Lição 13 - O cultivo das relações interpessoais, 5 partes, 2Tr16, Ev Henrique, EBD NA TV,

Lição 13 - O cultivo das relações interpessoais
2º trimestre de 2016 - Maravilhosa Graça - O Evangelho de JESUS CRISTO Revelado Na Carta Aos Romanos
Comentarista da CPAD: Pr. José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
 
 
 
TEXTO ÁUREO
"Ao único DEUS, sábio, seja dada glória por JESUS CRISTO para todo o sempre. Amém!"(Rm 16.27)
 

VERDADE PRÁTICA
DEUS deseja que os crentes, alcançados pela graça, cultivem relacionamentos saudáveis.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 16.1,2 Febe, cooperadora do apóstolo Paulo e da obra do Senhor
Terça - Rm 16.3 Priscila e Áquila cooperadores do apóstolo em JESUS CRISTO
Quarta - Rm 16.5 Paulo sabia cultivar boas relações interpessoais
Quinta - Rm 16.17 Paulo recomenda evitar os que promovem dissensões
Sexta - Rm 16.21 Paulo cultiva um bom relacionamento com seus parentes
Sábado - 1 Co 3.9 Sejamos bons cooperadores de DEUS para cuidarmos da "lavoura"

 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 16.1-16
1 - Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencreia, 2 - para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo. 3 - Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em CRISTO JESUS, 4 - os quais pela minha vida expuseram a sua cabeça; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios. 5 - Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Ásia em CRISTO. 6 - Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós. 7 - Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em CRISTO. 8 - Saudai a Amplíato, meu amado no Senhor. 9 - Saudai a Urbano, nosso cooperador em CRISTO, e a Estáquis, meu amado. 10 - Saudai a Apeles, aprovado em CRISTO. Saudai aos da família de Aristóbulo. 11 - Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da família de Narciso, os que estão no Senhor. 12 - Saudai a Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor. Saudai à amada Pérside, a qual muito trabalhou no Senhor. 13 - Saudai a Rufo, eleito no Senhor, e a sua mãe e minha. 14 - Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a Hermas, a Pátrobas, a Hermes, e aos irmãos que estão com eles.
15 - Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que com eles estão. 16 - Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo. As igrejas de CRISTO vos saúdam.
 
OBJETIVO GERAL - Compreender que os crentes precisam cultivar relacionamentos saudáveis.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORCom graça de DEUS, chegamos ao final do estudo da Epístola aos Romanos. Paulo conclui a carta saudando alguns irmãos e irmãs em CRISTO. A lista de saudações é bem extensa. Ele cita judeus e gentios, gente simples e autoridades. Isso mostra que o líder precisa da ajuda de cooperadores. Paulo tinha vários cooperadores e não deixou de fazer menção do nome deles. O apóstolo demonstra seu amor por todos os irmãos que cooperavam com a obra de DEUS. Na conclusão da Epístola de Romanos, percebemos que o apóstolo Paulo não somente fundou igrejas e pregou o Evangelho de CRISTO aos gentios. Ele construiu comunidades de amor, de remidos em CRISTO pela graça, que amavam ao Senhor e a sua obra.

PONTO CENTRAL - O crente precisa cultivar relações interpessoais saudáveis.
 
Resumo da Lição 13 - O cultivo das relações interpessoais
I – A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
1. Valorizando pessoas, não coisas.
2. O valor das mulheres.
3. Irmandade e companheirismo.
II – AS AMEAÇAS ÀS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
1. Individualismo.
2. Sensualismo e antinomismo.
III - A FONTE DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
1. Existe em razão da sabedoria esoberania de DEUS.
2. Existe em razão da graça de DEUS.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Precisamos valorizar pessoas e não coisas, estabelecendo relacionamentos interpessoais saudáveis.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O individualismo, o sensualismo e antimonismo são ameaças às relações interpessoais.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A sabedoria, a soberania e a graça de DEUS são as fontes das relações interpessoais.
 
PARA REFLETIR - A respeito da Carta aos Romanos, responda: Paulo finaliza sua carta primeiramente recomendando a qual membro da igreja de Cencreia?
Paulo finaliza sua carta primeiramente recomendando a irmã Febe.
Cite o nome de algumas irmãs que cooperaram com Paulo.
Febe, Priscila, Áquila, Maria.
Qual era a recomendação de Paulo em relação aqueles que causavam dissensões e escândalos?
A igreja deve observá-lo e afastar-se dele.
Segundo a lição o que era o movimento herético do primeiro século conhecido como gnosticismo?
Era um movimento sectário, que tinha como prática o sensualismo e o antinomismo. Em outras palavras, como viam a matéria como algo ruim, não tinham apreço pelo corpo, já que este era material.
Como Paulo encerra a sua carta?
Paulo encerra a sua Epístola com uma expressão de louvor e adoração.
 
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 66, p42.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA
Uma Pedagogia para a Educação Cristã, Educação Cristã: Reflexões e Práticas, O que todo Professor de Escola Dominical deve Saber.
 
Comentários de vários autores com alguma modificações do Ev. Luiz Henrique
Pontos difíceis e polêmicos discutidos durante a semana em nossos grupos de discussão no WhatsApp (minhas conclusões)
 
1 - Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencreia, 2 - para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo.
Está tão claro ai que é vergonhosa outra interpretação. Paulo diz que Febe o recebeu em sua casa - o hospedou - quem presta serviço é diácono. Febe é diaconisa porque hospedou Paulo. Não é ministério ou posição eclesiástica. Está no masculino. No original é diacono, indicando serviço e não posição dentro da igreja.
Nesta entrevista do Pastor Antônio Gilberto à revista Seara News, ele fala sobre isto.
Pr. Antônio Gilberto – Não, não e outra vez não! Não existe! Ordenação de Mulheres no Santo Ministério, tanto venham. Inclusive muitas vezes elas fazem o trabalho melhor do que os homens. Mas ordenar para o Santo Ministério, não tem base nas Escrituras. E como é que isso está acontecendo? É a igreja a culpada e a igreja vai prestar conta disso. A igreja que eu digo não é a igreja o prédio, os responsáveis vão prestar conta disso. Jesus nunca ordenou mulheres. O apóstolo Paulo que é um paradigma, não separou, nunca ordenou mulheres. Agora, mulheres trabalharem no Santo Ministério, tanto venham. Cantoras, professoras de escola dominical e etc. Mas irmão Gilberto, e diaconisa? Lá no livro de Romanos o apóstolo Paulo disse que aquela irmã era diaconisa na igreja de Cencréia. Onde está isso no original? Não existe! Sim, mas o comentário que eu li diz que era diaconisa. Conversa! No grego está na forma masculina, ou seja, Paulo deixou aquela mulher ali provisoriamente, ou então o trabalho era novinho e não tinha homem nenhum para exercer o diaconato, ele disse vem cá “fulana” (Febe), faz o trabalho aqui, a obra de Deus não pode parar por causa de problema humano. Está no masculino. - See more at: http://www.searanews.com.br/pr-antonio-gilberto-a-importancia-da-doutrina-biblica-para-a-igreja/#sthash.E2Xb4gsk.OSyLecCQ.dpuf
 
Romanos - Serie Cultura Biblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - F. F. Bruce. M.A.D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970
 
Saudações a vários amigos (16:1-16).
A carta, quando terminada, foi evidentemente levada ao seu destino por Febe, uma senhora cristã que tinha mesmo de viajar para lá. Paulo aproveita a oportunidade para recomendá-la à hospitalidade e à comunhão dos cristãos a quem está escrevendo. Esta palavra de recomendação é seguida de uma lista de saudações pessoais a certo número de pessoas mencionadas nome por nome.
 
Uma carta consistindo quase inteiramente de saudações pode ser inteligível numa época de cartões postais ilustrados, selfs, e-mails, Whatsapp, telegran, etc....
É provável que Paulo tenha enviado uma cópia desta epístola a seus amigos de Éfeso (como o pode ter feito a outras comunidades cristãs), tendo lhe acrescentado um apêndice com certo número de saudações pessoais. isso devido a muito desta carta estar na carta de Paulo aos Efésios.
 
Quais são, pois, os principais argumentos para defender a tese de que o capítulo 16 se destinava a Éfeso?
(1) Neste capítulo Paulo envia saudações pessoais a 26 indivíduos e a 5 famílias ou "lares-igrejas". Será possível que ele conhecesse tanta gente de uma cidade que nunca tinha visitado? Pensamos, ao contrário, numa das cidades com as quais estava familiarizado. Corinto não entra em cena porque a carta foi escrita de lá. Mas Éfeso (onde recentemente passara dois anos e meio) é por certo indicada, especialmente pelas duas razões seguintes.
(2) As primeiras pessoas a quem Paulo envia saudações aqui são os seus amigos Priscila e Aqüila. Da última vez que ouvimos falar deles, quer era Atos (18:26), quer na correspondência de Paulo (1 Co 16:19),8 residiam em Éfeso, onde tinharri uma igreja em sua casa, como aqui. Na ausência de qualquer alusão contrária, podemos presumir que ainda estavam em Éfeso.
(3) A próxima pessoa a ser saudada por nome é Epêneto, "primícias da Ásia (não "Acaia" como diz AV), para CRISTO". A primeira pessoa a converter-se por meio de Paulo na província da Ásia, naturalmente deve ser procurada em Éfeso, não em Roma.
(4) Outro argumento, baseado na admoestaçâo registrada nos versículos 17-20, é considerado mais adiante (pp. 223ss.).
Que se pode dizer agora a favor da igreja de Roma como destinatária deste capítulo, além e acima da pressuposição inicial de que foi enviado às mesmas pessoas às quais foi dirigido o restante da carta à qual está ligado?
(1) Tal lista de saudações seria excepcional numa carta escrita a uma igreja que Paulo conhecesse bem. Se este capítulo teve Éfeso por destino, podemos visionar a ocasião em que foi lido em voz alta numa reunião da igreja. Os presentes teriam ouvido a leitura de 26 saudações dirigidas a pessoas do seu meio. Mas Paulo certamente conhecia mais de 26 membros de uma igreja em cujo seio passara longo tempo. Que pensariam os demais? Cada um deles decerto perguntaria: "Por que me deixou fora?" Mas numa carta escrita para uma igreja que não conhecia pessoalmente, Paulo bem podia mandar saudações a amigos que encontrara em outros lugares no transcurso do seu serviço apostólico, agora residentes em Roma. Se os mencionasse nome por nome, os outros membros da igreja não se sentiriam ofendidos por serem omitidos, porque não esperariam ser incluídos. Na Epístola aos Colossenses, também escrita a uma igreja que Paulo nunca tinha visitado, saudações semelhantes são enviadas a uns poucos indivíduos — somente alguns, porque Colossos ficava fora das rotas mais batidas e longe de alguma localidade da importância de Roma. Roma, porém, era a capital do mundo. Todos os caminhos levavam a Roma, e não é surpreendente que muita gente que Paulo conhecera em outros lugares, nesse meio tempo tivesse ido para Roma. Em particular, a morte do imperador Cláudio em outubro de 54 A. D. talvez tenha significado, para todos os efeitos práticos, a revogação do seu edito, passado cinco anos antes, expulsando de Roma os judeus. Se houve um regresso geral de judeus a Roma por volta dessa ocasião, certamente havia cristãos judeus entre eles. Priscila e Áquila, compelidos a deixarem Roma por causa do edito de 49 A. D. (At 18:2), bem podem ter retornado em 54 A. D. ou pouco depois, deixando talvez procuradores a cargo das filiais da sua indústria de tendas de Corinto e de Éfeso (como possivelmente haviam feito com sua filial de Roma quando tiveram de sair da capital). Negociantes como Priscila e Áquila não passavam muito tempo num lugar naqueles dias. Daí, não era improvável nem incomum se mudarem eles para cá e para lá, entre Roma, Corinto e Éfeso.
(2) Certo número dos nomes que constam dos versículos 7-15 tem documentação mais forte pró Roma do que para Éfeso. Isto se deve em grande medida ao muito maior número de inscrições acessíveis de Roma do que de Éfeso. E em todo caso, na maior parte a documentação é boa em favor dos nomes, não das pessoas. Dão-se pormenores nas notas de rodapé, e o leitor pode avaliar por si mesmo a documentação. Talvez o argumento mais forte venha em favor dos membros da "casa de Narciso", no versículo 11. Sabemos da existência de uma "casa de Narciso" em Roma justamente naquele tempo. O nome Rufo (v. 13) era mais comum em Roma do que em Éfeso, mas se era o Rufo de Marcos 15:21, provavelmente não foi em Roma que recebeu seu nome. Entretanto, o Rufo de Marcos 15:21 era evidentemente bem conhecido na igreja romana. Não podemos dizer que não havia um Rufo na igreja, mas não sabemos se havia. Tendo em vista o conjunto de dados, o estudo destes nomes faz a balança da probabilidade pender em favor de Roma.
(3) "As igrejas de CRISTO" que enviam suas saudações aos leitores — no versículo 16 — seriam as igrejas gentílicas cujos representantes se estavam juntando a Paulo nessa mesma ocasião para levar as contribuições de suas igrejas a Jerusalém." Seria uma idéia particularmente feliz enviar saudações destas igrejas a Roma. Decerto se podia dizer que seria uma idéia igualmente feliz enviar saudações das igrejas a Éfeso, mas, visto que Éfeso era uma das igrejas representadas — por Trófimo e possivelmente Tíquico (At 20:4) — não havia o mesmo propósito em enviar-lhe saudações.
1. A nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia.
AV: "serva". Evidentemente Febe (RV, RSV, NEB) estava prestes a partir de viagem para o local'para onde Paulo estava enviando estas saudações, e pode ter recebido a incumbência de levar a carta que as contém. Cencréia (RV, RSV, NEB) era um dos dois portos marítimos de Corinto, situado no Golfo Sarônico (ver At 18:18). A igreja dali talvez fosse filha da igreja metropolitana de Corinto. A palavra "serva" édiakonos (RVmg., RSV, "diaconisa"; NEB, "uma irmã em CRISTO que desempenha um serviço na congregação de Cencréia"). 1 Timóteo 3:11 sugere a idéia de que os deveres de um diakonos podiam ser cumpridos por homens e mulheres. Nesta passagem, "suas esposas" (AV, NEB), com maior probabilidade, deve-se traduzir por "mulheres" (RV, AA), i. e., "mulheres diaconisas" (ver RSV, "as mulheres"; NEBmg., "diaconisas").
2. Para que a recebais no Senhor, i. e., como irmã em CRISTO.
Os cristãos em viagem nos dias da igreja primitiva podiam contar sempre com a hospitalidade dos seus irmãos em CRISTO onde quer que houvesse uma igreja (ver 15:7).
Protetora de muitos, e de mim inclusive. Quanto à espécie de ajuda que ela deu a Paulo, é dito que hospedou Paulo e muitos outros irmãos. Provavelmente Febe era em Cencréia, mas estava em Corinto (7 Km), assim como que Lídia estava em Filipos, mas era de Tiatira.
3. Saudai a Priscila e a Aqüila.
Leia-se "Prisca" (RV, RSV, NEB), em vez de "Priscila". Paulo lhe chama Prisca (ver 1 Co 16:19, RV; 2 Tm4:19) enquanto que Lucas lhe dá o nome em sua forma um tanto mais familiar, que é Priscila (ver At 18:2, 18, 26). "Lucas normalmente emprega a linguagem da conversação, em que as formas diminutivas eram usuais; deste modo, sempre fala em Priscila, Sópatro e Silas, ao passo que Paulo fala em Prisca, Sosípatro e Silvano.'" Tanto Lucas como Paulo geralmente colocam Prisca (Priscila) antes de Áquila, seu marido. Talvez se deva ao fato de ela ter personalidade mais marcante, embora alguns tenham inferido que pertencia a uma classe social superior à dele. Talvez ela pertencesse por nascimento ou por manumissão à gens Prisca, uma família da nobreza romana, enquanto que ele era judeu do Ponto, na Ásia Menor Setentrional. Ver pp. 16,216.
4. Os quais pela minha vida arriscaram as suas próprias cabeças, i. e., "arriscaram as suas próprias vidas".
Sobre a ocasião em que Priscila e Áquila fizeram isto, só podemos especular. Pode ter sido durante uma das fases críticas do ministério de Paulo em Éfeso.
5. Primícias da Ásia, para CRISTO.
AV: "da Acaia". Leia-se, porém, Ásia, o que é favorecido pelo texto mais bem documentado. O "Texto Recebido" foi influenciado aqui por 1 Coríntios 16:15 onde, contudo, "a casa de Estéfanas" — uma família de Corinto — é que "é as primícias da Acaia".
6. Saudai a Maria, que muito trabalhou por vós.
AV diz: "por nós", mas o melhor texto diz: "por vós" (RV, RSV, NEB, como AA). Isso tem levado a pensar que a igreja de Éfeso era a destinatária destas saudações. Sim, porque Paulo podia saber quem realizara notáveis serviços naquela igreja, mas como poderia saber quem havia trabalhado muito pelos cristãos da capital? Decerto contava com algumas fontes de informação acerca da igreja de Roma (ver l:8s.). Se Maria se ligara àquela igreja nos primeiros dias desta, Priscila e Áquila a conheceram. Mas só podemos especular a respeito. Esta á a única referência que temos à Maria de que trata a presente passagem (uma das seis mulheres com esse nome no Novo Testamento).
7. Saudaia Andrônico e a Júnias.
É impossível decidir se o segundo nome é feminino, Júnia (como em AV), ou masculino, Júnias (como em AA, RV, RSV, NEB). Nada sabemos destes dois à parte da referência que Paulo faz a eles aqui. Mas esta referência nos desperta o desejo de saber mais. Evidentemente eram cristãos judeus (não é preciso entender mais que isto da expressão "meus parentes"; tinham sido companheiros de Paulo em uma das freqüentes prisões que sofreu (2 Co 11:23) — onde, não podemos saber. Certamente não em Filipos; muito possivelmente em Éfeso. Além disso, eram "notáveis entre os apóstolos", o que provavelmente significa não somente que eram bem conhecidos dos apóstolos, mas que eram apóstolos eles próprios (num sentido mais amplo da palavra), e eminentes como tais. E já fazia muito tempo que eram cristãos, desde antes da conversão de Paulo. Sendo esse o caso, bem podem estar incluídos entre os helenistas de Atos 6:1 (seus nomes sugerem que eram helenistas, e não "hebreus"). Pode ser que tenham tido direito ao apostolado com base no fato de terem visto o CRISTO ressurreto, estavam entre os 500.
8. Amplíato.
AV: "Amplias", forma abreviada. Mas "Amplíato" é a forma preferida aqui; assim em RV, RSV, NEB, como em AA. Nome comum nas inscrições romanas do período, e é encontrado repetidamente como nome de membros da casa imperial. Um ramo da gens Aureiia o usava como cognome. Cristãos pertencentes a este ramo da família estão sepultados em um dos mais antigos cemitérios cristãos de Roma, o Cemitério de Domitila, iniciado no final do século primeiro. Um túmulo daquele cemitério, decorado com pinturas num estilo muito primitivo, tem a inscrição AMPL1 AT em unciais do primeiro século ou do começo do segundo.
9. Urbano.
Urbanus ("pertencente à urbs" ou "cidade" — i. e., Roma), nome por sua própria natureza particularmente comum em Roma.
Estáquis. Este nome, que significa "espiga", não é comum. Numa ou duas vezes que ocorre está associado à casa imperial.
10. Apeles.
Nome tão comum entre os judeus de Roma, que chegou a ser usado por Horácio como típico nome judeu — "credut Iudaeus Apella" {Sátira i. 5.100). Um notável vulto chamado Apeles foi o ator trágico de Ascalon a quem, certa vez, o imperador Gaio deu mostras de favor (Filo, Embaixada a Gaio, 203-206). Acha-se em inscrições romanas, tanto em relação a elementos da família imperial como a outros.
Os da casa de Aristóbulo. Não se pode determinar com precisão quem é este Aristóbulo. Lightfoot sugere sua identificação com um irmão de Herodes Agripa I, que morava em Roma como cidadão particular e, como seu irmão, desfrutava da amizade de Cláudio. Caso tivesse legado seus bens ao imperador, os seus escravos e libertos ter-se-iam distinguido doutros membros da casa imperial como Aristobuliani(equivalente latino da expressão paulina: hoi ek tõn Aristoboulou). Ã luz desta identificação de Aristóbulo com um membro da família de Herodes, conforme a sugestão de Lightfoot, será por mera coincidência que na lista de Paulo o nome seguinte é Herodião?
11. Herodião.
Talvez membro dos Aristobuliani, que Paulo conhecia pessoalmente; "meu parente" (ver v. 7) talvez o assinale simplesmente como sendo judeu de nascimento.
Os da casa de Narciso. Calvino e outros identificam este Narciso com Tibério Cláudio Narciso, rico súdito do imperador Tibério, homem de muita influência durante o domínio de Cláudio, mas executado por ordem de Agripina, mãe de Nero, logo depois do acesso deste ao poder, em 54 A. D. Confiscados os seus bens, os seus escravos se tornariam propriedade imperial e se distinguiriam doutros grupos da casa imperial pela designação de Narcissiani. Se é válida esta identificação, esta saudação era dirigida aos cristãos que havia entre os Narcissiani. Mas não temos meios de averiguar como Paulo conhecera os cristãos pertencentes aos Narcissiani ou como ouvira falar deles.
12.Trifena e Trifosa.
Provavelmente parentas próximas ou irmãs, e muito possivelmente gêmeas, caso em que não era incomum dar nomes derivados da mesma raiz. Dos dois nomes, Trifosa, é o que se acha com maior freqüência, mas ambos ocorrem em inscrições ligadas ou não à casa imperial. Contudo, estes nomes têm associações com a Anatólia. Trifena aparece na obra fictícia do segundo século, Atos de Paulo, como o nome da rainha que mostrou bondade com Tecla, em Antioquia da Pisídia (esta rainha foi personagem histórica, sobrinha-neta do imperador Cláudio).
Pérside. Este nome (que significa "mulher persa") aparece em inscrições gregas e latinas de Roma e doutros lugares como o de uma escrava ou liberta, mas sem conexão com a casa imperial.
13.Rufo.
Este nome, que significa "vermelho", "ruivo" (palavra de origem itálica, e não latina), era tão comum em Roma e na Itália, que não haveria boa razão para questionar se era de lá, exceto por dois pontos: primeiro, a menção de Rufo em Marcos 15:21 como um dos dois filhos de Simào Cireneu; segundo, a intrigante referência à mãe deste Rufo como sendo a mãe de Paulo também (AV). Escrevendo o seu evangelho em primeiro lugar para os cristãos de Roma (conforme tradição do segundo século), Marcos identifica Simão Cireneu para os seus leitores 30 anos depois do incidente em que Simâo figurava. E ao identificá-lo, diz, em outras palavras: "Vocês saberão quem é o Simão a que me refiro quando lhes disser que era o pai de Alexandre e de Rufo." Havia, pois, um Rufo bem conhecido em Roma por volta de 60 A. D., e é tentador identificá-lo com o Rufo, eleito no Senhor, mencionado por Paulo ("um proeminente seguidor do Senhor", NEB). (O grego eklektos, "escolhido" — AA: "eleito" — naturalmente adquire o sentido de "excelente" e, daí, de "proeminente".)
Mas se este Rufo era o filho de Simâo Cireneu, quando foi que sua mãe se mostrou mãe de Paulo? Não podemos ter certeza, porém se pode aventurar a suposição de que foi na época em que Barnabé foi a Tarso buscar Paulo para fazer dele seu colega no ministério que exercia em Antioquia da Síria (At ll:25s.). Simeão, que tinha por sobrenome Niger ("de pele escura"), um dos mestres da igreja dali (At 13:1), tem sido identificado com Simão Cireneu. Se Paulo se hospedou com ele, podemos bem visualizar a esposa de Simeão (ou Simão) fazendo o papel de mãe para o seu hóspede deserdado. (Poderia um pai de pele escura ter um filho ruivo? Isto não é impossível.)
14. Hermas.
Abreviação de algum destes nomes: Hermágoras, Hermógenes e Hermódoro. Nome bem comum. Um par de gerações mais tarde seria o nome de um cristão de Roma (um escravo) que escreveu O Pastor.
Pátrobas. Abreviação de Patróbio. Nome de um rico oficial liberto de Nero. Lightfoot opina que o Pátrobas de Paulo "podia muito bem ter sido um dependente deste poderoso liberto" (Philippians, p. 177).
Hermes. Como nome do deus da boa sorte, era extremamente comum como nome de escravo.
(Em AA, apud texto grego de Nestle, a ordem em que aparecem os nomes de Hermas e de Hermes é invertida. Aqui seguimos AV.).
15. Filólofjo e Júlia.
Talvez marido e mulher (menos provavelmente irmão e irmã). Júlia é nome que sugere algum tipo de associação com a casa imperial. O nome Filólogo aparece mais de uma vez em conexão com a casa imperial.
Nereu. A tradição eclesiástica romana, abrangendo o período que vai até o quarto século, associa Nereu (e um seu companheiro chamado Aquileu) a Flávia Domitila, dama cristã da casa imperial banida para a ilha de Pandatéria, longe da costa da Campânia, por seu tio Domiciano, em 95 A. D., solta depois da morte deste no ano seguinte. O nome dela foi imortalizado como nome do "Cemitério de Domitila".
OlirnpasForma abreviada de Olimpiodoro.
16. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.
(Ver 1 Co 16:20; 2 Co 13:12; 1TS5:26; 1 Pe 5:14.) O "beijo de paz", que até hoje desempenha um papel na liturgia da Igreja Oriental, é mencionado pela primeira vez como característica normal do culto cristão naPrimeira Apologia, 65, de Justino Mártir ("quando paramos de orar, saudamo-nos uns aos outros com um beijo").
O nome de Pedro está notavelmente ausente da lista daqueles aos quais são enviadas as saudações. Se for aceita a idéia de que estas saudações foram destinadas a Roma, a ausência do nome de Pedro sugere que ele não estava em Roma.
Todas as igrejas de CRISTO vos saúdam. Assim também RV, RSV, NEB. AV omite indevidamente a palavra "todas". Esta sentença, como se tem dito, constitui forte argumento em favor da tese de que Roma é a destinatária destas saudações. Por que Paulo mandaria saudações de todas as igrejas a uma igreja à qual estava enviando uma carta comum? Mas numa ocasião em que estava concluindo uma importante fase do seu ministério, é bem possível que mandasse saudações de todas as igrejas ligadas àquela fase do seu ministério a uma igreja que, não somente ocupava uma posição única no mundo (como acontecia com a igreja de Roma), mas também, na intenção de Paulo, devia desempenhar importante papel no início de uma nova fase do seu ministério.
 
Exortação final (16:17-20).
Esta passagem admonitória difere do restante da epístola, tanto em conteúdo como em estilo. Aqui Paulo se afasta da sua política de não se dirigir à igreja romana com o tom da autoridade apostólica usado por ele ao escrever às igrejas que ele fundou. Além disso, as dissensões referidas neste parágrafo não correspondem a coisa alguma da vida da igreja romana que se pudesse recolher de outras partes da epístola. Em outras partes da epístola, a única possibilidade de tensão no seio da igreja a que se faz alusão é a que poderia surgir se os membros gentílicos da igreja começassem a assumir um ar de superioridade sobre seus irmãos de origem judaica (2:13ss.). Por outro lado, a admoestação deste parágrafo tem pontos de afinidade com as palavras de exortação e de prognósticos dirigidas por Paulo aos presbíteros da igreja de Éfeso em Atos 20:28ss. Servem para comparação as dissensões e os falsos ensinos em Éfeso mencionados nas duas epístolas a Timóteo (para não falar da heresia que, segundo a Epístola aos Colossenses, estava encontrando guarida entre os cristãos doutra região da província da Ásia). Isto, acrescentado aos argumentos baseados nas saudações precedentes, se supõe que aponta Éfeso, e não Roma, como a destinatária deste capítulo.14 ou aos crentes que antes oravam em Éfeso e agora estavam em Roma.
Doutro lado, não seria de admirar se, após longo esforço por conter-se ao dirigir-se a uma igreja não fundada por ele, Paulo afinal rompesse numa urgente advertência quanto a certos criadores de problemas de uma classe que ele conhecia muito bem nas igrejas dele. Da descrição que faz deles, é evidente que se refere a "maus obreiros" como os que denuncia em Filipenses 3:18s. O ensino deles era de evidente tendência antinomista, e possivelmente trazendo as marcas de um gnosticismo incipiente. Era tão contrário ao ensino que os cristãos de Roma tinham recebido dos fundadores e líderes da obra local, como o era ao ensino de Paulo, e estava fadado a levar à divisão e à dissensão onde quer que fosse introduzido. Mais para o início da epístola, Paulo dera ênfase às exigências éticas do Evangelho em termos que bem podiam dirigir-se a gente como essa (ver 3:8, 6:lss., 12:lss.) - Se tinha motivo para crer que a igreja de Roma corria o risco de receber as atenções deles, como acontecera com as igrejas que fundara, sem dúvida se sentia compelido por seu senso de dever a adverti-la claramente contra os mesmos. Contudo, era tal a reputação de fidelidade ao Evangelho que a igreja romana gozava, que bastava uma breve advertência contra aqueles semeadores de discórdia. A discórdia era obra de Satanás, mas se os cristãos romanos mantivessem à distância esses causadores de problemas e seu ensino, DEUS, que é "o DEUS da paz" e não da discórdia (ver 1 Co 14:33), lhes daria a vitória sobre Satanás e sobre todas as suas obras.
18. CRISTO nosso Senhor.
AV: "Nosso Senhor JESUS CRISTO". Leia-se, porém, "nosso Senhor CRISTO" (RV, RSV), ou "CRISTO nosso Senhor" (NEB, AA).
Esses tais ... servem ... a seu próprio ventre. Ver Filipenses 3:19, onde Paulo adverte os cristãos filipenses contra homens dos quais diz: "o deus deles é o ventre." Em ambos os lugares é provável que a referência seja aos antinomistas que faziam do Evangelho um pretexto para a satisfação dos seus apetites (ver 6:1).
19. (Quero que sejais sábios para o bem símplices para o mal.
Ver Mateus 10:16: "Sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas" (em grego se usam os mesmos adjetivos, sophos ukeraios, nos dois lugares). Outra exortação paulina parecida é: "Na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos"; AV: "Na malícia sede crianças, mas no entendimento sede homens" (1 Co 14:20).
20. O DEUS da paz.
Título que se repete da bênção de 15:33 (ver também a bênção de Hb 13:20). É particularmente apropriado aqui, visto que Satanás é o autor da discórdia.
Em breve esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás. Eco de Gênesis 3:15, onde DEUS declara que a semente da mulher esmagará a cabeça da serpente. O povo de CRISTO recebe um quinhão da Sua vitória.
A graça de nosso Senhor JESUS seja convosco. Assim RV, RSV e NEB. AV indevidamente diz: "Nosso Senhor JESUS CRISTO" e acrescenta "Amém" ao final da bênção.
d. Saudações enviadas pelos companheiros de Paulo (16:21-23/24).
Paulo manda saudações de vários amigos que estão com ele na ocasião em que escreve, incluindo-se Timóteo, seu fidus Achates;15 Gaio, seu hospedeiro; e Tércio, seu amanuense, que escreve sua saudação na primeira pessoa do singular.
21. Timóteo.
Natural de Listra, foi escolhido por este para assistente e companheiro em seu ministério apostólico (At 16:1-3). Paulo encontrou nele um colega com peculiar afinidade. Dele disse o apóstolo: "Esteve a meu lado no serviço do Evangelho como um filho sob as ordens do pai" (Fp 2:20-22, NEB). De acordo com Atos 20:4, estava na companhia de Paulo, juntamente com outros, às vésperas da sua partida para Jerusalém.
Lúcio. Se a expressão "meus parentes" se refere aos três nomes que a precedem, Lúcio é cristão judeu. Dificilmente se pode comprovar identificação dele com Lúcio de Cirene (At 13:1). Que dizer, então, da identificação dele com Lucas, o médico (opinião defendida por A. Deissmann e negada por H. J. Cadbury)? O autor de Atos (ou, de qualquer forma, o autor das passagens "nós") estava com Paulo nessa ocasião (At 20:5ss.), mas não menciona Lúcio na lista dos companheiros de Paulo em sua viagem (At 20:4). Lucas era um cristão gentio (como se vê em Cl 4:14 à luz de Cl 4:10s., com o apoio das evidências internas dos seus escritos); mas nesta passagem seria possível colocar pontuação depois de Lúcio, deixando só Jasom e Sosípatro qualificados como "parentes" de Paulo. Nos três lugares em que Paulo com certeza fala de Lucas (Cl 4:14; Fm 24; 2 Tm 4:11), chama-lhe Lucas (Loukas), mas existe boa evidência de que se usava "Lucas" como equivalente de "Lúcio". A questão fica por decidir-se.
Jasom. Talvez o Jasom que foi o hospedeiro de Paulo em sua primeira visita a Tessalônica (At 17:6, 7, 9). Todavia, não está arrolado como um dos delegados tessalonicenses entre os companheiros de Paulo em At 20:4.
Sosípatro. Provavelmente o "Sosípatro de Beréia, filho de Pirro" que, de acordo com Atos 20:4, também acompanhava Paulo nessa ocasião. Sobre a preferência de Paulo pelo nome mais formal.
22. Eu, Tércio, que escrevi esta epístola.
Não é mencionado em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Ao que parece, Paulo normalmente empregava amanuenses para redigirem as suas cartas, mas este é o único que se nos tornou conhecido de nome. Seja que tenha enviado suas saudações pessoalmente, por sua própria iniciativa, seja que o tenha feito à sugestão de Paulo, certamente Paulo o aprovaria nisso. Talvez fosse um amanuense profissional, visto que Romanos é bem mais formal que a maior parte das cartas paulinas. Mas evidentemente era cristão, dado que envia suas saudações "no Senhor". Noutras ocasiões, um dos companheiros do apóstolo (como Timóteo, a julgar pela freqüência com que seu nome é acrescentado ao de Paulo no sobrescrito das cartas) pode ter-lhe servido de amanuense.
23. Saúda-vos Gaio, meu hospedeiro e de toda a igreja.
Há muito que dizer em favor da identificação de Gaio com o Tício Justo de Atos 18:7 (assim AÀ, RSV E NEB, acertadamente; AV omite indevidamente o nome Tício), que estendeu a hospitalidade da sua casa a Paulo e à nascente igreja de Corinto quando expulsos da sinagoga vizinha. "Gaio Tício Justo" seria, neste caso, o nome completo dele (prenome, nome gentílico e cognome) como cidadão romano (cidadão da colônia romana de Corinto).
Erasto, tesoureiro da cidade (de Corinto). Este Erasto foi identificado com o oficial civil desse nome mencionado numa inscrição latina num bloco de mármore, de calçamento, descoberto em Corinto em 1929 por membros da Escola Americana de Estudos Clássicos em Atenas. A inscrição diz: ERASTVS PRO: AED: S: P: STRAVIT" ("Erasto, comissário das obras públicas, fez este calçamento às suas custas"). O calçamento pertence ao primeiro século A. D., e bem pode ter sido construído pelo amigo de Paulo. Contudo, os ofícios públicos não são os mesmos. Em grego, o comissário das obras públicas, ou "aedile", é chamado agoranomos, ao passo que o tesoureiro da cidade (como nesta passagem) é oikonomos tès poléõs. Se lidamos com o mesmo Erasto, é de supor que ele fora promovido do ofício inferior de "aedile" ao de tesoureiro da cidade no tempo em que Paulo escreveu esta epístola. (Se, ao contrário, alguém preferir supor que ele foi rebaixado do ofício superior ao inferior por haver professado a fé cristã, não há nenhuma prova contra esta suposição!) Não há bom motivo para identificar este Erasto com o de Atos 19:22 ou de 2 Timóteo 4:20; o nome era bastante comum.
O irmão Quarto. Lit., "Quarto o irmão" (RV). Aliás, desconhecido. Talvez "irmão" signifique "irmão no Senhor", "irmão em CRISTO". Mas, neste caso, por que é particularizado recebendo designação comum a todos eles? Se a palavra significa "irmão carnal", de quem era irmão? De Erasto, visto que seu nome o precede imediatamente? Ou, desde que Quartus é a palavra latina para "quarto", e Tertius para "terceiro", seria demasiado artificial pensar nele como irmão de Tércio, nascido em seguida a ele?
24. [A graça de nosso Senhor JESUS CRISTO seja com todos vós. Amém.]
Esta bênção provavelmente não faz parte do texto original, razão por que AA a coloca entre colchetes. Os documentos ocidentais a têm aqui, em vez de em 16:20. O texto bizantino (do qual provêm o Texto Recebido ê A V) adota a bênção ocidental aqui em acréscimo à bênção anterior, que aparece em 16:20. Alguns documentos trazem a bênção no final da doxologia (depois do v. 27).
 
Doxologia (16:25-27).
As várias posições desta doxologia em nossos testemunhos do texto de Romanos foram discutidas na Introdução (pp. 26ss.)- Mas sua localização original não é a única questão que se tem levantado quanto a ela. Harnack defendeu a idéia de que, em sua forma atual, representa uma ampliação ortodoxa de uma doxologia marcionita mais curta:
"Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos, e que agora se tornou manifesto, segundo o mandamento do DEUS eterno, a todas as nações para a obediência da fé; ao único DEUS sábio, por meio de JESUS CRISTO, a quem seja a glória para sempre. Amém."
Este, supôs ele (e outros que o seguiram" ), é um parágrafo acrescentado pelos seguidores de Márcion como conclusão da epístola.
Na verdade, não temos nenhum MS nem qualquer outra evidência objetiva em favor desse mais breve texto original da doxologia. Contudo, tem-se explicado que as frases que, na hipótese de Harnack, são acrés-cimos ortodoxos à redação original, são ligadas a ela desajeitadamente, especialmente a referência às "escrituras proféticas" (v. 26). Certamente esta referência tem de ser reconhecida como acréscimo ortodoxo, se é que a doxologia é originalmente marcionita. Sim, pois "as escrituras proféticas" (AV: "as escrituras dos profetas") não desempenhavam parte alguma no esquema de Márcion. Mas na ausência de evidência independente em favor de um texto mais curto da doxologia, o ônus da prova pousa na idéia de que ela não faz parte do texto apostólico. Se é marcionita, não pode ser atribuída a Márcion propriamente dito. Orígenes, como já vimos (pp. 26s.), diz explicitamente que a edição da epístola lançada por Márcion não continha a doxologia (e tudo mais que vem em seguida a 14:23).
Por outro lado, há na doxologia um reconhecível eco dos temas dominantes na saudação de abertura; em particular, a menção das "escrituras proféticas" evoca "o qual foi por DEUS outrora prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras" (1:2), e "foi dado a conhecer (...) para a obediência por fé, entre todas as nações" é praticamente uma repetição de "para a obediência por fé, entre todos os gentios"; AV: "entre todas as nações" (1:5). Este término da epístola batendo na mesma tecla batida no início dela faz pensar no próprio autor.
25. Segundo o meu evangelho.
Ver 2:16 (e 2Tm 2:8).
E a pregação de JESUS CRISTO. Esta frase é sinônima de "meu evangelho". "Pregação" traduz o grego kêrugma, a mensagem proclamada (como em 1 Co 1:21). O tema da mensagem é JESUS CRISTO.
Conforme a revelação do mistério. Quanto a "mistério" (que no Novo Testamento normalmente significa um segredo outrora mantido oculto, mas agora divulgado), ver 11:25. Mas aqui o "mistério" é o "mistério de CRISTO", de Colossenses 4:3, onde Paulo fala de si como estando "algemado" por causa desse mistério (Igreja).
25, 26. Guardado em silêncio nos tempos eternos, e que agora se tornou manifesto (...) e foi dado a conhecer (...) entre todas as nuções.
Ver Colossenses l:26s.; Efésios 3:3ss., onde o mistério tem especial referência ao apostolado de Paulo entre os gentios, por meio do qual os crentes gentios (como co-herdeiros com os crentes judeus) estavam incorporados em CRISTO — um derramamento da bênção divina numa escala não observada no Velho Testamento (O mistério revelado é a Igreja).
26. Por meio das escrituras proféticas.
Harnack considerava esta frase como um acréscimo ortodoxo a uma doxologia marcionita — é mal feito, pois se o mistério estivera "guardado em silêncio nos tempos eternos" (RV: "através dos tempos eternos", v. 25) e somente agora se tornou manifesto, como poderia ter-se tornado conhecido por meio dos escritos dos profetas? Harnack não foi o único a reconhcer esta dificuldade; mas sua solução não é a única possível. "Embora os profetas tivessem anteriormente ensinado tudo o que CRISTO e os apóstolos explicaram, ensinaram-no com tanta obscuridade, em comparação com a brilhante clareza da luz do Evangelho, que não precisamos ficar surpresos se nos diz que estas coisas, agora reveladas, estavam ocultas" (Calvino). Paulo e seus colegas de apostolado faziam intenso uso das "escrituras proféticas" em sua pregação do Evangelho. Mas foi somente à luz da nova revelação em CRISTO que puderam compreender e expor essas escrituras (ver 1 Pe 1:10-12). (O mistério revelado é a Igreja).
27. Ao DEUS único e sábio seja dada glória, por meio de JESUS CRISTO, pelos séculos dos séculos. Amém.
AV: "A DEUS, o único sábio, seja a glória, por meio de JESUS CRISTO, para sempre. Amém." O texto mais bem credenciado é o que RV segue: "Ao único e sábio DEUS, por meio de JESUS CRISTO, a quem seja a glória para sempre. Amém." Esta redação envolve um anacoluto, que bem pode servir como a rubrica pessoal de Paulo. O hábito de Paulo, de autenticar suas cartas colocando sua assinatura no fim (ver 2 Ts 3:17; 1 Co 16:21, etc.) não é seguido aqui; mas a autoria da Epístola aos Romanos não é posta em dúvida.
A nota anexada em AV ("Escrita em Corinto aos romanos ...") não faz parte do texto original.
O prólogo de William Tyndale, da Epístola aos Romanos, termina com a seguinte admoestaçào:
"Agora, leitor, vai e age de acordo com a ordem do escrito de Paulo. Primeiro, contempla-te diligentemente na lei de DEUS, e vê ali a tua justa condenação. Segundo, volta os olhos para CRISTO, e vê ali a extraordinária misericórdia do teu bondosíssimo e amorosíssimo Pai. Terceiro, lembra-te de que CRISTO não fez esta expiação para que voltasses a provocar a ira de DEUS. Nem morreu ele por teus pecados para que continuasses vivendo neles. Nem te purificou para que voltasses (como um porco) para o teu antigo lamaçal, mas, sim, para que fosses uma nova criatura e vivesses nova vida, segundo a vontade de DEUS, e não segundo a vontade da carne. Sê diligente, pois, para não suceder que, por tua negligência e ingratidão, venhas a perder de novo este favor .e esta misericórdia."
 
Romanos - Serie Cultura Biblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - F. F. Bruce. M.A.D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970
 
 
Qual é o segredo dos relacionamentos interpessoais? - Por John C. Maxwell em “A arte de influenciar pessoas” 
É se colocar no lugar da outra pessoa, em vez de colocar as pessoas no lugar que achamos que devem ficar — ou seja, enquadrá-las. 
CRISTO ensinou uma regra irretocável para quem quer estabelecer relacionamentos humanos de qualidade. Nós a chamamos “regra de ouro”, expressão que surgiu mais ou menos no século 17. 
Quase no fim do Sermão da Montanha, JESUS resumiu uma série de reflexões profundas sobre o comportamento humano numa frase: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam” (Mt 7:12).  
Nesse breve mandamento, CRISTO ensinou dois pontos sobre a evolução dos relacionamentos humanos: devemos decidir como queremos ser tratados; em seguida, precisamos começar a tratar os outros da mesma maneira. 
Há pouco tempo, levei minha filha Elizabeth para almoçar num restaurante. A garçonete, uma senhora cujo trabalho seria cuidar bem das pessoas, nos fez sentir como se a estivéssemos incomodando. Era mal-humorada, nada solícita e ranheta. Todos os clientes perceberam que o dia dela não estava sendo bom. Elizabeth olhou para mim e disse: “Papai, ela é bem rabugenta, não é?”. Limitei-me a concordar, contrariado. 
A certa altura, tentei mudar aquela atitude tão negativa da garçonete. Puxei uma nota de dez dólares e disse: “Você poderia me fazer um favor? Teria como trocar essa nota de dez dólares? É que gostaria de lhe dar uma boa gorjeta hoje” A mulher olhou para mim, hesitou por alguns instantes e, logo depois, correu até o caixa. Depois de trocar o dinheiro, ela passou os quinze minutos seguintes em volta de mim e de Elizabeth. Agradeci a ela pelo serviço, disse que havia sido solícita e atenciosa e deixei uma boa gorjeta. 
Devemos decidir como queremos ser tratados; em seguida, precisamos começar a tratar os outros da mesma maneira.
Quando fomos embora, Elizabeth perguntou: “Papai, reparou como aquela mulher mudou o jeito de nos tratar?”. Aproveitando aquela oportunidade de ouro, respondi: “Elizabeth, se quer que as pessoas tratem você corretamente, faça o mesmo com elas. Em muitos casos, sua atitude mudará a delas”. 
Elizabeth nunca esquecerá aquela lição porque viu uma mudança notável acontecer diante de seus olhos. Aquela senhora mal-humorada não fizera por merecer um tratamento gentil. No entanto, quando foi tratada de maneira diferente — ou seja, da mesma forma que eu gostaria de ser tratado e acreditava que ela seria capaz de fazer —, sua perspectiva mudou de repente. 
Seja qual for sua condição num relacionamento, se percebeu que há uma questão a ser resolvida, então a responsabilidade de fazer um esforço concentrado para gerar mudança positiva está em suas mãos. Pare de acusar os outros e tentar se justificar. Tente ser fonte de inspiração e exemplo, mostrando a atitude mais apropriada para a ocasião. Tome a decisão de não ser a pessoa que apenas reage, mas a que toma a iniciativa. 
A arte de influenciar pessoas: sozinho não se chega a lugar algum. John C. Maxwell. São Paulo: Mundo Cristão, 2007. Págs. 15 a 17. 
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD
Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD
As Disciplinas da Vida Cristã; CPAD
Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD
Revistas antigas - CPAD
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