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11 junho 2025

Escrita Lição 12, CPAD, Do julgamento à ressurreição, 2Tr25, 2Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 12, CPAD, Do julgamento à ressurreição, 2Tr25, 2Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A PRISÃO E A CONDENAÇÃO DE JESUS
1. A prisão
2. O interrogatório
3. A condenação
II – CRUCIFICAÇÃO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS
1. O caminho do Calvário
2. A missão foi encerrada
3. O Sepultamento
III – A RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. O Túmulo Vazio
2. A Ressurreição como base da Fé Cristã
3. O CRISTO Ressurreto quebra a incredulidade
 
TEXTO ÁUREO
“E, quando JESUS tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.”  (Jo 19.30)
 
VERDADE PRÁTICA
Na cruz, JESUS triunfou sobre o pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 16.1-6 Uma mensagem de despedida antes de enfrentar a Cruz
Terça - Jo 16.16 A ausência de JESUS traria um período de tristeza
Quarta - Jo 17.14-23 Oração para o fortalecimento dos discípulos
Quinta - Jo 18.1-14 A prisão de JESUS no Jardim do Getsêmani
Sexta - Jo 19.12-16 A condenação de JESUS por Pilatos
Sábado - Jo 19.17-19, 28-30, 38-42 JESUS foi crucificado, morto e sepultado
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 19.17,18, 28-30; 20.6-10
João 19
17 - E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota,
18 - onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e JESUS no meio.
28 - Depois, sabendo JESUS que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.
29 - Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.
30 - E, quando JESUS tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
João 20
6 - Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis
7 - e que o lençol que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte.
8 - Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
9 - Porque ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos.
10 - Tornaram, pois, os discípulos para casa.
 
Hinos Sugeridos: : 39, 291, 577 da Harpa Cristã
 
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SUBSÍDIOS PARA A LIÇÃO
LIÇÕES ANTIGAS E LIVROS
LEIA TUDO E ESTARÁ APTO A DAR UMA EXCELENTE AULA
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DO JULGAMENTO À RESSURREIÇÃO DE JESUS
 
O período que vai do julgamento à ressurreição de JESUS no Novo Testamento envolve um processo que culmina na morte e posterior ressurreição de JESUS. Este período é marcado por um julgamento político e religioso, a crucificação e a ressurreição, eventos que são fundamentais para a fé cristã. 
O Julgamento:
  • Julgamento no Sinédrio:
JESUS foi julgado pelo Sinédrio, o conselho religioso judeu, acusado de blasfêmia e de se declarar o Messias. 
  • Julgamento perante Pilatos:
A justiça romana, representada por Pôncio Pilatos, também o julgou, acusando-o de sedição, por se declarar rei dos judeus e incitar o povo a não pagar impostos a César. 
  • Condenação:
A condenação de JESUS à morte ocorreu por decisão de Pilatos, que acatou a pressão da multidão que clamava por sua morte. 
A Crucificação:
  • A Cruel Execução:
JESUS foi crucificado, uma forma de execução romana que se caracterizava por uma morte lenta e dolorosa. 
  • Símbolo da Morte e da Ressurreição:
A crucificação é vista como um sacrifício redentor, pelo qual JESUS, o Filho de DEUS, morreu  para salvar a humanidade do pecado. 
  • Os Últimos Momentos:
A morte de JESUS na cruz é descrita nos Evangelhos com detalhes que enfatizam o sofrimento, a angústia e, finalmente, a morte. 
A Ressurreição:
  • O Desafio da Morte:
A ressurreição de JESUS é o momento em que ele retorna à vida no terceiro dia, desafiando a morte e a sepultura. 
  • A Esperança da Vida Eterna:
A ressurreição é vista como a garantia da vida eterna para aqueles que crêem em JESUS e como um sinal da vitória sobre a morte. 
  • O Conceito de Ressurreição:
A ressurreição de JESUS é um tema complexo que envolve questões teológicas sobre a natureza de DEUS, a natureza da alma e a natureza da vida eterna. 
Significado Teológico:
  • A Morte como Sacrifício:
A morte de JESUS é vista como um sacrifício necessário para a redenção da humanidade, enquanto a ressurreição é vista como a vitória sobre a morte. 
  • A Promessa da Salvação:
A ressurreição de JESUS é a garantia de que aqueles que crêem nele receberão vida eterna e serão resgatados do pecado e da morte. 
  • A Fé Cristã:
A ressurreição é uma crença central da fé cristã, que se manifesta em diversas práticas religiosas e teológicas. 
 
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Escrita Lição 11, CENTRAL GOSPEL, A Prisão e o Julgamento de JESUS, 4Tr24, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
 
ESBOÇO DA LIÇÃO 11, CENTRAL GOSPEL
1. JESUS NO GETSÊMANI
1.1. A agonia de JESUS
1.1.1. O objetivo de estarem ali
1.1.2. Uma companhia inesperada
1.1.3. Um grupo armado e o traidor
1.2. A prisão de JESUS
1.2.1. O sinal para a prisão
1.2.2. JESUS foi preso ou deixou-se prender?
1.2.3. Fidelidade à Sua missão
2. OS JULGAMENTOS
2.1. O julgamento religioso
2.1.1. JESUS perante Anás
2.1.2. JESUS perante Caifás
2.1.3. JESUS perante o Sinédrio
2.2. O julgamento civil
2.2.1. JESUS perante Pilatos
2.2.2. JESUS perante Herodes
2.2.3. JESUS outra vez perante Pilatos
 
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Lucas 22.47,48,52,53,66-71
47- E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela e chegou-se a JESUS para o beijar.
48- E JESUS lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?
52- E disse JESUS aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos que tinham ido contra ele: Saístes com espadas e porretes, como para deter um salteador? 
53- Tenho estado todos os dias convosco no templo e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.
66- E logo que foi dia, ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes, e os escribas, e o conduziram ao seu concílio,
67- e lhe perguntaram: Se tu és o CRISTO, dize-nos. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis;
68- e também, se vos perguntar, não me respondereis, nem me soltareis. 
69- Desde agora, o Filho do Homem se assentará à direita do poder de DEUS.
70- E disseram todos: Logo, és tu o Filho de DEUS? E ele lhes disse: Vós dizeis que eu sou.
71- Então, disseram: De que mais testemunho necessitamos? Pois nós mesmos o ouvimos da sua boca.
 
 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Prezado professor, após a celebração da Páscoa, CRISTO e Seus discípulos dirigiram-se ao jardim do Getsêmani, marcando o início de um momento crucial em Sua missão terrena. Antevendo os sofrimentos iminentes, Ele declarou: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos e escribas, seja morto e ressuscite ao terceiro dia (Lc 9.22). Este período, embora culminasse em gloriosa vitória, foi caracterizado por uma profunda agonia física, emocional e espiritual.
  Durante esta lição, proponha uma reflexão sobre os temas cruciais da crucificação e ressurreição do Messias: sacrifício, per dão e redenção. Convide os alunos a explorarem essas questões com profundidade, analisando seu significado pessoal e suas implicações para a fé cristã. 
  Excelente aula!
 
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 11 CG
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Teologia Sistemática Pentecostal - Antonio Gilberto, Claudionor de Andrade, Elienai Cabral, Elinaldo Renovato de Lima – CPAD
 
A TRAJETÓRIA DE JESUS EM DIREÇÃO À CRUZ
A semana de sua morte. A sua ida a Betânia deu-se seis dias antes da Páscoa, que Ele deveria celebrar pela última vez neste mundo. Ali, no domingo, teve os seus pés ungidos (Jo 12.1-7). Depois, na segunda-feira, ocorreu a sua entrada triunfal em Jerusalém e a purificação do Templo (Mt 2I.I-I7). Ainda nesse dia, Ele amaldiçoou uma figueira (vv. 18-22).
Ainda em Jerusalém, na terça, ensinou no Templo e no monte das Oliveiras (Mt 21—26); dirigiu-se nesse mesmo dia a Betânia, onde teve a sua cabeça ungida (Mt 26.6-13; Mc 14.3-9). Na quarta, em Jerusalém, houve uma conspiração contra Ele (Mt 26.14-16; Mc 14.10,11; Lc 22.3-6). Na quinta, em Jerusalém, na última Ceia (Mt 26.17-29; Mc 14.12-25; Lc 22.7-20; Jo I3.I-38), confor­ta seus discípulos (Jo I4.I—16.33); ora por si e por eles, no Getsêmani (Mt 26.36-46; Mc 14.32-42; Lc 22.40-46; Jo 17.1-26).
Chega a sexta-feira, o dia de sua morte. Em Jerusalém, JESUS é preso e julgado (Mt 26.27,26; Mc 14.43—15.15; Lc 22.47—23.25; Jo 18.2—19.16), crucificado, no Gólgota (Mt 27.27-56; Mac 15.16-41; Lc 26-49; Jo 19.17-30), e sepultado no Jardim de Gordan (Mt 27.57-66; Mac 15.42-47; Lc 23.50-56; Jo 19.31-42).
JESUS celebra a Páscoa. Na quinta-feira à noite, JESUS celebrara a Páscoa com os seus discípulos. Ele fizera questão de dizer-lhes que aquele ato encerrava um período e dava início a outro — a primeira Páscoa, celebrada pela primeira vez em Israel, na noite em que morreram os primogênitos do Egito, marcou um novo começo para Israel.
A Ceia ministrada por Melquisedeque, que havia sido realizada há mais de dois mil anos, e a Páscoa, há mais 1.500 anos, tinham o mesmo sentido: apontavam para o Calvário. A Páscoa tinha um caráter prospectivo: apontava para a cruz de nosso Senhor; a segunda, a Ceia do Senhor, um caráter tanto retrospectivo como prospectivo, haja vista apontar hoje para a morte de CRISTO (“anunciais a morte do Senhor...”), no passado; e para a sua vinda (“até que venha”).
Assim, a Páscoa judaica encontrou seu cumprimento na vida, na morte e na ressurreição de CRISTO. O Cordeiro de DEUS substituiu o cordeiro pascoal (I Co 5.7).
JESUS no Getsêmani. Terminada a Páscoa e tendo cantado o hino, JESUS foi “... para o monte das Oliveiras” (Mt 26. 30b), localizado no leste de Jerusalém, do outro lado do vale de Cedron. Cerca de cem metros mais alto que Jerusalém, do seu cume descobre-se uma magnífica vista da Cidade Velha e um impres­sionante panorama das colinas da Judéia até ao mar Morto e às montanhas de Moabe, ao leste.
Descendo do monte das Oliveiras, há na parte inferior o jardim do Getsêmani. Tais lugares marcam a presença e os sofrimentos de CRISTO neste mundo. O Getsêmani é um dos mais impressionantes lugares da Terra Santa, o qual possui oito oliveiras cuja idade se perde no tempo. Alguns botânicos afirmam que elas poderiam ter três mil anos!
O Getsêmani tem, hoje, a mesma aparência que tinha há vinte séculos. Cida­des e civilizações se sucederam, mas o jardim conservou-se quase o mesmo dos tempos de JESUS. João afirmou que, quando o Senhor lembrou os seus discípulos com respeito à sua morte, atravessou o ribeiro para o outro lado: “Tendo JESUS dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedron, onde havia um horto, no qual Ele entrou e seus discípulos” (Jo 18.1). Trata-se do jardim no qual JESUS passou a hora mais triste e angustiante de sua paixão.
Sua solidão. Alguns psicólogos enumeram cinco tipos de solidão, e todas elas foram vividas por JESUS no Getsêmani:
Solidão opcional. Há pessoas que, por opção, circunstâncias ou um outro motivo, vivem sozinhas.
Solidão da sociedade. Ê vivida por alguém que nunca recebe uma única carta; jamais ouve uma palavra de encorajamento; nunca recebe o aperto de mão de um amigo.
Solidão do sofrimento. Algumas pessoas são vítimas de acidentes ou do­enças que lhes deixam imóveis para o resto da vida. Algumas delas ocupam cadeiras de rodas, leitos hospitalares ou mesmo uma cama em suas próprias casas. Outras foram aprisionadas e cumprem prisões perpétuas.
A solidão da tristeza. Vem através de diversas maneiras: isolamento ou rejeição (do superior ou do subordinado) por falta de comunicação (cf.
Tm 6.18; Hb 13.16); perda de um ente querido; um ideal que não se concretizou de acordo com aquilo que se esperava; depressão; tristeza; solidão do pecado.
Sua agonia. Nesse estado, JESUS orou três vezes ao Pai, dizendo estas palavras: “Pai, se queres, passa de mim este cálice, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua... E posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão” (Lc 22.42-44).
Alguns teólogos interpretam que o suor no corpo de JESUS que se tornou em grandes gotas de sangue classifica-se na medicina moderna de haimatodes hidros (suor sanguíneo), que alguns tratam de diapedese, quando ocorre uma filtração dos glóbulos vermelhos através dos vasos sanguíneos sem que haja rotura.
Sua prisão. Ao Getsêmani chegou Judas com os servos do sumo sacerdote, a fim de entregar-lhes o seu Mestre (Mt 26.47; Mac 14.44; Lc 22.47; Jo 18.2-3). Nesse jardim, o Senhor foi preso, sendo levado à casa de Caifás e condenado, no dia seguinte, à morte.
Judas, juntamente com os principais sacerdotes, planejaram a prisão de JESUS na escuridão da noite, talvez pensando em circunstâncias favoráveis a eles e des­favoráveis a JESUS:
Podem ter pensado em aproveitar o silêncio da noite e da ausência de pessoas para dificultar a possibilidade de que alguma delas comparecem ao Tribunal e testificassem contra eles.
Podem ter pensado que, devido ao trabalho incessante de JESUS, sem uma pausa para o descanso, àquela hora da noite, Ele se encontraria dormindo.
Podem ter pensado — e essa seria uma grande preocupação deles — que, quando JESUS presenciasse a grande turba que vinha prendê-lo, abandonaria os discípulos à sua própria sorte, fugindo entre as árvores sombrias do jardim, o que os obrigaria a persegui-lo na escuridão. Por isso, teriam ido ali “com lanternas, e archotes e armas” (Jo 18.3).
Podem ter pensado no grande número de peregrinos que enchiam a cidade de Jerusalém. Nesse caso, concluiriam o julgamento de JESUS à noite; e, de manhã, quando a população acordasse, JESUS já seria apresentado como um criminoso condenado, em caminho para a execução.
Seu julgamento. Preso, o Senhor foi conduzido ao Sinédrio — uma forma helenizada da palavra grega synedríon, “assembleia” —, a Suprema Corte Judaica. Era composto por setenta membros, e um presidente, na maioria das vezes o sumo sacerdote, chamado de Nasi. Para os rabinos, o Sinédrio foi criado por Moisés quando recebeu ordem de DEUS para fazê-lo (Nm 11.16,24).
O Sinédrio era, ao que tudo indica, um organismo da classe alta. Era com­posto, na maior parte, de membros da nobreza e dos mais elevados sacerdotes do Templo, identificados, quase sempre, com o grupo dos saduceus. O Talmude faz uma referência clara ao Sinédrio como sendo o Tribunal dos Saduceus.
Esse tribunal tinha o poder de vida e de morte. As funções do Bet Din (hb. “Casa da Lei” ou “Corte Jurídica”) já existiam no período do Sinédrio sob três formas, conforme o Talmude:
As disputas em Israel eram julgadas somente pela sorte de setenta e um (Sinédrio) na Câmara da Pedra Cinzelada (na área do Templo em Jerusalém), e outras cortes de vinte e três 05 juizes (para casos criminais) situadas em cidades da terra de Israel, e ainda outras cortes de três (para casos civis). Em épocas posteriores, o “Bet Din” consistia de um tribunal de três juizes, que só se reuniam nos grandes centros judaicos. Os juizes em número de três existiam para que não houvesse julgamento Jeito só por uma ou duas pessoas, pois ninguém pode julgar sozinho, a não ser UM (isto é, DEUS), era um dos conselhos dos Pais da “Mishnah”.b
O julgamento de JESUS teve sete fases importantes: três eclesiásticas, três civis e uma divina.
Julgamentos eclesiásticos: diante de Anás, Caifás e Sinédrio (Jo 18.13,24; Mt 26.57).
Julgamentos civis: diante de Pilatos, de Herodes e de Pilatos outra vez (Jo 18.28; Lc 23.7,11).
Julgamento divino: diante do Pai (Gl 3.13). Ver também Isaías 53.6 e Deuteronômio 21.23.
Sua condenação. Os fatos de JESUS ter sido “... entregue pelo determinado con­selho e presciência de DEUS” e a condenação ter sido preparada pelos judeus com antecedência tornaram impossível a sua absolvição em qualquer das estâncias que passou. Mesmo havendo os esforços de Pilatos e de sua mulher (Mt 27.19) para que JESUS fosse solto, os principais dos sacerdotes e os servos, clamaram, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o!” (Jo 19.6).
No mesmo tempo em que JESUS e dois salteadores foram sentenciados à morte, um outro preso, Barrabás, também o fora. Este, bem conhecido, era um grande homicida. Não fazia muito tempo que ele fizera uma sedição e praticara um homicídio (Lc 23.25). Mas a multidão enfurecida pedia que se soltasse Barrabás. Ouvmdo os gritos da multidão enfurecida pedindo a crucificação de JESUS, Pilatos, para se ver livre do problema, “... julgou que devia fazer o que eles pediam”. Então, “... entregou JESUS à vontade deles”.
Sua partida para o Gólgota. Assim se deu a sua partida para o lugar chamado Caveira: “E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para um lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota” (Jo 19.17). O nome “Calvário” talvez se derive do formato que esse lugar tem; seu aspecto físico, na sua parte frontal, parece com uma caveira. Ou, segundo Jerônimo, o nome origina-se do fato de vários corpos terem sido vistos ali insepultos.
 
A CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO
“E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram...” (Lc 23.33). Finalmente “... o cordeiro foi levado ao matadouro...” (Is 53.7); ali o cru­cificaram, cravejando suas mãos e seus pés como vaticinara Davi (Sm 22.16).
O local de sua crucificação. O Gólgota não é um grande monte. Trata-se de uma elevação no formato de uma caveira ao lado norte do Portão de Damasco. Para os cristãos, é esse o verdadeiro local da crucificação e ressurreição de JESUS CRISTO, conquanto haja duas versões no tocante ao local onde nosso Senhor, foi crucificado e sepultado.
O jardim de Gordon. Em 1833, o general inglês Charles Gordon, ao observar um montículo rochoso que se parecia a um crânio, sugeriu sua identificação com o verdadeiro Calvário. A presença de um túmulo cortado na rocha, bem próximo ao lugar, que, ao que parece, data do século I, ajudou a reforçar a idéia de que, de fato, se trata do sepulcro novo onde JESUS CRISTO foi sepultado.
O local, de fato, tem a aparência de um jardim e dá uma clara visão do lugar da crucificação e do sepultamento de CRISTO naquela época. Haja vista a descrição feita por João: “E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado, e no horto um sepulcro novo, em que ninguém havia sido posto. Ali pois (por causa da preparação dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro), puseram a JESUS” (Jo 19.41,42).
JESUS foi, então, posto num túmulo novo escavado na rocha, aos pés do Calvário, feito para a família de José de Arimatéia. O tipo de túmulo, usado por judeus ricos, consistia de duas câmaras: a primeira servia como lugar de reunião dos enlutados, e na segunda era colocado o corpo do defunto sobre uma espécie de plataforma cortada na rocha.
A Igreja do SANTO Sepulcro. Outro local onde teriam ocorrido a crucifi­cação, o sepultamento e a ressurreição de JESUS foi construída, em 324, a Igreja do SANTO Sepulcro. Esse lugar, também chamado de Calvário, é uma grande rocha que se eleva a quinze metros da superfície do solo.
Nesse mesmo local, em 135, Adriano, querendo apagar toda e qualquer lem­brança das religiões judaicas e cristã, mandou erigir um templo romano dedicado a Júpiter. Em 326, o templo de Adriano foi demolido pela rainha Helena, mãe de Constantino, e em seu lugar foi erigido uma basílica. Esse monumento de Constantino foi destruído no ano de 614 pelos persas; e, depois, reconstruído em proporções reduzidas pelo Abade Modesto.
O monumento foi novamente destruído pelo Califa Haken, em 1009, e restaurado em 1048, por Constantino Monômaco. A Igreja atual tida como o local do SANTO Sepulcro foi erigida em 1149.
Com foi a crucificação. A morte por crucificação era indescritivelmente horrível. Como Cícero, o orador e político romano — que a tinha presenciado muitas vezes — disse, “era o mais bárbaro e selvagem dos castigos. Que ele nunca se aproxime do corpo dum cidadão romano; nem do corpo, nem mesmo dos pen­samentos, dos olhos, ou dos ouvidos”. Era reservado para os escravos e para os revolucionários cujo fim se quisesse cobrir de uma desonra.
Para os romanos (e até para os judeus) nada mais fora do natural e mais re­voltante do que suspender um homem vivo em tal posição. De acordo com Flávio Josefo, essa forma ignominiosa teve a sua origem inspirada pelo costume de se pregar em estacas, num lugar exposto, os animais daninhos, de modo a servir a um tempo de punição para eles e de divertimento para os assistentes.
Era uma morte aflitiva. A vítima, em geral, durava dois ou três dias, sentindo nas mãos e nos pés dores insuportáveis produzidas pelos cravos, torturada pelo entumecimento das veias e, pior do que tudo, uma sede abrasadora, que aumentava constantemente. Era impossível deixar de mover o corpo, a fim de obter alívio a cada nova atitude da dor, mas cada movimento trazia uma nova e cruciante agonia.
Mas era necessário aquele grito de dor que partiu do recôndito de uma alma imaculada. “Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei, e vede, se há dor como a minha dor...” (Lm I.12).
A inscrição sobre a cruz. Pilatos, ao mandar preparar a cruz para JESUS, lembrara- se de que era costume romano colocar uma descrição do crime do condenado acima de sua cabeça ou em seu pescoço. No caso de CRISTO, a inscrição foi colocada acima da cabeça, a fim de que todos que passassem pudessem ler a frase, escrita em hebraico, grego e latim: “ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS”.
Alguns teólogos afirmam que cada evangelista registrou uma parte do título
completo: “JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS” (cf. Mt 27.37; Mac 15.26; Lc 23.38; Jo 19.19). Este título teria sido escrito pelo próprio punho de Pilatos (Jo 19.22) e estava, sem dúvidas, colocado na parte vertical da cruz onde se encontrava a cabeça do Senhor.
Aquela inscrição foi escrita nas línguas mais importantes daqueles dias. O motivo disso foi o poder de influência política que os idiomas hebraico, grego e latim tinham no mundo de então. Eram as línguas de maior valor para todos.
O hebraico indicava o lugar onde o suplício se consumou; era a língua da revelação, dos oráculos sagrados, pela qual DEUS fez conhecidas suas boas novas ao mundo — o aramaico, um hebraico modificado, era apenas o vernáculo para os palestinos, mas não possuía o valor da primeira língua.
O grego relacionava-se á grande turba helenista que veio para a Páscoa; era a língua da beleza, do comércio, da filosofia e da sabedoria.
O latim dizia respeito à majestade do Império Romano; era a língua da lei, do direito, da administração e dos documentos oficiais do império.
Seu amor e compaixão. Mesmo sentindo as dores cruciantes que o levaram à mor­te, JESUS continuou amando os seus amigos e inimigos até ao fim. A sua promessa de redenção estendeu-se àqueles que rodeavam a cruz: justos ou malfeitores.
Na cruz, JESUS dirigiu palavras:
As filhas de Jerusalém: “Porém JESUS, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos” (Lc 23. 23). Ele não se referiu àquelas que o seguiram durante o seu mi­nistério terreno, mas às moradoras da cidade que batiam no peito e o lamentavam. No ano 70, as palavras de JESUS se cumpriram literalmente com a destruição da cidade de Jerusalém.
A sua mãe. Mesmo diante de suas dores e sofrimento, JESUS mostrou ao mundo por que veio: para servir a vontade divina e a necessidade humana. Olhando para a sua mãe, ao pé da cruz, e para João, filho de Zebedeu, disse: “Mulher, eis aí o teu filho” e depois disse a João: “Eis aí tua mãe” (Jo 19. 27-27). Usando duas expressões idiomáticas, Ele demonstrou amor e ternura para com a sua família.
Como filho mais velho duma família de oito membros (seu pai por certo já havia morrido), não se esqueceu de deixar a sua mãe aos cuidados de João, seu primo; ordenou também que Maria adotasse João como filho. A Palavra de DEUS e a História confirmam que, desde “aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa”. E cuidou dela até à sua morte, cumprindo fielmente a recomen­dação de JESUS.
Ao malfeitor que estava ao seu lado. Bem perto de sua cruz, encontrava- se um homem que iria morrer naquela tarde. De acordo com a tradição, um homem de físico avantajado, de parecer firme, que contava com uns cinqüenta anos de idade. Antes de sua prisão, teria sido chefe dos sicários. Agora, preso, foi condenado à pena de morte. Sua sentença dizia que ele deveria morrer ao lado de JESUS, naquele dia (Lc 23.40-43).
Mas, ao se arrepender de tudo que fizera de errado em sua vida e num gesto de respeito e ternura, aquele criminoso voltou-se para JESUS: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino” (Lc 23.42). E o Senhor lhe respondeu: “Em verdade te digo hoje estarás comigo no Paraíso”. O seu corpo deve ter ido para o vale do Filho de Hinom, onde teria sido queimado numa fornalha. Mas a sua alma arrependida foi para o Paraíso, onde aguarda a ressurreição por ocasião do arrebatamento da Igreja do Senhor.
Aqueles que estavam executando a sua morte. Em meio ao seu sofrimento CRISTO roga perdão ao Pai pelos seus inimigos, dizendo: “... Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...” (Lc 23.34).
A cruz de CRISTO. Paulo gloriava-se na cruz de CRISTO: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor JESUS CRISTO, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6.14). A cruz de nosso Senhor é o ponto central de toda História.
CRISTO foi desamparado para que nós fôssemos amparados; ferido para que fôssemos sarados! No seio da igreja cristã, quando se falava da cruz, era falar da significação de sua morte. Por isso, o Novo Testamento não dirige maior atenção às dores físicas que CRISTO sofreu no madeiro, e sim para a ignomínia desse suplício. Para os gregos e romanos era a morte infamante de escravos criminosos, que a gente decente nem sequer mencionava; para os judeus, era sinal da maldição de DEUS sobre o réu, separado do seu povo (cf. Hb 13.12).
CRISTO JESUS, pois, suportando o suplício da cruz, desprezou a ignomínia (Hb 12.2) e deu a medida da sua obediência (Fp 2.6-8). Para nós, que cremos em CRISTO, a cruz é a fonte de toda vitória. Através dela seremos também vitoriosos em cincos aspectos: sobre a morte (ICo 15.56,57); sobre o “eu” (GI 2.20); sobre a carne (GI 5.24); sobre o mundo (GI 6.14); e sobre Satanás (Gl 2.15).
O apóstolo Paulo falou da eficácia da obra de CRISTO na cruz da seguinte forma: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de DEUS” (1 Co 1.18). Isso significa que, pela morte na cruz, JESUS trouxe eterna salvação àqueles que, em qualquer tempo ou lugar, o aceitam como Salvador e Senhor.
Quando cruz de CRISTO foi levantada, a sua mensagem se tornou eterna! E, como a cruz aponta para várias direções, isto é, para cima, para baixo e para os lados, assim é a mensagem da vitória de CRISTO na cruz: dirigida para todos os lados e também para o tempo e a eternidade (Jo 3.14-16).
A morte de JESUS
Chega, pois, a hora do Cordeiro de DEUS expirar. Mas, antes disso, Ele pronuncia sete frases.
As sete palavras (ou frases) da cruz. As três primeiras demonstram preocupação pelos outros; as outras três relacionam-se com o seu sacrifício. E a última mostram que Ele voluntariamente rendeu o espírito.
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34).
“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43).
“Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe” (Jo 19.26,27).
“Eli, Eli, lamá sabactani” (Mt 27.46).
“Tenho sede” (Jo 19.28).
“Está consumado” (Jo 19.30).
Céu, Terra e remo das trevas, em silêncio profundo, aguardavam o momento em que a espada aguda da Justiça divina imolaria o Cordeiro. E JESUS olha para o mundo que tanto amou e, em seguida, contemplando o Pai, pronuncia a última palavra: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46).
Fatos sobre a sua morte. Sangue e água jorraram de JESUS após a sua morte. “Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (Jo 19.34). O soldado romano talvez tivesse em mente atingir o coração de JESUS no local chamado septo, onde se localizaria a alma, segundo uma crendice da época. Mas a lança teria atingido o pericárdio — membrana que envolve o coração e se divide numa espécie de pasta sanguínea e soro aquoso.
As informações que vieram dos soldados que tencionavam quebrar as pernas de JESUS, bem como o laudo feito pelo centurião que Pilatos enviara, confirmaram que realmente Ele estava morto (Mac 15.44-45; Jo 19.32-33).
Alguns fatos sobre a crucificação de JESUS chamam a nossa atenção.
0 Pai teve de abandoná-lo. As palavras “Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” — que JESUS pronunciou antes de entregar o espírito ao Pai (Mt 27.46) — apontam para o momento fatal em que o aguilhão do pecado, a morte, atingiu o Filho de DEUS.
Ele mesmo entregou a sua vida. Isaías 53 mostra o mais impressionante relato sobre a morte sacrificial de CRISTO. Cada versículo dá um vislumbre do Cordeiro crucificado. O profeta Isaías salienta que nosso Senhor JESUS morreu voluntariamente.
A sua morte foi voluntária: “Foi levado” (v.7). JESUS não foi forçado à cruz. Nada fez contra a sua vontade. Submeteu-se à aflição espontaneamente. Humi­lhou-se até à morte, e morte de cruz. Deixou-se crucificar. Que graça espantosa por parte daquEle que tudo podia fazer para evitar tamanho suplício! Ele tinha o poder de entregar a sua vida e tornar a tomá-la — e de fato fez isso. Sim, o eterno Salvador não foi forçado ao Calvário, mas atraído para ele, por amor a DEUS e à humanidade perdida.
Sua morte foi vicária. Sem dúvida, o profeta Isaías tinha em mente o cordei­ro pascal, oferecido em lugar dos israelitas pecadores. Sobre a cabeça do cordeiro sem mancha realizava-se uma transferência dupla. Primeiro, assegurava-se o perdão divino mediante o santo cordeiro, oferecido e morto. Segundo, o animal, sendo assado, servia de alimentação para alimentar o povo eleito. O sacrifício de CRISTO foi duplo: morreu para nos salvar e ressuscitou para nossa justificação. CRISTO também é o Pão da vida, o nosso “alimento diário”.
Sua morte foi cruel. Ele foi levado ao matadouro! Esta palavra sugere brutalidade. Não é de admirar que a natureza envolvesse a cruz em um manto de trevas, cobrindo, assim, a maldade dos seres humanos!
 
 
O SEPULTAMENTO DE JESUS
José de Arimatéia — discípulo oculto de JESUS por medo dos judeus — conseguiu permissão de Pilatos para tirar o corpo da cruz. E, com Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a JESUS), levando quase cem arráteis dum composto de mirra e aloés, envolveram o corpo do Senhor em lençóis com as especiarias, como era costume dos judeus. Havia no horto da­quele lugar um sepulcro em que ainda ninguém havia sido posto. Ali puseram JESUS (Jo 19.38-42).
Sepultar os mortos era considerado um ato de piedade, o que se poderia esperar de um homem como José de Arimatéia. Também era comum que se sepultassem os mortos no mesmo dia de seu falecimento. O corpo de um homem executado não tinha permissão de ficar pendurado na cruz a noite inteira (Dt 21.23), pois isso, para a mente judaica, poluiria a terra. As seis horas, começaria o sábado da semana da Páscoa, durante a qual estava proibida qualquer execução.
A proximidade da Páscoa explica a maneira como foram precipitados os acon­tecimentos do dia. A prisão noturna, o julgamento, execução e o sepultamento de JESUS, tudo em poucas horas. Mas, mesmo assim, havia algo de sobrenatural para que as Escrituras fossem cumpridas. Paulo disse: que JESUS foi sepultado segundo as Escrituras (1 Co 15.4).
A preparação dc seu corpo. A fim de preparar um corpo para o sepultamento, os judeus o colocavam sobre uma mesa de pedra na câmara funerária. Primeiro o corpo devia ser lavado com água morna. O Talmude registra que essa lavagem era muito importante, não devendo ser feita por uma pessoa apenas, mesmo que se tratasse de uma criança. O morto não devia ser mudado de posição, a não ser por duas pessoas no mínimo.
O corpo era colocado numa prancha, com os pés voltados para a porta, e coberto com um lençol limpo. Então, era lavado com água tépida da cabeça aos pés; durante esse trabalho cobria-se a boca do morto para que não escorresse água para dentro.
Tudo indica que José e Nicodemos, com seus auxiliadores, teriam feito tudo isso (cf. Ato 9.37).
As especiarias. “E foi Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a JESUS), levando quase cem arráteis dum composto de mirra e aloés” (Jo 19.39). Era costume, como se verifica no Novo Testamento, preparar o corpo, depois de lavado, com várias espécies de ervas aromáticas. Lucas disse que o mesmo cuidado tiveram as mulheres que haviam seguido a JESUS durante seu ministério terreno (Lc 23.56).
O túmulo. O túmulo de CRISTO é uma sala de 4,60 metros de largura, 3,30 de fundo; e 2,50 de altura. Quem já teve a oportunidade de nele entrar, deve ter notado que, à direita, se vêem duas sepulturas: uma junto à parede da frente, e outra junto à dos fundos. Ficam um pouco abaixo do nível do piso da câmara mortuária, separadas por uma parede baixa.
A sepultura da frente parece que nunca foi concluída. Tudo indica que só a sepultura dos fundos foi alguma vez ocupada, e ainda assim sem indícios de restos mortais. Quem por lá passou observa que o túmulo é suficientemente capaz de acomodar um grupo de mulheres, além dos anjos que ali estiveram, se é que esses limitam-se a espaços (Mac 16.5; Jo 20.12).
Para o bom observador, à direita da porta vê-se uma janela por onde, ao romper do dia, a luz solar teria penetrado na sepultura ocupada até então. O corpo de JESUS foi colocado em um túmulo novo, cavado na rocha sólida, numa área de cemitérios particulares. Tudo agora tinha terminado, segundo aquilatavam aqueles que, durante sua vida terrena, foram seus inimigos. Ele agora encontrava- se morto; seu corpo sepultado debaixo de quase duas toneladas de pedra.
 
No texto de Marcos 16.4, do Manuscrito Bezae, da Biblioteca de Cambridge, na Inglaterra, foi encontrado um comentário intercalado que acrescenta: “E quando Ele foi colocado lá, ele (José) pôs contra o sepulcro uma pedra que vinte homens não podiam tirar”. Isso corrobora o que está escrito em Mateus 27.60: “... rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se”.
 
A vigilância do túmulo. Ali foi posta uma guarda. Existiam dois tipos de
A Guarda do Templo. Composta por 270 homens que eram distribuídos em lugares diferentes do Templo. Um grupo de dez levitas fazia a supervisão, enquanto os demais permaneciam postados em seus lugares.
A Guarda Romana. No tempo de JESUS havia várias organizações militares do Império Romano. A prisão de JESUS no Getsêmani foi efetuada por uma coorte (Jo 18.3), constituída por seiscentos homens. Era dividida em três manípulos, e es­tes, em seis centúrias. Cada uma tinha cem homens, e duas centúrias formavam um manipulo. Três manípulos formavam a coorte. Contudo, no sepulcro de JESUS não estava a coorte, e, sim, a guarda (Mt 27.62-66), que era composta de cem homens comandados por um centurião.
Seu ministério além-túmulo
Quando JESUS morreu, seu corpo foi levado por José de Arimatéia e sepultado. Envolto em lençóis, o seu corpo permaneceu até à manhã do domingo. Mas Ele, em espírito, foi ao Paraíso levar a mensagem de seu triunfo aos santos que tinham morrido na esperança messiânica. De lá foi ao reino dos mortos, o Hades, a fim de anunciar a sua vitória aos espíritos que estavam nas cadeias da escuridão.
A mensagem anunciada por CRISTO aos espíritos é retratada em várias passagens do Novo Testamento. Isso ocorreu no período entre a sua morte e a sua ressurrei­ção, isto é, da tarde da sexta-feira ao domingo pela manhã, enquanto o seu corpo permaneceu no túmulo.
Mas a justiça que é da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a CRISTO). Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a CRISTO)?” (Rm 10.6,1).
Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do Dom de CRISTO. Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto — ele subiu — que é, senão que também antes tinha descida às partes mais baixas da terra Ef 4.7-9).
Porque também CRISTO padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a DEUS; mortificado, na verdade na carne; mas vivificado pelo ESPÍRITO; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais, noutro tempo, foram rebeldes, quando a longanimidade de DEUS esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram. Que também, como uma verdadeira Figura, agora vos salva, batismo<, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com DEUS, pela ressurreição de JESUS CRISTO (         I Pe 3.18-21).
Porque por isto foi também pregado o evangelho aos mortos, para que; na verdade; fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo DEUS em espírito (I Pe 4.6).
A descida de CRISTO ao Hades é vista pelos teólogos com muita reserva. Pedro faz menção explícita desse acontecimento. Ver também Atos 2.27,31. Pedro disse que Ele foi pregar (no sentido de proclamar, anunciar) àqueles espíritos que “... rebeldes, quando a longanimidade de DEUS esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca” (I Pe 3.20). Mas a extensão da pregação de CRISTO, ali no Hades, conforme descreve o apóstolo, alcançou também todos os espíritos hu­manos que ali se encontravam (I Pe 4.6).
No primeiro caso, a passagem aponta diretamente para o tempo do dilú­vio, quando Noé, sua esposa, seus filhos e respectivas noras foram salvos por DEUS da grande catástrofe. Os contemporâneos de Noé não deram ouvido à advertência divina, pregada em forma do evangelho da justiça de DEUS. Quan­do Noé lembrava aquela gente do perigo iminente que viria sobre o mundo, eles zombaram de tal advertência! E até pedirem a DEUS que se retirasse deles: “retira-te de nós” (Jó 22.15-17).
Esses espíritos desincorporados foram lançados em prisões eternas e ali aguardam o dia do Juízo Final. Eles constituem o povo incrédulo e rebelde dos dias de Noé e que foi tragados pelas águas do dilúvio. Esse relato bíblico talvez inclua os anjos decaídos, mencionados em 2 Pedro 2.4 e Judas 6. Os anjos são às vezes chamados de “espíritos”, como em Hebreus I.I4.Também, nessa ocasião pode ter ocorrido a trasladação por JESUS, dos santos falecidos do Antigo Testamento, que se achavam no “seio de Abraão”(Lc 16.22,23), para o Paraíso de DEUS no Céu (Ef 4.8-10).
Três dias e três noites no seio da Terra (Mt 12.40). Os teólogos liberais têm ques­tionado a veracidade da afirmação de JESUS, de que, ao morrer, permaneceria três dias e três noites no seio da Terra. Os textos e contextos que mencionam isso são Jonas 1.17 e Mateus 12.40. Muitos perguntam: “Como o corpo de JESUS permaneceria no túmulo três dias e três noites se Ele foi crucificado na sexta-feira e ressuscitou no domingo pela manhã?”
A expressão em apreço (Mt 12.40) equivale a “depois de três dias” (Mt 27.63; Mac 8.31; 10.34; Jo 2.19) e a “no terceiro dia” (Mt 16.21; 17.23; 20.19; Lc 9.22; 24.7; 21.46). Conforme o costume dos judeus e de outros povos da antiguidade, parte de um dia, no começo e no fim de um período, era contado como um dia (cf. Et 4.16; 5.1).
Jerônimo afirmou:
Tenho abordado mais completamente o trecho, sobre o projeta Jonas l. 17), em meu comentário. Direi agora somente que isto [esta passagem] deve ser explicado como o modo de falar chamado sírtédoque, quando uma porção representa a totalidade. Não devemos exigir matematicamente que nosso Senhor passou três dias e três noites inteiras no sepulcro, mas sim, parte de sexta- feira, parte do domingo e todo o dia de sábado, o que é apresentado corno três dias e três noites.
De acordo com os Evangelhos, JESUS foi crucificado e sepultado na sexta- feira, antes do pôr-do-sol, que era considerado o começo do dia seguinte, para os judeus. Ele ressuscitou no primeiro dia da semana, isto é, domingo, por ocasião do nascer do sol. Os três, portanto, reiterando, foram: parte da sexta-feira, o sábado inteiro e parte do domingo.
O doutor Josh McDowell disse:
Se a frase “após três dias” não tivesse substituído a expressão “terceiro dia”, os fariseus teriam pedido um guarda para o quarto dia. Muitas vezes a expressão “um dia e uma noite” era a expressão idiomática usada pelos judeus para indicar um dia, mesmo quando somente parte de um dia era indicada, para expressar tal significado do pensamento.
Em 1 Samuel 30.12, está escrito: “... havia três dias e três noites que não tinha comido pão nem bebido água”. E no versículo seguinte lemos: “... meu senhor me deixou, porque adoeci há três dias!” Em Gênesis 42.17,18 ocorre o mesmo.
O Talmude Babilônico relata que “uma parte de um dia é o total dele”. No Talmude de Jerusalém, assim chamado porque foi escrito em Jerusalém — conforme descreve o doutor Artur C. Custance, em seu livro A Ressurreição de JESUS CRISTO — está escrito: “... um dia e uma noite são um Onah, e a parte de um Onah é como o total dele. Um Onah é, simplesmente, um período de tempo”.
 
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CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares – CPAD
 
A OBRA DE JESUS CRISTO
A obra de CRISTO envolve toda a sua vida e ministério terrenos. Envolve a sua pregação, os seus milagres, a sua morte, ressurreição e glorificação. Abordamos a obra de CRISTO aqui, apenas no que diz respeito à nossa redenção.
 
1. A Morte de JESUS CRISTO
A importância da morte de CRISTO é demonstrada:
Pela relação vital que ela tem com a sua Pessoa.
Por sua conexão vital com a encarnação (Hb 2.14).
Pela posição de relevo que lhe é dada nas Escrituras (Lc 24. 27,44).
Por ter sido alvo de investigação fervorosa por parte dos santos do Antigo Testamento (1 Pd 1.11).
Por ser elemento de interesse e pesquisa dos anjos (1 Pd 1.12).
Como uma das verdades cardeais do Evangelho (1 Co 15.1,3,4).
Como assunto único da conversa por ocasião da sua transfiguração (Lc 9.30,31).
Sendo uma religião nitidamente redentora, o cristia­nismo prioriza a morte de CRISTO como tema da sua prega­ção. Deste modo o cristianismo assume posição de desta­que, elevando-se acima de todas as religiões do mundo.
 
2. A Necessidade da Morte de JESUS CRISTO
A morte de JESUS CRISTO tornou-se necessária por cau­sa da santidade, do amor e do propósito de DEUS, face ao pecado do homem e ao cumprimento das Escrituras (Hc 1.13; Jo 3.16; 1 Pd 2.25; Lc 24.25-27; At 2.23). JESUS não morreu acidentalmente, nem como mártir; também não morreu meramente para exercer influência moral sobre os homens, nem para manifestar o desprazer de DEUS contra o pecado; nem meramente para expressar o amor de DEUS pelos homens. A morte de CRISTO foi o único recurso da economia divina que satisfazia plenamente os requisitos necessários à redenção do homem caído. Positivamente considerada, a morte de CRISTO
Foi predeterminada (At 2.23).
Foi voluntária - por livre escolha, não por compul­são (Jo 10.17,18).
Foi viçaria - a favor de outros (1 Pd 3.18).
-Foi sacrificial - como holocausto pelo pecado (1 Co 5.7).
Foi propiciatória - cobrindo ou tornando favorá­vel (1 Jo 4.10).
Foi redentora - resgatando por meio de pagamen­to (Gl 4.4,5).
Foi substitutiva - em lugar de outros (1 Pd 2.24).
Em seu escopo, a morte de CRISTO tem duplo aspecto: o universal e o restrito. Assim sendo, entendemos que a mor­te de CRISTO foi:
a) Pelo mundo inteiro (1 Jo 2.2).
b) Por cada indivíduo da raça humana (Hb 2.9).
c) Pelos pecadores, pelos justos e pelos ímpios (Rm 5.6-8).
d) Pela igreja e por todos os crentes (Ef 5.25-27).
O mundo inteiro foi incluído no alcance e providência da morte de CRISTO, e até certo ponto compartilha de seus benefícios. Mas essa provisão só se torna plenamente efi­caz e redentora no caso daqueles que crêem. Isto é, a morte de CRISTO é universal em seu alcance, mas restrita em sua eficácia, uma vez que só aqueles que a aceitam é que serão salvos.
 
3. Resultados da Morte de CRISTO
Dentre os incontáveis resultados da morte de CRISTO, salientam-se os seguintes:
Uma nova oportunidade de reconciliação do homem com DEUS (Rm 3.25).
Os homens são atraídos a Ele (Jo 12.32,33).
A propiciação total dos pecados (1 Jo 1.9).
  A remoção do pecado do mundo (Jo 1.29).
  A potencial anulação do poder do pecado (Hb 9.26).
A redenção da maldição da lei é assegurada (Gl 3.13).
Remoção da barreira entre judeus e gentios (Ef 2.14-16).
É anulada a distância entre o crente e DEUS (Ef 2.13).
Garantia do perdão de pecados (Ef 1.7).
A derrota dos poderes e principados (Cl 2.14,15).
 
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 A MORTE VICÁRIA DE JESUS
PORQUE PRIMEIRAMENTE VOS ENTREGUEI O QUE TAMBÉM RECEBI: QUE CRISTO MORREU POR NOSSOS PECADOS, SEGUNDO AS ESCRITURAS
1 CORÍNTIOS 15.3
 
A morte de JESUS deve ser estudada como fato histórico com suas relevantes implicações teológicas no plano divino da redenção humana. A morte não foi acidente de percurso, estava previsto nas Escrituras Sagradas, e esse acontecimento afetou e ainda afeta a vida de todos os humanos. Não se trata apenas da morte de um justo, mas de um sacrifício como oblação pelos nossos pecados, que DEUS recebeu e propôs como propiciação pelas nossas ofensas (Rm 3.25). O aspecto histórico está nos evangelhos, o teológico, em Atos, nas epístolas e em Apocalipse.
 
A MORTE DE JESUS NO PLANO DIVINO
No capítulo sete, JESUS, Sacerdote Eterno, falou-se sobre o sacrifício como tema central do Antigo Testamento e que esse sistema sacrificial implicava expiação, redenção, perdão e castigo vicário. O primeiro anúncio da vinda do Messias já vinculava a sua morte: “esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Isso fala de seu sofrimento e, também, de sua glória. Os detalhes são revelados progressivamente no transcorrer do tempo. Depois do dilúvio, DEUS escolheu o patriarca Abraão e prometeu suscitar dentre os seus descendentes o Redentor, pois a promessa divina feita a Abraão era: “À tua semente darei esta terra” (Gn 12.7). Segundo o apóstolo Paulo, é uma profecia messiânica, pois essa Semente diz respeito ao Messias (Gl 3.16). Dentre os filhos de Jacó, DEUS escolheu Judá, para ser um dos progenitores da Semente da Mulher (Gn 49.10). Judá é o pai de Perez (Gn 38.26-30), dele descendeu o rei Davi (Rt 4.18-22). A partir daí, os profetas apresentaram detalhes da obra e da identidade de JESUS.
A morte física de JESUS aconteceu “segundo as Escrituras” (1 Co 15.3), isso significa que estava prevista no Antigo Testamento por figuras e tipos, a começar pelo ritual do tabernáculo, e de maneira direta pelos profetas. A descrição do cordeiro da Páscoa, desde o êxodo do Egito, aponta para CRISTO e o seu sacrifício: “não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso” (Êx 12.46). Os soldados quebraram as pernas dos dois malfeitores que foram crucificados ao lado do Senhor JESUS, mas não quebraram as pernas do Mestre: “Mas, vindo a JESUS e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas... para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado” (Jo 19.33, 36).
O altar do sacrifício é outro tipo significativo. É identificado como altar dos holocaustos, altar de bronze ou de ofertas queimadas. Era uma caixa de mais ou menos 2,50m de comprimento e a mesma medida a sua largura, sua altura de aproximadamente 1,75m, de madeira de cetim e revestida de bronze ou cobre (a palavra hebraica é a mesma para esses metais), com quatro pontas, uma em cada canto (Êx 29.1, 20). As pontas eram aspergidas com sangue na consagração de sacerdotes (Êx 29.12), no dia da expiação (Lv 16.18) e na oferta pelo pecado, quando o pecador apresentava o substituto para o sacrifício (Lv 4.18, 25, 34). As marcas de sangue nas quatro pontas do altar apontam para as quatro marcas de sangue na cruz: na parte superior proveniente da coroa de espinhos, os cravos nos braços direito e esquerdo e o dos pés: o altar do sacrifício, onde o Filho de DEUS morreu em nosso lugar. Não há necessidade de se apresentar mais exemplos para mostrar os tipos e as figuras do sacrifício do Calvário.
O salmo 22 começa com as palavras que JESUS pronunciou do alto da cruz: “DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). A passagem paralela do evangelho de Marcos, a citação está em aramaico: “Eloí, Eloí, lemá sabactâni? Isso, traduzido, é: DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mc 15.34), mas o Targum de Jonathan usa “Eli”, igual ao hebraico, no salmo 22.1 [22.2]. O salmo é profético e descreve alguém abandonado, mas com uma fé inabalável em DEUS. O versículo 8 cumpriu-se na crucificação: “Confiou no SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer” (Cf Mt 27.43); da mesma forma, o 18: “Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre a minha túnica” (Cf Mc 15.24; Lc 23.34; Jo 19.23, 24). Isaías 53 descreve a cena do Calvário com abundância de detalhes. Segundo Alfred Edersheim, o Targum de Jonathan e o Targum de Jerusalém “adotam com franqueza a interpretação messiânica destas profecias” (EDERSHEIM, 1997, p. 90). O profeta Zacarias anunciou de antemão que o Messias seria traspassado por uma espada (12.10 Cf  Jo 19.34, 37).
JESUS afirmou que a Lei de Moisés e os Profetas se convergem nele, sendo sua paixão e morte o cumprimento das Escrituras Sagradas (Lc 24.26, 27; 44-46). Os quatro evangelhos apontam essa morte como cumprimento das Escrituras dos Profetas (Mt 27.35; Mc 15.24; Lc 23.34; Jo 19.24, 36, 37). O sacrifício de JESUS é a conclusão lógica dos ensinamentos do Antigo Testamento.
 
A CRUCIFICAÇÃO
O relato da execução de JESUS está registrado nos quatro evangelhos sinóticos. Eles devem ser entendidos como uma narrativa completa. Há apenas um evangelho descrito e apresentado em quatro maneiras. Há muita coisa em comum neles, mas há também muitas coisas peculiares que só aparecem em cada um deles, havendo muito mais coisas em comum e semelhantes do que diferenças. Quando se fala da harmonia dos evangelhos isso quer dizer, mediante fatos e provas, que os evangelhos não se contradizem. Nenhum deles é completo, o que falta em um, aparece no outro. De modo que as aparentes discrepâncias são, na verdade, complementos dessas narrativas, formando um só evangelho, narrando a vida de JESUS CRISTO. Muitas coisas que JESUS fez e ensinou não foram escritas (Jo 21.25). DEUS permitiu que fosse registrado apenas o suficiente para a salvação da humanidade. Todos eles tinham como meta apresentar em ordem a narrativa do nascimento, ministério, paixão e ressurreição de JESUS.
Somente Mateus mencionou a abertura dos sepulcros e a ressurreição dos mortos quando JESUS morreu (27.50-53), apenas Lucas registrou o arrependimento de um dos dois malfeitores crucificados ao lado do Senhor JESUS (23.40-43). João foi o único a escrever que JESUS carregou, ele mesmo, às costas, a cruz (19.17), que falou com Maria, sua mãe, desde o alto da cruz (19.26, 27) e que ele foi traspassado por uma espada (19.34). Das sete palavras da cruz, as frases proferidas por CRISTO do alto da cruz, uma foi registrada por Mateus e Marcos: “DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46; Mc 15.34); três por Lucas: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (23.34), “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (v 43), “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (v. 46) e as outras três por João: “Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe” (19.26, 27), “Tenho sede” (v. 28) e “Está consumado” (v. 30). Esses são alguns exemplos de detalhes de cada narrativa.
JESUS esteve na cruz durante seis horas, depois de uma longa noite de interrogatório e de uma sessão de tortura. Quando o prenderam no Getsêmani, ele foi conduzido à casa do sumo sacerdote para o primeiro interrogatório (Lc 22.54), ali mesmo começou a tortura física e a zombaria: “E os homens que detinham JESUS zombavam dele, ferindo-o. E, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto e perguntavam-lhe, dizendo: Profetiza-nos: quem é que te feriu?” (Lc 22.63, 64). Pela manhã cedo, ele foi conduzido ao sinédrio (Lc 22.66), onde a sessão de interrogatório prosseguiu e de lá para o governador romano da Judéia, Pôncio Pilatos (Lc 23.1), que logo o remeteu de volta a Herodes, mas antes, em sua presença, foi zombado e ultrajado, em seguida foi devolvido para Pilatos (Lc 23.7, 11). Então, foi torturado, recebeu uma coroa de espinhos, um bastão real e um manto de púrpura (Mt 27.29; Jo 19.2), escarnecendo-se dele, pois dizia ser o rei dos judeus. Foi crucificado às nove horas da manhã: “E era a hora terceira, e o crucificaram” (Mc 15.25).20[1] A injustiça era tanta que até a natureza se revoltou, o sol negou a sua luz em pleno dia, houve trevas em toda a terra desde um pouco antes do meio-dia até às três horas das tarde (Lc 23.44-46).
Somente Lucas registrou as palavras ipsis litteris de JESUS, ao entregar o espírito ao Pai: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). Era uma oração registrada no livro dos Salmos: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito” (31.5 ARA[2]), que as crianças judias recitavam como oração ao anoitecer. O relato de Lucas mostra de maneira inconfundível que JESUS se entregou por nós, ele deu sua vida pelos pecadores, como ele mesmo havia prometido, “a minha vida”, disse “ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou” (Jo 10.18). JESUS entregou o espírito com “grande brado” (Mc 15.37) ou com “grande voz” (v. 46; Mt 27.50). O termo “está consumado” (Jo 19.30), tanto em grego τετέλεσται (tetelestai), como em aramaico משַׁלַּם (moshallam), é uma só palavra. O brado de JESUS no alto da cruz declara haver concluído a obra da redenção entregando ao Pai o seu espírito indica triunfo, e não mero “está acabado” como um derrotado. Ele foi crucificado, mas vitorioso, cumpriu a sua missão com sucesso, aleluia!
O “véu do templo” era a cortina que separava o lugar santo do lugar santíssimo, ou santo dos santos, lugar da presença de DEUS onde somente o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, no dia da expiação (Êx 26.33; 30.10; Lv 16.15). O véu rasgado mostra que a morte de JESUS abriu a todos os seres humanos o caminho para DEUS (Hb 6.19, 20; 10.19, 20).
A morte de JESUS causou o maior impacto de toda a sua vida. O centurião reconheceu haver crucificado um homem justo, e a multidão “voltava batendo nos peitos” (Lc 23.48) como gesto de aturdimento. Estava ali participando de um espetáculo de zombaria, de repente, as palavras de JESUS com a reação da natureza despertaram a consciência daquelas pessoas que voltavam para casa batendo dos peitos como gesto de lamentação pelo horrendo crime, sem precedente na História, era uma sensação coletiva de culpa e vergonha. Essa estranha reação foi um preparativo para o povo receber a mensagem do evangelho, pregado pelo apóstolo Pedro, no dia de Pentecostes (At 2.23).
 
O SACRIFÍCIO VICÁRIO
A Bíblia ensina que “todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS” (Rm 3.23) e que o homem é completamente incapaz de salvar-se a si mesmo (Is 64.6), de ir ao céu pela sua própria força, justiça e bondade. Assim, DEUS proveu a salvação de maneira que a paz e a justiça se encontrassem (Sl 85.10). O sacrifício de JESUS satisfez toda a justiça da lei e dos profetas. O Antigo Testamento não somente anuncia a vinda de JESUS com sua paixão e morte como também apresenta a importância do sangue, no sacrifício, apontando para o Calvário: “... é o sangue que fará expiação...” (Lv 17.11). Isso é confirmado no Novo Testamento... sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hb 9.22). “Expiação”, portanto, significa reconciliação, é a restauração de uma relação quebrada. Na cruz fomos reconciliados com DEUS (2 Co 5.19; Ef 2.23-26).
O termo “vicário” vem do latim vicarius, que significa “o que faz as vezes de outro, substituto” (SARAIVA, 2000, p. 1273). Morte vicária significa morte substitutiva, pois JESUS morreu em nosso lugar (1 Co 15.3; Gl 2.20). Os apóstolos entenderam o significado teológico na morte de JESUS, pois DEUS propôs o sangue de seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (Rm 3.25; 1 Pe 3.18; 1 Jo 2.1,2).
Os muçulmanos negam peremptoriamente a morte de JESUS. O Alcorão ensina textualmente que JESUS não morreu. Essa é a mais grotesca negação do cristianismo, pois os céticos sempre têm questionando o significado de eventos ligados aos ensinos e às obras de CRISTO. Porém, rechaçar a História, afirmando que JESUS não morreu, é um disparate, pois toda a estrutura bíblica gravita em torno desse acontecimento: a paixão e a morte de JESUS é contada como parte de sua vida terrena nos quatro evangelhos, sendo as evidências externas sólidas e indestrutíveis.
Há inúmeras referências à morte de CRISTO no Antigo Testamento, alguns exemplos foram citados acima. O próprio JESUS predisse, várias vezes, a sua morte; dois exemplos são suficientes para confirmar esse fato:
Desde então, começou JESUS a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia ... E, subindo JESUS a Jerusalém, chamou à parte os seus doze discípulos e, no caminho, disse-lhes: Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e condená-lo-ão à morte” (Mt 16.21; 20.17, 18).
Historiadores judeus e romanos atestaram a morte de JESUS. O fato foi registrado por Josefo:
Nesse mesmo tempo, apareceu JESUS, que era um homem sábio, se é que podemos considerá-lo simplesmente um homem, tão admiráveis eram as suas obras. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o CRISTO. Os mais ilustres dentre os de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou que o crucificassem. Os que o haviam amado durante a sua vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas  haviam predito, dizendo que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, os quais vemos ainda hoje, tiraram o seu nome (Antiguidades, Livro 18.4.772).
Josefo não era cristão e por isso muitos críticos duvidam da autenticidade da menção de JESUS em sua obra. Porém, nada há nos manuscritos que justifiquem tal suspeita, ela é fundamentada apenas nos adjetivos que o historiador aplicou a JESUS.21[3] A literatura judaica antiga menciona a morte de JESUS, o Talmud Babilônico declara a morte de JESUS na véspera da Páscoa (Sanh. 43a). Tácito, o historiador romano, afirma: “CRISTO, foi executado no reinado de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos” (Anais XV.44.2,3). Luciano de Samosata, satirista grego e zombador dos cristãos, por volta de 170 escreveu: “Os cristãos, como todos sabem, adoram um homem até hoje – o distinto personagem que iniciou seus novos rituais – foi crucificado por causa disso” (MCDOWELL, 1995, p. 60). A confirmação bíblica e histórica da morte de JESUS é fato incontestável. A verdade é que a cruz de CRISTO sempre foi escândalo para os que perecem (1 Co 1.23).
O homem precisava e precisa de JESUS, ele que se tornou o nosso sacrifício, morreu em nosso lugar para abrir o caminho ao céu. O que é tão ofensivo na cruz? O orgulho do homem faz com que se rebele contra a sentença de DEUS. O incrédulo ofende-se porque DEUS não aceita seus esforços pessoais! O sacrifício de JESUS CRISTO mostra que o homem é completamente incapaz de ir ao céu, à presença de DEUS, pela própria bondade e força. JESUS deixou isso claro: “Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6); “sem mim, nada  podeis fazer” (Jo 15.5).
 
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Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman
A obra de CRISTO
CRISTO realizou muitas obras, porém a obra suprema que ele consumou foi a de morrer pelos pecados do mundo. (Mat. 1:21; João 1:29.) Incluídas nessa obra expiatória figuram a sua morte, ressurreição, e ascensão. Não somente devia ele morrer por nós, mas também viver por nós. Não somente devia ressuscitar por nós, mas também ascender para interceder por nós diante de DEUS. (Rom. 8:34; 4:25; 5:10.)
 
1. Sua morte.
(a) Sua importância. O evento mais importante e a doutrina central do Novo Testamento resumem-se nas seguintes palavras: "CRISTO morreu (o evento) por nossos pecados (a doutrina)" (1 Cor. 15:3). A morte expiatória de CRISTO é o fato que caracteriza a religião cristã. Martinho Lutero declarou que a doutrina cristã distingue-se de qualquer outra, e mui especialmente daquela que apenas parece ser cristã, pelo fato de ser ela a doutrina da Cruz. Todas as batalhas da Reforma travaram-se em torno da correta interpretação da Cruz. O ensino dos reformadores era este: quem compreende perfeitamente a Cruz, compreende a CRISTO e a Bíblia! É essa característica singular dos Evangelhos que faz do Cristianismo a única religião; pois o grande problema da humanidade é o problema do pecado, e a religião que apresenta uma perfeita provisão para o resgate do poder e da culpa do pecado tem um propósito divino. JESUS é o autor da "salvação eterna" (Heb. 5:9), isto é, da salvação final. Tudo quanto a salvação possa significar é assegurado por ele.
 
(b) Seu significado. Havia certa relação verdadeira entre o homem e seu Criador. Algo sucedeu que interrompeu essa relação. Não somente está o homem distanciado de DEUS, tendo seu caráter manchado, mas existe um obstáculo tão grande no caminho que o homem não pode removê-lo pelos seus próprios esforços. Esse obstáculo é o pecado, ou melhor, a culpa. O homem não pode remover esse obstáculo; a libertação terá que vir da parte de DEUS. Para isso DEUS teria que tomar a iniciativa de salvar o homem. O testemunho das Escrituras é este: que DEUS assim fez. Ele enviou seu Filho do céu à terra para remover esse obstáculo e dessa maneira reconciliou os homens com DEUS. Ao morrer por nossos pecados, JESUS removeu a barreira; levou o que devíamos ter levado; realizou por nós o que estávamos impossibilitados de fazer por nós mesmos; isso ele fez porque era a vontade do Pai. Essa é a essência da expiação de CRISTO. Considerando a suprema importância deste assunto será ele abordado mais pormenorizadamente em um capítulo à parte.
 
 
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A PAIXÃO DE CRISTO
(Comentários a respeito  do Filme de Mel Gibson)
Semana da Paixão
P O R Q U E   A  C R U Z  ?
Críticas ao Filme
Ponto de vista médico
A SENTENÇA DE CRISTO
 
P O R Q U E   A  C R U Z ?
A Cruz Era Necessária Porque JESUS CRISTO Nos Substituiu Ali, Que Era Nosso Lugar, Ele Morreu Por Nossos Pecados E A Nossa Morte, Em Nosso Lugar, Levou Sobre Si Nossos Pecados, Doenças E Iniquidades (Is 53; 1 Pe 2:24)
A CRUZ ERA LUGAR DE CONDENADO:
Gl 3:13 "CRISTO nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro"; Dt 21:22 Se um homem tiver cometido um pecado digno de morte, e for morto, e o tiveres pendurado num madeiro, 23 o seu cadáver não permanecerá toda a noite no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto aquele que é pendurado é maldito de DEUS. Assim não contaminarás a tua terra, que o Senhor teu DEUS te dá em herança.
Se "Todos Pecaram E Destituídos Estão Da Glória De DEUS" (Rm 3.23), Então Todos Nós Merecíamos Morrer E Morte De Cruz. O Pecado Merece Castigo Ou Seja Maldição. JESUS Veio Nos Substituir Naquela Cruz; O Sacrifício De Um Em Lugar De Muitos. 
Rm 5.16 Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou; porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, JESUS CRISTO.
18 Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida.
19 Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos.
 
A MORTE DE JESUS CRISTO FOI UMA:
1-      EXPIAÇÃO: Lv 23:2828 Nesse dia não fareis trabalho algum; porque é o dia da expiação, para nele fazer-se expiação por vós perante o Senhor vosso DEUS. 29 Pois toda alma que não se afligir nesse dia, será extirpada do seu povo. = PURGAR, LANÇAR FORA, COBRIR. REMOVER NOSSO PECADO COBRINDO-O C/ SANGUE. 1 Pe 2:24; 2Co 5:21; 1 Jo 1:7 mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS seu Filho nos purifica de todo pecado.
2-      PROPICIAÇÃO: 1 Jo 2:2; Rm 3:25 ao qual DEUS propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; Hb 2:17; 1 Jo 4:10 = APLACAR, ACALMOU A IRA DE DEUS; ASSIM PODEMOS CHEGAR À PRESENÇA DELE.
3-      SUBSTITUIÇÃO: Is 53:64 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. ; RM 5:6 = SUBSTITUTO NOSSO NA CRUZ, O CORDEIRO NA PÁSCOA SUBSTITUÍA O PRIMOGÊNITO. CRISTO NOSSA PÁSCOA MORREU POR NÓS.
4-      REDENÇÃO: Mt 20:28; Ap 5:9; 14:3,4; Gl 3:13; Tt 2:14; 1 Pe 1:18; Hb 9:12 e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção. Sl 49:8; Ef 1:7,14; Ef 4:30; Cl 1:14 = COMPRAR POR PREÇO ALGO VENDIDO ( 1 Co 6:20 = Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a DEUS no vosso corpo.); RESGATAR DA MÃO D’OUTREM. Lv 25:47-49 (TODO O CAPÍTULO, ANO DO JUBILEU). 47 Se um estrangeiro ou peregrino que estiver contigo se tornar rico, e teu irmão, que está com ele, empobrecer e vender-se ao estrangeiro ou peregrino que está contigo, ou à linhagem da família do estrangeiro, 48 depois que se houver vendido, poderá ser remido; um de seus irmãos o poderá remir;49 ou seu tio, ou o filho de seu tio, ou qualquer parente chegado da sua família poderá remi-lo; ou, se ele se tiver tornado rico, poderá remir-se a si mesmo.
5-      RECONCILIAÇÃO: 2 Co 5:18 Mas todas as coisas provêm de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por CRISTO, e nos confiou o ministério da reconciliação; Cl 1:21; Rm 5:11; Rm 11:1520 e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus. Éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más,22 agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, a fim de perante ele vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis, 23 se é que permaneceis na fé, fundados e firmes, não vos deixando apartar da esperança do evangelho que ouvistes, e que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu = DEUS NÃO FICA PARA SEMPRE INTRIGADO COM O PECADOR, É ELE PRÓPRIO QUE NOS PROCURA PARA RECONCILIAÇÃO.
*** PROVA DE TUDO ISTO. JESUS SALVA, CURA, LIBERTA, BATIZA  COM O ESPÍRITO SANTO E LEVA-NOS PARA O CÉU.
  
CRÍTICAS AO FILME PAIXÃO DE CRISTO - (Por Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva)
 

 CENAS DO FILME

ERRO DOUTRINÁRIO

REFERÊNCIAS

1- JESUS cabeludo.

Paulo jamais falaria que ao homem ter cabelos compridos é desonroso, se JESUS os usasse assim. 

Ez 44:20; 1Co 11:14

2- Maria com idade aparente de 25 anos.

Maria teria pelo menos 50 anos. Pelo menos 17 anos quando Teve JESUS  33,5 anos de JESUS = 50,5 anos

 

3- Diabo aparecendo em forma corpórea no Getsêmani, durante a oração de JESUS.

JESUS estava lutando contra si mesmo e não contra o Diabo nesta hora.

Mt 26.34-47

4- Maria dizendo: - Começou Senhor, que assim seja.

Maria guardava as coisas em seu coração, não controlava os acontecimentos. Lc 2.5; pelo contrário Maria sabia quem mandava, veja  Jo 2.5

Lc 2.5; Jo 2.4;

Jo 2.5

5- Pedro chama Maria de Mãe.

Absurdo, não há na Bíblia tal referência ou ensino. Quem chamava Maria de mãe eram seus próprios filhos que nasceram depois de JESUS. Mt 12.47; Mt 13.55; Mc 3.31,32; Lc 8.19,20; At 1.14.

A prima Isabel chamou-a de "mãe do meu Senhor" e não de sua mãe, veja Lc 1.43. Se seus discípulos a chamassem mãe então neste versículo só estaria filhos e não discípulos, veja Jo 2.12.

Mt 12.47; Mt 13.55; Mc 3.31,32; Lc 8.19,20; At 1.14.

Lc 1.43; Jo 2.12

 

6- Judas, após ter traído JESUS, se mata em  morte de enforcamento depois de travar uma luta com meninos.

At 1.18 (Ora, ele adquiriu um campo com o salário da sua iniquidade; e precipitando-se, caiu prostrado e arrebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram.

At 1.18

João chama Maria de Mãe.

Absurdo, não há na Bíblia tal referência ou ensino. Quem chamava Maria de mãe eram seus próprios filhos que nasceram depois de JESUS. Mt 12.47; Mt 13.55; Mc 3.31,32; Lc 8.19,20; At 1.14.

A prima Isabel chamou-a de "mãe do meu Senhor" e não de sua mãe, veja Lc 1.43. Se seus discípulos a chamassem mãe então neste versículo só estaria filhos e não discípulos, veja Jo 2.12.

Mt 12.47; Mt 13.55; Mc 3.31,32; Lc 8.19,20; At 1.14.

Lc 1.43; Jo 2.12

Maria abraça JESUS no caminho para o Gólgota e ele lhe diz que agora está renovada suas forças.

Revoltante a idolatria a Maria e as invenções católicas sem base bíblica.

 

Mulher que dá água para JESUS e lhe enxuga o rosto, onde fica estampada sua face.

Absurdo, não há na Bíblia tal referência ou ensino. Isto é só para apoiar as imagens católicas e suas crendices, sua idolatria por figuras sacras.

Êx 20.4

9- JESUS carregando a cruz completa.

Quase impossível, segundo a maioria dos estudiosos, pois já havia apanhado muito, perdido muito sangue e estava exausto de ficar sem alimento e com muitas câimbras e com anemia. No máximo levou o vão central da cruz.

 

10- Corvo que posa na cruz do ladrão que não se converteu e lhe pica os olhos.

Absurdo, não há na Bíblia tal referência ou ensino.

 

11- Templo se rachando ao meio.

O que se rasgou ao meio foi o Véu do templo. A passagem para DEUS estava agora aberta. Lc 23.45

Lc 23.45

 CONCLUSÃO:  

Lv 17.11; Is 53.4-5; Gl 3.13,15; Hb 9.11-12; Hb 9.22; Estas Leituras São Importantes Para Compreensão Da Cruz E Do Sangue Derramado Por Nós.

O filme tem o seu lado bom que é o de fazer com que as pessoas reconheçam o sacrifício de JESUS CRISTO por nós e de divulgar o cristianismo principalmente em países islâmicos, porém, na maioria das pessoas que assistem e não são evangélicas, causa o efeito contrário, ou seja, produz dó, comiseração, emoção sem conversão e estimula a idolatria a Maria que já é predominante no meio não evangélico, como já o era nos tempos de Jeremias, onde a idolatria a uma mulher vestida de azul e púrpura era predominante (Jr 7.18).

Para evangelização não creio que teremos bons resultados, pois é um filme exclusivista, feito por um católico apostólico romano e parece encomendado pelos mesmos, pois os romanos são apresentados como bons e os judeus são vistos como os únicos culpados dessa nossa culpa coletiva. NÓS MATAMOS JESUS.

 »Isaías [53]
1 Quem deu crédito à nossa pregação? e a quem se manifestou o braço do Senhor?
2 Pois foi crescendo como renovo perante ele, e como raiz que sai duma terra seca; não tinha formosura nem beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
3 Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido.
5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

 
 
A paixão de CRISTO, a partir de um ponto de vista médico.
C. Trunan Davis
 
     De repente, eu percebi que eu tinha tornado a crucificação de JESUS mais ou menos sem valor, durante estes anos, que havia crescido calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar – e pela amizade distante que eu tinha com Ele. Isto finalmente aconteceu comigo quando, como médico, eu não sabia o que verdadeiramente ocasionou a morte imediata. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, sem dúvida, acharam que qualquer detalhe seria desnecessário.
   
Eu estudei a prática da crucificação, que é a tortura e execução de alguém fixando-o na cruz.
   
A coluna vertical era geralmente fixada ao solo, onde seria a execução, e o réu era forçado a carregar o poste horizontal, pesando aproximadamente 55 quilos, da prisão até o lugar da execução.
    EXPLICAÇÃO:
A paixão física de JESUS começou no Getsêmani. Em Lucas diz: “E estando em agonia, Ele orou. E Seu suor tornou-se gotas de sangue, escorrendo pelo chão.”
   
Todos os estudos têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente debaixo da impressão de que isto não pode acontecer.
   
No entanto, pode-se conseguir muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado. Debaixo de um stress emocional, fino capilares nas glândulas sudorípara podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo causa fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia.
   
Após a prisão no meio da noite, JESUS foi trazido ao Sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro trauma físico. JESUS foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e caçoaram d’Ele, pedindo para que identificasse quem O estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.
   
De manhã cedo, JESUS, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, foi levado a Jerusalém para ser chicoteado e então crucificado.
   
Os preparativos para as chicotadas são feitos: o prisioneiro é despido de Suas roupas, e Suas mãos amarradas a um poste, acima de Sua cabeça. É duvidoso se os Romanos seguiram as leis judaicas quanto as chibatadas. Os judeus tinham lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chibatadas. Os fariseus, para terem certeza de que esta lei não seria desobedecida, ordenava apenas 39 chibatadas para que não houvesse erro na contagem.
CHICOTE DUPLO :
O soldado romano dá um passo a frente com um chicote com várias pesadas tiras de couro com 2 (duas) pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira.
 
O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de JESUS. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chibatadas continuam, elas cortam os tecido debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue, e finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura. As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chibatadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensanguentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.
 
Então, JESUS é desamarrado, e Lhe é permitido deitar-se no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que clamava ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os Seus ombros e colocam um pau em Suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, recoberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intensa hemorragia (o escalpo é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo). Após caçoarem d’Ele, e baterem em Sua face, tiram o pau de Suas mãos e batem em Sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em Seu escalpo. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de Suas costas. O manto, por sua vez, já havia se aderido ao sangue e grudado, nas feridas, justo como em uma descuidada remoção de uma bandagem cirúrgica, causa dor cruciante...quase como se estivesse apanhando outra vez – e as feridas, começam a sangrar outra vez.
 
A pesada barra horizontal da cruz á amarrada sobre Seus ombros, e a procissão do CRISTO condenado, dois ladrões e os detalhes da execução dos soldados romanos, encabeçada por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é muito para Ele. Ele tropeça e cai. Lascas da madeira entram na pele dilacerada e nos músculos de Seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já não suportam mais. O centurião, ansioso para a crucificação, escolhe um norte-africano, Simão, para carregar a cruz. JESUS segue ainda sangrando, suando frio e com choques. A jornada é então completada. O prisioneiro é despido – exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus. A crucificação começa: a JESUS é oferecido vinho com mirra, uma mistura para aliviar a dor. JESUS se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e JESUS é rapidamente jogado de costas, com Seus ombros contra a madeira. Os soldados procuram a depressão entre os ossos de Sua mão. Ele dirige um pesado, quadrado prego de ferro, através de Sua mão para dentro da madeira. Rapidamente ele se move para outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não pregar muito apertado, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada, e sobre o topo, a inscrição onde se lê em grego, latim e hebraico: “JESUS de Nazaré, Rei dos Judeus”, é pregada.
 
O pé direito é pressionado contra o pé esquerdo, e com os pés esticados, os dedos para baixo, um prego é martelado atravessando os pés, deixando os joelhos levemente flexionados. A Vítima está agora crucificada. À medida que Ele se abaixa, com o peso maior sobre os pregos nas mãos, cruciante e terrível dor passa pêlos dedos e braços, explodindo no cérebro – os pregos nas mãos comprimem os nervos médicos. Conforme Ele se empurra para cima, a fim de aliviar o peso e a dor, Ele descarrega todo o Seu peso sobre o prego em Seus pés. Outra vez, desencadeia a agonia do prego colocado entre os metatarsos se Seus pés.
       EXPLICAÇÃO:
Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grande ondas de cãibras percorrem Seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a inabilidade de empurrar – Se para cima, Pendurado por Seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado para os pulmões, mas não pode ser expirado. JESUS luta para se levantar a fim de tomar fôlego. Finalmente, dióxido de carbono é retido nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, Ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que JESUS consegui falar as sentenças registradas:
JESUS olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre Suas vestes, “Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem.”
Em Lucas 23:34 a forma do verbo no presente continuo indica que Ele continuou dizendo isto. Ao lado do ladrão, JESUS disse: “Hoje você estará comigo no Paraíso.”
JESUS disse, olhando para baixo ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “ eis a Sua mãe” e olhando para Maria, Sua mãe disse: “eis aí o seu filho”. O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Meu DEUS, meu DEUS, por que me desamparaste?
Horas desta dor limitante, ciclos de contorção, cãibras nas juntas, asfixia parcial intermitente, intensa dor por causa da lascas enfiadas nos tecidos de Suas costas dilaceradas, conforme Ele se levanta contra o poste de crus. Então outra dor de agonia começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.
Agora está quase acabado – a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico – o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos – os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam estímulos para o cérebro.
JESUS suspira de sede. Uma esponja embebida em vinagre, vinho azedo, o qual era o resto da bebida dos soldados romanos, é levantada aos Seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de JESUS chega ao extremo, e Ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre Seu corpo. Este acontecimento traz as Suas próximas palavras – provavelmente, um pouco mais que um suspiro de tortura.
ESTÁ CONSUMADO :
Sua missão de sacrifício está completa. Finalmente, Ele permite o Seu corpo morrer.
 Com uma última força, Ele mais uma vez pressiona o Seu peso sobre os pés contra o prego, estica as Suas pernas e toma profundo fôlego e grita Seu último clamor: “PAI, EM TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO”
           
Por causa da Páscoa, a tradição dizia que o réis ainda vivos, deveriam ser retirados da cruz e quebradas as suas pernas. No caso de JESUS isto era desnecessário.
            CONCLUSÃO:  Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço entre as costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: “ E imediatamente verteu sangue e água.” Isto era escape de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração. Nós, portanto, concluímos que nosso Senhor morreu, não de asfixia, mas de um enfarte de coração, causado por choque e constrição do coração por fluidos no pericárdio.
 
Isso seria a lógica se JESUS não tivesse morrido antes do soldado lhe furar.
 
NA VERDADE CREMOS QUE JESUS MORREU ANTES DO SOLDADO LHE FURAR. Mt 27.50; Mc 15.37; Lc 23.46; Jo 19.30-34.
Jo 19.30 Então JESUS, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 31 Ora, os judeus, como era a preparação, e para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, pois era grande aquele dia de sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados dali.32 Foram então os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele fora crucificado; 33 mas vindo a JESUS, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34 contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
 
 A SENTENÇA DE CRISTO
Cópia (autêntica?) da Peça do Processo de CRISTO, existente no Museu da Espanha.
 
No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, Monarca Invencível, na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio, do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia; QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente, na baixa Galileia, HERODES ANTIPRAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém; QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente – EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte, JESUS, chamado pela plebe – CRISTO NAZARENO – e Galileu de nação, homem, sedicioso, contra a Lei Mosaica – contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR. Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se filho de DEUS e REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte público da Justiça, chamado CALVÁRIO, onde, crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título: JESUS NAZARENUS, REX JUDEORUM. Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano. Testemunhas da nossa sentença: Pelas doze tribos de Israel: RABAM DANIEL, RABAM JOAQUIM BANICAR, BANBASU, LARÉ PETUCULANI, Pêlos fariseus: BULLIENIEL, SIMEÃO, RANOL, BABBINE, MANDOANI, BANCURFOSSI. Pêlos hebreus: MATUMBERTO. Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma: LÚCIO SEXTILO e AMACIO CHILICIO.   (Esta sentença encontramos na Internet e não podemos afirmar ser a verdade, mas serve de ilustração de como se lavrava a sentença de crucificação nos tempos de JESUS)
 
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O Julgamento de JESUS [Aspectos Jurídicos de] - Hon. Harry Fogle
 
Há tanto misticismo e confusão acerca da crucificação e ressurreição que acabamos perdendo de vista o fato de que JESUS de Nazaré foi julgado como homem diante de uma corte de homens sob as leis dos homens, condenado e executado como homem, e que como drama, o julgamento de JESUS supera quaisquer dos grandes julgamentos da história da justiça humana.
Abordarei esse assunto como advogado, não como teólogo. Recomendo a pesquisa dos aspectos teológicos dos eventos por conta de cada um. Creio que ter o ponto de vista de um advogado sobre os processos da lei que culminaram na morte de JESUS na cruz cruel do Calvário podem levar a uma melhor compreensão espiritual.
De início eu quero enfatizar que não considero que uma raça inteira de pessoas (os Judeus) tenha causado a morte de JESUS. E também não creio que nenhum Cristão inteligente pensaria isto.
Minha opinião é que apenas uns poucos homens poderosos em Israel principalmente os sacerdotes superiores daquela nação foram os responsáveis pela injustiça que ocorreu. Para entender quão grande foi essa injustiça, vamos examinar a lei Judaica como ela existia na época... um verdadeiro e magnífico sistema de justiça criminal.
Sob as provisões da lei Judaica não poderia haver condenação por um crime capital baseado no testemunho de menos que duas pessoas. Uma testemunha era considerada a mesma coisa que nenhuma testemunha. Se houvesse apenas duas testemunhas, ambas teriam que concordar em todos os particulares até os mínimos detalhes.
Sob a lei rabínica, o acusado tinha o direito de ter um defensor (o precursor da garantia de ter um advogado em processos criminais que é definido pela Sexta Emenda da Constituição dos Estados Unidos). Se o acusado não pudesse pagar pela defesa, um defensor seria escolhido para ele. Alguém
poderia pensar no caso Gideon versus Wainwright, que deu origem ao sistema de defensores públicos como uma inovação. Mas na realidade essa era a prática das cortes desde há 2000 anos atrás!
Sob a lei Mosaica, um acusado não poderia ser obrigado a testemunhar contra si mesmo. Esse era o espírito da Quinta Emenda: "Ninguém deve ser obrigado a servir de testemunha contra si próprio em nenhum caso criminal." Eis o conceito de "apelo à Quinta Emenda", que fez parte da justiça criminal desde os tempos de Moisés !
Uma confissão voluntária não era suficiente para a condenação sob a lei Judaica. O ônus da prova ainda era do Estado, que tinha que provar que a confissão, se houvesse sido feita, teria sido feita livremente, de forma voluntária e de plena consciência.
Hoje em dia, os policiais norte americanos são obrigados a ler os "direitos Miranda" ("Você tem o direito de ficar calado. Tudo o que disser poderá ser usado contra você.", etc ...) para os acusados de forma que a Corte possa determinar que uma confissão seja feita livremente, voluntariamente e conscientemente.
Se uma confissão é feita depois que a lei Miranda foi ouvida e compreendida, a confissão pode ser admitida. Mas não era assim nos tempos de JESUS. A lei Judaica não admitia confissão, sob a crença de que o Estado jamais poderia se basear no que uma pessoa disse de sua própria boca para condená-la.
Uma evidência circunstancial é aquela que não está diretamente ligada ao crime, mas sim relacionada à outras evidências, que juntas, servem para que se deduza como um crime foi realizado. Em um julgamento, as impressões digitais da pessoa (evidência circunstancial) servem para deduzir que o acusado esteve em tal local e tocou em tal objeto, mesmo que ninguém tenha visto o acusado.
No caso em que uma testemunha diz "ouvi um tiro e, quando cheguei à cena segundos depois, vi o acusado com uma arma na mão", essa evidência é circunstancial. O problema é que o acusado pode ter disparado um tiro contra o agressor que fugiu após o crime ou o acusado pode ter sido apenas alguém que pegou a arma depois que o agressor a jogou no chão.
Pois bem, as evidências circunstanciais também não eram admitidas.
Hoje em dia, raramente se vê um caso nas cortes onde as evidências circunstanciais não sejam usadas.
Atualmente, em muitos casos as únicas evidências existentes são totalmente circunstanciais.
Os depoimentos do tipo "ouvi fulano falar isso" (o "ouvir dizer") também não eram admitidos na época.
Ainda temos essa regra contra admitir depoimentos de testemunhas que não estão no tribunal e que não podem ser examinadas pessoalmente, mas as exceções à essa regra têm demolido as proteções originais aos acusados.
A regra "inocente até prova em contrário" que nossas leis reconhecem hoje (isto é, um acusado é presumido inocente até que sua culpa tenha sido estabelecida por evidências e pela eliminação de qualquer dúvida razoável) também vem da lei Judaica e essa era a regra quando JESUS foi injustamente crucificado.
O acusado de um crime capital só podia ser julgado durante o dia e em público. Esse era o precursor da garantia constitucional de um julgamento em público.
Nenhuma evidência poderia ser apresentada se o acusado não estivesse presente. Isso deu origem ao atual direito que os acusados têm de estarem face a face com as testemunhas depondo contra eles.
As testemunhas não tinham que jurar. O mandamento "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo" era considerado suficiente para deter o perjúrio. Mentir na corte era perjúrio sob juramento formal ou não.
E mais ainda, havia dois desestímulos adicionais ao perjúrio:
(1) qualquer testemunha em um caso de crime capital que desse falso testemunho recebia a pena de morte: e
(2) se o acusado de um crime capital fosse condenado, as testemunhas eram obrigadas a assistir à execução. Sob essa provisão da lei, as testemunhas geralmente escolhiam suas palavras cuidadosamente e só davam testemunho com grande cuidado!
O Grande Sinédrio, a Suprema Corte Judaica, era a única corte com jurisdição sobre crimes puníveis com a morte. A criação do Sinédrio é atribuída à Moisés. Foi uma corte de 70 membros composta de um Sumo Sacerdote como juiz principal, uma Câmara Religiosa de 23 sacerdotes, uma Câmara Legal de 23 escribas, e uma Câmara Popular de 23 anciãos. Era a essa corte a que JESUS se referia quando disse que devia ir a Jerusalém e sofrer nas mãos dos anciãos, sacerdotes e escribas. Ele sabia que pela decisão deles ele seria morto.
Extremo cuidado era usado para selecionar os juízes dessa grande corte. Cada um devia ter pelo menos 40 anos de idade com experiência em pelo menos 3 cargos de dignidade gradativamente maior. Cada um tinha que ser uma pessoa de integridade incontestável e tido em alta estima por seus conterrâneos.
Membros do Sinédrio atuavam como juízes e jurados. Eles não tinham um júri separado. Qualquer membro com interesses ou conhecimento pessoal das partes era requerido que se retirasse do julgamento. A Corte tinha que decidir a questão da culpa ou inocência apenas com evidências apresentadas no tribunal.
O Sinédrio era encarregado sob a lei rabínica de proteger e defender o acusado. Nenhum membro da corte poderia atuar inteiramente como acusador ou promotor. A lei requeria que a corte desse aos acusados o "benefício da dúvida" e para ajudar o acusado a estabelecer sua inocência.
Os procedimentos de julgamento eram similares aos nossos. Seguindo-se à audiência preliminar, um sumário das evidências era dado por um dos juízes. Os espectadores eram então removidos do tribunal e os juízes votavam. Uma maioria era suficiente para condenar ou absolver. Se uma maioria votasse pela absolvição, o julgamento terminava e o condenado recebia a liberdade total. Se uma maioria votasse pela condenação, então um procedimento diferente era seguido.
Nenhum anúncio de veredicto poderia ser feito nesse dia. A corte teria que adiar por um dia inteiro. Os juízes recebiam permissão para voltarem às suas casas mas não poderiam ocupar suas mentes em quaisquer atividades sociais ou de negócios. Eles tinham que devotar seu tempo inteiro para a consideração e reconsideração solene das evidências e retornar no dia seguinte para votar de novo.

Nesse segundo dia, qualquer juiz que houvesse votado pela absolvição não poderia mudar seu voto, mas qualquer juiz que, na primeira votação, houvesse julgado o acusado como "culpado" poderia mudar seu voto.

Durante esse tempo, o acusado ainda era presumido inocente.

Uma outra provisão peculiar da lei Judaica era de grande importância, porque um veredicto unânime de culpa resultava na absolvição do acusado! Isso derivava do dever que a corte tinha de proteger e defender o acusado. A lei Mosaica estabelecia que desde que algum membro da corte tinha que fazer a defesa do acusado, um veredicto unânime de culpa indicava que ninguém teria feito essa defesa, que poderia ter havido uma conspiração contra o acusado, e que ele não teria tido um amigo ou defensor. Tal

veredicto unânime era inválido e tinha o efeito de uma absolvição.

Israel não era uma democracia com Igreja e Estado separados, mas uma teocracia com Igreja e Estado entrelaçados como uma coisa só. Muitos acreditam que os altos sacerdotes ordenaram a prisão e julgamento ilegal de JESUS, que eles foram quem subornaram Judas, que eles sozinhos é que se sentiram ameaçados pelos ensinamentos de JESUS em público, e que eles sozinhos é que buscaram a morte de JESUS.

A prisão foi ilegal porque ela veio de noite, em violação à lei. Ela foi efetuada através das atividades do conspirador Judas Iscariotes em violação à lei rabínica. Ela não foi resultado de um mandado legal, novamente em violação ao código Mosaico. Os guardas romanos que prenderam JESUS no Jardim de Gethsêmani e o trouxeram ao tribunal do Sumo Sacerdote não tinham uma ordem de prisão legal.

O julgamento noturno é uma evidência adicional de conspiração contra JESUS por esses sacerdotes cuja hipocrisia o Carpinteiro denunciava publicamente. Sob a lei do Sinédrio, o primeiro passo deveria ter sido a audiência prévia com a leitura das acusações para o réu em uma corte aberta. O registro (incluindo os escritos de Mateus, Marcos, Lucas, João, Josephus, Philo e os Manuscritos do Mar Morto)

não menciona nenhum audiência prévia. E eu assumo que Mateus, Marcos, Lucas e João são testemunhas com credibilidade. Nós podemos crer em seus testemunhos.

O registro diz que a corte procurou testemunhos falsos contra JESUS para justificar condená-lo à morte, mas da primeira tentativa não conseguiram, apesar dos vários testemunhos falsos que surgiram.

Houve perjúrios entre eles, mas ninguém estava disposto a arriscar a terrível consequência de mentir contra um homem acusado de crime capital.

Mas finalmente surgiram duas falsas testemunhas, e nos disseram Mateus e Marcos que ambos os testemunhos não concordam entre si. A primeira testemunhou para acusação de blasfêmia dizendo que JESUS havia dito "Eu sou capaz de destruir o Templo." A segunda testemunhou que JESUS havia dito "Eu vou destruir esse Templo."

Não houve outras testemunhas além dessas duas, e elas não concordavam entre si. JESUS deveria ser Não houve outras testemunhas além dessas duas, e elas não concordavam entre si. JESUS deveria ser absolvido ainda antes de ser questionado em sua defesa... e certamente sem ser obrigado a testemunhar contra si próprio.

Porém, o sumo sacerdote Caifás invocou JESUS para que se defendesse (contrariando a lei). "E, Levantando-se, o sumo sacerdote no sinédrio perguntou a JESUS, dizendo: Nada respondes? Que testificam ti?" JESUS não respondeu.

Em vez de proteger e defender o acusado como requerido pela lei deles, o próprio sumo sacerdote se tornou o acusador, em franca violação das regras do julgamento. "Conjuro-te pelo DEUS vivo", ele gritou, "que nos digas se tu és o CRISTO, o Filho de DEUS!"

Agora, coloquemo-nos na posição de um carpinteiro humilde diante dos homens mais poderosos do país, no maior tribunal da nação. É difícil imaginar quão grande foi a coerção e a pressão!

Embora JESUS pudesse continuar em silêncio, ele decidiu falar. "Se vo-lo disser, não o crereis, e também, se vos perguntar, não me respondereis."

Os sacerdotes novamente perguntaram "És tu o Filho de DEUS?"

A resposta de JESUS foi apenas "Vós dizeis que eu sou."

Caifás então anunciou à Corte "De que mais testemunho necessitamos? pois nós mesmos o ouvimos da sua boca."

O resto dos homens daquela corte terrível, ouvindo essas palavras ditas pelo seu sumo sacerdote, ilegalmente confirmaram seu julgamento gritando "É réu de morte !"

A primeira audiência diante do Sinédrio foi concluída por volta das três da manhã. A Corte só adiou o julgamento até o nascer do sol, embora a lei exigisse que cada um deles deliberasse a sós por um dia inteiro antes da segunda audiência.

Eles retornaram apenas algumas horas depois, ao amanhecer. Lucas nos conta "E logo que foi dia, Ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes e os escribas, e o conduziram ao seu concílio." Essa sessão foi superficial. Nenhuma testemunha foi invocada. Novamente a lei foi violada ao se exigir que JESUS respondesse à questão repetida "És tu o Filho de DEUS?"

E novamente JESUS respondeu "Tu o disseste", e então acrescentou "Digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu."

Diante disso, a corte gritou "Para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia."

A votação foi feita, os votos dos juízes foram contados, e Marcos nos conta "TODOS o consideraram culpado de morte." A importância disso reside naquela provisão peculiar da lei Judaica que requeria a absolvição se houvesse veredicto unânime.

Sob a lei Judaica, a morte por apedrejamento era a sentença apropriada para uma ofensa capital. O povo Judeu não crucificava e esse método de executar a pena de morte era de origem Grega ou Romana. Os Judeus executavam os condenados por apedrejamento, decapitação ou estrangulamento de acordo com a natureza do crime. Para a blasfêmia era prescrita a morte por apedrejamento.

No entanto, o exército Romano que ocupava Jerusalém na época era o único com poder de anunciar e executar sentenças de morte. O Sinédrio tinha apenas autoridade para levantar a acusação perante um magistrado Romano ou governador militar, o qual tinha o dever de rever o processo inteiro em um julgamento separado tendo poder para decidir. Portanto, "logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, com os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio, tiveram conselho; e, ligando JESUS, o levaram e entregaram a Pilatos."

Normalmente se diz que o reino de Judá nos deu a religião e a Grécia nos deu as artes, mas Roma nos deu as leis. O sistema judicial Romano era incomparável em matéria de jurisprudência, mas Pilatos não seguiu o sistema Romano. Ele não exerceu julgamento independente de acordo com a lei mas cedeu às pressões políticas dos sacerdotes Judeus, violando assim a própria lei que ele estava encarregado de fazer cumprir.

Sua história é um exemplo de como os juízes devem ser sempre livres de pressões políticas, livres para decidir os casos baseando-se apenas na lei e nas evidências. Como Procurador Imperial na Jerusalém ocupada pelos Romanos da época, Pilatos tinha o dever legal de rever todas as evidências e procedimentos nos casos capitais trazidos até ele pelos líderes Judeus. Ele foi um bom juiz (até que a segurança de seu cargo foi ameaçada pela política).

Os sacerdotes levaram JESUS para a entrada do palácio de Pilatos (Eles não poderiam entrar porque se tornariam impuros, sendo uma época de Páscoa.)

Pilatos foi até eles dizendo "Que ACUSAÇÃO trazeis contra este homem?".

Essa pergunta é importante porque demonstra a intenção de Pilatos em levar o caso como um julgamento à parte desde o início, começando a julgar a própria acusação. Ele não perguntou "Vocês condenaram esse homem de quê?", mas em vez disso perguntou quais eram as acusações.

Os sacerdotes sabiam a importância da pergunta de Pilatos, então eles responderam indiretamente "Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos." Em outras palavras, Pilatos perguntou "qual a acusação contra este homem?" e os sacerdotes responderam "se ele não fosse culpado não estaria aqui!"

Pilatos percebeu essa tentativa de limitar sua jurisdição e induzi-la a agir de acordo com a vontade deles.

Isso o irritou e ele revidou: "Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei!" Os sacerdotes foram então forçados a admitir "A nós não nos é lícito matar pessoa alguma."

Tentemos entender o dilema desses sacerdotes em violação às leis. Se eles apresentassem JESUS como um homem condenado por blasfêmia com o depoimento de apenas duas testemunhas que não concordaram entre si, Pilatos reverteria o veredicto. Se eles apresentassem JESUS como alguém condenado por sua própria confissão, Pilatos também dispensaria o veredicto. E, é claro, se eles informassem que JESUS havia sido condenado por votação unânime, Pilatos entraria com um veredicto de absolvição.

Então, os maliciosos sacerdotes apresentaram JESUS a Pilatos sob uma nova acusação que eles inventaram naquele momento: traição contra César. "Havemos achado este, pervertendo a nossa nação", disseram eles, "proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é CRISTO, o rei."

Pilatos chamou JESUS para dentro do palácio e o perguntou em privado "Tu és o rei dos Judeus?" E JESUS perguntou a Pilatos para saber a origem da nova acusação: "Tu dizes isso de ti mesmo, ou to disseram outros de mim?"

Pilatos replicou "a tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim", explicando com isso de onde havia sido originada aquela acusação de traição.

Era uma coisa plausível que um Judeu acusasse um Romano de traição ou que um Romano acusasse um Judeu, mas naquele momento eram os Judeus mais proeminentes da nação acusando um de seus conterrâneos de crime de traição contra Roma !

JESUS disse a Pilatos "O meu reino não é deste mundo."

E Pilatos insistiu "Logo tu és rei?"

JESUS respondeu "Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar JESUS respondeu "Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz."

Pilatos então fez a famosa pergunta "Que é a verdade?"

JESUS não deu resposta alguma senão a presença silenciosa de Si, o cordeiro levado ao sacrifício por mentirosos, de forma que Pilatos saiu para onde os sacerdotes estavam e, de acordo com João, pronunciou sua absolvição enfática do carpinteiro Nazareno. Ele disse a eles "Não acho nele crime algum!"

Até então, Pilatos havia seguido a lei à risca. A lei era boa. A lei teria libertado JESUS mas pela persistência desses maldosos sacerdotes que não se importavam em nada com as leis pelas quais eles mesmos governavam a terra e seus habitantes.

Era intolerável para esses inimigos da verdade que seu complô assassino fosse frustrado dessa maneira.

Os sacerdotes soltaram rugidos de indignação "Alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galileia até aqui."

Essa acusação era a de sedição (revolta, motim, crime contra o Estado), que era menos odiosa que a traição. Ela exigia a prova de uma motivação corrupta para a condenação, mas ainda nenhum motivo maldoso se pode provar que existira em JESUS.

Pilatos ignorou essa acusação, mas com a referência à Galileia, ele encontrou uma oportunidade de escapar do que o esperava. Herodes, o Tetrarca da Galileia, estava em Jerusalém para a Páscoa. Pilatos viu nisso uma chance de transferir a responsabilidade para Herodes, que tinha jurisdição para julgar acusações de sedição. JESUS era Galileu.

Os sacerdotes aprovaram essa ação porque eles pensavam que Herodes faria o que eles quisessem, para ganhar seus favores.

JESUS foi arrastado até o palácio de Herodes, onde as acusações de traição e sedição foram reiteradas.

Herodes, contudo, não se impressionou. Ele havia ouvido a respeito dos ensinamentos de JESUS e o questionou, mas quando JESUS se recusou a responder (um direito de todo acusado), Herodes colocou nele uma túnica branca e o mandou de volta a Pilatos sem dar uma decisão. Se esse procedimento irregular tivesse qualquer status legal, ele levaria a uma nova absolvição. Pilatos concordou.

Lucas nos conta que, quando os sacerdotes trouxeram JESUS de volta do palácio de Herodes, Pilatos saiu de encontro a eles e disse "Haveis me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem. Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei." Notemos que Pilatos naquele momento cometeu um erro. Ele declarou "Esse homem é inocente.

Herodes o julgou inocente e eu o julguei inocente. Eu vou, portanto, castigá-lo e soltá-lo !" Mas que autoridade legal tinha Pilatos para castigar um homem inocente? Por que ele fez isso?

Apesar de contrária à lei Romana, eu creio que Pilatos fez isso na esperança de que o castigo deixaria os sacerdotes satisfeitos de modo que eles cessariam suas exigências de morte. Assim, Pilatos ordenou de JESUS, não com uma punição branda, mas com o açoitamento até quase matar, com tiras de couro embutidas com pedaços de chumbo !

A imposição desse açoitamento ilegal foi, em si, um impedimento para punições ainda piores. Qualquer punição adicional violaria as leis tanto de Roma como de Israel, que estabeleciam que, já tendo o acusado sido condenado e punido, ele não poderia ser julgado novamente pelo mesmo crime.

João diz que "desde então Pilatos procurava soltá-lo", mas JESUS foi levado ao quartel dos soldados e despido de sua túnica branca que havia sido dada por Herodes, foi coberto com uma capa púrpura, coroado com uma guirlanda de espinhos, dado uma cana como cetro, e levado para ser confrontado, coroado com uma guirlanda de espinhos, dado uma cana como cetro, e levado para ser confrontado pelos irados sacerdotes novamente.

Pilatos anunciou "Eis aqui o homem."

Os sacerdotes responderam "Crucifica-o!"

Tudo isso por ter JESUS desafiado a autoridade daqueles homens que estavam dispostos a violar as leis para causar sua morte, homens que por esta razão corromperam sua própria autoridade.

Pilatos então disse "Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho nele." Ali estava um juiz de leis dizendo "este homem é inocente, mas vocês podem matá-lo se o quiserem."

É claro que isso não satisfez os sacerdotes. Eles não ousariam crucificar JESUS sem uma aprovação inequívoca de uma autoridade Romana, porque fazer isso os sujeitaria a uma represália, possivelmente até a morte, nas mãos dos Romanos.

"Nós temos uma lei", eles insistiram, "e, segundo a nossa lei, ele deve morrer porque se fez Filho de DEUS." E ao dizer isso, eles revelaram a Pilatos que sua verdadeira queixa contra JESUS era, na verdade, a acusação de blasfêmia.

Pilatos, que não havia ouvido ainda essa acusação, mais uma vez levou JESUS à parte e perguntou "Donde és tu?" Essa era a equivalente às nossas modernas perguntas "De onde você vem? Qual é a sua intenção?" Pilatos queria saber o que JESUS poderia ter feito para enraivecer tanto os sacerdotes ao ponto de violarem as leis sagradas de sua nação para condená-lo à morte ilegalmente.

JESUS não respondeu nada. Pilatos então vociferou "Não me falas a mim? não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?"

JESUS apenas respondeu "Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado."

Pilatos novamente procurou soltar JESUS, mas os sacerdotes enraivecidos exclamaram "Se soltas este, não és amigo do César." Essa era uma ameaça à Pilatos. Poderia haver graves consequências se a mais alta corte de Israel denunciasse Pilatos à César. Pilatos sentiu que uma interpretação errada de seu julgamento poderia chegar aos ouvidos de César. Ele poderia ser visto como se estivesse protegendo alguém que era considerado pelos mais influentes de seus conterrâneos como culpado de traição. Pilatos não teve a coragem de lutar pela justiça contra esses sacerdotes coléricos.

Foi então que a esposa de Pilatos lhe enviou uma mensagem: "Não entres na questão desse justo."

Seu apelo levou Pilatos a tentar um último esforço para salvar JESUS sem arriscar seu cargo. Era costume durante a Páscoa de libertar um prisioneiro escolhido pelo povo. Pelo voto popular, as pessoas poderiam conceder anistia a qualquer um sentenciado à morte.

Eu vejo esse como um dos mais dramáticos momentos de toda a História, mas muito do drama passou despercebido pelos autores e dramaturgos, e uma lamentável confusão resultou em 2000 anos de animosidade desnecessária entre Cristãos e Judeus. Foram os sacerdotes Judeus que buscaram a morte de JESUS, não o povo.

O nome Barrabás em Hebraico significa filho de Abás. Pedro era referido por Mateus como "Pedro bar Jonas", isto é, Pedro filho de Jonas. Bar Mitzvah é traduzido literalmente como Filho da Lei. O nome de Barrabás também era JESUS: JESUS Barrabás.

A pergunta de Pilatos aos sacerdotes foi "Qual quereis que vos solte? [JESUS] Barrabás, ou JESUS chamado CRISTO?"

Eles clamaram, é claro, pela libertação de Barrabás, o notório ladrão e assassino.

"Que farei então de JESUS, chamado CRISTO?", perguntou Pilatos.

 

O Julgamento de JESUS

Eles gritaram "Seja crucificado!"

"Hei de crucificar o vosso rei?", perguntou Pilatos.

E aqueles sacerdotes (que odiavam César como só os povos conquistados podiam odiar) disseram a Pilatos "Não temos rei senão o César!"

Pilatos enfraqueceu diante daquela ferocidade implacável e entregou JESUS para que o crucificassem. Ele tomou uma bacia de água diante dele, lavou suas mãos nela e anunciou "Estou inocente do sangue deste justo: considerai isso."

Pilatos mandou gravar na cruz "JESUS de Nazaré, o Rei dos Judeus".

Caifás e os outros sacerdotes foram a Pilatos e pediram "Não escrevas 'Rei dos Judeus', mas que ele disse 'Sou Rei dos Judeus'." E Pilatos respondeu "O que escrevi, escrevi."

JESUS foi julgado desde antes de sua audiência. Ele foi acusado de três crimes separados. Os sacerdotes do Sinédrio o condenaram ilegalmente por blasfêmia. Pilatos se recusou a reconhecer esse procedimento inicial. Pilatos, por duas vezes, absolveu JESUS da acusação de traição. Ele foi acusado de sedição diante de Pilatos e Herodes mas foi absolvido por ambos. E ainda assim, JESUS foi executado porque pretensamente se assumiu que ele havia sido considerado culpado de traição. Ameaçado com a possível

perda de seu cargo, Pilatos escolheu crucificar JESUS como a maneira mais fácil de calar os coléricos sacerdotes.

Antes das doze horas daquele mesmo dia, JESUS foi crucificado em violação às leis de Israel e Roma, fechando o mais tenebroso capítulo da história da administração judicial e invocando o supremo chamado que o mundo jamais ouvira para que humanos obrassem pela justiça. Dois dos sistemas de leis mais esclarecidos que existiram foram prostituídos para destruir o homem mais inocente que já passou pela face da Terra.

Essa história nunca vai morrer, porque de sua verdade sempre nasce a esperança de toda a humanidade.

Mais do que qualquer outro episódio na história do mundo, o julgamento de JESUS clama a todos os homens e mulheres de boa vontade para que trabalhem por um sistema de governo humano pelo qual possamos viver juntos em paz e segurança sob um Estado de Direito administrado com reverência pela Verdade e pelo Amor Caridoso.

 

Hon. Harry Fogle - Editado por Frederick Graves, JD

(tradutor para português: anônimo)

© 2000 by Jurisdictionary Foundation, Inc. Jurisdictionary Foundation, Inc.

Post Office Box 123 - Jensen Beach, Florida 34958 - 5613344447

 

 

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Lição 11, CENTRAL GOSPEL, A Prisão e o Julgamento de JESUS - NA ÍNTEGRA

 

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 11 / ANO 1- N° 3

                                               

ESBOÇO DA LIÇÃO 11, CENTRAL GOSPEL

1. JESUS NO GETSÊMANI

1.1. A agonia de JESUS

1.1.1. O objetivo de estarem ali

1.1.2. Uma companhia inesperada

1.1.3. Um grupo armado e o traidor

1.2. A prisão de JESUS

1.2.1. O sinal para a prisão

1.2.2. JESUS foi preso ou deixou-se prender?

1.2.3. Fidelidade à Sua missão

2. OS JULGAMENTOS

2.1. O julgamento religioso

2.1.1. JESUS perante Anás

2.1.2. JESUS perante Caifás

2.1.3. JESUS perante o Sinédrio

2.2. O julgamento civil

2.2.1. JESUS perante Pilatos

2.2.2. JESUS perante Herodes

2.2.3. JESUS outra vez perante Pilatos

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Lucas 22.47,48,52,53,66-71

47- E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela e chegou-se a JESUS para o beijar.

48- E JESUS lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?

52- E disse JESUS aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos que tinham ido contra ele: Saístes com espadas e porretes, como para deter um salteador? 

53- Tenho estado todos os dias convosco no templo e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.

66- E logo que foi dia, ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes, e os escribas, e o conduziram ao seu concílio,

67- e lhe perguntaram: Se tu és o CRISTO, dize-nos. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis;

68- e também, se vos perguntar, não me respondereis, nem me soltareis. 

69- Desde agora, o Filho do Homem se assentará à direita do poder de DEUS.

70- E disseram todos: Logo, és tu o Filho de DEUS? E ele lhes disse: Vós dizeis que eu sou.

71- Então, disseram: De que mais testemunho necessitamos? Pois nós mesmos o ouvimos da sua boca.

 

 

TEXTO ÁUREO
  Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que CRISTO JESUS velo do mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. 1 Timóteo 1.15


SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Lucas 9.18-22 O sofrimento do Messias
3ª feira - Marcos 14.32,33 A agonia do Messias
4ª feira - Lucas 22.41,42 A oração persistente e submissa do Messias
5ª feira - João 13.21-30 O traidor é identificado
6ª feira - João 18.1-5 A traição é consumada
Sábado - 1Pedro 2.24 A soberana providência do Messias

 

OBJETIVOS -   Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

• discorrer sobre os três atos da paixão de CRISTO; 

• identificar os eventos ocorridos no Getsêmani e no Sinédrio judaico durante a prisão e julgamento de CRISTO: 

• entender que o conjunto desses acontecimentos faziam parte das profecias veterotestamentárias.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

  Prezado professor, após a celebração da Páscoa, CRISTO e Seus discípulos dirigiram-se ao jardim do Getsêmani, marcando o início de um momento crucial em Sua missão terrena. Antevendo os sofrimentos iminentes, Ele declarou: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos e escribas, seja morto e ressuscite ao terceiro dia (Lc 9.22). Este período, embora culminasse em gloriosa vitória, foi caracterizado por uma profunda agonia física, emocional e espiritual.

  Durante esta lição, proponha uma reflexão sobre os temas cruciais da crucificação e ressurreição do Messias: sacrifício, per dão e redenção. Convide os alunos a explorarem essas questões com profundidade, analisando seu significado pessoal e suas implicações para a fé cristã. 

  Excelente aula!

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

  De acordo com Louis-Claude Fillion, o comovente episódio da paixão de CRISTO pode ser dividido em quatro atos: o primeiro abrange a agonia do Salvador e Sua prisão no Getsêmani; o segundo, o julgamento religioso perante o Sinédrio; o terceiro, o julgamento civil diante de Pilatos; e o quarto, a crucificação e morte de JESUS. Nesta lição, abordaremos os três primeiros atos.

 

1. JESUS NO GETSÊMANI

  Nos Evangelhos, destacam-se dois fatos importantes no jardim do Getsêmani: a intensa agonia de JESUS pelo sofrimento iminente; e a Sua prisão, que consolidou a traição de Judas Iscariotes.

 

1.1. A agonia de JESUS

  O jardim do Getsêmani estava localizado ao sopé do monte das Oliveiras, parte de uma cadeia de colinas fora de Jerusalém, de frente para o Templo. JESUS costumava reunir-se ali com Seus discípulos (Jo 18.1,2). Naquela noite, porém, a reunião foi mais Intima e diferente. Dentre os discípulos, apenas Pedro, Tiago e João acompanharam o Mestre, formando Seu círculo mais próximo de amizade.

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  O jardim do Getsêmani era um recinto cercado, situado em um olival, onde provavelmente havia uma prensa de azeite. Naquela prensa, as azeitonas eram esmagadas até a obtenção do óleo. Não é difícil associar esse processo à aflição que JESUS sentiu naquela noite. As profecias messiânicas anunciavam que Ele seria esmagado por causa das nossas iniquidades (Is 53.5,6 NAA).

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1.1.1. O objetivo de estarem ali

  Ao chegarem a um lugar afastado, JESUS revelou aos três discípulos que Sua alma estava profundamente triste, numa tristeza mortal (Mt 26.38 NVI). Ele sabia dos sofrimentos iminentes e consecutivos que enfrentaria: a prisão, os maus-tratos e a crucificação. O peso maior que recaía sobre os Seus ombros, no entanto, era o fato de que, por um momento, Ele se faria pecado por nós (2Co 5.21) e sentiria o abandono do Pai. Em agonia, orou: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua (Lc 22.42). A angústia era tão intensa, que Seu suor se tornou como gotas de sangue caindo ao chão (Lc 22.44).

 

1. JESUS NO GETSÊMANI

1.1. A agonia de JESUS

1.1.1. O objetivo de estarem ali

1.1.2. Uma companhia inesperada

  É preciso destacar, todavia, que JESUS não esteve completamente sozinho. Um anjo do céu foi confortá-lo (Lc 22.43) Os anjos haviam anunciado Seu nascimento aos pastores (Lc 2.8.9) e o assistiram após a tentação (Mt 4.11); assim, seria natural que estivessem com o Filho de DEUS durante Sua terrível agonia.

 

1.1.3. Um grupo armado e o traidor

  O primeiro ato da paixão ainda não havia terminado. JESUS se levantou da oração e, pela terceira vez, encontrou os três discípulos dormindo (Mc 14.41). Desta vez, ele não voltou a orar, pois homens armados com espadas e porretes se aproximavam (Mc 14.43). A frente do grupo estava Judas Iscariotes, discípulo que havia saído da cerimônia da Páscoa e agora retornava para consumar a traição.

 

1.2. A prisão de JESUS

  Enquanto o Mestre ainda falava aos discípulos, o traidor, que estava a serviço dos principais sacerdotes, chegou acompanhado por um grande grupo, composto principalmente por religiosos, pela guarda do Templo e por uma guarnição de soldados romanos, que estavam ali para apoiar os oficiais encarregados de prender JESUS (Lc 22.47,52; Jo 18.3).

 

1.2.1. O sinal para a prisão

  João relata que o horto onde JESUS estava era um local de encontro frequente entre Ele e os discípulos, levando Judas a supor, corretamente, que os encontraria ali (Jo 18.1,2). Judas concordou em traí-lo por 30 moedas de prata, comprometendo-se a liderar o grupo que, aparentemente, não conhecia o Mestre pessoalmente. Isso se infere pela identificação, que foi estabelecida da seguinte maneira: Aquele a quem eu saudar com um beijo, é ele; prendam-no (Mt 26.48 NVI).

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  O evangelista João relata que Judas estava acompanhado por uma coorte romana (Jo 18.3), composta por centenas de soldados. Embora parecesse excessivo para prender um único homem, o objetivo era evitar a fuga de JESUS e impedir que outros discípulos fossem capturados em seu lugar.

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1.2.2. JESUS foi preso ou deixou-se prender?

  Se o Filho de DEUS optasse por resistir à prisão, toda a multidão armada seria incapaz de detê-lo. Quando Pedro tentou defendê-lo, atacando um servo do sumo sacerdote com a espada, JESUS questionou se o discípulo pensava que Ele não poderia pedir ao Pai para enviar mais de doze legiões de anjos em Seu auxílio (Mt 26.53). Essa referência ilustra magnitude da proteção divina disponível para o Messias, já que uma legião romana compreendia dez coortes, cada uma com 500 soldados, totalizando cinco mil homens.

 

1.2.3. Fidelidade à Sua missão

  JESUS, consciente de Sua missão de redenção da humanidade por meio de Sua morte na cruz, não resistiu à prisão. Quando Seus algozes disseram que buscavam o Nazareno, Ele voluntariamente se entregou. Na ocasião, o Filho de DEUS demonstrou o Seu poder, fazendo os soldados recuarem e caí- rem por terra (Jo 18.4-6). Isso evidencia que, embora pudesse evitar a prisão, Ele escolheu entregar-se. Após concordar em ser preso, foi levado para ser julgado.

 

2. OS JULGAMENTOS

  Os quatro evangelistas descrevem de forma vívida a prisão e os dois julgamentos de CRISTO: primeiro pelo Sinédrio judeu, liderado por Caifás, e depois pelo Pretório, liderado por Pilatos. Esse duplo processo ressalta as duas facetas do caráter messiânico de JESUS: o Sinédrio o condenou como Filho de DEUS, enquanto o tribunal romano o rotulou como Rei dos judeus. A primeira parte do julgamento é caracterizada por precipitação, parcialidade e notáveis irregularidades. Pilatos evitou assumir o papel de juiz que os judeus queriam impor.

 

2.1. O julgamento religioso

  Após ser preso, JESUS enfrentou uma série de audiências, inicialmente na esfera religiosa. Nessas etapas, Ele passou por três julgamentos distintos: primeiro, perante Anás, o sumo sacerdote deposto (Jo 18.12-24); depois, diante de Caifás, o sumo sacerdote em exercício (Mt 26.57-66); e finalmente perante o Sinédrio, reunido na manhã seguinte na casa de Caifás (Lc 22.66-71).

 

2.1.1. JESUS perante Anás

  Embora não haja registro detalhado de um interrogatório inicial conduzido por Anás, sabe-se que ele foi o primeiro a receber JESUS após Sua prisão (Jo 18.13,14).

  Segundo a lei judaica, o sumo sacerdócio era vitalício; assim, mesmo não ocupando mais o cargo formalmente, Anás ainda mantinha considerável autoridade e influência religiosa. Isso permitiu que ele desempenhasse um papel decisivo na rápida organização do julgamento após a prisão. Essa dinâmica destaca a complexa interseção entre política e religião na época, evidenciando como figuras proeminentes, como Anás, exerciam ingerência mesmo fora das estruturas oficiais de liderança.

 

2.1.2. JESUS perante Caifás

  A reunião noturna convocada pelos líderes religiosos era ilegal, devido ao horário e ao local inapropriado; deste modo, os estágios iniciais do julgamento - perante Anás e Caifás - não tinham valor algum. Aquela foi, na realidade, uma ação desesperada que visava encontrar uma justificativa, na Lei, para condená-lo à morte. As autoridades religiosas, preocupadas com a crescente influência do Nazareno, antevendo o risco de revolta contra o governo romano, agiram movidas pelo medo, cometendo irregularidades. Ao amanhecer, JESUS foi encaminhado ao Sinédrio (Lc 22.66), pois era necessário que o concílio judaico se reunisse para legitimar o injusto julgamento.

 

2.1.3. JESUS perante o Sinédrio

  O Sinédrio, uma espécie de suprema corte religiosa, buscou encontrar culpa em JESUS, recorrendo ao falso testemunho. Diante das acusações fraudulentas, Ele permaneceu em silêncio. Caifás, então, confrontou-o diretamente sobre Sua divindade. CRISTO respondeu, afirmando Sua identidade messiânica e divina. Diante disso, Caifás o acusou de blasfêmia, estabelecendo o motivo para Sua condenação à morte (Mc 14.57-64).

  Porém, como os judeus não podiam aplicar a pena capital, o caso foi levado a Pilatos, autoridade romana habilitada para ratificar o julgamento e proclamar o veredicto final (Lc 23.1).

 

1. JESUS NO GETSÊMANI

1.1. A agonia de JESUS

1.1.1. O objetivo de estarem ali

1.1.2. Uma companhia inesperada

1.1.3. Um grupo armado e o traidor

1.2. A prisão de JESUS

1.2.1. O sinal para a prisão

1.2.2. JESUS foi preso ou deixou-se prender?

1.2.3. Fidelidade à Sua missão

2. OS JULGAMENTOS

2.1. O julgamento religioso

2.1.1. JESUS perante Anás

2.1.2. JESUS perante Caifás

2.1.3. JESUS perante o Sinédrio

2.2. O julgamento civil

  A pena de morte só poderia ser executada com a autorização do governador romano, que na época era Pilatos; e ele em Jerusalém na ocasião.

 

2.2.1. JESUS perante Pilatos

  Pilatos, como procurador romano, considerou as questões religiosas dos judeus ao atender o pedido do Sinédrio. Embora fosse responsável por lidar com impostos e rebeliões, ele permitiu o julgamento de JESUS devido às alegações de agitação e reivindicações de realeza (Lc 23.2).

  Durante o interrogatório, no entanto, Pilatos percebeu que as acusações eram principalmente de natureza religiosa (Jo 18.38), não implicando diretamente o código romano. Ao saber que o acusado provinha da Galileia, Pilatos enviou-o a Herodes, que tinha jurisdição sobre a região e estava mais familiarizado com as leis judaicas e questões religiosas (Lc 23.7).

 

2.2.2. JESUS perante Herodes

  Herodes, estando em seu palácio, sentiu grande satisfação ao ver JESUS, pois havia ouvido falar muitas coisas sobre Ele e tinha várias perguntas a lhe fazer. No entanto, CRISTO optou por permanecer em silêncio diante de suas indagações (Lc 23.8,9).

  Diante das persistentes acusações dos líderes religiosos, ao invés de resolver a questão, Herodes decidiu ridicularizar o Messias, vestindo-o com uma roupa resplandecente e enviando-o de volta a Pilatos como parte de um espetáculo (Lc 23.11).

 

2.2.3. JESUS outra vez perante Pilatos

  Após recebê-lo de volta, Pilatos relutou em condená-lo, possivelmente influenciado pelo aviso de sua esposa (Mt 27.19). O procurador romano não encontrava motivo para incriminar o Messias. Entretanto, diante da pressão dos líderes religiosos, sugeriu uma temida punição romana: o açoitamento, esperando que o castigo bastasse para satisfazê-los (Lc 23.13-16). Contudo, os acusadores do Filho de DEUS não se contentaram com a proposta. Pilatos, então, ofereceu à multidão uma escolha: libertar JESUS ou Barrabás, um criminoso notório. Instigada pelos líderes religiosos, a multidão exigiu a libertação de Barrabás.

  Por fim, Pilatos lavou as mãos diante do povo, declarando-se inocente do sangue de JESUS, e entregou-o para ser crucificado (Lc 23.17-25; Mt 27.11-26; Jo 18.33-40).

 

CONCLUSÃO

  As lideranças religiosas de Jerusalém prenderam JESUS com a ajuda de Judas Iscariotes. Reuniram-se clandestinamente para colher provas contra Ele, recorrendo até a falsas testemunhas. Acusaram-no de blasfêmia e levaram-no ao Sinédrio para um julgamento oficial. Manipularam Pilatos e incitaram o povo a pedir a libertação de um criminoso em Seu lugar.

  Todos esses atos culminaram no sacrifício determinante para o cumprimento do plano eterno de salvação da humanidade e de restauração do acesso à comunhão com o Divino.

 

 

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Lição 13 - A Ressurreição de JESUS - 2º trimestre de 2015 -Comentarista da CPAD: Pastor: José Gonçalves

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 24.1-8

1 - E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. 2 - E acharam a pedra do sepulcro removida. 3 - E, entrando, não acharam o corpo do Senhor JESUS. 4 - E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes. 5 - E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? 6 - Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, 7 - dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite. 8 - E lembraram-se das suas palavras.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A Bíblia declara que a ressurreição de JESUS e o seu posterior aparecimento aos discípulos foram eventos dignos de notas meticulosas dos apóstolos: "E apareceu [JESUS] a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo" (1 Co 15.5-8 - ARA). JESUS ressuscitado é a razão da fé. A certeza para vivermos o presente e esperança para aguardarmos a nossa plena redenção. A ressurreição de CRISTO significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida eterna; que passamos do pecado para a salvação; da injustiça para a justiça eterna. Ele está vivo, assentado à direita do Pai, intercedendo por nós como um verdadeiro advogado fiel.

 

PONTO CENTRAL

JESUS CRISTO ressuscitou ao terceiro dia. Isso é confirmado por muitas infalíveis provas (At 1.3).

 

Resumo da Lição 13 - A Ressurreição de JESUS
I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
1. No Contexto do Antigo Testamento.

2. No contexto do Novo Testamento.

II. A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Uma ressurreição literal.

2. Uma ressurreição corporal.

III. EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Evidências diretas.

2. Evidências indiretas.

IV. O PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Salvação e justificação.

2. A redenção do corpo.

 

 

*O Sepulcro Vazio

"Na tradição judaica da época de JESUS, os sepultamentos normalmente tinham dois estágios. No primeiro, o corpo seria lavado e ungido, a boca amarrada, e o corpo envolvido em tiras de linho depositado em uma prateleira em uma caverna. O clima quente fazia com que os corpos se decompusessem com muita rapidez e, algumas vezes, a caverna poderia ser usada por mais de um corpo, assim especiarias eram acrescentadas para atenuar o mau cheiro da decomposição."

Leia mais em Guia Cristão de Leitura da Bíblia.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, neste tópico, é interessante enfatizar que, após o sepultamento de JESUS, algumas mulheres foram ao túmulo de CRISTO: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago (Lc 24.10). Chegando lá, acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: "Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite" (Lc 24.6,7). Aqui, estamos diante de um versículo que afirma com clareza que JESUS foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo. Por isso nos reunimos todos os domingos, o dia do Senhor, para celebrarmos JESUS CRISTO ressuscitado.
Conduza o seu aluno à conclusão de que a ressurreição do nosso Senhor foi um acontecimento tão extraordinário que os primeiros seguidores de JESUS, todos judeus que guardavam o sábado, passaram a observar o primeiro dia da semana, o domingo, como um dia especial. Não se pode desconsiderar o dia em que o nosso Senhor ressuscitou. Portanto, a doutrina da ressurreição é maravilhosa, confortante e enche-nos de esperança. Esperança para o presente, esperança para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente certeza de que o nosso Senhor estará conosco para sempre.


SUBSÍDIO DIDÁTICO
"Antes de JESUS sair da terra, Ele leva os discípulos fora, a Betânia. Erguendo as mãos, Ele ora para que DEUS os abençoe. Enquanto está orando, parte e é levado ao céu pelo Pai celestial. Sua ascensão significa que Ele entrou na glória (Lc 24.26), foi exaltado e entronizado à mão direita do Pai.
A partida de CRISTO, e sua ascensão, completa sua obra na terra. Seus seguidores não o verão na terra como viram no passado. Ele levou para o céu a humanidade que assumiu quando entrou na terra. Apesar de sua partida, os discípulos estão cheios 'com grande júbilo' e o adoram. Eles vieram a entender muito mais que antes. Em vez de esta separação final ser um tempo de tristeza, é ocasião de alegria, gratidão e louvor. Agora eles reconhecem que Ele é o Messias, o Filho divino de DEUS, e o adoram como Senhor e Rei.
Os discípulos esperam ser cheios com o ESPÍRITO. Eles obedecem à ordem do Senhor, e voltam a Jerusalém" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.479).
 

PARA REFLETIR - Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
-Cite os casos de ressurreição registrados no ministério de Elias e Eliseu.
Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta; em 2 Reis 4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso está em 2 Reis 13.21, em que um morto torna à vida quando toca os ossos do profeta Eliseu.
-Por que a doutrina da ressurreição dos mortos ainda não era plenamente revelada no Antigo Testamento?
Somente com o advento da Nova Aliança a doutrina da ressurreição foi demonstrada em sua plenitude (2 Tm 1.10).
-JESUS ressuscitou com o mesmo corpo com o qual foi sepultado?
Sim, apesar de transformado, CRISTO ressuscitou com o mesmo corpo físico que fora sepultado.
-Como os apologistas classificam as evidências da ressurreição de JESUS?
Os apologistas classificam essas evidências em diretas e indiretas.
-Quais os propósitos da ressurreição de JESUS?
Salvar, justificar e redimir o homem e o seu corpo mortal e corruptível.
 

CONSULTE

Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 42.

Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos

SUGESTÃO DE LEITURA CPAD

Dicionário de Educação Cristã, Dicionário Teológico e Ressurreição

 

Comentários de vários autores com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique

Jo 20.8 – Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

Lembramos aqui, ao leitor que tudo que João escreveu foi para provar aos incrédulos de sua época que JESUS CRISTO ressuscitou e que era o filho de DEUS (Jo 20.30,31)

 

Sendo João mais jovem correu mais depressa que Pedro, mas sendo mais reverente parou na entrada, mas quando Pedro chegou, com sua irreverência natural entrou correndo e ficou olhando e estudando o que havia acontecido; João agora entra e se lembra de que JESUS foi embalsamado (Jo 19.38-42) com muita mirra e aloés (cem arréteis = aproximadamente 80 Kg daquele composto) e o envolveram com lençóis como era costume judaico (enrolavam o corpo nos lençóis como múmia) e amarraram, com um lenço o seu queixo à sua cabeça para não ficar aberta a sua boca.

Vendo João que os lençóis estavam arrumados como se um corpo estivera ali dentro e o lenço à parte, separado, no lugar onde estivera antes a cabeça de JESUS, boquiaberto João creu maravilhado de que seu senhor ressuscitara com um corpo glorioso, espiritual e celeste (1 Co 15.44). Só é salvo quem crer nisso, na ressurreição de JESUS (1 Co 15.14, Rm 10.9-13).

O amigo leitor já pensou em ter um corpo assim? Nós teremos um corpo semelhante ao de JESUS quando da sua volta para nos levar para as moradas eternas (1Co 15.48; Rm 8.29,30; 1Jo 3.2).

Pr. Luiz Henrique

 

A ressurreição do Filho do Homem

Se o registro da crucificação de JESUS CRISTO fosse o fim da história dos Evangelhos! Foi justamente isso que pensavam os apóstolos na manhã da ressurreição. Não reconhecendo que seus pecados foram cravados na cruz, achavam que sua esperança foi cravada lá, v.21. O Evangelho, sem a ressurreição, não é evangelho. A ressurreição de JESUS CRISTO é uma das grandes pedras fundamentais do cristianismo.

 

O TÚMULO VAZIO, 24.1-12.

24.1 “E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado”. 2 “E acharam a pedra do sepulcro removida”. 3 “E, entrando, não acharam o corpo do Senhor JESUS”. 4 “E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes”. 5 “E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos”? 6 “Não está aqui, mas ressuscitou”. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, 7 “dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite”. 8 “E lembraram-se das suas palavras”. 9 “E, voltando do sepulcro, anunciaram todas essas coisas aos onze e a todos os demais”. 10 “E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam as que diziam estas coisas aos apóstolos”. 11 “E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram”. 12 “Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso”.

A ressurreição de CRISTO é o nascer do Sol da justiça que dissipa as trevas espessas do Calvário.

Muito de madrugada, foram elas ao sepulcro (v.l): O grande amor destas mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia (cap. 23.55), não reconhecia perigo nem qualquer horror em visitar, no escuro de madrugada, o sepulcro evitado pelos outros discípulos, cap. 23.49.

Levando as especiarias (v.l): Não para tirar, talvez, o lençol como José de Arimatéia o deixara, mas para ungir a cabeça, os pés e as mãos feridas, e espalhar aromas sobre o corpo e em redor dele, como temos o costume de espalhar flores sobre os corpos e túmulos de nossos queridos.

Entrando não acharam o corpo... (v.3): Justamente como vem o dia em que os túmulos de nossos queridos ficarão vazios. Por que buscais o vivente entre os mortos? (v.5): Por que buscais CRISTO entre os heróis mortos do mundo? Por que buscais CRISTO entre as imagens, crucifixos e tradições dos homens? Por que buscais na letra morta da lei aquilo que se acha somente no ESPÍRITO SANTO? Por que buscais em vós mesmos, mortos, aquilo que se encontra apenas no CRISTO vivo?

Estando ainda na Galileia (v. 6): Falavam às mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia, cap. 23.55.

LUCAS - ESPADA CORTANTE 2 - Orlando Boyer - CPAD

 

A RESSURREIÇÃO (24:1-53)

Nenhum dos quatro Evangelhos descreve a ressurreição, que, de qualquer maneira, nenhum ser humano viu. Todos, porém, ressaltam sua importância crítica, embora de maneiras grandemente diferentes. Algumas coisas existem em comum em todos os relatos, tais como o túmulo vazio, a relutância dos discípulos de crerem que JESUS ressuscitara. O fato de que os primeiros aparecimentos foram a mulheres, e o número limitado de aparecimentos. Até mesmo quando estão falando do mesmo aparecimento, cada Evangelista o conta da sua própria maneira individual (e.g. Lc 24:36ss.; Jo 20:19ss.). Coisas desta natureza tomam difícil a disposição dos aparecimentos numa sequência coerente, e alguns críticos sustentam que as discrepâncias nos vários relatos tornam impossível semelhante disposição. Que esta ideia é incorreta é demonstrado pelo fato de que Arndt, por exemplo, elaborou uma harmonia possível (assim como fizeram outras pessoas). Podemos ou não sentir-nos capazes de aceitar a solução de Arndt, mas não se pode negar que ele elaborou uma sequência que abrange todos os aparecimentos mencionados nos relatos. O tesouro de Lucas e a história maravilhosa da caminhada para Emaús. Suas outras histórias da ressurreição também possuem o cunho próprio dele, e são diferentes daquilo que lemos alhures. É digno de nota que se concentra em Jerusalém e nada diz acerca dos aparecimentos do Senhor ressurreto na Galileia. O aparecimento às mulheres (24:1-11)

1. O sábado era, naturalmente, o sétimo dia, de modo que o primeiro dia da semana foi nosso domingo. O sábado teria terminado ao pôr do sol no sábado, mas pouca coisa poderia ser feita durante as horas de escuridão. Destarte, as mulheres já estavam aflitas bem cedo no domingo, e foram caminhando para o túmulo no começo da aurora. Que levaram consigo os aromas demonstram que tinham em mente a completação do sepultamento de JESUS.

2,3. Marcos nos conta que enquanto caminhavam, discutiam o problema de remover a pedra pesada da entrada do túmulo. Lucas simplesmente diz que quando chegaram, acharam-na já removida do sepulcro. Quando, mais tarde, o discípulo amado chegou ao túmulo, sentia dificuldade quanto ao entrar nele (Jo 20:5), mas as mulheres não tinham nenhuma hesitação desta natureza. Quando entraram, no entanto, não acharam o corpo.

4. Não sem motivo, as mulheres estavam totalmente perplexas. Os dois homens que agora ficaram ali com vestes resplandecentes (cf. At 1:10) evidentemente devem ser entendidos como sendo anjos. Mateus fala de um anjo que removeu a pedra e também falou as mulheres. Marcos se refere a um jovem com manto branco, a quem viram depois de entrarem no túmulo. João menciona dois anjos vestidos de branco que falaram a Maria Madalena. Fica claro que todas estas referências dizem respeito a anjos. O fato de que as vezes ouvimos falar de um, e as vezes de dois, não precisa preocupar-nos. Conforme indicam muitos comentaristas, um porta-voz destaca-se mais do que seus companheiros e pode ser mencionado sem referências aos outros. Nem sequer devemos ser grandemente preocupados porque os anjos possam estar sentados (em João) ou em pé (aqui), nem que suas palavras não são idênticas em todos os vários relatos. E critica exagerada que não permite os anjos a mudarem de posição, e não ha razão alguma para sustentar que falaram uma só vez. Além disto, João fala deles em conexão com um incidente diferente. Há problemas, sem duvida, mas a coisa principal que estas diferenças pequenas nos contam é que os relatos são independentes entre si. É possível, também, que no caso de anjos seja requerida a percepção espiritual, e que nem todos tenham visto a mesma coisa.

5-7. A reação das mulheres era de medo. Baixar o rosto para o chão era uma marca de respeito diante de seres tão grandiosos. Os anjos perguntaram primeiro: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Esta pergunta surpreendente chega imediatamente a raiz do assunto. Não se deve pensar que JESUS está morto: logo, não deve ser procurado entre os mortos. As palavras: Ele não está aqui, mas ressuscitou, são rejeitadas por muitos críticos, visto que não se acham em um dos MSS gregos importantes, e faltam nalgumas poucas outras autoridades. É argumentado que é provável que fossem importadas de Mc 16:6. Contra isto, porém, são atestadas por uma maioria esmagadora de MSS, inclusive o antiquíssimo P75. Além disto, parecem ser subentendidas pelo v. 23. Devem ser aceitas. E mesmo se não fossem, o que as palavras declaram deve ser subentendido. Os anjos passam a lembrar às mulheres que isto estava de acordo com a predição feita por JESUS enquanto Ele ainda estava na Galileia. Naquela ocasião dissera que seria crucificado e ressuscitaria no terceiro dia (cf. 9:22; este ensino continuou depois da Galileia, 17:25; 18:32-33). Mateus e Marcos omitiram esta declaração, mas nos informam, como não faz Lucas, que JESUS iria para a Galileia diante dos discípulos, e que eles O veriam ali. Talvez Lucas omitisse esta parte porque não tinha o propósito de incluir qualquer relato dos aparecimentos de JESUS na Galileia.

8, 9. Lembraram-se, e é evidente que isto lhes trouxe certa medida de convicção. Já tinham ouvido aquelas palavras antes, mas JESUS frequentemente tinha falado metaforicamente, e provavelmente tinham entendido as palavras estranhas acerca da ressurreição de alguma maneira semelhante. Agora perceberam que JESUS pretendia que Suas palavras fossem tomadas literalmente. As mulheres foram levar suas notícias aos onze e também as contaram a todos os mais que com eles estavam, i.e, os demais seguidores de JESUS que havia naquele local.

10. Lucas passa a alistar os nomes dalgumas das mulheres. Maria Madalena, a primeira a ver o Senhor ressurreto (cf. Mc 16:9), e mencionada em cada um dos quatro Evangelhos na narrativa da ressurreição. Mas a parte da sua conexão com a crucificação e a ressurreição, ouvimos falar dela somente em 8:2. Joana é mencionada somente aqui e em 8:2. Maria mãe de Tiago (Mc 16:1) e aparentemente “a outra Maria” de Mt 28:1. Estas, e as demais mulheres (que incluem Salomé, mencionada em Mc 16:1) contaram aos apóstolos o que viram e ouviram.

11. Os homens altivos, no entanto, não ficaram impressionados. Consideraram a história como delírio. Lucas sublinha este conceito ao acrescentar "e não acreditaram nelas". Os apóstolos não eram homens balançados a beira da crença, que precisassem de uma sombra de uma desculpa antes de lançar-se numa proclamação da ressurreição. Estavam totalmente céticos. Até mesmo quando mulheres que O conheciam bem contavam-lhes as experiências delas, recusaram-se a crer. É claro que uma evidencia irrefutável seria necessária para convencer estes céticos.

Lucas - Introdução e Comentário - Leon L. Morris - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo-SP - www.vidanova.com.br

 

A Ressurreição - Texto: Lucas 24.1-12

Introdução

Se a carreira de CRISTO tivesse terminado na cruz, morreriam com Ele as promessas, as profecias e a esperança de salvação para a humanidade. Mas CRISTO vive, e também a sua causa. E foi o túmulo vazio e o CRISTO ressurreto que primeiramente convenceram os discípulos desta verdade. A feliz descoberta foi feita por um grupo de mulheres que seguiam a JESUS.

I. O Amoroso Serviço (Lc 24.1)

1. Quem o fez. Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras mulheres que estavam com elas (cf. Mt 28.1; Mc 16.1; Lc 8.2,3; 23.55,56; Jo 20.1). Provavelmente dois grupos de mulheres visitaram o túmulo. Isto explica as diferenças entre as narrativas. Não era intenção dos quatro evangelistas fazer um relatório minucioso das circunstâncias que envolveram aquela Páscoa; preocuparam-se simplesmente em narrar de forma breve o fato da ressurreição de JESUS, comprovado pelos discípulos e outras testemunhas. Cada escritor o apresenta de um ponto de vista, mencionando apenas os detalhes necessários ao seu propósito. Este fato explica as diferenças de detalhes, tais como o número de mulheres, a posição dos anjos e o número deles.

2. Quando foi feito. “No primeiro dia da semana, muito de madrugada”. Segundo Mateus, “No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana”; segundo João: “No primeiro dia da semana... de madrugada, sendo ainda escuro”. Conclusão: as mulheres visitaram o túmulo bem cedo, na manhã do domingo, antes do nascer do sol e pouco tempo após a ressurreição.

3. Por que feito. “Foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado”. O embalsamamento era o costume judaico de colocar especiarias aromáticas nas ataduras em que envolviam o corpo. O propósito da visita ao túmulo indica que não esperavam um CRISTO ressurreto. O escuro pano de fundo do desespero fez brilhar ainda mais o amor destas mulheres. A morte, acreditavam, destruíra as reivindicações de CRISTO, mas não o amor que sentiam por Ele. A nação estava contra Ele, mas elas desejavam prestar-lhe uma última homenagem. É possível, também, segundo o costume da época, que tenham ido lamentar por Ele.

No entanto, seu trabalho era desnecessário, porque Nicodemos já embalsamara o corpo (Jo 19.39,40). Além disso, o Senhor ressuscitara. É certo, porém, que JESUS nunca rejeita um ato de amor. Do serviço malfeito ou errado, jamais diz: “Para que este desperdício?”

Há momentos em que a vista é maior que a fé. As mulheres tinham ouvido que JESUS ressuscitaria no terceiro dia, e mesmo assim vieram embalsamar o corpo. Como explicar isto? Viram JESUS morrer, e isto era maior que a sua fé.

Quantas vezes as coisas materiais sacodem as verdades invisíveis em que acreditamos! Na verdade, as coisas reais da vida são invisíveis. DEUS, que é invisível, é mais real que o universo visível. O lar, composto de influências invisíveis, é mais real que a casa. “As [coisas] que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Co 4.18). Vida espiritual não é crer no que vemos, mas ver o que cremos.

“E ele desapareceu-lhes” (Lc 24.31). Ele está ausente da nossa vista, mas não da nossa fé. “Ao qual, não havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais” (1 Pe 1.8). Virá o dia em que a fé se transformará em vista, e o veremos conforme Ele é.

II. Uma Descoberta Assombrosa (Lc 24.2,3)

“E acharam a pedra revolvida do sepulcro”. As mulheres disseram umas às outras: “Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?” (Mc 16.3). Tinham visto a grande rocha colocada à entrada do túmulo em forma de caverna, e sabiam que removê-la era trabalho para vários homens. No entanto, a exemplo dos aparentes obstáculos entre o pecador e CRISTO, a pedra já fora removida. Um anjo a deslocara (Mt 28.2), não para que CRISTO saísse, porque seu corpo glorificado podia passar por qualquer barreira, mas para deixar entrada aos primeiros arautos da ressurreição. “E, entrando, não acharam o corpo do Senhor. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito...” Sua primeira impressão foi de que os inimigos do Senhor haviam furtado o corpo para impedir o embalsamento. Maria Madalena, num impulso, correu à cidade, e comunicou seus temores a Pedro e João: “Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram” (Jo 20.2).

III. Os Visitantes Celestiais (Lc 24.4)

Enquanto Maria Madalena caminhava para a cidade, suas companheiras entraram timidamente no túmulo, e “eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos resplandecentes”. Os críticos afirmam que os escritores dos evangelhos não concordam na descrição dos anjos, quanto ao número, posição etc. Mas é possível que grande número de anjos estivessem presentes, tornando-se um ou dois visíveis segundo a necessidade. O fato de serem chamados “varões”, demonstra que os mensageiros celestiais, quando em missão na terra, apresentam-se na forma humana. Quase sempre apresentam um rosto humano, falando a língua dos homens (cf. Gn 18,1,2,13 e 19.2,5). Neste caso, foram as vestes resplandecentes que convenceram as mulheres de que se tratava de seres celestiais.

IV. A Mensagem Angelical (Lc 24.5-8)

1. Uma pergunta. “Por que buscais o vivente entre os mortos?” Os anjos queriam dizer: “Vocês estão surpresas de Ele não estar aqui, mas surpresa seria se estivesse. Lembrem-se de que Ele, como Filho de DEUS, prometeu voltar ao Pai. Não é razoável procurá-lo no lugar dos mortos”.

Muitas pessoas cometem o mesmo erro, hoje. A quem procura o CRISTO verdadeiro numa igreja que lhe nega a divindade e a ressurreição, podemos perguntar: “Por que buscais entre os mortos ao que vive?” Também a mesma pergunta pode ser feita àqueles que o buscam em tradições ultrapassadas e liturgias mortas.

A história a seguir foi tirada de uma revista de Escola Dominical.

“Em nossa casa havia um quadro que mostrava CRISTO dizendo suas palavras de despedida aos discípulos, a promessa suprema: ‘Eis que estou convosco sempre’. Certo dia, um vendedor judeu passou, estando eu sozinho em casa. O judeu ficou fascinado pelo quadro. Contemplou-o longamente e depois, virando-se para mim, perguntou: ‘É este o seu Messias, o seu DEUS?’ Disse-lhe que era CRISTO, o Salvador, e expliquei o significado do quadro. ‘E o que Ele diz?’ perguntou. Li a promessa escrita na parte de baixo: “E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. O judeu pensou um pouco, e, voltando-se para mim, disse: ‘Que Messias maravilhoso vocês, cristãos, têm. Ele está sempre com vocês’. Olhou mais uma vez o quadro, tomou a maleta e deixou a sala, enquanto repetia, suavemente: ‘Que Messias maravilhoso: sempre está convosco!’ CRISTO não somente morreu por nós, mas vive por nós”.

2. Uma declaração. Seguem-se palavras que são o único epitáfio apropriado a um crente: “Não está aqui, mas ressuscitou”. Estas palavras podem perfeitamente coroar o túmulo de cada cristão: “Sua verdadeira personalidade não está aqui, mas ressuscitou para estar com CRISTO”.

Podemos dizer que são mortos os cristãos, mas realmente vivem - são mortos vivos. Após um breve período chamado “morte” passam à condição permanente: a vida. Estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Co 5.8. cf. Lc 23.43; Fp 1.23). A morte não é um estado, para o cristão, apenas uma ponte do humano para o celestial, do imperfeito para o perfeito, da canseira para o descanso. Contrário a certos ensinamentos, a expressão “adormecer”, não significa perda de consciência até ao dia da ressurreição. A morte do cristão é chamada “sono” por duas razões. Primeiro, porque o alivia dos fardos da vida; segundo, porque assim como o sono é o desligamento com o mundo externo, a morte rompe as conexões com a existência terrena. Isto, porém, não implica em estar a pessoa inconsciente. O espírito continua ativo. Ao olharmos para o túmulo de um cristão, podemos dizer: “Não está aqui, graças a DEUS. Está junto do Mestre”.

3. Uma lembrança. “Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado e ao terceiro dia ressuscite. E lembraram-se das suas palavras”. Quando o Senhor anunciou sua morte vindoura e ressurreição, os discípulos guardaram a profecia, perguntando entre si o que seria a ressurreição dentre os mortos. Por serem espiritualmente imaturos, não a supunham literal. O anjo relembra a promessa que, corretamente interpretada, teria iluminado o sepulcro vazio e solucionado o mistério. Quantas dores desnecessárias suportamos porque, nos momentos de provações e perplexidades, esquecemos as promessas de DEUS.

“Ressuscitou, como havia dito” (Mt 28.6). Estas palavras são uma suave repreensão às mulheres, por terem esquecido as palavras do Senhor. Cultive sua memória espiritual. As vitórias espirituais, se esquecidas, amanhã parecer-lhe-ão escuras. Lembre-se das antigas batalhas e vitórias, e de como a luz da presença de DEUS transformou tudo em bênção.

A adversidade muitas vezes afasta de nossa memória as promessas que deveriam sustentar-nos: “E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu DEUS te guiou” (Dt 8.2).

V. O Estranho Ceticismo (Lc 24.9-11)

As mulheres, “voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos demais [cf. vv. 13-22], E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram”. Os apóstolos e os outros discípulos aguardavam a ressurreição, mas na realidade, era a última coisa que esperavam. A prisão e a crucificação do Mestre paralisara por um tempo a sua fé, de modo que não podiam crer no testemunho das mulheres. Descrença indesculpável, porque as mulheres viram o túmulo vazio, ouviram a mensagem dos anjos, e viram, tocaram e ouviram o próprio JESUS (Mt 28.9). Mas até esta descrença se toma em fundamento para a nossa fé, porque os apóstolos não teriam crido e pregado a ressurreição sem evidência convincente. Esta evidência, receberam-na quando o viram com seus próprios olhos, e o tocaram, e ouviram a sua voz (Lc 24.36-43).

VI. A Investigação (Lc 24.12)

Dois dos apóstolos, o amoroso João e o enérgico Pedro, resolveram investigar, e correram para o túmulo, encontrando as roupas do sepultamento (cf. Jo 20.1-10). João chegou primeiro e viu os lençóis de linho. “Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro, e, abaixando-se, viu só os lenços ali postos; e retirou-se admirando consigo aquele caso”. O lençóis eram o sinal de que o corpo não havia sido arrebatado por inimigos, que não o teriam desembrulhado. Aliás, a aparência era a de que o corpo passara através deles, sem os desenrolar. João viu e creu (Jo 20.8), mas Pedro ficou perplexo. Teria sido perturbada a sua consciência por ter negado a CRISTO? De qualquer forma, o Senhor apareceu a Ele em particular para dar-lhe segurança.

Concluindo, assim como foi impossível conservar CRISTO na sepultura, também a verdade divina não pode ficar perpetuamente suprimida. Algumas semanas após a ressurreição, os líderes judaicos, ante um milagre operado em nome de JESUS, determinaram: “Mas, para que não se divulgue mais entre o povo, ameacemo-los para que não falem mais neste nome a homem algum” (At 4.16,17). Mas não tinham como aprisionar o Evangelho de CRISTO.

Dizia um pastor, preso na Alemanha por sua posição corajosa em prol do Evangelho: “Não importa quantos obstáculos estão no caminho; não importa quantas rochas são roladas contra a Palavra de DEUS. A Palavra é como fogo, e como martelo que esmiúça as rochas”.

VII. A Evidência da Ressurreição

Agora não é mais suposição e nem pelo que o anjo disse, mas é uma realidade palpável: JESUS mesmo se apresenta vivo. primeiro à Maria Madalena e depois aos discípulos.

E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de JESUS, um à cabeceira e outro aos pés. E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu JESUS em pé, mas não sabia que era JESUS. Disse-lhe JESUS: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe JESUS: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni, que quer dizer: Mestre. Disse-lhe JESUS: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu DEUS e vosso DEUS. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto. (João 20:11-18). Maria Madalena se torna a primeira evangelista do JESUS ressurreto. Começam ai uma série de aparições de JESUS em seu corpo ressurreto (Comentários extras do Pr. Henrique).

A ressurreição de CRISTO é o grande milagre do Cristianismo. Uma vez estabelecida a realidade deste acontecimento, a discussão dos demais milagres torna-se desnecessária. Sobre o milagre da ressurreição está firmada a nossa fé. Porque o Cristianismo é histórico, e baseia seus ensinamentos em acontecimentos ocorridos há quase 20 séculos, na Palestina. São estes eventos o nascimento e ministério de JESUS CRISTO, culminando na sua morte, sepultamento e ressurreição. De tudo isto, é a ressurreição a pedra de esquina, porque, se CRISTO não ressuscitou, não era o que alegava ser. Sua morte não seria morte expiadora

- os cristãos estariam sendo enganados há séculos; os pregadores, proclamando erros; e os fiéis, acalentando falsas esperanças. Mas, graças a DEUS, podemos proclamar esta doutrina: “Mas de fato CRISTO ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem!”

1. Como sabemos que Ele ressuscitou? “Vocês, cristãos, vivem na fragrância de um túmulo vazio”, disse um cético francês. É fato que os que vieram embalsamar o corpo de JESUS, naquela notável manhã de Páscoa, encontraram vazio o túmulo. Este fato não pode ser explicado à parte da ressurreição de JESUS. Quão facilmente os judeus poderiam ter refutado o testemunho dos primeiros pregadores, apresentando o cadáver do Senhor! Não o fizeram, porém - porque não podiam! Quando se lhes exigia uma explicação, alegavam terem os discípulos furtado o corpo, como se um pequeno bando de homens desanimados pudesse arrancar de guardas treinados o corpo do Mestre, cuja morte parecia ter-lhes tirado todas as esperanças.

Que faremos do testemunho dos que viram JESUS após a ressurreição, muitos dos quais falaram com Ele, tocaram- no, comeram com Ele? Centenas deles ainda viviam no tempo de Paulo, segundo ele mesmo testifica. Outros, dão seu inspirado testemunho no Novo Testamento.

Como rejeitar o testemunho de homens que pregavam a mensagem com o sacrifício da própria vida? Como explicar a conversão de Paulo, antes perseguidor do Cristianismo, transformado num dos maiores missionários?

Há apenas uma resposta a estas perguntas: CRISTO ressurgiu! O túmulo vazio desafia o mundo: À filosofia, diz: “Explique este evento!”

À História, diz: “Reproduza este evento!”

Ao tempo, diz: “Apague este evento!”

À Fé, diz: “Receba este evento!”

Alguns naturalistas oferecem outras explicações: “Foi uma visão que os discípulos tiveram”. Não é possível que centenas tivessem a mesma visão. Outros dizem: “ JESUS não morreu de fato; foi tirado inconsciente da cruz”. Mas um farrapo de homem não poderia ter persuadido os discípulos de que era o Senhor da vida! São explicações tão fracas que trazem consigo a sua própria refutação. Outra vez afirmamos: CRISTO ressuscitou! De Wette, grande estudioso racionalista, depois de um exame científico, afirmou: “A ressurreição de JESUS CRISTO não pode ser mais questionada que a certeza histórica do assassinato de Júlio César”. Que firme fundamento à fé de alguém - o fato histórico de um Salvador ressuscitado!

2. O que significa a nós? Significa que JESUS é tudo quanto declarava ser: Filho de DEUS, Salvador e Senhor. O mundo respondeu às suas reivindicações com a cruz; a resposta de DEUS foi a ressurreição. Como Senhor ressuscitado, pede que dediquemos nossas vidas a Ele.

Significa que a morte expiadora de CRISTO foi uma realidade, e que os homens podem achar perdão para os seus pecados e assim ter paz com DEUS. A ressurreição completa a morte expiadora de CRISTO. Não foi uma morte comum

- porque Ele ressuscitou!

Significa que temos um Sumo Sacerdote no Céu que simpatiza conosco, que já viveu a nossa vida, conheceu nossas tristezas e enfermidades e pode dar-nos o poder de viver a vida nEle.

Significa que podemos ser batizados no ESPÍRITO SANTO e receber poder para testificar deste CRISTO ressurreto.

Significa uma vida no porvir. A objeção comum é: “Ninguém voltou para contar acerca do outro mundo”. Mas alguém já voltou de lá, sim - JESUS CRISTO. À pergunta: “Se um homem morrer, viverá outra vez?” responde a ciência: “Não sei”; a filosofia: “Deveria haver”. O Cristianismo, porém, afirma: “Porque Ele vive, viveremos nós; porque Ele ressuscitou dos mortos, ressuscitaremos também”.

Significa certeza de juízo para os pecadores. Como disse o inspirado apóstolo: “[DEUS] tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17.31).

A inexorável justiça de Roma deu origem ao provérbio: “Quem quiser fugir de César, fuja para César”. Aos não-convertidos, advertimos: o juízo é certo, e a única maneira de escapar de CRISTO, o Juiz, é fugir para CRISTO, o Salvador.

Lucas - O Evangelho do Homem Perfeito - Myer Pearlman - CPAD

 

Introdução ao Capítulo 24

As mulheres que vêm cedo ao sepulcro no primeiro dia da semana, trazendo suas especiarias, encontrar a pedra removida e o túmulo vazio, Lucas 24:1-3. Eles veem uma visão de anjos, que anunciam a ressurreição de CRISTO, Lucas 24: 4-8. As mulheres retornar e dizer isso para os onze, Lucas 24:9, Lucas 24:10. Eles não acreditam, mas Pedro vai e examina o túmulo, Lucas 24:11, Lucas 24:12. CRISTO, desconhecido, aparece a dois dos discípulos que iam para Emaús, e conversa com eles, vv. 13-29. Enquanto eles estão comendo juntos, ele se dá a conhecer, e imediatamente desaparece, Lucas 24:30, Lucas 24:31. Eles voltam para Jerusalém, e anunciar a sua ressurreição para o resto dos discípulos, Lucas 24:32-35. O próprio JESUS lhes aparece, e dá-lhes a prova mais completa da realidade de sua ressurreição, Lucas 24: 36-43. Ele prega a eles, e dá-lhes a promessa do ESPÍRITO SANTO, Lucas 24: 44-49. Ele os leva a Betânia, e sobe ao céu, à vista deles, Lucas 24:50, Lucas 24:51. Eles adoram, e retornam a Jerusalém, Lucas 24:52, Lucas 24:53.

 

Versículo 1

Levando as especiarias - Para embalsamar o corpo de nosso Senhor: mas Nicodemos e José de Arimatéia tinham feito isso antes que o corpo fosse colocado no sepulcro. Veja João 19:39, João 19:40. Mas houve um segundo embalsamamento encontrado necessário: o primeiro deve ter sido apressadamente e imperfeitamente realizado; as especiarias agora trazidos pelas mulheres tinham a intenção de concluir a operação anterior.

Versículo 2

Eles encontraram a pedra removida - Um anjo de DEUS tinha feito isso antes de chegarem ao túmulo, Mateus 28:2: Nesta caso, não podemos deixar de observar que, quando as pessoas têm uma forte confiança em DEUS, os obstáculos não irão impedi-los do compromisso que eles têm em amara a DEUS, mesmo porque as dificuldades desaparecerão diante deles.

Versículo 3

E não acharam o corpo do Senhor - Lucas 23:43; e o evangelista menciona o corpo particularmente, para mostrar que Ele estava sujeito à morte.

Versículo 5

Por que buscais o vivente entre os mortos? - Esta foi uma expressão que parece ser aplicada aos que estavam absurdamente se esquecendo das promessas do Senhor.

Versículo 8

Lembraram-se de suas palavras - Mesmo a simples recordação das palavras de CRISTO torna-se muitas vezes uma fonte de conforto e apoio para aqueles que estão angustiados ou tentados: as suas palavras são as palavras de vida eterna.

Versículo 10

E Joanna - Ela era a esposa de Cuza, procurador de Herodes. Veja Lucas 8: 3.

Versículo 12

E levantou-se Pedro - João foi com ele, e chegou ao túmulo antes dele. Veja João 20:2, João 20:3.

Os panos de linho por si mesmos - ou, apenas as fitas de linho. Este foi o linho fino que José de Arimatéia comprou, e envolveu o corpo de JESUS como está registrado em Marcos 15:46. Esta circunstância pode, à primeira vista parecer pequena, mas, no entanto, é uma grande prova da ressurreição de nosso Senhor. Se o corpo tivesse sido roubado, tudo o que foi envolvido nele teria sido levado com ele. O atraso que haveria com a retirada dos lençóis e do unguento do corpo de JESUS poderia levar os discípulos a serem descobertos roubando seu corpo, se isso tivesse acontecido. Nem que tivesse ocorrido esse fato os discípulos não teriam motivos para retirar os lençóis de JESUS. .Esta circunstância é ainda mais relacionada particularmente por João, em João 20: 5-7. Pedro vê as ataduras de linho, e o lenço que antes estava sobre a sua cabeça, mas não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Todas estas circunstâncias provam que o corpo que antes estava dentro dos lençóis passou por eles, sem os desenrolar.

Comentário de Adam Clarke - Evangelho de Lucas

 

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REVISTA CPAD - LIÇÃO 11 - A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 2º TRIMESTRE DE 2009

Comentários do Pr. Antônio Gilberto

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 15.1-10.

1 Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis; 2 pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão. 3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, 5 e que foi visto por Cefas e depois pelos doze. 6 Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. 7 Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos 8 e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo. 9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de DEUS. 10 Mas, pela graça de DEUS, sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de DEUS, que está comigo.
 

INTERAÇÃO

Nesta lição estudaremos a doutrina da Ressurreição de CRISTO. Todavia, o texto de 1 Coríntios 15, não trata somente da ressurreição de JESUS, mas também da natureza e características da ressurreição dos justos. No primeiro caso, Paulo apresenta (vv. 3-8) quatro eventos que compõem a essência do evangelho e da mensagem cristã: A morte, o sepultamento, a ressurreição, e as provas irrefutáveis da ressurreição de JESUS, segundo as Escrituras (vv.3,4). Portanto, nesses dias de confiança na razão e de incredulidade na religião, reafirmar a crença e as evidências históricas e doutrinárias na ressurreição de JESUS é indispensável.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Ressuscitar significa despertar, levantar dentre os mortos. Converse com seus alunos sobre a imprescindibilidade dessa doutrina. Enfatize que CRISTO foi feito "as primícias dos que dormem", e os que morrerem nEle, em sua vinda ressuscitarão à semelhança de sua ressurreição.

Pergunte aos alunos: Como será o corpo da ressurreição? Diga-lhes que será:

a) Visível (Lc 24.39); b) Incorruptível (1 Co 15.42,54); c) Palpável (Jo 20.27); d) Corpo celestial (2 Co 5.1-4); e) Vivificado (Rm 8.11).

 

Palavra-Chave: Ressurreição: Tornar à vida.

 

Definição no dicionário Priberam (http://www.priberam.pt/default.aspx):

Ressurreição: do Lat. resurrectione s. fato de ressurgir; reaparecimento; renovação; por ext. cura imprevista.

 

 

Ressurreição e Ascensão

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as

Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; (1 Coríntios 15:3-4)

Data:

Acontecimento:

Local:

Textos:

33 d.C. - Madrugada

do 1º dia Domingo

As mulheres visitam o sepulcro

Jerusalém

Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-11

Sua aparição a Pedro

Jerusalém

Lc 24:34 1Co 15:5

Pedro e João Vêem o sepulcro vazio

Jerusalém

Lc 24.12; Jo 20.1-10

JESUS aparece a Maria Madalena

Jerusalém

Mc 16,9-11; Jo 20.11-18

JESUS aparece a outras mulheres

Jerusalém

Mt 28.9-19

O relato dos guardas sobre a ressurreição

Jerusalém

Mt 28.11-15

Domingo

JESUS aparece a 2 discípulos

Emaús

Mc 16.12-13; Lc 24.13.35

JESUS aparece aos 10 discípulos, sem Tomé

Jerusalém

Lc 24.36-43; Jo 20.19-25; 1Co 15:5

1 Semana depois

JESUS aparece aos discípulos, com Tomé

Jerusalém

Mc 16:14-18; Jo 20.26-31

Durante os 40 dias

até a ascensão

JESUS aparece a sete discípulos na Galileia

Mar Galileia

Mt 28:16-20; Jo 21.1-15

A grande comissão

 

Mt 28.16-20; Mc 16.14-18; Lc 24.44-49

Sua aparição aos quinhentos

Galileia

1Co 15:6

Sua aparição a Tiago

1Co 15:7

 

A Ascensão

Monte das Oliveiras

Mc 16.19-20; Lc 24.50-53; At 1:4-9

 

 

I- TODOS VÃO RESSUSCITAR

Jo 11.25- Disse-lhe JESUS: “Eu Sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.

Em Daniel 12.2 e João 5.28,29; vemos que uns ressuscitarão para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno, mostrando-nos claramente que:

1- Todos vão Ressuscitar, declaração essa contrária à doutrina que muitos pregam dizendo que quando morremos se acabou tudo;

2- Haverá dois tipos de ressurreição, uns para a vida eterna e outros para a vergonha e desprezo eterno (vão ver os salvos gozando da companhia de DEUS e não vão poder desfrutar);

3- O destino de cada um é de acordo com o que creram e fizeram, enquanto estavam vivos e aqui na terra;

4- Haverá duas ressurreições, separadas por mil anos (Ap 20.5,6; 1 Ts 4.16).

 

Quantos túmulos que têm a inscrição “Repouso Eterno ou Jazigo Perpétuo”, por causa da ignorância do homem, mas quando se ouvir a voz de CRISTO todos ressuscitarão. 

A conta tem que ser paga, ninguém dá calote em DEUS, cada um prestará contas com DEUS, os salvos, no tribunal de CRISTO sem condenação, só para receber galardão; mas o incrédulo estará diante do trono branco juízo final, para ser lançado no lago de fogo e enxofre, junto com seu companheiro Satanás. Ap 19.20; 20.10-15; 

 

II- A RESSURREIÇÃO DE JESUS:

QUAL A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS PARA A FÉ CRISTÃ? (Bíblia Ilúmina)

Mateus 28:1-10 VERSÍCULO CHAVE: Mas o anjo disse às mulheres: Não temais vós; pois eu sei que buscais a JESUS, que foi crucificado. Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia; (Mateus 28:5-6)

 

A RESSURREIÇÃO DE JESUS É O ALICERCE DA FÉ CRISTÃ. A ressurreição é a chave para a fé cristã. Porque?

(1) Como ele havia prometido, ele ressurgiu dos mortos. Nós podemos estar confiantes, portanto, que ele cumprirá tudo que ele prometeu.

(2) A ressurreição do corpo nos mostra que o CRISTO vivo é soberano no reino eterno de DEUS, não um falso profeta ou impostor.

(3) Nós podemos ter certeza de nossa ressurreição porque ele foi ressuscitado. A morte não é o fim, existe a vida após a morte.

(4) O poder que trouxe JESUS de volta a vida está disponível para nós trazermos o nosso ser espiritual morto de volta a vida.

(5) A Ressurreição é à base do testemunho da igreja para o mundo. JESUS é mais que um líder humano, ele é o Filho de DEUS.

 

LEITURA BÍBLICA: 1 Coríntios 15:1-11 VERSÍCULO CHAVE: Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; (1 Coríntios 15:3-4)

 

A RESSURREIÇÃO É O PONTO DECISIVO DA FÉ CRISTÃ:

Sempre haverá pessoas dizendo que JESUS não ressurgiu dos mortos. Paulo nos garante que muitas pessoas viram JESUS depois de sua ressurreição: Pedro, o discípulo (os Doze), Mais de quinhentos crentes (a maioria ainda estavam vivos quando Paulo escreveu isto), Thiago (irmão de JESUS), todos os apóstolos e finalmente Paulo em si. A Ressurreição é um fato histórico. Não seja desencorajado por pessoas que negam a Ressurreição. Seja cheio de esperança, pois um dia todos virão a prova viva quando JESUS voltar.

 

III- NOSSA RESSURREIÇÃO

O QUE QUE A BÍBLIA NOS ENSINA SOBRE A NOSSA RESSURREIÇÃO?

 

LEITURA BÍBLICA: 1 Coríntios 15:12-28 VERSÍCULO CHAVE: Ora, se se prega que CRISTO foi ressuscitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não há ressurreição de mortos?

A NOSSA RESSURREIÇÃO INCLUI O NOSSO CORPO E A NOSSA ALMA.

A maioria dos gregos não acreditavam que o corpo de uma pessoa poderia ser ressuscitado depois da morte. Eles viam a vida após a morte como algo só para a alma. De acordo com filósofos gregos, a alma era a pessoa de verdade presa a um corpo físico, e na morte a alma era liberta. Não havia imortalidade para o corpo, mas a alma entrava num estado eterno. O cristianismo, no entanto, afirma que o corpo e a alma serão unidos depois da ressurreição. A igreja de Corinto estava no coração da cultura grega, desta maneira, muitos crentes tinham dificuldade em acreditar na ressurreição do corpo.

 

NOSSA RESSURREIÇÃO É CERTA POR CAUSA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO.

A ressurreição de CRISTO é o centro da fé cristã. Porque CRISTO ressuscitou, como ele havia prometido, nós sabemos que o que ele disse é a verdade – ele é DEUS. Porque ele ressuscitou, nós temos certeza de que nossos pecados são perdoados. Porque ele ressuscitou, ele vive e nos representa perante DEUS. Porque ele ressuscitou e venceu a morte, sabemos que nós também ressuscitaremos.

 

A NOSSA RESSURREIÇÃO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA PARA A VIDA ETERNA.

Nos dias de Paulo, o cristianismo levava a pessoa à execução, exclusão da família e, em muitos casos, a pobreza. Havia pouca vantagem em ser cristão naquela sociedade. O mais importante, no entanto, é que se CRISTO não tivesse ressuscitado, os cristãos não poderiam ser perdoados pelos seus pecados e não teriam nenhuma esperança de vida eterna.

 

IV- CRER NA RESSURREIÇÃO DE JESUS É BÁSICO PARA SALVAÇÃO.

É tão importante crer na ressurreição de JESUS que Paulo afirma que aquele que não crê nisso a sua fé é vã e sem sentido.

1Co 15.17 E, se CRISTO não foi ressuscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam perdidos nos seus pecados. 18 Se CRISTO não ressuscitou, os que morreram crendo nele estão perdidos. 19 Se a nossa esperança em CRISTO só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo. 20 Mas a verdade é que CRISTO foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serão ressuscitados.

 

Na verdade Paulo nos assegura que para sermos salvos precisamos não só crer na morte expiatória de JESUS, mas também na sua ressurreição dentre os mortos, sendo esta uma exigência de DEUS para nossa justificação, uma condição para sermos salvos.

A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. (Romanos 10:9)

 

O CRISTO glorificado 
A visão de Estêvão At 7:55,56 
A visão de Paulo At 26:13-15 
A visão de João Ap 1:12-16

 

"Lembra-te de que JESUS. CRISTO, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho." (2 Tm 2.8).

A ressurreição do Senhor será sempre um dos mais importantes fatos de todos os tempos. Ela significa a aurora espiritual da nossa fé.

 

O Corpo Glorioso

Jo 20.8 – Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

Lembramos aqui, ao leitor que tudo que João escreveu foi para provar aos incrédulos de sua época que JESUS CRISTO ressuscitou e que era o filho de DEUS (Jo 20.30,31)

Sendo João mais jovem correu mais depressa que Pedro, mas sendo mais reverente parou na entrada, mas quando Pedro chegou, com sua irreverência natural entrou correndo e ficou olhando e estudando o que havia acontecido; João agora entra e se lembra de que JESUS foi embalsamado (Jo 19.38-42) com muita mirra e aloés (cem arréteis = aproximadamente 80 Kg daquele composto) e o envolveram com lençóis como era costume judaico (enrolavam o corpo nos lençóis como múmia) e amarraram, com um lenço o seu queixo à sua cabeça para não ficar aberta a sua boca.

Vendo João que os lençóis estavam arrumados como se um corpo estivera ali dentro e o lenço à parte, separado, no lugar onde estiver a cabeça de JESUS, boquiaberto João creu maravilhado de que seu senhor ressuscitara com um corpo glorioso, espiritual e celeste (1 Co 15.44). Só é salvo quem crer nisso, na ressurreição de JESUS, tenha certeza. (1 Co 15.14).

 

O amigo leitor já pensou em ter um corpo assim? Nós teremos um corpo semelhante ao de JESUS quando da sua volta para nos levar para as moradas eternas (1Co 15.48; Rm 8.29,30; 1Jo 3.2).

 

Certamente as doutrinas da divindade e da ressurreição do Senhor JESUS são as mais odiadas e hostilizadas por Satanás. O Evangelho que proclamamos não finda no Monte Calvário. Ele passa pelo túmulo vazio, desponta no cenáculo e segue a trajetória celestial. Se CRISTO não houvesse ressuscitado seria vã a nossa fé e nulo o nosso testemunho.

 

V- O FATO DA RESSURREIÇÃO

"Se CRISTO não houvesse ressuscitado, de Sua morte não teria havido qualquer fruto". Os dois fatos se completam. A ressurreição de CRISTO é o fato que consuma os fundamentos da fé cristã. Os "deuses" mortos a nada levam. O CRISTO ressuscitado nos conduz à presença do Pai.

1. Predito por Davi.

Como um profeta habilmente inspirado por DEUS, o rei Davi predisse a ressurreição de JESUS (SI 16.10).

2. Predito por Isaias.

O profeta messiânico no capítulo 53 de seu livro, por muitos considerados" o Evangelho do Antigo Testamento", aborda a ressurreição do Senhor, nos versos 10 a 12.

3. Predito pelo próprio CRISTO.

Lemos tais predições em vários lugares, tais como: Mt 12.38-40; 17.22,23; 20.18,19; 26.32; Lc 9.22; Jo 2.18-22,etc. Pelas Escrituras, JESUS demonstrou que já estava escrito, desde séculos passados, que o CRISTO (o Messias, o Ungido de DEUS) padeceria, para depois ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia.

 

VI- AS PROVAS DA RESSURREIÇÃO

1. As provas são Inequívocas, porque estão fundamentadas na Infalível Palavra de DEUS.

a. O túmulo vazio.

É considerado o grande troféu do Cristianismo. Um testemunho absolutamente incontestável é que exalta o extraordinário poder de DEUS. Emesto Renan, o ateísta francês do século passado, escarnecendo dos crentes declarou: "Os cristãos vivem na fragrância de um túmulo vazio". Ele cria que estava zombando dos cristãos, mas na realidade, estava proclamando uma das mais profundas verdades do cristianismo: o túmulo vazio de JESUS, prova irrefutável de que Ele venceu a morte, coisa que ninguém jamais fez, nem fará.

b. O silêncio dos fariseus e dos romanos.

Jamais qualquer pessoa destes dois grupos ousou negar a ressurreição de JESUS, tão evidente que ela se tomou. Eles odiavam essa mensagem mas não puderam refutá-la.

c. A mudança do dia de adoração dos discípulos.

A ressurreição causou um impacto tão grande na mente e no coração dos discípulos que eles fixaram em suas mentes um novo dia para suas reuniões. Deixaram o tradicional e legal sétimo dia e passaram a usar o primeiro dia da semana (Mc 16.2), isto é, o domingo.

 

2. As aparições pessoais de JESUS

a. A Maria Madalena (Mc 16.9-11; Jo 20.18).

b. A algumas mulheres (Mt 28.9,10)

c. A Pedro, no domingo da ressurreição (Lc 24.34; 1 Co 15.5).

d. Aos dois discípulos, no caminho de Emaús (Mc 16.12; Lc 24.13-35).

e. Aos discípulos (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.19,20).

f. Aos onze discípulos com Tomé (Jo 20.26).

g. Aos sete discípulos, no Mar da Galileia (Jo 21.1).

h. A quinhentos irmãos (1 Co 15.6).

i. A Tiago (1Co 15.7).

j. A Paulo (como um abortivo).

 

Há outras aparições, mas cremos que estas são suficientes.

 

VII- OS RESULTADOS DA RESSURREIÇÃO

A ressurreição do Senhor JESUS não é um fato isolado e inconsequente. São muitos os resultados que dele emanaram. Estudemos alguns:

1. JESUS está vivo.

Se CRISTO não houvesse ressuscitado, seria um defunto. Se Ele fosse um defunto, a igreja não seria a Esposa do Cordeiro (Ap 21.9), e sim sua viúva Mas Ele de fato ressuscitou e está vivo para sempre. E porque vive, intercede pelos seus (Hb 7.25) e também pelos transgressores (ls 53.12).

2. Ele está presente.

O CRISTO ressuscitado é um CRISTO onipresente (Mt 28.20b). Por toda parte podemos sentir a manifestação dessa presença gloriosa e amiga. Ele está inspirando os pregadores que proclamam sua Palavra, as ações dos que proclamam. Entemecidamente está salvando os que nEle crêem, de todo o coração.

3. Ele está conduzindo a Igreja.

O CRISTO ressuscitado é Senhor, Rei e Cabeça da igreja. Como Senhor, todos lhe servimos de coração. Como Rei, dita as normas de ação de seu governo; como Cabeça nos mantém junto a Si, inseparavelmente ligados, pois somos o seu corpo: o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas (Cl 1.18; Ef 1.23). Ele é quem dá ministros à igreja (Ef 4.11,12). Ele dá dons aos homens (Ef 4.8). A Igreja O glorifica. exalta, louva e adora.

4. Ele está unindo a igreja.

Se CRISTO não estivesse realmente vivo não poderia executar o milagre de reunir em um só corpo homens e mulheres de todas as raças tribos e nações (Ap 5.9). Veja o que Ele mesmo diz em Ap 1.17, 18.

5. Ele está batizando a Igreja.

Isso prova que CRISTO ressuscitou e está vivo, Ele continua batizando os salvos com o ESPÍRITO SANTO.

6. JEUS continua fazendo milagres e maravilhas.

Alguém duvida disso? Basta assistir um pouquinho de Tv ou ir a algum culto em legítima Igreja de CRISTO.

7. Ele voltará brevemente.

Se CRISTO não estivesse vivo, não teríamos razão de esperá-lo a segunda vez. Mas Ele está vivo! Ele voltará! A cada dia, e em todos os lugares, os sinais estão acontecendo. O CRISTO ressuscitado está às portas. O Rei está voltando.

 

VIII- OS PROPÓSITOS DA RESSURREIÇÃO

 A compreensão natural do homem pecador não está apta a discernir os elevados propósitos de tão extraordinário acontecimento. Temos que ter a mente de CRISTO para avaliar as razões, profundas e misteriosas, de Sua ressurreição.

1. Demonstrar sua divindade.

A não ressurreição de JESUS tê-lo-ia deixado no túmulo, no mesmo nível dos demais homens. Ele teria sido apenas um mortal a mais. Através de Sua ressurreição o Pai declarou solenemente sua divindade (Rm 1.4). Pela ressurreição, CRISTO demonstrou ser impossível à morte detê-lo (At 2.24). Por causa de uma deliberada e amorosa vontade de salvar os homens, o Pai permitiu a JESUS ficar por três dias na região de sombra da morte, mas a sua divindade não lhe permitiu ficar entre os mortos, pois Ele é o Senhor da vida.

2. Aniquilar o medo.

"Não vos atemorizeis" , disse o anjo às mulheres (Mc 16.6). O medo, como estado, paralisa a pessoa, tira o ânimo e conduz à morte.
Foi o medo a primeira consequência do pecado: "Tive medo e me escondi " (Gn 3.10). JESUS muitas vezes bradou com autoridade: "Não temas" (Mt 10.26; 14.27;28.10; Mc 5.36; Lc 5.10; 8:50; 12.7; 12.32).

3. Garantir a nossa justificação.

Ao entregar-se à morte, na Cruz do Calvário, JESUS lançou a base do edifício de nossa justificação, que somente se tornou concluído com sua ressurreição (Rm 4.25).

4. Tornar-se as primícias dos que dormem.

Os atuais habitantes do Céu sabem que algum dia, a igreja do Senhor subirá, para lá também habitar. Eles olham para o CRISTO ressuscitado, sentado à destra do Pai e, sabendo que Ele aqui embaixo provou a morte e sobre ela triunfou mediante a ressurreição, sabem também que na sua ressurreição consiste a garantia da nossa. Ele subiu primeiro. Nós subiremos depois.

5. Dinamizar a pregação.

A crença na ressurreição de JESUS, produziu uma nova transformação na vida dos discípulos. Antes eram homens fracos, medrosos e desprezados (Lc 24.37,38). Veja por exemplo o intrépido Pedro, que negou o seu mestre por três vezes. Cf. Lc 22.34,54-60.

Após a ressurreição surgem como propagadores alegres, militantes e agressivos. Será que uma crença equivocada em supostas aparições, produziria uma convicção contagiante como a dos discípulos?

6. Quantos deram suas vidas, defendendo essa ressurreição? Será que morreriam em vão?

Um grande exemplo está marcado na memória do mundo, o Coliseu, em Roma, palco do derramamento do sangue de milhares de cristãos que testificaram assim a morte e ressurreição de JESUS.

 

 IX- A RESSURREIÇÃO DO CORPO (BEP-CPAD)
1Co 15.35 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?”
A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de DEUS, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.
(1) A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária.

(a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que CRISTO oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25).

(b) O corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do ESPÍRITO.

(c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).
(2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4; Sl 16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do 
NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; Co 15.22,23; Fp 3.11; 1Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.
(3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de CRISTO (ver Mt 28.6; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).
(4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será:

(a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31);

(b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1);

(c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42);

(d) um corpo glorificado, como o de CRISTO (15.43; Fp 3.20,21);

(e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43);

(f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1Co 15.44);

(g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).
(5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso:

(a) para que os crentes venham a ser tudo quanto DEUS pretendeu para o ser humano, quando o criou (cf. 2.9);

(b) para que os crentes venham a conhecer a DEUS de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3);

(c) a fim de que DEUS expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1Jo 4.8-16).
(6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de CRISTO, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em CRISTO antes do dia da ressurreição deles (15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de CRISTO. Nunca mais experimentarão a morte física.
(7) JESUS fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29).

 

Faça a seus alunos a seguinte pergunta: Como será o corpo da ressurreição?

Diante do estudo logo acima (A RESSURREIÇÃO DO CORPO), coloque as respostas no quadro e explique-as com todo cuidado.

   

Exercício:

Como será o corpo da ressurreição?

Respostas corretas são:

a) Visível (Lc 24.39); 

b) Incorruptível (1 Co 15.42,54);

c) Palpável (Jo 20.27);

d) Vivificado (Rm 8.11).

    

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico - "A ressurreição"

A ressurreição de JESUS como um evento real e histórico tem sido a pedra de esquina do cristianismo através dos séculos. O fato de que isso é crido por inúmeras pessoas por uma sucessão ininterrupta de gerações, tem dado pouca oportunidade para o surgimento de repentinos "mitos de JESUS" ou lendas. Além disso, sempre podemos comparar a crença moderna com milhares de escritos antigos do Novo Testamento, e com escritos não-cristãos, para verificar a coerência de vários relatos e garantir a exatidão histórica na doutrina e nas crenças. Diferente de outras religiões, o cristianismo é baseado em fatos históricos. Ele não é uma filosofia ilusória. Se a ressurreição de JESUS nunca tivesse acontecido, não haveria absolutamente nenhuma base para a igreja cristã. Ela não existiria. Como vimos, há uma história contínua da igreja sem interrupção. Podemos voltar ao passado recorrendo aos documentos mais antigos da igreja (primeiros manuscritos do Novo Testamento) e encontrar o dogma essencial da igreja, que permanece o mesmo. Os muitos mártires da fé cristã morreram todos por essencialmente uma coisa - defender o fato histórico de que JESUS CRISTO ressuscitou dos mortos. Os inimigos da igreja esperavam que a execução dos líderes da igreja fizesse a expansão do cristianismo cessar. Em vez disso, aumentou a determinação dos cristãos e fornece evidências pungentes da historicidade da ressurreição de JESUS às gerações posteriores." (MUNCASTER, R. O. Examine as evidências. RJ: CPAD, 2007, pp. 409-10.)

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996.

MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas. RJ: CPAD, 1995.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão, CPAD.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

A Bíblia declara que seremos como JESUS quando o virmos por ocasião de sua vinda (1 Jo 3.2). Nossos corpos serão gloriosos e dotados de esplendor e beleza; serão corpos poderosos e apropriados às regiões celestiais. Essa mudança será repentina e sobrenatural. Isto acontecerá ao soar da última trombeta. Então, encontrar-nos-emos com o Senhor nos ares; e, com Ele estaremos para sempre (1 Ts 4.17).

Não são poucos os que, amedrontados com as guerras e a poluição ambiental, dizem que já não nos resta qualquer esperança. Mas DEUS não permitirá que as circunstâncias lhe prejudiquem os planos, nem que lhe frustrem os decretos. O certo é que JESUS voltará, e porá fim à corrupção, à miséria e às artimanhas. Ele instaurará o seu reino glorioso.

 

Se Judas havia morrido, e Matias, seu substituto, ainda não havia sido empossado, como JESUS poderia ter aparecido aos doze apóstolos?

Texto-base: 
“E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze” (1Co 15.5).

Analisando os eventos da aparição de JESUS após sua ressurreição, encontramos a informação, do apóstolo Paulo, de que JESUS apareceu aos doze apóstolos logo ao deixar a tumba. A dúvida gerada é: se Judas havia morrido e Matias ocupou seu lugar tempos depois, JESUS não deveria ter aparecido somente para onze discípulos? Por que Paulo citou doze ao escrever aos crentes de Corinto? Isso não afeta e denigre a inspiração da Bíblia e a crença na ressurreição de JESUS?

Primeiramente, “é um erro comum, não raramente feito pelos cristãos, mas também pelos não cristãos, pensar que a ressurreição de CRISTO é crida pela Igreja cristã com base na inspiração da Bíblia, colocando-se, assim, em primeiro lugar, a crença na inspiração e, depois, como resultado dela, a crença na ressurreição [...] A crença na ressurreição de CRISTO existia durante quase uma geração antes de serem escritos os primeiros documentos do Novo Testamento [...] Por ser esta a ordem histórica, é também a ordem lógica”. Ou seja, a ressurreição é verdadeira por si só, pelas testemunhas oculares, pelas inúmeras provas históricas e, para os cristãos da Igreja primitiva, isso não dependia do fato de a Bíblia ser inspirada ou não. As Escrituras trataram apenas de documentar esse evento. 

Em segundo lugar, os opositores da Bíblia e da ressurreição de JESUS vão dizer que são poucos e contraditórios os argumentos cristãos que defendem esse acontecimento sobrenatural. Mas isso não condiz com a verdade. Devido à prolixidade do assunto, não serão debatidas, neste espaço, as provas da ressurreição, mas somente a aparição de JESUS “aos doze”.

Os cristãos não têm apenas parcos argumentos da ressurreição de CRISTO, como dizem os opositores. Não são apenas dois ou três argumentos a favor, mas inúmeros. Ao longo do tempo, todas as dúvidas postas pelos críticos foram respondidas com muito requinte pelos teólogos e apologistas. Basta pesquisar em bons livros de teologia e apologética, por exemplo, que as defesas elaboradas são muitas e totalmente convincentes. A verdade é uma só, como sempre ocorre: as críticas são fundamentadas em pressupostos “viciados”. Se o crítico partir para uma análise partidária de qualquer disciplina cristã, de forma tendenciosa, prevendo um final que lhe interessa, tentando tão-somente “desmascarar” os pontos imprescindíveis da fé, sua análise não será verdadeiramente séria e, no fundo, inclinará aos seus interesses particulares. 

Em terceiro lugar, a negação da ressurreição de CRISTO coaduna melhor com os ideais filosóficos e materialistas dos céticos. O próprio JESUS alertou sobre o fato de que muitas pessoas preferem viver à margem da verdade ética, moral, religiosa, porque seus hábitos não são condizentes com os princípios estabelecidos por Ele e pelo evangelho (Jô 3.19-24). Todavia, isso não significa que todos os intelectuais não-cristãos são céticos quanto à ressurreição ou que não há possibilidade de admiti-la sob hipótese alguma. 

Em quarto lugar, não há contradições nos relatos bíblicos das aparições de JESUS aos seus apóstolos e seguidores. A sequência das aparições é a que segue: 
 

Aparição de JESUS ressurreto

Referências bíblicas

1) A Maria Madalena

Marcos 16.9

2) Às mulheres que retornavam da tumba

Mateus 28.8-10

3) A Pedro, em Jerusalém

Lucas 24.34

4) Aos dois discípulos que iam para Emaús

Marcos 16.12 e Lucas 24.13-32

5) Aos dez discípulos

João 20.19-25

6) Aos onze discípulos

João 20.26-29

7) Aos sete discípulos junto ao Mar da Galileia

João 21

8) A mais de 500 pessoas

1Coríntios 15.6

9) A Tiago

1Coríntios 15.7

10) Aos onze discípulos em um monte da Galileia

Mateus 28.16

11) No Monte das Oliveiras, em Betânia

Lucas 24.50-53

12) Ao apóstolo Paulo no caminho para Damasco

Atos 9.3-6 e 1Coríntios 15.8


O apóstolo Paulo menciona poucas pessoas e situa Pedro em primeiro lugar. Isso, no entanto, tem uma explicação: “Paulo não deu uma lista completa, mas somente a que tinha importância para o seu propósito. Desde que apenas o testemunho de homens era considerado legal ou oficial no primeiro século, é compreensível que o apóstolo não tenha listado mulheres na defesa que ele fez da ressurreição”. 

Em último lugar, tanto Paulo (1Co 15.5) quanto Marcos (Mc 16.14; Jo 20.19-25) redigiram números cheios naturalmente, pois utilizavam o termo no sentido coletivo, tendo em mente o colegiado apostólico e não um número definido de pessoas. “A expressão, ‘os doze’, entretanto, era usada como termo genérico para se referir aos apóstolos originais de CRISTO, designando seu ofício apostólico e não seu número exato”. 
 

Afinal, o testemunho de JESUS é verdadeiro ou não?
Textos-base: 
“Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro” (Jo 5.31).
“Respondeu JESUS, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro” (Jo 8.14).
Diante desses dois textos que aparentam contrariedade, devemos perguntar: 
• O testemunho de JESUS só pode ser validado por outro homem? 
• O testemunho a respeito de si próprio é válido? 
• Por que precisava de outros testemunhos?

Para responder à primeira e à terceira pergunta, temos de ser sinceros e aceitar que realmente alguém só deveria ser acreditado se pudesse provar, por testemunhas, suas reivindicações. Se alguém testemunhasse de si mesmo às autoridades rabínicas, diante de um tribunal, seu testemunho não seria considerado válido. Ora, esse não é o procedimento normal, até mesmo na sociedade contemporânea, alguém apelar para a justiça dos homens quando seu caso é julgado diante de um juiz? Isto é, de alguma forma, JESUS necessitava de algum tipo de testemunho a seu respeito para que provasse sua messianidade, por exemplo. JESUS não precisava testemunhar de si próprio que Ele era o Messias tão esperado pelos judeus, mas, para que os judeus acreditassem nele, outras pessoas deveriam dar testemunho a seu respeito. Para isso, JESUS contava com testemunhas externas. E teve essa prova em diversas ocasiões. Em resumo: seus milagres foram vistos por inúmeras pessoas. João Batista deu testemunho a seu respeito (Jo 1.7,15,19). E o próprio DEUS deu testemunho de JESUS em dois episódios: no batismo e no momento da transfiguração (Mt 3.16,17; 17.5). 

É relevante atentar para a história do povo hebreu. A vinda de um Messias, salvador e libertador, era um pensamento normal na cultura judaica. O povo judeu, por diversas vezes, esteve sob jugos estrangeiros: egípcios, babilônicos, persas, gregos, sírios, romanos, entre outros. Na época dos juízes, ainda que as pressões sobreviessem dos povos semitas, alguns “parentes” dos judeus, DEUS levantava juízes que, na verdade, eram libertadores do domínio inimigo. Não foram poucos os anos passados em terras distantes, estranhas e em situações adversas. Por isso, o assunto sobre a vinda de um Messias enchia de esperança o povo judeu. Chegando o tempo proposto por DEUS o Messias veio, porém, os judeus estavam equivocados quanto às suas atribuições. 

Em João 1.41, o discípulo André disse a seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias (que, traduzido, é o CRISTO)”. Filipe disse a Natanael: “Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: JESUS de Nazaré, filho de José” (Jo 1.45). Ao dialogar com JESUS, a mulher samaritana disse: “Eu sei que o Messias (que se chama o CRISTO) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo” (Jo 4.25). Ao que JESUS, prontamente, respondeu: “Eu o sou, eu que falo contigo” (Jo 4.26). Daí em diante, a mulher passa a testemunhar de JESUS. “Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o CRISTO? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito” (Jo 4.29,30,39). 

Esses exemplos provam que as pessoas têm necessidade de testemunhar sobre JESUS. Ou seja, Ele não precisava falar de si próprio que era o Messias prometido no Antigo Testamento. Os testemunhos a respeito de JESUS procederam de pessoas simples, sinceras, e eram testemunhos verdadeiros (se bem que não de todos). A questão do “testemunho de JESUS não ser verdadeiro” deve ser entendida no sentido de que “palavras sem a necessária confirmação de santidade e poder não convencem. Os judeus, baseados nos seus preconceitos, atribuíram maldade a JESUS. E JESUS, por sua vez, defendendo suas reivindicações messiânicas, apela para a regra bíblica que exigia duas testemunhas (Nm 35.30; Dt 17.6)”. 

Em suma, a resposta à segunda pergunta (O testemunho a respeito de si próprio é válido?) é afirmativa: SIM! JESUS não era somente o Messias prometido, mas também DEUS encarnado. Sendo assim, apenas o testemunho humano não é pleno. Ora, JESUS falava com propriedade do que já havia experimentado na eternidade. Ao orar ao DEUS Pai, disse: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5). Para Nicodemos, asseverou: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu” (Jo 3.13). 

O texto de João 8 sugere que a discussão tinha a ver com o perdão de JESUS outorgado à mulher pecadora. Quando JESUS diz “quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”, obviamente está se referindo a algo muito maior do que ter o messianismo endossado pelos judeus. Fala de algo espiritual, místico, metafísico e, neste sentido, Ele não precisa do endosso de um ser humano. Tanto é assim que os fariseus disseram a JESUS: “Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro”. Ao que JESUS rebateu: “Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou” (Jo 8.13,14).

Pelo fato de JESUS ser o Emanuel (DEUS conosco), não necessita de provas humanas. JESUS, como todo bom judeu, conhecia bem as normas e os regimentos prescritos aos judeus e, logicamente, como em outros casos muito mais complexos, não os violaria. Contudo, no caso em questão, CRISTO não falava como um simples judeu, mas, sim, como o Soberano do Universo, por isso não precisava de testemunhos. Até porque, os inquiridores de JESUS não estavam aptos a testemunharem a respeito dele, e muito menos a aceitarem seu próprio testemunho.

Norman Geisler arremata: “O testemunho de JESUS não era verdadeiro: oficialmente, legalmente e para os judeus, mas era verdadeiro “factualmente, pessoalmente e em si mesmo”. JESUS tinha os testemunhos completos: das pessoas alcançadas por Ele, de, até mesmo, alguns de seus inimigos e dele próprio.
 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico

"A ressurreição de CRISTO

Era o tema central da pregação da Igreja Primitiva. Devemos tê-la também como o centro de nossa mensagem, porquanto ela é a garantia de nossa própria ressurreição. A ressurreição de CRISTO é a base de nossa fé e esperança. Uma das grandes afirmações do Novo Testamento encontra-se nestas palavras de JESUS: '... porque eu vivo, e vós vivereis' (Jo 14.19). Paulo classifica a ressurreição de mistério; algo que não havia sido revelado nos tempos do Antigo Testamento, mas que agora é-nos descoberto: 'Eis aqui vos digo um mistério' (1 Co 15.51-54). Tal como o corpo de JESUS, o corpo ressurreto, do qual Ele é a vida animadora, não será nem este corpo mortal que hoje possuímos, nem o espírito desencarnado, mas um corpo espiritual. Um corpo real e espiritual".

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Receberemos do Senhor um corpo glorioso. A lei da gravidade não é mais forte do que nosso novo tabernáculo. Subiremos às nuvens para nos encontrar com o Senhor. Tudo o mais ficará preso à temporalidade e a gravidade deste mundo. Mas os salvos, juntos do Senhor, descansarão de sua militância; de nossas agruras terrenas não nos lembraremos mais (2 Co 5.1,2). Tudo será passado, e a única coisa importante será a eternidade que passaremos com o Senhor. Nossos corpos mortais serão revestidos de imortalidade. Nossos corpos naturais revestir-se-ão de espiritualidade. Não sentiremos mais cansaços físicos, pois nossos novos corpos não se enfadam. Não sofreremos mais as longas primaveras da vida, pois seremos revestidos de glória, jamais envelheceremos. O "mortal", diz Paulo, será "absorvido pela vida" (2 Co 5.1-4). Maranata!

 

A RESSURREIÇÃO DE JESUS

É com muita alegria que estamos estudando este precioso assunto.

Certamente as doutrinas da divindade e da ressurreição do Senhor JESUS são as mais odiadas e hostilizadas por Satanás. O Evangelho que proclamamos não finda no Monte Calvário. Ele passa pelo túmulo vazio, desponta no cenáculo e segue a trajetória celestial. Se CRISTO não houvesse ressuscitado seria vã a nossa fé e nulo o nosso testemunho. 

 

 

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A RESSURREIÇÃO DE JESUS

O milagre da Páscoa é o âmago da fé e da mensagem cristã. A ressurreição e a cruz são os temas principais do livro de Atos e das Epístolas. Em seu discurso no dia de Pentecostes (At 2.24), Pedro fala daquele “ao qual DEUS ressuscitou, soltas as ânsias da morte”. Esta frase ou alguma expressão equivalente ocorre por diversas vezes em Atos (At 3.15; 4.10; 5.30; 10.40; 13.23,30,37; 26.8) e da mesma maneira nas Epístolas de Paulo (Rm 8.11; 10.9; 1 Co 6.14; 15.15; 2 Co 1.9; 4.14; Gl 1.1; Ef 1.20; 1 Ts 1.10; cf. 1 Pe 1.21). A morte expiatória de CRISTO e a sepultura vazia são mencionadas juntas por nosso Senhor no que pode ser chamado de um complexo de redenção. O Senhor associou as duas em seu ensino (Mt 16.21; 20.18,19; Mc 8.31; 9.31; 10.33,34; Lc 18.32,33; Jo 10.17,18), e o apóstolo Pedro faz o mesmo (1 Pe 1.2-4; 3.18ss.).

 

A TEOLOGIA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A ressurreição é a prova miraculosa de que o Senhor JESUS CRISTO fez a expiação pelo pecado (At 2.24,38; 13.37,38; Rm 1.4), e venceu a morte (2 Tm 1.10; Ap 1.18). Através dela, ele foi declarado como sendo o Senhor e CRISTO (At 2.32-36) e o Filho de DEUS com poder (Rm 1.4; Fp 2.6-11; cf. At 13.33). Como o primogênito dentre os mortos, ele foi declarado o Cabeça da Igreja e o Soberano do universo (Cl 1.16-18; Ef 1.19-23; cf. Hb 1.3). Ele mesmo é a ressurreição, aquele que concede a vida eterna (Jo 11.25). Quando ressuscitou dos mortos e subiu às alturas, Ele enviou o ESPÍRITO SANTO (At 2.33,38; cf. Jo 15.26; 16.7).

E o Senhor ressurrecto que, como nosso Sumo Sacerdote, apresentou o seu sangue sacrificial a DEUS, o Pai (Hb 10.19-22; cf. 8.3; 10.10-14), agora intercede por nós (Rm 8.34; 1 Jo 2.1), e é habilitado e ordenado para tirar os selos dos juízos no fim dos tempos (Ap 5.1-7) e ser o juiz final do homem (Jo 5.21,22; At 10.42; 17.31).

Soteriologia da ressurreição. Para que o pecado do homem seja expiado, deve haver uma vida perfeita de justiça, vivida em completa obediência à santa lei de DEUS, para ser oferecida “sem mácula”; CRISTO realizou esta importante obra através de sua vida (Rm 5.19; 10.4; Hb 4.15; 5.8,9). Também deve haver uma expiação satisfatória para os pecados do homem e a lei infringida que exige a pena de morte (Rm 6.23), e isto Ele proveu submetendo-se à morte como o nosso substituto. DEUS mostrou sua absoluta satisfação com a obediência ativa e passiva de CRISTO, ressuscitando o seu Pilho dos mortos, e assim atestando que sua obra que visava alcançar a nossa justificação foi aprovada e aceita (Rm 4.25).

Escatologia da ressurreição. A ressurreição revela a vitória completa e final sobre a morte e o pecado, e sobre os seus efeitos no homem e na criação. Pelo fato de CRISTO ter ressuscitado, os crentes também ressuscitarão em corpos transformados (1 Co 15). Por meio deste mesmo fato, a natureza também será libertada da maldição. Esta é a explicação da ressurreição do crente ou a manifestação dos filhos de DEUS através da “redenção do nosso corpo”, e a remoção da “servidão da corrupção’’ na segunda vinda de CRISTO serem mencionados como ocorrendo simultaneamente em Romanos 8.1823־ (cf. Is 11.6- 12; 65.25; Zc 14.5).

 

Negações da Ressurreição

Têm sido sugeridas várias teorias que negam a ressurreição corpórea de CRISTO.

Teoria da fraude. Seus discípulos roubaram o seu corpo da sepultura e o esconderam em algum lugar. Esta opinião falha em explicar como os supostos covardes tornaram-se homens corajosos da noite para o dia, e também ignoram o fato da presença da guarda romana. Esta teoria presume que a mentira dos soldados deva ser aceita ao invés do testemunho dos crentes em CRISTO. Uma variação desta opinião é que os inimigos de CRISTO roubaram o corpo e o esconderam. Por que, então, eles não usaram isto mais tarde para refutar as alegações dos discípulos de que o Senhor havia ressuscitado?

Teoria da alucinação. Os discípulos apenas pensaram ter visto JESUS. Esta teoria falha em levar em conta o fato de que eles sentiram suas mãos e seus pés, falaram com ele, e comeram com ele e ele com eles (Lc 24.42,43). Uma variação disto é a teoria da razão histórica de Richard Niebuhr, de que os discípulos tinham uma lembrança histórica tão vivida de CRISTO, que pensavam e falavam dEle como se Ele estivesse vivo. Esta opinião falha pelas mesmas razões que as da teoria da alucinação. Além disso, como na teoria anterior, ela deve negar a sepultura vazia.

Teoria da visão objetiva. DEUS concedeu aos seguidores de JESUS visões reais para lhes dar a certeza de que o ESPÍRITO de JESUS havia sobrevivido. Esta opinião, da mesma forma, não consegue levar em conta a sepultura vazia, nem o seu corpo tangível em suas aparições. Teoria do corpo espiritual transformado. A fim de tentar explicar como os lençóis foram deixados intactos e como o CRISTO ressurrecto passou através de uma porta fechada, alguns têm afirmado com base em uma interpretação errônea de 1 Coríntios 15.44 que JESUS ressuscitou com um corpo completamente ״espiritual”, completamente imaterial; porém Ele comeu na presença de seus discípulos.

Teoria do desmaio. CRISTO estava apenas desmaiado e seus discípulos o raptaram da sepultura e o reanimaram. Esta opinião envolve os discípulos em uma fraude. Enganadores não arriscariam a vida mais tarde por causas justas como fizeram os discípulos. Esta teoria falha em fazer justiça ao exame e pronunciamento dos soldados romanos de que JESUS estava morto. Isto é ainda mais aviltante para os fundadores da Igreja primitiva.

Teoria da sepultura errada. Kirsopp Lake sugere que as mulheres foram para a sepultura errada e encontraram um estranho, de quem elas fugiram. Esta é uma tentativa um tanto desesperada de explicar o fenômeno que Lake considera a priori impossível, isto é, o milagre de uma ressurreição. Esta teoria falha em explicar tanto a experiência dos soldados tomando conta da sepultura na qual JESUS estava sepultado, como o fato da sepultura da qual as mulheres fugiram estar vazia.

 

PROVAS DA RESSURREIÇÃO

A validade da ressurreição de CRISTO baseia- se na certeza da morte e sepultamento de JESUS e no selamento da sepultura, a pedra removida e a sepultura vazia, a condição ordenada dos lençóis, e no registro de dez diferentes aparições físicas do JESUS ressurrecto. As aparições são atestadas em seis relatos - em todos os quatro Evangelhos, em Atos e 1 Coríntios 15:

1.       A Maria Madalena (Jo 20.11-18).

2.       Às outras mulheres (Mt 28.9,10).

3.       A Pedro, em particular (1 Co 15,5; Lc 24.34).

4.       A Cleopas e seu companheiro na estrada para Emaús (Lc 24.13-35).

5.       A dez dos apóstolos em uma sala trancada (Jo 20.19-25; Lc 24.36-43).

6.       A Tomé e aos outros uma semana depois (Jo 20.26-29).

7.       A mais de 500 discípulos em uma ocasião (1 Co 15.6). E provável que este fato tenha ocorrido na Galileia, como cumprimento de Mateus 28.7,8 e Marcos 16.7. Esta pode ter sido a mesma ocasião em que o Senhor JESUS encarregou os seus seguidores da grande tarefa de evangelização (Mt 28.16-20).

8.       A Tiago, o irmão do Senhor (1 Co 15.7).

9.       A sete discípulos perto do Mar da Galileia (Jo 21.1-23).

10.     Aos apóstolos e talvez a outros em Jerusalém no momento de sua ascensão (Lc 24.50-52; Act 1.4-9).

Outras aparições como estas são mencionadas em Atos 1.3.

A ressurreição de CRISTO é historicamente atestada por: (1) o fato da súbita mudança na vida dos apóstolos - os 11 se comportaram de forma covarde na ocasião da crucificação, mas se comportaram como homens prontos a dar suas próprias vidas 50 dias depois no Pentecostes; (2) a descida do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes, em cumprimento à promessa do Senhor JESUS (Jo 14.16; 15.26; 16.7; cf. 7.37-39; Act 2.32,33); (3) a mudança do dia de adoração do sábado judaico para o primeiro dia da semana, como um testemunho do dia em que CRISTO ressuscitou; (4) o súbito e espantoso crescimento da Igreja cristã; (5) a existência do NT, cuja mensagem depende da autenticidade da ressurreição.

A ressurreição corpórea de JESUS CRISTO é o acontecimento melhor atestado na história antiga. E como Merril) C. Tenney resume: “A ressurreição é relevante para a necessidade humana de propósito e segurança... O evento está fixado na história; a dinâmica é potente para toda a eternidade” (The Reality ofthe Ressurrectton, p. 19). R. A. K. Dicionário Bíblico Wycliffe – CPAD

 

A RESSURREIÇÃO DO CORPO

A ressurreição do corpo é uma ideia distintamente bíblica. Os gregos, e a filosofia grega em geral, tinham pouco respeito pelo corpo, considerando-o um estorvo, e ensinavam apenas a imortalidade da alma. A Bíblia vê o homem criado tanto com o corpo como com a alma, e, portanto, incompleto durante o estado intermediário até que receba o seu corpo ressurrecto. O NT acrescenta à mera ideia de uma ressurreição do corpo a revelação de que os cristãos terão um corpo glorificado como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.21; 1 Jo 3.2).

Ressurreição no AT. A doutrina de uma ressurreição corpórea é claramente ensinada no AT, particularmente em Jó (Jó 14.13-15; 19.23-27), nos Salmos (Sl 16.9-11; 49.14ss.), Isaías (Is 26.19) e Daniel (Dn 12.2). A existência consciente da alma entre a morte e a ressurreição também é claramente afirmada. O fato de ser falado mais da condição dos ímpios do que dos justos no estado intermediário não diminui o fato dos mortos permanecerem conscientes, mesmo estando os seus corpos na sepultura (Is 14.9-20; Ez 32.17-32).

O texto em Jó (Jó 14.14,15a) traz uma pergunta: “Morrendo o homem, porventura, tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te respondería...” No cap. 19, ele toca neste assunto novamente. Jó sabe que seu Redentor vive e que se levantará sobre a terra nos dias futuros, e ele tem a certeza de que, mesmo que os vermes destruam o seu corpo na sepultura, “em” sua carne e com seus próprios olhos verá a DEUS naquele grande dia (Jó 19.25-27). Alguns preferem a tradução “de minha carne” ao invés de “em minha carne”, baseando-se no termo heb. mibbesari (min, “de”; basar, “carne”; veja BDB. min, “o lugar do qual”, p. 579a). Tanto a LXX como Jerônimo apoiam a opinião de que Jó está se referindo à sua futura ressurreição.

O Salmo 16.9-11 traz a promessa: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção". Aquilo que Pedro mostra em seu sermão no Pentecostes se aplica ao Davi Maior, CRISTO (A  t 2.25-31). Esta é a menção mais importante da ressurreição nos Salmos, embora ela seja citada ao menos no Salmo 49.14ss. Em Daniel 12.2, há uma profecia muito importante sobre a ressurreição. Uma tradução literal do heb. seria: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno”, e é justificada pelas palavras heb. rabbim miyyshere (veja JFB, que baseia tal tradução nos dados de Tregelles). A tradução “uns... e outros" é uma tradução melhor ao heb. ,elleh...relleh do que a expressão “alguns... alguns” da versão KJV em inglês. Esta passagem é muito importante, uma vez que, traduzida literalmente, ensina duas ressurreições; uma dos justos e uma segunda, dos ímpios, como encontramos em Apocalipse 20.4-6 (cf. Jo 5.28,29).

O profeta Zacarias prediz O cerco final de Jerusalém juntamente com o arrependimento de Israel na segunda vinda do Senhor, e escreve: “Virá o Senhor, meu DEUS, e todos os santos contigo”, mostrando que os crentes que morreram estão com o Senhor e voltarão para reinar com Ele na terra (Zc 14.5; cf. Ap 5.10). Alguns têm criticado o AT por sua falta de informação sobre a imortalidade da alma, e têm sugerido que mesmo o que é mencionado apareceu apenas bem tarde. Todas estas criticas são injustificadas. O NT também não entra em detalhes quanto ao estado da alma imediatamente após a morte, isto é, o estado intermediário. Tanto no AT como no NT, DEUS concentrou sua revelação na ressurreição e nas bênçãos do reino.

Ê difícil provar que a idéia da imortalidade aparece apenas mais tarde no AT. Muitos consideram Jó um livro muito antigo, e este livro é muito claro tanto sobre a imortalidade como sobre a ressurreição do corpo. Seja como for, os patriarcas criam em uma vida futura. Enoque nem sequer morreu, mas foi estar diretamente com DEUS (Gn 5.24; Hb 11.5). Abraão “esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é DEUS” (Hb 11.10). Todos os santos do AT aguardavam ansiosamente pelo reino (Hb 11.13-16; cf. Lc 13.28,29) desde os dias da aliança com Abraão, não só para os seus descendentes distantes mas também para si mesmos.

Ressurreição no NT. No NT, o termo gr. anastasis refere-se à ressurreição do corpo morto à vida. Somente em Lucas 2.34 a palavra é traduzida de outra forma, e mesmo ali o termo ressurreição pode ser a tradução correta. Isto não tem de ser um ajuntamento de parte por parte ou a restituição do antigo corpo de carne, uma vez que o corpo da ressurreição é um corpo com qualidades completamente diferentes do antigo corpo, mas significa a constituição de nm corpo como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.21), e apropriado para o estado eterno da alma.

O NT claramente ensina uma ordem ou série na ressurreição. Paulo revela em 1 Coríntios 15.20-24 que deve ser “cada um por sua ordem. CRISTO, as primícias; depois, os que são de CRISTO, na sua vinda. Depois, virá o fim”. Isto concorda com o que o próprio Senhor JESUS CRISTO havia dito em João 5.28ss.: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”. Daniel, como já visto, indica duas ressurreições, e Apocalipse 20.4-6 fala de uma primeira ressurreição dos santos como distinta de uma segunda, a dos “outros mortos” ou a do “restante” dos mortos, os perdidos, e diz que a segunda está separada da primeira por mil anos. Em 1 Tessalonicenses 4.16,17 são apenas os mortos em CRISTO que são ressuscitados em sua vinda, e estes são imediatamente levados, arrebatados, ao céu (cf. a advertência de CRISTO para estarmos prontos para o arrebatamento em Mateus 24.40-44; Marcos 13.28,29; Lucas 21.29-31).

O CORPO DA RESSURREIÇÃO.

É revelado que o crente será como o seu Senhor (Fp 3.21; 1 Jo 3.2), tendo um corpo tangível “como o seu corpo glorioso”. A identidade será retida entre o corpo mortal e o novo corpo da ressurreição, embora este não necessite de uma reconstituição dos mesmos átomos. Mesmo nesta vida, as matérias do corpo mudam constantemente. Elas são inteiramente substituídas de um modo progressivo dentro de um período de alguns anos.

O Senhor JESUS CRISTO ressuscitou no corpo tio qual havia sofrido, deixando um túmulo vazio. Seu novo corpo tinha “carne e ossos”, mas embora Ele tenha sido absolutamente reconhecido, suas qualidades estavam gloriosamente mudadas. O novo corpo do crente não deverá ter “carne e sangue”, pois esta é a natureza de seu corpo mortal. Ele será como os anjos que não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.29,30). Este novo corpo é descrito em 1 Coríntios 15.35-50.

Implicações espirituais e morais. O homem é uma criatura composta por uma parte material (o corpo) e uma parte espiritual (a alma e o espírito). Ele faz parte de uma raça. Por ser assim, ele pode conhecer a supremacia do primeiro Adão na qual ele caiu e se perdeu, e pode participar dos benefícios da supremacia do último Adão, JESUS CRISTO, e ser salvo. “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO” (1 Co 15,22). CRISTO não redimiu somente a alma, mas também o corpo, como ficou provado na ressurreição de seu próprio corpo.

O corpo do crente é o Templo do ESPÍRITO SANTO e deve ser mantido puro (1 Co 6.19,20). Ele será finalmente transformado de uma forma miraculosa para se adaptar às necessidades eternas dos filhos de DEUS. Por causa da importante função do corpo, não se deve desprezá-lo nem destruí-lo através de uma vida devassa.

R. A. K. Dicionário Bíblico Wycliffe – CPAD

 

 

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Lição 12, CPAD NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA

 

Escrita Lição 12, CPAD, Do julgamento à ressurreição, 2Tr25, 2Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A PRISÃO E A CONDENAÇÃO DE JESUS

1. A prisão

2. O interrogatório

3. A condenação

II – CRUCIFICAÇÃO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS

1. O caminho do Calvário

2. A missão foi encerrada

3. O Sepultamento

III – A RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. O Túmulo Vazio

2. A Ressurreição como base da Fé Cristã

3. O CRISTO Ressurreto quebra a incredulidade

 

TEXTO ÁUREO

“E, quando JESUS tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.”  (Jo 19.30)

 

VERDADE PRÁTICA

Na cruz, JESUS triunfou sobre o pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 16.1-6 Uma mensagem de despedida antes de enfrentar a Cruz

Terça - Jo 16.16 A ausência de JESUS traria um período de tristeza

Quarta - Jo 17.14-23 Oração para o fortalecimento dos discípulos

Quinta - Jo 18.1-14 A prisão de JESUS no Jardim do Getsêmani

Sexta - Jo 19.12-16 A condenação de JESUS por Pilatos

Sábado - Jo 19.17-19, 28-30, 38-42 JESUS foi crucificado, morto e sepultado

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 19.17,18, 28-30; 20.6-10

João 19

17 - E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota,

18 - onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e JESUS no meio.

28 - Depois, sabendo JESUS que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.

29 - Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.

30 - E, quando JESUS tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

João 20

6 - Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis

7 - e que o lençol que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte.

8 - Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

9 - Porque ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos.

10 - Tornaram, pois, os discípulos para casa.

 

Hinos Sugeridos: : 39, 291, 577 da Harpa Cristã

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

O Evangelho de João, ao narrar o sacrifício e a vitória de JESUS, revela a concretização do plano redentor de DEUS. Para uma melhor compreensão desse plano, esta lição aborda três momentos essenciais: 1) a prisão e condenação de JESUS; 2) a sua crucificação, morte e sepultamento; e, por fim, 3) a sua gloriosa ressurreição. Podemos incentivar os alunos a perceberem como os textos bíblicos da Leitura Bíblica em Classe demonstram o cumprimento das Escrituras e a manifestação do amor divino. Esses textos nos convidam a refletir sobre a cruz e a ressurreição como pilares da nossa fé e esperança.

 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Descrever o contexto da prisão e condenação de JESUS; II) Explicar o significado teológico da crucificação, morte e sepultamento de JESUS; III) Incentivar os alunos a celebrarem a ressurreição de CRISTO como uma vitória sobre o pecado e a morte.

B) Motivação: Os acontecimentos relacionados com a prisão, crucificação e ressurreição de JESUS transcendem meros relatos históricos; constituem verdades que transformam e influenciam a fé cristã. Portanto, entender o sacrifício de CRISTO enriquece a nossa gratidão e dedicação a DEUS. Assim, ao reconhecer a importância da cruz e celebrar a ressurreição, somos motivados a viver com esperança, firmados na vitória de CRISTO sobre o pecado e a morte.

C) Sugestão de Método: Para o fechamento da lição, sugerimos que utilize o método da Leitura Dirigida e Reflexiva. Divida a classe em três grupos, cada um responsável por um dos tópicos da lição. Oriente cada grupo a ler e refletir sobre as passagens de João 19.17,18, 28-30; 20.6-10 relacionadas ao tema do julgamento à ressurreição. Após a leitura, peça que cada grupo destaque aspectos-chave do texto, como a submissão de JESUS ao plano de DEUS, o significado de seu sacrifício e o impacto transformador de sua ressurreição. Conclua com um momento de compartilhamento, no qual cada grupo apresenta suas reflexões. Finalize ligando os insights às aplicações práticas, reforçando como a compreensão, reconhecimento e celebração desses eventos moldam nossa fé e vida cristã.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: O tema desta semana convida-nos a viver todos os dias à luz do Sacrifício e da Ressurreição de CRISTO, tendo consciência do preço que foi pago pela nossa redenção e da vitória que Ele nos proporciona. Que a nossa fé se fortaleça e a nossa esperança se renove ao recordarmos que JESUS triunfou sobre a morte para nos conceder a vida eterna.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O Sepultamento de JESUS", localizado após o segundo tópico, aprofunda acerca do processo de sepultamento do Senhor; 2) No final do terceiro tópico, o texto "Ressurreição" traz uma contextualização a respeito da Ressurreição de JESUS.

 

PALAVRA-CHAVE - RESSURREIÇÃO

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

Nesta lição, iremos abordar a prisão, a condenação, a crucificação, a morte, o sepultamento e a ressurreição de JESUS. Estes eventos demonstram o cumprimento da missão do nosso Salvador. Toda essa missão pode ser resumida na frase: “Está consumado”. A obra de CRISTO no Calvário e a sua Ressurreição constituem a base da esperança cristã.

 

I – A PRISÃO E A CONDENAÇÃO DE JESUS

1. A prisão

Nos capítulos 17 e 18 deste Evangelho, após ter proferido o seu último discurso aos discípulos e os ter preparado para a traição de Judas Iscariotes, JESUS atravessou o ribeiro de Cedrom e fez uma paragem no Jardim do Getsêmani. Este jardim era também conhecido como “o Monte das Oliveiras”, devido à grande quantidade de oliveiras que ali existia. Naquela madrugada, o ambiente neste local parecia carregado de tristeza e angústia. Os soldados romanos e os membros da guarda do sumo sacerdote foram guiados por Judas Iscariotes até ao local onde JESUS se encontrava com os seus discípulos. Tendo concordado com a traição em troca de 30 moedas de prata, o traidor identificou JESUS com um beijo traiçoeiro, indicando aos soldados romanos quem Ele era, levando à sua prisão e conduzindo-o até Anás, o sumo sacerdote, para ser interrogado. Em seguida, depois de ter sido agredido, o nosso Senhor foi levado perante o governador Pilatos (18.28 – 19.6).

 

2. O interrogatório

De início, Pilatos questiona a acusação feita pelos judeus. JESUS fora detido durante a madrugada e, ao amanhecer, depois de ter passado pela casa de Caifás, o sumo sacerdote, os judeus preferiram que a condenação viesse do governador Pilatos. Assim, levaram JESUS até ele, apesar de este preferir que fossem os próprios judeus a julgar JESUS conforme as leis judaicas (Jo 18.28,31). Por sua vez, Pilatos, na tentativa de aliviar a pressão política dos judeus, cedeu à hostilidade deles e decidiu colocar JESUS ao lado de Barrabás (18.38-40). Este último era um criminoso notório e escolheram libertá-lo em vez de desistirem da crucificação de JESUS. O ódio religioso do povo era tão intenso que eles não conseguiam ver nada que pudesse impedir a condenação de JESUS.

 

“Nesse momento, nosso Senhor assumiu as nossas enfermidades e dores; foi afligido e oprimido, foi castigado pelas nossas transgressões e iniquidades; cumprindo assim a profecia do profeta Isaías.”

 

3. A condenação

Pilatos mandou que JESUS fosse açoitado e, posteriormente, os soldados romanos, para o humilhá-lo ainda mais, colocaram sobre a sua cabeça uma “coroa de espinhos afiados”, provocando-lhe ferimentos e fazendo o sangue escorrer pelo seu rosto. Essa era uma maneira de escarnecer da sua suposta realeza. O instrumento utilizado para os castigos era um chicote com tiras de couro afiadas, que tinham pedaços de ossos ou pedras cortantes na ponta. JESUS foi ferido e teve a sua carne dilacerada pelos golpes (Jo 19.1,2). Nesse momento, nosso Senhor assumiu as nossas enfermidades e dores; foi afligido e oprimido, foi castigado pelas nossas transgressões e iniquidades; cumprindo assim a profecia do profeta Isaías (Is 53.4-5).

 

SINÓPSE I - A prisão, o interrogatório e a condenação de JESUS revelam a injustiça dos homens e o cumprimento do plano divino para a nossa redenção.

 

“A obra de JESUS estava concluída. O seu grito não era de derrota, mas sim uma declaração

da realização de uma tarefa confiada pelo Pai.”

 

II – CRUCIFICAÇÃO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS

1. O caminho do Calvário

Após a tentativa de Pilatos evitar a crucificação e libertar JESUS, não conseguiu impedir o castigo mais severo. Finalmente, no versículo 16, lê-se: “Então, entregou-lho, para que fosse crucificado” (Jo 19.16). Sob os açoites dos soldados, JESUS carregava a sua cruz até chegar ao Gólgota, local conhecido como “Lugar da Caveira”, devido à forma que o monte apresentava. Em João 19.18, menciona-se que o “Gólgota” era um lugar público onde as pessoas podiam testemunhar o horrível drama ao qual os soldados romanos submetiam os condenados. Nos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), foram registrados detalhes sobre os eventos durante a crucificação do Senhor. Ao lado de JESUS, à sua esquerda e à sua direita, estavam dois outros homens acusados como criminosos (Lc 23.40-43), sendo que Lucas narra o arrependimento de um deles enquanto o outro zombava de JESUS. É curioso notar que o profeta Isaías também mencionou isso anteriormente, no capítulo 53.12, afirmando que ele “foi contado com os transgressores”.

 

2. A missão foi encerrada

Como homem, JESUS experimentou a sede, que foi a sua última necessidade humana, antes de morrer na cruz. A sua sede física foi momentânea e aliviada por uma esponja, que não continha água, mas vinagre, oferecida pelos soldados romanos. Ao pedir “água para saciar sua sede”, nosso Senhor tinha plena consciência de que a Escritura estava se cumprindo e que aquele momento final “como homem” se aproximava. Assim, ciente de que sua missão na Terra estava completada (v.28), não hesitou em proclamar a vitória do plano divino ao afirmar: “Está consumado!” (Jo 19.30). A obra de JESUS estava concluída. O seu grito não era de derrota, mas sim uma declaração da realização de uma tarefa confiada pelo Pai.

 

3. O Sepultamento

No versículo 38, aparece um homem que admirava JESUS e era um discípulo discreto e reservado, chamado José de Arimateia. Ele fazia parte do Sinédrio (Mc 15.43) e era uma pessoa abastada (Mt 27.57). Devido ao temor que tinha dos judeus, mantinha-se afastado dos discípulos, mas conseguiu vencer esse medo ao reunir coragem para se dirigir a Pilatos e solicitar o corpo de JESUS para o sepultamento (Jo 19.42). A informação contida no texto sugere que o túmulo onde JESUS foi sepultado não ficava longe do Monte do Calvário.

 

SINÓPSE II - O caminho do Calvário, o desfecho da missão de JESUS e o seu sepultamento ilustram o sacrifício redentor e o cumprimento das Escrituras.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - “O SEPULTAMENTO DE JESUS (19.38-42).

Mais tarde (v. 38), certo José pede a Pilatos o corpo de JESUS, e Pilatos lhe concede o pedido. João conta duas coisas sobre este homem: Ele é de Arimateia e é crente secreto em JESUS. Este José só aparece no relato do sepultamento de JESUS nos Evangelhos. Lucas 23.50,51 diz que Arimateia era uma cidade dos judeus. José também tinha envolvimento com o Sinédrio e tinha um sepulcro perto de Jerusalém, o que significa que ele morava em Jerusalém. Lucas também nos fala que ele era homem piedoso. João enfatiza que ele era um crente secreto em JESUS por medo dos líderes judeus. Este tipo de crente, que frequentava a sinagoga, tornou-se numeroso mais tarde, quando os líderes do judaísmo o perseguiram” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.603).

 

III – A RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. O Túmulo Vazio

Na manhã do primeiro dia da semana (domingo), ocorreu um terremoto na área do sepulcro, e um anjo de DEUS deslocou a pedra, sentando-se sobre ela (Mt 28.2). Foi nesse instante que JESUS ressuscitou do lugar onde o seu corpo se encontrava. O túmulo ficou vazio, servindo como uma evidência clara da ressurreição de JESUS dentre os mortos. No Evangelho de João, é relatado que, após o sábado judaico, Maria Madalena dirigiu-se ao sepulcro (Jo 20.1), acompanhada por Maria, mãe de Tiago, e Salomé (Mc 16.1-3), com a intenção de ungir o corpo de JESUS. Ao chegarem lá, a pedra já tinha sido retirada (Mc 16.4) e ao entrarem no sepulcro escavado na rocha, não encontraram o corpo de JESUS. O túmulo estava vazio.

 

“Ao chegarem lá, a pedra já tinha sido retirada (Mc 16.4) e ao entrarem no sepulcro escavado na rocha, não encontraram o corpo de JESUS. O túmulo estava vazio.”

 

2. A Ressurreição como base da Fé Cristã       

Em sua abordagem sobre a importância da Ressurreição, o apóstolo Paulo dirigiu-se aos coríntios afirmando que “CRISTO ressuscitou dos mortos” e que, se essa afirmação não fosse verdadeira, a nossa fé e a nossa mensagem seriam inúteis (1 Co 15.12-14). Existem pelo menos duas razões para crermos na ressurreição do Senhor. A primeira baseia-se nas palavras de JESUS que afirmara ser necessário que Ele ressuscitasse dentre os mortos (Jo 20.9). A segunda razão é o fato de Pedro e João terem verificado que JESUS já não estava no sepulcro quando souberam do túmulo vazio (20.6-7). No entanto, quando Maria Madalena olhou novamente para dentro do túmulo e viu dois anjos de DEUS que lhe asseguraram que JESUS estava vivo, ela não conseguiu imaginar que seria a primeira pessoa a contemplar JESUS de forma gloriosa (Jo 20.11-17). Ele a instruiu para comunicar aos discípulos que Ele estava vivo e que brevemente teriam a oportunidade de vê-lo também (20.18,19).

 

3. O CRISTO Ressurreto quebra a incredulidade

Apesar do receio e da incredulidade de alguns dos discípulos, mesmo após ouvirem o testemunho de Pedro e João, e em especial, de Maria Madalena, que viu JESUS e falou com Ele pessoalmente, JESUS apareceu entre os discípulos no primeiro dia da semana. Ele surgiu no meio deles e disse: “Paz seja convosco!” (Jo 20.19). Em outras ocasiões, nosso Senhor também se manifestou aos discípulos antes da sua ascensão ao céu (Jo 21.1,2). A Pedro e a alguns outros que o seguiam, JESUS revelou-se novamente e realizou o milagre da pesca abundante (Jo 21.3-11), uma prova do poder do CRISTO ressuscitado. Seria impossível permanecer incrédulo depois de testemunhar o CRISTO que venceu a morte.

 

SINÓPSE III - A Ressurreição de JESUS, evidenciada pelo túmulo vazio, é a base da fé cristã e transforma a incredulidade em convicção.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - RESSURREIÇÃO

“O capítulo 20 é o clímax do Evangelho. Quatro das cinco seções neste capítulo contêm estados semelhantes para os discípulos. Cada seção começa com um estado de medo e/ou dúvida (i.e., fé fraca) e termina com alegria e fé fortalecida. As aparições pós-ressurreição fazem com que a fé vivifique. No capítulo 20, todas estas aparições acontecem em Jerusalém. 

[...] A crença vem com esta compreensão da ressurreição. A ressurreição é a base da fé cristã. Paulo em 1 Coríntios 15 também confirma este fato concernente à fundação do cristianismo. Agora a fé pode vir à existência. Sua meta está no lugar certo. Esta é a razão das pessoas não serem salvas à parte de JESUS e sua ressurreição.

É essencial que os dois apóstolos mais importantes vejam o sepulcro vazio, e que sua fé se complete, depois de ter começado em João 2.11. Este é o testemunho apostólico. Contudo João comenta que eles ainda não entendem a Escritura; em outras palavras, algo está faltando, se bem que eles passaram do medo para a fé. No Novo Testamento, o fator mais importante que o sepulcro vazio é as aparições pós-ressurreição” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, pp.605,06).

 

CONCLUSÃO

A Ressurreição do Senhor JESUS é o evento mais significativo do Novo Testamento. Este acontecimento concretiza a nossa esperança na Ressurreição do Corpo, tal como está expresso no Credo Apostólico, um importante documento da tradição cristã: “Creio na ressurreição da carne”. Assim, à luz deste fato, somos encorajados a manter a nossa fé, pois depositamos a nossa esperança naquEle que triunfou sobre a morte de forma definitiva.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. De que maneira JESUS foi reconhecido e traído por Judas?

Tendo concordado com a traição em troca de 30 moedas de prata, o traidor identificou JESUS com um beijo traiçoeiro, indicando aos soldados romanos quem Ele era.

2. Em que momento se concretizou a profecia de Isaías?

JESUS foi ferido e teve a sua carne dilacerada pelos golpes (Jo 19.1,2). Nesse momento, nosso Senhor assumiu as nossas enfermidades e dores; foi afligido e oprimido, foi castigado pelas nossas transgressões e iniquidades; cumprindo assim a profecia do profeta Isaías (Is 53.4-5).

3. De acordo com Isaías 53.12, o que se realizou durante a crucificação de JESUS?

Ao lado de JESUS, à sua esquerda e à sua direita, estavam dois homens acusados como criminosos. É curioso notar que o profeta Isaías também mencionou isso anteriormente, no capítulo 53.12, afirmando que ele “foi contado com os transgressores”.

4. Segundo a lição, quem acompanhava Maria Madalena na visita ao túmulo?

Maria Madalena dirigiu-se ao sepulcro (Jo 20.1), acompanhada por Maria, mãe de Tiago, e Salomé (Mc 16.1-3), com a intenção de ungir o corpo de JESUS.

5. Indique uma das razões plausíveis para acreditar na ressurreição do Senhor JESUS.

A primeira baseia-se nas palavras de JESUS que afirmara ser necessário que Ele ressuscitasse dentre os mortos (Jo 20.9).

 20 João emprega, em seu evangelho, o horário romano, sistema em que o dia começa à meia-noite, como o nosso. Assim, “quase à hora sexta” (Jo 19.14) equivale a quase seis horas da manhã. Os evangelhos sinóticos empregam o sistema judaico em que o dia começa às seis da tarde. A noite divide-se em quatro vigílias de três horas (Mc 13.35): Das seis às nove, primeira vigília, a da tarde; das nove à meia-noite, a segunda; da meia-noite às três da manhã, a terceira, a do “cantar do galo” (Lc 12.38); finalmente, a quarta vigília, das três da manhã às seis (Mt 14.25). A partir daí, seguem-se as horas, primeira, segunda... etc.

ARA Versão de João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada no Brasil. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.

21 Há um estudo detalhado sobre essa questão em MCDOWELL, Josh. Ele Andou Entre Nós, São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1995, p. 42-52.