Lição 8 - Os Impérios Mundiais E O Reino Do Messias - 2 parte

Lição 8 - Os Impérios Mundiais E O Reino Do Messias - 2 parte
 
II – O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA
1. Tronos, “ancião de dias” e juízo divino (vv.9-14).
A escatologia está sendo abandonada por muitas igrejas e pregadores, porque entendem que a igreja não deve se preocupar com Israel, nem com o seu futuro. Algumas igrejas e pregadores preferem uma teologia horizontalizada que se preocupa, essencialmente, com “o aqui e agora”, com o “hoje”. Ensinam alguns que as profecias de Daniel e Apocalipse têm um caráter apenas alegórico e que pode ser descartado por temas atuais. Entretanto, não podemos descartar a importância dessas profecias que apontam para o futuro.
A visão de Tronos e do Juízo de DEUS (7.9-14)
O texto diz: “foram postos uns tronos”(7.9).A partir do versículo 9, Daniel vê uma cena de juízo da parte de DEUS contra o quarto animal, ou seja, a quarta Besta que aparece na visão com um vislumbre escatológico para o Anticristo. Esses tronos, no plural, indicam vários juízos aplicados nos dias da Grande Tribulação. E interessante notarmos que os tronos de juízo aparecem simultaneamente com a aparição do “chifre pequeno” indicando todos aqueles juízos revelados na visão do Apocalipse a João na Ilha de Patmos. Esses tronos vistos na visão de Daniel indicam tribunais em que alguns personagens especiais se assentam para julgar. O texto lembra um tribunal como a Suprema Corte que reúne juízes para julgar. O próprio DEUS, Juiz Supremo, se assenta no seu Trono, acompanhado de seu Conselho Celestial para julgar (1 Rs 12.19; Jó 1.6). “o ancião de dias” (7.9-12). Esse personagem, o “ancião de dias”, ganha destaque na visão de Daniel. É uma figura humana que ilustra o respeito pelo que DEUS é, naturalmente, muito mais que “um ancião de dias”; muito mais que alguém respeitado pela idade, porque DEUS é o Supremo Juiz, que aparece como um “ancião de dias” numa referência a cultura humana de respeito às pessoas idosas, por causa da experiência e a sabedoria. As palavras hebraicas atiz e yomin que se traduz por “ancião de dias” é uma designação do DEUS Todo poderoso como Juiz supremo, que derramará seus juízos contra os reinos do mundo que tenham se associado com o Anticristo. Por isso, essa figura do “ancião de dias” é utilizada para identificar a DEUS como aquEle que tem autoridade e poder para julgar, especialmente, contra o personagem daquele “pequeno chifre”.
A sua “veste branca como a neve” (7.9) fala de pureza e santidade. DEUS é SANTO (Is 6.1-4) e está rodeado de anjos santos.
“ Um rio de fogo manava e saía de diante dele” (7.10). Como vislumbrar a glória que envolve a majestade divina? A figura do fogo ilustra o que DEUS é: santo, puro, iluminador, purificador. A visão do profeta Isaías no capítulo 6 do livro seu livro ilustra a glória do fogo diante do Trono de DEUS. O versículo 10 fala da santidade do “ancião de dias” que é o Pai Celestial e a relação do seu trono com o fogo que manava do Trono para falar de pureza e justiça. As “rodas do trono” indicam que DEUS não é uma figura estática como os promulgará a sentença final contra o quarto animal (Roma) e o Chifre Pequeno, representado como o grande opositor dos interesses de DEUS para com Israel (7.11,12).
“milhares de milhares o serviam diante dele” (7.10). Daniel percebe que o fogo que manava e saía de diante dEle é identificado com os anjos celestiais que o servem. Os anjos são seres espirituais que podem tomar muitas formas, porque não possuem forma que se possa identificá-los. Na visão de Daniel eles são chamas de fogo que se diversificam em milhares de seres que servem ao Trono do Supremo DEUS.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 107-108.
Três coisas muito encorajadoras são aqui reveladas:
I- Que há um julgamento por vir, e DEUS é o Juiz. Agora os homens têm o seu dia, e todo embusteiro acredita que deveria ter o seu dia, e luta por isso. Mas Aquele que se senta no céu ri deles, pois vê que vem chegando o seu dia (SI 37.13). “Eu olhei” (v. 9) até que os tronos foram derrubados, não somente os tronos desses animais, mas todo governo, autoridade, poder, que são estabelecidos em oposição ao reino de DEUS entre os homens (1 Co 15.24): assim são os tronos dos reinos do mundo, em comparação com o reino de DEUS. Aqueles que os vêem estabelecidos precisam esperar apenas pouco tempo, e os verão derrubados. Eu olhei até que os tronos foram postos (assim se pode ler este texto). O trono de CRISTO e o trono de DEUS Pai. Um dos rabinos confessa que esses tronos são estabelecidos, um para DEUS, outro para o Filho de Davi. E o julgamento que está instalado aqui (v. 10). Assim sendo:
1. O objetivo é proclamar o sábio e justo governo do mundo por DEUS através de sua providência. Há algo que proporciona uma satisfação indizível a todos os homens bons em meio às convulsões e às agitações dos estados e dos reinos: que o Senhor tenha preparado o seu trono nos céus, que o seu reino domine sobre tudo (SI 103.19), e que verdadeiramente há um DEUS que julga na terra (SI 58.11).
2. Ele possivelmente aponta para a destruição trazida pela providência de DEUS sobre o império da Síria, ou de Roma, por sua opressão ao povo de DEUS. Mas:
3. O episódio parece principalmente planejado para descrever o último julgamento, pois embora não suceda imediatamente depois do domínio do quarto animal, e embora ainda esteja por vir daqui a muitas eras, ainda assim fora planejado para que em todas as gerações o povo de DEUS se encorajasse mesmo sob as suas dificuldades, através da convicção e da perspectiva de um evento tão importante quanto este julgamento. Enoque, o sétimo depois de Adão, profetizou sobre isso (Jd 14). A boca do inimigo fala grandiosamente (v. 8). Mas aqui estão coisas muito maiores, ditas pela boca do Senhor. Muitas das predições do Novo Testamento sobre o julgamento que virá contêm uma clara alusão a essa visão, e nesse sentido podemos mencionar especialmente a visão de João (Ap 20.11,12).
(1) O juiz é o próprio Ancião de dias, DEUS Pai. A glória da sua presença é descrita aqui. Ele é chamado de Ancião de dias, porque Ele é DEUS de eternidade a eternidade. Entre os homens se acredita que com o ancião esteja a sabedoria, e que o tempo julgará. Não deverá, então, toda carne ficar em silêncio diante Daquele que é o Ancião de dias? A glória do Juiz é demonstrada aqui por sua vestimenta, que era branca como a neve, simbolizando o seu esplendor e a sua pureza em todas as aplicações da sua justiça. E os seus cabelos eram limpos e brancos, como a pura lã, para que, tal como a cabeça grisalha dos mais velhos, Ele mostre que é altamente venerável.
(2) O trono é esplêndido. E como a chama ardente, terrível para os maus que serão intimados a comparecer diante dela. E sendo o trono móvel sobre rodas, ou ao menos a carruagem na qual ele percorria o trajeto, suas rodas são como o fogo ardente, para devorar os adversários. Pois o nosso DEUS é um fogo consumidor, e com Ele estão as labaredas eternas (Is 33.14). Isso é detalhado no versículo 10. Para todos os seus amigos fiéis, procede do trono de DEUS e do Cordeiro um rio puro de água da vida (Ap 22.1), do mesmo modo como para todos os seus implacáveis inimigos emana de seu trono uma torrente flamejante, uma torrente de enxofre (Is 30.33), um fogo que devorará diante dele. Ele é uma testemunha veloz, e a sua palavra é uma palavra que se move sobre rodas.
(3) Os servos são numerosos e muito admiráveis. A Shekiná está sempre acompanhada por anjos. E assim aqui (v. 10): Milhares de milhares o servem, e dez mil vezes dez mil estão diante dele. E para a sua glória que tenha tais servos, mas é uma glória ainda maior não precisar deles, nem tirar proveito deles. Veja como são numerosos os exércitos do céu (há milhares de milhares de anjos), e quão dispostos a servir estão - eles se postam diante de DEUS, prontos para se encarregarem de suas missões e agir ao primeiro sinal de sua vontade e agrado. Eles serão especialmente utilizados como ministros da sua justiça no último dia, no julgamento final, quando o Filho do homem chegar, e com Ele todos os santos anjos. Enoque profetizou que o Senhor viria com miríades de seus santos.
(4) O processo é justo e irrepreensível: O julgamento será estabelecido, pública e abertamente, para que todos possam recorrer a ele. E os livros serão abertos. Assim como nos tribunais de julgamento entre os homens, os procedimentos são colocados por escrito e sob registro, sendo expostos quando a causa chega à audiência. O interrogatório das testemunhas é realizado, e os depoimentos lidos, para esclarecer os fatos, e os estatutos e a lei comum são consultados para se saber como é a lei. Da mesma forma, no julgamento do grande dia, a equidade da sentença será tão incontestavelmente evidente como se houvessem livros abertos para justificá-la.
II- Que os orgulhosos e cruéis inimigos da igreja de DEUS certamente terão que sofrer o acerto de contas, e serão destruídos no devido tempo (w. 11,12). Isto nos é aqui representado:
1. Na destruição do quarto animal. A desavença de DEUS com esse animal se deve à voz das grandes palavras que a ponta emitia, oferecendo resistência ao Céu, e prevalecendo sobre tudo o que é sagrado. O comportamento orgulhoso do inimigo ofende a DEUS mais do que qualquer outra coisa (Dt 32.27). Por essa razão, o faraó deve ser humilhado, porque disse: Quem é o Senhor? E também porque disse: Eu perseguirei, Eu alcançarei. Enoque profetizou que por isso o Senhor viria para julgar o mundo, para que pudesse condenar a todos os que são ímpios, por suas duras palavras (Jd 15). Note que as palavras pronunciadas com arrogância são apenas palavras inúteis, pelas quais os homens terão que prestar contas no grande dia. E veja o que resta desse animal que fala tão alto: Ele está morto, e seu corpo destruído e entregue para ser queimado pelo fogo. O império sírio, depois de Antíoco, foi destruído. Ele próprio morreu vítima de uma doença deplorável. Sua família foi exterminada. O reino foi destruído pelos partos e armênios, e, por fim, foi transformado por Pompeu em uma província do império romano. E o próprio império romano (se o considerarmos como o quarto animal), depois que começou a perseguir o cristianismo, declinou e definhou, e a sua sociedade foi destruída. “Assim perecerão todos os teus inimigos, O Senhor! E serão mortos diante de Ti”.
2. Na degradação e no enfraquecimento dos outros três animais (v. 12): Eles tiveram seu domínio retirado, e então ficaram impossibilitados de provocar os danos que haviam causado à igreja e ao povo de DEUS. Mas uma prolongação de vida lhes foi dada, até um tempo e uma época, uma hora marcada, cujos limites eles não podem ultrapassar. O poder dos reinos anteriores estava completamente aniquilado, mas o seu povo ainda permanecia em uma condição pobre, frágil e baixa. Podemos fazer referência a isso descrevendo os resíduos do pecado nos corações das pessoas boas. Elas, cujas vidas são prolongadas, possuem em si corrupções, de forma que não estão completamente livres do pecado, mas o domínio deste foi retirado, de modo que o pecado não reine em seus corpos mortais. E, dessa maneira, DEUS lida com os inimigos de sua igreja. Algumas vezes Ele quebra os dentes deles (SI 3.7). Quando Ele não lhes quebra o pescoço, reprime a perseguição, como também retarda a punição aos perseguidores, para que eles possam ter um tempo para se arrepender. E é justo que DEUS, ao realizar a sua obra, faça-o no seu próprio ritmo, e à sua própria maneira.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 869-870.
Dn 7.9: “ O presente versículo, e os que seguem, encontram paralelos nos de Ap 1.13 a 16, onde cena similar está em foco. Ali o Senhor JESUS é o filho do “Ancião de dias”, e por essa razão tem a mesma natureza do Pai. E aquele que morreu com trinta e três (33) anos de idade. Depois de levar os nossos pecados na cruz e suportar uma eternidade de dores; tem cabelos brancos como a neve. Entre o povo de DEUS, a “coroa de honra são as cãs” (Pv 16.31). Certamente a alvura dos cabelos na pessoa de CRISTO provém, em parte, da intensidade de glória celestial, e em parte da sua sabedoria e, sobretudo, da sua idoneidade moral. No “ancião” do texto em foco, a brancura dos cabelos não significa velhice, antes sugere a eternidade, indicando também pureza e divindade.
Dn 7.10: “... milhões de milhões” (de anjos). O presente versículo tem seu paralelo em Ap 5.11, onde lemos que “milhões de milhões e milhares de milhares” de anjos estavam ao redor do trono de DEUS. Os anjos são mencionados em toda a extensão das Escrituras Sagradas, onde são vistos por mais de 273 vezes, e, no caso do texto em foco, encontramos “milhões de milhões e milhares de milhares”. A angelologia do Antigo Testamento afirma que os anjos são tão numerosos, que o seu número é incalculável para a habilidade humana. O doutor Bancroft, citando Gabelein diz que “em Hb 12.22 os anjos são indicados como uma inumerável companhia, literalmente, miríades. De acordo com Lc 2.13, multidões de anjos apareceram na noite do nascimento de CRISTO; claramente foram vistos cruzando o céu da Palestina, clamando de alegria em vista do início da nova criação, como tinham feito no princípio da primitiva criação. Quão vasto é o número deles! somente o sabe aquele cujo nome é Jeová-Sabaote, o Senhor dos Exércitos”.
Dn 7.11: "... o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado...” O presente versículo tem seu cumprimento literal em Ap 19.20, onde lemos: “E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre”, O Anticristo e o seu falso profeta serão lançados vivos no ardente lago de fogo, no juízo, pois mereceram. O fato de que os dois serão lançados “vivos” no lago de fogo significa, para alguns eruditos, que não poderão ser homens ordinários, e, sim, seres demoníacos, que se apresentarão como homens. Mas a verdade é que serão homens, embora possuídos por Satanás. O texto em foco diz que o corpo da terrível fera será queimado. A besta e o falso profeta, serão os dois agentes diretos do dragão, preparados como “filhos da perdição”. Eles inaugurarão o ardente lago de fogo. Isso se coaduna realmente com sua natureza: ela (a Besta) saiu do abismo (Ap 11.7) e irá à perdição (Ap 17.8), seu destino final.
Dn 7.12: “Foi-lhes tirado o domínio”. O texto em foco prediz a ruína dos três primeiros impérios mundiais: Babilônico, Medo-persa e o Greco-macedônio. Mas a palavra divina dizia, ao mesmo tempo, que eles continuariam a existir, mas sem o poder de governar. A sua continuação de existência deve relacionar-se com a vinda do tempo determinado por DEUS. As grandes dinastias do mundo tiveram seus períodos áureos na história, mas depois declinaram; alguns destes exemplos podemos deduzi-los, tanto das profecias como da própria história. O Egito dos Faraós, a Grande Babilônia dos caldeus e a Roma dos Césares, foram, em verdade, verdadeiros impérios de ferro que subjugaram, mataram, destruíram e reduziram nações inteiras à escravidão. Mas, com o passar do tempo, DEUS, pouco a pouco, foi-lhes tirando o domínio; hoje os impérios babilônicos, Medo-persa, Greco-macedônio e Romano, não mais existem, e os países situados nos seus antigos territórios não têm projeção mundial como potências.
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 138-140.
Juízo das Nações (7.9-13). Aqui temos uma previsão dos juízos do Apocalipse, culminando no Juízo das Nações, na vinda do Filho do homem (v. 13). (Ler aqui Mateus 25.31-46 e Apocalipse 19.11 ss.) O "Ancião de Dias" (vv. 13,22) é DEUS. (Ver Isaías 57.15 - Aquele "que habita a eternidade".) O versículo 13 também mostra que JESUS e o Pai Eterno são duas pessoas distintas. Logo a seguir vemos JESUS recebendo o reino (v. 14): "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu CRISTO, e ele reinará pelos séculos dos séculos" (Ap 11.15).
Antônio Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos dias. Editora CPAD.
 
2. O “Filho do Homem” (vv.13,14).
FILHO DO HOMEM
I. Sentido da Expressão e Algumas Estatísticas
II. Origem Veterotestamentâria
III. Uso da Expressão no Novo Testamento
I. Sentido da Expressão e Algumas Estatísticas
No hebraico, ben-adam (Sal. 8:4; 80:17; Dan. 7:13; Eze. 2:1-3). No grego, o uiõs toü anthrôpou (em Mateus, 32 vezes; em Marcos, 14 vezes; em Lucas, 26 vezes; em João, 12 vezes; em Atos, 7 vezes; em Hebreus, uma vez; no Apocalipse, duas vezes – um total de noventa e quatro vezes no Novo Testamento, sempre nos lábios do próprio Senhor JESUS, exceto em João 12:34, Atos 7:56; Heb. 2:6; Apo, 1:13 e 14:14).
No hebraico a idéia é a de alguém que pertence à raça de Adão; no grego, a idéia é a de alguém que pertence à raça humana.
Tradicionalmente, essa expressão, «Filho do homem.., designaria a humilde humanidade de JESUS CRISTO, fazendo contraste com sua natureza divina. Esse sentido está envolvido na expressão; mas, quando examinamos o que a Bíblia tem a dizer a respeito, vemos que uma significação muito mais profunda é transmitida nas Escrituras Sagradas.
II. Origem Veterotestamentâria
- O texto de Salmos 8:4, ...que , o homem, que dele te lembres? e o filho do homem, que o visites parece aplicar-se tanto aos homens mortais quanto a JESUS CRISTO, em sua encarnação, quando ele se identificou com os homens. Em Salmos 80:17, encontramos o desejo expresso, durante um período de declínio nacional em Israel, pelo aparecimento de algum herói nacional que redimisse a Israel. Essas foram idéias iniciais que ajudaram a formar a consciência judaica acerca da necessidade do aparecimento do Messias. Ele seria o Homem por excelência, que serviria de modelo a todos os homens. Em Ezequiel 2:1-3, a expressão «Filho do homem», que nesse livro aparece por um total de quarenta e cinco vezes, designa «um filho de Adão por motivo de descendência». Porém, a mais importante ocorrência da expressão «Filho do homem», no Antigo Testamento, encontra-se em Daniel 7:13. Muitos estudiosos estão certos de que ali a expressão alude, primariamente, à personificação do Israel ideal, ou então dos santos do Altíssimo; porém, com um sentido mais profundo, está em foco a figura do Messias prometido, contemplado já em sua glória futura. Lemos ali: «Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído... Um homem a quem cabia uma glória que só a DEUS pode ser atribuída, não poderia ser um mero homem. De fato, à proporção que avança a revelação bíblica sobre o Messias, mais claro vai se tomando que ele não seria apenas um homem extraordinário, ou algum grande guerreiro salvador de Israel de seus inimigos, mas seria o DEUS homem, um figura ímpar e multifacetada. O que nos deixa admirados é que o povo judeu não tenha entendido isso, nem antes do aparecimento de CRISTO, quando só havia expectações messiânicas, e nem quando do aparecimento de CRISTO. Mas, se o povo judeu em geral não compreendeu quem era JESUS CRISTO (como também não o entendem todos os gentios que permanecem na incredulidade), o remanescente eleito compreendeu. Quando JESUS estava no mundo, exclamou: «Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas cousas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar» (Mat. 11:25-27). Compreender a verdade espiritual que cerca a figura do Filho do homem, JESUS CRISTO, é uma questão de revelação divina, e não de perspicácia humana. O conceito do «Filho do homem>> começa no Antigo Testamento, embora cautelosamente, ainda que inequivocamente. E só no Novo Testamento chega à sua plena fruição.
Mas, voltando ao Antigo Testamento, em Daniel 10:16, o profeta refere-se a «...uma como semelhança dos filhos dos homens me tocou os lábios», E, dois versículos adiante: «Então me tomou a tocar aquele semelhante a um homem, e me fortaleceu». No hebraico, a expressão envolvida é «semelhante a Adão», Sim, 'aquela figura ainda não era um Adão, um homem, porque ainda não se encarnara, O termo hebraico enosh, «homem», algumas vezes é usado como sinônimo de ben-adam ; «filho do homem» (ver, por exemplo, Jó 25:6; Sal. 8:4; 90:3; 144:3). Essa palavra hebraica ocorre por um total de quarenta vezes no Antigo Testamento. O termo hebraico geber, «poderoso», empregado por cerca de setenta vezes no Antigo Testamento, foi usado por Jeremias de modo especial, quando disse: ..Porque o Senhor criou coisa nova na terra: a mulher infiel virá a requestar um homem (Jer, 31:22). Mas literalmente, essa passagem diria «uma fêmea envolverá um poderoso», cf. Isa. 7:14.
III. Uso da Expressão no Novo Testamento
Já vimos que das noventa e quatro ocorrências da expressão «Filho do homem», no Novo Testamento, apenas por cinco vezes não foi JESUS quem a usou. - Portanto veremos abaixo as razões e o uso que JESUS faz; da expressão, e depois examinaremos aquelas cinco ocorrências da expressão, usada por escritores do Novo Testamento.
1. RaziIeI de JESUS no Uso da expressão Filho do Homem
A primeira razão, naturalmente, que JESUS estava cônscio de que era o Messias. Daniel usa a mesma em um inequívoco sentido messiânico, Portanto quando JESUS se chamou de «Filho do homem» (o que fez por oitenta e nove vezes), isso era o equivalente a dizer: «Eu sou o Messias... A segunda razão é que esse titulo permitia-lhe ocultar-se quanto à sua verdadeira identidade. O povo judeu não estava preparado para recebê-lo como o Messias. De fato, apenas por uma vez, nos evangelhos, JESUS declara-se abertamente o Messias. Isso ocorreu por ocasião de seu diálogo com a mulher samaritana: Lemos: "Eu sei, respondeu a mulher, que há de Vir o Messias, chamado CRISTO; quando ele vier nos anunciará todas as coisas. Disse-lhe JESUS: Eu o sou, eu que falo contigo» (João 4:25,26). A mulher samaritana aceitou JESUS como o Messias, ou CRISTO, prometido. Quando ela foi falar com seus conterrâneos, indagou: «Vinde comigo, e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o CRISTO» (João 4:29). Nunca mais JESUS deu a si mesmo o titulo profético de Messias. Mas fazia-o disfarçadamente, sempre que se intitulava ..Filho do homem... Essas considerações permitem que concluamos que o títulos «Messias.. «Filho do homem e «CRISTO» são os mesmos perfeitos. Quando entendemos isso, então toda aura de mistério que circunda a expressão "Filho Do homem" desaparece. Só para exemplificar isso, consideremos o diálogo entre certos Judeus incrédulos e JESUS. Perguntaram eles: «Até quando nos deixarás a mente em suspenso? Se tu és o CRISTO, dlze-o francamente. Respondeu-Ihes JESUS: Já vô-Io disse, e não credes. As obras que eu faço em nome do meu Pai, testificam a meu respeito. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas João 10:24-26).
O efeito da pergunta, sobre JESUS, teria sido o mesmo, se os judeus tivessem perguntado se ele era o Messias ou o Filho do homem. A resposta de JESUS foi afirmativa mas ele também mostrou que não tinha ilusões a respeito deles. JESUS sabia que só as suas ovelhas, os seus escolhidos, chegam a crer nessa profunda verdade.
Uma terceira razão de JESUS, quando usou a expressão «Filho do homem», é que assim ele se identificava com a humanidade dependente (Mat. 8:20: Luc. 9:58). Essa idéia reflete Sal. 8:4: «...que é o homem, que dele te lembres? e o filho do homem, que o visites? .. Temos ai a base do ensino da kenosis, ou humilhação de CRISTO, quando de sua encarnação, e que Paulo se encarrega de desdobrar e explicar melhor. Ver Fil. 2:5-8. Nessa .passagem aprendemos que a encarnação não fez com que o Filho de DEUS deixasse de ser DEUS, somente porque agora era também o Filho do homem. O que sucedeu, porém, é que JESUS se esvaziou, assumindo a forma de servo, tomando-se em semelhança de homem; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou... » Por essa razão é que JESUS viveu na dependência e na orientação do ESPÍRITO SANTO. Esse estado de apequenamento, pois, JESUS exprimia com o uso da expressão «Filho do homem».
Uma quarta razão é que a expressão «Filho do homem» indicava a sua missão remidora (Mat. 9:6 e Luc. 19:10). Sem importar como entendam «as chaves do reino (Mat. 16:19), DEUS determinara exclusivamente para o Filho do homem a autoridade de perdoar pecados sobre a terra. Em outras palavras, DEUS só se tomou Salvador dos homens quando se tomou homem, na pessoa de JESUS CRISTO e o que lemos em Hebreus 2:14: «Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou..
Uma quinta razão é que a expressão «Filho. Do homem» indicava a completa vitória de JESUS CRISTO como nosso Redentor (João 3:14). O Filho do homem não seria vencido nem na cruz e nem no sepulcro, porquanto haveria de ressuscitar dentre os mortos. E então como homem perfeito, ele seria o nosso Medidor. Não ê precisamente isso que nos diz Paulo? «Porquanto há um só DEUS e um só Mediador entre DEUS e os homens, CRISTO JESUS, homem (I Tim. 2:5).
Finalmente, a sexta razão pela qual JESUS lançou mão da expressão «Filho do homem», é que a mesma aponta para o Senhorio universal de JESUS CRISTO (Mar. 14:62). Sendo JESUS o Filho dó homem, uma vez ressuscitado, pouco antes de sua ascensão, ele exprimiu esse senhorio mediante uma palavra de ordem: «Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-os a guardar todas as causas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mat. 28:18-20).
Cumpre-nos notar que o âmago da mensagem apostólica era precisamente o senhorio universal de CRISTO. A palavra «Senhor», quando aplicada a CRISTO, é usada por cento e dez vezes somente no livro de Atos. Na qualidade de Senhor, o Filho do homem é o Juiz de todos os homens (Mat. 13:41,42; 19:28). As qualificações de JESUS, para operar como Juiz de todos os homens é que ele era DEUS encarnado, vitorioso sobre todos os adversários e sobre a própria morte, e se identificara perfeitamente com o gênero humano, ao ponto de conferir sua natureza divina aos homens que o aceitassem como Salvador. João retratou vividamente o desempenho do Filho do homem, no dia do juízo, em Apocalipse 20:11-15.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag.742-743.
FILHO DO HOMEM - Uma tradução do aramaico bar'enas e do grego huios tou anthropou. A expressão tem vários significados nas Escrituras, dependendo do contexto. Em Salmos 8.4, significa "homem" em geral; em Ezequiel 2.1, enfatiza a diferença entre o profeta humano e o Senhor que fala com ele e por meio dele; em Daniel 7.13, a expressão refere-se a uma figura semelhante a um ser humano, mas também sobrenatural, líder dos santos do Altíssimo (Dn 7.18); enquanto no Novo Testamento a expressão é normalmente usada como um título para o Senhor JESUS (exceto em Apocalipse 1.13; 14.14).
O título aparece mais de 80 vezes no Novo Testamento, todas nos Evangelhos, exceto uma (veja Atos 7.56, a única passagem em que não é usada por nosso Senhor; João 12.34 não é uma exceção verdadeira, porque aqui é usada como uma citação das palavras do Senhor JESUS). Alguns autores descobrem outros três significados para a expressão: 1) como uma descrição daquele que virá (escatológica, Mt 24.27); 2) como referência ao sofrimento e à morte do Senhor JESUS (Mc 8.31); e 3) como uma descrição do seu ministério de ensino e cura na terra (Mc 2.10,28). Outros diferenciam duas categorias: 1) as palavras escatológicas; e 2) as palavras que se referem à missão do Senhor JESUS na terra.
Um recente estudo de J. M. Ford (JBL, LXXXVII [1968], 257-266) argumenta que o Senhor JESUS usava o título como um eufemismo para "o Filho de DEUS", pois na Palestina a última expressão poderia soar como uma blasfêmia perante um público semita. Quando o cristianismo espalhou-se pelo mundo gentílico, a última expressão foi utilizada, e é notável que a expressão "o Filho do homem" nunca apareça nas cartas do Novo Testamento. O que foi original no uso do título pelo Senhor JESUS? W. Barclay (The Mind of JESUS, p. 155) argumenta que foi o fato de que Ele conectava o título com os seus sofrimentos e a sua morte. Porém outros consideram que essa ideia já esteja presente em Daniel 7, ou seja, que é por meio do sofrimento que "aqueles que são como o Filho do homem" (aqui identificados com os "santos do Altíssimo") são absolvidos e glorificados. Por que o Senhor usa um título tão enigmático como este? Talvez ao menos por duas razões: 1) o título era suficientemente genérico para incluir todos os aspectos da sua pessoa e da sua obra, quer presentes ou escatológicos; e 2) tomava de surpresa os seus ouvintes, chamava a atenção deles e os obrigava a perguntar: "Quem é esse Filho do Homem?" (Jo 12.34).
Embora alguns negassem que o Senhor JESUS tivesse usado esse título para si mesmo, a igreja palestina o atribuiu a Ele (por exemplo, Bornkamm, JESUS of Nazareth, p. 230), e a maioria dos autores da atualidade o aceitam como uma autodesignação genuína, na verdade a mais notável das autodesignações do nosso Senhor (como Hunter, Barclay, Klausner, Cullmann). E. Stauffer (New Testament Theology, p. 108) chega a escrever: "Mas a contribuição da história das religiões nos ensinou mais do que isso. 'Filho do Homem' é simplesmente a mais audaciosa autodescrição que qualquer homem no antigo Oriente poderia ter usado".
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 800.
 
3. A Grande Tribulação (vv.24,25).
“tempo, tempos e metade de um tempo” (7.25). Esse texto aponta, literalmente, o período de tempo em que ocorrerá um grande sofrimento no mundo, especialmente, contra Israel. Será o período quando “o chifre pequeno”, e na linguagem do Novo Testamento o “anticristo”, firmará o concerto com Israel por “uma semana” (Dn 9.27). Esse período ganha uma linguagem metafórica quando fala de “um tempo, e tempos, e metade de um tempo”(v. 25). Esse período equivale a “três anos e meio”, ou a “42 meses”, ou “a 1260 dias” (Dn 12.7; 9.27; Mt 24.21,22; Ap 7.14). E interessante notar que a primeira metade da semana de três dias e meio será de artifícios políticos do Anticristo simulando um tipo de paz nas relações de Israel com as nações. Até que o Anticristo quebre o pacto e comece a pressionar e perseguir a Israel, atraindo o apoio das nações contra Israel. Então se inicia a segunda metade da semana prescrita da Grande Tribulação. “O tempo dos gentios” será, literalmente, o tempo do ódio mundial contra Israel. Na primeira metade dos sete anos (três anos e meio) o Anticristo fará acordos com Israel os quais não cumprirá. Nesse primeiro período ele exercerá poder e influência política e econômica sobre Israel. Depois, quebrará o pacto feito e não cumprirá o acordo com Israel e fará pressões e incitará as nações para guerrear contra Israel para destruí-lo.
A Grande Tribulação não será para a Igreja de CRISTO. A igreja será, antes da Grande Tribulação, arrebatada para o céu e os mortos em CRISTO serão ressuscitados gloriosamente (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.13-18). Portanto, o Messias virá para Israel e para o mundo e a igreja não estará na terra. O Messias virá para cumprir o sonho desejado e profetizado para intervir no “poder dos gentios” sob o comando do Anticristo e assumirá o Reino sobre a terra.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 112.
Dn 7.24 O presente versículo e outros correlatos mostram a ascendência e desenvolvimento, e consumação do Império Romano. Mas, a profecia diz que daquele mesmo reino, no futuro, “se levantarão dez reis”. Isso significa que durante o período sombrio da Grande Tribulação, se levantarão dez reis dentro dos limites do antigo Império Romano. São eles as dez pontas que João contemplou na cabeça da Besta que subiu do mar (Ap 13.1). Em Ap 17.12, o anjo celestial faz a interpretação para João daqueles chifres, dizendo: "... os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam ó reino, mas receberão o poder como reis, por uma hora, juntamente com a besta”. Esses dez monarcas escatológicos serão dez agentes de Satanás, que, auxiliados por ele, ajudarão o Anticristo em sua política sombria pela conquista do mundo. (Comp. Ap 17.13).
Dn 7.25 "... um tempo, e tempos, e metade dum tempo”. O texto em foco, tem seu paralelo em Dn 12.7 e 14. O famoso comentador G. H. Pember diz que o sentido é: “um ano, dois anos, e metade de um ano”. Então, porque se diz “tempo, e tempos, e metade de um tempo, em vez de três tempos e meio? Parece que não é sem razão, pois, segundo o modo judaico de calcular, três anos juntos precisariam o acréscimo de um mês. De maneira que o período seria 1.290 dias em vez de 1.260, mas referindo-se a um dos anos, separadamente, evita-se este resultado. Isto é confirmado em Ap 11.2, 3 (diz Geo Lang) quando a cidade de Jerusalém será pisada pelos gentios pelo espaço de tempo de 42 meses.
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 146-147.
O que é essa ponta que por enquanto levará a melhor sobre os santos?” A isso, o seu intérprete responde (w. 23-25) que esse quarto animal é um quarto reino que devorará toda a terra, ou (como deve ser entendido) a terra inteira. As dez pontas são dez reis, e a pequena ponta é outro rei que subjugará três reis, e será muito agressivo contra DEUS e o seu povo. Ele agirá: (1) Muito impiedosamente em relação a DEUS. Ele falará grandiosamente contra o Altíssimo, desafiando tanto a Ele quanto a sua autoridade e a sua justiça. (2) Muito arrogantemente para com o povo de DEUS. Ele enfraquecerá os santos do Altíssimo. Ele não os liquidará imediatamente, mas os debilitará através de longas opressões e uma série interminável de sofrimentos impostos a eles, arruinando suas propriedades e enfraquecendo as suas famílias. O plano de Satanás era destruir os santos do Altíssimo, para que o precioso e bendito Senhor não se lembrasse mais deles. Mas a tentativa foi em vão, pois, enquanto o mundo existir, DEUS terá nele uma igreja. Ele pensará em mudar os tempos e as leis, para abolir as práticas e as instituições da igreja, visando levar todos a falar e agir exatamente como ele desejava que fizessem. Ele pisoteará as leis e as práticas humanas e divinas. Diruit, aedificut, mutat quadrata rotundis - Ele destrói, ele constrói ele transforma quadrado em circulo, como se pretendesse alterar até mesmo os próprios regulamentos do céu. E nessas ousadas tentativas ele progredirá e terá sucesso por algum tempo. Eles lhe serão entregues nas mãos por um tempo, tempos e metade de um tempo (isto é, por três anos e meio), aquela famosa medida de tempo profética com a qual nos deparamos no Apocalipse, que algumas vezes é chamada de quarenta e dois meses, e às vezes 1260 dias, que é o mesmo período. Mas ao término desse tempo, o julgamento será instaurado, e o seu domínio será tirado (v. 26).
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 872.
 
III - A VINDA DO FILHO DO HOMEM
1. A visão (vv.13, 14).
“e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem”
(7.13,14). Nestes dois versículos, Daniel chega ao clímax das visões e revelações. A Palavra de DEUS nunca se contradiz nem submerge com contradição. Pelo contrário, ela se complementa, se interpreta e se aplica a si mesma conforme as necessidades dos que servem a DEUS. No versículo 13 está escrito literalmente que o Filho do homem “vinha nas nuvens do céu”. Esta profecia é repetida em Atos 1.9-11, onde os anjos anunciavam que o JESUS que subiu gloriosamente ao céu haveria de vir. Posteriormente, na revelação que JESUS deu ao seu amado apóstolo João, a mensagem é repetida: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram”(Ap 1.7). Daniel, em sua visão, viu esse personagem que vinha nas nuvens do céu e se identificava como “o filho do homem”, o qual se dirigiu ao Ancião de DEUS. Não há dúvida que se tratava de JESUS, a segunda pessoa da Trindade. Este “filho do homem” recebeu a concessão de poder e domínio sobre todas as nações para que o servissem, porque o seu domínio seria um domínio eterno que não passaria e seu reino não seria destruído. O título “filho do homem” tem um sentido messiânico, porque se refere, primeiramente, à vida terrena de JESUS. Porém, esse mesmo JESUS que foi rejeitado pelos judeus em sua primeira vinda e que se manifestou como “o filho do homem”, virá gloriosamente e com a aparência de “filho do homem” para desfazer o reino do Anticristo e tomar o reino de Israel e se assentar no Trono de Davi (Zc 14.1-4). Ele receberá o poder, a glória e o domínio sobre a terra quando descer para instalar o reino milenial na terra. Ao introduzir o Reino de DEUS na terra, em sua vida terrena, como o Verbo divino feito carne (Jo 1.1,14) JESUS CRISTO, virá a segunda vez, e inaugurará uma nova fase do governo de DEUS na terra, instalando um reino de mil anos (Ap 20.2,6).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 109-110.
Dn 7.13 "... um como o Filho do homem”. Filho do homem é um título que freqüentemente é aplicado à pessoa de CRISTO (Mt 16.13). Ele é declarado “Filho de Davi segundo a carne” (Rm 1.3). Ele se tornou o “Filho do homem” para que nós, humanos, nos tornássemos filhos de DEUS” (Jo 1.12).
Dn 7.14 "... foi-lhe dado o domínio”. O presente versículo coloca em foco o Milênio de CRISTO, o Ungido do Senhor. Isso acontecerá diante do toque da sétima trombeta escatológica de Apocalipse 11.15. Esse toque de trombeta assinala o tempo em que “O mistério” de DEUS deve ser cumprido, “no Céu e na Terra”. Na Bíblia temos uma série de mistérios, mas o que está em foco, fala do “mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em CRISTO todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos [o Milênio?], tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ver Ef 1.9 a 10). O domínio e reino do presente texto, para que todos os povos, nações e línguas o servissem, é o estabelecimento do Reino de DEUS sobre a terra, que começará com o reino milenar de CRISTO (Ap 20.1-6). O reino de DEUS e de CRISTO é um só. Em Ef 5.5, encontramos menção do “reino de CRISTO e de DEUS”.
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 140-141.
“Quanto tempo?” (8.13-14). DEUS revelou a Daniel por meio da conversa de seres santos que o tempo do mal não seria prolongado. A pergunta era: Até quando durará a visão do contínuo sacrifício e da transgressão assoladora, para que seja entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? (13). E a resposta veio: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado (14). De que maneira devemos entender essa simbologia de números? Jerônimo apresenta uma interpretação muito simples e sensata:
Se lermos os livros dos Macabeus e a história de Josefo, vamos encontrar registrados lá que [...] Antíoco entrou em Jerusalém e, depois de provocar uma devastação geral, voltou novamente no terceiro ano e ergueu a estátua de Júpiter no Templo. Até o tempo de Judas Macabeu [...] Jerusalém ficou devastada por um período de seis anos, e por três anos o Templo ficou maculado — totalizando dois mil e trezentos dias mais três meses.
Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 530.
A cena não estava terminada. Outros elementos de alta valia estavam ainda por surgir e Daniel confessa que, nas suas visões da noite, depois de todo o cenário já descrito, viu vindo, com as nuvens do céu, UM como o Filho do Homem e que dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar até ele (v. 13). A vinda com as nuvens do céu desperta em nossa mente um simbolismo evanescente e sublime, pois é UM que tem os ares como sua morada, e não conta com elementos terrestres para se conduzir. Quando JESUS se apresentava como o Filho do Homem tinha este simbolismo como base e também é o que Ezequiel apresenta em sua longa profecia.
A vinda deste UM, Filho do Homem, indica que o julgamento não ficou concluído, pois a Ele restava a palavra final. Não temos qualquer dúvida quanto a este Filho do Homem (não filho do homem), figura singular lídimo representante da raça humana, e que domina sobre todos os reinos simbolizado nas quatro eras. A ele pertencem o Reino e a majestade, a honra e a glória. O reino universal é dele, e não dos reinos simbolizados nas quatro feras.
Daniel diz claramente: Foi-lhe dado domínio e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; e seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído (v. 14). Como Daniel nos informa, esta inigualável figura celestial, escoltada por miríades de miríades de seres angelicais, foi levada até onde estava o Juiz supremo, e o reino eterno lhe foi entregue. Reino que não será jamais destruído. É assim o reino de CRISTO. Um quadro mais perfeito do governo e domínio de CRISTO não poderíamos esperar de uma visão profética. Só o Apocalipse tem figuras iguais. Somos gratos a DEUS que, lá dos confins da história, nos vem esta alegoria tão perfeita quanto seria possível, nos domínios humanos, a respeito de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Mesquita. Antônio Neves de,. Livro de Daniel. Editora JUERP.
2. “Os santos do Altíssimo” (v.18).
Dn 7.18 Este versículo e outros correlatos do livro de Daniel, apontam em sentido profético, para o Milênio de CRISTO. Nessa época, todos “os reinos do mundo virão a ser de nosso Senhor e do seu CRISTO, e Ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15), e os santos recebê-lo-ão como algo que lhes será confiado pelo “Filho do homem”, e o possuirão para sempre. O presente capítulo apresenta o “Filho do homem” como uma figura central na posse do Reino.
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 143.
Dn 7.18 - Os “santos do Altíssimo" são o verdadeiro Israel, o povo governado pelo Messias. JESUS CRISTO deu o reino ao novo Israel, sua Igreja, que é composta por todos os crentes fiéis. Sua vinda prenunciava o Reino de DEUS. cujos cidadãos são todos os crentes (ver também 7.22.27). Apesar de DEUS permitir a perseguição por um tempo, o destino de seus seguidores é possuir o reino e estar com Ele para sempre.
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1104.
Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade (18). O fim da história não deverá ocorrer em decorrência de uma explosão atômica ou da destruição do que é bom. O alvo do projeto de DEUS é o reino de DEUS e a consumação e preservação de tudo o que é bom e belo e verdadeiro e santo.
Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 527.
 
3. Destruição do Anticristo (vv.26,27).
Dn 7.26 O Apóstolo Paulo fala a seu filho Timóteo, na segunda carta, cap. 4.1 o que segue: “Conjuro-te pois diante de DEUS, e do Senhor JESUS CRISTO, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda [parousia] e no seu reino [Milênio]...” O texto em foco diz, de fato, o que acontecerá na vinda de CRISTO com poder e grande glória. A Besta e seus agentes serão julgados naquele grande dia da ira de DEUS e do Cordeiro. (Ver 2 Ts 2.8 e Ap 19.20). O supremo juízo de DEUS desfará todo e qualquer império do mal; o reino será estabelecido para que os santos do Altíssimo reinem e o Senhor JESUS CRISTO reine sobre eles. Esses acontecimentos terão lugar sete anos após o arrebatamento da igreja, aqui na terra. Todo o domínio das trevas será aniquilado ante a face do Senhor em glória, e todo o domínio e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo.
Dn 7.27 O presente versículo terá sua consumação em Ap 11.15, onde lemos: “E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu CRISTO, e ele reinará para todo o sempre”. Ali haverá, após a grande vitória de CRISTO no vale do Armagedom, o estabelecimento do reino milenar, então o domínio, e a majestade dos reinos do mundo serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. Em Ap 10.7, é previsto este grande acontecimento, e em 11.15, a sua consumação. Este grande “segredo de DEUS” mencionado na passagem anterior, é, sem dúvida, o estabelecimento do reino de DEUS na terra, que começará com o reino milenar de CRISTO, como pode ser depreendido do texto em foco, de Daniel. O reino de DEUS e de CRISTO é um só. Em Ef 5.5, encontramos menção do “reino de DEUS e de CRISTO”.
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 147-148.
Obs.: Ev. Luiz Henrique - Satanás, após o milênio e sua total derrota para CRISTO, será lançado no lago de fogo. os seguidores de Satanás terão a mesma sorte que seu líder.
E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. Apocalipse 19:20
E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. Apocalipse 20:10
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. Apocalipse 20:15
 
ELABORADO: Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.
 
Questionário da Lição 8 - Os Impérios Mundiais E O Reino Do Messias
Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
TEMA: A INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL - O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE. Comentário: Pr. Elienai Cabral
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas.
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"E o reino, e o ____________________________, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao ___________________________ dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os __________________________ o servirão, e lhe obedecerão" (Dn 7.27).
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Enquanto os__________________________ humanos __________________________, o Reino de DEUS se __________________________ através de JESUS CRISTO.
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
3- Qual a mudança de narrativa no capítulo sete de Daniel? Quais as principais diferenças entre as narrativas anteriores e as do capítulo sete?
(    ) Agora estamos diante de uma série de quatro visões do profeta.
(    ) É o "apocalipse do Antigo Testamento" apresentando quatro impérios simbolizados por quatro animais.
(    ) A visão do capítulo dois foi dada a um rei que se converteu, Nabucodonosor, enquanto que a do capítulo sete, a um profeta de DEUS, o profeta Daniel.
(    ) A visão do capítulo dois foi dada a um rei pagão, Nabucodonosor, enquanto que a do capítulo sete, a um servo de DEUS, o profeta Daniel.
(    ) Veremos que em Nabucodonosor, a visão revela o lado político dos impérios apresentados como uma grande estátua.
(    ) Em Daniel, através dos quatro animais, ela revela o lado moral e espiritual desses impérios.
(    ) Os fatos são os mesmos, mas os objetivos das duas visões têm finalidades distintas.
(    ) No capítulo sete, DEUS revela a Daniel o fim dos quatro impérios e o surgimento do reino eterno do Messias prometido.
 
I. A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7.1-8)
4- Quando Daniel recebeu a visão sobre os quatro animais?
(    ) No primeiro ano do rei Nabucodonor, que era regente da Babilônia.
(    ) No primeiro ano do rei Belsazar, que era co-regente com o seu pai, Nabonido da Babilônia.
(    ) No primeiro ano do rei Ciro, que era regente da Babilônia e do reino da Média e da Pérsia.
 
5- Como foi a primeira parte da visão de Daniel (vv.1-3)? Complete:
a) O "__________________________ com asas de águia" (v.4). Animal semelhante ao __________________________ com asas de águia. Asas do __________________________ eram arrancadas. Animal foi erguido da terra, posto de pé como um ser humano e, logo depois, ele recebeu um coração humano. O___________________________ representava o império da __________________________. b) O ___________________________ (v.5). Figura semelhante a um ____________________________. Erguido de um lado e tinha em sua boca três __________________________. "Levanta-te, devora muita carne". O ________________ simbolizava o império __Medo-Persa__. c) O __________________________ com quatro asas (v.6). Este possuía quatro cabeças e tinha quatro asas de aves em suas costas. Foi-lhe dado domínio. O __________________________ simbolizava o império da ___________________________. d) Uma aparência indescritível (vv.7,8). "Terrível, espantosa e extremamente forte”. Ela tinha enormes dentes de __________________________, comia e triturava o que encontrasse pelo caminho. Em sua cabeça havia ainda dez ___________________________. Enquanto Daniel prestava atenção nos dez __________________________, um ______________________ pequeno surgiu entre os dez; mas três dos primeiros dez ________________________ foram arrancados pela raiz. No ________________________ pequeno havia também olhos como "olhos humanos" e uma boca que proferia "palavras arrogantes". O animal, aqui descrito, simbolizava o império _______________________.
 
6- O bloco dos versículos 9 a 14 revelam mais duas figuras. Quais são?
(    ) A do anticristo e a do Filho do Homem.
(    ) A do Ancião e a do Filho do Homem.
(    ) A do Anjo do Senhor e a do Filho do Homem.
 
7- Qual a interpretação dos animais dada a ele ainda na mesma visão (vv.15-27)?
(    ) As figuras dos animais. Significam quatro reis que se levantaram sobre a terra, isto é, o rei da Babilônia, o rei Medo-Persa, o rei da Grécia e o rei de Roma.
(    ) A ênfase no quarto animal. Roma foi o império mais devastador da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e eficácia administrativa, mas frágil (barro).
(    ) A ênfase no quinto animal. Roma foi o império mais devastador da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e eficácia administrativa, mas frágil (barro).
(    ) Os dez chifres e o pequeno chifre. Os dez chifres prefiguravam dez reis advindos do antigo império romano. outro rei, representado pelo pequeno chifre, se levantará após os dez reis e abaterá os três primeiros. Este pequeno chifre é o Anticristo escatológico tipificado na pessoa de Antíoco Epifânio.
 
II. O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA
8- O que significa Tronos, "ancião de dias" e juízo divino (vv.9-14), na segunda parte da visão de Daniel?
(    ) Aqui trata do julgamento celeste. O versículo nove nos diz: "foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou".
(    ) Aqui trata do julgamento no Tribunal de CRISTO. O versículo nove nos diz: "foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou".
(    ) A figura de vários tronos tipifica um contexto de julgamento e justiça.
(    ) A profecia nos fala que o juiz do julgamento é o "ancião de dias", isto é, DEUS é retratado no livro tendo cabelos brancos e vestido de branco. ("Juiz de toda a terra” visto por Abraão em Gn 18.25).
(    ) O tribunal demonstrado no sétimo capítulo de Daniel revela que DEUS julgará "o pequeno chifre" e decretará a sentença final contra o quarto animal (Roma).
(    ) Aqui está o ápice da visão de Daniel, ou seja, o Altíssimo julgando as maldades, crueldades e perversidades das nações deste mundo!
 
9- O que significa a expressão "Filho do Homem" (vv.13,14)?
(    ) JESUS CRISTO (filho do homem ) virá pela terceira vez e instaurará o governo literal de DEUS no mundo, o reino milenial.
(    ) A expressão "filho do homem" aparece mais de 80 vezes no livro de Ezequiel.
(    ) A fórmula é regularmente traduzida como "homem" ou "ser humano", pois na Bíblia trata-se de expressões sinônimas.
(    ) Tanto em Daniel quanto em Ezequiel, "filho do homem" refere-se a um ser humano distinto que recebe de DEUS a soberania celestial.
(    ) Posteriormente, os santos apóstolos de CRISTO identificaram "filho do homem" com a pessoa de JESUS de Nazaré.
(    ) Em o Novo Testamento, JESUS (filho do homem) introduziu o Reino de DEUS no mundo como o próprio verbo divino feito carne, a plena revelação de DEUS.
(    ) Foi-lhe dado um nome que é sobre todo o nome e todo o poder sobre a Terra.
(    ) JESUS CRISTO (filho do homem ) virá pela segunda vez e instaurará o governo literal de DEUS no mundo, o reino milenar.
 
10- Como será a Grande Tribulação (vv.24,25) e qual a atuação do Anticristo e de CRISTO ai?
(    ) Segundo a visão conservadora, tradicional e evangélica, estamos diante de um texto que aponta para um tempo de grande sofrimento no mundo, especialmente em relação à nação de Israel.
(    ) O Anticristo será afastado e uma parte do Reino de DEUS será estabelecida por um período de tempo.
(    ) "O chifre pequeno", advindo da região do quarto império, Roma, promoverá engano e assombro no planeta.
(    ) Na linguagem neotestamentária, ele é o "Anticristo", o blasfemador de DEUS e dos seus preceitos.
(    ) Por "um tempo, e tempos, e metade de um tempo", o "Anticristo" terá autoridade no mundo.
(    ) Esse período equivale a "três anos e meio", ou "quarenta e dois meses" ou "mil e duzentos e sessenta dias".
(    ) Ele compreende a metade dos sete anos finais prescritos como a Grande Tribulação e o fim do "tempo dos gentios".
(    ) Nos primeiros "três anos e meio" o Anticristo fará acordos com Israel, mas não os cumprirá.
(    ) Este é o período de grande poder e influência política desse líder mundial sobre o mundo e os judeus.
(    ) O Messias o dominará e quebrará o seu reino de mentira.
(    ) O Anticristo será condenado e a plenitude do Reino de DEUS será estabelecida para sempre!
 
III. A VINDA DO FILHO DO HOMEM
11- Como será a vinda do filho do homem, no final da Grande Tribulação?
(    ) O reino de CRISTO será temporário, por um período curto, mas jamais perecerá.
(    ) O versículo 13 de Daniel afirma que o "filho do homem" voltará nas nuvens do céu.
(    ) Este é o entendimento remontado em Atos 1.9-11 quando da afirmação dos anjos sobre a volta do CRISTO de DEUS: "E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. [...] [Os anjos] lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse JESUS, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir".
(    ) Da mesma forma o apóstolo João escreveu no Apocalipse uma mensagem recebida do próprio JESUS: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram".
(    ) O reino de CRISTO será eterno, único e jamais perecerá.
 
12- Quem são os “Os santos do Altíssimo” (v.18)?
(    ) Para os primeiros leitores do livro de Daniel, a expressão “os santos do Altíssimo” era identificada por eles como o povo judeu que fazia parte da Grande Tribulação.
(    ) Para os primeiros leitores do livro de Daniel, a expressão “os santos do Altíssimo” era identificada por eles como o povo judeu que estava em cativeiro.
(    ) Entretanto, de modo mais abrangente, e de acordo com Apocalipse 7.9-17, e a partir da revelação progressiva da Palavra de DEUS ao longo da história bíblica, esses grupos de mártires e santos são os crentes advindos da Grande Tribulação, de todos os lugares, tribos e nações, que tiveram as suas roupas lavadas no sangue do Cordeiro.
 
13- Como será a “destruição do Anticristo” (v.26,27)?
(    ) DEUS intervirá na história dos judeus e trará juízo contra o Anticristo.
(    ) DEUS não intervirá na história dos judeus por causa do juízo que eles trouxeram sobre eles devido à sua idolatria.
(    ) Este será julgado e condenado para sempre.
 
14- A Igreja de CRISTO, lavada e remida no sangue do Cordeiro, passará pela Grande Tribulação?
(    ) Sim. Mas não passará pelo grande sofrimento que virá sobre todos no final, mas será logo tirada do mundo para estar para sempre com o Senhor.
(    ) Antes de iniciar esse tempo de grande sofrimento, o Corpo de CRISTO será tirado do mundo para estar para sempre com o Senhor.
 
CONCLUSÃO
15- Complete:
Lamentavelmente, devido à multiplicação da "doutrina" da ______________________, e de muitas igrejas e pregadores propalarem o "aqui e agora", a profecia bíblica quanto ao futuro ficou de lado. Outros caem no erro de ensinar que as _______________________ de Daniel e do Apocalipse são ______________________ e produtos de um tempo e de uma cultura sem conexão com a era atual. Estudemos a Palavra de DEUS para não nos acharmos _______________________, deleitosos e não sejamos, pois, a ________________________ contemporânea (Ap 3.14-22)!
 
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Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
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