Escrita Lição 5, CPAD, Motim em Família, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 5, CPAD, Motim Em Família

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TEXTO ÁUREO
“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.” (Fp 2.14)
 

VERDADE PRÁTICA
Das murmurações derivam as contendas. Por isso, devemos evitá-las em nossa família.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Sm 15.23 A rebelião é como o pecado de feitiçaria
Terça – 1 Co 10.10 A murmuração faz a família perecer
Quarta – Sl 31.13 A murmuração é o combustível do conluio
Quinta – At 6.1 A murmuração nos primórdios da Igreja
Sexta – Fp 2.14 Fazendo todas as coisas sem murmuração
Sábado – 1 Co 3.3 Paulo repreendeu a inveja entre os irmãos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Números 11.1-7; 12.1-8
Números 11
1 – E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do Senhor; porque o Senhor ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial. 2 – Então o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou. 3 – Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do Senhor se acendera entre eles. 4 – E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e disseram: Quem nos dará carne a comer? 5 - Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. 6 – Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos. 
7 – E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de bdélio. 
Números 12
1 – E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cuxita, que tomara; porquanto tinha tomado a mulher cuxita. 2 – E disseram: Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu. 3 - E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. 4- E logo o SENHOR disse a Moisés, e a Arão, e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três. 5 – Então, o SENHOR desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles saíram ambos. 6 – E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. 7 – Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. 8 - Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?
 
Resumo da Lição 5, CPAD, Motim Em Família
I – A INFLUÊNCIA NEGATIVA DA MURMURAÇÃO
1. Assim nasce um motim.
2. A primeira queixa.
3. A segunda queixa (Nm 11.4-7).
4. A terceira queixa (Nm 12.1-3).
II – O MOTIVO DA REBELIÃO DE MIRIÃ E ARÃO
1. A inveja.
2. O motim familiar promove dissabores e ofensas.
III – MOISÉS: UM HOMEM MANSO E HUMILDE
1. O mais manso que havia na Terra.
2. O fardo de uma liderança.
3. A punição de Miriã e Arão (Nm 12.4-7).
 
 
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ALAVRA-CHAVE - Murmuração
- Murmuração
O quinto pecado citado por Paulo — e o mais cometido pelo povo hebreu ao longo do êxodo — foi o da murmuração: E não murmureis, como também alguns
deles murmuraram e pereceram pelo destruidor (1 Co
10.10). Em razão dessa iniquidade, uma geração inteira pereceu no deserto. Somente os que saíram com idade inferior a 20 anos tiveram o privilégio de adentrar à Terra Prometida, além de Josué e Calebe (Nm 32.11,12), que saíram do Egito com mais idade. Este é o retrato de uma geração inteira que não soube honrar o seu líder, por não ser capaz de entender que ele era um preposto de Jeová para ela. Moisés não fazia escolhas; antes, submetia-se inteiramente à vontade de DEUS. O caminho do Senhor está na tormenta e na tempestade (Na 1.3), mas, apesar disso, ele é perfeito (Sl 18.30).
  
A murmuração, que vem em forma de queixa, é um pecado cometido contra o a provisão de DEUS. É a desconfiança de que Ele não agirá em favor dos Seus (Nm 14.2,36; 16.11,41). (Obs.: Pr. Henrique - MURMURAR - luwn ou לין liyn - resmungar, reclamar, murmurar, fazer resmungar).
 
todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz, não verão a terra de que a seus pais jurei, e até nenhum daqueles que me provocaram a verá. Números 14:22,23
 
SUBSÍDIOS
 
CUXE - PODEMOS IMAGINAR PERFEITAMENTE QUE ZÍPORA POSSUÍA PELE NEGRA DEVIDO A SER PASTORA DE OVELHAS, CARACTERIZANDO ENTÃO A MIRIAM E A ARÃO A POSSIBILIDADE DE TEREM SE COMPORTADO COMO RACISTAS EM RELAÇÃO A ESPOSA DE SEU IRMÃO MOISÉS.
Em algumas épocas também compreendeu uma parte da península árabe ocidental (2 Cr 21.16 e certas inscrições assírias). A tribo Al Amran da Arábia chama a região de Zebid, no Iêmem, pelo nome de Kush.
Dicionário Bíblico Wycliffe
 A referência ao lugar, em Gên. 2:13 e 10:8, é a uma Cuxe asiática (mesopotâmica) anterior, provavelmente pertencente aos cassitas. O termo veio referir-se a uma área mais ampla, correspondente ao que comumente se chama Núbia. A referência talvez seja simplesmente à Arábia, visto que, em II Crônicas 21:16, lemos que os árabes residiam perto dos etíopes, o que talvez seja explicado pelo fato de que entre eles havia somente a estreita língua do mar Vermelho.
Alguns estudiosos afirmam que, na época, a Etiópia não consistia em uma população negra; mas essa contenção esbarra com o significado da própria palavra hebraica, cush, que significa «tez queimada». A questão ainda não foi resolvida definitivamente.
Confusão com os Cuxitas Mesopotânicos. O trecho de Gênesis 2:13 deve ter sido um lugar diferente, mas com o mesmo nome. Moisés teve uma esposa cuxita (Núm. 12:1). Seria ela da Mesopotâmia ou da Etiópia? Dicionario Champlin - CPAD
1. Possivelmente o filho mais velho de Cam, e neto de Noé (Gn 10.6-8). Ele era o pai de vários filhos, ou nações, incluindo Ninrode.
2. O povo e a terra de Cuxe. A palavra é geralmente (Mas não consistentemente) traduzida como Etiópia na versão KJV em inglês. A designação Etiópia não é a melhor tradução, porque este termo não se refere ao estado moderno da Etiópia ou Abissínia. A Cuxe biblica (a egípcia Kosh) circundava o Egito ao sul, a terra de Núbia ou o moderno Sudão. A linha divisora parece ter sido a primeira catarata, na cidade de Sevene, a moderna Assuã (Ez 29,10). A 23a Dinastia Egípcia foi cuxita, e um dos seus reis é mencionado como adversário de Senaqueribe (2 Rs 19.9).
3. Outra terra que se descreve como rodeada pelo rio Giom (Gn 2.13). Visto que este rio corria pela mesma região do Tigre e do Eufrates (Gn 2.10-14), esta terra se localiza a oeste do Irã, e era a terra dos cassitas, um povo poderoso que dominou a Babilônia na época de Moisés. P. C. J. - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
 
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COMENTÁRIOS BEP - CPAD
11.1 QUEIXANDO-SE O POVO. Depois de apenas três dias de viagem (10.33), o povo começou a murmurar e a queixar-se porque as condições não eram excelentes. (1) Quão rapidamente se esqueceram do livramento da escravidão do Egito e dos atos poderosos de DEUS em seu favor! Não quiseram confiar em DEUS e deixar com Ele sua vida e seu futuro. Atraíram assim, contra eles, a ira e o juízo divinos. (2) Nós, como crentes do NT, nunca devemos deixar de agradecer pela morte sacrificial de CRISTO por nós, pela libertação do pecado e pela graciosa provisão divina de orientação e bênção em nossa vida.
11.4 O VULGO... VEIO A TER GRANDE DESEJO. O termo "vulgo" refere-se aos não-israelitas que se juntaram ao povo de Israel, no êxodo (Êx 12.38). Influenciaram Israel a rebelar-se contra DEUS e a desejar os ilusórios prazeres do Egito (v. 5).

12.1 MULHER CUXITA. O casamento de Moisés com uma mulher etíope ("cuxita") não era nem moral nem legalmente errado. A queixa de Miriã e de Arão era um pretexto fingido para encobrir a inveja que nutriam devido à autoridade de Moisés (v. 2).
12.3 MOISÉS... MANSO. Esta referência a Moisés como o homem mais manso da terra é provavelmente uma explanação complementar escrita por Josué após a morte de Moisés. O termo original aqui (hb. ãnãw) significa tanto manso como humilde. A humildade de Moisés consistia em sua confiança em DEUS como Senhor; daí ser ele isento de egoísmo e ambições carnais. Quando sob afronta ou ameaça, Moisés dependia de DEUS e nEle confiava como seu socorro e defesa. As Escrituras afirmam que DEUS se compraz em assistir ao humilde (Sl 22.26; 25.9; 147.6; 149.4; Mt 5.5; 1 Pe 5.6). JESUS, como profeta semelhante a Moisés (At 7.37), foi manso e humilde de coração (Mt 11.29) e entregava-se a DEUS ao ser maltratado (1 Pe 2.23).

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As Queixas dos Israelitas - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Números 11. 1-3
Aqui temos:
I
O pecado do povo. Eles se queixaram, v. 1. Eles eram, de certa forma, queixosos (esta é a anotação na margem de algumas versões da Bíblia Sagrada em inglês). Havia alguns descontentes e rancorosos, entre eles, que, no entanto, não causavam um motim declarado. Mas “quão grande bosque um pequeno fogo incendeia!” Eles haviam recebido de DEUS excelentes leis e ordenanças, e ainda assim, tão logo haviam saído do monte do Senhor, começaram a discutir com o próprio DEUS. Veja nisto: 1. A característica pecaminosa do pecado, que aproveita o mandamento para ser mais provocador. 2. A debilidade da lei segundo a carne, Romanos 8.3. A lei revelou o pecado, mas não o destruiu. Controlou-o, mas não conseguiu destruí-lo. Eles se queixaram. Os intérpretes investigam o motivo pelo qual eles se queixaram. E, na verdade, depois de terem recebido tanto pelo que deveriam agradecer, só se pode imaginar onde encontravam alguma coisa de que se queixar; é provável que aqueles que se queixavam não estivessem todos de acordo, quanto à causa. Alguns, talvez, se queixassem por terem sido removidos do monte Sinai, onde tinham estado descansando por tanto tempo. Outros, porque não tinham partido antes. Alguns reclamavam do clima, outros, do caminho. Alguns, talvez, pensassem que uma jornada de três dias era uma marcha muito longa, outros pensavam que não era suficientemente longa, porque não os levava a Canaã. Quando consideramos como o seu arraial era guiado, guardado, agraciado, as boas provisões que tinham, e a boa companhia, e o cuidado que se tinha com eles nas suas marchas, para que seus pés não se inchassem, nem as suas vestes envelhecessem (Dt 8.4), podemos perguntar: “O que mais poderia ter sido feito por um povo, para deixá-lo confortável?” E ainda assim, eles se queixaram. Observe que aqueles que têm um espírito descontente e irritadiço sempre encontrarão uma ou outra coisa pela qual discutir, embora as circunstâncias da sua condição exterior sejam favoráveis.
II
O justo ressentimento de DEUS pela afronta feita a Ele, por este pecado: “O Senhor ouviu-o” – embora não pareça que Moisés tivesse ouvido. Observe que DEUS conhece as irritações e as queixas secretas do coração, embora sejam habilmente ocultas dos homens. Ele ficou muito descontente com o que soube e a sua ira se acendeu. Observe que embora DEUS graciosamente nos dê permissão para nos queixarmos a Ele, quando existe causa (Sl 142.2), se nos queixarmos a Ele quando não houver motivos, Ele se sentirá, com razão, provocado, e receberá as nossas palavras com indignação. Observe que tal conduta, por parte dos nossos inferiores, também nos provoca.
III
O julgamento com que DEUS os castigou pelo seu pecado: “O fogo do Senhor ardeu entre eles”, relâmpagos de chamas saídos da nuvem, como os que tinham consumido Nabade e Abiú. O fogo da ira deles contra DEUS ardia nas suas mentes (Sl 39.3), e com razão o fogo da ira de DEUS se concentrou nos seus corpos. Nós lemos sobre as queixas do povo diversas vezes, quando eles saíram do Egito, Êxodo 15, 16 e 17. Mas não lemos sobre nenhuma praga que os tivesse atingido pelas suas queixas, como houve agora. Pois agora eles tinham tido a grande experiência do cuidado de DEUS com eles, e por isto perder a confiança nele agora era mais imperdoável. Agora um fogo se acendeu contra Jacó (Sl 78.21), mas para mostrar como DEUS não estava disposto a contender com eles, o fogo consumiu somente os que estavam na “última parte do arraial”. Desta maneira, os julgamentos de DEUS caíram sobre eles gradualmente, para que pudessem aprender.
IV
O clamor do povo a Moisés, o seu experiente intercessor, v. 2. Quando o Senhor matou alguns dos seus, então eles o procuraram, e pediram a Moisés que continuasse seu amigo. Observe: 1. Quando nós nos queixamos sem causa, é justo que DEUS nos dê causa da qual nos queixarmos. 2. Aqueles que desprezam os amigos de DEUS quando estão gozando de prosperidade ficarão felizes de fazê-los seus amigos quando estiverem em aflição. “Abraão, meu pai... manda a Lázaro”.
V
A preponderância da intercessão de Moisés por eles: Quando Moisés orou ao Senhor (ele sempre estava pronto a se expor para afastar a ira de DEUS), DEUS teve respeito por ele e pela sua oferta, e “o fogo se apagou”. Com isto, parece que DEUS não se alegra em punir, pois, depois de ter dado início à sua contenda, logo é convencido a deixá-la de lado. Moisés era um daqueles homens dignos e honoráveis que, pela fé, extinguem a violência do fogo.
VI
Por causa disto, é dado um novo nome a este lugar, para perpetuar a vergonha de um povo queixoso, e a honra do DEUS justo. O lugar passou a se chamar Taberá, um incêndio (v. 3), para que outros pudessem ouvir, temer, e aprender a não pecar como eles, para que não perecessem como eles, 1 Coríntios 10.10.
 
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Números 11. 4-15 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

Estes versículos representam as coisas tristemente desorganizadas e desordenadas em Israel. Tanto o povo quanto o príncipe, perturbados.
I
Aqui o povo está irritado, e falando contra o próprio DEUS (como é interpretado, Salmos 78.19), apesar das suas gloriosas manifestações, para eles e por eles. Observe:
1. Quem eram os criminosos. (1) “O vulgo”, a multidão mesclada, veio a ter grande desejo, v. 4. Este vulgo trata-se da multidão que saiu com eles do Egito, esperando somente a terra da promessa, e não uma situação de provação e experiência no caminho a ela. Eles eram persistentes, e agarraram-se à orla das vestes dos judeus, desejando ir com eles porque não sabiam como viver onde estavam, e estavam dispostos a fazer fortuna (como dizemos) no estrangeiro. Estas eram as ovelhas sarnentas que infectavam o rebanho, o fermento que fermentava toda a massa; Observe que alguns poucos revoltosos, descontentes e de má índole, podem fazer um grande mal às melhores sociedades, se não forem tomadas precauções para detê-los. Pessoas assim são uma geração perversa, da qual é prudente que nos salvemos, Atos 2.40. (2) Somos informados que até mesmo os filhos de Israel foram infectados, v. 4. A santa semente se uniu ao populacho nestas abominações. A multidão mesclada aqui mencionada não tinha sido contada com os filhos de Israel, mas tinha sido deixada de lado, como pessoas às quais DEUS menosprezava. E os filhos de Israel, esquecendo seu próprio caráter e sua própria distinção, juntaram-se a eles e aprenderam os seus caminhos, como se os párias do arraial devessem ser os conselheiros particulares do povo do Senhor. Os filhos de Israel, um povo próximo de DEUS e altamente privilegiado, ainda assim foi atraído à rebelião, contra Ele! Oh! Quão pouca honra DEUS recebe deste mundo, quando até mesmo o povo que Ele formou para si, para louvá-lo, lhe causa tanta desonra! Por isto, que ninguém pense que suas profissões externas de fé e seus privilégios serão a sua segurança, seja contra as tentações de Satanás ao pecado, ou contra os julgamentos de DEUS, pelo pecado. Veja 1 Coríntios 10.1,2,12.
2. Qual foi o crime: Eles desejaram e se queixaram. Embora tivessem sido punidos recentemente por este pecado, e muitos deles tivessem sido destruídos por isto – da mesma maneira como DEUS destruiu Sodoma e Gomorra – ainda assim retornaram a este pecado, mesmo tendo, ainda, o cheiro do fogo em suas narinas. Veja Provérbios 27.22. (1) Eles engrandeceram a abundância e as guloseimas que tinham tido no Egito (v. 5), como se DEUS lhes tivesse feito um grande mal, tirando-os dali. Enquanto estavam no Egito, suspiravam, por causa das suas cargas, pois suas vidas lhes eram amargas com a dura escravidão. No entanto, agora falam do Egito como se tivessem vivido ali como príncipes, quando na verdade isto servia como um disfarce para o seu descontentamento atual. Mas como podem falar de comer peixe de graça no Egito, como se não lhes custasse nada, quando pagavam tão caro por ele, com seu árduo serviço? Eles se lembram dos pepinos, e dos melões, e dos alhos-porós, e das cebolas, e do alho (realmente, alimentos preciosos!), mas não se lembram dos fornos dos tijolos, e dos capatazes, da voz do opressor e da ferida do açoite. Não, estas coisas haviam sido esquecidas por este povo ingrato. (2) Eles estavam cansados da boa provisão que DEUS lhes havia concedido, v. 6. Era maná dos céus, o alimento dos anjos. Para mostrar o quanto a sua queixa era irracional, o alimento está descrito aqui, vv. 7-9. Era alimento agradável aos olhos, cada grão era como uma pérola oriental. Era alimento saudável e nutritivo. Não deveria ser chamado de pão seco, pois tinha o sabor de azeite fresco. Era agradável (dizem os judeus, Sabedoria 16.20) ao paladar de todos, e despertava o apetite. E, embora fosse sempre o mesmo, ainda assim, pelas diferentes maneiras de temperá-lo e prepará-lo, lhes resultava em uma variedade agradável. Não lhes custava dinheiro, nem preocupações, pois caía durante a noite, enquanto dormiam. E o trabalho de recolhê-lo nem merecia ser mencionado. Eles viviam em liberdade e ainda assim eram capazes de falar da vulgaridade do Egito, e do peixe que comiam gratuitamente. E acima de tudo, havia algo que era muito mais valioso que tudo isto: o maná vinha do poder e da generosidade diretos de DEUS, não pela providência comum, mas por um favor especial. Ele era, como a compaixão de DEUS, novo todas as manhãs, sempre fresco, não como o alimento daqueles que vivem em um barco. Enquanto vivessem do maná, pareciam estar isentos daquela maldição que o pecado tinha trazido sobre o homem, de que no suor do seu rosto, comeriam o seu pão. E ainda assim, eles falam do maná com tanto desprezo, como se não fosse suficientemente bom nem para servir de alimento aos porcos: “Nossa alma se seca”. Eles falam como se DEUS os tratasse mal, não lhes fornecendo alimento melhor. No início, eles admiraram o maná (Êx 16.15): “Que é isto?” Que coisa curiosa, e preciosa, é esta! Mas agora o menosprezavam. Observe que as mentes descontentes e raivosas encontrarão defeitos naquilo que não tem defeitos, mas que é bom demais para elas. É uma provocação muito grande para DEUS subestimarmos os seus favores, e encontrar defeitos nas misericórdias comuns que recebemos dele. Nada, além de maná! Aqueles que poderiam ser muito felizes, freqüentemente se tornam muito infelizes por causa de seus descontentamentos. (3) Eles não podiam ficar satisfeitos a menos que tivessem carne para comer. Eles trouxeram rebanhos e gado com eles do Egito, em grande abundância. Mas ou eram ambiciosos, e não podiam encontrar coragem para matá-los, para não diminuir seus rebanhos (eles queriam ter a carne tão barata como tinham o pão, caso contrário não ficariam satisfeitos), ou eram curiosos: a carne de vaca e de carneiro não os satisfaria. Eles precisavam de alguma coisa mais agradável e delicada, como o peixe que comiam no Egito. Não bastava ter alimento. Eles queriam um banquete. Eles tinham se banqueteado com DEUS, através das ofertas pacíficas das quais tinham participado. Mas aparentemente DEUS não tinha uma mesa suficientemente boa para eles. Eles desejavam ter bocados mais deliciosos do que os que vinham ao seu altar. Observe que uma das evidências do domínio da mente carnal pode ser vista no fato de desejarmos ter todos os deleites e satisfações dos sentidos, sim, e levadas às alturas do prazer. “Não cobices os... manjares gostosos”, Provérbios 23.1-3. Se DEUS nos dá um alimento conveniente, nós devemos ser gratos, embora não comamos a gordura e não bebamos as libações. (4) Eles suspeitaram que o poder e a bondade de DEUS eram insuficientes para abastecê-los, e perguntaram: “Quem nos dará carne a comer?”, supondo que DEUS não poderia fazê-lo. Desta maneira, esta pergunta é comentada em Salmos 78.19,20: “Poderá DEUS, porventura, preparar-nos uma mesa no deserto?” – embora Ele lhes tivesse dado carne com o seu pão, uma vez, quando julgou adequado (Êx 16.13), e eles pudessem esperar que Ele o fizesse novamente, e em misericórdia, se, em vez de queixar-se, tivessem orado. Observe que é uma ofensa a DEUS deixar nossos desejos irem além da nossa fé. (5) Eles eram ansiosos e inoportunos nos seus desejos. Eles tiveram um grande desejo (este é o significado do termo no texto original), desejaram enormemente e avidamente, até que choraram de irritação. Os filhos de Israel eram tão infantis e tão caprichosos que choraram porque não tinham o que desejavam ter, e quando o desejavam ter. Eles não ofereceram este desejo a DEUS, pois prefeririam estar em dívida com qualquer outra pessoa, que não Ele. Não devemos nos permitir nenhum desejo que não pudermos, com fé, converter em uma oração. De fato, não podemos orar pedindo carne para satisfazer os nossos apetites desenfreados, Salmos 78.18. Por este pecado, a ira do Senhor acendeu-se enormemente contra eles – o que está escrito como advertência para nós, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram, 1 Coríntios 10.6. (6) A carne é bom alimento, e pode ser comida licitamente. Mas está escrito que cobiçavam coisas más. O que é lícito, por si só, torna-se mau para nós, quando é algo que DEUS não destinou para nós, e ainda assim nós o desejamos ansiosamente.
II
O próprio Moisés, embora tão manso, dócil e bom, mostra-se incomodado nesta ocasião: “Pareceu mal aos olhos de Moisés”. Agora: 1. Deve-se confessar que a provocação era muito grande. Estas queixas refletiam grande desonra contra DEUS, e Moisés foi muito afetado pelas censuras lançadas sobre si. Eles sabiam que ele tinha feito o máximo pelo seu bem, e que não tinha feito, nem podia fazer nada, sem uma recomendação divina. E ainda assim, ser continuamente provocado e solicitado aos gritos por um povo irracional e ingrato, acabaria até mesmo com a paciência do próprio Moisés. DEUS considerou isto, no entanto não vemos que Ele o tenha repreendido pelo seu mal-estar. 2. Mas Moisés se expressou de uma maneira não condizente em resposta a esta provocação, e se esqueceu do seu dever, tanto para com DEUS como para com Israel, nestas censuras. (1) Ele subestima a honra que DEUS lhe tinha conferido, fazendo dele o ilustre ministro do seu poder e da sua graça, na libertação e na orientação daquele povo peculiar – o que poderia ter sido suficiente para equilibrar a carga. (2) Ele se queixa excessivamente com um descontentamento perceptível, e se impressiona demais com um pouco de ruído e fatiga. Se ele não podia suportar o trabalho do governo, que era apenas andar a pé com eles, como poderia suportar os terrores da guerra, que eram contendas a cavalo? Ele podia ter se valido facilmente de considerações suficientes para permitir-se desprezar os clamores do povo, não lhes dando atenção. (3) Ele engrandece as suas próprias realizações, como se todo o peso do povo caísse sobre ele. Ao passo que o próprio DEUS, na verdade, o livrou de todo o peso. Moisés não precisava se preocupar em providenciar alojamentos para o povo, nem alimento. DEUS fazia isto. E, se algum caso difícil acontecesse, ele não precisava ficar confuso, pois tinha o oráculo para consultar, e nele a sabedoria divina para orientá-lo, a autoridade divina para apoiá-lo e sustentá-lo, e o poder todo-poderoso para repartir recompensas e punições. (4) Ele não é tão sensível como deveria ser à obrigação sob a qual estava, em virtude da comissão divina e do mandamento divino, de fazer o máximo que pudesse pelo seu povo, quando sugere que por não serem seus filhos carnais, ele não se interessava em ter um cuidado paternal por eles, embora o próprio DEUS, que podia empregá-lo como desejasse, o tivesse nomeado para ser um pai para eles. (5) Ele pressupõe uma responsabilidade excessiva sobre si, quando pergunta: “Donde teria eu carne para dar a todo este povo?” (v. 13), como se ele – e não DEUS – fosse o administrador da casa. Moisés não lhes deu o pão, João 6.32. Nem se esperava que ele lhes desse a carne, exceto como um instrumento nas mãos de DEUS. E, se ele quisesse dizer, Donde teria DEUS carne para dar a todo este povo?, ele estaria limitando enormemente o poder do SANTO de Israel. (6) Ele fala da graça divina de uma maneira pouco confiante, quando se julga incapaz de conduzir todo este povo, v. 14. Mesmo que o trabalho tivesse sido muito menor, ele não poderia tê-lo realizado pelas suas próprias forças. Porém ainda que tivesse sido muito maior, com DEUS dando-lhe forças, ele poderia tê-lo feito. (7) O pior de tudo era desejar apaixonadamente a morte, e desejar descontroladamente morrer, somente porque nesta ocasião a sua vida ficou um pouco desconfortável, v. 15. Este é Moisés? Este é o mais manso de todos os homens da terra? Os melhores homens têm suas fraquezas e às vezes fracassam no exercício daquela graça pela qual são mais eminentes. Mas DEUS graciosamente não deu atenção à paixão de Moisés nesta ocasião, e por isto não devemos ser severos nas nossas censuras a ela, mas orar: Senhor, não nos deixe cair em tentação.
 
 
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As Reclamações de Miriã e Arão - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Números 12. 1-3
Aqui temos:
I
O inconveniente aborrecimento de Arão e Miriã: Eles falaram contra Moisés, v. 1. Se Moisés, que tinha recebido tanta honra de DEUS, ainda recebia tanto desprezo e tantas ofensas dos homens, algum de nós julgaria estas provas estranhas ou difíceis, e se sentiria provocado ou desencorajado por elas? Mas quem teria imaginado que este distúrbio seria criado a Moisés: 1. Por aqueles que eram sérios e bons. Na verdade, que eram eminentes na religião, sendo Miriã uma profetisa, e Arão o sumo sacerdote, ambos encarregados, juntamente com Moisés, da libertação de Israel? Miquéias 6.4: “Pus diante de ti a Moisés, Arão e Miriã”. 2. Por aqueles que eram seus parentes mais próximos, seu próprio irmão e sua própria irmã, que brilhavam tanto, com raios tomados emprestados dele? Assim se queixa a esposa (Ct 1.6): “Os filhos de minha mãe se indignaram contra mim”. E as brigas entre parentes são particularmente dolorosas. “O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte”. Mas isto ajuda a confirmar o chamado de Moisés, e mostra que a sua promoção se dava puramente pelo favor divino, e não por algum pacto ou conspiração com seus parentes, que protestavam pelo seu progresso. Muitos dos parentes do nosso Salvador também não creram nele, João 7.5. Aparentemente, Miriã iniciou a briga, e Arão, não tendo participado nem sido consultado na escolha dos setenta anciãos, estava, naquela ocasião, um pouco desgostoso, e assim foi mais rapidamente atraído a tomar o partido de sua irmã. É entristecedor ver a mão de Arão em tamanha transgressão, mas isto mostra que a lei fez sacerdotes de homens que tinham fraquezas. Satanás prevaleceu primeiro contra Eva e, por seu intermédio, contra Adão – veja a necessidade que temos de tomar cuidado para não sermos atraídos a contendas pelos nossos parentes, pois não sabemos “quão grande bosque um pequeno fogo incendeia”. Arão deveria ter se lembrado de como Moisés permaneceu seu amigo quando DEUS estava irado com ele, por ter feito o bezerro de ouro (Dt 9.20), e não ter retribuído o bem com o mal. Eles discutiram com Moisés, por duas coisas: (1) Sobre o seu casamento. Alguns acreditam tratar-se de um casamento recente, com uma cuxita, ou árabe. Outros julgam tratar-se de Zípora, que nesta ocasião, chamaram, em tom de zombaria, de mulher etíope, e que, insinuavam, tinha tido uma influência excessiva sobre Moisés na escolha dos setenta anciãos. Talvez houvesse alguma desavença particular entre Zípora e Miriã, o que teria ocasionado algumas palavras acaloradas, e um processo em que uma acusação irritada iniciasse outra, até que Moisés e Arão se interessaram. (2) Sobre o seu governo. Não pela sua má administração, mas pela monopolização (v. 2): “Porventura, falou o Senhor somente por Moisés?” Deverá ele, sozinho, fazer a escolha das pessoas sobre quem deverá vir o espírito da profecia? Não falou DEUS também por nós? Nós não poderíamos, também, ter participado daquela escolha, e promovido a nossos amigos, como Moisés aos seus? Eles não podiam negar que DEUS tinha falado por Moisés, mas era claro que, às vezes, também tinha falado por eles. E o que eles desejavam era se tornarem iguais a Moisés, embora DEUS o tivesse distinguido de muitas maneiras. Observe que lutar para ser o maior é um pecado que facilmente importuna aos próprios discípulos, e é tremendamente pecaminoso. Mesmo aqueles que têm boas posições raramente ficam satisfeitos se outros conseguem posições melhores. Aqueles que se distinguem normalmente são invejados.
II
A maravilhosa paciência de Moisés, sob esta provocação. “O Senhor o ouviu” (v. 2), mas o próprio Moisés não deu atenção a isto, pois era muito manso, v. 3. Ele tinha muita razão para se ressentir da afronta. Ela era mal intencionada e inoportuna, em um momento em que o povo se dispunha a um motim, e tinha recentemente lhe causado muita irritação com suas queixas, e isto podia irromper novamente quando encabeçado e estimulado por Arão e Miriã. Mas ele, como surdo, não ouvia. Quando a honra de DEUS estava em questão, como no caso do bezerro de ouro, ninguém era mais zeloso que Moisés. Mas, quando a sua própria honra era atacada, não havia homem mais manso. Corajoso como um leão na causa de DEUS, mas doce como uma ovelha em sua própria causa. O povo de DEUS são “os mansos da terra” (Sf 2.3), mas alguns são mais notáveis que outros, por esta graça, como Moisés, que assim se adequava ao trabalho ao qual fora chamado, que exigia toda a mansidão que ele tinha, e às vezes, ainda mais. E às vezes a aspereza dos nossos amigos é uma prova maior para nossa mansidão do que a maldade dos nossos inimigos. O próprio Senhor JESUS CRISTO recorda a sua própria mansidão (Mt 11.29: “sou manso e humilde de coração”). A mansidão que CRISTO estabeleceu era imaculada. Mas a de Moisés, não o era.
Números 12. 4-9
Moisés não se ressentiu pela ofensa que lhe foi feita, nem se queixou a DEUS, nem fez nenhum apelo a Ele. Mas DEUS se ressentiu. Ele ouve tudo o que nós dizemos, em nosso entusiasmo, e é uma rápida testemunha das nossas palavras impensadas – o que é um motivo pelo qual nós devemos, resolutamente, refrear nossas línguas, para não falarmos mal de outros, e também pelo qual devemos pacientemente fechar os ouvidos e não prestar atenção se outros falarem mal de nós. “Eu, como surdo, não ouvia… Porque... tu, Senhor, meu DEUS, me ouvirás”, Salmos 38.13-15. Quanto mais silenciosos estivermos na nossa própria causa, mais DEUS estará engajado em defendê-la. O inocente acusado precisa dizer pouca coisa, se souber que o próprio juiz será seu advogado.
I
O caso é chamado à corte, e as partes são convocadas imediatamente a comparecerem à porta do Tabernáculo, v. 5. Moisés tinha freqüentemente se mostrado zeloso pela honra de DEUS, e agora DEUS se mostrava zeloso pela reputação de Moisés. Pois àqueles que honram a DEUS, DEUS irá honrar, e Ele não estará atrasado para ninguém que compareça diante dele. Os juízes da antiguidade assentavam-se à porta da cidade, para julgar. E da mesma forma, nesta ocasião, a Shekiná, na nuvem de glória, ficou à porta do Tabernáculo, e Arão e Miriã, os infratores, foram convocados ao tribunal.
II
Arão e Miriã deveriam saber que, por mais grandiosos que fossem, não deveriam pretender igualar-se a Moisés, nem rivalizá-lo, vv. 6-8. Eram eles profetas do Senhor? De Moisés, podia-se dizer verdadeiramente, Ele é um grande profeta. 1. É verdade que DEUS conferia uma grande honra aos profetas. No entanto, os homens zombavam deles, e os maltratavam, eles eram os favoritos do céu, e amigos do céu. DEUS se fazia conhecer a eles, fosse por sonhos, quando estavam dormindo, ou por visões, quando estavam acordados. E, por intermédio deles, o precioso Senhor se fazia conhecer a outros. E são bem-aventurados, são grandiosos, verdadeiramente grandiosos, verdadeiramente felizes, aqueles a quem DEUS se dá a conhecer. Agora, alguns pensam que Ele não mais o faça por meio de sonhos e visões, como antigamente, mas apenas pelo ESPÍRITO de sabedoria e revelação, que dá a conhecer a criancinhas as coisas que os profetas e os reis desejavam conhecer, e não podiam. Conseqüentemente, nos últimos dias, que são os dias do Messias, está escrito que os filhos e filhas irão profetizar (Jl 2.28), porque estarão mais familiarizados com os mistérios do reino da graça do que os próprios profetas jamais estiveram. Veja Hebreus 1.1,2. 2. Mas a honra conferida a Moisés era muito maior (v. 7): “Não é assim com o meu servo Moisés”, pois ele é melhor que todos eles. Para recompensar Moisés pela sua tolerância mansa e paciente às ofensas que Miriã e Arão lhe fizeram, DEUS não somente o justificou, mas o elogiou. E aproveitou esta oportunidade para fazer-lhe um elogio que permanece registrado para sua honra imortal. E assim também aqueles que são insultados e perseguidos por causa da justiça terão um grande galardão no céu, CRISTO os confessará diante de seu Pai e dos santos anjos. (1) Moisés era um homem de grande integridade, cuja fidelidade foi posta à prova. Ele “fiel em toda a minha casa”. Isto é colocado em primeiro lugar nas suas características, porque a graça se destaca acima dos dons. O amor, acima do conhecimento. E a sinceridade na obra de DEUS confere uma honra maior ao homem, e o recomenda ao favor divino, mais do que o aprendizado, as especulações de difícil compreensão, e a capacidade de falar em línguas. Esta era aquela característica de Moisés que o apóstolo menciona quando desejava mostrar que CRISTO era maior que Moisés, sugerindo que Ele o foi neste exemplo principal da sua grandeza. Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, mas CRISTO, como Filho, Hebreus 2.2,5,6. DEUS confiava em Moisés para transmitir a sua vontade em todas as coisas a Israel. Israel confiava nele, para tratar, por seu intermédio, com DEUS. E ele era fiel a ambos. Ele dizia e fazia tudo na administração daquela grande missão como convinha a um homem bom e honesto, que não desejava nada além da honra de DEUS e do bem-estar de Israel. (2) Moisés foi, portanto, honrado com as revelações mais claras da vontade de DEUS, e uma comunhão mais íntima com DEUS, do que qualquer outro profeta. Ele: [1] Ouve mais de DEUS do que qualquer outro profeta, mais claramente e distintamente: “Boca a boca falo com ele”, ou face a face (Êx 30.11), como um homem fala com seu amigo, com quem ele conversa com liberdade e familiaridade, e sem nenhuma confusão ou consternação, como às vezes acontecia com outros profetas. Como Ezequiel, e o próprio João, quando DEUS falou com ele. Por intermédio dos outros profetas, DEUS enviava ao seu povo repreensões e predições do bem ou do mal, que eram transmitidas, de maneira suficientemente adequada, em palavras, exemplos e tipos sombrios, e em parábolas. Mas por meio de Moisés, Ele deu leis ao seu povo, e a instituição de santas ordenanças, que, de nenhuma maneira, poderiam ser transmitidas por palavras sombrias, mas deveriam ser expressas da maneira mais clara e inteligível. [2] Ele via mais de DEUS do que qualquer outro profeta: Ele via a semelhança do Senhor, como viu em Horebe, quando DEUS proclamou seu nome diante de si. Mas ele via somente a semelhança do Senhor. Os anjos e os santos glorificados sempre contemplam a face do nosso Pai. Moisés tinha o espírito de profecia de uma maneira peculiar a si mesmo, e que o colocava muito acima de todos os outros profetas. Ainda assim, aquele que é o menor no reino do céu é maior do que ele. O nosso Senhor JESUS o supera muito mais, infinitamente, Hebreus 3.1ss.
Agora, Miriã e Arão consideraram a quem insultaram: “Não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?” Como ousam maltratar qualquer dos meus servos, especialmente um servo como Moisés, que é amigo, confidente, e administrador da casa? Como ousam falar de modo a entristecer e censurar aquele sobre o qual DEUS tinha tanto a elogiar? Eles não podiam esperar que DEUS se ressentisse e tomasse isto como uma ofensa a si mesmo? Observe que nós temos razões para ter medo de dizer ou fazer qualquer coisa contra os servos de DEUS. Correremos riscos se o fizermos, pois DEUS irá defender a causa deles, e considerará aquilo que os fere, como ferindo a menina dos seus olhos. É perigoso ofender aos pequeninos de DEUS, Mateus 18.6. São verdadeiramente insolentes aqueles que não receiam blasfemar das autoridades, 2 Pedro 2.10.
III
DEUS, tendo assim lhes mostrado a tolice com que tinham agido, e que eram culpados, a seguir lhes mostra o seu desagrado (v. 9): “A ira do Senhor contra eles se acendeu”, o que talvez fosse indicado visivelmente, por alguma mudança na cor do céu, ou por alguns relâmpagos que dele saíssem. Mas na verdade, era suficiente indicação do seu desagrado o fato de que Ele partisse, e não desejasse ouvir suas desculpas, pois Ele não precisava disto, compreendendo seus pensamentos à distância. E assim Ele desejava mostrar que estava contrariado. Observe que a partida da presença de DEUS do nosso meio é o sinal mais certo e mais triste do desagrado de DEUS conosco. Ai de nós, se Ele partir. E Ele nunca parte, até que nós, pelos nossos pecados e tolices, o afastamos de nós.
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Miriã É Acometida de Lepra - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Números 12. 10-16
Aqui temos:
I
O julgamento de DEUS sobre Miriã (v. 10): “E a nuvem se desviou de sobre a tenda – como sinal do desagrado de DEUS – e eis que Miriã era leprosa”. Quando DEUS parte, o mal chega. Não espere nada de bom, quando DEUS partir. A lepra era uma doença que freqüentemente era infligida diretamente pela mão de DEUS, como punição por algum pecado em particular, como sobre Geazi, por mentir, sobre Uzias por usurpar a função do sacerdote, e aqui, sobre Miriã, por criticar e provocar o mal entre parentes. A praga da lepra, provavelmente, apareceu no seu rosto, de modo que pareceu a todos os que a viam que ela tinha sido acometida desta doença, com o pior sintoma. Ela estava leprosa, branca como a neve. Não somente muito branca, mas também muito flácida. A sua carne, dantes firme, estava perdendo a sua consistência, como algo podre. A língua nojenta (diz o bispo Hall) é, com razão, punida com um rosto nojento, e a sua loucura, em pretender ser rival de Moisés, fica evidente a todos os homens, pois todos os homens vêem o rosto de Moisés glorioso, e o de Miriã, leproso. Enquanto Moisés precisa de um véu para ocultar a sua glória, Miriã precisa de um para ocultar a sua vergonha. Observe que aqueles males que de alguma maneira nos deformam devem ser interpretados como uma repreensão ao nosso orgulho, e devem ser utilizados para cura de tal orgulho – e sob tais providências humilhantes nós devemos ser muito humildes. Se a carne estiver mortificada, e ainda assim os desejos da carne permanecerem inalterados, este será um sinal de que o coração está realmente endurecido. Aparentemente, esta praga sobre Miriã pretendia ser uma exposição da lei a respeito da lepra (Lv 13), pois ela é mencionada na repetição daquela lei, Deuteronômio 24.8,9. Miriã foi acometida com a lepra, mas não Arão, porque ela foi a primeira na transgressão, e DEUS faz diferença entre aqueles que se desviam e aqueles que são desviados. Embora o ofício de Arão não o salvasse do desagrado de DEUS, este ajudou a protegê-lo deste sinal do desagrado do Senhor. Ele teria sido impedido de ministrar por algum tempo (não havendo outros sacerdotes, exceto ele mesmo e seus dois filhos). Arão só poderia ser poupado com muita dificuldade, porém o seu ministério seria afetado. Esta teria sido uma mancha eterna sobre a sua família. Arão, como sacerdote, deveria ser o juiz da lepra. E o fato de exercer a sua função nesta ocasião, quando olhou para Miriã, e viu que ela estava leprosa, foi uma mortificação suficiente para ele. Ele foi golpeado, ao lado dela, e não pôde declará-la leprosa, sem enrubescer e tremer, sabendo que era igualmente odioso. Este julgamento sobre Miriã pode ser aproveitado por nós como um aviso para que tomemos cuidado para que não venhamos a ofender o nosso Senhor JESUS, de maneira alguma. Se Miriã foi assim castigada por falar contra Moisés, o que acontecerá com aqueles que pecarem contra CRISTO?
II
A conseqüente submissão de Arão (vv. 11,12): Ele se humilha diante de Moisés, confessa seu erro e pede perdão. Aquele que há pouco havia se unido com sua irmã, falando contra Moisés, aqui é forçado, por si mesmo e por sua irmã, a dirigir-se a ele de forma penitente, e exaltar ao máximo (como se tivesse o poder de DEUS, de perdoar e curar) àquele a quem ele tinha, tão recentemente, caluniado. Observe que aqueles que maltratam os santos servos de DEUS irão, um dia, se contentar em fazer-lhes a corte, em última hipótese, no outro mundo, como as virgens loucas fizeram a corte às prudentes, por um pouco de azeite, e o homem rico a Lázaro, por um pouco de água. E talvez também neste mundo, como o amigo de Jó, que procurou lhe agradar por causa das suas orações, e aqui, Arão a Moisés. Apocalipse 3.9. Na sua submissão: 1. Ele confessa o seu pecado e o de sua irmã, v. 11. Ele se dirige respeitosamente a Moisés, de quem tinha falado desrespeitosamente, chama-o de “Senhor meu”, e agora transfere a crítica a si mesmo, falando como alguém que está envergonhado do que tinha dito: Nós pecamos, e o fizemos loucamente. Pecam, e o fazem loucamente, aqueles que difamam e falam mal de alguém, especialmente de pessoas boas e de autoridades. Arrepender-se é voltar atrás naquilo que foi dito de maneira indevida, naquilo que seria melhor que não tivesse sido dito. É melhor nos arrependermos do que sermos destruídos pelas nossas palavras. 2. Arão implora o perdão de Moisés: “Não ponhas sobre nós este pecado”. Arão deveria trazer a sua oferta ao altar, mas, sabendo que seu irmão tinha algo contra ele, ele, mais que qualquer homem, estava preocupado em reconciliar-se com seu irmão para que pudesse estar qualificado a fazer a sua oferta. Alguns pensam que esta rápida submissão que DEUS o viu pronto a fazer foi o que evitou que ele fosse atingido pela lepra, como a sua irmã. 3. Ele recomenda a deplorável condição de sua irmã à piedosa consideração de Moisés (v. 12): “Não seja ela como um morto”, isto é: “Que não permaneça tão separada da convivência conosco, contaminando tudo o que tocar, e até mesmo apodrecendo sobre o solo, como um morto”. Eloqüentemente ele descreve a infelicidade do caso de Miriã, para despertar a piedade de Moisés.
III
A intercessão feita por Moisés a favor de Miriã (v. 13): Ele clamou ao Senhor, em voz alta, porque a nuvem, o símbolo da sua presença, tinha se desviado de sobre a tenda e estava a alguma distância, e para expressar o seu fervor neste pedido: “Ó DEUS, rogo-te que a cures”. Com isto, ele mostrou que sinceramente perdoava a ofensa que ela lhe tinha feito, que não a tinha acusado diante de DEUS, e não tinha pedido justiça contra ela. Tão longe disto que, quando DEUS, com consideração pela sua honra, a tinha castigado pela sua insolência, ele foi o primeiro a pedir a reversão do castigo. Com este exemplo, aprendemos a orar por aqueles que nos maltratam maldosamente e a não nos alegrarmos com a punição mais justa, imposta por DEUS ou pelos homens, sobre aqueles que nos ofenderam. A mão seca de Jeroboão foi restaurada por um pedido especial feito pelo profeta contra quem ela tinha se estendido, 1 Reis 13.6. Da mesma maneira, aqui Miriã foi curada pela oração de Moisés, a quem ela tinha ofendido, como Abimeleque, pela oração de Abraão, Gênesis 20.17. Moisés poderia ter ficado à distância, e dito: “Ela teve o que mereceu. Que da próxima vez aprenda a controlar melhor a sua língua”. Mas, não contente em dizer que não tinha orado para que Miriã recebesse o julgamento, ele ora fervorosamente pela sua remoção. E nós devemos nos empenhar para seguir este padrão de Moisés, e o do nosso Salvador: “Pai, perdoa-lhes”.
IV
A solução desta questão, de modo que a misericórdia e a justiça se unissem. 1. A misericórdia ocorre, de modo que Miriã é curada. Moisés a perdoa, e DEUS também o faz. Veja 2 Coríntios 2.10. Mas: 2. A justiça ocorre, de modo que Miriã será humilhada (v. 14): “Esteja fechada sete dias fora do arraial”. Para que ela mesma perceba o seu erro e se arrependa dele, e para que a sua punição possa ser mais pública e toda Israel possa tomar conhecimento dela, e com ela tomar cuidado para não fazer motins. Se Miriã, a profetisa, sofreu tais sinais de humilhação por uma palavra impensada dita contra Moisés, o que podemos nós esperar, por nossas queixas? “Se ao madeiro verde fazem isso, que se fará ao seco?” Veja como as pessoas são humilhadas e diminuídas pelo pecado, manchando a sua glória e lançando a sua honra ao pó. Quando Miriã louvou a DEUS, nós a vemos liderando a congregação, como um dos seus mais brilhantes ornamentos, Êxodo 15.20. Agora que ela contendeu com DEUS, nós a encontramos expulsa como a imundície e a escória da congregação. Foi dada a razão pela qual ela seria expulsa do arraial durante sete dias: porque assim Miriã deveria aceitar a punição pela sua iniqüidade. Se o seu pai, o seu pai terreno, tivesse cuspido no seu rosto (um gesto terrível que nós cristãos jamais devemos fazer), indicando assim o seu desagrado com ela, ela não teria ficado tão perturbada e preocupada com as suas atitudes? Ela não ficaria entristecida por ter merecido algum tipo de correção, a ponto de se isolar por algum tempo, e não comparecer à presença do pai? Ela não evitaria mostrar o seu rosto à família, envergonhada pela sua própria tolice e infelicidade? Se nós devemos uma reverência como esta aos nossos pais segundo a carne quando nos punem, muito mais devemos nos humilhar sob a poderosa mão do Pai dos espíritos, Hebreus 12.9. Observe que quando estamos sob os sinais do desagrado de DEUS pelo pecado, é adequado que nos envergonhemos, e que permaneçamos nesta vergonha, reconhecendo que devemos expressar, em nosso rosto, a nossa confusão. Se, pela nossa culpa e tolice, nós nos expusermos à censura e ao desprezo dos homens, às justas censuras da igreja, ou às reprovações da Providência divina, devemos confessar que o nosso Pai, com razão, demonstra a sua decepção para conosco, e devemos nos envergonhar.
V
O obstáculo que isto representou à marcha do povo: “O povo não partiu, até que recolheram a Miriã”, v. 15. DEUS não removeu a nuvem, e por isto eles não moveram o arraial. Isto pretendia ser: 1. Uma repreensão ao povo, que estava consciente de ter pecado à semelhança do pecado de Miriã, falando contra Moisés. Portanto, à distância eles compartilhariam do seu castigo, porque ele retardaria a sua marcha rumo a Canaã. Muitas coisas se opõem a nós, mas nada nos é um obstáculo no caminho para o céu como o pecado. 2. Um sinal de respeito a Miriã. Se o arraial tivesse partido durante os dias da sua suspensão, o seu problema e a sua vergonha teriam sido maiores. Por isto, em compaixão a ela, eles permaneceram ali, até que a sua excomunhão tivesse sido removida, e ela tivesse sido aceita outra vez, provavelmente com as cerimônias usuais para a purificação de leprosos. Observe que aqueles que estão sob censura e repreensão, por causa do pecado, devem ser tratados com grande ternura, e não devem ser sobrecarregados, não com a vergonha que merecem, nem ser considerados como inimigos (2 Ts 3.15). Mas devem ser perdoados e consolados, 2 Coríntios 2.7. Os pecadores devem ser excluídos com tristeza, e os penitentes devem ser recebidos com alegria. Quando Miriã foi perdoada, e readmitida, o povo prosseguiu para o deserto de Parã, que ia até a fronteira sul de Canaã. E para lá teriam sido removidos, se não tivessem colocado uma barreira no seu próprio caminho.
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Comentário - NVI (FFBruce)
2)    Taberá (11.1-3) O povo se queixou das dificuldades (v. 1), provavelmente em virtude dos problemas e privações da caminhada (cf. v. 4-6 e 21.4). O texto não nos informa a origem do fogo (v. 1). A linguagem é menos definida do que em Lv 10.2, mas, independentemente de onde veio, o fogo era do Senhor. Consumiu algumas extremidades do acampamento, mas não há menção de que alguém tenha sido morto. Era um sinal da ira santa de DEUS e diminuiu e se apagou como resultado da intercessão de Moisés. O lugar ficou conhecido como Taberá ou “queimada” (cf. Dt 9.22). Taberá não foi incluída entre as etapas no cap. 33. Mas não íiá sugestão de mudança de Taberá para Quibrote-Hataavá entre os v. 3 e 4. Alguns estudiosos têm observado que as sentenças e punições de DEUS após a entrega da Lei são mais severas do que antes (cf. Êx 14.11-14; 15.24,25; 16.2-8; 17.3-7). Acerca de um registro dos juízos de DEUS, cf. SL 106.
3)    A reclamação por carne (11.4-6)
O bando ou “multidão mista” (RV; cf. Êx 12.38) encheu-se de gula (cf. SL 78.29ss;
106.14). Os israelitas tornaram a queixar-se; cf. Êx 16.2,3, em que, no entanto, o lamento não é citado, carne pode incluir peixe (cf. v. 5 e Lv 11.11). Egípcios pobres e outros escravos estrangeiros associaram-se aos israelitas. Afirmavam ter comido peixes [...] de graça no
Egito. “A quantidade de peixes no Egito era um grande benefício para a classe pobre [...]. Os canais, charcos e tanques nas regiões baixas continuavam fartos em peixes mesmo depois de cessarem as inundações [do Nilo]” (Wilkinson, citado no ICC, p. 103). As melancias têm sido cultivadas no Egito desde os tempos mais primitivos. Heródoto menciona cebolas e alhos porás como comida comum dos trabalhadores das pirâmides. Ele também menciona o alho. “Fica claro, portanto, que aqui temos um retrato muito vívido e verdadeiro da vida egípcia e, em particular, da vida da classe mais pobre” {ICC, p. 104). Mas eles se queixam que agora perderam o apetite (NEB: “as nossas gargantas estão ressecadas”) e para todo lado que olham só vêem este maná (cf. 21.5; SL 22.15; 102.4). Alguns estudiosos têm argumentado que o povo tinha gado em grande quantidade (cf. Êx 12.38), mas eram necessários muitos animais para os sacrifícios e não teriam durado muito tempo se tivessem sido abatidos indiscriminadamente. Naquele contexto de deserto, certamente o número de animais já havia diminuído muito.
4)    O maná (11.7-9)
Cf. Êx 16.14ss. Em Êx 16.14, é dito que o maná era como “flocos finos semelhantes a geada”, mas, depois de recolhido, era “branco como semente de coentro” (Ex 16.31). Aqui também ele é comparado à semente de coentro (v. 7), com o acréscimo de que tinha aparência de resina (cf. Gn 2.12 na BJ, que coloca na nota de rodapé, para elucidar “bdélio”, no texto: “goma-resina aromática”). Depois de preparado, tinha gosto de bolo amassado com azeite de oliva (v. 8). Em Ex 16.31, o seu gosto era de “bolo de mel”. Acerca de todo o assunto do maná, inclusive a sua aplicação espiritual, cf. Patrick Fairbairn, The Typology of Scripture (1854), v. 2, p. 56ss. Nenhuma explicação naturalista do maná faz justiça às descrições da Bíblia.
5)    A queixa de Moisés (11.10-15)
A lamentação entre o povo foi geral e desavergonhada (cf. Zc 12.12), provocando a ira de DEUS (v. 10), que aparentemente só estourou no v. 33. isso pareceu mal a Moisés (NTLH: “ficou aborrecido”) “em parte por causa da grande falta de gratidão, em parte por ver o castigo terrível que viria sobre o povo e, em parte, ainda, por causa do seu próprio fardo expresso nos versículos seguintes” (M. Poole).
Moisés se queixa de que DEUS põe o fardo do povo sobre ele. Eles não eram seus filhos para que tivesse de conduzi-los à terra prometida ou encontrar comida para eles ou carregá-los sozinho (v. 10-14). E verdade que outros haviam sido escolhidos para carregar o fardo junto com ele, mas isso se referia somente a questões menores (cf. Ex 18.17-27). A queixa de Moisés certamente era infundada, mas não devemos condená-lo por ter lançado “as suas preocupações ao Senhor” (SL 55.22), pois estava debaixo de grande pressão. E digno de observação aqui, no entanto, que a linguagem tem todas as marcas da genuinidade, pois um escritor posterior dificilmente teria atribuído essas palavras a Moisés. Moisés argumenta (v. 12) que não é a mãe de Israel. Por que agora deveria fazer o papel de amai M. Noth diz que, apesar da forma masculina, “ama” aqui deve ter um sentido feminino. Uma pequena mudança de letras da palavra daria “mãe adotiva”. Por outro lado, a VA, a RV e o ICC trazem “pai adotivo”. Cf. Dt 1.31; At 13.18 (RVmg); Is 40.11; 49.22,23. A idéia então seria que Israel era o filho de DEUS (cf. Êx 4.22,23; Dt 32.18; Os 11.1), e por isso ele é de fato o pai adotivo. As duas perguntas que Moisés faz favorecem o feminino, v. 13. Onde conseguirei carne...?', se Moisés parece ter esquecido que “O Senhor Proverá” (cf. Gn
22.14), precisamos lembrar que ele está totalmente desesperado, e parece que DEUS não está fazendo nada. Finalmente, como outros grandes servos de DEUS, ele ora pedindo para morrer (cf. lRs 19.4; Jn 4.1-3).
6) As setenta autoridades (11.16,17)
Moisés deve escolher setenta autoridades de Israel para ajudá-lo a carregar o fardo que é o povo (cf. Êx3.16; 5.6; 12.21; 24.1,9; Lv4.15).
As autoridades eram os líderes dentre os quais setenta seriam escolhidos. Os judeus atribuíram a origem do Sinédrio a esses 70, mas esse é um exemplo típico de fantasia rabínica. Não devemos confundir esses homens com os “homens capazes, tementes a DEUS, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto”, de Êx 18.21-26, chamados para ajudar Moisés na resolução de questões do povo, que certamente eram em número muito maior. Eles receberiam do ESPÍRITO que estava sobre Moisés (v. 17). São os dons e o poder do ESPÍRITO que estão em jogo aqui, e não a sua pessoa. Isso não significa que Moisés ficou com uma porção menor do ESPÍRITO depois disso.
7)    A promessa de carne (11.18-23)
O povo deveria comer carne por um mês
até que lhes saísse pelo nari% e tivessem nojo dela (v. 19,20). v. 18. Consagrem-se para amanhã-. eles devem “preparar-se por meio de rituais de purificação para a revelação da glória de DEUS no presente miraculoso da carne” (Keil). Cf. Êx 19.10,15; Js 3.5.
Não deveriam comer carne apenas um dia (v. 19), como no ano anterior (cf. Ex 16.13), mas durante um mês inteiro (v. 20). Mas Moisés não conseguiu crer nisso. v. 22. Será que haveria o suficiente para eles se todos os rebanhos fossem abatidos?-, não somente os rebanhos de Israel (cf. Ex 10.9). Será que haveria o suficiente para eles se todos os peixes do mar fossem apanhados?-. a linguagem obviamente é hiperbólica, mas o Senhor o lembra de que o poder do Senhor não está limitado (v. 23; cf. Is 59.1). Seiscentos mil do v. 21 é um número arredondado (cf. 1.46; Êx 12.37).
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A queixa de Miriã e Arão (12.1-16) - Comentário - NVI (FFBruce)
a) A natureza de sua queixa (12.1,2) Miriã e Arão criticaram Moisés em virtude de seu casamento com uma mulher etíope (ou “cuxita”). Que essa não era, no entanto, a reclamação principal fica evidente no versículo seguinte e no fato de que o Senhor a ignorou na sua defesa de Moisés (v. 6-8).
Miriã foi obviamente a instigadora, pois o seu nome vem primeiro (v. 1). Além disso, a seqüência da primeira frase do v. 1 no hebraico é: “Disse Miriã e Arão...”. “Disse” é conjugado na forma feminina da terceira pessoa do singular do verbo (algo que não existe em português), e o castigo veio somente sobre ela (v. 10). Arão foi evidentemente influenciado e conduzido ao engano pela sua irmã, como já havia acontecido com ele em relação ao povo (cf. Êx 32). O nome “Cuxe” é associado ao norte da Arábia (cf. “Cuchã” em Hc 3.7), por isso é bem possível que Zípora estivesse na mira aqui. Visto que esse era apenas o pretexto, não há razões para deduzirmos que se refere a um casamento recente. Em vista do silêncio do texto bíblico, não é sábio tirar conclusões precipitadas.
O v. 2, no entanto, evidencia a verdadeira razão da queixa. Miriã era profetisa (cf. Êx
15.20), e Arão, como sumo sacerdote, estava autorizado a usar o Urim e o Tumim por meio dos quais podia descobrir a vontade de DEUS para o povo (cf. Êx 28.30), mas, no capítulo anterior, por meio da nomeação das 70 autoridades, estava evidente que Moisés era considerado o canal central da autoridade divina; assim, Miriã e Arão afirmam a sua igualdade (cf. Mq 6.4).
b)    A paciência de Moisés (12.3)
Que Moisés falasse de Sl mesmo como do homem muito paciente,' mais do que qualquer outro que havia na terra (v. 3) tem causado estranheza a muitas pessoas. Alguns eruditos têm explicado isso como a objetividade de um homem inspirado, mas parece mais natural pressupor que é um acréscimo inspirado ao texto, como a descrição da morte de Moisés em Dt 34. É por isso que a versão inglesa (NIV) coloca o versículo entre parênteses. Provavelmente isso é dito de Moisés nesse ponto em vista de seu silêncio ao ser atacado. A palavra refere-se especialmente à atitude de uma pessoa em relação a DEUS. É a sua posição de representante de DEUS que está sendo desafiada, e ele deixa a defesa por conta de DEUS.
c)    A defesa de Moisés (12.4-10)
O Senhor chamou Moisés, Arão e Miriã para saírem do acampamento e irem para a
’O termo “paciente” usado pela NVI aproxima-se mais do sentido de “humildade, mansidão”, tal como se apresenta na versão de Almeida: “Era o varão Moisés mui manso...” (ARA).
Tenda do Encontro (cf. 11.16), i.e., para a entrada do pátio (v. 4). Então o Senhor desceu numa coluna de nuvem (cf. 11.25 e Ex 33.9), e se pôs à entrada da Tenda, i.e., a entrada do santuário, e Arão e Miriã receberam a ordem de virem à frente. Não há indicação de que tivessem entrado no santuário, ou que tivesse havido uma manifestação física de DEUS. O Senhor contrasta, então, Moisés com outros profetas. Com estes, ele fala por meio de visões (cf. Gn 15.1; 46.2) ou de sonhos (cf. Gn 20.3; 28.12; Dn 8.18; 10.8) ou de enigmas e mistérios, mas com Moisés que foi incumbido de toda a casa de DEUS (i.e., não o tabernáculo mas a casa de Israel; cf. Hb 3.3), o Senhor fala face a face (cf. Êx 33.11; Dt 34.10; 2Jo 12; 3Jo 14) e claramente (v. 8). ele vê a forma do Senhor, não a sua essência mas uma manifestação exterior (cf. Ex 33.20-23) que é diferente daquela vista pelos profetas em visões (cf. Ez 1.26) e diferente também da teofania (cf. Gn 18.1).
Após proferir a advertência do v. 8, o Senhor partiu, como se mostra pelo retorno da nuvem à posição normal, v. 10. Miriã estava leprosa; sua aparência era como a da neve-, que o castigo caísse sobre Miriã era natural, pois foi ela a instigadora principal do descontentamento (cf. v. 1), mas é possível que Arão tenha sido poupado para que a adoração no tabernáculo não fosse interrompida. Acerca do juízo sobre Miriã, cf. Ex 4.6; 2Rs 5.27; 15.5; 2Cr 26.19-20.
d) A cura de Miriã (12.11-16)
Arão suplica a favor de sua irmã, identificando-se com ela. v. 11. não nos castigue-, lit. “não coloque pecado sobre nós”. A palavra para “pecado” significa também o “castigo pelo pecado”, como em Zc 14.19. Na sua humildade, Moisés, cujo relacionamento singular com DEUS ela havia questionado, também pede por ela (v. 13), usando duas vezes uma partícula de súplica. A BJ traz: “... digna-te dar-lhe a cura, eu te suplico”. Mas o Senhor insiste em que ela tem de ser humilhada primeiro, v. 14. Se o pai dela lhe tivesse cuspido no rosto-, cuspir no rosto era uma expressão de desaprovação e desgosto (cf. Dt 25.9;
Jó 30.10; Is 50.6). não estaria ela envergonhada sete dias?-. quanto mais quando a ira do Senhor se acendeu contra ela! Por isso ela precisou ser excluída por sete dias do acampamento em que tinha buscado a posição mais elevada e teve de ser privada dos privilégios concedidos aos mais humildes. Sete dias era o período inicial de exclusão para alguém suspeito de ter uma doença de pele contagiosa (“lepra”; cf. Lv 13.4), e depois tinha de ficar fora de sua tenda por mais sete dias (cf. 14.8,10). Quando estivesse curada, certamente ela seria reintegrada de acordo com o ritual de Lv 13 e 14. Acerca do tópico “lepra” em geral, v. os comentários desses capítulos.
No v. 16, se diz que o povo partiu de Hazerote (cf. 11.35) e acampou no deserto de Parã. Com base no v. 26 do capítulo seguinte, parece que o acampamento ficava em Cades, que talvez seja o mesmo que Ritmá (cf. 33.18).
 
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O JULGAMENTO DO SENHOR em Taberá ( 11: 1-9 ) - Comentário Bíblico Wesleyana

1  e as pessoas eram como murmuradores, falando mal aos ouvidos do Senhor; e quando o Senhor o ouviu, a sua ira se acendeu; e o fogo do Senhor irrompeu entre eles, e devorou ​​as extremidades do arraial. 2  E o povo clamou a Moisés; e Moisés orou ao Senhor, eo fogo se apagou. 3  E o nome daquele lugar foi chamado Taberá, porque o fogo do Senhor irrompeu entre eles.
4  Ora, o vulgo que estava entre eles cobiçaram excessivamente: e os filhos de Israel tornaram a chorar, e disse: Quem nos dará carne a comer? 5  Lembramo-nos dos peixes que comíamos no Egito para nada; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos: 6  Mas agora a nossa alma se seca; não há nada em tudo salvar este maná de se olhar. 7  E era o maná como semente de coentro, e mesmo seu aparecimento como a aparência de bdélio. 8  As pessoas andavam, e reuniu-lo, e, triturando-o em moinhos ou pisando- em argamassas, e em panelas o cozia, e dele fazia bolos; eo sabor era como o sabor de azeite fresco. 9  E, quando o orvalho caiu sobre o acampamento no meio da noite, o maná descia sobre ele.
A versão Berkeley dá uma melhor prestação da declaração do verso la: "Agora as pessoas reclamaram do infortúnio em audiência do Senhor." É verdade que o povo tinha gostado supervisão providencial e que todas as suas necessidades foram satisfeitas, mas ao mesmo tempo, a sua natureza humana teve que ser considerada. Há momentos em que a fé é fraca, o que é comprovado pelos apóstolos quando disse: "Senhor, aumenta a nossa fé" ( Lucas 17: 5 ).
O terreno físico em que os israelitas viajavam era um desolado e estéril deserto terreno baldio. Montanhas de granito sem vegetação leered-los de todos os lados. Uma visita a este deserto deserto gera um pouco de compreensão humana da sua denúncia.
A gravidade da situação é revelado no julgamento que DEUS trouxe sobre eles. É bem possível que a queixa era na verdade um sintoma de pecado profundamente arraigada na vida das pessoas. Dúvida geralmente segue os atos de pecado, e pecado segue dúvida.
É-nos dito (v. 1c ) que o fogo do Senhor consumiu os na borda externa do acampamento, e isso é típico. Quando as pessoas cometem pecado, eles retiram a alguma distância do altar. Não demorou muito, porém, para as pessoas a chorar de arrependimento e por misericórdia. Quando Moisés orou, o julgamento do Senhor estava hospedado. O local do incêndio era Taberá, o que significa "queimar".
Nem todas as pessoas que deixaram o Egito eram "israelitas espirituais." Alguns eram de descendência física, mas nem todos eram de descendência espiritual, como indicado por Paulo: "os que são da fé, esses são filhos de Abraão" ( Gal . 3: 7 ; ver tambémJoão 8: 37-41 ). A multidão mista representa aqueles em cada idade que pretendem ser seguidores do Senhor, mas não são.
O conflito entre as forças do bem e do mal no mundo é evidente em cada mão. Todos os meios e método é usado por Satanás e seus anjos para frustrar e destruir programa redentor de DEUS (cf. Jó 1:. 7ss ; Lucas 4: 6 ; Atos 26:18 , 2 Cor. 4: 3 , 4 ; Ef 6:12. ; 2 Ts 2: 9. ; etc.). Esforços mais eficazes de Satanás foram feitas por meio da imitação, meias-verdades, e falsificado. Satanás tem falsificações por todas as coisas boas de DEUS. Há hoje no mundo uma falsa igreja composta de pessoas (dentro da igreja visível e out) que são motivados por Satanás. A "igreja no deserto" ( Atos 7:38 ) teve de lidar com este grupo de contrafacção conhecida como a multidão mista (v. 4 ; Êx 00:38. , a "congregação de malfeitores" () Ps 26.: 5 ) , o "ajuntamento de malfeitores", etc. No livro do Apocalipse esta "igreja" é referida como a "sinagoga de Satanás" ( Apocalipse 2: 9 ; 3: 9 ; ver também Atos 6: 9 ).
O culto Apis-bull era uma religião muito popular no Egito, e é evidente que alguns que saíram do Egito foram viciado nessa adoração. Isto é evidenciado quando Moisés subiu ao monte e as pessoas fizeram o bezerro de ouro. Diz-se que eles fizeram um "bezerro de metal fundido", e parece que a multidão mista tinha um molde na mão com que a moldar o bezerro ( Ex. 31: 2-6 ). Também é provável que o molde foi trazido do Egito e foi prontamente disponíveis no momento. O caráter moral e espiritual desta multidão é evidente. Clarke diz:
Este, sem raça definida, as pessoas que tiveram relativamente pouco do conhecimento de DEUS, sentindo a sua dificuldade e fadigas da viagem, foram os primeiros a reclamar; e, em seguida, encontramos os filhos de Israel se juntou a eles em suas complainings, e fez uma causa comum com estas meias-infiéis.
O maná era como semente de coentro (v. 7 ). Os teólogos se envolveram em uma grande quantidade de especulação sobre o que era o maná. Estudiosos liberais se esforçar para fornecer uma explicação puramente naturalista. Representante desta escola de pensamento é a seguinte declaração: "O maná, conforme descrito neste contexto tinha muito em comum com uma seiva açucarada que em junho e julho exala de uma espécie de Tamargueira crescente na península do Sinai. É possível que este produto natural podem formar a base da conta. "Outros sugerem que o maná referida foi" leichen ", que tem sido utilizado pelos árabes em momento de grande necessidade para o pão. Para o estudante devoto da Bíblia não há nenhum problema aqui. Era obviamente uma substância sobrenatural dada de uma maneira milagrosa. A afirmação de Clarke é, provavelmente, a mais satisfatória para os cristãos evangélicos:
O historiador sagrado nos deu provas mais circunstanciais de que era uma fonte sobrenatural e milagroso; que nada do tipo havia sido visto antes, e, provavelmente, nada como ele tem aparecido cada vez mais tarde. Que era um tipo de nosso bendito Redentor, e da salvação que ele tem prestado para o homem, não pode haver dúvida, para, desta forma, é aplicada por CRISTO; ea partir dele podemos nos reunir esta conclusão geral, que a salvação é do Senhor. Os israelitas devem ter perecido no deserto, não tinha DEUS os alimentou com pão do céu; e cada alma humana devem ter perecido, não tinha JESUS CRISTO desceu do céu, e entregou a si mesmo para a vida do mundo.
C. Esse desânimo de Moisés ( 11: 10-15 )
10  Então Moisés ouviu chorar o povo pelas suas famílias, cada qual à porta da sua tenda, a ira do Senhor se acendeu sobremaneira; e Moisés estava descontente. 11  E disse Moisés ao SENHOR: Por que fizeste nos maltrataram, a teu servo? E por que não achei graça aos teus olhos, visto que puseste o peso de todo este povo sobre mim? 12  já concebi todo este povo? tem os fiz sair, para teres me dizem: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança de peito, para a terra que juraste a seus pais? 13  Donde eu tenho carne para dar a toda esta pessoas? porquanto choram diante de mim, dizendo: Dá-nos carne a comer. 14  eu não sou capaz de suportar todo este povo, porque é muito pesado para mim. 15  E se assim fazes comigo, mata-me, I peço-te, fora de mão, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria.
Os tempos devem ter sido muito difícil para Moisés. Ele sem dúvida estava fazendo tudo o que ele poderia fazer para tornar as pessoas confortáveis, dadas as circunstâncias, e ainda assim o povo chorava. Ele deve ter se sentido como faz uma mãe com uma oferta limitada de alimentos para seu bebê.
Mas, apesar da justificação que as pessoas podem ter tido a sua atitude, o Senhor não estava satisfeito com eles. Por um curto período própria fé de Moisés foi muito testado. A natureza humana se torne dominante, às vezes. Mesmo JESUS nosso Senhor deve ter sentido isso quando disse: "Meu DEUS, meu DEUS, por que me desamparaste?" ( Mat. 27:46 ).
A angústia e miséria é graficamente descrito no versículo 11 e os versos seguintes. Moisés suplica ao Senhor que sua vida podem ser tomadas para que ele será poupado sua tristeza e miséria (v. 15 ). A carga humana é, evidentemente, muito grande para Moisés para suportar.
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Insurreição de Miriã e Arão ( 12: 1-16 ) - Comentário Bíblico Wesleyana
1  E Miriam e Arão contra Moisés, por causa da mulher etíope com quem se casou; pois ele havia se casado com uma mulher etíope. 2  E eles disseram: O Senhor realmente falado somente por Moisés? Não falou também a nós? E o Senhor o ouviu. 3 Agora, Moisés era homem muito manso, mais do que todos os homens que havia sobre a face da terra.
4  E o Senhor falou de repente, a Moisés e Arão, e a Miriã: Saí vos três à tenda da congregação. E saíram eles três. 5  Então o Senhor desceu em uma coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda, e chamou Arão e Miriã; e ambos saíram. 6  E ele disse: Ouvi agora as minhas palavras:. Se houver profeta entre vós, eu, o Senhor me farei conhecido a ele em uma visão, eu vou falar com ele em um sonho 7  Meu servo Moisés é não tão; ele é fiel em toda a minha casa: 8  com ele falarei boca a boca, mesmo manifestamente, e não em enigmas; e a forma de Jeová verá ele: Por que, então, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?
9  E a ira do Senhor se acendeu contra eles; e ele partiu. 10  E a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã se tornara leprosa, branca como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa. 11  E Arão disse a Moisés: Ah, meu senhor, não ponhas, peço-te, o pecado em nós, para que fizemos loucamente, e para que pecamos. 12  Deixe que ela não, eu oro, ser como um morto, de quem a carne já meio consumida quando ele saindo do ventre de sua mãe. 13  , Moisés clamou ao Senhor, dizendo, curá-la, ó DEUS, peço-te. 14  E disse o SENHOR a Moisés: Se seu pai lhe tivesse cuspido em seu rosto, não seria envergonhada por sete dias? Esteja fechada fora do arraial sete dias, e depois que ela deve ser trazido novamente. 15  E Miriã esteve fechada fora do arraial por sete dias; eo povo não partiu, enquanto Miriã foi trazido novamente.
16  E depois o povo partiu de Hazerote, e acamparam-se no deserto de Paran.
Miriam e Arão reclamou sobre o casamento de Moisés com uma (ou etíope) mulher etíope, mas o seu verdadeiro motivo para essa crítica é encontrada em seu ciúme do poder e da influência de Moisés. Não está claro se a mulher etíope foi a primeira esposa de Moisés ou de sua segunda esposa, após a morte de sua primeira esposa Zípora. Esta é uma afirmação genérica, sem qualquer indicação de quando ou onde. Talvez isso tivesse sido latente em suas mentes por um longo tempo e agora se torna a desculpa sutil para atacar Moisés. Um estudioso explica assim:
Visualizações de essa pessoa ter sido de duas classes gerais: (1) Ela deve ser identificado com Zípora ( Êxodo 02:21. , esposa Midianitish de Moisés, que é aqui chamado de "o etíope", quer em desprezo dela e em outros lugares) tez escura (cf. Jer. 13:23 ) e de origem estrangeira ... ou como conseqüência de uma noção errônea da era tarde quando esta adição apócrifa, "por causa da etíope", etc., foi inserida na narrativa (assim Wellhausen ). E (2) Ela é uma mulher que Moisés tomou a esposa após a morte de Zípora, realmente um etíope (Ethiopian) por raça.
É de notar que Arão era o sumo sacerdote em Israel, mas aparentemente ele não foi concedido o dom da profecia. "Usando Moisés casamento com a mulher etíope como pretexto para iniciar uma campanha de boatos contra o irmão, Miriam e Arão desafio Moisés direito exclusivo de falar em nome de DEUS".
Moisés era muito manso (v. 3 ). Parece que a palavra hebraica anav aqui traduzida manso não é corretamente compreendido neste contexto. É o julgamento de alguns de que esta palavra é usada no contexto do Antigo Testamento para significar "deprimido" ou "afetada." É óbvio que um tal ataque de seu próprio irmão e irmã teria um efeito deprimente sobre ele.
O Senhor falou de repente, a Moisés e Arão e Miriã (v. 4 ). A resposta do Senhor para com esta atitude rebelde é aqui colocado em foco rápido. O Senhor está descontente e está determinada a resolver a questão de uma vez. Os temas em questão são instruídos a montar a tenda onde as diferenças eram costumeiramente resolvido.
O Senhor desceu na coluna de nuvem para mediar a diferença (para comentar sobre DEUS falando ao homem, ver notas sobre 7:89 ). Um escritor chama a atenção para as duas principais termos em que divindade é referido no Antigo Testamento. É sua afirmação de que o nome Jeová (de Yhwh ) é o nome da aliança íntima e pessoal com o qual DEUS ( Elohim ), o DEUS trinitário, comunica-se com o seu povo. De acordo com esta interpretação, Jeová no Velho Testamento é finalmente revelado no Novo Testamento como JESUS CRISTO.
Versículo 6 é mais difícil, mas não impossível. A questão é levantada sobre se há um profeta em Israel que não Moisés. Esta é uma figura semita de expressão e uma forma de dizer que não há outro profeta. Longacre parafraseia esta passagem assim:
Escute-me!
Se houver profeta do Senhor no meio de vós ,
Em uma visão que eu me dei a conhecer a ele ,
Em um sonho que eu falar com ele .
Não é assim é o meu servo Moisés:
Em todos os meus assuntos, ele é totalmente confiável ,
De boca em boca que eu falo com ele .
Diretamente e não em enigmas místicos .
Própria forma de Jeová, Ele vos eis .
Por que então você não tem medo de falar
Contra o meu servo, contra Moisés .
É evidente que Arão quer ser igual a Moisés, mas não tem a coragem de declarar seus desejos diretamente para o Senhor; ele vira a Moisés em seu lugar. Moisés sai deste episódio o único líder de Israel.
A ira do Senhor se acendeu (v. 9 ). O Senhor resolve a questão de saber quem é o líder principal. Moisés é justificado pelas palavras do Senhor, enquanto o erro do Arão rebelde e Miriam é indicado através do julgamento que caiu sobre Miriam. Nós não sabemos por que Arão não foi atingida, mas é bastante provável que Miriam foi o instigador do motim. Clarke diz que, se ele tinha "sido ferido ... o próprio sacerdócio teria caído em desprezo." Para o bem do escritório, os ministros às vezes são poupados exposição. É uma suposição justa, porém, que, no final, uma prestação de contas virá a todos os homens, independentemente de sua posição na vida.
Se seu pai lhe tivesse cuspido na cara (v. 14 ). Cuspir no rosto de uma pessoa era um sinal de vergonha e desprezo imposta aos transgressores, mas mesmo eles poderiam ser isento da sua desgraça por algum tipo de purificação cerimonial. De modo semelhante, a ofensa de Miriam era vergonhoso, mas ela também pode ser restaurado para a aceitação comum, por ser expulso do acampamento por sete dias. Este, sem dúvida, dar-lhe tempo suficiente para pensar sobre o seu pecado e se arrepender. Então, também, por esse tempo as pessoas estariam em estado de esquecimento e Miriam poderia mais uma vez assumir seu lugar de direito em Israel. Tem sido dito que "o tempo cura todas as feridas."
E Miriam ficou de fora (v. 15 ). Miriam serviu sua sentença por sete dias e, em seguida, foi restaurado para o acampamento. A viagem para o deserto de Paran foi adiada até Miriam retornado.
 
 
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REVISTA NA ÍNTEGRA
 
HINOS SUGERIDOS: 121, 232, 474 da Harpa Cristã

Resumo da
Lição 5, CPAD, Motim Em Família
I – A INFLUÊNCIA NEGATIVA DA MURMURAÇÃO
1. Assim nasce um motim.
2. A primeira queixa.
3. A segunda queixa (Nm 11.4-7).
4. A terceira queixa (Nm 12.1-3).
II – O MOTIVO DA REBELIÃO DE MIRIÃ E ARÃO
1. A inveja.
2. O motim familiar promove dissabores e ofensas.
III – MOISÉS: UM HOMEM MANSO E HUMILDE
1. O mais manso que havia na Terra.
2. O fardo de uma liderança.
3. A punição de Miriã e Arão (Nm 12.4-7).
 
 
 
Lição 5, CPAD, Motim Em Família
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
TEXTO ÁUREO
“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.” (Fp 2.14)

VERDADE PRÁTICA
Das murmurações derivam as contendas. Por isso, devemos evitá-las em nossa família.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Números 11.1-7; 12.1-8
Números 11
1 – E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do Senhor; porque o Senhor ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial. 2 – Então o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou. 3 – Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do Senhor se acendera entre eles. 4 – E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e disseram: Quem nos dará carne a comer? 5 - Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. 6 – Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos. 7 – E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de bdélio. 
Números 12
1 – E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cuxita, que tomara; porquanto tinha tomado a mulher cuxita. 2 – E disseram: Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu. 3 - E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. 4- E logo o SENHOR disse a Moisés, e a Arão, e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três. 5 – Então, o SENHOR desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles saíram ambos. 6 – E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. 7 – Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. 8 - Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?
 

 

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o motim formado por Miriã e Arão contra a liderança de Moisés. Veremos que esse motim foi em família, pois Moisés, Miriã e Arão eram irmãos. A presente lição nos exorta a respeito do cuidado com as murmurações e as contendas na família, que contribuem com a desarmonia familiar. Por isso, aprenderemos que é prudente evitar as contendas familiares para que a paz e a harmonia reinem entre os santos.

 


I – A INFLUÊNCIA NEGATIVA DA MURMURAÇÃO
1. Assim nasce um motim.

A palavra “motim” refere-se aos atos explícitos de desobediência ou a uma reação negativa contra as regras e as ordens estabelecidas num grupo social. É o que vemos em Números 11 e 12. Nesses capítulos há uma descrição de murmurações que culminaram na rebelião familiar contra a liderança de Moisés. Vejamos agora três queixas que remontam a rebelião na família do legislador de Israel.


2. A primeira queixa.

Israel havia saído da região ao redor do Sinai, no qual havia relativa fertilidade para a produção de grãos e água. De repente, depois de andarem para além do Sinai e depararem-se com o inóspito deserto, os israelitas começaram a reclamar de que Moisés os havia trazido para morrerem naquele lugar, quando poderiam ter ficado no Egito. Aquela murmuração não só entristeceu a Moisés, mas a DEUS, que havia libertado o povo do cativeiro egípcio. Por isso, Ele operou um juízo de fogo, destruindo um grupo de israelitas que vivia reclamando. O Senhor chamou aquele lugar de “Taberá” que significa “queimar” (Nm 11.1-3).


3. A segunda queixa (Nm 11.4-7).

Após experimentar o juízo de fogo, no lugar de se humilhar diante de DEUS, o povo começou a murmurar contra o “maná” que a cada manhã DEUS enviava, e a lembrar com saudades dos alimentos do Egito (Nm 11.4-6). Facilmente esqueceu-se de todas as privações experimentadas como escravos no Egito. Esse povo esqueceu-se também dos milagres operados pelo Senhor, quando abriu o Mar Vermelho, quando transformou a água amarga em água doce e outros muitos milagres. A murmuração nos faz esquecer das boas coisas vivenciadas com DEUS.


4. A terceira queixa (Nm 12.1-3).

No capítulo 12, após todo um contexto de murmuração apresentado no capítulo 11, temos a rebelião de Miriã e Arão contra a liderança de Moisés. Trata-se de uma rebelião na família de Moisés, Arão e Miriã. Em primeiro lugar, Miriã e Arão não aceitavam o casamento de Moisés com uma mulher cuxita, que por não ser de nenhuma família hebreia, mas da descendência de Cam, filho de Noé, teve muita resistência de aceitação, pois esse povo era considerado vil e desprezível. Porém, essa murmuração ia mais longe. Por serem mais velhos que Moisés, Miriã e Arão queriam ter um tratamento protagonista como o de Moisés (Nm 12.2). A inveja na família é um sentimento perigoso.

 


II – O MOTIVO DA REBELIÃO DE MIRIÃ E ARÃO
1. A inveja.

Os dois alimentaram a ideia de que a liderança de Israel teria de ser compartilhada com eles. Miriã era uma profetisa e Arão, um sumo-sacerdote. Por isso, eles julgaram ter a mesma autoridade que Moisés, o irmão mais novo. Veja que a liderança era de Moisés, mas Miriã e Arão achavam-se no direito de liderar o povo. Ora, o papel deles era de cooperar na liderança de Moisés. Esse questionamento diz muita coisa: “Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós?” (Nm 12.2). Uma inveja instalou-se no coração de Miriã e Arão, levando-os a um sentimento corrosivo, advindo do desejo de querer o lugar do outro. Tudo isso contra o próprio irmão. Esse mesmo sentimento é muito perigoso nos dias de hoje. Quando a inveja se instala no centro da família, as consequências podem ser trágicas.

 


2. O motim familiar promove dissabores e ofensas.

Embora Miriã exercesse um papel importante entre o povo como profetisa e conselheira (Êx 15.20,21), ela não poderia voltar-se contra Moisés. Embora Arão fosse um sumo-sacerdote, ele não poderia arder em ciúme contra o seu próprio irmão. Infelizmente, essa atitude de Miriã e Arão influenciou o povo contra a liderança de Moisés. DEUS haveria de tratar com os dois irmãos. Devemos, portanto, lembrar de que um dos segredos para manter a família espiritualmente equilibrada é a prática do respeito mútuo entre os familiares.

 


III – MOISÉS: UM HOMEM MANSO E HUMILDE
1. O mais manso que havia na Terra.

A Bíblia declara que Moisés era um homem humilde e manso em atitudes (Nm 12.3). Ele não revidou a atitude de seus irmãos. Sua mansidão era uma qualidade de caráter que o distinguia dentre outros homens. No Sermão do Monte, JESUS disse: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mt 5.5). Mais à frente, no mesmo sermão, nosso Senhor disse: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de DEUS” (Mt 5.9). Essas duas atitudes, enfatizadas pelo nosso Senhor, estavam presentes na liderança de Moisés para com o povo de DEUS. Na mentalidade mundana, ser manso pode significar “fraqueza e covardia”, mas no ensinamento bíblico, implica capacidade de exercer o autocontrole, o domínio de si mesmo. Assim, a mansidão é uma das qualidades do Fruto do ESPÍRITO (Gl 5.23). Moisés teve essa serenidade para agir com firmeza sem se deixar arrebatar pela ira. Mesmo sabendo da murmuração e da sedição de Miriã e Arão contra a sua liderança, ele não teve atitude vingativa para com seus irmãos. Pelo contrário, orou para que DEUS os perdoasse. Nesse sentido, a mansidão e a pacificação são virtudes que a família cristã não pode deixar de rogar a DEUS e praticar. São duas virtudes indispensáveis ao equilíbrio da família cristã.

 


2. O fardo de uma liderança.

No capítulo 11 de Números, após a segunda queixa do povo de Israel, Moisés desabafou com DEUS a respeito do peso de sua liderança com os hebreus (Nm 11.11-15). Houve um momento em sua vida, em que o peso da liderança o deixou sem ânimo para continuar a missão de conduzir Israel à Terra Prometida. Então, recebeu a orientação direta de DEUS para separar 70 anciãos dentre os príncipes de Israel (Nm 11.16). Ao escolher os 70 anciãos, o ESPÍRITO de DEUS repousou sobre eles e começaram a profetizar (Nm 11.25). Esse episódio remonta o contexto da rebelião dos dois irmãos contra Moisés. Outrossim, é uma bênção quando o ESPÍRITO SANTO é derramado sobre a família; no lugar do ódio, há amor; no lugar do ciúme e da inveja, há parceria e comunhão. Que o ESPÍRITO SANTO opere o caráter de CRISTO em nossa família!

 


3. A punição de Miriã e Arão (Nm 12.4-7).

A rebelião provocada pela inveja de Miriã e de Arão contra a liderança de Moisés acendeu a ira do Senhor. Por isso, eles foram convocados, juntamente com Moisés, para fora da tenda (Nm 12.4). O Senhor desceu na coluna de nuvem, uma demonstração de sua presença, e falou diretamente com os dois revoltosos, mostrando-lhes a sua soberania divina. Ele deixou claro que, com Moisés, diferentemente do que fazia com eles, falava face a face, não por figura. Por causa da gravidade do pecado de Miriã em instigar seu irmão, Arão, a compactuar com ela contra Moisés, a punição foi imediata contra ela. Miriã ficou leprosa no mesmo instante e foi separada do arraial de Israel por sete dias (Nm 12.10,15). Assim, o texto mostra que todo motim no centro da família tem consequência trágica. Por isso, devemos pedir sabedoria a DEUS para agir em nossa família. É preciso evitar as falsas acusações, as palavras atravessadas, a destruição de reputação de familiares. Esse não é um comportamento de quem manifesta o Fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22-24). A vontade de DEUS é que a paz e a harmonia estejam sobre a família cristã, pois é o ESPÍRITO SANTO que opera o caráter de CRISTO na família.

 


CONCLUSÃO
O motim levantado por Miriã e Arão tinha como causa a inveja da autoridade delegada por DEUS a Moisés. Logo, as consequências de atitudes como essas produzem grandes prejuízos morais e espirituais na família. Por isso, o apóstolo Paulo aconselha que andemos no ESPÍRITO para que as obras da carne não dominem as nossas atitudes (Gl 5.25,26). É tempo de muita prudência.

 

 

 
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A insurreição de Miriã e Arão à liderança de Moisés é um exemplo perfeito para aprofundar o estudo de algumas causas de desunião e contendas na família até os dias de hoje. DEUS nos criou para a comunhão. Dessa forma, a família, como o primeiro e principal meio social humano, deve ser um ambiente seguro de cooperação e valorização das potencialidades e papéis individuais. Entretanto, como as Escrituras nos mostram desde a Queda, a primeira família já foi marcada por uma inveja tão corrosiva que culminou em assassinato. Não por acaso, o Senhor trata com tamanho rigor a murmuração de Miriã. Essa atitude foi usada contra o casamento de Moisés com uma midianita, para atacar o irmão, secretamente invejado. Por meio desse estudo, vamos nos munir da sabedoria para que tais mazelas não adoeçam nossos lares, como a contagiosa lepra que acometeu a Miriã.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar as raízes e danos causados pela murmuração entre o povo de DEUS; II) Identificar o real motivo que culminou a rebelião dos irmãos contra Moisés; III) Conscientizar de que DEUS honra o líder manso e humilde, punindo os que lhe intentam o mal.
B) Motivação: Como proteger a nossa casa dos males impregnados em nossa cultura e sociedade, tais como: a murmuração, inveja, disputa e rebelião? Quantas vezes, sem nem mesmo perceberem, os pais instigam os filhos à rivalidade, utilizando a comparação como: “Por que você não é obediente como o seu irmão?” Por meio desse estudo, propomos a anatomia desse clássico episódio familiar a fim de aprendermos a identificar e a combater traços tão comuns à nossa cultura que, se não vigiarmos, poderão entrar em nossos lares, causando grandes mazelas e rupturas familiares.
C) Sugestão de Método: Leve alguns dicionários e distribua-os entre voluntários dispostos a ler em alta voz. No decorrer da aula, de acordo com o tópico, peça que abram na página correspondente (previamente marcada por você para otimizar o tempo) e leiam o significado de palavras-chaves da lição, como por exemplo: Murmuração; insatisfação; insurreição, ciúme, inveja, manso, humilde e/ou qual mais julgar pertinente para ampliar e fixar o entendimento dos objetivos propostos.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A falta de gratidão e insatisfação constante por muitas vezes são sintomas de um problema oculto no interior do murmurador. Que saibamos identificar as causas e consequências desse mal, vigiando para que o nosso lar seja um ambiente de paz, no qual cada papel desempenhado no seio da família seja respeitado e apoiado mutuamente, como tão sabiamente o apóstolo Paulo aconselhou aos pais, filhos, esposas e maridos, quanto aos deveres domésticos (Ef 5.22-33; 6.1-4).
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 93, p. 38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Pecado de Miriã e Arão”, localizado ao final do primeiro tópico, aprofunda o contexto e a motivação por trás das críticas e insurreição dos irmãos contra Moisés; 2) O texto “A inveja causa a rebelião”, localizado depois do segundo tópico, elenca emblemáticos exemplos nos quais este terrível sentimento corrompeu corações e continua no âmago de uma infinidade de problemas pessoais, familiares e sociais.
 
SINÓPSE I - Os episódios de murmuração estão na origem do motim produzido pelos irmãos de Moisés.
SINÓPSE II - A inveja de Arão e Miriã obteve severo tratamento do Senhor.
SINÓPSE III - Moisés é um exemplo de líder fiel, manso e humilde.
 
Auxílio Teológico TOP1
O PECADO DE MIRIÃ E ARÃO
“Pelo que deduzimos, a murmuração e a reclamação eram incontroláveis, pouco importando a severidade com que DEUS as tratasse. Neste ponto, surgem nos escalões mais altos do acampamento, em Miriã, a profetisa (Êx 15.20), e Arão, o sacerdote. A passagem é bastante clara em mostrar que foi Miriã quem iniciou a crítica e que Arão, como sempre, foi mero porta-voz. A crítica que fizeram de Moisés era dupla: o desgosto por ele escolher uma esposa e a questão sobre porque Miriã e Arão não deveriam ser reconhecidos, ao lado de Moisés, como competentes para receber as mensagens de DEUS” (MULDER, Chester O. et al. Comentário Bíblico Beacon – Volume 1: Gênesis a Deutoronômio. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.347).

Auxílio Teológico TOP2
A INVEJA CAUSA A REBELIÃO
“Os irmãos de José tiveram inveja do favor de seu pai Jacó, e cobiçavam o papel de filho favorito. Certo ou errado, Jacó escolheu José para um lugar especial na família. DEUS, por sua presciência, deu sonhos a José, que estava sendo preparado, sem saber, para sofrimentos e triunfos futuros.
A inveja é geralmente baseada no temor — medo de perder algo. A inveja é sempre uma emoção egoísta. DEUS deu sonhos a José, e então seus irmãos perderam o prestígio. Quando Jacó presenteou José com uma túnica multicolorida, o orgulho e a autoestima dos irmãos foram feridos, produzindo a necessidade de retaliação. Muitos dos nossos problemas são resultado direto de um coração invejoso. Devemos nos observar cuidadosamente” (DORTH, Richard W. Orgulho Fatal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.68,69,75).

REVISANDO O CONTEÚDO
1. A que se refere a palavra “motim”?
Refere-se aos atos explícitos de desobediência ou a uma reação negativa contra as regras e as ordens estabelecidas num grupo social.
2. Segundo a lição, por que Miriã e Arão não aceitavam o casamento de Moisés com uma mulher cuxita?
Por ela ser descendente de Cão, povo considerado vil. Porém, o real motivo era ciúme, pois queriam ter o mesmo protagonismo de Moisés.
3. O que acontece quando o sentimento do ciúme se instala na família?
Consequências trágicas.
4. O que a Bíblia declara a respeito de Moisés?
Que Moisés era um homem humilde e manso em atitudes (Nm 12.3).
5. Dentre muitos comportamentos, quais precisamos evitar na família?
O ciúme, o motim e as obras da carne (Gl 5.25,26).