Escrita Lição 05, Central Gospel, Um Repouso Para o Povo de Deus, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 05, Central Gospel, Um Repouso Para o Povo de Deus, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 5

 

LIÇÕES - 3º trimestre 2001 - www.cpad.com.br  - O LIVRO DE HEBREUS

Comentários Pr. Elinaldo Renovato de Lima, Natal - RN

Complementos, Ilustrações e Vídeos - Pr. Henrique - EBD NA TV - 99-99152-0454

  

LIÇÃO 4 - REPOUSO PARA O POVO DE DEUS

 

Mt 11.29 = Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas.

A alma é que precisa de repouso. O verdadeiro cansaço está na alma e não no corpo que basta uma noite de sono e já descansou.

 

TEXTO ÁUREO:

“Portanto, resta ainda um repouso para o povo de DEUS” (Hb 4.9).

VERDADE PRÁTICA:

Nosso Sumo Sacerdote, JESUS, preparou-nos um repouso sublime, no qual só teremos acesso se ouvirmos a sua voz, não endurecendo o coração.

 

LEITURA DIÁRIA:

Segunda Js 23.1 DEUS deu repouso a Israel
Terça Is 32.17 Repouso, fruto da justiça
Quarta Rm 8.34 JESUS, nosso intercessor
Quinta Mt 11.29 JESUS dá descanso à alma
Sexta Êx 33.14 A presença de DEUS dá descanso
Sábado Ap 14.13 Os salvos descansarão

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: HEBREUS 4.1-16 

1 Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás. 2 Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram. 3 Porque nós, os que temos crido, 4 Porque, em certo lugar, disse assim do dia sétimo: E repousou DEUS de todas as suas obras no sétimo dia. 5 E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso. 6 Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas-novas não entraram por  causa da desobediência, 7 determina, outra vez, um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração. 8 Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia. 9 Portanto, resta ainda um repouso para o povo de DEUS. 10 Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como DEUS das suas. 11 Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. 12 Porque a palavra de DEUS é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. 13 E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem  temos de tratar. CRISTO é superior aos sumos sacerdotes do antigo pacto  14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, JESUS, Filho de DEUS, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa  confissão. 15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. 16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de  sermos ajudados em tempo oportuno.

 

PONTO DE CONTATO:

Você crê, realmente, que DEUS fará o que prometeu na sua vida? A Palavra de DEUS é digna de confiança? DEUS fez uma promessa ao povo de Israel: Ele se responsabilizaria pela sua segurança ao entrar em Canaã. Israel  respondeu com incredulidade: o povo duvidara da veracidade divina. No texto em estudo, o sacro escritor adverte aos crentes hebreus acerca do perigo da incredulidade e relembra-os que, dentre os que saíram do Egito, somente dois (Josué e Calebe) entraram no descanso prometido, na terra de Canaã. Mesmo tendo presenciado milagres portentosos, operados por DEUS, o povo duvidou da capacidade do Altíssimo para expulsar os poderosos habitantes daquela terra. Há também um descanso para os cristãos no campo espiritual, mas para tomar posse desse repouso é necessário ter fé, obediência e perseverança em DEUS.

 

OBJETIVOS:

Após esta aula seu aluno deverá estar apto a:
Reconhecer que a pregação sem a fé não atinge os objetivos propostos por DEUS.
Definir as principais características da Palavra de DEUS.

 

COMENTÁRIOS:

INTRODUÇÃO

Em consequência da desobediência do povo de Israel durante sua peregrinação, os que pecaram, rebelando-se contra o Todo-Poderoso, morreram, e seus corpos caíram no deserto. De acordo com o juramento de DEUS, os desobedientes não entraram no seu repouso. Que isto jamais venha a acontecer conosco! Nesta lição, veremos em que consiste o repouso espiritual reservado aos crentes fiéis.

I. AS BOAS NOVAS FORAM PREGADAS 

1. Ouviram mas não obedeceram. Segundo cálculos razoáveis, os israelitas tirados do Egito pela poderosa mão de DEUS foram cerca de três milhões de pessoas. Somente os homens de guerra somavam 600.000 (Êx 12.37). Desses, só entraram em Canaã, dois: Josué e Calebe (Dt 1.36,37). Por causa da desobediência e da incredulidade, o juízo de DEUS prostrou-os no deserto, impedindo-os de chegar à Terra Prometida. Isso mostra que DEUS dá mais valor à qualidade do que à quantidade. No Dilúvio, só oito escaparam. Na destruição de Sodoma e Gomorra, somente três ficaram vivos.
2. A pregação sem proveito (v.2). Os israelitas ouviram as “boas novas”. A razão pela qual muitos não entraram no “repouso”, ou seja, em Canaã, é que “a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram” (v.2). Aí, vemos a importância da fé para a salvação. A Bíblia 
assevera que sem fé é impossível agradar a DEUS (Hb 11.6). Hoje, em todo o mundo, é grande a provocação ao Senhor. Os ímpios estão em rebelião aberta e declarada contra DEUS. Infelizmente, também há crentes que ouvem a Palavra nas igrejas, mas preferem continuar desobedecendo aos preceitos do Senhor.

II. O DESCANSO PARA O POVO DE DEUS 

1. A ilustração do descanso de DEUS. O escritor, no v.10, relembra o que está escrito em Gn 2.2, quando DEUS, no sétimo dia, descansou de suas obras: “Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como DEUS das suas”. Obviamente que aqui não se trata de descanso físico, pois por ser ESPÍRITO, 
DEUS não sofre desgaste. 
2. O descanso dos israelitas. O sofrimento dos israelitas no Egito após a morte de José foi cruel. Por mão de Moisés e pelo poder de DEUS, o povo foi libertado milagrosamente. Entretanto, por causa da incredulidade e rebeldia, grande parte deles não pôde entrar na Terra Prometida. Foram obrigados a passar 40 anos caminhando 
no deserto (Hb 3.19; 4.6,11; 1 Co 10.1-11). Somente por misericórdia, DEUS lhes destinou a terra de Canaã, onde enfim encontraram o descanso de seus sofrimentos. 
3. O descanso (repouso) do povo de DEUS (v.9). Aqui o descanso prometido não é físico, mas espiritual, celestial, mirífico, indizível e pleno para os salvos: “Ainda resta um descanso para o povo de DEUS”. Trata-se do bendito estado da alma e do espírito, em que os crentes, obedientes e santos, que ouvem a Palavra e a obedecem, terão direito à paz e a
tranquilidade perene, na comunhão com o Senhor. Lembremo-nos de que o descanso espiritual só se obtém através da nova vida em CRISTO (ver Mt 11.28,29). É preciso ouvir e obedecer a Palavra de DEUS. “Procuremos pois entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo 
exemplo de desobediência” (v.11). 

III. O PODER PENETRANTE DA PALAVRA DE DEUS 

1. Ela é viva. A Palavra de DEUS mostra quem vai entrar no repouso eterno. Ela não se constitui de meras argumentações humanas ou filosóficas, que atingem o intelecto, mas não penetram no coração, no mais íntimo do ser humano. A Palavra de DEUS é viva, poderosa e vivificante. JESUS afirmou: “as palavras que eu vos disse são espírito e vida” (Jo 6.63). Somente Ele tem palavras de vida eterna (Jo 6.68). 

2. Ela é eficaz. A palavra de DEUS sempre produz efeitos: “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que 
me apraz e prosperará naquilo para que a enviei” (Is 55.11). Ninguém ouve a palavra de DEUS sem ser alcançado por seus resultados. Quem ouve e crê “tem a vida eterna” (Jo 5.24). Quem ouve e não crê “já está condenado” (Jo 3.18). 

3. Ela é penetrante. É comparada a uma espada cortante, que “penetra até à divisão da alma e do espírito e das juntas e medulas”. Sendo “espírito e vida”, a palavra de DEUS atinge a parte sensorial do homem. O espírito, a alma e o corpo são alcançados pelo poder penetrante da palavra divina. Por quê? Quando o homem ouve a Palavra e crê, no seu interior ocorrem modificações extraordinárias que beneficiam inclusive o 
funcionamento orgânico do seu corpo. 
 

4. Ela discerne pensamentos e intenções. Muitos filósofos, com seu intelectualismo frio e racionalista, têm confundido os homens afastando-os ainda mais do seu Criador. A Bíblia, no entanto, sendo a Palavra de DEUS, tem transformado a vida de inúmeras pessoas, elevando-as à condição de salvas e remidas pelo sangue de 
JESUS. No v.13 o escritor adverte que diante do poder penetrante da palavra de DEUS, “não há criatura alguma encoberta diante dele”, e todas as coisas estão “nuas e patentes aos seus olhos”, ou seja, não há nada velado diante do Todo-Poderoso.

IV. NOSSO GRANDE SUMO SACERDOTE (vv.14-16).

1. “JESUS, Filho de DEUS”. Ele é grande, no sentido absoluto. Os “sumo sacerdotes” de outras religiões jamais chegaram aos céus. Buda pregou que chegaria ao Nirvana (no budismo, estado de ausência total de sofrimento); Chrisna, mentor do Hinduísmo, também não foi aos céus; para seus adeptos, deve estar reencarnando por aí. Os seguidores de Maomé imaginam que ele esteja num “paraíso”, onde há muitas 
mulheres e tâmaras. Os sumo sacerdotes do Antigo Testamento só adentravam uma vez por ano, no lugar Santíssimo, onde era manifestada a glória de DEUS. Eles não podiam permanecer lá. Mas JESUS, nosso Sumo Sacerdote por excelência, “penetrou nos céus”, “está à direita de DEUS, e também intercede por nós” (Rm 8.34b). 
2. Sacerdote compassivo. Em seu ministério terreno, JESUS sempre se preocupou com as multidões sofredoras (Mt 9.36; 14.14). Em sua missão sacerdotal, demonstra grande compaixão por nós: sendo “longânimo e grande em benignidade” (Sl 103.8), Ele suporta as nossas fraquezas, não querendo que ninguém se perca (2 Pe 3.9). 
Não perecemos unicamente em razão de sua infinita misericórdia. 
3. Em tudo foi tentado. Mesmo com a natureza divina, JESUS “em tudo foi tentado”, diz a Palavra de DEUS. Só conhece o que é tentação quem já passou por ela. As tentações de JESUS não partiam de seu íntimo, como ocorre com o “homem natural” (1 Co 2.14). Elas foram provações e provocações externas, advindas do 
tentador e seus agentes. Além das tentações no deserto, o Mestre certamente experimentou a opressão do Maligno em outras ocasiões. Para nós é muito significativo saber que JESUS, como homem, foi tentado em todas 
as coisas, “mas sem pecado”. A Bíblia nos assegura: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de DEUS” (2 Co 5.21). Diante disso, compreendemos o grande amor de JESUS por nós: Ele sofre conosco, colocando-se sempre ao nosso lado. 
4. Acheguemo-nos ao trono da graça (v.16). Tendo JESUS como nosso Sumo Sacerdote, podemos pela fé adentrar ao trono da graça, à sua santa presença a qualquer momento, e sermos “ajudados em tempo oportuno”. Glória a Ele para todo o sempre.

CONCLUSÃO

Três das grandes mensagens da lição estudada são: a) DEUS tem preparado um verdadeiro descanso espiritual em CRISTO para os que a Ele vêm; b) DEUS tem um prometido lugar de descanso celestial para seu povo, em sua presença, na eternidade. Para chegarmos lá, só precisamos ser fiéis, obedientes e santos e c) JESUS é o nosso 
Sumo Sacerdote perfeito, que, como homem, “em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Que o Senhor nos ajude a servi-lo conforme a sua vontade; e que jamais venhamos a dar lugar à desobediência.

Subsídio Bibliológico

“Pareça que algum de vós fique para trás’ (4.1). Deixar de perseverar na fé e na obediência a JESUS resulta em deixar de alcançar o prometido repouso eterno no céu (cf. 11.16; 12.22-24). (1) A expressão “pareça que algum de vós” é falada à luz dessa possibilidade terrível e do juízo de DEUS. (2) A perseverança na fé exige que 
continuemos a nos aproximar de DEUS, por meio de CRISTO, com sincera resolução (v.16; 7.25). “‘Entramos no repouso (4.3). Somente nós, que temos crido na mensagem salvadora de CRISTO, entramos no repouso espiritual de DEUS. Isto é, CRISTO carrega nossos fardos e nossos pecados, e nos dá o “repouso” do seu perdão, da sua salvação e do ESPÍRITO SANTO (Mt 11.28) Mesmo assim, nesta vida, o nosso repouso é apenas parcial, porque somos como peregrinos que caminham com dificuldade na penosa estrada deste mundo. Ao morrermos no Senhor, entramos no seu repouso perfeito no céu.“‘Resta ... um repouso (4.9). O repouso prometido por DEUS não é somente o terrestre, mas também o celestial (vv. 7,8 cf. 13.14). Para os crentes, resta ainda o repouso eterno no céu (Jo 14.1-3; cf. Hb11.10,16). Entrar nesse repouso final significa cessar do labor, dos sofrimento e das perseguições, tão comuns em nossa vida nesta terra (cf. Ap 14.13); significa participar do repouso do próprio DEUS e experimentar eterna alegria. Deleite, amor e comunhão com DEUS e com os santos redimidos. Será um descanso sem fim (Ap 21,22). (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1902,1905)

 

QUESTIONÁRIO:

1. Por que a pregação das “boas novas” aos israelitas, no deserto, foi sem proveito?
R. Porque não estava misturada com a fé.
2. Qual o caráter do descanso para o povo de DEUS?
R. Espiritual. 
3. Quais as quatro características da palavra de DEUS, conforme Hb 4.12?
R. Viva, eficaz, penetrante e apta para discernir pensamentos e intenções.
4. Com relação ao acesso ao lugar santíssimo, qual a diferença entre JESUS e os sacerdotes do AT?
R. O sumo sacerdote, no AT, só entrava no lugar santíssimo uma vez por ano. JESUS penetrou nos céus eternamente. 
5. Por que JESUS é o nosso Sumo Sacerdote perfeito?
R. Em tudo foi tentado, mas sem pecado. 

 

 

  

Lições CPAD Jovens e Adultos

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS -  1º Trimestre de 2018

Título: A supremacia da Cristo — Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus

Comentarista: José Gonçalves 

Lição 4: Jesus é superior a Josué — O meio de entrar no repouso de Deus

Data: 28 de Janeiro de 2018

 

 TEXTO ÁUREO

 “Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (Hb 4.11).

 

VERDADE PRÁTICA

 O descanso provido por Josué foi terreno, temporário e incompleto; o descanso provido por Cristo é celestial, eterno e completo.

 

LEITURA DIÁRIA

 Segunda — Hb 4.2 A mensagem de Deus deve ser recebida pela fé

 Terça — Hb 4.6

A mensagem de Deus deve ser acompanhada pela obediência

 Quarta — Hb 4.7

A mensagem de Deus dever ser acolhida com contrição

 Quinta — Hb 4.8,9

A mensagem de Deus promove um descanso real e total

 Sexta — Hb 4.11

A mensagem de Deus promove um descanso eterno

 Sábado — Hb 4.12

A Palavra de Deus é viva e eficaz

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 4.1-13.

1 — Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás.

2 — Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes ?aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.

3 — Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.

4 — Porque, em certo lugar, disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.

5 — E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.

6 — Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas-novas não entraram por causa da desobediência,

7 — determina, outra vez, um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.

8 — Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia.

9 — Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.

10 — Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.

11 — Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.

12 — Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.

13 — E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.

 

HINOS SUGERIDOS

47, 146 e 212 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

Demonstrar que Jesus é superior a Josué na mensagem e no provimento de repouso para o povo de Deus.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Mostrar que a mensagem de Jesus é superior a de Josué;

II. Mencionar a provisão de um descanso superior ao de Josué;

III. Apontar a superioridade da orientação de Jesus em relação à de Josué.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O texto de Hebreus 4 mostra o que a história de Josué representa para a Igreja de Cristo. Enquanto o ministério do sucessor de Moisés foi de caráter terreno, temporário e incompleto — primeiro porque Israel não conquistou toda a terra; depois, as guerras continuaram —, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo. Na lição desta semana, é preciso fazer o contraste entre os ministérios de Jesus e Josué, conforme abaixo:

 

JOSUÉ  Terreno → Temporário → Incompleto

JESUS  Celestial → Eterno → Completo

 

Devido à popularização da teologia da prosperidade, bem como o aumento da “politização ideológica” dos movimentos evangélicos, é comum alguns cristãos virarem as costas para a dimensão celestial e eterna do ministério de Jesus, alegando que se dermos ênfase ao “céu” formaremos cristãos “escapistas”. O problema é que eles se esqueceram de combinar isso com o autor de Hebreus. A natureza celestial, eterna e esperançosa do ministério de Cristo é cristalina nas Escrituras! Por isso, embora a obra de Cristo tenha consequências presentes como uma antecipação das bênçãos futuras, claro que podemos vivê-las hoje, aqui e agora, não tenha receio de enfatizar a natureza do porvir da obra de Cristo, pois Ele nos prometeu a vivência da comunhão no Reino Celestial (Mt 26.28,29).

 

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A conquista de Canaã sob a liderança de Josué é retratada pelo autor da Carta aos Hebreus como um tipo da Canaã celestial. Deus havia prometido a conquista da terra a Moisés e Josué (Êx 3.8; Js 1.2,3). Mas ao longo da jornada do Êxodo muitos ficaram pelo caminho. A incredulidade e a desobediência, somadas à falta de ânimo, fizeram com que o povo não vivesse as promessas de Deus em sua plenitude. O mesmo processo estava se repetindo agora com os crentes da Nova Aliança e pelas mesmas razões. A única forma de voltar para a corrida e completar o percurso, entrando no descanso de Deus, era observando a sua Palavra.

 

 PONTO CENTRAL

Enquanto Josué proporcionou um descanso terreno, temporário e incompleto para Israel, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo para a Igreja.

 

I. JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ

1. Uma mensagem que deve ser recebida pela fé. O autor inicia sua argumentação com uma afirmação e uma declaração. Primeiramente ele afirma que as boas-novas foram pregadas a seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2). Tanto aqui como no versículo seis, o autor usa o verbo grego euangelizomai , que significa “evangelizar”, “pregar as boas-novas a alguém”. É a mesma raiz que dá origem à palavra “evangelho”. Em segundo lugar, o autor declara que “a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram” (Hb 4.2). Muitos crentes do Antigo Pacto haviam ficado de fora da Terra Prometida porque não receberam a mensagem com fé, o que se poderia esperar então dos que receberam a mensagem em sua plenitude, mas não lhe deram crédito?

2. Uma mensagem que se fundamenta na obediência. O autor passa a mostrar a razão de alguns não terem entrado no descanso de Deus: “Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência” (Hb 4.6). A desobediência (gr. apeitheia ) é a manifestação ativa da incredulidade. Essa palavra ocorre seis vezes no texto original e foi usada pelo apóstolo Paulo para se referir aos “filhos da desobediência” (Ef 2.2). O crente, quando não crê, age da mesma forma do incrédulo. O autor de Hebreus usa essa palavra novamente no versículo 11, do mesmo capítulo, quando alerta o crente a não “cair no exemplo de desobediência”. A mensagem de Deus só tem proveito quando acompanhada pela obediência.

3. Uma mensagem que conduz à contrição. A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos, abertos: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 4.7b). O autor usa o termo sklerynô — traduzido como “duro”, “endurecido” — quatro vezes nesta carta. Esse termo deu origem a palavra portuguesa “esclerose”, “esclerosado”, isto é, “endurecido”, “enrijecido”. É a mesma palavra usada por Lucas em Atos 19.9 para dizer que os judeus se “mostraram endurecidos” e por essa razão rejeitaram a mensagem de Paulo. Aqui em Hebreus, como em outros lugares do Novo Testamento, é o homem, e não Deus, que endurece o seu próprio coração. Deus só endurece quem já está anteriormente endurecido (Rm 1.28,29). Para que a mensagem tenha efeito é preciso encontrar corações contritos.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A mensagem de Jesus deve ser percebida pela fé, praticada com obediência e recebida em contrição pessoal.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor(a), o recebimento da Palavra com fé, o viver em obediência e o coração contrito e aberto à Palavra são os três aspectos do ouvinte da mensagem de Jesus que devem ser enfatizados neste primeiro tópico. Deixe claro que sem fé é impossível agradar a Deus; sem obediência à Palavra não há fundamento na vida cristã; sem coração contrito não há arrependimento.

 

II. JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ

1. Um descanso total. Quando contrastamos o capítulo 11.23 com o 13.1 do livro de Josué surge uma pergunta: Josué conquistou ou não Canaã? Especialistas em línguas semíticas avaliam que Josué 11.23 refere-se a uma avaliação otimista das campanhas do líder do povo de Deus. Ora, o povo peregrino ansiava por vir chegar o dia de herdar a Terra Prometida. Nesse sentido, e como era comum à época, o exército de Josué estabeleceu a supremacia militar por sobre toda Canaã assim que chegou ao território, embora não tivesse pleno controle de cada cidade e vila, conforme deixa patente Josué 13.1. Logo, os capítulos 11 e 13 não são contraditórios, mas confirmam que o descanso dado por Josué ao antigo povo de Deus foi incompleto e parcial. Por outro lado, o que o autor de Hebreus está mostrando é que o descanso provido por Jesus foi completo, total. Nada ficou para ser conquistado.

2. Um descanso real. A redação de Hebreus 4.8, diz: “Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia”. A conquista de Canaã era apenas um tipo da qual a Canaã celestial é o antítipo. A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade. Quem proveu, de fato, um descanso para o povo de Deus foi Jesus, não Josué: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).

3. Um descanso eterno. Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e tipológico, ele foi também temporário: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9). O descanso não é aqui! Embora desfrutemos das bênçãos do reino na era presente, todavia, o futuro aguarda a sua plenitude. A estrada é longa e ninguém pode se deixar fatigar pelo caminho. É preciso caminhar com dedicação e vigilância: “Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (Hb 4.11).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

O descanso que Jesus proveu para o seu povo é completo, real e eterno.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O repouso de Deus, no qual os crentes são convidados a entrar, é algo para o presente ou para o futuro? Certamente o repouso de Deus em seu sentido mais amplo aguarda a era por vir, mas há também um sentido presente de entrar pela fé, como é indicado pelo versículo 3: ‘porque nós, os que temos crido [tempo passado], entramos [tempo presente] no repouso’ (cf. a ênfase do tempo presente em 4.1,10,11). A fé torna possível, no presente, realidades que são futuras, invisíveis, ou celestiais (cf. 11.1).

Em 4.3-5, são enfatizados dois fatos importantes:

1) O repouso de Deus é uma realidade presente e completa (4.3c,4) e

2) Os israelitas não puderam entrar no repouso de Deus (4.3b,5b) por causa de sua incredulidade e desobediência (3.19; 4.6). Note que nosso autor cita Gênesis 2.2 em Hebreus 4.4 e se refere ao Salmos 95.11 (duas vezes) em Hebreus 4.3,5. Sua preocupação por seus leitores é que entrem no repouso de Deus agora pela fé e que não o percam para sempre, como fez a geração que peregrinou no deserto. A incredulidade fecha o coração para Deus e torna sua promessa sem efeito.

O que é o repouso de Deus? É um repouso baseado na conclusão de sua obra na criação (4.3c,4), do qual o sábado sagrado é um testemunho duradouro. Nossa participação em seu repouso é baseada na obra consumada de Cristo na cruz; o fato de Ele estar ‘assentado’ (que inclui o pensamento de repouso) à direita do Pai é o testemunho duradouro. O fato de Deus ter repousado não significa que Ele, por conseguinte, tenha estado ou esteja em um estado de ociosidade, mas apenas que não há nada a se acrescentar àquilo que Ele fez. Deus repousou após criar todas as coisas porque sua obra (de criar) foi terminada ‘desde a fundação do mundo’ (4.3c)” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. RJ: CPAD, 2004, pp.1563,64).

 

CONHEÇA MAIS

O Descanso

“A preocupação pastoral do autor se torna novamente evidente: ‘Que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás’ (cf. 3.12,13; 4.11). Entrar no repouso de Deus não é algo que acontece automaticamente após a conversão a Cristo, da mesma maneira que Israel não entrou automaticamente em Canaã após a sua redenção do Egito. Como Bruce observa, os leitores ‘farão bem em temer a possibilidade de perder a grande bênção que nos está prometida, da mesma maneira que a geração de israelitas que morreu no deserto perdeu a Canaã terrestre, embora este fosse o objetivo que tinham diante de si quando saíram do Egito’”. Leia mais em Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, CPAD, pp.1563,64.

 

III. JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ

1. Uma palavra viva. Já vimos que o autor de Hebreus afirma que a geração do Êxodo ouviu as boas-novas da Palavra de Deus, mas não lhe deu ouvido. Novamente o povo de Deus estava diante de sua Palavra. Essa Palavra não foi anunciada por um anjo, Moisés nem tampouco por Josué, mas pelo próprio Filho de Deus — Jesus. Essa Palavra não mais se limita à letra, a Lei, porque ela é “viva” (Ez 37.3,4). Jesus afirmou que suas palavras “são espírito e vida” (Jo 6.63). Como devemos nos portar diante da Palavra Viva de Deus?

2. Uma palavra eficaz. A Palavra de Deus é viva, ela produz vida. Mas além de viva, ela é eficaz. Produz resultados: “sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23). O autor mostra que essa palavra é produtiva. O termo energes , traduzido como “eficaz”, é usado na Bíblia para se referir à atividade divina que produz resultados: “assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei” (Is 55.11).

3. Uma palavra penetrante. A Palavra de Deus é retratada como um instrumento vivo, eficaz e cortante, “mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). A metáfora usada pelo autor é muito forte e serve para mostrar que a Palavra de Deus possui um grande poder de penetração. Ela não fica na superfície, mas vai até o centro do ser humano. Os israelitas falharam por não ouvir as palavras de Moisés e Josué, e os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa Palavra.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

A orientação de Jesus foi manifesta por meio de uma Palavra viva, eficaz e penetrante.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Ao terminar a exposição deste tópico , e com o auxílio das seções objetivos específicos e sínteses dos tópicos, faça uma breve recapitulação dos assuntos abordados nesta aula. Não esqueça também de trabalhar com a classe as questões da seção Para Refletir.

 

CONCLUSÃO

A palavra chave desta lição é “descanso”. Todos nós nos fatigamos na caminhada da vida. O problema, portanto, não é se cansar, mas permitir que fatores diversos interrompam a nossa jornada de fé. Com os israelitas o desânimo veio como consequência da infidelidade, incredulidade e desobediência. As mesmas coisas podem acontecer conosco se não atentarmos para a santa, viva e eficaz Palavra de Deus. Nessa jornada temos como guia não um Moisés ou um Josué, mas Jesus, o autor e consumador da nossa fé.

 

PARA REFLETIR

A respeito de Jesus é superior a Josué — O meio de entrar no repouso de Deus, responda:

Qual a primeira afirmação do autor aos Hebreus?

Que as Boas-novas foram pregadas aos seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2).

O que é preciso para que a mensagem tenha efeito?

A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos, abertos.

Segundo a lição, o que foi a conquista de Canaã?

A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade.

Para o autor de Hebreus, o que foi o descanso de Josué?

Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e tipológico, ele foi também temporário: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9).

Se os israelitas falharam ao não ouvir as palavras de Moisés e Josué, qual o cuidado que os cristãos devem ter?

Os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa Palavra.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Jesus é superior a Josué — O meio de entrar no repouso de Deus

O livro de Josué narra a conquista parcial da terra prometida, a terra de Canaã, sua distribuição e o estabelecimento do povo israelita nela. A narrativa do texto mostra batalhas sangrentas para conquistar a terra. Os cananeus não a entregariam gratuitamente. Entretanto, ao longo do livro é possível perceber que Deus honrou Israel, fazendo-o vencer os inimigos idólatras e obter a dádiva da terra prometida ao seu povo. Ali, começaria a se cumprir a promessa da Aliança de Deus com os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.

Nesse contexto que a promessa de descanso, ou repouso, isto é, a promessa de conquistar e permanecer na terra prometida, que não foi plenamente realizada, foi cumprida por intermédio de Josué ao povo de Israel, mas unicamente numa perspectiva terrena, incompleta e finita. Aqui, o capítulo 4 de Hebreus faz o maior contraste com o “repouso” proposto no livro de Josué.

A Carta aos Hebreus mostra que “o repouso prometido por Deus não é somente o terrestre, mas também o celestial” (vv.7,8; cf.13.14). Para os crentes, resta ainda o repouso eterno no céu (Jo 14.1-3; cf. Hb 11.10,16). Entrar nesse repouso final significa o cessar do labor, dos sofrimentos e da perseguição, tão comuns em nossa vida nesta terra (cf. Ap 14.13); significa participar do repouso do próprio Deus e experimentar a eterna alegria, deleite, amor e comunhão com Deus e com os santos redimidos. Será um descanso sem fim (Ap 21.22)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1905).

   

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Revista Central Gospel 1 Trimestre de 2023 na íntegra

Lição 6, Um Repouso Para o Povo de DEUS

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Hebreus 4-1,3-11

1 Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás.

3 Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
4 Porque, em certo lugar, disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.
5 E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
6 Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas-novas não entraram por causa da desobediência,
7 determina, outra vez, um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.
8 Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia.
9 Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.
10 Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.
11 Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.

 

TEXTO ÁUREO

Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. Hebreus 4.9

  

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIARIO

2ª feira - Josué 23.1-5 Deus deu repouso a Israel

3ª feira - Êxodo 33.12-17A presença de Deus dá descanso

4ª feira - Isaías 32.17-20 Repouso como fruto da justiça

5ª feira - Mateus 11.25-30 Jesus dá repouso para a alma

6ª feira - Apocalipse 14.6-13 Os salvos alcançarão descanso

Sábado - Isaías 55.5-11 A eficácia da Palavra de DEUS

  

Resumo Geral – Sumário

1- AS BOAS NOVAS FORAM PREGADAS

1-1- Ouviram, mas não obedeceram

1-2- A pregação sem proveito

2- O DESCANSO PROMETIDO POR DEUS

2-1- O que é o descanso de Deus?

2-2- A ilustração do descanso de Deus e de Israel

2-3- O descanso dos israelitas

2-4- O repouso do povo de DEUS

3- O PODER PENETRANTE DA PALAVRA DE DEUS

3-1- É viva e eficaz

3-2- Penetra no íntimo do ser humano

3-3- Discerne pensamentos e intenções

  

COMENTÁRIO

Palavra introdutória

Tendo partido da comparação entre Cristo e Moisés, o escritor sagrado prossegue sua exposição, advertindo os cristãos hebreus a não caírem na incredulidade, a fim de não perderem o descanso prometido pelo Senhor, assim como perderam os israelitas no Êxodo (SI 95.10,11)

 

1- AS BOAS NOVAS FORAM PREGADAS

1-1- Ouviram, mas não obedeceram

Os israelitas responderam com incredulidade à promessa feita por Deus: eles duvidaram da veracidade do pacto divino e ficaram pelo caminho (Nm 14.21-23,29,30; Hb 4.5; Hb 3.12-19). Dentre os 12 espias enviados para sondar a terra, apenas Josué e Calebe creram (Hb 5.9). Há um repouso para os cristãos no campo espiritual, mas, para tomar posse desse repouso, é necessário ter fé, ser obediente e perseverar em Deus. O repouso preparado por Deus para Seu povo contempla todos os que ouvem e creem nas boas novas de salvação.

 

1-2- A pregação sem proveito

Os israelitas ouviram as boas novas, mas não creram nela (Hb 4.2). Essa foi a razão pela qual muitos não entraram na terra de Canaã, o repouso preparado por Deus para o povo. A fé é fundamental não apenas para agradar a Deus (Hb 11.6), mas também para que se alcance a salvação eterna (Hb 3.7,8; 4.7). Deus é juiz de todos e realizará o Seu julgamento por intermédio de Jesus Cristo (Hb 12.23b; Jo 5.22, 27), que julgará vivos e mortos na vinda do Seu reino (2 Tm 4.1).

 

2- O DESCANSO PROMETIDO POR DEUS

2-1- O que é o descanso de Deus?

O escritor sagrado deixa claro que há um novo conceito de descanso: haverá um tempo em que os cristãos descansarão do seu labor, porque o Filho de Deus realizou a obra completa no lugar de todos.

Cristo é o nosso grande sábado, Aquele em quem descansaremos eternamente.

 

SUBSÍDIO

O descanso oferecido por Deus à Igreja diz respeito à possibilidade de desfrutarmos, hoje, as bênçãos espirituais. Todavia, ainda está por vir uma dimensão definitiva e eterna do repouso oferecido pelo próprio Deus, por intermédio de Cristo, quando os crentes em JESUS estarão unidos com Ele na eternidade (Hb 4,9-11).

 

2-2- A ilustração do descanso de Deus e de Israel

O descanso oferecido por Deus a Israel foi a Terra Prometida, Canaã.

O escritor de Hebreus menciona dois tipos de descanso, encontrados no Antigo Testamento:

- o descanso de Deus no sétimo dia, quando concluiu Suas atividades criadoras (Gn 2.2; Hb 4.4);

- e o descanso de Israel em Canaã (Dt 12.9; Js 21.43-45; Hb 3.11).

Esses descansos ilustram as experiências espirituais dos cristãos na atualidade:

- O descanso do sétimo dia é uma fotografia do descanso em Cristo por meio da salvação (Hb 4.3; Mt 11.28, 29);

- O descanso em Canaã retrata o descanso presente, quando o cristão toma posse da sua herança em Cristo (Hb 4.11).

  

2-3- O descanso dos israelitas

Em função da desobediência e rebeldia, a maior parte do povo hebreu que saiu do Egito não pôde entrar na Terra Prometida. Os israelitas vagaram por 40 anos no deserto (Nm 13.25; Hb 3.19; 4.6, 11; 1 Co 10.1-11). Contudo, a misericórdia do Senhor reservou para os filhos menores dos desobedientes  e rebeldes o descanso de seus sofrimentos na terra de Canaã (Dt 1.39). Todos os demais israelitas, com mais de 20 anos deidade, foram condenados a perecer no deserto e a não entrar na Terra Prometida (Nm 14.26-38).

  

2-4- O repouso do povo de DEUS

Resta ainda um repouso para o povo de Deus (Hb 4.9). Entrar nesse repouso final implica cessar do labor, dos sofrimentos e das perseguições, tão comuns à vida terrena (Ap 14.13); implica participar do repouso do próprio Deus e  experimentar eterna alegria, deleite, amor e comunhão com Ele e com os santos redimidos. Será um descanso sem fim (Ap 21.22).

  

3- O PODER PENETRANTE DA PALAVRA DE DEUS

3-1- É viva e eficaz

A Palavra de Deus não é estática; ela é dinâmica, poderosa e viva (Hb 4.12; Jo 6.63b), pois não se constitui de vãs argumentações filosóficas, que atingem apenas o intelecto, mas não penetram aquilo que está no mais íntimo do ente humano. A Palavra de Deus também é eficaz, porque sempre produz efeitos depois de proclamada (Is 55.10,11).

  

3-2- Penetra no íntimo do ser humano

A Palavra de Deus, metaforicamente, é comparada a uma espada cortante, que penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas (Hb 4.12b). Nesse verso, a ênfase está no poder que a Palavra de Deus tem de penetrar e revelar o interior dos homens. Sendo uma unidade antropológica, espírito, alma e corpo são alcançados pelo poder penetrante da palavra divina.

 

 3-3- Discerne pensamentos e intenções

A palavra divina revela a verdade. Deus usa Sua Palavra para levar-nos a enxergar o pecado e a incredulidade do nosso coração. O escritor da epístola aos Hebreus registra que a Palavra de Deus julga os pensamentos e intenções do coração. Significa dizer, assim, que os que optam por desconsiderá-la, acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.

  

CONCLUSÃO

Deixar de perseverar na fé e na obediência a Jesus resulta em deixar de alcançar o prometido repouso eterno na presença de Deus (Hb 4.1; 11.16; 12.22-24). Que Deus ajude a cada um de nós a servi-lo, conforme a Sua vontade, e que jamais venhamos a dar lugar à desobediência. Que possamos ser fiéis e santos, para chegarmos ao nosso derradeiro descanso.

  

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Qual o caráter do descanso para o povo de Deus?