Escrita Lição 3, Acabe e o Profeta Elias, 3Tr21, Pr Henrique, EBD NA TV

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Lição 3, Acabe e o Profeta Elias
Lições Bíblicas - 3º Trimestre de 2021 - CPAD - Para adultos
Tema: O Plano de DEUS para Israel em meio à Infidelidade da Nação, As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel
Comentário: Pr. Claiton Pommerening
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Henrique
 
 
 
 
Lição 3, Acabe e o Profeta Elias
 
Vídeos sobre Acabe e Elias - 1º Trimestre de 2013 - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv1trim2013.htm
 
 
TEXTO ÁUREO
“Saberás, pois, que o SENHOR, teu DEUS, é DEUS, o DEUS fiel, que guarda o conserto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos”.  (Dt 7.9)
 
 
VERDADE PRÁTICA
DEUS é pai de amor, bondade e misericórdia abundantes, contudo, todo pecado e desobediência ao Senhor trazem consequências inevitáveis à vida humana.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 31.19 As bondades do Senhor são inesgotáveis para os que o temem
Terça - Êx 33.19 Misericórdia é um atributo que pertence a DEUS
Quarta - Jó 4.8 Tudo o que é semeado será colhido na mesma proporção
Quinta - Sl 23.6 A misericórdia e a bondade de DEUS acompanham o ser humano por toda vida
Sexta - 1 Pe 1.14 Os filhos de DEUS devem ser obedientes e abandonar o mau caminho
Sábado - Dt 5.29 O desejo do Senhor é que seus filhos sejam obedientes continuamente
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 16.29,30; 17.1-7; 18.17-21
1 Reis 16

29 - E Acabe, filho de Onri, começou a reinar sobre Israel no ano trigésimo oitavo de Asa, rei de Judá; e reinou Acabe, filho de Onri, sobre Israel em Samaria, vinte e dois anos. 30 - E fez Acabe, filho de Onri, o que era mal aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele.
1 Reis 17
1 - Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, DEUS de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.
2 - Depois, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: 3 - Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. 4 - E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem. 5 - Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR, porque foi e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. 6 - E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro. 7 - E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.
1 Reis 18
17 - E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhe Acabe: És tu o perturbador de Israel? 18 - Então, disse ele: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do SENHOR e seguistes os baalins. 19 - Agora, pois, envia, ajunta a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel. 20 - Então, enviou Acabe os mensageiros a todos os filhos de Israel e ajuntou os profetas no monte Carmelo. 21 - Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é DEUS, segui-o; e, se Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada.


OBJETIVO GERAL - Asseverar que todo pecado gera uma consequência


Resumo da Lição 3, Acabe e o Profeta Elias
I – O CASAMENTO DE ACABE COM JEZABEL
1. Consequências de escolhas erradas.
2. A rainha perversa.
II – ELIAS PREVÊ A GRANDE SECA
1. A intervenção divina.
2. O preço da obediência a DEUS.
3. DEUS sempre cuida dos seus filhos.
III – O ENCONTRO DE ELIAS COM ACABE
1. Um coração endurecido.
2. A sequidão espiritual do rei.
 
 
 
 
ELIAS
1. Elias, o profeta, cujo nome significa “Yahweh [ou Jeová] é DEUS” foi muito ativo durante os reinados de Acabe e de Acazias no reino do norte (aprox. 875-850 a.C.). O relato de seu ministério começa em 1 Reis 17 e termina com a ascensão de Elias registrada em 2 Reis 2. Nenhuma genealogia, chamada ao serviço, ou antecedentes são fornecidos, exceto o fato de ter sido identificado como um tisbita que residia na terra de Gileade, a leste do Rio Jordão.
Elias foi chamado para servir como porta- voz de DEUS na ocasião em que o reino do norte havia alcançado sua mais forte posição econômica e política desde a separação feita pelo governo Davídico em Jerusalém. Onri (885-874 a.C.), que introduziu uma política de boas relações de amizade com as nações vizinhas, selou essa aliança com a Fenícia casando seu filho Acabe com Jezabel, filha de Etbaal, o rei dos sidônios. Sob o real patrocínio de Acabe e Jezabel, floresceu em Israel a adoração ao deus Baal de Tiro e Sidom, ou Melqart de Israel. Acabe até construiu um templo para Baal na cidade de Samaria (1 Rs 16.32). Enquanto a liderança real estava comprometida com a adoração a Baal, Elias, através de suas mensagens e milagres, tinha a responsabilidade de lembrar aos israelitas que eram o povo de DEUS.
Sua primeira missão foi enfrentar o rei Acabe com o aviso de uma seca iminente, lembrando que o Senhor DEUS de Israel, a quem ele havia ignorado, tinha o controle da chuva na terra onde viviam (Dt 11.10-12). Em seguida, Elias isolou-se e caminhou em direção a leste do Rio Jordão. Nesse lugar, ele foi sustentado pelas águas do ribeiro de Querite e pelo pão e carne milagrosamente fornecidos pelos corvos. É possível que esse “ribeiro” (nahal) seja o profundo vale do Rio Jarmuque, ao norte de Gileade. Quando o suprimento de água terminou por causa da seca, Elias foi divinamente instruído a ir até Sarepta, na Fenícia, onde seria sustentado por uma viúva cuja reserva de farinha e óleo havia sido milagrosamente aumentada até que a estação das chuvas fosse restaurada à terra. A identidade de Elias como profeta ou homem de DEUS foi confirmada pela divina manifestação quando o filho da viúva foi restaurado à vida.
No terceiro ano dessa seca, Elias recebeu ordens divinas para entrar em contato com Acabe e anunciar que DEUS estava prestes a enviar chuva. Durante esse período, Acabe havia feito intensas pesquisas sobre a água para sustentar seu gado, enquanto Jezabel havia mandado matar muitos profetas de DEUS. Alguns dos profetas do Senhor, entretanto, haviam sido escondidos e alimentados secretamente por um dos oficiais de Acabe, chamado Obadias. Mais tarde, ao encontrar-se com Elias, Obadias mostrou-se muito preocupado porque Acabe havia intensificado a procura por Elias. Mas Elias o tranqüilizou, assegurando-lhe que não desaparecería; e assim Obadias conseguiu marcar um encontro entre Acabe e Elias.
Embora Acabe responsabilizasse Elias pelo problema da seca de Israel, o profeta corajosamente confrontou o rei mostrando que tanto o rei quanto sua casa eram os culpados pela transgressão do primeiro mandamento ao praticarem a adoração a Baal, ao invés de adorarem a DEUS. Acabe rapidamente obedeceu às instruções de Elias e organizou uma reunião pública no Monte Carmelo com os 450 profetas de Baal e os 400 profetas de Aserá que eram sustentados por Jezabel. No Monte Carmelo, a questão foi claramente apresentada por Elias. Os profetas de Acabe ficaram completamente indefesos e não conseguiram introduzir o poder de Baal para iniciar o sacrifício que haviam preparado. Neste ínterim, Elias reparou o altar do Senhor e preparou seu sacrifício. Depois de ter orado ao Senhor DEUS de Abraão, Isaque e Israel, o sacrifício de Elias foi milagrosamente aceso perante a assembléia pública de israelitas. O povo respondeu a essa demonstração de poder e soberania de DEUS, e confessou que Yahweh [ou Jeová] é DEUS. Imediatamente, Elias ordenou a execução dos falsos profetas e instruiu Acabe a rapidamente procurar Jezreel antes que a chuva iminente chegasse, embora o céu estivesse com- pletamente limpo. Após a oração de Elias, choveu com abundância. Através de uma capacitação divina, Elias foi capaz de correr mais do que Acabe e entrar em Jezreel, que distava de 30 a 35 quilômetros a leste do local onde haviam estado.
Ameaçado por Jezabel, o profeta Elias escapou em direção ao sul, a um dia de viagem de Berseba. Chegou a ficar desanimado a ponto de pedir a morte, mas foi divinamente alimentado e assim prosseguiu em direção ao Monte Horebe. Lá chegando, ele recebeu três incumbências: (1) ungir Hazael como rei da Síria; (2) ungir Jeú como rei de Israel; (3) e ungir Eliseu como seu sucessor. Ao retomar, Elias chamou Eliseu para que o acompanhasse. A comunicação da divina mensagem a Hazael e Jeú foi em seguida complementada por Eliseu.
A mais corajosa confrontação pessoal com o rei Acabe aconteceu quando Elias encontrou o rei na vinha de Nabote. Jezabel havia tramado a execução de Nabote, ignorando o direito à herança da terra que existia na antiga nação de Israel (cf. R. de Vaux, Ancient Israel, trad. por John McHugh, McGraw-Hill, 1961, pp. 53ss., 166ss.). O juízo divino sobre a família real havia sido um veredicto, e Elias comunicou a mensagem de DEUS. Gomo Acabe arrependeu-se, o castigo foi temporariamente adiado.
Elias sobreviveu a Acabe, que foi morto em uma batalha em 853 a.C. Sua profecia a respeito de Acabe cumpriu-se quando os cães lamberam o sangue do rei.
Acazias sucedeu a Acabe, seu pai, no trono israelita. Em uma certa ocasião, ele sofreu uma queda e ficou aleijado. Ao enviar seus servos para perguntar a Baal, o deus de Ecrom (ironicamente chamado de Baal-Zebube, ou “Baal das moscas”, um trocadilho com seu nome, Baal-Zebul, que significa “Baal, o príncipe”) se poderia recuperar-se, Elias foi aivinamente encarregado de interceptar os mensageiros. Ele mandou que voltassem ao rei levando a repreensão por ter ignorado o DEUS de Israel, e advertindo-o de sua morte iminente. Após o fracasso de várias tentativas para prender Elias, o profeta acompanhou o terceiro capitão enviado pelo rei. Dessa vez, Elias foi à presença do rei para transmitir diretamente sua mensagem. Acazias não se recuperou e morreu, como Elias havia predito.
Ao aproximar-se o final do ministério de Elias, Eliseu e alguns dos profetas associados a eles, perceberam que seu mestre estava prestes a deixá-los. Mas Eliseu prometeu que permaneceria com Elias. Depois de uma milagrosa separação das águas do Rio Jordão, de forma que os profetas puderam atravessá-lo sobre terreno seco, Eliseu pediu uma porção dobrada (que equivalia à porção do primogênito) do espírito de seu mestre, desejando, deste modo, tomar-se o principal herdeiro espiritual de Elias (cf. Dt 21.17). A concessão desse pedido lhe foi garantida ao ver Elias ascender ao céu em um rodamoinho.
Embora o ministério de Elias tivesse sido exercido principalmente no reino do norte, ele enviou uma comunicação por escrito ao rei Jeorão de Judá, que havia sucedido seu pai, Josafá. Jeorão foi censurado por ter ignorado o caminho do temor e da obediência a DEUS - que fôra seguido por Asa e por Josafá - e ter decidido seguir o padrão idólatra dos reis de Israel (2 Cr 21.12-15).
O elemento miraculoso aparece de forma muito proeminente no ministério de Elias. Através deste, Elias foi confirmado como porta voz de DEUS em uma época em que os reis de Israel deveriam, ao invés de dedicar- se à idolatria, ser o exemplo de alguém que assumiu um completo comprometimento com DEUS, de todo o coração.
No AT existe uma outra referência a Elias, em Malaquias 4.5 onde é mencionado como precursor do “grande e terrível Dia do Senhor”. É possível que uma das duas testemunhas de Apocalipse 11.3-12 seja Elias, reaparecendo como o cumprimento desta profecia. Os judeus esperam seu regresso, como está indicado em Ecclus 48.10, o Manual de Disciplina de Qumran (IX. 11), e na literatura Mishnaítica.
Outras referências do NT para complementar este estudo são: Mateus 11.14; 16.14; 17.1-13; 27.47,49; Mc 6.15; 8.28; 9.2-13; 15.35,36; Lc 1.17; 4.25,26; 9.8,19,28-36,54; Rm 11.2-4; Tg 5.17,18.
Dicionário Bíblico Wycliffe
 
 
ACABE
No hebraico, irmão do pai, 1. Filho de Onri e sexto rei de Israel. Reinou por vinte e um anos, entre 918 e 897 A.C., aproximadamente. Foi um dos reis mais fracos e corruptos de Israel. Parece ter tido bons sentimentos e disposições, mas facilmente desviava-se para o mal. Sua história aparece principalmente em I Reis 16 -22. A narrativa mostra que a debilidade, por parte de alguma alta autoridade, pode produzir tanto o mal quanto a impiedade direta. Foi influenciado por sua associação com os íenicíos, e vários erros por ele cometidos podem ser atribuídos a esse fato.
a.    Influência fenícia. Havia laços comerciais, provenientes do tempo de Davi e Salomão. Tais associações, após a divisão de Israel em dois reinos, tiveram fim em Judá, mas permaneceram fortes no norte, em Israel.
b.    Jezabel, sua esposa, era filha de Etball, rei de Tiro. Era mulher enérgica, mas ímpia e pagã, e conseguiu dominar completamente Acabe. Por meio da influência dela, pois, foi estabelecido o culto aos deuses fenícios, sobretudo o deus sol, Baal, no reino do norte.
c.    Antes disso houvera incidências de idolatria em Israel, mas agora caíram por terra todas as restrições. O rei erigiu um templo em Samaria, levantou uma imagem e consagrou um trecho arborizado a Baal. Muitos sacerdotes de Baal eram mantidos, ao ponto de a idolatria tornar-se a religião predominante em Israel. Tão poderoso foi o movimento que parecia que a antiga fé dos judeus se perdería para sempre.
d.    Elias (ver o artigo) era o homem certo para enfrentar a emergência. Ele se opôs vigorosamente à idolatria e à autoridade real que lhe dava o apoio. Foi autor de predições e milagres que visavam a fazer o povo voltar-se de novo para o Senhor.
e.    O caso de Nabote. Perto do palácio de Acabe, em Jezreel, havia um cidadão chamado Nabote, cuja vinha Acabe desejava. Acabe tentou convencer Nabote a vendê-la, mas este recusou-se devido a direitos de herança de sua família (por lei divina). Jezabel tomou a questão nas mãos, quando viu o desapontamento de Acabe, pressionando os anciãos da cidade e subornando falsas testemunhas contra Nabote, que foi assassinado por alegadas blasfêmia e traição. Acabe tomou posse da vinha, mas, em sua volta para casa, Elias saiu ao encontro dele e predisse que cães lamberíam o seu sangue no lugar onde havia sido lambido o sangue de Nabote; que Jezabel seria comida por cães, perto das muralhas de Jezreel, e que o resto da família teria seus cadáveres devorados pelos cães da cidade, ou pelas feras e aves. Acabe ficou aterrorizado e arrependeu-se, e a execução plena da profecia foi adiada até depois de sua morte, no reinado de Jeorão, seu filho (ver I Reis 21).
f.    Morte de Acabe. Ele morreu de ferimentos recebidos em batalha contra os sírios, algo que fora predito por Micaías, embora o rei não tivesse crido na predição. Militarmente, ele fora bem-sucedido mantendo seu governo e autoridade, o que é indicado pela Pedra Moabita, linhas sétima e oitava, onde somos informados de que Onri e seu filho, Acabe, governaram a terra de Medeba (conquistada por Onri), durante quarenta anos. Porém, quando Acabe envolveu-se em guerra contra os si rios, Moabe se rebelou .
g.    Cumprimento da profecia de Elias. Acabe foi morto por um homem que atirou sua flecha ao acaso. Conseguiu manter-se de pé em seu carro de guerra, e morreu à tardinha, e seu exército dispersou-se. (Ver I Reis 22). Ao ser trazido para ser sepultado em Samaria, os cães lamberam o seu sangue, enquanto um servo lavava o seu carro de guerra.
h. Acabe e a arqueologia. O nome dele aparece com preeminên-cia nos monumentos assírios do grande conquistador Salmaneser III (859-824 A.C.). A inscrição Monolítica, atualmente no Museu Britânico, narra o choque entre os exércitos assírios, em 853 A.C., com uma colisão de reis sírios em Carcar, ao norte de Hamate, uma fortaleza que guardava os acessos para toda a baixa Síria. Essa inscrição mostra que Acabe conseguiu sustar com sucesso o avanço assírio. Acabe lançou dois mil homens nessa batalha, mais que qualquer outro. Ultrapassado somente pelo estado damasceno, ele mostrou ser a força militar mais poderosa na Síria central e inferior, nos meados do século IX A.C.
/'. O aspecto mais triste da história de Acabe é o seu fracasso espiritual, tendo-se oposto abertamente a Elias, por influência de sua esposa. O pecado dele afetou negativamente gerações sucessivas, o que foi condenado por Osé. 1:4 e Miq. 6:16.
j. Surpreendentemente, nosso Senhor descendia de Acabe e Jezabel! Ver Mat. 1:8,9. OUzias ali mencionado é o mesmo Uzias ou Amazias, filho de Joás, neto de Atália e bisneto de Acabe e Jezabel.
2. Acabe, filho de Colias. Esse homem foi um falso profeta, autonomeado, que falava em nome de DEUS entre os exilados na Babilônia, pouco depois que Jeconias (Jeoiachim) foi levado para o exílio, no fim do reinado de Judá (598/597 A.C.), cerca de onze anos mais tarde. Ele é mencionado em Jer. 29:21-23. Ele e um certo Zedequias foram culpados de grosseira imoralidade. Foi predito que ele seria morto na presença daquele a quem enganara, e que, no futuro, tomar-se-ia um dito popular: «...o Senhor te faça como Zedequias e como Acabe, os quais o rei da Babilônia assou no fogo» (Jer. 29:21,22). Tal dito popular tornou-se uma maldição comum. O código de Hamurabi, um antigo monarca babilônio, prescrevia a pena de morte contra o adultério. Portanto, isso foi parte do julgamento decretado contra Acabe. Acabe e Zedequias são identificados como os dois anciãos malignos da narrativa apócrifa de Susana. (ND S UN Z). Dicionário Bíblico Wycliffe
 
 
 
LIÇÕES PASSADAS SOBRE ACABE E ELIAS - 2013
1º Trimestre de 2013 - Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja
Comentarista: José Gonçalves
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 1, A APOSTASIA NO REINO DE DEUS
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Apostasia durante o reinado de Acabe, filho de Onri.
Na prática, o culto ao DEUS verdadeiro foi substituído pela adoração ao deus falso Baal, trazendo como consequência uma apostasia sem precedentes e pondo em risco até mesmo a verdadeira adoração a DEUS.
I. AS CAUSAS DA APOSTASIA
1. Casamento misto.
2. Institucionalização da idolatria.
II. OS AGENTES DA APOSTASIA
1- Acabe.
2- Jezabel
III. AS CONSEQUÊNCIAS DA APOSTASIA
1. A perda da identidade nacional e espiritual.
2. O julgamento divino.
IV. APOSTASIA
1. Um perigo real.
2. Um mal evitável.
CONCLUSÃO
Ficou perceptível nessa lição que a apostasia no reino do Norte pôs em perigo a existência do povo de DEUS durante o reinado de Acabe.
Não podemos fazer aliança com o paganismo mesmo que isso traga algumas vantagens políticas ou sociais. 
 
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- 1 Reis 16.29-34
29 E Acabe, filho de Onri, começou a reinar sobre Israel no ano trigésimo oitavo de Asa, rei de Judá; e reinou Acabe, filho de Onri, sobre Israel em Samaria, vinte e dois anos. 30 E fez Acabe, filho de Onri, o que era mal aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele. 31 E sucedeu que (como se fora coisa leve andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate), ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e se encurvou diante dele. 32 E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria. 33Também Acabe fez um bosque, de maneira que Acabe fez muito mais para irritar ao SENHOR, DEUS de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele. 34 Em seus dias, Hiel, o betelita, edificou a Jericó; morrendo Abirão, seu primogênito, a fundou; e, morrendo Segube, seu último, pôs as suas portas; conforme a palavra do SENHOR, que falara pelo ministério de Josué, filho de Num.
 
A história de derrota de todo o Israel (Israel ao norte e Judá ao sul) se deve à dois fatores:
1- União com mulheres estranhas a Israel e ao pacto com DEUS e
2- Idolatria aos deuses dos povos vizinhos.
 
1 Reis 11.1 O REI SALOMÃO AMOU MUITAS MULHERES ESTRANHAS. O cap. 11 de 1 Reis descreve o declínio espiritual de Salomão, e as consequências disso.
(1) Salomão começou como um homem que amava ao Senhor, que andava nos estatutos dEle, e que edificou o templo dEle (3.3; 6.1). Experimentou o amor de DEUS, a sua graça e a sua salvação; recebeu conhecimento espiritual especial (3.10-14; 2 Sm 12.24) e escreveu parte das Escrituras Sagradas sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO (ver 4.29-34).
(2) Entretanto, Salomão endureceu-se pelo engano do pecado e desviou-se do Senhor para seguir outros deuses; provocou o Senhor à ira e consequentemente foi castigado por DEUS (vv. 1-13; Dt 29.14-21; 30.15-20; Hb 3.12-14).
(3) O erro fatal de Salomão foi o de buscar poder, sucesso, riquezas e prazer sensual, contemporizando com a idolatria e o pecado, e tolerando-os. Salomão envolveu-se com:
(a) alianças iníquas com nações pagãs (Tiro, 9.10-14; Egito, 3.1; 10.28,29; e outros povos, 9.25-10.13);
(b) muitas esposas e concubinas estrangeiras para selar essas alianças (vv. 1-8; Gn 29.28);
(c) e cada vez mais riquezas e glória (10.14-19; cf. 1 Tm 6.9).
(4) Leia em Deuteronômio 17.14-20, os preceitos de DEUS aos reis, quanto a firmar alianças com estrangeiros, adquirir cavalos no Egito, multiplicar esposas e acumular cada vez mais ouro.
1 Reis 11.2 DAS NAÇÕES... NÃO ENTRAREIS A ELAS. O fato de Salomão ter muitas esposas não somente foi um desprezo ao mandamento de DEUS aos reis, para não multiplicarem esposas (cf. Dt 17.17), mas também transgrediu a proibição divina contra casamentos com mulheres pagãs, dentre os cananeus (Êx 34.12-16; Js 23.12,13). É evidente que Salomão deixou de meditar cuidadosamente na lei de DEUS "para que aprenda a temer ao SENHOR, seu DEUS, para guardar todas as palavras desta lei" (Dt 17.19).
1 Reis11.4 NÃO ERA PERFEITO... COMO O CORAÇÃO DE DAVI. O coração de Davi era "perfeito", não no sentido de nunca ter fracassado terrivelmente diante de DEUS, mas porque nunca se envolveu com idolatria e adoração a outros deuses. Quando pecou com Bate-Seba, e tentou encobrir tudo, Davi cometeu grave delito, chegando ao ponto de desprezar a DEUS e à sua palavra (2 Sm 12.9,10). Contudo, nunca adorou a outros deuses, nem dependia deles, conforme muitos reis de Israel fizeram (cf. 15.5)
1 Reis 11.5-7 SALOMÃO ANDOU EM SEGUIMENTO DE ASTAROTE... MILCOM. De início Salomão tolerava os falsos deuses de suas esposas, mas, a seguir, desviou-se e passou a servi-los (vv. 2-9).
(1) Sendo Salomão um servo de DEUS, passou a adorar à deusa sidônia, Astarote (cujo culto continha ritos imorais e adoração às estrelas), ao deus moabita Milcom ou Moloque (que envolvia o sacrifício de criancinhas, cf. Lv 18.21; 20.1-5), e ao deus amonita, Camos (um deus-sol). A essa altura, Salomão não podia dizer que o Senhor do concerto era o único DEUS verdadeiro -(cf. Dt 6.4).
(2) A apostasia de Salomão revela que o mero conhecimento de DEUS e da sua palavra não é suficiente prevenção contra o pecado e apostasia. O pecado procede do coração e só pode ser debelado à medida que nosso coração se inclina para DEUS com fé e amor (Dt 6.4-9; cf. 3.9). Salomão, um pregador que admoestava os outros, decaiu em pecado tão ostensivo, que aceitou abertamente o espiritismo, fomentou a imoralidade e a crueldade, infamou Israel e manchou o nome do único DEUS verdadeiro.
1 Reis 11.11 RASGAREI DE TI ESTE REINO. O castigo divino de Salomão resultou na divisão de Israel em dois reinos, sendo que apenas um deles foi governado pelos sucessores de Salomão (vv. 9-13,31) - a tribo de Judá (incluindo Simeão, cf. Js 19.1) foi dada ao seu filho Roboão, a fim de conservar a linhagem messiânica (vv. 13,32). As dez tribos seriam dadas a Jeroboão, dentro em breve (vv. 31-36).
 
 
 
 
1 Reis 12.20 JEROBOÃO... REI SOBRE TODO O ISRAEL. Ao morrer Salomão (11.43), a nação dos hebreus dividiu-se em dois reinos.
(1) O Reino do Norte, chamado Israel, teve Jeroboão como seu primeiro rei. O Reino do Sul, chamado Judá, teve Roboão, filho de Salomão, como seu primeiro rei (v. 17). A divisão continuou até que as dez tribos do Norte foram levadas em cativeiro para a Assíria em 722 a.C. O Reino do Sul foi levado ao cativeiro em 586 a.C. pelos babilônios. A história dos dois reinos acha-se em 1 Rs 12-22; 2 Rs 1-25 ; e 2 Cr 10-36. (2) A história de Israel e de Judá revela a determinação deles em quebrar o concerto feito com DEUS. A Bíblia mostra que todos os reis do Reino do Norte procederam mal aos olhos do Senhor (e.g. 16.25,30; 22.52; 2 Rs 3.3; 10.29), por sua vez, a maioria dos reis de Judá desprezaram o concerto. Poucos reis de Judá, principalmente Ezequias (2 Rs 18.1-20.21) e Josias (2 Rs 22.1-23.29), fizeram "o que era reto aos olhos do SENHOR" (2 Rs 18.3; 22.2).
12.24 EU É QUE FIZ ESTA OBRA. Foi o Senhor quem levou a efeito a divisão do seu povo. A divisão das duas nações foi determinada por Ele
(1) como castigo pela sua idolatria, e
(2) como meio de preservar um remanescente fiel através de Judá (11.13). Embora Israel como um todo se desviasse de DEUS, um remanescente de Judá permaneceu fiel ao concerto, e através dessas pessoas DEUS pôde cumprir suas promessas e propósito redentor.
 
 
 
 
12.28 DOIS BEZERROS DE OURO... VÊS AQUI TEUS DEUSES. Jeroboão, do Reino do Norte, fundou um falso sistema religioso, levando o povo a adorar falsos deuses, (vv. 27-30; cf. Êx 20.3,4), tendo como modelo o bezerro de ouro feito por Arão (Êx 32.8). Nomeou sacerdotes "que não eram dos filhos de Levi" (v. 31), e assim pôs no ministério homens que não tinham as qualidades para isso segundo a lei de DEUS. A instituição de um falso sistema religioso, por Jeroboão, produziu dois resultados:
(1) a maior parte do povo do Reino do Norte passou a adorar a Baal, cujo culto incluía a prática imoral da prostituição religiosa.
(2) A maior parte do reino de Israel que permaneceu fiel a DEUS e à sua lei, teve grandes perdas, quando "deixaram... a sua possessão" e vieram para o Reino do Sul a fim de adorarem ao Senhor segundo sua revelação original (2 Cr 11.13,14). "De todas as tribos de Israel, os que deram o seu coração a buscarem ao SENHOR, DEUS de Israel, vieram a Jerusalém, para oferecerem sacrifícios ao SENHOR DEUS de seus pais" (2 Cr 11.16; cf. 15.9).
12.31 FEZ SACERDOTES... QUE NÃO ERAM DOS FILHOS DE LEVI. Jeroboão nomeou sacerdotes, homens que não tinham os requisitos segundo os padrões de DEUS, em Nm 3.6-9; 8.5-20. Segundo o novo concerto, o sacerdócio levítico já não existe, mas DEUS estabeleceu qualificações essenciais definidas, para aqueles que aspiram ao ministério, como pastores ou dirigentes da igreja. Essas qualificações espirituais e morais estão em (1 Tm 3.1-7 e Tt 1.5-9)

Em 1 Rs 14.22 E FEZ JUDÁ O... MAU. A conduta religiosa da tribo de Judá, governada por Roboão (v. 21), pouco diferiu das outras dez tribos de Israel. Os membros da tribo de Judá também abandonaram o Senhor e se entregaram a pecados terríveis.
Em 1 Rs 14.24 RAPAZES ESCANDALOSOS. A apostasia de Judá levou à depravação do homossexualismo, i.e., a prostituição masculina (Rm 1.25-28). O povo de DEUS aceitava "as abominações das nações" e, assim, foi subjugado pelas nações ímpias (vv. 25,26). CRISTO advertiu quanto a esse princípio de julgamento sobre os crentes que se conformarem com o mundo (ver Mt 5.13). A expressão "rapazes escandalosos", a ARA traduz apropriadamente "prostitutos-cultuais".
 
Em 1 Rs 16.7 O PROFETA JEÚ. Quando o povo de DEUS, a começar dos líderes, abandonou o caminho do Senhor e adotou os caminhos pecaminosos dos cananeus, DEUS enviou-lhe profetas para lhe proclamar a sua verdade e justiça. Os profetas do Senhor são também uma necessidade hoje.
Em 1 Rs 16.30 ACABE. O pecado e a iniquidade avolumaram-se cada vez mais no reinado de Acabe. Imperavam a rebeldia insolente e a dureza de coração contra os mandamentos de DEUS. Cresceu a adoração a Baal. Diante de tal apostasia, DEUS enviou o profeta Elias a Israel (dando-lhe poder extraordinário), para lutar contra esse sistema religioso corrupto e proclamar o propósito de DEUS para o seu reino (17.1).
Em 1 Rs 16.31 BAAL. Ver Js 23.12; Jz 2.13.
 
Em 1 Rs 17.1 ELIAS. Elias foi profeta do Reino do Norte, nos reinados de Acabe e do seu filho Acazias. O nome Elias, que significa "o Senhor é meu DEUS", fala da convicção inabalável que destacou esse profeta (18.21,39). Os fatos principais da sua vida acham-se em 1 Rs 17-19; 21.17-29; 2 Rs 1-2.
(1) A vida de Elias girou em torno do conflito entre a religião do Senhor e a religião de Baal. Sua missão era levar os israelitas a reconhecerem sua apostasia e reconduzi-los à fidelidade ao DEUS de Israel (18.21,36,37). Elias era pois um restaurador e um reformador, empenhado em restabelecer o concerto entre DEUS e Israel.
(2) O AT no seu final, registra a profecia que Elias reaparecerá "antes que venha o dia grande e terrível do SENHOR" (Ml 4.5); esta profecia cumpriu-se parcialmente em João Batista (Mt 11.7-14; Lc 1.17) e poderá ter um cumprimento futuro antes da volta de CRISTO (cf. Mt 17.11; Ap 11.3-6; ver Ap 11.3).
(3) A fidelidade inabalável de Elias a DEUS e ao seu concerto, faz dele para todo o sempre, um exemplo de fé, destemor e lealdade a DEUS, ante intensa oposição e perseguição, e um exemplo de resoluta persistência em opor-se às falsas religiões e aos falsos profetas.
Em 1 Rs 17.1 NEM ORVALHO NEM CHUVA HAVERÁ. Elias, na qualidade de mensageiro de DEUS, pronunciou uma palavra de juízo da parte do Senhor contra a nação rebelde de Israel. DEUS ia reter a chuva durante três anos e meio (cf. Dt 11.13-17). Esse juízo humilhava Baal, pois seus adoradores criam que ele controlava a chuva e que era responsável pela abundância nas colheitas. O NT declara que essa seca em Israel resultou das ferventes orações de Elias (Tg 5.17).
Em 1 Rs 17.4 EU TENHO ORDENADO AOS CORVOS QUE ALI TE SUSTENTEM. DEUS sustentou Elias junto ao ribeiro Querite, porque esse profeta tomara posição firme ao lado de DEUS contra a apostasia do povo (vv. 3-7; cf. Sl 25.10). Assim, como Elias sustentou a luta pela causa de DEUS, o Senhor cuidaria agora da sua causa, i.e., sua subsistência (cf. Sl 68.19,20).

Em 1 Rs 18.18 DEIXASTES OS MANDAMENTOS DO SENHOR. O modo corajoso de Elias falar a Acabe e denunciar a impiedade de Israel fez dele um profeta exemplar, e a pessoa mais qualificada para ser o protótipo do precursor do Senhor JESUS CRISTO (cf. Ml 4.5,6; Lc 1.17).
(1) Era um verdadeiro "homem de DEUS" (17.24), que falava, não para agradar às multidões, mas como um servo fiel de DEUS (cf.Gl 1.10; 1 Ts 2.4; ver Lc 1.17).
(2) Assim como Elias foi chamado para mostrar quem é o verdadeiro DEUS de Israel, todos os ministros do novo concerto são chamados para defender o evangelho de CRISTO contra distorções, transigência com o mal e desvio doutrinário (ver Fp 1.17; Jd v. 3).
Em 1 Rs 18.21 SE O SENHOR É DEUS, SEGUI-O. Elias desafiou o povo a fazer uma escolha definitiva entre seguir a DEUS ou a Baal (cf. Ez 20.31,39). Os israelitas achavam que podiam adorar o DEUS verdadeiro e também Baal. O pecado deles era o de terem o coração dividido (cf. Dt 6.4,5), querendo servir a dois senhores. O próprio CRISTO advertiu contra essa atitude fatal (Mt 6.24; cf. Dt 30.19; Js 24.14,15)
 
 
 

Em 1 Rs 18.27 ELIAS ZOMBAVA DELES. Elias ao zombar dos profetas de Baal, revela sua ardente indignação ante a idolatria imoral e vil que Israel adotara. Sua ironia e sua atitude intransigente, expressavam sua inalterável lealdade ao DEUS, a quem ele amava e servia. Compare a reação de Elias com a ira e determinação de JESUS, ante a profanação do templo (ver Lc 19.45).
Em 1 Rs 18.36 ELIAS... DISSE: Ó SENHOR, DEUS DE ABRAÃO. A coragem e a fé patentes em Elias não têm paralelo em toda a história da redenção. Seu desafio ao rei (vv. 16-19), sua repreensão a todo o Israel (vv. 21-24) e seu confronto com os 450 profetas de Baal (vv. 19, 22) foram embates que ele os enfrentou dispondo apenas das armas da oração e da fé em DEUS. Vemos sua confiança em DEUS na brevidade e simplicidade da sua oração (41 palavras em hebraico), (vv. 36,37)
Em 1 Rs 18.37 TU FIZESTE TORNAR O SEU CORAÇÃO PARA TRÁS. O propósito de Elias no seu confronto com os profetas de Baal, e a oração que se seguiu, foi revelar a graça de DEUS para com o seu povo. Elias queria que o povo se voltasse para DEUS (v. 37). Semelhantemente, João Batista, o "Elias" do NT (ver 17.1), tinha como alvo levar muitos a buscarem a DEUS, como preparação para o advento de CRISTO.
Em 1 Rs 18.38 ENTÃO, CAIU FOGO DO SENHOR. O Senhor milagrosamente produziu fogo para consumir o sacrifício de Elias (cf. 1 Cr 21.26; 2 Cr 7.1). Esse milagre vindicou Elias como profeta de DEUS e comprovou que somente o Senhor de Israel era o DEUS vivo, a quem deviam servir. De modo semelhante, o crente deve orar, com fé, pela manifestação divina em seu meio, mediante o ESPÍRITO SANTO (ver 1 Co 12.4-11; 14.1-40).
Em 1 Rs 18.40 E ALI OS MATOU. Note os seguintes fatos a respeito da matança dos profetas de Baal:
(1) A sentença de morte contra eles era justa, pois foi executada em obediência à lei de Moisés (Dt 13.6-9; 17.2-5). O NT não contém qualquer mandamento similar. Ele proíbe a ação repressora contra os falsos mestres (Mt 5.44), embora DEUS ordene a sua rejeição e, que nos separemos deles (Mt 24.23,24; 2 Co 6.14-18; Gl 1.6-9; 2 Jo.7-11; Jd.3,4).
(2) A ação de Elias contra os falsos profetas de Baal representava a ira de DEUS contra os que tentavam destruir a fé do seu povo escolhido, e privá-lo das bênçãos divinas, e também expressava o amor e a lealdade do próprio Elias por seu Senhor.
(3) A destruição dos falsos profetas por Elias manifestava, também, profunda preocupação pelos próprios israelitas, uma vez que estavam sendo destruídos espiritualmente pela falsa religião de Baal. JESUS manifestou idêntica atitude (Mt 23; Lc 19.27), assim como também o apóstolo Paulo (Gl 1.6-9; ver Gl 1.9). Note, ainda, que a ira de DEUS será derramada sobre todos os rebeldes e impenitentes "no dia da ira e da manifestação do juízo de DEUS" (Rm 2.5; cf. 11.22; Ap 19.11-21; 20.7-10)
Em 1 Rs 18.42 ELIAS... METEU O SEU ROSTO ENTRE OS SEUS JOELHOS. De Elias, o NT cita sua fé e oração perseverante como exemplo e estímulo para o povo salvo, no tocante ao poder da oração (Tg 5.18). A oração de Elias era:
(1) a oração de um justo (Tg 5.16; cf. Sl 66.18),
(2) a oração de um homem, de natureza humana semelhante à nossa (Tg 5.17),
(3) a oração da fé, sincera e persistente (vv. 18.42-44; Tg 5.17; cf. Mt 21.21,22; Mc 9.23; Lc 18.1; Ef 6.18; Hb 11.6), e
(4) a oração de muita eficácia (v. 45; Tg 5.16,17)
Em 1 Rs 18.43 TORNA LÁ SETE VEZES. O número sete nas Escrituras, simboliza algo integral e completo. Neste capítulo Elias entregou-se a uma intercessão completa, sob três aspectos:
(1) intercedeu para restaurar o altar e a honra de DEUS na terra (vv. 21,24,30-39);
(2) intercedeu, travando uma guerra espiritual contra a falsa religião e culto de Baal e Asera (vv. 19,27,40); e
(3) intercedeu com DEUS, em oração intensa e persistente, suplicando chuva copiosa (vv. 41-46). Visto que o AT compara o derramamento do ESPÍRITO com o derramamento de chuva (e.g., Os 6.1-3; Jl 2.23-29), o confronto de Elias com o baalismo ilustra os três tipos principais de intercessão que devem caracterizar a oração intercessória do povo de DEUS:
(1) intercessão pela restauração da glória e honra de DEUS e por um avivamento espiritual entre o seu povo;
(2) intercessão pela guerra espiritual contra as fortalezas demoníacas; e
(3) intercessão pela sequidão espiritual, para que ela seja tragada pelo derramamento do ESPÍRITO de DEUS e pelo despertamento espiritual.

Em 1 Rs 21.25 JEZABEL. O alvo dessa esposa ímpia de Acabe era extinguir o culto ao Senhor, e colocar Baal de Tiro como o deus principal de Israel; não conseguiu seus intentos. Muito pelo contrário, o nome dela veio a ser sinônimo de iniquidade, de feitiçaria, de traição e de sedução espiritual. João cita o nome de Jezabel, como o de uma falsa profetisa da igreja da Tiatira, que estava levando o povo de DEUS à imoralidade e ao mundanismo (ver Ap 2.20).
 
 
A APOSTASIA PESSOAL - BEP - CPAD
O QUE É APOSTASIA?

Hb 3.12 “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do DEUS vivo”.

A apostasia (gr. apostasia) aparece duas vezes no NT como substantivo (At 21.21; 2Ts 2.3) e, aqui em Hb 3.12, como verbo (gr. aphistemi, traduzido “apartar”). O termo grego é definido como decaída, deserção, rebelião, abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que antes se estava ligado.

(1) Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com CRISTO, ou apartar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé nEle. Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo ESPÍRITO SANTO (cf. Lc 8.13; Hb 6.4,5); não é simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível. A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si:
(a) a apostasia teológica, i.e., a rejeição de todos os ensinos originais de CRISTO e dos apóstolos ou dalguns deles (1Tm 4.1; 2Tm 4.3); e
(b) a apostasia moral, i.e., aquele que era crente deixa de permanecer em CRISTO e volta a ser escravo do pecado e da imoralidade (Is 29.13; Mt 23.25-28; Rm 6.15-23; 8.6-13).

(2) A Bíblia adverte fortemente quanto à possibilidade da apostasia, visando tanto nos alertar do perigo fatal de abandonar nossa união com CRISTO, como para nos motivar a perseverar na fé e na obediência. O propósito divino desses trechos bíblicos de advertência não deve ser enfraquecido pela idéia que afirma: “as advertências sobre a apostasia são reais, mas a sua possibilidade, não”. Antes, devemos entender que essas advertências são como uma realidade possível durante o nosso viver aqui, e devemos considerá-las um alerta, se quisermos alcançar a salvação final. Alguns dos muitos trechos do NT que contêm advertências são: Mt 24.4,5,11-13; Jo 15.1-6; At 11.21-23; 14.21,22; 1Co 15.1,2; Cl 1.21-23; 1Tm 4.1,16; 6.10-12; 2Tm 4.2-5; Hb 2.1-3; 3.6-8,12-14; 6.4-6; Tg 5.19,20; 2Pe 1.8-11; 1Jo 2.23-25.

(3) Exemplos da apostasia propriamente dita acham-se em Êx 32; 2Rs 17.7-23; Sl 106; Is 1.2-4; Jr 2.1-9; At 1.25; Gl 5.4; 1Tm 1.18-20; 2Pe 2.1,15,20-22; Jd 4,11-13 - A POSTASIA segundo a Bíblia, ocorrerá dentro da igreja professa nos últimos dias desta era.

(4) Os passos que levam à apostasia são:
(a) O crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Palavra de DEUS (Mc 1.15; Lc 8.13; Jo 5.44,47; 8.46).
(b) Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial de DEUS, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de DEUS através de CRISTO (4.16; 7.19,25; 11.6).
(c) Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante do pecado na sua própria vida (1Co 6.9,10; Ef 5.5; Hb 3.13). Já não ama a retidão nem odeia a iniqüidade (ver 1.9).
(d) Por causa da dureza do seu coração (3.8,13) e da sua rejeição dos caminhos de DEUS (v. 10), não faz caso da repetida voz e repreensão do ESPÍRITO SANTO (Ef 4.30; 1Ts 5.19-22; Hb 3.7-11).
(e) O ESPÍRITO SANTO se entristece (Ef 4.30; cf. Hb 3.7,8); seu fogo se extingue (1Ts 5.19) e seu templo é profanado (1Co 3.16). Finalmente, Ele afasta-se daquele que antes era crente (Jz 16.20; Sl 51.11; Rm 8.13; 1Co 3.16,17; Hb 3.14).
(5) Se a apostasia continua sem refreio, o indivíduo pode, finalmente, chegar ao ponto em que não seja possível um recomeço. (a) Isto é, a pessoa que no passado teve uma experiência de salvação com CRISTO, mas que deliberada e continuamente endurece seu coração para não atender à voz do ESPÍRITO SANTO (3.7-19), continua a pecar intencionalmente (10.26) e se recusa a arrepender-se e voltar para DEUS, pode chegar a um ponto sem retorno em que não há mais possibilidade de arrependimento e de salvação (6.4-6; Dt 29.18-21; 1 Sm 2.25; Pv 29.1). Há um limite para a paciência de DEUS (ver 1 Sm 3.11-14; Mt 12.31,32; 2 Ts 2.9-11; Hb 10.26-29,31; 1 Jo 5.16). (b) Esse ponto de onde não há retorno, não se pode definir de antemão. Logo, a única salvaguarda contra o perigo de apostasia extrema está na admoestação do ESPÍRITO: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações ( 3.7,8,15; 4.7).
(6) É próprio salientar que, embora a apostasia seja um perigo para todos os que vão se desviando da fé (2.1-3) e que se apartam de DEUS (6.6), ela não se consuma sem o constante e deliberado pecar contra a voz do ESPÍRITO SANTO (ver Mt 12.31).
(7) Aqueles que, por terem um coração incrédulo, se afastam de DEUS (3.12), podem pensar que ainda são verdadeiros crentes, mas sua indiferença para com as exigências de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO e para com as advertências das Escrituras indicam o contrário. Uma vez que alguém pode enganar-se a si mesmo, Paulo exorta todos aqueles que afirmam ser salvos: "Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos" (ver 2 Co 13.5).
(8) Quem, sinceramente, preocupa-se com sua condição espiritual e sente no seu coração o desejo de voltar-se arrependido para DEUS, tem nisso uma clara evidência de que não cometeu a apostasia imperdoável. As Escrituras afirmam com clareza que DEUS não quer que ninguém pereça (2 Pe 3.9; cf. Is 1.18,19; 55.6,7) e declaram que DEUS receberá todos que já desfrutaram da graça salvadora, se arrependidos, voltarem a Ele (cf. Gl 5.4 com 4.19; 1 Co 5.1-5 com 2 Co 2.5-11; Lc 15.11-24; Rm 11.20-23; Tg 5.19,20; Ap 3.14-20; note o exemplo de Pedro, Mt 16.16; 26.74,75; Jo 21.15-22).
 

 
 
 
Jezabel - Uma vida de escolhas erradas. Keli Cristina
Jezabel, uma mulher que se parece muito com a mulher contemporânea... Ela é determinada, “inteligente”, capaz de realizar várias funções, independente, decidida, entre outras coisas. - I Reis 16:29-33:
 
Tudo começou para o povo de Israel exatamente como tudo se inicia nas nossas vidas, com uma decisão. Tempos atrás o povo de Israel pediu um rei para DEUS e Ele deu ao povo o que eles pediram, um rei – primeiro Saul, logo depois Davi, depois Salomão. Durante o reinado de Salomão a idolatria se espalhou tão espantosamente que DEUS decidiu acabar com o reino de Salomão. Porém, Ele tinha prometido a Davi que o reino pertenceria aos seus descendentes. Então DEUS cumpriu sua promessa, dividiu a terra de Israel em dois reinos: Norte e Sul dando o pequeno território do sul à descendência de Davi. O reino do Sul (Judá - Roboão) havia tolerado a idolatria, mas foi no reino do Norte que a ela foi promovida - com Jeroboão, quando fez os dois bezerros de ouro para que o povo não fosse até Jerusalém adorar ao DEUS eterno.
Acabe foi o sétimo rei de Israel (reino do Norte), e é nesse cenário que surge Jezabel com seus ídolos. Todos os reis idólatras de Israel foram maus, mas o pior de todos foi Acabe. Seu nome, três mil anos depois de sua existência, segue associado à JEZABEL.
Jezabel era filha de Etbaal, da Sidônia ou Sidon, que hoje é a terceira maior cidade do Líbano e, na época de Jezabel, era a cidade mais importante da Fenícia. O casamento aconteceu para estabelecer laços entre os fenícios e Israel.
I Reis 18:16-19
I Reis 18:22-24
Após seu casamento, Jezabel continuou adorando deuses fenícios, mas não se limitou a isso, pois o que ela queria era combater o culto e a adoração ao DEUS Eterno. Recorreu ao dinheiro público para sustentar seus 450 profetas de Baal (deus da terra) para sustentar mais os 400 profetas da deusa Aserá (deusa da fertilidade). Os sacerdotes israelitas foram eliminados ou então tiveram que se exilar no deserto, devido à perseguição da rainha.
Se somarmos as perversas bruxas dos contos de fadas mais a personagem do filme “O Diabo veste Prada”, teremos a figura de Jezabel, porém, ela não foi uma fantasia ou um personagem de uma estória, foi tão real quanto nós, aqui, hoje. Sem DEUS no centro de nossos corações, nós também podemos nos tornar uma Jezabel. Se ela tivesse vivido nos dias de hoje, a veríamos constantemente nas capas das mais famosas revistas. Sentir-se-ia livre para expressar sua sexualidade à sua maneira. Seu esposo seria um homem importante e líder, sobre quem ela teria uma forte influência. Ela certamente foi uma mulher de impacto e poder. Estava sempre enfocado em lucrar com o que lhe era proposto, era muito segura de si mesma e imponente. Suas características são muito estimuladas nos dia de hoje, no mundo, para as mulheres. Era uma mulher feminina, mas terrivelmente destrutiva:
Atraente; 
Sedutora; 
De língua persuasiva; 
Com ideias contundentes; 
Tinha grandes qualidades de liderança; 
Era uma mulher determinada; 
Independente; 
Sem escrúpulos.
 
Salmo 135:15-18
Esta escritura descreve os ídolos e seus adoradores. Jezabel se tornou cega para DEUS e cega ao sofrimento dos outros por causa da sua busca a Baal. Possivelmente estava morta espiritualmente.
 
1- Cega para DEUS 
Todos nós fomos criados com uma real necessidade de DEUS para vivermos uma vida plena como diz em II Pedro 1:3-4
Os ídolos oferecem um rápido consolo que temporariamente sana o vazio, eles são como um amuleto para nos sentirmos seguros e para alcançarmos o que esperamos, porém, nunca nos satisfazem plenamente. Ao contrário, nos decepcionam e nos tornam cegos e incrédulos. Ídolos não são somente imagens como as que Jezabel adorava. Qualquer coisa que colocamos no lugar de DEUS, aquelas que temporariamente sanam o nosso vazio, são ídolos. Às vezes pode ser nossa própria ambição: trabalho, concurso, realização profissional, etc., como também pode ser pessoas: namorado, marido, mãe, irmão, filhos, etc
Ter ídolos não é uma prática exclusiva dos pagãos, é uma franqueza feminina. Tanto faz se você é cristã ou não. Pode acreditar: idolatria é uma de suas fraquezas. Constantemente precisamos verificar se algo está no lugar que somente DEUS pode ocupar em nossas vidas.
O mais dramático exemplo de cegueira de Jezabel foi a do Monte Carmelo.
Recorde do desafio de Elias, onde os profetas de Baal aceitaram a proposta e começaram a clamar por seu deus (Baal), a dançar, e Elias, em contrapartida, começou a zombar deles dizendo que gritassem mais alto, pois talvez Baal estivesse dormindo ou teria dado uma “saidinha”, etc. Eles passaram o dia inteiro tentando chamar a atenção do deus deles. Ao final da tarde Elias começou a preparar o altar para DEUS: “Com as pedras construiu um altar em honra ao nome do Senhor e cavou ao redor do altar uma valeta na qual poderiam ser semeadas duas medidas de sementes. Depois arrumou a lenha, cortou o novilho em pedaços e o pôs sobre a lenha. Então lhes disse: Encham de água quatro jarras grandes e derramem-na sobre o holocausto e sobre a lenha. Façam-no novamente, disse, e eles o fizeram de novo. Façam-no pela terceira vê, ordenou e eles o fizeram pela terceira vez. A água escorria do altar, chegando a encher a valeta. (Lembre-se: estavam sem chuvas por 3 anos e o bem mais precioso que havia em Israel era água - por isso o sacrifício com água). À hora do sacrifício, o profeta Elias colocou-se à frente do altar e orou: Ó Senhor DEUS de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que tu és DEUS em Israel e que sou o teu servo e que fiz todas essas coisas por ordem tua. Responda-me ó Senhor, responda-me, para que este povo saiba que tu, ó Senhor, és DEUS e que fazes o coração deles voltar para ti. Então o fogo do Senhor caiu e queimou completamente o holocausto, a lenha, as pedras e o chão e também secou totalmente a água da valeta. Quando o povo viu, todos caíram prostrados e gritaram: O Senhor é DEUS! O Senhor é DEUS! Então Elias ordenou-lhes: prendam os profetas de Baal. Não deixem nenhum escapar. Eles os prenderam e Elias os fez descer ao riacho de Quison e lá os matou” ( Reis 18:32-40).
Elias tinha pedido que Acabe convocasse todos os profetas de Baal, e é interessante notar que Jezabel não estava lá. Ela se dizia chefe dos profetas. Possivelmente não quis se expor a nada que pudesse desestabilizar seu sistema de crenças.
DEUS deu a ela a oportunidade de livrar-se de sua cegueira, como fez com todas nós e como faz com todas as pessoas. Ele tentou revelar seu poder para ela através de:
1- Sua autoridade, impedindo que chovesse por três anos consecutivos (I Reis 17:1); 
2- Seu poder; ao responder Elias através do sacrifício no Monte Carmelo; 
3- Sua justiça, matando a todos os falsos profetas de Baal; 
4- Sua misericórdia, ao restaurar a chuva (I Reis 18:41); 
5- Sua amorosa paciência, ao dar-lhe tempo para que se arrependesse.
 
“Aqueles que são sábios reluzirão como o fulgor do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para todo o sempre” (Daniel 12:3).

Jezabel continuou com seu coração obstinado e endurecido:
 
I Reis 19:1-3
Você pode imaginar essa situação? Um homem que aparentemente era corajoso teve pavor dessa mulher! Um homem que tinha suas orações respondidas por DEUS! Somente um tempo cara-a-cara com DEUS, e a companhia de Eliseu ajudaram a restaurar a coragem deste homem desesperado. Elias necessitou ser convencido por DEUS, e este lhe mostrou que sua quieta e pequena voz era infinitamente mais poderosa que os vitoriosos alaridos de Jezabel.

2- Surda ao sofrimento dos outros
O deus pagão da terra (Baal) e da fertilidade (Aserá) exigiam a prostituição no templo e o sacrifício de crianças. Sacrificá-las era tão fácil como cortar o cabelo. Obviamente Jezabel não deu honras a DEUS porque ela não tinha respeito pelas pessoas criadas à imagem dEle..
 
I Reis 21:1-16
A cegueira para com DEUS ensurdece nossos ouvidos ao clamor dos outros. Jezabel também era surda ao clamor da alma do seu marido. Ressentido por causa das inquestionáveis demonstrações do poder de DEUS, o coração de Acabe não se voltou para o Senhor. O ambicioso rei desejou possuir a vinha de Nabote. Jezabel reprovou a atitude do marido, porém, não confrontou seu pecado e não o ajudou a ir para DEUS. Como poderia se ela mesma não conhecia DEUS? Ela tomou o problema em suas mãos: Decidiu fazer feliz ao seu marido sendo complacente com a natureza pecaminosa dele. Valendo-se de enganos e mentiras assassinou Nabote.
Essa é mais uma das fraquezas femininas: auto suficiência, que tem a raiz no egoísmo. Ela se aflora mais quando se casam. Querem dominar as situações. Muitas esposas chegam a pensar que o marido é fraco e “devagar”. Que tolice acreditar que por tentar resolver nossos problemas com nossas próprias mãos eles serão resolvidos!. Paramos de depender de DEUS e queremos depender das nossas próprias forças. O egoísmo torna surda a pessoa que sofre, pois o sofrimento é alheio.

3- Consequências da cegueira e da surdez de Jezabel
II Reis 9:30-37 
I Reis 21:20-26
A falta de vulnerabilidade e humildade foi cara para Jezabel. É muito triste ver que ela chegou até as portas do inferno cheia de arrogância e soberba. Viveu sua vida como quis sem se importar com o custo disso, jamais se curvou diante de DEUS. Seu futuro foi um fracasso. Já era viúva antes de morrer. Foi uma péssima mãe, não nutriu nem amou as almas de seus filhos; os viu nascer somente para depois vê-los morrerem em humilhação.
Acazias, sucessor de Acabe no trono, reinou por dois anos em Israel e morreu depois de uma queda da sacada se sua casa. Seu neto, rei de Judá e seu filho Jorão, que reinava em Israel, morreram, por meio de Jeú horas antes que ela morresse. Possivelmente o fato de ela ter se arrumado quando viu Jeú fosse por causa do sofrimento que estava sentindo ou simplesmente era muito orgulhosa e queria morrer de maneira “digna”.
Ela deu a seus filhos terras que não eram dela e que só lhes causaram destruição. Seus filhos foram sacrificados no altar de seu próprio orgulho.
Foi mãe de Atalia, e não se sabe qual das duas foi mais cruel. Atalia foi dada em casamento a Jeorão, rei de Judá (reino do Sul), com a intenção de promover união entre Israel e Judá. Seu filho foi morto no mesmo dia em que morreu sua mãe (Jezabel). Quando soube da morte do filho mandou matar todos os descendentes da família real, inclusive seus netos, e governou Judá por seis anos. A Bíblia diz que Judá somente teve paz depois que Atalia morreu à espada no seu próprio palácio.
Sete anos após a morte de Jezabel, não restou nenhum descendente dela como DEUS havia profetizado.
A vida tem tudo a ver com tomar decisões. Tomamos decisões todos os dias – o que comer, com quem passar tempo e que tarefas priorizar. As boas decisões levam ao contentamento e a uma vida realizada, ao passo que as más decisões levam ao desapontamento, à dor e ao caos interior. Como a Bíblia diz você colhe o que semeia (Gl. 6:7).
O Ato de tomar boas decisões vem de DEUS.
 
Pra não nos parecermos tanto com Jezabel tenho quatro dicas:
1- Entregue suas vontades a DEUS. Jezabel fez o contrário e colheu o pior; 
2- Escolha cuidadosamente suas amizades e relacionamentos. Acabe e Jezabel trouxeram à tona o pior um do outro. Eles queriam dominar a vida um do outro e dos outros. Busque conselhos de pessoas sábias. Entretanto, não deixe que elas tomem as decisões por você; 
3- Conheça suas fraquezas e busque se fortalecer. Não deixe que suas fraquezas a dominem;
4- Peça sabedoria a DEUS. Não confie em seus “achismos”, ou seja, na sua própria sabedoria.
Acabe e Jezabel são exemplos perfeitos de duas pessoas que tomaram decisões erradas. Todos nós podemos aprender muito com eles e fazer o oposto, seguindo a DEUS, confiando nele em tudo o que fizermos e amando e respeitando um ao outro.
Convivemos diariamente com várias Jezabéis. Este estudo é uma grande oportunidade de ajudar essas mulheres a se livrarem de sua cegueira e da surdez espirituais.
(www.icibsb.org.br/artigos/071019.aspx)
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 2, ELIAS, O TISBITA
I. A IDENTIDADE DE ELIAS 
1. Sua terra e sua gente.
2. Sua fé e seu DEUS.
II. O MINISTÉRIO PROFÉTICO DE ELIAS 
1. Sua vocação e chamada.
2. A natureza do seu ministério.
III. ELIAS E A MONARQUIA
1. Buscando a justiça.
2. A restauração do culto.
IV. ELIAS E A LITERATURA BÍBLICA 
1. No Antigo Testamento.
2. No Novo Testamento.
 
 
 
 
 
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 17.1-7
1 Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR, DEUS de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra. 2 Depois, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: 3 Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. 4 E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem. 5 Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR, porque foi e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. 6 E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro. 7 E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.
 
Observações minhas:
DEUS usa homens que não se misturam e nem seguem os padrões do mundo.
Elias era um professor de profetas na escola de profetas que diferenciava muito de nossas EBD’s pois ali se estudava a palavra de DEUS, mas também se jejuava muito, se orava muito e se buscava a comunhão e a intimidade com DEUS.
Não existe presença de DEUS sem sacrifício.
Não se ministra milagres e nem se confia na confirmação de DEUS de nosso ministério sem os três ingredientes principais de um verdadeiro profeta de DEUS - Jejum, oração e estudo da Palavra de DEUS.
Elias dava a impressão de viver separado da sociedade, mas não é verdade, Elias era super conhecido pelos alunos da escola de profetas e por Acabe e Jezabel, era conhecido e reconhecido por todos como profeta de DEUS. Não participar de festas e nem de reuniões com descrentes ou com apóstatas é importante para que se possa ser um legítimo instrumento de DEUS.
A Igreja tem colocado seus profetas em último lugar no ministério, tem procurado calar a voz de DEUS no meio da Igreja, principalmente por temer a revelação das falcatruas ocultas de seus líderes e também não são reconhecidos para que não sejam sustentados pela Igreja.
Na época de Elias o governo gastava fortuna para sustentar seus 400 profetas de baal e mais uma multidão de profetas de Asera e de outros deuses como Moloque. O dinheiro que vinha de impostos estava sendo usado para financiar a religião oficial do governo (Acabe e Jezabel) e não para ajudar aos pobres e necessitados.
 
16.7 O PROFETA JEÚ. Quando o povo de DEUS, a começar dos líderes, abandonou o caminho do Senhor e adotou os caminhos pecaminosos dos cananeus, DEUS enviou-lhe profetas para lhe proclamar a sua verdade e justiça. Os profetas do Senhor são também uma necessidade hoje.
16.30 ACABE. O pecado e a iniquidade avolumaram-se cada vez mais no reinado de Acabe. Imperavam a rebeldia insolente e a dureza de coração contra os mandamentos de DEUS. Cresceu a adoração a Baal. Diante de tal apostasia, DEUS enviou o poderoso profeta Elias a Israel, para lutar contra esse sistema religioso corrupto e proclamar o propósito de DEUS para o seu reino (17.1).
 
 
 
 
ELIAS.
Elias foi profeta do Reino do Norte, nos reinados de Acabe e do seu filho Acazias. O nome Elias, que significa "o Senhor é meu DEUS", fala da convicção inabalável que destacou esse profeta (18.21,39). Os fatos principais da sua vida acham-se em 1 Rs 17-19; 21.17-29; 2 Rs 1-2.
(1) A vida de Elias girou em torno do conflito entre a religião do Senhor e a religião de Baal. Sua missão era levar os israelitas a reconhecerem sua apostasia e reconduzi-los à fidelidade ao DEUS de Israel (18.21,36,37). Elias era pois um restaurador e um reformador, empenhado em restabelecer o concerto entre DEUS e Israel.
(2) O AT no seu final, registra a profecia que Elias reaparecerá "antes que venha o dia grande e terrível do SENHOR" (Ml 4.5); esta profecia cumpriu-se parcialmente em João Batista (Mt 11.7-14; Lc 1.17) e poderá ter um cumprimento futuro antes da volta de CRISTO (cf. Mt 17.11; Ap 11.3-6; ver Ap 11.3).
(3) A fidelidade inabalável de Elias a DEUS e ao seu concerto, faz dele para todo o sempre, um exemplo de fé, destemor e lealdade a DEUS, ante intensa oposição e perseguição, e um exemplo de resoluta persistência em opor-se às falsas religiões e aos falsos profetas.
Em 1Rs 17.1 NEM ORVALHO NEM CHUVA HAVERÁ. Elias, na qualidade de mensageiro de DEUS, pronunciou uma palavra de juízo da parte do Senhor contra a nação rebelde de Israel. DEUS ia reter a chuva durante três anos e meio (cf. Dt 11.13-17). Esse juízo humilhava Baal, pois seus adoradores criam que ele controlava a chuva e que era responsável pela abundância nas colheitas. O NT declara que essa seca em Israel resultou das ferventes orações de Elias (Tg 5.17).
Em 1Rs 17.4 EU TENHO ORDENADO AOS CORVOS QUE ALI TE SUSTENTEM. DEUS sustentou Elias junto ao ribeiro Querite, porque esse profeta tomara posição firme ao lado de DEUS contra a apostasia do povo (vv. 3-7; cf. Sl 25.10). Assim, como Elias sustentou a luta pela causa de DEUS, o Senhor cuidaria agora da sua causa, i.e., sua subsistência (cf. Sl 68.19,20).
Em 1Rs17.7 O RIBEIRO SE SECOU. Quando o ribeiro se secou, DEUS dirigiu Elias a ir a uma terra pagã, habitada por adoradores de Baal, e ali DEUS o sustentou através de uma viúva pobre (v. 9). Tal experiência reforçou ainda mais a confiança que Elias tinha na providência divina. Às vezes nos surgem adversidades, mesmo quando estamos na vontade de DEUS. Em meio a experiências deste tipo, DEUS poderá nos assistir de uma maneira diferente e maravilhosa, além do que podemos esperar.
Em 1Rs 17.15 E ASSIM COMEU ELA... E A SUA CASA MUITOS DIAS. DEUS estava atento às necessidades e aflições de uma viúva pobre. Ele enviou Elias para fortalecer-lhes a fé e trazer-lhe bênçãos materiais no momento em que ela julgava que tudo estava perdido (v. 12). A fé que essa viúva tinha em DEUS e na sua palavra, através do profeta Elias, levou-a a permutar o certo pelo incerto, e o visível pelo invisível (vv. 10-16; cf. Hb 11.27). A viúva crente recebeu do profeta de DEUS, não somente uma bênção material, como também uma bênção espiritual.
Em 1Rs 17.17 O FILHO... NELE NENHUM FÔLEGO FICOU. Aqui ficamos perplexos ante um dos mistérios mais intrincados da vida. Precisamente no momento em que DEUS, por um milagre, estava a prover farinha e azeite, surgiram aflição e tristeza. Às vezes, enfermidade ou tragédia ainda maior pode ocorrer à quem está fazendo a vontade de DEUS e grandemente ocupado na obra do seu reino.
Em 1Rs 17.22 O SENHOR OUVIU A VOZ DE ELIAS. DEUS restaurou a vida do menino em resposta à oração de Elias. Este é o primeiro caso bíblico de alguém ressuscitado dentre os mortos (2 Rs 4.34; At 20.10). Os três milagres relatados no cap. 17 manifestam notavelmente a glória e o amor de DEUS. Demonstraram a Elias e à viúva que, no meio de circunstâncias trágicas, o poder e o amor de DEUS estão em evidência a favor daqueles que o amam e que são chamados segundo o seu propósito (ver Rm 8.28).
 
Em 1 Rs 18.18 DEIXASTES OS MANDAMENTOS DO SENHOR. O modo corajoso de Elias falar a Acabe e denunciar a impiedade de Israel fez dele um profeta exemplar, e a pessoa mais qualificada para ser o protótipo do precursor do Senhor JESUS CRISTO (cf. Ml 4.5,6; Lc 1.17). (1) Era um verdadeiro "homem de DEUS" (17.24), que falava, não para agradar às multidões, mas como um servo fiel de DEUS (cf. Gl 1.10; 1 Ts 2.4; ver Lc 1.17). (2) Assim como Elias foi chamado para mostrar quem é o verdadeiro DEUS de Israel, todos os ministros do novo concerto são chamados para defender o evangelho de CRISTO contra distorções, transigência com o mal e desvio doutrinário (ver Fp 1.17; Jd v. 3).
Em 1 Rs 18.21 SE O SENHOR É DEUS, SEGUI-O. Elias desafiou o povo a fazer uma escolha definitiva entre seguir a DEUS ou a Baal (cf. Ez 20.31,39). Os israelitas achavam que podiam adorar o DEUS verdadeiro e também Baal. O pecado deles era o de terem o coração dividido (cf. Dt 6.4,5), querendo servir a dois senhores. O próprio CRISTO advertiu contra essa atitude fatal (Mt 6.24; cf. Dt 30.19; Js 24.14,15).
Em 1 Rs 18.27 ELIAS ZOMBAVA DELES. Elias ao zombar dos profetas de Baal, revela sua ardente indignação ante a idolatria imoral e vil que Israel adotara. Sua ironia e sua atitude intransigente, expressavam sua inalterável lealdade ao DEUS, a quem ele amava e servia. Compare a reação de Elias com a ira e determinação de JESUS, ante a profanação do templo (ver Lc 19.45).
Em 1 Rs 18.36 ELIAS... DISSE: Ó SENHOR, DEUS DE ABRAÃO. A coragem e a fé patentes em Elias não têm paralelo em toda a história da redenção. Seu desafio ao rei (vv. 16-19), sua repreensão a todo o Israel (vv. 21-24) e seu confronto com os 450 profetas de Baal (vv. 19, 22) foram embates que ele os enfrentou dispondo apenas das armas da oração e da fé em DEUS. Vemos sua confiança em DEUS na brevidade e simplicidade da sua oração (41 palavras em hebraico), (vv. 36,37)
Em 1 Rs 18.37 TU FIZESTE TORNAR O SEU CORAÇÃO PARA TRÁS. O propósito de Elias no seu confronto com os profetas de Baal, e a oração que se seguiu, foi revelar a graça de DEUS para com o seu povo. Elias queria que o povo se voltasse para DEUS (v. 37). Semelhantemente, João Batista, o "Elias" do NT (ver 17.1), tinha como alvo levar muitos a buscarem a DEUS, como preparação para o advento de CRISTO.
Em 1 Rs 18.38 ENTÃO, CAIU FOGO DO SENHOR. O Senhor milagrosamente produziu fogo para consumir o sacrifício de Elias (cf. 1 Cr 21.26; 2 Cr 7.1). Esse milagre vindicou Elias como profeta de DEUS e comprovou que somente o Senhor de Israel era o DEUS vivo, a quem deviam servir. De modo semelhante, o crente deve orar, com fé, pela manifestação divina em seu meio, mediante o ESPÍRITO SANTO (ver 1 Co 12.4-11; 14.1-40).
Em 1 Rs 18.40 E ALI OS MATOU. Note os seguintes fatos a respeito da matança dos profetas de Baal: (1) A sentença de morte contra eles era justa, pois foi executada em obediência à lei de Moisés (Dt 13.6-9; 17.2-5). O NT não contém qualquer mandamento similar. Ele proíbe a ação repressora contra os falsos mestres (Mt 5.44), embora DEUS ordene a sua rejeição e, que nos separemos deles (Mt 24.23,24; 2 Co 6.14-18; Gl 1.6-9; 2 Jo.7-11; Jd.3,4)(2) A ação de Elias contra os falsos profetas de Baal representava a ira de DEUS contra os que tentavam destruir a fé do seu povo escolhido, e privá-lo das bênçãos divinas, e também expressava o amor e a lealdade do próprio Elias por seu Senhor. (3) A destruição dos falsos profetas por Elias manifestava, também, profunda preocupação pelos próprios israelitas, uma vez que estavam sendo destruídos espiritualmente pela falsa religião de Baal. JESUS manifestou idêntica atitude (Mt 23; Lc 19.27), assim como também o apóstolo Paulo (Gl 1.6-9; ver Gl 1.9). Note, ainda, que a ira de DEUS será derramada sobre todos os rebeldes e impenitentes "no dia da ira e da manifestação do juízo de DEUS" (Rm 2.5; cf. 11.22; Ap 19.11-21; 20.7-10).
Em 1 Rs 18.42 ELIAS... METEU O SEU ROSTO ENTRE OS SEUS JOELHOS. De Elias, o NT cita sua fé e oração perseverante como exemplo e estímulo para o povo salvo, no tocante ao poder da oração (Tg 5.18). A oração de Elias era: (1) a oração de um justo (Tg 5.16; cf. Sl 66.18), (2) a oração de um homem, de natureza humana semelhante à nossa (Tg 5.17), (3) a oração da fé, sincera e persistente (vv. 18.42-44; Tg 5.17; cf. Mt 21.21,22; Mc 9.23; Lc 18.1; Ef 6.18; Hb 11.6), e (4) a oração de muita eficácia (v. 45; Tg 5.16,17)
Em 1 Rs 18.43 TORNA LÁ SETE VEZES. O número sete nas Escrituras, simboliza algo integral e completo. Neste capítulo Elias entregou-se a uma intercessão completa, sob três aspectos: (1) intercedeu para restaurar o altar e a honra de DEUS na terra (vv. 21,24,30-39); (2) intercedeu, travando uma guerra espiritual contra a falsa religião e culto de Baal e Aserá (vv. 19,27,40); e (3) intercedeu com DEUS, em oração intensa e persistente, suplicando chuva copiosa (vv. 41-46). Visto que o AT compara o derramamento do ESPÍRITO com o derramamento de chuva (e.g., Os 6.1-3; Jl 2.23-29), o confronto de Elias com o baalismo ilustra os três tipos principais de intercessão que devem caracterizar a oração intercessória do povo de DEUS: (1) intercessão pela restauração da glória e honra de DEUS e por um avivamento espiritual entre o seu povo; (2) intercessão pela guerra espiritual contra as fortalezas demoníacas; e (3) intercessão pela sequidão espiritual, para que ela seja tragada pelo derramamento do ESPÍRITO de DEUS e pelo despertamento espiritual.
 
Em 1 Rs 19.3 ELE [ELIAS], SE LEVANTOU, E, PARA ESCAPAR COM VIDA, SE FOI. À expressão da fé de Elias, e às suas vitórias sobrenaturais, no cap. 18, seguiram-se o medo, a fuga para salvar a vida e o desânimo, tudo resultando do propósito de Jezabel de destruir a vida do profeta (v. 2). (1) Posto que Elias não recebera nenhuma mensagem do Senhor para permanecer em Jezreel, sua presença ali significava arriscar desnecessariamente a sua vida (cf. 18.1). Seguiu então para o monte Horebe (i.e., o monte Sinai). (2) A retirada forçada de Elias para o território de Judá e o deserto é um exemplo daqueles que "por causa da justiça" (ver Mt 5.10) são maltratados e forçados a andar errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hb 11.37,38). De maneira semelhante a Elias, há profetas que tiveram de deixar suas igrejas; pregadores, os seus púlpitos; professores, as suas salas de aula; e leigos, os seus empregos; por se posicionarem contra o pecado, por falarem segundo a Palavra de DEUS, e seguirem o caminho da justiça, por amor do nome de DEUS. Grande é o seu galardão no céu (Mt 5.10-12).
Em 1 Rs 19.4 TOMA AGORA A MINHA VIDA. Elias tomado de cansaço, desânimo, tristeza, orou pedindo a DEUS que Ele o dispensasse do pesado ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial. (1) Os sentimentos de Elias não eram muito diferentes dos do (a) apóstolo Paulo, quando afirmou ter "desejo de partir e estar com CRISTO" (Fp 1.23), ou (b) dos heróis da fé, que "desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial" (Hb 11.16; ver também Moisés, em Nm 11.15). (2) Algumas das razões de estar Elias profundamente desanimado. (a) Aparente fracasso: ele esperava a conversão de todo o Israel, e possivelmente, até mesmo de Jezabel; mas agora, pelo contrário, tinha que fugir para salvar sua vida. A esperança, a labuta e o esforço da sua vida inteira findavam agora em fracasso, conforme parecia (vv. 1-4). (b) Solidão: julgava ser ele o único que batalhava pela verdade e justiça de DEUS (v. 10; cf. Paulo, 2 Tm 4.16). (c) Exaustão física depois de uma longa e árdua viagem (vv. 3,4; 18.46).
Em 1 Rs 19.5 UM ANJO O TOCOU. DEUS cuidou do desalentado Elias de modo compassivo e amorável (Hb 4.14,15). (1) Permitiu que Elias dormisse (vv. 5,6). (2) Fortaleceu-o com alimentos (vv. 5-7). (3) Propiciou-lhe uma revelação inspiradora do seu poder e presença (vv. 11-13). (4) Concedeu-lhe nova revelação e orientação (vv. 15-18). (5) Deu-lhe um companheiro fiel e fraterno (vv. 16,19-21). Noutras palavras, quando o filho de DEUS enfrenta o desânimo, no desempenho que DEUS lhe confiou, ele pode suplicar a DEUS, em nome de CRISTO, que lhe dê força, graça e coragem, e os capacite diante de tais situações (Hb 2.18; 3.6; 7.25).
Em 1 Rs 19.8 QUARENTA DIAS E QUARENTA NOITES. Alguns consideram o jejum aqui mencionado, bem como o de Moisés (Êx 34.28) e o de JESUS (Mt 4.2), como casos de jejuns prolongados. Porém, os casos acima não são de jejum no sentido comum. Moisés, na presença de DEUS e envolvido na nuvem, foi sustentado de modo sobrenatural. Elias foi alimentado duas vezes de modo sobrenatural, o que lhe propiciou forças durante quarenta dias (vv. 6-8). JESUS foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto, e não sentiu fome a não ser depois de quarenta dias (ver Mt 4.2; 6.16).
Em 1 Rs 19.11,12 EIS QUE PASSAVA O SENHOR. Para animar Elias e fortalecer a sua fé, DEUS o visitou no monte Horebe (i.e., o monte Sinai, o monte da revelação). Essa visitação foi acompanhada de um forte vendaval, um terremoto e fogo, mas o Senhor não estava em nenhuma dessas coisas. Pelo contrário, a revelação de DEUS veio através de "uma voz mansa e delicada". Elias pôde ver que a obra de DEUS avança e prossegue, "não por força, nem por violência, mas pelo meu ESPÍRITO, diz o SENHOR dos Exércitos" (Zc 4.6). De modo algum, DEUS abandonara seu profeta, nem o seu povo fiel. Pelo seu ESPÍRITO e pela palavra eterna, Ele traria a redenção, a justiça e a salvação eternas.
Em 1 Rs 19.16 A ELISEU... UNGIRÁS PROFETA. DEUS mandou Elias ungir Eliseu como seu sucessor. Note que não somente sacerdotes e reis eram ungidos para seus respectivos cargos, mas também profetas, Eliseu iria (1) auxiliar Elias, (2) auxiliar Hazael, rei da Síria, e Jeú, rei de Israel, a derrotar os inimigos de DEUS (vv. 16,17), e (3) proclamar a palavra de DEUS ao remanescente fiel (v. 18). Os ministérios de Elias e Eliseu abrangeram um período de 75 anos (875-800 a.C., durante os reinados de Acabe, Acazias, Jorão, Jeú, Jeoacaz e Jeoás). Eliseu foi um fiel servidor do profeta ancião e ficou conhecido como aquele "que deitava água sobre as mãos de Elias" (2 Rs 3.11).
Em 1 Rs 19.18 EM ISRAEL SETE MIL. Os sete mil de Israel, que não dobraram os joelhos a Baal, são parte dos fiéis sofredores, em todas as gerações, livres de apostasia, de transigência com o erro e de mundanismo entre o povo de DEUS, e que perseveram no amor, na fé e na obediência a DEUS e à sua Palavra. São os que fogem dos maus caminhos do mundo, que lavaram as suas vestes e as embranqueceram no sangue do Cordeiro (Ap 7.14), que são perseguidos por amor à justiça (Mt 5.10) e que permanecem firmemente no caminho estreito (Mt 7.14). Do começo ao fim das Escrituras, é o remanescente fiel e vencedor que é conhecido pelo Senhor (2 Tm 2.19). DEUS promete guardar esse remanescente leal, pelo seu poder, através da fé (1 Pe 1.5), e o Cordeiro os conduzirá ao lar celestial (Ap 7.17).

Em 1Rs 20.35 FILHOS DOS PROFETAS. Trata-se dos discípulos dos profetas, que eram ensinados pelos profetas de mais idade e de renome, tais como Eliseu (cf. 2 Rs 2.3,5,7,15; 4.1,38; 5.22; 6.1; 9.1). Eles estavam sempre com o profeta-dirigente, opunham-se à adoração a Baal e promoviam a obediência e fidelidade ao Senhor DEUS. Eles profetizavam mediante o poder do ESPÍRITO e, deste modo, tornaram-se conhecidos.
 
Em 1Rs 21.17 VEIO A PALAVRA DO SENHOR A ELIAS. DEUS abomina a injustiça cometida pelo seu povo, uns contra os outros. Pela morte de Nabote, o inocente, Acabe e Jezabel iam sofrer as consequências (vv. 17-29). O princípio divino da retribuição e da justiça continua no novo concerto. Paulo, por exemplo, declara que "quem fizer agravo [a outra pessoa] receberá o agravo que fizer; pois não há acepção de pessoas " (ver Cl 3.25). Os crentes devem se tratar com retidão, sinceridade e misericórdia (Mq 6.8; Cl 4.1; cf. Gl 6.7).
Em 1Rs 21.19 OS CÃES LAMBERÃO O TEU SANGUE. Essa profecia de Elias foi cumprida quando Acabe foi morto na batalha e os cães lamberam o seu sangue, ao ser lavado o seu carro, no qual ele morreu (22.35,38). Os filhos de Acabe também morreram de modo violento: Acazias morreu de uma queda (2 Rs 1.2,17); Jeorão foi morto por Jeú, e seu corpo foi jogado no terreno de Nabote (2 Rs 9.22-26). A esposa de Acabe, Jezabel, também teve uma morte violenta (2 Rs 9.30-37).
 
Em 2Rs 1.8 UM HOMEM VESTIDO DE PÊLOS. Esta descrição de Elias destaca o seu manto felpudo, de pele de ovelha, cabra, ou de pelo de camelo, que era um distintivo do cargo profético a partir de Eliseu, inclusive João Batista (Zc 13.4; Mt 3.4; Hb 11.37). O cinto largo de couro que Eliseu usava, era do tipo normalmente usado pelos pobres. O modo do profeta vestir-se era um sinal de indiferença pela ostentação materialista da classe rica (cf. Is 20.2; Mt 11.7,8).
Em 2Rs 1.10 FOGO DESCEU DO CÉU. O rei e seus soldados, em rebelião contra DEUS e sua palavra, tentaram prender Elias. Fogo desceu diretamente da parte de DEUS (v. 12), como um julgamento contra Acazias, que obstinadamente persistia em opor-se a DEUS e ao seu profeta.
 
Em 2Rs 2.3 FILHOS DOS PROFETAS. Os filhos dos profetas (ver 1 Rs 20.35) pelo que parece, concentravam-se em três locais principais: Gilgal, Betel e Jericó (2.3,5,15; 4.38). DEUS, por certo, enviou Elias a esses locais a fim de encorajá-los pela última vez e lhes anunciar que Eliseu seria o seu novo dirigente (vv. 1,15).
Em 2Rs 2.11,12 UM CARRO DE FOGO, COM CAVALOS DE FOGO. Elias foi levado ao céu assim como Enoque (Gn 5.24), sem experimentar a morte. (1) O traslado milagroso de Elias ao céu foi o selo divino da aprovação com destaque, da obra, caráter e ministério desse profeta. Elias permanecera em tudo fiel à palavra de DEUS no decurso de todo o seu ministério. Até ao último momento, vivera em prol da honra de DEUS, tomara posição firme contra o pecado e a idolatria de um povo apóstata e despertara o remanescente fiel de Israel. Teve uma comitiva magnífica para conduzi-lo em triunfo ao céu. (2) A trasladação de Enoque e de Elias assemelha-se ao arrebatamento futuro do povo fiel de DEUS, à segunda vinda de CRISTO (1 Ts 4.16,17).
 
O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO
 Is 6.8,9 “Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim . Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.”
 
 O LUGAR DOS PROFETAS NA HISTÓRIA DE HEBREUS. (1) Os profetas do AT eram homens de DEUS que, espiritualmente, achavam-se muito acima de seus contemporâneos. Nenhuma categoria, em toda  a literatura, apresenta um quadro mais dramático do que os profetas do AT. Os sacerdotes, juízes, reis, conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distintivo na história de Israel, mas nenhum deles, logrou  alcançar a estatura dos profetas, nem chegou a exercer tanta influência na história da redenção. (2) Os profetas exerceram considerável influência sobre a composição do AT. Tal fato fica evidente na divisão tríplice da  Bíblia hebraica: a Torá, os Profetas e os Escritos (cf. Lc 24.44). A categoria dos profetas inclui seis livros históricos, compostos sob a perspectiva profética: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis. É provável que os  autores desses livros fossem profetas. Em segundo lugar, há dezessete livros proféticos específicos (Isaías até Malaquias). Finalmente, Moisés, autor dos cinco primeiros livros da Bíblia (a Torá), era profeta (Dt 18.15).
 Sendo assim, dois terços do AT, no mínimo, foram escritos por profetas.
 
 PALAVRAS HEBRAICAS APLICADAS AOS PROFETAS.
 (1) Ro’eh. Este substantivo, traduzido por “vidente”, em português, indica a capacidade especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela aparência  das coisas, mas que as via conforme realmente eram — da perspectiva do próprio DEUS. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de DEUS, que o capacitava a transmitir suas realidades ao  povo.
 (2) Nabi’. (a) Esta é a principal palavra hebraica para “profeta”, e ocorre 316 vezes no AT. Nabi’im é sua forma no plural. Embora a origem da palavra não seja clara, o significado do verbo hebraico “profetizar” é:  “emitir palavras abundantemente da parte de DEUS, por meio do ESPÍRITO de DEUS” (Gesenius, Hebrew Lexicon). Sendo assim, o nabi’ era o porta-voz que emitia palavras sob o poder impulsionador do ESPÍRITO de  DEUS. A palavra grega prophetes, da qual se deriva a palavra “profeta” em português, significa “aquele que fala em lugar de outrem”. Os profetas falavam, em lugar de DEUS, ao povo do concerto, baseados naquilo que  ouviam, viam e recebiam da parte dEle. (b) No AT, o profeta também era conhecido como “homem de DEUS” (ver 2Rs 4.21), “servo de DEUS” (cf. Is 20.3; Dn 6.20), homem que tem o ESPÍRITO de DEUS sobre si
 (cf. Is 61.1-3), “atalaia” (Ez 3.17), e “mensageiro do Senhor” (Ag 1.13). Os profetas também interpretavam sonhos (e.g., José, Daniel) e interpretavam a história — presente e futura — sob a perspectiva divina.
 
HOMENS DO ESPÍRITO E DA PALAVRA. O profeta não era simplesmente um líder religioso, mas alguém possuído pelo ESPÍRITO de DEUS (Ez 37.1,4). Pelo fato do ESPÍRITO e a Palavra estarem nele, o profeta do AT possuía estas três características:
 (1) Conhecimentos divinamente revelados. Ele recebia conhecimentos da parte de DEUS no tocante às pessoas, aos eventos e à verdade redentora. O propósito primacial de tais conhecimentos era encorajar o povo  a permanecer fiel a DEUS e ao seu concerto. A característica distintiva da profecia, no AT, era tornar clara a vontade de DEUS ao povo mediante a instrução, a correção e a advertência. O Senhor usava os profetas para  pronunciarem o seu juízo antes de este ser desferido. Do solo da história sombria de Israel e de Judá, brotaram profecias específicas a respeito do Messias e do reino de DEUS, bem como predições sobre os eventos  mundiais que ainda estão por ocorrer.
 (2) Poderes divinamente outorgados. Os profetas eram levados à esfera dos milagres à medida que recebiam a plenitude do ESPÍRITO de DEUS. Através dos profetas, a vida e o poder divinos eram demonstrados de  modo sobrenatural diante de um mundo que, doutra forma, se fecharia à dimensão divina.
 (3) Estilo de vida característico. Os profetas, na sua maioria, abandonaram as atividades corriqueiras da vida a fim de viverem exclusivamente para DEUS. Protestavam intensamente contra a idolatria, a imoralidade e  iniqüidades cometidas pelo povo, bem como a corrupção praticada pelos reis e sacerdotes. Suas atividades visavam mudanças santas e justas em Israel. Suas investidas eram sempre em favor do reino de DEUS e de sua justiça. Lutavam pelo cumprimento da vontade divina, sem levar em conta os riscos pessoais.
 
 OITO CARACTERÍSTICAS DO PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO. Que tipo de pessoa era o profeta do AT?
 (1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com DEUS, e que se tornava confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista  humano.
 (2) O profeta, por estar próximo de DEUS, achava-se em harmonia com DEUS, e em empatia com aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o propósito,  vontade e desejos de DEUS. Experimentava as mesmas reações de DEUS. Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de DEUS, como também sentia o seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).
 (3) À semelhança de DEUS, o profeta amava profundamente o povo. Quando o povo sofria, o profeta sentia profundas. Ele almejava para Israel o melhor da parte de  DEUS (Ez 18.23). Por isso, suas mensagens continham, não somente advertências, como também palavras de esperança e consolo.
 (4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em DEUS e lealdade a Ele; eis porque advertia contra a confiança na sabedoria, riqueza e poder humanos, e nos falsos DEUSes (Jr 8.9,10; Os 10.13,14;  Am 6.8). Os profetas continuamente conclamavam o povo a viver à altura de suas obrigações conforme o seu concerto estabelecido com DEUS, para que viesse a receber as bênçãos da redenção.
 (5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da Lei de  DEUS, o profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia suportar transigência com o mal, complacência, fingimento e desculpas do povo (32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1). Compartilhava, mais que  qualquer outra pessoa, do amor divino à retidão, e do ódio que o Senhor tem à iniquidade (cf. Hb 1.9).
 (6) O profeta desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo, procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que DEUS revelara na Lei. Permanecia totalmente dedicado ao  Senhor; fugia da transigência com o mal e requeria fidelidade integral a DEUS. Aceitava nada menos que a plenitude do reino de DEUS e a sua justiça, manifestadas no povo de DEUS.
 (7) O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição (e.g., 63.1-6; Jr 11.22,23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27, bem como em restauração e renovação (e.g., 61– 62; 65.17–66.24;  Jr 33; Ez 37). Os profetas enunciaram grande número de profecias acerca da vinda do Messias.
 (8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3– 4), perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se  achava em pecado diante de DEUS (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como homem de DEUS, não havendo, pois, como  ignorar o seu caráter e a sua mensagem.
 
O PROFETA E O SACERDOTE. Durante a maior parte da história de Israel, os sacerdotes e profetas, constantemente, entravam em conflito. O plano de DEUS era que houvesse cooperação entre eles, mas os  sacerdotes tendiam a aderir ao liberalismo e deixavam de protestar contra a decadência do povo de DEUS. (1) Os sacerdotes muitas vezes concordavam com a situação anormal reinante, e sua adoração a DEUS  resumia-se em cerimônias e liturgia. Embora a moralidade ocupasse um lugar formal na sua teologia, não era enfatizada por eles na prática. (2) O profeta, por outro lado, ressaltava fortemente o modo de vida, à  conduta, e as questões morais. Repreendiam constantemente os que apenas cumpriam com os deveres litúrgicos. Irritava, importunava, denunciava, e sem apoio humano defendia justas exigências e insistia em aplicar à  vida os eternos princípios de DEUS. O profeta era um ensinador de ética, um reformador moral e um inquietador da consciência humana. Desmascarava o pecado e a apostasia, procurando sempre despertar o povo a  um viver realmente SANTO.
 
 A MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO.
A mensagem dos profetas enfatiza três temas principais: (1) A natureza de DEUS. (a) Declaravam ser DEUS o Criador e Soberano onipotente  do universo (e.g., 40.28), e o Senhor da história, pois leva os eventos a servirem aos seus supremos propósitos de salvação e juízo (cf. Is 44.28; 45.1; Am 5.27; Hc 1.6). (b) Enfatizavam que DEUS é SANTO reto e justo,  e não pode tolerar o pecado, iniquidade e injustiça. Mas a sua santidade é temperada pela misericórdia. Ele é paciente e tardio em manifestar a sua ira. Sendo DEUS SANTO, em sua natureza, requer que seu povo seja  consagrado e SANTO ao SENHOR (Zc 14.20; cf. Is 29.22-24; Jr 2.3). Como o DEUS que faz concerto, que entrou num relacionamento exclusivo com Israel, requer que seu povo obedeça aos seus mandamentos, como  parte de um compromisso de relacionamento mútuo. (2) O pecado e o arrependimento. Os profetas do AT compartilhavam da tristeza de DEUS diante da contínua desobediência, infidelidade, idolatria e imoralidade de  seu povo segundo o concerto. E falavam palavras severas de justo juízo contra os transgressores. A mensagem dos profetas era idêntica a de João Batista e de CRISTO: “arrependei-vos, senão igualmente perecereis”.
 Prediziam juízos catastróficos, tal como a destruição de Samaria, pela Assíria (e.g. Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15), e a de Jerusalém por Babilônia (e.g., Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2, 24-27). (3) Predição e  esperança messiânica. (a) Embora o povo tenha sido globalmente infiel a DEUS e aos seus votos, segundo o concerto, os profetas jamais deixaram de enunciar-lhe mensagens de esperança. Sabiam que DEUS cumpriria os ditames do concerto e as promessas feitas a Abraão através de um remanescente. No fim, viria o Messias, e através dEle,  DEUS haveria de ofertar a salvação a todos os povos. (b) Os profetas colocavam-se entre o colapso espiritual de sua geração e a esperança da era messiânica. Eles tinham de falar a palavra de DEUS a um povo  obstinado, que, inexoravelmente rejeitavam a sua mensagem (cf. Is 6.9-13). Os profetas eram tanto defensores do antigo concerto, quanto precursores do novo. Viviam no presente, mas com a alma voltada para o  futuro.
 
OS FALSOS PROFETAS. Há numerosas referências no AT aos falsos profetas. Por exemplo: quatrocentos falsos profetas foram reunidos pelo rei Acabe (2Cr 18.4-7); um ESPÍRITO mentiroso achava-se na boca  deles (2Cr 18.18-22). Segundo o AT, o profeta era considerado falso (1) se desviasse as pessoas do DEUS verdadeiro para alguma forma de idolatria (Dt 13.1-5); (2) se praticasse adivinhação, astrologia, feitiçaria,  bruxaria e coisas semelhantes (ver Dt 18.10,11); (3) se suas profecias contrariassem as Escrituras (Dt 13.1-5); (4) se não denunciasse os pecados do povo (Jr 23.9-18); ou (5) se predissesse coisas específicas  que não cumprissem (Dt 18.20-22). Note que os profetas, do novo concerto não falavam de modo irrevogável e infalível como os profetas do AT, que eram a voz primacial de DEUS no que dizia respeito a Israel. No  NT, o profeta é apenas um dos cinco dons ministeriais da igreja. Os profetas no NT tinham limitações que os profetas do AT desconheciam (cf. 1Co  14.29-33), por causa da natureza multifacetada e interdependente do ministério nos tempos do NT .
 
INTERAÇÃO
Sobre o chamado de Elias - como ele se deu (onde e quando)  - as Escrituras silenciam. Em contrapartida, a Bíblia mostra um Elias ousado, temente a DEUS e pronto para realizar a vontade divina. Isso é fruto de uma verdadeira vocação divina. O verdadeiro chamado nasce no coração. Ele arde como chama interior. Porém, se desenvolve para muito além do recôndito da alma. O chamado de DEUS na vida de uma pessoa também floresce publicamente. Vai além da família e da igreja local. Esse chamado que inunda à alma, a igreja reconhece, a liderança confirma e DEUS usa. Afinal de contas, qual é o seu chamado?
 
 
 
 
 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI - Subsídio Sociológico
"A Profecia entre os Hebreus
Dos nomes hebreus aplicados aos profetas como representantes de um movimento espiritual em Israel, o termo nabhi' foi, sem dúvida alguma, o mais largamente usado. Originalmente pensava-se que era derivado de uma raiz indicando um 'orador', mas agora é sabido que seu significado básico é 'chamar'. O nabhi' era, portanto, um indivíduo que tinha sido chamado por DEUS para algum propósito específico, e que assim mantinha um relacionamento espiritual em particular com Ele. O profeta era essencialmente uma figura carismática, autorizado a falar aos israelitas em nome do seu DEUS. Antes da época de Samuel, tais indivíduos eram geralmente designados como um 'homem de DEUS', e na mesma época de Saul e Davi essa expressão era aparentemente sinônimo de nabhi'. As declarações dos profetas hebreus eram consequência direta de seu relacionamento espiritual com DEUS, e, em essência, abrangiam variações sobre temas teológicos e da aliança cultuados na Lei. De fato, não há uma única doutrina profética que já não tenha sido apresentada, ao menos na forma embrionária, na Tora; deste modo, os profetas podem ser considerados comentadores além de pioneiros doutrinários" (HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.218).
 
VOCABULÁRIO
Carismática: Relativo a quem tem carisma. Força divina conferida a uma pessoa.
Recôndito: Oculto, escondido.
Eclesiástica: Pertencente ou relativo à Igreja; eclesial.
 
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 3, A LONGA SECA SOBRE ISRAEL 
I. O PORQUÊ DA SECA 
1. Disciplinar a nação.
2. Revelar a divindade verdadeira.
II. OS EFEITOS DA SECA 
1. Escassez e fome.
2. Endurecimento ou arrependimento.
III. A PROVISÃO DIVINA NA SECA 
1. Provisão pessoal.
2. Provisão coletiva.
IV. AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA 
1. A majestade divina. 
2. O pecado tem o seu custo.
 
 
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 18.1-8
1 E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias no terceiro ano, dizendo: Vai e mostra-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra. 2 E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria. 3 E Acabe chamou a Obadias, o mordomo. (Obadias temia muito ao SENHOR, 4 porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinqüenta em cinqüenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água.) 5 E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas e não estejamos privados dos animais. 6 E repartiram entre si a terra, para passarem por ela; Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi à parte por outro caminho. 7 Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e, conhecendo-o ele, prostrou-se sobre o seu rosto e disse: És tu o meu senhor Elias? 8 E disse-lhe ele: Eu sou; vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.
 
 
 
 
Observações minhas:
DEUS, para exercer seu juízo sobre a idolatria de Israel, precisava tomar algumas providências:
1- Provar que ELE era maior que Baal, Asera, Moloque, ou outro deus qualquer adorado agora por aqueles deveriam adorá-Lo.
2- Livrar seu servo Elias e os fiéis restantes dos juízos que viriam sobre aquela terra (100 profetas que Obadias sustentou e os 7.000 que não dobraram seus joelhos a Baal).
3- Precisava fazer com que o povo comparasse entre os deuses da terra e ELE.
4- Precisava alimentar e cuidar de Elias para que ele pudesse ser usado para demonstrar ao povo a superioridade de DEUS em relação aos outros deuses, matasse os falsos profetas de Baal e de Asera e que desse fim ao castigo.
Seca é um período longo sem chuvas e aqui no caso sem orvalho também, o que é mais grave ainda; bem diferente de estiagem que é um curto período sem chuvas. Aqui nessa lição (entre cap. 17 e cap. 18) vemos um período de 3 anos e 6 meses sem chuvas e sem orvalho - Em 1 Rs 17.1 Elias não sabia de antemão quanto tempo duraria a seca e disse: "nestes anos". - Lucas 4.15 "três anos e seis meses"- Tiago também nos revela quanto tempo durou a seca, Tg 5.17 - "três anos e seis meses não choveu sobre a terra". JESUS teve um período igual de ministério para revelar DEUS entre os homens. Também esse período foi recheado de Milagres e demonstração de superioridade do poder de DEUS sobre o poder de Satanás. Na grande tribulação haverá também um período de três anos e meio para que Satanás engane as nações e três anos e seis meses para que DEUS envie seu juízo sobre os homens que não o reconheceram como DEUS e se deixaram enganar por satanás e seus asseclas.
Essa seca não é um fenômeno metereológico (fenômeno natural), mas um fenômeno sobrenatural, era um milagre, era juízo de DEUS sobre os deuses adorados pelos israelitas, revelando sua superioridade sobre todos e quaisquer deuses criados pela imaginação humana.
A mitologia fenícia sobre Baal dizia que ele controlava as estações e que morria no início do inverno e após um ano ressuscitava, na primavera - agora com uma seca de três anos e meio estava mais do que provado que Baal não era deus nada e nem tinha poder sobre as colheitas e sobre as chuvas e muito menos sobre a vida.
A didática de DEUS muitas vezes vem através de meios que para nós é muito duro e além de nosso entendimento. Muito provavelmente muitas crianças, velhos e enfermos morreram durante esse período. Esse juízo é ao mesmo disciplinar e corretivo, pois vem seguido de arrependimento e aprendizado.
O povo agradecia ao deus Baal pelas chuvas, pelas lavouras, pelo gado, pelas colheitas e até pela saúde. DEUS mostrou que nada disso era dado por Baal, mas tudo concedido pela garça e amor de DEUS (JEOVÁ) para com seu povo.
A revelação material de DEUS é mais susceptível ao homem do que sua revelação espiritual, por isso o sentir e o ver (sinais e prodígios e milagres) produz mais para o reino de DEUS do que apenas as palavras faladas (é o que nos revela Atos dos apóstolos).
O povo sentiu na pele e no bolso os efeitos de sua escolha errada. Apesar do povo estar em dúvida sobre qual DEUS seguir, optavam pelo deus que seus líderes seguiam para que não fossem excluídos das benevolências do reino e da sociedade em que viviam. O povo queria seguir o DEUS verdadeiro, mas aceitavam o deus falso pois já estavam vivendo com dois ou mais deuses em seus corações.
DEUS é o DEUS de provisão (Jeová Jireh) - DEUS cuida de Elias e também dos profetas que Obadias alimentou e além desses os 7.000 que não se dobraram diante de Baal.
Aqui vemos um combate direto de DEUS contra Satanás. Satanás usando como instrumentos o rei Acabe, sua esposa Jezabel e seus 850 profetas falsos (400 de Asera e 450 de Baal). DEUS usando como instrumento o profeta Elias.
Elias deu uma demonstração de fé na Palavra de DEUS quando acreditou que passariam anos sem chuva - aquele que quer ser servo de DEUS precisa crer no sobrenatural, no impossível se tornando possível. "Sem fé é impossível agradar a DEUS" (Hb 11.6).
DEUS envia Elias para sua Terra enquando Acabe e Jezabel o procuravam por todos ops países do mundo, pois o único lugar onde nunca o procurariam era exatamente em sua própria terra (só um louco se esconderia em sua Terra para se esconder de seus inimigos - "a sabedoria de DEUS é loucura para os homens").
Fim do juízo, da correção, da disciplina - Elias é enviado a acabe com a notícia das chuvas abundantes que estavam chegando - Teve que orar, interceder e crer no milagre das chuvas agora.
 
 
 
 
Baal é descrito como um deus semita e era adorado pelos Cananeus e Fenícios. Baal significa "O Senhor", que deliberou sobre o alto deuses montados sobre o santo monte do céu. Baal era principalmente um deus do sol, chuva, trovões, fertilidade e da agricultura e, em algum momento, ele ultrapassa o deus da água, Yam. Baal é o filho do deus Dagan ou Dagon, outro deus Cananeu semita. Foi este "deus do grão", que permitiu a ser Baal renascido. Originalmente, o deus semita Hadad - também chamado de Baal - foi venerado por Arameus que trouxeram o seu culto a outras partes do Mediterrâneo. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Baal_%28dem%C3%B3nio%29-acesso em 15-01-2013).
 
Alguns acreditavam que esse deus morria no inverno e ressuscitava na primavera, outros que ele era dominado por outro deus que o soltava na primavera.
 
Comentário Crítico e Explicativo da Bíblia
Robert Jamieson, A. R. Fausset , David Brown
Traduzido por Oliveira, José Roberto
CAPÍTULO 17
1. Elias tisbita o - Este profeta é introduzido tão abruptamente como Melquisedeque.
disse a Acabe: - O fracasso dos esforços de Elias para fazer uma impressão sobre o coração obstinado de Acabe é mostrado pela previsão penal proferida na despedida.
diante de quem eu estou - isto é, a quem sirvo (Deuteronômio 18:05 ).
não haverá orvalho nem chuva nestes anos - não absolutamente, mas o orvalho e a chuva não cairia nas quantidades habituais e necessárias. Essa suspensão de umidade foi suficiente para responder às finalidades corretivas de DEUS, enquanto uma seca absoluta teria convertido todo o país em um desperdício inabitável.
mas segundo a minha palavra - não proferiu, a despeito, vingança ou capricho, mas como a ministro de DEUS. A calamidade iminente foi em resposta à sua oração sincera, e um castigo destinado ao renascimento espiritual de Israel. Seca foi o castigo merecido pela idolatria nacional ( Deuteronômio 11:16,17; 28:23 ).
2, 3. a palavra do Senhor veio a ele, dizendo: Retira-te daqui, e virar-te para o leste, No início, o rei pode ter rejeitado a previsão de Elias, mas quando viu que a seca durava e aumentava em gravidade, ele procurou por Elias, que, como era necessário, foi afastado de qualquer violência ou importunações do rei. Elias foi divinamente dirigido para se esconder em um lugar de retiro, talvez uma caverna próxima "ao ribeiro de Querite , isto é, a leste do Jordão. A Tradição aponta para uma torrente de inverno pequeno, um pouco abaixo do vau em Beth-shan.
6. os corvos lhe traziam pão - A idéia de tais aves impuras e vorazes sendo empregadas para alimentar o profeta apareceram a muitos tão estranho que eles têm trabalhado para fazer o Orebim, que na nossa versão tenha sido traduzido como "corvos", a ser como a palavra é usada (em Ezequiel) "comerciantes", ou árabes (2 Crônicas 21:16 , Neemias 4:07 ), ou, os cidadãos de Arabá, perto de Beth-shan (Josué 15:6 , 18:18 ). Mas a tradução comum é, em nossa opinião, de preferência a estas conjecturas. E, se Elias foi miraculosamente alimentado por corvos, é inútil perguntar onde encontrou o pão e a carne, pois DEUS iria dirigi-los. Decorrido o prazo de um ano, o ribeiro secou, e este foi um novo julgamento para a fé de Elias.
1 Reis 17:8-16 . Ele é enviado a uma viúva de Sarepta. (veremos na próxima lição)
CAPÍTULO 18
1 Reis 18:1-16 . Elias encontra Obadias.
1. o terceiro ano - No Novo Testamento, é dito que não havia chuva "para o espaço de três anos e seis meses" [Tiago 5:17 ]. A primeira chuva caiu em nosso março, a chuva serôdia em nosso Outubro. Embora Acabe, no início, possa ter ridicularizado o anúncio de Elias, no entanto, quando nenhuma dessas chuvas caíram em sua época, ele ficou furioso contra o profeta julgando-o como a causa da ruína nacional.
Com a direção de DEUS, Elias foi conduzido em segurança em na fuga dali. Já tinham se passado seis meses depois que o rei foi informado de que não haveria nem orvalho nem chuva, e a partir deste período, mais três anos nesta passagem são computados.
Vai, mostra-te a Acabe: - O rei permaneceu obstinado e impenitente. Outra oportunidade de arrependimento lhe foi oferecida e Elias foi enviado para declarar-lhe a causa da destruição nacional, e prometer-lhe, na condição de seu arrependimento, a bênção imediata de chuva.
2. Elias foi - uma prova maravilhosa da intrepidez natural deste profeta, de sua coragem moral, e sua confiança inabalável no cuidado protetor de DEUS é que ele aventurou-se a abordar a presença do leão feroz (Acabe).
há fome era extrema em Samaria - Elias descobriu que a fome foi apertando com gravidade intensa na capital. O milho deve ter sido obtido para alimentar o povo no Egito e também nos países vizinhos, senão a vida não poderia ter sido sustentada por três anos. Era tão grave a seca que Acabe, com seu mordomo (Obadias) para dar uma busca pessoal de pastagens para seu gado antes que os mesmos morressem de fome. Nas margens dos riachos, grama, brotos tenros de grama, pode ser naturalmente esperado, mas com a falta de água, a verdura desapareceu. Devido à grande extensão do país, Acabe foi para um distrito e Obadias para outro.
3. Obadias temia ao Senhor grandemente - Embora ele não seguisse o rumo tomado pelos levitas e a maioria dos israelitas piedosos da época da emigração em Judá (2 Crônicas 11:13-16), ele era um adorador secreto e sincero. Ele provavelmente considerava o caráter violento do governo de Acabe e Jezabel, por isso fazia o que podia de bom para as pessoas de DEUS que eram perseguidas.
4. cem profetas - homens dotados dos dons extraordinários do ofício profético e que se dedicavam ao serviço de DEUS, pregando, orando, louvando. (1 Samuel 10:10-12 ).
os alimentou com pão e água - Estes alimentos são freqüentemente usados para o sustento de qualquer tipo de pessoa pobre naquela região. Este socorro foi dado a eles em situação de alto risco de vida para Obadias. isso era uma grande prova de sua ligação com a verdadeira religião.
RIBEIRO
cheimarrhos (xeIMappoc), literalmente, “curso d'água de inverno” (formado de cheitna. “inverno”, e rheo, “fluir’*), curso d'água que so corre no invemo ou quando avultado com chuvas, “ribeiro” Jo 18.1
 
 
 
 
 
Em 1 Rs 18.18 DEIXASTES OS MANDAMENTOS DO SENHOR. O modo corajoso de Elias falar a Acabe e denunciar a impiedade de Israel fez dele um profeta exemplar, e a pessoa mais qualificada para ser o protótipo do precursor do Senhor JESUS CRISTO (cf. Ml 4.5,6; Lc 1.17).
(1) Era um verdadeiro "homem de DEUS" (17.24), que falava, não para agradar às multidões, mas como um servo fiel de DEUS (cf. Gl 1.10; 1 Ts 2.4; ver Lc 1.17).
(2) Assim como Elias foi chamado para mostrar quem é o verdadeiro DEUS de Israel, todos os ministros do novo concerto são chamados para defender o evangelho de CRISTO contra distorções, transigência com o mal e desvio doutrinário (ver Fp 1.17; Jd v. 3).
 
Em 1 Rs 18.42 ELIAS... METEU O SEU ROSTO ENTRE OS SEUS JOELHOS. De Elias, o NT cita sua fé e oração perseverante como exemplo e estímulo para o povo salvo, no tocante ao poder da oração (Tg 5.18). A oração de Elias era: (1) a oração de um justo (Tg 5.16; cf. Sl 66.18), (2) a oração de um homem, de natureza humana semelhante à nossa (Tg 5.17), (3) a oração da fé, sincera e persistente (vv. 18.42-44; Tg 5.17; cf. Mt 21.21,22; Mc 9.23; Lc 18.1; Ef 6.18; Hb 11.6), e (4) a oração de muita eficácia (v. 45; Tg 5.16,17)
Em 1 Rs 18.43 TORNA LÁ SETE VEZES. O número sete nas Escrituras, simboliza algo integral e completo. Neste capítulo Elias entregou-se a uma intercessão completa, sob três aspectos:
(1) intercedeu para restaurar o altar e a honra de DEUS na terra (vv. 21,24,30-39);
(2) intercedeu, travando uma guerra espiritual contra a falsa religião e culto de Baal e Asera (vv. 19,27,40); e
(3) intercedeu com DEUS, em oração intensa e persistente, suplicando chuva copiosa (vv. 41-46). Visto que o AT compara o derramamento do ESPÍRITO com o derramamento de chuva (e.g., Os 6.1-3; Jl 2.23-29), o confronto de Elias com o baalismo ilustra os três tipos principais de intercessão que devem caracterizar a oração intercessória do povo de DEUS:
(1) intercessão pela restauração da glória e honra de DEUS e por um avivamento espiritual entre o seu povo;
(2) intercessão pela guerra espiritual contra as fortalezas demoníacas; e
(3) intercessão pela sequidão espiritual, para que ela seja tragada pelo derramamento do ESPÍRITO de DEUS e pelo despertamento espiritual.
 
 
 
 
A Provisão de DEUS na Vida do Profeta Elias
Autoria / Fonte: William Watterson
Elias foi um dos mais destacados servos de DEUS mencionados no Velho Testamento, um daqueles que teve o privilégio de aparecer no monte da Transfiguração (Mateus 17:3). Ele testificou de DEUS no meio da idolatria, enfrentando o rei de Israel, a rainha Jezabel, os 450 profetas de Baal e os 400 profetas do poste-ídolo Asera (I Reis cap. 18); ele orou a DEUS, e não choveu naquela terra por três anos e seis meses! Um super-homem? Não; “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos” (Tiago 5:17).
De onde vinha, então, o seu poder? A resposta é clara: ele dependia do Senhor. Ele confiou, não em si mesmo, mas na força do Senhor, e DEUS pôde operar através do Seu servo. DEUS é quem o fortalecia (I Reis 18:46), e também foi DEUS quem cuidou dele durante o seu ministério. Em três ocasiões diferentes, o Senhor providenciou alimento de forma milagrosa para Elias, alimento indispensável para que ele pudesse continuar testemunhando do Senhor: Junto ao ribeiro de Querite (I Reis 17:5,6), na casa da viúva de Sarepta (17:9) e no deserto (19:4-7). DEUS pode prover plenamente todas as nossas necessidades.
Vamos analisar só a primeira oportunidade em que o Senhor, por meio de milagres, providenciou alimento material para Seu servo.
Junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão (I Reis 17:1-6)
Note bem o contexto em que Elias se encontrava. O rei Acabe, diz a Bíblia, “fez … o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele” (I Reis 16:30), trazendo a idolatria para Samaria e Israel, edificando um altar e uma casa para Baal em Samaria, fazendo “muito mais para irritar ao Senhor DEUS de Israel do que todos os reis de Israel que foram antes dele” (16:33). Em 16:34 lemos que foi nesses dias que Jericó foi reedificada. Jericó nos fala daquelas coisas que tentam impedir o progresso do plano de DEUS, e devem ser destruídas. DEUS, através de Josué,  havia amaldiçoado aquela cidade, dizendo que ela nunca deveria ser reconstruída (Josué 6:26); mas eis um homem, Hiel, o betelita, desafiando o Todo Poderoso.
Então, Elias…” (17:1). Foi neste cenário que Elias começou a testemunhar. Quando o povo se prostituia com os ídolos, quando a cidade que DEUS amaldiçoara estava sendo reconstruída, “então Elias” enfrentou a Acabe e a todo este sistema pecaminoso.
DEUS, vendo a sua fidelidade, lhe disse: “Retira-te daqui, vai para a banda do Oriente, e esconde-te junto à torrente de Querite … E ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem”. Elias era o Tesbita (que significa “cativo”); DEUS queria que ele fosse para Querite (que significa “separação, alienação”). DEUS não queria um profeta cativo daquele sistema religioso idólatra, mas um servo que estivesse disposto a partir para um lugar de separação. E “ali mesmo” (não em qualquer outro lugar, mas ali mesmo), DEUS iria lhe providenciar alimento.
Irmãos, este continua sendo o desejo de DEUS. Ele nos diz: “Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras, e Eu vos receberei” (II Cor. 6:17-18). E outra vez: “Retirai-vos, retirai-vos, saí de lá, não toqueis coisa imunda; saí do meio dela; … Porque o Senhor irá adiante de vós, e o DEUS de Israel será a vossa retaguarda” (Isaías 52:11-12). “Saiamos, pois, a Ele, fora do arraial, levando o Seu vitupério” (Heb 13:13). “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de DEUS? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de DEUS” (Tiago 4:4). A separação foi a primeira obra que DEUS realizou na Criação (separando a luz, as águas, e a terra das águas, para somente depois criar luzeiros e povoar tanto as águas quanto a terra), e é uma das primeiras exigências que DEUS faz aos Seus filhos. Só pode ser usado por DEUS aquele que se separa para DEUS. Para que possamos experimentar a provisão de DEUS nas nossas vidas espirituais, é necessário sair fora do arraial, separando-nos de tudo que este mundo (material e religioso) representa.
Elias teve fé, deixou Samaria, foi para Querite, o lugar de separação, e DEUS o sustentou com a água daquele lugar e com a comida que os corvos lhe traziam. Que milagre impressionante! Corvos trazendo pão e carne duas vezes ao dia para Elias! Só mesmo o poder de DEUS poderia efetuar isto.
Este milagre, porém, só ocorreu porque Elias confiou no Senhor, indo para um lugar deserto na certeza de que o seu DEUS poderia sustê-lo. Veja que exemplo de dependência. Um servo menos fiel poderia ter entrado em contato com Obadias, o mordomo do rei, que já havia escondido e sustentado a 100 profetas (I Reis 18:4), e pedido ajuda a ele. Afinal, “Obadias temia muito ao Senhor” (18:3), era um discípulo também; porque não falar com Obadias, “só para garantir”? Elias, porém, possuía a maior de todas as garantias — a palavra do Senhor! Ele sabia que não estava dependendo de Obadias, nem de qualquer outro servo; ele confiava no próprio DEUS para o seu sustento. Ele sabia que o seu DEUS, o Criador dos céus e da terra, Aquele que cuida dos pássaros e dos lírios, tinha poder para cuidar dele também.
Mas, e hoje em dia? Será que este poder tem diminuído? É claro que não; seria blasfêmia pensar desta maneira. O que acontece hoje em dia é que a nossa visão do poder de DEUS é bem menor. DEUS ainda deseja que os seus servos se dirijam à Querite, sendo separados (e esta separação é exigida de todo filho de DEUS, não só dos “obreiros”). DEUS ainda está disposto a nos sustentar “ali mesmo”, através do Seu poder divino. Mas nós temos achado um meio caminho: queremos ir à Querite, mas insistimos em deixar alguém em Samaria para nos sustentar. Achamos que é necessário criar organizações humanas para poder servir ao Senhor, esquecendo que, se Ele nos chamou, é claro que Ele irá nos sustentar.
Meu irmão, minha irmã, pare e pense um pouco na sua atitude. Você está dependendo unicamente do Senhor, ou você ainda hesita em deixar aquela aparente segurança que sistemas humanos (por mais louváveis que sejam nas suas intenções) lhe proporcionam? Você teria coragem de partir para um lugar distante, sem avisar a nenhum “Obadias”, assim que o seu Senhor lhe chamasse? O cético diria: “É loucura! Você vai morrer de fome!”. Mas ouça o que a Bíblia nos diz: “Temei ao Senhor, vós, os Seus santos, pois nada falta aos que o temem. Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome, porém aos que buscam ao Senhor bem nenhum lhes faltará” (Salmo 34:9-10). Iremos nós, quer por palavras, quer por atitudes, duvidar da Palavra e do poder de DEUS? Que possamos ter mais fé: “Retira-te daqui, vai … para junto à torrente de Querite,… E ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem”. “Separai-vos, diz o Senhor; e Eu vos receberei” (II Cor. 6:17-18).”Retirai-vos, saí de lá, … Porque o Senhor irá adiante de vós, e o DEUS de Israel será a vossa retaguarda” (Isaías 52:11-12).
Em Querite, então, vemos como o Senhor sustentou Seu servo quando este estava disposto a se separar para o Senhor. Se obedecermos ao nosso DEUS, jamais nos faltará o necessário. Mas Elias, além de ser sustentado quando sua fé foi evidenciada, também foi fortalecido por DEUS quando sua fé foi provada e quando sua fé enfraqueceu.
 
 
INTERAÇÃO
"Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul [como as torrentes no Neguebe - ARA]". Esta é uma porção do Salmo 126. O povo de Israel está alegre por ter sido liberto do cativeiro através do decreto do rei Ciro. Então, eles se lembraram de Jerusalém. Muros caídos e Templo em escombros, por isso clamaram: "Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR." A imagem que eles tinham era a da região do Neguebe que todo o ano ficava em sequidão. Mas pelo menos uma vez por ano havia chuvas torrenciais e a região enchia-se de águas. Logo após, o rio no Neguebe baixava e começavam brotar flores. O deserto tornava-se pastos verdejantes. Então, o povo pede em canção: Restaura-nos "como as torrentes no Neguebe (ARA)". Professor, DEUS pode mudar a nossa sorte e transformar o nosso "deserto" em jardim florido.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Prezado professor, para iniciar a lição de hoje é importante conceituar o fenômeno da estiagem ou seca. Reproduza na lousa o seguinte esquema: (1) conceito;  (2) diferença: (1) Explique que a seca ou estiagem é um fenômeno do clima, causado pela insuficiência de chuva por um período bem longo. No entanto (2) há uma diferença entre seca e estiagem. Estiagem é um fenômeno climático que ocorre num intervalo de tempo, já a seca é permanente.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Geográfico
"Regiões geográficas da palestina 
O terreno da Terra Santa é bastante variado, principalmente devido aos fortes contrastes climáticos de região para região. A principal característica do relevo da Terra Santa e da Síria é a grande fenda que se estende desde o norte da Síria, atravessando o vale do Líbano, o vale do Jordão, o Arabá e o golfo de Elate, até a costa sudeste da África. Esta fissura divide a Palestina em ocidental - Cisjordânia - e a oriental - a Transjordânia. Há enormes diferenças de altitude em curtas distâncias. A distância entre o Hebrom e as montanhas de Moabe, em linha reta, não passa de 58 quilômetros, embora ao atravessá-la seja necessária uma descida de mais de 915 metros. Esses contrastes formam o árido Arabá, na extremidade do deserto da Judeia, com suas escarpas irregulares, e, do lado oposto, os planaltos férteis e irrigados da Transjordânia. Essas variações de terreno e clima deram lugar a padrões extremamente diversos de povoados na Palestina, que resultaram em divisões políticas correspondentes na maioria dos períodos. Em várias ocasiões, as regiões mais distintas da Terra Santa são claramente definidas e listadas na Bíblia segundo a topografia e o clima (Dt 1.7; Js 10.40; 11.16; Jz 1.9 etc.)" (AHARONI, Yohanan; AVI-YONAH, Anson F (et al). Atlas Bíblico. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p.14).
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Histórico
"Acabe de Israel
O ímpeto de Josafá de envolver-se em tantas confusões procedia da influência do reino do Norte, começando com Acabe. Depois de suceder Onri em 874, Acabe governou os próximos vinte anos com prosperidade e influência internacional - graças à severa política de seu pai - mas este período também caracterizou-se pela decadência moral e espiritual. Como não bastasse a apostasia entre o povo para com Yahweh, Acabe casou-se com Jezabel, filha do rei Etbaal, de Sidom, a qual inseriu seu deus Baal e a adoração a Aserá em Samaria. Pela primeira vez o culto a Yahweh foi oficialmente substituído pelo paganismo, não havendo sequer permissão para que ambos coexistissem na mesma região.  
O ministério de Elias
Ao invés de riscar seu povo da terra, o Senhor levantou um dos mais fascinantes e misteriosos personagens bíblicos - Elias, o profeta - para confrontar-se com os habitantes de Israel, pregando contra seus pecados e anunciando o julgamento divino. Um dia Elias apareceu subitamente diante de Acabe, e profetizou que Israel passaria por alguns anos de seca, em consequência do afastamento de Yahweh e da associação com Baal (1 Rs 17.1). Três anos mais tarde (1 Rs 18.1), Elias reapareceu e confrontou-se com os profetas de Baal e Aserá no monte Carmelo, que era o mais famoso centro religioso de adoração a Baal. O resultado do conflito foi um total descrédito dos profetas pagãos e seus deuses. Após todos eles serem mortos, Elias anunciou a Acabe o fim próximo da seca. Baal, o suposto deus do trovão, do raio e da fertilidade, teve de retirar-se em total humilhação diante de Yahweh, o único e verdadeiro DEUS, que provou ser a única fonte de vida e bênçãos. 
As invasões de Ben-Hadade
A razão para Ben-Hadade atacar Samaria não está declarada, mas pode-se deduzir que este rei não se agradava da amizade crescente entre Israel e Sidom, cuja evidência achava-se na união matrimonial entre Acabe e Jezabel. Ben-Hadade certamente viu a aliança entre as duas nações como um obstáculo ao seu livre acesso ao mar e às principais rotas comerciais da costa. Além disso, caso a cronologia aqui defendida esteja correta, Salmaneser III da Assíria já estaria, por esse tempo, em seu programa de expansão internacional para o oeste, atingindo a Aram e a Palestina, forçando consequentemente o rei Ben-Hadade a colocar-se em posição defensiva. O historiador bíblico indica que Ben-Hadade estava acompanhado de outros trinta e dois reis, um indício de que ele também havia feito outras alianças para tratar com a futura ameaça da Assíria. Pode ser, é claro, que ele tenha pedido ajuda, cujo recuo fez Ben-Hadade tentar a coalização à força" (MERRIL. Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.366-68). 
 
VOCABULÁRIO 
Climático: Relativo a clima; condições meteorológicas (temperatura, pressão e ventos) característica do estado médio da atmosfera num ponto da superfície terrestre.
Topografia: Descrição minuciosa de uma localidade.
Torrencial: Em grande quantidade, abundante. 
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1. ed. Rio de Janeiro: 2008. 
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.HARRISON, R. K.
Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.MERRIL.
Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
AHARONI, Yohanan; AVI-YONAH, Anson F (et al). Atlas Bíblico. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.MERRIL.
Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. 
 
 
 
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO Lição 3, Acabe e o Profeta Elias
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar a perversidade de Acabe e Jezabel;
Demonstrar o cuidado de DEUS para com os seus filhos;
Registrar a aridez espiritual do rei Acabe.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O profeta Elias apareceu em um período crítico da história de Israel. Época em que Acabe, influenciado por Jezabel, sua maléfica esposa, fez de tudo para eliminar a adoração a Javé em Israel. Mas o próprio DEUS, usando o profeta Elias, entrou no conflito e decisivamente derrotou os deuses pagãos, trazendo o povo de volta à verdadeira fé. Em tempos de apostasia, quando imperam a rebeldia insolente e a dureza de coração contra os mandamentos do Senhor, o Todo-poderoso sempre envia seus profetas para combater o sistema religioso corrupto e proclamar o autêntico sentido e o propósito do seu reino (1 Rs 17.1).

PONTO CENTRAL
É essencial estar em alerta diante dos chamados de DEUS ao arrependimento.
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - DEUS é rico em misericórdia, porém, pode ser impiedoso contra aqueles que perseveram em se manter na prática do mal.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O Senhor sempre cuida de seus filhos. Não importa quão difícil seja o caminho, DEUS suprirá todas as suas necessidades.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A seca espiritual nos sobrevém quando atingimos o ápice da falta de comunhão com DEUS.
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Relacione na lousa as várias formas de idolatria discriminadas abaixo. A seguir, leia com seus alunos as referências indicadas, não esquecendo de estabelecer as diferenças entre os falsos deuses reverenciados por Israel no passado e os ídolos condenados pelos apóstolos no Novo Testamento, como a cobiça e a glutonaria. Deixe claro para seus alunos que, independente da forma e motivos, a idolatria é odiosa e abominável ao Senhor.

FORMAS DE IDOLATRIA NA BÍBLIA TOP1
a) A adoração a imagens (Is 44.17).
b) O oferecimento de sacrifícios a imagens (Sl 106.38).
c) A adoração a deuses falsos (Dt 30.17; Sl 81.9).
d) O serviço prestado a outros deuses (Dt 7.4).
e) O temor a outros deuses (2 Rs 17.35).
f) A adoração ao verdadeiro DEUS, mas por meio de alguma imagem (Êx 32.46; Sl 10.6,18,20).
g) A adoração a demônios (Mt 4.8,10; 1 Co 10.20).
h) Manter ídolos no próprio coração (Ez 14.3,4).
i) A adoração aos espíritos dos mortos (Sl 106.28).
j) A cobiça (Ef 5.5; Cl 3.5).
k) A sensualidade (Fp 3.19).
 

CONHEÇA MAIS TOP2
“À semelhança de Melquisedeque, Elias aparece no texto bíblico sem qualquer menção a pai, mãe ou árvore genea1ógica. Sem qualquer menção concernente à sua chamada ou passado, ele [Elias] emerge subitamente da cidade de Tisbe de Gileade com a missão de enfrentar a corrente do baalismo fenício que ameaçava varrer completamente a religião javista, ou seja, o culto a Yahweh, do Reino do Norte. O nome de Elias significava ‘Yahweh é DEUS’. Mesmo que ele fosse designado como ‘Profeta’, a expressão que se emprega com mais frequência para descrevê-lo é a de ‘homem de DEUS.” Para saber mais leia: Introdução ao estudo do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.245.
 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO TOP3
“17.1 - NEM ORVALHO NEM CHUVA HAVERÁ. Elias, na qualidade de mensageiro de DEUS, pronunciou uma palavra de juízo da parte do Senhor contra a nação rebelde de Israel. DEUS ia reter a chuva durante três anos e meio (cf. Dt 11.13-17). Esse juízo humilhava Baal, pois seus adoradores criam que ele controlava a chuva e que era responsável pela abundância nas colheitas. O NT declara que essa seca em Israel resultou das ferventes orações de Elias (Tg 5.17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.550).
 

PARA REFLETIR - A respeito de “Acabe e o Profeta Elias”, responda:
Por que o rei Acabe é considerado um dos mais perversos reis de Israel? Por conta de suas atrocidades, e por permitir que seus terríveis pecados o desviassem completamente dos mandamentos sagrados e do temor a DEUS.
Quais perversidades foram praticadas por Jezabel? Destruiu os profetas do Senhor (1 Rs 18.4), ameaçou a vida de Elias (1 Rs 19.2), ordenou injustamente a morte de Nabote (1 Rs 21.10), e praticou a prostituição e a feitiçaria (2 Rs 9.22).
O que a história da viúva de Sarepta nos ensina? Essa história nos mostra o quanto DEUS cuida dos que proferem a sua verdade, e defende a causa do órfão e da viúva (Dt 10.17-18; 24.21;26.12; Sl 68.5;146.9).
Qual foi a consequência da idolatria e da insistente desobediência do rei de Israel? DEUS enviou uma grande seca que durou muito tempo (1 Rs 17.1).
O que acontece quando alguém se torna um pecador contumaz? A sequidão espiritual.

SUGESTÃO DE LEITURA
Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, Fundamentos da Vida Cristã, Como Vencer a Frustração Espiritual

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 86, p. 37. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.