Escrita Lição 1, Central Gospel, Quem São os Profetas Maiores, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

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CENTRAL GOSPEL  ADVEC

Revista 72, 1º Trimestre de 2024

Tema, Profetas Maiores — Mensageiros de Deus em tempos de angústia, esperança e salvação.

Comentarista, Ricardo Rangel da Silva

 

Lição 1, Central Gospel, Quem São os Profetas Maiores

Lição 2, Central Gospel, A Gravidade do Pecado de uma Nação

Lição 3, Central Gospel, A Unicidade de Deus

Lição 4, Central Gospel, O Servo de Jeová

Lição 5, Central Gospel, As Adversidades Ministeriais de Jeremias

Lição 6, Central Gospel, Recabitas, Exemplo de Obediência

Lição 7, Central Gospel, A Dor do Profeta por uma Cidade Pecadora

Lição 8, Central Gospel, O Chamado do Filho do Homem

Lição 9, Central Gospel, A Responsabilidade é Pessoal

Lição 10, Central Gospel, O Triunfo da Esperança

Lição 11, Central Gospel, O Caráter de Daniel

Lição 12, Central Gospel, A Soberania de Deus na História

Lição 13, Central Gospel, O Fim dos Tempos

 

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. QUEM SÃO OS PROFETAS

1.1. Profetas

1.2. Servos

1.3. Atalaias

1.4. Homem de Deus

2-  ENTENDENDO PROFETAS MAIORES E

MENORES

2.1. Significado dos termos

2.1.1. Divisão do bloco profético na tradição

 hebraica

2.2. Os Profetas Maiores

3- PROFETAS MAIORES, SUA ÉPOCA E

MENSAGEM

3.1. Isaías, profeta da salvação

3.2. Jeremias, profeta estabelecido por Deus

3.3. Ezequiel, profeta da esperança

3.4. Daniel, profeta apocalíptico

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Ezequiel 3.1-3,17-21

1 - Depois, me disse: Filho do homem, come o que achares; come este rolo, e vai, e fala à casa de Israel.

2 - Então, abri a minha boca, e me deu a comer o rolo.

3 - E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou. Então, o comi, e era na minha boca

doce como o mel.

17 - Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte.

18 - Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei.

19 - Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma.

20 - Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá; porque, não o

avisando tu, no seu pecado morrerá, e suas justiças que praticara não virão em memória, mas o seu sangue da tua mão o requererei.

21 - Mas, avisando tu o justo, para que o justo não peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque foi avisado; e tu livraste a tua alma.

 

 

TEXTO ÁUREO

Porquanto não deram ouvidos às minhas palavras, diz o Senhor, enviando-lhes eu os meus

servos, os profetas, madrugando e enviando; mas vós não escutastes, diz o Senhor. Jeremias 29.19

 

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Jeremias 23.28 O profeta fala a palavra de Deus

3ª feira – Jeremias 1.5 Profeta chamado desde o ventre

4ª feira – Isaías 34.16 Escritura: a profecia que não falha

5ª feira – Isaías 44.24-28 Deus cumpre a palavra dos profetas

6ª feira – Ezequiel 2.7 Profeta entregue à Palavra de Deus

Sábado – Daniel 9.2-4 A vida devocional de um profeta

 

 

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:

- identificar os Profetas Maiores, suas biografias e a época em que viveram;

- conhecer a autoria, a mensagem e a data de escrita dos livros;

- entender a importância do ministério profético na história de Israel e na história bíblica;

- compreender a atualidade da mensagem dos profetas para a humanidade hodierna.

 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Meu caro professor, começa hoje mais um trimestre, no qual estudaremos os Profetas Maiores. Os profetas foram homens que receberam de Deus graça para anunciar a Sua

Palavra. Nesta aula introdutória, focalizaremos a natureza do ministério profético revelado nas Escrituras Sagradas. Deixe claro para os seus alunos o sentido das expressões “profetas maiores” e “profetas menores”. Não se esqueça de destacar assuntos como: a autoria dos livros; a biografia de seus escritores; o período histórico em que atuaram; e, principalmente, a mensagem recebida — e entregue — pelos profetas. Excelente aula!

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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LIÇÃO 6 - PROFETAS MAIORES E MENORES

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2010

O Ministério Profético na Bíblia, a voz de DEUS na Terra
Comentários da revista da CPAD:

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev.. Luiz Henrique de Almeida Silva

    

 

TEXTO ÁUREO

"E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras" (Lc 24.27).

 

 

VERDADE PRÁTICA

Embora sejam classificados em maiores e menores, os profetas do Antigo Testamento foram todos, de igual modo, inspirados verbal e plenariamente pelo ESPÍRITO SANTO de DEUS.

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSERomanos 9.25-29

25 Como também diz em Oséias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada. 26 E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do DEUS vivo. 27 Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. 28 Porque o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completando-a e abreviando-a. 29 E como antes disse Isaías: Se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, teríamos sido feitos como Sodoma e seríamos semelhantes a Gomorra.

 

ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO
Rm 9.6 “Não que a palavra de DEUS haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas”.

INTRODUÇÃO.
 Em Rm 9–11, Paulo trata da eleição de Israel no passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da sua salvação futura.
Esses três capítulos foram escritos para responder à pergunta que os crentes judaicos faziam: como as promessas de DEUS a Abraão e à nação de Israel poderiam permanecer válidas, quando a nação de Israel, como um todo, não parece ter parte no evangelho? O presente estudo resume o argumento de Paulo.

SÍNTESE. Há três elementos distintos no exame que Paulo faz de Israel no plano divino da salvação.
(1) O primeiro (9.6-29) é um exame da eleição de Israel no passado. (a) Em 9.6-13, Paulo afirma que a promessa de DEUS a Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis da nação. Visava somente o verdadeiro Israel, aqueles que eram fiéis à promessa (ver Gn 12.1-3; 17.19). Sempre há um Israel dentro de Israel, que tem recebido a promessa. (b) Em 9.14-29, Paulo chama a nossa atenção para o fato de que DEUS tem o direito de fazer o que Ele quer com os indivíduos e as nações. Tem o direito de rejeitar a Israel, se desobedecerem a Ele e o direito de usar de misericórdia para com os gentios, oferecendo-lhes a salvação, se Ele assim decidir.
(2) O segundo elemento (9.30—10.21) analisa a rejeição presente do evangelho por Israel. Seu erro de não voltar-se para CRISTO, não se deve a um decreto incondicional de DEUS, mas à sua própria incredulidade e desobediência (ver 10.3).
(3) Finalmente, Paulo explica (11.1-36) que a rejeição de Israel é apenas parcial e temporária. Israel por fim aceitará a salvação divina em CRISTO.
O argumento dele contém vários passos.

(a) DEUS não rejeitou o Israel verdadeiro, pois Ele permaneceu fiel ao “remanescente” que permanece fiel a Ele, aceitando a CRISTO (11.1-6).

(b) No presente, DEUS endureceu a maior parte de Israel, porque os israelitas não quiseram aceitar a CRISTO (11.7-10; cf. 9.31—10.21).

(c) DEUS transformou a transgressão de Israel (i.e., a crucificação de CRISTO) numa oportunidade de proclamar a salvação a todo o mundo (11.11,12, 15).

(d) Durante esse tempo presente da incredulidade nacional de Israel, a salvação de indivíduos, tanto os judeus como os gentios (cf. 10.12,13) depende da fé em JESUS CRISTO (11.13-24).

(e) A fé em JESUS CRISTO, por uma parte do Israel nacional, acontecerá no futuro (11.25-29).

(f) O propósito sincero de DEUS é ter misericórdia de todos, tanto dos judeus como dos gentios, e incluir no seu reino todas as pessoas que crêem em CRISTO (11.30-36; cf. 10.12,13; 11.20-24).

PERSPECTIVA. Várias coisas se destacam nestes três capítulos.
(1) Esse exame da condição de Israel não se refere à vida ou morte eterna de indivíduos após a morte. Pelo contrário, Paulo está tratando do modo como DEUS lida com nações e povos do ponto de vista histórico, i.e., do seu direito de usar povos e nações conforme Ele quer. Por exemplo, sua escolha de Jacó em lugar de seu irmão Esaú (9.11) teve como propósito fundar e usar as nações de Israel e de Edom, oriundas dos dois. Nada tinha que ver com seu destino eterno, i.e., quanto a sua salvação ou condenação como indivíduos. Uma coisa é certa: DEUS tem o direito de chamar as pessoas e nações que Ele quiser, e determinar-lhes responsabilidades a cumprir.
(2) Paulo expressa sua constante solicitude e intensa tristeza pela nação judaica (9.1-3). O próprio fato que Paulo ora para que seus compatriotas sejam salvos, revela que ele não admitia o ensino teológico da predestinação, afirmando que todas as pessoas já nascem predestinadas, ou para o céu, ou para o inferno. Pelo contrário, o sincero desejo e oração de Paulo reflete a vontade de DEUS para o povo judaico (cf. 10.21; ver Lc 19.41 -JESUS chorou porque Israel rejeitou o caminho divino da salvação). No NT não se encontra o ensino de que determinadas pessoas foram predestinadas ao inferno antes de nascer.
(3) O mais relevante neste assunto é o tema da fé. O estado espiritual de perdido, da maioria dos israelitas, não fora determinado por um decreto arbitrário de DEUS, mas, resultado da sua própria recusa de se submeterem ao plano divino da salvação mediante a fé em CRISTO (9.33; 10.3; 11.20).
Inúmeros gentios, porém, aceitaram o caminho de DEUS, que é o da fé, e alcançaram a justiça mediante a fé. Obedeceram a DEUS pela fé e se tornaram “filhos do DEUS vivo” (9.25,26). Esse fato ressalta a importância da obediência mediante a fé (1.5; 16.26) no tocante à chamada e eleição da parte de DEUS.
(4) A oportunidade de salvação está perante a nação de Israel, se ela largar sua incredulidade (11.23). Semelhantemente, os crentes gentios que agora são parte da igreja de DEUS são advertidos de que também correm o mesmo risco de serem cortados da salvação (11.13-22). Eles devem sempre perseverar na fé com temor. A advertência aos crentes gentios em 11.20-23, pelo fato da falha de Israel, é tão válida hoje quanto o foi no dia em que Paulo a escreveu.
(5) As Escrituras estão repletas de promessas de uma futura restauração de Israel ao aceitarem o Messias. Tal restauração terá lugar ao findar-se a Grande Tribulação, na iminência da volta pessoal de CRISTO (ver Is 11.10-12; 24.17-23; 49.22,23; Jr 31.31-34; Ez 37.12-14; Rm 11.26; Ap 12.6).
 

 

Houve entre o povo os profetas orais, ou melhor, os que não escreveram suas mensagens, e os profetas literários, estes divididos em dois grupos: Profetas Maiores (cinco livros, sendo 4 profetas) e Profetas Menores (doze livros e 12 profetas). Foram assim classificados por Agostinho em virtude do volume de seus escritos. Os Profetas Maiores são: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel.

Os menores são os seguintes: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

 

2 Pedro 1.19-21 19   E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração, sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

Amós 7.10-15  10  Então, Amazias, o sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: Amós tem conspirado contra ti, no meio da casa de Israel; a terra não poderá sofrer todas as suas palavras. Porque assim diz Amós: Jeroboão morrerá à espada, e Israel certamente será levado para fora da sua terra em cativeiro. Depois, Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza; mas, em Betel, daqui por diante, não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e a casa do reino. E respondeu Amós e disse a Amazias: Eu não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro e cultivador de sicômoros. Mas o SENHOR me tirou de após o gado e o SENHOR me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel.

MUI FIRME A PALAVRA DOS PROFETAS. Pedro contrasta as idéias humanistas com a Palavra de Deus (v. 16). Ele atesta a origem divina das Escrituras e afirma que toda a profecia teve sua origem em Deus, e não no ser humano (cf. v. 16). Assim, temos a certeza de que a mensagem de Deus é infalível (não é passível de conter erros ou enganos) e inerrante (livre de erros, falsificação ou logro). A infalibilidade e a inerrância da Bíblia são inseparáveis, porque a inerrância é o resultado da infalibilidade da própria Palavra de Deus. As Escrituras, na sua totalidade, são verdadeiras e fidedignas em todos os seus ensinos (2 Sm 23.2; Jr 1.7-9; 1 Co 14.37)
1.20 NENHUMA PROFECIA DA ESCRITURA. O significado é que nenhuma profecia das Escrituras veio das idéias, ou raciocínio do seu escritor, mas, sim, do Espírito Santo.

1.21 OS HOMENS... DE DEUS FALARAM INSPIRADOS PELO ESPÍRITO SANTO. Pedro afirma a divina origem e autoridade das profecias da Escritura. Todos os crentes devem, de modo semelhante, manter um conceito firme e final da inspiração e autoridade das Sagradas Escrituras. Há várias razões para isso: (1) É a única maneira de ser fiel ao que Jesus Cristo, os apóstolos e a própria Bíblia ensinam a respeito das Escrituras (ver Sl 119; Jo 5.47). (2) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, a igreja fica sem alicerce autêntico e seguro para sua fé, sem certeza da salvação, sem valor moral absoluto, sem mensagem garantida para pregar, sem nenhuma certeza do batismo no Espírito Santo e da operação de milagres e nenhuma esperança da volta iminente de Jesus Cristo. (3) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, os cristãos fiéis à Bíblia não têm nenhuma verdade absoluta e objetiva, baseada na autoridade do próprio Deus, com a qual possam julgar e rejeitar os valores movediços deste mundo, as filosofias humanas e as práticas ímpias da cultura mundana (Sl 119.160). (4) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, o cristão não tem condições de suportar as terríveis dificuldades dos últimos dias (ver 1 Ts 2.1-12; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1). (5) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, ficam enfraquecidas a plena autoridade e as doutrinas da Bíblia; em consequência disso, ela será substituída pela experiência religiosa subjetiva humana, ou pelo raciocínio independente e crítico, também humano 
(2.1-3)

 

DESTACAMOS DOIS PROFETAS NESSA LIÇÃO, POR SEREM OS DOIS PRIMEIROS DOS DOIS GRUPOS EM ESTUDO:

ISAÍAS, O PRIMERO DOS PROFETAS MAIORES E OSÉIAS, O PRIMEIRO DS MENORES.

 

Autor:  Isaías  Tema:  Juízo e Salvação  Data:  Cerca de 700–680 a.C.
Considerações Preliminares
O contexto histórico do ministério de Isaías, filho de Amós, foi centrado em Jerusalém durante os reinados de quatro reis de Judá: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (1.1). Considerando que o rei Uzias tenha morrido em 740 a.C. (cf. 6.1), e Ezequias, em 687 a.C., o ministério de Isaías abrangeu mais de meio século. Segundo a tradição, Isaías foi serrado ao meio (cf. Hb 11.37) pelo filho de Ezequias, o ímpio rei Manassés (c. 680 a.C.). Segundo parece, Isaías provinha de uma família influente de Jerusalém. Era um homem cultíssimo, e tinha o dom da poesia. Ele era familiarizado com a realeza, e aconselhava os reis no tocante à política externa de Judá. É considerado o mais literário e influente dos profetas. Era casado com uma profetisa, e tinha dois filhos, cujos nomes representavam mensagens simbólicas à nação. Isaías era contemporâneo de Oséias e Miquéias. Profetizou durante a expansão ameaçadora do império assírio, o colapso de Israel (o Reino do Norte), e o declínio espiritual e moral de Judá (o Reino do Sul). Isaías advertiu o rei Acaz, de Judá, a não buscar ajuda dos assírios contra Israel e a Síria. Advertiu o rei Ezequias, depois da queda de Israel em 722 a.C., a não fazer alianças com nações estrangeiras contra a Assíria. Exortou-os, enfim, a confiarem somente no Senhor (7.3-7; 30.1-17). Isaías desfrutou de sua maior influência durante o reinado de Ezequias. Alguns estudiosos questionam a autoria de Isaías quanto à totalidade do livro que lhe leva o nome. Eles lhe atribuem somente os caps. 1—39. Os caps. 40—66 são atribuídos a outro autor, ou autores, que teriam vindo um século e meio mais tarde. Não existe, porém, nenhum fato bíblico que nos leve a rejeitar a autoria de Isaías para todo o livro. As mensagens de Isaías, nos caps. 40–66, destinados aos exilados judaicos em Babilônia, muito tempo depois de sua morte, enfatizam o poder de Deus em revelar eventos futuros específicos através dos seus profetas (e.g., 42.8,9; 44.6-8; 45.1; 47.1-11; 53.1-12). Se aceitarmos os fenômenos das visões e revelações proféticas (cf. Ap 1.1; 4.1—22.21), cai por terra o obstáculo principal à crença de que Isaías realmente escreveu o livro inteiro. As evidências que sustentam esta posição são abundantes, e podem ser classificadas em duas categorias: (1) Evidências internas, no próprio livro, que incluem o título em 1.1, e os numerosos paralelos e pensamentos marcantes entre ambas as seções do livro. Um exemplo notável é a expressão “o Santo de Israel”, que ocorre doze vezes nos capítulos 1–39, e catorze nos capítulos 40 a 66, mas somente seis vezes no restante do AT. Nada menos que vinte e cinco formas verbais hebraicas aparecem nas duas divisões de Isaías. Expressões estas não encontradas em nenhum outro lugar dos livros proféticos do AT. (2) As evidências externas incluem o testemunho do Talmude e do próprio NT, que atribui todo o livro ao profeta Isaías (e.g., cf. Mt 12.17-21 com Is 42.1-4; Mt 3.3 e Lc 3.4 com Is 40.3; Jo 12.37-41 com Is 6.9,10 e 53.1; At 8.28-33 com Is 53.7-9; Rm 9.27 e 10.16-21 com Is 10.53, e 65). 
Propósito
Fica patente o tríplice propósito de Isaías. (1) Confrontar a própria nação, e outras nações contemporâneas, com a palavra do Senhor, mostrando-lhes seus pecados e o consequente castigo divino. (2) Profetizar esperança à geração futura de exilados judaicos, que seria restaurada do cativeiro, e à qual Deus redimiria como luz aos gentios. (3) Mostrar que Deus enviaria o Messias davídico, cuja salvação abrangeria todas as nações da terra, suscitando esperança no povo de Deus, tanto do antigo como do novo concerto.
Visão Panorâmica
Os sessenta e seis capítulos de Isaías podem ser divididos naturalmente em duas seções: 1–39 e 40–66. Em certos aspectos, Isaías é uma Bíblia em miniatura: (1) sua dupla divisão ressalta o julgamento e salvação, correspondendo aos temas principais do AT e NT; e (2) nas divisões de Isaías e da Bíblia, o fio que as ata é a obra redentora de Cristo.
(1) A primeira seção de Isaías (1–39) contém quatro grandes blocos de profecias. (a) Nos caps. 1–12, Isaías adverte e denuncia Judá pela sua idolatria, imoralidade e injustiças sociais durante um período de prosperidade enganadora. Entrelaçadas com a mensagem da condenação vindoura, há importantes profecias messiânicas (e.g., 2.4; 7.14; 9.6,7; 11.1-9), e o testemunho do profeta a respeito da própria purificação e de seu encargo para o ministério profético (cap. 6). (b) Nos caps. 13–23, Isaías condena as nações contemporâneas por causa de seus pecados. (c) Os caps. 24–35 contêm um amplo leque de promessas proféticas de salvação e juízo futuros. (d) Os caps. 36–39 registram a história seletiva do rei Ezequias, que forma um paralelo com 2 Rs 18.13–20.21. 

(2) A segunda seção (40–66) traz algumas das profecias mais profundas da Bíblia a respeito da grandeza de Deus e da vastidão de seu plano de redenção. Estes capítulos inspiraram esperança e consolo ao povo de Deus durante os anos finais do reinado de Ezequias (38.5) e nos séculos seguintes. Estão repletos de revelações a respeito da glória e poder de Deus, e de sua promessa em restaurar um remanescente justo e frutífero em Israel e entre as nações, como plena demonstração de seu amor redentor. Tais promessas, e seu respectivo cumprimento, têm conexão especial com o sofrimento e contém os “cânticos do servo” (ver 42.1-4; 49.1-6; 50.4-9; 52.13; 53.12). Elas avançam além da experiência dos exilados, e prevêem a vinda futura de Jesus Cristo e a sua morte expiatória (cap. 53). O profeta prediz que o Messias vindouro fará com que a justiça brilhe com fulgor, e que a salvação chegue às nações como uma tocha ardente (caps. 60—66). Condena a cegueira espiritual (42.18-25) e recomenda a oração intercessória e a labuta espiritual pelo povo de Deus, para que todas as promessas sejam cumpridas (cf. 56.6-8; 62.1,2,6,7; 66.7-18).
Características Especiais
Oito aspectos básicos caracterizam o livro de Isaías. (1) Em sua maior parte, está escrito em forma poética, e é insuperável como jóia literária na beleza, poder e versatilidade. (2) É chamado “o profeta evangélico”, porque, dentre todos os livros do AT, suas profecias contêm as declarações mais plenas e claras sobre Jesus Cristo. (3) Sua visão da cruz (cap. 53) é a profecia mais específica e detalhada sobre a morte expiatória de Jesus. (4) É o mais teológico e extenso de todos os livros proféticos do AT. O período de tempo ali tratado remonta à criação dos céus e da terra (e.g., 42.5), e olha para o futuro, aos novos céus e nova terra (e.g., 65.17; 66.22). (5) Contém mais revelação a respeito da natureza, majestade e santidade de Deus do que qualquer outro livro profético do AT. O Deus de Isaías é santo e todo-poderoso, aquele que julgará o pecado e a iniquidade dos seres humanos e nações. Sua expressão predileta para Deus é “o Santo de Israel”. (6) Isaías, cujo nome significa “o Senhor salva”, é o profeta da salvação. Ele emprega a palavra “salvação” quase três vezes mais do que todos os demais livros proféticos do AT. Isaías revela que o propósito divino da salvação será somente realizado em conexão com o Messias. (7) Isaías faz freqüentes referências aos eventos redentores da história de Israel: e.g., o Êxodo (4.5,6; 11.15; 31.5; 43.16,17), a destruição de Sodoma e Gomorra (1.9) e a vitória de Gideão contra os midianitas (9.4; 10.26; 28.21). Além disso, faz alusões ao cântico profético de Moisés em Dt 32 (1.2; 30.17; 43.11,13). (8) Isaías é, juntamente com Deuteronômio e os Salmos, um dos livros do AT mais citados e aludidos no NT.
O Livro de Isaías ante o NT
Isaías profetiza a respeito de João Batista como aquele destinado a ser o precursor do Messias (40.3-5; cf. Mt 3.1-3). Seguem-se muitas de suas profecias messiânicas sobre a vida e ministério de Jesus Cristo: sua encarnação e divindade (7.14; ver Mt 1.22,23 e Lc 1.34,35; Is 9.6,7; ver Lc 1.32,33; 2.11); sua juventude (7.15,16 e 11.1; ver Lc 3.23,32 e At 13.22,23); sua missão (11.2-5; 42.1-4; 60.1-3 e 61.1; ver Lc 4.17-19,21); sua obediência (50.5; ver Hb 5.8); sua mensagem e unção pelo Espírito (11.2; 42.1; e 61.1; ver Mt 12.15-21); seus milagres (35.5,6; ver Mt 11.2-5); seus sofrimentos (50.6; ver Mt 26.67 e 27.26,30; Is 53.4,5,11; ver At 8.28-33); sua rejeição (53.1-3; ver Lc 23.18; Jo 1.11 e 7.5); sua humilhação (52.14; ver Fp 2.7,8); sua morte expiatória (53.4-12; ver Rm 5.6); sua ascensão (52.13; ver Fp 2.9-11); e sua segunda vinda (26.20,21; ver Jd v. 14; Is 61.2,3; ver 2 Ts 1.5-12; Is 65.17-25; ver 2 Pe 3.13).

 

 

Oséias

Autor: Oséias Tema: O Julgamento Divino e o Amor Redentor de Deus   Data: 715-710 a.C.
Considerações Preliminares
Oséias, cujo nome significa “salvação”, é identificado como filho de Beeri (1.1). Nada mais se sabe do profeta, a não ser os lances biográficos que ele mesmo revela em seu livro. Que Oséias provinha de Israel, e não de Judá, e que profetizou à sua nação, fica patente: (1) em suas numerosas referências a “Israel” e “Efraim”, as duas principais designações do Reino do Norte; (2) na sua referência ao Rei de Israel, em Samaria, como “nosso rei” (7.5); e (3) em sua intensa preocupação com a corrupção espiritual, moral, política e social de Israel. O ministério de Oséias, ao Reino do Norte, seguiu-se logo depois ao ministério de Amós que, embora fosse de Judá, profetizou a Israel. Amós e Oséias são os únicos profetas do AT, cujos livros foram dedicados inteiramente ao Reino do Norte, anunciando-lhe a destruição iminente. Oséias foi vocacionado por Deus a profetizar ao Reino de Israel, que desmoronava espiritual e moralmente, durante os últimos quarenta anos de sua existência, assim como Jeremias seria chamado a fazer o mesmo em Judá. Quando Oséias iniciou o seu ministério, durante os últimos anos de Jeroboão II, Israel desfrutava de uma temporária prosperidade econômica e de paz política, que acabariam por produzir um falso senso de segurança. Logo após a morte de Jeroboão II (753 a.C.), porém, a nação começa a deteriorar-se, e caminha velozmente à destruição em 722 a.C. Passados quinze anos da morte do rei, quatro de seus sucessores seriam assassinados. Decorridos mais quinze anos, Samaria seria incendiada, e os israelitas, deportados à Assíria e, posteriormente, dispersados entre as nações. O casamento trágico de Oséias, e sua palavra profética, harmonizavam-se com a mensagem de Deus a Israel durante esses anos caóticos. DEUS ordenou a Oséias que tomasse “uma mulher de prostituições” (1.2) a fim de ilustrar a infidelidade espiritual de Israel. Embora há os que interpretem o casamento do profeta como alegoria, os eruditos conservadores consideram-no literal. Parece improvável, porém, que Deus instruísse seu piedoso servo a casar-se com uma mulher de má fama para exemplificar sua mensagem a Israel. Parece mais provável que Oséias haja se casado com Gomer quando esta ainda era casta, e que ela haja se tornado meretriz posteriormente. Sendo assim, a ordem para se tomar “uma mulher de prostituições” era uma previsão profética do que estava prestes a acontecer. O contexto histórico do ministério de Oséias é situado nos reinados de Jeroboão II, de Israel, e de quatro reis de Judá (Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias; ver 1.1) — i.e., entre 755 e 715 a.C. As datas revelam que o profeta não somente era um contemporâneo mais jovem de Amós, como também de Isaías e Miquéias. O fato de Oséias datar boa parte de seu ministério mediante uma referência a quatro reis em Judá, e não aos breves reinados dos últimos seis reis de Israel, pode indicar ter ele fugido do Reino do Norte a fim de morar na terra de Judá, pouco tempo antes de Samaria ter sido destruída pela Assíria (722 a.C.). Ali, compilou suas profecias no livro que lhe leva o nome.
Propósito
A profecia de Oséias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidade persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao seu pleno juízo. O livro foi escrito com o objetivo de revelar: (1) que Deus conserva seu amor ao seu povo segundo o concerto, e deseja intensamente redimi-lo de sua iniquidade; e (2) que consequências trágicas se seguem quando o povo persiste em desobedecer a Deus, e em rejeitar-lhe o amor redentor. A infidelidade da esposa de Oséias é registrada como ilustração da infidelidade de Israel. Gomer vai atrás de outros homens, ao passo que Israel corre atrás de outros deuses. Gomer comete prostituição física; Israel, prostituição espiritual.
Visão Panorâmica
Os capítulos 1—3 descrevem o casamento entre Oséias e Gomer. Os nomes dos três filhos são sinais proféticos a Israel: Jezreel (“Deus espalha”), Lo-Ruama (“Não compadecida”) e Lo-Ami (“Não meu povo”). O amor perseverante de Oséias à sua esposa adúltera simboliza o amor inabalável de Deus por Israel. Os capítulos 4—14 contêm uma série de profecias que mostram o paralelismo entre a infidelidade de Israel e a da esposa de Oséias. Quando Gomer abandona Oséias, e vai à procura de outros amantes (cap. 1), está representando o papel de Israel ao desviar-se de Deus (4—7). A degradação de Gomer (cap. 2) representa a vergonha e o juízo de Israel (8—10). Ao resgatar Gomer do mercado de escravos (cap. 3), Oséias demonstra o desejo e intenção de Deus em restaurar Israel no futuro (11—14). O livro enfatiza este fato: por ter Israel desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo já não poderá ser adiado.
Características Especiais
Sete aspectos básicos caracterizam o livro de Oséias. (1) Ocupa o primeiro lugar na seção do AT chamada “O Livro dos Doze”, também conhecida como os “Profetas Menores”, por causa de sua brevidade em comparação com Isaías, Jeremias e Ezequiel. (2) Oséias é um dos dois únicos profetas do Reino do Norte a terem um livro profético no AT (o outro é Jonas). (3) À semelhança de Jeremias e Ezequiel, as experiências pessoais de Oséias ilustram sua mensagem profética. (4) Contém cerca de 150 declarações a respeito dos pecados de Israel, sendo que mais da metade deles relaciona-se à idolatria. (5) Mais do que qualquer outro profeta do AT, Oséias relembra aos israelitas que o Senhor havia sido longânimo e fiel em seu amor para com eles. (6) Não há ordem visível entre suas profecias (4—14). É difícil distinguir onde uma profecia termina e outra começa. (7) Elas acham-se repletas de vívidas figuras de linguagem, muitas das quais tiradas do cenário rural.
O Livro de Oséias ante o NT
Diversos versículos de Oséias são citados no NT: (1) o Filho de Deus é chamado do Egito (11.1; cf. Mt 2.15); (2) a vitória de Cristo sobre a morte (13.14; cf. 1 Co 15.55); (3) Deus deseja a misericórdia, e não o sacrifício (6.6; cf. Mt 9.13; 12.7; e (4) os gentios que não eram o povo de Deus, passam a ser seu povo (1.6, 9-10; 2.23; cf. Rm 9.25,26; 1 Pe 1.10). Além dos trechos específicos, o NT expande o tema do livro — Deus como o marido do seu povo — e diz que 
Cristo é o marido de sua noiva redimida, a igreja (ver 1 Co 11.2; Ef 5.22-32; Ap 19.6-9; 21.1-2, 9-10). Oséias enfatiza a mensagem do NT a respeito de se conhecer a Deus para se entrar na vida (2.20; 4.6; 5.15; 6.3-6; cf. Jo 17.1-3). Juntamente com esta mensagem, Oséias demonstra claramente o relacionamento entre o pecado persistente e o juízo inexorável de Deus. Ambas as ênfases são resumidas por Paulo em Rm 6.23: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”.

 

PALAVRA CHAVE - Literatura - Conjunto de trabalhos literários de um país ou época.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 3.3 Citação de Isaías em o Novo Testamento

Terça - Mt 16.14 Menção de Jeremias no Evangelho

Quarta - Mt 24.15 Menção de Daniel pelo Senhor JESUS CRISTO

Quinta -Mt 12.39-41 Jonas é mencionado por JESUS

Sexta - At 2.16 O profeta Joel é mencionado em Atos

Sábado - Lc 24.44 Os Santos Escritos de todos os profetas formam um só corpo literário

 

INTERAÇÃO

Professor, o objetivo da lição de hoje é despertar em seu aluno a atenção para a organização do texto bíblico. A Bíblia e, particularmente os livros proféticos, tem uma ordem sistematizada que ajuda a entender os seus respectivos contextos. DEUS inspirou os profetas a falar a sua verdade. As verdades de DEUS em muitas ocasiões são repetidas por distintos profetas (Os contemporâneos de Sofonias e Jeremias, por exemplo, chegaram a profetizar acerca do mesmo tema). Compreendendo a organização dos livros proféticos e, consequentemente, de toda a Bíblia, o seu aluno ter uma base firme para prosseguir nos estudos bíblicos e teológicos.

 

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar a interpretação apostólica na citação de Oséias e Isaías.

Classificar  os livros proféticos da Bíblia.

Conscientizar-se de que conhecer a organização dos livros da Bíblia é requisito básico para o aprofundamento do conhecimento bíblico.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, faça um esquema na lousa ou reproduza cópias, conforme o quadro da estrutura da Bíblia Hebraica. Explique aos seus alunos a importância de compreender a ordem dos livros proféticos (e também os demais). É possível você constatar em sua turma alguns alunos com dificuldades de manusear os livros da Bíblia. Utilizando o índice bíblico, proponha-lhes um exercício: destacar os grupos de livros do Antigo e Novo Testamentos. Depois, incentive-os a fazerem um plano de leitura anual da Bíblia. Você pode achar esses planos em diversas Bíblias ou em livros do gênero. Boa aula!

 

 

RESUMO DA LIÇÃO 6 - PROFETAS MAIORES E MENORES

INTRODUÇÃO

Todos os profetas, tanto os pré-clássicos como os clássicos,

têm a mesma autoridade divina e igualmente falaram em nome do Senhor.

Os chamados clássicos são os profetas literários, divididos em dois grupos: Maiores e Menores.

1. Oséias em o Novo Testamento.

2. A vocação dos gentios prevista em Oseías.

3. A interpretação apostólica.  

II. ISAÍAS - O PROFETA MAIOR  

1. Explanação apostólica (v.27).

2. O cumprimento das promessas de DEUS (v.28).

3. A graça de DEUS prenunciada por Isaías (v.29).  

III. CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS PROFÉTICOS

1. Os Profetas Maiores.

2. Os Profetas Menores.

3. A autoridade do ministério profético do Antigo Testamento na Nova Aliança.  

CONCLUSÃO

Os livros dos profetas menores não são secundários, nem os dos maiores mais importantes. Todos são inspirados verbal e plenariamente pelo ESPÍRITO SANTO.

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (1)
O livro de Oséias tem sua autoridade escriturística reconhecida pelo apóstolo Paulo, que vê neste livro prevista a vocação dos gentios como povo de DEUS.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
O profeta Isaías é referido pelo apóstolo como autoridade escriturística em relação à rejeição de Israel.

SINOPSE DO TÓPICO (3)
A Escritura Sagrada classifica os livros proféticos em dois grupos: maiores e menores, que têm sua autoridade escriturística reconhecida por JESUS e seus apóstolos.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Bibliográfico

"Os Profetas Escritores

Os profetas são divididos entre "profetas escritores", cujas mensagens estão preservadas como livros do AT, e 'profetas oradores', cujo ministério é descrito, mas não fizeram nenhuma contribuição ao cânon. A importância de um profeta na história não pode, entretanto, ser medida por essas categorias. Elias e Eliseu são profetas oradores. Contudo, esses dois, com sucesso, resistiram aos vigorosos esforços de Acabe e Jezabel em substituir Yahweh por Baal como deidade 'oficial' de Israel (1 Rs 16; 2 Rs 10). As obras dos profetas escritores são divididas em duas categorias. Há os profetas maiores, cujas obras são especialmente longas e, os assim chamados profetas menores, cujos trabalhos são menores"

(RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ, CPAD, 2005, p.405).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Estrutura dos livros

"O Antigo Testamento é a primeira das duas principais partes da Bíblia, e contém 39 livros, classificados em quatro grupos: Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos. Essa ordem é padronizada, aqui, no Ocidente, pois em outros cânones há alterações, ainda mais nos outros ramos do cristianismo como os católicos romanos, ortodoxos, armênios, etíopes, cópticos, siríacos, nestorianos, que incluem os livros apócrifos, e em alguns casos os pseudígrafos. O Antigo testamento Hebraico não contém os apócrifos, porém, estão arranjados de forma diferente [vide o arranjo dos livros dos profetas no cânon judaico no esquema da orientação didática].

 

Sua Mensagem

O assunto do Antigo Testamento é a redenção humana. O Antigo Testamento não é um tratado de Teologia Sistemática, mas a teologia está presente do começo ao fim, nos relatos históricos, nas poesias, nas profecias, nos preceitos morais e cerimoniais. É, portanto, a fonte de toda a teologia. Não é também um compêndio sistemático da fé de Israel em DEUS, cujo clímax dessa revelação é JESUS (Jo 1.18). Toda a história do Antigo Testamento mostra como DEUS operou no processo da redenção humana. Registra o relacionamento de DEUS com o homem até que o plano de redenção fosse realizado na cruz do Calvário.

Como os primeiros cristãos viam o Antigo Testamento? Era aceito como coletânea de livros inspirados por DEUS (2 Tm 3.16). Os cristãos e os judeus preservaram o Antigo Testamento até os nossos dias. A Igreja usou essa parte das Escrituras para a evangelização no seus primeiros dias (At 17.2,3; 24.14; 26.22). O fato de esses cristãos serem judeus justificaria a preservação de suas Escrituras, mas essa preservação não foi só por isso. Além disso, eles reconheciam-na ainda como o núcleo básico de sua fé ampliada em JESUS. O Novo Testamento apresenta com muita frequência o Antigo Testamento como a base para a fé cristã. (SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p.23-4).

 

VOCABULÁRIO

Cânon Judaico: 24 livros agrupados em Lei ou Instrução, Profetas e Escritos.

Reminiscência: Memória, recordação.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003.

 

 

 

 

AJUDA

CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal.

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REVISTA 1TR24, LIÇÃO 1 NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 1, Central Gospel, Quem São os Profetas Maiores, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. QUEM SÃO OS PROFETAS

1.1. Profetas

1.2. Servos

1.3. Atalaias

1.4. Homem de Deus

2-  ENTENDENDO PROFETAS MAIORES E

MENORES

2.1. Significado dos termos

2.1.1. Divisão do bloco profético na tradição

 hebraica

2.2. Os Profetas Maiores

3- PROFETAS MAIORES, SUA ÉPOCA E

MENSAGEM

3.1. Isaías, profeta da salvação

3.2. Jeremias, profeta estabelecido por Deus

3.3. Ezequiel, profeta da esperança

3.4. Daniel, profeta apocalíptico

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Ezequiel 3.1-3,17-21

1 - Depois, me disse: Filho do homem, come o que achares; come este rolo, e vai, e fala à casa de Israel.

2 - Então, abri a minha boca, e me deu a comer o rolo.

3 - E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou. Então, o comi, e era na minha boca

doce como o mel.

17 - Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte.

18 - Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei.

19 - Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma.

20 - Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá; porque, não o

avisando tu, no seu pecado morrerá, e suas justiças que praticara não virão em memória, mas o seu sangue da tua mão o requererei.

21 - Mas, avisando tu o justo, para que o justo não peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque foi avisado; e tu livraste a tua alma.

 

 

TEXTO ÁUREO

Porquanto não deram ouvidos às minhas palavras, diz o Senhor, enviando-lhes eu os meus

servos, os profetas, madrugando e enviando; mas vós não escutastes, diz o Senhor. Jeremias 29.19

 

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Jeremias 23.28 O profeta fala a palavra de Deus

3ª feira – Jeremias 1.5 Profeta chamado desde o ventre

4ª feira – Isaías 34.16 Escritura: a profecia que não falha

5ª feira – Isaías 44.24-28 Deus cumpre a palavra dos profetas

6ª feira – Ezequiel 2.7 Profeta entregue à Palavra de Deus

Sábado – Daniel 9.2-4 A vida devocional de um profeta

 

 

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:

- identificar os Profetas Maiores, suas biografias e a época em que viveram;

- conhecer a autoria, a mensagem e a data de escrita dos livros;

- entender a importância do ministério profético na história de Israel e na história bíblica;

- compreender a atualidade da mensagem dos profetas para a humanidade hodierna.

 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Meu caro professor, começa hoje mais um trimestre, no qual estudaremos os Profetas Maiores. Os profetas foram homens que receberam de Deus graça para anunciar a Sua

Palavra. Nesta aula introdutória, focalizaremos a natureza do ministério profético revelado nas Escrituras Sagradas. Deixe claro para os seus alunos o sentido das expressões “profetas maiores” e “profetas menores”. Não se esqueça de destacar assuntos como: a autoria dos livros; a biografia de seus escritores; o período histórico em que atuaram; e, principalmente, a mensagem recebida — e entregue — pelos profetas. Excelente aula!

 

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

Os profetas foram homens comuns que receberam de Deus uma mensagem específica para a sua geração. Algumas dessas mensagens se cumpriram no passado; outras estão se cumprindo neste tempo; e outras cumprir-se-ão no futuro.

Hebreus 1.1 mostra que a revelação de Deus se dá em dois estágios distintos: primeiro, pelos profetas da Antiga Aliança e, posteriormente, na manifestação de Cristo ao mundo (Jo 1.14).

 

 

1. QUEM SÃO OS PROFETAS

Deus sempre falou diretamente — e ainda fala hoje — com a finalidade de instruir, orientar e advertir. Assim ocorreu a Adão, no Éden (Gn 2.16); a Caim (Gn 4.6,9); ao justo Noé (Gn 6.13; 7.1); e aos inúmeros personagens das Escrituras. O primeiro homem chamado por Deus, nas Escrituras

Sagradas, de profeta foi o patriarca Abraão (Gn 20.7). Mas, oficialmente, o profetismo tem início em Moisés (Êx 4.15,16; 7.1,2; Os 12.13) e estabeleceu-se como juiz e profeta Samuel (1 Sm 9.9). Os profetas foram homens escolhidos por Deus para serem Seus porta-vozes fiéis a um povo rebelde, carente de orientação quanto à Sua vontade, propósitos e planos. Eles deviam proclamar com fidelidade somente a palavra que Jeová lhes inspirava (Ez 2.7). As Escrituras Sagradas apresentam alguns títulos que especificam esta função vocacional, a saber:

 

 

1.1. Profetas

Profeta é uma palavra oriunda do hebraico, Nabi, que vem da raiz Naba (= anunciador e declarador), e ocorre 317 vezes na Bíblia Hebraica (Nm 12.6; Ed 5.1; Mq 2.11). No grego, o vocábulo é profetes, oriundo dos termos pro (= antes e em favor) + phemi (= falar por outrem, representar, falar em lugar de outro, arauto) (Mt 1.22; Jo 1.21,23). Os profetas eram representantes de Deus e intérpretes da mensagem divina (Dn 2.25-45). Eles serviam de elo vital nas revelações e na direção de Deus ao Seu povo. Eram intermediários do conhecimento espiritual (Jr 18.18). Eles deviam possuir algumas qualidades principais, tais como: (a) capacidade de ouvir atentamente a Palavra de DEUS (Is 6.8); (b) habilidade para proclamá-la com precisão e clareza (Jr 2.1,2); e (c) cuidado e foco para ministrá-la com autoridade e poder (Jr 29.10,21).

 

 

1.2. Servos

Como servo do Senhor, os profetas deviam ser obedientes na proclamação da mensagem (Am 3.7). Existem dois princípios básicos relacionados

a esta obediência: o primeiro está no cuidado em receber com exatidão a palavra do Senhor (1 Sm 3.10,11). O segundo reside na entrega fidedigna daquilo que se recebe da parte de Deus, sem cortes ou acréscimos de opiniões humanas que divirjam de Sua vontade (Jr 7.1-13).

 

 

SUBSÍDIO 1.2

O anonimato era uma das características marcantes do profeta-servo, afinal quem deve estar em evidência é o Senhor, não o homem. Deus trouxe do Reino de Judá um servo anônimo, que profetizou contra o altar erguido pelo rei Jeroboão em Betel e ainda realizou milagres para a Sua glória (1 Rs 13). João Batista, considerado o profeta dos profetas, proclamou: Convém que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.30).

 

 

1.3. Atalaias

Ezequiel recebeu de Deus o chamado para ser o Seu atalaia (Ez 3.17). Atalaia, no hebraico, é tsaphar, que corresponde a sentinela. As sentinelas tinham a responsabilidade de observar, guardar e tomar conta de uma propriedade ou cidade para alertar sobre a invasão de animais

selvagens em uma plantação; roubo por ladrões e ataque de exércitos inimigos. Como sentinelas, os profetas deviam manter-se em constante vigilância para receberem de Deus a mensagem e, com

atitude de responsabilidade e urgência, entregá-la ao povo (Ez 33.7-20).

 

 

1.4. Homem de Deus

Homem de Deus é uma das expressões usadas para profetas como Moisés (Dt 33.1), Eliseu (2 Rs 4.9) e Samuel (1Sm 9.6). Eram homens que tinham uma vida totalmente dedicada ao Senhor e possuíam uma mensagem dele para a sua geração. Eram pessoas que compreendiam com clareza a missão recebida, viviam em completa dependência do Altíssimo e, com coragem, anunciavam a Palavra. Esses homens também receberam outros títulos nas Escrituras, tais como: videntes ou visionários (1 Sm 9.9,19; 1 Cr 29.29); mensageiros de Deus (Ag 1.13; Ml 3.1); homens

santos de Deus (2 Pe 1.21); e santos profetas (Lc 1.70).

 

 

2-  ENTENDENDO PROFETAS MAIORES E

MENORES

A quarta seção do Antigo Testamento é conhecida como Livros Proféticos. Este gênero da literatura bíblica trata da revelação da vontade de Deus ao Seu povo e, não raro, de acontecimentos localizados no futuro. Estão divididos em: Profetas

Maiores e Profetas Menores.

 

 

2.1. Significado dos termos

A designação Profetas Maiores e/ou Profetas Menores surgiu na teologia cristã no início do quarto século d.C., com o teólogo latino Agostinho de Hipona em sua obra intitulada “A cidade de Deus”. Tal qualificação não diz respeito à importância ou ao tempo de ministério dos arautos, mas ao volume de cada livro. Os livros dos Profetas Menores, juntos, ainda perdem em tamanho para os livros individuais de Isaías, Jeremias e Ezequiel.

 

 

2.1.1. Divisão do bloco profético na tradição

 hebraica

No Cânon Hebraico, os profetas ocupam a segunda seção conhecida como Nebiim, que está dividida entre: (a) Profetas Anteriores — conhecidos no Talmude como: as narrativas da conquista da terra de Canaã; o estabelecimento da monarquia unida em Saul, com os seus sucessores Davi e Salomão; o reino dividido entre os reinos do Norte e Sul; e a sua decadência moral, social e espiritual, narrados nos livros de Josué, Juízes, Samuel e Reis. (b) Profetas Posteriores — relatam

as experiências dos profetas na recepção e entrega da mensagem divina. Temos neste grupo os livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel e o livro dos Doze. O livro de Daniel encontra-se no terceiro grupo, chamado Ketuvin, ou Hagiográficos (Escritos). O livro das Lamentações faz parte dos Megillôt (Os rolos), lido no aniversário da destruição da cidade de Jerusalém e do Templo em todo nono dia de Av (julho e agosto).

 

 

2.2. Os Profetas Maiores

Existem os profetas canônicos e os não canônicos.

Os não canônicos, também conhecidos como “os da palavra”, receberam de Deus a graça de profetizar Sua Palavra. Apesar de seus ministérios serem mencionados nas Escrituras, eles não escreveram livros. Profetas como Elias, Eliseu,

Gade, Natã, Micaias, Obede e Jaaziel fazem parte deste grupo que, segundo alguns estudiosos bíblicos, pode chegar a 39 profetas. Os canônicos, ou profetas da escrita, não apenas entregaram as palavras do Senhor, mas receberam dele autorização para registrar a Sua Palavra, como, por exemplo: Isaías (Is 8.1; 30.8); Jeremias — Deus ordenou que o profeta escrevesse as palavras que Ele tinha falado a Israel, Judá e às nações (Jr 30.1,2; 36.2-4,27-32); e Habacuque, que subiu a uma torre e escreveu as palavras de Deus (Hc 2.1,2). Os profetas canônicos escreveram os livros de Isaías (760 a.C.) a Malaquias (367 a.C.). Enquanto os Profetas Menores somam 12 livros — começando com Oseias e terminando em Malaquias —, os Profetas Maiores somam cinco livros — Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel —, escritos por quatro profetas. São quatro profetas com cinco livros, porque a autoria de Lamentações é atribuída a Jeremias.

 

 

3- PROFETAS MAIORES, SUA ÉPOCA E

MENSAGEM

 

 

SUBSÍDIO 3

Os profetas foram homens que viveram em

uma época específica, enfrentaram crises e

experimentaram grandes adversidades, tribulações, sofrimentos e perdas. O entendimento do contexto histórico de cada um deles é fundamental para a compreensão do cerne de

suas mensagens.

 

 

3.1. Isaías, profeta da salvação

Isaías, o profeta messiânico, chamado por alguns de príncipe dos profetas, é o primeiro livro do bloco

chamado Profetas Maiores. Seu nome significa o Senhor é a salvação. O significado do seu nome é

emblemático, uma vez que o livro trata especificamente deste tema (a salvação). Foi filho de Amoz (Is 1.1), casado (Is 8.3,4) e pai de dois filhos, que receberam nomes proféticos (Is 7.3; 8.3,4-18). Segundo tradições judaicas, Isaías foi primo do rei Uzias, pois seu pai foi irmão do rei Joás. O profeta exerceu seu ministério no Reino de Judá por 60 anos (740–681 a.C.), no período de quatro reis: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. No início do reinado de Manassés, segundo uma tradição extrabíblica, foi morto serrado ao meio. A sua época (oitavo século a.C.) ficou conhecida como a era áurea das profecias. Os profetas Miqueias (Judá), Oseias e Amós (Israel) estavam em atividade. É conhecido também como profeta evangélico, porque apresenta a mais abrangente e clara exposição veterotestamentária sobre a pessoa e o ministério terreno de Jesus. De acordo com Russel Shedd, o livro assemelha-se à epístola

aos Romanos e serve como compêndio das grandes doutrinas da época pré-cristã e de toda teologia bíblica. A primeira parte de sua obra denuncia a rebelião de Israel e anuncia a sua condenação (Is 1—39); e a segunda parte apregoa

a salvação e consolação para os arrependidos (Is 40—66).

 

 

3.2. Jeremias, profeta estabelecido por Deus

Jeremias significa Jeová estabelece e eleva. Deus o havia estabelecido como cidade fortificada (Jr 1.18,19); entretanto, foi o profeta mais odiado e perseguido de toda a história de Israel. Sendo natural de Anatote — cidade localizada a aproximadamente 4,5Km de Jerusalém — e filho do sacerdote Hilquias, Jeremias foi chamado para o ministério profético quando tinha 20 anos de idade (Jr 1.2,5) e recebeu instrução do Senhor para não se casar (Jr 16.2-4). O profeta exerceu seu ministério por 45 anos — durante a invasão de Nabucodonosor a Jerusalém e a consequente ida de Judá para o cativeiro babilônico (Jr 1.1; 2 Cr 34.14-18). Ficou conhecido como profeta da transição, justamente por ter vivido no período anterior ao exílio babilônico. Teve como contemporâneos os profetas Habacuque e Obadias e, no exílio, os profetas Daniel e Ezequiel.

Jeremias viveu no período do último grande avivamento de Judá — promovido por Josias — e da decadência moral e espiritual do Reino — promovido por seus sucessores. Sua obra profética pode ser dividida em: repreensão de Judá (Jr

1—25) e juízo e cativeiro (Jz 26—52). Na queda de Jerusalém, foi libertado e permaneceu na cidade em liberdade (Jr 39,40); acabou sendo levado por

um grupo de rebeldes para o Egito (Jr 43.1-7). Segundo a tradição judaica morreu assassinado no Egito.

 

 

3.3. Ezequiel, profeta da esperança

O nome Ezequiel significa, no hebraico, Deus fortalece. O filho do sacerdote Buzi, da descendência de Zadoque (Ez 1.3), foi chamado para o ministério profético aos 30 anos — idade em que os sacerdotes começavam seus ministérios

(Ez 1.1,2; Nm 4.3) — e o exerceu por um período de 22 anos na Babilônia. Deus o chamou para ser atalaia (Ez 3.17-21; 33.1-20) e sinal para a casa de Israel (Ez 24.24). O profeta foi casado e sua esposa morreu no início do cerco babilônico à cidade de Jerusalém (Ez 24.1,15-18). Ezequiel esteve no segundo grupo de cativos de Judá, deportado para a Babilônia por Nabucodonosor (2 Rs 24.10-16).

Viveu entre os cativos de Judá em uma aldeia judia chamada Tel-Abibe, perto de Nipur, junto ao rio Quebar a 80Km a sudeste da Babilônia (Ez 3.15). Jeremias e Daniel foram seus contemporâneos nas atividades proféticas. Segundo uma tradição judaica, após repreender um judeu por idolatria,

foi por ele assassinado. É conhecido como profeta audiovisual em razão de suas constantes visões e figuras de linguagem (Ez 4.1-17; 5.1-4,11-13; 6.11,12). O livro profético de Ezequiel é divido em três fases: antes do exílio (Ez 1—24); durante o exílio (Ez 25—32); e após o exílio (Ez 33—48).

 

 

3.4. Daniel, profeta apocalíptico

Daniel significa Deus é meu juiz. Na corte babilônica de Nabucodonosor, seu nome foi alterado para Beltessazar, que significa Bel proteja sua vida, correspondendo a uma divindade babilônica (Dn 1.7). O profeta nasceu em Jerusalém, no auge das reformas lideradas pelo rei Josias e no princípio do ministério do profeta

Jeremias, e pertencia a uma família nobre do Reino de Judá. Daniel esteve no primeiro grupo de cativos que foram para a Babilônia em 605 a.C. Os seus contemporâneos no ministério profético foram Jeremias e Ezequiel. Foi um homem de oração e estudioso das Escrituras (Dn 6.10,11; 9.2,3). Possuía nobreza de caráter, tendo sido exaltado

pelo próprio Deus (Ez 14. 14,20).

 

 

CONCLUSÃO

Deus manifestou o Seu amor pela nação de Israel, ao levantar homens com uma mensagem de advertência contra o pecado e com um convite para o arrependimento. A graça divina foi revelada por meio dos lábios de Isaías: o Senhor prometeu proteção e livramento à cidade de Jerusalém do poderio dos exércitos assírios e cumpriu Sua promessa (Is 37). Em meio aos pecados morais, sociais, políticos e espirituais do Reino de Judá, levantou Jeremias, que apontou o arrependimento como a única saída para evitar o cativeiro. Entre os cativos na Babilônia, não deixou a esperança morrer, mas usou o Seu mensageiro, Ezequiel. Entre os poderosos na corte babilônica, enviou um servo de caráter, Daniel, para anunciar que apenas o Senhor é Deus.

 

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quem são os Profetas Maiores?

R: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.

 

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Sobre o Profeta 

 

1 - Identidade

 

 

 

"Veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel"

"Veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele  a mão do Senhor." (Ez 1.3)

A frase "veio expressamente a palavra do Senhor" indica que a visão estava vindo diretamente do trono de Deus a Ezequiel. Aqui, Ezequiel escreve de si mesmo em terceira pessoa recebendo a palavra eficaz da mão do Senhor.

 

Onde Morava ? 

O profeta Ezequiel morava em uma casa provavelmente em um assentamento de judeus exilados em Tel-Abibe (75 quilômetros do atual Iraque).

"Então entrou em mim o Espírito, e me pôs em pé, e falou comigo, e me disse: Entra, encerra-te dentro da tua casa." (Ez 3.24)

"Sucedeu, pois, no sexto ano, no sexto mês, no quinto dia do mês, estando eu assentado na minha casa,  e os anciãos de Judá assentado diante de mim, que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim." (Ez 8.1)

 

Era casado e ficou viúvo

O profeta Ezequiel era casado, e conforme profecia ficou viúvo:

"Filho do homem, eis que, de um golpe tirarei de ti o desejo dos teus olhos, mas não lamentarás, nem chorarás, nem te correrão as lágrimas. Geme em silêncio, não faça luto por mortos; ata o teu turbante,  e põe nos pés os teus sapatos, e não cubras os teus lábios, e não comas o pão dos homens. E Falei ao povo pela manhã, e à tarde morreu minha mulher; e fiz pela manhã como me foi mandado." (Ez 24.16-18)

 

Como era Época em que Viveu?

O profeta Ezequiel viveu em um época no Oriente Médio que estava agitada, especificamente, durante todo o período entre 606 e 582 a.C., os babilônicos realizaram várias guerras vitoriosas contra o reino de Judá. [9]

O ministério e vida do profeta Ezequiel foi repleto de adversidades:

(1) O Povo não aceitava as suas mensagens de condenação e juízo

(2) Foi um profeta que pagou o preço de ser Fiel as ordem de Deus, na verdade, mesmo sendo um servo fiel, por permissão de Deus foi deportado para a Babilônia juntamente com os infiéis.

 

O que Deus revelou para o Profeta Ezequiel?

Deus reservou para o profeta Ezequiel as revelações mais maravilhosas da Bíblia, é certo que tenha revelado o juízo e cativeiro do povo de Judá, mas também viu a glória de Deus, e as revelações futuras acerca da restauração da nação e novos tempos de prosperidade e paz.

 

2 - Procedência

Como vimos no quadro anterior, o Profeta Ezequiel era filho de Buzi um sacerdote. Em 597 a.C foi levado como cativo a Babilônia, atuou em terra estranha no meio do povo exilado.

O Profeta Ezequiel resumidamente :

(1) Profetizou sobre o motivo do povo estar exilado como severo juízo de 

     Deus contra Judá, a saber: Idolatria, apostasia, mistura com outros 

     povos, falsos pastores e falsos profetas. . As deportações foram a 

     consequência da crescente infidelidade do povo diante de seu Deus. 

     Desde o reinado do rei Manassés de Judá (697-642 a.C), a maior parte 

     dos judeus se afastou do único Deus verdadeiro e passou a servir a 

     ídolos. [9]

(2) Profetizou também mensagens de esperança para o povo de Judá.

      Pr. Valdir Alves de Oliveira: Deus prometera restaurar a terra por amor 

      aos que permanecessem fiéis a Ele. [4]

 

III - Sobre o Atalaia

 

1 - Atalaia

A palavra Atalaia significa "sentinela", "vigia" ou "Guarda". 

A Bíblia apresenta a função de Atalaia tanto no sentido literal como no sentido espiritual. 

 

Sentido Literal

O Atalaia tinha a função de guardar um acampamento, cidade, aldeia. Eles ficavam andando sobre os muros e torres da cidade vigiando, guardando, espiando e se visse algo fora do normal que estivesse colocando a segurança em perigo, avisava com certa antecedência. O Atalaia fazia um importante trabalho de estratégia militar.

Por certo, o Atalaia que estava guardando o rei Saul no acampamento, dormiu ... e Davi tomou a lança e o jarro com água que estavam perto de Saul para demonstrar sua justiça e fidelidade ao rei :

"Então, Davi apanhou a lança e o jarro que estavam perto da cabeça de Saul, e eles foram embora. Ninguém os viu, ninguém percebeu e ninguém acordou. Estavam todos dormindo, pois um sono pesado vindo do Senhor havia caído sobre eles." (1Sm 26.12).

 

Sentido Espiritual

"Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e avisá-los-às da minha parte." (Ez 3.17).

"A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte." (Ez 33.7)

Pr. Valdir Alves de oliveira: Quando Deus diz que estava constituindo Ezequiel como atalaia, ele bem sabia o que significava: deveria apresentar ao povo as advertências divinas, sendo fiel na proclamação das mensagens  [4]

 

O Profeta Ezequiel foi fiel a sua chamada como Atalaia da casa de Israel, mas nem todos os que foram chamados foram zelosos e aplicados no cumprimento dessa nobre missão:

"Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados, e gostam do sono" (Is 56.10)

 

2 - "O Fim dos Sete Dias"

"E sucedeu que, ao fim de sete dias, veio a palavra do SENHOR..." (Ez 3.16)

João Calvino: Depois de ver a glória de Deus, o profeta Ezequiel ficou sete dias em silêncio, ou seja, ele ficou esperando receber a mensagem da parte de Deus, porque não entendeu claramente o que deveria dizer e por onde deveria começar. Aqui Deus dá os deveres e trabalhos que o profeta Ezequiel deve cumprir. [6]

 

3 - A expressão "Filho do Homem"

"Filho do homem..." (Ez 3.17a)

João Calvino: Depois que Deus deu a mensagem para o profeta Ezequiel, agora, pela primeira vez, ele aprendeu que foi escolhido por Deus e recebe uma advertência a se comportar com coragem, e não ceder a ameaças ou terrores. Deus ao dizer "Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel;" parece anunciar que chegara o momento em que o Profeta se cingiria à sua obra.[6]

 

Antigo Testamento

O Profeta Ezequiel foi chamado por 93 vezes de "Filho do homem" e o profeta Daniel também foi chamado de "Filho do homem" (Dn 8.17).

Foi uma maneira de Deus identificar esses profetas, aqui vejo "Filho do homem" sendo usado como sinônimo de "homem", em Isaías, fica claro o entendimento de "homem" e "filho de homem" com suas respectivas fragilidades e limitações: 

"Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que não passa de erva?" (Is 51.12)

Já no versículo abaixo, Daniel numa visão, vê "um como o Filho do homem" que recebeu autoridade para reinar eternamente, podemos aqui interpretar um sentido diferente do anterior, ou seja, aqui a expressão refere a Cristo:

"Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele." (Dn 7.13)

 

Novo Testamento

No Novo Testamento "Filho do Homem" é usado somente para Jesus Cristo, confirmando a utilização do termo em Daniel 7.13.

Jesus utilizou essa expressão para si :

"O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido" (Mt 18.11)

"Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam." (Mt 24.44)

Dennis Allan: Ao dizer "Filho do Homem" para si, Jesus enfatiza sua própria humanidade, Ele se fez carne e habitou entre homens (Jo 1.14). Mas esta descrição jamais é usada para sugerir que Jesus era mero homem, aqui, como mencionado em Dn 7.13, o "Filho do Homem" não é alguém que surge da terra, mas Ele veio nas nuvens do céu. [7]

Daniel Conegero: A Doutrina da União Hipostática trata da união perfeita e inconfundível entre a natureza humana e a natureza divina na única pessoa de Cristo, ou seja, o Unigênito Filho de Deus se tornou plenamente humano sem abrir mão de nenhum de seus atributos ou de sua natureza divina, num processo de auto-esvaziamento (Fp 2:7) [9]

 

4 - O "Atalaia sobre a casa de Israel"

"... eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel;" (Ez 3.17b)

Deus colocou Ezequiel por atalaia, a fim de trazer a Sua mensagem ao povo de Judá.

O Atalaia deve ser uma pessoa que saiba interpretar a palavra de Deus, ou a mensagem a ser replicada, deve ter uma boa visão espiritual e  ousadia do Espírito Santo para entregar a mensagem, seja de juízo ou de paz, de vida ou de morte, de condenação ou de redenção.

O Profeta não ficou olhando para o rio Quebar, para a situação do povo deportado, para as circunstâncias adversas, mas, olhou para o céu, para o trono de Deus, se prontificando a executar a tarefa ao qual foi chamado.

 

IV - Sobre a Responsabilidade

 

1 - A Responsabilidade do Cristão

"Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei." (Ez 3.18)

 

John B. Taylor: Podemos enfatizar a responsabilidade confiada a Ezequiel. A responsabilidade do cristão no sentido de avisar uma geração perdida, não é, por certo, menos aterrorizadora.

 

Pr. Valdir Alves de oliveira: Cada cristão é enviado ao mundo para anunciar, no poder do Espírito Santo, tanto a salvação como o juízo vindouro. Aquele que negligenciar o seu chamado, não avisar ou alertar a Igreja do juízo de Deus e concordar com o pecado, passar a mão por cima do erro, deixará a Igreja morna e iludida [Ap 3.15-18]. Ser negligente é acomodar-se diante das conveniências e se acovardar, não proclamando a verdade com medo de represálias ou algum erro. [4]

 

Pr. Valdir Alves de oliveira: O profeta (atalaia) não pode ser aventureiro, nem agir com irresponsabilidade. O profeta é responsável por advertir o povo da destruição iminente que virá sobre os filhos da desobediência [Cl 3.6], sob pena de ser culpado do sangue de quem morrer nos seus pecados [4]

 

O IDE de Jesus é uma ordem direta de Jesus: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15), portanto é uma obrigação de todo cristão essa missão, o apóstolo Paulo declarou:

"ai de mim se não anunciar o Evangelho" (1Co 9.16)

"Que pregues a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo" (2Tm 4.2)

Lembrando aqui que o apóstolo Paulo, assim como o profeta Ezequiel, cumpriu sua missão com fidelidade, ele se identificou como despenseiro fiel do ministério de Deus (1Co 4.1-2).

 

2 - A Responsabilidade do Ímpio

"Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma."  (Ez 3.19)

Albert Barnes: Essa passagem antecipa o grande princípio moral do governo divino (Ezequiel 18) de que cada homem é individualmente responsável por suas próprias ações, e será julgado.[6]

 

"Mas, quando eu falar contigo abrirei a tua boca, e lhe dirás: Assim diz o SENHOR: Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir deixe; porque casa rebelde são eles." (Ez 3.27)

Deus colocou um Atalaia no meio do povo de Israel, em sua misericórdia lhes havia dado o devido aviso pela boca do profeta. Os ímpios se esforçam furiosamente para rejeitar irresponsavelmente a mensagem, agindo como rebeldes, desta forma, John Calvin afirma: os ímpios nunca podem escapar do castigo quando tratam com desprezo o ensino divino, pois é como se pisassem em tesouros inestimáveis [6]

 

3 - A Extensão da nossa Responsabilidade

"Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá, e suas justiças que praticara não virão em memória, mas o seu sangue da tua mão o requererei." (Ez 3.20)

Um cristão que se desvia é aquele que está com a comunhão com Cristo e sua fé enfraquecida. Temos também responsabilidades para com os irmãos fracos na fé que não estão vindo aos cultos,

Assim como Elias foi usado para restaurar uma nação que se afastou completamente de Deus, o cristão pode ser usados para alertar e restaurar os desviados ou afastados da Igreja. Todo cristão que engaja neste trabalho, a Palavra de Deus assegura: "Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados" (Tg 5.20).

Com a pandemia, muitos irmãos deixaram de congregar, agora no pós-pandemia, percebemos que muitos não voltaram, tem algumas igrejas que estão com dificuldades de identificar quem ainda pertence ao rol de membros, algumas igrejas locais perderam 1/3 da membresia. O não retorno fez com que os cultos online fossem descontinuados com o objetivo de que os irmãos voltassem para o culto presencial, mas, infelizmente parece que não está fazendo efeito. Embora está provado que a pandemia serviu como um catalisador para muitos explorarem outras congregações e denominações, o resultou em mudanças dos membros para outras igrejas locais, grande parte, na verdade, não estão mais indo para lugar algum, eles estão "desigrejados" ou com a fé enfraquecida. Aqui entra nossa responsabilidade, como cristãos, devemos procurar visitar aqueles que não mais vemos nas atividades de nossa igreja local, pode ser que estejam precisando de um resgate.

 

Comentário 

Pr. Éder Tomé