nome de Mardoqueu; assim, ambos
os traidores foram enforcados (Et 2.21-23).
2- UM AGAGITA NA CASA DO REI
O rei promoveu Hamã, um agagita — descendente de
Agague; portanto, de ascendência amalequita, povo inimigo dos
israelitas —, a principal homem do seu trono (Et 3.1). Hamã aprendera com seu
pai, Hamedata, a odiar os judeus. Hierarquicamente, ele estava abaixo apenas de
Assuero. Por ordem do rei, quando Hamã passasse pelas pessoas, todas deveriam
inclinar-se perante ele (Et 3.2).
2-1- Um genocídio decretado
Mardoqueu nunca se inclinava perante Hamã. Por ser judeu, ele
afirmou que jamais faria tal coisa (Et 3.2-4). Assim, para vingar-se de
Mardoqueu, Hamã decidiu exterminar todos os judeus que estavam espalhados pelas
províncias do rei Assuero (Et 3.5,6). Valendo-se do seu franco acesso ao
monarca, Hamã disse a Assuero que havia um povo rebelde, com costumes e leis
diferentes, que não cumpria as ordens reais e que, portanto, deveria ser
exterminado. Se o rei consentisse naquele grande genocídio, ele mesmo daria dez
mil talentos de prata para os cofres do rei (Et 3.8,9). O plano era matar os
judeus e confiscar todos os seus bens.
SUBSÍDIO 2-1
Embora a palavra “Deus” não apareça uma vez sequer no livro de
Ester, esse escrito não esconde que todo ato de humilhação, jejum e oração eram
oferecidos ao
Senhor. Em meio à grande preocupação que atingia a
todos, sua única esperança estava em Deus.
2-1-1- Assuero deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã
O rei apreciou a ideia; assim, em acordo com Hamã, a data para a
morte coletiva dos judeus que habitavam
todo o Império Medo-persa foi marcada. Em seguida, expediu-se um
documento a todos os príncipes e
governadores, anunciando o dia da execução coletiva (Et 3.10-15).
Ao saber da notícia, todos os judeus
entraram em estado de luto. Mardoqueu saiu pelo meio da cidade de
Susã, vestido com saco de cinza,
com grande e amargo clamor (Et 4.1-3).
3- DEUS USA UMA JUDIA PARA VENCER UM
AGAGITA NA CORTE PERSA
Ester mantinha-se alheia aos acontecimentos externos
ao palácio; até que as moças e os eunucos que cuidavam dela
informaram-na sobre o que estava ocorrendo, dando-lhe ciência de que Mardoqueu
estava à porta, vestido de cilício (Et 4.4). Preocupada com Mardoqueu, Ester
mandou boas roupas para ele vestir-se, mas ele recusou-se a recebê-las (Et
4.4); antes, preferiu apenas manter Ester informada sobre o genocídio que havia
sido decretado pelo rei ao seu povo.
3-1- O grande líder discerne o tempo da ação
Hataque, eunuco do rei, foi a Mardoqueu, a pedido da rainha, para
obter mais informações sobre o Extermínio dos judeus. Mardoqueu explicou tudo
em detalhes, inclusive que Hamã oferecera ao rei, Tesouros confiscados dos
judeus. Mardoqueu enviou, ainda, uma cópia da publicação com a decisão real,
aproveitando o ensejo para pedir a Ester que suplicasse ao rei em favor dos
judeus (Et 4.5-8). Ester constrangeu-se muitíssimo com o pedido de Mardoqueu,
pois ela corria risco de morte, caso comparecesse à presença de Assuero sem ser
solicitada — a menos que o rei estendesse a ponta do seu cetro para ela.
3-1-1- Ester deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo
Mardoqueu insistiu no seu apelo, mandando informar a
Ester que nem mesmo ela escaparia da morte, uma vez que o decreto
real abrangia “todos” os judeus — certamente o rei a mataria, ao saber que ela
era judia (Et 4.14). Ester atreveu-se a entrar no pátio interior da casa,
defronte ao aposento do rei, sob o risco de ser morta, mas entendia que era sua
única oportunidade de agir. Então, preparou-se para aquele momento; contudo, o
rei precisava agradar-se dela (Et 4.15-17).
Ao vê-la, Assuero apontou-lhe o cetro que tinha em mãos; e Ester
tocou em sua ponta (Et 5.1,2). Em
seguida, disse a ela: Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é
o teu requerimento? E se fará, ainda até
metade do reino (Et 5.6).
3-2- O grande líder discerne o tempo da estratégia
Sabiamente, Ester disse que ofereceria um banquete ao rei no dia
seguinte; por isso, gostaria de contar com a presença de Hamã. O rei consentiu
e informou Hamã (Et 5.4-8). Orgulhoso por tamanha honra, Hamã correu para casa
a informar sua esposa e amigos que recebera um convite da rainha para
banquetear com o rei, e ele (Hamã) os levaria consigo (Et 5.9-12). Havia apenas
uma coisa com a qual ainda estava profundamente incomodado: a irreverência de
Mardoqueu, que não se prostrava perante ele (Et 5.9,13). Seguindo a sugestão de
sua mulher, Hamã preparou uma forca para Mardoqueu (Et 5.14).
3-2-1- Deus trabalha nas circunstâncias
Naquela mesma noite, o rei Assuero perdeu o sono e lembrou-se da
conspiração tramada contra ele por Bigtã e Teres, os quais havia mandado matar
(Et 2.21-23). Assim, pediu o livro de crônicas para reler aquele episódio e
perguntou aos que o serviam: Que honra e galardão se deu por isso a Mardoqueu?
E a resposta foi: Nenhuma (Et 6.1-3). Assuero reconheceu que tinha uma dívida
moral com Mardoqueu; afinal, ele poderia ter sido morto pelos conspiradores, se
não fosse pela fidelidade de Mardoqueu.
3-2-2- A humilhação de Hamã
Hamã entrou à presença de Assuero para comunicar que havia
preparado uma forca para Mardoqueu, mas, antes que dissesse qualquer coisa, o
rei lhe perguntou: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada (Et
6.4-6a)? Pensando que o rei falava dele, Hamã sugeriu que tal homem trajasse
vestes reais e montasse no cavalo do rei, com a coroa real sobre a sua cabeça,
e que um dos príncipes de quem o rei mais se agradasse, puxasse o cavalo pela
mão gritando: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada (Et 6.6b-9)!
Para surpresa de Hamã, o rei disse que Mardoqueu era o tal homem, e ordenou a
Hamã que se apressasse em cumprir tudo, exatamente, quanto sugerira (Et 6.10).
3-3- O grande líder discerne o tempo dos embates
decisivos
Angustiado com a ordem do rei, Hamã chegou à casa correndo, com a
cabeça coberta, informando à sua mulher e a todos os seus amigos o que
ocorrera. Então, os seus sábios e Zeres disseram a Hamã: Se Mardoqueu, diante
de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra
ele; antes, certamente cairás perante ele (Et 6.12,13).
Sem saber, Zeres estava profetizando para Hamã, seu marido. Na hora
do banquete, o rei lembrou-se da promessa feita a Ester e disse-lhe: Qual é a
tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até
metade do reino se fará (Et 7.2). Até então, Ester não havia pedido nada para
si mesma. Ela havia guardado esse crédito, e soube usá-lo na hora certa. Diante
da pergunta, a rainha revelou ser judia e falou da maldade feita por “alguém”
contra o seu povo e do perigo que o cercava naquela hora. Assuero, então, lhe
perguntou: Quem é esse? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?
(Et 4.3-5). Ester, por fim, disse: O homem, o opressor e o inimigo é este mau
Hamã. Então, diz o texto bíblico: Hamã se perturbou perante o rei e a rainha
(Et 7.6). Por ordem do rei, Hamã foi enforcado na corda que preparou para
assassinar Mardoqueu (Et 7.10); Assuero revogou o decreto de matança aos judeus
(Et 8); e Mardoqueu foi promovido a segundo homem depois do rei Assuero (Et
10.3).
CONCLUSÃO
Nada se sabe sobre a vida pregressa de Ester, a não ser que era
judia, de grande beleza e que fora criada por seu primo Mardoqueu, por ser órfã
de pai e mãe.
Deus usou Ester para liderar uma situação difícil e salvar toda uma
nação. Sua sensibilidade para discernir os tempos mudou a história de um reino.
O texto bíblico dá-nos ciência de que Assuero expediu um novo
decreto, invertendo o anterior, assegurando aos judeus que se assenhorassem de
todos os seus inimigos e aborrecedores (Et 9.1). Esse decreto estendeu-se da
Índia até a Etiópia, compreendendo as 127 províncias da Pérsia. Os judeus foram
livres e, até hoje, comemoram o Purim, sua festa de libertação, com dois dias
de comemoração (Et 9.20-23).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Como se chama a festa que os judeus comemoram até hoje pela sua
libertação?
R.: Purim.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 1º Trimestre de
2013
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para
toda a Igreja
Comentarista: José Gonçalves
Lição 6: A viúva de Sarepta
Data: 10 de Fevereiro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos
dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que
em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a
Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva” (Lc 4.25,26).
VERDADE PRÁTICA
Para socorrer e sustentar os seus filhos, Deus usa os meios
mais inesperados.
HINOS SUGERIDOS - 28, 126, 245.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 17.4 Provisão em Querite
Terça - 1 Rs 17.12 Escassez em Sarepta
Quarta - 1 Rs 17.13 Deus em primeiro lugar
Quinta - 1 Rs 17.14 A suficiência divina
Sexta - 1 Rs 17.19 O poder da oração intercessória de Elias
Sábado - 1 Rs 17.21 O poder da oração perseverante
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 17.8-16.
8 - Então, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:
9 - Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali;
eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
10 - Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à
porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a
chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba.
11 - E, indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse:
Traze-me, agora, também um bocado de pão na tua mão.
12 - Porém ela disse: Vive o SENHOR, teu Deus, que nem um bolo
tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite
numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para
o meu filho, para que o comamos e morramos.
13 - E Elias lhe disse: Não temas; vai e faze conforme a tua
palavra; porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para
fora; depois, farás para ti e para teu filho.
14 - Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da
panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o
SENHOR dê chuva sobre a terra.
15 - E foi ela e fez conforme a palavra de Elias; e assim
comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.
16 - Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite
não faltou, conforme a palavra do SENHOR, que falara pelo ministério de Elias.
INTERAÇÃO
Professor, hoje estudaremos a respeito do cuidado e da provisão
divina para com o profeta Elias. No decorrer da lição, procure enfatizar o
cuidado de Deus para com aqueles que se dispõe a fazer sua vontade. O Senhor
não mudou, como um pai amoroso Ele continua a cuidar de seus filhos. Elias foi
fiel ao Todo-Poderoso ao cumprir sua missão — confrontar a apostasia no reino
do Norte. A sua devoção e zelo pela Palavra do Senhor, fez com que ele
precisasse de um lugar seguro para refugiar-se. O próprio Deus escolheu e
preparou este lugar, em Sarepta. Ali, uma pobre viúva seria usada como parte do
plano de provisão do Senhor. Aprendemos com este episódio que o Pai Celeste é o
nosso Provedor. Ele, como o Bom Pastor, supre as nossas necessidades. Confie!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender que Deus é o nosso provedor.
Explicitar o poder da graça de Deus para com os povos gentílicos.
Conscientizar-se do poder da Palavra de Deus e da oração.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para introduzir o tópico II da lição utilize o
esquema abaixo. Reproduza-o conforme as suas possibilidades. Fale que além da
viúva de Sarepta, as Sagradas Escrituras falam sobre outras mulheres
estrangeiras que o Senhor acolheu através do seu povo. Raabe, Rute e a mulher
siro-fenícia comprovam que Deus não pertence a nenhum grupo específico. Ele é
infinito e seu Santo Espírito sopra onde quer.
A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES ESTRANGEIRAS NAS ESCRITURAS
• Raabe
Habitante de Jericó na época da invasão de Israel à Canaã. Sua
história é narrada em Josué 2.1-22; 6.17-25. Há, sobre ela, referências claras
em o Novo Testamento. Aqui, o autor sagrado atribui a salvação de Raabe à sua
fé (Tg 2.25; Hb 11.31).
• Rute
Uma moabita que casou com dois fazendeiros judeus: Malom (Rt 4.10),
um dos filhos de Elimeleque e Noemi (4.3; 1.2), e Boaz, um parente de
Elimeleque (4.3).
• A mulher siro-fenícia
Mulher gentílica, da região de Tiro e Sidom, que pediu a Jesus para
curar a sua filha (Mc 7.26; cf. Mt 15.21,22).
Palavra-Chave
Provisão: Abastecimento, fornecimento, mantimentos.
COMENTÁRIO
introdução
A visita do profeta Elias a terra de Sarepta, onde foi acolhido por
uma viúva pobre, é emblemática por algumas razões. Primeiramente, a história
revela o cuidado de Deus para com os que se dispõem a fazer sua vontade. Não
importa onde estejam, Deus cuida de cada um de seus filhos. Elias foi o agente
de Deus para confrontar a apostasia no reino do Norte. Necessitava, pois, de um
lugar seguro para refugiar-se. Em segundo lugar, o episódio revela a soberania
de Deus sobre as nações. Mesmo tratando-se de uma terra pagã, Deus escolhe
dentre os moradores de Sarepta, uma mulher que servirá como instrumento na
construção de seu propósito.
I. UM PROFETA EM TERRA ESTRANGEIRA
1. A fonte de Querite. Logo após profetizar uma grande seca
sobre o reinado de Acabe, Elias recebeu a orientação divina: “Vai-te daqui, e
vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Quente, que está
diante do Jordão” (1 Rs 17.3). Elias havia se tornado uma persona non
grata no reinado de Acabe. E, devido a esse fato, precisava sair de cena
por um tempo. Seguindo a orientação divina, ele refugia-se primeiramente
próximo à fonte de Querite. Era um lugar de sombra e água fresca, mas não
representava o ponto final de sua jornada. Ele não poderia fixar-se naquele
local porque ali não havia uma fonte permanente, mas uma provisão em tempos de
crise (1 Rs 17.7). Quem faz de “Querite” seu ponto final terá problemas porque
certamente secará!
2. Elias em Sarepta. Elias afasta-se de seu povo e de sua
terra, indo refugiar-se em território fenício (1 Rs 17.9). A geografia bíblica
informa-nos que Sarepta era uma pequena localidade situada a cerca de quinze
quilômetros de Sidom, terra da temida Jezabel (1 Rs 16.31). Às vezes o Senhor
faz coisas que parece não ter lógica alguma! No entanto, esse foi o único lugar
no qual o rei Acabe jamais pensaria em procurar o profeta (1 Rs 18.10). São nas
coisas menos prováveis que Deus realiza seus desígnios! Sarepta parecia ser uma
terra de ninguém, mas estava no roteiro de Deus para a efetivação do seu
propósito.
SINOPSE DO TÓPICO (I) - Num momento de crise Elias se afastou do
seu povo e de sua terra e refugiou-se em território fenício.
II. UMA ESTRANGEIRA NO PLANO DE DEUS
1. A soberania e graça de Deus. Quando o Senhor ordenou ao
profeta que se deslocasse até Sarepta, revelou-lhe também qual era o seu
propósito: “Ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente” (1 Rs 17.9). Elias
precisava sair da região controlada por Acabe e isso, como vimos, aconteceu
quando ele se dirigiu a Sidom, na Fenícia.
O texto é bem claro em referir-se à viúva como sendo um instrumento
que o Senhor usaria para auxiliar a Elias: “Ordenei ali a uma mulher viúva”.
Quem era essa viúva ninguém sabe. Todavia, foi a única escolhida pelo Senhor,
dentre milhares de outras viúvas, para fazer cumprir seu projeto soberano (Lc
4.25,26). Era uma gentia que, graças ao desígnio divino, contribuiu para a
construção e desenvolvimento do plano divino.
2. A providência de Deus. A providência divina para com Elias
revelou-se naquilo que Paulo, muito tempo depois, lembrou (1 Co 1.27). Um
gigante espiritual ajudado por uma frágil mulher! Sim, uma mulher viúva e
pobre. Muito pobre! Ficamos a pensar o que teria passado pela cabeça do profeta
quando o Senhor lhe disse que havia ordenado a uma viúva que o sustentasse. Era
de se imaginar que a mulher possuísse algum recurso. Como em toda a história de
Elias, a provisão de Deus logo fica em evidência. A providência divina já havia
se manifestado nos alimentos trazidos pelos corvos (1 Rs 17.4-6). Agora
revelar-se-ia através de uma viúva pobre.
SINOPSE DO TÓPICO (II) - Pela sua soberania e graça, Deus incluiu
uma estrangeira em seu plano.
III. O PODER DA PALAVRA DE DEUS
1. A escassez humana e a suficiência divina. A mulher que Deus
havia levantado para alimentar Elias durante o período da seca disse não
possuir nada ou quase nada: “nem um bolo tenho, senão somente um punhado de
farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois
cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.”
(1 Rs 17.12). De fato o que essa mulher possuía como provisão era algo
humanamente insignificante! A propósito, o termo hebraico usado para punhado,
dá a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela possuía! Deus queria operar
o milagre a partir do que a viúva tinha. A suficiência divina se revela na
escassez humana. O pouco com Deus torna-se muito!
2. Deus, a prioridade maior. O profeta entrega à viúva de
Sarepta a chave do milagre quando lhe diz: “porém faze disso primeiro para mim
um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho”
(1 Rs 17.13), O profeta era um agente de Deus, e atendê-lo primeiro significava
colocar a Deus em primeiro lugar. O texto sagrado afirma que “foi ela e fez
segundo a palavra de Elias” (1 Rs 17.15). Tivesse ela dado ouvidos à sua razão,
e não obedecido as diretrizes do profeta, certamente teria perdido a bênção. O
segredo, pois, é colocar a Deus sempre em primeiro lugar (Mt 6.33).
SINOPSE DO TÓPICO (III) - Na escassez humana vemos a suficiência
divina através do poder da Palavra de Deus.
IV. O PODER DA ORAÇÃO
1. A oração intercessória. O texto de 1 Reis 17.1 traz a
profecia de Elias sobre a seca em Israel. E, de fato, a seca aconteceu. Tiago,
porém, destaca que a predição de Elias foi acompanhada de oração: “Elias era
homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e,
por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17). Novamente o
profeta encontra-se diante de um novo desafio e somente a oração provará a sua
eficácia. O filho da viúva morreu e Elias toma as dores da pobre mulher,
pondo-se em seu lugar e clama ao Senhor (1 Rs 17.19,20). Deus ouviu e respondeu
ao seu servo.
2. A oração perseverante. Elias orou com insistência (1 Rs
17.21). Ele estendeu-se sobre o menino três vezes! Isso demonstra a natureza
perseverante de sua oração. Muitos projetos não se concretizam, ficam pelo
caminho porque não são acompanhados de oração perseverante. O Senhor Jesus
destacou a necessidade de sermos perseverantes na oração ao narrar a parábola
do juiz iníquo (Lc 18.1). É com tal perseverança que conseguiremos alcançar
nossos objetivos.
SINOPSE DO TÓPICO (IV) - O clamor intercessório e perseverante
confirmam o poder da oração.
CONCLUSÃO
A soberania de Deus sobre a história e sobre os povos e o seu
cuidado para com aquele que o teme se revelam de forma maravilhosa no episódio
envolvendo o profeta Elias e a sua visita a Sarepta. Não há limites quando Deus
quer revelar a sua graça e tampouco há circunstância demasiadamente difícil que
possa impedi-lo de mostrar o seu poder provedor.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. Geograficamente falando, onde ficava Querite e Sarepta?
R. Querite ficava do lado oriental do reino do Norte, na
fronteira do Jordão e Sarepta ficava a cerca de quinze quilômetros de Sidom.
2. De que forma vemos a ação de Deus se manifestar em Sarepta?
R. Incluindo a viúva em seu plano e provendo o que era
necessário para ela e para Elias.
3. Que lições podemos aprender do milagre na casa da viúva?
R. Que quando se coloca Deus como prioridade maior, então
haverá garantia para a provisão da escassez humana.
4. No episódio da ressurreição do filho da viúva, quais
aspectos da oração podem ser destacados?
R. Os da oração intercessória e perseverante.
5. Segundo a lição, como devemos alcançar os nossos objetivos?
R. Com perseverança.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Geográfico - “Sarepta - Durante os três anos de seca
sofridos por Israel nos dias de Acabe, Deus enviou Elias, que havia pronunciado
o julgamento de Israel, à cidade fenícia de Sarepta, para que ali fosse
sustentado. Nesta cidade, a viúva com a qual o profeta viveu desfrutou um
suprimento perene de azeite e farinha, e experimentou a alegria de ter seu
filho ressuscitado dos mortos (1 Rs 17.8-24). A cidade estava localizada a
aproximadamente treze quilômetros ao sul de Sidom, ao longo da costa
mediterrânea, na estrada para Tiro. Também é conhecida como Zarefate em algumas
versões (Ob 1.20) e como Sarepta no NT (Lc 4.26) é a moderna Sarafand. Sarepta
é mencionada em textos ugaríticos do século XIV a.C. e em papiros egípcios do século
XIII a.C junto com Biblos, Beirute, Sidom e Tiro como uma das principais
cidades da costa (ANET, p.477). Tanto Senaqueribe como Esar-Hadom reivindicam
ter tomado Sarepta de acordo com as inscrições assírias (ela foi chamada
Zaribtu, ANET, p.287)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD,
2009, p.1768).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Devocional - “1 Reis 17.8-16 - Aqui nós temos um relato de
outra proteção que Elias recebeu e de outra provisão que lhe foi feita durante
o seu isolamento. Da assolação e da fome se rirá aquele que tem Deus
por seu amigo para guardá-lo e mantê-lo. O ribeiro de Querite está seco, mas o
cuidado de Deus por seu povo, e a bondade para com ele, nunca cessam, nunca
falham, antes, são os mesmos, e continuam e se prolongam para aqueles que o
conhecem (Sl 36.10). Quando o ribeiro secou, o Jordão não; por que Deus não o
enviou para lá? Com certeza porque Ele mostrava que possuía uma variedade de
formas de sustentar seu povo e não está preso a nenhuma. Deus agora proverá para
ele onde ter alguma companhia e oportunidade de ser útil, e não ser, como tinha
sido, enterrado vivo. Observe:
[...] O lugar para onde ele é enviado, a Sarepta, uma cidade de
Sidom, fora fronteira de Israel (v.9). Nosso Salvador observa esse fato como um
sinal antigo do favor de Deus planejado para os pobres gentios, na plenitude
dos tempos (Lc 4.25,26). Muitas viúvas existiam em Israel nos dias de
Elias, e é provável que algumas teriam lhe oferecido as boas-vindas em suas
casas; mas ele é enviado para honrar e abençoar com a sua presença uma cidade
de Sidom, uma cidade gentia, e assim se torna (diz o Dr. Lightfoot) o primeiro
profeta dos gentios. Israel tinha se corrompido com as idolatrias das nações e
se tornado pior do que elas; justamente por isso a sua queda é a riqueza
do mundo. Elias foi odiado e expulso pelos seus compatriotas; por isso, ele vai
para os gentios como posteriormente se ordenou aos apóstolos que fizessem (At
18.6). Mas, por que para uma cidade de Sidom? Talvez porque a adoração de Baal,
que então era o clamoroso pecado de Israel, tinha vindo recentemente dali com
Jezabel, que era de Sidom (16.31); por essa razão, para lá ele devia ir, para
que dali pudesse sair o destruidor daquela idolatria: ‘certamente de Sidom eu
chamei o meu profeta, o meu reformador’. Jezabel era a maior inimiga de Elias;
porém, para mostrar a ela a impotência da sua malícia, Deus encontrará para ele
um esconderijo exatamente no país dela. Cristo jamais esteve entre os gentios,
exceto uma vez, quando foi para as partes de Sidom (Mt 15.21).
A pessoa designada para hospedá-lo não é nenhum dos ricos
mercadores ou dos grandes homens de Sidom, nem alguém como Obadias, que era
mordomo da casa de Acabe e que alimentava os profetas; mas é ordenado a uma
pobre viúva (isto é, ela é capacitada e disposta por Deus), desamparada e
solitária, que o sustente. É o modo de Deus, e é a sua glória, fazer uso
das coisas loucas deste mundo e honrá-las. Ele é, de forma especial, o
Deus das viúvas, e as alimenta, e por isso elas devem pensar em como poderão
retribuir a Ele” (HENRY, M. Comentário Bíblico do Antigo Testamento: Josué
a Ester. 1 ed., RJ: CPAD, 2010, p.512).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A viúva de Sarepta
Uma cena curiosa aparece na narrativa de Elias: Sua ida a Sarepta,
uma cidade de Sidom, e seu encontro com uma mulher viúva. Com todo o cenário de
caos em Israel, Deus se preocupa com uma mulher viúva da terra natal de Jezabel
a ponto de enviar Elias não apenas para se manter vivo, mas para preservar a
mulher e seu filho vivos também.
O perfil da viúva de Sarepta. Aquela era uma mulher que não
tinha para si um provedor. O Texto Sagrado não diz há quanto tempo ela ficara
viúva, mas diz que era uma mulher que além de viúva, não tinha mais recursos
para se manter, a ponto de dizer ao profeta que ela não possuía nada mais que
um punhado de azeite e farinha em casa, e que os usaria para fazer a última
refeição de sua vida e da vida de seu filho. Foi nesse ambiente que Deus
realizou a multiplicação dos únicos bens daquela mulher.
Aquela mulher também demonstrou fé naquilo que Elias disse. Quando
surgem momentos de escassez, é comum as pessoas se tornarem mais egoístas. Mas
aquela viúva fez o que Elias ordenou, e viu a providência divina em seu lar no
período de seca.
A atitude de Elias. Quando o filho daquela viúva morreu, ela
não se lembrou, em sua dor, da providência de Deus em seu lar por causa da
presença de Elias. Na verdade, ela acusou o profeta de ser o responsável por
aquela morte. E Elias precisava responder àquela situação. Ele não discutiu com
a mulher. Apenas pediu que ela lhe entregasse o corpo do seu filho. Indo para o
seu quarto, Elias roga ao Senhor que traga a vida do menino, e Deus responde à
oração de Elias, realizando a primeira ressurreição da Bíblia. E quando
devolveu o filho ressuscitado à sua mãe, Elias não discutiu. Em nenhum momento
Elias chamou aquela mulher de incrédula, ou de ingrata (afinal, ela e seu filho
estavam vivos graças à presença de Elias naquela casa). Ele agiu com mansidão,
e Deus o honrou (1 Rs 17.24). Atente para o fato de que Elias agiu de forma
mansa com aquela mulher, mas posteriormente agiu de forma impetuosa diante de
Acabe e de sua idolatria, mostrando que há momentos certos para se ter atitudes
certas diante de problemas diferentes. E por meio de Elias, o testemunho de
Deus foi dado em terras estrangeiras por meio de milagres e da providência
divina, a ponto de esse caso ser citado séculos depois pelo próprio Jesus.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Escrita Lição 6 Betel, Jonas, um alerta para cumprir o chamado de
DEUS, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
https://youtu.be/WmO6wy5W038 Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/07/escrita-licao-6-betel-jonas-um-alerta.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/07/slides-licao-6-betel-jonas-um-alerta.html
EBD – 3° Trimestre de 2023 - BETEL
TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO
TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a
DEUS. Anunciando a esperança da salvação através do Messias.
TEXTO ÁUREO
E disse: Na minha angústia, clamei ao Senhor, , e ele me
respondeu.” Jonas 2.2ª
VERDADE APLICADA
Mesmo que pareça absurdo ou diferente do que pensamos, devemos ser
obedientes ao chamado divino.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Jonas
Estudar acerca da fuga do profeta Jonas
Extrair lições do livro de Jonas para os nossos dias
TEXTOS DE REFERÊNCIA – JONAS 1
1 E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua
malícia subiu até mim.
3 E Jonas se levantou para fugir de diante da face do Senhor para Társis; e,
descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem
e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do
Senhor.
8 Então lhe disseram: Declara-nos tu, agora, por que razão nos sobreveio este
mal. Que ocupação é a tua? E donde vens? Qual é a tua terra? E de que povo és
tu?
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Êx 33.19 A misericórdia de DEUS.
TERÇA 1Sm 15.22 Obedecer é melhor do que o sacrifício.
QUARTA SI 40.8 Deleito-me em fazer a tua vontade
QUINTA Mt 7.21 Devemos fazer a vontade de DEUS.
SEXTA At 5.29 Importa obedecer a DEUS do que aos homens.
SÁBADO Rm 5.20 A maravilhosa graça de DEUS
HINOS SUGERIDOS: 205, 253, 283
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore a DEUS por mais misericórdia e compaixão pelo próximo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JONAS
1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta
1.2. A mensagem do profeta
1.3. A resistência de Jonas ao chamado
2- A FUGA DO PROFETA
2.1. Jonas e o grande peixe
2.2. A segunda chamada de Jonas
2.3. O arrependimento em Nínive
3- JONAS PARA HOJE
3.1. O poder de DEUS
3.2. Arrependimento produz mudanças
3.3. Não fuja do seu chamado
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – JOVENS - 3º Trimestre de 2021
Título: Vigilância, justiça e o culto a DEUS — Um chamado para
a Igreja nos escritos dos profetas menores - Comentarista: Israel Trota
Lição 6: Jonas: DEUS ama quem você detesta
- Data: 08 de Agosto de 2021
TEXTO DO DIA
“E DEUS viu as obras deles, como se converteram do seu mau
caminho; e DEUS se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o
fez.” (Jn 3.10).
SÍNTESE
DEUS ama os pecadores mais desprezíveis, e está pronto a
perdoá-los desde que eles se arrependam de seus pecados.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 55.7 DEUS se compadece de quem se arrepende
TERÇA — Sl 86.5 DEUS é rico em perdão e abundante em benignidade
QUARTA — 1Rs 21.27-29 Até o mais indigno tem o direito de se
arrepender
QUINTA — Jr 31.3 A infinitude do amor de DEUS
SEXTA — Cl 3.12 A misericórdia deve se manifestar por meio de
nossas ações
SÁBADO — Lc 11.32 O exemplo dos ninivitas
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DEFENDER a historicidade do livro de Jonas;
ESCLARECER os motivos que levaram o profeta a desobedecer à
ordem de DEUS;
MOSTRAR como às vezes temos dificuldade de compreender o amor
de DEUS, principalmente quando este amor alcança àqueles a quem nós reprovamos.
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos o livro do profeta
Jonas, um judeu que levou a mensagem do Senhor aos assírios. É importante
ressaltar que este não é um livro de profecias padrão, pois o profeta não
atende a ordem divina de imediato, tenta fugir do seu chamado e acaba engolido
por um grande peixe. Contudo, por intermédio da mensagem desse profeta que
parece ter iniciado tão mal a sua jornada, aprendemos a respeito do imensurável
amor de DEUS. O livro de Jonas nos mostra a graça divina disponível a todos os
povos. Nós, como os ninivitas, também não merecíamos o perdão e a misericórdia
do Senhor, mas Ele nos amou e enviou seu Filho para morrer em nosso lugar.
Esteja atento a leitura e o estudo dessa lição, pois o livro de
Jonas é uma aula a respeito de como devemos lidar com as pessoas que provocam
em nós as piores sensações. Ele também nos mostra a diferença entre a bondade
divina e a justiça humana.
TEXTO BÍBLICO - Jonas 1.1-3.
1 — E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 — Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra
ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 — E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR
para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou,
pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis.
de diante da face do SENHOR.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O livro de Jonas tem uma mensagem singular em relação aos demais
profetas. Ele nos oferece a lição de que o amor de DEUS não estava circunscrito
apenas em Israel. O fato de DEUS ter escolhido Israel não significava que havia
desprezado as demais nações. Em Jonas contemplamos o imensurável amor de DEUS
capaz de se preocupar com o povo mais cruel daquela época: os Assírios. Além de
defender a universalidade da graça, o livro também aponta para a misericórdia
divina que concede novas oportunidades tanto para Jonas quanto para os
Assírios. Nossos pecados podem ser vis e execráveis, porém jamais serão maiores
do que o perdão e o amor de DEUS. Estas dádivas divinas estão disponíveis a
todos os seres humanos via arrependimento, até aqueles indivíduos que reputamos
como os mais desprezíveis deste mundo. DEUS ama a todos, inclusive àqueles a
quem abominamos.
I. JONAS
1. Sua vida. Jonas era filho de Amitai, de Gate-Hefer, da
tribo de Zebulom (Jn 1.1; 2Rs 14.25). Era um profeta galileu. A vila de
Gate-Hefer ficava a sete quilômetros da cidade de Nazaré. Os judeus na época de
JESUS (Natanael) estavam enganados quando questionaram que nenhum profeta havia
surgido de Nazaré (Jo 1.46). O livro de 2 Reis 14.25 circunscreve o ministério
de Jonas no século VIII a.C., no período de 793-753 a.C., na época do rei
Jeroboão II, rei de Israel. Ele profetizou a expansão geográfica e a
prosperidade política de Israel antes dos triunfos de Jeroboão II. DEUS
desejava o bem de Israel, o problema é que a prosperidade anunciada por Jonas
levou o povo a se distanciar de DEUS. Até então, Jonas estava acostumado a
entregar mensagens populares. O sucesso de sua profecia fomentou sua
popularidade em Israel. Ele ficou tão preocupado com sua reputação que teve
dificuldade para cumprir a missão que DEUS lhe confiou, uma vez que a ordem
divina colidia com os fortes sentimentos nacionalistas que caracterizavam os
principais círculos sociais de Israel. De modo semelhante, muitos jovens estão
preferindo desobedecer a DEUS para preservarem a reputação que possuem diante
dos seus círculos de amizades. Na vida cristã, a obediência está em primeiro
plano, não a reputação. CRISTO foi reputado por aflito, ferido de DEUS e
oprimido (Is 53.4), no entanto, enquanto os homens julgavam-no como ferido, na
verdade estava nos curando, pois pelas suas feridas nós fomos sarados (Is
53.5). A reputação dos homens é falha, mas a obediência a DEUS sempre será
louvável. Não troque a aprovação de DEUS pelas honras dos homens (At 5.29).
2. Um testemunho. Esse livro, ao contrário dos demais
profetas, é mais um relato histórico do que uma profecia. O livro não é uma
fábula, mas um testemunho verídico. O relato de Jonas não pode ser considerado
uma “história de pescador”. A narrativa de sua experiência é a base da mensagem
que DEUS oferece, não apenas a Assíria, mas também a Israel. Jonas é o único
profeta do Antigo Testamento cuja profecia não consiste no que disse, mas no
que viveu e testemunhou. Ele é o próprio autor do livro (Jn 1.1). Alguns chegam
a duvidar de sua autoria pelo fato de o livro ter sido escrito na terceira
pessoa. Alegam que o livro é uma biografia e não uma autobiografia, porém, era
comum ao escritor hebraico relatar a sua própria história dessa forma. É
provável que Jonas escolhesse escrever dessa forma como uma espécie de
exortação para si mesmo e para a nação de Israel. Sua história precisava ser
divulgada, pois havia muita gente em Israel que pensava semelhante a Jonas. As
nossas experiências com DEUS podem ser poderosas ferramentas de edificação, por
isto, devem ser compartilhadas com as pessoas.
3. A historicidade do livro. Jonas é o livro profético do
Antigo Testamento mais questionado pelos teólogos liberais. Infelizmente o
debate em torno desse livro tem obscurecido a sua beleza literária e
significação teológica. A história do livro não é fictícia ou parabólica. Não
podemos duvidar da historicidade de Jonas. Seu livro foi inspirado por DEUS e
sua história foi verídica. O nome de Jonas está vinculado a passagens
históricas (2Rs 14.25). Jonas é tão real e histórico quanto Jeroboão II. O
próprio CRISTO ratificou sua historicidade ao citá-lo como um profeta (Mt
12.38-40). Se negarmos a historicidade de Jonas questionaremos a veracidade das
palavras de JESUS. Se Jonas foi uma lenda, CRISTO faltou com a verdade ao
relatar a conversão dos ninivitas (Mt 12.41). JESUS confirmou os grandes
pilares históricos de Jonas: sua estadia dentro do peixe e a grande conversão
dos ninivitas. Assim como Jonas ficou três dias no ventre do grande peixe, o
Filho do homem ficaria um tempo similar no coração da terra. Existia uma
conexão real entre Jonas e JESUS, pois ambos serviram de sinal para suas gerações
(Lc 11.29,30). Ele foi o único profeta indicado por CRISTO como seu antítipo
para representara maior verdade bíblica: a ressurreição de JESUS dos mortos.
II. A EXPERIÊNCIA DO PROFETA
1. A ordem divina. Jonas recebeu uma ordem clara: “Levanta-te
e vai à grande cidade de Nínive” (Jn 1.2). A maldade (malícia) de Nínive
(capital da Assíria) era grande (Jn 1.2). A Assíria era uma espécie de Sodoma e
Gomorra reerguida naqueles dias. Era o epicentro mundial da violência, tortura,
feitiçaria, idolatria etc. O profeta Naum chama Nínive de “a cidade
sanguinária” (Na 3.1). A deusa Ishtar — da guerra e do sexo — era a principal
divindade adorada na Assíria. Violência e imoralidade eram as marcas
constitutivas daquele povo. Eles tinham o costume de decepar as mãos, orelhas e
narizes, vazar os olhos e esfolar vivos os seus inimigos. Até crianças eram
queimadas vivas. Eles desconheciam a palavra misericórdia. Jonas não desejava
que esse povo fosse perdoado, por isto, recusou cumprira missão. Somos hábeis
em condenar pessoas por crimes e atos vis, todavia, até o criminoso mais cruel,
por mais difícil que seja de entendermos, tem direito de experimentar o perdão
e o amor de DEUS (Lc 23.43). DEUS ama até quem nós detestamos (Rm 5.8; 1Tm
1.15).
2. A fuga e a tempestade. Jonas tentou fugir da face do Senhor
indo para uma direção oposta. Társis, uma colônia fenícia de mineração no
sudoeste da Espanha era o lugar mais longe que alguma embarcação poderia
levá-lo (Jr 10.9; Ez 27.12). Ele comprou a passagem e se escondeu dentro do navio.
O Todo-Poderoso interferiu enviando ao mar uma tempestade (Jn 1.4). Enquanto os
marinheiros estavam apavorados, Jonas permanecia apático, dormindo no porão do
navio. Seu sono não era apenas físico, mas também espiritual. Os marinheiros do
navio acreditaram que por detrás da tempestade existia uma causa espiritual e
resolveram lançar sortes para ver a origem do problema (Jn 1.7). Esta era uma
prática muito popular entre as nações no passado (Js 7.16; 15.1; Pv 16.33; At
1.26). A sorte caiu em Jonas (Jn 1.7) que foi lançado ao mar (Jn 1.12-15). O
livro de Jonas nos ensina que é melhor obedecer a DEUS do que desafiá-lo (Dt
27.10; 1Sm 15.22). Há muitas pessoas desafiando a DEUS com sua rebeldia e
obstinação. Caminhar na contramão da vontade divina é uma decisão perigosa
demais. Desobediência é a rejeição da vontade de DEUS. A Bíblia nos ensina a
viver em conformidade com a vontade de DEUS (Rm 12.2).
3. O arrependimento do profeta. Ao ser lançado no mar, DEUS
enviou um grande peixe para engolir Jonas (Jn 1.17). O peixe não foi um
dispositivo punitivo da parte de DEUS, mas um instrumento do seu livramento. O
grande peixe engoliu Jonas, não para devorá-lo, mas para protegê-lo. O milagre
não estava em Jonas ter sido engolido pelo grande peixe, mas em não ter sido
digerido por ele. Através do grande peixe DEUS preservou a vida do profeta.
Jonas tinha desistido de tudo, mas DEUS não tinha desistido dele. DEUS não
desiste de você até mesmo quando você desiste de si mesmo. O profeta ficou três
dias e três noites nas entranhas do peixe (Jn 1.17). No interior do peixe, orou
ao Senhor. Pela primeira vez no livro, recobrou a consciência espiritual e se
quebrantou diante de DEUS. A verdade é que Jonas esperava morrer envolto pelas
águas do mar, mas ao acordar vivo nas entranhas do peixe, percebeu o milagre.
Depois de caminhar nas trilhas da rebeldia e sofrer a disciplina, Jonas
encontrou alívio no caminho do arrependimento e da consagração. A oração de
Jonas consistia em duas partes: Agradecimento pelo livramento (Jn 2.2-6) e
renovação do compromisso profético (Jn 2.7-10).
III. A LIÇÃO DO LIVRO
1. A pregação de Jonas. Jonas foi novamente comissionado por
DEUS (Jn 3.1). O grande peixe vomitou-o no litoral palestino, provavelmente
próximo ao porto de Jope. Ele precisou se dirigir a Nínive realizando uma longa
viagem. Chegando lá, a mensagem proclamada por ele foi catastrófica. Pareceu
incondicional, pois Jonas não apresentou a possibilidade de salvação. Era uma
mensagem de juízo e calamidade. O profeta anunciou: “Ainda quarenta dias, e
Nínive será subvertida” (Jn 3.4). A palavra “subvertida” no original é a mesma
utilizada para retratar a destruição de Sodoma e Gomorra. O profeta tinha fogo
em suas palavras. A misericórdia pelos ninivitas não ardia em seu coração.
Embora tivesse sido alvo da misericórdia, se comportou como um instrumento de
juízo. Mas os ninivitas ficaram impactados com a pregação dele. A resposta dos
ouvintes foi imediata: Proclamaram um jejum, vestiram-se de panos de saco e se
humilharam (Jn 3.5,6). O arrependimento foi unânime. Eles não justificaram seus
erros, apenas clamaram pelo perdão divino. O arrependimento sincero é um ato de
graça que DEUS nos concede e esta atitude tem o poder de mudar completamente o
nosso destino. O arrependimento é uma via de restauração espiritual (Lc 15.7;
24.47; At 11.18).
2. O descontentamento do profeta. O arrependimento dos
ninivitas não agradou a Jonas. Ele ficou ressentido (Jn 4.1). No auge da
angústia revelou as causas que o levaram a fugir de sua missão. Ele temia pela
misericórdia divina (Sl 78.38; 86.5). Sabia que DEUS, em sua piedade, poderia
se sensibilizar com o arrependimento dos ninivitas e remover o juiz (Jn 4.2). O
desejo de DEUS não é punir imediatamente o pecador, por isso oferece
oportunidade para o arrependimento (Jr 36.3; 2Pe 3.9). Frustrado, Jonas desejou
morrer (Jn 4.3). Saiu da cidade e de longe ficou assistindo desgostosamente o
desfecho de Nínive, já prevendo a possibilidade da suspensão do juízo (Jn 4.5).
Neste ínterim, recebeu a lição da aboboreira (Jn 4.6-11). DEUS lhe mostrou que
ele tinha compaixão de uma planta que morreu, mas não se compadecia daquele
povo que morreria (Jn 4.11). DEUS o confrontou e expôs sua incoerência. A
misericórdia divina que experimentamos deve também ser compartilhada com todos
aqueles que dela carecem (Mt 6.12).
3. DEUS ama quem você detesta. A questão principal era que
Jonas abominava os ninivitas. Ele desejava, no seu íntimo, que eles fossem
condenados. Precisamos entender que DEUS não é um controle remoto ao alcance de
nossas mãos, que age de acordo com nossos comandos. Seus planos são perfeitos,
sua misericórdia é eterna e seus pensamentos são sempre melhores que os nossos,
para nós e para todos (Jó 11.8; Sl 40.5; Is 30.18; 55.8,9). Jonas agiu como um
típico hebreu de sua época. Seu preconceito contra os Assírios era resultado de
sua visão altamente nacionalista, e DEUS precisou trabalhar em sua visão para
mudar seu coração. Também possuímos valores e pensamentos contaminados pelo
espírito de nossa época. Precisamos que DEUS trabalhe em nós levando-nos à
libertação. Somos apressados em julgar o próximo e temos dificuldade de liberar
o perdão, inclusive a quem amamos. Imagine então a dificuldade que temos de
perdoar a quem reprovamos. Não somos tão diferentes de Jonas! Precisamos da
misericórdia divina sobre nossas vidas.
CONCLUSÃO
O livro terminou apresentando o imensurável amor de DEUS pelas
pessoas, independente da nacionalidade. Nenhum livro no Antigo Testamento
ensinou de maneira tão visível e categórica a misericórdia divina às outras
nações. Jonas aprendeu a lição? Acreditamos que sim. O ato de registrar a
história apresentando suas grosserias pessoais paralelamente à perfeição divina
indica o desejo de exortar seus compatriotas para que não cometessem os mesmos
erros praticados por ele.
ESTANTE DO PROFESSOR
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD,
2002.
HORA DA REVISÃO
1. Quem foi o profeta Jonas?
Foi um profeta galileu, da tribo de Zebulom que viveu no século
XIII, nos dias de Jeroboão II. Recebeu a missão de pregar para Nínive, capital
da Assíria.
2. Qual a grande diferença do livro de Jonas para os demais
livros proféticos do Antigo Testamento?
Jonas é o único profeta do Antigo Testamento cuja profecia não
consiste no que disse, mas no que viveu e testemunhou. Seu livro não contém
profecias, mas sim a experiência do profeta com DEUS.
3. Como podemos defender a historicidade do livro de Jonas?
Seu nome está vinculado a passagens históricas (2Rs 14.25). O
próprio CRISTO ratificou sua historicidade ao citá-lo como um profeta (Mt
12.38-40).
4. Por qual motivo Jonas desobedeceu a ordem divina?
Ele considerava os ninivitas desprezíveis e dignos da mais enérgica
condenação. Sabia que quando pregasse, caso os ninivitas se arrependessem, DEUS
poderia remover o juízo (Jn 4.2). Não queria vê-los salvos, mas sim destruídos.
5. O livro termina apresentando a insatisfação de Jonas. É
possível crer que ele tenha se arrependido?
Cremos que Jonas se arrependeu e no fim compreendeu a lição sobre o
amor de DEUS. O ato de registrar a história apresentando suas grosserias pessoais
paralelamente à perfeição divina indica o desejo de exortar seus compatriotas
para que não cometessem os mesmos erros praticados por ele.
SUBSÍDIO
“Jonas, a inimaginável graça e misericórdia de DEUS A história de
Jonas é uma das mais conhecidas histórias da Bíblia. O livro que narra esta
história é um manual missionário sobre o assunto do es copo universal (e não
individual) da salvação de DEUS.
Alguns chamam o livro de Jonas de ‘O Livro de Atos do Antigo
Testamento’, porque ele demonstra, vividamente que DEUS está disposto a ter
misericórdia de todos aqueles que o buscam com humildade e sinceridade. O
arrependimento do povo de Nínive adiou a destruição da sua cidade por,
aproximadamente, 150 anos (até 612 a.C.). O grande mérito do livro é o fato de
que ele comenta, de maneira objetiva, sobre o cenário humano, especialmente o
seu lado religioso, do ponto de vista divino. Aqui está o segredo da história
continuada do livro. O que faz com que ele dependa, em parte, do auto
entendimento e, em parte, do entendimento que temos do amor abrangente do DEUS
a quem servimos” (Profetas Menores: Livro de Estudo. Rio de Janeiro:
CPAD, 2016, p.113).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2012
Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações
para a santificação da Igreja de CRISTO
Comentarista: Esequias Soares
Lição 6: Jonas — A misericórdia divina
Data: 11 de Novembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“E DEUS viu as obras deles, como se converteram do seu mau
caminho; e DEUS se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o
fez” (Jn 3.10).
VERDADE PRÁTICA
O relato de Jonas ensina-nos o quanto DEUS ama e está pronto
a perdoar os que se arrependem.
HINOS SUGERIDOS - 396, 406, 414.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 85.10 Justiça e amor no Calvário
Terça - Jr 31.3 A grandeza do amor de DEUS
Quarta - Lm 3.22 As misericórdias de DEUS
Quinta - Mt 12.39,40 O profeta Jonas como figura de CRISTO
Sexta - Lc 11.32 O exemplo dos ninivitas
Sábado - Lc 15.28-30 A “justiça” do irmão do filho pródigo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jonas 1.1-3,15,17; 3.8-10; 4.1,2.
Jonas 1
1 - E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai,
dizendo:
2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra
ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 - E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR
para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou,
pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis,
de diante da face do SENHOR.
15 - E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da
sua fúria.
17 - Deparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que
tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do
peixe.
Jonas 3
8 - Mas os homens e os animais estarão cobertos de panos de
saco, e clamarão fortemente a DEUS, e se converterão, cada um do seu mau
caminho e da violência que há nas suas mãos.
9 - Quem sabe se voltará DEUS, e se arrependerá, e se apartará
do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?
10 - E DEUS viu as obras deles, como se converteram do seu mau
caminho; e DEUS se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.
Jonas 4
1 - Mas desgostou-se Jonas extremamente disso e ficou todo
ressentido.
2 - E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que
eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me preveni, fugindo para
Társis, pois sabia que és DEUS piedoso e misericordioso, longânimo e grande em
benignidade e que te arrependes do mal.
INTERAÇÃO
Nínive era absolutamente odiada pelos judeus. Como capital do
império assírio, ela representava a maldade, a crueldade, a impiedade e agudeza
de um império perverso. Mas o Altíssimo, cheio de graça e amor, volta seu olhar
para aquela cidade impenitente e decide enviar-lhe o profeta Jonas. O profeta,
sabedor de toda maldade praticada pelos ninivitas, resistiu ao chamado divino.
Entretanto, DEUS estava no controle e não demorou para que o profeta fosse até
Nínive levar a mensagem de salvação. Jonas aprendeu uma extraordinária lição a
respeito do grande amor e misericórdia de DEUS. Não podemos nos esquecer que a
mensagem da salvação é para toda a humanidade.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de
Jonas.
Conhecer o atributo da misericórdia divina.
Conscientizar-se da perenidade da misericórdia DEUS.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição,
reproduza o esquema abaixo. Explique para a turma que o livro de Jonas destaca
as duas principais chamadas de DEUS na vida do profeta. Na primeira, ele
desobedece e sofre as consequências. Na segunda, ele ouve ao Senhor e lhe
obedece.
A CHAMADA DE JONAS
Primeira chamada (1.1 — 2.10)
• 1.1,2
.............. Chamada de Jonas: “vai à Nínive”;
• v.3
.............. Desobediência de Jonas;
• vv.4-17
.............. Consequências da desobediência de Jonas: para os outros (4-11);
para si mesmo (12-17);
• 2.1-9
.............. A oração de Jonas no meio da calamidade;
• v.10
.............. O livramento de Jonas.
Segunda chamada (3.1 — 4.11)
• 3.1,2
.............. A chamada de Jonas: “vai à Nínive”;
• vv.3,4
.............. A missão obediente de Jonas;
• vv.5-10
.............. Resultados da obediência de Jonas: os ninivitas se arrependem
(vv.5-9); os ninivitas poupados do juízo divino (v.10);
• 4.1-3
.............. A queixa de Jonas;
• vv.4-11
.............. A repreensão e a lição de Jonas.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra-Chave
Misericórdia: Sentimento de solidariedade com relação a alguém
que sofre uma tragédia; compaixão, piedade.
A história de Jonas, que fascina crianças e adultos, é mais
conhecida por narrar a experiência do profeta no ventre do grande peixe. No
entanto, esse acontecimento não deve ofuscar o milagre maior: a conversão de
uma cidade pagã. Os dois milagres foram mencionados pelo Senhor JESUS e
continuam a impressionar ao longo da história.
I. O LIVRO DE JONAS
1. Contexto histórico. Salta aos olhos de qualquer leitor que
Jonas é da época do império assírio, cuja capital era Nínive. O nome do rei
ninivita impactado com a pregação de Jonas, segundo se diz, é Adade-Nirari III,
falecido em 783 a.C. Nessa época, Jeroboão II, filho de Joás, reinava em
Samaria, sobre as dez tribos do Norte.
2. Vida pessoal. Jonas se apresenta apenas como filho de
Amitai (1.1). Ele é mencionado em outras narrativas bíblicas e, por essa razão,
sabe-se que era profeta do Reino do Norte, natural de Gate-Hefer, tendo vivido
na época de Jeroboão II (2 Rs 14.23-25). Gate-Hefer localizava-se na terra de
Zebulom (Js 19.13), nas proximidades de Nazaré da Galileia.
Jonas, que deveria ir para Nínive clamar contra esta cidade,
desobedeceu à ordem divina, procurando fugir para Társis. É o único profeta
bíblico, do qual se tem notícia, que tentou resistir ao Senhor. Ele seguiu em
direção oposta. Társis, segundo Heródoto, é a mesma Tartessos, na orla
ocidental do Mediterrâneo, a sudoeste da Espanha, ideia aceita pela maioria dos
pesquisadores bíblicos. Será que Jonas não conhecia a onipresença de DEUS? (Sl
139.7-10)
3. Estrutura e mensagem. O livro contém 48 versículos
distribuídos em quatro breves capítulos. Apesar de começar com estrutura
profética (1.1), a mensagem é apresentada em estilo biográfico. Não deixa,
contudo, de ser uma profecia da história de Israel, ao mesmo tempo em que
anunciam o ministério, a ressurreição e a obra missionária de CRISTO (Mt
12.39-41; 16.4). O tema principal do livro é a infinita misericórdia de DEUS e
a sua soberania sobre todas as nações.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O tema principal do livro de Jonas é a inefável misericórdia de
DEUS e a sua soberania sobre as nações.
II. O GRANDE PEIXE
1. Baleia ou grande peixe? Na Bíblia Hebraica e na
Septuaginta, o versículo 17 é deslocado para o capítulo seguinte (2.1). A
língua hebraica não dispõe de termo técnico para “baleia”. Essa palavra é usada
como resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos. As
Escrituras Hebraicas empregam dag gadol, “grande peixe”, uma vez
(1.17;2.1), e simplesmente dag, “peixe”, três vezes (1.17; 2.1,10). A
Septuaginta traduz ketei megalo por “grande monstro marinho”,
e ketos por “monstro marinho”, a mesma palavra usada no Novo
Testamento grego (Mt 12.40).
2. Interpretação. Não há indício algum no texto para que ele
possa ser interpretado como alegoria, ficção didática, mito, lenda etc.
Rejeitamos todas essas linhas de pensamento, pois o oráculo foi entregue a
Jonas no mesmo estilo dos outros profetas (1.1; Jr 33.1; Zc 1.1). Além disso, o
Senhor JESUS CRISTO, a maior autoridade no céu e na terra, interpretou o livro
como histórico, assim como históricos foram o ministério e a ressurreição do
Mestre. O Novo Testamento é a palavra final, e isso encerra qualquer questão
(Mt 12.39-41; 16.4).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Em relação ao texto de Jonas que fala sobre o “grande peixe”, não
há indício algum para uma interpretação alegórica, mitológica ou lendária.
III. A MISERICÓRDIA DIVINA
1. A conversão dos ninivitas (3.8,9). O curto relato do livro
de Jonas serve como prenúncio da graça salvadora para todas as nações (Tt
2.11). Os ninivitas foram salvos pela graça, pois “creram em DEUS” (3.5) e “se
converteram do seu mau caminho” (3.10). As obras foram consequência da sua fé
no DEUS de Israel.
2. O “arrependimento” de DEUS. O arrependimento humano é
mudança de mente e de coração, de pior para melhor. Quando a Bíblia fala que
“DEUS se arrependeu” (3.10), parece confundir-nos um pouco, pois DEUS é
perfeito e imutável, não pode mudar, nem alterar a sua mente (Ml 3.6). A
explicação para uma declaração como essa é a linguagem antropopática, um modo
de falar em termos humanos, ou se trata de uma questão de ordem exegética, que
é o nosso caso aqui. Quem mudou, na verdade, foi o povo, e nesse caso o perdão
é parte do plano divino (Jr 18.7,8).
3. Explicação exegética. O texto sagrado declara que “DEUS viu
as obras deles, como se converteram do seu mau caminho” (3.10a). O verbo
hebraico aqui é shuv, literalmente: “voltar-se, retornar”, frequentemente
usado para indicar o arrependimento humano. A respeito do “arrependimento” de
DEUS, que vem na sequência (3.10b), o verbo é outro, nanam, “ter pena,
arrepender-se, lamentar, consolar, ser consolado” (Gn 6.6; 1 Sm 15.11; Jr
8.18). Essas nuanças linguísticas podem ser confirmadas por qualquer pessoa,
ainda que não conheça uma única letra do alfabeto dessas línguas, com o
auxílio, por exemplo, da Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e
Grego (CPAD)
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A misericórdia divina alcançou os ninivitas segundo a graça do DEUS
Altíssimo
IV. A JUSTIÇA HUMANA
1. Descontentamento de Jonas (4.1). Jonas foi bem-sucedido em
sua missão. Qualquer profeta de Israel, ou mesmo algum pregador de hoje, sem
dúvida alguma ficaria satisfeito com o resultado do trabalho. A Bíblia não
revela a razão do descontentamento de Jonas, senão o que o ele mesmo afirma, ao
dizer que sabia que DEUS é “piedoso e misericordioso, longânimo e grande em
benignidade e que te arrependes [niham] do mal” (4.2b).
2. Jonas esperava vingança? O império assírio foi um dos mais
cruéis da história e tinha domínio sobre todo o Oriente Médio. Será que Jonas
esperava uma vingança como retaliação por terem os assírios massacrado o seu
povo? O certo é que, ainda hoje, há crentes que se incomodam com o retorno à
Igreja dos que se acham afastados do rebanho. Quem não se lembra do irmão mais
velho do filho pródigo? (Lc 15.25-32). Às vezes, a bondade divina incomoda
alguns (Mt 20.15).
3. Compreendendo a misericórdia divina. A misericórdia divina
é um dos atributos que revela a natureza de DEUS (Êx 34.6; Jr 31.3). O Senhor
poupou Nínive da destruição, prorrogou a sua ruína, e perdoou os seus
moradores. O próprio Jonas, na qualidade de desertor, também foi alvo da infinita
bondade de DEUS.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A justiça humana é rápida para julgar, mas a divina é longânimo em
perdoar.
CONCLUSÃO
Jonas transmite-nos uma importante lição prática. O relato em si
mostra a diferença abissal entre a bondade divina e a justiça humana. Aos
ninivitas DEUS falou por intermédio de Jonas. Hoje, Ele fala através de JESUS,
que continua a salvar, a curar e a batizar com o ESPÍRITO SANTO (Jo 14.16; At
4.12). Ele mesmo disse: “E eis que está aqui quem é maior do que Jonas” (Mt 12.41
- ARA). O Mestre operou sinais, prodígios e maravilhas como nenhum outro antes
ou depois dele, e deu oportunidade de salvação a todos (At 10.38). Mesmo assim,
foi rejeitado pela sua geração (Jo 1.11). Por isso, lançou em rosto a
incredulidade dos seus contemporâneos e elogiou a fé dos ninivitas por haverem
ouvido a pregação do profeta e arrependido de seus pecados.
VOCABULÁRIO
Antropopatismo: [Do gr. antropos, homem; do
gr. pathos, sentimentos] Atribuição de sentimentos humanos a DEUS.
Figurativamente, encontramos várias expressões como esta: a ira de DEUS, o
arrependimento de DEUS etc. Tais expressões foram usadas para que o ser humano
viesse a entender a ação divina na história sagrada. É uma forma de os autores
sagrados dizerem que o Criador do Universo não é indiferente ao que acontece
neste mundo; Ele age e reage de acordo com a sua justiça e santidade. DEUS não
é um ser destituído de sentimentos. Só que, nEle, todos os sentimentos são
infinitamente perfeitos.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed.,
RJ: CPAD. 2009.
SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na
Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
1. Qual o tema do livro de Jonas?
R. O tema do livro é a infinita misericórdia de DEUS e a sua
soberania sobre todas as nações.
2. De onde veio a palavra “baleia” do relato de Jonas?
R. Do resultado de uma interpretação tradicional que
atravessou séculos.
3. Qual a explicação quando a Bíblia afirma que “DEUS se
arrependeu”?
R. A explicação para uma declaração como essa é a linguagem
antropopática, um modo de falar em termos humanos.
4. O que o atributo da misericórdia divina revela?
R. Revela a natureza de DEUS.
5. Qual a razão do descontentamento de Jonas segundo ele
próprio?
R. Que DEUS é “piedoso e misericordioso, longânimo e grande em
benignidade e que te arrependes do mal”.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“Jonas
O livro de Jonas é diferente dos outros livros dos Profetas
Menores. Trata-se de uma narrativa bibliográfica das experiências do profeta, e
não de uma coletânea de mensagens proféticas. O tema prioritário do livro é a
graça soberana de DEUS pelos pecadores, ilustrada na sua decisão de reter o
julgamento sobre os culpados, mas arrependidos ninivitas. Há também uma lição
teológica importante a ser aprendida observando as respostas de Jonas a DEUS. O
retrato do autor de Jonas é altamente depreciativo. Os padrões duplos de Jonas
fizeram com que as suas ações lhe contradissessem os credos de tom espiritual.
Pelo exemplo negativo de Jonas, o leitor aprende a não resistir à vontade e
decisões soberanas de DEUS” (ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo
Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009, p.467).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Jonas: A Misericórdia divina
Jonas é, com certeza, um profeta bem diferente dos demais
chamados de “menores”. Ele teve um chamado missionário, e fez o que foi
possível para se eximir dessa vocação divina. Não é demais chamá-lo de egoísta
(ele pensou em si mesmo, e não na nação a qual DEUS o mandara ir), vingativo
(ele desejava que os ninivitas fossem exterminados por DEUS, por causa dos seus
pecados e das atrocidades que cometeram) e orgulhoso (o senso nacionalista de
Jonas era muito forte, fazendo-o crer que ele estava acima.
O pensamento de Jonas tinha alguma lógica. Ele não nutria bons
sentimentos para com os assírios, pois estes eram pessoas muito más, e
manifestavam sua maldade com os povos dominados, chegando a empalar os homens e
abrir o ventre de mulheres grávidas vivas! A lógica de Jonas era, por assim
dizer, baseada naquilo que DEUS disse: “Vou destruir Nínive se a cidade não se
arrepender”. Se Jonas não vai lá pregar, a cidade não vai se arrepender e DEUS
a destruirá. Mas DEUS não pensava assim. Ele desejava que Jonas fosse cumprir
sua missão.
Jonas é uma mostra do povo judeu do seu tempo. Um povo que desejava
ver o julgamento de DEUS contra seus inimigos. Um povo que deseja ser conhecido
pelo nome de DEUS, mas que foge da vontade desse DEUS quando ela é manifesta.
Fala também de um povo que precisava aprender que as nações podem ser perdoadas
por DEUS, e que Ele se importa com o bem-estar das nações, e não apenas de
Israel.
A relação da Assíria com Israel não era das melhores. Israel pagava
tributos à Assíria até que Jeroboão II rebelou-se. Nos dias de Jeroboão II,
Israel começou a experimentar segurança como nação, e a Assíria, o declínio.
A visita de Jonas a Nínive deve ter ocorrido em 765 a.C.
Não raro, costumamos reprovar a atitude de Jonas quanto à ordem de
DEUS. Mas quantas vezes não nos identificamos com Jonas e sua rebeldia quando
somos desafiados por DEUS a obedecê-lo, e não o fazemos? Jonas é, portanto, um
espelho para cada cristão: não precisamos aguardar que DEUS aja de forma
extrema conosco, como agiu com Jonas quando o conduziu a Nínive na barriga de
um grande peixe, para que possamos obedecer a Sua vontade, qualquer que seja o
mandado de DEUS para nossas vidas.
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JONAS
Filho de Amitai, de Gate-Hefer em Zebulom, que profetizou a
restauração das fronteiras de Israel, o que foi cumprido por Jeroboão 11
(782-753 a.C.; 2 Rs 14.25),
e herói do livro que traz o seu nome (1.1). Como Jonas provavelmente falou
palavras relativas a Jeroboão em aprox. 790 a.C., durante a co-regência desse
último com seu pai Jeoás, é quase certo que Jonas tenha conhecido Eliseu
(falecido em 797 a.C.) e pode ter sido um dos “filhos dos profetas” treinados
por ele (cf. 2 Rs 6.1-7).
Estudiosos mais liberais negam que os eventos de Jonas tenham
realmente acontecido, e que ele tenha escrito esse livro. Eles alegam que a
história foi inventada por um escritor anônimo do século IV a.C., pois no
início Jonas tinha um espírito exclusivamente nacionalista, muito comum entre
os judeus do período pós-exílico; portanto, ele servia como um exemplo muito
conveniente.
De acordo com o livro de Jonas, o Senhor ordenou que ele fosse a
Nínive e clamasse “contra ela". Entretanto, o profeta foi para Jope onde
embarcou em um navio que ia para Társis, que era talvez a Córsega ou parte da
Espanha; estas cidades estavam a oeste de Israel, enquanto Nínive estava no
extremo leste. Quando o Senhor enviou uma grande tempestade que ameaçava o
navio, o capitão encontrou Jonas adormecido e ordenou-lhe que invocasse o seu
DEUS na esperança de que todos pudessem ser poupados. Ao lançarem sortes, Jonas
foi declarado culpado daquela calamidade; ele mesmo mandou que os homens o
lançassem ao mar, pois era o responsável pela tempestade. O Senhor havia
preparado “um grande peixe, para que tragasse a Jonas”, para dessa forma
salvá-lo. Ele permaneceu no ventre daquele grande peixe durante três dias e
três noites. Depois que Jonas orou um salmo de ação de graças, o peixe o vomitou
numa praia, provavelmente muito distante na costa da Síria. DEUS novamente
ordenou que ele fosse a Nínive. Dessa vez. Jonas obedeceu e ali pregou: “Ainda
quarenta dias, e Nínive será subvertida!” Como o povo se arrependeu e o rei
proclamou um jejum, DEUS suspendeu a calamidade; mas Jonas ficou muito zangado.
Nesse ponto o motivo de Jonas ter saído da cidade foi revelado, isto é, ciúmes
ou antipatia em relação ao povo pagão que era inimigo de seu próprio país. Ele
disse que sabendo que DEUS era bondoso, Ele desistiria do castigo sobre Nínive
se as pessoas se arrependessem, e pediu ao Senhor que tirasse a sua vida. DEUS
fez crescer uma planta que deu sombra à sua cabeça enquanto observava a cidade
à distância, No dia seguinte, DEUS rapidamente destruiu a planta, de forma que
Jonas ficou zangado novamente e mais uma vez pediu para morrer. Usando como
exemplo a piedade de Jonas para com a planta, pela qual ele não era responsável
(em contraste com a sua completa falta de piedade para com as pessoas a quem
havia sido designado para ajudar), o Senhor lhe ensinou que era moralmente
correto que Ele tivesse piedade do povo de Nínive.
A história de Jonas termina abruptamente e não existe mais nenhum
registro no AT a seu respeito. Podemos assumir que ele aprendeu a lição, pois a
sua história foi escrita. O Senhor JESUS CRISTO referiu-se aos três dias de
permanência de Jonas no ventre do peixe, e também ao arrependimento de Nínive (Mt 12.39-41; 16.4; Lc 11.29-32).
W.A.A.
LIVRO DE JONAS
Colocado em quinto lugar entre os escritos dos doze Profetas
Menores, o livro de Jonas é, talvez, o mais conhecido de todos. Ele é, ao mesmo
tempo, o mais apreciado e o mais controvertido.
História
O principal problema da crítica desse livro é a sua historicidade.
De forma quase unânime ele é proclamado pelos conservadores e negado pelos
liberais, e é da solução desse problema que depende a maioria dos outros
problemas desse livro. O fato é que o estilo e a linguagem usados fornecem
todas as provas de uma narrativa histórica e tanto os judeus (cf. Tobias
14.4ss.; Jos Ant. ix.10.1) como os cristãos compreenderam esse sentido
recentemente. A identificação de Jonas com o profeta histórico (2 Rs 14.25;
veja Jonas) serve como outra indicação, assim como o testemunho de JESUS CRISTO
(Mt 12.38-41; 16.4; Lc 11.29-32).
A história dos três dias e três noites de Jonas no ventre do grande peixe, e o
arrependimento de Nínive, eram fatos aceitos não só por JESUS, que a eles
referiu-se, mas também pelos escribas e fariseus com quem Ele o mencionou como
sendo um sinal.
A alegação de que JESUS estava sendo complacente com a ignorância
histórica de sua audiência não é muito convincente, pois isso resultaria no
argumento cíclico que diria que JESUS não poderia estar certificando sua
historicidade se este não tivesse sido um fato histórico. Além disso, deve-se
ignorar o fato de que um “sinal” de ficção provavelmente nunca seria oferecido
por JESUS como resposta suficiente aos escribas e fariseus que exigiam dele
esse sinal. Entretanto, essa historicidade foi contestada pelos liberais, que
se basearam nos elementos miraculosos, nas declarações sobre Nínive, na
linguagem, na forma, e no aspecto político.
Embora esse livro tenha sido rejeitado como mitológico, simbólico
ou fictício, seu caráter alegórico e parabólico tem sido sugerido muitas vezes
pelos não historicistas. De acordo com a interpretação alegórica, toda
característica tem um elemento correspondente na experiência de Israel. Jonas
representa a nação, sua fuga representa a negação de sua missão junto aos
povos, o navio no mar é o navio da intriga diplomática no mar do mundo, os
marinheiros são os gentios, a tempestade é a transferência do poder da Assíria
para a Babilônia, o peixe é o exílio e o vômito de seu corpo é o seu retomo.
Muitos liberais acreditam que uma interpretação alegórica “depende
demasiadamente das fantasias da imaginação do intérprete”, e por esta razão têm
afirmado que se trata de uma simples parábola, com uma analogia mais geral, do
que um paralelismo preciso.
Autoria
Aqueles que reconhecem a historicidade desse livro geralmente
aceitam que Jonas foi o autor de sua própria história. Embora todo o livro,
exceto o salmo (2.2-9) tenha sido escrito na terceira pessoa, isso pode apenas
significar que, caso o próprio Jonas não seja o autor, uma outra pessoa (até mesmo
um amanuense) o encomendou, porém os fatos realmente vieram de Jonas. Também é
possível que este fosse um artifício literário usado por Jonas, característico
da narrativa histórica (Moisés sempre usava a terceira pessoa quanto fazia
referências a si mesmo em Êxodo e Deuteronômio). O salmo pode ter sido uma
unidade literária do poeta, no qual a primeira pessoa foi conservada por causa
de sua especial natureza pessoal. Entretanto, muitos liberais acreditam que o
salmo tenha vindo de uma pena completamente diferente da do autor anônimo. O
suposto autor sugerido é um escritor do século IV a.C. que teria simplesmente
usado uma figura histórica anterior como um pretexto sobre o qual poderia
apoiar a sua imaginação.
Data
Parece que a aceitação da historicidade de Jonas exige que se date
os eventos do livro durante o reinado de Jeroboão II (782-753 a.C.). É provável
que esse livro tenha sido escrito antes de 745 a.C., quando os assírios, sob
Tiglate-Pileser III, recuperaram o domínio sobre o Oriente Próximo. R Dick
Wilson, G. L. Archer (SOTI, pp. 300ss.) e outros mostraram que certas palavras
pouco comuns e prováveis aramaísmos não provam uma data posterior ao exílio.
Entretanto, os não historicistas entendem que a maior parte dos escritos seja
do final do século IV a.C., e que o salmo tenha sido acrescentado no século II
a.C. Aqueles que negam a historicidade desta obra nunca atribuem o livro a uma
data anterior ao exílio, enquanto aqueles que a aceitam não encontram razões
para colocá-lo como uma obra posterior.
Estrutura e Estilo
Ao contrário dos demais Profetas Menores, esse livro apresenta uma
narrativa inteiramente histórica, e não uma coletânea de oráculos proféticos.
Na verdade, a única afirmação profética no livro é: “Ainda quarenta dias, e
Nínive será subvertida” (3.45). Somente o fato de Jonas ser reconhecido como um
verdadeiro profeta pode explicar sua inclusão no canônico Livro dos Doze, Sua
narrativa é vivida, mas não complicada, e a ação se desenrola sem descrições
desnecessárias. A estrutura é extremamente simples, com quatro capítulos onde
cada um contém uma unidade distinta de pensamento. A única complicação dessa
estrutura de quatro capítulos é o fato de que a passagem em 1.17 do texto
inglês corresponde a 2.1 do texto hebraico.
Ocasião e Propósito
Durante o período do renascimento nacional, Israel precisava saber
qual seria a atitude de DEUS em relação aos outros. Embora a evangelização
estrangeira não fosse a principal missão de Israel como povo escolhido (Veja
Freeman, An Introductian to the Old Testament Propkets, p. 163), eles
precisavam aprender que o Senhor ainda amava as outras nações, e desejava
trazer a elas a salvação através (ou, pelo menos, por cansa) do seu povo
escolhido. Obviamente, esse livro estava dirigido ao Reino do Norte de Israel
e, nesse sentido, assume o seu lugar junto com Oséias e Amós.
Esboço
I. A Recusa a Obedecer a Ordem de DEUS, ou a Luta contra a Vontade
de DEUS, 1.1-16 A. Fuga por mar, 1.1-6
Quando o Senhor lhe ordenou que pregasse contra a iníqua Nínive,
Jonas tomou um navio para Társis a fim de fugir da presença de DEUS, e depois
teve que enfrentar sua ameaça contra todos aqueles que estavam a bordo.
B. Lançado ao mar, 1.7-16
Reconhecendo a divina vingança por causa da fuga de Jonas, os
marinheiros procuraram escapar da tempestade e, em seguida, lançaram Jonas ao
mar.
II. Submetendo-se à Vontade de DEUS, 1.17-2.10
A. Arrependimento, 1.17—2.1
Quando Jonas foi engolido por um peixe divinamente preparado, ele orou a DEUS.
B. Oração, 2.2-9
“Na minha angústia, clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre
do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz... e te oferecerei sacrifício com a
voz do agradecimento”.
C. Libertação, 2:10
O Senhor fez com que o peixe vomitasse Jonas.
III. Fazendo a Vontade de DEUS,
3.1-10
A. Uma profecia eficaz, 3.1-5
Obedecendo à segunda ordem de DEUS para ir a Nínive, Jonas profetizou sua
destruição e as pessoas creram em DEUS.
B. Um arrependimento eficaz,
3.6-10
O rei se arrependeu e decretou: “Todo homem deve se arrepender”;
assim DEUS não enviou o castigo que planejara.
IV. O Egoísmo em Relação às Bênçãos de
DEUS, ou Entendendo a Vontade de DEUS, 4.1-11
A. Objeção de Jonas à compaixão
de DEUS, 4.1-5
Irado, Jonas orou: “Sabia que és DEUS piedoso”; mas DEUS o censurou
e ele aguardou do lado de fora da cidade,
B. A ilustração de DEUS sobre a
necessidade de compaixão, 4.6-11
O Senhor preparou uma planta para dar sombra a Jonas, e depois a
destruiu. Em seguida, o Senhor, em outras palavras, fez a seguinte pergunta a
Jonas: Como você pode ter compaixão de uma árvore e negar a minha piedade ao
povo de Nínive?”
A Questão do Milagre
O milagre tem sido considerado muitas vezes como o maior problema.
Os estudiosos teologicamente conservadores têm cometido o erro muito frequente
de estarem demasiadamente preocupados em provar, através de paralelos
históricos, que o peixe engoliu Jonas. Embora a sobrevivência a tal experiência
esteja bem documentada em relação ao peixe, ela é desnecessária, pois 1.17 deixa
claro que o Senhor preparou “um grande peixe”.
Também existem milagres no arrependimento de Nínive e na planta.
Todos eles estão envolvidos em um complexo de milagres. A confiabilidade de
qualquer milagre depende da habilidade de DEUS em realizá-lo, e não do homem ao
explicá-lo. Jonas profetizou próximo à época de Eliseu e Elias no Reino do
Norte, cujos contatos com a Fenícia (1 Rs 17.9-24) e a Síria (2 Rs 5) eram, da
mesma forma, acompanhados por milagres.
A Questão do Salmo
O salmo (2.2-9) projeta-se no decorrer da prosa do livro e
apresenta não só um problema literário como também um problema lógico. Embora
muitos comentaristas tenham citado uma variedade de salmos individuais que
poderiam ter sido citados, suas palavras não se coadunam suficientemente bem
para levar à conclusão de que fossem citações específicas. Muitos salmos,
provavelmente, estavam na mente de Jonas e podiam ser livremente enunciados a
fim de se ajustar àquela situação particular, e de maneira a expressar
apropriadamente as suas emoções. Novamente, os não historicistas atribuem essa
porção a um autor do segundo século a.C., que teria vindo até mais tarde que o
anônimo autor da narrativa.
Mesmo quando entendido como uma composição de Jonas, e formando uma
unidade com o restante do livro, O problema continua existindo. Será que Jonas
estava agradecendo a DEUS por tê-lo livrado do mar através de um peixe? Será
que um homem poderia orar de maneira tão eloquente no meio de uma experiência
tão traumática? Talvez Jonas orasse do peixe, agradecendo a DEUS por tê-lo
salvado do mar e, com base nessa salvação inicial, ele estivesse contemplando a
sua conclusão. Além disso, o salmo encontrado no texto pode representar, em
geral, os seus pensamentos naquele momento, e teve o seu estilo poeticamente
aperfeiçoado mais tarde depois de alguma reflexão.
As Questões de Nínive
Se esta história tiver sido a criação de um escritor do quarto
século, ele foi tolamente descuidado ao elaborar as suas referências a Nínive,
porque deixou que muitos pontos ficassem expostos e sujeitos a críticas. Alguns
alegam que a cidade nunca teve um “rei” (3.6); que Nínive nunca foi tão grande
para que uma pessoa levasse três dias para atravessá-la a pé (3.3); e Jonas
nunca poderia ter falado sua própria língua ao pregar, porque não seria
razoável que uma cidade se arrependesse tão facilmente, e porque não existe
nenhum registro secular desse fato. Além disso, o tamanho da cidade é
mencionado no tempo passado (3.3).
O termo “rei de Nínive” (3.6) é uma metonímia com um adequado
precedente no AT; por exemplo, havia reis em cidades como Samaria (2 Rs 21.1),
Damasco (2 Cr 24.23), Salém (Gn 14.18) e Sião (Jr 8.19). Além disso, como
Nínive ainda não era a capital da Assíria, o autor pode ter usado a palavra
melek (“rei”) como uma transliteração da palavra acádia, malku, que significa
“governador”.
O tamanho da cidade poderia se referir ao seu perímetro, assim como
ao seu diâmetro; a área metropolitana da cidade poderia incluir as cidades vizinhas
imediatamente próximas (por exemplo, Calá, Reobote-Ir e Resém de Gênesis10.11),
ou a “viagem” poderia ter sido uma caminhada quando pregou sua mensagem nos
domínios da cidade. O aramaico já estava se tornando uma língua comercial
bastante difundida (cf. 2 Rs 18.26), o que Jonas provavelmente já sabia e
da qual já teria suficiente conhecimento para transmitir sua mensagem a Nínive.
A questão deveria estar centralizada naquilo que DEUS podia fazer, ao invés
daquilo que o profeta não podia fazer.
As severas pragas de 765 e 759, e o eclipse total de 763 a.C.,
poderiam ter sido usados por DEUS para alertar o povo sobre as necessidades que
tinham; e quando combinados com o trabalho do ESPÍRITO de DEUS, através de seu
profeta, certamente haveria razão suficiente para o grande arrependimento que
foi registrado. O fato desse arrependimento nacional não ter sido encontrado
nos anais sírios existentes é um argumento a favor do silêncio. Muitos outros
eventos e povos conhecidos através da Bíblia têm sido confirmados apenas recentemente
através das modernas descobertas arqueológicas. Não é de admirar que esse
arrependimento obviamente não tenha durado e isso fornece uma razão a mais para
os assírios não o terem mencionado em seus registros oficiais. O modo passado
do verbo relativo às necessidades de Nínive significa apenas que os eventos que
ali tiveram lugar estavam no passado quando o registro foi escrito.
Importância
Poucos livros do AT têm uma aplicação tão óbvia na igreja
contemporânea. Eles podem ser usados para ajudar os cristãos a superar a
barreira de sua estranheza quanto à missão evangelística, à medida que são
informados e assegurados do amor de DEUS pelo mundo e do seu desejo de usar os
salvos para alcançar todos os que se encontram perdidos. Mas o livro de Jonas não
ensina a simples disposição de ir a um país estrangeiro como missionário em
busca da recompensa pela obediência. Na verdade, essa é uma das deficiências
que o livro procura corrigir. Não basta obedecer a uma ordem; devemos sentir
simpatia por ela. A evangelização é uma obra que é realizada em benefício dos
perdidos, e não do evangelista. Devemos obedecer a DEUS - mas pelas verdadeiras
razões. A finalidade das missões é o reconhecimento da vontade de DEUS - e
obediência e aceitação.
Dicionário Bíblico Wycliffe
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Lição na íntegra como na Revista 2023
Escrita Lição 6 Betel, Jonas, um alerta para cumprir o chamado de
DEUS, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
EBD –3° Trimestre de 2023 | BETEL
TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO
TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a
DEUS. Anunciando a esperança da salvação através do Messias.
TEXTO ÁUREO
E disse: Na minha angústia, clamei ao Senhor, , e ele me
respondeu.” Jonas 2.2ª
VERDADE APLICADA
Mesmo que pareça absurdo ou diferente do que pensamos, devemos ser
obedientes ao chamado divino.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Jonas
Estudar acerca da fuga do profeta Jonas
Extrair lições do livro de Jonas para os nossos dias
TEXTOS DE REFERÊNCIA – JONAS 1
1 E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua
malícia subiu até mim.
3 E Jonas se levantou para fugir de diante da face do Senhor para Társis; e,
descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem
e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do
Senhor.
8 Então lhe disseram: Declara-nos tu, agora, por que razão nos sobreveio este
mal. Que ocupação é a tua? E donde vens? Qual é a tua terra? E de que povo és
tu?
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Êx 33.19 A misericórdia de DEUS.
TERÇA 1Sm 15.22 Obedecer é melhor do que o sacrifício.
QUARTA SI 40.8 Deleito-me em fazer a tua vontade
QUINTA Mt 7.21 Devemos fazer a vontade de DEUS.
SEXTA At 5.29 Importa obedecer a DEUS do que aos homens.
SÁBADO Rm 5.20 A maravilhosa graça de DEUS
HINOS SUGERIDOS: 205, 253, 283
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore a DEUS por mais misericórdia e compaixão pelo próximo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JONAS
1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta
1.2. A mensagem do profeta
1.3. A resistência de Jonas ao chamado
2- A FUGA DO PROFETA
2.1. Jonas e o grande peixe
2.2. A segunda chamada de Jonas
2.3. O arrependimento em Nínive
3- JONAS PARA HOJE
3.1. O poder de DEUS
3.2. Arrependimento produz mudanças
3.3. Não fuja do seu chamado
INTRODUÇÃO
O profeta Jonas fugiu do chamado de DEUS para pregar aos ninivitas,
achando ser possível tal coisa, pois em seu coração achava que aquele povo não
merecia ser poupado do castigo divino, caso viessem a se arrepender.
PONTO DE PARTIDA
Devemos ser obedientes ao chamado divino.
1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JONAS
Nínive era capital do reino da Assíria na antiga Mesopotâmia,
atualmente ela encontra-se no norte do Iraque. Era uma cidade de muitas
imoralidades e exploração de pessoas com o trabalho escravo, além do estilo de
vida violento, cruel e desumano [Na 3.1]. Nesse cenário, onde todo o tipo de
barbaridade imperava, somado ao forte antagonismo entre Nínive e Jerusalém,
DEUS envia o profeta Jonas como Seu mensageiro para anunciar o julgamento divino
contra aquele povo.
1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta
O nome Jonas significa “pomba”. Isso pode ser uma analogia de sua
missão como mensageiro, da mesma forma como esse animal era usado em épocas
remotas para levar mensagens entre pessoas em terras distantes. Jonas era filho
de Amitai [Jn 1.1 ] e natural de uma pequena vila de Gade-Hefer [2Rs 14.25], no
distrito de Zebulom. Essa área era conhecida pela pluralidade de povos e suas
diversidades culturais e religiosas. Segundo alguns estudiosos, estar
familiarizado com costumes pagãos e tão avessos aos costumes de seu povo, teria
sido uma estratégia divina para enviar Jonas à cidade de Nínive como Seu
mensageiro.
SUBSÍDIO 1.1
Manual Bíblico – Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 297):
“Não sabemos se Jonas escreveu, ou se foi outra pessoa que o fez. Mas a
história é sobre “Jonas, filho de Amitai”, um profeta galileu, de uma aldeia
próxima a Nazaré. Este mesmo “Jonas, filho de Amitai” é identificado como um
profeta que apoiou os sucessivos esforços do rei Jeroboão para expandir as
fronteiras de Israel no final dos anos 700 a.C. [2Rs 14.25]. (…) A afirmação de
que Nínive “era” uma grande cidade [Jn 3.3] sugeriria que o livro foi escrito
depois que a Babilônia destruiu a cidade, em 612 a.C.”
1.2. A mensagem do profeta
A mensagem do profeta era, em sua essência, absolutamente
condenatória. Ele deveria informar aquele povo sobre a ira de DEUS como
resultado de suas ações pecaminosas e perversas. Na fala do profeta há um tempo
determinado por DEUS para que a cidade de Nínive fosse destruída: “E
começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e
dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.” [Jn 3.4]. Uma mensagem
breve, simples e objetiva. Uma mensagem sem rodeios, justificativas ou
exceções, possivelmente tenha sido essa a fórmula que a tornou tão eficaz.
SUBSÍDIO 1.2
Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2°
Trimestre/1994, p. 27): “A cidade de Nínive era uma das mais importantes
cidades da época [Jn 3.2], ficava situada às margens do Rio Tigre e foi
edificada por Ninrode [Gn 10.11]. Tornou-se capital do Império Assírio por
ordem de Senaqueribe em 681 a.C. O profeta Naum profetizou a sua destruição,
que veio a acontecer em 612 a.C. através dos medos e persas. (…) “Ainda
quarenta dias e Nínive será subvertida”. Esta era a única palavra que Jonas
tinha para aquele povo que DEUS tanto amava, palavra incondicional,
apocalíptica e de desgraça total.”
1.3. A resistência de Jonas ao chamado
DEUS disse a Jonas: “Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e
clama contra ela, porque a sua malícia subiu a mim.” [Jn 1.2], Humanamente
falando, não é difícil entender por que essa não foi uma tarefa fácil de
cumprir. Assim como Oséias e outros profetas, Jonas também teve uma missão
desafiadora. Ele precisava ir ao “território inimigo” e pregar uma mensagem de
destruição a um povo poderoso e violento. Como já dito anteriormente, a
truculência daquele povo era o que os mantinha no poder e no domínio de outras
nações. O medo e a barbárie eram as ferramentas de dominação dos assírios. Como
enfrentar esse povo em seu território e ainda com uma mensagem que anunciava o
seu extermínio?
SUBSÍDIO 1.3
Desmond Alexander (Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e
Sofonias – Introdução e comentário, Vida Nova, 2001, p. 113) comenta sobre a
fuga de Jonas: “A reação de Jonas é imediata: o verbo inicial (…) “ele se
levantou”, corresponde ao imperativo inicial da ordem divina. Entretanto, as
palavras seguintes revelam de modo impressionante que Jonas, na verdade, não
tem nenhuma intenção de obedecer às instruções de DEUS. Convocado para ir em
direção ao oriente, ele prefere fugir na direção oposta. O destino de sua
escolha é a cidade de Társis (localizada provavelmente no sudoeste da
Espanha).”
EU ENSINEI QUE:
Muitos resistem ao chamado de DEUS. Contudo, DEUS continua nos
chamando ao serviço de anunciar a mensagem de Boas Novas.
2- A FUGA DO PROFETA
Mediante ao desafio da missão que recebera de DEUS, Jonas elaborou
um plano para que pudesse se eximir, evitando um confronto com o Senhor. Em sua
limitação, julgou haver a possibilidade de não cumprir aquele chamado sem
maiores prejuízos pessoais. A fuga para um lugar longe de toda aquela missão
impossível aos seus olhos, foi o ingênuo plano do profeta [Jn 1.3].
2.1. Jonas e o grande peixe
O fato de algumas traduções do texto bíblico usarem a palavra
“baleia”, ao invés de grande peixe, como em outras traduções, tem sido motivo
de grandes discussões, erros e muito ceticismo entre as pessoas. De acordo com
alguns dicionários gregos, a palavra grega subjacente, que é traduzida como
“baleia”, é a palavra ketos e é definida amplamente como “uma grande criatura marinha”
(NEWMAN, 1971, p. 100), “monstro marinho” (DANKER, et al„ 2000, p. 544), ou
“peixe enorme” (VINE, 1952, p. 209). Entretanto, o fato mais importante a ser
ressaltado é que não importa o quão longe o homem esteja de DEUS e de Sua
vontade, ainda assim o Senhor poderá alcançá-lo e trazê-lo novamente para junto
de Si [SI 139.9-10].
SUBSÍDIO 2.1
R. N. Champlin: “Yaweh, porém, não tinha rompido definitivamente
com Seu profeta. Ele nomeou um grande peixe (tradicionalmente uma baleia) para
que cuidasse de Jonas. E o grande peixe engoliu o pobre Jonas, aumentando assim
a duração da sua vida. No ventre do grande peixe, Jonas podia sobreviver por
mais tempo do que dentro da água.”
2.2. A segunda chamada de Jonas
Jonas, arrependido, orou e DEUS ouviu a sua oração: “E disse: Na
minha angústia, clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do inferno
gritei, e tu ouviste a minha voz.” [Jn 2.2], Uma vez que o Senhor havia lhe
poupado a vida, o profeta tem a oportunidade de retomar os planos iniciais do
seu ministério; que eram os planos de DEUS e não os seus. Depois que o grande
peixe vomitou o profeta em terra firme, ele ouviu pela segunda vez a ordem
divina para ir a Nínive [Jn 3.1-2]. Apesar dos imprevistos vividos
por Jonas, o local, os destinatários e a mensagem eram as mesmas. Nada foi
alterado por causa dos temores ou da incompreensão de Jonas.
SUBSÍDIO 2.2
Myer Pearlman (Através da Bíblia – Editora Vida); “Os
ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom, parte humana e parte peixe. Acreditavam
que Dagom tinha saído do mar, fundado sua nação e que enviava para eles
mensageiros do mar de tempos em tempos. Se DEUS, pois, lhes houvesse de enviar
um pregador, nada mais razoável que trouxesse seu plano a nível de conhecimento
dos assírios, mandando-lhes um profeta que saiu do mar.”
2.3. O arrependimento em Nínive
Ao ouvir a mensagem, todo o povo creu em DEUS, humilhando-se e
jejuando, mostrando arrependimento por suas más ações. Do rei até o mais
carente do povo, incluindo os animais, todos ficaram cobertos de roupas de
sacos e sobre cinzas [Jn 3.5-9]. O improvável, aos olhos do profeta, aconteceu:
a perversa, imoral e idólatra Nínive se arrependeu e se converteu. A pregação
de Jonas resultou em um grande avivamento naquele lugar, pois mais de cento e
vinte mil homens voltaram-se para DEUS, ouvindo uma mensagem de sete palavras:
“Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” [Jn 3.4]. Nem entre o seu povo,
Jonas tinha presenciado tamanho feito, já que repetidas vezes foi dito a
respeito dos dezenove reis idólatras de Israel: “…e fez o que parecia mal aos
olhos do Senhor”.
SUBSÍDIO 2.3
Esdras Bentho & Reginaldo Placido (Introdução ao Estudo do
Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 538) comentam sobre o milagre do
arrependimento de Nínive [Jn 3.5-9]: “Os ninivitas deram crédito à mensagem de
Jonas, da parte de DEUS, reconhecendo Yahweh como o DEUS verdadeiro. (…) O
arrependimento de Nínive não foi parcial; todas as classes sociais
participaram, do menor ao maior. (…) O único fundamento que descansava a sua fé
era o fato de DEUS ter enviado quem os prevenisse, em vez de destruí-los de uma
vez; isso sugeriu- -lhes uma possibilidade de perdão.”
EU ENSINEI QUE:
A missão do servo de DEUS é anunciar a Sua Palavra para que
o ESPÍRITO SANTO convença o pecador do juízo e da justiça divina,
capacitando-o a crer na salvação em JESUS.
3- JONAS PARA HOJE
Mesmo pessoas que nunca leram a Bíblia já ouviram falar de Jonas em
algum momento, sabem alguma coisa a respeito desse profeta, nem que seja sobre
ele e a “baleia”. Assim como Jonas, de alguma maneira também já tentamos fugir
dos propósitos e das ordens de DEUS para cumprir nossa missão.
3.1. O poder de DEUS
O livro do profeta Jonas evidencia de forma extraordinária,
inquestionável e inequívoca o poder de DEUS. A experiência vivenciada pelo
profeta demonstrou o poder de DEUS sobre a natureza quando enviou a tempestade
[Jn 1.4] e a acalmou [Jn 1.15]; também ao enviar o grande peixe para resgatá-lo
e ao devolvê-lo em segurança na praia [Jn 1.17; 2.10]; da mesma forma quando
acelerou o crescimento de uma planta, a aboboreira, e usou um verme para
destruí-la numa demonstração pedagógica de que nada foge ao Seu controle [Jn
4.6], O salmista teve essa compreensão ao escrever: “Tu me cercaste em volta e
puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta,
que não a posso atingir.” [SI 139.5-6]. O Senhor é o DEUS Todo-Poderoso que fez
os céus, o mar e a terra [Jn 1.9]; apesar de todo poder, é um DEUS
misericordioso e compassivo, sempre pronto a reconciliar-se com o homem
mediante ao seu arrependimento [Jn 4.2b].
SUBSÍDIO 3.1
R. N. Champlin: “Yaweh-Elohim (o DEUS Eterno e Todo-Poderoso)
exerceu Seu controle sobre a natureza, fazendo crescer uma espetacular planta
de “cuia” (conforme dizem algumas versões), a qual deu a Jonas sombra e abrigo.
Tornou-se essa planta outro fato da misericórdia de DEUS, o tema do cântico de
Jonas. O pobre Jonas sentia-se mais confortável em sua miséria, enquanto a cuia
bloqueava os raios de sol. Finalmente, Jonas encontrou alguma coisa que o
deixou feliz, a saber, a planta da cuia.”
3.2. Arrependimento produz mudanças
JESUS declarou: “Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração
e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas” [Mt 12.41]. O
verdadeiro arrependimento produz mudança total no modo de viver. Arrependimento
difere, em muito, de remorso. Não são poucas as vezes em que as pessoas confundem
arrependimento com remorso, por isso é importante ressaltar que o remorso não
produz mudança nas atitudes, na maneira de pensar ou no desejo de não mais
continuar na prática do pecado.
Aqueles que, mediante ao confronto com suas atitudes contrárias à
Palavra de DEUS, se entristecem, inclusive com choro e lamentações, mas
continuam a praticá-las, demonstram claramente que não houve arrependimento
genuíno. Arrependimento significa mudança de mente, maneira de pensar e visão
de mundo. Quando alguém se arrepende, decide firmemente em seu coração agradar
a DEUS.
SUBSÍDIO 3.2
Bispo Abner Ferreira (Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de
2017) comentou sobre os frutos do arrependimento bíblico: “As atitudes que
sucedem após o arrependimento determinarão a natureza dele. Tais procedimentos
indicarão inicialmente se foi um arrependimento profundo e sincero, ou se foi
mera experiência emocional (remorso), que em nada afetou a vida posterior.
Enfim, o genuíno arrependimento deve ser caracterizado por bons frutos, caso
contrário, tal experiência é imprestável. Alguns frutos destacados:
a) Abandono das práticas do velho homem (despojar-nos do velho
homem, renovar a mente e nos revestir do novo homem);
b) A novidade de vida (sempre nos comportar como diz a Escritura – Ef 5.8);
c) Diligência (aponta para um viver não acomodado e passivo, mas em constante
renovação – Rm 12.1-2).”
3.3. Não fuja do seu chamado.
O chamado de DEUS pode causar temor e desconforto para aqueles que
fixam seu olhar apenas nos desafios e obstáculos que precisarão enfrentar para
cumpri-lo. No entanto, a vida de Jonas ensina aos servos de DEUS que não se
deve fugir ao Seu chamado, quaisquer que sejam os motivos que insistam em
desencorajar ou desmotivar. O chamado para obedecer a DEUS deve superar
qualquer tentativa da natureza humana em fugir da responsabilidade que Ele deu.
Só assim será possível entender que é um privilégio servi-Lo, pois Ele quer
usar Seus filhos, apesar de suas limitações.
SUBSÍDIO 3.3
Lições Bíblicas (4° Trimestre de 2012, Lição 6: Jonas – a
misericórdia divina. Subsídios Ensinador Cristão, CPAD): “Não raro,
costumamos reprovar a atitude de Jonas quanto à ordem de DEUS. Mas quantas
vezes não nos identificamos com Jonas e sua rebeldia quando somos desafiados
por DEUS a obedecê-lo, e não o fazemos? Jonas é, portanto, um espelho para cada
cristão: não precisamos aguardar que DEUS aja de forma extrema conosco, como
agiu com Jonas quando o conduziu a Nínive na barriga de um grande peixe, para
que possamos obedecer a Sua vontade, qualquer que seja o mandado de DEUS para
nossas vidas.”
EU ENSINEI QUE:
Sabemos que quem muda os corações é o ESPÍRITO SANTO. No entanto,
Ele faz isto utilizando pessoas falhas como eu e você.
CONCLUSÃO
A misericórdia e a graça de DEUS demonstrada para com os ninivitas,
também pode ser percebida na vida e no chamado do profeta Jonas, pois, mediante
ao seu clamor, o Senhor o ouviu, dando-lhe uma nova oportunidade, tirando-o das
profundezas de sua desobediência.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
ALIANÇA (PACTO, MEMORIAL, TRATADO, COMPROMETIMENTO)
Pr. Henrique – EBD NA TV - 99-99152-0454
Sem o conhecimento da ALIANÇA é quase impossível alguém ler e
entender o plano de redenção que DEUS fez para nos salvar, e principalmente
entender algumas passagens bíblicas que estão registradas no Antigo Testamento.
Sl 25.14 "O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, e
Ele lhes faz saber o seu pacto (aliança, ou concerto)"
Hb 10.19 "Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no
santíssimo lugar, pelo sangue de JESUS, 20 pelo caminho que ele nos inaugurou,
caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne, 21 e tendo um grande
sacerdote sobre a casa de DEUS, 22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em
inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo
lavado com água limpa, 23 retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança,
porque fiel é aquele que fez a promessa;"
***Somos um mesmo ESPÍRITO com Ele (1Co 6.17),
***Somos íntimos do senhor, como vimos acima,
Portanto, podemos conhecer a sua aliança, senão, vejamos:
A aliança pode ser feita por diversos motivos (guerras, amizade,
amor, casamento, etc...).
A maioria das promessas de DEUS no Antigo Testamento estão
condicionadas à obediência, enquanto a maioria das promessas de DEUS no Novo
Testamento estão baseadas em sua graça.
ALIANÇA - (Strong Português) - ברית b ̂eriyth
1) acordo, aliança, compromisso
1a) entre homens
1a1) tratado, aliança, associação (homem a homem)
1a2) constituição, ordenança (do monarca para os súditos)
1a3) acordo, compromisso (de homem para homem)
1a4) aliança (referindo-se à amizade)
1a5) aliança (referindo-se ao casamento)
1b) entre Deus e o homem
1b1) aliança (referindo-se à amizade)
1b2) aliança (ordenação divina com sinais ou promessas)
2) (expressões)
2a) fazer uma aliança
2b) manter a aliança
2c) violação da aliança
***B ÊRYTH (Aliança Em Hebraico) = A Aliança Anterior É Feita Em
Base De Igualdade, É Uma Troca, Um Acordo Em Que Deus Me Dá E Eu Tenho Que Dar
Para Deus O Mesmo. É Condicional.
Existem leis e normas a serem cumpridas ou obedecidas para que as
bênçãos da aliança alcancem seus aliançados.
O auge dessa aliança é a vida de CRISTO, o messias, o rei do reino
de Israel na Terra (milênio).
***DIATHEKE (Aliança Em Grego) = A Nova Aliança É Diferente, É
Superior, Pois Deus Me Dá Tudo O Que Preciso Não Exigindo Nada Em Troca, A Não
Ser Fé. É Incondicional.
Eu Não Tinha Nada De Bom A Oferecer, Só De Ruim: Pecado E
Iniquidade; Mesmo Assim, Deus Me Recebe Como Cabeça De Aliança E Me Dá A
Salvação E Todas As Bênçãos Provindas Daí : Batismo Com Espírito Santo, Dons Do
Espírito Santo, Participação No Ministério etc.
***Deus Faz Aliança Conosco, Em Cristo, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E
Gl 3.16 = Maior Sinal
Não está baseada na lei e nem na obediência a elas, mas na
graça de DEUS, na fé em CRISTO, através do ESPÍRITO SANTO que mora em nós.
São várias as alianças que DEUS fez com os homens, mas iremos
destacar, aqui as duas mais importantes:
A aliança Abrahâmica (com H) e a nova aliança de DEUS conosco em
CRISTO JESUS.
DEUS escolheu vir a nós através da aliança de sangue, costume
antigo e muito utilizado pelos chefes de tribos e patriarcas não só naquela
época, mas também nos dias de hoje, principalmente pelos ciganos e índios na África.
No satanismo também é muito usado, pois satanás imita as coisas de DEUS e sabe
quanto vale o sangue no reino espiritual. (Satanás usa sangue de galinha preta,
de bodes, etc...)
Hb 9.22 "E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam
com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão." Veja também: Mt
23.34; 26.28; Jo 19.34; At 15.20; 20.28; Rm 3.25; Hb 9.12-22
***São nove os requisitos (ou normas, ou leis) exigidos para se
fazer aliança com alguém :
1.1- TROCA DE CINTO (ou de armadura, ou de
armas): Significa proteção, quem luta contra mim luta contra ti e quem luta
contra ti, luta contra mim. (CINTO ERA USADO PARA CARREGAR ARMAS)
Exemplo: Gn 15.1 "Depois destas coisas veio a palavra do
Senhor a Abrão numa visão, dizendo: Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo, o
teu galardão será grandíssimo."
Outro exemplo: 1 Sm 18.3 "Então Jônatas fez um pacto (aliança)
com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da
capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua
espada, o seu arco e o seu cinto."
1.2- TROCA DE TÚNICA (ou Capa): Significa
que tua vida se torna minha vida e que minha vida se torna tua vida. Era
complemento do primeiro tópico.
Exemplo: Gn 12.3 "Abençoarei aos que te abençoarem, e
amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias
da terra"
Outro exemplo: 1 Sm 18.3 " Então Jônatas fez um pacto (aliança)
com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa
que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua
espada, o seu arco e o seu cinto."
1.3- CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE: Significa
cortar aliança com. Sangue é vida, nossas vidas se unem para sempre,
eternamente. Corte geralmente feito no pulso ou na mão; no caso de Abrahão, o
sinal foi feito na carne do prepúcio ou seja, na pele que une a glande do órgão
sexual masculino ao pênis, através de uma faca de pedra (circuncisão).
Exemplo: Gn 17.11 "Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e
isto será por sinal de pacto entre mim e vós."
Outro exemplo: Ex 4.25 Então Zípora tomou uma faca de pedra,
circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse: Com
efeito, és para mim um esposo sanguinário.
1.4- SINAL DA ALIANÇA: PRIMEIRO MEMORIAL -
Significa fazer cicatriz, marcar com sinal visível na carne. Usa-se passar
cinza no local do corte para que outros soubessem, quando vissem; na África
ainda se encontra chefes indígenas com marcas pelo braço, e quanto mais marcas,
mais poderoso é o chefe, pois possui muitos amigos também chefes. Era
complemento do tópico 3.
Exemplo: Gn 17.11 " Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio;
e isto será por sinal de pacto entre mim e vós."
Outro exemplo: 21.4 "E Abraão circuncidou a seu
filho Isaque, quando tinha oito dias, conforme DEUS lhe ordenara."
1.5- TROCA DE NOMES: significa que o
meu nome passa a ter direito sobre tudo o que o teu nome tem e o teu nome passa
a ter direito sobre tudo o que o meu nome tem direito, inclusive dívidas. (Gn
17.5/28.13). Eu passo a ter um pedaço do seu nome e você passa a ter um pedaço
do meu nome.
Exemplo: Gn 17.4 "Quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo,
e serás pai de muitas nações; 5 não mais serás chamado Abrão, mas Abrahão será
o teu nome; pois por pai de muitas nações te hei posto;"
A partir daí Abrão passou a se chamar AbraHão (esse
"H" é importante, pois vem do nome de DEUS (YHWH) ; infelizmente no
português não traduziram com o 'H", porém nas outras línguas, sim.
DEUS também teria que mudar o seu nome; a partir daí ELE se
apresenta como o DEUS de Abrahão.
Gn 26.24 "E apareceu-lhe o Senhor na mesma noite e disse: Eu
sou o DEUS de Abrahão, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e te
abençoarei e multiplicarei a tua descendência por amor do meu servo
Abrahão."
Gálatas 3.13= Abrahão recebe o H de DEUS e fica com um novo nome,
ABRAHÃO, (recebe o H = ESPÍRITO, pela fé).
1.6- TERMOS DA ALIANÇA: Significa:
leis que vão reger a aliança se mantida ou se quebrada. (Todo o capítulo de Dt
28, fala de bênçãos e maldições da aliança) AbraHão, recebe promessas, homem
pecava, mas prevaleciam as promessas, foi necessário acrescentar leis,
continuaram a transgredir e foi necessário acrescentar os cerimoniais que
acabam não sendo suficientes para a purificação do homem; DEUS enviou seu filho
para um único e perfeito sacrifício. (Hb 10.12-18).
Em Dt 28 temos como benção da aliança por exemplo: "11 E o
Senhor te fará prosperar grandemente no fruto do teu ventre, no fruto dos teus
animais e no fruto do teu solo, na terra que o Senhor, com juramento,
prometeu a teus pais te dar. 12 O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o
céu, para dar à tua terra a chuva no seu tempo, e para abençoar todas as obras
das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás
emprestado. 13 E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só
estarás por cima, e não por baixo; se obedeceres aos mandamentos do
Senhor teu DEUS, que eu hoje te ordeno, para os guardar e cumprir, 14 não
te desviando de nenhuma das palavras que eu hoje te ordeno, nem para a direita
nem para a esquerda, e não andando após outros deuses, para os servires."
Em Dt 28 temos como maldição da aliança por exemplo: "27 O
Senhor te ferirá com as úlceras do Egito, com tumores, com sarna e com coceira,
de que não possas curar-te; 28 o Senhor te ferirá com loucura, com cegueira, e
com pasmo de coração. 29 Apalparás ao meio-dia como o cego apalpa nas trevas, e
não prosperarás nos teus caminhos; serás oprimido e roubado todos os dias, e
não haverá quem te salve. 30 Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem
dormirá com ela; edificarás uma casa, porém não morarás nela; plantarás uma
vinha, porém não a desfrutarás. 31 O teu boi será morto na tua presença, porém
dele não comerás; o teu jumento será roubado diante de ti, e não te será
restituído a ti; as tuas ovelhas serão dadas aos teus inimigos, e não haverá
quem te salve."
AS LEIS PROMULGADAS NO SINAI SÃO TERMOS DA ALIANÇA MOSAICA
FEITAS ENTRE DEUS E O POVO HEBREU ATRAVÉS DE MOISÉS.
1.7- REFEIÇÃO DA ALIANÇA: Significa:
tudo o que eu como vai para o meu sangue e sangue é vida, então a minha vida se
torna a tua e tua vida se torna minha; CRISTO, em Melquisedeque faz refeição
com AbraHão.
Exemplo: Gn 14.18 Ora, Melquisedeque, rei de Salém,
trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do DEUS Altíssimo; 19 e abençoou a
Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo DEUS Altíssimo, o Criador dos céus e da
terra! 20 E bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas
tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.
1.8- MORTE DE UM ANIMAL OU PASSAR PELAS
METADES: Significa: estamos morrendo e nascendo de novo, também significa:
Que eu morra se não cumprir e que tu morras se não cumprir.
Colocava-se uma parte do animal de um lado e outra parte do outro
lado e depois os cabeças de aliança, ou chefes, passavam pelas metades de
braços dados, dando a entender que:
***Este sinal significa infinito; a aliança passa de pai para
filho, é eterna.
***Daí a aliança ser um círculo, significa eternidade; sem
princípio e nem fim.
Jr 34.18 Entregarei os homens que traspassaram o meu pacto
(aliança, concerto), e não cumpriram as palavras do pacto (aliança, concerto)
que fizeram diante de mim com o bezerro que dividiram em duas partes, passando
pelo meio das duas porções.
Gênesis 15.9 Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha de três anos,
uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. 10
Ele, pois, lhe trouxe todos estes animais, partiu-os pelo meio, e pôs cada
parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu.11 E as aves de rapina
desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. 12 Ora, ao pôr do sol,
caiu um profundo sono sobre Abrão; e eis que lhe sobrevieram grande pavor e
densas trevas. 13 Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua
descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e
será afligida por quatrocentos anos; 14 sabe também que eu julgarei a nação a
qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens. 15 Tu, porém, irás em
paz para teus pais; em boa velhice serás sepultado. 16 Na quarta geração,
porém, voltarão para cá; porque a medida da iniquidade dos amorreus não está
ainda cheia. 17 Quando o sol já estava posto, e era escuro, eis um fogo
fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre aquelas metades. 18
Naquele mesmo dia fez o Senhor um pacto (aliança, concerto) com Abrão, dizendo:
 tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio
Eufrates;
Interpretação:
a) Três animais: Significa três pessoas, PAI, FILHO e ESPÍRITO
SANTO.
b) Pássaros no céu e animais na terra( aliança entre céu e terra,
entre DEUS e homens.)
c) Uma rolinha e um pombinho voam, são do céu, significa que o PAI
e o ESPÍRITO SANTO vão para o céu, JESUS fica para o sacrifício. O cordeiro é
animal terreno, JESUS se torna homem, o cordeiro de DEUS que tira o pecado do
mundo (Jo 12.24 = se o grão de trigo caindo na terra, não morrer, fica ele só,
mas, se morrer dá muito fruto(Jo 1.36)
d) Fogo fumegante representa o modo como DEUS PAI apareceu no monte
Sinai e sobre a tenda da congregação, bem como em outras manifestações.(Êx
19.18 "Nisso todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre
ele em fogo; e a fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e todo o monte
tremia fortemente".)
e) Tocha de fogo representa CRISTO ( Eu sou a luz do mundo - Jo
8.12 "Então JESUS tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo;
quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.")
f) O Pai representando DEUS e o Filho representando o homem; assim
a aliança foi feita entre DEUS e os homens, em CRISTO, pois é pecador é
fraco e não conseguiria afastar Satanás e vencê-lo.
1.9- ÁRVORE OU ANIMAL MANCHADO DE SANGUE
(poderia também plantar uma árvore para servir de memorial) :
SEGUNDO MEMORIAL:
- Abrahão plantou um bosque. (E plantou um bosque em Berseba, e
invocou lá o nome do Senhor, Deus eterno. Gênesis 21:33)
- Significa a lembrança da aliança, toda vez que olhar pra lá,
devem se lembrar da aliança.
Plantar árvore, lembrança da pazinha na armadura: Dt 23.13
"Entre os teus utensílios terás uma pá; e quando te assentares lá fora,
então com ela cavarás e, virando-te, cobrirás o teu excremento"; (fezes).
É o cuidado que DEUS tem com a natureza e com a saúde de seus filhos.
(No sacrifício pode ser usado um, ou mais, Novilhos ou Ovelhas).
Gn 21.33 "Abraão plantou uma tamargueira em Beerseba, e
invocou ali o nome do Senhor, o DEUS eterno".
NOTE QUE A ALIANÇA PASSA DE PAI PARA FILHO, POR ISSO O REI DAVI SE
LEMBROU DO FILHO DE JÔNATAS PARA ABENÇOÁ-LO, MESMO MEFIBOSETE O CONSIDERANDO
COMO SEU INIMIGO.
2 Sm 4.4,6,8,10 Ora, Jônatas, filho de Saul, tinha um
filho aleijado dos pés. Este era da idade de cinco anos quando chegaram de Jezreel
as novas a respeito de Saul e Jônatas; pelo que sua ama o tomou, e fugiu; e
sucedeu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu, e ficou coxo. O seu nome era
Mefibosete.
6 E Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, veio a Davi e,
prostrando-se com o rosto em terra, lhe fez reverência. E disse Davi:
Mefibosete! Respondeu ele: Eis aqui teu servo.
8 Então Mefibosete lhe fez reverência, e disse: Que é o teu servo,
para teres olhado para um cão morto tal como eu?
10 Cativar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos;
e recolherás os frutos, para que o filho de teu senhor tenha pão para comer; mas
Mefibosete, filho de teu senhor, comerá sempre à minha mesa...
Davi Foi Leal À Aliança Que Tinha Como O Pai De Mefibosete - Deus
Também O Livrou De Ver Seu Reino Dividido Em Seus Dias.
Veremos Agora A Nova Aliança Feita Por Jesus Cristo Com O Pai,
Pelos Homens, Em Lugar Dos Homens, Substituindo Os Homens Pecadores, Sendo
Intermediário Entre Os Homens E Deus Pai.
2- NOVA ALIANÇA
***Bhêrite (Aliança Em Hebraico) = A Aliança Anterior É Feita Em
Base De Igualdade, É Uma Troca, Um Acordo Em Que Deus Me Dá E Eu Tenho Que Dar
Para Deus O Mesmo.
***Diateke (Aliança Em Grego) = A Nova Aliança É Diferente, É
Superior, Pois Deus Me Dá Tudo O Que Preciso Não Exigindo Nada Em Troca, A Não
Ser Fé.
Eu Não Tinha Nada De Bom A Oferecer, Só De Ruim: Pecado E Iniquidade;
Mesmo Assim, Deus Me Recebe Como Cabeça De Aliança E Me Dá A Salvação E Todas
As Bênçãos Provindas Daí : Batismo Com Espírito Santo, Dons Do Espírito Santo,
Participação No Ministério etc.
***DEUS CONOSCO EM CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = MAIOR
SINAL
***JESUS CUMPRINDO CADA PASSO DA ALIANÇA:
1. TROCA DE CINTO:
- Ef 6.10-18 ARMAS.
Toda a armadura de Deus - cingidos os vossos lombos com a verdade,
e vestida a couraça da justiça, e calçados nos pés na preparação do evangelho
da paz; o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a
palavra de Deus, orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e
vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos
- II Co 10.4,5 ARMAS ESPIRITUAIS (principal é o nome de JESUS) -
4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim,
poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; 5 destruindo os conselhos e
toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo entendimento à obediência de Cristo,
2. TROCA DE TÚNICA:
Fl 2.6-11 / Jo 10.17 / Cl 3.8-10; Mt 17:2; Apocalipse 3:5 - Vestes
De Santidade E De Salvação.
Fl 2.6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus. 7 Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a
si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
Jo 10.17 Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para
tornar a tomá-la.]
8 Mas, agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da
malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. 9 Não mintais uns
aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos.
Mateus 17:2 E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto
resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz.
Apocalipse 3:5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira
nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de
meu Pai e diante dos seus anjos.
3. CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE:
Jo 20.25-29; Lc 2.21, 39; 1 Pd 1.18, 19
-Circuncisão interior.
Rm 2.28 "Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é
circuncisão a que o é exteriormente na carne. 29 Mas é judeu aquele que o é
interiormente, e circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo
louvor não provém dos homens, mas de DEUS."
Lc 2.21 E, quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o
menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser
concebido.
Lc 2.39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galileia,
para a sua cidade de Nazaré.
1 Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos
vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem
mancha, o sangue de CRISTO,(1 Pd 1.18)
4. CICATRIZ:
Jo 20.27; 1 Co 6:20; Ef 1.13
Jo 20.27 Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas
mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
Significa que quando satanás nos quer dominar, devemos lembrar-lhe
de que lá no céu JESUS CRISTO tem as marcas da aliança, provando que nos
comprou e que temos com ELE uma aliança; somos de DEUS, pois JESUS nos comprou
com seu sangue.
1 Co 6.19 "Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do
ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, o qual possuís da parte de DEUS, e que não
sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a
DEUS no vosso corpo."
Na Epístola Aos Efésios, Paulo Fala Do Selo.
Ef 1:13 em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da
verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes
selados com o Espírito Santo da promessa;
5. TROCA DE NOMES:
Lc 5.24; Rm 8.16; Ef 1.13
JESUS gostava de se chamar "filho do homem", nós gostamos
de ouvir o ESPÍRITO SANTO testificar com nosso espírito que somos filhos de
DEUS.
Lucas 5:24 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem
sobre a terra poder de perdoar pecados (disse ao paralítico), eu te digo:
Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa.
Rm 8.16 "O ESPÍRITO mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos
de DEUS;"
Ef 1.13 "No qual também vós, tendo ouvido a palavra da
verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes
selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa, 14 o qual é o penhor da nossa
herança, para redenção da possessão de DEUS, para o louvor da sua glória."
(Recebemos o "H" de DEUS)
6. TERMOS DA NOVA ALIANÇA:
Condições para entrar = Mt 10.32; Rm 10.8; Ef 2.8; Gl 3.13; Gl 5:4
NÃO é por merecimento, mas pela graça de DEUS mediante a fé:
Ef 2.8,9 - 8 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isso não vem de vós, é dom de DEUS; 9 não vem das obras, para que ninguém se
glorie."
Leis Espirituais que estão no Cap.5 de Mateus.
Bem-Aventuranças.
Ex.:Mt 5.3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é
o reino dos céus.
- Só tem bênçãos, pegue o Novo Testamento e saberá quais são. – Se
creres verás a glória de DEUS. (Rm 5.1,2; Hb 10.16).
Todas as maldições JESUS já levaram na cruz do calvário. Gl 3.13
Gl 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se
maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no
madeiro;
QUEM ESTÁ NA LEI - DA GRAÇA CAIU
Gl 5:4 Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela
lei; da graça tendes caído.
7. REFEIÇÃO DA ALIANÇA:
Ceia com os discípulos antes de morrer e conosco renovada sempre NA
CEIA (Lc 22.7-23; Jo 6.51-54; 1 Co 11.26)
Lc 22:19 E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e
deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória
de mim.
Jo 6:51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse
pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela
vida do mundo.
1 Co 11:26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que venha.
8. MORTE DE UM ANIMAL:
Jo 1.29; Jo 19.30; Rm 6.88; 8.10; 1 Pd 1.18, 19
JESUS é o cordeiro que deu sua vida por nós e é o que tira o pecado
do mundo.
Jo 1.29 No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e
disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Lembrando que no batismo nas águas nós morremos.
Rm 6.88 Ora, se já morremos com CRISTO, cremos que também com ele
viveremos,
1 Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata
ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição
recebestes dos vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem
defeito e sem mancha, o sangue de CRISTO.
9. ARVORE MANCHADA DE SANGUE (MEMORIAL) :
Mt 26:28; Rm 12.1; Cl 2:14; Fp 2:8; Hb 9.13-151; Jo 1.7
Cruz ensanguentada no calvário.
Mt 26:28 Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento,
que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
Palavra fez um corte profundo em nós (Rm 12.1; Hb 9.14)
Rm 12.1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o
vosso culto racional.
Cl 2:14 havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas
ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de
nós, cravando-a na cruz.
Fp 2:8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo
obediente até à morte e morte de cruz.
Hb 9.14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno,
se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das
obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
1 Jo 1.7 mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos
comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS seu Filho nos purifica de todo
pecado.
***MAIOR SINAL DA ALIANÇA:
Cristo, Num Corpo De Homem No Céu; Aqui O Espírito Santo Morando
Dentro De Nós, Na Terra.
Há Um Homem (Jesus) Lá Em Cima E Deus (Espírito Santo) Aqui Na
Terra.**
DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA E ALIANÇA EDÊMICA
Homem colocado em ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples de
amor, temor e amizade, sendo advertido das consequências da desobediência; a
mulher é enganada e o homem peca deliberadamente depois da tentação satânica, o
orgulho prevalece (1 Tm 2.14).
A aliança Edêmica prepara o plano de salvação do homem, agora o
homem teria novas normas:
a) Encher a terra de uma nova ordem, a humana que herdaria a
semente pecaminosa de adão.
b) Subjugar a terra para subsistência.
c) Lutar pelo domínio sobre toda a criação.
d) Comer ervas e frutos com suor e fadiga.
e) Zelar pelo jardim.
f) Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal.
DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA ADÂMICA
O homem passou a conhecer do bem e do mal, Expulso do Éden e
amaldiçoado.
A aliança Adâmica exige sacrifícios de purificação do homem para
que se chegue a DEUS.
a) Satanás, através da serpente é amaldiçoado.
b) Ouve-se a primeira promessa de um Redentor. (vv 15)
c) A condição da mulher mudada (vv 16) para concepção multiplicada
e com dor e sujeição ao homem, devido à necessidade de governo. (1 Co 11.7-9)
d) A terra amaldiçoada por causa do homem (vv 17)
e) O inevitável cansaço da vida (vv 17)
f) O trabalho instituído no Éden (Gn 2.15)
g) A morte física decretada (vv 19)
DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO OU DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA NOÉTICA.
Governo do homem pelo homem procurando obedecer a DEUS
A aliança com Noé tem como base:
a) Confirmação de relação homem-terra.
b) Confirmação de ordem da natureza.
c) Estabelecimento do governo humano.
d) Garantia de que a terra não sofreria outro dilúvio (arco-íris).
e) De Cão procederia raça inferior e servil.
f) Relação especial entre DEUS e Sem, visando CRISTO.
g) Declaração profética de que Jafé seria de raça dilatada, ou
seja inteligente.
DISPENSAÇÃO DA PROMESSA E ALIANÇA ABRAÃMICA
A promessa foi feita a Abraão e sua posteridade que é CRISTO (Gl
3.8-16)
A aliança Abraâmica tem oito partes distintas:
a) Farei de ti uma grande nação, em um sentido natural e
espiritual.
b) Abençoar-te-ei, em dois sentidos, materialmente e
espiritualmente.
c) Engrandecerei o teu Nome.
d) Serei teu escudo e galardão.
e) Tu serás uma benção.
f) Abençoarei os que te abençoarem.
g) amaldiçoarei os que te amaldiçoarem.
h) Por meio de ti serão benditas todas as famílias da terra.
DISPENSAÇÃO DA LEI E ALIANÇAS MOSAICA, PALESTINIANA E DAVÍDICA
Foi dada para mostrar o pecado Rm 3.20. Do Sinai ao calvário,
do Êxodo à Cruz. Terminou, envelheceu, durou até João Batista Hb 8.13; Mt
11.13; Lc 16.16;
Veja:
5.1- O estado do homem no começo (Ex 19.1-3).
5.2- Sua responsabilidade (Êx 19.5,6).
5.3- Seu fracasso (II Rs 17.7-17).
5.4- O julgamento (II Rs 14.1-6,20)
A lei foi dada verbalmente em Êx 20.1-17, depois foi escrita por
DEUS em tábuas de pedra e entregues a Moisés que as quebra devido à
idolatria do povo (Êx 34.1,28,29), sendo que depois é escrita por Moisés, na
presença de DEUS (Êx 34.1,28,29).
*** A aliança Mosaica constitui-se de :
a) Os mandamentos (Êx 20.1-26)
b) Os Juízos (Êx 21.1 a 24.11)
c) As ordenanças (Êx 24.12-31.18)
Lembrando de que o SENHOR JESUS resumiu toda a lei em 2 mandamentos
(Lc 10.27)
***A aliança Palestiniana foi feita com os Israelitas
depois da peregrinação de Israel pelo deserto por quarenta anos, devido à sua
rebeldia para com DEUS. Era na realidade um preparação para que entrassem na
terra prometida e era ao mesmo tempo uma renovação da aliança Mosaica. Bênçãos
e maldições são proclamadas (Dt 28; Js 24.24,25)
***A aliança Davídica foi realizada com base no reino de Israel,
com a promessa de que sempre existiria um descendente de Davi no trono. (2 Sm
7.11-16; Sl 89.34) Esta promessa terá seu cabal cumprimento no milênio quando
JESUS governará pessoalmente a Israel terrestre.
DISPENSAÇÃO DA GRAÇA OU ECLESIÁSTICA E A NOVA ALIANÇA
Aqui a palavra-chave é “graça”. Da crucificação até a volta de
JESUS em duas etapas, uma no arrebatamento e outra no final da grande
tribulação. Na dispensação da graça é-nos oferecida a salvação pela fé em JESUS
CRISTO e não pelas obras. Ef 2.8.
A nova aliança é feita com base em melhores promessas, pois não só
nos oferece a possessão de terra ou riquezas terrenas, ou qualquer outro bem
material, mas acima de tudo isso oferece-nos a salvação, a vida eterna com
DEUS, no céu onde não há traça e nem ferrugem, mas paz, gozo e alegria eternos,
no espírito, coisas superiores portanto, pois são eternas.
Na nova aliança temos como único mediador JESUS CRISTO (1Tm 2.5), a
velha aliança perdeu seu valor, pois esta é superior (Rm 10.4); Lembramos
sempre dessa nova aliança ao cearmos (Lc 22.20; Mc 14.24; 1Co 11.23-32)
DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO OU DO GOVERNO DIVINO E ALIANÇA
MILÊNICA
JESUS CRISTO descerá pessoalmente à terra e será reis do reis e
senhor dos senhores literalmente, seu reino será literal em cumprimento à
promessa feita a Davi. Mt 19.28.
Neste tempo Satanás será preso por mil anos (Ap 20.2), Os crentes
reinarão com CRISTO nessa época (Ap 20.4).
A primeira ressurreição acabará no final da grande tribulação e
início do milênio.(Ap 20.5)
Satanás será solto e vencido no final do milênio (Ap 20.7;
20.10-15)
***Algumas promessas para quem for fiel a essa aliança:
»APOCALIPSE [21]
1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro
céu e a primeira terra, e o mar já não existe.
2 E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte
de DEUS, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo.
3 E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o
tabernáculo de DEUS está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o
seu povo, e DEUS mesmo estará com eles.
4 Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte,
nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são
passadas.
5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas
todas as coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e
verdadeiras.
6 Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o
princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da
água da vida.
7 Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu DEUS, e
ele será meu filho.
Agora pegue a bíblia em Mateus, capítulo 1, versículo 1, segure aí
e pegue em Apocalipse 22.21 – tudo isso são bênçãos de DEUS para nós, aproveite
e leia tudo; AMÉM?
ALIANÇA. Em hebraico, uma "aliança" é determinada
pelo termo berit, e berit karat significa "fazer (lit., 'cortar' ou
'lapidar') uma aliança". Em grego o termo é diatheke (que pode significar
tanto "pacto" como "último desejo e testamento"), e o verbo
é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16). Uma aliança é um acordo entre
duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes,
condições, resultados, garantias. As alianças bíblicas são importantes como uma
chave para duas grandes facetas da verdade: Soteriologia - O plano de DEUS
através de JESUS CRISTO para redimir os seus eleitos, está revelado de uma
maneira ampla e profunda nas sucessivas alianças.
Alianças Bíblicas Específicas
1. Aliança Noéica. Esta é a primeira aliança claramente
mencionada nas Escrituras. Ela foi prometida a Noé em Gênesis 6.18 e está
registrada em Gênesis 8.20-9.17. Esta aliança foi, sobretudo, unilateral, pois
DEUS era o seu criador e executor, não requerendo um compromisso de aceitação e
consentimento por parte de Noé, como no caso do juramento dos israelitas ao pé
do Monte Sinai (veja Êx 19.8).
As partes desta aliança eram DEUS e a terra (Gn 9.13) ou Noé e
todos os seus descendentes (Gn 9.9,16,17). Daqui por diante, ela era universal
em seu escopo. Apesar disso, ela tinha certas condições, a saber, que a
humanidade fosse frutífera, se multiplicasse e enchesse a terra (9.1,7); que
não comesse carne com vida, isto é, com o sangue (9.4). Assim, a aliança era
condicional, porque DEUS trouxe um julgamento sobre a humanidade no episódio da
Torre de Babel na forma de uma confusão de línguas, para forçar o povo a se
espalhar e povoar a terra, quando eles estavam deliberadamente desafiando o
propósito e a ordem de DEUS (Gn 11.4-9). O Resultado era a promessa de que DEUS
nunca mais destruiria a terra com um dilúvio (Gn 8.21; 9.11,15), com a
concomitante promessa da regularidade das estações (Gn 8.22). A garantia de que
DEUS iria manter esta aliança enquanto durasse a terra encontrava-se em seu
sinal ou prova, o arco-íris (9.12-17).
2. Aliança Abraâmica. Esta é geralmente considerada uma aliança
unilateral no sentido de que foi em primeiro lugar anunciada por DEUS, sem
qualquer condição a ela vinculada. Entretanto, um elemento bilateral aparece em
Genesis 17.1: "Eu sou o DEUS Todo-poderoso; anda em minha presença e sê
perfeito"; e na última repetição e confirmação da aliança a Abraão em
Genesis 22.16ss., quando DEUS diz, "Por mim mesmo, jurei... porquanto
fizeste esta ação e não me negaste o teu filho, o teu único, que deveras te
abençoarei".
As partes desta aliança eram DEUS e Abraão. A condição - revelada
por DEUS a Abraão, depois dele demonstrar a sua vontade de obedecer à ordem de
DEUS de oferecer Isaque - era a obediência pela fé (cf. Hb 11.17-19). Os
resultados foram: a promessa de DEUS de transformar a posteridade de Abraão em
uma grande nação (Gn 12.2); aumentar a sua semente tornando-a numerosa como a
areia do mar (Gn 22.17); abençoar aqueles que abençoassem o povo judeu e
amaldiçoar aqueles que o amaldiçoassem (Gn 12.3); e dar à descendência a Abraão
(ou seja, a Israel), a Palestina e o território que vai do rio do Egito até o
Eufrates. Finalmente, e o mais importante de tudo, o mundo inteiro seria
abençoado através da sua descendência, que era CRISTO (Gl 3.16), e CRISTO por
sua vez dominaria sobre todos os seus inimigos (Gn 22.17,18). A garantia desta
grande aliança era o juramento de DEUS por si mesmo e por seu grande Nome (Gn
22.16; Hb 6.13-18), assim como o derramamento do sangue dos sacrifícios (Gn
15.9,10,17).
3. Aliança Mosaica ou do Sinai. Nesta aliança vemos o
surgimento de um novo fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era
muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa,
empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga
no antigo Oriente, onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os
seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da
metade do segundo milênio a. C., revelou que existia uma forma paralela entre
estas e a aliança de DEUS com Israel, e cada uma continha seis elementos.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 61-64.
O CONCERTO DO SINAI.
Aliança Mosaica ou do Sinai.
Nesta aliança vemos o surgimento de um novo fator, de uma forma
particular. A aliança Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo
sendo direta, era muito mais complexa, empregava a forma contemporânea das
alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente, onde o grande
senhor ou suserano ditava um acordo para os seus vassalos ou servos. Um recente
estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo milênio a. C.,
revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de DEUS com
Israel, e cada uma continha seis elementos.
(1) Um preâmbulo: "Eu sou o Senhor, teu DEUS" (Ex 20.2a),
identificava o autor da aliança, e correspondia a cada introdução como
"Estas são as palavras do filho de Mursilis, o grande rei, e rei da terra
de Hati, o valente, o filho favorito do deus do trovão etc..." (ANET, p.
203).
(2) Um prólogo histórico: "...que te tirei da terra do Egito,
da casa da servidão" (Êx 20.2). Em Deuteronômio, que é a segunda dádiva da
aliança e da lei, o prólogo histórico se expandia amplamente a fim de abranger
o modo como DEUS levou Israel pelo deserto até aos limites da terra prometida
(Dt 1.6-4.49). Moisés está repetindo e expandindo a aliança dada no Sinai, para
atualizá-la e preparar Israel para a entrada na terra prometida. Nas alianças
hititas, o suserano dominador lembrava ao governante vassalo (o governante
subjugado) os benefícios que ele desfrutara até o momento como vassalo de seu
reino, como a base para a sua gratidão e obediência futura.
(3) As estipulações ou obrigações exclusivas da aliança: "Não
terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de
escultura..."Não te encurvarás a elas nem as servirás" (Êx 20.3-5).
Uma típica aliança hitita foi registrada da seguinte forma: "Mas tu, Duppi-Tessub
permaneça leal ao rei da terra de Hati... Não volte os seus olhos para mais
ninguém" (ANET, p. 204). Em sua primeira forma em Êxodo 20, a aliança
começa com os Dez Mandamentos e continua ao longo de Êxodo 31. Em Deuteronômio,
ela começa com a lei no cap. 5 e continua pelo cap. 26.
(4) Sanções, a saber, bênçãos e maldições que acompanham a
manutenção ou o rompimento da aliança. Em sua primeira promulgação no Êxodo,
estas sanções estão vinculadas, na aliança Mosaica, aos Dez Mandamentos; por
exemplo: "Visito a maldade... e faço misericórdia" (Êx 20.5,6); e,
"Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na
terra" (Êx 20.12). Além disso, mais sanções e advertências são dadas com a
promessa de direção e proteção pela presença de DEUS (Êx 23.20-33; para mais
bênçãos e maldições, veja Levítico 26). Mas em Deuteronômio há dois capítulos
de bênçãos e maldições que devem ser lidos publicamente e expostos na cerimónia
de renovação da aliança (27 e 28), seguidos pela conhecida aliança Palestina
(29-30). Bênçãos e maldições também eram escritas nos tratados da Ásia
ocidental. A confirmação bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida
era um juramento ou ainda a morte daquele que fez a aliança. "Os termos
juramento e aliança são sempre usados como sinônimos no AT, assim como os
termos juramento e tratado nos textos extrabíblicos" esta é a conclusão de
Gene M. Tucker ("Covenant Forms and Contract Forms", VT, XV [1965],
p. 497). Uma aliança no AT era, em sua essência, um juramento, um acordo
solene. DEUS confirmou a aliança Mosaica através de um juramento mencionado em
Deuteronômio 29.12ss. O juramento... "que o Senhor, teu DEUS, hoje faz
contigo" (cf. Dt 32.40; Ez 16.8; Nm 10.29). As partes que faziam a aliança
deveriam se tornar como os mortos, de maneira que não poderiam mais mudar de
ideia e revogá-la, assim como os mortos também não poderiam fazer (Gn 15.8-18;
Hb 9.16,17). Assim, o sangue dos animais substitutos sacrificados era espargido
na cerimónia de ratificação da aliança, para representar a "morte"
das partes (Êx 24.3-8). Os tratados hititas comuns na época de Moisés não
tinham como característica um juramento por parte do suserano; ao invés disso,
eles enfatizavam o juramento de lealdade por parte do vassalo.
(5) Testemunhas: Os tratados hititas apelavam para uma longa lista
de divindades como testemunhas dos documentos. No Sinai e em outras alianças
bíblicas, os deuses pagãos eram obviamente excluídos. Ao invés disso, memoriais
de pedra podiam ser uma testemunha (Êx 24.4; cf. Js 24.27); os céus e a terra
eram convocados como testemunhas (Dt 30.19; 31.28; 32.1; cf. 4.26); o livro da
lei (ou o rolo da lei) era depositado ao lado da arca com a finalidade de ser
uma testemunha (Dt 31.26); e o próprio cântico de Moisés lembraria ao povo os
votos que fizeram por ocasião da aliança (Dt 31.30-32.47). Na cerimónia de
renovação da aliança no final da vida de Josué, o próprio povo atuou como
testemunha (Js 24.22).
(6) A perpetuação da aliança. Esta podia ser vista no cuidado pela
segurança dos documentos do tratado, que no caso dos pagãos eram geralmente
depositados perante ou sob um deus pagão de uma nação que fazia parte do
tratado. Esta atitude poderia ser contrastada com as tábuas da aliança Mosaica,
colocadas dentro da arca da aliança em Israel (Êx 25.16,21; 40.20; Dt 10.2). As
alianças hititas e a aliança Mosaica eram lidas periodicamente em público, e as
crianças eram nelas instruídas. A lei era registrada em pedras caiadas (Dt
27.4), e lida em voz alta durante as cerimônias, como aconteceu quando as bênçãos
e maldições foram pronunciadas (estando a metade de Israel no Monte Ebal e a
outra metade no Monte Gerizim), depois de terem entrado na terra prometida (Dt
27.9ss.; Js 8.30-35). A lei era lida integralmente e publicamente a cada sete
anos na Festa dos Tabernáculos (Dt 31.9-13). Chegou-se a várias conclusões
importantes como resultado da comparação da aliança Mosaica com os antigos
tratados de suserania daquela época:
(a) DEUS falou a Israel de uma forma conveniente ao seu propósito,
mas que também fosse familiar ao povo daquela época. Alguns dos detalhes mais
apurados da forma até mesmo provam que a aliança Mosaica deve ter sido
estabelecida antes de 1200 a.C, porque os tratados aramaicos e assírios do
primeiro milênio a. C. não possuem vários dos elementos característicos comuns
aos hititas e à aliança do Sinai (veja Meredith G. Kline, The Treaty of the
Great King, p. 42ss.).
(6) A forma particular da aliança hitita em Deuteronômio nos leva a
ver que a ênfase é maior no significado da aliança do que em seu significado
legal, (c) Estudos mostram que as duas tábuas da lei não eram duas pedras com
quatro mandamentos na primeira e seis na segunda, mas duas cópias de pedra do
mesmo tratado ou aliança: uma para DEUS - mantida na arca - e outra para
Israel. O mesmo acontecia em todos os tratados hititas e assírios: duas cópias
eram feitas, uma para o rei do suserano e outra para o rei do vassalo. Certas
diferenças importantes, não devem, entretanto, passar despercebidas. A Aliança
Mosaica, como feita por DEUS, baseava-se no amor e na graça e não simplesmente
em poder. Além disso, ela tinha como objetivo a salvação dos eleitos de DEUS, e
não a mera submissão e obediência. Voltando ao significado e à importância
espiritual dessa aliança, podemos concluir que o elemento condicional é
prioritário em relação ao elemento incondicional. Será que está sendo ensinada
a expressão "faze isso e viverás" (cf. Lc 10.28) no sentido de que a
vida eterna para o crente do AT dependia de se guardar a lei de DEUS? Se fosse,
as obras seriam de valor meritório até que viesse a cruz! Ou será que DEUS
queria dizer que deveriam viver à luz da lei? O Senhor JESUS CRISTO, no Sermão
do Monte, ensinou esta segunda visão quando expôs vários mandamentos e disse:
"Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos
céus" (Mt 5.48). Ele aplicou a lei com o propósito da contínua
santificação do crente e não para a sua justificação. Em Levítico 18.5 é feita
a mesma aplicação da lei: "Os meus estatutos e os meus juízos guardareis;
os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles" (ou seja, naquele âmbito).
Quando vemos que esta aliança começa com a graça: "Eu sou o Senhor, teu
DEUS, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êx.20.2), e
acrescentamos a isto uma consideração dos fatos descritos acima, somos levados
a vê-la como uma aliança cheia de graça. A aliança Mosaica, então, torna-se
tanto um aio que tem a função de nos trazer a CRISTO, onde todos os tipos de
aliança apontam para ele, como um padrão para guiar o comportamento dos crentes
do AT e dos cristãos.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 61-64.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-odm-1tr15-deus-da-sua-lei-ao-povo-de-israel.htm
A Aliança de Deus Conosco por Intermédio de Cristo é Indestrutível
e Eterna
“Não violarei a minha aliança nem modificarei as promessas dos meus
lábios”. Sl.89.34
Deus onipotente, Criador, o Alfa e o ômega, firmou uma
aliança eterna conosco! Tudo de que precisamos – redenção, força, saúde,
prosperidade – foi previsto, providenciado e garantido nessa aliança PODEROSA E
INDESTRUTÍVEL.
Para entender com clareza esse pacto, você precisa compreender
plenamente o tipo de aliança que Deus fez conosco e o que significa firmar uma
aliança.
A palavra hebraica para aliança é extraída da raiz brith, que
significa “ligar”. O termo usado junto a essa palavra no contexto da aliança é
karath, que quer dizer “cortar”. Refere-se ao corte cerimonial dos animais do
sacrifício, que faz parte do ritual da aliança. Isso na verdade apontava para o
sacrifício de sangue – a expiação no Antigo Testamento – que selava a Aliança.
A palavra grega para “aliança” significa “um contrato”, “um
testamento”. No novo Testamento, a mesma palavra usada para “aliança” é usada
para “testamento”. Colocando de maneira bem simples, a nossa aliança com Deus é
o “TÍTULO DE PROPRIEDADE” de nossa herança. É um contrato, um acordo
com implicação legal entre Deus e nós. Várias formas de “cortar uma aliança”
eram praticadas na antiguidade. E, em algumas partes do mundo, ainda são
observadas. Embora essas várias maneiras de estabelecer uma aliança sejam
formas corrompidas do conceito original de Deus, elas nos permitem uma
compreensão mais profunda da extensão da aliança que Ele fez conosco.
As alianças entre Deus e o homem contêm basicamente os seguintes
elementos:
Uma declaração dos termos e das promessas do acordo;
Um juramento, de cada parte, de que os termos do acordo serão
observados;
Uma maldição sobre a parte que romper o acordo;
O “selo” da aliança por algum ato externo, como o sacrifício de
sangue – o seu derramamento sobre as partes envolvidas ou uma refeição
sacrifical.
Você deve conhecer os seus direitos relativos à aliança, para que
possa posicionar-se e enfrentar o inimigo com autoridade e poder.
Deus falou por meio de Isaías: “‘Embora os montes sejam sacudidos e
as colinas sejam removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não
será abalada, nem será removida a minha aliança de paz’, diz o Senhor, que tem
compaixão de você”. Is.54.10.
Bibliografia: A Bíblia Explicada, S.E.Mcnair;
Conhecendo as Doutrinas Bíblicas, Myer Pearlman;
Bíblia de Estudo Pentecostal, Apostila FAETEL módulo VI
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 61-64.
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/01/estudo-alianca-de-sangue-pr-henrique.html
ALIANÇA - DICIONÁRIO Wycliffe
Embora esta palavra não apareça nas versões KJV e ASV em inglês, aparece quatro
vezes na versão RSV. O seu significado básico deriva do substantivo hebraico
berit, que significa “associação”, “confederação”, ‘liga”; e dos verbos hatan,
que significa “afinidade”, “unir em casamento”; e nuah, que significa “estar
despreocupado”, “estar aliado”; e do substantivo qesher, que normalmente tem o
sentido negativo de “conspiração”, “traição”.
A primeira aliança descrita nas Escrituras foi entre Abraão e os amorreus
Manre, Escol e Aner. Eles uniram suas forças por tempo suficiente para libertar
Ló daqueles que o mantiveram cativo (Gn 14.13-24). Abrão fez uma aliança ainda
mais duradoura com Abimeleque em Berseba (Gn 21.22-32), como também Isaque fez
posteriormente (Gn 26.26-31). Não houve nenhuma proibição ou estigma contra
essas primeiras alianças; porém mais tarde a lei mosaica repetidamente proibia
alianças com estrangeiros, em particular com os cananeus. A proibição contra
alianças com os cananeus se baseava principalmente em questões religiosas. A
nação recém-formada era ainda muito fraca para resistir às tentações da
adoração ao sexo praticada por Canaã, então Deus, por meio de Moisés, procurou
isolar Israel. Os altares, templos e imagens pagãos foram destruídos para que
os jovens não fossem enganados pelos adoradores de Baal (Êx 23.32,33;
34.12,13). Para proteger os israelitas ainda mais contra essa corrupção, o
casamento com estrangeiros foi proibido, para que não houvesse corrupção do
israelita pelo adorador pagão através do casamento (Dt 7.2-4). Depois da
conquista, quando Israel desobedeceu, a razão do julgamento de Deus sobre eles tinham
raízes na violação da proibição por parte de Israel (Jz 2.2).
Além da aliança com os homens de Gibeão, com artimanhas concluídas com Josué,
não houve ligações oficiais com outras nações até os tempos de Salomão. Davi
tinha relações amistosas, baseadas em alianças pessoais, com os reis de Moabe,
Amom, Gate e Hamate; mas parece que Salomão foi o primeiro a estabelecer uma
aliança internacional com uma nação estrangeira. Isto foi feito com Hirão de
Tiro, em relação à construção do Templo e às operações da frota no Mar Vermelho
e no Oceano Índico (1 Rs 5.1-18; 9.26-28), A completa implicação desta aliança
não veio à tona até o casamento de Acabe com Jezabel, filha de um rei de Tiro.
A adoração a Baal imediatamente tomou conta da vida religiosa de Israel, mas
foi vigorosamente combatida por Elias, Eliseu e Jeú, Judá sentiu alguns maus
resultados desse casamento quando a filha de Jezabel, Atalia, tornou-se rainha
de Judá,
Nas disputas triangulares entre Israel, Judá e Síria foram feitas diversas
alianças. Em uma ocasião, Asa de Judá obteve a ajuda de Ben-Hadade da Síria
contra Baasa de Israel (1 Rs 15.18,19; 2 Cr 16.3). Mais tarde, Acabe de Israel
ganhou o auxílio de Josafá de Judá contra a Síria (1 Rs 22; 2 Cr 18.1). Depois
da morte de Acabe, Acazias de Israel procurou unir-se a Josafá no
estabelecimento de uma frota mercante, mas Deus não se agradou com isso e a
frota foi destruída (2 Cr 20.35-37). No tempo de Isaías, Rezim da Síria e Peca
de Israel se uniram contra Judá, mas Acaz de Judá conseguiu comprar a ajuda da
Assíria, que rapidamente destruiu a Síria, reduziu Israel à condição de sua
partidária, e finalmente fez de Acaz um fantoche nas suas mãos (2 Rs 16.5-8). A
última aliança trágica foi entre Zedequias e o Egito, que trouxe a Babilônia
contra Judá e destruiu Jerusalém completamente (Jr 37.1-8; Ez 17.15-17).
Em hebraico, uma “aliança״ é determinada pelo termo berit, e berit karat
significa “fazer (lit., ‘cortar’ ou ‘lapidar’) uma aliança”. Em grego o termo é
diatheke (que pode significar tanto “pacto”como “último desejo e testamento”),
e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16).
Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos
estão presentes; partes, condições, resultados, garantias.
As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas
da verdade: Soteriologia - O plano de Deus através de Jesus Cristo para redimir
os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas
alianças.
Profecia - As alianças abraâmica, palestina, davídica e as novas alianças abrem
todo o panorama relacionado à primeira e à segunda vinda de Cristo, e o seu reinado
milenar na terra. A maior parte das grandes alianças revela fatos relacionados
ao sofrimento, sacrifício, governo, e reinado do Messias. A maneira como estas
duas correntes de profecia deve ser interpretada determina finalmente a sua
escatologia, se ela deve ser amilenial, pós-milenial, ou premilenial, A questão
a ser encarada é se o método a ser aplicado a ambas correntes de profecia será
o mesmo, Disto deve depender a decisão sobre a questão do milênio, e a
interpretação de grande parte daquilo que está contido em cada passagem bíblica
sobre escatologia.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA 3Tr23 NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 3, CPAD, Missões Transculturais No Antigo Testamento,
4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
“Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó
e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios,
para seres a minha salvação até à extremidade da terra.” (Is 49.6)
VERDADE PRÁTICA
O amor de DEUS para com as nações deve ser o mesmo objetivo de todos os que
militam pela salvação das almas perdidas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 42.5-7; 43.10-13 Os israelitas como servos e testemunhas de DEUS
Terça - Ez 22.1-5 Os desvios, a desobediência, idolatrias e pecados morais dos
israelitas
Quarta - Jo 4.42 JESUS: De Israel como o Salvador do Mundo
Quinta - Is 45.6,22; 49.6; 52.10 Profecias de restauração que incluem as nações
entre os redimidos
Sexta - 1 Rs 17.8,9,23,24 DEUS em busca de uma pessoa estrangeira por
intermédio do profeta Elias
Sábado - Jn 1.1,2 DEUS em busca de uma nação por intermédio do profeta Jonas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 17.8,9,17-22; Jonas 1.1,2
1 Reis 17
8 - Então, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
9 - Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu
ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
17 - E, depois destas coisas, sucedeu que adoeceu o filho desta mulher, da dona
da casa; e a sua doença se agravou muito, até que nele nenhum fôlego ficou.
18 - Então, ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de DEUS? Vieste tu a
mim para trazeres à memória a minha iniquidade e matares meu filho?
19 - E ele lhe disse: Dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu regaço, e o levou
para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama,
20 - E clamou ao Senhor e disse: Ó Senhor, meu DEUS, também até a esta viúva,
com quem eu moro, afligiste, matando-lhe seu filho?
21 - Então, se mediu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor, e disse: Ó
Senhor, meu DEUS, rogo-te que torne a alma deste menino a entrar nele.
22 - E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele,
e reviveu.
Jonas 1
1 - E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua
malícia subiu até mim.
HINOS SUGERIDOS: 97, 266, 449 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, temos o propósito de estudar a perspectiva da Missão no Antigo
Testamento. Para isso, temos como elementos importantes a nação de Israel e o
amor de DEUS manifestado à mulher estrangeira, a viúva de Sarepta, que Elias encontrou
e o chamado de DEUS a Jonas para ir à Nínive. Assim, podemos ver evidências no
Antigo Testamento que se tornarão muito claras no Novo a respeito da obra
missionária.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Identificar Israel como um povo escolhido para um
propósito missionário; II) Demonstrar o amor de DEUS para com outras nações;
III) Relacionar as alianças de DEUS com a humanidade no Antigo Testamento.
B) Motivação: A perspectiva global de salvação está presente em todo o Antigo
Testamento. Essa perspectiva não é periférica, mas intencional. Mesmo no Antigo
Testamento, DEUS já intencionava salvar outros povos. Esse propósito é
compreendido a partir da vocação de Israel para ser um povo que revelasse o
DEUS de Abraão, de Isaque e de Jacó.
C) Sugestão de Método: Chegamos a terceira lição. É muito importante fazer uma
revisão do que já estudamos nas duas lições anteriores. Lembre-se que revisar é
uma lei preciosa do ensino. O aluno precisa perceber com clareza o
desenvolvimento do assunto ao longo do trimestre. Lembre-se de que na primeira
lição abordamos o conceito de Grande Comissão e de Missões Transculturais, bem
como uma visão global do Evangelho; na segunda lição, estudamos a natureza
missionária de DEUS, seu amor e sua implicação transcultural de sua missão.
Assim, nesta lição vamos estudar, de maneira específica, a natureza missionária
de DEUS no Antigo Testamento.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O Senhor JESUS é a verdadeira interpretação do Antigo Testamento,
de modo que em sua vida e ministério podemos perceber o cumprimento do plano de
Salvação projetado por DEUS desde o início do Antigo Testamento (Gn 3.15).
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 95, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A Força Moral e Religiosa
da religião nacional de Israel", localizado depois do primeiro tópico,
aprofunda a reflexão a respeito missão de Israel como testemunha da revelação
de DEUS ao mundo; 2) O texto "O Concerto de DEUS com os Israelitas",
ao final do tópico três, amplia a reflexão a respeito das alianças de DEUS com
os israelitas.
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – ISRAEL, UM POVO ESCOLHIDO PARA UM PROPÓSITO MISSIONÁRIO
1. O plano de DEUS
2. A falha de Israel
3. A contribuição de Israel para o mundo
II – O AMOR DE DEUS PARA COM OUTRAS NAÇÕES
1. Os olhos de DEUS sobre todos os povos
2. A viúva de Sarepta e o profeta Elias
3. A missão de Jonas em Nínive
III – ALIANÇAS ENTRE DEUS E A HUMANIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO
1. Alianças de DEUS
2. Aliança incondicional e condicional
COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO
Na lição anterior, vimos a natureza missionária de DEUS por meio de
sua relação com Abraão. Esta lição tem o propósito de considerar a nação de
Israel como um povo escolhido, com um propósito missionário, e tomar como
exemplo desse movimento missionário as narrativas bíblicas sobre Elias e a
viúva de Sarepta, e a ida do profeta Jonas a Nínive e, finalmente, analisar as
alianças de DEUS com a humanidade a partir da nação de Israel, no Antigo
Testamento. Contudo, o conceito de “missão”, da forma como o conhecemos hoje,
não aparece com clareza no Antigo Testamento em relação à nação de Israel como
povo escolhido de DEUS.
PALAVRA-CHAVE - Antigo Testamento
I – ISRAEL, UM POVO ESCOLHIDO PARA UM PROPÓSITO MISSIONÁRIO
1. O plano de DEUS
O Senhor nosso DEUS planejou, desde os tempos antigos, que o
testemunho de JESUS Cristo fosse proclamado a todos os habitantes da Terra (Gn
12.3; cf. Mt 24.14; 28.18-20). Ou seja, a vontade divina era que todos os
moradores da terra tivessem conhecimento a respeito da pessoa de JESUS. Nesse
sentido, o meio planejado por DEUS para o mundo conhecer o seu Filho passava
por uma nação. O Pai chamou a nação de Israel para ser um povo missionário.
Dessa forma, os israelitas deveriam ser testemunhas de DEUS (Is 42.5-7;
43.10-13).
2. A falha de Israel
Os israelitas se contaminaram com as religiões pagãs dos povos
vizinhos, além de se preocuparem muito com a identidade racial e nacional,
deixando de lado a vocação de ser testemunhas para DEUS. Nesse aspecto, são
muitos os relatos bíblicos que dão conta dos desvios dos israelitas, da sua
desobediência, idolatrias e pecados morais que relativizaram a aliança com DEUS
(Ez 22.1-5). Entretanto, em meio a tudo isso, Israel não deixou de ser bênção
para outras nações.
3. A contribuição de Israel para o mundo
Apesar de suas falhas, DEUS tornou Israel uma bênção para as
nações. Por exemplo, os judeus receberam e preservaram o Antigo Testamento, o
traduziram em grego, a língua mais usada naquele período; além de escribas
judeus manterem viva a ideia de que um dia os povos e as nações ouviriam a
Palavra de DEUS e responderiam a ela. Nesse sentido, JESUS Cristo, a Palavra
encarnada, veio de Israel como o Salvador do Mundo (Jo 4.42).
SINÓPSE I - Embora Israel tenha falhado em sua missão, a nação contribuiu na
revelação do plano de DEUS ao mundo.
Auxílio Missiológico
“A Força Moral e Religiosa da religião nacional de Israel. A
contracultura e o idealismo mencionados acima não foram assumidos abertamente e
cumpridos superficialmente. Eles necessitaram de fundações profundas e seguras,
convicções firmes, persuasões divinamente trabalhadas e uma coragem e lealdade
que não hesitavam diante do perigo, da crítica, animosidade, ou do sofrimento.
Nada disso falta na sociedade de crentes do Antigo Testamento — pelo menos não
nos advogados e líderes responsáveis. [...] DEUS revelou-se a Israel através de
várias promessas incondicionais que nem o tempo nem as circunstâncias mudam.
Sua real realização pode ser interrompida e adiada, mas as promessas são
permanentes devido ao caráter imutável e fidelidade moral de DEUS. Seu divino
‘Eu irei’ é sua garantia. As promessas são asseguradas a um povo que tem fé.
DEUS permanece o DEUS da promessa de Israel. Essas promessas sagradas conferem
tremendas responsabilidades a esse povo. Realmente, a ideia da promessa é tão
importante e dinâmica que se torna fundamental na interpretação da organização
do Antigo Testamento. DEUS e Israel estão unidos irrevogavelmente em uma
relação de promessa. DEUS é o DEUS de Israel; Israel é o povo de DEUS” (PETERS,
George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000,
p.120-21).
II – O AMOR DE DEUS PARA COM OUTRAS NAÇÕES
1. Os olhos de DEUS sobre todos os povos
Johannes Blauw, erudito em Missiologia, que escreveu sobre os
fundamentos do Antigo Testamento para Missões, afirma que desde o início DEUS
mantinha seus olhos em todas as nações e povos. Podemos perceber isso nos
capítulos 40 a 55 do livro do profeta Isaías, na ida do profeta Elias a Serepta
e no livro do profeta Jonas. Nos livros proféticos encontramos profecias de
restauração, incluindo um dia futuro no qual as nações estarão entre os
redimidos (Is 45.6,22; 49.6; 52.10). Portanto, a preocupação de DEUS para com
as nações é clara no Antigo Testamento.
2. A viúva de Sarepta e o profeta Elias
Sarepta é uma antiga cidade fenícia, localizada próxima ao sul de
Sidom. Quando Elias profetizou a grande seca que haveria na terra e castigaria
Israel, DEUS o enviou justamente à cidade de Sarepta, à casa de uma viúva que
era muito pobre. Quando Elias chegou, ela estava preparando a última comida que
tinha em casa, já convencida de que ela e seu filho morreriam logo depois. Mas,
quando a viúva obedeceu à palavra de Elias, foi abençoada com o milagre da
botija (a multiplicação da farinha e do azeite). Em seguida, o filho dela
adoeceu e morreu. Nesse momento, Elias fez uma coisa maravilhosa que ela nunca
esperaria. Pelo poder de DEUS, o profeta ressuscitou o menino e o restaurou à
vida. A mãe do menino falou: “Nisto conheço, agora, que tu és homem de DEUS e
que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” (1 Rs 17.24). Dessa forma, DEUS
se tornou conhecido de uma estrangeira.
DEUS mantinha seus olhos em todas as nações e povos. [...] Portanto,
a preocupação de DEUS para com as nações é clara no Antigo Testamento.”
3. A missão de Jonas em Nínive
Jonas foi um dos poucos missionários bíblicos para os estrangeiros.
Não é por acaso que o tema do seu livro é “a misericórdia de DEUS para com
todos os homens” (Jn 1.2; 3.2; 4.4-11). Mesmo não tendo um conhecimento mais
claro sobre de que maneira Israel deveria abençoar as nações, Jonas recebeu a
ordem específica de ir a Nínive para advertir aquele povo sobre o juízo divino
que estava prestes a se abater sobre os ninivitas, como consequência de seus
muitos pecados. Nínive era a capital da Assíria, uma nação perversa, cruel e
imoral (Na 1.11; 2.12,13; 3.1,4,16,19). A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD),
ao comentar o capítulo 3 do livro, destaca ter sido um dos despertamentos
espirituais mais notáveis da história, quando o rei conclama a todos ao jejum e
à oração e, por isso, o juízo não recaiu sobre eles. Como a cidade não foi
condenada, em razão do arrependimento do povo, o profeta ficou profundamente indignado.
Todavia, o Senhor o fez ver que Ele ama a humanidade toda (Jn 4.11).
SINÓPSE II
Por meio do relato da viúva de Sarepta e de Jonas em Nínive,
podemos testemunhar o amor de DEUS pelas nações no Antigo Testamento.
III – ALIANÇAS ENTRE DEUS E A HUMANIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO
1. Alianças de DEUS
Com a queda do homem, toda a criação ficou sujeita ao pecado (Gn
3.1-6; Rm 8.20). Entretanto, DEUS providenciou meios para redimir a humanidade
e restaurar a comunhão perdida (1 Pe 1.19,20). Assim, Ele estabeleceu algumas
alianças com o homem a fim de tornar conhecida a sua glória entre as nações e
receber delas a legítima adoração. Por isso, há na Bíblia alianças denominadas
condicionais e incondicionais entre DEUS e a humanidade.
2. Aliança incondicional e condicional
A Aliança Incondicional é uma disposição soberana de DEUS, mediante
a qual Ele estabelece um contrato incondicional ou declarativo com o homem,
obrigando-se em graça, por um juramento irrestrito, a conceder, de sua própria
iniciativa, bênçãos para aqueles com quem compactua (Gn 12.1-4). A Aliança
Condicional é uma proposta de DEUS, em que, num contrato condicional e mútuo
com o ser humano, segundo condições preestabelecidas, Ele promete conceder
bênçãos especiais ao indivíduo, desde que este cumpra perfeitamente certas
condições, bem como executar punições precisas em caso de não cumprimento (Dt
28). Assim, por meio de suas alianças, DEUS firmou um compromisso com o rei
Davi de alcance mundial, que resultou no advento do Senhor JESUS como Salvador,
enviado por DEUS ao mundo (Gl 4.4).
SINÓPSE III - Há alianças condicionais e incondicionais na Bíblia que tornam
conhecida a glória de DEUS entre as nações.
Auxílio Bibliológico
“O Concerto de DEUS com os Israelitas
UM CONCERTO É DEFINIDO. Um concerto é um acordo formal e
obrigatório ou uma promessa entre duas partes. É como um contrato, mas,
enquanto o contrato é um acordo legal que envolve termos específicos e
requisitos, um concerto é um ‘acordo de vida’ em que as partes se comprometem
uma com a outra. O casamento é uma forma de concerto. No caso do concerto de
DEUS com o seu povo, Ele promete ser o seu DEUS, e eles prometem se reservar
como o povo de DEUS. O concerto se baseia nas leis e promessas de DEUS para o
povo e na fidelidade e obediência do povo a DEUS. Enquanto os israelitas
permanecessem em seu acordo de vida com DEUS, teriam um relacionamento especial
com Ele e teriam a vida e o propósito que DEUS tencionava para eles.
[...] (6) Por meio do seu concerto com os israelitas, DEUS desejava que as
outras nações reconhecessem os benefícios de seguir o único DEUS verdadeiro, e
desejassem fazer parte da sua comunidade de fé (veja Dt 4.6, nota). No futuro,
por meio do Redentor prometido (isto é, o Salvador, Cristo) DEUS convidaria as
nações do mundo para também aceitar essas promessas. Nesse sentido, o concerto
tinha uma ênfase missionária” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.349-50).
CONCLUSÃO
Vimos que o plano de DEUS abrange toda a humanidade. Seu alvo é revelar a sua
glória a todos os povos. Por diversas vezes, Israel foi advertido pelos
profetas para não guardar a mensagem de salvação somente para si, mas
proclamá-la “entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas
maravilhas” (Sl 96.3). Essa é uma raiz muito importante do Antigo Testamento
para entender as missões no Novo, tema da próxima lição.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Para que DEUS chamou o povo de Israel? O Pai chamou a nação de Israel para
ser um povo missionário. Dessa forma, os israelitas deveriam ser servos e
testemunhas de DEUS (Is 42.5-7; 43.10-13).
2. Em que DEUS tornou Israel diante de outras nações? DEUS tornou Israel uma
bênção para as nações.
3. Quais os dois exemplos bíblicos, de acordo com a lição, que mostram DEUS interessado
em pessoas e nações estrangeiras? O relato da viúva de Sarepta e o de Jonas em
Nínive.
4. O que são as alianças incondicional e condicional? A aliança incondicional é
a disposição soberana de DEUS em estabelecer um contrato incondicional ou declarativa
e irrestrita pela sua própria iniciativa; a aliança condicional é um contrato
condicional e mútuo com o ser humano.
5. O que DEUS estabeleceu com o homem e qual foi o propósito disso? Por meio de
suas alianças, DEUS firmou um compromisso com o rei Davi de alcance mundial,
que resultou no advento do Senhor JESUS como Salvador.