Escrita Lição 11, CPAD, A Salvação Não É Obra Humana, 1Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO 11, CPAD
I – A
SALVAÇÃO SOB A GRAÇA DE DEUS
1. A
descrição do estado espiritual humano (vv. 1-3)
2. Mortos
em ofensas e pecados (vv. 1, 5)
3. A
exegese dos versículos 8-10
II -
SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS NA ANTIGUIDADE
1. Os
reencarnacionistas
2. Os
galacionistas
3. Os
gnósticos
III – AS SOTERIOLOGIAS
INADEQUADAS DE HOJE
1. O
Islamismo
2. As
Testemunhas de Jeová
3. O
Mormonismo
TEXTO ÁUREO
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a
sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO
SANTO.” (Tt 3.5)
VERDADE PRÁTICA
A salvação é um ato da graça soberana de DEUS pelo mérito de JESUS CRISTO
e não vem das obras humanas.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Sl 49.7-9Não há recurso humano que possa salvar o ser humano
Terça - Sl 146.3 Somente em DEUS há salvação
Quarta - Jo 3.16 JESUS CRISTO é o único Salvador do mundo
Quinta - Rm 5.1 A fé em JESUS é suficiente para a salvação
Sexta - Gl 2.16 Ninguém é salvo pelas obras da lei
Sábado - Jo 1.17 A graça e a verdade vieram por JESUS CRISTO
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 2.1-10
1 - E vos vivificou,
estando vós mortos em ofensas e pecados,
2 - em que, noutro
tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades
do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;
3 - entre os quais
todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como
os outros também.
4 - Mas DEUS, que é
riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5 - estando nós ainda
mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com CRISTO (pela graça sois
salvos),
6 - e nos ressuscitou
juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em CRISTO JESUS;
7 - para mostrar nos
séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade
para conosco em CRISTO JESUS.
8 - Porque pela graça
sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de DEUS.
9 - Não vem das obras,
para que ninguém se glorie.
10 - Porque somos
feitura sua, criados em CRISTO JESUS para as boas obras, as quais DEUS preparou
para que andássemos nelas.
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Hinos
Sugeridos: 156, 227, 535 da Harpa Cristã8
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SUBSÍDIOS
EXTRAS PARA ALIÇÃO 11, CPAD, 1TR25
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Soteriologia — a Doutrina da
Salvação - Antonio Gilberto
Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD
Em Tito 3.5, está escrito:
“segundo a sua misericórdia nos salvou”. O verbo está no pretérito: “nos
salvou”. Isso nos leva a refletir sobre a certeza dessa gloriosa salvação em CRISTO
JESUS. Somos salvos mesmo? Temos visto casos de crentes antigos que descobrem,
para a surpresa de muitos, que ainda não eram salvos segundo o evangelho!
Por que as igrejas de Éfeso e Corinto eram tão diferentes? Aos
coríntios disse Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO: “Vigiai justamente e não
pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de DEUS; digo-o para
vergonha vossa” (I Co 15.34). Apenas fazer
parte de uma congregação formada por salvos não significa ser salvo!
A salvação não é coletiva, e sim individual. Vemos que, no passado,
entre o povo de DEUS viveu um povo denominado o “vulgo” (Nm 11.4; Êx 12.38). Esse “vulgo” não era convertido e
tornou-se em Israel uma perturbação, uma fonte de fraquezas, de desobediência,
de rebeldia e de pecado. Em Lucas 15.8 JESUS contou
uma parábola acerca de uma moeda perdida dentro de casa. E no livro de Ezequiel
menciona-se uma ovelha “perdida” dentro do rebanho (34.4b). O leitor tem plena
convicção da parte de DEUS de que está salvo mesmo} Por CRISTO, segundo “o
evangelho da vossa salvação”? (Ef 1.3; Rm 1.16,17
16,17; Tt 3.5).
Em Lucas 9.23, JESUS disse:
“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada
dia a sua cruz, e siga-me”. Observe a parte final do versículo: “e siga-me”. O
que significa isso? É perseverar em seguir ao Senhor JESUS; é persistir em
seguir os passos dEle. Enfim, implica ser um dos seus discípulos. Na aludida
referência, JESUS não falou primeiramente de “vir a mim”, mas “vir após mim”.
O que é ser um discípulo dEle segundo o evangelho? Consideremos o
texto de Lucas 14.26,27,33:
Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher; e
filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu
discípulo.
E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode
ser meu discípulo. Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto
tem não pode ser meu discípulo.
Como vemos no texto acima, o Senhor JESUS aplica um tríplice teste
pelo qual se confirma um verdadeiro discípulo. Por três vezes, o Mestre disse:
“não pode ser meu discípulo”. Somos — eu e o leitor — de fato discípulos de JESUS,
ou apenas pensamos que o somos?
O QUE É SALVAÇÃO
O que é a salvação em CRISTO? A palavra “salvação” é de profundo
significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção muito pobre da
inefável salvação consumada por JESUS, o que às vezes reflete numa vida
espiritual descuidada e negligente, em que falta aquele amor ardente e total
por JESUS e a busca constante de sua comunhão.
Salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma
e na vida — no caráter — de toda a pessoa que, pela fé, recebe JESUS CRISTO
como seu único Salvador pessoal (Ef 2.8,9; 2 Co 5.17; Jo 1.12; 3.5).
Observe as afirmações bíblicas “é nova criatura” (conversão) e “tudo se fez
novo” (nova vida, novo e íntegro caráter).
Não se trata apenas de livramento da condenação do inferno; a
salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores
da parte de DEUS para com o ser humano e o mundo (isto é, a criação), através
de JESUS CRISTO, nesta vida e na outra (Rm 13.11 I; Hb 7.25; 2 Co 3.18; Ef 3.19).
Pessoalmente — isto é, em relação à pessoa —, a salvação que CRISTO
realiza abrange: a regeneração espiritual do crente, aqui e agora (Tt 3.5; 2 Co 3.18); a redenção
do corpo do crente, no futuro (Rm 8.23; I Co 15.44); e a
glorificação integral do crente, também no futuro (Cl 3.4; Ef 5.27).
Como receber a salvação. Há três passos necessários para um pecador
receber a gloriosa salvação em CRISTO. Primeiro, reconhecer mediante o
evangelho que é pecador (Rm 3.23). Segundo confiar em JESUS como o
seu Salvador (Ato 16.31). Terceiro,
confessar que o Senhor JESUS é o seu Salvador pessoal, “Visto que... com a boca
se faz confissão para a salvação” (Rm 10.10).
A obediência honesta do pecador movido por DEUS a esses três passos
resultará na sua salvação, operando o ESPÍRITO SANTO e a Palavra. Isso não
falha; não se trata de uma mera teoria; é a verdade de DEUS sobre a salvação do
pecador, revelada aos homens segundo a infalível Palavra de DEUS e o testemunho
da infinitude de salvos em CRISTO por toda parte.
Pleno conceito e convicção de salvação. Vemos em Hebreus 2.3 uma cristalina
verdade sobre a salvação: “... uma tão grande salvação”. O que denota esta
expressão? Ela diz respeito às riquezas imensuráveis da salvação; às bênçãos
subsequentes a ela; à eternidade infinita dela; ao seu alcance imensurável; e à
sua sublimidade.
Se todos os crentes tivessem uma plena visão da salvação; se
pudessem ver plenamente ao longe a tão grande salvação que receberam, com
certeza teriam atitudes diferentes no seu dia a dia. Teríamos tanto regozijo,
tanta motivação, tanto entusiasmo, tanta convicção, tanto anseio e enlevo pelo
céu, que não haveria na Terra um só salvo descontente, descuidado, negligente e
embaraçado com as coisas desta vida e deste mundo!
Ademais, teríamos uma tão profunda compreensão do que é o céu — e,
por isso, teríamos tanto desejo de ir para lá—, que o Diabo não teria na igreja
um só fã, um só admirador de suas coisas, um só aliado. Mas, há crentes que
admiram e gostam das coisas do Maligno e se aliam a ele. Por mais que não
admitam, pelo fato de não atentarem para a “tão grande salvação”, tornam-se
vulneráveis às investidas do Tentador.
Visão atrofiada da salvação. Inúmeros crentes, por terem uma visão
atrofiada da salvação em CRISTO, levam uma vida comprometida com o mundo,
descuidada, negligente, sem amor, sem dedicação, sem ideal, sem uma busca
constante da face do Senhor.
Quais devem ser os passos normais de uma vida salva:
Regeneração espiritual;
Plenitude do ESPÍRITO SANTO;
Maturidade espiritual;
Dedicação ao Senhor no seu trabalho.
Necessidade e importância do estudo da Soteriologia. A experiência
da salvação deve ser seguida de um maior conhecimento da salvação (I Tm 2.4b). Isso
constitui o alicerce da vida cristã. A Palavra de DEUS, em Hebreus 5.12-14,
enfatiza a importância de buscarmos esse maior conhecimento da salvação:
Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que
se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de DEUS;
e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento.
Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na
palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos,
os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto
o bem como o mal.
Bênçãos gloriosas decorrem da salvação, e fazem parte dela. E
primeiramente porque somos salvos que experimentamos o batismo com o ESPÍRITO SANTO,
os dons espirituais, o amadurecimento na fé, a chamada para o ministério evangélico
etc.
Muitos crentes — e até obreiros! —, em vez de sempre priorizaram o
estudo da Escatologia (uma doutrina importante, é verdade, inclusive parte
integrante deste tratado teológico), deveriam primeiro estudar Soteriologia,
isto é, as doutrinas da nossa gloriosa salvação em CRISTO.
Há várias passagens das Santas Escrituras que mostram o quanto é
importante na vida cristã e na obra do Senhor em geral, inclusive na
evangelização, o conhecimento genuinamente bíblico da salvação. Em Efésios 6.17 mencionam-se
de início o capacete da salvação e a espada do ESPÍRITO.
Quando o apóstolo discorreu sobre a armadura do cristão, e
mencionou o capacete — o qual cobria totalmente a cabeça, protegendo-a —
enfatizou a plenitude do conhecimento e da experiência da salvação. Assim como
o capacete protegia (e protege) a cabeça, o conhecimento bíblico da salvação
em nossa mente é qual capacete espiritual, como forma de proteção da nossa
salvação, das investidas mentais de Satanás, dos seus emissários, dos falsos
mestres, da mídia corrompida, da literatura nociva etc.
Em Lucas 1.77 está escrito:
“para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados”.
Observe que, aqui, a ênfase recaí primeiramente no “conhecimento da salvação”,
e não no “sentimento da salvação”. É, pois, uma necessidade conhecer e
prosseguir em conhecer a salvação.
A Epístola de João trata desse assunto — a sua mensagem aos salvos
é: “sabemos”, “conhecemos”. Em Salmos 46.10 e 100.3, está
escrito: “Sabei”, e não “Senti”. E Jó, em meio a muitas lutas, bradou: “Eu sei
que o meu Redentor vive” (Jó 19.25). Quando
compararmos Hebreus 8.10 com 10.16,
vemos que essas passagens mostram que a lei divina deve estar primeiro na mente
do crente e depois no seu coração:
Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a
casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu
coração as escreverei; e eu lhes serei por DEUS, e eles me serão por povo. Este
é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as
minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos...
Em Apocalipse 12.3, o
Diabo é simbolizado no dragão com sete cabeças — o que indica plenitude de
astúcia, engano, cilada, maquinações. Isso denota que o príncipe das trevas
sempre investirá contra a nossa mente, como mencionamos acima, procurando
incutir nela dúvidas quanto à gloriosa salvação.
Ao tentar JESUS no deserto, o Diabo procurou lançar dúvidas na sua
mente: “Se tu és o Filho de DEUS” (Mt 4.3,6). Por que o Inimigo não logrou
êxito? Porque o Filho de DEUS tinha as leis de DEUS na mente e no coração, o
que ficou evidente em suas três citações das Escrituras, todas antecedidas da
expressão “Está escrito” (vv.4,7,I0).
O valor da sã doutrina. Neste estudo sobre a Soteriologia devemos
ter em mente que estamos tomando como base a sã doutrina (Tt 2.1). É da palavra “sã” (gr. hygiaino)
que vem o tão empregado termo “higiene”, o qual denota higidez, saúde. A
doutrina (ou a soma das doutrinas) quanto à salvação deve ser, portanto, isenta
de falsificação e contaminação.
Nesses últimos dias, seitas e doutrinas falsas vêm contaminando as
doutrinas bíblicas da salvação em CRISTO. Falsos mestres, falsificadores da
Palavra de DEUS, têm ingressado nas igrejas, inclusive doutores (2Tm 4.3; 3.1-5; 2 Pe 2.1), torcendo as
Escrituras. E, quanto à Soteriologia, isso ocorre principalmente quanto à
eleição do povo de DEUS, a predestinação e o livre-arbítrio, como veremos mais
adiante.
Em que consiste a salvação. É importante, antes de avançarmos,
respondermos a algumas perguntas. Em que consiste a salvação para o caro
leitor? No seu passado na fé? Ou seja, apenas livramento da condenação do
pecado? No seu presente na fé? Quer dizer, apenas livramento do poder do pecado?
Ou no seu futuro na fé? Isto é, apenas livramento da presença do pecado?
Na verdade, a salvação consiste na resposta afirmativa a todas as
três perguntas mencionadas. A nossa “grande salvação” em CRISTO nos livra: da
condenação, que outrora era uma realidade; do poder do pecado, pois hoje ele
não tem domínio sobre nós, se é que não “andamos segundo a carne, mas segundo o
espírito” (Rm 8.1b); e da presença do pecado, haja
vista a nossa glorificação futura.
O que não é salvação. É importante, ainda nessa introdução à
Soteriologia, apresentar algumas definições do que não é a salvação em CRISTO:
Apenas ter uma religião com o nome de cristã. O que dizer dos
seguidores do mormonismo, cujo nome da igreja é JESUS CRISTO dos Santos dos
Últimos Dias. São eles salvos por seguirem a uma religião “cristã”?
Apenas frequentar ou tornar-se membro de uma igreja local. Uma
coisa é pertencer a uma igreja, e outra é pertencer à Igreja.
Apenas ter e ler a Bíblia. Isso os católicos romanos fazem!
Apenas professar um credo religioso. Ser salvo é muito mais que
adotar, seguir, abraçar dogmas.
Apenas praticar a “regra áurea” de Mateus 7.12. Boas obras
não salvam ninguém (Ef 2.8,9).
Apenas aspergir um infante com “água benta”. Afinal, dependendo da
idade da criança, sequer tem a capacidade de crer para a salvação (Mc 16.16a;
Rm 10.9).
Apenas batizar um adulto ou uma criança. Batismo não salva, mas
destina- se a quem já é salvo (Mc 16.16b).
Apenas “confirmar” um adepto da sua confissão religiosa.
Apenas participar da Ceia do Senhor, ou da Eucaristia.
Apenas ter um irrepreensível código de conduta, bom testemunho,
porte.
Apenas praticar sempre boas obras.
O que é salvação. É tudo o que JESUS realizou e ensinou para levar
uma raça pecadora à comunhão com um DEUS santo. Trata-se da redenção do ser
humano do poder do pecado (I Pe 1.18,19). Ê, ainda, a libertação do
cativeiro espiritual (Rm 8.2). É a saída do pecador dentre o
poder das trevas do pecado (Cl 1.13). E, finalmente, é o retorno do
exílio espiritual do pecador para DEUS (Ef 2.13). Isso é salvação em resumo.
Como se vê, o homem não pode efetuar a sua salvação, nem ao menos
ajudar nisso (Ef 2.8,9; Tt 2.11; Jn 2.9b). Daí ter dito o salmista: “A
salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção” (SI 3.8). A salvação é pela graça de DEUS,
e não por nosso esforço próprio, conquanto os salvos sejam chamados para a
prática das boas obras (Ef 2.10).
A salvação é chamada de novo nascimento (Jo 3.5) e de ressurreição (Cl 3.1), Não obstante o pecador venha a
desejar a “tão grande salvação”, é JESUS CRISTO quem o ressuscita dentre os
mortos no pecado e o faz nascer de novo.
Afinal, um bebê nada pode fazer para nascer, assim como um morto
nada pode fazer para ressuscitar — toda ajuda tem de vir de fora.
Introdução à Soteriologia
Soteriologia é em suma o conjunto de doutrinas da salvação. Há pelo
menos umas vinte doutrinas relacionadas com a nossa gloriosa salvação em CRISTO.
Discorremos de modo resumido sobre as doutrinas da salvação, a saber:
A doutrina do pecado (Rm 3.23; 5.12,20), pois o pecado é a causa da
perdição da humanidade.
A doutrina da graça de DEUS (Tt 2.11; 3.4), haja vista ser a graça a salvação
quanto ao seu alcance.
A doutrina da expiação pelo sangue (Lv I7.I I), uma vez que a
expiação implica a salvação quanto ao pecado.
A doutrina da redenção (Ef 1.7), que trata da salvação quanto a
libertação e resgate do pecador.
A doutrina da propiciação (Êx 32.30), que enfatiza
a salvação como um ato benevolente de DEUS.
A doutrina da fé salvífica (Ef 2.8), que trata do meio requerido por DEUS,
da parte do pecador para a sua salvação.
A doutrina do arrependimento (Mc 1.14,15), que está intimamente ligada à
doutrina da fé salvífica.
A doutrina da confissão dos pecados (Rm 10.9,10).
A doutrina do perdão dos pecados (Cl 3.13).
A doutrina da regeneração espiritual (I Pe 1.3;Tt 3.5), que trata do que ocorre no íntimo
do pecador ao receber de DEUS a salvação.
A doutrina da imputação da justiça de DEUS ao crente (Gn 15.6; Rm 4.2-11; 5.13; 2 Co 5.19; Fm v.I8;Tg 2.23).
A doutrina da adoção de filhos (Gl 4.5,6).
A doutrina da santificação do crente (I Co 6.11; 2 Co 7.1), isto é, a
santificação posicionai, “em CRISTO”, e também a progressiva, no tempo
presente.
A doutrina da presciência de DEUS (I Pe 1.2).
A doutrina da eleição divina (I Pe 1.2).
A doutrina da predestinação dos salvos (Rm 8.29).
A doutrina da chamada para a salvação (Rm 8.30).
A doutrina da justificação somente pela fé em CRISTO (Rm 8.30), haja vista ser a justificação a
nossa salvação ante a presença de DEUS.
A doutrina do julgamento do crente (2 Co 5.10; Rm 14.10). É uma
doutrina relacionada à Escatologia.
As doutrinas da glorificação dos salvos (Rm 8.30) e da salvação, nas eras divinas
futuras (Ef 2.7; I Tm 1.17; Jo 1.29).
A SALVAÇÃO NO SENTIDO FACTUAL OBJETIVO
A salvação é um fato em si, isto é, no sentido objetivo. Ela tem um
lado objetivo (o lado divino), e um, subjetivo (o humano). O primeiro refere-se
a DEUS como o Doador da salvação; e o segundo refere-se ao homem como o
recebedor.
No sentido objetivo, a salvação tem três aspectos, todos
simultâneos: a justificação, que nos declara justos (esse aspecto tem a ver com
a nossa posição diante de DEUS: “em CRISTO”); a regeneração, que nos declara
filhos (tem a ver com a nossa condição espiritual, interior); a santificação,
que nos declara santos, mediante a nossa fé no sangue derramado de JESUS.
A salvação no seu sentido objetivo, diante de DEUS, não tem tempos,
mas aspectos ou lados. Ao mesmo tempo em que uma pessoa é pela fé em CRISTO
justificada, é também regenerada e santificada.
Justificação. É a mudança de posição externa e
legal do pecador diante de DEUS: de condenado para justificado. Pela
justificação passamos a pertencer aos justos. Justificação é o tempo passado da
nossa salvação, mas sempre presente em nossa vida espiritual (I Co 6.11; Rm 8.30,33b; 5.1; 3.24; Gl 2.16).
Regeneração. É a mudança de condição do
pecador: de servo do pecado para filho de DEUS. A regeneração é tão séria
diante de DEUS, que a Bíblia chama-a de “batismo em JESUS” (I Co 12.13; Gl 3.27; Rm 6.3). Trata-se de um ato interior,
dentro do indivíduo, abrangendo também todo o seu ser. É um termo ligado a
família, filhos: “gerar”; é o novo nascimento (Jo 3.5). Mediante a regeneração somos
chamados “filhos de DEUS” (cf. Gn 2.7; Jo 20.22; 15.5).
Santificação. É a mudança de caráter (mudança
subjetiva); e a mudança de serviço (mudança objetiva), “em CRISTO”
(posicionai), como lemos em João 15.4 ;17.26.
A SALVAÇÃO NO SENTIDO EXPERIMENTAL SUBJETIVO
Na experiência humana, a salvação é subjetiva. A salvação
experimental tem três tempos (não aspectos): passado, presente e futuro.
No passado. Justificação; é o que DEUS fez por nós. É a salvação da
pena do pecado. Ela é referida na Bíblia como ocorrida no passado da vida
cristã.
... haveis sido justificados em nome do Senhor JESUS e pelo ESPÍRITO
do nosso DEUS (I Co 6. Z l).
E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a
esses também justificou... Quem intentará acusação contra os escolhidos de DEUS.
É DEUS quem os justifica (Rm 8.30,33).
Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso
Senhor JESUS CRISTO (Rm 5.1).
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS, sendo
justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em CRISTO JESUS
(Rm 3.23,24).
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela
fé em JESUS CRISTO, temos também crido em JESUS CRISTO, para sermos
justificados pela fé de CRISTO e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras
da lei nenhuma carne será justificada (Gl 2.16).
No presente. Santificação em conduta, diante do mundo. Ê a salvação
do poder do pecado. É aquilo que DEUS faz em nós agora. Uma frutinha pode ser
perfeita, e não ser madura.
Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda
imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de DEUS
(2 Co 7.1).
E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso
espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO (l Es 5.23).
Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou (l Jo 2.6).
.. . operai a vossa salvação com temor e tremor (Fp 2.12).
No futuro. Glorificação; é o que DEUS fará conosco na glória
celestial (I Pe 1.5). Será a
salvação da presença do pecado. Trata-se da nossa inteira “conformação” com JESUS
CRISTO.
Amados, agora somos filhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que
havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar; seremos semelhantes
a ele; porque assim como é o veremos (1 Jo 3.2).
... nós mesmos, que temos as primícias do ESPÍRITO, também gememos
em nós mesmos, esperando a adoção, a saber; a redenção do nosso corpo (Rm 8.23).
E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do
sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando
aceitamos a fé (Rm 13.11).
E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois
disso, o juízo,
assim também CRISTO•, oferecendo-se uma vez; para tirar os pecados
de muitos, aparecerá segunda vez; sem pecado•, aos que o esperam para a
salvação (Hb 9.27,28).
Evidências da salvação experimental. São os testemunhos do ESPÍRITO
em nosso interior (Rm 8.16); da Palavra de DEUS (Ato 16.31); da nossa
consciência (I Jo 3.19); da
transformação da nossa vida (2 Co 5.17); dos frutos
produzidos (Mt 5.8; 7.16-20); da aversão ao pecado (I Jo 3.9); do
cumprimento da doutrina (2 Jo v.9); do amor (e comunhão) fraternal (Jo 13.35); e da vitória
sobre o mundo (I Jo 4.5).
A DOUTRINA DO PECADO
Embora haja nesta obra — no capítulo anterior — um estudo
específico sobre a doutrina do pecado, realçaremos aqui alguns aspectos dessa
doutrina, com o objetivo de estabelecer um elo entre Hamartiologia e
Soteriologia, haja vista ser incoerente estudar esta sem aquela.
O estudo do pecado deve preceder ao da graça salvadora de DEUS (cf.
I Jo
8; 2.2). A Epístola aos Romanos enfatiza que uma das principais
finalidades da Lei é expor a hediondez do pecado (7.8,13b), porque é depois de
tomarmos conhecimento disso que passamos a valorizar a graça de DEUS em toda a
sua extensão: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o
pecado abundou, superabundou a graça” (5.20).
Introdução à doutrina do pecado. O veredicto divino é claro: “Todos
pecaram” (Rm 3.23). A Palavra de DEUS diz: “Não há um
justo, nem um sequer” (Rm
; “... não há homem que não peque” (I Rs 8.46).
Todos os seres humanos foram nivelados à condição de pecadores,
segundo a reta justiça do Senhor: “A Escritura encerrou tudo debaixo do
pecado” (GI 3.22). E ainda: “DEUS encerrou a todos
debaixo da desobediência” (Rm 11.32
32). Mas, antes de atingir a
todos os homens, mediante a desobediência de Adão, o pecado teve origem no
mundo espiritual, na corte angelical (Is 14.12-17; Ez 28.15).
No ser humano, o pecado, sediado na alma, domina a sua vontade e
tem como instrumento orgânico o corpo humano. O homem não é pecador primeiramente
porque peca, mas peca porque é pecador. Ou seja, cada indivíduo é um pecador
por natureza. Por isso, em Israel, quando uma mulher dava à luz, tinha de
apresentar a DEUS uma oferta pelo pecado (Lv 12.6; Lc 2.24).
Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que
todos pecaram (Rm 5.12).
Definição do pecado. Pecado é a causa da perdição do homem. Uma das
palavras que significa “pecado” (gr. hamartia) denota tudo aquilo que não se
conforma com a lei divina; não se alinha com ela (Rm 5.20; I Jo 3.4a; 5.17b).
As Escrituras citam 372 formas de pecado, e há centenas de outras
não mencionadas na Bíblia. Na relação das obras da carne, lemos, no fim dela:
“e coisas semelhantes a estas, acerca das quais eu vos declaro (...) que os que
cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS” (Gl 5.21).
Nas diversas admoestações bíblicas preventivas quanto ao pecado,
existem várias outras modalidades implícitas de pecado, caso essas advertências
forem descumpridas. Ê importante, aqui, termos em mente a definição de alguns
dos termos originais para pecado, haja vista cada qual descrever um tenebroso
aspecto da sua malignidade.
A palavra “transgressão” (hb. pesha' e gr. bamartema) denota quebra
das leis divinas; significa transpor a fronteira da lei, do bem, da ordem, da
decência: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará...” (Pv 28.13).
Outro termo para pecado é “iniquidade”, isto é, fora do prumo; fora
de nível; do lado de fora; erro; afastar-se do certo; errar o alvo — hb.
hatta’t (Ez 18.20). O termo
iniqüidade refere-se principalmente ao pecado do crente. No Novo Testamento, a
palavra correspondente é hamartano (Rm 3.23). Neste versículo, “pecaram” é
literalmente “erraram o alvo”. E este erro pode ser moral (2 Pe 2.18) ou na
doutrina (I Jo 4.6b). Doutrina e
moral devem andar juntas!
Já o vocábulo “pecado”, conforme se registra em Romanos 5.12 ("por um
homem entrou o pecado [errar o alvo] no mundo”), diz respeito ao desvio do alvo
por DEUS traçado, previsto, determinado, que é a glorificação dEle. O pecado,
pois, é um alvo que o ser humano acerta ao desviar-se do propósito verdadeiro,
que é a glória de DEUS (Rm 3.23).
O homem foi criado por DEUS para viver na esfera divina, porém, ao
pecar, sua natureza foi mudada, e a sua inclinação natural é somente para
pecar, mesmo que não pareça assim. Pecar, por conseguinte, é o ser humano
desviar-se de sua finalidade moral, que é exaltar a DEUS, e somente a Ele.
Outros quatro termos, quanto aos principais significados de
“pecado”, na Bíblia, são: “desobediência”, rebeldia, má vontade para com DEUS e
a sua lei; “incredulidade”, falta de confiança em DEUS e de dependência dEle;
“ilegalidade”, subversão, oposição à lei e à ordem divinas; e “erro”,
afastamento das normas divinas estabelecidas.
A lei divina da reprodução segundo a sua espécie. Em Gênesis, vemos
essa lei em evidência nos vegetais (1.11,12), nos animais (1.24,25) e no ser
humano, após
o pecado (5.3). O homem
fora criado segundo a imagem de DEUS (1.26), e não segundo a sua própria
espécie!
Portanto, já nascemos espiritualmente contaminados (Rm 5.12), como disse o salmista: “Eis que
em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Sm 51.5). O homem tem dentro de si uma
natureza pecaminosa. Por isso, todos nós precisamos ser participantes da
natureza divina, mediante a conversão (2 Pe 1.4).
Porque aqueles [nossos pais segundo a carne], na verdade, por um
pouco tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este [DEUS Pai], para
nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade (Hb 12.10).
O “homem natural “e o pecado. A Palavra de DEUS usa a expressão
“homem natural” (I Co 2.14), numa
referência clara ao estado do homem ainda não alcançado pela graça de DEUS. Ele
está sob o pecado, espiritualmente morto, sob condenação e perdido.
Não há um justo. Como vimos, o veredicto de DEUS é claro: “Não há
um justo; nem um sequer”. É importante que o estudioso do assunto leia todo o
capítulo de Romanos 9,
principalmente os versículos 9-26, que tratam especificamente dessa verdade,
de que não há um justo sequer. Todos os homens já nascem pecadores.
Para que o homem fosse justo — por conta própria — diante de DEUS,
seria preciso que nunca praticasse o mal e jamais quebrasse a lei divina. Além
disso, seria preciso que sempre fizesse o bem, como está escrito em Eclesiastes 7.20:
“Que faça
bem, e nunca peque”. Há pessoas que relativamente não pecam tanto,
porém não estão sempre praticando o bem.
A principal definição divina para o pecado. É a que está contida em
passagens como
João 3.4 e 5.17. O
termo hamartema denota errar o alvo, desviar-se do caminho, perder-se (I Jo 3.4a; 5.17b). Já a palavra anomia, contida em
3.4b, implica transgressão, desordem, rebeldia, subversão. Outro termo que
aparece nessas passagens é adikia (5.17a), cuja significação é injustiça.
Em Salmos 41.4, o pecado é
definido como uma doença espiritual que faz enfermar a alma: “... sara a minha
alma, porque pequei contra ti”. Em I Pedro 2.24, na expressão
“fostes sarados”, o sentido é o mesmo, à luz do contexto. Essa denotação também
pode ser encontrada em outros textos:
E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar
nela será absolvido da sua iniqüidade (Is 33.24).
Porque serieis ainda castigados, se vos rebelaríeis? E toda a
cabeça está enferma, e todo o coração, fraco. Desde a planta do pé até à cabeça
não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não
espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo (Is 1.5,6).
Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniquidades me
prenderam, de modo que não posso olhar para cima; são mais numerosos do que os
cabelos da minha cabeça, pelo que desfalece o meu coração (Sl 40.12).
E JESUS lhe disse: Vê; a tua fé te salvou (Lc 18.42).
A tradução literal da passagem acima é: “Vê; a tua fé te curou”. O
termo grego aqui é sozo, “curar”, “salvar”, “livrar” (cf. Lc 7.50; Mt 9.22).
A origem do pecado. A Palavra de DEUS apresenta, em Ezequiel28.I5,I6, a
origem do pecado: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste
criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se
encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado,
fora do monte de DEUS e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras
afogueadas”. Esta descrição, ainda que de modo conotativo, relaciona-se a
Satanás e sua rebelião contra DEUS.
O pecado é universal. Em Romanos 3.23, vemos outro
aspecto do pecado, a sua universalidade: “Porque todos pecaram e destituídos
estão da glória de DEUS”. Aqui e em outras passagens correlatas fica evidente
que toda a humanidade, sem exceção, foi atingida pelo pecado.
A realidade do pecado. Ainda que muitos procurem ignorar a
existência do pecado, temos de considerar os esmagadores testemunhos da
realidade do pecado> na Bíblia (Hb 12.1; Sl 51.5), na História, na consciência, no
dia-a-dia. Perguntemos a Adão após a sua queda, a Davi, a JESUS. Todos
confirmarão que o pecado é uma realidade.
Evidências da realidade do pecado. Elas são tão contundentes que é
um absurdo negá-lo; é idiotice; é insanidade. Algumas dessas evidências são:
cada hospital; cada casa funerária; cada cemitério; cada fechadura de porta;
cada caixa forte de banco; cada alarme contra ladrão; cada policial, guarda,
soldado; cada tribunal; cada prisão; cada dor, doença, deficiência, morte,
tristeza, pranto, guerra.
O pecado e sua raiz. A Palavra de DEUS menciona a raiz da
incredulidade como a geratriz do pecado (Jo 16.9; Hb 3.12) e também a do egoísmo, isto é, do
culto ao “eu”, da personalidade (Ez 28.7; Is 14.13,14; Rm 1.25). O egoísmo é uma forma de rebeldia
à vontade e à lei de DEUS; existe também o egotismo, endeusamento do homem por
ele mesmo.
O pecado como ato. Olhemos, agora, à luz da Palavra de DEUS, para o
interior do pecado, a fim de conhecermos detalhadamente os seus aspectos. É
importante, aqui, distinguirmos entre ato e estado pecaminosos. A Bíblia
apresenta o pecado como um ato nosso, perpetrado por natureza e escolha
deliberada:
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria
concupiscência.
Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o
pecado, sendo consumado, gera a morte (Tg 1.14,15).
Segundo a Bíblia, o pecador não sabe escolher o bem; ele sempre
opta pelo mal. O filho pródigo não soube escolher o bem; preferiu o pior (Lc 15.11-18). O pecado
como um ato praticado é, pois, um efeito, e não uma causa; a causa é o pecado
congênito em nossa natureza decaída.
O crente carnal também não sabe escolher o bem. Ló, por si mesmo,
optou pelo pior, para ele e sua família (Gn 13.11,12). Esaú, de igual modo, vendeu a sua
primogenitura por um simples prato de lentilhas (Gn 25.29-34). E Marta não
soube escolher o melhor, como sua irmã, que representa um crente consagrado (Lc 10.41,42).
O pecado como estado. Em Romanos 6.6, está escrito:
“... o nosso velho homem foi com ele [CRISTO] crucificado, para que o corpo do
pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado” — a expressão
“corpo do pecado” é uma referência ao corpo como instrumento do pecado; não é a
Bíblia querendo dizer que o pecado possui corpo tangível.
O pecado como um estado indica que todos os homens estão propensos
a pecar. É caracterizado pelo princípio da rebelião contra DEUS; trata-se de um
poder maléfico; é um princípio gerador do mal. Ou seja, é primeiramente uma
causa, e consequentemente um efeito.
Como causa, o pecado é parte integrante da nossa natureza herdada
de Adão. Em resumo, o homem não é culpado apenas pelos pecados cometidos; ele
tem dentro de si uma natureza pecaminosa que em si já é pecado.
A natureza do pecado. Há o pecado praticado, isto é, cometido, que
aparece na Bíblia no plural (I Jo 1.9). Para este
tipo de pecado há perdão de DEUS, como vemos no “sacrifício pela culpa” (Lv 5.14-19). Mas há
também o pecado congênito, mencionado no singular (I Jo 1.7; SI 51.5; Rm 7.18,23). No caso deste tipo de pecado, só
há purificação no sangue de JESUS. Vemos isso tipificado no “sacrifício pelo
pecado” (Lv 4.1-12).
O pecado e sua prática. Quanto à prática, há o pecado de comissão,
que é fazer ou praticar a coisa errada (Tg I.I5); e o de omissão, que significa
deixar de fazer a coisa certa, justa. Assim, pecado não é somente praticar o
mal; deixar de fazer o que é certo é também pecado.
Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado (Tg
4.11).
E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR,
deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito (l Sm
12.23).
Mas, ainda quanto ao pecado por omissão, a Palavra de DEUS menciona
vários exemplos, como o caso do servo inútil, condenado porque não fez nada,
apesar de ter recebido bens de seu senhor para cuidar (Mt 25.24-30). Outro
exemplo de omissão vemos na parábola das dez virgens. As loucas não se
prepararam (Mt 25.3). Temos outro exemplo no julgamento
das nações: as omissas para com Israel serão punidas (Mt 25.42-45).
Em Números 32.23a,
está escrito: “e, se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o Senhor”.
Deixar de cumprir a lei de DEUS é tanto pecado quanto transgredi-la (cf. Jz 5.23). A Palavra de DEUS diz que os
ímpios serão lançados no inferno por omissão: “Os ímpios serão lançados no
inferno e todas as nações que se esquecem de DEUS” (Sm 9.17).
Outrossim, todo pecado, seja ele qual for, é praticado
primeiramente contra DEUS. Davi, além de pecar contra Bate-Seba, Urias e si
mesmo, pecou primeiramente contra DEUS, o Legislador: “Contra ti, contra ti
somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal...” (Sm 51.4). O pródigo pecou contra si mesmo e
contra a sua família, mas primeiramente contra o seu pai, que na parábola
aponta para DEUS (Lc 15.21).
A origem do pecado dentro do homem. Na Palavra de DEUS mencionam-se
o pecado da carne (2 Co 7.1) e o do
espírito (2 Co 7.1; Sm 66.18). Muitos acham
que pecado mesmo é o do assassino, do bandido, do ladrão, do viciado, do
imoral, do fornicário, do adúltero, da prostituta; pensam que é o engano, o
calote, o furto, o mundanismo e outros pecados predominantemente da carne.
Entretanto, os pecados do espírito são às vezes piores que os
pecados da carne acima mencionados. Davi cometeu pecados da carne terríveis, a
ponto de dizer, ao ser repreendido pelo Senhor: “Pequei contra o Senhor” (2 Sm 12.13; Sm 51). Mas o pecado do espírito que ele
cometeu foi pior, levando-o a confessar: “Gravemente pequei” (I Cr 21.8). “Toda
iniquidade é pecado” (I Jo 5.17).
Os fariseus do tempo em que JESUS andou na Terra acusavam pessoas
que cometiam pecados da carne, como a mulher adúltera que JESUS perdoou,
dizendo-lhe: “vai-te e não peques mais” (Jo 8.I-I I). Contudo, os mesmos fariseus
cometiam grandes pecados do espírito (Mt 23).
Vejamos alguns exemplos de pecados do espírito: orgulho, soberba,
vangloria, arrogância, inveja, ganância, cobiça, ira, amargura, mau humor,
ciúme doentio, hipocrisia, leviandade, irreverência com o que é sagrado,
mentira, egoísmo, roubar a DEUS, quebra do Dia do Senhor, mau testemunho,
desonestidade, negligência na oração e quanto à Bíblia, relaxamento com a obra
de DEUS etc.
As consequências do pecado. Na Bíblia são mencionados o pecado para
morte e o que não é para morte: “Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não
é para morte, orará, e DEUS dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há
pecado para morte, e por esse não digo que ore” (I Jo 5.16).
O pecado para morte — dependendo de sua gradação — traz como
consequências: sofrimentos, morte espiritual, morte física e até perdição
eterna. São pecados que levam o seu praticante à morte física prematura:
desobediência deliberada (I Rs 13.26); incesto (I Co 5.5); murmuração (I Co 10.5); profanação (I Co 11.29-32);
desvio (Jr 16.5,6); tentar a DEUS (Nm 14.29,32,35; 18.22; 27.12-14); falsidade (Ato 5.10); rebeldia —
não momentânea, mas como estado (Ef 6.3) —, etc.
Entretanto, há pecado que não é para morte. Todo pecado é
transgressão diante de DEUS, mas nem todo pecado é igual aos olhos de DEUS. O
pecado tem gradação, como se vê nas seguintes expressões bíblicas: “grande
pecado” (Êx 32.30,31; I Sm 2.17; Sl 25.11; Am 5.12); “maior pecado” (Jo 19.11); “muito
grande pecado” (I Sm 2.17; 2 Sm 24.10 com I Cr 21.8,17); “muitos pecados” (Lc 7.47); “multidão de pecados” e
“multiplicar pecados” (Ez 16.51; Os 13.2; Tg 5.20).
Qualquer pecado, mesmo perdoado, não nos exime dos seus maus
efeitos, das suas consequências; do seu castigo aqui (Sl 99.8; Nm 14.19-23). O perdão de DEUS
nos exime da condenação como filhos de DEUS, porém o castigo aqui tem a ver com
o nosso aprendizado espiritual aqui] há crentes que só aprendem “apanhando”. E
mais: o tempo não apaga, não desfaz o pecado:
Então, falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Dos meus pecados me
lembro hoje (Gn 41.9).
... quando for outra vez, o meu DEUS me humilhe para convosco, e eu
chore por muitos daqueles que dantes pecaram e não se arrependeram da
imundícia, e prostituição, e desonestidade que cometeram 2 Co 2.21.
O pecado e seu perdão. Quanto ao perdão, a Bíblia menciona o pecado
perdoável e o imperdoável em Mateus 12.31,32:
Portanto, eu vos digo: todo pecado e blasfêmia se perdoará aos
homens, mas a blasfêmia contra o ESPÍRITO não será perdoada aos homens. E, se
qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem> ser-lhe-á perdoado,
mas, se alguém falar contra o ESPÍRITO SANTO, não lhe será perdoado, nem neste
século nem no futuro.
O pecado imperdoável não diz respeito a um ato isolado. Trata-se de
um pecado contínuo, não cometido por ignorância (cf. I Tm 1. 13). A má
interpretação disso tem causado aflição em muitas pessoas, que pensam ter
cometido o tal pecado.
No Capítulo 4 desta obra, há uma explicação sobre o pecado imperdoável
do ponto de vista da Pneumatologia. Quanto à Soteriologia, tal pecado leva quem
o pratica à condenação porque o tal peca contra a única Pessoa da Trindade cuja
obra no que concerne à nossa salvação não está concluída. A obra do Pai foi
consumada; a do Filho está concluída, mas a do ESPÍRITO continua (cf. Jo 16.8).
A consumação do pecado. No que concerne à sua consumação, há o
pecado voluntário, consciente, deliberado (Mt 25.25; Lc 19.20-23; Js 7.21); e o involuntário, inconsciente,
não deliberado (SM 19.12; 90.8; Jr 17.9; Lv 4.I3-2I; 5.15,17; Nm 15.22-31). Este, ainda
que cometido de modo involuntário, por imprudência ou inconsciência, terá a sua
devida condenação.
Aqui no mundo, se alguém, por ignorância, violar as leis da Física,
sofrerá as consequências disso. Por exemplo, se alguém saltar de um prédio de
dez andares, mesmo não tendo consciência de que a força da gravidade fará com
que o seu corpo se estatele no chão, a sua ignorância não impedirá a sua morte.
Quanto ao corpo humano, de acordo com I Coríntios 6.18 —
que diz: “Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo;
mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” —, há dois tipos de
pecado: contra o corpo, que destrói primeiro o próprio pecador que o comete; e
fora do corpo, que arruína primeiro os outros, além de quem o comete.
O pecado relacionado ao crente. O pecado conhecido e tolerado na
vida do crente gera consequências terríveis, como: perda das bênçãos de DEUS,
disciplina divina e da igreja, interrupção da comunhão com DEUS, cessação de
operação divina por meio do crente e perda de galardão no futuro.
O julgamento do pecado. DEUS nem sempre julga logo o pecado. Se Ele
julgasse de imediato, nem este escritor estaria mais aqui. A Palavra do Senhor
diz: “Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as
nossas iniquidades” (SI 103.10).
DEUS dá tempo para que o pecador se corrija, se arrependa, mude. Em
certas pessoas, o pecado é logo manifesto e julgado; noutras, isso ocorre
depois: “Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; e em
alguns manifestam-se depois” (I Tm 5.24). Por quê?
O justo Juiz sabe de tudo isso. E, como nos ensina a Palavra de DEUS,
nada julguemos antes de tempo, até que o Senhor traga à luz as coisas ocultas e
manifeste os desígnios dos corações, em sua gloriosa vinda (I Co 4.5).
... nada há encoberto que não haja de revelar-se; nem oculto que
não haja de saber-
se (Mt 10.26).
... eis que pecastes contra o SEKHOR; porém sentireis o vosso
pecado, quando vos achar Nm 32.23).
Como triunfar sobre o pecado. Os passos para vencer o pecado,
triunfando sobre ele, são os seguintes:
Amar a Palavra de DEUS, a ponto de escondê-la no coração; isso faz
com que o crente vença o pecado (Sm 119.11).
Crer no poder do sangue de JESUS, isto é, no sacrifício expiatório
que Ele realizou, a fim de que o pecado não tenha domínio sobre nós (I Jo 1.9).
Confiar no poder do ESPÍRITO SANTO, o qual habita em nós e, se Ele
exercer pleno predomínio em nosso viver, faz-nos triunfar sobre o pecado (Rm 8.2).
O ministério sacerdotal de CRISTO. Ele venceu todas as coisas, e,
se estivermos nEle, também venceremos o pecado (Hb 4.15,16).
A nossa fé depositada em JESUS CRISTO também nos faz triunfar sobre
o pecado (Fp 3.9).
Finalmente, a nossa total submissão e entrega a CRISTO (Rm 6.14). E submissão implica ser
obediente à sua vontade e também agradar-lhe por amor.
Conclusão. A nossa recomendação final, ao concluir este tópico
sobre a doutrina do pecado é, como diz o escritor sacro: “Evita o pecado!” A
Palavra de DEUS admoesta: “Meus filhinhos (...) não pequeis” (1 Jo 2.1). Lembre-se de
que “Obedecer é melhor do que sacrificar” (I Sm 15.22). E
“sacrificar”, aqui, também pode significar “remediar”.
Evitemos, pois, os pecados vindos de dentro; e, de fora: “A ninguém
imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios;
conserva-te a ti mesmo puro” (I Tm 5.22).
A DOUTRINA DA GRAÇA DE DEUS
Na matéria Soteriologia, a ênfase recai sobre a graça de DEUS para
salvar o pecador. E, por essa razão, não discorrermos sobre a grafa comum,
extensiva a todos os homens: “Abres a mão e satisfazes os desejos de todos os
viventes”. Aqui não se trata de graça salvadora; diz respeito ao favor de DEUS
dispensado bondosamente aos seres humanos, no sentido de prover os meios de
subsistência a todos, sem distinção (Sl 104.10-30).
Graça relacionada com a salvação. É a atitude (ou provisão)
graciosa do Senhor para com o indigno transgressor da sua lei (cf. Rm 3.9-26). Ela resulta
da parte de DEUS para com o pecador em: misericórdia (I Tm 1.2; 2Tm 1.2; Tt 1.4; 2 Jo3; Jd v.2I); benevolência (Lc 2.14b); paz (resultado da misericórdia
de DEUS no coração do homem); gozo (que é mais interior), bem como alegria,
beleza e adorno espirituais — que são mais externos (cf. Rm 12.6).
No original, graça é charis, donde vêm “charme”, “carismático” (no
sentido exato), “caridade”, “agradável”, “atraente”, “agradecer”, “gratidão”.
A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que
saibais como vos convém responder a cada um (Cl 4.6).
... segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da
sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado (Ef 1.5,6).
O nosso assunto diz respeito à graça de DEUS para salvar. A
provisão divina para com o indigno transgressor da lei existia desde o Antigo
Testamento (Êx 33.13; Jr 3.12; 31.2). A passagem de Atos 15.10,11 não deixa dúvidas quanto a isso:
Agora, pois, por que tentais a DEUS, pondo sobre a cerviz dos
discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar? Mas cremos que
seremos salvos pela graça do Senhor JESUS CRISTO, como eles também.
No Novo Testamento, a graça de DEUS para salvar o pecador é
mencionada de maneira mais direta (Ef 2.7,8; I Tm 1.13,16; Rm 5.20; Jo 1.16,17).
Porque a graça de DEUS se há manifestado, trazendo salvação a todos
os homens (Tt 2.11).
Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de DEUS, nosso
Salvador) para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito,
mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da
renovação do ESPÍRITO SANTO (Tt 3.4,5).
De acordo com Efésios 2.5,6, o pecador está morto, e nessa
condição não pode ajudar em nada. Como efetuaria ele a sua própria
ressurreição? Assim como não pudemos ajudar em nada quando do nosso primeiro
nascimento, muito menos em nosso segundo (novo) nascimento. Tudo é pela graça,
para que o homem não tenha de que se gloriar.
Tudo é pela graça de DEUS. Na vida do crente, ela gera crescimento
na fé (2 Pe 3.18). É por meio
dela que triunfamos contra o mal (Rm 6.14; Hb 13.9; Ato 4.33; 2 Co 12.9
e trabalhamos para o Senhor (Hb 12.28; I Co 3.10; 15.10; 2 Co 6.1). Por ela,
falamos (Sm 45.2; Cl 4.6); cantamos (Cl 3.16); e tratamos (Rt 2.10).
É pela graça também que somos capacitados a dar a DEUS e ao próximo
(2 Co 8.1,6,7). Essa liberalidade pela graça,
para dar a DEUS, leva-nos a fazer isso em quatro sentidos:
Dar-nos a nós mesmos inteiramente ao Senhor.
Dar-lhe o nosso tempo; a nossa vida.
Dar-lhe os nossos talentos.
Dar-lhe o nosso dinheiro.
A Palavra de DEUS menciona, no Antigo Testamento, a liberalidade do
crente para com o Senhor: “E ali trareis os vossos holocaustos, e vossos
sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos
votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e
das vossas ovelhas” (Dt
. Vemos aqui sete tipos de ofertas, todas implicando finanças.
Nós devemos tanto a DEUS, que, no viver para com Ele, e no trabalho
dEle, mesmo fazendo o nosso melhor e o máximo que pudermos, não vamos além do
dever (Lc 17.1). Ou seja, nunca ingressaremos no
mérito! Nesse caso, a graça de DEUS é mais abundante na vida daqueles que são
humildes (Tg 4.6). A humildade é, pois, o fio
condutor da graça (I Pe 5.5).
A graça de DEUS em resumo. Diante do exposto, a graça de DEUS é o
dom da salvação em CRISTO, como dádiva de DEUS ao pecador, indigno e merecedor
do justo juízo de DEUS (Tt 2.11).
Ela é o poder sustentador de DEUS, que nos mantém firmes e
perseverantes na fé, depois de salvos (2 Co 12.9), como lemos
em 2 Timóteo 2.1:
“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em CRISTO JESUS”.
A graça do Senhor é a dádiva das bênçãos diárias que recebemos
dEle, sem merecê-las (Jo 1. 16). E, ainda, a
dádiva da capacitação divina no crente, para este realizar a obra de DEUS (I Co 15.10; Hb 12.28). Atentemos,
pois, para a recomendação da Palavra de DEUS, em I Coríntios 3.10:
“Segundo a graça de DEUS que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o
fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre
ele”.
A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO PELO SANGUE
Em Isaías 53.10, está escrito
acerca da obra expiatória de CRISTO:
Todavia; ao Senhor agradou o moê-lo; fazendo-o enfermar; quando a
sua alma se puser por expiação do pecado} verá a sua posteridade; prolongará os
dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
A doutrina em apreço é chamada de kilasmologia. Expiação, para nós
do Novo Testamento, é a morte de JESUS em nosso lugar para poder nos remir do
pecado; salvar-nos do pecado — expiar é tirar o pecado: “Eis o Cordeiro de DEUS,
que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Expiação tem a ver com o pecado (Lv 4; 16; 23).
Quatro palavras para a salvação. Há quatro grandes palavras
doutrinárias empregadas na Bíblia para nos revelar a extensão do valor da
morte de JESUS, isto é, do seu sangue remidor, para tirar os nossos pecados.
Tão vasto e infinito é o alcance da obra efetuada por JESUS que um só vocábulo
das Escrituras não pode resumi-la.
A palavra “expiação” aplica-se em relação ao pecado em se tratando
da salvação quanto ao seu alcance, que é infinito (Sm 103.12; Is 53.10). Já
“redenção” diz respeito à salvação em relação ao pecador e seu pecado. Outro
termo, “propiciação”, aplica-se à salvação quanto à transgressão; isto é, a
salvação considerando o ser humano como o transgressor. E a quarta palavra é
“imputação”, que se relaciona com a salvação quanto ao seu “creditamento”. Ou
seja, a justiça de DEUS “lançada em nossa conta”, pela fé no próprio DEUS (cf. Fp 4.17; Mt 6.12; Fm v.I8; Rm 4.3).
Portanto, a salvação é tão grande e tão rica que uma só palavra não
abarca o seu significado! Glória a DEUS!
Tecnicamente, a palavra “expiar” — hb. kapar— significa “encobrir”,
“cobrir”, “ocultar”, “tirar da vista”. A primeira menção dessa palavra nas
Escrituras está em Gênesis 6.14 (hb. kapar,
“betumarás”, ARC; “calafetarás”, ARA) e ilustra muito bem o seu emprego através
da própria Bíblia, como a Palavra de DEUS.
Biblicamente, expiar é pagar, quitar, tirar os pecados de alguém,
perdoar, mediante um sacrifício reparador exigido, mas também propiciador.
Expiar, pois, é tirar o pecado mediante a morte de alguém como substituto do
culpado e condenado. No nosso caso, foi JESUS que morreu por nós, pecadores
perdidos (Is 53.10; Jo 1.29; Ap 13.8; 2 Co 5.21). Sem expiação
pelo sangue não há perdão do pecado (Lv 4.35).
A expiação aplaca o Legislador, por satisfazer a sua Lei, violada
que foi, pela culpa do pecado como ato praticado (Lv 5), bem como manchada e ultrajada
pelo pecado como estado, na natureza do pecador (Lv 4). Neste capítulo, vemos quatro
categorias universais de pecadores e a expiação de seus pecados mediante o
sangue expiador.
Mas a expiação vai além. Ela também torna o Legislador benevolente
para com o transgressor perdoado. Essa decorrência da expiação é chamada de
propiciação.
A necessidade da expiação. A expiação pelo sangue foi necessária
para dar satisfação à Lei divina — caso contrário, essa Lei seria vã — e seu
Legislador escarnecido.
A pecaminosidade da natureza e dos atos do homem também tornou
necessária a expiação divina.
JESUS, para expiar nossos pecados, bastava morrer por nós na cruz;
mas, para nos justificar diante de DEUS e sua Lei violada, era preciso que Ele
ressuscitasse (Rm 4.25;
. Desse modo, a nossa ressurreição espiritual (isto é, a nossa
regeneração) dependia da ressurreição dEle (I Pe 1.3; Cl 3.1). Glória a DEUS porque JESUS
ressuscitou!
Há diferença entre a expiação, a redenção e a propiciação, todas
realizadas por JESUS CRISTO. A expiação é do pecado do pecador; a redenção é da
pessoa do pecador; e a propiciação tem a ver com DEUS em relação ao pecador já
perdoado (cf Lc 18.13; I Jo 2.2). A salvação
de criancinhas inocentes — apesar de pecadores por natureza — decorre da
expiação efetuada por CRISTO, e não primeiramente da redenção.
A obra expiatória de CRISTO. No Antigo Testamento, a expiação dos
pecados na nação “durava” um ano apenas! O que ocorria anualmente no solene
Dia da Expiação, mencionado em Levítico 16, era que a
sentença de morte que pairava sobre todos, por causa do condenável e criminoso
pecado, praticado pelo povo diariamente, era prorrogado por mais doze meses.
Ora, isso apenas aumentava a dívida espiritual desse povo para com DEUS, cada
ano que passava (Hb 9.25; 10.1-3).
CRISTO na cruz, pelo seu sangue expiou os nossos pecados uma vez
para sempre — “... porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (Hb 7.27); “Doutra maneira, necessário lhe
fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação
dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de
si mesmo” (Hb 9.26) —, mas a salvação só se realiza na
vida de cada pecador quando este aceita o Redentor, JESUS CRISTO.
A DOUTRINA DA REDENÇÃO
Como já vimos, redenção tem a ver com a pessoa do pecador. Ela é
realizada por JESUS CRISTO: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a
remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1.7). Pois “... por seu próprio sangue,
entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb 9.12).
Definição de redenção. Nos dias bíblicos, redenção é a libertação
de um escravo, mediante um resgate — gr. lytron (este termo aparece em Mateus 20.28) —, além de
retirar esse escravo do mercado de escravos, para não mais ficar exposto à
venda. Redenção sempre requer o preço a ser pago para garantir a liberdade do
escravo.
Há sete principais palavras originais no Novo Testamento para
redenção:
Agorazo, “compraste” (Ap 5.9). Comprar na praça. O pecador
estava na praça do mercado de escravos, vendido ao pecado e servindo a Satanás:
“Assim,
meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de CRISTO,
para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de
que demos fruto para DEUS” (Rm 7.4).
Exagorazo, “resgatou” (Gl 3.13). Comprar o escravo na praça e
retirá-lo de lá, para que não fosse mais exposto à venda: “Ele nos tirou da
potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor” Cl 1.13.
Lytroo, “resgatados” (I Pe 1.18,19). Pagar o preço exigido pelo
resgate de um escravo e libertá-lo.
Lytrosis, “redenção” (Hb 9.12). Libertar mediante o pagamento de
resgate. É um termo mais vigoroso do que lytroo, Apolytrosis, “redenção” (Ef 1.7). É empregado em Lucas 21.28 para
significar soltura, libertação, livramento, desprendimento do povo de DEUS, ao
sair deste mundo opressor e escravizador, para ficar eternamente com o Senhor.
Este termo é uma forma mais vigorosa que lytrosis.
Antilyron (I Tm 2.6). A troca de
uma pessoa por outra; ou seja, a redenção de vida por vida, no caso de um
cativo, escravo ou prisioneiro.
Lytron (Êx 21.30; Mt 20.28; Mac 10.45). O resgate
pago pela redenção de um cativo, escravo ou prisioneiro de guerra.
A redenção do pecador. A nossa redenção espiritual foi planejada e
decidida por DEUS antes da fundação do mundo (I Pe 1.18,19; Ap 13.8). Essa redenção, em CRISTO, é
formosa e claramente ilustrada em Levítico 25 —
principalmente nos versículos 25, 48 e 49 — e Rute 2.20; 3.9-13; 4.1-9. Nessas passagens, o termo go’el
significa “parente remidor”, o qual tinha de ser consanguíneo do escravo. Vemos
claramente no papel desse parente remidor um tipo de nosso Redentor, o Senhor JESUS
(Tt 2.14).
O tríplice resultado da redenção. A nossa redenção efetuada por JESUS
resulta na conversão da alma, pois esta foi perdida pelo homem, na sua Queda (Gn 2.17; Ez 18.20).
Outro resultado da redenção é a nossa ressurreição, isto é, a
redenção do corpo. O homem perdeu o seu corpo ao perder o direito a comer da
árvore da vida, no Éden, devido à Queda: “Então, disse o Senhor DEUS: Eis que o
homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda
a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente” (Gn 3.22).
A redenção resulta também em domínio da terra. O ser humano perdeu
a terra ao pecar (Gn 1.28). Em João 1.29, vemos que JESUS
é o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (cf. Ap 5.1-5,9). Na Segunda Vinda de CRISTO, começará
a redenção da terra, que fora amaldiçoada depois da Queda: “maldita é a terra”
(Gn 3.17).
Em Êxodo 32.30, está escrito:
“E aconteceu que, no dia seguinte, Moisés disse ao povo: Vós pecastes grande
pecado; agora, porém, subirei ao Senhor; porventura, farei propiciação por
vosso pecado”. Propiciar é aplacar; tornar benevolente o ofendido, mediante uma
oferta judicial e expiatória, e que seja aceita.
Definição. A propiciação resulta da expiação. A palavra portuguesa “propiciação”
deriva do latim propitío, “unir”, “reconciliar”, “pacificar”. O conceito pagão
de propiciação é aplacar um deus irado, vingativo (cf. I Rs 18.26,29). Mas, à luz da Palavra de DEUS,
implica satisfazer a Lei divina violada e, desse modo, remover aquilo que
impedia DEUS de fazer extravasar e fluir o seu amor, sua benevolência e suas
bênçãos sobre o pecador, salvando-o.
Propiciar a DEUS não foi só satisfazê-lo, reparando a sua Lei e a
sua vontade ultrajadas, mas torná-lo benevolente e abençoador do ofensor. Aqui
na Terra quando o próximo é ofendido e reparado, ele não quer ser benevolente
nem abençoador do ofensor.
JESUS é a nossa propiciação (Rm 3.25; I Jo 4.10). Como nosso
Sumo Sacerdote, Ele é tanto a nossa propiciação, como o nosso propiciatório. “E
ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também
pelos de todo o mundo” (I Jo 2.2).
A reconciliação do homem com DEUS é resultado da propiciação pelo
sangue de JESUS — gr. katallage, “reconciliação” (Rm 5.11). Assim como a expiação leva à
propiciação, esta leva à reconciliação. CRISTO, ao consumar a expiação dos
nossos pecados, consumou também a nossa reconciliação com DEUS e com o nosso
próximo (Ef 2.16,17).
Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com DEUS pela
morte de seu Eilho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela
sua vida. E não somente isto, mas também nos gloriamos em DEUS por nosso Senhor
JESUS CRISTO, pelo qual agora alcançamos a reconciliação (Rm 5.10,1 1).
Em 2 Coríntios 5.18,19, está escrito: “E tudo isso provém
de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por JESUS CRISTO e nos deu o
ministério da reconciliação, isto é, DEUS estava em CRISTO reconciliando
consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da
reconciliação”. Vemos, aqui, que Ele nos deu o ministério da reconciliação (v.
18) e pôs em nós a palavra da reconciliação (v. 19).
A reconciliação que vem da expiação efetuada por CRISTO abrange
tudo o que foi criado, na terra e nos céus (Cl 1.20; Hb 9.12). CRISTO, pelo seu sangue, promoveu
a paz, já que nós não podíamos. Em hebraico, um dos termos para salvação é
shalom, “paz”, “saúde”, “integridade”, “completude”.
Ilustração de propiciação. Em Lucas 18.13 (ARA) está
escrito do humilde e indigno publicano, da parábola proferida por JESUS: “O DEUS,
sê propício [gr. hílaskomaí] a mim, [o] pecador”. Literalmente, o publicano da
parábola mencionada em Lucas 18.9-14
estava dizendo: “DEUS, olha para mim, o pior pecador, assim como tu olhas para
o sangue propiciador aspergido sobre o propiciatório, na arca da aliança”. DEUS
teve prazer em responder à sua oração! (v. 14).
A DOUTRINA DA FÉ SALVÍFICA
Fé não é crer sem provas — ela é baseada na maior de todas as
provas: a Palavra de DEUS. A fé é um fato, mas também um ato (Tg 2.17,26; Mt 17.20); manifesta-se
por ações, por obras — “como um grão de mostarda”. Há dois aspectos da fé:
ativo e passivo. A fé ativa diz respeito a nosso viver, nosso agir, nosso
trabalhar para DEUS. Já a passiva se relaciona com a fidelidade do crente ao
Senhor e sua firme perseverança.
Como a fé salvífica se manifesta. A fé salvífica tem a ver com o
pecador em relação a DEUS (Ef 2.8,9; Ato 16.31), pois “...
sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima
de DEUS creia que ele existe e que é galar- doador dos que o buscam” (Hb 11.6).
A pergunta que o jovem rico devia ter feito, em Mateus 19.16, seria: “Em
quem devo crer para ser salvo?”, e não “Que devo fazer para me salvar?”
Salvação não é o que eu devo fazer, mas em quem devo crer para me salvar (Ato 16.31).
Em Romanos 10.9,10 está escrito: “Se, com a tua boca,
confessares ao Senhor JESUS e, em teu coração, creres que DEUS o ressuscitou
dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a
boca se faz confissão para a salvação”. De acordo com a passagem acima, o
pecador confessa a CRISTO e crê nEle como Senhor e Salvador — rende-se a Ele (Jo 9.38; Rm 4.3).
A fé natural. É a fé “da cabeça”, natural, que não resulta em
salvação. A Palavra de DEUS diz que até os demônios crêem que há um só DEUS e
estremecem diante de tal fato (Tg 2.19). A fé que Tomé teve, inicialmente,
foi meramente “da cabeça”. Daí JESUS lhe ter dito: “Porque me viste, Tomé,
creste” (Jo 20.29a). Isso também
aconteceu com Marta:
Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do
último Dia. Disse-lhe JESUS: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de DEUS?
(Jo 11.24,40).
Uma pessoa pode, por conseguinte, crer só com a mente, e não com o
coração. A fé natural — também chamada de “pensamento positivo” — é de grande
utilidade nas relações humanas, mas inoperante e sem valor para a salvação.
A defesa da fé. Textos como 2 Timóteo 4.7 e
Filipenses I.16 mostram que o crente deve defender a sua fé nesse mundo de
tanta confusão e antagonismo quanto à fé. O apóstolo Paulo disse: “Combati o
bom combate (...) guardei a fé”. Isso significa que devemos viver pela fé cada
dia, sem esmorecer, defendendo o evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO. A fé
deve ser conservada, pois é essencial à vida cristã (Rm 1.17; Gl 2.20; 2 Pe 1.5; Hb 11.6).
Outras expressões da fé. A significação do termo “fé” varia, no
Novo Testamento. Em Gálatas 5.22, ela é uma das
virtudes do fruto do ESPÍRITO, expressando fidelidade. Há ainda outras
expressões da fé: um dom do ESPÍRITO (I Co 12.9), o evangelho
completo (2Tm 4.7), a confiança absoluta em DEUS,
como proteção ou “escudo” (Ef 6.17), além de uma fé que santifica (Fp 3.9).
A DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO
A fé se relaciona com DEUS; o arrependimento, com o pecado. O
arrependimento, pois, é uma doutrina básica quanto à salvação (Mt 3.2; 4.17; Lc 13.3; Mc 6.12). Foi por isso que JESUS ordenou
que “em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em
todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc 24.47).
O verdadeiro arrependimento é o que produz convicção do pecado;
contrição do pecado; confissão do pecado; abandono do pecado; e conversão do
pecado. Se essas cinco reações por parte do homem não ocorrerem, não se trata
de arrependimento verdadeiro, completo, mas apenas tristeza e remorso: “Porque
a tristeza segundo DEUS opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém
se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2 Co 7.10).
Para que o homem não se glorie, o verdadeiro arrependimento é obra
de DEUS (Ato 5.31; 11.18; 2 Tm 2.25; Rm 2.4). Até o abrir do coração do pecador
para o evangelho vem de DEUS: “E certa mulher, chamada Lídia (...) nos ouvia, e
o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia” (Ato 16.14). Isso ocorre
pela exposição da Palavra de
DEUS, que conduz a pessoa ao arrependimento, sendo ela crente ou
não (Ato 2.37,38,41; Jn 3).
Uma das características sempre presente nos verdadeiros
avivamentos, bem como entre um povo que se mantém avivado espiritualmente, é o
arrependimento profundo.
O arrependimento deve sempre acompanhar o crente durante toda a sua
vida. Isso demonstra sua humildade e fá-lo zeloso de DEUS e de suas coisas.
Davi, por exemplo, era um crente que sabia se arrepender e chorar diante de DEUS;
e por isso venceu. O Filho Pródigo iniciou o caminho de subida, de volta ao
pai, a partir do momento em que começou a se arrepender (Lc 15. 11-24).
A DOUTRINA DA CONFISSÃO
No original, o verbo homologeo (gr.) e o substantivo homologia são
os termos para confissão. Confessar é dizer de coração o que DEUS diz sobre nós
na sua Palavra (Rm 10.9,10; Lv 5.5; Sm 38.18; I Jo 1.9). No sentido
bíblico, confissão não se refere primeiramente a confessar pecados. Significa
concordar com o que DEUS diz sobre nós — e dEle — na sua Palavra, bem como
reconhecer os nossos pecados e faltas como sendo nossos e admitir os nossos
erros, falhas, pecados e declará-los (Ato 19.18).
Vemos em Hebreus 3.1 que JESUS CRISTO
é o Sacerdote da nossa confissão, isto é, a quem confessamos quanto à nossa
salvação e tudo o mais pertinente à fé. Em I João 1.9, está escrito:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda a injustiça”.
Elementos da confissão. De acordo com o I João 1.9, a confissão
deve ser contrita e definida: “nossos pecados”. Observe que são “pecados”
(plural). Outro elemento é a renúncia ao pecado (Pv 28.13). E, quanto
for o caso, a confissão deve ser com restituição.
Confissão secreta. É a confissão feita somente a DEUS. Confissão de
pecados cometidos pelo crente e conhecidos somente por ele e DEUS. Tais pecados
devem ser confessados secretamente ao Senhor, dependendo isso da base bíblica
desse crente e da confiança plena e firme no que DEUS declara na sua Palavra.
Confissão pessoal. É a confissão feita a pessoas contra quem
pecamos. Nesse caso, antes de irmos a DEUS contritamente, temos de tratar com o
ofendido ou o cúmplice, pois a comunhão espiritual é tanto vertical (comunhão
com DEUS) como horizontal— comunhão com o próximo (I Jo I.7a).
Confissão pública. É a confissão feita à igreja, à congregação. São
pecados conhecidos, cometidos contra a coletividade cristã.
A DOUTRINA DO PERDÃO DE PECADOS
É importante distinguir perdão divino (I Jo 1.9) de perdão
humano (Cl
. Do lado divino, perdão é a cessação da ira moral e santa de DEUS
contra o pecado, e o seu cancelamento ou anulação. Visto do lado humano, o
perdão é o alívio ou remissão da culpa do pecado, que oprime a consciência
culpada.
Perdão é a remissão da punição do pecado, o qual leva à perdição
eterna (Nm 23.21; Rm 8.33,34). Para nós, seres humanos, que,
pela Queda, herdamos uma natureza pecaminosa e pecadora, parece fácil o perdão,
e parece fácil DEUS nos perdoar; isso por sermos todos uma raça de pecadores.
Porém, com um DEUS santíssimo em quem não há pecado, o caso é diferente!
Ora, até o homem acha difícil perdoar quando é injustiçado. Quanto mais
DEUS! DEUS nos perdoa porque Ele é amor; mas saibamos que o seu perdão é
baseado na mais perfeita justiça (I Jo 1.9).
Perdão judicial. É para o descrente. A condição exigida por DEUS
para esse perdão é a conversão do pecador: “Arrependei-vos, pois, e
convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os
tempos do refrigério pela presença do Senhor” (At 3.19). O meio exigido,
portanto, é a fé em DEUS.
Perdão doméstico. É para o filho de DEUS; da casa de DEUS. A
condição exigida é a confissão dos pecados com arrependimento e o abandono
desses pecados.
Se confessarmos os nossos pecados} ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça 1 Jo l.9
O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as
confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv 28.13).
O meio exigido é também a fé em DEUS, e segundo a Palavra. Se a
condição exigida por DEUS para perdoar o crente faltoso fosse uma nova
conversão, seria necessário nos convertermos constantemente...
As consequências de o crente não querer perdoar. O crente se
recusar a perdoar, não querer perdoar de forma alguma, é uma atitude que afeta
comunhão com DEUS, individual e coletivamente. Afeta, ainda, a nossa comunhão
com os irmãos — com a igreja —, bem como o nosso caráter cristão e a nossa
saúde em geral (cf. Mt 18.34,35).
JESUS, no seu ensino, no “Pai Nosso”, o único assunto que Ele
repetiu três vezes foi o perdão; isto é, perdoarmos aos outros (Mt 6.12,14,15). O momento ideal para o crente
perdoar o seu ofensor é durante a oração (Mt 11.25). Até nisso a
oração é uma bênção! Crente que ora pouco, também perdoa pouco (ou nunca).
Além do perdão entre os irmãos, deve haver reparação, quando for o
caso (cf. Ef 5.28; Ato 16.33; Lv 4—6).
Falou mais o Senhor a Moisés; dizendo: Dize aos filhos de Israel:
Quando homem ou mulher fizer algum de todos os pecados humanos transgredindo
contra o Senhor; tal alma culpada ê. E confessará o pecado que fez; então,
restituirá pela sua culpa segundo a soma total, e lhe acrescentará o seu
quinto•, e o dará àquele contra quem se fez culpado (Nm 5.5-1).
A DOUTRINA DA REGENERAÇÃO ESPIRITUAL
O termo regeneração tem a ver com a nossa inclusão na família de DEUS
(I Pe 1.3,23; Tt 3.5). Em Gênesis 1.27, temos a
criação natural do homem; em Efésios 2.10, temos a sua
criação espiritual.
Regeneração é o ato interior da conversão, efetuada na alma pelo ESPÍRITO
SANTO. Conversão é mais o lado exterior e visível da regeneração. Uma pessoa
verdadeiramente regenerada pelo ESPÍRITO SANTO é também convertida (cf. Lc 22.32).
Sendo regenerado pelo ESPÍRITO SANTO, o crente é declarado filho de
DEUS (Jo
. O que ocasiona a regeneração espiritual não é primeiramente a
justificação pela fé, mas a comunicação da vida de CRISTO — da “vida eterna”
ao pecador arrependido. Justificação tem a ver com o pecado do pecador;
regeneração tem a ver com a natureza do pecador. Justificação é imputada por DEUS;
regeneração é comunicada por DEUS.
Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a
fé foi aperfeiçoada, e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em DEUS,
e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de DEUS (Tg 2.22,23).
A DOUTRINA DA IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE DEUS
Imputação é o lançamento ou creditamento da justiça de CRISTO a
nosso favor, mediante a nossa fé em CRISTO (Rm 4.3ss; Gl 2.16ss; 3.6-8; Gn 15.6;Tg 2.23). “O Senhor Justiça Nossa” (Jr 23.6). “Mas vós sois dele em JESUS CRISTO,
o qual para nós foi feito por DEUS (...) justiça” (I Co 1.30).
O princípio da doutrina da imputação da justiça de DEUS é visto em
passagens como Gênesis 3.21; 6.14 (hb.); e 15.6. Em Filemom v. 18 e Filipenses 4.17
vemos a imputação ilustrada na prática natural:
E, se te fez algum dano ou te deve alguma coisa, põe isso na minha
conta.
Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa
conta.
Assim como a justiça divina é imputada ao que nEle crê, ao ímpio
impenitente são imputados os seus pecados contra DEUS (Sm 32.2). E também, da mesma forma, à
nossa conta podem ser imputados males que cometemos contra o próximo (2Tm 4.16; Ato 7.60; I Ts 4.6; Mt 6.12 — “as nossas dívidas”).
Somos feitos justos diante de DEUS, não primeiramente pela
influência da moral cristã sobre nós, mas primacialmente pela imputação da
justiça (retidão) de DEUS sobre nós, pela fé em JESUS CRISTO. Aleluia ao DEUS
Trino!
Respondida está, por DEUS, a pergunta de Jó, de antanho: “Como
seria justo o homem perante DEUS, e como seria puro aquele que nasce da
mulher?” (Jó 25.4).
A DOUTRINA DA ADOÇÃO DE FILHOS
A adoção de filhos é mencionada em textos como Romanos 8.15; Efésios 1.5; e João 1.12.
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez,
estardes em temor; mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual
clamamos: Aba, Pai.
[DEUS Pai ... nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO,
para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.
Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de DEUS: aos que crêem no seu nome.
A expressão “adoção de filhos” é uma única palavra no original:
huiothesis — de huios, “filho”, e thesis, “posição”. A ideia da adoção de
filhos também se encontra no Antigo Testamento (Êx 2.10 com Hb 11.24; Êx 4.22 com Os 11.1 e Mt 2.15).
Em Efésios 1.4,5 está escrito que fomos
predestinados por DEUS para adoção de filhos, antes da fundação do mundo;
portanto, antes da existência do homem. Isso exclui qualquer mérito humano e
somente revela a graça infinita de DEUS.
Na antiga Grécia. A adoção de filhos, na antiga Grécia, nada tinha
a ver com a filiação da criança, e sim com a sua posição em relação à família
(gr. huiothesis). Por meio do ato da adoção, o “filho”, ao atingir a idade
necessária, passava à posição de herdeiro da família. Daí a expressão bíblica
“adoção de filhos” (Gl 4.4,5).
O ato da “adoção de filhos” passou dos gregos para os romanos, e
assim chegou aos tempos do Novo Testamento e da igreja. Biblicamente, então, DEUS
“adota” a quem já é seu filho.
No presente. Há bênçãos desfrutadas já nesta vida, decorrentes da
adoção, como: o nosso nome de família: “chamados filhos de DEUS” (I Jo 3.1; Ef 3.14,15); o testemunho do ESPÍRITO SANTO em
nosso interior, de que somos filhos de DEUS (Rm 8.16); o recebimento do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.15; Lc 11.11-13); a disciplina
da parte de DEUS que nos é ministrada, como seus filhos: “Se estais sem
disciplina (...) sois então bastardos, e não filhos” (Hb 12.8; cf. vv.6-11); a nossa herança
celestial, declarada e garantida por DEUS (Rm 8.17); e a redenção do nosso corpo.
Por meio da adoção, os nossos nomes foram registrados no livro da
vida do Cordeiro (Lc 10.20; Fp 4.3; Ap 17.8; 3.5; 13.8; 20.12,15; 21.27).
No futuro. Em Romanos 8.23, vemos que os
nossos privilégios quanto à adoção de filhos de DEUS têm ainda um lado futuro:
“... gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso
corpo”. Isso se dará à vinda de JESUS para levar a sua Igreja.
Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados
filhos de DEUS.
Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.
Amados, agora somos filhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de
ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele;
porque como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a
si mesmo, como também ele é puro (l Jo 3.1-3).
A DOUTRINA DA SANTIFICAÇÃO DO CRENTE
A justificação efetuada por DEUS para nos salvar põe-nos em correto
relacionamento com Ele. Já a santificação comprova a realidade da justificação
em nossa vida, manifestando seus frutos em nós; em nossa vida.
SANTO é aquele crente que vive separado do pecado, do mal, do mundo
(mundanismo), e dedicado a DEUS e ao seu serviço. Observe as palavras de Paulo
em Atos 27.23: “Porque, esta
mesma noite, o anjo de DEUS, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo”.
O cristão tem duas naturezas: uma humana, herdada de Adão, pela
geração natural; e outra, divina, através da geração espiritual (I Pe 1.23). Daí a
santificação do crente ter dois aspectos: um diante de DEUS, e outro, diante de
si mesmo e do mundo (I Jo 3.3; 2 Co 7.1; Hb 12.14; Mt 5.16). Essas duas naturezas do crente
são vistas em Gálatas 5.17 e Romanos 6—8.
Em Levítico 20.8 —
“Eu sou o Senhor que vos santifica” — vemos a santificação do crente diante de
DEUS, mas, no versículo 7, menciona-se a santificação crente diante de si mesmo
e do mundo: “Santificai-vos e sede santos” (cf. I Pe LI5).
Santificação de objetos, eventos, datas, pessoas, animais. Esse
aspecto da santificação é muito comum em relação ao Tabernáculo e seus objetos,
e seus oficiantes, os quais pertenciam somente a DEUS, como vemos nos livros de
Êxodo e Deuteronômio. Esse aspecto da santificação implica um só sentido, que é
a posse de DEUS, e a dedicação e separação desses elementos para o serviço de DEUS.
Alguns exemplos desses elementos santos:
Eventos e datas (Êx 20.8; Dt 5.12; Lv 25.10; 23.2).
O Templo (I Rs 9.3).
O altar dos holocaustos (Êx 29.37).
As vestes sacerdotais (Êx 28.2; 29.29; 40.13).
Pessoas (Êx 13.12; 28.41; 29.1,44; I Sm 16.5; I Cr 15.14; 2 Cr 29.5).
Nesse sentido, os templos atuais da igreja são santificados a DEUS,
bem como os objetos dedicados ao serviço dEle.
Santificação de pessoas. Há dois principais sentidos de
santificação do crente em relação a DEUS. O primeiro diz respeito à separação
do mal para pertencer a DEUS
“Ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo” (Lv 20.26). É o sentido
negativo da santificação, pois se ocupa do “não farás isso; não farás aquilo”,
etc; é separar-se para DEUS.
O segundo sentido de
santificação do crente é o positivo. O crente, já separado do mal, dedica-se a DEUS
para o seu serviço, ocupa-se em fazer algo para Ele: “De sorte que, se alguém
se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso
do Senhor e preparado para toda boa obra” (2Tm 2.21). Paulo, ao
falar de DEUS, disse: “de quem eu sou e a quem eu sirvo” (Ato 27.23).
A santificação é dúplice. Ser santo não é somente evitar o pecado,
mas também servir ao Senhor, com a vida; com os talentos; com os dons; com os
bens; com a casa; com o tempo; com as finanças; com os serviços, inclusive mão
de obra. Por isso, muitos crentes não conseguem viver uma vida santa; eles não
vivem pecando continuadamente, mas não querem nada com as coisas do Senhor, nem
com a sua obra, nem com a igreja para zelar por ela e promovê-la.
Os tempos da santificação. A santificação de pessoas quanto à vida
cristã abrange três tempos:
Santificação passada e instantânea (I Co 6.II;Hb 10.10,14; Fp 1.1; I Co 1.2; Jo 15.4). É aspectual e posicionai, isto é,
o crente estando “em CRISTO” (Cl 1.20; Fp I.I). O crente posicionalmente
“em CRISTO” não pode ser mais santo do que o é no momento da sua conversão,
pois a santidade de CRISTO é a sua santidade (c£ I Jo 4.17). Na Igreja
Romana, alguns são “canonizados” (feitos santos) depois de mortos, mas no Remo
de DEUS é diferente: os salvos são santos aqui, enquanto estão vivos!
Santificação presente e progressiva (2 Co 7.1). É temporal,
vivencial. Ê a santificação experimental, ou seja, na experiência humana, no
dia-a-dia do crente (I Ts 5.23; Hb 13.12 — “para
santificar o seu povo”). A santificação posicionai e a experimental
(progressiva) são vistas juntas nestas passagens: Hebreus 12.10 com
12.14; Filipenses 3.15 com
3.12; João 15.4 com 15.5;
Coríntios 1.2; Filipenses I.I; e Levítico 20.7 com
20.8.
Santificação futura e completa (Ef 5.27; I Ts 3.13). É plena;
trata-se da santificação final do crente (I Jo 3.2). Ela ocorrerá
à Segunda Vinda de JESUS, para levar os seus (I Jo 3.2; Ef 5.26,27). Seremos então mudados: “num
momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta
soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Co 15.52).
Os meios divinos de santificação:
DEUS, o Pai (I Ts 5.23). DEUS, o
Filho (Hb 10.10; 13.12; Mt 1.21). DEUS,
ESPÍRITO SANTO (I Pe 1.2), cujo título
principal — ESPÍRITO SANTO — já indica a sua missão principal: santificar.
A correção divina. É um meio de santificação (Hb 12.10,11).
A Palavra de DEUS. Lida, crida, estudada, ouvida, amada, meditada,
pregada, ensinada, obedecida, vivida, memorizada (SI 119.II; Jo 15.3; 17.17; SI 119.9; Ef 5.26).
A paz de DEUS em nós. Seu cultivo, sua busca, sua promoção (Hb 12.14;
1Ts 5.23a). Nestas duas
passagens, a paz está ligada à santificação do crente.
A fé em DEUS. Esta, baseada na sua Palavra, é um meio divino de
santificação (Rm 4; Hb 11.33; 2Ts 2.13b; Ato 26.18; 15.9).
Alerta divino. A Palavra de DEUS tem um alerta para a igreja quanto
à santificação: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor” (Hb 12.14). E ainda: “Em
todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça”
(Ec 9.8). Tenhamos cuidado com a falsa
santidade, enganosa, sectarista, farisaica e exclusivista (2 Tm 3.5); sigamos a
verdadeira santidade (Ef 4.24).
A DOUTRINA DA PRESCIÊNCIA DE DEUS
A presciência de DEUS é o seu pré-conhecimento de todas as coisas (I Pe 1.2; Rm 8.29). Ela é parte do seu atributo de
onisciência. Ele pré-conhece todas as coisas sobre o homem, mas não as evita,
por ser o homem livre e responsável por seus atos. No caso do pecado de Adão, o
Senhor sabia disso na sua presciência; porém, não o evitou, por ter Adão livre-arbítrio.
No caso de Judas Iscariotes, vemos que ele, que foi escolhido por JESUS
como um dos doze (Jo 6.70; Lc 6.13), “tirava” — e não apenas “tirou” —
da bolsa o que ali se lançava, o que indica um ato voluntário, preconcebido e
continuado (Jo). E mais: a Palavra de DEUS diz que Judas “se desviou”, o que
denota ato voluntário, consciente e gradual (At 1.25). É importante enfatizar
que ele não nasceu marcado para trair JESUS; apenas enquadrou-se nas condições
da profecia sobre aquele que seria o traidor.
O rei Saul — que fora enviado por DEUS (I Sm 9.15-17); ungido por
Ele (I Sm 10.1); mudado (I Sm 10.9); possuído
pelo ESPÍRITO (I Sm 10.10); que
profetizara pelo ESPÍRITO (I Sm 10.10-13);
edificara um altar ao Senhor (I Sm 14.35) — também
desviou-se, ao edificar “uma coluna para si” (I Sm 15.12) e
envolver-se, em seguida, em práticas espíritas. Por fim, morreu como suicida;
distanciado de DEUS.
Demas foi um obreiro que trabalhou com o apóstolo Paulo, porém se
desviou, como lemos em 2 Timóteo 4.10:
“Porque Demas me desamparou, amando o presente século...” Outros que também
“naufragaram na fé”, desviando-se do caminho da verdade, foram Himeneu e
Alexandre (I Tm 1.19,26). Basta ler
a Sucinta biografia desses obreiros para chegar à conclusão de que eles escolheram
o seu próprio caminho, haja vista a presciência de DEUS não forçar a
livre-vontade do homem.
O Todo-Poderoso, como onisciente, conquanto conheça de antemão os
que o rejeitarão, não interfere, por ter Ele criado o homem dotado de livre-
arbítrio. DEUS não viola esse princípio. Sim, o Senhor não criou o homem como
um autômato, um robô, mas como ser moral, responsável por seus atos, com a
faculdade de decisão e livre-escolha — se bem que essas faculdades estão
grandemente prejudicadas pelo efeito deletério do pecado, principalmente os de
incredulidade e rebeldia.
A DOUTRINA DA ELEIÇÃO DIVINA
“Eleição” e “escolha” são apenas um termo, no original: eeloge. A
eleição “olha” para o aspecto passado da nossa salvação (I Pe 1.2; Ef 1.4). Eleição divina é, pois, a nossa
escolha para a salvação, feita por DEUS. Nós, pecadores por natureza, não
sabemos escolher, mas o Senhor nos escolhe (Jo 15.16).
É claro que a eleição, em si, não implica salvação:
Mas devemos sempre dar graças a DEUS, por vós, irmãos amados do
Senhor, por vos ter DEUS elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do ESPÍRITO e fiel da
verdade (2 Ts 2.13).
eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO,
para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam
multiplicadas (l Pe 1.2).
Na Bíblia mencionam-se a eleição divina coletiva, como a de Israel
(Is 45.4;
e a da Igreja (Ef 1.4); e a individual, como a de Abraão
(Ne 7.9) e a de cada crente (Rm 8.29). A vocação e a eleição do crente,
do seu lado humano. Em 2 Pedro LIO lemos: “Portanto, irmãos, procurai fazer
cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca
jamais tropeçareis”.
A escolha divina ocorre da maneira como é descrita em I Ts 1.4-10. Ela se dá
pelo recebimento do evangelho, pela fé, e permanência em CRISTO, mediante a
santificação daqueles que se convertem dos ídolos ao DEUS vivo e verdadeiro, a
fim de servi-lo “e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos,
a saber, JESUS, que nos livra da ira futura” (v. 10).
DEUS não elege uns para a salvação, e outros, para a perdição. O
homem é capaz de fazer a livre-escolha. E a graça de DEUS não é irresistível,
como muitos ensinam, valendo-se do falacioso chavão “Uma vez salvo, salvo para
sempre”.
A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO
A predestinação “olha” para o aspecto futuro de nossa salvação (Rm 9.29; Ef 1.5,11). Segundo as Escrituras, ela é o
nosso pré-destino. A salvação não é um decreto divino, pois isso seria um
fatalismo cego e impróprio atribuído a DEUS.
O decreto de DEUS. A expressão em apreço, conforme mencionada em Romanos 8.28 (gr.
prothesis) aparece em outras passagens como “decreto”, “propósito” (Rm 9.11; Ef 1.11; 3.11; 2 Tm 1.9). Trata-se do
eterno propósito de DEUS, segundo o desígnio de sua própria vontade, pelo qual
Ele preordenou, para a sua glória, tudo o que acontece. Esta definição é geral
e não abrange especificamente a salvação da humanidade, como a que se segue.
DEUS decretar é uma coisa; a execução por Ele desse decreto, outra,
como lemos em 2 Timóteo 1.9: “[DEUS,]
que nos salvou e chamou com
uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu
próprio propósito e graça que nos foi dada em CRISTO JESUS, antes dos tempos
dos séculos”.
Alguns fatores implícitos na execução do decreto de DEUS são:
O tempo determinado por DEUS, isto é, o “quando” do Senhor.
A condicionalidade ou a incondicionalidade do seu decreto (2Tm 1.9).
O decreto da criação do mundo, que teve lugar na eternidade
passada,
só foi executado por DEUS “no princípio” (Gn 1.1). Apesar de o decreto do advento de
JESUS vir da eternidade (Ap 13.8; I Pe 1.20), o seu
cumprimento só ocorreu em Belém. O Remo, preparado desde a fundação do mundo,
só será desfrutado no futuro (Mt 25.34).
Da mesma forma, o decreto da nossa eleição para a salvação é
eterno, mas só começou a se cumprir quando CRISTO veio (2Tm 1.9; Rm 8.28; 9.11,23,24; 16.25; Ef 1.9; 3.11).
... [DEUS, o Pai] nos elegeu nele [CRISTO] antes da fundação do
mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade (Ef 1.4,1l).
E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se e glorificaram a palavra
do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna (At
13.48).
Predestinação divina e livre-escolha humana. Na Bíblia temos tanto
a predestinação divina como a livre-escolha humana, em relação à salvação; mas
não uma predestinação em que uns são destinados à vida eterna, e outros, à
perdição eterna. Mas a Palavra de DEUS não apresenta uma livre-escolha humana
como se a salvação dependesse de obras, esforços e méritos humanos.
Os extremos nesse assunto (e noutros) é que são maléficos,
propalando ensinos que a Bíblia não contém. A ênfase inconsequente à soberania
de DEUS no tocante à salvação leva a pessoa a crer que a sua conduta e
procedimento nada têm com a sua salvação. Por outro lado, a ênfase inconsequente
à livre-vontade (livre-arbítrio) do homem conduz ao engano de uma salvação
dependente de obras, conduta e obediência humanas.
Ora, somos salvos, não por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer
para DEUS, mas pelo que JESUS já fez por nós, uma vez para sempre. Há muitos
por aí tendo a salvação dependente de suas obras, obediência, conduta,
santidade etc. Não é de admirar que os tais caiam e não se levantem, e que
quando pequem duvidem da sua salvação.
Na realidade, parece incoerente e irreconciliável que algo
predestinado por DEUS admita livre-escolha ou livre-vontade. Mas, só porque não
entendemos algo, ou entendemo-lo apenas em parte, deixa ele de existir? A
conversão, por exemplo, tem muito de misterioso:
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para
onde vai; assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO. Nicodemos respondeu e
disse-lhe: Como pode ser isso? JESUS respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de
Israel e não sabes isso?
Há muitas coisas com as quais convivemos em nosso dia a dia, e que
não as entendemos bem, ou quase nada, e, contudo, não queremos passar sem elas:
o sono (semi-hibernação), os sonhos (o mundo onírico), o metabolismo basal, a
teoria eletrônica, a eletricidade, o vento, a água suspensa no espaço
(infinitas toneladas!), etc.
Há quem afirme que uma pessoa verdadeiramente salva não poderá
jamais perder-se. Mas, quanto a isso, precisamos ver o que realmente a Bíblia
diz, não esquecendo os são princípios da exegese bíblica, e o que essas pessoas
deduzem do que a Bíblia diz.
Calvinismo e Arminianismo. Muitos têm seguido cegamente a João
Calvino
- teólogo francês, radicado na Suíça, falecido em 1564 —, o qual
pregava a predestinação como uma eleição arbitrária de indivíduos; como graça
irresistível e impossibilidade de perda da salvação.
Outros têm seguido as idéias de Jacobus Arminius, teólogo holandês
falecido em 1609, o qual pregava doutrinas conflitantes quanto à salvação e a
sua segurança. Um perigo fatal a que pode levar o arminianismo é o crente
depender de suas obras, de sua conduta, de seu porte, de sua obediência
pessoal, para a sua salvação (Hb 9.12). Nesse extremo campeia a falsa
santidade, sendo o homem enganado pelo seu próprio coração (Jr 17.9).
No caso da predestinação e da livre-escolha, no tocante à salvação,
a tendência humana é rejeitar uma ou outra. Os arminianistas extremistas
rejeitam a predestinação, e os calvinistas extremistas rejeitam o
livre-arbítrio.
Entretanto, um exame atento e livre de preconceito da Palavra de DEUS
mostra que, através da obra redentora de JESUS, DEUS destinou de antemão
(predestinou) todos os homens à salvação: “quem quiser, tome de graça da água
da vida” (Ap 22.17; Is 45.22; 55.1; Mt 11.28,29; 2 Co 6.2; I Tm 2.4). De acordo
com João 12.32, todos podem
ser atraídos a CRISTO. Mas nem todos querem seguir a CRISTO.
A predestinação segundo os predestinalistas. Estes dizem que o
homem, decaído como está, no seu estado de depravação total, é incapaz de fazer
livre-escolha concernente a sua salvação, pois está incapacitado
espiritualmente para isso. Então DEUS elege o homem para a salvação. Segundo
essa teoria, DEUS elege uns para a salvação, comunicando-lhes também a fé. Os
demais, não-escolhidos, estão perdidos. Isso equivale a dizer que CRISTO morreu
apenas pelos “escolhidos”.
Do raciocínio acima decorre outro: que a graça de DEUS é
irresistível, isto é, a graça de DEUS não pode ser recusada por aqueles a quem DEUS
escolhe salvar. Segundo o predestinalismo, a salvação é um decreto divino, e a
conversão é simplesmente o início da execução desse decreto. O termo “decreto”
é extraído de textos como Romanos 8.28: “E sabemos
que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS,
daqueles que são chamados por seu decreto”.
Afirmam também os predestinalistas que a vida eterna em CRISTO é um
dom de DEUS, e que uma vez recebida não pode ser jamais perdida em consequência
de qualquer ato ou determinação da vontade humana. E que se, de fato, o crente
nasceu de novo, está eternamente salvo. Caso venha a desviar-se, comprometerá,
sim, o seu galardão, mas jamais perderá a sua salvação, nem cairá em apostasia.
Ê como alguém que, estando a bordo de um navio, escorrega e cai, porém, continua
a bordo.
Finalmente, dizem que o crente salvo “está escondido com CRISTO em DEUS”
(Cl 3.3), e que o Inimigo jamais o achará,
nem jamais o arrebatará dessa posição. Em abono dessa predestinação fatalista,
os predestinalistas citam textos como João 6.37; 10.28,29; Romanos 8.28-30; Efésios 1.4,5; 2 Ts 2.13; Eclesiastes 3.14; Filipenses 1.6; I Pedro 1.2; e Apocalipse 17.8 —
mas sem interpretá-los à luz de seus respectivos contextos imediato e remoto.
Ora, proceder como acima exposto é adaptar a Bíblia ao raciocínio
humano; ou seja, ao modo humano de pensar, como se a Palavra de DEUS dependesse
de argumentos humanos.
A Bíblia é contrária ao predestinalismo. A Palavra de DEUS não
afirma que CRISTO morreu apenas pelos eleitos. CRISTO morreu por todos, e não
somente pelos eleitos (I Tm 2.4,6; I Jo 2.2; 2 Pe 3.9; Ato 2.21; 10.43;Tt 2.11; Hb 2.9; Jo 3.15,16; 2 Co 5.14; Ap 22.17). Ora, aqui
não se trata somente de “eleitos”, mas de “todos” que quiserem ser salvos. O
falso ensino de que CRISTO teria morrido apenas pelos eleitos pode conduzir a
um desinteresse pela evangelização, haja vista DEUS já ter separados os
perdidos que vão para o inferno.
Qualquer pessoa que crê em JESUS torna-se um dos escolhidos de DEUS,
pois somos eleitos em CRISTO (Ef 1.4). Em Mateus 22.1-14,
vemos que todos os convidados foram “chamados”; porém “escolhidos” foram os que
aceitaram o convite do rei. No versículo 14, a expressão “muitos são chamados,
mas poucos escolhidos” revela, portanto, que das multidões que ouvem o
evangelho apenas uma pequena parte crê em CRISTO e o segue.
DEUS elegeu para si um povo chamado Igreja, e não indivíduos,
isoladamente. Somos predestinados porque somos parte da Igreja de DEUS; não
somos parte da Igreja porque fomos antes, individualmente, predestinados. Se,
na Igreja, como Corpo de CRISTO, alguém individualmente se desvia, e não volta,
a eleição da Igreja não se altera.
De igual modo foi a eleição de Israel. O Senhor elegeu aquele povo
para si; não indivíduos de per si. É tanto que milhares de israelitas se
desviaram, porém a eleição de Israel, como povo, prosseguiu.
A livre-escolha do homem é uma realidade inconteste. A Bíblia
acentua a cada passo a responsabilidade do homem no tocante à sua salvação. DEUS
oferece a salvação e, mediante o seu ESPÍRITO, convence o pecador do seu
pecado, da justiça e do juízo O homem aceita a salvação ou rejeita-a (Is 1.19,20; Js 24.15; Dt 30.19; Jo 1.11,12; 3.15,16,19; Ap 22.17; Lc 13.34; Ato 7.51; I Rs 18.21; I Tm 4.1; 2 Cr 15.2; Mac 16.16; Hb 2.3; 3.12; 12.25).
Não existe graça irresistível. O homem através dos tempos tem
resistido a DEUS, por sua incredulidade e rebeldia (At 7.51; I Ts 5.19; Pv 1.23-30; Mt 23.37; 2 Pe 2.21; Hb 6.6,7; Tg 5.19). Ora, a ação do ESPÍRITO SANTO no
pecador, para que se salve, é persuasiva, e não compulsória: “Assim que,
sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos
manifestos a DEUS; e espero que, na vossa consciência, sejamos também
manifestos” (2 Co 5.11).
Um cristão salvo pode vir a se perder; pode, sim, desviar-se, cair
em pecado e perecer, caso não se arrependa ante a insistência do ESPÍRITO SANTO
(Ez 18.24,26; 33.18; Hb 3.12-14; 5.9; I Tm 4.1; 5.15; 12.25; 2 Pe 3.17; 2.20-22; Rm 11.21,22; ITs 5.15; Dt 30.19; I Cr 28.9; 2 Cr 15.2; I Co 10.12; Jo 15.6). Essa verdade fica ainda mais
evidente quando consideramos o “se” condicional quanto à salvação (Hb 2.3; 3.6,14; Cl 1.22,23), bem como a condição: “ao que
vencer”, que aparece sete vezes em Apocalipse 2 e 3.
As palavras de JESUS em João 6.37 — “Todo o que
o Pai me dá, esse virá a mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei
fora” — significam que DEUS destinou à salvação, não somente este ou aquele
indivíduo, mas sim todo aquele que nEle crê (Jo 3.16). Ou seja, tal passagem refere-se
ao fato de DEUS aceitar o pecador quando este vem a Ele.
Outro texto empregado pelos predestinalistas é João 10.27,28: “As minhas ovelhas ouvem a minha
voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão
de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos”. Note
que o versículo 27 mostra as condições da ovelha, para que ela
nunca venha a perecer, nem sair das mãos de JESUS e do Pai (cf. Jo 6.67).
Se não há perigo de queda definitiva para o crente, por que a
Bíblia adverte com tanta ênfase para que ninguém caia (I Co 10.12; Hb 3.12; Jo 15.6; I Tm 4.1
[“apostatarão”]; 2Ts 2.3 [“apostasia”]; Pv 16.18; 28.14; Ap 2.4,5)?
Porque; se viverdes segundo a carne, morrereis... (Rm 8.13).
Portanto, irmãos, procurai Jazer cada vez mais firme a vossa
vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis (2 Pe 1.10).
Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que,
pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado (l
Co 9.27).
... porquanto vos desviastes do Senhor, o Senhor não será convosco (Nm
14.43).
O verdadeiro significado da predestinação. Em I Timóteo 2.4,
está escrito: “DEUS quer que todos os homens se salvem”. Nisto está incluído o
mundo inteiro que queira. De fato, todos os que verdadeiramente crêem, se
salvam; somos testemunhas disso. O Senhor predestinou à salvação todo aquele
que aceitar a JESUS. A própria aceitação já é um dom de DEUS, para que ninguém
se glorie julgando que assim contribuiu para a sua salvação.
A predestinação fatalista da alma, como ensinada pelos calvinistas,
bem como a dependente de obras humanas, propalada pelos arminianistas, não têm
apoio na Palavra de DEUS. O termo original de onde provém a nossa palavra
“predestinação” (gr. proorizo) significa “destinar de antemão”,
“predeterminar”, “preestabelecer”, “prefixar”, “preeleger” etc.
Esse vocábulo aparece seis vezes no Novo Testamento, variavelmente
traduzido, dependendo da versão utilizada. Na versão Revista e Corrigida
(ARC), a palavra aparece nas seguintes passagens:
Atos 4.28 —
“anteriormente determinado”.
Romanos 8.29 —
“predestinou”.
Romanos 8.30 —
“predestinou”.
I Coríntios 2.7 —
“ordenou antes”.
Efésios 1.5—“predestinou”.
Efésios 1.11 —
“predestinados”.
A predestinação que a Bíblia realmente ensina não é a de uns para a
vida eterna e a de outros para a perdição eterna. A predestinação é para os
que quiserem ser salvos, conforme lemos em 2 Tessalonicenses 2.13 e 2 Timóteo 2.10: “DEUS
nos escolheu desde o princípio para a salvação”; “Escolhidos para que também
alcancem a salvação”.
Eleição é o ato divino pelo qual DEUS escolhe ou elege um povo para
si, para salvá-lo (2Ts 2.13).
Predestinação é o ato de DEUS determinar o futuro desse povo. No Novo
Testamento, esse povo é a Igreja, o Corpo de CRISTO, o povo salvo (Ef 1.22,23).
Na predestinação de DEUS para a Igreja está a sua conformação à
imagem do Filho de DEUS (Rm 8.29), a sua chamada para a salvação (Rm 8.30), a sua justificação (Rm 8.30) e a sua glorificação (Rm 8.30). Essa conformação depende de
chamada, justificação e glorificação do crente. E depende, ainda, da santidade
de DEUS (Ef 1.4) e da adoção de filhos (Ef 1.5).
Outrossim, a eleição divina não consiste somente na soberania de DEUS,
mas também na sua graça (Rm 11.5).
A real segurança da salvação. O crente está seguro quanto à sua
salvação enquanto permanecer em CRISTO (Jo 15.1-6). Não há
segurança fora de JESUS e do seu aprisco. Não há segurança espiritual para
ninguém, estando em pecado (cf. Rm 8.13; Hb 3.6; 5.9). JESUS guarda o crente do pecado;
e não no pecado.
Somos mantidos em CRISTO pelo seu poder, mediante a nossa fé nEle (I Pe 1.5; Jd v.20; 2 Co
I.24b). A salvação é eterna para os que obedecem ao Senhor (Hb 5.9; I Co 15.1,2). Estamos em pé pela fé em CRISTO,
e não pela predestinação: “tu estás em pé pela fé” (Rm 11.20); “se é que
permaneceis firmes e fundados na fé” (Cl 1.22,23); “DEUS é salvador de todos, mas
principalmente dos fiéis [lit. “dos que crêem”]” (I Tm 4.10).
Há vários outros textos que também mostram a segurança do crente
somente enquanto este está em CRISTO:
Pois que tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei;
pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome (Sl 91.14).
Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; por isso que ele
está à minha mão direita, nunca vacilarei (Sl 16.8).
Porque nos tornamos participantes de CRISTO, se retivermos
firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim (Hb 3.14).
...eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para
guardar o meu depósito até àquele Dia (2 Tm 1.12).
[Senhor JESUS CRISTO, j o qual vos confirmará também até ao fim,
para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor JESUS CRISTO (l Co 1.8).
O crente deve obedecer a DEUS; não para que a sua obediência o
salve ou o mantenha salvo, mas como uma expressão da sua salvação, do seu amor
e da sua gratidão para com aquEle que o salvou. Não nos tornamos salvos por
aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, mas pela fé em JESUS CRISTO (At
16.31). A conservação da salvação também vem pela fé em CRISTO, pois está
escrito: “O justo viverá da fé” (Rm I.17).
Conclusão. A doutrina da predestinação como ensinada pelo
calvinismo só leva em conta a soberania de DEUS, e não a sua graça (Rm 11.5; Tt 2.11) e a sua justiça (SI 145.17; Rm 3.21; 1.17; 10.3). Em Ezequiel 18.23 ;33.11 vemos que DEUS quer que o ímpio se
converta, e não apenas os eleitos e predestinados. DEUS jamais predestinaria
alguém ao inferno sem lhe dar oportunidade de salvação. Isso aviltaria a
natureza dEle.
Se todos já estão predestinados quanto ao seu destino eterno, então
não há lugar para escolha, decisão ou livre-arbítrio por parte do homem.
Entretanto, temos essa escolha mencionada e exposta em vários textos bíblicos,
como vimos.
Que DEUS nos conceda cada dia uma visão espiritual cada vez mais
ampla e profunda, a fim de compreendermos a sublimidade da gloriosa salvação
que JESUS CRISTO consumou; da qual, pela graça de DEUS, já somos participantes.
Glória, pois, a Ele!
A doutrina da predestinação situando o crente na presciência de DEUS
não está na Bíblia para motivar choques de idéias, especulações ou coisas
semelhantes; mas para, de modo carinhoso, DEUS encorajar o crente. Através
dela, o Senhor está mostrando que antes que o mundo existisse, e o homem
nascesse, Ele antecedeu- se e antecipou-se a tudo, prevendo problemas e
dificuldades em nosso caminho e nos mostrando que é poderoso para nos levar a
salvo para o seu Remo celestial (2Tm 4.18, ARA).
Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa
obra a aperfeiçoará até ao Dia de JESUS CRISTO (Fp 1.6).
Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e
apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória (..) seja
glória e majestade; domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para
todo o sempre. Amém! ( Jd vv.24,25).
A DOUTRINA DA CHAMADA DIVINA PARA A SALVAÇÃO
Essa chamada não se refere apenas à salvação, mas também ao plano
de DEUS para a vida do crente, como lemos em Efésios 4.1-15,
especialmente nos versículos11 a 15:
E ele [CRISTO] mesmo deu uns apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho
de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, para que
não sejamos mais meninos inconstantes... Antes, seguindo a verdade em caridade,
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO.
Em Efésios I.18 vemos também nessa chamada a esperança divina para
a qual DEUS nos chamou: “tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para
que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória
da sua herança nos santos”. Na nossa chamada para a salvação temos o
cumprimento da nossa eleição: “Assim, os derradeiros serão primeiros, e os
primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mt 20.16). Leia também Mateus 22.14.
A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO
Justificação é o ato judicial de DEUS, pelo qual Ele declara justo
diante dEle o pecador que põe sua fé para a salvação em JESUS, ficando assim
isento de culpa e condenação (Rm 8.30). A justificação é um ato e também
um processo, como a santificação experimental na vida do crente; ela é
primeiramente um ato de DEUS.
O que é justificar? É DEUS declarar justo diante dEle o
transgressor que crê em JESUS como o seu Salvador pessoal (Rm 4.3-5; 8.33). Justificar, como DEUS justifica,
é mais que perdoar. Em teologia sistemática, a justificação precede a
santificação, mas na Bíblia a santificação precede a justificação (I Co 6.11), que também é
um processo — “justificação de vida” (Rm 5.18).
Diferenças entre justificar e perdoar. O perdão remove a condenação
do pecado; a justificação nos declara justos diante de DEUS; isto é, como se
nunca tivéssemos pecado! Quão maravilhosa é a graça de DEUS! Aleluia!
Somente DEUS pode perdoar e também justificar a um só tempo. O
homem jamais pode fazer isso; ele pode relativamente perdoar, mas não
justificar — declarar justo um transgressor da lei. Como é possível um DEUS
perfeitamente justo perdoar e também justificar o ímpio, transgressor,
sobrecarregado de delitos e pecados?
Mediante o seu amor, DEUS substituiu o culpado pelo inocente. O
imaculado Cordeiro de DEUS, no Calvário, pelo amor divino, nos substituiu,
levando sobre si os nossos pecados.
Verdades fundamentais da justificação pela fé, As verdades
fundamentais da justificação pela fé em DEUS são: (I) a sua origem, que é a
graça de DEUS (Rm 3.24;Tt 3.7); a sua base, o sangue de JESUS (Rm 5.9); o seu meio, a fé (Rm 5.1; 3.25); o seu testemunho perante os
homens são as obras (Tg 2.24); e a sua causa instrumental é a
ressurreição de JESUS CRISTO (Rm 4.25).
A DOUTRINA DO JULGAMENTO DO CRENTE
A doutrina do julgamento do crente é geralmente estudada, em
teologia sistemática, sob a escatologia. Trata-se do Tribunal de CRISTO, isto
é, o julgamento da igreja após o seu arrebatamento (2 Co 5.10; Rm 14.10; I Jo 4.17). É o dia da
prestação de conta da nossa vida; da nossa mordomia cristã, da nossa diaconia
ante o citado Tribunal.
Segundo a Palavra de DEUS, o julgamento do crente é tríplice. No
passado, o crente foi julgado em CRISTO, no Calvário, como pecador (2 Co 5.21). No presente,
ele é julgado como filho de DEUS, durante a sua vida (I Co 11.31). No futuro,
será julgado como servo de DEUS, quanto à sua fidelidade no serviço prestado a DEUS
(2 Co 5.10).
Não será um julgamento de pecados do crente (Rm 8.1; Jo 5.24), mas das obras do crente (Ap 22.12; 14.13). Todos os crentes serão julgados,
e não apenas alguns. Este autor e o leitor — eu e tu — também: todos havemos de
comparecer ante o tribunal de CRISTO” (Rm 14.10). “... para
que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal”
(2 Co 5.10).
Os critérios do julgamento. Os critérios de julgamento do crente no
Tribunal de CRISTO envolvem: a “lei da liberdade cristã” (Tg 2.12), haja vista sermos livres para
fazermos ou não a vontade de DEUS (vamos responder por essa liberdade diante do
Senhor naquele dia); a qualidade do trabalho que fazemos para DEUS (Mt 20.1-16); vemos neste
ensino de JESUS que muitos crentes trabalharão a vida toda (“o dia todo”, v.
12), mas receberão a recompensa de quem trabalhou apenas “uma hora”. Não será
primeiramente a quantidade de trabalho que será julgada, e sim primeiramente a
qualidade desse trabalho.
Outros critérios de julgamento serão: o “material” empregado no
trabalho feito para DEUS (I Co 3.8,12-15); a conduta do crente por meio do
seu corpo (2 Co 5.10
; o modo como tratamos nossos irmãos na fé (Rm 14.10; Tg 5.9; Ef 6.8; Cl 3.25); e os motivos secretos do nosso
coração que nos levaram aos respectivos atos (I Co 4.5; Rm 2.16).
Um aviso a todos os que ensinam na casa de DEUS: o seu julgamento
será maior, mais rigoroso e mais exigente:
Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres; sabendo que
receberemos mais duro juízo (Tg 3.1).
Qualquer; pois, que violar um destes menores mandamentos e assim
ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que
os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus (Mt 5.19).
A DOUTRINA DA GLORIFICAÇÃO FUTURA DOS SALVOS
Em Romanos 8.30 DEUS tem tanta
certeza da realização da nossa glorificação, que declara o fato no tempo
passado! Isso também ocorre com outros grandes milagres da salvação, como a
cura divina, também declarados pelos profetas no tempo passado do verbo: “Mas
ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos
sarados” (Is 53.5).
Uma forma de glória divina era, possivelmente, o vestuário original
de Adão e Eva antes de pecarem (Gn 2.25; Rm 3.23; Sm 104.1,2; I Pe 1.7). Maior ainda
será a glória da Igreja (Mt 13.43; Cl 3.4; Rm 8.18; I Co 15.43; Fp 3.21). A salvação começa com a redenção
da alma; prossegue com a redenção do corpo; e culmina com a glorificação do
crente integral. Daí o autor de Hebreus ter chamado essa gloriosa obra de DEUS
de “uma tão grande salvação” (Hb 2.3).
Ainda quanto à nossa glorificação integral, a Palavra de DEUS
menciona a salvação nas eras divinas e futuras. João Batista, inspirado pelo ESPÍRITO,
disse que JESUS é o Cordeiro que tira o pecado do mundo — kosmos. Isso só
acontecerá plenamente no futuro.
Em Efésios 2.7, vemos isso,
onde a palavra para “eras” é aiõnios, termo que se traduz por “séculos” em I Timóteo 1.17:
[DEUS nos vivificou juntamente com CRISTO e nos fez assentar nos
lugares celestiais] para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas
de sua graça, pela sua benignidade para conosco em CRISTO JESUS.
Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único DEUS seja
honra e glória para todo o sempre. Amém!
Cite a referência do Evangelho Segundo São Lucas que trata do
tríplice teste do discipulado cristão.
Dê a definição de salvação e cite, e comente, as três referências
bíblicas mencionadas neste capítulo.
O que abrange a salvação pessoal; isto é, em que consiste ela?
Cite os passos que o pecador deve dar para receber a salvação em JESUS.
Umas das principais finalidades da Lei divina é expor o quê?
Quanto aos aspectos do pecado, cite os dois principais.
Em que consiste o pecado de omissão?
O que é a graça de DEUS, segundo a Bíblia?
Cite as quatro grandes palavras bíblicas que revelam a extensão e
grandiosidade da expiação.
Além de satisfazer e aplacar o Supremo Legislador (DEUS), que mais
efetua a expiação?
Mencione o tríplice resultado da redenção efetuada por JESUS em
nosso lugar.
Cite o conceito bíblico de propiciação.
Dê referências bíblicas sobre JESUS como a nossa propiciação.
O que produz o verdadeiro arrependimento?
Que é a “adoção de filhos”, conforme Romanos 8.15?
O que é um santo, segundo a definição dada neste capítulo?
Cite os meios divinos de santificação do crente; e mencione também
as respectivas referências.
A predestinação do crente, segundo as Escrituras, tem a ver com o
quê?
Cite três dos critérios de julgamento do crente perante o Tribunal
de CRISTO.
A salvação começa com a redenção da alma; prossegue com a redenção
do corpo; e culmina com o quê?
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SOTERIOLOGIA
No contexto das Escrituras, “Salvação” é um termo inclusivo e de
grande abrangência. O termo inclui tanto o perdão do pecado passado, assim como
a libertação do poder do pecado presente, e a preservação contra as invasões do
pecado futuro (Jo 11.24,25). Há a salvação do espírito na
regeneração, da alma na santificação e do corpo na glorificação. Neste sentido
a salvação é tanto uma perspectiva futura como um usufruto presente (Tt 2.11,12).
A Bíblia diz que CRISTO é tanto o “autor” como o “consumador” da
nossa fé (Hb 12.2). A designação de “autor” refere-se
à provisão da salvação mediante JESUS CRISTO; e “consumador” refere-se à
aplicação dessa mesma salvação também mediante CRISTO. Através da sua vida
imaculada e da sua morte expiatória, CRISTO providenciou a salvação, e na
medida em que ela é aplicada individualmente a cada pessoa que aceita, é CRISTO
quem está completando a sua obra, prosseguindo até o momento da glorificação
final dos salvos.
Com muita frequência se ouve a pergunta: “Por quem CRISTO morreu?”
se alguém responde: - “Pelo mundo inteiro”, alguma outra pessoa poderá objetar:
- “Então porque nem todas as pessoas são salvas?” agora, se alguém afirmar que CRISTO
morreu apenas pelos “eleitos”, facilmente outra pessoa considerará injusta a
ação de DEUS, visto que somente uns poucos “escolhidos” serão salvos. A Bíblia
responde a esta questão, dizendo que:
A Salvação é Para o Mundo Inteiro
Através do sacrifício perfeito de CRISTO, todos os habitantes da
terra foram representados, e os seus pecados foram potencialmente perdoados. CRISTO
“é a propiciação pelos os nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios,
mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 Jo 2.2; 2 Co 5.14; Hb 2.9).
Alguns Abandonarão a Salvação
A Bíblia dá a entender que muitos daqueles pelos quais CRISTO
morreu, aceitarão a sua provisão salvadora, mas depois a abandonarão, perdendo
com isto o direito à vida eterna. Sobre esses, escreveram Paulo e Pedro:
“Perece o irmão fraco, pelo qual CRISTO morreu” (1 Co 8.14). “Negarão o Senhor
que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pd 2.1).
“presciência” é o aspecto da onisciência relacionado com o fato de DEUS
conhecer todos os eventos e possibilidades futuros. No que diz respeito à
salvação, a presciência de DEUS não afeta as decisões do homem, nem o seu livre
arbítrio. As ações de um homem não são permitidas ou impedidas simplesmente
porque são previstas ou conhecidas de antemão, por DEUS. No Novo Testamento, o
termo “presciência” aparece, inclusive com conceitos paralelos, nos seguintes
textos: Romanos 3.25; Atos 26.5; Romanos 8.29; 11.2; 1 Pd 1.20; 2 Pd 3.17; Atos 2.23 e 1 Pd 1.2. Estas
passagens destacam três importantes fatos relacionados com o conceito de
“presciência”. Primeiramente significa de fato “saber alguma coisa de antemão”.
Alguns estudiosos da Bíblia negam que esta palavra envolva conhecimento, e
então alegam que significa “amor de antemão”, porque conhecer pode ser usado
como uma expressão correspondente, para amar. Entretanto quando a mesma palavra
grega é usada em casos não-teológicos, esses mesmos estudiosos nunca
interpretam o termo por “amor de antemão. Por exemplo, em Atos 26.5, o termo se
refere a homens que conheciam a reputação de Paulo muito antes da sua chegada a
Roma; e em 2 Pedro 3.17 a palavra é
usada para designar um conhecimento prévio acerca dos falsos mestres.
A doutrina da predestinação é uma das mais consoladoras doutrinas
da Bíblia. Sua essência repousa no fato de que DEUS tem um plano geral e
original para o mundo, e que seus propósitos jamais serão frustrados.
Negativamente analisada, certamente que a predestinação não é uma manipulação
da parte de DEUS das escolhas do homem. Isto o rebaixaria à posição de um
fantoche, sem poder de escolha nem vontade. A predestinação nunca predetermina
as escolhas dos homens, mas, sim, preordena as escolhas de DEUS no que concerne
ao seu relacionamento com as inclinações, necessidades e escolhas dos homens.
Sabendo de todas as possibilidades futuras, bem como os corações dos homens, DEUS
fez um plano dos seus atos: atos estes que resultarão em maior glória para DEUS,
na salvação do maior número de pecadores, e que contribuirão com o
desenvolvimento da mais perfeita obediência de seus servos (Rm 8.28,29). A fim de entender a
predestinação, é necessário distinguir entre predestinação e fatalismo.
Fatalismo é uma crença herética que atribui as ações e escolhas do homem ao
“determinismo” de DEUS. Ou melhor, DEUS decide o que o homem será e fará.
Mediante o planejamento predeterminado por DEUS (a predestinação), a salvação é
oferecida a todas as pessoas (At 4.27,28) e é possível a todos quantos
buscam a DEUS (At 17.26,27). Por causa desta provisão, nenhuma
pessoa poderá, em qualquer tempo, acusar DEUS de não lhe ter dado oportunidade
para crer e se salvar (Rm 1.20). DEUS não apenas planeja uma
maneira de todos os povos conhecerem a salvação, como também tem um plano para
ajudar os crentes a progredirem na sua vida espiritual. “Também os predestinou
para serem conforme a imagem de seu Filho” (Rm 8.29). Este plano, no entanto, depende
da disposição do crente de corresponder em obediência a DEUS (Jr 15.19). DEUS “nos
predestinou para ele, para adoção de filhos, por meio de JESUS CRISTO” (Ef 1.5). Fomos “predestinados... a fim de
sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em CRISTO” (Ef 1.11,12).
Todos os tratos de DEUS com o homem, inclusive a eleição e a
predestinação, estão baseados nas decisões que o homem toma, uma vez que é um
agente livre para aceitar ou rejeitar o dom de DEUS. Mais que isto, todos os
homens têm igual oportunidade de buscar a DEUS, ouvir o evangelho, se
arrependerem de seus pecados e serem salvos.
A salvação é obra de DEUS em favor do homem, e não do homem em
favor de DEUS. Como já vimos, o homem é completamente incapaz de agradar a DEUS
por si só, pois leva sobre si a sentença de “morte espiritual”. Por este motivo
DEUS mesmo tomou a iniciativa de prover a salvação independentemente dos
méritos e possibilidades do homem. Há, porém, uma coisa que DEUS não faz no que
diz respeito à salvação do homem: DEUS não o obriga a aceitá-la. Antes de
experimentar a conversão, o homem precisa desejá-la, dando lugar à operação
divina.
O termo “conversão”, literalmente, significa “virar-se para a
direção oposta”. De acordo com a Bíblia, é o ato pelo qual o pecador se volta
do pecado para JESUS CRISTO, tanto para obter perdão dos pecados como para
liberta-se deles. Isso inclui livramento da pena do pecado. Embora nitidamente
ligada ao arrependimento, a conversão difere dele, uma vez que o arrependimento
enfatiza o aspecto negativo do abandono ou saída do pecado, enquanto a
conversão enfatiza o aspecto positivo da volta para CRISTO (1 Ts 1.9). O
arrependimento nos retira de todos os amores ou inclinações pecaminosas, enquanto
a conversão nos faz voltar para o Esposo. O arrependimento produz tristeza pelo
pecado, já a conversão produz alegria por causa do perdão e livramento da pena
do pecado. O arrependimento nos leva à cruz; a conversão nos leva ao túmulo
vazio do Salvador ressuscitado. A conversão fala do abandono da vida de pecador
para abraçar a vida real e verdadeira oferecida por DEUS através de JESUS CRISTO
(At 14.15; 26.18; Ez 18.30). A verdadeira
conversão envolve dois atos da parte do pecador: Dar as costas ao “eu” e ao
pecado e crer em DEUS, voltando-se para Ele e abraçando a vida eterna (At 26.30; Mt 7.14; 1 Ts 1.8,9). Se a pessoa não se chega a DEUS,
buscando-o, a conversão é incompleta. O simples fato de rejeitar o pecado,
resultado somente numa reforma humana provisória e não em transformação divina
e plena.
O arrependimento envolve uma completa mudança de pensamento sobre o
pecado e a percepção da necessidade de um Salvador. O arrependimento faz o
homem ficar tão contristado por causa do pecado, que ele aceita com alegria
tudo o que DEUS requer para uma vida de retidão. A fé é o correlativo consequente
do arrependimento. Os dois juntos – arrependimento e fé – constituem a
conversão. A isso pode adicionar-se a obra divina do perdão. “Arrependimento
para com DEUS e a fé em nosso Senhor JESUS CRISTO” (At 20.21)
necessariamente caminham juntos. O arrependimento para salvação é encorajado
pelo conhecimento de que DEUS é propício ao pecador, não em fazer vista grossa
ao seu pecado, mas em mandar o seu Filho para morrer em lugar do pecador. A fé
em CRISTO é encorajada pela compreensão do propósito e significado da sua
morte. É então a pregação do evangelho que fala do sacrifício de JESUS na cruz
que induz o pecador ao arrependimento e a fé (a fé vem pelo ouvir o evangelho).
O arrependimento não é a mesma coisa que remorso. O remorso é um beco sem
saída; o arrependimento é estrada transitável. O remorso olha só para os nossos
pecados; o arrependimento olha para além dos nossos pecados – para o calvário.
O remorso nos devolve para nós mesmos; o arrependimento nos faz voltar para DEUS.
O remorso nos faz odiar a nós mesmos, muito embora possamos ao mesmo tempo amar
nossos pecados; o arrependimento nos leva a odiar nossos pecados e amar nosso
Senhor num único ato. O remorso é a tristeza do mundo que “produz morte”; o
arrependimento é “a tristeza segundo DEUS” e conduz à salvação (2 Co 7.10). Os passos
que levam o homem ao arrependimento, uma vez DEUS operando, são: reconhecimento
do pecado, tristeza pelo pecado e abandono do pecado.
Judas teve remorso – Pedro teve arrependimento.
Arrependimento é dizer “Não”, ao pecado, enquanto a fé na salvação,
é dizer “Sim”, a DEUS e seu plano salvífico em JESUS CRISTO. Este é o lado
afirmativo da conversão. Enquanto o arrependimento dá ênfase aos nossos
pecados, a fé fixa os nossos olhos em CRISTO. A fé é um relacionamento vivo com
CRISTO, baseado no amor, confiança e consagração da vida e da vontade a Ele. A
fé não é um mero assentimento intelectual, mas um relacionamento pessoal com DEUS
(Gl 2.19,20). A fé não é uma emoção que passa
de uma pessoa para outra, mas uma convicção interior da pessoa (2 Tm 1.12). A fé não se
dirige a um credo ou crença doutrinária, mas a uma pessoa, JESUS CRISTO (Cl 2.5). Fé não é um ato isolado na vida,
mas uma maneira de se viver (Rm 1.17). A fé não é uma simples confissão,
mas uma dedicação ou entrega, evidenciada pelas “obras da fé”, na vida da
pessoa (Tg 2.18). A palavra “fé” aparece cerca de
240 vezes no Novo Testamento, nem sempre se referindo à fé para a salvação. A
fé salvadora é mais do que um assentimento mental ou reação; é um
relacionamento vivo entre duas pessoas: DEUS e o homem.
A regeneração é a obra sobrenatural por graça e instantânea de DEUS
que outorga nova vida ao pecador que aceita a CRISTO como seu salvador pessoal.
Através desse milagre, o pecador é ressuscitador da morte (do pecado) para a
vida (na justiça de CRISTO). Esta nova vida é a natureza divina que passa a
habitar no crente, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO (Tt 3.5; Jo 1.12,13). Sem esta miraculosa transformação
espiritual, o pecador arrependido permaneceria morto na sua natureza pecaminosa
(Ef 2.1) e incapaz de conhecer a DEUS num
relacionamento pessoal (Rm 8.7).
OUVIR O EVANGELHO – CRER – RECEBER A
SALVAÇÃO
Efésios 1.13 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido,
fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa;
Romanos 10:17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela
palavra de DEUS.
1 Coríntios 1:21 Pois, visto que na sabedoria de DEUS o mundo não
conheceu a DEUS pela sua sabedoria, aprouve a DEUS salvar os crentes pela
loucura da pregação.
a) Ouvir a Palavra de DEUS (isso gera a fé para sermos salvos)
A primeira coisa que o pecador deve fazer, habilitando-se para o
novo nascimento, é ouvir a Palavra de DEUS. O Evangelho não é uma mensagem
morta, mas, sim, uma semente viva. Quanto a isto testificam Pedro e Tiago:
"Pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de
incorruptível, mediante a palavra de DEUS, a qual vive e é permanente" (1 Pd 1.23) "Pois,
segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos
como que primícias das suas criaturas” (Tg 1.18).
b) Crer na Palavra de DEUS
A mensagem do amor de DEUS pode produzir um grande anseio no
coração; mas somente quando o homem responde positivamente a esta mensagem,
pela fé, é que terá lugar a transformação divina do coração. "E o
testemunho é este, que DEUS nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu
Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de DEUS
não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de que tendes a vida eterna, a
vós outros que credes em o nome do Filho de DEUS" (1 Jo 5.11-13; Jo 1.12,13).
porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus.
Efésios 2:8
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.
Romanos 10:17
Em quem também vós estais, depois que ouvistes
a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também
crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa;
Efésios 1:13
Santificação é a obra da graça pela qual o crente é separado do ego
e da pecaminosidade interior, e, pela concessão do ESPÍRITO SANTO, separado
para a santidade de DEUS. Marca uma crise subsequente à conversão quando o
pecador é levado a ver sua necessidade e se apropria da provisão que DEUS fez
por ele (Os Oitos Pilares da Salvação – Editora Betânia – Pág. 89).
b) Santificação no Presente
c) A Santificação no Futuro.
A santificação tem como finalidade primordial acudir a necessidade
mais profunda da criatura humana, identificando com CRISTO. Essa necessidade
está retratada com matizes mui vivos no capítulo 7 da carta de Paulo aos
Romanos, de acordo com este escrito de Paulo, existe um inimigo interior
chamado "a lei do pecado"; e que há necessidade da obra regeneradora
do ESPÍRITO no sentido de que o pecador “tenha prazer na lei de DEUS".
Também é preciso que o ESPÍRITO revele ao pecador que "em mim... não
habita bem algum". A santificação é a provisão feita por DEUS. Mas, como
podemos experimentar a apropriação disso? Pela identificação com CRISTO em sua
morte. Devemos consentir em morrer com CRISTO em sua morte. Precisamos subir à
cruz com Ele, e de toda a nossa vontade renunciar ao ego que há causado todos
os nossos distúrbios. A crucificação é o único meio de libertação. "Estou
crucificado com CRISTO” (Gl 2.19). Que tem tudo isso a ver com a
santificação? Simplesmente isto: O ESPÍRITO SANTO não santificará a vida
egoísta, ou a natureza pecaminosa. Essa precisa identificar-se com CRISTO na
cruz antes que o ESPÍRITO SANTO possa realizar sua obra de santificação e
enchê-Ia. Pode acontecer que nossa compreensão de tudo isso seja um tanto vaga
no tempo em que nos entregamos ao enchimento do ESPÍRITO, mas Ele nos conduzirá
fielmente para frente, e, seja qual for a luz que Ele nos fornecer no futuro, é
contrabalançada pelo fato de que toda controvérsia foi resolvida quando nos
entregamos a Ele" (Os Oitos Pilares da Salvação – Editora Betânia –
Pág.94).
Na obra da santificação há o lado humano e o lado divino. Do lado
divino a obra é completa e resultante duma série de fatores, dignos da
consideração do crente.
a) Somos Santificados Pela Palavra
JESUS orou ao Pai acerca dos seus discípulos, dizendo:
"Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me
enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim
mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade" (Jo 17.17-19). A Palavra de
DEUS tem o mérito de purificar e lavar as manchas do pecado que maculam a alma
e prejudicam as relações entre DEUS e o homem. Para tanto, torna-se,
imprescindível que o crente a ame, leia-a e permita que ela faça parte da sua
vida cotidiana.
b) Somos Santificados Pelo Sangue de JESUS
Sobre o sangue carmesim do nosso Salvador repousa toda a nossa
pureza e vitória. "Por isso foi que também JESUS, para santificar o povo,
pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta" (Hb 13.12).Sempre que o ESPÍRITO
SANTO lida conosco, seja por causa dos nossos atos pecaminosos ou por causa da
nossa natureza tendente ao pecado, Ele nos faz voltar ao calvário e nos
conscientiza de que o sangue derramado na cruz não foi em vão, mas é eficaz
para romper com o círculo do pecado em nossa vida.
c) Somos Santificados Pela Trindade
A Bíblia atribui a santificação cristã tanto ao Pai, como ao Filho
e ao ESPÍRITO SANTO:
-"E o mesmo DEUS da paz vos santifique em tudo” (1 Ts 5.23).
-"Pois, tanto o que santifica [o contexto refere-se a JESUS],
como os que são santificados, todos vêm de um só” (Hb 2.11).
-"DEUS vos escolheu desde o princípio, para a salvação pela
santificação do ESPÍRITO pela fé na verdade” (2 Ts 2.13).
-"Eleitos... em santificação do ESPÍRITO" (1 Pd 1.2).
Uma vez que o DEUS Trino e Uno opera em favor da nossa
santificação, devemos cooperar com Ele.
O lado humano da santificação envolve dois atos da parte do crente,
são eles: separação e dedicação.
a) Separação do Pecado
"Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros,
será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando
preparado para toda boa obra" (2 Tm 2.21).
A presença do pecado na nossa vida é incompatível com o interesse
de DEUS em nos usar no cumprimento da sua vontade.
b) Dedicação ao Serviço de DEUS
Só após serem purificados de- pecados é que os crentes poderão
assimilar em suas vidas o ideal do ESPÍRITO SANTO como diz o apóstolo Paulo:
"Rogo-vos pois, irmãos pela compaixão de DEUS, que apresenteis os vossos
corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto racional" (Rm 12.1). DEUS não arrasta ninguém pelo
caminho do discipulado, da dedicação e serviços verdadeiros. É um ato
espontâneo e completo da parte do cristão.
No V Século da nossa era, Agostinho pontificou que o crente, em
circunstância alguma, poderá perder a salvação, foi seguido por Calvino (1509 a
1564 - calvinistas e reformados). Segundo ele, o crente uma vez salvo,
permaneceria salvo por toda a eternidade, independentemente das suas ações ou
atitudes. Esta declaração deu início a um debate doutrinário e teológico que
permanece até os nossos dias.
Um dos maiores argumentos bíblicos, segundo o qual o crente pode
perder a salvação, é a frequente menção do condicional "se", com
respeito à salvação. As porções bíblicas dadas a seguir demonstram que a
salvação como uma experiência humana, depende da situação do crente, e é
manifesta em expressões bíblicas tais como: "Permanecer em CRISTO",
"Continuar na fé", "andar na luz", "não
retroceder", etc. Segue-se uma lista de trechos das Escrituras onde estas
frases aparecem.
-"Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora" (Jo 15.6).
-"Se é que permaneceis na fé" (Cl 1.23).
- "Se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei” (1 Co 15.2).
-"Se negligenciardes tão grande salvação" (Hb 2.3).
-"Se de fato guardarmos firmes até ao fim a confiança" (Hb 3.14).
-"Se retroceder” (Hb 10.38).
-"Se, porém, andarmos na luz” (1 Jo 1.7).
A Bíblia contém muitas advertências acerca do perigo de cair da
graça divina. Paulo advertiu os santos que achavam que fazendo o que quisessem
mesmo assim estariam salvos: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja
que não caia” (1 Co 10.12). O escritor
da epístola aos Hebreus advertiu que é possível deixar o coração encher-se de
descrença, ao ponto de perder a salvação: "Tende cuidado, irmãos, jamais
aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos
afaste do DEUS vivo" (Hb 3.12). A epístola de Judas leva-nos a
meditar nos santos do Antigo Testamento, nos dias de Moisés, quando diz:
"Quero, pois, lembrar-vos que o Senhor, tendo libertado um povo tirando-o
da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram" (Jd v.5). Há uma
exortação severa de João, que não deixa dúvida alguma quanto à possibilidade de
alguém perder a sua salvação: "O vencedor, de nenhum modo sofrerá o dano
da segunda morte” (Ap 2.11). “Conserva o que tens, para que
ninguém tome a tua coroa" (Ap 3.11).
A Bíblia não apenas ensina sobre a possibilidade de se perder a
salvação, como também registra casos de várias pessoas que viraram as costas
para DEUS, perdendo por completo a comunhão com Ele. No Antigo Testamento,
lemos acerca de Saul que "DEUS lhe mudou o coração" e que "o ESPÍRITO
de DEUS se apossou de Saul" (1 Sm 10.9,10). Mais tarde, porém, tomou-se
possuído dum espírito maligno, e acabou a sua vida cometendo suicídio. Está
dito de Salomão, que na sua juventude "amava ao Senhor, andando nos
preceitos de Davi, seu pai" (1 Rs 3.3). Mais tarde,
porém, ele rejeitou a DEUS e começou a adorar os falsos deuses (1 Rs 11.1-8). Felizmente,
em tempo, retornou a DEUS, não porque fosse predestinado à salvação, mas porque
deu lugar ao arrependimento no seu coração. No Novo Testamento, o exemplo mais
destacado dum desviado e apóstata, é o de Judas Iscariotes. Judas no princípio
era um verdadeiro crente, pois jamais CRISTO confiaria a um pecador o
ministério de evangelizar curar enfermos e expulsar demônios (Mt 10.7,8). Porém, já por ocasião da última
Ceia Judas havia abandonado a fé. CRISTO sabia que Judas ja não fazia parte do
grupo dos salvos. O próprio Judas confirmou isto, quando traiu a CRISTO e
cometeu suicídio. Himeneu e Alexandre, dois dos cooperadores de Paulo após
manterem a fé e boa consciência, naufragaram na fé, pelo que Paulo os entregou
a Satanás (1 Tm 1.19,20). Demas, outro associado
ministerial de Paulo é declarado um ajudante fiel. Estava presente quando Paulo
escrevia suas epístolas aos Colossenses e a Filemom (Cl 4.14; Fl v.24). Paulo mesmo o chamou de
"cooperador" seu. É, pois, difícil compreender que Demas não fosse um
crente verdadeiramente salvo. Apesar disto, mais tarde abandonou a fé,
literalmente perdeu a salvação, por causa do seu "amor' ao presente
século" (2 Tm 4.10). Apesar de
tudo, o crente não tem porque ter medo. Pois aquele que não dormita e nem
dorme, "aquele que te guarda" (Sl 121.3), diz:
"Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).
As Grandes Doutrinas da Bíblia - Raimundo de Oliveira - CPAD
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A ORIGEM DA SALVACAO (Cuidado com o Monergismo, pois não é
biblicamente Fundamentado)
O pecado é uma pré-condição para a salvação; e a salvação não é
necessária se
nao houver pecadores que necessitem dela. Quanto a origem da
salvação, existe um
consenso universal entre os teólogos ortodoxos: DEUS é o autor da
salvação, pois apesar de o pecado humano ter a sua origem nos homens, a
salvação vem do céu, e tem a sua origem em DEUS.
A Salvação é Proporcionada a todos
A Bíblia é clara e enfática: o desejo de DEUS e que todos sejam
salvos e, por isso, ele
disponibilizou a salvação para toda a humanidade.
14 “Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê nao pereça, mas tenha a vida
eterna” (Jo 3.16).
Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os
homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça
sobre todos os homens para justificação de vida. (Rm 5.18)
“Porque o amor de CRISTO nos constrange, julgando nos assim: que,
se um morreu por todos, logo, todos morreram” (2 Co 5.14). “DEUS estava em CRISTO
reconciliando consigo o mundo, nao lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós
a palavra da reconciliação” (2 Co 5.19).
DEUS “quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento
da verdade” (1 Tm 2.4).
“Pois esperamos no DEUS vivo, que é o Salvador de todos os homens,
principalmente
dos fiéis” (1 Tm 4.10). “Porque a graça de DEUS se há manifestado,
trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11).
“Aquele JESUS que fora feito um pouco menor do que os anjos, por
causa da paixão da morte, para que, pela graça de DEUS, provasse a morte por
todos” (Hb 2.9).
“E ele é a propiciação pelos nossos pecados e nao somente pelos
nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.2).
Desde toda a eternidade, portanto, DEUS desejou proporcionar a
salvação a toda
a humanidade. Dessa forma, CRISTO é “o Cordeiro que foi morto desde
a fundação do mundo” (Ap 13.8; cf. Ef 1.4).
A Salvação é Aplicada aos que Creem
Entretanto, apesar da salvação ter sido proporcionada a todos, ela
somente se aplica
aqueles que creem. Algumas pessoas fazem a seguinte pergunta: “A
quem se destinou a expiação?” Os calvinistas firmes respondem responderiam com
um “por que”, se a expiração foi direcionada a todos, todos não são salvos. E
como a intenção de um DEUS soberano poderia ser frustrada? (vide capítulo 12).
Se, como argumenta um calvinista firme, a expiração foi direcionada
somente a
algumas pessoas (os eleitos), concluímos que ela é, portanto,
limitada. Isto nos leva ao aparente dilema de que
(1) ou a expiração foi direcionada a todos ou (2) ela foi
direcionada somente a um grupo (o dos eleitos).
15 Se a intenção foi que ela abarcasse a todos, então todos serão
salvos (já que as intenções soberanas de DEUS nao podem ser frustradas), e se
ela nao abarcasse todos, ela, logicamente, foi direcionada somente a algumas
pessoas (os eleitos). Portanto, aparentemente, ficamos com duas opções: ou o
“Universalismo” é verdadeiro ou o é a “expiração limitada” (vide Sproul, CG,
205).
É claro que, tanto os calvinistas moderados, quanto os arminianos
tradicionais
negam o “Universalismo.”
16 Assim, em resposta ao suposto problema, basta apontarmos que
este argumento contém um falso dilema. Existe uma terceira alternativa: a
expiração teve a intenção de proporcionar (oferecer) a salvação para todos, bem
como aplicar a salvação
a todos os que crerem.
Em suma, o problema é uma falsa dicotomia, a qual assume,
erroneamente, que
(1) houve somente uma intenção na expiração, ou (2) que o propósito
único da expiração foi aplicar a salvação aos eleitos. Na verdade, como DEUS também
queria que todos viessem a crer, Ele também teve intenção de que CRISTO
morresse para proporcionar a salvação a todas as pessoas. A alternativa — da expiração
limitada — leva a negação de que DEUS verdadeiramente queria que todas as
pessoas fossem salvas — uma concepção que contraria a sua onibenevolencia, tal
qual esta é revelada nas páginas das Sagradas Escrituras.
A salvação, portanto, foi proporcionada a todos, mas se aplica
somente aqueles que
creem. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso nao
vem de vós; e dom de DEUS” (Ef2.8).
“A justiça de DEUS pela fé
em JESUS CRISTO para todos e sobre todos os que creem” (Rm 3.22).
Como também já estudamos, nós somos “justificados gratuitamente
pela sua
graça, pela redenção que há em CRISTO JESUS, ao qual DEUS propôs
para propiciação pela fé no seu sangue” (Rm 3.24,25).
Monergismo
Os calvinistas firmes sustentam que o momento da conversão
(regeneração)
resulta totalmente da operação de DEUS, e nao conta com qualquer
tipo de cooperação por parte dos seres humanos (negam haver livre arbítrio). Os
calvinistas demonstram ser gnósticos, insistem em ter maior conhecimento que
todos os cristãos do mundo, se orgulham disto e desprezam as outras
denominações.
Calvinistas e sua Graça Irresistível
Para o calvinista firme, os seres humanos são completamente
passivos no que diz respeito ao início da sua salvação, mas agem em cooperação
ativa com a graça
de DEUS, daquele ponto em diante. Este ponto de vista foi
defendido, por exemplo,
por Agostinho (no período posterior da sua vida), por Martinho
Lutero, João Calvino,
Jonathan Edwards e
Francis Turretin. O Sínodo de Dort, seguindo a tradição do
“Agostinho posterior,” chegou até mesmo a fazer uso da ilustração
da “ressurreição dos mortos” para se referir a obra de DEUS na vida dos nao-regenerados.
O ponto de vista dos Calvinistas Firmes que preconiza um Monergismo
inicial está baseado na concepção de que DEUS exerce sua graça irresistível
contrariamente à vontade da pessoa. O que se constituiria em uma violação da
liberdade de decisão dos seres humanos, a qual procede do próprio DEUS. Ha
vários motivos para se rejeitar o Monergismo.
Monergismo não é biblicamente Fundamentado
Monergismo não é Apoiado pelos Pais Eclesiásticos
O Monergismo é contrário ao "Princípio Protestante"
O Monergismo é contrário a Onibenevolência de DEUS
O Monergismo é contrário ao Livre-arbítrio Concedido por DEUS
Sabemos que alguns resistem a graça de DEUS.
JESUS lamentou: Jerusalem, Jerusalem, que matas os profetas e
apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos,
como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu nao quiseste! (Mt
23.37; cf. 2 Pe 3.9)
E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram
mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. João 3:19
Estevão se referiu ao orgulho do povo de DEUS nas seguintes
palavras: “Vós sempre
resistis ao ESPÍRITO SANTO” (At 7.51).
Algumas pessoas rejeitaram de tal forma a obra do ESPÍRITO SANTO
que haviam blasfemado contra Ele” e,
portanto, jamais receberiam o perdão e, por isso, entrariam em “condenação
eterna” (cf. Mc 3.28,29).
Teologia Sistemática - Pecado – Salvação - A IGREJA - AS ÚLTIMAS
COISAS - Norman Geisler - CPAD
Portanto, adotamos o Sinergismo - doutrina protestante segundo a
qual o homem, apesar do pecado original, conserva o livre-arbítrio na busca de
sua salvação e na obtenção da graça divina.
OUVIR O EVANGELHO – CRER – RECEBER A SALVAÇÃO
Efésios 1.13 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido,
fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa;
Romanos 10:17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela
palavra de DEUS.
1 Coríntios 1:21 Pois, visto que na sabedoria de DEUS o mundo não
conheceu a DEUS pela sua sabedoria, aprouve a DEUS salvar os crentes pela
loucura da pregação.
Os calvinistas demonstram ser gnósticos, insistem em ter maior
conhecimento que todos os cristãos do mundo, se orgulham disto e desprezam as
outras denominações.
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O perdão no Islamismo
Desde a queda do homem no Jardim do Éden, o ser humano tem lutado
com um sentimento de culpa, que o leva a buscar o perdão para conseguir ter uma
consciência tranquila. De que forma os muçulmanos procuram perdão?
A Teologia do Pecado no Islamismo
No islamismo, o pecado é um ato para o qual a punição precisa ter o mesmo peso
e a mesma natureza. O islamismo ensina que ninguém nasce com uma natureza
pecadora. Eis porque eles não vêem a necessidade da morte de Jesus na cruz. No
Alcorão, eles inclusive mudaram o nome de Jesus para “Isa” para eliminar o
significado hebraico da palavra que quer dizer Salvador.
O islamismo divide o pecado em duas grandes categorias: os pecados
maiores e os pecados menores. Sura (um capítulo do Alcorão) 42:37 diz: “Os que
evitam grandes ofensas e obscenidades” e Sura 53:32: “Os que evitam grandes
ofensas e obscenidades, mas são inclinados a fraquezas, a misericórdia do seu
Senhor é grande”. Os teólogos muçulmanos diferem quanto ao número desses
“pecados maiores”. Tradicionalmente, o número é sete. São eles:
Comparar qualquer um com Alá (prestar culto a qualquer outra pessoa
ou coisa além de Alá ou dizer que alguém é igual a Alá)
Magia – Assassinato – Roubo - Abusar de órfãos (Maomé foi órfão) - Fugir
da batalha
Acusar falsamente uma mulher de adultério –
Cada pecado tem a sua própria punição. Alguns pecados, como o
adultério, tem vários tipos de punição. É diferente também quando a pessoa que
comete o pecado é masculino ou feminino. De acordo com o Islã, as mulheres
merecem uma punição mais severa. Porém, em outro Sura, o Alcorão equipara a
punição do homem e da mulher.
Recebendo o Perdão no Islamismo
Alguns dos pecados menores são expiados através do ritual da
lavagem, no qual os muçulmanos são obrigados por Maomé a lavar certas partes do
corpo antes de orar a Alá. Se não se lavarem antes, Alá não aceitará as suas
orações. Como cristãos, podemos nos regozijar porque o sangue do Cordeiro,
Jesus Cristo, nos lavou de uma vez para sempre! (1Pe 3.18; 1Jo 1.9)
Os teólogos muçulmanos também discordam quanto ao número de
diferentes maneiras que um muçulmano pode receber o perdão para os pecados
menores e os pecados maiores. As mais comuns são baseadas nos versos do Alcorão
e do Hadith (ditos e ensinos de Maomé e dos Califas – seguidores de Maomé). São
as seguintes:
Fazer o bem: Os nossos queridos muçulmanos acreditam que Deus vai
julgá-los usando uma balança para comparar o peso das boas obras com o das más
obras. Na tentativa de aumentar o peso das boas obras, os muçulmanos
acreditam que existem algumas obras cujo peso Deus multiplica por dez. A oração
da sexta-feira na mesquita é um exemplo. Cada passo que a pessoa dá ao se
aproximar da mesquita, ele acrescenta mais pontos na contagem das boas obras.
Alguns versos do Alcorão dizem: “Os que impedem o mal com bem – deles será a
Última Morada, jardins do Éden nos quais entrarão; e os que foram bons para os
seus pais e esposas e para as suas sementes” (Sura 13:22,23). “Pois as coisas
boas removem as más” (Sura 11:114).
Jejum: as pessoas também podem expiar os pecados através do jejum.
No Sura 33:35 está escrito: “Os homens e as mulheres que jejuam, para eles Deus
tem preparado o perdão e uma paga poderosa”.
Crianças que morrem antes de seus pais terem garantida a entrada no
paraíso (termo islâmico para céu): O Hadith diz que a criança falecida fica
parada na porta do céu, cheia de ira, dizendo: “Eu não vou entrar no paraíso
sem meus pais”, depois do que está escrito “Deixe seus pais entrarem com ela”
(citado por Nisaai e Ibn Hayan, depois de Abi Huraira).
A aprovação de uma esposa pelo seu marido assegura a entrada dela
no paraíso: O Hadith diz que Maomé declarou: “Toda a mulher que morre e que
teve a aprovação do marido, pode entrar no paraíso” (citado por Tarmazi).
Recitar o Alcorão: No Hadith, segundo Masoud (um dos amigos de
Maomé, também conhecido como al Sahaba), Maomé disse: “Aquele que lê o Alcorão
e o memoriza, Deus o conduz ao paraíso e lhe garante, pela sua intercessão, a
salvação de dez parentes que merecem o fogo.
Confissão de dois credos: Os dois credos são os de que não há outro
Deus senão Alá e Maomé é o profeta de Alá. Está relacionado ao que Abi Thur (um
dos al Sahaba) disse: “Eu vim sobre o profeta de Deus [Maomé] que dormia com
uma túnica branca. Ele acordou dizendo: ‘Todo o que afirmar que não há Deus
senão Alá, tem garantida a sua entrada no Paraíso’. Eu perguntei: ‘Mesmo se ele
cometer adultério e roubar?’ Ele respondeu: ‘Mesmo se cometer adultério e
roubar.’ Perguntei de novo: ‘Mesmo se ele cometer adultério e roubar?’ Ele
respondeu mais uma vez: ‘Mesmo se ele cometer adultério e roubar!’”
A obediência da esposa ao seu marido ganha o perdão para o seu pai:
Ibn Malik (um al Sahaba e um dos reitores do Alcorão) contou a história de um
homem que saiu para uma jornada e disse à sua esposa que não saísse do seu
quarto no andar de cima. O pai dela morava no andar de baixo e ficou doente. A
mulher mandou uma pessoa pedir a permissão do profeta para visitar o pai no
andar de baixo da casa. Ele respondeu: “Obedeça ao seu marido”. O pai morreu e
foi sepultado sem a presença dela. Mais tarde, o profeta a informou que Deus
havia perdoado o seu pai como resultado da obediência dela ao seu marido.
Oração: No Hadith, encontramos, segundo Abou Baker (O melhor amigo
de Maomé e pai de uma de suas esposas), que Maomé disse: “Não há homem que, se
pecar e que, depois de lavar-se, sobe para orar [uma oração formal impressa]
Deus não possa perdoar.”
A Peregrinação (o Hajj): Uma pessoa pode receber o perdão quando
vai em peregrinação a Meca, na Arábia Saudita (terra natal de Maomé). O Sura
Al-Baqara (capítulo 2 do Alcorão) 158 diz: “todo o que faz a Peregrinação à
Casa, ou à Visitação não deve ser culpado.”
Apesar destas “obras” serem um meio através dos quais os muçulmanos
crêem que recebem o perdão, eles ainda reconhecem que precisam de expiação e a
buscam, de acordo com os ministérios “Last Harvest Inc. (Última Colheita Inc.)”
e “Middle East for Christ (O Oriente Médio para Cristo)”.
Numa pesquisa com um grupo de muçulmanos em 1992, estes ministérios
descobriram que o perdão de pecados é a mais importante e urgente necessidade
dos muçulmanos.
Podemos nos regozijar, como cristãos, pois o perdão não é baseado
nas boas obras ou nas opiniões ou julgamentos de outros, mas na graça de Deus e
na redenção através do sangue de Jesus Cristo (Efésios 2:8,9; Gálatas 2.21).
https://www.cacp.app.br/o-perdao-no-islamismo/ (17:00h, 28-02-2025)
Pr. João Flávio Martinez
40 Razões Porque As Testemunhas De Jeová Não São Cristãs
As Testemunhas de Jeová são conhecidas por seu zelo na propagação de suas doutrinas. Entretanto, esse trabalho árduo e sincero só seria levado em conta se apoiado na obra e na pessoa de nosso Senhor JESUS CRISTO (Romanos 10.2-4; 1Coríntios 3.11). Vamos confrontar a maioria dos ensinos das Testemunhas com o que a Bíblia ensina, para verificar que a maioria das doutrinas bíblicas são negadas pelos jeovistas:
I – A Natureza de DEUS (Rm. 11.33-36)
Há somente um DEUS – Dt. 6.4;
O Pai nunca criou outro DEUS – Is. 43.10-11;
JESUS CRISTO é DEUS – Jo. 1.1; 20.28;
JESUS CRISTO foi, é e será adorado – Mt. 8.2; 28.9,17; Hb. 1.6; Ap. 5.11-12;
Todos precisam honrar o Filho como honram o Pai – Jo. 5.23;
JESUS é o EU SOU de Êx. 3.14, comparado com Jo. 8.58;
JESUS é o PRIMEIRO e o ÚLTIMO – Is. 44.6 comparado com Ap. 22.13;
O Filho de DEUS é eterno – Mq. 5.2;
O Filho de DEUS é imutável – Hb. 13.8 comparado com Ml. 3.6;
O ESPÍRITO SANTO é uma personalidade divina – Mt. 12.31-32; Jo. 14.16,26; At. 5.3-4; 1Co. 12.11; Ef. 4.30.
A unidade composta de DEUS é ensinada na Bíblia – Gn. 1.26-27; 3.22; 11.6-7; Mt. 28.19) um nome e três Pessoas: Desde que as Testemunhas de Jeová negam a revelação de DEUS como estabelecida nas Escrituras, elas não são cristãs.
II – A Natureza do Homem e Seu Destino (SI. 73.24)
O homem é composto de espírito, alma e corpo (1Rs. 17.21-22; Lc. 8.5; At. 7.59; 2Co. 4.16; 1Ts. 5.23;
A morte física trás separação entre o corpo, a alma e o espírito – Ec. 12.7; Mt. 10.28; Tg. 2.26;
O ESPÍRITO SANTO tem personalidade, podendo ver, ouvir, falar e sentir – Lc. 16.22-23; Rm. 8.16; 1Co. 2.11;
O espírito e a alma de um cristão, por ocasião da morte, vão estar com CRISTO – 2Co. 5.8; Fl. 1.21-23 e vão descansar do trabalho e das fadigas desta vida – Hb. 12.22-23; Ap. 6.9-11; 14.13;
Ressurreição, na Bíblia, é do corpo e terá lugar para todos os cristãos, quando da volta de CRISTO – Rm. 8.11,23; 1Co. 15.44,51-53; Fl. 3.20-21; 1Ts. 4.16-17. Os que estiverem vivos serão trans formados e terão corpos revestidos de imortalidade. Os mortos ressuscitarão com corpos incorruptíveis, semelhantes ao corpo de CRISTO ressuscitado – Lc. 24.39-43; Rm. 8.11; 1Jo. 3.2-3);
Os espíritos dos justos são aperfeiçoados – Hb. 12.23;
A Bíblia nunca menciona aniquilação no estado intermediário – 2Pe. 2.4,9; nem do corpo, espírito e alma na ressurreição depois do juízo final (Mt. 25.41,46; Ap. 20.15). De Judas foi dito que foi “destruído” (TNM) ou “perdido” (ARA) em Jo. 17.12, enquanto que fisicamente ele vivia.
O homem pode matar o corpo, porém não a alma – Mt. 10.28. DEUS pode destruir (perder, do grego apollumi) ambos o corpo e a alm;
Para os perdidos a Bíblia ensina punição eterna (kolasin): Mt. 25.46; Hb. 10.28-29.
Assim, a Bíblia ensina que o homem pode estar morto em pecado (Ef. 2.1) e então pode morrer em pecados (Jo. 8.21) e pode perder sua alma (Mt. 16.26). Em contraste, o pecador arrependido que recebe a CRISTO como Salvador e Senhor, dele fala a Bíblia como tendo a vida eterna (1Jo. 5.11-13), como tendo passado da morte para a vida (Jo. 5.24; 10.27-28). Desde que as Testemunhas de Jeová não podem aceitar a revelação da natureza do homem e seu destino, como revelado na Bíblia, elas não podem designar-se como cristãos.
III – O Verdadeiro Evangelho (1Co. 1.18)
Existe apenas um Evangelho (Gl. 1.8) definido como tal para nós em 1Co. 15.1-6;
Através do sangue de CRISTO somos declarados para sempre cidadãos do reino – Cl. 1.13-14;
O reino é espiritual e celestial – Jo. 18.36; Rm 14.17;
A entrada no reino requer o novo nascimento (Jo. 3.3-5) através do ESPÍRITO SANTO e da Palavra – Rm 8.14; 1Pe. 1.23;
O reino não é limitado a 144.000 pessoas – Jo. 1.12; 1Jo. 5.1;
As “outras ovelhas” de Jo. 10.16 são os cristãos gentios (Ef. 2.12-19), que herdarão o reino (Mt. 25.34) e são descritos como no céu – Jo. 14.1-3; Fl. 3.20-21; Ap. 7.15.
Os membros da nova nação são todos sacerdotes – 1Pe. 2.9; Ap. 1.
Todos os profetas estarão no reino dos céus – Mt. 8.11; Lc. 13.28; Ap. 18.20;
Os cristãos formam a nova Jerusalém e não estarão debaixo deste governo – Hb 12.22; Ap. 22.14-15;
Os cristãos herdarão o “novo céu e a nova terra”. Eles verão a DEUS e estarão com ele para sempre – Mt. 5.1-12; Lc. 23.43; Jo. 14; Ap. 22.3-4.
Desde que as Testemunhas negam a revelação cristã acerca do verdadeiro Evangelho, como declarado nas Escrituras, eles não podem, portanto, chamar-se cristãos.
IV – Outros Erros das Testemunhas de Jeová (Ef. 4.11,13-15)
A negação da ressurreição corporal de JESUS – Jo. 2.19-22;
A declaração de que CRISTO já voltou em 1914 – Mt. 24.23-27;
A declaração de que a ressurreição, chamada a primeira, já ocorreu em 1918 – 2Tm. 2.17-18; Ap. 20.5-6;
Oferecimento de uma segunda oportunidade de salvação para a maioria da humanidade durante o milênio – Hb. 9.27;
A repetição de profecias para o Armagedom em 1914 – 1925 – 1941 e 1975 que não se cumpriram – Dt. 18.20-22; Mt. 7.15-16;
A salvação pelas boas obras – Is. 64.6; Ef. 2.8-9;
A negação de que CRISTO é Senhor (Kurios) e a recusa em confessá-lo como tal – Fl. 2.11 comparado com 1Co. 10.21; 11.27;
A recusa em receber transfusão de sangue – 1Jo. 3.16;
O ensino que JESUS morreu numa estaca – Jo. 20.25;
O ensino de que “os tempos dos gentios” terminou em 1914, com a contagem da queda de Jerusalém em 607 A.C. – Lc 21-24.
Em vista do que está exposto, como podem as Testemunhas de Jeová ser intituladas cristãs? O JESUS dos jeovistas não é o JESUS da Bíblia (2Co. 11.4). A verdadeira Igreja é um organismo vivo e composto de todos os crentes (Gl. 3.27-28; Ef. 4.4-5). Somente se voltarmos a CRISTO com arrependimento (Lc. 13.3), reconhecendo-o como Senhor (At. 16.30-31), podemos ser livres das organizações dos homens. É verdade que as Testemunhas de Jeová, como os fariseus, a quem primeiro foram endereçadas essas palavras por JESUS (Jo. 5.39-40), precisam pesquisar a Bíblia e nela encontrar a salvação (Jo. 1.12; Jo. 5.24). Têm as Testemunhas pesquisado as Escrituras e têm ido a CRISTO? Exercem fé no seu nome? Todos os que assim fazem, nascem de DEUS (Jo. 1.13). Não existe exceção.
https://www.cacp.app.br/40-razoes-porque-as-testemunhas-de-jeova-nao-sao-cristas/
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Mórmons contradizem seu próprio livro
Apóstolo Paulo foi contundente ao advertir os irmãos na Galácia:
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além
do que já vos tenho anunciado, seja anátema”, Gl 1.8. Apesar desse aviso
solene, o Livro de Mórmon traz a seguinte afirmação: “O Livro de
Mórmon Outro Testamento de JESUS CRISTO”, evidenciando que tal
escrito fora dado por um anjo de DEUS, o anjo Moroni.
O cristianismo autêntico não admite nenhum outro escrito de nenhum
líder espiritual que venha tentar usurpar o lugar ímpar das Escrituras. O fundamento
principal da Igreja Mórmon é o ensinamento do Livro de Mórmon. Tal igreja tem
assegurado que o dito livro veio restaurar as verdades fundamentais do
cristianismo.
Mas será que os mórmons creem realmente no que o próprio livro deles
diz? Veja algumas crenças, entre tantas, encontradas no Livro de Mórmon e por
eles rejeitadas.
Só existe um único DEUS vivo e verdadeiro
“E Zeezrom disse-lhe: Dizes que existe um DEUS vivo e verdadeiro? E
Amuleque respondeu: Sim, existe um DEUS vivo e verdadeiro. Disse então Zeezrom:
Existe mais de um DEUS? E ele respondeu: Não. Então perguntou-lhe Zeezrom
novamente: Como sabes estas coisas? E ele disse: Um anjo mas deu a conhecer”,
Alma 11.26-31. Leia também 2 Néfi 31-21. Compare com Deuteronômio 6.4 e 1
Coríntios 8.6.
Hoje em dia a doutrina mórmon, contrariamente, ensina que existem
mais de um deus. Por exemplo, em Doutrinas e Convênios lemos que
“Abraão, Isaque e Jacó entraram para a sua exaltação, de acordo, com as
promessas, e se assentaram em tronos, e não são anjos, mas sim deuses”
(132.37). Isto é totalmente oposto ao que foi dito em Alma. Ainda no livro de
Abraão 4.27 é dito o seguinte: “E assim os deuses desceram para formar o homem
em sua própria imagem, na imagem dos deuses eles o formaram, macho e fêmea
eles os formaram”.
Contra quem os mórmons estão pregando? Não é só contra a Bíblia,
mas também contra os seus próprios escritos!
Acreditam também que DEUS tenha corpo físico. “As revelações modernas
nos ensinam que o Pai e o Filho têm corpos tangíveis de carne e ossos, e que o
ESPÍRITO SANTO é um personagem de espírito, sem carne nem ossos.”1 Citam
versículos bíblicos como Êxodo 33-11 para apoiar esta doutrina: “Falava o
Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo”, esquecendo-se do
versículo 20 que diz: “Não me poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum
verá a minha face e viverá”. É por isso que a Bíblia diz em João 1.18 que “DEUS
nunca foi visto por alguém”.
A mesma Bíblia fala de DEUS como tendo boca, braços, olhos, ouvidos,
face e mãos. Diz também que Ele tem asas (SI 91-4), sete olhos (Zc 4.10),
narinas donde saem fumaças (SI 18.8) etc. Se os mórmons desprezam as expressões
teofânicas de DEUS, a maneira como Ele usou para se comunicar com os seus
servos, e acreditam que Ele tenha de fato braços, dedos, face etc., deveriam
crer também que Ele tenha asas, sete olhos etc. Eles precisam entender que
essas referências são simbólicas, não literais.
DEUS é imutável
“Porque não lemos que DEUS é o mesmo ontem, hoje e para sempre e
que nele não há variação nem sombra de mudança? E se imaginastes um deus que
varia e no qual há sombra de mudança, então imaginastes um deus que não é um DEUS
de milagres”, Mórmon 9 9-H 2. Atualmente os mórmons dizem que DEUS não é
o mesmo ontem, hoje e sempre, mas que está em progresso. James Talmage no
seu Articles of Faith diz: “Assim como o homem é, DEUS uma vez já
foi; e como DEUS é, o homem pode ser” 3.
O segundo presidente do mormonismo, Brigham Young, no Journal
of Discourses, disse que “Adão…é nosso Pai e nosso DEUS, e o único DEUS
com quem devemos lidar” 4. Como pode-se notar, o principal livro da Igreja
Mórmon é rejeitado, não apenas pela Igreja Cristã, mas pelas próprias crenças
contraditórias.
Joseph Smith, rejeitou o seu próprio ensinamento de que DEUS é
“imutável de eternidade a eternidade”, Moroni 8.18. Ele disse: “Nós temos imaginado
e suposto que DEUS era DEUS desde toda a eternidade. Eu irei refutar esta
ideia… Ele uma vez já foi homem como nós” 5. Mas a quem os mórmons acham
que Smith estava refutando? Não é o Livro de Mórmon a restauração do
Evangelho? Se os mórmons atuais rejeitam a restauração do seu próprio profeta
e fundador, não é de admirar que eles rejeitem a Bíblia ou uma literatura
cristã, e haja tanta fragilidade em suas principais doutrinas.
O castigo eterno
O Livro de Mórmon deixa claro que há apenas dois caminhos para a
humanidade: vida eterna ou tormento eterno. As pessoas que rejeitarem JESUS
terão como recompensa o tormento eterno donde não sairão (2 Néfi 28.22, Mosíah
3.24-27, 3 Néfi 27.17 e Alma 34.32-35).
Apesar disso, há várias opiniões sobre o inferno no seio do
mormonismo. Algumas autoridades ensinam que o inferno não é eterno, outros ensinam
um inferno limitado, outros um inferno sem fim, e finalmente aqueles que não
creem de jeito nenhum no inferno. Por outro lado, eles acham que, desde que se
realizem batismo pelos mortos, qualquer pessoa pode usufruir de algum nível de
glória, ou seja, o Livro de Mórmon estaria errado quando diz: “das quais não
há libertação”.
Quando a Bíblia fala do castigo eterno, é bem clara ao mencionar a
sua duração. Observe Mateus 25.41, Hebreus 9-27 e Apocalipse 20.10.
FALSO PROFETA
A Bíblia fornece uma maneira simples de se testar um profeta: “E
se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou?
Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem
suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o
tal profeta; não tenhas temor dele”, Dt 18.20-22.
Apresentamos algumas evidências de que Joseph Smith é um falso profeta,
fazendo do seu livro fruto desta falsidade.
Doutrina e Convênios 84.1-5 fala a respeito da Nova Jerusalém
e seu Templo. Em setembro de 1832, a cidade e o Templo deveriam ser erigidos no
Estado de Missouri naquela geração.
Orson Pratt declarou a sua certeza no cumprimento desta profecia:
“Os santos dos Últimos Dias esperam ter o cumprimento desta profecia durante a
geração em existência em 1832 assim como esperam que o sol nasça e se ponha
amanhã. Por quê? Porque DEUS não pode mentir. Ele cumprirá todas as suas
promessas” 6. Mas a cidade não foi construída; o Templo não foi erigido
naquela geração. A profecia era falsa.
2 Nefi 3-14 diz que o Senhor confundiria os inimigos de Joseph
Smith quando estes tentassem destrui-lo. Mas Smith foi morto a tiros, na prisão
de Carthage, em Illinois, no dia 27 de junho de 1844.
Doutrina e Convênios56-60 profetiza que a casa em Nauvoo deveria
pertencer à família Smith “de geração em geração para todo o sempre”, mas
Joseph Smith foi morto em 1844, os mórmons foram levados de Nauvoo e a casa já
não pertence àquela família.
Embora os mórmons apresentem algumas desculpas para defender a sua
igreja, não há como negar que o livro que eles afirmam ser uma revelação direta
de DEUS, não passa de uma farsa onde nem eles mesmos concordam com tudo o que
Joseph Smith escreveu. Assim, não é só a Bíblia que condena o Livro de
Mórmon, eles mesmos o condenam por rejeitá-lo!
Costumam argumentar que a revelação que DEUS dá a um profeta pode
ser substituída por revelações futuras. Se assim for, eles estão em constante
apostasia, pois o que se cria no passado é rejeitado hoje e o que se ensina
hoje, será rejeitado amanhã!
——————
[1]Guia Para Estudo das Escrituras, sob o tópico “trindade”.
2 Ver também. Morôni 7.22, 8.18. Na Bíblia, ver Salmo 90.2,
Malaquias 3.6 e Tiago 1.17.
3 pág. 430.
4 Journal of
Discourses, vol. 1, pág. 50.
5 Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pág. 336
6 Journal of Discourses, vol. 9, publicado por F. D. e S.
W. Richards, Liverpool, 1854, edição reimpressa Salt Lake City, 1966, pág. 71.
FRANCISCO EURICO, FONTE: REVISTA “RESPOSTA FIEL” ANO 2 – N° 6
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LIÇÃO 11, CPAD
NA ÍNTEGRA, 1Tr2025
Escrita Lição 11, CPAD, A Salvação Não É Obra Humana, 1Tr25, Com.
Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO 11, CPAD
I – A
SALVAÇÃO SOB A GRAÇA DE DEUS
1. A
descrição do estado espiritual humano (vv. 1-3)
2. Mortos
em ofensas e pecados (vv. 1, 5)
3. A
exegese dos versículos 8-10
II -
SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS NA ANTIGUIDADE
1. Os
reencarnacionistas
2. Os
galacionistas
3. Os gnósticos
III – AS
SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS DE HOJE
1. O
Islamismo
2. As
Testemunhas de Jeová
3. O
Mormonismo
TEXTO ÁUREO
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a
sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do
ESPÍRITO SANTO.” (Tt 3.5)
VERDADE PRÁTICA
A salvação é um ato da graça soberana de DEUS pelo mérito de JESUS
CRISTO e não vem das obras humanas.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Sl 49.7-9Não há recurso humano que possa salvar o ser humano
Terça - Sl 146.3 Somente em DEUS há salvação
Quarta - Jo 3.16 JESUS CRISTO é o único Salvador do mundo
Quinta - Rm 5.1 A fé em JESUS é suficiente para a salvação
Sexta - Gl 2.16 Ninguém é salvo pelas obras da lei
Sábado - Jo 1.17 A graça e a verdade vieram por JESUS CRISTO
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 2.1-10
1 - E vos vivificou,
estando vós mortos em ofensas e pecados,
2 - em que, noutro
tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades
do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;
3 - entre os quais
todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como
os outros também.
4 - Mas DEUS, que é
riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5 - estando nós ainda
mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com CRISTO (pela graça sois
salvos),
6 - e nos ressuscitou
juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em CRISTO JESUS;
7 - para mostrar nos
séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade
para conosco em CRISTO JESUS.
8 - Porque pela graça
sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de DEUS.
9 - Não vem das obras,
para que ninguém se glorie.
10 - Porque somos
feitura sua, criados em CRISTO JESUS para as boas obras, as quais DEUS preparou
para que andássemos nelas.
http://www.cpad.com.br/harpa-crista-grande-90-anos-luxocor-preta-/p
Hinos
Sugeridos: 156, 227, 535 da Harpa Cristã8
PLANO DE
AULA
1.
INTRODUÇÃO
A lição desta semana
traz o ensino bíblico a respeito da salvação. Nela, reafirmamos a afirmação
bíblica da salvação pela graça mediante a fé em CRISTO. Isso significa que a
salvação se revela por meio da graça de DEUS manifestada em CRISTO JESUS, nosso
Senhor. Ao mesmo tempo, também analisaremos algumas visões a respeito da
salvação que contradizem o ensino bíblico. Veremos o quanto essas visões
soteriológicas distorcidas são prejudiciais à vida cristã e que, por isso,
podem trazer muitos prejuízos espirituais.
2.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Ensinar a respeito da doutrina da salvação sob a graça de DEUS; II) Elencar
ensinos inadequados sobre a salvação na antiguidade; III) Correlacioná-los aos
ensinos inadequados sobre a salvação na atualidade.
B) Motivação: Há
ensinos a respeito da salvação que defendem uma ideia de redenção como um
processo evolutivo da vida em que a ênfase recai no esforço próprio. Vemos isso
nas religiões reencarnacionistas. Há também os legalistas, que atribuem a
salvação à observação rigorosa da lei, também mediante ao esforço próprio, como
nos judaizantes. O fato é que a Bíblia nos mostra que a salvação é pura graça
de DEUS comunicada a nós por intermédio do ESPÍRITO SANTO, que nos convence do
pecado, da justiça e do juízo.
C) Sugestão de Método:
Para introduzir o último tópico da presente lição, sugerimos que você crie uma
tabela com a presença das três visões sobre salvação conforme descritas na
lição: Islamismo, Testemunhas de Jeová e Mormonismo. Apresente essa tabela no
projetor ou diretamente na lousa. À medida que você for apresentando as visões
inadequadas da salvação, apresente o contraponto bíblico conforme explicado no
primeiro tópico. Afirme a relevância do ensino bíblico preservar a iniciativa
amorosa de DEUS em salvar o ser humano (Jo 3.16).
3.
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Somente
pela graça de DEUS é possível nos aproximar dEle, amá-lo e viver segundo a sua
vontade. Para esse processo se tornar real em nossas vidas, temos o auxílio do ESPÍRITO
SANTO para nos conduzir de acordo com os propósitos de DEUS.
4. SUBSÍDIO
AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100,
p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto “Como a Morte de JESUS Pode Trazer o Perdão?”, logo após o
primeiro tópico, aprofunda a obra salvífica de CRISTO mediante a graça de DEUS;
2) O texto “Alá É Idêntico ao DEUS Pai de Nosso Senhor JESUS CRISTO?”, ao final
do terceiro tópico, aprofunda a distinção entre Islamismo e Cristianismo.
Palavra-Chave
– SALVAÇÃO
COMENTÁRIO
-INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo
mostra nessa Leitura Bíblica em Classe o contraste entre o estado espiritual da
miséria humana e a restauração à comunhão com DEUS. Além disso, deixa claro a
impossibilidade de qualquer pessoa angariar a salvação por meio de seu próprio
esforço, e até mesmo, de desejar a salvação ou sentir a necessidade de DEUS,
senão por intervenção divina direta, por meio do ESPÍRITO SANTO.
I – A SALVAÇÃO SOB A GRAÇA DE DEUS
1. A descrição do estado espiritual humano (vv. 1-3)
O relato da condição pecaminosa da natureza humana
confirma a extensão da corrupção do gênero humano, estudado na lição anterior.
O apóstolo emprega algumas expressões para reforçar a dura realidade do pecado:
“mortos em ofensas e pecados” (v. 1); andar “segundo o curso deste mundo” (v.
2); “segundo o príncipe das potestades do ar” (v. 2.b); “do espírito que,
agora, opera nos filhos da desobediência” (v. 2c); “andávamos nos desejos da
nossa carne” (v. 3); “éramos por natureza filhos da ira” (v. 3b). É uma triste
fotografia da raça humana.
“Por ‘morte espiritual’, a Bíblia quer dizer que a
humanidade caída está separada de DEUS (Is 59.2) e não significa aniquilação
espiritual total.”
2. Mortos em ofensas e pecados (vv. 1, 5)
As expressões “E vos vivificou” (v. 1) e “nos
vivificou juntamente com CRISTO” (v. 5) revelam a ação do ESPÍRITO SANTO em
favor dos pecadores, que a salvação só é possível mediante a graça de DEUS, e
sem ela ninguém pode ser salvo (vv. 4, 5). Mas há algo que precisa ser
esclarecido, as expressões “mortos em ofensas e pecados” (v. 1) e “mortos em
nossas ofensas” (v. 5) não devem ser entendidas literalmente por se tratar de
uma metáfora, uma das figuras de linguagem para descrever o estado da queda
espiritual. Por “morte espiritual”, a Bíblia quer dizer que a humanidade caída
está separada de DEUS (Is 59.2) e não significa aniquilação espiritual total.
3. A exegese dos versículos 8-10
Essa passagem bíblica elimina qualquer interpretação
ou tentativa da salvação com ajuda humana ou de qualquer esforço adicional para
completar a obra de CRISTO. O termo “graça” significa literalmente “favor
imerecido”, o favor divino do qual não somos merecedores. A salvação é pela
graça de DEUS mediante a fé em JESUS e não vem das obras, pois não se trata de
uma recompensa. Uma boa exegese esclarece que a expressão “isto é dom de DEUS”
se refere à salvação pela graça e não à fé. Como afirma o respeitado erudito da
língua grega, A. T. Robertson: “a graça é a parte de DEUS e a fé é a nossa”. De
modo, como dizia Norman Geisler, “a fé é o meio e a salvação é o fim. O meio
vem antes do fim”.
SINÓPSE I -
O ensino bíblico sobre a salvação descreve
o real estado do ser humano caído em pecado e ofensas. Por isso, só a graça de DEUS
pode salvá-lo.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“COMO A MORTE DE JESUS PODE TRAZER O PERDÃO?
As Escrituras ensinam que toda a humanidade está
manchada e corrompida pelo pecado, tanto por causa do pecado de nosso
antepassado, Adão (Rm 5.12- 21), como porque nós mesmos somos todos pecadores
(Ef 2.1-3). DEUS, como o justo Juiz, não pode ignorar o pecado, e não o fará,
uma vez que o pecado viola a sua natureza e traz destruição para o mundo
perfeito que Ele criou. [...] O Novo Testamento nos fala que a morte de JESUS
propiciou o perdão, pelo menos de três maneiras. Em primeiro lugar, a morte de JESUS
foi um sacrifício pelos nossos pecados. CRISTO cumpre o sistema de sacrifícios
do Antigo Testamento, sendo, ao mesmo tempo, sumo sacerdote e sacrifício (Hb
5–10). [...]
Em segundo lugar, o Novo Testamento fala sobre a
morte de CRISTO como uma ‘propiciação’ pelos nossos pecados (Rm 3.21-26). Esta
palavra, hilasmos, tem o significado de ‘uma oferta que satisfaz a ira de DEUS
pelo pecado’, todavia, notavelmente, o próprio DEUS fornece esta oferta. Quando
JESUS morreu na cruz, clamou: ‘DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?’
(Mt 27.46).
[...] Em terceiro lugar, e relacionado aos dois
aspectos já mencionados, a Bíblia fala sobre a morte de CRISTO como uma
substituição. JESUS não veio para ser servido, mas para servir e “dar a sua
vida em resgate de muitos” (Mc 10.45). JESUS “se deu a si mesmo por nossos
pecados, para nos livrar do presente século mau” (Gl 1.4)” (Bíblia de Estudo
Apologética Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.1878).
II - SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS NA ANTIGUIDADE
1. Os reencarnacionistas
Com o termo “soteriologia” nos referimos aos diversos
ensinos religiosos inadequados sobre a salvação. O primeiro deles é a doutrina
da reencarnação, tão antiga quanto a humanidade, originária do Hinduísmo, mas
presente também no Budismo, no Jainismo e no Sikhismo. É defendida, pelos Hare
Krishnas, kardecistas e muitos outros. Os adeptos da doutrina da reencarnação
têm em comum a busca da perfeição por meio de um progresso evolutivo até que
esses ciclos da roda de renascimento parem de girar. Em resumo: a salvação pelo
seu próprio esforço e sem JESUS. Trata-se de uma crença antibíblica (Sl 78.39;
Hb 9.27; Jo 9.1-3).
“Sabemos da existência do mal, proveniente de
Satanás, mas não admitimos que o Diabo tenha poder suficiente para medir força
com DEUS [...].”
2. Os galacionistas
É o nome dado aos legalistas judaizantes opositores
do apóstolo Paulo na província da Galácia (Gl 1.7). Esses judeus convertidos ao
Cristianismo queriam que os gentios observassem a Lei de Moisés como condição
para salvação (At 15.1). A verdade bíblica é que “pelas obras da lei nenhuma
carne será justificada” (Gl 2.16).
3. Os gnósticos
No campo soteriológico, eles apregoavam uma visão
dualista do universo, o maniqueísmo. O que é isso? Fundado por Mâni (216–276),
na Pérsia, atual Irã, seu ensino era que o “universo é composto do reino das
trevas e do reino da luz e os dois lutam pelo domínio da natureza e do próprio
ser humano”. Desse modo, o ser humano, para ser salvo, precisa se libertar da
prisão do mundo e de seus poderes planetários, e essa libertação só é possível
por meio de um conhecimento místico, gnōsis, uma espécie de iluminação
espiritual limitada aos “espirituais”. Os demais são pessoas materiais e não
podem receber esse conhecimento. De fato, sabemos da existência do mal,
proveniente de Satanás, mas não admitimos que o Diabo tenha poder suficiente
para medir força com DEUS e o seu Filho, JESUS CRISTO (Jó 1.12; 2.6, Mc
5.7-13). A salvação é para todas as pessoas (At 17.30; Tt 2.11).
SINÓPSE II
- As soteriologias inadequadas na
Antiguidade passam pelas reencarnacionistas, galacionistas e gnósticas.
III – AS SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS DE HOJE
1. O Islamismo
Segundo essa religião, se as boas ações superarem as
más, tal pessoa irá para o paraíso (Alcorão 13.22.23). Eles ensinam ainda que
Allah não ama os pecadores, mas somente os piedosos: “Allah não ama os
agressores... Allah não ama a nenhum ingrato pecador” (Alcorão 2.190, 276).
Esta é uma das 24 vezes que o Alcorão afirma que Allah não ama os pecadores. Na
concepção dos islâmicos, não há necessidade de expiação, logo, não existe
salvação como no sistema cristão. A salvação no contexto deles é por mérito,
pelas obras. Mas, à luz da Bíblia, o pecador recebe a vida eterna a partir do
momento que passa a crer, no coração, que DEUS ressuscitou JESUS dentre os
mortos e confessa publicamente o nome de JESUS (Rm 10.9,10).
2. As Testemunhas de Jeová
A salvação não está em CRISTO, mas na organização
religiosa delas, diferente do que ensina a Bíblia (Jo 14.6). Existem dois
grupos de salvos, um que tem direito ao céu, restrito a 144.000, a “classe dos
ungidos”; outro grupo, a “classe da grande multidão” e a que vai herdar a
terra, segundo a teologia do movimento. Seus teólogos ensinam que as
Testemunhas de Jeová, que pertencem à “classe da grande multidão”, não são
filhos de DEUS, não pertencem a CRISTO, não têm o ESPÍRITO SANTO, JESUS não é o
Mediador delas nem têm esperança de salvação. A Bíblia nos ensina que não
existe cristão sem o ESPÍRITO SANTO (Rm 8.9) e que “Mas a todos quantos o
receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos que creem no seu
nome” (Jo 1.12).
3. O Mormonismo
Os mórmons creem numa salvação geral, em que os não
mórmons são castigados e depois liberados para a salvação, e numa perspectiva
individual, em que a salvação é obtida pela fé em JESUS e pela obediência às
leis e às ordenanças. Eles consideram ordenanças, segundo os artigos 3 e 4 das
Regras de Fé, fé em JESUS, arrependimento, batismo por imersão e imposição de
mãos, mas há outros requisitos. Um deles é aceitar Joseph Smith Jr. como
porta-voz de DEUS. Tal ensino, no entanto, diverge das Escrituras, pois elas
nos ensinam que o Senhor JESUS não precisa de co-salvador. A Bíblia ensina que
Ele é o único Salvador (Jo 14.6; At 4.12). A salvação não é por mérito humano,
ninguém pode ser salvo pelas boas obras, mas somente pela graça, mediante a fé
(Tt 3.5; Ef 2.8,9). Existe apenas uma salvação, e ela está à disposição de
todos os seres humanos (Tt 2.11; Jd 3).
SINÓPSE III
- O Islamismo, as Testemunhas de Jeová e o
Mormonismo apresentam uma doutrina da salvação inadequada em nossos dias.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“ALÁ É IDÊNTICO AO DEUS PAI DE NOSSO SENHOR JESUS
CRISTO?
Esta é uma pergunta difícil, especialmente na língua
inglesa. Linguisticamente, quem quer que use o termo ‘DEUS’ está basicamente
dizendo a mesma coisa: estará se referindo ao Criador não criado do universo.
Assim, muçulmanos, judeus, cristãos, hindus e todos os demais estão se
referindo ao Senhor do universo quando usam a palavra ‘DEUS’.
Com relação ao Islamismo, as similaridades entre Alá
e Jeová são maiores, por dois motivos: (1) O islamismo é adepto do monoteísmo,
que significa “um só DEUS”, exatamente como o Cristianismo e o Judaísmo, e (2)
Maomé usou muitas das pessoas citadas na Bíblia, quando criou o Corão, como Noé
(Surah 6.84), Jacó (Surah 2.132) e JESUS (Surah 3.45-47). As similaridades,
todavia, terminam aqui. Pense no Islamismo como uma forma de “mormonismo
medieval”. Como o mormonismo, o Islamismo está baseado na premissa equivocada
de que a descrição que a Bíblia apresenta de DEUS e de JESUS CRISTO é
incorreta. Como o mormonismo, o Islamismo ensina que tanto o Cristianismo como
o Judaísmo são falsas religiões, e que o Islamismo, por meio do Corão, é a
única fé verdadeira.
[...] Em resumo, podemos afirmar o seguinte: o
Islamismo rejeita a paternidade de DEUS, a divindade do Filho e a pessoa do ESPÍRITO
SANTO. Não podemos modificar a natureza do DEUS da Bíblia sem modificar o
“deus” que estamos apresentando. Não é o mesmo DEUS” (Bíblia de Estudo
Apologética Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.1866).
CONCLUSÃO
Entendemos que somente pela graça é possível
chegar-se a DEUS, e isso é um ato soberano de sua graça e bondade. É a
misericórdia divina que leva as pessoas ao arrependimento (Rm 2.4). Graça não é
mérito, e nem o ato de o pecador receber a dádiva divina se constitui mérito
pessoal. Mas DEUS disponibilizou a sua graça para todos os seres humanos e não
para uns poucos escolhidos. A Bíblia ensina que a salvação é para todos.
REVISANDO O
CONTEÚDO
1. O que a
Bíblia quer dizer quando fala de “morte espiritual”?
Por “morte
espiritual”, a Bíblia quer dizer que a humanidade caída está separada de DEUS
(Is 59.2) e não significa aniquilação espiritual total.
2. O que
esclarece uma boa exegese sobre a expressão, “isto é dom de DEUS”?
Uma boa exegese
esclarece que a expressão “isto é dom de DEUS” se refere à salvação pela graça
e não à fé.
3. Quais os
três principais movimentos dos primeiros séculos cuja soteriologia é
inadequada?
As reencarnacionistas,
galacionistas e os gnósticos.
4. Quais as
três soteriologias inadequadas de hoje?
O Islamismo, as
Testemunhas de Jeová e o Mormonismo.
5. O que
ensinam os teólogos das Testemunhas de Jeová sobre a “classe da grande
multidão”?
Seus teólogos ensinam
que as Testemunhas de Jeová, que pertencem à “classe da grande multidão”, não
são filhos de DEUS, não pertencem a CRISTO, não têm o ESPÍRITO SANTO, JESUS não
é o Mediador delas nem têm esperança de salvação.
LEITURAS
PARA APROFUNDAR
Teologia Sistemática
(Eurico Bergstén); Teologia Sistemática Pentecostal