Lição 11, BETEL, O sermão profético: o Servo revela o futuro, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Vídeo https://youtu.be/kYmlyS0G3gg
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/02/escrita-licao-11-betel-o-sermao.html
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SUBSÍDIOS
Marcos 13 – BEP - CPAD
13.5 OLHAI. O sermão de JESUS, no monte das Oliveiras, contém
repetidas advertências indicando que à medida que o fim se aproxima, seu povo
precisa estar alerta ante o perigo do engano na esfera religiosa. JESUS
admoesta: "Olhai" (v. 5), "olhai por vós mesmos" (v. 9),
"mas vós vede" (v. 23), "olhai, vigiai e orai" (v.33),
"Vigiai, pois" (v. 35), e "Vigiai" (v. 37). Essas
advertências indicam que será muito difundido o ensino antibíblico nas igrejas.
O crente, mais do que nunca, deve conhecer a Palavra de DEUS e manter-se fiel
exclusivamente a ela (ver Mt 24.5).
13.6 MUITOS... ENGANARÃO A MUITOS. Ver Mt 24.11..
13.10 EVANGELHO... PREGADO ENTRE TODAS AS NACÕES. Ver Mt 24.14.
13.13 PERSEVERAR ATÉ AO FIM. Nossa perseverança na fé e na lealdade
a CRISTO é uma condição bíblica para a
salvação final (cf. Hb
3.14; 6.11,12; 10.36). A
glória da salvação
final é descrita em Ap 2.7,17,26-28; 3.5,12,20,21; 7.9-17; 14.13; 21.1-7.
13.14 ABOMINAÇÃO DO ASSOLAMENTO. Trata-se da abominação que
contamina ou polui aquilo que é santo (ver Dn 9.25-27).
(1) A declaração de CRISTO pode
referir-se profeticamente tanto à invasão de Jerusalém pelos romanos, quando,
então, o templo foi destruído (70 d.C.), bem como à colocação da imagem do
Anticristo em Jerusalém, logo antes de CRISTO voltar para julgar os ímpios (ver 2 Ts 2.2,3; Ap 13.14,15; 19.11-21).
(2) Isso é, às vezes, chamado "prefiguração profética", expressão
esta empregada para designar dois ou mais eventos vistos como se fossem um só.
Exemplos disso é a associação entre a primeira vinda de CRISTO para pregar evangelho; e sua segunda vinda
para trazer julgamento; ambos prefigurados em Is 11.1-4;
61.1,2: Zc
9.9,10
(ver Mt
24.44). Da mesma maneira, o derramamento do ESPÍRITO e "o grande e terrível dia do
Senhor" estão associados entre si e referidos como um só evento em Jl 2.28-31 e At 2.16-20.
13.19-22 AFLIÇÃO. Ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO.
13.22 FALSOS PROFETAS. Ver o estudo FALSOS MESTRES
13.24 O SOL SE ESCURECERÁ. Ver Mt 24.29.
13.26 VERÃO VIR O FILHO DO HOMEM. Ver Mt 24.30.
13.28 A FIGUEIRA. Ver Mt 24.32.
13.29 ESSAS COISAS. Ver Mt 24.33.
13.30 ESTA GERAÇÃO. Ver Mt 24.34.
13.32 DAQUELE DIA E HORA NINGUÉM SABE. Ver Mt 24.36.
13.33 VIGIAI E ORAI. Ver Mt 24.42.
13.35 SE À TARDE, SE À MEIA-NOITE, SE AO CANTAR O GALO, SE PELA
MANHÃ. CRISTO afirma que a sua volta
para buscar os seus santos pode ocorrer em quatro ocasiões possíveis. Isso
mostra que sua volta para os salvos pode se dar a qualquer momento. A ênfase
aqui está na ocasião repentina e secreta da primeira fase da vinda de CRISTO ,
i.e., o arrebatamento dos fiéis, que os tirará da terra (ver o estudo O
ARREBATAMENTO DA IGREJA). Sua vinda será inesperada e iminente. Por isso, todos
os salvos devem sempre vigiar e ser fiéis (ver Mt 24.42;
24.44; Lc
12.35,36, 38-40, 46; 21.34-36)
Mateus 24 – BEP - CPAD
Mt
24.3 25.46
O SERMÃO DO MONTE DAS OLIVEIRAS. A profecia de JESUS no monte das Oliveiras foi
dada em resposta a uma pergunta dos discípulos: Que sinal haverá da tua vinda e
do fim do mundo? JESUS, a seguir, declarou esses sinais: (1) sinais gerais, do
decurso da referida era até os últimos dias (vv. 4-14); (2) sinais especiais
apontando para os dias finais da dita era (vv. 15-28); (3) sinais
extraordinários que ocorrerão na sua vinda triunfal, com poder e grande glória
(vv. 29-31); (4) admoestação aos santos, da tribulação, para que estejam alerta
aos sinais que precederão a esperada vinda de CRISTO , logo após a tribulação
(vv. 32-35); (5) admoestação a todos os crentes vivos, na pré-tribulação, para
estarem espiritualmente prontos para o momento inesperado e desconhecido da
vinda de CRISTO para os seus fiéis (vv.
36-51; 25.1-13; ver Jo
14.3; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA); (6) uma descrição do
julgamento das nações depois da volta de CRISTO à terra (Mt 25.31-46).
Saiba-se que muitos pormenores da vinda de CRISTO não estão revelados em Mt 24.
Além disso, ninguém, até hoje, conseguiu elucidar com absoluta certeza todas as
profecias bíblicas a respeito dos tempos do fim
24.4-51 JESUS RESPONDENDO. As palavras de JESUS no sermão do Monte
das Oliveiras foram dirigidas aos seus discípulos e a todo povo de DEUS,
daqueles dias e até o fim dos tempos, quando ocorrerá a sua volta triunfante à
terra, para estabelecer o seu reino milenial. (1) Quanto aos crentes vivos, antes
da tribulação, CRISTO lhes diz que
ninguém pode calcular, nem sequer fazer uma estimativa do dia da sua volta para
buscá-los (vv. 42-44). Por isto, devem estar prontos a qualquer momento, porque
Ele voltará para os levar ao céu, i.e., à casa do seu Pai (Jo 14.2,3),
numa hora em que não pensam que Ele virá (ver v. 44; ver o estudo O
ARREBATAMENTO DA IGREJA abaixo). (2) Quanto aos que crerem em CRISTO durante a grande tribulação, poderão saber com
mais certeza o momento da sua vinda. CRISTO lhes dá sinais, pelos quais saberão que a sua
volta está muito próxima (vv. 15-29). Quando esses sinais acontecerem, devem
reconhecer que ele está próximo, às portas (ver v. 33)
24.4 SINAIS DO FIM DOS TEMPOS. Em Mt
24.4-14, JESUS cita os sinais que caracterizarão o decurso inteiro dos
últimos dias e que se intensificarão à medida que o fim se aproximar. (1) Os
falsos profetas e os liberais religiosos dentro da igreja visível aumentarão e
enganarão a muitos (vv. 4,5,11). (2) Muitas guerras, fome e terremotos (vv.
6,7) serão o princípio de dores (de parto) (v. 8) da nova era messiânica que se
aproxima. (3) À medida que o fim se aproxima, o povo de DEUS será severamente
perseguido (v. 9), e muitos abandonarão a sua lealdade a CRISTO (vv. 9,10). (4) O desrespeito pelos
mandamentos de DEUS, a violência e o crime aumentarão rapidamente, e o amor
natural e o afeto na família diminuirão (v. 12; cf. Mc 13.12; 2 Tm 3.3).
(5) Apesar desta intensa e crescente aflição, o evangelho será pregado no mundo
inteiro (v. 14). (6) Os salvos permanecerão firmes na fé através de todas as
angústias dos tempos do fim (v. 13). (7) Os fiéis, à medida que virem o aumento
desses sinais, saberão que o dia da volta do Senhor para buscá-los se aproxima
(Hb
10.25; ver Jo 14.3).
24.5 E ENGANARÃO A MUITOS. Este primeiro grande sinal é muito
importante. CRISTO declara que durante
os últimos dias desta era, o engano religioso será volumoso na terra. Note-se
que as primeiras palavras que CRISTO dirigiu aos discípulos a respeito do tempo do
fim foram Acautelai-vos, que ninguém vos engane (v. 4). É do maior interesse de
CRISTO que seus seguidores se acautelem
do engano religioso que se alastrará em todo o mundo nos últimos dias. Para
salientar esse perigo para os crentes dessa época, CRISTO repete a advertência duas vezes, no sermão do
Monte das Oliveiras (ver v. 11; v. 24; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO
abaixo)
24.9 SEREIS ODIADOS. Tribulações virão sobre todo crente em CRISTO durante sua peregrinação na terra. Sofrer por CRISTO
, por sermos leais a Ele e à sua Palavra, faz parte intrínseca da fé cristã
(cf. Jo
15.20; 16.33; At 14.22; Rm 5.3;
ver Mt
5.10; 2 Tm
3.12).
24.11 SURGIRÃO MUITOS FALSOS PROFETAS. À medida que os últimos dias
se aproximarem, surgirão muitos falsos mestres e pregadores entre o povo (ver o
estudo FALSOS MESTRES). Grande parte do cristianismo se tornará apóstata. A
lealdade total à Palavra de DEUS, bem como santidade bíblica, serão coisas
raras. (1) Crentes professos aceitarão novas revelações , mesmo que elas
conflitem com a Palavra revelada de DEUS. Isto motivará oposição à verdade
bíblica dentro da igreja (ver 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.8; 4.3).
Homens pregando um evangelho misto ocuparão posições estratégicas
de liderança nas denominações e nas escolas teológicas (ver 7.22). Os tais
enganarão e desviarão a muitos dentro da igreja (ver Gl 1.9; 2 Tm 4.3; 2 Pe 3.3,4).
(2) Em todas as partes do mundo, milhões de pessoas praticarão ocultismo,
astrologia, feitiçarias, espiritismo e satanismo. A influência dos demônios e
espíritos malignos multiplicar-se-á sobremaneira (ver 1 Tm 4.1).
(3) Para não ser enganado, cada crente deverá crescer em fé e amor para com CRISTO
, e ter como autoridade absoluta em sua vida a Palavra (vv. 4,11,13,25),
conhecendo-a bem na sua totalidade (ver 1 Tm 4.16)
24.12 POR SE MULTIPLICAR A INIQÜIDADE. Um aumento incrível de
imoralidade, desrespeito e rebeldia contra DEUS e abandono dos princípios
morais caracterizarão os últimos dias. A perversão sexual, a fornicação, o
adultério, a pornografia, as drogas, a música ímpia e as diversões sensuais
multiplicar-se-ão. Será como foi nos dias de Noé (v. 37). A imaginação através
dos pensamentos do coração humano será só má continuamente (ver Gn 6.5).
Será como nos dias de Ló (Lc
17.28,30), i.e.,
homossexualismo, lesbianismo e todos os tipos de perversão sexual saturarão a
sociedade (ver Gn
19.5; 1 Tm
4.1; 2 Tm
3.1-8). JESUS acrescenta que isto fará minguar o verdadeiro amor.
24.14 O EVANGELHO DO REINO. O fim virá somente depois que o
evangelho do Reino for devidamente pregado em todo o mundo. (1) O evangelho do
Reino é o evangelho pregado no poder e na justiça do ESPÍRITO SANTO e
acompanhado dos sinais principais do evangelho. (2) Somente DEUS saberá quando
isto será realizado, segundo o seu propósito. O dever do crente é ser fiel e
alcançar todo o mundo até que o Senhor volte para levar a sua igreja ao céu
(ver 28.19,20; Jo
14.3; 1 Ts
4.13). (3) Muitos intérpretes da Bíblia crêem que o fim , neste
versículo, refere-se à ocasião em que os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro e os fiéis da igreja de
CRISTO serão arrebatados juntamente com
eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.16,17;
ver estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). Nos versículos 37-44, CRISTO apresenta mais pormenores do seu aparecimento
repentino para buscar a igreja fiel
24.14 ENTÃO VIRÁ O FIM. CRISTO fala aos discípulos como se o que Ele estava
predizendo aqui fosse ocorrer naquela mesma geração. Esta, portanto, era a
esperança da igreja do NT. Esta deve ser também a esperança de todos os que
crêem em JESUS CRISTO , em todos os tempos. Devemos esperar que o Senhor volte
em nossa geração (ver 1 Co 15.51). O
crente deve ter em mente, em todo tempo, a iminência da vinda de CRISTO , e, ao
mesmo tempo, difundir o evangelho.
24.15-28 A GRANDE TRIBULAÇÃO
Esta seção inteira trata da grande tribulação (para um estudo desta
matéria, ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO)
24.29 O SOL ESCURECERÁ. Imediatamente após a tribulação haverá
sinais cósmicos assombrosos que precederão o aparecimento imediato de CRISTO (v. 30). A volta de CRISTO à terra com poder e grande glória não
surpreenderá nenhum santo, da tribulação, atento à Palavra de DEUS e aos sinais
cósmicos relacionados com o sol, a lua, as estrelas e o abalamento das
potências dos céus (cf. Is
13.6-13).
24.30 O FILHO DO HOMEM VINDO. O versículo 30 descreve o
aparecimento de CRISTO nos céus, depois
da tribulação, precedido dos sinais precursores do versículo 29. Ele vem com
juízo contra os ímpios (Ap
19.11 20.3),
para livrar os seus fiéis e para estabelecer a justiça na terra (Ap 20.4). Todos os crentes que
foram arrebatados da terra para o céu (ver Jo 14.3;
ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA) voltarão com CRISTO na sua vinda com poder e grande glória (ver Ap 19.14). O
sinal mencionado neste versículo é provavelmente o próprio CRISTO vindo sobre nuvens de glória, rodeado de
refulgente luz
24.31 AJUNTARÃO OS SEUS ESCOLHIDOS. Quando JESUS CRISTO voltar à terra, depois da tribulação,
ocorrerão os seguintes eventos: (1) o juízo divino sobre os ímpios (v. 30; Ap
19.11-21), sobre o Anticristo (Ap 19.20) e sobre Satanás (Ap 20.1-3). (2) ocorre
o julgamento das nações e a separação das pessoas vivas na terra, à vinda de CRISTO
(ver 25.32; 13.41); (3) os santos de
todas as eras estarão reunidos. Isto inclui a reunião dos santos que já estão
no céu (cf. Mc
13.27; Jo
14.3; Ap
19.14; Ap
20.4,6) e
dos santos vivos na terra, no advento de CRISTO (ver 13.40); e (4) O reinado de CRISTO na terra por mil anos (ver Ap 20.4).
24.32 A FIGUEIRA. O brotar das folhas da figueira (v. 32; cf. Lc
21.29-31) simboliza eventos que ocorrerão durante a tribulação (vv. 15-29).
Por outro lado, alguns intérpretes crêem que a figueira também representa a
restauração de Israel como um estado político (cf. Lc 13.6-9; Os 9.10).
Em 21.29 a figueira aparece destacada das demais árvores, assim como Israel foi
chamado para ser um povo separado (Dt 33.28).
24.33 TODAS ESSAS COISAS. Todas essas coisas refere-se a todos os
sinais que ocorrerão durante a tribulação (vv. 15-29). O sinal principal é a
abominação da desolação (ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). À medida que os
eventos proféticos se sucedem, os fiéis da tribulação examinando as Escrituras
verão todas estas coisas e saberão que o Senhor está próximo, às portas (v. 33)
24.34 ESTA GERAÇÃO. Esta geração pode referir-se à geração que
presencia a intensificação dos sinais gerais dos tempos (vv. 4-14), que
terminam com os sinais da tribulação (ver v. 5). Ou pode referir-se ao povo
judaico como raça, que permaneceu distinta até hoje.
24.36 MAS UNICAMENTE MEU PAI. O versículo 36 afirma que o Filho não
sabe o tempo da sua volta. Esta expressão refere-se apenas ao tempo em que CRISTO
esteve na terra. Certamente, quando JESUS
reassumiu a sua glória anterior (Jo 17.5),
passou a conhecer a data da sua futura volta. Os santos da tribulação poderão
saber o tempo da sua volta, observando os sinais dessa tribulação que CRISTO descreveu (ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO)
24.37 A VINDA DO FILHO DO HOMEM. As declarações de JESUS sobre a
vinda do Filho do Homem revelam que ela abrange dois aspectos. A vinda do Filho
do Homem refere-se, tanto à primeira fase da sua volta, numa data desconhecida,
antes da tribulação (ver Ap 3.10;
ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA), para buscar os santos da igreja, i.e.,
o arrebatamento (ver v. 42, Jo 14.3; 1 Ts 4.14),
como também à segunda fase da sua vinda, que ocorrerá depois da tribulação,
para julgar os ímpios e recolher os justos no seu reino (Ap 19.11 20.4).
Que CRISTO se referiu a dois eventos,
i.e., tanto à sua volta imprevisível (vv. 42,44), como também à sua volta
previsível (vv. 29,30), vê-se pelo fato que Ele cita três diferentes categorias
de pessoas nos versículos 37-44, ilustrando os dias de Noé . As três categorias
de pessoas e seu relacionamento com a vinda de CRISTO são: (1) As vítimas do dilúvio nos dias de
Noé, representando os descrentes da tribulação. Não sabem a ocasião da volta de
CRISTO e estão despreparados. Serão
destruídos no tempo do fim (vv. 38,39,43; cf. Lc
17.26-29). Trata-se de uma referência à segunda fase da sua volta depois da
tribulação. (2) Noé, representando os crentes da tribulação. Por causa dos
sinais do tempo do fim, os santos da tribulação sabem, quase exatamente, o
momento da volta do Senhor, e estarão preparados e serão salvos. A ocasião da
volta de CRISTO para eles ocorre no
tempo previsto (v. 27; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO; cf. Gn 7.4).
Aqui trata-se da segunda fase da volta de CRISTO , depois da tribulação. (3) Os
discípulos de JESUS. Eles representam os crentes dos nossos dias, i.e., os
crentes da igreja, antes da tribulação, que não saberão o tempo da volta de CRISTO
para levá-los ao céu (vv. 42,44; ver Jo 14.3;
cf. 1 Ts
4.14). Não haverá sinais específicos precedendo a vinda do Senhor para
buscá-los, pois CRISTO declara que ela
ocorrerá inesperadamente (vv. 42,44). Note que JESUS assemelha os discípulos
(i.e., os santos da igreja), não com Noé (i.e., os crentes da tribulação), mas
com o povo do dilúvio (cf. não o perceberam v. 39 com não sabeis v. 42). Isto
porque os santos da igreja, em certo sentido, assemelham-se ao povo do dilúvio.
Eles não saberão o tempo da volta de CRISTO e, semelhantemente, serão surpreendidos quando
Ele vier. Devem, portanto, aplicar toda a diligência a fim de estarem prontos
para qualquer momento (v. 44)
24.40 SERÁ LEVADO UM, E DEIXADO O OUTRO. A declaração de CRISTO ,
de que será levado um, e deixado o outro , precede sua exortação aos santos da
igreja (vv. 42-44).
Portanto, as palavras será levado um, e deixado o outro
provavelmente referem-se aos santos da igreja, tirados dentre os ímpios no
arrebatamento (ver Jo
14.3, e o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA), JESUS ressalta o elemento
surpresa, para os crentes da igreja (ver v. 37)
24.42 PORTANTO, VIGIAI. Vigiai (gr. gregoreo) é um imperativo
presente e denota uma vigília constante no tempo atual. A razão para a vigília
constante, hoje, e não apenas no futuro, é que os crentes dos dias atuais não
sabem quando o Senhor virá buscá-los (ver Jo 14.3).
Não haverá sinais específicos de aviso para eles. Nunca devem presumir que Ele
não poderá vir hoje (ver v. 44; cf. Mc
13.33-37). A volta de CRISTO para
buscar a igreja pode ocorrer a qualquer dia.
24.42 NÃO SABEIS A QUE HORA. A advertência de CRISTO aos seus discípulos para estarem sempre
apercebidos para a sua vinda, por não saberem quando ela se dará, cremos ser
uma referência à volta de CRISTO , vindo do céu, para tirar do mundo os santos
da Igreja, i.e., o arrebatamento (ver Jo 14.3, e
o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). (1) JESUS afirma claramente que sua vinda
para levar os santos antes da tribulação será numa ocasião inesperada. Ele não
somente declara que eles não sabem a hora (v. 42), mas também que Ele voltará à
hora em que não pensais (v. 44). Isto indica claramente que haverá surpresa,
espanto, e que os fiéis não saberão o momento certo da sua vinda. Assim sendo,
para os santos da igreja, JESUS virá num momento inesperado (v. 44). Isto
claramente fala de surpresa, pasmo e rapidez nesta específica fase da vinda de CRISTO
. Este evento é chamado de primeira fase da segunda vinda de CRISTO . (2)
Quanto à vinda de CRISTO com poder e
grande glória, para julgar o mundo depois da tribulação (v. 30; Ap
19.11-21), ela será aguardada e prevista (ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO;
v. 33; Lc
21.28). O cumprimento dos eventos e sinais durante a tribulação
suscitará nos santos a certeza e a expectativa da ocasião da volta de CRISTO ,
ao passo que os santos da igreja dos dias atuais terão surpresa por ocasião do
seu arrebatamento (ver 24.44; Jo 14.3). A
vinda de CRISTO depois da tribulação é
comumente chamada a segunda fase da vinda de CRISTO .
24.43 O LADRÃO. A vinda de CRISTO num momento desconhecido será tão inesperada
quanto a chegada do ladrão que arromba a casa. Por isso, o discípulo dedicado
deve estar preparado a todo momento, para a vinda do Senhor (v. 44).
24.44 À HORA EM QUE NÃO PENSEIS. CRISTO , mais uma vez, fala da sua
volta para buscar os fiéis da sua igreja num momento inesperado e desconhecido.
(1) Este alerta não é para os santos da tribulação (ver o estudo A GRANDE
TRIBULACÃO). A única maneira de harmonizar o ensino de CRISTO sobre a sua vinda inesperada (vv. 42, 44), com
o outro ensino sobre a sua vinda prevista (v. 33), é considerá-la sob duas
fases. A primeira fase envolve a sua volta para arrebatar da terra os salvos,
antes da tribulação, num momento inesperado (ver Jo 14.3; 1 Ts 4.17, Ap 3.10;
ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). A segunda fase é a sua vinda no final
dos tempos, numa ocasião esperada, i.e., depois da tribulação e dos sinais
cósmicos (vv. 29,30), para destruir os ímpios e estabelecer o seu reino na
terra (ver Mt 24.42; Ap
19.11-21; 20.4).
(2) Assim como a vinda de CRISTO predita
no AT consistia de duas fases, i.e., sua vinda para morrer pelo pecado e sua
vinda para reinar (ver Is 9.2-7; 40.3-5;
cf. Is
61.1-3; Lc
4.18, 19;
ver Is
9.7). (3) A advertência premente de CRISTO no sentido de sempre estarmos espiritualmente
prontos para sua vinda repentina (i.e., o arrebatamento) aplica-se a todos os
crentes antes da tribulação (Mt 24.15-29). É um motivo
de perseverança na fé.
24.48 O MEU SENHOR TARDE VIRÁ. A respeito daqueles que estão na
igreja mas são infiéis ao Senhor, é impossível estarem vigilantes e preparados
para a volta inesperada de CRISTO , se os tais não crêem que Ele pode vir
agora. (1) Qualquer crente professo que vive em pecado, julgando que JESUS
tardará a vir, tornar-se-á como o servo mau da parábola. Ele não percebe o
risco da volta do Senhor pegá-lo de surpresa (ver v. 44; Lc 12.45,46).
(2) É significativo JESUS associar a infidelidade e a hipocrisia à crença e ao
desejo de que Ele demore a voltar.
O ARREBATAMENTO DA IGREJA
1Ts
4.16,17
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com
a trombeta de DEUS; e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. ”
O termo “arrebatamento” deriva da palavra raptus em latim, que
significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus equivale
a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 4.17. Esse evento, descrito
aqui e em 1Co
15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada da
terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange apenas os
salvos em CRISTO .
Instantes antes do arrebatamento, ao descer CRISTO do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a
ressurreição dos “que morreram em CRISTO ” (4.16). Não se trata da mesma
ressurreição referida em Ap 20.4, a
qual somente ocorrerá depois de CRISTO voltar à terra, julgar os ímpios e prender
Satanás (Ap 19.11—20.3).
A ressurreição de Ap
20.4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente com os
santos do AT (ver Ap
20.6).
Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em CRISTO , os
crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53).
Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52).
Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser
transformados serão “arrebatados juntamente” (4.17) para encontrar-se com CRISTO
nos ares, ou seja: na atmosfera entre a
terra e o céu.
Estarão literalmente unidos com CRISTO (4.16,17), levados à casa do Pai, no céu (ver Jo 14.2,3), e
reunidos aos queridos que tinham morrido (4.13-18).
Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4; Fp 3.21),
de toda perseguição e opressão (ver Ap 3.10),
de todo domínio do pecado e da morte (1Co
15.51-56); o arrebatamento os livra da “ira futura” (ver 1.10; 5.9), ou
seja: da grande tribulação.
A esperança de que nosso Salvador logo voltará para nos tirar do
mundo, a fim de estarmos “sempre com o Senhor” (4.17), é a bem-aventurada
esperança de todos os redimidos (Tt 2.13). É
fonte principal de consolo para os crentes que sofrem (4.17,18; 5.10).
Paulo emprega o pronome “nós” em 4.17 por saber que a volta do
Senhor poderia acontecer naquele período, e comunica aos tessalonicenses essa
mesma esperança. A Bíblia insiste que anelemos e esperemos contínua e
confiadamente a volta do nosso Senhor (cf. Rm 13.11; 1Co 15.51,52; Ap 22.12,20).
Quem está na igreja mas não abandona o pecado e o mal, sendo assim
infiel a CRISTO , será deixado aqui, no arrebatamento (ver Mt 25.1; Lc 12.45).
Os tais ficarão neste mundo e
farão parte da igreja apóstata (ver Ap 17.1;
ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO), sujeitos à ira de DEUS.
Depois do arrebatamento, virá o Dia do Senhor, um tempo de
sofrimento e ira sobre os ímpios (5.2-10; ver 5.2). Seguir-se-á a segunda fase
da vinda de CRISTO , quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e reinar
sobre a terra (ver Mt
24.42,44).
O PERÍODO DO ANTICRISTO
2Ts
2.3,4
“Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes
venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual
se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se adora; de sorte que
se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS.”
Segundo a Bíblia, está para vir o Anticristo (cf. 1Jo 2.18);
aquele que trama o derradeiro ataque furioso de Satanás contra CRISTO e os santos, pouco antes do tempo em que nosso
Senhor JESUS CRISTO estabelecerá o seu
reino na terra. As expressões que a Bíblia usa para o Anticristo são “o homem
de pecado” e “o filho da perdição” (2.3). Outras expressões usadas na Bíblia
são “a besta que sobe do mar” (Ap 13.1-10), a “besta
de cor escarlate” (Ap 17.3)
e “a besta” (Ap 17.8, 16; 19.19,20; 20.10).
SINAIS DA VINDA DO ANTICRISTO. Diferente do arrebatamento da igreja
(ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA), a vinda do Anticristo não ocorrerá
sem sinais precursores. Pelo menos três eventos deverão ocorrer antes dele
surgir na terra: (1) o “mistério da injustiça” que já opera no mundo, deverá
intensificar-se (2.7); (2) virá a “apostasia” (2.3); (3) “um que, agora,
resiste”, deve ser afastado (2.7).
O “mistério da injustiça”, i.e., a atividade secreta dos poderes do
mal, ora evidente no mundo inteiro (ver 27), aumentará até alcançar seu ponto
máximo na total zombaria e desprezo a qualquer padrão ou preceito bíblicos. Por
causa do predomínio da iniqüidade, o amor de muitos esfriará (Mt 24.10-12; Lc 18.8).
Mesmo assim, um remanescente fiel permanecerá leal à fé apostólica conforme
revelada no NT (Mt 24.13; 25.10; Lc 18.7;
ver Ap 2.7).
Por meio desses fiéis, a igreja permanecerá batalhando e manejando a espada do ESPÍRITO
até ser arrebatada (ver Ef 6.11).
Ocorrerá a “apostasia” (gr. apostasia), que literalmente significa
“desvio’’, “afastamento’’, “abandono’’ (2.3). Nos últimos dias, um grande
número de pessoas da igreja apartar-se-á da verdade bíblica.
Tanto o apóstolo Paulo quanto CRISTO revelam um quadro difícil da condição de
grande parte da igreja — moral, espiritual e doutrinariamente — à medida que a
era presente chega ao seu fim (cf.
Mt
24.5, 10-13, 24; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3,4).
Paulo, principalmente, ressalta que nos últimos dias elementos ímpios
ingressarão nas igrejas em geral.
Essa “apostasia” dentro da igreja terá duas dimensões. (i) A
apostasia teológica, que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de CRISTO
e dos apóstolos, ou a rejeição deles (1Tm 4.1; 2 Tm 4.3).
Os falsos dirigentes apresentarão uma salvação fácil e uma graça divina sem
valor, desprezando
as exigências de CRISTO quanto ao arrependimento, à separação da
imoralidade, e à lealdade a DEUS e seus padrões (2Pe 2.1-3,12-19).
Os falsos evangelhos, voltados a interesses humanos, necessidades e alvos
egoístas, gozarão de popularidade). (ii) A apostasia moral, que é o abandono da
comunhão salvífica com CRISTO e o
envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas poderão até anunciar
a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de DEUS (Is 29.13; Mt
23.25-28; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL). Muitas igrejas permitirão
quase tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (ver 1Tm 4.1). O
evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por CRISTO (Fp 1.29),
de renunciar todo pecado (Rm
, de sacrificar-se pelo reino de DEUS e de renunciar a si mesmo
será algo raro (Mt 24.12;
2Tm
5; 43).
Tanto a história da igreja, como a apostasia predita para os
últimos dias, advertem a todo crente a não pressupor que o progresso do reino
de DEUS é infalível na sua continuidade, no decurso de todas as épocas e até o
fim. Em determinado momento da história da igreja, a rebelião contra DEUS e sua
Palavra assumirá proporções espantosas. No dia do Senhor, cairá a ira de DEUS
contra os que rejeitarem a sua verdade (1Ts 5.2-9).
O triunfo final do reino de DEUS e sua justiça no mundo, portanto,
depende não do aumento gradual da igreja professa, mas da intervenção final de DEUS,
quando Ele se manifestará ao mundo com justo juízo (Ap 19—22; ver 2Ts 2.7,8; 1Tm 4.1; 2Pe 3.10-13;
Jd).
Um evento determinante deverá ocorrer antes do aparecimento do
“homem do pecado” e do Dia do Senhor começar (2.2,3), que é a saída de alguém
(2.7) ou de algo, que “detém”, resiste, ou refreia o “mistério da injustiça” e
o “homem do pecado” (2.3-7). Quando o restringidor do “homem do pecado’’ for
retirado, então poderá começar o Dia do Senhor (2.6,7).
O que agora o detém é, sem dúvida, uma referência ao ESPÍRITO SANTO , pois somente Ele tem poder de deter a
iniqüidade, o homem do pecado e Satanás (2.6). Esse que agora o detém ou
resiste (2.7), leva no grego o artigo definido masculino e ao mesmo tempo o
artigo definido neutro, em 2.6 (“o que o detém”). De modo semelhante, a palavra
“ESPÍRITO ” na língua grega pode levar pronome masculino ou neutro (ver Gn 6.3; Jo 16.8; Rm 8.13;
ver Gl
5.17, sobre a obra do ESPÍRITO SANTO
a restringir o pecado).
No começo dos sete anos de tribulação, o ESPÍRITO SANTO será “afastado” (v. 7). Isso não significa ser
Ele tirado do mundo, mas que cessará sua influência restritiva à iniqüidade e
ao surgimento do Anticristo. Todas as restrições contra o pecado serão
removidas, e começará a rebelião inspirada por Satanás. O ESPÍRITO SANTO , todavia, agirá na terra durante a
tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados, convertendo-as a CRISTO e dando-lhes poder (Ap 7.9, 14; 11.1-11; 14.6,7).
Retirando-se o ESPÍRITO SANTO
, cessará a inibição à aparição do “homem do pecado”, no cenário terreno
(2.3,4). DEUS então liberará uma influência poderosa enganadora sobre todos os
que se recusam a amar a verdade de DEUS (ver 2.11); os tais aceitarão as
imposturas do homem do pecado, e a sociedade humana descerá a uma depravação
jamais vista.
A ação do ESPÍRITO SANTO restringindo o pecado é levada a efeito em
grande parte através da igreja, que é o templo do ESPÍRITO SANTO (1Co 3.16; 6.19).
Por isso, muitos expositores da Bíblia acreditam que a saída do ESPÍRITO SANTO é
uma clara indicação de que o arrebatamento dos santos ocorrerá nessa ocasião (1Ts 4.17).
Noutras palavras, a volta de CRISTO , para levar a igreja e livrá-la
da ira vindoura (1Ts 1.10),
ocorrerá antes do início do Dia do Senhor e da manifestação do “homem do
pecado” (ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA).
Entende-se, nos meios eruditos da Bíblia, que o restringente em 2.6
(no gênero neutro) refere-se ao ESPÍRITO SANTO e
seu ministério de conter a iniqüidade, ao passo que em 2.7, “um que, agora” (no
gênero masculino) refere-se aos crentes reunidos a CRISTO e tirados daqui, i.e., arrebatados ao encontro
do Senhor nos ares, a fim de estarem sempre com Ele (1Ts 4.17).
AS ATIVIDADES DO ANTICRISTO. Ao começar o Dia do Senhor, “o iníquo”
aparecerá neste mundo. Trata-se, no meios eruditos da Bíblia, de um governante
mundial que fará aliança com Israel por sete anos, antes do fim da presente era
(ver Dn
9.27).
A verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e
meio mais tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante
mundial, declarar ser DEUS, profanar o templo de Jerusalém (ver o estudo A
GRANDE TRIBULAÇÃO), proibir a adoração a DEUS (ver 2.4, 8,9) e assolar a terra
de Israel (ver Dn
9.27; 11.36-45).
O Anticristo declarará ser DEUS, e perseguirá severamente quem
permanecer leal a CRISTO (Ap
6,7; 13.7, 15-18; ver Dn 7.8, 24,25).
Exigirá adoração, certamente sediada num grande templo que será usado como
centro de seus pronunciamentos (cf. Dn 7.8, 25; 8.4; 11.31, 36). O
homem aspira tornar-se divino desde a criação (ver 2.8; Ap 13.8,12;
ver também o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO).
O “homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais,
maravilhas e milagres a fim de propagar o engano (2.9). “Prodígios de mentira”
significa que seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para
enganar as pessoas e levá-los a crer na mentira. (a) Tais demostrações
possivelmente serão vistas no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas
ficarão impressionadas, enganadas por esse líder altamente convincente, por não
darem a devida importância à Palavra de DEUS nem ter amor às suas verdades
(2.9-12). (b) Tanto as palavras de Paulo (2.9), quanto as de JESUS (Mt 24.24) devem despertar os
crentes para o fato de que nem todo milagre provém de DEUS. Aparentes
“manifestações do ESPÍRITO ” (1Co
12.7-10) ou fênomenos supostamente vindos da parte de DEUS devem ser
provados à base da obediência a CRISTO e
às Escrituras, por parte da pessoa atuante.
A DERROTA DO ANTICRISTO. No fim da tribulação, Satanás congregará
muitas nações no Armagedom, sob o comando do Anticristo, e guerrearão contra DEUS
e o seu povo numa batalha que envolverá o mundo inteiro (ver Dn 11.45; Ap 16.16).
Quando isso ocorrer, CRISTO voltará e
intervirá de modo sobrenatural, destruindo o Anticristo, seus exércitos e todos
os que não obedecem ao evangelho (ver Ap
19.15-21). A seguir, CRISTO prenderá
Satanás e estabelecerá seu reino na terra (20.1-6).
A GRANDE TRIBULAÇÃO
Mt
24.21. “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o
princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá
jamais.”
Começando com 24.15, JESUS trata de sinais especiais que ocorrerão
durante a grande tribulação (as expressões “grande aflição”, de 24.21, e
“grande tribulação”, de Ap 7.14,
são idênticas no grego). Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito
próximo (24.15-29). São sinais conducentes à, e indicadores da volta de CRISTO à terra, depois da tribulação (24.30,31; cf. Ap
19.11-20.4).
O maior desses sinais é “a abominação da desolação” (24.15), um
fato específico e visível, que adverte os fiéis vivos durante a grande
tribulação de que a vinda de CRISTO à
terra está prestes a ocorrer. Esse sinal-evento, visível, relaciona-se
primeiramente com a profanação do templo judaico daqueles dias em Jerusalém,
pelo Anticristo (ver Dn
9.27; 1Jo
2.18; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). O Anticristo, também
chamado o homem do pecado, colocará uma imagem dele mesmo no templo de DEUS,
declarando ser ele mesmo DEUS (2Ts 2.3,4; Ap 13.14,15).
Seguem-se fatos salientes a respeito desse evento crítico.
A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final da
tribulação, que culmina com a volta de CRISTO à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom
(24.21,29,30; ver Dn
9.27; Ap
19.11-21).
Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse
evento (“Quando, pois, virdes”,
, poderão saber com bastante aproximação quando terminará a
tribulação, época em que CRISTO voltará
à terra (ver 24.33). O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é
mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias
(ver Dn
9.25-27; Ap
11.1,2; 12.6; 13.5-7).
Por causa da grande expectativa da volta de CRISTO (24.33), os santos daqueles dias devem
acautelar-se quanto a informes afirmando que CRISTO já voltou. Tais informes serão falsos
(24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será visível e
conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7).
Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a
serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).
JESUS admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta
para discernir esses profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos
sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e
que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo,
torcerão e rejeitarão a verdade da Palavra de DEUS (ver 7.22; Gl 1.9;
ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO).
Noutra parte, as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem
o espírito que atua nos
mestres, líderes e pregadores (ver 1Jo 4.1). DEUS
permite o engano acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes no tocante
ao seu amor por Ele e sua lealdade às Sagradas Escrituras (Dt). Serão dias
difíceis, pois JESUS declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o engano
religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os escolhidos”
(i.e., os crentes dedicados) discernirem entre a verdade e o erro (ver 1Tm 4.16; Tg 1.21;
ver o estudo ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO).
Quem entre o povo de DEUS não amar a verdade será enganado. Não
terá mais oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do
Anticristo (ver 2Ts
2.11).
Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico de
terrível sofrimento e tribulação para todos que viverem na terra. Observe:
Será de âmbito mundial (ver Ap 3.10).
(2) Será o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da
humanidade (Dn
12.1; Mt
24.21). (3) Será um tempo terrível de sofrimento para os judeus (Jr 30.5-7).
(4) O período será controlado pelo “homem do pecado” (i.e., o Anticristo; cf. Dn 9.27; Ap 13.12;
ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). (5) Os fiéis da igreja de CRISTO recebem a promessa de livramento e “escape”
dos tempos da tribulação (ver Lc 21.36; 1Ts 5.8-10; Ap 3.10).
(6) Durante o período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em
JESUS CRISTO e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap 7.9-17; 14.6,7).
(7) Será um tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos
quantos permanecerem fiéis a DEUS (Ap 12.17; 13.15).
(8) Será um tempo de ira de DEUS e de juízo seu contra os ímpios (1Ts
11; Ap
6.16,17).
(9) A declaração de JESUS de que aqueles dias serão abreviados (24.22) não
pressupõe a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo
contrário, parece indicar que o período é tão terrível que se não fosse de
curta duração a totalidade da raça humana seria destruída. (10) A grande
tribulação terminará quando vier JESUS CRISTO em glória, com sua noiva (Ap
, para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e
destruição dos ímpios (Ez
20.34-38; Mt 24.29-31; Lc
19.11-27; Ap
19.11-21). (11) Não devemos confundir essa fase da vinda de JESUS, no fim
da grande tribulação, com a sua descida imprevista do céu, em 24.42, a qual
ocorrerá num momento diferente do da sua volta final, no fim da tribulação.
(12) O trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação
de sete anos de duração é encontrado em Ap 6-18.
FALSOS MESTRES
Mc 13.22: “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e
farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os
escolhidos
DESCRIÇÃO. O crente da atualidade precisa estar informado de que
pode haver, nas igrejas, diversos obreiros corrompidos e distanciados da
verdade, como os mestres da lei de DEUS, nos dias de JESUS (Mt 24.11,24). JESUS
adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a CRISTO é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo
escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e
outros obreiros são aquilo que dizem ser.
Esses obreiros “exteriormente pareceis justos aos homens” (Mt 23.28). Aparecem “vestidos
como ovelhas” (Mt 7.15).
Podem até ter uma mensagem firmemente baseada na Palavra de DEUS e expor altos
padrões de retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de DEUS e no
seu reino, demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar
amor a todas as pessoas. Parecerão ser grandes ministros de DEUS, líderes
espirituais de renome, ungidos pelo ESPÍRITO SANTO . Poderão realizar milagres, ter grande
sucesso e multidões de seguidores (ver Mt 7.21-23;
24.11,24; 2Co
11.13-15).
Todavia, esses homens são semelhantes aos falsos profetas dos
tempos antigos (ver Dt
13.3; 1Rs 18.40; Ne 6.12; Jr 14.14; Os 4.15), e
aos fariseus do NT. Longe das multidões, na sua vida em particular, os fariseus
entregavam-se à “rapina e de iniqüidade” (Mt 23.25), “cheios de ossos
de mortos e de toda imundícia” (Mt
23.27), “cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt 23.28). Sua vida na
intimidade é marcada por cobiça carnal, imoralidade, adultério, ganância e
satisfação dos seus desejos egoístas.
De duas maneiras, esses impostores conseguem uma posição de
influência na igreja. (a) Alguns falsos mestres e pregadores iniciam seu
ministério com sinceridade, veracidade, pureza e genuína fé em CRISTO . Mais
tarde, por causa do seu orgulho e desejos imorais, sua dedicação pessoal e amor
a CRISTO desaparecem lentamente. Em
decorrência disso, apartam-se do reino de DEUS (1Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5,6) e
se tornam instrumentos de Satanás, disfarçados em ministros da justiça (ver 2Co
. (b) Outros falsos mestres e pregadores nunca foram crentes
verdadeiros. A serviço de Satanás, eles estão na igreja desde o início de suas
atividades (Mt
13.24-28,36-43).
Satanás tira partido da sua habilidade e influência e promove o seu sucesso. A
estratégia do inimigo é colocá-los em posições de influência para minarem a
autêntica obra de CRISTO . Se forem descobertos ou desmascarados, Satanás sabe
que grandes danos ao evangelho advirão disso e que o nome de CRISTO será menosprezado publicamente.
A PROVA. Quatorze vezes nos Evangelhos, JESUS advertiu os
discípulos a se precaverem dos líderes enganadores (Mt 7.15; 16.6,11; 24.4,24; Mc
4.24; 8.15; 12.38-40; 13.5; Lc 12.1; 17.23;20.46; 21.8).
Noutros lugares, o crente é exortado a pôr à prova mestres, pregadores e
dirigentes da igreja (1Ts 5.21; 1 Jo 4.1).
Seguem-se os passos para testar falsos mestres ou falsos profetas:
Discernir o caráter da pessoa. Ela tem uma vida de oração
perseverante e manifesta uma devoção sincera e pura a DEUS? Manifesta o fruto
do ESPÍRITO (Gl 5.22,23),
ama os pecadores (Jo
3.16), detesta o mal e ama a justiça (Hb 1.9) e
fala contra o pecado (Mt 23;
Lc
3.18-20)?
Discernir os motivos da pessoa. O líder cristão verdadeiro procurará
fazer quatro coisas: (a) honrar a CRISTO (2Co 8.23; Fp 1.20);
(b) conduzir a igreja à santificação (At 26.18; 1Co 6.18; 2Co 6.16-18);
(c) salvar os perdidos (1Co 9.19-22); e
(d) proclamar e defender o evangelho de CRISTO e dos seus apóstolos (ver Fp 1.16; Jd 3).
Observar os frutos da vida e da mensagem da pessoa. Os frutos dos
falsos pregadores comumente consistem em seguidores que não obedecem a toda a
Palavra de DEUS (ver Mt
7.16).
Discernir até que ponto a pessoa se baseia nas Escrituras. Este é
um ponto fundamental. Ela crê e ensina que os escritos originais do AT e do NT
são plenamente inspirados por DEUS, e que devemos observar todos os seus
ensinos (ver 2Jo
9-11; ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS)? Caso
contrário, podemos estar certos de que tal pessoa e sua mensagem não provêm de DEUS.
Finalmente, verifique a integridade da pessoa quanto ao dinheiro do
Senhor. Ela recusa grandes somas para si mesma, administra todos os assuntos
financeiros com integridade e responsabilidade, e procura realizar a obra de DEUS
conforme os padrões do NT para obreiros cristãos? (1Tm 3.3; _
6.9,10).
Apesar de tudo que o crente fiel venha a fazer para avaliar a vida
e o trabalho de tais pessoas, não deixará de haver falsos mestres nas igrejas,
os quais, com a ajuda de Satanás, ocultam-se até que DEUS os desmascare e
revele aquilo que realmente são.
Ef
1.4,5
“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos
santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou para filhos
de adoção por JESUS CRISTO , para si mesmo, segundo o beneplácito de sua
vontade.”
ELEIÇÃO. A escolha por DEUS daqueles que crêem em CRISTO é uma doutrina importante (ver Rm 8.29-33; 9.6-26; 11.5, 7, 28; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13; Tt 1.1). A
eleição (gr. eklegoe) refere-se à escolha feita por DEUS, em CRISTO , de um
povo para si mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (cf. 2Ts 2.13).
Essa eleição é uma expressão do amor de DEUS, que recebe como seus todos os que
recebem seu Filho JESUS (Jo 1.12). A
doutrina da eleição abarca as seguintes verdades:
A eleição é cristocêntrica, i.e., a eleição de pessoas ocorre
somente em união com JESUS CRISTO . DEUS nos elegeu em CRISTO para a salvação (1.4; ver v. 1). O próprio CRISTO
é o primeiro de todos os eleitos de DEUS.
A respeito de JESUS, DEUS declara: “Eis aqui o meu servo, que escolhi” (Mt 12.18; cf. Is 42.1,6; 1Pe 2.4).
Ninguém é eleito sem estar unido a CRISTO pela fé.
A eleição é feita em CRISTO , pelo seu sangue; “em quem [CRISTO ]...
pelo seu sangue” (1.7). O propósito de DEUS, já antes da criação (1.4), era ter
um povo para si mediante a morte redentora de CRISTO na cruz. Sendo assim, a eleição é fundamentada
na morte sacrificial de CRISTO , no Calvário, para nos salvar dos nossos
pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).
A eleição em CRISTO é em
primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um povo (1.4,5, 7, 9; 1Pe 1.1;
. Os eleitos são chamados “o seu [CRISTO ] corpo” (1.23; 4.12),
“minha igreja” (Mt 16.18),
o “povo adquirido” por DEUS (1Pe 2.9) e
a “noiva” de CRISTO (Ap 21.9). Logo, a eleição é
coletiva e abrange o ser humano como indivíduo, somente à medida que este se
identifica e se une ao corpo de CRISTO , a igreja verdadeira (1.22,23; ver
Robert Shank, Elect in the Son (Eleitos no Filho). É uma eleição como a de
Israel no AT (ver Dt 29.18-21;
2Rs 21.14).
A eleição para a salvação e a santidade do corpo de CRISTO são inalteráveis. Mas individualmente a
certeza dessa eleição depende da condição da fé pessoal e viva em JESUS CRISTO ,
e da perseverança na união com Ele. O apóstolo Paulo demonstra esse fato da
seguinte maneira: (a) O propósito eterno de DEUS para a igreja é que sejamos
“santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4). Isso se refere tanto ao perdão
dos pecados (1.7) como à santificação e santidade. O povo eleito de DEUS está
sendo conduzido pelo ESPÍRITO SANTO em direção à santificação e à santidade (ver Rm 8.14; Gl 5.16-25). O
apóstolo enfatiza repetidas vezes o propósito supremo de DEUS (ver 2.10;
3.14-19; 4.1-3, 13,14; 5.18). (b) O cumprimento desse propósito para a igreja
como corpo não falhará: CRISTO a
apresentará “a si mesmo igreja gloriosa... santa e irrepreensível” (5.27). (c)
O cumprimento desse propósito para o crente como indivíduo dentro da igreja é
condicional. CRISTO nos apresentará
“santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4), somente se continuarmos na fé. A
Bíblia mostra isso claramente: CRISTO irá “vos apresentar santos, e irrepreensíveis,
e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos
moverdes da esperança do evangelho” (Cl 1.22,23).
A eleição para a salvação em CRISTO é oferecida a todos (Jo 3.16,17; 1Tm 2.4-6; Tt 2.11; Hb
, e torna-se uma realidade para cada pessoa consoante seu prévio
arrependimento e fé, ao aceitar o dom da salvação em CRISTO (2.8; 3.17; cf. At 20.21; Rm 1.16; 4.16).
Mediante a fé, o ESPÍRITO SANTO admite o crente ao corpo eleito de CRISTO (a igreja) (1 Co 12.13), e
assim ele torna-se um dos eleitos. Daí, tanto DEUS quanto o homem têm
responsabilidade na eleição (ver Rm 8.29; 2Pe 1.1-11).
A PREDESTINAÇÃO. A predestinação (gr. proorizo) significa “decidir
de antemão” e se aplica aos propósitos de DEUS inclusos na eleição. A eleição é
a escolha feita por DEUS, “em CRISTO ”, de um povo para si mesmo (a igreja
verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de DEUS (todos os
crentes genuínos em CRISTO ).
DEUS predestina seus eleitos a serem: (a) chamados (Rm 8.30); justificados (Rm 3.24; 8.30);
(c) glorificados (Rm 8.30);
(d) conformados à imagem do Filho (Rm 8.29); (e) santos e
inculpáveis (1.4); (f) adotados como filhos (1.5); (g) redimidos (1.7); (h)
participantes de uma herança (1.14); (i) para o louvor da sua glória (1.12; 1Pe 2.9);
(j) participantes do ESPÍRITO SANTO (1.13; Gl 3.14); e
(l) criados em CRISTO JESUS para boas
obras (2.10).
A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo
de CRISTO (i.e., a verdadeira igreja), e
abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em JESUS
CRISTO (15, 7, 13; cf. At 2.38-41;
16.31).
RESUMO. No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a
analogia de um grande navio viajando para o céu. DEUS escolhe o navio (a
igreja) para ser sua própria nau. CRISTO é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que
desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em CRISTO .
Enquanto permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os
eleitos. Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos
eleitos. A predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS preparou
para quem nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio eleito
mediante JESUS CRISTO .
A INSPIRAÇÃO E A
AUTORIDADE DAS ESCRITURAS
2Tm 3.16,17 “Toda Escritura
divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir,
para instruir em justiça, para que o homem de DEUS seja perfeito e
perfeitamente instruído para toda boa obra.”
O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2Tm 3.16, refere-se principalmente aos escritos do AT (3.15).
Há evidências, porém, de que escritos do NT já eram considerados Escritura
divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2Tm (1Tm 5.18, cita Lc 10.7; 2Pe 3.15,16). Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos
escritos divinamente inspirados tanto do AT quanto do NT, i.e., a Bíblia. São
(os escritos) a mensagem original de DEUS para a humanidade, e o único testemunho
infalível da graça salvífica de DEUS para todas as pessoas.
(1)
Paulo afirma que
toda a Escritura é inspirada por DEUS. A palavra “inspirada” (gr.
theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que significa “DEUS”,
e pneuo, que significa “respirar”. Sendo assim, “inspirado” significa
“respirado por DEUS”. Toda a Escritura, portanto, é respirada por DEUS; é a
própria vida e Palavra de DEUS. A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos
originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e
infalível. Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata
da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro em
tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos (cf. 2Pe 1.20,21; note também a atitude do salmista para com as
Escrituras no Sl 119).
(2)
Os escritores do AT
estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a
Palavra de DEUS (ver Dt 18.18; 2Sm 23.2). Repetidamente os profetas iniciavam suas
mensagens com a expressão: “Assim diz o Senhor”.
(3)
JESUS também ensinou
que a Escritura é a inspirada Palavra de DEUS até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18). Afirmou, também, que tudo quanto
Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo 5.19, 30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação divina ainda futura (i.e.,
a verdade revelada do restante do NT), da parte do ESPÍRITO SANTO através dos apóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).
(4)
Negar a inspiração
plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho
fundamental de JESUS CRISTO (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27, 44,45; Jo 10.35), do ESPÍRITO SANTO
(Jo 15.26; 16.13; 1Co 2.12-13; 1Tm 4.1) e dos apóstolos (3.16;
2Pe 1.20,21). Além disso, limitar ou descartar a sua
inerrância é depreciar sua autoridade divina.
(5)
Na sua ação de
inspirar os escritores pelo seu ESPÍRITO , DEUS, sem violar a personalidade
deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (3.16; 2Pe 1.20,21; ver 1Co 2.12,13).
(6)
A inspirada Palavra
de DEUS é a expressão da sabedoria e do caráter de DEUS e pode, portanto,
transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em CRISTO (Mt 4.4; Jo 6.63; 2Tm 3.15; 1Pe 2.2).
(7)
As Sagradas
Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de DEUS, na sua atividade
salvífica a favor da humanidade, em CRISTO JESUS. Por isso, as Escrituras são
incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma
palavra de homens ou declarações de instituições religiosas igualam-se à
autoridade delas.
(8)
Qualquer doutrina,
comentário, interpretação, explicação e tradição deve ser julgado e validado
pelas palavras e mensagem das Sagradas Escrituras (ver Dt 13.3).
(9)
As Sagradas
Escrituras como a Palavra de DEUS devem ser recebidas, cridas e obedecidas como
a autoridade suprema em todas as coisas pertencentes à vida e à piedade (Mt 5.17-19; Jo 14.21; 15.10; 2Tm 3.15,16; ver Êx 20.3). Na igreja, a
Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões de ensino, de
repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na justiça (2Tm 3.16,17). Ninguém pode submeter-se ao senhorio de CRISTO sem estar submisso a DEUS e à sua Palavra como
a autoridade máxima (Jo 8.31,32, 37).
(10)
Só podemos entender
devidamente a Bíblia se estivermos em harmonia com o ESPÍRITO SANTO . É Ele quem abre as nossas mentes para
compreendermos o seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da sua
autoridade (ver 1Co 2.12).
(11)
Devemos nos firmar
na inspirada Palavra de DEUS para vencer o poder do pecado, de Satanás e do
mundo em nossas vidas (Mt 4.4; Ef 6.12,17; Tg 1.21).
(12)
Todos na igreja
devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro, tendo-as como a
única verdade de DEUS para um mundo perdido e moribundo. Devemos manter puras
as suas doutrinas, observando fielmente os seus ensinos, proclamando a sua
mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e defendendo-as contra todos
que procuram destruir ou distorcer suas verdades eternas (ver Fp 1.16; 2Tm 1.13,14; 2.2; Jd 3). Ninguém tem
autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura (ver Dt 4.2; Ap 22.19).
(13)
Um fato final a ser
observado aqui. A Bíblia é infalível na sua inspiração somente no texto
original dos livros que lhe são inerentes. Logo, sempre que acharmos nas
Escrituras alguma coisa que parece errada, ao invés de pressupor que o escritor
daquele texto bíblico cometeu um engano, devemos ter em mente três
possibilidades no tocante a um tal suposto problema: (a) as cópias existentes
do manuscrito bíblico original podem conter inexatidão; (b) as traduções
atualmente existentes do texto bíblico grego ou hebraico podem conter falhas;
ou (c) a nossa própria compreensão do texto bíblico pode ser incompleta ou
incorreta.
A PALAVRA DE DEUS
Is 55.10,11 “Porque, assim como
descem a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra e a
fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim
será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes,
fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.”
A NATUREZA DA PALAVRA DE DEUS. A expressão “a palavra de DEUS”
(também “a palavra do Senhor”, ou simplesmente “a palavra”) possui várias
aplicações na Bíblia. (1) Obviamente, refere-se, em primeiro lugar, a tudo
quanto DEUS tem falado diretamente. Quando DEUS falou a Adão e Eva (e.g., Gn 2.16.17; Gn 3.9-19). o que Ele lhes disse era, de fato, a palavra de DEUS.
De modo semelhante. Ele se dirigiu a Abraão (e.g.. Gn 12.1-3). a Isaque (e.g.. Gn 26.1-5). a Jacó (e.g.. Gn 28.13-15) e a Moisés (e.g.. Êx 3-4).
DEUS também falou à totalidade da nação de Israel. no monte Sinai. ao
proclamar-lhe os dez mandamentos (ver Êx 20.1-19). As palavras que os israelitas ouviram eram palavras
de DEUS. (2) Além da fala direta. DEUS ainda falou através dos PROFETAS. Quando eles se
dirigiam ao povo de DEUS. assim introduziam as suas declarações: “Assim diz o
Senhor”. ou “Veio a mim a palavra do Senhor”. Quando. portanto. os israelitas
ouviam as palavras do profeta. ouviam. na verdade. a palavra de DEUS. (3) A
mesma coisa pode ser dita a respeito do que os apóstolos falaram no NT. Embora
não introduzissem suas palavras com a expressão “assim diz o Senhor”. o que
falavam e proclamavam era. verdadeiramente. a palavra de DEUS. O sermão de
Paulo ao povo de Antioquia da Pisídia (At 13.14-41). por exemplo. criou
tamanha comoção que. “no sábado seguinte. ajuntou-se quase toda a cidade a
ouvir a palavra de DEUS” (At 13.44). O próprio Paulo assegurou aos
tessalonicenses que. “havendo recebido de nós a palavra da pregação de DEUS. a
recebestes. não como palavra de homens. mas (segundo é. na verdade) como
palavra de DEUS” (1Ts 2.13; cf. At 8.25). (4) Além disso. tudo quanto JESUS
falava era palavra de DEUS. pois Ele. antes de tudo. é DEUS (Jo 1.1.18; 10.30; 1Jo 5.20). Lucas. escritor do terceiro evangelho. declara
explicitamente que. quando as pessoas ouviam a JESUS. ouviam na verdade a
palavra de DEUS (Lc 5.1). Note como.
em contraste com os profetas do AT. JESUS introduzia seus ditos: Eu “vos
digo...” (e.g.. Mt 5.18.20.22.23.32.39;
11.22.24; Mc 9.1; 10.15; Lc 10.12; 12.4; Jo 5.19; 6.26; 8.34). Noutras palavras. Ele tinha dentro de si mesmo a
autoridade divina para falar a palavra de DEUS. É tão importante ouvir as
palavras de JESUS. pois “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou
tem a vida eterna e não entrará em condenação” (Jo 5.24). JESUS, na realidade, está tão estreitamente
identificado com a palavra de DEUS que é chamado “o Verbo” [“a Palavra”] (Jo 1.1.14; 1Jo 1.1; Ap 19.13 16; ver Jo 1.1). (5) A palavra de DEUS
é o registro do que os profetas. apóstolos e JESUS falaram. i.e.. a própria
Bíblia. No NT. quer um escritor usasse a expressão “Moisés disse”. “Davi
disse”, “o ESPÍRITO SANTO diz”. ou “DEUS diz”. nenhuma diferença fazia
(ver At 3.22; Rm 10.5.19; Hb 3.7; 4.7); pois o que estava
escrito na Bíblia era. sem dúvida alguma. a palavra de DEUS (ver o estudo A
INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS). (6) Mesmo não estando no mesmo
nível das Escrituras. a proclamação feita pelos autênticos pregadores ou
profetas. na igreja de hoje. pode ser chamada a palavra de DEUS. (a) Pedro
indicou que. a palavra que seus leitores recebiam mediante a pregação. era
palavra de DEUS (1Pe 1.25). e Paulo mandou Timóteo “pregar a Palavra” (2Tm 4.2). A pregação.
porém. não pode existir independentemente da Palavra de DEUS.
Na realidade. o teste para se determinar se a palavra de DEUS
está sendo proclamada num sermão. ou mensagem. é se ela corresponde exatamente
à Palavra de DEUS escrita (ver o estudo FALSOS MESTRES). (b) O que se
diz de uma pessoa que recebe uma profecia. ou revelação. no âmbito do culto de
adoração (1Co 14.26-32)? Ela está recebendo. ou não. a palavra de DEUS?
A resposta é um “sim”. Paulo assevera que semelhantes mensagens estão sujeitas
à avaliação por outros profetas. Todavia. há a possibilidade de tais profecias
não serem palavra de DEUS (ver 1Co 14.29). É somente em sentido secundário que os profetas. hoje.
falam sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO
; sua revelação jamais deve ser elevada à categoria da inerrância (ver 1Co 14.31 ).
O PODER DA PALAVRA DE DEUS. A palavra de DEUS permanece
firme nos céus (Sl 119.89; Is 40.8; 1Pe 1.24.25). Não é. porém. estática; é dinâmica e poderosa
(cf. Hb 4.12). pois realiza grandes coisas (55.11).
(1) A palavra de DEUS é criadora. Segundo a narrativa da
criação. as coisas vieram a existir à medida que DEUS
falava a sua palavra (e.g.. Gn 1.3.4.6.7.9).
Tal fato é resumido pelo salmista: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os
céus” (Sl 33.6. 9); e pelo escritor aos Hebreus: “Pela fé.
entendemos que os mundos. pela palavra de DEUS. foram criados”
(Hb 11.3; cf. 2Pe 3.5). De
conformidade com João. a Palavra que DEUS usou para criar todas as coisas foi JESUS
CRISTO (Jo 1.1-3). (2) A palavra de DEUS sustenta a criação. Nas
palavras do escritor aos Hebreus. DEUS sustenta “todas as coisas pela palavra
do seu poder” (Hb 1.3; ver também Sl 147.15-18). Assim como a palavra criadora. essa palavra
relaciona-se com JESUS CRISTO segundo
Paulo insiste: “todas as coisas subsistem por ele [JESUS]” (Cl 1.17). (3) A palavra de DEUS tem o poder de outorgar vida
nova. Pedro testifica que nascemos de novo “pela palavra de DEUS. viva e que
permanece para sempre” (1Pe 1.23; cf. 2 Tm 3.15; Tg 1.18). É por essa razão que o próprio JESUS é chamado o Verbo
da vida (1Jo 1.1). (4) A palavra de DEUS também libera graça. poder e
revelação. por meio dos quais os crentes crescem na fé e na sua dedicação a JESUS
CRISTO . Isaías emprega um expressivo quadro verbal: assim como a água
proveniente do céu faz as coisas crescerem. assim a palavra que sai da boca de DEUS
nos leva a crescer espiritualmente (55.10.11). Pedro ecoa o mesmo
pensamento ao escrever que. ao bebermos do leite puro da palavra de DEUS.
crescemos em nossa salvação (1Pe 2.2). (5) A palavra de DEUS
é a arma que o Senhor nos proveu para lutarmos contra Satanás (Ef 6.17; cf.Ap 19.13-15). JESUS derrotou Satanás. pois fazia uso da
Palavra de DEUS: “Está escrito” (i.e.. “consta como a Palavra infalível de DEUS”;
cf. Lc 4.1-11;
ver Mt 4.1-11). (6) Finalmente. a palavra de DEUS tem o poder de nos
julgar. Os profetas do AT e os apóstolos do NT freqüentemente pronunciavam
palavras de juízo recebidas do Senhor. O próprio JESUS assegurou que a sua
palavra condenará os
que o rejeitarem (Jo 12.48). E o autor aos Hebreus escreve que a poderosa palavra
de DEUS julga “os pensamentos e intenções do coração” (ver Hb 4.12). Noutras palavras: os que optam por desconsiderar a
palavra de DEUS. acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.
NOSSA ATITUDE ANTE A PALAVRA DE DEUS. A Bíblia descreve.
em linguagem clara e inconfundível. como devemos proceder quanto a palavra de DEUS
em suas diferentes expressões. Devemos ansiar por ouvi-la (1.10; Jr 7.1.2; At 17.11) e
procurar compreendê-la (Mt 13.23).
Devemos louvar. no Senhor. a palavra de DEUS (Sl 56.4.10). amá-la (Sl 119.47.113). e dela fazer a
nossa alegria e deleite (Sl 119.16.47). Devemos aceitar o que a palavra de DEUS diz (Mc
4.20; At 2.41; 1Ts 2.13). ocultá-la nas profundezas de nosso coração (Sl 119.11). confiar nela (Sl 119.42). e colocar a nossa esperança em suas promessas (Sl 119.74.81.114; 130.5). Acima de tudo. devemos obedecer ao que ela ordena (Sl 119.17.67; Tg 1.22-24) e viver de acordo com seus ditames (Sl. DEUS
conclama os que ministram a palavra (cf. 1Tm 5.17) a manejá-la corretamente (2Tm 2.15 e a pregá-la fielmente (2Tm 4.2). Todos os crentes
são convocados a proclamarem a palavra de DEUS por onde quer que forem (At
8.4).
SUBSÍDIOS
EBD Pecc (Programa de Educação Cristã
Continuada) | 4° Trimestre De 2022 | Tema: MARCOS – O
Evangelho do Servo JESUS | Escola Bíblica Dominical |
Lição 10 – MARCOS 13 – O Servo Revela o Futuro
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é
igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Marcos 13 há 37 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com
todos os presentes, Marcos 13.1-23 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia
de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Olá,
professor(a)! Neste encontro, vamos estudar o Sermão Profético. Veremos o
cuidado pastoral de JESUS revelado nos avisos que nos deixou acerca do que
ocorrerá antes da sua volta.
No tempo em que vivemos, cheio de tantas situações extremas, o
cristão precisa “ler” os acontecimentos atuais à luz das profecias deste
sermão. Apesar de profetizar um tempo de dores, JESUS nos encorajou ao garantir
que em tudo somos capacitados pelo ESPÍRITO e que, ainda que haja sofrimento, o maligno
nunca prevalecerá.
Aleluia! Por serem profecias de sentido reiterado, certamente ainda
se cumprirão. Quanto a nós, permaneçamos firmes a fim de alcançarmos a glória
reservada aos que forem fiéis.
OBJETIVOS
• Anunciar com altivez as profecias de JESUS, para que
muitos creiam.
• Praticar uma fé madura, capaz de reconhecer os sinais profetizados.
• Cultivar uma fé ativa em favor dos irmãos até que tudo seja
cumprido.
PARA COMEÇAR A AULA
Os temas escatológicos merecem tratamento cuidadoso. Comece
explicando aos irmãos que algumas profecias podem ter sentido reiterado, ou
seja, que algumas podem ter se cumprido no passado, mas, ainda assim, tornarão
a se cumprir. Fatos como o sacrilégio cometido por Antíoco são apenas figuras
do que ainda virá. Mostre aos irmãos que o crente maduro observa atentamente os
fatos históricos atuais com prudência e crendo que muitos anunciam a próxima
vinda de JESUS.
LEITURA ADICIONAL
“Sem dúvida, as tribulações fazem parte da vida de todos os homens,
desde o dia em que Adão pecou. Essas tribulações vieram junto com os espinhos e
abrolhos. (…) Todavia, há tribulações especiais, às quais os crentes em JESUS CRISTO
estão sujeitos; e foi acerca dessas
tribulações que nosso Senhor os advertiu claramente. Os crentes devem esperar
tribulações da parte do mundo. Eles não podem esperar ajuda da parte de
‘governadores e reis´. Eles descobrirão que suas maneiras de agir e suas
doutrinas não os favorecem perante as autoridades.
Pelo contrário, com frequência serão encarcerados, espancados e
conduzidos à presença dos juízes, como se fossem malfeitores, sem qualquer
outro motivo senão a dedicação ao evangelho de CRISTO . Os crentes devem
esperar tribulações da parte de seus próprios parentes. (…) As pessoas de seu
próprio sangue e de sua própria carne, com frequência, haverão de se esquecer
de amar os crentes, porquanto odeiam a religião deles. Assim, em muitos casos,
os crentes descobrirão que a inimizade da mente carnal contra DEUS é mais forte
do que os próprios laços de família e sangue.
Faríamos bem em entesourar no coração essas instruções e ‘calcular
o custo’ de sermos crentes. Não devemos pensar como coisa estranha se a nossa
religião traz consigo algumas amarguras. (…) precisamos estar preparados para
enfrentar certa dose de dificuldades se somos crentes verdadeiros e decididos.
Devemos contentar-nos em ter de enfrentar a chacota, o ridículo, a zombaria, a
calúnia e até mesmo as perseguições. Às vezes, temos de ouvir palavras duras e
desagradáveis de nossos parentes mais próximos e queridos. O ‘escândalo da
cruz’ ainda não cessou. ‘O homem natural não aceita as coisas do espírito de DEUS,
porque lhe são loucura’ (1Co 2.14).
Aqueles que ‘nasceram segundo a carne’ perseguirão aqueles que
nasceram ‘segundo o ESPÍRITO ’ (Gl 4.29). A maior coerência na vida não será
capaz de impedir isso. Se já nos convertemos, então nunca nos devemos
surpreender ao descobrir que somos odiados por causa de CRISTO ”. Livro:
Meditações no Evangelho de Marcos (RYLE, John Charles. 2. ed., São José
dos Campos, SP: Editora Fiel, 2018, pp. 234-235).
TEXTO ÁUREO
“Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que
perseverar até o fim, esse será salvo.” Mc 13.13
LEITURA BÍBLICA PARA ESTUDO
Marcos 13.1-23
VERDADE PRÁTICA
A glória da volta de JESUS é maior do que qualquer perseguição que
enfrentemos por causa do Evangelho.
INTRODUÇÃO
I- PRINCÍPIO DAS DORES Mc 13.1-13
1- Destruição do templo e queda de Jerusalém Mc 13.2
2– Engano, guerras e calamidades naturais Mc 13.8
3– Perseguição e dissoluções familiares Mc 13.13
II- A GRANDE TRIBULAÇÃO Mc 13.14-23
1– Sacrilégio Mc 13.14a
2– Desespero Mc 13.14b
3– Angústia Mc 13.19
III- A VINDA DO FILHO DO HOMEM Mc 13.24-37
1– Retorno em glória Mc 13.26
2– A lição da figueira Mc 13.28
3– Exortação à vigilância Mc 13.37
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Marcos 13.7
Terça – Marcos 13.11
Quarta – Marcos 13.27
Quinta – Marcos 13.31
Sexta – Marcos 13.32
Sábado – Marcos 13.35
Hinos da Harpa: 323 – 74
INTRODUÇÃO
No capítulo 13 de Marcos, temos o famoso Sermão Profético ou Sermão
do Monte das Oliveiras (v. 3). Nele, JESUS profetiza a inesperada destruição do
templo e a trágica queda de Jerusalém. Porém, ao longo da narrativa, esses
eventos servem também como poderosas figuras escatológicas, ou seja,
sinalizações para eventos que ocorrerão ao final dos tempos.
I- PRINCÍPIO DAS DORES (Mc 13.1-13)
1- Destruição do templo e queda de Jerusalém (Mc 13.2) Mas JESUS
lhe disse: Vês estas grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra, que não
seja derribada.
Uma obra de restauração e ampliação do templo começou antes do
nascimento de JESUS, no governo de Herodes, o Grande, que buscava apoio
político dos judeus. Quando do discurso profético, esse trabalho no templo
ainda não estava finalizado, mas sua exuberância já era marcante, sendo motivo
de grande orgulho para os judeus (v. 1b; Lc 21.5). De fato, à época, o templo
de Jerusalém figurava entre as mais formidáveis construções da antiguidade.
Todavia, a expressão “ao sair JESUS do templo” (v. 1a), mais que
mera descrição física, simboliza uma definitiva ruptura espiritual lembrar, já
havia sido condenado como “covil de ladrões” (Mc 11.17) e simbolizado por uma
figueira que secou desde a raiz (Mc 11.12-20). Sua magnífica beleza exterior
contrastava com sua terrível podridão espiritual. Era chegado o momento de JESUS
profetizar sua destruição, literalmente.
De fato, em 70 d. C., Jerusalém foi duramente tomada pelas forças
do comandante romano Tito. O templo foi destruído, a cidade ficou em ruínas e
inúmeros judeus perderam suas vidas.
2- Engano, guerras e calamidades naturais (Mc 13.8) Porque se
levantará nação contra nação, e reino, contra reino. Haverá terremotos em
vários lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores.
Do alto do Monte das Oliveiras, defronte do templo, os quatro
discípulos que JESUS chamou por primeiro (Mc 1.16-20) pedem ao Servo, em
particular, mais detalhes sobre essa chocante profecia. Apenas Marcos cita seus
nomes (v. 3-4). Os discípulos querem conhecer o futuro, mas JESUS os direciona
com firmeza para o presente: “Vede que ninguém vos engane” (v. 5). O Servo
alerta seus discípulos sobre personagens que aparecerão com aparência
messiânica, enganando a muitos (v. 6).
Portanto, a primeira grande ameaça destacada por JESUS seria
interna, dentro da própria família de fé. Em seguida, JESUS menciona desavenças
humanas e calamidades naturais: guerras, rumores de guerras, terremotos e fomes
(v. 7-8). Ameaças que atingirão a crentes e não crentes. A menção a “princípio
das dores” é impactante, pois remete às dores de parto, espécie das mais
aflitivas – e tudo isso será só o “início” dessas dores.
3- Perseguição e dissoluções familiares (Mc 13.13) Sereis
odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao
fim, esse será salvo.
JESUS também profetiza duras perseguições a cristãos (v. 9 e 13).
Por todos os lados: de judeus e gentios, de autoridades religiosas e seculares
(v. 9) e mesmo de familiares (v. 12). Afinal, o servo não é maior que seu
senhor (Jo 15.20). Mateus narra mais dois elementos: multiplicação da
iniquidade e esfriamento generalizado do amor (24.12). Longe de qualquer
sucesso imediato, com primazia da verdade e paz, JESUS estava alertando a seus
seguidores que deveriam esperar exatamente o contrário: engano, guerras, frieza
e perseguição.
Chegou a hora de cada cristão carregar a sua própria cruz (Mc
8.34). Todavia, JESUS nos presenteia com três promessas consoladoras: a) as
portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja, pois o Evangelho será
pregado a todas as nações (v. 10; Mt 16.18b); b) seremos especialmente ajudados
pelo ESPÍRITO SANTO nos momentos mais difíceis (v. 11); c) aqueles
que permanecerem fiéis até o fim colherão gloriosa recompensa (v. 13).
II- A GRANDE TRIBULAÇÃO (Mc 13.14-23)
1- Sacrilégio (Mc 13.14a) Quando, pois, virdes o abominável da
desolação situado onde não deve estar…
“Abominável da desolação” ou “sacrilégio assolador” são termos que
remontam ao Profeta Daniel (9.27, 11.31 e 12.11), referindo-se à profanação do
templo de Jerusalém (Mt 24.15), liberando sofrimentos de magnitude
indescritível ao povo judeu. Em seu contexto original, referia-se à ação do
excêntrico general sírio Antíoco Epifânio que, em 167 a.C., erigiu um ídolo a
Zeus no templo e sacrificou um porco no altar do holocausto. Alguns fatos
históricos poderiam ser apontados como cumprimento dessa profecia:
a) entre 67-68 d.C., os zelotes assumiram o controle do santuário e
nomearam pessoa desqualificada como sumo sacerdote (Fanias), permitindo o
cometimento de homicídios dentro do santuário;
b) em 70 d.C., quando Jerusalém foi destruída, Tito e seus soldados entraram no
santuário, inclusive trazendo seus estandartes para dentro do templo.
É provável que essa profecia seja de cumprimento complexo e
reiterado, referindo-se a essas evidentes profanações do templo, todavia também
apontando para tristes eventos relacionados ao fim dos tempos, no cenário do
anticristo (Ap 13; 2Ts 2.3-4).
2- Desespero (Mc 13.14b) …Os que estiverem na Judéia, fujam para os
montes.
JESUS profetiza que o sacrilégio desolador desencadeará uma onda de
desespero geral, com fuga às pressas. Neste ponto, rememorar elementos
histórico-culturais ajudará a dar mais sentido às palavras do Servo. Com efeito,
naquela região, os montes eram um seguro refúgio para abrigar fugitivos, pois
repletos de cavernas (v. 14b). A cobertura das casas da época era plana e podia
ser usada para receber visitas, fazer refeições, conversar com vizinhos e até
orar (Mc 2.4; At 10.9).
Como o acesso a essa área dava-se por uma escada exterior, em caso
de fuga repentina, não se teria tempo para acessar o interior da casa para
levar consigo algum objeto (v. 15). Da mesma forma, aquele que estivesse no
campo não deveria voltar em casa nem para pegar sua capa, manto externo
essencial para proteção contra o frio, à noite (v. 16).
Igualmente, gestantes e lactantes não conseguiriam correr rápido o
suficiente para escapar da invasão (v. 17). Ademais, no inverno, além da
escassez de provisões, o clima é frio e chuvoso, quando os vales e o próprio
rio Jordão estão cheios, dificultando deslocamentos (v. 18).
3- Angústia (Mc 13.19) Aqueles dias serão de tamanha
tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo.
A catástrofe que se abateu sobre Jerusalém em 70 d.C. representa
uma poderosa figura escatológica dos eventos que advirão com a grande
tribulação, no fim dos tempos (Dn 12.1), quando as circunstâncias serão tão
horrendas que não haverá episódio anterior ou posterior sequer comparável (v.
19; Ap 9.6) – a tal ponto que, se DEUS não operasse intervenção abreviadora,
por causa dos eleitos, ninguém se salvaria” (v. 20).
Tem continuidade a advertência sobre falsos profetas que realizam
sinais e maravilhas para enganar, se possível, os próprios eleitos (v. 22). JESUS
encerra este tópico com um sonoro chamado para ficarmos alertas (v. 23). O
crente verdadeiro não se preocupa em prever o futuro, mas em ser fiel e
perseverante no presente (v. 13), vivendo com sobriedade e vigilância (1Ts 5.6;
1Pe 5.8).
III- A VINDA DO FILHO DO HOMEM (Mc 13.24-37)
1- Retorno em glória (Mc 13.26) Então, verão o Filho do Homem
vir nas nuvens, com grande poder e glória.
Os eventos da tribulação culminarão em um completo colapso cósmico
e caos mundial (v. 24-25; Lc 21.25-26; 2Pe 3.10), sinais esses preditos pelos
profetas (Is 13.10; Jl 2.10). Em seguida, JESUS voltará à terra não mais como
servo sofredor depositado em singela manjedoura (Mc 10.45; Lc 2.7), mas com
grande poder e glória, envolto em nuvens (v. 26; Dn 7.13-14). Recorde-se que,
no Antigo Testamento, em geral, as nuvens simbolizam a presença da glória de DEUS
(Êx 16.10).
A relevância universal de CRISTO também será evidenciada com um maravilhoso
ajuntamento dos eleitos, outrora dispersos por vastas regiões, mas que serão
reunidos com JESUS (v. 27; 2Ts 2.1). Essa dispersão humana gloriosamente
unificada em JESUS espelha a imensa complexidade e diversidade da própria
criação, cujo ponto de convergência também é CRISTO (Ef 1.10).
Apesar da severidade das perseguições e da tragicidade dos
acontecimentos, o povo de DEUS sempre nutrirá viva esperança em relação ao
futuro. Afinal, nosso Senhor continua com as rédeas da história em suas
poderosas mãos (Ap 1.8). A história não termina em catástrofe: JESUS é o
Princípio, mas também é o Fim (Ap 22.13).
2- A lição da figueira (Mc 13.28) Aprendei, pois, a parábola
da figueira: quando já os seus ramos se renovam, e as folhas brotam, sabeis que
está próximo o verão.
JESUS volta ao assunto da queda de Jerusalém (“estas coisas” – v.
29), valendo-se da figueira, mais uma vez (Mc 11.13-14), como valioso
instrumento pedagógico. Afirma que quando seus ramos se renovam e suas folhas brotam,
está próximo o verão. Assim, “quando virdes acontecer estas coisas, sabei que
está próximo, às portas” (v. 28-29). Ora, a maioria das árvores da Terra Santa
não sofre mudanças ao longo das estações do ano. A figueira, porém, só revela
suas folhas ao final da primavera, quando o tempo quente se aproxima.
Assim como a figueira é uma ótima referência para identificar
estações do ano, esses preocupantes sinais apontarão para a iminência da vinda
de CRISTO . A autoridade profética do Servo prossegue em pleno exercício ao
decretar, inclusive, que já aquela própria geração testemunharia tamanha ruína
(v. 30). De fato, Jerusalém foi destruída pelo exército romano cerca de 40 anos
depois dessas palavras – à época, exatamente o tempo médio de uma geração (Nm 32.13).
3- Exortação à vigilância (Mc 13.37) O que, porém, vos digo,
digo a todos: vigiai!
JESUS não desejava que seus discípulos perdessem tempo com
conjecturas sobre o futuro; antes, advertiu-os a permanecerem focados em suas
responsabilidades do presente. Por isso, o Servo encerra o Sermão do Monte das
Oliveiras com dois importantes esclarecimentos:
a) devemos ter plena confiança em sua palavra, pois ela sempre se cumpre (v.
31; Is 55.11);
b) os eventos descritos terão consumação repentina, sendo que datas precisas
estão escondidas no coração do Pai, exclusivamente (v. 32; At 1.6-7).
A propósito, esta é a única passagem de Marcos em que JESUS se
chama de “Filho” (v. 32) – por mais paradoxal que seja, para afirmar seu
desconhecimento quanto a algo. O capítulo inicia com um pedido de
esclarecimentos (v. 4), todavia finda com uma expressiva nota de mistério.
Nessa incômoda mistura de certezas e incertezas, o que fazer? Nosso Senhor
nunca nos deixa desorientados. Quanto ao que virá, JESUS assume a postura humilde
de reconhecer limitações humanas e se submeter por completo à soberania do Pai
(v. 32), dando-nos o exemplo de como proceder (Fp 2.5-6).
Por fim, exorta-nos à constante vigilância (v. 33, 35 e 37). JESUS
virá de surpresa, pelo que devemos estar sempre despertos e atentos (v. 34-
36). Como se vê, no capítulo 13 de Marcos, o objetivo central do Servo não é
transmitir conhecimento sobre o futuro, mas exortar seu povo à obediência, aqui
e agora.
APLICAÇÃO PESSOAL
O mundo jaz no maligno e as circunstâncias tendem a se agravar no
futuro. Nada obstante, por mais dura que possa ser nossa realidade, devemos
permanecer firmes e vigilantes até a gloriosa volta de nosso Salvador.
RESPONDA
1) Em que ano e que comandante romano liderou forças que
ocasionaram a trágica queda de Jerusalém, cumprindo a profecia de JESUS (Mc
13.2)? R. Comandante Tito, em 70 d.C.
2) No contexto da Grande Tribulação, os termos “abominável da desolação” ou
“sacrilégio assolador” remetem a que livro do Antigo Testamento? R. Ao
livro de Daniel (Dn 9.27, 11.31 e 12.11)
3) Os eventos da Tribulação culminarão em um completo colapso cósmico e caos
mundial. Cite pelo menos um profeta do Antigo Testamento que previu esses trágicos
acontecimentos. R. Isaías (13.10) ou Joel (2.10).
Revista Betel, 1Tr23, na íntegra
Lição 11, BETEL, O sermão profético: o Servo revela o futuro,
1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
TEXTO ÁUREO
"Passara o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão."
Marcos 13.31
VERDADE APLICADA
Todo cristão precisa estar vigilante, orando, perseverando e
cumprindo a missão, pois breve JESUS voltará.
Esboço da Lição
1- O Sermão Profético do Servo
1-1-O início do Sermão Profético
1-2-O primeiro sinal de advertência descrito pelo Servo
1-3-Conflitos entre as nações
2- O Sermão Profético continua
2-1-E necessário apressar-se
2-2-A soberania de DEUS
2-3-Acautelai-vos dos falsos profetas
3- A vinda do Filho do Homem
3-1-O tempo da segunda vinda
3-2-Precisamos estar alertas em todo tempo
3-3-JESUS diz a todos: vigiai
TEXTOS DE REFERÊNCIA - MARCOS 13.3-7
3. E, assentando-se ele no monte das Oliveiras, defronte do templo,
Pedro, e Tiago, e João, e André lhe perguntaram em particular:
4. Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá quando
todas elas estiverem para se cumprir.
5. E JESUS, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém
vos engane,
6. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o CRISTO ; e
enganarão a muitos.
7. E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, nao vos
perturbeis, porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Mostrar que devemos perseverar até o fim.
- Destacar que JESUS virá buscar os escolhidos.
- Falar que antes da vinda do Servo surgirão falsos cristos.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Mc 13.5 Cuidado para não ser enganado. TERÇA Mc 13.6 Muitos
virão dizendo ser o CRISTO . QUARTA Mc 13.10 É preciso pregar o Evangelho.
QUINTA Mc 13.24 Haverá sinais no céu.
SEXTA Mc 13.26 O Filho do Homem virá a qualquer momento.
SÁBADO Mc 13.31 As palavras do Senhor não passarão
HINOS SUGERIDOS 142, 206, 442
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore pedindo a DEUS para permanecer firme até o fim.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, abordaremos o capítulo 13 de Marcos, onde encontramos
o Sermão Profético de JESUS. Veremos o que levou o Servo a proferir o Sermão, a
destruição do Templo, a Grande Tribulação, a imprevisibilidade da volta de JESUS
a os alertas do Senhor aos Seus discípulos.
1- O Sermão Profético do Servo
Próximo ao fim de Sua missão na terra o Servo faria Seu último
discurso que ficaria notório como Seu Sermão Profético. Evento este que Ele
narrou em uma conversa particular com quatro dos seus discípulos [Mc 13.3]. Nesta
conversa JESUS expôs em particularidades como seria o fim dos tempos.
1-1- O início do Sermão Profético.
No capítulo treze do evangelho de Marcos o autor com todo zelo
narrou a fala relevante exposta pelo próprio Servo acerca dos dias futuros.
Marcos descreve que, ao saírem do templo que Herodes havia
construído, um dos Seus discípulos, impressionado com a estrutura da
edificação, lhe disse: "(...) Mestre, olha que pedras e que
edifícios!" [Mc 13.11. JESUS respondeu: "(...) Vês estes grandes edifícios?
Não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada:' [Mc 13.2]. Nesta hora o
Servo inicia o Seu sermão profético, falando sobre a futura destruição do
Templo. Esta profecia se cumpriu em 70 d.C., quando o exército romano, sob a
supervisão de Tito, destruiu a cidade e derrubou o Templo. O historiador Flávio
Josefo relata que a destruição do templo foi flagelante para o povo judeu.
PONTO DE PARTIDA
Devemos estar em constante vigilância.
1-2- O primeiro sinal de advertência descrito pelo Servo.
Como podemos observar, os discípulos se aproximam de JESUS para
entenderem quando teria início e quais seriam os sinais que aconteceriam para
que eles pudessem entender sobre a consumação do século [Mc 13.4]. JESUS, então,
alertou os discípulos sobre a necessidade de estarem alertas, para que não
fossem enganados: "(...) Olhai que ninguém vos engane, porque muitos virão
em meu nome, dizendo: Eu sou o CRISTO ; e enganarão a muitos." [Mc
13.5-6].
1-3- Conflitos entre as nações.
Estudar sobre o sermão profético não é para resultar em terror ou
deixar que a mente fique inquieta, entretanto, este tema é para despertar-nos
para as verdades de que breve Ele regressará e que o Seu povo deve aguardá-Lo,
pois Ele assegurou regressar uma segunda vez, para levar todos os salvos para o
céu a ajuizar todos os povos [Lc 21.27]. Sobre o tema Marcos menciona a quebra
da paz entre as nações quando JESUS discorre a respeito de guerras a rumores de
guerras: "E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, nao vos
perturbeis, porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim." [Mc
13.7]. Assim entendemos que o princípio de dores será caracterizado por um
aumento de embates de todas as ordens.
2- O Sermão Profético continua
Nosso Senhor segue em Sua narrativa, descrevendo o cerco sobre a
destruição de Jerusalém.
Marcos 13.14 delineia a fala de JESUS discursando sobre a
"abominação do assolamento”; se referindo à fala do profeta Daniel [Dn
9.27; 11.31; 12.11].
2-1- É necessário apressar-se.
Assistimos o Servo em Seu ilustre sermão profético tratar sobre os
últimos acontecimentos, cujas profecias estavam conectadas com a destruição de
Jerusalém pelos romanos no ano 70 d.C. e com o período do Anticristo na Grande
Tribulação. Devido a reconhecer a urgência com que o inimigo se aproximava, o
Servo orienta dizendo que aqueles que estiverem sobre o telhado, que fujam logo
a não entrem em casa para pegar nada [Mc 13.15]; e quem estiver no campo, que não
volte atrás a fim de buscar os seus vestidos [Mc 13.16]; seguindo seu discurso,
Ele chama atenção para as mulheres grávidas e das mães com criancinhas
recém-nascidas naqueles dias [Mc 13.17]. E ainda buscando ensinar de maneira
concisa, JESUS orienta a orar a DEUS para que isso não aconteça no inverno.
Porque, segundo Ele, naqueles dias haverá uma aflição tão grande como nunca
existiu desde que DEUS criou o mundo.
2-2- A soberania de DEUS.
É interessante observarmos no Sermão Profético aspectos relevantes
como a soberania de DEUS, Seu governo, Seu poder para "abreviar
dias": Ou seja, tudo está debaixo do governo divino. Ele tem pleno poder
sobre todas as situações, inclusive os dias de tribulações, juízos e
calamidades. Ele não esquece que tem "escolhidos". Este texto aponta
para o cuidado de DEUS e sua atenção e providência para com os seus. Este texto
nos leva a meditar no poder de DEUS para intervir em qualquer situação. Tal
constatação nos faz descansar, confiar e esperar nAquele que sabe o que está
acontecendo e permanece no controle das coisas [Mc 13.231].
2-3- Acautelai-vos dos falsos profetas.
O Servo é o manancial de toda a verdade [Jo 14.6]; enquanto o diabo
aniquila a vida e é o pai da mentira [Jo 8.44]. Assim sendo o diabo tem
levantado falsos profetas para desconstruir a verdade do Evangelho e enganar a
muitos. Podemos dizer que o ponto de partida para essa reflexão se dá ao lermos
a fala do Servo quando diz que se levantaria falsos cristos e falsos profetas
[Mc 13.22].
3- A vinda do Filho do Homem
Ao descrever o sermão profético, Marcos afirma que a vinda do Filho
do Homem será o apogeu deste evento, além de demonstrar a urgência de estarmos
precavidos, a fim de não sermos surpreendidos pela vinda repentina do Servo nas
nuvens.
3-1- O tempo da segunda vinda.
O evangelho de Marcos, dentre os seus muitos escritos, nos
apresenta no capitulo 13 uma riqueza escatológica. O versículo 32 deste
capítulo informa que o Filho de DEUS, assumindo Sua forma de Servo, revela não
saber o tempo da Sua volta: "Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os
anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai': Para compreendermos essa
fala do Servo, podemos dizer que se trata apenas do período em que Ele
permaneceu na terra. O evangelista João registrou a oração de JESUS pedindo ao
Pai que Lhe concedesse a glória que tinha antes de vir ao mundo (o que aponta
para a divindade de JESUS). Tal glória envolve, também, pleno conhecimento:
"E, agora, glorifica-me tu, o Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória
que tinha contigo antes que o mundo existisse:
[Jo 17.5].
3-2- Precisamos estar alertas em todo tempo.
Em seu discurso apocalíptico o Servo segue dizendo aos seus
discípulos: "Olhai, vigiai a orai, porque nao sabeis quando chegara o
tempo." [Mc 13.33]. Ainda para compreender a necessidade de estarmos
atentos, Ele faz uma comparação sobre este momento narrando que será como um
homem que sai de casa a viaja para longe; mas, antes de ir, dá ordens,
distribui o trabalho entre os empregados e manda o porteiro ficar de vigia [Mc
13.34]. Pela fala de JESUS percebe-se que devemos estar preparados em todo o
momento, para que quando Ele retornar para buscar a Sua Igreja não nos encontre
adormecidos.
3-3- JESUS diz a todos: vigiai.
O ensino principal de Marcos capítulo treze é vigiar. Podemos ler
que JESUS inicia o Seu discurso abordando o fim dos dias falando sobre a
importância da vigilância: "E JESUS, respondendo-lhes, começou a dizer:
Olhai que ninguém vos engane” [Mc 13.5]. Conforme observamos, o evangelista
Marcos encerra o capítulo fazendo uso do chamado do Servo a todos sobre a
necessidade da vigilância: "E as coisas que vos digo digo-as a todos:
Vigiai." [Mc 13.37]. Reparem que o Servo, ao concluir Seu discurso
profético, finaliza com a palavra vigiai.
CONCLUSÃO
Que o ESPÍRITO SANTO continue guiando a Igreja em toda a verdade
[Jo 16.13], para não sermos enganados nestes últimos dias a perseverarmos em
oração, vigilância e cumprindo a missão que o Senhor nos entregou, enquanto
aguardamos "a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do
grande DEUS a nosso Senhor JESUS CRISTO " [Tt 2.13].