Escrita Lição 7, Betel, O Encontro de JESUS com a Mulher Samaritana – A Água que Sacia para Sempre, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O EVANGELHO É PARA TODOS
1.1. JESUS quebra barreiras e transforma mentalidades.
1.2. JESUS cumpre o Ide.
1.3. JESUS socorre os que vão a Ele.
2- TODOS TEMOS SEDE DE DEUS
2.1. Uma mulher desprezada.
2.2. Desprezada pela sociedade.
2.3. Somos convidados a adorar a DEUS.
3- A CONVERSÃO DA MULHER SAMARITANA
3.1. JESUS se revela como o Messias.
3.2. A samaritana tinha conhecimento religioso.
3.3. A primeira missionária.
TEXTO ÁUREO
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais
tenha sede e não venha aqui tirá-la” João 4.15.
VERDADE APLICADA
O encontro de JESUS com a mulher samaritana expressa que o
surpreendente Amor de DEUS não faz acepção de pessoas.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer que o Evangelho de JESUS não faz acepção de
pessoas.
Saber que JESUS jamais nos abandona.
Compreender que a conversão da samaritana alcançou muitos do seu povo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA – João 4.9-13
9 Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me
pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se
comunicam com os samaritanos).
10 JESUS respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de DEUS e quem é o que
te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
11 Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tirar, e o poço é fundo;
onde, pois, tens a água viva?
12 És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio
dele, e os seus filhos, e o seu gado?
13 JESUS respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter
sede.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 8.28-39 O testemunho é importante.
TERÇA | Jo 4.19 A samaritana vê JESUS como um profeta.
QUARTA | Jo 4.39-41 A samaritana convence a muitos do seu povo.
QUINTA | Jo 4.14 JESUS nos oferece a água viva.
SEXTA | Jo 4.22 A salvação vem dos judeus.
SÁBADO | Jo 4.10 Necessitamos conhecer o dom de Deu
HINOS SUGERIDOS: 20, 156, 169
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que a humanidade não faça acepção de pessoas.
PONTO DE PARTIDA: JESUS não faz acepção de pessoas.
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO. REVISTAS E LIVROS ANTIGOS A RESPEITO
DO MESMO ASSUNTO – LEIA TUDO
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JESUS e a mulher samaritana
( 4: 1-26 )
A mulher de Samaria provavelmente veio do interior de Samaria, em
vez de partir da cidade com esse nome. A cidade de Sicar, perto do qual estava
o poço de Jacó, onde a conversa da mulher com JESUS ocorreu, pode ser
identificada com Siquém. Sicar não é mencionado no Antigo Testamento. O campo
dado a José por Jacó é, sem dúvida, a parte extra ou "encosta de
montanha", que Jacó deu a José acima do que ele deu aos outros filhos
(Gen. 48:22 ). - E eu tenho dado a ti um pedaço da terra a mais do que a teus
irmãos, que tomei com a minha espada e com o meu arco, da mão dos amorreus.
Gênesis 48:22 (Siquém ou Sicar)
Sim, em muitos contextos, Siquém e Sicar são considerados a mesma
localidade, embora Sicar seja mencionada apenas no Evangelho de
João. Siquém é um nome mais antigo e frequentemente usado na Bíblia,
enquanto Sicar aparece em João 4:5, onde Jesus encontra a mulher samaritana
junto ao poço de Jacó. Alguns estudiosos acreditam que Sicar pode ser um
nome alternativo ou um apelido para Siquém, talvez usado com conotação negativa
pelos judeus.
Diz-se que a rota usual tomada por judeus da Judéia para a Galileia
era a leste do rio Jordão, do lado oposto e próximo a decápolis, um desvio ao
redor de Samaria. Porque os samaritanos eram de raça mista e adoravam em um
templo rival, eles eram piores do que os pagãos nas mentes dos judeus e não
podiam ser associados a eles. "Cachorros" era um nome comum para
eles.
JESUS deixou a Judéia e foi para a Galileia.
JESUS tomou a rota através de Samaria, e, pelo que parece, queria
se encontrar com a samaritana e ministrar às pessoas daquela província. Cremos
que por revelação do ESPÍRITO SANTO conheceu uma mulher que veio para tirar
água na fonte de Jacó. Ela provou ser uma boa ouvinte e um propagandista pronta
para ser testemunha JESUS e seu poder.
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REVISTA ANTIGA - Escrita Lição 3, CPAD, A Verdadeira
Adoração, 2Tr25, Com. Extra Pr. Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O
ENCONTRO EM SAMARIA E DUAS PRECIOSAS LIÇÕES
1. A
necessidade de passar em Samaria
2. A
necessidade do ser humano
3. O lugar
de adoração a DEUS
II – O
ENSINO DE JESUS A RESPEITO DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
1. A
adoração
2. JESUS e
a verdadeira adoração
III – A
ADORAÇÃO BÍBLICA
1. O
conceito bíblico de adoração
2. Adoração
como ato de rendição a DEUS
3. Adoração
como ato de serviço a DEUS
4. Uma
experiência interior de adoração
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - João 4.5-7,9,10,19-24
5 - Foi, pois, a uma
cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu
filho José.
6 - E estava ali a
fonte de Jacó. JESUS, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da
fonte. Era isso quase à hora sexta.
7 - Veio uma mulher de
Samaria tirar água. Disse-lhe JESUS: Dá-me de beber.
9 - Disse-lhe, pois, a
mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou
mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
10 - JESUS respondeu e
disse-lhe: Se tu conheceras o dom de DEUS e quem é o que te diz: Dá-me de
beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
19 - Disse-lhe a
mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20 - Nossos pais
adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve
adorar.
21 - Disse-lhe JESUS:
Mulher, crê-me a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o
Pai.
22 - Vós adorais o que
não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
23 - Mas a hora vem, e
agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24 - DEUS é ESPÍRITO,
e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
Tudo se
resume a entender o que JESUS CRISTO queria dar à mulher Samaritana:
A fonte é
esta (a fonte é que gera o rio)
João
7.37-39
37 E no último dia, o grande dia da
festa, JESUS pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha
a mim, e beba.
38 Quem crê em mim, como diz a
Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.
39 E isto disse ele do ESPÍRITO que
haviam de receber os que nele cressem; porque o ESPÍRITO SANTO ainda não fora
dado, por ainda JESUS não ter sido glorificado.
Adoração
Jo 4.23- “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em ESPÍRITO e em verdade; porque o Pai procura a tais
que assim o adorem”.
Cabe-nos esclarecer que os verdadeiros adoradores são aqueles que
trabalham na obra do Senhor, embora muitos pensem que são os exclusivamente
cantores e musicistas. A adoração a DEUS é um estado constante em nosso
espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO
SANTO), não sendo determinada por momentos de louvor, mas uma vida de comunhão
com o ESPÍRITO SANTO; neste capítulo 4, a palavra adoração aparece 10 vezes
indicando-nos, a necessidade de atentarmos mais para esse fato tão importante.
A verdadeira adoração exige serviço na obra de DEUS e dedicação em obedecer à
vontade de DEUS e ganhar almas (esta é a prioridade da Igreja, a
evangelização), além disso, uma vida de comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Uma vida
de JEJUM e regada com muita oração e estudo da Bíblia.
Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam
adorá-lo devem fazê-lo em ESPÍRITO e em Verdade, ou seja, dispensando os
estímulos externos; com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a
expressão máxima da oração).
Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
HÁ MUITA DIFERENÇA ENTRE LOUVOR E ADORAÇÃO.
- Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo
que ELE é;
- O louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um
engrandecimento de DEUS;
- No louvor precisa-se da participação de outras pessoas e às vezes
de instrumentos musicais, a adoração é individual e nasce dentro de nós, em
nosso espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO;
- O louvor chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos
(presença de DEUS);
- No louvor são usados o corpo e a alma; na adoração são usados o
corpo (mortificado), a alma (lavada no sangue de JESUS) e o espírito
(“recriado”, unido ao ESPÍRITO SANTO);
- Para louvar a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO,
pois até os animais o louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é
preciso uma estreita comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos
transporta ao trono.
- O louvor é um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um
beijo cheio de amor.
- Tomemos como exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua
esposa e manda entregar em sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de
amor, mas quando ele chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de
amor (Essa é a diferença entre louvor e a adoração).
- Para louvar não é preciso nascer de novo, para adorar só com
espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO
SANTO).
O louvor não exige sacrifício, a adoração exige sacrifício, vida no
altar e disposição de servir.
- Observação: Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que
louvam.
Aos homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora
(manifestação interna).
Estudo do Pr Henrique, EBD NA TV
σαμαρεια Samareia
de origem hebraica - Samaria = “proteção”
território da Palestina chamado Samaria (Israel), que tinha a cidade de Samaria
como sua capital
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JESUS e a Mulher Samaritana
Introdução
JESUS deixou Jerusalém porque seus milagres estavam atraindo as
pessoas do tipo errado - espectadores curiosos que tinham do Reino um conceito
errado.
Foi, portanto, para os distritos rurais, onde o povo tinha mais
simplicidade e seriedade de coração. Ali ganhou muitos, que se converteram a
Ele e aceitaram o batismo. Mais uma vez, porém, seu próprio sucesso fez
periclitar o propósito do seu ministério. Os fariseus, ouvindo a notícia de que
grandes multidões acorriam
ao seu batismo, ficaram com inveja e alimentaram uma discussão
entre os discípulos de JESUS e os de João Batista (cf. Jo 3.25; 4.1,2). JESUS,
desejando evitar uma contenda com os fariseus, deixou a Judéia. Não havia
finalidade em que ele se revelasse como Messias diante dos fariseus, porque,
com suas mentes
cheias de idéias preconcebidas, teriam entendido os seus ensinos de
maneira errada. Era diante de pessoas de mente sincera e coração faminto como a
mulher samaritana que JESUS se sentia livre para revelar-se, em vez de entrar
em controvérsias teológicas com os fariseus.
Este trecho, bem como o que estudamos no capítulo anterior, são
exemplos dos ensinamentos de CRISTO sobre o poder regenerador do ESPÍRITO
SANTO. No capítulo anterior, ouvimos JESUS instruindo Nicodemos com respeito ao
novo nascimento;
agora, estudaremos a sua entrevista com uma mulher samaritana. Ele
era um membro da sociedade que desfrutava de grande respeito; ela, uma mulher
proscrita. Ela, era um homem da mais severa moralidade; ela, uma mulher vivendo
no pecado. Ele era um culto ensinador de Israel; ela, uma analfabeta das
classes inferiores. Ambos têm a mesma necessidade - a transformação espiritual
para entrar no Reino de DEUS.
Este trecho descreve os passos mediante os quais o supremo
Conquistador de almas conseguiu a conversão da mulher samaritana.
I – Conseguindo a Atenção (Jo 4.5-9)
“Foi, pois a uma cidade, de Samaria, chamada Sicar, junto da
herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó.
JESUS, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto
quase a hora sexta”. Esta menção do cansaço de JESUS é a evidência de que,
quando compartilhou da
natureza humana, o fez com toda seriedade: realmente tomou sobre si
nossa natureza, e experimentou todas as limitações e fraquezas a que a carne
humana está sujeita (menos as que são fruto direto do nosso pecado). “Vinde a
mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28)
foi dito
por aquEle que sabia como é a dor de músculos cansados e
latejantes.
“Veio uma mulher de Samaria tirar água; disse-lhe JESUS: Dá-me de
beber”. O propósito do Senhor era levar a mulher necessitada à água espiritual
que satisfaz a sede da alma; assim, fez seu primeiro contato com ela ao pedir
água. Ele de que tomar a iniciativa, porque a mulher, de si mesma, não teria
falado com Ele
primeiro. Existiam quatro barreiras que impediriam semelhante
conversação, e que o Senhor primeiramente teria de romper. 1) A barreira do
sexo. Os próprios discípulos ficaram atônitos ao ver CRISTO agir contrariamente
às bem conhecidas atitudes de sua época, falando assim a uma mulher em público
(v. 27).
Geralmente, os preconceitos dos rabinos proibiam que as mulheres
recebessem educação superior. 2) A barreira da nacionalidade. Não havia
comunicação entre os judeus e os samaritanos. 3) A barreira do caráter moral. A
mulher samaritana
sabia que nenhum rabino judeu chegaria perto de uma pecadora como
ela. 4) A barreira da ignorância.
No decurso da conversação, foram rompidas todas as barreiras. A
mulher recebeu novos horizontes para a sua vida, seu caráter foi transformado,
e sua alma, iluminada.
Note a habilidade do Senhor em abrir caminho para esta conversação.
Pediu um favor da parte dela, fazendo-a sentir- se, por um momento, em
condições de superioridade. Mediante um apelo à simpatia da mulher, criou
ambiente apropriado para conversar sobre assuntos espirituais.
Foi uma grande surpresa para a mulher quando a pessoa junto à fonte
- que ela reconheceu como sendo um judeu - , fez um pedido a uma mulher
samaritana de sua condição. “Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que
sou samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)”. Embora
JESUS, como Messias, viesse da tribo de Judá, nunca se chamou “Filho de
Israel”; sempre é chamado de “Filho do homem”, da humanidade inteira. Não havia
lugar em sua mente e em seu coração para o preconceito.
II – Despertando o Interesse (Jo 4.10-14)
1. O desafio surpreendente.
A mulher samaritana aproveitou para se rir um pouco daquele judeu
que, segundo pensava, fora forçado a mostrar franqueza e amabilidade por causa
da intensa sede que sentia, e de não ter condições de conseguir água.
Surpreendeu-se, no entanto, por Ele não se mostrar embaraçado; pelo contrário,
suas palavras é que a deixaram intrigada: “Se tu conheceras o dom de DEUS, e
quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água
viva.”
“Se tu conheceras”. Há pessoas que não percebem quantos poderes e
oportunidades jazem escondidos ao nosso redor. Por não reconhecermos quantas
bênçãos se nos oferecem, perdemos milhares delas! “O meu povo foi destruído,
porque lhe faltou o conhecimento” (Os 4.6). A mulher samaritana estava falando
face a face com aquEle que satisfaria a todos os seus anseios de paz e de vida
– e não o sabia. Há muitas pessoas que passam pela vida bem perto daquilo que
poderia revolucionar sua existência, e ficam alheias à verdadeira
bem-aventurança por falta de saber e de considerar. Em dois assuntos,
especificamente, faltava conhecimento à mulher.
1.1. Não conhecia o dom de DEUS, aquilo que DEUS queria
graciosamente dar a ela.
A pobre mulher nem esperava bênçãos da parte de DEUS. Desiludida,
esgotada, sem caráter, sem alegria, praticava a enfadonha rotina dos serviços
diários. Ouvira falar sobre DEUS, mas nem sequer sonhava que Ele estivesse
disposto a entrar na sua vida, fazendo com que sua existência valesse a pena.
A água “viva” é a que flui ou que jorra de uma fonte - a água em
movimento, em contraste com a água parada (cf. Gn 26.19; Zc 14.8). Simboliza a
vida divina que flui mediante o contato com DEUS (Jr 2.13; Ap 7.17; 21.6;
22.1). Assim como a água natural satisfaz a sede física, o ESPÍRITO SANTO
satisfaz a alma que anseia por DEUS (cf. Sl 42.1,2).
1.2. A mulher não conhecia a identidade daquele que disse: “Dá-me
de beber”.
A vinda do Messias era a esperança dos samaritanos, e não somente
dos judeus, e ambas as nações tiraram encorajamento e forças desta promessa:
suportavam os males do presente, sustentados pela visão do futuro, que se
centralizava ao redor
da Pessoa do Messias. Agora, o Messias estava falando com esta
mulher sem que ela o percebesse. Muitos são os que têm familiaridade com as
palavras de JESUS, ouvindo-as como se escutassem uma canção. Não são
transformados, porém, porque não se apercebem realmente de que as palavras que
ouvem não
são as de um mestre humano, e sim as do próprio Filho de DEUS.
Oxalá soubessem quem é o que lhes fala!
2. A pergunta feita com surpresa.
Refutando a sugestão de ela ser ignorante quanto ao dom de DEUS, a
mulher responde: “Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde,
pois, tens a água da vida?” A resposta a esta pergunta se encontra nos
versículos 13 e 14. Quanto a ser acusada de ignorância sobre a Pessoa que fala
com ela, a mulher responde: “És tu maior do que o nosso Pai Jacó, que nos deu o
poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?” Os versículos
25 e 26 respondem à objeção da mulher. Como Nicodemos, objeta: “Como pode
suceder isto?” Quando se trata das coisas de DEUS, os que possuem boa educação
não têm vantagem sobre os iletrados.
Todos, igualmente, precisam do “ESPÍRITO que provém de DEUS, para
que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por DEUS” (1 Co 2.12).
3. A comparação que ilumina.
JESUS lança mão de uma comparação para esclarecer o significado das
suas palavras: “Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele
que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der
se fará nele uma fonte d’água que salte para a vida eterna”. A água natural é
mencionada aqui como símbolo das fontes de prazer que há aqui na terra, e que
só proporcionam satisfação momentânea. A totalidade da vida humana se compõe de
desejos intermitentes que recebem apenas parcial satisfação: anseios e
saciedade, enfado e novos desejos fortes se seguem num círculo vicioso.
Realmente, nunca houve verdadeira satisfação para os desejos humanos; a alma
humana nunca se aquieta, senão em DEUS. As fontes da terra podem oferecer
satisfação temporária, mas é somente depois de o homem ter achado a DEUS que
ele pode declarar ter satisfação completa e eterna. JESUS ensina à mulher que a
água no poço de Jacó jaz sem vida ou movimento nas profundidades, enquanto a
água celestial que ele oferece, embora fique nas profundezas da personalidade
humana, não fica parada ali; vem brotando à superfície, revelando sua presença
aos outros, fluindo com mais e mais força até que, na vida do porvir, o
indivíduo recebe a plenitude desta bênção.
A fonte fica no indivíduo. O prazer do mundano depende das coisas
externas; a Fonte da satisfação do cristão está dentro dele, independe das
circunstâncias. A vida eterna, no Evangelho de João, é vinculada à fé em JESUS
(Jo 3); provém da
ação de comer da sua carne e beber do seu sangue (Jo 6); é dádiva
direta da parte dEle (Jo 10; 17). Neste capítulo, é considerada como resultado
da vida do ESPÍRITO no homem, o fruto da vida espiritual, que é diferente da
vida humana em qualidade, permanência e maturidade.
III – A Consciência da Necessidade (Jo 4.15-18)
1. O pedido urgente.
“Disse-lhe a mulher: Senhor, dá- me dessa água, para que eu não
mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.” A mulher ainda não havia percebido
o âmago do ensino de JESUS. Nem sequer sonhava que Ele, falando sobre “água”,
queria dizer algo diferente daquilo que ela carregava no seu cântaro. Ela ainda
não percebera nada além dos seus desejos físicos e de suas necessidades
diárias. Começou a sentir a convicção de que aquele estranho talvez a pudesse
livrar da sua vida exaustiva de ter de caminhar até o poço com seu cântaro
pesado. Seria um alívio ter a água bem à mão! Embora não tivesse compreendido o
inteiro significado do dom prometido, entendeu, pelo menos, que se lhe oferecia
uma grande vantagem - e seu desejo foi despertado.
2. Uma declaração perscrutadora.
Agora, JESUS leva a mulher a dar um passo adiante, despertando seu
sentimento de necessidade espiritual. Faz com que ela se recorde de sua
vergonhosa vida de pecados para que, esquecendo- se da água do poço de Jacó,
tenha sede daquilo que a aliviaria da sua vergonha e miséria.
“Disse-lhe JESUS: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher
respondeu, e disse: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que
agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade”.
JESUS trata do assunto do pecado a fim de que a mulher veja a causa
da sua infelicidade. A nova vida deve começar com base na veracidade e na
honestidade. O passado tem que ser enfrentado, por mais desagradável que seja,
e o lixo da vida anterior deve ser varrido para longe.
IV – CRISTO Revela a Si Mesmo (Jo 4.19-29)
1. A expressão de perplexidade.
A mulher, atônita diante do discernimento de JESUS, exclama:
“Senhor, vejo que és profeta”, e passa a levantar um problema religioso, da
controvérsia entre os samaritanos e judeus: “Nossos pais adoravam neste monte
[Gerizim] e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.” A
pergunta surgiu não somente do desejo de desviar o problema do pecado dela para
o campo de generalidades teológicas, como também de um real desejo de saber
como procurar comunhão com DEUS e se erguer acima da sua baixa situação moral.
Aproveitou a presença de um profeta para esclarecer suas dúvidas. JESUS, em
resposta, mostrou que a verdadeira adoração é matéria de atitudes certas, e não
do lugar certo; não se trata de onde, e sim de como.
2. CRISTO revelado.
Cheia de alegria pelas verdades que ouve, a mulher se lembra do que
se lhe contou acerca de um grande Mestre que haveria de vir, enviado da parte
de DEUS: “Eu sei que o Messias (que se chama o CRISTO) vem; quando ele vier,
nos anunciará tudo. JESUS disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo”. JESUS não
podia se revelar abertamente aos fariseus porque estes não percebiam as
próprias carências espirituais. No entanto, sempre estava disposto a se fazer
conhecido a todos aqueles que sentissem necessidade dEle (cf. Mt 11.25-27).
CRISTO sempre se revela àqueles que amam a sua vinda. Foi assim que
revelou-se aos primeiros discípulos (Jo 1), e a Nicodemos (Jo 3.13; 9.35-38).
3. Começa o serviço cristão.
A mulher imediatamente tornou-se missionária do Profeta e Messias
que acabara de descobrir. “Deixou pois a mulher o seu cântaro” - mostrando que,
na alegria de descobrir a Água Viva, esquecera-se da sua procura pela água
natural _ “e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me
disse tudo quanto tenho feito; porventura não é este o CRISTO?” (cf. Jo 1.41).
Nada mais natural do que alguém que recebeu a Água Viva para beber levar outros
à mesma Fonte.
V – Ensinamentos Práticos
1. Fontes escondidas.
A mulher samaritana não sabia que falava ao Messias, e que a poucos
passos dela estava a Fonte de Água Viva; mas sua ignorância não alterava a
realidade dos fatos. As águas do Rio Amazonas entram oceano adentro com tanta
força que ainda há água doce a grande distância da praia.
Certo navio não tinha mais água potável a bordo, e os tripulantes,
longe da terra firme, fizeram sinal a outro navio, pedindo água. Demoraram
muito tempo para acreditarem na resposta: “Desçam os baldes no oceano, porque é
de água doce”.
Finalmente experimentaram fazer isto e descobriram que realmente
estavam cercados por água doce. Nós também estamos cercados em todos os lados
por DEUS, sustentados por Ele e vivendo nEle, e tantas vezes não tomamos conhecimento
deste fato, deixando de lançar nossos baldes para recebermos a plenitude da sua
graça. O Senhor JESUS abriu os olhos da mulher samaritana para que ela
enxergasse a fonte das águas vivas, e fará o mesmo por nós. No cansaço, Ele nos
mostrará uma fonte de refrigério; na tristeza, uma fonte de consolação; a
enfermidade, uma fonte de cura; no desencorajamento, uma fonte de esperança
(cf. Gn 21.1619; Êx 17.1-6; Nm 20.9-11; Is 43.19).
2. Sede da alma.
“Qualquer que beber desta água tornará a ter sede”. Se nos
colocássemos de vigia numa esquina, examinando o rosto de cada um dos inúmeros
transeuntes, veríamos escrito nos semblantes da maioria desassossego,
descontentamento insatisfação. A maioria das pessoas segundo parece, sofre a
dor das ânsias não satisfeitas. Procurando a satisfação que seus corações tanto
reclamam, uns vão ao cinema, outros procuram as drogas, outros procuram se
esquecer dos problemas mediante vários tipos de atividades febris. Se realmente
soubessem ler seu próprio coração, diriam, juntamente com o salmista: “A minha
alma tem sede de DEUS, do DEUS vivo” (Sl 42.2). O ESPÍRITO SANTO é a Água Viva
que satisfaz a alma, e JESUS CRISTO veio a este mundo para nos levar “para as
fontes das águas da vida” (Ap 7.17).
3. O ESPÍRITO que habita em nós.
Spurgeon escreveu: “O poder do ESPÍRITO SANTO que habita em nós é
superior a todos os reveses, como um rio que não pode ser forçado a ficar
debaixo da terra, por mais que procuremos represá-lo... Quando o Senhor dá de
beber a nossas almas, das fontes que brotam da grande profundidade do seu
próprio amor eterno, quando nos dá a bênção de possuirmos em nosso íntimo um
princípio vital de graça, nosso ermo se regozija, e desabrocha em flores como a
roseira, e o deserto ao nosso redor não pode murchar o nosso crescimento
verdejante; nossa alma fica sendo um oásis, mesmo quando tudo ao nosso redor é
secura infrutífera.
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Tudo se
resume a entender o que JESUS CRISTO queria dar à mulher Samaritana:
A fonte é
esta (a fonte é que gera o rio)
João
7.37-39
37 E no último dia, o grande dia da
festa, JESUS pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha
a mim, e beba.
38 Quem crê em mim, como diz a
Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.
39 E isto disse ele do ESPÍRITO que
haviam de receber os que nele cressem; porque o ESPÍRITO SANTO ainda não fora
dado, por ainda JESUS não ter sido glorificado.
João 4 – Comentários BEP - CPAD
4.7 MULHER DE SAMARIA. A conversa que JESUS teve com a mulher de
Samaria revela sua dedicação ao propósito de seu Pai celeste, bem como seu
próprio desejo de conduzir essa pessoa à vida eterna. A paixão consumidora de
JESUS era salvar os perdidos (ver Lc 15; cf. Pv 11.30; Dn 12.3; Tg 5.20), alvo
este que lhe era infinitamente mais importante que a comida e a bebida (v. 34).
Devemos seguir o exemplo de JESUS. Ao nosso redor há pessoas dispostas a ouvir
a Palavra de DEUS. Devemos falar-lhes da sua necessidade espiritual e de JESUS,
que pode satisfazer essa necessidade.
4.14 ÁGUA A JORRAR PARA A VIDA ETERNA. Em João 4.14, a
"água" dada por CRISTO significa a vida espiritual, vida cheia do
ESPÍRITO SANTO (Is 12.3). Para usufruir dessa água viva é necessário que a
pessoa a "beba" (ver 7.37). Esse "beber" não é um ato único
e momentâneo, mas sim um beber progressivo ou repetido. A palavra
"beba" (gr. pineto, derivado de pino) está no presente do imperativo
e representa uma ação progressiva ou repetida. Para beber da água da vida,
necessário é estar junto à fonte da água viva que é o próprio CRISTO, QUANDO
NOS CONVERTEMOS Ele envia o ESPÍRITO SANTO. Ninguém pode continuar bebendo da
água da vida, estando distanciado da fonte. Tal pessoa torna-se o que Pedro
descreve como "fontes sem água" (2 Pe 2.17), Sem JESUS não há fonte,
pois o mundo não pode receber (João 14:17).
4.23 ADORARÃO... EM ESPÍRITO E EM VERDADE. JESUS ensina várias
coisas neste versículo.
(1) "Em espírito" indica o nível em que ocorre a adoração
verdadeira. Devemos comparecer diante de DEUS cheios do ESPÍRITO SANTO e em
comunhão com Ele. (2) "Verdade" (gr. aletheia) é o próprio
JESUS (João 14:6). A adoração deve ser prestada de conformidade com
a verdade do Pai que se revela no Filho e se recebe mediante o ESPÍRITO.
Aqueles que propõem um tipo de adoração que ignora a verdade e as doutrinas da
Palavra de DEUS desprezam no seu todo o único alicerce da verdadeira adoração.
4.24 VERDADE. Porque CRISTO é a verdade (João 1.14; 5.31; 14.6; Lc
4.25; 9.27; 12.44), Viver em comunhão com CRISTO é ter a salvação.
4.36 FRUTO PARA A VIDA ETERNA. Quem está salvo em CRISTO tem a vida
eterna (João 6:47). Quem leva os outros à fé salvífica em JESUS CRISTO está
fazendo algo de relevância eterna. Um dia, virá a regozijar-se no céu por causa
daqueles que foram salvos graças a seus esforços, orações e testemunho. Ao
mesmo tempo, deve compreender que sua obra é muitas vezes fruto do trabalho de
outros (v. 38). Tudo quanto fazemos na obra de DEUS é em grande parte resultado
do labor sacrificial anterior de CRISTO e dos seus fiéis.
4.48 SINAIS E MILAGRES. Os sinais e milagres são obras autênticas
do reino de DEUS, nossa fé deve concentrar-se no CRISTO vivo e presente, do
qual eles dão testemunho (O REINO DE DEUS). Devemos crer em JESUS CRISTO,
porque Ele é o Filho de DEUS, nosso Senhor e Salvador. JESUS precisa ser
adorado e honrado por causa do seu amor, misericórdia, santidade e caráter
justo. Sinais, milagres e maravilhas devem nos levar a uma dedicação profunda
ao Senhor e a termos uma maior fé, assim como o milagre descrito aqui motivou
essas coisas na vida daquele régulo (vv. 50-53).
JESUS e a mulher samaritana ( 4:1-26 )
A cidade de Samaria foi fundada por Omri, o sexto rei do Reino de
Israel e do chefe de uma dinastia de quatro reis. Ele foi localizado em uma
colina de 400 metros nas terras altas centrais palestinos e deu o seu nome ao
território circundante. Ele também deu seu nome para as pessoas que habitavam o
território. Ele sofreu todas as adversidades da terra dos judeus, mas continuou
a sobreviver. No tempo de JESUS na terra de Samaria foi anexada à Judéia como
um único território sob os tetrarcas do Império Romano. Como resultado da
mudança de populações trazidas pelos assírios, com a queda do Reino do Norte,
em 721 a.C , os samaritanos eram de sangue misturado, mestiços. Em algum
momento depois da restauração em 536 a.C e à recusa dos judeus para
compartilhar com eles a reconstrução do Templo de Jerusalém, um templo rival
foi construído no Monte Gerizim, a sudeste da cidade de Samaria a curta
distância. O Pentateuco serviu como suas Escrituras. Aparentemente, alguns
cultos eram realizados lá na época de CRISTO.
A mulher de Samaria provavelmente veio do interior de Samaria, em
vez de partir da cidade com esse nome. A cidade de Sicar, perto do qual estava
o poço de Jacó, onde a conversa da mulher com JESUS ocorreu, pode ser
identificada com Siquém. Sicar não é mencionado no Antigo Testamento. O campo
dado a José por Jacó é, sem dúvida, a parte extra ou "encosta de
montanha", que Jacó deu a José acima do que ele deu aos outros filhos
(Gen. 48:22 ).
Diz-se que a rota usual tomada por judeus da Judéia para a Galileia
era a leste do rio Jordão, do lado oposto e próximo a decápolis, um desvio ao
redor de Samaria. Porque os samaritanos eram de raça mista e adoravam em um
templo rival, eles eram piores do que os pagãos nas mentes dos judeus e não
podiam ser associados a eles. "Cachorros" era um nome comum para
eles.
JESUS deixou a Judéia e foi para a Galileia.
JESUS tomou a rota através de Samaria, e, pelo que parece, queria
se encontrar com a samaritana e ministrar às pessoas daquela província. Cremos
que por revelação do ESPÍRITO SANTO conheceu uma mulher que veio para tirar
água na fonte de Jacó. Ela provou ser uma boa ouvinte e um propagandista pronta
para ser testemunha JESUS e seu poder. Este encontro de JESUS com a mulher
samaritana foi uma das mais bem sucedidas missões registradas pelo apóstolo
João, tanto em termos de recepção da mensagem de CRISTO como na apreciação com
que foi recebido.
JESUS logo revelou que a água não era o que ele queria. Ele estava à procura de uma abertura para a Sua mensagem, e ele começou a discursar sobre a água da vida. Ele se ofereceu para dar-lhe água viva, a água da vida eterna. E como Nicodemos, ela era incapaz de compreender além do que o significado de suas palavras deveria. No entanto, ela parecia estar tateando em busca de significado oculto. Esse homem tem alguns meios especiais de tirar água de um poço tão profundo? Ou será que ele vai provar ser um homem maior do que Jacó (que tinha fornecido o poço) e ele abasteceria a ela de água de alguma outra forma? (V. 11-12 ). Ignorando o possível nota de sarcasmo em seu discurso, JESUS disse-lhe que a água que Ele daria a ela traria vida eterna a ela. O Poço de Jacó só poderia saciar a sede física dela por água. A água que JESUS ofereceu iria matar a sede da alma e produzir a vida que seria eterna e lhe enviar o ESPÍRITO SANTO. O poço de água representava o Velho cerimonialismo; JESUS estava trazendo a oportunidade da graça. Ele ofereceu a vida do ESPÍRITO, assim como Ele revelou a Nicodemos, a quem Ele falou em termos do novo nascimento.
Adoração
Jo 4.23- “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em ESPÍRITO e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.
Cabe-nos esclarecer que os verdadeiros adoradores são aqueles que trabalham na obra do Senhor, embora muitos pensem que são os exclusivamente cantores e musicistas. A adoração a DEUS é um estado constante em nosso espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO), não sendo determinada por momentos de louvor, mas uma vida de comunhão com o ESPÍRITO SANTO; neste capítulo 4, a palavra adoração aparece 10 vezes indicando-nos, a necessidade de atentarmos mais para esse fato tão importante. A verdadeira adoração exige serviço na obra de DEUS e dedicação em obedecer à vontade de DEUS e ganhar almas (esta é a prioridade da Igreja, a evangelização), além disso, uma vida de comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Uma vida de JEJUM e regada com muita oração e estudo da Bíblia.
Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam adorá-lo devem fazê-lo em ESPÍRITO e em Verdade, ou seja, dispensando os estímulos externos; com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a expressão máxima da oração).
Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
HÁ MUITA DIFERENÇA ENTRE LOUVOR E ADORAÇÃO.
- Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
- O louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
- No louvor precisa-se da participação de outras pessoas e às vezes de instrumentos musicais, a adoração é individual e nasce dentro de nós, em nosso espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO;
- O louvor chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos (presença de DEUS);
- No louvor são usados o corpo e a alma; na adoração são usados o corpo (mortificado), a alma (lavada no sangue de JESUS) e o espírito (“recriado”, unido ao ESPÍRITO SANTO);
- Para louvar a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois até os animais o louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é preciso uma estreita comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos transporta ao trono.
- O louvor é um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um beijo cheio de amor.
- Tomemos como exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua esposa e manda entregar em sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de amor, mas quando ele chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de amor (Essa é a diferença entre louvor e a adoração).
- Para louvar não é preciso nascer de novo, para adorar só com espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO).
O louvor não exige sacrifício, a adoração exige sacrifício, vida no altar e disposição de servir.
- Observação: Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que louvam.
Aos homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora (manifestação interna).
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Samaria, um território que os judeus evitavam se possível, tornou-se o cenário de um triunfo espiritual: um poço, uma mulher, um testemunho, a colheita dos samaritanos que creram. Tanto o samaritanismo quanto o judaísmo precisavam do corretivo de CRISTO; precisavam ser substituídos pela vida do novo nascimento.
1-4. A crescente popularidade de JESUS, que excedia a de João, começou a alcançar os ouvidos dos fariseus. Para evitar problemas com eles nessa ocasião, JESUS determinou deixar a área e ir para a Galileia. Ali fez a maior parte de seu trabalho, de acordo com o registro dos Sinóticos.
Era-lhe necessário atravessar a província de Samaria. Em João, essa palavra costuma apontar uma necessidade divina, e pode ser o caso aqui, indicando a necessidade de lidar com os samaritanos, abrindo-lhes as portas da vida. Além disso, há a necessidade mais evidente de alcançar a Galileia através de uma rota mais reta.
5, 6. Sicar (muito provavelmente Siquém) ficava algumas poucas milhas a sudeste da cidade de Samaria e bastante perto do Monte Gerizim, como também do terreno que Jacó deu a José (Gn. 48:22). Jacó lhe deixou também um poço por herança (Jo. 4:6). Diz-se que tinha cerca de 26 m de profundidade. Aqui, JESUS, cansado da viagem e por causa do calor do meio-dia (hora sexta), parou para descansar.
7-10. Uma mulher samaritana. Nenhuma referência à cidade de Samaria, que ficava muito distante, mas ao território dos samaritanos. Ela vinha equipada para tirar água. Considerando que a aldeia de Sicar tinha água, é possível que a caminhada solitária da mulher ao poço de Jacó indique uma espécie de ostracismo imposto pelas outras mulheres da comunidade (cons. 4:18).
JESUS interrompeu o silêncio pedindo água para beber. Era um pedido natural à vista do seu cansaço. É um lembrete pungente da humanidade de nosso Senhor. Atendido ou não (a última alternativa parece a mais provável), o pedido introduziu a conversa. A partida dos discípulos foi providencial, pois a mulher não teria conversado com JESUS na presença deles. Duas coisas deixaram a mulher admirada: que JESUS fizesse tal pedido a uma mulher, pois os rabis evitavam qualquer contato com mulheres em público; e particularmente que ele falasse assim com alguém que era samaritano. Para explicar sua admiração, o escritor acrescenta a observação de que os judeus não se associavam aos samaritanos. Isto não pode ser aceito em sentido absoluto, pois foi refutado pelo versículo 8. Mostra a indisposição que havia entre os dois grupos de pessoas. Os judeus desprezavam os samaritanos porque eram um povo de sangue e religião misturados, apesar de possuírem o Pentateuco e professarem adorar o DEUS de Israel.
Um significado mais restrito foi proposto para as palavras da mulher "os judeus não usam os mesmos vasos que os samaritanos". Isto se aplica bem à situação (D. Daube, The New Testament and Rabbinic Judaism, pág. 375-382). Respondendo, JESUS afastou-se de sua própria necessidade, sugerindo que a mulher tinha uma necessidade mais profunda, que alguém podia atender por meio do dom de DEUS. Alguns o explicam em termos pessoais, referindo-se ao próprio CRISTO (3:16), mas provavelmente seria melhor que o tornássemos equivalente à água viva. João 7:37-39 é o melhor comentário (cons. Ap. 21:6).
11, 12. Pensando no poço que estava diante dele, a mulher ficou perplexa. JESUS não tinha nenhum utensílio para tirar água e o poço era fundo. No fundo estava a água viva (corrente) alimentada por uma fonte. Este rabi estaria pretendendo evocar o que Jacó só conseguira com árduo trabalho? Ele realmente seria maior se o conseguisse.
13-15. A água do poço tinha de ser consumida ininterruptamente, mas a água que CRISTO fornece satisfaz de modo que a pessoa nunca mais terá sede. É assim que a vida eterna refrigera. Pode-se estabelecer um paralelo com os repetidos sacrifícios da antiga aliança e o sacrifício do Cordeiro de DEUS oferecido uma vez para sempre. Ainda não compreendendo, mas já receptiva, a mulher pediu essa água, para que a sua vida ficasse mais fácil (4:15).
16-18. Antes da mulher poder receber o dom da água viva, tinha de compreender o quão desesperadamente precisava dela. O dom era para a vida interior, a qual, no caso dela, estava realmente vazia.
Teu marido... não tenho marido... cinco maridos... não é teu marido. A melancólica história de sua vida conjugal foi descoberta pelo poder de penetração de JESUS e por sua própria confissão. É provável que o divórcio entrou em pelo menos algum desses cinco relacionamentos que precederam o "status" final ilegítimo. Moralmente, a mulher estivera descendo há algum tempo.
19, 20. Para a mulher, JESUS era em primeiro lugar um judeu, depois alguém merecedor do título Senhor, e agora um profeta. Ele penetrara em sua alma. A referência à adoração no Monte Gerizim, instituída para competir com a dos judeus em Jerusalém, pode ter sido uma tática diversiva, mas é mais provável que fosse uma indicação da fome de um coração em conhecer o caminho para DEUS.
21-24. A hora vem. Na nova ordem que CRISTO veio inaugurar, o lugar da adoração subordina-se à Pessoa. O que importa é que os homens adorem o Pai, a quem o Filho veio declarar. Usando o pronome vós, JESUS talvez antecipasse a conversão dos samaritanos. A adoração dos samaritanos era coisa confusa (cons. II Reis 17:33).
A salvação vem dos judeus, no sentido em que uma revelação especial lhes fora dada quanto à maneira certa de se aproximarem de DEUS; e o próprio JESUS, como o Salvador, veio desse povo (Rm. 9:5). A hora, e já chegou. Mesmo antes da nova dispensação ser inaugurada em seu caráter universal, os verdadeiros adoradores têm o privilégio de adorarem DEUS Pai em espírito e verdade. ESPÍRITO parece uma alusão a Jerusalém e sua adoração em termos da letra (Lei), enquanto que verdade faz contraste à adoração inadequada e falsa dos samaritanos. O novo tipo de adoração é imperativo porque DEUS é ESPÍRITO (não um ESPÍRITO).
25, 26. A alusão que a mulher fez ao Messias foi provavelmente com base em Dt. 18:15-18, que era aceito como Escritura pelos samaritanos. Sendo o profeta por excelência, o Messias seria capaz de anunciar tudo. Essa melancólica projeção para o futuro foi desnecessária. Eu o sou, eu que falo contigo. Seria perigoso para JESUS anunciar-se desse modo entre judeus, onde as idéias sobre o messiado eram politicamente coloridas. Aqui, ao que parece, ele se julgava seguro. A semente estava plantada, e na hora exata, pois a conversa terminou com a chegada dos discípulos.
27-30. Os discípulos ficaram admirados ao ver que JESUS contrariava a convenção social falando com uma mulher (veja v. 9). Mas o respeito por seu mestre evitou que o interrogassem abertamente. Desimpedida do seu cântaro, a mulher retirou-se a toda pressa para a cidade, como prova do seu propósito de retornar, pois estava determinada a obter a água viva daquele momento em diante. Ela fez mais do que JESUS pediu, e não foi ter com um só homem, mas aos homens da cidade com a notícia de sua maravilhosa experiência. Ela não tinha a presunção de ensiná-los, mas colocou um pensamento em suas mentes, por meio de uma pergunta tentadora: Será que esse não é o CRISTO? Os homens ficaram suficientemente impressionados para irem com ela ao poço.
31-38. Enquanto isso os discípulos insistiam com JESUS para que comesse, mas ele declinou dizendo que tinha um alimento que eles desconheciam. Este, ele explicou, era fazer a vontade de DEUS (v. 34). Ele a fizera na ausência deles, e a fizera à luz da cruz, onde concluiria a obra que lhe fora confiada por DEUS (cons. 17:4; 19:30). Seu ministério era tanto semear como colher.
Quatro meses até à ceifa talvez fosse a espera normal no reino natural, mas levantando seus olhos os discípulos veriam terras que já branquejam (os samaritanos que se aproximavam), resultado de sua sementeira (4:35). No trabalho espiritual, o semeador e o ceifeiro costumam ser pessoas diferentes, que juntas se regozijam pelo que seus esforços combinados realizaram (vs. 36, 37). Aqui em Samaria e em muitas outras situações, os discípulos, embora não fossem os semeadores, seriam os colhedores. Outros talvez inclua JESUS e a mulher de Samaria. Num certo sentido até Moisés pode aqui ser incluído, sendo humanamente responsável por implantar a semente da expectação messiânica no coração da mulher.
39-42. Aqui somos informados do fruto que CRISTO e a mulher puderam colher, como semeador e colhedor. Muitos creram no Senhor por causa do testemunho da mulher. Isso provocou um convite para que ficasse no meio deles, no que CRISTO consentiu por dois dias. Durante esses dias, outros que teriam ouvido o testemunho da mulher e se inclinariam a crer em JESUS, tomaram-se crente em pleno desenvolvimento por causa do que receberam através da sua palavra, isto é, dos lábios de JESUS (v. 42). Salvador do mundo – uma grata confissão, uma vez que significava que tanto samaritanos como judeus poderiam ser salvos.
Comentário Bíblico Moody
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LIÇÃO 3, CPAD, REVISTA NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 3, CPAD, A Verdadeira Adoração, 2Tr25, Com. Extra Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O ENCONTRO EM SAMARIA E DUAS PRECIOSAS LIÇÕES
1. A necessidade de passar em Samaria
2. A necessidade do ser humano
3. O lugar de adoração a DEUS
II – O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
1. A adoração
2. JESUS e a verdadeira adoração
III – A ADORAÇÃO BÍBLICA
1. O conceito bíblico de adoração
2. Adoração como ato de rendição a DEUS
3. Adoração como ato de serviço a DEUS
4. Uma experiência interior de adoração
TEXTO ÁUREO
“DEUS é ESPÍRITO, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.24)
VERDADE PRÁTICA
Adorar significa viver em total rendição a DEUS, entregando-nos plenamente a Ele.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Co 9.12; Fp 2.7,30 A singularidade da Adoração autêntica
Terça - Nm 25.1,2; Sl 24.3,4 Diferenciando a Adoração das práticas profanas
Quarta - 2 Rs 17.25,28 A Adoração está relacionada ao temor de DEUS
Quinta - Jo 15.1-8 A Adoração envolve uma relação com CRISTO e a Igreja
Sexta - Hb 13.15; Rm 12.1; 1 Pe 2.5 O sentido da Adoração no Novo Testamento
Sábado - Jo 4.23,24 O ensinamento de JESUS sobre a Adoração
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 4.5-7,9,10,19-24
5 - Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
6 - E estava ali a fonte de Jacó. JESUS, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta.
7 - Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe JESUS: Dá-me de beber.
9 - Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
10 - JESUS respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de DEUS e que é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
19 - Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20 - Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21 - Disse-lhe JESUS: Mulher, crê-me a hora vem em que nem neste monte nem e Jerusalém adorareis o Pai.
22 - Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
23 - Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24 - DEUS é ESPÍRITO, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
HINOS SUGERIDOS: 525, 526, 545 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Na aula desta semana, vamos estudar um dos temas centrais do Evangelho de João: a verdadeira adoração. Veremos que por meio do diálogo de JESUS com a mulher samaritana (Jo 4.23-24), observaremos que DEUS busca adoradores que o "adorem" em espírito e em verdade. Esse é um convite aos alunos para compreender que a adoração genuína é uma resposta ao amor de DEUS revelado por meio de JESUS CRISTO, seu Filho. Por isso, planeja-se para encorajar reflexões sobre viver a adoração como um estilo de vida que glorifique o Senhor em todos os aspectos.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Esclarecer aos alunos o diálogo de JESUS com a mulher samaritana; II) Fazer com que os alunos compreendam que a verdadeira adoração é um ato de rendição total a DEUS; III) Integrar os princípios da adoração bíblica à vida de serviço e entrega a DEUS.
B) Motivação: O diálogo entre JESUS e a mulher samaritana apresenta um ensino belo e profundo sobre a verdadeira adoração a DEUS. Esse encontro transformador entre JESUS e essa mulher também é um convite divino para nos aproximarmos de DEUS de forma sincera e humilde. A essência dessa adoração nasce no altar do nosso coração, e, por isso, só pode ser vivida em espírito e em verdade. Trata-se de um lugar de total rendição, gratidão e serviço a DEUS. Esta lição nos encoraja a cultivar um relacionamento mais profundo com o Senhor.
C) Sugestão de Método: Para iniciar a lição desta semana, divida a classe em três ou mais grupos e distribua a cada grupo uma parte do texto de João 4.7-30 para leitura. Peça que os grupos identifiquem os ensinamentos sobre a necessidade humana de adorar, especialmente o que significa adorar em espírito e em verdade. Após a partilha dos grupos, aprofunde a exposição e discussão do primeiro tópico, destacando que a adoração verdadeira é uma questão que tem muito a ver com a rendição do coração. Estimule seus alunos a aplicarem esse princípio em suas próprias vidas.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Em que áreas de nossas vidas as palavras rendição, gratidão e serviço a DEUS podem ser aplicadas? Essas palavras trazem consigo a expressão de uma adoração autêntica a DEUS. A adoração em espírito e em verdade é um chamado ao modo de viver em que DEUS é glorificado em tudo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O Contexto Histórico entre os Samaritanos e Judeus", localizado após o primeiro tópico, apresenta informações importantes para enriquecer a sua preparação para a exposição desse tópico; 2) No final do segundo tópico, o texto "A Verdadeira Adoração" mostra uma reflexão importante sobre o verdadeiro significado da adoração a DEUS.
PALAVRA-CHAVE - ADORAÇÃO
COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO
O ser humano sente uma necessidade intrínseca de DEUS. Com a leitura da passagem de João 4, essa carência espiritual torna-se evidente. Neste contexto, também se revela a importância de uma autêntica adoração que surge de uma experiência profunda com JESUS CRISTO. Por este motivo, a Adoração Cristã é o tema central desta lição. A partir do diálogo entre JESUS e a mulher samaritana, podemos extrair ensinamentos valiosos sobre a adoração.
I – O ENCONTRO EM SAMARIA E DUAS PRECIOSAS LIÇÕES
1. A necessidade de passar em Samaria
Em João 4.4 é informado que “era-lhe necessário passar por Samaria”. O Senhor deixava a Judeia em direção à Galileia e, para tal, teria de atravessar por Samaria. Apesar de evitar entrar nessa cidade devido à tensão racial entre judeus e samaritanos, havia uma missão ainda mais urgente: o encontro com a mulher samaritana em Sicar, junto à “fonte de Jacó” (vv.6,7). Durante essa conversa, JESUS abordou o assunto sobre o local adequado para adorar a DEUS: seria em Samaria ou em Jerusalém? Nesse diálogo, nosso Senhor ensinou duas importantes lições.
2. A necessidade do ser humano
O encontro entre JESUS e a mulher samaritana não foi um simples acaso. Ele encontrava-se sentado à beira da fonte de Jacó, na hora sexta, durante o calor do meio-dia. A mulher samaritana dirigiu-se à fonte para recolher água, momento em que se cruzou com JESUS e ouviu um pedido do amado Mestre: “Dá-me de beber” (v.7). Em resposta ao pedido de JESUS, ela iniciou uma conversa com o divino Mestre, até que Este lhe propôs uma água que se tornará nela uma “fonte de água a jorrar para a vida eterna” (v.14). O que nosso Senhor ofereceu à mulher samaritana era “um tipo de água” capaz de transformar toda a sua existência. Aqui encontramos a primeira valiosa lição: toda pessoa necessita de DEUS e, por isso, devemos aproveitar cada oportunidade para partilhar essa “água da vida”.
“[...] O autêntico culto de adoração a DEUS, que satisfaz as necessidades humanas, não se limita a um lugar específico, mas reside no mais profundo do ser humano, em ‘ESPÍRITO e em verdade’.”
3. O lugar de adoração a DEUS
Dando seguimento à conversa com JESUS, a mulher samaritana questiona-O sobre onde deveria ocorrer a verdadeira adoração, se em Jerusalém ou no Monte Gerizim. Neste diálogo, a samaritana procura entender o local apropriado para adorar a DEUS. Em resposta à sua indagação, Nosso Senhor revela uma nova forma de culto. Esta adoração não seria exclusiva dos judeus nem dos samaritanos. Na realidade, o verdadeiro culto dirigido a DEUS deve ser feito ao “Pai em espírito e em verdade” (vv.23,24). Aqui encontramos uma segunda lição valiosa: o autêntico culto de adoração a DEUS, que satisfaz as necessidades humanas, não se limita a um lugar específico, mas reside no mais profundo do ser humano, em “espírito e em verdade”.
SINÓPSE I - O encontro entre JESUS e a mulher samaritana demonstra que a verdadeira adoração satisfaz a necessidade humana de adorar.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
O CONTEXTO HISTÓRICO ENTRE OS SAMARITANOS E JUDEUS
“Depois que o Reino do Norte, com sua capital em Samaria, foi derrotado pelos assírios, muitos judeus foram deportados para a Babilônia, e estrangeiros foram levados para colonizar Israel e ajudar a manter a paz (2 Rs 17.24). O casamento misto entre estrangeiros e judeus remanescentes resultou em um povo mestiço que se estabeleceu no Reino do Sul, e era considerado impuro na opinião de judeus etnicamente puros. Estes odiavam aqueles (os samaritanos), porque sentiam que seus compatriotas haviam traído seu povo e sua nação por meio de tais casamentos. Os samaritanos haviam instituído um centro alternativo para adoração no monte Gerizim (4.20), para concorrer com o Templo em Jerusalém, mas aquele havia sido destruído há 150 anos. Face a tantos conflitos, os judeus faziam o possível para evitar viajar pelo território de Samaria. Mas JESUS não tinha razões para viver segundo essas restrições culturais. A rota por Samaria era mais curta, e foi a que Ele tomou. [...] A fonte de Jacó ficava na terra que originalmente pertenceu a Jacó (Gn 33.18,19). Não havia nela uma nascente, era um reservatório, recebia águas da chuva e do orvalho, recolhendo-as ao fundo. As fontes eram quase sempre localizadas fora da cidade, ao longo da estrada principal. Duas vezes por dia, de manhã e ao anoitecer, as mulheres iam retirar água. Aquela samaritana, no entanto, foi ao meio dia, provavelmente para evitar encontrar-se com pessoas que conheciam sua reputação. JESUS levou àquela mulher uma extraordinária mensagem sobre a fonte e a água pura que podiam saciar a sede espiritual dela para sempre” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1422).
II – O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
1. A adoração
Ao afirmar que ofereceria a “água viva” aos que têm sede, JESUS referia-se a uma vivência espiritual que se daria no interior de cada indivíduo: “a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14). Assim, à luz das suas palavras neste capítulo, a verdadeira adoração a DEUS não está mais ligada a um local específico, como Jerusalém ou Samaria. A presença de DEUS já não se restringe a uma determinada geografia, mas está presente em todos os lugares onde existam adoradores sinceros. Mais do que uma adoração formal e ritualística, a autêntica adoração possui essencialmente um caráter espiritual: “DEUS é ESPÍRITO, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24).
2. JESUS e
a verdadeira adoração
Ao questionar JESUS
sobre o local da adoração (Jo 4.20,21), a mulher samaritana teve uma revelação
que lhe permitiu entender os ensinamentos de JESUS sobre a verdadeira adoração.
O Senhor JESUS é, por si só, a base para essa adoração genuína (Jo 4.21). É
pertinente ilustrar esta verdade ao lembrarmos do Calvário e do sepulcro vazio,
onde, após sua morte, a obra realizada se tornou a razão fundamental para a
adoração de todos os cristãos. Embora os locais físicos do Calvário e do
sepulcro vazio possam não ter grande significado por si mesmos, a lembrança da
obra realizada nesses lugares ultrapassa qualquer noção geográfica. O impacto
dessa obra abrange todos, não importando o lugar de onde se encontrem. Sempre
que participamos da Ceia do Senhor, essa memória permanece viva em nós,
independentemente da nossa localização (1 Co 11.23-25; 15.3,4).
SINÓPSE II - A base da
verdadeira adoração cristã reside na narrativa do Calvário: o sacrifício
substitutivo de JESUS.
“A presença de DEUS já
não se restringe a uma determinada geografia, mas está presente em todos os
lugares onde existam adoradores sinceros.”
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO - A VERDADEIRA ADORAÇÃO
“A mulher levantou uma
questão teológica popular entre judeus e samaritanos: qual o lugar correto para
a adoração? Mas tal pergunta era uma cortina de fumaça que tinha a finalidade
de manter JESUS longe da mais profunda necessidade dela. JESUS conduziu a
conversa a um ponto muito mais importante: o lugar da adoração não é tão
importante quanto a atitude dos adoradores. [...] A expressão “DEUS é ESPÍRITO”
mostra que Ele não é um ser físico, limitado a tempo e espaço. Ele está
presente em todos os lugares e pode ser adorado em qualquer local e a qualquer
tempo. O mais importante não é onde adoramos, mas como adoramos o Senhor. A sua
adoração é genuína e verdadeira? Você tem a ajuda do ESPÍRITO SANTO? Como o
ESPÍRITO nos ajuda a adorar? Ele ora por nós (Rm 8.26), ensina-nos as palavras
de CRISTO (14.26) e garante-nos que somos amados (Rm 5.5)” (Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1423).
III – A
ADORAÇÃO BÍBLICA
1. O
conceito bíblico de adoração
Na língua hebraica,
existe uma expressão chamada hishtaha wa, que transmite a ideia de “manifestar
um temor reverente, admiração e respeito característicos da adoração”. Já na
língua grega, duas palavras são utilizadas para definir a adoração: latreia e proskuneo.
A palavra latreia refere-se à submissão de quem serve outrem. Por sua vez,
proskuneo significa “adorar” ou o “ato de adoração”. No diálogo com a mulher
samaritana, JESUS utilizou o termo proskuneô (Jo 4.20-24). Em Português, a
palavra “adoração” implica “atribuir mérito ou valor” a alguém. Em suma, adorar
a DEUS significa essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o
que Ele é e faz.
“[...] A verdadeira
adoração envolve uma postura interior que permite ao crente estabelecer um
vínculo profundo
com JESUS CRISTO, reconhecendo-O como Senhor e Salvador das nossas vidas.”
2. Adoração
como ato de rendição a DEUS
O conceito fundamental
da palavra “adorar” (proskuneo) no Novo Testamento remete originalmente à noção
de “beijar”, associado a um ato de se dobrar os joelhos ou prostrar-se com a
testa no solo, ou sobre os pés da pessoa a quem se está submisso. O episódio da
mulher pecadora ilustra bem esse significado (Lc 7.37,38) e nos ensina a
reconhecer a própria inferioridade e, também, a superioridade
daquEle que estamos dispostos a servir plenamente.
3. Adoração
como ato de serviço a DEUS
O serviço a DEUS está
profundamente associado à adoração. Esse é um ato espontâneo que demonstra o
nosso reconhecimento da soberania de DEUS sobre tudo. Assim, o serviço que
prestamos a Ele, ou seja, cumprir os seus propósitos para nós, exige uma
entrega total da nossa vida, como um sacrifício vivo ao Senhor (Rm 12.1), de
tal forma que não podemos servir a dois senhores, mas somente a um (Mt 6.24).
Trata-se de uma entrega completa a DEUS através da nossa existência.
4. Uma
experiência interior de adoração
Sentimos
uma necessidade profunda de adorar a DEUS, conforme é lembrado no Salmo 42: “A
minha alma tem sede de DEUS, do DEUS vivo; quando entrarei e me apresentarei
ante a face de DEUS?” (Sl 42.2). A gloriosa presença do DEUS Todo-Poderoso satisfaz
todas as carências da pessoa. Assim, a verdadeira adoração envolve uma postura
interior que permite ao crente estabelecer um vínculo profundo com JESUS
CRISTO, reconhecendo-O como Senhor e Salvador das nossas vidas.
SINÓPSE III - O ato de
adoração ao Senhor envolve a rendição completa de nossa vontade, pensamentos e
ações a Ele, manifestando-se em um serviço voluntário.
CONCLUSÃO
Neste estudo, focamos nos ensinamentos práticos de
JESUS acerca da adoração e, por consequência, discutimos a doutrina da Adoração
Cristã. O capítulo 4 do Evangelho de João revela duas lições valiosas. A
primeira é que todo ser humano possui uma necessidade a satisfazer: a
necessidade de DEUS. A segunda é que, em JESUS, a verdadeira adoração surge
como um movimento que se inicia no interior. Tudo isso resulta de uma
experiência viva com JESUS CRISTO.
REVISANDO O
CONTEÚDO
1. Quais são as duas
principais lições que JESUS nos ensinou durante a sua conversa com a mulher
samaritana?
Toda pessoa necessita
de DEUS; o autêntico culto de adoração a DEUS não se limita a um lugar
específico.
2. O que constitui o
verdadeiro culto de adoração a DEUS que atende às necessidades humanas?
O verdadeiro culto
dirigido a DEUS deve ser feito ao “Pai em espírito e em verdade” (vv.23,24).
3. Quais são os
elementos essenciais da verdadeira adoração?
Em suma, adorar a DEUS
significa essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele
é e faz.
4. Em resumo, o que
implica adorar a DEUS?
Implica reconhecer a
própria inferioridade e a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir
plenamente.
5. De que forma
podemos definir a adoração como um ato de serviço dedicado a DEUS?
O serviço que
prestamos a Ele, ou seja, cumprir os seus propósitos para nós, exige uma
entrega total da nossa vida, como um sacrifício vivo ao Senhor (Rm 12.1).
LEITURAS PARA
APROFUNDAR (CPAD)
Adoração sem Limites; Adoração, Santidade e Serviço
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÃO 7, BETEL, O ENCONTRO DE JESUS COM A MULHER SAMARITANA, 3Tr25,
NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA
Escrita Lição 7, Betel, O Encontro de JESUS com a Mulher Samaritana
– A Água que Sacia para Sempre, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 99991520454 (tel) Luiz Henrique de Almeida
Silva
EBD Editora Betel | 3° Trimestre De
2025 | TEMA: JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS: A verdade que
Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de
João | Escola Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O EVANGELHO É PARA TODOS
1.1. JESUS quebra barreiras e transforma mentalidades.
1.2. JESUS cumpre o Ide.
1.3. JESUS socorre os que vão a Ele.
2- TODOS TEMOS SEDE DE DEUS
2.1. Uma mulher desprezada.
2.2. Desprezada pela sociedade.
2.3. Somos convidados a adorar a DEUS.
3- A CONVERSÃO DA MULHER SAMARITANA
3.1. JESUS se revela como o Messias.
3.2. A samaritana tinha conhecimento religioso.
3.3. A primeira missionária.
TEXTO ÁUREO
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais
tenha sede e não venha aqui tirá-la” João 4.15.
VERDADE APLICADA
O encontro de JESUS com a mulher samaritana expressa que o
surpreendente Amor de DEUS não faz acepção de pessoas.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer que o Evangelho de JESUS não faz acepção de
pessoas.
Saber que JESUS jamais nos abandona.
Compreender que a conversão da samaritana alcançou muitos do seu povo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA – João 4.9-13
9 Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me
pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se
comunicam com os samaritanos).
10 JESUS respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de DEUS e quem é o que
te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
11 Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tirar, e o poço é fundo;
onde, pois, tens a água viva?
12 És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio
dele, e os seus filhos, e o seu gado?
13 JESUS respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter
sede.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 8.28-39 O testemunho é importante.
TERÇA | Jo 4.19 A samaritana vê JESUS como um profeta.
QUARTA | Jo 4.39-41 A samaritana convence a muitos do seu povo.
QUINTA | Jo 4.14 JESUS nos oferece a água viva.
SEXTA | Jo 4.22 A salvação vem dos judeus.
SÁBADO | Jo 4.10 Necessitamos conhecer o dom de Deu
HINOS SUGERIDOS: 20, 156, 169
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que a humanidade não faça acepção de pessoas.
PONTO DE PARTIDA: JESUS não faz acepção de pessoas.
INTRODUÇÃO
O Evangelho de
João é um relato importante. Nesta lição, analisaremos o diálogo de uma
samaritana e o Filho de DEUS. Aquela mulher foi tão impactada que creu em JESUS
como o Messias, tornou-se uma evangelista, e levou muitos de seu povo ao
encontro do Filho de DEUS.
1- O EVANGELHO
É PARA TODOS
No capítulo 4
do Evangelho de João, temos o encontro de JESUS com uma mulher samaritana (Jo
4.7). Embora os judeus considerassem os samaritanos um povo impuro, JESUS não
apenas conversou com aquela mulher, mas também lhe revelou ser o Messias
Prometido (Jo 4.25,26). João relata que, pelo testemunho dela, muitos
samaritanos creram em JESUS (Jo 4.41).
1.1. JESUS quebra barreiras e transforma mentalidades.
Após
o reinado de Salomão, o povo de Israel se dividiu em dois reinos: o do
Norte e o do Sul (1 Rs 12.20). As tribos do Sul tinham Judá como capital; e o
povo, num primeiro momento, continuou adorando somente a DEUS e observando as
cerimônias no Templo. Porém, as tribos do reino do Norte, logo se corrompeu.
Pois Jeroboão, temendo que o povo se tornasse para o reino do Sul por causa do
Templo, estabeleceu bezerros de ouro, sacerdotes e cerimônias religiosas, e
essas ações desagradaram a DEUS (1 Rs 12.26-33). Mais tarde, após as tribos
serem levadas cativas pelo Império Assírio, o restante dos israelitas que
ficaram se reuniram pelo casamento com os povos de outras regiões, os quais
foram transportados para a terra de Israel (2Rs 17.24-41). Ao longo dos anos,
foi aumentando o distanciamento entre os habitantes do Norte e do Sul de Judá,
onde estavam Jerusalém e o Templo. Daí a surpresa da mulher samaritana quando JESUS
se dirige a ela, fato que causou admiração também dos discípulos (Jo 4.9,27).
Nosso Senhor não era preconceituoso e veio buscar e salvar os perdidos (Lc
19.10).
Manual
Bíblico SBB (3ª ed. Revisada, 2018, p.531): “Os samaritanos eram descendentes
de israelitas que haviam sobrevivido à destruição do reino do Norte e que
haviam casado com gente estrangeira que havia sido transferida para aquela
região depois da queda de Samaria em 722/1 a.C. Nunca foram integrados no reino
de Judá e, na época de Neemias, a divisão se cristalizou. A construção do
Templo samaritano no monte Gerizim, nas proximidades de Siquém (Jo 4.20), levou
os judeus a definitivamente repudiaram os samaritanos. Foi o rei judeu Hircano
quem destruiu o templo samaritano em 128 a.C. No entanto, os samaritanos
adoravam o mesmo DEUS. […] O ódio dos judeus em relação aos samaritanos se
baseava mais em fatores históricos e raciais do que em qualquer diferença
fundamental de religião”.
1.2. JESUS
cumpre o Ide
João
relata que, em Sua peregrinação, era necessário que JESUS passasse por Samaria
(Jo 4.4). Na verdade, embora Samaria não fosse uma rota amistosa aos
judeus, era indispensável que JESUS encontrasse a mulher samaritana à beira do
poço para confrontá-la em Amor (Jo 4.16-18). Ali, apesar das diferenças entre
judeus e samaritanos, JESUS nos mostra que Seu Reino está disponível aos
corações sedentos de DEUS, e a missão cristã deve se sobrepor aos preconceitos,
sejam raciais ou sociais. A muralha do preconceito cai onde o Evangelho se faz
presente.
Ralph
Earle & Joseph Mayfield (2019, p.56): “E era-lhe necessário passar por
Samaria. O termo necessário expressa uma obrigação que pode ter dupla natureza.
A rota mais curta entre a Judeia e a Galileia era através de Samaria.
Entretanto, devido à profunda animosidade entre judeus e samaritanos, muitos
judeus que iam da Judeia para a Galileia se encaminharam pelo lado leste,
passando pelo Jordão, pelo norte através da Peréia e novamente pelo Jordão até
a Galileia. Pode ter ocorrido que, para ganhar tempo, JESUS tenha passado por
dentro de Samaria. Entretanto, é mais provável que a necessidade expressa aqui
esteja relacionada ao propósito e à missão do Senhor”.
1.3. JESUS
socorre os que vão a Ele
João esclareceu
a relação entre judeus e samaritanos: “Os judeus não se comunicam com os
samaritanos, Jo 4.9. A própria mulher perguntou: “Como, sendo tu judeu, me
pedes de beber a mim, mulher samaritana?” Jo 4.9 Ela mostra não ter
conhecimento de que estava diante dAquele que veio trazer a Salvação: “Porque DEUS
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna, João 3.16.
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal (2021, p.508): “A mulher samaritana
ficou muito surpresa; primeiro pelo fato de um judeu se dirigir a um
samaritano; segundo, por falar com uma mulher samaritana (ela também tinha má
reputação e esse era um lugar público e terceiro, por beber do copo de um
samaritano. As leis cerimoniais judaicas diziam que certas pessoas eram
impuras, e também que qualquer coisa elas tocassem se tornaram impuras. Em
termos estritamente religiosos, muitos judeus da época de JESUS consideravam os
samaritanos como um povo permanentemente impuro”.
EU ENSINEI QUE:
A missão de JESUS
foi trazer a salvação a todos, sem distinção.
2- TODOS TEMOS
SEDE DE DEUS
O Filho de DEUS
conhece a natureza humana e suas necessidades, sabendo como abordar aqueles com
quem encontra, pois desceu do céu para fazer a vontade do Pai (Jo 6.38). Ele
sabia que, em Samaria, justamente naquele poço, havia uma mulher sedenta do
amor do Pai: “Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não
venha aqui tirá-la, Jo 4.15.
2.1. Uma mulher
desprezada
JESUS estava
diante de uma mulher que já havia tido cinco maridos, e agora vivia com um
homem com quem não era casada (Jo 4.16-18). Certamente, essa condição a fazia
desprezível aos olhos da sociedade. Mas JESUS estava ali, junto ao poço, para
preencher aquele coração vazio. É possível que ela buscasse preencher esse
vazio na companhia de alguns homens; porém, a partir daquele encontro, a
samaritana entendeu que só JESUS é capaz de preencher o vazio que toma conta da
vida de muitos.
Ralph
Earle & Joseph Mayfield (2019, p.57): “Vai, chama o teu marido e vem cá”
(v.16). A pergunta era aguda, atingindo o ponto mais profundo do seu ser,
investigando a história do seu triste passado. A sua confissão foi simples e,
mesmo assim, evasiva. ‘Senhor, não tenho marido’ (17). Refletindo perfeitamente
o conhecimento que JESUS tinha dos homens (Jo 2.25), esta solicitação penetrou
nela de forma profunda (…). Aparentemente, a mulher agora estava vivendo com um
amante, sem o benefício do rito do casamento, possivelmente sem ter se
divorciado do último dos seus cinco maridos”.
2.2. Desprezada
pela sociedade
Só JESUS
poderia pôr fim na tristeza daquela samaritana (Jo 4.14). Ela teve cinco
maridos e vivia com um homem com quem não era casada. Portanto, ela não era
julgada apenas pelos judeus, mas também pelo seu próprio povo, uma vez que
levava uma vida considerada imoral. O encontro de JESUS com
a samaritana nos revela a grandeza do Amor de DEUS: nossos erros e
falhas não impedem que Ele nos possibilite uma nova vida. JESUS não julgou
aquela mulher; antes, Ele quebrou preconceitos culturais e as barreiras sociais
para mudar o rumo daquela história.
F.F
Bruce (1990, p.97): “As mulheres geralmente vinham tirar água em grupos, numa
hora mais fresca do dia. Esta mulher veio sozinha; é possível que ela não
quisesse a companhia das suas vizinhas (ou elas a dela), de modo que
deliberadamente escolheu uma hora em que as outras provavelmente não estivessem
por perto”.
2.3. Somos
convidados a adorar a DEUS
Existia uma
divergência entre os samaritanos e os judeus sobre o local onde DEUS deveria
ser adorado. Diante disso, a samaritana disse: “Nossos pais adoraram neste
monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar”,
Jo 4.20. Naquela hora JESUS rompeu com aquelas normas religiosas, dizendo que
os verdadeiros adoradores devem adorar o Pai em espírito e em verdade (Jo
4.24).
Roy
Zuck (2008, pp.190-221): “Em João 4, JESUS, no diálogo com a mulher samaritana,
faz uma declaração a respeito da natureza de DEUS: ‘DEUS é ESPÍRITO, e importa
que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (v.24). Embora nenhum
desses dois usos da palavra ‘espírito’ aludam diretamente ao ESPÍRITO SANTO, a
noção de que a adoração deve acontecer em espírito e verdade pressupõe a
atividade do ESPÍRITO da verdade, que leva o crente à verdadeira adoração”.
EU ENSINEI QUE:
O encontro de JESUS
com a samaritana nos revela a grandeza do Amor de DEUS!
3- A CONVERSÃO
DA MULHER SAMARITANA
A mulher
samaritana mostrou confiança ao considerar JESUS um profeta (Jo 4.19),
evidenciando o começo de sua conversão. Para Agostinho de
Hipona: “Aquele que pedia de beber tinha sede da fé daquela mulher”. Que
possamos abrir o coração às Palavras de JESUS, que nos revela Seu amor assim
como fez com a mulher samaritana (Jo 4.26).
3.1. JESUS se
revela como o Messias
CRISTO se
revelou como o Messias, o enviado de DEUS (Jo 4.25,26). No início do Seu
Ministério, JESUS evitou declarar a Sua divindade abertamente para não
estimular debates, discussões e contendas por parte do povo; principalmente das
autoridades de Israel. Eles não poderiam reconhecer a divindade de JESUS sem
antes ver os milagres realizados por Ele. A mulher samaritana ouviu do próprio
Senhor que Ele era o Messias e creu. Além de crer, ela imediatamente se tornou
uma evangelista em sua cidade (Jo 4.25-30).
Severino
Pedro da Silva (1990, p.78): “Em seu ministério terreno, CRISTO não apenas
permitiu que os homens o considerassem um profeta (Lc 7.16; Jo 4.19), mas Ele
próprio se apresentou como tal (Lc 4.17-21; 13.33). O procedimento do Messias,
seja em palavras seja em ações, trazia a marca de que Ele não era apenas um
profeta enviado por DEUS, mas o Profeta de DEUS. A tarefa profética de JESUS
não estava limitada ao tempo de duração de sua vida terrena, como os demais
antes dEle; mas, por meio do ESPÍRITO SANTO e de sua vitoriosa e profética
Igreja, o seu ministério profético continuou depois da crucificação”.
3.2. A samaritana tinha conhecimento religioso
A mulher
samaritana tinha um certo conhecimento das coisas espirituais, mas isso
não a levou a uma transformação de vida (Jo 4.16-18). No encontro com o Mestre,
ela mostrou: (1) reconhecer a Jacó, o patriarca, como “pai” dos samaritanos (Jo
4.12); (2) ter dúvida sobre onde DEUS deveria ser adorado, se no Monte
Gerizim ou em Jerusalém (Jo 4.20); (3) ter conhecimento
do Messias esperado (Jo 4.25).
Revista
Betel Dominical Professor. 2º trimestre de 2002, pp. 39 e 40): “A conversa de JESUS
com a mulher samaritana passa a girar em torno da verdadeira adoração. “É
bastante significante a importância dada ao lugar de culto por uma alma cujos
pecados são expostos”. No decorrer do diálogo muitos subtemas são abordados,
tais como: o lugar da adoração, o tempo da adoração, a busca dos adoradores. O
verdadeiro adorador, a quem se deve adorar, o modo correto de se adorar etc.
Não temos espaço para tratar separadamente cada um desses subtemas. Basta
dizer, por enquanto, que DEUS só pode ser verdadeiramente adorado, desde que
seja verdadeiramente conhecido.”
3.3. A primeira
missionária
A história de
conversão da mulher samaritana é uma das mais fascinantes da Bíblia, porque
envolve um contexto de inimizades entre judeus e samaritanos. Isso merece
destaque porque aquela mulher desprezada pela sociedade, após encontrar JESUS
no poço, tornou-se missionária antes mesmo dos discípulos (Jo 4.28,29). Uma
única vida alcançada pela ação salvadora de JESUS foi capaz de impactar uma
cidade inteira. Após ouvir o depoimento da mulher, os samaritanos também
quiseram ouvir o Senhor (Jo 4.30).
Comentário
MacArthur- Gênesis a Apocalipse (2019, p.1326): “JESUS causou um impacto tão
grande sobre a mulher que ela estava disposta a compartilhar as notícias entre
o povo da cidade, a quem ela havia previamente evitado, por causa de sua
reputação. Seu testemunho e sua sinceridade em relação à própria vida os impressionaram
tanto que eles vieram ver JESUS por si mesmos”.
EU ENSINEI QUE:
Uma única vida
alcançada pela ação salvadora de JESUS foi capaz de impactar uma cidade
inteira.
CONCLUSÃO
O mesmo
princípio utilizado por JESUS no encontro com a mulher samaritana deve ser
aplicado nas ações evangelísticas hoje: DEUS não faz acepção de pessoas. O
mesmo resultado produzido naquela mulher deve acompanhar-nos hoje: sem demora,
aproveitemos cada oportunidade para anunciar a mensagem cristocêntrica a todas
as pessoas, para que saibam que CRISTO é o Salvador do mundo (Jo 4.42).
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