Escrita Lição 3 Joel, Mensagem De Juízo, Um Chamado Ao Arrependimento E Promessas, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 3 Joel, Mensagem De Juízo, Um Chamado Ao Arrependimento E Promessas, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

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EBD Revista Editora Betel - 3° Trimestre De 2023 TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a DEUS. Anunciando a esperança da salvação através do Messias. 

 

TEXTO ÁUREO

“ Santificai um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os Anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do senhor, vosso DEUS, e clamai ao Senhor” Joel 1.14

 

VERDADE APLICADA

O avivamento bíblico é precedido de arrependimento Genuíno, quebrantamento e oração.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar o cenário da mensagem do profeta Joel
Destacar a mensagem do profeta Joel
Ressaltar lições do profeta Joel para os dias de hoje

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - JOEL 2.27-32

27 E vós sabereis que eu estou no meio de Israel e que eu sou o Senhor, vosso DEUS, e ninguém mais; e o meu povo não será envergonhado para sempre.
28- E há de ser que, depois, derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões.
29- E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu ESPÍRITO.
32- E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar.

 

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA Is 13.9 O Dia do Senhor vem.
TERÇA Dn 1.8 É preciso não se contaminar com o pecado.
QUARTA Jl 2.12 É preciso se converter de todo coração
QUINTA Ob 1.15 O Dia do Senhor está perto.
SEXTA At 17.30 DEUS quer que todos se arrependam.
SÁBADO 2Co 7.10 O arrependimento para a salvação.

 


Hinos Sugeridos: 111, 131, 432

 

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore por revestimento do ESPÍRITO SANTO

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JOEL

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta 

1.2. A invasão dos gafanhotos

1.3. A necessidade urgente de arrependimento 

2- A MENSAGEM DE JOEL

2.1. O alerta do profeta

2.2. Esperança em meio à catástrofe 

2.3. O fruto do arrependimento 

3- JOEL PARA HOJE

3.1. Arrependimento genuíno

3.2. Santificação urgente 

3.3. Libertação e esperança 

 

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS

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COMENTÁRIOS DA BEP - CPAD

1.1 PALAVRA DO SENHOR. O profeta indica que a sua mensagem é a própria palavra que recebeu da parte do Senhor. Por isso, tem relevância para todas as gerações de crentes.

1.2 OUVI ISTO, VÓS, ANCIÃOS. O povo de Deus havia sido atingido por terrível catástrofe. Para Joel, tal crise fora enviada por Deus para que os anciãos e o povo se voltassem ao Senhor.

1.4 LAGARTA. A natureza da crise constituía-se de uma praga de gafanhotos que varrera o país. A região rural e toda a vegetação foram destruídas; o povo enfrentava severa fome. O significado exato das quatro palavras aqui empregadas (lagarta, gafanhoto, locusta e pulgão) para descrever os gafanhotos é incerto. Acredita-se que representem as etapas sucessivas do crescimento do inseto.

1.5 DESPERTAI, ÉBRIOS. A embriaguez é o único pecado específico mencionado em Joel. Sua inclusão indica, provavelmente, que a sensibilidade moral dos israelitas para com o pecado e o mal ficou tão embotada que os impedia de reconhecer que, de fato, haviam ofendido a santidade de Deus. A igreja deve tomar cuidado para não assimilar os costumes do mundo, pois isto entristece ao Espírito Santo (ver Ef 4.30)

1.6 UMA NAÇÃO. Os gafanhotos são comparados ao exército de uma grande e poderosa nação.

1.14 SANTIFICAI UM JEJUM... CLAMAI AO SENHOR. Em consequência da devastação da terra, e da aflição entre o povo, Joel conclama-o a intensificar o luto, a clamar dia e noite a Deus com jejum e oração, e a arrepender-se de todo pecado. Hoje, talvez, o povo de Deus não experimente pragas literais de gafanhotos, mas é provável que veja suas congregações devastadas por aflições, pecados e doenças que angustiam famílias inteiras (cf. 1 Co 11.30-32). O conselho bíblico para se resolver tais impasses é que os pastores e leigos reconheçam, igualmente, com a máxima urgência, a necessidade de ajuda, poder e bênção de Deus. Devem voltar-se a Ele com a sinceridade, intensidade, arrependimento e intercessão descritos por Joel (vv. 13,14; 2.12-17).

1.15 O DIA DO SENHOR. Este "dia" é o tema principal do livro de Joel (cf. Jl 2.1,11,31; 3.14). Pode referir-se: (1) a um julgamento divino sobre o povo de Deus ou sobre outras nações da época; ou (2) ao Juízo Final de Deus sobre toda a impiedade, que incluirá a tribulação dos sete anos e a volta de Cristo para reinar sobre a terra (ver 1 Ts 5.2). Neste ponto do livro, Joel refere-se primordialmente ao julgamento divino de sua época, embora não deixe de ser uma advertência quanto ao dia vindouro. Joel fala mais a respeito do derradeiro "dia do Senhor" nos próximos dois capítulos.

 

2.1,2 TOCAI A BUZINA. Joel intensifica sua advertência ao referir-se às "trevas" e "tristeza", símbolos de juízo e destruição. A resposta apropriada ao dia do juízo divino é temor e tremor.

2.13 RASGAI O VOSSO CORAÇÃO. O profeta reivindica corações contritos e quebrantados (Sl 51.17). Se os israelitas se apartassem de seus pecados, e voltassem para Deus, Ele teria misericórdia do povo. É característica básica do Senhor mostrar-se misericordioso e compassivo para com os seus, se estes se arrependerem sinceramente de seus maus caminhos.

2.17 MINISTROS DO SENHOR. Quando os ministros do Senhor veem sofrimento e devastação entre o povo, devem eles mesmos dar o exemplo de contrição, e voltarem-se a Deus com o coração partido, choro e oração intensa. Ele espera que seus ministros intercedam com inteireza de coração para que o povo seja poupado da calamidade física e espiritual. O Senhor deseja que eles implorem dia e noite pelo derramamento de sua graça e de seu Espírito sobre todos (vv. 18-29). Só então o povo será restaurado e renovado em seu amor e dedicação a Deus.

2.18 ENTÃO, O SENHOR... SE COMPADECERÁ DO SEU POVO. Quando o povo se humilha diante de Deus, busca a sua face em oração e aparta-se dos caminhos ímpios (ver 2 Cr 7.14), Deus ouve do céu, revoga seu juízo temporal, renova a terra e derrama-lhe a bênção (vv. 18-20). Noutras palavras, atende as orações provenientes de corações arrependidos e humilhados. Além disso, a oração persistente e sincera em prol do avivamento resultará no derramamento do Espírito de Deus sobre seu povo (ver vv. 28-32).

2.26 O MEU POVO NÃO SERÁ MAIS ENVERGONHADO. Esta promessa depende de o povo de Deus permanecer humilde e fiel. Caso os crentes tornem-se arrogantes, e voltem à senda do pecado, as bênçãos divinas serão retidas e seguir-se-á o juízo.

2.28,29 DERRAMAREI O MEU ESPÍRITO. Joel prediz um dia em que Deus derramará o seu Espírito sobre todo aquele que "invocar o nome do Senhor" (v. 32). Este derramamento resultará num fluir sobrenatural do Espírito Santo entre o povo de Deus. Pedro citou este trecho no dia de Pentecoste, e explicou que o derramamento do Espírito Santo, naquele dia, era o começo do cumprimento da profecia de Joel (Atos 2.14-21). Esta profecia é uma promessa perpétua para todos quantos aceitem a Cristo como Senhor, pois todos os crentes podem e devem receber a plenitude do Espírito Santo (cf. At 2.38,39; 10.44-48; 11.15-18).

2.28 VOSSOS FILHOS E VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO. Joel prevê que um dos principais resultados do derramamento do Espírito Santo será a distribuição dos dons espirituais, entre estes o de profetizar. A manifestação do Espírito, através dos dons, torna conhecida a presença de Deus entre o seu povo. O apóstolo Paulo declarou que se a igreja profetiza, o incrédulo será compelido a declarar "que Deus está verdadeiramente entre vós" (1 Co 14.24,25).

2.30,31 PRODÍGIOS NO CÉU. Virá o dia em que a plena realização do derramamento do Espírito, e da oferta de salvação a toda a humanidade, será seguida pelos sinais cósmicos dos últimos tempos e pelo dia do Senhor (cf. Mt 24.29-31). Naqueles tempos, os inimigos de Deus experimentarão a sua ira (cf. Ap 6.12-17). As atuais condições do mundo, examinadas à luz das profecias bíblicas, indicam que tais eventos estão prestes a acontecer.

 

3.1-21 NAQUELES DIAS. Este capítulo trata da futura restauração de Israel e do juízo de Deus sobre todas as nações do mundo; Esse juízo incluirá a grande batalha do Armagedom que precederá o reinado de Cristo sobre toda a terra (ver Ap 16.16).

3.2 VALE DE JOSAFÁ. O Vale de Josafá, que em hebraico significa "onde o Senhor julga", é também chamado de "o vale da decisão" (v. 14). É muito provável que seja o mesmo vale de Megido, que fica na região central da Palestina. Mais importante que sua localização, é a mensagem de que, nele, Deus há de destruir, um dia, todo o mal, vindicar e resgatar o seu povo fiel.

3.3 LANÇARAM A SORTE SOBRE O MEU POVO. Deus condenará as nações pela sua crueldade, e por tratarem os seres humanos como se fossem possessões a serem negociadas por dinheiro e mero prazer. Os crentes devem tomar cuidado com o tratamento que dispensam ao próximo, pois Deus os chamará a prestar contas no dia do juízo caso não procedam com amor e misericórdia (ver Cl 3.25).

3.4-8 TIRO E SIDOM. O Senhor dirige-se às cidades e a uma região que havia sido particularmente cruel com Israel. Esta profecia de juízo foi cumprida, pelo menos em parte, no século IV, ao serem ambas as cidades subjugadas por Alexandre Magno e, posteriormente, por Antíoco III (Ver também Is 23; Ez 26; 27; 28; Am 1.9,10).

3.9-16 SANTIFICAI UMA GUERRA. As nações são convocadas a preparar-se para a guerra, pois o Senhor virá contra elas com grande destruição. Os que se opõem a Deus e à sua Palavra terão de prestar contas de seus pecados (ver Ap 14.19; 16.16; cf. Ap 19.11-21). Os crentes devem lembrar-se que a impiedade, a iniquidade e o mal prevalecerão apenas por um determinado tempo; ao final, o povo de Deus herdará a terra (cf. Sl 37.11; Mt 5.5).

3.13 JÁ ESTÁ MADURA A SEARA. A seara do juízo divino contra as nações está prestes a ocorrer, "porquanto a sua malícia é grande". Quando o pecado chega ao ápice, o juízo é inevitável (cf. Gn 15.16).

3.17-21 O SENHOR HABITARÁ EM SIÃO. O livro de Joel termina com a promessa de que Jerusalém seria libertada de seus inimigos, e a bênção divina haveria de ser derramada sobre o povo de Israel. A bênção consiste, primeiramente, em que Deus habitará entre o seu povo e lhe demonstrará amor e cuidado. Com a destruição dos ímpios, em todas as nações, o reino de Deus prevalecerá. A conclusão do livro de Joel demonstra a seguinte verdade aos israelitas: os que permanecerem em seus maus caminhos enfrentarão a ira divina; os que se arrependerem e buscarem ao Senhor, por outro lado, experimentarão as suas bênçãos, e terão uma eternidade gloriosa.

 

RESUMO GERAL DO LIVRO DE JOEL BEP CPAD

 

Autor: Joel

Tema: O Grande e Terrível Dia do Senhor

Data: 835-830 a.C. (?)

 

 

Considerações Preliminares

Joel, cujo nome significa “O Senhor é Deus”, identifica-se como “filho de Petuel” (1.1). Suas numerosas referências a Sião e ao ministério do templo indicam que ele era profeta em Judá e Jerusalém, e sua familiaridade com os sacerdotes sugere ter sido ele um profeta “sacerdotal” (cf. Jr 28.1.5) que proclamou a verdadeira palavra do Senhor.

Levando-se em conta que Joel não menciona nenhum rei, ou evento histórico, não se pode determinar o período de seu ministério. Acredita-se que tenha sido exercido depois de os exilados terem voltado a Jerusalém e reedificado o templo (c. de 510 - 400 a.C.). Nesta época, não havia rei em Judá, e os líderes espirituais de maior destaque eram os sacerdotes. Acredita-se ainda que a mensagem de Joel haja sido entregue durante os primeiros dias do jovem rei Joás (835—830 a.C.), que subiu ao trono de Judá com a idade de sete anos (2 Rs 11.21), e permaneceu sob a orientação do sumo sacerdote Joiada durante toda a sua menoridade. Tal situação explicaria o destaque dos sacerdotes neste livro profético, e a ausência de qualquer referência à realeza. O tema de Joel e seu estilo literário identificam-se mais com os profetas do século VIII a.C. — Amós, Miquéias e Isaías, do que com os profetas pós-exílicos — Ageu, Zacarias e Malaquias. Estes e outros fatos favorecem o contexto do século IX a.C. para o livro de Joel. A ocasião imediata para o livro foi uma invasão de gafanhotos e uma seca severa que, combinadas, devastaram o Reino de Judá. A voracidade com que uma praga de gafanhotos desnuda todo o verde, em muitos quilômetros quadrados, acha-se mais que patente naquela parte do mundo, tanto nos tempos de Joel quanto hoje.

 

Propósito

 

Joel falou e escreveu em virtude de duas recentes calamidades naturais, e da iminência de uma invasão militar estrangeira. Seu propósito era tríplice:(1) juntar o povo diante do Senhor numa grande assembleia solene (1.14; 2.15,16); (2) exortar o povo a arrepender-se e a voltar-se humildemente ao Senhor Deus com jejuns, choro, pesar e clamor por sua misericórdia (2.12-17); e (3) registrar a palavra profética ao seu povo por ocasião de seu sincero arrependimento (2.18—3.21).

 

Visão Panorâmica

 

O conteúdo do livro divide-se em três seções. (1) A primeira seção (1.2-20) descreve a devastação de Judá ocasionada por uma grande praga de gafanhotos, que arrancou as folhagens das vinhas, árvores e campos (1.7,10), reduzindo o povo a indescritível penúria. Em meio à calamidade, o profeta conclama os líderes espirituais de Judá a guiar a nação ao arrependimento (1.13,14). (2) A segunda seção (2.1-17) registra a iminência de um juízo divino ainda maior, proveniente do Norte (1.1-11), na forma de (a) outra praga de gafanhotos descrita metaforicamente como um exército de destruidores, ou (b) uma invasão militar literal. De novo, o profeta soa a trombeta espiritual em Sião (2.1,15), conclamando grande assembleia solene para que os sacerdotes e todo o povo busquem sinceramente a misericórdia divina, com arrependimento, jejuns, clamores e genuíno quebrantamento, diante do Senhor (2.12, 17). (3) A seção final (2.18—3.21) começa declarando a misericórdia de Deus em face do arrependimento sincero do povo (os verbos hebraicos de 2.18,19a indicam ação completada, e devem ser traduzidos no tempo passado). O humilde arrependimento de Judá e a grande misericórdia de Deus dão ocasião às profecias de Joel a respeito do futuro, abrangendo a restauração (21.19b-27), o derramamento do Espírito Santo sobre toda a humanidade (2.28-31) e o juízo e a salvação no final dos tempos (3.1-21).

 

Características Especiais

 

Cinco aspectos básicos caracterizam o livro de Joel. (1) É uma das obras literárias mais esmeradas do AT. (2) Contém a profecia mais profunda no AT a respeito do derramamento do Espírito Santo sobre toda a humanidade. (3) Registra numerosas calamidades nacionais — pragas de gafanhotos, seca, fome, incêndios arrasadores, invasões militares, desastres nos céus — como juízos divinos em decorrência da desintegração espiritual e moral do povo de Deus. (4) Enfatiza que Deus, às vezes, opera sobrenaturalmente na história através de calamidades naturais e conflitos militares a fim de levar a efeito o arrependimento, o avivamento e a redenção da humanidade. (5) Oferece o exemplo de um pregador que, em virtude de sua estreita comunhão com Deus e estatura espiritual, conclama o povo de Deus a arrepender-se de modo decisivo, em âmbito nacional, numa hora crítica de sua história, e consegue resultados positivos.

 

O Livro de Joel ante o NT

 

Vários versículos de Joel contribuem poderosamente à mensagem do NT. (1) A profecia a respeito da descida do Espírito Santo (2.28-32) é citada especificamente por Pedro em seu sermão no dia de Pentecoste (At 2.16-21), depois de o Espírito Santo ter sido enviado do céu sobre os 120 membros fundadores da igreja primitiva, com as manifestações do falar noutras línguas, da profecia e do louvor a Deus (At 2.4,6-8,11,17,18). (2) Além disso, o convite de Pedro às multidões, naquela festa judaica, a respeito da necessidade de se invocar o nome do Senhor para ser salvo, foi inspirado (parcialmente) em Joel (2.32a; 3.14; ver At 2.2, 37-41). Paulo também cita o mesmo versículo (ver Rm 10.13). (3) Os sinais apocalípticos nos céus que, segundo Joel, ocorreriam no final dos tempos (2.30,31), não somente foram lembrados por Pedro (At 2.19,20), mas também referidos por Jesus (e.g., Mt 24.29) e por João em Patmos (Ap 6.12-14). (4) Finalmente, a profecia de Joel a respeito do julgamento divino das nações, no vale de Josafá (3.2, 12-14), é desenvolvida ainda mais no último livro da Bíblia (Ap 14.18-20; 16.12-16; 19.19-21; 20.7-9).

Há dimensões tanto presentes quanto futuras em todas as aplicações de Joel no NT. Os dons do Espírito que começaram a fluir através do povo de Deus, no Pentecoste, ainda se acham à disposição dos crentes (cf. 1 Co 12.1—14.40). Além disso, os versículos que precedem a profecia a respeito do Espírito Santo (i.e., a analogia da colheita com as chuvas temporãs e serôdias, 2.23-27) e os versículos que se seguem (i.e., os sinais que se darão nos céus no final dos tempos, 2.30-32) indicam que a profecia sobre o derramamento do Espírito Santo (2.28,29) inclui não somente a chuva inicial no Pentecoste, como também um derramamento final e culminante sobre toda a raça humana no final dos tempos.

 

 

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O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO – BEP - CPAD

Jl 2.28,29 "E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito."

O Espírito Santo é a terceira pessoa do Deus Eterno, Trino e Uno (ver Mc 1.11). Embora a plenitude do seu poder não tivesse sido revelada antes do ministério de Jesus e, posteriormente, no Pentecoste (ver At 2), há trechos do AT que se referem a Ele e à sua obra. Este estudo examina os ensinamentos do AT a respeito do Espírito Santo.

TERMO EMPREGADO. A palavra hebraica para “Espírito” é ruah que, às vezes, é traduzida por “vento” e “sopro”. Sendo assim, as referências no AT ao sopro de Deus e ao vento da parte de Deus (e.g., Gn 2.7; Ez 37.9,10,14) também podem referir-se à obra do Espírito de Deus.

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO. A Bíblia descreve várias atividades do Espírito Santo no Antigo Testamento.

O Espírito Santo desempenhou um papel ativo na criação. O segundo versículo da Bíblia diz que “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2), preparando tudo para que a palavra criadora de Deus desse forma ao mundo. Tanto o Verbo de Deus (i.e., a segunda pessoa da Trindade) quanto o Espírito de Deus, foram agentes na criação (ver Jó 26.13; Sl 33.6). O Espírito também é o autor da vida. Quando Deus criou Adão, foi indubitavelmente o seu Espírito quem soprou no homem o fôlego da vida (Gn 2.7; cf. Jó 27.3). O Espírito Santo continua a dar vida às criaturas de Deus (Jó 33.4; Sl 104.30).

O Espírito estava ativo na comunicação da mensagem de Deus ao seu povo. Era o Espírito, por exemplo, quem instruía os israelitas no deserto (Ne 9.20). Quando os salmistas de Israel compunham seus cânticos, faziam-no mediante o Espírito do Senhor (2Sm 23.2; cf. At 1.16,20; Hb 3.7-11). Semelhantemente, os profetas eram inspirados pelo Espírito de Deus a declarar sua palavra ao povo (Nm 11.29; 1Sm 10.5,6,10; 2Cr 20.14; 24.19,20; Ne 9.30; Is 61.1-3; Mq 3.8; Zc 7.12; cf. 2Pe 1.20,21). Ezequiel ensina que os falsos profetas “seguem o seu próprio espírito” ao invés de andarem segundo o Espírito de Deus (Ez 13.2,3). Era possível, entretanto, o Espírito de Deus vir sobre alguém que não tinha um relacionamento genuíno com Deus para levá-lo a entregar uma mensagem verdadeira ao povo (ver Nm 24.2).

A liderança do povo de Deus no AT era fortalecida pelo Espírito do Senhor. Moisés, por exemplo, estava em tão estreita harmonia com o Espírito de Deus que compartilhava dos próprios sentimentos de Deus; sofria quando Ele sofria, e ficava irado contra o pecado quando Ele se irava (ver Êx 33.11; cf. Êx 32.19). Quando Moisés escolheu, em obediência à ordem do Senhor, setenta anciãos para ajudá-lo a liderar os israelitas, Deus tomou do Espírito que estava sobre Moisés, e o colocou sobre eles (Nm 11.16,17; ver 11.12). Semelhantemente, quando Josué foi comissionado para que sucedesse a Moisés como líder, Deus indicou que “o Espírito” (i.e., o Espírito Santo) estava nele (Nm 27.18). O mesmo Espírito veio sobre Gideão (Jz 6.34), Davi (1Sm 16.13) e Zorobabel (Zc 4.6). Noutras palavras, no AT a maior qualificação para a liderança era a presença do Espírito de Deus.

O Espírito de Deus também vinha sobre indivíduos a fim de equipá-los para serviços especiais. Um exemplo notável, no AT, era José, a quem fora outorgado o Espírito para capacitá-lo a agir de modo eficaz na casa de Faraó (Gn 41.38-40). Note, também, Bezalel e Aoliabe, aos quais Deus concedeu a plenitude do seu Espírito para que fizessem o trabalho artístico necessário à construção do Tabernáculo, e também para ensinarem aos outros (ver Êx 31.1-11; 35.30-35). A plenitude do Espírito Santo, aqui, não é exatamente a mesma coisa que o batismo no Espírito Santo no NT. No AT, o Espírito Santo vinha sobre uns poucos indivíduos selecionados para servirem a Deus de modo especial, e os revestia de poder (ver Êx 31.3). O Espírito do Senhor veio sobre muitos dos juízes, tais como Otniel (Jz 3.9,10). Gideão (Jz, Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 14.5,6; 15.14-16). Estes exemplos revelam o princípio divino que ainda perdura: quando Deus opta por usar grandemente uma pessoa, o seu Espírito vem sobre ela.

Havia, ainda, uma consciência no AT de que o Espírito desejava guiar as pessoas no terreno da retidão. Davi dá testemunho disto em alguns dos seus salmos (Sl 51.10-13; 143.10). O povo de Deus, que seguia o seu próprio caminho ao invés de ouvir a voz de Deus, recusava-se a seguir o caminho do Espírito (ver Gn 16.2). Os que deixam de viver pelo Espírito de Deus experimentam, inevitavelmente, alguma forma de castigo divino (ver Nm 14.29; Dt 1.26).

Note que, nos tempos do AT, o Espírito Santo vinha apenas sobre umas poucas pessoas, enchendo-as a fim de lhes dar poder para o serviço ou a profecia. Não houve nenhum derramamento geral do Espírito Santo sobre Israel. O derramamento do Espírito Santo de forma mais ampla (cf. _ 2.28,29; At 2.4,16-18) começou no grande dia de Pentecoste.

A PROMESSA DO PLENO PODER DO ESPÍRITO SANTO. O AT antegozava a era vindoura do Espírito, i.e., a era do NT. (1) Em várias ocasiões, os profetas falaram a respeito do papel que o Espírito desempenharia na vida do Messias. Isaías, em especial, caracterizou o Rei vindouro, o Servo do Senhor, como uma pessoa sobre quem o Espírito de Deus repousaria de modo especial (ver Is 11.1-4; 42.1; 61.1-3). Quando Jesus leu as palavras de Isaías 61, em Nazaré, cidade onde morava, terminou dizendo: “Hoje, se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lc 4.21).

Outras profecias do AT anteviam o período do derramamento geral do Espírito Santo sobre a totalidade do povo de Deus. Entre esses textos, o de maior destaque é 2.28,29, citado por Pedro no dia de Pentecoste (At 2.17,18). Mas a mesma mensagem também se acha em Is 32.15-17; 44.3-5; 59.20,21; Ez 11.19,20; 36.26,27; 37.14; 39.29. Deus prometeu que, quando a vida e o poder do seu Espírito viessem sobre o seu povo, os seus seriam capacitados a profetizar, ver visões, ter sonhos proféticos, viver uma vida em santidade e retidão, e a testemunhar com grande poder. Por conseguinte, os profetas do AT previram a era messiânica. E, a respeito dela, profetizaram que o derramamento e a plenitude do Espírito Santo viriam sobre toda a humanidade. E foi o que aconteceu no domingo do Pentecoste (dez dias depois de Jesus ter subido ao céu), com uma subsequente gigantesca colheita de almas (cf. 2.28,32;Atos 2.41; 4.4; 13,44,48,49).

 

 

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Autoria

Seu autor não pode ser identificado com nenhum dos outros personagens do AT que trazem esse nome, e nada se sabe sobre a sua pessoa além desse livro. Dessa maneira, sua identificação varia entre saber se esse nome é histórico ou simbólico (veja Joel). Embora seu nome (“Jeová é Deus”) seja a expressão de sua mensagem, ele é geralmente aceito como histórico. Era filho de Petuel (1.1; LXX, Betuel) e Pedro fala a seu respeito como o autor desse livro (At 2.16).

Data

Dispondo apenas de evidências internas, é muito difícil precisar a data desse livro. As sugestões variam entre os séculos X a II a.C., sendo que 830 e 400 a.C. são as mais comuns. Embora a data anterior seja mais característica dos conservadores, e a última a dos liberais, essa falta de concordância parece ser mais o resultado de urna honesta dúvida sobre as possibilidades históricas do que uma predisposição teológica. Os mesmos dados são apresentados em favor das duas datas. Será que os sacerdotes estariam de acordo (1.13ss.; 2.12-17) porque ainda não tinham caído em desgraça ou será que já desfrutavam novamente de uma posição de graça? É bastante significativo que nenhum rei seja mencionado. Isso implicaria uma regência sob Joiada, o sacerdote ao início do reinado de Joás (835- 796 a.C.), ou o período pós-monárquico depois do exílio. A presença de sacerdotes e anciãos como líderes poderia indicar tanto uma data anterior quanto uma data posterior. Um cenário pós-exílico para ambas poderia parecer mais correto. Qualquer menção à Assíria ou Babilônia poderia indicar uma data posterior, mas o silêncio relacionado com essas nações também pode ser admitido para a proposta de uma data anterior, antes que essas nações começassem a importunar o reino de Judá.

Povos dispersos, terras divididas (3.2ss.) e a presença de povos gregos (3.6), sem mencionar o Reino do Norte e uma suposta Língua do período pós-exílico, favorecem a opinião de uma data posterior. Mas nenhuma dessas hipóteses é conclusiva, e cada uma delas levanta problemas adicionais, embora todas possam ser explicadas. A presença de fenícios, filisteus, egípcios e edomitas (3.4,19) como inimigos antigos, e Amós parecendo usar Joel (por exemplo, Joel 2.1,10; 3.16 com Amós 5.18,20; 8.8; 1.2; 9.13, respectivamente) também favorecem fortemente a opinião de uma data anterior. Ainda mais conclusiva é a sua antiga posição no cânon, que quase obriga um estudioso exigente a aceitá-la conforme seu valor de face até que evidências contrárias o obriguem a mudar de opinião. Sugerimos aqui que as evidências para uma data anterior - embora não conclusivas - são suficientes para se aceitar o antigo entendimento, e que os argumentos a favor de uma data posterior - embora substanciosos - não são suficientes para exigir uma renúncia. Além disso, a mensagem de Joel parece fazer sentido como uma afirmação anterior, que foi posteriormente desenvolvida pelos profetas posteriores (por exemplo, o conceito do dia do Senhor, cf. Sofonias; Joel 3.10, cf. Isaías 2.4; Miquéias 4.3). Portanto, a data de aproximadamente 830 a.C. parece ser a mais provável para o livro de Joel; dessa maneira ele pode ser considerado como um dos profetas mais antigos. Pode ter sido um dos profetas mencionados em 2 Crônicas 24.19 que Deus mandou para advertir Judá e Jerusalém depois do ressurgimento da idolatria que se seguiu à morte de Joiada.

Ocasião e Propósito

Embora uma recente praga de gafanhotos e uma seca fossem certamente incluídas como exemplos, a ocasião da mensagem profética de Joel deve ser mais propriamente considerada sob as condições espirituais daqueles dias. As pessoas tinham a necessidade de um reavivamento espiritual à luz da proximidade da vinda do dia do Senhor, da divina disposição climática do universo, e da sociedade humana. Nada existe sobre a amarga condenação pelos espalhafatosos pecados e pela grosseira corrupção encontrada em profetas posteriores, porque na época de Joel o povo de Judá havia simplesmente se afastado, e não se rebelado contra Deus. Embora continuassem a observar os mecanismos do antigo pacto, eles haviam permanecido indiferentes ao seu entendimento e descuidados na sua prática. Tinham ficado espiritualmente infecundos - assim como a terra depois do recente ataque de uma praga de gafanhotos. Essa situação não podia ser tolerada por muito tempo, e disso Joel estava convencido, porque o dia do Senhor estava chegando, quando Deus determinaria o destino de Judá. Ele não só chamou a atenção para as presentes necessidades espirituais e a severidade do dia Senhor relacionada a elas, como também enxergou um glorioso futuro reservado àqueles que se voltassem ao Senhor. O propósito dessa profecia, portanto, era convocar Judá a voltar-se para Deus, antes da chegada do dia do Senhor, e assegurar o retorno das bênçãos e da promessa de uma futura restauração e justificação.

Estrutura e Estilo

O texto hebraico é composto por quatro capítulos. Os dois primeiros capítulos hebraicos são considerados pertencentes principalmente ao momento presente, enquanto os dois últimos tratam apenas do futuro. No texto em inglês, a passagem em 2.28-32 corresponde ao capítulo 3 do texto hebraico, e o terceiro capítulo em inglês corresponde ao quarto capítulo do texto hebraico. Portanto, o texto em 2.28 na versão inglesa é um ponto divisório para a análise do texto, e a maioria dos estudiosos o utilizam deste modo. Outra maneira de resumir o livro faz uma divisão maior antes de 2.18,19, onde o verbo hebraico indica um tempo passado. Porém o verbo traduzido como “farei partir”, em 2.20, está em um tempo imperfeito, indicando um tempo futuro, de forma que os versículos 18 e 19 podem ser interpretados como perfeitamente proféticos e predizendo um período futuro, como nas versões KJV e NASB em inglês. Portanto, tudo que existe a partir de 2.18 até 3.21 representa o futuro na Era Messiânica.

Estudiosos mais liberais, considerando que a segunda divisão (por ser apocalíptica e não histórica) é marcadamente diferente da primeira, começaram anos atrás a sugerir que foi escrita por outro profeta bastante posterior. Mas nenhum outro fator sugere uma dupla autoria, e isso é adequadamente comprovado pelo duplo aspecto do juízo de Deus com a promessa de bênçãos futuras para aqueles que se arrependessem, depois da presente ameaça do castigo. Portanto, o valor de face da unidade do livro fica por si só comprovado.

O estilo de Joel, clássico entre os primeiros profetas escritores (cf. Amós, Oséias e Miquéias), incluí uma propositada estrutura, vividas ilustrações e uma linguagem finamente trabalhada, A maior parte desse livro é constituída por poesia métrica com uma breve seção em prosa (3.4-8).

Esboço

Introdução, 1.1

I.        Declínio da Prosperidade de Judá, 1.2-2.11

A.      Descrição da crise atual. 1.2-20 Reúnam-se e clamem ao Senhor, porque a praga de gafanhotos deixou a sua terra sem frutos e a sua casa sem ofertas - e o dia do Senhor está próximo.

B.      Descrição do dia do Senhor, que está próximo, 2.111־

O dia do Senhor está se aproximando com um terrível exército, e com uma inigualável destruição.

II.       O Retorno do Senhor e de suas Bênçãos, 2.12-27

A.      As condições para o retomo, 2.12-17 Que todo o povo se volte ao Senhor com arrependimento - talvez Ele tenha compaixão e abençoe o povo.

B.      A resposta do Senhor, 2.18-20 Com ciúmes de sua terra e piedade para com o seu povo, Jeová prometeu abundância de alimentos e a eliminação da censura estrangeira e do inimigo do norte.

C.      O cântico de regozijo do profeta, 2.21-24

Não temas ó terra, regozija-te e alegra-te porque o Senhor fará descer a chuva como antes.

D.      A restituição do Senhor ao seu povo, 2.25-27

“E restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto, e a locusta, e o pulgão, e a oruga, o meu grande exército que enviei contra vós. E comereis fartamente, e ficareis satisfeitos, e louvareis o nome do Senhor, vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo não será mais envergonhado”.

III.     Reconstituição da Sociedade, 2.28-3.21

A.      O Espírito do Senhor e a salvação, 2.28-32

Antes do dia do Senhor haverá uma sublevação cósmica, e acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne. E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

B.      O julgamento do Senhor sobre todas as nações, 3.1-15

Julgarei todas as nações pela sua opressão a Judá quando vierem sitiar Jerusalém.

C.      A vindicação do Senhor a Judá, 3.16-21 E o Senhor bramará de Sião para expulsar as nações inimigas e guardar Judá na prosperidade.

Os Gafanhotos

A despeito da sua simples função como instrumento, os gafanhotos são descritos de forma tão dramática que às vezes sua importância pode parecer exagerada. As palavras 'arbeh, gozam, yeleq e hasil referem-se a diferentes insetos, variedades ou estágios; mas, de qualquer modo, elas indicam o efeito cumulativo de seus ataques incessantes. Veja Animais: Locusta 111.38. Embora as referências imediatas sejam literalmente feitas a insetos no capítulo 1, toma-se difícil ter certeza se eles ou cavalos estão sendo retratados em 2.1-11, pois a cabeça de um gafanhoto assemelha-se à cabeça de um cavalo em miniatura. A narrativa pode estar descrevendo igualmente bem, nuvens de gafanhotos fazendo aquilo para o que foram criados, ou esquadrões de cavalaria cumprindo de maneira obediente as instruções que receberam durante o seu treinamento. As Características escatológicas dessa passagem que trata do dia do Senhor levaram muitos comentaristas a fazer uma ligação com os gafanhotos demoníacos de Apocalipse 9.1-11. Veja Hobart E. Freeman, An Introduction to the Old Testament Prophets, Chicago, Moody Press, 1968, pp. 150-154 para argumentos em favor do simbolismo apocalíptico em 2.1-11.

O Dia do Senhor

Esse é um evento de suma importância que foi anunciado com alarde e descrito como uma grande e tenebrosa destruição (1.15; 2.1,11), mas esse aspecto negativo fica equilibrado através do brilhante retrato da restauração (3.1,18). E a era na qual Deus deixa de limitar a plena execução de seu juízo e interfere diretamente na sociedade humana, e até no cosmos, de acordo com a análise da santidade e nos termos da execução da justiça. Embora o lado negativo seja realçado porque Judá precisava muito ser advertida, o lado positivo está presente como um encorajamento aos fiéis remanescentes, e uma maior motivação àqueles que foram advertidos. Entretanto, por mais obscuro que seja o entendimento teológico da sequência temporal dessa profecia, sua implicação prática é bastante clara: o juízo de Deus está prestes a chegar. Existe tempo suficiente para um efetivo arrependimento, mas insuficiente para um seguro adiamento.

O Derramamento do Espírito

Tanto Pedro no Pentecostes (At 2.21), como Paulo aos Romanos (10.13), citam Joel 2.32.

Entretanto, coube a Pedro fazer dele o máximo uso (At 2.1721־) ao citar Joel 2.28-32. Ao corrigir aqueles que pensaram que os discípulos de Jerusalém estavam embriagados por causa de sua glossolalia, (Veja Línguas, Dom de), Pedro disse: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel” (At 2.16). O apóstolo poderia estar fazendo uma referência específica somente àquela porção que fala do derramamento do Espírito e seu consequente dom de profetizar, pois os eventos do dia de Pentecostes parecem não ter cumprido a profecia como um todo. O efeito dessa referência parece mostrar que aquela situação era parte ou apenas o início daquilo que Joel tinha em mente. A partir desse dia, que representava a inauguração pública da Era Messiânica que continuará até o dia do Senhor, o prometido Espírito Santo será derramado sobre os crentes de todas as idades, raças, e de ambos os sexos (At 2.38,39). Dessa maneira, Joel foi o primeiro profeta a ligar o derramamento do Espírito com a vinda do Messias (cf. Is 11.2; 32.15; 42,1; 44.3; 59.21; 61.1-3; Ez 36.27; 39.29; Zc 12.10). Veja Freeman, op. cit., pp. 154-156, para a discussão das várias opiniões sobre o cumprimento da profecia de Joel 2.28-32.

O Apocalipse e a Restauração de Israel

Já indicamos que os dois últimos capítulos hebraicos de Joel (que em nossa Bíblia estão contidos em 2.28-3.21) são claramente apocalípticos. A derradeira restauração de Israel na terra é óbvia, mas sua exata natureza e a ordem dos eventos são menos claros. O apocalipse de Joel é uma significativa afirmação da progressão da profecia escatológica, e não podemos formular a doutrina dos acontecimentos futuros sem a inclusão desses dados. Essa profecia oferece uma correção necessária àqueles que são ingenuamente otimistas a respeito da paz mundial por causa de suposições baseadas na promessa de que os homens irão um dia “converter suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices” (Is 2.4; Mq 4.3). Joel convoca as nações a fazer exatamente o oposto (3.10) porque o dia do Senhor virá sobre o pecado que praticaram e a impiedade que demonstraram. Então, a promessa de Deus através de Isaías e Miquéias só será cumprida depois que a sua ameaça através de Joel tiver sido experimentada.

Importância

O significado e a importância contemporânea e escatológica da profecia de Joel são muito grandes: primeiro, porque o povo de Judá de seus dias era muito parecido com os cristãos atuais, e, em segundo lugar, porque uma parte de sua profecia ainda não se cumpriu. Sua mensagem deve prevenir os cristãos, que estão começando a se afastar espiritualmente, de que as consequências já foram determinadas; e que caso se mantenham fiéis, as bênçãos de Deus podem ser revividas em sua vida e que eles podem aguardar bênçãos ainda maiores nos dias que virão. W.A.A. - Dicionário Bíblico Wycliffe

 

 

 

I. título e autor ( Joel 1: 1 )

1  A palavra do Senhor, que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.

Joel é declarado ser o filho de Petuel . Isso é tudo o que sabemos sobre ele. Petuel significa "persuadido de Deus." Joel significa "O Senhor é Deus." Uma dúzia de outros homens no Antigo Testamento tem o mesmo nome. Do tempo da profecia de Joel, não temos dados definitivos. O fato de que ele menciona nem idolatria nem os assírios e caldeus que indicaria que ele profetizou ou em uma idade precoce, ou seja, antes de 800 AC , ou em um período muito mais tarde, ou seja, na sequência de 500 AC Os primeiros estudiosos favoreceram o ex-data, enquanto estudiosos posteriores geralmente favorecem a última data. (Veja " Data "em" Introdução ".)

II. Juízo a Judá ( Joel 1: 2-2: 17 )

A. DESOLAÇÃO HASTES através da terra ( 1: 2-2: 11 )

1. Em Locust e Worm ( 1: 2-4 )

2  Ouvi isto, vós anciãos, e escutai, todos os moradores da terra. Porventura isto aconteceu em vossos dias, ou nos dias de vossos pais? 3  Dizei seus filhos da mesma, e deixar seus filhos dizer seus filhos, e os filhos destes à geração. 4  O que o worm palmer vos deixou, o gafanhoto comeu; e aquilo que o gafanhoto deixou, o cancro-sem-fim comido; e aquilo que o cancro-sem-fim tem deixado tem a lagarta comeu.

A paridade do livro, ou seja, aquela em que o conteúdo do livro parece cair, é a praga de gafanhotos. Este é vividamente descrita pela primeira vez aqui em 1: 4 , e novamente em 2: 4-11 , fazendo, assim, um estilo envolvente para a primeira divisão do livro. Assim, a figura de um gafanhoto constitui uma excelente símbolo para essa divisão, portanto descritivo de "desolação", a palavra-chave da passagem. (Veja "Estrutura e Simbolismo" em "Introdução".)

O profeta apela a todos os habitantes, não importa o quão fútil ou espiritual, como indolente ou trabalhador, para ouvir. A ocasião para a sua mensagem é uma praga de gafanhotos, uma calamidade sem precedentes que se abateu sobre a nação. A rigor destrutivo é visto nas palavras do versículo 4 . Condensado a partir dos doze palavras hebraicas que compõem o verso, temos:

Remanescente do gnawer, o swarmer come;

remanescente do swarmer, os come lapper;

remanescente do lapper, o devorador come.

Estes representam as sucessivas visitas de gafanhotos ao longo de períodos ( 02:25 ), e o rigor do seu trabalho devorador.

Que o impacto da praga de gafanhotos pode ser suficientemente percebido, vamos também comparar a outra descrição gráfica dessa praga de gafanhotos em 2: 4-11 . A imagem aqui é mais forte. A marcha dos gafanhotos é retratada como um exército em equipamentos e disciplina (cf. 2: 4 : cavaleiros, cavalos de margem de-guerra; 2: 5 : carros; 2: 7 : homens de guerra, graus não separáveis). A capacidade dos gafanhotos para causar medo é retratado no ruído que acompanha o exército de gafanhotos ( 2: 5 ) lembrando-nos de Apocalipse 9: 9 . Chariots "chocalho junto" ao invés de saltar. O barulho assustador de fogo crepitando como flashes através do restolho do campo é forçosamente retratado.

O avanço irresistível desse exército é graficamente retratado em 2: 7-9 . Nada impede o avanço. Nada quebra as fileiras. Eles sobem os muros da cidade, eles entram nas casas, a terra treme sob eles, os céus são movidos acima deles, o sol, a lua e as estrelas são apaguei por suas hordas de voo. Esta descrição factual de uma praga de gafanhotos no Oriente Médio, por sua vez torna-se uma representação figurativa do rigor e irresistibilidade da ira de Deus no "dia do Senhor" ( 2:11 ), quando Ele empacota todas as forças e metodicamente persegue Seu fim divina.

Nos versos intervenientes ( 1: 5-2: 3 ) entre estas duas descrições vívidas da praga de gafanhotos é uma imagem composta de destruição e desolação. Isto descreve o julgamento de Deus sobre Judá.

2. Em uma Nação Devoradora ( 1: 5-7 )

5  Despertai-vos, bêbados, e chorai; e lamento, todos os que bebeis vinho, por causa do vinho doce; . por isso é cortado de sua boca 6  Para uma nação subiu sobre a minha terra, poderosa e sem número; seus dentes são dentes de leão, e ele tem o jawteeth de uma leoa. 7  Ele tem minha vide uma assolação, e latiu minha figueira; deixou-o limpo nua, e lança-os fora; seus ramos são feitos branco.

Os gafanhotos são aqui descritos como uma nação. Eles privar os habitantes de seus luxos mais valorizados. Toda a vegetação é desnudada e resíduos.

3. Em definhando Árvore, Vinha, e Field ( 1: 8-12 )

8  Lamenta como a virgem que está cingida de saco, pelo marido da sua mocidade. 9  A oferta de cereais e a libação são cortadas a partir da casa do Senhor; os sacerdotes, ministros de Jeová, estão entristecidos. 10  O campo está assolado, e a terra chora; para o grão é destruído, o vinho novo se secou, ​​enfraquece a óleo. 11  te envergonhes, ó vós lavradores, lamento, ó vinhateiros, sobre o trigo e a cevada; . para a colheita do campo pereceu 12  A vide se secou, ​​e enfraquece a figueira; a romeira, a palmeira também, e da macieira, sim, todas as árvores do campo se secaram, para a alegria esmoreceu entre os filhos dos homens.

Todo o trabalho pelos lavradores está perdido. Não resta refeição e vinho suficiente para levar adiante os sacrifícios.

4. Por Retido refeição- e Bebida-Offerings ( 1: 13-14 )

13  Cinge-se com pano de saco , e lamentar-vos, sacerdotes; uivai, ministros do altar; Vem, deita a noite toda em pano de saco, ministros do meu Deus: para a oferta de cereais e a libação são retidas, da casa de teu Deus. 14  Santificai um jejum, convocai uma assembleia solene, congregai os anciãos, e todos os habitantes da terra, na casa do Senhor vosso Deus, e clamaram ao Senhor.

Os sacerdotes são chamados a interceder junto a Deus, e convocar uma assembleia solene do povo, para que eles não têm os meios para exercer a sua função sacerdotal.

5. Por Seca ( 1: 15-20 )

15  Ai do dia! porque o dia do Senhor está perto, e como a destruição do Todo-Poderoso que vem. 16  não está cortado o mantimento de diante de nossos olhos, sim , a alegria e o regozijo da casa de nosso Deus? 17  As sementes apodrecer debaixo dos seus torrões; os celeiros foram assolados, os celeiros são discriminados; para o grão é atrofiada. 18  Como geme o gado! As manadas de vacas estão confusas, porque não têm pasto; também os rebanhos de ovelhas estão desolados. 19  O Senhor, a ti clamo; porque o fogo consumiu os pastos do deserto, e a chama abrasou todas as árvores do campo. 20  Sim, os animais do campo suspiram por ti; para a água dos ribeiros se secaram, e o fogo consumiu os pastos do deserto.

O profeta vê na praga de gafanhotos um prenúncio do grande e terrível dia do Senhor: como a destruição do Todo-Poderoso que vem . Como Jeová representa o deus, assim que guarda o concerto Shaddai , o Todo-Poderoso, representa o Deus todo-poderoso (usados ​​31 vezes no livro de Jó). Recorde-se que uma seca geralmente atende a uma praga de gafanhotos, e com que resultados tristes: alimento cortado, alegria e regozijo da casa de nosso Deus cortado, sementes apodrecer, celeiros são discriminadas, bestas gemer, ovelhas estão desolados, pastagens queimadas, riachos ... secou, ​​deixando sem água para o homem ou besta.

 

6. Por que secou Pastos ( 2: 1-3 )

1  Tocai a trombeta em Sião, e soar um alarme no meu santo monte; deixe que todos os habitantes da terra, porque o dia do Senhor vem, já está perto; 2  dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e densas trevas, como a alva espalhada sobre os montes; um povo grande e forte; lá tem não sido sempre semelhantes, nem haverá mais depois deles, até mesmo para os anos de muitas gerações. 3  um fogo consome diante deles; e atrás dele uma chama abrasa: a terra é como o jardim do Éden, antes deles, e atrás dele um desolado deserto; sim, e ninguém lhe escapou.

Mais uma vez o profeta adverte que não está chegando um dia ainda pior do que isso, através do qual eles estão passando: deixar todos os habitantes da terra tremer . Como nenhum está escapando este deserto desolado, então ninguém vai escapar naquele dia do Senhor todo-julgar.

7. Por tudo devora Locusts ( 2: 4-11 )

4  A aparência deles é como a de cavalos; e como cavaleiros, assim correm. 5  Como o estrondo de carros sobre os cumes dos montes vão eles saltando, como o ruído da chama de fogo que consome a pragana, como um povo forte em ordem de batalha. 6 Em seu presença os povos estão angustiados; todos os rostos são encerados pálido. 7  Correm como valentes; eles escalar o muro como homens de guerra; e marcham cada um nos seus caminhos, e eles não quebrar suas fileiras. 8  nem o um impulso outro; marcham cada um pelo seu caminho; e abrem caminho por entre as armas, e não quebrar o seu curso . 9  Pulam sobre a cidade; eles correm sobre o muro; eles sobem nas casas; entram pelas janelas como o ladrão. 10  O quaketh terra diante deles; estremecer os céus; o sol e a lua escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor. 11  E o Senhor faz soar a sua voz diante do seu exército; para seu acampamento é muito grande; para ele poderoso é, executando a sua palavra; para o dia do Senhor é grande e mui terrível; e quem o poderá suportar?

(Ver comentários a respeito 1: 2-4 .)

B. DESOLATION HALTED através do arrependimento ( 2: 12-17 )

1. Transformando individualmente com o aluguel Corações ( 2: 12-14 )

12  Todavia ainda agora diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração, e isso com jejuns, e com choro, e com pranto; 11  e rasgar seu coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. 14  Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixar após si uma bênção, em oferta de refeição e um drinque oferecendo ao Senhor vosso Deus?

Quando os homens virarem (vv. 12 , 13 ) ou se arrepender, Deus também e se arrependerá . Quando os homens, com o coração contrito, abandonar o pecado para Deus, Deus muda de julgamento de misericórdia (cf. Jon. 4:11 ). Quando o homem se recusa a virar, Deus está empenhado em pronunciar sobre ele.

O arrependimento é um termo aplicado nas Escrituras, tanto para os homens e com Deus. Ele tem muitas facetas.

Alguns levá-la para indicar uma mudança de coração ou alienação, outros uma mudança de mente ou pensamento ..., outros uma mudança de objetivo ou propósito, e outros uma mudança de vida ou de conduta.

Duas das facetas do arrependimento aparecer nesta passagem. A primeira é representada pela Hebrew shuv ou virar, e que significa transformar, retorno, virar. Este é bastante próximo da palavra grega do Novo Testamento, o significado primário do qual é transformar reviravolta no pensamento de um, mudar de ideia. A segunda é representada pela Hebrew nacham , traduzido aqui se arrepender . Esta palavra originalmente significava "para desenhar uma respiração profunda", ou por causa de alívio ou por causa de tristeza. Isso significa ter compaixão, a piedade, a se arrepender.

É rapidamente evidente que as palavras de arrependimento têm uma aplicação diferente quando usado de homens do que quando usado por Deus. Vire não pode referir-se a uma mudança de coração ou alienação, de objetivo ou propósito, de vida ou padrão de conduta, quando utilizado de Deus . Pode envolver tudo isso para o homem. Mas para Deus, isso significa que desde que o homem mudou sua atitude para com Ele, Deus pode agora mudar seus pensamentos, suas decisões, suas ações imediatas em relação ao homem. Para o homem não pode haver tristeza e pesar sobre o pecado. Para Deus, não há tristeza sobre Suas ações destinadas para com o homem, mas sim um sentimento de compaixão e piedade, um alívio que o curso de ação agora pode ser alterado.

Joel estava ligando para o arrependimento mais profundo por parte de seu povo, em busca de arrependimento de Deus. Ele queria que eles se arrependem como indivíduos, não ritualisticamente em massa, mas, pessoalmente, em espírito, abandonando o pecado e de todo o coração contrito. Era para ser com todo o teu coração, com jejuns ..., ... com choro, ... com o luto . Foi para envolver mais do que o rasgo das roupas ou peças de vestuário, o dramático, mas muitas vezes superficial e até mesmo hipócrita maneira os israelitas tinham de expressar tristeza. Deve envolver o rasgar do coração (cf. Mt 3: 8. ).

2. Transformando Coletivamente com Intercessão Priestly ( 2: 15-17 )

15  Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembleia solene; 16  reunir o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, reuni os filhinhos e os que mamam; saia o noivo saiu do seu quarto, e a noiva do seu aposento. 17  Que os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre chorar e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele: Por que diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?

A preocupação de Joel para genuíno arrependimento pessoal não descartou a sua chamada paralelo para arrependimento coletivo. Ele queria que eles se arrependem como uma nação, montagem de humildade, de bebês para recém-casados ​​em idade nem mesmo velhos estavam isentos (cf. Deut. 24: 5 ). Nesta assembleia solene, os sacerdotes eram para interceder em nome do povo. Eles deviam lembrar-se, assim como o Senhor que Sua própria honra estava em jogo (cf. Mic 07:10. ; . Ps 79:10 ).

III. Bênçãos para Judá ( Joel 2: 18-3: 21 )

A. um gracioso Deus intervém ( 2: 18-32 )

1. Porque Ele é compassivo, Prayer-Eletrônica ( 2: 18-20 )

18  Em seguida, era Jeová zeloso da sua terra, e se compadeceu do seu povo. 19  E o Senhor respondeu, e disse ao seu povo: Eis que vos envio o trigo, e o mosto, e o azeite, e deles sereis fartos; e eu não entregarei mais ao opróbrio entre as nações; 20  mas eu removerei para longe de vós o norte exército , e lançarei para uma terra seca e deserta, a sua frente para o mar oriental, e a sua retaguarda para o mar ocidental; e seu fedor subirá, e seu mau cheiro subirá, porque ele tem feito grandes coisas.

É interessante notar que o tempo verbal do versículo 18 na ASV, RSV, e traduções judaicas modernas é passado, em vez de futuro, pois é na KJV. A língua hebraica não tem aspectos bem definidos pretéritos e futuros, mas sim perfeitos e imperfeitos. Mesmo que um evento é futuro, se é absolutamente certo que vai ter lugar, está escrito como se a ação já fora concluída ou perfeito. As promessas de Deus são apenas isso certo. Joel estava tão certo de Deus piedade por seu povo como se já tivesse ocorrido. E sendo certo da preocupação de Deus, ele revela que o Senhor voltará a enviar as bênçãos materiais necessários de grãos, vinho e óleo . Ele vai mesmo lutar batalhas de Judá contra aqueles que os detêm indefesas-gafanhotos e os homens também.

2. Porque Ele é Beneficente ( 2: 21-27 )

21  Não temas, ó terra, ser feliz e se alegrar; para O Senhor fez grandes coisas. 22  Não temas, ó animais do campo; porque os pastos do deserto já primavera, porque a árvore dá o seu fruto, a figueira e a vinha fazer a sua força. 23  Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, e regozijai-vos no Senhor vosso Deus; porque ele vos dá o chuva em apenas medida, e ele faz descer para você a chuva, a chuva temporã e serôdia, no primeiro mês . 24  E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão com mosto e de azeite. 25  E eu vos restituirei os anos que comeu o gafanhoto, o cancro-sem-fim, e a lagarta, e o palmer-sem-fim, o meu grande exército que enviei contra vós. 26  E comereis em abundância, e ficará satisfeito, e louvarão o nome do Senhor teu Deus, que se houver procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca mais será envergonhado. 27  E sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado.

O Senhor fez grandes coisas em resposta ao arrependimento de Judá e em expressão de Sua grande misericórdia. O julgamento é agora transformado em bênção e prosperidade. A terra é abençoada com chuva temporã e serôdia, com frutificação, restauração e prosperidade nacional, com o conhecimento de que o Senhor está no meio deles.

3. Porque Ele é promissor ( 2: 28-32 )

28  E ela deve vir a passar, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; 29  e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. 30  E mostrarei prodígios nos céus e na terra:. sangue e fogo, e colunas de fumaça 31  O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes do grande e terrível dia do Senhor vem. 32  E hão de acontecer, que todo aquele que invocar o nome do Senhor será libertada; pois no monte Sião e em Jerusalém estarão os que escaparem, como disse o Senhor, e entre os sobreviventes aqueles que o Senhor vos chama.

Aqui é a grande promessa de Pentecostes para todos os povos. Jeová é o Deus-Espírito conferir. Dois grandes promessas constituem a essência do presente número. Estes são bestowments distintamente espirituais, em contraste com os antigos bênçãos materiais. Depois ... Eu derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; e ... todo aquele que invocar o nome do Senhor será entregue . A incipiência do cumprimento Pentecostal desta profecia é vista na palavra depois . Isto depois estendida para o Dia de Pentecostes e além. Pedro no Pentecostes assim declarado ( Atos 2: 16-21 ). É possível que Moisés viu este grande dia de mesmo uma maior distância no tempo ( N1. 11:29 ). O Espírito é a de ser "derramado" sobre toda a carne, todas as idades, todas as classes, ambos os sexos. O objetivo é predizer o evangelho, a ter visões de presságio divino, e sonhar sonhos de significado espiritual (vv. 28-29 ). Estamos naquele dia glorioso agora.

É evidente a partir da descrição de hoje do "Espírito derramou-out" que há duas fases: (. Vv (1) a fase de bênção 28-29 ), e (2) a fase cataclísmico (vv. 30-31 ), quando maravilhas de sangue, fogo e fumaça aparecer na terra e no céu, o sol deve ser escurecido, a lua se tornar sangrenta, pouco antes de o ingresso de o grande e terrível dia do Senhor (v. 31 ). A primeira fase ocorreu e está ocorrendo; a segunda fase terá certamente como seguir. No meio de ambas as fases, Jeová promete libertação de todos os que o invocam.

 

B. um Deus justo vinga inimigos ( 3: 1-17 )

1., trazendo de volta os exilados de Judá ( 3: 1-8 )

1  Pois eis que naqueles dias, e naquele tempo, quando eu trazer de volta os exilados de Judá e de Jerusalém, 2  I vai reunir todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e eu vou fazer juízo contra eles lá para o meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações; e eles fizeram repartiram a minha terra, 3  e lançaram sortes sobre o meu povo, e deram um menino por uma meretriz, e venderam uma menina por vinho, para beberem. 4  Sim, e o que tendes vós comigo, Tiro e Sidon, e todas as regiões da Filístia? Vós me tornar uma recompensa? e se não me vingar, bem depressa vos farei tornar a vossa paga sobre a vossa cabeça. 5  Porquanto levastes a minha prata e o meu ouro, e nos vossos templos meus formosas coisas preciosas, 6  e ter vendido os filhos de Judá e os filhos de Jerusalém aos filhos dos gregos, para que vos removê-los longe dos seus termos; 7  eis que eu os suscitarei do lugar para onde os vendestes, e retribuirei o vosso feito sobre a vossa cabeça; 8  e eu venderei vossos filhos e vossas filhas na mão dos filhos de Judá, que os venderão aos sabeus, a uma nação remota, porque o Senhor o disse.

As duas primeiras palavras aqui são significativas: Pois eis . Fiéis Israel deve ser entregue, para julgamento cairá sobre os inimigos de Israel, particularmente em Fenícia e Filístia.

Eis que é um asterismo que indica algo específico está prestes a ser anunciado, como no Salmo 33: 1 ; Amos 6:11 ; Isaías 3: 1 ; 07:14 ; 19: 1 . A palavra eis que ocorre duas vezes nesta passagem e fornece a chave para a passagem: Eis que ... Eu vou reunir (vv.1-2 ). Eis que eu os suscitarei (v. 7 ). Vemos aqui a lei registrado em Gálatas 6: 7 : "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará." Isto é tão verdadeiro nacionalmente como individualmente.

Essas nações e povos, que têm causado a herança de Deus, Israel, ser espalhadas entre as nações, e que vendeu, serão julgados de Israel jovem para o ganho em vale de Josafá (v. 2 ), esta última palavra que significa "juízes Jeová." No versículo 14, ele é chamado de "vale da decisão", o que implica que era representante. A partir desta passagem de Joel, o vale de Kidron ( 1 Reis 15:13 ; . 2 Crônicas 30:14 ) foi mais tarde chamado o vale de Josafá.

O fator primordial e ator de volta desta cena em movimento é o Deus soberano e todo-poderoso. O homem não terá a última palavra. Deus vai. O homem propõe e Deus dispõe.

2. chamando várias nações para a guerra ( 3: 9-13 )

9  Proclamai isto entre as nações; preparam a guerra; atiçar os valentes; deixe todos os homens de guerra se aproximar, deixe-os vir para cima. 10  Vença seus arados em espadas, e as vossas foices em lanças; diga o fraco: Eu sou forte. Apressai-vos, e vinde, todas as nações se em redor, e ajuntai-vos: ali os teus fortes para descer, ó Jeová. 12  Que as nações apressarás si mesmos, e subam ao vale de Jeosafá; para lá que eu vou sentar para julgar todas as nações em redor. 13  Lançai a foice; para a colheita está madura: venha, passo vós; para o lagar está cheio, o transbordamento cubas; porque a sua malícia é grande.

Esta centros de parágrafo em grande parte em Jeová. Jeová chama as nações pagãs para se preparar para a batalha com ele. Então o profeta reza ao Senhor para enviar Seus poderosos guerreiros, e Jeová responde ao pedido do profeta. Jeová, o comandante das hostes do céu e as forças de terra, diz prepotente, vaidoso para preparar batalha contra Ele (cf. Is 8: 9. , 10 ; Jer. 46: 3 , 4 , 5 ). A ironia de tudo isso é visto na palavra usada para o homem em homens de guerra . É Enos , um dos quatro palavras hebraicas para homem, ou seja, fraco, doente, frágil ou o homem mortal. Uma sugestão de presente é dada no verso 10b : deixe o fraco dizer, eu sou forte . Como prepotente e vaidoso pode um homem fraco ( Enos ) ser?

O giro dos instrumentos de produção em armas de guerra é exatamente oposto ao procedimento dos homens no dia em que as regras Jeová (cf. Mic. 4: 3 e Isa. 2: 4 ).

O profeta então pronúncia uma oração que o Senhor iria causar Seus valentes para descer . Não são as hostes angelicais Seus poderosos guerreiros (cf. Sl. 103: 20 ; 68:17 ; Isa. 13: 3 )? Quando os olhos do servo de Eliseu foram abertos, viu "o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo" ( 2 Reis 6: 14-18 ). Não eram estes uma parte de Jeová valentes?

Jeová, respondendo a oração do profeta, comanda as nações para montar no local de julgamento, e declara que ele vai disputar com eles, tal como indicado no 3: 2 (cf. Is 50: 8. ), mas agora ele vai sentar-se (cf. Isa. 28: 6 ), indicando o pronunciamento do juízo. No versículo 13 , temos a sentença do juízo. Jesus poderia ter tido estes dois versos em mente (vv. 12 e 13 ), quando ele pronunciou as palavras encontradas em Mateus 25: 31-32 ; 13:30 , 39 , e, assim, dar a Joel 3: 12-13 uma conotação muito espiritual ?

A sentença do juízo é simbolizada na palavra foice . A colheita muito possivelmente significa, já que a margem mostra, "vintage". As cubas transbordando retratar que, como o lagar está cheio no momento da colheita de uvas, o julgamento é igualmente completo, exigindo expressão contra a maldade. Julgamento sobre as nações agora começa a dar frutos.

3. Ao dispensar Julgamento e Comfort ( 3: 14-17 )

14  Multidões, multidões no vale da decisão! para o dia do Senhor está perto, no vale da decisão. 15  O sol e a lua escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor. 16  E o Senhor brama de Sião, e proferir sua voz de Jerusalém; e os céus e a terra tremem, mas o Senhor é o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel. 17  E vós sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o meu santo monte; então Jerusalém ser santo, e não deve estranhos não passarão mais por ela.

Aqui é retratada a cena do julgamento , no vale da decisão . A apresentação é dupla: (1) as multidões que derramam no vale fatídico; e (2) Jeová, o Juiz impressionante, a execução de sentença contra os ímpios e conforto sobre o Seu povo.

A palavra multidões vem da palavra hebraica que significa a "hum", ou "ser barulhento", bem como uma indicação de números grandes. "Ele é usado da multidão de um grande exército." Valley da decisão joga luz sobre "Vale de Jeosafá" (vv. 2 , 12 ), o último significado "juízes Jeová." Decisão significa algo cortou drasticamente. Por isso, aqui é a ideia de algo corte limpo, nítido, portanto, um juízo afiado.

E agora, na maioria linguagem gráfica, o profeta descreve o cenário do "grande e terrível dia do Senhor" (vv. 15-16 ). Escuridão prevalece e luminares da noite e do dia são apagados. Poderia ser este sugestivo de tempo do fim como tal? A escuridão é simbólica de julgamento (cf. a escuridão do Calvário, Matt. 27:45 ). Em meio a essa escuridão, a voz crepitante do Senhor troveja fora. Somos lembrados de Amós 3: 8 e Apocalipse 5: 5 . A voz de Jeová troveja juízo sobre os ímpios, mas suaviza com conforto para os justos. E então, tudo na terra e no céu começa a desmoronar. Tudo shakeable está abalada ", que as coisas que não são abaladas permaneçam" ( Heb. 0:27 ). Como é bom, então, a conhecer a Jeová como o próprio Deus ( Elohim , Deus de poder e força, v. 17 ).

Um poema em latim do século treze, traduzido por Arthur P. Stanley (1815-1881), e agora usado como um hino, fala de ambos os aspectos terríveis e consoladoras do dia do Senhor.

O dia da ira! Naquele dia terrível

Quando os céus e a terra passarão,

Que poder é a permanência do pecador,

Embora o céu e a terra passarão .

C. A FIEL Deus traz RESTAURAÇÃO ( 3: 18-21 )

18  E sucederá que, naquele dia, que as montanhas se caírem para baixo vinho doce, e os outeiros manarão leite, e todos os ribeiros de Judá estarão cheios de águas; e uma fonte sairá da casa do Senhor, e regará o vale de Sitim. 19  O Egito se tornará uma desolação, e Edom se fará um deserto assolado, por causa da violência feita aos filhos de Judá, porque eles derramaram inocente . sangue na sua terra 20  Mas Judá será habitada para sempre, e Jerusalém de geração em geração. 21  E eu vou limpar o sangue que eu não tinha purificado; porque o Senhor habita em Sião.

Os centros parágrafo conclusivo em torno de três grandes promessas: (1) a promessa de prosperidade, (2) a promessa de punição, e (3) a promessa de progresso. Judá serão prosperou. As montanhas, colinas e vales correrão com vinho, leite e água abundante. Fora da casa do Senhor correrão águas sobre a planície seca e estéril de Shittim ("o vale de acácias", marg.). A acácia é uma árvore do deserto, praticamente a coisa viva só crescendo em que a terra do deserto. Assim, a promessa essencial é que de uma fonte que flui de Zion que regará terras áridas, levando-os a florescer e ser frutífero (cf. Ez 47:. 1 ; Zc 14: 8. ; Ap 22: 1 ).

Punição na forma de desolação de suceder inimigos de Judá, Egito e Edom . A razão para esta desolação é que eles derramaram sangue inocente na sua terra (v. 19b ). Esta frase deve ser conectada com a frase no versículo 21a : eu vou limpar o sangue que eu não tinha purificado . A margem traduz purificar como "segurar tão inocente." A palavra hebraica traduzida limpeza refere-se à "inocência" e não a "limpeza", daí "Eu prendo ou declarar tão inocente que eu não tenha realizado ou declarado inocente." Ao punir o Egípcios e edomitas, Deus declara os homens de Judá inocente, um fato que ele não tenha declarado antes.

Judá ficará para sempre . Ela deve progredir de prosperidade para a prosperidade, a partir de inocência a inocência, daí ela vai ser abençoada progressivamente, tanto material como espiritualmente, de geração em geração, e tudo porque o Senhor habita em Sião (v. 21 ).

O livro de Joel começa na escuridão, mas ele termina em glória, com Deus no meio, que habito em Sião.

Bibliografia

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Calkins, Raymond. A Mensagem Modern dos Profetas Menores . New York: Harper, 1947.

Motorista, SR Os Livros de Joel e Amos . "A Bíblia Cambridge para Escolas e Faculdades." Ed. AF Kirkpatrick. Cambridge: University Press, 1897.

Girdlestone, Robert Baker. sinônimos do Antigo Testamento. Grand Rapids: Eerdmans, 1948 (Rep.).

Orelli, C. Von. Os Doze Profetas Menores . Edinburgh: T. e T. Clark, 1897.

Pusey, EB Os Profetas Menores . 2 vols. New York: Funk e Wagnalls de 1888.

Raven, JH Testamento Introdução Velho . Nova Iorque: Revell, 1910.

Robinson, GL Os Doze Profetas Menores . New York: Harper, 1926.

Robinson, TH Die Zwölf kleinen Propheten, Oséias bis Micha (Handbuch zum Alten Testament) . Tübingen: JCB Mohr, 1938.

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Thompson, JA e NF Langford. "O Livro de Joel," Bíblia do intérprete . Vol. VI. Ed. George A. Buttrick. New York: Abingdon, 1956.

Wade, GW Os Livros dos Profetas: Micah, Obadias, Joel e Jonas . "Comentários Westminster." Ed. Walter Lock. London: Methuen de 1925.

 

 

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EBD – Lição 03: Joel: O Poder do ESPÍRITO SANTO nos Últimos dias - 3° Trimestre De 2021 - Jovens

 

 

OBJETIVOS

EXPOR o contexto histórico de calamidade pública apresentada na profecia de Joel;
EXPLICAR a importância de uma conversão sincera como ato antecipatório ao recebimento do batismo com o ESPÍRITO SANTO:
EXPLANAR o cumprimento da profecia de Joel na dispensação da Igreja.

 

 

TEXTO DO DIA

“E há de ser que depois. derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. “(Jl 2.28)

 

 

SÍNTESE

Mesmo em um contexto de desastre natural e apatia religiosa, Joel profetizou o derramar do ESPÍRITO SANTO sobre toda a carne

 

 

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA – Joel 11-4 A descrição de uma calamidade publica

TERÇA – Joel 113 A interrupção do culto ao Senhor

QUARTA – Joel 2.12,13 O apelo a uma conversão sincera

QUINTA – Joel 223-27 Promessa de restauração e restituição

SEXTA – At 2.14-17 O cumprimento da promessa do ESPÍRITO SANTO

SÁBADO – Jo 14.26 A capacitação do ESPÍRITO SANTO

 

 

INTERAÇÃO

Joel iniciou sua pregação a partir do anúncio de que alguns desastres naturais viriam praga de gafanhotos vinda do deserto, seca, fome, incêndios, invasões militares e desastres nos céus. A terra, outrora dada pelo Senhor, seria ferida com uma devastação jamais vista. Os desastres eram uma forma de punição pelos pecados.

O profeta Joel revela ao povo os acontecimentos futuros e o que eles deveriam fazer para que as catástrofes não os atingissem Ele os advertiu dizendo Convertei-vos a mim de todo o vosso coração” (2.2-12). Somente um arrependi mento sincero e verdadeiro poderia fazer com que o povo de DEUS escapasse de um terrível juízo.

Que jamais venhamos nos esquecermos do ensinamento de Joel DEUS é santo e pune o pecado com justiça! Contudo Ele é bondoso e misericordioso e capaz de liberar o perdão diante de um arrependimento sincero Joel também nos mostra que a bênção espiritual vem acompanhada de bênção material e ambas são ativadas pelo arrependimento sincero.

 

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Sugerimos que para a aula de hoje você reproduza o quadro abaixo Utilize-o para mostrar aos alunos algumas características especiais do livro de Joel.

 

 

É uma das obras literárias mais esmeradas do AT.

Contém a profecia mais profunda no AT a respeito de derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre toda a humanidade.

Registra numerosas calamidades nacionais – pragas de gafanhotos, seca, formes, incêndios, invasões militares desastres nos céus – como juízos divinos em decorrência da desintegração espiritual e moral do povo de DEUS.

Enfatiza que DEUS as vezes, opera sobrenaturalmente na história através de calamidades naturais e conflitos militares a fim de levar a efeito arrependimento, o avivamento e a redenção da humanidade.

Oferece o exemplo de um pregador que, em virtude de sua estreita comunhão com DEUS a estatura espiritual conclama o povo de DEUS ao arrependimento de modo decisivo

 

 

TEXTO BÍBLICO - Joel 2:28-32

28 E há de ser que depois derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, e vossos filhos o vossas filhas profetizarão os vossos velhos terão sonhos, as vossos jovens terão visões.

29 E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o ESPÍRITO

30 E mostrarei prodígios no céu e na terra sangue, fogo, e colunas de fumaça

31. O sol se convertera em treva e a lua em sangue antes que venha grande e terrível dia do SENHOR.

32 E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o SENHOR tem dito e nos restantes que o SENHOR chamar.

 

 

INTRODUÇÃO

Joel iniciou sua pregação a partir de um desastre natural. A praga dos gafanhotos. Enquanto Oseias se apropriou de uma tragédia pessoal para compor a sua mensagem. Joel se utilizou de uma calamidade nacional para escrever as linhas do seu sermão profético. O livro de Joel pode ser dividido em duas partes. Na primeira, há uma descrição histórica da devastação de Judá imposta por uma praga de gafanhotos na segunda. o profeta anunciou o juízo divino que viria sobre o povo de DEUS, seguido por uma restauração futura sem precedentes O profeta não ficou limitado as dificuldades do presente à tragédia natural ou ao indiferentismo religioso, mas transportou sua visão para uma época vindoura e enxergou o derramar do ESPÍRITO sobre toda a carne

 

 

1 – O PROFETA JOEL

1. Seu nome.

Joel, no hebraico “Yo e significa “Yahweh é DEUS” ou “O Senhor é DEUS’. Na cultura hebraica o nome do indivíduo apresentava uma conexão muito forte com sua vida Diferente da cultura ocidental os judeus não escolhiam o nome dos seus filhos pela beleza, mas pelo significado espiritual. O pai de Joel se chamava ‘Petuel que significa “persuadido por DEUS” (Jl11). Concluímos que seu pai era um homem temente a DEUS sendo a nome “Joel uma confissão da parte de Petuel. Joel surgiu no cenário para pregar o significado do seu nome “O Senhor é DEUS. Esta mensagem não foi pregada em um período de prosperidade o bonança, mas em um momento de agonia e infortúnio.

O momento de dor, às vezes gera um colapso na fé, de modo que muitos chegam a arguir a gestão divina. Como Joel, devemos testemunhar nossa fé no Criador, independente das circunstâncias, sejam elas favoráveis ou desfavoráveis (2 Co 6.10).

3. Para quem profetizou.

Em toda a Bíblia o profeta Joel é citado apenas em duas ocasiões sendo uma única vez em ambos os Testamentos, a primeira na apresentação do seu livro ( JL 1.1) e a segunda, em lembrança ao cumprimento de sua profecia (At 2.16). O texto bíblico não fornece informações pessoais sobre ele o que sabemos é por inferência. Devido à sua familiaridade com o Templo. em sido identificado como um profeta do Templo ou até mesmo um sacerdote (JL 1.13,14; 2.17), uma vez que suas profecias demonstram muita familiaridade com as cerimônias do templo (Jl 2.1,15. 32;3.17,20,21). Joel profetizou para Jerusalém os “filhos de Sião”.

Em princípio, Joel fala para o sou povo (Reino do Sul), no entanto, sua profecia abrangeu a igreja, conforme o próprio apóstolo Pedro reconheceu (At 2.16.17), Não podemos negar que também existe um caráter abrangente e escatológico em sua mensagem (Jl 3.1-21).

3. Quando profetizou.

Há muitos debates sobre o tempo em que Joel profetizou Alguns consideram que ele tenha sido contemporâneo de Amós. outros acreditam que ele viveu na época de Eliseu A tradição judaica considerava o livro de Joel o mais antigo entre os Profetas Maiores e Menores. E presumível que muitos profetas posteriores tenham bebido da fonte de Joel. Acreditamos que Joel representou a ponte entre os profetas antigos com os demais profetas escritores do Antigo Testamento. De acordo com as evidencias internas do livro, ele profetizou no tempo de rei Joas, de Judá por volta de 835 aC. a 830 aC. pois o livro não cita o nome de nenhum rei, visto que isto era o período de menoridade do governo de Joas quando o sacerdote Joiada respondia pela liderança da nação (2 Rs 12:2).

O livro não faz nenhuma alusão a Babilônia, Assíria ou Síria, pois os inimigos desta época eram outros (Jl 3.4,19). A idolatria não representou um problema em sua profecia considerando que durante a reinado de Joas, o período da adoração a Baal tinha terminado (2 Rs 10 e 11).O problema do povo não era a idolatria, mas a apatia. O indiferentismo religioso é tão grave quanto à apostasia religiosa. Podemos dizer que a apatia é o prelúdio da apostasia.

 

 

II – O CONTEXTO HISTÓRICO DE SUA PROFECIA

1. A praga dos gafanhotos.

Joel apresentou a devastação, a seca e a fome que atingiu a nação de Judá ao ser atacada por uma praga de do profeta e registrar para as gerações posteriores o relato da catástrofe que atingiu a nação (Jl 13). Trata-se de um evento histórico e de um texto narrativo A devastação foi total. O que ficou da lagarta, comeu o gafanhoto, e o que ficou do gafanhoto, comeu a locusta e o que ficou da locusta, o comeu o pulgão” (Jl 14). No original hebraico “lagarta gafanhoto, locusta e pulgão” não indicam insetos de diferentes espécies mas o mesmo inseto o gafanhoto em quatro fases de seu desenvolvimento.

A lagarta’ representa o gafanhoto em seu estágio inicial ao nascer sem asas quando apenas consegue roer. O gafanhoto representa o estágio que começa a procriar e se multiplicar. No estágio de locusta” desenvolve asas, mas ainda não voa, apenas salta e já começa a devorar. Ao se tomar pulgão já está plenamente desenvolvido, com asas completas. Judá foi desolada por causa deste ataque de gafanhotos em seus vários estágios de desenvolvimento. O descaso para com DEUS precipitou o povo a assolação. O fruto de quem vira as costas para DEUS sempre será amargo.

2. A indiferença de sua geração.

Os compatriotas de Joel agiram com indiferença diante da tragédia. Acreditavam que essas situações simplesmente aconteciam. O profeta começou sua mensagem fazendo uma invocação solene para chamar a atenção do seu povo Suas palavras iniciais foram ouviste (Jl 12) Os ébrios deveriam se despertar (Jl 15) a virgem deveria lamentar (Jl 18) e os sacerdotes deveriam gemer e clamar (Jl1.13). A devastação foi tão grande que não havia material para oferecer a oferta de manjar (Jl19. O mesmo ocorria com as libações e com o vinho. A seca se alastrou pela terra (Jl112). Não havia matérias para o culto. A interrupção da adoração ao Senhor deveria ser considerada uma grande calamidade (Jl 1.13). Joel se incomodou com a indiferença de sua geração por isto chamou a atenção deles dizendo que mais calamidades estavam por vir.

Às vezes, DEUS permite certas situações no proposto de despertar-nos permanecer indiferente diante da adversidade e um sinal claro de insensibilidade espiritual, O verdadeiro cristão se vale de todos os momentos para buscar ao Senhor, na tristeza clama pelo consolo, na alegria, louva o com gratidão.

3. O simbolismo da tragédia.

Enquanto o primeiro capítulo narrava um acontecimento histórico, o segundo previa uma calamidade que assombraria a nação A derrota para uma nação estrangeira. Parecia que Joel estava descrevendo um futuro ataque de gafanhotos, pois falava de um diluvio escuro com milhares de gafanhotos cobrindo as céus (Jl 2-2), Ele comparou os insetos ao fogo (2-3) e descreveu-os com a aparência de um cavalo (em miniatura) (2-4). Em suas palavras o exército invasor seria obstinado. Como valentes correriam cada um polo seu carreiro (Jl 2.7,8) Joel se valeu do simbolismo do ataque dos gafanhotos para prever um ataque militar como resultado de um juízo divino sobre o povo.

Provavelmente o profeta estava se referindo ao futuro ataque da Babilônia. Para Joel, a praga dos gafanhotos prefigurava uma desolação muito maior. Não era tempo de ficar indiferente ou passivo era preciso se voltar para DEUS. Quando não aprendemos nessas primeiras lições, outras nos alcançarão. Por isto, é fundamental que desenvolvamos, o quanto antes, a maturidade para entendermos o que DEUS deseja de nós diante das situações que estamos vivendo.

 

 

III – O PODER DO ESPÍRITO SANTO NOS ÚLTIMOS DIAS

1. Apelo ao arrependimento.

Joel conclamou seus compatriotas ao verdadeiro arrependimento. A expressão “agora mesmo” revelou a urgência do apelo (Jl 2.12). Arrependimento não é algo que pode ser procrastinado. Na Bíblia, o arrependimento é sempre para hoje (Mt 3.2; 4.17: At 2.38; 319). O profeta afirma que DEUS não se deixar enganar com “falsos arrependimentos ou com rituais aparentes. A conversão deve ser de todo o coração (Jr 29.13). Eles deveriam se humilhar diante de DEUS com sinais claros de um coração quebrantado, realizando jejuns.com choro e pranto (Jl 212).

A penitência deveria ser profundamente sentida Não era uma questão meramente ritual. Eles deveriam rasgar o coração e não as vestes (Jl 2.13). A nação inteira precisava se voltar para DEUS UL 216) Os sacerdotes deveriam chorar e clamar pelo povo (Jl 2.17) .Eles estavam tão envolvidos com a política na frente do governo durante o período de menoridade do rei Joas que deixaram suas atividades sacerdotal de lado. Era preciso voltar a interceder pelo povo. A promessa do derramar ao ESPÍRITO SANTO requer de nós uma conversão sincera e uma entrega total.

2. Bênçãos materiais.

O arrependimento muda destinos. Mediante a conversão sincera, DEUS prometeu derramar fartura. A resposta viria com a providência dos mantimentos que antes estavam escassos: trigo, vinho e óleo (Jl 2.19) DEUS prometeu agir não apenas como o provedor de recursos mas também como o protetor do seu povo (Jl 2. 20.21), DEUS prometeu ordenar aos recursos naturais a chuva (temporã e serôdia) e ao próprio desenvolvimento da colheita e do fruto, que fossem derramados na medida correta para trazerem prosperidade sobre Israel.

Aqui vernos a benção ofuscando a tragédia. DEUS prometeu restituir os anos de sofrimento (Jl 2.23-25). Toda restauração tem o propósito de revelar a presença de DEUS e fornecer motivos para uma adoração verdadeira e ininterrupta (Jl 2.26.27). DEUS sempre deseja nosso bem, entretanto permite a adversidade como uma alternativa pedagógica para instruir-nos. Precisamos entender que as fendas de DEUS nos curam. Não despreze a disciplina divina, pois ela traz em si a voz da instrução, principalmente quando aplicada por um Pai amoroso (Pv 3.12).

3. O ESPÍRITO SANTO nos últimos dias.

A benção material vem acompanhada de graça espiritual Joel profetizou sobre uma nova era inaugurada após o arrependimento. Pedro interpretou esse “depois” como sendo os últimos dias (At 2.17). ‘Os últimos dias representam um período bem abrangente, que começa com a primeira vinda de CRISTO na Terra e se encerra em sua Segunda Vinda. O derramar do ESPÍRITO SANTO marca o período da dispensação da Igreja Atualmente vivemos o cumprimento da profecia de Joel.

No Antigo Testamento somente sacerdotes e profetas recebiam a unção, todavia, a benção do ESPÍRITO SANTO e universal, não só para Israel, mas para todos os povos: homens e mulheres jovens e velhos. servos e livres (Jl 2.28, 29). Os efeitos da efusão do ESPÍRITO são as profecias sonhos e visões cujo principal proposito e gerar a nossa edificação (1Co 14.12)

SUBSÍDIO

“O livro do profeta Joel e, sobretudo escatológico. O primeiro capítulo descreve a desolação causada em Judá por uma invasão de gafanhotos – um dos instrumentos do juízo divino mencionado por Moisés em sua profecia (Dt 28. 38.39) e por Salomão em sua oração (1 Rs 8 37) e que já havia sido usado por DEUS contra o Egito. Nos capítulos seguintes, já também promessas de bênçãos em foco, mas o tema principal continua sendo o juízo divino, sendo que agora em um futuro ainda mais adiante.

Isto é, a principal mensagem de Joel é que DEUS julga, o essa mensagem da realidade do juízo divino, conforme orientação do profeta ao povo, não deveria ser esquecida mas recontada As gerações seguintes (Jl 1.3).

Não é à toa que DEUS permitiu que essa obra inspirada polo ESPÍRITO SANTO ficasse para a posteridade, para que sua mensagem nunca fosse olvidada pudesse reverberar durante séculos despertando vidas (COELHO. Alexandre; DANIEL Silas, Rio de Janeiro CPAD 2012, p. 25). 

 

 

CONCLUSÃO

Joel fez o registro histórico da praga dos gafanhotos e exortou sua geração sobre a iminência do juízo divino. No entanto a promessa da descida do ESPÍRITO SANTO foi o tema-chave de sua profecia O livro de Joel nos ensina principalmente a respeito da atualidade das ações do ESPÍRITO SANTO, pois mediante uma conversão verdadeira o Consolador será derramado de forma efusiva e sobrenatural sobre todos aqueles que se aproximam de DEUS em busca de salvação.

HORA DA REVISÃO

1. Qual o significado de nome Joel? Joel, no hebraico “Yo el significa “Yahweh e DEUS” ou “O Senhor é DEUS”.

2. Joel iniciou sua pregação a partir de qual acontecimento? uma Começou a exortar sua geração a partir de uma praga de gafanhotos, um calamidade pública que devastou Judá

3. No livro de Joel não temos a denúncia de pecado da idolatria ou da apostasia spiritual. Sendo assim qual foi o problema de sua geração? A indiferença religiosa. Sua geração estava apática, não se incomodava com o fato de não poder cultuar ao Senhor pois a praga dos gafanhotos havia consumido todo o material para a oferta de manjar

4. Que atitude humana antecede as bênçãos materiais e espirituais prometidas em Joel? A conversão sincera. O arrependimento precisa ser de todo o coração.

5. No Antigo Testamento somente sacerdotes e profetas recebiam a unção, todavia. aprendemos com Joel que a benção do ESPÍRITO SANTO e universal. Os efeitos dessa efusão do ESPÍRITO na Igreja são os sonhos as profecias e as visões. Sendo assim qual cuidado a igreja deve ter com os dons do ESPÍRITO? A igreja deve compreender que os dons do ESPÍRITO possuem o propósito de edificar individualmente os cristãos, portanto, não devem ser usados para fundamentar doutrinas, pois para este propósito, temos a Bíblia Sagrada, nossa única regra de fé e prática crista.

 

 

 

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Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2012

 

Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo

Comentarista: Esequias Soares

 

Lição 3: Joel — O derramamento do Espírito Santo

Data: 21 de Outubro de 2012

 

TEXTO ÁUREO

“E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos” (At 2.17).

 

VERDADE PRÁTICA

O Espírito Santo não veio ao mundo cumprir uma missão temporária, mas guiar a Igreja até a vinda do Senhor.

 

HINOS SUGERIDOS - 100, 290, 491.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Is 4.43 O derramamento do Espírito Santo

Terça - Mt 3.11 Jesus batiza com o Espírito Santo

Quarta - Jo 14.16 O Consolador está sempre conosco

Quinta - Jo 14.26 O Espírito Santo ensina a Igreja

Sexta - At 2.4 As línguas e o batismo com o Espírito Santo

Sábado - At 11.15,16 Os gentios e o batismo com o Espírito Santo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Joel 1.1; 2.28-32.

Joel 1

1 - Palavra do SENHOR que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.

Joel 2

28 - E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.

29 - E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.

30 - E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça.

31 - O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR.

32 - E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o SENHOR tem dito, e nos restantes que o SENHOR chamar.

 

INTERAÇÃO

Quando o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja, em Jerusalém, muitas pessoas ficaram atônitas com o fenômeno, pois viram gente simples falando línguas totalmente desconhecidas deles. Outros, no entanto, zombavam, afirmando que essas pessoas estavam “cheias de mosto” ou “embriagadas”. Nessa ocasião, o apóstolo Pedro se levantou, junto dos demais apóstolos (At 2.14) e expôs sistematicamente os pontos centrais da revelação de Deus através de Jesus Cristo. Ele evocou a profecia de Joel a respeito do derramamento do Espírito Santo (At 2.15-21), e conclamou-os: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.38,39).

 

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Joel.

Compreender que o Espírito Santo é uma pessoa divina.

Saber que o livro de Joel é escatológico.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, utilize o quadro abaixo para introduzir a aula e explicar que o livro de Joel pode ser dividido em duas partes. A primeira descreve a devastação de Judá ocasionada por uma grande praga de gafanhotos e a comunidade. E a segunda, a resposta de Deus a Israel e às nações.

 

Tabela

Descrição gerada automaticamente

 

 

Palavra-Chave

Derramamento: ato ou efeito de derramar; derramação.

 

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O Movimento Pentecostal, no início do século 20, colocou o livro de Joel em evidência, fazendo com que ele fosse conhecido como o “profeta pentecostal”. Apesar disso, o anúncio da descida do Espírito Santo não é o tema predominante de seus oráculos. A maior parte de suas profecias fala da praga da locusta e do julgamento das nações no fim dos tempos.

 

I. O LIVRO DE JOEL NO CÂNON SAGRADO

1. Contexto histórico. Pouco ou quase nada se conhece sobre Joel e a sua época. As escassas informações baseiam-se em alguns lampejos extraídos de seu livro. Era profeta de Judá e seu pai se chamava Petuel (1.1). Isso é tudo o que sabemos de sua vida pessoal. Nenhum rei é mencionado em seu livro, dificultando a contextualização histórica. Ele é anterior a todos os profetas literários, pois tem-se como certo que escreveu suas profecias em 835 a.C. Trata-se da época em que Judá estava sob a regência de Joiada durante a infância de Joás (2 Cr 23.16-21). Isso explica a influência e a presença significativa dos sacerdotes no governo de Judá (Jl 1.9,13; 2.17). O templo estava em pleno funcionamento (Jl 1.9,13,14).

2. Posição de Joel no Cânon Sagrado. A ordem dos Profetas Menores em nossas versões da Bíblia é a mesma do Cânon Judaico e da Vulgata Latina, mas não é cronológica. Joel é o segundo livro, situado entre Oseias e Amós, mas na Septuaginta há uma diferença na ordem dos primeiros seis livros: Oseias, Amós, Miqueias, Joel, Obadias, Jonas.

3. Estrutura e mensagem. O oráculo foi entregue ao profeta por meio da palavra (1.1). São três capítulos, mas a sua divisão na Bíblia Hebraica é diferente: lá temos quatro capítulos, pois o trecho 2.28-32 equivale ao capítulo três, com cinco versículos, e o conteúdo do capítulo quatro é exatamente o mesmo do nosso capítulo três. São dois os temas principais: a praga da locusta (1.1-2.27) e os eventos do fim dos tempos (2.28-3.21). O assunto do livro é escatológico, com ameaças e promessas.

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

O livro de Joel é uma obra escatológica que contém advertências e promessas divinas.

 

 

II. A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

1. Sua personalidade. O Espírito está presente em toda a Bíblia, que o mostra claramente como uma pessoa e não como uma mera influência. Ele é inteligente (Rm 8.27), tem emoções (Ef 4.30) e vontade (At 16.6-11; 1 Co 12.11). Há abundantes provas bíblicas de sua personalidade.

2. Sua divindade. O Espírito Santo é chamado textualmente de “Deus de Israel” (2 Sm 23.2,3). Ele é igual ao Pai e ao Filho em poder, glória e majestade. Na declaração batismal, somos batizados também em seu nome (Mt 28.19; Ef 4.4-6). Isso significa que o Espírito Santo é objeto da nossa fé e da nossa adoração. Ele é tudo o que Deus é (1 Co 2.10,11).

3. Como uma pessoa pode ser derramada? Esta é uma das perguntas que alguns grupos religiosos fazem frequentemente com a finalidade de “provar” que o Espírito Santo não é Deus nem uma pessoa. Aqui, por duas vezes a palavra profética afirma “derramarei o meu Espírito” (2.28,29), o que é ratificado em o Novo Testamento (At 2.17,18). Ao longo da história, a divindade do Espírito Santo sempre encontrou oposição. Após o Concílio de Niceia, surgiram os pneumatomachoi (“opositores do Espírito”) que, liderados por Eustáquio de Sebaste (300-380), não aceitavam a divindade do Espírito Santo.

4. Linguagem metafórica. O “derramamento” do Espírito Santo é a expressão que a Bíblia usa para descrever o revestimento de alguém com o poder do mesmo Espírito. Trata-se de uma metáfora, figura que “consiste na transferência de um termo para uma esfera de significação que não é a sua, em virtude de uma comparação implícita” (Gramática Rocha Lima).

Simbolizado pela água, o Espírito Santo lava, purifica e refrigera como reflexo de suas múltiplas operações (Is 44.3; Jo 7.37-39; Tt 3.5).

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O Espírito Santo é uma pessoa e não uma mera influência.

 

 

III. HORIZONTES DA PROMESSA

1. Ponto de partida. A profecia do derramamento do Espírito Santo começou a ser cumprida no dia de Pentecostes, que marcou a inauguração da Igreja (At 2.16). O apóstolo Pedro empregou apropriadamente a expressão “nos últimos dias” (At 2.17) no lugar de “depois” (Jl 2.28a).

Não faz sentido algum, por conseguinte, afirmar que a efusão do Espírito Santo foi apenas para a Era Apostólica; antes, pelo contrário, começou com os apóstolos e continua em nossos dias. Era o ponto de partida, e não de chegada.

2. Comunicação divina. Deus disponibilizou recursos espirituais para manter a comunicação com o seu povo por meio de sonhos, visões e profecias, independentemente de idade, sexo e posição social (2.28b,29). Todavia, cabe-nos ressaltar que somente a Bíblia é a autoridade divina e definitiva na terra. Quanto aos sonhos, visões e profecias, são-nos concedidos para a edificação individual, e não podem ser usados para fundamentar doutrinas. A Bíblia Sagrada é a nossa única regra de fé e prática.

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

A efusão do Espírito Santo começou com os apóstolos e continua em nossos dias até a volta de Jesus.

 

 

IV. O FIM DOS TEMPOS

1. Sinais. A profecia de Joel fala ainda sobre aparição de sinais em cima no céu e embaixo na terra, de sangue, fogo e colunas de fumaça, do sol convertendo-se em trevas e da lua tornando-se sangue (2.30,31). São manifestações teofânicas de Jeová para revelar a si mesmo e também para executar juízo sobre o pecado (Êx 19.18; Ap 8.7). Tudo isso o apóstolo Pedro citou integralmente em sua pregação (At 2.19,20). É de se notar que tais manifestações não foram vistas por ocasião do Pentecostes. A explicação é que se trata do começo dos “últimos dias”.

2. Etapas. O primeiro advento de Cristo e o derramamento do Espírito Santo são eventos introdutórios dos “últimos dias” (At 2.17). Os sinais cósmicos acompanhados de fogo, coluna de fumaça etc., ausentes no dia de Pentecostes, dizem respeito à Grande Tribulação, no epílogo da história, “antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Jl 2.31; At 2.20).

3. Resultado. A vinda do Espírito Santo, além de revestir os crentes em Jesus, resulta também em salvação a todos os que desejam encontrar a vida eterna. O apóstolo Pedro termina a citação de Joel com estas palavras: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2.21). O nome “SENHOR”, com letras maiúsculas, indica na Bíblia Hebraica a presença do tetragrama YHWH (as quatro consoantes do nome divino “Yahweh, Javé, Yehovah, Jeová”). O apóstolo Paulo citou essa passagem referindo-se a Jesus, e afirmando que o Meigo Nazareno é o mesmo grande Deus Jeová de Israel (Rm 10.13).

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

O livro de Joel é escatológico. Ele fala do fim dos tempos a partir do derramamento do Espírito Santo nos últimos dias.

 

 

CONCLUSÃO

O derramamento do Espírito Santo inaugura a dispensação da Igreja, que, acompanhado de grandes sinais, faz do cristianismo uma religião sui generis. A Igreja continua recebendo o poder do alto e prossegue anunciando a salvação a todos os povos. Nisso, vemos a múltipla operação do Espírito Santo, revestindo de poder os crentes em Jesus e convencendo o pecador de seus pecados (At 1.8; Jo 16.7-11).

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Qual o assunto do livro de Joel?

R. O assunto do livro é escatológico, com ameaças e promessas.

 

2. Em que parte da Bíblia o Espírito Santo é textualmente chamado de Deus?

R. O Espírito Santo é chamado textualmente de “Deus de Israel” em 2 Samuel 23.2,3 e Atos 5.3,4.

 

3. Qual o nome do líder que após o Concílio de Niceia não aceitava a divindade do Espírito Santo?

R. Eustáquio de Sebaste.

 

4. Qual o significado do derramamento do Espírito Santo?

R. O “derramamento” do Espírito Santo é a expressão que a Bíblia usa para descrever o revestimento de alguém com o poder do mesmo Espírito.

 

5. Quais sãos os eventos introdutórios dos “últimos dias”?

R. O primeiro advento de Cristo e o derramamento do Espírito Santo são eventos introdutórios dos “últimos dias” (At 2.17).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

 

Subsídio Histórico

 

“Joás, rei de Judá

[...] O verdadeiro descendente de Davi assentou-se no trono, e reinou durante quarenta anos (835-796). Visto que ele tinha apenas sete anos quando se tornou rei, ficou sob a tutela de Jeoiada, o sumo sacerdote, cuja autoridade sobre o jovem monarca estendia-se ao ponto de escolher suas esposas (2 Cr 24.3). Os anos de apostasia sob Atália atingiram a vida religiosa da nação. Particularmente grave era o fato de o templo e os serviços sagrados haverem sido abandonados. Joás, já no princípio de seu reinado, decidiu reformar e restaurar a casa de Yahweh (2 Rs 12.2,5). Portanto, incumbiu os sacerdotes e levitas de saírem a todas as cidades e vilarejos de seu reino a fim de obter as ofertas para a manutenção do templo.

Embora o apelo resultasse no acúmulo de fundos, a obra tardou por alguma razão, e até o vigésimo terceiro ano de Joás (cerca de 814) não havia qualquer indício da obra. O rei Joás então ordenou ao sumo sacerdote Jeoiada que providenciasse a construção de um Gazofilácio ao lado do grande altar, onde os sacerdotes depositariam as ofertas do povo. Um apelo foi feito por todo o reino para que trouxessem suas ofertas ao templo; e com alegria o povo ofertou (MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.384,86).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

Joel: O derramamento do Espírito Santo

 

Joel, o segundo dos chamados profetas menores, exerceu seu ministério em Judá, no Reino do Sul. Seu nome significa “Jeová é Deus”. Em que pese o fato de ele ter profetizado sobre o derramamento do Espírito de Deus no futuro, com manifestações específicas, a tônica de sua profecia vai mais além. No capítulo 1, “Joel profetiza ao povo logo após enormes enxames de gafanhotos terem destruído a terra. Esses insetos comeram todas as plantas e ervas próprias para a alimentação. Ao mesmo tempo, havia falta de chuva, ocasionando também falta de água. Contudo, ainda que essa destruição tenha sido muito terrível, Joel escreve dizendo que isso não é nada em comparação com o que Deus está prestes a fazer por causa da desobediência do povo. Joel pede que as pessoas se voltem para Deus e lhe obedeçam antes que seja tarde demais.” (Quero Entender a Bíblia, CPAD, pg.187). Acerca de desastres naturais, Lawrence O. Richards comenta: “Os desastres naturais geralmente são identificados como sendo ‘atos de Deus’. Na atualidade, sabemos que isso significa tão somente que não há ser humano capaz de manter controle sobre um evento em particular. Na época do Antigo Testamento, entretanto, muitos ‘desastres naturais’ eram literalmente considerados atos de Deus, uma demonstração de sua soberania sobre os atos naturais para deles se extrair uma lição espiritual” (Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, pg.531).

Séculos mais tarde, Deus enviou seu Espírito Santo aos santos que estavam em oração em um cenáculo, aguardando o cumprimento do que Jesus havia prometido: um revestimento de poder com o objetivo de anunciarem o evangelho de Jesus Cristo. Naquele dia, aqueles que estavam no cenáculo foram cheios com o Espírito Santo, de forma que falaram em outras línguas, e anunciaram a Jesus de forma ousada e sem temor dos homens. Pedro utilizou a passagem de Joel para explicar o derramamento do Espírito Santo, mostrando que esse evento traria sinais como a capacidade de profetizar e ter visões.

Joel também apresenta pontos em sua profecia, como o chamado “Vale da Decisão”, local em que Deus há de apresentar suas decisões contra a humanidade rebelde (e não um lugar onde as pessoas decidirão o que vão fazer); fala também que aquele que invocar o nome do Senhor há de ser salvo, uma observação inicial para os judeus, mas que entendemos ter sido estendida aos gentios que clamarem a Deus e que serão salvos.

 

 

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LIÇÃO 3 BETEL – 3TR23 - NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 3 Joel, Mensagem De Juízo, Um Chamado Ao Arrependimento E Promessas, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 

 

EBD Revista Editora Betel - 3° Trimestre De 2023 TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a DEUS. Anunciando a esperança da salvação através do Messias. 

 

 

TEXTO ÁUREO

“ Santificai um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os Anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do senhor, vosso DEUS, e clamai ao Senhor” Joel 1.14

 

VERDADE APLICADA

O avivamento bíblico é precedido de arrependimento Genuíno, quebrantamento e oração.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar o cenário da mensagem do profeta Joel
Destacar a mensagem do profeta Joel
Ressaltar lições do profeta Joel para os dias de hoje

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - JOEL 2.27-32

27 E vós sabereis que eu estou no meio de Israel e que eu sou o Senhor, vosso DEUS, e ninguém mais; e o meu povo não será envergonhado para sempre.
28- E há de ser que, depois, derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões.
29- E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu ESPÍRITO.
32- E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar.

 

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA Is 13.9 O Dia do Senhor vem.
TERÇA Dn 1.8 É preciso não se contaminar com o pecado.
QUARTA Jl 2.12 É preciso se converter de todo coração
QUINTA Ob 1.15 O Dia do Senhor está perto.
SEXTA At 17.30 DEUS quer que todos se arrependam.
SÁBADO 2Co 7.10 O arrependimento para a salvação.

 


Hinos Sugeridos: 111, 131, 432

 

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore por revestimento do ESPÍRITO SANTO

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JOEL

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta 

1.2. A invasão dos gafanhotos

1.3. A necessidade urgente de arrependimento 

2- A MENSAGEM DE JOEL

2.1. O alerta do profeta

2.2. Esperança em meio à catástrofe 

2.3. O fruto do arrependimento 

3- JOEL PARA HOJE

3.1. Arrependimento genuíno

3.2. Santificação urgente 

3.3. Libertação e esperança 

 

 

INTRODUÇÃO

O arrependimento sincero e a mudança de vida são a base da genuína espiritualidade. No livro do profeta Joel encontra-se esse chamado e, por isso, ele é conhecido como o profeta do avivamento.

 

 

PONTO DE PARTIDA

DEUS não rejeita quem se arrepende.

 

 

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JOEL

Joel profetizou numa época de grande devastação em toda a terra de Judá. O contexto histórico de Joel apresenta um tempo de calamidade decorrente de uma destruidora praga de gafanhotos e de uma grande seca [J1.1]. O povo ainda não havia atingido o estado de depravação presenciado em outras épocas, mas a religião já se caracterizava por um notável formalismo.

 

 

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta 

O nome Joel significa “o Senhor é DEUS”. Assim como outros, não há uma biografia nos textos bíblicos sobre o profeta. Ele era filho de Petuel [J1 1.1]. O Evangelista Valdilon Ferreira (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p.10) cita em seu comentário a possibilidade de Joel ter atuado a partir do tempo do rei Joás [2Rs 12]. Apesar da escassez de informações sobre Joel, no Novo Testamento o apóstolo Pedro faz uma referência à profecia dele, ratificando assim seu ministério [At 2.16-17].

 

 

SUBSÍDIO 1.1

Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical – 2° Trimestre de 2008, p. 4): “Existem muitas suposições sobre a data em que foi escrito o livro do profeta Joel. A data sugerida por esta revista (825-770 a.C.) justifica-se nas acusações que o profeta faz aos fenícios [Jl 3.4] ao Egito e a Edom [Jl 3.19], já que estas poderiam referir-se a invasão de Judá por Sisaque, rei do Egito [1Rs 14.25] e a revolta dos edomitas no reinado de Jorão [2Rs 8.20-22], Joel não faz referência aos assírios nem aos babilônios, o que indica que seu ministério se deu antes da ascensão daquelas potências mundiais. A mensagem de Joel mostra que ele viveu num tempo anterior à grande apostasia de Judá e é possível que tenha vivido desde os dias do rei Joás até aos dias de Uzias, nos primeiros anos dos profetas Oséias e Amós.”

 

 

1.2. A invasão dos gafanhotos

Nos dias de Joel, aconteceu grande destruição por uma praga de gafanhotos que devastou toda a plantação, deixando o povo na fome, miséria e seca. O gafanhoto é um inseto saltador que se alimenta de vegetais. Ele passa por quatro fases em sua vida, que são relatadas distintamente em Joel 1.4, como se fossem quatro tipos diferentes de gafanhotos: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor.

 

 

SUBSÍDIO 1.2

Adilson Faria Soares (Lições Bíblicas, CPAD, 2° Trimestre de 1993, p. 8): “A praga das locustas contra Israel foi fato real, e acontecimentos semelhantes eram comuns, ocasionados pelos enxames de milhões de gafanhotos que emigravam da Arábia para a Palestina, levados pelo vento do deserto. A destruição foi tão grande que o profeta chama a atenção dos anciãos [Jl 1.2], os quais pela vivência dos anos podem recorrer à memória e responder-lhe [Dt 32.7; Jó 32.7], Embora a resposta esteja implícita, ele concita os anciãos a admoestarem o povo sobre a severidade do castigo, incitando-o a temer a DEUS [SI 76.6- 8; Êx 13.8; Js 4.7].”

 

 

1.3. A necessidade urgente de arrependimento 

DEUS, por intermédio do profeta, chama o povo ao arrependimento e à santificação. O Senhor diz que todos, independentemente da idade, deveriam se arrepender: “Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recamara, e a noiva, do seu tálamo.” [Jl 2.16]. Também deveriam guardar na memória como o pecado traz graves consequências à vida daqueles que insistem em sua prática sem responder ao chamado do Senhor para uma vida de santidade: “Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos, e vossos filhos, a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.” [Jl 1.3].

 

 

SUBSÍDIO 1.3

O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Um dos temas centrais do livro de Joel é o dia do Senhor [Jl 1.15; 2.1], Este termo se refere a um período em que DEUS virá dramaticamente para trazer ira e juízo sobre os ímpios e salvação aos justos. DEUS é o Senhor do tempo. Não há dia que não que seja o dia do Senhor, num sentido geral. Mas, às vezes, DEUS entra na arena espaço-temporal para asseverar, firme e dramaticamente, que Ele está no controle de tudo.”

 

 

EU ENSINEI QUE:

Há promessa de restituição da parte de DEUS disponível para aqueles que O buscam arrependimento e fé.

 

 

2- A MENSAGEM DE JOEL

A singularidade da mensagem do profeta é que ela se origina de uma experiência do cotidiano, ou seja, a contemplação de uma praga de gafanhotos. Sua mensagem se destinava tanto à liderança quanto aos moradores da terra. Todos estavam sendo alertados e chamados pelo Senhor ao arrependimento, jejum , à conversão e à contrição.

 

 

2.1. O alerta do profeta

Na cultura daquele tempo, qualquer sinal de desordem na natureza era entendido como castigo de DEUS: inundações, gafanhotos, granizos, eclipses, secas etc. Esses sinais provocavam reflexões e um convite para um ajuste naquilo que desagradava ao Senhor. Nos dois primeiros capítulos do livro de Joel, percebe-se um cântico triste. Apesar disso Joel descreve que o país: “Lamenta como a virgem que está cingida de saco pelo marido da sua mocidade.” [J1.18]. Tal é a tristeza que: “todas as árvores do campo se secaram, e a alegria se secou entre os filhos dos homens” [Jl 1.12]. Mas, em seguida, faz um apelo à conversão. Será que, ao olhar para o país devastado, aquele povo vai reconhecer que precisa se voltar para o Senhor?

 

 

SUBSÍDIO 2.1

Warren W. Wiersbe: “Joel dirige-se a diversos grupos distintos de pessoas quando descreve a terrível praga e suas consequências devastadoras. (…) Depois, fala com os adoradores [Jl 1.8- 10], que têm de ir ao templo de mãos vazias, porque não há sacrifícios para ofertar. Ele dirige-se aos lavradores [Jl 1.11-12], que uivam porque suas colheitas estão arruinadas. Por fim, Joel vira-se para os sacerdotes [Jl 1.13-14] e diz-lhes que jejuem e orem. Aqui chegamos ao cerne da questão, pois DEUS estava punindo a nação por causa do pecado. Contanto que o povo lhe obedeça, Ele enviará a chuva e a colheita, mas, se lhe der as costas, Ele fará com que os céus sejam como bronze e destruirá as colheitas.”

 

 

2.2. Esperança em meio à catástrofe 

A segunda parte do livro do profeta Joel é uma mensagem de esperança: o derramamento do ESPÍRITO SANTO. Depois de toda aquela desolação, a consolação do Senhor chegará. O Novo Testamento ratifica estes versículos ao se referir ao Pentecostes [At 2.16-21].E a presença e ação do ESPÍRITO resulta em profecias, sonhos, visões – modos próprios do agir de DEUS no Antigo Testamento.

 

 

SUBSÍDIO 2.2

Comentário Beacon: “Vemos que as maiores bênçãos colocadas diante do povo de DEUS são:
1) O derramamento do ESPÍRITO de DEUS sobre toda a carne;

2) O julgamento das nações; e

3) A glorificação do povo de DEUS. Estas características não são mantidas estritamente em separado, mas, mesmo assim, são indicadas com clareza e relacionadas de perto umas com as outras. Os estudantes do Novo Testamento reconhecem com facilidade os versículos 28 a 32 por ser a promessa gloriosa citada por Pedro no Dia de Pentecostes, quando este a identificou por “é o que foi dito pelo profeta Joel” [At 2.16-21].”

 

 

2.3. O fruto do arrependimento 

O arrependimento sincero move o coração de DEUS para mudar o quadro de tristeza, que veio em consequência do erro, em alegria [SI 51.17], Em Joel, DEUS se compadece e promete alívio sobre a nação. O Senhor teve misericórdia do Seu povo e para honrá-lo mostra o seu zelo: “Eis que vos envio o trigo, e o mosto, e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações.” [Jl 2.19], O Senhor restauraria as colheitas devoradas pelos gafanhotos e o povo seria suprido em suas necessidades básicas. Isso os levaria a reconhecer a soberania e o poder de DEUS, e todos saberiam que DEUS estava no meio do povo de Israel [Jl 2.21-22, 25, 27].

 

 

SUBSÍDIO 2.3

O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento:  “DEUS não fica satisfeito com o arrependimento da boca para fora. Rasgar as próprias vestes era um costume que expressava grande luto ou remorso [Js 7.6; 1Sm 4.12]. Mas, como todo ato externamente visível, podia-se rasgar as vestes sem tristeza nem arrependimento verdadeiros. DEUS queria mais do que simples palavras ou atos exteriores; Ele queria que o coração do povo mudasse e que se entristecesse ao pecar.”

 

 

EU ENSINEI QUE:

O fruto do arrependimento genuíno é uma metamorfose na vida do pecador.

 

 

3- JOEL PARA HOJE

A mensagem do profeta é clara: havendo arrependimento autêntico e fidelidade por parte do Seu povo, o Senhor DEUS é poderoso para transformar o cenário de desesperança em vitória definitiva. É preciso ter em mente que quando o termo “últimos tempos” é usado na Bíblia tem uma conotação de esperança. Trata-se da vitória final de DEUS.

 

 

3.1. Arrependimento genuíno

Ao contemplar aquele cenário de destruição, Joel admoesta aos seus compatriotas a buscar a santificação, o quebrantamento e maior submissão ao Senhor: “Santificai um jejum , apregoai um dia de proibição, congregai os anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor, vosso DEUS, e clamai ao Senhor.” [J1 1.14]. Tais palavras ainda hoje ecoam no coração daqueles que, sensíveis à voz de DEUS, anseiam por Sua manifestação, destruindo o mal causado pelo pecado dos homens.

 

 

SUBSÍDIO 3.1

Comentário Bíblico Moody: “O profeta visualiza uma praga ainda mais terrível que está por vir. Em termos altamente poéticos ele descreve os enxames de gafanhotos como se fossem um exército hostil, vindo como o exército do Senhor para julgamento [Jl 2.1 -11 ]. Mas a porta da misericórdia, ele diz, ainda está entreaberta! Se o povo se voltar para o seu DEUS com coração contrito, a calamidade pode ser evitada [Jl 2.12-14]. O profeta convoca toda a comunidade para uma reunião de oração e jejum na casa do Senhor [Jl 2.15-17].”

 

 

3.2. Santificação urgente 

A falta de santidade emperra, amarra e desacredita a Igreja. Quando o povo de DEUS despreza a santidade e passa a amar o mundo, se torna o maior impedimento para a ação de DEUS na história. Nada pior do que uma pessoa que se diz cristão viver uma vida mundana e compactuada com o pecado. A falta de santidade tem sido um grande impedimento para um avivamento. A Palavra de DEUS é clara: “E rasgai o vosso coração, e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor, vosso DEUS; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal.” [Jl 2.13].

 

 

SUBSÍDIO 3.2

Esdras Bentho & Reginaldo Leandro (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 517) comentam sobre Joel 2.12-17: “Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso DEUS […]” [Jl 2.13]. O coração, conforme é usado aqui, não deve ser considerado o centro das emoções e das paixões. Na psicologia hebraica, o coração era geralmente considerado como o centro da vida moral, espiritual e intelectual. Então, o arrependimento deles deveria ser acompanhado com jejuns e com choro, exteriorizando a tristeza pelo pecado do arrependido.”

 

 

3.3. Libertação e esperança 

A mensagem de Joel é atemporal e alcança todas a gerações, confrontando-as com seu modo de viver ao mesmo tempo em que apresenta a solução baseada em arrependimento e mudança: “Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.” [J1 2.12]. Sua mensagem traz alento e esperança aos corações que se encontram presos a um cenário de destruição, pecado e afastamento do Senhor: “E o Senhor bramará de Sião e dará a sua voz de Jerusalém , e os céus e a terra tremerão; mas o Senhor será o refúgio do seu povo e a fortaleza dos filhos de Israel.” [J13.16].

 

 

SUBSÍDIO 3.3

Comentário Beacon: “Se o primeiro grande ensino em Joel é o arrependimento diante das adversidades, o segundo é o derramamento do ESPÍRITO sobre toda a carne. A promessa é uma amplificação de Números 11.29 e seu cumprimento (…) ocorreu no Dia de Pentecostes narrado em Atos 2. A promessa em si é proeminentemente escatológica, embora objetivasse consolar o povo nos dias do profeta. Robinson declara que a promessa “é semelhante à mensagem de Jeremias de um concerto novo’ [Jr 31.31-34]. Ainda que não haja predição do Messias no livro de Joel, como bem observou Horton, o estudo deste livro deve nos levar a CRISTO e ao batismo no ESPÍRITO SANTO. Joel começa a construir a ponte para o Reino da Graça.”

 

 

EU ENSINEI QUE:

Devemos denunciar o pecado, mas também anunciar a esperança que há em CRISTO JESUS.

 

 

CONCLUSÃO

Apesar do atual cenário da sociedade pós-moderna, a Igreja deve continuar firme em Seu propósito pregando o Evangelho que confronta os homens com seus pecados e anunciando a esperança que há em JESUS.