Lição 1 - DEUS Dá Sua Lei Ao Povo De Israel 1 parte
Lição 1 -
DEUS Dá Sua Lei Ao Povo De Israel
Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 -
CPAD - Para adultos
Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma
Sociedade Em Constante Mudança
Comentários: Pr. Esequias Soares
Complementos,
ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS
MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
NÃO DEIXE DE LER O ESTUDO SOBRE ALIANÇA -
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
TEXTO ÁUREO
“Que são israelitas,
dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e
o culto, e as promessas.” (Rm 9.4)
VERDADE PRÁTICA
Uma nova nação
despontava no horizonte e precisava de uma legislação que definisse as
bases em que o povo devia viver, isto é, fundamentada nas promessas
feitas aos patriarcas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 34.27 A
promulgação da lei é a cerimônia oficial do concerto que DEUS fez
Terça - Êx 19.8
Israel faz voto de fidelidade e obediência à lei de DEUS
Quarta - Gn 15.18
DEUS já havia feito um concerto com Abraão
Quinta - Gn 26.28-30
Era comum celebrar um concerto com festa
Sexta - Rm 7.12 A
lei é santa e veio de DEUS, portanto, era preciso observá-la
Sábado - Ne 8.1 A
origem da lei é o próprio DEUS,?por isso era preciso obedecer-lhe?
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE- Êxodo 20.18-22, 24; 24.4, 6-8
Êxodo 20.18-22 - 18
E todo o povo viu os trovões, e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o
monte fumegando; e o povo, vendo isso, retirou-se e pôs-se de longe.
19 E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale DEUS
conosco, para que não morramos. 20 E disse Moisés ao povo: Não temais,
que DEUS veio para provar-vos e para que o seu temor esteja diante de
vós, para que não pequeis. 21 E o povo estava em pé de longe; Moisés,
porém, se chegou à escuridade, onde DEUS estava. 22 Então, disse o
SENHOR a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que
eu falei convosco desde os céus.
Êxodo 20.24 - Um
altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e
as tuas ofertas pacíficas, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas; em todo
lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te
abençoarei.
Êxodo 24.4 - E
Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR, e levantou-se pela manhã de
madrugada, e edificou um altar ao pé do monte e doze monumentos, segundo
as doze tribos de Israel;
Êxodo 24.6-8 6 E
Moisés tomou a metade do sangue e a pôs em bacias; e a outra metade do
sangue espargiu sobre o altar. 7 E tomou o livro do concerto e o leu aos
ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o SENHOR tem falado faremos
e obedeceremos. 8 Então, tomou Moisés aquele sangue, e o espargiu sobre
o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que o SENHOR tem feito
convosco sobre todas estas palavras.
OBJETIVO GERAL
Explicar o processo
de desenvolvimento da Lei de DEUS.
Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve
atingir em cada tópico.
Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
Conhecer como a Lei foi promulgada.
Afirmar a autoria de Moisés.
Conceituar "Concerto" ou "Aliança".
Classificar os sacrifícios que foram estabelecidos com a Lei
Resumo da Lição 1
- DEUS Dá Sua Lei Ao Povo De Israel
I. A PROMULGAÇÃO DA
LEI
1. A solenidade.
2. A credibilidade
de Moisés.
3. A lei.
II. OS CÓDIGOS
1. Classificação.
2. O que há de
concreto?
III. O CONCERTO
1. O que é um
concerto?
2. Preparativos.
3. O concerto do
Sinai.
4.
O livro do concerto.
IV. O SACRIFÍCIO
1. Os holocaustos.
2. O sangue.
3. A aspersão.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A Lei foi entregue a
Moisés no Monte Sinai. O legislador de Israel cumpriu o papel de
mediador entre a vontade de DEUS e o povo de Israel
SÍNTESE DO TÓPICO II
Embora os críticos
bíblicos afirmem que os escritos atribuídos a Moisés são fragmentados, a
Bíblia inteira, bem como o testemunho de JESUS CRISTO, atribui a Moisés
a autoria do Pentateuco (Lc 24.44).
SÍNTESE DO TÓPICO
III
Enquanto o Antigo
Testamento fala de três concertos - os de Noé, Abraão e Israel - o Novo
revela uma nova e suficiente aliança: JESUS CRISTO se fez homem.
SÍNTESE DO TÓPICO IV
DEUS informou a
Moisés, na Lei, a constituição de sacrifícios santos: os holocaustos;
derramamento de sangue; aspersão do sangue.
VOCABULÁRIO
Promulgada: Publicada; tornada pública
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 61, p.37.
Você
encontrará mais subsídios para enriquecer a lição.
São artigos que
buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO DE LEITURA
O que
todo Professor de Escola Dominical Deve Saber
Um
excelente instrumento de referência para ajudar o professor da Escola
Dominical a crescer em CRISTO, enquanto estuda o Evangelho e
transforma-se em um ensinador da Palavra de DEUS.
Teologia do Antigo Testamento
Excelente oportunidade para o professor pesquisar os livros do Antigo
Testamento. Sua composição, sua teologia e as principais doutrinas
encontradas em cada livro do Testamento Antigo.
História de Israel no Antigo Testamento
O
objetivo da obra é conhecer o Israel do Antigo Testamento. O autor
reconstitui a história do povo judeu utilizando os textos bíblicos,
documentos extrabíblicos e arqueológicos.
Observação do Ev. Luiz Henrique
Na verdade a lei foi dada como regra para o
cumprimento da Aliança feita entre DEUS e seu povo especial. Se
cumpridas as normas haveria bênçãos por parte de DEUS e se ao contrário,
viriam as maldições, como se lê em Deuteronômio 28.
Logo, para que é a lei? Foi
ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a
quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de
um medianeiro.
Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um.
Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque,
se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade,
teria sido pela lei.
Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa
pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes.
Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e
encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.
De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo,
para que pela fé fôssemos justificados.
Gálatas 3:19-24
Logo, para que é a lei? Foi
ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a
quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de
um medianeiro.
Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um.
Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque,
se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade,
teria sido pela lei.
Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa
pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes.
Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e
encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.
De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo,
para que pela fé fôssemos justificados.
Gálatas 3:19-24
TERMOS DA ALIANÇA ( veja
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm ): Significa:
leis que vão reger a aliança se mantida ou se quebrada. (Todo o capítulo
de Dt 28, fala de bênçãos e maldições da aliança) AbraHão (com "H" que
vem do nome de DEUS), recebe promessas, homem pecava, mas prevaleciam as
promessas, foi necessário acrescentar leis, continuaram a transgredir e
foi necessário acrescentar os cerimoniais que acabam não sendo
suficientes para a purificação do homem; DEUS enviou seu filho para um
único e perfeito sacrifício. (Hb 10.12-18).
Logo,
para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que
viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta
pelos anjos na mão de um medianeiro. De maneira que a lei nos serviu de
aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.
Gálatas 3:19; 24
Em Dt 28 temos como benção da aliança por
exemplo: "11 E o Senhor te fará prosperar grandemente no fruto do teu
ventre, no fruto dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que o
Senhor, com juramento, prometeu a teus pais te dar.
12 O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar à tua terra a
chuva no seu tempo, e para abençoar todas as obras das tuas mãos; e
emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado. 13 E o
Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás por cima, e não
por baixo; se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu Deus, que eu hoje
te ordeno, para os guardar e cumprir, 14 não te desviando de nenhuma das
palavras que eu hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda,
e não andando após outros deuses, para os servires."
Em Dt 28 temos como maldição da aliança por
exemplo: "27 O Senhor te ferirá com as úlceras do Egito, com tumores,
com sarna e com coceira, de que não possas curar-te;
28 o Senhor te ferirá com loucura, com cegueira, e com pasmo de coração.
29 Apalparás ao meio-dia como o cego apalpa nas trevas, e não
prosperarás nos teus caminhos; serás oprimido e roubado todos os dias, e
não haverá quem te salve. 30 Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro
homem dormirá com ela; edificarás uma casa, porém não morarás nela;
plantarás uma vinha, porém não a desfrutarás. 31 O teu boi será morto na
tua presença, porém dele não comerás; o teu jumento será roubado diante
de ti, e não te será restituído a ti; as tuas ovelhas serão dadas aos
teus inimigos, e não haverá quem te salve."
AS LEIS PROMULGADAS NO SINAI SÃO TERMOS
DA ALIANÇA MOSAICA FEITA ENTRE DEUS E O POVO HEBREU ATRAVÉS DE MOISÉS.
COMENTÁRIOS DE
VÁRIOS LIVROS E AUTORES COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO Ev. Luiz Henrique
INTRODUÇÃO
A primeira lição
do novo currículo estuda "Os Dez Mandamentos". Num tempo marcado pelas
tentativas de desconstrução da herança civilizatória ocidental (Jerusalém,
Atenas e Roma) — isto é, as contribuições das
culturas judaica (noções morais), grega (a filosofia, a política e a literatura)
e romana (do direito e das instituições) —, torna-se imperioso iniciarmos este
novo ano estudando as leis divinas.
O que os Dez
Mandamentos têm a nos dizer hoje? Uma pergunta honesta que o professor deve
fazer. Os princípios descritos ali são tão atuais como os eram outrora? Quando
lemos os Dez Mandamentos, quase sempre, não paramos para refletir no contexto de
libertação em que o povo judeu estava situado. Geralmente olhamos para os
mandamentos como "leis fixas ou regras duras" e não damo-nos conta de que a
existência deste código divino tinha o objetivo de garantir a liberdade
recém-conquistada pelos israelitas.
Há pouco, o povo
judeu fora liberto da opressão dos egípcios. Os israelitas sofreram as
influências da cultura, da religião, da filosofia de vida egípcia, etc. Não há
como ficar incólume sob 430 anos de influência em uma cultura majoritária como a
do Egito Antigo. Por isso, a providência divina foi a de estabelecer princípios
divinos e de vida para os judeus a fim de que o processo de libertação do povo
não fosse em vão. Voltar ao "espírito" do Egito, em pleno deserto, seria a
sombra que os hebreus conviveriam por 40 longos anos. Mas, DEUS estava disposto
a libertá-los para sempre dessa sombra.
Revista
ensinador.
Editora CPAD. pag. 36.
A lei foi dada a
Israel como legislação para o povo antes de conquistar a terra de Canaã.
Inúmeros preceitos permanecem ainda hoje na legislação de praticamente todos os
países do planeta. Sua origem divina é indiscutível, pois aparece no relato
dessa comunicação de DEUS a Moisés desde Êxodo 20.1 até Levítico 27.34. Além
disso, a Bíblia declara esse fato de maneira direta. O presente trabalho tem por
objetivo ajudar o povo de DEUS a distinguir entre lei e evangelho, lembrando que
os Dez Mandamentos não são a lei, mas parte dela, que introduz o sistema legal
de Moisés.
O Decálogo é o
exemplo mais conhecido da forma categórica ou absoluta que se caracteriza pelo
comando absoluto, geralmente pelo uso da segunda pessoa do singular no futuro ou
no imperativo, e algumas vezes no plural. Isso aparece nos mandamentos negativos
ou positivos. O mandamento com o verbo no particípio hebraico também é
considerado categórico ou absoluto por muitos, como em: "Quem derramar o sangue
do homem, pelo homem seu sangue será derramado" (Gn 9.6); ou: "Quem ferir
alguém, que morra, ele também certamente morrerá" (Êx 21.12). As expressões
"quem derramar" e "quem ferir" estão no particípio, na língua original. Mas há
quem afirme que a referida forma é casuística.
Esequias Soares.
Os dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante
Mudança. Editora CPAD. pag. 11, 14.
Aqui, DEUS
novamente deu a conhecer sua presença poderosa aos israelitas, à medida que lhes
revelou sua vontade por meio da lei.
O episódio que
precede a entrega da lei enfatiza a santidade de DEUS e o pecado do povo (Êx
19). DEUS se revelou entre nuvens, fogo e fumaça. A montanha se tornou um lugar
sagrado por causa de sua presença. O povo foi ordenado a preparar-se
cerimoniosamente para um encontro com DEUS, e permitiu-se que apenas Moisés e
Arão se aproximassem da montanha.
DEUS se encontrou
com Israel no Sinai a fim de entregar-lhe a sua lei, a expressão escrita de sua
vontade para a vida coletiva e individual dos israelitas. Embora seja fácil
pensar a lei como uma entidade isolada, é crucial reconhecer que a lei foi dada
dentro do contexto da aliança. M. Kline observou corretamente que Êxodo 19—24
está na forma de um tratado de aliança. O prólogo histórico (Êx 20.2) identifica
o autor da lei como aquele que salvou o povo por sua graça. Assim, a lei, como
encontrada em Êxodo 20—24, não é tanto a base da relação divino-humana durante o
período do Antigo Testamento, mas sim o guia de sua manutenção. Não é a chave do
estabelecimento de uma relação com DEUS, mas antes a fórmula para sua
continuação e prosperidade. De fato, a outorga da lei é histórica e
canonicamente cercada pelos atos graciosos de DEUS, aqueles presenciados antes
do êxodo (e que aconteceram sob a base da aliança abraâmica) e os esperados com
a conquista e posse da Terra Prometida.
A própria lei
pode ser dividida em duas partes: os Dez Mandamentos e o Livro da Aliança. Os
Dez Mandamentos são entregues em primeiro lugar (Ex 20.3-17) e possuem a forma
de um discurso direto ao ouvinte ou leitor. Eles abrangem os fundamentos da
relação divino-humana (do primeiro ao quatro), como também os da relação
humano-humano (os últimos seis). As várias leis que compõem o Livro da Aliança
(nome proveniente de Êx 24.7) derivam dos princípios mais básicos enunciados nos
Dez Mandamentos. Elas detalham os Dez Mandamentos para a situação cultural e
histórico-redentora do povo de DEUS no período do Êxodo.
Por exemplo, a
lei sobre o boi escorneador (Êx 21.28-36) é uma especificação do sexto
mandamento para uma sociedade agrária, e Êxodo 23.10-13 detalha mais
completamente o quarto mandamento relativo ao sábado.
Díllard, Raymond
B., Raymond B. Introdução ao Antigo Testamento. Editora Vida Nova.
Êxo 20.1 ss - Por
que os Dez Mandamentos eram necessários para a nova nação de DEUS? Ao pé do
monte Sinai. DEUS mostrou ao seu povo a verdadeira função e beleza de suas leis.
Os mandamentos foram criados para conduzir Israel a uma vida de santidade
prática. Neles, o povo poderia ver a natureza de DEUS e seu plano, segundo o
qual deveriam viver. As ordenanças e diretrizes tinham em vista direcionar a
comunidade a atender às necessidades de cada indivíduo, de maneira amorosa e
responsável. Na época de JESUS, porém, a maioria das pessoas olhava para a lei
de modo errado; viam-na como um meio de prosperidade, tanto neste mundo quanto
no vindouro. Além disso, pensavam que obedecer a cada lei era o caminho para
ganhar a proteção de DEUS contra invasões estrangeiras e desastres naturais.
Guardar a lei tomou-se um fim em si mesmo, e não o meio para cumprir a suprema
lei de DEUS. que é o amor.
BÍBLIA APLICAÇÃO
PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 111.
Onde encontramos os mandamentos no Novo
testamento
|
Mandamento |
Referência Correlata no Novo
Testamento |
1 e 2 |
1 João 5.21 |
3 |
Tg 5.12 |
4 |
Nenhuma referencia |
5 |
Ef 6.1-3 |
6 |
Rm 13.9 |
7 |
1Co 6.9, 10 |
8 |
Ef 4.28 |
9 |
CI3.9; Tg 4.11 |
10 |
Ef 5.3 |
Diferença
na arrumação do mandamentos, entre denominações: |
As Igrejas Ortodoxas e Reformadas |
A Igreja Católica Romana e as
Igrejas Luteranas |
1. Não terás outros deuses diante de
mim (Ex 20:3). |
1. Não terás outros deuses (e não farás
imagens - Luteranas). |
2. Não farás imagens de escultura (Ex
20:4-6). |
2. Não tomarás o nome de Deus em vão. |
3. Não tomarás o nome de Deus em vão
(Ex 20:7). |
3. Lembra-te do dia de sábado. |
4. Lembra-te do dia de sábado, para o
santificar (Ex 20:8-11). |
4. Honra teus pais. |
5. Honra teus pais (Ex 20:12). |
5. Não matarás. |
6. Não matarás (Ex 20:13). |
6. Não adulterarás. |
7. Não adulterarás (Ex 20:14). |
7. Não furtarás. |
8. Não furtarás (Ex 20:15). |
8. Não dirás falso testemunho. |
9. Não dirás falso testemunho (Ex
20:16). |
9. Não cobiçarás a casa de teu próximo. |
10. Não cobiçarás a casa de teu
próximo, nem sua mulher ou servo, ou animal (Ex 20:17). |
10. nem sua mulher ou servo, ou animal. |
Rota mais provável com maior número de provas é
a Rota de Ron Eldon Wyatt - DEUS disse a Moisés no Monte Horebe, na Terra de
Midiã que fica do outro lado do Golfo de Ácaba:
"E disse: Certamente eu serei contigo;
e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado
este povo do Egito, servireis a Deus neste monte.
Êxodo 3:12
Se Moisés estava no Monte
Horebe que pertence à cordilheira do Sinai, do lado da Arábia (onde
Paulo visitou após sua conversão), então a rota correta é a que está em
verde logo abaixo neste mapa, pois DEUS disse para ele ir libertar o
povo do Egito e voltar para o mesmo monte para O adorar.
I - A PROMULGAÇÃO DA LEI
1. A SOLENIDADE.
Êxo 19.1 Foram
necessários três meses para que Israel chegasse ao Sinai, depois de haver
escapado da servidão no Egito. Na ocasião, um grande acontecimento esperava por
eles, o pacto sinaítico.
No terceiro mês.
Ou seja, no terceiro mês do calendário religioso, que tinha início na páscoa, no
mês de abibe (nisã). Entre os israelitas também havia um calendário civil. O
terceiro mês do calendário religioso chamava-se sivã, correspondente ao nosso
mês de maio.
O Targum de
Jonathan diz que a chegada de Israel ao Sinai ocorreu quarenta e cinco dias
depois da partida do Egito, presumivelmente cinco dias antes da lei ter sido
dada, ou seja, no sexto dia do mês de sivã. No primeiro dia desse mês, eles
chegaram ao Sinai, e ali acamparam-se. No dia seguinte, Moisés subiu ao monte em
sua entrevista com Yahweh ou com Sua teofania. No terceiro dia, ele reuniu os
anciãos do povo (vs. 7), e lhes declarou as palavras de DEUS. Três dias mais
tarde, que foi o sexto dia do mês de sivã, foi dada a lei aos anciãos do povo,
e, deles, para todos os israelitas. A exatidão desses cálculos, porém,
dificilmente pode ser averiguada.
Êxo 19.2 O autor
sacro oferece aqui uma pequena digressão a fim de lembrar-nos os movimentos de
Israel após a partida de Refidim (Êxo. 17.1) para o Sinai. O Sinai foi um dos
pontos de parada, onde Israel deveria permanecer por onze meses e seis dias.
A identidade do
monte aparece como lugar bem conhecido, ou, pelo menos, identificado com alguma
precisão, quando Moisés escreveu o relato. Mas para nós a localização exata está
perdida para sempre, embora haja um bom número de conjecturas. Foi ali, ou bem perto dali (em
Horebe), que Moisés recebeu seu sinal e comissão originais (Êxo. 3.12). Fica
entendido que Yahweh se manifestava ali de maneira especial. Assim, Moisés subiu ao monte
cheio de expectativa, em busca de uma entrevista com o Senhor. O autor liga a
cena da sarça ardente (cap. 3) com a cena deste capítulo. Chegara o momento de
outra grande revelação.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 383.
A data do grande
concerto segundo o qual a nação de Israel foi fundada.
1. A época em que ele
é datado (v. 1) - "Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do
Egito”. Calcula-se que a lei tenha sido dada apenas cinquenta dias depois da sua
saída do Egito, e em lembrança disto a festa de Pentecostes era observada no
quinquagésimo dia depois da Páscoa, e em conformidade com isto, o ESPÍRITO SANTO
foi derramado sobre os apóstolos no dia de Pentecostes, cinquenta dias depois da
morte de CRISTO. No Egito, eles tinham falado sobre uma jornada de três dias
pelo deserto para chegar ao lugar do sacrifício (cap. 5.3), mas acabou sendo uma
jornada de quase dois meses. É muito frequente que nos enganemos no cálculo dos
tempos, e assim as coisas se mostram mais longas do que esperávamos.
2. O lugar
onde ele é datado - no “Monte Sinai”, um lugar que a natureza, e não a arte,
tinha tornado eminente e visível, pois era a mais alta de todas as montanhas
daquela cordilheira. Desta maneira DEUS despreza as cidades, e os palácios, e as
estruturas magníficas, colocando o seu pavilhão sobre o cume de um alto monte,
em um deserto estéril e vazio, para ali prosseguir com o seu tratado. O monte se
chama “Sinai” por causa da grande quantidade de arbustos espinhosos que o
cobriam.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio.
Editora CPAD. pag. 288.
Lv 27.34 - O
livro de Levítico está repleto dos mandamentos que DEUS concedeu a seu povo ao
pé do monte Sinai. Através deles, podemos aprender muito sobre a natureza e o
caráter de DEUS. A primeira vista, Levítico parece irrelevante para o nosso
mundo altamente tecnológico, mas, olhando um pouco mais fundo, percebemos que
ele ainda fala conosco hoje — DEUS não mudou, e seus princípios são para todos
os tempos. Uma voz que as pessoas e a sociedade mudam, precisamos buscar
constantemente meios de aplicar os princípios da lei de DEUS em nossas presentes
circunstâncias. DEUS é o mesmo em Levítico. hoje e para sempre (Hb 13.8).
BÍBLIA APLICAÇÃO
PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 174.
2. A
CREDIBILIDADE DE MOISÉS.
Isto pareceu,
também, ter particularmente a finalidade de honrar Moisés: “Para que o povo
ouça, falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente”, v. 9. Desta
maneira, a correspondência devia ser primeiro estabelecida por uma manifestação
perceptível da glória divina, e depois deveria ter continuidade, de modo mais
silencioso, pelo ministério de Moisés. De igual maneira, o ESPÍRITO SANTO desceu
visivelmente sobre CRISTO, no seu batismo, e todos os que estavam presentes
ouviram DEUS falando com Ele (Mt 3.17), para que posteriormente, sem a repetição
de tais sinais visíveis, pudessem crer nele. E da mesma maneira, o ESPÍRITO
desceu em línguas partidas sobre os apóstolos (At 2.3) para que as pessoas
cressem neles. Observe que quando as pessoas se declararam dispostas a obedecer
à voz de DEUS, então DEUS prometeu que eles ouviriam a sua voz. Pois, se alguém
quiser fazer a vontade dele, irá conhecê-la, João 7.17.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio.
Editora CPAD. pag. 290.
Era absolutamente
necessário que DEUS desse ao povo de Israel alguma grande evidência particular de
seu ser e de seu poder, para que pudessem ser salvos da idolatria, a que eles eram
mais propensos deploravelmente, e uma pessoa que eles pudessem dar crédito.
Moisés, que haveria de ser o mediador constante entre DEUS e eles. DEUS, portanto, em
sua majestade indescritível, desceu sobre o monte, e, pela espessa nuvem escura,
violentos trovões, vívidos relâmpagos, explosões de longo e alto tom de
trompete, fumaça que cobria toda a montanha, e um terremoto,
proclamou o seu poder, a sua glória, e sua santidade, de modo que aquelas pessoas,
mesmo sendo infiéis e desobedientes nunca duvidassem da
interferência divina, ou tivessem alguma suspeita de qualquer fraude ou
impostura de Moisés. Na
verdade, tão absoluta e inequívoca foram as provas de força sobrenatural, que
era impossível duvidarem dessas aparições ou atribuírem-nas a qualquer outra causa, mas
ao poder ilimitado do criador da Natureza. É digno de nota que as pessoas foram
informadas três dias antes, Êxodo 19:9-11, que tal aparência era para acontecer,
e isto tinha dois excelentes propósitos:
1. Eles tiveram tempo para
se santificarem e prepararem-se para esta transação solene, e,
2. Aqueles que poderiam ser
céticos tiveram a oportunidade suficiente para fazer uso de todas as precauções para
se prevenirem e detectarem uma farsa, por isso este aviso prévio servia de
investigação previa antes da revelação divina. Primeiro havia a ordem de que era proibido tocar o monte
sob as penas mais terríveis, e em segundo lugar, poderiam ver
manifestações da majestade divina, e ouvir as palavras de DEUS. As proibições em primeira instância seriam naturalmente
para aguçar a sua curiosidade e torná-los cautelosos de serem enganados, e, finalmente,
impressioná-los com o devido senso de justiça de DEUS e sua própria
pecaminosidade. As instruções dadas a
partir de Êxodo 19:10-15 mostram, inclusive, que não só a santidade de DEUS, mas
a pureza que ele requer de seus adoradores. Além disso, todo o escopo e projeto
do capítulo provam que nenhuma alma poderia abordar este Ser santo e
terrível pessoalmente, mas através de um mediador, e esta é a utilização desta transação
inteira pelo autor da Epístola aos Hebreus (Hebreus 12: 18-24).
ADAM CLARKE.
Comentário Bíblico de Adam Clarke.
Êxo 20.22 Os
israelitas tinham pedido que Moisés atuasse como mediador entre DEUS e eles
mesmos (vs. 19), quando Moisés já estava atuando nessa capacidade, Yahweh
instruiu Moisés para que transmitisse ao povo a Sua palavra, e assim teve início
a multiplicação dos dez mandamentos básicos; e essa multiplicação, mediante a
Interpretação, nunca terminou para o judaísmo. Yahweh enviava a Sua mensagem do
Seu céu, o que significa que estamos falando em termos de revelação. As coisas
ditas pelo Senhor seriam posteriormente formuladas nas Escrituras.
O fato de que a
voz de Yahweh era ouvida por Moisés servia de motivo para o povo de Israel
obedecer, pois as palavras subiam acima da compreensão imediata deles. Quanto à
descida de Yahweh do céu, ver Êxo. 19.18.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 395.
3. A LEI.
A Septuaginta
optou por traduzir dekalogos,12 “decálogo", a partir de dois termos gregos: deka,13
"dez", e logos,14 "palavra". O termo nunca é citado no Novo Testamento em sua
totalidade e os mandamentos não aparecem de acordo com a seqüência canônica (Mt
19.18, 19; Mc 10.19; Lc 18.20; Rm 13.9). O Novo Testamento, às vezes, se refere
a ele como "mandamentos" (Mt 19.17; Ef 6.2). Após a Septuaginta, o termo
"decálogo" só aparece no período da patrística, na Epístola a Flora, de um autor
gnóstico chamado Ptolomeu, que viveu na segunda metade do séc. II., e depois em
Irineu de Lião, na forma latina (Contra as Heresias, Livro IV. 15.1; 16.4), e
também em Clemente de Alexandria (em sua obra Pedagogos III. 12). Depois disso,
o termo se popularizou entre os cristãos.
O Decálogo é a
única parte do Pentateuco escrita "pelo dedo de DEUS" (Êx 31.18), linguagem
figurada que, segundo Agostinho de Hipona, indica "pelo ESPÍRITO de DEUS" e, de
acordo com Clemente de Alexandria, "pelo poder de DEUS". É também a única porção
da lei que Israel ouviu partir da voz do próprio DEUS no monte quando ele
transmitia essas dez palavras (Êx 19.24, 25; 20.18-20). Os demais preceitos
foram transmitidos por Javé exclusivamente a Moisés.
Existe uma
discussão acalorada sobre Êxodo 34.28: "E esteve Moisés ali com o SENHOR
quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas
tábuas as palavras do concerto, os dez mandamentos". Parece que o sujeito do
verbo "escrever" é Moisés, mas o texto deve ser interpretado à luz do contexto.
"O sujeito do verbo é ambíguo" (CHILDS, 1976, p. 604). Pode ser Javé ou Moisés,
mas parece tratar-se do próprio DEUS (Êx 34.1). Por essas duas peculiaridades, o
Decálogo se reveste de um valor especial no Pentateuco, mas para o cristianismo
tem o mesmo valor que qualquer outra parte do Antigo Testamento como Escritura
inspirada por DEUS (2 Tm 3.16).
As dez palavras
foram escritas pelo próprio DEUS em ambos os lados de duas tábuas de pedra, e
entregues a Moisés (Êx 31.18; 32.15, 16; Dt 4.13; 5.22; 10.2-4). Os judeus,
desde Fílon de Alexandria até a atualidade, dividem os Dez Mandamentos em dois
grupos de cinco, um grupo para cada tábua. Agostinho de Hipona supunha haver
três mandamentos na primeira tábua e sete na segunda. Calvino e muitos da
atualidade acreditam que na primeira tábua estavam gravados os quatro
mandamentos relativos aos deveres do homem para com DEUS e, na segunda, os seis
mandamentos relativos ao homem e seu próximo. Alguns interpretam que o Senhor
JESUS CRISTO sintetizou as tuas tábuas nos dois grandes mandamentos (Mt
22.34-40), com a ressalva do sábado, pois não há ensino no Novo Testamento para
a observância do quarto mandamento. Essa questão é discutida mais adiante, no
Capítulo 5.
Esequias Soares.
Os dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante
Mudança. Editora CPAD. pag. 18-19.
LEI - A palavra lei
foi usada para traduzir a palavra hebraica torah (que significa
instrução), e a
palavra grega nomos (que significa hábito estabelecido).
Fundamentalmente, as duas indicam alguma regra, ou regulamento, impostos
sobre o
homem ou a natureza por um poder superior. O legislador reserva-se ao
direito de
punir toda desobediência.
As forças
invisíveis que residem na natureza, produzem a ordem e determinam o destino do
universo são geralmente chamadas de leis da natureza. A Bíblia Sagrada raramente
fala sobre tais leis de forma abstrata, e muitas vezes a razão oferecida é que
ela não é um livro de ciências. Entretanto, apesar disso, a Bíblia tem muito a
dizer sobre as leis científicas como reveladoras da natureza de DEUS. Verbos
como "fazer" (Jó 36.27-33), "dirigir" (37.3), "mandar" (37.12; 38.12), "causar"
(37.13,15; 38.26,27), "guiar" (38.32), e substantivos como "caminho" (38.24),
"ordenanças" (38.33) e "tempo" (39.1ss.) indicam, em uma linguagem não técnica,
o controle de DEUS sobre a natureza por meio de leis que Ele estabeleceu. Será
impossível pressupor a existência de um verdadeiro conflito entre essas leis da
natureza e as leis que DEUS estabeleceu em outros reinos de seu poder universal.
Em um outro nível
encontramos as leis de DEUS escritas no coração dos homens. Nesse caso devemos
fazer duas distinções: de um lado, as leis de DEUS estão escritas no coração dos
homens como resultado da imagem de DEUS plantada no homem no momento da criação
(Gn 1.26ss.). Essas leis, tão definitivas como a cor da pele, fazem com que até
os pagãos "façam naturalmente as coisas que são da lei [mosaica]" (Em 2.14). A
evidência de tais leis se manifesta na consciência (2.15) e é confirmada pela
natureza (Rm 1.26ss.; 1 Co 11.14). Por outro lado, as leis de
DEUS estão escritas no coração dos crentes pela nova aliança (Jr 31.31-33; Ez
11.19ss.; 36.25-27; 2 Co 3.3,7,8). Essas leis, implantadas pela "nova criação"
(2 Co 5.17), são evidenciadas pelo fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22ss.), e confirmadas
pelo "verdadeiro amor" (1 Jo 4.17ss.).
Ainda em um outro nível estão as
leis do estado, instituídas como agentes de DEUS na sociedade humana (Rm 13.1-7;
1 Pe 2.13-15 - (veja ANET, pp. 159-198, 212-222).
Existem épocas, entretanto, em que o estado, inspirado por uma satânica
hostilidade para com a verdade de DEUS, elabora leis que devem ser desobedecidas
pelos verdadeiros filhos de DEUS (Dn 3.8-30; 6.1-28; At 5.26-29,40-42). Leis
injustas promulgadas no reino do Anticristo trarão perseguição e morte aos
seguidores do Cordeiro (Ap 13.1-17; 20.4). A suprema demonstração de obediência
do crente deverá ser sempre dirigida a DEUS e não ao homem (Atos 5.29; Ap 1.9;
12.11). Em um nível mais elevado estão aquelas leis instituídas por DEUS para o
presente estágio da existência humana. Elas podem ser classificadas como
judiciais e rituais. As judiciais se baseiam principalmente nos Dez Mandamentos
(q.v.) e tratam do relacionamento dentro da sociedade onde restrições devem ser
impostas sobre as inclinações pecaminosas da natureza humana (Rm 7.6; Gl 3.19).
Essas leis ainda eram válidas na Era dos evangelhos, pelo fato de representarem
os relacionamentos básicos da vida onde estão envolvidos o pecado e a justiça.
As leis rituais, entretanto, têm o propósito divino de serem representações
tipológicas das verdades dos evangelhos embutidas no AT. Agora que CRISTO já
cumpriu toda a tipologia por sua morte na cruz, elas perderam a validade (Mt
27.51; Gl 5.1-9; Hb 9.1-28; 10.1-22).
Em um nível
superior a todas as leis, estão as leis morais de DEUS resumidas nos Dez
Mandamentos. Essas leis são eternamente válidas porque estão baseadas na
imutável natureza divina. O crente, finalmente, entrará em um reino de glória
onde a desobediência às leis divinas será não só inadmissível como impossível.
Essas leis Divinas, enunciadas nos Dez Mandamentos e reinterpretadas em termos
de absoluto amor a DEUS e ao próximo (Mt 22.36-40; Rm 13.8-11; Gl 5.14),
encontram o seu cumprimento presente na vida do crente, e o seu cumprimento
final quando este for viver na cidade celestial, desfrutando a eternidade junto
com o Senhor. Resumindo, podemos fazer as seguintes distinções: (1) As leis
feitas por DEUS (Êx 20.1-17) e as leis feitas pelo homem (Dn 6.6-9); (2) as leis
de importância temporal (Hb 10.1-4) e as leis que terão uma duração eterna (2 Sm
7.12-26; SI 1-4); (3) as leis escritas em tábuas de pedra (Dt 5.22) e as leis
escritas no coração dos homens (Hb 8.10; cf. 2 Co 3.3); (4) as leis dirigidas
apenas aos judeus (At 15.1,10) e as leis destinadas a toda humanidade (Gn 1.28;
9.5-7).
PFEIFFER .Charles
F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1137-1138
A LEI DE DEUS Êx
20.1
Os seres humanos
não foram criados autônomos (isto é, seres livres para seguirem sua própria
lei), mas foram criados seres teônomos, ou seja, para estarem sujeitos à lei de
DEUS. Isso não constituía uma privação para o homem, porque DEUS o criou de tal
maneira que uma obediência agradecida poderia proporcionar-lhe a mais alta
felicidade. Dever e prazer seriam coincidentes, como ocorreu com JESUS (Jo 4.34;
cf. SI 112.1; 119.14, 16,47-48,97-113, 127-128, 163-167). O coração humano
decaído odeia a lei de DEUS, tanto pelo fato de ser uma lei quanto por ela vir
de DEUS. Os que conhecem a CRISTO, contudo, descobrem não só que amam a lei e
querem guardá-la tanto para agradarem a DEUS e como gratidão pela graça (Rm
7.18-22; 12.1-2) :..:...mas também que o ESPÍRITO SANTO os conduz a um grau de
obediência que nunca tiveram antes (Rm 7 .6; 8.4-6; Hb 10.16).
A lei moral de
DEUS está abundantemente exposta nas Escrituras, no Decálogo (Os Dez
Mandamentos), em outros estatutos de Moisés, em sermões de profetas, no ensino
de JESUS e nas cartas do Novo Testamento. A lei reflete o caráter santo de DEUS
e seu propósito para os seres humanos que criou. DEUS ordena o comportamento que
lhe agrada e proíbe aquilo que o ofende. JESUS resume a lei moral nos dois
grandes mandamentos: o amor a DEUS e o amor ao próximo (Mt 22.37-40). Ele diz
que desses dois dependem todas as instruções morais do Antigo Testamento. O
ensino moral de CRISTO e de seus apóstolos é a velha lei aprofundada e
reaplicada a novas circunstâncias, as da vida no Reino de DEUS, onde o Salvador
reina, e na era pós-pentecostes do ESPÍRITO, quando o povo de DEUS é chamado a
viver uma vida santificada no meio de um mundo hostil (Jo 17.6-19).
A lei bíblica é
de várias espécies. As leis morais ordenam o comportamento pessoal e
comunitário, que sempre são de nosso dever observar. As leis políticas do Antigo
Testamento aplicavam princípios da lei moral à situação nacional de Israel,
quando Israel era uma teocracia, como povo de DEUS na terra. As leis do Antigo
Testamento a respeito de purificação cerimonial, regime alimentar e sacrifícios
eram estatutos temporários, com o objetivo de instruir o povo. Essas leis foram
canceladas pelo Novo Testamento, porque o seu significado simbólico foi cumprido
(Mt 15.20; Me 7.15-19; At 10.9-16; Hb 10.1-14: 13.9-10).
A combinação de
leis morais, judiciais e rituais nos livros de Moisés comunicam a mensagem de
que a vida sob a orientação de DEUS não deve ser vista nem vivida em
compartimentos, mas como uma unidade multifacetada. Comunicam também que a
autoridade de DEUS como legislador deu força igual a todo o código. Contudo, as
leis eram de diferentes espécies e tinham diferentes propósitos. As leis
políticas e cerimoniais tinham aplicação limitada, enquanto parece claro, tanto
do contexto imediato quanto do ensino de JESUS, que a afirmação de JESUS a
respeito da imutável força universal da lei se refere à lei moral como tal (Mt
5.17-19; cf. Lc 16.16-17).
DEUS exige a
total obediência de cada pessoa a todas as implicações de sua lei. Como diz o
Catecismo Maior de Westminster; p. 99: "A lei ... obriga todos à plena
conformidade do homem integral à retidão dela e à inteira obediência para
sempre"; "a lei é espiritual e, assim, se estende tanto ao entendimento, à
vontade, às afeições e a todas as outras potências da alma, quanto às palavras,
às obras e ao procedimento." Em outras palavras, tanto os desejos quanto as
ações devem ser retos. JESUS condena a hipocrisia que oculta a corrupção íntima
com fingimentos exteriores (Mt 15. 7-8; 23.25-28). Além disso, as decorrências
da lei são parte de seu conteúdo: "onde um dever é ordenado, o pecado contrário
é proibido; e, onde um pecado é proibido, o dever contrário é ordenado".
Bíblia de Estudo
de Genebra.
Editoras Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 103.