Escrita Lição 13, Central Gospel, Os Dons Espirituais E De Serviço, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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TEXTO BÍBLICO BÁSICO 1 Coríntios 12.1,4-10,28; Romanos 12.7,8
1 Coríntios 12.1,4-10,28 - 1 - Acerca dos dons espirituais, não
quero, irmãos, que sejais ignorantes. 4 - Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO
é o mesmo. 5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 6 - E
há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos. 7 -
Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. 8 - Porque
a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO,
a palavra da ciência; 9 - e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo
mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; 10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a
outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a
variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 28 - E a uns pôs DEUS
na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro,
doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos,
variedades de línguas.
Romanos 12.7,8
7 - Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja
dedicação ao ensino; 8 - ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que
reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita
misericórdia, com alegria.
TEXTO ÁUREO
Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo
particularmente a cada um como quer. 1 Coríntios 12.11
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – 1 Coríntios 13.1 O dom por excelência
3ª feira – 1 Coríntios 13.3 A generosidade motivada pelo amor
4ª feira – 1 Coríntios 12.7 Os dons espirituais são para todos
5ª feira – Atos 6.10 O poder do dom da sabedoria
6ª feira – 1 Coríntios 12.28 É DEUS quem estabelece
Sábado – 1 Coríntios 12.31 Dedicação criteriosa na busca dos
melhores dons
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
discernir a natureza e o propósito dos dons espirituais e de serviço;
identificar as três categorias principais dos dons espirituais; entender-se
como alguém a quem o ESPÍRITO SANTO quer usar com dons espirituais e de
serviço.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, o exercício dos dons espirituais e de serviço,
na igreja local, era um dos temas sobre os quais os coríntios tinham pedido
conselhos ao apóstolo Paulo. Muitos deles sentiam-se atraídos pelos dons mais
espetaculares. Paulo, então, relacionou nove dons. Seu uso é comparado ao
funcionamento das várias partes do corpo humano, visando a um fim proveitoso ao
Corpo como um todo. Excelente aula!
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. OS DONS
CONCEDIDOS PELO ESPÍRITO SANTO
1.1. A origem
dos dons
1.1.1. A
natureza dos dons
1.2. A
finalidade dos dons
1.2.1.
Aplicação prática
2. EXPRESSÕES
BÍBLICAS PARA OS DONS NO NOVO TESTAMENTO
2.1. Dons
espirituais
2.2. Dons da
graça
2.3. Operações
3. CATEGORIAS
DOS DONS ESPIRITUAIS
3.1. Dons de
revelação
3.2. Dons de
poder
3.3. Dons de
inspiração vocal
4. DONS DE
SERVIÇO
4.1.
Identificação
4.2. Virtudes e
recomendações
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Vejamos Várias
lições sobre o mesmo tema:
Lição 1, E Deu Dons
aos Homens
Revista Lições
Bíblicas Adultos, CPAD, 2° Trimestre 2021
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos Homens com Poder
Extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
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Lição 1, E Deu Dons
aos Homens
Vídeo desta Lição
- https://www.youtube.com/watch?v=KRk5ttY-MXQ
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/03/escrita-licao-1-e-deu-dons-aos-homens.html
Slides
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Lições já
comentadas em 2014
Lição 1- E Deu Dons aos Homens
Lição 2- O Propósito
dos Dons Espirituais
Lição 3- Dons de Revelação
Lição 4- Dons de Poder
Lição 5- Dons de Elocução
Lição 6- O Ministério de Apóstolo
Lição 7- O Ministério de Profeta
Lição 8- O Ministério
de Evangelista
Lição 9- O Ministério de Pastor
Lição 10- O Ministério
de Mestre ou Doutor
Lição 11- O Presbítero,
Bispo ou Ancião
Lição 12- O Diaconato
Lição 13- A Multiforme
Sabedoria de DEUS
TEXTO ÁUREO
“Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos
homens.” (Ef 4.8)
VERDADE PRÁTICA
Os dons são dádivas divinas para a Igreja cumprir sua missão até que o Noivo
venha buscá-la.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 12.3-8; 1 Coríntios 12.4-7
Romanos 12
3 - Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba
mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé
que DEUS repartiu a cada um. 4 - Porque assim como em um corpo temos muitos
membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, 5 - assim nós, que somos
muitos, somos um só corpo em CRISTO, mas individualmente somos membros uns dos
outros. 6 - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é
dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; 7 - se é ministério, seja
em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; 8 - ou o que exorta, use
esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com
cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
1 Coríntios 12
4 - Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. 5 - E há diversidade
de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 6 - E há diversidade de operações, mas
é o mesmo DEUS que opera tudo em todos. 7 - Mas a manifestação do ESPÍRITO é
dada a cada um para o que for útil.
Resumo da Lição 1,
E Deu Dons aos Homens
I – OS DONS NA
BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
2. No Novo
Testamento.
3. Uma dádiva para
a Igreja.
II – OS DONS DE
SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. Dons relacionados ao serviço cristão.
2. Conhecendo os
dons espirituais.
3. Acerca dos dons
ministeriais.
III – CORINTO: UMA
IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11)
1. Os dons são importantes.
2. Diversidade dos
dons.
3. Autossuficiência
e humildade.
Resumo rápido do Pr
Henrique - Lição 1, E Deu Dons aos Homens
INTRODUÇÃO
Dons Espirituais
são manifestações sobrenaturais tanto de DEUS PAI através dos dons assistenciais,
quanto de JESUS CRISTO com os Dons ministeriais, quanto do ESPÍRITO SANTO com
seus nove Dons.
I – OS DONS NA
BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
DOM - Diversas
palavras com o significado básico de “dádiva” vêm da raiz hebraica nathan
significando “dar”. Elas são usadas com relação a dotes (Gn 24.53; 34.12); a
parte de uma herança (Gn 25.6; 2 Cr 21.3); uma oferta religiosa sacrificial (Nm
18.11); um incentivo para se obter o favor de outra pessoa (Pv 18.16; 21.14) e
um suborno (Pv 15.27; Ec 7.7). A assistência pecuniária (Et 2.18) e um presente
dado em sinal de respeito (2 Sm 19.42) sâo derivados da raiz hebraica nasa, que
quer dizer “angariar”. É traduzida como “imposto” e “oferta” em 2 Crônicas
24.6,9. Em 2 Samuel 11.8 é traduzida como “iguaria” ou “presente”. A palavra
hebraica minha é usada quando se trata de uma oblação (2 Sm 8.2,6; 1 Cr
18.2,6); shohad sempre quer dizer um suborno, um presente com o objetivo de
escapar de uma punição (Êx 23.8; Dt 10.17).
As palavras gregas no Novo Testamento estão relacionadas ao verbo didomi: dosis
pode ser usada com um sentido ativo de “dar” (Fp 4.15) ou com um sentido
passivo de “dádiva” (Tg 1.17); doron é usada especificamente para “presente”,
“dádiva” ou “oferta” (Mt 2.11), embora nem sempre necessariamente voluntário;
dorea denota um presente (Rm 3.24).
O presente supremo de DEUS para a humanidade é o seu Filho (2 Cr 9.15; Jo
3.16). O ESPÍRITO SANTO é o presente prometido do Pai, enviado pelo Filho, que
deve ser recebido com uma fé ativa pelos cnstãos fiéis (Jo 14.16,26; 15.26;
16.7; At 1.4,5; 2.33,38,39; Gl 3.14). Os dons espirituais manifestam-se por
meio do ESPÍRITO SANTO (1 Co 12.1-11). (Dicionário Bíblico Wycliffe)
2. No Novo
Testamento.
DONS
ESPIRITUAIS - Três palavras gregas estão envolvidas na discussão do
apóstolo Paulo sobre os dons espirituais em 1 Coríntios 12-14;
(1) tapmum. atika
(1 Co 12.1; 14.1; veja também Rm 1.11), “dons, poderes ou manifestações
espirituais”.
(2) ta pneumata (1
Co 14.12), “espíritos" ou manifestações do ESPÍRITO,
(3) ta charismata
(1 Co 12.4,9, 28,30,31; veja também Rm 1.11; 12.6; 1 Co 1.7; 1 Tm 4.14; 2 Tm
1.6; 1 Pe 4.10), “dons da graça”.
Um dom espiritual ou carismático é uma capacidade ou um poder sobrenatural
conferido a um cristão fiel pelo ESPÍRITO SANTO, que lhe dá a capacidade de
desempenhar sua função como um membro do corpo de CRISTO (1 Co 12.4-27). Estes
dons não devem ser considerados talentos naturais, mas sim manifestações
sobrenaturais do próprio ESPÍRITO (v. 7). Eles não devem ser confundidos com
graças espirituais ou com as várias qualidades do fruto do ESPÍRITO - facetas
do caráter de CRISTO que todos os crentes devem cultivar (Gl 5.22,23). Eles não
são idênticos aos postos ou posições espirituais na igreja, seja para a
supervisão temporal ou espiritual dos seus assuntos (presbíteros, diáconos, 1
Timóteo 3.1-13), seja para o ministério público (apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e doutores, Efésios 4.11). Somente determinados crentes
são indicados para esses ofícios espirituais (1 Co 12.28a, 29a) - os dons de
CRISTO (domata) para sua igreja (Ef 4.8) - em vista dos dons espirituais
específicos já evidenciados em suas vidas.
Em 1 Coríntios 12.14, Paulo explica a unidade, a diversidade, a distribuição, a
ordem, a motivação, a permanência, o valor relativo e o uso adequado dos dons
espirituais. Com relação à sua unidade, todos eles são dados, administrados e
energizados ou inspirados pelo mesmo DEUS trino e Uno (1Co 12.4-6,11). O único
propósito do ESPÍRITO SANTO ao outorgar esses poderes aos cristãos é sempre o
de glorificar a CRISTO (1Co 12.3), para o benefício e o bem comum de todos (1Co
12.7).
Com relação às suas diversidades ou diferenças, eles são chamados “dons”
(charismata} do ESPÍRITO (1Co 12.4), “ministério” ou atos de serviço da parte
do Senhor (1Co 12.5) e “operações” ou atividades de DEUS Pai (1Co 12.6). O
apóstolo então fala de nove dons: a palavra de sabedoria, a palavra da ciência,
a fé (não a fé salvadora, mas uma fé excepcional para realizar as obras de
CRISTO, Jo 14.12), os dons carismáticos da cura, a operação de maravilhas, que
são milagres ou realizações milagrosas, a profecia ou as declarações
proféticas, o discernimento dos espíritos, a capacidade de falar uma variedade
de línguas e a interpretação das línguas (1Co 12.8-10). Outros dons
carismáticos são mencionados em 1Co 12.28-30 (socorros, governos), e em Romanos
12.6-8 (estas como dons de DEUS PAI)..
É possível fazer várias classificações dos dons. Porém, a de 1 Pedro 4,10,11
(Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da
multiforme graça de DEUS.
Se alguém falar, fale segundo as palavras de DEUS; se alguém administrar,
administre segundo o poder que DEUS dá, para que em tudo DEUS seja glorificado
por JESUS CRISTO, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre.
Amém!) talvez seja a mais satisfatória. Pedro descreve duas categorias
principais - os dons da expressão vocal, de modo que o possuidor do dom fala
como se fossem palavras ditas pelo próprio DEUS, e os dons de um serviço
prático em um nível sobrenatural. Paulo faz uma classificação semelhante quando
afirma que os crentes Coríntios estavam enriquecidos com todas as bênçãos e com
todo o conhecimento, e não lhes faltava nenhum dom carismático (1 Co 1.5-7; cf.
2 Co 8.7).
Quando à distribuição dos dons, Paulo diz que eles são outorgados a “cada um”,
isto é, a cada crente (1 Co 12.7; veja também 1 Pe 4.10). O ESPÍRITO é soberano
na concessão desses dons, “repartindo particularmente a cada um como quer” (1
Co 12.11). E possível que um indivíduo manifeste mais do que um dom, e que
tenha mais de um ministério, Paulo, por exemplo, foi ricamente dotado, e tinha
a capacidade de falar várias línguas, de profetizar e de realizar milagres, e
foi primeiramente um professor (Atos 11.25,26; 13.1) e, depois, um apóstolo
(Atos 14.4,14). Normalmente, como na igreja em Corinto, os dons são amplamente
distribuídos entre os santos (1 Co 1.5-7; 12.29,30).
Quanto à ordem dos dons, Paulo ensina que alguns têm maior utilidade do que
outros (1 Co 12.28,31; 14.1-25). Apesar disso, nenhum deles deve ser dispensado
ou desprezado (1 Co 14.39; 1 Ts 5.20). Os Coríntios tendiam a valorizar o dom
de línguas como sendo o mais desejável, talvez devido ao amor dos gregos pela
oratória. Mas Paulo coloca esse dom no final de suas listas (1 Co
12.8-10,28-30).
Quanto ao motivo adequado para a vontade de ter os dons, e a motivação correta
para usá-los, Paulo deixa bastante claro que o amor pelos outros é a única base
verdadeira. “eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente" (1 Co
12.3-10), um caminho par excellence (por excelência; kath' hyperbolen). Se os
dons de línguas, de profecia, de ciência ou dos socorros não estiverem
enraizados no amor, eles não terão valor (1 Co 13.1-3).
Quanto à continuidade ou permanência dos dons, existe muita diferença de
opiniões. Obviamente, o oficio do primeiro apostolado em seu sentido básico de
estar com CRISTO, testemunhar sua vida e morte e essusrreição e aprender
diretamete dele foi retirado. Em um sentido secundário, no entanto, muitos missionários
fizeram o trabalho dos apóstolos com extraordinários dons e bênçãos de DEUS. O
dom da profecia, em seu sentido original de anunciar e escrever a inspirada e
infalível Palavra de DEUS foi soberanamente retirado; mas os crentes ainda
podem anunciar uma mensagem impressa por DEUS quando estão à disposição do
ESPÍRITO ou sob sua unção. Paulo ensina que mesmo o amor não cessando nem
falhando, os dons espirituais serão interrompidos "quando vier o que é
perfeito” (1 Co 13.10). A consideração do versículo 12, que diz que então
veremos face a face e teremos o conhecimento completo, assim como somos
conhecidos, parece indicar que Paulo está antecipando o estado perfeito das
coisas prenunciado pelo retomo de CRISTO dos céus (J. H. Thayer, A
Greek-Englisk Lexicon of the New Testament, p. 618). Mesmo porque o mesmo Palo
não se considera perfeito - Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito;
mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por CRISTO JESUS.
Filipenses 3:12.
Um estudo da história da igreja revela que muitos dos dons carismáticos
continuaram a se manifestar muito tempo após a morte de todos os apóstolos
(Adolf Harnack, The Mission and Expansion of Christianity, Harper Torchbooks,
1962, pp. 129-146,199- 205), e que nos novos campos de missão e nas épocas de
avivamento espiritual, o Senhor ainda confirma sua Palavra por meio da operação
de dons sobrenaturais do ESPÍRITO. Certamente, tanto os nove dons do ESPÍRITO
SANTO, como os dons de ensinar, de exortar, de repartir e de presidir (Rm 12.6-
8), ou os dons dos socorros e dos governos (1 Co 12.28) são funções contínuas,
pois a igreja sempre precisará de crentes com tais talentos.
O falar em línguas e orar nesta língua tem muito valor para o próprio
crescimento espiritual do crente em sua edificação (1 Co 14.2,4, 14-18,28),
assim como para a congregação, para o seu fortalecimento quando o falr em
línguas vem acompanhado do dom de interpretação (1Co 14.5,13,26-28). Aquele que
profetiza na língua da congregação ajuda a congregação mais díretamente e mais
claramente dando uma mensagem de edificação, exortação e consolação (1Co 14.3).
O dom de Variedade de línguas também é um sinal para os icrédulos. Isto é
evidente quando uma língua desconhecida àquela pessoa que a está falando é
reconhecida por um “estrangeiro” ou por alguém não crente, presente na reunião
(1Co 14.22; Mc 16.17,20), como no Dia de Pentecostes (Atos 2.4-12).
Quanto ao uso adequado dos dons espirituais, Paulo instrui cuidadosamente a
igreja de Corinto quanto à manifestação ordenada dos dons de expressão oral nas
suas reuniões. Somente deve falar um por vez - e este deve permitir que os
outros coloquem sua mensagem à prova - para evitar confusões e para que todos
possam ser edificados (1 Co 14.26- 40). Para corrigir os abusos, ele não proíbe
a prática dos dons, mas termina dizendo: “faça- se tudo decentemente e com
ordem” (v. 40). (Dicionário Bíblico Wycliffe).
No Dom variedade de
Línguas temos pelo menos 4 tipos de Línguas faladas:
a- Língua para
oração, par edificação própria (Língua falada no batismo e que acompanha o
crente durante toda sua vida), 1 Coríntios 14.4; Efésios 6.18; Judas 1.20.
b- Língua para
falar com um estrangeiro em sua língua materna (Um tipo de Língua falada
no dia de pentecostes). Atos 2.8. Nesse Dom também pode-se falar numa língua
desconhecida, mas o ouvinte entende claramente.
c- Língua para
ser interpretada. 1 Coríntios 12.30; 14.13, 27, 28.
d- Língua para
intercessão. Romanos 8.26.
3. Uma dádiva para
a Igreja.
Os Dons espirituais
(de DEUS, portanto) são dividisos em 3 grupos para entendermos
melhor. Dons Assistenciais (Rm 12.6-8 e 1 Co 12.28), Dons do ESPÍRITO
SANTO (1 Co 12.8-11) e Dons Ministeriais (Ef 4.11).
Cremos que são
listagens completas dadas por Paulo a respeito dos Dons Espirituais.
Exemplo: - A
listagem de nove dons do ESPÍRITO SANTO é completa, pois Paulo diz que todos os
dons do ESPÍRITO SANTO se manifestavam na Igreja de Corinto (1 Co 1.7).
A Igreja que possui
todos os Dons espirituais [Dons Assistenciais (Rm 12.6-8 e 1 Co 12.28), Dons do
ESPÍRITO SANTO (1 Co 12.8-11) e Dons Ministeriais (Ef 4.11)], com certeza é uma
Igreja forte, saudável e vitoriosa; não era assim mesmo a Igreja no início?
II – OS DONS DE
SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. Dons relacionados ao serviço cristão.
De modo que, tendo
diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela
segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja
dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte,
faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita
misericórdia, com alegria. Romanos 12:6-8.
Ora, vós sois o
corpo de CRISTO e seus membros em particular. E a uns pôs DEUS na igreja,
primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores,
depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de
línguas. Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos
doutores? São todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? Falam
todos diversas línguas? Interpretam todos? Portanto, procurai com zelo os
melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente. 1 Coríntios
12:27-31
Em Romanos 12.6-8 e
1 Coríntios 12.28 o apóstolo Paulo ensina que cada membro do corpo de CRISTO
tem sua importância e função dentro deste corpo místico que é a Igreja. Nenhum
membro do corpo é auto suficiente e nem autoexistente. Todos dependem uns dos outros e
devem servir uns aos outros em amor e temor a DEUS.
Cada membro
do Corpo de CRISTO deve ministrar aos outros seus Dons para edificação,
consolação e exortação.
Na igreja
necessitamos uns dos outros para o fortalecimento da nossa vida espiritual e
comunhão em CRISTO.
Paulo cobra de cada
um o exercício de seu dom recebido pela graça de DEUS. Às vezes encontramos na
Igreja alguém com um determinado Dom que falta aos outros, porém este crente
não está sendo usado pela Igreja. É necessário que todos participem do trabalho
da Igreja e que sejam úteis ao corpo de CRISTO. Alguém que é chamado para
contribuir financeiramente para a obra do Senhor deve ser também orientado a
viver de maneira santa e irrepreensível.
Por isso mesmo
Paulo chama a atenção de Timóteo para despertar o Dom que nele existia pela
imposição de mãos tanto dele mesmo, paulo, como do ministério.
Por este motivo, te
lembro que despertes o dom de DEUS, que existe em ti pela imposição das minhas
mãos. 2 Timóteo 1:6
Não desprezes o dom
que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do
presbitério. 1 Timóteo 4:14
2. Conhecendo os dons espirituais (Dons do ESPÍRITO SANTO).
“Acerca dos dons
espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1 Co 12.1). Os dons
listados em 1 Coríntios 12 são: Palavra da sabedoria; palavra da ciência; fé;
dons de curas; operação de maravilhas; profecia; discernimento de espíritos;
variedades de línguas e interpretação de línguas.
O exercício dos Dons do ESPÍRITO SANTO é regulamentado por paulo
para que haja edificação ao corpo de CRISTO, a Igreja. Os Dons não são e não
podem ser regulamentados, somente o exercício desses Dons. Quem está no
controle é o ESPÍRITO SANTO,porém o crente deve saber se controlar, pois
no exercício do Dom entra a parte espiritual do crente, mas também a
sentimental e a emocional. O ESPÍRITO SANTO é DEUS e não pode ser
frustrado, mas o crente pode e deve ser moderado e amoroso e humilde quando
estiver sendo usado por Ele. E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos
profetas. 1 Coríntios 14:32. o espírito humano pode e deve ser submisso a DEUS
para que haja ordem e descência na administração dos Dons.
Os crentes de
Corinto tinam um passado de idolatria e servidão a demônios. Agora estavam
libertos, mas deveriam tomar cuidado com as divisões devido a valorização de
alguns em detrimento de outros. Estavam formando grupos de preferências
ministeriais e seguindo um rumo que os levaria a idolatria de homens. Quero
dizer, com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu,
de Cefas, e eu, de CRISTO. 1 Coríntios 1:12. Estavam se tornando vários corpos
e não um único corpo, o de CRISTO.
Está CRISTO
dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de
Paulo? 1 Coríntios 1:13.
Assim Paulo
os trás de volta a origem do corpo de CRISTO com uma única cabeça, JESUS
CRISTO. É preciso união com CRISTO e submissão a sua autoridade sobre sua
própria Igreja. Somos de CRISO e tudo o que podemos ser aqui na Terra é servos
Dele e para Ele.
Mas vós sois dele,
em JESUS CRISTO, o qual para nós foi feito por DEUS sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção;
para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. 1
Coríntios 1:30,31
Todos os crentes
podem ser usados em Dons do ESPÍRITO SANTO. Paulo afirma isto mesmo -
Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos
aprendam e todos sejam consolados. 1 Coríntios 14:31.
Um mesmo crente
pode ser usado em diferentes dons espirituais - basta estudarmos a vida
dos apóstolos Paulo e Pedro, por exemplo, para notarmos claramente isto. Ambos
foram usados em diversos Dons, tanto assistenciais, como ministeriais como do
ESPÍRITO SANTO.
O amor deve ser a
mola mestra para o exercício dos Dons do ESPÍRITO SANTO e existe Dom mais
importante do que outros, embora todos sejam importantes e necessários.
Segui o amor e
procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. 1
Coríntios 14:1
Em 1 Coríntos 14
existem várias orientações sobre o uso correto dos Dons na Igreja. A Bíblia nos
adverte também para a não proibição de seu livre exercício.
Portanto, irmãos,
procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. 1 Coríntios 14:39
Não desprezeis as
profecias. 1 Tessalonicenses 5:20
Os dons do
ESPÍRITO SANTO são concedidos pela graça de DEUS ao crente para que o
mesmo compartilhe com outros essas maravilhosas bênçãos, tudo movido pelo amor.
Os dons
do ESPÍRITO SANTO são ferramentas de grande eficiência para
evangelização. Conversões em massa e pessoais têm ocorrido desde a fundação da
Igreja, no pentecostes.
Os dons
do ESPÍRITO SANTO, na igreja, visam principalmente o compartilhamento
entre os irmãos que suprem a necessidade de cada um. Assim, se um está doente,
aquele que tem o dom de curar orará para que este seja curado, e assim por
diante. Todos serão abençoados, edificados, exortados e consolados nas diversas
manifestações do ESPÍRITO SANTO.
Na Igreja de
Corinto, como havia abundância, havia a totalidade dos dons em operação, houve
a necessidade de Paulo regulamentar essas manifestações que estão à disposição
do crente, mas estão também sob o controle de cada um. Assim Numa mesma reunião
Paulo aconselha que haja no máximo três crentes que vão profetizar, sempre um
depois do outro, tudo isso visando a edificação dos outros. Paulo também ensina
que o crente deve falar em línguas baixinho para que aquele que for usado para
trazer a mensagem que vai ser interpretada seja ouvido. Paulo chama a atenção
para o fato de que não se pode proibir falar em línguas, mas regulamentar sua
prática quando numa reunião onde haja descrentes. A solução é aquele crente que
fala em línguas orar para que ele mesmo interprete a mensagem que trouxe em
línguas ou que outro a interprete.
Pela imaturidade da
maioria dos crentes e pela falta de experiência dos líderes com os dons é que
na maioria das vezes os que são usados em dons são considerados mais
espirituais e superiores aos demais. Paulo não disse que todos os crentes em
Corinto eram carnais, mas disse que havia muitos carnais entre eles. Paulo não
disse que aqueles que estavam sendo usados em dons eram carnais. O que ocorre
na maioria dos avivamentos é que enquanto uns estão se consagrando e buscando
serem cada dia mais usados por DEUS, outros, que não estão interessados neste
avivamento ou estão cometendo pecados encobertos acabam por se beneficiarem da
alegria e do amor que invadiu as almas de todos e isso os levou a
desconsiderarem a correção dos que teimam em continuar no pecado.
Devemos tomar o
cuidado de ensinar aos crentes a buscarem diligentemente os dons e a
valorizarem esses dons tanto na evangelização como na edificação da igreja.
estamos vivendo época em que se busca mais as dádivas de Mamom (como sinal de
espiritualidade???) do que as dádivas espirituais de DEUS. Professores de
Escola Bíblica Dominical deveriam ser os que mais dons tivessem em evidência,
pois ensinam a Bíblia, onde se ensina que o verdadeiro evangelho é comprovado
por sinais, prodígios e maravilhas.
John Wimber
escreveu: “Quando duas frentes colidem, uma quente e uma fria, o resultado é
que algo impetuoso ocorre: raios e trovões, chuva ou neve, até mesmo tornados e
furacões. Há um conflito, e dele decorre a liberação de energia. Isso se dá com
desordem, com confusão, é difícil de ser controlado.” Mais adiante ele diz:
“Encontros de poder não são fáceis de controlar. Esta é uma palavra que para
muitos cristãos ocidentais é dura para se aceitar, porque todos os fenômenos
que não se encaixam dentro de um pensamento racional nos são desconfortáveis:
eles nos lançam no escuro mundo que ultrapassa o racional, em que sentimos
perder todo o controle da situação. Eventos que não estão de acordo com as
nossas posturas normais do pensamento são ameaçadoras para nós, causando medo,
por não nos serem familiares — especialmente onde ocorre poder espiritual.”
3. Acerca dos dons
ministeriais.
E ele mesmo deu uns
para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros
para pastores e doutores, Efésios 4:11
Assim como o corpo
humano possui 5 sentidos e para funcionar bem, de acordo com o plano de DEUS
para ele, devem esses 5 sentidos estarem em pleno funcionamento e em
concordância com o restante do corpo; assim também a igreja, o corpo de CRISTO
na terra, possui 5 ministérios que deverão estar em pleno funcionamento e em
concordância com o restante do corpo para produzirem de acordo com o plano de
DEUS, fazendo a obra de DEUS com poder e com excelentes resultados - Almas para
CRISTO.
Motivo de haverem
ministérios na Igreja: aperfeiçoamento dos santos, unidade da fé, conhecimento
do Filho de DEUS, sejamos perfeitos (perfeição esta conquistada após o
arrebatamento).
querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho
de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, para que
não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de
doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça,
CRISTO, Efésios 4:12-15.
Um membro que tem o
Dom ministerial de Pastor, por exemplo, deve saber que está no corpo para
servir os demais, nunca deve buscar apenas seu bem financeiro, por exemplo,
pois deve administrar o dinheiro da Igreja para evangelização dos povos e nunca
para enriquecimento próprio. O pastor é servo de todos e está na Igreja para
coordenar os trabalhos da Igreja. Assim o pastor deve conhecer bem os membros
da igreja e seus dons para colocar cada um em sua função para o bem de todo o
corpo. Cada um deve ter oportunidade de melhorar a condição tanto física como
espirital do corpo de CRISTO, a Igreja. Este foi um exemplo dentro do corpo e
de seus vários ministérios, porém cada membro tem em si seu chamado e função.
Seu Dom, ou dons, deve servir ao bem comum, seja assistencial, ministerial ou
espiritual.
Assim todos os
ministérios devem ter em mente e como objetivo o servir a todos e uns aos
outros.
III – CORINTO: UMA
IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11) -
(DONS do ESPÍRITO SANTO)
1. Os dons (do ESPÍRITO SANTO) são importantes.
Os cessacionistas,
emtre os quais, principalmente, os calvinistas, sem terem um mínimo de
conhecimento de como funcionam as igrejas evangelicas pentecostais, nos acusam
de várias coisas, entre elas, a de sermos individualistas, considerando cada um
superior ao outro, de acordo com o número ou importância de cada dom. O crente
pentecostal sabe que os dons são dados por DEUS, portanto ninguém é maior do
que outro porque tem algum dom sendo manifestado através de si ou de outrem.
Estes cessacionistas desconhecem o verdadeiro evngelho e despresam as operações
do ESPÍRITO SANTO.
Em Corinto estava
ocorrendo isto. Cada um tinha sua preferência. Apolo (o eloquente pregador),
Paulo (o mestre e operador de doins de curar), Pedro (o apóstolo dos apóstolos
cheio de poder). Alguns ainda se diziam pertencer a um grupo de CRISTO.
Quero dizer, com
isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas,
e eu, de CRISTO. 1 Coríntios 1:12
Porque, dizendo um:
Eu sou de Paulo; e outro: Eu, de Apolo; porventura, não sois carnais? Pois quem
é Paulo e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o
Senhor deu a cada um? 1 Coríntios 3: 4, 5.
Veja que havia
preferência por algum dom, seja assitencial, como ministerial como do ESPÍRITO
SANTO.
Porém a vontade de
DEUS é que sejamos todos membros de um mesmo corpo. Cada um dando honra ao
outro.
Ninguém busque o
proveito próprio; antes, cada um, o que é de outrem. 1 Coríntios 10:24
Cada um administre
aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de DEUS.
1 Pedro 4:10
DEUS deu dons aos
homens (Ef 4.8) porque sem os mesmos não existiria a Igreja, não há como
imitarmos a CRISTO sem eles. A metade dos evangelhos fala da operação dos dons
na vida de JESUS e Atos dos Apóstolos tem como principal enredo a operação dos
Dons através dos apóstolos e discípulos de JESUS.
2. Diversidade dos
dons (do ESPÍRITO SANTO).
Os dons são
diversos, ou seja, cada dom tem sua função e importância, sendo todos
distribuídos pelo mesmo ESPÍRITO SANTO. Sempre devemos nos lembrar de que o
ESPÍRITO SANTO só age fazendo o que é Útil.
Mas a manifestação
do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. 1 Coríntios 12:7
A igreja é usada
pelo ESPÍRITO SANTO e cada membro deve se colocar a disposição do mesmo para a
obra de DEUS. Infelizmente, são poucos os que se dedicam a DEUS e desejam
ajudar aos outros, pois os dons são movidos por amor ao próximo e o ESPÍRITO
SANTO só usa quem se disponibiliza. Assim cada membro deve ser instrumento do
ESPÍRITO SANTO e deve ministrar aos outros o que recebeu para o bem comum. O
sucesso evangelístico da igreja também depende da ação sobrenatural do ESPÍRITO
SANTO.
Paulo, em 1
Cortíntios 12, dá um resumo dos Dons do ESPÍRITO SANTO, uma lista completa,
pois os crentes corintios possuíam todos os dons.
De maneira que
nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor JESUS CRISTO, 1
Coríntios 1:7.
Porque a um, pelo ESPÍRITO,
é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da
ciência; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO,
os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e
a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e
a outro, a interpretação das línguas. 1 Coríntios 12:8-10
Eis um resumo dos 9
dons do ESPÍRITO SANTO:
a- Palavra da
sabedoria (mensagem do ESPÍRITO SANTO dentro da Sabedoria de DEUS - Revelação
do Futuro).
b- Palavra da
ciência (mensagem do ESPÍRITO SANTO dentro da onipresença de DEUS - revelação
de algo no passado ou no presente que está ocorrendo em outra parte).
c- Dom da fé (Fé
sobrenatural para crêr no impossível - usada para ressuscitar mortos).
d- Dons de curar
(curas das doenças e das enfermidades - Is 53.4; Mt 8.17.
e- Pperação de
maravilhas ou milagres (ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO na natureza,
modificando o estado natural das coisas, quebrando um alei natural).
f- Profecia
(mensagens para edificação, consolação e exortação - confirmam algo já contido
no coração do crente).
g- Dom de discernir
os espíritos (revelação da origem de alguma manifestação demoníaca e poder pra
expulsar demônios).
h- Variedade de
línguas [pelo menos 4 línguas diferentes o crente batizado no ESPÍRITO SANTO
passa a falar - língua do batismo (At 2.4), língua para falar com estrangeiro
(At 2.8), língua para ser interpretado (1 Co 12.10) e língua de intercessão (Rm
8.26)].
i- Interpretação
das línguas (capacitação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO para interpretar uma
determinada língua falada por quem tem o dom de variedade de línguas).
3. Autossuficiência
e humildade.
Os Dons são
concessões, presentes, dádivas, capacitações do ESPÍRITO SANTO, concedidos aos
crentes para a poderosa obra de DEUS e para benefícios físicos, emocionais e espirituais
da Igreja (Rm 12.6; 1 Pe 4.10).
O crente que deseja
realmente ser usado em Dons do ESPÍRITO SANTO deve ser humilde e sincero para
com DEUS, desejando sempre o bem dos outros, já que nenhum Dom é para proveito
próprio, mas todos para o bem dos outros. Dinheiro ou fama nunca devem ser buscados,
pois tudo vem de DEUS e deve voltar para DEUS e sua glória.
CONCLUSÃO
Vamos estudar neste
trimestre sobre os Dons Espirituais - Dons Assistenciais, Dons Ministeriais e
Dons do ESPÍRITO SANTO. Todos esses dons estão na Palavra de DEUS e são atuais.
Estejamos a disposição de DEUS para sermos canais de bênção para a igreja e para
o mundo no trabalho de evangelização. Os Dons Espirituais são um exemplo
da multiforme graça de DEUS em dispensar instrumentos espirituais para a
Igreja..
LIÇÃO ESTUDADA EM
2014
Lição 1 - E deu
dons aos homens
LIÇÕES BÍBLICAS -
2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons
Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
http://www.youtube.com/view_play_list?p=BCB8960712BA30F7
http://www.youtube.com/view_play_list?p=F34997F404695042
http://www.youtube.com/view_play_list?p=C088E8A8B53D6636
TEXTO ÁUREO
“Pelo que
diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens” (Ef
4.11).
VERDADE PRÁTICA
Os dons são dádivas
divinas para igreja cumprir sua missão até que o Noivo venha busca-la.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - Romanos 12.3-8; 1 Coríntios 12.4-7
Romanos 12
3 - Porque, pela
graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém
saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que DEUS repartiu
a cada um. 4 - Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos
os membros têm a mesma operação, 5 - assim nós, que somos muitos, somos um só
corpo em CRISTO, mas individualmente somos membros uns dos outros. 6 - De modo
que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja
ela segundo a medida da fé; 7 - se é ministério, seja em ministrar; se é
ensinar, haja dedicação ao ensino; 8 - ou o que exorta, use esse dom em
exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o
que exercita misericórdia, com alegria.
1 Coríntios 12
4 - Ora, há
diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. 5 - E há diversidade de
ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 6 - E há diversidade de operações, mas é o
mesmo DEUS que opera tudo em todos. 7 - Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a
cada um para o que for útil.
Interação - O
comentarista das lições é o pastor Elinaldo Renovato, autor de diversos livros
publicados pela CPAD, líder da Assembleia de DEUS em Parnamirim, RN, e
professor universitário.
Resumo da
Lição 1 - E deu dons aos homens
I - OS DONS NA
BÍBLIA
1. No Antigo
Testamento.
2. No Novo
Testamento.
3. Uma dádiva para
a Igreja.
II - OS DONS DE
SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. Dons
relacionados ao serviço cristão.
2. Conhecendo os
dons espirituais.
3. Acerca dos dons
ministeriais.
III - CORINTO: UMA
IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO
DOS DONS
ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11)
1. Os dons são
importantes.
2. Diversidade dos
dons.
3. Autossuficiência
e humildade.
SINOPSE DO TÓPICO
(1) - Nas páginas do Novo Testamento os dons estão à disposição de todos os
crentes, com o propósito de edificar a Igreja de CRISTO.
SINOPSE DO TÓPICO
(2) - Nenhum membro do corpo de CRISTO é autossuficiente, dependemos de CRISTO,
assim como dependemos uns dos outros. Para que a Igreja, o corpo de CRISTO,
seja edificada pelos dons ministeriais é necessário que eles sejam utilizados
para o benefício de todos.
SINOPSE DO TÓPICO
(3) - Não existe um dom mais importante que o outro, todos vêm diretamente de
DEUS e são úteis para a edificação do Corpo de CRISTO,
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
HORTON, Stanley M.
A Doutrina do ESPÍRITO SANTO no Antigo e Novo Testamento. 12. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2012.
HORTON, Stanley M.
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,
1996.
PERGUNTA -
VOCÊ JÁ OROU POR UM PARALÍTICO E ELE ANDOU? VOCÊ JÁ OROU POR UM CEGO E ELE
PASSOU A VER? VOCÊ JÁ OROU POR UM SURDO E ELE PASSOU A OUVIR? VOCÊ JÁ VENDEU
UMA PROPRIEDADE SUA PARA AJUDAR AOS IRMÃOS MAIS POBRES DA IGREJA? VOCÊ JÁ
PASSOU POR UM JEJUM PROLONGADO E OROU POR DIAS, EM FAVOR DE ALGUM IRMÃO(Ã) DA
IGREJA?
ESTES SÃO SINAIS
NORMAIS NUMA IGREJA QUE REALMENTE SERVE A CRISTO. O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
Revista Ensinador
Cristão CPAD, n° 58, p.36.
Neste trimestre,
estudaremos sobre os dons ministeriais e espirituais. Depois da morte e
ressurreição de CRISTO, acreditamos que os dons são um dos assuntos mais
relevantes do Novo Testamento para a Igreja de CRISTO. Os dons espirituais e
ministeriais são dádivas divinas para a Igreja atual. Alguns erroneamente
afirmam que os dons foram apenas para a igreja do primeiro século. Esta
afirmação contraria a Bíblia, que diz em Joel 2.28 " E há de ser, depois,
derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, vossos filhos e filhas
profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão
visões". Os dons são para a Igreja de CRISTO até a sua Segunda Vinda. O
apóstolo Paulo declarou aos coríntios que não devemos ser ignorantes a respeito
dos dons (1Co 12.1).
Na Palavra de DEUS,
encontramos três listas principais que tratam a respeito dos dons. As três
listas se completam. Podemos encontrar a primeira lista em Romanos 12.4-8. Aqui
estão relacionados os dons de serviço. A segunda lista está em 1 Coríntios 12 e
nela encontramos listados os dons espirituais. A terceira relação se encontra
em Efésios 4.11, onde encontramos os dons ministeriais. Tanto os dons de
serviço quanto os ministeriais e espirituais têm como propósito a edificação do
Corpo de CRISTO.
Usando os dons de
maneira a agradar a DEUS
Os dons devem ser
utilizados com um propósito específico, a fim de que o nome de CRISTO seja
glorificado. Quem deseja os dons necessita compreender que toda a nossa
capacidade e habilidade vem do Senhor. É uma capacidade sobrenatural, não é
inata. Estas habilidades são resultado único da graça divina em nossas vidas.
No uso dos dons, o
crente também precisa conscientizar-se de que o Corpo de CRISTO é formado por
vários membros, com funções diferentes, mas isso não significa que um é mais
importante que o outro. Todos têm o seu valor e devem funcionar em harmonia,
visando o bem de todos. Não existe um dom que seja superior aos outros, eles se
complementam para a glória do Senhor.
Não seja ignorante
quanto aos dons espirituais
Os dons é um
assunto tão importante para a igreja, que Paulo exorta aos Coríntios a que
todos sejam instruídos no assunto (1Co 12.1). A falta de conhecimento leva ao
fanatismo, gerando sérios problemas. A cidade de Corinto era marcada pela
idolatria. O Brasil também tem uma diversidade religiosa grande, muitos irmãos
em nossas igrejas vieram de religiões idólatras, onde o uso de "poderes
místicos" é comum. Precisamos estudar, à luz da Palavra, a respeito dos
dons a fim de que venhamos discernir os verdadeiros dons do ESPÍRITO. A falta
de ensino contribui para surgimento de muitas heresias.
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Todos, na igreja, podem e devem ser usados em dons
espirituais (dados pelo ESPÍRITO SANTO), mas nem todos podem exercer um
ministério (Pessoas escolhidas para liderarem a Igreja). Todos podem e devem
ser usados em dons espirituais e todos podem e devem ter um dom de serviço na
obra de DEUS, ou seja, estarem desenvolvendo uma tarefa específica de serviço
(dada pelo PAI) dentro do corpo de CRISTO, que é a Igreja.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
DEUS, o Criador de
todas as coisas, do universo, dos seres vivos e do homem, compraz-se em ser um
doador de bênçãos. Faz parte de sua natureza divina, do seu caráter e de sua
essência, conceder dádivas ou dons ao ser criado à sua imagem, conforme a sua semelhança.
Ao criar o ser humano, homem e mulher, deu-lhes o sopro divino, o primeiro dom,
o dom da vida.
DEUS propiciou a
redenção da humanidade, com a promessa da “semente da mulher” (Gn 3.15), que
haveria de ferir a cabeça da serpente, o Diabo e seus seguidores. JESUS, a
maior dádiva de DEUS à humanidade, nasceria de uma mulher (cf. Is 7.14), para
ser morto, em sacrifício pelo homem perdido, e tornar-se o vencedor do pecado,
da morte e do Diabo. A salvação foi o maior dom de DEUS ao mundo (Jo 3.16). O
dom da vida eterna, em CRISTO JESUS.
Na Nova Aliança
(Novo Testamento), como parte do plano de DEUS, em CRISTO JESUS, Ele resolveu
dar “dons aos homens” (Ef 4.8), após sua vitória sobre a morte e sobre todos os
poderes do mal. Indo além dos “dons naturais”, JESUS resolveu capacitar seus
servos, integrantes de sua Igreja, dando-lhes dons {carismas), que são postos à
disposição de todos os salvos, no seio da comunidade cristã.
Os dons são
“ferramentas”, por assim dizer, à disposição da igreja, para que essa exerça
sua missão profética, de proclamadora do evangelho de CRISTO, de modo eficaz,
contra “...os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas
deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”
(Ef 6.12), usando a “armadura do salvo”, na guerra espiritual sem tréguas a que
todo salvo é submetido. Neste estudo, veremos o que são os dons, seu propósito
e sua classificação, e como são postos à disposição dos salvos em CRISTO JESUS.
Nunca foi tão
necessária a manifestação dos dons do ESPÍRITO SANTO, como nos dias atuais
visto que estamos vivendo numa sociedade corrompida pelo pecado e enganada por
falsos milagres e ensinamentos que contradizem o verdadeiro evangelho de Nosso
Senhor e Salvador JESUS CRISTO.
Existe em toda a
Bíblia Sagrada pelo menos quatorze palavras para referir-se a dons, cinco delas
em hebraico e nove em grego. Porém o apóstolo Paulo emprega a palavra charisma,
para indicar os dons do ESPÍRITO SANTO, as suas graças, gratuitamente conferidas
para a obra do ministério (1 Co 12.4,9,28,30,31). A Palavra Charisma é usada
por dezessete vezes no Novo Testamento, com certas variedades de aplicação.
As habilidades
dadas a cada pessoa pelo ESPÍRITO SANTO são chamadas de dons espirituais. E
capacita a quem os recebe para ministrar às necessidades principalmente do
Corpo de CRISTO que é a Igreja. Nesta análise, de natureza introdutória,
chamamos de “dons de DEUS” a todos os carismas concedidos por DEUS, de diversas
formas, como recursos de origem divina, que têm o propósito de capacitar os
salvos em CRISTO JESUS, como membros da Igreja, para que esta alcance sua
Missão e seus objetivos, definidos pelo seu Senhor, Cabeça e Mestre.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 9-11.
Observação minha
(Pr. Luiz Henrique) - Existem Dons de DEUS PAI (dons de serviço - Rm 12.4-8),
Dons de DEUS Filho JESUS CRISTO (dons ministeriais - Ef 4.11,12) e Dons do
ESPÍRITO SANTO (dons espirituais - 1 Co 12.7-10)
DONS ESPIRITUAIS
PARA O CRENTE
1Co 12.7 “Mas a
manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”.
PERSPECTIVA GERAL.
Uma das maneiras do ESPÍRITO SANTO manifestar-se é através de uma variedade de
dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do
ESPÍRITO visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26). Esses
dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais
o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais
permanente. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes
maneiras.
(1) As
manifestações do ESPÍRITO dão-se de acordo com a vontade do ESPÍRITO (12.11),
ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons
(12.31; 14.1).
(2) Certos dons
podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um
dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”,
e não apenas um dom (12.31; 14.1).
(3) É anticíclico e
insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais
visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada,
i.e., menos visível.
Também, quando uma
pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que DEUS aprova tudo quanto
ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do ESPÍRITO, com o fruto do
ESPÍRITO, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação
do crente (Gl 5.22,23).
(4) Satanás pode
imitar a manifestação dos dons do ESPÍRITO, ou falsos crentes disfarçados como
servos de CRISTO podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts
2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve
“provar se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).
OS DONS
ESPIRITUAIS. Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons
que o ESPÍRITO SANTO concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as
carAtoserísticas desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino
sobre os mesmos.
(1) Dom da Palavra
da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a
operação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. Tal mensagem aplica a revelação da
Palavra de DEUS ou a sabedoria do ESPÍRITO SANTO a uma situação ou problema específico
(At 6.10; 15.13-22).
Não se trata aqui
da sabedoria comum de DEUS, para o viver diário, que se obtém pelo diligente
estudo e meditação nas coisas de DEUS e na sua Palavra, e pela oração (Tg
1.5,6).
(2) Dom da Palavra
do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo ESPÍRITO
SANTO, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de
verdades bíblicas. (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).
(3) Dom da Fé
(12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial,
comunicada pelo ESPÍRITO SANTO, capacitando o crente a crer em DEUS para a
realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas
(13.2) e que frequentemente opera em conjunto com outras manifestações do
ESPÍRITO, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20; Mc 11.22-24; Lc
17.6).
(4) Dons de Curas
(12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física,
por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural
(“dons”) indica curas de diferentes enfermidades ou doenças e sugere que cada ato
de cura vem de um dom especial de DEUS. Os dons de curas não são concedidos a
todos os membros do corpo de CRISTO (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem
orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver
cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).
(5) Dom de Operação
de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas
leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de DEUS
contra Satanás e os espíritos malignos (ver Jo 6.2).
(6) Dom de Profecia
(12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação
momentânea do ESPÍRITO da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado
em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns
crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação
do ESPÍRITO, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio
dEle (At 2.16-18).
Quanto à profecia,
como manifestação do ESPÍRITO, observe o seguinte:
(a) Trata-se de um
dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de
DEUS, sob o impulso do ESPÍRITO SANTO (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da
entrega de sermão previamente preparado (Observação minha - Pr. Luiz Henrique -
e nem se trata de mandar alguém profetizar, pois a profecia é manifestação
sobrenatural - não se pensa para falar).
(b) Tanto no AT,
como no NT, profetizar é proclamar a vontade de DEUS e exortar e levar o seu
povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3).
(c) A mensagem
profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou
prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26,
31).
(d) A igreja não
deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas
estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua
autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na
Palavra de DEUS (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e
ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a CRISTO
(12.3).
(e) O dom de
profecia manifesta-se segundo a vontade de DEUS e não a do homem. Não há no NT
um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação
através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando
DEUS usava um crente para isso (12.11).
(7) Dom de
Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo
ESPÍRITO, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e
distinguir se uma mensagem provém do ESPÍRITO SANTO ou não (ver 14.29; 1Jo
4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (ver Mt 24.5) e a distorção
do cristianismo bíblico aumentarão muito (ver 1Tm 4.1), esse dom espiritual
será extremamente importante para a igreja.
(Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Esse dom é muito útil para se descobrir sobrenaturalmente a
origem das mensagens e manifestações sobrenaturais na Igreja, bem como, para se
detectar a presença de demônios nas pessoas e sua consequente expulsão).
(8) Dom de
Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que
significa língua) como manifestação sobrenatural do ESPÍRITO, notemos os
seguintes fatos:
(a) Essas línguas
podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra,
e.g., “línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14). A língua falada através deste
dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala
(14.14), como pelos ouvintes (14.16). (Observação minha - Pr. Luiz Henrique -
existem 4 tipos de línguas espirituais - Língua para falar como o estrangeiro -
1 Co 14, Língua de oração recebida no batismo para edificação própria - 1 Co
14, língua para ser interpretada - 1 co 12 e língua para intercessão - Rm 8).
(b) O falar noutras
línguas como dom abrange o espírito do homem e o ESPÍRITO de DEUS, que entrando
em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com DEUS (i.e., na
oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do
espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo
sob a influência direta do ESPÍRITO SANTO, à parte da atividade da mente (cf.
14.2, 15, 28; Jd 20).
(c) Línguas
estranhas faladas no culto devem ser, (Observação minha - Pr. Luiz Henrique -
na maioria das vezes, pois algumas vezes é normal que todos se alegrem e falem
em línguas juntos por um breve período de louvor e adoração a DEUS) -
seguidas de sua interpretação, também pelo ESPÍRITO, para que a congregação
conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter
revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6).
(d) Deve haver
ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em
línguas pelo ESPÍRITO, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28).
(Observação minha - Pr. Luiz Henrique - Paulo recomenda falar consigo mesmo, ou
seja falar bem baixinho só para você mesmo ouvir, não atrapalhando outros a
ouvirem a pregação ou ensino da Palavra de DEUS).
(9) Dom de
Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo
ESPÍRITO SANTO, para o portador deste dom compreender e transmitir o
significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a
igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma
profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do
ESPÍRITO SANTO. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de
edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13,
26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de
outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las
(14.13).
STAMPIS. Donald C.
(Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 1995.
(Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Todos os dons espirituais foram manifestos por DEUS no
Antigo Testamento, mas não da forma como hoje que podem ser manifestos por
todos os crentes; lá só alguns poucos privilegiados eram usados.
I- OS DONS NA
BÍBLIA
1. No Antigo
Testamento.
A palavra “dom” tem
vários significados no texto bíblico. No Antigo Testamento, escrito em
hebraico, há várias palavras que traduzem o sentido de “dom”. Dentre elas,
destacamos os termos mattan, com o sentido de alguma coisa oferecida
gratuitamente, ou “um presente”, como em Provérbios 19.6; 21.14; ou como dote,
dádiva (Gn 34.12). Há o termo maseth, que também significa “presente”, “dádiva”
(Et 2.18; Jr 40.5); a mais usada, no entanto, é minchach, que ocorre duzentas e
nove vezes, com o significado de “oferta”, “presente” (SI 45.12; 72.10). Em
todas as ocorrências, o sentido é sempre o de algo que é dado ou oferecido
gratuitamente. No Antigo Testamento, os dons eram concedidos a pessoas
específicas, chamadas por DEUS para cumprir determinadas missões. Os dons não
estavam à disposição de todo o povo de DEUS.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 11-12.
DOM
1)- PALAVRAS
ENVOLVIDAS.
A tradução dom
envolve um grande número de palavras hebraicas e gregas:
1. Mattan, palavra
hebraica usada por cinco vezes: Gên. 34:12; Núm. 18:11; Pro. 18:11: 19:6:
21:14. Esse termo, e seus derivados, dão a entender algo oferecido
gratuitamente (Pro. 19:6), a obtenção de um favor (Pro. 18:16; 21:14), a
expressão religiosa de ação de graças (Num, 18:11), um dote (Gn. 34:12), a
possessão de uma herança (Gên. 25:6; H Crô. 21:3: Eze. 46:16,17) ou mesmo um
suborno (Pro. 15:27; Bel. 7:7).
2. Nisseth,
«dom", «coisa elevada... Essa palavra hebraica é usada por apenas uma vez,
em 11 Sam.. 19:42.
3. Maseth, «íom-,
«peso», «elevação". Palavra hebraica usada por apenas duas vezes com o
sentido de dom: Est. 2:18 e Jer. 40:5.
4. Shochaâ,
«suborno», «recompensa». Palavra hebraica empregada por vinte e três vezes,
como em Êxo. 23:8; Deu. 16:19; 11 Os, 19:7; Pro. 6:35; 17:8,23; Isa. 1:23; Eze.
22:12.
5. Minchah, «oferta
.., «presente". Palavra hebraica usada por duzentas e nove vezes, embora
apenas por trinta e cinco vezes com o sentido de «dom" ou «presente». Por
exemplo: II Sam. 8:2,6; I Crô. 18:2,6; II Crô. 26:8; 32:23; Sal. 45:12; Gn, 32:13,18,20,21;
33:10; Jz. 3:15,17,18; I Sam. 10:27: I Reis 4:21; II Reis 8:.8,9; 11 Cr. 9:24;
Sal. 72:10; Isa. 39:1: Os.10:6.
6: Didomi, «dar»,
que aparece por quatrocentas e treze vezes no Novo Testamento, em todas as
conexões imagináveis, algumas vezes com a ideia de dar um presente qualquer e
outras vezes, sem esse sentido. Ver Mat. 4:9; 5:31; Mar. 2:26; Luc. 1:32: João
1:12; Rom. 4:20: I Cor. 1:4; Efé. 1:17: Heb. 2:13: Tia. 1:5; I João 3:23,24;
Apo. 1:1; 2:7,10,17; 8:2; 9:1, etc.
7. Anéthama, «algo
devotado a DEUS». Palavra grega usada por sete vezes: Luc, 21:5: Atos 23:14;
Rom. 9:3; I Cor. 12:3: 16:22; ou, 1:8,9.
8. Doma,
«presente», que indica algum presente sagrado ou profano. Vocábulo grego
utilizado por cinco vezes: Mat. 7:11: Luc. 11:13; Efé. 4:8 (Citando Sal.
68:19); Fil. 4:17.
9. Dôsis, «dom»,
indicando os múltiplos dons de DEUS, dados a todos, uma palavra grega usada por
duas vezes: Fil. 4:15 e Tia. 1:17.
10. Dorea, que
indica dons ou presentes de vários tipos, sagrados ou profanos. Palavra usada
por onze vezes: João 4:10; Atos 2:38; 8:20; 10:45; Rom. 5:15,17; H Cor. 9:15;
Efé. 3:7; 4:7; Heb. 6:4.
11. Dorema, uma
palavra geral para «dom", usada em Rom. 5:16 e Tia. 1:17.
12. Merismôs,
«dom.., palavra que se deriva da ideia de dividir. Usada por duas vezes: Heb.
2:4 e 4:12.
13. Cháns, palavra
que também significa graça, mas que pode ter a ideia de «dom gratuito".
Usada por uma vez, em 2 Cor. 8:4, para indicar ofertas enviadas para aliviar as
necessidades dos santos.
14. Charism«,
palavra para indicar os dons do ESPÍRITO, as suas graças gratuitamente
conferidas, para a obra do ministério (I Cor. 12:4,9,28,30,31).
Além disso, enfoca
o dom da graça de DEUS, que nos traz a salvação (Rom, 5-:15,16). Essa palavra é
usada por dezessete vezes no Novo Testamento, com certa variedade de
aplicações. Ver também Rom, 1:11; 6:23; 11:29; 12:6; I Cor. 1:7; 7:7; II Cor.
1:11: I Tim. 4:14; 11 Tim. 1:6; I Ped. 4:10. Essa palavra é usada
principalmente para indicar alguma espécie de dom espiritual ou divino.
2)- ATIVIDADE E
ATITUDE DE QUEM DÁ.
Nas antigas
sociedades neolíticas e da era do bronze, conforme somos informados através das
evidências arqueológicas, a outorga de presentes era uma prática comum. As
razões para a doação de presentes eram variadas e isso é refletido nas palavras
hebraicas examinadas acima. Membros de uma família se presenteavam mutuamente
como sinal de estima e amor. Esses presentes eram conferidos em ocasiões
especiais, como por ocasião dos noivados, dos casamentos, de nascimentos e de
morte. Também havia presentes dados a superiores, com a finalidade de agradar e
esses presentes, algumas vezes, assumiam a natureza de suborno ou peita, quando
algum favor especial era buscado, ou quando se esperava evitar que algum
castigo fosse aplicado. A adoração religiosa requeria doações da parte dos
participantes, a fim de que pudesse ser mantido o culto.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos.
pag. 211-212.
2. No Novo
Testamento.
No Novo Testamento,
escrito em grego, a palavra “dom” assume de igual modo significados diversos. O
termo “doma” indica a oferta de um “presente”, “boa coisa” (Mt 7.11); o “pão
nosso” é uma dádiva de DEUS (Lc 11.13); “dons”, concedidos por DEUS aos homens
(Ef 4.8), com base no Salmo 68.19. A palavra cháris indica “dom gratuito”, ou
“graça” (2 Co 8.4). O termo charisma é muito utilizado em estudos bíblicos,
pois tem o significado de “dons do ESPÍRITO”, concedidos pela graça de DEUS,
com propósitos muito elevados; é relacionado ao termo ta charismata, utilizado
em 1 Coríntios 12.4,9,28,30,31, que tem o sentido de “dons da graça”. Há o
termo grego ta pneumática, usado por Paulo, em 1 Coríntios 12.1; 14.1, que se
refere a “dons espirituais”. Em o Novo Testamento, os dons de DEUS estão à
disposição de todos os que creem, com a finalidade de promover graça, poder e
unção à Igreja no exercício de sua missão, de forma que CRISTO seja
glorificado.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 12.
Fl 4.15.Paulo
aparentemente está lembrando seus amigos filipenses de que eles ocupavam um
lugar único em suas atividades missionárias: nenhuma igreja se associou (gr.
ekoinõnèsen), isto é, na obra do evangelho, comigo (Seesemann, op. cit., p. 33)
no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros.
Os filipenses deram
e eles também receberam, presumivelmente bens espirituais, da parte de Paulo
(como em 1 Co 9:11; cf. Rm 15:27). Eles haviam sustentado Paulo em seus labores
apostólicos, desde o começo. Até mesmo antes de ele deixar a Macedônia, os filipenses
estavam envolvidos em seu duplo ministério.
(Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - O que marcou o relacionamento de Paulo com os filipenses
foi que eles deram a parte material (de menor valor) e receberam a espiritual
(de maior valor - provavelmente Paulo se relaciona aqui à salvação, ao batismo no
ESPÍRITO SANTO e aos dons que eles receberam pela imposição de mãos de Paulo
como ele impôs sobre Timóteo para que ele recebesse um dom do ESPÍRITO SANTO.
LOPES. Hernandes
Dias. Filipenses. Editora Hagnos. pag. 180-181.
3. Uma dádiva para
a Igreja.
Rm 12.6. Tendo,
porem, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada - Os dons são vários; a
graça é uma só (Se profecia Ela, considerada um dom extraordinário.
(Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Profecia é para edificação, exortação e consolação - revela
o relacionamento íntimo do crente ou a busca por esse relacionamento por parte
do descrente).
Rm 12.7. Se
ministério - Como diáconos. Se ensino Catecúmenos; para os quais
Instrutores particulares eram nomeados. Se exortação - Cuja
responsabilidade particular era incentivar os cristãos ao serviço e ao
conforta-los nas suas tribulações.
Rm 12. 8. O que
preside - Aquele que cuida do rebanho. Quem exerce misericórdia de todas as
maneiras. Com alegria - Regozijando-se quem tem tal oportunidade.
Wesley, John.
Romanos: notas explicativas. Editora Cedro. pag. 89-90.
Rm 12.6 — Dons. A
palavra grega (chárisma) é uma regência às habilidades determinadas por DEUS,
as quais deveriam ser utilizadas para edificar os membros do corpo de CRISTO.
Embora os dons de DEUS não possam ser cancelados ou mudados (Rm 11.29), eles
podem ser administrados e podem ser desenvolvidos (1 Pe 4-10).
Profecia. Esta
palavra é usada aqui como uma referência geral a todos os dons espirituais que
envolvem o anúncio da Palavra de DEUS. Por exemplo, em 1 Co 14-3, o termo
exortação é um dom relacionado à profecia. Em um sentido mais estrito, profecia
significa a revelação da vontade de DEUS em uma situação particular (At
13.1-3).
Rm 12.7,8 —
Ministério. Ou seja, serviço. Aqui são nomeados sete dons de serviço: socorro,
misericórdia, fé, discernimento de espíritos, liderança, administração e
mordomia.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag.
394.
II- OS DONS
ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS.
1. Os Dons
relacionados ao serviço cristão.
A Igreja, como
“Corpo de CRISTO”, precisa de poder, de unção e de manifestações espirituais,
que se expressam genuinamente através dos dons espirituais. Esses dons são
indispensáveis à unidade e à ação da Igreja, por diversas razões.
1) Na espera pela
vinda de JESUS. Em toda a sua história, desde sua fundação por JESUS CRISTO, a
Igreja tem sido a instituição mais atacada pelas forças do mal. Ela nasceu
debaixo da perseguição. Impérios humanos tentaram destruí-la, apagando seu nome
da face da terra. Filosofias humanistas e materialistas tentaram sufocá-la,
abafando sua mensagem; sistemas políticos totalitários e ateístas, a serviço do
Diabo, tentaram eliminar sua influência no mundo.
Os ataques contra a
integridade espiritual da Igreja continuam, ao longo dos séculos. Como Noiva do
Cordeiro, Ela precisa de poder para vencer às mais diferentes investidas
malignas, durante a espera pelo Noivo. Ainda que, no século XXI, haja, no meio
das igrejas locais, recursos que os primeiros cristãos não possuíam, em termos
teológicos, educacionais ou tecnológicos, o único recurso que lhe dá condições
de suplantar o império do mal é o Poder do ESPÍRITO SANTO. E este poder se
manifesta na operação sobrenatural dos dons espirituais.
2) Os dons
espirituais fazem a diferença. Na parábola das Dez Virgens (Mt 25.1-13), JESUS
demonstrou a seus discípulos que a chegada do Noivo poderia demorar. As cinco
virgens loucas representam a parte da Igreja que não estará preparada para
esperar a Volta de JESUS. As virgens prudentes representam os crentes salvos,
que, além de terem o “azeite” nas lâmpadas, ou em suas vidas e testemunho, têm
“azeite” nas vasilhas de reserva.
O “azeite”
representa a presença e o poder do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes que vão
subir ao encontro do Senhor JESUS CRISTO (cf. 1 Ts
4.16,17). Os dons
espirituais é que fazem a diferença, atuando no meio da igreja, nesses “tempos
trabalhosos” (2 Tm 3.1), em que a pecaminosidade e a rebeldia contra DEUS estão
aumentando. Há milhares e milhares de “igrejas”, mas só vão subir ao encontro
do Noivo os crentes salvos, santos e irrepreensíveis para a vinda de JESUS (1
Ts 5.23).
3) Os dons podem
ser abundantes. A igreja de Corinto é um exemplo eloquente de que uma igreja
cristã pode experimentar a ocorrência de uma variedade enorme de dons
espirituais. Na introdução à sua primeira Carta aos Coríntios, Paulo tece
considerações elogiosas àqueles crentes, acentuando que nenhum dom (espiritual)
lhes faltava, “esperando a manifestação de nosso Senhor JESUS CRISTO” (1 Co
1.7), que os haveria de confirmar até o fim para serem” irrepreensíveis no Dia
de Nosso Senhor JESUS CRISTO (1 Co 1.8).
4) Os dons são
indispensáveis à evangelização. A missão da Igreja, levada a efeito através das
igrejas locais, é de proclamar o evangelho. Nos tempos pós-modernos, a
incredulidade, a frieza e a indiferença pelo evangelho de CRISTO é tão grande e
tão latente, que, sem a manifestação espiritual de forma evidente, as pessoas
não vão saber discernir entre os falsos evangelhos e o verdadeiro evangelho de
JESUS. Sempre houve essa necessidade.
Nos primórdios da
evangelização, através de JESUS CRISTO, as pessoas criam nEle, a ponto de
multidões segui-lo, não só pela sua mensagem que tinha autoridade, e fazia
diferença (Jo 7.46), mas, principalmente, por causa dos sinais e prodígios que
Ele fazia.
Os dons espirituais
devem ser utilizados na igreja, respeitados os requisitos e condições
estabelecidos na palavra de DEUS.
1. OS DONS DEVEM
SER EXERCIDOS COM AMOR
A divisão da Bíblia
em capítulos só ocorreu em 1227 e, em versículos, em 1551.2 Quando se lê o
capítulo 12 de 1 Coríntios, sobre os dons espirituais e se passa para o
capítulo seguinte, sobre o amor cristão, tem-se a impressão de que são temas
distintos. Na verdade, originalmente, antes da divisão da Bíblia em capítulos,
o texto dos capítulos 12 a 14 trata do mesmo tema dos dons.
Paulo termina o
capítulo 12, com sua belíssima dissertação sobre os dons espirituais, com uma
exortação por demais relevante, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os
melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31
— grifo nosso). Que “caminho ainda mais excelente” é esse? A resposta vem de
imediato, na ligação entre o último versículo do capítulo 12 e o primeiro
versículo do capítulo 13, quando o apóstolo dá sequência ao seu precioso ensino
sobre os dons espirituais. E afirma de modo peremptório: “Ainda que eu falasse
as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal
que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e
conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé,
de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria”
(1 Co 13.1,2).
2. OS DONS DEVEM
SER USADOS DE ACORDO COM A PALAVRA
A Palavra de DEUS
deve ser a referência número um para qualquer atividade ou manifestação na
igreja? “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (SI
119.105). E o ESPÍRITO SANTO quem inspira a Palavra de DEUS e a seus
escritores. Logo, não há nenhuma justificativa para que um dom seja exercido em
desacordo com os preceitos da Palavra de DEUS.
3. OS DONS NÃO DÃO
ORIGEM A DOUTRINAS
A fonte primordial
e única de qualquer doutrina, na igreja cristã, é a Palavra de DEUS. É
altamente danoso para a integridade espiritual de qualquer igreja, quando um
líder, ou um outro membro da igreja, apresenta como doutrina aquilo que não tem
fundamento na Bíblia. Determinado obreiro ensinou que os crentes que possuem
internet estão em pecado. Para se dizer que algo é pecado é necessário
fundamentar na Palavra de DEUS. Na realidade, tal ensino é fruto de opinião
pessoal do líder. Do contrário, é imposição autoritária, que só traz prejuízo à
obra do Senhor. Ensinar que quem usa a internet de maneira ilícita, para visualizar
coisas que não agradam a DEUS, está pecando, é correto, mas afirmar que possuir
internet é pecado é abuso de autoridade ministerial. Não há necessidade de
outra fonte de doutrina além da Palavra de DEUS (G1 1.8,9).
4. QUEM TEM UM DOM
DEVE SER MAIS HUMILDE
Os dons espirituais
são parte das riquezas sobrenaturais, concedidas pelo ESPÍRITO SANTO aos servos
do Senhor, com o objetivo de servir à igreja. Jamais o portador de um dom deve
orgulhar-se e portar-se de modo arrogante ou autoritário. Deve agir, sabendo
que “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do
poder seja de DEUS e não de nós” (2 Co 4.7). Nunca devemos esquecer de que o
ESPÍRITO SANTO glorifica a CRISTO e não ao homem (Jo 16.14). Se o que tem o dom
não tiver essa consciência de humildade, poderá perder a graça para usá-lo.
DEUS não admite que o seu louvor seja transferido para ninguém.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 16-20.
2. Conhecendo os
Dons Espirituais.
I Cor 12.4-6 —
Dons. A palavra usada para dons, pela primeira vez, contrasta com pneumaúkon de
1 Coríntios 12.1. Charismata se refere a dons da graça de DEUS em cada cristão,
por meio dos quais DEUS pode fortalecer Seu povo. Diversidade aparece nos versículos
4 ,5 e 6 sob a forma da mesma palavra grega. Observe a diversidade na obra da
Trindade. No versículo 4, o ESPÍRITO distribui cada um deles ao cristão (1 Co
12.11). No versículo 5, o Filho de DEUS determina ao cristão o modo específico
como o dom é manifestado no corpo (1 Co 12.12-27).
No versículo 6, o
Pai provê a força ao cristão no exercício do dom (1 Co 12.28). DEUS opera Sua
vontade por meio de Seu povo de muitas maneiras. Ninguém foi colocado no corpo
para ser igual a outro membro nem para exercer a mesma função. O ESPÍRITO é o mesmo
[...] o Senhor é o mesmo [...] o mesmo DEUS. Embora as pessoas recebam dons
diferentes do Altíssimo, DEUS e Sua obra estão unidos. Sejam quais forem os
dons que diversas pessoas tenham ou não, o único DEUS opera todas essas coisas
(v. 11).
12.7-11 — A cada um
para o que for útil expressa o principal ensino de Paulo sobre a obra do
ESPÍRITO. DEUS opera nos cristãos para beneficiar todo o corpo, não
simplesmente o cristão isoladamente (v. 25,26). O cristão é um veículo por meio
do qual DEUS opera a fortificação e unidade de todo o corpo, e não a finalidade
da obra de DEUS.
Porque a um [...] e
a outro. As duas palavras gregas (allos [...] heteros) enfatizam a diversidade
e iniciam uma lista de charismata que são distribuídos por DEUS por todo o Seu
Corpo. Os vários charismata, ou dons da graça, são distribuídos para que haja
diversidade no corpo unificado.
Os vários dons — de
ciência, sabedoria, fé, de curar, operação de maravilhas, profecia, o dom de
discernir os espíritos, a variedade de línguas, a interpretação das línguas —
provavelmente, eram muito perceptíveis para os coríntios, mas é difícil para nós,
dois mil anos depois, conhecermos sua natureza exata.
12.12-31 — Paulo
tenta ajudar os cristãos coríntios carnais a abandonarem seus desejos carnais e
buscarem a unidade do corpo e servirem com os dons que DEUS lhes dera (v.
7,25,26).
12.12-14 — Porque
[...] pois [...] Porque. Observe o desenvolvimento da ideia enquanto o ESPÍRITO
de DEUS continua a dar a CRISTO a glória (Jo 16.12-14; 1 Co 12.3).
12.12.13 — Assim é
CRISTO também. A analogia do corpo humano ilustra a necessidade de unidade na
diversidade no Corpo de CRISTO.
12.13 — Um. O
apóstolo continua a enfatizar a unidade: um ESPÍRITO, um corpo, um ESPÍRITO.
Todos os cristãos
são batizados, formando o Corpo, na esfera do ESPÍRITO SANTO e, por isso, fazem
parte do Corpo de CRISTO, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres.
Ninguém é superior a ninguém na Igreja de CRISTO; todos entram da mesma forma:
pela fé na promessa de Abraão (Gl 3.26-29). Cada um de nós tem a mesma porção
do mesmo ESPÍRITO de DEUS: todos temos bebido de um ESPÍRITO (v. 13c).
Alguns dos
coríntios — provavelmente os pneumatikon (v. 1) — acreditavam que somente
determinados indivíduos com dons estavam, especialmente, em harmonia com o
ESPÍRITO, mas Paulo põe cada cristão em pé de igualdade no ESPÍRITO.
Dificilmente, beber se refere ao fato de todos participarem do mesmo cálice da
ceia do Senhor. O ESPÍRITO não somente nos envolve no batismo, mas, uma vez que
temos bebido dele, também habita em nós.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag.
433-435.
Outros assuntos
podiam ser adiados até que o apóstolo pudesse ser capaz de realizar seu plano
de visitar Corinto, mas o assunto abordado por ele nesta secção precisava ser
resolvido logo: Mas sobre as coisas espirituais, isto é, os dons e poderes,
irmãos, não quero que sejais ignorantes. Queria ensinar o uso correto dos dons
espirituais, exatamente assim como lhes dera a informação correta sobre a
celebração da ceia do Senhor. Pois com estes dons estava ligada certa porção de
perigo, visto que eram, falando de modo mais geral, fenômenos sobrenaturais que
procediam do ESPÍRITO e que pertenciam à Sua esfera. Ele, para colocar seus
ouvintes na posição correta frente à admoestação que está para fazer, e para
conservá-los no adequado estado de humildade quanto à sua total falta de mérito
na aceitação destes dons, lembra-os de sua anterior situação gentia: Sabeis que
uma vez éreis gentios, sendo levados aos ídolos mudos, do modo como éreis
conduzidos. Aqui estão expressos dois pensamentos, a saber, que o paganismo é
uma alienação do verdadeiro DEUS, e que ele é uma escravidão da pior espécie.
Ser conduzido ao
culto de ídolos, os quais o apóstolo carAtoseriza como mudos, sem voz, Sl. 115.
5; 135. 16, carAtoseriza todo o mundo pagão. Os gentios são levados a este
culto tolo e fútil. Seus sacerdotes sabem muito bem do fato que o que afirmam
não tem fundamento. Conservam, porém, o povo sob supersticiosa escravidão.
Segundo o aceno de seus sacerdotes os gentios ignorantes se prostravam em culto
aos seus ídolos mortos, cuja mudez fazia parte de sua nulidade, e que jamais
retornaram com uma só resposta, não importando quão urgente fosse a súplica. O
conhecimento de sua situação anterior foi assim como sempre, fazendo, por meio
do contraste, aparecer em suas mentes a graça de DEUS de modo ainda mais
maravilhoso.
Os coríntios,
porém, ainda não entenderam exatamente a maneira como o ESPÍRITO de DEUS
realizou Sua obra em seus corações, como exercia Seu poder. Isto levou Paulo a
prosseguir na instrução deles. Por isso, para que pudessem formar um juízo
correto das operações e dos dons do ESPÍRITO, ele os informa que ninguém quando
fala pelo ESPÍRITO de DEUS diz: JESUS está amaldiçoado; e ninguém pode dizer:
JESUS é Senhor, se não somente pelo ESPÍRITO SANTO. Os espíritos da falsidade e
o da verdade estavam lutando entre si em Corinto, e aqui está registrado o
grito de guerra de cada partido. Aquilo que estava amaldiçoado ou anátema, no
sentido como usado pelos judeus, era votado a DEUS para a destruição, como
estando sob Sua maldição. Dizer que alguém ou alguma coisa era anátema foi
pronunciar o juramento da execração sobre a pessoa ou coisa em questão. Os
judeus fanáticos fizeram este seu brado em seu ataque incessante contra a
religião cristã, e a expressão tão chamativa foi capaz de ser abarcada pelas
hordas gentias sempre que foi colocada em movimento qualquer demonstração
contra os cristãos. Desde o princípio estava, pois, certo que ninguém que usava
esta forma de blasfêmia podia ser considerado como alguém que falava pelo
ESPÍRITO de DEUS. Sem interessar qual fosse neste sentido sua pretensão, o fato
permaneceu que um tal blasfemador estava e precisava permanecer fora do âmbito
do cristianismo até que mudasse completamente. Nesse ponto também merece ser
considerada a observação de Lutero: “Pois o que ele aqui chama ‘amaldiçoar
JESUS’ não é somente isto, que uma pessoa blasfema publicamente e amaldiçoa o
nome ou a pessoa de CRISTO, como o fizeram os judeus ateus ou os gentios....
mas [isto também é feito] quando qualquer um dentre os cristãos louva o
ESPÍRITO SANTO, mas não prega corretamente a CRISTO como o fundamento de nossa
salvação, mas o negligencia e o rejeita em favor de algo diferente, com o
pretexto que isto se deriva do ESPÍRITO SANTO e é muito melhor e mais
necessário do que a doutrina comum do evangelho.”15) Por outro, a sincera
confissão: JESUS é Senhor, é um produto de verdadeira fé, e por isso não pode
ser feito pela razão e força de qualquer pessoa. Cf. 1.Jo. 4. 2ss. É um
reconhecimento de CRISTO com a plena percepção de Sua obra da redenção, tal
como operada pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Mas, visto que esta confissão
pública é a obra principal dos pastores cristãos, segue que estas obras do
apóstolo se aplicam a estes com força invulgar. “Chamar JESUS o Senhor é
confessar-se Seu servo e só buscar sua honra, como alguém que foi enviado por
Ele ou que tem Sua palavra e mandamento. Pois aqui ele fala principalmente do
ofício que prega de CRISTO e que traz Seu mandamento. Onde este ministério está
em uso e dirige as pessoas a CRISTO (como para o Senhor), isto com certeza é a
pregação do ESPÍRITO SANTO.... Desta forma também não pode ser feito sem o
ESPÍRITO SANTO, quando qualquer cristão em seu labor ou em sua situação chama
com toda sinceridade CRISTO seu Senhor, isto é, conclui com certeza que nisso O
está servindo.”16)
Esta unidade na fé
e na confissão traz agora ricos frutos em “distribuições de dons da graça,
serviços e trabalhos”: Mas há distribuições, diversidades, variedades de dons,
mas o mesmo ESPÍRITO; e há variedade de ministérios, mas o mesmo Senhor; e há
variedades de efeitos, mas o mesmo DEUS que opera, que realiza, tudo em todos.
Aqui o apóstolo contrasta os ídolos mudos dos gentios com o DEUS trino
onipotente dos cristãos, sendo que o primeiro é incapaz de falar ou de exercer
qualquer poder, mas o último se revela com onipotente poder na igreja e na
congregação dos santos. O ESPÍRITO, o Senhor e DEUS Pai estão incessante e
graciosamente ativos na edificação da igreja por meio dos talentos que
concederam aos cristãos individuais. Todos os eminentes dotes, qualificações,
capacidades dos cristãos, e que são algo particular à sua condição como
cristãos, sejam os de curar, de milagres, de línguas, de profecia, de excelente
exposição da Bíblia, de edificante aplicação da palavra, são concedidos pelo
ESPÍRITO SANTO, por aquele um ESPÍRITO. E estes dons maravilhosos da graça são
aplicados na igreja nos vários ofícios e ministérios, que são as múltiplas
funções e esferas de trabalho, Ef. 4.12, mas sempre sob a direção do único
Senhor, JESUS CRISTO, o Rei da Igreja, e afeitos a Ele. É no interesse Dele que
os cristãos sempre deviam usar seus dons, cada um sem exceção qualquer na forma
como CRISTO lhos repartiu. Pois, somente quando os vários dons, nos multiformes
ofícios e postos, forem usados no serviço do único Senhor, será alcançado o
propósito do Senhor quando concedeu os dons. Desta forma há, finalmente vários
efeitos das atividades dos cristãos, proporcionais aos dons e à sua posição de
trabalho. Mas é um só DEUS que constantemente efetua tudo quanto é necessário para
o bem de Sua igreja, e Ele reparte a todos os verdadeiros cristãos
incessantemente do rico tesouro dos Seus dons. Desta forma o DEUS trino é o
manancial de toda graça e poder na igreja, sendo o despenseiro imediato de todo
bem e dom perfeito. “O ESPÍRITO acende o fogo dos dons da edificação, o Filho
direciona os raios dos ministérios da edificação, o Pai cria o calor das forças
de edificação: Numa essência indivisa o DEUS trino governa Sua igreja; que
insulto causar divisões em seu meio!”17)
KRETZMANN. Paul E.
Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concórdia Publishing
House.
«...a respeito...»
Provavelmente uma referência à inquirição feita pelos crentes de Corinto, em
uma missiva dirigida a Paulo, como também se vê em I Cor. 7:1. Ou então essa
expressão pode ser uma simples designação de modificação de assunto, em que se
passaria para outro tema.
«...não quero que
sejais ignorantes...» Essa fórmula paulina indica os assuntos que merecem nossa
cautelosa atenção. (Ver I Cor. 10:1 e comparar com Rom. 1:13; 11:25; II Cor.
1:8; I Tes. 4:13). Porém, também pode estar subentendido que a despeito de todo
o seu pretenso conhecimento, bem como da posse de tais dons, devido ao seu
abuso, faltava-lhes o conhecimento essencial a respeito desses dons e de seu
propósito. Aqueles coríntios vinham usando os dons espirituais para sua própria
exaltação, como parte de suas facções e de sua adoração a «heróis», ao invés de
fazerem-no para a glória de CRISTO. Ora, isso era uma «ignorância» essencial
sobre a questão da natureza e do uso dos dons espirituais.
«...irmãos...» Essa
palavra é de vez em quando usada por Paulo para suavizar suas declarações
ásperas, mostrando seu afeto, reconhecendo que estava identificado com eles, em
CRISTO, conforme tem sido frequentemente empregado em outros trechos desta
epístola. (Ver I Cor. 1:11,26; 2:1; 3:1 e 10:1). Paulo também empregou a
expressão «meus amados», em I Cor. 10:14. Mas, em I Cor. 11:1, volta ele a
empregar a palavra «irmãos».
«...ignorantes...»,
isto é, acerca dos meios, dos usos e dos propósitos dos dons espirituais,
especialmente em face do fato que servem para exaltar a JESUS CRISTO e devem
proceder da parte do ESPÍRITO SANTO (ver o terceiro versículo deste capítulo),
em contraste com sua anterior idolatria, que envolvia todas as modalidades de
elementos prejudiciais (ver o segundo versículo). Os verdadeiros dons
espirituais e seu devido emprego devem ser encarados como um sinal digno de
confiança que os crentes de Corinto tinham abandonado sua adoração idólatra,
pertencendo agora a um novo Senhor. Porém, os abusos por eles cometidos punham
tudo isso em dúvida.
O grande
derramamento do ESPÍRITO, que se observa na posse e uso dos autênticos dons
espirituais, é tema da profecia de Joel. Até mesmo a antiga literatura judaica
se referia ao mesmo como sinal da «nova era». Porém, o emprego desses dons
espirituais deve ser feito de acordo com regras espirituais, pois, de outro
modo, nada significarão.
«Tendo os crentes
de Corinto se desviado de um cristianismo simples, prático, agora empregavam os
dons do ESPÍRITO sem qualquer preocupação de edificarem a igreja. Antes, davam
maior valor às carAtoserísticas mais espetaculares, aquelas que eram capazes de
mais facilmente impressionar os sentidos. Por essa razão é que Paulo se sentiu
constrangido a instruí-los no ‘verdadeiro e correto uso desses dons,
advertindo-os contra a possibilidade de confundir a inspiração genuína com a
excitação fanática (Neander, in loc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 4. pag. 189-190.
3. A cerca dos dons
Ministeriais.
Ministérios são
serviços ou funções exercidos na igreja local, como parte do Corpo de CRISTO,
que é a sua Igreja. No âmbito cristão, ministérios são serviços que devem ser
exercidos por pessoas que tenham a mentalidade de servas de CRISTO. Quem não
pode ser servo não pode ser ministro na Igreja de CRISTO. Ele disse que não
veio para ser servido, mas para ser servo (Mt 20.28).
O LADO ESPIRITUAL
DA IGREJA
Igreja de JESUS
CRISTO é espiritual e humana. No lado espiritual, precisa de poder espiritual,
de sabedoria espiritual, de capacitação espiritual. Daí, a necessidade dos dons
espirituais, como foi visto no item anterior. O lado espiritual reflete a natureza
da Igreja como organismo, ou o Corpo de CRISTO, Paulo discerniu bem o aspecto
espiritual da Igreja, como organismo espiritual ao dizer: “Antes, seguindo a
verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO, do qual
todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a
justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em
amor” (Ef 4.15,16).
O LADO HUMANO DA
IGREJA
No lado humano, a
Igreja precisa de liderança. E esta não pode ser exercida apenas pela
capacidade humana, intelectual, teológica, por mais que tais capacitações sejam
importantes. A liderança eclesiástica deve ser espiritual, ministerial e
administrativa. Os ministérios ou serviços (gr. diakonion), indispensáveis ao
ordenamento e o funcionamento da igreja dependem da graça de DEUS. Os dons
ministeriais fortalecem a unidade da Igreja, atuando de modo equilibrado ao
lado dos espirituais. Os líderes cristãos podem ter formação secular ou
teológica, mas não podem prescindir da legitimação através dos dons que os
capacitam para liderar o Corpo de CRISTO na Terra. Antes de tudo, precisam ter
convicção da chamada de DEUS para serem servos-líderes.
JESUS, o Dono e
Senhor da Igreja, só dá dons a homens que têm esse perfil de homens-servos. Os
dons espirituais estão à disposição de todos os crentes, de todos os salvos.
Mas os dons ministeriais são específicos para homens que têm a chamada de DEUS
para o ministério de servir à Igreja.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 20-21.
Ef 4.11. Paulo
passa a falar agora dos dons específicos que Ele deu aos homens. A luz dos
versículos 7, 8 não devemos entender concedeu como um mero equivalente para
“designou”. Todos, em seus ministérios particulares, são dons de DEUS à Igreja.
“Devemos a CRISTO o fato de termos ministros do evangelho”, diz Calvino. A
Igreja pode indicar homens para diferentes trabalhos e funções, mas, a menos
que tenham os dons do ESPÍRITO e sejam, portanto, eles mesmos os dons de CRISTO
à Sua Igreja, sua indicação será sem valor. A expressão também “serve para
lembrar aos ministros que os dons do ESPÍRITO não são para enriquecimento
pessoal, e sim para enriquecimento da Igreja” (Allan).
Se esta epístola
tivesse sido escrita numa data posterior, conforme o pensamento de alguns,
seria quase impossível não existir referência ao ministério local dos bispos,
presbíteros e diáconos, os quais se tornaram da maior importância para a
Igreja. Assim, o apóstolo não está pensando nos ministros de CRISTO em seus
ofícios, mas sim em seus dons espirituais específicos e suas tarefas, e havia
muitos que não estavam limitados a uma determinada localidade no exercício de
suas funções para a edificação da Igreja. Este fato explica a seleção que
encontramos aqui e na lista semelhante em 1 Coríntios 12:28.
Em primeiro lugar
estavam os apóstolos. A palavra apóstolos é usada no Novo Testamento com três
sentidos diferentes. Podia significar simplesmente um mensageiro, como é
aparentemente o caso em Filipenses 2:25 sentido esse que podemos deixar de lado
aqui. Era usada acima de tudo para os doze, que por todo o Novo Testamento
ocuparam uma posição especial e preeminente (1 Co 15:5; Ap 21:14). Mas lemos a
respeito de outros como apóstolos, não apenas o próprio Paulo e Barnabé (At
14:14), mas também Tiago, o irmão do Senhor (G1 1:19), Silas (1 Ts 2:7), e
Júnias e Andrônico que são mencionados apenas em Romanos 16:7. De fato, parece
terem existido alguns que podem ser verdadeiramente chamados de apóstolos (1 Co
15:7), mas que não conhecemos nem de nome. De acordo com as palavras de Paulo
em 1 Coríntios 9:1 parece que uma das qualidades para o apostolado era a de ter
visto o Senhor JESUS ressurreto, e de ter sido enviado por Ele, e, dessa forma,
ter assumido pessoalmente o compromisso como membro considerado fundador (Ef
2:20), consagrado ao trabalho de edificação da Igreja. 1 Se a qualificação para
ser apóstolo era a de ter visto o Senhor ressurreto e de ter sido enviado por
Ele, a prova de ser apóstolo eram seus labores no poder de CRISTO, inclusive
“por sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2 Co 12:12).
Os profetas (veja
comentário sobre 2:20 e 3:5) estavam intimamente associados a eles na obra da
edificação da Igreja a partir de seus fundamentos e eram, portanto, essenciais
como dons de CRISTO à Igreja. É difícil, para nós, ver de uma forma isolada o ministério
dos profetas, mas eles se destacam claramente no Novo Testamento como homens de
fala inspirada, cujo ministério da palavra foi da máxima importância para a
jovem Igreja. As vezes podiam prever o futuro, como em Atos 11:28 e 21:9, 11,
mas tal como os profetas do Antigo Testamento, sua grande obra era proclamar a
palavra de DEUS. Isto podia acontecer quando mostravam os pecados dos homens
com poder convencedor (1 Co 14:24), ou quando fortaleciam a Igreja pela palavra
de exortação. Esta segunda ideia está claramente ilustrada em Atos 15:32, onde
se diz que “Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com
muitos conselhos e os fortaleceram”.
Os escritos
apostólicos começavam a ser lidos largamente e aceitos como autorizados, e
estes foram paulatinamente substituindo a autoridade dos profetas. Ao mesmo tempo,
o ministério local assumiu cada vez mais importância, maior que a dos ministros
itinerantes, e a isto, acrescentou-se o problema de que surgiram muitos falsos
mestres e “profetas” por conta própria que iam de lugar em lugar, como
vendedores ambulantes, cada um a oferecer sua mercadoria.
A seguir, vêm os
evangelistas. Apenas duas outras referências no Novo Testamento aos
evangelistas podem nos guiar às suas funções e trabalho. Em Atos 21:8 Filipe,
cujas quatro filhas eram profetisas, é chamado de evangelista, e em 2 Tm 4:5
Paulo chama Timóteo para fazer “o trabalho de um evangelista”. Podemos presumir
que o trabalho deles era uma obra itinerante de pregação orientada pelos
apóstolos, e parece ser justo chamá-los de “a milícia missionária da Igreja”
(Barclay).
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Não vejo evangelistas como itinerantes somente já que
Timóteo dirigia igreja, bem como Filipe, sendo que ambos eram evangelistas,
assim chamados nas escrituras - vejo que o ministério de evangelista é dado a
homens que levam Palavra de DEUS a multidões, seja através de qualquer meio de
propagação que utilizar, sendo que dons do ESPÍRITO SANTO operam em seus
ministérios.
Juntos então,
aparecem os pastores e mestres (palavras ligadas pelo mesmo artigo em grego). É
possível que esta frase descreva os ministros da igreja local, enquanto as três
primeiras categorias são consideradas como pertencentes à Igreja universal.
Mais provavelmente, o pensamento dominante é ainda de funções e dons
espirituais. Apóstolos e evangelistas têm a tarefa específica de plantar a
Igreja em cada lugar, profetas a de trazer uma palavra específica de DEUS para
uma dada situação. Os pastores e mestres são dotados para assumirem a
responsabilidade pela edificação da Igreja dia a dia. Não há uma nítida linha
divisória entre os dois. Os deveres do pastor são: prover o rebanho de alimento
espiritual e procurar protegê-lo de perigos espirituais. Nosso Senhor utilizou
esta palavra em João 10:11,14 para descrever Sua própria obra, sendo sempre Ele
mesmo, o sumo Pastor (Hb 13:20; 1 Pe 2:25; 5:4), sob Quem os homens são
chamados a pastorear “o rebanho de DEUS” (1 Pe 5:2; Jo 21:15; At 20:28). Cada
pastor deve ser “apto para ensinar” (1 Tm 3,2; Tt 1:9), embora seja evidente
que alguns possuem preeminentemente o dom de ensino, e pode-se dizer que formam
uma divisão particular do ministério dentro da Igreja e que são um dom especial
de CRISTO a Seu povo (At 13:1; Rm 12:7, 1 Co 12:28).
12. Agora são
usadas neste versículo três frases para descrever o propósito dos dons
espirituais que acabam de ser mencionados. A diferença de preposições em grego
indica que elas não podem estar separadas, pois a segunda frase é dependente da
primeira, e a terceira é dependente das duas que a precedem.1 Em primeiro lugar
portanto, o ministério da Igreja lhe é entregue com vistas ao aperfeiçoamento
dos santos. A palavra usada (katartismos) não se encontra em qualquer outro
lugar do Novo Testamento, embora o verbo correspondente seja usado no sentido
de consertar alguma coisa (Mt 4:21); de DEUS ter formado no princípio o
universo de acordo com o modelo e ordem pretendidos (Hb 11:3); e de restaurar a
saúde espiritual de alguém que sofreu queda (G1 6:1). Todavia, a palavra pode
ter o sentido de “aperfeiçoar” o que está deficiente, na fé dos cristãos (1 Ts
3:10; Hb 13:21; 1 Pe 5:10) e podemos dizer com Robinson que a palavra dá a
ideia de “levar os santos a tornarem-se aptos para o desempenho de suas funções
no Corpo, sem deixar implícita uma restauração de um estado desordenado”.
Alcançar tal condição não é um fim em si mesmo, mas tem um propósito que é de
habilitá-los para o desempenho do seu serviço. Tão claramente quanto no
versículo 7, isto deixa implícito que cada cristão tem um serviço a
desempenhar, uma tarefa e função espirituais no corpo. A palavra empregada aqui
(diakonia; ou o verbo correspondente) diz respeito ao serviço feito pelos
servos da casa (Lc 10:40; 17:8; 22:26s; At 6:2), refere-se, portanto, não só ao
trabalho específico daqueles que vieram a ser conhecidos como “diáconos”, mas é
usada também num sentido mais geral da palavra que se refere a todo “serviço”
da igreja (3:7).
O que é feito para
os santos, e pelos santos, é para a edificação do corpo de CRISTO. A palavra
oikodome foi utilizada em 2:21, mas tem aqui um sentido mais amplo. A Igreja
vai sendo construída e aumentada e seus membros são edificados, à medida que
cada membro usa seus dons individuais segundo o que o Senhor da Igreja ordena,
e, desta forma, cada crente desempenha um serviço espiritual para com seus
companheiros no Corpo e para com a Cabeça. Não há necessariamente confusão de
metáforas quanto ao sentido dado a oikodomê com o corpo, mas o apóstolo acha
que a metáfora do corpo é mais adequada do que qualquer outra por causa do que
deseja falar logo adiante a respeito do crescimento e unidade da Igreja.
Ef 13. Todas as
três frases no versículo 12 descrevem o processo que ocorre na vida da Igreja.
Mas o apóstolo jamais poderia pensar em um processo sem fixar os olhos no alvo.
O ponto de chegada da jornada da Igreja é descrito de três modos. O primeiro é a
unidade da fé. Quando a fé (veja comentário sobre o versículo 5) é corretamente
participada, pessoas com diferentes origens de erro e ignorância chegam a uma
compreensão crescente da única “esperança”, a uma dependência também crescente
do único “Senhor”, e, assim sendo, a uma apreciação progressiva do único
“corpo”. O alvo, portanto, deve ser a unidade na fé.
Segundo, embora já
se tenha dito o suficiente para tornar isto evidente, enfatiza-se que fé não é
apenas aceitar-se uma coleção de dogmas, e obter-se assim a unidade. É algo
mais profundo e mais pessoal. É a unidade no pleno conhecimento do Filho de
DEUS (veja comentário sobre 1:17). Jamais conheceremos uma pessoa apenas com a
mente; e o conhecimento de uma tal Pessoa deve envolver a mais profunda
comunhão. Pois esta Pessoa é o Filho de DEUS, e esta é uma das raras vezes, em
todas as epístolas paulinas, que este título aparece (Rm 1:4; G1 2:20; 1 Ts
1:10). Quando Paulo fala da relação do Senhor com Sua Igreja e com o propósito
do Pai, em geral usa o título “CRISTO”, mas “quando O descreve como o objeto
daquela fé e conhecimento em que nossa unidade será finalmente compreendida”
(Robinson), fala dEle em Sua posição única como o Filho de DEUS.
Mas esse
conhecimento, que é comunhão com o Filho de DEUS, envolve a experiência plena
de vida “em CRISTO”, e, portanto, de desenvolvimento até a perfeita
varonilidade, à medida da estatura da plenitude de CRISTO. Todas as diferentes
expressões aqui falam de maturidade. A palavra traduzida por perfeita (teleios)
possui a conotação de desenvolvimento pleno em 1 Coríntios 2:6; 14:20 e Hebreus
5:14. Varonilidade significa aqui o estado de ser adulto, como em 1 Coríntios
13:11, onde a palavra também é contrastada com nêpios, que é usada no próximo
versículo aqui para designar crianças. O singular, além do mais, expressa
novamente o pensamento de que maturidade envolve unidade; os “muitos” devem se
tornar um “novo homem” (2:15). Então a palavra usada para estatura, que pode
ter o sentido de idade (Jo 9:21, 23) ou de estatura física (Lc 19:3), fala
figuradamente de maturidade, cujo padrão é nada menos que a plenitude de
CRISTO. Tal como em 1:23, alguns interpretam esta expressão como “a medida do
CRISTO perfeito”, perfeição esta que Ele atinge ao preencher-se de Sua Igreja.
Outros entendem a expressão como aquilo que CRISTO preenche. Parece-nos que a
melhor interpretação é a mesma que de 1:23, isto é, como posse completa dos
dons e graça de CRISTO, os quais Ele procura dar aos homens. Ele mesmo possui a
própria plenitude de DEUS (Cl 1:19; 2:9); Ele quer que o cristão seja
preenchido de tudo o que Ele possa comunicar. É irrelevante que este alvo possa
ou não ser alcançado nesta vida. O importante é que o cristão deve marchar
firme para frente levado por esta alta ambição.
Ef 4.14. Não mais
deve haver imaturidade, que é própria de meninos (nêpioi), e que é
carAtoserizada pela instabilidade face às pressões das diferentes doutrinas e
padrões de vida. A expressão agitados de um lado para outro corresponde à forma
verbal do substantivo kludõn, que diz respeito a um barco sacudido pela
tempestade e levado ao redor. O verbo grego periphero que se encontra traduzido
mais vivamente na NEB amiúde dá a ideia de uma agitação tão violenta que pode
tontear uma pessoa. Os cristãos já percebiam a necessidade de se manterem
firmes contra os vários tipos de vento de doutrina que a epístola correlata —
Aos Colossenses — bem mostra. Suas atividades são primeiramente descritas pela
palavra kubia, que literalmente significa “jogar dados”, dando então a ideia de
trapaça, fraude ou artimanha, e, segundo, por astúcia (panourgia), palavra que
foi usada como relação aos inquisidores de nosso Senhor em Lucas 20:23 e em 2
Coríntios 11:3 acerca da astúcia da serpente. Quando os homens se desviam do caminho
da verdade (a palavra grega planê, “erro”, significa literalmente “desvio”),
não hesitam em usar planos enganosos e meios astutos para levar outros a
segui-los. O indivíduo instável e sem leme é facilmente desviado de seu rumo,
pois não existem apenas aqueles que são enganados e se desviam sem o perceber,
mas há também aqueles que aguardam a ocasião, e induzem outros ao erro (2 Tm
3:13).
Ef 4.15. Os
pregadores da verdade, por sua parte, não podem nem devem usar esses métodos (2
Co 4:2); devem agir com toda simplicidade e retidão, mas ao mesmo tempo estarem
prevenidos quanto aos métodos que seus inimigos podem usar. São embaixadores da
verdade e devem ser encontrados seguindo a verdade. Além do mais, devem fazê-lo
em amor. Os membros só podem ser saudáveis e fortes quando cada um é obediente
ao Seu controle. O próximo versículo desenvolve este ponto.
Ef 4.16. É somente
de CRISTO, como Cabeça, que o corpo recebe toda sua capacidade para crescer e
para desenvolver sua atividade, recebendo assim uma direção única para
funcionar como entidade coordenada. Em outras palavras, o corpo depende para
seu crescimento e atividade: da direção do Senhor, de Sua provisão para tudo o
que necessita (compare versículos 11, 12), e também do bom relacionamento entre
os membros.
A “energização” de
DEUS no corpo todo torna possível este funcionamento de cada parte, em sua
medida e de acordo com sua necessidade. Esta pequena frase aparece
novamente (1:4; 3:17; 4:2; 5:2), pois o amor determina que cada membro
procurará a edificação de todos. Então, sem dúvida, se houver a comunhão da
convivência em amor e a demonstração da verdade em amor, o aumento numérico
virá como consequência natural.
Francis Foulkes.
Efésios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 97-104.
Ef 4.11 O mesmo que
levou cativos os poderes também concedeu dons à sua igreja: “os apóstolos, os
profetas, os evangelistas, os pastores e mestres”. Diferentemente do v. 7, onde
se falava da distribuição de dons individuais para todos os membros da igreja,
Paulo aqui designa determinadas pessoas como dom de CRISTO. Em vista da
proximidade do presente trecho com Ef 1.20-23 é preciso chamar atenção para o
fato de que em Ef 1.22 o CRISTO exaltado foi “concedido” como cabeça sobre a
igreja toda. Logo CRISTO é a “dádiva principal” para sua igreja, no seio da
qual ele próprio “concede” determinadas pessoas.
De modo diverso da
listagem análoga em 1Co 12.28-30, Paulo emprega aqui o artigo definido para
cada uma das pessoas. Isso permitiria concluir que na carta aos Efésios não se
trata da tarefa em geral, mas do grupo claramente delimitado de representantes
incumbidos do serviço específico. Essa diferença também é constatável em
relação a Rm 12.6s, onde são arroladas não as respectivas pessoas, mas cada uma
das atividades: profecia, diaconia, exortação, etc.
No mesmo sentido
Paulo havia falado também em Ef 2.20 do “fundamento dos apóstolos e profetas” e
em Ef 3.5 de “seus santos apóstolos e profetas”. Diante das demais
considerações em Ef 4.12ss, parece que essa ênfase refere-se especificamente às
tarefas de proclamação, direção e ensino. Por isso não são mencionados aqui
outros dons da graça que aparecem em Rm 12 e 1Co 12.
Não se deve
esquecer que também na primeira carta aos Coríntios os dons da palavra e as
pessoas agraciadas com eles aparecem no começo das respectivas listas, de modo
que o tratamento do conflito causado por fenômenos entusiastas é marcado por
uma clara premissa: isso diz respeito em 1Co 12.8 à palavra da sabedoria e à
palavra do conhecimento, dadas pelo ESPÍRITO, e em 1Co 12.28 “primeiramente a
apóstolos, em segundo lugar a profetas, e em terceiro lugar, a mestres”. A
combinação de “profetas e mestres” ocorre em At 13.1. Em 1Tm 2.7 (também em 2Tm
1.11) Paulo relaciona consigo mesmo o serviço de “pregador” (cf.
“evangelista”), apóstolo e mestre (dos gentios). É digno de nota que também
esse trecho está visivelmente próximo de Ef 4.4ss: a confissão do único DEUS e
do único Mediador entre DEUS e os humanos, que se “deu” como pagamento de
resgate, é seguida pela transição para a investidura de Paulo como “arauto”
desse evento de salvação.
Segundo esse
pensamento CRISTO presenteou sua igreja com dons, i. é, com pessoas incumbidas
e capacitadas que possuem uma relevância fundamental para a construção e o
crescimento da igreja. Trata-se aqui daqueles que proclamaram e explicaram o
evangelho da salvação em JESUS CRISTO de acordo com a situação atual dos
ouvintes, bem como firmaram, exortaram e encorajaram as incipientes igrejas
através dessa palavra.
Nesse contexto duas
coisas são irrenunciáveis: a importância das referidas pessoas como “detentores
de cargo” não vem delas mesmas. Pelo contrário, são presentes do Senhor à
igreja dele. Elas, por sua vez, receberam seus dons daquele que é o verdadeiro
presente para a igreja (Ef 1.23). Possuem importância fundamental para a
constituição da igreja, motivo pelo qual de forma alguma podem ser
arbitrariamente substituídos.
Ef 4.12 A
finalidade para a qual CRISTO concedeu os “dons” é indicada por meio de três
segmentos da frase. A concatenação das diversas afirmações entre si apresenta
alguns problemas. Em especial cumpre esclarecer se a parte intermediária “para
a obra do serviço” se refere aos santos ou aos “detentores de cargos” no
sentido daqueles que são incumbidos “de uma obra do serviço”. Uma vez que isso
não pode ser decidido unicamente com base na estrutura gramatical, é preciso
dar a seguinte explicação a partir do contexto: as diversas pessoas incumbidas
foram dadas “para o preparo (grego: pros) dos santos para (grego: eis) a obra
do serviço, para (grego: eis) a edificação do corpo de CRISTO”. Portanto, o
sentido seria este: os “detentores de cargos” têm a tarefa de preparar os
crentes a fim de que eles por seu turno possam assumir serviços. O corpo de
CRISTO é edificado por meio de ambas as atividades – o preparo por meio dos
grupos citados (em seu todo, não apenas por pastores e mestres) e a obra dos
santos.
O termo “preparar”
é empregado no NT no sentido de “equipar”, “firmar”: p. ex., conforme 1Ts 3.10
Paulo visa consolidar a fé dos tessalonicenses acrescentando aquilo que ainda
lhes falta. Em 1Co 1.10 o termo refere-se a “cunhar o caráter” em vista da unidade
da igreja (cf. Gl 6.1). Nisso os membros da igreja devem ajudar-se uns aos
outros (cf. 2Co 13.11). Em consonância, a tarefa dos pregadores, dirigentes e
pastores consiste em firmar e fortalecer os crentes na confiança em JESUS
CRISTO, bem como equipá-los para a percepção de suas próprias tarefas. Na
verdade podemos relacionar “a obra do serviço” (grego: ergon diakonias)
sobretudo com o serviço ao evangelho, a proclamação. Contudo, isso salienta
apenas a carAtoserística especial da diaconia incumbida por JESUS CRISTO: pelo
fato de que o próprio Senhor é o servo (Lc 22.27; Jo 13.4ss) e sua vida, paixão
e morte são o “serviço” por excelência (Mc 10.45; par.), que é disseminado
exclusivamente pela proclamação do evangelho, por isso toda a diaconia brota dessa
palavra e é sustentada por ela. Por essa razão uma diaconia desse tipo é
predominantemente “diaconia da reconciliação” (2Co 5.18) e consiste no “serviço
ao evangelho” (cf. Fp 2.22).
Em uma forma de
expressão comparável ao presente versículo Paulo encoraja os coríntios em 1Co
15.58 a destacar “na obra do Senhor” (cf. 1Co 16.10 a respeito de Timóteo),
evidentemente descrevendo assim a abrangência total da atuação cristã. O
cumprimento das respectivas tarefas por pessoas santas especificamente
incumbidas serve à “edificação do corpo de CRISTO”. Foi citada, portanto, a
palavra básica da vida da igreja em seu todo: tudo o que acontece dentro da
igreja local e na igreja cristã em geral precisa servir à “edificação”. Isso
marca a linha básica da argumentação diante da igreja em Corinto: na igreja tem
vez não o que talvez até seja lícito, individualmente emocionante, mas só
aquilo que edifica (1Co 10.23; 14.3s,14,26), e por isso sobretudo o amor (1Co
8.1).
Ef 4.13 A
edificação, o crescimento do corpo de CRISTO, estão direcionados para um alvo
que é indicado neste versículo. A expressão “chegar” pode significar
literalmente alcançar um lugar (diversas vezes em At: p. ex., At 16.1; 18.19;
etc.), mas também pode ser usada em sentido figurado (o fim dos tempos chegou:
1Co 10.11). Assim como aqui, em Fp 3.11 ela implica a atenta orientação rumo ao
alvo visado, quando Paulo afirma de si: “para alcançar a ressurreição dentre os
mortos”.
Pode parecer
estranho que desde já a igreja seja a “plenitude de CRISTO”, concidadã crente
dos santos, família de DEUS, pedra no templo santo, e que apesar disso ainda se
diga que haverá um crescimento, um vir a ser. A mesma duplicação já chamara
atenção no contexto da herança colocada à disposição: os direitos já foram
transferidos, mas ainda não se tomou posse dela (Ef 1.18; 2.7).
Consequentemente a plenitude de CRISTO é ponto de partida e alvo de todo o
crescimento.
Agora isso passa a
ser relacionado a uma situação concreta: na realidade pode haver na igreja uma
só fé, visto que esta só pode ser fé em um só Senhor JESUS CRISTO (Ef 4.5). Na
realidade a “unidade do ESPÍRITO” é algo dado, porque o ESPÍRITO SANTO é um só
(Ef 4.3). Não obstante cabe “segurar” essa unidade, ou “chegar” a ela. A força
motriz de todos os esforços nessa direção não é a utopia de uma igreja
unificada, mas a realidade do único corpo de CRISTO.
A unidade da fé
está estreitamente ligada à “unidade do conhecimento”, que por sua vez se
concentra no “Filho de DEUS”. Em Ef 1.17-19 Paulo já suplicara pelo ESPÍRITO da
sabedoria, para que os leitores reconheçam a esperança e a força resultante da
ressurreição de CRISTO. De maneira semelhante Cl 2.2 interliga o esforço para
que “os corações sejam unidos em amor” e o “conhecimento do mistério de DEUS:
CRISTO”. Por isso uma fé aumentada e um conhecimento aprofundado do Filho de
DEUS carAtoserizam o crescimento da unidade eclesial.
O “ser humano
perfeito” deve ser entendido como a pessoa amadurecida, adulta. Isso é
elucidado pela segunda expressão: “para a medida cheia da plenitude de CRISTO”.
“Medida plena” é a tradução literal para “medida da idade da vida” ou também
“medida da estatura”. Trata-se da “idade adulta” ou da “medida cheia da
figura”. O trabalho dos encarregados edifica o corpo de CRISTO. Terá alcançado
seu tamanho completo “quando todos que são destinados à igreja segundo o plano
divino de salvação pertencerem à igreja… A igreja, que é o corpo do CRISTO,
constitui na estatura completa o pleroma de CRISTO.”
Ef 4.14 Tendo esse
alvo diante dos olhos, Paulo passa à análise dos problemas com os quais os
destinatários da carta estão sendo confrontados. Estabelece uma relação com a
figura da pessoa adulta à qual os crentes devem “chegar”, e exorta que superem
a imaturidade e a idade infantil: “para que não mais sejamos menores”, que se
deixam influenciar facilmente.
A falta de firmeza mostra-se
particularmente desvantajosa na associação com uma ilustração da navegação:
“agitados de um lado para outro pelas ondas e levados ao redor por todo vento
de doutrina”. Quando falta crescimento na fé e no conhecimento do Filho de DEUS
(v. 13) na vida da igreja ou do cristão, quando o trabalho na igreja não serve
ao objetivo da edificação do corpo de CRISTO, então tal situação se assemelha à
de um navio que está indefesamente exposto ao jogo do vento e das ondas. No
caso, “toda espécie de doutrina” não se refere ao “calor” externo da
perseguição anticristã (cf. 1Pe 4.12), mas à multiplicidade das heresias
cristãs.
15 Ao ardil e ao
engano são contrapostas “verdade” e “amor”: “e falar a verdade em amor”. Nessa
formulação aparece (de forma cruzada) no lugar do engano a verdade, enquanto a
artimanha é superada pelo amor.
A expressão “falar
a verdade” (grego: aletheuein) ocorre somente neste versículo e em Gl 4.16,
podendo também ser traduzida por “ser veraz”. A marca da revelação de JESUS
CRISTO é a luz, a verdade (cf. Jo 1.14,17; etc.). Em consonância, o evangelho é
“palavra da verdade” (Ef 1.13; Cl 1.5; cf. Gl 2.5,14). Logo, também os
mensageiros do evangelho são marcados em todo seu serviço pela verdade. Isso é
ilustrado, p. ex., de forma impressionante em 2Co 4.2: “Rejeitamos as coisas
que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a
palavra de DEUS; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na
presença de DEUS, pela manifestação da verdade.”
A verdade deve ser
dita “em amor”, pelo que se rejeita qualquer artimanha. A franqueza resultante
da verdade alia-se à cordialidade e à retidão que brotam do amor (cf. Fp 2.1).
O que vale para a relação entre fé e amor (Ef 1.15) também deve ser aplicado à
relação entre verdade e amor: ambos têm origem na revelação de DEUS e são
confiados aos crentes para o trato uns com os outros.
O que vale para
cada cristão (aumento na fé, no amor e particularmente no conhecimento do amor
de CRISTO: Ef 3.17ss) deve impAtosar toda a igreja.
16 A partir do
cabeça resulta, no encerramento dessas considerações sobre a unidade e o
crescimento do corpo que CRISTO presenteia com dons, o ensejo de ilustrar
resumidamente a concomitância e o entrelaçamento desse organismo singular.
Viabilizado por
esse cabeça e emanando dele “o corpo todo efetua… o crescimento do corpo para a
edificação de si próprio no amor”. O corpo “todo”, até as menores ramificações,
recebe de CRISTO impulso e vigor para o crescimento, para a edificação. Como em
Ef 2.20ss, aparecem também aqui lado a lado as figuras do corpo e da
construção. Com o crescimento do corpo em direção do cabeça amplia-se também a
construção, favorecendo a sua conclusão.
Todo o corpo é “bem
ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta de apoio”. De maneira muito
semelhante, Paulo diz, em Cl 2.19: “… o cabeça, a partir do qual o corpo todo é
apoiado por articulações e tendões e mantido coeso e cresce pelo agir de DEUS.”
Quando se entende o
v. 16 como síntese de Ef 4.7-15, as “juntas de apoio”, que possuem uma função
central para a coesão do corpo, serão relacionadas com as pessoas incumbidas
das tarefas citadas no v. 11.
Na seqüência, Paulo
destaca as tarefas específicas dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores
e mestres no preparo dos santos, para que a igreja de CRISTO possa alcançar a
idade adulta e resistir a doutrinas ardilosas e enganosas. Por fim o apóstolo
enfoca novamente a cooperação de todos na edificação do corpo. A
carAtoserística marcante de toda a incumbência é que a edificação acontece “no
amor” (v. 13). Isso sucede quando o conhecimento do amor de CRISTO (Ef 3.19)
cresce mais e mais e por isso também se fala a verdade em amor (Ef 4.15).
Eberhard Hahn.
Comentário Esperança Cartas aos Efésios. Editora Evangélica Esperança.
A Classificação dos
Dons (4.11)
Tudo indica que
Paulo, quando escreveu estas palavras, tinha em mente a lista dos ministérios
relacionados em 1 Coríntios 12.28. A passagem coríntia compreende uma lista
mais longa de dons espirituais (charismata). Mas nesta passagem, Paulo está
interessado em apresentar os ofícios necessários para a expansão e sustento da
igreja.
O Propósito dos
Dons (4.12-16)
Falando
principalmente da vida interior da comunidade cristã, Paulo descreve o
propósito para o qual CRISTO deu à igreja estes ministérios. Pelo menos quatro
dimensões do propósito divino são distinguíveis.
a) Estes
ministérios são dados para edificar ou construir o corpo de CRISTO (12).
b) Estes dons
ministeriais são dados para promover maturidade.
A unidade da fé e
do conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do amadurecimento (cf. RA). A
unidade é um dom do ESPÍRITO (cf. 3), mas requer-se fé e conhecimento para
recebê-la. Os membros da igreja podem e devem ter tal crescimento em maior
medida enquanto o servem.
A varão perfeito
refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no qual o
poder de DEUS se manifesta inteiramente em santidade e justiça. Tal estado será
atingido em seu significado máximo futuramente, quando possuirmos a graça de
CRISTO na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16).
A medida da
estatura completa de CRISTO é o padrão de medida que determina a maturidade
cristã. Hodge escreve: “A igreja se torna adulta, homem perfeito, quando
alcança a perfeição de CRISTO”. A chave para interpretar o versículo é a
expressão estatura completa de CRISTO. Qual é esta estatura? Salmond diz que é
“a soma das qualidades que fazem o que ele é”. Quando a igreja está à altura da
maturidade plena do seu Senhor, ela é perfeita. E à medida que cresce em
direção a essa maturidade, ela fica mais próxima de sua meta em CRISTO.
Precisamos também destacar que não há crescimento na igreja separadamente de
nosso crescimento individual como crente. É cada um de nós individualmente que
tem de se dirigir com empenho à estatura completa de CRISTO.
c) Estes
ministérios são dados para garantir a estabilidade na igreja diante de
doutrinas divergentes e do engano de homens (14). Esta é consequência natural
da maturidade, como Paulo indica por sua frase introdutória: Para que não
sejamos mais meninos.
Aqueles que
introduzem falsos ensinos, nos quais os crentes instáveis caem vítimas, enganam
a si mesmos e também enganam fraudulosamente os outros. Esta fase é mais bem
traduzida por “fazem uso de todo tipo de dispositivo inconstante para induzir
ao erro” (Weymouth). Eles usam de engano (lit., “jogo de dados”).
Metaforicamente, veio a significar “artimanha” (BJ, RA). Moule declara
corretamente o aviso de Paulo: “Há pessoas próximas de vós que não só vos
desviam, mas o fazem de propósito, pondo armadilhas premeditadas e organizando
métodos bem elaborados, com o objetivo de afastá-los de CRISTO a quem eles não
amam”. A única proteção adequada contra a sutileza da heresia é uma fé
crescente e um conhecimento progressivo da verdade. Os ministros têm de proporcionar
a oportunidade de tal maturação para assim garantir a estabilidade na igreja.
d) Estes
ministérios são dados para possibilitar o crescimento em CRISTO. Seguindo a
verdade (15) é derivado do verbo grego aletheuo, geralmente traduzido por
“falar a verdade” (cf. CH, NTLH). Mas há mais no pensamento de Paulo do que
proferir sons articulados. Ele pensa em termos de viver e agir. Dale comenta:
“A verdade tem de ser a vida de todos os cristãos. A revelação de DEUS em
CRISTO tem de influenciar e inspirar todas as atividades dos cristãos. A
verdade tinha de se encarnar nos efésios, tinha de se corporificar neles. [...]
Não era apenas para falar, mas para vivenciá-la”. E esta vida era para ser
vivida em caridade (“em amor”, ACF, AEC, BAB, BJ, CH, NVI, RA), quer dizer, com
os motivos e inclinações que o amor evoca. As pessoas confessam e vivem
asperamente certa porção de verdade, mas a comunidade cristã sempre tem de se
expressar em amor.
No versículo 16, o
apóstolo retorna à analogia do corpo e se serve disso para enfatizar a unidade
que CRISTO, a cabeça, traz para a igreja. Ele visualiza a estrutura maravilhosa
e intricada do corpo humano com suas partes unidas de modo bem ajustado e ligado
(“bem unido e consolidado”, NEB). Na analogia, juntas referem-se aos ligamentos
pelos quais as partes do corpo se unem. Quando o corpo está funcionando segundo
ajusta operação de cada parte, quer dizer, quando cada parte é ativada de
acordo com o seu propósito, a harmonia prevalece e o crescimento é certo.
Em suma, Paulo vê a
unidade da igreja em termos orgânicos e não organizacionais. A verdadeira
unidade é interior e resultado de um organismo saudável. O ESPÍRITO cria essa
unidade; não é obra de homens, por mais inteligentes ou apessoados que sejam.
Quando esta unidade prevalece, compartilhada por cada membro e motivada pela
fidelidade de ministros talentosos, a igreja cresce em simetria e beleza, para
espanto do mundo não crente.
Nos versículos 4 a
16, o pensamento da medida da estatura completa de CRISTO sugere o tema “O Alvo
Ultimo do Cristão”. 1) O meio para esse fim. Ensinar e pregar a Palavra de
DEUS, 11,12; 2) O compêndio do ideal, 4-7,15. A fé incorporada e o corpo
incorporado, 16; 3) A proximidade da meta num caráter estável, 14. CRISTO no
trono do coração. A igreja unida (G. B. Williamson).
Willard H. Taylor.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 160-163.
OS DONS VOCACIONAIS
Romanos 12:6-8
Repartir, Dividir,
Distribuir; Presidir, Aquele que dirige; Misericórdia (Sentimento doloroso
causado pela miséria de outro).
Autor desconhecido.
III - CORINTO: UMA
IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11)
1. Os dons são
importantes.
OBJETIVOS DOS DONS
Glorificação de
JESUS Jo. 16: 14 Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo
há de anunciar.
Expansão do
Evangelho Rom. 15:19 Por força de sinais e prodígios, pelo poder do ESPÍRITO
SANTO; de maneira que desde Jerusalém e circunvizinhanças, até ao Ilírico,
tenho divulgado o evangelho de CRISTO.
Edificação da
Igreja I Cor. 14: 12 Assim também vós, visto que desejais dons espirituais,
procurai progredir, para a edificação da Igreja.
Confirmação da
Palavra Mc. 16: 20 E eles, tendo partido, pregaram a em toda parte, cooperando
com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam.
FATBI. Faculdade
Teológica Bereana Internacional Módulo De Teologia Sistemática Curso
Bacharelado Em Teologia.
2. Diversidade dos
dons.
Dons de
manifestação do ESPÍRITO
Vamos agora
classificar ou agrupar os dons com o objetivo de entender melhor o assunto. A
primeira classificação é a dos dons de manifestação do ESPÍRITO em número de
nove, conforme I Coríntios 12.8-10. Esses dons são formas de capacitação
sobrenatural de pessoas, para a “edificação do corpo de CRISTO” como um todo, e
também para a bem-aventurança de seus membros, individualmente
(vv.3-5,12,17,26).
Os capítulos 12 a
14 de I Coríntios têm a ver com esses maravilhosos dons. Eles são de atuação
eventual, inesperada e imprevista (quanto ao portador do dom), tudo dependendo
da soberania de DEUS na sua operação. Esses dons manifestam o saber de DEUS, o
poder de DEUS e a mensagem de DEUS.
Agora o apóstolo
mostra como se manifestavam os vários dons do ESPÍRITO, nos quais a congregação
era tão rica, e qual o propósito que eles deviam guardar em mente: Mas a cada
um (cristão) está sendo dada a manifestação do ESPÍRITO visando o proveito comum.
Ele fala de modo muito geral, afirmando que cada cristão possui algum dom
da graça, um dom que não foi meramente derramado sobre ele em certa ocasião no
vago e distante passado, mas que lhe é concedido dia após dia. Por isso, seu
alvo e objetivo não é servir ao engrandecimento e gozo pessoal, mas ser
colocado à disposição e ao ministério do proveito espiritual da congregação
inteira e da igreja. Cada cristão devia revelar-se um bom despenseiro da
multiforme graça de DEUS, 1.Pe. 4.10; Mt. 25.14-30.
Paulo mostra por
meio de certo número de exemplos como exatamente os talentos espirituais dos
cristãos individuais deviam servir para o benefício da congregação toda:
A um foi dada pelo
ESPÍRITO, por meio do Seu poder,
1- A palavra de
sabedoria.
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Esse dom tem a ver com a sabedoria de DEUS a respeito do
futuro - Onipresença de DEUS - Exemplo: Profeta ágabo prevendo seca no
mundo - At 11.28 - e prevendo que Paulo seria preso em Jerusalém At
21.11; - No AT vemos Elizeu prevendo que o general da Síria mataria o rei
e governaria em seu lugar matando muitos dos judeus 2 Rs 8.11.
2- Mas a outro foi
dada a palavra de conhecimento.
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Esse dom tem a ver com o conhecimento de DEUS a respeito do
presente - Onipresença de DEUS - Exemplo: JESUS viu Natanael debaixo da
Figueira estando ele muito distante dali - Jo 1.48. No AT vemos Elizeu dizendo
para o rei em Israel o que o rei da Síria dizia a seus generais muito distante
dali, preparando armadilhas para Israel.
3- A outro o
discernimento de espíritos
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Esse dom dá a visão do oculto, o que está por detrás de uma
mensagem ou de uma ação do inimigo. Dá poder para ministrar libertação a
possessos de demônios. Exemplo - Paulo e a pitonisa de Filipos - At 16.18. Davi
tocava sua harpa e Demônio saia de Saul - 1 Sm 16.23.
4- Na segunda série
de dons, a um outro é dada fé, no mesmo ESPÍRITO, unicamente no Seu poder e
outorga. Não é aquela fé que aceita a salvação em CRISTO, ou seja, não a fé que
justifica, mas uma confiança forte e inabalável no DEUS onipotente ou no poder
de CRISTO, como algo capaz de se revelar em feitos extraordinários e realizar o
que aos homens parece impossível.18).
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Esse dom acontece muito hoje na ressusrreição de mortos,
principalmente na África - Exemplo - Paulo ressuscita Êutico At 20.10, Pedro
ressuscita Dorcas - At 9.40 - No AT Elizeu ora e menino revive - 2 Rs 4.34.
5- A um outro foram
dados na concessão do mesmo ESPÍRITO os dons das curas.
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - São manifestações de DEUS curando vários tipos de doenças e
enfermidades. Geralmente funciona em grupos de doenças. Exemplo - Algumas
pessoas são usadas para determinadas curas como: dores de cabeça, enxaqueca,
dores lombares. Sendo que para outros tipos de doenças não. Exemplo: Paulo
orava e muitas doenças e enfermidades eram saradas, mas deixou seu companheiro
Trófimo doente em Mileto. At 28.8,9; 2 Tm 4.20.
6- A operação de
milagres ou de maravilhas - É o agir de DEUS na natureza, ou nas coisas que
naturalmente não seriam mudadas. Um aleijado de nascença andar não é uma cura,
é um milagre - um cego de nascença ver não é uma cura, é um milagre.
Exemplo: Paulo orou por um coxo desde o ventre e ele andou - At 14.8 - o
paralitico da porta do templo, chamada Formosa At 3.2 - No AT Sol ou a Terra
parou para Josué vencer a Guerra Js 10.13, Mar se abriu - Êx 14.21, etc...
7- Paulo menciona
no terceiro grupo de dons, que a outro cristão é dada a profecia
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Esse dom tem como funções básicas a edificação, a exortação
e a consolação - Pode ocorrer advinda de três fontes possíveis - Do homem, do
Diabo ou de DEUS - Por isso deve ser julgada. São mensagens sobrenaturais que
revelam uma comunicação intima do ser humano com DEUS. Não tem elemento
prditivo ou sobre o passado. Exemplo: JESUS viu a fé dos condutores do
palaítico - Mc 2.5 - JESUS fala sobre a tristeza dos discípulos e os consola -
Jo 16.22.
8- Línguas - 4
tipos de línguas: Não proibais falar em línguas; é ordem de DEUS (1 Co 14.39).
1. Língua para
oração: Quem fala em línguas fala diretamente com DEUS - I Co 14:2 - O que
fala em língua edifica-se a si mesmo - I Co 14:4 -quem ora em línguas ora bem -
I Co 14:14.
2. Língua para
interpretação: Essa linguagem pode ser interpretada pelo que fala ou por
outrem.
3. Língua como
sinal para incrédulo: "De modo que as línguas são um sinal, não para
os crentes, mas para os incrédulos..."(I Co 14:22); estrangeiros ouvem em
sua própria língua, ex: "Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a
multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria
língua."(At 2:6). Pode alguém ser usado para falar, por exemplo em alemão
em algum lugar e uma pessoa presente alí, que fala alemão entenderá tudo o que
DEUS quer falar-lhe.
4. Gemidos
inexprimíveis: Do mesmo modo também o ESPÍRITO nos ajuda na fraqueza;
porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o ESPÍRITO mesmo
intercede por nós com gemidos inexprimíveis."(Rm 8:26) -oração
intercessora.
9- Interpretação
de Línguas:
"Que fazer,
pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina,
tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. Se
alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um
por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se não houver intérprete, esteja
calado (ore tão baixinho que ninguém o note) na igreja, e fale consigo mesmo, e
com DEUS."(I Co 14:26-28); "Por isso, o que fala em língua, ore para
que a possa interpretar."(I Co 14:13).
Dons de ministérios
práticos São administrações de serviços práticos, individuais e em grupo (Rm
12.6-8; I Co 12.28-30). Nestas passagens, eles aparecem juntamente com os
demais dons espirituais, e sob o mesmo título original charismata — “dons da
graça”. São dons de ministração residentes no portador, pela natureza de sua
finalidade junto às pessoas ou grupos: assistência, serviço, socorro, auxílio,
amparo, provisão. São dons residentes nos seus portadores, pela natureza e
objetivos de sua ação.
Estes dons têm sido
pouco estudados na igreja. Daí os equívocos e dúvidas existentes. São da mesma
natureza espiritual e sobrenatural dos demais dons da graça de DEUS. A Bíblia
os coloca em conjunto com os demais dons (I Co 12.28). Ela usa para esses dons
o mesmo termo original empregado para os dons de I Coríntios 12.4-10:
charismata (Rm 12.6-8).
Ministério (Rm
12.7). Ministração, servir, prestar serviço material e espiritual, sem
primeiramente esperar recompensa, reconhecimento, retribuição, remuneração, com
motivação e capacitação mediante este dom. É servir capacitado
sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO.
Ensinar (Rm 12.7).
Ensinar no sentido didático, como deixa claro o original. E o dom espiritual de
ensinar, tanto na teoria, como na prática; ensinar fazendo; ensinar a fazer;
ensinar a entender; treinar outros. Educar no sentido técnico desta palavra. Não
confundir com o ministério do ensino, que tem a ver com ministros do evangelho,
segundo Efésios 4. II e Atos 13.1 (“profetas e mestres”).
Exortar (Rm 12.8).
Exortar, aqui, é como dom: ajudar, assistir, encorajar, animar, consolar, unir
pessoas desunidas, que não se falam; admoestar.
Repartir (Rm 12.8).
O sentido no original é dar generosamente, doar, oferecer, distribuir aos
necessitados em primeiramente esperar recompensa ou reconhecimento, movido pelo
ESPÍRITO SANTO. Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência, humanitarismo,
filantropia, altruísmo.
Presidir (Rm 12.8).
É conduzir, dirigir, organizar, liderar, governar, orientar com segurança,
conhecimento, sabedoria e discernimento espiritual. Isso em se tratando de
igreja, congregação, instituição, etc. Para alguém presidir desta maneira, só
mesmo tendo de DEUS este dom! A tendência natural de quem lidera e preside é
ser duro, dominar somente pela autoridade, ser insensível.
Exercitar
misericórdia (Rm 12.8). Este dom refere-se a assistência aos sofredores,
necessitados, carentes; fracos, enfermos, presos, visitação, compaixão.
Socorros (I Co
12.28). Literalmente “achegar-se para socorrer”. É o caso de enfermos,
exaustos, famintos, órfãos, viúvas, etc. È um dom de ação plural.
Governos (I Co
12.28). E um dom plural no seu exercício. Ê dirigir, guiar e conduzir com
segurança e destreza. O termo original sugere pilotar uma embarcação com
segurança, destreza e responsabilidade.
Dons na área do
ministério
Esses dons são
enumerados em Efésios 4.11 e I Coríntios 12.28, 29, a saber: apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.
Alvos e resultados
dos dons espirituais. De acordo com I Coríntios 12.7, “a manifestação do
ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”. Vejamos quais são os alvos e
resultados dos dons espirituais:
1) A glorificação
do Senhor JESUS em escala muito além da natural e humana (Jo 16.14).
2) A confirmação da
Palavra de DEUS anunciada, pregada e ensinada (Mc 16.17-20; Hb 2.3,4).
3) O crescimento
constante e real, em quantidade e qualidade, da obra de DEUS na igreja, na
evangelização e nas missões (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19\
4) A “edificação”
espiritual da igreja de DEUS como um corpo e como membros individualmente (I Co
12.12-27). JESUS afirmou: “Eu edificarei a minha igreja” (Mc 16.18), mas na
ocasião Ele não disse como ia edificar. Mas em Atos e nas Epístolas vemos que é
em parte através desses dons divinos de que estamos a tratar.
5) O
aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12). Isso jamais é possível por parte do
homem, ou das coisas desta vida, mas é possível para DEUS (c£ Lc 18.27).
O exercício dos
dons do ESPÍRITO. Toda energia e poder sem controle é desastroso. Estudando I
Coríntios 14.26,32,33 e 40, vemos que DEUS nos concede dons, mas não é
responsável pelo mau uso deles, por desobediência do portador à doutrina
bíblica, ou por ignorância desta. A eletricidade quando domada nas subestações,
torna-se apropriada ao consumo doméstico, mas nas linhas de alta tensão é letal
e destruidora. Também não adianta ter um bom freio no carro sem o seu potente
motor, como muitos fazem nas igrejas mornas, frias e secas. Elas têm freio e
direção no “carro”, porém falta-lhes o ativo e poderoso motor.
O uso dos dons na
igreja deve ser regulado e equilibrado pela Palavra de DEUS, corretamente
entendida, interpretada e aplicada. A Palavra e o ESPÍRITO interpenetram-se e combinam-se
em sua operação conjunta na igreja. A Palavra é a espada do ESPÍRITO, e o
ESPÍRITO interpreta e emprega a Palavra.
Na igreja, a
predominância da doutrina do Senhor corrige erros, evita confusão e repara
estragos. Ela, quando ensinada e aplicada, neutraliza o fanatismo, que é zelo
religioso sem entendimento — são exageros, práticas antibíblicas,
emocionalismo, gritaria e outros desmandos. Por sua vez, quando o ESPÍRITO
predomina, neutraliza o formalismo, que é excesso de regras, regulamentos,
legalismo, rotina religiosa, formalidades secas e enjoativas, mornidão,
fórmulas, ritos e coisas assim.
Quem recebe dons de
DEUS, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a Palavra ensina sobre
o exercício deles. Em Corinto havia abuso dos dons, enquanto em Tessalônica
havia carência deles, por tanto refreio.
No exercício dos
dons e de outras manifestações do ESPÍRITO SANTO, ninguém que aja
desordenadamente e cause confusão, dentro da congregação e fora dela, venha a
dizer que está agindo assim por direção do ESPÍRITO SANTO. Ele não é o autor de
tais coisas!
Responsabilidade
quanto aos dons. É preciso haver responsabilidade quanto aos dons, a fim de que
não haja mau uso deles.
1) Conhecer os
dons. “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”
(I Co 12.1).
2) Buscar os dons.
“Procurai com zelo os melhores dons” (I Co 12.31).
3) Zelar pelos
dons. “Procurai com zelo os dons espirituais” (I Co I4.I).
4) Ser abundante
nos dons. “Procurai progredir neles, para a edificação da igreja” (I Co 14.12,
ARA).
5) Ter
autodisciplina nos dons. “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos
profetas” (I Co 14.32).
6) Ter decência e
ordem no exercício dos dons. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Co
14.40).
Portanto, poder,
curas, libertação e maravilhas devem carAtoserizar um genuíno avivamento pleno
de renovação espiritual e pentecostal. No entanto, tudo deve ser livre de
escândalos, engano, falsificação, e segundo a decência e ordem que a Palavra de
DEUS preceitua (I Co 14.26-40).
Antônio Gilberto.
Teologia Sistemática Pentecostal. Editora CPAD. pag.196-202.
Os dons de DEUS
Notemos o que Paulo
diz: “E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em
todos” (1 Coríntios 12.6).
A palavra
“operações” refere-se ao método usado para pregar o evangelho. Para ser mais
específico, refere-se à estratégia usada para que o evangelho alcance o mundo
todo. Meios eficientes e programas para testemunhar o evangelho incluem a
abertura de novas igrejas, reavivamento, estabelecimento e manutenção de
escolas e hospitais. Essas ações pertencem às diversas operações que DEUS usa
para o avanço do evangelho.
Os dons de JESUS
Paulo também diz:
“E também há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo” (I Coríntios
12.5). Isso quer dizer que JESUS CRISTO tem dado o dom de ministrar a alguns
cristãos, para que possam ocupar posição de liderança e realizar trabalhos
dentro da igreja. Assim como toda organização na terra requer liderança
responsável, a igreja, o corpo de CRISTO, também o exige.
O ministério é
explicado em diversos lugares na Bíblia. Como exemplo, em I Coríntios 12.27-28
lemos:
“Ora, vós sois
corpo de CRISTO e, individualmente, membros desse corpo. A uns pôs DEUS na
igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar
mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas”.
Com respeito a
esses ministérios, Paulo escreveu em Efésios 4.11: “E ele mesmo deu uns para
apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores”. Esse versículo nos mostra que, como cristãos, não podemos
escolher o tipo de ministério que gostaríamos de ter dentro da igreja. Sem
dúvida, cada um de nós deve descobrir o dom de JESUS que nos foi dado e, então,
servir a DEUS fielmente naquele tipo de serviço para o qual fomos escolhidos.
Os dons do ESPÍRITO
Concluímos, então,
que os dons são dados pelo ESPÍRITO SANTO: “Há diversidade de dons, mas o
ESPÍRITO é o mesmo” (I Coríntios 12.4).
Dons do ESPÍRITO
SANTO são os instrumentos de poder que levam adiante, com sucesso, a realização
e administração do trabalho de DEUS em sua igreja.
Quando se planeja
construir uma casa e o arquiteto, construtor e especialistas são escolhidos,
todas as ferramentas e materiais necessários para a construção são trazidos e
usados, para que o projeto obtenha sucesso e seja efetuado o mais rápido
possível.
Quando há um grande
trabalho a ser realizado para DEUS, os dons do ESPÍRITO SANTO são distribuídos
a diferentes cristãos dentro da igreja, o corpo de CRISTO. Esses dons capacitam
os cristãos a completar o trabalho de DEUS com responsabilidade e eficiência; e
o trabalho desenvolve-se graças ao ESPÍRITO SANTO.
Existem nove dons
do ESPÍRITO SANTO, e podem ser divididos em três grupos como segue:
1. Os dons de
revelação
a. O dom da palavra
da sabedoria
b. O dom da palavra
da ciência
c. O dom de
discernimento de espíritos
2. Os dons de poder
a. O dom de fé
b. O dom de cura
c. O dom de operar
milagres
3. Os dons vocais
a. O dom de línguas
b. O dom de
interpretação de línguas
c. O dom de
profecia
Os dons de
revelação referem-se à comunicação sobrenatural, revelada pelo ESPÍRITO SANTO
ao coração daquele que recebe esse dom. O conhecimento de experiências e
situações de outras pessoas, que é revelado mediante esses dons, só se tornará
público quando a pessoa que recebe um ou todos esses dons decide falar.
Os dons de poder
são dons grandiosos pelos quais o poder de DEUS se manifesta, a fim de
transmitir uma resposta miraculosa mediante uma intervenção divina,
sobrenatural. Por meio desses dons as pessoas e seu ambiente são transformados.
Os dons vocais
tratam da comunicação sobrenatural que o ESPÍRITO SANTO de DEUS revela, usando
a voz humana. Não somente a pessoa que usa os dons, mas outras ao seu redor
podem ouvir a comunicação, pois esses dons são recebidos pelos sentidos.
Todos os tipos de
dons são distribuídos às pessoas pelo ESPÍRITO SANTO, de acordo com sua própria
vontade, para o benefício e crescimento da igreja, o corpo de CRISTO.
DAVID YONGGI CHO. O
ESPÍRITO SANTO, Meu Companheiro. Editora Vida. pag. 116-119.
3. Autossuficiência
e humildade.
Utilizando Os Dons
Espirituais
1. Não são meios
pelos quais nos autoglorifiquemos. Tal atitude seria contrária ao inteiro
espírito do evangelho. Mas que tal atitude havia na igreja de Corinto é algo
que fica transparente no décimo quarto capítulo de I Coríntios.
2. Os dons
espirituais visam a edificação, e devem servir de meios para conduzir os homens
na direção da perfeição, em CRISTO (ver Efé. 4:11 e ss.).
3. Precisam ser
exercidos no ambiente do amor (ver I Cor. 13), pois o amor é maior que qualquer
dom espiritual. A nossa preocupação deveria ser: «Mediante o uso deste dom,
como posso ajudar os homens a serem transformados mais profundamente segundo a
imagem de CRISTO?» Ou então: «Como poderei servir a outros, material e
espiritualmente, pelo meu ministério carAtoserizado por dons espirituais?»
4. Cada membro do
corpo de CRISTO deveria possuir algum dom espiritual, e cada dom é uma função
do corpo. Paulo emprega uma metáfora baseada na fisiologia, em I Cor. 12:12-31,
a qual é mui instrutiva.
«...a graça que nos
foi dada...» Todos os dons espirituais começam e têm por base a graça de DEUS,
tal como o apóstolo dos gentios já havia demonstrado, em seu próprio caso,
porque, ao ser chamado para o apostolado, foi chamado através da dispensação da
graça de DEUS. (Ver o terceiro versículo deste mesmo capítulo). Todas as demais
funções espirituais são igualmente alicerçadas nesse propósito divino, atuadas
nos homens mediante o ESPÍRITO SANTO.
Neste ponto, a
medida da fé e. a. «graça que nos foi dada» significam essencialmente a mesma
coisa. Ambas as passagens referem-se à «graça» do ESPÍRITO, como fundamento de
toda a outorga dos dons espirituais. Aquilo que fala da fé enfatiza a base em
que a graça se desenvolve e floresce. Diz Brown (in loc.)
referindo-se ao
terceiro versículo deste capítulo: «A fé é aqui vista como a entrada e como o
canteiro de todas as outras graças, sendo assim a faculdade receptiva da
semente renovada». A própria fé, cujo início tem lugar quando da regeneração, e
que frutifica na vida cristã diária, por ser o princípio transmissor de vida,
em si mesma é uma graça de DEUS, porque é conferida aos homens, embora sempre
em cooperação com a vontade humana.
Neste versículo,
«...dons...» é tradução do termo grego «charismata»,. O vocábulo grego técnico
para todos os chamados «dons espirituais». Todos esses dons são proporcionados
e inspirados pelo ESPÍRITO SANTO, não 'se tratando meramente das manifestações miraculosas.
Paulo não entra aqui em longa descrição sobre os dons do ESPÍRITO, e nem mesmo
chega a mencionar os dons especialmente «miraculosos», segundo faz no paralelo
do décimo segundo capítulo da primeira epístola aos Coríntios. Portanto, suas
explicações são muito menos extensas neste décimo segundo capítulo da epístola
aos Romanos, simplesmente porque o apóstolo dos gentios não foi obrigado a
tentar corrigir abusos sérios, conforme se deu no caso de sua epístola aos
Coríntios.
O Uso E O Abuso Dos
Dons Espirituais
1. Quando a
epístola aos Romanos foi escrita, os dons espirituais estavam em plena
atividade. Não podemos usar o trecho de I Cor. 13:10, como texto de prova do
ensino que supostamente os dons espirituais desapareceriam dentro da era
cristã, pois o que é «perfeito»—que finalmente eliminará a necessidade de
certos dons espirituais—é a «parousia» (ou segunda vinda de CRISTO), e não o
término do cânon neotestamentário.
2. Entre os dons
espirituais, alguns são perturbadores por haverem sido imitados e abusados, a
saber, alguns dons miraculosos como as línguas, a interpretação de línguas e os
milagres de curas.
3. Em cada século,
os dons espirituais são desesperadoramente necessários para o bem da igreja, em
seu desenvolvimento (ver o que diz Efé. 4:11 e ss.); mas esses dons podem ser
exercidos segundo moldes diferentes dos do primeiro século cristão, ou em moldes
superiores àqueles de eras passadas. Estamos vivendo (minha alternativa)
exatamente esta última.
4. Foram dadas
notas completas sobre o «batismo do ESPÍRITO e os dons espirituais», incluindo
o dom das línguas, em Atos 2:4.
Quanto aos abusos,
consideremos as notas abaixo;
Os Dons, Que Fiquem
Para Sempre! Mas Cuidado Com Os Abusos
1. Paulo nos ensina
a buscar os dons (ver I Cor. 12:31).
2. Abundam,
entretanto, os abusos e as imitações.
a. A mera alma
humana.
b! Existem poderes
estranhos, demoníacos e outros, que podem influenciar um homem, imitando os
dons espirituais.
c. Mas também
existe a presença do ESPÍRITO SANTO, e sua função é doar os dons espirituais,
embora estes possam funcionar em moldes diferentes dos do primeiro século, como
também possam manifestar-se de maneiras mais avançadas, do que aquelas que até
agora têm sido reconhecidas entre nós. Como poderia suceder que não estamos
envolvidos no avanço espiritual? Esse avanço nos conduzirá até à perfeição em
CRISTO, conforme formos sendo transformados em sua imagem (ver Rom. 8:29). Isso
irá sendo realizado pelo poder do ESPÍRITO (ver II Cor. 3:18), e nesse processo
terminaremos maiores do que jamais foi Paulo, dotados finalmente de poderes
muito superiores aos dele. Portanto, talvez até seja errado, ficarmos
contemplando de volta ao primeiro século, desejando a restauração nos moldes da
igreja primitiva. A verdadeira fé e uma elevada espiritualidade quiçá prefiram
olhar para o futuro avanço, para uma forma que nos faça subir acima de abusos e
imitações. Que ainda não possuímos esse tipo de fé é evidente.
Contrariamente à
ideia que diz que os dons espirituais «não são para nós», mas estavam
reservados às primeiras gerações cristãs tão somente, diz Newell (in loc.), em
excelente comentário: «Essa é uma tríplice suposição:
1. Procura
desculpar nosso próprio estado espiritual inferior;
2. pior ainda, é
que lança a culpa sobre DEUS, no que tange ao fracasso da igreja quanto a essa
particularidade; e
3. eleva o presente
estado dos crentes como suficiente e superior ao estado de coisas que
prevalecia nos tempos em que o ESPÍRITO SANTO era conhecido em seu poder».
«...profecia...»
(Ver Atos 13:1 e Efé. 4:1, onde são distinguidos os «profetas» dos «mestres»
cristãos - «profetas do N.T.», ver Atos 11:27). Nas Sagradas Escrituras, os
«profetas» são as seguintes pessoas:
1. Algumas vezes
são aqueles que, em sentido muito especial, foram escolhidos para algum
ministério de revelação das verdades, através de revelações ou oráculos,
conforme se verificava no caso dos profetas do A.T. Esses profetas do A.T.,
quanto à sua posição e autoridade, eram um tanto semelhantes aos apóstolos do
N.T. O oficio espiritual deles era especial. Não há razão alguma para a
suposição de que isso não pode continuar ocorrendo hoje em dia. Talvez
indivíduos como Lutero, João Wesley e tantos outros, na história da igreja,
incluindo até mesmo outros de menor envergadura, embora tenham sido elevados
acima dos mestres e ministros comuns do evangelho, possam ser chamados
«profetas». São pessoas encarregadas de alguma missão elevada, que falam com
uma unção incomum do ESPÍRITO SANTO. No sentido secundário da palavra, tais
indivíduos também podem ser chamados «apóstolos», conforme esclarecemos em Atos
14:4. Esses «apóstolos» seriam os mais elevados dentre esses «profetas».
2. Os profetas da
igreja cristã primitiva evidentemente eram homens de considerável habilidade
psíquica, capazes de proferirem declarações inspiradas, não sendo confundidos
com os pregadores ordinários. No exercício dos dons espirituais, ocupavam
posição secundária somente em relação aos apóstolos, conforme depreendemos de
passagens neotestamentárias como I Cor. 12:28; Efé. 2:20; 3:5; 4:11 e Apo.
22:9. (Ver igualmente Atos 13:1; 15:32 e 21:9,10). Esses profetas do N.T.
exerciam seu ofício em virtude do recebimento de dons carismáticos, e não por
sanção ou nomeação oficial por parte das igrejas locais, porquanto não há o
menor laivo de evidência que a posição deles fosse alcançada através da
consagração a esse ofício. O trecho de I Cor. 14:29-39 mostra-nos que algumas
vezes esses profetas se deixavam arrastar em seu entusiasmo ao ponto de
produzirem a desordem nos cultos, o que Paulo censurou severamente.
Evidentemente
surgiram dúvidas, até mesmo naqueles dias primitivos, acerca da autenticidade
dos dons espirituais de alguns desses «profetas», ao ponto de suspeitar-se que
seus poderes procediam de fontes malignas. (Ver I João 4:1 e I Tes. 5:20,21).
Os poderes sobrenaturais, manifestamente superiores àquilo que se poderia
esperar da parte das capacidades humanas normais, são sempre difíceis de julgar
quanto à sua origem exata; o máximo que podemos fazer é aplicar as palavras do
Senhor JESUS, que disse: «...pelos seus frutos os conhecereis» (Mat. 7:20).
Infelizmente, o critério moderno de julgar tais pessoas tem degenerado ao teste
que declara: «Por suas denominações os conhecereis». Esse critério é fruto do
sectarismo.
Judas e Silas, nas
páginas do N.T., são chamados «profetas» (ver Atos 14:4 e 15:32). Esses
possuíam uma inspiração superior à daqueles que falavam em línguas (ver I Cor.
14:3).
3. Os profetas, não
obstante, não profetizaram sempre e necessariamente o futuro, embora tal função
evidentemente não fosse incomum entre eles. (Ver Atos 21:4,9-11). Nessa
oportunidade, a profecia neotestamentária incluiu o conhecimento prévio, embora
isso não faça parte necessária da profecia. Entretanto, é fenômeno comum, entre
aqueles que possuem dons psíquicos, possuírem algum discernimento quanto a
alguns acontecimentos futuros. Contudo, a profecia consiste muito mais de uma
«afirmação inspirada» do que da predição do futuro. Todavia, é muito difícil
fazer a separação dessas duas funções, no mesmo indivíduo.
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - Todo profeta profetiza, mas nem todo o que
profetiza é profeta. Ministério profeta possui dons de mensagens futurística
como o profeta Ágabo. profecias são para edificação, exortação e consolação somente.
Não é correto supor
que não pode haver profetas em nossos próprios dias, segundo os moldes dos dias
do N.T., ou segundo outros moldes.
O dom da profecia
visa especialmente a consolar e edificar a igreja, além de ter a serventia de
convencer os incrédulos presentes sobre as verdades do evangelho. A importância
do ensino foi assim salientada, porquanto um dom especial é conferido a certos,
para que se tornem mestres mais poderosos. Além disso, não devemos supor que os
«mestres» também não sejam diretamente inspirados pelo ESPÍRITO SANTO, já que
esse é um dos ministérios formados pelo ESPÍRITO de DEUS. Contudo, esse
ministério é mais sutil, menos psiquicamente poderoso, mais geral e menos
imediato; também é mais quieto e menos espetacular, estando mais limitado ao
uso inspirado dos documentos sagrados—a Bíblia—como sua fonte, do que sucede no
caso da inspiração imediata, que não depende dos documentos escritos, conforme
se dá no caso dos profetas, (Observação minha - Pr. Luiz Henrique de
Almeida Silva - não impedindo os mestres de serem usados com dons maravilhosos
de DEUS, já que JESUS era um mestre e Paulo também).
«Os profetas, que
são associados aos apóstolos como o alicerce da igreja (ver Efé. 2:20),
porquanto podem revelar a mente de DEUS, segundo me parece, em certo sentido
subordinado podem existir até os nossos dias, sendo aqueles que não meramente
ensinam e esclarecem doutrinas ordinárias e proveitosas, mas também que, devido
a uma energia especial do ESPÍRITO SANTO, podem desdobrar e transmitir a mente
de CRISTO à igreja cristã, nos casos em que esta mostrar-se ignorante da mesma
(embora tal mentalidade esteja oculta nas Escrituras), podendo desvendar à
igreja verdades bíblicas antes escondidas, através do poder do testemunho do
ESPÍRITO de DEUS, de conformidade com as circunstâncias presentes da igreja e
das espectativas futuras para o mundo. Isso faz deles, para todos os efeitos
práticos, profetas; os quais, por isso mesmo, tornam-se uma bênção direta e uma
dádiva de JESUS CRISTO à sua igreja, quanto à sua necessidade e aparecimento,
embora eles se apeguem firmemente à Palavra, sem o que, entretanto, a igreja
não possuiria o poder dessa Palavra». (Darby, in loc.).
«...segundo a
proporção da fé...« Visto que essa expressão é um tanto obscura, tem ela
recebido certa variedade de interpretações, como segue:
1. Alguns pensam
que se trata da fé subjetiva. Diz Tholuck (irt loc.): «O profeta se mantém
dentro dos limites de seu dom profético, que lhe é atribuído pela sua
individualidade». Essa interpretação inclui igualmente a ideia de sua própria
«receptividade», ou seja, como ele se entrega para ser instrumento para o
exercício de seu dom. Cada homem tem um certo desenvolvimento em sua
espiritualidade. Portanto, cada qual exerce o seu dom de conformidade com seu
desenvolvimento espiritual, e isso de conformidade com a sua «proporção da fé»,
ou seja, com a proporção de seu desenvolvimento espiritual, no que diz respeito
à função de seu ofício. Ainda uma subcategoria dessa fé subjetiva é aquela
ideia que diz que, para cada qual, DEUS tem determinado certa medida da «graça»
da «fé», ou seja, da dotação espiritual, em que cada indivíduo labora de
conformidade com a mesma. Isso concorda com o terceiro versículo deste
capítulo, bem como com a ideia geral de havermos recebido alguma medida da
«graça», que nos capacita a ministrar, devendo ser reputada como parte da ideia
aqui tencionada. Não obstante, essa «graça» não se mostrará eficaz a menos que
seja exercida com fé pessoal, e de acordo com o desenvolvimento espiritual do
indivíduo, que depende do princípio da fé. Por essa razão é que disse Meyer (in
loc.) ׳. «...de acordo com a força, a clareza, o
fervor e outras qualidades da fé que lhes tiver sido outorgada; de tal modo que
o caráter e o modo de falar se conformem com as regras e os limites que são
subentendidos na proporção de seu grau individual de fé».
2. Outros
estudiosos preferem pensar na fé objetiva, isto é, pensar haver aqui alusão à
regra das Escrituras ou revelação divina, a regra ou padrão de doutrina cristã,
que é a autoridade seguida pela igreja cristã, dependendo do ponto de vista do
intérprete. Essa seria a «analogia fidei», ou seja, o padrão de revelação,
especialmente aquele exibido nas Sagradas Escrituras. E isso significa, por sua
vez, que as profecias transmitidas por meio de quem quer que seja devem
conformar-se a esse padrão, não ultrapassando do mesmo. Paulo realmente apelou
para certos cânones fundamentais da verdade, se não mesmo a confissões
eclesiásticas formais, aplicadas às doutrinas neotestamentárias; e com
frequência esse apóstolo citava o A.T. como documento autoritativo. (Quanto aos
«cânones fundamentais da verdade, segundo Paulo», ver Gl. 1:8; 6:16; Fil. 3:16;
II Tim. 3:15,16). Não obstante, não podemos incluir aqui a «autoridade
eclesiástica», ou mesmo algum cânon de fé estabelecido pelo homem no N.T.,
conforme alguns intérpretes de tendências mais eclesiásticas gostariam de
fazer-nos crer, porque, ao tempo em que Paulo assim escreveu, não havia essa
autoridade estabelecida no seio da igreja neotestamentária, além do fato que o
cânon do N.T. estava longe de ficar completo.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 3. pag. 812-814.
A utilidade
(12.6b-8). Temos vários dons. Nesta lista, os dons são dados pelo Pai. Em I
Coríntios 12, os dons são dados pelo ESPÍRITO. Em Efésios 4, os dons são dados
pelo Filho. Os dons mencionados em Romanos 12.6-8 são divididos em duas
categorias: dons de fala (profecia, ensino e exortação) e dons de serviço
(servir, contribuir, liderança e mostrar misericórdia).
É bastante óbvio
que o apóstolo não está falando de cargos, mas de dons. Nem todo dom implica um
cargo diferente. Muitos dons não exigem nenhum cargo.
LOPES, Hernandes
Dias. Romanos: a alegria triunfante no meio das provas. Editora Hagnos. pag.
404-405.
A humildade no Uso
dos Dons de DEUS. 12:3-8.
3. Na introdução da
questão dos dons, Paulo fala da graça que lhe foi dada para capacitá-lo a ser
um apóstolo. Depois ele exorta cada um dos seus leitores a que não sejam
arrogantes, isto é, que não pensem bem demais sobre si mesmos. Ele apela para
um jogo de palavras, usando diversos termos gregos que têm a palavra
"mente" ou "pensar" como elemento básico – que não pense de
si mesmo, além do que convém (saber), antes, pense com moderação (com
equilíbrio na avaliação). Devemos fazer uma auto-avaliação quanto ao que DEUS
repartiu a cada um. Paulo aqui não fala da "fé salvadora" mas antes
de "uma fé que impulsiona uma pessoa na obra de DEUS". Só o orgulho
poderia dizer: "Veja quanta fé salvadora eu tenho". Mas é com
humildade que se diz: "Eis aqui a fé que eu tive na execução desta ou
daquela tarefa particular para DEUS". Isto apenas leva à oração,
"Senhor, aumenta a nossa fé" (veja Lc. 17:5). Na lista dos heróis da
fé em Hb. 11, vemos que a medida da fé dada, corresponde à tarefa a ser
realizada.
(Observação minha -
Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - É preciso ter fé que DEUS está nos
impulsionando no exercício do dom, é preciso fé para transmitir o que DEUS nos
dá para transmitir).
4,5. O um só corpo
do qual os muitos são membros, enquanto ao mesmo tempo são, individualmente,
membros uns dos outros, é a Igreja universal, constituída de todos os crentes
em CRISTO. (Veja I Co. 10:17; 12:12, 13, 28; Ef. 1:22, 23; 2:15b, 16; 4:3-6,
11-13, 15, 16; 5:22-30; Cl. 1:17, 18, 24, 25). O símbolo do corpo descreve a
Igreja como um organismo, com cada membro recebendo vida de CRISTO (veja Cl.
3:3). Grupos locais de crentes são a manifestação local do corpo de CRISTO, a
Igreja. (veja I Co. 12:27). O corpo de CRISTO consiste da totalidade dos
crentes que estão unidos a CRISTO, a cabeça da Igreja.
6. A graça de DEUS
concedida a crentes individualmente, está comprovada nos diferentes dons. Paulo
faz uma lista dos dons e depois diz de que modo cada um deve ser usado. Em cada
caso o leitor, para entender, deve suprir o verbo, vamos usá-lo, seguido do dom
particular. A profecia, que tem a intenção de exortar, encorajar e confortar
(veja I Co. 14:3), deve ser usada no devido relacionamento, com a verdade
revelada de DEUS.
Charles F.
Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular Romanos. pag.
97-98.
(1) Porque qualquer
coisa boa que tenhamos, foi DEUS que repartiu a nós; todo dom perfeito e bom
“...vem do alto” (Tg 1.17). O que temos, que não temos recebido? E, se o
recebemos, por que nos gloriamos? (1 Co 4.7). O homem mais competente e melhor
do mundo não é mais nem melhor do que o que a livre graça de DEUS faz dele cada
dia. Quando estamos pensando em nós mesmos, devemos nos lembrar de pensar não
como temos alcançado, como se nossa força e o poder de nossa mão tivessem
adquirido esses dons, mas pensar quão generoso DEUS tem sido para conosco, pois
é Ele quem nos dá poder para fazer qualquer coisa que é boa e nele está toda a
nossa suficiência.
(2) Porque DEUS
concede seus dons em certa medida:
“...conforme a
medida da fé...". Observe: Ele chama de medida da fé a medida dos dons
espirituais, pois essa é a graça radical. O que temos e fazemos de bom é certo
e aceitável na medida em que está fundamentado na fé, e flui da fé, e não vai
além dela. Ora, a fé e os outros dons espirituais com ela são concedidos por
medida, como a Infinita Sabedoria vê que é adequado para nós. CRISTO tinha o
ESPÍRITO que lhe fora dado sem medida (Jo 3.34). Mas os santos o têm por medida
(Ef 4.7).
CRISTO, que tinha
dons sem medida, era meigo e humilde; e nós, que os temos de forma limitada,
seremos arrogantes e orgulhosos?
(3) Porque DEUS
repartiu dons tanto aos outros como a nós: “...repartiu a cada um”. Tivéssemos
o monopólio do ESPÍRITO, ou um documento que nos garantisse sermos
proprietários exclusivos dos dons espirituais, podia haver alguma base para
essa presunção; mas outros têm sua parte assim como nós. DEUS é Pai de todos, e
CRISTO, a raiz de todos os santos, de quem eles obtêm virtude; e por isso, não
é conveniente nos tornarmos arrogantes e desprezarmos os outros, como se apenas
nós fôssemos o povo de bem com DEUS e os únicos possuidores da sabedoria. Ele
ilustra esse raciocínio com uma comparação extraída dos membros do corpo
natural (como em 1 Co 12.12; Ef 4.16): “Porque assim como em um corpo temos
muitos membros...” (w. 4,5). Observe aqui: [1] Todos os santos formam um corpo
em CRISTO, que é a cabeça do corpo e o centro comum de sua unidade. Os crentes
não estão no mundo como um grupo desordenado e confuso, mas estão organizados e
unidos, já que estão unidos a uma cabeça comum e movidos e animados por um ESPÍRITO
comum a todos. [2] Os crentes individuais são membros desse corpo, partes
componentes, o que significa que são menos do que o todo, e estão em relação
com o todo, derivando vida e vigor da cabeça. Alguns membros do corpo são
maiores e mais úteis que outros e cada um recebe vigor da cabeça de acordo com
a sua proporção. Se o dedinho recebesse tanta nutrição quanto a perna, quão
inconveniente e prejudicial seria! Devemos nos lembrar que não somos o todo;
pensamos além do que é adequado se pensamos assim; somos apenas partes e
membros. [3] “...nem todos os membros têm a mesma operação” (v. 4), mas cada um
possui seu respectivo lugar e função que lhe foi designado.
A função do olho é
ver, a função da mão é trabalhar etc. Assim também ocorre no corpo místico:
alguns são qualificados e chamados para um tipo de função; outros são, da mesma
forma, preparados e chamados para outro tipo de função. Os magistrados, os ministros,
as pessoas, em uma comunidade cristã, têm seus vários ofícios, e não devem se
intrometer uns nas funções dos outros, nem entrar em conflito na execução de
suas várias funções. [4] Cada membro tem o seu lugar e a sua função, para o bem
e o beneficio do todo e de todos os outros membros. Não somos apenas membros de
CRISTO, mas “...membros uns dos outros” (v. 5). Permanecemos em relação uns com
os outros; estamos encarregados de fazer todo o bem que pudermos reciprocamente
e agir em união para o benefício comum. Veja isso ilustrado em detalhes em 1
Coríntios 12.14ss. Por essa razão, não devemos ficar inchados com presunção de
nossos próprios talentos, porque, qualquer coisa que tenhamos, foi recebida, e
não recebemos para nós mesmos, mas para o bem de outros.
2. Um uso sóbrio
dos dons que DEUS nos tem concedido. Como não devemos, por um lado, estar
orgulhosos de nossos talentos, assim, por outro lado, não devemos enterrá-los.
Tomemos cuidado para que, sob pretensão de humildade e abnegação, não sejamos
vagarosos em nos colocar à disposição para o bem de outros. Não devemos dizer:
“Eu não sou nada, por isso, me sentarei e não farei nada”; mas: “Eu não sou
nada em mim mesmo e, por isso, me colocarei ao máximo na força da graça de
CRISTO”. Ele especifica as funções eclesiásticas designadas em igrejas
particulares, em cujo desempenho cada um deve pensar em cumprir o seu próprio
dever, para preservar a ordem e promover a edificação na igreja, cada um
conhecendo o seu lugar e ocupando-o. “De modo que, tendo diferentes dons”. O
seguinte raciocínio particular completa o sentido desse raciocínio geral. Tendo
dons, usemo-los. Autoridade e habilidade para a obra ministerial são dons de
DEUS.
Diferentes dons. O
propósito imediato é diferente, embora o alvo último de todos seja o mesmo,
“...segundo a graça...”, charismata kata ten charin. A livre graça de DEUS é a
fonte e a origem de todos os dons que são concedidos aos homens. E a graça que
designa a função, qualifica e dirige as pessoas e que opera tanto o querer
quanto o realizar. Havia, na igreja primitiva, dons extraordinários de línguas,
de discernimento e de cura; mas o apóstolo fala aqui daqueles que são comuns
(compare com 1 Co 12.4; 1 Tm 4.14; 1 Pe 4.10). Ele especifica sete dons em
particular (w. 6-8), os quais parecem significar várias funções distintas,
usadas pela estrutura consultiva de muitas igrejas primitivas, principalmente
as maiores. Existem dois dons gerais aqui expressos por “profecia” e
“ministério”, o primeiro sendo a função dos bispos, e o último, a função dos
diáconos (esses dois eram os únicos ofícios estabelecidos - Fp 1.1). Mas a obra
particular que pertence a cada um desses podia ser, e parece que era, dividida
e distribuída por consentimento e acordo geral, para que isso pudesse ser feito
mais eficazmente, porque aquilo que é função de todos não é função de ninguém,
e aquele que é vir unius negotii - homem de uma tarefa desempenha melhor a sua
função. Assim Davi separou os levitas (1 Cr 23.4,5), e nessa sabedoria é
proveitoso se conduzir. Consequentemente, os cinco últimos serão reduzidos aos
dois primeiros. (1) Profecia, “...se é profecia, seja ela segundo a medida da
fé”. A obra dos profetas do Antigo Testamento não foi apenas a de predizer o
futuro, mas advertir o povo a respeito do pecado e dos deveres, e serem aqueles
que o lembravam a respeito do que eles sabiam antes. “Tu tens fé? Tenham-na
para ti mesmo; e não faça dela uma regra para os outros, lembrando que a tens
recebido apenas em tua medida”.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.
Editora CPAD. pag. 387-388.
·...Servi uns aos
outros...· De modo geral, mas particularmente aqui devemos entender ·trabalho
físico», isto é, a partilha de alimentos, de abrigo e de dinheiro, tal como na
hospitalidade que acabara de ser recomendada.
·...conforme o dom
que recebeu...· O trecho de Rom. 12:7 focaliza um dom de ·ministério», isto é,
boas obras na forma de esmolas, de cuidados pelos enfermos, e de hospitalidade.
Alguns crentes são especialmente dotados pelo ESPÍRITO, tornando-se ricos em
atos de caridade, dispostos à realização de serviço bondoso, o que fazem com
maneiras graciosas e corteses. Talvez alguns médicos, enfermeiras e
filantropos, quando são também crentes espirituais, recebem tal dom, além de
outros, que têm a oportunidade especial de ministrar as necessidades físicas
dos outros.
Algumas vezes tais
pessoas também recebem amplos meios financeiros capacitando-se assim de se
mostrarem generosas em alto grau. O judaísmo e o cristianismo primitivo
enfatizavam grandemente a importância das esmolas. (Atos 3:2. Comparar também
com Tia. 1:27, onde a religião pura é definida como a visita aos órfãos e às
viúvas, em suas aflições, isto é, mediante a ministração às suas necessidades,
além de conservar-se o crente imaculado do mundo). Tal ministração é a prática
da regra áurea de CRISTO, uma duplicação do seu amor. Portanto, esse ministério
é apenas a concretização da lei do amor, mencionada no oitavo versículo deste
capítulo.
Este versículo,
naturalmente, não só fala do dom especial da ministração às necessidades
físicas, mas também impõe a todos os crentes o mesmo costume, ao ponto em que
suas habilidade se circunstâncias lhes permitirem a participação.
·...despenseiros...·
Cada pessoa é ímpar e tem uma missão sem igual, agora e na eternidade. (Ver
Apo. 2:17). Ele recebe habilidades necessárias para o exercício apropriado de
sua missão. Também recebe os meios financeiros para poder realizar sua obra. Sua
missão o transforma no tipo de pessoa que pode realizar um serviço específico.
Um crente também pode receber várias missões; e todas as coletivamente
consideradas, visam fazer dele um indivíduo sem par. Uma missão é um meio de
expressar a graça de DEUS para com outros, pois nenhuma missão visa apenas o
benefício do próprio indivíduo. Todos os dons de DEUS se originam em sua
·graça. Essa é a fonte de tudo de bom que possuímos. Se nos recusarmos a
contribuir, logo deixaremos de receber. Assim, o homem que recebe mas não dá
logo se tornará inútil como despenseiro da graça de DEUS, e sua alma será
estragada, perdendo toda a similaridade com a natureza espiritual de CRISTO. O
próprio CRISTO veio para servir, e não para ser servido. (Ver Mat. 20:28).
«...multiforme
graça...» No grego, o adjetivo é ·poikilos·, «diversificado», «de muitas
espécies*. A graça divina se manifesta de muitos modos e se concretiza na vida
humana de muitas maneiras. Cada crente recebeu tal graça, e está na obrigação
moral de concedê-la a outros.
·...graça...»
(*graça*, ver Efé. 2:8). O que possuímos que não tenhamos recebido de DEUS?
*Pois quem é que te faz sobressair? O que tens tu que não tenhas recebido? e,
se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?» (I Cor.
4:7). Alguns agem como se o que têm fora produzido por eles mesmos.
Dom: Consideremos
os pontos seguintes a respeito: 1. Envolve qualquer coisa doada gratuitamente.
2. Indica alguma bênção dada graciosamente por DEUS, de qualquer espécie, aos
pecadores (ver Rom. 5:15.16 e 11:29). 3. Indica a graça da salvação (ver Efé. 2:9),
mediante a qual a salvação é conferida aos homens. 4. Indica um preparo
gracioso e divino para o serviço, algum dom espiritual, alguma operação
extraordinária do ESPÍRITO SANTO (ver I Tim . 4:14) ou mesmo os dons do
ESPÍRITO SANTO (ver os capítulos doze a catorze da primeira epistola aos
Coríntios). 5. Indica a abundância de possessões físicas, usadas para benefício
alheio: ou bens materiais suficientes para que deles possamos contribuir,
embora não naquela profusão que poderíamos chamar de «abundante». Esse é o
sentido que está em foco, talvez com alguma mistura com a quarta posição.
Esta passagem pode
ser ilustrada pela parábola dos talentos, narrada pelo Senhor JESUS, em Mat.
25:15. Alguns intérpretes acreditam que Pedro alude aqui a essa tradição,
embora tal narrativa ainda não tivesse tomado forma escrita nos evangelhos
canônicos, porquanto esta primeira epistola de Pedro foi escrita antes dos
mesmos, com a única exceção possível do evangelho de Marcos.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 6. pag. 156-157.
I Pe 4.10 Cada um,
conforme recebeu um dom da graça – servi uns aos outros com ele como bons
administradores da multiforme graça de DEUS. Visto que os dons da graça (em
grego: charisma) são dados pelo ESPÍRITO SANTO, eles também são chamados de
“dons do ESPÍRITO” (1Co 14.1). Este versículo presta uma importante
contribuição para a pergunta a respeito do que são os carismas e como devem ser
exercidos. O contexto demonstra que ser hospitaleiro, falar a palavra de DEUS e
exercer a diaconia são serviços dos dons da graça. É verdade que podemos
“buscá-los” (1Co 14.1), mas sempre continuarão sendo dádiva de DEUS através do
ESPÍRITO SANTO.
Multiforme ela é na
medida em que exerce uma obra diversificada na igreja e em cada cristão (cf.,
p. ex., 1Pe 5.10). Como graça multiforme ela também é suficiente para todas as
múltiplas carências da igreja. Administradores é o nome dado pelo próprio JESUS
a seus discípulos em várias parábolas (Lc 16.1; cf. Mt 25.14ss). Um
administrador é carAtoserizado pelo fato de ter recebido dádivas em confiança
para o serviço, que não são de sua propriedade.
Uwe Holmer.
Comentário Esperança I Pedro. Editora Evangélica Esperança.
10. Vida na
comunidade cristã é vida de serviço aos outros. JESUS foi o Servo de DEUS,
Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10.45). Na Sua
vida, tal como nos mostram os Evangelhos, Ele demonstrou esse princípio,
servindo ao Seu povo e aos Seus (como ilustrado em Jo 13.1-17). Servi uns aos
outros é, assim, um chamado a sair de si mesmo e dos seus problemas, e se
dedicar aos outros.
Essa diaconia é
possível porque todos receberam dons com os quais podem servir aos outros.
Cada um deve
colocar o dom que tem a serviço de todos, porque, ao receberem dons, os
cristãos se tomam despenseiros da graça de DEUS. A charis (graça) é a fonte dos
charisma (dons, carismas). Quem os recebe, recebe graça de DEUS, e os recebe
por causa da graça de DEUS que lhes concedeu o ESPÍRITO SANTO.
A graça de DEUS,
por fim, é multiforme. Visualmente, isso seria como um cristal que reflete a
luz em vários matizes e uma sempre nova e surpreendente combinação de cores e
tons. Esse conceito é importante e tem sido desprezado na prática, muitas
vezes, pelos cristãos. Está subentendido que a questão dos dons é sempre
dinâmica.
Quando a situação
muda, quando novos quadros se apresentam, Ele dará os dons de forma apropriada
à nova realidade, sempre nos surpreendendo com o Seu agir. Multiforme também
significa, para um mundo dividido como o nosso em culturas e carAtoserísticas
regionais bastante diferenciadas, que o ESPÍRITO leva em conta essa
diversificação e trabalha dentro dela. Indispensável nas relações entre os
cristãos (também a nível internacional) é a eliminação de todo resquício de
prepotência e espírito de julgamento, e a disposição ao amor e ao serviço ao
outro como outro (respeitando-o e valorizando-o naquilo em que é diferente de
mim ou de nós).
Ênio R. Mueller. I
Pedro Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 238-239.
Questionário
da Lição 1 - E deu dons aos homens
Responda conforme a
revista da CPAD do 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons
Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Complete os espaços
vazios e marque com "V "as respostas verdadeiras e com "F
"as falsas
INTRODUÇÃO
A Bíblia de Estudo Pentecostal define “dons” como “manifestações sobrenaturais
concedidas da parte do ESPÍRITO SANTO, e que operam através dos crentes, para o
seu bem comum”. Neste trimestre analisaremos os dons de DEUS dispensados à
Igreja para que, com graça e poder, ela proclame o Evangelho de JESUS à toda
criatura. Além de auxiliar o Corpo de CRISTO no exercício da Grande Comissão,
os dons divinos subsidiam os santos para que cheguem à unidade da fé (Ef
4.12,13).
I – OS DONS NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
O Dicionário
Bíblico Wycliffe mostra que há várias palavras hebraicas que significam
“dádiva”. A origem dessas palavras está na raiz hebraica nathan, que significa
“dar”. Por isso, podemos afirmar que no Antigo Testamento há vislumbres dos
dons divinos concedidos a pessoas peculiares como reis, sacerdotes, profetas e
outros. Todavia, os dons divinos não estavam acessíveis ao povo de DEUS da
Antiga Aliança como observamos no regime da Nova Aliança.
2. No Novo Testamento.
O mesmo dicionário
informa ainda que ao longo do Novo Testamento a palavra “dom” aparece com
diferentes significados, que se relacionam ao verbo grego didomi. Este verbo
representa o sentido ativo da palavra “dar” em Filipenses 4.15. Na Nova
Aliança, os dons de DEUS estão disponíveis para que a Igreja, em nome de JESUS,
promova a libertação dos cativos, ministre a cura aos doentes e proclame a
salvação do homem para a glória de DEUS. O Novo Testamento também deixa claro
que todos os crentes têm acesso direto a DEUS através de CRISTO JESUS e, por
isso, podem receber os dons do ESPÍRITO.
3. Uma dádiva para a Igreja.
A fim de sermos
mais didáticos e eficientes no estudo a respeito dos dons, dividiremos este
assunto em três categorias principais: Dons de Serviço, Dons Espirituais e Dons
Ministeriais. Esta divisão acompanha a classificação dos dons conforme se
encontra nas epístolas paulinas aos Romanos, 1 Coríntios e Efésios,
respectivamente. Insistimos, porém, que esta classificação é apenas um recurso
didático, pois quando o apóstolo expõe o assunto em suas cartas, ele não parece
querer exaurir os dons em uma lista, antes, preocupa-se em exortar os irmãos a
buscá-los e usá-los para encorajar, confortar e edificar a Igreja de CRISTO,
bem como glorificar a DEUS e evangelizar o mundo.
II – OS DONS DE SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. Dons relacionados ao serviço cristão.
Em Romanos 12 o
apóstolo Paulo admoesta a igreja,lembrando-a de que o membro do Corpo de CRISTO
não pode se achar autossuficiente. Assim como um membro do corpo humano depende
dos outros para exercer a sua função, na igreja necessitamos uns dos outros para
o fortalecimento da nossa vida espiritual e comunhão em CRISTO. Por isso, a
categoria de dons apresentada em Romanos 12 traz a ideia da manutenção dessa
comunhão dos santos, pois ao falarmos de serviços, subentende-se que quem serve
está prestando um serviço para alguém. Observe os dons de serviço listados por
Paulo em Romanos: Ministério (ofício diaconal), exortação (encorajamento),
repartir, presidir e exercer misericórdia. Note que esses dons estão
relacionados com uma ação em prol do outro, do próximo. Portanto, se você tem
um dom, deve usá-lo em benefício da Igreja de CRISTO na Terra.
2. Conhecendo os dons espirituais.
“Acerca dos dons
espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1 Co 12.1). Os dons
listados em 1 Coríntios 12 são: Palavra da sabedoria; palavra da ciência; fé;
curas; operação de maravilhas; profecia; discernimento de espíritos; variedades
de línguas; interpretação de línguas.
Apesar de as manifestações sobrenaturais pertencerem ao mundo espiritual, isto
é, a uma categoria particular da experiência religiosa do crente, o apóstolo
Paulo desejava que as igrejas, e em especial a de Corinto, conhecessem algumas
considerações importantes sobre os dons espirituais. Uma carAtoserística
predominante em Corinto, segundo o Comentário Bíblico Beacon (CPAD), era a vida
pregressa dos membros envolvidos com idolatria. Muitas manifestações
espirituais na igreja lembravam a experiência mística das religiões de
mistérios. Os coríntios precisavam ser ensinados de forma correta sobre a
existência dos dons e de sua utilização dentro do culto e fora dele. Por isso,
à luz da Palavra de DEUS, devemos ensinar a respeito dos dons espirituais para
que a igreja seja edificada. A Bíblia traz os ensinos corretos sobre o uso dos
dons, e se há distorções nessa esfera, estas acontecem por algumas igrejas não
ensinarem de forma correta o que a Bíblia diz, e isso contribui para o surgimento
do fanatismo religioso, da corrupção doutrinária dos movimentos estranhos e de
muitas heresias. Portanto, o ensino correto das Escrituras nos orienta sobre a
forma adequada da utilização dos dons e previne o surgimento de práticas
condenáveis no culto.
3. Acerca dos dons ministeriais.
A Epístola de Paulo
aos Efésios classifica os dons ministeriais assim: Apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e doutores (4.11). Os propósitos de o Senhor concedê-los
à Igreja, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, são, em primeiro lugar,
capacitar o povo de DEUS para o serviço cristão; em segundo, promover o
crescimento da igreja local; terceiro, desenvolver a vida espiritual dos
discípulos de JESUS (4.12-16). O Senhor deu à sua Igreja ministros para
servi-la com zelo e amor (1 Pe 5.2,3). O ensino do Novo Testamento acerca do
exercício ministerial está ligado a concepção evangélica de serviço (Mt
20.20-28; Jo 13.1-11), jamais à perspectiva centralizadora e sacerdotal do
Antigo Testamento.
III – CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1
Co 12.1-11)
1. Os dons são importantes.
Um argumento
utilizado pelos cessacionistas (pessoas que defendem a errônea ideia de que os
dons espirituais cessaram no primeiro século), é que os crentes pentecostais
tendem a se achar superiores uns aos outros por terem algum dom.
Lamentavelmente, isto é verdade em muitos lugares. Entretanto, o apóstolo Paulo
faz questão de tratar desse assunto com os crentes de Corinto que estavam
supervalorizando alguns dons em detrimento de outros. Precisamos resgatar a
noção de serviço que JESUS CRISTO ensinou nos Evangelhos, pois todos os dons
vêm diretamente de DEUS para melhor servirmos à igreja de CRISTO.
2. Diversidade dos dons.
O que mais nos
chama a atenção na lista de dons apresentada por Paulo em 1 Coríntios 12 não
são os nove dons, mas a diversidade deles. Isto denota a unidade da Igreja de
CRISTO, mas simultaneamente a sua multiplicidade. O Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento tem razão quando fala que “talvez Paulo tenha
selecionado estes noves dons por serem adequados à situação que havia em
Corinto”, pois se compararmos a lista de 1 Coríntios com Romanos e também
Efésios, veremos que outros dons são relacionados de acordo com as necessidades
de cada igreja local.
3. Autossuficiência e humildade.
Os dons espirituais
são concedidos aos crentes pela graça de DEUS, e não por méritos pessoais (Rm
12.6; 1 Pe 4.10). Não podemos orgulhar-nos e portar-nos de modo arrogante e
autoritário no exercício dos dons, mas com humildade e temor a DEUS. Portanto,
não use o dom que DEUS lhe deu com orgulho, visando a exaltação pessoal. Isto é
pecado contra o Senhor e contra a Igreja! Use-o com um coração sincero e
transbordante de amor pelo próximo (1 Co 13). Não foi por acaso que o capítulo
13 (Amor) de 1 Coríntios foi colocado entre o 12 (Dons) e o 14 (Línguas e
Profecia).
CONCLUSÃO
O estudo dos dons de DEUS aos homens é amplo e nos apresenta recursos pelos
quais podemos servir ao Senhor e à sua Igreja. Esses dons são para os nossos
dias, pois não há na Bíblia nenhum versículo que diga que os dons espirituais
deixaram de existir com a morte do último apóstolo. Portanto, busquemos os dons
do ESPÍRITO SANTO, pois estão à nossa disposição. Eles são um exemplo da
multiforme graça de DEUS em dispensar instrumentos espirituais para a Igreja na
história.
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO
1 DO 2º TRIMESTRE DE 2021
1ª lista – 1
Coríntios 12.8-10. (Um total de nove dons)
2ª lista – 1 Coríntios 12.28. (Um total de oito dons)
3ª lista-– 1 Coríntios 12.29,30. (Um total de sete dons)
Reúna os alunos formando um único grupo. Ouça os grupos e conclua enfatizando
que todos estes dons estão disponíveis para a igreja atual. Os dons não
cessaram. Que venhamos a buscá-los com fé para a edificação do Corpo de CRISTO.
Lição 2, O
Propósito dos Dons Espirituais
Revista Lições
Bíblicas Adultos, CPAD, 2° Trimestre 2021
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos Homens com Poder
Extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel
Esposa - 19-98448-2187
Lição 2, O
Propósito dos Dons Espirituais
https://youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX19NCn48b06Bk2SC91uk0UgW Lição em vídeos em 2014
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/04/escrita-licao-2-o-proposito-dos-dons.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/04/slides-licao-2-o-proposito-dos-dons.html
Video completo
https://www.youtube.com/watch?v=TivunT-kXDs
TEXTO ÁUREO
“Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles,
para a edificação da igreja.” (1 Co 14.12)
VERDADE PRÁTICA
Os dons são recursos concedidos por DEUS para fortalecer e edificar a Igreja
espiritualmente.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12.8-11; 13.1,2
1 Coríntios 12
8 - Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo
mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; 9 - e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé;
e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; 10 - e a outro, a operação de
maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos;
e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 11 -
Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo
particularmente a cada um como quer.
1 Coríntios 13
1 - Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor,
seria como o metal que soa ou como o sino que tine. 2 - E ainda que tivesse o
dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que
tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse
amor, nada seria.
Resumo
da Lição 2, O Propósito dos Dons Espirituais
I – OS DONS NÃO SÃO
PARA ELITIZAR O CRENTE
1. A igreja coríntia.
2. Uma igreja de
muitos dons, mas carnal.
3. Dom não é sinal
de superioridade espiritual.
II – EDIFICANDO A
SI MESMO E AOS OUTROS
1. Edificando a si mesmo.
2. Edificando os
outros.
3. Edificando até o
não crente.
III – EDIFICAR TODO
O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na igreja.
2. Os sábios
arquitetos do Corpo de CRISTO.
3. Despenseiros dos
dons.
Resumo rápido do
Pr. Henrique da Lição 2, O Propósito dos Dons Espirituais
INTRODUÇÃO
Na Igreja onde
abundam os dons, vão ter os que não querem orar, jejuar, estudar a bíblia e
vivem na prática do pecado. Numa cidade onde existe uma igreja avivada sempre
vão ter bares, boates, inferninhos, seitas, etc... a sua volta. é a guerra
espiritual que existe tanto fora quanto dentro da Igreja. Os intelectuais que
não são batizados no ESPÍRITO SANTO e nem são usados em dons detestam os
espirituais que muitas vezes não são diplomados, mas são tremendamente usados
por DEUS. Porque vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios
segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são
chamados. Mas DEUS escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as
sábias; e DEUS escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes.
E DEUS escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são
para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele. 1
Coríntios 1:26-29
Vamos estudar sobre
os Dons do ESPÍRITO SANTO e seus verdadeiros propósitos para a Igreja e para os
descrentes. Os dons são armas de combate contra Satanás e seus demônios, são
dádivas de DEUS também para sua Igreja, visando sua edificação, consolação e exortação
(através da profecia).O ESPÍRITO SANTO é quem escolhe e capacita os crentes
para a obra de CRISTO, "para que não haja divisão no corpo, mas, antes,
tenham os membros igual cuidado uns dos outros" (1 Coríntios 12:25).
I – OS DONS NÃO SÃO
PARA ELITIZAR O CRENTE
1. A igreja coríntia.
A igreja coríntia era formada principalmente por ex-idólatras e frequentadores
dos templos de vários deuses. A igreja existia em meio a uma população de
comerciantes e industriais bem prósperos, principalmente pela cerâmica e o
bronze. Atenas era sua principal concorrente. A cidade foi destruída por Roma e
reconstruída por Júlio César em 44 a.C.. Foi capital da Acaia com população
atingindo até 500 mil habitantes entre senhores e escravos. Em 1858,
quando foi destruída por um terremoto.
Nos dias de Paulo,
a cidade ficava a aproximadamente a dois quilômetros e meio ao sul do
golfo de Corinto, no lado norte de sua acrópole, a uma altitude de aprox. 130
metros. O monte Acrocorinto ou acrópole se estendia a 500 metros sobre a
cidade, a uma altitude de 623 metros. A cidade e sua acrópole eram limitadas
por um muro que tinha um perímetro superior a 10 quilômetros. Do lado de fora
dos muros, nas planícies circunvizinhas, se estendiam campos de grãos, olivais,
vinhas, e outras propriedades rurais da cidade.
Ao norte da parte central da cidade ficava a Ágora, o centro nervoso da
metrópole. A Ágora tinha aproximadamente 230 metros de leste a oeste, e cerca
de 100 metros de norte a sul. Na linha divisória dos dois níveis, havia uma
fileira de prédios baixos flanqueando um rostro ou bema, que funcionava como um
púlpito para proclamações públicas e assentos de julgamento (q. v.) para
magistrados. Aqui Paulo compareceu perante Gálio (q.v.), governador da Acaia,
como resultado das acusações dos judeus de que ele havia violado a lei (At
18.12,13). Ao longo do lado sul da Ágora, havia um pórtico ou colunata que era
um centro de compras, medindo cerca de 150 metros de comprimento. Aqui e no
lado noroeste perto do templo de Apolo, havia lojas para os vendedores de carne
e vinho, provavelmente o mercado ou o “açougue” ao qual Paulo se referiu em 1
Coríntios 10.25.
Quanto aos aspectos não-físicos de Corinto, deve ser observado que uma grande
parte da população era muito inconstante (navegadores, negociantes, oficiais do
governo, et al,) e estavam, portanto, excluídos dos habitantes da sociedade
estabelecida. Para tornar as coisas piores, a prostituição religiosa era
comumente praticada em conexão com os templos da cidade. Por exemplo, de acordo
com Strabo, 1000 sacerdotisas ou jovens escravas do Templo de Afrodite, na
acrópole, eram empregadas na prostituição religiosa. A partir da mobilidade
social e dos males das práticas religiosas ali, surgiu uma corrupção geral da
sociedade. A péssima “moral de Corinto” se tornou um provérbio pejorativo até
mesmo no mundo romano pagão. Não é de se admirar que Paulo tivesse tanto a
dizer sobre a santidade do corpo em sua primeira carta aos Coríntios.
Perto de Corinto, os jogos ístmicos ocorriam a cada dois anos em homenagem a
Posêidon, deus do mai. Eventos atléticos incluíam corridas a pé, corridas com
carros puxados por dois cavalos, o pentatlo (salto, corrida, luta livre,
lançamento de disco e lançamento de dardo) e o pancratinm (uma combinação de
boxe e luta livre). A coroa de vitória parece ter sido um aipo selvagem seco
durante o século I d.C., realmente uma coroa corruptível (1 Co 9.25).
Dicionário Bíblico Wycliffe
A Igreja coríntia
era próspera quanto aos dons do ESPÍRITO SANTO (1 Co 1.7). O apóstolo Paulo diz
que não lhes faltava dom algum, ou seja, a totalidade dos dons do ESPÍRITO
SANTO ali se manifesrtava. Por isso mesmo uma relação completa dos dons do
ESPÍRITO SANTO é dada por Paulo em 1 Coríntios 12.8-11.
2. Uma igreja de muitos dons, mas carnal.
Como a ação maligna
na cidade de Corinto era muito grande, DEUS deu poder espiritual à igreja
coríntia para que lutasse numa guerra espiritual travada contra Satanás e suas
hostes. Dons são armas de guerra espiritual. Assim como JESUS nós devemos
desfazer as obras do Diabo.
Quem pratica o
pecado é do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto o
Filho de DEUS se manifestou: para desfazer as obras do diabo. 1 João 3:8
Tanto existe uma
guerra espiritual fora da igreja quanto existe uma guerra espiritaual dentro da
igreja, entre salvos e falsos irmãos. Havia na Igreja divisões, inveja,
imoralidade sexual, etc. Isso acontece muito mais do que imaginamos ou
tentamos esconder.
Ao mesmo tempo
carnalidade e imoralidade? Por isso Paulo a chama de carnal e imatura (1 Co
3.1,3). Uma igreja onde predominam a inveja, contenda e dissensões, nem de
longe pode ser chamada de espiritual, e sim de carnal.
Esta era a ideia
geral sobre a Igreja porque não se pode culpar os crentes fiéis pelos
acontecimentos e comportamentos, mas o que se destaca são os atos pecaminosos e
isso vai atingindo cada dia mais pessoas até corromper toda a igreja. Se
continuasse aquela situação, logo, logo, também os irmãos espirituais que ali
haviam e usados em dons se corromperiam e os dons desapareceriam e a luta
contra as trevas seria perdida. Por isso Paulo escreve aos coríntios para
abrir-lhes os olhos do entendimento espiritual.
3. Dom não é sinal
de superioridade espiritual.
Posderíamos
analizar coisa simples:
Quem o ESPÍRITO
SANTO escolhe para ser usado em dons? os mais espirituais ou os menos
espirituais? Sabemos que espirituais são aqueles que oram, jejuam, leem a
bíblia e evangelizam. Quem seria escolhido e capacitado? Creio que são
escolhidos os mais espirituais, os que mais teem contato com DEUS. Os que se
santificam.
por que Abraão foi
escolhido? porque em meio a uma geraçao corrompida foi achado com fé em DEUS e
afastado da idolatria de seus pais. Assim outros servos de DEUS também foram
escolhidos para a obra de DEUS por serem diferentes em suas gerações. A escolha
é pela graça, mas não sem haver fé naqueles que foram escolhidos.
Muitos usam
erroneamente os versículos de Mateus 7:22,23, ditos por JESUS a respeito dos
líderes judaicos, se referindo aos crentes salvos, batizados no ESPÍRITO SANTO
e sendo usados por Dons do ESPÍRITO SANTO. isso, no mínimo, é preconceituoso e
desprovido de exegese bíblica. Até a bíblia de Estudos Pentecostal e nosso
comentarista do trimestre o fazem. Talvez seguindo estudos calvinistas a
respeito dos pentecostais.
Muitos me dirão
naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome,
não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós
que praticais a iniquidade. Mateus 7:22,23
COMENTÁRIOS BEP -
CPAD
7.21 AQUELE QUE FAZ
A VONTADE DE MEU PAI. JESUS ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu
Pai celestial é uma condição prévia essencial para a entrada no reino dos céus
(cf. vv. 22-25; 19.16-26; 25.31-46). Isto, no entanto, não significa que a pessoa
pode ganhar ou merecer a salvação mediante seus próprios esforços ou obras.
Isto é verdadeiro pelas seguintes razões: (1) O perdão divino o homem obtém
mediante a fé e o arrependimento, concedidos pela graça de DEUS e a morte
vicária de CRISTO por nós (ver 26.28; Lc 15.11-32; 18.9-14). (2) A obediência à
vontade de DEUS, requerida por CRISTO, é uma condição básica conducente à
salvação, mas CRISTO também declara ser ela uma dádiva ligada à salvação dentro
do reino. Embora seja a salvação uma dádiva de DEUS, o crente deve buscá-la
continuamente; recebê-la e evidenciá-la mediante uma fé sincera e decidido
esforço. Esse fato é visto na Oração Dominical (6. 9-13) e nas muitas
exortações para que o crente mortifique o pecado e se apresente a DEUS como sacrifício
vivo (cf. Rm 6. 1-23; 8. 1-17; 12.1,2; ver 5.6). (3) O crente pode fazer a
vontade de DEUS e viver uma vida justa em virtude dessa dádiva, i.e., a graça e
o poder de DEUS e a vida espiritual que lhe são comunicados continuamente
mediante CRISTO. As Escrituras declaram: Pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isso não vem de vós; é dom de DEUS. Porque somos feitura sua (Ef 2.8-10).
(4) DEUS sempre torna possível a prática da obediência que Ele requer de nós.
Isto é atribuído à ação redentora de DEUS. Porque DEUS é o que opera em vós
tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade (ver Fp 2.13).
Todavia, o dom da graça de DEUS não anula a responsabilidade nem a ação
humanas. O crente deve corresponder positivamente ao dom divino da obediência
(ver Fp 2.12; Jd 20,21,24; Ef 4.22-32), todavia ele é livre para rejeitar a
graça de DEUS, para recusar aproximar-se de DEUS por meio de CRISTO (ver Hb
7.25), e para recusar orar por uma vida de obediência e viver essa vida (ver Mt
5.6)
7.22 MUITOS ME DIRÃO NAQUELE DIA. Nos versículos 22,23, JESUS declara
enfaticamente que muitos que profetizam, pregam ou realizam- milagres em seu
nome estão enganados, pensando que são servos de DEUS quando, na realidade, Ele
não os conhece. Para não ser enganado nos últimos dias, o dirigente de igreja,
ou qualquer outro discípulo, deve apegar-se totalmente à verdade e à justiça
reveladas na Palavra de DEUS (ver Ap 22.19), e não considerar o sucesso
ministerial como padrão de avaliação no seu relacionamento com CRISTO.
7.23 NUNCA VOS CONHECI. Estas palavras de CRISTO deixam plenamente claro que
uma pessoa pode pregar o evangelho em nome de CRISTO, expulsar demônios e
operar milagres, sem essa pessoa ter genuína fé salvífica em CRISTO. (1) As
Escrituras nos ensinam que a pregação evangélica eloquente, um manifesto zelo
pela justiça e a operação de milagres podem ter lugar nesta era mediante a
influência e o poder de Satanás. Paulo nos adverte que o próprio Satanás se
transfigura em anjo de luz . Não é muito, pois, que os seus ministros se
transfigurem em ministros da justiça (2 Co 11.14,15; cf. Mt 24.24). Paulo torna
claro que a simulação de uma unção poderosa pode ser operação de Satanás (ver 2
Ts 2.9,10; Ap 13.3,12). (2) Muitas vezes, DEUS aniquila a atividade de Satanás
nos falsos pregadores, a fim de salvar ou curar aqueles que, sinceramente,
recebem a Palavra de DEUS (ver Fp 1.15-18). DEUS sempre deseja que aqueles que
proclamam o evangelho sejam justos (ver 1 Tm 3.1-7); porém quando uma pessoa má
ou imoral prega a Palavra de DEUS, ainda assim Ele pode operar no coração
daqueles que recebem a sua Palavra e entregam-se a CRISTO. DEUS não aprova
nenhum falso pregador do evangelho, mas Ele certamente confirmará a verdade
bíblica, e aqueles que a aceitam pela fé.
EXEGETICAMENTE
FICA EVIDENTE QUE
JESUS AQUI ESTÁ FALANDO PARA OS JUDEUS QUE ERAM RELIGIOSOS E NÃO CONHECIAM A
DEUS E MUITO MENOS A JESUS QUE FALAVA COM ELES. MUITOS DELES ERAM EXORCISTAS E
MUITOS UNGIAM AS PESSOAS PARA SEREM CURADAS.
JESUS DIZ QUE NUNCA
OS CONHECEU. ISSO NÃO SERIA, DE MANEIRA ALGUMA, APLICÁVEL A UM CRENTE SALVO QUE
FOI BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO E USADO EM DONS DO ESPÍRITO SANTO. ESTE É
CONHECIDO POR JESUS, É EVIDENTE.
Veja o final do
texto. "Nunca vos conheci".
Acha mesmo que JESUS nunca conheceu alguém que o aceitou como único salvador e
Senhor? Que foi batizado no ESPÍRITO SANTO, pois para se ter dons é preciso
primeiro ser batizado no ESPÍRITO SANTO. Depois está pessoa foi usada pelo
ESPÍRITO SANTO em Dons.
VOCÊ ACREDITA QUE JESUS NUNCA CONHECEU ESTA PESSOA?
Tivemos no Brasil,
mais especificamente em Goiás, um caso de um médium espírita que era usado por
suas entidades para curar pessoas. Vinham até ele pessoas até de outros países.
Além de ser idólatra e praticar coisas anti-bíblicas (Entre ti se não achará
quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos,
nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os
mortos, Deuteronômio 18:10,11), vivia em prostituições e adultérios. A esse
JESUS com certeza diria: "Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que
praticais a iniquidade". Mateus 7:23.
II – EDIFICANDO A
SI MESMO E AOS OUTROS (DONS DE DE VARIEDADE DE LÍNGUAS E DE PROFECIA)
1. Edificando a si mesmo.
1 Coríntios 14.1-5,
12-15
1 Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de
profetizar. 2 Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a
DEUS; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios. 3 Mas o que
profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. 4 O que fala
língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. 5
E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que
profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas
estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba
edificação. 12 Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai
sobejar neles, para a edificação da igreja. 13 Pelo que, o que fala língua
estranha, ore para que a possa interpretar. 14 Porque, se eu orar em língua
estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. 15 Que
farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, trata a respeito das línguas
estranhas e da profecia no uso coletivo e individual.
Dentro da
perspectiva de que além do falar em língua do batismo existem dons de Variedade
de línguas e profecia que são dons do ESPÍRITO SANTO para a edificação da
Igreja, o apóstolo traz orientações sobre como a Igreja deve se portar nesse
aspecto. Na prática, o servo de DEUS não ensina que esses dons devem deixar de
ser exercitados, mas orienta que sejam usados da forma correta, tendo em vista
que a sua principal função é edificar o corpo de CRISTO. A língua do batismo é
para oração e serve para edificação própria e a língua como dom do ESPÍRITO
SANTO, que é a Variedade de Línguas é para edificação da Igreja.
É importante
diferenciar entre falar em línguas espirituais e em línguas de outros países.
Pelo original grego
percebemos claramente a diferença.
Quando se menciona
línguas espirituais ou estranhas a palavra é "glossa" (Strong Português)
Língua - γλωσσα glossa
idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos
usados por outras nações (PRESTE ATENÇÃO - DIFERENTE DE LÍNGUAS FALADAS NO
MUNDO)
Quando se fala em
línguas conhecidas do mundo a palavra usada é "dialektos" (Strong
Português)
διαλεκτος dialektos
1) conversação, fala, discurso, linguagem
2) língua ou a linguagem própria de cada povo
O ensino de Paulo
sobre línguas espirituais (ou estranhas) divide-se em três grupos:
1- Lingua falada no
batismo como sinal ou confirmação do batismo. JESUS é quem batiza. Língua de
oração. Edificação Própria.
2- Língua como Dom
do ESPÍRITO SANTO. Este Dom é Concedido pelo ESPÍRITO SANTO. Variedade de
Línguas - Edificação da Igreja.
3- Dom de profecia
(que pode vir em línguas e interpretação). Pode a profecia ser na língua de
origem do ouvinte, mas pode vir em línguas mais interpretação, o que equivale a
profecia.
Em um culto da
verdadeira igreja existem línguas espirituais (ou estranhas) sendo faladas.
Que fareis pois,
irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1
Coríntios 14:26.
Pergunta: Como
haveria interpretação se não houver quem fale em línguas? É evidente que alguém
vai ter que falar em língua para que outro, ou ele mesmo, interprete.
O que ocorre é que
o crente fala em línguas e espera um pouquinho para ver se tem intérprete ou se
ele mesmo entendeu o que falou. Caso afirmativo, deve continuar a trazer a
mensagem e assim a igreja será edificada ouvindo JESUS falar com a mesma. Caso
não houver interpretação, deve falar bem baixinho (consigo mesmo - a altura
quem regula é o próprio crente - o ESPÍRITO SANTO não obriga o crente a falar
alto). Então, se não houver intérprete para não atrapalhar o culto, o crente
não deve levantar sua voz em línguas. Em casa orando na língua do batismo pode
orar da altura que quiser.
1- Lingua falada no
batismo como sinal ou confirmação do batismo e para oração. LÍNGUA DE ORAÇÃO.
JESUS é quem
batiza.
E eu, em verdade,
vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais
poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com
o ESPÍRITO SANTO, e com fogo. Mateus 3:11
Esta língua ninguém
entende, só DEUS. Você quer falar diretamente com DEUS? É mistério.
Porque o que fala
em língua desconhecida não fala aos homens, senão a DEUS; porque ninguém o
entende, e em espírito fala mistérios. 1 Coríntios 14:2
Esta língua deve
ser usada para oração individual (entre no seu quarto e fale com seu pai em
secreto - Mt 6:6) - quem fala em línguas (ou ora nessa língua) edifica-se a si
mesmo (1 Co 14:4a).
Esta é a linguagem
de oração do crente a vida toda.
Mas tu, quando
orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está
em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. Mateus
6:6
Orar no ESPÍRITO (E
maiúsculo) é orar em línguas, não em pensamento.
Mas vós, amados,
edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO
SANTO, Judas 1:20
Quem ora em línguas
ora bem.
"Porque,
se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem.." (1 Co 14.14a).
Edificação própria
Mas vós, amados,
edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO
SANTO, Judas 1:20
O que fala em
língua desconhecida edifica-se a si mesmo... 1 Coríntios 14:4a
Não se deve proibir
falar em línguas, mas educar aqueles que falam - Portanto, irmãos,
procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. 1
Coríntios 14:39
RESUMO
O FALAR EM OUTRAS
LÍNGUAS - Marcos 16
Quem crer fala,
quem não crer não fala.
E estes sinais
seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas
línguas; Marcos 16:17
Quem ora em línguas
ora bem.
"Porque,
se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem.." (1 Co 14.14a).
Isso resultará em fortalecimento espiritual ao crente para ficar dirigido e
orientado pelo ESPÍRITO SANTO quanto à evangelização.
Orar em
línguas. Ensino claro de Paulo e de Judas.
Mas vós, amados,
edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO
SANTO, Judas 1:20
O que fala em
língua desconhecida edifica-se a si mesmo... 1 Coríntios 14:4a
O FALAR EM OUTRAS
LÍNGUAS NA VIDA PESSOAL
Línguas para
falar com DEUS (1 Co 14.2).
Aqui não é dom do
ESPÍRITO SANTO. É a língua do batismo.
Porque o que fala
em língua desconhecida não fala aos homens, senão a DEUS; porque ninguém o
entende, e em espírito fala mistérios. 1 Coríntios 14:2
Edificação pessoal.
Aqui não é dom do
ESPÍRITO SANTO. É a língua do batismo.
O que fala em
língua desconhecida edifica-se a si mesmo... 1 Coríntios 14:4a
Mas vós, amados,
edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO
SANTO, Judas 1:20
É impressionante
que em algumas igrejas se referem ao falar em línguas como se fosse algo
pecaminoso. Como? Se falar em línguas com interpretação traz edificação da
igreja? Por que então Paulo diz que não se deve proibir falar em línguas? Por
que então ensina Paulo que um deve falar e outro interpretar? Nos parece que
estas igrejas deveriam buscar a presença de DEUS e o poder de DEUS em seu meio
e fazer cultos como ensina a Bíblia.
Que fareis pois,
irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1
Coríntios 14:26.
Portanto, irmãos,
procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas. 1 Coríntios 14:39
Paulo falava muito
em línguas e ainda diz falar mais do que todos os outros.
Dou graças ao meu
DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos. 1 Coríntios 14:18. Além de
falar a língua do batismo deduzimos que Paulo era usado em Dom de Variedade de
Línguas.
Todos devem e podem
falar em línguas, mas nem todos recebem o dom de variedade de línguas.
Língua do batismo é
para todos, porém o dom de falar em várias línguas diferentes, nem todos
recebem.
Têm todos o dom de
curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos? 1 Coríntios 12:30
Existem
manifestações de línguas espirituais ou estranhas no Antigo Testamento?
Alguns eruditos
judeus dizem ser possível que sim em Números 11:26 e em Daniel 5:1-31
Porém no arraial
ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e do outro Medade; e repousou
sobre eles o espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não
saíram à tenda), e profetizavam no arraial. Números 11:26
Agora mesmo foram
introduzidos à minha presença os sábios e os astrólogos, para lerem este
escrito, e me fazerem saber a sua interpretação; mas não puderam dar a
interpretação destas palavras. Daniel 5:15
Daniel interpretou
Línguas Estranhas ou Espirituais - Então, dele foi enviada aquela parte da mão,
e escreveu-se esta escritura. Esta, pois, é a escritura que se escreveu: Mene,
Mene, Tequel e Parsim. Esta é a interpretação daquilo: Mene: Contou DEUS o teu
reino e o acabou. Tequel: Pesado foste na balança e foste achado em falta.
Peres: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.
Daniel 5:24-28
Nós falamos em
língua dos anjos?
Não. Paulo está
dizendo uma hipérbole. Ainda que eu falasse... Paulo está se referindo às
línguas como importantes, mas não o mais importante. Está fazendo uma
comparação. A conclusão é de que o amor é mais importante que tudo na vida do
crente. Então use o dom de línguas para edificar as pessoas por amor a elas.
Afinal, se amamos alguém queremos que DEUS fale com ela.
As línguas cessarão
quando vier o que é perfeito (1 Coríntios 13).
O perfeito
será quando atingirmos a maturidade perfeita. Quando formos arrebatados e nosso
corpo for transformado em corpo espiritual, celeste e eterno. Ai, não mais será
necessário falar em línguas e nem será mais necessário exercer os dons do ESPÍRITO
SANTO, pois no céu, na Nova Jerusalém, tudo será perfeito e DEUS falará
pessoalmente conosco, não por meio de pessoas, mas ELE mesmo falará conosco
pessoalmente.
Paulo afirma que
não era perfeito, não alcaçou a perfeição. - Não que já a tenha alcançado ou
que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também
preso por CRISTO JESUS. Filipenses 3:12
Todos os crentes
devem e podem ser batizados no ESPÍRITO SANTO e quando isso ocorrer falarão em
língua espiritual ou estranha. Devem procurar orar em Línguas todos os dias
para edificação própria.
E estes sinais
seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas
línguas; Marcos 16:17
E todos foram
cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas, conforme o
ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. Atos 2:4
Porque os ouviam
falar línguas, e magnificar a DEUS. Atos 10:46
E, impondo-lhes
Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas, e
profetizavam. Atos 19:6
E eu quero que
todos vós faleis em línguas, ...1 Coríntios 14:5
Nem todos os crente
recebem dom de variedade de línguas, mas todos devem e podem buscar esse dom
maravilhoso para edificar a Igreja.
Ore em línguas o
máximo que puder para ser edificado, fortalecido e guiado pelo ESPÍRITO SANTO.
2. Edificando os outros.
Língua como Dom do
ESPÍRITO SANTO. Este Dom é Concedido pelo ESPÍRITO SANTO - VARIEDADE DE
LÍNGUAS.
Objetivo - para o
que for útil, para edificação da igreja, para transmitir uma mensagem na língua
de origem ou para dar um recado específico a alguém, ou para oração de
intercessão.
a- Para edificação
da igreja.
Aqui o crente fala
em língua e alguém interpreta ou ele mesmo interpreta (veja tópico 3 abaixo)
Por isso, o que
fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar. 1 Coríntios
14:13
Mas o que profetiza
fala aos homens, para edificação, exortação e consolação. 1 Coríntios 14:3
b- Para transmitir
uma mensagem na língua de origem.
Exemplo em Atos 2,
no início da igreja, na primeira manifestação de língua do Novo Testamento.
E, quando aquele
som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia
falar na sua própria língua. Atos 2:6
Língua do batismo,
ninguém entende o que está sendo dito, então não vão provar para um crente que
JESUS está falando para a Igreja. Porém, para um descrente Língua do batismo é
sinal de que DEUS está falando na Igreja. Já a profecia, quando dita em nossa
própria língua não é sinal de que DEUS está falando para um descrente, pois não
sabem discernir, mas para a igreja é DEUS falando conosco.
De sorte que as
línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não
é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. 1 Coríntios 14:22
E, quando aquele
som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia
falar na sua própria língua. Atos 2:6
VARIEDADE DE
LÍNGUAS (1 Co 12.10)
a. O que é o dom de
variedades de línguas?
O dom de Línguas ou
de Variedade de Línguas como o nome mesmo diz, são línguas inspiradas
sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO SANTO para que, através das mesmas possamos ser
edificados, para que possamos transmitir mensagens de DEUS aos homens e para
que adoremos e glorifiquemos a DEUS. O que fala em língua edifica-se a si
mesmo, ... 1 Coríntios 14:4a; Ora, quero que todos vós faleis em
línguas, mas muito mais que profetizeis, pois quem profetiza é maior do que
aquele que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a
igreja receba edificação. 1 Coríntios 14:5 (Grifo nosso).
Observação
importante - Todo crente batizado no ESPÍRITO SANTO fala em línguas e pode e
deve falar nessa língua a vida toda, principalmente para orar pela sua própria
edificação, mas nem todos que são batizados e falam em línguas todos os dias
possuem o Dom de Variedade de Línguas. A língua que falamos ao ser batizados é
para nosso uso próprio e nos acompanha em toda nossa jornada de fé aqui na
Terra, só findando quando formos arrebatados ou morrermos. ...falam todos em
línguas (têm todos o dom de línguas - grifo nosso)? interpretam
todos? 1 Coríntios 12:30b.
As línguas foram
profetizadas por Isaias e trazem refrigério àqueles que as falam. - Assim
por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo. Ao qual disse:
Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram
ouvir. Isaías 28:11-12
Assim por lábios
gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo.
Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o
refrigério; porém não quiseram ouvir.
Isaías 28:11-12
Todos os crentes
batizados com o ESPÍRITO SANTO podem falar em línguas espirituais, podem oram
em línguas, podem ser edificados quando oram em línguas, podem intercalar sua
pregações falando em línguas, podem cantar em línguas e até profetizar em
línguas, porém nem todos recebem o Dom de Variedade de Línguas.
b. Qual é a
finalidade do dom de Variedade de Línguas?
As línguas são
úteis para louvor e adoração a DEUS. "falando entre vós em salmos, hinos,
e cânticos espirituais (em línguas), cantando e salmodiando ao Senhor no
vosso coração" (Efés. 5:19, Colos. 3:16).Todo crente deve ser
batizado no ESPÍRITO SANTO e deve orar em línguas todos os dias de sua vida
aqui na Terra para edificação própria. O que fala em língua edifica-se a si
mesmo, ... 1 Coríntios 14:4a; Mas vós, amados, edificando-vos sobre a
vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO (Grifo nosso - orando em
línguas) Judas 1:20. Quando o crente ora em línguas não entende o que está
falando, mas seu espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO entende e fica fortalecido
para vencer as lutas na esfera espiritual, no campo de batalha espiritual.
ORAR BEM - Porque,
se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem.... (1 Coríntios
14:14a)
O apóstolo Paulo
dava tanto valor ao falar em línguas que declara seu dom de línguas ao
coríntios: Dou graças a DEUS, que falo em línguas mais do que vós todos. 1
Coríntios 14:18.
Na igreja devemos
evitar falar em línguas em voz alta para não atrapalhar as manifestações do
ESPÍRITO SANTO e também para que a mensagem pregada e explicada seja ouvida por
todos.
Paulo diz que
enquanto um irmão está sendo usado em profecias ou em dom de línguas com
interpretação os outros devem estar calados ou falando em línguas bem baixinho
para não atrapalharem a manifestação dos ESPÍRITO SANTO e para que todos ouçam
e para que todos sejam edificados.
Não se deve proibir
falar em línguas, mas educar aqueles que falam - Portanto, irmãos,
procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. 1
Coríntios 14:39
De DEUS
= Mensagem de DEUS para a Igreja ou para uma determinada pessoa que tem
três fins:
1- Edificação
= Fazer com que siga fazendo a Obra de DEUS.
2- Exortação
= Fazer com que desperte e anime para fazer a Obra de DEUS.
3- Consolação
= Fazer com que a tristeza não abata a pessoa, porque DEUS está presente e
assistindo e ajudando em tudo.
O dom de profecia
não tem elemento preditivo, ou seja, não tem a função de dizer o futuro.
c. Atualidade do
dom.
Aqueles que dizem
que as línguas eram manifestações do ESPÍRITO SANTO somente para a época
dos primeiros apóstolos devem assumir uma posição firme sobre isto (os
Cessacionistas), pois estão afirmando que toda nossa geração está sendo usada
por demônios ou usando de falsidade quando falamos em línguas.
Com certeza sabemos
que eles estão equivocados, pois essas manifestações do ESPÍRITO SANTO eram
comuns até mesmo entre os pais dessas denominações tradicionais que negam a
atualidade dos dons do ESPÍRITO SANTO. Infelizmente posso afirmar que estão
debaixo da ação de demônios que os cegam. São claras a manifestações do
ESPÍRITO SANTO em nossos dias, basta ligar um aparelho de TV ou acessar a
internet ou visitar qualquer igreja pentecostal.
Se o apóstolo Paulo
diz que os dons são de utilidade para a Igreja, quem somos nós para dizermos em
contrário?
Exemplo de dom de
línguas no Novo Testamento - Atos 2.3, 4, 8 - E foram vistas por eles
línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4
- E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas,
conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. 8 Como pois os ouvimos,
cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? (grifo nosso).
Exemplo no Antigo
Testamento -
"Porém no
arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e do outro Medade; e
repousou sobre eles o espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que
não saíram à tenda), e profetizavam no arraial. Números 11:26
Segundo alguns
eruditos em Hebraico o significado de "profetizavam" aqui neste texto
pode ser "falaram em línguas desconhecidas".
Veja
também Daniel 5:25-28 - Daniel leu uma mensagem escrita na parede do
palácio.
Existe um tipo de
língua que é para ser interpretada, esse tipo pertence ao Dom de Variedade de
Línguas.
O crente fala e
outro interpreta ou ele ora a DEUS e pede para que ele mesmo ao falar nesta
língua receba a Interpretação e transmita na língua dos ouvintes.
"Pelo que, o
que fala em língua estranha, ore para que a possa interpretar." (1 Co
14.13)
Quem tem o Dom de
Variedade de Línguas pode falar pelo menos em 5 tipos de línguas
diferentes: Vamos estudar mais sobre isto em próximas lições.
1- Línguas do
batismo (para edificação própria - o crente pode falar nela a vida toda)
2- Língua para
falar com estrangeiro - Língua conhecida pelo ouvinte e não pelo que a fala.
Exemplo maior em Atos 2, onde os apóstolos falaram na língua dos estrangeiros.
3- Língua para
Intercessão - Não são palavras expressadas, mas gemidos de intercessão (Rm 8;
).
4- Línguas para
serem interpretadas - Podem ser interpretadas pelo mesmo que as fala ou por
outrem.
5- Línguas que
falamos e nao entendemos, mas a pessoa que ouve entende perfeitamente (muitas
vezes só uma pessoa no meio de muitas entende DEUS falando com ela).
Quem ora em línguas
deve orar para poder interpretá-las. Por isso, o que fala em língua, ore
para que a possa interpretar. (1 Coríntios 14:13
Busque o Dom de
Variedade de Línguas para edificação da Igreja.
3. Edificando até o não crente.
e a outro, a
operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os
espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das
línguas. 1 Coríntios 12:10
E eu quero que
todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o
que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também
interprete, para que a igreja receba edificação. 1 Coríntios 14:5
Segui o amor e
procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. 1
Coríntios 14:1
A profecia pode ser
manifesta de trêss maneiras:
1- A profecia é
manifesta por alguém que é usado em Dom de Profecia (fala na língua conhecida
por todos - 1 Coríntios 12.10; 14:3).
2- A profecia é
manifesta por alguém que fala em Línguas e outra pessoa entende e se levanta e
dá a interpretação (Um tem Dom de Variedade de Línguas e outro tem Dom de
Interpretação de Línguas - 1 Coríntios 12.10).
3- A profecia é
manifesta por alguém que fala em Línguas e ele mesmo entende e dá a
interpretação a todos. (línguas MAIS interpretação - 1 Coríntios 14.5).
Objetivos da
Profecia
Mas o que profetiza
fala aos homens, para edificação, exortação e consolação. 1 Coríntios 14:3
Este dom pode vir
com manifestação direta na língua da Pessoa que vai ouvir a mensagem ou em
Língua espiritual ou estranha sendo interpretada por outrem ou pela mesma
pessoa que fala e recebe a interpretação.
Pelo que, o que
fala língua estranha, ore para que a possa interpretar. 1 Coríntios
14:13
E eu quero que
todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o
que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que
também interprete, para que a igreja receba edificação. 1 Coríntios 14:5
Exemplo de profecia
no NT - E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o ESPÍRITO
SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Atos
13:2
Não desprezeis as
profecias. 1 Tessalonicenses 5:20.
DOM DE PROFECIA (1
Co 12.10)
a- O que é o dom de
profecia?
Pelo que entendemos
o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens
sobrenaturais, inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO, podendo ser em uma língua
conhecida para quem fala e também para quem ouve, ou numa língua desconhecida
para quem fala e conhecida para quem ouve (caso de línguas mais interpretação),
objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da
mensagem. Os dons, inclusive o de profetizar, são movidos em nós pelo
amor, a mais essencial virtude do fruto do ESPÍRITO, implantado em nós, quando
nos convertemos a CRISTO (1 Co 13.2). Para que o crente seja usado nesse dom
deve primeiro desejar o bem da pessoa que vai receber a profecia, pois é com
esse intuito que DEUS nos usa. O Apóstolo Paulo nos exorta a não desprezarmos
as profecias (1 Ts 5.20), por isso as mesmas devem passar pelo crivo das
escrituras, sendo julgadas pela igreja antes de serem aceitas integralmente,
pois as mensagens vêm perfeitas da parte do ESPÍRITO SANTO, mas passam pelo
instrumento que é o crente. Como as profecias e as interpretações de línguas
podem ser transmitidas parcialmente, integralmente ou acrescentadas pelos que
as transmitem, pode haver mudança de entendimento por parte daqueles que as
recebem devido a uma mudança de sentido feita pelo que foi instrumento do
ESPÍRITO SANTO para a transmitir (1 Co 14.29-33; 1 Ts 5.20). Assim, quem é
instrumento usado nesse dom deve evitar interpretar a mensagem recebida à sua
maneira ou de maneira que o ouvinte deseja ouvir, mas entregar somente o que
recebeu. Infelizmente acontece muito desse dom ser exercido fora da igreja
local, sendo por isso mesmo usado de maneira errônea devido à falta de
julgamento da veracidade das mensagens ai transmitidas. Alguns por dinheiro ou
por fama transmitem mensagens que somente agradam aos ouvintes ou trazem
mensagens de terror aos incautos que se guiam por essas mensagens. O Dom de
Discernimento é muito importante nesses casos, revelando se tais mensagens vêm
do que fala, ou do Diabo, ou de DEUS. "Porque, em parte, conhecemos, e em
parte profetizamos" 1 Coríntios 13:9
As profecias vêm
para edificação, exortação e consolação (1 Co 14:3). Línguas +
Interpretação = Profecia (1 Co 14:27,13).
Não devemos
confundir Profeta com aquele que profetiza, pois Profeta é ministério dado
por CRISTO (Ef 4.11), profecia é manifestação do ESPÍRITO SANTO, é dom do
Mesmo. Profeta prediz alguma coisa que ainda vai acontecer ou revela coisas que
estão acontecendo ou aconteceram em outra parte, profecia não prediz nada.
Todos podem profetizar (1 Co 14.31), mas pouquíssimos são escolhidos para serem
profetas.
Exemplo de
ministério de Profeta no NT - Profeta Ágabo: At 21 8 Partindo no dia
seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Felipe, o evangelista, que
era um dos sete, ficamos com ele. 9 Tinha este quatro filhas virgens
que profetizavam (Dom do ESPÍRITO SANTO). 10 Demorando-nos ali por
muitos dias, desceu da Judéia um profeta, de nome Ágabo (Ministério dado
por CRISTO a Igreja); 11 e vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando
os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim os judeus
ligarão em Jerusalém o homem a quem pertence esta cinta, e o entregarão nas
mãos dos gentios.
b- A relevância do
dom de profecia.
E falem dois ou
três profetas, e os outros julguem. Mas, se a outro, que estiver assentado, for
revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar,
uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados. E os
espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. 1 Coríntios 14:29-32
“E temos, mui
firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma
luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da
alva apareça em vosso coração” (2 Pe 1.19).
Se esse dom não
fosse importante para a Igreja certamente Paulo não diria o que disse em 1 Co
14.1 "(1 Co 14.1 "Segui a caridade e procurai com zelo os dons
espirituais, mas principalmente o de profetizar". Para que não haja
desordem no culto, ou seja, quando houver num mesmo culto vários irmãos que
profetizam e todos eles desejam trazer uma mensagem da parte de DEUS à igreja,
Paulo orienta então que haja no máximo, durante um mesmo culto, dois ou três
irmãos que profetizem, sendo que um deve esperar pelo outro, assim um
profetiza, depois outro e depois outro (1 Co 14.29-31). Essas profecias
deveriam ser julgadas de acordo com a Palavra de DEUS, de acordo com a
santidade e honestidade daqueles que as transmitiam e pela sua veracidade
comprovada pelos que as receberam (1 Co 14.29).
Por que as
profecias devem ser julgadas? Por que podem vir de três fontes distintas: DEUS,
o homem ou o Diabo.
Exemplo:
Pode alguém chegar
na igreja e dizer que a doença que um membro tem é para que ele não se desvie
do evangelho - isso, com certeza, é uma mensagem satânica, pois JESUS já levou
nossas doenças e enfermidades na cruz, ELE não vai devolver isso para nós.
Pode alguém, na
igreja, dizer sobe a briga de um casal e sua separação sendo que ela já tenha
ouvido de uma vizinha esse fato ocorrido e está tentando se passar por alguém
usado em profecia, trazendo uma mensagem que não é nem do diabo e nem de DEUS.
Graças a DEUS, pode
também alguém trazer mensagens da parte de DEUS para edificação, exortação ou
consolação.
Não desprezeis as
profecias. 1 Tessalonicenses 5:20 - A igreja tem perdido muito pela falta
das profecias que foram praticamente banidas da igreja por falta de quem as
julgue, por falta de líderes experientes nos dons.
O apóstolo Paulo
dava muito valor às profecias - Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi
dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. (1 Timóteo
4:14)
Este mandamento te
dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti,
milites por elas boa milícia; (1 Timóteo 1:18)
De sorte que as
línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não
é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. 1 Coríntios 14:22.
c- Propósitos da
profecia.
Os principais
propósitos da profecia são a edificação da Igreja e a evangelização. A Igreja
não pode ser guiada pelas profecias, mas deve ouvir as profecias e julgá-las
para que haja uma sábia direção de DEUS em auxílio à obra de DEUS e uma união
por parte dos membros da Igreja. A igreja que ouve e julga as profecias é
mais propensa a evitar e combater o pecado entre seus membros. As profecias
geralmente confirmam o que DEUS já colocou em nossos corações.
Onde não há
profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado
(Provérbios 29:18).
Mas, se todos
profetizarem, e algum incrédulo ou indouto entrar, por todos é convencido, por
todos é julgado; 1 Coríntios 14:24 - Esta declaração de Paulo nos leva a
crer que as profecias são excelentes ferramentas para evangelização, pois os
segredos do coração das pessoas são revelados provocando neles a certeza de que
DEUS está entre nós. "os segredos do seu coração se tornam
manifestos; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS,
declarando que DEUS está verdadeiramente entre vós" - 1 Coríntios 14:25.
Todos os crentes
podem e devem ser batizados no ESPÍRITO SANTO e receberem o Dom de Profecia.
Porque todos
podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos
sejam consolados. 1 Coríntios 14:31
Segui o amor e
procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. 1
Coríntios 14:1
III – EDIFICAR TODO
O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na igreja.
Paulo fala sobre os
Dons do ESPÍRITO SANTO em três capítulos da carta aos coríntios - 12, 13 e 14.
a- No capítulo 12
fala sobre a existência dos dons, quantidade dos dons, de quem os dá e para que
são dados.
b- No capítulo 13
fala sobre o que move os dons e da duração dos dons para a igreja.
c- No capítulo 14
continua falando sobre o Amor e sobre a regulamentação dos dons para edificação
do corpo, sobre o melhor dom a ser usado na igreja e sua importância.
a- No capítulo 12
fala sobre a existência dos dons, quantidade dos dons, de quem os dá e para que
são dados.
O apóstolo aos
gentios fala em 1 Coríntios 12 sobre a ignorância e mal uso dos Dons do
ESPÌRITO SANTO por parte desta Igreja, fala sobre o passado de seus membros sob
o domínio de demônios e diz que agora, na Igreja só age um ESPÍRITO, o ESPÍRITO
SANTO que é DEUS, também fala sobre a pedra fundamental da Igreja que é CRISTO
e fala da diversidade dos Dons do ESPÍRITO SANTO, enumerando-os numa lista
completa e por fim fala que quem controla a operações dos dons é o ESPÍRITO
SANTO que concede a cada um que vai ser usado em Dons como Ele quer, sempre
para o que for de utilidade tanto para a Igreja em sua edificação, como para os
ímpios em sua conversão.
Por fim nos ensina
que a Igreja é um corpo com muitos membros tendo como cabeça a JESUS CRISTO e
que é formada por diversos membros, cada um com sua função. Todos têm sua
utilidade no corpo. Os Dons são muitos e capacitam a acda um para que a obra do
Senhor seja realizada.
A lista completa
dos Dons do ESPÍRITO SANTO nos é apresentada:
Porque a um, pelo
ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a
palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo
ESPÍRITO, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a
profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de
línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 1 Coríntios 12:8-10.
Por que sabemos que
a lista é completa? Porque os Coríntios eram usados em todos os Dons e Paulo os
reúne em uma lista completa para lhes explicar sobre eles.
De maneira que
nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor JESUS CRISTO, 1
Coríntios 1:7
Além disso Paulo
fala sobre a posição de cada ministro dentro do corpo de CRISTO. Fala da busca
pelos Dons que cada um deve fazer com desejo ardente. Fala sobre Dons
Assistenciais de DEUS PAI, de Dons Ministeriais de JESUS CRISTO e de Dons do
ESPÌRITO SANTO, tudo operando dentro do corpo de CRISTO na Terra - A Igreja..
b- No capítulo 13
fala sobre o que move os dons e da duração dos dons para a igreja.
O apóstolo aos
gentios fala em 1 Coríntios 13 sobre a mola mestra dos dons, o Amor. Somente o
Amor de DEUS derramado em nossos corações pode mover nosso amor para com os que
necessitam de DEUS e de sua manifestação poderosa.
E a esperança não
traz confusão, porquanto o amor de DEUS está derramado em nosso coração pelo
ESPÍRITO SANTO que nos foi dado. Romanos 5:5 Aquele que não ama não conhece a
DEUS, porque DEUS é amor. 1 João 4:8 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o
amor é de DEUS; e qualquer que ama é nascido de DEUS e conhece a DEUS. 1 João
4:7
Recebemos esse amor
quando cremos, pois foi implantado em nós pelo Fruto do ESPÍRITO SANTO e suas 9
qualidades, sendo o Amor a inicial e principal.
Sem o amor não
existe manifestação dos Dons. Existe neste capítulo a definição de Amor e sua
suma importância para crente. JESUS resumiu a lei e os profetas em uma
única palavra - o Amor.
Mestre, qual é o
grande mandamento da lei? E JESUS disse-lhe: Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo
o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o
primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os
profetas. Mateus 22:36-40
Paulo ainda fala
que os Dons durarão até a vinda de CRISTO para nos buscar, no arrebatamento
(quando seremos perfeitos). Daí para frente os Dons não mais serão necessários,
pois no céu não há doentes, enfermos, não há necessidade de intermediários para
falarmos com DEUS, não há sofrimento e nem inimigos.
Paulo, na carta aos
Filipenses, diz que ele mesmo nunca alcançou a perfeição enquanto estava aqui
na Terra.
Não que já a tenha
alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que
fui também preso por CRISTO JESUS. Filipenses 3:12
c- No capítulo 14
continua falando sobre o Amor e sobre a regulamentação dos dons para edificação
do corpo, sobre o melhor dom a ser usado na igreja e sua importância.
Paulo nos orienta a
continuar seguindo o Amor, buscando os Dons e nos revela o principal Dom do
ESPÍRITO SANTO, o de Profetizar.
Aqui vemos que não
entendemos a língua que recebemos no batismo no ESPÍRITO SANTO, só DEUS entende
quando estamos falando de mistérios.
É-nos dito que a
profetiza é para falar a todos para edificação, exortação e consolação.
Uma grande arma de edificação própria nos é indicada - Falar em língua estranha
edifica o crente, o fortalece espiritualmente e o que profetiza edifica a
igreja. Tanto um como outro é importante, mas edificar a muitos é melhor ainda.
Falar em línguas é importante, porém, na igreja, deve vir acompanhado da
interpretação para edifique os outros. "O que profetiza é maior do que o
que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja
receba edificação".
Paulo diz que é importante desejar os Dons do ESPÍRITO SANTO, quanto mais dons
melhor. Sempre com o intuito de edificação da igreja. Por isso o que fala
língua estranha, ore para que a possa interpretar, pois assim estará
profetizando para edificação de todos. Falar em Línguas com Interpretação
equivale a Profecia.
Quando oramos em línguas nosso espírito ora bem porque o ESPÍRITO SANTO nos une
a DEUS nesta hora, mesmo que nós não entendamos o que estamos falando. Esta
oração em ínguas é para nossa edificação espiritual.
Mas vós, amados,
edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO
SANTO, conservai a vós mesmos no amor de DEUS, esperando a misericórdia de
nosso Senhor JESUS CRISTO, para a vida eterna. Judas 1:20,21
Devemos orar em
línguas e também em Português. Devemos cantar em Línguas e também em Português.
Quando damos glórias e graças a DEUS em línguas isso é perfeito, mas não é
edificado aquele que nos ouve na Igreja.
Paulo revela que é usado em Dom de Variedade de Línguas e que pratica a oração
em Línguas - Dou graças ao meu DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos.
Na Igreja, porém, Paulo preferia falar na língua que todos entendiam para que
todos fossem edificados. Certamente Paulo era usado em interpretação de Línguas
e em Profecia.
Paulo cita Isaías 28.11 falando sobre as Línguas do ESPÍRITO SANTO - Está
escrito na lei: Por gente doutras línguas e por outros lábios, falarei a este
povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.
O descrente quando nos ouve falar em línguas sabe que DEUS está entre nós, mas
o crente já está acostumado e não pondera. A profecia não identifica a presença
de DEUS para o descrente, mas para o crente é DEUS falando com ele. Quando há
alguma revelação de algo oculto na vida do descrente, ai sim, ele reconhece que
é DEUS falando com ele.
Paulo nos revela como deve ser um legítimo culto cristão pentecostal e o que
deve acontecer nele - Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação.
Paulo limita o número de crentes que vão ser usados no falar em Línguas e diz
que deve haver interpretação - "por dois ou, quando muito, três, e por sua
vez, e haja intérprete".
Paulo também limita o número dos que vão ser usados em Profecias e diz que
essas profecias devem ser julgadas - E falem dois ou três profetas, e os outros
julguem.
Quando alguém estiver falando em Línguas na Igreja e não houver interpretação
então o crente deve falar bem baixinho (consigo mesmo) para que não atrapalhe
os outros a ouvirem a mensagem de DEUS para eles através de outros.
Todos crentes podem profetizar, em ordem, uns depois dos outros, para que todos
aprendam e todos sejam consolados.
A altura da voz e o tempo em que se é usado pode ser controlado pelo crente que
está sendo usado. "E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos
profetas".
Paulo nos orienta a profetizar e a falar em línguas sempre. Portanto, irmãos,
procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo
decentemente e com ordem.
2. Os sábios arquitetos do Corpo de CRISTO.
Porque, dizendo um:
Eu sou de Paulo; e outro: Eu, de Apolo; porventura, não sois carnais? Pois quem
é Paulo e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o
Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas DEUS deu o crescimento. Pelo
que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas DEUS, que dá o
crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu
galardão, segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de DEUS; vós
sois lavoura de DEUS e edifício de DEUS. Segundo a graça de DEUS que me foi
dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele;
mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro
fundamento, além do que já está posto, o qual é JESUS CRISTO. E, se alguém
sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas,
madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a
declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra
de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá
galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será
salvo, todavia como pelo fogo. Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o
ESPÍRITO de DEUS habita em vós? Se alguém destruir o templo de DEUS, DEUS o
destruirá; porque o templo de DEUS, que sois vós, é santo. 1 Coríntios 3:4-17
E ele mesmo deu uns
para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros
para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para edificação do corpo de CRISTO,
até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a
varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, para que não sejamos
mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo
engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a
verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO, do qual todo
o corpo, bem-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa
operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.
Efésios 4:11-16
Os dons
ministeriais contidos em Efésios 4.11 são homens dados a Igreja para o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de CRISTO.
Todos os
ministérios são importantes e necessários. Nunca um líder pode julgar
desnecessário um ministério dado por CRISTO a Igreja. Nos parece que a
preeminência na Igreja foi assumida por quem controla o dinheiro, em detrimento
dos outros ministérios. Isso prejudica o bom andamento da obra de DEUS,
confronta a liderança de CRISTO a sua Igreja.
“mas veja cada um
como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que
já está posto, o qual é JESUS CRISTO” (1 Co 3.10,11).
3. Despenseiros dos
dons.
Cada um administre
aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de
DEUS. Se alguém falar, fale segundo as palavras de DEUS; se alguém administrar,
administre segundo o poder que DEUS dá, para que em tudo DEUS seja glorificado
por JESUS CRISTO, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!
1 Pedro 4:10,11
Cada um que recebeu
um Dom do ESPÍRITO SANTO deve ministrar às pessoas o Dom que recebeu. Somos
despenseiros dos Dons, ou seja, recebemos, está em nós, para ajudar aos outros
nós devemos ministrar aos outros. Assim como numa casa tem um cômodo onde são colocados
alimentos para serem retirados quando necessário (despensa). Por isso mesmo
Paulo exortou Timóteo a usar o Dom que estava nele, mas ele o estava retendo.
Por este motivo, te
lembro que despertes o dom de DEUS, que existe em ti pela imposição das minhas
mãos. 2 Timóteo 1:6
Não desprezes o dom
que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do
presbitério. 1 Timóteo 4:14
CONCLUSÃO
A igreja coríntia
era formada por ex-idólatras e muitos deles estiveram envolvidos com
espiritismo. Apesar de ser uma igreja com todos os dons do ESPÍRITO SANTO, se
mostrou carnal por causa de alguns problemas que lá aconteciam. Divisão e
imoralidade eram os principais problemas. O Dom é recebido pela graça de DEUS e
concedido pelo ESPÍRITO SANTO a quem ele mesmo escolhe.
O crente edifica-se
a si mesmo orando em Línguas. Edifica os outros quando fala em línguas e é
interpretado por outrem ou por si mesmo. Edifica até o não crente através
da Profecia.
Os dons na igreja
são operados pelo ESPÍRITO SANTO e são para edificação, consolação e exortação
da igreja, bem como para evangelização. Os sábios arquitetos do Corpo de CRISTO
são os ministros escolhidos e dados por CRISTO à igreja. Os Despenseiros dos
dons são aqueles que receberam Dons e devem ministrar aos outros, tudo movidos
pelo amor.
Revista antiga -
mesmo assunto
Lição 2 - O
Propósito dos Dons Espirituais - LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014 -
CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons
Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de
Almeida Silva
Questionário
https://youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX19NCn48b06Bk2SC91uk0UgW Lição em vídeos em 2014
TEXTO ÁUREO
“Assim, também vós,
como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da
igreja” (1 Co 14.12).
VERDADE PRÁTICA
Os dons são
recursos concedidos por DEUS para fortalecer e edificar a Igreja
espiritualmente.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
1 Coríntios
12.8-11; 13.1,2
I Coríntios 12
8 - Porque a um,
pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a
palavra da ciência;
9 - e a outro, pelo
mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar;
10 - e a outro, a
operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os
espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das
línguas.
11 - Mas um só e o
mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um
como quer.
1 Coríntios 13
1 - Ainda que eu
falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor seria como o metal
que soa ou como o sino que tine.
2 - E ainda que
tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e
ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não
tivesse amor; nada seria.
Resumo da Lição 2 -
O Propósito dos Dons Espirituais
I - OS DONS NÃO SÃO
PARA ELITIZAR O CRENTE
1. A igreja
Coríntia.
2. Uma igreja de
muitos dons, mas carnal.
3. Dom não é sinal
de superioridade espiritual.
Il - EDIFICANDO A
SI MESMO E AOS OUTROS
1. Edificando a si
mesmo.
2. Edificando os
outros.
3. Edificando até o
não crente.
IIl - EDIFICAR TODO
O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na
igreja. N
2. Os sábios
arquitetos do Corpo de CRISTO.
3. Despenseiros dos
dons.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
SOUZA, Estevam
Ângelo de. Nos Domínios do ESPÍRITO. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
1987. HORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO no Antigo e Novo
Testamento. 12. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
Meus comentários -
Lição 2 - O Propósito dos Dons Espirituais - Pr. Luiz Henrique - Dons
Os dons espirituais
são concedidos pela graça de DEUS ao crente para que o mesmo compartilhe com
outros essas maravilhosas bênçãos, tudo movido pelo amor.
Os dons são
ferramentas de grande eficiência para evangelização. Conversões em massa e
pessoais têm ocorrido desde a fundação da Igreja, no pentecostes.
Os dons, na igreja,
visam principalmente o compartilhamento entre os irmãos que suprem a
necessidade de cada um. Assim, se um está doente, aquele que tem o dom de curar
orará para que este seja curado, e assim por diante. Todos serão abençoados,
edificados, exortados e consolados nas diversas manifestações do ESPÍRITO
SANTO.
Na Igreja de
Corinto, como havia abundância, havia a totalidade dos dons em operação, houve
a necessidade de Paulo regulamentar essas manifestações que estão à disposição
do crente, mas estão também sob o controle de cada um. Assim, numa mesma
reunião, Paulo aconselha que haja no máximo três crentes que vão profetizar,
sempre um depois do outro, tudo isso visando a edificação dos outros. Paulo
também ensina que o crente deve falar em línguas baixinho para que aquele que
for usado para trazer a mensagem que vai ser interpretada seja ouvido. Paulo
chama a atenção para o fato de que não se pode proibir falar em línguas, mas
regulamentar sua prática quando numa reunião onde haja descrentes. A solução é
aquele crente que fala em línguas orar para que ele mesmo interprete a mensagem
que trouxe em línguas ou que outro a interprete.
Pela imaturidade da
maioria dos crentes e pela falta de experiência dos líderes com os dons é que
na maioria das vezes os que são usados em dons são considerados mais
espirituais e superiores aos demais. Paulo não disse que todos os crentes em
Corinto eram carnais, mas disse que havia muitos carnais entre eles. Paulo não
disse que aqueles que estavam sendo usados em dons eram carnais. O que ocorre
na maioria dos avivamentos é que enquanto uns estão se consagrando e buscando
serem cada dia mais usados por DEUS, outros, que não estão interessados neste
avivamento ou estão cometendo pecados encobertos acabam por se beneficiarem da
alegria e do amor que invadiu as almas de todos e isso os levou a
desconsiderarem a correção dos que teimam em continuar no pecado.
Devemos tomar o
cuidado de ensinar aos crentes a buscarem diligentemente os dons e a
valorizarem esses dons tanto na evangelização como na edificação da igreja.
Estamos vivendo época em que se busca mais as dádivas de Mamom (como sinal de
espiritualidade???) do que as dádivas espirituais de DEUS. Professores de
Escola Bíblica Dominical deveriam ser os que mais dons tivessem em evidência,
pois ensinam a Bíblia, onde se ensina que o verdadeiro evangelho é comprovado
por sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16.20).
John Wimber
escreveu: “Quando duas frentes colidem, uma quente e uma fria, o resultado é
que algo impetuoso ocorre: raios e trovões, chuva ou neve, até mesmo tornados e
furacões. Há um conflito, e dele decorre a liberação de energia. Isso se dá com
desordem, com confusão, é difícil de ser controlado.” Mais adiante ele diz:
“Encontros de poder não são fáceis de controlar. Esta é uma palavra que para
muitos cristãos ocidentais é dura para se aceitar, porque todos os fenômenos
que não se encaixam dentro de um pensamento racional nos são desconfortáveis:
eles nos lançam no escuro mundo que ultrapassa o racional, em que sentimos
perder todo o controle da situação. Eventos que não estão de acordo com as
nossas posturas normais do pensamento são ameaçadoras para nós, causando medo,
por não nos serem familiares — especialmente onde ocorre poder espiritual.”
Medo da Nova
Geração - John White - Quando o ESPÍRITO vem com poder
O avivamento traz
consigo outras ofensas. O avivamento gera seus próprios líderes. Então os da
velha guarda e os que a apoiam se põem na defensiva, com os ânimos exaltados.
Há duas fontes de descontentamento. A primeira é que a distinção de clérigo /
leigo é atingida, ameaçando instituições clericais. A segunda é que os líderes
que surgem podem ser deficientes em seu preparo formal, e em seu refinamento
social.
Contudo será que
DEUS alguma vez se limitou a usar apenas pessoas de alto nível cultural? Ele
levantou juízes para libertar Israel, um ou dois dentre os quais com um modo de
agir totalmente diverso do convencional. Os profetas compunham-se de poetas,
eruditos e homens iletrados. JESUS, ele mesmo sendo um carpinteiro, escolheu um
pequeno grupo de discípulos que muita gente consideraria serem pessoas bem
diversificadas e inexpressivas, para com elas fundar a igreja. Paulo observou
que ele mesmo e seus seguidores eram considerados como “lixo do mundo, escória
de todos” (1 Co 4:13).
Dificilmente alguém
poderia acusar Wesley de não fazer uso de sinais e maravilhas. Para
ele, os gritos, os tremores, as quedas ao chão eram sobrenaturais, eram sinais
e maravilhas que despertavam uma resposta. John Cennick relatou acerca de Wesley:
“Com freqüência, quando ninguém se agitava nas reuniões, ele orava ‘Senhor,
onde está a tua marca, onde estão os teus sinais?’ e eu não me lembro de ter
visto outra coisa, mas sempre que ele orava muitos eram tomados e passavam a
gritar.”
Whitefield consistentemente
viu o choro mais silencioso e muitos casos de cair no ESPÍRITO ou “ser vencido”
pelo ESPÍRITO". Mais importante, porém, é que tanto Wesley como Whitefield
tinham uma unção especial de poder do ESPÍRITO SANTO na evangelização. Era isso
que sobressaía e que dava poder na evangelização deles. Wesley descreve a
situação em seu diário. Segunda-feira. 1º de janeiro, 1739 — Hall, Kinchin,
Ingham, Whitefield, Hutchins e meu irmão Charles estavam presentes em nossa
celebração de um ágape em Fetter Lane, com cerca de sessenta irmãos nossos.
Perto das três da manhã, estando nós sem parar em contínua oração, o poder de
DEUS veio poderosamente sobre nós, de forma tal que muitos gritaram com
tremenda alegria, e muitos caíram no chão. Tão logo nos recuperamos um pouco
daquele temor e deslumbramento diante da presença da sua Majestade, começamos
logo com uma voz: “Nós te louvamos, ó Senhor; reconhecemos que Tu és o Senhor.”
“O ESPÍRITO do
Senhor DEUS está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas ...
curar ... proclamar libertação ...” e muito mais (Is 61:1-2).
INTRODUÇÃO
Os propósitos dos
dons podem ser compreendidos a partir de sua natureza. Myer Pearlman diz que os
dons do ESPÍRITO “...descrevem as capacidades sobrenaturais concedidas pelo
ESPÍRITO para todos os crentes em ministérios especiais...”. Para esse teólogo,
o propósito principal dos dons do ESPÍRITO SANTO é “edificar a Igreja de DEUS,
por meio da instrução aos crentes e para ganhar novos convertidos”.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais e Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 26.
I - OS DONS NÃO SÃO
PARA ELITIZAR O CRENTE
1. A igreja
Coríntia.
CORINTO Capital da
província romana da Acaia.
1.
Topografia. A cidade era uma das mais estrategicamente localizadas do
mundo antigo. Estava situada em um planalto que contemplava o istmo de Corinto,
cerca de 3 km do Golfo. Assentada aos pés do Acro corinto, uma acrópole que se
ergue precipitadamente a quase 600 m de altitude, tão fácil de defender que era
chamada de um dos '‘grilhões da Grécia”. Era uma fortaleza tão impenetrável que
só foi tomada à força depois da invenção da pólvora. Corinto comandava todas as
rotas terrestres da Grécia central para o Peloponeso ao longo do istmo.
Havia bons portos
em ambos os lados do istmo: Cencréia no Golfo Sarônico ao leste e o Lichaeum no
Golfo de Corinto ao Oeste. Uma moeda do imperador Adriano representava os
portos mediante duas ninfas, olhando em direções opostas com um leme entre
eles. Nos tempos antigos os navios eram arrastados através do istmo sobre
cilindros, para evitar a longa e perigosa passagem em tomo do Cabo Malea na
extremidade sul do Peloponeso.
2. História. A
próspera cidade-estado de Corinto surgiu no 82 séc. a.C. Ganhou controle sobre
o istmo e o sul de Megara.
No período
helenístico Corinto era um centro industrial, comercial e de prazer. Tomou-se
membro e, por um tempo, a principal cidade da Liga Aqueana, no período entre a
morte de Alexandre e o surgimento da influência romana na Grécia. Depois de uma
breve campanha que resultou na conquista da Grécia em 196 a.C., Corinto foi
declarada pelos romanos uma cidade livre. Entretanto, logo os romanos foram
forçados a restringir a influência de Corinto e da liga, e a cidade foi
completamente destruída por Múmio em 146 a.C.
Corinto ficou em
ruínas por cem anos, até o decreto de Júlio César em 46 a.C. que dizia que
deveria ser reconstruída. Uma colônia romana foi fundada no local, a qual mais
tarde se tomou a capital da província da Acaia. Sua população era formada de
gregos locais, orientais incluindo um grande número de judeus, homens livres da
Itália, oficiais do governo de Roma e comerciantes. A cidade se tomou um lugar
favorito dos imperadores romanos. Nero exibiu sua extraordinária habilidade
artística nos jogos istmianos e, em um momento de exuberância, declarou a
cidade livre. Ele próprio, Vespasiano e Adriano foram patronos da cidade e
fizeram de Corinto a cidade mais bela da Grécia. Pausanias, o viajante e
geógrafo grego, visitou Corinto no 2º séc. d.C. e fez uma descrição concisa dos
monumentos da cidade imperial.
A cidade romana foi
destruída por hordas góticas no 3º e 4º sécs. Sua destruição pelos godos, em
521 d.C., levou Procópio a comentar que DEUS estava abandonando o império
romano. A cidade foi fundada novamente pelo imperador Justiniano e mantida
na Idade Média pelos normandos, venezianos e turcos. O antigo local foi
abandonado em 1858 devido a um forte terremoto. A nova cidade foi construída
perto do golfo e mais para o leste.
Nos tempos romanos,
a cidade era notória como lugar de prosperidade e indulgência. “Viver como um
coríntio” significava viver em luxúria e imoralidade. Sendo um porto marítimo,
Corinto era o local de encontro de todas as nacionalidades e oferecia todos os
tipos de vícios. O templo de Afrodite no Acro-Corinto era único na Grécia. Suas
sacerdotisas eram mais de mil hierodouloi, “escravas sagradas”, que se ocupavam
na prostituição. Sua riqueza vinha de seu movimento comercial por mar e por
terra, sua cerâmica e indústrias de metal, e sua importância política como a
capital da Acaia. Em seu apogeu, provavelmente atingiu uma população de 200.000
homens livres e 500.000 escravos.
3. Importância
bíblica. Existem três itens de interesse arqueológico que se relacionam ao
relato de Atos acerca da visita de Paulo a Corinto. O tribunal romano, para o
qual ele foi arrastado (At 18.12) pela multidão, para comparecer diante de
Gálio, foi descoberto no centro do ágora. Era uma plataforma alta apoiada por
dois degraus, revestida com mármore azul e branco. Dos lados havia recintos com
assentos e, mais adiante, corredores que levavam da porção inferior à superior
do ágora. Esta construção é perfeitamente coerente com a concepção romana de um
rostro, uma plataforma para oratória pública.
Ao sul do teatro há
uma área grande e pavimentada, datada da metade do lséc. 1 d.C. Em uma das
pedras do calçamento está a inscrição Eratus, pro aedilitate sua pecunia
stravit, “Erasto, em troca pelo título de édilo, colocou [o pavimento]
responsabilizando-se por seus custos.” Paulo, escrevendo de Corinto, mencionou
em sua epístola aos Romanos (16.23) um Erasto, a quem ele descreveu como
“tesoureiro” ou “administrador da cidade”. Embora exista alguma dúvida se esse
nome é um equivalente próprio de edil, comumente em grego, em geral se afirma
que este é o mesmo Erasto, um convertido ou amigo do apóstolo.
O apóstolo Paulo
visitou Corinto, pela primeira vez, em sua segunda viagem missionária (Atos
18). Ele havia acabado de chegar de Atenas, onde fora miseravelmente recebido.
Posteriormente ele disse que começou seu trabalho em Corinto em fraqueza, medo
e temor. Pretendia permanecer apenas por um curto período de tempo, antes de
retomar a Tessalônica, mas o Senhor falou com ele numa visão durante a noite
(At 18.9,10; l Ts 2.17,18). Paulo pregou na cidade por um ano e meio. Por um
tempo ele residiu na casa de Aquila e Priscila, judeus que haviam recentemente
sido expulsos de Roma pelo imperador Cláudio. Assim como Paulo, os dois eram
fabricantes de tendas e Paulo trabalhou com eles durante sua estada na cidade,
para que seus motivos como pregador não fossem contestados. Logo depois de sua
chegada, Silas e Timóteo se juntaram a ele, vindos da Macedônia.
Paulo pregou na
sinagoga todos os sábados, até que uma forte oposição surgiu entre os judeus.
Ele então se voltou
para os gentios e ficou na casa de Tício Justo, um gentio adepto do Judaísmo,
que morava ao lado da sinagoga. Paulo fez vários convertidos durante sua
estada, dentre eles Crispo, o administrador da sinagoga.
Em certo momento,
uma multidão de judeus arrastou Paulo diante do procônsul romano da Acaia, L.
Junius Gálio. O vencimento de seu mandato era para o ano 51-52 ou 52-53, de
acordo com uma inscrição encontrada em Delfi, em 1908 (SIG II3.801). Gálio
ouviu as acusações no tribunal, mas se recusou a julgar assuntos concernentes à
lei judaica. Mesmo quando a multidão libertou Paulo e começou a espancar
Sóstenes, o administrador da sinagoga, ele não se envolveu (At 18.12-17). Esta
opinião, dada por um oficial romano altamente respeitado, de que a pregação de
Paulo não era contrária à lei romana, sem dúvida deu a ele uma compreensão da
proteção que Roma lhe daria ao pregar o evangelho. O relato da primeira visita
de Paulo a Corinto é encerrado com a observação de que ele partiu, algum tempo
depois deste incidente, para Jerusalém e Antioquia via Éfeso.
Paulo escreveu as
epístolas aos Tessalonicenses durante sua estada em Corinto. Tão logo chegou na
cidade, Silas e Timóteo se uniram a ele.
O livro de Atos
conta muito pouco sobre a história do começo da Igreja em Corinto, mas alguns
poucos detalhes adicionais podem ser derivados das epístolas aos Coríntios.
Apolo, um convertido do judaísmo, se uniu a Áquila e Priscila enquanto eles
estavam em Éfeso, foi enviado com uma carta de recomendação e exerceu um grande
papel na igreja, embora às vezes involuntariamente, tenha sido causa de
divisões (At 18.27—19.11; I Co 1.12). As evidências indicam que Paulo pretendia
visitar a igreja novamente, em sua terceira viagem missionária (2Co 12.14;
13.1).
Enquanto estava em
Éfeso, Paulo enviou uma carta para Corinto, que não foi preservada (I Co 5.9).
A resposta da igreja, que pedia conselho acerca de problemas que estava
enfrentando, e um relatório oral que indicava que a igreja estava muito mal,
levou o apóstolo a escrever a primeira epístola aos Coríntios. Esta foi
provavelmente levada para Corinto por Tito (2Co 7.13) ou por Timóteo (I Co
4.17), porque ambos haviam visitado a igreja nesta época. Depois da partida
apressada de Paulo de Éfeso, ele foi para Trôade com a esperança de encontrar
Tito com novidades acerca de Corinto. Sua expectativa foi frustrada, mas
ele o encontrou mais tarde na Macedônia. Quando ele recebeu o relato sobre o
reavivamento na igreja, Paulo escreveu sua segunda epístola da Macedônia.
Depois disso, ele passou três meses na Acaia, grande parte, sem dúvida, em
Corinto (At 20.2,3). Enquanto estava lá, arrecadou uma oferta para os santos
pobres de Jerusalém, para a qual a Igreja de Corinto também deve ter
contribuído, e de onde ele provavelmente escreveu a epístola aos Romanos (Rm
16.23).
A Igreja em Corinto
reaparece na história literária ao final do séc.1 d.C.; por volta do ano 97
Clemente de Roma escreveu uma carta, que ainda sobrevive, à igreja. Esta revela
que a igreja ainda era afligida por muitos dos mesmos problemas sobre os quais
Paulo escreveu.
MERRILL C.
TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag.
1173-1179.
4. Dons Espirituais
Abundantes (1.7)
Declarado em termos
positivos, os coríntios tinham abundância de dons espirituais, ou seja, tinham
tudo o que era necessário para a salvação e evangelização. A palavra dom
(charisma) é usada apenas por Paulo no NT (exceto 1 Pe 4.10). Paulo usou a
palavra de duas formas. De forma geral, a palavra significa “o efeito das ações
misericordiosas de DEUS, a bênção positiva conferida aos pecadores através da
graça”. Neste sentido geral ela inclui todas as graças espirituais e os
atributos espirituais. Ela também é usada por Paulo, de uma maneira especial,
para referir-se a atributos espirituais em particular que seriam usados no
ministério do evangelho de JESUS CRISTO. Tais dons são discutidos no final
desta carta, nos capítulos 12-14.
5. Expectativa
Espiritual (1.7)
Paulo, com os
coríntios, esperava a manifestação de nosso Senhor JESUS CRISTO. O apóstolo
combinou a vitalidade espiritual presente com a antecipação espiritual futura.
Ele observou a vida de uma forma realista, sabendo dos pecados do homem e
proclamando a graça redentora de DEUS. Ele também buscou com expectativa,
sabendo que a segunda vinda de CRISTO era a resposta definitiva da graça a um
mundo irremediavelmente enredado no pecado. O verbo traduzido como esperando
transmite a ideia de uma expectativa forte e ardente, e uma vigilância bastante
alerta. A palavra manifestação (revelação, apocalypsis) significa literalmente
descobrir, desvelar. “Aqui ela se refere ao retomo do Senhor para receber os
seus santos para si mesmo em sua Parousia... Ela é usada em relação à sua vinda
com seus santos e anjos para distribuir os juízos de DEUS...” Paulo tornou o
evangelho relevante para as atuais necessidades do homem. Mas ele, juntamente
com outros escritores do NT, sempre fez da expectativa da volta do Senhor JESUS
CRISTO um estímulo para a busca espiritual e um meio de enriquecimento
espiritual e de poder espiritual (cf. 2 Pe 3.11-12; 1 Jo 3.2-3).
Donald S.
Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 247-248.
2. Uma igreja de
muitos dons, mas carnal.
Homem natural -
descrente.
Homem Espiritual -
salvo.
Homem carnal -
desviado.
O vocábulo
«...irmãos...» é um termo que subentende afeição, usado para suavizar as
severas reprimendas que Paulo precisava dirigir contra os crentes de Corinto.
(Ver outros usos desse termo em I Cor. 1:10,26; 2:1; 4:6; 10:1; 12:1 e 14:20).
«...espirituais...»
Paulo postulou aqui três classes de homens, a saber, «espirituais», «carnais» e
«naturais». Os homens espirituais e os carnais são ambos crentes, mas de
inclinações opostas. Os homens naturais são os indivíduos ainda sem regeneração.
( I Cor. 2:14).
«...carnais...» Em
outras palavras, «homens da carne», ou seja, crentes controlados pela carne. É
possível interpretar que esse adjetivo significa que as pessoas assim
qualificadas são inteiramente destituídas do ESPÍRITO de DEUS (se considerarmos
tão somente o sentido verbal), mas o contexto geral não nos permite tirar essa
conclusão.
Os crentes
«...espirituais...», de conformidade com o uso que Paulo fez desse vocábulo,
eram os crentes «experientes», espiritualmente maduros, usados em dons do
ESPÍRITO SANTO, segundo se lê em I Cor. 2:6. Já os «carnais», em contraste com
isso, eram os, que davam excessivo valor à sabedoria «humana», conforme a
menção e os comentários existentes em I Cor. 1:18,19;21 e 2:1,4,5.
A sabedoria humana,
em sua exaltação por parte dos retóricos e sofistas cristãos, que abundavam na
igreja de Corinto, é que havia causado as lamentáveis divisões que Paulo
repreende com tanta severidade nesta epístola. Príncipes se encontravam entre
os sábios deste mundo; mas esses são inteiramente despidos da sabedoria divina,
tendo cometido o pior de todos os crimes da humanidade, a saber, a crucificação
do Senhor JESUS. (Ver I Cor. 2:6-8). E poderiam crentes verdadeiros imitar tal
sabedoria, provocando assim tão desgraçadas divisões no seio do cristianismo?
Tal possibilidade pareceria inconcebível, mas era exatamente o que aquela gente
tinha feito. Dessa maneira, se tinham desqualificado a si mesmos como crentes
«espirituais». Antes, eram imaturos, crianças na fé. Eram crentes «carnais», o
que significa que não eram necessariamente destituídos da presença do ESPÍRITO
SANTO, e, sim, que não eram controlados por ele, conforme supunham, e, sim,
pela carne. Não tinham ainda atingido a plenitude da experiência espiritual,
apesar de se julgarem supremamente espirituais. Todas as suas supostas elevadas
experiências espirituais, portanto, eram fraudulentas.
A palavra «carnal»,
em sua definição básica, significa simplesmente «da carne e do sangue», não
indicando, necessariamente, qualquer qualidade ética inferior. Mas o homem que
é dominado por seus desejos inferiores, que se originam da mera mortalidade, como
as concupiscências, as paixões, a busca pela fama, pela exaltação pessoal, etc.
(tudo o que caracterizava certo grupo de crentes da igreja de Corinto, conforme
se lê na primeira e na segunda epístolas aos Coríntios), se torna «eticamente
carnal, e não apenas metafisicamente carnal. Isso significa que pouco se
conhece sobre o predomínio do «princípio espiritual», também chamado «princípio
celestial», que faz com que um homem se torne um crente espiritual. Essa
palavra, pois, significa:
1. Pertencente à
ordem das coisas terrenas, «materiais», sem ou com algum conteúdo ético. (Ver o
trecho de I Cor. 9:11 quanto ao uso dessa palavra, sem qualquer conteúdo
moral).
2. Pode também
significar «composto de carne», que é uma referência ao corpo humano. (Ver I
Pol. 2:2).
3. Finalmente, pode
significar pertencente ao reino da carne, isto é, algo débil, pecaminoso e
transitório, em contraste com o reino espiritual. (Ver I Cor. 3:4 e I Ped.
2:11). Nesse caso entra o elemento ético, o que mostra que o adjetivo «carnal»
significa pecaminoso, controlado por princípios errôneos.
Portanto, por si
mesma, essa palavra pode aplicar-se à totalidade dos homens crentes carnais.
Essa é a aplicação que esse vocábulo tem no presente texto. As pessoas a quem
Paulo se referiu não estavam subordinadas à «lei superior» dos céus, mas
voltaram a ser verdadeiros filhos deste mundo terreno. Com isso se pode
comparar a afirmativa de Paulo, em Rom. 7:14, em que ele se declara que fora
«carnal, vendido ao pecado». Isso é menção à carnalidade que controla o crente
infantil, o que abafa as influências espirituais superiores em sua pessoa.
No N.T. grego
existem duas palavras extremamente similares, «sarkinos» e «sarkikos». Nem
mesmo no grego clássico esses dois termos são distinguidos claramente, e muito
menos ainda no grego «koiné». «Sarkinos» é a palavra que aparece neste texto.
«Sarkikos» figura em Rom. 7:14; 15:27 e outros trechos. Os manuscritos
confundem os dois vocábulos, usando-os como sinônimos.
«.. .crianças em
CRISTO...» A palavra grega aqui traduzida por «crianças» é «nepios». Esse
vocábulo usualmente indica alguém que ainda não sabe falar (derivado de «ne», o
negativo, e de «epos», palavra), ou seja, uma criança tão pequena que ainda não
aprendeu a falar, isto é, com menos de dois anos de idade. Notemos, pois, quão
severa é a repreensão de Paulo. Eram virtuais «recém-nascidos», como crentes,
totalmente destituídos de outras experiências cristãs válidas. Eram crentes
imaturos, sem espiritualidade, embora se julgassem altamente espirituais. Paulo
os põe em antítese com «experimentados», isto é, os crentes maduros, em I Cor.
2:6, que é uma de suas descrições acerca dos crentes «espirituais». Paulo se
utilizou da palavra «crianças», algumas vezes, em sentido depreciativo,
conforme vemos em Rom. 2:20; Gál. 4:3 e Efé. 4:4. Em diversas referências
literárias se verifica que esse termo era empregado para indicar os noviços nas
escolas, os prosélitos recentes de alguma religião. Paulo gostaria de ter-lhes
escrito uma mensagem como aquela que encontramos na epístola aos Efésios, um
tratado profundo sobre as questões espirituais; mas isso lhe era impossível,
porquanto se dirigia a pessoas que eram principiantes na fé cristã, que se
admiravam ante a sabedoria humana, e não por causa da sabedoria divina.
«Eram pessoas
convertidas, mas tinham um entendimento infantil, no conhecimento e na
experiência; tinham bem pouco discernimento quanto às coisas espirituais, e não
possuíam ainda habilidade na palavra da justiça». Isso os fez caírem da
verdadeira fé. (John Gill, in loc.).
Observação dpo Pr.
Henrique - Onde abunda dons espirituais, abundam os que por inveja se desviam
da verdadeira fé e se tornam carnais. num avivamento os espirituias crescem em
espiritualidade e poder, enquanto os carnais crescem na perseguição aos servos
de DEUS e se tornam formais. Em um avivamento, enquanto milhares são batizados
e são usados em dons,outros tantos se tornam religiosos e preconceituosos.
«É extremamente
comum que pessoas de conhecimento e compreensão muito moderados se mostrarem
excessivamente convencidas. O apóstolo atribuiu sua ínfima eficiência, no
conhecimento do cristianismo, como uma das razões pelas quais ele não lhes
podia transmitir mais profundas verdades». (Matthew Henry, in loc.).
«....ciúmes...»
Essa palavra, no original grego, «zelos», pode significar «zelo», «ardor», não
sendo má por si mesma. (Ver II Cor. 9:2; Fil. 3:6; Luciano, Adv. Ind. 17: I
Macabeus 2:58). Esse é o vocábulo grego do qual se derivou a nossa «inveja»,
«ciúme», tal como em Plur. Thess. 6:9; Atos 5:17; 13:45; Rom. 13:13; II Cor.
12:20 e Gal. 5:20. Nesta última referência, o «ciúme» é alistado como uma das
«obras da carne», isto é, um dos resultados da pervertida carnalidade do homem,
em contraste com o «fruto do ESPÍRITO», o qual produz a transformação moral do
crente segundo a imagem de CRISTO. Por conseguinte, a inveja é aqui pintada
através do mau sentido de «zelo» ou «ardor», provocado pela criação de facções,
alicerçadas na adoração a «heróis» humanos. Porém, CRISTO é o único verdadeiro
«herói» da igreja cristã; e, assim sendo, adorar ou venerar a quem quer que
seja equivale à idolatria, furtando algo da glória de CRISTO.
«...contendas...»
Essa palavra tem por sinônimos «discórdia», «querelas», «dissensão». (Ver Fil.
1:15; Tito 3:9; I Cl. 35:5; 46:5 e Tito 3:9). Essa palavra aparece na lista dos
muitos vícios que caracterizavam os pagãos, que haviam abandonado o conhecimento
de DEUS, segundo se aprende em Rom. 1:29. Portanto, os crentes de Corinto agiam
como homens ainda sujeitos às obras da carne (ver Gál. 5:20), como pagãos que
ainda não conheciam a CRISTO. A estimativa que deles fazia o apóstolo Paulo,
contudo, era inteiramente diferente disso. Aquele que é verdadeiramente
espiritual deve demonstrar o fruto do ESPÍRITO, exercendo predomínio sobre as
obras da carne. Devemos observar que essa palavra, aqui traduzida por
«contidas», também aparece na lista de Gal. 5:20, como obra da carne,
aparecendo ali imediatamente antes de «ciúmes». É possível que esses dois
defeitos de caráter tenham alguma conexão vital. As contendas começam quando
surge a inveja no coração.
«As contendas são o
resultado exterior do sentimento invejoso. (Ver Gal. 5:20; Clemente Rom. Cor.
3)». (Robertson e Plummér, in loc.).
«..e andais segundo
o homem? ...» Isto é, de conformidade como o homem de inclinações «carnais», o
homem controlado pelos apetites da natureza carnal. Paulo estabelecia aqui o
contraste com o homem «espiritual», referido no primeiro versículo deste
capítulo, que ele definiu como «experimentado» ou maduro (ver I Cor. 2:6).
Aqueles crentes de Corinto, embora inchados com pensamentos de uma
espiritualidade superior, na realidade eram homens controlados pelas paixões
carnais, tal como qualquer outra pessoa deste mundo.
Variante Textual.
A operação
autentica do ESPÍRITO SANTO derrota os impulsos carnais na experiência do
crente. (Ver Rom. 8:3 e ss.). Os crentes de Corinto, pois, não contavam com uma
autêntica operação do ESPÍRITO de DEUS em suas vidas.
«‘Andais como
homens’, isto é, como homens sem regeneração. (Comparar com Mat. 16:23).
‘Segundo a carne e não segundo o ESPÍRITO’ (Ver Rom. 8:4 e Gál. 5:25,26)».
(Faucett, in loc.).
Com essas palavras
se pode comparar os trechos de Rom.3:5; 15:5 e Gál. 1:2, onde lemos «segundo
JESUS CRISTO», quanto ao caráter dessa maneira de andar, o que também é um
contraste com a maneira carnal de viver. Pois aquele que anda como CRISTO
andou, segundo JESUS CRISTO, só pode fazê-lo por meio do ESPÍRITO de DEUS.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 38-40.
Paulo censura os
coríntios pela fraqueza e incompetência deles. Aqueles que são santificados
somente o são em parte: ainda há lugar para crescimento e aumento na graça e no
conhecimento (2 Pe 3.18). Aqueles que são renovados pela graça divina para uma
vida espiritual, ainda podem ser defeituosos em muitas coisas. O apóstolo lhes
diz que “não lhes pôde falar como a espirituais, mas como a carnais, como a
meninos em CRISTO” (v. 1).
Note que é tarefa
do fiel ministro de CRISTO estudar a capacidade de entendimento de seus
ouvintes e ensinar-lhes o quanto eles puderem suportar. E também é natural que
os bebês cresçam até se tornarem homens; e bebês em CRISTO devem se empenhar em
crescer em estatura e tornar-se homens em CRISTO. Espera-se que seu
desenvolvimento no conhecimento seja proporcional aos seus recursos e
oportunidades, e ao tempo da profissão da sua religião, que eles possam ser
capazes de suportar discursos sobre os mistérios de nossa religião, e não
descansar sempre em coisas simples e claras. Era uma vergonha para os coríntios
que eles tivessem se sentado tanto tempo sob o ministério de Paulo e não
tivessem feito progresso significativo no conhecimento cristão. Observe que os
cristãos são totalmente culpados se não se empenham em crescer na graça e no
conhecimento.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição
completa. Editora CPAD. pag. 436-437.
3. Dom não é sinal
de superioridade espiritual.
Falsa Profissão de
Fé (7.21-23). Enquanto a advertência anterior estava particularmente voltada
aos líderes religiosos, esta trata do grupo de membros dentro da Igreja. O
verdadeiro teste do discipulado é a obediência. Nem mesmo a pregação e a
operação de milagres em Nome de JESUS CRISTO prova que uma pessoa é aceita
diante de DEUS.
1. Alei de CRISTO
foi estabelecida (v, 21), “Nem todos aqueles que dizem Senhor, Senhor, entrarão
no reino dos céus” , no reino da graça e da glória. Esta é uma resposta ao
Salmo 15.1. "Quem habitará no teu tabernáculo?” A igreja militante. E quem
morará no teu santo monte? A igreja triunfante. CRISTO está mostrando aqui:
(1) Que não basta
dizer as palavras “Senhor, Senhor” para ter CRISTO como nosso Mestre, ou para
se dirigir a Ele professando nossa religião. Nas orações a DEUS e nas conversas
com os homens, devemos invocar o Senhor JESUS CRISTO. Quando dizemos "Senhor,
Senhor”, estamos dizendo bem, pois é isso que Ele é (Jo 13.13). Mas será que
imaginamos que isso é suficiente para nos levar ao céu, que essa expressão de
formalidade deveria ser recompensada ou que Ele sabe e exige que o coração
esteja presente nas demonstrações essenciais? Os cumprimentos entre os homens
são uma demonstração de civilidade, retribuída com outros cumprimentos, e nunca
são expressos como se fossem serviços reais. E o que dizer destes em relação a
CRISTO? Pode haver uma aparente impertinência na oração “Senhor, Senhor” , mas
se as impressões interiores não forem acompanhadas pelas correspondentes
expressões exteriores, nossas palavras serão como o metal que soa ou como o
sino que tine. Isso não nos deve impedir de dizer “Senhor, Senhor”, de orar, e
de sermos sinceros nas nossas orações, de professar o nome de CRISTO, com toda
clareza; porém jamais devemos expressar alguma forma de piedade sem o poder de
DEUS.
(2) Que será
necessário - para nossa felicidade – fazer a vontade de CRISTO, que na verdade,
é a vontade do Pai celestial. A vontade de DEUS, como Pai de CRISTO, é a
verdade que está no Evangelho, onde Ele é conhecido como Pai do nosso Senhor
JESUS CRISTO e, através dele, O nosso Pai. Esta é a vontade de DEUS; que
creiamos em CRISTO, nos arrependamos dos nossos pecados, vivamos uma vida santa
e amemos uns aos outros. Essa é a sua vontade; a nossa santificação. Se não
obedecermos à vontade de DEUS, estaremos zombando de CRISTO ao chamá-lo de
Senhor, da mesma forma como fizeram aqueles que o vestiram com um manto
suntuoso e disseram: “Salve, Rei dos Judeus” . Dizer e fazer são duas coisas
que muitas vezes estão separadas nas palavras dos homens: existe aquele que
diz: “Eu vou, senhor” , porém jamais dá sequer um passo na direção prometida
(cap. 21.30). Mas DEUS reuniu essas duas coisas no seu mandamento, e nenhum
homem poderá separá-las se quiser entrar no Reino dos céus.
2. O argumento dos
hipócritas contra o rigor dessa lei oferece outras coisas no lugar da
obediência (v. 22).
“ Senhor, Senhor”,
a esse respeito, irão apelar a CRISTO com grande confiança. Senhor, não sabes:
(1) “Não profetizamos nós em teu nome?”
Pode ser que sim.
Balaão e Caifás foram usados pela profecia e, contra a sua vontade, Saul se
encontrou entre os profetas. No entanto, isso não bastou para salvá-los. Eles profetizaram
no nome do Senhor, mas não foram obedientes. Fizeram uso do seu nome apenas
para servir a uma circunstância. Veja bem, o homem pode ser um pregador, pode
ter os dons do ministério e até um chamado externo para exercê-lo; pode até ser
bem-sucedido nisso e, ao mesmo tempo, ser um homem vil; pode ajudar os outros a
ir para o céu e, no entanto, estar desqualificado e ficar fora dele. (2) “Em
teu nome, não expulsamos demônios?” Isso também pode acontecer. Judas expulsou
os demônios, no entanto, era filho da perdição. Orígenes diz que em seu tempo o
nome de CRISTO era tão prevalecente para expulsar os demônios que, às vezes,
esse nome também ajudava, mesmo quando era pronunciado por cristãos indignos.
Um homem pode
expulsar o demônio de outros homens e ainda ter um demônio. (3) “Em
teu nome, não fizemos muitas maravilhas?” Pode haver alguma fé nos
milagres, onde não existe nenhuma fé para a justificação; nenhuma fé que opera
através do amor e da obediência. Os dons de línguas e de cura podem recomendar
os homens ao mundo, mas somente a verdadeira piedade e santidade serão aceitas
por DEUS. A graça e o amor são a maneira mais eficiente de remover montanhas,
ou de falar as línguas espirituais (1 Co 13.1,2). A graça irá levar o homem
para o céu mesmo sem milagres; porém os milagres nunca irão levar o homem para
o céu sem a ajuda da graça. Observe que aqueles que confiam e colocam os seus
corações na prática dessas obras, veem muitas maravilhas. Simão, o mágico,
ficou atônito com os milagres (At 8.13), portanto daria qualquer quantia para
ter o poder de fazer o mesmo. Veja que eles não tinham muitas boas obras para
pleitear, nem podiam fingir que tinham feito muitas obras de piedade ou de
caridade. Qualquer uma destas teria sido melhor para sua avaliação do que
muitas e maravilhosas obras, que de nada serviriam enquanto persistissem na
desobediência. Atualmente, os milagres continuam a acontecer. Mas será que o
coração humano ainda encontra o encorajamento em esperanças infundadas, com
seus vãos esteios? Aqueles que são descritos nesse versículo pensam que vão
para o céu porque têm tido uma boa reputação entre os mestres da religião,
observam o jejum, dão esmolas e têm sido promovidos na igreja, como se isso fosse
suficiente para reparar seu permanente orgulho, mundanismo, sensualidade e a
falta de amor a DEUS e ao próximo. Betel é a sua confiança (Jr 48.13), eles se
ensoberbecem no monte santo de DEUS (Sf 3.11), e se vangloriam de ser o templo
do Senhor (Jr 7.4). Devemos prestar atenção nos seus privilégios e performances
externos para não nos enganarmos e não perecermos eternamente, como ocorre com
as multidões, que seguram uma mentira em sua mão direita.
3. A rejeição desse
argumento por ser frívolo. Aquele que é o Legislador (v. 21) está aqui como
Juiz e, de acordo com essa lei (v. 23), irá publicamente anular esse argumento.
Irá comunicar a eles, com toda solenidade possível, a sentença emitida pelo Juiz:
“Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.
Observe:
(1) A razão e os
fundamentos que Ele usa para rejeitá-los, e aos seus argumentos, se resume no
fato de praticarem a iniquidade. Observe que é possível a um homem adquirir um
nome notável como pessoa piedosa, e ainda assim ser um praticante de
iniquidades. Aqueles que agem assim irão receber uma condenação maior.
Quaisquer esconderijos secretos do pecado, guardados sob o manto de uma
evidente profissão de fé, são a ruína dos homens. Anulam as pretensões dos
hipócritas. Viver deliberadamente em pecado anula as pretensões dos homens, por
mais capciosas que sejam.
(2) A maneira como
esse argumento é expresso: “Nunca vos conheci”. “Nunca me pertencestes como
servos, nem mesmo quando profetizáveis em meu nome, quando estáveis no auge da
vossa profissão de fé, e éreis elogiados” . Isso indica que, se alguma vez o
Senhor os tivesse conhecido, como Ele conhece aqueles que são seus, se os
tivesse possuído e amado como se fossem seus, Ele os teria conhecido e possuído
e amado até o fim. Mas Ele nunca os reconheceu, pois sempre soube que eram
hipócritas e tinham o coração corrompido, como aconteceu com Judas. Portanto,
Ele diz: “Apartai-vós de mim”.
Será que CRISTO
precisava de tais convidados? Quando CRISTO veio em carne e osso, Ele chamou a
si os pecadores ao arrependimento (cap. 9.13), e quando voltar novamente,
coroado de glória, irá afastar de si os pecadores.
Aqueles que não
forem até Ele para serem salvos deverão partir para serem condenados.
Afastar-se de CRISTO será a razão fundamental da miséria de ser condenado, de
ter sido desprovido de toda esperança dos benefícios da mediação de CRISTO. Ele
não irá aceitar nem trazer a si no grande dia aqueles que, a seu serviço, não
vão além de uma simples profissão de fé. Veja a que ponto um homem pode cair
das alturas da esperança ao abismo da desgraça. Como pode ir para o inferno
através das portas do céu! Essas deveriam ser palavras de alerta a todos os
cristãos. Se um pregador que expulsa os demônios e realiza milagres for
rejeitado por CRISTO porque praticou iniquidades, o que será dele, e o que
seria de nós, caso isso acontecesse conosco? Se agirmos assim, isto certamente
acontecerá conosco. No tribunal de DEUS, uma profissão de fé nunca Irá defender
homem algum da prática e do vício do pecado, portanto todo aquele que pronuncia
o nome de CRISTO deve abandonar toda Iniquidade.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 87-88.
Mt 7.22. Não
profetizamos nós em teu nome? O uso de ou na pergunta pede a resposta
afirmativa.
Eles afirmam ter
profetizado ou pregado em nome de CRISTO e feito muitos milagres. Mas JESUS
lhes arrancará a pele de ovelha e exporá o lobo voraz.
Mt 7.23. Nunca vos
conheci. “Nunca me fui pessoalmente conhecido de vós” (conhecimento
experimental).
O sucesso, segundo
estimação do mundo, não é um critério de conhecer CRISTO e ter uma relação com
ele. “Eu lhes direi abertamente”, o mesmo vocábulo usado para confessar CRISTO
diante dos homens (Mt 10.32). Esta expressão JESUS usará para o anúncio público
e franco do destino dessas pessoas.
A. T.
ROBERTSON. COMENTÁRIO MATEUS & MARCOS A luz do novo testamento
Grego. pag. 93-94.
Il - EDIFICANDO A
SI MESMO E AOS OUTROS
1. Edificando a si
mesmo.
Diz Paulo que “O
que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a
igreja” (1 Co 14.4). É um aspecto muito interessante do propósito dos dons. O
membro da igreja, em particular, precisa ser edificado, para que a
coletividade, a igreja, também o seja. Não pode haver igreja edificada, se os
membros não tiverem edificação espiritual. Quando o crente fala línguas, sem
que haja intérprete, não edifica a igreja, porque o que fala fica sem
entendimento para os demais. Mas não se deve proibir que o crente fale língua
para si próprio ou baixinho (1 Co 14.39). Tão somente, deve ser ensinado que
ele se controle e não eleve a voz, numa mensagem ininteligível. Há irmãos que,
ao falar línguas, querem chamar a atenção para si, para mostrar que são
espirituais. Isso é falta de maturidade.
O apóstolo ensina:
“E, agora, irmãos, se eu for ter convosco falando línguas estranhas, que vos
aproveitaria, se vos não falasse ou por meio da revelação, ou da ciência,
ou da profecia, ou da doutrina?” (1 Co 14.6). Ele quer dizer que, se falar língua
sem interpretação, é ótimo para si próprio, pois “edifica a si mesmo”. Mas, se
não houver interpretação, não haverá revelação, ciência, profecia ou doutrina.
E a igreja fica sem edificação, sem aproveitamento. Daí, porque, no mesmo
capítulo, ele exorta: “Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a
possa interpretar. Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora
bem, mas o meu entendimento fica sem fruto” (1 Co 14.13,14).
Quem fala línguas,
sem interpretação, “edifica-se a si mesmo”, mas “... não fala aos homens, senão
a DEUS; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios” (1 Co 14.2).
Naturalmente, quando o crente ora em línguas, mesmo que ele não saiba o sentido
das palavras, DEUS o entende. O crente, batizado com o ESPÍRITO SANTO, deve
procurar desenvolver uma adoração individual, plena da unção do ESPÍRITO SANTO.
Há ocasiões em que as palavras do seu idioma nativo não conseguem expressar o
que sua alma deseja dizer a DEUS, seja glorificando, intercedendo ou suplicando
ao Senhor.
E nessas horas,
quando o crente não sabe orar, que o ESPÍRITO SANTO intercede por ele de
maneira especial. “E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas
fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo
ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26). Esses
“gemidos” do ESPÍRITO, pronunciados em línguas estranhas, são incompreensíveis
ao que ora, mas perfeitamente entendidos por DEUS, pois há línguas estranhas
que são linguagem do céu” (1 Co 13.1).
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 28-29.
O apóstolo dos
gentios jamais proibiu que se falassem em línguas (ver o trigésimo nono
versículo deste capítulo), ainda que tivesse recomendado que as línguas, sem
interpretação, não fossem usadas na adoração pública (ver os versículos
vigésimo sétimo e vigésimo oitavo deste capítulo). As línguas particulares
seriam altamente benéficas para cada crente, porquanto nada há de errado com a
alma que se comunica com DEUS, ainda que o intelecto não tire proveito. No
entanto, os crentes de Corinto apreciavam o caráter teatral das línguas, e lhe
davam preferência acima da profecia, conforme este capítulo inteiro deixa
subentendido. Esse foi o «abuso» que Paulo procurou corrigir.
O dom profético, em
contraste com as línguas, é uma manifestação de natureza altruísta; portanto,
está mais conforme ao grande princípio do amor cristão (altruísmo puro),
segundo Paulo havia demonstrado no décimo terceiro capítulo desta epístola.
Esse exaltado princípio do amor cristão é que deve governar todas as atividades
da igreja cristã; portanto, em uma comunidade cristã bem orientada pelo Senhor,
o dom profético terá proeminência sobre as línguas. A profecia é tão mais
importante que o dom de línguas como a edificação da congregação inteira é mais
importante que a edificação de uma única pessoa.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 216-217.
1. A interpretação
da Escritura será para a sua edificação; eles podem ser exortados e confortados
por ela (v. 3). E de fato, esses dois devem caminhar juntos. A obediência é o
modo correto de confortar; e aqueles que são confortados devem tolerar ser exortados.
2. O que fala em
línguas pode edificar-se a si mesmo (v. 4). Ele pode entender e ser afetado por
aquilo que fala. A finalidade do falar na igreja é a edificação da igreja (v.
4), à qual se adapta o profetizar, ou o interpretar as Escrituras por inspiração
ou de outra maneira. Note que é o dom mais desejável e vantajoso, que melhor
responde aos propósitos da caridade e realiza o melhor bem; não que ele possa
somente nos edificar, mas que também edificará a igreja. Tal é a profecia, ou a
pregação, e a interpretação da Escritura, comparada com o falar em uma língua
desconhecida.
3. De fato, nenhum
dom deve ser desprezado, mas deve-se preferir os melhores. “E eu quero, diz o
apóstolo, que todos vós faleis línguas estranhas, mas muito mais que
profetizeis” (v. 5). “...porque o que profetiza é maior do que o que fala
línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba
edificação” (v. 5). Mais bem-aventurada coisa é dar que receber. O que
interpreta a Escritura para edificar a igreja é maior do que aquele que fala
línguas para recomendar-se a si mesmo.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição
completa. Editora CPAD. pag. 488- 489.
A profecia edifica
a igreja (14.4-6). Como a profecia é entendida pelos homens, ela edifica a
igreja (4). Falar em línguas desconhecidas serve apenas para fortalecer o
indivíduo. Entretanto, Paulo não proíbe completamente esta prática: Quero que
todos vós faleis línguas estranhas (5). O verbo quero, ou desejo (thelo), “não
expressa uma ordem, mas uma concessão sob a forma de um desejo improvável de
ser realizado (cf. 7.7)”.80 Quanto a essa declaração, Bruce escreve: Ele deixa
claro que não está proibindo as línguas, mas insistindo na superioridade da
profecia”. Paulo preferiu não proibir o falar em línguas. Entretanto ele
indica, de forma rápida e distinta, que o dom de profecia é superior: ...mas
muito mais que profetizeis.
O critério de
avaliação de qualquer dom é o seu valor para a igreja. Mesmo quando Paulo faz a
concessão do falar em línguas, ele imediatamente insiste que seu valor é menor
que a profecia, a não ser que elas sejam interpretadas para que a igreja receba
edificação (5). As palavras a não ser que também interprete “não se referem à
particular interpretação de uma mensagem transmitida em línguas, mas ao dom
permanente da interpretação... Paulo tem em vista uma pessoa que recebeu dois
dons, o de falar em línguas e o de ter a sua interpretação”. Dessa forma, o
apóstolo indica que qualquer glossolalia deveria ser interpretada para
fortalecer a congregação.
Quando Paulo faz
alusão à sua futura visita a Corinto, ele novamente faz da edificação da igreja
o critério pelo qual se estabelece o valor dos dons do ESPÍRITO: Que vos
aproveitaria, se vos não falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da
profecia, ou da doutrina? (6)
Donald S.
Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 349-350.
O dom da
profecia está acima dos demais, pois seu objetivo principal foi ensinar e
instruir outros nas coisas de sua salvação. Deviam cobiçar este dom mais do que
todos os outros, até mais do que o de línguas, que naturalmente fazia uma
profunda impressão sobre os coríntios e era considerado especialmente
desejável.
Ouvem os sons de
sua voz, mas não têm qualquer idéia sobre o significado de sua elocução, visto
que no espírito fala ministérios, os segredos de DEUS continuam encobertos,
ocultos aos ouvintes, e provavelmente também a quem fala. Doutro lado, aquele
que profetiza, a pessoa que tem o dom da profecia, de fato fala às pessoas. Sua
fala, sendo por eles entendida, serve como meio de comunicação; Comunica-lhes
ideias, edificação e exortação e consolo. A fala daquele que profetiza serve
para fazer os cristãos crescer em conhecimento, promovendo assim o progresso da
igreja. Ela os admoesta, os estimula para se aplicarem mais sinceramente ao seu
dever cristão. Dá-lhes força e consolo espiritual quando estão em perigo de
serem dominados pelo medo. Esse, pois, é o propósito principal do culto
público, que a Palavra de DEUS seja pregada e aplicada, que as pessoas possam
entender o que é dito e sejam edificadas, admoestadas e confortadas. Este
objetivo não é alcançado no caso daquele que fala em língua. Na melhor das hipóteses
ele edifica a si mesmo, enquanto que aquele que profetiza edifica a assembleia
da igreja.
Paulo, fazendo esta
afirmação, não quer se entendido erradamente como se subestimasse o valor do
dom de línguas: Não obstante desejar que todos vós falásseis em línguas, desejo
muito antes que profetizásseis. Desta forma ele não faz quaisquer medíocres concessões
aos coríntios, mas está bem consciente do fato que o dom de línguas poderia ter
uma profunda impressão sobre um ímpio que chegasse à reunião deles e que
poderia abrir caminho para sua conversão. Mas sabe, devido ao uso efetivo e
prático, que o dom da profecia deve ser preferido. Além disso, aquele que
profetiza é maior do que aquele que fala em línguas. Ocupa uma posição de maior
utilidade e por isso também de maior dignidade, a não ser que, aquele que fala
em línguas tem também, ao mesmo tempo, o dom e a capacidade de interpretar suas
extáticas elocuções, de forma que todas as pessoas possam entendê-lo e a
congregação receba, desta forma, edificação. Se Paulo tivesse sido só um orador
em línguas, e incapaz para interpretar os mistérios que o ESPÍRITO SANTO
exprimia através de sua boca, então o seu trabalho evidentemente não teria tido
qualquer valor, a não ser que ele, de fato, se pudesse fazer entender por meio
duma fala inteligível, em revelação e profecia, pelo ensino dos grandes
mistérios que compreendeu, trazendo juntos tanto o conhecimento como a
doutrina. Este apelo ao senso comum dos coríntios não podia deixar de
convencê-los da verdade do argumento de Paulo, visto que sabiam que ele sempre
buscou o bem-estar espiritual deles, e não sua própria satisfação e edificação
espiritual.
KRETZMANN. Paul
E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concordia
Publishing House.
2. Edificando os
outros.
Através de dons
dessa ordem a igreja é verdadeiramente edificada, mediante uma atuação
verdadeira de DEUS. Se fizessem o que era devido se distinguiriam deveras; mas,
se, em seu orgulho, abusassem do dom de línguas, embora pensassem nisso
residiria a sua glória, não passariam de crentes carnais e insensíveis para com
as necessidades da comunidade cristã. Eles se tinham degradado. Para reverter
isso, precisavam buscar exceder-se na edificação da igreja local.
«...a força desta
passagem é aquela dada acima —cumpria-lhes buscarem os dons espirituais visando
ao benefício alheio, e para se beneficiarem pessoalmente deveriam orar em
línguas baixinho. Assim serviriam a seus irmãos na fé, no que deveriam abundar
mais e mais (ver I Cor. 8:7 e I Tes. 4:1)». (Shore, in loc.).
Edificação
1. Esse é o
objetivo mesmo do ofício ministerial (ver Efé. 4:11,12).
2. Com esse
propósito é que os dons espirituais nos foram concedidos (ver I Cor.
14:3-5,12).
3. A perfeição e a
união com CRISTO são seus alvos (ver Efé. 4:16).
4. A autonegação é
necessária para seu pleno desenvolvimento (ver I Cor. 10:23,33).
5. Espera-se que os
crentes se edifiquem mutuamente (ver Rom. 14:19).
6. Todas as ações
efetuadas no seio da igreja precisam ter esse alvo em mira (ver Efé. 4:29).
CHAMPLIN,
R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por
Versículo. (CPAD)
I Cor 14.12.
“procurai com zelo” (AV: “ desejai” e “cobiçai ardentemente”, respectivamente).
Paulo não censura o desejo deles, mas o toma como base para concitá-los a
procurarem progredir, para a edificação da igreja. Precisamente mediante esta
passagem, ele retorna a este pensamento. A coisa de valor para o cristão é que
possa edificar outros. Embora seja seu direito desejar progredir no exercício
de dons espirituais, deve procurar os dons úteis para a edificação.
Leon Monis. I
Corintos Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.
No versículo 12,
Paulo volta incansavelmente ao seu ponto de maior ênfase: Assim, também vós,
como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da
igreja. O primeiro objetivo do cristão deve ser a edificação da igreja e o
fortalecimento dos seus membros. Se o crente quiser promover o bem-estar da
igreja, ele analisará os seus dons de acordo com este critério.
Donald S.
Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 351.
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - A melhor maneira do crente se tornar forte espiritualmente
é orar em línguas, principalmente para expulsão de demônios. A solução para o
crente é orar em casa em línguas na altura que lhe for necessária, mas quando estiver
na igreja, deve orar baixinho para não atrapalhar os que estão ouvindo a
pregação ou alguma manifestação do ESPÍRITO SANTO traga em profecias, pois esta
profecia é na língua intelegível a todos e trará edificação a todos, enquanto o
falar em línguas só trará crescimento ao que fala, pois estará se edificando
somente a si próprio.
É bom separarmos
"Falar em línguas" de "Dom de Línguas" ou "Variedade
de Línguas".
"Falar em
línguas" - Significa falar na língua de seu batismo no ESPÍRITO SANTO - o
crente pode falar nessa língua a vida toda - essa é uma linguagem de oração -
para edificação própria (1 Co 14.4; Ef 6.18; Jd 1.20).
"Dom de
Línguas" ou "Variedade de Línguas" - o crente pode falar em
vários tipos de línguas quando recebe esse dom - Línguas para se falar com o
estrangeiro como em Atos 2, Língua para ser interpretada, Língua para oração
intercessória como em Romanos 8.
Paulo aconselha que
o crente que possui dom de línguas (fala em diversas línguas) ore para que
possa interpretá-las, assim poderá falar em voz alta na igreja e trará a
interpretação a todos e todos serão edificados.
3. Edificando até o
não crente.
Paulo teve coragem
de dizer que era um “sábio arquiteto”, na edificação da igreja. Nem todo
obreiro pode dizer isso, nos dias presentes. Os terrenos em que a igreja está
sendo edificada são tão instáveis, que desafiam a capacidade de todos os
engenheiros ou arquitetos. Os ventos fortes de falsas doutrinas e movimentos
heréticos, disfarçados de genuínos movimentos cristãos conspiram contra a
estabilidade e a unidade da Igreja de CRISTO. Os edificadores de hoje têm
tantos ou maiores desafios do que os do tempo de Paulo, mesmo que tenham mais
recursos humanos e técnicos que o apóstolo dos gentios.
Mas a missão dos
obreiros do Senhor é cuidar da evangelização, buscando as almas que se integram
à igreja, e o cuidado delas, através do discipulado autêntico, que se
fundamenta na sã doutrina, esposada por JESUS CRISTO, e interpretada e aplicada
pelos seus apóstolos e discípulos, ao longo da História. Os cristãos devem ser
edificados para serem templos do ESPÍRITO SANTO (1 Co 6.19,20). E os dons são
indispensáveis nessa edificação espiritual.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 30-31.
I Cor 14.9. Os
crentes devem ser capazes de transmitir benefícios espirituais a seus ouvintes.
Porém, se algum idioma não for compreendido pelos seus ouvintes, perde-se o
desígnio inteiro da comunicação de ideias, e a voz humana se torna muito menos
significativa do que o instrumento musical visto não haver transmitido
pensamento ou sentimento nenhum.
«...como se
falásseis ao ar...» Isso seria um ditado antigo, equivalente ao nosso moderno
«falar a uma porta». Está em foco um falar inútil para os ouvinte, útil só para
o falante, ao qual ninguém dá qualquer atenção, visto não transmitir qualquer
entendimento.
Aquele que falava
«ao ar» não tinha nenhum ouvinte ao alcance de sua voz; portanto, não
podia transmitir ele qualquer mensagem. Assim também sucede ao dom de
línguas, sem o dom da interpretação de línguas.
«...língua...» Essa
palavra, que aparece aqui no singular, se refere à linguagem ou ao membro
literal e físico da língua, que há no interior da boca; mas o contexto deixa
claro que essa «língua» é o «falar em línguas», ou seja, mediante aquele dom do
ESPÍRITO que recebe esse nome. A «língua» é o instrumento da comunicação
verbal, tal como a trombeta, a harpa, a flauta, etc., são instrumentos de
comunicação musical.
«Essa frase denota
a inutilidade de um discurso ininteligível. Tal discurso morre na própria
atmosfera, jamais atingindo a mente de um ouvinte».
(Kling, in loc.).
Tem utilidade
particular, para o próprio crente que as fala; mas não tem uma utilidade
coletiva, altruísta. Portanto, as línguas, caso não acompanhadas do dom
paralelo da interpretação de línguas, devem ser praticadas em particular, e não
publicamente.
I Cor 14.23. Os
versículos vigésimo terceiro a vigésimo quinto fornecem-nos a sexta razão
pela qual Paulo dizia que as «línguas» devem ser consideradas um dom
espiritual inferior à profecia. Os «indoutos» e os «incrédulos»,
que estivessem presentes ao culto público, se ouvissem línguas sem a
sua interpretação, tenderiam por sentir-se ofendidos, e poderiam até
pensar que os que assim falassem estariam mentalmente desequilibrados. No
entanto, a profecia serve de força poderosa, tanto na conversão dos
incrédulos como na edificação dos crentes.
«...toda a igreja
se reunir...» Paulo se referia ao culto público, à ordem eclesiástica, ao
referir-se ao valor comparativo dos dons espirituais, cujo grande alvo é a
edificação da comunidade; não aludia ao uso particular desses dons espirituais.
Os lares eram os
lugares ordinários de reunião dos crentes, talvez por conveniência ou talvez
por razões econômicas; pois os crentes primitivos tradicionalmente provinham
das classes menos abastadas. (Ver I Cor. 1:26-28).
Nem todas as
assembleias locais, quando se reuniam especificamente com o propósito de
adorar, permitiam que «estranhos» (incrédulos) estivessem presentes. Mas isso
dependia muito dos costumes locais. Os amigos (ou parentes) dos crentes, quase
sem dúvida, eram admitidos em quase todas essas reuniões. Tais pessoas,
entretanto, poderiam pensar que o exercício descontrolado do dom de línguas, em
que um crente após outro exercia esse dom, visto que nada se entendia do que
diziam, seria apenas um sinal de descontrole emocional, ou mesmo de insanidade
mental.
«...indoutos...»
(cap 16). Concluiu-se ali que esses «indoutos» seriam crentes, embora
destituídos de «dons espirituais», ou, pelo menos, não possuidores do dom de
línguas; e esses não simpatizariam com o exagero no exercício da «glossolalia»,
talvez até mesmo por motivo de inveja. Dificilmente poderíamos pensar que os
mesmos seriam incrédulos (ainda que o vocábulo grego aqui empregado possa
significar exatamente isso), porquanto dificilmente os tais diriam «Amém», ao
que os crentes dissessem em suas reuniões (conforme Paulo declarou que tais
pessoas naturalmente diriam, se porventura compreendessem o que ali fosse
dito); e aqui, além disso, esses «indoutos» são contrastados com os
«incrédulos». E o vocábulo grego usado para os tais indica exatamente isso; por
conseguinte, não pode restar dúvida alguma quanto ao sentido dessa expressão.
Ambos esses grupos, os «indoutos» e os «incrédulos», poderiam suspeitar de que
aqueles que falavam em línguas eram indivíduos psicóticos, em maior ou menor
grau, ou, pelo menos, que fossem pessoas mentalmente desequilibradas.
Pode-se comparar
isso com as atitudes dos incrédulos, na narrativa de Atos 2:13, os quais
pensavam que os crentes que falavam em línguas estivessem bêbedos. As passagens
de Atos 12:15 e 26:24 são outros exemplos, existentes nas páginas do N.T.,
acerca dessas atitudes dos incrédulos para com os cristãos, o que se vem
manifestando desde os longínquos tempos apostólicos até aos nossos próprios
dias.
«...e todos se
puserem a falar em outras línguas...» Isso indica o abuso a que haviam
sujeitado as línguas. Mui provavelmente também falavam todos ao mesmo tempo,
tal como os seus profetas, que não esperavam uns pelos outros. Assim sendo,
mostravam-se descorteses e extremamente fanáticos no uso que faziam de seus
dons espirituais. (Ver os versículos vigésimo nono em diante).
As observações
contrárias de Paulo, por todo este capítulo, visam as línguas desacompanhadas
de interpretação. Portanto, ele não contradiz, no presente versículo, a ideia
de que as línguas são um sinal para os incrédulos.
Imaturidade
Espiritual
1. A imaturidade
espiritual se evidencia no egoísmo (ver Rom. 15:1), pois o amor é a verdadeira
medida de nossa maturidade. Estás servindo a ti mesmo mais diligentemente do
que ao próximo? Nesse caso, és um crente espiritualmente imaturo. A tua
maturidade pode ser aquilatada pelo quanto serves aos outros.
2. Os crentes de
Corinto demonstravam sua imaturidade ao transformarem a igreja em um teatro,
onde os dons espirituais entraram em competição uns com os outros. Isso era
destrutivo para a unidade e a paz, e, por conseguinte, para o desenvolvimento
espiritual.
3. Os crentes
coríntios, em surpreendente ausência de santificação, demonstravam a sua
imaturidade quando, o tempo todo, se vangloriavam de seu grande avanço.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 218; 224-225.
Falar em línguas
pode não ajudar os incrédulos (14.23-25). Agora Paulo apresenta um caso
hipotético para os coríntios. O que acontecerá se toda a igreja se congregar
num lugar, e todos falarem línguas estranhas (23). Como esse dom era desejável,
conforme indicavam os coríntios, toda a igreja tinha o direito, e até a
obrigação, de buscá-lo. Mas o que aconteceria se os incrédulos viessem a essa
igreja, onde todos estivessem falando em línguas de forma desordenada? Não
dirão, porventura, que estais loucos? Paulo não estava preocupado com as
pesquisas de popularidade eclesiástica. Nem estava ajustando a mensagem do
evangelho para conformá-la ao molde da opinião pública. O apóstolo entendia que
a tarefa da igreja era atrair os incrédulos e conquistá-los para CRISTO. Ele
estava alarmado com o fato de que, ao invés de ajudar a converter os pecadores,
o ato de falar em línguas de forma desordenada poderia despertar somente o
escárnio e o desprezo dos descrentes.
Donald S.
Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 352.
O efeito do
dom da profecia é totalmente diferente: Mas se todos profetizam, e entra alguma
pessoa descrente ou ignorante, esta por todos será persuadida, por todos
julgada. O dom da profecia incluía ser examinado pelas palavras de saber
onisciente, sendo reveladas as coisas secretas, ou os pecados ocultos, de seu
coração. E o resultado, evidentemente, podia ser que uma pessoa assim iria
prostrar-se sobre seu rosto e adorar a DEUS, admitindo publicamente que DEUS
estava em meio á congregação cristã. Nada é mais poderoso do que a viva Palavra
de DEUS, pela qual Ele examina os corações e as mentes, Hb. 4. 12, e discerne
os pensamentos e as intenções do coração. Desta forma o dom da profecia
resultaria não só no ganho de almas para CRISTO, mas também no dar glória ao
Senhor.
KRETZMANN. Paul
E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concordia
Publishing House.
IIl - EDIFICAR TODO
O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na
igreja.
«...de quem...»
Paulo emprega aqui uma metáfora fisiológica, tal como o faz em Col. 2:19. Na
epístola aos Colossenses a metáfora por ele empregada salienta o fato que a
criação inteira depende de CRISTO como cabeça, unificador, restaurador e
governador de tudo. Aqui, embora idêntica linguagem seja usada, a porção
enfatizada é CRISTO, como cabeça da igreja, a qual é o seu corpo. 6 do Cabeça
que o corpo recebe suas energias e poderes vitais, como também a sua coesão.
Entretanto, no corpo há também aquela coesão mútua e aquela participação nas
energias vitais de uma união perfeita, a despeito do que essa participação
vital de energias mútuas depende do Cabeça, já que ele é a origem da mesma e o
seu unificador. Por conseguinte, há uma certa «interdependência»' no corpo,
nenhum membro fica isolado, e nenhum membro possui a vida espiritual vital que
se encontra no próprio corpo. E também há uma dependência mútua do corpo
inteiro ao Cabeça, para que receba essa mesma energia de vida divina.
«...bem ajustado e
consolidado...» Um corpo se caracteriza pela maravilhosa cooperação de muitos
elementos, que são perfeitamente unidos um ao outro. É a essa admirável unidade
de muitas porções que Paulo se refere, fazendo disso uma ilustração de como tal
condição deveria prevalecer na igreja. São usados verbos no particípio presente
a fim de salientar como essa unidade, tão intricada e perfeita em sua natureza
e atuação, deve existir na forma de uma operação contínua. As ideias de
«harmonia», de «adaptação», de< «solidariedade» e de «unidade na
diversidade», são assim expressas. (Comparar com Col. 2:2,19).
Nomes, seitas e
partidos caem:
Tu, ó CRISTO, és
tudo em todos!
Esses dois verbos
têm sido variegadamente compreendidos, a saber:
«...toda junta...»
Quanto a estas palavras também têm havido diferenças de opinião, ou seja:
As juntas realmente
não suprem e nem propagam a vitalidade do corpo. É bem possível que ele tivesse
feito alusão às «juntas». Existe uma vida, uma energia vital, que vem primeiramente
do Cabeça, e que então se difunde por todo o corpo. Por essa razão, o corpo ê
vivificado pela vida divina; pois a participação na mesma vida, que vem da
mesma fonte originária, é motivo de uma união perfeita. Cada porção, pois,
tanto é beneficiada como serve de canal mediante o qual a vida é passada para
outras porções.
• «... segundo a
justa cooperação de cada parte...» De acordo com a tradução inglesa RSV (aqui
vertida para o português), isso quer dizer «...quando cada porção está operando
apropriadamente...» Neste caso, «apropriadamente» é tradução do original grego «en
metro», literalmente, «por medida»; e é bem provável que isso aluda às palavras
«...segundo a proporção do dom de CRISTO...», do sétimo versículo deste
capítulo. Por conseguinte, cada «...parte...» (ou membro) tem um dom, ou seja,
serve de entidade que dispersa a vida de CRISTO no corpo, como agente de
desenvolvimento espiritual. Portanto, cada crente, «de acordo com sua medida e
capacidade» no corpo, torna-se um «contato» mediante o que a vitalidade do
ESPÍRITO de DEUS é dispersa por todo o corpo.
«...edificação de
si mesmo em amor...» (Efé. 4:12). Cumpre-nos observar que todo esse processo de
crescimento e nutrição, que produz a maturidade espiritual, se alicerça sobre o
«amor», pois Paulo reiterava a ideia que mencionara no versículo anterior. («importância
do amor cristão»). Isso concorda com o que se lê em I Cor. 12-14. Os dons
espirituais devem ser buscados, pois são necessários; mas só são úteis esses
dons quando são administrados em «amor» (ver o décimo terceiro capítulo da
primeira epístola aos Coríntios), pois essa virtude ê maior que todos os dons
espirituais. Assim é que um dom espiritual administrado na igreja sem o
concurso do amor, não será de grande utilidade na igreja. Boas obras, feitas
sem o condimento do amor, não valem coisa alguma aos olhos de DEUS. O amor é o
elemento onde funcionam a unidade verdadeira e o benefício mútuo no corpo de
CRISTO. Sem amor, essa realização é simplesmente impossível. «...O amor
edifica...» (I Cor. 8:1). O amor «...é o vínculo da perfeição...» (Col. 3:14).
Isso mostra-nos a suprema importância do amor, porque é mediante o amor que
CRISTO «habita em nossos corações»; e é nesse amor que chegamos a conhecer a
pessoa de CRISTO, mediante a iluminação do ESPÍRITO SANTO. (Ver Efé. 3:17-19).
O próprio vocábulo «amor» fala sobre «mutualidade», fala sobre «harmonia»,
«participação», «cuidado pelo próximo», sendo contrário às ideias do «egoísmo»,
da «cobiça», da «facção» e do «ódio».
Ao mencionar a
harmonia e a participação na vida mútua que o amor cristão propicia, Paulo
chega ao final da presente secção, reiterando a ideia de unidade, que inspirou
esta passagem, a começar por Efé. 4:1, como é necessário nos suportarmos uns
aos outros em amor, tendo em vista a preservação da unidade do ESPÍRITO no
vínculo da paz. (Ver Efé. 4:3).
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 605.
Ef 4.16. É somente
de CRISTO, como Cabeça, que o corpo recebe toda sua capacidade para crescer e
para desenvolver sua atividade, recebendo assim uma direção única para
funcionar como entidade coordenada. Colossenses 2:19 é um texto paralelo bem
próximo deste versículo, e ambos deveriam ser estudados em conjunto. A palavra
traduzida junta (haphê) - O uso da palavra tanto no contexto quanto no âmbito
restrito da medicina justifica a sua tradução por “junta”, e assim, afirma que
é pelo auxilio de toda junta, com que o corpo é equipado, é que o crescimento e
funcionamento verdadeiros se tornam possíveis. Em outras palavras, o corpo
depende para seu crescimento e atividade: da direção do Senhor, de Sua provisão
para tudo o que necessita (compare versículos 11, 12), e também do bom
relacionamento entre os membros.
E agora estamos de
volta com uma palavra que se tornou familiar nesta epístola (1,19 e 3:7), pois
o apóstolo deixa de considerar os membros e a conexão entre eles para tratar da
justa cooperação de todo o corpo. A “energização” de DEUS no corpo todo torna
possível este funcionamento de cada parte, em sua medida e de acordo com sua
necessidade. Então menciona-se mais uma vez o propósito do crescimento, e está
claro que cada membro não procura o seu próprio crescimento, mas o do corpo
como um todo: não sua própria edificação, mas a edificação do todo.
Basicamente, a edificação não é o aumento numérico da Igreja, mas o crescimento
espiritual. E este crescimento é acima de tudo em amor. Esta pequena frase
aparece novamente (1:4; 3:17; 4:2; 5:2), pois o amor determina que cada membro
procurará a edificação de todos. Então, sem dúvida, se houver a comunhão da
convivência em amor e a demonstração da verdade em amor, o aumento numérico
virá como consequência natural.
Francis
Foulkes. Efésios Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.
103-104.
Ef 4.16 - Este
versículo sintetiza de fato todo o trecho precedente: partindo da unidade de
DEUS e de seu agir no corpo de CRISTO, o olhar se estende para a multiplicidade
dos dons distribuídos aos crentes. Na sequência, Paulo destaca as tarefas específicas
dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres no preparo dos
santos, para que a igreja de CRISTO possa alcançar a idade adulta e resistir a
doutrinas ardilosas e enganosas. Por fim o apóstolo enfoca novamente a
cooperação de todos na edificação do corpo. A característica marcante de toda a
incumbência é que a edificação acontece “no amor” (v. 13). Isso sucede quando o
conhecimento do amor de CRISTO (Ef 3.19) cresce mais e mais e por isso também
se fala a verdade em amor (Ef 4.15).
Eberhard
Hahn. Comentário Esperança Efésios. Editora Evangélica Esperança.
2. Os sábios
arquitetos do Corpo de CRISTO.
I Cor 13.9. Nosso
conhecimento é parcial, até mesmo com a ajuda dos mais elevados dons da
sabedoria e do conhecimento. Essa admissão é declaração, feitas pelo apóstolo,
deveria ensinar-nos a sermos cautelosos quando cercamos a DEUS com os nossos
dogmas, como se, já sabendo tudo quanto tem importância, não precisássemos mais
de fazer qualquer pesquisa honesta pela verdade. A tendência da religião
«ortodoxa» é olvidar-se desse grande fato, apodando de heterodoxa qualquer
opinião que não se adapte facilmente dentro dos limites dos dogmas já aceitos.
Da covardia que
teme novas verdades,
Da preguiça que
aceita meias-verdades,
Da arrogância que
conhece toda a verdade,
Oh, Senhor,
livra-nos. (Arthur Ford).
Os intelectuais de
Corinto faziam uma ideia exagerada da grandiosidade de
seu conhecimento. Foi mister que Paulo lhes lembrasse que, quando muito, o
que sabiam era parcial; e ele nem ao menos aborda aqui o problema dos «erros»
incorporados no sistema deles. Para nós o conhecimento se acha em estado
de constante expansão, nunca chegando a um ponto final. Todos os campos do
conhecimento, das ciências à teologia, estão sempre franqueados à modificação e
revisão, à medida que nossos conceitos são expandidos e aprofundados.
O conhecimento e a
profecia, pois, conforme os conhecemos e podemos conhecer, serão sempre
indiretos, parciais e fragmentários; e disso participam os tipos exatos de
descrição que a moderna epistemologia atribui a todo o conhecimento, incluindo
o conhecimento científico.
«Conhecimento e
pregação são ambos incompletos; portanto, quando esta dispensação terminar, e a
dispensação completa for inaugurada, então esses dons imperfeitos cessarão. Os
dons espirituais são apenas os implementos da lavoura divina; as graças são as próprias
sementes.
O argumento usado
por Paulo é que aquilo que é «parcial» e «imperfeito», em face dessas mesmas
características, não pode ser permanente. O amor, por outro lado, sendo
perfeito, é permanente. Um conhecimento mais elevado, um conhecimento perfeito,
é possível; mas isso somente quando da inauguração do estado eterno.
E isso é um
poderoso argumento em favor da possibilidade da continuação dos dons
miraculosos (e não miraculosos), continuação essa que prosseguirá até à
«parousia» ou segunda vinda de JESUS CRISTO. Isso vai de encontro aos
argumentos distorcidos de alguns, que pretendem eliminar os dons miraculosos,
como se os mesmos houvessem desaparecido quase imediatamente depois da era
apostólica, os quais supõem encontrar base bíblica para essa opinião no fato
que o oitavo versículo deste capít. diz que esses dons eventualmente
«cessarão». Ê verdade que os dons espirituais cessarão; mas o tempo é
definidamente determinado no presente versículo, isto é, no fim da presente era
da graça, quando da segunda vinda de CRISTO. Porém, enquanto não vier o que é
perfeito, teremos necessidade dos dons espirituais «imperfeitos» visto que eles
são muito, muito superiores a qualquer coisa meramente humana.
Paulo está
antecipando a perfeição que a segunda vinda de CRISTO trará. Os dons existem.
Haverá uma grande
transição de uma dispensação para outra, da era presente para o estado eterno,
em razão do segundo advento de CRISTO. Essa transição é pintada pelo apóstolo
Paulo mediante aquilo que tem lugar entre a meninice e a idade adulta. A «meninice»,
neste caso, representa a era inteira da imperfeição, a nossa era presente. Não
importa quão grandemente os dons sejam desenvolvidos, não importa quão elevada
se torne a nossa sabedoria e o nosso conhecimento, e não importa quão
eloquentes se tornem a profecia e as línguas—em comparação com o que haverá
eventualmente, tudo quanto obtivermos agora é apenas brinquedo de crianças,
sentimentos infantis, pensamentos infantis, coisas próprias de meninos. Isso
serve de poderosa ilustração instrutiva, sobre a estatura de nosso presente
conhecimento.
Esta vida,
portanto, consiste em uma «infância espiritual», e a era vindoura, ou melhor, a
eternidade, será a «idade adulta espiritual». Isso é muito encorajador, pelo
progresso dos séculos, o que, para nós, indica um progresso de natureza
espiritual, o abandono de todas as imperfeições, o aprendizado da perfeição.
«Quantos pontos de
vista estreitos, quantas noções indistintas das coisas, têm as crianças, em
comparação com os adultos! E quão naturalmente os homens, quando a razão se
lhes amadurece, desprezam e dispensam os seus pensamentos infantis, pondo-os de
lado, rejeitando-os, considerando-os como nada! Assim é que pensaremos sobre
nossos dons mais valiosos e aquisições neste mundo, quando chegarmos ao céu».
(Matthew Henry, in loc.).
1) O amor torna os
dons da vida aproveitáveis, 1-3;
2) O amor
transforma os relacionamentos da vida em algo maravilhoso, 4-7;
3) O amor faz com
que as contribuições da vida se tornem eternas, 8-13 (da obra Sermon Outlines
on Favorite Bible Chapters).
Donald S.
Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 347-348.
Visto que a
asserção que os dons de conhecimento e de profecia cessarão podia parecer
estranho, Paulo explica sua afirmação: Pois em parte conhecemos, e em parte
profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o imperfeito será
abolido. Nosso conhecimento é imperfeito neste mundo, inadequado para um
entendimento completo de DEUS, de Sua essência, de Sua vontade. Entendemos
somente partes pequenas da verdade eterna e celeste, mesmo tendo nós uma razão
cristã iluminada. Não temos uma visão compreensiva do total, da ligação dos
pensamentos e conselhos divinos. A plenitude da magnitude e majestade de DEUS
ainda nos é desconhecida.
Fé, esperança e
amor permanecem na eternidade, porque o que o cristão crê, espera e ama
permanece para sempre, visto que DEUS é eterno, com quem estamos unidos na fé,
na esperança e no amor. Esta conclusão é praticamente exigida pela afirmação
que todas as coisas imperfeitas serão abolidas. Pois o apóstolo não diz destes
três que são imperfeitos, ou seja, que cremos em parte, que esperamos em parte,
que amamos em parte. A fé, mesmo a fé fraca, ainda que conhece a DEUS só em
parte, aceita, porém, como fé salvadora, o DEUS inteiro, o CRISTO inteiro, a
redenção inteira em CRISTO, e o pleno perdão dos pecados. Também a esperança,
mesmo vendo e conhecendo somente alguns raios da glória vindoura, tem, ainda
assim, o futuro total como seu alvo. E o amor se concentra sobre o inteiro DEUS
trino de nossa salvação, e não sobre algum restinho miserável.
Resumo: O apóstolo
louva o alto valor do amor, dá uma descrição de seus aspectos essenciais, e
descreve sua duração eterna.
KRETZMANN. Paul
E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concordia
Publishing House.
3. Despenseiros dos
dons.
10. Vida na
comunidade cristã é vida de serviço aos outros. JESUS foi o Servo de DEUS,
Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10.45). Na Sua
vida, tal como nos mostram os Evangelhos, Ele demonstrou esse princípio,
servindo ao Seu povo e aos Seus (como ilustrado em Jo 13.1-17). Servi uns aos
outros é, assim, um chamado a sair de si mesmo e dos seus problemas, e se
dedicar aos outros. É essa exteriorização que está o fundamento da ética
cristã, como vida de serviço aos outros “enquanto outros” (ou seja, não uma
extensão de mim próprio, ou “outros” a quem eu comando ou manipulo, e coloco
dentro do meu esquema). A palavra grega é diakonuntes, de onde vem diaconia,
serviço. Aqui, ela tem um significado abrangente, incluindo todo tipo de serviço
que se pode prestar a outros (em palavra e ação).
Essa diaconia é
possível porque todos receberam dons com os quais podem servir aos outros.
Charisma é o termo usualmente empregado no N.T. para se referir aos chamados
“dons espirituais”. São várias as definições e especificações deles (cf. 1 Co
12; Rm 12; Ef 4); trata-se de capacidades que DEUS concede a todos os cristãos
(associadas à habitação do ESPÍRITO SANTO neles, 1 Co 12.7) para o serviço
dentro do contexto da comunidade cristã. Podem se tratar de talentos naturais
que recebem um novo impulso e uma nova orientação pela ação do ESPÍRITO, ou de
capacitações originais, concedidas ao crente para que com elas sirva aos
outros.
Esta questão dos
dons às vezes tem causado polêmicas entre os cristãos. Nunca devemos perder de
vista que são dados soberanamente pelo ESPÍRITO SANTO, e que sua função é
servir (nada mais que isso; usá-los para autopromoção é absolutamente contrário
à sua natureza, sendo uma atitude exemplarmente repreendida em At 8.18-24).
Importante é também
que cada um dos crentes recebeu um dom, o que, de saída, nivela a todos, e toma
todos igualmente importantes uns para os outros. Cada um deve colocar o dom que
tem a serviço de todos, porque, ao receberem dons, os cristãos se tomam despenseiros
da graça de DEUS. A charis (graça) é a fonte dos charisma (dons, carismas).
Quem os recebe, recebe graça de DEUS, e os recebe por causa da graça de DEUS
que lhes concedeu o ESPÍRITO SANTO. Ter um dom espiritual, então, é ter um
“depósito de graça”, que deve extravasar (porque graça é para ser doada).
Despenseiros é oikonomoi, um termo técnico referente ao mordomo, o
administrador da casa (lembrando que “casa” é a oikos do mundo da época, uma
instituição social fundamental, a “comunidade doméstica” que incluía família e
trabalhadores, bem como os hóspedes). O oikonomos era o encarregado de atender
as necessidades de todos, administrando os bens nessa direção. E uma bela
figura para o papel dos cristãos na igreja (e note-se que todos o são). Todos
na “casa de DEUS” têm necessidade de “graça”, e todos são chamados a suprir
essa necessidade mutuamente. E não devemos espiritualizar em demasia a questão,
pois essas necessidades muitas vezes serão bem materiais e rotineiras. E o
chamado ainda é para ser bons despenseiros, estando implícito que se pode não
ser um bom administrador da graça de DEUS. Vem a propósito aqui a parábola do
bom e do mau oikonomos (mordomo), de Lc 12.42-48 (especialmente pelo contexto
escatológico).
A graça de DEUS,
por fim, é multiforme. Visualmente, isso seria como um cristal que reflete a
luz em vários matizes e uma sempre nova e surpreendente combinação de cores e
tons. Esse conceito é importante e tem sido desprezado na prática, muitas
vezes, pelos cristãos. Está subentendido que a questão dos dons é sempre
dinâmica. Não podemos deduzir uma lista fixa de dons a partir das passagens do
N.T. que falam sobre o assunto, e mantê-los a todo custo como os únicos dons
espirituais.
DEUS dá os dons de
modo multiforme, de acordo com as características locais e as necessidades do
momento. Quando a situação muda, quando novos quadros se apresentam, Ele dará
os dons de forma apropriada à nova realidade, sempre nos surpreendendo com o Seu
agir. Multiforme também significa, para um mundo dividido como o nosso em
culturas e características regionais bastante diferenciadas, que o ESPÍRITO
leva em conta essa diversificação e trabalha dentro dela. Indispensável nas
relações entre os cristãos (também a nível internacional) é a eliminação de
todo resquício de prepotência e espírito de julgamento, e a disposição ao amor
e ao serviço ao outro como outro (respeitando-o e valorizando-o naquilo em que
é diferente de mim ou de nós).
I Ped 4.11. Na
comunidade cristã, esta graça de DEUS (ou a ausência dela) revela-se também na
forma como a comunidade é organizada. Todos receberam dons; portanto, todos
participam de uma forma ou outra. Não há maiores ou melhores entre os cristãos,
todos receberam de DEUS o que possuem, e isso nivela a todos de forma
irrevogável. A distinção entre os dons é funcional, e não de classe (a
sociedade cristã é sem classes, G1 3.28). 1 Pedro apresenta uma divisão muito
simples entre os dons.
Basicamente há dois
tipos de dons, que correspondem às duas formas básicas em que o evangelho de
CRISTO é Se alguém fala inclui, assim, todos os tipos de ministério a igreja
que primam pela comunicação da graça de DEUS em palavra (pregação missionária,
pregação pastoral, ensino, etc.; hoje teríamos de incluir a palavra escrita, a
literatura). A estes a exortação é que fale de acordo com os oráculos de DEUS.
A expressão grega é bem breve, e por isso está sujeita a várias leituras dá
então, o sentido literal “se alguém fala, como palavra de DEUS”. O sentido é
bem preservada na nossa versão ARA, Quem falar na comunidade cristã, deve
fazê-lo em acordo com o falar de DEUS. O termo logia está se referindo,
provavelmente, de forma bem ampla à palavra de DEUS (nas Escrituras do A.T., na
pregação de JESUS e dos apóstolos, nas mensagens dos profetas nas congregações
cristãs). A Bíblia tem, na igreja cristã, justamente essa função de ser
“cânon”, regra e critério para o falar de todos os cristãos. DEUS falou, e o nosso
falar deve se guiar pelo dEle. Naturalmente, o nosso falar terá suas formas
próprias de expressão (um apego legalista à “linguagem de Canaã”, a linguagem
das traduções da Bíblia em português, não seria muito bíblico). Dentro da nossa
realidade e situação concreta, o nosso falar será nosso, sem dúvida, mas a
partir da inspiração e do critério que representa o falar de DEUS (por ele
também deverá ser julgado o nosso falar). Isto se aplica à pregação nas
igrejas, aos estudos bíblicos comunitários e em grupos, à pregação
evangelística também ao labor teológico dos que a isso são chamados dentro da
igreja, pois teologia é pensar e expressar o falar de DEUS para dentro de uma
nova geração, dentro de um novo contexto sociocultural e político, dentro de uma
nova configuração psicocultural representada por cada uma das partes da multiforme
igreja de DEUS; sendo assim a pregação e a teologia tarefas que perpetuamente
se renovam, para poderem ser fiéis tanto ao falar de DEUS como ao mundo em que
este falar de DEUS deve ser anunciado e vivido.
Se alguém serve dá
aqui um sentido um pouco mais restrito de diakonein do que no versículo
anterior (onde ele resumia todo o ministério cristão). Aqui, a palavra designa
os dons considerados como propriamente “de serviço”, e que já na época podiam
ser os mais diversos (exemplos teríamos em Rm 12.8, “o que contribui”, “o que
preside”, “quem exerce misericórdia”). Pode se incluir aqui tudo que a
comunidade necessitar para a sua organização, para o seu culto, todos aqueles
pequenos itens técnicos que tantas vezes são simplesmente “pressupostos”, sem
que se dê conta de que foram feitos por alguém (talvez com mais amor do que os
serviços que mais aparecem), e sem que, talvez, sejam valorizados
adequadamente. O versículo também não exclui (e não vemos razões por que
excluir) o serviço prestado para fora da comunidade cristã, onde de muitas
maneiras os cristãos podem dar eloquente testemunho de sua fé, simplesmente
servindo aos outros (cf. 3.1, sobre o testemunho de mulheres aos maridos
não-crentes). O fator determinante nesse serviço parece ser a “necessidade”
concreta e imediata (cf. At 2.45, “à medida que alguém tinha necessidade”),
especialmente as necessidades materiais (que é o assunto de que se fala no
texto mencionado de Atos; várias vezes no N.T. diakonia refere-se a uma coleta
em dinheiro que se levantava na igreja para as igrejas e os cristãos mais
pobres cf. 2 Co 8.4,20; 9.1,12).
A mesma divisão
simples do trabalho na comunidade cristã encontramos também em At 6.1-7, onde
os serviços são divididos em “serviço da palavra” e “serviço das mesas” (a
distribuição de pão entre os pobres da comunidade). E não há primazia de uns
sobre outros; porquanto os que se dedicam à palavra são fundamentais para a
igreja, ela também não subsistiria sem estes outros, que igualmente devem ser
“cheios do ESPÍRITO e de sabedoria” (At 6.3). Também as igrejas de hoje são
chamadas a observar este duplo ministério cristão, dando o devido valor ao
serviço da palavra, mas não permitindo que ele faça com que o serviço do amor
seja negligenciado. Pelo contrário, um ministério da palavra que seja realmente
“de acordo com os oráculos de DEUS” vai saber privilegiar o serviço de amor
como forma eloquente de presença cristã no mundo, tal como foi a presença
serviçal do Senhor da igreja em meio aos pobres deste mundo. Principalmente em
realidades sofridas como as do Brasil e do Terceiro Mundo em geral, a presença
cristã dessa forma é fundamental.
Quem serve, faça-o
na força que DEUS supre. O termo ischyos (força) na maioria das vezes significa
“força física”, evidenciando que os serviços são trabalhos que se realizam em
prol dos outros, coisas talvez bem “mundanas” e do dia-a-dia, que os cristãos
talvez não saibam valorizar direito como dons concedidos pelo ESPÍRITO de DEUS.
Aos cansados neste serviço, fica a lembrança de que DEUS supre as forças
necessárias para ele. Por isso, ele deve ser feito de tal modo que DEUS seja
glorificado através dele (cf. 2.12, “observando as vossas obras, glorifiquem a
DEUS; Mt 5.16); ou seja, é importante a humildade daquele que serve, de não
atrair para si uma glória que é de DEUS, doador da graça e das forças (de todas
as dádivas que nos dão e sustentam a vida no corpo). Em todas as cousas se
refere ao todo do ministério cristão: que tanto no serviço da palavra como no
serviço de amor seja DEUS glorificado. Como costumamos ver glória a DEUS mais
na pregação da palavra do que no serviço, não custa insistir em que todos os
pequenos trabalhos de amor do cristão em prol dos outros glorificam a DEUS,
sendo dignos de que a eles nos dediquemos. Cl 3.17 oferece um bom comentário
neste ponto. A glória vai a DEUS por meio de JESUS CRISTO, sendo importante que
atentemos devidamente para essa mediação, tanto em termos do pensamento e das
intenções da pessoa que serve, como em termos de que haja algum tipo de
reconhecimento final de que JESUS CRISTO está presente no serviço cristão
(embora, quanto a isso, Mt 25.31-46). A quem 1 Pedro 4.11. pertence a glória e
o domínio pelos séculos dos séculos pode se referir tanto a DEUS como a JESUS
CRISTO. Na verdade, nem parece conveniente tomá-los separadamente. A glória e o
domínio que pertencem a DEUS foram concedidos a JESUS CRISTO na Sua ascensão
(3.22; Ap 11.15), sendo uma glória que Ele já tinha antes mesmo de vir ao mundo
(Jo 17.5).
Arriên é tanto uma
expressão de reconhecimento (“realmente é assim”; cf. o “em verdade, em
verdade” de JESUS, Jo 3.5,11, etc.) como de desejo piedoso (“assim seja”, não
tanto de que “seja” na realidade de DEUS, onde já é, mas de que seja
reconhecido neste mundo como tal).
Ênio R.
Mueller. I Pedro. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.
238-243.
I Ped 4.10 Cada um,
conforme recebeu um dom da graça – servi uns aos outros com ele como bons
administradores da multiforme graça de DEUS. Visto que os dons da graça (em
grego: charisma) são dados pelo ESPÍRITO SANTO, eles também são chamados de
“dons do ESPÍRITO” (1Co 14.1). Este versículo presta uma importante
contribuição para a pergunta a respeito do que são os carismas e como devem ser
exercidos. O contexto demonstra que ser hospitaleiro, falar a palavra de DEUS e
exercer a diaconia são serviços dos dons da graça. O NT, portanto, não
restringe o termo “dom da graça” aos dons particularmente notórios, p. ex.,
cura de enfermos (1Co 12.9) ou línguas (1Co 12.10; 14.13). Quem pratica de modo
alegre e consciente a hospitalidade provavelmente obteve um carisma para isso.
Porém, todo aquele que recebeu um dom para a edificação da igreja é um
“carismático”. Pedro não escreve: “cada um, quando recebeu um dom da graça”,
mas como (ou: “na proporção em que”) recebeu. Logo tem por certo que cada
cristão participa da multiforme graça de DEUS, que consequentemente também
possui dons da graça. Não é possível produzi-los a partir de si mesmo, mas
somente recebê-los. É verdade que podemos “buscá-los” (1Co 14.1), mas sempre
continuarão sendo dádiva de DEUS através do ESPÍRITO SANTO. Servi uns aos
outros com eles significa: os dons da graça foram dados para o serviço mútuo.
Uwe
Holmer. Comentário Esperança Cartas aos I Pedro. Editora
Evangélica Esperança.
I Cor 4.1. Tendo
apresentado a sua polêmica contra o espírito faccioso, Paulo agora passa a
mostrar qual deve ser a atitude certa dos crentes para com os verdadeiros
ministros do evangelho, e, em particular, para com ele mesmo, que era um
apóstolo autêntico, que tinha apresentado muitas evidências sobre a validade do
seu apostolado. Em Corinto havia detratores de Paulo que haviam convencido a
alguns dos membros daquela igreja que ele não era verdadeiro apóstolo. O nono
capítulo da presente epístola expõe a defesa de Paulo contra essa calúnia. No
capítulo que ora iniciamos a comentar, porém, esse apóstolo mostra-nos que tais
detratores, ao denegri-lo, tão somente deixavam de mostrar o devido respeito
pela dignidade de seu oficio, que lhe fora conferido pelo Senhor. Isso era
apenas um outro resultado negativo do fato de se terem deixado encantar pelos
líderes de diversas facções, os quais exaltavam aos homens e se gloriavam no
homem. Os ministros autênticos da Palavra de DEUS não podem estar sujeitos aos
caprichos da comunidade religiosa, e contra esse abuso, Paulo agora fazia
objeção firme.
A Fidelidade
1. Essa deveria ser
uma das características essenciais de todos os crentes professos (ver Efé. 1:1
e Apo. 17:14).
2. A fidelidade se
exibe no serviço prestado (ver Mat. 24:45), e na pregação da Palavra (ver II
Cor. 2:17).
3. Deveria ser tão
geral que incluísse todas as coisas (ver I Tim. 3:11).
4. Não pode haver
período de férias no campo da fidelidade (ver Apo. 2:10).
5. Ela redunda em
uma espécie notável de bem-aventurança (ver Mat. 24:45,46).
6. Consideremos o
exemplo de Paulo (ver Atos 20:20,27). «...ministros...» Paulo substitui aqui o
termo grego mais comum, «diakonos» pelo vocábulo grego «uperetes».
Originalmente, essa palavra indicava aqueles que manuseavam a fileira de remos
mais inferior de uma trirreme; em seguida veio a significar qualquer pessoa que
serve subordinada a outra, um «servo», um «assistente», um «ajudante». Mediante
o uso dessa palavra, pois, o apóstolo dos gentios assume sua correta posição
como servo de JESUS CRISTO. Ele não exalta a si mesmo, como se exigisse ser
respeitado devido aos seus próprios méritos; não obstante, não é coisa de pouca
monta ser um homem um verdadeiro ministro do grande Rei, o Senhor JESUS CRISTO.
Tais ministros requerem um respeito verdadeiro da parte daqueles para quem
ministram.
«...despenseiros...»
é tradução do vocábulo grego «oikonomos» (derivado de «oikos», casa, e «nemo»,
distribuir, determinar), que indica alguém que tinha por função controlar uma
casa, determinando a cada qual, os seus deveres específicos. Eram os despenseiros
quem controlavam o dispêndio de dinheiro, a compra dos suprimentos e a
distribuição dos bens, dentro da casa. Essa palavra também indicava alguém que
geria os negócios externos de uma casa; razão também pela qual era aplicada aos
oficiais administradores do governo, que manuseavam os fundos públicos e
conduziam os negócios em geral do império. Na sociedade antiga, o «gerente» de
uma casa, em relação ao seu senhor, era apenas um escravo.
Por essa razão é
que era frequente que escravos de alguma habilidade fossem selecionados para
essa tarefa. Perante os demais escravos, entretanto, tal homem possuía elevada
posição aos olhos dos quais ele era o «superintendente» ou «chefe» de todas as
operações. (Ver Luc.. 12:42 e Mat. 20:8). José, no Egito, seria um exemplo
clássico disso.
No terreno das
realidades espirituais, DEUS ou JESUS CRISTO é quem aparece como o grande
Senhor (ver I Cor. 3:23), e a casa cristã é a igreja (ver I Tim. 3:15). Os
«despenseiros» ou superintendentes estavam encarregados da distribuição dos
«mistérios de DEUS». Em termos gerais, esses mistérios são as verdades bíblicas
que os pregadores deveriam ensinar. Sendo assim comissionados para ensinarem as
verdades divinas, exigiam o respeito de todos os membros da comunidade cristã.
Entre o Senhor e os despenseiros permanecia ainda o Filho (ver I Cor. 15:25 e
Heb. 3:6), e todos os «ajudantes» são seus ministros e despenseiros. E esses
despenseiros são «distribuidores da graça divina», da mensagem da verdade.
«...mistérios...»
(I Cor. 2:7 - Rom. 11:25 «mistérios do N.T.»). Paulo alude aqui aos cultos
misteriosos, ou, pelo menos, aos primórdios de tal atividade na igreja cristã.
Os mistérios do N.T. são «segredos franqueados», coisas reveladas em CRISTO,
por intermédio do seu SANTO ESPÍRITO, e através da instrumentalidade dos servos
de CRISTO, principalmente dos apóstolos, cujas revelações constituem o tema
mesmo do novo pacto.
A sabedoria humana,
que o apóstolo dos gentios vinha atacando coerentemente, desde, o princípio
desta epístola, conta com seus supostos mistérios profundos.
«...considerem...»
Essa palavra indica uma «estimativa razoável», extraída de princípios aprovados
de julgamento espiritual. (Comparar com os trechos de Rom. 6:11 e 12:1).
«Paulo tinha um
vivido senso da dignidade de sua posição como despenseiro de DEUS, a qual lhe
fora dada pelo Senhor (ver Col. 1:25 e Efé. 1:10). O ministério da Palavra é
muito mais do que uma profissão ou negócio. É a própria chamada de DEUS para a
gerência». (Robertson, in loc.)
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 57.
A Missão do
Apóstolo (4.1-5)
A missão de Paulo e
de todos os que foram chamados para pregar o evangelho foi construída sobre
quatro elementos: serviço, mordomia, fidelidade e sensibilidade aos juízos de
DEUS. Embora todos estes elementos estejam relacionados, há diferença entre
eles.
a) Serviço (4.1).
Paulo, Pedro e Apolo não deveriam ser considerados como líderes de evangelhos
diferentes. Ambos eram ministros de CRISTO. A palavra ministros (hyperetas)
significa “servos”. Originalmente o termo se referia a remadores que ajudavam a
impulsionar barcos através das águas do mar. A palavra sugere a labuta e o
trabalho contínuo envolvido na obra do evangelho.
b) Mordomia (4.1).
Paulo, Pedro e Apolo também eram despenseiros dos mistérios de DEUS. Um
despenseiro (oikonomos) era literalmente o “administrador de uma casa”. Frequentemente ele era um escravo respeitado
e eficiente a quem o negociante ou o dono da terra havia entregue a
administração da propriedade. Como tal, o despenseiro tinha autoridade sobre os
ajudantes ou empregados. Ele atribuía trabalho e distribuía mantimentos. Ele
era o superintendente sobre a operação de todo o empreendimento. Contudo, ele
estava sempre ciente de que era um escravo, e estava sob a obrigação de iniciar
e executar a vontade do proprietário.
O termo mistérios
se refere a todo o plano da salvação (cf. o comentário sobre 2.7). Paulo, Pedro
e Apolo não possuíam qualquer conhecimento secreto escondido de todos, exceto
de alguns escolhidos. Eles eram mestres e pregadores da verdade revelada sobre
a salvação em JESUS CRISTO e através dele.
Donald S.
Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 267.
Ef 4.19. O estudo
da unidade de todos os cristãos “em um ESPÍRITO” receberá ênfase e será
desenvolvido no capítulo quatro, mas aqui o apóstolo volta-se especificamente
para os gentios a fim de prosseguir tratando da mudança operada em sua
situação, Antes eles estavam “separados da comunidade de Israel” (v. 12). Em
relação ao povo da aliança de DEUS, eram estrangeiros e peregrinos (xenoi e
paroikoi), isto é, pessoas que ainda que vivessem no mesmo país, tenham contudo
os mais superficiais direitos de cidadania. Essa era sua situação anterior, mas
de agora em diante já não o é. No dizer do apóstolo, agora são concidadãos dos
santos. Ele deve ter pensado nos santos do Antigo Testamento, ou nos membros da
Igreja Cristã, aos quais a palavra se aplica (veja comentário sobre 1:1);
provavelmente pensou naqueles que, em todos os sentidos, podiam ser chamados
povo de DEUS, e assim disse aos gentios que eles agora estavam incluídos entre
os santos, e em igualdade de condições.
Cidadania do povo
de DEUS, eis um modo expressivo de estabelecer a verdadeira posição que judeus
e gentios igualmente partilhavam com DEUS e entre si. Mas essa ilustração
conduz a uma outra verdade mais profunda, qual seja a intimidade maior que os
cristãos têm com DEUS, e também uns com os outros. Judeus e gentios, homens de
quaisquer raças, cores ou posições, estão juntos na família de DEUS, na mesma
família. Gálatas 4:10 usa a mesma palavra oikeioi para falar da “família da
fé”. Embora tal palavra não seja perfeita para expressar completamente a
verdade de serem todos “filhos de DEUS, mediante a fé em CRISTO JESUS” (G1
3:26; 1:5), ainda assim o pensamento se refere mais a pessoas da casa, do que
ao edifício em si (Hb 3:2, 5; 1 Pe 4:17).
Francis
Foulkes. Efésios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 72-73.
Ajuda na
elaboração: Pb Alessandro Silva.
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO
2 - CPAD - 2º TRIMESTRE DE 2021
PONTO CENTRAL - Os
dons são para a edificação do Corpo de CRISTO.
Lição 3 - Dons de
Revelação
LIÇÕES BÍBLICAS -
2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons
Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
Pr. Luiz
Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel
Esposa - 19-98448-2187 - Morava em Imperatriz, MA , nesta época
Lição 3, Dons de
Revelação
Escrita - https://ebdnatv.blogspot.com/2021/04/escrita-licao-3-dons-de-revelacao-pr.html
Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2021/04/slides-licao-3-dons-de-revelacao-pr.html
Vídeo completo
- https://www.youtube.com/watch?v=bWafDxR1UAA
https://youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1--bcS7IaY3nSDtyHNEv81y Lição em Vídeos - 6
partes - 2014
TEXTO ÁUREO
“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação.” (1 Co 14.26).
VERDADE PRÁTICA
Os dons de revelação divina são indispensáveis à igreja da atualidade, pois
vivemos em um tempo marcado pelo engano.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12.8,10; Atos 6.8-10; Daniel 2.19-22
1 Coríntios 12
8 - Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo
mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; 10 - e a outro, a operação de maravilhas;
e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a
variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
Atos 6
8 - E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o
povo. 9 - E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e
dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e
disputavam com Estêvão. 10 - E não podiam resistir à sabedoria e ao ESPÍRITO
com que falava.
Daniel 2
19 - Então, foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel
louvou o DEUS do céu. 20 - Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de DEUS
para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força; 21 - ele muda os
tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria
aos sábios e ciência aos inteligentes. 22 - Ele revela o profundo e o escondido
e conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz.
OBJETIVO GERAL - Expor os dons que fazem parte da catoria dos dons de revelação
Resumo da Lição 3, Dons de Revelação
I – PALAVRA DA
SABEDORIA
1. Conceito.
2. A Bíblia e a
palavra de sabedoria.
3. Uma liderança
sábia.
II – PALAVRA DA
CIÊNCIA
1. O que é?
2. Sua função.
3. Exemplos
bíblicos da palavra da ciência.
III – DISCERNIMENTO
DOS espíritos
1. O dom de discernir os espíritos.
2. As fontes das
manifestações espirituais.
3. Discernindo as
manifestações espirituais.
RESUMO RÁPIDO DO
Pr. HENRIQUE
INTRODUÇÃO
Vamos estudar sobre
os Dons de Revelação, nome dado para estudarmos didaticamente os dons que nos
revelam algo oculto tato no passado, como no presente, quanto no futuro; também
nos revela a fonte de manifestações malignas nas pessoas e nos concede poder
para libertar essas mesmas pessoas.
Palavra de
sabedoria são revelações sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO a respeito do futuro.
Dentro da Presciência de DEUS - Sabedoria de DEUS sobre o Futiuro -
Onisciência. DEUS sabe todas a s coisas.
Palavra de Conhecimento são revelações sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO a
respeito de algo oculto tanto no passado, quanto no presente. Dentro da
Onipresença de DEUS. DEUS está presente em toda parte ao mesmo tempo.
Discernimento de espíritos são revelações sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO a
respeito do reino espiritual de Satanás, sobre a ação de demônios e capacita o
crente a expulsar esses demônios. Dentro da Onipotência de DEUS. DEUS tem poder
sobre tudo e sobre todos.
"Porque os
dons e a vocação de DEUS são sem arrependimento" (Rm 11.29).
Estamos em plena
crise de dons na igreja - enquanto uns pouquíssimos são usados em vários dons,
a grande maioria da igreja nem mesmo sabe diferenciar entre um dom e outro. A
bíblia afirma: "Todos podeis profetizar...", mas a realidade é que
quase nenhum profetiza.
"Porque todos
podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos
sejam consolados." - Paulo, (I Coríntios, 14:31)
Os dons são
concedidos pelo nosso desejo em dar espaço ao ESPÍRITO SANTO de agir em nossa
vida e trabalho na obra de DEUS.
A vontade de DEUS
não exclui de modo algum o desejar por parte do crente estes dons, de fato
Paulo diz várias vezes para ambicionar os dons espirituais: "Desejai
ardentemente os maiores dons" (1 Cor. 12:31), "procurai abundar
neles, para edificação da igreja" (1 Cor. 14:12), diz Paulo. Estes
dons devem ser objeto de busca por parte de todos nós, ninguém está excluído.
Não há uma categoria de crentes que está excluída desta busca. Todos devem
estar envolvidos nela.
Quem não os deseja na realidade não quer que a Igreja
seja edificada pela manifestação do ESPÍRITO, este não quer que a Igreja
de hoje seja edificada por meio dos dons, como o era a igreja antiga.
Portanto, irmãos,
procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. 1 Coríntios 14:39
Não desprezeis as
profecias. 1 Tessalonicenses 5:20
Para estudarmos os
dons os dividimos em 3 grupos:
DONS DE REVELAÇÃO
DONS DE PODER
DONS DE INSPIRAÇÃO
OU DA FALA
Hoje vamos estudar
sobre dons de revelação:
DONS DE REVELAÇÃO
(REVELAM ALGO OCULTO OU DESCONHECIDO SOBRENATURALMENTE).
São três - Palavra
de sabedoria, Palavra de conhecimento ou da ciência e Discernimento de
espíritos.
Essas manifestações
do ESPÍRITO SANTO são sobrenaturais, não devemos confundir os dons com
sabedoria adquirida com estudo de livros, revistas, pesquisas na internet ou
cursos de homilética, hermenêutica, lingüística ou qualquer outra disciplina.
Atos 16.16-24
16 - E
aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha
ESPÍRITO de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus
senhores. 17 - Esta, seguindo a Paulo e a nós, c/amava,
dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são
servos do DEUS Altíssimo. 18 - E isto fez ela por muitos dias. Mas
Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao ESPÍRITO: Em nome de JESUS
CRISTO, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu.
Fruto do ESPÍRITO X
Batismo No ESPÍRITO X Línguas faladas no batismo X Dons do ESPÍRITO
Fruto do ESPÍRITO
- O fruto é implantado no crente no momento de sua conversão e o recebemos
pela graça de DEUS e sem merecimento - Pegue uma laranja com nove gomos como
exemplo - No momento da conversão se recebe a laranja para que bebamos dos nove
gomos em nossa caminhada cristão. Podemos beber muito de um gomo e de outro
não, mas seguramente beberemos de todos, pelo menos um pouco de cada. Se
bebermos muito do primeiro que é o amor, seguramente beberemos muito de todos
os outros.
Batismo No ESPÍRITO - Quanto ao batismo recebemos pela graça de DEUS e sem
merecimento. JESUS quer batizar-nos desde o momento de nossa conversão, assim
como o fruto nos foi implantado desde esse momento. O ESPÍRITO SANTO já estará
habitando em nós a partir daí - O problema é deixarmos que o ESPÍRITO SANTO
fale através de nossa língua (membro difícil de ser domado) - Devemos permitir
que o ESPÍRITO SANTO controle nosso ser, nosso eu, que ELE nos use para
ganharmos almas; só assim poderemos ser revestidos de poder para sermos
testemunhas de CRISTO. Só podemos confirmar se alguém recebe o Batismo o
ESPÍRITO SANTO quando este fala em línguas espirituais (At 2.4-8; 10.45; At
19.6; 1 Co 14.18, etc...)
Línguas faladas no
batismo - Quanto às línguas faladas no batismo são para o crente orar em
línguas durante toda sua vida. Essa linguagem é para se falar diretamente com
DEUS (1 Co 14.2), é para edificação do crente (1 Co 14.4; Jd 1.20), é para orar
com perfeição (Rm 8.26).
Atenção - Não é dom
do ESPÍRITO SANTO arrolado em 1 Coríntios 12.8-10 o falar em línguas
diariamente na língua em que se foi batizado.
No dom do ESPÍRITO
SANTO chamado "Dom de Línguas" ou Variedade de Línguas, o crente fala
diversas línguas e não somente a linguagem do batismo (4 tipos de línguas).
Dons do ESPÍRITO
- Quanto aos dons, recebemos pela graça de DEUS e sem merecimento, à
medida que acreditamos na ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO e nos dispomos a
ser Seu canal de poder para operação de seus dons. Temos que desejar os dons,
ter fé que são para nós e abundar neles (1 Co 14.12). Temos que dar a vida
pelos outros. Ser usado em dons significa ser criticado, odiado, perseguido e
tudo isso por causa dos outros. Para que possamos ser usados nos dons temos que
amar aos outros como a nós mesmos e sacrificarmos nossa vida por eles. Jejuar,
orar e estudar muito.
CLASSIFICAÇÃO
GERAL DOS DONS - 1 Co 12 |
||
DONS DE
REVELAÇÃO |
DONS DE
PODER |
DONS DE ELOCUÇÃO |
Palavra da
sabedoria |
Fé |
Profecia |
Palavra do conhecimento |
Curar |
Variedade de
línguas |
Discernimento de
espíritos |
Operação de
milagres |
Interpretação de
línguas |
Extraído de Nos
Domínios do ESPÍRITO, CPAD p. 131. |
Os dons de
revelação constituem parte da revelação de DEUS, concedida ao homem salvo, para
que, por eles, a “multiforme sabedoria” divina seja manifestada no meio da
Igreja, e os crentes em JESUS sejam protegidos das sutilezas do Adversário e
das maquinações humanas contra a fé cristã.
Sem a presença
física de CRISTO, após sua Ascensão aos céus, os salvos, reunidos em igrejas
locais, precisam, de maneira indispensável, dos dons espirituais, tanto para
cumprirem a Missão confiada por CRISTO, quanto para lutar e vencer “as hostes
espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Ef 6.12). Sem eles, a igreja
local não passa de uma comunidade humana, uma associação religiosa, como um
“vale de ossos”, transformados em corpos com tecidos humanos, mas sem vida. Tem
estruturas humanas, ministeriais, denominacionais, intelectuais, políticas e
administrativas, mas não tem o poder de DEUS em sua vida institucional. Os dons
espirituais propiciam a provisão divina para a igreja cumprir a sua missão,
concedida por CRISTO, de proclamar o evangelho por todo o mundo e a toda a
criatura.
Dentre esses, os
chamados “dons de revelação” aparecem como categoria de grande valor e
necessidade, no meio das igrejas locais. No tempo de Paulo, havia confusões,
mistificações doutrinárias, ensinos heréticos e tantos outros tipos de
informações, que chegavam aos ouvidos dos crentes, que muitos se desviaram,
iludidos pelos “ventos de doutrina” (Ef 4.14). O gnosticismo ameaçava a
integridade da fé cristã. Os judaizantes queriam impor seus ensinos legalistas
e ultrapassados. A igreja precisava de recursos espirituais sobrenaturais para
não ser esmagada pelas heresias, muitas delas travestidas de verdades
absolutas. Só a revelação de DEUS, manifestada de forma incisiva, poderia
evitar a derrocada do cristianismo.
E, nos dias
presentes, será que não há necessidade da revelação especial de DEUS, através
de sua palavra e de dons ou carismas que façam a diferença, para que os
cristãos saibam discernir o “joio do trigo”? Certamente hoje, mais do que
nunca, a igreja de JESUS, em toda a parte, necessita desses recursos. Os dons
de revelação podem identificar a origem, os meios e os propósitos de muitas
falsas doutrinas que surgem a cada dia, no meio evangélico. Pela revelação
sobrenatural, pode-se desmascarar os falsos pastores, os “obreiros
fraudulentos”, “de torpe ganância”.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 31-32.
I – PALAVRA DA
SABEDORIA
1. Conceito.
Palavra - Pequena
parte (fragmento).
Sabedoria - de DEUS - onisciência e presciência - a respeito do futuro.
Uma revelação por escrito ou falada sob inspiração do ESPÍRITO SANTO e a
respeito do futuro.
É uma manifestação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, através de um crente, pela
graça de DEUS, sempre revelando o futuro.
2. A Bíblia e a
palavra de sabedoria.
Porque tu, DEUS meu, revelaste ao ouvido de teu servo que lhe edificarias casa;
pelo que o teu servo achou confiança para orar em tua presença. 1 Crônicas
17:25
E a mim me foi revelado este segredo, não porque haja em mim mais sabedoria do
que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei
e para que entendesses os pensamentos do teu coração. Daniel 2:30
Respondeu o rei a Daniel e disse: Certamente, o vosso DEUS é DEUS dos deuses, e
o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos, pois pudeste revelar este
segredo. Daniel 2:47
senão o que o ESPÍRITO SANTO, de cidade em cidade, me revela, dizendo que me
esperam prisões e tribulações. Atos 20:23
Mas FALAMOS A
SABEDORIA DE DEUS EM MISTÉRIO, outrora oculta, a qual DEUS preordenou desde a
eternidade para a nossa glória. (1 Co 2.7)
Mas DEUS NO-LO
REVELOU PELO ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO a todas as coisas perscruta, até mesmo
as profundezas de DEUS.(1 Co 2.10)
porque a profecia
nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de DEUS
falaram inspirados pelo ESPÍRITO SANTO. 2 Pedro 1:21
Este Dom opera
muito através de profetas
Profeta do Antigo
Testamento -
ISAÍAS -
Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores
levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de DEUS e oprimido. Mas
ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos
sarados. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo
seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi
oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e,
como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Isaías
53:4-7
DANIEL - Mas há um
DEUS nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei
Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua
cabeça na tua cama são estas: Daniel 2:28
Profeta do Novo
Testamento -
ÁGABO - E,
levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo ESPÍRITO, que
haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio
César. Atos 11:28
e, vindo ter
conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando-se os seus próprios pés e mãos,
disse: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim ligarão os Judeus, em Jerusalém, o
varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios. Atos 21:11
JUDAS E SILAS -
Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os
irmãos com muitas palavras. Atos 15:32
MUITOS PROFETAS NO
Novo Testamento - Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia.
Atos 11:27
Na igreja que
estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e
Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes,
o tetrarca, e Saulo. Atos 13:1
Palavra de
Sabedoria dada por JESUS - Toda vez que falou algo que ia ou ainda vai
acontecer no futuro.
Palavra de
Sabedoria dada por apóstolo João - Toda vez que falou algo que ia ou ainda vai
acontecer no futuro.
A Palavra de
sabedoria é uma pequena parte da sabedoria de DEUS; no futuro, só DEUS sabe;
tem a ver com a onisciência de DEUS. JESUS sabia todas as cosias que estavam
por vir. O profeta Ágabo (novo testamento tem profeta) revelava uma seca na
Judéia que aconteceu realmente pouco tempo depois e a prisão de Paulo, tudo no
futuro.
Aqui, estamos
estudando sobre revelações futurísticas que são dadas pelo ESPÍRITO SANTO, de
repente, sem um prévio aviso ou estudo.
Esta revelação pode
ser dada por meio de uma visão, de um sonho, ou por inspiração, ou por meio de
uma voz escutada também.
Exemplos:
JESUS:
"Daquele dia e
hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.
Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do
homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam,
bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé
entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos;
assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no
campo, será levado um e deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no
moinho, será levada uma e deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis em
que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a
que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua
casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não
penseis, virá o Filho do homem." (Mt 24: 36-44)
Exemplo em Atos dos
apóstolos:
Profeta Ágabo a
respeito de uma grande fome
Atos 11:28 e
levantando-se um deles, de nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que
haveria uma grande fome por todo o mundo, a qual ocorreu no tempo de Cláudio.
Profeta Ágabo a
respeito de Paulo
Atos 21:11 e,
vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele os próprios pés e
mãos, declarou: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim os Judeus, em Jerusalém, farão
ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios.
Paulo em viagem
para Roma
"Atos
27.34 Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a
vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de
vós.".
Paulo sobre
arrebatamento:
I Co
15:51 "Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos
seremos transformados".
Porque o Senhor o
revelara aos ouvidos de Samuel, um dia antes que Saul viesse, dizendo: Amanhã,
a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por
capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos
filisteus; porque tenho olhado para o meu povo, porque o clamor chegou a mim. 1
Samuel 9:15,16
1 Rs 3.16-28
Não foi revelado a
Salomão por uma manifestação sobrenatural quem era a mãe da criança, mas com a
sabedoria concedida por DEUS a Salomão para entrar e sair diante do povo e
julgar suas causas, ele pode armar uma estratégia para descobrir quem era a mãe
verdadeira, portanto não é uma manifestação de um dom do ESPÍRITO SANTO, mas
uma sabedoria humana aumentada por DEUS.
Um exemplo aqui de
Palavra de Sabedoria no AT poderia ser II Reis 3.16, 20:
Eliseu, solicitou a
presença de um músico. Queria enlevar o ESPÍRITO. Sentir-se inspirado:
"E sucedeu
que, tocando o músico, veio sobre ele a mão do Senhor. E disse: "Assim diz
O Senhor, fazei neste vale, muitas covas".
"E sucedeu
que, pela manhã, oferecendo-se a oferta de alimentos, eis que vinham as águas
pelo caminho de Edom; e a terra se encheu de água".
Quando a revelação
vem em sonhos futurísticos é palavra de Sabedoria, mas quando o sonho vem com
revelação atual é palavra de Conhecimento.
3. Uma liderança
sábia.
DOM DA PALAVRA DA
SABEDORIA.
Este dom é uma
palavra (uma proclamação, uma declaração) de sabedoria, dada por DEUS através
da revelação do ESPÍRITO SANTO, para satisfazer a necessidade de solução
urgente dum problema particular. Não se deve confundi-lo, portanto, com a
sabedoria num sentido amplo e geral. Não depende da habilidade cultural humana
de solucionar problemas, pois é uma revelação do conselho divino.
HORTON.
Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. Editora CPAD.
Observação Pr.
Henrique - Ainda que haja certa vinculação entre dom palavra de Sabedoria
e a palavra do Conhecimento, há uma diferença básica entre ambos. Sabedoria é
falar sobre o futuro e Conhecimento ou ciência é sobre presente.
Lembrando que o dom
é uma manifestação sobrenatural sem aviso para acontecer, sem premeditação, sem
haver ai alguma coisa da sabedoria do homem, pois é futuro - coisa que ainda
não aconteceu.
A palavra da
sabedoria. O ensino, a busca da orientação divina, o conselho e a luta com as
necessidades práticas do governo e administração da igreja devem ser buscados,
mas isso não é dom de Palavra de Sabedoria. Todos podemos e devemos pedir
sabedoria a DEUS (Tg 1.5) e ELE conceder, mas isso não é dom de Palavra
de Sabedoria.
Salomão não foi
usado em Dom Palavra de Sabedoria, embora tenha recebido sabedoria de DEUS para
governar. Se Salomão fosse usado pelo dom Palavra de Sabedoria não teria feito
nenhum teste com as mulheres, mas dito imediatamente quem era a mãe verdadeira
assim que colocou os olhos nelas.
A revelação dada a
Daniel acerca dos impérios mundiais demonstra quão grande é a sabedoria de
DEUS, como recurso divino para ocasiões especiais, em que de nada adianta a
sabedoria humana, ou os conhecimentos adquiridos pela experiência de quem quer
que seja. Quis DEUS utilizar-se de um rei estrangeiro ao seu povo para revelar
segredos sobre acontecimentos que teriam lugar na História, na ocasião, e para
o futuro. A visão de Nabucodonosor é uma referência para a Escatologia, com
base nas interpretações dadas pelo Altíssimo a Daniel, seu servo, que estava
vivendo naquele País, com uma missão do mais alto significado.
Foi revelado o
segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o DEUS do céu” (Dn
2.17-19). De maneira didática, com precisão histórica, Daniel interpretou o
sonho, mostrando ao rei o desenrolar dos acontecimentos de eventos futuros. Foi
o conhecimento de DEUS e não humano, lógico ou natural.
A Bíblia e a
palavra de sabedoria.
No Antigo
Testamento, temos alguns exemplos marcantes dessa revelação da sabedoria de
DEUS.
José, na prisão,
interpretou sonhos de servos de Faraó, os quais se cumpriram plenamente.
Chamado ao palácio real, diante de todos os sábios, adivinhos e conselheiros do
rei, interpretou os sonhos proféticos que DEUS concedera ao monarca egípcio. Se
não fosse a sabedoria do ESPÍRITO de DEUS, jamais o jovem hebreu teria tamanha
capacidade para interpretar os misteriosos sonhos das vacas gordas e das vacas
magras, e foi elevado à posição de Governador do Egito (cf. Gn 41.14-41).
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 34-35.
Observação minha Pr
Henrique - Um exemplo clássico desse dom é quando um pregador, por exemplo,
chama alguém à frente da igreja e lhe diz que ela está para viajar, mas que não
deve ir, pois o ônibus ou carro em que viajaria no dia seguinte irá sofrer um acidente
e ela morrerá se estiver neste veículo.
A pessoa então
desiste da viagem e fica sabendo no outro dia que realmente o veículo em que
iria viajar sofreu um acidente.
Eis aí um exemplo
bem atual do Dom da Palavra de Sabedoria.
II – PALAVRA DA
CIÊNCIA
1. O que é?
Palavra = pequena
parte do conhecimento de DEUS, revelação de coisa conhecida no passado ou no
presente; tem a ver com onipresença de DEUS. (pode ser coisa conhecida por
pessoas em outra parte ou localidade, que é revelada aqui onde estamos).
JESUS viu Natanael
debaixo de uma figueira sem nem mesmo estar na mesma cidade.
Eliseu sabia todas
as estratégias de guerra do inimigo sem nem mesmo estar perto de seu
acampamento.
Quando a revelação
vem em sonhos futurísticos é palavra de Sabedoria, mas quando o sonho vem com
revelação atual é palavra de Conhecimento.
Exemplos:
JESUS:
Jo
1.48 Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe JESUS: Antes
que Felipe te chamasse, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
João 4:16-19 JESUS disse à mulher samaritana: "Vai, chama o
teu marido e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe
JESUS: Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que
agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. Disse-lhe
a mulher: Senhor, vejo que és profeta"
JESUS enxergava a
fé dentro das pessoas.
Exemplo em Atos dos
apóstolos:
Pedro, Ananias e
Safira
Atos
5.4 “Enquanto o possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço em
teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos
homens, mas a DEUS”.
Eliseu sobre
conversas escondidas:
2 Rs 6.12 E
disse um dos servos: Não, ó rei meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em
Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas no teu quarto de
dormir.
PALAVRA DA CIÊNCIA
É manifestação da
ciência ou do conhecimento de DEUS, concedido ao homem salvo. Pode ser dado por
sonho, por visão, por revelação especial, por voz de DEUS na mente, operando na
esfera humana, no seio da igreja; sendo um conhecimento sobrenatural propiciado
por DEUS. Paulo fala de “todos os mistérios e toda a ciência” (1 Co
13.2), que só têm valor se for sob a graça do amor de DEUS. Através desse dom,
o crente penetra nas profundezas do conhecimento de DEUS (cf. Ef 1.17-19).
“Mas, como está
escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao
coração do homem são as que DEUS preparou para os que o amam. Mas DEUS no-las
revelou pelo seu ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as
profundezas de DEUS” (1 Co 2.9).
A Palavra de DEUS
mostra exemplos desse dom. Quando JESUS pregava para a mulher samaritana, soube
detalhes da vida dela, que o conhecimento humano não teria condições de
alcançar naquela circunstância de um encontro inesperado. Ele disse à mulher
que chamasse seu marido. A mulher respondeu que não tinha marido e JESUS lhe
disse que ela tivera “cinco maridos” e aquele com quem vivia não era seu
marido. A mulher ficou admirada, e disse: “Senhor, vejo que és profeta” (Jo
4.16-19). A palavra da ciência não é adivinhação nem expressão de tentativa de
erro e acerto. E dada pelo ESPÍRITO SANTO.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 36-37.
Observação minha -
Um exemplo clássico desse dom é quando um pregador, por exemplo, chama alguém à
frente da igreja e lhe diz que ela está, por exemplo, com câncer e que lhe foi
dada uma comunicação de morte por parte do médico.
O pregador não é da
cidade, não conhece a pessoa com câncer. Não sabia de nada disso, mas DEUS lhe
revelou isso na hora da pregação.
Esse é um exemplo
bem simples e que muito ocorre. DEUS não apenas revela, mas resolve o problema
curando essa pessoa.
Eis ai um exemplo
bem atual do Dom da Palavra de Conhecimento ou da ciência.
Este dom tem sido
definido como sendo a revelação sobrenatural dalgum fato que existe na mente de
DEUS, mas que o homem, devido às suas naturais limitações, não pode conhecer, a
não ser que o ESPÍRITO SANTO lhe revele. Exemplos da manifestação deste dom são
encontrados no ministério de Samuel: 1 Sm 10.22; Eliseu: 2 Rs 5.26; 6.12; Aias:
1 Rs 14.6; JESUS: Mt 16.23; Lc 5.22; Jo 1.48; 4.18; Pedro: At 5.3,4, e Paulo:
At 27.23-25.
Raimundo F. de
Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
2. Sua função.
Revelar algo
oculto, tanto no passado, quanto no presente. Tem a ver com a Onipresença de
DEUS que está em toda parte ao mesmo tempo. Muito usado por DEUS para revelar
pecado oculto.
De acordo com o
registro bíblico, quando este dom era exercido, o extraordinário acontecia,
como mostram os exemplos que se seguem:
- O rei de Israel
foi avisado do perigo de destruição por parte do rei da Síria: 2 Rs 6.9-12.
- Elias recebeu
novo alento em meio à perseguição: 1 Rs 19.14-18.
- A hipocrisia de
Geazi foi manifesta: 2 Rs 5.20-
- A samaritana foi
convencida da necessidade dum Salvador: Jo 4.18,19,29.
- Saul foi achado
no meio da bagagem: 1 Sm 10.22.
- A necessidade de
Saulo foi revelada a Ananias: At 9.11.
- Foi desmascarada
a hipocrisia de Ananias e Safira: At 5.3.
Este dom pode
manifestar-se por diferentes meios, seja através da pregação no púlpito, da
profecia, do aconselhamento aos necessitados e aos que buscam orientação
divina, ou mesmo através de sonhos, na rua, ou em qualquer lugar onde seja
necessário.
Raimundo F.
de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
Esse dom revela
coisas que não são percebidas pela visão natural (ver 1 Sm 16.7; Jo 2.24,25).
Na vida prática da igreja, algumas experiências demonstram que o dom da palavra
da ciência pode ser dado nos tempos presentes. Num Círculo de Oração, em
Natal-RN, as irmãs estavam tranquilas, orando e louvando a DEUS, numa
congregação, anos atrás. Apresentou-se um homem, muito bem-vestido, de
paletó de tecido fino, sapato lustroso, gravata e Bíblia debaixo do braço. Ao
ser interpelado, para ser apresentado, disse que era um servo de DEUS, que
estava de passagem por ali, e que viera visitar o trabalho. Acrescentou que era
“filho do Ministro da Educação, Sr. Jarbas Passarinho”. A apresentação do
“ilustre” visitante foi feita, e as irmãs de imediato quiseram ouvir uma
palavra por ele.
Uma humilde serva
de DEUS, num lampejo divino, disse à dirigente: “Não dê oportunidade a ele. E
um mentiroso, falso e procurado pela polícia...!”. Foi um mal-estar, pois a
dirigente já ia anunciar a oportunidade ao visitante. Mas, diante da
advertência, não o fez. Foi criticada por um SANTO irmão, que achou uma falta
de respeito a um “servo de DEUS”, “filho de uma autoridade pública”. Esse
também convidou o visitante para ir à sua casa, num gesto de desagravo e de
hospitalidade. No caminho, dizia ao visitante: “Essas irmãs não têm sabedoria”.
E pediu desculpas pelo constrangimento. Recebeu-o em casa, apresentou à
família, e ofereceu dormida ao desconhecido.
Pela madrugada,
alguém bateu à porta. O anfitrião foi abrir, e deparou-se com policiais
federais, apontando metralhadoras para sua casa, e dizendo que ele estava
preso, pois dera acolhida a um criminoso, estelionatário, que vinha sendo
rastreado em sua viagem. Quem revelaria tal coisa a uma simples serva de DEUS?
Sem dúvida, foi a operação do dom Palavra da Ciência ou do Conhecimento, num
momento crucial. Este exemplo é prova de que DEUS não muda. Agiu nos tempos
antigos. E age em todos os tempos.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 38-39.
3. Exemplos
bíblicos da palavra da ciência.
O profeta Eliseu
sabia os planos de guerra do rei da Síria, mesmo à distância. Quando o rei
pensava em atacar o exército de Israel de surpresa, em determinado lugar o
profeta de DEUS alertava ao rei de Israel dos planos do inimigo, por diversas
vezes. O rei sírio ficou intrigado e desconfiou de que haveria um traidor no
meio de suas tropas. Mas um dos servos do rei o fez saber o mistério: “E disse
um dos seus servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em
Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de
dormir” (2 Rs 6.8-12).
Era um conhecimento
muito mais aperfeiçoado do que todos os atuais sistemas de informação, com uso
de tecnologia de ponta, usados no mundo atual. Eliseu não tinha informantes,
nem sonhava com equipamentos de comunicação ou de satélites. Era a mensagem divina,
diretamente do ESPÍRITO SANTO ao seu coração. Quando o profeta Samuel disse a
Saul que as jumentas do pai já haviam sido encontradas, foi pela ciência ou
conhecimento de DEUS (1 Sm 9.20).
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 37-38.
Então, tornaram a perguntar
ao Senhor se aquele homem ainda viria ali. E disse o Senhor: Eis que se
escondeu entre a bagagem. 1 Samuel 10:22
E, quanto às
jumentas que há três dias se te perderam, não ocupes o teu coração com elas,
porque já se acharam. E para quem é todo o desejo de Israel? Porventura, não é
para ti e para toda a casa de teu pai? 1 Samuel 9:20
Porém ele lhe
disse: Porventura, não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou de
sobre o seu carro, a encontrar-te? Era isso ocasião para tomares prata e para
tomares vestes, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois, e servos, e servas? 2
Reis 5:26
E disse um dos seus
servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz
saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir. 2 Reis
6:12
E sucedeu que,
ouvindo Aías o ruído de seus pés, entrando ela pela porta, disse ele: Entra,
mulher de Jeroboão! Por que te disfarças assim? Pois eu sou enviado a ti com
duras novas. 1 Reis 14:6
JESUS, porém,
conhecendo os seus pensamentos, respondeu e disse-lhes: Que arrazoais em vosso
coração? Lucas 5:22
Ele, porém,
voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de
escândalo; porque não compreendes as coisas que são de DEUS, mas só as que são
dos homens. Mateus 16:23
Atos (5.1-16)
Existem pessoas
orgulhosas, de posses, que gostam de impressionar a igreja com métodos falsos.
Ananias e Safira pertenciam a esta categoria. Eles tinham bons nomes. Ananias,
o equivalente do Novo Testamento ao Hananias do Antigo Testamento, significa
“aquele a quem Jeová foi gracioso”. Mas Ananias não era muito gracioso para
DEUS. Ele guardou para si parte do que fingiu estar dando à igreja. Safira
significa “bonita”. Mas ao invés de ser uma pedra de “safira” brilhante, como
sugere o seu nome, ela representa a falta de sinceridade, que é muito feia.
Barnabé tinha
recebido um elogio especial pela sua generosidade para com a igreja. Ele
vendera um terreno na ilha de Chipre e colocara todo o dinheiro aos pés dos
apóstolos (4.36-37). Evidentemente, Ananias e Safira estavam ansiosos por
receber um reconhecimento similar. Assim, venderam uma propriedade — uma
herdade (3) que possuíam.
Mas, diferentemente
de Barnabé, eles retiveram parte do preço. O verbo pode ser traduzido como
“defraudar, desviar”. Lake e Cadbury escrevem: “A expressão ocorre com certa
frequências na prosa helenística... e sempre implica: (a) que o roubo é
secreto; (b) que parte de uma quantia maior é usurpada... Deve-se observar,
adicionalmente, que o verbo é mais comumente usado referindo-se à usurpação
daquilo que é entregue em confiança... do que ao roubo de um indivíduo, por
outrem”. Aqui é usado adequadamente neste contexto da mordomia cristã. A
palavra é usada em Josué 7.1 (Septuaginta), sobre Acã, que “tomou do anátema”.
E encontrada novamente no versículo 3, e no Novo Testamento somente em Tito
2.10, onde é traduzida como “defraudar”.
Guardar para si
mesmos o que eles estavam ostensivamente entregando à igreja foi um ato
premeditado de Ananias e Safira. O relato diz: sabendo-o também sua mulher —
literalmente, “a sua mulher também sabia, com” o seu marido. Por ser
deliberado, o pecado era ainda mais grave.
Pedro provavelmente
recebeu uma revelação especial dada pelo ESPÍRITO (Palavra de Conhecimento ou
da Ciência) — Pedro desafiou Ananias. Por que este membro da igreja tinha
permitido que Satanás entrasse no seu coração e fizesse com que ele mentisse ao
ESPÍRITO SANTO (mentido a DEUS)? No versículo 4, Pedro diz: Não mentiste aos
homens [ou seja, não somente aos homens] mas a DEUS. Estas duas frases juntas
indicam tanto a personalidade quanto a divindade do ESPÍRITO SANTO.
Enquanto a terra
fosse guardada, sem ser vendida, não ficava para ti? E, vendida, não estava em
teu poder [exousia, “autoridade”]?
Quando Ananias
ouviu esta revelação da sua tentativa de ludibriar, ele caiu e expirou
(morreu). Uma única palavra em grego descreve este fato, exepsyxen —
literalmente, “expirou”. A melhor tradução é “expirou”. No Novo Testamento, o
verbo aparece somente aqui, no versículo 10 (sobre Safira) e em 12.23 (sobre a
morte de Herodes Agripa I). Hobart diz: “A palavra ekpsychein é muito rara e
parece estar quase sempre confinada aos autores médicos, e mesmo assim é
raramente usada por eles”.
Os jovens — lit.,
“os homens mais jovens” (NEB), os que estavam capacitados para aquele trabalho,
em contraste com os homens mais velhos — cobriram o morto ou “envolveram-no com
panos, cobrindo o seu corpo” (cf. NEB). Este é o costume no Oriente Próximo hoje
— e, transportando-o para fora, o sepultaram. Era necessário que o morto fosse
enterrado no mesmo dia, e também fora dos muros da cidade (exceto no caso de
reis).
A Morte de
Safira (5.7-11). Passadas três horas da morte tão repentina de Ananias,
entrou... sua mulher no local. Ela não tinha sido informada do que acontecera
com o seu marido. Pedro dirigiu-se a ela — e disse — na Septuaginta e no Novo
Testamento este termo frequentemente significa algo como “perguntou-lhe” (RSV).
Talvez a melhor tradução seja a de Phillips: “Diga-me, você vendeu a sua terra
por tanto?” A resposta dela foi: Sim, por tanto. Obviamente, a quantia
mencionada nos dois casos foi a que Ananias tinha apresentado aos apóstolos.
Então Pedro expôs a conspiração da fraude e anunciou que aqueles que estavam
acabando de retornar, tendo enterrado o seu marido, também iriam levá-la. Ela
imediatamente “expirou” (morreu) e os jovens — uma expressão (um substantivo)
diferente daquela do versículo 6, mas referindo-se ao mesmo grupo de pessoas —
levaram-na para o seu sepultamento. O versículo 11 é uma ampliação da última
frase do versículo.
“E houve um grande
temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas”. As duas mortes
foram julgamentos divinos diretos, atos imediatos de DEUS. Ele predisse a morte
de Safira no que poderia ser descrito como um anúncio do julgamento divino. Mas
isto é tudo.
“Eles pensaram mais
na exibição que estavam fazendo aos pés dos apóstolos do que no pecado perante
os olhos de DEUS”.
Ralph
Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 238-240.
Desmascarado o
pecado. O ESPÍRITO SANTO, habitando no meio da Igreja, detecta todo o pecado.
Ananias escolheu um lugar muito perigoso e uma época desfavorável à pratica da
hipocrisia. O divino ESPÍRITO de pureza, sinceridade e verdade tinha sido
derramado em abundância. Portanto, era imediatamente reconhecido o ESPÍRITO da
falsidade e hipocrisia que, em tais circunstâncias, era ainda mais imperdoável.
Num ambiente de tanta espiritualidade, havia pessoas dispostas à hipocrisia. O
que aconteceria, então, em tempos mais difíceis se não condenassem este pecado?
Pedro, mediante o dom do discernimento de espíritos, viu o que havia em
Ananias. Ele não pertencia àquele ambiente espiritual. Pela inspiração divina,
Pedro disse: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses
ao ESPÍRITO SANTO, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não
ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este
desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS”.
Pearlman.
Myer. Atos: e a Igreja se Fez Missões. Editora CPAD. pag. 61.
III – DISCERNIMENTO
DOS espíritos
Saber de onde vem e
o que está operando numa pessoa. Tem a ver com a onipotência de DEUS (Aqui se
expulsa demônios e se vence forças e idéias malignas). Paulo enxergou um
demônio falando a verdade a seu respeito, mas com o intuito de ganhar crédito
para suas adivinhações.
Para julgar
profecias esse dom é imprescindível.
1Co 14.26 - "E
falem dois ou três profetas, e os outros julguem".
O julgamento de manifestações espirituais é uma ordenança bíblica. O apóstolo
João escreveu: "Amados, não creiais em todo ESPÍRITO, mas provai se os
espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no
mundo"(1Jo 4.1). O discernimento é uma necessidade para a igreja dos dias
atuais, pois há um verdadeiro bombardeio de modismos doutrinários, heresias e
misticismos antibíblicas. Em meio a essa confusão da espiritualidade pós-moderna,
a "profecia", ou melhor, a profetada é um dos meios em que muitas
heresias têm sido geradas.
Como saber se
determinada manifestação espiritual vem do ESPÍRITO de DEUS, do ESPÍRITO humano
ou de Satanás? Somente com o discernimento dado pelo ESPÍRITO SANTO.
A própria pregação
e/ou ensino deve ser ouvida e julgada para se discernir entre a pregação/ensino
que vem de DEUS ou a que vem do homem ou a que vem do Diabo. Porém esse
discernimento não é feito pelo intelecto humano, mas é uma revelação
sobrenatural.
1. O dom de discernir os espíritos.
Dom concedido pelo
ESPÍRITO SANTO, pela graça de DEUS, ao crente que vive em santificação e em
contínua batalha espiritual contra Satanás e seus demônios. Capacitação
sobrenatural tanto para descobrir, como para expulsar demônios e interromper
suas ações. Muitos chegam até a ver os demônios onde estão no corpo de outra
pessoa. Alguns sabem a intenção das pessoas e até sabem o que estão pensando ou
falando em segredo com outros. Alguns recebem revelação de trabalhos de
macumba e feitiçaria feitos para prejudicar pessoas. São muitas as
manifestações e modos de operar deste Dom do ESPÍRITO SANTO.
Exemplo:
JESUS:
"E JESUS,
vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados são os teus
pecados."(Mc 2:5).
E JESUS, conhecendo
logo em seu ESPÍRITO que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que
arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? Marcos 2:8
Exemplo em Atos dos
apóstolos:
Paulo e a pitonisa:
" E fazia isto
por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao ESPÍRITO: Eu te
ordeno em nome de JESUS CRISTO que saias dela. E na mesma hora saiu."(At
16:18).
Paulo, indignado,
amaldiçoa um opositor do evangelho inspirado por demônio.
Mas resistia-lhes
Elimas, o encantador (porque assim se interpreta o seu nome), procurando
apartar da fé o procônsul. Todavia, Saulo, que também se chama Paulo, cheio do
ESPÍRITO SANTO e fixando os olhos nele, disse:
Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a
justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor? Eis aí, pois,
agora, contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por algum
tempo. No mesmo instante, a escuridão e as trevas caíram sobre ele, e, andando
à roda, buscava a quem o guiasse pela mão. Então, o procônsul, vendo o que
havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor. Atos 13:8-12
Discernir - (Strong
Português) - διακρινω diakrino
1) separar, fazer distinção, discriminar, preferir
2) aprender por meio da habilidade de ver diferenças, tentar, decidir
2a) determinar, julgar, decidir um disputa
3) fugir de alguém, desertar
4) separar-se em um ESPÍRITO hostil, opor-se, lutar com disputa, contender
5) estar em divergência consigo mesmo, hesitar, duvidar
O “dom de discernir
os espíritos” (1 Co 12.10b).
Em determinadas
ocasiões, uma manifestação espiritual pode apresentar-se, no meio da
congregação, ou diante de um servo de DEUS, com aparência de genuína, e ser uma
mistificação diabólica, ou artimanha de origem humana. Pelo entendimento e pela
lógica humana, nem sempre é possível avaliar a origem das manifestações
espirituais. Mas, com o dom de discernir os espíritos o servo de DEUS ou a
igreja não será enganada.
Através desse
dom, em suas diversas manifestações, a igreja pode detectar a presença de
demônios, no meio da comunidade ou congregação, a fim de expulsá-los, no nome
de JESUS.
Na ilha de Pafos,
Paulo defrontou-se com uma ação diabólica declarada com o objetivo de impedir a
pregação do evangelho ali, e a conversão de uma autoridade pública. Mas o
apóstolo, cheio do ESPÍRITO SANTO, percebeu as artimanhas do Adversário, e, na
autoridade de DEUS, declarou que o opositor do evangelho ficaria cego por algum
tempo, o que de pronto aconteceu. Diante de tamanho sinal, “Então, o procônsul,
vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (At
13.12).
Myer Pearlman diz
que se pode saber a diferença entre uma manifestação espiritual legítima e uma
falsa manifestação, através desse dom. “Pelo dom de discernimento que dá
capacidade ao possuidor para determinar se um profeta está falando, ou não,
pelo ESPÍRITO de DEUS. Esse dom capacita o possuidor para ‘enxergar’ todas as
aparências exteriores e conhecer a verdadeira natureza duma inspiração.”
JESUS tinha esse
dom. Quando seus adversários queriam apanhá-lo em alguma palavra ou alguma
falta, Ele já sabia o que se passava no interior das pessoas. “Mas o mesmo
JESUS não confiava neles, porque a todos conhecia e não necessitava de que
alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem” (Jo
2.24, 25). O apóstolo Pedro teve a percepção de que Ananias estava mentindo,
quando sonegou parte da oferta que prometera a DEUS, por esse dom especial de
discernir os espíritos (At 5.3).
No ministério de
Paulo, temos o exemplo notável do uso desse dom (At 16.12-18). Ao lado de seu
companheiro, Silas, chegou à cidade de Filipos, na Macedônia, o Adversário não
ficaria satisfeito de forma alguma com o sucesso de sua missão e resolveu
atacar de uma forma muito sutil, usando uma jovem para tecer um dos mais
elevados elogios que um pregador poderia receber publicamente. Ela era bem
conhecida na cidade, pois era usada por comerciantes inescrupulosos que
obtinham grande lucro, usando-a em seu proveito, pois possuía “ESPÍRITO de
adivinhação”. Quando os dois apóstolos saíram para a oração, a jovem os seguiu,
dizendo em alta voz: “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são
servos do DEUS Altíssimo” (At 16.17). E fez essa declaração elogiosa, durante
vários dias (Paulo e Silas não notaram o engano). Pregadores são seres humanos,
sujeitos às falhas próprias de sua natureza. Elogios em geral sempre fazem bem
ao ego, à parte emocional, ainda mais, quando o elogio é verdadeiro, como era o
que a moça propagava acerca dos dois servos de DEUS.
Jamais alguém
poderia imaginar que aquele elogio não seria de origem legítima. Podemos
entender até, que, a princípio, os apóstolos devem ter ficado pensativos com
aquela declaração. De fato, eles eram servos do DEUS Altíssimo! O que haveria
de errado ou repreensível ouvir tal elogio? Não teria a jovem percebido que
eles eram cristãos autênticos? Acontece que Paulo e Silas eram homens de
oração, tinham comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Depois de alguns dias, ouvindo
aquela declaração o ESPÍRITO SANTO deu a Paulo o discernimento para saber sua
origem.
Não era nada da
parte de DEUS. A afirmação era verdadeira, mas a origem e a intenção eram
malignas. O Diabo queria iludir os apóstolos, com bajulação e lisonja, para que
o demônio continuasse livre para agir, após a saída dos servos do Senhor.
Assim, “Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao ESPÍRITO: Em nome de JESUS
CRISTO, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu” (At 16.18).
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 39-42.
DEUS nos concedeu o
ESPÍRITO. Nessa posse do ESPÍRITO sobre nós reconhecemos que DEUS permanece em
nós.
Na mais antiga
carta de Paulo que nos foi preservada há a solicitação de não “desprezar” as
“profecias”, os “vaticínios”, e sim “examiná-los” (1Ts 5.19-21; de forma
análoga também em 1Co 14.29).
João tem a
experiência de que existem “muitos” desses pseudoprofetas que “têm saído para o
mundo”. A expressão “têm saído” remete ao fato de que os falsos mestres
destacavam enfaticamente seu “envio” que os impelia para atuar mundo afora. O
aspecto sedutor desses homens era o fato de se apresentarem com essa
consciência de envio, demandando “fé” e obediência. Talvez utilizassem a
fórmula introdutória dos profetas do AT “Assim diz o Senhor”, ou rotulassem
seus discursos e ditos como inspirados pelo ESPÍRITO, e talvez até mesmo se
credenciassem “por meio de sinais e prodígios”. Como se torna difícil, então,
“examinar”! Será que nesse caso de fato podemos questionar e examinar? Não
cumpre simplesmente curvar-se e crer? Da maneira mais clara possível o apóstolo
João afirma que não, expressamente desafiando as igrejas a não crer em qualquer
ESPÍRITO, mas “examinar os espíritos se são vindos de DEUS”.
Werner de
Boor. Comentário Esperança I João. Editora Evangélica Esperança.
Observação minha -
Pr. Luiz Henrique - Veja que até para o crente mais sábio fica difícil
discernir se a origem de uma mensagem é de DEUS, do homem ou de Satanás - Paulo
foi enganado pela pitonisa de Filipos. É nessa hora que entra a manifestação do
dom de discernir espíritos, essa manifestação é sobrenatural - Não é o homem
que revela, é o ESPÍRITO SANTO que entra em ação revelando a origem da
mensagem.
2. As fontes das
manifestações espirituais.
Nas profecias
podemos distinguir biblicamente três fontes - DEUS, o homem e o Diabo. O dom de
discernir os espíritos pode nos revelar qual fonte está sendo usada.
E falem dois ou
três profetas, e os outros julguem. 1 Coríntios 14:29 - este julgamento pode
ser feito medindo-se o testemunho de vida daquele que profetizou (seus frutos),
pelo cumprimento ou não do que profetizou, pela orientação que deu para outrem
(o fez se aproximar de DEUS ou o afastar?), por concordar ou não sua profecia
com a Palavra de DEUS, por reconhecer JESUS como único Salvador e Senhor, por
reconhecer que JESUS veio em carne, morreu na cruz e ressuscitou
etc. Porém, tudo isto é
feito humanamente, intelectualmente, não tem a ver com o Dom de Discernimento de espíritos. Quando o
Dom de Discernir espíritos entra em ação, a revelação é instantânea, é
sobrenatural, é revelação do que os homens não podem perceber ou descobrir
sozinhos.
Essa é apenas uma
das funções do Dom de Discernir espíritos (demônios). Geralmente este Dom se
manifesta através de algum servo de DEUS para revelar pecados ocultos e planos
malignos. Muitas vezes para revelar doenças e enfermidades, bem como possessão
maligna.
Muitas vezes,
também é utilizado para revelar milagres e curas.
Certa vez quando eu expulsava demônios foi-me revelado que a pessoa estava
falando em línguas provindas de um demônio. Doutra vez me foi revelado
como expulsar um demônio muito violento que já havia batido em vários jovens.
Nos avivamentos dos quais participei, expulsão de demônios era rotineiro. Raros
os dias em que não tínhamos que expulsar vários demônios. A congregação da
Assembleia de DEUS da qual eu fazia parte foi instalada em meio a vários
terreiros de macumba e feitiçaria. Todos fecharam suas portas e seus membros se
converteram ao único poderoso Senhor e Salvador JESUS CRISTO. Glória a DEUS.
(Congregação Monte Hermom, Imperatriz, MA)
Esse dom também tem
a ver com o discernimento para se distinguir a fonte do falar em línguas
espirituais (ou estranhas).
- se aquele que
fala em línguas está falando na carne (fingindo ser batizado, ou aquele que
aprendeu a repetir palavras como se fossem em línguas espirituais),
- se aquele que
fala em línguas está falando de DEUS (foi realmente batizado)
- ou se fala
imitações de Satanás, através de demônios que imitam o falar em línguas
verdadeiro.
espíritos Maus
a. Anjos decaídos.
Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado, e, como o homem, dotados de
livre escolha. Sob a direção de Satanás, muitos pecaram e foram lançados
fora do céu. (João 8:44; 2 Ped. 2:4; Jud. 6.) O pecado, no qual eles e seu
chefe caíram, foi o orgulho. Segundo as Escrituras, os anjos maus passam parte
do tempo no inferno (2 Ped. 2:4) e parte no mundo, especialmente nos ares
que nos rodeiam. (João 12:31; 14:30; 2 Cor. 4:4; Apoc. 12:4, 7-9.)
Enganando os homens por meio do pecado, exercem grande poder sobre eles (2
Cor. 4:3, 4; Efés. 2:2; 6:11,12); este poder, não obstante, está aniquilado
para aqueles que são fiéis a CRISTO, pela redenção que ele consumou.
(Apoc. 5:9; 7:13,14.) Os anjos não são contemplados no plano da redenção
(1 Ped. 1:12), mas o inferno foi preparado para o eterno castigo dos anjos
maus (Mat. 25:41).
b. Demônios.
As Escrituras dão claro testemunho da sua existência real e de
sua operação. (Mat. 12:26, 27.) Nos Evangelhos aparecem como os espíritos
maus desprovidos de corpos, que entram nas pessoas, das quais se diz que
têm demônio. Em alguns casos, mais de um demônio faz sua morada na mesma vítima que fica endemoninhada. (Mar.
16:9. Luc. 8:2.) Os efeitos desta possessão se evidenciam por loucura,
epilepsia e outras enfermidades, associadas principalmente com o sistema
mental e nervoso, até mesmo mudez, cegueira, surdez, etc.... (Mat. 9:33;
12:22; Mat. 5:4, 5.) O indivíduo sob a influência total de um demônio não
é senhor de si mesmo; o ESPÍRITO mau fala por seus lábios ou o emudece à
sua vontade; leva-o onde quer e geralmente o usa como instrumento,
revestindo-o às vezes de uma força sobrenatural. Assim escreve o Dr.
Nevius, missionário na China, que fez um estudo profundo sobre os casos de
possessão de demônios: Notamos, em pessoas possuídas de demônios na China,
casos semelhantes aos expostos nas Escrituras, manifestando-se algumas
vezes uma espécie de dupla consciência ou ações e impulsos diretamente
opostos e contrários. Uma senhora em Fuchow, apesar de estar sob a
influência de um demônio, cujo impulso era fugir da presença de
CRISTO, sentiu-se movida por uma influência oposta, a deixar seu lar
e vir a Fuchow buscar ajuda de JESUS. O mesmo autor chega à seguinte
conclusão, baseado num estudo da possessão de demônios entre os chineses:
A característica mais surpreendente desses casos é que o processo de
evidências de outra personalidade, e a personalidade normal nessa hora
está parcial ou totalmente dormente. A nova personalidade apresenta feições de
caráter diferentes por inteiro, daquelas que realmente pertencem à vítima em seu estado normal, e esta
troca de caráter tende, com raras exceções, para a perversidade moral e
impureza. Muitas pessoas, quando possuídas de demônios, dão evidências de
um conhecimento do qual não podem dar conta em seu estado normal. Muitas
vezes parece que conhecem o Senhor JESUS CRISTO como uma pessoa divina, e
mostram aversão e temor a ele. Notemos especialmente estas boas novas: Muitos
casos de possessão de demônios têm sido curados por meio de adoração a
CRISTO, ou em seu nome; alguns mui prontamente, outros com dificuldades.
Até onde temos podido descobrir, este método de cura não tem falhado em
nenhum caso ao qual tenha sido aplicado; não importa ter sido o caso difícil ou
crônico. E, em caso algum, até onde se pôde observar, o mal não voltou,
uma vez que a pessoa se tornou crente e continuou a viver uma vida
cristã... Como resultado da comparação feita, vemos que a correspondência
entre os casos encontrados na China e aqueles registrados nas Escrituras é
completa e circunstancial, cobrindo quase todos os pontos apresentados na
narração bíblica. Qual o motivo que influi nos demônios a fim de apoderarem-se
do corpo dos homens? O Dr. Nevius responde: A Bíblia ensina claramente que
todas as relações de Satanás com a raça humana têm por objetivo enganar e
arruinar, afastando a nossa mente de DEUS e induzindo-nos a infringir suas
leis, e trazer sobre nós o seu desagrado. Esses objetivos são conseguidos
por meio da possessão de demônios. Produzem-se efeitos sobre-humanos que
ao ignorante e desconhecedor parecem divinos. Ele exige e consegue a
adoração e a obediência implícitas pela imposição de sofrimentos físicos
e por falsas promessas e temíveis ameaças. Desse modo, os ritos e as
superstições idólatras, entrelaçadas com os costumes sociais e políticos,
têm usurpado em quase todas as nações da história o lugar da adoração única a
DEUS. (Vide 1 Cor. 10:20,21; Apoc. 9:20; Deut. 32:16; Isa. 65:3.) Quanto aos
próprios demônios, parece que eles têm motivos pessoais e próprios. A
possessão dos corpos humanos parece proporcionar-lhes um lugar muito
desejado de descanso e prazer físico. Nosso Salvador fala dos espíritos
maus andando por lugares áridos buscando especialmente descanso nos corpos
das vítimas. Quando privados de um lugar de descanso nos corpos humanos, são
representados como buscando-o no corpo dos animais inferiores. (Mat. 12: 3-5.)
Martinho Lutero disse: "O diabo é o contrafator de DEUS." Em
outras palavras, o inimigo sempre está contrafazendo as obras de DEUS.
E certamente a possessão de demônios é uma grotesca e
diabólica contratação da mais sublime das experiências — a habitação
do ESPÍRITO SANTO no homem. Note alguns paralelos:
1) A possessão de demônios significa a introdução de uma nova
personalidade no ser da vítima, tomando-a, em certo sentido, uma nova criatura.
Note como o gadareno endemoninhado (Mat. 8:29) falava e se
portava como que controlado por outra personalidade. Aquele que
é controlado por DEUS tem uma personalidade divina habitando nele. (João
14:23.)
2) As elocuções inspiradas pelo demônio são imitações satânicas daquelas
inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO.
3) Já se observaram casos em que a pessoa que se rende conscientemente ao
poder do demônio, muitas vezes recebe um dom estranho, de forma que pode
ler a sorte, ser médium, etc. O Dr. Nevius escreve: "Nesse estado, o
endemoninhado desenvolve certas habilidades psíquicas e se dispõe a ser
usado. Ele é o escravo voluntário, treinado e acostumado com o
demônio." é uma imitação satânica dos dons do ESPÍRITO SANTO!
4) Frequentemente os endemoninhados manifestam uma força
extraordinária e sobre-humana — uma imitação satânica do poder do ESPÍRITO
SANTO. O Senhor JESUS veio ao mundo para resgatar o povo do poder dos espíritos
maus e pô-lo sob o controle do ESPÍRITO de DEUS.
Quem pratica o
pecado é do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto o
Filho de DEUS se manifestou: para desfazer as obras do diabo. 1 João 3:8
3. Discernindo as
manifestações espirituais.
Mediante este dom o ESPÍRITO SANTO capacita o crente de discernir a presença de
espíritos malignos em pessoas ou próximo de pessoas ou ver os espíritos
enquanto operam malvadamente. Existem
espíritos de vários generos, isto é, ocupados a fazer várias formas de mal.
Existem espíritos que provocam mudez e surdez como aquele que foi expulso
por JESUS, daquele menino epiléptico. De fato JESUS lhe disse
: "ESPÍRITO mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais
nele" (Mar. 9:25). De modo que nestes casos para que a cura se faça é
necessário discernir o ESPÍRITO ou os espíritos que provocam as doenças para
depois expulsá-lo(s) em nome de JESUS CRISTO. Existem espíritos enganadores que
estão ocupados a enganar; Paulo diz de fato que em dias vindouros "Alguns
apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores…." (1 Tim. 4:1).
Destes espíritos existem já muitos no seio do povo de DEUS; mediante eles toda
a sorte de falsa doutrina é ensinada a certos crentes. Existem espíritos que
fazem sinais e prodígios (vide espíritas); João viu alguns deles em visão: "E da boca
do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi sair três
espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que
operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os
congregar para a batalha do grande dia do DEUS Todo-Poderoso" (Ap.
16:13-14).
(Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman)
Não é sabendo a
bíblia que descobrimos uma manifestação demoníaca oculta, mas pela revelação
sobrenatural do ESPÍRITO SANTO.
Temos aqui uma
advertência contra os falsos profetas.
Devemos prestar
atenção para não sermos enganados ou nos deixar impressionar por eles. Profetas
são aqueles que preveem as coisas que vão acontecer. Existem alguns,
mencionados no Antigo Testamento, que tinham a pretensão de fazer previsões,
sem dar nenhuma garantia, e os acontecimentos desmentiram as suas pretensões;
dentre eles, estão Zedequias (1 Rs 22.11) e um outro Zedequias (Jr 29.21). Os
profetas também ensinavam ao povo o seu dever, de modo que os falsos profetas
mencionados aqui também eram falsos mestres.
Os falsos mestres e
os falsos profetas:
1. São todos
aqueles que afirmam ter certas incumbências, não as tendo.
2. São todos
aqueles que pregam uma falsa doutrina sobre tudo aquilo que é essencial à
religião.
Precisamos ter
muito cuidado porque suas pretensões são muito justas e plausíveis e, assim
sendo, irão nos enganar se não estivermos em guarda. Precisamos do Dom de
discernir os espíritos.
Também precisamos
ter muito cuidado porque sob essas pretensões seus desígnios são
mal-intencionados e enganadores e, no seu interior, eles não passam de lobos
devoradores.
Eles são glutões e
servem ao próprio ventre (Rm 16.18), eles lucram conosco e fazem de nós a sua
presa. Como isso é muito fácil, e também muito perigoso, tenha cuidado com os
falsos profetas.
Eis aqui uma boa
regra para ser obedecida em nossos cuidados; devemos examinar todas as coisas
(1 Ts 5.21), e provar todos os espíritos (1 Jo 4.1). Precisamos do Dom de
discernir os espíritos.
Um mau tesouro irá
produzir coisas más. (2) Por outro lado, se você conhecer como o fruto é,
poderá conhecer como é a árvore que o produziu.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 85-87.
Advertência contra
os falsos profetas, V.15: Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos
apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.
Precisamos do Dom de discernir os espíritos.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição
completa. Editora CPAD. pag. 926.
Um esclarecimento
necessário (4.2,3).
Nisto reconhecereis
o ESPÍRITO de DEUS: todo ESPÍRITO que confessar que JESUS CRISTO veio em carne
é de DEUS; e todo ESPÍRITO que não confessa a JESUS não procede de DEUS; pelo
contrário, este é o ESPÍRITO do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que
vem e, presentemente, já está no mundo.
Simon Kistemaker
diz que, no grego, João usa o tempo perfeito para a palavra veio a fim de
indicar que JESUS veio em natureza humana e, ainda agora, no céu, ele possui
uma natureza humana, ou seja, além de sua natureza divina, ele também tem uma
natureza humana.
Os falsos mestres
gnósticos negavam tanto a divindade quanto a humanidade de CRISTO. Eles negavam
tanto a sua encarnação como a sua ressurreição. Eles negavam tanto o seu
nascimento virginal quanto a sua morte expiatória.
O ministério
particular do ESPÍRITO é testemunhar de JESUS (Jo 15.26; 16.13-15). O
ministério do ESPÍRITO é o ministério do holofote. Ele aponta sua luz para
JESUS.
CONCLUSÃO
Palavra da sabedoria é uma pequena parte da sabedoria de deus sobre
o futuro que nos é revelada.
Palavra da ciência é uma pequena parte da onipresença de deus sobre
o passado ou presente que nos é revelada.
Discernimento dos espíritos é a revelação da fonte verdadeira por
detrás de uma mensagem ou de uma manifestação. Tem a ver com expulsão de
demônios.
Busquemos os dons
do ESPÍRITO SANTO que nos ajudarão na condução da obra maravilhosa e poderosa de DEUS. todos os
Dons do ESPÍRITO SANTO estão a nossa disposição. Tomemos posse.
Lição 3 - Dons de
Revelação
LIÇÕES BÍBLICAS -
2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons
Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
TEXTO ÁUREO
"Que fareis,
pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação (I Co
14,26).
VERDADE PRÁTICA
Os dons de revelação
divina são indispensáveis à igreja da atualidade, pois vivemos em um tempo
marcado pelo engano.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - 1 Coríntios 12.8,10; Atos 6.8-10; Daniel 2.19-22
1 Coríntios 12 - 8
- Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo
mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; 10 - e a outro, a operação de maravilhas;
e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a
variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
Atos 6 - 8 - E
Estêvão, cheio de fé e de poder; fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9 - E levantaram-se
alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos
alexandrinos, e dos que eram da Cilicia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. 10
- E não podiam resistir à sabedoria e ao ESPÍRITO com que falava.
Daniel 2 - 19 -
Então foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o
DEUS do céu. 20 - Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de DEUS para todo o
sempre, porque dele é a sabedoria e a força; 21 - ele muda os tempos e as
horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e
ciência aos inteligentes. 22 - Ele revela o profundo e o escondido e conhece o
que está em trevas; e com ele mora a luz.
PONTO CENTRAL - Os
dons de revelação servem para a orientação da Igreja de CRISTO.
Lição 4, Dons de Poder
Revista Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 2° Trimestre 2021
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos Homens com Poder
Extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel
Esposa - 19-98448-2187
Lição 4, Dons de Poder
http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_YW4fdAS0xpy24irWCaCVq
Mesma Lição estudada em 2014 - Vídeos
https://www.youtube.com/watch?v=iQcPzDKPjfY
https://www.youtube.com/watch?v=99exXl9X_1U
https://www.youtube.com/watch?v=-JYDM0XDi1E
https://www.youtube.com/watch?v=zgbaoHrZeIw
https://www.youtube.com/watch?v=BQ50gUxYTKM
Escrita Atual
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/04/escrita-licao-4-dons-de-poder-2tr21-pr.html
Slides Atuais
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/04/slides-licao-4-dons-de-poder-2tr21-pr.html
Vídeo Atual 2021
https://www.youtube.com/watch?v=jCIC37H4x30
TEXTO ÁUREO
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de
sabedoria humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder, para que a vossa
fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de DEUS.”
(1 Co 2.4,5)
VERDADE PRÁTICA
Os dons de poder são capacitações especiais em situações que demandam a ação
sobrenatural do ESPÍRITO SANTO na vida do crente
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12.4,9-11
4 - Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. 9 - e a outro, pelo
mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; 10 - e
a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de
discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a
interpretação das línguas. 11 - Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas
coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
Resumo da Lição 4 - Dons de poder
I - O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
1. O que significa fé?
2. A fé como dom.
3. Exemplo Bíblico do dom da fé.
II - DONS DE CURAR (1 Co 12-9)
1. O que são os dons de curar?
2. A redenção e as curas.
3. A necessidade desses dons.
III - O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)
1. O dom de operação de maravilhas.
2. Exemplos bíblicos.
3. Distorções no uso dos dons de curar e de operação de
maravilhas.
Comentários rápidos do Pr. Henrique
Observações
Dom da fé é ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO para ressucitar
mortos.
Nada a ver com fé humana ou religiosa ou para salvação ou para fazer a obra de
DEUS ou para acreditar em DEUS.
Milagres ou maravilhas são ações do ESPÍRITO SANTO na natureza.
Para sol, andar sobre água, parar tempestade, multiplicar pães e Peixes,
aleijado de nascença andar, cego de nascença ver, transformar água em vinho,
etc... Isso são milagres ou maravilhas.
Quando é cura a pessoa ficou cega por causa de uma doença e foi
curada e voltou a ver.
Quando é milagre a pessoa nasceu cega e passou a ver.
Todas as ressurreições de mortos.
Homens usados: Elias, Eliseu, JESUS, Pedro, Paulo e os de nossos dias,
principalmente na África.
O que confunde é que tudo isso chamamos milagres. Aí complica o
entendimento.
Chamamos milagres até às expulsões de demônios que são manifestações do Dom de
discernimento de espíritos.
Comissionados por JESUS os discípulos foram usados para expulsarem
demônios e curar. (Isso não é ter Dons do ESPÍRITO SANTO).
Chamou a si os doze, e começou a enviá-los de dois a dois, e
deu-lhes poder sobre os espíritos imundos,
e ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão um bordão; nem alforje,
nem pão, nem dinheiro no cinto; mas que calçassem sandálias e que não vestissem
duas túnicas. E dizia-lhes: Na casa em que entrardes, ficai nela até partirdes
dali. E, quando alguns vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi
o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade
vos digo que haverá mais tolerância no Dia do Juízo para Sodoma e Gomorra do
que para os daquela cidade. E, saindo eles, pregavam ao povo que se
arrependesse. E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo,
e os curavam. Marcos 6:7-13
Eles não tinham dons do ESPÍRITO SANTO, mas a autoridade do próprio
JESUS. Nós chamamos isso de impartição. JESUS os enviou e os comissionou
temporariamente.
IMPARTIR - À semelhança do que acontece com o verbo espanhol e francês, este
verbo inglês é traduzido para português como «comunicar, transmitir; conferir,
dotar de» (Dicionário da Porto Editora). Os apóstolos não passaram a fazer
milagres a partir daí.
Fizeram uma incursão por aldeias deles.
Só depois do Pentecostes é que a bíblia menciona Pedro, Estêvão, Filipe e Paulo
sendo usados em Dons do ESPÍRITO SANTO.
Os discípulos antes do Pentecostes foram instrumentos de JESUS para
expulsarem demônios e curarem enfermos e doentes, assim como no Antigo
Testamento Elias e Eliseu foram usados, porém não eram batizados no ESPÍRITO
SANTO e nem tinham dons do ESPÍRITO SANTO, pois o ESPÍRITO SANTO não havia sido
dado ainda. Eram usados esporadicamente. O ESPÍRITO SANTO vinha e ia embora.
E isso disse ele do ESPÍRITO, que haviam de receber os que nele
cressem; porque o ESPÍRITO SANTO ainda não fora dado, por ainda JESUS não ter
sido glorificado. João 7:39
Veja também que qualquer crente pode ser usado para expulsar
demônio e curar sem ter dons do ESPÍRITO SANTO. Mc 16.15-20, porém no Novo
Testamento, só após o batismo no ESPÍRITO SANTO.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado.
E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios;
falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os
curarão. Marcos 16:16-18
Primeiro - crer.
Segundo - ser batizado.
Terceiro - expulsarão demônios.
Quarto - falarão Novas Línguas (sinal de que foi batizado no
ESPÍRITO SANTO).
Quinto - pegarão nas serpentes e, se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará dano algum.
Sexto - imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão
SINAIS, PRODÍGIOS E MARAVILHAS O QUE SÃO?
Mc 16. Estes sinais seguirão os que crerem. Falar em línguas, expulsar
demônios, beber veneno e não causar mal, pegar em serpentes e não ser
envenenado, impor mãos e curar.
Quando esses sinais são multiplicados se tornam em DONS.
Falar em línguas se torna Dom de variedade de línguas.
Expulsar demônios se torna Dom de discernimento de espíritos.
Pegar em serpentes se torna em Dom de milagres.
Impor as mãos e curar se torna em Dons de Curar.
Veja que o Dom é a multiplicação do sinal.
Prodígios
são mensagens reveladoras como no dom palavra de sabedoria (revelação do
futuro), dom palavra de Conhecimento (revelação de algo oculto no passado ou
presente), profecia (revelação de algo que DEUS responde a oração de alguém
visando edificação, ou consolação, ou exortação.
obs A profecia pode ser dada diretamente na língua do ouvinte ou em línguas com
interpretação.
Milagres ou maravilhas são manifestações sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO onde
um poder tremendo é liberado para mudar a natureza. Quebrar uma lei natural.
Cego de nascença ver, surdo de nascença ouvir, aleijado de nascença andar, sol
parar, andar sobre as águas, acalmar tempestade, fazer alguém como Elimas ficar
cego, etc ..
Lição comentada em 2014 com algumas modificações que fizemos agora
em 2021
Lição 4 - Dons de poder
LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e
adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_YW4fdAS0xpy24irWCaCVq
TEXTO ÁUREO
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras
persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder,
para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de
DEUS” (1 Co 2.4,5).
Sabedoria (Strong Português) σοφια sophia
1) sabedoria, inteligência ampla e completa; usado do conhecimento sobre
diversos assuntos
1a) a sabedoria que pertence aos homens
1a1) espec. conhecimento variado de coisas humanas e divinas, adquirido pela
sutileza e experiência, e sumarizado em máximas e provérbios
1a2) a ciência e o conhecimento.
Poder (Strong Português) δυναμις dunamis
poder para realizar milagres
VERDADE PRÁTICA
Os dons de poder são capacitações especiais em situações que
demandam a ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO na vida do crente.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12. 4,9-11
4 - Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. 9 - e a
outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de
curar; 10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a
outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a
outro, a interpretação das línguas. 11 - Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera
todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
Resumo da Lição 4 - Dons de poder
I - O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
1. O que significa fé?
2. A fé como dom.
3. Exemplo Bíblico do dom da fé.
II - DONS DE CURAR (1 Co 12-9)
1. O que são os dons de curar?
2. A redenção e as curas.
3. A necessidade desses dons.
III - O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)
1. O dom de operação de maravilhas.
2. Exemplos bíblicos.
3. Distorções no uso dos dons de curar e de operação de
maravilhas.
INTRODUÇÃO
O ministério terreno de JESUS foi marcado por inúmeros milagres,
ressurreição de mortos e curas. Os discípulos e apóstolos de JESUS imitaram
JESUS e também foram tremendamente usados pelo ESPÍRITO SANTO em todos os dons.
Na divisão didática dos Dons do ESPÍRITO SANTO agora vamos estudar os Dons de
Poder. São eles: Dom da Fé, Dons de Curar e Dom de Milagres (ou maravilhas).
Os Dons são capacitações para todo crente que deseja evangelizar e edificar aa
Igreja. São atuais e operantes na vida dos cristãos também nos dias de hoje.
Por que não vemos as manifestações dos dons de poder, como os outros Dons, em
nosso ambiente com mais frequência?
Supomos que a atração pelas coisas deste mundo, a falta de amor pelos
semelhantes, a falta de oração, jejum e santificação e o pecado sejam as
principais razões.
Dom da Fé - Fé sobrenatural para ressuscitar mortos.
Dons de Curar - Doenças e Enfermidades.
Dom de Milagres ou de maravilhas - Interferência na natureza.
Busquemos sermos usados pelo ESPÍRITO SANTO nesses últimos dias da Igreja na
Terra. No céu os Dons cessarão, pois não serão mais necessários como hoje.
Infelizmente vemos cada dia mais crescer a intelectualidade em
detrimento da espiritualidade. A pregação do falso evangelho cresce dentro de
nossas igrejas, evangelho sem DEUS, sem poder de DEUS.
É preciso ser batizado no ESPÍRITO SANTO para receber Dons?
Gostaria de colocar algumas considerações a mais para contribuir:
P r i m e i r o - Aconteceram manifestações dos dons no AT, o que
não é o nosso caso para estudo, pois, no AT não existia batismo no ESPÍRITO
SANTO, portanto, devemos olhar principalmente para Atos dos Apóstolos para
termos alguma base sobre esse tão importante assunto.
S e g u n d o - Encontramos no Novo Testamento alguém que possuía
dons sem ser batizado no ESPÍRITO SANTO?
Creio que não, porque a pregação do evangelho vinha logo após uma
manifestação de um milagre ou cura ou manifestação de dons por parte daqueles
que pregavam o evangelho. Logo após as conversões já se ministrava batismo nas
águas e batismo no ESPÍRITO SANTO (vemos a urgência disso em Samaria
quando aceitaram alguns e foi enviado para lá Pedro e João para orarem por
batismos no ESPÍRITO SANTO; vemos Paulo orando por alguns que haviam se
convertido perguntando se tinham recebido o batismo no ESPÍRITO SANTO e logo a
seguir orou para que recebessem).
T e r c e i r o - Era condição necessária para se assumir qualquer
cargo na igreja o ser cheio do ESPÍRITO SANTO (Atos 6.3), o que comprovava o
batismo no ESPÍRITO SANTO era o falar em línguas (Sempre quando se menciona
"cheios”, logo a seguir diz "e começaram a falar em outras línguas e
a glorificar a DEUS).
Q u a r t o - Para ser batizado no ESPÍRITO SANTO sabemos que até
nossa língua (membro mais difícil de ser controlado) fica entregue totalmente à
direção do ESPÍRITO SANTO. Como para sermos usados em dons temos que estar
entregues totalmente ao ESPÍRITO SANTO, creio que aquele que já foi
batizado é que está nessa posição, sabendo já como se entregar ao ESPÍRITO
SANTO para ser usado.
C o n c l u s ã o - Como não temos no Novo Testamento nenhum lugar
dizendo que alguém tinha algum dom sem ser batizado e como para se assumir
qualquer cargo na Igreja era necessário ser batizado no ESPÍRITO SANTO (Atos
6.3), creio que podemos acreditar que os dons são recebidos a partir do
momento que se é batizado ou mesmo junto com o batismo, como foi o caso dos
apóstolos no dia de pentecostes recebendo o dom de Variedade de Línguas junto
com o batismo no ESPÍRITO SANTO (Atos 2.8). Pr. Luiz Henrique (Americana - SP).
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.38 (com alguns acréscimos
e correções do Pr Henrique).
Nesta lição, estudaremos os dons de poder. Neste grupo está
relacionado o Dom da Fé, os Dons de Curar e o Dom de Operação de milagres ou
maravilhas.
O dom da fé - O que é a fé? Há na Bíblia pelo menos três tipos de
fé: a comum, a salvífica e o dom da fé.
A melhor definição de fé pode ser encontrada em Hebreus 11.1. Todo
cristão possui esse tipo de fé. Já a fé que leva o homem à salvação é resultado
da pregação da Palavra e do convencimento do ESPÍRITO SANTO (Ef 1.13). É bom
ressaltar que a fé é sempre o resultado da graça divina. Sem a ação divina, não
conseguimos crer. A Igreja precisa viver pela fé, como JESUS afirmou em Marcos
9.23. Sem fé não podemos agradar a DEUS, todavia, nada disso é o Dom da Fé,
pois o dom da fé é algo específico. Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal o dom
da fé "é uma medida incomum de confiança no poder de DEUS". Mediante
este dom, os cristãos do primeiro século fizeram muitas maravilhas, levando a
igreja a experimentar um crescimento vertiginoso (Ressurreição de mortos é o
maior exemplo de Dom da Fé em ação). Pedro possuía este dom e fez uso dele ao
orar por Dorcas (At 9.40). Dorcas impactou sua comunidade com seus talentos e
Pedro com o dom da Fé. A ressurreição realizada na vida de Dorcas foi notório
em Jope (At 9.42).
Os dons de curar - Temos um DEUS que se apresentou ao Seu povo, no
Antigo Testamento, como Jeová Rafa, o DEUS que sara (Êx 15.27). Isaías nos diz
que JESUS levou sobre Ele nossas enfermidades e doenças (Is 53.4). No Novo
Testamento, podemos ver que JESUS curou muitos doentes e enfermos, glorificando
o nome do Pai. Na Igreja do primeiro século, o evangelho era confirmado
mediante a operação de curas (At 4.24-31) (observação minha - Pr. Henrique -
esta era uma das maneiras de se confirmar o legítimo evangelho e o homem de
DEUS). Este dom não cessou. DEUS continua curando os enfermos mediante os dons
de curar. Em 1 Coríntios 12.9b a palavra cura é utilizada no plural, isto
indica que há cura para os vários tipos de doenças (causam dores) e
enfermidades (doenças que não causam dor, ex. depressão, ansiedade, etc...).
Por que, mesmo havendo os dons de curar à disposição da igreja, nem todos são
curados? DEUS é soberano e não sabemos por que uns recebem a cura e outros não
e pouquíssimos crentes buscam os dons do ESPÍRITO SANTO. Mas para DEUS não há
impossíveis, DEUS quer todos sejam curados porque nos ama (Tg 1.17). Paulo não
pôde curar as frequentes enfermidades de seu filho na fé, Timóteo (1 Tm 5.23),
também Paulo deixou Trófimo doente em Mileto (2 Tm 4.20);isso nos mostra a
limitação de cada um em curar algumas doenças e enfermidades, mas não todas.
Certamente, na Igreja Primitiva, também havia pessoas doentes e enfermas.
Todavia, DEUS concedeu à Sua Igreja os dons de curar, mas nenhum crente pode
curar todas a doenças e todas a enfermidades sozinho, porém, se muitos crentes
receberem Dons de curar teremos todos curados..
Operação de maravilhas - Este dom está relacionado ao dom da fé e
cura. E como os dons de curar, a palavra dons aqui aparece novamente no plural.
Segundo o Comentário Bíblico Pentecostal "este dom parece ter sido uma das
credenciais dos apóstolos, mas não era restrito a eles" (Rm 15.19). Os
sinais e prodígios faziam parte da Igreja Primitiva. Os crentes buscavam com
poder os sinais milagrosos a fim de que muitos recebessem CRISTO como Salvador.
Podemos ver, em especial no livro de Atos, a manifestação deste dom. O milagre
é uma ação sobrenatural
O desejo de DEUS é que todos sejam abençoados com toda sorte de bênçãos.
Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai
das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação. Tiago 1:17
Observação minha - Pr. Henrique - Devemos nos lembrar também de que
existem doenças e existem enfermidades. Basicamente a diferença está na dor:
enquanto os doentes sentem dor (exemplo: artrite, hérnea de disco, enxaqueca,
etc...), os enfermos possuem enfermidades que não lhes causa dor (exemplo:
cegueira, surdez, mudez, depressão, ansiedade, síndrome do pânico, etc...).
Pelo fato de Paulo não curar nem Timóteo (1 Tm 5.23) e
nem Trófimo (2 Tm 4.20), podemos deduzir que Paulo possuía dons para curar
certos tipos de doenças e enfermidades e outras não.
Paulo maior intérprete do evangelho de JESUS CRISTO, doutrinando
através de sua Carta aos Romanos, declarou: “Porque não me envergonho do
evangelho de CRISTO, pois é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que
crê primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). Na época em que se tornou
discípulo de JESUS, após sua dramática conversão, no caminho de Damasco, já
havia muitos “evangelhos” estranhos, apócrifos, que pregavam “outro JESUS” (2
Co 11.4) - o mesmo que acontece hoje em dia. Mas o evangelho genuíno tinha que
ser um evangelho que demonstrasse ao mundo que era a mensagem de DEUS aos
homens, através de sinais, prodígios e maravilhas, que o diferençava dos
“outros evangelhos” que apareceram e eram pregados pelos falsos mestres e
falsos pregadores.
JESUS, em seu ministério terreno, demonstrou que não viera trazer
mais uma corrente filosófica para o mundo. As nações já conheciam as filosofias
gregas, de Platão, Aristóteles, Heródoto, e outros. O Budismo, o Hinduísmo, o
Xintoísmo e outras religiões dominavam o Oriente. O Judaísmo era a religião
consagrada na Palestina. Mas não se viam sinais de poder impactante e
transformador na vida dos seus adeptos nem daqueles a quem pregavam seus
ensinos. Mas JESUS começou, transformando “água em vinho” (Jo 2.10). Curou
cegos, paralíticos, ressicados, lunáticos, e fez o que nenhum líder de religião
fizera ou haveria de fazer: ressuscitou mortos, inclusive Lázaro, cujo corpo já
entrara em estado de decomposição avançada (Jo 11.43). O cristianismo
apresentou-se como um movimento do ESPÍRITO SANTO para a salvação de almas e
libertação dos males resultantes do pecado.
Além de demonstrar o poder sobre as forças das enfermidades, JESUS
demonstrou que tinha poder sobre as forças da natureza. Acalmou a tempestade,
repreendendo o vento e o mar (Mt 8.23-27); andou por cima das águas e fez
passar a tormenta (Mt 14.22-34). E, para provar que tinha suprema autoridade
sobre todos os poderes, expulsou demônios, libertando os oprimidos do Diabo (Mt
8.28-34 e referências). A História da Igreja é uma história de pregação e de
poder de DEUS. Neste capítulo, meditaremos sobre os dons de poder, tão
necessários à igreja, nestes tempos trabalhosos a que se referiu Paulo (1 Tm
3.1) que são como nossos dias onde uma pandemia mata milhões e como
resultado milhões estão com depressão, ansiedade, stress e outras
enfermidades, além das doenças que são em número de milhares.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais e
Ministeriais, Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 43-44.
Dons de poder
Os dons de poder formam o segundo grupo dos dons do ESPÍRITO SANTO,
e existem em função do sucesso e do cumprimento da grande comissão dada por
JESUS CRISTO. Como o Evangelho é o poder de DEUS, é natural que tenha a sua
pregação confirmada com sinais e maravilhas sobrenaturais, que ratificam esse
Evangelho e lhe dão patente divina. São eles: Dom da Fé, Dons de Curar e Dom de
maravilhas ou milagres.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora
CPAD.
Poder (Strong Português) δυναμις dunamis
poder para realizar milagres
A língua hebraica, como a portuguesa, dispõe de muitas palavras que
transmitem o conceito de poder. As duas palavras mais comuns aparecem em uma
passagem muito conhecida: “Não por força, nem por violência, mas pelo meu
ESPÍRITO, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6).
A palavra hebraica hayil, que é utilizada para “poderoso”, pode significar
força física ou valor, como no caso dos guerreiros (Js 1.14; 8.3; 10.7),
portanto o poderio militar (1 Cr 20.1), as próprias forças armadas ou exército
(Êx 14.4,28; 1 Rs 29.19,25; Jr 32.2), habilidade ou eficiência, envolvendo
muitas vezes o valor moral (Êx 18.21,25; Gn 47.6; Pv 12.4; 31.10; Rt 3.11), e
riqueza ou influência econômica (Gn 34.29; Dt 8.17,18; Pv 28.8; Rt 2.1).
Koah é a palavra hebraica para “poder” que também pode significar força física
(por exemplo, Sansão, Juízes 16.5; Saul, 1 Sm 28.20) força para chorar, 1
Sm 30.4; uma referência a carregadores de peso, Ne 4.10; assim como habilidade
(Gn 31.6; Ed 2.69; Dt 8.17,18), e poder mental (“força da compreensão”, Jó
36.5). A palavra hebraica g‘bura significa força ou poder (poder dominador)
como de um cavalo de guerra (Jó 39.19), do sol (Jz 5.31) ou de um rei (2 Rs
14.28). O braço (zeroaj e a mão (yadj são usados como metáforas do poder, e
foram assim traduzidos (Ez 22.6 e Jó 1.12, respectivamente; cf. Ez 20.33,34). A
palavra hebraica ‘os é outro sinônimo frequente de força e poder (Lv
26.19; Salmos 62.11; 63.2; 66.3).
No AT, o exercício de todo poder verdadeiro reside exclusivamente nas mãos
de DEUS (Salmos 66.7; 72.11). Ele é aquele que concede poder político a quem
lhe agrada (Jr 27.5; Dn 2.20,21; 4.17) e fortalece aqueles que o servem,
aqueles que nele esperam (Is 40.29-31). DEUS revelou seu poder na criação (Jr
10.12- 16; 51.15-19) e na sustentação do mundo e da criação (Jó 26.12; Salmos
65.5-8; Isaías 40.26; cf. Colossenses 1.17). Portanto, nada é demasiadamente
difícil para Ele (Jr 32.17).
DEUS delega uma parte de sua autoridade à humanidade (Gn 1.26-28; Sl 8.5-8). Às
vezes Ele permite que o homem o exerça como seu representante, como fez com
Moisés (Ex 7.1), Elias (1 Rs 17.1) e Miquéias (Mq 3.8). Ele às vezes intervém
com demonstrações especiais de seu poder, como por exemplo antes e durante o
Êxodo (Êx 6.6; 7.3-5; 15.6; Dt 5.15), na ocasião em que entraram na terra
prometida (Js 3.1410.10-14 ;6.20 ;17־;
cf. Sl 111.6), na época de Elias e de Eliseu, na época em que o Senhor JESUS
CRISTO veio à terra, e nos primeiros dias da Igreja (Hb 2.4).
No NT, a palavra dynamis representa habilidade (2 Co 8.3) ou força (Ef 3.16),
como o poder de realizar milagres (Rm 15.19), o poder exibido na
ressurreição de CRISTO (Ef 1.19,20; Fp 3.10), o poder do evangelho (Rm 1.16; 1
Co 1.18,24) e o poder do ESPÍRITO SANTO em CRISTO (Lc 4.14). Ela também
representa o poder que foi enviado no Pentecostes (At 1.8).
A palavra grega exousia designa direito e poder no sentido de autoridade
outorgada. O Senhor JESUS fala sobre toda a autoridade que Lhe foi dada (Mt
28.18), como a autoridade para perdoar os pecados (Mc 2.10). JESUS deu poder e
autoridade aos seus doze discípulos para que expulsassem demônios e curassem
enfermidades (Lc 9.1).
A pessoa que crê em CRISTO tem o “poder” ou o direito de se tornar filho de
DEUS (Jo 1.12).
A palavra grega kratos expressa mais a ideia de força para fazer as
coisas, e é usada em relação ao poder de DEUS (Ef 1.19; 6.10; Cl 1.11; 1 Tm
6.16; Ap 5.13), e ao poder do Diabo (Hb 2.14).
O poder das chaves refere-se ao poder para libertar, perdoar ou conservar os
pecados, anunciado por CRISTO a Pedro na ocasião de sua confissão em Mateus
16.18-20. O fato desse poder não ser apenas de Pedro, nem delegado por este
apóstolo à Igreja, como o catolicismo romano afirma, foi provado quando CRISTO
declarou que seria dado a todos os discípulos e a todos os crentes (Mt 18.18).
Mas como esse poder seria administrado pelos crentes? (Pr Henrique - Através da
Igreja que teve seu início no dia de Pentecostes, tendo recebido o batismo no
ESPÍRITO SANTO e dons poderosos para evangelizarem. Milagres aconteceram tanto
no At como no NT e continuam acontecendo todos os dias em nossa época, pois os
Dons são atuais). (Dicionário Bíblico Wycliffe)
I - O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
1. O que significa fé?
Dom da fé = “Capacidade que o ESPÍRITO SANTO concede ao crente para
este realizar coisas que transcendem à vida natural”. É acreditar que o
impossível já se tornou possível.
É crer no impossível - Para ressuscitar mortos essa é a
fé necessária. Essa fé não vem de nós, é fé que vem do ESPÍRITO SANTO, para a
realização do feito certo. O crente vê acontecer o milagre na área espiritual
antes que ocorra na esfera material, terrena).
Dom da Fé - Ação sobrenatural do ESPÍRITO
SANTO demonstrada e comprovada com ressureição de mortos, curas e
milagres.
Manifesto por sinais e maravilhas (At 2.29-33; 4.29,30; 5.12; 14.3;
2 Co 12.12).
Vários outros trechos do NT acentuam que a pregação do evangelho
nos tempos neotestamentários era acompanhada de poder especial do ESPÍRITO
SANTO: Mc 16.17,18; Lc 10.19; At 28.3-6; Rm 15.19; 1 Co 4.20; 1 Ts 1.5; Hb 2.4.
Todo ministro do evangelho deve orar para que, através do seu
ministério: (a) o povo seja salvo (At 2.41; 11.21,24; 14.1), (b) os novos
crentes sejam cheios do ESPÍRITO SANTO (At 2.4; 4.31; 8.17; 19.6), (c) os
espíritos malignos sejam expulsos (At 5.16; 8.7; 16.18), (d) os enfermos sejam
curados (At 3.6; 4.29,30; 14.10), e (e) os discípulos aprendam a obedecer aos
padrões e ensinos justos de CRISTO (Mt 28.18-20; At 11.23,26).
A palavra fé (gr. pisteuó, lat. Fides) “E a confiança que
depositamos em todas as providências de DEUS. É a crença de que Ele está no
comando de tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu. É a convicção
de que a sua palavra é a verdade”. A melhor definição de fé é enunciada pelo
autor do livro aos Hebreus, que recebeu uma profunda inspiração para a
descrição dessa virtude cristã; “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que
se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Vemos, nessa
definição, três elementos essenciais à fé:
1) Ela é fundamento ou base para a confiança em DEUS;
2) Ela envolve a esperança ou expectativa segura do que se espera
da parte de DEUS;
3) Ela é “a prova das coisas que não se veem”, mas são esperadas,
ou significa convicção antecipada.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 44.
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem
de vós; é dom de DEUS" - Ef 2.8). (Aqui fala da fé para ser salvo e não do
Dom da Fé concedida ao crente pelo ESPÍRITO SANTO para realização de causas
impossíveis).
Fé. Oração fervorosa, alegria extraordinária e coragem incomum
acompanham o dom da fé. Não se trata da fé salvífica, mas da fé milagrosa e
sobrenatural dada pelo ESPÍRITO SANTO para uma situação ou oportunidade
especial.
HORTON. Staleym. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. Editora CPAD.
2. A fé como dom.
Definição do dom da fé
DOM DA FÉ - É necessário fé para andar na rua, para comer,
para assentar em uma cadeira plástica, para comer, para ser salvo, para
crer na escatologia, para crer nas promessas de DEUS, etc..., mas,
nenhuma desses tipos de fé é o dom da fé.
O dom da fé é uma fé sobrenatural vinda do ESPÍRITO SANTO para o
crente crer na realização de uma grande ação de DEUS em algo, como a
morte, por exemplo. É ver o morto se levantando, mesmo este estando ainda no
caixão.
Os exemplos mais claros são as várias ressurreições de mortos
vistas na bíblia. Vem em nosso espírito a certeza de que algo impossível de
acontecer, já está acontecendo. Esta fé é comunicada ao nosso espírito pelo
ESPÍRITO SANTO - é sobrenatural, é imediata, é divina.
Veja exemplos no tópico 3
É a capacidade concedida pelo ESPÍRITO SANTO para o crente realizar
coisas que transcendem à esfera natural, visando o benefício e a edificação da
igreja. Podemos entender melhor o significado do dom da fé, através de
declarações negativas em relação a outros tipos de fé. Não é a fé salvífica,
que é despertada pela proclamação da Palavra de DEUS (Rm 10.17; Ef 1.13; 2.8);
não é a fé como doutrina, que denota a permanência do crente, vivendo de acordo
com a Palavra de DEUS, ou a sã doutrina (2 Co 13.5); não é a fé como fruto do
ESPÍRITO, que consiste nas virtudes, que devem ser cultivadas pelo crente, na
comunhão com o ESPÍRITO SANTO. O dom da fé também não é a fé natural, que
resulta da observação da natureza. Se tudo existe, de maneira organizada e com
propósito, há pessoas que creem no Criador (Rm 1.19,20).
O dom da fé “Pode ser considerado como um dom especial da fé para
uma necessidade particular. Alguns o definem como ‘a fé que remove montanhas’,
trazendo manifestações incomuns ou extraordinárias do poder de DEUS”. Esse dom
é concedido, num momento especial, quando só um milagre resolve algo que não
tem solução, no meio da igreja, ou na vida de um servo de DEUS, que atende a
seus propósitos, ou na vida de um descrente que vai ser testemunho do poder de
DEUS.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 45.
Um missionário esteve em determinada cidade de Minas Gerais para
abrir uma igreja, numa cidadezinha do interior. Por lá já haviam passado vários
missionários, mas sem sucesso para abrir uma igreja. O padre da cidade reunia
fiéis de sua paróquia para expulsarem todos os crentes que ali chegassem.
Desta vez chegou ali um missionário que não saía de casa. Seu
tempo todo era preenchido com oração e jejum para que DEUS lhe abrisse a porta
da pregação do evangelho naquela cidade, Depois de dias nesta situação, ouviu
uma voz que lhe dizia: "- Eu sou a ressurreição e a vida." Isso
aconteceu por três dias consecutivos.
Num certo dia, quando já estava deitado para dormir, ouviu alguém
bater a sua porta insistentemente e a gritar por socorro. Levantou-se, se
vestiu e foi atender ao clamor daquela voz de uma criança desconsolada.
Esta lhe disse que seu pai havia falecido a noite e já estava em um caixão na
sala de sua casa, mas ela tinha outros três irmãos crianças para cuidar e
acreditava que se o missionário orasse, seu pai poderia ressuscitar.
Imediatamente se lembrou da voz lhe dizia: "- Eu sou a
ressurreição e a vida."
Saiu imediatamente com a menina até sua casa e lá, ao entrar na
sala, uma fé grandiosa e sobrenatural tomou conta de seu coração e já viu
aquele homem se levantando do caixão mesmo que ainda estivesse deitado
nele. Chegou pois ao homem e segurando em sua mão disse: Levanta-te em nome de
JESUS. O homem se levantou de uma vez e todos se espantaram ao ver tamanho
milagre.
Não foi difícil, agora, ao missionário abrir uma igreja e esta
estar cheia com mais de cem pessoas em menos de um mês para a Glória de
DEUS.
Na África é normal este Dom da Fé em operação. São muitos
ressuscitados por lá através de servos de DEUS que buscam e acreditam nos
dons do ESPÍRITO SANTO.
3. Exemplo Bíblico do dom da fé.
Esse dom da fé não se desenvolve. É concedido pelo ESPÍRITO SANTO
para a resolução de algum problema insolúvel aos meios normais, racionais, ou
naturais. “Esse dom em ação gera uma atmosfera de fé, que dá convicção de que
agora tudo é possível (cf. Jo 11.40-44; Mc 9.23). [...] Para DEUS tudo é
possível (cf. Lc 1.37; Mc 10.27). Quando se diz que tudo é possível deve-se ter
em mente que se tem em mente tudo o que é de acordo com a vontade de DEUS.
O mais terrível inimigo do homem, em sua condição humana, é a morte
(1 Co 15.26). É decreto divino, por causa do pecado (Gn 2.17). O homem nasce,
desenvolve-se e morre. É o curso natural da existência biológica. Uns morrem
mais cedo; outros, mais tarde. Mas JESUS, o criador, doador e Senhor da vida,
pode, quando Ele quer, interromper esse curso da natureza humana. Em seu
ministério, JESUS demonstrou seu poder sobre a morte física. Ele ressuscitou o
filho único de uma viúva, de Naim, quando o féretro já estava a caminho do
cemitério (Lc 7.11-16). JESUS ressuscitou a filha de Jairo, que falecera fazia
pouco tempo (Mc 5.22-24). Alguém poderia alegar, em sua mente racionalista, que
a menina experimentara apenas um estado cataléptico, ou sono profundo e passageiro.
Mas para que não pairassem dúvidas sobre o poder sobrenatural de CRISTO sobre a
morte, Ele se deixou demorar onde se encontrava, ao receber a notícia de que
Lázaro, seu amigo, de Betânia, estava muito enfermo. Em seguida, ele cientifica
aos discípulos de que Lázaro houvera morrido. Ao chegar em Betânia, já fazia
quatro dias do seu falecimento. Não havia a mínima condição para reverter
aquela situação, pois o corpo do defunto já estava sofrendo os efeitos da
decomposição. Mas para JESUS, nada é impossível (Lc 1.37). Após consolar a
família, JESUS se dirigiu ao túmulo, mandou que fizessem o que as pessoas
poderiam fazer naturalmente, tirando a pedra que fechava a entrada da sepultura
(Jo 11.43-45). Completando a demonstração real de que a morte não vence o autor
da vida, JESUS ressuscitou Lázaro, após quatro dias na sepultura, cumprindo o
que Ele predissera para seus discípulos (Lc 24.1-8).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 45-46.
Exemplos de dom de fé em operação
Na ressurreição de mortos.
A Bíblia nos conta que os profetas Elias e Eliseu ressuscitaram
cada um uma pessoa dentre os mortos. (1 Reis 17:17-24; 2 Reis 4:32-37; 8:5;
13:20, 21) E as Escrituras Gregas Cristãs (“Novo Testamento”) falam também de
outras ressurreições, realizadas tanto por JESUS como pelos seus apóstolos. —
Mat. 11:5; Luc. 7:11-16; 8:41-56; João 11:1-46; Atos 9:40; 20:9-12.
E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam) e
disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se e começou a
falar. E entregou-o à sua mãe. Lucas 7:14,15
Estando ele ainda falando, chegou um da casa do príncipe da
sinagoga, dizendo: A tua filha já está morta; não incomodes o Mestre. JESUS,
porém, ouvindo-o, respondeu-lhe, dizendo: Não temas; crê somente, e será salva.
E, entrando em casa, a ninguém deixou entrar, senão a Pedro, e a Tiago, e a
João, e ao pai, e a mãe da menina. E todos choravam e a pranteavam; e ele
disse: Não choreis; não está morta, mas dorme. E riam-se dele, sabendo que
estava morta. Mas ele, pegando-lhe na mão, clamou, dizendo: Levanta-te, menina!
E o seu espírito voltou, e ela logo se levantou; e JESUS mandou que lhe dessem
de comer. Lucas 8:49-55
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e,
voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e,
vendo a Pedro, assentou-se.
Atos dos
Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e,
voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e,
vendo a Pedro, assentou-se.
Atos dos
Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e,
voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e,
vendo a Pedro, assentou-se.
Atos dos
Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e,
voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e,
vendo a Pedro, assentou-se.
Atos dos
Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e,
voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e,
vendo a Pedro, assentou-se.
Atos dos
Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e,
voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e,
vendo a Pedro, assentou-se.
Atos dos
Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e,
voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e,
vendo a Pedro, assentou-se.
Atos dos
Apóstolos 9:40
JESUS - E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para
fora. João 11:43
Pedro - Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou:
e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos,
e, vendo a Pedro, assentou-se. Atos dos Apóstolos 9:40
Paulo - E, estando um certo jovem, por nome Êutico, assentado numa
janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio
durante o extenso discurso de Paulo; e foi levantado morto. Paulo, porém,
descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos
perturbeis, que a sua alma nele está. Atos dos Apóstolos 20:9-12.
II - DONS DE CURAR (1 Co 12-9)
1. O que são os dons de curar?
Dons de Curar são capacitações concedidas a alguns crentes para
intervenções sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO, retirando dores, inflamações,
imobilidades, restaurando ossos, enfim, mudando o estado de caos para o estado
de saúde e bem-estar.
Os Dons são dados (Ef 4.8), "Mas a manifestação do ESPÍRITO é
dada a cada um para o que for útil." 1 Coríntios 12:7. O Dom fica
residente no Crente porque o ESPÍRITO SANTO mora no crente (1 Co 3.17, 6.19).
Quando o ESPÍRITO SANTO dá o Dom este Dom permanece no crente durante toda sua
vida aqui na Terra. Alguns crentes receberam Dons e acabam por se desviarem na
trajetória de sua vida cristã, mas no momento que se reconciliaram o Dons
voltaram a funcionar normalmente; isto é o que vemos na prática. "Porque os
dons e a vocação de DEUS são sem arrependimento". Romanos 11:29
Devemos nos lembrar também de que existem doenças e existem
enfermidades. Basicamente a diferença está na dor: enquanto os doentes sentem
dor (exemplo: artrite, hérnia de disco, enxaqueca etc.), os enfermos possuem
enfermidades que não lhes causa dor (exemplo: cegueira, surdez, mudez,
depressão, ansiedade etc.).
Pelo fato de Paulo não curar nem Timóteo (1 Tm 5.23) e
nem Trófimo (2 Tm 4.20), podemos deduzir que Paulo possuía dom para curar
certos tipos de doenças e enfermidades e outras não. JESUS, enquanto homem,
aqui na Terra, tinha a plenitude (Cl 2.9), ou seja, curava qualquer tipo de
doenças ou enfermidades (Mt 4.23, 9.35, 12.15; Lc 6.19).
Todos os crentes podem e devem ser usados em curas (Mt 10.8; Mc
16.15-20; Lc 10.19), mas nem todos terão o Dom de Curar (1 Co 12.30), embora
seja possível. (Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas?
Interpretam todos? 1 Coríntios 12:30)
Diferença entre Doenças e Enfermidades - Por isso Dons de Curar no
Plural.
Doenças é o que dói, é físico (exemplo: Hérnia de disco);
enfermidade não dói, é na alma e no espírito (exemplo: Depressão, Ansiedade,
Estresse).
"Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e
as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de DEUS e
oprimido". Isaías 53:4
"E percorria JESUS toda a Galileia, ensinando nas suas
sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e
doenças entre o povo". Mateus 4:23
“Ora, naquele momento JESUS havia curado muitas pessoas de
enfermidades, de doenças e de espíritos malignos, e dado a vista a muitos
cegos.” (Lucas 7:21)
Dons de Curar é uma multiplicação do sinal que todo crente pode
fazer. Todo crente pode orar e uma pessoa ser curada. Para a liderança da
Igreja está disponível a unção com óleo e a cura do doente. A diferença para o
Dom é que existe uma multiplicação desta capacitação. Quem tem Dons de curar
ora por multidões, milhares de pessoas que são curadas.
Como os sinais devem seguir “aos que crerem”, pode-se entender que
pode haver curas, ministradas por uma pessoa, que não tem o dom ou dons de
curar. Num momento, um evangelizador, num hospital, ou em outro lugar, pode
dizer para um doente: “Em nome de JESUS seja curado”, e o enfermo levantar-se
sadio para glória do Senhor. No entanto, no meio da congregação local, em
qualquer lugar, é necessário que se busquem os dons de curar, que poderão ser
usados, em momentos ou situações em que DEUS queira manifestar o seu poder
curador, curando milhares de pessoas para glória de JESUS CRISTO.
Pela graça de DEUS e a escolha do ESPÍRITO SANTO, tenho
experimentado isso no ministério que DEUS me concedeu. Pelo menos cinco mil
pessoas já foram curadas desde que recebi Os Dons de Curar. Veja exemplo nos
vídeos, no YouTube. Só digitar na busca "Curas, Pr Henrique, EBD NA
TV".
Alguns links de nossas ministrações:
https://www.youtube.com/watch?v=OeGKBxfQ_XI
Cura Caroços e outras muitas curas, em Sud Mennucci, SP
https://www.facebook.com/matias.belido/videos/868033266566186
Aleijado anda em nome de JESUS, em Dourados, MS.
https://www.youtube.com/watch?v=m0RvHLyAH8c&list=PL9TsOz8buX1_z_T_B3Z8dX8ysJYE5cIta&index=1
Vários locais onde estive
Os dons de curar são recursos espirituais, de caráter sobrenatural,
que atuam na cura de problemas físicos, psicossomáticos, emocionais e
espirituais. Sua concessão à igreja deve-se ao fato de que DEUS quer dar saúde
a seu povo (Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai
das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação. Tiago 1:17).
No Antigo Testamento, DEUS se manifestava ao povo de Israel como o
“Jeová Rofeca”, ou “Jeová Rafá” — O Senhor que Sara (Êx 15.26; SI 103.3).
No Novo Testamento, os dons de curar têm grande valor na pregação
do evangelho. As pessoas em geral são descrentes do poder de DEUS. Mas, quando
veem uma cura de impacto, como a cura de câncer, de diabetes, de paralisia, ou
de doenças degenerativas, como Alzheimer, mal de Parkinson, e outras, são
compelidas a ter sua fé despertada para o poder de DEUS em suas vidas. Quando
as curas contribuem para a glorificação a DEUS, têm grande valor para a
divulgação do evangelho e para edificação da Igreja.
É promessa de JESUS à sua igreja a delegação de poder para curar
doenças e enfermidades, como parte da missão de pregar o evangelho (Mc
16.15-20; Lc 10.19).
Marcos 16 - Os cinco exemplos relacionados a seguir são confirmados
especialmente pelos Atos dos Apóstolos. Expulsão de demônios encontramos ali em
5.16; 8.7; 16.16ss; novas línguas em 2.1-11; 10.46; 19.6-8; milagres com
serpentes em 28.3-6 e curas em 3.1-10; 4.30; 5.12,15; 9.12,17,33s,29ss; 14.8ss;
19.11; 28.8s. Só para a preservação em caso de veneno falta um exemplo.
Se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados. Esses
são sinais para todos os crentes. Já nos Dons de Curar isso é multiplicado.
Adolf Pohl. Comentário Esperança Evangelho de
Marcos. Editora Evangélica Esperança.
Os dons de curar estão no plural. Não há, portanto, um “dom de
curar”, mas uma variedade deles. Os estudiosos não são unânimes na
interpretação desse assunto. A pluralidade dos dons de curar parece indicar que
há pessoas que têm o dom de orar por determinadas doenças e enfermidades; e
outras, para orar por outros tipos de doenças e enfermidades. Também são Dons
no plural porque existem doenças e enfermidades.
Stanley Horton está errado quando diz “que ninguém pode dizer: ‘Eu
tenho o dom de curar’, pois é isso mesmo que acontece, o Dom é dado (evidente
que ninguém pode fazer o que quiser com o Dom, pois o poder é do ESPÍRITO SANTO
e oramos em nome de JESUS). Quando alguém que tem o dom e se desvia, o dom
imediatamente pára de funcionar. Ao se reconciliar, o dom imediatamente volta a
funcionar.
Se uma pessoa está doente, pode buscar a cura, através da oração da
fé, pode ser curada apenas lendo e crendo no que está escrito na Bíblia a
respeito de curas, principalmnete Isaías 53:4,5 - "Verdadeiramente, ele
tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputamos por aflito, ferido de DEUS e oprimido. Mas ele foi ferido pelas
nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados".
E desejável que os crentes em JESUS procurem “com zelo os melhores
dons” (1 Co 12.31). Certamente, os dons de curar são muito necessários, num
mundo em que as doenças e enfermidades têm-se multiplicado assustadoramente, a
despeito dos notáveis avanços da medicina. Esses dons são recursos especiais à
disposição da igreja do Senhor JESUS CRISTO, para, sob a soberania de DEUS, e
segundo a fé, os crentes sejam beneficiados com a cura das enfermidades físicas
ou emocionais.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 46-48. (Com algumas alterações e acréscimos do Pr Henrique)
Podemos juntar a nossa fé com a do enfermo e, juntos, estabelecer o
ambiente de amor e aceitação no qual os dons da cura fluem melhor. No corpo de
CRISTO há poder e força para a satisfação das necessidades de um membro fraco.
A cura possui aspecto encarnacional. HORTON. Staleym. Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.
Porém, muitas vezes a fé do doente não influi em sua cura. Até
mesmo a fé do que está orando por alguém não influi muitas vezes na cura desse
alguém. O Dom está lá e unção de cura está presente. Veja o caso impressionante
do defunto lançado na cova de Eliseu que estava morto; ele reviveu ao tocar os
ossos de Eliseu, pois a unção de cura estava lá. Quem cura é JESUS, no poder do
ESPÍRITO SANTO.
"E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um
bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e
tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés". 2
Reis 13:21
2. A redenção e as curas.
Doenças e enfermidades na Bíblia
É difícil discutir as doenças mencionadas na Bíblia com qualquer
grau de certeza. Uma razão para isto é que elas recebem o nome de acordo com os
sintomas e não por processos patológicos. Assim, a paralisia poderia ser
desencadeada pela pólio, trauma, desequilíbrio nervoso, ou várias outras
causas. Não é absolutamente certo que o definhamento de Levítico 26.16 e
Deuteronômio 28.22 fosse tuberculose. Em segundo lugar, as referências às
doenças são quase sempre incidentais na narrativa. Elas são registradas mais
pelo seu significado histórico do que médico. Finalmente, não temos certeza de
quais doenças existiam na época do AT, embora autópsias em múmias egípcias
tenham mostrado evidências de tuberculose, arteriosklerose, artrite, câncer,
pedras na vesícula, pedras na bexiga, esquistossomose e varíola.
Os israelitas obviamente tinham um conhecimento prático de anatomia. Isto é
visto nas descrições dos órgãos de animais sacrificados. Acreditava-se
corretamente que o sangue era o princípio vital: “A vida [a alma] da carne está
no sangue” (Lv 17.11). As funções emocionais eram, às vezes, atribuídas a
certos órgãos. O coração, por exemplo, era considerado o centro do pensamento e
da vontade (Ez 18.31). A expressão “entranhas de misericórdias” (Cl 3,12)
enfatiza a relação entre psycke (“alma”) e soma (“corpo”), o que tem sido
corroborado em nossos dias pela pesquisa psicossomática.
As palavras heb. para doença e enfermidade vêem das raizes hala (“estar doente”
ou “fraco”) e dawa (“estar enfermo”). Estas palavras são sempre modificadas por
outras frases descritivas tais como “doente e a ponto de morrer”. As palavras
heb. para cura vêem da raiz rapa ’(“curar”, “costurar”, “consertar”), e haya
(“reviver”, “restaurar à vida”), e ‘arak (“prolongar”).
O NT usa expressões gr. tais como astheneia (“fraqueza”, “fragilidade”),
malakia (“moleza”, “debilidade”), e noseo (“estar doente״
ou “enfermo"). As palavras gr. para saúde e cura vieram das raízes
hygiaino (“estar saudável” ou “forte”), therapeuo (“servir", “atender a”,
“cura”, “restaurar a saúde”), e iaomai (“curar”, “tomar sadio”).
Causas das Doenças
A doença é apenas parte de um conceito maior - o sofrimento do homem. Nas
Escrituras é dito que o sofrimento é um dos resultados do pecado. DEUS ameaçou
enviar doenças sobre Israel se o povo o desobedecesse (Dt 28.15,22,27,28).
Embora a doença fosse frequentemente considerada um castigo direto pela
desobediência (por exemplo, o homem enfermo no tanque de Betesda, Jo 5.14), ela
também poderia vir de Satanás, como aconteceu no caso de Jó (Jó 2.7). CRISTO
falou da mulher paralítica “a qual há dezoito anos Satanás mantinha presa” (Lc
13.16). Além disso, a doença poderia às vezes vir para impedir o homem de fazer
algo proibido por DEUS e para a glória de DEUS (por exemplo, o “espinho na
carne” de Paulo, q.v., e 2 Coríntios 12.7-9).
Os discípulos, olhando para a doença apenas como um castigo pelo pecado,
perguntaram a JESUS sobre um homem que havia nascido cego: “Quem pecou, este ou
seus pais, para que nascesse cego? JESUS respondeu: Nem ele pecou, nem seus
pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de DEUS” (Jo 9.1-3).
Nem sempre pode ser possível distinguir se uma doença é o resultado de causas
puramente naturais, uma permissão de DEUS, ou a operação maligna de Satanás.
Talvez estas três possam estar ativas ao mesmo tempo. Porém, seja qual for a
causa da doença de um cristão, lhe é prometido que um dia o sofrimento será
removido, quando DEUS “limpará de seus olhos toda lágrima” e não haverá mais
dor (Ap 21.4).
Os Médicos e a Medicina
Existe cerca de uma dúzia de referências a médicos na Bíblia. A raiz heb. é
rapa’ (“curar”). A Bíblia Sagrada refere-se a Jeová como “o Senhor que te sara”
(Êx 15.26). A primeira referência a um médico está em Gênesis 50.2 (embora
estes médicos egípcios possam ter sido apenas embalsamadores dos mortos). Nos
tempos bíblicos, assim como agora, os médicos eram solicitados a curar as
doenças e aliviar o sofrimento (Jó 13.4; Jr 8.22; 2 Cr 16.12).
Em Jó os médicos são vistos como não valendo nada - Vós, porém,
sois inventores de mentiras e vós todos, médicos que não valem nada. Jó 13:4 .
DEUS naõ curou um rei porque ele buscou aos médicos ao invés de
DEUS - E caiu Asa doente de seus pés no ano trigésimo nono do seu reinado;
grande por extremo era a sua enfermidade, e, contudo, na sua enfermidade, não
buscou ao Senhor, mas, antes, aos médicos. 2 Crônicas 16:12.
Quando em minhas visistas aos hospitais para ministrar curas,
percebi que poucos doentes e enfermos eram curados, então consultei ao Senhor.
Acontece que as pessoas procuram médicos quando lhes falta a fé em DEUS. Estive
comCovid-19 e passei por maus momentos, mas confiei minha cura em DEUS e fui
curado, eu e minha família. Glória a DEUS.
Os médicos eram considerados em alta estima pelos judeus. O filho
de Sirac escreveu por volta de 190 a.C.: “Honre um médico de acordo com a
necessidade dele, com as honras devidas a ele, pois verdadeiramente o Senhor o
criou; pois do Altíssimo vem a cura; e do rei ele deve receber uma dádiva. A
habilidade do médico deve levantar sua cabeça; e à vista dos grandes homens ele
deve ser admirado״ (Sir 38.1-3).
Na época do NT havia duas maneiras de treinar os médicos. Era muito comum que
um homem auxiliasse como aprendiz a um médico estabelecido. Ele também poderia
ir a um tipo de escola de medicina, geralmente associada a um templo pagão. As
duas escolas que mais conhecemos eram as escolas de medicina de Pérgamo e
Alexandria.
Os remédios usados nos tempos bíblicos eram rudimentares e na maioria dos casos
não muito eficazes. Entre aqueles que são mencionados na Bíblia, estavam
unguentos aplicados no local (Is 1.6), emplastos (Is 38.21), e bálsamos (Jr
8.22; Gn 37.25). As folhas de certas árvores eram aparentemente usadas como
ervas medicinais (Ez 47.12). Pensava-se supersticiosamente que a mandrágora, um
membro da família da batata, desenvolvia a fertilidade (Gn 30.14-16). Os
cidadãos de Laodicéia são conhecidos por terem tido uma escola de medicina e de
terem preparado um pó ou pomada para olhos fracos. Ao falar-lhes, o Senhor usou
uma alusão a um colírio (Ap 3.18).
O vinho era sugerido como estimulante (Pv 31.6), e também usado como um
antisséptico. O bom samaritano atou as feridas de seu paciente “aplicando-lhes
azeite e vinho״ (Lc 10,34). Paulo
recomendou um pouco de vinho para o alívio do desconforto gástrico de Timóteo
(1 Tm 5.23). O vinho azedo misturado com fel e mirra teria algumas propriedades
sedativas. Ele foi oferecido a CRISTO, provavelmente para aliviar o seu sofrimento
(Mc 15.23).
O tratamento cirúrgico era geralmente mínimo. As únicas operações mencionadas
na Bíblia são a circuncisão, a castração e o fechamento de feridas. Mas o
código de Hamurabi regulamentava a cobrança dos médicos para grandes operações
e cirurgias dos olhos na Babilônia, como também para o restabelecimento de um
osso quebrado e para a cura de um tendão distendido (ANET, pp. 175ss.). O
papiro de Edwin Smith, do Egito, descreve 48 casos cirúrgicos incluindo
contingências como ferimentos acidentais, e feridas de batalha.
O escritor do terceiro Evangelho e de Atos era médico? As evidências internas
sugerem que sim. Ele usa vários termos médicos encontrados em Hipócrates,
Galeno e em outros escritos médicos, embora não sejam encontrados no restante
do NT. Ele também observa algumas particularidades médicas, tais como a
intensidade da febre, se uma doença era congênita ou adquirida, ou qual lado ao
corpo estava afetado (Lc 4.38; At 3.2; Lc 6.6). Ao escrever sobre a mulher que
tinha um fluxo de sangue (Lc 8.43), ele hones tamente declara que ela não
poderia ser curada pelos médicos; entretanto, é mais polido em relação à sua
profissão do que Marcos, que acrescenta que ela “havia padecido muito com
muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso,
antes indo a pior...” (Mc 5.26). Estes fatos tendem a corroborar com a outra
evidência de que Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14), foi o autor do terceiro
Evangelho e do livro de Atos.
Leis Mosaicas de Saúde
A lei dada por DEUS a Moisés continha regras extraordinárias com relação à
saúde pública. Embora o principal propósito destas regras fosse tomar um homem
cerimonialmente limpo, a limpeza higiênica, no entanto, estava envolvida. Quais
são as principais preocupações de um fiscal de saúde pública hoje?
Contaminação da água e dos alimentos, descarte de esgoto, doenças infecciosas,
educação quanto à saúde - todos estes assuntos são tratados nas leis mosaicas
de saúde.
Tem sido dito que algumas das leis de saúde eram muito rígidas e talvez
desnecessárias para a saúde pública, mas deve ser lembrado que o homem antigo
não possuía o nosso entendimento sobre as doenças. Ser exageradamente rígido
por amor à simplicidade é melhor do que errar na direção oposta. Com a nossa
habilidade médica para distinguir entre o perigoso e o inofensivo, não
precisaríamos observar algumas destas mesmas precauções, mas isto não seria
verdadeiro naquela época. Novamente, deve ser lembrado que a razão inicial para
estas ordenanças era a pureza cerimonial.
As leis mosaicas de saúde (Lv 11-15) incluem regras de circuncisão, consumo de
carne, parto, infecções de pele, contaminações por secreções e excrementos,
procedimentos para remoção e disposição dos mortos, limpeza pessoal e relações
sexuais.
Milagres de Cura
Vários milagres de cura estão registrados na Bíblia. Outros milagres, embora
não sejam de cura, mas de juízo, são de natureza médica. Estes incluem as
pragas no Egito (Êx 9,13-15; 12.12,13), a matança dos filisteus diante da arca
(1 Sm 5.6), a dizimação do exército de Senaqueribe (2 Rs 19.35), a
mão ressequida de Jeroboão (1 Rs 13,1-6) e a lepra de Geazi (2 Rs 5.27).
Embora DEUS possa ter usado processos de doenças naturais, o sobrenatural é
envolvido no momento certo.
No AT, os milagres parecem centralizar-se em torno da época do êxodo e do
ministério de Elias e Eliseu. Aqueles que foram registrados são mais
frequentemente milagres da natureza, com menos de uma dúzia envolvendo a
cura (por exemplo, Abimeleque, Gênesis 20.17; Miriã, Números 12.10-15; a
serpente de bronze, Números 21.5-9; o filho da viúva, 1 Reis 17.17-24; o filho
da sunamita, 2 Reis 4.18-37; Naamã, 2 Reis 5.1-14; Ezequias, 2 Reis 20.1-7).
Por outro lado, o NT registra uma proporção maior de milagres de cura. Estes
foram operados por CRISTO ou por seus seguidores, em seu nome. Dos 35 milagres
de CRISTO registrados no NT, 26 envolvem curas. Em seis destes casos, demônios
foram expulsos. Detalhes cuidadosos são dados sobre muitos destes casos,
especialmente por Lucas, o médico· Algumas destas pessoas são até identificadas
pelo nome (Bartimeu, a filha de Jairo, Maria, Lázaro; também Enéias, Êutico e o
pai de Públio em Atos).
Alguns tentaram explicar os milagres de cura de CRISTO através de uma base
psicológica. De acordo com esta teoria, as doenças curadas eram apenas
funcionais ou psicossomáticas. É verdade que as pessoas podem ter as suas
doenças aliviadas pela “fé” em homens ou coisas. Mas este tipo de cura está
muito distante da cura de doenças orgânicas realizadas por CRISTO como cegueira
congênita (Jo 9.1), artrite avançada da espinha (Lc 13.11), hemorragia
prolongada (Lc 8.43), lepra (Lc 5.12; 17.12) e mão ressequida (Lc 6.10) até
mesmo a morte (Lc 7.12; 8.49-55; Jo 11.1-44). Somente negando a confiabilidade
dos documentos do NT é que se poderia imaginar que as curas realizadas por
CRISTO eram de caráter psicológico.
Além de sua natureza predominantemente orgânica, as curas realizadas pelo
Senhor eram completas e instantâneas (com exceção do homem cuja visão foi
restaurada em duas etapas, Mc 8.22-25). Além disso, elas consistiam de várias
doenças diferentes que são difíceis de tratar até mesmo com as técnicas médicas
de hoje. Poucas - se é que alguma - poderiam ter uma recuperação espontânea. E
não há nenhuma evidência da ocorrência de uma recaída após as curas realizadas
por CRISTO.
Possessão Demoníaca
A possessão demoníaca é um fenômeno que parece ter ocorrido com mais
frequência na época de CRISTO. Das 26 pessoas curadas por CRISTO, seis são
mencionadas como tendo sido possuídas por demônios. Muitas outras pessoas sem
nenhuma enfermidade física aparente foram libertas de opressão demoníaca (Mt
8.16; Mc 1.34,39; Lc 6.18). Pouca ou nenhuma menção é feita à possessão
demoníaca no AT. CRISTO e o NT parecem distinguir entre as doenças comuns e aquelas
que são acompanhadas pela possessão demoníaca (Mt 10.8; Mc 1.34; At 5.16).
A possessão demoníaca podia ser acompanhada por sintomas físicos (por exemplo,
cegueira, surdez e mudez, Mt 12.22; Mc 9.25), manifestações neurológicas (por
exemplo, epilepsia, Lc 9.39,42), ou sintomas mentais (Lc 4.33; 8.27; Mc 7.25).
O diagnóstico da possessão demoníaca, porém, levanta alguns problemas difíceis.
O que a distinguia das doenças naturais? Como uma pessoa poderia reconhecê-la
como tal? Se não há nenhuma característica distinta que tipifique a condição,
elas são tendências suicidas e o uso da pessoa pelo demônio como porta-voz.
Por outro lado, nas Escrituras, a doença física é frequentemente atribuída
a Satanás. CRISTO falou da mulher que andava curvada como alguém a quem
“Satanás mantinha presa"’ (Lc 13.16).
Doenças de Pele
Várias lesões de pele são mencionadas no AT. Algumas delas foram infligidas
como aflições sobre Israel por desobediência ao Senhor (Dt 28.27). A coceira é
provavelmente sarnq, ainda conhecida por este nome descritivo, E causada por um
inseto, o Acarus scabei. O escorbuto não é o que conhecemos hoje como escorbuto
(causado pela deficiência de vitamina C), mas sim uma “crosta de ferida”. A
palavra vem de uma raiz que significa ״cocar” ou
“ficar áspero”. Isto possivelmente cobre uma gama de doenças de pele que incluí
eczema e psoríase. A aspereza ou o tumor vem de uma raiz significando “estar
inflamado” ou “quente". Os tumores são comuns hoje embora melhor
controlados, graças a antibióticos modernos. A úlcera de Ezequias pode ter sido
um carbúnculo ou possivelmente antraz (2 Rs 20.1,7). O antraz é contraído do
gado ou de couros e pelos secos de animais infectados. Sem tratamento pode
ser fatal.
A lepra é frequentemente mencionada na Bíblia. Miriã, Naamã e o rei Uzias
contraíram esta doença. As instruções para o seu diagnóstico são dadas em
Levítico 13; ela aparentemente incluía mais do que aquilo que hoje chamamos de
lepra (causada pelo Lepra bacillm de Hansen). Infelizmente, o termo lepra teve
seu significado mudado nas línguas inglesa e portuguesa. Mesmo na Idade Média,
a palavra era usada para descrever várias disfunções na pele, tais como a
tinha. Harold M. Spinka declara; “Minha opinião é que a lepra, como também as
doenças mencionadas nos diferentes diagnósticos - por exemplo, a psoríase
crônica, a sífilis, o pênfigo, a dermatite herpetiforme, a varíola, o fungo
infeccioso e a Pio derma - eram incluídas sob o título geral de lepra”
(“Lepra nos Tempos Hebraicos Antigos”, JASA, XI [março de 1959], 17-22). Também
é demonstrado que a lepra do AT não é idêntica à lepra de hoje, pelo fato de
que havia a lepra de casas e das roupas (Lv 13.47; 14.37) - provavelmente algum
tipo de mofo ou fungo.
A aflição de Jó tem sido objeto de muita especulação. Pelagra, psoríase,
eczema, dermatite herpetiforme e dermatite esfoliativa, foram sugeridas
como possibilidades. Dermatite herpetiforme, uma rara doença de pele, iria
coçar intensamente, e não afetaria gravemente a saúde geral de Jó. A dermatite
esfoliativa é generalizada, crônica, terrível, produz muita coceira e é
associada a tumores provenientes da própria coceira.
Doenças dos Olhos e Ouvidos
Tanto a cegueira congênita quanto a adquirida são mencionadas na Bíblia. A
infecção por tracoma ainda é uma causa comum de cegueira adquirida em muitas
partes do mundo. Este vírus causa uma saída de líquidos de má aparência e pode
ter sido o problema de Léia (Gn 29,17). Talvez seus olhos fossem estrábicos
(strabísmus). O tracoma poderia ter sido o espinho na carne de Paulo (2 Co
12.7-10); suas próprias palavras sugerem algum tipo de problema nos olhos (cf
Gl 6.11 com 4.14,15; At 23.2- 5).
A catarata era provavelmente a causa da cegueira de Isaque e Eli em sua idade
avançada. Esta se caracteriza por uma opacidade progressiva do cristalino dos
olhos. Em Levítico 21.20, a palavra heb. para “belida” (q.v) sugere uma mancha
que causa uma visão confusa, provavelmente uma catarata. A oftalmia neonatal
(Ophthalmia nconato- rurri) causa uma conjuntivite grave e cegueira em crianças
recém-nascidas, É geralmente o resultado de uma infecção por gonorreia na
mãe. Esta provavelmente era responsável por boa parte da cegueira infantil.
Também existem muitos tipos de anomalias congênitas dos olhos, que poderiam
resultar em cegueira total a partir do nascimento. .
A surdez também era comum nos tempos bíblicos, embora seja difícil determinar
sua causa.
Deformidades Ortopédicas
As deformidades ortopédicas teriam sido comoventes em uma época em que pouco
poderia ser feito para corrigi-las. O mendigo coxo que foi curado naquele
encontro com Pedro é um destes casos (At 3.2-8). Uma vez que era coxo de
nascença, ele podería ter tido um pé torto congênito, spina bifida, ou
paralisia cerebral. A mulher curada por CRISTO de uma enfermidade que a
acometia por 18 anos, tinha provavelmente uma forma grave de artrite que fazia
com que ela se curvasse para frente (Lc 13.11-13). Isto soa como artrite
reumática, que atinge mais as mulheres do que os homens.
A coxeadura de Jacó, adquirida por sua luta corporal com o anjo de DEUS, pode
ter sido causada por um deslocamento de quadril (Gn 32.25,31,32). Pode-se
caminhar com uma coxeadura por um deslocamento anterior. A dor aguda e a
deficiência podem também indicar uma ruptura de disco intervertebral,
produzindo a dor ciática.
Doenças Neurológicas
A paralisia era evidente na população judaica dos dias de JESUS. Era, sem
dúvida, frequentemente, causada por acidentes bem como pela tuberculose da
espinha e pela pólio. A paralisia é raramente mencionada no AT.
O paralítico curado por CRISTO (Lc 5.18) tinha, possivelmente, um ferimento ou
uma lesão no osso da espinha, que causava pressão na medula espinhal. Isto
resultaria em paralisia da parte inferior do corpo. O homem curado no tanque de
Betesda (Jo 5.5- 8) era alguém parcialmente paralisado. Um ferimento de
nascença, pólio, esclerose múltipla, ou um derrame poderia ter causado esta
paralisia. O homem que tinha a mão ressequida também era parcialmente
paralisado (Lc 6.6-10). Sua atrofia muscular poderia ter resultado de uma incapacidade
de usar uma das mãos. Ele pode ter sido vítima de algum ferimento, pólio, ou
possivelmente esclerose lateral amiotrófica, que afeta os pequenos músculos da
mão. O fato clinicamente significativo é que CRISTO o curou de forma
instantânea e completa.
O servo do centurião (Lc 7.2; Mt 8.5) também estava paralisado. No entanto, sua
condição era aguda; ele estava perto da morte, e sofrendo grande dor, Isto
sugeriria tétano ou uma grave compressão da medula espinhal proveniente de
um tumor, abscesso ou hemorragia. O filho da mulher sunamita teve um ataque
repentino de dor de cabeça (2 Rs 4.18-20). Ele morreu dentro de seis horas como
consequência daquilo que pode ter sido uma insolação, meningite,
hemorragia subaracnóidea, ou mais provavelmente de malária cerebral.
Obstetrícia
A esterilidade era um problema que afligia muitos casais nos tempos bíblicos,
assim como acontece hoje. Sara, Raquel, a esposa de Manoá, Ana, a mulher
sunamita e Isabel, tinham esta enfermidade.
Os partos no Israel antigo eram geralmente executados com a mãe em um “assento
de nascimento’’ (Êx 1.16), ou sentada no colo de outra mulher (Gn 30.3). (Nesta
segunda passagem a prática referida pode ser a de colocar a criança
recém-nascida nos joelhos daquela que poderia dar legitimidade ou o direito de
herança - Ed.]. Após o nascimento do bebê, o umbigo era cortado, o bebê era
lavado com água, esfregado com sal, e enrolado em panos (Ez 16.4). Tamar deu à
luz habilmente a gêmeos com um deles em uma posição transversal (Gn 38.27-30).
Doenças Mentais
Há apenas algumas referências às doenças mentais no AT. Davi fingiu estar
louco, de uma forma convincente (1 Sm 21.12-15); Saul tinha depressões
recorrentes e mostrava sintomas de paranoia (1 Sm 16.14,23; 18.8-11,28,29;
19.9,10). Nabucodonosor teve sintomas psicóticos, vivendo como um animal por
sete anos. R. K. Harrison classifica sua doença como licantropia ou boantropia,
uma forma específica de paranoia (IOT, pp. 1114-1117).
O escritor de Provérbios 17.22 relacionou as emoções ao corpo, e assim antecipou
a medicina psicossomática quando escreveu: “O coração alegre serve de bom
remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos”.
A relação entre a doença mental e a possessão demoníaca é incerta e
controversa. O “homem com espírito imundo”, de Gadara (Mc 5.2-5), lembra o que
classificaríamos hoje como psicótico, embora os outros “endemoninhados” curados
por CRISTO tivessem sintomas orgânicos de doenças físicas.
Doenças Internas
A febre alta é um sintoma e não propriamente uma doença. Ela poderia estar
relacionada à malária, à tifoide, à paratifoide, à varíola, à insolação, ao
tifo, ou a várias outras doenças (Lv 26.16; Dt 28.22; Lc 4.38).
A pestilência enviada por DEUS sobre os filisteus (1 Sm 5.6,96.5 ;12־) era provavelmente a peste bubônica. Esta
doença foi descrita por Hipócrates 400 anos antes de CRISTO. Ela devastou a
Europa na Idade Média e tem as características de alta mortalidade, incidência
repentina, transmissão por roedores mortos, e a presença de glândulas inguinais
aumentadas (na virilha). É interessante notar que os filisteus colocaram cinco
imagens de ouro dos tumores e ratos ao lado da arca. [Alguns têm sugerido que
os “tumores” eram hemorroidas, de acordo com a versão KJV em inglês, “emerods”.
- Ed.]
Uma outra peste foi usada por DEUS para destruir o exército de Senaqueribe (2
Rs 19.35). Existem duas doenças que poderiam matar um grande número de pessoas
dentro de 24 horas - cólera e a praga pneumônica. Provavelmente tenha havido
alguns casos no acampamento antes do pico da epidemia.
O gigantismo é causado por um desarranjo de ordem endócrina. Golias é um
exemplo familiar e possivelmente tinha um tumor pituitário anterior. Ogue, rei
de Basã, precisava de uma cama de aprox. 4 metros de comprimento (Dt 3.11). Um
gigante com 12 dedos nas mãos, e 12 dedos nos pés é descrito em 2 Samuel 21.20.
A hidropisia é causada pela fluidez dos tecidos. E sintomático de certas
doenças, sendo a mais comum a insuficiência cardíaca. O homem a quem CRISTO
curou com esta condição pode ter sofrido de câncer, doença do coração, fígado
ou rins (Lc 14.2).
A disenteria foi a doença que causou a febre debilitante do pai de Públio (At
28,8). Em casos fulminantes de disenteria bacilar, há evacuação de sangue
e muco (daí o “fluxo de sangue* mencionado na versão KJV em inglês), e a morte
pode vir rapidamente.
A ciência médica traz o esclarecimento sobre várias mortes descritas na Bíblia.
O rei Asa morreu com uma grande doença em seus pés (2 Cr 16.12-14), Seu caixão
foi cheio com perfumes. Isto sugere uma gangrena de seus pés que teria causado
um odor Fétido. A gangrena (também “cancro” ou “câncer”) era reconhecida como
uma doença destruidora que consome o tecido em uma parte do corpo, geralmente
um membro (2 Tm 2.17). Ela pode ser causada por um ferimento ou por uma falha
no sistema circulatório sanguíneo. O rei Jeorão foi acometido por uma doença
incurável que causou um prolapso do reto (2 Cr 21.18,19). Esta pode ter sido
uma grave disenteria amebiana ou um câncer do reto. Nabal era, provavelmente,
um alcoólatra crônico. Após um episódio de alcoolismo agudo, ele aparentemente
teve um acidente vascular cerebral (derrame). Ficou em coma por dez dias e
morreu sem recobrar a consciência (1 Sm 25.36-38).
Ananias e Safira morreram repentinamente e sem aviso (At 5.1-10). Eles podem
ter sido atacados por uma trombose coronária. Herodes Agripa foi consumido por
vermes intestinais (At 12.23). Ele provavelmente tinha uma obstrução intestinal
causada por vermes parasitários e pode ter morrido devido a uma perfuração
intestinal, e sua peritonite resultante.
Os Sofrimentos e a Morte de CRISTO
A forte tradição cristã declara que o suor de JESUS caiu ao chão como gotas de
sangue como o resultado de sua angústia no Getsêmani (Lc 22.44). Isto pode ter
sido a rara emissão de sangue pelas glândulas sudoríparas. Discute-se se os
versículos 43 e 44 foram escritos por Lucas, de acordo com a evidência daquele
que é considerado o melhor manuscrito. Há mais de 100 anos, foi sugerido por
Stroud que CRISTO morreu de hérnia cardíaca (isto é, urna ruptura do coração).
Esta se tornou uma opinião comumente defendida, mas é bastante improvável. A
hérnia cardíaca, além do trauma, é rara, e quando ocorre afeta aqueles cujos,
corações já estão seriamente debilitados. E improvável que o coração de CRISTO
estivesse enfermo à luz de sua atividade energética anterior, e de sua perfeita
condição física para cumprir as exigências sacrificiais (1 Pe 1.19).
Também foi sugerido que CRISTO morreu de asfixia pela debilitação da respiração
enquanto estava na cruz. Uma posição ereta prolongada também poderia levar a
uma coagulação venosa e a uma insuficiência circulatória periférica. Uma
diminuição do rendimento cardíaco e a consequente diminuição do fluxo de
sangue para os tecidos causariam um nível de oxigênio mais baixo no cérebro.
Também compatível tanto com a história bíblica como com a probabilidade médica
é a dilatação aguda do estômago. Isto é visto hoje como uma complicação
pós-operatória rara e fracamente compreendida. Ela também pode seguir um estado
de choque. O golpe da lança teria liberado o fluido aquoso acumulado no
estômago dilatado de nosso Senhor. O sangue provavelmente tenha vindo do
coração perfurado e dos grandes vasos. Após um golpe como este, não se pode ter
qualquer dúvida quanto à sua morte.
A despeito de qual tenha sido a causa imediata de sua morte, a importância da
crucificação reside no significado da morte de CRISTO, Podemos dizer com
Isaías: *Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas
pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5).
(Dicionário Bíblico Wycliffe, com algumas alterações e acréscimos do Pr
Henrique)
EM QUE SE FUNDAMENTA A CURA DOS CRENTES?
(http://www.ifamilia.com.br)
A – REDENÇÃO - Que a cura física, assim como a cura espiritual
estavam inclusas na obra redentora de CRISTO, é constantemente salientada,
tanto pelo Antigo como pelo Novo Testamentos.
Observe estas declarações com relação á liberdade do povo de Israel do Egito:
Ex. 15:25-26 - Esta era uma parte vigente do pacto de DEUS com Israel. As
doenças pertenciam aos egípcios (pecadores) e não ao povo de DEUS, que conhecia
o Seu poder libertador e andava de acordo com o pacto feito com Ele. Sl.
105:37; Sl. 103:2-3; Is. 53:4-5; Mc. 8:16-17 e 3 João 2. Estes e muitos outros
versículos bíblicos nos mostram que a nossa redenção não foi somente
espiritual, mas física também. Assim como Ele remove o nosso pecado, assim
também ele remove as nossas doenças e enfermidades. Mesmo no Velho Testamento,
a cura física era parte do Pacto. A cura era, experimentada por muitos. Havia
ritos, ofertas e cerimônias especiais que eram usados para trazer a cura á
pessoa enferma. Quando JESUS curava, Ele muitas vezes também, perdoava os pecados.
Muito frequentemente, Ele ligava a doença com o pecado, e perdoava o pecado
antes que Ele curasse. Os dois também são ligados por Tiago 5:14-16. Os dois
grandes aspectos do ministério de CRISTO na terra foram: Curar os enfermos e
perdoar os pecados. 1 Pd.2:24; Rm.5:12.
B - FÉ - Algumas vezes JESUS ministrava ás pessoas Segundo a
fé delas. Ele dizia frequentemente: “Seja-vos feito segundo a vossa fé”, ou
alguma declaração semelhante. Os benefícios tanto do Antigo Testamento como do
Novo Testamento eram e são baseados na fé, o que envolve a confiança e a
obediência.
2 Co. 5:7 > Isto significa que concordamos com a Palavra, aceitamo-la em
nossa vida pessoal e agimos com confiança. Mc. 11:24 > Esta fé deve ser
baseada apenas na Palavra de DEUS, em Romanos 10:17 diz: “ De sorte que a fé
vêm pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de DEUS”. Hb. 10:23; Sl, 89:34; Is.
55:11; Ap.12:11 e Mt. 4:4 a 11.
Após o arrebatamento não estaremos mais sujeitos às doenças e
enfermidades - 1 Co 15.47 O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo
homem, o Senhor, é do céu. 48 Qual o terreno, tais são também os terrenos; e,
qual o celestial, tais também os celestiais. 49 E, assim como trouxemos a
imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial. 50 E, agora,
digo isto, irmãos: que carne e sangue não podem herdar o Reino de DEUS, nem a
corrupção herda a incorrupção. 51 Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade,
nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, 52 num momento, num
abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os
mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53 Porque
convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto
que é mortal se revista da imortalidade. 54 E, quando isto que é corruptível se
revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da
imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a
morte na vitória.
BEP (CPAD) - Rm 8.23 TAMBÉM GEMEMOS. Embora os crentes possuam o
ESPÍRITO e as suas bênçãos, eles também gemem no íntimo, ansiando por sua plena
redenção. Gemem por duas razões.
(1) Os crentes, por viverem num mundo pecaminoso que entristece o
seu espírito, continuam experimentando a imperfeição, a dor, as doenças e
enfermidades e a tristeza. Os gemidos do crente expressam a sua profunda
tristeza sentida ante essas circunstâncias (cf. 2 Co 5.2-4).
(2) Gemem ao suspirar por sua redenção total e pela plenitude do
ESPÍRITO SANTO que serão outorgadas na ressurreição. Gemem pela glória a lhes
ser revelada e pelos privilégios da plena filiação celestial (cf. 2 Co 5.2,4).
Em CRISTO está a libertação das doenças da alma.
Sl 103.3 É ele quem perdoa todas as tuas iniquidades, quem sara
todas as tuas enfermidades,
Não há enfermidade que JESUS não cure, não há doença que JESUS não
cure, ELE é a cura para as nações, ELE é a cura do corpo, da alma e do espírito
humano. JESUS é única a cura para o pecado!
"Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO,
que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos?" (1
Co 6.19). Fomos comprados e isso inclui corpo, alma e espírito.
Romanos 8.11 E, se o ESPÍRITO daquele que dos mortos ressuscitou a
JESUS habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a CRISTO também
vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu ESPÍRITO que em
vós habita. Essa é nossa esperança, é nossa certeza pela fé Nele.
As curas são resultado do poder vivificador do ESPÍRITO SANTO
operando em nosso corpo mortal. A cura está em nós porque aquele que dá poder
para haver cura mora em nós. Um dia teremos corpos celestiais que nunca mais
vão adoecer, será corpo incorruptível. Enquanto isso não acontece devemos orar
uns pelos outros para que todos tenham saúde física, pois JESUS levou na cruz
tanto nossos pecados quanto nossas enfermidades (Is 53).
ADÃO E CRISTO |
|
ADÃO · O corpo natural veio
primeiro · O primeiro homem tornou-se
alma vivente · Teve origem do pó da Terra · Aqueles que vieram do pó
são como ele · Nascemos à semelhança de
Adão |
CRISTO · Corpo espiritual vem
posteriormente · O Último Adão é espírito vivificante . Sem Princípio de dias · É celestial e divino · Os celestiais são como Ele · Seremos semelhantes a
CRISTO |
3. A necessidade desses dons.
QUAL É O PROPOSITO DOS DONS DE CURAR? (http://www.ifamilia.com.br)
1 – DEUS ama ao Seu povo e quer que ele tenha uma boa saúde, referindo-se à
saúde total: corpo, alma e espírito. Não há limites com relação ao que DEUS
deseja dar-nos como uma herança no Reino. 3 João 2:4.
2 - A saúde e a cura divina são aspectos da retificação da maldição da lei. 1
João 3:8; Gl.3:13. A redenção envolve o retirar-se o homem totalmente dos
efeitos das maldições envolvidas na lei, os quais incluem as doenças e as
enfermidades. O homem não tem que suportar doenças se ele aceitar toda a
provisão feita para ele na Nova Aliança. Isto é uma parte integrante das
bênçãos da Nova Aliança.
3 – Isto foi designado para confirmar a nossa mensagem com sinais e
maravilhas. Hb.2:3-4. Isto era uma parte da grande comissão. Mc.
16:15-20. João 5:36 - JESUS não somente pregou o Evangelho do Reino, mas Ele
também o demonstrou Lc. 8:1. Um dos maiores erros da historia é a separação de
curas com a pregação da mensagem da Salvação. Isto equivale a pregar-se “metade
do Evangelho”, o que nunca produzirá os resultados que DEUS intencionou que a
pregação do evangelho produzisse.
Nunca tivemos tantos casos de depressão, ansiedade, estresse,
etc...
Nunca tivemos uma pandemia como a que está acontecendo no mundo
atual.
Portanto, nunca houve tanta necessidade dos Dons de curar como
hoje.
O Privilégio da Cura Divina (5.14,15a)
A oração em tempos de enfermidade é nosso dever e nosso privilégio
em CRISTO. Provavelmente, deveríamos observar essa prática cristã mais do que
fazemos.
A Bíblia ensina a doutrina da cura divina e cabe a nós procurar
fazer a oração da fé pela cura do doente.
b) Cura e Perdão (5.15b,16a)
Entre os judeus, a doença geralmente era atribuída ao pecado. JESUS
rejeitou essa visão como um princípio universal (Jo 9.1-2), mas em outro texto
sugere o que sabemos ser um fato, que em muitos casos o pecado é a causa de uma
enfermidade específica (cf. Jo 5.14).
Nesses casos, presume-se que a pessoa que procura a cura também se
arrependeu do seu pecado e está procurando o perdão divino.
c) Oração Eficaz (5.16b-18)
Quando devemos esperar que nossas orações sejam respondidas por
DEUS? Tiago deixa claro que orações desse tipo devem vir de um justo (v. 16),
i.e., alguém que está num relacionamento correto com DEUS e o homem. Uma
tradução da última frase do versículo 16 é a seguinte: “Muito pode, por
sua eficácia, a súplica do justo” (ARA). A única oração de um injusto que DEUS
promete ouvir é a oração de arrependimento. Baseado na palavra traduzida por
“oração fervorosa” (Bíblia Viva, energoumene).
Cada pessoa que ora sabe que há tempos em que o ESPÍRITO SANTO a
ajuda em sua oração (Rm 8).
A. F. Harper. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol.
10. pag. 195-196.
III - O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)
Observação minha - Pr. Henrique - Esse dom modifica uma
realidade natural. Esse dom dá poder para mudar a natureza das coisas. É a ação
sobrenatural do ESPÍRITO SANTO na natureza ou na coisa que seria natural não
ser mudada.
1. O dom de operação de maravilhas.
Milagres (gr. sêmeion) são a intervenção sobrenatural na ordem
normal da natureza. O dom de milagres provoca “o desprendimento da energia
divina, a fim de operar grandes mudanças na ordem natural das coisas. Um
milagre é uma manifestação de poder sobrenatural no reino natural”. Esse dom
também é chamado de dom de operação de maravilhas (gr. energemata dunameõn).
Desses termos gregos derivam as palavras “energia” e “dinamite”. São palavras
plurais, no idioma original. Isso dá a entender que pode haver uma variedade
enorme de milagres, operados pelo poder do ESPÍRITO SANTO.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 48.
Por milagres ou maravilhas, entende-se todo e qualquer fenômeno que
altera uma lei preestabelecida. “Milagres” e “Maravilhas”, são plurais da
palavra “poder” em Atos 1.8, que significa: atos de poder grandiosos,
sobrenaturais, que vão além do que o homem pode ver.
A operação de milagres acontece, na maioria das vezes, em relação
às operações de DEUS (Mt 14.2; Mc 6.14; G14.5 e Fp 3.21) ou de Satanás: 2 Ts
2.7,9; Ef 2.2.
Nesses atos de poder de DEUS que infligem derrota a Satanás. Também
pode ser classificado como milagre o resultado da operação divina na cura de
determinadas enfermidades, para as quais ainda não há remédio, como por
exemplo: câncer de nascença, cegueira de nascença, surdez
de nascença, mudez de nascença, e determinados tipos de paralisia
de nascença, etc...
A capacidade de ação de DEUS nunca esteve condicionada ao tempo e
ao espaço, mas à capacidade humana de crer naquilo que DEUS diz. Ontem, hoje e
sempre prevalece a declaração divina: “Se creres verás a glória de DEUS”, Jo
11.40.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora
CPAD, com algumas alterações e acréscimos do Pr Henrique
Operação de maravilhas. "A operação de maravilhas"
consiste em dois plurais: de dunamis (façanhas de grande poder sobrenatural) e
energêma. A palavra grega para "milagre", em João, enfatiza o seu
valor como sinal para encorajar as pessoas a crer e a continuar crendo. Atos
dos Apóstolos enfatiza a continuação dessa obra na Igreja, demonstrando que
CRISTO é vencedor.
HORTON. Staleym. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. Editora CPAD.
Operação de Maravilhas (12.10a)
A palavra maravilhas (ou milagres; dynameon) enfatiza o elemento do
poder, e pode se referir à capacidade de realizar extraordinários esforços
físicos (2 Co 11.23-28).
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol.
8. pag. 336.
O milagre muda o natural, quebra as regras da natureza.
Exemplos:
Um cego de nascença passar a ver é um milagre, pois naturalmente
quem nasce cego, morre cego. Não ficou cego por alguma enfermidade, mas nasceu
cego.
Um surdo de nascença passar a ouvir é um milagre, pois
naturalmente quem nasce surdo, morre surdo. Não ficou surdo por alguma
enfermidade, mas nasceu surdo.
Um aleijado de nascença passar a andar é um milagre, pois
naturalmente quem nasce aleijado, morre aleijado. Não ficou aleijado por alguma
doença, mas nasceu aleijado.
Andar sobre as águas quebra uma lei da natureza.
Mandar para os ventos e tempestade quebra uma lei da natureza.
A Natureza do Miraculoso
Visto que o termo milagre é popularmente aplicado a ocasiões incomuns, até
mesmo por aqueles que professam não acreditar no sobrenatural, nem sempre é
fácil atribuir o verdadeiro significado bíblico à palavra. É provável que a
definição mais simples seja; “Uma interferência na natureza por um poder
sobrenatural” (C. S. Lewis, Miracles, p.15). Uma definição de Machen também é
útil. “Um milagre é um evento no mundo exterior, que é trabalhado pelo poder
imediato de DEUS” (J. Gresham Machen, The Christian View of Man, p. 117). Com
isto ele quer dizer que uma obra divina é milagrosa quando DEUS “não usa meios,
mas utiliza o seu poder criativo, como o utilizou quando fez todas as coisas a
partir da Palavra de DEUS” (Hb 11.3). Em outras palavras, um milagre acontece
quando DEUS dá um passo para fazer algo além do que poderia ser realizado de
acordo com as leis da natureza, do modo como a entendemos, e que na verdade
pode estar em desacordo com elas e ser até uma violação delas. Além disso, um
milagre está além da capacidade intelectual ou científica do homem.
Quatro palavras gregas aparecem nos Evangelhos para descrever as obras
sobrenaturais do Senhor JESUS: terás (traduzido como “maravilha”) fala do seu
caráter extraordinário; aemeíon (“sinal”) simboliza a verdade celestial e
indica a imediata conexão com um mundo espiritual mais elevado; dynamis
(“poder”) descreve um exercício de poder divino e demonstra o fato de que
forças superiores penetraram e estão trabalhando neste nosso mundo inferior;
ergon (“trabalho”) se refere aos feitos miraculosos que CRISTO veio realizar.
Os primeiros três desses termos estão reunidos em Atos 2.22: “A JESUS Nazareno,
varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas [ou milagres, dynamesi],
prodígios [terasi] e sinais [semeio is\, que DEUS por ele fez no meio de vós,
como vós mesmos bem sabeis” (veja W. Gráham Scroggie, A Guide to the Gospels,
pp.203-204).
O Propósito dos Milagres
Alguns tendem a ver os milagres como eventos isolados na vida dos profetas ou
do Senhor JESUS CRISTO, ou de seus apóstolos e discípulos. Presumivelmente, o
desespero medonho de uma pessoa, a seriedade de uma situação, ou a iniciativa
de Elias ditaram se um milagre deveria ou não ser realizado. Mas os milagres
não estão espalhados em uma confusão geral ao longo da Bíblia Sagrada. Eles
estão caracterizados em quatro períodos na história bíblica: os dias de Moisés
e Josué, Elias e Eliseu, de Daniel, do Senhor e Salvador JESUS CRISTO e da
Igreja primitiva. Em cada caso, os milagres serviram para dar crédito à
mensagem e ao mensageiro de DEUS, em ligações importantes no desenvolvimento da
tradição judaico-cristã. Eles também preservaram a verdade de DEUS da extinção.
Destacamos aqui a confirmação de ministérios e homens de DEUS, bem como
autenticaram a Palavra de DEUS e abençoaram as pessoas.
Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno,
varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e
sinais, que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
Atos 2:22
Moisés era um estranho ao seu povo e precisava de alguns meios para demonstrar
que havia sido enviado por DEUS para guiá-los, tirando-os da escravidão. Além
disso, ele precisava de uma forma de persuadir Faraó a libertar os israelitas
escravizados. E é claro, uma vez que DEUS guiou os israelitas para fora do
Egito, Ele tinha que exercer um poder miraculoso para passar com milhões deles
pelo deserto até Canaã.
Elias e Eliseu ministraram a Israel em uma época em que a adoração ao bezerro e
a Baal ameaçavam exterminar a fé no DEUS verdadeiro. Atos milagrosos mostraram
que a mensagem dos profetas era verdadeira e digna de crédito, e que o DEUS
deles era o único DEUS verdadeiro. Este fato fica especialmente claro no
confronto entre Elias e os profetas de Baal no Monte Carmelo.
Daniel e seus associados foram impulsionados às posições de liderança, no dia
em que o Templo e o poder político judeu foram destruídos, e quando uma grande
porcentagem de membros e lideres da comunidade hebraica foi exilada da sua
terra natal. Muitas questões devem ter passado pela mente dos exilados. DEUS
não existe mais? Ele estava sempre com eles? Os assírios e babilônios estavam
certos quando zombavam, dizendo que o deus deles era mais poderoso do que o
DEUS dos hebreus? O DEUS hebreu era um DEUS local capaz de proteger seus
adoradores apenas na Palestina? Será que DEUS ainda tinha poder, agora que o
seu Templo estava destruído, e não tinha mais aonde habitar? Daniel e seus
associados estavam enganados em sua visão a respeito de DEUS e de seu poder? Os
milagres realizados na Babilônia responderam várias vezes a todas essas
perguntas. O DEUS do céu era o único verdadeiro, universal em seu poder e
amoroso em sua terna supervisão para com os seus. Ele honrou o testemunho dos
seus servos fiéis,־ mostrou que a imagem
de Nabucodonosor não era nada quando comparada ao seu poder; Ele abateu
Belsazar no exato momento em que este ousou profanar as vestes sagradas e os
objetos do Templo e ridicularizar a Divindade judaica. Um povo tirado da sua
terra natal e de seus padrões normais de adoração precisava de tal demonstração
de poder para suportar os seus dias de cativeiro. O fato dos hebreus não se
assemelharem à população mesopotâmia, mas manterem a sua nacionalidade
distinta, por si só é um milagre. É ainda mais notável que tantos que vieram à
Mesopotâmia como prisioneiros de guerra e escravos, tenham se tornado
proeminentes na sociedade babilônica e persa. Descobertas arqueológicas atestam
este fato de uma forma incrível.
Durante o ministério terreno de JESUS, Ele usou os milagres para demonstrar a
sua divindade, para provar que era o Enviado de DEUS, para sustentar o seu
Messianato, para ministrar com compaixão às multidões necessitadas, para guiar
seus seguidores à fé salvadora, para evidenciar um renascimento espiritual
interior (como no caso da cura do paralítico, Mc 2.10,11), e como um auxílio na
instrução e preparação de seus discípulos para o ministério que eles estavam
prestes a desempenhar (por exemplo, Mc 8.16-21). E também está claro que os
milagres da encarnação, ressurreição e Ascenção são parte integrante da
provisão divina da salvação para a humanidade.
Depois qne o Senhor JESUS CRISTO ascendeu ao céu, os seus discípulos começaram
a pregar em seu nome, interpretando os acontecimentos de sua vida e
especialmente de sua morte, escrevendo aos seus convertidos mensagens que
traziam em si a autoridade do ESPÍRITO SANTO.
Então a questão da comprovação (ou da autenticação) surgiu mais uma vez. Eles
eram verdadeiros mensageiros de DEUS, interpretando corretamente a mensagem e a
obra de seu Filho? Os seus pronunciamentos deveriam ser tratados como se fossem
inspirados? Os milagres ajudaram a responder estas perguntas de forma
afirmativa.
Diante disso precisamos notar os ministérios realmente dados por
CRISTO à Igreja. Existe comprovação do ministro e de sua mensagem com sinais,
prodígios e maravilhas?
A Plausibilidade dos Milagres
O homem que vive na época da ciência tem dificuldade de aceitar os milagres.
Desde o início da nossa época de escola, ficamos impressionados com a lei
natural - com a constância ou uniformidade das operações do universo. Quando
crescemos e começamos a desenvolver um mundo e uma visão da vida por nós
mesmos, um conflito surge entre este ponto de vista sobre a natureza e o sobrenatural,
Como podemos resolver esta questão? Podemos aceitar os milagres?
O argumento teológico. Há uma ordem, um ajuste, e um projeto visível em todos
os lugares no universo. Existe a evidência de um projetista do universo. A
partir deste argumento, podemos concluir que: (1) este Criador deve ter um
grande poder; (2) Ele deve ter grande inteligência; (3) a partir de uma
inteligência tão grande, podemos concluir que este Glorioso Ser possui a sua
personalidade e autoconsciência.
Através de uma cuidadosa consideração, podemos ir mais além nestes argumentos
teístas chegando a uma possibilidade, a uma probabilidade, e até mesmo a uma
alta probabilidade de um teísmo total: uma crença em um DEUS pessoal,
sobrenatural, e onipotente. Embora possamos chegar a certezas morais, não
poderiamos chegar à verdadeira certeza intelectual sem restar nenhuma dúvida
intelectual por parte do indivíduo. A certeza intelectual a respeito de um DEUS
pessoal e ético só pode ser alcançada através dos fatos da revelação cristã, e,
de forma conclusiva, apenas através de uma experiência interior com DEUS. Não é
razoável concluir que o onipotente projetista do universo não teria poder para
revelar a si mesmo, ou que não teria interesse em se revelar às suas criaturas
(isto é, através da Palavra escrita, a Palavra Viva e suas manifestações
sobrenaturais).
Podemos concluir que uma crença nos milagres não é apenas plausível nos nossos
dias, mas que é a única esperança para uma humanidade presa no redemoinho do
poder político e de uma iminente guerra atômica. Sem o elemento miraculoso, o
cristianismo não teria uma mensagem e nem um consolo para a nossa era. Um JESUS
que é simplesmente um mártir da verdade, um líder dos filantropos, um modelo de
professores éticos, não poderia apresentar aos homens mais do que um idealismo
conhecido e desgastado. A única resposta para os mares agitados da vida é um
Salvador que possa dizer “Cala-te, aquieta-te” (Mc 4.39). A única esperança
para a vitória sobre o poder de Satanás, é Aquele que os demônios reconhecem e
obedecem. A única esperança para o corpo nesta vida e na próxima reside naquele
que é o Senhor da vida e da morte. A única esperança para a alma descansa
naquele que morreu pelos nossos pecados, ressuscitou, nos usa em milagres hoje
e ainda vive para interceder por nós.
Sugestões Para o Estudo dos Milagres
Muitas vezes, não se dá a devida atenção aos milagres, e assim estes são
facilmente considerados um fenômeno interessante e dramático. Porém uma
investigação cuidadosa dos milagres proverá informações verdadeiramente
valiosas para o estudante da Bíblia, e contribuirá para o aumento de seu
conhecimento da metodologia de estudo da Bíblia. A seguir estão algumas
maneiras de abordar os milagres.
1. Classifique os milagres. Por exemplo, eles podem estar organizados de acordo
com a demonstração de poder sobre a natureza, os demônios, as enfermidades, ou
as deformidades físicas.
2. Estude-os como uma ferramenta de ensino. Que ponto o realizador do milagre
tentava atingir através do milagre?
3. Observe o valor apologético dos milagres; por exemplo, considere-os como uma
evidência da divindade de CRISTO. Reconheça o fato de que, em todos os
exemplos, as maravilhas que JESUS realizou eram humanamente impossíveis.
4. Veja o que eles revelam sobre a pessoa do realizador do milagre. Alguns
fatos bastante perceptíveis através dos milagres de CRISTO são: seu poder,
compaixão, amor, atitude em relação ao judaísmo, ao governo, e o respeito pelas
pessoas.
5. Observe o método ou procedimento obedecido na realização dos milagres. JESUS
falou com as três pessoas que Ele ressuscitou. Ele tocou um leproso, e aplicou
lodo aos olhos de um cego.
6. Veja o que eles revelam sobre a pessoa pela qual o milagre é realizado. O
que eles falam sobre a sua posição social, econômica, sob o seu ponto de vista
religioso e a sua gratidão? Que efeito o milagre exerce sobre a vida
psicológica e espiritual desta pessoa?
7. Observe as necessidades relativas daqueles que foram beneficiados pelos
milagres.
8. Visualize o drama do momento. Desenvolva uma imaginação santificada. Por
exemplo, imagine Jairo profundamente ansioso e até mesmo nervoso e inquieto,
enquanto o Senhor JESUS, depois do seu pedido, se volta para a mulher que tocou
na orla das suas vestes, para tratar de sua hemorragia. Talvez tenha passado
pela mente de Jairo um breve pensamento de que, se o Senhor JESUS tivesse se
apressado, a sua filha não teria morrido.
A Questão dos Milagres Hoje
Sempre se levanta a questão se a igreja moderna pode desfrutar do mesmo poder
de realizar milagres como ocorria no início do NT. Deve-se considerar que DEUS
é onipotente e pode capacitar os seus para realizar milagres hoje. DEUS
continua o mesmo e a nossa necessidade hoje é maior do que nos tempos
apostólicos. Apesar de estar claro pela história que a igreja, em crise
espiritual, passou algum tempo sem operar “sinais, prodígios e maravilhas”, os
milagres continuam acontecendo. Ocorrências bem comprovadas de curas,
ressurreições, expulsão de demônios, milagres e vários dons em operação,
aconteceram e continuam acontecendo em nossos dias.
O dom de realizar certos tipos de milagres está sempre relacionado à condição
espiritual da igreja, e é confirmado que se a igreja dos nossos dias fosse mais
espiritual, ela poderia exercer os dons como fez a igreja do primeiro século.
(Dicionário Bíblico Wycliffe, com algumas alterações e acréscimos
do Pr Henrique)
2. Exemplos bíblicos.
Os Milagres Bíblicos
Os milagres realizados por Moisés e Josué podem ser facilmente encontrados e
estudados nos capítulos iniciais de Êxodo, nos capítulos subsequentes do
Pentateuco e no livro de Josué. O trabalho maravilhoso de Elias é descrito em 1
Reis 17—2 Reis 2, e o de Eliseu em 2 Reis 2-8. Os milagres do período de Daniel
estão registrados em sua profecia.
Visto que os milagres de nosso Senhor estão relatados ao longo dos quatro
Evangelhos, e que alguns milagres são mencionados em mais de um Evangelho, pode
ser útil obter uma única lista completa. Os milagres realizados pelos líderes
da igreja primitiva podem ser encontrados no livro de Atos, a partir do
capítulo 3.
Os Evangelhos registram 35 milagres separados realizados por CRISTO; entre
estes, Mateus cita 20; Marcos, 18; Lucas, 20; e João, 7. Não se deve concluir,
entretanto, que o Senhor só realizou estes milagres. Mateus, por exemplo,
relembra 12 ocasiões em que o Senhor JESUS realizou várias maravilhas (Mt
4.23-24; 8.16; 9.35; 10.1,8; 11.4,5; 11.20-24; 12.15; 14.14; 14.36; 15.30;
19.2; 21.14).
Obviamente OS escritores dos Evangelhos simplesmente escolheram os
milagres de acordo com o seu objetivo, dentre os inúmeros que foram realizados
pelo Senhor JESUS. Há muitas formas de organizar os milagres individuais
registrados nos Evangelhos, dependendo do propósito do comentarista. Pode ser
de grande valia enumerá-los em sua ordem de ocorrência, tanto quanto for
possível.
1. A transformação da água em vinho (Jo 2.1-11)
2. À cura do filho de um nobre em Caná (Jo 4.46-54)
3. A cura um paralítico no tanque de Betesda (Jo 5.1-9)
4. A primeira pesca miraculosa (Lc 5.1-11)
5. A libertação de um endemoninhado na sinagoga (Mc 1.23-28; Lc 4.31-36)
6. A cura da sogra de Pedro (Mt 8.14,15; Mc 1.29-31; Lc 4.38,39)
7. A purificação de um leproso (Mt 8.2-4; Mc 1.40-45; Lc 5.12-16)
8. A cura de um paralítico (Mt 9.2-8; Mc 2.3-12; Lc 5.18-26)
9. A cura de um homem que tinha uma das mãos mirrada (Mt 12.9-13; Mc 3.1- 5; Lc
6.6-10)
10. A cura do servo do centurião (Mt 8.5- 13; Lc 7.1-10)
11. JESUS ressuscita o filho de uma viúva (Lc 7.11-15)
12. A cura de um endemoninhado cego e mudo (Mt 12.22; Lc 11.14)
13. JESUS acalma uma tempestade (Mt 8.18.23-27; Mc 4.35-41; Lc 8.22-25)
14. A libertação de um endemoninhado gadareno (Mt 8.28-34; Mc 5.1-20; Lc
8.26-39)
15. A cura da mulher que tinha um fluxo de sangue (Mt 9.20-22; Mc 5.25-34; Lc
8.43-48)
16. JESUS ressuscita a filha de Jairo (Mt 9.18.19.23-26; Mc 5.22-24,35-43; Lc
8.41, 42,49-56)
17. A cura de dois cegos (Mt 9.27-31)
18. A libertação de um mudo (Mt 9.32,33)
19. JESUS alimenta mais de 5 mil pessoas (Mt 14.14-21; Mc 6.34-44; Lc 9.12-17;
Jo 6.5-13)
20. JESUS anda sobre as águas (Mt 14.24- 33; Mc 6.45-52; Jo 6.16-21)
21. JESUS expulsa o demônio da filha de uma mulher siro-fenícia (Mt 15.21-28;
Mc 7.24-30)
22. A cura de um surdo-mudo em Decápolis (Mc 7.31-37)
23. JESUS alimenta mais de 4 mil pessoas (Mt 15.32-39; Mc 8.1-9)
24. A cura de um cego em Betsaida (Mc 8.22-26)
25. A libertação de um garoto (Mt 17.14- 18; Mc 9.14-29; Lc 9.38-42)
26. Encontrando o dinheiro do tributo (Mt 17.24-27)
27. A cura de um cego de nascença (Jo 9.1-7)
28. A cura de uma mulher em um sábado (Lc 13,10-17)
29. A cura de um hidrópico (Lc 14.1-6)
30. JESUS ressuscita Lázaro (Jo 11.17-44)
31. A purificação dos 10 leprosos (Lc 17.11-19)
32. A cura do cego Bartimeu (Mt 20.29-34; Mc 10.46-52; Lc 18.35-43)
33. JESUS amaldiçoa a figueira (Mt 21.18,19; Mc 11.12-14)
34. A restauração da orelha de Malco (Lc 22.49-51: Jo 18,10)
35. A segunda pesca maravilhosa (Jo 21.1-11)
(Dicionário Bíblico Wycliffe, com algumas alterações e acréscimos
do Pr Henrique)
Lembrando que cada vez que um dos profetas, ou JESUS, ou os
apóstolos e discípulos enunciavam coisas futuras, era uma operação do Dom de
Palavra de Sabedoria que estava em curso.
Lembrando que cada vez que um dos profetas, ou JESUS sabia os
pensamentos de seus opositores ou sabia onde estava Natanael, ou os apóstolos e
discípulos revelavam algo oculto do passado ou do presente, era uma operação do
Dom de Palavra de Conhecimento que estava em curso.
Lembrando que cada vez que JESUS, ou os apóstolos e discípulos
expulsavam algum demônio, era uma operação do Dom de Discernimento de espíritos
que estava em curso.
Lembrando que cada vez que um dos profetas, ou JESUS, ou os
apóstolos e discípulos ressuscitavam um morto, era uma operação do Dom da Fé
que estava em curso.
Lembrando que cada vez que um dos profetas, ou JESUS, ou os
apóstolos e discípulos curavam alguma doença ou enfermidade, era uma operação
do Dons de Curar que estava em curso.
Lembrando que cada vez que um dos profetas, ou JESUS, ou os
apóstolos e discípulos curavam alguém de alguma doença de nascença ou mudavam
algo na natureza, era uma operação do Dom de Milagre ou Maravilha que estava em
curso.
Exemplos de Milagres
No Antigo Testamento, Na travessia do Mar Vermelho, temos um
exemplo extraordinário de um milagre, operado por DEUS. O povo de Israel, com
cerca de 3 milhões de pessoas, jamais teria condições de adentrar as águas à
sua frente, acossado pelo exército de Faraó. Mas DEUS fez o impossível,
alterando o curso dos elementos da natureza. “Então, Moisés estendeu a sua mão
sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda
aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas. E os filhos
de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram como muro à
sua direita e à sua esquerda” (Ex 14.21,22).
Em meio a uma grave crise climática, em Israel, uma viúva clamou ao
profeta Eliseu para que seus dois filhos não fossem levados cativos para pagar
dívidas deixadas pelo seu esposo. Eliseu indagou o que ela tinha em casa, e, em
resposta, a mulher disse que só tinham “uma botija de azeite” (2 Rs 4.2). Algo
como meio litro ou um pouco mais. Mas isso não significava nada diante do
grande problema da dívida que a mulher tinha que pagar, para não perder a
guarda de seus dois filhos. A ordem normal das coisas, à luz dos costumes e
leis de seu tempo, exigia que ela entregasse os filhos ao credor.
Mas o milagre veio através do profeta que confiando em DEUS, disse
à mulher que conseguisse muitos vasos com seus vizinhos, e os enchesse com
aquela pequena quantidade de azeite. A mulher obedeceu ao profeta, e
presenciou, com seus filhos um milagre extraordinário. À proporção que
derramava o azeite nas vasilhas, o azeite aumentava. Aquilo que parecia ser o
fim foi o começo de um novo tempo na vida daquela pobre viúva. O profeta de
DEUS disse: “Então, veio ela e o fez saber ao homem de DEUS; e disse ele: Vai,
vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto” (2 Rs
4.7). O gravíssimo problema só teve solução mediante a intervenção do poder de
DEUS na ordem social e econômica daquela família.
O fenômeno em que o sol se deteve por quase um dia inteiro, para
que Josué pudesse vencer os amorreus, é um exemplo típico de um milagre ou de
maravilha operada por DEUS envolvendo seus servos. Pelas leis da mecânica
celeste, o sol se põe, no final da tarde, ou “se põe”, como se diz na linguagem
figurada. Mas, se a noite caísse, Israel não teria condições de vencer os
poderosos exércitos inimigos. Tal situação exigia uma ação de emergência. E
Josué, o líder da tomada da terra prometida, pôs sua fé em ação, e confiou em
DEUS, ao determinar que o Sol se detivesse em Gibeão, e a lua se detivesse, no
vale de Aijalom.
Diz a Bíblia que, contrariando todas as leis da mecânica celeste,
houve um fenômeno jamais visto: “E o sol se deteve, e a lua parou, até que o
povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol,
pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia
inteiro. E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo
o Senhor, assim, a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel” (Js
10.13,14).
O milagre é sobrenatural, fora da lógica humana. DEUS não está
sujeito às leis da natureza. Quando Ele quer, suspende seus efeitos e cumpre os
seus propósitos para o seu povo, ou para um servo seu.
Nos evangelhos JESUS operou muitos milagres. Após ministrar sua
palavra, JESUS entrou no barco com seus discípulos, acompanhado de outros
barquinhos. Inesperadamente, levantou-se, no mar, um grande temporal de vento,
provocando ondas que cobriam o barco. “E ele estava na popa dormindo sobre uma
almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos?
E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o
vento se aquietou, e houve grande bonança” (Mc 8.38,39). JESUS mostrou, mais de
uma vez, que tem poder sobre a natureza, que Ele mesmo criou (Jo 1.3).
Sempre que é de nascença a doença ou enfermidade e existe a cura,
aí é um Milagre em operação - E, passando JESUS, viu um homem cego de nascença.
João 9:1 E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o
Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo. João 9:7
E estava assentado em Listra certo varão leso dos pés, coxo desde o
seu nascimento, o qual nunca tinha andado. Este ouviu falar Paulo, que, fixando
nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta:
Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou. Atos 14:8-10
Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 48-51. (Alguns acréscimos do Pr. Henrique).
Observação:
Muitos milagres confundem as pessoas que ao contemplar sua ação
pensam ser uma cura. Alguém que nasceu aleijado, alguém nasceu cego, alguém
nasceu surdo,isso são milagres etc...
O milagre contraria o curso normal dessas coisas agindo na
natureza dessas coisas e transformando o caos em bênção. Assim o aleijado de
nascença anda, o cego de nascença vê, o surdo de nascença ouve.
Através desse dom uma chuva pode parar de repente, ao contrário
disso, pode começar a chover (Elias disse para não chover por 3 anos e meio, e
aconteceu, orou para chover e aconteceu, Tg 5.17).
Atos dos Apóstolos 3:2-8 - E era trazido um homem que desde o
ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo,
chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. 6- E disse Pedro: Não
tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de JESUS CRISTO, o
Nazareno, levanta-te e anda. 7- E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e
logo os seus pés e artelhos se firmaram. 8 - E, saltando ele, pôs-se em pé, e
andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a DEUS.
O milagre instigou a perplexidade dos discípulos (v. 27):
“Aqueles homens se maravilharam”. Eles estavam, havia muito,
acostumados com o mar, e durante toda a sua vida nunca tinham visto uma
tempestade se acalmar tão imediatamente. Este fato tinha em si todos os sinais
e marcas de um milagre. “Isso foi feito pelo Senhor e é coisa maravilhosa aos
nossos olhos”.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 100-101.
3. Distorções no uso dos dons de curar e de operação de maravilhas.
No Sermão do Monte das Oliveiras, o Senhor JESUS CRISTO profetizou
que falsos profetas e cristos realizariam milagres, e seriam tão astutos que,
se fosse possível, enganariam até os próprios escolhidos no período da grande
Tribulação (Mt 24.24). Outras indicações semelhantes podem ser encontradas em 2
Ts 2.9 e Apocalipse 13.12-15 (cf. Mt 7.21-23). No plano de DEUS as falsas
operações de milagres deverão ser neutralizadas.
Fontes Não-Cristãs de Poder para Operar Milagres
Já observamos que, no final dos tempos, os milagres serão realizados pelo poder
demoníaco. Podemos presumir que o trabalho de Simão, o mágico; e Elimas, o
encantador, deveriam ser classificados na mesma categoria (At 8.9-24; 13.6-12),
assim como no caso aos mágicos egípcios que competiram com Moisés (Êx 7-8).
Se é a vontade de DEUS, é motivo para glorificação ao seu nome, ele
pode conceder autoridade a qualquer de seus servos para operar milagres
extraordinários. No entanto, quando o pregador, por permissão de DEUS, opera
milagres para sua promoção pessoal, de seu ministério ou da igreja a que
pertence, resta à dúvida se aquele milagre foi de DEUS ou de outra origem. Pior
ainda, quando o operador de milagres o faz, visando obter ganhos financeiros e
enriquecimento pessoal. Isso não glorifica a DEUS. É procedimento lastimável,
suscetível do juízo de DEUS no momento próprio. Da mesma forma um pastor ou
qualquer ministro (dons ministeriais) que assim procede está invocando
sobre si mesmo maldição e não bênção. No caso de Dons do ESPÍRITO SANTO, como
só operam em comunhão com o ESPÍRITO SANTO, cessam quando o usado está em
pecado. Já os dons ministeriais não são detectados se deixaram de operar.
Muitos pastores passam anos em adultério, por exemplo, sem ninguém desconfiar.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 51. (Alguns acréscimos do Pr. Henrique).
Neste estudo contamos com a colaboração do Pb Alessandro
Silva também.
Questionário da Lição 4 - Dons de poder
Responda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2014 - Para
jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário
Complete os espaços vazios e marque com "V "as respostas
verdadeiras e com "F "as falsas
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras
persuasivas de __________________________ humana, mas em demonstração do
ESPÍRITO e de ___________________________, para que a vossa fé não se apoiasse
em ___________________________ dos homens, mas no ___________________________
de DEUS” (1 Co 2.4,5).
VERDADE PRATICA
2- Complete:
Os dons de poder são __________________________ especiais em
situações que demandam a ação __________________________ do ESPÍRITO SANTO na
__________________________ do crente.
I - O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
3- O que significa fé?
( ) Na epístola aos Hebreus lemos que “a fé
é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não
veem” .
( ) Na epístola aos Hebreus lemos que “a fé
é o firme fundamento das coisas passadas e a prova das coisas que virão” .
( ) Essa é a definição bíblica sobre a fé,
pois mostra a total confiança e dependência em DEUS.
( ) Aprendemos com o texto do capítulo 11 de
Hebreus, conhecido como a "galeria dos heróis da fé”, que DEUS é
poderoso para fazer todas as coisas, sendo a nossa fé em DEUS, fundamental para
as operações divinas entre os homens.
4- O que é a fé como dom, segundo nossa revista da CPAD?
( ) É mesma fé que recebemos por ocasião da
nossa conversão: a fé salvífica, que é dom de DEUS.
( ) É distinta daquela que recebemos por
ocasião da nossa conversão: a fé salvífica.
( ) Se distingue da fé evidenciada como
fruto do ESPÍRITO.
( ) O dom da fé é a capacidade que o
ESPÍRITO SANTO concede ao crente para este realizar coisas que transcendem à
esfera natural da vida, objetivando sempre a edificação da igreja.
( ) De acordo com o teólogo Stanley Horton,
esse dom “é uma fé milagrosa para uma situação ou oportunidade especial”.
5- Dê Exemplo Bíblico do dom da fé, segundo nossa revista da CPAD:
Complete:
Quando guiou o povo de Israel na saída do Egito e se aproximou do
Mar ___________________________, já na iminência de ser destruído por
__________________________, Moisés disse: “Não temais; estai quietos e vede o
livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes,
nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis” .
Moisés “__________________________” pela fé o livramento do Senhor
___________________________ de o fato acontecer. Esta é uma boa amostra bíblica
do exercício do dom da fé.
II - DONS DE CURAR (1 Co 12-9)
6- O que são os dons de curar, segundo nossa revista da CPAD?
( ) São recursos de caráter sobrenatural
para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade.
( ) São recursos de caráter humano para
atuarem na cura de alguns tipos de enfermidade.
( ) Por isso a expressão está no plural.
DEUS é quem cura! Ele concede os “dons” segundo o conselho da sua vontade,
sabedoria e no momento certo.
( ) No Antigo Testamento, o
Todo-Poderoso se manifestou ao povo de Israel como “Jeová Rafá” — O Senhor que
sara.
( ) A concessão desses dons à Igreja deve-se
à necessidade de o Evangelho ser anunciado como uma mensagem poderosa ao não
crente, que outrora não tinha fé, mas que agora passou a crer no Evangelho,
arrependendo-se dos seus pecados..
7- Qual a relação entre a redenção e as curas, segundo nossa
revista da CPAD?
( ) Apesar de o crente ser redimido pelo
Senhor através da obra expiatória efetuada por JESUS na cruz do Calvário, ele
(o crente) ainda aguarda a redenção do seu próprio corpo.
( ) Quando o apóstolo Paulo tratou dos males
que afligem à criação como resultado do pecado da humanidade, escreveu que “não
só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do ESPÍRITO, também gememos em
nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”.
( ) Enquanto não recebermos o novo corpo
imortal e incorruptível não estaremos sujeitos a toda sorte de doenças porque
JESUS já levou nossas doenças na cruz.
( ) Enquanto não recebermos o novo corpo
imortal e incorruptível estaremos sujeitos a toda sorte de doenças.
8- Qual a necessidade desses dons, na atualidade?
( ) Os dons de curar não são necessários à
igreja da atualidade, pois temos a medicina avançada para curar nossas doenças.
( ) Os dons de curar são necessários à
igreja da atualidade.
( ) Num mundo incrédulo em que a medicina se
desenvolve rapidamente, o ser humano pensa que pode superar a DEUS.
( ) A humanidade precisa compreender a sua
limitação e convencer-se da sublime realidade de um DEUS Todo-Poderoso que, em
sua misericórdia e amor, concede sabedoria a homens e mulheres para multiplicar
o conhecimento da medicina visando o bem-estar de todos.
( ) Quanto aos dons de curas, são
manifestações de poder sobrenatural que o ESPÍRITO SANTO colocou à disposição
da Igreja de JESUS CRISTO para que a humanidade reconheça que DEUS tem o poder
de sanar todas as doenças.
III - O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)
9- Como opera o dom de operação de maravilhas?
( ) Este dom realiza obras extraordinárias
além do poder humano.
( ) O dom de operação de maravilhas altera a
ordem sobrenatural das coisas consideradas posíveis para quem tem fé.
( ) O dom de operação de maravilhas altera a
ordem natural das coisas consideradas impossíveis e impensáveis.
10- Dê exemplos bíblicos do Dom de Maravilhas: Complete segundo
nossa revista da CPAD:
O ministério terreno de JESUS foi marcado por operações de
__________________________. O Bom Mestre repreendeu o vento e o mar, e estes
logo se__________________________ (Mt 8.23-27). O nosso Senhor atestou por
muitas vezes o seu__________________________ sobre a natureza criada para sua
glória (Jo 1.3). Podemos destacar outros exemplos de operação de maravilhas no
ministério de JESUS: a __________________________ do filho da viúva de Naim (Lc
7.11 -1 7); a __________________________ da filha de Jairo (Mc 5.21-43); a
ressurreição de Lázaro, morto havia quatro dias (Jo 11.1-45). Nosso Senhor tem
todo o poder sobre a morte, pois para Ele “nada é __________________________”
(Lc 1.37). Nosso DEUS não mudou. O Pai Celestial deu dons a sua igreja a
fim de que ela atue no mundo moderno com __________________________ e graça.
11- Quais distorções no uso dos dons de curar e de operação de
maravilhas são atuais, segundo nossa revista da CPAD?
( ) O cristão tem autorização e direito de
reivindicar e até mesmo “determinar”, “decretar” ou “exigir” a cura dos
enfermos.
( ) O cristão não tem autorização divina
para “determinar”, “decretar” ou “exigir” a cura dos enfermos.
( ) A nossa relação com DEUS não se dá em
forma de barganha. Quem somos nós para exigir de DEUS alguma coisa?
( ) Somos seres humanos limitados! Se não
fosse a graça e a misericórdia de DEUS, o que seria de nós? Como discípulos de
CRISTO, devemos rogar ao Pai, buscando-o de todo o nosso coração para curar os
doentes, pois a Palavra de DEUS recomenda que oremos pelos enfermos.
( ) A oração do justo pode muito em seus
efeitos, e independe de se ter o dom ou não.
( ) JESUS nos ensinou que em seu nome
deveríamos impor as mãos sobre os enfermos para que eles sejam curados.
( ) Nossa responsabilidade é orar pedindo a
cura. Quem sara o enfermo, de acordo com a sua soberana vontade, é DEUS. O
crente que impõe as mãos sobre o enfermo não pode ser tratado como um ídolo na
igreja, principalmente se o enfermo for curado.
( ) Nem podemos imaginar que porque
aconteceu o milagre aquela vez, sempre haverá outros milagres.
( ) Que o Altíssimo tenha misericórdia e
proteja-nos dessa pretensão! Quem opera os sinais e as maravilhas é o Senhor,
não o homem.
( ) Toda ação decorrente dos dons vem do
ESPÍRITO SANTO e, por isso, não podemos agendar dias nem marcar horários para
sua operação. Façamos a obra de DEUS com honestidade e decência!
CONCLUSÃO
12- Complete:
DEUS pode conceder a seus servos o dom da fé, dons de curar e o de
operação de milagres, mas sempre de acordo com a sua vontade e graça. Lembre-se
de que os dons de __________________________ contribuem para legitimar a
pregação do Evangelho. Infelizmente, há pessoas que querem utilizar essas
dádivas para obterem lucros __________________________ e enriquecimento
pessoal. Isto envergonha o nome de JESUS e mancha a __________________________
da Igreja na sociedade. Quem procede desta forma está suscetível ao__________________________
de DEUS, que virá no tempo próprio. Que nós, a Igreja, o povo do Senhor,
façamos uso dos dons de poder para __________________________ o Evangelho de
nosso Senhor e glorificar o nome do Pai no __________________________ do ESPÍRITO
SANTO!
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_YW4fdAS0xpy24irWCaCVq
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SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 4 - 2º TRIMESTRE DE 2021
PONTO CENTRAL - Os dons de poder servem para confirmar uma mensagem de poder.
Lição 5 - Dons de
Elocução
LIÇÕES BÍBLICAS -
2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons
Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
TEXTO ÁUREO
“Se alguém falar,
fale segundo as palavras de DEUS; se alguém administrar, administre segundo o
poder que DEUS dá, para que em tudo DEUS seja glorificado por JESUS CRISTO, a
quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!” (1 Pe 4.11)
VERDADE PRÁTICA
Os dons de
profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas são para
edificar, exortar e consolar a Igreja de CRISTO.
Leitura Diária
Segunda - Jo 17.17
A Palavra de DEUS é a verdade
Terça - 1 Tm
4.14 Não despreze o dom de DEUS
Quarta - 1 Co
14.3 Os objetivos do dom de profecia
Quinta - 1 Co 14.32
Equilíbrio e bom-senso quanto aos dons
Sexta - 1 Co
14.22-25 Sinais para os fiéis e para os infiéis
Sábado - 1 Co
12.31 Buscar os dons com zelo
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
1 Coríntios
12.7,10-12,- 14.26 32
I Coríntios 12.7 -
Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. 10 - e a
outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de
discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a
interpretação das línguas. 11 - Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas
coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. 12 - Porque, assim como
o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só
corpo, assim é CRISTO também.
1 Coríntios 14.26 -
Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação. 27 - E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou,
quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. 28 - Mas, se não houver
intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com DEUS. 29 - E
falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 30 - Mas, se a outro, que
estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. 31 - Porque
todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e
todos sejam consolados. 32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos
profetas.
OBJETIVOS - Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar
biblicamente o dom de profecia.
Compreender o dom
de variedade de línguas.
Valorizar o dom de
interpretação de línguas.
PALAVRA-CHAVE -
Elocução: Ação ou efeito de enunciar o pensamento por palavras.
Comentários meus,
com base na vida prática de dois grandes avivamentos ocorridos entre 1992 e
1995, em Imperatriz - MA, nas congregações Monte Tabor e Monte Hermom, da
Igreja Evangélica Assembleia de DEUS, dos quais participei ativamente dos dois
- Pr. Henrique -
Atualmente muitos dons têm operado através da igreja de Imperatriz devido a um
culto realizado às quartas-feiras, em todas as 160 congregações e também na
quinta-feira, no templo central, denominado culto de adoração. Em sua igreja
existe oportunidade para que O ESPÍRITO SANTO se manifeste? Oram por doentes e
enfermos? Expulsam demônios? Profetizam? Oram por batismos no ESPÍRITO SANTO
toda semana? Paulo nos orienta: "Desejai ardentemente os dons"(1 Co
12.31; 14.1). "Procurai abundar nos dons" (1 Co 14.12). "Não
proibais falar em línguas" (1 Co 14.39). "Não desprezeis as
profecias'.
O grupo que contém
os últimos três dons é o de Dons de Elocução, também chamados de Dons de
Inspiração, pois os crentes são inspirados pelo ESPÍRITO SANTO a dizerem alguma
coisa numa ação sobrenatural. Também podem ser chamados de Dons da fala.
São eles: 1- Dom de
profecia, 2- Dom de Línguas, ou Variedade de línguas e o 3- Dom de
interpretação de Línguas.
A função primária
deles é a edificação da Igreja, ou seja, fazer com que a Igreja cresça na graça
e no conhecimento de CRISTO como único Salvador e Senhor. (1 Co 14.3). O dom de
Profetizar é para edificar, consolar e exortar. O dom de Variedade de Línguas é
para edificação própria e para edificação da Igreja, quando há interpretação,
quando não há interpretação, as línguas servirão apenas para aquele que as fala
ser edificado. O dom de Interpretação é para fazer com que as línguas sirvam
para edificação da Igreja e também para o crente ao orar em línguas receba
revelação ou mensagens diretamente do ESPÍRITO SANTO que lhe falará através das
línguas e lhe dará entendimento.
Todos podem e devem
ter os dons do ESPÍRITO SANTO, devem desejá-los ardentemente, mas
principalmente o de profetizar, pois esse dom edifica a igreja e é uma grande
arma na evangelização.
I - DOM DE PROFECIA
(1 Co 12.10)
1. O que é o dom de
profecia?
Pelo que entendemos
o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens
sobrenaturais, inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO, podendo ser em uma língua
conhecida para quem fala e também para quem ouve, ou numa língua desconhecida
para quem fala e conhecida para quem ouve (caso de línguas mais interpretação),
objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da mensagem. Os
dons, inclusive o de profetizar, são movidos em nós pelo amor, a mais essencial
virtude do fruto do ESPÍRITO, implantado em nós, quando nos convertemos a
CRISTO (1 Co 13.2). Para que o crente seja usado nesse dom deve primeiro
desejar o bem da pessoa que vai receber a profecia, pois é com esse intuito que
DEUS nos usa. O Apóstolo Paulo nos exorta a não desprezarmos as profecias (1 Ts
5.20), por isso as mesmas devem passar pelo crivo das escrituras, sendo
julgadas pela igreja antes de serem aceitas integralmente, pois as mensagens
vêm perfeitas da parte do ESPÍRITO SANTO, mas passam pelo instrumento que é o
crente. Como as profecias e as interpretações de línguas podem ser transmitidas
parcialmente, integralmente ou acrescentadas pelos que as transmitem, pode
haver mudança de entendimento por parte daqueles que as recebem devido a uma
mudança de sentido feita pelo que foi instrumento do ESPÍRITO SANTO para a
transmitir (1 Co 14.29-33; 1 Ts 5.20). Assim, quem é instrumento usado nesse
dom deve evitar interpretar a mensagem recebida à sua maneira ou de maneira que
o ouvinte deseja ouvir, mas entregar somente o que recebeu. Infelizmente
acontece muito desse dom ser exercido fora da igreja local, sendo por isso
mesmo usado de maneira errônea devido à falta de julgamento da veracidade das
mensagens ai transmitidas. Alguns por dinheiro ou por fama transmitem mensagens
que somente agradam aos ouvintes ou trazem mensagens de terror aos incautos que
se guiam por essas mensagens. O Dom de Discernimento é muito importante nesses
casos, revelando se tais mensagens vêm do que fala, ou do Diabo, ou de DEUS.
"Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos" 1 Coríntios
13:9
As profecias vêm
para edificação, exortação e consolação (1 Co 14:3). Línguas + Interpretação é
semelhante ao dom de Profecia (1 Co 14:27,13), também serve para edificar o que
fala e a igreja, também deve ser julgada como a profecia. A diferença é que
na profecia não há necessidade de interpretação.
Não devemos
confundir Profeta com aquele que profetiza, pois Profeta é ministério dado por
CRISTO (Ef 4.11), profecia é manifestação do ESPÍRITO SANTO, é dom do Mesmo.
Profeta prediz alguma coisa que ainda vai acontecer ou revela coisas que estão
acontecendo ou aconteceram em outra parte, profecia não prediz nada. Todos
podem profetizar (1 Co 14.31), mas pouquíssimos são escolhidos para serem
profetas.
Profeta Ágabo: At
21 8 Partindo no dia seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Felipe,
o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. 9 Tinha este quatro filhas
virgens que profetizavam (Dom do ESPÍRITO SANTO). 10 Demorando-nos ali por muitos
dias, desceu da Judéia um profeta, de nome Ágabo (Ministério dado por CRISTO a
Igreja); 11 e vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando os seus
próprios pés e mãos, disse: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim os judeus ligarão
em Jerusalém o homem a quem pertence esta cinta, e o entregarão nas mãos dos
gentios.
2. A relevância do
dom de profecia.
“E temos, mui
firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma
luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da
alva apareça em vosso coração” (2 Pe 1.19).
Se esse dom não
fosse importante para a Igreja certamente Paulo não diria o que disse em 1 Co
14.1 "(1 Co 14.1 "Segui a caridade e procurai com zelo os dons
espirituais, mas principalmente o de profetizar". Para que não haja
desordem no culto, ou seja, quando houver num mesmo culto vários irmãos que
profetizam e todos eles desejam trazer uma mensagem da parte de DEUS à igreja,
Paulo orienta então que haja no máximo, durante um mesmo culto, dois ou três
irmãos que profetizem, sendo que um deve esperar pelo outro, assim um
profetiza, depois outro e depois outro (1 Co 14.29-31). Essas profecias
deveriam ser julgadas de acordo com a Palavra de DEUS, de acordo com a
santidade e honestidade daqueles que as transmitiam e pela sua veracidade
comprovada pelos que as receberam (1 Co 14.29).
Por que as
profecias devem ser julgadas? Por que podem vir de três fontes distintas: DEUS,
o homem ou o Diabo.
Exemplo:
Pode alguém chegar
na igreja e dizer que a doença que um membro tem é para que ele não se desvie
do evangelho - isso, com certeza, é uma mensagem satânica, pois JESUS já levou
nossas doenças e enfermidades na cruz, ELE não vai devolver isso para nós.
Pode alguém, na
igreja, dizer sobe a briga de um casal e sua separação sendo que ela já tenha
ouvido de uma vizinha esse fato ocorrido e está tentando se passar por alguém
usado em profecia, trazendo uma mensagem que não é nem do diabo e nem de DEUS.
Graças a DEUS, pode
também alguém trazer mensagens da parte de DEUS para edificação, exortação ou
consolação.
Não desprezeis as
profecias. 1 Tessalonicenses 5:20 - A igreja tem perdido muito pela falta das
profecias que foram praticamente banidas da igreja por falta de quem as julgue,
por falta de líderes experientes nos dons.
O apóstolo Paulo
dava muito valor às profecias - Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi
dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. (1 Timóteo 4:14)
Este mandamento te
dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti,
milites por elas boa milícia; (1 Timóteo 1:18)
- As profecias são
ótimas ferramentas na evangelização. - De sorte que as línguas são um sinal,
não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os
infiéis, mas para os fiéis. 1 Coríntios 14:22.
3. Propósitos da
profecia.
Os principais
propósitos da profecia são a edificação da Igreja e a evangelização. A Igreja
não pode ser guiada pelas profecias, mas deve ouvir as profecias e julgá-las
para que haja uma sábia direção de DEUS em auxílio à obra de DEUS e uma união
por parte dos membros da Igreja. A igreja que ouve e julga as profecias é mais
propensa a evitar e combater o pecado entre seus membros.
Onde não há
profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado
(Provérbios 29:18).
Mas, se todos
profetizarem, e algum incrédulo ou indouto entrar, por todos é convencido, por
todos é julgado; 1 Coríntios 14:24 - Esta declaração de Paulo nos leva a crer
que as profecias são excelentes ferramentas para evangelização, pois os
segredos do coração das pessoas são revelados provocando neles a certeza de que
DEUS está entre nós. "os segredos do seu coração se tornam manifestos; e
assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, declarando que DEUS
está verdadeiramente entre vós" - 1 Coríntios 14:25.
os segredos do seu
coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará
a DEUS, declarando que DEUS está verdadeiramente entre vós.
1 Coríntios 14:25
II - VARIEDADE DE
LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de
variedades de línguas?
O dom de Línguas ou
de Variedade de Línguas como o nome mesmo diz, são línguas inspiradas
sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO SANTO para que, através das mesmas possamos ser
edificados, para que possamos transmitir mensagens de DEUS aos homens e para
que adoremos e glorifiquemos a DEUS. O que fala em língua edifica-se a si
mesmo, ... 1 Coríntios 14:4a; Ora, quero que todos vós faleis em línguas, mas
muito mais que profetizeis, pois quem profetiza é maior do que aquele que fala
em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba
edificação. 1 Coríntios 14:5 (Grifo nosso).
Observação
importante - Todo crente batizado no ESPÍRITO SANTO fala em línguas e pode e
deve falar nessa língua a vida toda, principalmente para orar pela sua própria
edificação, mas nem todos que são batizados e falam em línguas todos os dias
possuem o Dom de Línguas. A língua que falamos ao ser batizados é para nosso
uso próprio e nos acompanha em toda nossa jornada de fé aqui na Terra, só
findando quando formos arrebatados ou morrermos. ...falam todos em línguas (têm
todos o dom de línguas - grifo nosso)? interpretam todos? 1 Coríntios 12:30b.
As línguas foram
profetizadas por Isaias e trazem refrigério àqueles que as falam. - Assim por
lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo. Ao qual disse: Este
é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram
ouvir. Isaías 28:11-12
Assim por lábios
gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo.
Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o
refrigério; porém não quiseram ouvir.
Isaías 28:11-12
Todos os crentes
batizados com o ESPÍRITO SANTO podem falar em línguas espirituais ou estranhas
a vida toda, podem oram em línguas, podem ser edificados quando oram em
línguas, podem intercalar sua pregações falando em línguas, podem cantar em
línguas, porém nem todos recebem o Dom de Variedade de Línguas.
Quem tem o Dom de
Línguas pode falar 4 tipos de línguas diferentes:
1-Línguas do
batismo (para edificação própria - o crente pode falar nela a vida toda)
2- Língua para
falar com estrangeiro - Língua conhecida pelo ouvinte e não pelo que a fala.
Exemplo maior em Atos 2, onde os apóstolos falaram na língua dos estrangeiros.
3- Língua para
Intercessão - Não são palavras expressadas, mas gemidos de intercessão (Rm 8;
).
4- Línguas para
serem interpretadas - Podem ser interpretadas pelo mesmo que as fala ou por
outrem.
Quem ora em línguas
deve orar para poder interpretá-las. Por isso, o que fala em língua, ore para
que a possa interpretar. (1 Coríntios 14:13)
2. Qual é a
finalidade do dom de Variedade de Línguas?
As línguas são
úteis para louvor e adoração a DEUS. "falando entre vós em salmos, hinos,
e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso
coração" (Efés. 5:19, Colos. 3:16). Todo crente deve ser batizado no
ESPÍRITO SANTO e deve orar em línguas todos os dias de sua vida aqui na Terra
para edificação própria. O que fala em língua edifica-se a si mesmo, ... 1
Coríntios 14:4a; Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé,
orando no ESPÍRITO SANTO (Grifo nosso - orando em línguas) Judas 1:20. Quando o
crente ora em línguas não entende o que está falando, mas seu espírito ligado
ao ESPÍRITO SANTO entende e fica fortalecido para vencer as lutas na esfera
espiritual, no campo de batalha espiritual.
ORAR BEM - Porque,
se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem.... (1 Coríntios
14:14a)
O apóstolo Paulo
dava tanto valor ao falar em línguas que declara seu dom de línguas ao
coríntios: Dou graças a DEUS, que falo em línguas mais do que vós todos. 1
Coríntios 14:18.
Na igreja devemos
evitar falar em línguas em voz alta para não atrapalhar as manifestações do
ESPÍRITO SANTO e também para que a mensagem pregada e explicada seja ouvida por
todos.
Paulo diz que
enquanto um irmão está sendo usado em profecias ou em dom de línguas com
interpretação os outros devem estar calados ou falando em línguas bem baixinho
para não atrapalharem a manifestação dos ESPÍRITO SANTO e apara que todos ouçam
e para que todos sejam edificados.
Não se deve proibir
falar em línguas, mas educar aqueles que falam - Portanto, irmãos, procurai com
zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. 1 Coríntios 14:39
De DEUS = Mensagem
de DEUS para a Igreja ou para uma determinada pessoa que tem três fins:
1- Edificação =
Fazer com que siga fazendo a Obra de DEUS.
2- Exortação =
Fazer com que desperte e anime para fazer a Obra de DEUS.
3- Consolação =
Fazer com que a tristeza não abata a pessoa, porque DEUS está presente e
assistindo e ajudando em tudo.
O dom de profecia
não tem elemento preditivo, ou seja, não tem a função de dizer o futuro.
3. Atualidade do
dom.
Aqueles que dizem
que as línguas eram manifestações do ESPÍRITO SANTO somente para a época dos
primeiros apóstolos devem assumir uma posição firme sobre isto (os
Cessacionistas), pois estão afirmando que toda nossa geração está sendo usada
por demônios ou usando de falsidade quando falamos em línguas.
Com certeza sabemos
que eles estão equivocados, pois essas manifestações do ESPÍRITO SANTO eram
comuns até mesmo entre os pais dessas denominações tradicionais que negam a
atualidade dos dons do ESPÍRITO SANTO. Infelizmente posso afirmar que estão
debaixo da ação de demônios que os cegam. São claras a manifestações do
ESPÍRITO SANTO em nossos dias, basta ligar um aparelho de TV ou acessar a
internet ou visitar qualquer igreja pentecostal.
Se o apóstolo Paulo
diz que os dons são de utilidade para a Igreja, quem somos nós para dizermos em
contrário?
Exemplo de dom de
línguas no Novo Testamento - Atos 2.3, 4, 8 - E foram vistas por eles línguas
repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4 - E
todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas,
conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. 8 Como pois os ouvimos,
cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? (grifo nosso).
Exemplo no Antigo
Testamento -
"Porém no
arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e do outro Medade; e
repousou sobre eles o espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que
não saíram à tenda), e profetizavam no arraial. Números 11:26
Segundo alguns
eruditos em Hebraico o significado de "profetizavam" aqui neste texto
pode ser "falaram em línguas desconhecidas".
Veja também Daniel
5:25-28 - Daniel leu uma mensagem escrita na parede do palácio.
III - INTERPRETAÇÃO
DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. Definição do
dom.
É a capacitação
sobrenatural dada pelo ESPÍRITO SANTO ao crente para que possa entender uma
mensagem dada em línguas espirituais (línguas estranhas). Pode ser dado ao
mesmo que fala em Línguas para serem interpretadas ou a outro que irá
interpretá-las - Não é tradução, mas interpretação. O crente ouve a palavra em
línguas e as interpreta sobrenaturalmente, por uma capacitação do ESPÍRITO
SANTO. Em parte entendemos e em parte profetizamos (1 Co 13.9). Esse dom deve
ser buscado por todos os crentes que têm o dom de línguas, segundo Paulo (Por
isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar. 1
Coríntios 14:13).
“E, se alguém falar
língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e
haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale
consigo mesmo e com DEUS” (1 Co 14.27,28).
"Falar língua
estranha" aqui significa falar em línguas para serem interpretadas.
"Faça-se isso
por dois ou, quando muito, três, e por sua vez" significa que aqueles que
estão falando e sendo interpretados (ou eles mesmos interpretam), devem falar
até serem interpretados, parando a interpretação devem falar bem baixinho a partir
dai e deixar que o ESPÍRITO SANTO use outro crente para falar e ser
interpretado até que não haja mais interpretação e ai começará outro a falar e
ser interpretado até que cesse a interpretação. Pronto, Paulo diz que num mesmo
culto ou reunião não devam falar e serem interpretados mais do que três crentes
e sempre um depois do outro.
"Haja
intérprete" Presume-se que os crentes só falarão línguas em alta voz na
igreja se houverem intérpretes ou ele mesmo as interpretar. é evidente que
existem os momentos em que todos se alegram num culto legitimamente pentecostal
e nesse momento todos ou quase todos falam em línguas ao mesmo tempo como
louvor e adoração a DEUS (falavam em línguas e glorificavam a DEUS - Atos
10.46).
Por que não podemos
ficar falando alto em línguas sem interpretação, durante os cultos? Porque
ninguém o entenderá e não produzirá nem almas para DEUS e nem edificação para a
igreja.
Porque o que fala
em língua desconhecida não fala aos homens, senão a DEUS; porque ninguém o
entende, e em espírito fala mistérios. 1 Coríntios 14:2.
Se, pois, toda a
igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos
ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? 1 Coríntios 14:23
Mas, se todos
profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos
é julgado.
E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se
sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está verdadeiramente
entre vós.
1 Coríntios 14:24-25
Mas, se todos
profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos
é julgado.
E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se
sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está verdadeiramente
entre vós.
1 Coríntios 14:24-25
Se, pois, toda a
igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos
ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é
convencido, de todos é julgado
1 Coríntios 14:23-24
Se, pois, toda a
igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos
ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é
convencido, de todos é julgado
1 Coríntios 14:23-24
Se, pois, toda a
igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos
ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? Mas, se todos profetizarem,
e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado 1
Coríntios 14:23-24.
2. Há diferença
entre dom de interpretação e o de profecia?
São semelhantes e
até um pode substituir o outro. A diferença maior é que no dom de profecia a
mensagem sobrenatural do ESPÍRITO SANTO é dada na língua do ouvinte enquanto
que nano dom de línguas é dada a mensagem do ESPÍRITO SANTO em línguas
desconhecidas para o que fala e para o que houve, havendo necessidade de um
interprete para que a mensagem seja válida para a pessoa a quem foi direcionada
a ouça e entenda.
Estevam Ângelo de
Souza definiu bem essa questão quando disse que “não haverá interpretação se
não houver quem fale em línguas estranhas para serem interpretadas, ao passo
que a profecia não depende de outro dom para produzir a edificação de alguém”.
Exemplo de
interpretação no Antigo Testamento:
Este, pois, é o
escrito que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM.
Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou DEUS o teu reino, e o acabou.
TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta.
PERES: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas.
Daniel 5:25-28
- Este, pois, é o
escrito que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM. Esta é a interpretação
daquilo: MENE: Contou DEUS o teu reino, e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na
balança, e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino, e dado aos
medos e aos persas. Daniel 5:25-28.
Daniel leu aquela
língua desconhecida e a interpretou (veja que é interpretação, não é tradução -
uma palavra pode significar muita coisa).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS:
1 Dons, só depois
do batismo com o ESPÍRITO SANTO.(vaso vazio não transborda)
2 O senhorio é de CRISTO
(cabeça do corpo)
3 Para glorificação
de DEUS (o ESPÍRITO SANTO glorifica a DEUS)
4 Vaso deve estar
limpo sempre para o uso constante (santificação)
5 Nada é de nós
mesmos, tudo vem de DEUS (nada de orgulho).
6 Todos os dons são
para os outros só um para nós, linguagem de oração.
(língua em que
fomos batizados para orarmos em línguas)
7 Dom de Variedade
de Línguas vem após o batismo e nem todos o recebem. (Língua do batismo é para
oração - deve ser falada todo dia)
Fim dos meus
comentários - Pr. Luiz Henrique.
Resumo da Lição 5 -
Dons de Elocução
I - DOM DE PROFECIA
(1 Co 12.10)
1. O que é o dom de
profecia?
2. A relevância do
dom de profecia.
3. Propósitos da
profecia.
II - VARIEDADE DE
LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de
variedades de línguas?
2. Qual é a
finalidade do dom de variedade de línguas?
3. Atualidade do
dom.
III - INTERPRETAÇÃO
DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. Definição do
dom.
2. Há diferença
entre dom de interpretação e o de profecia?
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Se o homem, e,
muito mais, o crente, não zelar pela comunhão com DEUS, o pecado destrói a
comunicação com o Senhor. Mas, no seio da igreja cristã, DEUS comunica-se com
seus servos, através da leitura da Bíblia; através de seus mensageiros,
pregadores, ensinadores e líderes, visando sua edificação. De modo
sobrenatural, o Senhor usa pessoas, com os dons especiais de expressão verbal,
ou de elocução, para transmitir sua vontade, orientações, exortações e direção
divina.
Pelo dom de
profecia, DEUS supre aquilo que a mensagem costumeira não consegue alcançar.
Quantas vezes, no meio da congregação, um servo ou uma serva de DEUS, que tem
esse dom, levanta-se e entrega uma mensagem de exortação, de alerta, ou de
edificação para toda a comunidade presente. Via de regra, a profecia autêntica
provoca alegria e glorificação a DEUS. Em outras ocasiões, o dom de variedade
de línguas é usado por DEUS, com interpretação, para confortar a igreja ou,
equivalendo a uma profecia (com interpretação), consolar ou edificar o seu
povo.
Infelizmente, nos
tempos presentes, percebe-se que muitas igrejas, ditas pentecostais,
substituíram a adoração viva e cheia da presença do ESPÍRITO SANTO, por um tipo
de liturgia social, em que palmas e danças tomam o lugar da glorificação a
DEUS. Os dons espirituais são esquecidos, ou nunca procurados. Vemos que a
adoração a DEUS, em glórias, aleluias e em línguas estranhas, é muito mais
eloquente para a adoração individual e coletiva. E, quando o dom de variedade
de línguas é praticado, com interpretação, é de grande valor para a igreja.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 53-54.
«.. .edificando...»
No original grego, essa palavra era usada para indicar a ereção literal de
edifícios, conforme se vê em Mat. 2:41 e Marc. 13:1,2. Porém, também era usada
metaforicamente, no sentido de edificação espiritual, como um meio de
desenvolvimento espiritual. (Ver também I Cor. 8:1, onde essa palavra é
explanada. E outras referências onde essa palavra reaparece são I Cor. 10:23;
14:4,17; Rom. 15:20; Gál. 2:18 e I Tes. 5:11). Tal como um edifício qualquer é
levado à sua totalidade e utilidade, mediante um processo contínuo de
edificação e aprimoramento, assim também se dá no caso da alma humana, ou mesmo
da comunidade de almas remidas. Torna-se necessário um desenvolvimento gradual;
porquanto nenhum crente se aperfeiçoa imediatamente, e nem de maneira fácil. A
profecia é o dom espiritual que mais contribui para o nosso desenvolvimento em
CRISTO, para nossa transformação moral em CRISTO, para nossa transformação
metafísica à imagem de JESUS CRISTO. Por essa razão é que o dom profético se
reveste de tanta importância. De fato, de alguma maneira, todos os dons
espirituais visam exatamente esse propósito, o desenvolvimento espiritual do
crente, segundo a imagem moral e metafísica de CRISTO, conforme aprendemos em I
Cor. 12:7.
«.. .exortando...»
No sentido de exercer a vontade, para que se faça o que é direito, e não para
que se faça o que é mal. Essa palavra pode significar «exortação» (ver Fil.
2:1), «consolo» (ver II Cor. 1:4-7), «súplica» (ver II Cor. 8:4), ou mesmo a
combinação de exortação e consolo, que também é «encorajamento» (ver Heb.
6:18). Está em pauta o despertamento da vontade para que se faça o que é
correto e próprio. A maioria dos intérpretes entende que aqui se deve
compreender a «exortação» no sentido de «encorajamento». Assim sendo, mediante
o dom da profecia, o indivíduo pode ser encorajado, exortado, consolado,
sujeito a uma súplica, porquanto compreende o que se diz; e aquilo que ouve tem
a energia do poder do ESPÍRITO de DEUS. Sem o acompanhamento da interpretação,
entretanto, o dom de línguas não pode conseguir tal efeito; por conseguinte, as
línguas formam um dom inferior ao da profecia.
«...consolando...»
No original grego, um vocábulo diferente do anterior é usado aqui, embora essas
duas palavras pudessem ser sinônimas, ambas as quais dão a entender «consolo»,
embora a palavra que ora consideramos significa especificamente isso. Sua forma
verbal, «paramutheomai», significa «animar», «encorajar», «consolar». Por
conseguinte, sua forma nominal significa «encorajamento», «consolo». Há uma
outra forma nominal dessa palavra que também significa «encorajamento»,
«consolo» ou «alívio». (Ver Sófocles, El. 129; Thu. 5, 103, 1; Epigr. Gre.
951,4; Filo, Praem. 72; Josefo, Guerra dos Judeus 6,183; 7,392). Muitas são as
aflições e as tristezas pelas quais devem passar todos os crentes. Pode-se
observar facilmente, na experiência humana, que os crentes não são poupados, em
qualquer sentido, da tristeza geral e das dores que afligem a humanidade em
geral. No entanto, em CRISTO, mediante o dom da profecia, há alívio para tais
sofrimentos. Ouvimos falar acerca da providência de DEUS, de seu amor e cuidado,
de seu propósito, e a mente do crente é levada a compreender assim o propósito
da agonia, bem como a esperança relativa ao futuro, quando toda a adversidade
será finalmente eliminada, e quando a própria morte física (o pior dos males
físicos) houver de ser tragada na vitória. Ora, o falar em línguas, sem a ajuda
da interpretação, não pode realizar isso, não pode consolar, fortalecer,
encorajar. Por isso é que o dom de línguas é inferior à profecia.
Por esses motivos é
que a profecia, no dizer de Findlay (in loc.), «...serve para melhor edificar a
igreja cristã, para estimular a vontade dos crentes e para fortalecer o
espírito cristão».
«Edificação, ânimo,
encorajamento, conforme a necessidade de cada um». (Shore, in loc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 4. pag. 216.
I - DOM DE PROFECIA
(1 Co 12.10)
1. O que é o dom de
profecia?
Deve-se considerar
que a profecia, bem como outras manifestações do ESPÍRITO SANTO, é
absolutamente necessária nos dias presentes. Concluir que os dons, os carismas,
os milagres, sinais e prodígios, foram apenas para os dias dos apóstolos, é
querer reduzir o poder e a ação do ESPÍRITO SANTO a uma matriz teológica,
acadêmica e intelectualizada, que não se coaduna com as afirmações da Palavra
de DEUS.
1. O QUE É DOM DE
PROFECIA?
O dom de profecia é
um dom especial, em que seu portador transmite uma mensagem para a igreja ou
para alguém, na inspiração do ESPÍRITO SANTO. Não pode ser uma mensagem humana,
pessoal da parte do que a transmite, mas é falada numa linguagem humana. É necessário
ter cuidado com as distorções que podem ocorrer na transmissão da mensagem
profética, na igreja de hoje.
Segundo Raymond
Carlson, “A profecia, no Novo Testamento, que difere de uma pregação comum, é
uma manifestação sobrenatural, dada para edificação, exortação e consolação.
Através de 1 Coríntios 14.30, entendemos que o dom nos é dado por revelação
através do ESPÍRITO”. A profecia não pode acrescentar nada à Bíblia.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 54-56.
A profecia é uma
manifestação do ESPÍRITO de DEUS e não da mente do homem, e é concedida a cada
um, visando a um fim proveitoso: 1 Co 12.7.
Ainda que nalguns
casos o dom da profecia possa ser exercido simultaneamente com a pregação da
Palavra, é evidente que esse dom é dotado de um elemento sobrenatural, não
devendo, portanto, ser confundido com a simples habilidade de pregar o
Evangelho.
O apóstolo Paulo
adverte os crentes a procurar “com zelo os dons espirituais, mas principalmente
o de profetizar” (1 Co 14.1); isto por razões que ele mesmo enumera:
a. Porque “o que
profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação... O que
profetiza edifica a igreja”, 1 Co 14.3,4.
“Edificação”, “exortação” e “consolação” são os três elementos básicos da
profecia, são a razão de ser e de existir desse dom. É evidente que isto
contraria a crença tão popular entre nós, de que o principal elemento da
profecia é o preditivo (predição do futuro). Certamente, que tanto o Antigo
quanto o Novo Testamento contêm numerosas profecias preditivas, muitas
das quais já se cumpriram, e outras estão se cumprindo, e outras ainda se hão
de cumprir. No entanto, no conteúdo geral das Escrituras, o elemento preditivo
da profecia é relativamente o menor.
Observação minha - Pr. Henrique - O dom usado para
predizer alguma coisa é a Palavra de Sabedoria, onde o atributo de DEUS
,onisciência, está sendo revelado a respeito do futuro. Quem é usado nesse dom
é o Ministério Profeta e não o que tem dom de profecia, pois esse dom é para
edificação, exortação e consolação e não para predizer alguma coisa.
Os profetas
recebiam muito da mensagem futurística e as escreviam, em sua maioria.
b. Porque ‘‘se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é
convencido, de todos é julgado. Os segredos do seu coração ficarão manifestos,
e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está
verdadeiramente entre vós”, l Co 14.24,25.
Há algo mais que precisamos ter em mente quanto ao dom de profecia e o seu uso
na Igreja hodiemamente:
Devido a possíveis
abusos quanto ao uso do dom da profecia, este dom está sujeito a análise e a
consequente julgamento. Recomenda o apóstolo Paulo: “...falem dois ou três
profetas, e os outros julguem”, 1 Co 14.29.
Paulo arremata suas
advertências quanto ao dom de profecia, dizendo: “Se alguém cuida ser profeta,
ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do
Senhor”, 1 Co 14.37.
O dom de
profecia não deve ser desprezado (1 Tm 4.14), mas despertado (2 Tm 2.16), a fim
de que a Igreja seja enriquecida: 1 Co 1.57.
Raimundo F. de
Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
Pode-se aceitar que
nenhuma «profecia» excederá aos limites da verdade revelada nos documentos
básicos registrados na Bíblia; mas a profecia pode contribuir bastante para
interpretar tais verdades, além de abordar necessidades específicas da igreja
local, envolvendo questões de ensino, questões morais, que pessoas menos
dotadas não saberiam resolver com sucesso. Considerando-se o dom profético sob
esse prisma, esse é um dom altamente desejável na igreja cristã moderna.
Um crente que é
usado em profecia, pois, exerce um poder imediato maior, em uma igreja local,
que um pastor comum. Por isso mesmo, o pastor que, ao mesmo tempo, é usado em
profecias, é um extraordinário presente para a igreja.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 4. pag. 188.
O crente não deve
desprezar as profecias (5.20). As mensagens apostólicas eram revelatórias.
Atualmente, as mensagens são expositivas.
O dom de profecias
era o mais importante na Igreja primitiva (I Co 14.1). Paulo disse que a
profecia fala aos homens edificando, exortando e consolando (ICo 14.3). Paulo
ensina que a edificação, a exortação e o consolo que emanam da Palavra não
devem ser desprezados na igreja. William Hendriksen lembra que o dom de
profecia era como uma chama ardente. Essa chama não deveria ser apagada ou
extinta! Assim, Paulo une os dois assuntos, como se estivesse dizendo; “Ao
ESPÍRITO não apaguem; aos pronunciamentos proféticos não desprezem”. Isto
porque ao desprezarem as profecias estavam rejeitando Aquele que é sua fonte, o
ESPÍRITO SANTO. O mesmo escritor ainda esclarece; A razão para tal descrédito
das palavras proféticas pode ser facilmente percebida. Onde quer que DEUS
planta trigo, Satanás semeia o seu joio. Onde quer que DEUS estabeleça uma
igreja, o diabo erige uma capela. E assim também, sempre que o ESPÍRITO SANTO
capacita determinados homens para operarem curas milagrosas, o diabo semeia
suas “maravilhas da mentira”. E sempre que o Paracleto coloca em cena um
autêntico profeta, o enganador apresenta seu falso profeta. A mais fácil - não,
porém, a mais sábia - reação a esse estado de coisas é o desprezo a toda
profecia. Acrescente-se a isso o fato de que os fanáticos, os intrometidos e os
ociosos de Tessalônica talvez não gostassem de alguns dos pronunciamentos dos
legítimos profetas, o que nos fez entender prontamente porque entre alguns
membros da congregação a proclamação profética caíra em descrédito. É preciso
deixar claro que não existem hoje novas revelações de DEUS fora as registradas
nas Escrituras. Como disse, Billy Graham, a Bíblia tem uma capa ulterior. Ainda
mesmo que um anjo viesse do céu e pregasse alguma novidade fora da Bíblia
deveria ser anátema. A revelação de DEUS está contida na Escritura. Ele fala
pela Escritura. Por isso, devemos restaurar a supremacia da Palavra e a
primazia da pregação na Igreja contemporânea.
LOPES. Hernandes
Dias. 1 e 2 Tessalonicenses. Como se preparar para a segunda vinda de CRISTO.
Editora Hagnos. pag. 149-150.
Não desprezeis as
profecias (20)
Examinai tudo (21;
“discerni tudo”, BJ; “usem o bom senso a todo custo”, CH; “examinai tudo
cuidadosamente”, NASB; “ponham à prova todas as coisas”, NVI; cf. BAB, BV,
NTLH; “julgai todas as coisas”, RA). Estas últimas três exortações na passagem
equilibram as primeiras duas. O julgamento cristão, o bom senso, o exame
criterioso são ações imprescindíveis na vida da igreja. Isto também é o
ESPÍRITO que dá (cf. 1 Co 14.29; 12.10, onde “discernir” é um dos dons). Erdman
escreve: “Paulo não especifica as provas a serem aplicadas. Em outra passagem,
ele dá a entender que todos os dons espirituais devem ser exercidos em amor,
que o verdadeiro propósito dos dons deve ser a edificação das pessoas e que as
pessoas que são movidas pelo ESPÍRITO reconhecerão o senhorio de CRISTO e se
empenharão em promover a sua glória”.41
Retende o bem (21).
Quando o trigo e o joio forem separados, retenha o trigo. Quando descobrir a
falsificação pelo som do metal genuíno, mantenha o que é de valor. Ninguém
jamais ficou rico apenas descartando o que é espúrio. Esta é a ilusão do
crítico destrutivo.
Árnold E. Airhart.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 400.
I Tes 5.19 “Não
apagueis o ESPÍRITO!” ESPÍRITO SANTO é fogo! Será que ainda estamos conscientes
disso, nós que consideramos a sã doutrina como marca essencial da verdadeira
igreja e temos tanta predileção pela sua temperatura amena? A instintiva e
apaixonada aversão de Lutero contra todo “entusiasmo”, que tornou ainda mais
difícil e negativo seu encontro com todo tipo de movimentos complicados na
época da Reforma, fez da preocupação com “fanatismo” um traço fundamental das
igrejas evangélicas. Sempre que há um fogo flamejando, tememos imediatamente o
nefasto incêndio que ameaça o edifício da igreja. Por essa razão é típico para
a histórica eclesiástica evangélica que os novos movimentos nela nunca foram
saudados com alegria, mas sempre foram inicialmente alvos de suspeita e
combate. “Apagar” fogo questionável aparece como uma das principais tarefas da
direção da igreja e da teologia. Paulo, porém, adverte justamente de forma
oposta: “Não apagueis o fogo do ESPÍRITO SANTO!” Logo já deve ter havido uma
tendência nessa direção na jovem igreja – uma constatação surpreendente para
nós. Talvez era essa a tendência naquela parcela da igreja, que via com
preocupação a conduta inquieta e agitada dos “desordeiros”, aos quais a
exortação de 1Ts 4.11 se dirigia em particular e contra os quais 2Ts investe de
forma ainda mais incisiva. Nesse caso teríamos aqui de fato um paralelo com
acontecimentos da época da Reforma. Mas então é particularmente digno de nota
que justamente pessoas como Paulo e seus colaboradores não tirem aquelas
conclusões temerosas que impregnaram nosso sangue, mas advertem aquele grupo
crítico da igreja contra todas as tentativas de “apagar”! Também aqui Paulo foi
novamente capaz de unir coisas aparentemente contraditórias: “Empenhai tudo
para serdes tranquilos” e “Não apagueis o ESPÍRITO”. Nada pode ser mudado na
natureza de fogo do ESPÍRITO, e o fogo procura e precisa queimar. Quando se
ignora isso, obtém-se aquele “ESPÍRITO SANTO” cuja existência é apenas
postulada dogmaticamente, mas não mais experimentada pela igreja de forma viva
e irrefutável.
Aquele efeito e dom
do ESPÍRITO que para Paulo sempre foi o mais importante e digno de ser
conquistado (1Co 14.1; o “amor” não constitui dom do ESPÍRITO, mas fruto do
ESPÍRITO! – Gl 5.22) é o propheteuein, o “profetizar”. Conforme 1Co 14.24s
propheteuein na igreja também é, sobretudo, o dom de ver e denunciar com força
penetrante as condições essenciais de pessoas. Dependendo de cada caso, essas
palavras também podem ter sido associadas a anúncios de juízos divinos e
manifestações divinas da graça. Tais “profecias” também havia em Tessalônica.
Novamente parece que nelas também podem ter emergido críticas na igreja. Ainda
que agora já lancemos um olhar prévio sobre a segunda carta, capazes de deduzir
dela consequências para a realidade na época da primeira, podem ter sido
manifestadas várias “profecias” que começavam a clamar “por meio do ESPÍRITO”
(2Ts 2.2): “O dia do Senhor chegou!”. O grupo sensato da igreja se defendia com
razão contra tal “fanatismo”. Mas tirava disso diretamente a conclusão genérica
a que se chegou na época da Reforma: de nada valem todas essas “profecias”. E
agora é novamente muito grandioso e importante que Paulo – que neste caso
específico dava toda razão à crítica! – não concorda simplesmente com isso:
“muito bem! O melhor é que vocês deem fim a todo esse profetismo!”, mas pelo
contrário adverte: “Não menosprezeis as profecias.” Apesar de tudo prevalece, e
precisa prevalecer, o cumprimento da promessa de Joel por ocasião de
Pentecostes: “Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão
visões, e sonharão vossos velhos” (At 2.17). É preciso que vigore o anseio de
pessoas como Moisés: “Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta!” (Nm
11.29). Apesar de todas as difíceis e amargas experiências da igreja de DEUS
até nos nossos dias, isso precisa continuar assim! O fogo do ESPÍRITO precisa
queimar e enviar suas chamas, do contrário restará tão-somente lava endurecida,
da qual os teólogos fabricam suas peças doutrinárias.
I Tes 5. 21s
Todavia: “Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda
forma de maldade.” Novamente a palavra apostólica unifica questões opostas.
Quando pessoas produzem percepções através do ESPÍRITO SANTO e anunciam atos
divinos, será que resta aos ouvintes somente uma coisa: a sujeição obediente?
“Assim diz o Senhor” - será que neste caso ainda podemos “julgar”? Porventura
os profetas da antiga aliança não exigiram de rei, sacerdote e povo a aceitação
incondicional da palavra? No AT com razão! Mas na igreja de JESUS não apenas os
“videntes” possuem o ESPÍRITO SANTO, mas todos, ou seja, também os ouvintes das
profecias! Justamente porque na nova aliança não apenas ditos proféticos
isolados são inspirados pelo ESPÍRITO, mas todo o coração está continuamente
repleto dele, os ditos divinos já não aparecem mais tão inequivocamente
destacados ao lado dos pensamentos e sentimentos humanos. Vimos anteriormente
que para o NT todo falar dos crentes deve ser “palavra de DEUS”. Nesse caso,
porém, pode ocorrer com uma maior facilidade do que no AT que os “profetas”
involuntária e desavisadamente mesclem dádivas do ESPÍRITO e ideias próprias,
coisas espirituais e psíquicas. Por isso na nova aliança também há uma
necessidade bem maior do que na antiga de “examinar as profecias”. Portanto, o
caminho genuíno passa exatamente no meio termo entre menosprezo e
supervalorização!
Quando, enfim, a
igreja de JESUS em todo o mundo se recuperará a atitude de, por puro medo do
“fanatismo”, não apagar constantemente o ESPÍRITO, sendo por isso pobre de
fogo, vigor e dons? Quando ela deixará de ser refém acrítica de todo movimento
que parece possuir algo “vivo”, e será realmente capaz de ouvir e julgar?!
O resultado de um
exame é sempre duplo. Coisas boas, valiosas são destacadas. Agora “retende-o”!
Não permitais que a palavra ouvida seja apenas agitação de uma hora, mas
acolhei-a em vossa vida e vosso serviço. Em contraposição, “abstende-vos de
toda forma de maldade”. A palavra não autêntica, oriunda de nossa própria
natureza, sempre pode ser reconhecida pelo fato de que também possui em si algo
de nossa natureza maligna. Aqui nossa resistência precisa ser implacável. Tão
logo surgir algo indisciplinado ou amargo, sem amor ou egoísta, a igreja
precisa declarar seu não, até mesmo quando isto alega resultar do ESPÍRITO,
sendo apresentado com entusiasmo e exigências. Talvez possamos dar mais um
passo e ver “o” maligno, o diabo, por trás do mal. Então também Paulo já teria
contado com a possibilidade de que o inimigo tentaria penetrar na igreja
mesclando coisas más e perigosas à proclamação. No presente contexto a
admoestação teria o seguinte sentido: reconheçam o inimigo, o maligno, em
qualquer configuração e disfarce, justamente também no disfarce especialmente
devoto e santo! Rejeitai-o com a mesma determinação com que acolheis o bem.
Evidentemente essa
obrigação de examinar e discernir não é fácil. Seria muito mais belo se
pudéssemos aceitar sem preocupação e com alegria tudo o que penetra em nossos
ouvidos no âmbito da igreja. Mas isso não acontece de acordo com nossos desejos
e nossa comodidade. Os tessalonicenses não conseguem se furtar à verdadeira
situação e à consequente tarefa sem conjurar graves ameaças à vida da igreja. E
nós tampouco o podemos.
Werner de Boor.
Comentário Esperança I Carta aos Tessalonicenses. Editora Evangélica Esperança.
2. A relevância do
dom de profecia.
ERROS A SEREM
EVITADOS NO USO DO DOM DE PROFECIA
1) Usar a profecia
para guiar a igreja
A mensagem através
do dom de profecia tem como finalidade: “exortação, edificação e consolação” (1
Co 14.3). Não tem por objetivo guiar ou direcionar a administração da igreja
local.
2) Usar o dom de
profecia como um “oráculo”
Tendo em vista a
finalidade da profecia, não é correto o crente só fazer as coisas se consultar
um profeta. A profecia é para o proveito da igreja e não de domínio particular.
3) Usar o dom de
profecia como fonte de doutrina
A fonte por
excelência de doutrina é a Palavra de DEUS. Nenhuma profecia pode acrescentar
ou retirar o que já foi revelado nas Sagradas Escrituras.
4) Usar o dom de
profecia de forma descontrolada
O dom de profecia
deve ser usado, na igreja, com decência e ordem. Diz Paulo: “Portanto, irmãos,
procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo
decentemente e com ordem” (1 Co 14.39, 40).
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 59-61.
I Cor 14.1. A
profecia é o dom mais importante (14.1). Em suas palavras iniciais, Paulo usa
dois verbos que são significativos: Segui a caridade e procurai com zelo os
dons espirituais. O verbo seguir (literalmente, perseguir) “indica uma ação
interminável, enquanto ‘procurai com zelo’ realça a intensidade e não a
continuidade da ação”. O amor deve ser buscado com persistência, mas também é
correto desejar os dons. Desses dons, Paulo coloca em primeiro lugar a
profecia.
A discussão sobre o
lugar da profecia e do falar em línguas termina com um notável princípio. A
adoração é essencial para edificar o corpo de CRISTO, mas, às vezes, a adoração
que busca ou enfatiza de forma exagerada a presença e o poder do ESPÍRITO SANTO
pode chegar a ser caótica e confusa. Aqui o princípio de Paulo é importante:
Faça-se tudo decentemente e com ordem (40).
Donald S. Metz.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 348-349; 353-355.
3. Propósitos da
profecia.
Como todos os
demais dons espirituais, o de profecia tem propósitos especiais da parte de
DEUS para a Igreja de JESUS CRISTO. Só deve ser usado de forma correta, com
base na Palavra de DEUS. “Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para
o que for útil” (1 Co 12.7) ou proveitoso para a igreja. De maneira bem clara e
até didática, o dom de profecia tem três finalidades básicas, em proveito da
igreja: “Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e
consolação” (1 Co 14.3).
1) Edificação
Assim como um
edifício de pedras é edificado pouco a pouco, com a união dos elementos
materiais, com a argamassa própria, da mesma forma, os crentes em JESUS são
“edifício de DEUS” (1 Co 3.9). A formação espiritual de um discípulo de JESUS
começa com a conversão, mas não para no discipulado inicial. Deve continuar por
toda a vida. Pouco a pouco, o ensino da Palavra e da doutrina do Senhor vai
construindo o caráter cristão no crente.
Mas, às vezes, é
necessária uma mensagem especial ou específica para alguém ou para toda a
congregação. E aí que DEUS usa um profeta para transmitir uma mensagem da parte
de DEUS, visando corrigir ou colocar “no prumo”, ou “no nível”, alguma área da
edificação espiritual.
2) Exortação
Exortar tem o
sentido de “chamar para fora”, para orientar, ajudar e ensinar. Deriva da
palavra grega parakalao, que tem o sentido de confortar, inspirar, defender e
guiar. Paulo ensina que quem exorta deve fazê-lo “com toda a longanimidade e
doutrina” (2 Tm 4.2).
Uma mensagem
profética ajuda a entender como aplicar a Profecia Maior, que é a Bíblia
Sagrada, para os dias presentes, quando surgem problemas, situações e
circunstâncias, que não existiam, quando a mensagem bíblica foi escrita. Sem o
ensino da Palavra de DEUS e da mensagem profética, há uma tendência para a
ocorrência de desvios de conduta e distorções perigosas no meio das igrejas
locais. Diz Provérbios: “Não havendo profecia, o povo se corrompe...” (Pv
29.18a).
3) Consolação
O ESPÍRITO SANTO é
chamado de “O outro Consolador” (cf. Jo 14.16). Ele é o parakleto prometido por
CRISTO. Por isso, também usa o dom de profecia, para transmitir mensagem de
consolação aos servos de DEUS. Já vimos que o verbo parakaleo (gr.) significa consolar,
confortar. E o que podemos ver em Barnabé, amigo de Paulo (At 4.36; ver Rm
15-4,5; 1 Co 14.3; 2 Co 1.3,4-7)). Consolação vem deparaklesis (gr.) e tem o
sentido de “consolar”, “dar alegria”, dar “paz”. Paulo diz que todos os crentes
podem profetizar (se DEUS conceder tal dom), visando a consolação da igreja:
“Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos
aprendam e todos sejam consolados” (1 Co 14.31 — grifo nosso).
MERRILL C. TENNEY.
Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 3. pag. 1089-1090.
III - INTERPRETAÇÃO
DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. Definição do
dom.
Já vimos que o dom
de línguas propicia mensagens de edificação para quem o possui e que, para a
edificação da igreja, necessita de interpretação. E isso é possível, através do
dom de interpretação de línguas.
1. O QUE É O DOM DE
INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS
O pastor Antônio
Gilberto ensina que “É um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural,
pelo ESPÍRITO SANTO. Não se trata de “tradução de línguas”, mas de
“interpretação de línguas”.13 O dom de línguas prescinde do dom de
interpretação de línguas, para que seja útil para a edificação da igreja.Paulo
deu precioso ensino à igreja de Corinto sobre o uso dos dons. Ao que parece, o
dom de línguas era muito usado, mas sem o necessário equilíbrio espiritual e
emocional.
Esse dom deve andar
lado a lado com o dom de línguas, no seio da igreja cristã. São “dons
geminados”. Gordon Chown diz que “A interpretação é tão milagrosa quanto a
própria Língua — e isto quer dizer que quem possui o Dom de Línguas não vai
procurar decifrá-la com a mente, mas sim, pede e recebe a Interpretação da
mesma fonte divina de onde surgiu a Língua”.14 Isso não quer dizer que o dom de
interpretação de línguas é outro tipo de dom de profecia.
A profecia é
autossuficiente em sua ação para quem a ouve. O dom de interpretação de línguas
depende da mensagem em línguas, para que tenha eficácia.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 68.
Observação minha – Pr. Henrique – Só há
interpretação para a língua específica do dom de línguas. Não há interpretação
da língua falada como evidência do batismo. O crente pode falar em língua que
recebeu no batismo a vida inteira e mesmo assim nunca receber o dom de línguas.
Por isso mesmo
Paulo pergunta: Falam todos em diversas línguas? Ou seja: têm todos o dom de
línguas? A resposta óbvia é não. Todos podem e devem ser batizados no ÉSPÍRITO
SANTO, mas nem todos terão o dom de línguas.
Interpretação das
línguas
O dom de interpretação de línguas é o único cuja existência ou função depende
de outro dom - a variedade de línguas. Consequentemente, não havendo o dom de
variedade de línguas, não pode haver a interpretação de línguas.
“Interpretação” aqui não é a mesma coisa que tradução. A interpretação
geralmente alonga-se mais que a simples tradução.
O dom de interpretação de línguas revela o poder, a riqueza, a soberania e a
sabedoria de DEUS. Por certo que este dom não implica em que haja algum tipo de
conhecimento do idioma por parte do intérprete.
A interpretação de línguas é em si mesma um dom tão miraculoso quanto o é o
próprio dom de variedade de línguas.
Raimundo F. de
Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
I Cor 14. 27.
Línguas privadamente faladas não são incluídas nestas instruções paulinas. Um
crente pode falar em línguas consigo mesmo quanto tempo quiser, quando ele
sentir a necessidade de tal louvor de sua alma a DEUS. Na igreja, entretanto,
mesmo quando se encontra presente o intérprete, Paulo limitava tal exercício a
duas pessoas, ou quando muito, a três. Mas essa regra não parece tão severa
quando verificamos, no vigésimo nono versículo, que ele estabelece o mesmo
regulamento para os profetas.
Portanto, Paulo não
subestimava as «línguas interpretadas»; antes, situava-as em pé de igualdade
com a profecia, pelo menos no que concerne ao número de pessoas envolvidas em
cada reunião. A passagem de 1 Cor. 14:5 parece indicar um total pé de igualdade
entre a profecia e as línguas interpretadas, porque, nesse caso, a «edificação»
é dada através das línguas.
No entanto, o
vigésimo segundo versículo deste capítulo parece indicar que Paulo favorecia a
profecia acima das línguas interpretadas. Devemos meditar que Paulo, ao assim
instruir aos crentes, não «apagava ao ESPÍRITO» (ver I Tes. 5:18-20), conforme
alguns o têm acusado; porque há limite às instruções que alguém pode absorver
numa única reunião.
Outrossim,
precisamos reconhecer que há limite para o «período de atenção» de qualquer
indivíduo, embora alguns possam estender por mais tempo esse período. Um culto
exageradamente longo pode resultar em dano. Não seremos ouvidos por muito
falar.
A necessidade de
intérprete também elimina qualquer possibilidade de dois ou três falarem em
línguas ao mesmo tempo, porquanto isso criaria total confusão, visto que, nesse
caso, um mínimo de quatro pessoas estaria participando do culto, ao mesmo
tempo. O dom de interpretação de línguas mui provavelmente é mais raro que o do
falar em línguas, e bastaria essa raridade para limitar a atividade das
línguas; sem a interpretação, em uma igreja que estivesse obedecendo às
instruções de Paulo à risca, não se ouviriam línguas. Somente nas ocasiões em
que intérpretes «bem conhecidos», «experientes» e «comprovados» estivessem
presentes é que seriam exercidas as línguas. E, nessas ocasiões, dois ou três
poderiam usar o dom de línguas.
O fato de que as
línguas podem e devem ser assim limitadas, mostra-nos que esse dom também é
controlado pela inteligência, sobre quando deve ser exercido; pois, do
contrário, Paulo não teria podido estabelecer qualquer regra, e nem alguém
seria capaz de antecipar como o ESPÍRITO de DEUS pode mover homens a falarem
«involuntariamente».
«...sucessivamente...»
Paulo proíbe o falar em línguas em massa, todos ao mesmo tempo, mas apenas uma
pessoa de cada vez. Cada qual teria sua oportunidade; e isso é uma outra
evidência que as línguas são controladas pela inteligência, pelo menos usualmente;
caso contrário, como poderia um homem, que estivesse prestes a irromper em
línguas, refrear-se de modo a não interferir na manifestação de outrem?
I Cor 14. 28. Não
há que duvidar que essa era a instrução mais difícil de ser obedecida que Paulo
apresentou aos coríntios; seja como for, porém, certamente foi difícil eles
abafarem suas atitudes de vangloria, no uso desse dom, a fim de obedecerem às
injunções apostólicas, em qualquer aspecto dessas instruções. A menos que
esteja presente um intérprete, as línguas não devem ser usadas na igreja. Isso
não impediria o largo uso desse dom, em casa; pois, nesse caso, a alma do
crente pode ser edificada, e DEUS pode ser glorificado, mesmo que a mente nada
aproveite em seu entendimento. Mas, visto que a «edificação» é a razão mesma
pela qual os dons espirituais existem na igreja, as línguas devem ser limitadas
a fim de atender a essa exigência; e só poderão fazê-lo quando acompanhadas de
interpretação.
No original grego,
a gramática é um pouco obscura aqui, parecendo dar a entender que o intérprete
deve manter-se calado; mas devemos compreender aqui a existência de um sujeito
oculto, na frase. Assim sendo, o que se entende da frase grega é que, não havendo
intérprete, «...aquele que fala em línguas deve...» permanecer calado.
«...falando consigo
mesmo...» No original grego, encontramos aqui uma expressão enfática. O crente
fala apenas para «si mesmo», comungando com o Senhor em seu coração, como que
em êxtase, sem a necessidade da presença de um intérprete. Mas essa «comunhão»
não deve ocorrer nos cultos públicos, como se um indivíduo, arrebatado em
êxtase, se separasse do resto da congregação para ter o seu culto particular.
Antes, tal exercício deve ser feito somente em casa. Embora outra coisa possa
ser compreendida, essa é a única forma de instrução que faz sentido. Os cultos
públicos visam a edificação da congregação inteira, e com essa finalidade é que
devem ser efetuados. Essa mesma forma de falar em línguas, em voz alta, para o
próprio indivíduo, faz parte inerente do significado do próprio verbo, que
significa «falar audivelmente», ou, pelo menos, esse é o seu sentido quase
exclusivo. No dizer de Findlay (in loc.): «A instrução de falar no coração, sem
ruído, seria contrária ao sentido do verbo ‘lalein’ (falar), e, de fato,
contrário à natureza de uma ‘língua’».
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 4. pag. 227-228.
Observação minha – Pr. Henrique – falar consigo
mesmo significa falar bem baixinho para não atrapalhar o vizinho de banco que
quer escutar a mensagem pregada, ou ensinada, ou a interpretação de outro que
está sendo usado. O crente pode orar em línguas ao lado de sua esposa, na cama,
à noite, e a esposa nem saber que ele estava orando. A altura da voz é regulada
pelo que fala – ninguém é obrigado a falar alto em línguas.
a) A regra da
edificação (14.26). A primeira diretriz de Paulo era: Faça-se tudo para a
edificação. Quando os coríntios se reuniam para adorar a DEUS, cada parte do
culto deveria contribuir para a edificação da igreja. O Salmo (hino), a
doutrina (ensinamento cristão), a língua (alguma expressão em uma linguagem que
não era geralmente conhecida), a revelação, a interpretação da língua - tudo
deveria ter o propósito de fortalecer a igreja.
b) Somente dois ou
três deveriam ter permissão de falar (14.27a). Paulo coloca um limite no número
de pessoas que teriam permissão para falar em línguas estranhas em qualquer
reunião pública. Faça-se isso por dois ou, quando muito, três. Tal restrição eliminaria
a confusão e a frustração que poderiam ocorrer se a maior parte do culto fosse
dedicada a tais atividades.
c) Devem falar um
de cada vez (14.27b). Além do limite do número de pessoas que podiam falar em
línguas, estas deveriam falar uma de cada vez. Esta restrição iria eliminar a
confusão gerada por várias pessoas falando ao mesmo tempo em um culto público.
d) Deve haver um
intérprete (14.27c-28a). A terceira regra de Paulo era: E haja intérprete. Mas,
se não houver intérprete, esteja calado na igreja. Tudo aquilo que é dito em
línguas estranhas deveria ser acompanhado por uma interpretação. De acordo com
Morris, esta restrição “nos mostra que não devemos pensar que as línguas eram o
resultado de um irresistível impulso do ESPÍRITO SANTO que levava os homens a
fazer um discurso em êxtase e desorganizado. Se eles preferissem, poderiam
manter silêncio, e isso é o que Paulo os instruiu a fazer em certas ocasiões”.
Donald S. Metz.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 353.
2. Há diferença
entre dom de interpretação e o de profecia?
Como é óbvio o que
o nome diz, a finalidade principal é a interpretação da mensagem, transmitida à
igreja, através do dom de línguas. No culto pentecostal, deve haver sabedoria e
humildade no uso dos dons. Não é comum haver quem tenha os nove tipos de dons.
Normalmente, o ESPÍRITO distribui “a cada um como quer”. Quanto mais dons
houver numa igreja local, maior será sua edificação espiritual. A Palavra de DEUS
é a fonte primária e mais importante para a edificação do crente. Mas, como
vimos, os demais dons também contribuem para a edificação da igreja.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag.69.
Dom de profecia - A
mensagem é dada na língua do ouvinte, não há necessidade de intérprete.
Dom de
interpretação de línguas - A mensagem é dada em línguas espirituais ou
estranhas e necessita de um intérprete ou o mesmo que a fala deverá
interpretá-la para que o ouvinte a entenda.
INTERPRETAR,
INTÉRPRETE O substantivo
"intérprete"
(gr. diermeneutes, a pessoa que explica totalmente ou interpreta) é usado no NT
apenas em 1 Coríntios 14.27,28. O verbo dessa raiz ocorre em 1 Coríntios 12.30;
14.5,13,27. No cap. 14, Paulo instrui que o falar em línguas em uma assembleia
da igreja deve ocorrer de uma maneira ordeira, mas somente quando houver um
"intérprete" presente, pois somente então isso será edificante.
Aquele que fala em línguas deve orar para que ele mesmo possa interpretar
(v.13). Um dos propósitos do dom de línguas era que um inconverso pudesse ouvir
a mensagem em seu próprio idioma, como aconteceu com aqueles que estavam
presentes no Pentecostes (At 2.8), e depois ouvi-la interpretada por um outro
que não conhecesse aquela língua. Isto seria, portanto, um milagre duplo,
contudo um milagre que correspondesse especificamente ao ouvinte.
No AT, José atuou
como um intérprete (do heb. pathar) de vários sonhos (Gn 40-41). Daniel
convenceu Nabucodonosor de sua habilidade, dada por DEUS, de fornecer a
interpretação (aram. p'shar) ou a explicação do sonho do rei, primeiramente
dizendo ao rei o que este viu no sonho (Dn 2.5-45). Posteriormente, Daniel
revelou a interpretação do sonho de Nabucodonosor da grande árvore que havia
sido derrubada (4.8-27), e da escritura na parede do palácio de Belsazar
(5.12-28). A palavra pesher, "interpretação" (Ec 8.1), tornou-se o
termo padrão para as explicações, ou comentários, dos livros canônicos do AT
pelos membros da comunidade de Qumrã. R. A. K.
PFEIFFER .Charles
F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 979.
ELABORADO: Pb
Alessandro Silva e Pr. Luiz Henrique
LIÇÃO 6 - DONS QUE
MANIFESTAM A SABEDORIA DE DEUS
Lições Bíblicas do
2º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos
MOVIMENTO
PENTECOSTAL - As doutrinas de nossa fé
Comentários da
revista da CPAD: Pr. Elienai Cabral
Consultor
Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos,
ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
TEXTO ÁUREO
"Assim, também
vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação
da igreja" (1 Co 14.12).
VERDADE PRÁTICA
Através dos dons da
palavra de sabedoria e da ciência, o ESPÍRITO SANTO capacita-nos a conhecer
fatos e circunstâncias que somente DEUS conhece.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - Atos 16.16-24
16 - E aconteceu
que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha espírito de
adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. 17 -
Esta, seguindo a Paulo e a nós, c/amava, dizendo: Estes homens, que nos
anunciam o caminho da salvação, são servos do DEUS Altíssimo. 18 - E isto fez
ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em
nome de JESUS CRISTO, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu. 19 - E,
vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam
Paulo e Si/as e os levaram à praça, à presença dos magistrados. 20 - E,
apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus,
perturbaram a nossa cidade. 21 - E nos expõem costumes que nos não é lícito
receber nem praticar, visto que somos romanos. 22 - E a multidão se levantou
unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram
açoitá-los com varas. 23 - E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na
prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança, 24 - o qual,
tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior e Ihes segurou os pés o
tronco.
16.16 ESPÍRITO DE
ADIVINHAÇÃO. As expressões vocais demoníacas da jovem escrava eram consideradas
a voz de um deus; por isso, os serviços dela como adivinha eram muito
procurados, dando grande lucro aos seus donos. Através de Paulo, CRISTO
demonstrou aqui, mais uma vez, seu poder sobre o império do mal.
16.23 HAVENDO-LHES DADO MUITOS AÇOITES. A lei judaica sobre castigo por açoites
prescrevia até quarenta açoites para o culpado, dependendo do juiz (Dt 25.2,3).
O costume judaico era usar o chicote com três a cinco tiras de couro presas a
um cabo curto. Aqui trata-se do costume romano (v.21) que usava a vara. Os
açoites eram aplicados ao corpo desnudo do preso (vv. 22,23). Dependendo do
juiz romano, este castigo podia ser terrivelmente cruel, por não estar fixado
em lei o número de açoites por castigo. Muitas vezes o preso morria em
conseqüência dos açoites. Os açoites de Paulo em 2 Co 11.24,25 abrangem tanto o
açoitamento judaico (v. 24 recebi dos judeus ), como o romano (v. 25 fui
açoitado com varas ). Em 2 Co 11.24 vemos a crueldade dos judeus contra Paulo
neste tipo de castigo. Davam-lhe 39 açoites para que pudessem depois
aplicar-lhe idêntico castigo, uma vez que a lei mosaica limitava a 40 o total
de açoites (Dt 25.3). Certamente foi nas sinagogas que Paulo mais sofreu o
açoitamento dos judeus, pois ele costumava freqüentá-las para pregar a CRISTO.
Os judeus não tinham autoridade para decretar pena de morte por estarem sob
domínio romano, mas podiam castigar.
16.25 ORAVAM E CANTAVAM HINOS. Paulo e Silas estavam sofrendo a humilhação do
encarceramento, tendo seus pés presos ao tronco e as costas laceradas por
açoites. No meio desse sofrimento, no entanto, oravam e cantavam hinos de
louvor a DEUS (cf. Mt 5.10-12). Aprendemos da experiência missionária deles:
(1) que a alegria
do crente vem do interior e independe das circunstâncias externas; a
perseguição não pode destruir nossa paz e nossa alegria (Tg 1.2-4);
(2) que os inimigos
de CRISTO não poderão destruir a fé em DEUS e o amor por Ele que o crente tem
(Rm 8.35-39);
(3) que mesmo no
meio das piores circunstâncias, DEUS dá graça suficiente àqueles que estão na
sua vontade e que sofrem por amor ao seu nome (Mt 5.10-12; 2 Co 12.9,10); (4)
que sobre aqueles que sofrem por amor ao nome de CRISTO, repousa o ESPÍRITO da
glória de DEUS (1 Pe 4.14).
16.26 FORAM SOLTAS AS PRISÕES DE TODOS. Por todo o livro de Atos, Lucas
enfatiza que nada pode impedir o avanço do evangelho de CRISTO quando propagado
por crentes fiéis. Em Filipos, DEUS interveio, e Paulo e Silas foram libertos
por um terremoto enviado por Ele. O resultado foi um maior progresso do
evangelho, destacando-se a salvação do carcereiro e de todos os seus familiares
(vv. 31-33).
16.30 QUE É NECESSÁRIO QUE EU FAÇA PARA ME SALVAR? Esta é a pergunta mais
importante que alguém se pode fazer. A resposta dos apóstolos é: Crê no Senhor
JESUS CRISTO (v. 31).
(1) Crer no Senhor
JESUS é achegarmo-nos a Ele como o nosso vivo e divino Redentor, nosso Salvador
da condenação eterna e o Senhor da nossa vida. É crer que Ele é o Filho de DEUS
enviado pelo Pai e que tudo quanto Ele é verdadeiro e final para a nossa vida.
É crer que Ele perdoa os nossos pecados, torna-nos seus filhos, dá-nos o
ESPÍRITO SANTO e está sempre presente conosco para nos ajudar, guiar, consolar
e nos levar até ao céu.
(2) A fé salvífica
é muito mais do que crer em verdades a respeito de CRISTO. Ela nos aproxima
dEle, faz-nos permanecer nEle e entregar-lhe nossa vida conturbada, na
confiança de que Ele, sua Palavra e o ESPÍRITO SANTO nos conduzirão através
desta vida à gloriosa presença do Pai.
Fruto do ESPÍRITO -
Batismo No ESPÍRITO - Dons do ESPÍRITO
O fruto é
implantado no crente no momento de sua conversão e o recebemos pela graça de
DEUS e sem merecimento - Pegue uma laranja com nove gomos como exemplo - No
momento da conversão se recebe a laranja para que bebamos dos nove gomos em
nossa caminhada cristão. Podemos beber muito de um gomo e de outro não, mas
seguramente beberemos de todos, pelo menos um pouco de cada. se bebermos muito
do primeiro que é o amor, seguramente beberemos muito de todos os outros.
Quanto ao batismo recebemos pela graça de DEUS e sem merecimento. JESUS quer
batizar-nos desde o momento de nossa conversão, assim como o fruto nos foi
implantado desde esse momento. O ESPÍRITO SANTO já está habitando em nós a
partir daí - O problema é deixarmos que o ESPÍRITO SANTO fale através de nossa
língua (membro difícil de ser domado) - O problema é deixarmos que o ESPÍRITO
SANTO controle nosso ser, nosso eu, que ELE nos use para ganharmos almas; só
assim poderemos ser revestidos de poder para sermos testemunhas de CRISTO.
Quanto aos dons, recebemos pela graça de DEUS e sem merecimento, à medida que
acreditamos na ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO e nos dispomos a ser Seu
canal de poder para operação de seus dons. Temos que desejar os dons e abundar
neles. Temos que dar a vida pelos outros. ser usado em dons significa ser
criticado, odiado, perseguido e tudo isso por causa dos outros. para que
possamos ser usados nos dons temos que amar aos outros como a nós mesmos e
sacrificarmos nossa vida por eles. Jejuar, orar e estudar muito.
INTRODUÇÃO
"Porque os
dons e a vocação de DEUS são sem arrependimento" (Rm 11.29).
Estamos em plena
crise de dons na igreja - enquanto uns pouquíssimos são usados em vários dons,
a grande maioria da igreja nem mesmo sabe diferenciar entre um dom e outro. A
bíblia afirma: "Todos podeis profetizar...", mas a realidade é que
quase nenhum profetiza.
"Porque todos
podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos
sejam consolados." - Paulo, (I Coríntios, 14:31)
Os dons são
concedidos pelo nosso desejo em dar espaço ao ESPÍRITO SANTO de agir em nossa
vida e trabalho na obra de DEUS.
A vontade de DEUS
não exclui de modo algum o desejar por parte do crente estes dons, de fato
Paulo diz várias vezes para ambicionar os dons espirituais: "Desejai
ardentemente os maiores dons" (1 Cor. 12:31), "procurai abundar
neles, para edificação da igreja" (1 Cor. 14:12), diz Paulo. Estes
dons devem ser objeto de busca por parte de todos nós, ninguém está excluído.
Não há uma categoria de crentes que está excluída desta busca. Todos devem
estar envolvidos nela. Quem não os deseja na realidade não quer que a Igreja
seja edificada pela manifestação do ESPÍRITO. Ele não quer que a Igreja de
hoje seja edificada por meio dos dons, como o era a igreja antiga.
Para estudarmos os
dons os dividimos em 3 grupos:
DONS DE REVELAÇÃO
DONS DE PODER
DONS DE INSPIRAÇÃO
OU DA FALA
Hoje vamos estudar
sobre dons de revelação:
DONS DE REVELAÇÃO
(REVELAM ALGO OCULTO OU DESCONHECIDO SOBRENATURALMENTE).
São três - Palavra
de sabedoria, Palavra de conhecimento ou da ciência e Discernimento de
espíritos.
Essas manifestações
do ESPÍRITO SANTO são sobrenaturais, não devemos confundir os dons com
sabedoria adquirida com estudo de livros, revistas, pesquisas na internet ou
cursos de homilética, hermenêutica, lingüística ou qualquer outra disciplina.
1- Palavra de
sabedoria:
Palavra= pequena
parte da sabedoria de DEUS; acontecimento futuro, só DEUS sabe; tem a ver com a
onisciência de DEUS. JESUS sabia todas as cosias que estavam por vir. O profeta
Ágabo (novo testamento tem profeta) revelava uma seca na Judéia que aconteceu
realmente pouco tempo depois e a prisão de Paulo, tudo no futuro.
Aqui, estamos
estudando sobre revelações futurísticas que são dadas pelo ESPÍRITO SANTO, de
repente, sem um prévio aviso ou estudo.
Esta revelação pode
ser dada por meio de uma visão, de um sonho, ou por meio de uma voz escutada
também.
Exemplos:
JESUS:
"Daquele dia e
hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.
Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do
homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam,
casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o
perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a
vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no campo, será levado um e
deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e
deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor;
sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de
vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também
vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do
homem." (Mt 24: 36-44)
Exemplo em Atos dos
apóstolos:
Profeta Ágabo a
respeito de uma grande fome
Atos 11:28 e
levantando-se um deles, de nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que
haveria uma grande fome por todo o mundo, a qual ocorreu no tempo de Cláudio.
Profeta Ágabo a
respeito de Paulo
Atos 21:11 e, vindo
ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele os próprios pés e mãos,
declarou: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao
dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios.
Paulo em viagem
para Roma
"Atos 27.34
Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa
segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.".
Paulo sobre
arrebatamento:
I Co 15:51
"Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos
transformados".
Sobre 1 Rs 3.16-28
- Não concordo com o autor da revista nesse ponto.
Salomão, por
exemplo, usou a sabedoria divina ao julgar o caso daquelas mulheres que lutavam
pela posse de um recém-nascido (1 Rs 3.16-28). Todos os que ouviram a sentença
do rei temeram ao Senhor, pois sabiam que sobre o monarca atuara uma sabedoria
sobrenatural vinda diretamente de DEUS (1 Rs 3.28). Como carecemos desse dom!
Muitos problemas, tidos como insolúveis, seriam prontamente resolvidos entre
nós, na obra de DEUS, em toda sua abrangência.
Não concordamos
aqui com o autor da revista - Não foi revelado por uma manifestação
sobrenatural quem era a mãe da criança, mas com a sabedoria concedida por DEUS
a Salomão ele pode armar uma estratégia para descobrir quem era a mãe
verdadeira, portanto não é uma manifestação de um dom do ESPÍRITO SANTO, mas
uma sabedoria humana aumentada por DEUS.
Um exemplo aqui de
Palavra de Sabedoria no AT poderia ser II Reis 3.16, 20:
Eliseu, solicitou a
presença de um músico. Queria enlevar o espírito. Sentir-se inspirado: "E
sucedeu que, tocando o músico, veio sobre ele a mão do Senhor. E disse:
"Assim diz O Senhor, fazei neste vale, muitas covas".
"E sucedeu
que, pela manhã, oferecendo-se a oferta de alimentos, eis que vinham as águas
pelo caminho de Edom; e a terra se encheu de água".
2- Palavra de
conhecimento ou da ciência:
Palavra = pequena
parte do conhecimento de DEUS, revelação de coisa conhecida; tem a ver com
onipresença de DEUS. (pode ser coisa conhecida por pessoas em outra parte ou
localidade, que é revelada aqui onde estamos). JESUS via Natanael debaixo de
uma figueira sem nem mesmo estar na mesma cidade. Eliseu sabia todas as
estratégias de guerra do inimigo sem nem mesmo estar perto de seu acampamento.
Exemplos:
JESUS:
Jo 1.48
Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe JESUS: Antes que
Felipe te chamasse, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
João 4:16-19 JESUS disse à mulher samaritana: "Vai, chama o teu
marido e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe
JESUS: Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que
agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. Disse-lhe
a mulher: Senhor, vejo que és profeta"
Eliseu sobre
conversas escondidas:
2 Rs 6.12 E disse
um dos servos: Não, ó rei meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel,
faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas no teu quarto de dormir.
Exemplo em Atos dos
apóstolos:
Pedro, Ananias e
Safira
Atos 5.4 “Enquanto
o possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço em teu poder? Como,
pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a
DEUS”.
3- Discernimento de
espíritos:
Saber de onde vem e
o que está operando numa pessoa. JESUS enxergava a fé dentro das pessoas. Tem a
ver com a onipotência de DEUS (Aqui se expulsa demônios e se vence forças e
idéias malignas). Paulo enxergou um demônio falando a verdade a seu respeito, mas
com o intuito de ganhar crédito para suas adivinhações.
Exemplo:
JESUS:
"E JESUS,
vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados são os teus
pecados."(Mc 2:5).
Exemplo em Atos dos
apóstolos:
Paulo e a pitonisa:
" E fazia isto
por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Eu te
ordeno em nome de JESUS CRISTO que saias dela. E na mesma hora saiu."(At
16:18).
Para julgar
profecias esse dom é imprescindível.
1Co 14.26 - "E
falem dois ou três profetas, e os outros julguem".
O julgamento de manifestações espirituais é uma ordenança bíblica. O apóstolo
João escreveu: "Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os
espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no
mundo"(1Jo 4.1). O discernimento é uma necessidade para a igreja dos dias
atuais, pois há um verdadeiro bombardeio de modismos doutrinários, heresias e
misticismos antibíblicas. Em meio a essa confusão da espiritualidade pós-moderna,
a "profecia", ou melhor, a profetada é um dos meios em que muitas
heresias têm sido gerada.
Como saber se
determinada manifestação espiritual vem do ESPÍRITO de DEUS, do espírito humano
ou de Satanás? Somente com o discernimento dado pelo ESPÍRITO SANTO.
Esse dom também tem
a ver com o discernimento para se distinguir a fonte do falar em línguas
espirituais (ou estranhas).
- se aquele que
fala em línguas está falando na carne (fingindo ser batizado, ou aquele que
aprendeu a repetir palavras como se fossem em línguas espirituais),
- se aquele que
fala em línguas está falando de DEUS (foi realmente batizado)
- ou se fala
imitações de Satanás, através de demônios que imitam o falar em línguas
verdadeiro.
A própria pregação
e/ou ensino deve ser ouvida e julgada para se discernir entre a pregação/ensino
que vem de DEUS ou a que vem do homem ou a que vem do Diabo.
Mediante este dom o
ESPÍRITO SANTO capacita o crente de discernir a presença de espíritos malignos
em pessoas ou próximo de pessoas ou ver os espíritos enquanto operam
malvadamente. Existem espíritos de vários generos, isto é, ocupados a
fazer várias formas de mal. Existem espíritos que provocam mudez e surdez como
aquele expulso daquele menino epiléptico por JESUS, de fato JESUS lhe disse:
"ESPÍRITO mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais
nele" (Mar. 9:25). De modo que nestes casos para que a cura se faça é
necessário discernir o espírito ou os espíritos que provocam as doenças para
depois expulsá-lo ou expulsá-los em nome de CRISTO JESUS. Existem espíritos
enganadores que estão ocupados a enganar; Paulo diz de fato que em dias
vindouros "alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores…." (1 Tim. 4:1). Destes espíritos existem já muitos no seio do
povo de DEUS; mediante eles toda a sorte de falsa doutrina é ensinada a certos
crentes. Existem espíritos que fazem sinais e prodígios; João viu alguns deles
em visão: "E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso
profeta, vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são
espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de
todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do DEUS
Todo-Poderoso" (Ap. 16:13-14).
RESUMO DA LIÇÃO 6 -
DONS QUE MANIFESTAM A SABEDORIA DE DEUS
I. OS DONS DO
ESPÍRITO SANTO
1. Os dons
espirituais.
2. Classificação
dos dons.
3. A escassez dos
dons espirituais.
II- A PALAVRA DA
SABEDORIA
1. A Sabedoria
satânica.
2. A sabedoria de
DEUS.
3. O dom da palavra
de sabedoria.
III- A PALAVRA DA
CIÊNCIA E O DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
1. O dom da palavra
da ciência.
2. O discernimento
de espíritos.
3. A importância do
dom de discernimento.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA CENTRAL
GOSPEL 3TR23 NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 13, Central Gospel, Os Dons Espirituais E De Serviço,
3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
TEXTO BÍBLICO BÁSICO 1 Coríntios 12.1,4-10,28; Romanos 12.7,8
1 Coríntios 12.1,4-10,28 - 1 - Acerca dos dons espirituais, não
quero, irmãos, que sejais ignorantes. 4 - Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO
é o mesmo. 5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 6 - E
há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos. 7 -
Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. 8 - Porque
a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO,
a palavra da ciência; 9 - e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo
mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; 10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a
outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a
variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 28 - E a uns pôs DEUS
na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro,
doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos,
variedades de línguas.
Romanos 12.7,8
7 - Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja
dedicação ao ensino; 8 - ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que
reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita
misericórdia, com alegria.
TEXTO ÁUREO
Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo
particularmente a cada um como quer. 1 Coríntios 12.11
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – 1 Coríntios 13.1 O dom por excelência
3ª feira – 1 Coríntios 13.3 A generosidade motivada pelo amor
4ª feira – 1 Coríntios 12.7 Os dons espirituais são para todos
5ª feira – Atos 6.10 O poder do dom da sabedoria
6ª feira – 1 Coríntios 12.28 É DEUS quem estabelece
Sábado – 1 Coríntios 12.31 Dedicação criteriosa na busca dos
melhores dons
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
discernir a natureza e o propósito dos dons espirituais e de serviço;
identificar as três categorias principais dos dons espirituais; entender-se
como alguém a quem o ESPÍRITO SANTO quer usar com dons espirituais e de
serviço.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, o exercício dos dons espirituais e de serviço,
na igreja local, era um dos temas sobre os quais os coríntios tinham pedido
conselhos ao apóstolo Paulo. Muitos deles sentiam-se atraídos pelos dons mais
espetaculares. Paulo, então, relacionou nove dons. Seu uso é comparado ao
funcionamento das várias partes do corpo humano, visando a um fim proveitoso ao
Corpo como um todo. Excelente aula!
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. OS DONS
CONCEDIDOS PELO ESPÍRITO SANTO
1.1. A origem
dos dons
1.1.1. A
natureza dos dons
1.2. A
finalidade dos dons
1.2.1.
Aplicação prática
2. EXPRESSÕES
BÍBLICAS PARA OS DONS NO NOVO TESTAMENTO
2.1. Dons
espirituais
2.2. Dons da
graça
2.3. Operações
3. CATEGORIAS
DOS DONS ESPIRITUAIS
3.1. Dons de
revelação
3.2. Dons de
poder
3.3. Dons de
inspiração vocal
4. DONS DE
SERVIÇO
4.1.
Identificação
4.2. Virtudes e
recomendações
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Uma das mais
lindas declarações do Filho de DEUS está registrada em Mateus 16.18: (...)
edificarei a minha igreja (...). No entanto, a edificação da igreja depende de
algumas variáveis, a saber: do conhecimento experimental de CRISTO e Sua
Palavra; de a igreja estar alicerçada na obra e no ministério de CRISTO; de as
pessoas demonstrarem os sinais do arrependimento e da fé; de os seus membros
assumirem a responsabilidade de cooperarem no processo de edificação; de o ESPÍRITO
SANTO operar, concedendo dons espirituais, para que a igreja seja positiva,
determinada e incansável na evangelização, pregação e ensino das Escrituras
Sagradas.
1. OS DONS
CONCEDIDOS PELO ESPÍRITO SANTO
Conforme
declaração de Paulo, o ESPÍRITO SANTO já deu dons especiais a cada cristão para
edificar a igreja, pois a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que
for útil (1 Co 12.7). Os dons não foram distribuídos pela simples honra
daqueles que os receberam, mas para benefício da igreja, a fim de edificá-la,
bem como para a proclamação e avanço do evangelho em toda a terra. A fim de
produzir a unidade, maturidade e perfeição da igreja, o Senhor confere dotações
de poder espiritual aos homens para que estes realizem esta tarefa ainda
inacabada.
SUBSÍDIO 1
Há diferentes
instituições, ministérios, serviços e operações no seio da igreja de CRISTO; no
entanto, todas as manifestações de dons espirituais têm uma mesma fonte: eles
se originam e são distribuídos pelo mesmo ESPÍRITO e Senhor (1 Co 12.4,5).
1.1. A origem
dos dons
A fonte e a
concessão dos dons não residem na esfera humana. Eles se originam em DEUS e são
distribuídos unicamente por Seu absoluto favor — Sua graça. Eles devem ser
aceitos por fé e usados para a glória do Altíssimo (1 Co 12.3).
1.1.1. A
natureza dos dons
É preciso ficar
claro que os dons não resultam de obras humanas. Nenhuma pessoa pode produzir,
por esforço próprio, os efeitos de algum dos dons relacionados no Novo
Testamento. Os dons, em sua diversidade, sempre serão uma dádiva divina, sem
estarem relacionados com o status de quem os recebe. Não são distribuídos com
base em qualquer sistema de hierarquia eclesiástico ou em razão de prestígio
humano, ainda que aparentemente merecido. Também não constituem produto da
experiência pessoal nem são concedidos como forma de recompensa.
1.2. A
finalidade dos dons
Todas as
pessoas capacitadas com dons — sejam espirituais, ministeriais ou de serviço —
exercem funções para que os diversos ministérios possam ser realizados O
conceito de corpo perpassa os assuntos sobre os dons espirituais. Isso destaca,
pelo menos, duas realidades: a importância da unidade da igreja e o fato de o
individualismo ser indevido, porque ninguém consegue fazer tudo sozinho. DEUS
pode realizar muito mais quando o Corpo de CRISTO está em unidade, trabalhando
de forma conjunta e colaborativa.
1.2.1.
Aplicação prática
Os dons são
distribuídos visando ao trabalho, à capacitação e à edificação do Corpo de CRISTO.
Cada cristão tem um dom espiritual, recebido diretamente do ESPÍRITO SANTO após
sua conversão. Este dom deve ser usado, porque todos são conclamados a
trabalhar na seara do Mestre. Fazer parte da igreja significa mais do que ter o
nome na lista de membros; significa participar ativamente da missão que DEUS
deu a ela.
2. EXPRESSÕES
BÍBLICAS PARA OS DONS NO NOVO TESTAMENTO
No Novo
Testamento, a palavra usada com frequência para definir dom é charisma — ou
charismata no plural, ambos derivados de charis (= graça). Uma vez que graça é
um favor imerecido de DEUS, a ênfase é que esses dons espirituais são
distribuídos pelo ESPÍRITO SANTO ao Seu bel-prazer, por Sua soberania. Um
cristão recebe determinado dom, outro cristão recebe um dom diferente, e alguns
recebem mais de um dom (1 Co 12.11). A concessão de dons espirituais está à
disposição de toda pessoa nascida de novo. Cada cristão deve atuar dentro do
ofício para o qual foi chamado e equipado, tendo por ideal a execução dos
diversos ministérios e serviços da igreja.
2.1. Dons
espirituais
Dons
espirituais (gr. pneumatikia, derivado de pneuma) é uma expressão que faz
referência às manifestações sobrenaturais — concedidas como dons por parte do ESPÍRITO
SANTO —, que operam por intermédio dos cristãos para o bem comum (1 Co 12.1,7).
2.2. Dons da
graça
Dons da graça
(gr. charismata, derivado de charis) é uma expressão indicativa de que foram
concedidos pelo favor divino, não por méritos pessoais. Envolvem tanto a
motivação interior da pessoa, como o poder para desempenhar o ministério
referente ao dom, isto é, a capacitação dinâmica recebida do ESPÍRITO SANTO (Rm
12.6; Fp 2.13; 1 Pe 4.10). Esses dons fortalecem espiritualmente o Corpo de CRISTO
e aqueles que necessitam de ajuda espiritual (1 Co 14.4).
2.3. Operações
Operações (gr.
energemata, derivado de energes = “ativo, enérgico”) é um vocábulo indicativo
de que os dons espirituais são operações diretas do poder de DEUS, visando a um
fim proveitoso (1 Co 12.6,7). 2.4. Manifestação do ESPÍRITO Manifestação do ESPÍRITO
(gr. phanerosis, derivado de phaneros = “manifestar”) é uma expressão
indicativa de que os dons espirituais são manifestações diretas da operação e
da presença do ESPÍRITO SANTO na igreja (1 Co 12.7-11).
SUBSÍDIO 2.3
O termo grego
energemata indica a essência dos dons. São dotações de poder, concedidas de
maneira contínua e gratuita para o empoderamento espiritual do cristão em
benefício da igreja.
3. CATEGORIAS
DOS DONS ESPIRITUAIS
Os termos que a
Bíblia emprega para apresentar os dons espirituais descrevem a sua essência e a
natureza de suas operações no Corpo de CRISTO. Paulo listou os dons
espirituais, seguindo uma certa ordem de importância. Os dons são para
capacitar os cristãos, a fim de que as tarefas básicas da comunidade
eclesiástica na terra possam ser cumpridas de maneira eficaz. Entre essas
tarefas estão: os ministérios de evangelização (Mt 28.19,20); a edificação,
crescimento e o ensino (Ef 4.11-16); o serviço social e vida de santidade
incontaminada do mundo (Tg 1.27). Os nove dons espirituais mencionados por
Paulo, em 1 Coríntios 12, são classificados em três categorias distintas: três
como dons de revelação (1 Co 12.8,10); três como dons de poder (1 Co 12.9,10) e
três como dons de inspiração vocal (1 Co 12.10).
3.1. Dons de
revelação
Sendo DEUS um
ser onisciente, Ele pode revelar a algumas pessoas aquilo que está encoberto
aos olhos humanos. Os dons de revelação são manifestos quando DEUS,
sobrenaturalmente, torna conhecida a identidade — a natureza — de determinada
pessoa, visando revelar Seus propósitos eternos de salvar o ser humano perdido
e santificar a Sua igreja. São três os dons de revelação:
- Palavra da
sabedoria — o dom de sabedoria é dado pelo ESPÍRITO SANTO para suprir aquilo
que a sabedoria puramente humana não pode proporcionar (At 6.10; Lc 7.14,15).
- Palavra de
conhecimento ou ciência — este dom tem relação direta com o ensino das
Escrituras Sagradas. Trata-se do conhecimento que vai além do plano natural dos
seminários, dos livros e até da Escola Dominical. Pode ser o esclarecimento de
uma passagem bíblica cuja interpretação não se encontra na literatura comum.
Pode referir-se, também, à revelação de situações que não seriam conhecidas
pela simples capacidade humana (At 5.3).
- Discernimento
de espíritos — com este dom, as manifestações tidas como espirituais podem ser
devidamente identificadas. Ele protege a igreja dos enganos e das investidas
sutis de Satanás para infiltrar elementos que não procedem de DEUS (1 Jo 4.1).
3.2. Dons de
poder
Os dons de
poder são manifestações de DEUS que capacitam o cristão a realizar coisas que
estão além do plano natural da existência humana. São três os dons de poder:
- Dom da fé —
trata-se da fé colocada em ação diante de situações que transcendem ao aspecto
natural e que, por isso, só podem ser resolvidas de maneira sobrenatural (Ef
2.8; Mt 14.31).
- Dons de curar
— como nada pode limitar o poder de DEUS, Ele colocou à disposição da igreja
dons que podem trazer cura e conforto a qualquer espécie de enfermidades. Esses
dons, colocados na forma plural, desempenharam um papel importantíssimo no
ministério de CRISTO e dos apóstolos (Lc 4.40; 6.19; At 5.14-16).
- Operação de
milagres ou maravilhas — este dom envolve a expulsão de demônios e a ação do
poder de DEUS sobre as forças da natureza, além da intervenção do Senhor para
mudar uma determinada situação natural, de forma sobrenatural (Mc 3.14,15;
4.36-41; 16.18; At 28.3-6).
3.3. Dons de
inspiração vocal
Também chamados
de dons de elocução. Esses dons são caracterizados pela operação do ESPÍRITO SANTO
no cristão e por intermédio dele. Eles expressam o poder do ESPÍRITO de DEUS
para, por meio de palavras, expressar Suas mensagens. São três os dons de
inspiração vocal:
- Dom de
profecia — as profecias são mensagens entregues à igreja, por inspiração do ESPÍRITO
SANTO, que devem servir para edificar, exortar e consolar (1 Co 14.3; At
15.32). Faz-se necessário lembrar que as profecias não estão em pé de igualdade
com a Palavra de DEUS, devendo ser examinadas à luz das Escrituras e julgadas
pela igreja.
- Variedade de
línguas — este dom consiste na capacitação de pessoas a falarem, pelo ESPÍRITO SANTO,
uma ou mais línguas que nunca aprenderam, ou seja, uma língua desconhecida (1
Co 14.2,14).
- Interpretação
das línguas — as línguas faladas pelo cristão, individualmente, servem para sua
própria edificação; no entanto, se faladas em alta voz, havendo um intérprete,
edificarão a igreja. As línguas faladas em público requerem interpretação (1 Co
14.13).
4. DONS DE
SERVIÇO
Por conta do
seu significado, a palavra diakonia é a que melhor reflete o exercício dos dons
de serviço. Ela era usada de maneira geral para todo serviço cristão (Rm 11.13;
1 Co 12.5; Ef 4.12), ou, especificamente, para o ministério das necessidades
temporais e do corpo (1 Co 16.15; 2 Co 8.4).
4.1.
Identificação
Entre outros,
os dons de serviço incluem as atividades de desenvolver ministérios, ensinar,
exortar, contribuir, repartir, presidir, exercer misericórdia, socorrer e
atender aos que têm necessidades especiais (Rm 12.7,8; 1 Co 12.28).
4.2. Virtudes e
recomendações
As doutrinas
bíblicas vêm sempre seguidas por recomendações éticas (Rm 12.9-21). Pensando
dessa forma, o apóstolo Paulo listou algumas virtudes que se devem esperar na
execução dos dons de serviço:
- verdadeiro
amor, tanto em relação aos de dentro, como aos de fora da comunidade cristã (Rm
12.9a);
- transparência
e compromisso com o bem (Rm 12.9b,21);
- priorização
do próximo — não de si mesmo — como digno de consideração e honra (Rm 12.10);
- fervor e
excelência no serviço (Rm 12.11);
- inclusividade
e compaixão (Rm 12.13);
- motivação
para abençoar, mesmo aos perseguidores (Rm 12.14).
CONCLUSÃO
No Corpo de CRISTO
não são as pessoas que escolhem a função que vão desempenhar. A elas, também,
não está facultado o direito de escolher entre este ou aquele dom. Essas áreas
estão limitadas a decisões que vêm da parte de DEUS. É Ele quem escolhe,
prepara e capacita pessoas para exercerem determinadas tarefas. A fonte dos
dons reside na maravilhosa graça do Altíssimo. Ele os concede livremente a quem
quer, segundo o Seu poder soberano, visando sempre à edificação e crescimento
da Sua obra na terra.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quantos e quais são os dons de revelação?
R.: São três: palavra da sabedoria; palavra do conhecimento ou
ciência; e discernimento dos espíritos.