Escrita Lição 6, Betel, O Wesleyanismo, A Chama que deu Forma ao Metodismo e à Santidade, 1Tr25, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 6, Betel, O Wesleyanismo, A Chama que deu Forma ao Metodismo e à Santidade, 1Tr25, Comentários extras Pr Henrique, EBD NA TV

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EBD, Revista Editora Betel, 1° Trimestre De 2025, Tema: MOVIMENTO PENTECOSTAL – A Chama do ESPÍRITO que Continua a incendiar o mundo. Escola Bíblica Dominical

 

https://youtu.be/DBGuWjePk9E?si=qrc43TS5cw1-AIUa  Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/01/escrita-licao-6-betel-o-wesleyanismo.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/01/slides-licao-6-betel-o-wesleyanismo.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-6-betel-o-wesleyanismo-a-chama-1tr25-pptx/275193601

  

ESBOÇO DA LIÇÃO 6, Betel, 1Tr25

1- O INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JOHN WESLEY

1.1. Um clérigo anglicano. 

1.2. A influência do pietismo. 

1.3. A influência do pietismo morávio. 

2- A PNEUMATOLOGIA WESLEYANA

2.1. Um coração estranhamente aquecido. 

2.2. O ESPÍRITO SANTO atua para a salvação. 

2.3. A experiência na teologia wesleyana. Os sermões de John Wesley

3- O AVIVAMENTO METODISTA

3.1. Os metodistas 

3.2. O Wesleyanismo e o movimento pentecostal 

3.3. O interesse na restauração da Igreja 

 

 

TEXTO ÁUREO

“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” 2 Timóteo 4.2

 

VERDADE APLICADA

Perseverar em oração e vigilância, à luz da Palavra e com a ajuda do ESPÍRITO SANTO, é essencial para não sermos envolvidos pela frieza e indiferença espiritual.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conhecer a vida e ministério de John Wesley.
Identificar a situação da Igreja no século XVIII,
Ressaltar que a Igreja deve pregar a Palavra de DEUS.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - ROMANOS 10
13 Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como creram naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!
16 Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação?
17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Mt 3.11 JESUS batiza com o ESPÍRITO SANTO e com fogo.
TERÇA | Mc 16.15 Todos são chamados a pregar o Evangelho.
QUARTA | At 8.4 O dever de pregar a Palavra em qualquer lugar
QUINTA | At 13.2 O ESPÍRITO de DEUS capacita para a missão.
SEXTA | Rm 10.17 A fé é pelo ouvir, e ouvir a Palavra de DEUS.
SÁBADO | 2Tm 2.15 Procura apresentar-te a DEUS aprovado.
HINOS SUGERIDOS: 196, 198, 200

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que DEUS continue levantando trabalhadores para Sua obra.

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 6, BETEL, 1TR25

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Nem John Wesley e nem Billy Graham receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO e falaram em línguas, mas receberam uma extrema energia para pregarem o evangelho e ganharem milhões de pessoas para DEUS.

 

Não há informações sobre se John Wesley falava em línguas ou se foi batizado com o ESPÍRITO SANTO. 

John Wesley foi um padre anglicano metodista que se dedicou aos estudos da Bíblia e à sua experiência com CRISTO. Ele acreditava que a conversão a JESUS era comprovada pela prática e não pelas emoções

 

Não há informações sobre se Billy Graham falava em línguas, ele era um pregador batista tradicional. 

Billy Graham (1918-2018) foi um evangelista norte-americano que acreditava que o ESPÍRITO SANTO estava ativo no mundo. Ele falava sobre a fé, o sofrimento e a tecnologia. 

 

Sim, a Igreja Metodista sempre foi ecumênica até 1967, pois participava de diálogos com outras igrejas cristãs. 

O Concílio Metodista Mundial (CMM) é uma organização ecumênica internacional que reúne denominações metodistas de todo o mundo. O CMM dialoga com a Igreja Católica Romana, a Comunhão Anglicana, a Federação Mundial Luterana, o Exército de Salvação e a Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas. 

No Brasil, a Igreja Metodista já divulgou documentos sobre ecumenismo, como o "Para que Todos Sejam Um – A Perspectiva Metodista para a Unidade Cristã". 

A Igreja Metodista acredita na religião revelada, na religião experimentada e na religião social. A religião revelada é baseada na Bíblia como Palavra de DEUS. 

https://www.google.com/search?q=a+igreja+metodista+%C3%A9+ecum%C3%AAnica%3F&sca_esv=db6c6456526170d9&sxsrf=AHTn8zrY9XIXLH7CKwFSIcnFcAVHLngt6g%3A1737681789350&ei=feuSZ_aIFfX25OUPz-GNiQg&ved=0ahUKEwi2u6WOmY2LAxV1O7kGHc9wI4EQ4dUDCBI&uact=5&oq=a+igreja+metodista+%C3%A9+ecum%C3%AAnica%3F&gs_lp=Egxnd3Mtd2l6LXNlcnAiIWEgaWdyZWphIG1ldG9kaXN0YSDDqSBlY3Vtw6puaWNhPzIFECEYoAEyBRAhGKABMgUQIRigATIFECEYoAFI9NIBUJ6XAVj8ygFwAngBkAEAmAHlAaABqA6qAQUwLjYuNLgBA8gBAPgBAZgCDKACxQ7CAgoQABiwAxjWBBhHwgIFEAAYgATCAgYQABgWGB7CAggQABiABBiiBJgDAIgGAZAGCJIHBTIuNi40oAfqKw&sclient=gws-wiz-serp

 

 Wesley enfatizava a obra do ESPÍRITO SANTO na santificação, como uma “segunda obra da graça”; inclusive, às vezes, identificada como “batismo no ESPÍRITO“. Confundia batismo com o ESPÍRITO SANTO (REVESTIMENTO DE PODER) com Batismo no ESPÍRITO (INGRESSO NO CORPO DE CRISTO NA CONVERSÃO).

Wesley não compreendia a diferença entre batismo com o ESPÍRITO SANTO e Fruto do ESPÍRITO.

 

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RESUMO RÁPIDO DO Pr Henrique

1- O INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JOHN WESLEY

1.1. Um clérigo anglicano. 

Ajudou seu Pai como pároco numa igreja anglicana. Começou em 1728, quando foi ordenado diácono na Igreja Anglicana.

Estudou durante seis anos na escola de Charterhouse, em Londres. Em 1720 foi para a Christ Church College, em Oxford. Em 1726 foi eleito membro da Lincoln College.

1.2. A influência do pietismo. 

O pietismo foi um movimento religioso que surgiu na Alemanha no final do século XVII, como uma reação ao dogmatismo da Igreja Luterana .

A influência do pietismo atingiu o seu maior alcance através de John Wesley (1703-1791), fundador do Metodismo.

1.3. A influência do pietismo morávio. 

Wesley foi influenciado por um grupo de morávios com quem se encontrou durante uma tempestade em viagem à Geórgia.

Wesley foi influenciado pela pregação do morávio Peter Böhler. 

O principal representante do pietismo foi o pastor luterano Phillipp Jakob Spener.

 

2- A PNEUMATOLOGIA WESLEYANA

Pneuma é a palavra grega para "respiração", espírito.

A doutrina da perfeição cristã é uma característica das igrejas de tradição wesleyana, Metodista, Metodista Livre, Igreja do Nazareno, Exército de Salvação e outras.

2.1. Um coração estranhamente aquecido. 

A experiência de John Wesley de ter o coração aquecido foi sua conversão que aconteceu no dia 24 de maio de 1738, em Londres. Esse momento marcou o início da fé metodista.

Wesley estava em uma reunião em Londres, quando ouviu um comentário sobre Romanos. Ele sentiu que seu coração ardia de forma estranha, como se pudesse sentir fisicamente o efeito de sua salvação em CRISTO. Wesley sentiu que confiava em CRISTO para a salvação e que seus pecados foram perdoados. Ele começou a orar por aqueles que o perseguiram e insultaram. Wesley começo a perceber que a doutrinada predestinação ensinada pelo calvinismo não estava de acordo com a Bíblia.

O significado da experiência

A experiência de Wesley foi uma mudança fundamental em sua fé. 

Ele passou a compreender que já era cristão, pela presença de CRISTO e pelas boas obras. Wesley sentiu que era preciso aprofundar a compreensão do que significa ser cristão. Precisava se santificar.

2.2. O ESPÍRITO SANTO atua para a salvação. 

Wesley percebe que todos fomos chamados para ganharmos almas, isso era o mais importante, a salvação.  A pregação obre a salvação está presente em seus ensinamentos, em suas pregações e em toda a sua vivência religiosa. Ele percebeu que a redenção é cultivada pela obra do ESPÍRITO. Conforme Efésios 1.13, estamos em CRISTO a partir do momento que ouvimos a loucura da pregação do evangelho falando a respeito de JESUS e sua obra salvífica, cremos e abrimos o coração para DEUS. O ESPÍRITO SANTO entra então com o convencimento de que somos pecadores e que DEUS é justo e tem um juízo a ser aplicado sobre o pecador. Neste momento nos arrependemos e pedimos perdão. Daí somos aceitos como filho de DEUS, recebemos o ESPÍRITO SANTO, somos regenerados, santificados, justificados.

 

A presença do ESPÍRITO SANTO no nascido de novo testifica a salvação, proporcionando à pessoa essa segurança. Wesley dizia que: “A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão.” “Toda obra da salvação, cada pensamento, cada boa palavra e cada boa obra, é reunida pela operação do ESPÍRITO de DEUS”.

2.3. A experiência na teologia wesleyana. 

Os sermões de John Wesley. Wesley começou a viajar e pregar quando tinha 37 anos. Ele pregava em púlpitos, mas quando estes eram fechados, passava a pregar em campos abertos.

O religioso passou a pregar de forma obstinada, chegando a três sermões por dia, muitas vezes ao ar livre, indo ao encontro das pessoas comuns. Daí veio sua famosa frase: “o mundo é minha paróquia”

Wesley, por não compreender sobre a diferença entre receber o ESPÍRITO SANTO na conversão e o revestimento de poder no Batismo como o ESPÍRITO SANTO, considera esses recebimento do ESPÍRITO SANTO na conversão como “segunda obra da graça”; e às vezes, identifica isso  como “batismo no ESPÍRITO“.

 

3- O AVIVAMENTO METODISTA

As cruzadas evangelísticas promovidas por John Wesley, Charles Wesley e George Whitefield marcaram o grande despertamento que se estendeu pela Inglaterra e alcançou a América do Norte.

Alguns testificaram mais tarde que durante as pregações, eram frequentes as manifestações de fenômenos físicos, com pessoas chorando, desmaiando e tendo convulsões.

 

3.1. Os metodistas 

Os metodistas são cristãos reformados que nasceram de um movimento na Inglaterra no começo do século XVIII, no período da Revolução Industrial. A origem do metodismo está ligada a três nomes: John Wesley, seu autor e organizador; Charles Wesley, seu irmão Charles, escritor de hinos; e George Whitefield, orador e reavivalista. John Wesley e o irmão, queriam uma vida mais consagrada e organizaram um pequeno grupo com cerca de 25 pessoas que se reuniam aos Domingos à tarde, para orarem, estudarem e evangelizarem, depois Whitefield aderiu a este grupo. Passaram a ser conhecidos por  “Clube SANTO”. Tinham dias fixos para exercitar o jejum (geralmente nas quartas-feiras), tinham hora certa para a leitura da Bíblia, encorajamento mútuo, oração, evangelizavam, entre outras coisas. Por causa dessa organização, o grupo foi chamado de maneira pejorativa de “metodistas”, isto é, aqueles que têm métodos.

Esse grupo cresceu e passaram a se reunirem todas as tardes. Observavam a Ceia do Senhor todos os domingos. Esse grupo foi chamado, por João Wesley, de primeiro “levantamento da organização”.

 

3.2. O Wesleyanismo e o movimento pentecostal 

Esse movimento nada tem a ver com o pentecostalismo, que teve seu início no dia de Pentecostes e nunca deixou de existir até hoje, tendo seus avivamentos esporádicos de épocas em épocas e em diversos locais, sem muita divulgação por parte da história.

John Fletcher também chamou esta segunda bênção de ‘batismo no ESPÍRITO SANTO, porém não era o legítimo batismo com o ESPÍRITO SANTO com evidência do falar em línguas. Confundiu com o recebimento do ESPÍRITO SANTO na conversão e também com o recebimento do Fruto do ESPÌRITO.

Durante o ministério de John Wesley a Inglaterra experimentou um avivamento nunca visto, devido a muitos frequentarem as reuniões, buscarem por possuírem uma bíblia e deixarem seus vícios. Pelos relatos da época, é possível ver uma real mudança nos costumes e práticas das pessoas.

 

O movimento pentecostal da Rua Azusa foi um movimento independente, não comprometido com igrejas reformadas.

 

O movimento Holiness, nos EUA, entre outros foi criado em comunhão com o metodismo e teve problemas por deixar as raízes de Wesley quanto ao ensino arminiano que ele professava.

 

Wesley não poderia ser chamado “teólogo do ESPÍRITO” já que não era batizado com o ESPÍRITO SANTO com evidência do falar em línguas e não era usado em dons do Mesmo.

 

3.3. O interesse na restauração da Igreja 

Wesley não colocou as ênfases e nem os mesmos aspectos do Movimento Pentecostal, porém, Wesley ensinava a “perfeição cristã” promovendo o Movimento de Santidade (tema da próxima lição).

 

O Pentecostal é um “cristão que crê que o livro de Atos fornece um modelo para a igreja contemporânea e, nesta base, incentiva todos os crentes a experimentar o batismo no ESPÍRITO (At 2.4) com evidência do falar em línguas e experimentar os dons em plena atividade atual em suas vidas. Os sinais, maravilhas e os dons, mencionados em 1 Coríntios, devem caracterizar a vida da igreja hoje.

 

Atualmente os metodistas resolveram enxergar mais além do binóculo da reforma calvinista.

É sabido por todos que em 1967 os fundadores do metodismo no Brasil abraçaram uma teologia eminentemente pentecostal com ênfases no batismo do ESPÍRITO SANTO como segunda benção, com a evidência do falar em línguas estranhas, a manifestação dos dons de poder e a doutrina da santificação. Na época também os fundadores rejeitaram o ecumenismo e a teologia liberal que dominavam o metodismo tradicional do Brasil.

Havia entre eles um avivamento pentecostal de santidade, Palavra, obras e missão.

Agora não precisavam mais copiar, mas viver o pentecostalismo.

 

https://docoracaodobispo.wordpress.com/2013/07/02/wesleyanismo-e-pentecostalismo-tudo-a-ver/

 

Ajustes e adaptação do Pr Henrique

 

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[Artigo] Wesley, Pedro e o ESPÍRITO SANTO: uma apologia ao revestimento da 3ª pessoa da Trindade

Maio é um mês histórico para o Povo chamado Metodista e demais Igrejas de tradição wesleyana. O mês é marcante, pois há 287 anos, no dia 24 de maio de 1738, na Rua Aldersgate em Londres, João Wesley vivenciava a experiência do coração aquecido (uma legítima conversão).  A vida do clérigo anglicano pode ser situada em antes e depois de memorável data. Poderia escrever muitas coisas a respeito de tal experiência religiosa, mas o que quero aqui destacar é o efeito que ela gerou na vida de Wesley enquanto missionário ou evangelista, como o classifica Francis Gerald Ensley. É conhecida a interrogativa e carregada de frustração a frase de Wesley feita no dia 24 de janeiro de 1738, quando ainda a bordo do navio, após dois anos de missões, retornando da Geórgia ele escreveu em seu diário: "Fui à América para converter os índios; mas quem, ó quem, converterá a mim? Quem ou o que me livrará desse coração descrente? Eu tenho uma bela religião de verão. Posso andar bem, e até crer, quando nenhum perigo está perto. Mas quando me encontro cara a cara com a morte, o meu espírito fica perturbado. Não posso declarar, o morrer é lucro.[1]"

A resposta sincera para tal indagação e confissão veio quatro meses depois. Literalmente na vida de João Wesley, assim como diz as Escrituras em Rm 10:17, a fé veio pelo ouvir e o ouvir a Palavra de DEUS. Sobre sua impactante experiência ao som da palavra de DEUS, o próprio Wesley registrou em seu diário:

"Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que DEUS opera no coração através da fé em CRISTO, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em CRISTO para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade os meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".[2]

Sob o impacto da Palavra, o ESPÍRITO SANTO de DEUS veio sobre John Wesley não somente lhe convertendo o coração descrente e lhe dando convicção de perdão, mas também o capacitando com autoridade, intrepidez e poder, a ponto de o outrora clérigo medroso, o qual tremia frente à possibilidade da morte, agora cheio do poder do ESPÍRITO, olhando o mundo sem DEUS, intrepidamente declarar: "Dai-me cem homens que nada temam senão o pecado, e que nada desejam senão a DEUS, e eu abalarei o mundo." "Eu considero todo o mundo como a minha paróquia; em qualquer parte que eu esteja, eu considero que é certo, correto e o meu sagrado dever declarar a todos que estejam dispostos a ouvir, as boas novas da salvação." [3]

Obs.: Assim como Apolo era um pregador ganhador de Almas, Wesley também era impelido a pregar a todos para salvação de todos (agora acreditava que DEUS quer que todos sejam salvos e não apenas uns poucos predestinados como o calvinismo professava).

Muitas vezes falamos e tentamos fazer a obra missionária, “buscamos participar da Missão de DEUS”, mas assim como aconteceu com Wesley na Geórgia nossas experiências são frustrantes. Qual o pastor que nunca iniciou o ano desafiando cada membro de sua comunidade local a ganhar ao menos uma alma para JESUS?

Quantas vezes nós pastores trouxemos estudos, mensagens, palestras sobre a importância de cada cristão verdadeiro ser um missionário?
Mas a verdade é que quase sempre o resultado é pífio, o número de pessoas que se envolve com o trabalho de evangelismo é sempre reduzido. Até hoje o trabalho com células, pequenos grupos, grupos familiares, missão nos lares, culto nos lares, ou qualquer outra nomenclatura ainda enfrenta oposição no seio de muitas comunidades cristãs.

A palavra discipulado ainda causa arrepios em muitos membros de igreja, os quais ainda não compreenderam que a razão de ser da Igreja Cristã é fazer discípulos de todas as nações, assim como ordenou CRISTO, cabeça da Igreja. Isso ainda ocorre, pois existe em nossas comunidades uma cultura de assistir cultos, de frequentar escola dominical, mas ainda não houve um despertar para o discipulado como estilo de vida. Ainda não se atingiu a percepção que a ordenança de CRISTO na Grande Comissão, e as orientações contidas em Mateus 28. 16 a 20 são para que a Igreja vá ao mundo, e não para ficar no templo esperando as pessoas virem até ela.

Enquanto milhares se perdem, enquanto as seitas crescem, enquanto o inferno se superlota, a respeito de discipulado, a despeito do que a Bíblia e a Tradição Wesleyana dizem; muitas comunidades ainda estão discutindo a forma, ao passo que presas a longas discussões deixam de cumprir a essência de sua vocação, chamado e ordenança recebida, fazer discípulos. A essência da Igreja é ser missionária, a forma não importa, desde que seja fundamentada nas Escrituras e gere frutos para o Reino de DEUS. Isto deveria ser ponto pacífico entre nós, pois além de o Senhor JESUS em Mateus 28:18-20 ter declarado e ordenado: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado...” - o próprio João Wesley falando aos metodistas declarou: “Vocês não têm nada a fazer, senão salvar almas. Portanto, gastem tempo e sejam gastos nessa obra. Devem ir sempre não apenas ao encontro dos que precisam de vocês, mas principalmente daqueles que mais necessitam de vocês." [1]

Estamos tão aquém de nossa vocação missionária que chego a pensar que deveria fazer parte da confissão de fé de cada candidato a tornar-se membro da Igreja e dos votos de cada aspirante ao presbitério, a seguinte pergunta: "Vocês se comprometem a não permitirem que nenhuma outra motivação os mova na Igreja a qual abraçam a fé em CRISTO a não ser a de salvar almas?" Caso surgisse certo titubeio por parte do candidato em responder afirmativamente à pergunta feita, a recepção ou ordenação deveria ser interrompida de imediato, pois alguém que tem dúvidas em relação a seu chamado para ganhar almas, não pode estar seguro também em relação a sua própria conversão, salvação e fé em CRISTO, pois é impossível alguém ter genuinamente experimentado o amor de DEUS em sua alma e conseguir ficar calado após tal experiência. DEUS nos resgatou em CRISTO, CRISTO nos escolheu e designou não para assistirmos cultos, mas para que testemunhemos ao mundo que: A saber, que DEUS estava em CRISTO, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” (2 Coríntios 5.19)

Não existe nenhuma outra razão para nossa existência enquanto Povo chamado cristão que não seja a de fazer discípulos para o Senhor. Participar da Missão de DEUS em seu propósito em salvar o mundo está no DNA espiritual de cada cristão realmente nascido da ÁGUA E DO ESPÍRITO. Não foi sem motivo que João Wesley declarou: "Vossa própria natureza é dar sabor a tudo quanto vos rodeia. É da natureza do divino sabor que existe em vós expandir-se em tudo quanto tocardes, difundir-se por todos os lados, atingindo a todos aqueles em cujo meio estiverdes. Esta é a grande razão pela qual a Providência de DEUS vos misturou com os outros homens, de modo que as graças, quaisquer que sejam, que de DEUS houverdes recebido, possam ser comunicadas através de vós ao demais homens."[2] Toda experiência com o ESPÍRITO, todo Encontro com DEUS que não resulta em Missão, em ir ao encontro do povo sofrido, deve ser colocada em dúvida, pois "A autêntica experiência de salvação é transformadora. Ou impacta a orientação total da vida ou não é autêntica."[3] E tal orientação nos coloca a serviço do Caminho pelos caminhos do mundo a anunciar a CRISTO. Quem antes de ter vivenciado uma experiência com CRISTO não se envolvia com a obra missionária e após testemunhar que teve um encontro com Ele continua a não se envolver é pelo fato de que a experiência alardeada ou não foi vivenciada ou não é autêntica.

Nossa vida deve ser um culto missionário constante, e a ida a igreja deve ser a celebração de um cotidiano vivido na presença de DEUS, vou ao templo para em comunidade participar ativamente do culto e não para assisti-lo. Nossas comunidades estão cheias de assistentes de cultos e "consumidores" de sermões. Para muitos de tais assistentes de cultos, se já na segunda-feira lhes for perguntado o que foi pregado no culto de domingo à noite, eles já não mais se recordarão, consumiram com o sermão a ponto de não mais se lembrarem dele. Isso é herança do catolicismo romano, uma vez que dentre outras coisas, a Igreja Protestante herdou a tradição católica romana de assistir missas, transferindo tal tradição para o assistir cultos. Na compreensão católica romana, a missa é um sacrifício incruento realizado no altar, e sendo a missa um sacrifício, basta o sacerdote para realizá-lo, o povo simplesmente assiste e desfruta dos benefícios dele. Seu teólogo Jerônimo dizia:
 “Nosso Senhor JESUS CRISTO nos concede tudo o que Lhe pedimos na Santa Missa; e o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário. Cada Santa Missa a que assistires, alcançar-te-á, no Céu, maior grau de glória.” [4]

Se formos fazer um levantamento em toda a Igreja Nacional, vamos encontrar milhares de pessoas que apesar de anos e anos de Igreja, conhecem a Bíblia, o hinário, as revistas de EBD, são capazes de contar nos dedos quantas vezes faltaram em um culto, reunião de oração, ou EBD, mas nunca ganharam uma pessoa para CRISTO. Alguns apesar de veteranos na fé, não sabem, ou tem vergonha de falar de CRISTO. Mal sabem anunciar o Querigma [5]- Palavra grega que significa "proclamação". Kerix é o mensageiro, o que traz a boa notícia. Por isso se dá o nome de kerigma ao anúncio do evangelho (cf. Mt 12,41; Lc 11,32 ; Rm 16,25; 1Cor 1,21; 2,4; 15,14; 2Tm 4) Do Grego kérygma (produz querigma/querigmático). Mensagem, pregação, proclamação. Mais tarde passou a designar a pregação da Cristandade primitiva a respeito de JESUS. (Pequeno Dicionário de Termos Teológicos Alemães, Latinos e Gregos. Lindolfo Weingartner). Glória a DEUS pelo fato de que vão à igreja templo, mas deveriam fazer isso, sem omitir aquilo, que é ser igreja missionária lá fora.

A inatividade de muitos membros no tocante ao discipulado pessoal como estilo de vida não deve nos desanimar, pois Wesley apesar de toda cultura, conhecimento teológico e tradição religiosa que possuía, mesmo sendo um clérigo, antes de sua experiência do coração aquecido também se encontrava na mesma condição de muitos cristãos atuais, tanto pastores como leigos.  Porém, a realidade começou a mudar a partir de uma sincera constatação de que algo estava errado em sua vivência de fé.  Ao olhar os frutos na vida dos Morávios, John Wesley viu que algo estava faltando na vida dele, e ao refletir sobre seu fracasso missionário desabafou: "Fui à América para converter os índios; mas quem, ó quem, converterá a mim? Quem ou o que me livrará desse coração descrente?”

Vejo nas supracitadas interrogações de Wesley uma confissão e um pedido por socorro. Vejo muita semelhança com o que ocorreu com o Apostolo Pedro, o qual covardemente não teve capacidade de confessar a CRISTO diante dos homens e de duas criadas. Mateus no capítulo 26 versículos 69 a 75 relata que: “uma criada, disse a Pedro: - Tu também estavas com JESUS! Mas ele negou: - Não sei o que dizes. Em seguida, outra criada disse: - Este também estava com JESUS. E ele negou outra vez com juramento: - Não conheço tal homem. Daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: - Verdadeiramente também tu és deles! Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: - Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. Pedro saiu dali e chorou amargamente.” Nem parece o mesmo Pedro que em Mateus 26:33-35 dissera: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei. [...] Ainda que me seja mister morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.

Wesley se assemelhou a Pedro em sua pretensão de converter os índios ao cristianismo, sem antes ter sido ele próprio convertido por CRISTO. Ambos possuíam boas intenções em relação ao Mestre, mas confessar a CRISTO não é resultado de boas intenções, antes é consequência de um quebrantamento da carne e enchimento do ESPÍRITO SANTO, ninguém pode confessar a CRISTO ou proclamá-lo eficazmente sem a ação do ESPÍRITO SANTO. Prova disso é que, após a descida do ESPÍRITO, o outrora medroso pescador aparece em Atos dos apóstolos cheio do poder do ESPÍRITO SANTO, e a respeito dele Lucas deixou os seguintes registros:
“Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse à multidão: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, escutai as minhas palavras.” (AT 2, 14)
“E disse Pedro: Não tenho ouro nem prata; mas o que tenho isso te dou. Em nome de JESUS CRISTO, levanta-te e anda.” (AT 3, 6)
No Sinédrio, diante dos doutores da Lei, “Pedro disse: Principais do povo, e vós, governantes de Israel. Sabei que é em nome de JESUS CRISTO, aquele a quem vós crucificastes e a quem DEUS ressuscitou dentre os mortos, que este homem está curado diante de vós.” (AT 4, 8-10)

De todas as citações sobre Pedro em Atos, a que mais me impressiona é a supracitada, onde ele se dirige aos governantes de Israel e na face deles, os acusa de ter matado a JESUS CRISTO.

Cadê a covardia? Cadê o medo?
Foram subjugados pelo poder do ESPÍRITO SANTO, pois quando o ESPÍRITO vem sobre nossas vidas à covardia dá lugar à intrepidez. O medo cede lugar à ousadia, e a inatividade sucumbe frente aos frutos que permanecem. A respeito de Pedro, o qual em sua carne não pode testemunhar a CRISTO diante de três pessoas, após a conclusão de seu primeiro sermão sob o poder do ESPÍRITO SANTO, Lucas escreve em Atos 2:36-41: "Saiba, pois com certeza toda a casa de Israel que a esse JESUS, a quem vós crucificastes, DEUS o fez Senhor e CRISTO. E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO; Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos DEUS nosso Senhor chamar. E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas."

Oh Glória!! Que Maravilha! Que Mudança! Que diferença! Que transformação impactante! Aleluia! Já não há mais talvez, já não há mais timidez, não existe motivo para temer, não há mais razão para não testemunhar, pois o ESPÍRITO SANTO nos dá intrepidez, audácia, poder...

Fica evidente que o que fez a diferença na vida e ministério de Pedro, o Apóstolo, bem como na de João Wesley o clérigo anglicano, foi o reconhecimento de suas misérias e a experiência com o ESPÍRITO SANTO de DEUS. 

 

Observação do Pr. Henrique

Apolo assim se comportava também:

Atos 18.23 E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente e poderoso nas Escrituras.

25 Este era instruído no caminho do Senhor e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente o batismo de João. 26 Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Aquila, o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de DEUS. 27 Querendo ele passar à Acaia, o animaram os irmãos, e escreveram aos discípulos que o recebessem; o qual, tendo chegado, aproveitou muito aos que pela graça criam. 28 Porque com grande veemência, convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que JESUS era o CRISTO.

 

Atos 19.1 E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos,

Disse-lhes: Recebestes vós já o ESPÍRITO SANTO quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja ESPÍRITO SANTO. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em JESUS CRISTO. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor JESUS. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas, e profetizavam. E estes eram, ao todo, uns doze homens.

Faltava a Apolo o mesmo que a Wesley – Conhecimento sobrenatural prático.

 

Tentar participar da Missão de DEUS sem buscar o preenchimento pelo ESPÍRITO SANTO é a mesma coisa que tentar fazer um carro andar sem combustível, ele pode até andar, mas será empurrado, de arrasto, mas sem força, sem dinamismo, sem eficácia, e por fim sem resultados, deixando somente frustração e cansaço.  No poder do ESPÍRITO a obra de DEUS apresenta dinamismo, sem o poder do ESPÍRITO, ainda que faça barulho, ela não passa de ativismo que gera emoção, multidão, mas não produz conversão, discípulos e comunhão que envolve a todos em um ciclo vivo de Missão. Conhecemos a Palavra e a promessa que diz em Atos 1.8: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra..." Conhecemos, cremos, mas parece que não a levamos a sério. Precisamos confessar nossas fraquezas, pedir a DEUS que nos converta e que nos livre de nossos incrédulos corações. Precisamos reconhecer que somente no poder do ESPÍRITO SANTO poderemos ser eficazes na Missão de DEUS, pois a Missão é Dele, sendo Ele quem estipulou os meios para quem se sente chamado a participar dela. E o meio é ser cheio, é ser revestido, é ser impactado, quebrantado, batizado, imerso, conduzido, guiado, dominado, inundado pelo ESPÍRITO SANTO.

Ano após anos, recontamos a história de Pedro e de João Wesley, está na hora de dia após dia realizarmos no poder do ESPÍRITO SANTO os mesmos feitos que eles fizeram. Está na hora de muito mais do que recontarmos a história, fazermos história, pois o ESPÍRITO que esteve sobre Pedro e Wesley está disponível a nós, pois assim prometeu JESUS:
E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o ESPÍRITO SANTO àqueles que lho pedirem? Lucas 11:9-13
Se hoje queremos no poder do ESPÍRITO SANTO incendiar o mundo e colhermos almas para o Senhor, nós devemos compreender que: O incêndio do mundo começa a se espalhar a partir do coração de cada crente, o qual entende que sem o poder do ESPÍRITO SANTO nada pode fazer. Entende e passa a buscar, busca e encontra, encontra e coloca os dons em prática, e assim como Wesley, diante dos frutos produzidos pode declarar: “Eu me coloco em chamas, e o povo vem para me ver queimar” – John Wesley (respondendo à pergunta de como ele atraía as multidões).

Oremos:  A começar em mim incendeia corações, para que sejamos missionários e o mundo conheça a vós.

 

Reverendo José do Carmo da Silva – Zé do Egito
Igreja Metodista em Fátima do Sul – MS

https://www.metodista.org.br/artigo-wesley-pedro-e-o-espirito-santo-uma-apologia-ao-revestimento-da-3-pessoa-da-trindade

Com algumas adaptações se comentários extras do Pr Henrique

 

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REVISTA NA ÍNTEGRA - Lição 6, Betel, O Wesleyanismo, 1Tr25

 

Lição 6, Betel, O Wesleyanismo, A Chama que deu Forma ao Metodismo e à Santidade, 1Tr25, Comentários extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

EBD, Revista Editora Betel, 1° Trimestre De 2025, Tema: MOVIMENTO PENTECOSTAL – A Chama do ESPÍRITO que Continua a incendiar o mundo. Escola Bíblica Dominical

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 6, Betel, 1Tr25

1- O INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JOHN WESLEY

1.1. Um clérigo anglicano. 

1.2. A influência do pietismo. 

1.3. A influência do pietismo morávio. 

2- A PNEUMATOLOGIA WESLEYANA

2.1. Um coração estranhamente aquecido. 

2.2. O ESPÍRITO SANTO atua para a salvação. 

2.3. A experiência na teologia wesleyana. Os sermões de John Wesley

3- O AVIVAMENTO METODISTA

3.1. Os metodistas 

3.2. O Wesleyanismo e o movimento pentecostal 

3.3. O interesse na restauração da Igreja 

 

 

TEXTO ÁUREO

“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” 2 Timóteo 4.2

 

VERDADE APLICADA

Perseverar em oração e vigilância, à luz da Palavra e com a ajuda do ESPÍRITO SANTO, é essencial para não sermos envolvidos pela frieza e indiferença espiritual.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conhecer a vida e ministério de John Wesley.
Identificar a situação da Igreja no século XVIII,
Ressaltar que a Igreja deve pregar a Palavra de DEUS.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - ROMANOS 10.13-17
13 Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como creram naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!
16 Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação?
17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Mt 3.11 JESUS batiza com o ESPÍRITO SANTO e com fogo.
TERÇA | Mc 16.15 Todos são chamados a pregar o Evangelho.
QUARTA | At 8.4 O dever de pregar a Palavra em qualquer lugar
QUINTA | At 13.2 O ESPÍRITO de DEUS capacita para a missão.
SEXTA | Rm 10.17 A fé é pelo ouvir, e ouvir a Palavra de DEUS.
SÁBADO | 2Tm 2.15 Procura apresentar-te a DEUS aprovado.
HINOS SUGERIDOS: 196, 198, 200

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que DEUS continue levantando trabalhadores para Sua obra.

 

PONTO PARTIDA – Todos são chamados a pregar o Evangelho

 

INTRODUÇÃO

A vida, as experiências e as ênfases teológicas de John Wesley impactaram a sociedade da época, contribuindo para o reavivamento da Igreja e o desenvolvimento das raízes teológicas do Pentecostalismo, como veremos nesta lição.

 

 

1- O INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JOHN WESLEY

John Wesley (1703-1791), líder, teólogo e pregador inglês de origem anglicana, foi o fundador do metodismo, movimento que em sua origem buscava reavivar a teologia e a vida da Igreja na Inglaterra. Rejeitado pela hierarquia da Igreja inglesa, Wesley passou a percorrer toda a Inglaterra a cavalo e a anunciar a Palavra de DEUS ao ar livre. Seu trabalho causou profunda revolução religiosa na Inglaterra e, de maneira mais ampla, na América do Norte.

 

1.1. Um clérigo anglicano 

John Wesley nasceu em Epworth, na Inglaterra, no dia 17 de junho de 1703. Filho de um sacerdote anglicano, foi o décimo quinto filho de uma família de dezenove irmãos, dos quais sobreviveram nove. Wesley, além de clérigo anglicano, tornou-se o líder desbravador do movimento metodista ocorrido na Inglaterra no século XVIII. Roberto Ferreira (Teologia Pentecostal da Harpa Cristã, 2022, p. 22) diz que o pensamento teológico de John Wesley lançou as bases para a teologia do Movimento de Santidade na América do Norte que, posteriormente, eclodiu no Movimento Pentecostal.

 

José Gonçalves Salvador (1960, p. 81-102): “O metodismo foi um movimento de avivamento espiritual cristão ocorrido na Inglaterra do século XVIII. Este movimento enfatizava a relação íntima do indivíduo com DEUS, iniciando-se com uma conversão pessoal e seguindo uma vida em santidade na ética e moral cristã. O metodismo foi liderado por John Wesley (pároco anglicano) e seu irmão Carlos Wesley (um dos maiores expoentes da música sacra protestante)”.

 

1.2. A influência do pietismo 

O movimento pietista cooperou visivelmente para produzir o desenho do metodismo contemporâneo. Na busca integral pela “santidade real’; Wesley adicionou aos seus estudos o perfeccionismo dos pietistas. Dentro desse panorama, Wesley ajustou seus pensamentos, absorvendo a influência pietista para uma vida de santidade, para testemunho, missão e serviço de uma vida cristã santa. Inspirado por esse movimento, Wesley institui as Sociedades Metodistas, baseadas nos pequenos grupos de oração e leitura bíblica. Assim, para compreender o movimento wesleyano, é indispensável um conhecimento básico da história do movimento pietista de Halle e de Herrnhut, que influenciaram os assuntos sobre santidade nos estudos de John Wesley.

 

Kenneth J. Collins (2018, p. 278): “A importância da renovação pessoal genuína por causa da santidade era tema metodista compartilhado com os pietistas de Halle e de Herrnhut. De acordo com Howard Snyder, alguns dos elementos comuns desses três movimentos eram, entre outras coisas, a ênfase na regeneração, a experiência religiosa pessoal, a piedade, a santidade e a disciplina. (…) é provável que o que mais atraísse Wesley no pietismo alemão, especialmente no de Halle e nos movimentos predecessores, fosse a forte associação do novo nascimento com a força da Igreja; em outras palavras, que a renovação deve começar com a ação de inculcar a santidade”.

 

1.3. A influência do pietismo morávio 

A extensão do pietismo obteve sua maior aquisição através de John Wesley, fundador do Metodismo. Pode-se assim falar que o pietismo alemão apresentou uma grande influência na vida de John Wesley, pois muitas das ideias de Wesley foram guiadas, dirigidas e inspiradas pelos pietistas da Morávia. No ano de 1735, Wesley e seu irmão mais novo foram separados e enviados como missionários para a colônia da Geórgia, na América. Nessa viagem, eles foram apresentados ao movimento pietista, pois a bordo do navio estavam 26 morávios de Herrnhut. Em seu diário, Wesley escreveu que sentiu que os morávios evidenciavam uma vida repleta de fé e do ESPÍRITO SANTO.

 

Jesse Hurlbut (2014, p. 221): “No ano de 1735, Wesley e seu irmão mais novo, Charles, foram enviados como missionários à nova colônia da Geórgia. Seu trabalho não teve muito êxito, por isso regressaram à Inglaterra após dois anos na América. Esse período foi decisivo na vida de ambos, pois foi nessa época que eles conheceram um grupo de morávios, seguidores do conde Zinzendorf; por intermédio dos novos amigos, alcançaram conhecimento experimental de uma vida espiritual. Até então, o ministério de Wesley havia sido um fracasso; mas, a partir dessa data, nenhum ministro da Inglaterra despertava tão grande interesse como ele, exceto George Whitefield”.

 

EU ENSINEI QUE:

John Wesley foi o precursor do Movimento Metodista ocorrido na Inglaterra no século XVIII.

 

2- A PNEUMATOLOGIA WESLEYANA

Para John Wesley, o ESPÍRITO SANTO torna a graça presente no CRISTO, na Igreja e no mundo; além disso, a experiência com o ESPÍRITO dinamiza a vida cristã, tirando-a de uma mera devoção. Assuntos como: novo nascimento, regeneração e evidência da graça e da fé em nosso espírito seriam, portanto, ações atribuídas à atuação direta do ESPÍRITO SANTO.

 

2.1. Um coração estranhamente aquecido 

John Wesley registrou a experiência que teve com o ESPÍRITO SANTO; a qual, muitas vezes, ele mencionou em suas pregações como: “experiência de Aldersgate” Wesley recordou em seu diário o que aconteceu em 24 de maio de 1738: “À noite, eu fui muito relutantemente para uma sociedade na Rua Aldersgate, onde alguém estava lendo o prefácio de Lutero para a Epístola de Romanos. Cerca de um quarto antes das nove, enquanto ele estava descrevendo a mudança que DEUS trabalha no coração através da fé em CRISTO, senti meu coração estranhamente aquecido. Senti que confiava em CRISTO, só CRISTO, para a salvação; e uma garantia me foi dada de que Ele tinha tirado meus pecados, sim, os meus, e me salvou da lei do pecado e da morte”.

 

Justo L. González (2015, p. 306), escreve a atitude de Wesley após a experiência de Aldersgate: “Como os moravianos o haviam impressionado em inúmeras ocasiões, Wesley então decidiu viajar para a Alemanha, onde ele se encontrou com Zinzendorf e visitou Herrnhut. Como antes, ele se comoveu com a profundidade da convicção dos moravianos, e por sua vida moral e religiosa:’.

 

2.2. O ESPÍRITO SANTO atua para a salvação 

Wesley teve a salvação como um dos temas centrais em seus ensinamentos, em suas pregações e em toda a sua vivência religiosa. Para ele, a nossa redenção é cultivada pela obra do ESPÍRITO, cuja ação é fundamental no processo de salvação. Isso porque a presença do ESPÍRITO SANTO no nascido de novo testifica a salvação, proporcionando à pessoa essa segurança. Portanto, para crer na salvação, é necessário receber o ESPÍRITO SANTO. Wesley dizia que: “A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão.”

 

Kenneth J. Collins (2018, p. 171): “Conforme Starkey observa, o ESPÍRITO SANTO, ao tornar efetiva a obra completa de CRISTO, é o agente, ou administrador, da redenção: E esse papel de superintendência é tão importante que Wesley comentou, em sua obra A Farther Appeal (Mais um Apelo), que toda obra da salvação, cada pensamento, cada boa palavra e cada boa obra, é reunida pela operação do ESPÍRITO de DEUS”.

 

2.3. A experiência na teologia wesleyana 

Os sermões de John Wesley eram bem diferentes dos sermões acadêmicos dos ministros da Igreja Anglicana. Wesley enfatizava a obra do ESPÍRITO SANTO na santificação, como uma “segunda obra da graça”; inclusive, às vezes, identificada como “batismo no ESPÍRITO“. Os que nasceram de novo eram incentivados a ser cheios do ESPÍRITO SANTO. Para Wesley, a experiência, também denominada “religião do coração”, estava presente no modo de se lidar com as Escrituras.

 

Donald Dayton (2021, p. 85-86): “Há um ponto em que Wesley permite o surgimento de temas pneumatológicos mais próximos das tradições cristãs radicais. (…) Wesley com certa consistência ensinava que “o testemunho do ESPÍRITO é uma impressão interior na alma das pessoas crentes, mediante a qual o ESPÍRITO de DEUS testifica com o seu espírito de que são filhas de DEUS. (…) Wesley recusava-se a separar este “testemunho do ESPÍRITO” do “fruto do ESPÍRITO”, exortando que ninguém presuma “descansar num suposto testemunho do ESPÍRITO que esteja separado do fruto do ESPÍRITO”.

 

EU ENSINEI QUE:

Para Wesley, assuntos como o novo nascimento, a regeneração, a evidência da graça e da fé em nosso espírito são ações diretas do ESPÍRITO SANTO.

 

3- O AVIVAMENTO METODISTA

Segundo Roger Olson (2001, p. 523), as campanhas evangelísticas promovidas por John Wesley, Charles Wesley e George Whitefield marcaram o grande despertamento que se estendeu pela Inglaterra e alcançou a América do Norte. Outros historiadores registram que, durante as pregações, eram frequentes as manifestações de fenômenos físicos, com pessoas chorando, desmaiando e tendo convulsões. Há os que afirmam que “os reavivamentos wesleyanos na Inglaterra ajudaram a evitar uma revolução sangrenta, como a que explodiu na França no fim do século XVIII”.

 

3.1. Os metodistas 

Os metodistas são cristãos que nasceram de um movimento na Inglaterra no começo do século XVIII, no período da Revolução Industrial. A origem do metodismo está ligada a três nomes: John Wesley, seu autor e organizador; Charles Wesley, seu irmão, escritor de hinos; e George Whitefield, um fecundo orador e reavivalista. John Wesley e o irmão, impulsionados pelo desejo de uma vida mais consagrada, organizaram um pequeno grupo, ao qual Whitefield aderiu mais adiante. Muitos zombavam deles, passando a chamar o grupo de “Clube SANTO”: O grupo ficaria conhecido por: dias fixos para exercitar o jejum, hora certa para a leitura da Bíblia, encorajamento mútuo, oração, dia de visitar os presos, entre outras coisas. Por causa dessa organização, o grupo foi chamado de maneira pejorativa de “metodistas”, isto é, aqueles que têm métodos.

 

R.N. Champlin (2015, p. 253): “Esse clube reunia-se aos domingos à tarde. As pessoas envolvidas eram quase todas anglicanas. O entusiasmo despertado levou-as a se reunirem todas as tardes. Observavam a Ceia do Senhor todos os domingos e jejuavam às quartas-feiras. George Whitefield uniu-se ao grupo e tornou-se um dos importantes líderes do movimento. Na época, o grupo compunha-se de cerca de vinte e cinco estudantes. Eles mostravam-se sérios no discipulado cristão, e a revisão constante das vidas dos membros do grupo era um dos fatores da seriedade deles. Esse aspecto da formação histórica do metodismo foi chamado, por João Wesley, de primeiro levantamento da organização”.

 

3.2. O Wesleyanismo e o movimento pentecostal 

Muitos teólogos defendem que o wesleyanismo é o pai do pentecostalismo moderno. Isso porque durante o ministério de John Wesley a Inglaterra experimentou um avivamento nunca visto. Pelos relatos da época, é possível ver os ensinamentos e crenças wesleyanas nas raízes da Rua Azusa e do movimento Holiness, nos EUA, entre outros. Para Robert P. Menzies, um dos nomes mais conceituados da teologia pentecostal, o movimento pentecostal surge como uma síntese de várias tradições de “santidade” que apareceram no final do século XIX, em movimentos de reavivamento que possuíam uma herança wesleyana.

 

Donald Dayton (2021, p. 82): “Esta mudança soteriológica sob o impacto da experiência de Wesley na Aldersgate Street e em suas relacionadas influências levanta uma importante questão acerca de quanto Wesley poderia ser considerado como um “teólogo do ESPÍRITO”: Diversos intérpretes têm proposto que Wesley poderia ser assim chamado e então seria óbvio o sentido da questão levantada para determinar a relação do pai do metodismo com o pentecostalismo”.

 

3.3. O interesse na restauração da Igreja 

Mesmo que o interesse de Wesley em um retorno da igreja cristã aos padrões de vida do Novo Testamento não possa ser identificado com a mesma ênfase e os mesmos aspectos do Movimento Pentecostal, é possível perceber a conexão entre ambos, tanto que esta e outras ênfases de Wesley, como a “perfeição cristã”, prepararam o caminho para o Movimento de Santidade (tema da próxima lição) e o desenvolvimento das raízes teológicas do Pentecostalismo. Menzies (2016, p.16), define o Pentecostal como: “o cristão que crê que o livro de Atos fornece um modelo para a igreja contemporânea e, nesta base, incentiva todos os crentes a experimentar o batismo no ESPÍRITO (At 2.4)”; bem como que os sinais, maravilhas e os dons, mencionados em 1 Coríntios, devem caracterizar a vida da igreja hoje.

 

Donaldo Dayton (2018, p. 79-82): “O Motivo Primitivista em Wesley. A nota primitivista em Wesley convida de imediato a uma comparação com a preocupação pentecostal com a restauração da fé apostólica: Wesley compreendeu-se a si mesmo como um advogado da `religião antiga’ ou do verdadeiro cristianismo primitivo”. Este mesmo autor pontua que a mudança da ênfase de Wesley do aspecto eclesiástico para soteriológico, após a experiência mencionada no tópico 2 desta Lição, o “aproxima ainda mais do Pentecostalismo”.

 

EU ENSINEI QUE:

A influência da Teologia de John Wesley teve grande influência no movimento pentecostal.

 

CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos que o pensamento teológico de John Wesley pode ser percebido nas bases do Movimento Pentecostal. O estudo do Movimento Wesleyano, portanto, é um estímulo ao autoexame contínuo e necessário ao cristão (2Co 13.5). Isso torna possível evitarmos a indiferença e a frieza espiritual, prosseguindo triunfantes até que todos cheguemos “à medida da estatura completa de CRISTO” (Ef 4.13).