Lição 8 - Moisés - Sua liderança e seus auxiliares LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentário: Pr. Antônio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm Veja também como subsídio desta lição http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-nic-4tr11-liderancaemtemposdecrise.htm
TEXTO ÁUREO
VERDADE
PRÁTICA
Para cuidar da sua
obra, DEUS chama a quem Ele quer, e pelo seu ESPÍRITO capacita essas
pessoas para a sua santa missão.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx
28.1 O obreiro administrando para DEUS
Terça -
Êx 29.44 Santificados para o ministério
Quarta -
Êx 40.1 3-15 Ungidos para o ministério
Quinta -
Mc 3.13,14 JESUS chama e envia para a obra
Sexta -
1 Pe 5.3 O obreiro como exemplo para o rebanho
Sábado - Rm
15.30 Oração da igreja pelos obreiros
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - Êxodo 18.13-22
13 - E aconteceu
que, ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo
estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à tarde. 14 - Vendo,
pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é
isto que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo
está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde?
15 - Então, disse
Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim para consultar a
DEUS. 16 - Quando tem algum negócio, vem a mim, para que eu julgue
entre um e outro e lhes declare os estatutos de DEUS e as suas leis.
17-0 sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. 18 -
Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo;
porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer.
19 - Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e DEUS será
contigo. Sé tu peio povo diante de DEUS e leva tu as coisas a DEUS;
20 - e declara-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o
caminho em que devem andar e a obra que devem fazer. 21 - E tu, dentre
todo o povo, procura homens capazes, tementes a DEUS, homens de
verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais
de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez; 22
- para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo
negócio grave tragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem;
assim, a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo.
OBJETIVOS -
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber
que a obra do Senhor precisa de trabalhadores.
Explicar
a relação de Moisés com os seus auxiliares.
Elencar
as qualidades de um líder.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado professor,
para concluir o segundo tópico da lição desta semana, sugerimos que
você reproduza o esquema da página seguinte na lousa ou faça cópias.
Peça aos alunos para comentarem sobre os textos em destaque no
esquema. Ouça-os com atenção. Em seguida, explique para a classe a
importância de o líder construir relacionamentos sólidos e sadios na
igreja local onde ele exerce a liderança e na comunidade onde se
relaciona cotidianamente — família, vizinhança, trabalho, escola ou
faculdade, etc. Afirme que o verdadeiro líder nunca se impõe, mas
conduz seus liderados com sabedoria.
INTERAÇÃO
Liderar é uma arte.
Interagir com pessoas de diferentes personalidades requer
flexibilidade. Quando tratamos sobre o tema liderança em relação à
Igreja de CRISTO o assunto torna-se mais complexo ainda, pois um
líder espiritual vocacionado por DEUS não responde apenas a assuntos
de ordem espiritual e celestial; além disso, responde às questões de
caráter material e terreno. O líder cristão precisa ter
discernimento da parte de DEUS para atender às necessidades
espirituais do seu rebanho, mas igualmente, ter a sensibilidade para
com as demandas sociais da comunidade de fé onde lidera. Apesar de
Moisés ser um bom exemplo de liderança, a pessoa de JESUS CRISTO é o
perfeito modelo de liderança humilde, acolhedora e amorosa.
Resumo da
Lição 8 - Moisés - Sua liderança e
seus auxiliares
I - O TRABALHO DO
SENHOR E OS SEUS OBREIROS
1. Despenseiro e
não dono (Êx 18.13-27).
2. Falta de
percepção do líder (Êx 18.14,17).
3. O líder
necessita de ajudantes (Êx 18.18).
II - OS
AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO
1. DEUS levanta
auxiliares (Êx 18.21).
2. Os auxiliares
de Moisés (Êx 18.25).
a) Miriã
- b) Arão - c) Os anciãos - d) Jetro - e) Josué
III - QUALIDADES
DE MOISÉS COMO LÍDER
1. Mansidão e
humildade (Nm 12.3).
2. Piedoso e
obediente.
3. Fiel (Nm 12.7;
Hb 3.2,5).
SINOPSE DO TÓPICO
(1)
O líder precisa ter
a percepção de que no trabalho do Senhor ele é apenas um despenseiro
e não o dono da Obra.
SINOPSE DO TÓPICO
(2)
DEUS levantou
auxiliares para o ministério de Moisés. São eles: Miriã, Arão, os
anciãos, juízes, levitas, Jetro e Josué.
SINOPSE DO TÓPICO
(3)
Mansidão, humildade,
piedade, obediência e fidelidade são algumas das qualidades que
podemos encontrar na liderança de Moisés.
Adulação:
Ato ou efeito de adular, de lisonjear (alguém); bajulação.
Escoltam:
Ato ou efeito de escoltar, seguir junto de (alguém ou algo) com a
finalidade de dar proteção.
Datilografam:
Ato ou efeito de datilografar, escrever à máquina datilográfica.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
CARLSON, Raymond;
TRASK, Thomas E. et aL Manual Pastor Pentecostal: Teologia
e Práticas Pastorais. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral: Alcançando a
excelência do ministério cristão. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2012.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teologia
Pastoral
“O Pastor Deve Ser
Humilde
Vivemos em um mundo
que não valoriza e nem deseja a humildade. Seja na política, nos
negócios, nas artes ou nos esportes, as pessoas se esforçam para
alcançar destaque, popularidade e fama. Infelizmente, essa atitude
tem contaminado a igreja. Existe um culto à personalidade, pois os
líderes cristãos lutam para alcançar glória. O verdadeiro homem de
DEUS, entretanto, busca a aprovação de seu Senhor, e não a adulação
da multidão. A humildade é, portanto, a marca registrada de qualquer
servo comprometido com a obra de DEUS. Spurgeon nos lembra de que
‘se exaltarmos a nós mesmos, nos tornaremos desprezíveis, e não
exaltaremos nosso trabalho e nem o Senhor. Somos servos de CRISTO,
não senhores da sua herança. Os ministros são para as igrejas, e não
as igrejas para os ministros... Cuide de não ser exaltado mais do
que se deve, para que não se transforme em nada'” (MACARTHUR, JR.,
John. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência do
ministério cristão. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.38).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teologia
Pastoral
“Trabalhando com
Pessoas de Todo Tipo
‘Pastorear seria o
melhor emprego do mundo, se eu não tivesse de lidar com certos tipos
de pessoas1. Essas foram as palavras de um ministro que acabou de
ter uma desavença com Bill, membro exigente de sua igreja. Bitl se
cansara dos sermões, [...], do estilo de administração do pastor e
suas expectativas para com a congregação. Assim, frustrado, disse
abertamente ao pastor: Você é o pior pastor que esta igreja já
teve’.
A mandíbula do
pastor apertava, enquanto citava para si mesmo: ,4 resposta branda
desvia o furor. Bill prosseguiu em sua investida: ‘Essa era uma
igreja maravilhosa, antes de você chegar’.
[.,.] O pastor
arriscou um sorriso curioso. ‘Diga-me, Bill, como é que acabamos
fazendo tudo errado?’ Bill hesitou. ‘Quando você chegou aqui e
começou a pedir para mim e para todos os demais que fizéssemos
coisas5.
‘Como o que?'
Você esperava que
participássemos de todas as atividades da igreja de segunda a
domingo. Depois, você fez com que fizéssemos seu trabalho de
visitação’, O pastor suspirou. ‘Bem, irmão Bill, sinto muito que
você se sinta assim’.
‘Eu também’,
vociferou Bill. ‘Minha família e eu estamos nos mudando de igreja e
indo para um lugar onde o pregador entende que, hoje em dia, as
pessoas estão ocupadas e não têm tempo de fazer o que o pastor foi
pago para fazer.
Experiências como
essas fazem os pastores desistir. Para evitar conflitos com os
membros da congregação e instigá-los a frequentar a igreja, alguns
pastores abstém-se de colocá-los sob qualquer expectativa. Escoltam
os crentes a um lugar confortável todos os domingos, depois ousam
pregar mensagens que se esquivam da responsabilidade cristã. O resto
da semana esses pastores tentam ser o grupo de um homem só. Só eles
pregam, cantam, visitam, cortam a grama, datilografam e oram. Esse
padrão leva a pastores dominadores, crentes leigos ineficazes e
comunidades sem salvação” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al.
Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais.
3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.61-2).
Revista Ensinador
Cristão CPAD, n° 57, p.39.
Moisés foi um dos
líderes mais importantes do Antigo Testamento, todavia como homem
ele não era perfeito e com certeza também cometeu algumas falhas
enquanto líder. Moisés era um homem que teve uma excelente formação,
ele foi "instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em
suas palavras e obras" (At 7.22). Liderança requer treinamento,
preparo. Muitos almejam a liderança, porém não querem se esforçar e
não buscam se preparar para realizar, com excelência, aquilo para o
que foram chamados pelo Senhor. Moisés passou pelo treinamento do
Egito e do deserto. JESUS, nosso exemplo de líder, foi treinado
também no deserto. Liderança requer treinamento. Não se faz um líder
da noite para o dia.
John Maxwell tem uma
frase que resume bem a importância de se trabalhar em equipe: "Nada
muito significativo foi alcançado por um indivíduo que tenha agido
sozinho". Liderança envolve trabalho em equipe, gerenciamento de
pessoas. É algo que deve ser feito em parceria. Moisés, quem sabe,
durante os longos anos que passou sozinho cuidando dos rebanhos do
seu sogro Jetro, precisava aprender esta lição logo no início da sua
caminhada pelo deserto. Moisés carecia aprender a delegar tarefas.
Para isso o líder precisa conhecer sua equipe e ter pessoas leais ao
seu lado e compromissadas com o trabalho. O líder que não sabe
delegar tarefas terá como resultado o cansaço e o estresse. Ele vai
sofrer e a obra de DEUS também, pois com certeza a produtividade
será baixa. Se você está precisando de ajudantes fiéis, ore ao
Senhor. Ouça também aqueles que estão ao seu lado. Moisés, em um
gesto de humildade, ouviu e atendeu os sábios conselhos de Jetro,
seu sogro.
Moisés, como líder,
era um despenseiro do Senhor e não dono dos israelitas (Êx
18.13-27). Alguns líderes, com o passar do tempo, acabam achando,
erradamente, que são os donos das ovelhas e da obra. Puro engano!
Diótrefes (3 Jo vv. 9,10), tinha uma visão errada a respeito da
liderança e passou a se achar dono da congregação. Ele foi duramente
criticado por João.
Moisés entendeu bem
a lição, pois ao estudarmos sua biografia vemos que ele contou com a
ajuda de homens e mulheres. Não podemos nos esquecer que Miriã foi
também uma ajudante.
JESUS, como líder,
escolheu doze homens para estar com Ele. Estes doze o ajudaram na
pregação do Reino de DEUS e ao mesmo tempo foram preparados para a
partida do Salvador.COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste
capítulo abordaremos de forma breve o estilo de liderança de
Moisés. Ele não foi apenas um homem usado por DEUS para
fazer com que o povo de Israel saísse do Egito. Foi também
um grande líder, que demonstrou ouvir sábios conselhos e
colocá-los em prática para o bem da obra do Senhor e pelo
bem do povo.
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé.
Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora
CPAD. pag. 78.
O QUE É
LIDERANÇA?
Definir
liderança é como tentar definir o amor: todos sabem que ele
existe, mas é difícil dar-lhe uma definição exata.
Vejamos
algumas definições que podem nos ajudar na compreensão.
“ Liderar é
influenciar”. (Sam Deep)
“ Liderar
não é dominar, mas, sim, a arte de convencer as pessoas a
trabalharem em vista de um objetivo comum”. (Daniel Goleman)
“ Liderar é
libertar as pessoas para que elas façam o que é necessário,
da forma mais eficaz e mais humana possível”. (Max Depree)
“ Para
JESUS, liderar era ser servo dos servos”. (Mc.10:45).
“ Liderança
não é uma questão de direito ou de título, mas de
habilidade”. (John C. Maxwell)
“ Liderança
é a capacidade de transformar visão em realidade”. (Warren
G. Bennis)
“O líder é
aquele que sobe na árvore mais alta, estuda a situação em
seu conjunto e grita: “Estamos na mata errada”. (Stephen R.
Covey)
“A liderança
é o processo de estímulo pelo qual, mediante ações
recíprocas bem-sucedidas, as diferenças individuais são
controladas e a energia humana, que delas se deriva,
encaminha-se em benefício de uma causa comum” .
“A liderança
é o esforço de exercer, conscientemente, uma influência
especial dentro de um grupo, no sentido de levá-lo a atingir
metas de permanente benefícios que atendam às necessidades
reais deste grupo”. (John Haggai)
Se
pudéssemos perguntar para Neemias o que é liderança,
certamente ele nos responderia: “Liderar é saber planejar,
integrar, motivar, avaliar e estabelecer alvos”, pois, foi o
que ele fez quando gerenciou o projeto de reconstrução dos
muros de Jerusalém. Neemias, como um líder, impressiona
muito porque, naquela época, ele já liderava utilizando o
que se chama de conceito moderno de gerenciamento de grupo.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-nic-4tr11-liderancaemtemposdecrise.htm
Josué
Gonçalves. 37 Qualidades do Líder que Ninguém Esquece!.
Editora Mensagem para todos. pag. 15-16.
E Moisés foi instruído em toda a
ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e
obras. Atos 7:22 (Estêvão)
A casta
sacerdotal dos egípcios se notabilizava por seus vários
estudos e pelo seu elevado conhecimento de ciências como a
astronomia (astrologia), medicina, matemática, filosofia
religiosa, etc., nas quais eles se mostravam simplesmente
proverbiais. (Ver I Reis 5:40). «Moisés, à semelhança de
Paulo, era homem erudito». (Robertson, in loc.).
Filo,
referindo-se às ciências estudadas pelos sacerdotes
egípcios, às matérias referidas acima acrescenta a
aritmética, a geometria, todo o ramo de música, os
hieróglifos, a astronomia (astrologia), e os idiomas assírio
e caldeu. Esse mesmo autor faz os mestres de Moisés serem
também gregos e assírios, e não somente egípcios.
Moisés
obteve preparação lhe foi conferida por agência divina,
embora, sem a menor dúvida, ele possuísse habilidades
naturais (igualmente proporcionadas por DEUS), que eram
excelentes veículos para a sua expressão espiritual mais
elevada.
«...e
obras...» A grandeza de Moisés não terminava em suas
palavras. Podemos estar certos de suas ações como líder
militar, ou como quem teve parte ativa no governo do Egito,
em que as suas atuações foram suficientemente dignas de
atenção para merecer esse comentário de Estêvão, o qual é
confirmado nos escritos de Filo e de outros escritores
antigos.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Candeias. Vol. 3. pag. 149.
A
EDUCAÇÃO DE MOISÉS
“Não importa
se você não tem formação, pois DEUS pode usar você assim
mesmo”— algumas pessoas dizem. E verdade, DEUS pode usar
qualquer um, tenha a pessoa recebido uma boa formação ou
não. Entretanto, a educação de Moisés em toda a ciência dos
egípcios (At 7.22) provou ser um valioso recurso quando DEUS
o chamou para conduzir Israel da escravidão para a
liberdade.
Durante um
terço da vida de Moisés, 40 anos, ele esteve no Egito.
Membro da realeza, ele foi instruído na impressionante
cultura dos faraós. O currículo educacional dos faraós
incluía ciência política, administração pública e,
provavelmente, religião, história, literatura, geometria, e
ainda engenharia e hidráulica.
Mas esse não
foi o fim da formação educacional de Moisés. Ele gastou
outros 40 anos na faculdade do deserto, estudando agronomia
e veterinária enquanto esteve dedicado às atividades
pastoris. Ele também aprendeu sobre saúde pública e sobre
comunidades primitivas. Portanto, dois terços da vida de
Moisés foram dedicados à preparação para a obra mais
desafiadora a ser entregue em suas mãos — liderar Israel
através do deserto.
Inteligência
e educação por si só não tornam ninguém pronto para servir a
DEUS. Na verdade, é possível que uma pessoa de boa formação
se esconda atrás de sua erudição ou cultura para evitar um
relacionamento com DEUS. O jovem Saulo caiu nessa armadilha
(At 22.3-5), assim como fizeram antes dele os fariseus que
tinham a mesma condição que ele. Assim também fizeram os
filósofos em Atenas (At 17.16-34). Mas, como Estêvão
demonstrou que o problema não está no intelecto, mas na
vontade; o perigo não está em abraçar o conhecimento, mas em
resistir a DEUS (At 7.51).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House.
O Novo Comentário Bíblico
Novo
Testamento
com recursos adicionais.
Editora
Central Gospel. pag. 309.
I - O
TRABALHO DO SENHOR E OS SEUS OBREIROS
1.
Despenseiro e não dono (Êx 18.13-27).
Uma das
características essenciais à liderança na obra de DEUS é
saber que o líder é despenseiro ou administrador dos
recursos e das pessoas, e não dono de todas essas coisas.
Nenhum ministro é ordenado para pensar que a igreja que DEUS
depositou em suas mãos é dele. Quando escreveu sua carta à
igreja em Éfeso, Paulo disse que ele mesmo [o Senhor]
concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros
para evangelistas e outros para pastores e mestres, com
vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do
seu serviço, para a edificação do corpo de CRISTO. (Ef
4.11,12, ARA)
Essa
passagem fala que DEUS escolheu algumas pessoas para
determinadas vocações no corpo de CRISTO, com o objetivo de
fazer com que os santos sejam aperfeiçoados no serviço
cristão e para que o corpo de CRISTO seja edificado.
Portanto, podemos entender que DEUS deu pastores às igrejas,
e não igrejas a pastores. O pastor é um presente de DEUS à
congregação, e não o contrário. Como líder, deve ser
respeitado e ouvido, mas não deve se esquecer de que a obra
é do Senhor, e que Ele vai cobrar a administração de seus
ministros.
Um dos
desafios da liderança cristã é ter esse alvo em mente. DEUS
deposita em nossas mãos o cuidado para com a sua Igreja, e
espera que nos lembremos de que a Igreja é dEle. Por isso,
deve o ministro cuidar com zelo da obra do Senhor, a quem
prestará contas por suas atitudes.
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé.
Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora
CPAD. pag. 78-79.
CHEFES
PARA A ADMINISTRAÇÃO
Desde o
versículo 13 até ao fim do capítulo fala-se da nomeação de
chefes para ajudarem Moisés na administração dos negócios da
congregação. Isto foi feito por sugestão de Jetro, que temia
que Moisés desfalecesse totalmente em conseqüência do seu
trabalho. Em relação com este fato, pode ser útil considerar
a nomeação dos setenta anciãos em Números, Capítulo 11.
Vemos ali o espírito de Moisés esmagado sob o peso da
responsabilidade que pesava sobre si, e dá lugar à angústia
do seu coração nas seguintes palavras: "Por que fizeste mal
a teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, que
pusesses sobre mim a carga de todo este povo? Concebi eu,
porventura, todo este povo? Gerei-o eu, para que me
dissesses que o levasse ao colo, como o aio leva o que cria,
à terra que juraste a seus pais?.. .Eu sozinho não posso
levar a todo este povo, por que muito pesado é para mim. E,
se assim fazes comigo, mata-me, eu te peço, se tenho achado
graça aos teus olhos; e não me deixes ver o meu mal" (Nm
11:11-15).
Em todo este
caso vemos como Moisés se retira de um lugar de honra. Se
aprouve a DEUS fazer dele o único instrumento da
administração da Assembleia, deveria ele ter reconhecido que
DEUS era amplamente suficiente para tudo. Todavia, Moisés
perde o ânimo (servo abençoado como era) e diz, "eu sozinho
não posso levar todo este povo, porque muito pesado é para
mim. Mas ele não fora incumbido de levar todo o povo
sozinho, porque DEUS estava consigo. O povo não era
demasiado pesado para DEUS; era Ele que os suportava.
Moisés era
apenas o instrumento. Da mesma forma poderia ter dito que a
sua vara levava o povo, porque o que era ele senão um
simples instrumento nas mãos de DEUS, da mesma forma que a
vara o era nas suas? E neste ponto que os servos de CRISTO
falham constantemente; e a sua falta é tanto mais perigosa
quanto é certo que se reveste da aparência de humildade.
Fugir de uma grande responsabilidade dá a impressão de falta
de confiança pessoal e de uma profunda humildade de
espírito; porém, tudo que nos interessa saber é se DEUS tem
imposto essa responsabilidade. Sendo assim, Ele estará
incontestavelmente conosco no seu desempenho; e, com a Sua
companhia, podemos suportar todas as coisas. Com o Senhor o
peso de uma montanha não é nada; sem Ele o peso de uma
simples pena é esmagador. É uma coisa muito diferente se um
homem, na vaidade do seu espírito, se apressa em tomar um
fardo sobre os seus ombros, um fardo que DEUS nunca teve
intenção de ele levar, e, portanto, nunca o dotara para o
conduzir; podemos, portanto, esperar vê-lo esmagado sob o
peso. Porém, se é DEUS que põe sobre ele esse fardo, Ele
torna-o não só apto a conduzi-lo como lhe dá as forças
necessárias.
C. H.
MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora
Associação Religiosa Imprensa da Fé.
Êx 18.13 A
Nomeação de Juízes.
Fica claro
no texto que Jetro (descendente de Quetura, esposa de
Abraão) tinha algumas boas ideias sobre como delegar
autoridade, e que compartilhava com Israel da adoração a
Yahweh.
Moisés
estava sobrecarregado de trabalho, o que era óbvio para
todos, menos para ele mesmo. Sua função era comparável ao de
um xeque beduíno que se assenta para julgar e resolver os
problemas de todos os membros de sua tribo. Ver II Sam.
15.1-6. E a carga de trabalho de Moisés ia aumentando cada
vez mais, conforme Israel enfrentava problemas no deserto.
Ele era a única autoridade, uma espécie de combinação de
funções seculares e religiosas. Naqueles tempos antigos, em
Israel, não se fazia distinção entre autoridades civis e
autoridades religiosas. “Escravos não podem ser
transformados em santos da noite para o dia” (J. Coert
Rylaarsdam, in loc.). Portanto, não se passava um dia sem
que Moisés tivesse de ouvir a muitas queixas e causas.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 381.
A indicação
de juízes. A límpida tradição bíblica é que esta instituição
israelita seguia as linhas da prática midianita, como
resultado da sugestão feita por Jetro. A função dos oficiais
é clara, embora o termo técnico não seja usado aqui. No
período patriarcal, a justiça no círculo familiar era
administrada pelo chefe do clã. Em sua condição de escravos
no Egito, os israelitas dificilmente possuiriam um sistema
judiciário próprio. É verdade que tinham “superintendentes”
egípcios e “capatazes” israelitas a eles subordinados, mas
esta era uma organização puramente “trabalhista”. Quando
Moisés tentou agir como líder ou “juiz” os israelitas se
ressentiram do fato (2:14). Além do mais, Israel parecia ter
preservado até certo ponto a estrutura tribal: havia ainda
um “chefe” para cada tribo, e em tempos primitivos estes
também parecem ter tido funções judiciárias. Deuteronômio
1:15 oferece uma informação adicional interessante neste
episódio.
Os anciãos,
que já foram mencionados pela sua participação no
oferecimento de sacrifícios (18:12) e pela sua provável
função representativa, possivelmente também exerciam deveres
judiciários. O título e posição de “juiz”, já era de uso
antigo entre os cananeus (os fenícios preservavam o título
até mesmo em suas colônias do Mediterrâneo), embora
aparentemente com o sentido de “ campeão, líder” , como no
livro de Juízes, e não em sentido legal. A organização
esboçada abaixo é primeiramente militar, baseada no sãr, ou
comandante de um certo número de homens (cf v. 21). Tal
estrutura é muito apropriada para um grupo nômade no
deserto. Como qualquer nação antiga, Israel é sempre
considerado primeiramente como uma força de combate, e então
organizado com base nisso. Entender este episódio como uma
separação de casos “sagrados” , julgados por Moisés, e casos
“civis”, julgados pelos anciãos, parece errado: toda a
justiça era sagrada em Israel.
A
administração da justiça, de qualquer espécie, se encontra
aqui no contexto do sacrifício e da refeição sagrada. A
distinção, portanto, não é entre o sacro e o secular, mas
entre problemas fáceis e problemas difíceis, os primeiros já
cobertos pela tradição ou por revelação em contraste com os
últimos que exigiam uma nova revelação da parte de DEUS,
através de Seu agente, Moisés.
R. Alan
Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora
Vida Nova. pag. 135.
Em III Jo 9.
O presbítero apresenta agora o problema criado por
Diótrefes. No caráter e na conduta ele era inteiramente
diferente de Gaio. Gaio é retratado como alguém que anda na
verdade, ama os irmãos, hospeda os estrangeiros. Diótrefes,
por outro lado, é visto como alguém que se ama a si próprio
mais que os outros, e que recusa acolhida aos evangelistas
em viagem, ou permitir que outros o façam. Contudo, Gaio e
Diótrefes eram provavelmente membros da mesma igreja local,
pois, “na igreja visível, os maus estarão sempre misturados
com os bons”, apesar de C.H. Dodd achar que eram membros de
igrejas vizinhas. A questão chegara a um ponto crítico, diz
João. Escrevi alguma cousa à igreja; mas Diótrefes... não
nos dá acolhida. Que carta era essa, não está claro.
Tenha ou não
destruído a carta, ou recusado lê-la à igreja, Diótrefes
certamente rejeitou a instrução escrita do presbítero {ti,
alguma cousa, RA e VPR) para receber hospitaleiramente os
evangelistas itinerantes. É digno de nota que o presbítero
tinha uma autoridade geralmente aceita. Ele dava ordens e as
expedia para serem obedecidas (cf. 2 Ts 3, quanto às ordens
apostólicas que requerem obediência). Diótrefes foi uma
exceção. Ele não ia ser mandado por João. Evidentemente se
arrogava autoridade própria, ao ponto de excomungar membros
da igreja que lhe desobedecessem (10).
Que motivos
teriam incitado Diótrefes a afirmar-se assim contra João?
Têm-se feito várias tentativas para reconstruir a situação.
Não há prova de que a divergência deles fosse teológica. Se
a verdade do Evangelho estivesse em jogo, seguramente o
presbítero não teria hesitado em expor o erro na mesma
linguagem intransigente que empregara na primeira e na
segunda epístolas. Não heresia doutrinária, mas ambição
pessoal, era a causa do aborrecimento. Findlay demonstra que
talvez Diótrefes “pertencia à aristocracia grega da velha
cidade real” (de Pérgamo, à qual Findlay acredita que esta
epístola foi dirigida). Neste caso, era o prestígio social
que estava por trás do seu vergonhoso comportamento. Outros
escritores tentaram encontrar vestígios da rivalidade entre
João e Diótrefes nas mudanças do padrão de ordem da igreja
no final do primeiro século A.D. A era dos apóstolos estava
chegando ao fim. Na verdade, de acordo com aqueles que negam
que o presbítero João era o apóstolo, essa era já tinha
terminado. Sabe-se que por volta do ano 115 A.D., quando o
bispo Inácio de Antioquia escreveu as suas cartas às igrejas
da Ásia, o “episcopado monárquico” (a aceitação de um só
bispo com autoridade sobre um grupo de presbíteros) estava
estabelecida entre elas. Assim, esta epístola foi escrita no
final da era apostólica, ou entre este e a aceitação
universal do episcopado — um período de transição e tensão
que C. fi. Dodd compara com a transferência de
responsabilidade dos missionários estrangeiros à igreja
nativa.
João William
Barclay sugere que a epístola reflete a tensão entre o
ministério universal dos apóstolos e profetas e o ministério
local dos presbíteros. Ele entende que Diótrefes pode ter
sido um presbítero que estava determinado a ser o defensor
da autonomia da igreja local e daí ficava ressentido com o
“controle remoto” de João e com “a interferência de
estrangeiros errantes”. É claro, porém, que o próprio João
tinha opinião diferente sobre Diótrefes e, se reconhecemos a
sua autoridade de escritor bíblico, naturalmente devemos
aceitar o seu ponto de vista.
Para João,
os motivos que governavam a conduta de Diótrefes não eram
nem teológicos nem sociais nem eclesiásticos, mas morais. A
raiz do problema era o pecado. David Smith comenta que
“proagein (2 João 9) e indicam dois temperamentos que
perturbaram a vida cristã da Ásia Menor — a arrogância
intelectual e o engrandecimento pessoal.
3 Jo 10.
João declara que, se vier em pessoa à igreja em questão,
fará lembradas (ou RSV, NEB, “fará aparecer”, isto é, numa
reprovação pública) as obras e palavras de Diótrefes. Será
obrigado a empregar alguma espécie de ação disciplinar. A
gravidade da conduta de Diótrefes é exposta agora: Ele está
proferindo contra nós palavras maliciosas (AV, “tagarelando
contra nós com palavras maliciosas”). A NEB verte assim a
frase: “Ele lança acusações sem base e maldosas contra nós”.
Evidentemente Diótrefes considerava João como um perigoso
rival para a sua presumida autoridade na igreja e procurou
solapar a posição do apóstolo mediante murmuração
caluniadora. Ele não recebia os missionários. Ele impede os
que querem recebê-los, e os expulsa da igreja. Por alguma
razão, Diótrefes se ofendia com a intrusão dos mestres
itinerantes. Ele não os honrava por saírem “por causa do
Nome”; estava mais interessado na glória do seu próprio
nome. Ele não os teria em seu lar e não lhes daria ajuda, e
aos que quiseram obedecer a João e recebê-los, ele primeiro
os impediu de levarem a efeito o seu desejo e depois os
excomungou. Diótrefes difamou a João, tratou com pouco caso
os missionários e excomungou os crentes leais porque seu
amor era a si próprio e ele queria ter a preeminência. A
vaidade pessoal ainda está na raiz da maioria das dissensões
em toda igreja local hoje.
John R. W.
Stott. 3 Epistola de João Introdução e Comentário.
Editora Vida Nova. pag. 193-196.
Por meio
dessas frases da carta obtemos uma visão viva da vida
eclesial no primeiro cristianismo. Assim como os grandes
centros do cristianismo, Roma e Antioquia, não surgiram
através de apóstolo famosos, mas de pessoas desconhecidas. A
evangelização de regiões inteiras se realizou por meio de
tais “irmãos” que partiam “em prol do nome” de JESUS. As
igrejas ofereciam a esses evangelistas itinerantes acolhida
hospitaleira e sustento de viagem, tornando-se assim
sustentadoras de seu trabalho.
As
comunidades judaicas já haviam tentado se proteger contra a
exploração de sua hospitalidade por elementos desonestos
mediante “cartas de recomendação”, com as quais pessoas
honestas de congregações desconhecidas podiam se credenciar.
Logo Diótrefes poderia ter certa desconfiança contra
pregadores itinerantes, tentando de antemão mantê-los longe
de sua igreja. Contudo nesse procedimento agia com
estreiteza de coração e autoritarismo. Talvez também temesse
um prejuízo em sua influência na igreja em virtude de
pregadores de fora.
João não se
dá por derrotado. Pode-se deixar de lado sua carta. Porém
João irá pessoalmente à igreja e exigirá contas de Diótrefes
perante os membros da igreja. “Por isso, quando eu for aí,
vou lembrá-lo das obras que ele pratica, tagarelando com
palavras maldosas contra nós.”
Assim como
Paulo, também João pretende aparecer pessoalmente na igreja
ameaçada e “fazer lembrar” todo o agir de Diótrefes,
expondo-o abertamente. Então a própria igreja deverá
deliberar.
Werner de
Boor. Comentário Esperança
Cartas aos Filipenses.
Editora
Evangélica Esperança.
2. Falta
de percepção do líder (Êx 18.14,17).
Um dos
maiores perigos com que o líder se depara em seu dia a dia é
o excesso de atividades. Há momentos em que a quantidade
demasiada de afazeres nos impede de ver as coisas à nossa
volta como elas são, e, não raro, tendem até mesmo a nos
afastar da comunhão com DEUS.
Os líderes
têm diversas obrigações no dia a dia, e isso faz parte da
tarefa que lhes foi confiada. Eles precisam avaliar
situações e tomar decisões. E precisam ter também a
habilidade de líder com pessoas de todos os tipos, tentando
acalmar ânimos e motivar pessoas ao serviço cristão.
No estudo em
questão, analisando o texto bíblico, veremos que o servo de
DEUS, Moisés, precisou de ajuda em sua liderança para poder
desempenhar melhor o seu papel de líder e condutor do povo
de DEUS.
Moisés já
havia saído do Egito com o povo de Israel quando recebeu a
visita de seu sogro, Jetro. Este era um homem aparentemente
mais velho e experiente em questões de liderança e
administração do tempo. Vendo certo dia que Moisés ia
atender ao povo, que trazia demandas para que pudessem ser
resolvidas, percebeu que alguns procedimentos do libertador
não eram os mais adequados àquela situação. Ele estava
atendendo todas as pessoas que lhe traziam questões,
consumindo o tempo delas e o seu próprio, além de provocar
em Moisés muito cansaço.
Ele era
ungido do Senhor? Com certeza. Fazia suas atividades com boa
vontade? Com certeza. Ele tinha sabedoria? Certamente que
sim.
Mas o que
aconteceu que inspirou seu sogro, Jetro, a intervir na forma
como Moisés liderava o povo?
“E aconteceu
que, ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e
o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à
tarde” (Ex 18.13). Esse versículo mostra o que acontecia. O
povo ficava em torno de Moisés e trazia a ele as questões
relevantes sobre dificuldades que estavam enfrentando, e
Moisés ficava resolvendo essas questões sozinho. O problema
não residia em Moisés atender ao povo, mas em tentar
resolver as questões sem a ajuda de outras pessoas. Ele
precisava delegar autoridade a outros homens para que, da
mesma forma que ele, atendessem ao povo e resolvessem
conflitos comuns.
Isso não
retiraria de Moisés sua autoridade. Delegar autoridade para
que outros nos ajudem a realizar o trabalho faz com que haja
mais pessoas trabalhando para o mesmo Senhor, e faz também
com que tenhamos mais tempo para pensar em outras coisas
importantes e treinar pessoas para o ministério.
Mas isso não
ficou claro para Moisés no início da narrativa. Foi preciso
que ele escutasse essas observações de seu sogro, um homem
mais experiente e amadurecido nas questões relacionadas a
gestão. Jetro viu que o modelo de administração seguido por
Moisés era cansativo tanto para ele quanto para o povo, pois
não apenas Moisés se cansava atendendo o povo, mas o próprio
povo se sentia cansado de esperar por uma solução da parte
de Moisés.
Totalmente
desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo;
porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes
fazer. Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e DEUS
será contigo. Sê tu pelo povo diante de DEUS e leva tu as
coisas a DEUS. (Ex 18.18,19)
O líder
precisa de um tempo para se recompor, descansar e pensar em
suas atividades. Ele deve planejar seu dia, pedindo a
orientação do espírito de DEUS para cada etapa, e não se
esquecer de que precisa ter seus momentos com DEUS e com sua
própria família. Essas atitudes fortalecem a pessoa do
líder. Muitos momentos em que o líder se sente desestimulado
e cansado são originados na falta de descanso apropriado.
Isso traz a perda de concentração, implica tomada de
decisões precipitadas e torna desgastantes as tarefas
diárias.
Jetro
recomendou que Moisés fosse um intercessor pelo povo, e que
levasse as questões do povo a DEUS. Na verdade, essa era a
função que DEUS pretendia para Moisés, mas até aquele
momento, o legislador estava sobrecarregado resolvendo
questões do povo, sem a ajuda de auxiliares idôneos.
Caso Moisés
não seguisse o conselho de Jetro, acabaria desfalecendo por
causa de seu excesso de atividades, além de não ter tempo
para interceder pelo povo a DEUS. Mas por seguir o conselho
de seu sogro, pôde exercer melhor seu ministério e partilhar
sua autoridade com homens dignos de confiança e que
honrariam o nome do Senhor. Essa foi a lição que Moisés
aprendeu: Não se pode fazer tudo sozinho.
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé.
Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora
CPAD. pag. 79-81.
Moisés
foi humilde em receber orientação de uma pessoa que nem era
israelita e nem vinha diretamente com uma mensagem de DEUS.
Soube ponderar e analisar um sábio conselho que lhe foi
muito útil e DEUS não o reprovou por acatar a este conselho
de seu sogro. (observação minha - Ev. Henrique)
Êx 18.14 Por
que te assentas só...? Moisés tinha tanto para fazer que não
podia dar muita atenção a seu sogro. Jetro tinha um sistema
melhor, que já vinha funcionando fazia anos. E assim sendo,
sentiu-se encorajado a sugeri-lo a Moisés. Um dos problemas
dos chefes é a delegação de autoridade, e se esse chefe é um
pequeno césar, então os seus problemas apenas se agravam.
Jetro, sendo um chefe e
um
sacerdote midianita, tinha suas sessões diárias, mas não
tomava para si mesmo todo o trabalho.
Perguntou
Jetro a Moisés: “Que é isto que fazes ao povo?”. Lá estavam
os israelitas, impacientes e formando longas filas, como
aqueles que precisam depender do INSS. Moisés estava
exaurindo a si mesmo e ao povo.
Êx 18,15,16
- A Liderança Divina.
Moisés, o
legislador, antes da outorga da lei (ver Êxo.19), estava
legislando de acordo com princípios divinos. Ele não tomava
nenhuma decisão secular. Quando as pessoas brigavam, ele
procurava aplicar a sabedoria divina à situação. Moisés
estava funcionando como vidente e profeta. Ver I Sam. 9.9 e
22.15. Os profetas posteriores também foram videntes (ver I
Reis 22.8; II Reis 3.11; 8.8; 22.14). As decisões do
juiz-profeta-vidente eram aceitas como a palavra de DEUS,
presumivelmente inspiradas. Seu trabalho não consistia
apenas em julgar alternativas pragmáticas. Moisés era o
representante de DEUS diante do povo de Israel (Êxo. 18.19).
Êx 18.17
“Você está fazendo as coisas da maneira errada", afirmou
Jetro. Como é óbvio, ele deve ter concordado que Moisés
tinha tanto a autoridade quanto a sabedoria para o seu
trabalho. Mas é possível fazer o que é certo da maneira
errada. Os argumentos de Moisés em favor de seus atos eram
bons (vss. 15,16), mas não expressavam um problema central
que estava envolvido: a fadiga. Moisés estava exaurindo as
suas forças e a paciência do povo.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 381.
Êx 18. 14.
Por que te assentas só? Eis aqui a pergunta de um velho
chefe que já aprendera a lição de como delegar autoridade.
Como muitos líderes cristãos, Moisés estava se desgastando
desnecessariamente (v.18) ao tentar fazer tudo sozinho. Isto
nem sempre é prova de ambição: às vezes indica excesso de
zelo e ansiedade. Além do mais, ele estava também
desgastando o povo (v.18 mais uma vez), um aspecto
geralmente omitido. A demora na administração da justiça,
surgida de circunstâncias semelhantes, foi uma das causas da
revolta de Absalão, séculos mais tarde (2 Sm 15:1-6).
Êx 18.15.
Para consultar a DEUS. Este verbo é traduzido mais adiante
em passagens devocionais como “buscar a DEUS” em oração.
Aqui, entretanto, significa buscar a decisão divina num
assunto controvertido, quer uma disputa legal, quer um caso
em que se precisasse de orientação.
Em dias
futuros a “estola sacerdotal” viria a ser usada em tais
ocasiões, aparentemente contendo os Urim e Tumim, ou seja,
as pedras com as quais se determinavam os oráculos divinos
(1 Sm 23:9; 28:6): este sistema, entretanto, não viria a
existir senão bem mais tarde (28:30).
Êx 18.16. E
lhes declare os estatutos de DEUS. Moisés evidentemente
considerava sua tarefa judiciária como um ministério de
ensino, declarando aos israelitas os “estatutos”, “leis” e
“decisões” ou “instruções” divinos, dados em ocasiões
específicas para tratar de casos específicos.
Talvez
tenhamos aqui o processo pelo qual a lei mosaica veio a se
formar, uma combinação de grandes princípios de revelação e
sua aplicação à vida cotidiana no deserto.
R. Alan
Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora
Vida Nova. pag. 136.
Êx 18.14,15
— A importante conversa entre o profeta e seu sogro mostra
um lado bastante humano de Moisés. Ele era motivado por um
desejo de fazer tudo de forma correta, mas suas atidades
consumiam muito tempo e energia para serem realizadas por
apenas um homem. Jetro notou isso naquele dia (v. 17,18).
Êx 18.16 — A
expressão vem a mim (hb. yarâ, no tema hiphil, fazer saber,
dirigir) é uma forma da palavra da qual o substantivo Torá
(lei, hb. tôrâ) é derivado. O versículo sugere que as leis
do Senhor eram gerais, na concepção original, e,
posteriormente, aplicadas caso a caso. Sem dúvida alguma,
muitas das regras específicas no livro de Êxodo são o
resultado deste processo: a aplicação dos princípios gerais
em situações determinadas (Êx 21.1).
Êx 18.17-24
— Há, algumas vezes, a ideia de que os servos do Senhor só
aceitam as palavras vindas de outras pessoas de fé.
Entretanto, muitos indivíduos que não possuem a mesma crença
no verdadeiro DEUS vivo têm experiência e entendimento de
questões importantes. O sábio é aquele que é capaz de ouvir
e aprender coisas boas, não importando sua religião.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo
Testamento
com recursos adicionais.
Editora Central Gospel. pag. 162.
3. O
líder necessita de ajudantes (Êx 18.18).
Uma das
lições que Jetro ensinou a Moisés é que ele precisava de
outras pessoas para partilhar responsabilidades. Ninguém que
trabalha em posição de liderança consegue fazer todas as
suas atividades sem ajuda. Há trabalhos que dependem de
apenas uma pessoa, mas boa parte dos trabalhos precisa ser
executada por um grupo de pessoas. Todo trabalho que exige
coletividade exige liderança, e dependendo da complexidade
do trabalho, vários líderes são necessários na empreitada.
O líder deve
treinar seus auxiliares e aprender a confiar neles. Deve
orientá-los no sentido de seguirem os parâmetros
estabelecidos e cuidarem daquilo que foi proposto. Jetro
disse a Moisés:
E tu, dentre
todo o povo, procura homens capazes, tementes a DEUS, homens
de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles
por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta
e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o
tempo, e seja que todo negócio grave tragam a ti, mas todo
negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te
aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. Se isto
fizeres, e DEUS to mandar, poderás, então, subsistir; assim
também todo este povo em paz virá ao seu lugar. (Êx
18.21-23).
As
questões já discutidas e resolvidas poderiam ser resolvidas
da mesma maneira pelos auxiliares tendo como exemplo o que
Moisés já havia resolvido antes. (Observação minha - Ev.
Henrique).
A
recomendação de Jetro sobre os auxiliares de Moisés não pode
ser esquecida em nosso estudo. Ele recomendou que Moisés
selecionasse homens capazes (pessoas que tinham habilidade
de lidar com outras pessoas, ouvir e resolver problemas),
tementes a DEUS (um requisito básico para se lidar com o
povo de DEUS, pois estariam julgando o povo de acordo com a
vontade de DEUS), homens de verdade (homens sobre os quais
não poderia recair suspeitas, e cujas ações demonstrassem
sua respeitabilidade), que aborrecessem a avareza (essa
característica não poderia passar em branco, visto que se
uma pessoa for trazer pareceres vinculados ao dinheiro, com
certeza seu parecer será tendencioso - não corrúptos seria
bem traduzido -
Observação minha - Ev. Henrique).
Eles seriam colocados, conforme suas capacidades, sobre
grupos de pessoas, maiores ou menores conforme a quantidade
designada, e deveriam resolver os problemas mais simples, e
os mais complexos deveriam ser levados a Moisés.
Eles
deveriam ser ensinados nos estatutos e nas leis para que
pudessem julgar o povo de DEUS de forma correta. Se um líder
não conhece as regras pelas quais deve se pautar para tomar
decisões, ou para decidir entre pessoas, não poderá liderar.
Ninguém exerce a liderança sem ter em mente princípios
norteadores pelos quais agir. Portanto, o conselho de Jetro
é válido para os nossos dias. Líderes precisam conhecer a
lei de DEUS e os princípios pelos quais tomarão suas
decisões. Conhecer princípios de liderança e como aplicá-los
faz a diferença entre um bom e um mau líder.
Lembremo-nos
de que aqueles homens não foram chamados para tomar o lugar
de Moisés na liderança do povo, mas para ajudá-lo a exercer
de forma efetiva sua liderança. Eles levariam o peso do
trabalho de Moisés com ele, e não tomariam o lugar dele.
Aqui cabe uma observação aos que estão sendo chamados a
ajudar líderes. Quando uma pessoa é escolhida para ajudar em
um ministério, ela está sendo chamada para auxiliar, para
cooperar, não para comandar ou dar um golpe no seu próprio
líder.
Há pessoas
em nossas igrejas que se deixam enganar quando escolhidas
para ajudar em uma determinada função. Começam a pensar que
logo estarão no topo do comando, que terão o próprio
ministério, que agirão de acordo com sua própria vontade e
que não prestarão contas a ninguém. Há pessoas que nesse
sentido logo se rebelam contra seus líderes e fazem o que
podem para dividir o rebanho do Senhor.
Aqui reside
grandeza dos líderes auxiliares: eles sabem que estão
servindo a DEUS sob a liderança de outro líder escolhido por
DEUS, ao qual devem prestar obediência. E com essa
obediência poderão ser escolhidos por DEUS para desafios
maiores, em outras esferas, inclusive liderando outros até
no rebanho do Senhor.
Futuros
líderes podem ser ensinados
Quando Jetro
falou com Moisés, recomendou que ele ensinasse os estatutos
e as leis ao povo, antes de escolher as pessoas que iriam
ajudá-lo. Ou seja, os auxiliares do legislador deveriam ser
instruídos para serem úteis ao trabalho que lhes seria
confiado. Conhecer os procedimentos normais de nossas
atividades na obra do Senhor faz parte de nossas obrigações
diante dEle. O líder precisa estar sempre pronto a aprender.
Se por um
lado aqueles líderes deveriam conhecer a lei de DEUS para
poderem exercer seus julgamentos, é preciso lembrar que foi
responsabilidade de Moisés ensinar-lhes a Lei de DEUS e seus
estatutos. Um líder não pode cobrar de seus liderados
atitudes que não lhes foram ensinadas. Portanto, como líder,
Moisés não apenas deveria partilhar com homens escolhidos
sua autoridade, mas também ensiná-los a exercerem suas
funções.
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé.
Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora
CPAD. pag. 81-83.
Êx 18.18
Desfalecerás, assim tu, como este povo. Havia fadiga
coletiva, em resultado do que Moisés estava fazendo. Ele
precisava aprender a delegar autoridade, resolvendo somente
as questões mais difíceis, como fazem os juízes das cortes
supremas.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 381.
Jetro
discordava do método que Moisés empregava, e tinha liberdade
com ele, para dizer-lhe isto, w. 14,17,18. A sabedoria é
benéfica para orientar, para que não nos contentemos com
menos do que o nosso dever, nem nos sobrecarreguemos com
aquilo que está além das nossas forças.
2. Jetro o
aconselhou a um modelo de governo que melhor serviria à
intenção, que consistia em:
(1) Que
Moisés reservasse a si mesmo todas as questões referentes a
DEUS (v. 19): “Sê tu pelo povo diante de DEUS”.
(2) Que
Moisés nomeasse juizes nas diversas tribos e famílias, que
deveriam julgar as causas entre os homens, e decidi-las.
(3) Poderia
haver uma apelação, se houvesse causa justa para isto,
destas cortes inferiores ao próprio Moisés. “Todo negócio
grave tragam a ti”, v. 22.
3. Ele
acrescenta duas qualificações ao seu conselho:
(1) Que
grande cuidado deveria ser tomado na escolha das pessoas a
quem esta tarefa seria confiada (v. 21). “homens capazes”
Mentes esclarecidas e corações valentes fazem bons juízes. O
temor a DEUS é aquele princípio que irá melhor fortificar um
homem contra todas as tentações à injustiça, Neemias 5.15;
Gênesis 42.18. Para integridade e honestidade - homens de
verdade - Para desprezo nobre e generoso da riqueza do mundo
- odiando a avareza, não somente não procurando subornos nem
desejando enriquecer a si mesmos, mas odiando o simples
pensamento disto.
(2) Para que
possa receber a instrução de DEUS no caso (v. 23): “Se isto
fizeres, e DEUS to mandar”. Jetro sabia que Moisés tinha um
conselheiro melhor do que ele, e a este ele o encaminha.
Observe que os conselhos devem ser dados com humilde
submissão à Palavra e à providência de DEUS, que sempre
devem prevalecer.
Moisés não
confiou ao povo a escolha dos magistrados, pois o povo já
tinha feito o suficiente para provar que não era adequado
para tal tarefa. Mas ele mesmo os escolheu, e os indicou -
alguns para uma posição mais elevada, outros para uma
posição menos elevada, os mais inferiores provavelmente
subordinados aos superiores. Temos motivos para considerar o
governo como uma misericórdia muito grande, e para agradecer
a DEUS pelas leis e magistrados, para que não sejamos como
os peixes do mar, onde os maiores devoram os menores.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento
Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 287.
II - OS
AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO
1. DEUS
levanta auxiliares (Êx 18.21).
Os recursos
humanos dos céus sempre estão cheios de pessoas para que
venham trabalhar na obra do Senhor. Quando JESUS disse que a
seara era grande e que havia poucos ceifeiros para
trabalharem nela, não ordenou aos seus discípulos que fosse
atrás de obreiros, mas que orassem a fim de que o Senhor da
seara enviasse ceifeiros para a sua seara. E DEUS levantou
ajudantes para Moisés.
No Novo
Testamento, vemos que DEUS levanta auxiliares e cooperadores
nas atividades em sua obra. Quando a igreja em Jerusalém
precisou de pessoas para ajudarem os apóstolos a
recomendação deles foi: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós,
sete varões de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO e de
sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante
negócio” (At 6.3).
Aqui está a
origem dos diáconos. Enquanto os discípulos se dedicariam à
oração e à Palavra, esses homens iriam ajudar a assistência
social da igreja.
Estêvão e
Felipe, por ezemplo - esses homens tinham a nobre função de
auxiliar os apóstolos na esfera social da igreja. Eles
deveriam ter como características:
Boa
reputação. Ser cheios do ESPÍRITO SANTO. Cheios de
sabedoria. Era preciso que fossem apresentados publicamente
para prestarem seus serviços. A igreja deveria saber quem
eram e respeitá-los, pois tinham o aval dos apóstolos para
aquelas atividades.
Lembremo-nos
de que, no caso de Moisés, a nação já possuía homens que
poderiam ser escolhidos para ajudá-lo, mas só foram
escolhidos após a orientação de Jetro e fizeram a diferença
no ministério de Moisés.
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé.
Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora
CPAD. pag. 83-85.
Êx 18.21
“Moisés deveria tratar de casos sem precedente legal, que
requeriam um oráculo especial (cf. Deu. 17.8-13). Os casos
ordinários seriam manuseados por líderes leigos (Núm.
11.16-22; 24.25) ou por juízes nomeados (cf. Deu. 16.18-20)”
(Oxford Annotated Bible, in loc.).
Teriam de
ser juízes imparciais, que buscassem razões espirituais e
morais em seus julgamentos. Teriam de abominar a cobiça, não
desejando coisas para si mesmos nem se mostrando parciais.
Devemos
entender que os tribunais de apelo formam um poder
ascendente. Paralelamente, devemos entender que os casos
julgados também deveriam ser dispostos em importância ou
dificuldade ascendente. O homem com autoridade sobre dez
cuidaria de questões menores. O homem com autoridade sobre
mil teria maior autoridade e julgaria os casos mais sérios,
da mesma forma que um general tem maior autoridade do que um
sargento. Mas cada homem teria uma autoridade absoluta para
seu próprio tipo de problemas. Um homem de menor autoridade
poderia transferir para outro, de maior autoridade, qualquer
caso que não pudesse resolver. Assim, um caso poderia chegar
até Moisés.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 382
Êx 3. 21.
Procura dentre o povo. “ Procurar” é o sentido mais básico
deste verbo, aqui a ideia secundária de “ escolher” .
Homens
capazes. O termo hebraico empregado poderia ter significado
militar, indicando um soldado de valor. Com o passar do
tempo veio a significar “ um homem de bem” . Podemos
comparar o uso de frase semelhante em Provérbios 12:4, em
relação à esposa ideal.
R. Alan
Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora
Vida Nova. pag. 136-137.
Quem não
estivesse satisfeito com uma sentença de instância inferior
poderia apelar para um tribunal superior. Isto significaria
que inumeráveis sentenças não chegariam a Moisés (22).
Leo G. Cox.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag.
182.
2. Os
auxiliares de Moisés (Êx 18.25).
Dentre os
diversos auxiliares de Moisés, podemos destacar:
Miriã. Irmã
de Moisés, era profetisa e entoava louvores ao Senhor. Foi
uma coluna na história de Moisés.
Arão. Irmão
de Moisés, acompanhou sua história desde o Egito e foi
escolhido por DEUS para ser sacerdote em Israel.
Os anciãos.
Pessoas de mais idade entre o povo, foram pessoas que muito
auxiliaram Moisés em sua liderança na condução do povo à
Terra Prometida. Espera-se, por esse exemplo, que as pessoas
de mais idade estejam aptas a ser bons conselheiros aos
líderes mais novos.
Jetro. Jetro
era um midianita. Mesmo não sendo israelita, concedeu abrigo
a Moisés e lhe deu uma de suas filhas como esposa quando
Moisés fugiu do Egito. Pelas palavras que disse a Moisés,
mostrou ser uma pessoa sábia e experiente. Ele muito ajudou
Moisés em seu ministério, permitindo que no período em que
esteve em Midiã aprendesse a pastorear ovelhas e conhecesse
os caminhos do deserto.
As palavras
de Jetro para com Moisés e a atenção que Moisés deu ao sogro
mostram o quanto havia respeito entre eles. Quando Jetro viu
o que acontecia com Moisés, falou-lhe com brandura, e Moisés
atendeu à voz de seu sogro, sendo posteriormente abençoado
por DEUS.
Josué. Este
foi um servo de Moisés que é apresentado na Bíblia como
aquele que seria o seu substituto na condução do povo à
Terra Prometida. Josué era um combatente, um homem de armas,
e foi usado por DEUS para abrir o caminho das conquistas
ordenadas por DEUS.
Não
podemos nos esquecer de Zípora, esposa de Moisés, pois ela
cuidava da família de Moisés e lhe dava o amor e carinho
básicos para um esposo (observação minha - Ev. Henrique).
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé.
Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora
CPAD. pag. 85-86.
Êx 18.24,25
Moisés, ouvindo os conselhos de Jetro, pôs em ação o método
de seu sogro. O vs. 25 repete os números dados no vs. 21. É
provável que os anciãos de cada tribo, conhecendo as
qualificações das pessoas de suas respectivas tribos, tenham
sido postos a trabalhar na seleção de oficiais, ao passo que
os próprios anciãos retiveram sua autoridade como oficiais
maiores do sistema.
O Targum de
Jonathan informa-nos os números envolvidos: seiscentos
chefes de mil; seis mil chefes de cem; doze mil chefes de
cinquenta; sessenta mil chefes de dez. Jarchi e o Talmude
falam no mesmo sentido. A soma total, no Talmude, sobre o
sistema coletivo, é de setenta e oito mil homens. Esses
números estão baseados no trecho de Números 1.46, mas vários
intérpretes não concordam com isso, como Aben Ezra. E não
dispomos de meios para saber se esses cálculos estão ou não
com a razão.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 382.
Moisés não
desprezou este conselho por não ser dado por alguém que não
era, como ele, familiarizado com as palavras de DEUS e as
visões do Todo-poderoso. Mas “deu ouvidos à voz de seu
sogro”, v. 24. Quando considerou o assunto, ele viu como era
razoável o que o seu sogro propunha, e decidiu colocar o
conselho em prática
- o que fez
pouco tempo depois, quando já tinha recebido instruções de
DEUS sobre o assunto. Observe que não são tão sábios como
julgam ser aqueles que se julgam sábios demais para
receberem conselhos. Pois um homem sábio (que
verdadeiramente o é) irá ouvir, e continuará ouvindo, e não
desprezará bons conselhos.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento
Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 287.
Êx 18.24-27
— Podemos ver claramente o caráter de Moisés neste trecho.
Ele aceitou de bom grado, ou seja, deu ouvidos ao conselho e
decidiu melhorar a maneira como estava fazendo as coisas.
Isso também
é um sinal de sua habilidade de liderança e de sua falta de
soberba (Nm 12). O registro de que Jetro voltou para sua
terra não é uma conclusão moral, mas apenas uma declaração
de sua viagem. Ao retornar para sua casa, Jetro disseminaria
todo o conhecimento vivenciado acerca do verdadeiro DEUS.
Faria isso em uma época em que os israelitas conservavam tal
entendimento entre seu povo. Jetro, o sacerdote de Midiã,
tornou-se Jetro, o ministro do Senhor.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo
Testamento
com recursos adicionais.
Editora
Central Gospel. pag. 162.
MIRIÃ
Filha de Anrão e Joquebede, e irmã de Arão e Moisés (Êx
15.20; Nm 26.59). Sem dúvida, ela foi a Miriã que protegeu o
cesto de juncos no qual Moisés foi escondido. Foi mencionada
pela primeira vez e chamada de profetisa por ocasião da
jubilosa celebração que liderou depois da travessia do mar
Vermelho (Êx 15.20,21). Ela pecou quando foi insubordinada à
vontade de DEUS, e incitou Arão contra Moisés. Ela e Arão se
opuseram ao seu destaque e posição de respeito. Como
resultado do seu envolvimento e liderança da rebelião, DEUS
a castigou com lepra. Moisés orou por sua recuperação e DEUS
ouviu sua oração. Durante o tempo da sua recuperação, Israel
não prosseguiu em sua peregrinação (Nm 12.1-16). Ela morreu
em Cades-Barnéia e foi sepultada ali (Nm 20.1).
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 1290.
ARÃO.
1. A
Família. Arão era o filho mais velho de Anrão e Joquebede.
Anrão pertencia à família de Coate, filho de Levi (Êx 6.16).
A genealogia dada sugere que Anrão era um dos filhos de
Coate. O nome da mãe de Arão era Joquebeque (“Yahweh é
glorioso”), que pode ser significativo, visto que os nomes
combinados com Yahweh eram raros nesse período inicial. A
esposa de Arão era Eliseba, irmã de Naassom, aparentemente o
príncipe de Judá que foi um ancestral de Davi (Êx 6.23; Rt
4.20; lCr 2.10). Ele possuía quatro filhos, Nadabe, Abiú,
Eleazar e Itamar (Êx 6.23), sendo os primeiros dois mortos
por causa de um ato de sacrilégio (Lv 10.Is.).
2. O
porta-voz de Moisés. O papel subordinado de Arão, quando
comparado com o de Moisés, é indicado claramente. Ele foi
completamente ignorado até que Moisés mostrou a sua quase
insuperável indisposição de obedecer ao chamado de DEUS para
ser o libertador de Israel. “Não é Arão, teu irmão, o
levita?” (Êx 4.14 . O modo de construção da pergunta é
notável. A expressão “teu irmão” indica que Arão possuía sua
posição primariamente pelo seu relacionamento com Moisés.
Parentesco e descendência tinham um papel proeminente na
história bíblica. Arão foi chamado “irmão de Moisés” onze
vezes. A essa altura ele tinha oitenta e três anos de idade
(Êx 7.7), e a designação “o levita” sugere que ele ocupava
uma posição proeminente nessa tribo específica de israelitas
escravizados. O texto simplesmente diz que ele falava
fluentemente (heb. “ele pode certamente falar”) e ele
substituiria a lentidão de Moisés ao falar (heb. “pesado de
boca e pesado de língua”).
3. Arão e o
Êxodo. Arão esteve constantemente associado a Moisés na
apresentação de atos poderosos que ocasionaram a libertação
(Êx 5-13). O cajado como símbolo de autoridade foi manejado
algumas vezes por Arão. DEUS frequentemente falou a ambos,
Moisés e Arão, mas raramente a Arão sozinho. Arão não teve
parte alguma na entrega da lei, mas ele e seus dois filhos
mais velhos, juntamente com os setenta anciãos,
testemunharam a auto manifestação de DEUS e comeram e
beberam na presença de DEUS (Êx 24.9-11).
4. Arão e o
Tabernáculo. Para ela foram confeccionadas vestes e para
seus filhos também, tudo feito por Bezalel de Judá e por
Aoliabe de Dã (Êx 31.1-6) e também pelos que possuíam
coração disposto dentre o povo (Ex 35.21-35), “como o Senhor
havia ordenado...” (Êx 39.43).
5. A
investidura de Arão. Os sacerdotes, e especialmente Arão,
usaram uma vestimenta especial. Muito é dito a respeito das
roupas que foram confeccionadas para Arão, “para glória e
ornamento” (Êx 28.2), especialmente o cinto e o peitoral
sobre o qual foram gravados os nomes das doze tribos (Êx
28.9s., 21. 29), e o Urim e o Tumim (q. v.). A “lâmina de
ouro” com a gravação “Santidade ao Senhor” (“Yahweh”?)
(v.36) que foi colocado na frente da mitra, era simbólico de
seu ofício.
6. Arão e o
sacerdócio. O livro de Levítico é o manual para os
sacerdotes.
7. O Dia da
Expiação. O ritual no qual Arão como sumo-sacerdote, e os
sumo-sacerdotes que o seguiram, exercia um papel distinto
era a cerimônia do Dia da Expiação (Yom Kippur) (Lv 16),
quando o sumo-sacerdote fazia expiação pelo Tabernáculo,
pelos sacerdotes e pelos filhos de Israel “por causa dos
seus pecados uma vez por ano” (Lv 16.34).
8. Meribá. A
vida de Arão teve um fim trágico. A viagem no deserto de Zim
(Nm 20.1) levou a mais uma das muitas murmurações dos
Israelitas — “não há água!” - O capítulo termina com uma
breve narrativa da investidura de Eleazar com as roupas do
sumo-sacerdote Arão, e com a morte de Arão.
9. Arão, o
homem. Se alguém ler corretamente o caráter deste irmão de
Moisés, perceberá que Arão possuía sua posição exaltada
devido a duas coisas: uma prontidão no falar e seu
parentesco com Moisés.
10. Arão, o
irmão desleal. Arão tinha a clara e total consciência de que
ele possuía a sua posição exaltada graças ao fato de ser
irmão de Moisés. Ele mesmo chamou Moisés de “senhor” (Êx
32.22; Nm 12.11). Falou, juntamente com Miriã, contra Moisés
(Nm 12) por causa de sua mulher cusita (Zípora).
11. Arão e
os críticos. Naquele tempo do Êxodo, ele perdia somente para
Moisés em proeminência.
MERRILL C.
TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura
Cristã. Vol. 1. pag. 417-420.
ARÃO
Ele
tinha três anos quando seu irmão Moisés nasceu (Êx 7.7).
Teve quatro filhos com sua esposa Eliseba. Nadabe, Abiu,
Eleazar e Itamar. Arão tinha permanecido no Egito durante os
quarenta anos da ausência de Moisés, foi em seguida
encontrá-lo na "montanha de DEUS" e o reapresentou à
comunidade dos hebreus no Egito (Éx 4.27-31). Moisés deveria
receber a mensagem diretamente de DEUS e era obrigação de
Arão transmitir essa mensagem ao povo (Êx 4.16).
Arão aparece
no Monte Sinai como um ancião que, como representante de seu
povo, tinha permissão, juntamente com seus dois
filhos, Moisés e mais 70 anciãos de se aproximar da própria
presença do Senhor (Ex 24.1-11).
O
consequente florescer do poder de Arão serviu para
justificá-lo, bem como o seu sacerdócio perante toda a nação
(Nm 17). Ele morreu no Monte Hor com a idade de 123 anos (Nm
20.28).
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 171-172.
ANCIÃO
No Antigo Testamento.
Discussões Preliminares.
De modo
geral, ancião é uma palavra que se refere aos lideres de um
grupo ou comunidade, presumindo-se que os mesmos tenham
idade avançada e sejam dotados de caráter maduro. No Antigo
Testamento, o termo se aplicava a vários oficios. Era o caso
de Eliézer. o «mais antigo servo» de Abraão, em Gên, 24:2;
certos oficiais da casa de Faraó, em Gên. 50:7; os
principais servos de Davi, em 11 Sam. 12:17; e os anciãos de
Gebal (ver Eze. 27:9). No Egito, mui provavelmente os
anciãos eram funcionários do estado, pelo que o termo
aplicava-se ali aos lideres e chefes políticos. Isso também
sucedia entre os israelitas, moabitas e midianitas (ver Núm.
22 :7). Não há que duvidar que o direito de primogenitura,
bem como a capacidade de chefe da família influenciaram tal
uso, porquanto presumia-se que a idade tinha algo a ver com
o amadurecimento e a sabedoria, o que se refletia em boa
variedade de costumes. Os lideres das tribos naturalmente
vinham dentre os anciãos pertencentes a essas tribos. Moisés
e Aarão, ao chegarem no Egito, reuniram os anciãos de Israel
e anunciaram ao povo a comissão divina que haviam recebido
para liderarem o povo tirando-o do Egito. Os anciãos do povo
acompanharam a Moisés na primeira entrevista deste com o
Faraó. Moisés também se comunicava com o povo por meio dos
anciãos (ver Êxo, 19:7 e Deu. 31:9). Setenta anciãos de
Israel acompanharam Moisés até o monte (Ex. 24:1). Esses
anciãos também tinham o título de «príncipes». De acordo com
a legislação mosaica, esses anciãos tinham seus respectivos
deveres e poderes (ver Deu. 19: 12 e 21 :3). Era
responsabilidade deles governarem e cuidarem para que a lei
fosse cumprida (ver Jos, 20:4; Juí. 8:16 e Rute 4:2). Nos
salmos, os anciãos são aludidos como uma classe distinta de
autoridade (ver Sal. 107:32. Ver também Lam. 2:10 e Eze. 14.
Após o exílio. eles receberam uma autoridade muito
significativa.
Em cada
sinagoga, havia um grupo governante de anciãos, de número
variado. dependendo do número dos membros da congregação.
Era dentre esses anciãos, finalmente. que se formava o
superior tribunal, o Sinédrio.
Nos arquivos
de Mari, do século XVIII A.C., e até mesmo na
correspondência real da dinastia de Sargão, no século VIII
A.C., os anciãos aparecem como representantes do povo e
defensores dos interesses populares, embora antes disso eles
não tivessem quaisquer funções administrativas. No império
hitita, entretanto, eles controlavam as questões municipais.
Tais costumes eram praticamente universais entre os povos
antigos, e os israelitas não eram exceção. Mas, no caso de
Israel esse costume era associado às questões religiosas,
visto que Israel era uma teocracia.
No Novo
Testamento.
Dentro do contexto judaico, nos dias neotestamentários,
encontramos os anciãos associados aos principais sacerdotes
(ver Mat. 21:23) e aos escribas (ver Mat. 16:21), bem como
ao concilio (ver Mat. 26:29). No tocante aos anciãos ou
pastores da Igreja cristã, não contamos com qualquer
informação especifica acerca de sua origem, mas tão-somente
que os títulos «ancião», «bispo = supervisor» e «pastor» são
intercambiados (ver. Para exemplificar, Atos 20:28). A
importância dos anciãos cristãos aumentou, quando a Igreja
se dispersou.
Esses
anciãos eram líderes, pastores. mestres, supervisores,
enfim, autoridades cristãs (ver Atos 15:22,23; Efé. 4:11;
Atos 20:28; Heb. 13:7 e I Tes. 5:12).
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 156.
ANCIÃO
No AT hebraico, zaqen, lit., "aquele que tem barba", era um
termo utilizado para designar um homem de certo grau e
posição entre seus irmãos. Entre os israelitas havia dois
tipos de anciãos: os "anciãos de Israel" que eram os chefes
de família ou de clãs nas várias tribos, e os "anciãos" das
cidades construídas e habitadas depois da Conquista.
Embora os
anciãos não fossem eleitos, durante a maior parte dos
períodos de Moisés até Esdras, e também na era
intertestamentária, eles eram reconhecidos como o grupo de
mais elevada autoridade sobre o povo. Eles agiam como
representantes da nação (Jr 19.1; Jl 1.14; 2.16) e também
administravam muitos assuntos políticos e resolviam disputas
entre as tribos (por exemplo, Finéias e os dez chefes
tribais ou anciãos, Js 22.13-33). Os anciãos da cidade
formavam uma espécie de conselho municipal cujos deveres
incluíam a função de juízes com a finalidade de mandar
prender assassinos (Dt 19.12), conduzir as investigações e
inquéritos (Dt 21.2) e resolver conflitos matrimoniais (Dt
22.15; 25.7). Os "anciãos de Israel", conhecidos
primeiramente em Êxodo 3.16-18, foram reunidos por Moisés
para receber o anúncio de DEUS sobre a libertação do Egito.
O pacto foi ratificado no Monte Sinai na presença de 70 dos
anciãos de Israel (Êx 24.1,9,14; cf. 19.7), os "nobres" ou
os principais homens da nação, "os escolhidos dos filhos de
Israel" (24.11). Mais tarde, 70 anciãos foram especialmente
ungidos com o ESPÍRITO para ajudar Moisés a governar a nação
(Nm 11.16-25). Nos casos em que toda a comunidade pecasse,
os anciãos da congregação ou da comunidade deveriam
representá-la para fazer a expiação (Lv 4.13-15).
A autoridade
dos anciãos era, em princípio, maior do que a do próprio rei
(cf. 2 Reis 23.1). Foi este grupo que exigiu que Samuel
designasse um rei (1 Sm 8.4-6), e foram partidários da
aliança real que estabeleceu Davi como rei (2 Sm 5.3). Na
Babilónia, os anciãos eram o ponto central da comunidade
judaica que estava no exílio (Jr 29.1; Ez 8.1; 14.1;
20.1-5), e, após o retorno a Jerusalém, ainda permaneciam
ativos (Ed 5.5,9; 6.7,8,14; 10.8,14). Do Conselho de Anciãos
(gerousia) do período helenístico de Judá, desenvolveu-se a
Grande Assembleia (Knesset) de judeus que, em 142 a.C,
concedeu grande poder a Simão, o líder macabeu (1 Mac
14.28). O Grande Sinédrio, com seus 71 membros, o supremo
corpo legislativo anterior ao ano 70 d.C., constituía a mais
elevada instituição dos "anciãos de Israel". Em sua visão do
céu, João viu 24 anciãos sentados sobre tronos que rodeavam
o trono de DEUS, vestidos de branco e ostentando coroas de
ouro (Ap 4.4). Estes se prostram em adoração, e depositam as
suas coroas diante do trono de DEUS (4.10; cf. 11.16; 19.4).
Com suas harpas e salvas cheias de incenso, simbolizando as
orações dos santos, eles cantam um novo cântico ao Cordeiro
(5.8-10). Como anciãos, eles representam o povo de DEUS;
seus tronos e coroas simbolizam um papel de reinado,
enquanto seu ato de adoração e as salvas de incenso sugerem
uma função sacerdotal. Dessa maneira, eles parecem ser os
principais representantes dos remidos como um reino de
sacerdotes (Ap 1.6; cf. 20.6; 1 Pedro 2.5,9; Êx 19.6). É
possível discutir se o número 24 sugere os 24 turnos do
sacerdócio judaico, ou uma combinação das 12 tribos de
Israel (indicando os santos do AT) e dos 12 apóstolos (os
líderes dos santos do NT).
ANCIÃOS
Refere-se aos sábios de Israel que eram a fonte e os
comunicadores das palavras de sabedoria tradicionais. E
usado na RSV em inglês somente em 1 Samuel 24.13, mas outros
versículos podem referir-se a eles de uma maneira velada,
como, por exemplo, em Jó 12.12 e Isaías 3.2. A expressão os
"mais velhos de Israel" provavelmente também se refira a
estes ensinadores respeitáveis.
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 100-101.
JETRO
No hebraico, «abundância», «excesso»,
«superioridade», «excelência». Esse era o nome do sogro de
Moisés. Ele foi sacerdote e príncipe de Midiã. Parece que,
entre os midianitas, os seus príncipes automaticamente
também oficiavam como sacerdotes. Há uma certa confusão no
tocante ao nome desse homem, que a Bíblia não se dá ao
trabalho de explicar. Ele é chamado Reuel, em Êxo. 2:18 e
Núm. 10:29. Em Juí. 4:11, ele é chamado de Hobabe; mas, em
Núm. 10:29 Hobabe parece ser o filho de Reuel (Jetro). Todas
as demais passagens, onde aparece esse homem, dão o seu nome
como Jetro. É possível que os nomes Reuel e Jetro fossem
ambos nomes desse homem, o que não era um caso único. Moisés
passou quarenta anos em seu exílio em Midiã, enquanto se
preparava para o seu ofício de Libertador de Israel, em
companhia de Jetro, e de uma de suas filhas, e de com a qual
se casou, Zípora (Êxo. 3:1; 4:18).
Residindo
Moisés com seu sogro, aquele recebeu uma teofania da parte
do DEUS de Abraão. O décimo oitavo capítulo do livro de
Êxodo registra a narrativa comovente de como, depois que
Moisés conseguiu retirar, com sucesso, do Egito, o seu povo
de Israel, e estava acampado no deserto, Jetro, juntamente
com seus familiares (incluindo a esposa e os filhos de
Moisés, que tinham sido deixados em Midiã), vieram visitar
Moisés, no deserto. Jetro estava muito satisfeito com o que
Moisés fizera, e deu ao DEUS de Israel o crédito pela
operação inteira. Foi então que Jetro reconheceu a
superioridade de Yahweh sobre todos os deuses das nações,
tendo-lhe oferecido sacrifícios e ofertas queimadas. Jetro
observou como Moisés estava trabalhando arduamente, a fim de
tentar solucionar os inúmeros problemas que o povo de Israel
lhe trazia para julgar; e o aconselhou a nomear assessores,
em vez de tentar atuar como juiz exclusivo. E Moisés aceitou
o conselho de seu sogro, tendo nomeado juízes e líderes de
mil, de cem, de cinquenta e de dez (ver Êxo. 18:24,25). Após
esse incidente, Jetro partiu para a sua própria terra.
Sabemos que
os midianitas descendiam de Abraão por meio de Quetura (Gên.
25:2,4; I Crô. 1:32,33), sendo possível que Yahweh fosse um
dos nomes do Ser divino entre eles. Em português, usamos a
palavra latina para DEUS, isto é, DEUS; mas isso não
significa que adoramos alguma divindade pagã romana.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 4542.
JETRO
Também foi aparentemente chamado de Reuel (Êx 2.18) e Hobabe
ou Raguel (Nm 10.29). Era um sacerdote dos nómades
midianitas (q.v.) que residiam nas proximidades do monte
Sinai (Êx 2.16; 3.1; 4.18). Era descendente de Abraão com
Quetura (Gn 25.1,2) e, por conseguinte, possuía os vestígios
do verdadeiro conhecimento de Jeová (Êx 18.10-12). Moisés se
casou com Zípora, uma das sete filhas de Jetro, durante os
40 anos que permaneceu ao lado deste homem (Êx 2.22; 4.20;
18.3,4; At 7.29). Moisés pediu e recebeu de Jetro a
permissão para retornar ao Egito (Êx 4.18-20). Foi
acompanhado por Zípora e seus dois filhos, porém Moisés
mandou-os de volta a Jetro por alguma razão desconhecida (Êx
4.24-26; 18.2).
Depois do
êxodo do Egito, e enquanto os israelitas estavam nas
proximidades do monte Sinai (cf. Êx 3.12 com 19.2,3), Jetro
trouxe Zípora e seus dois filhos de volta para Moisés
(18.1-6). Jetro fez coisas notáveis nessa reunião:
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 1049.
JOSUÉ
(PESSOAS)
Ver o artigo
separado sobre o livro de Josué, relacionado ao primeiro
homem que, na Bíblia, recebeu esse nome.
Josué, filho
de Num, assistente e sucessor de Moisés.
a. Nome.
Esse nome deriva-se do hebraico, Yehoshua, «Yahweh é
salvação». Moisés mudou o nome dele, de Oséias («salvação»),
para Yehoshua. Ver Núm. 13:16 e 13:8. Esse é o equivalente
veterotestamentário de JESUS. A Septuaginta traduziu aquele
nome hebraico para o grego, lesous, a forma grega do nome
hebraico.
b. Família.
Ele era filho de Num, que era filho de Elisama, príncipe da
tribo de Efraim (Êxo. 33:11; Núm. 1:10).
c. Informes
Históricos
1.
Considerando-se a habilidade de Josué como estrategista
militar, é possível que ele tivesse sido um soldado
profissional, treinado no Egito. A arqueologia dá-nos conta
de que estrangeiros eram contratados pelo exército egípcio.
Moisés usou Josué como seu comandante militar, contra o
ataque dos amalequitas, em Refidim (Êxo. 17:8-16). A tarefa
de Josué era organizar aquele bando de ex-escravos, que tão
recentemente haviam obtido a liberdade, organizando com eles
um exército respeitável. A tarefa, pois, não era nada
pequena.
2. Josué era
o ministro pessoal e assistente de Moisés, quando este
recebeu a lei (ver Êxo. 24:13; 32:17).
3. Josué foi
um dos espias enviados para obter uma visão geral da terra a
ser conquistada. Ele foi um dos dois únicos que deram um
relatório bom, e encorajaram o ataque (Núm. 14:6-9).
4. O povo de
Israel, como um todo, foi proibido de entrar na Terra
Prometida, em face de desobediência e incredulidade. Somente
Josué e Calebe tiveram permissão, dentre aquela geração
inteira, de entrar na Terra Prometida (Núm. 26:65; 32:12;
Deu. 1:34-40).
5. Josué foi
comissionado para ocupar a liderança, após o falecimento de
Moisés. Josué, pois, tornou-se o novo pastor de Israel (Núm.
27:12-17). Ele recebeu a autoridade divina de Moisés (Núm.
27:20). Foi ordenado por Moisés para assumir seu novo posto
(Núm. 27:21-23; Deu. 3:21-28).
6. A tarefa
de Josué consistia em liderar Israel na conquista da terra
de Canaã (Jos. 1- 12). Se excetuarmos uma comunidade que,
através de engodo, conseguiu assinar um acordo de
não-agressão com Josué, ele conseguiu exterminar os
habitantes de Canaã até o último homem, excetuando aqueles
lugares onde obteve vitórias apenas parciais.
7. Quando
quase a totalidade da Palestina havia sido conquistada,
Josué recebeu a tarefa de averiguar que a mesma fosse
dividida entre as doze tribos (Jos. 13-21).
8. Josué foi
homem de notável habilidade como líder, conforme se vê em
seu trabalho capaz, como o general dos exércitos de Israel
(Jos. 1-12), em sua capacidade de conduzir espiritualmente
os israelitas, estabelecendo os acordos apropriados (Jos.
8:30-35); ao orar pedindo poder e orientação espirituais, e
recebendo as mesmas (Jos. 10:10-14); em seu respeito pela
mensagem espiritual e pelo uso que fazia da mesma, o que
tanto o ajudou a conduzir corretamente o povo de DEUS (Jos.
1:13-18; 8:30-35,11:12,15; 14:1-5, 23:6). Quando da divisão
da terra, ele mostrou ser um hábil administrador (Jos.
13-21).
9. Foi Josué
quem deu ao sistema tribal dos israelitas sua forma fixa,
impondo o elemento do acordo para fixação de terras
específicas entre as diversas tribos (Jos. 24:1-28).
10. Idade
avançada e morte. Quando o fim de sua vida terrena
aproximava-se, Josué quis consolidar os ganhos que obtivera.
Convocou uma assembleia, com representantes de todo o povo
de Israel, e apresentou um solene discurso e incumbência,
relembrando-os sobre o que fora realizado, e exortando-os a
guardarem a aliança e continuarem na fé de seus pais. Em
Siquém, foi renovada a aliança com o Senhor. Josué faleceu
com a idade de cento e dez anos, e foi sepultado em sua
cidade, Timnate-Sera, pertencente à tribo de Efraim (Jos.
24:29). Isso ocorreu em cerca de 1365 A.C.
d. Tipos. Na
seção IX, no artigo sobre Josué (Livro), em seu primeiro
ponto, mostramos como Josué é símbolo de CRISTO. Ele foi o
JESUS do Antigo Testamento. Ambos conduzem à Terra
Prometida, e ambos receberam uma autoridade acima da de
Moisés. Aquela seção sublinha certo número de outros tipos
que se encontram no livro de Josué, e que nos são
instrutivos.
e. Caráter
de Josué. Foi Josué quem disse a Israel: «...escolhei hoje a
quem sirvais... Eu e a minha casa serviremos ao Senhor».
(Jos. 24:15). Isso exprimiu a atitude que Josué teve durante
toda a sua vida. Ele foi uma personagem das mais fulgurantes
do Antigo Testamento, a quem o próprio Moisés não fez muita
sombra. Sentimo-nos infelizes diante de tanta matança que
houve na conquista da terra de Canaã.
Problemas
Especiais, segundo ponto, O Tratamento Dado aos cananeus,
quanto a uma discussão sobre essa questão. É óbvio que Josué
sempre cumpriu o seu dever, sem nenhum grande desvio, sem
nunca haver cometido qualquer grave infração, o que também
se vê no caso de todos os outros grandes vultos do Antigo
Testamento. Josué serve de ilustração do homem que confronta
alguma imensa dificuldade, mas a vence, porquanto nele não
havia nem dúvida e nem hesitação, de tal modo que, com
coragem e resolução, ele foi capaz de realizar a tarefa que
o Senhor lhe deu.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 4581
JOSUÉ
- Líder dos israelitas em sua conquista da terra prometida.
Como tinha
mais de 40 anos de idade quando deixou o Egito, e parecia
bem qualificado para assumir o comando das forças israelitas
que lutaram contra os amalequitas em Refidim (Êx 17.8-16), é
possível que tivesse sido treinado pelo exército do Faraó.
Durante aquele ano, no monte Sinai, Josué serviu como
auxiliar direto de Moisés quando esse último recebeu as
leis, e todas as vezes que ia à tenda onde encontrava e
ouvia o Senhor (Êx 24.13; 32.17; 33.11). Mesmo depois de
deixar o Sinai, Moisés considerava Josué como um "moço" e
achava necessário censurá-lo por proibir dois anciãos do
acampamento de profetizar (Nm 11.27-29).
Dos que
iniciaram a jornada, somente Josué, Calebe e aqueles que
tinham menos de 20 anos permaneceram vivos ao final dos 40
anos, e receberam permissão para entrar em Canaã (Nm 26.65;
32.12; Dt 1.34-40). O Senhor ordenou a Moisés que desse a
Josué o encargo de ser o novo pastor de seu povo, quando o
legislador entendeu que logo morreria ao invés de entrar em
Canaã (Nm 27.12-23; Dt 3.21-29). Moisés solenemente investiu
Josué com honra e autoridade perante Eleazar, o sumo
sacerdote, e toda a congregação, e compartilhou o espírito
de sabedoria ao impor as mãos sobre ele (Nm 27.18,23; Dt
34.9). Como parte dos preparativos finais de Moisés para a
continuidade da aliança, ele publicamente advertiu Josué a
ser corajoso e forte a fim de levar Israel à terra de sua
prometida herança (Dt 31.3,7,8). Quando Moisés e seu
sucessor se dirigiram à porta da tenda, DEUS comissionou
Josué de uma forma direta (Dt 31.14,15,23). Depois da morte
de Moisés, o Senhor bondosamente repetiu essa ordem
particularmente a Josué, aumentando as suas promessas com a
finalidade de encorajá-lo na véspera da invasão de Canaã (Js
1.1-9).
Acampado a
leste do Jordão, Josué enfrentou dois imensos problemas: (a)
como cruzar o rio transbordante; e (6) como vencer os
adversários cananeus. DEUS lhes deu a vitória sobre os dois
obstáculos, enchendo de terror os habitantes da terra (Js
2.9-11) e interrompendo as águas do Jordão, quando o povo
marchou cheio de fé em sua direção e na hora em que os
sacerdotes que carregavam a arca pisaram em suas águas
(3.14-17).
Josué
demonstrou ser possuidor de grande disciplina ao obedecer às
inusitadas táticas de DEUS para vencer Jericó.
Ele subjugou
o país como um todo, e promoveu a necessária segurança para
permitir que cada tribo entrasse e reclamasse a herança que
lhe fora destinada.
Josué
possuía as qualidades de um verdadeiro líder. Exibiu grande
coragem desde a primeira batalha contra os amalequitas em
Refidim, mantendo-se firme todas as vezes que começavam a
prevalecer, até o seu ataque contra a associação de reis
cananeus junto às águas de Merom. Era rápido ao receber e
obedecer às ordens de seu divino Comandante-em-chefe (por
exemplo, 5.13-6.5), e suficientemente humilde para
reconhecer sua constante necessidade de depender do Senhor -
embora tenha deixado de buscar a DEUS na questão da
identidade dos enviados de Gibeão (9.14,15). Josué era um
homem de honra. Ele cumpriu o acordo feito com os dois
espias sobre o lar de Raabe, e poupou a família desta mulher
quando a cidade de Jericó foi derrotada (6.22-25). Também
não invalidou o tratado feito pelos príncipes israelitas com
os gibeonitas (9.18-26). Porém, a melhor qualidade que ele
demonstrava era a sua total devoção à lei de DEUS. Saturava
a sua mente e o seu coração com a Palavra do Senhor. Dessa
maneira, a nação confiava em suas decisões (veja 1.13-18;
11.11,15; 14.1-5). Em meio às suas primeiras campanhas,
Josué dedicou tempo ao estabelecimento da aliança de Israel
com a nova lei da terra em seu próprio centro, em Gerizim e
Ebal (8.30-35). Em seu discurso de despedida apelou ao povo,
pedindo que cada um renovasse o compromisso de sua aliança
com o Senhor, exortando-os a guardar e a fazer "tudo quanto
está escrito no livro da Lei de Moisés" (23.6).
Seu santo
exemplo de temor e obediência ao Senhor continuou a
influenciar a nação mesmo depois de sua morte, e durante o
período
dos anciãos
que a ele sobreviveram (24.31).
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 195-197.