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LIÇÃO 3, AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
LIÇÃO 3, AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO (pronto só na Quinta-feira, a noite) LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: A FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO 21 - Protegendo seu lar dos ataques do inimigo.
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva QUESTIONÁRIO NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm TEXTO ÁUREO "Vós, maridos, amai vossa mulher, como também CRISTO amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela" (Ef 5.25). VERDADE PRÁTICA O casamento cristão tem de ser edificado tendo como base o amor a DEUS e ao próximo. Sem amor não há casamento feliz. LEITURA DIÁRIA Segunda - Hb 13.4 O valor espiritual do casamento Terça - Ef 5.25 O amor do marido pela esposa Quarta - Tt 2.4 O amor da mãe pelos filhos e o marido Quinta - 1 Pe 3.7 O esposo deve honrar a esposa Sexta - Ef 5.33 A mulher reverencia o marido Sábado - 1 Co 7.2 O casamento resguarda da prostituição LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 5.22-28,31,33 22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; 23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também CRISTO é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. 24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a CRISTO, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. 25 Vós, maridos, amai vossa mulher, como também CRISTO amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, 26 para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 31 Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne. 33 Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
Comentários BEP- CPAD 5.22 MULHERES, SUJEITAI-VOS. A esposa tem a tarefa, dada por DEUS, de ajudar o marido e de submeter-se a ele (vv. 22-24). Seu dever para com o marido inclui: - o amor (Tt 2.4), o respeito (v. 33; 1 Pe 3.1,2), a ajuda (Gn 2.18), a pureza (Tt 2.5; 1 Pe 3.2), a submissão (v. 22; 1 Pe 3.5), um espírito manso e quieto (1 Pe 3.4) e o ser uma boa mãe (Tt 2.4) e dona de casa (1 Tm 2.15; 5.14; Tt 2.5). A submissão da mulher ao marido é vista por DEUS como parte integrante da sua obediência a JESUS, "como ao Senhor" (v. 22; ver também Gl 3.28; 1 Tm 2.13,15; Tt 2.4). 5.23 MARIDO... CABEÇA. DEUS estabeleceu a família como a unidade básica da sociedade. Toda família necessita de um dirigente. Por isso, DEUS atribuiu ao marido a responsabilidade de ser cabeça da esposa e família (vv. 23-33; 6.4). Sua chefia deve ser exercida com amor, mansidão e consideração pela esposa e família (vv. 25-30; 6.4). A responsabilidade do marido, que DEUS lhe deu, de ser "cabeça da mulher" (v. 23) inclui: (1) provisão para as necessidades espirituais e domésticas da família (vv. 23,24; Gn 3.16-19; 1 Tm 5.8); (2) o amor, a proteção, a segurança e o interesse pelo bem-estar dela, da mesma maneira que CRISTO ama a Igreja (vv. 25-33); (3) honra, compreensão, apreço e consideração pela esposa (Cl 3.19; 1 Pe 3.7); (4) lealdade e fidelidade totais na vivência conjugal (v. 31; Mt 5.27,28).
1 Timóteo - 2.15 SALVAR-SE-Á, PORÉM, DANDO À LUZ FILHOS. A mulher é salva pela fé em DEUS, aceitando também o que lhe foi atribuído pelo seu Criador. (1) A mais alta posição da mulher, e sua verdadeira dignidade, está no lar como esposa e mãe piedosa. Ela não poderá ter maior alegria, realização interior, bênção ou honra, do que a de tornar-se esposa e mãe cristã, dar à luz a filhos (5.14), amá-los (Tt 2.4) e criá-los para viverem para a glória de DEUS (cf. 2 Tm 1.5; 3.14,15), e continuar sempre fiel ao seu Salvador (v. 15b). (2) A honra e a dignidade de ter filhos não deve ser desprezada pelos cristãos. Foi pelo ato de dar à luz a um Filho que Maria trouxe a salvação ao mundo (Gn 3.15; Mt 1.18-25). (3) As sociedades, culturas e igrejas que comprometem ou rejeitam o propósito de DEUS para a mulher, rebaixando assim a família, o lar e a maternidade cristãos, sofrerão cada vez mais a desintegração dos seus casamentos, famílias e sociedades (ver 2 Tm 3.3). (4) Essas palavras, dirigidas às mulheres cristãs, não visam rebaixar as solteiras, nem as estéreis. A fé, o amor e a santidade de tais mulheres podem ser tão grandes como entre aquelas que têm filhos (ver 1 Co 7.14)
1 Timóteo - 2.13 PRIMEIRO FOI FORMADO ADÃO. O argumento bíblico sobre a responsabilidade do homem como chefe e líder espiritual no lar e na igreja (ver Ef 5.23), tem duas bases. (1) Baseia-se no propósito de DEUS na criação. DEUS criou primeiro o homem, e assim revelou seu propósito do homem orientar e liderar a mulher e a família. A mulher foi criada depois do homem para ser companheira e adjutora dele, no cumprimento do plano de DEUS para a vida do casal (Gn 2.18; 1 Co 11.8,9; 14.34). (2) Baseia-se, também, nas consequências desastrosas suscitadas quando o homem e a mulher abandonaram as atribuições que DEUS lhes dera no Jardim do Éden. Eva, ao agir como chefe, independente do seu marido, comeu do fruto proibido. Adão, ao negligenciar sua responsabilidade de liderança, sob a orientação de DEUS, consentiu na transgressão de Eva. Como resultado, ele também caiu, e trouxe pecado e morte à raça humana (v. 14; Gn 3.6,12; Rm 5.12)
1 Timóteo - 2.9 AS MULHERES SE ATAVIEM EM TRAJE HONESTO, COM PUDOR E MODÉSTIA. A vontade de DEUS é que as mulheres cristãs cuidem de se vestir com modéstia e descrição. (1) A palavra "pudor" (gr. aidos) subentende vergonha em exibir o corpo. Envolve a recusa de vestir-se de tal maneira que atraia atenção para o seu corpo e ultrapasse os limites da devida moderação. A fonte originária da modéstia acha-se no coração da pessoa, no seu âmago. Noutras palavras, modéstia é a manifestação externa de uma pureza interna. (2) Vestir-se de modo imodesto para despertar desejos impuros nos outros é tão errado como o desejo imoral que isso provoca. Nenhuma atividade ou condição, justifica o uso de roupas imodestas que exponham o corpo de tal maneira que provoquem desejo imoral ou concupiscência em alguém (cf. Gl 5.13; Ef 4.27; Tt 2.11,12; ver Mt 5.28). (3) É vergonhosa a situação de qualquer igreja que desconsidere o padrão bíblico para o modo modesto do vestir-se, e que adota passivamente os costumes do mundo. Nestes dias de liberação sexual, a igreja deve comportar-se e vestir-se de modo diferente da sociedade corrupta que repudia e ridiculariza a vontade do ESPÍRITO SANTO, i.e., que haja modéstia, pureza e moderação piedosa (cf. Rm 12.1,2). 2.4,5 MULHERES... AMAREM SEUS MARIDOS... FILHOS. DEUS tem um propósito específico para a mulher em relação à família, ao lar e à maternidade. (1) O desejo e o propósito de DEUS para a esposa e mãe, é que a sua atenção e dedicação se focalizem na família. O lar, o marido e os filhos precisam ser o centro dos interesses da mãe cristã; essa é a maneira que DEUS lhe determinou para honrar a sua Palavra (cf. Dt 6.7; Pv. 31.27; 1 Tm 5.14), (2) As tarefas específicas que DEUS deu à mulher, no que diz respeito à família, incluem: (a) cuidar dos filhos que DEUS lhe confiou (v.4; 1 Tm 5.14) como um serviço para o Senhor (Sl 127.3; Mt 18.5; Lc 9.48); (b) ser a auxiliar e fiel companheira do seu marido (vv. 4,5; ver Gn 2.18); (c) ajudar o pai a formar nos filhos um caráter santo, e adestrá-los nas coisas práticas da vida (Dt 6.7; Pv 1.8,9; Cl 3.20); 1 Tm 5.10); (d) ser hospitaleira (Is 58.5-8; Lc 14.12-14; 1 Tm 5.10); (e) usar sua capacidade prática para atender às necessidades do lar (Pv 31.13,15,16,18,19,22,24); e (f) cuidar dos pais idosos no seu lar (1 Tm 5.8; Tg 1.27). (3) As mães que desejam cumprir o plano de DEUS para sua vida e para sua família, mas que, devido às necessidades econômicas, são obrigadas a ter um emprego em que trabalham longe dos filhos pequenos, devem confiar suas circunstâncias às mãos do Senhor, enquanto oram a DEUS por condições de ocupar o seu lugar e de cumprir as funções e a posição que DEUS lhe deu no lar com os seus filhos (Pv 3.5,6; ver também Ef 5.21-23; 1 Tm 5.3)
1 Pedro - 3.7 VÓS, MARIDOS. Pedro menciona três coisas que o marido deve cuidar em relação a sua esposa. (1) Devem demonstrar consideração e compreensão, convivendo com a esposa com amor e em harmonia com a Palavra de DEUS (Ef 5.25-33; Cl 3.19). (2) Devem demonstrar respeito como co-herdeiros da graça de DEUS e da salvação. Isso quer dizer que as esposas devem ser honradas, sustentadas, ajudadas e protegidas, de conformidade com as suas necessidades. "Mais fraco", por certo se refere às forças físicas da mulher. O marido deve elogiar e estimar grandemente a esposa, à medida que ela procura amá-lo e ajudá-lo, segundo a vontade de DEUS (vv. 1-6; ver Ef 5.23). (3) Devem evitar qualquer tratamento injusto e impróprio para com elas. Pedro indica que o marido que não usa de compreensão com a sua esposa e que não a honra como uma irmã em CRISTO, prejudicará o seu relacionamento com DEUS, criando uma barreira entre suas orações e DEUS (cf. Cl 3.19). Mateus - 5.28 ATENTAR NUMA MULHER PARA A COBIÇAR. Trata-se de cobiça carnal, ou concupiscência (gr. epithumia). O que CRISTO condena aqui não é o pensamento repentino que Satanás pode colocar na mente de uma pessoa, nem um desejo impróprio que surge de repente. Trata-se, pelo contrário, de um pensamento ou desejo errado, aprovado pela nossa vontade. É um desejo imoral que a pessoa procurará realizar, caso surja a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual ilícito, imaginado e não resistido, é pecado. (1) O cristão deve tomar muito cuidado para não admirar cenas imorais como as de filmes e da literatura pornográfica (cf. 2 Tm 2.22; Tt 2.12; Tg 1.14; 1 Pe 2.11; 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.15,16; 1 Co 6.18; Gl 5.19, 21; Cl 3.5; Ef 5.5; Hb 13.4). (2) Quanto a manter a pureza sexual, a mulher, igualmente como o homem, tem responsabilidade. A mulher cristã deve tomar cuidado para não se vestir de modo a atrair a atenção para o seu corpo e deste modo originar tentação no homem e instigar a concupiscência. Vestir-se com imodéstia é pecado (1 Tm 2.9; 1 Pe 3.2,3). INTERAÇÃO Inicie a aula pedindo aos alunos que citem algumas características de um casamento bem-sucedido. À medida em que forem citando, anote as características em uma folha ou escreva-as no quadro. Após ouvir os alunos, explique que tais características oferecem uma ideia dos propósitos de DEUS para a vida a dois. Ressalte o fato de que, instituído por DEUS, o casamento tem o objetivo de ser a base da família e, consequentemente, de toda a sociedade. Lembre que a Igreja deve fazer soar sua voz profética, denunciando tudo que pode destruir o casamento monogâmico e heterossexual. OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Compreender qual é a verdadeira vontade divina para o casamento. Conscientizar-se da importância do amor mútuo e verdadeiro para se estabelecer uma família. Enfatizar a importância da fidelidade conjugal no casamento. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, reproduza como puder o esquema abaixo: 1 Coríntios 7.1-16: O relacionamento conjugal entre o marido e a mulher (vv. 1-7); os solteiros (vv. 8,9,25); o casamento cristão e o misto (vv. 12-16); o casamento e o serviço cristão (25-38). Explique que este capítulo é um tratado a respeito do matrimônio e do relacionamento familiar. O objetivo do capítulo é mostrar aos coríntios que o matrimônio não estava e jamais estará ultrapassado. Paulo revela aqui a importância do casamento, deixando bem claro que ele é uma aliança divina e indissolúvel. PALAVRA-CHAVE - AMOR CONJUGAL - Amor entre os cônjuges. RESUMO DA LIÇÃO 3, AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO 1. Um plano global. 2. Os indicadores da vontade de DEUS. a) A Paz de DEUS no coração. b) O comportamento pessoal. c) Naturalidade. d) Os princípios de santidade. II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO 1. O dever primordial do casal. 2. O amor gera união plena. III. A FIDELIDADE CONJUGAL 1. Fator indispensável à estabilidade no casamento. 2. Cuidado com os falsos padrões. RESUMO RÁPIDO. I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO 1. Um plano global. Como povoar a terra sem sexo entre um homem e uma mulher. A semente está no homem e o desenvolvimento está na mulher - um depende do outro. 2. Os indicadores da vontade de DEUS. A Paz de DEUS no coração, comportamento pessoal, Naturalidade e princípios de santidade. a) A Paz de DEUS no coração. Estar em paz com DEUS é se lembrar sempre de que DEUS sabe nossas intenções e desejos. b) O comportamento pessoal. Vigiar nossos membros, colocando-os a serviço de DEUS. c) Naturalidade. Sentir prazer na companhia do outro(a) e sentir atração física pelo outro(a), não ter vergonha de apresentar o(a) outro(a) para as pessoas, principalmente para DEUS. d) Os princípios de santidade. Namorar - relação externa, sem contato físico, conhecimento da alma. Noivado - relação interna, sem contato físico, conhecimento do espírito. Casamento - relação interna e externa, conhecimento da alma do espírito e do corpo - dois formam um - satisfação sexual igual a pelo menos 30% dessa relação. II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO 1. O dever primordial do casal. AMOR - Amor não é sexo, é dar a vida pelo outro(a). 2. O amor gera união plena. AMOR implica em fazer de tudo pelo prazer do outro(a). III. A FIDELIDADE CONJUGAL 1. Fator indispensável à estabilidade no casamento. FIDELIDADE A DEUS - No casamento a fidelidade primeira é para com DEUS e não para com o(a) parceiro(a). O problema é que DEUS vê tudo e sabe de tudo. 2. Cuidado com os falsos padrões. Padrões do mundo - (Namoro) Ficar - (Noivado) Experimentar para ver se dar certo - (Casamento) Contrato de casamento. SINÓPSE DO TÓPICO (1) - DEUS ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos sejam "uma só carne". SINÓPSE DO TÓPICO (2) - O marido que não ama a esposa não pode dizer que obedece a Palavra de DEUS. SINÓPSE DO TÓPICO (3) - O verdadeiro padrão do amor conjugal que deve ser seguido por todos, sobretudo pelo cristão, é o mesmo que o de CRISTO pela Igreja. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico "Bom seria que o homem não tocasse em mulher (1 Co 7.1) [...] A questão do casamento é unicamente dos gentios. Os judeus, de cuja herança Paulo também compartilhava, adotavam uma posição baseada em Gênesis 2.18: 'Não é bom que o homem esteja só'. No judaísmo, o casamento era onsiderado a principal responsabilidade de todo homem. Mas alguns coríntios, que haviam sido convertidos da cultura geral, com atitudes negligentes em relação ao sexo e indecisos sobre a extensão da pureza moral à qual eram exortados em CRISTO, foram para outro extremo. Também é provável que, para alguns, seu passado de relacionamentos sexuais havia se tornado uma questão de orgulho, uma base para a pretensão àquela espiritualidade superior à qual muitos se inclinavam, desejando ter um prestígio superior no corpo de CRISTO. A resposta de Paulo rejeitava esse conceito e argumentava a favor de uma expressão normal e plena do sexo dentro do casamento" (RICHARDS, Lawence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.354). AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Bibliológico "A Obrigação de Reciprocidade (1 Co 7.3,4) Paulo declara francamente que a relação entre as pessoas não é só um aspecto válido no casamento, mas também é uma obrigação de acordo com a necessidade e o desejo. O verbo traduzido como pague 'não significa a concessão de um favor, mas o pagamento de uma obrigação, aqui do marido para a esposa e da esposa para o marido'. Godet diz: 'Este versículo nos confirma a ideia de que entre alguns dos coríntios existia uma tendência 'espiritualista' exagerada, que ameaçava ferir as relações conjugais, e desse modo a santidade da vida'. Em seu sentido mais profundo, o verbo pague (apodidomi) significa dar o que se deve, ou o que se está sob a obrigação de dar. O apóstolo coloca o aspecto sexual do casamento em sua perspectiva correta, evitando tanto uma atitude promíscua como um ascetismo rígido. No versículo 4, Paulo expande a ideia de mútua reciprocidade para incluir tudo o que faz parte da vida, ao declarar que parceiros casados possuem poder sobre os corpos um do outro. As palavras não têm poder refere-se ao exercício de autoridade. O entendimento mútuo elimina dois extremos no estado dos casados - a posse separada de si mesmo, e a sujeição de uma parte a outra. No casamento, cada parceiro tem um direito legítimo à pessoa do outro. Em outras passagens Paulo considera o marido como a cabeça da família, declarando que a esposa lhe deve ser sujeita (Ef 5.22-23). Mas na área sexual ambos estão no mesmo nível. O principal ensinamento aqui é que maridos e esposas têm os mesmos direitos. Ambos devem agir como cristãos. Portanto, qualquer conduta excessiva ou abusiva é proibida" (GREAtHOUSE, William M.; MEtZ, Donald S.; CARvER, Frank G. (Orgs.). Comentário Bíblico Beacon. vol. 8. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.295). BIBLIOGRAFIA SUGERIDA CRUZ, Elaine. Sócios, Amigos & Amados. Os três pilares do casamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. YOUNG, Ed. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e o que não fazer para manter uma aliança por toda a vida.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011. SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 54, p.37.