Lição 04, Central Gospel, Cristo é Superior a Moisés, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Lição
04, Central Gospel, Cristo é Superior a Moisés, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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Escrita
- https://ebdnatv.blogspot.com/2023/01/escrita-licao-04-central-gospel-cristo.html
Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2023/01/slides-licao-04-central-gospel-cristo-e.html
Estudo extra sobre este tema:
EBD Pecc (Programa
de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2022 | Tema: HEBREUS
E TIAGO – Jesus: Autor e Consumador da Fé | Escola Bíblica Dominical | Lição
03: HEBREUS 3 a 5 – Cristo é Superior a Moisés, a Josué e a Arão
Pergunte aos alunos, o que eles conhecem sobre esses personagens. Onde nasceram? Quem foram seus pais? Quem foram suas mães? Seus irmãos? Quais os livros da Bíblia são atribuídos a eles? Estêvão, o primeiro mártir da igreja, usou a maior parte do tempo de seu discurso falando acerca de Moisés (At 7.20-44). O escritor de Hebreus faz um destaque especial ao falar de Moisés na galeria dos heróis da Fé (Hb 11.23-29). Estamos falando do personagem de maior destaque no Antigo Testamento, e também de Arão, que foi seu irmão e o primeiro Sumo Sacerdote da Antiga Aliança, e de Josué, que é o seu substituto.
LEITURA
ADICIONAL
Embora
Moisés tenha sido a figura mais destacada no judaísmo, o autor ressalta a
superioridade de Jesus sobre Moisés, usando três argumentos. Em primeiro lugar,
a construtor é maior do que a casa (32-4) A palavra grega oikos, traduzida aqui
por casa, não se refere a uma casa física, material, mas ao povo de Deus. Aqui
o termo casa é um sinônimo para a família de Deus. Moisés foi fiel a Deus
servindo à igreja, no deserto. durante a jornada dos quarenta anos, e Jesus é
digno de muito maior glória porque ele é o fundamento, o dano, o edificador e o
protetor da igreja (Mt 16.18).
Em
segundo lugar, o Filho é maior do que o serve (3.5a.5) Moisés fut um servo na
casa de Deus, mas Jesus é o Filho. O autor aos Hebreus não usou a palavra
doulos para servo, mas o termo therepho, que significa “servo livre” Deus é o
arquiteto da casa, e Jesus é o construtor da casa, mas Moisés foi apenas um
servo na casa de Deus. O Filho unigênito é da mesma substância do Pai. Concordo
com o que diz William Barclay: “Moisés não criou a lei, foi apenas seu
transmissor, não criou a casa, apenas serviu nela; nunca falou por si mesmo,
pois tudo o que disse só apontava para as coisas maiores que Jesus Cristo
faria. […] Em terceiro lugar, a realização é maior do que seu símbolo (1.5b).
Moisés
deu testemunho das coisas que haveriam de vir Jesus tornou essas coisas
realidade. Ele é a consumação daquilo que Moisés anunciou como sombra. Assim
escreve Kistemaker: “Moisés teve a função de um profeta e foi um tipo de Jesus,
o grande profeta (Dt 18.15.10). Ele testificou a respeito daquilo que seria
dito no futuro, especialmente o evangelho que Jesus proclamou como a totalidade
da revelação de Deus (Hb 1.2) Jesus é o cumprimento do que Moisés anunciou, por
isso é digno de maior glória e honra, razão pela qual devemos nos concentrar
nele.”
TEXTO
ÁUREO
“Porque
Ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do
que a casa tem aquele que o edificou”. Hb 3.3
LEITURA
BÍBLICA PARA ESTUDO
Hebreus
3.1-14
VERDADE
PRÁTICA
O
Ministério de Moisés, Josué e Arão são apenas uma sombra em relação ao
Ministério de Cristo.
SUMÁRIO
I-
JESUS É SUPERIOR A MOISÉS Hb 3.1-19
1– Apóstolo e Sumo Sacerdote Hb 3.1
2– Digno de glória e honra Hb 3.3
3– Devemos ouvir a Sua voz Hb 3.1
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL
DIÁRIO
Segunda –
Hebreus 3.2
Terça – Hebreus 3.6
Quarta – Hebreus 4.8
Quinta – Hebreus 4.9
Sexta – Hebreus 5.4
Sábado – Hebreus 5.6
Hinos
da Harpa: 42 – 298
JESUS
É SUPERIOR A MOISÉS (HB 3.1-19)
Moisés
era um personagem grandemente reverenciado pelos judeus. Alguém ser equiparado
a ele era muito mais do que um elogio. Sem nenhum exagero, ele foi o maior
líder de Israel. Mas o autor vai demonstrar que ele estava muito aquém de
Jesus.
1-
Apóstolo e Sumo Sacerdote (Hb 3.1) “ por isso, Santos irmãos que
participais da vocação Celestial, considerai atentamente o apóstolo e Sumo
Sacerdote na nossa confissão, Jesus”.
O
escritor de Hebreus apresenta Jesus como Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa
confissão, por tanto, superior a Moisés e Superior a Arão. Apesar da intimidade
com Deus e da Glória do Senhor sobre o ministério de Moisés, ele era
transitório, era passageiro, era sombra ou figura de um Ministério superior, o
de Cristo, Filho de Deus. Alguns cristãos alheios à transitoriedade do
ministério de Moisés, por falta de conhecimento ou de maturidade cristã, se
apegam às coisas da lei e do templo e tentam aplicar à igreja, mas o apóstolo
Paulo é claro quando afirma que a Lei nos serviu de aio (pedagogo) para nos
conduzir a Cristo (Gl 3.24). O aio era um servo cuja função era levar as
crianças à escola, um líder de meninos. Portanto esse era o papel do ministério
de Moisés e de sua Lei nos conduzir a Cristo.
2-
Digno de glória e honra (Hb 33) “Jesus todavia tem sido considerado digno
de tanto maior glória do que Moisés quanto maior honra do que a casa tem aquele
que a estabeleceu”.
O
que edifica a casa tem mais honra e glória que a casa edificada. Dessa forma,
Jesus é apresentado no texto. Não significa que Moisés não fosse digno, mas que
Jesus é muito mais digno de honra e glória. Moisés foi criado e Cristo É
criador: Moisés libertou um povo, Jesus liberta os povos: Moisés Guiou o povo
para a Canaã terrena, Jesus guia a sua Igreja para a Canaã celestial:
Moisés pregou a Lei, Jesus pregou a Graça; Moisés morreu, Jesus morreu, mas
ressuscitou ao terceiro dia e está assentado à destra do Pai. No monte da
Transfiguração apareceram Moisés e Elias (Mt 17.2-5). Nesse momento o Pai diz:
“Esse é o meu Filho amado, ouçam ELE!”. A lei e os profetas se dobram diante do
Filho de Deus.
3-
Devemos ouvir a sua voz (Hb 3.15) “Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a
sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação.”
Para
lembrar-nos uma vez mais da necessidade diária de escutar atentamente e com
obediência a voz de Deus, o autor cita a frase, agora bem familiar, do Salmo
95: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações como foi na
provocação” (Hb 3.7, 3.15). Deus se dirige a nós constantemente por meio de Sua
Palavra, e espera que vivamos pela fé para darmos a Ele nossa atenção
exclusiva. Moisés é apenas um tipo que aponta para Cristo, o Antítipo. Moisés é
sombra, é figura, é cópia daquele que havia de vir: O escritor de Hebreus está
calando os judaizantes ao declarar que o maior nome do judaísmo é apenas um
tipo de Cristo e como consequência o seu ministério é apenas uma sombra em
relação ao ministério de Cristo.
Moisés
ministrava como servo (Hb 3.5), mas Jesus ministrava como Filho sobre a sua
Igreja. Se um servo tinha tanta autoridade para ministrar sobre o seu povo,
quanto mais o Filho de Deus. Moisés transformou águas amargas em doces (Êx
15.25), Jesus transformou água em Vinho (Jo 2.9). Moisés tirou água da rocha
(Ex 17.6) Jesus é a própria Rocha e nos dá Água Viva (Jo 7.38). Moisés
ministrou o maná sobre o povo (Êx 16.31). Jesus disse que eles comeram o Maná e
morreram, mas Ele é o Pão Vivo que desceu do céu (Jo 6.51) quem se alimenta
dEle vive para sempre.
Estudo
extra sobre este tema:
Lição
3: A superioridade de Jesus em relação a Moisés - CPAD
Data: 21
de Janeiro de 2018
1º Trimestre 2018 - Título: A supremacia da Cristo — Fé, esperança e ânimo na Carta aos
Hebreus
- Comentarista: José Gonçalves
TEXTO
ÁUREO
“Porque
ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do
que a casa tem aquele que a edificou” (Hb 3.3).
VERDADE
PRÁTICA
Cristo
em tudo foi superior a Moisés na Casa de Deus, pois enquanto o legislador
hebreu foi um mordomo, o Salvador foi o dono.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
— Hb 3.1 Uma vocação superior dada a Cristo por Deus Pai
Terça
— Lc 19.10 Uma missão superior que apenas Cristo poderia cumprir
Quarta
— Hb 3.1; 1Tm 2.5 Cristo - O único Mediador entre os homens e Deus
Quinta
— Hb 3.2 Cristo, o edificador da Casa de Deus
Sexta
— Hb 3.5,6 Cristo, não apenas servo, mas Filho
Sábado
— Hb 3.7,8 Cristo, superior em palavra à Lei
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 3.1-19.
1
— Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai
a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
2
— sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua
casa.
3
— Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto
maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
4
— Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as
coisas é Deus.
5
— E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para
testemunho das coisas que se haviam de anunciar;
6
— mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós,
se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao
fim.
7
— Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz,
8
— não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação
no deserto,
9
— onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por quarenta anos, as
minhas obras.
10
— Por isso, me indignei contra esta geração e disse: Estes sempre erram em
seu coração e não conheceram os meus caminhos.
11
— Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.
12
— Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel,
para se apartar do Deus vivo.
13
— Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se
chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.
14
— Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o
princípio da nossa confiança até ao fim.
15
— Enquanto se diz: Hoje, se ?ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso
coração, como na provocação.
16
— Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que
saíram do Egito por meio de Moisés.
17
— Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi, porventura, com os
que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18
— E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram
desobedientes?
19
— E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.
HINOS
SUGERIDOS
295,
396 e 620 da Harpa Cristã.
OBJETIVO
GERAL
Evidenciar
a superioridade de Jesus em relação ao legislador Moisés.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I.
Apresentar a superioridade da vocação, da missão e da mediação de Jesus em
relação a Moisés;
II.
Exprimir a autoridade maior de Jesus em relação a Moisés;
III.
Esclarecer a superioridade do discurso de Jesus em relação ao de Moisés.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
A
Antiga Aliança apresenta Moisés como “apóstolo”, isto é, o mensageiro de Deus
da Aliança com o povo de Israel, e o seu irmão Arão, como sumo sacerdote do
povo de Deus, respectivamente. Essa dispensação deu lugar a uma nova ordem, a
um novo concerto em que Cristo Jesus se apresenta como executor desses dois
ofícios. Agora, Ele é o apóstolo da Nova Aliança e o Sumo Sacerdote perfeito.
Essa verdade é que permeia toda a lição.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O
autor dá início ao capítulo três fazendo um contraste entre Moisés e Cristo.
Ele estava consciente da grande estima que seus compatriotas tinham pela figura
do grande legislador hebreu, Moisés. Em nenhum momento desse contraste o autor
deprecia a pessoa de Moisés, mas sempre o coloca como um homem fiel a Deus na
execução de sua obra. Entretanto, mesmo tendo assumido a grande missão de
conduzir o povo rumo à Terra Prometida, Moisés não poderia se equiparar a
Jesus, o Autor da nossa fé. O contraste entre Moisés e Cristo é bem definido:
Moisés é visto como um administrador da casa, Jesus como Edificador; Moisés é
retratado como servo, Jesus como Filho; Moisés foi enviado em uma missão
terrena, Jesus numa missão celestial, eterna.
PONTO
CENTRAL
A
carta de Hebreus revela a superioridade de Jesus em relação a Moisés quanto à
tarefa, à autoridade e o discurso.
I.
UMA TAREFA SUPERIOR
1.
Uma vocação superior. O autor introduz a seção vv.1-6 tomando como ponto
de partida o que havia dito anteriormente — Jesus era o autor e mediador da
nossa salvação (Hb 2.14-18). Tomando por base esse conhecimento, seus leitores,
a quem ele chama afetuosamente de irmãos santos, deveriam ficar atentos ao que
seria dito agora (Hb 3.1). Eles não eram apenas um povo nômade pelo deserto
escaldante à procura da Terra Prometida, mas herdeiros de uma vocação celestial.
Eles deveriam se lembrar de quem os fez aptos e idôneos dessa vocação. Nesse
aspecto, os leitores de Hebreus não deveriam ter dúvida alguma de que Jesus,
como Aquele que os conduzia ao destino eterno, era em tudo superior a Moisés, a
quem coube a missão de conduzir o povo à Canaã terrena.
2.
Uma missão superior. O autor pela primeira vez usa a palavra apóstolo em
relação a Jesus (Hb 3.1). A palavra apóstolo se refere a alguém que é
comissionado como um representante autorizado. Não havia dúvida de que Moisés
havia sido um enviado de Deus em uma missão, todavia, ele não foi o “apóstolo
da grande salvação”. A missão de Moisés foi tirar o povo de dentro do Egito e
conduzi-lo à Terra Prometida, mas a missão de Jesus é a de conduzir a Igreja à
Canaã celestial. A missão mosaica era daqui, a Canaã terrena; a missão de Jesus
possuía uma vocação celestial. Cristo não foi apenas um enviado em uma missão,
mas acima de tudo, o apóstolo da nossa confissão, alguém com autoridade na
missão de nos conduzir ao destino eterno.
3.
Uma mediação superior. Depois de afirmar que Jesus era “o apóstolo”, o
autor também diz que Ele é o “sumo sacerdote da nossa confissão”. Jesus era
superior a Moisés, não apenas em relação à missão, mas também em relação à
função que exercia. O autor fará um contraste mais detalhado entre o sacerdócio
de Cristo e o araônico mais adiante, mas aqui os crentes deveriam ter em mente
que a mediação de Jesus era em tudo superior ao sistema mosaico e levítico.
Cristo era o mediador da nossa confissão. A palavra “confissão” traduz o termo
original homologia , que tem o sentido primeiro de “concordância”.
Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a
primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele, e
somente Ele, é a razão do nosso viver.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
Em
relação a Moisés, a carta de Hebreus apresenta o Senhor Jesus com uma vocação
superior, uma missão superior e uma mediação superior.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Prezado(a)
professor(a), inicie a aula desta semana fazendo as seguintes perguntas:
a) O
que Moisés representou para o povo de Israel?
b) Qual
foi o papel de Moisés no estabelecimento da Antiga Aliança de Deus com o seu
povo?
c) Por
que Moisés é uma autoridade respeitada na história de Israel?
Ouça
as respostas dos alunos e em seguida faça um resumo abordando as respostas das
três perguntas a fim de amarrar as informações. A ideia dessa atividade é
familiarizar a classe com Moisés a fim de, a partir da importância dele para o
povo judeu, destacar a magnitude de Jesus Cristo como o mediador da Nova
Aliança.
CONHEÇA
MAIS
A
possibilidade de não chegar ao fim da caminhada
“O
livro de Hebreus considera a possibilidade de permanecer firme na fé ou de
abandoná-la como uma escolha real, que deve ser feita por cada um dos leitores;
o autor ilustra as consequências da segunda opção referindo-se à destruição dos
hebreus rebeldes no deserto após sua gloriosa libertação do Egito”. Leia mais
em Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, CPAD, pp.1557-59.
II.
UMA AUTORIDADE SUPERIOR
1.
Construtor, não apenas administrador. O autor destaca que tanto Moisés
como Jesus foram fiéis na “casa de Deus” (Hb 3.2). Eles foram fiéis na missão
que lhes foram confiada. Isso mostra o apreço que o autor possuía pelo legislador
hebreu. Todavia, ao se referir a Jesus, o autor usa a palavra
grega aksioô , traduzida como “digno”, “valor”, “mérito”. Duas coisas
precisam ser destacadas no uso desse vocábulo pelo autor. Primeiramente ele
quer mostrar que o mérito de Jesus era maior do que o de Moisés. Nosso Senhor
era o construtor do edifício, da casa de Deus, e não apenas o mordomo, como
fora Moisés. Os crentes precisavam enxergar isso e, assim, valorizarem mais a
sua salvação. Por outro lado, ao usar o pretérito perfeito (tempo verbal
grego), ele demonstra que a glória de Moisés era desvanecente, enquanto a de
Jesus era permanente.
2.
Filho, não apenas servo. O autor sabe da grande estima que Moisés possuía
dentro da comunidade judaico-cristã e por isso é extremamente cuidadoso no uso
das palavras. “E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo,
para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; mas Cristo, como Filho,
sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos
firme a confiança e a glória da esperança até ao fim” (Hb 3.5,6). Em vez de
usar o termo doulos (servo), vocábulo usado para se referir a um
escravo ou serviçal, ele usa outro vocábulo, therápôn . Essa palavra
só aparece aqui no Novo Testamento e é traduzida como servo ou ministro. A
ideia expressa é de um serviço que é prestado de forma voluntária entre duas
pessoas que se relacionam bem. Assim era Moisés com o seu Deus. Mas o autor
deixa claro que esse relacionamento de Moisés com Deus não podia se equiparar
ao de Deus com o seu Filho, Jesus.
3.
Uma igreja, não apenas tabernáculo. Alguns autores entendem que a
expressão “casa de Deus” usada em relação a Moisés pode se referir ao
tabernáculo como centro do culto mosaico no deserto, enquanto outros veem como
uma referência à antiga congregação do povo de Deus do êxodo. Em todo caso, a
ideia gira em torno do povo de Deus que adora na Antiga Aliança. Moisés foi um
ministro de Deus no culto da congregação do deserto. Mas Jesus, como Filho é o
ministro da Igreja, o povo de Deus na Nova Aliança, “a qual casa somos nós” (Hb
3.6).
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Hebreus
destaca o Senhor Jesus como o construtor da Nova Aliança; o Filho amado de
Deus; o ministro excelente da Igreja de Deus.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“[...]
Pedro apresenta Jesus como o Profeta semelhante a Moisés (vv.22,23). Moisés
havia declarado: ‘O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti,
de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis’ (Dt 18.15). Seria natural dizer que
Josué cumpriu essa profecia. Josué, o seguidor de Moisés, realmente veio depois
deste e foi um grande libertador de seu tempo. Surgiu, porém, outro Josué (na
língua hebraica, os nomes Josué e Jesus são idênticos). Os cristãos primitivos
reconheciam Jesus como o derradeiro cumprimento da profecia de Moisés.
No
final do capítulo (vv.25,26), Pedro lembra aos ouvintes a aliança com Abraão,
muito importante para se entender a obra de Cristo: ‘Vós sois os filhos dos
profetas e do concerto que Deus fez em nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua
descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando Deus a
seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos
desviasse, a cada um, das vossas maldades’. Claro está que, agora, é Jesus quem
traz a bênção prometida e cumpre a aliança com Abraão — e não apenas a Lei dada
por meio de Moisés” [HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, pp.307,08].
III.
UM DISCURSO SUPERIOR
1.
O perigo de ouvir, mas não atender. Seguindo a redação
da Septuaginta (tradução grega da Bíblia Hebraica), o autor cita o
Salmo 95.7-11 para trazer uma série de advertências. Se o povo de Deus no
Antigo Pacto precisou ser exortado, maior exortação precisava os que tinham
maiores promessas. Primeiramente havia o perigo de ouvir e não atender (Hb
3.7,8). No passado, o povo de Deus tinha ouvido a mensagem divina; entendido,
mas não atendido! O mesmo erro estava se repetindo. O Espírito Santo, falando
profeticamente pela boca do salmista, advertia os o leitores para que seus
corações não se endurecessem. É um apelo atual, porque o povo de Deus muitas
vezes demonstra ser tardio para ouvir.
2.
O perigo de ver, mas não crer. “[...] E viram, por quarenta anos, as
minhas obras” (Hb 3.9). Erra quem pensa que só acredita quem vê. Parece que
quem muito vê, menos acredita. Acaba ficando acostumado com o sobrenatural. O
sobrenatural se naturaliza. É exatamente isso o que aconteceu no deserto e era
exatamente isso o que estava acontecendo com a comunidade do autor de Hebreus.
Tanto Moisés, como Jesus, foram poderosos em obras, mas isso não estava sendo
suficiente para segurar os crentes. É preocupante quando o cristão se acostuma
com o sobrenatural e nada mais parece impactá-lo.
3.
O perigo de começar, mas não terminar. “Estes sempre erram em seu coração
e não conheceram os meus caminhos” (Hb 3.10b). Com estas palavras o autor
mostra o perigo de começar, mas não chegar. De andar, mas se desviar. Alguns do
antigo povo de Deus haviam começado bem, mas terminaram mal. Muitos caíram pelo
caminho, desistiram da estrada. O mesmo risco estava ocorrendo com os cristãos
neotestamentários — haviam começado bem, mas estavam correndo o risco de caírem
e perderem a fé. O alerta é para nós também.
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
A
mensagem de Cristo faz alguns alertas: o perigo de ouvir, mas não atender ao
apelo; o perigo de ver, mas não crer na revelação; o perigo de começar, mas não
terminar a jornada.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“SE
OUVIRDES HOJE A SUA VOZ Citando Salmos 95.7-11, o escritor se refere à
desobediência de Israel no deserto, depois do êxodo do Egito, como advertência
aos crentes sob o novo concerto. Porque os israelitas deixaram de resistir ao
pecado e de permanecer leais a Deus, foram impedidos de entrar na Terra Prometida
(ver Nm 14.29-43; Sl 95.7-10). Semelhantemente, os crentes do Novo Testamento
devem reconhecer que eles, também, podem ficar fora do repouso divino, se forem
desobedientes e deixarem que seus corações se endureçam.
NÃO
ENDUREÇAIS O VOSSO CORAÇÃO
O
Espírito Santo fala conosco a respeito do pecado, da justiça e do juízo (Jo
16.8-11; Rm 8.11-14; Gl 5.16-25). Se formos indiferentes à sua voz, nossos
corações se tornarão cada vez mais duros e rebeldes a ponto de se tornarem
insensíveis à Palavra de Deus ou aos apelos do Espírito Santo (v.7). A verdade
e o viver em retidão já não serão prioridades nossas. Cada vez mais, buscaremos
prazer nos caminhos do mundo e não nos caminhos de Deus (v.10). O Espírito
Santo nos adverte que Deus não continuará a insistir conosco indefinidamente se
endurecermos os nossos corações por rebeldia (vv.7-11; Gn 6.3). Existe um ponto
do qual não há retorno (vv.10,11; 6.6; 10.26)” (Bíblia de Estudo Pentecostal.
RJ: CPAD, 1995, p.1902).
CONCLUSÃO
Ao
mostrar a superioridade de Jesus sobre Moisés, o autor da Carta aos Hebreus não
tencionava exaltar o primeiro e desprezar o segundo, mas pôr em relevo a obra
do Calvário, bem como esclarecer como os crentes devem valorizá-la. Ora, se
Moisés que não era divino, que não se deu sacrificialmente em lugar de ninguém,
merecia ser ouvido, então por que Jesus, o Filho do Deus bendito, Senhor da
Igreja e superior aos anjos, não merecia reconhecimento ainda maior?
PARA
REFLETIR
A respeito da superioridade de Jesus em relação a Moisés, responda:
Qual o ponto de partida para o autor aos Hebreus introduzir o assunto sobre a vocação superior de Jesus?
Que
Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18).
Em que concordamos quando confessamos Jesus como Salvador?
Quando
confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a primazia.
Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele e somente Ele é a
razão do nosso viver.
O que devemos destacar quando o autor usa aksioô, isto é, “digno”, “valor” e “mérito”?
Diferente
de Moisés, o mérito de Jesus era maior e sua glória era permanente.
Se Moisés foi um ministro de Deus no culto da congregação do deserto, o que foi Jesus?
O
ministro da Igreja, o povo de Deus na Nova Aliança, “a qual casa somos nós” (Hb
3.6).
Qual risco corria os cristãos neotestamentários?
O
perigo de ouvir, mas não atender, o perigo de ver, mas não crer e o perigo de
começar, mas não terminar.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
A
superioridade de Jesus em relação a Moisés
Explicando
o capítulo 3
O
capítulo 3 de Hebreus está na seção que aborda a supremacia do Filho de Deus:
1.4—4.13. Essa parte da carta demarca a supremacia de Jesus em relação a
Moisés, o legislador de Israel. Diferentemente de Moisés, que serviu a uma
casa, que “não era o tabernáculo, mas os da casa de Deus, ou o povo de Deus
como a comunidade da fé” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, CPAD,
p.1557), Jesus Cristo é o construtor dessa casa de Deus, enquanto o legislador
de Israel fazia parte dela.
Podemos
retomar essa abordagem no Evangelho de Mateus, no capítulo 16, e no versículo
18: “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra
ela” (Mt 16.18). Atenção para o verbo “edificarei” e o pronome possessivo
“minha”. É Cristo quem construiu, edificou e ergueu o povo de Deus, por isso,
esse povo pertence a Ele; diferentemente de Moisés, que embora fosse uma figura
proeminente entre os judeus, um líder exemplar, ele não edificou o povo de
Deus, mas se achou parte dele.
Portanto,
o escritor de Hebreus faz um apelo aos leitores de sua carta, que
diferentemente dos judeus do deserto que não atentaram para as palavras de
Moisés, os seguidores de Cristo atentem para o mandamento do Filho, o
edificador do povo de Deus, e não se deixem endurecer pelo engano do pecado.
Sugestão
Pedagógica
Caro professor, prezada professora, ao introduzir a lição desta semana reproduza o esquema abaixo conforme as suas possibilidades:
Em
seguida, dê um espaço de tempo para que os alunos tenham a oportunidade de
expressar suas opiniões sobre a comparação entre Moisés e Jesus a partir do
esquema apresentado. Depois explique a superioridade da vocação de Jesus
reafirmando os pontos do esquema acima.
____________________________________________________________________
Revista
Central Gospel na íntegra - Lição 4, Central Gospel, Cristo é Superior a Moisés
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO - Hebreus 3.1-8,12-14
1.
Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus
Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão, 2. sendo fiel ao que o
constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa.
3.
Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior
honra do que a casa tem aquele que a edificou.
4
- Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é
Deus.
5
- E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para
testemunho das coisas que se haviam de anunciar;
6
- mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se
tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
7
- Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz,
8
- não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no
deserto.
12
- Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para
se apartar do Deus vivo.
13
· Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama
Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.
14
· Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o
princípio da nossa confiança até ao fim.
TEXTO
ÁUREO
Porque
ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do
que a casa tem aquele que a edificou. Hebreus 3.3
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª
feira – Salmo 103. 1-7 A revelação de DEUS a Moisés
3ª
feira - Salmo 77. 16-20 Moisés, o guia provido Por Deus
4ª
feira - Êxodo 2. 11, 12 Moisés falhou ao agir segundo a carne
5ª
feira - Salmo 105. 23- 26 Moisés, reconhecido como servo
6ª
feira - Lucas 24.27,44, 45 Moisés, profeta messiânico
Sábado
- Hebreus 3.15-19 Não endureçais o vosso coração
Resumo
geral da lição
1-
CONVOCAÇÃO DOS SANTOS À ADORAÇÃO A CRISTO
1-1-
Irmãos santos.
1-2-
Cristo, apóstolo e sumo sacerdote.
2-
MAIOR GLÓRIA DO QUE MOISÉS
2-1-
A superioridade do Filho em relação a Moisés.
2-2-
Moisés, fiel como servo.
2-3-
Jesus, fiel sobre Sua própria casa.
2-3-1-
A casa somos nós.
3-
ADVERTÊNCIA QUANTO AO ENDURECIMENTO CONTRA DEUS
3-1-
Ouvindo a voz do Espírito
3-2-
Advertência contra a incredulidade.
3-3-
Endurecimento do coração
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
Moisés
foi fiel em seu ministério; contudo, o grande libertador dos hebreus, por ser
homem, não pôde ser perfeito. Na nova aliança, Jesus deu-nos o exemplo de
irrefutável perfeição; Ele revelou ser superior a todos os expoentes
veterotestamentários, pois assumiu a forma humana, concedendo a todos os que
nele creem a eterna salvação.
1-
CONVOCAÇÃO DOS SANTOS À ADORAÇÃO A CRISTO -1-1- Irmãos santos.
A
epístola aos Hebreus inicia-se a partir do que é narrado no capítulo 24 do
livro do Êxodo, quando foi instituída a
Lei, por intermédio de Moisés. Ela é endereçada aos irmãos santos,
participantes da vocação celestial (Hb 3.1). A descrição dupla dos leitores
deixa claro que eram convertidos (irmãos santos), uma designação que só se
aplica a pessoas da família de Deus, separadas pela graça. Santos, segundo o
ensino bíblico, são somente aqueles que estão em Cristo e mantêm comunhão com DEUS,
por meio de Seu Filho, Jesus. Estes são convocados para adorarem a Cristo,
separados do mundo.
1-2-
Cristo, apóstolo e sumo sacerdote.
A
locução conjuntiva conclusiva pelo que (ARC) ou por isso (ARA), inscrita em
Hebreus 3.1, aponta para os motivos para os quais devemos considerar Jesus
Cristo apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão. Ei-los:
-
Jesus, como apóstolo por excelência, foi enviado pelo Pai ao mundo não para que
condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo 3.17).
-
Jesus, como sumo sacerdote perfeito, ofereceu o Seu próprio sangue para
salvar-nos e apresentar-nos a Deus a partir da nossa confissão.
2-1-
A superioridade do Filho em relação a Moisés.
Voltar
à Lei significava voltar a Moisés, uma vez que todo o sistema religioso judaico
se desenvolveu por meio dele. Era importante, portanto, que o escritor da
epístola aos Hebreus convencesse os seus leitores de que Jesus Cristo é
superior a todo e qualquer ser humano - era muito melhor ter o Filho de Deus,
eterno e imortal, defendendo as causas deles diante do Altíssimo do que um
homem limitado e mortal (Hb 3.1).
2-2-
Moisés, fiel como servo.
Moisés
foi um porta-voz de Deus; a Lei que recebeu do Altíssimo no Sinai foi
fidedignamente transmitida ao povo; por esse motivo, ele foi considerado um
modelo entre os homens (Jr 15.1). Mesmo sendo impedido pelo Senhor de entrar na
Terra Prometida (Dt 32.52), em momento algum vemos no texto bíblico, ainda que
indiretamente, sinais de que Moisés tenha ficado com raiva de Deus.
Absolutamente! Ele foi um servo submisso e fiel até o fim dos seus dias.
2-3-
Jesus, fiel sobre Sua própria casa.
Sim,
Jesus é superior a Moisés, pois enquanto este foi servo, aquele é Filho, o sumo
sacerdote constituído por Deus. Moisés, mesmo sendo fiel como homem, não foi
perfeito; ele falhou em momentos de tentação (Nm 20.7- 13). Jesus, contudo,
jamais falhou: em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4. 15b).
2-3-1-
A casa somos nós.
Em
Hebreus 3.2-6, o termo casa é empregado seis vezes:, esta é uma referência ao
povo de Deus, não a um edifício material. Somente a graça divina permite
explicar como, sendo imperfeitos, podemos ser casa, habitação do Senhor, para
que Cristo, nessa casa, possa ser sumo sacerdote. Deus não está preocupado com
as paredes ou os tijolos da Igreja; a grande verdade e que Ele deseja habitar o
coração das pessoas por intermédio do Espírito Santo.
3-
ADVERTÊNCIA QUANTO AO ENDURECIMENTO CONTRA DEUS
3-1-
Ouvindo a voz do Espírito
Se
ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração (Hb 3.7,8). Conhecedor
das Escrituras, o escritor dessa epístola cita o Salmo 95.8-11 e admoesta seus destinatários
, Valendo-se de fatos constrangedores, relativos ao povo de Israel nos dias de
Moisés. Eles nao deveriam agir como seus pais que provocaram a Deus no deserto
com graves atitudes.
3-2-
Advertência contra a incredulidade.
A
incredulidade de Israel no deserto (Hb 3. 7-11) serve de advertência aos
cristãos que se sentem tentados a cair na apatia ou a desviar-se da fé. O povo
israelita, não obstante presenciar as maravilhas do poder miraculoso de Deus no
deserto, rebelou-se contra Ele deliberadamente. Em consequência, Deus ficou
indignado, manifestou Sua ira e decretou Seu juízo (Hb 3.11). O endurecimento
do coração é um obstáculo para o recebimento da bênção do Senhor.
3-3-
Endurecimento do coração
O
escritor da epístola aos Hebreus, inspirado pelo Espírito Santo, dirige-se aos
cristãos judeus, advertindo-os do perigo de endurecer o coração e de afastar-se
do Deus vivo (Hb 3.12). O endurecimento do coração é resultado de rebeldia,
queixas, desânimo, obstinação ou infidelidade (Hb 3.8,15). Ao recorrer ao
Antigo Testamento, o escritor demonstra que o povo de Deus não está isento de
julgamento.
SUBSÍDIO
Cada
pessoa deve examinar o seu coração (2 Co 13.5) para perceber o que motiva o seu
comportamento pessoal. Ninguém mais pode avaliar os resultados. Quem se
descobre motivado por Jesus, que vive em seu coração, é um cristão verdadeiro.
Quem se descobre motivado por desejos egocêntricos, não é.
CONCLUSÃO
Moisés,
mesmo tendo recebido de Deus uma missão tão grande, era um homem imperfeito e
falho. Jesus, mesmo na condição humana, em face de Sua missão salvífica, em
tudo foi tentado, mas sem pecado. Como cristãos, precisamos honrar o sumo
sacerdote da nossa confissão.
ATIVIDADE
PARA FIXAÇÃO
l.
Qual a advertência para quem ouve a voz do Espírito Santo?