Escrita Lição 6 Betel, Jonas, um alerta para cumprir o chamado de DEUS, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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EBD – 3° Trimestre de 2023 - BETEL
TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO
TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a
DEUS. Anunciando a esperança da salvação através do Messias.
TEXTO ÁUREO
E disse: Na minha angústia, clamei ao Senhor, , e ele me
respondeu.” Jonas 2.2ª
VERDADE APLICADA
Mesmo que pareça absurdo ou diferente do que pensamos, devemos ser
obedientes ao chamado divino.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Jonas
Estudar acerca da fuga do profeta Jonas
Extrair lições do livro de Jonas para os nossos dias
TEXTOS DE REFERÊNCIA – JONAS 1
1 E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua
malícia subiu até mim.
3 E Jonas se levantou para fugir de diante da face do Senhor para Társis; e,
descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem
e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do
Senhor.
8 Então lhe disseram: Declara-nos tu, agora, por que razão nos sobreveio este
mal. Que ocupação é a tua? E donde vens? Qual é a tua terra? E de que povo és
tu?
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Êx 33.19 A misericórdia de DEUS.
TERÇA 1Sm 15.22 Obedecer é melhor do que o sacrifício.
QUARTA SI 40.8 Deleito-me em fazer a tua vontade
QUINTA Mt 7.21 Devemos fazer a vontade de DEUS.
SEXTA At 5.29 Importa obedecer a DEUS do que aos homens.
SÁBADO Rm 5.20 A maravilhosa graça de DEUS
HINOS SUGERIDOS: 205, 253, 283
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore a DEUS por mais misericórdia e compaixão pelo próximo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JONAS
1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta
1.2. A mensagem do profeta
1.3. A resistência de Jonas ao chamado
2- A FUGA DO PROFETA
2.1. Jonas e o grande peixe
2.2. A segunda chamada de Jonas
2.3. O arrependimento em Nínive
3- JONAS PARA HOJE
3.1. O poder de DEUS
3.2. Arrependimento produz mudanças
3.3. Não fuja do seu chamado
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – JOVENS - 3º Trimestre de 2021
Título: Vigilância, justiça e o culto a DEUS — Um chamado para
a Igreja nos escritos dos profetas menores - Comentarista: Israel Trota
Lição 6: Jonas: DEUS ama quem você detesta - Data: 08
de Agosto de 2021
TEXTO DO DIA
“E DEUS viu as obras deles, como se converteram do seu mau
caminho; e DEUS se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o
fez.” (Jn 3.10).
SÍNTESE
DEUS ama os pecadores mais desprezíveis, e está pronto a
perdoá-los desde que eles se arrependam de seus pecados.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 55.7 DEUS se compadece de quem se arrepende
TERÇA — Sl 86.5 DEUS é rico em perdão e abundante em benignidade
QUARTA — 1Rs 21.27-29 Até o mais indigno tem o direito de se
arrepender
QUINTA — Jr 31.3 A infinitude do amor de DEUS
SEXTA — Cl 3.12 A misericórdia deve se manifestar por meio de
nossas ações
SÁBADO — Lc 11.32 O exemplo dos ninivitas
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DEFENDER a historicidade do livro de Jonas;
ESCLARECER os motivos que levaram o profeta a desobedecer à
ordem de DEUS;
MOSTRAR como às vezes temos dificuldade de compreender o amor
de DEUS, principalmente quando este amor alcança àqueles a quem nós reprovamos.
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos o livro do profeta
Jonas, um judeu que levou a mensagem do Senhor aos assírios. É importante
ressaltar que este não é um livro de profecias padrão, pois o profeta não
atende a ordem divina de imediato, tenta fugir do seu chamado e acaba engolido
por um grande peixe. Contudo, por intermédio da mensagem desse profeta que
parece ter iniciado tão mal a sua jornada, aprendemos a respeito do imensurável
amor de DEUS. O livro de Jonas nos mostra a graça divina disponível a todos os
povos. Nós, como os ninivitas, também não merecíamos o perdão e a misericórdia
do Senhor, mas Ele nos amou e enviou seu Filho para morrer em nosso lugar.
Esteja atento a leitura e o estudo dessa lição, pois o livro de
Jonas é uma aula a respeito de como devemos lidar com as pessoas que provocam
em nós as piores sensações. Ele também nos mostra a diferença entre a bondade
divina e a justiça humana.
TEXTO BÍBLICO - Jonas 1.1-3.
1 — E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai,
dizendo:
2 — Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra
ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 — E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR
para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou,
pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis.
de diante da face do SENHOR.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O livro de Jonas tem uma mensagem singular em relação aos demais
profetas. Ele nos oferece a lição de que o amor de DEUS não estava circunscrito
apenas em Israel. O fato de DEUS ter escolhido Israel não significava que havia
desprezado as demais nações. Em Jonas contemplamos o imensurável amor de DEUS
capaz de se preocupar com o povo mais cruel daquela época: os Assírios. Além de
defender a universalidade da graça, o livro também aponta para a misericórdia
divina que concede novas oportunidades tanto para Jonas quanto para os
Assírios. Nossos pecados podem ser vis e execráveis, porém jamais serão maiores
do que o perdão e o amor de DEUS. Estas dádivas divinas estão disponíveis a
todos os seres humanos via arrependimento, até aqueles indivíduos que reputamos
como os mais desprezíveis deste mundo. DEUS ama a todos, inclusive àqueles a
quem abominamos.
I. JONAS
1. Sua vida. Jonas era filho de Amitai, de Gate-Hefer, da
tribo de Zebulom (Jn 1.1; 2Rs 14.25). Era um profeta galileu. A vila de
Gate-Hefer ficava a sete quilômetros da cidade de Nazaré. Os judeus na época de
JESUS (Natanael) estavam enganados quando questionaram que nenhum profeta havia
surgido de Nazaré (Jo 1.46). O livro de 2 Reis 14.25 circunscreve o ministério
de Jonas no século VIII a.C., no período de 793-753 a.C., na época do rei
Jeroboão II, rei de Israel. Ele profetizou a expansão geográfica e a
prosperidade política de Israel antes dos triunfos de Jeroboão II. DEUS
desejava o bem de Israel, o problema é que a prosperidade anunciada por Jonas
levou o povo a se distanciar de DEUS. Até então, Jonas estava acostumado a
entregar mensagens populares. O sucesso de sua profecia fomentou sua
popularidade em Israel. Ele ficou tão preocupado com sua reputação que teve
dificuldade para cumprir a missão que DEUS lhe confiou, uma vez que a ordem
divina colidia com os fortes sentimentos nacionalistas que caracterizavam os
principais círculos sociais de Israel. De modo semelhante, muitos jovens estão
preferindo desobedecer a DEUS para preservarem a reputação que possuem diante
dos seus círculos de amizades. Na vida cristã, a obediência está em primeiro
plano, não a reputação. CRISTO foi reputado por aflito, ferido de DEUS e
oprimido (Is 53.4), no entanto, enquanto os homens julgavam-no como ferido, na
verdade estava nos curando, pois pelas suas feridas nós fomos sarados (Is
53.5). A reputação dos homens é falha, mas a obediência a DEUS sempre será
louvável. Não troque a aprovação de DEUS pelas honras dos homens (At 5.29).
2. Um testemunho. Esse livro, ao contrário dos demais
profetas, é mais um relato histórico do que uma profecia. O livro não é uma
fábula, mas um testemunho verídico. O relato de Jonas não pode ser considerado
uma “história de pescador”. A narrativa de sua experiência é a base da mensagem
que DEUS oferece, não apenas a Assíria, mas também a Israel. Jonas é o único
profeta do Antigo Testamento cuja profecia não consiste no que disse, mas no
que viveu e testemunhou. Ele é o próprio autor do livro (Jn 1.1). Alguns chegam
a duvidar de sua autoria pelo fato de o livro ter sido escrito na terceira
pessoa. Alegam que o livro é uma biografia e não uma autobiografia, porém, era
comum ao escritor hebraico relatar a sua própria história dessa forma. É
provável que Jonas escolhesse escrever dessa forma como uma espécie de
exortação para si mesmo e para a nação de Israel. Sua história precisava ser
divulgada, pois havia muita gente em Israel que pensava semelhante a Jonas. As
nossas experiências com DEUS podem ser poderosas ferramentas de edificação, por
isto, devem ser compartilhadas com as pessoas.
3. A historicidade do livro. Jonas é o livro profético do
Antigo Testamento mais questionado pelos teólogos liberais. Infelizmente o
debate em torno desse livro tem obscurecido a sua beleza literária e significação
teológica. A história do livro não é fictícia ou parabólica. Não podemos
duvidar da historicidade de Jonas. Seu livro foi inspirado por DEUS e sua
história foi verídica. O nome de Jonas está vinculado a passagens históricas
(2Rs 14.25). Jonas é tão real e histórico quanto Jeroboão II. O próprio CRISTO
ratificou sua historicidade ao citá-lo como um profeta (Mt 12.38-40). Se
negarmos a historicidade de Jonas questionaremos a veracidade das palavras de
JESUS. Se Jonas foi uma lenda, CRISTO faltou com a verdade ao relatar a
conversão dos ninivitas (Mt 12.41). JESUS confirmou os grandes pilares
históricos de Jonas: sua estadia dentro do peixe e a grande conversão dos
ninivitas. Assim como Jonas ficou três dias no ventre do grande peixe, o Filho
do homem ficaria um tempo similar no coração da terra. Existia uma conexão real
entre Jonas e JESUS, pois ambos serviram de sinal para suas gerações (Lc
11.29,30). Ele foi o único profeta indicado por CRISTO como seu antítipo para
representara maior verdade bíblica: a ressurreição de JESUS dos mortos.
II. A EXPERIÊNCIA DO PROFETA
1. A ordem divina. Jonas recebeu uma ordem clara: “Levanta-te
e vai à grande cidade de Nínive” (Jn 1.2). A maldade (malícia) de Nínive
(capital da Assíria) era grande (Jn 1.2). A Assíria era uma espécie de Sodoma e
Gomorra reerguida naqueles dias. Era o epicentro mundial da violência, tortura,
feitiçaria, idolatria etc. O profeta Naum chama Nínive de “a cidade
sanguinária” (Na 3.1). A deusa Ishtar — da guerra e do sexo — era a principal
divindade adorada na Assíria. Violência e imoralidade eram as marcas
constitutivas daquele povo. Eles tinham o costume de decepar as mãos, orelhas e
narizes, vazar os olhos e esfolar vivos os seus inimigos. Até crianças eram
queimadas vivas. Eles desconheciam a palavra misericórdia. Jonas não desejava
que esse povo fosse perdoado, por isto, recusou cumprira missão. Somos hábeis
em condenar pessoas por crimes e atos vis, todavia, até o criminoso mais cruel,
por mais difícil que seja de entendermos, tem direito de experimentar o perdão
e o amor de DEUS (Lc 23.43). DEUS ama até quem nós detestamos (Rm 5.8; 1Tm
1.15).
2. A fuga e a tempestade. Jonas tentou fugir da face do Senhor
indo para uma direção oposta. Társis, uma colônia fenícia de mineração no
sudoeste da Espanha era o lugar mais longe que alguma embarcação poderia
levá-lo (Jr 10.9; Ez 27.12). Ele comprou a passagem e se escondeu dentro do
navio. O Todo-Poderoso interferiu enviando ao mar uma tempestade (Jn 1.4).
Enquanto os marinheiros estavam apavorados, Jonas permanecia apático, dormindo
no porão do navio. Seu sono não era apenas físico, mas também espiritual. Os
marinheiros do navio acreditaram que por detrás da tempestade existia uma causa
espiritual e resolveram lançar sortes para ver a origem do problema (Jn 1.7).
Esta era uma prática muito popular entre as nações no passado (Js 7.16; 15.1;
Pv 16.33; At 1.26). A sorte caiu em Jonas (Jn 1.7) que foi lançado ao mar (Jn
1.12-15). O livro de Jonas nos ensina que é melhor obedecer a DEUS do que
desafiá-lo (Dt 27.10; 1Sm 15.22). Há muitas pessoas desafiando a DEUS com sua
rebeldia e obstinação. Caminhar na contramão da vontade divina é uma decisão
perigosa demais. Desobediência é a rejeição da vontade de DEUS. A Bíblia nos
ensina a viver em conformidade com a vontade de DEUS (Rm 12.2).
3. O arrependimento do profeta. Ao ser lançado no mar, DEUS
enviou um grande peixe para engolir Jonas (Jn 1.17). O peixe não foi um
dispositivo punitivo da parte de DEUS, mas um instrumento do seu livramento. O
grande peixe engoliu Jonas, não para devorá-lo, mas para protegê-lo. O milagre
não estava em Jonas ter sido engolido pelo grande peixe, mas em não ter sido
digerido por ele. Através do grande peixe DEUS preservou a vida do profeta.
Jonas tinha desistido de tudo, mas DEUS não tinha desistido dele. DEUS não
desiste de você até mesmo quando você desiste de si mesmo. O profeta ficou três
dias e três noites nas entranhas do peixe (Jn 1.17). No interior do peixe, orou
ao Senhor. Pela primeira vez no livro, recobrou a consciência espiritual e se
quebrantou diante de DEUS. A verdade é que Jonas esperava morrer envolto pelas
águas do mar, mas ao acordar vivo nas entranhas do peixe, percebeu o milagre.
Depois de caminhar nas trilhas da rebeldia e sofrer a disciplina, Jonas
encontrou alívio no caminho do arrependimento e da consagração. A oração de
Jonas consistia em duas partes: Agradecimento pelo livramento (Jn 2.2-6) e
renovação do compromisso profético (Jn 2.7-10).
III. A LIÇÃO DO LIVRO
1. A pregação de Jonas. Jonas foi novamente comissionado por
DEUS (Jn 3.1). O grande peixe vomitou-o no litoral palestino, provavelmente
próximo ao porto de Jope. Ele precisou se dirigir a Nínive realizando uma longa
viagem. Chegando lá, a mensagem proclamada por ele foi catastrófica. Pareceu
incondicional, pois Jonas não apresentou a possibilidade de salvação. Era uma
mensagem de juízo e calamidade. O profeta anunciou: “Ainda quarenta dias, e
Nínive será subvertida” (Jn 3.4). A palavra “subvertida” no original é a mesma
utilizada para retratar a destruição de Sodoma e Gomorra. O profeta tinha fogo
em suas palavras. A misericórdia pelos ninivitas não ardia em seu coração.
Embora tivesse sido alvo da misericórdia, se comportou como um instrumento de
juízo. Mas os ninivitas ficaram impactados com a pregação dele. A resposta dos
ouvintes foi imediata: Proclamaram um jejum, vestiram-se de panos de saco e se
humilharam (Jn 3.5,6). O arrependimento foi unânime. Eles não justificaram seus
erros, apenas clamaram pelo perdão divino. O arrependimento sincero é um ato de
graça que DEUS nos concede e esta atitude tem o poder de mudar completamente o
nosso destino. O arrependimento é uma via de restauração espiritual (Lc 15.7;
24.47; At 11.18).
2. O descontentamento do profeta. O arrependimento dos
ninivitas não agradou a Jonas. Ele ficou ressentido (Jn 4.1). No auge da
angústia revelou as causas que o levaram a fugir de sua missão. Ele temia pela
misericórdia divina (Sl 78.38; 86.5). Sabia que DEUS, em sua piedade, poderia
se sensibilizar com o arrependimento dos ninivitas e remover o juiz (Jn 4.2). O
desejo de DEUS não é punir imediatamente o pecador, por isso oferece
oportunidade para o arrependimento (Jr 36.3; 2Pe 3.9). Frustrado, Jonas desejou
morrer (Jn 4.3). Saiu da cidade e de longe ficou assistindo desgostosamente o
desfecho de Nínive, já prevendo a possibilidade da suspensão do juízo (Jn 4.5).
Neste ínterim, recebeu a lição da aboboreira (Jn 4.6-11). DEUS lhe mostrou que
ele tinha compaixão de uma planta que morreu, mas não se compadecia daquele
povo que morreria (Jn 4.11). DEUS o confrontou e expôs sua incoerência. A
misericórdia divina que experimentamos deve também ser compartilhada com todos
aqueles que dela carecem (Mt 6.12).
3. DEUS ama quem você detesta. A questão principal era que
Jonas abominava os ninivitas. Ele desejava, no seu íntimo, que eles fossem
condenados. Precisamos entender que DEUS não é um controle remoto ao alcance de
nossas mãos, que age de acordo com nossos comandos. Seus planos são perfeitos,
sua misericórdia é eterna e seus pensamentos são sempre melhores que os nossos,
para nós e para todos (Jó 11.8; Sl 40.5; Is 30.18; 55.8,9). Jonas agiu como um
típico hebreu de sua época. Seu preconceito contra os Assírios era resultado de
sua visão altamente nacionalista, e DEUS precisou trabalhar em sua visão para
mudar seu coração. Também possuímos valores e pensamentos contaminados pelo
espírito de nossa época. Precisamos que DEUS trabalhe em nós levando-nos à
libertação. Somos apressados em julgar o próximo e temos dificuldade de liberar
o perdão, inclusive a quem amamos. Imagine então a dificuldade que temos de
perdoar a quem reprovamos. Não somos tão diferentes de Jonas! Precisamos da
misericórdia divina sobre nossas vidas.
CONCLUSÃO
O livro terminou apresentando o imensurável amor de DEUS pelas
pessoas, independente da nacionalidade. Nenhum livro no Antigo Testamento
ensinou de maneira tão visível e categórica a misericórdia divina às outras
nações. Jonas aprendeu a lição? Acreditamos que sim. O ato de registrar a
história apresentando suas grosserias pessoais paralelamente à perfeição divina
indica o desejo de exortar seus compatriotas para que não cometessem os mesmos
erros praticados por ele.
ESTANTE DO PROFESSOR
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD,
2002.
HORA DA REVISÃO
1. Quem foi o profeta Jonas?
Foi um profeta galileu, da tribo de Zebulom que viveu no século
XIII, nos dias de Jeroboão II. Recebeu a missão de pregar para Nínive, capital
da Assíria.
2. Qual a grande diferença do livro de Jonas para os demais livros
proféticos do Antigo Testamento?
Jonas é o único profeta do Antigo Testamento cuja profecia não
consiste no que disse, mas no que viveu e testemunhou. Seu livro não contém
profecias, mas sim a experiência do profeta com DEUS.
3. Como podemos defender a historicidade do livro de Jonas?
Seu nome está vinculado a passagens históricas (2Rs 14.25). O
próprio CRISTO ratificou sua historicidade ao citá-lo como um profeta (Mt
12.38-40).
4. Por qual motivo Jonas desobedeceu a ordem divina?
Ele considerava os ninivitas desprezíveis e dignos da mais enérgica
condenação. Sabia que quando pregasse, caso os ninivitas se arrependessem, DEUS
poderia remover o juízo (Jn 4.2). Não queria vê-los salvos, mas sim destruídos.
5. O livro termina apresentando a insatisfação de Jonas. É
possível crer que ele tenha se arrependido?
Cremos que Jonas se arrependeu e no fim compreendeu a lição sobre o
amor de DEUS. O ato de registrar a história apresentando suas grosserias
pessoais paralelamente à perfeição divina indica o desejo de exortar seus
compatriotas para que não cometessem os mesmos erros praticados por ele.
SUBSÍDIO
“Jonas, a inimaginável graça e misericórdia de DEUS A história de
Jonas é uma das mais conhecidas histórias da Bíblia. O livro que narra esta
história é um manual missionário sobre o assunto do es copo universal (e não
individual) da salvação de DEUS.
Alguns chamam o livro de Jonas de ‘O Livro de Atos do Antigo
Testamento’, porque ele demonstra, vividamente que DEUS está disposto a ter
misericórdia de todos aqueles que o buscam com humildade e sinceridade. O
arrependimento do povo de Nínive adiou a destruição da sua cidade por,
aproximadamente, 150 anos (até 612 a.C.). O grande mérito do livro é o fato de
que ele comenta, de maneira objetiva, sobre o cenário humano, especialmente o
seu lado religioso, do ponto de vista divino. Aqui está o segredo da história
continuada do livro. O que faz com que ele dependa, em parte, do auto
entendimento e, em parte, do entendimento que temos do amor abrangente do DEUS
a quem servimos” (Profetas Menores: Livro de Estudo. Rio de Janeiro:
CPAD, 2016, p.113).
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Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2012
Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações
para a santificação da Igreja de CRISTO
Comentarista: Esequias Soares
Lição 6: Jonas — A misericórdia divina
Data: 11 de Novembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“E DEUS viu as obras deles, como se converteram do seu mau
caminho; e DEUS se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o
fez” (Jn 3.10).
VERDADE PRÁTICA
O relato de Jonas ensina-nos o quanto DEUS ama e está pronto
a perdoar os que se arrependem.
HINOS SUGERIDOS - 396, 406, 414.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 85.10 Justiça e amor no Calvário
Terça - Jr 31.3 A grandeza do amor de DEUS
Quarta - Lm 3.22 As misericórdias de DEUS
Quinta - Mt 12.39,40 O profeta Jonas como figura de CRISTO
Sexta - Lc 11.32 O exemplo dos ninivitas
Sábado - Lc 15.28-30 A “justiça” do irmão do filho pródigo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jonas 1.1-3,15,17; 3.8-10; 4.1,2.
Jonas 1
1 - E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai,
dizendo:
2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra
ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 - E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR
para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou,
pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis,
de diante da face do SENHOR.
15 - E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da
sua fúria.
17 - Deparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que
tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do
peixe.
Jonas 3
8 - Mas os homens e os animais estarão cobertos de panos de
saco, e clamarão fortemente a DEUS, e se converterão, cada um do seu mau
caminho e da violência que há nas suas mãos.
9 - Quem sabe se voltará DEUS, e se arrependerá, e se apartará
do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?
10 - E DEUS viu as obras deles, como se converteram do seu mau
caminho; e DEUS se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.
Jonas 4
1 - Mas desgostou-se Jonas extremamente disso e ficou todo
ressentido.
2 - E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que
eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me preveni, fugindo para
Társis, pois sabia que és DEUS piedoso e misericordioso, longânimo e grande em
benignidade e que te arrependes do mal.
INTERAÇÃO
Nínive era absolutamente odiada pelos judeus. Como capital do
império assírio, ela representava a maldade, a crueldade, a impiedade e agudeza
de um império perverso. Mas o Altíssimo, cheio de graça e amor, volta seu olhar
para aquela cidade impenitente e decide enviar-lhe o profeta Jonas. O profeta,
sabedor de toda maldade praticada pelos ninivitas, resistiu ao chamado divino.
Entretanto, DEUS estava no controle e não demorou para que o profeta fosse até
Nínive levar a mensagem de salvação. Jonas aprendeu uma extraordinária lição a
respeito do grande amor e misericórdia de DEUS. Não podemos nos esquecer que a
mensagem da salvação é para toda a humanidade.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de
Jonas.
Conhecer o atributo da misericórdia divina.
Conscientizar-se da perenidade da misericórdia DEUS.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição,
reproduza o esquema abaixo. Explique para a turma que o livro de Jonas destaca
as duas principais chamadas de DEUS na vida do profeta. Na primeira, ele
desobedece e sofre as consequências. Na segunda, ele ouve ao Senhor e lhe
obedece.
A CHAMADA DE JONAS
Primeira chamada (1.1 — 2.10)
• 1.1,2
.............. Chamada de Jonas: “vai à Nínive”;
• v.3
.............. Desobediência de Jonas;
• vv.4-17
.............. Consequências da desobediência de Jonas: para os outros (4-11);
para si mesmo (12-17);
• 2.1-9
.............. A oração de Jonas no meio da calamidade;
• v.10
.............. O livramento de Jonas.
Segunda chamada (3.1 — 4.11)
• 3.1,2
.............. A chamada de Jonas: “vai à Nínive”;
• vv.3,4
.............. A missão obediente de Jonas;
• vv.5-10 ..............
Resultados da obediência de Jonas: os ninivitas se arrependem (vv.5-9); os
ninivitas poupados do juízo divino (v.10);
• 4.1-3
.............. A queixa de Jonas;
• vv.4-11
.............. A repreensão e a lição de Jonas.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra-Chave
Misericórdia: Sentimento de solidariedade com relação a alguém
que sofre uma tragédia; compaixão, piedade.
A história de Jonas, que fascina crianças e adultos, é mais
conhecida por narrar a experiência do profeta no ventre do grande peixe. No
entanto, esse acontecimento não deve ofuscar o milagre maior: a conversão de
uma cidade pagã. Os dois milagres foram mencionados pelo Senhor JESUS e
continuam a impressionar ao longo da história.
I. O LIVRO DE JONAS
1. Contexto histórico. Salta aos olhos de qualquer leitor que
Jonas é da época do império assírio, cuja capital era Nínive. O nome do rei
ninivita impactado com a pregação de Jonas, segundo se diz, é Adade-Nirari III,
falecido em 783 a.C. Nessa época, Jeroboão II, filho de Joás, reinava em
Samaria, sobre as dez tribos do Norte.
2. Vida pessoal. Jonas se apresenta apenas como filho de
Amitai (1.1). Ele é mencionado em outras narrativas bíblicas e, por essa razão,
sabe-se que era profeta do Reino do Norte, natural de Gate-Hefer, tendo vivido
na época de Jeroboão II (2 Rs 14.23-25). Gate-Hefer localizava-se na terra de
Zebulom (Js 19.13), nas proximidades de Nazaré da Galileia.
Jonas, que deveria ir para Nínive clamar contra esta cidade,
desobedeceu à ordem divina, procurando fugir para Társis. É o único profeta
bíblico, do qual se tem notícia, que tentou resistir ao Senhor. Ele seguiu em
direção oposta. Társis, segundo Heródoto, é a mesma Tartessos, na orla
ocidental do Mediterrâneo, a sudoeste da Espanha, ideia aceita pela maioria dos
pesquisadores bíblicos. Será que Jonas não conhecia a onipresença de DEUS? (Sl
139.7-10)
3. Estrutura e mensagem. O livro contém 48 versículos
distribuídos em quatro breves capítulos. Apesar de começar com estrutura
profética (1.1), a mensagem é apresentada em estilo biográfico. Não deixa,
contudo, de ser uma profecia da história de Israel, ao mesmo tempo em que
anunciam o ministério, a ressurreição e a obra missionária de CRISTO (Mt
12.39-41; 16.4). O tema principal do livro é a infinita misericórdia de DEUS e
a sua soberania sobre todas as nações.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O tema principal do livro de Jonas é a inefável misericórdia de
DEUS e a sua soberania sobre as nações.
II. O GRANDE PEIXE
1. Baleia ou grande peixe? Na Bíblia Hebraica e na
Septuaginta, o versículo 17 é deslocado para o capítulo seguinte (2.1). A
língua hebraica não dispõe de termo técnico para “baleia”. Essa palavra é usada
como resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos. As
Escrituras Hebraicas empregam dag gadol, “grande peixe”, uma vez
(1.17;2.1), e simplesmente dag, “peixe”, três vezes (1.17; 2.1,10). A
Septuaginta traduz ketei megalo por “grande monstro marinho”,
e ketos por “monstro marinho”, a mesma palavra usada no Novo
Testamento grego (Mt 12.40).
2. Interpretação. Não há indício algum no texto para que ele
possa ser interpretado como alegoria, ficção didática, mito, lenda etc.
Rejeitamos todas essas linhas de pensamento, pois o oráculo foi entregue a
Jonas no mesmo estilo dos outros profetas (1.1; Jr 33.1; Zc 1.1). Além disso, o
Senhor JESUS CRISTO, a maior autoridade no céu e na terra, interpretou o livro
como histórico, assim como históricos foram o ministério e a ressurreição do
Mestre. O Novo Testamento é a palavra final, e isso encerra qualquer questão
(Mt 12.39-41; 16.4).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Em relação ao texto de Jonas que fala sobre o “grande peixe”, não
há indício algum para uma interpretação alegórica, mitológica ou lendári
III. A MISERICÓRDIA DIVINA
1. A conversão dos ninivitas (3.8,9). O curto relato do livro
de Jonas serve como prenúncio da graça salvadora para todas as nações (Tt
2.11). Os ninivitas foram salvos pela graça, pois “creram em DEUS” (3.5) e “se
converteram do seu mau caminho” (3.10). As obras foram consequência da sua fé
no DEUS de Israel.
2. O “arrependimento” de DEUS. O arrependimento humano é
mudança de mente e de coração, de pior para melhor. Quando a Bíblia fala que
“DEUS se arrependeu” (3.10), parece confundir-nos um pouco, pois DEUS é perfeito
e imutável, não pode mudar, nem alterar a sua mente (Ml 3.6). A explicação para
uma declaração como essa é a linguagem antropopática, um modo de falar em
termos humanos, ou se trata de uma questão de ordem exegética, que é o nosso
caso aqui. Quem mudou, na verdade, foi o povo, e nesse caso o perdão é parte do
plano divino (Jr 18.7,8).
3. Explicação exegética. O texto sagrado declara que “DEUS viu
as obras deles, como se converteram do seu mau caminho” (3.10a). O verbo
hebraico aqui é shuv, literalmente: “voltar-se, retornar”, frequentemente
usado para indicar o arrependimento humano. A respeito do “arrependimento” de
DEUS, que vem na sequência (3.10b), o verbo é outro, nanam, “ter pena,
arrepender-se, lamentar, consolar, ser consolado” (Gn 6.6; 1 Sm 15.11; Jr
8.18). Essas nuanças linguísticas podem ser confirmadas por qualquer pessoa,
ainda que não conheça uma única letra do alfabeto dessas línguas, com o
auxílio, por exemplo, da Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e
Grego (CPAD)
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A misericórdia divina alcançou os ninivitas segundo a graça do DEUS
Altíssimo
IV. A JUSTIÇA HUMANA
1. Descontentamento de Jonas (4.1). Jonas foi bem-sucedido em
sua missão. Qualquer profeta de Israel, ou mesmo algum pregador de hoje, sem
dúvida alguma ficaria satisfeito com o resultado do trabalho. A Bíblia não
revela a razão do descontentamento de Jonas, senão o que o ele mesmo afirma, ao
dizer que sabia que DEUS é “piedoso e misericordioso, longânimo e grande em
benignidade e que te arrependes [niham] do mal” (4.2b).
2. Jonas esperava vingança? O império assírio foi um dos mais
cruéis da história e tinha domínio sobre todo o Oriente Médio. Será que Jonas
esperava uma vingança como retaliação por terem os assírios massacrado o seu
povo? O certo é que, ainda hoje, há crentes que se incomodam com o retorno à
Igreja dos que se acham afastados do rebanho. Quem não se lembra do irmão mais
velho do filho pródigo? (Lc 15.25-32). Às vezes, a bondade divina incomoda
alguns (Mt 20.15).
3. Compreendendo a misericórdia divina. A misericórdia divina
é um dos atributos que revela a natureza de DEUS (Êx 34.6; Jr 31.3). O Senhor
poupou Nínive da destruição, prorrogou a sua ruína, e perdoou os seus
moradores. O próprio Jonas, na qualidade de desertor, também foi alvo da
infinita bondade de DEUS.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A justiça humana é rápida para julgar, mas a divina é longânimo em
perdoar.
CONCLUSÃO
Jonas transmite-nos uma importante lição prática. O relato em si
mostra a diferença abissal entre a bondade divina e a justiça humana. Aos
ninivitas DEUS falou por intermédio de Jonas. Hoje, Ele fala através de JESUS,
que continua a salvar, a curar e a batizar com o ESPÍRITO SANTO (Jo 14.16; At
4.12). Ele mesmo disse: “E eis que está aqui quem é maior do que Jonas” (Mt
12.41 - ARA). O Mestre operou sinais, prodígios e maravilhas como nenhum outro
antes ou depois dele, e deu oportunidade de salvação a todos (At 10.38). Mesmo
assim, foi rejeitado pela sua geração (Jo 1.11). Por isso, lançou em rosto a
incredulidade dos seus contemporâneos e elogiou a fé dos ninivitas por haverem
ouvido a pregação do profeta e arrependido de seus pecados.
VOCABULÁRIO
Antropopatismo: [Do gr. antropos, homem; do
gr. pathos, sentimentos] Atribuição de sentimentos humanos a DEUS.
Figurativamente, encontramos várias expressões como esta: a ira de DEUS, o
arrependimento de DEUS etc. Tais expressões foram usadas para que o ser humano
viesse a entender a ação divina na história sagrada. É uma forma de os autores
sagrados dizerem que o Criador do Universo não é indiferente ao que acontece
neste mundo; Ele age e reage de acordo com a sua justiça e santidade. DEUS não
é um ser destituído de sentimentos. Só que, nEle, todos os sentimentos são
infinitamente perfeitos.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed.,
RJ: CPAD. 2009.
SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na
Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
1. Qual o tema do livro de Jonas?
R. O tema do livro é a infinita misericórdia de DEUS e a sua soberania sobre todas as nações.
2. De onde veio a palavra “baleia” do relato de Jonas?
R. Do resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos.
3. Qual a explicação quando a Bíblia afirma que “DEUS se arrependeu”?
R. A explicação para uma declaração como essa é a linguagem antropopática, um modo de falar em termos humanos.
4. O que o atributo da misericórdia divina revela?
R. Revela a natureza de DEUS.
5. Qual a razão do descontentamento de Jonas segundo ele
próprio?
R. Que DEUS é “piedoso e misericordioso, longânimo e grande em
benignidade e que te arrependes do mal”.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“Jonas
O livro de Jonas é diferente dos outros livros dos Profetas
Menores. Trata-se de uma narrativa bibliográfica das experiências do profeta, e
não de uma coletânea de mensagens proféticas. O tema prioritário do livro é a
graça soberana de DEUS pelos pecadores, ilustrada na sua decisão de reter o
julgamento sobre os culpados, mas arrependidos ninivitas. Há também uma lição
teológica importante a ser aprendida observando as respostas de Jonas a DEUS. O
retrato do autor de Jonas é altamente depreciativo. Os padrões duplos de Jonas
fizeram com que as suas ações lhe contradissessem os credos de tom espiritual.
Pelo exemplo negativo de Jonas, o leitor aprende a não resistir à vontade e
decisões soberanas de DEUS” (ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo
Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009, p.467).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Jonas: A Misericórdia divina
Jonas é, com certeza, um profeta bem diferente dos demais
chamados de “menores”. Ele teve um chamado missionário, e fez o que foi
possível para se eximir dessa vocação divina. Não é demais chamá-lo de egoísta
(ele pensou em si mesmo, e não na nação a qual DEUS o mandara ir), vingativo
(ele desejava que os ninivitas fossem exterminados por DEUS, por causa dos seus
pecados e das atrocidades que cometeram) e orgulhoso (o senso nacionalista de
Jonas era muito forte, fazendo-o crer que ele estava acima.
O pensamento de Jonas tinha alguma lógica. Ele não nutria bons
sentimentos para com os assírios, pois estes eram pessoas muito más, e
manifestavam sua maldade com os povos dominados, chegando a empalar os homens e
abrir o ventre de mulheres grávidas vivas! A lógica de Jonas era, por assim
dizer, baseada naquilo que DEUS disse: “Vou destruir Nínive se a cidade não se
arrepender”. Se Jonas não vai lá pregar, a cidade não vai se arrepender e DEUS
a destruirá. Mas DEUS não pensava assim. Ele desejava que Jonas fosse cumprir
sua missão.
Jonas é uma mostra do povo judeu do seu tempo. Um povo que desejava
ver o julgamento de DEUS contra seus inimigos. Um povo que deseja ser conhecido
pelo nome de DEUS, mas que foge da vontade desse DEUS quando ela é manifesta.
Fala também de um povo que precisava aprender que as nações podem ser perdoadas
por DEUS, e que Ele se importa com o bem-estar das nações, e não apenas de
Israel.
A relação da Assíria com Israel não era das melhores. Israel pagava
tributos à Assíria até que Jeroboão II rebelou-se. Nos dias de Jeroboão II,
Israel começou a experimentar segurança como nação, e a Assíria, o declínio.
A visita de Jonas a Nínive deve ter ocorrido em 765 a.C.
Não raro, costumamos reprovar a atitude de Jonas quanto à ordem de
DEUS. Mas quantas vezes não nos identificamos com Jonas e sua rebeldia quando
somos desafiados por DEUS a obedecê-lo, e não o fazemos? Jonas é, portanto, um
espelho para cada cristão: não precisamos aguardar que DEUS aja de forma
extrema conosco, como agiu com Jonas quando o conduziu a Nínive na barriga de
um grande peixe, para que possamos obedecer a Sua vontade, qualquer que seja o
mandado de DEUS para nossas vidas.
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JONAS
Filho de Amitai, de Gate-Hefer em Zebulom, que profetizou a
restauração das fronteiras de Israel, o que foi cumprido por Jeroboão 11
(782-753 a.C.; 2
Rs 14.25), e herói do livro que traz o seu nome (1.1). Como Jonas
provavelmente falou palavras relativas a Jeroboão em aprox. 790 a.C., durante a
co-regência desse último com seu pai Jeoás, é quase certo que Jonas tenha
conhecido Eliseu (falecido em 797 a.C.) e pode ter sido um dos “filhos dos
profetas” treinados por ele (cf. 2
Rs 6.1-7).
Estudiosos mais liberais negam que os eventos de Jonas tenham
realmente acontecido, e que ele tenha escrito esse livro. Eles alegam que a
história foi inventada por um escritor anônimo do século IV a.C., pois no
início Jonas tinha um espírito exclusivamente nacionalista, muito comum entre
os judeus do período pós-exílico; portanto, ele servia como um exemplo muito
conveniente.
De acordo com o livro de Jonas, o Senhor ordenou que ele fosse a
Nínive e clamasse “contra ela". Entretanto, o profeta foi para Jope onde
embarcou em um navio que ia para Társis, que era talvez a Córsega ou parte da
Espanha; estas cidades estavam a oeste de Israel, enquanto Nínive estava no
extremo leste. Quando o Senhor enviou uma grande tempestade que ameaçava o
navio, o capitão encontrou Jonas adormecido e ordenou-lhe que invocasse o seu
DEUS na esperança de que todos pudessem ser poupados. Ao lançarem sortes, Jonas
foi declarado culpado daquela calamidade; ele mesmo mandou que os homens o
lançassem ao mar, pois era o responsável pela tempestade. O Senhor havia
preparado “um grande peixe, para que tragasse a Jonas”, para dessa forma
salvá-lo. Ele permaneceu no ventre daquele grande peixe durante três dias e
três noites. Depois que Jonas orou um salmo de ação de graças, o peixe o
vomitou numa praia, provavelmente muito distante na costa da Síria. DEUS
novamente ordenou que ele fosse a Nínive. Dessa vez. Jonas obedeceu e ali
pregou: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida!” Como o povo se
arrependeu e o rei proclamou um jejum, DEUS suspendeu a calamidade; mas Jonas ficou
muito zangado. Nesse ponto o motivo de Jonas ter saído da cidade foi revelado,
isto é, ciúmes ou antipatia em relação ao povo pagão que era inimigo de seu
próprio país. Ele disse que sabendo que DEUS era bondoso, Ele desistiria do
castigo sobre Nínive se as pessoas se arrependessem, e pediu ao Senhor que
tirasse a sua vida. DEUS fez crescer uma planta que deu sombra à sua cabeça
enquanto observava a cidade à distância, No dia seguinte, DEUS rapidamente
destruiu a planta, de forma que Jonas ficou zangado novamente e mais uma vez
pediu para morrer. Usando como exemplo a piedade de Jonas para com a planta,
pela qual ele não era responsável (em contraste com a sua completa falta
de piedade para com as pessoas a quem havia sido designado para ajudar), o
Senhor lhe ensinou que era moralmente correto que Ele tivesse piedade do povo
de Nínive.
A história de Jonas termina abruptamente e não existe mais nenhum
registro no AT a seu respeito. Podemos assumir que ele aprendeu a lição, pois a
sua história foi escrita. O Senhor JESUS CRISTO referiu-se aos três dias de
permanência de Jonas no ventre do peixe, e também ao arrependimento de Nínive (Mt
12.39-41; 16.4; Lc
11.29-32).
W.A.A.
LIVRO DE JONAS
Colocado em quinto lugar entre os escritos dos doze Profetas
Menores, o livro de Jonas é, talvez, o mais conhecido de todos. Ele é, ao mesmo
tempo, o mais apreciado e o mais controvertido.
História
O principal problema da crítica desse livro é a sua historicidade.
De forma quase unânime ele é proclamado pelos conservadores e negado pelos
liberais, e é da solução desse problema que depende a maioria dos outros
problemas desse livro. O fato é que o estilo e a linguagem usados fornecem
todas as provas de uma narrativa histórica e tanto os judeus (cf. Tobias
14.4ss.; Jos Ant. ix.10.1) como os cristãos compreenderam esse sentido
recentemente. A identificação de Jonas com o profeta histórico (2
Rs 14.25; veja Jonas) serve como outra indicação, assim como o testemunho
de JESUS CRISTO (Mt
12.38-41; 16.4; Lc
11.29-32). A história dos três dias e três noites de Jonas no ventre do
grande peixe, e o arrependimento de Nínive, eram fatos aceitos não só por
JESUS, que a eles referiu-se, mas também pelos escribas e fariseus com quem Ele
o mencionou como sendo um sinal.
A alegação de que JESUS estava sendo complacente com a ignorância
histórica de sua audiência não é muito convincente, pois isso resultaria no
argumento cíclico que diria que JESUS não poderia estar certificando sua
historicidade se este não tivesse sido um fato histórico. Além disso, deve-se
ignorar o fato de que um “sinal” de ficção provavelmente nunca seria oferecido
por JESUS como resposta suficiente aos escribas e fariseus que exigiam dele
esse sinal. Entretanto, essa historicidade foi contestada pelos liberais, que
se basearam nos elementos miraculosos, nas declarações sobre Nínive, na
linguagem, na forma, e no aspecto político.
Embora esse livro tenha sido rejeitado como mitológico, simbólico
ou fictício, seu caráter alegórico e parabólico tem sido sugerido muitas vezes
pelos não historicistas. De acordo com a interpretação alegórica, toda
característica tem um elemento correspondente na experiência de Israel. Jonas
representa a nação, sua fuga representa a negação de sua missão junto aos povos,
o navio no mar é o navio da intriga diplomática no mar do mundo, os marinheiros
são os gentios, a tempestade é a transferência do poder da Assíria para a
Babilônia, o peixe é o exílio e o vômito de seu corpo é o seu retomo. Muitos
liberais acreditam que uma interpretação alegórica “depende demasiadamente das
fantasias da imaginação do intérprete”, e por esta razão têm afirmado que se
trata de uma simples parábola, com uma analogia mais geral, do que um
paralelismo preciso.
Autoria
Aqueles que reconhecem a historicidade desse livro geralmente
aceitam que Jonas foi o autor de sua própria história. Embora todo o livro,
exceto o salmo (2.2-9) tenha sido escrito na terceira pessoa, isso pode apenas
significar que, caso o próprio Jonas não seja o autor, uma outra pessoa (até
mesmo um amanuense) o encomendou, porém os fatos realmente vieram de Jonas.
Também é possível que este fosse um artifício literário usado por Jonas,
característico da narrativa histórica (Moisés sempre usava a terceira pessoa
quanto fazia referências a si mesmo em Êxodo e Deuteronômio). O salmo pode ter
sido uma unidade literária do poeta, no qual a primeira pessoa foi conservada
por causa de sua especial natureza pessoal. Entretanto, muitos liberais
acreditam que o salmo tenha vindo de uma pena completamente diferente da do
autor anônimo. O suposto autor sugerido é um escritor do século IV a.C. que
teria simplesmente usado uma figura histórica anterior como um pretexto sobre o
qual poderia apoiar a sua imaginação.
Data
Parece que a aceitação da historicidade de Jonas exige que se date
os eventos do livro durante o reinado de Jeroboão II (782-753 a.C.). É provável
que esse livro tenha sido escrito antes de 745 a.C., quando os assírios, sob
Tiglate-Pileser III, recuperaram o domínio sobre o Oriente Próximo. R Dick
Wilson, G. L. Archer (SOTI, pp. 300ss.) e outros mostraram que certas palavras
pouco comuns e prováveis aramaismos não provam uma data posterior ao exílio.
Entretanto, os não historicistas entendem que a maior parte dos escritos seja do
final do século IV a.C., e que o salmo tenha sido acrescentado no século II
a.C. Aqueles que negam a historicidade desta obra nunca atribuem o livro a uma
data anterior ao exílio, enquanto aqueles que a aceitam não encontram razões
para colocá-lo como uma obra posterior.
Estrutura e Estilo
Ao contrário dos demais Profetas Menores, esse livro apresenta uma
narrativa inteiramente histórica, e não uma coletânea de oráculos proféticos.
Na verdade, a única afirmação profética no livro é: “Ainda quarenta dias, e
Nínive será subvertida” (3.45). Somente o fato de Jonas ser reconhecido como um
verdadeiro profeta pode explicar sua inclusão no canônico Livro dos Doze, Sua
narrativa é vivida, mas não complicada, e a ação se desenrola sem descrições
desnecessárias. A estrutura é extremamente simples, com quatro capítulos onde
cada um contém uma unidade distinta de pensamento. A única complicação dessa
estrutura de quatro capítulos é o fato de que a passagem em 1.17 do texto
inglês corresponde a 2.1 do texto hebraico.
Ocasião e Propósito
Durante o período do renascimento nacional, Israel precisava saber
qual seria a atitude de DEUS em relação aos outros. Embora a evangelização
estrangeira não fosse a principal missão de Israel como povo escolhido (Veja
Freeman, An Introductian to the Old Testament Propkets, p. 163), eles
precisavam aprender que o Senhor ainda amava as outras nações, e desejava
trazer a elas a salvação através (ou, pelo menos, por cansa) do seu povo
escolhido. Obviamente, esse livro estava dirigido ao Reino do Norte de Israel
e, nesse sentido, assume o seu lugar junto com Oséias e Amós.
Esboço
I. A Recusa a Obedecer a Ordem de DEUS, ou a Luta contra a Vontade
de DEUS, 1.1-16 A. Fuga por mar, 1.1-6
Quando o Senhor lhe ordenou que pregasse contra a iníqua Nínive,
Jonas tomou um navio para Társis a fim de fugir da presença de DEUS, e depois
teve que enfrentar sua ameaça contra todos aqueles que estavam a bordo.
B. Lançado ao mar, 1.7-16
Reconhecendo a divina vingança por causa da fuga de Jonas, os
marinheiros procuraram escapar da tempestade e, em seguida, lançaram Jonas ao
mar.
II. Submetendo-se à Vontade de DEUS, 1.17-2.10
A. Arrependimento, 1.17—2.1
Quando Jonas foi engolido por um peixe divinamente preparado, ele orou a DEUS.
B. Oração, 2.2-9
“Na minha angústia, clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre
do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz... e te oferecerei sacrifício com a
voz do agradecimento”.
C. Libertação, 2:10
O Senhor fez com que o peixe vomitasse Jonas.
III. Fazendo a Vontade de DEUS,
3.1-10
A. Uma profecia eficaz, 3.1-5
Obedecendo à segunda ordem de DEUS para ir a Nínive, Jonas profetizou sua
destruição e as pessoas creram em DEUS.
B. Um arrependimento eficaz,
3.6-10
O rei se arrependeu e decretou: “Todo homem deve se arrepender”;
assim DEUS não enviou o castigo que planejara.
IV. O Egoísmo em Relação às Bênçãos de
DEUS, ou Entendendo a Vontade de DEUS, 4.1-11
A. Objeção de Jonas à compaixão
de DEUS, 4.1-5
Irado, Jonas orou: “Sabia que és DEUS piedoso”; mas DEUS o censurou
e ele aguardou do lado de fora da cidade,
B. A ilustração de DEUS sobre a
necessidade de compaixão, 4.6-11
O Senhor preparou uma planta para dar sombra a Jonas, e depois a
destruiu. Em seguida, o Senhor, em outras palavras, fez a seguinte pergunta a
Jonas: Como você pode ter compaixão de uma árvore e negar a minha piedade ao
povo de Nínive?”
A Questão do Milagre
O milagre tem sido considerado muitas vezes como o maior problema.
Os estudiosos teologicamente conservadores têm cometido o erro muito frequente
de estarem demasiadamente preocupados em provar, através de paralelos
históricos, que o peixe engoliu Jonas. Embora a sobrevivência a tal experiência
esteja bem documentada em relação ao peixe, ela é desnecessária, pois
1.17 deixa claro que o Senhor preparou “um grande
peixe”.
Também existem milagres no arrependimento de Nínive e na planta.
Todos eles estão envolvidos em um complexo de milagres. A confiabilidade de
qualquer milagre depende da habilidade de DEUS em realizá-lo, e não do homem ao
explicá-lo. Jonas profetizou próximo à época de Eliseu e Elias no Reino do
Norte, cujos contatos com a Fenícia (1
Rs 17.9-24) e a Síria (2
Rs 5) eram, da mesma forma, acompanhados por milagres.
A Questão do Salmo
O salmo (2.2-9) projeta-se no decorrer da prosa do livro e
apresenta não só um problema literário como também um problema lógico. Embora
muitos comentaristas tenham citado uma variedade de salmos individuais que
poderiam ter sido citados, suas palavras não se coadunam suficientemente bem
para levar à conclusão de que fossem citações específicas. Muitos salmos,
provavelmente, estavam na mente de Jonas e podiam ser livremente enunciados a
fim de se ajustar àquela situação particular, e de maneira a expressar
apropriadamente as suas emoções. Novamente, os não historicistas atribuem essa
porção a um autor do segundo século a.C., que teria vindo até mais tarde que o
anônimo autor da narrativa.
Mesmo quando entendido como uma composição de Jonas, e formando uma
unidade com o restante do livro, O problema continua existindo. Será que Jonas
estava agradecendo a DEUS por tê-lo livrado do mar através de um peixe? Será
que um homem poderia orar de maneira tão eloquente no meio de uma experiência
tão traumática? Talvez Jonas orasse do peixe, agradecendo a DEUS por tê-lo
salvado do mar e, com base nessa salvação inicial, ele estivesse contemplando a
sua conclusão. Além disso, o salmo encontrado no texto pode representar, em
geral, os seus pensamentos naquele momento, e teve o seu estilo poeticamente
aperfeiçoado mais tarde depois de alguma reflexão.
As Questões de Nínive
Se esta história tiver sido a criação de um escritor do quarto
século, ele foi tolamente descuidado ao elaborar as suas referências a Nínive,
porque deixou que muitos pontos ficassem expostos e sujeitos a críticas. Alguns
alegam que a cidade nunca teve um “rei” (3.6); que Nínive nunca foi tão grande
para que uma pessoa levasse três dias para atravessá-la a pé (3.3); e Jonas
nunca poderia ter falado sua própria língua ao pregar, porque não seria
razoável que uma cidade se arrependesse tão facilmente, e porque não existe
nenhum registro secular desse fato. Além disso, o tamanho da cidade é
mencionado no tempo passado (3.3).
O termo “rei de Nínive” (3.6) é uma metonímia com um adequado
precedente no AT; por exemplo, havia reis em cidades como Samaria (2
Rs 21.1), Damasco (2
Cr 24.23), Salém (Gn
14.18) e Sião (Jr
8.19). Além disso, como Nínive ainda não era a capital da Assíria, o autor
pode ter usado a palavra melek (“rei”) como uma transliteração da palavra
acádia, malku, que significa “governador”.
O tamanho da cidade poderia se referir ao seu perímetro, assim como
ao seu diâmetro; a área metropolitana da cidade poderia incluir as cidades vizinhas
imediatamente próximas (por exemplo, Calá, Reobote-Ir e Resém de Gênesis10.11),
ou a “viagem” poderia ter sido uma caminhada quando pregou sua mensagem nos
domínios da cidade. O aramaico já estava se tornando uma língua comercial
bastante difundida (cf. 2
Rs 18.26), o que Jonas provavelmente já sabia e da qual já teria suficiente
conhecimento para transmitir sua mensagem a Nínive. A questão deveria estar
centralizada naquilo que DEUS podia fazer, ao invés daquilo que o profeta não
podia fazer.
As severas pragas de 765 e 759, e o eclipse total de 763 a.C.,
poderiam ter sido usados por DEUS para alertar o povo sobre as necessidades que
tinham; e quando combinados com o trabalho do ESPÍRITO de DEUS, através de seu
profeta, certamente haveria razão suficiente para o grande arrependimento que
foi registrado. O fato desse arrependimento nacional não ter sido encontrado
nos anais sírios existentes é um argumento a favor do silêncio. Muitos outros
eventos e povos conhecidos através da Bíblia têm sido confirmados apenas
recentemente através das modernas descobertas arqueológicas. Não é de admirar
que esse arrependimento obviamente não tenha durado e isso fornece uma razão a
mais para os assírios não o terem mencionado em seus registros oficiais. O modo
passado do verbo relativo às necessidades de Nínive significa apenas que os
eventos que ali tiveram lugar estavam no passado quando o registro foi escrito.
Importância
Poucos livros do AT têm uma aplicação tão óbvia na igreja
contemporânea. Eles podem ser usados para ajudar os cristãos a superar a
barreira de sua estranheza quanto à missão evangelística, à medida que são
informados e assegurados do amor de DEUS pelo mundo e do seu desejo de usar os
salvos para alcançar todos os que se encontram perdidos. Mas o livro de Jonas
não ensina a simples disposição de ir a um país estrangeiro como missionário em
busca da recompensa pela obediência. Na verdade, essa é uma das deficiências
que o livro procura corrigir. Não basta obedecer a uma ordem; devemos sentir
simpatia por ela. A evangelização é uma obra que é realizada em benefício dos
perdidos, e não do evangelista. Devemos obedecer a DEUS - mas pelas verdadeiras
razões. A finalidade das missões é o reconhecimento da vontade de DEUS - e
obediência e aceitação.
Bibliografia. G. C. Aalders, The Problem of the Book of Jonah,
Londres. Tyndale Press, 1948. J. A. Bewer, ICC, Hobart E Freeman, An Introduction
to the Old Testament Prophets, Chicago. Moody Press, 1968, pp, 160171־. Frank E. Gaebelein, Four Minor Prophets,
Chicago; Moody Press, 1970. Don W. Hillis, The Book of Jonah, Grand Rapids.
Baker, 1967. James H. Kennedy, Studies in the Book of Jonah, Nashville.
Broadman Press, 1956. G. Herbert Livingston, “Jonah”, WBC, pp. 843-850. E. B.
Pusey, The Minor Prophets, Grand Rapids. Baker, 1960 (reimpresso). George L
Robinson, The Twelve Minor Prophets, Grand Rapids. Baker, 1962
(reimpresso). W. A. A.. Dicionário Bíblico Wycliffe
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Lição na íntegra como na Revista 2023
Escrita Lição 6 Betel, Jonas, um alerta para cumprir o chamado de
DEUS, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
EBD –3° Trimestre de 2023 | BETEL
TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO
TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a
DEUS. Anunciando a esperança da salvação através do Messias.
TEXTO ÁUREO
E disse: Na minha angústia, clamei ao Senhor, , e ele me
respondeu.” Jonas 2.2ª
VERDADE APLICADA
Mesmo que pareça absurdo ou diferente do que pensamos, devemos ser
obedientes ao chamado divino.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Jonas
Estudar acerca da fuga do profeta Jonas
Extrair lições do livro de Jonas para os nossos dias
TEXTOS DE REFERÊNCIA – JONAS 1
1 E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua
malícia subiu até mim.
3 E Jonas se levantou para fugir de diante da face do Senhor para Társis; e,
descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem
e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do
Senhor.
8 Então lhe disseram: Declara-nos tu, agora, por que razão nos sobreveio este
mal. Que ocupação é a tua? E donde vens? Qual é a tua terra? E de que povo és
tu?
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Êx 33.19 A misericórdia de DEUS.
TERÇA 1Sm 15.22 Obedecer é melhor do que o sacrifício.
QUARTA SI 40.8 Deleito-me em fazer a tua vontade
QUINTA Mt 7.21 Devemos fazer a vontade de DEUS.
SEXTA At 5.29 Importa obedecer a DEUS do que aos homens.
SÁBADO Rm 5.20 A maravilhosa graça de DEUS
HINOS SUGERIDOS: 205, 253, 283
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore a DEUS por mais misericórdia e compaixão pelo próximo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JONAS
1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta
1.2. A mensagem do profeta
1.3. A resistência de Jonas ao chamado
2- A FUGA DO PROFETA
2.1. Jonas e o grande peixe
2.2. A segunda chamada de Jonas
2.3. O arrependimento em Nínive
3- JONAS PARA HOJE
3.1. O poder de DEUS
3.2. Arrependimento produz mudanças
3.3. Não fuja do seu chamado
INTRODUÇÃO
O profeta Jonas fugiu do chamado de DEUS para pregar aos ninivitas,
achando ser possível tal coisa, pois em seu coração achava que aquele povo não
merecia ser poupado do castigo divino, caso viessem a se arrepender.
PONTO DE PARTIDA
Devemos ser obedientes ao chamado divino.
1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JONAS
Nínive era capital do reino da Assíria na antiga Mesopotâmia,
atualmente ela encontra-se no norte do Iraque. Era uma cidade de muitas
imoralidades e exploração de pessoas com o trabalho escravo, além do estilo de
vida violento, cruel e desumano [Na 3.1]. Nesse cenário, onde todo o tipo de
barbaridade imperava, somado ao forte antagonismo entre Nínive e Jerusalém,
DEUS envia o profeta Jonas como Seu mensageiro para anunciar o julgamento
divino contra aquele povo.
1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta
O nome Jonas significa “pomba”. Isso pode ser uma analogia de sua
missão como mensageiro, da mesma forma como esse animal era usado em épocas
remotas para levar mensagens entre pessoas em terras distantes. Jonas era filho
de Amitai [Jn 1.1 ] e natural de uma pequena vila de Gade-Hefer [2Rs 14.25], no
distrito de Zebulom. Essa área era conhecida pela pluralidade de povos e suas
diversidades culturais e religiosas. Segundo alguns estudiosos, estar
familiarizado com costumes pagãos e tão avessos aos costumes de seu povo, teria
sido uma estratégia divina para enviar Jonas à cidade de Nínive como Seu
mensageiro.
SUBSÍDIO 1.1
Manual Bíblico – Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 297):
“Não sabemos se Jonas escreveu, ou se foi outra pessoa que o fez. Mas a
história é sobre “Jonas, filho de Amitai”, um profeta galileu, de uma aldeia
próxima a Nazaré. Este mesmo “Jonas, filho de Amitai” é identificado como um
profeta que apoiou os sucessivos esforços do rei Jeroboão para expandir as
fronteiras de Israel no final dos anos 700 a.C. [2Rs 14.25]. (…) A afirmação de
que Nínive “era” uma grande cidade [Jn 3.3] sugeriria que o livro foi escrito
depois que a Babilônia destruiu a cidade, em 612 a.C.”
1.2. A mensagem do profeta
A mensagem do profeta era, em sua essência, absolutamente
condenatória. Ele deveria informar aquele povo sobre a ira de DEUS como
resultado de suas ações pecaminosas e perversas. Na fala do profeta há um tempo
determinado por DEUS para que a cidade de Nínive fosse destruída: “E
começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e
dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.” [Jn 3.4]. Uma mensagem
breve, simples e objetiva. Uma mensagem sem rodeios, justificativas ou
exceções, possivelmente tenha sido essa a fórmula que a tornou tão eficaz.
SUBSÍDIO 1.2
Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2°
Trimestre/1994, p. 27): “A cidade de Nínive era uma das mais importantes
cidades da época [Jn 3.2], ficava situada às margens do Rio Tigre e foi
edificada por Ninrode [Gn 10.11]. Tornou-se capital do Império Assírio por
ordem de Senaqueribe em 681 a.C. O profeta Naum profetizou a sua destruição,
que veio a acontecer em 612 a.C. através dos medos e persas. (…) “Ainda quarenta
dias e Nínive será subvertida”. Esta era a única palavra que Jonas tinha para
aquele povo que DEUS tanto amava, palavra incondicional, apocalíptica e de
desgraça total.”
1.3. A resistência de Jonas ao chamado
DEUS disse a Jonas: “Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e
clama contra ela, porque a sua malícia subiu a mim.” [Jn 1.2], Humanamente
falando, não é difícil entender por que essa não foi uma tarefa fácil de
cumprir. Assim como Oséias e outros profetas, Jonas também teve uma
missão desafiadora. Ele precisava ir ao “território inimigo” e pregar uma
mensagem de destruição a um povo poderoso e violento. Como já dito
anteriormente, a truculência daquele povo era o que os mantinha no poder e no
domínio de outras nações. O medo e a barbárie eram as ferramentas de dominação
dos assírios. Como enfrentar esse povo em seu território e ainda com uma
mensagem que anunciava o seu extermínio?
SUBSÍDIO 1.3
Desmond Alexander (Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e
Sofonias – Introdução e comentário, Vida Nova, 2001, p. 113) comenta sobre a
fuga de Jonas: “A reação de Jonas é imediata: o verbo inicial (…) “ele se
levantou”, corresponde ao imperativo inicial da ordem divina. Entretanto, as
palavras seguintes revelam de modo impressionante que Jonas, na verdade, não
tem nenhuma intenção de obedecer às instruções de DEUS. Convocado para ir em
direção ao oriente, ele prefere fugir na direção oposta. O destino de sua
escolha é a cidade de Társis (localizada provavelmente no sudoeste da Espanha).”
EU ENSINEI QUE:
Muitos resistem ao chamado de DEUS. Contudo, DEUS continua nos
chamando ao serviço de anunciar a mensagem de Boas Novas.
2- A FUGA DO PROFETA
Mediante ao desafio da missão que recebera de DEUS, Jonas elaborou
um plano para que pudesse se eximir, evitando um confronto com o Senhor. Em sua
limitação, julgou haver a possibilidade de não cumprir aquele chamado sem
maiores prejuízos pessoais. A fuga para um lugar longe de toda aquela missão
impossível aos seus olhos, foi o ingênuo plano do profeta [Jn 1.3].
2.1. Jonas e o grande peixe
O fato de algumas traduções do texto bíblico usarem a palavra
“baleia”, ao invés de grande peixe, como em outras traduções, tem sido motivo
de grandes discussões, erros e muito ceticismo entre as pessoas. De acordo com
alguns dicionários gregos, a palavra grega subjacente, que é traduzida como
“baleia”, é a palavra ketos e é definida amplamente como “uma grande criatura
marinha” (NEWMAN, 1971, p. 100), “monstro marinho” (DANKER, et al„ 2000, p.
544), ou “peixe enorme” (VINE, 1952, p. 209). Entretanto, o fato mais
importante a ser ressaltado é que não importa o quão longe o homem esteja de
DEUS e de Sua vontade, ainda assim o Senhor poderá alcançá-lo e trazê-lo
novamente para junto de Si [SI 139.9-10].
SUBSÍDIO 2.1
R. N. Champlin: “Yaweh, porém, não tinha rompido definitivamente
com Seu profeta. Ele nomeou um grande peixe (tradicionalmente uma baleia) para
que cuidasse de Jonas. E o grande peixe engoliu o pobre Jonas, aumentando assim
a duração da sua vida. No ventre do grande peixe, Jonas podia sobreviver por
mais tempo do que dentro da água.”
2.2. A segunda chamada de Jonas
Jonas, arrependido, orou e DEUS ouviu a sua oração: “E disse: Na
minha angústia, clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do inferno
gritei, e tu ouviste a minha voz.” [Jn 2.2], Uma vez que o Senhor havia lhe
poupado a vida, o profeta tem a oportunidade de retomar os planos iniciais do
seu ministério; que eram os planos de DEUS e não os seus. Depois que o grande
peixe vomitou o profeta em terra firme, ele ouviu pela segunda vez a ordem
divina para ir a Nínive [Jn 3.1-2]. Apesar dos imprevistos vividos
por Jonas, o local, os destinatários e a mensagem eram as mesmas. Nada foi
alterado por causa dos temores ou da incompreensão de Jonas.
SUBSÍDIO 2.2
Myer Pearlman (Através da Bíblia – Editora Vida); “Os
ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom, parte humana e parte peixe. Acreditavam
que Dagom tinha saído do mar, fundado sua nação e que enviava para eles
mensageiros do mar de tempos em tempos. Se DEUS, pois, lhes houvesse de enviar
um pregador, nada mais razoável que trouxesse seu plano a nível de conhecimento
dos assírios, mandando-lhes um profeta que saiu do mar.”
2.3. O arrependimento em Nínive
Ao ouvir a mensagem, todo o povo creu em DEUS, humilhando-se e
jejuando, mostrando arrependimento por suas más ações. Do rei até o mais
carente do povo, incluindo os animais, todos ficaram cobertos de roupas de
sacos e sobre cinzas [Jn 3.5-9]. O improvável, aos olhos do profeta, aconteceu:
a perversa, imoral e idólatra Nínive se arrependeu e se converteu. A pregação
de Jonas resultou em um grande avivamento naquele lugar, pois mais de cento e
vinte mil homens voltaram-se para DEUS, ouvindo uma mensagem de sete palavras:
“Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” [Jn 3.4]. Nem entre o seu povo,
Jonas tinha presenciado tamanho feito, já que repetidas vezes foi dito a
respeito dos dezenove reis idólatras de Israel: “…e fez o que parecia mal aos
olhos do Senhor”.
SUBSÍDIO 2.3
Esdras Bentho & Reginaldo Placido (Introdução ao Estudo do
Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 538) comentam sobre o milagre do
arrependimento de Nínive [Jn 3.5-9]: “Os ninivitas deram crédito à mensagem de
Jonas, da parte de DEUS, reconhecendo Yahweh como o DEUS verdadeiro. (…) O
arrependimento de Nínive não foi parcial; todas as classes sociais
participaram, do menor ao maior. (…) O único fundamento que descansava a sua fé
era o fato de DEUS ter enviado quem os prevenisse, em vez de destruí-los de uma
vez; isso sugeriu- -lhes uma possibilidade de perdão.”
EU ENSINEI QUE:
A missão do servo de DEUS é anunciar a Sua Palavra para que
o ESPÍRITO SANTO convença o pecador do juízo e da justiça divina,
capacitando-o a crer na salvação em JESUS.
3- JONAS PARA HOJE
Mesmo pessoas que nunca leram a Bíblia já ouviram falar de Jonas em
algum momento, sabem alguma coisa a respeito desse profeta, nem que seja sobre
ele e a “baleia”. Assim como Jonas, de alguma maneira também já tentamos fugir
dos propósitos e das ordens de DEUS para cumprir nossa missão.
3.1. O poder de DEUS
O livro do profeta Jonas evidencia de forma extraordinária,
inquestionável e inequívoca o poder de DEUS. A experiência vivenciada pelo
profeta demonstrou o poder de DEUS sobre a natureza quando enviou a tempestade
[Jn 1.4] e a acalmou [Jn 1.15]; também ao enviar o grande peixe para resgatá-lo
e ao devolvê-lo em segurança na praia [Jn 1.17; 2.10]; da mesma forma quando
acelerou o crescimento de uma planta, a aboboreira, e usou um verme para destruí-la
numa demonstração pedagógica de que nada foge ao Seu controle [Jn 4.6], O
salmista teve essa compreensão ao escrever: “Tu me cercaste em volta e puseste
sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não
a posso atingir.” [SI 139.5-6]. O Senhor é o DEUS Todo-Poderoso que fez os
céus, o mar e a terra [Jn 1.9]; apesar de todo poder, é um DEUS misericordioso
e compassivo, sempre pronto a reconciliar-se com o homem mediante ao seu
arrependimento [Jn 4.2b].
SUBSÍDIO 3.1
R. N. Champlin: “Yaweh-Elohim (o DEUS Eterno e Todo-Poderoso)
exerceu Seu controle sobre a natureza, fazendo crescer uma espetacular planta
de “cuia” (conforme dizem algumas versões), a qual deu a Jonas sombra e abrigo.
Tornou-se essa planta outro fato da misericórdia de DEUS, o tema do cântico de
Jonas. O pobre Jonas sentia-se mais confortável em sua miséria, enquanto a cuia
bloqueava os raios de sol. Finalmente, Jonas encontrou alguma coisa que o
deixou feliz, a saber, a planta da cuia.”
3.2. Arrependimento produz mudanças
JESUS declarou: “Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração
e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas” [Mt 12.41]. O
verdadeiro arrependimento produz mudança total no modo de viver. Arrependimento
difere, em muito, de remorso. Não são poucas as vezes em que as pessoas
confundem arrependimento com remorso, por isso é importante ressaltar que o
remorso não produz mudança nas atitudes, na maneira de pensar ou no desejo de
não mais continuar na prática do pecado.
Aqueles que, mediante ao confronto com suas atitudes contrárias à
Palavra de DEUS, se entristecem, inclusive com choro e lamentações, mas
continuam a praticá-las, demonstram claramente que não houve arrependimento
genuíno. Arrependimento significa mudança de mente, maneira de pensar e visão
de mundo. Quando alguém se arrepende, decide firmemente em seu coração agradar
a DEUS.
SUBSÍDIO 3.2
Bispo Abner Ferreira (Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de
2017) comentou sobre os frutos do arrependimento bíblico: “As atitudes que
sucedem após o arrependimento determinarão a natureza dele. Tais procedimentos
indicarão inicialmente se foi um arrependimento profundo e sincero, ou se foi
mera experiência emocional (remorso), que em nada afetou a vida posterior. Enfim,
o genuíno arrependimento deve ser caracterizado por bons frutos, caso
contrário, tal experiência é imprestável. Alguns frutos destacados:
a) Abandono das práticas do velho homem (despojar-nos do velho
homem, renovar a mente e nos revestir do novo homem);
b) A novidade de vida (sempre nos comportar como diz a Escritura – Ef 5.8);
c) Diligência (aponta para um viver não acomodado e passivo, mas em constante
renovação – Rm 12.1-2).”
3.3. Não fuja do seu chamado.
O chamado de DEUS pode causar temor e desconforto para aqueles que
fixam seu olhar apenas nos desafios e obstáculos que precisarão enfrentar para
cumpri-lo. No entanto, a vida de Jonas ensina aos servos de DEUS que não se
deve fugir ao Seu chamado, quaisquer que sejam os motivos que insistam em
desencorajar ou desmotivar. O chamado para obedecer a DEUS deve superar
qualquer tentativa da natureza humana em fugir da responsabilidade que Ele deu.
Só assim será possível entender que é um privilégio servi-Lo, pois Ele quer
usar Seus filhos, apesar de suas limitações.
SUBSÍDIO 3.3
Lições Bíblicas (4° Trimestre de 2012, Lição 6: Jonas – a
misericórdia divina. Subsídios Ensinador Cristão, CPAD): “Não raro,
costumamos reprovar a atitude de Jonas quanto à ordem de DEUS. Mas quantas
vezes não nos identificamos com Jonas e sua rebeldia quando somos desafiados
por DEUS a obedecê-lo, e não o fazemos? Jonas é, portanto, um espelho para cada
cristão: não precisamos aguardar que DEUS aja de forma extrema conosco, como
agiu com Jonas quando o conduziu a Nínive na barriga de um grande peixe, para
que possamos obedecer a Sua vontade, qualquer que seja o mandado de DEUS para
nossas vidas.”
EU ENSINEI QUE:
Sabemos que quem muda os corações é o ESPÍRITO SANTO. No entanto,
Ele faz isto utilizando pessoas falhas como eu e você.
CONCLUSÃO
A misericórdia e a graça de DEUS demonstrada para com os ninivitas,
também pode ser percebida na vida e no chamado do profeta Jonas, pois, mediante
ao seu clamor, o Senhor o ouviu, dando-lhe uma nova oportunidade, tirando-o das
profundezas de sua desobediência.