Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm TEXTO ÁUREO "Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência" (Tg 1.2,3). VERDADE PRÁTICA O triunfo sobre a tentação fortalece-nos espiritualmente e nos torna mais íntimos de DEUS.. LEITURA DIÁRIA Segunda - Pv 1.10 Tentado, não cedas!
Terça - Hb 2.18 JESUS foi provado assim como nós
Quarta - 1 Pe 1.7 Tentação, a provação da fé
Quinta - Dt 8.2,3 Conheça a ti mesmo
Sexta - Mt 26.41 Vigilância e oração
Sábado - 1 Pe 5.9 Identificação através das provações
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tiago 1.2-4,12-15 2 Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, 3 sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. 4 Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. 12 Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. 13 Ninguém, sendo tentado, diga: De DEUS sou tentado; porque DEUS não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. 14 Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. 15 Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Conceituar a tentação. Pontuar a origem da tentação. Compreender o propósito da tentação. Resumo da Lição 2 - O Propósito da Tentação I. O FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS TENTAÇÕES (Tg 1.2,12) 1. O que é tentação. 2. Fortalecimento após a tentação (v.2). 3. Felicidade pela tentação (v.12). II. A ORIGEM DAS TENTAÇÕES (Tg 1.13-15) 1. A tentação é humana. 2. Atração pela própria concupiscência. 3. DEUS nos fortalece na tentação. III. - O PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (Tg 1.3,4,12) 1. Para provar a nossa fé (v.3). 2. Produzir a paciência (vv.3,4). 3. Chegar à perfeição. SINOPSE DO TÓPICO (1) - A tentação é uma espécie de prova ou teste, que uma vez vencido, fortalece a vida do crente. SINOPSE DO TÓPICO (2) - A origem das tentações é a fragilidade humana, a atração pela própria concupiscência. Todavia, DEUS é a fonte do nosso fortalecimento na tentação. SINOPSE DO TÓPICO (3) - O propósito das tentações é amadurecer o crente, para que este desenvolva a paciência e chegue à perfeição. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico "A Tentação Vem de Dentro (1.14) Tiago conhecia os poderes sobrenaturais do mal que agiam no mundo (cf. 3.6), mas aqui ele procura ressaltar o envolvimento e a responsabilidade pessoal do homem ao cometer pecados. O engodo do mal está em nossa própria natureza. Ele está de alguma forma entrelaçado com a nossa liberdade. A questão é: 'Será que eu preferiria ser livre, tentado e ter a possibilidade de vitória ou ser um 'bom' robô?' O robô está livre de tentação, mas ele também não conhece a dignidade da liberdade ou o desafio do conflito e não conhece nada acerca da imensa alegria quando vencemos uma batalha. Tiago diz que cada um é atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Essa palavra epithumia ('desejo', RSV) pode ter um significado neutro, nem bom nem mal. Assim, H. Orton Wiley escreve: 'Todo apetite nunca se controla, mas está sujeito ao controle. Por isso o apóstolo Paulo diz: 'Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado' (1 Co 9.27)'. Este talvez seja o sentido que Tiago emprega aqui. No entanto, na maioria dos casos no Novo Testamento, epithumia tem implicações maléficas. Se for o caso aqui, quando um homem é seduzido para longe do caminho reto, isso ocorre por causa de um desejo errado. Tasker escreve: 'Este versículo, na verdade, confirma a doutrina do pecado original. Tiago certamente teria concordado com a declaração de que 'a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice' (Gn 8.21). Desejos concupiscentes, como nosso Senhor ensinou de maneira tão clara (Mt 5.28), são pecaminosos mesmo quando ainda não se concretizaram em ações lascivas'. Se essa interpretação for verdadeira, há aqui mais uma dimensão na origem da tentação. Desejos errados podem ser errados não somente porque são incontrolados, mas porque, à parte da presença santificadora do ESPÍRITO, eles são carnais (TAYLOR, S. Richard. Comentário Bíblico Beacon: Hebreus a Apocalipse. Vol. 2. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.159-60).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe.
Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD,
nº 59, p.37.
Meus comentários - Ev. Luiz Henrique
Tentação -
palavra com duplo sentido, dependendo da situação pode
significar provação, mas quando vem de DEUS é provação e quando vem
de Satanás é tentação.
Provas são testes enviados por DEUS, e tentações são armadilhas
enviadas por Satanás.
A prova é para nos santificar e a tentação é para nos derrubar.
Quanto mais
temos fé nas promessas de DEUS , mais facilmente passaremos pelas
provas e venceremos as tentações.
DEUS é
absolutamente santo para ser tentado e ELE é absolutamente amoroso
para tentar.
DEUS não muda.
DEUS não pode mudar para pior porque ELE é santo. Ele não pode mudar
para melhor porque ELE é perfeito.
Podemos transformar um desejo legítimo em um desejo pecaminoso.
Comer é normal –
Glutonaria é pecado.
Dormir é normal
– Preguiça é pecado.
Sexo no
casamento é normal – Sexo fora do casamento é pecado.
Armadilha atrai – Anzol seduz
Ló atraído e
Davi seduzido.
Genealogia do pecado – A cobiça é a mãe do pecado e a avó da morte.
Você não pode impedir que um pássaro voe sobre sua cabeça, mas você
pode impedir que ele faça ninho em sua cabeça.
Mosca não pousa
em fogão onde a chapa está quente (mantenha-se cheio do ESPÍRITO
SANTO).
DEUS não muda.
DEUS não pode mudar para pior porque ELE é santo. Ele não pode mudar
para melhor porque ELE é perfeito.
PACIÊNCIA =
PERSEVERANÇA
Tentação -
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do
mundo. 1 João 2:16
"Não veio sobre
vós tentação além do que é comum aos homens, e Deus é fiel e não
permitirá que sejais tentados além do que vocês são capazes, mas com
a tentação dará também o caminho de escape, de modo que se possa
resistir a ela. "(1 Cor. 10:13).
Porque naquilo
que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são
tentados. Hebreus 2:18
"Então, quando o
desejo, tendo concebido, dá à luz ao pecado, e quando o pecado é
consumado, produz a morte”. (Tiago 1:15) Não há futuro no pecado. O
pecado leva a pessoa à morte espiritual. Se resistirmos, o mal não
se afastará de nós e, não estamos sozinhos, o Espírito de Deus vem
para o resgate. "Portanto, se submeta a Deus. Resista ao diabo e ele
fugirá de vós ” (Tiago 4:7).
Adão - Que
ninguém culpe a Deus por suas circunstâncias ou pecados, como Adão
fez. O primeiro homem jogou a culpa em Deus por seu pecado, dizendo:
"A mulher que me deste me deu da árvore e eu comi." (Gênesis 3: 12).
Jó – sua esposa
é exemplo de fidelidade, tanto na pobreza, como na tristeza de
perder todos seus filhos, como na calamidade, como na doença. –
nunca deixou seu esposo e depois foi abençoada com outros filhos
melhores.
E o Senhor virou
o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor
acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía. Jó 42:10
Também teve sete filhos e três filhas melhores do que os primeiros.
Jó 42:13
Abraão – provado
e vitorioso – abençoado grandissimamente.
Ló – atraído
pelo seu desejo, esqueceu até o respeito pelo seu tio.
José – Do Egito
Tentado pela
esposa de Potifá – não cedeu e ganhou a recompensa por não ceder –
se tornou governador do Egito.
E beijou a todos
os seus irmãos, e chorou sobre eles; e depois seus irmãos falaram
com ele. Gênesis 45:15
E José sustentou
de pão a seu pai, seus irmãos e toda a casa de seu pai, segundo as
suas famílias. Gênesis 47:12
Paulo
Mas Paulo
respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque
eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém
pelo nome do Senhor Jesus. Atos 21:13
Paulo provado e
sendo achado fiel.
E farei passar
esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a
prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome,
e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é o meu
Deus. Zacarias 13:9
E assentar-se-á
como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de
Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão
oferta em justiça. Malaquias 3:3
PACIÊNCIA é o mesmo que PERSEVERANÇA
1.12 Aquele que
permanece firme sob provações receberá a coroa da vida, que se
refere não à vida no futuro, mas à vida aqui e agora, desfrutada com
mais abundância e plenitude.
1.13 Tendo
discutido a tentação na forma de provações externas (vs. 2-12),
Tiago agora encara a tentação como uma sedução para o mal. Em muitos
lugares as Escrituras revelam que, algumas vezes, Deus permite
tentações como maneiras de testar (ver, por exemplo, Gn 22.1; Dt
8.2; 2 Cr 32.31), mas Tiago declara enfaticamente que a perfeita
santidade de Deus o coloca além do alcance da tentação e que ele não
leva ninguém a pecar.
1.14-15 Quando
sua concupiscência interna deseja responder à sedução externa, o
pecado é gerado. Tiago não menciona o papel de Satanás na tentação.
Seu objetivo não é discutir a origem do pecado, mas explicar que a
sedução ao mal não vem de Deus. Ao ressaltar a natureza interna da
tentação, Tiago não deixa desculpas para os pecadores. Satanás é, na
verdade, a fonte externa da tentação, mas ninguém pode culpá-lo pela
raiz dos atos pecaminosos, que estão no interior de cada indivíduo.
Ver Mc 7.1-23.
1.17 Deus não é
responsável pelo pecado humano, ele é a fonte de todo o bem. Em
contraste aos corpos celestes vagantes que ele criou, Deus é
imutável. Ele sempre mantém suas promessas.
1.18 O maior dom
que Deus nos deu foi a regeneração. Através do exercício de sua
vontade, ele nos gerou para uma nova vida. Seu instrumento foi a
palavra da verdade, que Paulo identifica como o "evangelho da
salvação" (Ef 1.13). 0 propósito de Deus era apresentar os crentes
como um tipo de primícias (a primeira parte da colheita era a
garantia de que viria uma colheita ainda maior). Sendo assim, Tiago
e os outros cristãos de sua geração eram um antegozo de uma grande
multidão de crentes que estavam por vir. A frase das suas criaturas
pode indicar que os crentes estão no primeiro estágio da redenção
definitiva de toda a criação, que agora está sob a maldição divina
desde o pecado original.
1:12 - O termo
bem-aventurado (makarios) também é empregado nas
bemaventuranças
e nos Salmos
(e.g., Salmo 1). Seu oposto é a interjeição “ai”.
A idéia por trás
do verbo suporta (hypomeno) é de grande importância no
Novo Testamento
(Mateus 10:22; 24:13; Marcos 13:13; Romanos 12:12;
1 Coríntios
13:7; 2 Timóteo 2:12; etc., empregam esse verbo; Lucas 21:19;
Romanos
2:7; 8:25: 2
Coríntios 6:4; Tessalonicenses 1:3; Apocalipse 3:10, e vinte e seis
outras passagens empregam o substantivo dele derivado, hypomone).
Uma questão crucial era que os crentes fossem ensinados a suportarprovações, pois
de outra forma a igreja teria sido varrida em face da primeiracarga da
perseguição. Era virtude valorizada em certos círculos judaicos
(e.g.,Testamento de Jó
e Testamento de José).
Paulo emprega a
idéia de suportar a provação cinco vezes (cf. também 2 Timóteo
2:15). O adjetivo dokimos indica aprovação humana ou divina,
sendo o que Paulo desejava para si mesmo no dia do julgamento.
Paulo, à semelhança de Tiago, nunca presumiu possuir essa aprovação
final antes de haver chegado lá (e.g., Filipenses 3:12-16).
A idéia de
receber a coroa da vida no dia do julgamento final expressa-se em
linguagem idêntica em Apocalipse 2:10 e, em linguagem semelhante (“a
coroa de glória”), em 1 Pedro 5:4.
A promessa aos
que o amam (cf. Tiago 2:5) em nenhum outro passo das
Escrituras está
explicitamente enunciada, embora seu sentido genérico seja bastante
freqüente (Êxodo
20:5-6; 1 Coríntios 2:9; Efésios 6:24). Argumentam alguns que esse
versículo cita um enunciado de Jesus não registrado, o que é
possível, mas improvável.
1:13 Quando
Tiago assevera e desmascara a mentira de Sou tentado por Deus,
enfatizando que ele a ninguém tenta, está seguindo o judaísmo.
Conquanto certas porções mais primitivas do Antigo Testamento
declarem sem sombra de dúvida que “Deus prova” (e.g., Abraão em
Gênesis 22:1 e Davi em 2 Samuel
24:1), depois do
exílio o judaísmo passou a considerar essa idéia um tanto leviana.
Assim é que em 1
Crônicas 21:1 o diabo, e não Deus, é quem tenta Davi; em Jó, a prova
é planejada e implementada por Satanás, embora Deus lhe dê
permissão; e em Jubileu 17-19 é o diabo (Mastema) quem propicia e
executa a provação de Abraão. Para Tiago, Deus é soberano, mas são
outras forças que causam o mal. Uma das razões por que Tiago trata
dessa questão pode derivar das expressões gregas da oração
dominical: “Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos
do mal”. No
grego o pedido ressoa como se Deus pudesse ser o agente da tentação,
e como se o crente precisasse pedir livramento. Entretanto, a forma
aramaica dessa oração (e as aplicações em Lucas 22:40) claramente
demonstra que a intenção do Senhor foi esta: “Faze que não entremos
em tentação (ou na prova)”, o que combina bem com “e livra-nos do
maligno”. Deus é quem impede o diabo de
tentar o crente,
e quem estabelece limites às tentações e às provações.
Deus não pode
ser tentado pelo mal é retradução de “Deus é apeirastos”.
O problema é que apeirastos é palavra rara, que ocorre
primeiramente em Tiago e praticamente em parte alguma da literatura
grega. A tradução preferida neste comentário:
“Deus não deve
ser posto à prova por homens iníquos” baseia-se no emprego dessa
palavra pelos pais da igreja, pela forma da palavra e o ensino do
Antigo Testamento, que proíbe colocar Deus sob teste. Veja também P.
H. Davids, “The Meaning of Apeirastos”, NTS 24 (1978), p.
386-91.
Quanto à
tradição sobre provas e tentações, em geral, veja B. Gerhardsson, “The
Testing of
God’s Son”
(A Provação do Filho de Deus).
A TENTAÇÃO
13 Ninguém,
sendo tentado, diga: De Deus sou tentado (não devemos supor que a
tentação ao pecado provém de Deus; isto nunca acontece!) porque
Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta (Vontade
Santa de Deus Onipotente resiste totalmente qualquer direção para o
pecado):
14 Mas sim cada
um é tentado, quando de sua própria concupiscência é atraído, e
seduzido. (A tentação a pecar recorre a um defeito moral em nós,
até nas melhores pessoas, porque ninguém é perfeito).
15 E a
concupiscência, depois que concebe (refere-se à luxúria
pecaminosa) , dá à luz o pecado (como dito, estas tentações
não provêm de Deus, mas sim dos apetites da natureza pecaminosa do
homem, o qual é resultado da Queda; a natureza pecaminosa pode ser
mantida subjugada, e tem a intenção de ser mantida subjugada pelo
Crente que alicerça sua Fé na Cruz de Cristo, o que então dará
liberdade de ação ao Espírito Santo para ajudar) - e o pecado,
sendo consumado, gera a morte. (Refere-se à morte espiritual,
porque o pecado separa o homem de Deus.)
16 Meus amados
Irmãos, não erreis. (Tiago diz aos Crentes, "não sejam enganados;
o pecado é a ruína de tudo o que é bom.")
Provas
Segundo o
dicionário Velásquez, um teste de longo prazo significa problema,
decepção, desconforto. Tudo isso serve para nos desencorajar na
jornada de Cristo com nossos irmãos. Quando passamos por algum
problema, quando ficamos mortificados (preocupação extrema), é o
momento em que não estamos confiando nas promessas do Senhor, mas
preocupados em como resolver nossos problemas. Isso é exatamente o
que Satanás quer que façamos. A escolha é nossa: permitimos ser
dominados e controlados pelo infortúnio ou nos lembramos das
palavras de Tiago e reagimos com alegria e louvor ao Senhor. Por que
sofrer com o Senhor não é vergonha e sim a glória, o que devemos
fazer com confiança, pois no final, "somos mais que vencedores." Eu
sei que isso é difícil, mas devemos tentar fazer como a palavra diz:
Alegrem-se. Que
cantemos hinos e louvores, que glorifiquemos a Deus. Considere o
Senhor mais poderoso do que qualquer teste. Uma vez, um detento
escreveu que passou seu aniversário louvando a Deus. Por que não
posso dedicar mais louvor ao meu Deus que nunca me falhou? Isso
poderia ser considerado como gesto de loucura ou, ao contrário,
gesto de crescimento espiritual e confiança em Deus.
Uma vez
estávamos com um grupo de adolescentes de uma igreja em Fort Worth,
Texas, e alguns supervisores adultos estavam tentando obter
permissão para entrarem no México pela fronteira em Nuevo Laredo.
Nosso objetivo era ir para Saltillo e fazer uma campanha
evangelística. Um dos jovens que nos acompanhavam era um cubano e
eles não queriam dar a permissão para o mesmo, e com
razão, pois seu
único documento era um passaporte expirado. Depois de esgotar todos
os meios possíveis para nos darem a permissão, começamos a cantar
louvores a Deus. Logo depois, o funcionário da alfândega me chamou e
permitiu que nossos jovens passassem.
Provas Visíveis
Existem testes
que não são vistos, mas são por vezes, mais difíceis do que outros.
Tiago se refere a esses testes nos versos 2, 3 e 12, como doenças,
dores, decepções, angústias e tristezas.
Consideremos as
evidências dos leitores antigos das cartas de Tiago:
sobre a
perseguição que muitos sofreram por parte dos líderes Judeus, o fato
de terem de sair de suas casas apenas com as roupas do corpo e
viverem em lugares improvisados e com estranhos (Tiago 1:1), ou
seja, tiveram de se adaptar a uma vida de exílio. Isso foi um grande
desafio à sua fé.
Esses testes têm
sido comuns ao povo de Deus. Embora dolorosos, eles têm servido para
a formação espiritual e crescimento na confiança em Deus. Esses
desafios existem em nosso tempo e sempre vão existir. A cada dia,
passamos por esses testes, por mudanças de valores no mundo, pela
falta de segurança em nosso país, o resultado de desastres naturais
que destroem nossos pertences e nos forçam a sair de nossos lares.
Vemos isso em todas as partes do mundo e serve como prova para cada
um de nós.
Aquelas pessoas que se apresentam diante de Deus e que ainda não
passaram por provações, quando acontecerem, isto não deve ser visto
como um castigo, mas sim como uma forma de testar o quão fortes ou
fracas elas estão na fé.
Os antigos
acreditavam que as provações eram castigo por algum pecado cometido
pelos seus pais. Até certo ponto isso é correto. Uma pessoa que
abusa de álcool ou drogas recebe como castigo de seu abuso
sofrimento para si e seus familiares. Mas, em geral, a crise é para
testar a nossa fé. Não que essas crises sejam ruins, porque o seu
propósito é madurecermos, portanto não devemos nos lamentar por
isso.
Por exemplo: Os
ventos fortes e as chuvas em si não são maus.
Entretanto,
resultam em destruição. Algumas casas são destruídas pelas
tempestades, pois suas estruturas são fracas e, geralmente, são
construídas próximo ao leito de algum rio onde sempre há indícios de
inundação. Os testes não são ruins, mas há destruição. Lembram-se
da parábola de
Cristo sobre o homem que construiu sua casa sobre a rocha e o outro
que a construiu sobre areia? (Mt. 7: 24-27)
Alguém
disse
que, como resultado de inundação, perdeu tudo que havia construído
nos últimos 25 anos. O irmão disse que agora estava reconstruindo
suas casinhas que antes eram heranças, mas agora seriam construídas
sobre rocha e não sobre a areia.
O cristianismo
não é uma religião onde reina um otimismo superficial, em que se
descuida das horríveis crises da vida. O cristianismo bíblico
enfrenta os problemas diários e tenta olhar para ele de forma
construtiva.
Provas Invisíveis
Tiago também
foca a atenção nas tentações que levam o homem a cometer pecados.
Não é o mesmo que as ansiedades normais que sucedem a vida diária.
Têm sua natureza maligna e existem para causar transtorno ao
cristão.
Evidentemente, é
preciso reconhecer que essas provas ou tentações invisíveis têm
origem satânica. Tiago mesmo disse: "Que ninguém diga quando é
tentado, estou tentado por Deus, porque Deus não pode ser tentado
pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta” (1:13)
Apesar de
sabermos que Deus testa o verdadeiro caráter do homem, submetendo-o
a vários testes (Isso aconteceu com Abraão, Gn 22:1), não é verdade
que Deus seduza a pessoa para que peque.
Que ninguém
culpe a Deus por suas circunstâncias ou pecados, como Adão fez. O
primeiro homem jogou a culpa em Deus por seu pecado, dizendo: "A
mulher que me deste me deu da árvore e eu comi." (Gênesis 3: 12).
A verdade é que
Deus e o mal estão eternamente em oposição. Deus e o pecado não
podem coexistir. Deus não é tentado pelo mal e nem é responsável
pelas nossas tentações para fazer o mal. Então, como isso
é possível? Se
Deus pudesse ser tentado pelo mal, deixaria de ser santo, deixaria
de ser Deus.
Por exemplo:
Pode uma boa pessoa seguir sendo respeitada se soubermos que oferece
drogas a crianças? Da mesma forma, como
podemos ver Deus
tão bom e amável sendo portador de pecados e os oferecendo? É
logicamente impossível que Deus possa seduzir alguém para o pecado.
Isso não é de sua natureza. Deus e o mal são poderes
opostos.
Então, qual é a
origem das tentações e das maldades? Tiago tem a resposta: “...Cada
um é tentado quando é seduzido em sua própria
concupiscência.”
(1:14) A culpa do pecado não é colocada em Deus, mas no homem que é
levado por Satanás. Não gostamos de aceitar
essa
responsabilidade. Muitos dizem que seus atos imorais e criminosos
são devido à má sorte ou mesmo alegam ser a empresa ou
o ambiente. Mas
isso é injusto. Pecamos porque nossa natureza é pecaminosa e Cristo
não morreu em vão.
Suponhamos que
uma mãe siga com seus peixinhos. Tudo está bem e todos parecem
felizes. Mas um dos peixinhos vê um verme que deseja, embora a mãe
lhes diga para seguirem em frente sem distrações, o
peixinho pensa:
por que não fugir por um segundo e engolir o verme e depois retornar
ao meu lugar na fila? Em seguida, o pequeno peixe é atraído pelo
verme, que na realidade é a isca (um gancho) e o resultado é fatal.
Da mesma
maneira, tudo está bem enquanto o homem segue a Deus em sua
salvação, sem olhar para os lados. Mas, assim que vir algo
atraente e
pronto no mundo que o faça desviar de seu caminho por um momento,
será capturado. Não será a má sorte, as circunstâncias e muito menos
Deus que o fará pecar. Tudo será resultado do que se passava em seu
coração.
Como enfrentar
as provas e as tentações
É necessário
vivenciar os problemas resultantes das provas. Mas, apesar de tudo
isso, precisamos depender da graça de Deus e suportar as provas com
paciência e graça. As tentações deverão ser vividas com fé e
obediência.
Como conseguir a
vitória? Em primeiro lugar, devemos ser otimistas a cerca das
crises, "alegria..." Alegramo-nos com a confiança
inspirada por
esta promessa:
"Não veio sobre
vós tentação além do que é comum aos homens, e Deus é fiel e não
permitirá que sejais tentados além do que vocês são capazes, mas com
a tentação dará também o caminho de escape, de modo que se possa
resistir a ela. "(1 Cor. 10:13).
Porque naquilo
que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são
tentados. Hebreus 2:18
Uma atitude
pessimista ou fatalista pode levar ao fracasso. Levante a cabeça e
os olhos para o céu na confiança de que as promessas de
Deus não serão
em vão. Deus sempre cumpre o prometido!
Em segundo
lugar, ore. Necessita de uma resposta para a sua inquietação?
Auxílio para tomar a decisão correta? Se sente confuso e
necessita de
sabedoria e entendimento para raciocinar sobre as provações de
maneira correta? Aqui está o que disse Tiago: "Mas
se algum de vós
tem falta de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá liberalmente e
não censura, e assim lhe será dado" (1:5).
Quando oramos,
devemos fazê-lo com a confiança de que receberemos uma resposta.
Crer que Deus pode nos auxiliar na carga
e nos manter no
caminho certo. Outra vez, em Tiago, a palavra correta:
"Mas peça com
fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar,
impelida e agitada pelo vento, partindo de um lado para o outro. Não
pense que você receberá do Senhor alguma coisa, sendo um homem de
coração duvidoso, inconstante em todos os seus caminhos." (1:6-8)
Em terceiro
lugar, devemos resistir às tentações de cometer pecados, recordando
o resultado do pecado: "Então, quando o desejo, tendo concebido, dá
à luz ao pecado, e quando o pecado é consumado, produz a morte”.
(Tiago 1:15) Não há futuro no pecado. O pecado leva a pessoa à morte
espiritual. Se resistirmos, o mal não se afastará de nós e, não
estamos sozinhos, o Espírito de Deus vem para o resgate. "Portanto,
se submeta a Deus. Resista ao diabo e ele fugirá de vós ” (Tiago
4:7).
A recompensa dos que alcançam a vitória
Podemos nos
convencer de que o maior incentivo que podemos ter para enfrentar as
provações e tentações é a bênção da recompensa prometida para quem
resistir e vencer. Primeiro há a maturidade espiritual. Tiago nos
garante que: "Sabendo que a prova da vossa fé opera na paciência, e
a paciência tem sua obra perfeita, para que sejam completos, não
tendo falta em coisa alguma” (1:3-4).
Você não pode
crescer espiritualmente do dia para a noite. Nós, batizados,
amadurecemos na fé vivendo o dia a dia. O crescimento
vem gradualmente
para "testar a nossa fé." Então, precisamos ter muita paciência.
Em segundo
lugar, as pessoas que resistem às provações e tentações, receberão a
coroa da vida que o Senhor prometeu aos que o amam
(Tiago 1:12). A
vida que Tiago menciona é totalmente oposta à morte que segue o
pecado. Esta é a vida eterna na presença de Deus e os
esplendores do
céu. Então, todos nós podemos participar quando o apóstolo Paulo
disse: "Eu considero que as aflições deste tempo presente não são
comparáveis à glória que será revelada" (Rm 8:18).
Conclusão
Todos têm
problemas e passam por provações. Mas, se olharmos, à luz deste
estudo, veremos os problemas de forma diferente. Os testes não podem
mais destruir a nossa fé, mas nos tornar mais fortes e nos aproximar
de Deus.
Qual é a
essência da vida cristã? Não é um breve momento de entusiasmo
religioso que move uma pessoa para fora deste mundo,
deixando-a
alheia a tudo. É o desenvolvimento de uma fé obediente, realista e
prática, cuja única alternativa é tomar sua cruz e seguir a Cristo,
diariamente. É também glorificamos na graça de Deus, que se
manifesta a cada hora, e de problema em problema na vida diária.
Provas são testes enviados por DEUS, e tentações são armadilhas
enviadas por Satanás.
DEUS é absolutamente santo para ser tentado e ELE é absolutamente
amoroso para tentar.
A prova é para nos santificar e a tentação é para nos derrubar.
O
sofrimento por CRISTO nos dá a oportunidade de mostrarmos a nossa fé e amor por
Ele - O problema é: Você está sofrendo por CRISTO?, Por causa do evangelho?,
Está sendo perseguido por causa de sua postura cristã diante dessa sociedade
corrompida e maligna?
Existe o
sofrer por CRISTO e o sofrer por causa de más escolhas nossas, existe o sofrer
por enfermidades ocasionadas por causa da pregação do evangelho e enfermidades
adquiridas por causa de má alimentação ou de noites na TV ou na internet. Qual é
o seu sofrer? Qual é o sua tentação? Qual é a sua provação?
Perguntas para meditação e revisão:
1.O que vem à
mente quando você pensa na palavra "tentação"?
2. Como as
pessoas costumam reagir aos seus problemas?
3. Qual o
propósito dos testes?
4. Quando Deus
permitiu que José fosse para o Egito e passasse por duras provas,
ele queria destruir ou desenvolver sua fé?
5. Há recompensa
para aqueles que sobrevivem ao teste? Qual?
COMENTÁRIO -
INTRODUÇÃO - Vários livros
REVISTA ENSINADOR
"Não nos deixes cair
em tentação." Foi a oração de JESUS ensinada aos discípulos. No
tempo da provação, angústia, tristeza e sofrimento são realidades
presentes na vida do discípulo de CRISTO. Infelizmente, e em nome de
uma teologia, muitos desejam descartar da vida esta realidade humana
e não dá ao seguidor do caminho o direito de sofrer. Não é isto que
a Palavra de DEUS nos ensina! Pelo contrário, o sofrimento por
CRISTO nos dá a oportunidade de mostrarmos a nossa fé e amor por
Ele, como os mártires que não retrocederam na convicção do
Evangelho.
A lição desta semana
tem um penoso objetivo: o de resgatar a doutrina bíblica do
sofrimento por CRISTO. Esta, por vezes, tem sido esquecida pela
Igreja Evangélica. Quando falamos de sofrimento, algumas pessoas nos
perguntam: "Mas por que o crente deveria sofrer?"; "Devemos ensinar
a teologia da miséria?" etc. Tais perguntas são descabidas, pois não
escolhemos sofrer por JESUS, é Este quem nos escolhe. Por
consequência, ao vivermos para CRISTO precisamos estar dispostos a
também sofrermos por Ele. Note as palavras do Meigo Nazareno: "E
dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e
tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser
salvar a sua vida perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim,
perder a sua vida a salvará. Porque que aproveita ao homem granjear
o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?" (Lc
9.23-25).
As expressões
"negue-se a si mesmo", "tome cada dia a sua cruz" e "siga-me"
significam o convite para peregrinarmos o caminho da execução do
nosso eu. Este é o caminho da Cruz de CRISTO! Há, porventura, coisa
mais difícil do que negar a nós mesmos? Esmagar a nossa vontade para
fazer a do outro? A expressão "cada dia" revela-nos que o caminho da
cruz deve ser feito por nós, diariamente, crucificando assim o "eu".
O teólogo French L. Arrington amplia este conceito: "Tomar a cruz
significa uma resolução diária em negar a si mesmo por causa do
Evangelho. [...] Não é questão momentânea, mas um modo de vida. Os
cristãos nunca devem deixar de carregar a cruz" (Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento, CPAD, p.374).
O Evangelho não
deixa outra escolha: o nosso caminho é o do sofrimento por CRISTO. O
ensino de Tiago sobre o sofrimento está em pleno acordo com o
Evangelho de CRISTO.
PARTES DO COMENTÁRIO
DO LIVRO DO TRIMESTRE:
O propósito da tentação
Por estar escrevendo “às
doze tribos que andam dispersas” (Tg 1.1), isto é, provavelmente aos
cristãos judeus que se encontravam espalhados entre as nações devido à
primeira onda de perseguição ao Cristianismo no início da Igreja
Primitiva (At 8.1; 11.19) - provação.
Entenderem corretamente
o propósito das aflições pelas quais estavam passando bem como o
posicionamento que deveriam ter diante dessas terríveis intempéries.
Declara Tiago: “Meus irmãos,
tende grande gozo quando cairdes em várias tentações” (Tg 1.2). Só esse
versículo já seria suficiente para jogar por terra, por exemplo, todos
os pressupostos da Teologia da Prosperidade e da Confissão Positiva.
Peirasmos significa
literalmente “prova”, “provação” ou “teste” ou “tentações” - as traduções estão
corretas, uma vez que Peirasmos é utilizado nessa passagem em alusão às
aflições decorrentes de perseguições sofridas pelos crentes por causa da
sua fé (Tg 1.3) e tais adversidades são também tentações, porque elas
testam a fidelidade dos cristãos a seu Senhor.
Aquele que ama e serve ao Senhor, passa, sim, por dificuldades.
Por causa da sua fé, estão passando por “várias provações” - No mundo
teremos aflições (Jo 16.33) - Salmos 34.19 - o “justo” sofre “muitas
aflições”.
Tiago deixa claro que devemos reagir a elas
com alegria e não com desolação. Qualquer pessoa que
reage com desânimo completo diante das provações está se rendendo a elas
e, portanto, já está derrotado; logo, se queremos vencê-las, temos que
enfrentá-las com disposição de ânimo, não com abatimento de alma.
Sim, os cristãos podem
ter “grande alegria” em meio às aflições. O propósito das provações leva o
crente a ver as
suas adversidades como oportunidades para seu crescimento,
amadurecimento e fortalecimento espirituais.
Tiago diz que o cristão
tem “grande gozo” quando se vê mergulhado em “várias provações” porque
ele sabe (“sabendo”, v.3) “que a prova da vossa fé produz a paciência”
(v.3). O resultado da provação é a
paciência ou a perseverança. São nas provações que aprendemos a
perseverança, que é a capacidade de mantermo-nos firmes mesmo quando
tudo está dando errado, mesmo quando tudo parece estar conspirando
contra nós. Não se engane: ninguém aprende a perseverar, ninguém cresce
e amadurece na fé, sem passar por provações. São as provações que aperfeiçoam a fé e o caráter cristãos.
Como assevera o apóstolo
Pedro: “agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco
contristados com várias tentações [Peirasmos], para que a prova da vossa
fé, muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se
ache em louvor, e honra, e glória na revelação de JESUS CRISTO” (1 Pe
1.6,7).
A IMPORTÂNCIA DE NÃO
ESMORECER NAS PROVAÇÕES E DA SABEDORIA PARA O COMPLETO CRESCIMENTO
ESPIRITUAL
“Tenha, porém, a
paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos,
sem faltar em coisa alguma”. “A obra da perseverança deve ser completada em suas vidas para
que vocês sejam realmente aperfeiçoados, maduros, fortalecidos na fé”.
Isto é, não basta entender o propósito das provações; é preciso
enfrentar até o fim esse processo, não parar no meio do caminho, para
finalmente se chegar ao resultado desejado.
Eles devem também, caso sintam
necessidade, pedir sabedoria a DEUS. Se “a paciência” tiver “a sua obra completa” em suas vidas e,
mesmo assim, eles sentirem que ainda lhes falta alguma coisa, que não
têm ainda toda a sabedoria almejada, devem, então, pedi-la a DEUS: “E,
se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a DEUS, que a todos dá
liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada” (v.5).
O apóstolo Tiago está afirmando nesses
versículos é, em síntese, que o cristão deve aceitar as ordens da
providência divina com gratidão.
A ORIGEM DAS TENTAÇÕES
Ele declara que elas não provêm de DEUS (v. 13) e
também não faz nenhuma referência a elas procederem diretamente do Diabo
ou do mundo. O apóstolo assevera que a tentação tem a sua origem, na
verdade, no próprio ser humano, em sua natureza pecaminosa (w. 14,15).
Ou seja, o mundo e o Diabo são apenas agentes indutores externos da
tentação - “cada um é tentado quando atraído e
engodado pela sua própria concupiscência” (v. 14) - É importante
frisar ainda que ser tentado não é pecado; pecado é ceder à tentação.
O prêmio eterno para
quem sofre e vence as tentações
O prêmio eterno do
cristão que sofre e vence as provações já está garantido:
“Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for
provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que
O amam” (Tg 1.12). Aleluia! Está é a razão pela qual o cristão
pode transformar suas provações em grandes alegrias: ele sabe que maior
é o galardão daquele que, mesmo sendo muito provado, permanece firme em
sua fé.
“... se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis,
isso é agradável a DEUS. Porque para isto sois chamados, pois também
CRISTO padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas
pisadas” (I Pe 2.20,21).
Severino Pedro Da Silva.
Epistola aos Hebreus coisas novas e grandes que DEUS preparou
para você. Editora CPAD. pag. 86-87.
Hb 5.8 A obediência que
aprendeu (5.8). Por aquilo que padeceu Ele aprendeu a obediência. No
entanto, nosso Senhor nunca havia sido desobediente, nem teve nenhum
tipo de inclinação para isso. Como então poderia aprender obediência?
Somente no sentido de que a obediência que causa tremenda angústia
assume uma nova dimensão. Em relação a JESUS, o amor pelo Pai era
tamanho que a obediência sempre tinha
sido um prazer.
Nunca houve qualquer hesitação ou o sentimento de um preço doloroso. Mas
aqui se exigia uma obediência num aspecto que tocava o próprio
relacionamento do Pai com o Filho, uma exigência que na sua essência não
podia ser um prazer, mas um castigo. Quando a obediência é fácil precisa
estar sob suspeita. Talvez não passe de um egoísmo disfarçado ou
simplesmente uma política de conveniência. Mas quando a obediência custa
um coração quebrantado é porque a lição foi aprendida e a sua
genuinidade autenticada.
O nosso Senhor teve de
aprender este aspecto pela experiência pessoal, bebendo o copo até a
última gota, ainda que era Filho. Se o Filho quisesse tornar-se o sumo
sacerdote salvador, adequado para todas as necessidades dos homens,
precisava ir até o fim e ser aprovado em todos os sentidos. Somente um
sumo sacerdote completamente submisso a DEUS poderia representar DEUS
perante o homem e o homem perante DEUS. A dignidade da pessoa de CRISTO
como Filho não poderia isentá-lo da humilhação do sofrimento, se ele
fosse cumprir seu chamado como servo sofredor de DEUS (Is 53). A
perfeição da obediência e a extremidade do sofrimento implicada neste
versículo tenderia a apoiar a exposição do versículo 7 de que sua oração
não foi “ouvida” no sentido de que ele não foi isentado de tomar o
“copo”.
Gramaticalmente, tudo
até aqui nos versículos 7,8 está subordinado ao sujeito principal e ao
predicado aprendeu a obediência. O sentido, portanto, é que, apesar do
“grande clamor e lágrimas” do nosso Senhor, e apesar do fato de que o
Pai os viu e ouviu, e apesar do fato de JESUS ser o Filho, era
necessário que sofresse para aprender pela experiência a plena inteireza
da obediência.
Richard S. Taylor.
Comentário Bíblico Beacon.
Hebreus.
Editora CPAD. Vol. 10. pag. 53-54.
Mt 5.10 Os que sofrem
perseguições por causa da justiça são bem-aventurados. Este é o maior
paradoxo de todos, e é peculiar ao cristianismo. Consequentemente, é
deixado para o final, e é mais reforçado do que qualquer um dos outros
(w. 10-12). Esta bem-aventurança, como o sonho de Faraó, é dupla, porque
é dificilmente reconhecida, e ainda assim, ela é garantida; e na última
parte, há a mudança do sujeito: “Bem-aventurados sois vós”, meus
discípulos e seguidores. Em outras palavras: “E com isto que vocês, que
têm virtudes abundantes, devem estar mais imediatamente preocupados;
pois vocês devem contar com as dificuldades e os problemas, mais do que
outros homens”. Observe aqui:
1. A descrição do caso
dos santos sofredores; este é um caso difícil, que desperta a compaixão.
(1) Eles são perseguidos, caçados, e capturados, como os animais
nocivos, que são procurados para serem destruídos; como se um cristão
tivesse uma cabeça de lobo, como um malfeitor - qualquer pessoa que o
encontre pode matá-lo. Eles são abandonados como os dejetos de todas as
coisas; multados, aprisionados, expulsos, privados de suas propriedades,
excluídos de todos os lugares de confiança e que podem trazer lucro,
espancados, atormentados, torturados, sempre entregues à morte e
considerados como ovelhas para o matadouro. Este tem sido o efeito da
inimizade da semente da serpente contra a semente sagrada, desde os
tempos do justo Abel. Era assim na época do Antigo Testamento, como
vemos em Hebreus 11.35ss. CRISTO nos disse que seria assim também com a
igreja cristã, e não devemos pensar que isto é estranho (1 Jo 3.13).
Ele nos deixou um
exemplo.
(2) Eles são
injuriados,
e têm todos os tipos de maldades falsamente ditas contra si. Apelidos e
palavras de acusação se ligam a eles, sobre pessoas, em particular, e
sobre a geração dos justos, de maneira geral, para fazê-los odiados;
algumas vezes, para fazê-los formidáveis, para que possam ser atacados
poderosamente; diz-se contra eles coisas que não sabiam (SI 35.11; Jr
20.18; At 17.6,7). Aqueles que não tinham poder em suas mãos para
causar
algum outro prejuízo, ainda podiam fazer isto. E aqueles que tinham
poder para persegui-los, também achavam necessário fazê-lo para se
justificarem da forma bárbara como os tratavam. Eles não podiam tê-los
importunado, se não os tivessem vestido em peles de lobos; nem teriam
lhes dado o pior dos tratamentos, se não os tivessem representado,
primeiramente, como os piores dentre os homens. Eles serão injuriados e
perseguidos. Observe que injuriar os santos é persegui-los, e isto
será
descoberto em breve, quando as palavras duras forem computadas (Jd
15),
como também os cruéis escárnios (Hb 11.36). Eles dirão todo tipo de
maldade contra vocês, com falsidade; algumas vezes, diante do trono do
julgamento, como testemunhas; algumas vezes, no assento do
escarnecedor,
com zombarias hipócritas nas festas; eles são a canção dos bêbados.
Algumas vezes diretos, como Simei amaldiçoou Davi; algumas vezes,
pelas
costas, como fizeram os inimigos de Jeremias. Observe que não há
maldade
tão negra e horrível que, em uma ocasião ou em outra, não tenha sido
dita, em falsidade, sobre os discípulos e seguidores de CRISTO. (3)
“Por causa da justiça” (v. 10); “por minha causa” (v. 11). Por causa da
justiça, portanto por causa de CRISTO, pois Ele está muito interessado
na obra da justiça. Os inimigos da justiça são inimigos de CRISTO;
Isto
exclui da bem-aventurança aqueles que sofrem justamente, e têm
maldades
ditas com verdade pelos seus crimes reais; que eles se envergonhem e
se
confundam, isto é parte da sua punição. Não é o sofrimento que faz o
mártir, mas a causa. Os mártires são aqueles que sofrem por causa da
justiça, que sofrem por não pecarem contra suas próprias consciências,
e
que sofrem por fazer o que é bom. Qualquer que seja a desculpa que os
perseguidores tenham, é no poder da santidade que eles têm um inimigo;
é
realmente CRISTO e a sua justiça que são difamados, odiados e
perseguidos. “As afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim” (SI
69.9; Rm 8.36).
2. O consolo dos santos
sofredores é apresentado.
(1) Eles são
“bem-aventurados”; pois agora, na sua vida, recebem males (Lc 16,25), e
os recebem em grande medida. Eles são bem-aventurados, pois é uma honra
para eles (At 5.41); é uma oportunidade de glorificar a CRISTO, de fazer
o bem e de sentir consolo especial e visitas de graça e sinais da
presença do Senhor (2 Co 1.5; Dn 3.25; Rm 8.29).
(2) Eles serão
recompensados; “deles é o reino dos céus”. Na atualidade, eles têm
direito a ele, e têm doces antecipações dele; e em breve tomarão posse
dele. Embora não haja nada nestes sofrimentos que possa, a rigor, ser
digno de DEUS (pois os pecados do melhor merecem o pior), ainda assim o
reino dos céus é aqui prometido como recompensa (v. 12). “Grande é o
vosso galardão nos céus” . Tão grande, a ponto de transcender o serviço.
Está no céu, no futuro e fora do alcance da vista; mas está bem
guardado, fora do alcance do acaso, da fraude, e da violência. Observe
DEUS irá cuidar daqueles que perdem por Ele, ainda que seja a própria
vida, para que não o percam no final. O céu, no final, será uma
recompensa abundante por todas as dificuldades que enfrentamos no nosso
caminho. Isto é o que tem sustentado os santos sofredores de todas as
épocas, esta alegria que está diante deles.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.
Editora CPAD. pag. 47-48.
I – O FORTALECIMENTO
PRODUZIDO PELAS TENTAÇÕES (Tg 1.2, 12).
1. O que é tentação.
I. Definição
1. Massah, "teste".
"provação". Palavra hebraica usada
por cinco vezes.
Deu. 4:34; 7:19; 29:3;, SaL 95:8; Jó 9:23.
2. Peirasmôs, "teste",
"prova". Palavra grega usada por vinte vezes: Mal. 6:13; 26:41; Mar.
14:38; Luc. 4:13; 8:13; 11:4; 22:28,40,46; Atos 20:19; 1 Cor. 10:13;
Gál. 4:14; 1 Tim. 6:9; Heb. 18; Tia. 1:2,12; 1 Ped. 1:6; 11 Ped. 2:9 e
Apo.3:10.
3. Peirázo, ''testar'',
"submeter à prova". Vocábulo grego que ocorre por trinta e seis vezes:
Mal. 4:1,3; 16:1; 19:3; 22:18,35; Mar. 1:13; 8:11; 10:2; 12:15; Luc.
4:2; 11:16; João 6:6; 8:6; Atos 5:9; 9:26; 15:10; 16:7; 24:6; 1 Cor.
7:5; 10:9,13; 11 Cor. 115; GáI. 6:1; 1 Tes. 3:5; Heb. 2:18; 3:9 (citando
Sal. 95:9); 4:15; 11:17,37; Tia. 1:13,14; Apo. 12,10; 3:10.
No original grego,
tentação é "peirasmos", que significa "teste", "provação", "tentação
para a prática do mal".
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6.
Editora Hagnos. pag. 350-351.
TENTAR, TENTAÇÃO Os
termos heb. e gr. para "tentar" (heb. massa, gr. peirazo, ekpei-razo) e
"tentação" (heb. nasa, gr. peirasmos) podem, às vezes, ter o significado
de "induzir ao pecado", que tão fortemente colore nossas palavras em
português "tentar" e "tentação". Mas seu principal e predominante
significado é o de "testar o valor e o caráter de homens" e, às vezes,
os de DEUS. Nesse sentido, os cristãos devem se examinar para se
certificarem de que suas palavras e ações evidenciam que eles são
crentes genuínos (2 Co 13.5; cf. 2 Pe 1.10).
Semelhantemente, DEUS
testa, no AT, a veracidade da confiança que seu povo tem nele, como no
caso de Abraão (Gn 22.1), Israel (Êx 15.25; 16.4), a tribo de Levi (Dt
33.8), Ezequias (2 Cr 32.31) e o salmista (SI 26.2). O NT diz que DEUS
(ou CRISTO) provou a fé de Filipe (Jo 6.6) e de Abraão (Hb 11.17; cf. Gn
22.1).
Na sua providência, DEUS
usa os eventos da vida cotidiana para testar a professada fé e o caráter
dos cristãos. O teste pode resultar em severos tormentos, tanto físicos
quanto espirituais (Hb 11.37; 1 Pe 4.12). DEUS usou severos fenómenos
naturais (Êx 20.18-20), as dificuldades das peregrinações pelo deserto
(Dt 8.2), e a opressão das tribos cananéi-as para testar Israel (Jz
2.21,22). Aos cristãos não é prometida a ausência de provas, mas a força
necessária para suportá-las (1 Co 10.13; 2 Pe 2.9; cf. 1 Pe 4.1,12-16).
O próprio CRISTO, ao se tornar humano, passou por toda sorte de testes
mentais e físicos (Hb 2.18; 4.15).
Crê-se que até mesmo
coisas são testadas ou provadas, como por exemplo uma espada (1 Sm
17.38), uma reputação (1 Rs 10.1; 2 Cr 9.1) e convicções (Dn 1.12,14).
Tanto a palavra heb. quanto a gr., às vezes, têm o significado de tentar
fazer algo. Em uma pergunta retórica, DEUS questiona: "...ou se um deus
intentou ir tomar para si um povo..." (Dt 4.34). Os homens tentam se
comunicar (Jó 4.2) ou se juntar a outros (At 9.26). Os termos gregos e
hebraicos traduzidos como "tentar" e "tentação" também aparecem no mau
sentido de "induzir ao pecado". O Diabo é acusado de ser o instigador de
tais provas (Mt 4.3; 1 Ts 3.5,6). Até mesmo na vida dos cristãos ele
exerce grande pressão para o pecado
(1 Co 7.5; 1 Ts 3.5; Ap
2.10). Sucumbir a tais tentações pode demonstrar que a profissão do
cristão não é sincera (Lc 8.13). A tentação para pecar frequentemente se
origina de pensamentos malignos e da concupiscência (Tg 1.14);
provocações às quais um forte desejo por riquezas bem pode se juntar (1
Tm 6.9). Contudo, a tentação para pecar nunca vem de DEUS (Tg 1.13). O
cristão deve orar por libertação de todas essas tentações (Mt 6.13; Lc
11.4). A tentação, no mau sentido, também pode tomar a forma de testar o
outro na esperança de expor seus pontos fracos, e usá-los contra a
própria pessoa. Os inimigos de CRISTO frequentemente tentaram empregar
essa tática contra Ele (cf. Mt 16.1; 19.3; 22.35; Lc 20.23).
Algumas vezes a Bíblia
fala de homens testando ou tentando a DEUS. Por exemplo, Israel tentou a
DEUS no deserto (Êx 17.2,7; Nm 14.22; SI 95.8,9; 1 Co 10.9), e os
fariseus e saduceus tentaram a JESUS (Mt 16.1; Mc 8.11; 10.2). Além
disso, os cristãos professos podem tentar a DEUS. Ananias e Safira o
fizeram ao mentir (At 5.9). Cristãos judeus o fizeram, trazendo
empecilhos aos crentes gentios (At 15.10). Paulo advertiu os coríntios a
respeito da incredulidade, da idolatria, do modo de vida ímpio, da
atitude de tentar a CRISTO e da murmuração (1 Co 10.7-10; cf. Nm
21.4-9).
Quando confrontado pelas
tentações, o cristão tira o encorajamento necessário do conhecimento de
que ele não os enfrenta sozinho. DEUS já removeu o crente do domínio de
Satanás e o colocou em seu próprio reino e família (Cl 1.12,13). As
tentações que Satanás traz estão sempre dentro dos limites permitidos
por DEUS (Jó 1.8-12; 2.3-6). Além disso, o cristão tem o exemplo da
vitória de CRISTO sobre o pecado (Hb 4.15) e a promessa da sua ajuda (Hb
2.18). Mesmo quando o cristão sucumbe à tentação e ao pecado, ele ainda
tem a promessa de perdão disponível através da contínua, eficaz e
redentora graça de CRISTO (Hb 4.14-16; 1 Jo 2.1).
A recompensa dos
cristãos por sua fiel resistência a todos os tipos de tentação é a coroa
de vida (Ap 2.10).
Os exemplos mais
conhecidos de tentação nas Escrituras são a indução de Adão e Eva ao
pecado no jardim do Éden por Satanás (Gn 3.1-7; 1 Tm 2.13,14) e a
tentação de CRISTO no deserto (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13; Lc 4.1-13).
Comparando-se essas
tentações, nota-se que Eva (em comum acordo com Adão) sucumbiu à
tentação por dar atenção excessiva aos desejos físicos (por exemplo, a
comida) e às posses materiais dessa vida (o belo fruto que ela
desejava), e por se entregar a um orgulho precipitado (supunha-se que o
fruto traria sabedoria). Se por um lado CRISTO, o segundo Adão (Rm
5.12-21; 1 Co 15.22) sentiu todo o peso do teste, por outro Ele superou
completamente a tentação em cada uma dessas áreas (por exemplo, a
tentação de transformar pedras em pães; de desejar obter para si os
reinos do mundo; e, com um orgulho presunçoso, se atirar do Templo). Por
ter experimentado e triunfado sobre essas e outras tentações, o Senhor
JESUS CRISTO é capaz de se compadecer e ajudar seu povo nas tentações
que enfrenta.
PFEIFFER .Charles F.
Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1908-1909.
Hb 4.14 JESUS é um grande Sumo Sacerdote, melhor
que todos os sumos sacerdotes de Israel. Aqui estão as razões:
• Os sumos sacerdotes
eram humanos e pecadores. JESUS intercede a DEUS pelas pessoas como o
Filho de DEUS, que não tem pecado, o qual é, ao mesmo tempo, humano e
divino.
Hb 4.15 Pelo fato de
JESUS, o nosso Sumo Sacerdote, ter-se tornado como nós. Ele experimentou
a vida humana de uma forma completa. Ele cansou-se, teve fome, e
enfrentou as limitações humanas normais. Dessa forma.
JESUS entende as nossas
fraquezas. Não apenas isso, mas Ele também em tudo foi tentado, mas sem
pecado. JESUS, em sua humanidade, sentiu a luta e a realidade da
tentação. O texto em Mateus 4.1-11 descreve uma série específica de
tentações do Diabo, mas JESUS provavelmente enfrentou tentações ao longo
de toda a sua vida terrena, assim como nós as enfrentamos (veja 1 Jo
2.16).
Hb 4.16 “Graça” significa favor imerecido. A nossa
capacidade de nos aproximarmos de DEUS não vem de nenhum mérito próprio
que tenhamos, mas depende inteiramente dele. DEUS promete ajudar-nos no momento certo — no tempo
dele. Isto não significa que DEUS promete resolver todas as necessidades
no exato momento em que o buscarmos. Tampouco significa que DEUS apagará
as consequências naturais de qualquer pecado que foi cometido.
Significa, porém, que DEUS ouve, cuida, e responderá do seu modo
perfeito, em seu tempo perfeito.
Comentário do Novo
Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol 2. pag. 599-600.
Hb 4.15 Porque não temos
um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
No versículo 18 do
capítulo 2 desta epístola está escrito: “Porque, naquilo que ele mesmo,
sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados”. Aprendemos
destes textos e de outros similares das Escrituras que a tentação em si
mesma não é pecado. Ela pode induzir alguém ao pecado, se houver espaço
e lugar para tal procedimento. Quando JESUS esteve aqui entre os homens,
Ele “em tudo foi tentado”, isto é, Ele passou a ser alvo das “mesmas
paixões que nós”. Contudo, Ele nunca cedeu a uma só dessas paixões, nem
por pensamento e nem por atos, por cuja razão o escritor sagrado conclui
dizendo: "... [Ele] em tudo foi tentado, mas sem pecado”. A tentação
sempre visa destruir a fé daquele que se encontra em paz com DEUS. Ela
vem à pessoa humana por várias vias de acesso que conduzem ao coração,
sendo a “concupiscência” o veículo transmissor da sedução, que vem em
primeiro lugar, e quando cedida pode conduzir à morte (cf. Tg 1.14,15).
Severino Pedro Da Silva.
Epistola aos Hebreus coisas novas e grandes que DEUS preparou
para você. Editora CPAD. pag. 78.
Mas sem pecado. Embora
seja perfeitamente verdadeiro que JESUS não enfrentou a tentação com a
desvantagem do pecado original, esta não é a ideia aqui. O que o autor
de Hebreus ressalta neste texto é que JESUS não cedeu uma única vez à
tentação. Ele foi perfeitamente triunfante. Se não fosse tentado como
nós, não poderia compreender os nossos sentimentos em nossas muitas
tentações; por outro lado, se não tivesse sido perfeitamente vitorioso,
não poderia ajudar-nos, mas necessitaria Ele próprio de ajuda.
Richard S. Taylor.
Comentário Bíblico Beacon.
Hebreus.
Editora CPAD. Vol. 10. pag. 48-49.
«...DEUS é fiel...» E
isso pelas razões expostas em seguida —ele exerce controle sobre todas
as tentações que sobrevêm ao crente em sua vida, ele permite somente
aquelas tentações que podem ser toleradas, sem importar se essas assumem
a forma de testes, de sofrimentos, de perseguições ou de incitações para
a prática do mal. Além disso, DEUS provê sempre um meio de escape,
quando somos assediados pelas tentações, desviando aquelas outras que,
de modo algum, poderíamos suportar. Sim, DEUS é «...fiel...» no sentido
de «digno de confiança», como alguém em quem se pode confiar, no que diz
respeito a essa questão das tentações.
Por Que Ê Importante
Resistir a Tentação?
1. A tentação, se não
for dominada, destrói a fibra moral.
2. Há uma
bem-aventurança especial pronunciada em prol daqueles que resistirem às
tentações, a saber, a «coroa da vida», e isso por promessa de DEUS (ver
Tia. 1:12).
3. Isso significa que a
santificação conduz à glória, o que é um tema ensinado em vários lugares
do N.T. (Ver Mat. 5:48 e II Tes. 2:13).
4. Os testes, por si
mesmos, podem ser forças que nos ajudem em nosso desenvolvimento
espiritual; isso é explicado abundantemente em Atos 14:22.
«Bem-aventurado
o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter
sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos
que o amam» (Tia. 1:12).
«...juntamente com a
tentação...» No original grego temos «...o livramento...», com o artigo
definido, o que certamente indica «o meio de escape». Mui provavelmente
isso quer dizer que no caso de cada tentação, manifestar-se-á alguma
maneira pela qual podemos escapar ao mal, algum meio que nos capacite a
suportar a dor e a tristeza.
«É uma demonstração de
covardia cedermos à tentação, bem como um voto de desconfiança a DEUS».
(Robertson, in loc.).
A parte seguinte do
presente versículo deixa entendido que o «escape» só aparece através da
resistência e da persistência do crente.
«...de sorte que a
possais suportar...» Notemos que não nos é dado o «escape» por meio da
ausência de toda a tentação; nem nos é outorgado o «escape» porque logo
somos livres da tribulação. Antes, esse «escape» nos é proporcionado
‘porque’ temos podido resistir e chegar ao triunfo. Somente essa forma
de escape e de disciplina é que pode produzir qualquer crescimento
cristão substancial.
«Com frequência, o único
‘escape’ se verifica através da ‘resistência’. Ver Tia. 1:12». (Vincent,
in loc.).
«Veja uma porta aberta para
sua saída; e o homem continuará lutando, levando a sua carga. A palavra
grega ‘ekbasis’ (escape) significa ‘saída’, escape para longe da luta.
Logo em seguida aparece ‘upenegkein’ (sustentar debaixo de algo), em que
esta última ação é possibilitada pela esperança relativa àquela
primeira. Quão diferente é tudo isso da consolação estoica dos suicidas:
‘A porta continua aberta’! No caso desta epístola aos Coríntios, a ideia
de
‘tentação’ deve incluir
tanto as atrações em direção à idolatria como as
perseguições que
o abandono da idolatria envolve». (Findlay, in loc.).
«Neste versículo
encontramos talvez a exposição mais pratica, e,
portanto, mais
clara, que se pode achar acerca da doutrina do livre-arbítrio
humano, em
relação ao poder governador de DEUS. DEUS abre a estrada,
mas o próprio
homem deve ‘caminhar’ por ela. DEUS controla as
circunstâncias;
mas o homem se utiliza delas. É nesse ponto que jaz a sua
responsabilidade
como homem». (John Short, in loc).
«.. .A providencia de
DEUS abre um caminho em meio a teia. DEUS sempre
abre uma brecha
nessa fortaleza doutra maneira inexpugnável. No caso de
alguma alma reta
entrar em dificuldades e apertos, podemos descansar
certos de que
haverá um ‘meio de escape’, tal como houve uma ‘entrada’; e
também que o
teste jamais ultrapassará as forças que DEUS dá a cada qual,
para que possa
suportar à prova». (Adam Clarke, in loc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.
Editora Candeias. Vol. 4. pag. 154-155.
2. Fortalecimento
após a tentação (v.2).
Tg 1.2 “Por várias
provações”: momentos altos e baixos, a aflição na vida
pessoal e na vida dos semelhantes, as dificuldades econômicas e
profissionais, aflições
específicas que atingem os cristãos: as pessoas em torno deles os
ridicularizam, deixam de lado, observam com a finalidade de poder
criticar. Naquele tempo os judeus, com os quais, afinal, tinham tanto em
comum, hostilizavam os cristãos.
“Entrardes”: entra-se em
tais provações como em uma tempestade repentina.
É verdade que a Bíblia
nos diz que não precisamos ocultar quando também estamos tristes em
diversos tormentos (1Pe 1.6). Sim, ela nos diz que o próprio JESUS
esteve triste quando atribulado (Mt 26.38; Hb 5.7). Mas Tiago escreve: a
rigor, deveis e podeis vos alegrar com vossas tribulações.
Fritz Grünzweig.
Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
Tg 1.2 Como pode alguém
ter grande gozo ao passar por tentações ou provações? Esta é uma
recomendação admirável – devemos decidir ficar alegres em situações em
que a alegria seria, naturalmente, a nossa última reação. Quando
determinadas circunstâncias nos irritam e nós queremos culpar o Senhor,
Tiago nos dirige para a alternativa mais saudável - a alegria. Aqueles
que confiam em DEUS devem exibir uma resposta positiva e radicalmente
diferente diante dos eventos difíceis da vida.
A nossa atitude deve ser
de alegria genuína. Não é uma alegre
previsão antes das provações. Ao contrário, é a
alegria durante as provações.
A alegria baseia-se na
confiança no resultado da provação. É a percepção surpreendente de que
as provações representam a possibilidade de crescimento. Por outro lado,
muitas pessoas ficam felizes quando escapam às dificuldades.
Mas Tiago nos incentiva
a sentirmos alegria pura mesmo diante das dificuldades. Tiago não está
incentivando os crentes a fingirem estar felizes. Alegrar-se vai além da
felicidade.
A felicidade
concentra-se em circunstâncias terrenas e no quanto as coisas vão bem
por aqui. O gozo concentra-se em DEUS e na sua presença em nossas
experiências.
A palavra “quando” não
deixa muito espaço para a dúvida. Somos encorajados a nos sentir alegres
quando passarmos por todos os tipos de aflições, e não se as
enfrentarmos.
Provações, problemas,
situações adversas podem roubar a nossa alegria se não adotarmos a
atitude correta. De onde vem este problema? Os problemas e as tentações
que enfrentamos podem ser dificuldades que vêm de fora ou tentações que
vêm de dentro. Um problema pode ser uma situação difícil que põe à prova
a fé de uma pessoa, como uma perseguição, uma decisão moral difícil, ou
uma tragédia. O caminho da vida está cheio de tais provações.
Suportar a provação não
é suficiente. O objetivo de DEUS ao permitir que ocorra este processo é
desenvolver a maturidade completa em nós.
Considerar que os seus
problemas podem ser motivo de alegria vem da atitude de ver a vida tendo
em mente a perspectiva de DEUS.
Podemos não ser capazes
de compreender as razões específicas para DEUS permitir que determinadas
experiências nos esmaguem e esgotem, mas podemos estar confiantes de que
o seu plano é para o nosso bem. O que pode parecer desanimador ou
impossível para nós nunca parece da mesma maneira para DEUS!
Comentário do Novo
Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol 2. pag. 662-663.
I Ped 1.7 Embora DEUS
possa ter diferentes objetivos nas provações que o seu povo enfrenta, um
resultado preponderante de todas as provações está claro: elas provam a
fé das pessoas, mostrando que esta fé é forte e pura. Para DEUS, a fé
dos crentes é muito mais preciosa do que o ouro, a substância mais
valiosa e durável daquela época.
A fé verdadeira é
indestrutível e durará por toda a eternidade. No entanto, ela pode
suportar o fogo das provações, lutas e perseguições que a purificam,
removendo impurezas e defeitos. DEUS valoriza uma fé provada pelo fogo
(ou pelas “dificuldades”).
Por meio das provações,
DEUS queima a nossa autossuficiência e as nossas atitudes egoístas, para
que a nossa autenticidade possa refletir a sua glória e lhe traga
louvor.
Como as provações provam
a força e a pureza da fé de alguém? Uma pessoa que vive uma vida
confortável pode achar muito fácil ser um crente. Mas conservar a fé
diante do ridículo, da calúnia, da perseguiçáo ou até mesmo da morte
prova o verdadeiro valor daquela fé. Esta fé resulta em louvor, honra e
glória concedidos aos crentes pelo próprio DEUS, quando JESUS CRISTO
retornar (na revelação) para julgar o mundo e levar os crentes para
casa.
Comentário do Novo
Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol 2. pag. 706.
I Ped 1.7 Na sequência é
exposta a finalidade das provações: para que o que é autêntico de vossa
fé seja constatado como muito mais precioso que ouro perecível, que é
apurado por fogo, para louvor e glória e honra na revelação de JESUS
como Messias. O presente versículo tem por base uma comparação frequente
na Bíblia (Sl 12.6; Pv 17.3; 27.21; Ml 3.3). Para saber se o ouro é
autêntico, ele precisa ser derretido no fogo. Isso não afeta o ouro em
nada, mas todas as impurezas são expulsas no processo, e aquilo que é
autêntico, que realmente tem valor, se destaca com pureza.
Ainda que o diabo concentre toda a sua intenção em arrastar as pessoas
para longe de DEUS em sua rebelião antidivina, naquele dia com certeza
será flagrante que não teve sucesso em incontáveis pessoas (Ap 7.9s).
Chama atenção que o texto deixa em aberto a questão de a quem, afinal,
são dirigidos o louvor e a honra. Certamente o faz de forma pensada.
Porque a glorificação do Redentor em sua revelação é ao mesmo tempo a
revelação e glorificação de seus redimidos (Rm 8.17; 1Jo 3.2), e em tudo
isso são conferidos louvor, glória e honra ao próprio Pai. Porque o alvo
é a honra de DEUS (1Co 15.28). É para isso que JESUS virá, para “ser
glorificado em seus santos e ser admirado em todos que vieram a ele”
(2Ts 1.10). “Quando, porém, se manifestar o Messias, nossa vida, então
também vós sereis manifestos junto com ele em glória” (Cl 3.4).
Fritz Grünzweig.
Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
Existem três espécies de valor: 1. Algumas coisas possuem um valor
intrínseco ou primário, por serem valiosas por si mesmas. Nessa
categoria se acha a água por exemplo. Não podemos viver sem água. 2. Há
coisas que possuem um valor secundário, por causa do uso que lhe podemos
dar como se dá no caso de um instrumento. Seu metal talvez não valha
grande coisa; mas a sua ·utilidade» a torna valiosa. 3. Além disso, há
valores terciários ou subjetivos—como quando uma pessoa atribui valor a
uma fotografia, porque está sentimentalmente preso a ela. O papel é de
valor extremamente baixo; outras pessoas não estão interessadas no
mesmo; porém, uma ou mais pessoas poderão dará uma fotografia um grande
valor, devido àquilo que ela representa. O ouro cabe dentro desta
terceira categoria. Só é valioso porque os homens o supõem valioso, em
seu raciocínio subjetivo. Tal raciocínio, entretanto, pode modificar-se.
Se descobrirmos grandes depósitos de ouro em um outro planeta, e esse
tornar-se disponível em grande abundância na terra, o ouro perderá o seu
valor relativo.
Não acontece a mesma
coisa com a fé. diz Pedro. Quando é testada no fogo, e é comprovadamente
genuína, terá muito mais valor que todo o ouro da terra. Por essa mesma
razão é que disse o Senhor JESUS: «Que aproveita ao homem ganhar o mundo
inteiro e perder a sua alma? Que daria um homem em troca de sua
alma?»(Marc. 8:36,37). Mediante a fé, um homem é «guardado para a
salvação», contanto que com ela combine o poder de DEUS e se aproveite
do mesmo. A alma é o elemento do homem dotado de valor primário ou
intrínseco, e isso em um grau incalculável.
«O ponto frisado é que
se o ouro temporal tem valor para ser trabalhosamente refinada, quanto
mais a fé se reveste de um valor eterno».
(Hunter. in loc.).
...revelação de JESUS
CRISTO... Está em foco a «parousia», tal como nos versículos quinto e
décimo terceiro . A segunda vinda de CRISTO será a revelação de sua
pessoa e de sua glória: e assim o homem dará um grande salto à frente,
para descobrir o centro e a razão de sua existência, o que finalmente,
haverá de caracterizar a todas as coisas, conforme explica o primeiro
capitulo da epístola aos Efésios. Ele será então revelado como Salvador,
Juiz, Senhor universal, centro de tudo. razão da existência e alvo de
toda a existência. (Comparar com I Cor. 1:7 e II Tes. 1:7). «Em todas
essas passagens, denota a revelação de CRISTO em sua majestade, como
Juiz e Galardoador». (Bigg. in loc.). Porém, parece que está envolvido
ainda mais do que isso, segundo é explicado mais acima.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.
Editora Candeias. Vol. 6. pag. 98.
Lc 4. 1-13. A Tentação
de JESUS
Naquilo
que é o principal, os relatos de Mateus e Lucas contêm as mesmas
informações, mas diferem quanto aos seguintes aspectos:
1) Eles não mencionam a
segunda e a terceira tentações na mesma ordem. Mateus coloca a tentação
de saltar do pináculo do Templo em segundo lugar, ao passo que no texto
de Lucas ela está em terceiro lugar. A tentação de aceitar os reinos do
mundo, então, é a terceira em Mateus e a segunda em Lucas.
2) Lucas diz que JESUS
foi tentado durante os quarenta dias do jejum e também posteriormente;
Mateus não menciona estas outras tentações.
3) Segundo Mateus,
depois que Satanás mostra a JESUS os reinos deste mundo, ele diz: “Tudo
isto te darei”. Lucas enfatiza a autoridade e a glória destes reinos. De
acordo com Lucas, Satanás diz Dar-te-ei a ti todo este poder
(literalmente, “autoridade”) e a sua glória (6).
4) Quanto à mesma
tentação, em Lucas, acrescenta-se ao texto de Mateus o seguinte: porque
a mim me foi entregue, e o dou a quem quero (6).
5) Na tentação de saltar
do pináculo do Templo, Mateus chama a cidade de “Cidade Santa”, enquanto
Lucas a chama pelo nome, Jerusalém (9). Aqui, o motivo de Lucas é,
obviamente, esclarecer os leitores gentios.
Estas diferenças não
alteram em nada os ensinos relativos à tentação de JESUS.
Barclay intitula esta
seção como “A batalha contra a tentação” e assim a esquematiza: 1) A
tentação de subornar as pessoas com presentes materiais, 2-4; 2) A
tentação de fazer acordos ou concessões, 5-8; 3) A tentação de dar
demonstrações sensacionais às pessoas, 9-12. Poderíamos acrescentar mais
uma: 4) As recompensas da vitória sobre a tentação, 13-14.
Charles L. Childers.
Comentário Bíblico Beacon. Lucas. Editora CPAD. Vol. 6. pag.
Lc 4.1,2 A palavra “E”
retoma a história de 3.22.
JESUS voltou do Jordão e
foi... ao deserto. JESUS tomou a ofensiva contra o inimigo, o diabo,
indo ao deserto para enfrentar a tentação.
Satanás é um ser real, um anjo criado, mas rebelde e
caído, e não um símbolo ou uma ideia. Ele luta constantemente contra
DEUS e aqueles que seguem e obedecem a DEUS. Satanás não é onipresente,
nem é todo poderoso.
Por meio dos espíritos
malignos sob o seu domínio, Satanás trabalha em todas as partes,
tentando afastar as pessoas de DEUS e atraí-las à sua própria escuridão.
A expressão foi tentado
descreve uma ação contínua; JESUS foi tentado constantemente durante os
quarenta dias. O ESPÍRITO levou JESUS ao deserto onde DEUS pôs JESUS à
prova - não para ver se JESUS estava pronto, mas para mostrar que Ele
estava preparado para a sua missão. Satanás, no entanto, tinha outros
planos; ele esperava distorcer a missão de JESUS tentando-o para fazer o
mal. Por que era necessário que JESUS fosse tentado? A tentação faz
parte da experiência humana. Para que JESUS fosse completamente humano,
Ele tinha que enfrentar a tentação (veja Hb 4.15). JESUS tinha de
desfazer o que Adão tinha feito. Adão, embora criado perfeito cedeu à
tentação, e assim o pecado entrou na raça humana. JESUS, por outro lado,
resistiu a Satanás. A sua vitória oferece a salvação aos descendentes de
Adão (veja Rm 5.12-19). Durante estes quarenta dias, JESUS não comeu
coisa alguma, de modo que ao final Ele teve fome. A condição de JESUS
como Filho de DEUS não tornava o seu jejum mais fácil; o seu corpo
físico sofria a fome severa e a dor de estar sem alimento. As três
tentações registradas aqui ocorreram quando JESUS estava na sua condição
física mais enfraquecida.
Lc 4.3 A primeira vista,
este parece ser um ato relativamente inofensivo, até mesmo uma sugestão
piedosa. JESUS rinha muita fome, então por que não usar os recursos sob
o seu comando e transformar uma pedra em pão? Neste caso, entretanto, o
pecado não estava no ato, mas na razão por trás dele. O diabo estava
tentando fazer JESUS tomar um atalho para resolver o seu problema
imediato à custa de seus objetivos de longo prazo, procurando o conforto
através do sacrifício da sua disciplina. Satanás normalmente trabalha
desta forma - persuadindo as pessoas a realizar uma ação, até mesmo uma
boa ação, por um motivo errado ou na hora errada. O fato de que alguma
coisa não seja propriamente errada não significa que é boa para alguém
em determinado momento. Muita gente peca tentando satisfazer desejos
legítimos não incluídos na vontade de DEUS, ou, antes do momento
definido por Ele.
4.4 JESUS respondeu a
Satanás com o que está escrito nas Escrituras. Nas três citações de
Deuteronômio, encontradas em Lucas 4.4, 8 e 12, o contexto mostra que
Israel fracassou em cada um dos testes. JESUS mostrou a Satanás que
embora o teste pudesse ter feito Israel fracassar, isto não funcionaria
com Ele. JESUS compreendia que a obediência à missão do Pai era mais
importante do que comida. Fazer pão para si teria mostrado que Ele não
havia deixado todos os seus poderes de lado, nem se humilhado e nem se
identificado completamente com a raça humana. Mas JESUS recusou-se a
fazê-lo, mostrando que só usaria os seus poderes em submissão ao plano
de DEUS.
Lc 4.5,7 O diabo
arrogantemente esperava ter sucesso na sua rebelião contra DEUS,
afastando JESUS de sua missão e obtendo a sua adoração. Satanás tentou a
JESUS para que Ele assumisse o mundo como um reino terreno ali mesmo,
sem executar o plano de salvar o mundo do pecado. Para JESUS, aquilo
significava obter o seu prometido domínio sobre o mundo sem passar pelo
sofrimento e pela morte na cruz. Satanás ofereceu um atalho. Mas Satanás
não entendeu que o sofrimento e a morte eram parte do plano de DEUS, que
JESUS tinha decidido obedecer. O fato de que JESUS pudesse ver, num
momento de tempo, todos os reinos do mundo, apoia a interpretação de que
esta experiência foi visionária. O foco não está na montanha, mas sim
naqueles reinos que estavam (e estão) sob o domínio de Satanás (Jo
12.31). Satanás ofereceu-se para dar o domínio sobre o mundo a JESUS.
Isto desafiava a obediência de JESUS ao cronograma e à vontade de DEUS.
A tentação de Satanás, basicamente, era: “Por que esperar? Eu posso lhe
dar isto agora!” Naturalmente, a oferta tinha uma condição: “Se tu me
adorares”. Lc 4.8 Uma vez mais, JESUS respondeu a Satanás com as
Escrituras. Para JESUS, obter o domínio do mundo mediante a adoração de
Satanás seria não apenas uma contradição (Satanás ainda estaria no
comando), mas também romperia o primeiro mandamento, “Adorarás o Senhor,
teu DEUS, e só a ele servirás” (Dt 6.4,5, 13). Para realizar a sua
missão de trazer salvação ao mundo, JESUS precisaria seguir o caminho da
submissão a DEUS.
Lc 4.9-11 O templo era o
edifício mais alto em Jerusalém e o seu pináculo provavelmente era o
canto da parede que se projetava sobre a encosta. Se o diabo levou JESUS
fisicamente a Jerusalém ou se isto aconteceu numa visão não está claro.
De qualquer forma, Satanás estava arrumando o cenário para a sua próxima
tentação. JESUS tinha citado as Escrituras em resposta às outras
tentações de Satanás. Aqui Satanás tentou a mesma tática com JESUS; ele
usou as Escrituras para tentar convencer JESUS a pecar! Satanás estava
citando o Salmo 91.11,12 para apoiar a sua solicitação. Este salmo
descreve a proteção de DEUS para aqueles que confiam nele. Obviamente,
Satanás interpretou as Escrituras erroneamente, tentando fazer parecer
que DEUS protegeria os seus até mesmo em meio ao pecado, removendo as
consequências naturais dos atos pecaminosos.
Saltar do pináculo para
testar as promessas de DEUS não era parte da vontade de DEUS para JESUS.
No contexto, o salmo promete a proteção de DEUS para aqueles que,
enquanto de acordo com a sua vontade e fiéis a Ele, se encontrassem em
perigo. Ele não promete a proteção para crises criadas artificialmente,
nas quais os cristãos chamam a DEUS para testar o seu amor e o seu
cuidado.
Lc 4.12 JESUS novamente
respondeu citando as Escrituras: no entanto, Ele usou as Escrituras com
uma compreensão do verdadeiro significado. Os fatos eram que embora DEUS
prometa proteger o seu povo, Ele também exige que ele não o tente. Na
passagem em Deuteronômio 6.16, Moisés estava se referindo a um incidente
durante a peregrinação de Israel no deserto, registrada em Êxodo
17.1-7.0 povo tinha sede e estava disposto a fazer um motim contra
Moisés e retornar ao Egito, se ele não lhes desse água. Para JESUS,
saltar do pináculo do templo teria sido um teste ridículo ao poder de
DEUS, e teria estado fora da vontade de DEUS.
JESUS sabia que seu Pai
poderia protegê-lo. Ele também entendia que todas as suas ações deveriam
concentrar-se no cumprimento da missão de seu Pai.
Lc 4.13 Este seria
somente o primeiro de muitos encontros que JESUS teria com o poder de
Satanás. A vitória pessoal de JESUS sobre Satanás no verdadeiro início
do seu ministério definiu o cenário do seu comando sobre os demônios por
todo o seu ministério, mas não dissuadiu a Satanás de continuar a tentar
arruinar a missão de JESUS. A sua vitória sobre o diabo no deserto foi
decisiva, mas não final, pois o diabo ausentou-se dele por algum tempo.
Comentário do Novo
Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol 1. pag. 340-342.
Nesta história da
tentação de CRISTO, observe:
Como Ele foi preparado
e equipado para ela. Aquele que permitiu a tribulação proveu aquilo de
que o Senhor JESUS precisava para vencer; porque embora não saibamos que
exercícios possam estar diante de nós, nem para que encontros podemos
estar reservados, CRISTO sabia, e teve aquilo que era necessário; e DEUS
faz o mesmo por nós, e esperamos dele tudo o que nos é necessário.
1. Ele estava cheio do
ESPÍRITO SANTO, que havia descido sobre Ele como uma pomba. O Senhor
JESUS tinha agora medidas maiores de dons, graças e consolações do
ESPÍRITO SANTO do que antes. Note que aqueles que estão cheios do
ESPÍRITO SANTO é que estão bem armados contra as tentações mais fortes.
2. Ele havia retornado
do Jordão recentemente, onde foi batizado, e reconhecido por uma voz do
céu como sendo o Filho Amado de DEUS; e assim E le foi preparado para
este combate. Note que quando tivermos a mais consoladora comunhão com
DEUS, e as descobertas mais claras de seu favor a nós, podemos esperar
que Satanás nos ataque (o navio mais rico é o prêmio do pirata), e que
DEUS permitirá que ele faça isso, para que o poder de sua graça possa
ser manifestado e exaltado.
3. Ele foi levado pelo
ESPÍRITO ao deserto, pelo ESPÍRITO bom, que o conduziu como um campeão
para o campo, para lutar contra o inimigo que Ele certamente iria
derrotar. O fato de ser levado ao deserto:
(1) Deu alguma vantagem
ao tentador; porque ali ele o teve sozinho, sem a companhia de amigos,
por cujas orações e conselhos o Senhor JESUS poderia ser ajudado na hora
da tentação. Ai daquele que está sozinho! Ele poderia dar vantagem a
Satanás, pois conhecia a sua própria força; mas nós não podemos, pois
conhecemos a nossa própria fraqueza.
(2) Ele ganhou alguma
vantagem para si durante este jejum de quarenta dias no deserto. Podemos
supor que o Senhor estava totalmente concentrado em sua própria
consagração, e em consideração à sua tarefa, e à obra que Ele tinha
diante de si; que Ele passou todo o seu tempo em uma conversa imediata e
íntima com o seu Pai, como Moisés no monte, sem qualquer desvio,
distração, ou interrupção. De todos os dias da vida de CRISTO na carne,
estes parecem ter se aproximado mais da perfeição da vida angelical e da
vida celestial, e isto o preparou para os ataques de Satanás. Aqui o
Senhor JESUS foi fortalecido contra eles. 4. Ele continuou jejuando (v.
2): E naqueles dias não comeu coisa alguma. Foi como o jejum de Moisés e de Elias, e o revela, como a eles,
um profeta enviado por DEUS. E provável que este episódio tenha ocorrido
no deserto de Horebe, o mesmo deserto no qual Moisés e Elias jejuaram.
Assim como ao se retirar para o deserto, Ele se mostrou perfeitamente
indiferente ao mundo, por seu jejum Ele se mostrou perfeitamente
indiferente ao corpo; e Satanás não pode dominar facilmente aqueles que
se desprendem e morrem para o mundo e para a carne. Quanto mais
mantivermos a nossa carne em sujeição, menos vantagens Satanás terá
contra nós.
1. Ele o tentou a não
confiar no cuidado de seu Pai em relação a Ele, e a agir por conta
própria, e a ajudar-se a si mesmo provendo o sustento de uma maneira que
o seu Pai não havia designado (v. 3): Se tu és o Filho de DEUS, como a
voz do céu declarou, dize a esta pedra que se transforme em pão.
2. O diabo tentou JESUS
a aceitar dele o reino, o qual, como o Filho de DEUS, Ele esperava
receber de seu Pai, e glorificá-lo, w. 5-7.
3. O diabo o tentou a
ser o seu próprio assassino, em uma presunçosa confiança da proteção de
seu Pai, da qual Ele não tinha nenhuma garantia. Qual foi o resultado e o desfecho deste combate, v. 13. O
nosso Redentor vitorioso manteve o seu fundamento, e saiu vencedor, não
só por si mesmo, mas também por nós.
1. O diabo esvaziou a
sua aljava, e assim acabou toda a tentação. CRISTO lhe deu a
oportunidade de dizer e fazer tudo o que podia contra si; ele permitiu
que o diabo tentasse toda a sua força, e mesmo assim o derrotou.
2. O diabo então deixou
o campo de batalha: Ausentou-se dele. O diabo viu que era inútil atacar
o Senhor
JESUS; ele não tinha
nada nele para que os seus dardos inflamados o atingissem; o Senhor não
tinha nenhum ponto cego, nenhuma parte fraca ou desprotegida em seu
muro; por esta razão, Satanás desistiu do caso. Observe que se
resistirmos ao diabo, ele fugirá de nós.
3. No entanto, o diabo
prosseguiu em sua maldade contra o Senhor, e partiu decidido a atacá-lo
novamente; ele ausentou-se, mas por algum tempo, achri kairou – até uma
outra hora, ou até o dia em que deveria outra vez ser solto contra Ele,
não como um tentador, para fazê-lo pecai'. O diabo tentaria golpear a
cabeça do Senhor, mas seria totalmente derrotado; mas como um
perseguidor, o diabo procuraria fazer com que o Senhor sofresse através
das atitudes de Judas e de outros instrumentos perversos a quem ele
empregou. O diabo feriria o calcanhar do Senhor, conforme lhe foi dito
(Gn 3.15) que deveria fazer, e que faria, mas a própria cabeça do diabo
seria esmagada.
Ele se ausenta agora até
que chegue aquele dia que CRISTO chama de poder das trevas (cap. 22.53),
quando o príncipe deste mundo viria outra vez, João 14.30.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.
Editora CPAD. pag. 545-549.
3. Felicidade pela
tentação (v. 12).
A alegria no sofrimento
(5.3-5a)
A justificação não
apenas nos prepara para o céu, mas também nos equipa para vivermos
vitoriosamente aqui na terra. Paulo não está tratando de algo apenas
para o porvir, mas de algo que nos capacita a viver vitoriosamente em
meio às tensões da vida. Nas palavras de John Stott, há paz, graça e
glória, sim! Porém, há também sofrimento
Aquele que foi
justificado demonstra gloriosa alegria não apenas na esperança da
glória, mas também no sofrimento. A força do verbo grego kaucometha
indica que nos alegramos com grande e intenso júbilo. Tanto as
tribulações presentes como a glória vindoura são objetos de júbilo do
cristão. Em outras palavras, regozijamo-nos não somente no alvo, a
glória, como também nos meios que conduzem a ela, isto é, nos
sofrimentos. Nestas duas coisas encontramos alegria. Nessa pedagogia
divina, quatro estágios devem ser observados.
Em primeiro lugar, nós
nos gloriamos nas próprias tribulações (5.3).
Este gloriar-se na
tribulação é um fruto da fé. As tribulações na vida do salvo não vêm
para destruí-lo, mas para purificá-lo. Elas não agem contra ele, mas a
seu favor. As tribulações não operam por si mesmas, à revelia, na vida
dos salvos, mas são trabalhadas pelo próprio DEUS, para o nosso bem. Por
meio das tribulações, DEUS esculpe em nós a beleza de CRISTO.
Em segundo lugar,
sabemos que a tribulação produz perseverança (5.3). A tribulação é
pedagógica. Ela gera paciência triunfadora. Não poderíamos exercer a
paciência sem o sofrimento, porque sem este não haveria necessidade de
paciência. A paciência nasce do sofrimento. A palavra grega hupomone
significa “paciência triunfadora”. Trata-se de uma paciência vitoriosa,
que não se entrega nem é passiva, mas triunfa alegremente diante das
intempéries da vida. Hupomone é paciência diante das circunstâncias
adversas. E o espírito que enfrenta as coisas e as supera.
Em terceiro lugar,
sabemos que perseverança produz experiência (5.4). A palavra grega
dokime, traduzida por “experiência”, significa literalmente algo provado
e aprovado. Essa palavra era usada para descrever o metal submetido ao
fogo do cadinho com o propósito de remover-lhe as impurezas e torná-lo
um metal provado, legítimo e puro.
O
que Paulo nos está ensinando é que não devemos ter uma fé de segunda
mão. Devemos conhecer a DEUS não apenas de ouvir falar. Devemos
conhecê-lo pessoalmente, profundamente, experimentalmente.
Em quarto lugar, sabemos
que a experiência produz esperança (5.5a). Esta não é uma esperança vaga
nem vazia. E uma esperança segura, que não nos decepciona nem nos deixa
envergonhados. Mas como saber que essa esperança não é uma fantasia nem
uma ficção? A resposta de Paulo é meridianamente clara: porque o amor de
DEUS é derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi
outorgado. O apóstolo Paulo diz que o fundamento sólido sobre o qual
descansa nossa esperança de glória é o amor de DEUS. Há uma efusão do
amor de DEUS em nosso coração. Nesse momento o céu desce à terra e somos
inundados pelas profusas torrentes do amor divino. A justificação não é
apenas um ato jurídico de DEUS feito no céu; tem também reflexos
concretos e reais na terra. O resultado da justificação é uma bendita
experiência de transbordamento do amor de DEUS em nosso coração.
LOPES. Hernandes Dias.
ROMANOS O Evangelho segundo Paulo. Editora Hagnos. pag. 207-211.
Rm 3-5a Apesar da frase:
“O justo viverá”, vale também a verdade: “Muitas são as aflições do
justo” (Sl 34.19). “Filho, se te dedicares a
servir ao Senhor, prepara-te para a prova” (Eclesiástico 2.1 [BJ]).
Pressão de todos os lados tenta esmagar novamente sua fé. As
“tribulações” devem ser entendidas aqui como uma síntese. Elas vêm de
fora como de dentro, física, espiritual e intelectualmente, do exterior
como do interior da igreja.
Subitamente descobrimos o sofrimento para CRISTO como sendo um
sofrimento com CRISTO, como um presente da mais íntima comunhão com ele
e como marca registrada da autenticidade de nosso seguimento. Isto
transmite uma firmeza antes desconhecida. Provações superadas, porém,
resultam em experiência, a qual por sua vez ativa a esperança pela
glória de DEUS. Apoiando-se em palavras de salmos como Sl 22.5; 25.3,20.
Adolf Pohl.
Comentário Esperança Romanos. Editora Evangélica Esperança.
I Ped 4.12,13 - Os
cristãos não deveriam estranhar as violentas provações que vinham sobre
eles. Como CRISTO, os cristãos devem esperar enfrentar perseguições.
Isto não seria coisa estranha – a perseguição vinha seguindo o Evangelho
desde a época da crucificação de JESUS. Os crentes deviam esperar a
perseguição e o sofrimento porque estas coisas fazem parte do plano de
DEUS para aperfeiçoar os cristãos. Nem mesmo o Senhor JESUS CRISTO foi
poupado da perseguição (Rm 8.32). Em lugar de ficarem surpresos pelas
provações, Pedro exortou os crentes a se alegrarem, porque, quando
sofriam pela sua fé em CRISTO, estavam sendo participantes das aflições
de CRISTO. Se nós sofremos, este fato mostra a nossa identificação com
CRISTO e que a nossa fé é genuína. Como CRISTO foi perseguido, nós
também seremos perseguidos e, consequentemente, participaremos dos seus
sofrimentos. Se nós perseverarmos, desfrutaremos a nossa herança futura
com Ele. Os servos que conhecem o sofrimento de CRISTO terão alegria na
revelação da sua glória. Isto não significa que todo sofrimento é
resultado de uma boa conduta cristã. Algumas vezes, alguém irá se
queixar: “Ele está me atormentando porque eu sou um cristão”, quando é
óbvio, para todo mundo, que o próprio comportamento desagradável da
pessoa é a causa dos seus problemas. Pode ser necessária uma análise
cuidadosa ou um sábio aconselhamento para determinar a verdadeira causa
do nosso sofrimento. No entanto, podemos ter a certeza de que, sempre
que sofrermos devido à nossa lealdade a CRISTO, Ele estará conosco o
tempo todo.
Comentário do Novo
Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol 2. pag.
730.
Que ninguém desonre a
CRISTO sofrendo um castigo justo por crimes contra os homens; ninguém é
abençoado se está sofrendo em decorrência das suas próprias faltas. Em
vez disso, que o homem se glorie por causa do castigo infligido por ser
cristão.
A advertência de sofrer
como homicida [...] ladrão [...] malfeitor, ou como o que se entremete
em negócios alheios (15) não deveria nos chocar se lembramos do estado
geral da sociedade daquela época. A vida de alguns desses crentes pode
ter sido tão má como as pessoas de Corinto que Paulo descreveu (cf. 1 Co
6.9-11). Havia exemplos em que criminosos, para ocultar sua natureza e a
verdadeira causa do seu castigo, professavam ser cristãos, e davam a
impressão que estavam sendo castigados por serem cristãos.
Aquele que se entremete
em negócios alheios é a pessoa que “se desvia do seu chamado e se torna
juiz dos outros” (Wesley). Os inimigos acusavam os cristãos de serem
hostis à sociedade civilizada, sendo acusados de tentar forçar os não
cristãos a agir de acordo com os padrões cristãos. Isso criaria um
tumulto civil que poderia resultar em violência do povo (cf. At
19.21-41).
Aquele que se padece
como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a DEUS (16). A essa
altura, o termo cristão tinha se tornado o nome pelo qual os pagãos
sarcasticamente descreviam os seguidores de CRISTO (cf. At 11.26;
26.28). Os judeus que rejeitaram JESUS como o CRISTO não chamavam seus
seguidores de cristãos. Renan, citado em Ellicott, disse: “Pessoas bem
educadas evitavam pronunciar esse nome, ou, quando forçadas a fazê-lo,
pediam desculpas”. Evidentemente, os próprios cristãos ainda não
usavam esse nome, mas o consideravam como um símbolo da mais alta honra
quando seus inimigos os chamavam assim. O que Pedro exortou que fizessem
(v. 16) ele mesmo havia praticado (cf. At 5.29-42, especialmente o v.
41).
Roy S. Nicholson.
Comentário Bíblico Beacon. I Pedro Editora CPAD. Vol. 10.
pag. 240-241.