Escrita, Lição 2, CPAD, Imagens Bíblicas Da Igreja, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
https://youtu.be/0jp3ypSia1E?si=NnBLrJotRFVdwX2v Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/12/escrita-licao-2-cpad-imagens-biblicas.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/12/slides-licao-2-cpad-imagens-biblicas-da.html
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – IMAGENS QUE
DESCREVEM UM RELACIONAMENTO
1. A Noiva de CRISTO
2. A Esposa de CRISTO
3. Rebanho de DEUS
II – IMAGENS
QUE DESCREVEM FUNÇÃO
1. Geração
eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido
2. Corpo de CRISTO
III – IMAGENS
QUE DESCREVEM HABITAÇÃO
1. Santuário de
DEUS
2. Casa de DEUS
3. O privilégio
de ser Igreja
TEXTO ÁUREO
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o
povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pe 2.9)
VERDADE PRÁTICA
Por meio de cada imagem que retrata a Igreja, o ESPÍRITO SANTO
revela-nos o quão gloriosa ela é.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2 Co 11.2 A Igreja retratada como virgem pura
Terça – 1 Pe 5.2 A Igreja como o rebanho de DEUS
Quarta – 1 Pe 2.9 A Igreja como o sacerdócio real
Quinta – 1 Co 3.16 A Igreja como o santuário de DEUS
Sexta – 1 Tm 3.15 A Igreja como a Casa de DEUS
Sábado – 1 Co 12.12 A Igreja constituída como o Corpo de CRISTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5.25-32; 1 Pedro 2.9,10
Efésios 5.25 - Vós, maridos, amai vossa mulher, como também CRISTO
amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
26 - para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela
palavra,
27 - para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem
ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 - Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu
próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
29 - Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a
alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
30 - porque somos membros do seu corpo.
31 - Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua
mulher; e serão dois numa carne.
32 - Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de CRISTO e
da igreja.
1 Pedro 2.9 - Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
10 - vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo
de DEUS; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes
misericórdia.
HINOS SUGERIDOS: 75, 131, 400 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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IMAGENS BÍBLICAS DA IGREJA
De modo geral, a simbologia está presente em várias ocasiões da
história bíblica. Desde Gênesis a Apocalipse, o Senhor inspirou os diversos
autores bíblicos a utilizar-se de figuras de linguagem para transmitir uma
ideia ou mensagem direta a Seu povo. No contexto representativo da Igreja, não
é diferente. A Igreja do Senhor é representada por vários símbolos que
transmitem uma ideia do que é a Igreja em diferentes propósitos e ocasiões. A
Igreja é chamada de “virgem pura”, “noiva”, “esposa”, “nação santa”, “geração
eleita”, “Corpo de CRISTO” e “Casa de DEUS”. Dentre esses títulos, devemos
destacar a Igreja (não no sentido de estrutura predial) como Casa de DEUS,
família de DEUS, ambiente onde se manifestam as virtudes do ESPÍRITO SANTO, a
saber, o amor, a comunhão, a cordialidade, a alegria e a paz. Essas virtudes,
somadas a outras que derivam do Fruto do ESPÍRITO, servem como espelho à
sociedade que distorce o conceito bíblico de família.
A imagem de família é empregada para descrever a relação de DEUS
com Seu povo. Essa relação é descrita não apenas quando Paulo chama a Igreja de
“Casa de DEUS”, “Igreja do DEUS Vivo”, “coluna e firmeza da verdade”, mas
também nas ocasiões em que compara o amor e a submissão presentes no casamento
e na criação dos filhos ao amor e entrega de CRISTO por Sua Igreja e à
submissão da Igreja a Ele (Ef 5.22-27,32). O Comentário Bíblico Pentecostal do
Novo Testamento (CPAD, 2003), discorre que “Paulo mescla suas metáforas da
igreja como família (cf. ‘Casa de DEUS’) com a igreja como templo (‘coluna e
firmeza’). 1 grego tem duas palavras para ‘templo’: hieron (fieron) é todo o complexo de templo,
o lugar onde as pessoas se congregam para a adoração; naos (neíós) é o santuário
interior (por exemplo, o Lugar Santíssimo), o lugar onde DEUS habita. [...] A
imagem que Paulo mostra da igreja como naos (neíós) de DEUS não consiste em que
Ele se una conosco, a congregação, no lugar onde nos reunimos para a adoração,
mas que a Igreja (o corpo de crentes) é o próprio santuário no qual DEUS tem
prazer em habitar (cf. 1Co 3.16,17; 2Co 6.16; Ef 2.21)” (pp. 661 e 662). Essa
relação entre CRISTO e Sua Igreja, representada pela família, mostra o nível de
profundidade no relacionamento que DEUS deseja ter com Seu povo. Não é uma
relação protocolar, mas pautada no amor de uma família que vive uma relação
pacífica, afetuosa e respeitosa. Esse amor deve reger nossas relações enquanto
povo de DEUS.
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TEMPLO - ιερον hieron (fieron) (GREGO)
1) lugar sagrado, templo
1a) usado do templo de Artemis em Éfeso
1b) usado do templo em Jerusalém
O templo de Jerusalém consistia em toda uma área sagrada, incluindo todo
agregado de construções, galerias, pórticos, pátios (pátio dos homens de
Israel, pátio das mulheres, e pátio dos sacerdotes), que pertenciam ao templo.
A palavra também era usada para designar o edifício sagrado propriamente dito,
consistindo em duas partes, o “santuário” ou “SANTO Lugar” (onde ninguém estava
autorizado a entrar, exceto os sacerdotes), e o “SANTO dos Santos” ou “O Mais SANTO
Lugar” (onde somente o sumo-sacerdote entrava no grande dia da expiação).
Também estavam os pátios onde JESUS ou os apóstolos ensinavam ou encontravam-se
com os adversários ou outras pessoas “no templo”; do pátio dos gentios JESUS
expulsou os comerciantes e os cambistas.
Morada, tabernáculo, casa, morada do ESPÍRITO SANTO em nós.
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Símbolos da Igreja.
- O primeiro
símbolo é o corpo. JESUS não está mais presente entre os homens,
de forma física, mas em cada pessoa que o recebe, em qualquer parte do mundo,
Ele introduz a sua vida, para formar um corpo. Por Ter a vida em CRISTO, a
igreja não é um simples ajuntamento de pessoas, uma associação ou clube. É um
organismo, algo que tem existência tal como o corpo humano que é composto de
muitos membros e órgãos que funcionam em prol de uma vida comum. Da mesma forma
que o ser humano é um, mas tem milhões de células vivas, assim também é a igreja.
Um só corpo, mas constituído por milhões de pessoas nascidas de novo, por meio
do evangelho de JESUS.
Possui também uma
cabeça, o próprio CRISTO. Ele é o chefe, o guia, o Principal e o Príncipe da
igreja.
- Outro símbolo é o
templo. Embora DEUS habite em toda a parte, Ele se localiza em
determinado lugar, para ser encontrado, adorado e louvado. Cada crente é um
templo de DEUS. Leia 1 Coríntios 3.16,17.
- Outro símbolo é Noiva.
Por causa da união e comunhão que os crentes têm com CRISTO, a igreja é
simbolizada na Bíblia pela figura de uma noiva. Em 2 Coríntios 11.2, Paulo
afirma que preparara os crentes de Corinto para os ‘apresentar como uma virgem
pura a um marido, a saber, a CRISTO’. Em Efésios 5.25, o apostolo declara que
CRISTO amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. A noiva e o noivo
viverão juntos para sempre. Leia Apocalipse 22.17.
- Outro símbolo da
Igreja, o qual se pode destacar na Bíblia é a família. Você,
agora, é membro da família da DEUS.
Palavras que descrevem a igreja.
A palavra grega no Novo Testamento para igreja é
"ekklesia", que significa "uma assembleia de chamados para
fora". O termo aplica-se a:
1) Todo o corpo de cristãos em uma cidade (Atos 11:22; 13:1.)
2) Uma congregação, (1Cor. 14:19,35; Rom. 16:5.)
3) Todo o corpo de crentes na terra. (Efés. 5:32.)
Ilustrações da igreja.
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer
Pearman - Vida
(a) O corpo de CRISTO.
O Senhor JESUS CRISTO deixou este mundo há mais de dezenove
séculos; entretanto, ele ainda está no mundo. Com isso queremos dizer que sua
presença se faz sentir por meio da igreja, a qual é seu corpo. Assim como
ele viveu sua vida natural na terra, em um corpo humano individual, assim
também ele vive sua vida mística em um corpo tomado da raça humana em
geral. Na conclusão dos Evangelhos não escrevemos: "Fim", mas,
"Continua", porque a vida de CRISTO continua a ter expressão por
meio dos seus discípulos como se evidencia no livro de Atos dos Apóstolos
e pela subsequente história da igreja. "Assim como o Pai me
enviou, também eu vos envio a vós" (João 20:21). "Quem vos
recebe, a mim me recebe" (Mat. 10:40). Antes de partir da terra, CRISTO
prometeu assumir esse novo corpo. Entretanto, usou outra ilustração: "Eu
sou a videira, vós as varas" (João 15:5). A videira está incompleta
sem as varas e as varas nada são à parte da vida que flui da videira. Se CRISTO
há de ser conhecido pelo mundo, terá que ser mediante aqueles que tomam
o seu nome e participam de sua vida. Na medida em que a igreja se tem
mantido em contato com CRISTO, sua Cabeça, assim tem participado de sua
vida e experiências. Assim como CRISTO foi ungido no Jordão, assim também a
igreja foi ungida no Pentecoste. JESUS andou pregando o Evangelho aos pobres,
curando os quebrantados de coração, e pregando libertação aos cativos; e
a verdadeira Igreja sempre tem seguido em suas pisadas. "Qual ele é,
somos nós também neste mundo" (1João 4:17). Assim como CRISTO foi
denunciado como uma ameaça política e, finalmente, crucificado, assim também
sua igreja, em muitos casos, tem sido crucificada (figurativamente falando) por
governantes perseguidores. Mas tal qual o seu Senhor, ela ressuscitou! A vida
de CRISTO dentro dela a torna indestrutível. Este pensamento da
identificação da igreja com CRISTO certamente estava na mente de Paulo
quando falou: "na minha carne cumpro o resto das aflições de CRISTO, pelo
corpo, que é a igreja" (Col. 1:24). O uso dessa ilustração faz lembrar que
a igreja é um organismo e não meramente uma organização. Uma organização é um
grupo de indivíduos voluntariamente associados com um propósito especial, tal
como uma organização fraternal ou um sindicato. Um organismo é qualquer coisa
viva, que se desenvolve pela vida inerente. Usado figuradamente, significa a
soma total das partes entrelaçadas, na qual a relação mútua entre elas implica
uma relação do conjunto. Desse modo, um automóvel poderia ser considerado uma
"organização" de certas peças mecânicas; o corpo humano é um
organismo porque é composto de muitos membros e órgãos animados por uma vida
comum. O corpo humano é um, embora seja composto de milhões de
células vivas. Da mesma maneira o corpo de CRISTO é um, embora composto
de almas nascidas de novo. Assim como o corpo humano é
vivificado pela alma, da mesma maneira o corpo de CRISTO é vivificado
pelo ESPÍRITO SANTO. "Pois todos nós fomos batizados em um ESPÍRITO formando
um corpo" (1Cor. 12:13). Os fatos supracitados indicam uma característica
única da religião de CRISTO. Assim escreve W. H. Dunphy: Ele — e
unicamente ele — dos fundadores de religião, produziu um organismo
permanente, uma união permanente de mentes e almas, concentradas em torno
de sua Pessoa. Os cristãos não são meramente seguidores de CRISTO, senão
membros de CRISTO e membros uns dos outros. Buda reuniu sua sociedade de
"esclarecidos", mas a relação entre eles não passa de relação
externa, de mestre para com o aluno. O que os une é sua doutrina, e não a
sua vida. O mesmo pode dizer-se de Zoroastro, de Sócrates, de Maomé, e dos
outros gênios religiosos da raça. Mas CRISTO não somente é Mestre, ele é a
vida dos cristãos. O que ele fundou não foi uma sociedade que estudasse e
propagasse suas idéias, mas um organismo que vive por sua vida, um corpo
habitado e guiado por seu ESPÍRITO.
(b) O templo de DEUS.
(1Ped. 2:5,6.) Um templo é um lugar em que DEUS, que habita em
toda parte, se localiza a si mesmo em determinado lugar, onde seu povo o possa
achar "em casa". (1Reis 8:27.) Assim como DEUS morou no Tabernáculo e
no templo, assim também vive, por seu ESPÍRITO, na igreja.
(Efés 2:21,22; 1Cor. 3:16,17.) Neste templo espiritual os cristãos,
como sacerdotes, oferecem sacrifícios espirituais, sacrifícios de oração,
louvor e boas obras.
(c) A noiva de CRISTO.
Essa é uma ilustração usada tanto no Antigo como no Novo
Testamento para descrever a união e comunhão de DEUS com seu povo. (2 Cor.
11:2; Efés. 5:25-27; Apoc. 19:7; 21:2; 22:17.) Mas devemos lembrar que é
somente uma ilustração, e não se deve forçar sua interpretação. O
propósito dum símbolo é apenas iluminar um determinado lado da verdade e
não o de prover o fundamento para uma doutrina.
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A Natureza da Igreja - TEOLOGIA
SISTEMÁTICA STANLEY M. HORTON (CPAD)
Termos Bíblicos Aplicados à Igreja
Já temos uma definição de Igreja com
base nos termos bíblicos primários, como ekklêsia (um grupo de cidadãos
reunidos visando um propósito específico) e kuriakos (um grupo que pertence ao
Senhor). A natureza da Igreja, no entanto, é por demais extensiva para ser
englobada em poucas e simples definições. A Bíblia emprega numerosas descrições
metafóricas da Igreja, sendo que cada uma delas retrata um aspecto diferente do
que ela é e do que é chamada a fazer. Paul Minear observa que cerca de oitenta
termos neotestamentários delineiam o significado e o propósito da Igreja.10
Explorar cada um deles seria um estudo fascinante. Mas, no presente capítulo,
bastará examinar as designações mais relevantes.
Povo de DEUS.
O apóstolo Paulo aproveita a
descrição de Israel no Antigo Testamento, aplicando-a à Igreja do Novo
Testamento quando declara: "Como DEUS disse: Neles habitarei e entre eles
andarei; e eu serei o seu DEUS, e eles serão o meu povo" (2 Co 6.16; cf. Lv
26.12). Por toda a Bíblia a Igreja é retratada como o povo de DEUS. Assim como
no Antigo Testamento DEUS criou Israel a fim de ser um povo para si mesmo,
também a Igreja no Novo Testamento é criação de DEUS, "o povo
adquirido" por Ele (1 Pe 2.9,10; cf. Dt 10.15; Os 1.10). Desde o começo da
Igreja e no decurso de sua história, fica evidente que o destino da Igreja está
alicerçado na iniciativa e vocação divinas. Conforme Robert L. Saucy, a Igreja
é "um povo chamado para fora por DEUS, incorporado em CRISTO e habitado
pelo ESPÍRITO".11
A Igreja, como povo de DEUS, é
descrita em termos muito significativos. A Igreja é um corpo
"eleito". Isto não significa que DEUS tem arbitrariamente escolhido
uns para a salvação e outros para a condenação eterna. O povo de DEUS é chamado
"eleito" no Novo Testamento porque DEUS tem "escolhido" a
Igreja para fazer a sua obra nesta era, por meio do ESPÍRITO SANTO, que está
ativamente operante a santificar os crentes e conformá-los à imagem de CRISTO
(Rm 8.28,29).
Mais de cem vezes o povo de DEUS é
chamado os "santos" (gr. hagioi) de DEUS, no Novo
Testamento. Não se entenda as pessoas assim designadas como que condição
espiritual superior, nem seu comportamento perfeito ou "santo". (As
muitas referências à Igreja em Corinto como "santos de DEUS" devem
servir de indício suficiente desse fato.) Pelo contrário, ressalta-se novamente
que a Igreja é a criação de DEUS e que, pela iniciativa divina, os crentes são
"chamados para serem santos" (1 Co 1.2). O povo de DEUS é
frequentemente designado como os que estão "em CRISTO", o que dá a
entender sejam beneficiários da obra expiadora de CRISTO e participem
coletivamente dos privilégios e responsabilidades de serem chamados cristãos
(gr. Cristianous ler craistianos).
Alude-se também ao povo de DEUS de
outras maneiras. Três delas merecem ser mencionadas resumidamente aqui:
"crentes", "irmãos" e "discípulos".
"Crentes" provém do termo grego pistoi( ler pistoê "os
fiéis"). Esse termo dá a entender que o povo de DEUS não somente creu, ou
seja: em algum momento do passado deu assentimento mental à obra salvífica de CRISTO,
mas também vive continuamente em atitude de fé, confiança obediente e da
dedicação ao seu Salvador. (Esse fato é ressaltado ainda por pistoi normalmente
ser encontrado no tempo presente no Novo Testamento, o que denota ação
contínua). "Irmãos" (gr. Adelphoi ler adelefoi) é um termo genérico,
que se refere tanto a homens quanto a mulheres, frequentemente usado pelos
escritores do Novo Testamento para expressar o fato de que os cristãos são
chamados para amar, não somente ao Senhor, como também uns aos outros (1 Jo
3.16). O amor mútuo e a comunhão são inerentes entre o povo de DEUS e servem
para lembrar que, independentemente de vocação ou cargo individual no
ministério, todos os irmãos desfrutam de uma posição de igualdade na presença
do Senhor (Mt 23.8).
A palavra "discípulos"
(gr. Mathêtai ler mafetai) significa "aprendizes",
"alunos" ou "estudantes". Ser aluno nos tempos bíblicos
significava muito mais que escutar e assimilar mentalmente as informações
dadas pelo professor. Esperava-se também que o aluno imitasse o caráter e a
conduta do professor. O povo de DEUS é realmente conclamado a ser discípulo
semelhante ao seu Mestre, JESUS CRISTO. Conforme declara JESUS: "Se vós
permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos"
(Jo 8.31). JESUS não oferece nenhuma falsa impressão da vida de discípulo, como
se fosse fácil e popularmente atraente (ver Lc 14.26-33), mas a tem por
essencial àqueles que desejarem segui-lo. O teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer
(ler diitrech bonrrifar), acertadamente, observa que o verdadeiro discipulado
cristão requer a disposição de deixar morrer o ego e de entregar tudo a CRISTO.
O discipulado autêntico é possível somente através do que Bonhoeffer chama
"graça dispendiosa", acrescentando: "Essa graça é dispendiosa
porque nos chama a seguir, e é graça porque nos chama a seguir JESUS CRISTO. E
dispendiosa porque custa ao homem sua própria vida, e é graça porque dá ao
homem a única vida verdadeira". 13
Corpo de CRISTO.
Figura bíblica da máxima relevância
para representar a Igreja é o "corpo de CRISTO". Era a expressão
predileta do apóstolo Paulo, que frequentemente comparava os
inter-relacionamentos e funções dos membros da Igreja com partes do corpo
humano. Os escritos de Paulo enfatizam a verdadeira união, que é essencial na
Igreja. Por exemplo: "O corpo é um e tem muitos membros... assim é CRISTO
também" (1 Co 12.12). Da mesma forma que o corpo de CRISTO tem o propósito
de funcionar eficazmente como uma só unidade, também os dons do ESPÍRITO SANTO
são dados para equipar o corpo "pelo ESPÍRITO SANTO... o mesmo Senhor... o
mesmo DEUS que opera tudo em todos... para o que for útil" (1 Co 12.4-7).
Por esta razão, os membros do corpo de CRISTO devem agir com grande cautela
"para que não haja divisão [gr. schisma] no corpo, mas, antes, tenham os
membros igual cuidado uns dos outros" (1 Co 12.25; cf. Rm 12.5). Os
cristãos podem ter essa união e mútua solicitude porque foram todos
"batizados em um ESPÍRITO, formando um corpo" (1 Co 12.13). A
presença do ESPÍRITO SANTO, habitando em cada membro do corpo de CRISTO,
permite a manifestação legítima dessa união. Gordon D. Fee declara, , com
razão: “Nossa necessidade urgente é uma obra soberana do ESPÍRITO para fazer
entre nós o que nossa 'união programada não consegue fazer”. 14
Embora deva existir união no corpo
de CRISTO, não se constitui antítese enfatizar que é necessária a diversidade
para o bom funcionamento do corpo de CRISTO. No mesmo contexto em que Paulo
enfatiza a união, também declara: "Porque também o corpo não é um só
membro, mas muitos" (1 Co 12.14). Referindo-se à mesma analogia, em outra
Epístola, Paulo declara: "Assim como em um corpo temos muitos membros, e
nem todos os membros têm a mesma operação..." (Rm 12.4). Fee observa que a
união "não importa na uniformidade... nem pode existir verdadeira união
se não há diversidade".15
A preciosa relevância dessa
diversidade é ressaltada em todas as partes de 1 Coríntios 12, especialmente em
conexão com os dons espirituais, tão essenciais ao ministério da Igreja (ver 1
Co 12.7-11,27-33; cf. Rm 12.4-8). DEUS usa métodos diferentes para moldar os
membros da Igreja. Ele não chama todos ao mesmo ministério nem os equipa com o
mesmo dom. Pelo contrário, à semelhança do corpo humano, DEUS formou a Igreja
de tal maneira que ela funciona melhor quando cada parte (ou membro) cumpre com
eficiência o papel (ou vocação) a que foi destinado.
Dessa maneira, há uma "unidade
na diversidade" dentro do corpo de CRISTO. Inerente a essa metáfora,
portanto, existe a ideia da mutualidade: cada crente cooperando com os demais
membros e esforçando-se em prol da edificação de todos. Esse modo de viver
pode, por exemplo, envolver o sofrer com os que estão sofrendo dores ou o
regozijo com os que estão sendo honrados (1 Co 12.26). Implica também em levar
o fardo de um irmão ou irmã no Senhor (Gl 6.2) ou ajudar na restauração de quem
caiu no pecado (Gl 6.1). Há, nas Escrituras, uma infinidade de práticas citadas
como exemplos dessa mutualidade. A lição principal é que nenhum membro
individual do corpo de CRISTO pode ter um relacionamento exclusivo e
individualista com o Senhor. Cada "indivíduo" é, na realidade, um
componente necessário à estrutura corpórea da Igreja. Assevera Claude Welc (ler
clud welich): "Não há cristianismo puramente particular, porque estar na
igreja é estar em CRISTO, e qualquer tentativa no sentido de fazer uma
separação entre o relacionamento com CRISTO pela fé e a afiliação na igreja, é
uma perversão do modo neotestamentário de entender o assunto". 16
Um último aspecto na figura do corpo
de CRISTO é o relacionamento entre o Corpo e sua Cabeça, JESUS CRISTO (Ef 1.22,23;
5.23).17 Como Cabeça do Corpo, CRISTO é tanto a fonte quanto õ sustento da vida
da Igreja. A medida que seus membros se curvarem à liderança de CRISTO e
funcionarem conforme Ele deseja, o corpo de CRISTO será alimentado e sustentado
e "vai crescendo em aumento de DEUS" (Cl 2.19). A unidade, a
diversidade e a mutualidade, indispensáveis ao corpo de CRISTO, podem ser
conseguidas à medida que "cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO,
do qual todo o corpo... segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento
do corpo, para sua edificação em amor" (Ef 4.15,16).
Templo do ESPÍRITO.
Outra figura muito significativa da
Igreja, no Novo Testamento, é "o templo do ESPÍRITO SANTO". Os
escritores bíblicos empregam vários símbolos para representar os componentes
da construção desse templo, que têm seu paralelo nos materiais necessários à
construção de uma estrutura terrestre. Por exemplo: toda edificação precisa de
um alicerce sólido. Paulo indica com clareza que o alicerce primário da Igreja
é a pessoa e obra históricas de CRISTO: "Porque ninguém pode pôr outro
fundamento, além do que já está posto, o qual é JESUS CRISTO" (1 Co 3.11).
Em outra Epístola, no entanto, Paulo afirma que, em outro sentido, a Igreja é
edificada "sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas" (Ef 2.20).
Talvez isto signifique que esses primeiros líderes tivessem sido usados de modo
muito especial pelo Senhor, a fim de estabelecer e fortalecer o templo do ESPÍRITO
com os ensinos e práticas que haviam aprendido de CRISTO e que continuam a ser
comunicados aos crentes hodiernos através das Escrituras.
Outro componente dessa edificação
espiritual, que existe em estreita relação com o alicerce, é a "principal
pedra da esquina". Nas edificações modernas, a pedra da esquina é
usualmente mais simbólica que parte integrante dos alicerces, onde é gravada a
data em que foi lançada e os nomes dos principais benfeitores envolvidos. Na
era bíblica, no entanto, a pedra da esquina era da máxima relevância. Normalmente
maior que as demais pedras, orientava o desenvolvimento do projeto para o
restante da edificação e dava simetria à obra inteira.18 CRISTO é descrito
como "a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado,
cresce para templo no Senhor" (Ef 2.20,21; cf. 1 Pe 2.6,7).
As pedras normais, necessárias para
completar a estrutura, estavam ligadas à pedra da esquina. O apóstolo Pedro
retrata os crentes desempenhando aquele papel, e os descreve "como pedras
vivas, [que] sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo" (1 Pe 2.5).
O termo aqui empregado por Pedro é lithos( ler liiflous "pedra"), uma
palavra grega muito comum. No entanto, em contraste aos sinônimos mais
familiares, petros (uma pedra solta ou pedregulho) e petra (uma rocha sólida de
tamanho suficiente para ser um alicerce), as "pedras vivas" (gr.
lithoi zõntes ler zouodes), neste contexto, sugerem "pedras
lavradas", ou seja, que foram cortadas e adaptadas pelo mestre da obra (CRISTO)
para encaixaram corretamente. 19 Tanto em Efésios 2 quanto em 1 Pedro 2, os
verbos que descrevem a construção desse templo usualmente estão no tempo
presente, o que transmite a ideia de ação contínua. Talvez seja possível
inferir daí que os cristãos "ainda estão em obras". O propósito é,
naturalmente, enfatizar que a obra santificadora do ESPÍRITO é um
empreendimento progressivo e contínuo a fim de realizar os propósitos de DEUS
na vida dos crentes. Estão sendo bem ajustados para ser um templo santo no
Senhor, edificados para tornar-se morada de DEUS no ESPÍRITO" (Ef 2.21,22).
A metáfora do templo do ESPÍRITO SANTO
confirma ainda mais que a terceira Pessoa da Trindade habita na Igreja, quer
individual, quer coletivamente. Por exemplo: Paulo pergunta aos crentes de
Corinto: "Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS
habita em vós?... O templo de DEUS, que sois vós, é santo" (1 Co 3.16,17).
Nesse trecho específico, Paulo está se dirigindo à Igreja coletivamente
("vós"). Em 1 Coríntios 6.19, Paulo faz referência ao crente
individual: "Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO,
que habita em vós, proveniente de DEUS?" Nos capítulos 3 e 6 de 1
Coríntios, bem como num texto semelhante, em 2 Coríntios 6.16ss, a palavra
empregada por Paulo com o sentido de "templo" é naos. Diferentemente
do termo mais geral, hieron, que se refere ao templo inteiro, inclusive seus
átrios, naos significa o santuário interior, o SANTO dos Santos onde o Senhor
manifesta a sua presença de uma maneira especial. Paulo está dizendo, com
efeito, que os crentes, como templo do ESPÍRITO SANTO, são nada menos que a
habitação de DEUS.
O ESPÍRITO de DEUS não somente
transmite à Igreja poder para o serviço (At 1.8), como também a sua vida, ao
habitar dentro dela. 20 Consequentemente, há um entendimento real de que as
qualidades que exemplificam sua natureza (por exemplo, o "fruto do ESPÍRITO",
Gl 5.22,23) acham-se na Igreja, evidenciando, assim, que ela está andando no ESPÍRITO
(G15.25).
Outras figuras. Além do conjunto um
tanto trinitariano das figuras da Igreja, mencionadas supra (povo de DEUS,
corpo de CRISTO, templo do ESPÍRITO SANTO), muitas outras metáforas bíblicas
nos ajudam a ampliar a perspectiva da natureza da Igreja. Retratos da Igreja
como o sacerdócio dos crentes (1 Pe 2.5,9), a Noiva de CRISTO (Ef 5.23-32), o rebanho do Bom Pastor (Jo
10.1-18) e os sarmentos da Videira verdadeira (Jo 15.1-8) são algumas amostras
das diversas maneiras como as Escrituras representam a composição e as
características distintivas da Igreja verdadeira, que consiste nos redimidos.
De maneiras diferentes, essas figuras de linguagem ilustram a identidade e
propósito da Igreja, que JESUS expressa de modo tão belo na sua oração
sacerdotal: [Rogo] para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu,
em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me
enviaste... para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo
conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a
mim (Jo 17.21,23).
)))))))))))))))))))))))))
REVISTA 1TR24, Lição 2 NA ÍNTEGRA
Escrita, Lição 2, CPAD, Imagens Bíblicas Da Igreja, 1Tr24, Pr
Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – IMAGENS QUE
DESCREVEM UM
RELACIONAMENTO
1. A Noiva de CRISTO
2. A Esposa de CRISTO
3. Rebanho de DEUS
II – IMAGENS
QUE DESCREVEM FUNÇÃO
1. Geração
eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido
2. Corpo de CRISTO
III – IMAGENS
QUE DESCREVEM HABITAÇÃO
1. Santuário de
DEUS
2. Casa de DEUS
3. O privilégio
de ser Igreja
TEXTO ÁUREO
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o
povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pe 2.9)
VERDADE PRÁTICA
Por meio de cada imagem que retrata a Igreja, o ESPÍRITO SANTO
revela-nos o quão gloriosa ela é.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2 Co 11.2 A Igreja retratada como virgem pura
Terça – 1 Pe 5.2 A Igreja como o rebanho de DEUS
Quarta – 1 Pe 2.9 A Igreja como o sacerdócio real
Quinta – 1 Co 3.16 A Igreja como o santuário de DEUS
Sexta – 1 Tm 3.15 A Igreja como a Casa de DEUS
Sábado – 1 Co 12.12 A Igreja constituída como o Corpo de CRISTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5.25-32; 1 Pedro 2.9,10
Efésios 5.25 - Vós, maridos, amai vossa mulher, como também CRISTO
amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
26 - para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela
palavra,
27 - para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem
ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 - Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu
próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
29 - Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a
alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
30 - porque somos membros do seu corpo.
31 - Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua
mulher; e serão dois numa carne.
32 - Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de CRISTO e
da igreja.
1 Pedro 2.9 - Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
10 - vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo
de DEUS; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes
misericórdia.
HINOS SUGERIDOS: 75, 131, 400 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A Bíblia apresenta diversas imagens que revelam um determinado
aspecto da natureza da Igreja de CRISTO. Nesta lição, abordaremos as seguintes
imagens: A Noiva de CRISTO; a Esposa de CRISTO; o Rebanho de DEUS; Geração
Eleita, Sacerdócio Real, Nação Santa e Povo Adquirido; Corpo de CRISTO;
Santuário de DEUS; Casa de DEUS.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Elencar as imagens que descrevem o
relacionamento com CRISTO; II) Pontuar as imagens que descrevem a função da
Igreja; III) Explicar as imagens da Igreja como habitação de DEUS.
B) Motivação: Uma das imagens bíblicas mais gloriosas da Igreja é a
que a apresenta como a habitação de DEUS. Nesse caso, a Igreja é reconhecida na
Bíblia como o Santuário de DEUS, a Casa de DEUS, ou seja, DEUS a habita
gloriosamente. Ter essa consciência teológica a respeito da natureza da Igreja
como habitação divina é transformador.
C) Sugestão de Método: Escreva em tiras de papel cada imagem
bíblica da Igreja mencionada na lição e seus respectivos símbolos.
Antecipadamente, distribua cada tira de papel para cada aluno. À medida que
você avançar na exposição dos tópicos, solicite que cada aluno leia
respectivamente a sua tira de papel. A ideia é que você introduza o assunto de
cada tópico com a participação dos alunos. Você pode ir preenchendo uma tabela
na lousa à medida que cada aluno mencione uma imagem e seu respectivo símbolo.
Ao final da exposição da lição, a classe terá um quadro completo das imagens
bíblicas da Igreja na lousa. Esse é um bom exercício para fixar o conteúdo da
lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Cada crente que passou pela experiência de salvação,
isto é, foi regenerado, justificado e santificado, faz parte da Igreja de CRISTO.
Nesse sentido, cada crente exerce uma função sacerdotal diante de DEUS e diante
do mundo. Por isso, a Igreja é uma instituição em que DEUS habita. Assim,
estimular os alunos para que vejam como privilégio divino participar do Corpo
de CRISTO é um dos propósitos desta lição.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que
traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 96, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios
que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Relacionamento
Santificador da Igreja”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a
compreensão a respeito do aspecto do relacionamento de santidade da Igreja com CRISTO;
2) O texto “O Caráter cooperador do Corpo de CRISTO”, ao final do segundo
tópico, amplia a reflexão a respeito da origem da concreta da Igreja de CRISTO.
PALAVRA-CHAVE – Imagem (צלם - tselem – (Salãm) imagem,
semelhança, fotografia)
COMENTÁRIO -
INTRODUÇÃO
A Igreja de JESUS
CRISTO é retratada por uma série de imagens por meio das páginas do Novo
Testamento. Cada uma delas revela um determinado aspecto da Igreja de JESUS CRISTO.
Assim, podemos contemplar imagens ou figuras que retratam o relacionamento; que
descrevem a função ou mostram de que forma a Igreja é a habitação de DEUS. Por
isso, nesta lição, estudaremos as principais imagens bíblicas a respeito da
Igreja de CRISTO que comunicam o relacionamento, a função e a habitação dessa
instituição criada por DEUS.
I – IMAGENS QUE
DESCREVEM UM
RELACIONAMENTO
1. A Noiva de CRISTO
Sem dúvida
alguma, a imagem da Igreja como a Noiva de CRISTO é uma das mais belas das
Escrituras. Na verdade, a Bíblia usa tanto a figura da noiva como a da esposa
para representar a Igreja. Primeiramente, a Igreja é descrita como uma “virgem
pura” (2 Co 11.2). Convém destacar que a palavra grega parthenos (ler
Parfenous), traduzida em 2 Coríntios 11.2 como “virgem pura”, é usada em
relação a uma donzela que ainda não contraiu núpcias. É uma figura da Igreja
como noiva trazendo uma ideia de castidade, pureza e fidelidade.
2. A Esposa de CRISTO
Paulo retrata,
também de forma vívida, a imagem da Igreja como esposa (Ef 5.25,26). Assim como
é destacada a pureza da noiva, é também a da esposa. Mas devemos ressaltar que
esse relacionamento de CRISTO com a Igreja é fundamentado no amor – “CRISTO
amou a igreja” (Ef 5.25). Não é como em um relacionamento frio, fundamentado
apenas no dever, mas retrata um relacionamento fundamentado, sobretudo, na
realidade do amor que se entrega e se sacrifica. CRISTO cuida da Igreja e zela
por ela porque a ama. Essa imagem de relacionamento amoroso entre CRISTO e a
sua Igreja deve ser o parâmetro para o relacionamento de todos os casais
cristãos.
.
3. Rebanho de DEUS
Quando reuniu
os presbíteros na cidade de Éfeso, o apóstolo Paulo os exortou (At 20.28).
Aqui, a Igreja é retratada como um rebanho de DEUS. É uma metáfora que ilustra
a relação existente entre a ovelha e o pastor. Paulo deixa claro que esse
rebanho custou um alto preço – o sangue de JESUS CRISTO. Tendo em mente essa
imagem, o apóstolo Pedro também põe isso em evidência (1 Pe 5.2,3). As palavras
de Pedro devem servir de parâmetro para todo pastor que cuida do rebanho de DEUS.
Na verdade, ele mostra o que o pastor não pode fazer no seu trato com a igreja,
pois ele deve ser um modelo para o Rebanho de DEUS.
SINÓPSE I
Imagens como a
Noiva de CRISTO, a Esposa de CRISTO e o Rebanho de DEUS descrevem o
relacionamento da Igreja com CRISTO.
Auxílio
Teológico
O
RELACIONAMENTO SANTIFICADOR DA IGREJA
“O povo de DEUS
é chamado ‘eleito’ no Novo Testamento porque DEUS tem ‘escolhido’ a Igreja para
fazer a sua obra nesta era, por meio do ESPÍRITO SANTO, que está ativamente
operante a santificar os crentes e conformá-los à imagem de CRISTO (Rm 8.28,29).
Mais de cem vezes o povo de DEUS é chamado os ‘santos’ (gr. hagioi) de DEUS, no
Novo Testamento. Não se entenda as pessoas assim designadas como de condição
espiritual superior, nem seu comportamento perfeito ou ‘santo’. (As muitas
referências à Igreja em Corinto como ‘santos de DEUS’ devem servir de indício
suficiente desse fato.) Pelo contrário, ressalta-se novamente que a Igreja é a
criação de DEUS e que, pela iniciativa divina, os crentes são ‘chamados para
serem santos’ (1 Co 1.2)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.543).
II – IMAGENS
QUE DESCREVEM FUNÇÃO
1. Geração
eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido
Assim como
havia um povo de DEUS debaixo do Antigo Pacto (Êx 19.5,6; Is 43.3), da mesma
forma DEUS possui um povo debaixo do Novo Pacto (1 Pe 2.9). (a) Geração eleita.
A palavra grega genos (ler zenous), traduzida aqui como “geração” também possui
o sentido de “raça”. O Novo Testamento mostra que, em CRISTO, tanto judeus
quanto gentios fazem parte de uma só geração ou raça por causa do que eles têm
em comum. Não há distinção de raça, cor, sexo ou status social. Em CRISTO todos
formam a geração eleita. (b) Sacerdócio real. Em sua Primeira Carta, o apóstolo
Pedro descreve os crentes que formam a Igreja de CRISTO como os que exercem um
sacerdócio real (1 Pe 2.9). Essa imagem vem do antigo sistema sacerdotal levítico.
Na Antiga Aliança, DEUS escolheu uma família, a de Arão, para oficiar como
sacerdotes, da mesma forma Ele fez na Nova Aliança. Contudo, há uma diferença
fundamental entre o sacerdócio exercido debaixo da Antiga Aliança e aquele
exercido na Nova Aliança. Ali, essa função era reservada apenas para uma tribo,
a de Levi. Dessa forma, a família escolhida para essa missão foi a de Arão. Por
outro lado, debaixo da Nova Aliança todo cristão é um sacerdote. Agora todo
cristão tem o privilégio de “queimar o incenso”, isto é, de exercer um
ministério de oração e intercessão diante de DEUS (Sl 141.2). (c) Nação santa e
um povo adquirido (1 Pe 2.9). Ambos os termos vêm adjetivados, mostrando o que
essa nação e esse povo eram, representavam e deveriam ser. Não era uma nação ou
um povo qualquer. Era uma nação santa e um povo adquirido para DEUS. Essa é uma
figura muito forte para retratar uma Igreja inteiramente consagrada a CRISTO.
2. Corpo de CRISTO
Essa é uma das
imagens mais fortes e frequentes no Novo Testamento para retratar a Igreja. A
Igreja é o Corpo de CRISTO! Mais do que uma organização, a Igreja é um
organismo. Um organismo vivo! A analogia da Igreja como um corpo é muito
significativa. Primeiramente, porque retrata a harmonia e unidade que há no
corpo. No corpo humano tudo está em seu devido lugar (1 Co 12.12). Todos os
membros cooperam para o bom funcionamento do corpo (1 Co 12.21,22,25). Logo,
nenhum membro faz menos parte do corpo que os demais: todos são necessários. A
variedade de órgãos, membros e funções constitui a essência da vida física.
Nenhum órgão pode estabelecer um monopólio no corpo, assumindo as funções dos
outros. Um corpo constituído por um só órgão seria uma monstruosidade.
SINÓPSE II
Imagens como
geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido e Corpo de CRISTO
descrevem a função que a Igreja exerce diante de DEUS e do mundo.
Auxílio
Teológico
O CARÁTER
COOPERADOR DO CORPO DE CRISTO
“Os escritos de
Paulo enfatizam a verdadeira união, que é essencial na Igreja. Por exemplo: ‘O
corpo é um e tem muitos membros... assim é CRISTO também’ (1 Co 12.12). Da
mesma forma que o corpo de CRISTO tem o propósito de funcionar eficazmente como
uma só unidade, também os dons do ESPÍRITO SANTO são dados para equipar o corpo
‘pelo ESPÍRITO SANTO... o mesmo Senhor... o mesmo DEUS que opera tudo em
todos... para o que for útil’ (1 Co 12.4-7). Por esta razão, os membros do
corpo de CRISTO devem agir com grande cautela “para que não haja divisão [gr.
schisma] no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros’
(1 Co 12.25; cf. Rm 12.5). Os cristãos podem ter essa união e mútua solicitude
porque foram todos ‘batizados em um ESPÍRITO, formando um corpo’ (1 Co 12.13).
A presença do ESPÍRITO SANTO, habitando em cada membro do corpo de CRISTO,
permite a manifestação legítima dessa união” (HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023,
p.544-45).
III – IMAGENS
QUE DESCREVEM HABITAÇÃO
1. Santuário de
DEUS
Muito embora
seja comum identificar a Igreja a partir de sua estrutura arquitetônica, não é
isso que a Bíblia identifica como sendo uma Igreja. Ela é o templo do ESPÍRITO SANTO
(1 Co 3.16). A Igreja é retratada como sendo um santuário, a habitação de DEUS.
Individualmente, cada crente é um templo do ESPÍRITO SANTO (1 Co 6.19). Mas na
sua forma corporativa, a Igreja é retratada como sendo o santuário de DEUS (1
Co 3.16,17). Isso também significa que DEUS habita a Igreja. Ela é seu templo.
Nesse aspecto, o apóstolo Paulo alerta sobre o perigo que há em se profanar o
santuário de DEUS (1 Co 3.17).
2. Casa de DEUS
A Igreja é
descrita como sendo a “Casa de DEUS” (1 Tm 3.15). Esse conceito da Igreja, como
sendo a Casa de DEUS, é derivado do Antigo Testamento em que o povo de DEUS é
retratado como a casa ou família de DEUS. A nação de Israel floresceu a partir
da família de Jacó. Isso nos faz ver a importância da igreja como uma
instituição social. Na base da sociedade está a família. Uma igreja forte é
formada por famílias igualmente fortes. O inverso também é verdade – famílias
fracas tornam-se igrejas fracas. Por trás de muitos problemas sociais está a
desestruturação familiar. A recomendação de Paulo em 1 Timóteo revela que a
Igreja se orienta por um padrão moral que deve nortear seu comportamento na
sociedade.
3. O privilégio
de ser Igreja
À luz do que
estudamos nesta lição, podemos fazer algumas considerações. Primeira, a Igreja
de CRISTO é uma instituição formada por salvos que se relacionam com DEUS e,
por isso, eles fazem parte de seu rebanho. Segunda, a Igreja de CRISTO é uma
instituição formada de salvos que exercem uma função sacerdotal diante de DEUS
perante o mundo. E, finalmente, a Igreja de CRISTO é uma instituição em que DEUS
habita e vive. É um privilégio fazer parte da Igreja de CRISTO!
SINÓPSE III
Imagens como
Santuário de DEUS e Casa de DEUS descrevem a Igreja como a habitação de DEUS.
CONCLUSÃO
Nesta lição
aprendemos através de imagens bíblicas o que a Igreja é e que importância ela
tem. São figuras que nos ajudam a compreender a Igreja tanto em seu aspecto
institucional como funcional. Assim, essas imagens ajudam o crente a descobrir
qual o seu lugar na Igreja, o Corpo de CRISTO. Dessa forma, ele pode melhor
cooperar para o perfeito funcionamento da igreja local.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. De acordo com a lição, como a Igreja é descrita primeiramente?
Primeiramente, a Igreja é descrita como uma “virgem pura” (2 Co
11.2).
2. O que a metáfora do “Rebanho de DEUS” ilustra?
É uma metáfora que ilustra a relação existente entre a ovelha e o
pastor.
3. O que o Novo Testamento mostra a respeito da “geração eleita”?
O Novo Testamento mostra que, em CRISTO, tanto judeus como gentios
fazem parte de uma só geração ou raça por causa do que eles têm em comum em CRISTO.
4. O que a expressão “Corpo de CRISTO” retrata?
Retrata a Igreja.
5. Como a Igreja é retratada em sua forma corporativa?
Na sua forma corporativa, a Igreja é retratada como sendo o
santuário de DEUS (1 Co 3.16,17).
VOCABULÁRIO
Corporativo: Relativo ou próprio de uma corporação; um conjunto de
pessoas com alguma finalidade.