Escrita Lição 6, BETEL, A benção de Abraão chega a todos por JESUS CRISTO, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 6, Betel, A benção de Abraão chega a todos por JESUS CRISTO, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 
Para nos ajudar - PIX 33195781620 (CPAF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 



 

Vídeo https://youtu.be/bYQVOJqjxCk

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/04/escrita-licao-6-betel-bencao-de-abraao.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/04/slides-licao-6-betel-bencao-de-abraao.html

https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-lio-6-betel-a-bno-de-abrao-chega-a-todos-por-jesus-cristopptx

  

TEXTO ÁUREO
"De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão." Gálatas 3.9
 
 
VERDADE APLICADA
Nosso passado não define o nosso futuro quando DEUS intervém em nossa história.
 
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o chamado de Abraão
Mostrar que o chamado de Abraão aponta para CRISTO
Destacar que a fé foi a resposta de Abraão a DEUS.
 
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA - GÊNESIS 12.1-4
1. Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, a da tua parentela, a da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engradecerei o teu nome, a tú serás uma benção.
3. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que to amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4. Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta a cinco anos, quando saiu de Harã.
 
 
(Strong Português)
אברם ’Abram – Hebraico - Abrão = “pai exaltado” - nome original de Abraão
אברהם ’Abraham – Hebraico - populoso Abraão = “pai de uma multidão” ou “chefe de multidão”
1) amigo de DEUS e fundador da nação dos hebreus através da aliança e eleição de DEUS
Αβρααμ Abraam – Grego - Abraão = “pai de uma multidão”
1) o filho de Terá e o fundador da nação judaica.
 
שרי Saray - Hebraico - Sarai = “princesa”
1) nome original de Sara, esposa de Abrão ou Abraão
שרה Sarah - Hebraico - Sara = “fidalga” - 1) esposa de Abraão e mãe de Isaque
σαρρα Sarrha - Grego - Sara = “princesa” - 1) esposa de Abraão
 
חרן Charan - Harã = “montanhês” a cidade para a qual Abraão migrou quando deixou Ur dos caldeus e onde ele permaneceu até o falecimento do seu pai antes de partir para a terra prometida; localizada na Mesopotâmia, em Padã-Arã, ao pé do monte Masius, entre o Khabour e o Eufrates
 
 
COMENTÁRIOS BEP - CPAD
 
12.1 SAI-TE DA TUA TERRA. Nessa ocasião, DEUS não disse a Abrão para onde o conduziria (Hb 11.8). Ao invés de ser informado disso, ele teve de viajar sob a orientação direta do Senhor.
12.3 EM TI SERÃO BENDITAS TODAS AS FAMÍLIAS DA TERRA. Esta é a segunda profecia das Escrituras sobre a vinda de JESUS CRISTO a este mundo (ver 3.15).
(1) O texto fala de uma bênção espiritual que viria através de um descendente de Abraão. Paulo declara que esta bênção se refere ao evangelho de CRISTO, oferecido a todas as nações (Gl 3.8,14,16).
(2) A promessa de DEUS a Abrão revela que, desde os primórdios da raça humana, o propósito do evangelho era abençoar todas as nações com salvação. DEUS está agora realizando seu propósito através de JESUS e seu povo fiel, que compartilha da sua vontade de salvar os perdidos, enviando pregadores para proclamar o evangelho a todas as famílias da terra. Este versículo serve de fundamento motivador da obra missionária no mundo inteiro (ver o estudo A CHAMADA DE ABRAÃO ABAIXO)

12.4 PARTIU ABRÃO, COMO O SENHOR LHE TINHA DITO. A narrativa de Abraão, desde o início, chama a atenção para a seguinte verdade: a obediência a DEUS é essencial para o usufruto da salvação nEle.
(1) Abrão obedeceu à palavra do Senhor. Sua obediência incluiu deixar seu lar e sua pátria e confiar-se ao cuidado de DEUS, na sua orientação divina e nas suas promessas (ver v. 1; Tg 2.17; 1 Jo 2.4).
(2) Assim como Abraão, todos os crentes em CRISTO são conclamados a deixar sua terra... parentela... e casa do pai (12.1) para seguir a JESUS, no sentido de buscar uma pátria melhor, isto é, a celestial (Hb 11.16)
 
 A CHAMADA DE ABRAÃO
Gn 12.1-3 “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”
A chamada de Abrão (posteriormente chamado Abraão, 17.5), conforme a narrativa de Gênesis 12, dá início a um novo capítulo na revelação do AT sobre o propósito divino de redimir e salvar a raça humana. A intenção de DEUS era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os seus caminhos (ver 18.19). Dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações, para fazerem a vontade de DEUS. Dessa nação viria JESUS CRISTO, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher (ver 3.15; Gl 3.8,16,18). Vários princípios importantes podem ser deduzidos da chamada de Abraão.
(1) A chamada de Abraão levou-o a separar-se da sua pátria, do seu povo e dos seus familiares (12.1), para tornar-se estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11.13). Em Abraão, DEUS estava estabelecendo o princípio importante de que os seus deviam separar-se de tudo quanto possa impedir o propósito divino na vida deles.
(2) DEUS prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e uma bênção que alcançaria todas as nações da terra (12.2,3). O NT ensina claramente que a última parte dessa promessa se cumpre hoje na proclamação missionária do evangelho de CRISTO (At 3.25; Gl 3.8).
(3) Além disso, a chamada de Abraão envolvia, não somente uma pátria terrestre, bem como uma celestial. Sua visão alcançava um lar definitivo não mais na terra, e sim no céu; uma cidade cujo artífice e construtor é o próprio DEUS. A partir de então, Abraão desejava e buscava uma pátria celestial onde habitaria eternamente com DEUS em justiça, alegria e paz (Hb 11.9,10,14;16; Ap 21.1-4; 22.1-5). Até então, ele seria estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11.9,13).
(4) A chamada de Abraão continha não somente promessas, como também compromissos. DEUS requeria de Abraão tanto a obediência quanto a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que lhe fora prometido. A obediência e a dedicação demandavam:
(a) confiança na palavra de DEUS, mesmo quando o cumprimento das promessas parecia humanamente impossível (15.1-6; 18.10-14),
(b) obediência à ordem de DEUS para deixar a sua terra (12.4; Hb 11.8), e
(c) um esforço sincero para viver uma vida de retidão (17.1,2).
(5) A promessa de DEUS a Abraão e a sua bênção sobre ele, estendem-se, não somente aos seus descendentes físicos (i.e., os judeus crentes), como também a todos aqueles que com fé genuína (12.3) aceitarem e seguirem a JESUS CRISTO, a verdadeira “posteridade” de Abraão (Gl 3.14,16). Todos os que são da fé como Abraão, são “filhos de Abraão” (Gl 3.7) e são abençoados juntamente com ele (Gl 3.9). Tornam-se posteridade de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3.29), o que inclui o receber pela fé “a promessa do ESPÍRITO” em CRISTO JESUS (ver Gl 3.14).
(6) Por Abraão possuir uma fé em DEUS, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal exemplo da verdadeira fé salvífica (15.6; Rm 4.1-5,16-24; Gl 3.6-9; Hb 11.8-19; Tg 2.21-23; ver 15.6). Biblicamente, qualquer profissão de fé em JESUS CRISTO como Salvador que não requer obediência a Ele como Senhor não é a classe de fé que Abraão possuía e, portanto, não é a verdadeira fé salvífica (ver Jo 3.36).
 
O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ
Gn 26.3-5 “...peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai. E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.”
A NATUREZA DO CONCERTO. A Bíblia descreve o relacionamento entre DEUS e seu povo em termos de “pacto” ou “concerto”. Esta palavra aparece pela primeira vez em 6.18 e prossegue até o NT, onde DEUS fez um novo concerto com a raça humana mediante JESUS CRISTO. Quando compreendemos o concerto entre DEUS e os patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó), aprendemos a respeito de como DEUS quer que vivamos em nosso relacionamento pactual com Ele.
O nome especial de DEUS, em relação ao concerto, conforme a revelação bíblica, é Jeová (traduzido “SENHOR”; ver 2.4). Inerente neste nome pactual está a benignidade de DEUS, sua solicitude redentora pela raça humana, sua contínua presença entre o seu povo, seu propósito de estar em comunhão com os seus e de ser o seu Senhor.
A divina e fundamental promessa do concerto é a seguinte: “...para te ser a ti por DEUS e à tua semente depois de ti” (ver 17.7). Desta promessa dependem todas as demais integrantes do concerto. Significa que DEUS se compromete firmemente com o seu povo fiel a ser o seu DEUS, e que por amor, Ele lhe concede graça, proteção, bondade e bênção (Jr 11.4; 24.7; 30.22; 32.38; Ez 11.20; Zc 8.8).
O alvo supremo do concerto entre DEUS e a raça humana era salvar não somente uma nação (Israel), mas a totalidade da raça humana. No caso de Abraão, DEUS já lhe prometera que nele “todas as nações da terra” seriam benditas (12.3; 18.18; 22.18; 26.4). DEUS estendeu sua graça pactual à nação de Israel a fim de que esta fosse “para luz dos gentios” (Is 49.6; cf. 42.6). Isso cumpriu-se mediante a vinda do Senhor JESUS CRISTO como Redentor, quando, então, os cristãos começaram a levar a mensagem do evangelho por todo o mundo (Lc 2.32; At 13.46,47; Gl 3.8-14).
Nos diversos concertos que DEUS fez com o ser humano através das Escrituras, há dois princípios atuantes: (a) era somente DEUS quem estabelecia as promessas e condições do seu concerto, e (b) cabia ao ser humano aceitar por fé obediente essas promessas e condições. Em certos casos, DEUS estabeleceu com muita antecipação as promessas e as responsabilidades de ambas as partes; em tempo algum, porém, o povo conseguiu, junto a DEUS, alterar as condições dos concertos para beneficiar-se.

O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO. (1) DEUS, ao estabelecer comunhão com Abraão, mediante o concerto (cap. 15), fez-lhe claramente várias promessas: DEUS como escudo e recompensa de Abraão (15.1), descendência numerosa (15.5) e a terra de Canaã como sua herança (15.7; ver 15.6; 17.8; cf. 12.1-3; ver o estudo A CHAMADA DE ABRAÃO acima).
DEUS conclamou Abraão a corresponder a essas promessas por fé, aceitá-las, e confiar nEle como seu Senhor. Por Abraão assim fazer, DEUS o aceitou como justo (15.6) e foi confirmado mediante comunhão pessoal com Ele.
Não somente Abraão precisou, de início, expressar sua fé para a efetuação do concerto, como também DEUS requereu que, para a continuação das bênçãos do referido concerto, Abraão devia, de coração, agradar a DEUS, através de uma vida de obediência. (a) DEUS requereu que Abraão andasse na sua presença e que fosse “perfeito” (ver 17.1). Noutras palavras, se a sua fé não fosse acompanhada de obediência (Rm 1.5), ele estaria inabilitado para participar dos eternos propósitos de DEUS. (b) Num caso especial, DEUS provou a fé de Abraão ao ordenar-lhe que sacrificasse seu próprio filho, Isaque (22.1,2). Abraão foi aprovado no teste e, por conseguinte, DEUS prometeu que o seu pacto com ele (Abraão) ia continuar (ver 22.18). (c) DEUS informou diretamente a Isaque que as bênçãos continuariam imutáveis e que seriam transferidas para ele porque Abraão lhe foi obediente e guardou os seus mandamentos (26.4,5).
DEUS ordenou diretamente a Abraão e aos seus descendentes que circuncidassem cada menino nascido na sua família (17.9-13). O Senhor determinou que cada criança do sexo masculino não circuncidada fosse excluída do seu povo (17.14) por violação do concerto. Noutras palavras, a desobediência a DEUS levaria à perda das bênçãos do concerto.
O concerto entre DEUS e Abraão foi chamado um “concerto perpétuo” (17.7). A intenção de DEUS era que o concerto fosse um compromisso permanente. Era, no entanto, passível de ser violado pelos descendentes de Abraão, e assim acontecendo, DEUS não teria de cumprir as suas promessas. Por exemplo, a promessa que a terra de Canaã seria uma possessão perpétua de Abraão e seus descendentes (17.8) foi quebrada pela apostasia de Israel e pela infidelidade de Judá e sua desobediência à lei de DEUS (Is 24.5; Jr 31.32); por isso, Israel foi levado para o exílio na Assíria (2Rs 17), enquanto Judá foi posteriormente levado para o cativeiro em Babilônia (2Reis 25; 2Cr 36; Jr 11.1-17; Ez 17.16-21).
O CONCERTO DE DEUS COM ISAQUE. (1) DEUS procurou estabelecer o concerto abraâmico com cada geração seguinte, a partir de Isaque, filho de Abraão (17.21). Noutras palavras, não bastava que Isaque tivesse por pai a Abraão; ele, também, precisava aceitar pela fé as promessas de DEUS. Somente então é que DEUS diria: “Eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente” (26.24). (2) Durante os vinte primeiros anos do seu casamento, Isaque e Rebeca não tiveram filhos (25.20,26). Rebeca permaneceu estéril até que Isaque orou ao Senhor, pedindo que sua esposa concebesse (25.21). Esse fato demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios naturais, mas somente pela ação graciosa de DEUS, em resposta à oração e busca da sua face (ver 25.21). (3) Isaque também tinha de ser obediente para continuar a receber as bênçãos do concerto. Quando uma fome assolou a terra de Canaã, por exemplo, DEUS proibiu Isaque de descer ao Egito, e o mandou ficar onde estava. Se obedecesse a DEUS, teria a promessa divina:
“...confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai” (26.3; ver 26.5).
O CONCERTO DE DEUS COM JACÓ. (1) Isaque e Rebeca tinham dois filhos: Esaú e Jacó. Era de se esperar que as bênçãos do concerto fossem transferidas ao primogênito, i.e., Esaú. DEUS, porém, revelou a Rebeca que seu gêmeo mais velho serviria ao mais novo, e o próprio Esaú veio a desprezar a sua primogenitura (ver 25.31). Além disso, ele ignorou os padrões justos dos seus pais, ao casar-se com duas mulheres que não seguiam ao DEUS verdadeiro. Em suma: Esaú não demonstrou qualquer interesse pelas bênçãos do concerto de DEUS. Daí, Jacó, que realmente aspirava às bênçãos espirituais futuras, recebeu as promessas no lugar de Esaú (28.13-15). (2) Como no caso de Abraão e de Isaque, o concerto com Jacó requeria “a obediência da fé” (Rm 1.5) para a sua perenidade. Durante boa parte da sua vida, esse patriarca serviu-se da sua própria habilidade e destreza para sobreviver e progredir. Mas foi somente quando Jacó, finalmente, obedeceu ao mandamento e à vontade do Senhor (31.13), no sentido de sair de Harã e voltar à terra prometida de Canaã e, mais expressamente, de ir a Betel (35.1-7), que DEUS renovou com ele as promessas do concerto feito com Abraão (35.9-13). Para mais a respeito do concerto, ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS ABAIXO.
O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS
Dt 29.1 “Estas são as palavras do concerto que o SENHOR ordenou a Moisés, na terra de Moabe, que fizesse com os filhos de Israel, além do concerto que fizera com eles em Horebe.”
O CONCERTO NO MONTE SINAI (HOREBE). DEUS fez um concerto com Abraão e o renovou com Isaque e Jacó. O concerto de DEUS com os israelitas, feito ao sopé do monte Sinai (ver Êx 19.1), abrange os dois princípios básicos tratados no estudo supracitado.
(1) Unicamente DEUS estabelece as promessas e compromissos do seu concerto, e
(2) aos seres humanos cabe aceitá-los com fé obediente. A diferença principal entre este concerto e o anterior é que DEUS fez um sumário das respectivas promessas e responsabilidades do concerto antes da sua ratificação (Êx 24.1-8).
As promessas de DEUS, neste concerto, eram basicamente as mesmas que foram feitas a Abraão (ver Êx 19.1). DEUS prometeu
(a) que daria aos israelitas a terra de Canaã depois de libertá-los da escravidão no Egito (Êx 6.3-6; 19.4; 23.20, 23), e
(b) que Ele seria o seu DEUS e que os adotaria como o seu povo (Êx 6.7; 19.6; ver Dt 5.2). O alvo supremo de DEUS era trazer ao mundo o Salvador através do povo do concerto.
Antes de DEUS cumprir todas essas promessas, Ele requereu que os israelitas se comprometessem a observar as suas leis declaradas quando eles estavam acampados no monte Sinai. Depois de DEUS revelar os dez mandamentos e muitas outras leis do concerto. Os israelitas juraram a uma só voz: “Todas as palavras que o SENHOR tem falado faremos” (Êx 24.3). Sem essa promessa solene de aceitarem as normas da lei de DEUS, o concerto entre eles e o Senhor não teria sido confirmado (ver Êx 24.8).
Essa resolução de cumprir a lei de DEUS, continuou como uma condição prévia do concerto. Somente pela perseverança na obediência aos mandamentos do Senhor e no oferecimento dos sacrifícios determinados por DEUS no concerto é que Israel continuaria como a possessão preciosa de DEUS e igualmente continuaria a receber as suas bênçãos. Noutras palavras, a continuação da eleição de Israel como o povo de DEUS dependia da sua obediência ao seu Senhor (ver Êx 19.5).
DEUS também estipulou claramente o que aconteceria se o seu povo deixasse de cumprir as obrigações do concerto. O castigo pela desobediência era a destruição daquele povo, quer por banimento, quer por morte (ver Êx 31.14,15). Trata-se de uma repetição da advertência de DEUS, dada por ocasião do êxodo, i.e., aqueles que não cumprissem as suas instruções para a Páscoa seriam excluídos do povo (Êx 12.15, 19; 12.15). Essas advertências não eram fictícias. Em Cades, por exemplo, quando os israelitas se rebelaram, incrédulos, contra o Senhor e se recusaram a entrar em Canaã, por medo dos seus habitantes, DEUS se irou com eles e, como castigo, fê-los peregrinar no deserto durante trinta e nove anos; ali, morreram todos os israelitas com mais de vinte anos de idade (exceto Calebe e Josué, ver Nm 13.26—14.39; 14.29). O castigo pela desobediência e incredulidades deles foi a perda do privilégio de habitar na terra do repouso, por DEUS prometido (cf Sl 95.7-11; Hb 3.9-11,18).
DEUS não esperava de seu povo uma obediência perfeita, e sim uma obediência sincera e firme. O concerto já reconhecia que, às vezes, devido às fraquezas da natureza humana, eles fracassariam. Para remi-los da culpa do pecado e reconciliá-los consigo mesmo, DEUS proveu o sistema geral de sacrifícios e, em especial, o Dia Anual da Expiação.
EXPIAÇÃO. O povo podia, assim, confessar seus pecados, oferecer os diversos sacrifícios, e deste modo reconciliar-se com o seu Senhor. Todavia, DEUS julgaria severamente os desobedientes, a rebeldia e a apostasia deliberada.
No seu concerto com os israelitas, DEUS tencionava que os povos doutras nações, ao observarem a fidelidade de Israel a DEUS, e as bênçãos que recebiam, buscassem o Senhor e integrassem a comunhão da fé (ver 4.6). Um dia, através do Redentor prometido, um convite seria feito às nações da terra para participarem dessas promessas. Assim, o concerto tinha um relevante aspecto missionário.

O CONCERTO RENOVADO NAS PLANÍCIES DE MOABE.
Depois que a geração rebelde e infiel dos israelitas pereceu durante seus trinta e nove anos de peregrinação no deserto, DEUS chamou uma nova geração de israelitas e preparou-os para entrarem na terra prometida, mediante a renovação do concerto com Ele. Para uma conquista bem-sucedida da terra de Canaã, necessário era que eles se comprometessem com esse concerto e que tivessem a garantia que o Senhor DEUS estaria com eles.
Essa renovação do concerto é o enfoque principal do livro de Deuteronômio (ver introdução). Depois de uma introdução (1.1-5), Deuteronômio faz um resumo histórico de como DEUS lidou com seu povo desde a partida do Sinai (1.6—4.43). Repete as principais condições do concerto
(4.44—26.19), relembra aos israelitas as maldições e as bênçãos do concerto (27.1—30.20) e termina com as providências para a continuação do concerto (31.1—33.29). Embora o fato não seja mencionado especificamente no livro, podemos ter como certo que a nação de Israel, à uma só voz, deu um caloroso “Amém” às condições do concerto, assim como a geração anterior fizera no monte Sinai (cf. Êx 24.1-8; Dt 27; 29.10-14).
O conteúdo básico desse concerto continuou como o do monte Sinai. Um assunto reiterado no livro inteiro de Deuteronômio é que, se o povo de DEUS obedecesse a todas as palavras do concerto, teria a bênção divina; em caso contrário, teria a maldição divina (ver especialmente 27—30). A única maneira deles e seus descendentes permanecerem para sempre na terra de Canaã era guardarem o concerto, amando ao Senhor (ver 6.5) e obedecendo à sua lei (30.15-20).
Moisés ordenou ao povo que periodicamente relembrasse o concerto feito. Cada sétimo ano, na Festa dos Tabernáculos, todos os israelitas deviam comparecer ao lugar que DEUS escolhesse. Ali, mediante a leitura da lei de Moisés, eles relembrariam do concerto de DEUS com eles, e, mediante a renovação da promessa, de cumprir o que ouviam (31.9-13).
O AT registra vários exemplos notáveis dessa lembrança e renovação do concerto. Após a conquista da terra, e pouco antes da morte de Josué, este conclamou todo o povo com esse propósito (Js 24). A resposta do povo foi clara e inequívoca: “Serviremos ao SENHOR, nosso DEUS, e obedeceremos à sua voz” (Js 24.24). Diante disso: “Assim, fez Josué concerto, naquele dia, com o povo” (Js 24.25). Semelhantemente, Joiada dirigiu uma cerimônia de renovação do concerto, quando Joás foi coroado (2Rs 11.17), e assim fizeram também Josias (2Rs 23.1-3), Ezequias (cf.
2Cr 29.10) e Esdras (Ne 8.1—10.39).
A chamada para relembrar e renovar o concerto é oportuna hoje. O NT é o concerto que DEUS fez conosco em JESUS CRISTO. Lembramos do seu concerto conosco quando lemos e estudamos a sua revelação contendo suas promessas e preceitos, quando ouvimos a exposição da Palavra de DEUS e, mais especificamente, quando participamos da Ceia do Senhor (ver 1Co 11.17-34). Na Ceia do Senhor, também renovamos nosso compromisso de amar ao Senhor e de servi-lo de todo o nosso coração (ver 1Co 11.20).
 
 
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
 
 
Hebreus  - SÉRIE Comentário Bíblico - SEVERINO PEDRO DA SILVA
Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
Os estudiosos destacam cerca de “sete maneiras” pelas quais a fé operava em Abraão:
1° — Abraão foi “chamado” por DEUS para deixar a sua terra natal e tornar-se um peregrino, em busca de um país melhor. A fé exigiu “ação aventurosa” da sua parte (v. 8).
2º — A fé de Abraão o tornou um peregrino. Ele tinha uma herança, mas não entrou na posse da mesma. Sua peregrinação o levou a reconhecer que nesta terra não tinha habitação certa, e que a herança do crente não pode estar neste mundo — Deve­mos, portanto, aguardar uma herança celestial (w. 9,10).
3º  — A fé foi um poder miraculoso, nele operante, bem como naqueles que com ele andavam, como Sara e outros (w. 11,12).
4º — A fé abre a “dimensão eterna” à vida; leva o indiví­duo a reconhecer que o ser humano realmente pertence a um mundo espiritual e superior (v. 16).
5° — A fé nos ensina que DEUS é o nosso DEUS; que não há limite para a glória, pois na filiação o infinito é trazido ao que é finito (v. 16).
6° — A fé nos ensina que há um sacrifício supremo a ser feito à vontade de DEUS, a fim de que se cumpra em nós tudo quanto foi por Ele designado (v. 17).
o — A fé nos ensina a esperar o impossível, porquanto dependemos do poder de DEUS, que transmite vida e opera milagres (v. 19).
Abraão e sua Descendência
Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.
Esses três patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó, são mencio­nados frequentemente, porque suas vidas representam três gerações de homens que viveram dentro dos limites da mesma fé. Suas vidas cobriram todo o período de peregrinação na Terra Prometida. Depois de Jacó, veio a descendência que foi levada ao cativeiro egípcio. Seus nomes são tomados para exemplificar a própria existência de DEUS, quando deles testifica, dizendo: “Eu sou o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaque e o DEUS de Jacó...” (Mt 22.32). Aqui no texto em foco, DEUS se apresenta particularmente a cada patriarca. Ele bem poderia dizer: “Eu sou o DEUS de Abraão, de Isaque e de Jacó”, resu­mindo assim tempo e espaço. Contudo, Ele usou a extensão de seu nome para cada um deles, quando disse: “Eu sou o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaque e o DEUS de Jacó”. Isso fala da fé extensiva e progressiva que vai passando de pai para fi­lho. Jacó pertencia a uma família que tinha vivido na fé. De Timóteo se diz que a fé que ele professava foi herdada de sua família cristã piedosa, como escreve Paulo: “trazendo à me­mória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti” (2Tm 1.5). A fé de sua avó Lóide e de sua mãe Eunice, e o ensinamento das “sagradas letras” em sua meninice lhe fizeram idôneo, sábio e capaz para o desempe­nho espiritual de sua vida e de seu ministério (2Tm 3.15).
Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é DEUS.
O escritor sagrado faz aqui alusão à Jerusalém celestial, da qual o artífice e construtor é DEUS. Ela encontra-se edificada sobre um alto e sublime monte (Ap 21.10). Ela desce do céu para receber os remidos, pois é impossível construir uma cida­de santa aqui na terra (cf. Fp 4.20). O fato de ser chamada de “cidade mãe” corresponde à alegoria que Paulo faz em Gálatas 4.22-26, quando diz: “... está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa, o que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos: um, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre, a qual é mãe de todos nós”. Durante sua peregrinação, Abraão nunca optou por morar na cidade de Jerusalém. Cremos que se este fosse o seu desejo, ele teria toda a liberdade de fazê-lo. Esta cidade fazia parte de sua herança e Melquisedeque, que nesta época era rei e sacerdote ali, era amigo de Abraão e de sua parentela. Mas Abraão não se aproveitou de nenhuma destas circunstâncias, pois tinha em mente uma outra linda cidade — a cidade do DEUS vivo, a Jerusalém celestial —, por esta razão se declarou peregrino aqui na terra durante a sua vida.
 
Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.
Aqui, o autor fala da esterilidade de Sara e no versículo seguinte, do amortecimento de Abraão; a fé curou os dois e Sara tornou-se fértil. Abraão era um homem idoso, que já passara da idade de gerar filhos, e sua esposa, Sara, era estéril; porém, DEUS consertou tudo aquilo, porque para Ele nada é impossível (Gn 18.14; Lc 1.37). Quando abrimos o Novo Testamento, observamos que o DEUS Todo-poderoso perma­nece o mesmo. Isabel e Zacarias “... eram ambos justos peran­te DEUS, vivendo irrepreensivelmente em todos os mandamen­tos e preceitos do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos eram avançados em idade” (Lc 1.6,7). Contudo, o DEUS que operou milagrosamente no idoso casal do Antigo Testamento, concedendo-lhes Isaque, também ope­rou eficazmente aqui no Novo Testamento, dando a Zacarias e a Isabel o profeta João Batista. O segredo de se honrar a DEUS com a fé é começar a crer na possibilidade de suas pro­messas. Jó cria em qualquer dessas possibilidades quando dis­se: “Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensa­mentos pode ser impedido” (Jó 42.1,2).
Pelo que também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar.
 
A promessa de DEUS a Abraão era de que ele se tornaria pai de uma multidão de filhos. Isto se cumpriu não apenas literalmente, como também no aspecto espiritual da promessa divina para com o patriarca. Ele foi pai de Ismael, que se tor­nou o progenitor dos árabes meridionais. Depois da morte de Sara, Abraão casou com Quetura e dela gerou seis filhos: “Zinrã, e Jocsã, e Medã, e Midiã, e Isbaque, e Suá” (Gn 25.1,2). Abraão aconselhou a todos que se fossem se estabelecer na terra oriental; “eles assumiram um estilo de vida nômade e [segundo alguns historiadores], por fim, alcançaram toda a vasta península sírio-árabe”1. Ali, estes descendentes de Abraão, hoje subdivididos em vários povos árabes do Oriente Médio, formaram várias nações. Porém o pacto de DEUS com Abraão falava de uma extensão maior de famílias que viriam através do filho da promessa — Isaque. E assim, todas as nações, todas as raças, foram incluídas como beneficiárias da fé de Abraão, sendo CRISTO a figura central em todos estes acontecimentos.
Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
Abraão e seus descendentes mais próximos, tais como Isaque, Jacó e os patriarcas filhos de Jacó, peregrinaram na terra de Canaã, e alguns deles foram ali sepultados na cova de Macpela, nos carvalhais de Manre, na cidade de Hebrom (Gn 49.29-32; 50.5-13). Contudo, durante suas vidas aqui na ter­ra, eles não chegaram a alcançar a posse total daquela terra que fora dada por DEUS a Abraão por meio de um juramento.
Mas eles morreram na fé — quer dizer, na confiança de que DEUS era fiel para cumprir seu juramento, confirmando aque­la terra por herança perpetua à descendência de Abraão. Com efeito, porém, o anseio maior destes servos de DEUS era uma pátria celestial, por esta razão ”... confessaram que eram es­trangeiros e peregrinos na terra”. Essa confissão feita pelos patriarcas durante os tempos de suas peregrinações era tanto oral como moral. Eles confessavam a DEUS com suas palavras e com seus exemplos, o que também serve de modelo para a Igreja cristã do Pentecostes ao arrebatamento (Fp 2.15).
 
A Pátria Celestial
14 Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria.
O escritor sagrado continua até o versículo 16 com o mesmo argumento, mostrando que os patriarcas buscavam uma pátria melhor do que aquela onde tinham nascido e viviam: eles buscavam a pátria celestial. O objetivo dessa argumenta­ção é mostrar àqueles cristãos e aos demais santos de todos os tempos que a verdadeira pátria dos salvos não é aquela onde eles nasceram ou viveram, mas a pátria celestial. Paulo aspirava por esta pátria divina, e dela falou: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Je­sus CRISTO” (Fp 3.20). A terra da promessa sempre foi almeja­da pelo povo de DEUS em ambos os Testamentos. Os judeus, quando se encontram fora de sua pátria, sempre aspiram para a ela voltarem. Outros cristãos de todo o mundo também amam esta pátria e sempre que têm a oportunidade, vão conhecê-la e nela adorar ao Senhor. Mas a aspiração das almas sequiosas pela presença de DEUS não é esta pátria terrena, e sim, a celestial.
E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar-se.
Abraão, Isaque e Jacó possuíam tudo o que as pessoas bem- sucedidas têm aqui neste mundo. Eles possuíam riquezas, bens diversificados e glórias que os grandes de seus dias possuíam. Se Abraão quisesse voltar para Ur, cidade de seu nascimento, poderia bem fazê-lo. Isaque, quando seu pai morreu, ficou tam­bém com suas riquezas. O mesmo aconteceu também com Jacó que, além de sua riqueza adquirida em Arã, herdou a parte que lhe cabia, quando Isaque morreu. Contudo, nenhum deles se valeu de suas riquezas e de seu poder para voltar à terra de seus ancestrais, mas permaneceram firmes na terra onde DEUS havia manifestado seu propósito para com eles. Em figura de retóri­ca, isso significa que jamais o cristão deve voltar para a terra de onde veio (o mundo), mas deve avançar até alcançar a verdadei­ra terra que mana leite e mel (o céu), a capital da nova terra, em que habita a justiça (2 Pe 3.13).
Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a celestial.
Pelo que também DEUS não se envergonha deles, de se chamar seu DEUS, porque já lhes preparou uma cidade.
Em algumas versões, como a Revista e Atualizada, por exemplo, ao invés de “... uma [pátria] melhor”, lê-se: “uma pátria superior”, indicando que aquela pátria que dera a Abraão e aos seus descendentes o direito de cidadania não era a verda­deira pátria permanente prometida por DEUS. Restava, por­tanto, uma outra pátria, a celestial. Naquela pátria superior, DEUS já lhes preparou uma cidade, “... a nova Jerusalém, que de DEUS descia do céu” (Ap 21.2). Assim relatou o escritor desta epístola, em 12.23, quando descrevia a chegada destes peregrinos à pátria por eles almejada: “Mas chegastes ao monte de Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos”. Hoje, qualquer cidade do mundo, pequena ou grande, não oferece a segurança que seus cidadãos gostariam de nela encontrar. Mas na cidade de DEUS cada ci­dadão se sentirá seguro, porque “... não entrará nela coisa al­guma que contamine e cometa abominação...” (Ap 21.27).
Isaque como Símbolo do Sacrifício de CRISTO
Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.
Quando Isaque tinha crescido e se tornara um rapaz for­moso, aos olhos de seus pais e aos olhos de todos, Abraão ouviu a voz de DEUS. Esta era a oitava vez que DEUS falara com ele, dando-lhe sua orientação divina. Mas esta men­sagem não trazia o mesmo teor daquelas anteriores, conforme escreve o autor sagrado: “E aconteceu, depois destas coisas, que tentou DEUS a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22.1,2). O Alcorão diz que no monte Moriá foi oferecido Ismael, o primeiro filho de Abraão com a escrava egípcia. Mas é impos­sível que Moisés tenha se enganado quando escrevia o Pentateuco, trocando Isaque por Ismael. Isaque, o filho da promessa, foi o filho que DEUS ordenara a Abraão para tal sacrifício.
 
Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que DEUS era poderoso para até dos mortos o ressuscitar.
Martinho Lutero traz uma meditação de grande inspira­ção no tocante a este acontecimento, dizendo: “Abraão o amar­rou e deitou sobre a lenha. O pai ergueu o cutelo. O corpo de Isaque exposto àquele imenso cutelo afiado, que caminhava em direção a sua garganta inocente. Se tivesse DEUS dormita- do por um instante, o jovem estaria morto. Eu não poderia ter contemplado. Não posso fazer meus pensamentos prossegui­rem. O jovem era uma ovelha para o matadouro. Nunca, na história, houve tal obediência, salvo somente a de CRISTO. Mas DEUS estava observando, bem como todos os anjos. O Pai ergueu a faca; o corpo não estremeceu. O anjo clamou: Abraão, Abraão!’ Vemos como a majestade divina está às portas, na hora da morte. Dizemos: ‘Em meio à vida, morremos’. DEUS responde: ‘Sim, e em meio à morte, vivemos”’.
E daí também, em figura, ele o recobrou.
Muitos comentaristas veem aqui nesta alegoria a morte e ressurreição de CRISTO. E JESUS parece querer ligar o ofereci­mento de Isaque no monte Moriá com sua morte na cruz, quando disse aos judeus: “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se. Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Disse-lhes Je­sus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.56-58). Podemos ver ali no Moriá, como também aqui no pensamento do autor, uma verdadeira alegoria (Gn 22.1-19).
Abraão — representa DEUS
Isaque nesse momento — o pecador
O monte Moriá — o Calvário
O cordeiro — JESUS
A árvore — a cruz
As pontas que seguravam o cordeiro ao arbusto — os cravos.
O fato de JESUS afirmar ser “antes de Abraão”, e não pos­terior a ele, confirma aquilo que JESUS disse aos judeus, quan­do estes questionaram sua idade, dizendo: “Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?”, ao que JESUS lhes respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo que, antes que   Abraão exis­tisse, eu sou” (Jo 8.57,58). Portanto, CRISTO é antes de      Abraão.
O cordeiro substituiu Isaque, e o Cordeiro de DEUS (JESUS) foi o substituto do pecador (I Jo 2.1,2).
Pela fé, Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras.
Em Gênesis 27; 28, encontramos Isaque abençoando a seus dois filhos, Jacó e Esaú. Jacó foi abençoado, ouvindo seu pai pronunciar as seguintes palavras: “Assim, pois, te dê DEUS do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê se­nhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem” (Gn 27.28,29). Na bênção conferida a Esaú, por outro lado, foi-lhe dito que ele deveria habitar longe “das gorduras da terra e sem orvalho dos céus”, conforme está escri­to: “Então, respondeu Isaque, seu pai, e disse-lhe: Eis que a tua habitação será longe das gorduras da terra e no orvalho dos céus. E pela tua espada viverás e ao teu irmão servirás. Acontece­rá, porém, que, quando te libertares, então, sacudirás o seu jugo do teu pescoço” (Gn 27.39,40). Estas profecias têm se cumpri­do fielmente nas vidas destes dois povos, porque elas foram pro­feridas pela fé, e DEUS honrou a fé — porque a fé honra a DEUS!
 
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
 

Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - O Chamado de Abrão - Gênesis 12. 1-3

Aqui temos o chamado pelo qual Abrão foi levado da terra do seu nascimento à terra da promessa, o que estava designado tanto para testar a sua fé e obediência como para separá-lo e consagrá-lo para DEUS, como também para serviços e favores especiais que lhe foram designados. Quanto às circunstâncias deste chamado podemos, de alguma maneira, ser esclarecidos com o conhecimento das palavras de Estêvão, Atos 7.2, onde nos é dito: 1. Que a glória de DEUS apareceu a Abrão para fazer este chamado, apareceu com tais manifestações da sua glória, que não deu oportunidade para Abrão duvidar da divina autoridade deste chamado. Posteriormente, DEUS lhe falou de diversas maneiras. Mas esta primeira vez, quando a correspondência estava sendo estabelecida, Ele lhe apareceu como o DEUS de glória, e falou com ele. 2. Que este chamado foi feito na Mesopotâmia, antes de Abrão habitar em Harã. Por isto interpretamos corretamente que o Senhor tinha falado com Abrão, especificamente, em Ur dos caldeus. E, em obediência a este chamado, como Estêvão continua relatando a história (At 7.4), saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã, por aproximadamente cinco anos, e depois que seu pai faleceu, por uma nova ordem, que se seguiu à anterior, DEUS o trouxe à terra de Canaã. Alguns pensam que Harã se localizava na Caldéia, e seria ainda uma parte da terra de Abrão, ou que Abrão, tendo permanecido ali durante cinco anos, começou a chamá-la de sua terra, a criar raízes ali, até que DEUS o fez saber que este não era o lugar ao qual ele estava destinado. Observe que se DEUS nos ama, e tem misericórdia reservada para nós, Ele não permitirá que aceitemos o nosso descanso antes de chegar a Canaã, mas graciosamente irá repetir os seus chamados, até que a boa obra comece a realizar-se, e as nossas almas repousem em DEUS somente. No chamado propriamente dito nós temos um preceito e uma promessa.
I
Um preceito de teste: “Sai-te da tua terra”, v. 1. Agora:
1. Por este preceito ele foi submetido a uma prova que testava se ele amava a sua terra natal e os seus amigos queridos, ou se poderia, voluntariamente, deixar tudo, para seguir a DEUS. A sua terra tinha se tornado idólatra, a sua parentela e a casa do seu pai eram uma tentação constante para ele, e ele não poderia continuar com eles sem perigo de ser infectado. Portanto: Saia, Saia logo, com toda a velocidade, escapa-te por tua vida. Não olhes para trás de ti, Gn 19.17. Observe que aqueles que estão em situação de pecado devem se interessar por fazer todo o possível para sair dela rapidamente. Sai por ti mesmo (segundo a interpretação de alguns), isto é, para o teu próprio bem. Observe que aqueles que abandonam os seus pecados, e que se voltam a DEUS, ganharão indescritivelmente com a mudança, Provérbios 9.12. Esta ordem que DEUS deu a Abrão é praticamente o mesmo chamado do Evangelho, pelo qual toda a semente espiritual do fiel Abrão é trazida ao concerto com DEUS. Pois: (1) O afeto natural deve abrir caminho à graça divina. A nossa terra nos é querida, os nossos parentes ainda mais queridos, e a casa do nosso pai é o que mais queremos. Mas ainda assim tudo isto deve ser odiado (Lc 14.26). Isto é, nós devemos amar tudo isto menos do que amamos a CRISTO, amar muito menos tudo isto em comparação com Ele, e, sempre que qualquer uma destas coisas ou pessoas vier a competir com Ele, deverá ser rejeitada, e a preferência deverá ser dada à vontade e à honra do Senhor JESUS. (2) O pecado, e todas as oportunidades para que ele ocorra, devem ser abandonados, em particular as más companhias. Nós devemos abandonar todos os ídolos de iniquidade que se instalaram nos nossos corações, e sair do caminho da tentação, arrancando até mesmo um olho direito se nos levar ao pecado (Mt 5.29), voluntariamente separando-nos daquilo que nos é querido, quando não podemos conservá-lo sem prejudicar a nossa integridade. Aqueles que se decidem a observar os mandamentos de DEUS devem abandonar a companhia dos malfeitores, Salmos 119.115; Atos 2.40. (3) O mundo, e todos os nossos prazeres nele, devem ser encarados com uma indiferença e um desprezo sagrados. Nós não devemos mais considerá-lo como a nossa terra, ou a nossa casa, mas como a nossa hospedaria, e, de maneira correspondente, devemos ser indiferentes a ele, e viver acima dele, deixar de querê-lo.
2. Por este preceito ele foi testado, se poderia confiar em DEUS mesmo sem poder vê-lo. Pois precisava deixar a sua própria terra, para ir a uma terra que DEUS iria lhe mostrar. DEUS não diz: “É uma terra que eu te darei”, mas apenas: “uma terra que eu te mostrarei”. Tampouco Ele lhe diz qual era esta terra, nem que tipo de terra era. Mas ele devia seguir a DEUS com uma fé implícita, e aceitar a palavra de DEUS sobre a terra, de maneira geral, embora não tivesse recebido nenhuma garantia especial de que não sairia perdendo ao deixar a sua terra para seguir a DEUS. Observe que aqueles que lidam com DEUS, devem lidar com confiança. Nós devemos substituir todas as coisas que são vistas por coisas que não são vistas, e submeter-nos às aflições deste tempo presente esperando uma glória que ainda há de ser revelada (Rm 8.18). Pois ainda não é manifesto o que havemos de ser (1 Jo 3.2), não mais do que a Abrão, quando DEUS o chamou a uma terra que lhe mostraria, ensinando-o, assim, a viver dependendo constantemente da sua orientação, e com seus olhos voltados para Ele.
II
Aqui está uma promessa encorajadora, ou melhor, uma complicação de promessas, muitas, e excessivamente grandiosas e preciosas. Observe que todos os preceitos de DEUS são acompanhados de promessas aos obedientes. Ele mesmo se dá a conhecer também como aquele que recompensa: se obedecermos à sua ordem, DEUS não deixará de cumprir a promessa. Aqui há seis promessas:
1. “Far-te-ei uma grande nação”. Quando DEUS o tirou do seu próprio povo, prometeu fazer dele a cabeça de outro. Ele o fez deixar de ser o ramo de um zambujeiro, para fazer dele a raiz de uma boa oliveira. Esta promessa foi: (1) Um grande alívio à apreensão de Abrão. Pois ele não tinha filhos. Observe que DEUS sabe como adequar os seus favores às necessidades dos seus filhos. Aquele que tem um emplastro para cada ferida irá fornecer um para aquela que for mais dolorosa. (2) Um grande teste para a fé de Abrão. Pois a sua esposa tinha sido estéril por muito tempo, de modo que, se ele cresse, isto seria contra as esperanças, e a sua fé deveria estar edificada exclusivamente sobre aquele poder, que de pedras pode suscitar filhos a Abraão e fazer deles uma grande nação. Observe que: [1] DEUS faz nações: através dele, nações nascem de uma só vez (Is 66.8), e Ele fala de edificá-las e plantá-las, Jeremias 18.9. E: [2] Se uma nação for grande em riqueza e poder, é DEUS que a faz grande. [3] DEUS pode criar grandes nações a partir de terra seca, e pode fazer com que o menor seja mil.
2. “Abençoar-te-ei”, particularmente com as bênçãos da fertilidade e da multiplicação, como tinha abençoado a Adão e a Noé, ou, de maneira geral: “Eu o abençoarei com todo tipo de bênçãos, tanto as mais elevadas quanto as mais simples. Deixe a casa do seu pai, e lhe darei a bênção de um Pai, melhor do que a dos seus progenitores”. Observe que os crentes obedientes terão certeza de herdar as bênçãos.
3. “Engrandecerei o teu nome”. Ao deixar a sua terra, ele perdeu ali o seu nome. “Não se preocupe com isto”, diz DEUS, “mas confie em mim, e Eu lhe farei um nome maior do que você poderia ter tido ali”. Não tendo filhos, ele temia não ter um nome. Mas DEUS fará dele uma grande nação, e desta maneira, lhe engrandecerá o seu grande nome. Observe que: (1) DEUS é a fonte de honra e dele vem a promoção, 1 Samuel 2.8. (2) O nome dos crentes obedientes certamente será celebrado e engrandecido. O melhor testemunho é aquele que os antigos alcançaram pela fé, Hebreus 11.2.
4. “Tu serás uma bênção”. Isto é: (1) “A sua felicidade será um exemplo de felicidade, de modo que àqueles que quiserem abençoar os seus amigos bastará rogar que DEUS os faça como Abrão”. Como em Rute 4.11. Observe que a maneira como DEUS lida com os crentes é tão gentil e graciosa que não precisamos desejar, nem a nós mesmos, nem aos nossos amigos, melhor tratamento que este: ter a DEUS como nosso amigo é bênção suficiente. (2) “A sua vida será uma bênção aos lugares onde você estiver”. Observe que os bons homens são as bênçãos da sua terra, e o fato de que assim sejam é a sua indescritível honra e felicidade.
5. Eu “abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. Isto criou um tipo de aliança, ofensiva e defensiva, entre DEUS e Abrão. Abrão abraçou sinceramente a causa de DEUS, e aqui DEUS promete se interessar pela dele. (1) Ele promete ser um amigo dos seus amigos, a considerar as gentilezas feitas a Abrão como feitas a Ele mesmo, e a recompensá-las adequadamente. DEUS irá cuidar para que ninguém saia perdedor, no longo caminho, por nenhum serviço feito pelo seu povo. Até mesmo um copo de água fria será recompensado. (2) Ele promete manifestar-se contra os seus inimigos. Estes são aqueles que odiavam e amaldiçoavam o próprio Abrão. Mas, embora as suas maldições infundadas não possam ferir a Abrão, a justa maldição de DEUS certamente os dominará e arruinará, Números 24.9. Esta é uma boa razão pela qual nós devemos abençoar aqueles que nos amaldiçoam, porque é suficiente que DEUS os amaldiçoe, Salmos 38.13-15.
6. “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Esta foi a promessa que coroou todas as demais. Pois ela aponta para o Messias, em quem todas as promessas são cumpridas. Observe que: (1) JESUS CRISTO é a grande bênção do mundo, a maior com que o mundo jamais foi abençoado. Ele é uma bênção familiar, por Ele vem a salvação à casa (Lc 19.9). Quando contarmos as bênçãos da nossa família, devemos colocar CRISTO no imprimis – primeiro lugar, como a bênção das bênçãos. Mas como podem ser todas as famílias da terra abençoadas em CRISTO, quando tantas são estranhas a Ele? Resposta: [1] Todos os que são abençoados, são abençoados nele, Atos 4.12. [2] Todos os que crêem, não importa a qual família pertençam, serão abençoados nele. [3] Alguns de todas as famílias da terra são abençoados nele. [4] Existem algumas bênçãos com as quais todas as famílias da terra são abençoadas em CRISTO. Pois a salvação do Evangelho é a salvação comum, Judas 3. (2) É uma grande honra relacionar-se com CRISTO. O fato de que o Messias seria fruto dos seus lombos engrandeceu o nome de Abrão muito mais do que o fato de que ele seria o pai de muitas nações. Foi uma grande honra para Abrão ser o seu pai, pela natureza, ou seja, ser o patriarca da sua descendência. A nossa será sermos seus irmãos, pela graça, Mateus 12.50.
 
 
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - A Chegada de Abrão a Canaã - Gênesis 12. 4,5
Aqui temos:
I
A saída de Abrão da sua terra, primeiramente de Ur, e posteriormente de Harã, obedecendo ao chamado de DEUS: “Assim, partiu Abrão”. Ele não foi desobediente à visão celestial, mas fez o que lhe foi dito, sem consultar carne ou sangue, Gálatas 1.15,16. A sua obediência foi pronta e imediata, submissa e sem discussões. Pois ele partiu, sem saber para onde ia (Hb 11.8), mas sabendo a quem seguia, e sob cuja orientação partia. Assim DEUS o chamou para o pé de si, Isaías 41.2.
II
A sua idade quando partiu: Abrão tinha “setenta e cinco anos”, uma idade em que ele talvez preferisse descansar e se estabelecer. Mas, se DEUS desejava que ele desse um novo início ao mundo, na sua velhice, ele obedeceria. Aqui está um exemplo de um antigo concerto.
III
O grupo e os bens que Abrão levou consigo.
1. Ele levou consigo “a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão. Não pela força, e contra as suas vontades, mas pela persuasão. Sarai, sua mulher, certamente iria com ele. DEUS os tinha unido, e nada poderia separá-los. Se Abrão deixasse tudo, para seguir a DEUS, Sarai deixaria tudo, para seguir a Abrão, embora nenhum deles soubesse para onde iam. E foi uma misericórdia para Abrão ter tal companheira nas suas viagens, uma adjutora para ele. Observe que é muito consolador quando marido e mulher concordam em percorrer juntos o caminho para o céu. Também Ló, seu parente, foi influenciado pelo bom exemplo de Abrão, que talvez fosse seu protetor, depois da morte do seu pai, e desejou acompanhá-lo também. Observe que aqueles que vão a Canaã não precisam ir sozinhos. Pois embora poucos encontrem a porta estreita, bendito seja DEUS, alguns a encontram. E sábio ir com aqueles com quem DEUS está (Zc 8.23), para onde quer que eles vão.
2. Eles levaram consigo “toda a sua fazenda – todos os seus bens móveis – que haviam adquirido”. Pois: (1) No seu íntimo, eles deixaram tudo o que tinham, para estar à disposição de DEUS, não retiveram nenhuma parte do preço, mas dedicaram tudo ao Senhor, sabendo que esta seria a melhor atitude. (2) Eles se abasteceram com o que era necessário, tanto para o serviço de DEUS quanto para o suprimento de sua família, na terra à qual se dirigiam. Ter jogado fora o seu sustento, porque DEUS tinha prometido abençoá-lo, teria sido tentar a DEUS, não confiar nele. (3) Eles não desejavam ter nenhuma tentação de voltar. Por isto não deixaram nem uma unha para trás, para que isto não os fizesse pensar na terra da qual saíam.
3. Eles levaram consigo as almas que tinham conseguido, isto é: (1) Os servos que tinham comprado, que eram parte da sua fazenda – são chamados de almas, para lembrar aos senhores que os seus pobres servos têm almas, almas preciosas, das quais eles devem cuidar e às quais devem providenciar o alimento necessário e conveniente. (2) Os prosélitos que tinham feito, e persuadido a adorar ao DEUS verdadeiro, e a ir com eles a Canaã: as almas que (como um dos rabinos assim o expressa) tinham ajuntado debaixo das asas da Majestade divina. Observe que aqueles que servem e seguem a CRISTO devem fazer tudo o que puderem para trazer outros para servi-lo e segui-lo também. Aqui está escrito que estas almas se lhes haviam sido acrescidas. Nós devemos nos considerar verdadeiros ganhadores se pudermos, simplesmente, ganhar almas para CRISTO.
IV
Aqui está a sua feliz chegada ao final da sua jornada: “Vieram à terra de Canaã”. Assim tinham feito antes (Gn 11.31), porém sem chegar ao final da jornada, mas agora prosseguiram no seu caminho, e, pela boa mão do seu DEUS com eles, chegaram à terra de Canaã, onde, por uma nova revelação, souberam que esta era a terra que DEUS tinha prometido mostrar-lhes. Não ficaram desencorajados pelas dificuldades que encontraram no seu caminho, nem se desviaram pelos deleites que encontraram, mas prosseguiram. Observe que: 1. Aqueles que saem rumo ao céu devem perseverar até o fim, procurando sempre alcançar as coisas que estão à frente. 2. Aquilo que fizermos em obediência às ordens de DEUS, e acompanhando humildemente a sua providência, certamente será bem-sucedido, e nos trará, por fim, muitos consolos.
 
 
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
 
Comentário Bíblico Wesleyana
A HISTÓRIA DO POVO ESCOLHIDO ( Gen. 12: 1-50: 26 )
A. A História de Abraão ( 12: 23/01: 20 )
1. Chamado de Abrão ( 12: 1-20 )
1. A Primeira e Segunda 
Promessas - Bênção e Terra ( 12: 1-9 )
1  Agora o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei: 2  e eu farei de ti uma grande nação, e te abençoarei , e fazer o teu nome; e tu serás uma bênção: 3  e eu os abençoarei os que te abençoarem, e ele que amaldiçoa te hei de amaldiçoar; e em ti todas as famílias da terra serão abençoadas. 4  Abrão partiu, como o Senhor lhe dissera; e Ló foi com ele; e Abrão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Haran. 5  Abrão levou Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que tinham em Harã; e eles saíram para ir à terra de Canaã; e para a terra de Canaã vieram. 6  E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até o carvalho de Moré. E estavam então os cananeus na terra. 7  E o Senhor apareceu a Abrão, e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera 8  E partiu dali até o monte ao oriente de Betel, e armou a sua tenda, ficando-lhe Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor. 9  E Abrão o seu caminho, seguindo ainda para o sul.
Capítulo 11 já nos apresentou a Abrão, seu pai e irmãos, sua esposa Sarai, seu sobrinho Ló, sua terra natal, Ur dos Caldeus, e sua casa mais tarde em Haran. Capítulo 11 também sugere que o chamado de Abraão pelo Senhor começou em Ur, pois diz que quando a família saiu de lá, esta dica é confirmada em "saíram ... para ir para a terra de Canaã." Atos 7: 2- 8 , onde Estevão declara que as palavras de Gênesis 12: 1 foram ditas em Ur, e que Abrão completou a sua obediência a elas após a morte de Tera.
Os métodos pelos quais DEUS chamou Abrão não são especificados. Seu pai, e, aparentemente, todos da família, eram idólatras ( Josh. 24: 2 ). Ambos Ur e Haran eram fortes centros de lua-adoração. Talvez através da morte do irmão de Abrão ( 11:28 ), a família tomou conhecimento da pobreza espiritual da cultura material rico em torno deles, e Abrão especificamente ouviu o chamado de DEUS para uma peregrinação de fé, uma aventura espiritual da mais alta ordem.
O chamado de DEUS começou com um comando para uma separação três vezes de tudo Abrão tinha conhecido e amado: (1) da tua terra , (2) da tua parentela , (3) da casa de teu pai . Os antigos relacionamentos e anexos eram muito fortes, muito sensatamente real para Abram para retê-los e, ao mesmo tempo, desenvolver a capacidade de receber a mensagem de DEUS. Foi só quando DEUS chamou-o para além de si mesmo, fez dele depende somente n'Ele para a comunhão, orientação, conforto e força, para que Ele seria capaz de fazer dele o homem que ele precisava.
Abrão não só foi convidado a abandonar a vida familiar e confiável que ele tinha conhecido, mas também para atingir um objetivo estranho e invisível: para a terra que eu te mostrar . Este foi semelhante à compra de um bilhete de viagem sem saber o destino! Ele realmente "saiu, sem saber para onde ia" ( Heb. 11: 8 ). Este chamado para a fé que faria justiça ao santo mais maduro da era cristã.
Mas, para tudo o que DEUS exigiu de Abraão, Ele dedicou a maior parte de suas palavras às promessas, como o que Ele faria por Abrão. A promessa é sete vezes: (1) Eu farei de ti uma grande nação . Essa promessa foi repetida muitas vezes a Abrão. Ele tem um significado especial, já que o autor do Gênesis já sublinhou o fato de que sua esposa não tinha filhos ( 11:30 ). (2) Eu te abençoarei . Esta não foi simplesmente para ser um desejando isolado de bom sobre Abrão, mas a constante atribuição, ao longo da vida de boa sobre ele, a prosperidade de tudo que ele fez em obediência a DEUS. (3) E fazer o teu nome . Em 11: 4 , os homens que estavam propondo a construção da torre de Babel tinham manifestado a sua vontade como o de tornar-se um nome. Mais uma vez DEUS demonstra que tal não pode ser alcançado por meio da capacidade humana, nem poder, mas apenas como o Senhor escolhe e cessionários. Esta profecia foi gloriosamente cumprida, uma vez que três dos maiores seguidores da terra religiosos (judeus, cristãos, muçulmanos) parecem todos a Abrão como um de seus grandes homens. (4) E tu serás uma bênção . Esta cláusula aparece de forma completamente diferente, e não simplesmente prevendo que tal deve ser o caso, mas comandando Abrão para torná-lo assim. Ele não é apenas para ser abençoado e para ser o meio de bênção, mas ele é de procurar ativamente para ser uma bênção. (5) Abençoarei os que te abençoarem . DEUS se identifica de forma única com Abrão, na medida em que as bênçãos de DEUS sobre os outros dependerá sua atitude para com Abrão. (6) E o que amaldiçoa te hei de amaldiçoar . O grau de identificação é intensificado, para aquele que se opõe a Abrão vai encontrar DEUS em oposição a ele. Mas as palavras de DEUS indicam que muitos ( deles ) vai procurar abençoar Abrão, enquanto apenas alguns ( ele ) se atrevem a amaldiçoá-lo. (7) E em ti todas as famílias da terra serão abençoadas . Esta é a cláusula chave de toda a chamada e promessa. Ele revela verdadeiro propósito de DEUS para Abrão e aguça a primeira promessa fraco do Messias fez a Adão e Eva no jardim. Ela nos ajuda a relacionar palavras e atos envolvidas neste chamado de DEUS e as suas consequências para tudo o que DEUS tinha dito e feito anteriormente.
Em Gênesis 1-11 , é evidente que estamos lendo a história universal. Há um certo estreitamento de interesse, uma determinada marcação de pessoas divinamente selecionados para particulares responsabilidades. Mas o cenário para o drama é sempre o mundo inteiro do homem. Mas a partir do que já lemos no capítulo 12 , e que vamos continuar a ler todo o Antigo Testamento e parte da Nova, afigura-se que a fase de maior está abandonado e que DEUS agora vai concentrar sua atenção em um pequeno e desprezado da raça humana.
Um exame mais detalhado, no entanto, revela que não há nenhuma mudança no propósito divino em Gênesis 12 . DEUS fez o homem como obra-prima de Sua atividade criadora e para a comunhão com Ele. Nos capítulos 1-11 , o homem se rebelou em cada turno contra o propósito de DEUS, até que ele perdeu seu direito de comunhão com DEUS e sua capacidade de unir-se com seus companheiros em qualquer empreendimento com1. A decisão mais recente de DEUS sobre as ambições extravio do homem (a confusão das línguas em Babel) rendeu pouco promissor e impraticável qualquer nova tentativa de lidar com ele como um todo. Então DEUS deu um novo e importante passo no cumprimento de seu propósito, um passo que é fundamental para a compreensão de todo o Antigo Testamento e, de fato, para a compreensão da Bíblia como um todo. Ele escolheu um homem, e por meio dele um povo, a quem ele pretendia revelar, entre os quais ele planejava fazer grandes feitos, e por meio de quem Ele pretendia ganhar toda a raça para Si mesmo, mais uma vez. A eleição deste homem e este povo não quer dizer que todos da atividade redentora de DEUS foi passar a ser limitado a eles, nem que suas misericórdias e bênçãos se limitassem apenas a eles. DEUS não abandonou a humanidade como um todo. Ele ainda desejada comunhão com toda a família humana. Ele ainda a intenção de resgatar toda a humanidade. Ele, porém, foi a introdução de uma nova etapa na que a redenção. Blauw afirma:
A chamada de Abraão, a história de Israel, que começa nesse ponto, é o início da restauração da unidade perdida do homem e da comunhão quebrada com DEUS. ... Torna-se claro que toda a história de Israel não é senão a continuação do relacionamento de DEUS com as nações, e que, portanto, a história de Israel é apenas para ser entendido a partir do problema não resolvido da relação de DEUS para as nações .
Assim, a eleição de Abrão é vista não ser um de privilégio, mas uma responsabilidade. Tal tem sido verdade de seus descendentes naturais, o povo de Israel, e os seus descendentes espirituais, a Igreja de JESUS CRISTO.
Abrão obedeceu a ordem de DEUS. Levou consigo Sarai, seu sobrinho Ló (o filho de seu tio morto Haran), e todos aqueles que tinham sido adicionado ao seu agregado familiar em Haran (aparentemente servos). O primeiro ponto de parada foi Siquém ao carvalho de Moré , ou como é mais traduzido, o "carvalho (uma grande árvore verde da Palestina) do professor" ou "homem sábio". Entre os povos pagãos que habitavam a terra antes da vinda de Israel séculos mais tarde, a árvore de carvalho foi muitas vezes vista como sagrado. Parece neste lugar ter sido associado a alguma pessoa que procurou dar orientação para aqueles que vieram a ele. Esta árvore particular deve ter sido notável, para ele (ou seus sucessores) aparece novamente, muitos anos depois ( Gen. 35: 4; . Josh 24:26 ; . Jz 9: 6 ). A terra já era habitada pelos cananeus, mas o Senhor deu a Abrão uma segunda promessa, identificando esta terra, como o objetivo de sua peregrinação, e prometendo a seus descendentes. Abrão respondeu através da construção de um altar, uma prática que ele repetiu em quase todas as escalas. Em seguida, ele continuou sua jornada em direção ao sul, passando por estágios em direção ao Sul , ou o "Negeb" como a parte sul do país é chamado.
b. O Primeiro-Presunção Egito ( 12: 10-20 )
10  E houve uma fome na terra; e desceu Abrão ao Egito, para peregrinar ali; para a fome prevalecia na terra. 11  E domar a passar, quando ele estava prestes a entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, eu sei que és mulher formosa à vista: 12  e ele vai vir a passar, quando os egípcios a te ver, que eles vão dizer: Esta é sua mulher, e eles vão me matar, mas a ti te guardarão em vida. 13  Dize, peço-te, que és minha irmã; que pode ser bem comigo por tua causa, e que minha alma possa viver por causa de ti. 14 E aconteceu que, entrando Abrão no Egito viram os egípcios a mulher, que era muito justo. 15  E o príncipes de Faraó a viram, e elogiou-a a Faraó, e a mulher foi levada para a casa de Faraó. 16  E ele tratou bem a Abrão por causa dela; e ele teve ovelhas, e bois, e os jumentos, e servos, e servas, e jumentas, e camelos. 17  E o Senhor a Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão. 18  Então chamou Faraó a Abrão, e disse: Que é isto que fizeste comigo? por que fizeste não me disseste que ela era tua mulher? 19  Por que disseste: É minha irmã, para que eu a levei para ser minha esposa? Agora, eis a tua mulher, toma-a e vai-te. 20  E Faraó deu homens acusá-lo a respeito; e trouxeram-lhe no caminho, e sua esposa, e tudo o que ele tinha.
Ato de fé em aceitar o chamado divino de Abrão prometia muito para o novo método de lidar com o homem de DEUS. Mas o escritor bíblico escrupulosamente honestos segue esta imagem brilhante de Abrão com um que lhe mostra a ser atormentado pela mesma tendência para o mal como seus antepassados. A fome desenvolvido, e desceu Abrão ao Egito, onde as águas do Nilo, dispersos por meio de canais de irrigação, de forma consistente que a terra protegida da escassez de alimentos (cf. 26: 1-2 ; 41:54 ). Mas ao entrar nesta terra, muito mais estranha a Abrão em seu povo, leis e costumes do que Canaã tinha sido, ele tornou-se temeroso de que os poderosos egípcios devem matá-lo, a fim de aproveitar sua bela esposa. Seus temores tinham boas razões, para um documento antigo papiro revela que um dos Faraós fez trazer uma mulher bonita para a sua corte e assassinou seu marido. Mas, em vez de buscar a orientação do Senhor, ou simplesmente confiar nEle para a proteção, Abram inventou seus próprios meios de satisfazer esta emergência. Ele propôs que Sarai passar-se fora como sua irmã (ela era sua meia-irmã, Gen. 20:12 ). A implicação chocante, mas simples é que Abrão estava disposto a arriscar a honra de sua esposa para salvar sua própria vida. A coisa toda poderia ter terminado em catástrofe. Para Faraó tomou Sarai para seu harém e deu ricos presentes a Abrão, seu suposto irmão. Mas antes que danos irreparáveis ​​foi feito, DEUS interveio. Ele atormentado casa de Faraó, de alguma forma não especificada, e de alguma forma trouxe Faraó para entender sua própria perigo e da decepção de Abrão. Faraó, o monarca orgulhoso de um linha nomeadamente opõe a DEUS, chamado antes dele Abrão, o suposto representante de DEUS, e deu-lhe uma repreensão severa por sua covardia e do pecado. Ele foi autorizado a manter a sua maior riqueza, mas ele foi imediatamente banido da terra. Abram na sua presunção havia ameaçado todo o processo redentor de DEUS, mas DEUS havia vencido sua transgressão e manteve viva a sua própria finalidade. Observações Von Rad:
É preciso lembrar que não compromete o passado tudo o que o Senhor [Jeová] havia prometido fazer de Abraão. Mas o Senhor não permite que ele aborte logo no início; ele vem resgatá-lo e preservá-lo para além de qualquer falha humana.
 
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))


 
Comentário - NVI (F. F. Bruce)
II. OS PRIMÓRDIOS DE ISRAEL (12.1—50.26)
1) Abraão (12.1—25.18)
a) Chegada em Canaã (12.1-20) Embora Abrão tenha sido mencionado nos últimos versículos do cap. 11, não há dúvidas de que o cap. 12 começa uma nova grande seção em Gênesis. E agora que o leitor começa a conhecer o caráter e a personalidade de Abrão, à medida que ele se reveste de carne e sangue; é agora que finalmente a Palestina entra nessa história; e é agora que alguns dos grandes temas teológicos começam a se revelar claramente: a terra prometida, o povo prometido e a resposta da fé. Há um olhar para o futuro que marca toda a narrativa; não somente ocorre que eventos posteriores lancem suas sombras adiante deles, mas há também uma dimensão mais profunda e mais espiritual (cf. Hb 11.8-16).
Abrão foi apresentado ao leitor no cap. 11 como alguém que não tinha descendentes e que residia em Harã, a muitos quilômetros ao norte da Palestina. Tudo isso iria mudar, mas não por acidente ou coincidência; ao contrário, como resultado dos planos do Senhor e da pronta obediência do patriarca. O chamado e as promessas constituem a eleição de DEUS, embora esse termo não seja empregado; coube à soberana e imprevisível escolha de DEUS destacar Abrão como o receptor da mensagem contida nos v. 2,3. A promessa diz pouco sobre a terra, que ele mesmo logo avistaria; mas o grande povo estava muito distante no futuro, e de fato ainda não havia sinal algum de um herdeiro. Abrão e a sua descendência vão desfrutar também de grande fama; esse nome dado por DEUS é contrastante com a fama que os homens buscavam em Babel (11.4). Nesse contexto, é provável que a última frase do v. 2 signifique que o nome de Abrão “será usado em bênçãos” (NEB) e que o v. 3 termine com a afirmação: por seu intermédio todas as famílias da terra irão se abençoar. O último verbo hebraico é ambíguo, e a LXX entendeu que significava “serão abençoadas”; é a LXX que é citada em At 3.25 e G1 3.8. De qualquer forma, a bênção final para toda a humanidade, mesmo que não declarada, está subentendida.
v. 4-9. A família escolhida chegou à terra prometida — a terra de Canaã (v. 5), como seria conhecida por muitos séculos ainda. A família podia ser considerada um clã (cf. 14.14), mas a atenção se volta para Abrão e os outros dois indivíduos que são proeminentes na história. A terra de forma nenhuma estava vazia, como reconhece a observação do v. 6, embora houvesse muito lugar para os recém-chegados. Além disso, havia muitos cidades e santuários, dos quais Siquém (v. 6) e Betei (v. 8) tinham significado especial. Não seriam menos importantes para Israel em anos posteriores, e vemos Abrão reivindicando-os simbolicamente para o Senhor, o DEUS de Israel. No entanto, foi o extremo sul do país, a região do Neguebe, o mais interessante para os patriarcas em virtude de seus rebanhos e manadas.
A idade de Abrão a essa altura é de setenta e cinco anos (v. 4). Kidner chama atenção para o fato de que a expectativa de vida dos patriarcas era em torno do dobro do padrão atual; levando em conta essa informação, podemos ter uma ideia melhor da idade, do vigor físico ou da beleza sugeridos em vários pontos da narrativa.
v. 10-20. Essa é a primeira de três narrativas muito semelhantes (v. cap. 20; e cf. 26.6
11). E importante tentar entender a função de cada uma no seu próprio contexto. Existe ironia dramática nesse capítulo; Abrão acaba de chegar à terra da promessa e já é obrigado a sair dela em virtude de circunstâncias naturais! Não há menção alguma de falta de fé ou mentira por parte dele. O que se conclui simplesmente é que ele estava à mercê dos eventos, das circunstâncias e de forças políticas que fugiam do seu controle; somente o Senhor (v. 17) poderia resgatá-lo de circunstâncias adversas. Foi ensinada aqui uma lição importante aos descendentes de Abrão, que por demasiadas vezes foram tentados ao orgulho e autossuficiência (cf. Jz 7.2).
 
 
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
 
 

EBD – Lição 08: Gênesis 12 e 13 – Abraão, o Pai da Fé | 1° Trimestre De 2022 | Pecc

 

OBJETIVOS

• Mostrar o valor da fé.
• Refletir sobre as promessas de Deus.
• Avaliar nossa caminhada com Deus.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Gênesis 12 e 13 há 20 e 18 versos, respectivamente. Sugerimos come­çar a aula lendo, com todos os pre­sentes, Gênesis 12.1-20 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Professor(a) querido(a), hoje veremos o projeto de redenção to­mar forma. Deus escolheu um ho­mem para povoar uma terra escolhida e gerar a descendência da qual nasceria o Messias – glória a Deus! – por isso é que através dele todas as nações foram abençoadas. Abraão creu e obedeceu de maneira incon­dicional, estabelecendo um relacio­namento com Deus como Adão não foi capaz de fazer. Mesmo vivendo em meio a cultos idólatras, Abraão testemunhou a fé em Yaweh. Mesmo quando errou, tornou à vontade de Deus dando provas de seu amadu­recimento como crente. Esta lição nos mostra a certeza de que o pro­jeto que Deus começou com Abraão se confirmou em Jesus e por Ele será concluído.

 

PARA COMEÇAR A AULA

Professor(a), comece destacando as consequências da fé. Tome Abraão como modelo, pois ele creu nas palavras de promessa que Deus lhe fez e, pela fé, passou a agir. Ele peregrinou, separou-se do sobrinho, gerou descendentes que encheram a terra e não hesitou, mesmo quando lhe foi requisitado o próprio filho em sa­crifício. Mostre que a fé tem uma dimensão prática, ou seja, que o crente precisa realizar serviço em prol do Reino. Todos os que creem são ativos, são bênçãos no mundo, como Abraão.

 

LEITURA ADICIONAL

Deus escolheu Abraão e separou-o dentre os seus congêneres idóla­tras, a fim de reservar um povo para si mesmo, entre o qual se mantivesse a verdadeira adoração até a vinda de Cristo. […] Ele foi provado em seu amor ao Senhor acima de tudo, para saber se era capaz de deixar tudo para seguir a Deus. Os seus parentes e a casa de seu pai eram uma constante tentação para ele; não podia continuar entre eles, sem correr o risco de ser por eles contaminado. Os que deixam os seus pecados e voltam-se a Deus, terão, por esta mudança, uma recompensa indescritível. A ordem que Deus deu a Abraão é em grande medida igual à chamada do Evange­lho, porque os afetos naturais devem dar lugar à graça divina. O pecado e todas as suas oportunidades devem ser abandonados, assim como as más companhias, em particular. […] Todos os preceitos de Deus são acompa­nhados de promessas para os que são obedientes:
Primeira: “E far-te-ei uma grande nação”. Quando Deus tirou Abraão do meio de sua parentela, prometeu fazer-lhe líder de um outro povo;
Segunda: “Abençoar-te-ei”. Os crentes obedientes estarão seguros de herdar a bênção;
Terceira: “Engrandecerei o teu nome”. O nome de cada crente obe­diente será certamente engrandecido;
Quarta: “E tu serás uma bênção”. Os homens bons são bênçãos para os seus países;
Quinta: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. Deus se encarregará de que ninguém perca por qualquer serviço ou benefício proporcionado ao seu povo;
Sexta: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Jesus Cristo é a grande bênção para o mundo, a maior que o mundo já possuiu em todos os tempos.

Livro: Comentário bíblico de Matthew Henry (4° ed – Rio de Janeiro, CPAD, 2004, págs. 44-45). 

 

TEXTO ÁUREO

“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.” Gn 12.1

 

LEITURA BÍBLICA PARA ESTUDO

Gênesis 12.1-20

 

VERDADE PRÁTICA

A fé de Abraão resultou numa jornada que mudou a história do mundo.

 

INTRODUÇÃO
I- SEU CHAMADO Gn 12.1-4
1- Rompendo com o passado Gn 12.1
2– Um futuro desconhecido Gn 12.1
3– Uma caminhada de fé Gn 12.4
II- AS PROMESSAS Gn 12.2
1– Uma grande nação Gn 12.2a
2- Um grande nome Gn 12.2b
3– Uma grande bênção Gn 12.2c
III- SEU LEGADO Gn 12.7-13.9
1– Levantador de altares Gn 12.7
2– Imperfeito Gn 12.13
3– Desapegado Gn 13.9
APLICAÇÃO PESSOAL

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Gn 12.3
Terça – Gn 12.17
Quarta – Gn 13.8
Quinta – Gn 13.13
Sexta – Gn 13.15
Sábado – Gn 13.16

 

Hinos da Harpa: 84-459

 

INTRODUÇÃO

Chegamos à segunda divisão do livro de Gênesis. Do capítulo 12 até o 36, veremos a história da sal­vação começando a se concretizar historicamente com a chamada de Abraão. Como a história de um homem que viveu há 4.000 anos pode impactar a nossa vida hoje?

 

I- SEU CHAMADO (Gn 12.1-4)

Do mesmo modo como a pri­meira parte de Gênesis se inicia com Deus falando (e criando), agora Ele fala novamente, desta vez comissio­nando. Não há novo começo, não há coisa nova se Deus não falar.

1- Rompendo com o passado (Gn 12.1) “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.”

O chamado de Abraão começa com um convite ao rompimento e à mudança. Ele deveria deixar as velhas estruturas e partir para o novo de Deus. Aos 75 anos, tendo vivido quase a metade da sua vida (ele morre aos 175 anos conforme Gênesis 25.7), Abraão é convidado a um novo começo. Estaria ele disposto? Aceitaria ele tão grande desafio numa idade tardia? Aprendemos aqui que não existe idade ou tempo ideal para Deus nos usar em Suas mãos. A agenda de Abraão, diferente de muitos, estava disponível para Deus. Aceitar o chamado divino im­plica reavaliar nossa vida, rever va­lores e cancelar muita coisa. Muitos não se sujeitam a mudanças, sobre­tudo depois de uma certa idade, até porque em toda mudança há perdas e dores, e nós não queremos isso. Samuel Chang estava certo quando disse: “Não há crescimento sem mudanças, não há mudança sem perdas, e não há perdas sem dores”. Nesse sentido, Abraão é uma figura do chamado para a salvação, como encontramos em 2 Coríntios 5.17. Todos que Deus chama precisam abandonar algo e romper com o antes. Ninguém avança para o ama­nhã sem deixar o ontem. Muitos não avançam porque estão algemados ao passado. Um último ensinamento aqui é que, à semelhança de Abraão, tam­bém somos de outra terra. Estamos em trânsito. Por isso as Escrituras nos chamam de “peregrinos” (1 Pe 2.11).

2- Um futuro desconhecido (Gn 12.1) “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.”

Você sairia da sua terra natal, do meio de familiares e obedeceria a um chamado sem saber nem mes­mo qual seria o destino? Abraão fez isso. Não tinha mapa com seu pon­to final, apenas a confiança no seu Deus. Mas quando nosso destino depende mais de Deus do que de nós mesmos, então estamos em boas mãos. Deus nunca chama ninguém para um projeto falido. Abraão não sabia pra onde ia, mas sabia que iria pra um lugar melhor pois quem o chamara fora Deus, cujos planos são sempre superiores aos nossos. Num certo sentido, todos esta­mos caminhando para um futuro ainda não conhecido. A diferença é quem confia em Deus não teme o que virá, pois sabe que Deus já está lá no amanhã à nossa espera. Como isso é confortável. Em termos sim­ples podemos afirmar que Abraão não sabia para onde estava indo, mas sabia com quem estava indo, e isso lhe bastava.

3- Uma caminhada de Fé (Gn 12.4) “Partiu, pois, Abrão, como lhe ordenara o Senhor, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã.”

O chamado de Abraão se deu em Ur (At 2-4). Após isso, viria a segun­da ordem. Quais as garantias que Abraão tinha? Em termos humanos, nenhuma. Não houve assinatura de contrato nem confecção de atas. Isso é fé. Deus falou e Abraão pôs o pé na estrada. Agimos pela fé quan­do aquilo que Deus fala é suficiente; quando cremos na Sua Palavra e no Seu caráter, sabendo que Ele não volta atrás e nem reformula o que já disse. Tanto a história da redenção como a história da criação come­çam da mesma maneira: com Deus falando. Deus é o agente de ambas. Abraão foi um homem de fé e os que são da fé são chamados seus filhos e seus herdeiros. Deus não mudou Seus métodos. Quer caminhar com Ele? O único modo é pela fé. As Escri­turas são claras em nos dizer que o verdadeiro filho de Deus não é aquele que tem o sangue de Abraão nas veias, mas o que tem a fé de Abraão no coração, pois a salvação não se ba­seia nas obras que fazemos, mas na obra que Deus fez por nós em Cristo (G13.9,29). Simples assim!

 

II- AS PROMESSAS (Gn 12 2)

Abraão sai de Ur dos caldeus parando por algum motivo em Harã e lá ficando até a morte do seu pai. Ao renovar o chamado, Deus lhe faz sete promessas. Aqui, seguindo nos­so esboço, veremos apenas aquelas que julgamos as mais importantes.

1- Uma grande nação (Gn 12.2a) “De ti farei uma grande nação…”

A promessa de uma descendência a partir de Abraão vai de encon­tro ao fato declarado anteriormen­te, em Gênesis 11.30, de que Sarai era estéril. Ou seja, Não havia como ele gerar uma nação a partir de sua esposa, senão pela intervenção di­reta de Deus. Em 13.15-18 Deus confirma a promessa dizendo que sua descendência seria como o pó da terra, de tão numerosa. A palavra hebraica usada para nação é goy, um conceito político, implicando em uma base territorial. A promes­sa não era ter um povo ou uma parentela somente. Uma nação sairia dele e Deus nunca brinca com Suas promessas.

2- Uni grande nome (Gn 12.2b) “…E te engrandecerei o nome…”

No Antigo Testamento, o nome estava associado à pessoa ou à sua personalidade. Quem era esse des­conhecido arameu? Um homem simples de quem nada saberíamos se não fosse a graça de Deus na sua vida. Seu nome, Abrão, no hebraico, significa “pai elevado”. Comumente o chamado de Deus vem acompa­nhado de promessas. Não somos chamados para a desgraça ou para a mediocridade. Muitos têm medo de que sua vida piore se obedecerem ao chamado de Deus, mas o que ocorre é o contrário. Quando obedecemos a Deus, nossa vida ganha uma dimen­são jamais sonhada ou possível, não fosse a Sua obra em nós. À medida que vamos lendo e conhecendo a biografia de Abraão, somos forçados a concordar com o consenso teológico segundo o qual, depois de Jesus Cristo, Abraão é, provavelmente, o personagem mais importante da Bíblia. Seu nome é citado 347 vezes nas Es­crituras.

Hoje, ele é considerado o pai das três maiores religiões do mundo (cristianismo, islamismo e judaísmo) e mais de três bilhões de pessoas pelo mundo associam, de alguma maneira, seu nome a Abraão. Lembremos que no capí­tulo anterior, no episódio de Ba­bel, uma das motivações era ter essa é uma referência ao fato de que dele viria o descendente cujo sacrifício salvaria todos os que nele cressem. Logo, a promessa se cumpriria em sua plenitude, não em um Israel étnico, mas em Jesus e Sua Igreja (G1 3.7,16). Abraão não tinha condições de absorver e entender tudo isso naquele momento, o que ressalta ainda mais o fato de que ele foi um homem que caminhou pela fé desde o momento em que foi cha­mado por Deus.

 

III- SEU LEGADO (Gn 12.7-13.9)

Os personagens bíblicos são fi­guras arquetípicas (que possuem características comuns aos outros). Eles são “eles e nós” ao mesmo tempo. Podemos nos ver neles e assim melhorarmos, avaliando seus erros e acertos.

1- Levantador de altares (Gn 12.7) “Apareceu o Senhor a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um al­tar ao Senhor, que lhe aparecera.”

Abraão tem duas marcas cons­tantes na sua jornada de fé: altares e tendas. Para ele, tendas, algo pe­recível; para Deus, altares, algo per­manente. Altar é lugar de sacrifício, símbolo de adoração e consagração. Isso mostra que Abraão era um ado­rador autêntico. Sua vida foi cheia de altares. A nossa está cheia do quê? Abraão deixava as marcas da sua fé por onde andava. Nós fazemos isso também? As pessoas com quem con­vivemos sabem que somos crentes? Em Canaã havia divindades va­riadas como Baal, Milcom, Astarote, Moloque etc. No meio de todo esse paganismo, Abraão adorava o Deus único e verdadeiro.

2- Imperfeito (Gn 12.13) “Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida.”

Embora Abraão tenha sido um homem de reconhecidas qualidades morais, ele também cometeu sérias faltas. Os homens de Deus do pas­sado não foram perfeitos como muitas vezes poderíamos presumir ao achar que, considerando nossas falhas, nunca poderemos ser usados por Deus como eles um dia o foram. W. Wiersbe diz que Abraão deu qua­tro passos errados numa eviden­te crise de fé:
a) deixou de confiar para tramar;
b) deixou de confiar e começou a temer;
c) deixou de se preocupar com a esposa e passou a preocupar-se mais consigo mesmo;
d) deixou de ser bênção e passou a ser fonte de julgamento (12.17).

Fica claro na leitura do texto que ele não deveria ter descido ao Egito. Durante esse tempo, ele não levan­ta altares, sai de lá envergonhado e ainda leva consigo a semente de um futuro problema: Agar, a escrava egípcia. Agir sem consultar a Deus é um desastre. Graças a Deus que Abraão volta ao caminho (13.1). O conceito bíblico de santidade não significa perfeição. A ideia de que o verdadeiro cristão deve alcançar impecabilidade aqui na Terra tem causado diversos males em algumas denominações cristãs. Isso não sig­nifica “passar pano” ou incentivar o pecado, mas reconhecer que santifi­cação é um processo que só terá sua conclusão final no arrebatamento. Como disse alguém: ‘Vida cristã vito­riosa nada mais é do que uma série de recomeços.”

3- Desapegado (Gn 13.9) “Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direi­ta, irei para a esquerda.”

Desprendimento e desapego não é algo comum ao homem natural. A tendência do ser humano é juntar e acumular mais e mais para si, fazendo prevalecer seus desejos. Abraão demonstra uma grandeza de caráter que devemos imitar. Como líder do clã, ele ti­nha o direito de escolher, e a Ló cabia obedecer. No entanto, ele coloca a terra diante do seu sobrinho e o deixa escolher. Abraão ficaria com o outro lado. Não impõe seus direitos insistindo por um lugar determinado, mas dei­xou Ló escolher primeiro e ficou com a sobra. Qualquer que fosse a decisão de Ló, Abraão demons­trara não estar preocupado com o futuro, pois sabia que tudo estava nas mãos de Deus. Em vez de exi­gir ser servido, ele opta por ser­vir. Que grande exemplo!

 

APLICAÇÃO PESSOAL

O único jeito de vivermos neste mundo e chegarmos à nossa Canaã, assim como Abraão, é pela fé. Por isso, as Escrituras dizem que os que são da fé são filhos de Abraão. Você tem andado nas pegadas de Abraão, o pai da fé?

 

RESPONDA

Marque C para certo e E para errado nas afirmativas abaixo:
1) [C] A caminhada de Abraão foi pela fé, pois ele saiu sem saber seu destino.
2) [C] Deus, ao chamar Abraão, faz-lhe várias promessas.
3) [E] A descida de Abraão ao Egito foi muito proveitosa e edificante.

 

)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
 
 
COMENTÁRIO MESQUITA ( AT )
Abraão e a Saída de Ur dos Caldeus - capítulo 12:1-3

O verso 27 do capítulo 11 de Gênesis dá as gerações de Terá, pai de Abraão, e os versos seguintes dão a morte de Arã em Ur e os casamentos de Naor e Abraão. O verso 31 dá a saída de Terá de Ur dos Caldeus, juntamente com toda a sua família, para a terra de Canaã, mas, por qualquer razão a nós desconhecida, para em Harã, onde Terá morreu. O capítulo 12 dá pormenorizadamente a chamada de Abraão, com todas as promessas referentes à nova posição que ia assumir ao entrar em relação com Jeová. A dificuldade a resolver aqui é se esta chamada do capítulo 12 se relaciona com a saída de Ur, conforme os últimos versos do capítulo 11, ou se foi outra chamada que Abraão recebeu em Harã. Há advogados para ambas as interpretações. Em todas as referências, a Bíblia dá a saída de Abraão de Ur dos Caldeus, e não de outra parte. Neemias 9:7 refere-se à saída de Ur e no capítulo 15:7,8 de Gênesis DEUS declara ter tirado Abraão de Ur dos Caldeus. Por outro lado, o chamado a que se referem estas passagens pode ser tanto o de Ur como o de Harã ou ambos, porque a saída da terra pátria foi uma só, e o propósito desta saída um só também. Imagina-se que Terá saísse de Ur com toda a família depois de Abraão ter sido chamado e, depois de uma longa viagem, parassem em Harã para descansar e, como a terra fosse boa para os gados, ali permanecessem por muito tempo (como realmente permaneceram, porque o verso 31 do capítulo 11 diz que "ali habitaram"), de modo a esquecerem o supremo propósito da viagem, e que, por isso, DEUS novamente aparecesse a Abraão e lhe avivasse a incumbência que lhe tinha sido dada ao sair de Ur. Não seriam, propriamente, duas chamadas, mas uma só, com a admoestação posterior de continuar a viagem. Há quem suponha que a chamada veio a Terá na Babilônia e que, depois de terem parado em Harã, foi que DEUS chamou a Abraão, embora esta suposição seja inadmissível, visto as diversas referências darem a saída de Abraão de Ur a mandado de DEUS.

Se pudéssemos pensar pela mente de Moisés e ter presente o seu propósito ao escrever este livro, facilmente poderíamos resolver o problema. Minha maneira de entender esta questão satisfaz-me plenamente. A chamada que se encontra nos primeiros versos do capítulo 12 devia preceder o verso 27 do capítulo 11, mas Moisés está descrevendo a genealogia da família eleita e, para não interromper a sequência do pensamento, depois de ter mencionado todos os ancestrais de Terá, dá a seguir sua genealogia, visto ser ele o pai do personagem com quem começou a realizar-se o plano divino. Depois de ter dado a linhagem de Terá, dá a sua saída, sem mencionar os motivos, até que a morte pôs ponto final na vida do homem cuja genealogia ele descreve. Feito isto, Moisés como que retrocede e diz como Terá saiu, ainda que o nome não seja mencionado em conexão com a chamada divina, mas é claro que, não mencionando Terá, menciona Abraão, por cuja causa Terá saiu de Ur. Noutros termos, pode dizer-se que Moisés contou a saída e a viagem, para depois dar os motivos. Se DEUS novamente apareceu a Abraão em Harã e insistiu para que continuasse a viagem não sabemos, mas é provável. O verso 4 do capítulo 12 diz: "Assim partiu Abraão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele." O advérbio "assim" pode referir-se tanto à continuação da viagem em Harã, como à saída de Babilônia. Parafraseando esse verso, pode dizer-se: "De modo que depois de ter estado por algum tempo em Harã, por causa da idade de Terá, ou por causa da doença que o vitimou, ou porque as condições fossem tentadoras, Abraão continuou a viagem encetada em Ur, tomando consigo seu sobrinho U, deixando o resto da família, que o não quis acompanhar."

O ato de DEUS em chamar um indivíduo para começar um novo capítulo na história bem pode chamar-se:

Um Novo Princípio


Todas as tentativas divinas para conservar a raça pura e servir aos seus desígnios tinham falhado. DEUS agora toma um novo caminho, experimenta de novo e de outra forma. O método é o mais radical possível, as medidas são extremas. Separa o homem que deve servir a este plano de sua própria terra e parentes, fá-lo perder todas as conveniências de uma cidade supercivilizada e manda-o a um lugar desconhecido, sujeito a toda sorte de peripécias, para que esse personagem se acostume a depender continuamente daquele que o chamou. Abraão era homem talhado para esta empresa. De fidelidade e obediência incontestáveis, prestou-se resolutamente à nova empresa. DEUS o cercou de todas as promessas e pôs-lhe na frente um alvo supremo: ser pai de uma numerosa prole. Esta era a maior ambição de qualquer personagem daqueles tempos. Entre a obediência e a promessa, dificilmente poderíamos dizer qual pôde mais na vida do patriarca; se, por um lado, desejava ser pai de uma numerosa nação, por outro, desejava ser fiel ao que o tinha chamado, e isto provou no restante de seus dias.

A chamada e a prontidão de Terá e sua família em obedecer a nos coloca face a face com o problema de saber se DEUS era conhecido e adorado na Babilônia. Pela história que temos dos contemporâneos de Abraão, sabemos que o povo era profundamente religioso, mas se adorava e servia unicamente ao DEUS de Abraão é que eu não sou capaz de crer nem afirmar. Por certo, havia muita gente piedosa que não se satisfazia com o culto imoral que era tributado aos muitos deuses e que, mesmo ignorantemente, procurava servir ao DEUS vivo. Muitas famílias teriam conseguido reservar as tradições dos antigos patriarcas, tais como o cataclismo do Dilúvio e sua causa, e através dos séculos manteriam a crença no DEUS eterno. Terá e sua família podiam estar no caso, como podiam ser incrédulos, como diríamos hoje, mas de ânimo pronto para obedecer, tanto que, logo que DEUS falou a Abraão e este o comunicou ao pai e parentes, todos aceitaram a nova situação, desfazendo-se dos ídolos e do culto pagão. Mais tarde, vamos encontrar a família de Abraão em Harã, tendo em casa ídolos, embora em sentido algum isto prove que não tivessem conhecimento de DEUS e não o servissem.
 
Partida de Harã para Siquém - 12:4-8

Por quanto tempo ficou Abraão em Harã não se pode dizer, visto o silêncio que a Bíblia guarda a este respeito, mas, tomando em consideração diversos fatos, tais como a fertilidade da terra e a aparente riqueza de Abraão ao sair dali, infere-se que ficou por muito tempo. Talvez fosse mesmo preciso que DEUS lhe trouxesse à memória os motivos que o tinham feito sair da Caldéia. Siquém ficava bem ao norte da terra prometida, na estrada que mais tarde ia da Palestina à Babilônia. Nesse tempo já o comércio era regular nessas regiões, visto que a família de Terá pertencia a uma civilização onde o comércio tinha atingido proporções admiráveis e a nova terra era de se cobiçar. Depois da morte do chefe da família, todos fizeram do lugar sua terra. Dali veio mais tarde Rebeca, e ali foi Jacó em busca de mulher. Como já disse, Abraão mesmo parece que se tinha esquecido de continuar a viagem, ou então, algum impedimento tinha obstado a continuação, ou, quem sabe, teria julgado ser aquele o lugar para onde DEUS o tinha chamado, visto que tinha saído de Ur sem saber para onde ia. Daí, o supor-se que DEUS lhe apareceu de novo e insistiu que fosse à terra de Canaã. Tomando sua mulher e Ló, seu sobrinho, e os servos que tinha, deixou Harã e dirigiu-se para o sul. A tradição diz que ele parou em Damasco, onde nasceu Eliézer, o damasceno, seu fiel mordomo nos anos vindouros (15:2,3). A viagem de Harã a Siquém é de uns 1.300 quilômetros, através de um dos mais belos cenários do mundo. Os viajantes que foram à Palestina dizem que a poucas horas de Betel descortina-se um panorama de inexcedível beleza. Este cenário foi um consolo para o homem, que deixou sua, terra para vir a outra, de que nada sabia que, após entrar nela, deveria ter ficado animado.

Em chegando a Siquém, Abraão estendeu suas tendas (v. 8) e estabeleceu ali um altar, onde ofereceria sacrifícios a Jeová.
O aparecimento de DEUS em certo lugar era, na concepção religiosa do povo, sinal de que ali era sua morada. Não tinham a ideia de que nós hoje temos, da onipresença divina, e consideravam o lugar do aparecimento como a morada da divindade, e a terra como a terra de DEUS mesmo. O altar era a um tempo o lugar de culto e de testemunho de que a terra pertencia ao DEUS ali adorado e, consequentemente, a seus adoradores.

Aqui, havia um frondoso carvalho, árvore desconhecida para o povo das regiões tropicais como nós. Essa árvore oferecia excelente sombra para os rebanhos nas horas de calor. É a sombra mais fresca que há, não só devido à grande ramaria, como à própria qualidade da árvore. O nome "Moré" era talvez derivado do antigo dono daquela terra. Mais tarde foi conhecido por Manre, aliado de Abraão.
De Siquém, Abraão continuou a viagem e chegou a outro lugar, ao ocidente de Betel e oriente de Ai, famosa cidade do tempo de Josué. Ali, edificou novamente um altar e invocou o nome do Senhor. "Betel" é uma palavra hebraica que significa "Casa de DEUS", este nome foi dado àquele lugar por Jacó mais tarde, quando ia fugindo de Esaú, seu irmão. Não deve oferecer dificuldade, Moisés ligar a viagem de Abraão com o nome de um lugar que ainda não existia neste tempo, porque ele está escrevendo muitos anos depois e sua descrição baseia-se no nome dos lugares do seu tempo e não do tempo de Abraão mesmo. O nome do lugar no tempo de Jacó era Luz, e foi ele quem lhe deu o nome de Betel.

Os cananeus habitavam então a Palestina. Talvez fosse de recente data o estabelecimento ali deste povo, cujo centro era a Babilônia antiga. Além dos cananeus, habitavam ali também os heteus, seus parentes, filhos todos de Cão.
 
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
 
 
 
LIÇÃO NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA
 
 
Lição 6, BETEL, A benção de Abraão chega a todos por JESUS CRISTO, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
 
Para nos ajudar - PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O chamado de Abraão
1-1- Tirado da idolatria
1-2- Escolhido para ser abençoado
1-3- Chamado para um propósito
2- De Abraão para CRISTO
2-1- As bençãos em CRISTO
2-2- CRISTO para as nações
2-3- Uma mesa abundante
3- A resposta de Abraão: a Fé
3-1- O que justificou Abraão é o que nos justifica hoje.
3-2- Uma mulher de fé ao lado
3-3- Abençoados com Abraão
 
 
TEXTO ÁUREO
"De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão." Gálatas 3.9
 
 
VERDADE APLICADA
Nosso passado não define o nosso futuro quando DEUS intervém em nossa história.
 
 
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA - GÊNESIS 12.1-4
1. Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engradecerei o teu nome, e tú serás uma benção.
3. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4. Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta a cinco anos, quando saiu de Harã.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o chamado de Abraão
Mostrar que o chamado de Abraão aponta para CRISTO
Destacar que a fé foi a resposta de Abraão a DEUS.
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Gn 15.1-6 DEUS anima Abrão e lhe promete um filho.
TERÇA Gn 17.1-8 DEUS muda o nome de Abrão.
QUARTA Gn 18.9-14 DEUS renova a promessa a Abraão e Sara.
QUINTA Gn 21.1-5 O nascimento de Isaque.
SEXTA Gn 22.1-14 DEUS manda Abraão oferecer seu único filho.
SABADO GI 3.6-11 Os que são da fé são filhos de Abraão.
  
HINOS SUGERIDOS - 107, 186,459
  
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para ter fé e confiar nas promessas de DEUS garantidas em CRISTO.
 
 
 
INTRODUÇÃO
O chamado de Abraão aparece no início da história bíblica [Gn 12]. As antigas promessas de DEUS feitas a ele atravessam a história, se cumprem em CRISTO e abençoam hoje todo aquele que nEle crê [Gl 3.9, 14].
 
 
1- O chamado de Abraão
A resposta de fé de Abraão é tão incrível quanto á forma inusitada como DEUS o chama. Ele ouviu sua voz, creu e obedeceu, saindo de onde estava sem saber para onde ia [Hb 11.8].
 
 
1-1- Tirado da idolatria
Quão maravilhosa é a misericórdia e a soberania de DEUS. Qual não seria o destino de Abrão se não obedecesse ao chamado de DEUS? Criado e cercado pela idolatria, não podemos deduzir outro destino senão as mesmas tradições idólatras dos seus pais.
[Gn 11.27-32; Js 24.2-3]. DEUS, porém, chama a Abrão sem lhe mostrar antecedentes, como repetidamente faz depois dos patriarcas quando diz: Eu sou o DEUS de Abraão, Isaque e Jacó. Abrão que por toda a sua vida só conheceu falsos deuses, ouviu o chamado específico do único e verdadeiro DEUS, e, sem titubear, aceita obedientemente o chamado [Gn 12.1-4]. Em Josué 24.3 DEUS diz: "Eu, porém tomei a Abraão...e o fiz andar por toda terra de Canaã": Glória seja dada a DEUS que nos livra dos nossos deuses e nos conduz a Ele.
 
 
1-2- Escolhido para ser abençoado
É muito importante notar que DEUS não diz a Abraão que caso ele vivesse em justiça DEUS o abençoaria. DEUS o escolhe e promete abençoá-lo [Gn 12.2-3]. As razões tanto para o chamado como as bençãos de DEUS na vida de Abraão tinham a ver com DEUS mais do que com Abraão. Isso não significa que Abraão não precisaria viver uma vida de obediência [Gn 12.4]. Mas foi a fé na benção prometida que gerou a obediência e não o contrário. O poder para viver uma vida que agrada a DEUS vem de sabermos e cremos que, em Abraão e em CRISTO, seu descendente central, DEUS nos abençoou ricamente em CRISTO [Gl 3.8; Rm 4.16].
 
 
1-3- Chamado para um propósito
O chamado de DEUS a Abraão tinha um propósito maior do que Abraão. DEUS abençoaria todas as famílias da terra [Gn 12.3]. Todo chamado de DEUS para nós é assim. Nunca tem a ver apenas com a gente. Sempre tem propósitos maiores do que a gente, que afetará a vida de muitas pessoas e renderá muita honra para a glória de DEUS. Devemos sempre nos lembrar disso quando nos sentirmos desanimados diante dos desafios do nosso chamado. Deixar suas raízes e convívio familiar é um desafio gigantesco para qualquer um. Mas quando entendemos que o chamado de DEUS é para algo maior do que a gente, nossa vida se enche de propósito e significância.
 
 
2- De Abraão para CRISTO
O chamado de Abraão apontava para CRISTO. Paulo explica isso em Gálatas e Romanos de forma clara e ampla.
 
 
2-1- As bençãos em CRISTO
A última parte das promessas de Gênesis 12.3 diz que através do descendente de Abraão, que viria por Israel, DEUS abençoaria todas as famílias da terra [Gn 12.3]. Paulo nos dá a interpretação precisa desta promessa em Gálatas 3.16: "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é CRISTO : Toda a trajetória então que DEUS conduzirá não só Abraão, mas também seus descendentes ao longo da história bíblica culminarão em CRISTO.
 
 
2-2- CRISTO para as nações
          Precisamos também perceber algo que os descendentes naturais de Abraão não entenderam. Que as bençãos de DEUS que nascem no patriarca e culminam em CRISTO, não estavam restritas apenas a
Israel. Na promessa "Em ti serão benditas todas as famílias da terra" [Gn 12.3]. Veja. Não só a família de Israel [Gn 18.18; 26.4; Sl 72.17; Gl 3.8]. DEUS sempre deixou isso claro ao longo de todo o Antigo Testamento [Gn 14.18; Ex 12.48-49]. Mas Israel, em razão do seu orgulho racial, sempre viu os gentios como excluídos da graça de DEUS. Foi exatamente por isso que Israel fracassou em sua missão no mundo. O livro de Jonas foi escrito para demonstrar este fracasso missional de Israel.
 
 
2-3- Uma mesa abundante
O Novo Testamento nos fala da história da mulher cananeia, que implora a CRISTO que venha acudir sua filha que está sofrendo com uma possessão demoníaca. Como CRISTO não a atende e ela não pára de clamar, os discípulos sugerem a CRISTO que resolva logo o problema dela para serem deixados em paz. CRISTO responde: "Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos" [Mc 7.27]. Os filhos neste caso era Israel. E CRISTO não diz "apenas eles': Ele diz "primeiro" eles. A mulher humildemente entende, mas responde que as bençãos de DEUS sobre Israel em
CRISTO são tão fartas que abençoariam também os gentios. CRISTO se alegrou com este discernimento e a abençoou [Mc 7.29].
 
 
3- A resposta de Abraão: a Fé
DEUS aparece a Abraão mais uma vez, e para lhe encorajar, reafirma a Sua promessa de fazer dele uma grande nação, do qual viria o CRISTO que abençoaria todos os povos.
 
 
3-1- O que justificou Abraão é o que nos justifica hoje.
A preocupação de Abrão é que sua idade se avança, e até o momento DEUS não lhe havia dado um filho [Gn 15.1-3]. Como sua esposa Sarai era estéril [Gn 11.30], Abrão deduz que a única forma dele ter um herdeiro seria por meio de um servo. DEUS reafirma que não! De forma milagrosa, as limitações do ventre estéril de Sarai e a velhice de Abrão seriam vencidas. Abrão creu em DEUS, e DEUS o justificou por esta confiança [Gn 15.4-6; Rm 4.3-6]. A primeira resposta nossa que DEUS espera ás promessas é a fé. A fé que move a obediência e relacionamento com DEUS, por intermédio de JESUS CRISTO [Gl 3.6-14].
 
 
3-2- Uma mulher de fé ao lado
Costumamos destacar a resposta de fé de Abrão, muitas vezes esquecendo de fazer a mesma coisa com Sarai, sua mulher. Nós conhecemos muitos relatos bíblicos onde mulheres foram a causa da queda do marido por não partilhar da mesma fé. Mas aqui temos um exemplo de unidade de fé em um casal escolhido por DEUS para viver e fazer coisas grandiosas. Afinal de contas, as bençãos e promessas de DEUS a Abrão também foram destinadas a Sarai. Seu marido velho e ela com o ventre estéril apresentavam à promessa algo impossível. Porém Hebreus 11.11 diz que Sara: "Teve por fiel aquele que lho tinha prometido" A fé que gerou Isaque também foi dela. Como é importante para o homem de DEUS ter ao seu lado uma mulher de fé!
 
 
3-3- Abençoados com Abraão
Temos o hábito de chamar Abraão de pai da fé. Isso não significa que devemos apenas nos espelhar em Abraão e tê-lo como modelo. Significa que a escolha e o chamado de DEUS a Abraão são a demonstração de que DEUS está trabalhando para cumprir Sua promessa de redenção através da semente da mulher [Gn 3.15]. Bíblia de Estudo Defesa da Fé - CPAD, p. 27 - sobre Gênesis 12.3: "(...) É uma promessa geral e continuada. Atos 3.25 e Gálatas 3.8 indicam que todas as famílias da terra são abençoadas na disponibilidade da salvação, por JESUS CRISTO, e Gálatas 6.16 se refere a igreja como "o Israel de DEUS'; por cujo intermédio, por consequência, essa benção é expandida"
 
 
CONCLUSÃO
A fé genuína nasce em nosso coração a partir do anúncio do Evangelho, como dádiva de DEUS. Mas esta fé, ainda que verdadeira, passa por provas de fogo enquanto estamos peregrinando neste mundo. Isso veremos na próxima lição.