Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2 Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 Edna Maria Cruz Silva
“E crescia JESUS em sabedoria, e em estatura, e em graça para com DEUS e os homens.” (Lc 2.52) VERDADE PRÁTICA
Verdadeiro Homem e Verdadeiro DEUS, o Senhor JESUS CRISTO é igual ao Pai e semelhante a nós: sua divindade e humanidade não são aparentes; são reais, perfeitas e plenas. LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 1.18 O nascimento de JESUS
Terça - Lc 2.52 A infância de JESUS
Quarta - Lc 2.42-49 O Filho na Casa do Pai
Quinta - Lc 3.22,23 O batismo e a unção de JESUS
Sexta - Lc 4.16-30 Na Palavra, JESUS inicia o seu ministério
Sábado - Ap 22.13 JESUS, o princípio e o fim de todas as coisas LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 2.40-52
40 - E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de DEUS estava sobre ele. 41 - Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa. 42 - E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. 43 - E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino JESUS em Jerusalém, e não o souberam seus pais. 44 - Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os parentes e conhecidos. 45 - E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. 46 - E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 - E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas. 48 - E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos. 49 - E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? 50 - E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia. 51 - E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas. 52 - E crescia JESUS em sabedoria, e em estatura, e em graça para com DEUS e os homens. OBJETIVO GERAL - Clarificar que o Senhor JESUS CRISTO é igual ao Pai e semelhante a nós, ou seja, divino e humano. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Expor a divindade de JESUS; Explicar a humanidade de JESUS; Assinalar a perfeição de JESUS.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A Declaração de Fé das Assembleias de DEUS no Brasil, quanto à humanidade e divindade de JESUS CRISTO, expressa claramente: “A Bíblia ensina tanto a divindade como a humanidade de CRISTO. ‘E todo o espírito que confessa que JESUS não veio em carne não é de DEUS’ (1 Jo 4.3). A humanidade de CRISTO está unida à sua divindade, pois Ele possui duas naturezas, e essa união mantém intactas as propriedades de cada natureza, o que está claramente expresso no seu nome EMANUEL” (p.51). Embora seja uma doutrina clássica do Cristianismo, ainda é possível encontrar quem negue a humanidade de JESUS ou sua divindade. Essas pessoas comentem o erro básico de selecionar ou isolar um aspecto somente da natureza de JESUS. Nesse sentido, a nossa declaração não deixa dúvidas quando as duas naturezas, a humana e a divina, de CRISTO, o nosso Senhor. PONTO CENTRAL - O Senhor JESUS CRISTO é Verdadeiro Homem e Verdadeiro DEUS. http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-jc-1tr08-jesusverdadeirohomemverdadeirodeus.htm Resumo da Lição 12, JESUS, o Homem PerfeitoI – JESUS, VERDADEIRO DEUS
1. Sua eternidade com o Pai.
2. Seus atributos, grandezas e perfeições.
3. Esvaziou-se de sua glória, mas não de sua divindade. II – JESUS, VERDADEIRO HOMEM
1. JESUS estava no seio do Pai.
2. Profetizado no Antigo Testamento.
3. Encarnado no Novo Testamento.
4. JESUS nasceu na plenitude dos tempos.
5. Em Israel, JESUS é apresentado ao mundo.
III – JESUS, O HOMEM PERFEITO
1. A humanidade de JESUS.
2. JESUS, o Último Adão.
3. A perfeição espiritual e moral de JESUS. Resumo do Pr Henrique da Lição 12, JESUS, o Homem Perfeito
I – JESUS, VERDADEIRO DEUS
1. Sua eternidade com o Pai. O Verbo de DEUS. 1.1 O VERBO. João começa seu Evangelho denominando JESUS de "o Verbo" (gr. Logos). Mediante este título de CRISTO, João o apresenta como a Palavra de DEUS personificada e declara que nestes últimos dias DEUS nos falou através do seu Filho (cf. Hb 1.1). As Escrituras declaram que JESUS CRISTO é a sabedoria multiforme de DEUS (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a perfeita revelação da natureza e da pessoa de DEUS (Jo 1.3-5, 14,18; Cl 2.9). Assim como as palavras de um homem revelam o seu coração e mente, assim também CRISTO, como "o Verbo", revela o coração e a mente de DEUS (14.9). João nos apresenta três características principais de JESUS CRISTO como "o Verbo": (1) O relacionamento entre o Verbo e o Pai. (a) CRISTO preexistia "com DEUS" antes da criação do mundo (cf. Cl 1.15,19). Ele era uma pessoa existente desde a eternidade, distinto de DEUS Pai, mas em eterna comunhão com Ele. (b) CRISTO era divino ("o Verbo era DEUS"), e tinha a mesma natureza do Pai (Cl 2.9; ver Mc 1.11). (2) O relacionamento entre o Verbo e o mundo. Foi por intermédio de CRISTO que DEUS Pai criou o mundo e o sustenta (v. 3; Cl 1.17; Hb 1.2; 1 Co 8.6). (3) O relacionamento entre o Verbo e a humanidade. "E o Verbo se fez carne" (v. 14). Em JESUS, DEUS tornou-se um ser humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Este é o postulado básico da encarnação: CRISTO deixou o céu e experimentou a condição da vida e do ambiente humanos ao entrar no mundo pela porta do nascimento humano ou físico (ver Mt 1.23).
O NASCIMENTO DE JESUS. Tanto Mateus quanto Lucas declaram de modo específico e inequívoco que JESUS veio a este mundo como resultado de um ato milagroso de DEUS. Foi concebido mediante o ESPÍRITO SANTO e nasceu de uma virgem, Maria (Mt 1.18,23; Lc 1.27). Devido à sua concepção milagrosa, JESUS era um “santo” (1.35), i.e., livre de toda mácula do pecado. Por isto, Ele era digno de carregar sobre si a culpa dos nossos pecados e expiá-los (ver Mt 1.23). Sem um Salvador perfeito e sem pecado, não poderíamos jamais obter a redenção. Exemplo de JESUS como DEUS - No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. Ele estava no princípio com DEUS. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. João 1:1-3 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que DEUS era seu próprio Pai, fazendo-se igual a DEUS. João 5:18 Disse-lhes JESUS: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou. João 8:58. Eu e o Pai somos um. João 10:30 O Senhor JESUS, como o Unigênito de DEUS, não somente é eterno como também é o Pai da própria eternidade (Is 9.6). Antes de sua encarnação, Ele estava no Pai e, no Pai, criou todas as coisas (Jo 1.3). Suas atividades eternas são lindamente descritas no capítulo oito de Provérbios.
2. Seus atributos, grandezas e perfeições. Onipotência: Em Isaias são citados cinco nomes de CRISTO em uma mesma passagem; um deles (DEUS forte) refere-se a onipotência de CRISTO (Is 9.6).
Onipresença: Como Filho do Homem ( sua humanidade ), ele estava limitado às dimensões geográficas : quando estava na Galileia, não se encontrava, é claro, na Judéia. – Jo 17:5 “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” Ao retornar para sua glória pode cumprir o que prometera: “... e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém.” Mt 28:20.
Onisciência – ‘’Se JESUS é onisciente, porque confessou, em certa ocasião, não saber o dia nem a hora de sua segunda vinda?’’ Como coexistiam DEUS e homem numa mesma pessoa, sabemos que ‘’toda a plenitude’’ da divindade encontrava- se em JESUS CRISTO. Quando JESUS disse: ‘’Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai’’ (Mc 13.32), fê-lo como homem, não se valendo do seu atributo divino da onisciência. Ao dizer ‘’nem o Filho’’, expressou a sua humilhação e o seu esvaziamento decorrentes de sua encarnação, – Fp 2:7 “Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;” Atributos Morais De CRISTO Ele era e é: – santo (Lc 1.35); – justo (At 3.14); – manso (Mt 11.29); – humilde (Mt 11.29); – inocente (Hb 7.26); – obediente (Fp 2,8); – imaculado (Hb 7.26); – amoroso (Jo 13.1)....”Em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15). JESUS agiu como DEUS em algumas oportunidades: No Monte da transfiguração, Ao perdoar pecados, ao aceitar adoração, ao dizer "EU SOU", ao receber anjos e dominar sobre eles, ao se encontrar com a legião de demônios (viestes atormentar-nos antes do tempo), permitiu que entrassem nos porcos, etc... PORÉM ISSO NÃO É USAR DE SEUS ATRIBUTOS PARA INTERFERIR EM ALGUMA COISA NA TERRA. JESUS é 100% homem e 100% DEUS. Na Transfiguração, JESUS se revela em sua Glória para seus 3 principais discípulos. Ele está lhes mostrando quem é Ele em sua glória, pois aqui na Terra viveu sem a mesma para se humilhar e tomar a forma de servo. A maior prova da Divindade de JESUS enquanto homem, aqui na Terra está em sua declaração "EU SOU". João 8:58 Disse-lhes JESUS: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou. Uma clara demonstração de sua divindade, pois é a mesma expressão utilizada por DEUS pai para falar a Moisés na Sarça Ardente. A União das Duas Naturezas em um Único CRISTO Pessoal Na pessoa de CRISTO existe uma natureza humana completa - corpo, alma e espírito - e uma natureza divina completa, com todos os seus atributos.
Estas duas naturezas constituem uma só Pessoa e não duas. Podia-se pensar que a natureza humana de JESUS constituísse uma pessoa e
que o *Logos*, ou a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, constituísse por Seu turno uma pessoa, e que, portanto, havia duas pessoas.
Mas a natureza humana de JESUS nunca foi uma pessoa separada, nem tinha existência separada da natureza divina, não tinha subsistência individual. O *Logos* não se uniu com uma pessoa humana, mas com uma natureza humana.
Além disto, as duas naturezas nunca se relacionam como as outras Pessoas da Santíssima Trindade.
E também, quando se fala da Pessoa de CRISTO, os termos aplicados a cada uma das naturezas, nunca dão a entender que se trata de duas pessoas diferentes.
Coisas que se afirmam acerca da Pessoa de CRISTO, mas somente se referem à Sua natureza divina:
"...antes que Abraão existisse, Eu Sou" (Jo 8.58 ).
"...glorifica- Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que
tinha Contigo antes que o mundo existisse" (Jo 17.5). JESUS CRISTO é a fonte da vida (Jo 1.4). Logo, Ele tem vida em si mesmo (Jo 5.16; Hb 7.16). Sendo DEUS de DEUS, é imutável (Hb 13.8). Ele é onipresente (Mt 28.20; Ef 1.22,23). Onisciente, sabe todas as coisas (Mt 9.4,5; Jo 2.24,25; At 1.24,25; Cl 2.3). Sua onipotência não pode ser ignorada, porque todo o poder, nos Céus e na Terra, acha-se em suas mãos (Mt 28.18; Ap 1.8).
3. Esvaziou-se de sua glória, mas não de sua divindade. O esvaziamento de CRISTO. Em sua encarnação, o CRISTO tornou-se em tudo semelhante a nós, exceto quanto à natureza pecaminosa e ao pecado (Fp 2.7,8 - ARA). Fp 2.6 que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. 7 Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
Esvaziamento: Do grego ekenosen, "esvaziar". Doutrina que trata da auto-renúncia de JESUS ao assumir a natureza humana, porém, sem deixar de ser DEUS. Esvaziou-se de sua glória, não de sua divindade. 2.6 SENDO EM FORMA DE DEUS. JESUS sempre foi DEUS pela sua própria natureza e igual ao Pai antes, durante e depois da sua permanência na terra (ver Jo 1.1; 8.58; 17.24; Cl 1.15,17; ver Mc 1.11; Jo 20.28). CRISTO, no entanto, não se apegou aos seus direitos divinos, mas abriu mão dos seus privilégios e glória no céu, a fim de que nós, na terra, fôssemos salvos.
2.7 ANIQUILOU-SE A SI MESMO. O texto grego do qual foi traduzida esta frase, diz literalmente, que ele "se esvaziou", i.e., deixou de lado sua glória celestial (Jo 17.4), posição (Jo 5.30; Hb 5.8), riquezas (2 Co 8.9), direitos (Lc 22.27; Mt 20.28) e o uso de prerrogativas divinas (Jo 5.19; 8.28; 14.10). Esse "esvaziar-se" importava não somente em restrição voluntária dos seus atributos e privilégios divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão, dos maus tratos, do ódio e, finalmente, da morte de maldição na cruz (vv. 7,8).
2.7 A FORMA DE SERVO... SEMELHANTE AOS HOMENS. Para trechos na Bíblia que tratam de CRISTO assumindo a forma de servo, ver Mc 13.32; Lc 2.40-52; Rm 8.3; 2 Co 8.9; Hb 2.7,14. Embora permanecesse em tudo divino, CRISTO tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (vv. 7,8; Hb 4.15). JESUS nos mostrou que um filho de DEUS (todos nós nos tornamos filhos de DEUS ao aceitá-lo) pode vencer o pecado, pode ser instrumento para milagres de toda maneira que for preciso, pode resistir ao Diabo e ele fugirá de nós.
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. João 14:12
E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, .... Lucas 4:1 DEUS pode ser cheio do ESPÍRITO SANTO?
Então, foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Mateus 4:1 DEUS PODE SER CONDUZIDO PELO ESPÍRITO SANTO.
DEUS TEM SEDE, SE CANSA, CHORA, SENTE TRISTEZA?
JESUS estava na Terra como homem. Nunca deixou de ser DEUS, mas não usou suas prerrogativas como DEUS. Se Ele deixasse de ser DEUS por um minuto só a Terra seria totalmente desfeita.
E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
Colossenses 1:17
DEUS é ESPÍRITO. Não tinha como retirar JESUS de DEUS. DEUS é PAI, FILHO e ESPÍRITO. Ele estava na Terra como homem e continuava sendo DEUS. Veja. Não existe lugar onde DEUS não esteja. Então JESUS estava em DEUS e em um corpo humano ao mesmo tempo. O ESPÍRITO SANTO não deixou de ser DEUS para estar dentro de nós ao mesmo tempo.
Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6:19
Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. 1 Coríntios 6:17
JESUS respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. João 14:23
faremos nele morada - JESUS não deixa de estar a direita do PAI quando está em nós. O ESPÍRITO SANTO não deixa de Estar em DEUS e ser DEUS quando está em nós. Aqui na Terra era usado pelo ESPÍRITO SANTO quando fazia milagres e coisas extraordinárias.
como DEUS ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque DEUS era com ele. Atos 10:38 II – JESUS, VERDADEIRO HOMEM JESUS CRISTO, A VIDA E VISÃO GERAL (a) JESUS CRISTO é o Messias, Salvador e fundador da igreja cristã. Para os cristãos, Ele é o Senhor de suas vidas. Embora tenha vivido na terra somente 33 anos, tem exercido grande impacto nas pessoas – mesmo naqueles que não crêem que Ele é o Filho de DEUS. JESUS CRISTO é descrito em detalhe na Bíblia – sua vida, obra e ensinamentos – nos Evangelhos, cada um focando diferentes ângulos. Mateus o apresenta como o esperado Rei do povo judeu. Marcos o mostra como servo de todos. Lucas tende a destacar seu caráter compassivo e bondoso para com os pobres. João descreve um relacionamento amoroso com JESUS e sua intimidade com o PAI. No entanto todos concordam que JESUS é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis. (b) A VIDA DE JESUS A história contada nos Evangelhos abrange estágios que vão da encarnação de CRISTO, ou sua entrada no mundo, até sua morte na cruz. A apresentação total da vida de CRISTO está centrada na cruz e na sua ressurreição triunfal. (c) A PRÉ-EXISTÊNCIA DE JESUS João começa o seu Evangelho com uma referência à Palavra (João 1:1), e com isso dá uma visão gloriosa de JESUS, que existia mesmo antes da criação do mundo (1:2). JESUS tomou parte no ato da criação (1:3). Entretanto, o nascimento de JESUS foi ao mesmo tempo um ato de humilhação e de iluminação. A luz brilhou, mas o mundo preferiu permanecer nas trevas (1:4-5, 10). (d) O NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS Mateus e Lucas contam que JESUS CRISTO foi concebido pelo ESPÍRITO SANTO e nascido de Maria, que era virgem. Para ser DEUS e homem, JESUS não poderia ter sido concebido naturalmente, pois herdaria o pecado de Adão. Profetizado por Isaías e Acaz (Isaías 7:10-14), seu nascimento miraculoso não foi um fato sem importância – é o cerne da história de JESUS. O nascimento virginal é prova da Encarnação de JESUS e de que CRISTO era realmente DEUS. JESUS passou sua infância em Nazaré e aos 12 anos foi achado no templo conversando com os doutores da lei. (e) O BATISMO DE JESUS JESUS veio ao mundo com uma missão e embora não fosse pecador, decidiu se submeter ao batismo para mostrar que estava preparado para levar a carga de pecados da humanidade. O batismo é um símbolo da morte do homem, sepultamento de seus pecados e ressurreição de uma nova criatura em CRISTO. É uma visão externa da mudança interna de uma pessoa. A parte mais importante do batismo de JESUS foi a voz que desceu do céu, declarando prazer no Filho amado (Mateus 3:17). Esse pronunciamento de DEUS foi o verdadeiro início do ministério de JESUS; o Pai lhe dava total aprovação para sua obra. Outro fato importante foi a manifestação do ESPÍRITO SANTO sob a forma simbólica de uma pomba (3:16). (f) OS DIAS FINAIS EM JERUSALÉM Incomodados com a crescente popularidade de JESUS, os líderes religiosos procuravam achá-lo em falta. JESUS começou a preparar seus discípulos, instruindo-os sobre eventos futuros, especialmente o fim do mundo. Reafirmou-lhes a certeza de sua volta e mencionou vários sinais que a precederiam (Mateus 24-25; Marcos 13; Lucas 21). Desafiou-os a estarem vigilantes (Mateus 25:13) e diligentes (25:14-30). Com isso preparava o caminho para os eventos da prisão, julgamento, sofrimento e crucificação que se seguiram. Na noite anterior à sua prisão, porém, tomou com eles a Ceia do Senhor e lhes explicou o significado da sua morte (Mateus 26:26-30; Marcos 14:22-25; Lucas 22:19-20; 1 Coríntios 11:23-26). Através do pão e do vinho, que simbolizavam seu corpo partido e seu sangue derramado pelos pecadores, instituiu um memorial que selava uma nova aliança. (g) JULGAMENTO E CRUCIFICAÇÃO Levado à presença das autoridades, JESUS foi interrogado (Mateus 27:1-2; Marcos 15:1; Lucas 23:1; João 18:28; Lucas 23:7-12) e julgado inocente por Pilatos. Mas seus inimigos escarneciam dele e incitavam a multidão pedindo sua morte. Pilatos entregou-o para ser crucificado. Foi pregado numa cruz, sofreu zombarias, açoites e humilhações, mas ainda assim expressou compaixão pelo criminoso arrependido crucificado ao seu lado (Lucas 23:39-43). Também comoveu-se por sua mãe (João 19:25-27), orou ao Pai pelo perdão daqueles que o crucificaram (Lucas 23:34) e com um grande grito, expirou (Marcos 15:37). Naquele momento houve escuridão e um terremoto, como se a natureza reconhecesse o significado daquele evento. O véu do templo de Jerusalém se partiu ao meio, não mais servindo como barreira ao lugar SANTO dos Santos. A morte de JESUS abriu o caminho para todas pessoas chegarem livremente à presença de DEUS e adorá-lo. Ele pagou por nossos pecados e nos trouxe de volta para o Pai. (h) SEPULTAMENTO, RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO O corpo de JESUS foi colocado numa tumba emprestada (Mateus 27:57-60; João 19:39) que, depois de 3 dias foi encontrada vazia (João 20:2-10). Cumprira-se a Escritura: JESUS ressuscitara. Seu aparecimento aos discípulos causou dúvida (João 20:24-29) e espanto. JESUS ressuscitou glorificado em forma humana, porém não foi reconhecido de imediato. (João 20:15-16). Seus aparecimentos foram ocasiões de alegria e ensinamentos (Lucas 24:44 e Atos 1:3). A ressurreição transformou a tragédia em vitória. Sua ascensão aos céus aconteceu 40 dias depois da ressurreição. JESUS foi juntar-se ao Pai em glória (Lucas 24:51; João 20:17; Atos 1:9-11).
1. JESUS estava no seio do Pai. DEUS nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer. João 1:18 Veja mais estudos abaixo
2. Profetizado no Antigo Testamento. Os 11.1 Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei a meu filho. Cumprimento em Mt 2.14,15 Veja mais estudos abaixo
3. Encarnado no Novo Testamento.
Para que pudéssemos ser salvos era preciso um salvador com as seguintes características: Ser homem - SANTO - Sem Pecado - Capaz de se oferecer a si mesmo pelos pecados da humanidade - Capaz de substituir o homem em sua condenação - Com estreita comunhão com DEUS para fazer sinais e prodígios na pregação do evangelho - Ser descendente de Davi - etc... DEUS é ESPÍRITO, e para se fazer homem teria que nascer na Terra como homem, tomar a forma de homem. O Evangelho segundo Mateus começa com a genealogia de JESUS CRISTO, a qual retrata a linhagem ancestral de JESUS pela linha paterna (a de José), segundo o costume judaico (v. 16). José não era o pai biológico de JESUS, contudo era o pai legal (v. 20). Mateus fez assim a fim de comprovar aos judeus que JESUS era o Messias esperado, que governaria eternamente o povo de DEUS (cf. Is 11.1-5), pois DEUS prometera que o Messias seria um descendente da família de Davi (2 Sm 7.12-19; Jr 23.5), bem como da de Abraão (Gn 12.3; Gl 3.16). É evidente que materialmente ou carnalmente falando, JESUS para os judeus seria muito importante desde que fosse descendente do grande rei Davi, porém, espiritualmente falando, a descendência de Davi serviria para mostrar a humanização e humilhação de JESUS, pois DEUS não descende de homem, DEUS é DEUS.
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4. JESUS nasceu na plenitude dos tempos.
Exemplo de JESUS como Homem - De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS,
que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Filipenses 2:5-8
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5. Em Israel, JESUS é apresentado ao mundo. E o mesmo JESUS começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José, de Eli, Lucas 3:23 Veja mais estudos abaixo II – JESUS, O HOMEM PERFEITO
1. A humanidade de JESUS. Mateus 1.18-25 18 - Ora, o nascimento de JESUS CRISTO foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do ESPÍRITO SANTO. 19 - Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. 20 - E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do ESPÍRITO SANTO. 21 - E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 22 - Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: 23 - Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: DEUS conosco). 24 - E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, 25 - e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS. A concepção virginal do Filho de DEUS. Na concepção do Verbo de DEUS, não houve o que se convencionou chamar de nascimento virginal; o que realmente se deu foi o mistério da concepção virginal, conforme profetizou Isaías: "Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e serão seu nome Emanuel" Os 7.14; Mt 1.25-24; Lc 1.35). Seu nascimento ocorreu em Belém conforme o registro de Lc 2.3-12. Maria, como as demais mulheres, sentiu as dores de parto ao dar à luz a CRISTO; e, JESUS, à nossa semelhança, deixou o ventre materno, natural e não sobrenaturalmente, ao nascer em Belém de Judá. Portanto, se o seu nascimento foi natural, a sua concepção, frisamos, foi um ato miraculoso operado pelo ESPÍRITO SANTO, conforme registra Lucas 1.30-35. Lc 2.7 E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.11 pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é CRISTO, o Senhor.
2.11 O SALVADOR... CRISTO, O SENHOR. Na ocasião do seu nascimento, JESUS é chamado Salvador . (1) Como Salvador, veio nos libertar do pecado, do domínio de Satanás, do mundo ímpio, do medo, da morte e da condenação pelas nossas transgressões (ver Mt 1.21). (2) O Salvador também é CRISTO, o Senhor . Foi ungido como o Messias de DEUS, e o Senhor que reina sobre o seu povo (ver Mt 1.1). Ninguém pode ter CRISTO como Salvador, enquanto o recusar como Senhor. NUMA MANJEDOURA. CRISTO nasceu numa estrebaria, onde guardavam gado, situada talvez numa caverna ou embaixo da casa ou da estalagem. A manjedoura era uma espécie de gamela onde o gado se alimentava. O nascimento do Salvador, o maior evento de toda a História, ocorreu em circunstâncias, as mais humildes. JESUS, sendo o Rei dos reis, não nasceu nesta vida como rei, nem viveu como um rei aqui na terra. Os filhos de DEUS são sacerdotes e reis, mas nesta vida devemos ser como Ele era, humilde e simples. Como era a dimensão corpórea de JESUS? JESUS cresceu como qualquer ser humano e, como tal, JESUS viveu os limites dessa dimensão corpórea. Qual era a estruturada da família nos dias de JESUS? Os estudiosos observam que a família hebraica obedecia à seguinte estrutura social: endógama - casam-se com parentes; patrilinear - descendência pai-filho; patriarcal - poder do pai; patriolocal - a mulher vai para a casa do marido; ampliada - reúne os parentes próximos todos no grupo, e polígena - tem muitas pessoas.
Como era o equilíbrio psicológico de JESUS? As Escrituras mostram que JESUS tinha total domínio sobre suas emoções. Ele não sofria de nenhum distúrbio mental ou emocional. Como foi o crescimento de JESUS? Crescimento saudável, perfeito. O crescer de forma integral é crescer de forma completa - corpo, alma, espírito. DEUS é ESPÍRITO. Não tinha como retirar JESUS de DEUS. DEUS é PAI, FILHO e ESPÍRITO. Ele estava na Terra como homem e continuava sendo DEUS. A HUMANIDADE DE JESUS CRISTO Mas, vindo a plenitude dos tempos, DEUS enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei. (Gálatas 4.4) Culto Familiar Segunda Is A missão do Filho do Homem Terça Mq O lugar do seu nascimento Quarta Lc Sua origem humana Quinta Mt O evento do seu nascimento - Constante comunhão com DEUS - Abnegação dos atributos divinos A BÍBLIA PROVA A SUA ORIGEM HUMANA Os profetas anunciaram o seu nascimento humano Os evangelhos registram sua manifestação como homem Ele próprio apresenta-se como Filho do Homem O SEU MINISTÉRIO POSSUI LIMITAÇÕES HUMANAS Não possuía todos os atributos divinos (exemplo - só podia estar em um lugar de cada vez) Necessitou de unção divina e dependeu de oração ao Pai Desconhecia o próprio dia de sua vinda Hebreus E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, 15 - e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.
2. JESUS, o Último Adão. Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão, em espírito vivificante. 1 Coríntios 15:45 Veja mais estudos abaixo
3. A perfeição espiritual e moral de JESUS.
JESUS JAMAIS USOU DE SUAS PRERROGATIVAS DIVINA. SE O FIZESSE NÃO PODERIA EXECUTAR O PLANO DIVINO DE REDENÇÃO QUE TINHA QUE SER REALIZADO POR UM HOMEM, NA TERRA. que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Filipenses 2:6-8 TODO PODER QUE JESUS USOU PARA SABER SEGREDOS DOS HOMENS, SABER SOBRE O FUTURO, FAZER MILAGRES, CURAR DOENTES E ENFERMOS, TUDO ISSO VEIO DOS DONS DO ESPIRITO SANTO QUE ESTAVA NELE. PALAVRA DE SABEDORIA - REVELAÇÃO DO FUTURO. PALAVRA DE CONHECIMENTO OU DA CIÊNCIA - REVELAÇÃO DE ALGO NO LOCAL OU FORA DELE E TEMPO EM QUE SE ENCONTRAVA . DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS - REVELAÇÃO DE AÇÃO MALIGNA E EXPULSÃO DE DEMÔNIOS. DOM DA FÉ - RESSUSCITAR MORTOS. DOM DE MILAGRES - CURAS DE CEGOS, SURDOS, ALEIJADOS, ANDAR SOBRE AS ÁGUAS , TEMPESTADE PARAR, ETC... DONS DE CURAR - CURA DE TODAS AS DOENÇAS E ENFERMIDADES. O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. Lucas 4:18,19 SATANÁS TENTARIA JESUS SE ELE NÃO PUDESSE PECAR SE DESEJASSE? Manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem. Isaías 7:15 - JESUS NÃO PECOU PORQUE ESCOLHEU NÃO PECAR - Então, foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Mateus 4:1 - Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Hebreus 4:15
Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados. Hebreus 2:18 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. João 14:12 OS DONS SÃO DO ESPÍRITO SANTO E JESUS ERA CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou do Jordão e foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto. Lucas 4:1 JESUS, VERDADEIRO HOMEM, VERDADEIRO DEUS - Ezequias Soares - CPAD - CRISTOLOGIA
DOS QUAIS SÃO OS PAIS, E DOS QUAIS É CRISTO, SEGUNDO A CARNE, O QUAL É SOBRE TODOS, DEUS BENDITO ETERNAMENTE. AMÉM!
ROMANOS 9.5
O presente capítulo trata das naturezas humana e divina de CRISTO, e isso envolve o tema sobre o monoteísmo bíblico e a Trindade. Ele andou entre nós, apresentou todas as características do ser humano, exceto o pecado, e também manifestou a sua glória como DEUS. O assunto requer sobriedade e prudência, pois trata-se de uma questão de vida ou morte, JESUS disse: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único DEUS verdadeiro e a JESUS CRISTO, a quem enviaste” (Jo 17.3 ).
Quando ele foi interrogado acerca do maior de todos os mandamentos, citou a confissão de fé do judaísmo (Dt 6.4 ) como o maior de todos os mandamentos: “E JESUS respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso DEUS, é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento” (Mc 12.29, 30 ). A doutrina sobre DEUS é de vital importância, uma interpretação errada compromete todo o pensamento teológico. A vida eterna é o maior de todos os mandamentos está vinculada ao tema do presente estudo.
O MONOTEÍSMO BÍBLICO
Monoteísmo é a crença em um só DEUS. As Escrituras ensinam que existe um só DEUS e que DEUS é um só. Essa doutrina vem desde a antiguidade (Dt 6.4; 2 Rs 19.15; Ne 9.6; Sl 83.18; Sl 86.10). O DEUS de Israel, revelado no Antigo Testamento, é o mesmo DEUS do cristianismo. JESUS não somente ratificou o monoteísmo judaico como também afirmou que o DEUS Javé, de Israel, mencionado em Deuteronômio 6.4-6, é o mesmo DEUS que o Filho revelou (Mc 12.29-32). O apóstolo Paulo pregava para judeus e gentios o mesmo DEUS revelado por JESUS: “O DEUS de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca” (At 22.14). Ele enfatizava sempre o monoteísmo: “Todavia para nós há um só DEUS, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, JESUS CRISTO, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (1 Co 8.6); “Ora, o medianeiro não o é de um só, mas DEUS é um” (Gl 3.20); “Um só DEUS e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós” (Ef 4.6).
Pelo exposto até aqui, observa-se que a Bíblia ensina com todas as letras, de maneira expressa, haver um só DEUS, e que DEUS é um só. Todavia, afirma que o Pai é DEUS, o Filho é DEUS e o ESPÍRITO SANTO é DEUS. O nome “DEUS” aplica-se ao Pai sozinho (Fp 2.11), da mesma forma ao Filho (Cl 2.9) e ao ESPÍRITO SANTO (At 5.3,4). Aparece, na maioria das vezes, com referência à Trindade (Dt 6.4). Isso também ocorre com o nome Javé, mais conhecido como Jeová, ou “SENHOR”, na ARC. Aplica-se, também, ao Pai sozinho (Sl 110.1), ao Filho (comp. Is 40.3; Mt 3.3), ao ESPÍRITO SANTO (Ez 8.1,3) e à Trindade (Dt 6.4; Sl 83.18). Visto que o Antigo e o Novo Testamento atestam o monoteísmo, como fazer com a Trindade?
O Novo Testamento não contradiz o Antigo, mas torna explícito o que dantes estava implícito nessa primeira parte das Escrituras, pois a unidade de DEUS não é absoluta. O DEUS verdadeiro não é uma mônoda estéril de modo que o Antigo Testamento revela a unidade na Trindade, ao passo que o Novo revela a Trindade na unidade. Essa doutrina não neutraliza, nem contradiz o monoteísmo e nem a doutrina da Unidade anula a Trindade, essa doutrina consiste em um só DEUS em três Pessoas, o que é diferente do triteísmo (três deuses).
O nosso conceito trinitariano segue o modelo do Credo de Atanásio: “Adoramos um DEUS em trindade, e trindade em unidade; não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância”. A Trindade pode ser entendida como a união de três Pessoas: o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO, em uma só Divindade, sendo iguais, eternas, da mesma substância, embora distintas, sendo DEUS cada uma delas (Mt 28.19, 1 Co 12.4-6; 2 Co 13.13; Ef 4.4-6). O termo “pessoa” não é muito apropriado para aplicar às três identidades distintas da Trindade. O que queremos dizer com isso é que se trata da união de três identidades pessoais em um só Ser, Indivíduo, DEUS, uma só existência ou essência. A natureza divina é uma, mas as Pessoas divinas, três.
A fé cristã não admite a existência de outros deuses: “... antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá” (Is 43.10); “... e fora de mim não há DEUS” (Is 44.6). É verdade que a Bíblia faz menção de deuses falsos. Se são falsos, não podem ser DEUS. Uma nota falsa de um dólar não é um dólar. Da mesma maneira, deus falso não é divindade. A crença em um só DEUS e nas demais divindades é henoteísmo, enquanto que o cristianismo é monoteísta. São deuses apenas na mente de seus adoradores. Na realidade não passam de ídolos. A Bíblia afirma que eles não são de fato deuses: “Mas, quando não conhecíeis a DEUS, servíeis aos que por natureza não são deuses” (Gl 4.8). São os demônios que estão por trás desses ídolos (1 Co 10. 19-21).
JESUS CRISTO HOMEM
“Porque há um só DEUS, e um só mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO homem” (1 Tm 2.5). JESUS CRISTO é o eterno e verdadeiro DEUS e ao mesmo tempo o verdadeiro homem. Tornou-se homem para suprir a necessidade dos seres humanos. O termo EMANUEL, que o próprio escritor sagrado traduziu por “DEUS CONOSCO” (Mt 1.23), mostra que DEUS está como homem e entre os homens: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). O ensino da humanidade de CRISTO, no entanto, não neutraliza a sua divindade, pois ele possui duas naturezas, a humana e a divina, o que está claramente expresso no seu nome EMANUEL.
JESUS foi revestido do corpo humano porque o pecado entrou por um homem, e pela justiça de DEUS tinha de ser vencido por um homem. A Bíblia diz que o pecado entrou no mundo por Adão (Rm 5.12, 18,19). JESUS fez-se carne. Fez-se homem sujeito ao pecado, embora nunca houvesse pecado, e venceu o pecado como homem (Rm 8.3). A Bíblia mostra que todo o gênero humano está condenado, que o homem está perdido e debaixo da maldição do pecado (Sl 14.2-3; Rm 3.23). Todos são devedores, e por isso ninguém pode pagar a dívida do outro. A Bíblia diz que somente DEUS pode salvar (Is 43.11). Então, esse mesmo DEUS tornou-se homem, trazendo-nos o perdão de nossos pecados e cumprindo ele mesmo a lei que promulgara (At 4.12; 1 Tm 3.16; Cl 2.14). Quando JESUS estava na terra, não se apegou às prerrogativas da divindade para vencer o diabo, mas aniquilou-se a si mesmo, fazendo-se semelhante aos homens (Fp 2.5-8). Como homem, tinha certa limitação em tempo e espaço e, portanto, submisso ao Pai. Eis a razão de ele ter dito em Jo 14.28: “O Pai é maior do que eu”.
Os evangelhos revelam atributos característicos do ser humano em JESUS. Todo ser humano nasce de mulher, cresce e morre, tem emoções, alegra-se e entristece-se e seu corpo cansa-se e fatiga-se. CRISTO experimentou tudo isso quando esteve entre nós.
• Ele nasceu de uma mulher, embora gerado pela ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. Seu nascimento, ou seja, o parto, foi normal e comum como o de qualquer ser humano (Lc 2.6-7).
• Ele cresceu em estatura e em sabedoria (Lc 2.52).
• Ele sentiu sono, fome, sede e cansaço (Mt 8.24; Jo 19.28; 4.6).
• Ele sofreu, chorou e sentiu angústia (Hb 13.12; Lc 19.41; Mt 26.37).
• Ele teve mãe humana, além de irmãos e irmãs (Mt 12.47; 13.55-56).
• Ele morreu, embora ressuscitasse ao terceiro dia, passando pelo ardor da morte (1 Co 15.3-4).
• Ele deu provas materiais de ter corpo humano (1 Jo 1.1; Lc 24.39-41).
• Ele foi feito semelhante aos homens, mas sem pecado (Hb 2.17; 4.15).
Quando o apóstolo Paulo afirma que JESUS “nasceu da descendência de Davi segundo a carne” (Rm 1.3), está descrevendo a sua linhagem humana, conceito previsto desde o Antigo Testamento (Sl 22.22; Is 8.18), cumprido e confirmado no Novo Testamento (Hb 2.12, 13).
O fato de pertencer à família do rei Davi revela sua identidade com o gênero humano. O termo “segundo a carne” está vinculado à descendência de Davi, logo, diz respeito à natureza humana. A palavra “carne” é usada, novamente, nessa acepção nessa mesma epístola (Rm 9.5). Sua genealogia foi registrada em Mateus 1.1-17 e Lucas 3.2-38, o que pormenoriza a origem humana. Convinha que ele viesse como homem, pois, se não fosse humano, não poderia sofrer e dessa forma não poderia ser o Salvador dos seres humanos (Hb 2.17).
Houve nos primeiros séculos da história do cristianismo muitas heresias (algumas delas já vimos no capítulo 1) que negavam ter JESUS CRISTO vindo em carne. Apolinário ensinava que JESUS era só DEUS e que nada havia nele de humano. Da mesma forma, os gnósticos, pois ensinavam que JESUS não teve um corpo humano, mas um corpo docético, isto é, um corpo como um fantasma. Tanto os apolinarianistas como os gnósticos estavam sobremaneira errados. A Bíblia ensina tanto a divindade como a humanidade de CRISTO. “E todo o espírito que confessa que JESUS não veio em carne não é de DEUS...” (1 Jo 4.3).
Os grupos religiosos contrários à divindade absoluta de JESUS costumam usar fora do contexto, como ponta de lança, as passagens bíblicas que revelam as características humanas. Isso vem desde os primeiros séculos da Era Cristã. É pecado negar a humanidade de CRISTO (1 Jo 4.2-3; 2 Jo 7), do mesmo modo como é pecado negar a sua divindade, pois JESUS é tanto humano como divino (Rm 1.2-4; 9.5).
JESUS CRISTO DEUS
A Bíblia ensina e afirma de maneira explícita que JESUS é DEUS igual ao Pai, portanto, da mesma essência ou substância, como já estudamos até aqui. Convém ressaltar que JESUS não é metade DEUS e metade homem, nada foi mudado na encarnação, portanto ele é o perfeito homem “JESUS CRISTO homem” (1 Tm 2.5), e o perfeito DEUS, em toda a plenitude “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). O termo grego morph, “forma”, usado pelo apóstolo Paulo “sendo forma de DEUS” (Fp 2.6), indica essência imutável, portanto, jamais deixou de ser DEUS. Há inúmeras referências bíblicas em defesa da divindade de CRISTO.
Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chama-lo-ão pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: DEUS Conosco (Mt 1.23).
Uma citação de Isaías 7.14, cuja profecia se cumpriu no Novo Testamento, “DEUS Conosco” é DEUS entre os homens. É verdade que muitos personagens da Bíblia trazem o nome de DEUS em seus próprios nomes: Daniel “DEUS é meu juiz”, Elias, “Javé é DEUS”, e assim por diante. Mas aqui, “DEUS Conosco” é analisado à luz do seu contexto. São várias as passagens que falam textualmente que JESUS é DEUS e também que suas obras divinas e que seus atributos são exclusivos à deidade.
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, DEUS Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is 9.6).
Essa profecia é messiânica e fala do nascimento e do ministério de JESUS. Dos nomes apresentados um diz expressamente que ele é DEUS, “DEUS Forte”, e outro revela um dos atributos incomunicáveis, que é exclusivo da deidade, “Pai da Eternidade”.
Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o nome, com que o nomearão: O SENHOR, Justiça Nossa (YHWH TSIDKENU em hebraico – Jr 23.5, 6).
Aqui, temos outra profecia messiânica em que descreve atributos e títulos de JESUS: Renovo de Davi, Renovo justo, Rei de toda a terra, Salvador de Israel. Essas descrições estão reveladas no Novo Testamento na pessoa de JESUS (Rm 1.3; At 3.14; 4.12; Ap 19.16). Por fim, o Renovo de Davi, o Messias, é chamado de “Javé Justiça Nossa”.
E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azel) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu DEUS, e todos os santos contigo, ó Senhor” (Zc 14.5).
Essa profecia é escatológica e fala do grande livramento de Jerusalém por ocasião da segunda vinda de JESUS. Aqui, o Messias é chamado de “Javé, meu DEUS”, com todos os santos com ele. Compare essa profecia com a citada em Judas 14.
No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. Ele estava no princípio com DEUS. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.1-3).
Veja o comentário dessa passagem no primeiro capítulo, JESUS, o verbo de DEUS.
Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que DEUS era o seu próprio Pai, fazendo-se igual a DEUS (Jo 5.18).
Essa passagem é assunto do segundo capítulo, JESUS, o Filho de DEUS.
para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai, que o enviou” (Jo 5.23).
O Senhor JESUS ensinou que a honra devida ao Pai é a mesma devida ao Filho. Isso significa que o cristão deve adorar o Pai da mesma maneira que adora o Filho.
Disse-lhes JESUS: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou (Jo 8.58).
“Eu sou” é um título divino, o DEUS de Israel apresentou-se mais de uma vez como “Eu Sou” (Êx 3.14; Dt 32.39). JESUS declarou-se ser o mesmo “Eu Sou” do Antigo Testamento, e os judeus entenderam a sua mensagem, pois “pegaram em pedras para lhe atirarem” (Jo 8.59). Essa reação é porque sabiam que somente a DEUS pertence o título “Eu Sou” e por isso consideravam blasfema a declaração de JESUS.
Eu e o Pai somos um. Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem. Respondeu-lhes JESUS: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais? Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti mesmo (Jo 10.30-33).
A declaração de JESUS, ser um com o Pai, não se trata apenas de uma unidade de pensamento e de comunhão. Os judeus interpretaram corretamente o discurso do Mestre, porém não aceitaram essa verdade. Eles disseram: “Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti mesmo” (v. 33). Se o Senhor JESUS não tivesse falado de sua deidade, certamente teria corrigido o mal-entendido, mas não o fez, ele aceitou a acusação dos judeus de declarar-se DEUS.
Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e DEUS meu! (Jo 20.28).
Afirmar que essa declaração de Tomé se trata de uma expressão de surpresa seria anacronismo, pois os judeus ainda hoje não usam o nome de DEUS, no contexto judaico da época, seria tomar o nome de DEUS em vão. Tomé afirmou ser JESUS o DEUS verdadeiro.
Dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne, o qual é sobre todos, DEUS bendito eternamente. Amém. (Rm 9.5).
Algumas versões truncaram a segunda parte dessa passagem, a Bíblia Viva parafraseada: “e o próprio CRISTO foi um de vocês – um judeu no que dizia respeito à natureza humana, Ele que agora reina sobre todas as coisas. Glória a DEUS para sempre”. As versões católicas como Bíblia do Peregrino, que traduz: “de sua linhagem segundo a carne descende o Messias. Seja para sempre bendito o DEUS que está acima de tudo. Amém”, e a Bíblia Edição Pastoral: “e deles nasceu CRISTO segundo a condição humana, que está acima de tudo. DEUS seja bendito para sempre. Amém!”. Quem se interessa, geralmente, por tradução similar são editores heterodoxos, como as testemunhas de Jeová, ou céticos, como Hugh J. Schonfield.
A questão nessa passagem é quanto à pontuação, pois na antiguidade não havia sinal gráfico de pontuação. A construção apresentada em nossa versão e outras similares como a ARA, TB e NVI é natural. Disse A. T. Robertson em relação às nossas versões: “Esta é a maneira natural de tomar o sentido da oração, cuja pontuação própria e literal é a seguinte: ‘O qual é sobre todas as coisas DEUS bendito pelos séculos... A interposição de um ponto e seguido depois de sarka (ou de um ponto e vírgula) e a iniciação de uma nova oração para a doxologia têm um resultado mui brusco e forçado” (ROBERTSON, tomo 4, 1989, p. 512). O termo “Sarka” é a palavra grega para “carne”. A pontuação pode mudar o sentido da mensagem.
Que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS (Fl 2.6).
O texto sagrado está afirmando que o Senhor JESUS não considerou usurpação o ser exatamente igual a DEUS, e isso ensina a deidade absoluta de CRISTO. Ele “não teve por usurpação ser igual a DEUS” simplesmente porque ele já “existia em forma de DEUS”.
Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em caridade e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de DEUS – CRISTO (Cl 2.2).
A parte final desse versículo está de acordo com os textos WH e NA é: τοῦ μυστηρίου τοῦ θεοῦ Χριστοῦ (tou mystēriou tou theou Chistou) – WH; τοῦ μυστηρίου τοῦ θεοῦ, Χριστοῦ (tou mystēriou tou theou, Chistou) – NA, ambos os textos: “Do mistério de DEUS – CRISTO”. A diferença entre WH e NA está apenas no uso da vírgula depois da palavra theou, mas ambos dizem a mesma coisa. Há algumas variantes nos manuscritos gregos. O aparato crítico da NA apresenta todas as variantes dessa passagem bíblica.
Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl 2.9).
JESUS é DEUS pleno e absoluto em toda a sua plenitude, e não um deus de segunda categoria. A palavra “divindade” ou “deidade”, no texto grego, é θεότης (theotēs) e só aparece uma vez no Novo Testamento grego: “θεότ, deidade, difere de θειότ., divindade, como a essência difere da qualidade ou atributo” (THAYER, 1991, p. 288). Essa essência divina ou deidade absoluta, diz o apóstolo, habita corporalmente em CRISTO — o DEUS-Homem e o Homem-DEUS.
Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande DEUS e nosso Senhor JESUS CRISTO (Tt 2.13).
O texto sagrado apresenta de maneira direta e inconfundível que JESUS é o “grande DEUS”.
Mas, do Filho, diz: Ó DEUS, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de eqüidade é o cetro de teu reino (Hb 1.8).
O texto, aqui, é uma citação do salmo 45.6 e 7, cujo DEUS é o DEUS de Israel, em hebraico é ’lhîm, “DEUS”. O escritor da epístola aos Hebreus afirma, nesta passagem, que o DEUS do salmo citado é JESUS. Veja comentário no segundo capítulo, JESUS, o Filho de DEUS.
Simão Pedro, servo e apóstolo de JESUS CRISTO, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso DEUS e Salvador JESUS CRISTO (2 Pe 1.1).
O texto sagrado afirma a divindade de JESUS.
E sabemos que já o Filho de DEUS é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho JESUS CRISTO. Este é o verdadeiro DEUS e a vida eterna (1 Jo 5.20).
Em João 17.3, JESUS afirma que existe um só DEUS verdadeiro, entretanto, aqui, o texto sagrado afirma de maneira direta que JESUS é o “verdadeiro DEUS e a vida eterna”.
Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o transpassaram; e todos as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso (Ap 1.7, 8).
Todo o parágrafo do primeiro capítulo de Apocalipse trata da revelação de JESUS CRISTO. O versículo 7 afirma: “Eis que vem com as nuvens e todo o olho o verá, até os mesmos que o transpassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!” É o Filho que vem com as nuvens, assim, o versículo 8 está falando do mesmo que vem com as nuvens, portanto, não é uma referência ao Pai, mas ao Filho. Existem traduções que trazem “Senhor DEUS”, porque assim encontramos em alguns manuscritos gregos, mas isso serve para reforçar a idéia, contida no texto, de que JESUS é o Senhor DEUS Todo-poderoso. É o que encontramos mais adiante: “Não temas; eu sou o Primeiro e o Último” (Ap 1.17), o mesmo “Princípio e o Fim”, de Ap 1.8.
ATRIBUTOS INCOMUNICÁVEIS E TÍTULOS DA DIVINDADE EM JESUS
Além de todos os textos que ensinam explicitamente que o Senhor JESUS é DEUS, encontramos também na Bíblia todos os atributos da divindade nele.
Eternidade. O atributo da eternidade de CRISTO já foi analisado no primeiro capítulo, JESUS, o verbo de DEUS.
Onipotência. A Bíblia ensina que o Filho é onipotente, isto é, o Todo-poderoso. JESUS disse: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18). JESUS tem todo o poder no céu e na terra; em outras palavras, não há nada no céu e na terra que ele não possa fazer, para ele, não há impossível. A Bíblia ensina que JESUS já possuía esse poder mesmo antes de vir ao mundo (Fp 2.6-8). Após a sua ressurreição, ele recuperou o mesmo poder e a mesma glória que tinha com o Pai, antes que o mundo existisse (Jo 17.5). JESUS está “acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro” (Ef 1.21). Em Apocalipse 1.8, ele é chamado de παντοκράτωρ (pantokrator), “Todo-poderoso, Soberano universal” (BALZ & SCHNEIDER, 2002, vol. II, p. 699), nome usado pela Septuaginta para traduzir alguns nomes divinos, como o Tetragrama, YHWH, Jeová, (Zc 9.14), אֱלֹהָי (’ĕlōhāî) “meu DEUS” (Zc 11.4); צְבָאוֹת (tsebā’ôth), “Exércitos”, vinculado ao nome “SENHOR dos Exércitos” diversas vezes (2 Sm 5.10, 7.8) e שַׁדַּי (Shadday), “Todo-poderoso”, apenas no livro de Jó.
Onipresença. A onipresença é o poder de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. JESUS é ilimitado no tempo e no espaço. Ele disse: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.20), e mais: “Eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém” (Mt 28.20). Essas duas passagens mostram que JESUS está presente em qualquer parte do universo porque ele é onipresente. Nós encontramos o cumprimento de suas palavras na própria Bíblia: “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!” (Mc 16.20), e hoje, nos cultos, em nossas vidas, no trabalho, na escola, no lar.
Onisciência. A onisciência é outro atributo que só DEUS possui, e, no entanto, JESUS revelou essa onisciência durante o seu ministério. Em João 1.47,48, por exemplo, quando disse que viu Natanael debaixo da figueira. Sabia que no mar havia um peixe com uma moeda, e que Pedro, ao lançar o anzol, o pescaria e com o dinheiro pagaria o imposto, tanto por ele como por CRISTO (Mt 17.27). Em João 2.24,25 está escrito que não havia necessidade de ninguém falar algo sobre o que há no interior do homem, porque JESUS já sabia tudo. A Bíblia afirma que só DEUS conhece o coração dos homens (1 Rs 8.39), então JESUS é não somente onisciente, mas também é DEUS. Ele sabia que a mulher samaritana já havia possuído cinco maridos, e que o atual homem com quem vivia não era o seu marido (Jo 4.17,18). Encontramos em João 16.30; 21.17 que JESUS sabe tudo; Colossenses 2.2,3 ensina-nos que em CRISTO “estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”. Não há nada no universo que JESUS não saiba, e tudo porque ele é onisciente e é DEUS.
JESUS é o mesmo Javé dos Exércitos. “Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos; ele é o Rei da Glória” (Sl 24.10). Este salmo transcende a um marco nacional. É um salmo profético e fala do retorno de CRISTO à sua glória, na sua ascensão. É o cântico dos anjos e a festa de recepção do Filho de DEUS, pois voltou vitorioso ao céu. O Novo Testamento chama JESUS de “o Senhor da Glória” (1 Co 2.8). As “portas” e “entradas eternas” (Sl 24.7) referem-se às portas do céu que se abriram para receber o Rei dos reis, e cumpriu-se em Atos 1.9-11.
Isaías 6.3 afirma que a terra está cheia da glória de Javé dos Exércitos, entretanto, o Novo Testamento diz que esse Javé é JESUS. Compare Isaías 6.3, 10 com João 12.40,41. O texto do versículo 40 é uma citação de Isaías 6.10, e o versículo 41 de Isaías 6.3. Assim, a Bíblia ensina que JESUS é o DEUS-Javé dos Exércitos.
JESUS é o mesmo DEUS Javé. Já vimos que JESUS é chamado de Javé Justiça Nossa (Jr 23.5,6). Os profetas Isaías e Malaquias profetizaram que João Batista seria aquele que viria ante a face de JAVÉ (Is 40.3; Ml 3.1). Estas palavras foram citadas por Zacarias por ocasião do nascimento de João: “E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos” (Lc 1.76). Veja que o nome “Senhor” está no lugar de Javé, entretanto, João Batista foi o precursor de JESUS.
O profeta Ezequiel chama o Messias de Javé, DEUS de Israel: “E disse-me o SENHOR: Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o SENHOR, DEUS de Israel, entrou por ela; por isso, estará fechada” (Ez 44.2). Esta profecia começou a se cumprir quando JESUS entrou em Jerusalém. Montado num jumento, ele caminhou no sentido do monte das Oliveiras ao centro da cidade, e passou pela porta oriental (Ne 3.29). Atualmente, a Porta Dourada é a única porta que dá acesso direto ao pátio do templo (Mc 11.11). Esta porta, que fica no lado oriental de Jerusalém, foi lacrada no ano de 1542 por ordem do sultão Suleiman II, o Magnífico, e permanece fechada até ao dia de hoje. Quem é este Javé DEUS de Israel que entrou por esta porta? É JESUS, o profeta de Nazaré.
CONTROVÉRSIAS
O Senhor JESUS perguntou certa vez “quem dizem os homens ser o Filho do homem?” (Mt 16.13). Ninguém acertou a resposta: “Uns, João Batista; outros Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas” (Mt 16.14). Somente Pedro acertou, mas JESUS esclareceu que isso só foi possível em virtude da revelação de DEUS, e isso mostra que ninguém pode conhecer a JESUS se não for pelo ESPÍRITO SANTO. O apóstolo Paulo disse: “ninguém pode dizer que JESUS é o Senhor, senão pelo ESPÍRITO SANTO” (1 Co 12.3). Foi então, em torno da cristologia (doutrina que estuda a identidade, a natureza e as obras de CRISTO), que muitos manifestaram suas opiniões, cada uma mais exótica e mais excêntrica do que outra, durante o longo período da história do cristianismo.
Desde os primeiros séculos do cristianismo houve tentativa de resposta para essa pergunta, porém muitos tropeçaram porque se abeberaram em fontes erradas e estribaram-se em métodos inadequados. Essa busca resultou em grupos religiosos isolados e seus líderes tornaram-se os grandes heresiarcas do passado, como os gnósticos: Simão de Samaria, Saturnino, Basisides, Cerinto, Marcião; os monarquianistas: Noeto, Práxeas, Paulo de Samosata, Sabélio; dentre outros como Ário, Apolinário, Jacó Baradeus, cujas doutrinas cristológicas estão presentes na atualidade. Porém, o ESPÍRITO SANTO já tinha falado de antemão pelo ministério do apóstolo Paulo sobre os pregadores de um JESUS estranho aos evangelhos: “Porque, se alguém for pregar-vos outro JESUS que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis” (2 Co 11.4).
O termo gnosticismo vem do grego γνώσις (gnosis), que significa “conhecimento” (LIDDELL & SCOTT, 1990, p. 355). Os membros desse movimento ensinavam a salvação por meio de um conhecimento místico, e não pela fé em JESUS. Eles eram grupos muito diversificados em suas doutrinas, pois diferiam de lugar para lugar, e em seus períodos. Essa doutrina era nada mais que um enxerto das filosofias pagãs nas doutrinas vitais do cristianismo. Negavam o cristianismo histórico, pois segundo essa doutrina, o Senhor JESUS não teve um corpo, isto é, não veio em carne, o seu corpo seria uma mera aparência, que chamavam de corpo docético. Seu período áureo foi entre 135-160 d.C., mas o gnosticismo já dava trabalho às igrejas da época dos apóstolos. O apóstolo João enfatiza que “o Verbo se fez carne” (Jo 1.14), e que “todo o espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS...” (1 Jo 4.3). É bom lembrar que os escritos joaninos são do final do primeiro século e que foram escritos na cidade de Éfeso, então capital da Ásia menor, de onde surgiu o gnosticismo.
O gnosticismo sírio era o de Saturnino, também conhecido como Saturnilo (120 d.C.). De acordo com seu ensino, JESUS CRISTO não nasceu, não teve forma e nem corpo, foi simplesmente visto de forma humana em mera aparência. Segundo ele, CRISTO veio para destruir o DEUS do Antigo Testamento e salvar os que cressem nele. Esse representante da escola síria ensinava que o DEUS dos judeus era apenas um dos sete anjos. Seguia a linha de Meandro,4 o qual ensinava que tudo veio à existência mediante os anjos, e era o seu número sete.
O gnosticismo egípcio era o de Saturnino ampliado e desenvolvido por Basilides (130 a.C.), cuja essência foi transmitida por Valentino de maneira poética e popular em 140 d.C. Basilides ensinava que CRISTO era a Mente primogênita do Pai Ingênito o DEUS dos judeus. Negava a crucificação de CRISTO, dizia que Simão, o cirineu, transfigurou-se e foi equivocadamente crucificado, e que o populacho o tomou por JESUS. Assim sendo, CRISTO apenas presenciou a crucificação de Simão, seu sósia.
O gnosticismo judaizante era um gnosticismo muito parecido com as doutrinas dos ebionitas (judeus cristãos que negavam a divindade de CRISTO e rejeitavam todos os evangelhos, exceto o de Mateus). Cerinto, o mentor dos judaizantes, teve ligações com os ebionitas no final do primeiro século. Cerinto negava o nascimento virginal de JESUS CRISTO. Segundo ele, JESUS foi concebido normalmente de José e Maria, e a sua sabedoria e poderes sobrenaturais advieram-lhe pelo recebimento do ESPÍRITO SANTO, no seu batismo, perdendo tudo quando foi crucificado e voltando à condição original.
O gnosticismo pôntico foi o desenvolvido por Marcião (falecdo por volta de 165), natural de Sinope, província do Ponto, na Ásia Menor (WALKER, 1980, vol. I, p. 82, 83). Transferiu-se para Roma em 135 d.C., e a partir daí passou a considerar o DEUS de Israel mau, e, depois de muitas “reflexões”, considerou-o fraco. Segundo ele, o Senhor JESUS não era o Filho do DEUS do Antigo Testamento, e CRISTO revelou um DEUS até então desconhecido. Pregava Marcião que todos os cristãos deviam rejeitar as Escrituras Sagradas dos judeus e o DEUS nelas reveladas. Selecionou para si uma coleção de livros autorizados contendo as epístolas paulinas (sem as pastorais e mutiladas todas as passagens que revelam ser CRISTO o Filho do DEUS do Antigo Testamento), pois, segundo ele, somente Paulo entendeu o evangelho de CRISTO, e os demais apóstolos caíram “no erro do judaísmo”. Ele incluiu no seu cânon o evangelho de Lucas, mutilando todas as passagens que afirmam que o DEUS dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó é o Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Os pais da igreja rebateram as heresias gnósticas, entre eles, Irineu de Lião, o principal expositor cristão que combateu o gnosticismo em sua obra adversus Haereses (Contra as Heresias). Foi discípulo de Policarpo, e este, do apóstolo João. Tornou-se bispo de Lião, Gália, atual França, em 177, sendo o teólogo que mais se destacou dentre os demais pais da igreja do século II (História Eclesiástica, 3, XXVIII). Tertuliano (145-220) de Cartago, reconhecido com o Pai do Cristianismo Latino, refutou outras heresias e, entre elas, o gnosticismo em Contra Marcião, Contra Valentino. Hipólito de Roma (170-236), discípulo de Irineu, combateu o gnosticismo bem como outras heresias em Contra Todas as Heresias.
Os ebionitas eram outro grupo que formaram uma comunidade de judeus cristãos (séculos II e IV). O nome “ebionita”, segundo Tertuliano, veio de um certo Ebion, gnóstico que sucedeu Cerinto (Contra Todas as Heresias, III), mas Eusébio de Cesaréia afirma que o nome veio por causa da manifestação da “pobreza de seu intelecto” (História Eclesiástica, Livro III, 27). A palavra hebraica é אֶבְיוֹן (‘ebiôn), “pobre” (BAUMGARTNER, 2001, vol. I, p. 5), pois pregavam a pobreza com base em Mateus 5.3. Eusébio de Cesaréia afirma que eles criam em JESUS como o seu Messias, mas negavam sua deidade, e entre eles havia os que negavam a concepção virginal de JESUS, no ventre de Maria, por obra e graça do ESPÍRITO SANTO. Viviam o ritual da lei e os costumes judaicos, eram hostilizados tanto pelos judeus quanto pelos cristãos. Repudiavam as epístolas paulinas, chamavam o apóstolo Paulo de apóstata. Tinham um evangelho próprio, apócrifo, chamado de Evangelho aos Hebreus (SCHLESINGER & PORTO, 1995, vol. I, p. 894). Eles estavam divididos em três grupos: os nazarenos, os ebionitas fariseus e os gnósticos ou essênios. Eram numerosos no final do primeiro século, mas aos poucos foram desaparecendo do palco e perdendo-se de vista no cenário da história.
O monarquianismo foi um movimento que surgiu depois da metade do segundo século em torno do monoteísmo cristão. Os monarquianistas dividiam-se em dois grupos: os dinâmicos, que ensinavam ser CRISTO Filho de DEUS, mas por adoção, e os modalistas, que ensinavam ser CRISTO apenas uma forma temporária da manifestação do único DEUS. Tertuliano chamou-os de monarquianistas (Contra Práxeas, II), do grego μοναρχίά (monarchia), “governo exercido por um único soberano” (LIDDELL & SCOTT, 1990, p. 1143). Eram os opositores da doutrina do Logos, os alogoi, aqueles que rejeitavam o Evangelho de João.
Teódoto de Bizâncio, “o curtidor”, era discípulo dos alogoi, mas aceitava o evangelho de João com certa ressalva, foi o primeiro monarquianista dinâmico de importância. Chegou em Roma em 190 e foi excomungado em 198. Os dinâmicos consideravam JESUS apenas como um homem que nasceu de uma virgem, de vida santa, que sobre ele desceu o ESPÍRITO SANTO por ocasião do seu batismo no rio Jordão. Alguns de seus discípulos rejeitavam qualquer direito divino em JESUS, mas outros afirmavam que JESUS teria se tornado divino, em certo sentido, por ocasião da sua ressurreição. Hipólito (170-236) rebateu essas crenças (Refutação de Todas as Heresias, Livro VII. 23). O mais famoso monarquianista dinâmico foi Paulo de Samósata, bispo de Antioquia entre 260 e 272. Descrevia o Logos como atributo impessoal do Pai. Eusébio de Cesaréia diz que ele “nutria noções inferiores e degradadas de CRISTO, contrárias à doutrina da Igreja, e ensinava que quanto à natureza Ele não passava de homem comum” (História Eclesiástica, Livro VII. 27). Suas idéias foram examinadas por três sínodos entre 264 e 269, e o último o excomungou.
Os monarquianistas modais não negavam a divindade do Filho nem a do ESPÍRITO SANTO, mas sim, a distinção dessas Pessoas, o que é diametralmente oposto aos ensinos do Novo Testamento, visto que esse ensina a unidade composta de DEUS em três Pessoas distintas. Os modalistas pregavam a unidade absoluta de DEUS, algo que nem mesmo o Antigo Testamento ensina, e para apoiar tal ensino mutilaram os textos do Novo Testamento. Seus principais representantes foram Noeto, Práxeas e Sabélio. Noeto era natural de Esmirna e ensinava que “CRISTO era o próprio Pai, e o próprio Pai nasceu, sofreu e morreu” (HIPÓLITO, Homilia Sobre a Heresia de Noeto, 1). Cipriano (200-258), bispo de Cartago, chamou a heresia de Noeto de “patripassionismo” (Epístolas, 72.4), do latim Pater, “Pai”, e passus de patrior, “sofrer”. Práxeas foi discípulo de Noeto, e o seu principal opositor foi Tertuliano em Contra Práxeas. Tertuliano disse que “Práxeas fez duas obras do demônio em Roma: expulsou a profecia e introduziu a heresia; fez voar o Parácleto e crucificou o Pai” (Contra Práxeas, I).
Dessa última escola destacou-se o bispo Sabélio que se tornou um grande líder desse movimento (por isso os seus seguidores foram chamados de sabelianistas ou sabelianos). Por volta de 215, Sabélio já ensinava suas doutrinas em Roma. Este bispo modalista ensinava que o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO não eram três pessoas distintas, mas apenas os três aspectos do DEUS único (WALKER, 1980, vol. I, p.102, 103). Segundo esse bispo, nos tempos do Antigo Testamento, o Pai manifestou-se como Legislador. Nos tempos do Novo, esse Pai era o mesmo Filho encarnado, e esse mesmo Pai fazia o papel de ESPÍRITO SANTO como inspirador dos profetas. Hipólito, em Contra Todas as Heresias, refutou essas heresias.
Maniqueísmo é o movimento fundado por Mani, nascido na Pérsia em 216 d.C. e morto em 276 por determinação do governo persa. Trata-se de uma “religião dualista complexa de caráter essencialmente gnóstico” (TAYLOR, 1995, p. 417). Eusébio de Cesaréia diz que ele queria se transformar em CRISTO e chegou a selecionar doze discípulos e depois se proclamou a si mesmo como o Parácleto (Consolador, ESPÍRITO SANTO). O nosso historiador considerou ainda suas doutrinas como “falsas e ímpias” (História Eclesiástica, Livro VII. 31). O CRISTO dos maniqueístas era um CRISTO “celeste” e por isso eles rejeitavam a JESUS, pelo fato de ter vivido como homem. Sua doutrina básica consistia no dualismo pérsico: “O universo compõe-se do reino das trevas e do reino da luz e ambos lutam pelo domínio da natureza e do próprio homem” (WALKER, 1980, vol. I, 101-104).
Quanto ao dualismo, convém salientar que reconhecemos a existência do mal, oriundo de Satanás. Não admitimos, porém, que o diabo tenha poder suficiente para medir força com DEUS e com o seu Filho, JESUS CRISTO (Jó 1.12; 2.6, Mc 5.7-13). Esse dualismo, portanto, é condenado pela Palavra de DEUS.
Arianismo é o nome da doutrina formulada por Ário e do movimento que ele fundou em Alexandria, Egito, na primeira metade do quarto século. Ele era presbítero em Alexandria, em 318, quando a controvérsia começou. Sua doutrina contrariava a crença ortodoxa seguida pela igreja. A controvérsia girava em torno da eternidade de CRISTO. Atanásio (296 – 373) foi o inimigo implacável da doutrina arianista, dizia que o Filho é eterno e da mesma substância do Pai, ou seja, ομοούσιος (homoousios), “da mesma substância; consubstancial. O termo é central para o argumento de Atanásio contra Ário e a solução do problema trinitariano oferecido no Concílio de Nicéia (325 d.C.)” (MULLER, 1993, p. 139).
Ário, por outro lado, dizia que o Senhor JESUS não era da mesma natureza do Pai, era criatura, criado do nada, uma classe divina de natureza inferior, nem divina e nem humana, uma terceira classe entre a deidade e a humanidade (TAYLOR, 1995, p. 66). Os seguidores de Ário usavam o termo ἀνόμοιος (anomoios), “dissemelhante; palavra usada pelos arianistas extremistas da metade do quarto século, os assim chamados anomoianos, para argüir que a essência do Pai é totalmente dissemelhante da do Filho” (MULLER, 1993, p. 37).
Depois do Concílio de Nicéia a controvérsia continuou, mas havia um grupo intermediário, semi-niceno, meio atanasiano e meio ariano, que afirmava ser o Filho de natureza similar ou igual, mas não a mesma natureza ou substância do Pai, usavam o termo ὁμοιούσιος (homoiousios) “de substância similar, aparência” (LIDDELL & SCOTT, 1990, p. 1225); “de como substância; um termo usado para descrever a relação do Pai para o Filho pelo partido não atanasiano, não ariano na igreja seguindo o Concílio de Nicéia” (MULLER, 1993, p. 139).
Essa discussão chamou a atenção do povo e também ganhou conotação política, considerada hoje como a maior controvérsia da história da Igreja Cristã. O imperador romano, Constantino, enviou mensageiros com o propósito de uma conciliação, mas foi tudo em vão, até que ele convocou um concílio na cidade de Nicéia, na Bitínia, Ásia Menor, hoje Isnik, na Turquia, aberto em 19 de junho de 325, com a participação de 318 bispos provenientes do Oriente e do Ocidente, apenas 20 apoiaram a causa arianista, apesar de sua grande popularidade (TAYLOR, 1995, p. 66). O credo aprovado em Nicéia era decisivamente anti-arianista, apenas dois bispos não assinaram. Até Eusébio da Nicomédia, arianista, assinou o credo elaborado nesse concílio.
Depois das questões arianistas surge o apolinarianismo, de Apolinário, bispo de Laodicéia, nascido provavelmente em 310 d.C. e morreu em 392. Foi o primeiro teólogo a abordar a questão das duas naturezas de CRISTO: a humana e a divina. Uma vez definida a divindade do Logos e resolvida a questão ariana, a controvérsia girava agora em torno das duas naturezas de CRISTO. Apolinário defendia a deidade de CRISTO e foi, como Atanásio, diametralmente oposto ao arianismo. No entanto, combateu uma heresia desenvolvendo outra tão grave quanto a que combatia: deu muita ênfase à divindade de CRISTO e sacrificou a sua genuína humanidade.
Segundo Apolinário, o Logos teria ocupado o lugar da alma na encarnação, com isso negou que JESUS tivesse espírito humano (TAYLOR, 1995, p. 58). Dizia que se alguém põe em CRISTO a sua confiança como sendo homem está destituído de racionalidade e indigno de salvação. Essa doutrina contraria a ortodoxia cristã, pois a Bíblia afirma que o Senhor JESUS é o verdadeiro homem (1 Tm 2.5), e o texto de Hebreus 2.14, 17, 18 declara que a humanidade de JESUS é igual à nossa. O apolinarianismo foi condenado pelo Sínodo de Alexandria em 378 e, depois, condenado pelo II Concílio de Constantinopla em 381 (TAYLOR, 1995, p. 59).
O Nestorianismo é outra controvérsia. Nestório foi bispo de Constantinopla entre 428-431 e discípulo de Teodoro de Mopsuéstia, passou para história como heresiarca e foi acusado por Cirilo de Alexandria de heresias porque combatia a doutrina do Theotokos, termo grego que significa “mãe de DEUS”, ou “portadora de DEUS”, no sentido mais literal, que Cirilo defendia. O uso desse vocábulo era para destacar a perfeita deidade de JESUS, por ser JESUS o verdadeiro DEUS e o verdadeiro homem. O Concílio da Calcedônia, 20 anos mais tarde, declarou Theotokos como mãe do JESUS humano. Isso é diferente da apologia que o catolicismo romano faz hoje.
O que a história registra é que Nestório pregava a dualidade de natureza e de personalidade em CRISTO. Ilustrava as duas naturezas de CRISTO na expressão bíblica de Gênesis 2.4 sobre o casal, pois marido e mulher são “uma só carne”, e isso sem ambos deixarem de ser duas pessoas e duas naturezas separadas. Foi considerado herege pelo Concílio de Éfeso em 431 e banido em 436 (TAYLOR, 1995, p. 463).
Monofisismo, o termo vem de duas palavras gregas μόνος (monos), “único”, e φύσις (physis), “natureza”. É a doutrina que defende uma única natureza de CRISTO, só a divina ou divina e humana amalgamada, ensinada pelas igrejas cóptica, armênia, abissínia e pelos jacobitas, mesmo depois do século V. Essa doutrina foi condenada no Concílio da Calcedônia, em 451. Jacó Baradeus e seus seguidores rejeitaram a decisão desse Concílio. Por isso que a igreja nacional da Síria é conhecida como Jacobita.
A UNIÃO DAS DUAS NATUREZAS DE CRISTO
Essa doutrina é chamada de Hipóstase. Esse vocábulo vem de duas palavras gregas hypo, “sob”, e istathai, “ficar”. Nas discussões teológicas sobre a doutrina da Trindade, na era da patrística, era usada como sinônimo de ousia, “essência, ser”. Com relação a JESUS, significa a união das duas naturezas de CRISTO: divina e humana. Os elementos próprios da natureza humana na vida de CRISTO já foram apresentados anteriormente.
Os evangelhos não estabelecem a fronteira entre as naturezas humana e divina de JESUS durante o seu ministério terreno (1 Tm 3.16). Apresentam com clareza meridiana a natureza humana de JESUS durante seu ministério e não poderiam ser mais claros. Isso fazia parte do ensino apostólico “que nasceu da descendência de Davi segundo a carne” (Rm 1.3); “dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne” (Rm 9.5); “JESUS CRISTO, homem” (1 Tm 2.5); “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia” (Hb 5.7); “e todo espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS” (1 Jo 4.3).
Os evangelhos, contudo, registram que diversas vezes JESUS declarou-se DEUS e agiu como tal. Ele aceitou adoração por diversas vezes (Mt 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; Jo 9.38), algo que o apóstolo Pedro recusou de Cornélio e até repreendeu o centurião, por isso dizendo “...Levanta-te, que eu também sou homem” (At 10.25, 26); o mesmo aconteceu com o anjo, diante do qual o apóstolo João se prostrou para adorar: “E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de JESUS; adora a DEUS” (Ap 19.10). Mais adiante o apóstolo tentou outra vez, mas a reação do anjo foi a mesma (Ap 22.8, 9). JESUS perdoou os pecados do paralítico de Cafarnaum: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados...” (Mc 2.10) e várias vezes igualou-se a DEUS, ele disse: “Não se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim” (Jo 14.1). Isso é exigir nele a mesma fé que se tem em DEUS.
Que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.6- 8).
Até hoje, em nosso meio, às vezes, aparece alguém ensinando o kenotismo, ou kenosis, “esvaziamento”. O nome vem do verbo grego κενόω (kenoō), “esvaziar, aniquilar, destruir” ((BALZ & SCHNEIDER, 2001, vol. I, p. 2995), que aparece apenas uma vez no Novo Testamento: “aniquilou-se a si mesmo” (Fp 2.7), a ARA e a TB empregam o verbo “esvaziar”. Essa doutrina afirma que JESUS se esvaziou a si mesmo de sua divindade durante a encarnação, afirmando possuir apenas a natureza humana, com isso nega a divindade de JESUS enquanto esteve na terra. Porém, tal pensamento não se sustenta, pois esse esvaziamento não é de sua divindade:
JESUS não deixou de ser DEUS durante a encarnação. Pelo contrário, abriu mão apenas do exercício independente dos atributos divinos. Ele ainda era plena Deidade no seu próprio ser, mas cumpriu o que parece ter sido imposto pela encarnação: limitações humanas reais, não artificiais (HORTON, 1996, p. 326, 327).
É inaceitável a idéia de ter deixado sua divindade no céu para recuperá-la depois da ressurreição. Quem perdoou os pecados do paralítico de Cafarnaum, ou ainda, quem foi adorado durante seu ministério terreno, foi o JESUS homem ou o JESUS DEUS? Claro que foi o JESUS DEUS! Diante do exposto, torna evidente a falácia da doutrina kenótica. OBSERVAÇÃO DO PASTOR HENRIQUE - Veja que quando aceitou ser tratado como DEUS ou quando perdoou pecado como DEUS não interferiu em nada sobrenaturalmente. Sua interferência na normalidade humana só se deu sob o poder do ESPÍREITO SANTO. Ajuda de outra Lição antiga LIÇÃO 3 - JESUS CRISTO, VERDADEIRO HOMEM, VERDADEIRO DEUS - 1º TRIMESTRE DE 2008
2.7 A FORMA DE SERVO... SEMELHANTE AOS HOMENS. Para trechos na Bíblia que tratam de CRISTO assumindo a forma de servo, ver Mc 13.32; Lc 2.40-52; Rm 8.3; 2 Co 8.9; Hb 2.7,14. Embora permanecesse em tudo divino, CRISTO tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (vv. 7,8; Hb 4.15).
2.11 O SALVADOR... CRISTO, O SENHOR. Na ocasião do seu nascimento, JESUS é chamado Salvador .
O livro de Hebreus afirma que Melquisedeque (cf. Gn 14.18-20; Sl 110.4) é um tipo de CRISTO, nosso eterno Sumo Sacerdote. Muitos outros exemplos poderiam ser citados.
João, igualmente, declara que o Filho de DEUS veio “para desfazer as obras do diabo” (1Jo 3.8). A referência de João Batista a JESUS como Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (Jo 1.29,36), recua a Lv 16 e Is 53.7. A referência de Paulo a JESUS como “nossa páscoa” (1Co 5.7) revela que o sacrifício do cordeiro pascal profetizava a morte de CRISTO em nosso favor (Êx 12.1-14). O próprio JESUS declarou que o ato de Moisés, ao levantar a serpente no deserto (Nm 21.4-9) era uma profecia a respeito dEle, quando pendurado na cruz. E quando João diz que JESUS, o Verbo de DEUS, participou da criação de todas as coisas (Jo 1.1-3), não podemos deixar de pensar em Sl 33.6: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus” (cf. Hb 1.3,10-12). Essas são apenas algumas das alusões no NT a passos do AT referentes a CRISTO.
8.11; Hb 9.14).
2. O Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.
(1) JESUS, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (ver Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34).
(2) Um aspecto permanente do ministério atual de CRISTO é o de interceder pelos crentes diante do trono de DEUS (Rm 8.34; Hb 7.25; 9.24; ver 7.25 ); João refere-se a JESUS como “um Advogado para com o Pai” (ver 1Jo 2.1 ). A intercessão de CRISTO é essencial à nossa salvação (cf. Is 53.12). Sem a sua graça, misericórdia e ajuda, que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de DEUS e voltaríamos à escravidão do pecado.Sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, foi o Senhor JESUS, no sacrifício vicário do Gólgota, o oficiante e a vítima ao oferecer-se, de uma vez por todas, para resgatar-nos de nossos pecados (Hb 7.26-28).
Mt 1.1 O FILHO DE DAVI.
A premissa básica do gnosticismo é uma cosmovisão dualista. O Supremo DEUS Pai emanava do mundo espiritual "bom". A partir dele, procediam sucessivos seres finitos (éons), quando um deles (Sofia) deu à luz a Demiurgo (deus criador), que criou o mundo material "mau", juntamente com todos os elementos orgânicos e inorgânicos que o constituem.
Cristãos gnósticos, como Marcião (160 d. C.) e Valentim, ensinavam que a salvação vem por meio de um desses éons, CRISTO, que se esgueirou através dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto (gnosis) e libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo espiritual mais elevado. CRISTO, embora parecesse ser um homem, nunca assumiu um corpo físico; portanto, não foi sujeito às fraquezas e emoções humanas. JESUS não veio em carne!
a ressurreição.
Estas duas naturezas constituem uma só Pessoa e não duas. Podia-se pensar que a natureza humana de JESUS constituísse uma pessoa e
que o *Logos*, ou a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, constituísse por Seu turno uma pessoa, e que, portanto, havia duas pessoas.
Mas a natureza humana de JESUS nunca foi uma pessoa separada, nem tinha existência separada da natureza divina, não tinha subsistência individual. O *Logos* não se uniu com uma pessoa humana, mas com uma natureza humana.
Além disto, as duas naturezas nunca se relacionam como as outras Pessoas da Santíssima Trindade.
E também, quando se fala da Pessoa de CRISTO, os termos aplicados a cada uma das naturezas, nunca dão a entender que se trata de duas pessoas diferentes.
Coisas que se afirmam acerca da Pessoa de CRISTO, mas somente se referem à Sua natureza divina:
"...antes que Abraão existisse, Eu Sou" (Jo 8.58 ).
"...glorifica- Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que
tinha Contigo antes que o mundo existisse" (Jo 17.5).
OITO DECLARAÇÕES DE JESUS ACERCA DA SUA DIVINDADE | |
Pão da Vida | “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.35,48; 6.51; 12.46) |
Luz do Mundo | “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12) |
Eu sou | “Eu sou” (Jo 8.18,23,24,28,58; 13.19) |
A Porta | “Eu sou a porta” (Jo 10.7,9) |
O Bom Pastor |
“Eu sou o bom Pastor” (Jo 10.11,14) |
A Ressurreição e a Vida |
“Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11.25) |
O Caminho, Verdade e Vida |
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6) |
Videira Verdadeira |
“Eu sou a videira verdadeira” (Jo 15.1,5) |
União Hipostática: Expressão teológica que descreve a perfeita união entre as naturezas divina e humana na Pessoa única de JESUS. |
Lição 3 - A Infância de JESUS - 2º trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico Amado.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-jhp-2tr15-a-infancia-de-jesus.htm
Comentarista da CPAD: Pastor: José Gonçalves -
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
TEXTO ÁUREO"E crescia JESUS em sabedoria, e em estatura, e em graça para com DEUS e os homens." (Lc 2.52) LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 2.46-49; 3.21,22 Lc 2.46 - E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 - E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas. 48 - E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos. 49 - E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? Lc 3.21 - E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também JESUS, orando ele, o céu se abriu, 22 - e o ESPÍRITO SANTO desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido. Resumo da Lição 3 - A Infância de JESUS I - JESUS CRESCEU FISICAMENTE 1. A dimensão corpórea de JESUS. 2. O cuidado com o corpo. II - JESUS CRESCEU SOCIALMENTE 1. JESUS e a família. 2. JESUS e a cultura local. III - JESUS CRESCEU PSICOLOGICAMENTE 1. A dimensão psicológica de JESUS. 2. JESUS e as emoções. IV - JESUS CRESCEU ESPIRITUALMENTE 1. Crescendo na graça e fortalecendo o espírito. 2. JESUS e sua maioridade. SÍNTESE DO TÓPICO I - JESUS teve um crescimento físico normal, igual às crianças de sua idade. SÍNTESE DO TÓPICO II - JESUS, enquanto criança, teve um desenvolvimento social saudável. SÍNTESE DO TÓPICO III - O menino JESUS teve um desenvolvimento cognitivo saudável, compatível com cada fase da vida. SÍNTESE DO TÓPICO IV - Enquanto criança, JESUS também teve um desenvolvimento espiritual saudável. PARA REFLETIR - Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
De que forma a lição mostra a dimensão corpórea de JESUS?
A lição mostra que JESUS cresceu como qualquer ser humano e, como tal, JESUS viveu os limites dessa dimensão corpórea.
De que forma era estruturada a família nos dias de JESUS?
Os estudiosos observam que a família hebraica obedecia à seguinte estrutura social: endógama - casam-se com parentes; patrilinear - descendência pai-filho; patriarcal - poder do pai; patriolocal - a mulher vai para a casa do marido; ampliada - reúne os parentes próximos todos no grupo, e polígena - tem muitas pessoas.
Como as Escrituras demonstram o equilíbrio psicológico de JESUS?
As Escrituras mostram que JESUS tinha total domínio sobre suas emoções. Ele não sofria de nenhum distúrbio mental ou emocional.
De que forma a lição ilustra o crescimento de JESUS?
Ilustra como um crescimento saudável, perfeito.
Para você, o que é crescer de forma integral?
Apesar de a resposta ser pessoal, havendo entendido a lição é necessário que o aluno responda, mais ou menos, nestes termos: É crescer de forma completa - corpo, alma, espírito.
A INFÂNCIA DE JESUS
Nesta lição, devemos informar aos alunos que não existe nenhuma narrativa extensa sobre a infância de JESUS na Bíblia. E se não está na Bíblia, principalmente nos Evangelhos, não há outra fonte digna de confiança e merecedora de crédito quanto à narrativa da infância de JESUS CRISTO..
Com essa afirmação queremos dizer que não há informação digna de confiança porque os documentos extras bíblicos, que reclamam tal status, e tentam dar conta desse lapso de tempo da infância de JESUS, são bem posteriores aos Evangelhos, e foram influenciados pelo gnosticismo, uma heresia combatida pela Igreja do primeiro século, fundamentalmente por intermédio das cartas apostólicas.
Com essa afirmação queremos dizer que não há informação digna de confiança porque os documentos extras bíblicos, que reclamam tal status, e tentam dar conta desse lapso de tempo da infância de JESUS, são bem posteriores aos Evangelhos, e foram influenciados pelo gnosticismo, uma heresia combatida pela Igreja do primeiro século, fundamentalmente por intermédio das cartas apostólicas.
Em segundo lugar, por falta de material sobre a infância de JESUS, muitas são as especulações sobre ela, não contribuindo em nada para o nosso conhecimento sobre o Senhor e a sua história como menino.
É importante ressaltar na ministração da lição, a intenção do evangelista em destacar a infância de JESUS. Ao analisarmos o contexto das passagens que envolvem a infância e a adolescência do nosso Senhor, vemos que Lucas não tem o objetivo de descrever a infância de JESUS numa perspectiva biográfica. Embora haja dados biográficos no conteúdo, os Evangelhos não são relatos preponderantemente biográficos. E não apresenta uma preocupação cronológica com a estruturação das narrativas, embora o escrito lucano seja considerado, entre os Evangelhos, o mais cronológico.
O Evangelho de Lucas narra tudo o que sabemos sobre a infância e a adolescência de JESUS. O objetivo de o evangelista narrá-lo é o de apresentar a paternidade divina de nosso Senhor, pois Ele foi concebido no ventre de Maria pelo ESPÍRITO SANTO. Nessa narrativa está presente "o anúncio do anjo Gabriel a Maria sobre o nascimento de JESUS (Lc 1.26-38)"; "a história do nascimento de JESUS e a presença de anjos juntamente com os pastores de Belém (Lc 2.1-20)". Nosso Senhor foi uma criança comum, crescendo e desenvolvendo- -se como qualquer criança da Antiga Palestina. Assim o texto lucano destaca a humanidade do nosso Senhor desde a tenra infância: "a apresentação do menino ao Senhor no Templo (Lc 2.21 -40)"; "é a única história do texto bíblico sobre JESUS na adolescência" (Lc 2.41-52). Portanto, a narrativa do nascimento de JESUS CRISTO está alocada no Evangelho de Lucas como uma introdução de quem é a pessoa do meigo nazareno, destacando sua paternidade divina e a sua característica humana.
Revista ensinador. Editora CPAD Ano 16 - N° 62. pag. 37.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO Os Anos Perdidos de JESUS Há algum tempo encontrava-me manuseando um livro em uma livraria em Curitiba (PR), quando um senhor se aproximou de mim. Após se identificar como um teólogo tomou a iniciativa na construção de um diálogo. Através de sua fala tomei conhecimento que possuía uma sólida formação acadêmica, visto ter se formado em um conceituado Seminário evangélico brasileiro. Contou-me que a sua fé estava sofrendo uma reviravolta porque, segundo disse, estava convencido de que o ministério de JESUS não havia se limitado às terras bíblicas, porque, de acordo com suas leituras, JESUS não teria se limitado a ficar na palestina mas teria ido até a índia. Ali teria estudado com os monges e trabalhado a sua espiritualidade! Perplexo, perguntei-lhe em que se baseava para fazer uma afirmação tão ousada! Procurando ali mesmo nas prateleiras daquela livraria ele encontrou o livro que o havia convencido a mudar de ideia. O livro falava algo tipo: Os Anos Perdidos de JESUS. 1 A busca pelos supostos “anos perdidos de JESUS” tem sido objeto de estudo de milhares de escritores em todo o mundo. Católicos, protestantes, espíritas, ateus, agnósticos, artistas e cineastas tem feito um esforço enorme para recontar a história de JESUS de Nazaré. 2 Alguns se atêm ao registro neotestamentário, mas outros vão muito além daquilo que a Bíblia diz sobre o carpinteiro da Galileia. Para estes o registro bíblico é insuficiente, visto que a igreja institucional teria conspirado excluindo aqueles livros que continham relatos discordantes dos textos canônicos. Fundamentados, portanto, em textos não canônicos, escritos na sua maioria entre os séculos II e IV d. C., tentam descrever detalhes da infância, adolescência e idade adulta de JESUS. Procuram dar voz àquilo que a Bíblia silencia. Dessa forma seus argumentos não se fundamentam no que a Bíblia diz, mas naquilo que ela não diz. Um exemplo clássico de um autor que foi até as últimas conseqüências a esse respeito é Dan Brown, autor de O Código da Vinci, um dos livros mais lidos do mundo e que foi adaptado para o cinema. A tese de Brown, diga-se sem nenhum fundamento bíblico e histórico, é que JESUS não é o Filho de DEUS, casou-se com Maria Madalena e a prole de ambos deu início a uma linhagem sagrada. José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 36-37. Colossenses 1:20, e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus. Sim, DEUS estava «...em CRISTO...» porque o Filho de DEUS é o agente ativo da reconciliação, em sua missão neste plano terreno. Essa expressão pode ser considerada como vinculada a vários elementos da sentença, a saber: 1. Com «...DEUS...» — «...DEUS estava em CRISTO...», o que expressa a presença divina e a cooperação do Pai, em sua missão. 2. Outros pensam que a ligação é com «...reconciliação...»—DEUS estaria reconciliando o mundo «em CRISTO», isto é, através de sua agência. Nesse caso, isso seria um paralelo do versículo anterior, «...por meio de CRISTO...», como declaração sobre como DEUS reconciliou o homem consigo mesmo. Ambas essas idéias são verdadeiras e aparecem inerentemente neste versículo, não havendo maneira certa de dizer qual idéia é especialmente indicada aqui. Se a segunda idéia está em foco, deveríamos compreender: «DEUS, em CRISTO, reconciliava o mundo consigo mesmo». Mas se é a primeira idéia que está em foco, deveríamos entender aqui: «DEUS, vivendo e operando em CRISTO, reconciliava o mundo consigo mesmo». Se a segunda idéia é a correta, então «...estava...» faz parte de uma frase verbal que está ligada ao particípio «...reconciliando...» Mas se a primeira é que está correta, então «...estava...» expressa a presença permanente de DEUS Pai com JESUS CRISTO, em sua missão terrena. Ora, ambas as idéias são bíblicas, seja como for. Este versículo assevera claramente que a reconciliação vem da parte de DEUS e é oferecida ao homem, não dependendo do esforço humano por restaurar-se a DEUS; por semelhante modo, assevera a divindade de todo esse processo, ou seja, trata-se de algo que ultrapassa em muito aos esforços dos homens, conforme também ensina toda esta secção. Causas de nossa alienação de DEUS: A separação que existe entre o homem natural e DEUS é que requer a reconciliação. James Reid (in loc.), apresentou uma lista de quatro formas que essa separação assume: 1. A indiferença. O homem tem suas tribulações e fracassos, seus desejos, seus anelos, seu senso de futilidade, mas com freqüência não reconhece que o seu problema é essencialmente de ordem espiritual. Deixou DEUS inteiramente fora de sua vida, e preferiu enfatizar os valores terrenos, com detrimento dos valores celestes. Por isso mesmo, ficou alienado do Pai celestial. 2. A separação também pode assumir a forma de ressentimento contra o Senhor DEUS. Essa pode assumir uma forma ativa e consciente, ou então subconsciente. Alguns homens odeiam a DEUS, especialmente por causa do - problema do mal, o moral e o natural. Os homens podem até mesmo aceitar a DEUS como bom, dentro de um artigo de fé; mas se ressentem contra ele quando as coisas não correm bem e a tragédia os atinge. Essa forma de alienação pode ser um ressentimento contra toda e qualquer autoridade, e está identificada com DEUS, direta ou indiretamente, por ser ele a autoridade suprema. 3. A alienação também se dá por causa do egoísmo, em que o indivíduo busca somente os seus próprios interesses, até mesmo quando a sua consciência reconhece a maldade das próprias ações, ou, pelo menos, quando percebe que DEUS não vem apropriadamente servi-lo. O egoísmo aliena o homem do homem, e também de DEUS. Já o amor é uma poderosa força que os une. 4. O senso de separação também pode ocorrer através do senso de culpa, sobretudo se este for exagerado, mórbido. A psicologia tem revelado quão prevalente é esse senso , destrutivo do bem-estar físico e espiritual do homem. Em CRISTO é obtido o perdão dos pecados e a questão deveria ser deixada nesse ponto, até onde o abandono ao pecado diz respeito. Porém, os homens se castigam criando autoacusações mórbidas que estabelecem uma barreira entre eles mesmos e DEUS, provocando a tribulação em suas vidas mentais e espirituais. E daí resulta uma espécie de alienação entre eles e DEUS. Não obstante, o senso de culpa é algo garantido pelo ESPÍRITO de DEUS, como parte integrante da existência humana. Para os psicólogos é errôneo mudar o erro em uma suposta razão, simplesmente para aliviar um complexo de culpa. É muito melhor remover a causa do sentimento de culpa através da mudança de conduta. Todos os pecados podem ser expiados por um homem honesto, e isso através da restauração, até onde isso for possível, em qualquer dada circunstância, e então através do arrependimento e do abandono do erro e das ações injuriosas. CRISTO, O Agente A reconciliação se torna uma realidade por meio dele. Essa é a mensagem central do N. T., o que é reiterado de diversas maneiras. Em si mesmo, o N. T., de acordo com certo ângulo, consiste de uma longa polêmica que busca provar o ofício messiânico de JESUS, e como o CRISTO eterno se encarnou nele. «...não imputando aos homens as suas transgressões...» (Com isso se pode confrontar o trecho de Rom. 4:7,8). O oitavo versículo deste capítulo encerra a mesma ideia, onde tal pensamento é comentado. O pecado não é imputado sob a condição de fé; de outra maneira, se um homem não tem fé em CRISTO e nem reconhece sua soberania, os seus pecados lhe serão imputados. O termo grego «logidzomai», aqui utilizado, significa «levar em conta», «pôr na conta de». Pois se os pecados não forem imputados à alma, isso significa que seus efeitos deletérios não poderão prejudicá-la. Isso não significa que os resultados derivados do pecado sejam removidos. Porquanto haveremos de colher aquilo que tivermos semeado, embora sejamos perdoados, do mesmo modo que o assassínio e o adultério de Davi lhe foram perdoados, mas mesmo assim teve ele de sofrer as conseqüências de seus pecados. Pois o pecado macula, e não há como evitar essa mácula, ainda que a alma escape da punição merecida. «... .reconciliando consigo o mundo...» Não encontramos aqui uma expiação limitada. O mundo inteiro está em foco, e não meramente os eleitos. Pois o mundo inteiro é o objeto da reconciliação, embora isso só se torne eficaz no caso daqueles que confiam em CRISTO. Em qualquer nível ou esfera, em qualquer período da existência, assim deve suceder. (I João 2:2). «....confiou a palavra de reconciliação...» Comentou Alford (in loc.), sobre essas palavras: «Observemos que a reconciliação aqui aludida, bem como no versículo próximo, vem de DEUS para nós, de modo absoluto e objetivo, por meio do seu Filho; e que assim DEUS pode contemplar e tolerar complacentemente um mundo pecaminoso, recebendo todos os que se aproximam dele em CRISTO». A Admirável Outorga A outorga do ministério de reconciliação poderia ter sido feito aos anjos ou a outros seres (talvez desconhecidos de nós). Porém, foi entregue ao humilde homem, de tal maneira que, em amor, um ser humano pode ajudar a outro. Isso agradou a DEUS, porquanto isso deu aos homens a oportunidade de viverem segundo a lei do amor, que é a prova mesma da espiritualidade (ver I João 4:7). Ouso dizer, entretanto, que essa missão não foi proporcionada exclusivamente ao homem. Elevadíssimas forças estão envolvidas no uso de homens como agentes, os quais (mui provavelmente), operam por si mesmos. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 348-349. 19 Uma “nova criação” começou. Não são as pessoas que alcançam a DEUS com sua religiosidade, como pensavam os gentios devotos, da mesma forma como os israelitas devotos. Não, DEUS é quem veio aos seres humanos perdidos. “A saber, que DEUS estava em CRISTO, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões.” Foi de fato o próprio DEUS que “estava em CRISTO”. Quando encontramos a CRISTO, deparamo-nos com o DEUS vivo. Porém não estava presente de modo indefinido e bem genérico como “DEUS em CRISTO”. Sua presença em CRISTO foi de uma espécie bem determinada, a saber, “reconciliando consigo o mundo”. Como, porém, aconteceu essa sua obra de reconciliação? Paulo destaca que DEUS afasta o maior empecilho que impedia uma “reconciliação”. Havia em nossa vida toda o fardo da culpa, toda a profusão de incontáveis “transgressões”. Quando DEUS as “imputa”, não pode haver reconciliação. Paulo não nos dirá imediatamente como, afinal, o santo DEUS, o juiz justo do mundo, pode “não imputar” a transgressão de seus mandamentos, tratando-a assim como não acontecida. “A saber, que DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo.” JESUS não age por conta própria em relação a DEUS e ao mundo. DEUS jamais é “objeto”, nem mesmo objeto do Filho! Sempre e em todas as circunstâncias DEUS é o soberano, que delibera e age a partir de si mesmo. Ele está plenamente presente quando se trata da reconciliação do mundo. Em seguida, porém, evidentemente é necessário que também a outra verdade seja testemunhada com toda a clareza: esse DEUS reconciliador vem ao nosso encontro de nenhuma outra forma senão exclusivamente em JESUS. Quem busca DEUS fora de JESUS, o Crucificado, depara-se somente com a incontornável ira de DEUS. A reconciliação do pecador com o DEUS santo existe unicamente em JESUS. DEUS veio ao mundo em CRISTO. De uma vez por todas reconciliou consigo o mundo no episódio passado no Calvário. A ação de DEUS por intermédio de CRISTO vale para “o mundo” em sua amplitude abrangente. Por princípio, nenhuma raça, nenhum povo, nenhuma pessoa foi excluída dele. Justamente o “mundo”, esse mundo terrível cheio de ateísmo, ódio, injustiça, mentira e egoísmo, tem necessidade da reconciliação. Em razão disso, a ação reconciliadora de DEUS em CRISTO está direcionada para ele. Cabe notar mais uma coisa: DEUS reconciliou o mundo “consigo”, ou seja, com ele, o DEUS vivo. Essa é a criação de uma nova comunhão. DEUS não pára no “não lhes imputando as transgressões”. Ele quer e faz mais: pessoas “reconciliadas” têm paz entre si e acesso uns aos outros. Em decorrência, por causa da obra do CRISTO na cruz, não apenas escapamos ilesos da punição, não apenas alcançamos a vida para nós mesmos, mas essa nova vida consiste justamente na maravilhosa comunhão com DEUS, na condição de filhos e filhas de DEUS. A reconciliação, de DEUS, em CRISTO, de fato apenas nos alcança porque vem a nós na mensagem, no evangelho. No entanto, o fato de que a mensagem atinge e comove a nós, inimigos de DEUS, autocráticos, obstinados, pessoas fechadas contra DEUS, isso por sua vez constitui integralmente uma obra de DEUS. Por essa razão pertence direta e incondicionalmente à obra de reconciliação: “imprimindo em nós a palavra da reconciliação”. Nessa declaração Paulo deve ter em mente inicialmente que DEUS imprime a palavra da reconciliação em seus mensageiros, de sorte que possam levá-la às pessoas com autoridade. Contudo igualmente podemos lembrar o que acontece sob a proclamação e por meio dela: agora a palavra também é “impressa” no coração dos ouvintes, conferindo-lhes a reconciliação e tornando-os uma “nova criação”. Werner de Boor. Comentário Esperança Cartas aos II Corinto. Editora Evangélica Esperança. I - JESUS CRESCEU FISICAMENTE 1. A DIMENSÃO CORPÓREA DE JESUS. Ao contrário da literatura apócrifa, os textos canônicos, mesmo sendo breves em seus relatos, revelam muito sobre o lado humano de JESUS. JESUS nasceu e cresceu como qualquer outro menino da sua idade da Palestina dos seus dias. Os teólogos e educadores Eulálio Figueira e Sérgio Junqueira ao descreverem a educação no antigo Israel no tempo de JESUS, fizeram uma excelente exposição sobre essa dimensão humana de JESUS. Eles observam que JESUS era semelhante a nós em tudo, menos no pecado (Hb 4.15), e que viveu o mesmo processo de crescimento comum a todos os homens. Como todos os homens ele cresceu nas dimensões bio-psico-social. Lucas destaca que ele cresceu em sabedoria, tamanho e graça, diante de DEUS e dos homens (Lc 2.52). Enquanto viveu em Nazaré, um vilarejo da Galileia, JESUS “crescia e ficava forte, cheio de sabedoria, e a graça de DEUS estava com ele” (Lc 2.40). Mesmo durante o seu ministério público, fazendo discípulos, JESUS ia crescendo em contato com o povo. Cada ser humano que nasce neste mundo, destacam esses expositores bíblicos, pertence a um determinado lugar, a uma determinada família e a um determinado povo. Nasce, portanto, sujeito a vários condicionamentos. Com JESUS também foi assim. Não há como negar que fatores culturais, tais como o ambiente familiar, a língua e o lugar onde nascemos marcam a vida de cada um de nós de forma profunda. Esses fatores são independentes da nossa vontade. No entanto, fazem parte de nossa existência, sendo, portanto, o ponto de partida para tudo aquilo que queremos realizar. Elas fazem parte da realidade de cada um. Ao viver a nossa realidade, JESUS viveu a encarnação. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). Os diferentes aspectos desses condicionamentos da vida de JESUS, inclusive o seu crescimento, como bem observaram Figueira e Junqueira, só se tornaram possíveis devido a sua identificação plena com a raça humana. Em outras palavras, para alcançar a humanidade, JESUS, o Filho de DEUS, se fez homem como os demais. Ele nasceu e cresceu à semelhança dos demais humanos! Todavia ao assim fazer, Ele não deixou de ser DEUS, nem tampouco perdeu os seus atributos. Ele, portanto, abriu mão daqueles privilégios que lhes pertenciam por ser Filho de DEUS. A teologia cristã denomina essa importante doutrina bíblica de kenosis. Paulo, o apóstolo, lançou luz sobre essa importante verdade em sua carta aos Filipenses: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS, que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também DEUS o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que JESUS CRISTO é o Senhor, para glória de DEUS Pai” (Fp 2.5-11). Ao analisar este texto, o teólogo Heber Carlos de Campos comenta: “Quando dizemos que ele se ‘esvaziou’ não podemos dizer que ele deixou de ser o que era — DEUS — mas que se colocou numa posição de alguém que ficou, por algum tempo, sem a honra devida neste mundo. Ele foi tratado entre os homens como alguém que não era visto no fulgor da glória divina. Embora ele tivesse, mesmo aqui neste mundo, todos os atributos próprios de sua divindade, sua divindade não foi manifestada de modo que todos os seus atributos fossem vistos pelos homens de maneira inequívoca.” Esse esvaziamento humilhante na vida de JESUS, observa Campos, não foi algo fictício, mas real. JESUS não representou nada quando se humilhou perante DEUS e os homens. Ele de fato tomou a condição de servo e dessa forma viveu. Foi como servo que ele foi reconhecido em figura humana, pois somente os homens podem assumir a natureza de servo. Concluindo, diz ainda Heber Campos, “Paulo usa duas expressões que são hebraísmos: ‘tornando-se semelhança aos homens’ e ‘reconhecido em figura humana’. Essas duas expressões apontam para o fato de o Redentor ser real e verdadeiramente homem. Embora a natureza humana tenha sido honrada pelos privilégios de estar unida à divindade do Redentor, a condição em que o Verbo assumiu a nossa humanidade era de humilhação. Ele a assumiu com todas as características resultantes da nossa pecaminosidade. O seu sofrimento e as suas dores não foram fictícios, mas reais, porque a sua humanidade era real. Ainda que, segundo a sua divindade, o Redentor não pudesse ser contido pelo universo, pois a sua divindade é semelhante à daquele que está acima e além do universo, não obstante, quando ele encarnou, passou a fazer parte da criação, sendo um homem como todos nós, tendo todas as propriedades que nós temos, inclusive tomando a nossa forma física. Ele não era um fantasma, com apenas uma aparência de homem, mas era de fato um ser humano como todos os outros que vieram da família de Adão, embora não tivesse sido contado como culpado.” Entendendo o estado de esvaziamento e humilhação de JESUS passamos a compreender os condicionamentos que ele assumiu quando aqui viveu. JESUS, por exemplo, aprendeu a viver nos limites de suas dimensões: corporal; social, psicológica e espiritual. José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 38-41. 2. O CUIDADO COM O CORPO. O tempo imperfeito dos verbos «ioro» e «vinham», vinculados ao termo muitos, indica que houve grande interesse em assistir ao ministério de ensino de JESUS, de modo que se formou um movimento popular em tomo de sua pessoa. Alguns intérpretes vêem aqui, por igual modo, um «movimento político», algo da ordem do que ocorrera no caso de João Batista. Não se pode duvidar que houve tal movimento, pois o povo esperava encontrar em JESUS um campeão da causa da independência, que os livrasse do domínio romano. Contudo, isso não significava que JESUS fosse um ativista político radical, conforme alguns eruditos têm pensado. O mais provável é que a verdade da questão é que quando o povo, finalmente, descobriu que JESUS não cabia dentro da noção que tinham de um «salvador político», voltaram-se irados contra ele, disso resultando a crucificação. Seja como for, as grandes multidões que seguiam a JESUS, faziam-no principalmente por ser ele capaz de ajudá-las física e espiritualmente. Os que podem ajudar nesses campos são sempre procurados, até mesmo quando são muito menos poderosos que JESUS. EM MEIO a toda essa atividade, JESUS buscava, para si mesmo e para seus discípulos, períodos de descanso.—Todos sabem que isso é necessário à vida e ao bem-estar, e se o próprio grande JESUS viu ser mister buscar esse descanso, muito mais nós. Podemos estar certos, porém, que esses períodos de descanso eram oportunidades em que ele se entregava à meditação, à oração e à renovação espiritual e não apenas a diversões e prazeres, o que, infelizmente, se dá no caso de homens menos espirituais. A maioria dos homens, em contraste com JESUS, ao buscarem períodos de relaxamento, usam os mesmos para atividades carnais e prazeres mundanos. Outra lição que se pode tirar deste texto é que o <descanso» é «merecido» pelo trabalho árduo. Aquele que pouco ou nada faz dificilmente precisa de períodos de descanso. A vida ociosa é uma maldição, não sendo meritória e nem desejável para ninguém. Desenvolvemos a espiritualidade através do cumprimento apropriado de nossa missão; e essa missão necessariamente envolve muito trabalho. O ENCONTRO com o próprio eu. Todo homem tem o direito e a necessidade de repousar ocasionalmente. Ninguém deve existir somente para fazer parte de uma grande máquina. O desenvolvimento espiritual de cada qual é questão individual. Certo homem de negócios, de nome Charles Lamb, queixou-se de nunca ser apenas «Charles Lamb», mas «Charles lamb & Cia.» Todo homem precisa de um encontro consigo mesmo; ou melhor, com muitos desses encontros, a fim de fazer o inventário de sua vida e a fim de tomar novas determinações sobre como poderá servir melhor ao próximo e a si mesmo, de acordo com os padrões espirituais. William Blake, o famoso poeta inglês, era conhecido por sua força espiritual, obtida mediante sua capacidade de ter comunhão intima com DEUS. O costumeiro barco surge em cena de novo, evidentemente muito usado por JESUS e seus discípulos, Lucas deixa de lado esse detalhe. Porém, diz (ver Luc. 9:10) que o lugar desértico para onde foram pertencia à área da cidade de Betsaida, num lugar não muito distante de Cafamaum, afastado do mar, na direção norte. JESUS quis afastar-se do povo por motivo de descanso, mas também por causa da morte recente de João. Isso poderia ter despertado «sentimentos políticos» entre o povo, ameaçando transformar o movimento espiritual de JESUS em outro levante político apenas. JESUS nada queria ter com esses levantes. «O ponto de partida provavelmente foi Cafarnaum; e como estava à beira-mar era o lugar mais provável para o encontro após a viagem. Marcos diz ‘a um lugar desértico’. Lucas diz que eles foram para Betsaida, a saber, a cidade do lado leste do lago. Mas quando conta a história da multiplicação de pães, também diz que o lugar era desértico (ver Luc. 9:10,12)». (Gould, in loc.). CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 710. Mc 6.31 E ele lhes disse: Vinde, à parte, num lugar deserto. Encerrada a missão, JESUS renova o chamado imperioso ao discipulado (1.17) e para estar com ele (3.14), como ele valia antes do envio de 6.7. Para este estar-com-ele Marcos desenvolveu um sentido especial (cf. opr 1). Sempre de novo os discípulos, separados do povo, receberam revelações especiais sobre o “mistério do reinado de DEUS”, sobre a pessoa de JESUS (4.10,34). A mesma coisa se anuncia aqui. O campo Cristológico se abre. O lugar deserto, como lugar pouco habitado, serve de quadro para isto. A partir daqui a sequência também ganha seu sentido decisivo: Vinde repousar um pouco. A convivência, como mostra o fim do versículo, também incluía refeições conjuntas. Comer com JESUS (1.31; 2.15), porém, era, muito distante de um banquete massificado, uma degustação da salvação (cf. 1.31). Com isto o “repousar” adquire um sentido pleno. Com certeza ele não objetiva simplesmente parar com alguma coisa, ficar sem movimento, também não afundar em si mesmo. Passagens como Mt 11.28; At 3.20; 7.49; 2Ts 1.7; Hb 3.7–4.13; Ap 14.13; Gn 2.2; Sl 95.11; Is 63.14; Jr 6.16; 31.2 retratam um descanso que demonstra a participação na salvação de DEUS. “Entrar no descanso” está em paralelo com “entrar no reino de DEUS”. Acima de tudo, o que mostra o caminho e “dá descanso” (Lutero: refrigera) é a revelação da vontade de DEUS em sua Palavra. Evidentemente este é o contexto em Mt 11.28; 1Co 16.18; Fm 7; Hb 3.7. Portanto, devemos entender o descanso em nosso texto de modo tão pouco destacado como a comida. O objetivo é a restauração da pessoa toda em corpo, alma e espírito, com JESUS, o mestre divino. É verdade: Descansem um pouco! O que gozamos ainda é o “pequeno” descanso, um prelúdio antes do grande concerto final. Este “pouco” de DEUS, todavia, sempre é algo grande para nós, ou seja, a ajuda decisiva. A frase seguinte descreve a situação que motivou a ordem de JESUS: porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham. O movimento era fruto das curas que JESUS efetuava, como mostra o v. 56. Assim como em 1.38, surgiram pressões que entravam em conflito com a vontade de DEUS. O Senhor, porém, retoma a iniciativa da ação. 32 Então, foram sós no barco para um lugar solitário. Portanto, eles embarcaram para, no isolamento, “descansar” e “comer”, ou seja, estamos diante de um trecho típico com os doze e a identidade de JESUS no centro, bem como a dos seus discípulos. O resultado de fato é este, apesar dos contratempos iniciais e das circunstâncias incomuns no fim. Uma multidão enorme é incluída desta vez no descanso (v. 39s) e na refeição (v. 42). Adolf Pohl. Comentário Esperança Evangelho de Marcos. Editora Evangélica Esperança. II - JESUS CRESCEU SOCIALMENTE 1. JESUS E A FAMÍLIA. «Não compreenderam...» A declaração do vs. 50, de que não compreenderam o sentido das palavras da resposta de JESUS, demonstra além de qualquer dúvida que Lucas estava procurando ensinar algo de especial no vs. 49, as primeiras palavras registradas de JESUS, acerca de sua pessoa, de seu ministério, de suas relações sem-par com DEUS Pai, etc., pois de outra forma essas palavras não teriam sido difíceis de entender, isto é, nada haveria de especial nelas para seus pais legais compreenderem. A experiência humana ensina que todos os seres humanos, por mais abençoados que sejam, ocasionalmente vacilam e duvidam, e todos nós tendemos a não aprender dessas lições. Lembremo-nos, igualmente, que quando JESUS se fez homem e realizou muitos milagres notáveis e inegáveis, nem os seus próprios irmãos, vizinhos e amigos creram nele, na sua própria cidade adotiva de Nazaré. O que encontramos aqui, entretanto, é uma demonstração de quão longo e difícil é o processo do aprendizado espiritual. Esperamos muito mais da parte dos antigos do que nós mesmos produzimos ou somos. «Seja como for, é patente que o escritor do evangelho não tinha consciência de incoerência alguma entre as últimas e as primeiras narrativas sobre a infância de CRISTO» (Ellicott, in loc.). Não obstante, o texto, no vs. 51, indica que Maria não ficou totalmente sem compreensão, mas que continuava a entesourar todas essas ocorrências em seu coração, arquivando todos os acontecimentos que circundavam a vida de seu Filho e refletindo a respeito deles; e assim, sem dúvida, gradualmente foi obtendo um conhecimento mais profundo sobre o que significaria a vida dele, no tocante à sua identidade especial. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 39-40. 1. Ele era sujeito aos seus pais. Embora uma vez, para mostrar que era mais do que um simples homem, Ele tivesse se afastado dos seus pais, para tratar dos negócios do seu Pai celestial, Ele não fez disto um hábito, por muitos anos depois disto, mas “era-lhes sujeito”. JESUS obedecia às suas ordens e ia e vinha conforme eles lhe diziam, e, aparentemente, trabalhava com o seu pai no ofício de carpinteiro. Ele deu às crianças um exemplo para que sejam obedientes e respeitosas aos seus pais, no Senhor. Tendo “nascido de mulher”, Ele estava sob a lei do quinto mandamento, para ensinar à descendência de crentes que assim deveriam ser para que Ele os aprovasse, como uma descendência fiel. Embora os seus pais fossem pobres e humildes, embora o seu pai fosse apenas o seu suposto pai, ainda assim Ele era sujeito a eles; embora Ele estivesse fortalecido no espírito, e cheio de sabedoria, ou melhor, embora Ele fosse o Filho de DEUS, ainda assim era sujeito aos seus pais; como, então, responderão aqueles que, sendo tolos e fracos, ainda assim são desobedientes aos seus pais? 2. A sua mãe, embora não compreendesse perfeitamente as palavras do seu Filho, ainda assim as guardava no coração, esperando que no futuro elas lhe fossem explicadas, e então ela as compreenderia completamente, e saberia como fazer uso delas. Ainda que possamos negligenciar as palavras dos homens, por serem obscuras (Si non vis intelligi debes negligi - Se não for compreensível, não tem valor), não devemos pensar a mesma coisa a respeito das palavras de DEUS. Aquilo que, a princípio, é obscuro, para que não saibamos o que fazer pode, no futuro, ficar claro e fácil; portanto, nós devemos guardá-lo para o futuro. Veja João 2.22. Nós podemos, em outra ocasião, encontrar uso para aquilo que não nos parece ter utilidade agora. Um aluno memoriza aquelas regras gramaticais cujo uso ele não compreende no presente, porque lhe foi dito que no futuro elas lhe terão utilidade; a mesma coisa nós devemos fazer com as palavras de CRISTO. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 538. Sua perfeita obediência. “E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito”. Com estas palavras, informa-nos Lucas não ser a declaração no verso 49 um repúdio ao dever filial. Embora Filho de DEUS, JESUS não exigia isenção de responsabilidades, obrigações e fardos da vida. Ainda na agonia da cruz, preocupou-se com o futuro de sua mãe (Jo 19.26). Myer Pearlman. Lucas, O Evangelho do Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 65. 2. JESUS E A CULTURA LOCAL. A educação judaica era primeiramente religiosa e, até a época do Novo Testamento, dava-se em casa. Era dever do pai instruir seu filho sobre as tradições religiosas (Ex 12.26,27; Dt 4.9; 6.7). Era essencial que a criança aprendesse a ler as Escrituras. Felizmente, o alfabeto hebraico com suas vinte e duas letras era muito mais fácil do que as centenas de caracteres cuneiformes e hieroglíficos dos vizinhos de Israel. Em Isaías 28.10, "mandamento e mais mandamento" é literalmente "s após s, e q após q", uma referência ao ensino do alfabeto. Em Isaías 10.19, lemos: "E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco, que um menino as poderá contar". O homem jovem de Juízes 8.14 "escreveu" os nomes dos anciãos da cidade. O ensino formal longe de casa não foi atestado até a era intertestamentária. Ben Sirach (aprox. 180 a. C.) fala de uma "casa de aprendizagem" (gr. oikos paideias, em heb. bethmidrash). Sob Jason (175-171 a. C), o sumo sacerdote helenizante, um ginásio foi estabelecido em Jerusalém (1 Mac 1.14; 2 Mac 4.9; Josefo, Ant. xii.5.1). No helenismo, o ginásio era a principal instituição educacional. Simon ben Shetah (aprox. 75 a. C.) decretou uma lei que estabelecia que as crianças deveriam ir à escola. O desenvolvimento decisivo, entretanto, veio com a ordem de Josué ben Gamala, sumo sacerdote em 63-65 a. C, de que cada cidade deveria ter uma escola para crianças a partir de seis anos de idade. De acordo com a declaração de Judah ben Tema (século II a. C) em Pirke Aboth 5.21, o programa de estudos a ser desempenhado era: (a) as Escrituras - aos cinco anos; (b) o Mishnah - tradições orais - aos dez anos; (c) a chegada da idade - aos treze anos; e (d) o Talmude - comentários sobre o Mishnah - aos quinze anos. Esperava-se que os rapazes se casassem aos dezoito anos. As meninas recebiam educação em casa, e frequentemente eram feitos casamentos arranjados quando tinham doze ou treze anos. Elas iam à sinagoga, e algumas conheciam bem as Escrituras (cf. alusões do Antigo Testamento no "Magnificai" de Maria, Lc 1.46-55). A maioria dos pais não podia permitir que seus filhos tivessem mais do que o ensino primário. Alguns rabinos desprezavam aqueles que haviam estudado somente as Escrituras, tendo-os como ignorantes, 'am-ha'arets, "pessoas da terra" (cf. Jo 7.15; At 4.13). Aqueles que estudavam para se tornarem rabinos continuavam sua educação na academia de Jerusalém, e eram ordenados com aproximadamente vinte e dois anos de idade. As classes do primário reuniam-se nas sinagogas, tendo o hazzan, ou responsável pelos rolos, como professor. O professor tinha que ser um homem casado; nenhuma mulher tinha permissão para ensinar (cf. 1 Tm 2.12). As crianças de várias idades sentavam-se no chão diante do professor. A criança aprenderia a ler as Escrituras em voz alta, começando por Levítico. Em continuação, a criança prosseguia no conhecimento da maior parte das Escrituras, embora alguns livros do AT, como, por exemplo, Cantares de Salomão, não eram ensinados aos alunos imaturos. A ênfase era colocada na memorização, e o método era a repetição. Dizia-se que um professor do Mishnah chegava a repetir uma lição 400 vezes! Os açoites eram usados nos casos de alunos recalcitrantes. O Mishnah não considerava o professor culpado se o aluno morresse em consequência de tais repreensões. A palavra hebraica para educação, musar, origina-se da raiz ysr, "castigar, disciplinar". O ensino dos meninos começava ao amanhecer e frequentemente continuava até o pôr-do-sol. Algumas pessoas têm questionado se eles tinham horário de almoço! O período de aulas era reduzido para quatro horas durante os meses quentes de julho e agosto. No dia que antecedia o sábado havia apenas meio período de aulas, e as aulas eram suspensas por ocasião das festividades religiosas. A academia de Jerusalém para futuros rabinos era famosa por ter professores como Hilel e Samai (século I a. C). Aqui Paulo estudou aos pés do ilustre neto de Hilel, Gamaliel (At 22.3). Gamaliel era um dos poucos rabinos que permitia que os alunos aprendessem o grego. Os rabinos, como regra geral, não recebiam qualquer pagamento por ensinarem, mas se sustentavam trabalhando como moleiros, sapateiros, alfaiates, oleiros etc. (cf. At 18.3). De fato, cada pai tinha o dever de ensinar um ofício a seu filho. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 598-599. A Sinagoga. Os eruditos supõem que, como uma instituição formal, a sinagoga desenvolveu-se durante o cativeiro babilônico. A palavra «sinagoga» encontra-se em Sal. 74:8, mas ali significa apenas «assembléia», não havendo qualquer alusão à instituição que recebeu esse nome. A palavra aparece por cinquenta e seis vezes no Novo Testamento. Antes do exílio babilônico, o templo era o centro de todas as atividades religiosas. Quando o templo foi destruído, então as sinagogas tornaram-se células dessa atividade, bem como de aprendizado. Ê possível, contudo, que as sinagogas tenham surgido antes mesmo do exílio babilônico, e que este apenas consolidou a importância das mesmas. Seja como for, a sinagoga tornou-se um centro de todas as atividades religiosas, sociais e de instrução. Na sinagoga não havia altar e nem sacrifícios. O estudo e a leitura ida Tora, bem como a oração, tornaram-se as atividades centrais ali. A sinagoga era o centro do governo de Israel. Ela provia uma espécie de sistema de educação de adultos em massa, onde a Tora era estudada sistematicamente, semana após semana. Todos quantos frequentavam a sinagoga tornavam-se estudantes da lei. Quando o povo judeu não mais era capaz de entender o hebraico, as explicações eram feitas em aramaico. O Desenvolvimento de Escolas. A primeira escola de um judeu era o seu lar. Os mestres eram os pais e os alunos eram os filhos. O lar nunca perdeu a sua importância como o lugar primário de aprendizado. Então surgiram as escolas de profetas, que dirigiram o primeiro ensino sistemático e constante fora dos lares. Eles encontravam em Moisés a sua grande inspiração (Deu. 34:10; 18:15 ss). Os profetas tomaram-se os mestres e instrutores de Israel de uma classe de homens eruditos, que se tornaram líderes da nação. Pela época da monarquia, havia grupos ou companhias de profetas, de tal modo que eles formaram uma classe distinta dentro da nação (I Sam. 10:5,10; 19:20). Os «filhos dos profetas» eram os discípulos das escolas que haviam sido formadas. Ver I Reis 19:16; II Reis 2:3 ss. Então surgiram as sinagogas; que representaram um passo vital no desenvolvimento das escolas, conforme nós as conhecemos. Entretanto, nenhuma escola era separada da sinagoga e nenhum sistema escolar formal formou-se em Israel, senão já dentro do período helenista e isso por motivo de competição com as escolas gregas. A literatura rabínica informa-nos que um sistema escolar compulsório foi criado pelos fariseus, no século I a. C. Sabemos que Simão ben Shetach (75 a. C.) ensinava às pessoas de uma maneira sistemática e regular; mas o texto que ele usava era a Tora. Em Israel não havia educação liberal. As escolas elementares, para as crianças, não parecem ter surgido antes do século I d. C. Joseph ben Gamala (cerca de 65 d. C.) tentou fazer a educação elementar tomar-se compulsória e universal, com escolas onde as crianças entravam com seis ou sete anos de idade. As escolas elementares eram chamadas Casa do Livro. O currículo continuava sendo, essencialmente, orientado segundo a Bíblia. Toda e qualquer referência às ciências, em quaisquer de suas formas, era feita de modo inteiramente incidental. Foram desenvolvidas escolas secundárias para os alunos mais promissores. A religião continuava sendo o centro de todas as atividades educacionais. Além da Bíblia e da Mishnah, foi instituído o debate teológico. As escolas que funcionavam desse modo eram chamadas Casas de Estudo. Finalmente, foram formadas academias autênticas, que eram reputadas a lugares sagrados, e não apenas lugares de aprendizagem. O Talmude resultou das atividades dessas escolas e grandes líderes se salientaram então, como Hilel, Shamai e Gamaliel. Paulo educou-se na escola de Gamaliel. Isso significa que, em Israel, havia três instituições de ensino diferentes: a sinagoga, as escolas elementares e as academias, ou casas de estudos. As academias funcionavam separadas das sinagogas, em seus próprios edifícios, ou talvez na residência do mestre principal. O Lar. O lar era a unidade básica da sociedade, bem como a primeira escola que um menino judeu conhecia. O Antigo Testamento mostra o grande valor dado às crianças e grande responsabilidade pesava sobre os ombros dos pais, porquanto os filhos eram tidos como dons de DEUS (Jó 5:25; Sal. 127:3; 128:3,4. Ver também Gên. 18,19 e Deu. 11:19 quanto à importância da instrução doméstica). As crianças eram treinadas em seus deveres, religiosos ou outros (I Sam. 16:11; II Reis 4:18). O treinamento artístico fazia parte da instrução recebida (Juí. 21:21; Lam. 5:14). Às meninas eram ensinadas prendas domésticas, por suas mães (Êxo. 35:25; II Sam. 13:8). Os meninos aprendiam negócios e ofícios. As casas numerosas, como aquelas de pessoas ricas, estavam sujeitas a uma instrução global (Gên. 18:19). O elemento religioso sempre ocupava o primeiro plano (Deu. 6:4-9; Sal. 78:3-6; Pro. 4:3). Algumas poucas mulheres, segundo todas as aparências, eram bem educadas e chegaram a tomar-se líderes (Juí. 4:4 ss, II Reis 22:14-20). CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 270-271. III - JESUS CRESCEU PSICOLOGICAMENTE 1. A DIMENSÃO PSICOLÓGICA DE JESUS. Por fim JESUS também possuía as dimensões psíquica e espiritual. David Nichols sublinha que foi JESUS mesmo quem reconheceu sua dimensão psicológica quando empregou a palavra grega psichê (alma) para descrever o que ocorria no seu interior quando agonizava no Getsêmani. JESUS, portanto, teve consciência de suas emoções quando externou em diferentes momentos de sua vida sentimentos de alegria e tristeza. “Então, chegou JESUS com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26.36-38). Por outro lado, observa Nichols, JESUS também tinha consciência de sua dimensão espiritual. Lucas nos informa que JESUS mesmo usou o termo grego pneuma, traduzido em português como espírito, quando expirou na cruz do calvário (Lc 23.46). Nichols destaca que no contexto do evangelho de Lucas, a palavra “espírito” (pneuma) sem sombra de dúvidas indica a dimensão da existência humana que continuará na eternidade depois da morte. Esse é um fato relevante porque demonstra que foi como um ser humano, de carne e osso, que JESUS morreu. José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 43. «...infância...» O termo grego é «brephos», palavra usada para indicar «embrião humano» ou «feto». (Ver Plutarco Mor. 1052; Dióscuro 5,74; Josefo, Antiq. 20,18). Mas também era usado com o significado de «bebê», «infante». (Ver I Macabeus 1:61; II Macabeus 6:10 e Josefo, Guerras dos Judeus 6,205). Esse vocábulo indica que desde a idade mais infantil possível, quando uma criança começa a falar, Timóteo já vinha recebendo treinamento religioso específico. Esses mui dificilmente se afastam da fé, embora possa haver modificações posteriores, ao passo que a experiência humana mostra-nos que aqueles que se converteram mais tarde na vida se afastam mais facilmente da fé, em favor de alguma outra coisa. Os costumes judaicos comuns obrigavam os pais a darem início ao treinamento religioso sério de seus filhos ao chegarem ao seu quinto ano de vida. Filo, em «Led ad Caium», pág. 562, cap. 16; Josefo, em «Apion» I. 12; o terceiro capítulo de Susana e IV Macabeus 18:9 confirmam isso. «...sagradas letras...» No original grego temos «...escritos santos...» ou «...Sagradas Escrituras...», uma alusão ao A .T ., pois, naquele tempo, não havia ainda o «cânon» do N. T., e nem mesmo todos os livros do N. T. tinham sido escritos. Sendo normalmente uma alusão às Escrituras do A. T., essa expressão algumas vezes se reduz a «as Escrituras», conforme se vê em Mat. 21:42; 22:29; Luc. 24:27; João 5:39 e I Cor. 15:3. Algumas vezes tal palavra é usada para indicar alguma passagem particular das Escrituras, um trecho selecionado. Algumas vezes essa palavra aparece no singular, e de outras vezes aparece no plural. (Ver a forma plural em I Ped. 2:6 e em II Ped. 1:20 e A s referências dadas acima são exemplos de seu uso no plural. O trecho de Rom. 1:2 diz «Santas Escrituras» («graphais agiais»), ao passo que aqui temos «Sagradas Escrituras», expressão que aparece exclusivamente aqui, em todo o N. T. Essa expressão se encontra em Josefo, Proem. to Ant. 3; Apion I e em Filo, Vit. Mos. 3:39, etc. Os livros do A. T. são focalizados nessa expressão (porquanto havia vários «cânones» do A. T. nos dias de Paulo), segundo se vê nas notas expositivas sobre o versículo seguinte, acerca das «Escrituras». Essas «Sagradas Escrituras», pois, são contrastadas com as fontes «estranhas» utilizadas pelos gnósticos, como seus mitos, suas imaginações, suas religiões misteriosas e seus livros de mágica e encantamento. (Ver Atos 19:19). «...tornar-te sábio...» Temos aqui menção à sabedoria espiritual. As promessas messiânicas, bem como as interpretações que lhes dão a igreja cristã, mostram claramente como é que DEUS outorga aos homens a salvação, e como ela pode e deve ser recebida. Aqueles que são «sábios» perceberão o significado de tudo isso, tirando benefícios espirituais dessa sabedoria celestial. A aceitação da mensagem bíblica, em que o indivíduo se firma fortemente sobre ela, permitindo assim que a sua vida seja transformada, produzirá o conhecimento teórico, doutrinário, prático e místico, bem como a experiência espiritual, o que leva um ser humano à vida eterna. (Comparar com João 5:39, quanto ao fato que as autoridades judaicas criam que, nas «Escrituras», um homem recebe a vida eterna; e esses são aqueles que falam acerca de CRISTO, de tal modo que ele é o meio dessa vida. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 394. «Crescia o menino...». Temos aqui uma espécie de sumário da vida inicial de JESUS, tal como Lucas já provera um sumário semelhante acerca da vida de João Batista, em Luc. 1:80. João Batista internou-se no deserto, vivendo como asceta, certamente como os essênios também costumavam fazer. Mas JESUS viveu como menino comum, no seio de sua família. João «crescia» no espírito. Mas JESUS era cheio de sabedoria e desfrutava do favor tanto de DEUS como dos homens. O texto subentende o crescimento e o desenvolvimento espiritual de JESUS, e isso não nos deve surpreender, porquanto era homem autêntico. Desenvolvia-se tal como devia. Aprendeu a falar e a escrever. Falava-se o hebraico nas escolas e o aramaico nas conversas diárias. Também aprendeu a comunicar-se com DEUS, e precisamos aprender a fazer outro tanto, segundo o modelo por ele deixado. JESUS estava sendo «aperfeiçoado», como também lemos no trecho de Heb. 2:10. Passou pelas mesmas experiências pelas quais devemos passar, e precisou aprender por meio dos seus sofrimentos. Contudo, sempre se mostrou obediente, e desenvolveu-se como todo homem deve desenvolver-se. Tal é o ensino da encarnação e da humanidade de CRISTO. A igreja tende a esquecer-se de que JESUS também foi homem, e com demasiada freqüência subestima a importância da vida terrena de JESUS. Agiu do modo que fez porque desenvolveu as capacidades espirituais para tanto, e esse desenvolvimento está disponível a todos os homens. JESUS compartilhou de nossa natureza e de nossa existência, a fim de que pudéssemos compartilhar de sua natureza e de sua vida celestiais. «...enchendo-se de sabedoria,..». O particípio, no grego, subentende um processo contínuo de ser cheio, e por isso transmite o mesmo pensamento expresso no vs. 52 sobre o aumentode sua sabedoria. «A alma de JESUS era humana, isto é, sujeita às condições e limitações do conhecimento humano, e teve de aprender como devem fazê-lo todas as almas humanas. JESUS era também verdadeiro homem, segundo este texto mostra. «...e crescia JESUS em sabedoria, estatura e graça, diante de DEUS e dos homens... » Este versículo é uma repetição virtual de Luc. 2:40. Todos os comentários feitos ali se aplicam aqui também, especialmente as considerações que condenam o docetismo, a heresia que fazia da humanidade de JESUS o ato de um mero fantasma, e não a de um homem autêntico, que precisasse aprender, desenvolver-se e amadurecer, como todos os homens devem (ver Heb. 2:10; 5:9). Infelizmente, apesar da humanidade de CRISTO ser declarada na igreja moderna, contudo, tão pouco do que JESUS fez ou foi é reputado como resultante de sua humanidade desenvolvida que, na realidade, o que encontramos é apenas outra modalidade de docetismo, com o resultado de que o sentido da vida terrena de JESUS é inteiramente eliminado do pensamento e do ensino cristão. Ver Fil. 2:7, sobre a natureza da Humana de CRISTO. Contamos apenas com essas palavras para descrever cerca de dezoito anos da existência terrena de JESUS, anos passados em Nazaré como carpinteiro, provavelmente como o único carpinteiro da cidade. É bem provável que José tivesse falecido durante esse período, e o sustento da família passou para os ombros de JESUS, por ser o filho primogênito. JESUS desenvolveu a sua vida espiritual como homem, obtendo assim poderes admiráveis, que ele posteriormente usou para benefício de seus semelhantes humanos, Justino Mártir (150 d.C.) diz-nos que em seu tempo, diversos objetos de madeira, que eram reputados feitos pelas mãos de JESUS, eram intensamente procurados. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 36;40. E o menino crescia... (v.40): Sobre o desenvolvimento que o Senhor quer ver nos Seus filhos, vede 2 Pe 3.18; 1 Pe 2.1; 2 Pe 1.5-8; Hb 5.11-6.3. JESUS, apesar de ser o Filho de DEUS e Senhor de tudo, era tão humano como qualquer outro menino. Não convém pensar que era um menino anormal, com mentalidade de adulto, desenvolvido, nem que quando “se esvaziou, tomando a forma de servo”, deixou de ser divino. Era sempre Aquele que estava com o Pai antes que houvesse mundo. Quando, porém, se encarnou, foi feito “em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado.” Era um menino inteiramente normal e o nosso exemplo para criar filhos. Ele crescia física, intelectual e espiritualmente: 1) Fisicamente. “Crescia” (v.40) “em estatura” (v.52). O Moço não era nazareno melancólico, pálido e doentio. O labor na oficina de carpinteiro e a obediência às leis de DEUS contribuíram para o desenvolvimento do físico. O servo de DEUS carece de corpo sadio e robusto. 2) Intelectualmente, “Cheio de sabedoria” (v.40), “crescia JESUS em sabedoria” (v.52). Enquanto se desenvolvia no físico, crescia intelectualmente; não se tornou gigante em mentalidade de criança. 3) Espiritualmente. “A graça de DEUS estava sobre Ele.” O menino JESUS tinha, também, de crescer, como homem, no conhecimento do DEUS invisível e guardar o contato com Ele por oração e leitura da Sua Palavra. O Seu crescimento era simétrico; enquanto crescia em corpo, crescia igualmente em mente, mas não foi de forma alguma a custo do Seu desenvolvimento espiritual. Orlando S. Boyer. Espada Cortante 2. Editora CPAD. pag. 47. Como Ele a passou, v. 40. Em todas as coisas, lhe era conveniente ser semelhante aos seus irmãos, e por isto Ele passou a infância como as outras crianças, embora sem pecado; ou melhor, com indicações manifestas de uma divina natureza em si. Como as outras crianças, Ele cresceu em estatura física, e aperfeiçoou a compreensão da sua alma humana, para que o seu corpo natural pudesse ser um modelo do seu corpo espiritual que, embora animado por um ESPÍRITO perfeito, ainda assim faz o aumento de si mesmo, até chegar a “varão perfeito”, Efésios 4.13,16. Mas: (1) Enquanto as outras crianças são frágeis em entendimento e determinação, Ele se fortalecia em espírito. Pelo ESPÍRITO de DEUS, a sua alma humana foi dotada de um vigor extraordinário, e todas as suas faculdades realizavam as suas funções de uma maneira extraordinária. Ele raciocinava com veemência, e o seu juízo era objetivo e penetrante. (2) Enquanto as outras crianças têm tolices nos seus corações, que se manifestam em tudo o que dizem ou fazem, Ele estava cheio de sabedoria, não devido a qualquer vantagem de instrução ou educação, mas pela obra do ESPÍRITO SANTO; tudo o que Ele fazia e dizia era sabiamente feito e sabiamente dito, para a sua idade. (3) Enquanto as outras crianças mostravam que a corrupção da natureza estava nelas, e o joio do pecado crescia juntamente com o trigo da razão, Ele deixava transparecer que nada além da graça de DEUS estava nele (o trigo crescia sem joio) e que, enquanto as outras crianças eram, por natureza, filhos da ira, Ele era enormemente amado, e cheio da graça de DEUS; pois DEUS o amava, e o apreciava, e tinha um carinho especial por Ele. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 535.] 2. JESUS E AS EMOÇÕES. Lc 20.24-26 - 24 Mostrai-me um denário. De quem é a imagem e a inscrição que ele tem? Responderam: De César. 25 Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a DEUS o que é de DEUS. 26 E não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e admirados da sua resposta, calaram-se. A confusão em que se viram colocados, v. 26. 1. A armadilha se quebrou; eles “não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo”. Eles não conseguiram agarrar-se a nada que pudesse inflamar nem o governador nem o povo contra Ele. 2. CRISTO é honrado - até mesmo a ira do homem foi feita para honrá-lo. Eles se maravilharam com a sua resposta, pois foi muito discreta e irrepreensível, e tal evidência daquela sabedoria e sinceridade faziam brilhar o rosto. 3. Suas bocas se fecharam: “Maravilhados com sua resposta, calaram-se”. Eles não conseguiram nada para objetar, e não lhe perguntaram mais nada, para que Ele não os envergonhasse e não os expusesse. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 698. Lucas dá uma descrição mais completa do efeito sobre os questionadores do que os demais Sinotistas. Revelaram-se incapazes de apanhá-lo. A pergunta deles parecia certeira para produzir o efeito desejado, mas revelara-se um rojão molhado. Ficaram, portanto, admirados, e foram reduzidos ao silêncio. Leon L. Morris. Lucas. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 271. As palavras do Senhor evidenciam o equilíbrio correto entre o dever e a obrigação perante as autoridades e perante DEUS. A segunda parte da frase constitui uma fundamentação da primeira, contendo ao mesmo tempo uma restrição, o limite correto da obediência. Os ardilosos interrogadores que pretendiam armar uma cilada para o Senhor foram cabalmente dispersos por meio dessa resposta sucinta, porém sábia. Todos os sinóticos relatam a admiração dos interrogadores que se patenteou em seguida. Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica Esperança. IV - JESUS CRESCEU ESPIRITUALMENTE 1. CRESCENDO NA GRAÇA E FORTALECENDO O ESPÍRITO. JESUS assumiu estes condicionamentos lá onde pesam mais, isto é, no meio dos pobres (2 Co 8.9; Mt 13.55; Fp 2.6,7; Hb 4.15; 5.8). Ele se formou “crescendo em sabedoria, tamanho e graça, diante de DEUS e dos homens” (Lc 2.52). Estes três aspectos do crescimento em sabedoria, tamanho e graça se misturam entre si. Crescer em sabedoria é assimilar os conhecimentos da experiência humana diária, acumulada ao longo dos séculos nas tradições e costumes do povo. Isso se aprende convivendo na comunidade natural do povoado. Crescer em tamanho é nascer pequeno, crescer aos poucos e tornar-se adulto. É o processo de todo ser humano, com suas alegrias e tristezas, amores e raivas, descobertas e frustrações. Isto se aprende convivendo na família com os pais, os avós, os irmãos e as irmãs, com os tios e tias, sobrinhos e sobrinhas. Crescer em graça é descobrir a presença de DEUS na vida, a sua ação em tudo que acontece, o seu chamado ao longo dos anos da vida, a vocação, a semente de DEUS na raiz do próprio ser. Isto se aprende na comunidade de fé, nas celebrações, na família, no silêncio, na contemplação, na oração, na luta de cada dia, nas contradições da vida e, em tantas outras oportunidades”. José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 39. Ele cresceu em sabedoria. A mãe, a natureza, a Escritura Sagrada, a vida e a oração representaram os ricos recursos que haviam sido proporcionados ao menino JESUS para amadurecer em direção de um saber claro e saudável. Há algo admiravelmente grandioso em uma vida conduzida com sabedoria, na qual tudo é aquilatado e praticado à luz da eternidade, onde se aprende a incluir a totalidade da vida terrena - com suas preocupações, sofrimentos e alegrias, suas necessidades e demandas diárias, seus constrangimentos e tentações - de forma cada vez mais completa no grande acorde básico do “Uma coisa só importa”, perguntando em todas as situações: Como o Senhor no céu pensa a esse respeito, e como você pensará a respeito disso um dia, quando a terra estiver a seus pés e você se escontrar na luz da eternidade? Isso é sabedoria. Posicionar-se dessa maneira aqui na terra a partir do mirante da eternidade - isso é sabedoria. Adquirir nela cada vez mais treino, experiência e agilidade - isso significa “crescer em sabedoria”. Até onde posso ir em cada situação? Até que ponto devo falar ou silenciar no convívio com outros? Quando devemos dizer ao próximo que pecou contra nós, em particular? Quando e por quanto tempo temos de suportá-lo calados? E onde precisamos ceder, onde insistir em nossos direitos? Até que ponto devemos consolar ou primeiramente exortar um sofredor? Quanto descanso podemos requerer para nós? Quando e de que maneira temos de ajudar o empregado que falta ao trabalho? Até que ponto podemos ser “tudo para todos”? Como devemos posicionar-nos diante dos partidos na igreja e no Estado? Essas perguntas não são respondidas abrindo a Bíblia e selecionando mecanicamente um versículo qualquer, mas relacionando corretamente o conhecimento de DEUS e do mundo obtido pela palavra de DEUS, e quando levamos em consideração, mediante sábia apreciação, a situação e as pessoas envolvidas naquela ocasião. Ele cresceu em graça diante de DEUS e das pessoas. Aqui temos de pensar em um crescimento da graça da aprovação divina e da benignidade paterna sobre esse menino JESUS. Desde o começo ele foi objeto da graça, porém quanto mais ele crescia e o poder de DEUS se disseminava nele, quanto mais ele superava todas as tentações com fé e sabedoria, aprendendo a obediência, tanto mais também se avolumava a graça de DEUS sobre ele. Novamente deparamo-nos aqui com uma parte de sua humilhação, que é inegavelmente a maior e mais misteriosa. Ele despojou-se até mesmo de seu relacionamento original com o Pai. O Criador se rebaixou até sua criatura, que cresce e amadurece interiormente por meio da obediência. No entanto, JESUS também cresceu em graça diante das pessoas. Afinal, de agora em diante o rapaz de doze anos mantinha cada vez mais contato com as pessoas. Em breve, pois, sua natureza amável, obediente, solícita, afetuosa e correta conquistou os corações das pessoas, de sorte que o tratavam com amizade e favor. Apesar de sua profunda condição pecaminosa, o mundo sempre respeita secretamente a grandeza de uma mentalidade inatacável, das obras e virtudes da bem-aventurança. Foi isso que também aconteceu com o Senhor. É uma maravilhosa dádiva de DEUS quando alguém encontra graça também diante dos seres humanos. Essa amabilidade repleta e santificada da mente de CRISTO, em atitude e caráter, que atrai e conquista involuntariamente as pessoas, é algo sumamente belo. Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica Esperança. 2. JESUS E SUA MAIORIDADE. Capacitado pelo ESPÍRITO Desde o primeiro capítulo deste livro chamo a atenção para a teologia carismática de Lucas. JESUS foi capacitado pelo ESPÍRITO SANTO para realizar as obras de DEUS. Talvez em nenhum outro ponto ela é mais clara quanto no contexto da kenosis de nosso Senhor. JESUS como homem, vivendo as limitações que a encarnação lhe proporcionou, dependeu durante todo o seu ministério da ação do ESPÍRITO SANTO. Esse é um fato observado por todos os manuais de teologia sistemática. Heber Campos, por exemplo, destaca que o Filho, em si mesmo, não precisava de suporte ou da ajuda do ESPÍRITO SANTO, mas quando o Verbo se fez carne, assumindo a nossa humanidade, ele se colocou na condição de Servo necessitando do socorro do ESPÍRITO SANTO para exercer o seu ministério. Por essa razão, citando a passagem de Isaías 61, JESUS diz de si mesmo: “O ESPÍRITO do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lc 4.18). JESUS precisou, por causa de sua humanidade, do suporte do ESPÍRITO SANTO para realizar o seu ministério. DEUS não quebra as suas leis nem mesmo com o seu Filho. Ao encarnar, Ele se tornou como um de nós, carente da ação do Alto para poder realizar sua missão entre os homens. José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 43-44. Os sábios atônitos. Nesse período, o Templo exercia profundo fascínio sobre o menino JESUS, porque chegara a um momento crítico de sua vida: a consciência de sua natureza e missão divinas afetava-o poderosamente. O escritor foi inspirado a incluir este incidente para deixar claro aos leitores que, aos doze anos de idade, JESUS estava ciente de sua condição de Filho de DEUS e de que tinha uma missão a cumprir. Nada mais natural, portanto, fosse Ele encontrado na casa do seu Pai, “assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os”. Diz-se que havia uma sinagoga (casa de reuniões) dentro do Templo, onde os grandes ensinadores de Israel ministravam nos sábados e feriados religiosos. No decurso das preleções, os rabinos faziam perguntas aos ouvintes, que, por sua vez, tinham licença para interrogar o mestre. “E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas”. E, se o debate era acerca do Messias e sua obra - o que é bem provável -, podemos entender a estupefação dos mestres ante as perguntas e respostas do menino. Sabendo ser o Messias, JESUS debatia o assunto com clareza, unção e autoridade. Myer Pearlman. Lucas, O Evangelho do Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 64-65. No batismo de JESUS vemos a presença da trindade e a capacitação do ESPÍRITO SANTO para que JESUS iniciasse seu ministério. Foi cheio do ESPÍRITO SANTO Até os trinta anos, JESUS permaneceu na cidade de Nazaré e trabalhou como carpinteiro, para só após ajudar sua família, exercer seu ministério de treinamento de seus discípulos e pregação do evangelho no poder e unção do ESPÍRITO SANTO.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique.
Lição 11, Maria, Mãe de JESUS - uma Serva Humilde
2º Trimestre de 2017 - Título: o Caráter do Cristão - Moldado Pela Palavra de DEUS e Provado Como Ouro
Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato de Lima (Pr.Pres.ADPAR - Assembleia de DEUS em Parnamirim/RN)
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454
http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/06/figuras-da-licao-11-maria-mae-de-jesus.html FIGURAS ILUSTRATIVAS PARA A LIÇÃO
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COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO Os Anos Perdidos de JESUS Há algum tempo encontrava-me manuseando um livro em uma livraria em Curitiba (PR), quando um senhor se aproximou de mim. Após se identificar como um teólogo tomou a iniciativa na construção de um diálogo. Através de sua fala tomei conhecimento que possuía uma sólida formação acadêmica, visto ter se formado em um conceituado Seminário evangélico brasileiro. Contou-me que a sua fé estava sofrendo uma reviravolta porque, segundo disse, estava convencido de que o ministério de JESUS não havia se limitado às terras bíblicas, porque, de acordo com suas leituras, JESUS não teria se limitado a ficar na palestina mas teria ido até a índia. Ali teria estudado com os monges e trabalhado a sua espiritualidade! Perplexo, perguntei-lhe em que se baseava para fazer uma afirmação tão ousada! Procurando ali mesmo nas prateleiras daquela livraria ele encontrou o livro que o havia convencido a mudar de ideia. O livro falava algo tipo: Os Anos Perdidos de JESUS. 1 A busca pelos supostos “anos perdidos de JESUS” tem sido objeto de estudo de milhares de escritores em todo o mundo. Católicos, protestantes, espíritas, ateus, agnósticos, artistas e cineastas tem feito um esforço enorme para recontar a história de JESUS de Nazaré. 2 Alguns se atêm ao registro neotestamentário, mas outros vão muito além daquilo que a Bíblia diz sobre o carpinteiro da Galileia. Para estes o registro bíblico é insuficiente, visto que a igreja institucional teria conspirado excluindo aqueles livros que continham relatos discordantes dos textos canônicos. Fundamentados, portanto, em textos não canônicos, escritos na sua maioria entre os séculos II e IV d. C., tentam descrever detalhes da infância, adolescência e idade adulta de JESUS. Procuram dar voz àquilo que a Bíblia silencia. Dessa forma seus argumentos não se fundamentam no que a Bíblia diz, mas naquilo que ela não diz. Um exemplo clássico de um autor que foi até as últimas conseqüências a esse respeito é Dan Brown, autor de O Código da Vinci, um dos livros mais lidos do mundo e que foi adaptado para o cinema. A tese de Brown, diga-se sem nenhum fundamento bíblico e histórico, é que JESUS não é o Filho de DEUS, casou-se com Maria Madalena e a prole de ambos deu início a uma linhagem sagrada. José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 36-37. Colossenses 1:20, e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus. Sim, DEUS estava «...em CRISTO...» porque o Filho de DEUS é o agente ativo da reconciliação, em sua missão neste plano terreno. Essa expressão pode ser considerada como vinculada a vários elementos da sentença, a saber: 1. Com «...DEUS...» — «...DEUS estava em CRISTO...», o que expressa a presença divina e a cooperação do Pai, em sua missão. 2. Outros pensam que a ligação é com «...reconciliação...»—DEUS estaria reconciliando o mundo «em CRISTO», isto é, através de sua agência. Nesse caso, isso seria um paralelo do versículo anterior, «...por meio de CRISTO...», como declaração sobre como DEUS reconciliou o homem consigo mesmo. Ambas essas idéias são verdadeiras e aparecem inerentemente neste versículo, não havendo maneira certa de dizer qual idéia é especialmente indicada aqui. Se a segunda idéia está em foco, deveríamos compreender: «DEUS, em CRISTO, reconciliava o mundo consigo mesmo». Mas se é a primeira idéia que está em foco, deveríamos entender aqui: «DEUS, vivendo e operando em CRISTO, reconciliava o mundo consigo mesmo». Se a segunda idéia é a correta, então «...estava...» faz parte de uma frase verbal que está ligada ao particípio «...reconciliando...» Mas se a primeira é que está correta, então «...estava...» expressa a presença permanente de DEUS Pai com JESUS CRISTO, em sua missão terrena. Ora, ambas as idéias são bíblicas, seja como for. Este versículo assevera claramente que a reconciliação vem da parte de DEUS e é oferecida ao homem, não dependendo do esforço humano por restaurar-se a DEUS; por semelhante modo, assevera a divindade de todo esse processo, ou seja, trata-se de algo que ultrapassa em muito aos esforços dos homens, conforme também ensina toda esta secção. Causas de nossa alienação de DEUS: A separação que existe entre o homem natural e DEUS é que requer a reconciliação. James Reid (in loc.), apresentou uma lista de quatro formas que essa separação assume: 1. A indiferença. O homem tem suas tribulações e fracassos, seus desejos, seus anelos, seu senso de futilidade, mas com freqüência não reconhece que o seu problema é essencialmente de ordem espiritual. Deixou DEUS inteiramente fora de sua vida, e preferiu enfatizar os valores terrenos, com detrimento dos valores celestes. Por isso mesmo, ficou alienado do Pai celestial. 2. A separação também pode assumir a forma de ressentimento contra o Senhor DEUS. Essa pode assumir uma forma ativa e consciente, ou então subconsciente. Alguns homens odeiam a DEUS, especialmente por causa do - problema do mal, o moral e o natural. Os homens podem até mesmo aceitar a DEUS como bom, dentro de um artigo de fé; mas se ressentem contra ele quando as coisas não correm bem e a tragédia os atinge. Essa forma de alienação pode ser um ressentimento contra toda e qualquer autoridade, e está identificada com DEUS, direta ou indiretamente, por ser ele a autoridade suprema. 3. A alienação também se dá por causa do egoísmo, em que o indivíduo busca somente os seus próprios interesses, até mesmo quando a sua consciência reconhece a maldade das próprias ações, ou, pelo menos, quando percebe que DEUS não vem apropriadamente servi-lo. O egoísmo aliena o homem do homem, e também de DEUS. Já o amor é uma poderosa força que os une. 4. O senso de separação também pode ocorrer através do senso de culpa, sobretudo se este for exagerado, mórbido. A psicologia tem revelado quão prevalente é esse senso , destrutivo do bem-estar físico e espiritual do homem. Em CRISTO é obtido o perdão dos pecados e a questão deveria ser deixada nesse ponto, até onde o abandono ao pecado diz respeito. Porém, os homens se castigam criando autoacusações mórbidas que estabelecem uma barreira entre eles mesmos e DEUS, provocando a tribulação em suas vidas mentais e espirituais. E daí resulta uma espécie de alienação entre eles e DEUS. Não obstante, o senso de culpa é algo garantido pelo ESPÍRITO de DEUS, como parte integrante da existência humana. Para os psicólogos é errôneo mudar o erro em uma suposta razão, simplesmente para aliviar um complexo de culpa. É muito melhor remover a causa do sentimento de culpa através da mudança de conduta. Todos os pecados podem ser expiados por um homem honesto, e isso através da restauração, até onde isso for possível, em qualquer dada circunstância, e então através do arrependimento e do abandono do erro e das ações injuriosas. CRISTO, O Agente A reconciliação se torna uma realidade por meio dele. Essa é a mensagem central do N. T., o que é reiterado de diversas maneiras. Em si mesmo, o N. T., de acordo com certo ângulo, consiste de uma longa polêmica que busca provar o ofício messiânico de JESUS, e como o CRISTO eterno se encarnou nele. «...não imputando aos homens as suas transgressões...» (Com isso se pode confrontar o trecho de Rom. 4:7,8). O oitavo versículo deste capítulo encerra a mesma ideia, onde tal pensamento é comentado. O pecado não é imputado sob a condição de fé; de outra maneira, se um homem não tem fé em CRISTO e nem reconhece sua soberania, os seus pecados lhe serão imputados. O termo grego «logidzomai», aqui utilizado, significa «levar em conta», «pôr na conta de». Pois se os pecados não forem imputados à alma, isso significa que seus efeitos deletérios não poderão prejudicá-la. Isso não significa que os resultados derivados do pecado sejam removidos. Porquanto haveremos de colher aquilo que tivermos semeado, embora sejamos perdoados, do mesmo modo que o assassínio e o adultério de Davi lhe foram perdoados, mas mesmo assim teve ele de sofrer as conseqüências de seus pecados. Pois o pecado macula, e não há como evitar essa mácula, ainda que a alma escape da punição merecida. «... .reconciliando consigo o mundo...» Não encontramos aqui uma expiação limitada. O mundo inteiro está em foco, e não meramente os eleitos. Pois o mundo inteiro é o objeto da reconciliação, embora isso só se torne eficaz no caso daqueles que confiam em CRISTO. Em qualquer nível ou esfera, em qualquer período da existência, assim deve suceder. (I João 2:2). «....confiou a palavra de reconciliação...» Comentou Alford (in loc.), sobre essas palavras: «Observemos que a reconciliação aqui aludida, bem como no versículo próximo, vem de DEUS para nós, de modo absoluto e objetivo, por meio do seu Filho; e que assim DEUS pode contemplar e tolerar complacentemente um mundo pecaminoso, recebendo todos os que se aproximam dele em CRISTO». A Admirável Outorga A outorga do ministério de reconciliação poderia ter sido feito aos anjos ou a outros seres (talvez desconhecidos de nós). Porém, foi entregue ao humilde homem, de tal maneira que, em amor, um ser humano pode ajudar a outro. Isso agradou a DEUS, porquanto isso deu aos homens a oportunidade de viverem segundo a lei do amor, que é a prova mesma da espiritualidade (ver I João 4:7). Ouso dizer, entretanto, que essa missão não foi proporcionada exclusivamente ao homem. Elevadíssimas forças estão envolvidas no uso de homens como agentes, os quais (mui provavelmente), operam por si mesmos. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 348-349. 19 Uma “nova criação” começou. Não são as pessoas que alcançam a DEUS com sua religiosidade, como pensavam os gentios devotos, da mesma forma como os israelitas devotos. Não, DEUS é quem veio aos seres humanos perdidos. “A saber, que DEUS estava em CRISTO, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões.” Foi de fato o próprio DEUS que “estava em CRISTO”. Quando encontramos a CRISTO, deparamo-nos com o DEUS vivo. Porém não estava presente de modo indefinido e bem genérico como “DEUS em CRISTO”. Sua presença em CRISTO foi de uma espécie bem determinada, a saber, “reconciliando consigo o mundo”. Como, porém, aconteceu essa sua obra de reconciliação? Paulo destaca que DEUS afasta o maior empecilho que impedia uma “reconciliação”. Havia em nossa vida toda o fardo da culpa, toda a profusão de incontáveis “transgressões”. Quando DEUS as “imputa”, não pode haver reconciliação. Paulo não nos dirá imediatamente como, afinal, o santo DEUS, o juiz justo do mundo, pode “não imputar” a transgressão de seus mandamentos, tratando-a assim como não acontecida. “A saber, que DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo.” JESUS não age por conta própria em relação a DEUS e ao mundo. DEUS jamais é “objeto”, nem mesmo objeto do Filho! Sempre e em todas as circunstâncias DEUS é o soberano, que delibera e age a partir de si mesmo. Ele está plenamente presente quando se trata da reconciliação do mundo. Em seguida, porém, evidentemente é necessário que também a outra verdade seja testemunhada com toda a clareza: esse DEUS reconciliador vem ao nosso encontro de nenhuma outra forma senão exclusivamente em JESUS. Quem busca DEUS fora de JESUS, o Crucificado, depara-se somente com a incontornável ira de DEUS. A reconciliação do pecador com o DEUS santo existe unicamente em JESUS. DEUS veio ao mundo em CRISTO. De uma vez por todas reconciliou consigo o mundo no episódio passado no Calvário. A ação de DEUS por intermédio de CRISTO vale para “o mundo” em sua amplitude abrangente. Por princípio, nenhuma raça, nenhum povo, nenhuma pessoa foi excluída dele. Justamente o “mundo”, esse mundo terrível cheio de ateísmo, ódio, injustiça, mentira e egoísmo, tem necessidade da reconciliação. Em razão disso, a ação reconciliadora de DEUS em CRISTO está direcionada para ele. Cabe notar mais uma coisa: DEUS reconciliou o mundo “consigo”, ou seja, com ele, o DEUS vivo. Essa é a criação de uma nova comunhão. DEUS não pára no “não lhes imputando as transgressões”. Ele quer e faz mais: pessoas “reconciliadas” têm paz entre si e acesso uns aos outros. Em decorrência, por causa da obra do CRISTO na cruz, não apenas escapamos ilesos da punição, não apenas alcançamos a vida para nós mesmos, mas essa nova vida consiste justamente na maravilhosa comunhão com DEUS, na condição de filhos e filhas de DEUS. A reconciliação, de DEUS, em CRISTO, de fato apenas nos alcança porque vem a nós na mensagem, no evangelho. No entanto, o fato de que a mensagem atinge e comove a nós, inimigos de DEUS, autocráticos, obstinados, pessoas fechadas contra DEUS, isso por sua vez constitui integralmente uma obra de DEUS. Por essa razão pertence direta e incondicionalmente à obra de reconciliação: “imprimindo em nós a palavra da reconciliação”. Nessa declaração Paulo deve ter em mente inicialmente que DEUS imprime a palavra da reconciliação em seus mensageiros, de sorte que possam levá-la às pessoas com autoridade. Contudo igualmente podemos lembrar o que acontece sob a proclamação e por meio dela: agora a palavra também é “impressa” no coração dos ouvintes, conferindo-lhes a reconciliação e tornando-os uma “nova criação”. Werner de Boor. Comentário Esperança Cartas aos II Corinto. Editora Evangélica Esperança. I - JESUS CRESCEU FISICAMENTE 1. A DIMENSÃO CORPÓREA DE JESUS. Ao contrário da literatura apócrifa, os textos canônicos, mesmo sendo breves em seus relatos, revelam muito sobre o lado humano de JESUS. JESUS nasceu e cresceu como qualquer outro menino da sua idade da Palestina dos seus dias. Os teólogos e educadores Eulálio Figueira e Sérgio Junqueira ao descreverem a educação no antigo Israel no tempo de JESUS, fizeram uma excelente exposição sobre essa dimensão humana de JESUS. Eles observam que JESUS era semelhante a nós em tudo, menos no pecado (Hb 4.15), e que viveu o mesmo processo de crescimento comum a todos os homens. Como todos os homens ele cresceu nas dimensões bio-psico-social. Lucas destaca que ele cresceu em sabedoria, tamanho e graça, diante de DEUS e dos homens (Lc 2.52). Enquanto viveu em Nazaré, um vilarejo da Galileia, JESUS “crescia e ficava forte, cheio de sabedoria, e a graça de DEUS estava com ele” (Lc 2.40). Mesmo durante o seu ministério público, fazendo discípulos, JESUS ia crescendo em contato com o povo. Cada ser humano que nasce neste mundo, destacam esses expositores bíblicos, pertence a um determinado lugar, a uma determinada família e a um determinado povo. Nasce, portanto, sujeito a vários condicionamentos. Com JESUS também foi assim. Não há como negar que fatores culturais, tais como o ambiente familiar, a língua e o lugar onde nascemos marcam a vida de cada um de nós de forma profunda. Esses fatores são independentes da nossa vontade. No entanto, fazem parte de nossa existência, sendo, portanto, o ponto de partida para tudo aquilo que queremos realizar. Elas fazem parte da realidade de cada um. Ao viver a nossa realidade, JESUS viveu a encarnação. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). Os diferentes aspectos desses condicionamentos da vida de JESUS, inclusive o seu crescimento, como bem observaram Figueira e Junqueira, só se tornaram possíveis devido a sua identificação plena com a raça humana. Em outras palavras, para alcançar a humanidade, JESUS, o Filho de DEUS, se fez homem como os demais. Ele nasceu e cresceu à semelhança dos demais humanos! Todavia ao assim fazer, Ele não deixou de ser DEUS, nem tampouco perdeu os seus atributos. Ele, portanto, abriu mão daqueles privilégios que lhes pertenciam por ser Filho de DEUS. A teologia cristã denomina essa importante doutrina bíblica de kenosis. Paulo, o apóstolo, lançou luz sobre essa importante verdade em sua carta aos Filipenses: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS, que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também DEUS o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que JESUS CRISTO é o Senhor, para glória de DEUS Pai” (Fp 2.5-11). Ao analisar este texto, o teólogo Heber Carlos de Campos comenta: “Quando dizemos que ele se ‘esvaziou’ não podemos dizer que ele deixou de ser o que era — DEUS — mas que se colocou numa posição de alguém que ficou, por algum tempo, sem a honra devida neste mundo. Ele foi tratado entre os homens como alguém que não era visto no fulgor da glória divina. Embora ele tivesse, mesmo aqui neste mundo, todos os atributos próprios de sua divindade, sua divindade não foi manifestada de modo que todos os seus atributos fossem vistos pelos homens de maneira inequívoca.” Esse esvaziamento humilhante na vida de JESUS, observa Campos, não foi algo fictício, mas real. JESUS não representou nada quando se humilhou perante DEUS e os homens. Ele de fato tomou a condição de servo e dessa forma viveu. Foi como servo que ele foi reconhecido em figura humana, pois somente os homens podem assumir a natureza de servo. Concluindo, diz ainda Heber Campos, “Paulo usa duas expressões que são hebraísmos: ‘tornando-se semelhança aos homens’ e ‘reconhecido em figura humana’. Essas duas expressões apontam para o fato de o Redentor ser real e verdadeiramente homem. Embora a natureza humana tenha sido honrada pelos privilégios de estar unida à divindade do Redentor, a condição em que o Verbo assumiu a nossa humanidade era de humilhação. Ele a assumiu com todas as características resultantes da nossa pecaminosidade. O seu sofrimento e as suas dores não foram fictícios, mas reais, porque a sua humanidade era real. Ainda que, segundo a sua divindade, o Redentor não pudesse ser contido pelo universo, pois a sua divindade é semelhante à daquele que está acima e além do universo, não obstante, quando ele encarnou, passou a fazer parte da criação, sendo um homem como todos nós, tendo todas as propriedades que nós temos, inclusive tomando a nossa forma física. Ele não era um fantasma, com apenas uma aparência de homem, mas era de fato um ser humano como todos os outros que vieram da família de Adão, embora não tivesse sido contado como culpado.” Entendendo o estado de esvaziamento e humilhação de JESUS passamos a compreender os condicionamentos que ele assumiu quando aqui viveu. JESUS, por exemplo, aprendeu a viver nos limites de suas dimensões: corporal; social, psicológica e espiritual. José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 38-41. 2. O CUIDADO COM O CORPO. O tempo imperfeito dos verbos «ioro» e «vinham», vinculados ao termo muitos, indica que houve grande interesse em assistir ao ministério de ensino de JESUS, de modo que se formou um movimento popular em tomo de sua pessoa. Alguns intérpretes vêem aqui, por igual modo, um «movimento político», algo da ordem do que ocorrera no caso de João Batista. Não se pode duvidar que houve tal movimento, pois o povo esperava encontrar em JESUS um campeão da causa da independência, que os livrasse do domínio romano. Contudo, isso não significava que JESUS fosse um ativista político radical, conforme alguns eruditos têm pensado. O mais provável é que a verdade da questão é que quando o povo, finalmente, descobriu que JESUS não cabia dentro da noção que tinham de um «salvador político», voltaram-se irados contra ele, disso resultando a crucificação. Seja como for, as grandes multidões que seguiam a JESUS, faziam-no principalmente por ser ele capaz de ajudá-las física e espiritualmente. Os que podem ajudar nesses campos são sempre procurados, até mesmo quando são muito menos poderosos que JESUS. EM MEIO a toda essa atividade, JESUS buscava, para si mesmo e para seus discípulos, períodos de descanso.—Todos sabem que isso é necessário à vida e ao bem-estar, e se o próprio grande JESUS viu ser mister buscar esse descanso, muito mais nós. Podemos estar certos, porém, que esses períodos de descanso eram oportunidades em que ele se entregava à meditação, à oração e à renovação espiritual e não apenas a diversões e prazeres, o que, infelizmente, se dá no caso de homens menos espirituais. A maioria dos homens, em contraste com JESUS, ao buscarem períodos de relaxamento, usam os mesmos para atividades carnais e prazeres mundanos. Outra lição que se pode tirar deste texto é que o <descanso» é «merecido» pelo trabalho árduo. Aquele que pouco ou nada faz dificilmente precisa de períodos de descanso. A vida ociosa é uma maldição, não sendo meritória e nem desejável para ninguém. Desenvolvemos a espiritualidade através do cumprimento apropriado de nossa missão; e essa missão necessariamente envolve muito trabalho. O ENCONTRO com o próprio eu. Todo homem tem o direito e a necessidade de repousar ocasionalmente. Ninguém deve existir somente para fazer parte de uma grande máquina. O desenvolvimento espiritual de cada qual é questão individual. Certo homem de negócios, de nome Charles Lamb, queixou-se de nunca ser apenas «Charles Lamb», mas «Charles lamb & Cia.» Todo homem precisa de um encontro consigo mesmo; ou melhor, com muitos desses encontros, a fim de fazer o inventário de sua vida e a fim de tomar novas determinações sobre como poderá servir melhor ao próximo e a si mesmo, de acordo com os padrões espirituais. William Blake, o famoso poeta inglês, era conhecido por sua força espiritual, obtida mediante sua capacidade de ter comunhão intima com DEUS. O costumeiro barco surge em cena de novo, evidentemente muito usado por JESUS e seus discípulos, Lucas deixa de lado esse detalhe. Porém, diz (ver Luc. 9:10) que o lugar desértico para onde foram pertencia à área da cidade de Betsaida, num lugar não muito distante de Cafamaum, afastado do mar, na direção norte. JESUS quis afastar-se do povo por motivo de descanso, mas também por causa da morte recente de João. Isso poderia ter despertado «sentimentos políticos» entre o povo, ameaçando transformar o movimento espiritual de JESUS em outro levante político apenas. JESUS nada queria ter com esses levantes. «O ponto de partida provavelmente foi Cafarnaum; e como estava à beira-mar era o lugar mais provável para o encontro após a viagem. Marcos diz ‘a um lugar desértico’. Lucas diz que eles foram para Betsaida, a saber, a cidade do lado leste do lago. Mas quando conta a história da multiplicação de pães, também diz que o lugar era desértico (ver Luc. 9:10,12)». (Gould, in loc.). CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 710. Mc 6.31 E ele lhes disse: Vinde, à parte, num lugar deserto. Encerrada a missão, JESUS renova o chamado imperioso ao discipulado (1.17) e para estar com ele (3.14), como ele valia antes do envio de 6.7. Para este estar-com-ele Marcos desenvolveu um sentido especial (cf. opr 1). Sempre de novo os discípulos, separados do povo, receberam revelações especiais sobre o “mistério do reinado de DEUS”, sobre a pessoa de JESUS (4.10,34). A mesma coisa se anuncia aqui. O campo Cristológico se abre. O lugar deserto, como lugar pouco habitado, serve de quadro para isto. A partir daqui a sequência também ganha seu sentido decisivo: Vinde repousar um pouco. A convivência, como mostra o fim do versículo, também incluía refeições conjuntas. Comer com JESUS (1.31; 2.15), porém, era, muito distante de um banquete massificado, uma degustação da salvação (cf. 1.31). Com isto o “repousar” adquire um sentido pleno. Com certeza ele não objetiva simplesmente parar com alguma coisa, ficar sem movimento, também não afundar em si mesmo. Passagens como Mt 11.28; At 3.20; 7.49; 2Ts 1.7; Hb 3.7–4.13; Ap 14.13; Gn 2.2; Sl 95.11; Is 63.14; Jr 6.16; 31.2 retratam um descanso que demonstra a participação na salvação de DEUS. “Entrar no descanso” está em paralelo com “entrar no reino de DEUS”. Acima de tudo, o que mostra o caminho e “dá descanso” (Lutero: refrigera) é a revelação da vontade de DEUS em sua Palavra. Evidentemente este é o contexto em Mt 11.28; 1Co 16.18; Fm 7; Hb 3.7. Portanto, devemos entender o descanso em nosso texto de modo tão pouco destacado como a comida. O objetivo é a restauração da pessoa toda em corpo, alma e espírito, com JESUS, o mestre divino. É verdade: Descansem um pouco! O que gozamos ainda é o “pequeno” descanso, um prelúdio antes do grande concerto final. Este “pouco” de DEUS, todavia, sempre é algo grande para nós, ou seja, a ajuda decisiva. A frase seguinte descreve a situação que motivou a ordem de JESUS: porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham. O movimento era fruto das curas que JESUS efetuava, como mostra o v. 56. Assim como em 1.38, surgiram pressões que entravam em conflito com a vontade de DEUS. O Senhor, porém, retoma a iniciativa da ação. 32 Então, foram sós no barco para um lugar solitário. Portanto, eles embarcaram para, no isolamento, “descansar” e “comer”, ou seja, estamos diante de um trecho típico com os doze e a identidade de JESUS no centro, bem como a dos seus discípulos. O resultado de fato é este, apesar dos contratempos iniciais e das circunstâncias incomuns no fim. Uma multidão enorme é incluída desta vez no descanso (v. 39s) e na refeição (v. 42). Adolf Pohl. Comentário Esperança Evangelho de Marcos. Editora Evangélica Esperança. II - JESUS CRESCEU SOCIALMENTE 1. JESUS E A FAMÍLIA. «Não compreenderam...» A declaração do vs. 50, de que não compreenderam o sentido das palavras da resposta de JESUS, demonstra além de qualquer dúvida que Lucas estava procurando ensinar algo de especial no vs. 49, as primeiras palavras registradas de JESUS, acerca de sua pessoa, de seu ministério, de suas relações sem-par com DEUS Pai, etc., pois de outra forma essas palavras não teriam sido difíceis de entender, isto é, nada haveria de especial nelas para seus pais legais compreenderem. A experiência humana ensina que todos os seres humanos, por mais abençoados que sejam, ocasionalmente vacilam e duvidam, e todos nós tendemos a não aprender dessas lições. Lembremo-nos, igualmente, que quando JESUS se fez homem e realizou muitos milagres notáveis e inegáveis, nem os seus próprios irmãos, vizinhos e amigos creram nele, na sua própria cidade adotiva de Nazaré. O que encontramos aqui, entretanto, é uma demonstração de quão longo e difícil é o processo do aprendizado espiritual. Esperamos muito mais da parte dos antigos do que nós mesmos produzimos ou somos. «Seja como for, é patente que o escritor do evangelho não tinha consciência de incoerência alguma entre as últimas e as primeiras narrativas sobre a infância de CRISTO» (Ellicott, in loc.). Não obstante, o texto, no vs. 51, indica que Maria não ficou totalmente sem compreensão, mas que continuava a entesourar todas essas ocorrências em seu coração, arquivando todos os acontecimentos que circundavam a vida de seu Filho e refletindo a respeito deles; e assim, sem dúvida, gradualmente foi obtendo um conhecimento mais profundo sobre o que significaria a vida dele, no tocante à sua identidade especial. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 39-40. 1. Ele era sujeito aos seus pais. Embora uma vez, para mostrar que era mais do que um simples homem, Ele tivesse se afastado dos seus pais, para tratar dos negócios do seu Pai celestial, Ele não fez disto um hábito, por muitos anos depois disto, mas “era-lhes sujeito”. JESUS obedecia às suas ordens e ia e vinha conforme eles lhe diziam, e, aparentemente, trabalhava com o seu pai no ofício de carpinteiro. Ele deu às crianças um exemplo para que sejam obedientes e respeitosas aos seus pais, no Senhor. Tendo “nascido de mulher”, Ele estava sob a lei do quinto mandamento, para ensinar à descendência de crentes que assim deveriam ser para que Ele os aprovasse, como uma descendência fiel. Embora os seus pais fossem pobres e humildes, embora o seu pai fosse apenas o seu suposto pai, ainda assim Ele era sujeito a eles; embora Ele estivesse fortalecido no espírito, e cheio de sabedoria, ou melhor, embora Ele fosse o Filho de DEUS, ainda assim era sujeito aos seus pais; como, então, responderão aqueles que, sendo tolos e fracos, ainda assim são desobedientes aos seus pais? 2. A sua mãe, embora não compreendesse perfeitamente as palavras do seu Filho, ainda assim as guardava no coração, esperando que no futuro elas lhe fossem explicadas, e então ela as compreenderia completamente, e saberia como fazer uso delas. Ainda que possamos negligenciar as palavras dos homens, por serem obscuras (Si non vis intelligi debes negligi - Se não for compreensível, não tem valor), não devemos pensar a mesma coisa a respeito das palavras de DEUS. Aquilo que, a princípio, é obscuro, para que não saibamos o que fazer pode, no futuro, ficar claro e fácil; portanto, nós devemos guardá-lo para o futuro. Veja João 2.22. Nós podemos, em outra ocasião, encontrar uso para aquilo que não nos parece ter utilidade agora. Um aluno memoriza aquelas regras gramaticais cujo uso ele não compreende no presente, porque lhe foi dito que no futuro elas lhe terão utilidade; a mesma coisa nós devemos fazer com as palavras de CRISTO. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 538. Sua perfeita obediência. “E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito”. Com estas palavras, informa-nos Lucas não ser a declaração no verso 49 um repúdio ao dever filial. Embora Filho de DEUS, JESUS não exigia isenção de responsabilidades, obrigações e fardos da vida. Ainda na agonia da cruz, preocupou-se com o futuro de sua mãe (Jo 19.26). Myer Pearlman. Lucas, O Evangelho do Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 65. 2. JESUS E A CULTURA LOCAL. A educação judaica era primeiramente religiosa e, até a época do Novo Testamento, dava-se em casa. Era dever do pai instruir seu filho sobre as tradições religiosas (Ex 12.26,27; Dt 4.9; 6.7). Era essencial que a criança aprendesse a ler as Escrituras. Felizmente, o alfabeto hebraico com suas vinte e duas letras era muito mais fácil do que as centenas de caracteres cuneiformes e hieroglíficos dos vizinhos de Israel. Em Isaías 28.10, "mandamento e mais mandamento" é literalmente "s após s, e q após q", uma referência ao ensino do alfabeto. Em Isaías 10.19, lemos: "E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco, que um menino as poderá contar". O homem jovem de Juízes 8.14 "escreveu" os nomes dos anciãos da cidade. O ensino formal longe de casa não foi atestado até a era intertestamentária. Ben Sirach (aprox. 180 a. C.) fala de uma "casa de aprendizagem" (gr. oikos paideias, em heb. bethmidrash). Sob Jason (175-171 a. C), o sumo sacerdote helenizante, um ginásio foi estabelecido em Jerusalém (1 Mac 1.14; 2 Mac 4.9; Josefo, Ant. xii.5.1). No helenismo, o ginásio era a principal instituição educacional. Simon ben Shetah (aprox. 75 a. C.) decretou uma lei que estabelecia que as crianças deveriam ir à escola. O desenvolvimento decisivo, entretanto, veio com a ordem de Josué ben Gamala, sumo sacerdote em 63-65 a. C, de que cada cidade deveria ter uma escola para crianças a partir de seis anos de idade. De acordo com a declaração de Judah ben Tema (século II a. C) em Pirke Aboth 5.21, o programa de estudos a ser desempenhado era: (a) as Escrituras - aos cinco anos; (b) o Mishnah - tradições orais - aos dez anos; (c) a chegada da idade - aos treze anos; e (d) o Talmude - comentários sobre o Mishnah - aos quinze anos. Esperava-se que os rapazes se casassem aos dezoito anos. As meninas recebiam educação em casa, e frequentemente eram feitos casamentos arranjados quando tinham doze ou treze anos. Elas iam à sinagoga, e algumas conheciam bem as Escrituras (cf. alusões do Antigo Testamento no "Magnificai" de Maria, Lc 1.46-55). A maioria dos pais não podia permitir que seus filhos tivessem mais do que o ensino primário. Alguns rabinos desprezavam aqueles que haviam estudado somente as Escrituras, tendo-os como ignorantes, 'am-ha'arets, "pessoas da terra" (cf. Jo 7.15; At 4.13). Aqueles que estudavam para se tornarem rabinos continuavam sua educação na academia de Jerusalém, e eram ordenados com aproximadamente vinte e dois anos de idade. As classes do primário reuniam-se nas sinagogas, tendo o hazzan, ou responsável pelos rolos, como professor. O professor tinha que ser um homem casado; nenhuma mulher tinha permissão para ensinar (cf. 1 Tm 2.12). As crianças de várias idades sentavam-se no chão diante do professor. A criança aprenderia a ler as Escrituras em voz alta, começando por Levítico. Em continuação, a criança prosseguia no conhecimento da maior parte das Escrituras, embora alguns livros do AT, como, por exemplo, Cantares de Salomão, não eram ensinados aos alunos imaturos. A ênfase era colocada na memorização, e o método era a repetição. Dizia-se que um professor do Mishnah chegava a repetir uma lição 400 vezes! Os açoites eram usados nos casos de alunos recalcitrantes. O Mishnah não considerava o professor culpado se o aluno morresse em consequência de tais repreensões. A palavra hebraica para educação, musar, origina-se da raiz ysr, "castigar, disciplinar". O ensino dos meninos começava ao amanhecer e frequentemente continuava até o pôr-do-sol. Algumas pessoas têm questionado se eles tinham horário de almoço! O período de aulas era reduzido para quatro horas durante os meses quentes de julho e agosto. No dia que antecedia o sábado havia apenas meio período de aulas, e as aulas eram suspensas por ocasião das festividades religiosas. A academia de Jerusalém para futuros rabinos era famosa por ter professores como Hilel e Samai (século I a. C). Aqui Paulo estudou aos pés do ilustre neto de Hilel, Gamaliel (At 22.3). Gamaliel era um dos poucos rabinos que permitia que os alunos aprendessem o grego. Os rabinos, como regra geral, não recebiam qualquer pagamento por ensinarem, mas se sustentavam trabalhando como moleiros, sapateiros, alfaiates, oleiros etc. (cf. At 18.3). De fato, cada pai tinha o dever de ensinar um ofício a seu filho. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 598-599. A Sinagoga. Os eruditos supõem que, como uma instituição formal, a sinagoga desenvolveu-se durante o cativeiro babilônico. A palavra «sinagoga» encontra-se em Sal. 74:8, mas ali significa apenas «assembléia», não havendo qualquer alusão à instituição que recebeu esse nome. A palavra aparece por cinquenta e seis vezes no Novo Testamento. Antes do exílio babilônico, o templo era o centro de todas as atividades religiosas. Quando o templo foi destruído, então as sinagogas tornaram-se células dessa atividade, bem como de aprendizado. Ê possível, contudo, que as sinagogas tenham surgido antes mesmo do exílio babilônico, e que este apenas consolidou a importância das mesmas. Seja como for, a sinagoga tornou-se um centro de todas as atividades religiosas, sociais e de instrução. Na sinagoga não havia altar e nem sacrifícios. O estudo e a leitura ida Tora, bem como a oração, tornaram-se as atividades centrais ali. A sinagoga era o centro do governo de Israel. Ela provia uma espécie de sistema de educação de adultos em massa, onde a Tora era estudada sistematicamente, semana após semana. Todos quantos frequentavam a sinagoga tornavam-se estudantes da lei. Quando o povo judeu não mais era capaz de entender o hebraico, as explicações eram feitas em aramaico. O Desenvolvimento de Escolas. A primeira escola de um judeu era o seu lar. Os mestres eram os pais e os alunos eram os filhos. O lar nunca perdeu a sua importância como o lugar primário de aprendizado. Então surgiram as escolas de profetas, que dirigiram o primeiro ensino sistemático e constante fora dos lares. Eles encontravam em Moisés a sua grande inspiração (Deu. 34:10; 18:15 ss). Os profetas tomaram-se os mestres e instrutores de Israel de uma classe de homens eruditos, que se tornaram líderes da nação. Pela época da monarquia, havia grupos ou companhias de profetas, de tal modo que eles formaram uma classe distinta dentro da nação (I Sam. 10:5,10; 19:20). Os «filhos dos profetas» eram os discípulos das escolas que haviam sido formadas. Ver I Reis 19:16; II Reis 2:3 ss. Então surgiram as sinagogas; que representaram um passo vital no desenvolvimento das escolas, conforme nós as conhecemos. Entretanto, nenhuma escola era separada da sinagoga e nenhum sistema escolar formal formou-se em Israel, senão já dentro do período helenista e isso por motivo de competição com as escolas gregas. A literatura rabínica informa-nos que um sistema escolar compulsório foi criado pelos fariseus, no século I a. C. Sabemos que Simão ben Shetach (75 a. C.) ensinava às pessoas de uma maneira sistemática e regular; mas o texto que ele usava era a Tora. Em Israel não havia educação liberal. As escolas elementares, para as crianças, não parecem ter surgido antes do século I d. C. Joseph ben Gamala (cerca de 65 d. C.) tentou fazer a educação elementar tomar-se compulsória e universal, com escolas onde as crianças entravam com seis ou sete anos de idade. As escolas elementares eram chamadas Casa do Livro. O currículo continuava sendo, essencialmente, orientado segundo a Bíblia. Toda e qualquer referência às ciências, em quaisquer de suas formas, era feita de modo inteiramente incidental. Foram desenvolvidas escolas secundárias para os alunos mais promissores. A religião continuava sendo o centro de todas as atividades educacionais. Além da Bíblia e da Mishnah, foi instituído o debate teológico. As escolas que funcionavam desse modo eram chamadas Casas de Estudo. Finalmente, foram formadas academias autênticas, que eram reputadas a lugares sagrados, e não apenas lugares de aprendizagem. O Talmude resultou das atividades dessas escolas e grandes líderes se salientaram então, como Hilel, Shamai e Gamaliel. Paulo educou-se na escola de Gamaliel. Isso significa que, em Israel, havia três instituições de ensino diferentes: a sinagoga, as escolas elementares e as academias, ou casas de estudos. As academias funcionavam separadas das sinagogas, em seus próprios edifícios, ou talvez na residência do mestre principal. O Lar. O lar era a unidade básica da sociedade, bem como a primeira escola que um menino judeu conhecia. O Antigo Testamento mostra o grande valor dado às crianças e grande responsabilidade pesava sobre os ombros dos pais, porquanto os filhos eram tidos como dons de DEUS (Jó 5:25; Sal. 127:3; 128:3,4. Ver também Gên. 18,19 e Deu. 11:19 quanto à importância da instrução doméstica). As crianças eram treinadas em seus deveres, religiosos ou outros (I Sam. 16:11; II Reis 4:18). O treinamento artístico fazia parte da instrução recebida (Juí. 21:21; Lam. 5:14). Às meninas eram ensinadas prendas domésticas, por suas mães (Êxo. 35:25; II Sam. 13:8). Os meninos aprendiam negócios e ofícios. As casas numerosas, como aquelas de pessoas ricas, estavam sujeitas a uma instrução global (Gên. 18:19). O elemento religioso sempre ocupava o primeiro plano (Deu. 6:4-9; Sal. 78:3-6; Pro. 4:3). Algumas poucas mulheres, segundo todas as aparências, eram bem educadas e chegaram a tomar-se líderes (Juí. 4:4 ss, II Reis 22:14-20). CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 270-271. III - JESUS CRESCEU PSICOLOGICAMENTE 1. A DIMENSÃO PSICOLÓGICA DE JESUS. Por fim JESUS também possuía as dimensões psíquica e espiritual. David Nichols sublinha que foi JESUS mesmo quem reconheceu sua dimensão psicológica quando empregou a palavra grega psichê (alma) para descrever o que ocorria no seu interior quando agonizava no Getsêmani. JESUS, portanto, teve consciência de suas emoções quando externou em diferentes momentos de sua vida sentimentos de alegria e tristeza. “Então, chegou JESUS com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26.36-38). Por outro lado, observa Nichols, JESUS também tinha consciência de sua dimensão espiritual. Lucas nos informa que JESUS mesmo usou o termo grego pneuma, traduzido em português como espírito, quando expirou na cruz do calvário (Lc 23.46). Nichols destaca que no contexto do evangelho de Lucas, a palavra “espírito” (pneuma) sem sombra de dúvidas indica a dimensão da existência humana que continuará na eternidade depois da morte. Esse é um fato relevante porque demonstra que foi como um ser humano, de carne e osso, que JESUS morreu. José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 43. «...infância...» O termo grego é «brephos», palavra usada para indicar «embrião humano» ou «feto». (Ver Plutarco Mor. 1052; Dióscuro 5,74; Josefo, Antiq. 20,18). Mas também era usado com o significado de «bebê», «infante». (Ver I Macabeus 1:61; II Macabeus 6:10 e Josefo, Guerras dos Judeus 6,205). Esse vocábulo indica que desde a idade mais infantil possível, quando uma criança começa a falar, Timóteo já vinha recebendo treinamento religioso específico. Esses mui dificilmente se afastam da fé, embora possa haver modificações posteriores, ao passo que a experiência humana mostra-nos que aqueles que se converteram mais tarde na vida se afastam mais facilmente da fé, em favor de alguma outra coisa. Os costumes judaicos comuns obrigavam os pais a darem início ao treinamento religioso sério de seus filhos ao chegarem ao seu quinto ano de vida. Filo, em «Led ad Caium», pág. 562, cap. 16; Josefo, em «Apion» I. 12; o terceiro capítulo de Susana e IV Macabeus 18:9 confirmam isso. «...sagradas letras...» No original grego temos «...escritos santos...» ou «...Sagradas Escrituras...», uma alusão ao A .T ., pois, naquele tempo, não havia ainda o «cânon» do N. T., e nem mesmo todos os livros do N. T. tinham sido escritos. Sendo normalmente uma alusão às Escrituras do A. T., essa expressão algumas vezes se reduz a «as Escrituras», conforme se vê em Mat. 21:42; 22:29; Luc. 24:27; João 5:39 e I Cor. 15:3. Algumas vezes tal palavra é usada para indicar alguma passagem particular das Escrituras, um trecho selecionado. Algumas vezes essa palavra aparece no singular, e de outras vezes aparece no plural. (Ver a forma plural em I Ped. 2:6 e em II Ped. 1:20 e A s referências dadas acima são exemplos de seu uso no plural. O trecho de Rom. 1:2 diz «Santas Escrituras» («graphais agiais»), ao passo que aqui temos «Sagradas Escrituras», expressão que aparece exclusivamente aqui, em todo o N. T. Essa expressão se encontra em Josefo, Proem. to Ant. 3; Apion I e em Filo, Vit. Mos. 3:39, etc. Os livros do A. T. são focalizados nessa expressão (porquanto havia vários «cânones» do A. T. nos dias de Paulo), segundo se vê nas notas expositivas sobre o versículo seguinte, acerca das «Escrituras». Essas «Sagradas Escrituras», pois, são contrastadas com as fontes «estranhas» utilizadas pelos gnósticos, como seus mitos, suas imaginações, suas religiões misteriosas e seus livros de mágica e encantamento. (Ver Atos 19:19). «...tornar-te sábio...» Temos aqui menção à sabedoria espiritual. As promessas messiânicas, bem como as interpretações que lhes dão a igreja cristã, mostram claramente como é que DEUS outorga aos homens a salvação, e como ela pode e deve ser recebida. Aqueles que são «sábios» perceberão o significado de tudo isso, tirando benefícios espirituais dessa sabedoria celestial. A aceitação da mensagem bíblica, em que o indivíduo se firma fortemente sobre ela, permitindo assim que a sua vida seja transformada, produzirá o conhecimento teórico, doutrinário, prático e místico, bem como a experiência espiritual, o que leva um ser humano à vida eterna. (Comparar com João 5:39, quanto ao fato que as autoridades judaicas criam que, nas «Escrituras», um homem recebe a vida eterna; e esses são aqueles que falam acerca de CRISTO, de tal modo que ele é o meio dessa vida. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 394. «Crescia o menino...». Temos aqui uma espécie de sumário da vida inicial de JESUS, tal como Lucas já provera um sumário semelhante acerca da vida de João Batista, em Luc. 1:80. João Batista internou-se no deserto, vivendo como asceta, certamente como os essênios também costumavam fazer. Mas JESUS viveu como menino comum, no seio de sua família. João «crescia» no espírito. Mas JESUS era cheio de sabedoria e desfrutava do favor tanto de DEUS como dos homens. O texto subentende o crescimento e o desenvolvimento espiritual de JESUS, e isso não nos deve surpreender, porquanto era homem autêntico. Desenvolvia-se tal como devia. Aprendeu a falar e a escrever. Falava-se o hebraico nas escolas e o aramaico nas conversas diárias. Também aprendeu a comunicar-se com DEUS, e precisamos aprender a fazer outro tanto, segundo o modelo por ele deixado. JESUS estava sendo «aperfeiçoado», como também lemos no trecho de Heb. 2:10. Passou pelas mesmas experiências pelas quais devemos passar, e precisou aprender por meio dos seus sofrimentos. Contudo, sempre se mostrou obediente, e desenvolveu-se como todo homem deve desenvolver-se. Tal é o ensino da encarnação e da humanidade de CRISTO. A igreja tende a esquecer-se de que JESUS também foi homem, e com demasiada freqüência subestima a importância da vida terrena de JESUS. Agiu do modo que fez porque desenvolveu as capacidades espirituais para tanto, e esse desenvolvimento está disponível a todos os homens. JESUS compartilhou de nossa natureza e de nossa existência, a fim de que pudéssemos compartilhar de sua natureza e de sua vida celestiais. «...enchendo-se de sabedoria,..». O particípio, no grego, subentende um processo contínuo de ser cheio, e por isso transmite o mesmo pensamento expresso no vs. 52 sobre o aumentode sua sabedoria. «A alma de JESUS era humana, isto é, sujeita às condições e limitações do conhecimento humano, e teve de aprender como devem fazê-lo todas as almas humanas. JESUS era também verdadeiro homem, segundo este texto mostra. «...e crescia JESUS em sabedoria, estatura e graça, diante de DEUS e dos homens... » Este versículo é uma repetição virtual de Luc. 2:40. Todos os comentários feitos ali se aplicam aqui também, especialmente as considerações que condenam o docetismo, a heresia que fazia da humanidade de JESUS o ato de um mero fantasma, e não a de um homem autêntico, que precisasse aprender, desenvolver-se e amadurecer, como todos os homens devem (ver Heb. 2:10; 5:9). Infelizmente, apesar da humanidade de CRISTO ser declarada na igreja moderna, contudo, tão pouco do que JESUS fez ou foi é reputado como resultante de sua humanidade desenvolvida que, na realidade, o que encontramos é apenas outra modalidade de docetismo, com o resultado de que o sentido da vida terrena de JESUS é inteiramente eliminado do pensamento e do ensino cristão. Ver Fil. 2:7, sobre a natureza da Humana de CRISTO. Contamos apenas com essas palavras para descrever cerca de dezoito anos da existência terrena de JESUS, anos passados em Nazaré como carpinteiro, provavelmente como o único carpinteiro da cidade. É bem provável que José tivesse falecido durante esse período, e o sustento da família passou para os ombros de JESUS, por ser o filho primogênito. JESUS desenvolveu a sua vida espiritual como homem, obtendo assim poderes admiráveis, que ele posteriormente usou para benefício de seus semelhantes humanos, Justino Mártir (150 d.C.) diz-nos que em seu tempo, diversos objetos de madeira, que eram reputados feitos pelas mãos de JESUS, eram intensamente procurados. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 36;40. E o menino crescia... (v.40): Sobre o desenvolvimento que o Senhor quer ver nos Seus filhos, vede 2 Pe 3.18; 1 Pe 2.1; 2 Pe 1.5-8; Hb 5.11-6.3. JESUS, apesar de ser o Filho de DEUS e Senhor de tudo, era tão humano como qualquer outro menino. Não convém pensar que era um menino anormal, com mentalidade de adulto, desenvolvido, nem que quando “se esvaziou, tomando a forma de servo”, deixou de ser divino. Era sempre Aquele que estava com o Pai antes que houvesse mundo. Quando, porém, se encarnou, foi feito “em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado.” Era um menino inteiramente normal e o nosso exemplo para criar filhos. Ele crescia física, intelectual e espiritualmente: 1) Fisicamente. “Crescia” (v.40) “em estatura” (v.52). O Moço não era nazareno melancólico, pálido e doentio. O labor na oficina de carpinteiro e a obediência às leis de DEUS contribuíram para o desenvolvimento do físico. O servo de DEUS carece de corpo sadio e robusto. 2) Intelectualmente, “Cheio de sabedoria” (v.40), “crescia JESUS em sabedoria” (v.52). Enquanto se desenvolvia no físico, crescia intelectualmente; não se tornou gigante em mentalidade de criança. 3) Espiritualmente. “A graça de DEUS estava sobre Ele.” O menino JESUS tinha, também, de crescer, como homem, no conhecimento do DEUS invisível e guardar o contato com Ele por oração e leitura da Sua Palavra. O Seu crescimento era simétrico; enquanto crescia em corpo, crescia igualmente em mente, mas não foi de forma alguma a custo do Seu desenvolvimento espiritual. Orlando S. Boyer. Espada Cortante 2. Editora CPAD. pag. 47. Como Ele a passou, v. 40. Em todas as coisas, lhe era conveniente ser semelhante aos seus irmãos, e por isto Ele passou a infância como as outras crianças, embora sem pecado; ou melhor, com indicações manifestas de uma divina natureza em si. Como as outras crianças, Ele cresceu em estatura física, e aperfeiçoou a compreensão da sua alma humana, para que o seu corpo natural pudesse ser um modelo do seu corpo espiritual que, embora animado por um ESPÍRITO perfeito, ainda assim faz o aumento de si mesmo, até chegar a “varão perfeito”, Efésios 4.13,16. Mas: (1) Enquanto as outras crianças são frágeis em entendimento e determinação, Ele se fortalecia em espírito. Pelo ESPÍRITO de DEUS, a sua alma humana foi dotada de um vigor extraordinário, e todas as suas faculdades realizavam as suas funções de uma maneira extraordinária. Ele raciocinava com veemência, e o seu juízo era objetivo e penetrante. (2) Enquanto as outras crianças têm tolices nos seus corações, que se manifestam em tudo o que dizem ou fazem, Ele estava cheio de sabedoria, não devido a qualquer vantagem de instrução ou educação, mas pela obra do ESPÍRITO SANTO; tudo o que Ele fazia e dizia era sabiamente feito e sabiamente dito, para a sua idade. (3) Enquanto as outras crianças mostravam que a corrupção da natureza estava nelas, e o joio do pecado crescia juntamente com o trigo da razão, Ele deixava transparecer que nada além da graça de DEUS estava nele (o trigo crescia sem joio) e que, enquanto as outras crianças eram, por natureza, filhos da ira, Ele era enormemente amado, e cheio da graça de DEUS; pois DEUS o amava, e o apreciava, e tinha um carinho especial por Ele. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 535.] 2. JESUS E AS EMOÇÕES. Lc 20.24-26 - 24 Mostrai-me um denário. De quem é a imagem e a inscrição que ele tem? Responderam: De César. 25 Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a DEUS o que é de DEUS. 26 E não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e admirados da sua resposta, calaram-se. A confusão em que se viram colocados, v. 26. 1. A armadilha se quebrou; eles “não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo”. Eles não conseguiram agarrar-se a nada que pudesse inflamar nem o governador nem o povo contra Ele. 2. CRISTO é honrado - até mesmo a ira do homem foi feita para honrá-lo. Eles se maravilharam com a sua resposta, pois foi muito discreta e irrepreensível, e tal evidência daquela sabedoria e sinceridade faziam brilhar o rosto. 3. Suas bocas se fecharam: “Maravilhados com sua resposta, calaram-se”. Eles não conseguiram nada para objetar, e não lhe perguntaram mais nada, para que Ele não os envergonhasse e não os expusesse. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 698. Lucas dá uma descrição mais completa do efeito sobre os questionadores do que os demais Sinotistas. Revelaram-se incapazes de apanhá-lo. A pergunta deles parecia certeira para produzir o efeito desejado, mas revelara-se um rojão molhado. Ficaram, portanto, admirados, e foram reduzidos ao silêncio. Leon L. Morris. Lucas. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 271. As palavras do Senhor evidenciam o equilíbrio correto entre o dever e a obrigação perante as autoridades e perante DEUS. A segunda parte da frase constitui uma fundamentação da primeira, contendo ao mesmo tempo uma restrição, o limite correto da obediência. Os ardilosos interrogadores que pretendiam armar uma cilada para o Senhor foram cabalmente dispersos por meio dessa resposta sucinta, porém sábia. Todos os sinóticos relatam a admiração dos interrogadores que se patenteou em seguida. Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica Esperança. IV - JESUS CRESCEU ESPIRITUALMENTE 1. CRESCENDO NA GRAÇA E FORTALECENDO O ESPÍRITO. JESUS assumiu estes condicionamentos lá onde pesam mais, isto é, no meio dos pobres (2 Co 8.9; Mt 13.55; Fp 2.6,7; Hb 4.15; 5.8). Ele se formou “crescendo em sabedoria, tamanho e graça, diante de DEUS e dos homens” (Lc 2.52). Estes três aspectos do crescimento em sabedoria, tamanho e graça se misturam entre si. Crescer em sabedoria é assimilar os conhecimentos da experiência humana diária, acumulada ao longo dos séculos nas tradições e costumes do povo. Isso se aprende convivendo na comunidade natural do povoado. Crescer em tamanho é nascer pequeno, crescer aos poucos e tornar-se adulto. É o processo de todo ser humano, com suas alegrias e tristezas, amores e raivas, descobertas e frustrações. Isto se aprende convivendo na família com os pais, os avós, os irmãos e as irmãs, com os tios e tias, sobrinhos e sobrinhas. Crescer em graça é descobrir a presença de DEUS na vida, a sua ação em tudo que acontece, o seu chamado ao longo dos anos da vida, a vocação, a semente de DEUS na raiz do próprio ser. Isto se aprende na comunidade de fé, nas celebrações, na família, no silêncio, na contemplação, na oração, na luta de cada dia, nas contradições da vida e, em tantas outras oportunidades”. José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 39. Ele cresceu em sabedoria. A mãe, a natureza, a Escritura Sagrada, a vida e a oração representaram os ricos recursos que haviam sido proporcionados ao menino JESUS para amadurecer em direção de um saber claro e saudável. Há algo admiravelmente grandioso em uma vida conduzida com sabedoria, na qual tudo é aquilatado e praticado à luz da eternidade, onde se aprende a incluir a totalidade da vida terrena - com suas preocupações, sofrimentos e alegrias, suas necessidades e demandas diárias, seus constrangimentos e tentações - de forma cada vez mais completa no grande acorde básico do “Uma coisa só importa”, perguntando em todas as situações: Como o Senhor no céu pensa a esse respeito, e como você pensará a respeito disso um dia, quando a terra estiver a seus pés e você se escontrar na luz da eternidade? Isso é sabedoria. Posicionar-se dessa maneira aqui na terra a partir do mirante da eternidade - isso é sabedoria. Adquirir nela cada vez mais treino, experiência e agilidade - isso significa “crescer em sabedoria”. Até onde posso ir em cada situação? Até que ponto devo falar ou silenciar no convívio com outros? Quando devemos dizer ao próximo que pecou contra nós, em particular? Quando e por quanto tempo temos de suportá-lo calados? E onde precisamos ceder, onde insistir em nossos direitos? Até que ponto devemos consolar ou primeiramente exortar um sofredor? Quanto descanso podemos requerer para nós? Quando e de que maneira temos de ajudar o empregado que falta ao trabalho? Até que ponto podemos ser “tudo para todos”? Como devemos posicionar-nos diante dos partidos na igreja e no Estado? Essas perguntas não são respondidas abrindo a Bíblia e selecionando mecanicamente um versículo qualquer, mas relacionando corretamente o conhecimento de DEUS e do mundo obtido pela palavra de DEUS, e quando levamos em consideração, mediante sábia apreciação, a situação e as pessoas envolvidas naquela ocasião. Ele cresceu em graça diante de DEUS e das pessoas. Aqui temos de pensar em um crescimento da graça da aprovação divina e da benignidade paterna sobre esse menino JESUS. Desde o começo ele foi objeto da graça, porém quanto mais ele crescia e o poder de DEUS se disseminava nele, quanto mais ele superava todas as tentações com fé e sabedoria, aprendendo a obediência, tanto mais também se avolumava a graça de DEUS sobre ele. Novamente deparamo-nos aqui com uma parte de sua humilhação, que é inegavelmente a maior e mais misteriosa. Ele despojou-se até mesmo de seu relacionamento original com o Pai. O Criador se rebaixou até sua criatura, que cresce e amadurece interiormente por meio da obediência. No entanto, JESUS também cresceu em graça diante das pessoas. Afinal, de agora em diante o rapaz de doze anos mantinha cada vez mais contato com as pessoas. Em breve, pois, sua natureza amável, obediente, solícita, afetuosa e correta conquistou os corações das pessoas, de sorte que o tratavam com amizade e favor. Apesar de sua profunda condição pecaminosa, o mundo sempre respeita secretamente a grandeza de uma mentalidade inatacável, das obras e virtudes da bem-aventurança. Foi isso que também aconteceu com o Senhor. É uma maravilhosa dádiva de DEUS quando alguém encontra graça também diante dos seres humanos. Essa amabilidade repleta e santificada da mente de CRISTO, em atitude e caráter, que atrai e conquista involuntariamente as pessoas, é algo sumamente belo. Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica Esperança. 2. JESUS E SUA MAIORIDADE. Capacitado pelo ESPÍRITO Desde o primeiro capítulo deste livro chamo a atenção para a teologia carismática de Lucas. JESUS foi capacitado pelo ESPÍRITO SANTO para realizar as obras de DEUS. Talvez em nenhum outro ponto ela é mais clara quanto no contexto da kenosis de nosso Senhor. JESUS como homem, vivendo as limitações que a encarnação lhe proporcionou, dependeu durante todo o seu ministério da ação do ESPÍRITO SANTO. Esse é um fato observado por todos os manuais de teologia sistemática. Heber Campos, por exemplo, destaca que o Filho, em si mesmo, não precisava de suporte ou da ajuda do ESPÍRITO SANTO, mas quando o Verbo se fez carne, assumindo a nossa humanidade, ele se colocou na condição de Servo necessitando do socorro do ESPÍRITO SANTO para exercer o seu ministério. Por essa razão, citando a passagem de Isaías 61, JESUS diz de si mesmo: “O ESPÍRITO do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lc 4.18). JESUS precisou, por causa de sua humanidade, do suporte do ESPÍRITO SANTO para realizar o seu ministério. DEUS não quebra as suas leis nem mesmo com o seu Filho. Ao encarnar, Ele se tornou como um de nós, carente da ação do Alto para poder realizar sua missão entre os homens. José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 43-44. Os sábios atônitos. Nesse período, o Templo exercia profundo fascínio sobre o menino JESUS, porque chegara a um momento crítico de sua vida: a consciência de sua natureza e missão divinas afetava-o poderosamente. O escritor foi inspirado a incluir este incidente para deixar claro aos leitores que, aos doze anos de idade, JESUS estava ciente de sua condição de Filho de DEUS e de que tinha uma missão a cumprir. Nada mais natural, portanto, fosse Ele encontrado na casa do seu Pai, “assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os”. Diz-se que havia uma sinagoga (casa de reuniões) dentro do Templo, onde os grandes ensinadores de Israel ministravam nos sábados e feriados religiosos. No decurso das preleções, os rabinos faziam perguntas aos ouvintes, que, por sua vez, tinham licença para interrogar o mestre. “E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas”. E, se o debate era acerca do Messias e sua obra - o que é bem provável -, podemos entender a estupefação dos mestres ante as perguntas e respostas do menino. Sabendo ser o Messias, JESUS debatia o assunto com clareza, unção e autoridade. Myer Pearlman. Lucas, O Evangelho do Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 64-65. No batismo de JESUS vemos a presença da trindade e a capacitação do ESPÍRITO SANTO para que JESUS iniciasse seu ministério. Foi cheio do ESPÍRITO SANTO Até os trinta anos, JESUS permaneceu na cidade de Nazaré e trabalhou como carpinteiro, para só após ajudar sua família, exercer seu ministério de treinamento de seus discípulos e pregação do evangelho no poder e unção do ESPÍRITO SANTO.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 1.46-49
46 - Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, 47 - e o meu espírito se alegra em DEUS, meu Salvador, 48 - porque atentou na humildade de sua serva; pois eis que, desde agora, todas as gerações me chamarão bem-aventurada. 49 - Porque me fez grandes coisas o Poderoso; e SANTO é o seu nome. Lc 1:26-56 (Comentario Biblico Moody) A Anunciação à Maria. 1:26-56. 27. A uma virgem desposada com certo homem . . . cujo nome era José. A lei judaica considerava o compromisso do noivado tão válido quanto o casamento. O noivado era completado depois de negociações realizadas pelo representante do noivo e depois de pago o dote ao pai da moça. Depois de assumido o noivado, o noivo podia reclamar a noiva a qualquer momento. O aspecto legal do casamento estava incluído no compromisso de casamento; o casamento propriamente dito era apenas um reconhecimento do compromisso que já fora estabelecido. José tinha todo o direito de viajar com Maria a Belém. Da casa de Davi. Pelos direitos de adoção, considerado como filho de José, JESUS podia reclamar a herança real da casa de Davi. 28. Favorecida. A palavra pode ser traduzida para cheia de graça, mas refere-se a quem é o recipiente da graça e não a fonte da mesma.29. Que significaria esta saudação. Ser escolhida dentre todas as outras mulheres para receber uma bênção era perturbador. Maria não entendeu por que ela fora escolhida para esta honra.31. A quem chamarás pelo nome de JESUS. JESUS é a forma grega para o Josué hebreu, que significa Jeová é salvação. Compare a narrativa de Mateus da anunciação feita a José (Mt. 1:21).32. O trono de Davi, seu pai. Os descendentes de Davi reinaram sobre Judá desde o Reino Unido até o Exílio numa dinastia ininterrupta. O anjo predisse que JESUS completaria essa sucessão.33. Reinará para sempre sobre a casa de Jacó. Esse reino será tanto temporal quanto espiritual.34. Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? A pergunta de Maria confirma a declaração de sua virgindade no versículo 27. José ainda não a tomara por mulher.35. Descerá sobre ti o ESPÍRITO SANTO. Em contraste com as lendas pagãs da antiguidade relacionadas com reputada descendência de deuses e homens, não houve nenhuma intervenção física. O ESPÍRITO SANTO, por meio de um ato criador no corpo de Maria, providenciou os meios físicos para a Encarnação.36. Isabel, tua parenta. Se Maria e Isabel eram primas em primeiro grau, JESUS e João Batista eram em segundo grau.38. Aqui está a serva do Senhor. A pronta aceitação de Maria demonstrou seu caráter devoto e obediente. Ela estava pronta para se arriscar a cair em desgraça e divórcio para cumprir a ordem de DEUS.43. A mãe do meu Senhor. A saudação de Isabel mostra que ela estava pronta a reconhecer o Filho de Maria como o seu Senhor.46. A minha alma engrandece ao Senhor. Os versículos de 46 a 56 são chamados O Magnificat, que tem origem na primeira palavra da tradução latina. Compare à oração de Ana (I Sm. 2:1-10). 47. DEUS, meu Salvador. Maria não era sem pecado; ela reconhecia a sua necessidade de um Salvador.48. Serva (gr. doulê). Literalmente, uma escrava.49. Porque . . . me fez grandes coisas. Melhor: fez grandes coisas em meu favor. Veja a Lição 11, Maria, Mãe de JESUS - uma Serva Humilde - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-cdc-2tr17-maria-mae-de-jesus-uma-serva-humilde.htm
I - MARIA, A MÃE DE JESUS
1. Quem era Maria. 2. Suas qualidades e seu caráter. a) Ela era virgem. b) Ela era agraciada. c) Tinha a presença do Senhor. d) Ela era bendita entre as mulheres. II - A ELEVADA MISSÃO DE MARIA 1. DEUS a escolheu para ser a mãe do Salvador. 2. O anúncio de que seria a mãe do Salvador. 3. Maria, mulher e mãe. III - O SEU PAPEL NO PLANO DA SALVAÇÃO 1. Maria deu à luz "a semente da mulher." 2. Maria não é redentora. 3. Maria não é mediadora. a) Assunção de Maria. b) Intercessão de Maria. c) Suprema autoridade de Maria!
PARA REFLETIR - A respeito de Maria, mãe de JESUS, uma serva humilde, responda:
Qual o valor da virgindade de Maria?Era indispensável para o cumprimento da profecia de Isaías (7.14).
Que contraste se vê no nascimento de JESUS?Um Rei, nascendo numa manjedoura.
Por que Maria não pode ser "Mãe de DEUS"?Porque uma criatura não pode ser mãe do Criador.
Por que Maria não pode ser Intercessora?Por que só JESUS é mediador entre DEUS e os homens.
Por que Maria não tem autoridade suprema no céu?Porque só JESUS tem todo o poder no céu e na terra..
COMENTÁRIO RÁPIDO DO Pr. Henrique - Lição 11, Maria, Mãe de JESUS - uma Serva Humilde
PARA SER ESCOLHIDA MARIA precisava preencher certos requisitos também. Não era apenas ser escolhida. Precisava ser virgem. Precisava ser desposada com um Judeu da família de Davi. Precisava ser temente a DEUS - Precisava se colocar a disposição de DEUS - Precisava ser pessoa de oração para reconhecer um anjo - Precisava ser jovem que estudava a Bíblia de então para compreender sua função. E precisava ser de da Galileia, pois a profecia dizia que seria chamado Nazareno. O texto de Mateus diz: “E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.” Não sabemos a qual oráculo profético Mateus se refere. Alguns pensam em Isaías 11:1 onde o profeta usa “neçer” (rebento), ou em Isaías 42:6 e 49:8, onde é utilizado o vocábulo “naçar” (guardar), do qual deriva “naçur” (o resto). A doutrina da virgindade e concepção de Maria por um milagre de DEUS não pode ser questionada. Sara, Raquel, Rebeca, Ana, Isabel, Maria conceberam devido a um milagre de DEUS. Elas eram estéreis e duas eram muito idosas para terem filhos - não podiam ter filhos, mas Maria, nem relação sexual teve e nem qualquer intervenção humana aconteceu. JESUS tinha que nascer sem a semente maligna de Adão. O anúncio de que seria a mãe do Salvador. Maria se preocupou com a maneira como ficaria grávida. Pode ter pensado se teria que ter sexo com aquele anjo, ou se deveria ter relação sexual com José imediatamente. Pode ter tudo isso passado por sua mente em instante. Deveria quebrar seu voto de castidade? DEUS exigiria dela algo contrário à sua Palavra? Não. O anjo esclareceu que a virtude do ESPÍRITO SANTO a cobriria e não haveria nenhum contato físico, mas espiritual. Glória a DEUS! Restava então a Maria conceder ou não a DEUS sua oferta de amor e graça. Maria decidiu se submeter à vontade de DEUS. E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o ESPÍRITO SANTO, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o SANTO, que de ti há de nascer, será chamado Filho de DEUS. Lucas 1:35 "Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela" (Lc 1.38). Está você também disposto a se entregar totalmente a DEUS? Para ser usado em sua obra como ELE deseja? Seja voluntário, esteja no lugar certo, na hora certa e DEUS vai usá-lo também. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Isaías 6:8 HUMILDADE DE MARIA Maria era uma pessoa tão humilde. Sua exclamação, "Ele tem tido em conta para o estado humilde de Seu servo," expressou sua admiração e espanto que DEUS iria escolher para abençoá-la. Ela sabia que era uma pecadora, necessitado da misericórdia e da graça de DEUS. Longe de ver a si mesma como a exaltada rainha, quase divinizada no céu, pelo catolicismo romano que imagina que ela seja, Maria viu-se como um humilde serva (cf. v. 38). A palavra grega é doule , a forma feminina da palavra que significa que ela é pela primeira vez no Novo Testamento identificada por ela mesma como escrava, designação do Senhor, que se torna a norma para os santos (cf. 02:29 "escravo."; 1 Cor 7:22; Ef. 6:. 6; Apocalipse 1:1) Dando mais uma prova da sua humildade, Maria manifestou espanto por que DEUS atentou para seu estado humilde. Socialmente, ela era uma garota comum habitando em uma aldeia da Galiléia insignificante (Nazaré), lugar desprezado por outros israelitas (cf. João 1:46). Maria foi, assim, mais importante do que a elite da sociedade da Judeia e de Jerusalém. Mesmo depois de se tornar a mãe do Messias, ela nunca se tornou proeminente. JESUS a tratou com respeito, mas deixou claro que ela não tinha nenhum direito especial sobre Ele (João 2: 4; 12 Matt: 46-50.). Nem a igreja primitiva a elevou a uma posição especial, ou conferiu honras especiais para ela. A única referência do Novo Testamento para ela após a cena na cruz (João 19: 25-27) foi como apenas mais um dos crentes reunidos em Jerusalém no Pentecostes (Atos 1:14), recebendo o batismo no ESPÍRITO SANTO como os demais quase 120 ali presentes. Esta jovem mulher comum estava noiva de um jovem muito comum. Embora José fosse da linhagem de Davi, ele era apenas um trabalhador comum, um carpinteiro. Foi porque eles viram sua família como nada mais do que simples, as pessoas comuns, que os moradores de Nazaré se ofenderam a com declarações de JESUS (Mat. 13: 54-57 - E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam, e diziam: De onde veio a este a sabedoria, e estas maravilhas? Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? De onde lhe veio, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. JESUS, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa. E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles. Mateus 13:54-58) Maria demonstrando um estado humilde quase não se envolveu mais do que apenas com sua posição na sociedade judaica; isso tinha a ver com seu caráter espiritual. Ela reconheceu que ela, como todos, era uma pecadora, necessitando como todos de um Salvador . Como todos os verdadeiros adoradores, Maria tinha uma visão sublime do Senhor e uma visão humilde de si mesma. Se ela foi, por DEUS, a mais exaltada das mulheres (1:42), ela, ao mesmo tempo foi a mais humilde das mulheres (cf. Lc 14:11). É esta humildade que DEUS exige e abençoa (cf. Tg 4: 6). Em Isaías 57:15 DEUS disse: "Assim diz o Alto e exaltado que vive para sempre, cujo nome é santo," eu moro em um lugar alto e santo, e também com o contrito e humilde de espírito, a fim de reavivar o espírito dos humildes e para vivificar o coração dos contritos. "Então Maria demonstrou a atitude correta em adoração. Ela era alegre e agradecida por causa da misericórdia de DEUS para com ela. Sua humilde consciência de sua completa indignidade e maravilhosa graça de DEUS produziu seu louvor e adoração a partir de seu coração grato. Comentário Bíblico - John Macarthur - NT - O decreto divino a Maria (Lucas 1: 26-33) JESUS disse que todo o poder lhe foi dado no céu e na terra (Mt 28.18). "Porque há um só DEUS e um só mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem" (1 Tm 2.5). "... Lição 12, José, O Pai Terreno de JESUS - Um Homem de Caráter 2º Trimestre de 2017 - Título: o Caráter do Cristão - Moldado Pela Palavra de DEUS e Provado Como Ouro Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato de Lima (Pr.Pres.ADPAR - Assembleia de DEUS em Parnamirim/RN) LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 1.18-25 18 - Ora, o nascimento de JESUS CRISTO foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do ESPÍRITO SANTO. 19 - Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. 20 - E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do ESPÍRITO SANTO. 21 - E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 22 - Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: 23 - Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: DEUS conosco). 24 - E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, 25 - e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS. Resumo da Lição 12, José, O Pai Terreno de JESUS - Um Homem de Caráter - Veja http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao12-cdc-2tr17-jose-o-pai-terreno-de-jesus-um-homem-de-carater.htm I - JOSÉ, O PAI DE JESUS
1. Quem era José? 2. Pai adotivo de JESUS. 3. José, um sonhador obediente. II - O CARÁTER EXEMPLAR DE JOSÉ 1. Um homem obediente. 2. Um homem temperante. III - A NOBRE MISSÃO DE JOSÉ 1. Assegurar a ascendência real de JESUS. 2. Proteger JESUS em seus primeiros anos. a) No nascimento de JESUS. b) Nas cerimônias exigidas pela Lei. c) Na fuga para o Egito. 3. O zelo pela formação espiritual de JESUS.
(Extraído de Bíblica Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1277).
PARA REFLETIR - A respeito de José, o pai terreno de JESUS, um homem de caráter, responda:
Que fez José, ao saber da gravidez de Maria? Pensou em deixá-la secretamente para não infamá-la.
Como José participou do nascimento de JESUS? Ajudando Maria em todos os detalhes.
Quando José voltou do Egito com Maria e JESUS? Quando Herodes morreu.
Por que José e Maria levavam JESUS a Jerusalém? Para a festa da Páscoa.
Que preceitos legais José e Maria obedeceram após o nascimento de JESUS? A circuncisão de JESUS e a purificação de Maria. CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 70, p42. COMENTÁRIO RÁPIDO DO Pr. HENRIQUE - EBD NA TV Lição 12, José, O Pai Terreno de JESUS - Um Homem de Caráter LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 1.18-25 18 - Ora, o nascimento de JESUS CRISTO foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do ESPÍRITO SANTO. 19 - Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. 20 - E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do ESPÍRITO SANTO. 21 - E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 22 - Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: 23 - Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: DEUS conosco). 24 - E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, 25 - e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS.
A NOBRE MISSÃO DE JOSÉ 1. Assegurar a ascendência real de JESUS. João 7.42 Não diz a Escritura que o CRISTO vem da descendência de Davi, e de Belém, da aldeia de onde era Davi? Para ser da tribo de Judá JESUS teve que nascer em Belém - "E Davi era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá, cujo nome era Jessé [...] " (1 Sm 17.12). Para ser descendente do rei Davi precisava ser da casa real de Davi - E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), Lucas 2:4 Para cumprir as profecias tinha que ser descendente da casa real de Davi - E nos levantou uma salvação poderosa Na casa de Davi seu servo. Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo; Lucas 1:67-70. Para ser rei no milênio JESUS precisava ser descendente do rei Davi - (Na verdade, se os judeus o tivessem recebido como o Messias não precisaria esperar pelo milênio, ele reinaria sobre eles naquela época mesmo, mas eles não o receberam (João 1.11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.- então só o remanescente é que terá seu reino terrestre como prometido a Davi) - Porque assim diz o Senhor: Nunca faltará a Davi homem que se assente sobre o trono da casa de Israel; Jeremias 33:17 ... e viveram, e reinaram com CRISTO durante mil anos. Apocalipse 20:4b. Só de ter nascido em Belém JESUS já era da tribo de Judá e Judeu. Para ser da casa de Davi teve que pegar a genealogia de José que era da casa de Davi - José é reconhecido como pai legitimo de JESUS pela cultura judaica, oficialmente e legalmente é pai de JESUS. JESUS foi reconhecido filho de Davi pelo povo judeu e por seus discípulos. Mt 12.23 E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi? Dizendo: Que pensais vós do CRISTO? De quem é filho? Eles disseram-lhe: De Davi. Mateus 22:42
E a multidão os repreendia, para que se calassem; eles, porém, cada vez clamavam mais, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós! Mateus 20:31 Em Apocalipse JESUS é o "o Leão da tribo de Judá" (Ap 5.5). Mateus registra a genealogia de JESUS, a partir da descendência de Davi. JESUS foi adotado legalmente por José, que era da tribo de Judá. JESUS é filho adotivo de josé, mas para os judeus é filho legítimo. Se eu adotar um filho americano ele passa a ter os mesmos direitos que qualquer brasileiro tem. Por isso mesmo muitos brasileiros forjam casamento nos EUA. JESUS herdou a linhagem de Davi por parte de José ao José aceitar ser pai de JESUS. JESUS não tinha sangue de José. JESUS foi adotado por José. Embora ninguém tenha ficado sabendo disso. Quando JESUS nasceu todos o receberam como filho legitimo de José. Só Maria, Isabel (talvez seu esposo Zacarias também) e José sabiam que JESUS foi concebido pelo ESPÍRITO SANTO. Não precisava registrar num cartório a adoção. Não era público o milagre. Foi autenticado por DEUS quando José aceita ser pai de JESUS.E ele lhes disse: Como dizem que o CRISTO é filho de Davi? Visto como o mesmo Davi diz no livro dos Salmos: Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, Até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés. Se Davi lhe chama Senhor, como é ele seu filho? Lucas 20:41-44 2. Proteger JESUS em seus primeiros anos. A chamada de José era importante pois além de cumprir a profecia de JESUS como descendente do rei Davi, da casa de Davi, dava a JESUS um pai cheio de amor e cuidados. JESUS em seus primeiros dias necessitaria de um pai que lhe guardasse e protegesse de todos os perigos, tanto de animais ferozes, quanto de assaltantes que haviam pelos caminhos, como cuidado na educação e aprendizado nos trabalhos na carpintaria. a) No nascimento de JESUS. "E subiu da Galileia também José, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem" (Lc 2.4-7). A bíblia não nos revela os detalhes do parto de Maria, mas cremos que José estava o tempo todo presente ali perto auxiliando no que era necessário. Cremos que alguma mulher estava ali fazendo o parto. Mesmo porque um homem não podia ver as partes íntimas de uma mulher como no caso de José que não assumiu sua posição de marido até depois que JESUS nascera. É bem possível que José tenha ajudado com a água quente e o sal para esfregar a criança depois de nascida. com certeza este pai não era diferente dos demais. Preocupava-se e queria fazer todo o possível para ajudar MAria e seu filho que sabia ele ser o filho de DEUS, o Messias prometido. b) Nas cerimônias exigidas pela Lei. Na circuncisão de JESUS, ao oitavo dia de nascido, na apresentação no Templo e na festa da páscoa que era obrigatória a todos os judeus, José também estava lá levando JESUS. "E, quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de JESUS, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. E, cumprindo-se os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor" (Lc 2.21,22). Só homens se alistavam. José não ia abandonar Maria em Nazaré nem que caísse um raio em sua cabeça. Era o filho de DEUS naquela barriga e sua paixão que ia dar à luz. Também Nazaré era longe e para ele ir e se alistar e voltar para Nazaré demoraria pelo menos uma semana. Também depois que o menino nascesse teria que ir a Jerusalém para circuncisão de JESUS, ai seria outra viagem longa de ida e volta e para apresentação de Maria aos 40 dias, para purificação depois de JESUS nascer, outra viagem de ida e volta - Por isso passou quase dois anos em Belém. Os "magos" visitaram JESUS já com quase dois anos de nascido. Foi o tempo que deram para Herodes. E foi numa casa e não em Manjedoura - o presépio é a maior mentira dos católicos romanos. Os pais devem saber que estudo da Bíblia na Escola Bíblica Dominical e em casa é essencial ao caráter de seus filhos. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; 2 Timóteo 3:16 E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Deuteronômio 6:7 Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. Provérbios 22:6 PRESÉPIO COM MAGOS É A MAIOR MENTIRA E ANTIBIBLICO. PRIMEIRA VISITA FOI DOS PASTORES DO CAMPO (aqui tinha manjedoura, mas não "magos"). Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. SEGUNDA VISITA - AGORA DOS MAGOS QUASE DOIS ANOS DEPOIS (aqui não tinha manjedoura e foi numa casa)- E, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria. E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra. Mateus 2:10,11 ENTRANDO NA CASA - NÃO EM ESTREBARIA. Por que sabemos que foram quase dois anos depois? Porque Herodes perguntou aos "magos" pela data de nascimento da criança e eles disseram que tinha já quase dois anos. Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos. Mateus 2:16 Observação - Magos ai não são de mágica, mas astrólogos.
JESUS nasceu em Belém a cuja cidade os recém-casados foram convocados por ordem do imperador César Augusto (Lucas 2:1). Assim se cumpriu a profecia de Miquéias 5:2. De todas as partes do império os judeus deviam voltar às cidades de seus antepassados a fim de registrar-se, de sorte que pudessem ser tributados. Esse censo foi levantado ao tempo em que Quirino era governador da Síria, e se fazia pela primeira vez. Chegados a Belém, Maria e José não conseguiram alojamento em parte alguma, exceto num estábulo (talvez uma caverna usada para abrigar o gado). Ai nasceu o etemo Filho de DEUS. Foi envolto em fraldas e deitado numa manjedoura. Logo após o seu nascimento, chegaram pastores para ver a criança; os anjos lhes haviam anunciado o nascimento enquanto apascentavam seus rebanhos. A não ser por eles, a raça humana náo tinha percebido esse acontecimento. De acordo com a Lei judaica, JESUS foi circuncidado ao oitavo dia e recebeu o nome de JESUS (Lucas 2:21). É significativo que o imaculado filho de DEUS passasse por esse rito que o sujeitava à obediência sob o pacto divino e o identificava com Israel, o povo de DEUS. JESUS foi apresentado no templo para selar a circuncisão. Ele também foi "redimido" pelo pagamento dos cinco sidos. Para efeito de sua purificação, Maria fez a oferta dos pobres (cf. Levitico , 12:8; Lucas 2:24). A missáo de JESUS foi atestada nesta ocasião por duas pessoas piedosas — Simeáo e Ana (Lucas 2:25-38). T Algum tempo depois, um grupo de ''sábios", (talvez sacerdotes ou astrólogos babilônios) apareceram em Jerusalém, inquirindo acerca do nascimento de um "rei dos judeus". Haviam visto sua* estrela no céu (Mateus 2:2). O cruel Herodes imediatamente ficou alarmado. Informado pelos escribas acerca do local onde devia nascer o Messias, segundo a profecia de Miquiéias, ele enviou os magos a Belém, pedindo-lhes que voltassem se porventura encontrassem ali o Messias. Herodes disse que ele, também, desejava adorá-lo. Na realidade, ele desejava localizar o menino CRISTO, para que assim pudesse afastar mais outro rival. Contudo, um anjo avisou aos magos que náo voltassem à presença de Herodes. Antes de chegarem a Belém, a estrela reapareceu e pairou sobre o lugar onde agora moravam JESUS e seus pais, numa casa (Mateus 2:9). Após a partida dos magos, DEUS disse a José que fugisse para o Egito com a família. Herodes havia ordenado a execuçáo de todos os meninos de dois anos para baixo, de Belém e das vizinhanças. Em breve Herodes morreu e DEUS instruiu a José que voltasse, passando a residir em Nazaré. Bar mitzvah? NÃO TEM NA BÍBLIA bar mits'va - na religião judaica, o menino que, no seu 13º aniversário, atinge a maioridade religiosa, passando a ter a obrigação de cumprir os preceitos religiosos. MAIORIDADE (Bar Mitzvah???) - Lembrando que na Bíblia não existe tal ensinamento - Bar Mitzvah é do Talmude judaico e não tem na Bíblia sobre isto (é tradição judaica - do Talmude judaico - religião sem salvação - nem acreditam que JESUS já veio - não são salvos) e além do mais não existe nada dizendo que JESUS foi a Jerusalém para ser apresentado, mas a uma festa. Também no Bar Mitzvah o jovem masculino é apresentado aos 13 anos e não aos 12. Também não há base bíblia tirada dai para batizar jovens só depois dos 12 anos (se fosse por idade teríamos que nos batizar aos 30 anos - idade em que JESUS se batizou - Na Bíblia as pessoas eram batizadas na hora que aceitavam o evangelho e a condição era a que Filipe deu ao Eunuco - E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que JESUS CRISTO é o Filho de DEUS. Atos 8:37 - JESUS FOI À FESTA EM JERUSALÉM COM 12 ANOS E NÃO TEVE APRESENTAÇÃO NENHUMA - DEPOIS QUE A FESTA ACABOU É QUE JESUS FOI DISCUTIR COM OS SACERDOTES NO TEMPLO E NÃO SE APRESENTAR - A FESTA ESTAVA TERMINADA. Lucas 2:41-43 41 Ora, todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa; 42 E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino JESUS em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe. Lucas 2:43 E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. Lucas 2:46
c) Na fuga para o Egito. DEUS inspirou José a fazer tudo para evitar qualquer problema com JESUS e seu futuro salvador. A FUGA DE JOSÉ, MARIA E JESUS PARA O EGITO “E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José num sonho, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar. E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito.” (Mateus 2:13,14). Assim como no tempo de Moisés, o diabo intentou destruir o profeta enviado por DEUS para libertar seu povo da escravidão, no tempo de JESUS o diabo levantou Herodes para matar as crianças de Isarel para não permitir nascer o libertador do pecado e da morte, JESUS. Herodes manda matar os meninos de dois anos para baixo, pois havia perguntado aos homens que vieram do Oriente pela provável idade do menino que eles diziam ser rei. este menino poderia ser uma ameaça ao seu reinado. Poderia ser seu substituto. Poderia causar problemas sérios para seu reinado. Poderia causar uma rebelião durante seu reinado e lhe tirar o trono. Que barbaridade, que maldade - O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. João 10:10 Em Ramá se ouviu uma voz, Lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, E não quer ser consolada, porque já não existem. Mateus 2:18 Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos; não quer ser consolada quanto a seus filhos, porque já não existem. Jeremias 31:15 Depois do primeiro Sonho dado a José sobre a virgindade e concepção milagrosa no ventre de Maria, agora, novamente José recebe um sonho revelador. Quando DEUS descobre em nós um canal eficiente de comunicçao sempre nos vem através dele. Para José os sonhos eram este canal de comunicação eficiente. Avisado José do perigo que corria o menino, conduziu imediatamente sua família para o Egito, e lá permaneceu até a morte de Herodes, que foi substituído por seu filho, no trono. SAINDO DO EGITO E VOLTANDO PARA A GALILEIA Agora num terceiro sonho José recebe a revelação de DEUS de que era hora de voltar, pois Herodes estava morto. Mateus 2.15 E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho. Morto, porém, Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu num sonho a José no Egito, Dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel; porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino. Então ele se levantou, e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel. E, ouvindo que Arquelau reinava na Judéia em lugar de Herodes, seu pai, receou ir para lá; mas avisado num sonho, por divina revelação, foi para as partes da Galiléia. E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno. Mateus 2:19-23 Agora José volta para Nazaré donde tinha saído antes de Maria conceber JESUS,antes de Ir a Belém, antes de fugir para o Egito. O justo José. José era tão pai quanto qualquer pai biológico, era o pai legal, era o pai que cuidava, protegia, responsável pela segurança e bem-estar de sua família. José tinha coração receptivo a DEUS. O Egito abrigou o povo de DEUS por várias vezes, pois DEUS os abençoou com fartura de alimentos, principalmente a região do Delta do Rio Nilo. Havia fartura de pão no Egito e de produção agrícola em geral. Era o celeiro daquela região toda da Ásia e África. DEUS protegeu JESUS com a cooperação de José e de Maria (cf. Mt 3.13,19,20,22). Obediência - fugir do país (Mt 2.14). JESUS era refugiado e estrangeiro noutro país (Mt 2.14,15). DEUS usa até mesmo os ímpios para nos abençoar. O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo. Provérbios 13:22 3. O zelo pela formação espiritual de JESUS. Na criação de JESUS quanto à sua humanidade, José e Maria tiveram participação importante no desenvolvimento de seu caráter. JESUS se entregou totalmente a DEUS e foi totalmente submisso a DEUS. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Filipenses 2:8 JESUS, com certeza teve um ótimo ensino e aprendizado quando criança, pois aos doze anos já discutia no templo com os doutores da lei. Devemos também primar pela educação de nossos filhos, mas, lembrando que a mais necessária e importante é a educação Bíblica, depois a secular. Devemos criar nossos filhos para servirem a DEUS. Se vão trabalhar em alguma profissão secular para serem instrumentos de DEUS lá, com certeza DEUS os guiará a este fim. CONCLUSÃO José o pai de JESUS, era, por assim dizer, o pai adotivo de JESUS, José recebia revelações de DEUS por meio de sonhos e era obediente às ordens que DEUS lhe enviava. José tinha caráter exemplar, era um homem obediente, um homem temperante. José tinha uma nobre missão: assegurar a ascendência real de JESUS, proteger JESUS em seus primeiros anos, tanto no nascimento de JESUS, como conduzi-lo para as cerimônias exigidas pela lei, e levá-lo com segurança na fuga para o Egito. José também teve zelo pela formação espiritual de JESUS. Pode ninguém ter recebido JESUS como rei, mas os magos ou astrólogos estavam procurando por aquele que nasceu rei. Aprendamos com José a sermos amorosos, obedientes a DEUS, justos, submissos a seus planos. DEUS tem o melhor para nós. José foi um exemplo de pai, um exemplo de marido, um exemplo de servo.