“E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mt 23.12) VERDADE PRÁTICA
Cuidado com o orgulho e a arrogância espiritual, pois ambos são pecados perante DEUS e devem ser confessados e abandonados. LEITURA DIÁRIASegunda – Pv 16.18 A destruição é antecedida pelo orgulho, e a queda, pela altivez
Terça – Pv 29.23 A soberba é uma armadilha para os que a cultivam
Quarta – Mc 7.21-23 Na lista dos pecados, a soberba ocupa um lugar especial
Quinta – Tg 4.6 DEUS também se opõe ao soberbo
Sexta – 1 Pe 5.5-7 Pedro repete o que disse Tiago, mas acrescenta uma promessa
Sábado – Rm 12.16 Não ambicionar coisas altas, mas contentar-se com as humildes LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 18.9-149 – E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: 10 – Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. 11 – O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó DEUS, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. 12 – Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 13 – O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador! 14 – Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado. OBJETIVO GERALRessaltar a sinceridade e o arrependimento como duas virtudes importantíssimas para o cristão. OBJETIVOS ESPECÍFICOSInterpretar a parábola do fariseu e do publicano;
Apontar os males do farisaísmo e da hipocrisia;
Contrastar a postura do publicano em relação à do fariseu. INTERAGINDO COM O PROFESSORAté mesmo as pessoas que não professam a fé cristã sabem do que se trata quando alguém é chamado de “fariseu”. Farisaísmo é sinônimo de hipocrisia, postura altamente reprovável por JESUS durante todo o seu ministério terreno. É importante entender que JESUS não reprovava o que era certo do ensinamento dos fariseus (Mt 23.1-3), mas desabonava a conduta deles. Portanto, as boas virtudes devem ser cultivadas, pois estas também são parte da transformação operada pelo ESPIRITO SANTO em nós (Ef 2.10). Como aprenderemos nesta lição, as coisas que o fariseu dizia fazer não eram, em si mesmas, erradas, mas a motivação com que ele agia, isto sim, era algo altamente arrogante e mesquinho. PONTO CENTRAL - A sinceridade e o arrependimento vão além da religiosidade. Resumo da Lição 6, Sinceridade e Arrependimento Diante de DEUS I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO
1. O fariseu. 2. O publicano. 3. A oração. II – A HIPOCRISIA DO FARISEU
1. A postura do fariseu no momento da oração. 2. Uma “oração comum”. 3. A oração arrogante. III – A SINCERIDADE DO PUBLICANO
1. A oração do publicano. 2. Sinceridade e arrependimento. 3. A oração aceita. SÍNTESE DO TÓPICO I - Os dois, fariseu e publicano, estavam no Templo e também orando, mas as motivações eram muito diferentes. SÍNTESE DO TÓPICO II - O fariseu praticava coisas certas não por isto ser o correto, mas como forma de autojustificação. SÍNTESE DO TÓPICO III - O publicano, a despeito de exercer uma atividade nada honrosa entre os judeus, foi justificado por sua sinceridade e arrependimento. PARA REFLETIR - A respeito de “Sinceridade e Arrependimento Diante de DEUS”, responda:O que significa dizer que estamos diante de uma “parábola narrativa indireta simples”? Uma comparação entre dois personagens opostos o fariseu e o publicano, colocando-os lado a lado.
Além de perseverarmos na oração, o que é necessário fazer? Além de perseverarmos na oração, é preciso cultivar uma atitude correta.
Qual foi, de fato, o erro do fariseu? Sua arrogância.
O que era possível notar pelas palavras do fariseu e do publicano? É possível notar, pelas palavras do fariseu, que todos os seres humanos eram pecadores e “apenas” ele era justo. De forma contrária, na confissão do publicano, porém, todos eram justos, “somente” ele era o pecador.
Qual é o princípio por trás de toda essa parábola? O princípio por trás de toda a parábola está muito claro: aquele que se exalta, será humilhado. Ninguém possui algo de que possa se orgulhar diante de DEUS. Quem se humilha, será exaltado (Lc 14.11). O pecador arrependido que humildemente busca a misericórdia de DEUS, certamente, a encontrará.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 76, p39. RESUMO RÁPIDO DO Pr. HENRIQUE INTRODUÇÃO Estudaremos hoje a parábola conhecida como "Parábola do fariseu e do publicano. JESUS revela a diferença de atitude de dois homens quando em oração diante de DEUS. Um se justifica a si mesmo enquanto outro pede misericórdia a DEUS para que seja justificado. Existe uma "Teologia do Merecimento" que mais afasta o homem de DEUS do que o aproxima. É a teologia adotada pela maioria das religiões. é uma tentativa de comprar o favor de DEUS.
A confissão mais pesada da Bíblia acha-se no livro de Isaías: “Todos nós nos tornamos impuros. As nossas boas ações, que pensamos ser um lindo manto de justiça, não passam de ‘trapos imundos’” (Is 64.6, NBV). Outras versões chegam mais perto do que o profeta quer dizer e mencionam “roupa ‘manchada’” (BP) e “panos ‘repugnantes’” (TEB). “Nossa justiça toda é como ‘sangue menstrual’” (CNBB). Esses trapos imundos são os absorventes da época.
É um choque quando o véu da auto-avaliação equivocada é removido e o culpado chega a ponto de saber que suas possíveis boas obras são como trapos de imundícia.
Porém, se existe sangue menstrual, existe também sangue remidor e purificador!Com a obra do Senhor JESUS, o seu sangue branqueou nossas vestes, Ap 7.14, e as obras de justiça dos santos, são as vestes de linho puro e resplandecente que a noiva, a igreja, se vestirá nas bodas do Cordeiro, Ap 19.8, nisto aprendemos que as obras de justiça que fazemos em CRISTO, são vestes resplandecentes e não mais trapos de imundícia, e toda a virtude pertence ao Senhor, para a glória de DEUS Pai, Mt 5.16 e Mt 25.31-46.
Muitos crentes não conseguem ser batizados no ESPÍRITO SANTO, por exemplo, por se chegarem diante de DEUS acreditando que merecem receber.
Outros não são curados porque se chegam a DEUS exigindo a cura por merecerem.
DEUS não dá nada por merecimento, mas sim, pela sua infinita misericórdia, por seu amor, por sua graça conquistada na cruz, por JESUS.
Somos totalmente dependentes de DEUS. ELE pode tudo, nós devemos nos chegar a ELE em humildade. JESUS ensina que são felizes os humildes de espírito (Mt 5.3), aqueles que reconhecem a sua real condição diante de DEUS. Por isso, hoje vamos falar sobre a sinceridade e o arrependimento para com o Senhor.
JESUS não está ensinando nesta parábola que será justificado quem não jejua, quem não dá esmolas, quem não dá dízimos, mas uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros.
Deve-se prestar atenção ao fato de que JESUS está se referindo a atitude de dois homens em oração diante de DEUS.
O fariseu que parecia ser santo, perfeito, separado para DEUS era profano, pecador, longe de DEUS e o publicano que parecia ser o pior dos pecadores era humilde diante de DEUS e se arrependia de seus pecados. JESUS não está dizendo que todo fariseu estava condenado e e nem que todo publicano estava justificado.
SERÁ QUE EXISTE NESTA PARÁBOLA DOIS EXTREMOS, SE CONSIDERARMOS NOSSO TEMPO?
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO1. O fariseu. O Fariseu era um ator. representava um papel de perfeito por fora sendo impuro por dentro. Todo aquele que tenta se justificar pela lei acaba se condenando e se afastando da graça. Separados estais de CRISTO, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. Gálatas 5:4 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Mateus 5:20. Estamos nos últimos dias da igreja na terra onde as pessoas confundem vida santa com farisaísmo.
Fariseus não eram salvos, não eram espirituais, não conheciam JESUS como Messias, não praticavam o que ensinavam, não amavam as pessoas, não possuíam nenhum dom do ESPÍRITO SANTO, não realizaram nenhum milagre, não levavam ninguém a salvação.
Paulo, Pedro, contavam o que JESUS faziam entre eles, não para se exaltarem, mas para levarem outros a serem instrumentos de DEUS. Para levarem outros a se esforçarem por darem suas vidas em sacrifício para a salvação das pessoas.
At 15:4 E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos, e relataram tudo quanto DEUS fizera por meio deles. Ver Mais
At 21:19 E, havendo-os saudado, contou-lhes uma por uma as coisas que por seu ministério DEUS fizera entre os gentios
Lc 2:37 e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a DEUS noite e dia em jejuns e orações.
At 14:23 E, havendo-lhes feito eleger anciãos em cada igreja e orado com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
2Co 6:5 em açoites, em prisões, em tumultos, em trabalhos, em vigílias, em jejuns,
2Co 11:27 em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez.
Jejuns, orações, estudos bíblicos, esmolas, ofertas, dízimos, tudo isso, devem ser normais na vida de todo crente.
Lc 12:33 Vendei o que possuís, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não envelheçam; tesouro nos céus que jamais acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói.
At 9:36 Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, que traduzido quer dizer Dorcas, a qual estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
At 10:2 piedoso e temente a DEUS com toda a sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo e de contínuo orava a DEUS,
At 10:4 Este, fitando nele os olhos e atemorizado, perguntou: Que é, Senhor? O anjo respondeu-lhe: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de DEUS;
At 10:31 e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória diante de DEUS.
At 24:17 Vários anos depois vim trazer à minha nação esmolas e fazer oferendas; FARISEU - Claudionor Correia de Andrade; Dicionário Teológico - [Do heb. pharush; do gr. pharisaios; do lat. pharisaeu] Partidário de uma das principais seitas rabínicas dos tempos de CRISTO. Tendo como líderes espirituais os escribas, sublimavam a letra da Lei Mosaica em detrimento do espírito desta. Por causa de seu formalismo e exterioridades, foram energicamente combatidos pelo Senhor JESUS.
O fariseu caracterizava-se ainda pela ferrenha oposição aos outros religiosos, fugindo-lhes a qualquer contato. Ao contrário dos saduceus, acreditavam na existência dos anjos, espíritos, ressurreição dos mortos. Eles alimentavam uma forte expectativa messiânica.
Hoje em dia, fariseu tornou-se sinônimo de orgulho e hipocrisia. E a perfeita figura de quem, apesar da santidade que ostenta, leva uma vida intimamente dissoluta e ímpia. FARISEU - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD Acredita-se que o termo fariseu deriva do verbo hebraico parask, isto é, “dividir ou separar”. Portanto, os fariseus eram “o povo separado”. Porém, tanto a origem desse grupo judeu como do nome que recebeu ainda são incertos. A “separação” da qual o nome está falando poderia referir-se a uma separação geral das impurezas ou do mundo, ou poderia estar ligada a alguma situação histórica em particular. Por exemplo, os fariseus poderiam ter surgido como a expressão de uma rígida abstenção dos costumes pagãos na época de Esdras e de Neemias (ç.u.), ou da recusa de adotar costumes gregos mesmo sob a ameaça de morte na época de Antíoco Epifânio (q.v.), ou da ruptura que aconteceu em 165 a.C,, após a reconquista do Templo, entre os Macabeus (q.v) e os “Piedosos” ou Chasidim, que estavam dispostos a lutar pela liberdade religiosa, mas não pela independência política. Todas essas possibilidades foram levantadas como teorias, e todas podem ser consideradas como a personificação de alguns aspectos do espírito farisaico; mas as evidências não são conclusivas para nenhuma delas.
A primeira referência aos fariseus, como um grupo existente em Israel, foi feita durante o reinado de João Hircano (135-104 a.C.). De acordo com Josefo, nessa época eles exerciam grande influência junto às massas. Hircano foi um de seus discípulos, mas por causa de desentendimentos ele separou-se e juntou-se aos saduceus (Ant. xiii.10. 5. f.). Em uma observação repleta de presságios, Josefo acrescenta: “Por causa disso, naturalmente, cresceu o ódio das massas por ele e seus filhos” (ibid). Consta, também, que Hircano deixou de observar certos “regulamentos” que os fariseus haviam estabelecido para o povo. Josefo explica que “os fariseus haviam transmitido ao povo certos regulamentos (nomima) herdados das gerações anteriores, mas que não haviam sido registrados na lei de Moisés (ttonwi) ׳, por essa razão eles foram rejeitados pelo grupo saduceu” (10. xiii.6).
Esse relato serve para realçar o principal fator que existe em qualquer definição do farisaísmo - o conceito da tradição, de uma contínua expansão da lei oral. Ele também indica que, na época de Hircano, o farisaísmo já era um florescente movimento com grande influência sobre a população. Além disso, a referência à transmissão de regulamentos que haviam sido herdados das gerações anteriores sugere alguma continuidade com o passado. Portanto, aqueles que têm procurado acompanhar os fariseus desde os Chasidim, que lutaram ao lado de Judas Macabeu, até a nova dedicação do Templo (1 Mac 2.42ss.; 7.13ss.; 2 Mac 14.6) podem ter chegado muito próximo da verdade. Embora algumas de suas características tenham raízes que se estendem até tempos remotos, o farisaísmo que conhecemos a partir de fontes disponíveis parece ter se originado como uma resposta judaica ao desafio da cultura grega no início do segundo século a.C.
Em uma época bastante posterior, quando o farisaísmo já havia se tornado a expressão normativa do judaísmo, os hiatos históricos foram preenchidos de forma a fazer crer que a lei oral havia sido estabelecida pelo próprio Moisés, via Josué, os anciãos, os profetas, os homens da Grande Sinagoga fundada por Esdras, e também por homens como Simeão, o Justo, e Antígono de Socho (séculos IV e III a.C.) até os “pares” (zugoth) de mestres investidos de autoridade (por exemplo, Semaías e Abtalion, Hilel e Shammai) e o rabinos que vieram depois deles (veja o tratado de Mishna, conhecido como PirkeAboth, capítulo 1), Vale a pena notar que a origem dos “pares” coincide aproximadamente com o momento em que os fariseus começaram a constar em nossas fontes. É muito provável que a era dos macabeus tenha marcado o seu verdadeiro aparecimento, embora eles afirmassem que seus ancestrais espirituais haviam sido homens como Esdras, que haviam confirmado e explicado a Torá. Eles podem até ter possuído algumas tradições orais que remontavam até o início da época posterior ao Exílio.
Depois da ruptura com a casa real hasmoneana, representada por João Hircano, o destino político dos fariseus sofreu algumas flutuações. Eles tornaram-se os líderes de uma contínua oposição popular ao seu sucessor, Alexandre Janeu (10376־ a.C.), de forma que em seu leito de morte, impressionado pela influência que exerciam sobre as massas, Alexandre insistiu com sua esposa Salomé Alexandra (76-67 a.C.) que trabalhasse mais próxima deles (Josefo, Ant. xiii. 15.5.). Os tradicionais regulamentos herdados “dos pais” foram restabelecidos, e os fariseus tornaram-se o poder por detrás do trono, livres para vingar as injustiças que acreditavam ter sido feitas contra eles por Alexandre (ibid., xiii. 16.1; cf. Wars i.5. 2. f.). Na luta pelo poder que se seguiu à morte de Alexandra, parece que os fariseus tornaram-se um terceiro partido que não apoiava nenhum de seus dois filhos; eles requisitaram aos romanos que abolissem o reinado judaico (que os sacerdotes haviam usurpado depois da revolta dos macabeus) e o retomo ao antigo tipo de regulamento sacerdotal (Ant. xiv. 3.2). Essa expectativa não se realizou, mas os romanos realmente puseram um ponto final a essa disputa entre facções quando Pompeu capturou o Templo, invadiu o santuário, exilou um dos filhos de Alexandra e indicou o outro (Hircano II) como sumo sacerdote e representante do rei. A independência política, conquistada de maneira tão nobre no século anterior, foi novamente perdida quando o povo judeu passou a sofrer o domínio romano em 63 a.C.
Os Salmos de Salomão representam a expressão mais refinada da piedade farisaica pré-cristã. A data da sua autoria corresponde ao período tumultuado que se seguiu à conquista de Pompeu, pois articulavam a ira piedosa dos fariseus contra os “pecadores" de Israel, cujos atos haviam provocado o terrível castigo de DEUS (isto é, os últimos governantes da casta sacerdotal dos hasmoneus e os saduceus que os apoiaram), e contra os gentios que haviam invadido os limites impostos por DEUS sobre eles ao castigar o seu próprio povo (Salmos de Salomão 2.16-29). O desconhecido autor desses Salmos delineou claramente a situação (“Nações estrangeiras ascenderam ao teu altar, eles orgulhosamente pisotearam sobre ele com suas sandálias”, 2.2), e se mostrou jubiloso com a subseqüente morte violenta de Pompeu em 48 a.C. (“DEUS me mostrou o insolente assassinado nas montanhas do Egito”, 2.30). Os fariseus encontravam nestes versos a ilustração de um de seus temas clássicos, o conceito da retribuição; DEUS vingando os *justos” (isto é, os próprios fariseus) e punindo os “pecadores”. A doutrina de uma futura ressurreição, tão uniformemente atribuída aos fariseus (cf. Act 23.6ss.; Josefo, Ant. xviii. 1.3ss.. Wars ii.8.
14), é simplesmente o produto da consistente aplicação de seu princípio da retribuição (cf. Salmos de Salomão 3.16).
A esperança messiânica dos fariseus foi estabelecida de uma forma bela na última parte do Salmo de Salomão 17. O Senhor “levantará entre eles o seu rei, o filho de Davi” (17.23) que “destruirá as nações Ímpias com a palavra de sua boca” (v. 27).
Sobre Davi diziam: “Será um rei justo sobre eles, ensinado por DEUS, e não haverá injustiças nesses dias em seu meio, pois todos serão santos e seu rei será o ungido do Senhor” (w. 35ss.). Embora o rei e o reino que os fariseus estavam buscando fossem terrenos, eles também eram espirituais e não seriam alcançados “pela confiança no cavalo, no cavaleiro e no arco” (v. 37).
Depois da conquista de Pompeu, os fariseus, em sua maior parte, tomaram-se politicamente conformados. Embora houvesse alguns zelotes destacando-se entre eles, os fariseus formavam um grupo que procurava evitar conflitos com Roma, e somente depois de muita relutância foram finalmente arrastados para a malograda revolta do ano 70 d.C. Depois da destruição de Jerusalém, foram os fariseus que se incumbiram de recolher os fragmentos da fé e da vida judaica e reconstruir o judaísmo que conhecemos por meio dos escritos dos rabinos. A situação era análoga àquela que havia prevalecido após o exílio na Babilônia; não havia uma nação judaica e a unidade do povo expressava-se através da lei, da sinagoga e das boas obras. A esperança escatológica não estava ligada à atividade revolucionária, mas à intervenção divina, e isso em seu momento oportuno. Dessa forma, desde o ano 70 d.C. o judaísmo tomou-se o rebento daquilo que previamente havia sido apenas um grupo entre vários outros — os fariseus.
Se os Salmos de Salomão mostram o farisaísmo sob o seu melhor aspecto, o NT mostra o que de pior havia nele. Na época de JESUS, parece que os fariseus formavam um grupo de laicos (isto é, homens que não eram sacerdotes), em que alguns de seus membros haviam sido especialmente treinados no estudo das Escrituras. Havia os escribas, e foi contra estes e contra os fariseus que o Senhor JESUS dirigiu algumas de suas mais severas denúncias. O Senhor não contestava categoricamente aquilo que aqueles homens ensinavam na sinagoga: “Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus” (Mt 23.2ss.); seus ensinos deveriam ser seguidos. Mas eles eram hipócritas porque não viviam de acordo com seus elevados padrões de justiça. Colocavam sobre o povo um jugo que eles próprios não estavam dispostos a suportar (Mt 23.4) e faziam uso da casuística para fugir ao espírito da lei, enquanto exigiam que ela fosse cumprida à risca (Mt 23.16-22; cf. Mc 7.9-13). Os fariseus gloriavam-se em sua justiça própria e só faziam boas obras para serem vistos pelos homens (cf. Mt 23.5-12; 6.1-6,16-18; Lc 18.9-14). João Batista havia chamado os fariseus de “raça de víboras” que se apoiavam de forma complacente sobre a filiação deles à Abraão (Mt 3.7ss.). O Senhor JESUS confirmou esse veredicto (Mt 23.33) acrescentando que eram como “sepulcros caiados” (23.27) e filhos, não dos “profetas e dos justos”, para quem haviam construído túmulos bem elaborados, mas daqueles que haviam assassinado esses mesmos profetas e homens justos, desde Abel até Zacarias (23.29-36). Eram “condutores cegos” de outros cegos, que procuravam encontrar muitos prosélitos, mas na realidade deixavam os homens fora do Reino dos céus (Mt 15.14; 23.13-15).
Esse pensamento do NT é bem conhecido, mas não devemos nos esquecer de que naquela ocasião os fariseus eram vistos sob uma luz um pouco mais favorável (por exemplo, Lc 7.36ss.; 13.3 lss.). Foram atribuídas a Gamaliel (.q.v.) algumas das boas qualidades que Josefo encontrou nos fariseus - moderação, renúncia a castigos severos, consciência da soberania divina e também da responsabilidade humana (At 5.33-39; cf. Josefo, Ant. xiii. 5.9; 10.6; Wars ii.8.14). Paulo tinha sido um fariseu antes de sua conversão e aparentemente considerava esse grupo como a mais elevada expressão da “justiça que há na lei” (Fp 3.4-6; cf. Gl 1.14). Também não devemos nos esquecer de que mesmo sendo denunciados por JESUS, os fariseus eram capazes de pesquisar e de fazer uma rigorosa autocrítica. O Talmude descreve, de forma jocosa, sete classes de fariseus. Entre eles existiam os “fariseus de ombro” que levavam as suas boas obras em seus ombros, para que pudessem ser vistos pelos homens; os “fariseus pilão”, cuja cabeça era curvada como o pilão em um almofariz como um sinal de falsa humildade. Porém, existiam aqueles que verdadeiramente amavam a DEUS, e que eram como Abraão (veja, por exemplo, Ber. 9,14b; Sot. 5,20c; Sot. 22b, explicados de forma muito conveniente na obra de C. G. Montefiore e H. Loewe A Rabbinic Anthology, p. 1385).
Uma definição do farisaísmo poderia começar insistindo que ele era legal, mas não literal. Era uma religião que “construiu uma cerca em volta da lei” (Pirke Aboth 1.1), selecionando os regulamentos legais do AT, muitos dos quais eram dirigidos aos sacerdotes levitas e tornando-os relevantes e aplicáveis a cada judeu. Isso foi feito através de seu sistema de interpretação oral da tradição. Eles levaram a lei ao alcance de cada homem, de forma que em um sentido diferente de Martinho Lutero, o farisaísmo representou o *sacerdócio do crente”. Para o fariseu sincero, a lei não representava uma “letra morta”, como havia sido explicada e interpretada pelos escribas, mas a sua própria vida.
Então, por que o Senhor JESUS denunciou o farisaísmo? Em parte por causa da hipocrisia de alguns de seus representantes, que “diziam, mas não praticavam” (Mt 23.3), e em parte porque o farisaísmo, em sua honesta tentativa de adaptar a eterna lei de DEUS às mutáveis condições humanas, havia comprometido a justa e absoluta exigência divina (Mt 15.3). Ao aplicarem a si mesmos e a seus seguidores certos deveres exteriores, eles haviam realmente dado uma forma mais fácil à justiça, um objetivo que seria alcançável através de uma certa obediência, para que quando esses atos fossem realizados os fariseus pudessem pensar que haviam feito tudo o que deles era exigido. Contra essa atitude, JESUS disse que mesmo quando tais exigências tivessem sido cumpridas, o servo de DEUS ainda não poderia permanecer seguro. A exigência ética ainda estava presente; ele ainda seria um “servo inútil” (Lc 17.10). Portanto, JESUS disse aos seus discípulos: “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” (Mt 5.20).
Bibliografia. I. Abrahams, Studies in Pharisaism and the Gospels, Nova York. Ktav Pub. House, 1967. W. D. Davies, Introãuction to Pharisaism, Brecou. J. Colwell and Sons, 1954, A. Finkel, The Pharisees and the Teacher of Nazareth, Leiden. E. J. Brill, 1964. L. Finkelstein, The Pharisees, 3 rd ed., Filadélfia, Jewish Pub. Society, 1962, R. T. Herford The Pharisees, Boston. Beacon Press, 1962. Joachim Jeremias, - Jerusalem in the Time of JESUS, Filadélfia. Fortress Press, 1969, pp. 246-267. J, Z. Lauterbach, Rabbinic Êssa.ys, Cin.cinn.ati. Hebrew Union College Press, 1951. G. F. Moore, Judaism in the First Three Centuries of the Christian Era, Cambridge. Harvard Union Press, 1932-40. Jacob Neusner, The Rabbinic Traditions About the Pharisees, Leiden. Brill, 1971. - J. R. M. 2. O publicano. (Lc 3.12,13; 19.8). Os publicanos sempre eram classificados entre os pecadores (Mt 9.10,11), os pagãos e as meretrizes (Mt 21.31). O povo murmurava pelo fato de JESUS comer com eles (Mt 9.11; 11.19; Lc 5.29; 15.1,2). Chama a atenção o fato de JESUS ter escolhido um publicano, Mateus, para segui-lo, tornando-se apóstolo (Mt 9.9) Publicano - “Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mateus 5.46).
Mas por que eles eram tão mal vistos pelos judeus?
Em primeiro lugar, as pessoas os viam como uma espécie de traidores, pois trabalhavam para o império Romano, que as dominava com violência. Em segundo lugar, temos a questão dos impostos abusivos que eram cobrados pelo império, trazendo muitas dificuldades à população e não trazendo benefícios ao povo, antes, apenas enriquecendo cada vez mais o império e seus governantes. Isso revoltava o povo trabalhador. Um último ponto ainda tem a ver com o fato de que a maioria dos publicanos eram corruptos, cobrando além do que era taxado pelo império. Com isso, muitos publicanos enriqueciam explorando seu próprio povo e atraindo o ódio deles para si. Mateus era Publicano - Era cobrador de impostos. Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Mateus 10:3 E JESUS, passando adiante dali, viu assentado na alfândega (coletoria) um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. Mateus 9:9 PUBLICANO - Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde - CPAD- Do grego “telõnês” (de “telos”, imposto); do latim “publicanus” (de “publicus”, público). Era o cobrador dos rendimentos públicos nas províncias romanas.
Publicano é um dos termos menos conhecidos entre os cristãos, isto é, uma das palavras cujo significado exato não é esclarecido quando é focalizada nos comentários ou nas pregações.
Publicano nada tem a ver com publicidade, embora os publicanos fossem bem populares e bem conhecidos em sua época. Tem algo a ver com o público, pois era com ele que os publicanos trabalhavam. Publicano era usado pelos romanos para designar duas classes de funcionários da Fazenda Pública, que tinham a seu cargo a arrecadação das contribuições, licenças e impostos devidos ao tesouro do império.
As duas classes de publicanos do império romano eram compostas de funcionários categorizados que podiam ser até generais, e de outra categoria menos elevada, constituída de pessoas de inteira confiança dos primeiros, isto é, uma classe que correspondia à função que entre nós designamos de fiéis do tesoureiro, pessoas de confiança dos tesoureiros, sem serem tesoureiros oficializados. Os primeiros eram responsáveis junto ao imperador pelas rendas sob sua jurisdição e prestavam contas diretamente a ele. Viviam em Roma, em contato permanente com o governo. Os outros eram enviados às províncias ou designados, nas próprias províncias. Os publicanos da primeira categoria desfrutavam de grande consideração do governo romano e, segundo afirmou Cícero, somente os cavalheiros romanos pertencentes à alta sociedade, reconhecidamente dignos, eram admitidos nessa categoria. Entretanto, o segundo grupo de publicanos era inteiramente diverso. Os publicanos das províncias, os subco-letores, eram considerados ladrões e desonestos. Essa reputação eles tinham na própria Roma.
Para avaliar o conceito de que gozavam os publicanos das províncias, atente-se para esta declaração de Teócrito, ao ser interrogado acerca das feras mais cruéis que conhecia: “Nas matas, os animais mais cruéis são o urso e o leão; entre os animais das cidades, os mais temíveis são os publicados e os parasitas”.
As taxas sobre as mercadorias importadas eram conhecidas em Israel desde o tempo do domínio persa (Ed 4.13-20). Começaram a ser cobradas sistematicamente quando da expansão do império romano. Todas as províncias romanas eram sujeitas a tais taxas ou impostos; algumas cidades, ou príncipes amigos de Roma podiam cobrar taxas para si mesmos. O lucro das taxas devia ser superior ao custo do arrendamento e das demais despesas, e as tarifas, estabelecidas pelas autoridades, eram aplicadas arbitrariamente; por essas razões os publicanos eram odiados.
No Novo Testamento, somente é usada a expressão publicano em relação aos subalternos judeus, aos arrecadadores que ficavam diretamente ligados ao público, e não se aplica aos arrecadadores gerais. Entre os judeus, a profissão de publicano era desprezada. Os galileus tinham tanta aversão a essa classe de pessoas que chegavam a considerar ilegal o pagamento de impostos (Mt 22.17). A razão da repugnância dos judeus pelos publicanos baseava-se no fato de os publicanos cobrarem impostos dos judeus para o governo romano, considerado por eles um governo estrangeiro que os dominava pela força; além disso, os publicanos cobravam mais do que lhes era ordenado e embolsavam o resto, isto é, furtavam parte do que recebiam do povo. Qualquer judeu que aceitasse o cargo de preposto do governo para receber impostos, o cargo de publicano, ficava proibido de entrar no templo e nas sinagogas; não lhe era permitido exercer cargos de judicatura, nem era aceito como testemunha nos tribunais de justiça. Apesar do trato severo e do desprezo votado aos publicanos, havia muitos na Judéia no tempo de JESUS, que pertenciam ao povo judeu.
Os publicanos eram olhados como traidores e apóstatas, instrumentos do opressor e classificados como pessoas de mais vil caráter (Mt 9.11; 11.19; 18.17; 21.31,32), sendo seus únicos amigos os desterrados. Por isso, os conterrâSe todos os recursos para ganhar neos de JESUS o desprezavam, uma vez que comia com os publicanos. As esmolas desses cobradores de impostos não eram aceitas na caixa para os pobres da sinagoga. Era um escândalo conviver com os publicanos; eles eram associados com os pecadores e com as meretrizes. Luciano de Samosata os menciona juntamente com os adúlteros e com outras pessoas de vida duvidosa.
JESUS acomodou-se ao modo de pensar da sociedade de então, unindo os publicanos com os pecadores e com as prostitutas (Mt 5.46; 10.3 e as passagens já citadas). Pecador tem nessas passagens o sentido de legalmente impuro, de um que não cuida das formalidades da Lei, daquele que é considerado com não sendo verdadeiro israelita pelos fariseus. Mateus é o evangelista que melhor expressa os sentimentos judeus acerca dos publicanos, talvez por ter sido ele mesmo um publicano a sentir na própria vida os efeitos do desprezo.
Apesar de seu estado pecaminoso, eles atenderam à mensagem de arrependimento de João Batista (Mt 21.32), com mais boa vontade do que os fariseus orgulhosos de si mesmos; por isso os publicanos e as meretrizes estavam mais perto do reino de DEUS. Quando os publicanos interrogaram João Batista, este não exigiu que eles abandonassem seu ofício, mas que “não exigissem mais do que o estipulado” (Lc 3.12,13).
JESUS deu uma interpretação mais ampla à palavra publicano, até então restrita aos coletores de impostos. Instruindo seus discípulos, acerca de como tratar um irmão faltoso, recomendou que se procurasse ganhar o irmão aconselhando-o pessoalmente, antes de tornar público o assunto. Se não fosse possível demover o irmão, então o caso seria tratado por uma comissão e, fínalmente, se necessário, pela igreja. Se todos os recursos para ganhar o irmão extraviado falhassem, então JESUS recomendou o seguinte: "Se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano” (Mt 18.17). Como se vê, os membros desordenados da igreja ou da comunidade, de acordo com o ensino de JESUS, deviam ser incluídos no rol dos publicanos e gentios.
Outro fato que demonstra haver entre os publicanos homens desejosos de servir a DEUS, como também os havia entre as demais classes, é a parábola do fariseu e do publicano, a história dos dois homens que foram ao templo para orar. JESUS destacou ali a atitude do publicano e do fariseu, e acentuou que o fariseu justificou-se diante de DEUS declarando que não era como o publicano que estava a seu lado, isto é, afirmou que era cumpridor de seus deveres e que merecia mais favores de DEUS do que o publicano. Entretanto, JESUS declarou que o publicano nem ao menos ousava levantar a cabeça, tal era o poder de sua contrição, por haver ofendido a DEUS. Na apreciação da conduta do fariseu religioso e do publicano desprezado, JESUS declarou que o publicano voltou para sua casa justificado e perdoado, e não o fariseu que o julgava e acusava de injusto.
Apesar do trato severo e do desprezo votado aos publicanos, os evangelhos registram a conversão de dois deles, cujos nomes passaram à história como exemplo do poder transformador da graça divina. Os dois exerciam a função de publicano na categoria de prepostos dos romanos, e praticavam os mesmos atos fraudulentos de seus colegas em outras províncias, isto é, furtavam o quanto podiam, exigiam mais do que a lei romana ordenava, e enriqueceram ilicitamente. Esses nomes são Mateus ou Levi, e Zaqueu, cuja história é das mais conhecidas e divulgadas dos evangelhos.
Mateus foi escolhido como um dos doze apóstolos e JESUS comeu com ele, em sua casa (Mc 2.13-17), ele que também havia sido um publicano. Zaqueu, outro publicano, teve a honra de receber JESUS em sua casa e foi bastante sincero em seu arrependimento, a ponto de restituir quadruplicado aquilo que havia tirado ilicitamente dos outros, conforme a lei mosaica estabelecera.
Se entre os publicanos houve aqueles que se tomaram cristãos, entre os cristãos, muitas vezes, há aqueles que se assemelham aos publicanos, por sua desonestidade ou porque se afastam da comunhão da igreja.
JESUS foi bem aceito entre os publicanos e muitos deles ouviram os ensinos do Mestre da Galiléia
Na parábola do fariseu e do publicano, JESUS afirma que o primeiro não foi atendido e o segundo foi justificado, quando oravam juntos no Templo. Lucas 18.9-14 PUBLICANO - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD Subalterno coletor de impostos ou fiscal dos romanos. Os publicanos, mencionados apenas nos Evangelhos Sinóticos, devem ser distinguidos dos publicani romanos, que nunca aparecem no NT. Os publicani, que geralmente viviam em Roma, eram capitalistas que, individual ou conjuntamente, compravam nos leilões os proventos de uma região ou província através do pagamento de uma quantia definida ao tesouro público (in publicum), e por isso receberam esse nome.
Havia dois tipos de impostos romanos, o direto e o indireto. Na época do NT, a coleta dos impostos diretos, sobre a terra e os indivíduos, não era atribuição de terceiros, mas era feita diretamente por agentes imperiais regulares. Porém os impostos indiretos eram gerados pela importação e exportação, tarifas rodoviárias e baías, e pelo pedágio das pontes etc. Estes ainda eram distribuídos àqueles que faziam a melhor oferta. A cobrança de impostos era geralmente executada por empregados nativos, sendo que empreiteiros nativos também podem ter sido usados. Zaqueu, chamado de “chefe dos publicanos” (architelones), pode ter sido o encarregado dos proventos de Jericó e devia ter um outro coletor abaixo dele. Ele era no mínimo o supervisor de um distrito de coletas.
A maioria dos publicanos do NT, como Levi (Mt 9.9; Mc 2,14; Lc 5.27), era composta por empregados aduaneiros. Suas coletorias, possivelmente, situavam-se nos portões da cidade, nas estradas públicas ou nas pontes. Aparentemente, o posto de Levi (telonium) em Cafarnaum era próximo ao mar, e cobrava impostos sobre a importante rota comercial que entrava na Galiléia vinda de Damasco.
Os publicanos eram odiados e desprezados pelos escribas e também pelo povo. Essa hostilidade torna-se evidente nas expressões: “publicanos e pecadores” (Mt 9.10ss.; Mt 11.19; Mc 2.15ss.; Lc 5.30; 7.34; 15.1), “publicanos e meretrizes” (Mt 21.31), e nas várias ocasiões em que eram comparados com os gentios (Mt 18.17). Esse antagonismo tinha sua origem em várias circunstâncias. Eram vítimas de uma inata aversão humana ao pagamento de impostos. Os agentes aduaneiros nunca foram muito populares. A própria natureza de seu trabalho oferecia muitas oportunidades para extorsão, seu principal pecado, como foi mencionado por João Batista (Lc 3.12ss.).
Como o pagamento de impostos a uma nação estrangeira era algo excessivamente odioso, e geralmente entendido como ilegal (Mt 22.17), os publicanos eram considerados traidores de sua nação e agentes voluntários de seus opressores. Esse ódio aos publicanos também era fortalecido por considerações religiosas. Como seu trabalho constantemente os colocava em contato com os gentios, eles eram considerados impuros, e portanto deveriam ser evitados.
A associação de CRISTO com os publicanos não tinha o propósito de purificar totalmente seu caráter destas avaliações (cf. Mt 5.46ss.; Mt 18.17). Sua extorsão e opressão eram tão abomináveis para o Senhor quanto o formalismo e a hipocrisia dos escribas e fariseus. Porém eles também precisavam da salvação (Lc 19.9ss.). Embora participar de refeições junto com eles fosse considerado um ato incompatível com o caráter de um rabino, o Senhor JESUS justificou essa associação baseando-se na necessidade deles (Mt 9.12; Mc 2.17; Lc 5,30ss.), e as queixas mais amargas dirigidas a Ele foram provocadas por essa associação (Lc 7.34; 15.1ss.). CRISTO os considerava agradavelmente livres da hipocrisia e da falsidade dos fariseus (Lc 18.9-14). Qualquer sentimento moral que tivessem era real, e não convencional, e quando Ele escolheu Mateus para ser um de seus discípulos, esse fato causou uma profunda impressão (Mc 2.14-17), embora essa escolha não tivesse provocado nenhum sinal de desagrado nos demais discípulos. Detestados pelos outros, os publicanos sentiram-se atraídos por JESUS porque Ele mostrava-se “amigo dos publicanos” (Lc 15.1ss.; cf. 7.34).
Bibliografia, Otto Michel, “Telones”, TDNT, VIII, 88-105. - D. E. H. 3. A oração. Os judeus da cidade de Jerusalém tinham o costume de fazer orações nas horas costumeiras (9 da manhã e 15 da tarde). Daniel orava três vezes ao dia, provavelmente 1 hora por vez. Entretanto, mesmo fora dos horários regulares havia pessoas orando no Templo (Lc 2.37; At 22.17). Um fariseu e um publicano subiram ao Templo com o fim de orar à mesma hora. Havia grande distância entre essas duas classes do povo. Fariseu, dizia cumprir a Lei com rigor exemplar. O outro, publicano, era considerado pelo povo em geral, uma pessoa que vivia em grandes pecados e vícios, até sendo mesmo equiparado aos gentios. Essas duas figuras estão orando juntas à mesma hora no Templo. É o que informa a parábola. Que contraste! Para o povo o Fariseu, com certeza seria ouvido, mas não era a realidade para DEUS. Aquele que era desprezado e considerado como gentio, na mesma condição de uma prostituta, esse voltou para casa justificado, pois realmente se arrependeu e pediu a misericórdia e a graça de DEUS sobre ele. Enquanto isso, o Fariseu se vangloriava diante de DEUS pela sua religiosidade, sem amor para com seus semelhantes. Sua oração era apenas para dizer a DEUS, em pensamento, que era o melhor dos homens. A igreja deve ser uma igreja de oração e jejum (1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18) Atos 1.14 Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de JESUS, e com seus irmãos.
Atos 6.4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. O batismo no ESPÍRITO SANTO, em si, não basta para uma liderança cristã eficaz. Os líderes cristãos devem dedicar-se constantemente à oração e à pregação da Palavra. O verbo traduzido perseverar (gr. proskartereo) denota uma fidelidade inabalável e sincera e a dedicação de muito tempo a um certo empreendimento. Por isso, os apóstolos tinham a convicção de que a oração e o ministério da Palavra eram a ocupação máxima dos dirigentes cristãos. Note as freqüentes referências à oração em Atos (ver 1.14,24; 2.42; 4.24-31; 6.4,6; 9.40; 10.2,4,9,31; 11.5; 12.5; 13.3; 14.23; 16.25; 22.17; 28.8).
Atos 12.5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a DEUS. Os crentes do NT enfrentavam a perseguição em oração fervorosa. A situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha Pedro na prisão vigiado por
dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17). As igrejas do NT freqüentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2). A intenção de DEUS é que seu povo se reúna para a oração definida e perseverante; note as palavras de JESUS: A minha casa será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e coletiva como elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos por culto. Na igreja primitiva, o poder e presença de DEUS e as reuniões de oração integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO SANTO, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam unanimemente em oração e súplicas (1.14).
Atos 2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Mediante a oração e o jejum, a igreja buscando constantemente estar em harmonia com a vontade do ESPÍRITO SANTO (vv. 3,4), confirma a chamada divina de determinadas pessoas à obra missionária. O propósito é que a igreja envie somente aqueles que forem da vontade do ESPÍRITO SANTO. Pela oração com imposição de mãos e o envio de missionários, a igreja indica que se compromete a sustentar e assistir os que saem à obra. A responsabilidade da igreja que envia missionários inclui demonstrar amor e cuidado para com eles de um modo digno de DEUS (3 Jo 6), orar por eles (v. 3; Ef 6.18,19) e sustentá-los financeiramente (Lc 10.7; 3 Jo 6-8). Isso inclui ofertas especiais de amor para necessidades específicas deles (Fp 4.10, 14-18). O missionário é uma projeção do propósito, interesse e missão da igreja que os envia. Essa igreja fica sendo, portanto, uma cooperadora da verdade (Fp 1.5; 3 Jo 8). A oração da igreja, a intercessão por esses missionários é imprescindível para seu sucesso na obra de DEUS.
Rm 12.12 alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração. Cl 4.2 Perseverai em oração, velando nela com ação de graças. "Perseverai" (gr. proskartereo) significa "dedicar", "continuar firme"; o que subentende desvelada persistência, fervor e apego à oração. "Velar" (gr. gregoreo) significa estar espiritualmente vigilante ou alerta. (1) Para nos devotarmos intensamente à oração, devemos estar alertas diante das muitas coisas que poderiam desviar-nos desse propósito. Satanás e a fraqueza da natureza humana procurarão nos levar a negligenciar a oração, ou desviar nossos pensamentos enquanto oramos. Por isso, devemos disciplinar-nos para alcançar a dimensão da oração que a vida vitoriosa cristã requer. (2) Essa era uma prática imprescindível dos membros da igreja do NT, batizados no ESPÍRITO SANTO: "perseveraram... nas orações (At 2.42). Essa devoção a DEUS, na oração, deve ser marcada por ação de graças a CRISTO, pelo que Ele tem feito por nós.
Efésios 6.18 orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos. A guerra do cristão contra as forças espirituais de Satanás exige dedicação a oração, i.e., orando "no ESPÍRITO", "em todo tempo", "com toda oração e súplica", "por todos os santos", "com toda perseverança". A oração não deve ser considerada apenas mais uma arma, mas parte do conflito propriamente dito, onde a vitória é alcançada, mediante a cooperação com o próprio DEUS. Deixar de orar diligentemente, sob todas as formas de oração, em todas as situações, é render-se ao inimigo e deixar de lutar (Lc 18.1; Rm 12.12; Fp 4.6; Cl 4.2; 1 Ts 5.17). A principal e mais perfeita oração é feita em Línguas, pois quando oramos, não sabemos pedir como convém. Precisamos da ajuda do ESPÍRITO SANTO - Quem ora em Línguas fala diretamente com DEUS, ora Bem, é edificado e DEUS o entende (1 Co 141-10; Jd 1:20). E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Romanos 8:26 Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; ... 1 Coríntios 14:2a Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, ... 1 Coríntios 14:14a O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, ... 1 Coríntios 14:4a Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, Judas 1:20 II – A HIPOCRISIA DO FARISEU O fariseu orava em pensamento (Não falava com DEUS), o que é errado. O Publicano falava com DEUS (Oração é diálogo), o que é correto. Talvez o fariseu temesse falar em voz audível aos demais presentes a mentira que estava dizendo a DEUS (por incrível que pareça existem pessoas que mentem até para DEUS).
1. A postura do fariseu no momento da oração. Em pé para aparecer diante do homens (Não tem a ver com a posição do corpo, mas do interior - provavelmente escolheu um local de destaque para ser visto por todos). O publicano também estava de pé por fora, mas estava de joelhos por dentro. O fariseu, antes de tudo, agradece a DEUS por estar isento dos vícios dos outros homens, e em seguida porque é rico em obras meritórias, também agradece por não ser como o publicano. Se exalta a si mesmo e diminui o publicano que estava próximo. Na certa pensava que assim seria recebido e exaltado por DEUS. Pensava não haver ali nenhum concorrente à sua altura. Infelizmente temos muitas pessoas hoje assim. Pisam e difamam outros como se fossem concorrentes a um cargo eletivo dentro da Igreja. Pensam que diminuindo os outros aparecerão como única solução, como únicos merecedores a cargos eclesiásticos.
2. Uma “oração comum”. Tudo indica que o tipo de oração que encontramos no texto, apesar de transparecer arrogante, não era completamente desconhecido, pois há relatos na literatura rabínica do judaísmo de que tal comportamento era comum. Alguns autores mostram exemplos de orações cujo teor é similar à do fariseu da parábola. Isso, porém, não justifica a atitude e nem a torna aceitável. Era comum esta oração para os fariseus, pois se achavam melhores do que os outros, foram assim ensinados por seus pais e avós. Infelizmente temos isso acontecendo com famílias de líderes na igreja. Por serem filhos ou parentes de líderes, pensam que podem gastar o dinheiro da igreja de qualquer maneira, se assentarem nos melhores lugares, viverem em pecado sem serem repreendidos, etc...
3. A oração arrogante. O fariseu diz a respeito de si mesmo o que era rigorosamente verdadeiro, mas o que o motivava a orar era completamente errado. Não existe nenhuma consciência do pecado, nem da necessidade, nem da humilde dependência de DEUS. O fariseu quase que comete a loucura de “parabenizar” a DEUS por ter um servo tão excelente como ele! Depois de suas primeiras palavras, não se lembra mais de DEUS, mas apenas de si mesmo. O centro de sua oração é o que ele faz. A oração do fariseu inicialmente mostra quem ele é. Em seguida, ele passa a destacar as obras excedentes, ou seja, “a mais” que ele realiza. Excedia o jejum prescrito na Lei, o “Dia da Expiação”, acrescentando à prática anual (Lv 16.29,31; 23.27), mais dois jejuns semanais. Excedia o dízimo normatizado pela Lei (Lv 27.30,32; Nm 18.21,24), chegando a separar o dízimo dos “temperos” ou condimentos (Mt 23.23). Ele realmente “agradece” por ser quem é, mas, não contente com isso, “agradece” também pelo que supostamente faz para DEUS. Não há nada de errado em Jejuar (sendo jejum de aproximação com DEUS, para ser instrumento de DEUS). Nada de errado em entregar o Dízimo com alegria e desejo de ajudar a obra de DEUS. Nada de errado em não ser roubador, injusto e adúltero, pois é dever de todo homem que deseja se achegar a DEUS. O problema do Fariseu era querer usar isso para se justificar, um tentativa de comprar a DEUS. Todos nós éramos pessoas impuras; as nossas melhores ações eram como panos ensangüentados. Murchávamos como folhas secas, e as nossas maldades arrastavam-nos como o vento. (DIF). Isaías 64:6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas como um vento nos arrebatam. דע Ìed ou (plural) עדים - imundícia - Dicionário Strongprocedente de uma raiz não utilizada significando estabelecer um período.
1) menstruação
1a) trapo imundo, veste manchada (fig. dos melhores feitos de pessoas culpadas)
Uma Confissão Humilde - Isaias 64. 6-12 - TRAPOS DE IMUNDÍCIE - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - CPAD Todos nós éramos pessoas impuras; as nossas melhores ações eram como panos ensangüentados. Murchávamos como folhas secas, e as nossas maldades arrastavam-nos como o vento. (DIF).
O povo de DEUS, em sua aflição, confessa e lamenta seus pecados, justificando assim a DEUS em suas angústias, reconhecendo-se indignos de sua misericórdia, e desse modo enfatizam os seus problemas e se preparam para o livramento. Agora que eles estavam sob as repreensões divinas pelo pecado, não tinham nada em que confiar além da preciosa misericórdia de DEUS e a sua continuidade; porque entre eles não há ninguém que ajude, ninguém que sustente, ninguém que fique na brecha e faça intercessão, porque todos eles estão corrompidos pelo pecado. Portanto, são indignos de interceder; todos são negligentes e descuidados no dever, incapazes e inadequados para interceder.
1. Havia uma corrupção geral de costumes entre eles (v. 6): “... todos nós somos como o imundo”, ou como uma pessoa imunda, como alguém infestado pela lepra, que deveria ser expulso do acampamento. O corpo do povo estava como que debaixo de uma contaminação cerimonial, que não era admitida nos pátios do Tabernáculo, ou como alguém atacado por alguma doença repugnante, do topo da cabeça até a sola dos pés; não tinham nada além de feridas e machucados (Isaias 1.6). Todos nós, pelo pecado, nos tornamos não só abomináveis à justiça de DEUS, mas odiosos à sua santidade; porque o pecado é a coisa abominável que o Senhor odeia, e não pode contemplar. Até mesmo todas as nossas justiças são imundas, como trapos de imundícia. (1) “Nossas melhores pessoas são assim; todos nós somos tão corruptos e contaminados que até mesmo aqueles entre nós que são considerados homens justos, em comparação com o que os nossos pais eram (e se alegravam por praticar a justiça, v. 5), são exatamente como trapos de imundícia, próprios para serem rejeitados como esterco. O melhor deles é como uma sarça espinhosa”. (2) “As melhores das nossas realizações são assim. Não só há uma corrupção geral dos costumes, mas também uma deserção geral dos exercícios de devoção. Aqueles que passam na qualificação para os sacrifícios de justiça, quando são verificados se mostram rasgados, mancos, e doentes. Portanto, são provocação a DEUS, e tão repugnantes quanto trapos de imundícia”. Nossas realizações, embora sejam sempre muito plausíveis aos nossos olhos, estão aquém do padrão requerido. Se dependermos delas como a nossa justiça e pensarmos que mereceremos por elas a aceitação de DEUS, serão como trapos de imundícia – trapos, e não nos cobrirão – trapos de imundícia, e apenas nos contaminarão. Os verdadeiros penitentes jogam fora os seus ídolos como trapos de imundícia (Isaias 30.22), pois são odiosos à sua vista. Aqui eles reconhecem até a sua justiça como imunda aos olhos de DEUS, se Ele os tratar com uma justiça severa. Nossas melhores obrigações são tão deficientes, e tão distantes da lei, que são como trapos de imundícia. São tão cheias de pecado, e há tanta corrupção ligada a elas, que são como trapos de imundícia. Quando queremos fazer o bem, o mal está presente conosco. E a iniqüidade das nossas coisas santas seria a nossa ruína se estivéssemos debaixo da lei.
2. Havia uma frieza geral quanto à devoção deles (v. 7). A medida foi cheia pela iniqüidade abundante do povo e nada foi feito para esvaziá-la. (1) A oração foi de certo modo negligenciada: “Não há ninguém que invoque o teu nome, ninguém que busque a ti para obter a graça para nos corrigir e remover o pecado, ou para obter a misericórdia para nos aliviar e remover os juízos que os nossos pecados trouxeram sobre nós”. Portanto, o povo é muito mau, porque não ora. Compare a situação com o Salmo 14.3,4; Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos. Eles não invocam ao Senhor. A falta de oração faz mal ao povo. (2) As orações eram feitas com muita negligência. Se houvesse aqui e ali alguém que invocasse o nome de DEUS, isto era feito com muita indiferença: Não há ninguém que se esforce para ter uma vida com DEUS. Observe que: [1] A oração representa um esforço para nos apegarmos a DEUS. É agarrar, pela fé, as promessas e as declarações que DEUS fez da sua boa vontade para conosco, fazendo súplicas a Ele – é agarrá-lo como a alguém que está pronto a partir, implorando ardentemente que Ele não nos deixe, ou pedir o retorno de alguém que já partiu – agarrá-lo como alguém que luta; porque a semente de Jacó luta com Ele e prevalece em oração. Mas quando nos agarramos a DEUS, agimos como o marinheiro que agarra a praia com o seu gancho, como se ele puxasse a praia para junto de si, quando, na verdade, ele está levando a si mesmo para junto da praia. Assim, oramos, não para trazer DEUS ao nosso pensamento, mas para que possamos ir a Ele. [2] Aqueles que querem agarrar a DEUS em oração, de forma a prevalecer na sua excelsa presença, devem se esforçar para fazer isso; tudo o que está dentro de nós deve ser empregado no dever (até mesmo as menores qualidades); os nossos pensamentos devem ser dirigidos e fixados em DEUS, e os nossos sentimentos devem ser inflamados. Para esse propósito, tudo o que está dentro de nós deve ser empenhado e concentrado no serviço. Devemos mover o dom que está em nós através de uma consideração real da importância do trabalho que está diante de nós, aplicando o nosso pensamento a Ele; mas como podemos esperar que DEUS venha até nós por caminhos de misericórdia, quando não há ninguém que nos ajude nisto, quando aqueles que professam ser intercessores não passam de pessoas levianas? III – A SINCERIDADE DO PUBLICANO
1. A oração do publicano. O cobrador de impostos parece não estar à vontade no local de culto. Ele não está apto nem mesmo para assumir o comportamento normal de quem ora. Bate no peito como aquele que está numa situação de desespero, suplica com a fórmula do pecador que não sabe fazer o elenco de seus pecados (Sl 51.3). É a oração do pobre que confia totalmente em DEUS. Com profunda dor ele exclama: “DEUS, tem misericórdia de mim, pecador!” Nessa breve, porém, sincera e humilde oração, a ênfase recai sobre a palavra “pecador”. Aqui estão as palavras do publicano a DEUS, que eram o contrário das palavras do fariseu. Elas estavam tão repletas de humildade e humilhação, quanto as palavras do fariseu estavam repletas de orgulho e ostentação; tão cheias de arrependimento pelo pecado, e de um sincero desejo da presença de DEUS, quanto as do outro eram cheias de confiança em si mesmo e em sua própria justiça e suficiência.
O publicano expressou seu arrependimento e humildade no que fez; e seu gesto, quando se referiu às suas devoções, foi expressivo de grande seriedade e humildade, e a demonstração própria de um coração quebrantado, penitente e obediente. (1) Ele estava de pé, de longe. O fariseu estava de pé, mas cercou-se do maior número de pessoas possível, na parte superior do pátio; o publicano manteve distância debaixo de um senso de sua indignidade para se aproximar de DEUS, e talvez por medo de ofender o fariseu, a quem ele observou olhar desdenhosamente para ele, e de perturbar as suas devoções. Com isso, aquele homem reconheceu que DEUS poderia de forma justa vê-lo de longe, e mandá-lo a um estado de distância eterna de si, e que foi um grande favor que DEUS se agradasse em admiti-lo tão perto de si. (2) Ele nem ainda queria levantar os olhos ao céu, quanto mais as mãos, como era costume na oração. Ele na verdade levantou o seu coração a DEUS nos céus, em desejos santos, mas, através da vergonha e da humilhação dominantes, ele não levantou os seus olhos em santa confiança e coragem. As suas iniqüidades são mais numerosas do que os cabelos de sua cabeça, como uma carga pesada, de forma que ele não é capaz de olhar para cima, Salmos 40.12. O abatimento de seu semblante é uma indicação do abatimento de sua mente, que foi levada a pensar a respeito do pecado. (3) Ele batia no peito, em uma santa indignação contra si mesmo, pelo pecado: “Assim queria bater neste meu coração perverso, a fonte venenosa da qual fluem todas as correntes de pecado, se eu pudesse chegar perto dela”. O coração do pecador primeiro bate nele em uma reprovação penitente, 2 Samuel 24.10. O coração de Davi o abateu. Pecador, o que tu fizeste? E então ele bate em seu coração com remorso penitente: Ó homem desgraçado que sou! Foi dito que Efraim bateu em sua coxa, Jeremias 31.19. Os grandes pranteadores são representados batendo em seus peitos, Naum 2.7.
2. Sinceridade e arrependimento. Além de golpear o próprio peito, o publicano nem conseguia levantar os olhos. O termo grego utilizado é uma expressão forte e definida para uma contrição dolorosa e arrependida, tal como aparece em Lucas 23.48. O publicano sequer consegue formular muitas palavras. Nem mesmo fazendo promessas ele conseguiria obter quaisquer direitos. Ele tem consciência de sua condição, por isso, prostra-se em sinal de sinceridade e arrependimento. A sua condição o permite apenas render-se inteiramente às mãos de DEUS. É possível notar, pelas palavras do fariseu, que todos os seres humanos eram pecadores e “apenas” ele era justo. De forma contrária, na confissão do publicano, porém, todos eram justos, “somente” ele era o pecador. Nisto também vemos a comparação entre ambos. Na verdade, estamos diante de uma oração que saía das profundezas de um coração completamente dilacerado pela dor. A sua oração foi curta. O medo e a vergonha impediram que ele dissesse muito; suspiros e gemidos sufocaram as suas palavras; mas o que ele disse tinha um propósito: Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador. E bendito seja DEUS por termos esta oração registrada como uma oração respondida, e por termos a certeza de que aquele que orou assim foi para a sua casa justificado. E nós também o seremos, através de JESUS CRISTO, se fizermos esta oração, como ele fez: “Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador. Que o DEUS de infinita misericórdia tenha misericórdia de mim, porque, se Ele não tiver, estarei perdido para sempre, e serei infeliz para sempre. Senhor DEUS, tenha misericórdia de mim, porque tenho sido cruel para mim mesmo.” (1) Ele reconhece que é um pecador por natureza, por prática, culpado diante de DEUS. Eis que sou mau, o que responderei a ti? O fariseu nega ser um pecador; nenhum de seus vizinhos pode acusá-lo, e ele não vê motivo algum para acusar-se de qualquer coisa errada; ele está limpo, ele está puro em relação ao pecado. Mas o publicano não dá a si mesmo nenhum outro caráter além de pecador, um réu confesso no tribunal de DEUS. (2) Ele não depende de nada além da misericórdia de DEUS, que é a única coisa em que ele confia. O fariseu havia insistido no mérito de seus jejuns e dízimos; mas o pobre publicano rejeita todo pensamento de mérito, e corre para a misericórdia como a sua cidade de refúgio, e se apodera das pontas dos chifres deste altar. “A justiça me condena; nada irá me salvar exceto a misericórdia, e somente a misericórdia”. (3) Ele sinceramente ora rogando o benefício desta misericórdia: “Ó DEUS, tenha misericórdia, de mim, seja favorável a mim; perdoe meus pecados; reconcilie-se comigo; coloque-me em seu favor; receba-me misericordiosamente; ame-me pela sua bondade e graça”. Ele vem como um mendigo pedindo esmolas, que está pronto a morrer de fome. Ele provavelmente repetiu esta oração com sentimentos renovados, e talvez tenha dito mais com o mesmo sentido, talvez tenha feito uma confissão específica de seus pecados, e mencionado as misericórdias específicas de que necessitava, e que esperava de DEUS; mas ainda assim este era o refrão da canção: Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador.
3. A oração aceita. As pessoas que ouvem atentamente a narração de JESUS talvez tivessem esboçado sinais de aprovação inclinando-se para a atitude do fariseu. Porém, num dado momento, o Mestre desconcerta a todos os ouvintes com uma conclusão inesperada. O publicano, que era odiado por todos, isto é, o pecador, recebe o dom de DEUS, a justiça, ou seja, o perdão e a misericórdia divina. Já o fariseu, que ostentava a justiça perante DEUS como conquista pessoal, não obteve o mesmo favor. O publicano recebeu o favor divino como dom misericordioso de DEUS. Esta é a verdadeira justiça, posto ser proveniente de DEUS (Rm 1.17). Assim, a oração aceita é a do publicano. Ela vem permeada de sinceridade e arrependimento diante de DEUS. Por isso, ele voltou para casa “justificado”, ou seja, perdoado e “inocentado” dos seus pecados. O princípio por trás de toda a parábola está muito claro: aquele que se exalta, será humilhado. Ninguém possui algo de que possa se orgulhar diante de DEUS. Quem se humilha, será exaltado (Lc 14.11). O pecador arrependido que humildemente busca a misericórdia de DEUS, certamente, a encontrará. Aqui está a aceitação do publicano por parte do Senhor DEUS. Nós temos visto como estes dois homens se dirigiram a DEUS de forma diferente; vale a pena agora perguntar como eles se saíram. Havia aqueles que iriam enaltecer o fariseu, pelos quais ele iria para a sua casa aplaudido, e que iriam olhar com desprezo para este publicano desprezível e lamurioso. Mas nosso Senhor JESUS, a quem todos os corações estão abertos, de quem todos os desejos são conhecidos, e de quem nenhum segredo está oculto, que está perfeitamente familiarizado com todos os procedimentos na corte do céu, nos assegura que este pobre publicano, penitente e de coração quebrantado, foi para a sua casa justificado, enquanto o fariseu, não. O fariseu pensava que se um deles, e não o outro, devia ser justificado, certamente devia ser ele em vez do publicano. “Não”, disse CRISTO, “Digo-vos, eu afirmo com a máxima segurança, vos declaro com a máxima consideração, digo-vos, é o publicano em vez do fariseu”. O fariseu orgulhoso vai embora, rejeitado por DEUS. Suas ações de graças estão longe de serem aceitas, pois são uma abominação. Ele não é justificado, seus pecados não são perdoados, e ele não é liberto da condenação. O fariseu não é aceito como justo à vista de DEUS, porque ele é muito justo aos seus próprios olhos; mas o publicano, ao se dirigir humildemente ao céu, obtém a remissão de seus pecados, e aquele a quem o fariseu não colocaria com os cães de seu rebanho, DEUS coloca com os filhos de sua família. O motivo para isso é que a glória de DEUS consiste em resistir ao soberbo, e a dar graça ao humilde. 1. Os homens orgulhosos, que a si mesmos se exaltam, são adversários de DEUS, e, portanto, serão certamente humilhados. DEUS, em seu diálogo com Jó, recorre a essa prova de que Ele é DEUS, que Ele olha para todo soberbo, e humilha-o, Jó 40.12. 2. Os homens humildes, que a si mesmos se humilham, estão sujeitos a DEUS, e serão exaltados. DEUS tem uma preferência reservada para aqueles que consideram as suas bênçãos como favores, não para aqueles que as exigem como dívidas. Aquele que for humilde será exaltado no amor de DEUS, e na comunhão com Ele. Será exaltado na satisfação que terá em si mesmo, e será, finalmente, exaltado até o céu. Veja como o castigo é a resposta ao pecado: Qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado. Veja como a recompensa é a resposta ao dever: Qualquer que a si mesmo se humilhar será exaltado. Veja também o poder da graça de DEUS ao trazer o bem a partir do mal; o publicano havia sido um grande pecador, e da grandeza do seu pecado foi trazido à grandeza de seu arrependimento; “Do comedor saiu comida” (Jz 14.4). Veja, ao contrário, que o poder da maldade de Satanás traz o mal a partir do bem. Era bom que o fariseu não fosse roubador, nem injusto; mas o diabo o tornou orgulhoso disso, e esta foi a sua ruína MOTIVOS PARA A ORAÇÃO. A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de DEUS orar.
(1) Antes de tudo, DEUS ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor JESUS (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). DEUS aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele.
(2) A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de DEUS, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. JESUS, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o ESPÍRITO SANTO se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de JESUS, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o ESPÍRITO SANTO ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o ESPÍRITO SANTO lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e anunciavam com ousadia a palavra de DEUS” (At 4.31). O apóstolo Paulo freqüentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18, 20; Fp 1.19; Cl 4.3,4). Tiago declara inequivocamente que o crente pode receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).
(3) DEUS, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, DEUS se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de DEUS se não houver oração intercessória dos crentes (ver Êx 33.11). Por exemplo: DEUS quer enviar obreiros para evangelizar. CRISTO ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de DEUS sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de DEUS para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.
A Bíblia está cheia de exemplos de orações que foram poderosas e eficazes.
Os cristãos primitivos oraram incessantemente a DEUS pela libertação de Pedro da prisão, e DEUS enviou um anjo para libertá-lo (At 12.3-11; cf. 12.5). Tais exemplos devem
fortalecer a nossa fé e encher-nos de disposição para orarmos de modo eficaz, segundo os princípios delineados na Bíblia. CONCLUSÃOO fariseu deixou o Templo da mesma maneira que entrou nele. Devemos orar como publicanos, pois todos somos pecadores. Devemos orar com sinceridade e arrependimento diante de DEUS. Quem se humilhando, curva-se até ao pó, será amorosamente conduzido ao coração do Pai (Sl 51.17). O alcance desta parábola está igualmente prefixado, e somos informados (v. 9) sobre quem eles eram, a quem ela foi dirigida, e por quem foi avaliada. JESUS a criou para o convencimento de alguns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros. Eles agiam como se tivessem: 1. Os Fariseus possuíam uma grande presunção a respeito de si mesmos, e de sua própria bondade; eles se achavam tão santos quanto precisavam ser, e mais santos do que todos os seus vizinhos. E achavam que poderiam servir de exemplo a todos eles. Mas isto não era tudo; 2. Os Fariseus tinham uma grande confiança em si mesmos diante de DEUS, e não só tinham uma opinião muito elevada de sua própria justiça, mas contavam com seus supostos méritos, sempre que se dirigiam a DEUS, como quando faziam as suas súplicas. Eles confiavam em si mesmos crendo que eram justos; eles pensavam que haviam feito de DEUS seu devedor, e que poderiam exigir qualquer coisa dele; e: 3. Os Fariseus desprezavam os outros, e olhavam para eles com superioridade, como se os outros não fossem dignos de serem comparados com eles. Agora, CRISTO, através desta parábola, iria mostrar a loucura deles, e que desse modo eles se excluíam da aceitação do Senhor DEUS. Esta pregação é chamada de parábola, embora não haja nenhuma semelhança nela; mas é, antes, uma descrição dos diferentes temperamentos e linguagens de dois grupos: (a) daqueles que orgulhosamente justificam a si mesmos, e (b) daqueles que humildemente condenam a si mesmos diante de DEUS. Aqui também fica patente a diferença da postura destes dois grupos diante de DEUS. E vemos isto todos os dias. INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO
O fariseu – religioso defensor ferrenho da lei, porém hipócrita, pois ensinava, mas não praticava. Dizia-se separado do mundo e das pessoas pecadoras.
A postura do fariseu no momento da oração. Embora fosse comum a todos orar de pé, este fariseu procurou um local de destaque e não falava, mas pensava, como se tivesse tanta intimidade com DEUS que nem precisasse falar.
A oração do publicano é uma oração de reconhecimento de não merecer nem falar com DEUS. É assumir ser pecador.
O Fariseu e o Publicano - Lucas 18. 9-14 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 6 - REVISTA CPAD - 2018 SUBSÍDIO HISTÓRICO-CULTURAL TOP1“Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano (10). Eles não entraram no santuário, mas em um dos átrios do templo onde eram oferecidas as orações. Este era o pátio das mulheres. Ao escolher um fariseu e um publicano para esta ilustração, JESUS escolheu dois extremos. Os fariseus eram a mais rígida, mais conservadora e mais legalista de todas as facções dos judeus. Os publicanos eram oficiais judeus do governo romano, cujo trabalho era recolher taxas para Roma. Eles eram odiados pelos judeus tanto pelas taxas recolhidas para os dominadores estrangeiros, como por serem geralmente desonestos” (CHILDERS, Charles L. Comentário Bíblico Beacon. Vol.6. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.467,468). CONHEÇA MAIS - TOP1 - *Quem Eram os Fariseus“Os fariseus, ou perushim, isto é, do ‘hebraico parash, separar, interpretar’, expressão que literalmente significa ‘separados ou separadores’ e pode ser entendida, como ‘intérpretes ou comentadores’, isto é, aqueles que distinguem, separam e expõem a lei’, eram judeus piedosos e, pela sua popularidade, considerados ‘mentores religiosos da ‘ralé’’”.
Para conhecer mais, leia O Sermão do Monte, CPAD, p.100. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO TOP2“O tríplice uso da expressão ‘hipócritas’ [hypokritēs] ([utilizada por JESUS em Mateus 6] vv.2,5,16), termo grego originalmente utilizado no teatro para os atores que representavam, denota a seriedade com que são encarados os que fazem o bem com motivações escusas. É impossível não lembrar-se de Mateus 25.31-46, quando as ovelhas forem separadas dos bodes, justamente por causa das boas obras executadas. Obras que, vale ressaltar, eram praticadas sem nenhum outro interesse por parte de quem praticava a não ser o bem da pessoa necessitada. Aliás, os benfeitores estavam fazendo ao próprio Filho de DEUS, mas eles sequer sabiam disso! Nada fora feito para representar, pois eles sequer sabiam que estavam sendo observados e suas obras anotadas e contabilizadas. É assim que, conforme observa Dumais, uma ‘ação praticada diante do Pai ‘em segredo’ (vv. 4.6.18) não significa uma ‘ação secreta’; designa toda ação, até pública, que se faz de verdade diante do Pai, ‘que vê o que está oculto’, isto é, que penetra a intenção profunda dos corações’. O feito de qualquer um, isto é, qualquer obra, jamais será ‘oculta’ diante dos olhos de quem tudo vê e conhece. Inclusive as ações, não precisam ser necessariamente ocultas, escondidas, pois se não houver outra forma ou local, elas podem ser realizadas publicamente” (CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.102-03).
SUBSÍDIO DEVOCIONAL TOP3A oração que o pecador faz com humildade e arrependimento leva à conversão genuína, que, por sua vez, se evidencia pela conversão comprovada, pela reparação dos erros cometidos e a volta às atividades que honram a obra de DEUS e o glorificam. Os atos falam mais alto que as palavras. São os atos da pessoa que atestam a sinceridade da sua conversão. Se você está em falta diante de DEUS, quanto maior for seu erro, tanto maior deve ser a humildade e o arrependimento demonstrados em sua oração. Você estará orando a um DEUS vivo que conhece tudo que é rico em misericórdias” (SOUZA, Estevam Ângelo de. Guia Básico de Oração. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.124,125-26).
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP