Escrita Lição 1, Adão, O Primeiro Homem, Pr Henrique, 1Tr20, EBD NA TV

  
 
 
 
Lição 1, Adão, O Primeiro Homem
 
1º Trimestre de 2020A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção- Comentarista CPAD - Pr Elienai Cabral
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP
Para nos ajudar -
Caixa Econômica e Lotéricas - Agência 3151 operação 013 - conta poupança 56421-6 Luiz Henrique de Almeida Silva
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2 Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 Edna Maria Cruz Silva
 
 
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2019/12/slides-licao-1-adao-o-primeiro-homem.html
Vídeo desta Lição 1 https://www.youtube.com/watch?v=L5ibcI94N-U
Ajuda para esta Lição 1
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/antropologia.htm  
LIÇÕES BÍBLICAS - 4º trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de Gênesis - Comentarista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
Ajuda para este trimestre - - LIÇÕES BÍBLICAS - 4º trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de Gênesis
Comentarista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
Lição 1- Gênesis, o Livro da Criação Divina 
Lição 2- A Criação dos Céus e da Terra 
Lição 3- E DEUS os Criou Homem e Mulher 
Lição 4- A Queda da Raça Humana 
Lição 5- Caim Era do Maligno 
Lição 6- O Impiedoso Mundo de Lameque 
Lição 7- A Família que Sobreviveu ao Dilúvio 
Lição 8- O Início do Governo Humano 
Lição 9- Bênção e Maldição na Família de Noé 
Lição 10- A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade 
Lição 11- Melquisedeque Abençoa Abraão 
Lição 12- Isaque, o Sorriso de uma Promessa 
Lição 13- José, a Realidade de um Sonho
 
 
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Lição 1, Adão, O Primeiro Homem
 
TEXTO ÁUREO
“E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre [...] toda a terra [...].” (Gn 1.26)
 
VERDADE PRÁTICA
O homem não é um mero detalhe no Universo; o ser humano é a obra-prima de DEUS, o Criador e Mantenedor de todas as coisas.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 1.26 O conselho divino para a criação do homem
Terça - Gn 2.7 A criação do primeiro homem
Quarta - Sl 8 O lugar do homem na criação divina
Quinta - Lc 3.38 O homem é filho de DEUS
Sexta - Jo 3.16 DEUS ama o ser humano
Sábado - 1 Tm 2.5 JESUS, verdadeiro homem
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 2.1-8
1 - Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados.2 - E, havendo DEUS acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.3 - E abençoou DEUS o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que DEUS criara e fizera. 4 - Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o Senhor DEUS fez a terra e os céus. 5 - Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o Senhor DEUS não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra.6 - Um vapor, porém, subia da terra e regava toda a face da terra. 7 - E formou o SENHOR DEUS o homem do pô da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. 8 - E plantou o SENHOR DEUS um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado.
 
 
OBJETIVO GERAL - Expor que o ser humano é a coroa da criação de DEUS.
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar os conceitos e os objetivos da doutrina bíblica do homem;
Descrever a criação dos Céus e da Terra;
Mostrar a criação de Adão, o primeiro ser humano;
Conscientizar a classe acerca da missão e da tarefa do homem.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Vamos iniciar mais um novo ano. Após fazer uma reflexão das atividades pedagógicas do ano que passou, é hora de colocar em prática uma nova proposta pedagógica a fim de que seus alunos aprendam a Palavra de DEUS da melhor forma. Neste trimestre estudaremos a doutrina bíblica do homem, uma importante doutrina cristã. Qual o objetivo de DEUS ao criar o mundo? Por que DEUS criou o ser humano? Qual o propósito do homem neste planeta? São perguntas que interessam a essa importante disciplina da Teologia Sistemática, denominada também de Antropologia Teológica. O comentarista deste trimestre é o pastor Claudionor de Andrade. Ele é escritor, conferencista e consultor doutrinário e teológico da Casa Publicadora das Assembleias de DEUS. Que a cada lição possamos aprender sobre o que DEUS espera do ser humano que vive segundo os propósitos dEle.
 
 
PONTO CENTRAL - O ser humano é a coroa da criação de DEUS.
 
Resumo da Lição 1, Adão, O Primeiro HomemI – A DOUTRINA BÍBLICA DO HOMEM
1. Definição.
2. Fundamentos.
3. Objetivos.
II – A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA
1. A criação dos Céus e dos anjos.
2. DEUS a tudo criou com inigualável sabedoria.
III – A CRIAÇÃO DE ADÃO, O PRIMEIRO SER HUMANO
1. O concílio da Divindade sobre a criação do homem.
2. DEUS cria Adão, o primeiro ser humano.
3. O homem torna-se alma vivente.
IV – A MISSÃO E A TAREFA DO HOMEM
1. Glorificar a DEUS.
2. Propagar a espécie.
3. Governar e administrar o planeta.
 
 
 
CAPA DA LIÇÃO
Sabe o porquê da imagem do cego Bartimeu estar na capa do 1° Trimestre de 2020?
É claro que a escolha dessa figura não foi à toa. Toda lição desde a capa até o fim é plenamente planejada pelos servos de DEUS, e louvados ao Senhor por isso!
O Ev. Caramuru Afonso trouxe uma bela explicação no Portal EBD no Youtube e vou relatar para vocês...
A história do cego Bartimeu está presente nos evangelhos sinóticos e é bem conhecida por aqueles que meditam na Santa Palavra.
Na única vez em que JESUS passava por Jericó eis a oportunidade de Bartimeu receber seu milagre.
O fato de ser cego representa a humanidade em pecado. 2Co 4.3,4 diz: Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século CEGOU os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de CRISTO, que é a imagem de DEUS.
Ele reconheceu JESUS como o Salvador/Messias quando clamava "JESUS, filho de Davi...", demonstrando que o homem é capaz de reconhecer a obra salvadora de CRISTO.
Recebeu o milagre, pois reconheceu que JESUS podia mudar sua situação. Da mesma forma o pecador que se arrepende recebe dEle o maior milagre: a redenção. Bartimeu tornou ao estado de sua 'origem', pois pôde ver... E o pecador arrependido também retorna para a comunhão, laço que não era para ser desfeito... Acontece a reconciliação(2Co5.18,19).
Por isso, nosso tema: A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção.
Aleluia! DEUS nos ajude a compreender os preciosos ensinos deste trimestre.
 disse-lhe JESUS: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam e os que veem sejam cegos. João 9:39
 
 
 
CRIAÇÃO DOS ANJOS - Antes de existir os céus e antes de existir o universo, DEUS já havia criado os anjos.
Sabemos ao certo que DEUS criou os anjos antes de criar o universo físico. O livro de Jó descreve os anjos adorando a DEUS durante a criação do mundo: "Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento.
Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de DEUS?" (Jó 38:4-7).

Se considerarmos a função dos anjos, podemos concluir que DEUS os criou bem antes da criação da humanidade, já que um dos seus deveres é ser "espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação" (Hebreus 1:14). Também sabemos que já existiam antes do jardim do Éden porque Satanás, que anteriormente era o anjo Lúcifer, já estava presente no jardim em seu estado caído. No entanto, uma vez que outra função dos anjos é adorar a DEUS ao redor de Seu trono (Apocalipse 5:11-14), eles podem ter existido milhões de anos - como contamos o tempo - antes de DEUS criar o mundo, adorando e servindo a Ele.
Então, embora a Bíblia não diga especificamente quando DEUS criou os anjos, com certeza foi antes do mundo ser criado. Quer tenha sido um dia ou bilhões de anos antes - novamente, como nós calculamos o tempo - não podemos ter certeza.
 
Tu só és Senhor , tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército(os céus antes dos anjos) , a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há; e tu os guardas em vida a todos, e o exército dos céus te adora.
Neemias 9:6 ARC Aqui - Exército do céu são as estrelas e não anjos como alguns entendem.
Exércitos - (Strong Português)  צבא tsaba’ ou (fem.) צבאה ts ̂eba’ah -  grego 4519 óáâáùè
1) o que vai adiante, exército, guerra, arte da guerra, tropa
referindo-se ao sol, lua e estrelas
 
Traduções melhores dizem -  6 Tu és o SENHOR e não há outro. Foste tu que fizeste o céu e o mais alto dos céus, com todas as estrelas; fizeste a terra e tudo o que nela existe, os mares e o que eles contêm. És tu que dás a vida a todas as coisas. Adoram-te as estrelas do céu.
6 Aí o povo de Israel fez esta oração: “Ó DEUS, só tu és o SENHOR! Tu fizeste os céus e as estrelas. Tu fizeste a terra, o mar e tudo o que há neles; tu conservas a todos com vida. Os seres celestiais ajoelham-se e te adoram. NTLH
 6 Só tu és Yahweh, o SENHOR! Criaste os céus e o universo, com todos os seus elementos, a terra e tudo quanto nela existe, os mares e tudo quanto neles há, e tu concedes o dom da vida a todos os seres, e os exércitos dos céus te adoram continuamente! KJA
 
Os céus criados por DEUS serão destruídos, então não são em nenhum deles, a morada de DEUS.
DEUS TEM SUA MORADA ACIMA DOS CÉUS. É lá que os anjos foram criados, pois a bíblia não fala em destruição desses anjos, mas dos céus criados por DEUS.
2Pe 3:7 Mas os céus e a terra que agora existem estão sendo guardados pela mesma ordem de DEUS a fim de serem destruídos pelo fogo. Estão sendo guardados para o Dia do Julgamento e da destruição dos que não querem saber de DEUS.
2Pe 3:12 Esperem a vinda do Dia de DEUS e façam o possível para que venha logo. Naquele dia os céus serão destruídos com fogo, e tudo o que há no Universo ficará derretido
Sinceramente, não acredito ser no terceiro Céu que DEUS fica, mas Satanás e seu trono creio que é no terceiro Céu. Parece existir no Terceiro Céu também lugar para revelações de DEUS aos homens.
Conheço um homem em CRISTO que, há catorze anos (se no corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; DEUS o sabe), foi arrebatado até ao terceiro céu. 2 Coríntios 12:2
 
2 Pe 3:5 Eles voluntariamente ignoram isto: que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste.
6 Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio.
7 Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.
8 Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o SENHOR é como mil anos, e mil anos como um dia.
9 O SENHOR não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânime para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
10 Mas o dia do SENHOR virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.
COM CERTEZA, OS CÉUS CRIADOS EM GÊNESIS 1 NÃO SE RFEREM A MORADA DE DEUS. DEUS NÃO COLOCARIA FOGO EM SUA PRÓPRIA CASA. CONCLUSÃO LÓGICA:
EXISTE UM CÉU DOS CÉUS ONDE DEUS MORA E ONDE CRIOU OS ANJOS. COM CERTEZA NÃO PERTENCE A ESSES CÉUS DOS QUAIS PEDRO FALA QUE SERÃO DESTRUÍDOS.
 
DEDUÇÃO - Antes de existir os céus e antes de existir o universo, DEUS já havia criado os anjos.
 
 
 
Resumo Geral de Antropologia Teológica Bíbica Pentecostal
Capítulo 5 - Teologia Sistemática Pentecostal, CPAD (Antonio Gilberto, Claudionor de Andrade, Elienai Cabral, Elinaldo Renovato de Lima)

Antropologia — a Doutrina do Homem - Elinaldo Renovato de Lima

Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, pois puseste a tua glória sobre os céus!... Quando vejo dos teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste.
As palavras acima foram pronunciadas pelo salmista Davi, extasiado com a grandeza da criação (SI 8.1,3-5). Da mesma forma, Jó, o patriarca, exclamou: “Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele o teu coração, e cada manhã o visites, e cada momento o proves?” (Jó 7.17,18).
Ainda que, no seu tempo, não dispusesse de modernos meios tecnológicos para contemplar as estrelas e o Universo, Davi se sentia deslumbrado ante a glória de DEUS, revelada através da sua criação. Ao ver os astros, incluindo o Sol, a Lua e as estrelas, ele, reconhecendo a pequenez do ser humano ante a majestosa visão dos horizontes do espaço sideral, fez a pergunta que muitos ainda hoje fazem: “Que é o homem mortal?”
Que é o homem? Que ser é esse? De onde ele veio? Para onde vai? Es­sas são algumas perguntas que inquietam aqueles que se debruçam sobre a realidade à sua volta. A essas perguntas e, principalmente, à primeira, há muitas respostas.
Os filósofos, em sua maioria absoluta, formada por materialistas, ateís- tas ou pretensos agnósticos, respondem que o homem é apenas um “animal que pensa” — ou fruto da evolução aleatória das espécies. Eles atribuem a existência do ser humano ao acaso, como se fosse descendente de um animal irracional. Este teria evoluído de um microorganismo umcelular que povoava as águas dos mares.
Pascal, a exemplo de Davi, mas com outra visão, indagou: “Que é o homem diante do infinito”?1 E ampliou a sua indagação:
Afinal que é o homem dentro da natureza? Nada, em relação ao infinito; tudo; em relação ao nada; um ponto intermediário entre o tudo e o nada. Infinitamente incapaz de compreender os extremos} tanto o fim das coisas quanto o seu princípio permanecem ocultos num segredo impenetrável, e éAhe igualmente impossível ver o nada de onde saiu e o infinito que o envolver
Platão (428 a.C.) afirmava que o homem é “um bípede sem penas”. Mas um outro filósofo, que gostava de criticá-lo, matou um galo, o depenou e saiu pelas ruas dizendo: “Eis o homem de Platão”. Francisco de Carvalho, em uma música, diz: “Que bicho é o homem, de onde ele veio para onde vai? De onde ele veio para onde vai? Onde é que entra, de onde é que sai?”
Muitos cientistas e filósofos têm a idéia de que o homem pertence ao reino animal, e isso tem levado inúmeras pessoas a se considerarem parte do mundo zoológico. Dizem os cientistas: “falando fisicamente, o homem é um animal especializado. Sua especialização se baseia em três direções principais: I. A postura ereta. 2. O polegar oposto. 3. O grande desenvolvimento da posição cerebral pré-frontal”.3
Descartes supervalorizava a consciência, admitindo que ela seria o âmago ou a essência do ser. Foi ele quem disse: “Penso. Logo, existo”. “Protágoras, de Abdera, dizia, segundo o testemunho de Platão, que ‘o homem é a medida de todas as coisas’. Em outras palavras: não existe verdade absoluta, mas tão-somente opiniões relativas ao homem...”4 Aqui vemos as raízes do humanismo, que, hoje, predomina na mentalidade pós-moderna. J. Huxley dizia que “o homem é um macaco um pouco melhorado, e às pressas”.
A ciência moderna é ainda mais presunçosa, arrogante e materialista acerca da origem e da natureza do homem. Com mais sofisticação do que os antigos filósofos, os cientistas de hoje são preconceituosos e fechados ao debate quanto à origem do homem, com total desrespeito à idéia de um ser criado à imagem e semelhança de DEUS.
Disse Horgan, numa visão reducionista sobre o que é o homem:
Não somos mais que um monte de neurônios. Mas, ao mesmo tempo, a neurociência até agora provou ser estranhamente insatisfatória. Explicar a mente em termos de neurônios não esclarece nem henefcia muito mais do que explicar a mente em termos de quarks e elétrons. Existem muitos reducionismos alternativos. Nada mais somos que um feixe de genes idiossincráticos. Nada mais somos que um conjunto de adaptações esculpido pela seleção natural. Nada mais somos do que um monte de apetrechos de computação dedicados a tarefas diferenciadas. Somos nada mais que um feixe de neuroses sexuais'
Essa é a visão do materialismo científico. Seus questionamentos e afirmações absurdas resumem as três perguntas filosóficas, que, ao longo dos séculos, inco­modam e desafiam a compreensão do homem diante da grandeza do Universo: “Quem sou eu?”, “De onde vim?’'’ e “Para onde vou?” Eles buscam responder à pergunta sobre o ser humano, sua origem, seu ser e seu destino.
Neste capítulo, desejamos responder aos questionamentos acerca do homem, sua origem e seu destino, à luz da Palavra de DEUS, introduzindo, para efeito de reflexão, opiniões externas à Bíblia, a fim de reforçarmos o entendimento dos que crêem em DEUS e em sua bendita Palavra, que não tem uma ou algumas respostas. Ela tem a resposta!
A antropologia humana exalta a teoria da evolução das espécies, por meio do acaso e da chamada “seleção natural”. A Antropologia Bíblica fundamenta-se na Palavra de DEUS, que afirma categoricamente: “No princípio, criou DEUS os céus e a terra... E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.1,26a). Esse é o ponto de partida, diante do qual o cristão, que crê na revelação divina, jamais tergiversará diante dos argumentos humanos, materialistas, contrários à fé em DEUS.
A ORIGEM DO HOMEM
O ser humano, criado à imagem, conforme a semelhança de DEUS, teve uma origem especial. Se analisarmos o primeiro capítulo do livro de Gênesis, o livro das origens, observamos que o Criador, ao fazer uso de sua divina inteligência e do seu poder absoluto, soberano, fez surgir o universo ex~nihik> — ou seja, a partir do nada.
A criação do Universo e da Terra. Em tempos de um passado longínquo, alguém chegou a acreditar que a Terra era um imenso plano, nas costas de um elefante, que, por sua vez, firmava-se nas costas de uma tartaruga gigantesca...
Os egípcios criam que o planeta era apoiado sobre cinco colunas. Eram vislumbres das grandes perguntas: “Como tudo começou?” e “O que é o Uni­verso?” Mas o Gênesis começa com a expressão: “No princípio, criou DEUS os céus e a terra” (Gn 11). Essa é a origem do Universo, incluindo o pequeníssimo planeta Terra.
Para que situemos o homem no plano divino da criação, vale a pena relembrar o que foi criado, em cada dia:
No dia primeiro, DEUS criou a luz cósmica, fez separação entre a luz e as trevas, e criou o dia, e a noite (Gn 1.1-5); Ele disse “Haja luz. E houve luz” (Gn 1.3); foi o sobrenatural fiat lux, que fez acender a primeira energia luminosa do Universo.
No segundo dia, DEUS fez “uma expansão no meio das águas” — pro­vavelmente águas em estado gasoso, acima e abaixo da expansão — e criou os céus (Gn 1.6-8).
No terceiro dia, Ele ajuntou “as águas debaixo dos céus num lugar” e fez aparecer “a porção seca”, chamando-a de Terra; e ao “ajuntamento das águas”, chamou mares; naquele mesmo dia da criação, o Senhor ordenou que a terra produzisse “erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto que esteja nela sobre a terra” (Gn 1.9-13).
No quarto dia, o Senhor criou os luminares para “sinais e para tempos determinados”; dois grandes luminares, o Sol, para iluminar o dia, e a Lua, para alumiar a noite; e fez também as estrelas (Gn 1.14-19).
No quinto dia, DEUS determinou que as águas produzissem répteis, e que as aves voassem no céu; fez também as grandes baleias, a partir das águas (Gn 1.20-23);
No sexto dia, o Criador determinou que a terra produzisse “alma viven- te conforme sua espécie; gado e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie” (Gn 1.24,25).
Até aqui, resumimos, segundo a Bíblia, a origem do Cosmos, ou do Universo, incluindo o pequenino planeta Terra, cuja criação foi a partir do nada, o que corrobora o texto de Hebreus 11.3: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de DEUS, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”.
De fato, quando olhamos para uma parede, pensamos que ela é perfeitamente sólida, impenetrável. No entanto, sob a lente de um poderoso microscópio eletrô­nico, poder-se-á constatar que ela está cheia de buracos, e mais: que as partículas não estão em repouso, estáticas, mas em pleno movimento — as moléculas, formadas de átomos, com seus elétrons e nêutrons, e partículas subatômicas, estão se movimentando como universos em dimensão micro.
Ao contrário do que dizem os cientistas materialistas, em sua presunção e vanglo­ria, o mundo e o homem não surgiram por acaso, como lemos em Atos 17.24-26:
O DEUS que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez toda a geração dos homens para habitar sohre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação.
Diz, ainda, a Palavra de DEUS, em Salmos 33.6-9:
Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua hoca. EU ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em tesouros. Tema toda a terra ao Senhor; temam-no todos os moradores do mundo.
Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.
Continuando nossa observação acerca do relato da criação, verificaremos que a criação do homem foi diferenciada da de todos os outros seres e elementos da natureza. Ele não foi feito a partir do nada, mas a partir das substâncias já existentes, como frisamos a seguir, e de um modo distinto da criação dos outros seres e das coisas.
A criação do homem. Ainda no dia sexto da criação DEUS disse:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sohre todo réptil que se move sohre a terra. E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho efêmea os criou. E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutifcai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra
(Gn 1.26-28).
Enquanto os outros seres foram criados sob o impacto do fiat (“faça-se”) de DEUS, o homem teve criação de modo bem diferente. DEUS — hb. Elohim, expressão plural de El— concretizou o seu projeto para criar um ser especial, de forma especial, nos atos da criação. Assim, Ele, em conjunto com os outros componentes de sua Unidade, que se consubstanciam na Trindade (Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO), de modo solene e majestático, disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (v.24).
A criação do homem foi o coroamento da criação de DEUS:
Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados. E, havendo DEUS acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou DEUS o dia sétimo e c santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que DEUS criara e fizera
(Gn 2.1-3). '
DEUS, então, “descansou”, isto é, terminou a sua obra, a criação de todas as coisas.
Imagem e semelhança de DEUS
“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.24b). O verbo “fazer”, na primeira pessoa do imperativo, no plural, denota que o Criador não estava sozinho, na criação do homem. A compreensão humana não alcança a grandeza daquele momento único e singular, totalmente distinto de todo processo criador dos demais seres.
Apesar disso, pode-se entender que, num ponto do planeta, no Oriente, no sítio do jardim do Eden ou do Paraíso, o DEUS Pai, o DEUS Filho e DEUS ESPÍRITO SANTO se reuniram solenemente para fazer surgir o novo ser que haveria de revolucionar toda a criação. Por um momento, de modo positivo; por muitos séculos, de modo negativo. Mas, de qualquer forma, ali estava a reunião solene da Trindade para criar o homem à imagem e semelhança de DEUS!
Em Gn 1.26-30, encontramos o homem feito à imagem de DEUS; l) um ser espiritual apto para a imortalidade, v.26b; 2) um ser moral que tem a semelhança de DEUS, v.27; 3) um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo, vv.26c,28-30 6
Acima vemos a interpretação do que é ser imagem e semelhança de DEUS encontrada no Comentário Beacon, publicado no Brasil pela CPAD.
O homem foi feito para ser dominador da natureza. E não poderia ser de modo diferente. DEUS fez o ser humano à sua imagem, conforme a sua seme­lhança, para ser governante dessa “pequena parte do Universo”; para dominar sobre as criaturas viventes, criadas antes dele. O salmista Davi disse que DEUS fez o homem pouco menor que os anjos e lhe deu, no início, domínio sobre toda a criação (SI 8.5-8).
Esse era o plano original de DEUS para com o ser humano: ser representante de DEUS, com autoridade sobre toda a criação. Como veremos adiante, esse plano foi prejudicado pela Queda, transtornando todo o Universo.
O homem à imagem de DEUS. Diante da grandeza e da nobreza originais confe­ridas ao ser humano, o que viria a significar o homem à imagem de DEUS? As respostas a essa questão não são completas. Há quem diga que a imagem de DEUS no homem seria física. Ou que essa imagem seria a postura reta, ou vertical, do esqueleto humano.
Não se deve sequer ocupar espaço e tempo com esse argumento, pois DEUS, sendo espírito (Jo 4.23), não projetaria imagem física no homem. As questões sobre a imagem de DEUS no homem têm suscitado muitas discussões, desde que os teólogos começaram a se debruçar sobre o estudo acerca da criação e, em especial, do ser humano.
Os chamados pais da igreja entendiam que a imagem de DEUS no homem seria o conjunto de características morais e espirituais que o levam a ser santo. Mas houve quem entendesse que tais características também seriam corporais. Irineu e Tertuliano faziam distinção entre imagem e semelhança, considerando a primeira como os aspectos corporais, e a segunda como as características espirituais.
Orígenes e Clemente de Alexandria discordavam dessa afirmação; antes, di­ziam que a imagem se referia às características próprias do ser humano, enquanto a semelhança dizia respeito às qualidades provindas de DEUS — não inerentes ao ser humano. Já Pelágto via na imagem somente a capacidade de raciocínio que o homem desenvolvia, podendo valer-se do livre-arbítrio.
Já os escolásticos8 concordaram em muitos aspectos com os pais da igreja, mas ampliaram o conceito de imagem de DEUS, incluindo a idéia de intelecto, razão, liberdade; a semelhança seria o sentimento de justiça provinda do Cria­dor. A imagem de DEUS seria algo concedido ao homem de modo natural, e a semelhança, uma espécie de dom sobrenatural, que controlaria a natureza inferior do homem.9
Os reformadores, em geral, não faziam distinção entre a imagem e a seme­lhança de DEUS no homem; eles entendiam que a justiça original faria parte da imago Deu na condição original do ser humano.
A imagem conforme a semelhança de DEUS. A discussão teológica sobre o significado da imagem de DEUS, ou a imago Dei, não tem um consenso efetivo. Há divergências entre os teólogos. De início, no Gênesis, DEUS disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (1.26); no versículo seguinte, lemos: “E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou.
Notemos que o texto bíblico de Gênesis 1.27 não repete a expressão “ima­gem, conforme a nossa semelhança”. Parece-nos razoável entender que o ponto central, ou a idéia-chave, do relato bíblico é o registro de que o homem (o ser humano) foi feito “à imagem de DEUS” (v.26). A passagem deixa claro que tanto o homem como a mulher foram criados à “imagem de DEUS”. Com essa expressão, entendemos que o Gênesis demonstra qual é a natureza original do homem — ele foi criado à imagem de DEUS.
A semelhança tem caráter explicativo, indicando a conformidade pela qual aquela imagem de DEUS foi impressa no ser criado. Ou expressa o modo ou o modelo daquela imagem. Não há necessidade, pois, de se estudar as duas palavras “imagem” e “semelhança”, separadamente, buscando significados complexos para cada uma delas.
Berkhof afirmou:
As palavras “imagem” e “semelhança”são empregadas como sinônimos e uma pela outra, e, portanto, não se réjerem a duas coisas diferentes.
Essa idéia corrobora o nosso entendimento, acentuando que, em Gêne­sis I.16, são empregadas as duas palavras, mas, no versículo 27, somente a primeira delas.10
Chafer também reforça esse entendimento, referindo-se às palavras “imagem” e “semelhança” da seguinte maneira:
Em Gênesis 1.26,2 7, amhas as palavras, “imagem” e “semelhança”, aparecem, mas a palavra “imagem” ocorre três vezes enquanto o termo “semelhança” ocorre apenas uma vez.11
Em Gênesis 5, vemos a palavra “semelhança” incluída na genealogia de Adão: “Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que DEUS criou o homem, à se­melhança de DEUS o fez” (v.I). Certamente, o termo “semelhança”, aqui, se refere à imagem de DEUS, que é semelhante ao Criador, conforme já explicitado.
O homem é distinto e superior aos animais. A diferença entre o homem e os animais é tão grande, em termos qualitativos, a ponto de não haver margem para especulações quanto à origem dos humanos e dos irracionais. O Projeto do Genoma Humano (PGH), iniciado em 1990, constatou, em 2003, que há no corpo humano em tomo de quarenta mil genes, concluindo o seqüenciamento de três bilhões de bases que constituem o DNA da espécie humana, com 99,9% de precisão.
O que intriga os cientistas e os leva a sonhar com a descoberta do “elo per­dido” entre o símio e o homem é o fato de o Projeto Genoma ter concluído que a diferença entre o DNA do homem e do chimpanzé é apenas de 5%. Ou seja, em termos meramente numéricos, o homem e o macaco têm semelhanças quase totais. Entretanto, em termos qualitativos, inclumdo-se o raciocínio lógico, a capacidade da fala e habilidades gerais, o homem se distancia do macaco tanto quanto os corpos celestes que estão a anos-luz do nosso planeta.
Com apenas 5% de diferença entre o código genético do homem e o do macaco, como pode haver tão grande diferença de conhecimento e de habili­dades? Será que se pode esperar que um macaco, um dia, vá compor uma frase, uma página ou escrever um livro? Não há dúvida de que não. A idéia central, na Bíblia, é de que o homem foi feito à imagem de DEUS. E jamais poderia ser visto como semelhante aos animais. Como vimos, a diferença qualitativa entre o homem e o animal ultrapassa qualquer visão materialista da natureza do ser humano.
Semelhança natural com DEUS. Langston afirma que o homem tem “semelhança natural” com DEUS:
O homem é uma pessoa como DEUS é uma Pessoa, e a semelhança entre um e outro acha-se no espírito, naquilo que o homem é na sua natureza pessoal. Assim sendo, a “.semelhança natural”entre DEUS o homem perdura sempre, porque o homem não poderá jamais deixar de ser uma pessoa como DEUS o é.u
Não devemos confundir imagem natural com imagem física, pois DEUS é espírito e não tem partes físicas, a exemplo do homem.
Strong também afirma que o homem tem “Semelhança natural com DEUS, ou pessoalidade”. E acentua:
O homem foi criado um ser pessoal e é esta pessoalidade que o distingue do irracional. Pessoalidade é o duplo poder de conhecer a si mesmo relacionado com o mundo e com DEUS e determinar o eu com vista aos fns morais. Em virtude dessa pessoalidade o homem pôde, na criação, escolher qual dos objetos de seu conhecimento — o eu, o mundo, ou DEUS — deve ser a norma e o centro de seu desenvolvimento. Essa semelhança natural com DEUS ê inalienável e, constituindo uma capacidade para a Redenção, valoriza a vida até mesmo dos não regenerados ÇGn 9.6; l Co 11.7; Tg 3.9).13
O homem, um ser pessoal, à semelhança de DEUS, tem inteligência, vontade e emoções. Tal condição lhe distingue dos animais. Enquanto estes apenas agem por instinto, conforme o que DEUS programou para eles, aquele tem autoconhe-
cimento e autodeterminação. O homem imagina, projeta, cria, inventa e produz coisas. O animal apenas repete o que lhe instiga a natureza.
No hebraico e no grego, as palavras para identificar “a imagem” não contri­buem muito para o entendimento do termo em análise. Por isso, as discussões teológicas e filosóficas continuam a deixar muitas lacunas quanto à sua interpre­tação. No grego do Novo Testamento, a palavra “imagem” é eikon e pode se referir a uma imagem de escultura. Tem o sentido de representação ou de manifestação. Mas também pode se referir a CRISTO, “o qual é imagem do DEUS invisível” (Cl
, ou “o eikon de DEUS”, que não é só uma representação, como o é uma estátua, ou um ídolo; é primeiramente a igualdade na essência de DEUS.
Assim, surge a questão: o homem, feito à imagem de DEUS, é apenas uma representação do Criador, ou tinha algo divino nele, ou participava da real es­sência de DEUS? A palavra hebraica para “imagem” é tselem; e, para “semelhança”, demut. Elas se referem a algo similar ou idêntico ao que representam, ou àquilo de que são à “imagem”.
Podemos dizer que o homem era, no seu estado original, no ato da criação, uma imagem ou representação de DEUS, tendo características de DEUS em sua pessoa, tais como pessoalidade, amor, justiça, santidade, retidão, perfeição moral; tudo isso à semelhança de DEUS. Mas o homem não poderia ser igual a DEUS. Só JESUS é “o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa” (Hb 1.3); “o qual é imagem do DEUS invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15).
Semelhança moral com DEUS. A interpretação do que vem a ser a “semelhança” de DEUS no homem tem muitas variantes. Há quem entenda que essa “semelhança” é apenas moral e espiritual. Outros entendem que é mais ampla, incluindo a essência da divindade do Criador. Na Bíblia de Estudo Pentecostal14, lemos que “Eles tinham semelhança moral com DEUS, pois não tinham pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o que era certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com DEUS, que abrangia obediência moral e plena comunhão”.
Na Bíblia de Estudo Pentecostal também está escrito que “Adão e Eva tmham semelhança natural com DEUS. Foram criados como seres pessoais, tendo espírito, mente, emoções, autoconsciência e livre-arbítrio”.13 Na visão acima, a semelhança do homem com DEUS é moral, incluindo características especiais, concedidas por DEUS, tais como ausência de pecado, santidade, sabedoria, amor e poder para agir de modo certo. E, ao mesmo tempo, tinham semelhança natural, por terem sido criados como seres pessoais, dotados de características próprias da pessoalidade.
Langston disse:
O homem foi criado bom. Todas as suas tendências eram boas. Tosos os sentimentos do seu coração inclinavam-se para DEUS, e nisto consistia a sua semelhança moral com o Criador. As Escrituras ensinam mui claramente que o homem foi criado natural e moralmente semelhante a DEUS, e ensinam também que ele perdeu esta semelhança moral quando caiu pelo pecado.16
Este é um ponto importante: o homem, quando deu lugar ao Diabo e desobedeceu a DEUS, pecou; e, assim, perdeu aquela semelhança moral com o Criador. Ficaram, na verdade, os traços daquela semelhança, distorcida, prejudicada, no ser humano. Esses traços são os sensos de justiça e de ética, e da busca por um Ser supremo, no âmago de sua consciência.
I) Há uma lei interior dentro do ser humano. Na consciência do homem vemos que ele tem um referencial, um juízo de valor que aponta o que é certo e o que errado. Isso se chama faculdade moral, que aprova ou desaprova os atos praticados ou imaginados. Isso é um traço da semelhança moral com DEUS, que alertou ao homem para que não pecasse, desobedecendo e se apropriando do fruto da árvore interditada.
Paulo fala dessa faculdade moral que há dentro de cada um quando ensina que o homem tem uma lei interior que aprova ou desaprova os seus atos. Podemos chamá-la de lei da consciência.
Assim disse o apóstolo Paulo:
Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para st mesmos são lei, os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os Rm 2.14,15).
Os animais não têm essa lei interior, que serve de referencial moral, pois sua natureza não comporta essa faculdade.
2; Há um padrão moral universal para o homem. Como ser moral, em sua semelhança com DEUS, o homem, falível, não pode se guiar apenas por sua consciência, ou seu coração, numa linguagem metafórica. Disse o profeta Jeremias: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações” /Jr 17.9,10\
O coração, nesse caso, não corresponde ao músculo cardíaco, e sim à consci­ência, ou à mente humana. Por causa do pecado original, todo o ser do homem ficou imperfeito, e seu coração, sua mente (ou sua consciência), tornaram-se enganosos e perversos. Por isso, o homem precisa de um padrão sublime para servir de referencial para suas ações.
Esse padrão não é — nem poderia ser — outro, senão a Palavra de DEUS. Disse o salmista: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (Sm 119.105). JESUS também afirmou: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48; cf. Jo 17.23). Esse é, pois, o padrão para o ser humano, ainda que essa perfeição, requerida por CRISTO, não possa ser absoluta, e sim relativa, visto que a natureza, atingida pelo pecado, não pode alcançar o grau de perfeição nesta esfera da existência.
Só na eternidade, após a ressurreição dos salvos, ou ao Arrebatamento dos que permanecerem fiéis a DEUS, nesta vida, é que haverá o estado de perfeição plena, quando os santos chegarão à estatura de varão perfeito (cf. Ef 4.13).
O homem foi feito adulto — e perfeito.
Leite Filho, analisando o homem, ressalta:
Um fato relacionado à criação do homem que se faz notório e que passamos a considerar ê que o homem foi criado adulto. A cada passo das Escrituras percebe-se uma evidente maturidade dos seres que foram criados, assim também o homem.
Com isto queremos indicar que DEUS não criou nenhum óvulo ou embrião, e sim o homem já adulto.1
Certo ensmador afirmou que Adão foi feito menmo e cresceu no meio do jardim entre os animais. E um aluno lhe perguntou: “Quem deu de mamar à criança?”, sentindo-se constrangido com a explicação sem fundamento bíblico do tal “mestre”.
Para ter a capacidade reprodutiva, o homem foi feito com todas as suas po­tencialidades físicas e emocionais. Adão e Eva foram apresentados um ao outro, como marido e mulher, formando um casal, visando a unir-se numa “só carne” (Gn 2.24), para gerarem filhos e perpetuarem a continuidade da raça humana.
Quanto à perfeição do homem criado, referimo-nos à sua imagem e semelhança com o Criador, o que lhe conferia, na condição original, uma verdadeira perfeição em relação a seus descendentes, após a Queda. Tal perfeição do ser criado põe por terra os pressupostos da teoria da evolução, de Charles Darwin.
O homem não evoluiu a partir de organismos inferiores e chegou ao estágio superior. Ao contrário, ele começou num estágio altamente superior, mas, por causa do pecado, perdeu a sua condição privilegiada de um ser especial. Em lugar de evoluir, o homem passou por um processo de involução, espiritual, emocional e fisicamente, depois da Queda.
Uma síntese das idéias. Em resumo, a imagem de DEUS, no homem, refere-se à imagem espiritual e moral, conforme a semelhança de DEUS; e também à imagem natural, pelo fato de o homem ser uma pessoa, à semelhança de DEUS, que também é Pessoa. Quanto ao corpo, foi feito por DEUS para abrigar a parte espiritual do homem, formada por espírito e alma (cf. I Ts 5.23; Hb 4.12).
Essa imagem de DEUS foi corrompida pelo pecado. Mas, quando o homem se volta para o Criador e aceita a salvação, através de JESUS CRISTO, torna-se “a imagem e glória de DEUS” (I Co 11.7). Nascido de novo, o salvo é revestido “do novo homem, que, segundo DEUS, é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).
O homem, nascido de novo, em CRISTO, é “nova criatura” (2 Co 5.17) e se toma participante “da natureza divina” (2 Pe 1.4). Tal participação, no presente, é parcial, pois o homem está sujeito a fraquezas e ao pecado; mas, na glorificação, será restaurada a “semelhança” da “imagem de DEUS”, pois “agora somos filhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (I Jo 3.2).
Um dia, o homem será restaurado em sua perfeição original. Disse Paulo: “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO” (Ef 4.13). Na glorificação dos salvos, a expressão “à imagem e conforme a semelhança de DEUS” será plenamente en­tendida, pois o ser humano, totalmente restaurado, elevar-se-á a um nível superior.
Macho e fêmea os criou
Essa distinção entre o homem e a mulher é de fundamental importância. Daí ter sido mencionada no texto que narra a criação do ser humano. E também a base para a reprovação de DEUS ao homossexualismo, pois, se Ele quisesse que o homem ou a mulher mantivessem relações homossexuais, teria, decerto, feito
de modo simultâneo — um casal de homens e outro de mulheres.
Desde o princípio, DEUS os fez “macho e fêmea” (Gn 1.27b). Afinal, a ordem para crescer e multiplicar-se sobre a Terra jamais poderia ter sido dada a dois seres de igual sexo!
Hoje, nos tempos pós-modernos, o homossexualismo vem sendo tolerado, aceito e até exaltado pela sociedade sem DEUS. Isso é uma afronta escarnecedora ao Criador e seu plano para a procriação da espécie humana. Trata-se de um desres­peito ao relacionamento conjugal entre homem e mulher, que se complementam,
em sua estrutura física, anatômica e emocional, visando, tanto à procnação em si, quanto ao legítimo prazer no âmbito do matrimônio.
No livro de Gênesis está a base da condenação ao homossexualismo, o que é mais explicito em outros textos das Escrituras, como em Levítico 18.22; 20.13; Deuteronômio 23.17. O princípio de DEUS para união sexual entre homem e mu­lher, no âmbito do matrimônio, é o da heterossexualidade, fundada no amor e no afeto mútuos, visando à formação do lar, através do matrimônio (Hb. 13.4).
Abençoados para frutificar e encher a Terra. “E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.27). O plano de DEUS para o homem incluiu sua frutificação e multiplicação da espécie por toda a Terra. Ele dotou o ser humano da capacidade reprodutiva, através da união sexual entre o homem e a mulher. E somente através dessa união, por meio do matrimônio, o homem cumpre o desígnio do Criador quanto à multiplicação dos seres humanos no planeta. Fora do casamento, pode haver nascimento de pessoas, mas também fora do plano divino.
Algumas seitas chegam a afirmar que, sem o pecado de Adão, seria impossível a multiplicação da espécie. Trata-se de uma exegese errônea, baseada em uma hermenêutica falsa, pois, mesmo antes da Queda, que só é registrada em Gênesis 3, já havia a ordem de DEUS para que o homem procriasse.
O homem foi feito para ser dominador da natureza. “E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse:... enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1.27,28).
No Comentário Beacon, publicado pela CPAD, lemos:
Uma das marcas da “imagem” de DEUS foi Ele ter dado ao homem o “status” e o poder para agir como governante. A aptidão para governar implica em capacidade intelectual adequada para argumentar; organizar; planejar e avaliar. A aptidão para governar implica em capacidade emocional adequada para desejar o mais alto bem-estar dos súditos, apreciar e honrar o que é bom, verdadeiro e bonito, repugnar e repudiar o que é cruel, falso efeio, ter profunda preocupação pelo bem-estar de toda a natureza e amar a DEUS que o criou. A aptidão para governar implica em capacidade volitiva adequada para escolher efazer a toda hora o que é certo, obedecer ao mandamento de DEUS indiscutivelmente e sem demora, entregar alegremente todos os poderes a DEUS em adoração jovial e participar em uma comunhão saudável com a natureza e DEUS.IS
Sem dúvida, essa concepção ideal de governo, conferida ao homem, refere-se ao potencial que ele possuía, na condição original, antes da Queda. Na condição original, ele tinha totais condições para dominar a Terra e os seres irracionais. Certamente, tal poder lhe conferia autoridade para controlar o meio ambiente, sem destruí-lo, bem como para cuidar dos animais e se relacionar com eles sem medo ou pavor.
Hoje, como conseqüência da perda da autoridade original, as pessoas em geral têm medo de serpentes, de msetos, de feras e de outros seres.
A terra improdutiva. O homem necessitaria de um ambiente propício, agradá­vel e frutífero para a sua sobrevivência na Terra. Em Gênesis 2, vemos o relato acerca da criação das condições ecológicas e dos ecossistemas apropriados para a existência da vida humana e animal. Ao que tudo indica, a seqüência de eventos, constantes do capítulo I, deixou as condições em potencial para o aparecimento de todo o tipo de vegetação. Porém, ainda faltavam alguns elementos climáticos para que houvesse germinação, crescimento e frutificação vegetal.
Em Gênesis 2.5,6, está escrito: “Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o Senhor DEUS não tmha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra e regava toda a face da terra”.
A FORMAÇÃO DO HOMEM
“E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7). Aqui não há, em relação ao homem, propriamente, uma seqüência de fatos, mas uma explicação quanto à forma pela qual ele (Adão) foi criado e o método utilizado por DEUS para a sua constituição espiritual e física.
Em lugar de apenas dizer: “Faça-se”, “produza”, o Senhor disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26). No capítulo 2, é demonstrada a maneira pela qual Ele formou o ser masculino. DEUS não fez um boneco de barro, ou de argila, como alguém, de modo infantil, acredita e até prega. Ele fez o homem “do pó da terra”, ou seja, das substâncias ou dos elementos químicos que existem no barro ou no pó da terra.
Do pó da terra. Os elementos químicos ou substâncias encontradas no corpo humano são todas encontradas no barro ou na argila. Dos 106 elementos quími­cos existentes na natureza e conhecidos pelos cientistas, 26 são encontrados no corpo humano.19 Assim, por um processo sobrenatural, DEUS extraiu do barro os elementos químicos que formam o corpo humano, os combinou de forma especial e formou o homem do pó da terra.
Jó, numa percepção de valor científico concedida por DEUS, assim se expres­sou: “Peço-te que te lembres de que, como barro, me formaste, e de que ao pó me farás tornar” (Jó 10.9). Ele sabia que o homem foi formado “como barro”, e não “de barro”.
DEUS disse ao homem, após a Queda: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3.19). O homem é “pó”, ou seja, formado de substân­cias que estão no pó da terra; e ao pó reverterá, quando o elemento espiritual (espírito+alma) dele se afastar, no processo da morte física.
A verdadeira ciência, desprovida de preconceito e soberba, confirma o relato bíblico da formação do ser masculino a partir das substâncias que existem no pó da terra. Em 1985, uma pesquisadora da NASA e professora da Universidade de San José, na Califórnia, apresentou resultados de pes­quisa científica, demonstrando que a vida humana começou em estratos de argila: o caulim, que contém todos os elementos químicos necessários ao surgimento da vida.
Como a cientista acima não se trata de uma pessoa confessamente cristã, ou defensora do criacionismo, ela chegou a afirmar que suas declarações não tinham caráter religioso. No entanto, concluiu que essa seria a melhor hipótese para a origem da vida humana.20
A revista Veja, de 10 de abril de 1985, registrou a referida pesquisa da NASA e acentuou:
Sua descobertafustíga a teoria de que a vida surgiu do mar, hipótese mais aceita entre os cientistas e admitida até mesmo por Charles Darwín, pai da biologia moderna. (...) “Se tivesse que apostar numa resposta, ficaria com a teoria da argila”, escreveu Carl Sagan, americano, autor do best-seller “Cosmos”.
(...) “A argila pode ser comparada a uma fábrica de vida”, acrescentou em Clasgow, na Escócia, o bioquímico Graham Cairns-Smith. (...) Coyne e seus colegas foram mais longe.
Eles analisaram as propriedades microscópicas da argila e notaram que 05 cristais de que éfeito o material exibem atributos essenciais ágeração de estruturas vivas... cientistas que adotam uma e outra teoria admitem que a vida surgiu a partir do ajuntamento de “tijolos” químicos, substâncias conhecidas como aminoácidos. As divergências começam quando se trata de explicar como os “tijolos” se juntaram em formas cada vez mais complexas até chegar ao DNA, a molécula pesada e orgânica, esta sim capaz de se reproduzir e dar origem a um processo vital.21
E aí que a Bíblia tem a resposta à pergunta: Como os “tijolos” de amino­ácidos poderiam se juntar ao acaso e criar formas complexas de vida? Diz a
Palavra de DEUS: “No princípio criou DEUS os céus e a terra... E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; (...) E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.1, 26, 27).
O fôlego da vida. Uma vez formado “do pó da terra”, o homem feito de subs­tâncias materiais não tinha vida. DisseTiago: “o corpo sem o espírito está morto” (Tg 2.26). Assim, DEUS “soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (v.27). Aqui vemos uma distinção fundamental entre o homem e o animal. Quanto a este, DEUS apenas disse: “Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie” (Gn 1.24).
Em relação ao homem, o Senhor disse “Façamos” e deu-lhe o sopro ou o fôlego da vida. Ele foi feito “alma vivente”, expressão que se aplica, tanto ao homem quanto aos animais, esclarecendo-se, no entanto, que aos animais DEUS concedeu vida, mas não o fôlego da vida, concedido exclusivamente ao ser humano. Chafer afirmou: “Aquele sopro de DEUS foi a outorga do espírito, que estava tão longe das outras formas de vida que estão no mundo da mesma forma em que DEUS está distante de sua criação”.22
O Jardim do Eden. Foi o primeiro habitat do homem.
A palavra “jardim” é a tradução da palavra hebraica “gan”, que designa lugar fechado. A Septuaginta traduz o hebraico por “paraíso”, “paradeison”, termo persa que significa um parque. Eden não é traduzido, mas transliterado para o nosso idioma. Basicamente, significa “prazer ou delícia”.2’
Os críticos da Bíblia vêem no relato do Gênesis apenas uma alegoria ou relato mítico. Porém, a Palavra de DEUS se impõe como verdade, como martelo divino, quebrando as bigornas da incredulidade. Diz o Livro Sagrado: “E plantou o Senhor DEUS um jardim no Eden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado. E o Senhor DEUS fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Gn 2.8,9).
Lima afirmou:
O primeiro lar foi feito por DEUS. Era maravilhoso. Nele, antes da Queda, havia amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e comunhão com DEUS. O ambiente era agradável. Podemos imaginar o dia-a-dia do primeiro casal. O trabalho era suave, resumindo-se na colheita dos frutos e alimentos
outros, necessários à manutenção do metabolismo mínimo do corpo, pois não havia desgaste físico como se conhece hojer'1
A FORMAÇÃO DA MULHER
Em Gênesis 2 encontramos a explicitação sobre a formação do homem e da mulher. Como vimos, “formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7). Assim, o homem foi formado no sexto dia, a partir das substâncias existentes no pó da terra. Quanto à mulher, a sua formação se deu de modo diferente.
O Criador já concluíra, em sua sabedoria, que não seria bom para Adão viver na solidão, mesmo estando no Paraíso. Por isso, declarou: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18). Diz a Palavra do Senhor: “Então, o Senhor DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.E da costela que o Senhor DEUS tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão” (Gn 2.21,22).
Vemos que a mulher foi formada a partir de uma das costelas do corpo do homem, extraída por DEUS. Ao contemplar a nova habitante do Eden, Adão exclamou, em êxtase: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gn 2.23). Poder-se-ia dizer que o Senhor fez a primeira “clonagem” da história do homem, pois, com as células adultas da costela do homem, ele fez um outro ser.
No entanto, foi mais que uma clonagem. Neste processo científico, o ser “co­piado” tem idênticas características do doador das células a serem transplantadas para o tal processo. O que DEUS operou foi a criação de um novo ser, semelhante ao primeiro, mas distinto, em sua estrutura emocional e física!
Os céticos ironizam o relato da criação do homem, considerando-o uma fantasia, um mito ou uma história antiga sem conexão com a realidade. Porém, a Bíblia é a infalível Palavra de DEUS e não contém invencionices humanas. O que ela diz é a verdade. Disse JESUS: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
A vida no Eden. DEUS não pôs o homem no Jardim para ficar ocioso, para con­templar as belezas edênicas. O homem foi colocado ali para lavrar e guardar (Gn
. E interessante notar que o trabalho, a atividade da mente e do corpo, desde o princípio, foi dignificado por DEUS. Havia trabalho, mas, em compensação, não havia doenças nem dor, tampouco morte. O pranto e a dor eram desconhecidos. A tristeza não existia. Tudo era belo, agradável e bom.
O casal, constituído nos primeiros habitantes humanos do planeta, se deliciava nas noites calmas e amenas do Paraíso. Não havia temor ou pavor da escuridão. O medo era desconhecido. O cenário noturno era tranqüilizador. A brisa suave soprava no arvoredo, levando ao casal os odores perfumados das plantas silvestres. O firmamento, ao longe, pontilhado de estrelas brilhantes, nas noites, oferecia um espetáculo de rara beleza.
Nas noites de lua, diminuindo o brilho estelar, fazia-se extraordinariamente belo o ambiente paradisíaco. Sem dúvida, com maior intensidade, brilhava o astro noturno. As manhãs e tardes eram agradáveis. Uma temperatura média, adequada ao bem-estar dos habitantes edênicos, era sentida em todo o planeta. A luz solar empolgava-os. Em cada canto se percebia a beleza da criação nos seus mínimos detalhes. O homem sentia-se muito feliz. O ar era puro na mais alta expressão. Os animais, as aves, todos os seres da natureza, nenhum mal causavam ao homem; conviviam na mais perfeita harmonia.
O mais importante, no entanto, acontecia em todas as tardes: “... DEUS, que passeava no Jardim pela viração do dia...” (Gn 3.8a). O Criador, certamente, em todas as tardes, visitava o Éden, buscando passar bons momentos em agradável diálogo e conversa com o casal, e este sentia, assim, muita comunhão com aquEle. A presença do Criador enchia o primeiro lar de muita paz e de alegria indizível.23
A Queda da humanidade
Muitas pessoas têm idéias falsas sobre o trágico acontecimento que envolveu o homem, no Paraíso. Há quem afirme que jamais houve tal fato, querendo insinuar que a narrativa bíblica sobre a Queda não passa de uma lenda. Lamentavelmente, entre esses incrédulos estão incluídos muitos que se dizem religiosos.
A Bíblia, a Palavra de DEUS, a verdade (Jo 17.17), nos afirma que a harmonia do Paraíso foi transtornada quando o Diabo, um antigo querubim que se rebelou contra DEUS, foi lançado à Terra. Certamente, por vingança, resolveu atacar a obra- prima da mão de DEUS — o homem.
Sabemos que a causa eficiente para a Queda, no entanto, surgiu de uma atitu­de errônea do casal. A mulher, Eva, ao invés de honrar o acordo firmado com a voz de DEUS, resolveu, usando o seu livre-arbítrio, dar ouvidos à voz do Inimigo, pecando contra o Senhor.
Idéias erradas quanto à Queda. Há algumas concepções errôneas quanto à tragédia em apreço:
Há quem afirme que o pecado do primeiro casal foi ter praticado a união sexual. Podemos afirmar, pela Bíblia, que essa afirmação não tem fundamento nas Escrituras. Para tanto, basta observar que, em Gênesis 2, DEUS já planejara a existência do pai e da mãe, antes da Queda, o que só tem sentido quando se tem a idéia da geração de filhos (Gn 2.24).
O casal foi exortado por DEUS a se multiplicar e a encher a Terra (Gn 1.28). Essa multiplicação, evidentemente, só poderia concretizar-se através da união sexual, mostrando o Senhor que o homem e a mulher seriam unidos em “uma só carne” (Gn 2.24). Desse modo, vemos, sem maior necessidade de argumentação, que o ato sexual nada teve a ver com a Queda. Tal ato, pelo contrario, constitui-se numa das maiores expressões do amor de DEUS — quando realizado de acordo com a sua vontade: entre mando e mulher, unidos pelos laços do matrimônio.
Outra expressão errônea é: “A maçã proibida”. Isso apenas comprova a ig­norância dos críticos gratuitos da Bíblia. Na Mesopotâmia, região onde se situava o Eden, entre os rios Tigre e Eufrates, sequer existem condições climatológicas para a produção de maçãs! A Bíblia nos informa o tipo de fruto produzido pala árvore da ciência do bem e do mal, que era, na realidade, uma árvore concreta, no meio de milhares que existiam no Jardim (Gn 3.3). Não temos dúvida de que esses elementos sejam reais — árvore e fruto —, mesmo que desconheçamos suas natureza e constituição.
A invencionice da “maçã proibida” é apenas uma dentre muitas demons­trações descabidas dos que querem diminuir o valor da Palavra de DEUS. São aqueles que, em sua arrogância, se consideram doutores, mas sequer dão-se ao trabalho de examinar aquilo que combatem. Apesar dessas agressões in­fundadas e graciosas contra o Livro Sagrado, cumpre-se o que foi dito pelo profeta Isaías: “Seca-se a erva, caem as flores, mas a Palavra de DEUS subsiste eternamente” (Is 40.8).
A verdade sobre a Queda. De acordo com a Bíblia, DEUS pôs o homem no Èden para lavrá-lo e guarda-lo (Gn 2.25). Essa não era a única finalidade, pois sabemos que a presença do homem na Terra tem o sentido de adoração e glorificação ao Criador. O Senhor ordenou ao homem que ele poderia comer de toda a árvore do Jardim, com exceção de uma, a árvore da ciência do bem e do mal, que era, na verdade, um meio de prova, posto por Ele para que Adão e Eva exercessem a sua liberdade de modo consciente.
Em sua bondade, DEUS deu o direito e a liberdade de o homem apropriar-se de todos os frutos do Jardim, exceto dos produzidos pela árvore proibida. Mas o homem desprezou a bênção de DEUS em cada árvore, em cada fruto, em cada folha — milhares de bênçãos —, e resolveu dar ouvidos à do Diabo. Este enga­nou a mulher, dando-lhe a entender que poderia desobedecer a DEUS sem sofrer as conseqüências do pecado.
Sabemos que Eva foi enganada por sua própria concupiscência (Tg 1.14b). Satanás fez do amargo, doce; e do doce, amargo (cf. Is 5.20). E a mulher com­partilhou o pecado com seu marido, e ambos caíram, perdendo a imagem e a semelhança originais do Criador.
Antes da Queda, o homem possuía uma estrutura físico-espintual excepcio­nal. Tinha conhecimento profundo de DEUS; comunhão direta com o Criador; bênçãos da presença dEle no Jardim; paz, segurança e alegria, decorrentes do relacionamento direto, sem intermediários, com o Criador; conhecimento e bem-estar físico inigualáveis, sem doenças, distúrbios emocionais ou físicos; desconhecimento do medo; conhecimento interno e externo em relação à sua pessoa; conhecimento da realidade social e do trabalho, de modo útil e satis­fatório (Gn 2.15).
As conseqüências da Queda. Após a Queda, houve um transtorno total na vida dos primeiros seres criados. Conheceram que estavam nus, dando a entender que, antes, não se constrangiam nessa condição; conheceram o medo; perderam a autoridade sobre a criação; conheceram a desarmonia; a mulher sofreu mudanças em sua parte física e emocional, passando a conhecer a dor de forma acentuada para procriar.
O homem, pois, conheceu a maldição da terra; o trabalho passou a ser penoso e fatigante; e o pior: perdeu a vida eterna, que lhe era assegurada, na condição original, e conheceu o aguilhão da morte: física (Gn 2.17; Ef 2.5) e espiritual, que significa separação de DEUS.
A PROMESSA DA REDENÇÃO
Atacando ao primeiro casal, o Inimigo atingiu todas as pessoas que haveriam de nascer. O pecado passou a todos os homens (Rm 5.12). Entretanto, DEUS, o Criador, no seu plano maravilhoso, não deixou escapar nada que fosse necessário ao cumprimento de seus propósitos com relação à humanidade. Ele previu a Redenção do homem, de maneira sublime, como podemos ver em sua Palavra.
DEUS já houvera elaborado o plano da Redenção. Esta não foi um arranjo às pressas, de última hora. O Senhor não trabalha assim. Tudo o que Ele faz é bem planejado, ordenado e perfeito.
A Redenção prevista. Num tempo muito anterior à Queda o resgate, ou a Redenção do homem, foi previsto em seu plano para a humanidade. Diz a Palavra de DEUS: “mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós” (I Pe 1.19,20).
Noutras palavras, na eternidade, um verdadeiro mistério, “oculto em DEUS, que tudo criou” (Ef 3.9). Previu DEUS, ainda, que a revelação desse mistério seria efetuada através da Igreja de CRISTO, “segundo o eterno propósito que fez em CRISTO JESUS, nosso Senhor” (Ef 3.10,11).
A Redenção prometida. No último diálogo, na última reunião, no último contato que DEUS teve diretamente com o homem, logo após a Queda, o Senhor prometeu que, da semente da mulher, levantaria alguém que haveria de ferir a cabeça do Diabo (Gn 3.15), propiciando a Redenção da humanidade.
DEUS não se atrasa. Não deixa para mais tarde. No próprio Èden, palco da desgraça da humanidade, Ele prometeu a Redenção do homem. Ali, diante do casal em pecado, DEUS providenciou túnicas de peles, com que o vestiu, cobrmdo- lhe a nudez, a vergonha. Para que o homem pudesse estar diante do Senhor, um animal foi morto, e seu sangue derramado.
Aquele animal, um cordeiro, provavelmente, foi morto para que o pecado do homem fosse coberto. Era uma tipificação de CRISTO, que haveria de ser morto pelos pecados de todos os homens.
A Redenção realizada. A Bíblia diz: “mas, vindo a plenitude dos tempos, DEUS enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (G1 4.4). A redenção do homem não chegou atrasada, nem adiantada, mas “na plenitude dos tem­pos”, no tempo de DEUS, ou no kairós, quando JESUS veio ao mundo, nascido de mulher, de uma virgem da Galiléia. DEUS enviou seu filho ao mundo para, aqui, onde a Queda ocorreu, fosse efetivada a Redenção do homem.
Passaram-se milênios, desde que o Criador prometera a Redenção da raça humana, através da “semente da mulher”. Parecia não haver mais esperança para o homem, quando, “na plenitude dos tempos”, DEUS desencadeou o seu plano maravilhoso da Redenção, previsto “antes da fundação do mundo”.
Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filbo unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque DEUS enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo; mas para que o mundo fosse salvo por ele (fo 3.16,1 7).
O momento culminante da redenção. Depois de pregar a salvação de DEUS, enviada por seu intermédio, JESUS entregou-se como “o Cordeiro de DEUS” (Jo 1.29), para derra­mar o seu sangue em propiciação pelos pecados do mundo inteiro. Era o momento culminante no plano da Redenção. Pregado na cruz, contrariando a expectativa de todos, principalmente a do Diabo, JESUS exclamou: “Está consumado” (Jo 19.30).
Tudo o que antes fora escrito, previsto, tipificado como “sombra dos bens futuros” (Hb IO.I) se cumpriu. Ali, naquela tarde sombria, no alto do Gólgota, o Sol se escureceu (Mt 27.45) e “o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras” (Mt 27.41). E, naquele mo­mento de dimensão cósmica, e de conseqüências eternas para o Universo e para o homem, JESUS efetuou a “eterna redenção” (Hb 9.12).
A Redenção de CRISTO não foi apenas para o homem individualmente. Foi a Redenção da raça, da família. Ao tentar a mulher, o Adversário fez surgir a perdição da humanidade. Mas, através da mulher, numa ironia divina, o Senhor fez nascer o Salvador do mundo.
Na cruz, quando o Senhor JESUS deu o brado de vitória, a Redenção do homem foi consumada. Na ressurreição, vencendo a morte e todos os poderes do mal, o Senhor não deixou dúvidas quanto ao seu plano redentor e expiatório para todos aqueles que nEle crêem.
A CONSTITUIÇÃO DO SER HUMANO
Como vimos, o homem é diferente dos animais, pois, enquanto estes têm instinto e agem segundo essa condição, o homem tem autoconsciên- cia e autodeterminação, por ter pessoalidade; e, como tal, possui o que o irracional não tem: intelecto, vontade e emoções. Quanto aos animais, DEUS disse: “produza a terra alma vivente”; quanto ao homem, DEUS disse: “Façamos o homem”.
O método usado por DEUS para criar o homem foi especial. Diz a Bíblia: “E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7).
No texto acima, vemos dois aspectos:
A formação da parte física do homem. A parte física do homem veio “do pó da terra”. Não com o barro, em estado bruto, ou um boneco de barro. Mas, com os elementos químicos que se encontram no barro, ou na argila, DEUS, de modo sobrenatural, formou cada parte do corpo humano, combinando-as de maneira jamais compreendida pela mente humana.
Hoje, a embriologia e o estudo da genética têm informações sobre a forma­ção do ser humano no ventre da mãe, a partir da união dos gametas masculino e feminino. Mas jamais alcançou a formação do primeiro ser humano, que não foi gerado, e sim criado por DEUS. Como DEUS combinou os aminoácidos, as proteínas, os sais minerais e demais substâncias para compor o corpo humano é algo que transcende a qualquer especulação científica.
A formação da parte interior do ser humano. Isto é, a alma e o espírito. Diz a Palavra de DEUS: “e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Como foi esse processo? Que fôlego foi esse? De que ele se constituiu, em sua plenitude? Dali surgiu a alma somente? Ou a alma e o espírito? São a mesma coisa, ou entes distintos? Como a alma se propaga?
Não é difícil entender como o corpo humano é gerado no ventre da mãe, sobretudo hoje, com os recursos da ultra-sonografia moderna. Mas, como a alma é gerada? Como ela se multiplica? E o espírito, difere da alma, ou é sinônimo dela? Como a alma entra no embrião?
Neste tópico, apenas desejamos refletir sobre essas questões, em submissão ao que está revelado nas Escrituras. E vamos meditar sobre a constituição do homem, segundo algumas concepções e à luz da Palavra de DEUS. Há diversas correntes de pensamento quanto à constituição do homem. Algumas são indicadas a seguir.
Unitarianísmo. Também chamado de monismo. E uma corrente doutrinária que ensina que o homem é um só todo, uma só parte, não havendo qualquer divisão em sua constituição; ou seja, não existe alma ou qualquer parte do ser humano que sobreviva à morte. Para os unitaristas ou monistas, o ser humano se constitui de uma unidade indivisível.
Eles não acreditam na existência da alma e do espírito, admitindo que essas expressões referem-se apenas a uma unidade psicofísica do ser humano. As pa­lavras “carne” nos Antigo (hb. hasar) e Novo Testamentos (gr. sarx), bem como “corpo” (gr. soma), referem-se ao “ser humano por inteiro, porque, nos tempos bíblicos, ele era considerado unificado”.26
Dicotomísmo. Essa doutrina ensina que só há dois elementos, ou partes consti­tutivas, do homem: a parte material e a imaterial. Baseiam-se no fato de os termos “alma” e “espírito”, às vezes, na Bíblia, serem sinônimos, ou intercambiáveis entre si. E sustenta sua opinião partindo de textos que lhes parecem indicar esse entendimento (cf. Jó 27.3).
Trícotomismo. Os chamados tricotomistas entendem que o homem é formado de três partes distintas: corpo, alma e espírito. Seu ensino honra as Escrituras e se harmoniza com elas, pois, de acordo com a Bíblia, o homem tem uma consti­tuição tríplice, sendo formado de espírito, alma e corpo (I Ts 5.23). Reflitamos sobre cada uma dessas partes.
O ESPÍRITO DO HOMEM
Ao soprar no homem o “fôlego de vida”, DEUS o fez “alma vivente”, ou um ser que tem vida. Nesse sopro, o Criador infundiu, no interior do homem, sua parte espiritual. Por esse fôlego, ele adquiriu o princípio vital, que o anima.
O espírito é a parte imaterial do homem, que, juntamente com a alma, forma “o homem interior”. Disse Paulo: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de DEUS” (Rm 7.22). O apóstolo ensinava sobre a luta entre a carne, ou a natureza carnal do homem, e o espírito, que provém de DEUS, e acentuava que o “homem interior” tinha prazer na lei de DEUS.
Em outro versículo, lemos: “Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia” (2 Co 4.16); neste texto, vemos o “homem exterior”, o corpo, e “o interior”, a parte imaterial do homem. Podemos dizer que esse “homem interior” é o conjunto espiritual, formado pela alma e pelo espírito (I Ts 5.23).
A ALMA DO HOMEM
A palavra “alma”, no Antigo Testamento, é nepesh. No Novo Testamento é psique, que tem o sentido de “alma” e de “vida”; está ligada ao termo psíqui­cos, que tem o sentido de “pertencente a esta vida”. E a base das experiências conscientes. A alma pode ter três áreas de significados: “(a) psycbe, no sentido da base impessoal da vida, a própria vida; (b) a parte interior do homem; (c) uma alma independente em contraste com o corpo”.2-
No sentido impessoal, a alma eqüivale à própria vida. No sentido de ser “parte interior do homem”, refere-se à sua personalidade, ou à pessoa (cf. 2 Co 1.23). O texto de Levítico 17.10-15 dá uma diversidade de sentidos à palavra “alma”:
“contra aquela alma que comer sangue eu porei a minha face e a extirparei do seu povo” (v. 10); aqui, “alma” significa a própria pessoa.
“Porque a alma da carne está no sangue...” (v.II); neste sentido, “alma” significa a vida do corpo, dos tecidos, que são alimentados pelo sangue.
“Nenhuma alma dentre vós comerá sangue...” (v. 12); novamente, refere- se à pessoa.
“a alma de toda a carne; o seu sangue é pela sua alma”; aí vemos referência à vida de toda a carne, e que o sangue seria derramado pela vida do transgressor.
Tanto nepesh (hb.) como psyche (gr.) indicam o princípio vital da vida humana, física ou animal. Quando DEUS disse que o homem fora feito “alma vivente” e, em relação aos animais, que a terra produzisse “alma vivente”, usou a mesma expressão — hb. nepesh hayya. No entanto, como vimos em item anterior, o homem é distinto do animal, por várias razões: autoconhecimento e autodeterminação,
por exemplo. Assim, a alma do homem é profundamente diferente da alma do animal.
No Novo Testamento, vemos várias referências sobre o significado de alma. JESUS disse: “Quem quiser salvar a sua vida [psycbe], perdê-la-á...” (Mac 8.35; cf. Mac 10.45; Mt 20.28). “Não estejais ansiosos quanto à vossa vida...” (Mt 6.25). Nesse sentido, “alma” se refere à vida.
Em sentido teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos. JESUS disse: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mc 14.34). A alma se entristece. “E a parte sensível da vida do ego, a sede das emoções — do amor (Ct 1.7), do anseio (SI 36.62) e da alegria (SI 86.4)”.28
O texto que melhor distingue alma de espírito é I Tessalonicenses 5.23: “e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO”. Aqui temos a palavra “alma” significando a parte interior do ser, distinta do espírito, porém, intrinsecamente a ele ligada, for­mando o “homem interior” (Rm 7.22). Ver também Hebreus 4.12; Lc 1.46,47.
Horton assevera:
A alma sobrevive à morte porque é energizada pelo espirito, mas alma e espírito são inseparáveis porque o espírito está entretecído na própria textura da alma. São fundidos e caldeados numa só substância.29
Como vimos, a alma faz parte do “homem interior” do ser, unida ao espírito. Intrigantes questões têm sido formuladas sobre a origem da alma. A alma é introduzida no corpo; Ela é formada durante a concepção? A alma é preexistente? Há, basicamente, três teorias acerca da origem da alma, todas elas evocando fundamento bíblico.
Teoria da preexistência. E um dos fundamentos da doutrina espírita. Segundo essa idéia, as almas existem, em esferas diversas do mundo espiritual, e entram no corpo gerado, no processo chamado reencamação. Para os defensores dessa doutrina, a alma peca, na vida presente, e, para se redimir, precisa purificar-se, voltando a se integrar num outro corpo humano, sucessivamente, durante inumeráveis existências.
Antes mesmo de ser uma doutrina, codificada por Alan Kardec, principal expoente do espiritismo, a teoria da preexistência da alma teve o apoio de filósofos, como Platão e Filo, e de teólogos cristãos, como Orígenes de Alexandria (185 a 254).
Essa teoria tem origem no maniqueísmo, doutrina pela qual se ensinava que o espírito era puro, ao lado da alma, que já preexistia. Quanto ao corpo, seria intrinsecamente mau, bem como a matéria à sua volta. Tal teoria não tem qualquer fundamento bíblico, pelas seguintes razões:
O homem foi feito alma vivente somente após o sopro de DEUS, no momento inicial da criação do primeiro ser humano, na face da Terra; antes de Adão, não há qualquer indicação, nas Escrituras, da existência de almas, guardadas numa espécie de “celeiro de almas”, num lugar, nos planetas, como entendem os espíritas.
Os maus atos e a depravação do homem são decorrem de uma causa primária: o pecado de Adão, que passou a todos os homens (Rm 5.12). A conse­qüência, pois, é pessoal, individual e responsável; é de cada pessoa que peca, em sua existência atual, e não de pretensas existências anteriores ao seu nascimento;
DEUS fez o homem, incluindo sua parte imaterial (espírito+alma) “e viu DEUS que tudo que tinha feito era muito bom” (Gn 1,31).
Teoria criacionista.30 Trata-se de uma teoria segundo a qual DEUS “faz as almas diariamente”, conforme ensinava Aristóteles. Polano dizia que “DEUS sopra a alma nos meninos quarenta dias após a concepção, e nas meninas oitenta” (sic); Jerômmo e Pelágio também acatavam esse entendimento, bem como a Igreja Católica Romana e os teólogos reformados, a exemplo de Calvino. Segundo Strong, Lutero se inclinava para o traducionismo.
Para Strong, os criacionistas se baseiam nos seguintes textos bíblicos: “e o espírito volte a DEUS, que o deu” (Ec 12.7); “palavra do Senhor... e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1); “... e as almas que eu fiz” (Is 57.16). Mas a Bíblia não dá respaldo a essa teoria.
Teoria participativa. Leite Filho afirmou:
Quando se afirma que a alma é criadat é necessário fazer algumas distinções: a criação é uma produção do nada; a alma é produzida na matéria e não da matéria; a produção da alma necessita de uma realidade criada já existente; a ação divina não tem como objetivo uma alma separada e sim o homem completo.
De fato, o homem, desde a fecundação, não é “um aglomerado de células”, como dizem os cientistas ateus e materialistas. È um ser completo, composto de espírito, alma e corpo.
Toda nova pessoa humana é fruto da ação imediata de DEUS e da dos pais: DEUS e os pais produzem o sujeito mteiro, mas os pais podem produzi-lo so­mente enquanto é um ser material vivo, isto é , tem um corpo, e DEUS o produz imediatamente enquanto é um ser pessoa, isto é, tem uma alma.32
Mver Pearlman, explicando a origem das almas, após a criação do homem, corrobora com esse entendimento:
A origem da alma poie explicar-se pela cooperação io Criaior com os pais.
No princípio iuma nova vida, a divina criação e o uso criativo de meios agem em cooperação. O homem gera o homem em cooperação com “O Pai dos espíritos”. O poder de DEUS domina e penetra o mundo (At l 7.28; Hh 1.3) de maneira que todas as criaturas venham a ter existência segundo as leis que Ele ordenou. Portanto, os processos normais da reprodução humana põem em execução as leis de vida, fazendo com que a alma nasça no mundo. ”
Assim, podemos concluir que a alma humana se forma, segundo as leis da procriação, deixadas por DEUS, numa cooperação entre os pais biológicos, e “o pai dos espíritos”(Hb 12.9). Cada vez que um gameta masculino funde-se com um feminino, no casamento, ou fora dele, pela lei do Criador, forma-se um conjunto espírito+alma dentro do homem. Diz a Bíblia: “Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1). O modo como DEUS atua na formação da alma é um mistério ao qual devemos nos curvar, em nosso conhecimento limitado.
O CORPO HUMANO
Na visão tncotômica do ser humano, o corpo tem papel importantíssimo. È através dele que a alma se comunica com o mundo exterior. È no rosto que apare­cem as expressões de alegria, tristeza, ira, sono, calma, entusiasmo, rancor, mágoa e tantos outros sentimentos próprios da natureza humana. Diz a Bíblia: “o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem” (Pv 27.19).
Graças à ciência, hoje podemos conhecer o corpo humano melhor do que qualquer pessoa do passado, inclusive as que tenham vivido no tempo em que a Bíblia foi escrita. Nos dias atuais, podemos conhecer melhor a grandeza, a per­feição (relativa) e o maravilhoso funcionamento do corpo humano, como obra- prima das mãos de DEUS, o Criador maravilhoso e absoluto de todas as coisas.
A dimensão material do corpo. Em Salmos 139.13-16, Davi exclamou, diante da formação e do desenvolvimento do corpo desde o ventre:
Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas ohras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia.
Que maravilhosa declaração e quão diferente da teoria da evolução, que assevera: As origens da vida, do corpo, do homem e da inteligência ocorreram pelo “acaso” cego e sem propósito algum. Apresentaremos a seguir algumas informações sobre o corpo humano, a fim de que sintamos melhor a grandeza da obra criadora de DEUS, ao fazer o homem das substâncias que há no pó da terra e lhe dar a vida, tornando-o sua imagem e semelhança.
Organização do corpo humano. O esqueleto humano constitui o arcabouço que sustenta os músculos, “protege os órgãos internos e permite uma grande varie­dade de movimentos”.34 E formado por 206 ossos e corresponde a 1/5 do peso total. Há 216 tecidos no corpo humano.
O cérebro humano “corresponde a 2% do peso de um adulto médio, mas é res­ponsável por 20% do consumo de oxigênio desse indivíduo... o cérebro tem um trilhão de células nervosas” e seus “sinais trafegam ao longo dos nervos até um máximo de 360 km/h: uma mensagem enviada da cabeça para o pé chega em I/50 de segundo... o cérebro de um homem pesa 1,4 kg; o cérebro de uma mulher pesa 1,25 kg”.33
Há no corpo humano glândulas, grupos de células que produzem hormônios ou substâncias que regulam o funcionamento do corpo. O ser humano produz duzentos hormônios diferentes. O seu sistema imunológico é tão especial, que um só linfócito produz um milhão de anticorpos por hora.
De acordo com a Enciclopédia Seleções, “uma pessoa tem 2,5 milhões de glândulas sudoríparas; (...) o nariz humano tem 50 milhões de células receptoras, o que permite identificar os odores variados”. Esses são apenas alguns aspectos da formação e estrutura do corpo humano. Somente uma criação especial, por um Ser supremo e inteligente, poderia conceber, estruturar e dar vida a um sistema tão especial quanto o corpo humano. Mais uma vez temos a expressão de Davi: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado” (SI 139.14a).
Maravilha da procriação. Cada mês, num dos ovários da mulher, um óvulo se desenvolve e cresce. Com um milésimo de milímetro de diâmetro, é lançado numa das trompas de falópio; daí, o óvulo caminha em direção ao útero. Encontrando-se com um espermatozóide, que o penetre, será fecundado. Numa relação sexual, o órgão masculino lança cerca de duzentos a trezentos milhões de espermatozóides. Um só penetra no óvulo!
O seu núcleo se funde como núcleo do óvulo, cada um com 23 cromossomos, formando o ovo ou zigoto, que passa a ter 46 cromossomos. Naquele momento, já estão devidamente programadas, pela molécula do DNA (ácido desoxirribo- nucléico), todas as características genéticas individuais do novo ser humano.
Dentro de poucas horas, o zigoto começa a se dividir em duas, quatro, oito, dezesseis, 32, 64 células, e assim por diante. Essa divisão celular começa a ocorrer,
ainda, na trompa, mesmo antes de chegar ao útero. Chegando ao útero, o embrião, na forma de blastocisto se implanta no útero. Começa a gravidez.
E a formação de um novo ser humano, e não apenas de “um amontoado de células”, como entendem os cientistas materialistas. Nos seus primeiros dias, as células que formam o embrião chamam-se células-tronco embrio­nárias. Conforme registra Lima’6, elas se formam, após a fusão dos gametas masculino e feminino (espermatozóide e óvulo), quando surge um aglome­rado de células.
Após quatro dias, esse grupo de células começa a formar uma estrutura esférica, chamada blástula, apresentando duas partes, uma interna e outra externa. A parte externa formará a placenta, e a interna, o embrião. È na parte interna que estão as células capazes de gerar todas as células do organismo de um indivíduo.3' Dentro de cinco dias, o embrião forma a blástula ou blastocisto, com aproximadamente cem células. As células internas do blastócito são as que ensejam maior interesse dos pesquisadores, por poderem transforma-se em todos os tecidos do corpo humano, por serem ainda indiferenciadas.
Os cientistas materialistas já fazem uso das células-tronco embrionárias na pesquisa, visando a obter a cura de doenças degenerativas, como mal de Alzheimer, mal de Parkinson, diabetes, câncer e outros. No entanto, com base na Palavra de DEUS, entendemos que isso afronta a sacralidade da vida, pois o embrião é um novo ser humano, programado pela leis da biologia, para se desenvolver com sua individualidade. (Leia o nosso livro Células-tronco, uma Visão Etica e Cristã, editado pela CPAD). Destruir embriões ou praticar o aborto é um crime gravíssimo, que deveria ser considerado hediondo.38
Prosseguindo com a viagem do embrião, vemos que, com quatro semanas, o coração começa a bater, com apenas cinco milímetros de comprimento; com seis semanas, o embrião obtém toda a sua nutrição e oxigênio da placenta e do cordão umbilical; com oito semanas, agora denominado feto, mede 2,5 centímetros, e seus membros são identificáveis. Começa a se mexer, mas a mãe não sente.
Com doze semanas, os principais órgãos internos aparecem... com 22 semanas, todos os sistemas do corpo já estão estabelecidos. Se nascer prematuramente, o bebê pode sobreviver com auxílio médico; com 38 semanas, o bebê já está com­pletamente formado, com sua cabeça encaixada (posicionada para baixo com a face voltada para a pélvis), pronto para nascer.39
Diante disso, só a Bíblia pode expressar a grandeza da criação do homem:
Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas
obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe... (Sl 139.13-16).
Desenvolvimento e morte do corpo. Todo ser vivo, incluindo o homem, nasce, cresce, desenvolve-se e morre. Essa é uma lei que só admite exceção para aqueles que, na segunda vinda de JESUS, estiverem vivos, no momento do arrebatamento da Igreja. Afora essa exceção, “aos homens está ordenado morrerem uma vez”
(Hb 10.27).
Em seu desenvolvimento, o homem passa pela infância, adolescência, juventu­de e idade adulta. Em cada uma dessas fases, seu desenvolvimento fisico depende de alimentação, repouso, movimento, relacionamento humano e espiritual. A velhice é a fase do declínio das energias físicas e mentais. Depois, vem a morte.
Para os que têm a salvação em CRISTO JESUS, a velhice é uma fase de gratidão e esperança quanto ao porvir. Para os que não têm a certeza da vida eterna, a velhice é vista como o fim da vida, sem qualquer esperança de uma vida melhor.
A morte — que pode ser física ou espiritual — é um fato que assusta a maioria das pessoas. Talvez porque o homem não foi programado, originalmente, para morrer. Ela entrou no mundo como conseqüência do pecado, do rompimento com DEUS. Só a salvação em CRISTO pode reverter a inclinação para a morte es­piritual, que é a separação eterna de DEUS.
Já existem pessoas que esperam reverter a realidade da morte física através da ciência. Em países ricos, como os Estados Unidos, algumas pessoas já contrata­ram os serviços de empresas que se propõem a preservar o corpo, congelando-o a 196 graus negativos, a fim de que, um dia, se a ciência descobrir uma solução para o envelhecimento, e para a morte, seus donos possam ser reanimados. E a chamada cnobiologia — biologia do congelamento da vida.
A técnica utilizada chama-se hibernação. Nesse processo, o sangue do morto é retirado, substituído por um líquido anticongelante e colocado num cilindro de aço, num estado de suspensão criônica. Espera-se que, alguns séculos mais tarde, a ciência descubra como fazer a “ressurreição tecnológica”.40 Ê o homem mortal desejando a vida eterna por meios errados. Mas há cientistas sérios que afirmam ser perda de dinheiro congelar pessoas.
De fato, a lei da morte é inexorável. È conseqüência do pecado. DEUS disse, no Eden, ao primeiro casal: “E ordenou o Senhor DEUS ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16,17).
A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO
Corpo do pecado (Rm 6.6). Nesta passagem, Paulo afirmou que uma vez que somos novas criaturas, devemos saber “que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado”. A expressão: “corpo do pecado” refere-se ao “velho homem”, que, antes de ser transfor­mado por DEUS, pela aceitação de CRISTO como Salvador, vivia usando o corpo como instrumento para o pecado.
Também disse o apóstolo Paulo, em Romanos 6.12-14:
Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe ohedecerdes em suas concupiscêncías; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a DEUS, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a DEUS, como instrumentos de justiça.
Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
Homem exterior (2 Co 4.16). Disse Paulo: “Por isso, não desfalecemos; mas, amda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia”. Aqui, o apóstolo, ensinando sobre a ressurreição (2 Co 4.14), acrescenta que não devemos desfalecer diante das lutas que passamos nesta vida, pois, mesmo que o “homem exterior” — o corpo — se corrompa, envelheça e venha até a morrer, contudo o “homem interior” (espírito+alma), renova-se continuamente.
Casa terrestre (2 Co 5.1). Certamente, o apóstolo Paulo se referiu à temporalidade do corpo, em sua constituição física, como invólucro do espírito. De acordo com a Palavra de DEUS, o destino do salvo é habitar nos céus, com JESUS, num corpo transformado, semelhante ao seu, quando ressuscitado (cf. Fp 3.21). O corpo celestial que nos será dado por DEUS será a “nossa habitação, que é do céu” (2 Co 5.2). No entanto, enquanto estivermos aqui, não poderemos ter essa condição.
O “homem interior” não pode apresentar-se diante dos olhos humanos. Assim, precisa dessa “casa terrestre”, que é o corpo humano, com seus órgãos, tecidos e seus sentidos físicos. E casa temporária, morada passageira, visto que somos, na Terra, “peregrinos e forasteiros” (2 Pe 2.11).
Corpo desta morte (Rm 7.24). Ensinando sobre a luta entre a carne (natureza pecaminosa) e o espírito, o apóstolo Paulo, de forma eloqüente, disse:
Porque, segundo o homem interior; tenho prazer na lei de DEUS. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo
da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?
Paulo se referia ao fato de o pecado utilizar-se dos membros do corpo para praticar a iniqüidade e a desobediência contra DEUS, o que eqüivale a experimentar a morte espiritual (Ef 2.1).
Corpo abatido (Fp 3.21). Numa visão escatológica, Paulo estimula os filipenses a viver a fé com perseverança e alerta-os contra os “inimigos da cruz de CRISTO” (v. 10). E, numa palavra de conforto e esperança, lhes assegura:
Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador; o Senhor JESUS CRISTO, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu efcaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.
O corpo abatido é o corpo em sua condição humana, sujeito às doenças, à fraqueza, ao envelhecimento e à morte. Mas a promessa para os salvos é a de que, se permanecermos fiéis, um dia DEUS nos ressuscitará, num corpo glorioso, semelhante ao de JESUS — Ele, ao ressuscitar, foi capaz de atravessar as paredes e vencer todas as forças da natureza. Assim será o corpo do salvo após a ressur­reição ou o Arrebatamento da Igreja (I Co 15.42,43).
Templo do ESPÍRITO SANTO (I Co 6.19,20). Mais uma vez, mostrando aos crentes que JESUS ressuscitou e nos ressuscitará, o apóstolo Paulo alerta os cristãos para não darem lugar ao pecado, visto que os nossos membros, do corpo físico, são, na verdade, “membros de CRISTO”; e indaga, de modo incisivo:
Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? Porquefostes comprados por bom preço; glorifcai, pois, a DEUS no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a DEUS. (I Co 6.19,20)
Essa é uma exortação de alto significado espiritual, pois demonstra que o corpo físico tem elevado valor espiritual para DEUS. Não é, como alguns pensam, que DEUS só se interessa pelo espírito e pela alma (homem interior). Na reali­dade, DEUS quer, pela salvação, alcançar o homem em sua tríplice constituição: espírito, alma e corpo. E isso é corroborado, como vimos, em I Tessalonicenses 5.23. Esta passagem não deixa dúvidas quanto ao valor espiritual do homem, incluindo o seu corpo, que também deve ser conservado irrepreensível para a segunda vinda.

O ESTADO INTERMEDIÁRIO
E o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos como dos ímpios. Sabemos que os salvos terão um destino diferente em relação aos ímpios. A Palavra de DEUS nos mostra que os ímpios, antes da ressurreição, irão para um lugar chamado Hades. O texto de Lucas 16 nos dá algumas pistas do além, na história do rico e de Lázaro. Ambos foram sepultados.
Neste mundo, o destino dos corpos dos mortos é o pó (Ec 12.7), mas, quanto ao destino do “homem interior”, no fim da vida, há diferença entre o ímpio e o justo. Os ímpios vão para o Hades, uma espécie de ambiente de espera, antes do julgamento. De lá os que morreram perdidos serão enviados ao Inferno (Sm 9.17).
O justo é levado ao Paraíso — seio de Abraão (v.22), como o infrator que, na cruz, se converteu e ouviu de CRISTO: “Hoje estarás comigo no Para­íso” (Lc 23.42,43). O salvo, após a morte, é consolado (v.25b): “agora, este é consolado”. Os mortos salvos estão “em CRISTO” (I Ts 4.16), “no Senhor” (Ap 14.13); são bem-aventurados (Ap I4.I3a) e descansam de “seus traba­lhos” (Ap 14.13).
A RESSURREIÇÃO DO CORPO
Ressurreição, segundo o Dicionário Aurélio, é:
Ato ou efeito de ressurgir ou ressuscitar; ressurgência (...) Fig. Vida nova; renovação, restabelecimento. Quadro que representa a ressurreição de CRISTO. Na doutrina cristã, o surgir para uma nova e definitiva vida, distinta c, em certa medida, oposta à existência terrestre, e que, a partir da ressurreição de CRISTO, aguarda todos os fiéis cristãos.
A última definição acima tem relação com o que ensinam as Sagradas Escrituras.
Fm relação aos salvos. Após mostrar a vitória de CRISTO sobre o império da morte, Paulo afirmou, em I Coríntios 15.42-44:
Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.
Será um corpo incorruptível (que não pode mais morrer), glorioso, cheio de vigor, de natureza espiritual. Nessa mesma linha de pensamento, o pastor Antonio Gilberto
autor de dois capítulos desta obra (Pneumatologia e Sotenologia) — afirma:
A palavra ressurreição implica em ressurreição do corpo que morreu efoi sepultado•, ou de alguma outra forma ficou retido aqui na terra. Se o corpo ressurreto não fosse o mesmo, isto não seria ressurreição. Seria uma nova criação, e o termo na Bíblia seria um absurdo.41
Da mesma forma o pastor Elienai Cabral — autor do capítulo sobre Ha- martiologia — assevera:
Não importa como os corpos foram sepultados, se em covas na terra, ou no fundo dos mares e rios, ou queimados. Na realidade; os mesmos corpos mortos serão ressuscitados. No caso dos mortos em CRISTO, seus corpos serão transformados (l Co 15.35-38), iguais (semelhantes) ao corpo ressurreto de CRISTO (Fp 3.21 — parêntese acrescentado pelo autor deste capítulo).42
Em relação aos ímpios. A Bíblia não dá muita ênfase à ressurreição corporal dos ímpios — a “segunda ressurreição”. Mas alguns versículos nos dão algumas informações interessantes a respeito desse tema:
A ressurreição dos ímpios ocorrerá após o Milênio. “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram” (Ap 20.5).
Os ímpios ceifarão a corrupção: “Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção” (Gl 6.8a).
Será uma ressurreição para opróbrio: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2).
Essa ressurreição se dará onde ocorreram as mortes: “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia” (Ap 20.13).
Será uma ressurreição para o julgamento final. “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu” (Ap 20.11). Todos os ímpios terão de comparecer ante o Trono Bran­co: “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono”. Na terra, já estão condenados (Jo 3.36) e serão lançados no Inferno: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (20.15; SI 9.17).
Teorias errôneas sobre a origem do homem
Os evolucionistas acreditam com toda a fé — à semelhança de um fervoroso fiel de uma religião fundamentalista — que a vida surgiu da matéria inanimada. E por acaso! No século passado, o professor A.I. Oparim publicou um traba­lho científico, denominado A Origem da Vida, em que usou a metáfora da “sopa química” para explicar a origem da vida orgânica. Segundo ele, os compostos químicos simples, orgânicos, se juntaram, aleatoriamente, e constituíram com­postos complexos. E o que chamam de fé científica.
Vejamos o que diz um estudo sobre o tema:
Eles imaginam que no decorrer de junções químicas aleatórias, moléculas simples se combinaram transformando-se em compostos orgânicos complexos, os quais eventualmente se integraram e se transformaram em organismos auto-reprodutivos.
Este cenário vem sendo apresentado como a indiscutível verdade sobre a origem da vida em toda a aula de ciência ao redor do mundo — em escolas primárias, secundárias, faculdades e universidades. O rádio, televisão e as publicações de divulgação científica reforçam essas mensagens.43
Não há nada científico que comprove que houve essa “sopa química”, em que os elementos simples, como hidrocarbonos e outros, se combinassem aleato­riamente e formassem elementos compostos, que dariam lugar ao aparecimento da vida orgânica. E pura fantasia científica.
Experiências em laboratório tentaram reproduzir o cenário inicial da vida, a partir da matéria inanimada, e tudo falhou. Mais uma vez a Bíblia tem a resposta: “No princípio criou DEUS os céus e a terra... E disse DEUS: façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Não há nada mais lógico do que aceitar o fato de que os elementos químicos compostos, que têm um arranjo extraordinário em organização celular, tenham sido fruto da ação de um Projetista Inteligente — DEUS, o autor da vida.
Teoria dos caracteres adquiridos. Em meados do século XIX, o cientista francês Jean Baptiste de Lamarck publicou um trabalho denominado Filosofia Zoológica, pelo qual defendeu a teoria dos caracteres adquiridos. Por meio de estudos, procurou demons­trar a mutabilidade das espécies; que os tais caracteres seriam resultado do esforço dos seres vivos por sua sobrevivência; e que as necessidades dos seus organismos é que faziam surgir os caracteres. Um exemplo marcante era o da girafa.
As girafas, a princípio — segundo essa teoria —, tinham pescoço curto. Mas, quando escasseou a vegetação mais baixa de que se alimentavam, elas tive­ram que buscar alimentos nas árvores, com galhos mais altos. Assim, de tanto esticarem o pescoço, foram adquirindo um pescoço mais longo e transmitindo essa característica para seus descendentes.
A teoria foi aceita durante muito tempo, mas, no fim do século XIX, August Weismann, cientista alemão, fez experimentos com ratos, cortando seus rabos, antes de se acasalarem, durante cerca de 20 gerações sucessivas. Ele constatou que as últimas gerações de ratos de rabos cortados produziam filhos com rabos até mais compridos que seus pais! Assim, ficou constatado que os caracteres adquiridos não passavam de geração a geração, haja vista os fatores externos não poderem afetar os genes, influenciando as próximas gerações.
Portanto, a hereditariedade depende dos genes nas células reprodutivas e perma­nece inalterada em toda a vida do ser vivo. A teoria de Lamarck foi uma das mais influentes, visando a desacreditar a Palavra de DEUS quanto à origem das espécies.
Teoria da evolução. A teoria da evolução foi apresentada ao mundo, com grande impacto, por meio dos estudos científicos de Charles Robert Darwin (1809-1882). Tendo estudado medicina, na Universidade de Edimburgo, dedicou-se com mais afinco aos estudos naturalistas. Em 1831, embarcou no navio H.M.S. Beagle, pelo qual fez uma viagem de estudos ao redor do mundo. Chegando ao arquipélago de Galápagos — a oeste do Equador —, aperfeiçoou as suas idéias acerca da evolução das espécies.
Em 1859, Darwin publicou A Origem das Espécies. Sua teoria, que não se sustenta em bases empíricas, é muito aceita, por vários motivos. Um deles é o preconceito arraigado na mente dos cientistas materialistas e de formadores de opinião contra a idéia da criação sobrenatural pelo poder de DEUS.
Certo articulista, de uma revista publicada no Brasil, afirmou: “Quatro em cada dez americanos rejeitam as teorias evolucionistas de Charles Darwin. Eles rejeitam a ciência em um assunto científico, preferindo aceitar a tese bíblica de que DEUS criou todos os seres vivos. Isso é treva”.440 Diabo realmente cegou os entendimentos dos incrédulos (2 Co 4.4).
A teoria da evolução e a seleção natural. De acordo com Darwin, as espécies se­melhantes, bem como as diferentes espécies, competem entre si, na luta pela sobrevivência. Nessa competição, vão surgindo variações, de tal forma que os elementos mais fortes eliminam ou suplantam os mais fracos. Darwin chama essa suposta luta de seleção natural.
Uma vez que os indivíduos de uma mesma espécie variam entre si, os indivíduos com certas características que lhes trazem vantagens para conseguir alimento ou para escapar de predadores, por exemplo, terão maior probabilidade de sobrevivência
Para Darwin, é a natureza que se encarrega dessa seleção dos membros das espécies mais aptos para enfrentar a luta pela vida. Ele se baseia na teoria de Herbert Spencer (século XIX), que qualificou esse processo como “a sobrevi­vência do mais apto”.
Os evolucionistas crêem que, desde que o primeiro organismo vivo, um- celular, apareceu na Terra, há cerca de 3,5 ou 4,5 bilhões de anos, esse é o processo que cria novas espécies. Darwm concluiu isso apenas por observações, visto que jamais se pode ter idéia de como a vida começou, com toda a sua complexidade, a não ser que se admita o projeto inteligente, teoria em voga nos Estados Unidos, que admite a existência de DEUS, o Projetista Inteligente
Inteligent Designer.
Vejamos o que a Palavra de DEUS afirma, em Gênesis 1.11,20,21,24,26,27:
E disse DEUS: Produza a terra erva verde; erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie... E disse DEUS: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus. E DEUS criou as grandes baleias; e todo réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda ave de asas conforme a sua espécie... E disse DEUS: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi... E disse DEUS: Façamos o bomem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança... E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho efêmea os criou.
Essa é a única e mais lógica explicação para a origem da vida. Deu-se a partir de um Ser pessoal, inteligente, o DEUS Todo-poderoso. Apegar-se à teoria da evolução é o mesmo que acreditar que um monte de alumínio, ferro, plástico, fios e tinta pudessem explodir, e, ao acaso, formar um avião Boeing 747. Ou que materiais de construção, como tijolo, barro, areia, ferro e outros, de repente, se agregassem e formassem uma casa. Na realidade, a única coisa que a teoria de Darwin poderia explicar seria a “teoria da extinção de espécies”, e nunca da evolução biológica.
As “novas” espécies. A Bíblia afirma que DEUS criou os seres vivos, cada um conforme a sua espécie (Gn I.I2, 21, 24, 25; 6.20); ou seja, cada espécie é única, ainda que possa sofrer variações, mas nunca uma espécie pode se transformar em outras. Contrariando a fixidez das espécies, como a Bíblia nos apresenta, Darwin afirma que os membros sobreviventes da competição pela vida transmitem as va­riações a seus descendentes, de modo lento, gradual, durante longos períodos.
Tal afirmação é contestada por cientistas abalizados, pois jamais ninguém pôde acompanhar o desenvolvimento das variações em períodos tão longos (milhões e milhões de anos). As observações de Darwin não chegaram a mais de trmta anos.
Entretanto, a idéia da transmissão de características ou variações tem sido aceita como se fosse ciência. Na verdade, não passa de especulação. A família dos gatos pode ter várias espécies de felinos. Mas serão sempre gatos. Os membros de uma família podem sofrer variações ou micro-evoluções. O que não ocorre, na verdade, é a chamada macro-evolução, que é a defendida por Darwin, a qual pres­supõe as mutações, que resultariam em novas espécies. E isso ocorreria através do processo da hereditariedade.
A família dos cães permanece formada por cães, sejam vivos, sejam fossili­zados, mesmo havendo grande variedade, como cães domésticos, lobos, chacais, raposas, etc. Em suas variações, há animais grandes, médios e pequenos. E per­manecem assim, conforme o relato do Gênesis, “cada um conforme sua espécie”. Uma espécie de planta jamais se transforma em outra. Uma ameba permanece sempre ameba; uma mosca será sempre mosca.
Não há qualquer evidência empírica (experimental) que comprove a existên­cia de formas transitórias entre as espécies, ou dos “elos perdidos”, “e menos ainda entre gêneros, famílias e categorias mais elevadas”.46 Todas as evidências confirmam a fixidez das espécies, conforme o relato do Gênesis. “E disse DEUS: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas- feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi” (Gn 1.24).
O acaso e o tempo — criadores da vida? A mais absurda afirmação, no bojo da teoria da evolução, é a de que a vida surgiu por acaso, antecedida do aparecimento da matéria inanimada, por geração espontânea (abiogênese). Acontece que nem Darwm, nem seus discípulos, jamais escreveram uma linha sequer sobre a origem da matéria, ou como ela veio a aparecer.
Acreditar que os complexos organismos dos animais, das plantas e do homem puderam surgir e evoluir por acaso é o mesmo que acreditar que as letras do alfabeto, jogadas ao acaso, podem produzir um dicionário! Nem mesmo uma pequena frase pode surgir por acaso. No entanto, os “crentes”, como verdadeiros adoradores de Darwin, acreditam que a vida na terra, com toda a sua comple­xidade, surgiu de um organismo unicelular e evoluiu até formar o homem! Na verdade, há mais fé num evolucionista do que no mais fanático crente pentecostal ou num fundamentalista islâmico.
Como surgiu a vida?
Há trinta anos, os químicos Stanley Múler e Harold Urey, da Universidade de Chicago; julgaram ter encontrado parte da resposta. Eles misturaram em um frasco lacrado amostras
de hidrogênio, gás metano, amônia e vapor dágua — componentes que, acreditavam, formavam a atmofera primitiva do planeta. Através de um eletrodo, os químicos dispararam faíscas dentro do frasco, simulando a ação de relâmpagos. Depois de uma semana, obtiveram um líquido rico em aminoácidos. Não havia, contudo, sinais de DNA.
Os seguidores de Miller e Urey vêm tentando, sem sucesso, montar os “tijolos”.'1'
A Bíblia continua a desafiar os materialistas a encontrarem as respostas que ela já deu sobre a origem da vida: pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a
respiração e todas as coisas” (Ato 17.25). Porém, em sua presunção contra DEUS, querem até “fabricar” a vida, tentando imitar a atmosfera primitiva do planeta. Certamente, assim como Darwin, vão gastar muitos milhões de dinheiro em vão.
As mutações. A teoria da evolução teve uma ajuda considerável, em 1901. O botânico holandês Hugo de Vries observou que algumas plantas, com caracte­rísticas incomuns, transmitiam essas características a suas descendentes. Vries concluiu que as grandes mutações, resultantes das variações ao longo dos tempos, explicariam a evolução.
Outros cientistas já entendiam que as mutações seriam repentinas. Tais idéias favoreceriam a evolução, no sentido de que das variações e mutações resultariam novas espécies. Mesmo assim, houve oposição de cientistas a essa teoria.
O cientista Rostand levantou objeções quanto ao papel das mutações:
As mutações que conhecemos e que são consideradas pela criação do mundo vivo, são, em geral, quer privações orgânicas, deficiências (perda de pigmento), perda dum apêndice, quer a duplicação de órgãos já existentes. Em qualquer caso, nunca produziram nada de realmente novo nem original na disposição orgânica, nada que se possa considerar como base para um novo órgão ou como preparação para uma nova função...
Não posso persuadir-me a pensar que o olho, o ouvido, o cérebro humano tenham sido formados deste modo... Não vejo nada que me dê o direito de conceber as profundas alterações estruturais, as fantásticas metamorfoses, que teríamos de imaginar na história evolucionista, quando pensamos na transição dos invertebrados para os vertebrados, dos peixes para os batráquios, .dos batráquios para os répteis, dos répteis para os mamíferos40
Mutação é “uma modificação estrutural real em um gene, de tal modo que algo novo é produzido, e não apenas uma readaptação de algo que já existisse ali. De certa forma, o encadeamento de um segmento da molécula de DNA é mudado, de forma que ‘informações’ diferentes são transmitidas através do código genético, na formação da estrutura descendente... O fenômeno da mutação, portanto, é um componente da maior importância do modelo evoluciomsta”.49
No entanto, segundo a própria teoria da evolução, as mutações ocorrem ao acaso, e não de forma dirigida. Isso não é ciência. O acaso — como provam sí matemática e a estatística avançada — não produz nada de organizado, que funcione e se repita segundo as leis estabelecidas.
Emstein declarou: “DEUS não joga dados”. Vejamos o que disse um estudioso das mutações:
Porém, descobriu-se que as mutações são de natureza casual, no que tange à sua utilidade. De acordo com isto, a grande maioria das mutações, certamente bem mais de 99%, são prejudiciais de alguma forma, como é de se esperar em relação aos efeitos de ocorrências acidentais.50
A VERDADEIRA CIÊNCIA
Não há espaço, neste capítulo, para nos estendermos muito sobre as falácias do evolucionismo. No entanto, entendemos ser muito útil apresentar aos estu­dantes de teologia, professores de Escolas Dominicais, nas igrejas, ou mesmo ao leitor alguns argumentos verdadeiramente científicos que refutem a diabólica teoria darwimsta.
A verdadeira ciência, desprovida de preconceito, soberba e academidsmo, não com­prova a — apenas — teoria da evolução.31 Cientistas modernos a têm rechaçado.
Um novo livro, Evolutionary Theoiy, organizado pelo ictiologista Donn Rosen, do Museu Americano de História Natural, acusa o naturalista inglês de ter sido leviano ao colocar de pé sua teoria da evolução. Rosen diz que Darwin — o primeiro a afirmar categoricamente que os organismos vivos partilham ancestrais comuns e se modificam ao longos dos tempos, formando novas espécies — errou ao não prever que novos tipos de seres vivos a evolução irá criar daqui para frente.
O ictiologista, estudioso dos peixes, chega a comparar o pensamento de Darwin ao dos criacionistas —grupo de religiosos que acreditam terem sido as plantas e os animais criados por DEUS há milhares de anos, exatamente como se apresentam agora. Como ele não diz como a evolução opera, suas mutações nem se rfere a seus resultados futuros, é impossível tentar provar que a teoria está incorreta, lamenta Rosen.52
Não há o que lamentar. Darwm errou mesmo ao levantar uma teoria com base em observações jamais comprovadas empiricamente. Em outras palavras, a teoria da evolução é fundada em hipóteses, portanto no acaso e não na ciência dos fatos comprovados. Os defensores da evolução, alguns sequer defendem o criacionismo ou crêem em DEUS.
Matemática desmente evoluciomsmo. Carl Sagan, famoso astrônomo, conhecido no mundo inteiro, calculou que a possibilidade de o homem ter evoluído é de aproximadamente um em IO; ou seja, um número com dois bilhões de zeros à direita, que poderia ser escrito em cerca de vinte mil livros! Segundo a Lei de Borel, isso indica não haver probabilidade alguma.33
Ainda que a probabilidade fosse apenas de um em IO1 000, a probabilidade de o homem ter evoluído ao acaso contraria a Lei de Borel, que define a probabili­dade máxima de um evento ocorre em um em IO50. Assim, a evolução ao acaso jamais poderia realizar-se conforme os dados científicos citados acima. Não se trata de ensino religioso, fundamentado na subjetividade da fé.
Os dados estatísticos — que são ciência, e não artigo de fé — demons­tram que a possibilidade de a vida orgânica ter surgido de matéria inanimada, e evoluído, é tão improvável, que chega a ser denominada impossibilidade absoluta. Mas é sobre tal improbabilidade que se assenta a premissa da teoria da evolução.
Por conseguinte, o relato bíblico para a origem da vida tem um inabalável fundamento, pois inicia afirmando que, “No princípio”, nos dias da criação, DEUS fez surgir as plantas, os animais e criou o homem a partir das substâncias da argila e deu vida ao novo ser criado (Gn 1.1-31; 2.1-4).
Eísica desmente teoria da evolução. A primeira lei da termodinâmica desmente o evoluciomsmo, segundo o qual, as coisas estariam evoluindo, e novas espécies, sendo criadas, ao longo do tempo.
Morris33 declarou:
O princípio básico da ciência física é o da conservação e deterioração da energia. A lei da conservação da energia afrma que; em qualquer transformação de energia, em um sistema fechado qualquer; o total da quantidade de energia permanece inalterado. Lei semelhante é a lei da conservação da massa, a qual estabelece que embora a matéria se altere quanto à forma, tamanho, estado, etc., a massa toda não pode ser alterada. Em outras palavras, essas leis ensinam que nenhuma criatura ou destruição da matéria ou energia está sendo atualmente realizada em qualquer parte do universo físico.'1'
Nada está evoluindo biologicamente. Nenhuma matéria nova está sendo criada.
A segunda lei da termodinâmica também contraria a teoria da evolução. E a chamada lei da deterioração da energia. Conforme essa lei, “embora a quantidade total de energia permaneça inalterada, a quantidade de utilidade e disponibilidade, possuída pela energia, vai diminuindo sempre”.5'
Essa lei também é chamada de lei da entropia. Assim, ao contrário do darwi- nismo, que diz que os sistemas mais simples evoluíram e evoluem para sistemas mais complexos e aperfeiçoados, a lei da entropia afirma que os sistemas orga­nizados tendem a se deteriorar, e não a evoluir.
Sem que haja uma força externa, jamais algo organizado evoluirá, ou mesmo poderá permanecer em seu estado original. Uma máquina, por mais perfeita que seja, se colocada em movimento, envelhecerá; sem uso, também sofrerá alterações negativas. O tempo, que é tão invocado pelos evolucionistas como fator essencial à evolução, é, na verdade, destrutivo, e não construtivo!
Assim, jamais a matéria inanimada poderia produzir um ser vivo. Só admi­tindo a existência de um Projetista Inteligente e Criador, que é DEUS, pode-se entender a origem de todas as coisas, animadas e inanimadas, principalmente, da vida, do homem e da inteligência. Ele, sim, fez todas as coisas do nada, e, no caso do ser humano, tomando a matéria inanimada, “do pó da terra”, ou das substâncias químicas existentes na argila, pelo seu poder fez o homem, com a sua extraordinária complexidade espiritual, mental, moral e biológica. E o fez composto de espírito, alma e corpo (I Ts 5.23).
Confirmando que a lei da entropia honra o que diz a Palavra de DEUS, em Salmos 102.25-27 lemos:
Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, emas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, eficarão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.
As leis da termodinâmica confirmam a Bíblia, mostrando que mesmo os sistemas criados por DEUS envelheceram. Somente pelo poder soberano do Todo-Poderoso é que, um dia, o Universo, que envelhece, será substituído por um novo Céu e uma nova Terra: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1).
Biologia molecular egenética desmentem teoria da evolução. Morris38 declarou:
... a moderna biologia molecular, com sua percepção penetrante acerca do notável código genético implantado no sistema do DNA, confirmou ulteriormente que as variações normais se operam apenas dentro do âmbito especificado pelo DNA para determinado tipo de organismo, deforma que nenhuma característica verdadeiramente nova pode aparecer, produzindo graus mais elevados de ordem
ou complexidade. A variação ê horizontal, e não vertical! Infelizmente, são variações normais desta sorte que comumente são apresentadas como evidências de evolução atual.
O exemplo clássico das mariposas da Inglaterra que “evoluíram” de um a coloração leve dominante para uma coloração escura dominante, enquanto os troncos das árvores ficavam mais escuros devido a poluentes, durante o avanço da revolução industrial é o melhor exemplo apresentado. Isso não foi evolução no verdadeiro sentido da palavra, de forma alguma, mas apenas variação. A sele­ção natural é uma força conservadora, operando para impedir que determinadas espécies se extingam, quando o ambiente se modifica... do começo ao fim, as mariposas continuam sendo “Biston betularia”.59
Paleontologia desmente evolucionismo. Como sabemos, a paleontologia é a ciência que estuda os fósseis dos animais e vegetais. Um fóssil é um “Vestígio ou resto petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a Terra antes do holoceno e que se conservaram em depósitos sedimentares da crosta terrestre sem perder as características essenciais”.60
A existência dos fósseis é usada pelos seguidores de Darwin como prova eloqüente da evolução. Segundo essa crença, as diversas camadas de estratos das rochas petrifi­cadas foram se acumulando ao longo de milhões e milhões de anos, de tal forma que se formou a chamada coluna geológica, uma espécie de índice geocronológico. E, através desse índice, poder-se-ia medir a idade das rochas e, consequentemente, dos fósseis encontrados nas diversas camadas uniformemente sedimentadas.
“A única escala cronométrica aplicável à história geológica para a classificação estratificada das rochas, e para datar eventos geológicos, é fornecida pelos fósseis”
essa é uma afirmação considerada científica em apoio aos evolucionistas.61
Eles procuram, em vão, os espécimes intermediários entre as formas de vida mais simples e as mais complexas. Buscam desesperadamente encontrar o “elo perdido”.
Felipe Saint afirmou:
Há muitos casos de animais e de insetos no registro fóssil que; a despeito da estimativa dos evolucionistas, de milhões de anos, são idênticos à mesma forma que encontramos hoje.
De acordo com Saint, pernilongos que ficaram presos numa pedra de âm­bar — formada de resina solidificada de uma árvore e submetida à pressão e ao calor — fossilizaram-se. Lá estão, perfeitamente preservados, com todas as características dos pernilongos atuais, da mesma espécie. E após milhões e milhões de anos, na suposição dos evolucionistas.
Há o caso de um peixe, chamado celacantino, da família dos celacantídeos, que foi encontrado como fóssil, de maneira completa, incrustado numa rocha. Os evolucionistas comemoraram a descoberta como se fosse “prova” da teoria da evolução, visto que as suas nadadeiras estavam ligadas a um prolongamento semelhante a um braço. Seria isso o elo perdido que comprovaria a evolução entre os peixes e os répteis; os “prolongamentos” seriam a prova da transição entre os peixes; teriam eles evoluído, com variações que tinham “pernas” para poderem se mover, rastejando para fora da água.
Os evolucionistas festejavam a descoberta do peixe considerado extinto du­rante muitos anos... No entanto, para decepção dos discípulos de Darwin, um pescador também veio a apanhar, numa rede, uma espécie de celacantino.
... nas costas da Africa, cm 1938, o primeiro espécime vivo que alguém já tinha visto. Era exatamente semelhante à impressão fóssil à qual os cientistas haviam atribuído um milhão de anos! Em 1952, foi apanhado outro espécime vivo. Assim, em vez de ser uma importante prova de mudança evolutiva, esse peixe é uma prova admirável da declaração bíblica de que cada tipo de criatura é segundo a sua espécie6’
De acordo com a Bíblia, houve uma grande catástrofe, provocada por um grande dilúvio, de âmbito universal (Gn 6—7), que inundou todo o planeta, destruindo a maioria dos seres vivos, das plantas e das substâncias existentes na Terra. È mais lógica a explicação dos criacionistas de que os fósseis reforçam a teoria do catastrofismo.
O catastrofismo ensina que, com o dilúvio, os seres vivos foram apanhados de surpresa pelos eventos provocados pela inundação universal. Prova disso são os peixes e outros animais fossilizados; eles foram petrificados inteiros, intactos. Alguns, até, com alimento não digerido em seu estômago. Isso desmente a teoria da evolução, que advoga o processo do uniformitarismo, segundo o qual as eras geológicas, registradas nas camadas de rochas, indicam uma evolução ao longo de milhões e milhões de anos.
Ora, como um peixe poderia esperar milhões de anos para se fossilizar? Sa­bemos que um peixe, se não for preservado em alguma substância conservadora, apodrecerá em questão de horas. Para ser mantido intacto, no estado fóssil, precisa ser alcançado por um processo rápido e instantâneo. Assim, os fósseis desmentem o evolucionismo.
“O elo perdido não existe”, afirmou o famoso paleontólogo Stephen Jay Gould, da Universidade de Harvard. “A evolução se processa aos saltos (suj. Uma espécie passa milhares ou milhões de anos imutável, e subitamente adquire uma característica nova”.64 Aqui vemos claramente a divergência entre o evoluciomsmo moderno, de Stephen Jay Gould, e o velho e carcomido darwinismo.
Darwin defendeu, em sua decantada teoria, que a evolução ocorre lenta e gradualmente, ao longo de milhões e milhões de anos. Gould afirma que a evolução se processa aos saltos. Agora, perguntamos: “Pode-se crer numa teoria desse tipo?”
Evolucionismo “teísta”
Existe uma falaciosa teoria que tenta amenizar a distância entre a teoria da evolução e a idéia da existência do DEUS Onipotente, Criador do Universo. E a teoria da evolução “teísta” ou pseudoteísta. Segundo suas explicações, pode ter havido a evolução gradual da vida e dos seres vivos, mas sob a su­pervisão do Criador. Com base nessa explicação, de igual modo contrária aos pressupostos bíblicos, DEUS teria criado a primeira célula ou o primeiro organismo unicelular.
Segundo os que admitem essa idéia, o primeiro organismo se desenvolveu, evoluiu e chegou a um ser semelhante ao macaco, o qual foi chamado de Adão. Naturalmente, essa explicação foge totalmente ao que a Bíblia nos ensina acerca da criação do homem.
Em Gênesis 1.27,28, está escrito:
E disse DEUS; Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho efêmea os criou.
O abismo entre a explicação bíblica para a criação e a teoria da evolução é tão grande que não existe conciliação entre as idéias esposadas por elas. O jesuíta francês Teillard de Chardin procurou harmonizar a falsa evolução das espécies com a Bíblia. Ele tem grande credibilidade entre os católicos e explica que DEUS criou todas as coisas, mas através do processo da evolução. Afirma que o relato bíblico não passa de uma lenda, ou de uma fábula ou alegoria.
Tal teoria é “remendo de pano novo em veste velha” (Mt 9.16). Jamais dará certo, pois “semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura” (M6 9.16b). Na verdade, de acordo com a Bíblia, não está havendo evolução nenhuma. Pelo contrário, o ser humano está mvolumdo espiritual, moral e fisicamente. Se há evolução darwinista em andamento, porque a cliente, dos cemitérios aumenta cada dia?
Os dias da criação seriam eras geológicas ? Dentro ou ao lado dessa teoria evolucionista pseudoteísta surgiu a explicação para os dias da criação, como sendo dias-eras, segundo a qual os tais dias não teriam sido normais, e sim eras geológicas de milhões de anos.
Com essa assertiva, seria possível acomodar as explicações científicas ao Gênesis, ou este às explicações científicas para o período de formação da Terra. No entanto, quando lemos o livro de Gênesis e outros textos bíblicos, somos forçados a concluir que, de fato, os dias da criação foram dias normais, e não era de milhões e milhões de anos.
A base para a falácia em apreço tem sido 2 Pedro 3.8: “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia”. Mas este texto tanto pode ser entendido como milhões de anos, como apenas poucos dias, se consideramos mil anos como um dia. Trata-se apenas de uma referência ao fato de DEUS não estar restrito ao tempo, como a humanidade está. Afinal, Ele é de eternidade a eternidade.
Se fosse cada dia uma era geológica de quinhentos mil anos, como se har­monizaria tal idéia com o DEUS Onipotente? Iria Ele esperar milhões de anos para criar o primeiro ser humano na Terra? Tal interpretação tem a finalidade apenas de tentar conciliar a teoria da evolução com a Bíblia. Como já vimos, é um “remendo de pano novo em vestido velho”.
A Bíblia diz que DEUS fez tudo em seis dias: “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou” (Ex 20.11). Ve­mos claramente que foram dias literais, e não dias-eras. Que DEUS nos abençoe, a fim de que, com humildade, aceitemos a explicação bíblica para a origem e desenvolvimento do mundo e do homem na face da Terra.
Conclusão
O estudo da Antropologia Bíblica é de grande valor para os que desejam conhe­cer as verdades emanadas da Palavra de DEUS, como regra de fé e de prática, e como
o Livro que apresenta as únicas explicações coerentes para a criação do universo, da vida, dos seres vivos, incluindo o homem, a inteligência e todas as coisas.
Como vimos, a teoria da evolução não passa de um arranjo teórico para explicar “cientificamente” a origem do homem e de todas as coisas, visando desacreditar a DEUS e afastar o homem do seu Criador. No entanto, a Palavra de
DEUS é “lâmpada” e “luz” para nos mostrar os cammhos pelos quais podemos encontrar DEUS e seu relacionamento com a Criação. Nela vemos, além disso, o DEUS verdadeiro, que ama o ser humano, a ponto de propiciar-lhe a restauração espiritual através da salvação em CRISTO JESUS, nosso Senhor.
Notas bibliográficas
O Homem perante a Naturezz. Blaise Pascal, http://www.consciencia.org/mo- derna/pascaltextol.shtml; acesso em 24 de janeiro de 2006.
Ibid.
BRODRICK, A.H., apud COHEN, Armando C. Notas sobre o Gênesis, p.30.
VERGEZ, André & HIUSMAN, Denis. História dos Filósofos Ilustrada pelos Textos, p.26.
HORGAN, John, apud JOHNSON, Phillip E. Ciência, Intolerância e Fé, p.I35-6.
LIVINGSTON, George Herbert, et al. Comentário Bíblico Beacon, p.33.
Pais da igreja: os grandes teólogos e pensadores dos seis primeiros séculos da Era Cristã.
Escolásticos: pensadores da Idade Média, entre os séculos XI e XIV que valorizavam a filosofia de Aristóteles e procuravam explicar as verdades cristãs por meio da lógica.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p.202.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p.203.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática, Vol. I e 2, p.574.
LANGSTON, A.B. Esboço de Teologia Sistemática, p. 134.
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática, Vol. II, p.89
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, nota de rodapé ref. Gn 1.27.
Ibid., p.33.
LANGSTON A.B. Esboço de Teologia Sistemática, p.I35.
FILHOTácido da Gama Leite. O Homem em Três Tempos, p.2I.
LIVINGSTON, George Herbert, et al. Comentário Bíblico Beacon, p.33.
“Elementos químicos: todas as formas de matéria são compostas de um número limitado de unidades básicas chamadas de elementos químicos, os quais não podem ser desdobrados em substâncias mais simples por meio de reações químicas comuns. Por hora, os cientistas reconhecem 109 elementos diferentes. Os elementos químicos são designados abreviadamente por letras chamadas de símbolos químicos: H (hidrogênio), C (carbono), O (oxigênio), N (nitrogênio),
Na (sódio), K (potássio), Fe (ferro) e Ca (cálcio). 26 destes elementos são en­contrados no organismo humano”.
“Oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio constituem aproximadamente 96% da massa corpórea. Outros elementos, como cálcio, fósforo, potássio, en­xofre, sódio, cloro, magnésio, iodo e ferro, constituem aproximadamente 3,9% da massa corpórea. Outros treze elementos químicos encontrados no corpo humano são chamados de elementos-traço, por serem encontrados em baixas concentrações, e constituem o 0,1% restante”.
http://www.corpohumano.hpg.ig.com.br/generalidades/quimica/quimi- ca_05.html, acesso em 27 de janeiro de 2006.
OLIVEIRA, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia, p.I55.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia sistemática, Vol. I e 2, p.553.
Ibid., p.36.
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã nos Dias Atuais, p.9.
23 Ibid., pp.9,I0.
26 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.250.
COHEN, Lothar & BROWN, Colm. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, p.69.
Ibid., p.72.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.248.
Não se deve confundir com o criacionismo científico, que defende a idéia da criação do homem de modo sobrenatural.
Ibid., p.55.
FILHO, Tácito da Gama Leite. O Homem em Três Tempos, p.55.
PEARLMAN, Myer.. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, p. 106.
34. Fncicbpédia Seleções. Rio de janeiro: Seleções do Readers Digest, 2004, p. 112.
33 Ibid., p.115.
36 LIMA, Elmaldo Renovato de. Células-tronco — uma Visão Ftica e cristã, pp.I4,I5.
3' AMANAJAS, Denise. Perguntas e respostas sobre células-tronco, http://www.atlucas. hpg.ig.com.br, acesso em 21 de janeiro de 2005.
As células-tronco podem ser embrionárias ou adultas. As células- tronco adultas podem ser utilizadas na pesquisa científica, visando à cura de enfermidades, sem qualquer problema ético, pois não implica destruição de um novo ser. Encontram-se no cordão umbilical, na medula óssea e em outros órgãos.
Enciclopédia Seleções. Rio de Janeiro: Seleções do Readers Digest, 2004.
Hibernação — A vida em suspensão, http://orbita.starmedia.com/~inexp/ TempoHibernacao.htm, acesso em 04 de março de 2006.
GILBERTO, Antonio. O Calendário da Profecia, p.20.
CABRAL, Elienai. A Ressurreição dos Mortos, p.28.
A vida a partir da matéria: fato ou fantasia?, http://pt.krishna.com/main. php?id=82, acesso em 2 de março de 2006.
Choque de Culturas. Revista Veja, 8 de fevereiro de 2006, p.70.
LEAKEY, Ricard E. Comentário sobre Darwin, pp. 62-3.
MORIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.ix.
4/ “Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985, p.72.
ROSTAND, Jean. The Orion Book of Evolution, p.79. Apud em Veio o Homem a Existir por Evolução ou Criação?, pp.20-2I.
MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.54.
MULLER, H. J. Radiation Damage to the Genetic Material. American Scien- tist, Vol. 38 (janeiro de 1950), p.35. Apud Henry M MORRIS. O Enigma das Origens — a Resposta, p. 55.
Também é importante notar aqui que a evolução como um modelo científico é completamente omissa em relação a origem definitiva da vida sobre a terra; apesar do modelo evolucionário afirmar que toda a vida descende de alguma fonte comum (que pode ter sido um organismo original simples, ou diversos organismos diferentes que apareceram mais ou menos ao mesmo tempo), “o modelo por si próprio não tem nada a dizer sobre o processo através do qual este organismo original ou organismos apareceram na Terra” — a teoria do me­canismo evolucionário está somente preocupada com a questão de como a vida pode ser transformada em formas novas de vida.
Não existe nenhuma teoria evolucionária preocupada com o desenvolvimento original da vida a partir de substâncias químicas não vivas, uma vez que este tópico sai da estrutura do modelo evolucionário (aspas acrescentadas pelo autor). Ibid. Acesso em 02 de março de 2006.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 abril de 1985, pp.7I,72.
s3 ANKERBERG, John & WELDON, John. Criação e Evolução, p.32-3.
54 Ibid., p.33,34.
3:5 MORRIS, Henry M. é doutor em mecânica de fluidos e hidrologia.
s6 MORRIS, Henry M. A Bíblia e a Ciência Moderna, pp. 13-14.
57 Ibid., p. 14. '
38 MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.5I.
Espécie da mariposa inglesa que foi decantada por Darwin como sendo a “prova” da evolução.
Dicionário Aurélio.
MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.95.
SAINT, Felip. Fósseis que Falam, pp.38-40.
SAINT, Felip. Fósseis que Falam, p.40.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985, p.7I,72.
Que é o homem? De onde ele veio? Para onde vai?
Segundo Platão, o homem é:
Um bípede sem pernas.
Um quadrúpede sem penas.
Um quadrúpede sem pernas.
Um bípede sem penas
Um bípede com penas.
Um quadrúpede com pernas.
A antropologia humana exalta a qual teoria?
Descreva o que foi formado em cada dia da criação.
Qual é o seu entendimento acerca da criação do ser humano à imagem de DEUS e conforme a sua semelhança.
Em que consiste a semelhança do homem para com DEUS? Ela se dá em relação a quê?
O que significa a frase “macho e fêmea os criou”?
Há diferenças entre criar e formar? Por quê?
O que é criacionismo? E por que esta teoria é contrária ao evolucionismo?
Em que consiste a teoria segundo a qual DEUS foi, no início de todas as coisas, o Inteligent Designer (Projetista Inteligente)?
Como ocorreram as formações do homem e da mulher?
Como era a vida de Adão e Eva no Paraíso?
Descreva a Queda. Como ela ocorreu e por quê?
Qual foi o fruto proibido consumido por Adão e Eva?
Segundo a Palavra de DEUS, o ser humano é bicótomo ou tricótomo? Por quê?
O que é o corpo humano?
O que é a alma humana?
O que é o espírito humano, e em que ele difere da alma?
Defina o estado intermediário. O que é? O que acontece com a alma do salvo após a morte? Quanto à pessoa que morre na condenação, qual é e como é o seu estado intermediário?
Justifique, com versículos bíblicos e algumas explicações
plausíveis à luz da ciência, por que a teoria da evolução é
falaciosa e contrária à Palavra de DEUS
 
 
 
ANTROPOLOGIA
ÍNDICE
I.A ORIGEM DO HOMEM
1. A Criação do Homem foi Precedida por um Solene Conselho Divino
2. A Criação do Homem Resultou dum Ato Imediato de DEUS
3. O Homem Foi Criado Segundo um Tipo Divino
4. Os Elementos da Natureza Humana se Distin­guem
5. O Homem foi Feito Coroa da Criação
II.A TEORIA EVOLUCIONISTA
1. O Que o Evolucionismo Ensina Quanto a Origem do Homem
2. A Bíblia Nega o Evolucionismo
3. A Ciência Nega a Teoria Evolucionista
III. A NATUREZA ESSENCIAL DO HOMEM
1.Que é o Homem?
2. O ESPÍRITO do Homem
3. A Alma do Homem
4. O Corpo do Homem
IV. O HOMEM, IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS
1.Conceitos Históricos da Imagem de DEUS no Ho­mem
2. O Homem Criado à Imagem de DEUS
3. O Homem Criado à Semelhança de DEUS
V.UNIDADE DA RAÇA HUMANA
1. Provas Bíblicas da Unidade da Raça Humana
2. A Ciência Confirma as Escrituras
3. Outros Argumentos Quanto a Unidade da Raça Humana
4. Como se Formaram as Nações
V I.PROVAÇÃO E QUEDA DO HOMEM
1. A Árvore do Conhecimento
2. O Significado da Provação do Homem
3. A Opção de Queda
VII. CONSEQÜÊNCIAS DA QUEDA DO HOMEM
1.Conseqüências Ambientais
2. Conseqüências Espirituais

INTRODUÇÃO
O fundamento e a razão de ser da religião cristã apóia-se numa relação vital entre duas pessoas: DEUS e o homem. Portanto, para que a teologia seja fiel à sua proposição e significado, deve prender-se não só ao estudo da revelação de DEUS, mas também do homem.É necessário conhecermos suficientemente o homem para não cairmos em erros irreparáveis na abordagem da doutrina bíblica. Um erro da nossa parte quanto à origem, propósito da existência e futuro do homem dificultará a nossa compreensão do propósito de DEUS para com a hu­manidade total. Convém, pois, estudar e conhecer o ho­mem na sua constituição e posição dentro do propósito de DEUS no tempo e na eternidade.
I. A ORIGEM DO HOMEM
A Bíblia nos apresenta um duplo relato da origem do homem, harmônicos entre si, o primeiro no capítulo 1, versículos 26 e 27, e o outro no capítulo 2, versículo 7 do li­vro de Gênesis. Partindo destes textos e de todo o contexto que trata da obra da criação, quanto à criação do homem,oestudante das Escrituras, inevitavelmente chegará às se­guintes conclusões:
1.A Criação do Homem foi Precedida por um SoleneConselho Divino
Antes de Moisés tratar da criação do homem com maiores detalhes, ele nos leva a conhecer o decreto de DEUS quanto à essa criação, nas seguintes palavras: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gn 1.26). A Igreja geralmente tem interpretado o verbo "faça­mos", no plural, para provar a autenticidade da doutrina da Trindade.
Alguns eruditos, porém, são da opinião que esta palavra expressa o plural de majestade; outros a to­mam como plural de comunicação, no qual DEUS inclui os anjos em diálogo com Ele; todavia, outros a consideram como plural de auto-exortação. Tem-se verificado, porém, que estas três últimas afirmações são contrárias àquilo que pensam e interpretam os pensadores e teólogos mais con­servadores, os quais, como a Igreja, crêem que o plural "fa­çamos" é uma alusão direta à Trindade divina entrando em conselho para a formação do homem.
2.A Criação do Homem Resultou dum Ato Imediatode DEUS
Algumas das expressões usadas no relato da criação do homem mostram que ela aconteceu de uma forma ime­diata, ao contrário do que aconteceu na criação dos demais seres e coisas da criação em geral. Por exemplo, note as ex­pressões: "E disse [DEUS]: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra" (Gn 1.11)"Disse também DEUS: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firma-mento dos céus" (Gn 1.20) Compare estas declarações com a que se segue: "Criou DEUS, pois, o homem..."(Gn 1.27). Qualquer indício de mediação na obra da criação, que se acha contido nas declarações de Gênesis 1.11,20, refe­rentes à criação das aves dos céus e dos seres marinhos, inexiste na declaração da criação do homem em Gênesis 1.27. Isto é, DEUS planejou a criação do homem, e imedia­tamente a levou a efeito.
3. O Homem foi Criado Segundo um Tipo Divino
Com respeito aos demais seres vivos, tais como os pei­xes, as aves, as bestas da terra e dos mares, lemos que DEUS os criou "segundo a sua espécie". Isto quer dizer que eles possuem formas tipicamente próprias de suas espé­cies. O homem não foi criado assim, e muito menos confor­me o tipo das criaturas inferiores. Com respeito a ele, disse DEUS: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gn 1.26). Assim, em todo o relato bíblico, o ho­mem surge como um ser que recebeu de DEUS cuidados es­peciais na sua criação, no princípio.
4.Os Elementos da Natureza Humana se Distinguem
Em Gênesis 2.7 vemos a distinção clara entre a origem do corpo e da alma. O corpo foi formado do pó da terra, material preexistente. Na criação da alma, no entanto, não foi necessário o uso de material preexistente, mas sim a formação duma nova substância. Isto quer dizer que a alma do homem foi uma nova criação de DEUS. A Bíblia diz que o Senhor DEUS soprou nas narinas do homem "o fô­lego da vida, e o homem passou a ser alma vivente" (Gn 2.7). Mui­tas outras passagens das Escrituras falam dos diferentes elementos formadores da natureza humana (Ec 12.7; Mt 10.28; Lc 8.55; 2 Co 5.1-8; Fp 1.22-24; Hb 12.9).
5.O Homem foi Feito Coroa da Criação
O homem é apresentado na Escritura como ponto cul­minante da obra da criação de DEUS. Criado o homem, a criação estava coroada. Veja, por exemplo, o que os seguin­tes textos dizem sobre o assunto:"Também disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre a aves dos céus, sobre os ani­mais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. ...enchei a terra e sujeitai-a; do­minai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que rasteja pela terra" (Gn 1.26,28). Quanto à glória do homem e o seu governo sob as de­mais obras de DEUS, canta o salmista: "Fizeste-o, no en­tanto, por um pouco, menor do que DEUS, e de glória e de honra o coroaste... Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão, e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; as aves do céu e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares" (Sl 8.5,8). Como tal, foi dever do homem fazer com que toda a natureza e todas as demais criaturas, colocadas sob seu go­verno, servissem á sua vontade e ao seu propósito, para que ele e todo o seu glorioso domínio glorificassem ao Todo-poderoso Criador e Senhor do Universo.
II. A TEORIA EVOLUCIONISTA
A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma criação especial, ou seja, que DEUS criou cada criatura "conforme a sua espécie" (Gn 1.24). Isto quer dizer que cada criatura, seja o ho­mem ou mesmo os animais, foram criados como os conhe­cemos hoje.Apesar da nossa crença criacionista, no decorrer dos séculos, mais principalmente no século atual, vãs filoso­fias, falsos ensinos e teorias humanas têm procurado lan­çar dúvida sobre o relato bíblico da criação. Entre essas destaca-se a teoria evolucionista, concebida e largamente difundida pelo naturalista inglês Charles Darwin, que vi­veu entre 1809 e 1889. Não obstante Darwin, antes de mor­rer, tenha abandonado essa teoria, ainda hoje ela é muito aceita, principalmente nos meios acadêmicos.
1. O Que o Evolucionismo Ensina Quanto à Origem do Homem
A teoria evolucionista tem como marco de partida a afirmação de que o homem e os animais em geral possuem um princípio comum. Isto é, tanto o homem quanto os ani­mais procedem dum mesmo tronco, e que hoje, homem e animais são um somatório de mutações sofridas no decor­rer dos milênios. Em suma: o homem de hoje não era ho­mem no princípio. Dessa teoria surgiu o estúpido ensino de que o homem de hoje é um macaco em estádio mais desen­volvido que os outros macacos.E para produzir maior confusão, a teoria da evolução coloca o início da vida humana há milhões de anos, muito antes do tempo sugerido pela Bíblia como época do início da vida humana na terra. Daí vem o ensino absurdo quan­to ao "Homem da Caverna", e do "Homem de Neandertal" e de outros.
2.A Bíblia Nega o Evolucionismo
É bom não esquecer que quando tratamos do evolucio­nismo, estamos lidando com uma "teoria" humana, com suposições, e não com uma ciência exata que lida com fa­tos e dados concretos que possam ser comprovados e pro­vados. Ao lermos um compêndio sobre a teoria evolucionista, mui freqüentemente haveremos de encontrar expres­sões tais como: "crê-se que...", "admite-se que...", "tal­vez...", "possivelmente...", "mais ou menos", etc. Assim sendo, se a teoria evolucionista é tão vulnerável e falha, conseqüentemente os princípios que advoga são insusten­táveis.A teoria evolucionista é desmascarada pelas Escritu­ras que dizem: "Então formou o Senhor DEUS ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente" (Gn 2.7).
3.A Ciência Nega a Teoria Evolucionista
Em abril de 1985, a professora Lelia Coyne, pesquisa­dora da NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos), e docente da Universidade de San José, na Califórnia, sur­preendeu o mundo científico com a afirmação da descober­ta de que a vida humana na Terra começou em estratos de uma argila muito fina e branca, o caulim, usado na indús­tria como branqueador de papel e isolante térmico. "Avan­çamos muito neste terreno", disse a pesquisadora. "Falta-nos ainda a prova definitiva mas já conseguimos o bastan­te para saber que estamos no caminho certo", acrescentou a doutora Coyne. "Se tivesse de apostar uma resposta fica­ria com a teoria da argila", escreveu o astrônomo america­no Carl Sagan, autor do "best-seller" Cosmos. "A argila pode ser comparada a uma fábrica de vida", acrescentou em Glasgow, na Escócia, o bioquímico Graham CairnsSmith (Revista Veja – Editora Abril – Maio de 1986).
Aquilo que para os cientistas e pesquisadores, mesmo os mais moderados, ainda é uma incógnita, para o crente, na Bíblia, é certeza plena: o homem foi formado do pó da terra (Gn 2.7). O homem já foi formado homem. O chamado "Ho­mem de Neanderthal", "Homem de Heidelberg" etc., não têm em si um mínimo de prova de que o homem no princí­pio tivesse em si as características de um macaco encurva-do. O africano de elevada estatura, o pigmeu, o asiático de nariz achatado, o negro com suas características distinti­vas - todos são variações comuns dentro da família huma­na. Assim, também, o homem da antigüidade variava de um para o outro, e também se diferenciava de nós, hoje em dia.Segundo a teoria evolucionista e algumas camadas do criacionismo, a história do homem na terra vai até um milhão e setecentos e cinqüenta mil anos. Não há dúvida de que estes dados são absurdos, principalmente se partir­mos do princípio de que a história do homem na terra não pode ser superior a seis mil anos, mesmo levando em conta não sabermos como o tempo era contado antes do Dilúvio.
III. A NATUREZA ESSENCIAL DO HOMEM
O homem tem sido a principal causa da indagação dos patriarcas, filósofos e pensadores em todos os lugares e em todos os tempos. Para encontrar a resposta a este mistério, que é o homem, precisamos ir da filosofia para a Bíblia Sa­grada.
1. Que éo Homem?
O patriarca Jó parece ter sido o primeiro dos homens mencionados na Bíblia a interrogar acerca do homem. Foi ele quem perguntou a DEUS: "Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas nele o teu cuidado, e cada manhã o visites, e cada momento o ponhas à prova?"(Jó 7.17,18). Depois foi a vez do salmista indagar: "Que é o homem, que dele te lembres?"(Sl 8.4) "Senhor, que é o homem para que dele tomes conhecimento? e o filho do homem para que o estimes?"(Sl 144.3). Conta-se que Scheleiermacher, filósofo e teólogo ale­mão, estava, tarde da noite, sentado num jardim, quando um guarda noturno o abordou perguntando: "Quem é o se­nhor?" "ótima pergunta. Eu gostaria de saber", respon­deu o filósofo."O Pensador", obra escultural do artista francês Au­gusto Rhodin, configura o homem em pertinaz busca da resposta às perguntas: "Quem sou eu?" "De onde vim?" "Por que estou aqui?" "Para onde vou?"
a) O Que Diz a Filosofia
O que alguns filósofos ensinam sobre o homem, nem sempre se harmoniza com a Bíblia. Por exemplo: Platão disse que o homem é um bípede sem penas. Nietzsche dis­se que o homem é mais macaco do que qualquer macaco. Aristóteles disse que o homem é um animal sociável. Molièere ensinou que o homem é um animal vicioso. William Hazlitt disse que o homem é o único animal que ri e chora.

b) O Homem como um Ser Transitório
Alguém definiu a transitoriedade da vida humana nas seguintes palavras: "O homem é um embrulho postal que a parteira despachou ao coveiro". A Bíblia também fala do homem físico natural como um ser cuja existência física está limitada aos poucos anos que DEUS lhe deu na terra.As Escrituras apresentam a vida terrena do homem como: uma sombra, os dias de um jornaleiro, uma lançadeira, um mensageiro rápido, a extensão de apenas um palmo, a urdidura de um tecelão, um vapor passageiro (Jó 8.9; 7.1,6; 9.25; Sl 39.5; Is 38.12; Tg 4.14).
c) O Homem Como Ser Físico
O físico é o aspecto pelo qual o homem é melhor co­nhecido. Por ele o branco se distingue do negro, o grande do pequeno, o obeso do magro e o belo do feio.O corpo humano possui 150 ossos e 500 músculos. O peso do sangue de um adulto é de cerca de 15 quilos. O co­ração humano bate cerca de 70 vezes por minuto e cada pulsação desloca 44 gramas de sangue, que somadas por 24 horas dá um total de 5.850 quilos diários. Toda a massa do sangue passa pelo coração em apenas três minutos. Os pul­mões do homem contém, normalmente, 5 litros de ar. O homem respira 1.200 vezes por hora, gastando 306 litros de ar. O corpo humano possui 13 elementos, sendo 8 sólidos e 5 gasosos.
Um homem pesando cerca de 76 quilos é constituído de 44 quilos de oxigênio, 7 de hidrogênio, 173 gramas de azoto, 600 gramas de cloro, 100 gramas de enxofre, o sufi­ciente para matar as pulgas de três cães de tamanho mé­dio; 1.700 gramas de cálcio, 800 gramas de potássio, 50 gra­mas de ferro, o bastante para fazer 5 pregos travessais; gor­dura suficiente para sete barras de sabão, açúcar suficien­te para 7 xícaras de chá, fósforo suficiente para fazer 2.000 palitos, magnésio suficiente para uma dose de sais, cal o bastante para pintar vinte metros de parede.Mas o homem é muito mais que um amontoado de agentes químicos. Ele é muito mais que carne e osso. O ho­mem é um ser espiritual, pois DEUS o fez alma vivente (Gn 2.7).Ele é não só um ser transitório, isto é, de existência física limitada. O homem é um ser que DEUS ao criá-lo, destinou-o à eternidade.
2.O ESPÍRITO do Homem
Em geral os escritores bíblicos, especialmente os do Antigo Testamento, não se preocuparam em distinguir o espírito da alma ou vice-versa. A distinção entre espírito e alma, hoje conhecida, é decorrente da revelação progressi­va de DEUS no Novo Testamento.
a)O ESPÍRITO Humano é Obra do Criador
Números 15.22 e 27.16 dizem que DEUS é o Criador do espírito humano, e que DEUS o fez de forma individual. Ele está na parte interior da natureza do homem, e é capaz de renovação e de desenvolvimento. O espírito é a sede da imagem de DEUS no homem, imagem perdida com a que­da, mas que pode ser reestabelecida por JESUS CRISTO (Cl 3.10; 1 Co 15.49; 2 Co 3.18). O espírito é âmago e a fonte da vida humana, enquan­to que a alma possui essa vida e lhe dá expressão por meio do corpo. Assim o espírito é a alma encarnada, ou um espí­rito humano que recebe expressão mediante o corpo. A alma sobrevive à morte porque o espírito a dota de capaci­dade; por isso a alma e o espírito são inseparáveis.
b) O ESPÍRITO Distingue o Homem
O espírito humano distingue o homem das demais coi­sas criadas. Por exemplo, os irracionais possuem vida co­mum (Gn 1.20), mas não possuem espírito como o homem tem.O espírito é canal através do qual o homem pode co­nhecer a DEUS e as coisas inerentes ao seu domínio (1 Co 2.11; 14.2; Ef 1.17; 4.23). O espírito do homem quando se torna morada do ESPÍRITO SANTO, torna-se centro de adoração, de oração, cântico, bênção e de serviço (Jo 4.23,24; 1 Co 14.15; Rm 1.9; Fp 1.27).
c) O ESPÍRITO Identifica a Natureza do Homem
O espírito humano, representando a natureza supre­ma do homem, rege a qualidade de seu caráter. Por exem­plo, se o homem permitir que o orgulho o domine, ele tem um "espírito altivo"(Pv 16.18). Conforme as influências respectivas que o dominem, o homem pode ter um espírito perverso (Is 19.14),rebelde (Sl 106.33), impaciente (Pv 14.29),perturbado (Gn 41.8), contrito e humilde (Is 57.15; Mt 5.3),de escravidão (Rm 8.15), de inveja (Nm 5.14). Assim é que o homem deve guardar o seu espírito (Pv 3.23), dominar o seu espírito (Ez 18.31), e confiar em DEUS para transformar o seu espírito (Ez 11.19). Quando as paixões más dominam a alma da pessoa, o espírito é destronado. Isto é, o homem torna-se vítima dos seus maus sentimentos e apetites naturais. A este homem a Bíblia chama de "carnal". O espírito já não domina mais, e essa condição é descrita na Bíblia como um estado de morte. Desse modo há necessidade de um espírito no­vo (Ez 18.31; Sl 51.10). Somente DEUS, que originalmente deu vida ao ho­mem, poderá soprar novamente na alma do homem, in­fluindo nova vida espiritual nela. A este ato a Bíblia cha­ma "regeneração" (Jo 3.8; 20.22).Quando assim acontece, o espírito do homem nova­mente ocupa lugar de destaque em busca da perfeição es­tabelecida por DEUS, e o homem chega a ser "espiritual".
3. A alma do Homem
A filosofia grega dedicou muita atenção ao problema da alma, conseguindo com isso exercer grande influência na teologia e no pensamento cristão. A Natureza, a origem e a continuada existência da alma fizeram-se tema de discussão em todos os círculos filosóficos de então. Platão, por exemplo, cria na preexistência e transmigração da alma.
a) Que é a alma?
A alma é uma entidade espiritual, incorpórea, que pode existir dentro do corpo ou fora dele. A alma é um espírito que habita um corpo, ou nele tem estado, como as almas dos que tinham sido mortos por causa da Palavra de DEUS e pelo testemunho de JESUS CRISTO (Ap 6.9). Os teólogos apresentam duas idéias acerca da alma, e conseqüentemente a respeito da natureza do homem e dos animais. São elas a interpretação tricotomista e a interpre­tação dicotomista.
b) A Interpretação Tricotomista
Segundo a interpretação tricotomista o homem com­põe-se de três partes, ou elementos essenciais, que vêm a ser o espírito, a alma e o corpo (1 Ts 5.23).O corpo é a matéria da sua constituição; a alma, em hebraico nephesh e em grego psyche, é o princípio da vida animal que o homem possui em comum com os irracionais. A ela pertencem o entendimen­to, a emoção e a sensibilidade, que terminam com a morte. O espírito, em hebraico ruah e em grego pneuma,é o princípio do homem racional e da vida imortal. Possui ra­zão, vontade e consciência, e se estende à eternidade após a morte do corpo.
c) A Interpretação Dicotomista
De acordo com a interpretação dicotomista, existem apenas dois elementos essenciais na constituição do ho­mem: o corpo, formado do pó, e a alma, que é o princípio da vida tanto humana como animal. Contém ela duas substâncias: uma é a alma que sente e recorda, e a outra é o espírito que tem consciência e possui o conhecimento de DEUS. Os dicotomistas assemelham a vida do homem à do bruto, diferindo a do homem apenas por ser de ordem su­perior. Assim sendo, o espírito não é uma entidade distinta da alma, mas um aspecto ou desdobramento desta.
d) O Que a Bíblia Ensina Sobre o Assunto
Em geral os escritores bíblicos, de uma forma especial os do Antigo Testamento, não fazem distinção precisa en­tre psyche,alma animal, que é a parte inferior do ser hu­mano, e pneuma,espírito ou alma racional, parte superior do homem. Por isso é comum o uso de ambos os vocábulos como designando uma mesma coisa. Ordinariamente, os escritores sagrados referem-se ao homem como sendo um composto de corpo e alma, ou corpo e espírito, e não de cor­po, alma e espírito, a não ser no Novo Testamento (1 Co 5.44; 1 Ts 5.23 e Hb 4.12). Escreve Scofield: "Sendo o homem 'espírito', é capaz de ter conhecimento de DEUS e comunhão com ele; sendo 'alma', ele tem conhecimento de si próprio; sendo 'corpo', tem através dos sentidos, conhecimento do mundo". O corpo é tabernáculo da alma, a alma a sede da personali­dade, e o espírito o canal de comunhão com DEUS.
4. O Corpo do Homem
Das três entidades que formam o homem, o corpo é aquele sobre o qual a Bíblia menos fala. Sabemos, porém que o corpo humano é o instrumento, o tabernáculo, a ofi­cina do espírito, a bainha da alma. Ele é o meio pelo qual o espírito se manifesta e age no mundo visível e material. Pelo corpo o homem pode ver, sentir e apalpar o que está ao seu redor.As impressões vêm do exterior pelo corpo, porém elas só têm significação quando reconhecidas e atendidas pelo espírito. A consciência própria, a direção própria, o poder de pensar, querer e amar, pertencem exclusivamente ao espírito. Diante disto se entende que o espírito é o agente, enquanto que o corpo é a agência.
a) O Corpo do Homem na Bíblia
A Bíblia registra alguns nomes para designar o corpo humano, quanto a transitoriedade de sua existência e posi­ção que ocupa no plano eterno de DEUS. A Bíblia o chama "casa", "tabernáculo" e "templo" (2 Co 5.1-4; 1 Co 6.19). Os filósofos pagâos falavam do corpo com desprezo, e consideravam-no um empecilho ao aperfeiçoamento da alma, pelo que almejavam o dia quando a alma estaria livre de suas complicações e enredosas roupagens. Porém as Es­crituras, em toda parte tratam o corpo do homem como obra de DEUS, que deverá ser apresentado a DEUS (Rm 12.1), e que deve ser usado para a glória de DEUS (1 Co 6.20). - Por que, por exemplo, contêm o livro de Levítico tantas leis governando a vida física dos israelitas? - Para ensiná-los que o corpo, como instrumento da alma e do espírito, deve conservar-se forte e santo. Evidentemente o corpo é terreno (1 Co 15.47), e como tal, um cor­po de humilhação (Fp 3.21), sujeito a enfermidades e à morte (1 Co 15.53), de maneira que gememos por um corpo celestial (2 Co 5.2). Mas, na vinda de CRISTO, o mesmo poder que vivificou a alma, transformará o corpo, completando assim a redenção do ho­mem. E a garantia de que essa mudança acontecerá é o ESPÍRITO que nele habita (1 Co 5.5; Rm 8.11).
b) A Glória Futura do Corpo
A crença na ressurreição do corpo como meio de sua glorificação é tão antiga quanto a crença em DEUS no Anti­go Testamento. Já no livro de Jó (segundo alguns estudio­sos, o mais antigo livro da Bíblia) encontramos o patriarca dizendo: "Porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a DEUS. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros" (Jó 19.25-27).
Ensina o apóstolo Paulo que, mediante a ressurreição do corpo: a) a morte será destruída; b) receberemos um corpo celestial e glorioso; c) receberemos um corpo não mais sujeito a corrupção; d) ressuscitaremos em poder; e) traremos a imagem do celestial; f) seremos revestidos da imortalidade (1 Co 15.26,40,42,43,49,53). Ainda na expectativa da ressurreição, escreveu o apóstolo João: "Amado, agora somos filhos de DEUS, e ain­da não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, por­que havemos de vê-lo como ele é” (1 Jo 3.2).
IV. O HOMEM, IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS
Um dos ensinos cardeais da Bíblia é que o homem foi criado à imagem e semelhança de DEUS, para amá-lo, obe­decer-lhe e segui-lo. Vestígios desta verdade se encontram nos escritos de grandes vultos da antigüidade, até mesmo na literatura gentílica.
1. Conceitos Históricos da Imagem de DEUS no Ho­mem
Paulo assinala ante os atenienses curiosos, no Areópago, que alguns dos mais famosos poetas gregos, entre os quais Cleantes e Arato, disseram: "Porque dele [de DEUS] também somos geração" (Act 17.28). Daí muitos conceitos quanto a imagem de DEUS no homem foram surgindo ao longo da história.
a) O conceito dos Pais da Igreja
Grandes vultos da Igreja primitiva, comumente cha­mados de "Pais da Igreja", tinham como ponto pacífico a crença quanto à imagem de DEUS no homem, a qual consis­tia principalmente nas características racionais e morais do homem, e em sua capacidade de santificar-se. Alguns deles foram levados a crer e a incluir nos seus escritos que o homem, como imagem de DEUS, possui também carac­terísticas físicas de DEUS.Irineu e Tertuliano fizeram uma distinção entre a "imagem" e a "semelhança" de DEUS, encontrando na pri­meira as características físicas de DEUS no homem, e na se­gunda a natureza espiritual do homem.
Contudo, Clemen­te de Alexandria e Orígenes refutaram a idéia de qualquer semelhança corporal entre o homem e DEUS, e sustentaram que a palavra "imagem" denota as características do ho­mem como homem simplesmente, enquanto que a palavra "semelhança" fala das qualidades que não são essenciais no homem, e que podem ser cultivadas ou perdidas. Esse conceito foi difundido também por Atanásio, Hilário, Ambrósio, Agostinho e João de Damasco.Segundo Pelágio, seus seguidores e intérpretes do seu pensamento, a imagem de DEUS no homem consiste única e exclusivamente em que o homem foi dotado de razão para que pudesse conhecer a DEUS; com vontade livre para que pudesse escolher a fazer o bem, e com a capacidade ne­cessária para governar o mundo.
b) Outros Conceitos
A distinção entre a imagem e a semelhança de DEUS no homem, feita por alguns dos Pais da Igreja, foi aceita e seguida por muitas escolas de interpretações que iriam in­fluir no pensamento cristão nos anos seguintes. Evidente­mente, nem sempre expressavam um mesmo pensamento quanto ao assunto; contudo aceitaram de forma comum que a imagem de DEUS no homem inclui os poderes de li­berdade, enquanto que a semelhança de DEUS no homem falava da justiça original, com a qual DEUS contemplou o homem na sua criação. Houve diferença de opinião sobre se o homem foi dotado dessa justiça original no momento da criação, ou se a recebeu posteriormente, como recom­pensa pela sua obediência temporária.
c) Conceitos dos Reformadores
Os reformadores refutaram a diferença entre a ima­gem e a semelhança de DEUS no homem, e consideraram que a justiça original do homem estava incluída na ima­gem de DEUS, que pertencia à verdadeira natureza humana em sua condição original. Quanto a isto, houve diferença de opinião entre Lutero e Calvino. Lutero, por exemplo, não reconhecia de DEUS nenhum dos dons naturais do ho­mem, tais como suas capacidades racionais e morais, se­não exclusivamente na justiça original, a qual considerou perdida por causa do pecado. Calvino, por sua vez, escre­veu: "...por este termo 'imagem de DEUS' se vê a integrida­de com que Adão foi dotado quando seu intelecto era lúci­do, quando seus efeitos estavam subordinados à razão, quando todos os seus sentimentos estavam devidamente regulados, e quando verdadeiramente Adão descrevia toda a sua excelência e os admiráveis dons do seu Criador. E, ainda que a principal base da imagem divina estava na mente e no coração, dos quais a alma e suas potências não faziam parte, nem sequer do corpo, no qual não brilhavam alguns raios de glória" (As institutas de João Calvino – Casa Editora Presbiteriana – Volume I, Págs. 204,205). O termo "imagem de DEUS", no que diz respeito ao ho­mem, inclui tanto os dons naturais como aquelas qualida­des designadas como justiça original; quer dizer, o verda­deiro conhecimento, a justiça e a santidade. Na queda do homem, toda a imagem de DEUS nele ficou cativa ao peca­do; porém, somente aquelas qualidades foram completa­mente perdidas decorrente da queda do homem.
2.O Homem Criado á Imagem de DEUS
Havendo criado todas as coisas de acordo com a sua vontade, e pelo poder da Sua Palavra, no sexto dia da se­mana da recriação criou DEUS o homem (Gn 1.26,27).
a) Formado do Pó da Terra
A Bíblia diz: "Então formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente" (Gn 2.7). Todas as coisas criadas por DEUS vieram à existência apenas pela ação do Seu soberano poder, expresso na pala­vra "haja", "haja", "haja". O homem, no entanto, alvo de especial cuidado de DEUS, foi modelado pelos dedos do próprio DEUS. Primeiramente o Senhor disse: "Façamos o homem", depois apanhou barro bruto e começou a mode­lar o seu trabalho dando a ele a forma conforme havia ima­ginado antes; soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida e o homem passou a ser alma vivente, como é até hoje (Gn 2.7).
b) "Homem" - Uma Definição
"Homem" vem do latim homo, palavra que segundo opinião de alguns filósofos vem de "húmus" = terra. No Hebraico, língua original do Antigo Testamento, Adam, nome dado ao primeiro homem, Adão, é traduzido por "aquele que tirou sua vida da adamah", da terra. Esta inter­pretação parece razoável, principalmente quando analisa­da à luz da sentença proferida por DEUS contra o homem após a sua queda: “... tu és pó e ao pó tomaras" (Gn 3.19).
c) O Homem, Imagem de DEUS
O termo "imagem de DEUS", relacionado ao homem, fala da indelével constituição do homem como ser racional e como ser moralmente responsável. A imagem natural de DEUS gravada no homem, consiste dos seguintes elemen­tos: o poder do movimento próprio, o entendimento, a von­tade e a liberdade. Neste particular está a diferença mar­cante entre o homem e os animais irracionais.O primeiro ponto que serve de distinção entre o ho­mem, como imagem de DEUS, e os animais irracionais, é a consciência própria. O homem tem o dom de fixar em si mesmo o pensamento, e isto o faz consciente de sua pró­pria personalidade. A faculdade que ele tem de proferir o pronome EU abre um abismo intransponível entre ele e os animais. Nenhum animal jamais pronunciou EU, e a razão é que eles não têm consciência própria (Esboço de Teologia Sistemática – Juerp – Pag. 131).
João Wesley, o famoso evangelista e avivalista inglês, cava mais fundo para mostrar o homem como imagem de DEUS, distinguindo-o dos irracionais. Diz ele: "Qual é en­tão a separação entre o homem e os brutos? A linha divi­sória que eles não podem atravessar? Não é a razão... A di­ferença é esta: o homem é capaz de ter contato com DEUS, as criaturas inferiores não são. Não temos nenhuma base para crer que eles sejam capazes de ter qualquer grau de conhecimento, de amor ou de obediência a DEUS. Esta é a diferença específica entre o homem e os brutos, o grande golfo que eles não podem atravessar" (Coletânea de Teologia de João Wesley – Junta Geral de Educação Cristã da Igreja Metodista do Brasil – Pág. 111). Como imagem de DEUS que o homem é, ele ainda se distingue dos irracionais: a) pelo poder de pensar em coi­sas abstratas; b) pela lei moral que se evidencia no seu comportamento em busca de uma perfeição; c) pela natu­reza religiosa que em potencial existe em cada ser huma­no; d) pela capacidade de fixar um alvo maior a ser alcan­çado no tempo e na eternidade; e) pela consciência da in­tensidade da vida humana; f) pela multiplicidade das ati­vidades humanas, que, conjuntas, somam o bem comum daquele que as executa.
3. O Homem Criado à Semelhança de DEUS
Em Gênesis 1.26, os termos imagem e semelhança se reforçam mutuamente, contudo, parece não terem o mes­mo significado dentro das Escrituras.O homem, como "imagem de DEUS", é um ser racional e moralmente responsável. Como "semelhança de DEUS", ele se parece com o Criador em sua natureza mental.Dizer que o homem foi criado "semelhança de DEUS", não é a mesma coisa que dizer que o homem foi criado exa­ta e absolutamente igual a DEUS. Não! Primeiro, porque o homem foi feito corpo visível e palpável, enquanto que "DEUS é ESPÍRITO" (Jo 4.24). Segundo, porque homem algum pode alcançar e se tornar detentor em si mesmo da absoluta per­feição do Todo-poderoso. Quanto a isto pergunta o patriar­ca Jó: "Porventura desvendarás os arcanos de DEUS ou penetrarás até a perfeição do Todo-poderoso?"(Jó 11.7). Só JESUS CRISTO, o segundo Adão, possui em si mesmo o resplendor da glória e a expressão exata de DEUS (Hb 1.3). Só Ele é em si mesmo "a imagem do DEUS invisível..."(Cl 1.15).
a) Semelhança Natural
Langston admite que, intelectualmente, o homem se parece com DEUS, porque, se não houvesse conformidade na estrutura mental, seria impossível a comunicação de um com o outro, e o homem não poderia receber a revela­ção de DEUS. O fato de DEUS se manifestar ao homem prova que o homem pode receber e compreender esta manifesta­ção. Deste modo o homem é uma pessoa assim como DEUS é uma Pessoa, e a semelhança entre uma e outra pessoa acha-se no espírito, naquilo que o homem é e na sua natu­reza pessoal."Assim sendo, a semelhança natural entre DEUS e o homem perdura sempre, porque o homem não poderá ja­mais deixar de ser uma pessoa como DEUS o é" (Esboço de Teologia Sistemática – Juerp – Pág.134).
b) Semelhança Moral
Além da semelhança natural, há ainda a semelhança moral, porque assim foi o homem criado por DEUS. Essa se­melhança consiste nas qualidades morais que faziam e ainda fazem parte do caráter de DEUS. As Escrituras dizem que "DEUS fez o homem reto..."(Ec 7.29). Todas as suas tendências eram boas. Todos os sentimentos do seu coração inclina­vam-se para DEUS, e nisto consistia a sua semelhança mo­ral com o Criador. Contudo, tendo dado lugar ao pecado, comendo do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, o homem ficou condicionado e escravizado ao mal. A semelhança entre o homem e DEUS sofreu avaria, e foi com o propósito de consertá-la que CRISTO morreu na cruz. Hoje, graças a isto, milhões de filhos de DEUS, em toda a terra, possuem uma nova identidade com aquele que os criou.A semelhança entre o homem e DEUS é sugerida em outros aspectos tais como: a) uma semelhança triúna: o homem sendo um ser tríplice, e DEUS um ser trino (1 Ts 5.23); b) uma semelhança que inclui a imagem pessoal, pois tanto DEUS como o homem possuem personalidade (Ex 3.13,14); c) se­melhança envolvendo existência interminável, como a de que DEUS dotou o homem (Mt 25.46).
V. A UNIDADE DA RAÇA HUMANA
A Bíblia enfatiza o ensino segundo o qual toda a hu­manidade descende dum só casal, Adão e Eva, aos quais DEUS disse: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a" (Gn 1.28). Ademais, a narrativa subseqüente ao capí­tulo primero de Gênesis mostra claramente que as gera­ções que surgiram até o dilúvio permanecem em contínua relação genética com o primeiro casal, de maneira que a raça humana constitui não somente uma unidade específi­ca, uma unidade no sentido em que todos os homens parti­cipam da mesma natureza humana, mas também uma unidade genética e genealógica. Em resumo: toda a raça humana possui um tronco comum, Adão e Eva.
1. Provas Bíblicas da Unidade da Raça Humana
No seu famoso discurso proferido no Areópago, na ci­dade de Atenas, capital da Grécia, disse o apóstolo Paulo que DEUS "de um só fez toda a raça humana para habitar sobre a face da terra, havendo fixados os tempos previa­mente estabelecidos e os limites da sua habitação" (Act 17.26). Esta mesma verdade é básica para a unidade orgânica da raça humana em relação com a primeira transgressão, e em relação também com a provisão de DEUS para a Salva­ção da raça humana na Pessoa de JESUS CRISTO."Portanto, assim como por um só homem entrou o pe­cado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram... Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obe­diência de um só muitos se tornaram justos" (Rm 5.12,19). "Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em CRISTO" (1 Co 15.21,22).
2. A Ciência Confirma as Escrituras
A ciência tem confirmado, de diferentes maneiras, o testemunho das Escrituras com respeito à unidade da raça humana. Evidentemente nem todos os homens de ciência crêem nisso.Por exemplo, os antigos gregos tinham a teoria autoctonista, segundo a qual os homens surgiram da terra por meio de uma classe de gerações espontâneas. Como essa teoria não possuía fundamentos sólidos, cedo foi desacre­ditada. Agassis, por sua vez, propôs a teoria dos coadamitas, segundo a qual existiram diferentes centros de criação. No ano de 1655, Peirerius desenvolveu e defendeu a teoria preadamita, tendo como origem a suposição de que havia homens na terra antes que Adão fosse criado. Essa teoria foi aceita e difundida por Winchell, que, ainda que não ne­gasse a unidade da raça humana, contudo considerava Adão como o primeiro homem só da raça judaica, em vez de cabeça de toda a raça humana.
Em anos mais recentes, Fleming, sem ser dogmático sobre o assunto, disse haver razões para se aceitar que hou­ve raças inferiores ao homem antes da aparição de Adão no cenário mundial, pelos idos do ano 5500 a. C. Segundo Fle­ming, essas raças não obstante inferiores aos adamitas, já tinham faculdades distintas dos animais, enquanto que o homem adamita foi dotado de faculdades maiores e maisnobres, provavelmente destinado a conduzir todo o resto da raça existente à lealdade ao Criador. Falhando Adão em conservar sua lealdade a DEUS, DEUS o proveu dum des­cendente, que sendo homem era muito mais que homem, para cumprir com aquilo que Adão não foi capaz de cum­prir. Na verdade, Fleming nunca foi capaz de dar provas da veracidade dessa sua teoria, comparando-a com o ensi­no que a Bíblia oferece quanto à unidade da raça humana.
3. Outros Argumentos Quanto à Unidade da Raça Humana
Muitos argumentos dignos da nossa análise quanto à unidade da raça humana, têm sido sugeridos no decorrer dos anos, entre os quais se destacam os seguintes:
a) O Argumento da História
As tradições mais antigas da raça humana apontam decididamente para o fato de que os homens tiveram uma origem comum. A história das migrações do homem ten­dem a demonstrar que tem havido uma distribuição de po­pulações primitivas partindo de um só centro, isto é, de um mesmo lugar.
b) O Argumento da Filologia
Os estudos feitos em torno das línguas da humanidade indicam que elas tiveram origem comum. Por exemplo, as línguas indogermânicas encontram sua origem em uma língua primitivamente comum, da qual existem relíquias na língua sânscrita. Também há evidências que demons­tram que o antigo Egito é o elo de ligação entre as línguas indo-européias e as semíticas.
c) O Argumento da Psicologia
A alma é a parte mais importante da natureza consti­tutiva do homem, e a psicologia revela claramente o fato de que as almas dos homens, sem distinção de tribo e na­ção a que pertencem, são essencialmente as mesmas. Pos­suem em comum os mesmos apetites, instintos e paixões; as mesmas tendências, e sobretudo, as mesmas qualida­des, as mesmas características que só existem no homem.
d) O Argumento da Ciência Natural
Os mestres de filosofia comparativa formulam juízo comum quanto ao fato de que a raça humana se constitui numa só espécie, e que as diferenças existentes entre diver­sas famílias da humanidade são consideradas como varie­dades de uma espécie original. Evidentemente, a ciência não afirma categoricamente que a raça humana procedeu de um só casal. Contudo não anula a possibilidade de que assim tenha acontecido.
4. Como se Formaram as Nações
O capítulo 5 de Gênesis cita os nomes de Sete, Enos, Cainã, Maalalel, Jerede, Enoque, Metusalém e Lameque como cabeças de famílias de Adão até Noé. Admitindo que o Dilúvio tenha sido universal, tem-se de crer que das gera­ções anteriores ao dilúvio, somente Noé, sua esposa, seus filhos Sem, Cão e Jafé e noras, escaparam, e encabeçaram as gerações pós-diluvianas.Partindo dos filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé, o doutor Paul E. Ihke dá interessante definição de como se forma­ram as raças no período posterior ao dilúvio.

a) Descendentes de Sem
Sem foi o pai de cinco filhos, que se tornaram cinco grandes raças t numerosas tribos menores. Arfaxade foi o pai dos caldeus, que povoaram a região marginal do Golfo Pérsico. Um dos descendentes de Arfaxade foi Joctã, de quem vieram treze tribos (Gn 10.25-30), as quais ocuparam a Península Arábica. Alguns desses nomes são mencionados na genealogia de Cão, fato que pode indicar miscigenação entre as raças.Elão povoou uma província ao oriente do Rio Tigre e ao norte do golfo Pérsico. Assur povoou a Assíria, às mar­gens do rio Tigre, tendo Nínive como capital. Lude e seus descendentes moraram na banda sudeste da Ásia Menor. Arã povoou a Síria, Hul e Géter ocuparam o território ao lado do lago de Merom ao norte da Galiléia. Maás é cha­mado Meseque (1 Cr 1.17), possivelmente uniu-se com o Meseque da linhagem de Jafé.
b) Descendentes de Cão
Quatro raças originaram-se dos quatro filhos de Cão. Esses por sua vez dividiram-se depois. Povoaram as terras da África, da Arábia oriental, da costa do Mediterrâneo, e do grande vale dos rios Tigre e Eufrates. As primeiras mo­narquias orientais eram dos descendentes de Cão, pela li­nhagem de Cuxe.Existe uma opinião de que alguns dos descendentes de Cão emigraram para a China e que de lá passaram para as Américas através do Estreito de Béringue e do Alasca. Cer­tos cientistas são da opinião de que em algum tempo os dois continentes estivessem ligados.
c) Descendentes de Jafé
As raças arianas ou indo-européias são descendentes de Jafé. Javã teve quatro filhos: Elisa, Társis, Dodanim e Quitim. Estes quatro povoaram a Grécia. Alguns descen­dentes de Quitim foram para a Itália, a França, e a Espa­nha, formando o povo latino. Madai e seus descendentes povoaram a índia e a Pérsia.Gômer foi o pai de três filhos: Asquenaz, Rifate e Togarma. Os descendentes de Rifate povoaram a Iugoslávia e a Áustria. Os descendentes de Gômer deram origem aos celtas, os alemães e os eslavos. Os celtas emigraram para as Ilhas Britânicas, Gales, Escócia e Irlanda. Algumas das tribos germânicas emigraram para a Noruega, Suécia e Di­namarca. Outras tribos germânicas povoaram a Alemanha Ocidental, a Bélgica e a Suíça.

VI. PROVAÇÃO E QUEDA DO HOMEM
A liberdade do homem inclui necessariamente o poder de escolher ou recusar o bem e o mal. Tem havido dúvidas quanto ao homem ter escolhido o mal, sabendo que era mal. Mas não pode haver dúvida de que o homem pudesse tomar o mal pelo bem. Ainda que advertido a não pecar, o homem era alguém falível, portanto, sujeito ao pecado.
1. A Árvore do Conhecimento
"Do solo fez o Senhor DEUS brotar toda sorte de árvore agradável à vista e boa para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal... E lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim cpmerás livremente, mas da árvore do conhecimen­to do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 1.916,17). São as mais diversas as opiniões quanto ao que tenha sido a árvore do conhecimento do bem e do mal. Uma das opiniões muito comuns, ainda que equivocada, é que ela indicava uma forma de proibição divina do ato sexual en­tre Adão e Eva, sua mulher. Daí surgiu a crença popular-mente absurda de que o primeiro pecado do primeiro casal foi o relacionamento sexual.Independentemente do tipo da árvore do conhecimen­to do bem e do mal (uma macieira, uma pereira, uma la­ranjeira, etc), o que importa é o princípio de prova que ela representava. Aquilo pelo que provamos nossos filhos não precisa ser absolutamente mau; o que importa é o tipo e propósito da prova à qual os submetemos.Assim sendo, o problema não era a árvore do conheci­mento em si mesma, mas saber até que ponto o homem se­ria capaz de manter obediência ao mandamento divino: "dela não comerás".
2.O Significado da Provação do Homem
"Tomou, pois, o Senhor DEUS o homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E lhe deu esta ordem: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não co­merás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2.15-17). A admoestação de DEUS no sentido de que o homem não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal não tinha um propósito simplesmente proibitivo. Visava, sobretudo, testar a capacidade de obediência do homem, e promover o seu crescimento espiritual e moral.Nenhuma autoridade de bom senso estabeleceria leis tendo em mente que elas seriam quebradas, mas sim, obe­decidas; contribuindo dessa forma para o progresso co­mum da sociedade que governa.Quanto à indagação se DEUS sabia que o homem have­ria de pecar, evidentemente que DEUS sabia, uma vez que Ele é onisciente. Porém, isto não é a mesma coisa que dizer que o homem foi abandonado ao pecado por DEUS, ou que DEUS tenha sido o artífice da queda do homem. O pecado já existia antes mesmo da queda, e quando o homem o abraçou não o fez como se essa fosse a única opção que ti­nha. Pecar ou não pecar era uma escolha do homem."Podia haver criatura moral sem capacidade de esco­lher? A liberdade é um dom de DEUS ao homem: liberdade de pensar, de escolher, liberdade de consciência, ainda mesmo que o homem use essa liberdade para rejeitar e de­sobedecer a DEUS."Em certo desastre de trem, o maquinista, que podia ter poupado sua vida pulando fora, não se arredou do seu posto. Salvou, desse modo, os passageiros, mas perdeu a vida. Os passageiros erigiram um monumento, não ao trem, que só fez o que a sua máquina o forçou a fazer, mas ao maquinista que, voluntariamente, escolheu dar a vida para salvar os passageiros. Que virtude haverá em obede­cer a DEUS, se em nossa natureza não houver nenhuma in­clinação para agir de outro modo?Porém, se de nossa pró­pria vontade, e contra o impulso firme de nossa natureza, obedecermos a DEUS, nisso há caráter" (Manual Bíblico – Edições Vida nova – Pág. 66).
3. A Opção de Queda
O homem foi feito um agente livre e inteligente. Pena é que ele tenha usado da sua opção de escolha exatamente para desobedecer ao mandamento divino (Gn 3.1-7). O primeiro indício da queda da humanidade está no fato de Eva ter se permitido parlamentar com Satanás. As­sim fazendo, ela foi abrindo o seu coração até chegar ao ponto de aceitar a insinuação do adversário, e desejar tornar-se igual a DEUS, portanto conhecedora do bem e do mal. Estas atitudes de Eva precederam os cinco passos de degradação que culminaram com a queda.Esses cinco passos são:
a)Olhou - "Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos...” (Gn 3.6).
b)Desejou - “... árvore desejável para dar entendi­mento...” (Gn 3.6).
c)Tomou - “... tomou do fruto...” (Gn 3.6).
d)Comeu - “... comeu... e ele comeu...” (Gn 3.6).
e)Morreu - “... no dia em que dela comeres, certamen­te morrerás" (Gn 2.17).
A expressão "morrerás", fala tanto da morte espiri­tual quanto física. E em ambos os sentidos esta palavra fala da maneira em que se encontra o homem desde a sua queda.Adão e Eva agora conheciam o bem e o mal, mas que diferença fazia isso agora, uma vez que a desobediência os fazia escravos do mal."O homem tem sempre diante de si dois caminhos a escolher; o do bem e do mal. Tem sempre duas vontades: a própria e a de DEUS. Adão escolheu a vontade própria, em vez de escolher a de DEUS, fez uma escolha egoística, em vez de uma escolha altruística. Escolheu a morte, em vez da vida. Tudo quanto lhe aconteceu a ele próprio e à sua raça são conseqüências justíssimas da decisão que tomou no Éden. Nenhum homem pode escolher o princípio do egoísmo, e queixar-se quando ele aproximar-se. Não pode escolher o caminho da perdição, e queixar-se por não che­gar ao Céu. Uma vez compreendida a decisão tomada por Adão quando foi tentado, a pena torna-se perfeitamente explicável” (Esboço de Teologia Sistemática – Juerp – Pág.157).
V II. CONSEQÜÊNCIAS DA QUEDA DO HOMEM
A desobediência do primeiro casal ao mandamento di­vino de não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal trouxe consigo conseqüências terríveis. De­corrente da queda, o homem viu afetado o seu relaciona­mento com DEUS, com o seu semelhante, com a natureza e os demais seres criados.
1. Conseqüências Ambientais
Dentre as conseqüências ambientais da queda do ho­mem, as Escrituras destacam as seguintes:
a) Medo e Fuga
"E chamou o Senhor DEUS a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me" (Gn 3.10). Quando um homem rouba algo ou mata alguém, sua primeira atitude é de medo e de fuga; isto porque ele sabe que existem leis que não apenas proíbem o furto e o assas­sinato, mas que também reprimem e punem o transgres­sor. Foi esta a atitude de Adão e Eva: pecaram e, por sabe­rem que estavam desobedecendo a uma lei, temeram e fu­giram. Desde então a humanidade inteira vive em cons­tante fuga da presença de DEUS.

b) Maldição Sobre a Serpente
"Então o Senhor DEUS disse à serpente: Porquanto fi­zeste isto, maldita serás mais do que toda a besta, e mais que todos os animais do campo; sobre teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gn 3.14,15). A serpente recebeu pior maldição que qualquer outro animal: foi condenada a restejar-se sobre seu ventre e a co­mer o pó da terra. A serpente parecia encontrar-se em posi­ção ereta ao ouvir de DEUS a sua sentença de maldição. Desde então a serpente tomou-se uma figura de Satanás e de todos quantos se opõem a DEUS e à Sua obra.
c) A Sorte da Mulher
"E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará" (Gn 3.16). Muito embora a geração de filhos tenha feito parte do plano divino para o primeiro casal, no principio, isto só se cumpriu após a queda. Por outro lado o sofrimento e a tris­teza em conexão com o trazer filhos à luz, foram adiciona­dos em conseqüência da queda.
d) A Sorte da Terra
“... maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá, e comerás a erva do campo"(Gn 3.17,18). A terra foi amaldiçoada, portanto, impedida de pro­duzir apenas o que era bom, passando a exigir trabalho la­borioso e sofrido do homem. Esta é a situação em que a ter­ra tem se encontrado desde então, e continuará até o esta­belecimento do governo milenial de CRISTO.
e) A Sorte do Homem
"E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também te produzirá, e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra; porque dela foste tomado; porque és pó, e em pó te tomaras” (Gn 3.17-19). Não obstante tenha sido o homem criado por DEUS, tendo entre seus propósitos, o de cultivar a terra, os sofri­mentos derivados desse labor só vieram a existir depois da queda.
f) O Conhecimento Prático do Mal
"Então disse o Senhor DEUS: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal..."(Gn 3.22). Antes da queda, o homem era capaz de pecar; contudo desconhecia os efeitos que isso provocaria. Ao desobedecer a DEUS, ele adquiriu o conhecimento do pecado. Conhecia o bem e o mal, mas o pecado o havia condicionado a só fa­zer o que era mau aos olhos de DEUS.
g) Expulsão do Jardim do Éden
"O Senhor DEUS, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado" (Gn 3.23). Como o Éden era um lugar de delícias e de comunhão, cheio da presença de DEUS, o homem, no seu estado de pe­cado, jamais poderia continuar nesse tão augusto lugar. Por isso foi expulso por DEUS, colocando-se às expensas da sua má sorte. Esta foi, sem dúvida, a maior das conseqüên­cias da queda até aqui mencionadas.
h) Vedado o Caminho da Arvore da Vida
"E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vi­da" (Gn 3.24). Tendo o homem preferido comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, foi um ato de misericórdia de DEUS impedi-lo de comer da árvore da vida. Se o ho­mem não tivesse sido impedido de fazê-lo, ao comer dela ele haveria de amargar uma existência de eterna tristeza e miséria.
2. Conseqüências Espirituais
Como resultado da queda do homem, o seu relaciona­mento com DEUS foi sensivelmente alterado, obstaculizando o seu desenvolvimento e causando os males que se se­guiram. Dentre esses se destacam:
a) Morte Espiritual
"Pelo que, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte pas­sou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). O termo "morte" é o termo usado com mais freqüên­cia ao longo das páginas das Escrituras para falar da sepa­ração entre o homem 8 DEUS, por causa da queda do ho­mem no princípio. Este é o estado em que se encontram to­dos os homens, até que permitam que CRISTO lhes toque com o toque vivificador de DEUS.
b) Perda da Semelhança Moral com DEUS
Desde a sua criação, o homem estava destinado a ex­perimentar cada vez maior nível de perfeição, até que al­cançasse perfeita identidade com a pessoa daquele que o criou. Contudo, essa marcha foi interrompida com a que­da, levando o homem tantas vezes a níveis morais tão bai­xos, a ponto de identificar-se melhor com os irracionais do que com DEUS que o criou.
c) Incompatibilidade com a Vontade de DEUS
"Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra DEUS, pois não é sujeita à lei de DEUS, nem em verdade o pode ser. Portanto os que estão na carne não podem agra­dar a DEUS” (Rm 8.7,8). Após a queda, a mente do homem ficou bloqueada para a revelação da vontade de DEUS, e condicionada à prática abominável do pecado.
d) Escravidão ao Pecado e ao Diabo
"Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado... Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai..."(Jo 8.34,44). Negligenciando o mandamento de DEUS e aceitando as insinuações do Diabo, o homem naturalmente tornou-se escravo do pecado e do seu "pai", que é o maligno.
3. Conseqüências Físicas
Além dos problemas ambientais e espirituais, a queda do homem trouxe conseqüências físicas de grandes propor­ções. Dentre essas, se destacam as seguintes:
a) Existência Física Reduzida
"Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espíri­to para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos” (Gn 6.3). Destinado a viver eternamente, o homem tinha agora reduzida a sua existência física. Estaria condenado à mor­te prematura.
b) Corrupção dos Poderes do Homem
Um dos propósitos de DEUS para com o homem ao criá-lo era o de que ele exercesse domínio sobre "os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésti­cos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra" (Gn 1.26).Porém, na queda, além de o homem perder a semelhança moral que tinha com DEUS, todos os seus pode­res se perverteram. Todos os seus pensamentos e desejos se degeneraram em corrupção.
c) Sujeição às Enfermidades
Ainda que nem toda a enfermidade seja causada pelo pecado direto daquele que a porta, todas as enfermidades existem em conseqüência do pecado de Adão, no princípio.
A transgressão do homem foi, como crime, a pior enormidade. Quanto à sua natureza não foi mera desobe­diência à lei divina por parte do ofensor. Foi a mais crassa infidelidade, o dar crédito antes ao Diabo do que a DEUS; foi descontentamento e inveja, ao pensar que DEUS lhe ha­via negado aquilo que era essencial para a sua felicidade; foi um orgulho imenso, ao desejar ser igual a DEUS; foi fur­to sacrílego, ao intrometer-se naquilo que DEUS havia re­servado para si, como sinal de Sua soberania; foi suicídio e homicídio, ao trazer a morte contra si e contra toda a sua posteridade.
"E tudo isso foi cometido à plena vista da benevolên­cia do Criador, que lhe havia outorgado tudo quanto se fa­zia necessário para o aperfeiçoamento e perpetuação de sua felicidade. Foi uma ação contrária às mais claras con­vicções de consciência, e com mente plenamente ilumina­da pelo ESPÍRITO Divino. O ato foi cometido na própria pre­sença de DEUS, com a vontade suficientemente fortalecida para resistir à tentação, e sem sofrer qualquer compul­são” (Teologia Elementar – Imprensa Batista – Pág. 198).

QUESTIONÁRIO DE ANTROPOLOGIA
Onde a Bíblia relata pela primeira vez a criação do homem?
O que se entende pela afirmação de que a criação do homem foi precedida por um solene conselho divino?
A afirmação de que a criação do homem resultou dum ato imediato de DEUS, refuta que teoria muito em voga hoje?
O que se entende pela afirmação de que o homem foi criado segundo um tipo divino?
Quanto à sua natureza, no que o homem se distingue dos animais?
Considerando a criação consumada, como é considerado o homem?
O que ensina a teoria evolucionista acerca da origem do homem?
Dê duas evidências bíblicas que negam a teoria evolucionista.
A que conclusão chegou a professora Lelia Coyne, nas suas pesquisas quanto a origem do homem na terra?
Quanto à natureza essencial do homem, que diz a filo­sofia?
A que as Escrituras assemelham a transitoriedade da vida humana na terra?
Dê pelo menos três características do homem como ser físico.
O que é o "espírito" como um dos agentes da natureza humana?
Qual a definição da alma do homem?
O que ensina a interpretação tricotomista quanto à na­tureza do homem? e a dicotomista?
O que a Bíblia ensina sobre o tríplice agente da nature­za do homem?
A glória futura do corpo está associada a que fato profé­tico por acontecer?
Qual o conceito dos Pais da Igreja sobre o homem como imagem de DEUS?
Que conceito tinham os reformadores quanto ao ho­mem como imagem de DEUS?
Qual a melhor definição filológica do termo "homem"?
No hebraico "Adam", nome dado ao primeiro homem, Adão, é traduzido como?
O que se entende por o homem como imagem de DEUS.
Criado à semelhança de DEUS, entende-se que o homem tem alguma semelhança com DEUS. Em que sentido?
Dê duas provas bíblicas de que toda a humanidade descende de um só casal, Adão e Eva.
O que ensina a ciência quanto à unidade da raça huma­na?
Quais os quatro argumentos racionais quanto à unida­de da raça humana, estudados neste capítulo?
Cite três povos descendentes de Sem.
Cite dois povos descendentes de Cão.
Cite quatro povos descendentes de Jafé.
Que se entende pela árvore do conhecimento?
Por que DEUS provou o homem no Éden?
Quais os cinco passos da degradação do homem, que culminaram com a sua queda?
Dê duas conseqüências ambientais da queda do homem.
Cite três conseqüências espirituais da queda do homem.
Mencione três conseqüências físicas da queda do homem.
 
 
SUBSÍDIOS DA REVISTA 1º TRIMESTRE DE 2020
PARA REFLETIR - A respeito de “Adão, o primeiro homem”, responda:
O que é a doutrina bíblica do homem? A doutrina bíblica do homem é o ensino sistemático das verdades referentes ao ser humano, que encontramos nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento.
Qual o principal fundamento da doutrina bíblica do homem? O principal fundamento da doutrina bíblica do homem encontra-se, obviamente, na Bíblia Sagrada, nossa única regra infalível de fé prática.
Quando o homem foi criado? Em primeiro lugar, DEUS criou os Céus, a Terra e tudo o que neles há. E, só então, veio a formar o homem.
Qual a diferença entre o homem e os animais? Ao contrário dos animais, o homem foi criado direta e pessoalmente por DEUS, para que refletisse a glória divina (1 Co 11.7).
Qual a missão do homem? A missão do homem é glorificar a DEUS, propagar a espécie e administrar o planeta.

SÍNTESE DO TÓPICO I - A doutrina bíblica do homem é o estudo sistemático das verdades bíblicas em relação ao ser humano
SÍNTESE DO TÓPICO II - Segundo as Escrituras, DEUS criou os Céus e a Terra e tudo o que neles há
SÍNTESE DO TÓPICO III - O ser humano não é um detalhe que surgiu por acaso no universo, mas o resultado de uma decisão amorosa, soberana e livre da Santíssima Trindade
SÍNTESE DO TÓPICO IV - A missão do homem outorgada pelo Criador é glorificar a DEUS, propagar a espécie e administrar o planeta.
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
A primeira lição tem o objetivo de introduzir o assunto que será desenvolvido ao longo do trimestre. Assim, você pode aproveitar este tópico, que trata sobre o conceito, fundamentos e objetivos da doutrina bíblica do homem, para apresentar o trimestre inteiro para o aluno. Tenha sempre como alvo as seguintes perguntas: Qual o objetivo de DEUS ao criar o mundo? Por que DEUS criou o ser humano? Qual o propósito do homem neste planeta? A doutrina bíblica do homem busca respondê-las levando sempre em conta a atividade salvífica de DEUS apresentada conforme as Escrituras.
 
 
SUBSÍDIO APOLOGÉTICO TOP2
“Tudo no universo – cada planta e animal, cada rocha, cada partícula de matéria ou onda de luz – está preso a leis, em relação às quais não há escolha a não ser obedecer. A Bíblia nos diz que existem leis da natureza –‘as ordenanças dos céus e da terra’ (Jr 33.25). Essas leis descrevem a forma como DEUS normalmente realiza sua vontade no universo.
A lógica de DEUS está construída no universo, por isso, o universo não é puro acaso nem arbitrário. Ele obedece às leis da química que se originam logicamente das leis da física, muitas das quais podem ter origem lógica de outras leis da física e da matemática. As leis mais fundamentais da natureza existem apenas porque DEUS quer que existam; elas são a forma lógica e ordenada como o Senhor mantém e sustenta o universo que criou. O ateísta é incapaz de considerar a condição da ordem lógica do universo. Por que o universo obedeceria às leis se não houvesse Legislador? Todavia, as leis da natureza são perfeitamente consistentes com a criação bíblica” (HAM, Ken. Criacionismo, verdade ou mito? Respostas para 27 questões sobre a Criação, Evolução e Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.43).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“Os escritores sagrados sustentam de modo consistente que DEUS criou os seres humanos. Os textos bíblicos mais precisos indicam que DEUS criou o primeiro homem diretamente do pó (úmido) da terra. Não há lugar aqui para o desenvolvimento paulatino de formas mais singelas de vida em outras mais complexas, tendo o ser humano como ponto culminante. Em Marcos 10.6, o próprio JESUS declara: ‘Desde o princípio da criação, DEUS os fez macho e fêmea’. Não pode haver dúvida quanto ao desacordo do evolucionismo com o registro bíblico. A Bíblia indica com clareza que o primeiro homem e a primeira mulher foram criados à imagem de DEUS, no princípio da criação (Mc 10.6), e não formados no decurso de milhões de anos de processos macroevolucionários” (HORTON, Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.244).
 
SUBSÍDIO FILOSÓFICO-CRISTÃO TOP4
“Porque o propósito básico da humanidade é estar com DEUS, nossa necessidade primária é estar em harmonia com Ele. Esta necessidade leva-nos a procurar e aprender e, assim, desenvolvemos as qualidades da imagem de DEUS. Nossa necessidade de pensar e escolher, criar e ser tudo a que fomos designados ser, faz-nos potencialmente compatíveis com nosso Criador. A Bíblia começa com DEUS criando os seres humanos e dando-lhes instruções concernentes ao seu propósito para as pessoas e a natureza. Do relato da criação do Gênesis à Grande Comissão registrada no Evangelho de Mateus, a Bíblia é uma história de como DEUS trabalha nas pessoas para gerar e manter seu propósito.
Nosso propósito é o propósito de DEUS. O pecado entrou na nossa natureza quando este potencial de ser como DEUS foi explorado de modo abusivo. A Queda de Adão e Eva é a demonstração original de como todos os males e dificuldades são provenientes de não entendermos as necessidades reais humanas, ou de tentarmos satisfazê-las de maneira errada” (PALMER, Michael D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.207).
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 81, p. 36.
SUGESTÃO DE LEITURA - Teologia Sistemática Pentecostal, Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal e Teologia Sistemática (Eurico Bergstén).
 
 
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LIVINGSTON, George Herbert, et al. Comentário Bíblico Beacon, p.33.
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
 
 
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