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Tema: O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade Da Doutrina Bíblica Sobre A Atuação Do ESPÍRITO SANTO
Comentarista: Esequias Soares
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
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Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 Edna Maria Cruz Silva Lição 10, O Senhor JESUS Cura Hoje Ajudahttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao05-pd-apromessadacuradivina.htm TEXTO ÁUREO
“É ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades.” (Sl 103.3)
VERDADE PRÁTICA
A cura de enfermidades é um dos benefícios da obra redentora do Calvário
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 15.26 A cura de enfermidades é uma promessa de DEUS desde o Antigo Testamento
Terça - Mt 10.8 O Senhor JESUS nos deu poder para curar enfermos
Quarta - Mc 6.13 Os discípulos de JESUS ungiam os enfermos com óleo, e os curavam
Quinta - Mc 16.15-20 A cura de enfermos acompanha a pregação do Evangelho
Sexta - 1 Co 12.9 Os dons de curar estão entre os dons espirituais e, por isso, são atuais
Sábado - Tg 5.14-16 Ungir os enfermos para trazer a cura é uma prática atual
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Isaías 53.4-6; Mateus 8.16,17
Isaías 53.4 - Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de DEUS e oprimido. 5 - Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados. 6 - Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Mateus 8 16 - E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos, 17 - para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.
OBJETIVO GERAL - Esclarecer que a cura divina acontece hoje.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar a cura divina na Bíblia;
Pontuar a cura divina como parte da salvação;
Refletir sobre a cura divina e os desafios atuais
Resumo da Lição 10, O Senhor JESUS Cura HojeI - A CURA DIVINA NA BÍBLIA
1. A saúde pública no Antigo Testamento.2. A prevenção de doenças é bíblica.3. O Novo Testamento:II - A CURA DIVINA COMO PARTE DA SALVAÇÃO
1. Salvação.2. Cura divina.3. Salvação e cura.4. Isaías 53.3,4.III - A CURA DIVINA E OS DESAFIOS ATUAIS
1. As doenças.2. As enfermidades entre os crentes.3. Não confundir doença com possessão maligna. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: NÃO EXISTE EVANGELHO SEM CURAS FÍSICAS, POIS O EVANGELHO ENVOLVE SALVAÇÃO, CURA FÍSICA, CURA DA ALMA E CURA DO ESPÍRITO HUMANO (salvação do homem total - espírito, alma e corpo - 1 Ts 5.23).DEUS nos salva do pecado e das consequências do pecado para todo aquele que confiar em CRISTO.Do que os crentes são salvos? São salvos da ira de DEUS, do domínio do pecado, e do poder da morte (Romanos 1:18; 3:9; 5:21); de sua condição natural de ser dominado pelo mundo, pela carne, e pelo diabo (João 8:23-24; Romanos. 8:7-8; 1 João 5:19); dos medos que uma vida pecadora gera (Romanos 8:15; 2 Timóteo 1:7; Hebreus 2:14-15), e de muitos hábitos e vícios que fazem parte da vida (Efésios 4:17-24; 1 Ts. 4:3-8; Tito 2:11 –3:6). As misericórdias que acompanharam a libertação de DEUS de seu povo da escravidão do Egito são exemplo para nós:Salmos 105.37 Mas, a eles, os fez sair com prata e ouro, e entre as suas tribos não houve um só enfermo. (ARCA)Salmos 105.37 Então Deus tirou os israelitas daquele país, e eles levaram consigo prata e ouro. Todos eram fortes e cheios de saúde. (NTLH) 37 Assim, o Senhor tirou o seu povo do Egito, carregado de riquezas, ouro e prata. Em toda a multidão de israelitas não havia uma única pessoa doente ou aleijada! (VIVA)(1) Eles foram empobrecidos, todavia, partiram ricos e prósperos. Deus não só os libertou, mas também os fez sair com prata e ouro (v. 37). Deus autorizou-os a pedir e coletar contribuição de seus vizinhos (que, na verdade, era parte do pagamento pelo serviço que haviam feito) e inclinou os egípcios a lhes fornecer o que pediam. A riqueza deles, portanto, era do Senhor, e Ele poderia, o coração deles estava na sua mão, Ele, portanto, deveria dar essa riqueza para os israelitas.(2) A vida deles lhes fora amarga, e o corpo, a alma e o espírito deles fora quebrado pela escravidão, contudo, quando Deus tirou-os de lá, não houve um só enfermo, nenhum doente, nenhum fraco entre as suas tribos. Eles saíram na mesma noite em que a praga acabou com todos os primogênitos do Egito, todavia, eles saíram com saúde e não levaram com eles nenhuma das doenças do Egito. Com certeza, nunca aconteceu algo semelhante de não haver nenhum doente entre tantos milhares de pessoas! (provavelmente 3 milhões de pessoas - só de jovens que puxavam da espada eram seiscentos e três mil e quinhentos e cinquenta - Êxodo 38:26) Diferença entre doenças e enfermidades - Doença dói, é no corpo (ex: enxaqueca, hérnia de disco, etc.... Enfermidade é na alma, não dói, mas pode levar a morte (ex: depressão, ansiedade, síndrome do pânico, et...), enfermidade também acontece no espírito humano (ex.: possessão maligna).E o Senhor de ti desviará toda enfermidade; sobre ti não porá nenhuma das más doenças dos egípcios, que bem sabes; antes, as porá sobre todos os que te aborrecem. Deuteronômio 7:15para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças. Mateus 8:17Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores (doenças) levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de DEUS e oprimido. Isaías 53:4“JESUS percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.” (Mateus 4:23)
“Ora, naquele momento JESUS havia curado muitas pessoas de enfermidades, de doenças e de espíritos malignos, e dado a vista a muitos cegos.” (Lucas 7:21) Quem tem dons de curar já tem a ordem de DEUS para orar por todos doentes e enfermos. Não fique esperando vir uma voz do céu. O evangelho implica em pregar, ensinar e curar.Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Mateus 10:8E percorria JESUS toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 4:23 A cura pode acontecer por fé de quem ora por outrem, por imposição de mãos, por unção com óleo, pode acontecer por intercessão de alguém por outrem, pode acontecer por fé do próprio doente, pode acontecer sem fé de ninguém, acontece por decisão de DEUS. Diferença entre sinais e dons do ESPÍRITO SANTOE estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:17-20Veja que todos os crentes podem explulsar demônios (mas não é dom de discernimento de espíritos). Todos crentes podem falar em línguas do batismo no ESPÍRITO SANTO, a vida toda (mas não é o dom de variedade de línguas), Todos os crentes podem ser usados em cura, porém isso não é Dons de Curar. Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos? 1 Coríntios 12:30Não.São poucos que recebem os dons de curar (qualquer crente pode orar e JESUS curar alguém, mas isso não é Dons de Curar).Tamnbém são poucos os que recebem Dom de Variedade de Lìnguas (batizados no ESPÍRITO SANTO e falar em línguas é para todos).Também são poucos os que recebem Dom de Interpretação de Línguas.testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4 “Há, porém, ainda muitas outras coisas que JESUS fez; e, se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém!” (Jo.21:25)
I - A CURA DIVINA NA BÍBLIA
Podemos entender pelas escrituras que DEUS nunca desejou que seu povo estivesse doente. 1. A saúde pública no Antigo Testamento.
3. O Novo Testamento:
“E JESUS, respondendo, disse-lhe: Ide e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.” (Mat.11:4,5).O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.(Lucas 4:18,19; cf. Isaías 61:1,2). As credenciais de JESUS eram "O Miraculoso". Por onde passava atraía multidões de curiosos, doentes, enfermos e possessos. Apesar de tentar barrar o assédio dos populares para ter tempo de discipular seus seguidores visando a igreja futura, JESUS nunca se esquivava de curar as pessoas, pois isso, além de cumprir o que estava escrito sobre Ele, também despertava Nele a misericórdia de DEUS pelos necessitados. (Mt 4.23-25); Mt 9.36; Mc 6.34; Mc 16.17-20).
II - A CURA DIVINA COMO PARTE DA SALVAÇÃO
1. Salvação.
1) salvação, libertação
1a) bem-estar, prosperidade
1b) libertação
1c) salvação (por Deus)
1d) vitória No Novo Testamento temos mais clareza sobre a salvação que abrange espírito, alma e corpo. Salvação (Strong Português) σωτηρια soteria - Grego
1) livramento, preservação, segurança, salvação
1a) livramento da moléstia de inimigos
1b) num sentido ético, aquilo que confere às almas segurança ou salvação
1b1) da salvação messiânica
2) salvação como a posse atual de todos os cristãos verdadeiros
3) salvação futura, soma de benefícios e bênçãos que os cristãos, redimidos de todos os males desta vida, gozarão após arrebatament.
Salvação quádrupla: salvo da penalidade, poder, presença e, mais importante, do prazer de pecar. TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO
Rm 1.16 “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. ”
Deus nos oferece livremente a vida eterna em Jesus Cristo, mas, às vezes, nos é difícil compreender o processo exato usado para torná-la disponível a nós. Por isso, Deus apresenta na Bíblia vários aspectos da salvação, cada um com sua ênfase exclusiva. A salvação, a redenção e a justificação.
SALVAÇÃO.Salvação (gr. soteria) significa “livramento”, “chegar à meta final com segurança”, “proteger de dano”. Já no AT, Deus revelou-se como o Salvador do seu povo (Êx 15.2; Sl 27.1; 88.1; ver Dt 26.8; Sl 61.2; Is 25.6; 53.5). A salvação é descrita na Bíblia como “o caminho”, ou a estrada através da vida, para a comunhão eterna com Deus no céu (Mt 7.14; Mc 12.14; Jo 14.6; At 16.17; 2Pe 2.21; cf. At 9.2; 22.4; Hb 10.20). Esta estrada deve ser percorrida até o fim. A salvação pode ser descrita como um caminho com dois lados e três etapas:
O único caminho da salvação. Cristo é o único caminho ao Pai (Jo 14.6; At 4.12). A salvação nos é concedida mediante a graça de Deus, manifesta em Cristo Jesus (3.24). A salvação é baseada na morte de Cristo (3.25; 5.8), sua ressurreição (5.10) e sua contínua intercessão pelos salvos (Hb 7.25).
Os dois lados da salvação. A salvação é recebida de graça, mediante a fé em Cristo. Isto é, ela resulta da graça de Deus (Jo 1.16) e da resposta humana da fé (At 16.31; Rm 1.17; Ef 1.15; 28).
As três etapas da salvação. (a) A etapa passada da salvação inclui a experiência pessoal mediante a qual nós, como crentes, recebemos o perdão dos pecados (At 10.43; Rm 4.6-8) e passamos da morte espiritual para a vida espiritual (1 Jo 3.14); do poder do pecado para o poder do Senhor (6.17-23), do domínio de Satanás para o domínio de Deus (At. A salvação nos leva a um novo relacionamento pessoal com Deus (Jo 1.12) e nos livra da condenação do pecado (1.16; 6.23; 1Co 1.18).
A etapa presente da salvação nos livra do hábito e do domínio do pecado, e nos enche do Espírito Santo. Ela abrange: (i) o privilégio de um relacionamento pessoal com Deus como nosso Pai e com Jesus como nosso Senhor e Salvador (Mt 6.9; Jo 14.18-23; ver Gl 4.6); (ii) a conclamação para nos considerarmos mortos para o pecado (6.1-14) e para nos submetermos à direção do Espírito Santo (8.1-16) e à Palavra de Deus (Jo 8.31; 14.21; 2Tm 3.15,16); (iii) o convite para sermos cheios do Espírito Santo e a ordem de continuarmos cheios (ver At 2.33-39; Ef 5.18); (iv) a exigência para nos separarmos do pecado (6.1-14) e da presente geração perversa (At 2.40; 2Co 6.17); e (v) a chamada para travar uma batalha constante em prol do reino de Deus contra Satanás e suas hostes demoníacas (2Co 10.4,5; Ef 6.11,16; 1Pe 5.8).
A etapa futura da salvação (13.11,12; 1Ts 5.8,9; 1Pe 1.5) abrange: (i) nosso livramento da ira vindoura de Deus (5.9; 1Co 3.15; 5.5; 1Ts 1.10; 5.9); (ii) nossa participação da glória divina (Rm 8.29; 2Ts 2.13,14) e nosso recebimento de um corpo ressurreto, transformado (1Co 15.49-52); e (iii) os galardões que receberemos como vencedores fiéis (ver Ap 2.7). Essa etapa futura da salvação é o alvo que todos os cristãos se esforçam para alcançar (1Co 9.24-27; Fp 3.8-14). Toda advertência, disciplina e castigo do tempo presente da vida do crente têm como propósito preveni-lo a não perder essa salvação futura (1Co 5.1-13; 9.24-27; Fp 2.12,16; 2Pe 1.5-11; ver Hb 12.1).
REDENÇÃO.O significado original de “redenção” (gr. apolutrosis) é resgatar mediante o pagamento de um preço. A expressão denota o meio pelo qual a salvação é obtida, a saber: pagamento de um resgate. A doutrina da redenção pode ser resumida da seguinte forma:
O estado do pecado, do qual precisamos ser redimidos. O NT mostra que o ser humano está alienado de Deus (3.10-18), sob o domínio de Satanás (At 10.38; 26.18), escravizado pelo pecado (6.6; 7.14) e necessitando de livramento da culpa, da condenação e do poder do pecado (At 26.18; Rm 1.18; 6.1-18, 23; Ef 5.8; Cl 1.13; 1Pe 2.9).
O preço pago para nos libertar dessa escravidão: Cristo pagou esse resgate ao derramar o seu sangue e dar sua vida (Mt 20.28; Mc 10.45; 1Co 6.20; Ef 1.7; Tt 2.14; Hb 9.12; 1Pe 1.18,19).
O estado presente dos redimidos: Os crentes redimidos por Cristo estão agora livres do domínio de Satanás e da culpa e do poder do pecado (At 26.18; Rm 6.7,12,14,18; Cl 1.13). Essa libertação do pecado, no entanto, não nos deixa livres para fazer o que queremos, pois somos propriedade de Deus. A nossa libertação do pecado por Deus nos torna em servos voluntários seus (At 26.18; Rm 6.18-22; 1Co 6.19,20; 7.22,23).
A doutrina de redenção no NT já estava prefigurada nos casos de redenção registrados no AT. O grande evento redentor do AT foi o êxodo de Israel (ver Êx 6.7; 12.26). Também, no sistema sacrificial levítico, o sangue de animais era o preço pago para expiar o pecado (ver Lv 9.8).
JUSTIFICAÇÃO.A palavra “justificar” (gr. dikaioo) significa ser “justo (ou reto) diante de Deus” (2.13), tornado justo (5.18,19), “estabelecer como certo” ou “endireitar”. Denota estar num relacionamento certo com Deus, mais do que receber uma mera declaração judicial ou legal. Deus perdoa o pecador arrependido, a quem Ele tinha declarado culpado segundo a sua lei e condenado à morte eterna, restaura-o ao favor divino e o coloca em relacionamento correto (comunhão) com Ele mesmo e com a sua vontade. Ao apóstolo Paulo foram reveladas várias verdades a respeito da justificação e como ela é efetuada:
A justificação diante de Deus é uma dádiva (3.24; Ef 2.8). Ninguém pode justificar-se diante de Deus guardando toda a lei ou fazendo boas obras (4.2-6; Ef 2.8,9), “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (3.23).
A justificação diante de Deus se alcança mediante a “redenção que há em Cristo Jesus” (3.24). Ninguém é justificado sem que antes seja redimido por Cristo, do pecado e do seu poder.
A justificação diante de Deus provém da “sua graça”, sendo obtida mediante a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador (3.22,24; cf. 4.3,5).
A justificação diante de Deus está relacionada ao perdão dos nossos pecados (Rm 4.7). Os pecadores são declarados culpados diante de Deus (3.9-18,23), mas por causa da morte expiatória de Cristo e da sua ressurreição são perdoados (ver 3.25; 4.25; 5.6-10).
Uma vez justificados diante de Deus, mediante a fé em Cristo, estamos crucificados com Ele, o qual passa a habitar em nós (Gl 2.16-21). Através dessa experiência, nos tornamos de fato justos e começamos a viver para Deus (2.19-21). Essa obra transformadora de Cristo em nós, mediante o Espírito (cf. 2Ts 2.13; 1Pe 1.2), não se pode separar da sua obra redentora a nosso favor. A obra de Cristo e a do Espírito são de mútua dependência. A salvação da condenação eterna é o livramento do poder da maldição do pecado e a restituição do ser humano à comunhão com Deus (2 Co 5.19; Hb 2.15). Deus propôs a salvação para todas as pessoas (Tt 2.11), e as condições para isso são a fé em Jesus e o arrependimento dos pecados (At 3.15-19). A vontade de Deus é a salvação de todos os seres humanos, mas para isso cada pessoa precisa se arrepender de seus pecados e se converter ao Senhor Jesus (At 17.30; 1 Tm 2.4).
2. Cura divina.
4. Isaías 53.3,4.
1. As doenças.
3. Não confundir doença com possessão maligna.
CONCLUSÃO
A cura é atual e posso comprovar isso facilmente e claramente. Algumas das curas de JESUS me usando - https://www.youtube.com/watch?v=4-IP9addhtU&list=PL9TsOz8buX1_O4caGJv7FJyrXtHroUM-f (Aqui mais de mil curas em um mes) https://www.youtube.com/watch?v=ECrf6g1lckM&t=2237s (neste mês também foram mais de mil curas) https://www.youtube.com/watch?v=IClAQheaBj4&t=2899s (duas surdas de nascença passaram a ouvir nos Estados Unidos -
Cura o filho de um nobre, Jo 4:46.
Liberta o endemoninhado na sinagoga, Mc 1:26; Lc 4:35.
Cura a sogra de Pedro, Mt 8:14; Mc 1:31; Lc 4:38.
Limpa um leproso, Mt 8:3; Mc 1:41; Lc 5:13.
Cura um paralítico, Mt 9:2; Mc 2:3; Lc 5:18.
Cura um inválido, Jo 5:5.
Cura a mão ressequida, Mt 12:10; Mc 3:1; Lc 6:6.
Cura o servo do centurião, Mt 8:5; Lc 7:2.
Ressuscita o filho da viúva, Lc 7:11.
Liberta um endemoninhado, Mt 12:22; Lc 11:14.
Liberta os endemoninhados de Gadara, Mt 8:28; Mc 5:1; Lc 8:26.
Ressuscita a filha de Jairo, Mt 9:18; Mc 5:42; Lc 8:41.
Estanca o fluxo de sangue, Mt 9:20; Mc 5:25; Lc 8:43.
Restaura a visão aos cegos, Mt 9:27.
Liberta um endemoninhado, Mt 9:32.
Liberta a filha da mulher cananéia, Mt 15:22; Mc 7:25.
Cura um surdo e gago, Mc 7:33.
Cura um cego, Mc 8:23.
Cura uma criança lunática, Mt 17:14; Mc 9:26; Lc 9:37.
Cura dez leprosos, Lc 17:12.
Cura um cego, Jo 9:1.
Ressuscita Lázaro, Jo 11.
Liberta uma mulher do espírito de enfermidade, Lc 13:11.
Cura um hidrópico, Lc 14:2.
Cura dois cegos, Mt 20:30; Mc 10:46.
Cura Malco, Lc 22:51.
Para entendermos melhor sobre curas devemos estudar as principais curas que JESUS realizou, pelo menos.Vejamos algumas das principais: I- RELATO DE MATEUSMateus capítulo 8 - OS MILAGRES DO REIO evangelista, nos capítulos 5 a 7, apresentou o manifesto do Rei dos reis; nos capítulos 8 e 9, chama atenção às Suas credenciais. Disse Pedro no Pentecoste: "JESUS , o Nazareno, varão aprovado por DEUS diante de vós, com milagres, prodígios e sinais... Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este JESUS que vós crucificastes, DEUS o fez Senhor e CRISTO," Atos 2:22 e 36. Mateus, nestes dois Capítulos, 8 e 9, narra alguns desses acontecimentos demonstrando que o Rei tem poder infinito, útil e ao dispor do Seu povo em todas as esferas da vida humana. Tem poder e autoridade:(1) Sobre os corpos dos homens, para os sarar por contato, para os curar por palavra ao longe e para os ressuscitar da morte, 8:1-17; 9:18-31.(2) Sobre as forças da natureza, 8:23-27.(3) Sobre o reino dos demônios, 8:28-34; 9:32-37.(4) Sobre o reino moral e espiritual; autoridade para perdoar pecados, 9:1-8.(5) Sobre os corações dos homens, 9:9-13.. . OS MILAGRES DO REICom este capítulo Mateus encerra o que começou a registrar no capítulo anterior, isto é, alguns dos eventos, fora de ordem cronológica, para mostrar o poder do Rei sobre as doenças, a natureza, a morte, o pecado, em uma palavra, sobre Satanás. 1- CURA DE UM LEPROSO, 8:1-4.Nestas curas de JESUS , a lepra fala-nos do pecado repugnante, contagioso, lncurável. A paralisia faz-nos pensar na inatividade espiritual. A febre do corpo lembra a febre de espírito, o desassossego, a falta de paz, a ira. A demoniomania é escravatura tanto da alma como do corpo. Contudo, CRISTO cura não somente qualquer doença do corpo, mas a doença, que corresponda, da alma. 2- CURA DA SOGRA DE PEDRO 8: 14Tendo JESUS chegado à casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e com febre. 15 Mas JESUS tomou-a pela mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-Io. 16 Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele com a palavra expeliu os espíritos, e curou todos os que estavam doentes; 17 Para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.Tendo JESUS chegado à casa de Pedro (v. 14): CRISTO foi à casa de Simão e André, na cidade de Cafarnaum, acompanhado por Tiago e João, Mar. 1:21, 29.Somente porque CRISTO não tinha onde reclinar a cabeça não devemos pensar que nos é proibido ter casa; Pedro. André e outros dos discípulos a tinham. Grande e inesperada foi a bênção ao aceitarem esse Hóspede em casa, mas não maior do que podemos esperar ao hospedá-Lo hoje.Viu a sogra deste (v. 14) acamada e com febre (v. 14): Lucas, "o médico amado" (Col. 4:14) diz: "Com febre muito alta," Lc 4: 38. Quantas vezes temos os planos feitos e o dom de executá-Ios, mas ficamos obrigados a passar o tempo acamados? Contudo é a vontade de CRISTO libertar. - Lucas diz que os discípulos rogaram-Lhe por e!a (Luc. 4:38): A cura da sogra de Pedro foi, portanto. em resposta à intercessão. Devemos suplicar ao Senhor pelos doentes. Diz-se, também, em Lucas, que JESUS repreendera a febre, Luc. 4:39. Não se repreende o que é inanimado. A sogra de Pedro era vítima de opressão satânica. Foi um caso de doença comum, mas CRISTO a conheceu como obra do maligno, e a reprovou.Mas JESUS tomou-a pela mão (v. 15): A obra de JESUS , em curar, não era ordem fria de autoridade, mas de intima compaixão; tomou a doente pela mão e imediatamente a virtude passou do Seu corpo para o corpo da doente. Ela se levantou e passou a servi-Io (v. 15): As pessoas, depois de baixada a febre alta, sentem-se grandemente abatidas. Mas JESUS fez mais do que tirar-lhe a febre; concedeu-lhe, também, vida e força. Não é de admirar que a sogra de Pedro começasse imediatamente a servir os hóspedes. DEUS nos cura para que passemos a servir, não para servir aos nossos interesses, mas sim aos nossos semelhantes. Enquanto estamos com febre espiritual, ou seja desassossego, ou mesmo ira, não podemos servir às almas em redor de nós. CRISTO quer encher-nos da "paz de DEUS, que excede todo o entendimento," Fil. 4:7.Chegada a tarde (v. 16): "A tarde, ao cair o sol:" Mar. 1:32. O povo considerava, mas erradamente (Mat. 12:9-14), que a cura do corpo era negócio secular e portanto ilícito fazer no sábado. Também enganamo-nos em julgar que a cura do corpo é só o oficio dos médicos. As Escrituras ensinam claramente que o corpo humano é sagrado e que a saúde física e a saúde espiritual são inseparáveis, I Cor. 6:15-20; Sal. 103:3; João 5:14; Mat. 9:5, 6; 3 João 2; ... Curou todos os que estavam doentes (v. 16): Curou a todos, quer os mais vis, quer os mais gravemente enfermos, sem exceção. Note-se a importância que CRISTO ligou à cura do corpo: "Andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos," Atos 10:38. "Percorria JESUS toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda doença e qualquer enfermidade entre o povo," Mat. 4: 23, 24. "Percorria JESUS todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades," Mat. 9:35. "Estes doze enviou JESUS , dando-lhes as seguintes instruções: "Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios," Mat. 10:5-10. "Mas JESUS ... afastou- se deles. Muitos o acompanharam e a todos Ele curou," Mat. 12:15. "Desembarcando, viu JESUS uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos," Mat. 14:14. Chegaram à terra, em Genesaré. .. trouxeram-lhe todos os enfermos. .. E todos os que o tocaram, ficaram sãos," Mat. 14:34-36.Uma das mais importantes obras de CRISTO era a de curar os enfermos, mas parece uma das obras de menos importância na igreja de hoje. 'Ele mesmo tomou as nossas enfermidades (v. li): Conforme I Ped. 2:24, para cumprir Isa. 53:4, CRISTO em Seu corpo, sobre o madeiro, carregou com os nossos pecados. Segundo Mat. 8: 17, Ele, para cumprir Isa 53:4, carregou com as nossas doenças. CRISTO tomou tanto as nossas doenças como os nossos pecados; isso não quer dizer somente as nossas doenças espirituais é evidente em Mat. 8:17. Note-se o contexto.O nosso Rei compadece-se, também, de nós; "JESUS CRISTO ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre," Heb. 13:8. 3- CURA DE DOIS CEGOS 9:27Partindo JESUS dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão de nós, Filho de Davi! 28 Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e JESUS lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor. 29 Então lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé. 30 E abrlram-se-Ihes os olhos.JESUS , porém, os advertiu severamente, dizendo: Acautelai-vos de que ninguém o saiba. 31Saindo eles, porém, divulgaram-lhe a fama por toda aquela terra.JESUS , ao ressuscitar a filha de Jairo da morte (v. 25), acentuou o fato de que Ele era o Mesmo que, no princípio, soprou no homem o fôlego da vida; ao dar vista aos cegos, chamou atenção para o fato de que era o mesmo que das trevas mandou resplandecer a luz.Filho de Davi (v. 27): Os dois eram cegos quanto ao físico, mas os olhos da sua mente estavam abertos para ver que JESUS era o grande Profeta acerca de quem Isaias profetizou: "Então os olhos dos cegos serão abertos," Isa. 35:5.Tem compaixão de nós (v. 27): Filho de Davi" era um termo para designar o Messias esperado da casa de Davi para trazer "as firmes beneficências de Davi,.- Isa. 55:3. Note-se que não clamavam, separadamente: "Tem compaixão de mim." Deve haver o espírito de unidade em nossas súplicas a DEUS, Mat. 18:19. Aproximaram-se os cegos (v. 28): Parece que o Senhor não prestou atenção logo ao seu clamor; foi só depois de entrar em casa que atendeu aos rogos dos dois cegos. CRISTO. como o verdadeiro Médico conhece infalivelmente a necessidade de cada alma.Algumas foram curadas imediatamente; outras tinham de esperar antes de receber a cura. Devemos "orar sempre e nunca esmorecer," Luc. 18:1. Credes que eu posso fazer isso? (v. 28): Apesar de serem cegos acharam a JESUS dentro de casa. Recusaram ser negados. As portas estão sempre abertas para os que rogam com instância e fé: parecia falta de educação arremessar-se porta a dentro da casa quando JESUS queria descansar. Para aumentar-Ihes a fé, perguntou-Ihes: "Credes que posso fazer isso?" Isto é: Credes que eu possa conceder a vista, tanto como curar o paralitico e ressuscitar os mortos? Vs. 6 e 25.Cremos que JESUS realmente tem poder para curar a nossa própria doença? A inclinação é crer que JESUS pode curar e salvar a todos, menos a nós mesmos - o nosso crer" parece-nos mais difícil do que o de qualquer outra pessoa. Sem fé nada receberemos de DEUS. Então lhes tocou os olhos (v. 29): Há dois toques.Se tocarmos confiadamente nEle, Ele responde tocando em nós com Sua mão poderosíssima para curar. Seu poder não diminuiu; "JESUS CRISTO ontem e hoje é ~ mesmo, e o será para sempre." Faça-se conforme a vossa fé (v. 29): Com estas palavras, JESUS aceitou e louvou a sinceridade da fé dos dois cegos. Grande é o conforto dos crentes sinceros em saber que CRISTO vê e se alegra com a sua fé; apesar da fé ser fraca e desconhecida pelo próximo Ele a aceita. Aqueles que recorrem a JESUS CRISTO, recebem, não conforme seus caprichos, não conforme o que professam, mas, sim, conforme a sua fé. CRISTO está pronto; tudo depende de nossa confiança nEle. JESUS , porém, os advertiu severamente... (v. 30): O Senhor deu tal ordem porque:(1) Não queria incitar as autoridades, as quais ficaram mais e mais vencidas por inveja, ao ver como o povo afluía ao Seu lado.(2) Não queria aumentar a presunção do povo que queria levantar tumultos e sedição para se revoltar contra os romanos e inaugurar o seu próprio reino.Vede João 6:15. Divulgaram-lhe a fama por toda aquela terra (v. 31): Apesar de ser um ato de flagrante desobediência, parece que realmente queriam glorificar ao seu grande Benfeitor. Contudo mostraram mais zelo do que prudência, por causa da atitude do povo. Um ato de desobediência nunca é para a glória do Senhor. 4- A CURA DE UM MUDO ENDEMONINHADO 9:32Ao retirarem-se eles, foi-lhe trazido um mudo endemoninhado. 33 E, expedido o demônio, falou o mudo; e as multidões se admiravam, dizendo: Jamais se viu tal coisa em Israel! 34 Mas os fariseus murmuravam: Pelo maioral dos demônios é que expele os demônios. Ao retirarem-se eles... (v. 32): Os dois que receberam a vista mal tinham-se retirado da presença de CRISTO, quando Lhe foi levado um mudo endemoninhado. A narrativa serve como parábola do estado calamitoso do mundo e da grande variedade de aflições entre o povo, o estado do mudo endemoninhado era deplorável; estava debaixo do poder do Diabo até ao ponto de não poder falar. Quando o Diabo toma conta de uma alma, ela fica calada acerca de tudo o que é bom.Ficar à oração e à adoração; duas coisas que Satanás detesta...E, expelindo o demônio, falou o mudo (v. 33). Então a causa da mudez era o demônio.- A cura foi repentina. As curas de JESUS atingem a raiz e os efeitos desaparecem porque retira as causas. A língua do mudo foi libertada, porque vencera o poder de Satanás na alma. As multidões se admiravam (v. 33): JESUS de Nazaré tem os dons, a compaixão, o poder - não Lhe falta nada para ser Rei sobre o povo de DEUS. Ao encerrar seu discurso sobre as leis do reino, "estavam as multidões admiradas de Sua doutrina," Mat. 7:28. Ao operar o último milagre da série registrada nos capítulos 8 e 9, "as multidões se admiravam, dizendo: Jamais se viu tal coisa em Israel." Se não se viu tal coisa em Israel, não se viu em canto algum, porque nenhum povo presenciou tais prodígios como Israel. Havia aqueles famosos pelos milagres que operaram, mas estes excedia a todos. Os milagres de Moisés eram em referência a toda a nação; os de JESUS eram mais particulares. II- RELATO DE MARCOSDe maneira significativa, o Novo Testamento enfatiza JESUS como aquele que cura. Marcos o retrata como mestre e fazendo curas na abertura de seu relato do ministério de JESUS em Cafarnaum com a cura do endemoninhado, da sogra de Pedro, do doente que lhe foi trazido à noite e do leproso (Marcos 1:21-45). De fato, curar doença e expulsar demônios caracterizam o ministério de JESUS . Marcos apresenta em rápida seqüência JESUS curando o paralítico (Marcos 2:1-12), o homem com a mão mirrada (Marcos 3:1-6), a multidão à beira do mar (Marcos 3:7-12), o endemoninhado gadareno (Marcos 5:1-20), a mulher hemorrágica e a filha de Jairo (Marcos 5:21-43). JESUS convocou os Doze para proclamar o arrependimento, expulsar demônios e curar os enfermos (Marcos 6:7-13). Ele mesmo continuou a curar em Genesaré (Marcos 6:53-56), expulsou o espírito imundo da filha da mulher siro-fenícia (Marcos 7:24-30), curou o homem surdo e mudo (Marcos 7: 31-37), o homem cego de Betsaida (Marcos 8:22-26), o menino possuído de um espírito maligno (Marcos 9:14-20) e o cego Bartimeu (Marcos 10:46-52). De certo que a cura é um aspecto importante do ministério de JESUS . As curas não só expressavam sua compaixão por aqueles que sofriam mas também se constituíam uma revelação da Sua pessoa. Por exemplo, JESUS curou o paralítico "para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados" (Marcos 2:10). Também parece que Marcos quis que seus leitores entendessem que a cura do homem surdo e mudo (Marcos 7:31-37) e do cego de Betsaida (Marcos 8:22-26) simbolizam o despertamento do entendimento espiritual dos discípulos sobre quem JESUS é. Marcos colocou a cura de Bartimeu (Marcos 10:46-52) imediatamente depois do terceiro anúncio de JESUS sobre sua morte que se aproximava (Marcos 10:32-34) e do terceiro fracasso dos discípulos em entenderem que o fato de ser Ele o Messias acarretava a necessidade de sofrimento (Marcos 10:35-45). Com muita freqüência DEUS deve ter sentido que seu povo "simplesmente não entendia isso". No entanto, com amorosa compaixão, Ele continua a revelar exatamente quem é. Sim, ele é o que cura. No entanto sofrimento faz parte igualmente do seu plano. Se DEUS escolhe não nos livrar completamente do sofrimento, podemos confiar que Ele nos verá através dele por sua graça. O SERVO VENCE DEMÔNIOS, A DOENÇA E A MORTEO fato de todos os três evangelistas, Mateus, Marcos e Lucas, narrarem a história dos três grandes milagres deste capítulo, salienta a importância de "atentar com mais diligência" às lições que esses eventos nos ensinam. 1- A CURA DO ENDEMONINHADO GADARENO, Mc 5.1 a 20.O amor é a maior força no céu, na terra e no inferno. Foi o amor que levou DEUS a dar Seu unigênito Filho, João 3.16. Era o amor que impelia Seu Filho, o grande Servo, a falar as palavras de graça, operar os milagres de misericórdia e dar Sua vida em resgate de muitos. Na libertação do endemoninhado gadareno encontra-se um exemplo penetrante do poder divino que opera por amor.5:1 E chegaram à outra banda do mar, à província dos gadarenos. 2 E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo; 3 O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender; 4 Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadelas foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas e ninguém o podia amansar. 5 E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros. e ferindo-se com pedras. 6 E, quando viu JESUS ao longe, correu e adorou-o. 7 E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, JESUS , Filho do DEUS Altíssimo? Conjuro-te por DEUS que não me atormentes. 8 (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.) 9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10 E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província. . 11 E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. 12 E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. 13 E JESUS logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar: 14 E os que apascentavam os porcos fugiram, e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido. 15 E foram ter com JESUS , e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram. 16 E os que aquilo tinham visto contaram-Ihes o que acontecera ao endemoninhado; e acerca dos porcos. 17 E começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos. 18 E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. 19 JESUS , porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-Ihes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. 20 E ele foi, e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas JESUS lhe fizera; e todos se maravilhavam. Chegaram à outra banda (v. 1): Vede Mar. 4.35. Por que o Senhor mandou que passassem para o outro lado? Foi para descansar? Estava exausto depois de um dia de trabalho. Vide Mar. 4.38. Mas não foi por causa do cansaço, como se vê pelo fato dele regressar imediatamente, sem descansar, vs. 17,18. Houvera tempestade porque JESUS não fazia a vontade do Pai? Também não. Ele foi chamado, da outra margem do lago para libertar o endemoninhado, e Satanás esforçou-se; para evitar que a Sua obra se realizasse. Apesar de já ser tarde (Mar. 4.35), não demoraram até o dia seguinte. Foram socorrer duas almas abatidas por Satanás, e, depois de libertadas, voltaram. Lucas diz que o endemoninhado "não andava vestido." Mateus diz que os dois "tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho." O necessitado não procurou a JESUS , mas Ele o curou com compaixão. Todos os crentes, também têm de dizer: "Eu não O procurei, mas Ele passou o grande mar, até aqui, para me salvar." Os que seguem o grande Servo do Senhor, não esperam que os necessitados e perdidos venham para aceitarem a libertação, mas obedecem a Sua ordem: "Ide..." Se JESUS entrasse hoje em nossa cidade, em que Ele mostraria interesse? Por certo nos doentes, nos cansados, nos aleijados, nos cegos, nos mendigos, nos endemoninhados. - JESUS sempre transborda de virtude e energia.. Somos surdos para com a chamada de além mar, isto é, fora de nosso território, onde Satanás por muitos séculos escraviza e tem muitos mihões de presas? Podemos achar tempo em nossa vida; mui ocupada na margem ocidental do mar, para atender à chamada do outro lado? Filipe, no meio de um grande avivamento e em tempo de muitas conversões, foi enviado para o deserto, Atos 8.26. A ordem de CRISTO é a de pregar ó Evangelho a todas as nações. Havia grandes impedimentos; Satanás fez tudo para destruir o grupo inteiro, antes de chegar à terra dos gadarenos, Mar. 4.37 a 39. o mar da Galiléia fica duzentos metros abaixo do nível do mar. As tempestades descem de repente do céu limpo. Mas diz que o Senhor repreendeu a tempestade, portanto não devemos esquecer-nos de que era Satanás que queria impedir a obra do Senhor no território dos gadarenos. Convém ao crente reconhecer a presença de espíritos imundos impedindo a obra que o Senhor lhe deu para consumar e repreendê-Ios no Seu nome, vide Luc. 10.17.Sepulcros (v. 2): Todos os escravizados por Satanás residem realmente no cemitério, são mortos, Ef 2.1. Preferem a convivência daqueles que os piedosos receiam.Um homem (v. 2): Consta em Mateus que eram dois endemoninhados. Certamente Marcos e Lucas, ao mencionar somente um, referiam-se ao mais notável dos dois, ao mais dominado e infeliz dos dois. Tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho (Mat. 8.28): O pecado é o inimigo da liberdade. Quantos não podem fazer aquilo que tanto desejam por causa do pecado do próximo! Por exemplo, o marido, por causa de vício, morre deixando sua mulher e seus filhos inocentes, na miséria.Com espírito imundo (v. 2): O mal toma posse do pecador, dominando seus atos, seus pensamentos e sua vida. É tirano cruel, déspota absoluto, sobre todas as aptidões do seu ser.. Ninguém o podia subjugar (v. 4): A lei, autoridades, cientistas, pregadores, pais, não podem subjugar o pecador. O endemoninhado gadareno é fiel retrato do homem possesso do demônio da embriaguez, ou da imundícia ou o da imoralidade. O mundo está aprendendo que a força é mais que a matéria. Um fio elétrico faz mais que cem homens. A força espiritual pode ser boa ou má. A força do ESPÍRITO de DEUS em Sansão, que tinha corpo como qualquer homem, fez mais que uma multidão de homens armados.De dia e de noite, clamando... ferindo-se (v.5) Os possessos ferem-se de noite com as pedras agudas da imoralidade e bebedices, e gritam de manhã com dor do remorso e da doença. Servem um chefe que lhes exige completem sua própria destruição.Que tenho eu contigo, JESUS ...? (v.7): Os demônios reconhecem que JESUS tem autoridade para julgar o homens e os anjos. "Que tenho eu contigo, JESUS " é o grito de muitos até hoje. Os que vivem no pecado odeiam a santidade de DEUS. Não querem CRISTO e nem ser atormentados por Ele, Para eles não há esperança no Filho de DEUS Altíssimo.Legião (v. 9): Uma legião entre os romanos consistia de seis mil soldados. A palavra lembra os exércitos daquele tempo, bem organizados e dominando o mundo inteiro. O endemoninhado gadareno era como uma cidade invadida e dominada por um exército de demônios organizados para cumprir toda a ordem do seu chefe.Para fora daquela província (v. 10): "E rogaram-lhe que os não mandasse para o abismo" (Luc. 8.31).. o lugar onde estão presos os espíritos caídos. Vede Judas 6, Il Ped. 2.4; Apoc. 9.1, 2, 11.E ele lhes disse: Ide (Mat. 8.32): Não se doma, nem se domina e nem se reforma o mal. A única cura é expulsá-Io. E isto só pela Palavra do Filho de DEUS.Como é grande a aptidão para o mal ou para o bem do ser humano. num só homem pode habitar tantos demônios, a ponto de precipitar de uma vez dois mil porcos ao mar!Os demônios fizeram dos porcos o que queriam fazer dos homens, precipitaram-nos na destruição. O Diabo sempre procura levar suas vítimas pelo caminho mais perto para a ruína. A manada se afogaram (v. 13): CRISTO fez bem em destruir a propriedade que não Lhe pertencia? Sim, tinha o direito porque era contra a lei criar porcos, este animal era cerimonialmente imundo, Lev. 11.7. Compare Seu ato de purificar o templo, Mar. 11.15 a 17. Os demônios sabiam que JESUS poderia lhes lançar em prisões eternas, por isso preferiram entrar nos porcos e depois procurarem outra "freguesia". TRÊS PROVAS DO ENDEMONINHADO GADARENO TER FICADO LIVRE:1) Assentado (v. 15): O pobre homem impelido pelo diabo, dia e noite, agora tem um lugar para descansar, sentado aos pés de JESUS . Vide Luc. 8.35. Uma prova do homem ser salvo é seu desejo de ficar aos pés do Mestre e ouvir as Suas palavras. (Compare Luc. 10.39.) .2) Vestido (v. 15): Compare Luc. 15.22; Isa. 61.10. A pessoa salva não quer andar nua, nem seminua, como decreta a moda. Quando se converte um silvícola da África, das ilhas do Pacífico, ou de qualquer outro lugar, ele sempre quer vestir-se.3) Em perfeito juízo (v. 15): Quando se converte uma pessoa, o mundo diz que perdeu o juízo. A verdade é que só assim pode alcançar perfeito juízo. Outrora era louco fanático, agora é discípulo humilde.CRISTO já nos libertou de todo o poder de Satanás, mas estamos no gozo dessa mesma liberdade? Rom. 6.14, 18; Gal. 5.1, 13.Estavam possuídos de grande temor? (Luc. 8.37): Medo do poder de JESUS ! Não queriam mais tal poder; foi caro demais, perderam de uma vez dois mil porcos! Mas quando pediram que JESUS saísse, perderam o melhor Amigo. Começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos (v. 17): Não ligaram importância ao homem libertado, mostraram interesse somente nas coisas materiais. Tinham perdido dois mil porcos, e sempre há perseguição quando os pecadores perdffil1 dinheiro por causa do Evangelho. (Compare Atos 16:19, 20; 19.23 a 27). Os que não querem deixar o pecado não querem CRISTO. Se queres ficar livre do pecado, aceita o Senhor JESUS . Se queres morrer no pecado, roga que Ele saia de sua vida e sairá.Rogava-lhe... que o deixasse estar com ele (v. 18): É o desejo de todas as almas verdadeiramente salvas por CRISTO. É o desejo do primeiro amor. Mas o salvador quer que todos saiam para testificar:"Vai ... e anuncia-Ihes. .." (V. 19). E quando CRISTO voltou para esse território, de Gadara, chegaram as multidões, dezenas de milhares, para ouvir a história do Seu amor e poder, e houve grande colheita. (Compare V. 20 com Mar. 7.31 a 8.9. Decápolis era a região de dez cidades. das quais uma era Gadara. Nós, salvos por JESUS estamos informando outros do Salvador que achamos? Obreiros, estais seguindo o exemplo do Mestre, animando os homens e mulheres salvos a testificarem de JESUS ? Começou a anunciar em Decápolis (v. 20): O homem verdadeiramente libertado do espírito maligno é animado por outro espírito. Como podia ser doutro modo? O Senhor fizera-lhe grandes coisas, levantando- o da maior miséria. Ele queria mostrar ao seu salvador a gratidão de seu coração.CRISTO perguntou: "Qual é o teu nome?" A resposta foi: "Legião". V. 9. O Senhor levou o homem a confessar seu desespero sob o domínio da "legião" de demônios. Isso fez para que os discípulos o soubessem; o povo do lugar já o sabia. Com a ordem de CRISTO a "legião" saiu. Foram dispersos entre dois mil porcos.A libertação desse homem foi um exemplo através dos séculos da habilidade de JESUS CRISTO em libertar a pessoa possessa mesmo do maior número de espíritos malignos. Esse endemoninhado gadareno era como um inferno; era uma casa de demônios. Com a palavra de JESUS , "Ide", o templo do inferno tornou-se em templo de DEUS. JESUS CRISTO é o mesmo ontem, hoje e para todo o sempre. Se O deixarmos enunciar a palavra "Ide", por intermédio de nós, Ele pode limpar a pessoa, que enfrentamos, de tudo que é do inferno. E pode fazer tal pessoa tornar-se um missionário, como fez com o homem de Gadara, antes possesso de uma legião de demônios. Creiamos em que CRISTO é o mesmo da antiguidade. Creiamos em que não há caso demasiado difícil para Ele. Enfrentemos o nome "Legião" com o nome "JESUS ". Mas não sem primeiramente deixar DEUS dar poder à palavra por meio do ESPÍRITO SANTO. 2- A RESSURREIÇÃO DA FILHA DE JAIRO E A CURA DA MULHER HEMORRÁGICA, 5.21 a 43.A história da cura da mulher hemorrágica é como um parêntese no meio da narrativa da ressurreição da filha de Jairo.Os milagres de CRISTO eram numerosos e muitas vezes um se intercalava em outro.5:21 E, passando JESUS outra vez num barco para a outra banda, ajuntou-se a ele uma grande multidão: e ele estava junto do mar. 22 E, eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome de Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés, 23 E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva. 23 E foi com ele e seguia-o uma grande multidão, que o apertava. 25 E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, 26 E que havia padecido muito com muitos médicos, e dispendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando Isso, antes indo a pior; 27 Ouvindo falar de JESUS , velo por detrás, entre a multidão, e tocou no seu vestido. 28 Porque dizia: Se tão somente tocar nos seus vestidos, sararei. 29 E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal 30 E logo JESUS , conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nos meus vestidos? 31 E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou? 32 E ele olhava em redor, para ver a que Isto fizera. 33 Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade. 34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal. 35 Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre? 36 E JESUS , tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente. 37 E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, e Tiago, e João, irmão de Tiago. 38 E, tendo chegado a casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço, e os que choravam muito e pranteavam. 39 E, entrando, disse-Ihes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme. 40 E rIam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina, e os que com ele estavam, e entrou onde a menina estava deitada. 41 E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talita cuml - que, -traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-te 42 E logo a menina se levantou, e andava, pois já tinha doze anos; e assombraram-se com espanto. 43 E mandou-Ihes expressamente que ninguém soubesse; e disse que lhe dessem de comer.Um dos principais da sinagoga (v. 22): Jairo era um dos dirigentes dos cultos da sinagoga local dos judeus. Naturalmente um homem de tão elevada posição no mundo religioso teria muitos preconceitos de JESUS, especialmente quando as outras autoridades estavam contra.Jairo não somente foi a JESUS ; humilhou-se, prostrando-se a Seus pés. Isso nos ensina que há muitos em alta posição que sentem profundamente a sua insuficiência e que anseiam conhecer a CRISTO intimamente.Rogava-lhe muito (v. 23): Sem dúvida, Jairo fazia oração com formalidade nos cultos, mas então orou verdadeiramente. Quando confiamos em organização, recebemos o que a organização tem para dar. Quando confiamos na instrução, alcançamos o que a educação oferece. Quando confiamos na eloqüência, alcançamos o que seja possível realizar por meio de eloqüência. Aquele que confia na religião, recebe o que o formalismo tem para dar. Aquele, porém, que ora confiando no Senhor, alcança o que DEUS pode fazer.Minha filha está moribunda (v. 23): Era filha única!, Luc. 8.42. A morte não entra somente nas casas dos pobres, mas mesmo os ricos tem de beber o mesmo cálice de amargura. "Papai, vou morrer?" perguntou uma menina de quatro anos a seu pai. Ele, profundamente comovido, respondeu, dizendo-Ihe a verdade. Ela, de rosto mui pálido e triste, perguntou mais: "papai, o túmulo é tão frio e escuro! Mas papai vai comigo?" O pai, ainda mais comovido, respondeu que não podia ir antes de o Senhor chamá-Io. -"Papai, a mamãe pode ir comigo?" Se pudesse abrigar-se nesse colo de amor e sentir esses braços segurá-Ia, o tumulo não seria mais lugar de horror. Com dor insuportável no coração, o pai deu a mesma resposta dantes. A cordeirinha conhecia bem a JESUS , e, virando-se para a parede, orou e derramou o coração diante dEle. Logo, com a plena fé de criança, e cheia de gozo, dirigiu-se ao pai dizendo: "papai, o túmulo não está mais escuro,JESUS irá comigo!" .E foi com ele (v. 24): Jairo foi a JESUS muito oprimido em espírito mas voltou conduzindo-O à sua casa, grandemente aliviado. Como CRISTO foi com Jairo, também nos acompanhará aonde há doença, choro ou leito de morte. É sempre muito mais fácil encarar dificuldades quando CRISTO está conosco.(Compare Êx 33.15).Um fluxo de sangue (v. 25): O nosso mundo desde o dia que Caim matou a Abel, de "um fluxo de sangue," isto é, de guerra e homicídio, que os homens não podem curar.Mulher que havia doze anos tinha um fluxo de sangue (v. 25): Vasava-Ihe gradualmente a vida - a vida está no sangue. Achava-se fraca, imunda cerimonialmente (vide Lev. 15.19) e miserável. É símbolo do pecado que nos torna fracos, imundos e miseráveis.separando-nos dos amigos. Note-se a interrupção de JESUS para atender ao pedido de Jairo, como repetidas vezes no seu ministério foi interrompido. Mas em caso algum o Mestre ficou perturbado ou se esqueceu da necessidade do aflito. JESUS podia ir logo para atender à filhinha de Jairo e socorrer a mulher depois, mas quis demorar. Quando Abraão oferecia lsaque em holocausto, o anjo não interveio antes de Abraão levantar o cutelo. Quando Jacó lutava com o anjo, a bênção foi concedida ao romper do dia. JESUS supriu o vinho novo em Caná só depois de ter faltado o outro. O Senhor não que Seus filhos sofram sem necessidade, mas quer alimentar-lhes a fé.Como a demora em chegar à casa de Jairo cooperava para o bem! O chefe recebeu um testemunho maior; em vez de presenciar apenas a cura da doença de sua filha, viu-a ressuscitada da morte!Nada lhe aproveitando isso (v. 26): Quantos como esta mulher, experimentam todo remédio para a alma e o corpo, e só vão a JESUS porque não há outro meio a experimentar? E como é amoroso e cheio de graça nosso grande Médico, que jamais recusou alguém!Lucas era médico (Col. 4.14) e ele diz que a mulher "gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada", Luc. 8043. É mais razoável concluir que Lucas não continuou como médico depois da sua conversão.E logo se lhe secou a fonte de seu sangue (v. 29): Há três fases salientes da sua fé e sua cura:(1) Ela cria que seria curada; dizia :"Se eu tão somente tocar no seu vestido ficarei sã," Mat. 9.21.(2) Então ela "veio por detrás,... tocou no seu vestido." A fé da doente se manifestou em ação, A fé é mais que crer, é o contacto vivo com o Salvador vivo."Quem tocou nos meus vestidos?" -"A multidão te aperta". Há grande diferença entre tocar na fímbria da roupa de JESUS com o alvo de receber, e ficar na Sua presença sem propósito. Alguns cantam com voz forte, oram com alvoroço, esforçam-se para fazer grandes proezas e não recebem de JESUS , enquanto outros, nos cultos e na vida diária, sentindo grande necessidade, chegam com alvo definido e recebem.(3) Ela estava certa de ter recebido depois de ter somente crido e chegado em pessoa a JESUS ; "sentiu no seu corpo já estar curada", v. 29. Não sentiu e depois creu, mas creu antes de sentir. Ao grande número de pessoas que apertava a JESUS , Ele não ligava importância. Mas quando no íntimo percebeu que alguém Lhe tocava de propósito, no mesmo instante saiu de Seu coração amoroso poder para curar a mulher que Lhe tocava. Apesar do universo que O guarda e das hostes que O cercam nos céus, podemos estender a mão entre todos e receber a bênção que anelamos.A virtude (v. 30): Que foi esta "virtude" que curou a mulher, se não o ESPÍRITO SANTO? CRISTO, à destra de DEUS, anela encher-nos da mesma virtude? Atos 2.33. Sem dúvida Paulo estava cheio deste poder, quando do seu corpo levaram lenços e aventais para os necessitados e foram curados de doenças e libertados de espíritos malignos, Atos 19:11,12.Então a mulher aproximou-se... (v. 33): Ela tinha de confessar abertamente o que tinha recebido. CRISTO exige que nós testifiquemos das bênçãos que Ele nos concede. Assim ela tinha de deixar seu acanhamento e contar tudo perante os homens. Quanto perdemos por acanhamento e timidez!Filha, a tua fé te salvou (v. 34). E quanto ganhou por testificar? Ganhou conforto, paz, aquele descanso divino, que é a herança daqueles que têm fé. Não só o corpo mas todo o ser ficou são, e a gozar urna união com DEUS que não conhecia antes.A tua filha está morta (v. 35): Tivera de encarar a doença, agora era a morte. Corno a noticia de casa magoava-lhe o coração! Mesmo os que andam com CRISTO têm de passar grandes provações, como no caso de Jairo.Para que enfadas mais o Mestre (v. 35): Nestas palavras descobre-se o limite da sua fé. É fácil honrá-Lo, chamando-Lhe "Mestre", enquanto o coração não confia nEle. Pedro, Tiago e João (v. 37): Por que escolheu estes três? Talvez por causa da sua fé e de estarem em mais íntima comunhão com Ele. Assim acompanhavam-no em espírito. Quantas vezes, em cultos de vigília (Luc. 9.28), cai a maior bênção dos céus sobre os crentes que permanecem em oração, depois de sair a maior parte dos outros?Riam-se dele (v. 40): Zombavam das palavras de CRISTO, pois o que viam com os olhos parecia contradizer o que Ele declarava. (Compare II Ped. 3:4). Mesmo como os zombadores foram expulsos, assim os que descrêem estão excluídos automaticamente das bênçãos espirituais.Talita cumi (v. 41): As palavras são aramaicas, da língua que se falava então na Palestina. Marcos registra as maravilhosas palavras, sem traduzi-Ias, justamente como enunciadas por JESUS .E logo a menina se levantou (v. 42): Foram, ressuscitados da morte, ao menos, três, no tempo do Velho Testamento: o Filho da viúva de Zarefate, I Reis 17.17 a 24; o filho da Sunamita, II Reis 4.18 a 37 e o homem lançado na sepultura de Eliseu, II Reis 13.20,21.Igualmente foram três no ministério de CRISTO: o filho da viúva de Naim, Luc. 7.11 a 17; a filha de Jairo, Mar. 5.35 a 43 e Lázaro, João 11.1 a 44. JESUS mandou que os doze ressuscitassem os mortos, Mat. 10.8. Contudo, foi somente depois do dia de Pentecostes que alguém foi ressuscitado, Atos 9.36 a 42.E disse que lhe dessem de comer (v. 43): Aprendemos que depois de o Senhor fazer Sua obra, Ele espera que façamos a nossa parte. Depois de ressuscitada a menina da morte, ordenou que a alimentassem. Depois da ressurreição de Lázaro, mandou que o soltassem. O anjo libertou Pedro do cárcere, mas havia de seguir sozinho para casa. III- OUTRAS CURAS: AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico"Quatro razões para crermos que DEUS continua curando hoje em dia:1. A cura divina encontra-se na Bíblia,e a Bíblia,por ser inspirada pelo ESPÍRITO SANTO, é válida para hoje. O CRISTO revelado nas Escrituras como nosso Médico é o mesmo Senhor a quem servimos hoje (Hb 13.8).2. A segunda razão para crermos na cura divina é estar ela incluída na obra expiadora de CRISTO.A salvação inclui sanear todos os aspectos da nossa vida, e tudo 'provém da expiação'. Mateus entende o texto do Servo Sofredor (Mt8.16,17; Is 53), incluindo o ministério de cura divina na expiação.3. A terceira razão acha-se na convergência dos ensinos bíblicos sobre a salvação e a natureza da humanidade.Já que o ser humano não é uma associação desconexa de corpo, alma e espírito, mas, de modo muito real, uma unidade, a salvação se aplica a todos os aspectos da existência humana.4. A última razão para assumirmos um compromisso com o ensino de cura divina é a crença de que a salvação deve ser entendida, em última análise, como a restauração do mundo caído. DEUS é contra o sofrimento humano, pois não é este resultado da sua vontade, mas uma conseqüência da Queda." (HORTON,S.(ed.) Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.501-2.) SINOPSE DO TÓPICO (1) Conforme as promessas salvíficas do Antigo e Novo Testamentos, a doutrina da expiação inclui a bênção da cura física, por meio do sacrifício de JESUS .SINOPSE DO TÓPICO (2) A promessa da cura divina é um sinal que manifesta o poder de DEUS, e aponta para a completa salvação do homem: espírito, alma e corpo.SINOPSE DO TÓPICO (3) A promessa da cura divina e para os dias atuais e para todos os que crêem. ESTUDOS DIVERSOS A CURA DIVINA (BEP - CPAD)
Mt 8.16,17 “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou a todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças. ”
A PROVISÃO REDENTORA DE DEUS.(1) O problema das enfermidades e das doenças está fortemente vinculado ao problema do pecado e da morte, i.e., às consequências da queda. Enquanto a ciência médica considera as causas das enfermidades e das doenças em termos psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta as causas espirituais como sendo o problema subjacente ou fundamental desses males. Essas causas são de dois tipos: (a) O pecado, que afetou a constituição física e espiritual do homem (e.g., Jo 5.5,14), e (b) Satanás (e.g., At 10.38; cf. Mc 9.17, 20.25; Lc 13.11: At 19.11,12).
A provisão de DEUS através da redenção é tão abrangente quanto as conseqüências da queda. Para o pecado, DEUS provê o perdão; para a morte, DEUS provê a vida eterna, e a vida ressurreta; e para a enfermidade, DEUS provê a cura (cf. Sl 103.1-5; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15). Daí, durante a sua vida terrestre, JESUS ter tido um tríplice ministério: ensinar a Palavra de DEUS, pregar o arrependimento (o problema do pecado) e as bênçãos do reino de DEUS (a vida) e curar todo tipo de moléstia, doença e enfermidade entre o povo (4.23,24).
A REVELACÃO DA VONTADE DE DEUS SOBRE A CURA.A vontade de DEUS no tocante à cura divina é revelada de quatro maneiras principais nas Escrituras.
A declaração do próprio DEUS. Em Êx 15.26 DEUS prometeu saúde e cura ao seu povo, se este permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos (ver Êx 15.26). Sua declaração abrange dois aspectos: (a) “Nenhuma das enfermidade porei sobre ti [como julgamento], que pus sobre o Egito”; e (b) “Eu sou o SENHOR, que te sara [como Redentor]”. DEUS continuou sendo o Médico dos médicos do seu povo, no decurso do AT, sempre que os seus sinceramente se dedicavam a buscar a sua face e obedecer à sua Palavra (cf. 2Rs 20.5; Sl 103.3).
O ministério de JESUS. JESUS, como o Filho encarnado de DEUS, era a exata manifestação da natureza e do caráter de DEUS (Hb 1.3; cf. Cl 1.15; 2.9). JESUS, no seu ministério terreno (4.23,24;
16; 9.35; 15.28; Mc 1.32-34,40,41; Lc 4.40; At 10.38), revelava a vontade de DEUS na prática (Jo 6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no propósito de DEUS curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo diabo.
A provisão da expiação de CRISTO. (Is 53.4,5; Mt 8.16,17; 1Pe 2.24). A morte expiatória de CRISTO foi um ato perfeito e suficiente para a redenção do ser humano total — espírito, alma e corpo.
Assim como o pecado e a enfermidade são os gigantes gêmeos, destinados por Satanás para destruir o ser humano, assim também o perdão e a cura divina vêm juntos como bênçãos irmanadas, destinadas por DEUS para nos redimir e nos dar saúde (cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16). O crente deve prosseguir com humildade e fé e apropriar-se da plena provisão da expiação de CRISTO, inclusive a cura do corpo.
O ministério contínuo da igreja. JESUS comissionou seus doze discípulos para curar os enfermos, como parte da sua proclamação do reino de DEUS (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele comissionou setenta discípulos para fazerem a mesma coisa (Lc 10.1, 8,9, 19). Depois do dia de Pentecoste o ministério de cura divina que JESUS iniciara teve prosseguimento através da igreja primitiva como parte da sua pregação do evangelho (At 3.1-10; 4.30; 5.16; 8.7; 9.34; 14.8-10; 19.11,12; cf. Mc 16.18; 1Co 12.9,28,30; Tg 5.14-16). O NT registra três maneiras como o poder de DEUS e a fé se manifestam através da igreja para curar: (a) a imposição de mãos (Mc 16.15-18; At 9.17); (b) a confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do enfermo com óleo pelos presbíteros (Tg
16); e (c) os dons espirituais de curar concedidos à igreja (1Co 12.9). Note que são os presbíteros da igreja que devem cuidar desta “oração da fé”.
IMPEDIMENTOS À CURA.Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como:
(1) pecado não confessado (Tg 5.16); (2) opressão ou domínio demoníaco (Lc 13.11-13); (3) medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp 4.6,7); (4) insucessos no passado que debilitam a fé hoje (Mc 5.26; Jo 5.5-7); (5) o povo (Mc 10.48); (6) ensino antibíblico (Mc 3.1-5; 7.13); (7) negligência dos presbíteros no que concerne à oração da fé (Mc 11.22-24; Tg 5.14-16); (8) descuido da igreja em buscar e receber os dons de operação de milagres e de curas, segundo a provisão divina (At 4.29,30; 68; 8.5,6; 1Co 12.9,10,29-31; Hb 2.3,4); (9) incredulidade (Mc 6.3-6; 9.19, 23,24); e (10) irreverência com as coisas santas do Senhor (1Co 11.29,30). Casos há em que não está esclarecida a razão da persistência da doença física em crentes dedicados (e.g., Gl 4.13,14; 1Tm 5.23; 2Tm 4.20). Noutros casos, DEUS resolve levar seus amados santos ao céu, durante uma enfermidade (cf. 2Rs 13.14,20).
O QUE DEVEMOS FAZER QUANDO EM BUSCA DA CURA DIVINA. O que deve fazer o crente quando ora pela cura divina para si?
Ter a certeza de que está em plena comunhão com DEUS e com o próximo (6.33; 1Co 11.27-30; Tg 5.16; ver Jo 15.7).
Buscar a presença de JESUS na sua vida, pois é Ele quem comunica ao coração do crente a necessária fé para a cura (Rm 12.3; 1Co 12.9; Fp 2.13; ver Mt 17.20).
Encher sua mente e coração da Palavra de DEUS (Jo 15.7; Rm 10.17).
Se a cura não ocorre, continuar e permanecer nEle (Jo 15.1-7), examinando ao mesmo tempo sua vida, para ver que mudanças DEUS quer efetuar na sua pessoa.
Pedir as orações dos presbíteros da igreja, bem como dos familiares e amigos (Tg 5.14-16).
Assistir a cultos em que há alguém com um autêntico e aprovado ministério de cura divina (cf. Atos 5.15,16; 8.5-7).
Ficar na expectativa de um milagre, i. e., confiar no poder de CRISTO (7.8; 19.26).
Regozijar-se caso a cura ocorra na hora, e ao mesmo tempo manter-se alegre, se ela não ocorrer de imediato (Fp 4.4,11-13).
Saber que a demora de DEUS em atender as orações não é uma recusa dEle às nossas petições. Às vezes, DEUS tem em mente um propósito maior, que ao cumprir-se, resulta em sua maior glória (cf. Jo 9.13; 11.4, 14,15, 45; 2Co 12.7-10) e em bem para nós (Rm 8.28).
Reconhecer que, tratando-se de um crente dedicado, DEUS nunca o abandonará, nem o esquecerá. Ele nos ama tanto que nos tem gravado na palma das suas mãos (Is 49.15,16).
Nota: A Bíblia reconhece o uso apropriado dos recursos médicos (9.12; Lc 10.34; Cl 4.14). DOENÇAS NA BÍBLIA - Dicionário Bíblico WycliffeÉ difícil discutir as doenças mencionadas na Bíblia com qualquer grau de certeza. Uma razão para isto é que elas recebem o nome de acordo com os sintomas e não por processos patológicos. Assim, a paralisia poderia ser desencadeada pela pólio, trauma, desequilíbrio nervoso, ou várias outras causas. Não é absolutamente certo que o definhamento de Levítico 26.16 e Deuteronômio 28.22 fosse tuberculose. Em segundo lugar, as referências às doenças são quase sempre incidentais na narrativa. Elas são registradas mais pelo seu significado histórico do que médico. Finalmente, não temos certeza de quais doenças existiam na época do AT, embora autópsias em múmias egípcias tenham mostrado evidências de tuberculose, arterioselerose, artrite, câncer, pedras na vesícula, pedras na bexiga, esquistossomose e varíola. Para um estudo informativo sobre o conhecimento e a prática médica na antiga Mesopotâmia e no Egito antigo, veja A. Dudley Dennison, “Medicine", BW, pp. 368-373.
Os israelitas obviamente tinham um conhecimento prático de anatomia. Isto é visto em suas descrições dos órgãos de animais sacrificados. Acreditava-se corretamente que o sangue era o princípio vital: “A vida [a alma] da carne está no sangue” (Lv 17.11). As funções emocionais eram, às vezes, atribuídas a certos órgãos. O coração, por exemplo, era considerado o centro do pensamento e da vontade (Ez 18.31). A expressão “entranhas de misericórdias” (Cl 3,12) enfatiza a relação entre psycke (“alma”) e soma (“corpo”), o que tem sido corroborado em nossos dias pela pesquisa psicossomática.
As palavras heb. para doença e enfermidade vêem das raizes hala (“estar doente” ou “fraco”) e dawa (“estar enfermo”). Estas palavras são sempre modificadas por outras frases descritivas tais como “doente e a ponto de morrer”. As palavras heb. para cura vêem da raiz rapa ’(“curar”, “costurar”, “consertar”), e haya (“reviver”, “restaurar à vida”), e ‘arak (“prolongar”).
O NT usa expressões gr. tais como astheneia (“fraqueza”, “fragilidade”), malakia (“moleza”, “debilidade”), e noseo (“estar doente״ ou “enfermo"). As palavras gr. para saúde e cura vieram das raízes hygiaino (“estar saudável” ou “forte”), therapeuo (“servir", “atender a”, “cura”, “restaurar a saúde”), e iaomai (“curar”, “tomar sadio”).
Causas das Doenças
A doença é apenas parte de um conceito maior - o sofrimento do homem. Nas Escrituras é dito que o sofrimento é um dos resultados do pecado. DEUS ameaçou enviar doenças sobre Israel se o povo o desobedecesse (Dt 28.15,22,27,28). Embora a doença fosse freqüentemente considerada um castigo direto pela desobediência (por exemplo, o homem enfermo no tanque de Betesda, Jo 5.14), ela também poderia vir de Satanás, como aconteceu no caso de Jó (Jó 2.7). CRISTO falou da mulher paralítica “a qual há dezoito anos Satanás mantinha presa” (Lc 13.16). Além disso, a doença poderia às vezes vir para o próprio bem ao nomem e para a glória de DEUS (por exemplo, o “espinho na carne” de Paulo, q.v., e 2 Coríntios 12.7-9).
Os discípulos, olhando para a doença apenas como um castigo pelo pecado, perguntaram a JESUS sobre um homem que havia nascido cego: “Quem pecou, este ou seus país, para que nascesse cego? JESUS respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de DEUS” (Jo 9.1-3).
Nem sempre pode ser possível distinguir se uma doença é o resultado de causas puramente naturais, um ato de DEUS, ou a operação maligna de Satanás. Talvez estas três possam estar ativas ao mesmo tempo. Po- Tém, seja qual for a causa da doença de um cristão, lhe é prometido que um dia o sofrimento será removido, quando DEUS “limpará de seus olhos toda lágrima” e não haverá mais dor (Ap 21.4).
Os Médicos e a Medicina
Existe cerca de uma dúzia de referências a médicos na Bíblia. A rai2 heb. é rapa’ (“curar”). A Bíblia Sagrada refere-se a Jeová como “o Senhor que te sara” (Êx 15.26). A primeira referência a um médico está em Gênesis 50.2 (embora estes médicos egípcios possam ter sido apenas embalsamadores dos mortos). Nos tempos bíblicos, assim como agora, os médicos eram solicitados a curar as doenças e aliviar o sofrimento (Jó 13.4; Jr 8.22; 2 Cr 16.12).
Os médicos eram considerados em alta estima pelos judeus. O filho de Sirac escreveu por volta de 190 a.C.: “Honre um médico de acordo com a necessidade dele, com as honras devidas a ele, pois verdadeiramente o Senhor o criou; pois do Altíssimo vem a cura; e do rei ele deve receber uma dádiva. A habilidade do médico deve levantar sua cabeça; e à vista dos grandes homens ele deve ser admirado״ (Sir 38.1-3).
Na época do NT havia duas maneiras de treinar os médicos. Era muito comum que um homem auxiliasse como aprendiz a um médico estabelecido. Ele também poderia ir a um tipo de escola de medicina, geralmente associada a um templo pagão. As duas escolas que mais conhecemos eram as escolas de medicina de Pérgamo e Alexandria.
Os remédios usados nos tempos bíblicos eram rudimentares e na maioria dos casos não muito eficazes. Entre aqueles que são mencionados na Bíblia, estavam unguentos aplicados no local (Is 1.6), emplastos (Is 38.21), e bálsamos (Jr 8.22; Gn 37.25). As folhas de certas árvores eram aparentemente usadas como ervas medicinais (Ez 47.12). Pensava-se supersticiosamente qne a mandrágora, um membro da família da batata, desenvolvia a fertilidade (Gn 30.14-16). Os cidadãos de Laodicéia são conhecidos por terem tido uma escola de medicina e de terem preparado um pó ou pomada para olhos fracos. Ao falar-lhes, o Senhor usou uma alusão a um colírio (Ap 3.18).
O vinho era sugerido como estimulante (Pv 31.6), e também usado como um anti-séptico. O bom samaritano atou as feridas de seu paciente “aplicando-lhes azeite e vinho״ (Lc 10,34). Paulo recomendou um pouco de vinho para o alívio do desconforto gástrico de Timóteo (1 Tm 5.23). O vinho azedo misturado com fel e mirra teria algumas propriedades sedativas. Ele foi oferecido a CRISTO, provavelmente para aliviar o seu sofrimento (Mc 15.23).
O tratamento cirúrgico era geralmente mínimo. As únicas operações mencionadas na Bíblia são a circuncisão, a castração e o fechamento de feridas. Mas o código de Hamurabi regulamentava a cobrança dos médicos para grandes operações e cirurgias dos olhos na Babilônia, como também para o restabelecimento de um osso quebrado e para a cura de um tendão distendido (ANET, pp. 175ss.). O papiro de Edwin Smith, do Egito, descreve 48 casos cirúrgicos incluindo contingências como ferimentos acidentais, e feridas de batalha.
O escritor do terceiro Evangelho e de Atos era médico? As evidências internas sugerem que sim. Ele usa vários termos médicos encontrados em Hipócrates, Galeno e em outros escritos médicos, embora não sejam encontrados no restante do NT. Ele também observa algumas particularidades médicas, tais como a intensidade da febre, se uma doença era congênita ou adquirida, ou qual lado ao corpo estava afetado (Lc 4.38; Act 3.2; Lc 6.6). Ao escrever sobre a mulher que tinha um fluxo de sangue (Lc 8.43), ele hones- tamente declara que ela não poderia ser curada pelos médicos; entretanto, é mais polido em relação à sua profissão do que Marcos, que acrescenta que ela “havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior...” (Mc 5.26). Estes fatos tendem a corroborar com a outra evidência de que Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14), foi o autor do terceiro Evangelho e do livro de Atos.
Leis Mosaicas de Saúde
A lei dada por DEUS a Moisés continha regras extraordinárias com relação à saúde pública. Embora o principal propósito destas regras fosse tomar um homem cerimonialmente limpo, a limpeza higiênica, no entanto, estava envolvida. Quais sâo as principais preocupações de um fiscal de saúde pública noje? Contaminação da água e dos alimentos, descarte de esgoto, doenças infecciosas, educação quanto à saúde - todos estes assuntos são tratados nas leis mosaicas de saúde.
Tem sido dito que algumas das leis de saúde eram muito rígidas e talvez desnecessárias para a saúde pública, mas deve ser lembrado que o homem antigo não possuía o nosso entendimento sobre as doenças. Ser exageradamente rígido por amor à simplicidade é melhor do que errar na direção oposta. Com a nossa habilidade médica para distinguir entre o perigoso e o inofensivo, não precisaríamos observar algumas destas mesmas precauções, mas isto não seria verdadeiro naquela época. Novamente, deve ser lembrado que a razão inicial para estas ordenanças era a pureza cerimonial.
As leis mosaicas de saúde (Lv 11-15) incluem regras de circuncisão, consumo de carne, parto, infecções de pele, contaminações por secreções e excrementos, procedimentos para remoção e disposição dos mortos, limpeza pessoal e relações sexuais.
Milagres de Cura
Vários milagres de cura estão registrados na Bíblia. Outros milagres, embora não sejam de cura, mas de juízo, sâo de natureza médica. Estes incluem as pragas no Egito (Êx 9,13-15; 12.12,13), a matança dos filisteus diante da arca (1 Sm 5.6), a dizimação do exército de Senaqueribe (2 Rs 19.35), a mâo ressequida de Jeroboão (1 Rs 13,1-6) e a lepra de Geazi (2 Rs 5.27). Embora DEUS possa ter usado processos de doenças naturais, o sobrenatural é envolvido no momento certo.
No AT, os milagres parecem centralizar-se em torno da época do êxodo e do ministério de Elias e Eliseu. Aqueles que foram registrados são mais freqüentemente milagres da natureza, com menos de uma dúzia envolvendo a cura (por exemplo, Abimeleque, Gênesis 20.17; Miriã, Números 12.10-15; a serpente de bronze, Números 21.5-9; o filho da viúva, 1 Reis 17.17-24; o filho da sunamita, 2 Reis 4.18-37; Naamã, 2 Reis 5.1-14; Ezequias, 2 Reis 20.1-7).
Por outro lado, o NT registra uma proporção maior de milagres de cura. Estes foram operados por CRISTO ou por seus seguidores, em seu nome. Dos 35 milagres de CRISTO registrados no NT, 26 envolvem curas. Em seis destes casos, demônios foram expulsos. Detalhes cuidadosos são dados sobre muitos destes casos, especialmente por Lucas, o médico· Algumas destas pessoas são até identificadas pelo nome (Bartimeu, a filha (Je Jairo, Maria, Lázaro; também Enéias, Êutico e o pai de Públio em Atos).
Alguns tentaram explicar os milagres de cura de CRISTO através de uma base psicológica. De acordo com esta teoria, as doenças curadas eram apenas funcionais ou psicossomáticas. É verdade que as pessoas podem ter as suas doenças aliviadas pela “fé” em homens ou coisas. Mas este tipo de cura está muito distante da cura de doenças orgânicas realizadas por CRISTO como cegueira congênita (Jo 9.1), artrite avançada da espinha (Lc 13.11), hemorragia prolongada (Lc 8.43), lepra (Lc 5.12; 17.12) e até mesmo a morte (Lc 7.12; 8.49-55; Jo 11.1-44). Somente negando a confiabilidade dos documentos do NT é que se poderia imaginar que as curas realizadas por CRISTO eram de caráter psicológico.
Além de sua natureza predominantemente orgânica, as curas realizadas pelo Senhor eram completas e instantâneas (com exceção do homem cuja visão foi restaurada em auas etapas, Mc 8.22-25). Além disso, elas consistiam de várias doenças diferentes que são difíceis de tratar até mesmo com as técnicas médicas de hoje. Poucas - se é que alguma - poderiam ter uma recuperação espontânea. E não há nenhuma evidência da ocorrência de uma recaída após as curas realizadas por CRISTO.
Possessão Demoníaca
A possessão demoníaca é um fenômeno que parece ter ocorrido com mais freqüência na época de CRISTO. Das 26 pessoas curadas por CRISTO, seis são mencionadas como tendo sido possuídas por demônios. Muitas outras pessoas sem nenhuma enfermidade física aparente foram libertas de opressão demoníaca (Mt 8.16; Mc 1.34,39; Lc 6.18). Pouca ou nenhuma menção é feita à possessão demoníaca no AT. CRISTO e o NT parecem distinguir entre as doenças comuns e aquelas que sâo acompanhadas pela possessão demoníaca (Mt 10.8; Mc 1.34; Act 5.16). A possessão demoníaca podia ser acompanhada por sintomas físicos (por exemplo, cegueira, surdez e mudez, Mt 12.22; Mc 9.25), manifestações neurológicas (por exemplo, epilepsia, Lc 9.39,42), ou sintomas mentais (Lc 4.33; 8.27; Mc 7.25).
O diagnóstico da possessão demoníaca, porém, levanta alguns problemas difíceis. O que a distinguia das doenças naturais? Como uma pessoa poderia reconhecê-la como tal? Se não há nenhuma característica distinta que tipifique a condição, elas são tendências suicidas e o uso da pessoa pelo demônio como porta-voz.
Por outro lado, nas Escrituras, a doença física é freqüentemente atribuída a Satanás. CRISTO falou da mulher que andava curvada como alguém a quem “Satanás mantinha presa"’ (Lc 13.16). Ela estava possuída por demônios? JESUS não se dirigiu a nenhum demônio quando a curou. A solução sugerida por A Rendle Short é a seguinte: “Não é que os escribas e fariseus e as pessoas comuns diagnosticassem a possessão demoníaca com muita freqüência; o fato é que suas idéias eram muito imaturas, e eles falhavam em reconhecer que poderia existir uma obra do diabo muito mais ampla” (The Bible and Modern Medicine, p. 121).
Se isto é verdade, então pode não ser sempre possível encontrar sinais específicos para diagnosticar e distinguir a possessão demoníaca de outras doenças.
Doenças de Pele
Várias lesões de pele são mencionadas no AT. Algumas delas foram infligidas como aflições sobre Israel por desobediência ao Senhor (Dt 28.27). A coceira é provavelmente sarnq, ainda conhecida por este nome descritivo, E causada por um inseto, o Acarus scabei. O escorbuto não é o que conhecemos hoje como escorbuto (causado pela deficiência ae vitamina C), mas sim uma “crosta de ferida”. A palavra vem de uma raiz que significa ״cocar” ou “ficar áspero”. Isto possivelmente cobre uma gama ae doenças de pele que incluí eczema e psoríase. A aspereza ou o tumor vem de uma raiz significando “estar inflamado” ou “quente". Os tumores são comuns hoje embora melhor controlados, graças a antibióticos modernos. A úlcera de Ezequias pode ter sido um carbúnculo ou possivelmente antraz (2 Rs 20.1,7). O antraz é contraído do gado ou de couros e pêlos secos de animais infectados. Sem tratamento pode ser fatal.
A lepra é freqüentemente mencionada na Bíblia. Miriã, Naamã e o rei Uzias contraíram esta doença. As instruções para o seu diagnóstico são dadas em Levítico 13; ela aparentemente incluía mais do que aquilo que hoje chamamos de lepra (causada pelo Lepra bacillm de Hansen). Infelizmente, o termo lepra teve seu significado mudado nas línguas inglesa e portuguesa. Mesmo na Idade Média, a palavra era usada para descrever várias disfunções na pele, tais como a tinha. Harold M. Spinka declara; “Minha opinião é que a lepra, como também as doenças mencionadas nos diferentes diagnósticos - por exemplo, a psoríase crônica, a sí- filis, o pênfigo, a dermatite herpetiforme, a varíola, o fungo infeccioso e a pioderma - eram incluídas sob o título geral de lepra” (“Lepra nos Tempos Hebraicos Antigos”, JASA, XI [março de 1959], 17-22). Também é demonstrado que a lepra do AT não é idêntica à lepra de hoje, pelo fato de que havia a lepra de casas e das roupas (Lv 13.47; 14.37) - provavelmente algum tipo de mofo ou fungo. Veja Lepra.
A aflição de Jó tem sido objeto de muita especulação. É improvável que ele tenha tido tumores comuns, pois eles não se estenderíam da cabeça aos pés e não coçariam tão severamente (Jó 2.7,8). A descrição pode ser da varíola, que é de ataque repentino, extensiva, e pode coçar em um estágio. No entanto, uma pessoa com varíola estaria provavelmente doente demais para falar, como Jó foi capaz de fazer. Pelagra, psoríase, eczema, dermatite herpetiforme e demartite esfoliativa, foram sugeridas como possibilidades. Dermatite herpetiforme, uma rara doença de pele, iria coçar intensamente, e não afetaria gravemente a saúde geral de Jó. A dermatite esfoliativa é generalizada, crônica, terrível, produz muita coceira e é associada a tumores provenientes da própria coçeira.
Doenças dos Olhos e Ouvidos
Tanto a cegueira congênita quanto a adquirida são mencionadas na Bíblia. A infecção por tracoma ainda é uma causa comum de cegueira adquirida em muitas partes do mundo. Este vírus causa uma saída de líquidos de má aparência e pode ter sido o problema de Léia (Gn 29,17). Talvez seus olhos fossem estrábicos (strabísmus). O tracoma poderia ter sido o espinho na carne de Paulo (2 Co 12.7-10); suas próprias palavras sugerem algum tipo de problema nos olhos (cf Gl 6.11 com 4.14,15; Act 23.2- 5). A varíola também pode causar uma ul- ceração repugnante e uma mancha na córnea, com perda de visão.
A catarata era provavelmente a causa da cegueira de Isaque e Eli em sua idade avançada. Esta se caracteriza por uma opacidade progressiva do cristalino dos olhos. Em Levítico 21.20, a palavra heb. para “belida” (q.v) sugere uma mancha que causa uma visão confusa, provavelmente uma catarata. A oftalmia neonatal (Ophthalmia nconato- rurri) causa uma conjuntivite grave e cegueira em crianças recém-nascidas, É geralmente o resultado de uma infecção por gonorréia na mãe. Esta provavelmente era responsável por boa parte da cegueira infantil. Também existem muitos tipos de anomalias congênitas dos olhos, que poderiam resultar em cegueira total a partir do nascimento. Veja Cegueira.
A surdez também era comum nos tempos bíblicos, embora seja difícil determinar sua causa.
Deformidades Ortopédicas
As deformidades ortopédicas teriam sido comoventes em uma época em que pouco poderia ser feito para corrigi-las. O mendigo coxo que foi curado naquele encontro com Pedro é um destes casos (Act 3.2-8). Uma vez que era coxo de nascença, ele podería ter tido um pé torto congênito, spina bifida, ou paralisia cerebral. A mulher curada por CRISTO de uma enfermidade que a acometia por 18 anos, tinha provavelmente uma forma grave de artrite que fazia com que ela se curvasse para frente (Lc 13.11-13). Isto soa como artrite reumática, que atinge mais as mulheres do que os homens.
A coxeadura de Jacó, adquirida por sua luta corporal com o anjo de DEUS, pode ter sido causada por um deslocamento de quadril (Gn 32.25,31,32). Pode-se caminhar com uma coxeadura por um deslocamento anterior. A dor aguda e a deficiência podem também indicar uma ruptura de disco intervertebral, produzindo a dor ciática.
Doenças Neurológicas
A paralisia era evidente na população judaica dos dias de JESUS. Era, sem dúvida, freqüentemente, causada por acidentes bem como pela tuberculose da espinha e pela pólio. A paralisia é raramente mencionada no AT.
O paralítico curado por CRISTO (Lc 5.18) tinha, possivelmente, um ferimento ou uma lesão no osso da espinha, que causava pressão na medula espinhal. Isto resultaria em paralisia da parte inferior do corpo. O homem curado no tanque de Betesda (Jo 5.5- 8) era alguém parcialmente paralisado. Um ferimento de nascença, pólio, esclerose múltipla, ou um derrame poderia ter causado esta paralisia. O homem que tinha a mão ressequida também era parcialmente paralisado (Lc 6.6-10). Sua atrofia muscular poderia ter resultado de uma incapacidade de usar uma das mãos. Ele pode ter sido vítima de algum ferimento, pólio, ou possivelmente esclerose lateral amiotrófica, que afeta os pequenos músculos da mão. O fato clinicamente significativo é que CRISTO o curou de forma instantânea e completa.
O servo do centurião (Lc 7.2; Mt 8.5) também estava paralisado. No entanto, sua condição era aguda; ele estava perto da morte, e sofrendo grande dor, Isto sugeriría tétano ou uma grave compressão da medula espinhal proveniente de um tumor, abscesso ou hemorragia. O filho da mulher sunamita teve um ataque repentino de dor de cabeça (2 Rs 4.18-20). Ele morreu dentro de seis horas como conseqüência daquilo que pode ter sido uma insolação, meningite, hemorragia subaracnóide, ou mais provavelmente de malária cerebral.
Obstetrícia
A esterilidade era um problema que afligia muitos casais nos tempos bíblicos, assim como acontece hoje. Sara, Raquel, a esposa de Manoá, Ana, a mulher sunamita e Isabel, tinham esta enfermidade.
Os partos no Israel antigo eram geralmente executados com a mãe em um “assento de nascimento’’ (Êx 1.16), ou sentada no colo de outra mulher (Gn 30.3). (Nesta segunda passagem a prática referida pode ser a de colocar a criança recém-nascida nos joelhos daquela que poderia dar legitimidade ou o direito de herança - Ed.]. Após o nascimento do bebê, o umbigo era cortado, o bebê era lavado com água, esfregado com sal, e enrolado em panos (Ez 16.4). Tamar deu à luz habilmente a gêmeos com um deles em uma posição transversal (Gn 38.27-30).
Doenças Mentais
Há apenas algumas referências às doenças mentais no AT. Davi fingiu estar louco, de uma forma convincente (1 Sm 21.12-15); Saul tinha depressões recorrentes e mostrava sintomas de paranóia (1 Sm 16.14,23; 18.8-11,28,29; 19.9,10). Nabucodonosor teve sintomas psicóticos, vivendo como um animal por sete anos. R. K. Harrison classifica sua doença como licantropia ou boantropia, uma forma específica de paranóia (IOT, pp. 1114-1117).
O escritor de Provérbios 17.22 relacionou as emoções ao corpo, e assim antecipou a medicina psicossomática quando escreveu: “O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos”.
A relação entre a doença mental e a possessão demoníaca é incerta e controversa. O “homem com espírito imundo”, de Gadara (Mc 5.2-5), lembra o que classificaríamos hoje como psicótico, embora os outros “endemoninhados” curados por CRISTO tivessem sintomas orgânicos de doenças físicas.
Doenças Internas
A febre alta é um sintoma e não propriamente uma doença. Ela poderia estar relacionada à malária, à tifóide, à paratifóide, à varíola, à insolação, ao tifo, ou a várias outras doenças (Lv 26.16; Dt 28.22; Lc 4.38).
A pestilência enviada por DEUS sobre os filisteus (1 Sm 5.6,96.5 ;12־) era provavelmente a peste bubônica. Esta doença foi descrita por Hipócrates 400 anos antes de CRISTO. Ela devastou a Europa na Idade Média e tem as características de alta mortalidade, incidência repentina, transmissão por roedores mortos, e a presença de glândulas in- guinais aumentadas (na virilha). É interessante notar que os filisteus colocaram cinco imagens de ouro dos tumores e ratos ao lado da arca. [Alguns têm sugerido que os “tumores” eram hemorróidas, de acordo com a versão KJV em inglês, “emerods”. - Ed.]
Uma outra peste foi usada por DEUS para destruir o exército de Senaqueribe (2 Rs 19.35). Existem duas doenças que poderiam matar um grande número de pessoas dentro de 24 horas - cólera e a praga pneumônica. Provavelmente tenha havido alguns casos no acampamento antes do pico da epidemia.
O gigantismo é causado por um desarranjo de ordem endócrina. Golias é um exemplo familiar e possivelmente tinha um tumor pituitário anterior. Ogue, rei de Basã, precisava de uma cama de aprox. 4 metros de comprimento (Dt 3.11). Um gigante com 12 dedos nas mãos, e 12 dedos nos pés é descrito em 2 Samuel 21.20.
A hidropisia é causada pela fluidez dos tecidos. E sintomático de certas doenças, sendo a mais comum a insuficiência cardíaca. O homem a quem CRISTO curou com esta condição pode ter sofrido de câncer, doença do coração, fígado ou rins (Lc 14.2).
A disenteria foi a doença que causou a febre debilitante do pai de Públio (Act 28,8). Em casos fulminantes de disenteria bacilar, há evacuacâo de sangue e muco (daí o “fluxo de sangue* mencionado na versão KJV em inglês), e a morte pode vir rapidamente.
A ciência médica traz o esclarecimento sobre várias mortes descritas na Bíblia. O rei Asa morreu com uma grande doença em seus pés (2 Cr 16.12-14), Seu caixão foi cheio com perfumes. Isto sugere uma gangrena de seus pés que teria causado um odor Fétido. A gangrena (também “cancro” ou “câncer”) era reconhecida como uma doença destruidora que consome o tecido em uma parte do corpo, geralmente um membro (2 Tm 2.17). Ela pode ser causada por um ferimento ou por uma falha no sistema circulatório sanguíneo. O rei Jeorão foi acometido por uma doença incurável que causou um prolapso do reto (2 Cr 21.18,19). Esta pode ter sido uma grave disenteria amebiana ou um câncer do reto. Nabal era, provavelmente, um alcoólatra crônico. Após um episódio de alcoolismo agudo, ele aparentemente teve um acidente vascular cerebral (derrame). Ficou em coma por dez dias e morreu sem recobrar a consciência (1 Sm 25.36-38).
Ananias e Safira morreram repentinamente e sem aviso (Act 5.1-10). Eles podem ter sido atacados por uma trombose coronária. Herodes Agripa foi consumido por vermes intestinais (Act 12.23). Eie provavelmente tinha uma obstrução intestinal causada por vermes parasitários e pode ter morrido devido a uma perfuração intestinal, e sua peritonite resultante.
Os Sofrimentos e a Morte de CRISTO
A forte tradição cristã declara que o suor de JESUS caiu ao chão como gotas de sangue como o resultado de sua angústia no Getsêmani (Lc 22.44). Isto pode ter sido a rara emissão de sangue pelas glândulas sudoríparas. Discute-se se os versículos 43 e 44 foram escritos por Lucas, de acordo com a evidência daquele que é considerado o melhor manuscrito (veja Suor de Sangue). Há mais de 100 anos, foi sugerido por Stroud que CRISTO morreu de hérnia cardíaca (isto é, urna ruptura do coração). Esta se tornou uma opinião comumente defendida, mas é bastante improvável. A hérnia cardíaca, além do trauma, é rara, e quando ocorre afeta aqueles cujos, corações já estão seriamente debilitados. E improvável que o coração de CRISTO estivesse enfermo à luz de sua atividade energética anterior, e de sua perfeita condição física para cumprir as exigências sacrificiais (1 Pe 1.19).
Também foi sugerido que CRISTO morreu de asfixia pela debilitação aa respiração enquanto estava na cruz. Uma posição ereta prolongada também poderia levar a uma coagula- ção venosa e a uma insuficiência circulatória periférica. Uma diminuição do rendimento cardíaco e a conseqüente diminuição do fluxo de sangue para os tecidos causariam um nível de oxigênio mais baixo no cérebro. Também compatível tanto com a história bíblica como com a probabilidade médica é a dilatação aguda do estômago. Isto é visto hoje como uma complicação pós-operatória rara e fracamente compreendida. Ela também pode seguir um estado de choque. O golpe da lança teria liberado o fluido aquoso acumulado no estômago dilatado de nosso Senhor. O sangue provavelmente tenha vindo do coração perfurado e dos grandes vasos. Após um golpe como este, não se pode ter qualquer dúvida quanto à sua morte.
A despeito de qual tenha sido a causa imediata de sua morte, a importância da crucificação reside no significado da morte de CRISTO, Podemos dizer com Isaías: *Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5).
Bibliografia. Charles J. Brim, MD., “Job’s lllness - Pellagra”, Archives of Dermatholo- gy and Syphilology, XLV (fev. de 1942), 371- 376. A Dudley Dennison, “Medicine”, BW, pp. 368-373. Roland K. Harrison. “Disease”, IDB, I, 847-854; “Medicine”, IDB, III, 331- 334; Introduction to tke Old Testament, Gr and Rapids. Eerdmans, 1969, pp. 607-610 (sobre a lepra). Louis A M Krause, “Biblical Medicai References”, Transactions of the New Jersey Obstetrical and Gynecological Society, I (1956), 42-50. S I McMillen,None of These Diseases, Spire Book, Old Tappan, N.J.. Revell, 1967. “Medicine, Di sease, Health”, CornPBE, pp. 516-520. Albrecht Oepke, “laomai, etc.”, TDNT, III, 194-215. A Rendle Short, Tke Bible and Modem Medicine, Chicago. Moody Press, 1967. C. Raimer Smith, A Physician Examines the Bible, Nova York. Philosophical Library, 1950. Jacob Taub, MD., F.C.AP., “Endocri- nology in the Bible”, apresentado na terceira Assembléia Mundial da Assoe. Médica de Israel, Jerusalém, 16 de agosto de 1955. J. V. Kinnier Wilson, “Gleanings from the Iraq Medicai Journals”, JNES, XXVII (1968), 243-247 (para uma comparação das doenças antigas e modernas). Nellie B. Woods, The Healings of the Bible, Nova York. Hawthorne Books, 1958.
C. W. C.
DADOS CLÍNICOS ATUAIS DAS DOENÇAS CONSIDERADAS COMO A LEPRA BÍBLICA*
Doença | Grau de Contágio | Agente Causador |
Lepra | ++ | Lepra bacilo de Hansen |
Sífilis | ++++ | Treponema pallidum - bactéria |
Varíola | ++++ | Vírus - Sarna |
Acarus scabei - um parasita Favo | +++ | Achorion Schoenleim - funao Tinha do Couro Cabeludo |
Microsporum audoini ou fungo lanosum Profundas ou sistemáticas Infecções por fungo | +++ + | Por exemplo, Actinomysosis devido à Actinomyces bovis ou Nocardia - Tumores e furúnculos |
Estafilococo e estreptococo - bactéria | +++ | Pênfigo |
*Harold M. Spinkfi, M.D,, “Leprosy in Ancient HebraieTimes” (A Lepra nos Tempos Hebraicos Antigos). Trabalho apresentado na 13.° convenção anual da American Scientific Affiliation no Iowa State College, agosto de 1958. Extraído do Journal of American Scientific Affiliation, março de 1959 |
Princípios de Saúde na Bíblia - Dicionário Bíblico Wycliffe
A Bíblia tem muito a dizer sobre cura e saúde. Em suas páginas podem ser encontrados muitos princípios sólidos para uma vida saudável, tanto do ponto de vista médico quanto do psicológico. A resistência física e o bem- estar do corpo nunca são desprezados nem rejeitados, mas são habilmente Tesumidos na oração do apóstolo: “Amado [acima de tudo], desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma” (3 Jo 2).
A lei de Moisés defíniu regras específicas que serviram para prevenir doenças, e ela conti- nna sendo um “modelo de critério sanitário e higiênico” (R. K. Harrison, “Healing, Health”, IDB, II, 542). O Código Sanitário Mosaico estipulou o descanso físico periódico por meio da observância do sábado; regras alimentares que diminuíam a possibilidade de contaminação com solitária e doenças tais como triquiníase e tularemia; profilaxia sexual e proibição de relações incestuosas, comuns entre povos vizinhos; limpeza, por meio da lavagem do corpo e das roupas; e normas sanitárias para os exércitos nos campos, que evitavam o surgimento de epidemias de doenças infecciosas (Dt 23.12,13).
A prevenção de doenças psicossomáticas é assegurada pela obediência à Palavra de DEUS. “Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos” (Pv 16.24; cf. 3.8; 4.22; 12.18; 13.17; 15.1,4). O conceito de saúde inclui todas as áreas da existência individual - o corpo, a mente e o espírito - como sugere o salmista: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu DEUS” (Sl 42.11). O perdão dos pecados e a purificação trarão saúde e cura (Jr 30.12-17; 33.6-8). A obra redentora de CRISTO é a maior força curativa conhecida pelo homem; pois a culpa, a amargura, o ódio, a inveja e outras atitudes negativas são removidas, pois elas mesmas são doenças e causam todo tipo de enfermidades físicas e mentais. Os psiquiatras reconhecem o amor como sendo *o único antídoto que pode salvar o homem das inúmeras doenças produzidas pelas emoções da nossa natureza má” (S. I. McMillen, None of These Diseases, p. 78). Portanto, o novo mandamento do Senhor JESUS CRISTO (Jo 13.34) e as diversas exortações dos apóstolos (por exemplo, Ef 4.25-32; Fp 4.4-8; 1 Pe 3.8-12) são a base para a cura e a saúde física e mental.
A Cura Divina
Adicionalmente aos princípios de saúde, a Bíblia ensina que o ser humano pode recorrer a DEUS para uma cura direta, quando outras possibilidades de cura falharem. A cura divina é um assunto sobre o qual existem diferenças de opinião desde o princípio da história da igreja cristã. Os protestantes e a igreja católica afirmam a sua prática, assim como os adeptos da Ciência Cristã e outras seitas ditas cristãs, juntamente com os muçulmanos e muitas das religiões pagãs.
Todos os cristãos concordam que a Bíblia ensina que DEUS curou e pode curar os homens de todos os tipos de doenças; o fato de que no Antigo Testamento Miriã foi curada da lepra (Nm 12.10-15) e de que o Senhor JESUS CRISTO curou muitos leprosos (Mc 1.40-44; Lc 17.12-19) prova, uma vez que essa doença ainda é muito difícil de controlar, e às vezes impossível de curar, que não se excluí nenhuma doença. Ao proclamar: “Eu sou o Senhor, que te sara״, DEUS prometeu aos israelitas que como resultado da sua obediência, Ele não lançaria sobre eles nenhuma das doqnças que havia lançado sobre os egípcios (Ex 15.26; cf, 23.25; Sl 105. 37). Davi deu testemunho com respeito ao homem temente a DEUS. “O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu renovas a sua cama na doença” (Sl 41.3). O salmista repetidamente ora e agradece a DEUS pela cura (Sl 6.2; 30.2; 103.3; 107.20; 147.3). A obediência à Palavra de DEUS e uma atitude misericordiosa são comprovadamente essenciais para a cura e para a saúde (Sl 107.20; Pv 4.20-22; Is 58.6-8). Algumas das curas registradas na Bíblia Sagrada ocorreram com o uso de algum expediente, como no caso de Ezequias, por meio de uma pasta de figoq (2 Rs 20.2-11; cf. 1 Tm 5.23; Tg 5.14,15; Ex 15.23-26; Jr 8.22; 1 Sm 16.16; Mt 9.12). Outras ocorreram sem nenhum expediente, como por exemplo, no caso de Miriã.
Certamente, a Bíblia não se opõe ao uso de expedientes para a cura, uma vez que o próprio Senhor JESUS CRISTO considerava normal que as pessoas fossem aos médicos (Mt 9.12). No caso de Asã, que tem sido citado como uma prova do contrário, os “médicos” que ele buscou na realidade eram o equivalente a mágicos pagãos (2 Cr 16.12). O ato de Asa revelou uma falta de fé em DEUS e uma dependência de homens que eram muito parecidos com os curandeiros modernos. Na parábola do bom samaritano, o Senhor JESUS afirma que azeite e vinho foram aplicados sobre as feridas do viajante espancado (Lc 10.34). A mulher que tinha um fluxo de sangue sofria de uma doença que ultrapassava o conhecimento da medicina daque- a época, e não justifica a rejeição que alguns cristãos demonstram em relação aos remédios comprovadamente eficazes (Mc 5.25,26; Lc 8.43). E significativo que Paulo tenha escolhido Lucas, um médico (Cl 4.14) como o seu companheiro de viagem.
Também existe um tipo de cura do qual participam alguns fatores adicionais, embora eles não sejam verdadeira mente terapêuticos, mas simplesmente simbólicos. Por exemplo, na cura de Naamã, o leproso, a sua entrada no Jordão parece faiar da fé por parte de Naamá e d a purificação, por parte de DEUS (2 Rs 5.14). Também na cura de um cego, o Senhor JESUS cuspiu nos seus ollios (Mc 8.23), e no caso do nomem que era cego de nascença, Ele fez uma mistura de terra e saliva (Jo 9.6). A imposição das mãos sobre o corpo do doente, realizada pelo Senhor JESUS e pelos discípulos (Lc 13.11-13; Mc 6.13), e a unção da pessoa enferma com azeite são símbolos da presença Divina, e do poder curativo Divino (Mc 6.13; Tg 5.14).
Várias Teorias Sobre a Cura Divina
Essas teorias se baseiam em algumas suposições de caráter geral:
1. Ao procurar a cura, estamos escolhendo entre DEUS e os médicos.PoR exemplo, A. B, Simpson escreveu: “Se você não consegue confiar no Senhor, então chame o médico... se você não consegue escolher o melhor de DEUS, então escolha o segundo melhor dEJe" (R. V. Bingham, The Bible and tke Body, p. 20).
A rejeição ao uso de remédios revelados por DEUS ao homem, como os usados na medicina moderna, a favor da cura divina direta, não é em si mesma um ato razoável de fé na confiança e dependência, mas as Escrituras não parecem indicar que essa deva ser a regra geral para todos os crentes. Muitos cristãos estão vivos hoje devido às modernas descobertas da medicina e especialmente das práticas cirúrgicas.
2. A cura é uma parte da salvação possibilitada por CRISTO na cruz, tanto quanto é o perdão aos pecados.Como uma prova, podemos citar Isaías 53.4a e 5c: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e nossas dores levou sobre si... pelas suas pisaduras, fomos sarados”, juntamente com Mateus 8.16,17. “E ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz. Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças”.
É verdade que a palavra hebraica holi traduzida como “sofrimento” normalmente significa doença ou enfermidade, e a palavra mak’obotn significa dor, seja física on mental. A. J. Gordon apóia a idéia de cura com a reconciliação na obra The Ministry ofHecding, ao escrever: “Aqui existe uma referência a alguma coisa além do companheirismo solidário com os nossos sofrimentos. O jugo da sua cruz, pelo qual Ele nos liberou das nossas iniqüidades, também levou as nossas doenças: de modo que, de alguma maneira, é verdade que ‘Àquele que não conheceu pecado. ^DEUS Pai] o fez pecado por nós’. O Senhor também fez com que Aquele que não conheceu enfermidades... ficasse enfermo por nós. A passagem parece ensinar que CRISTO suportou por delegação tanto as nossas doenças quanto as nossas iniqüidades” (pp. 16-17).
No entanto, grande parte dos evangélicos discorda dessa interpretação. Eles pensam que as passagens mencionadas somente provam que CRISTO suportou as nossas doenças como uma carga pesada de sofrimento. É verdade que a palavra grega bastazo usada em Mateus 8.17 é usada no sentido de levar cargas (Gl 6.2; Rm 15.1), e é usada por Galen no sentido de remoção das doenças (Arndt, p. 137), mas nunca para referir-se a CRISTO suportando o pecado imputado. Somente em um outro trecho único do Novo Testamento existe uma sugestão de cura pela expiação. Em 1 Pedro 2.24, o apóstolo conecta a expressão “pelas suas feridas fostes sarados” com o sacrifício da morte de CRISTO na cruz, mas não existe menção explícita a uma doença física. O argumento também estabelece que CRISTO nos redimiu da maldição da lei (Gl 3.13), da qual as enfermidades são um aspecto definido (Dt 28.21-27,59-61). Além disso, a cura, como uma primeira bênção da ressurreição, é prometida para os nossos corpos mortais por meio do ESPÍRITO SANTO que habita em nós (Rm 8.11; cf. 6.12 no tocante a “corpo mortal”).
3. As enfermidades podem ser o resultado do pecado.
Embora seja verdade que muitas enfermidades são uma punição pelo pecado enviada por DEUS - por exemplo, as pragas que afligiram Israel quando eles se rebelaram contra DEUS na peregrinação pelo deserto (Nm 11.33; 14.37; 16.47; 25.8,9,18), algumas são usadas por DEUS para a sua própria glória (Jo 9.3) e outras para o bem da pessoa que as sofre (2 Co 12.7-10; veja Espinho na Carne).
4. A enfermidade pode ser atribuída ao diabo.William Branham, um evangelista que pregava a cura divina, por exemplo, orava aa seguinte maneira; “Saia dele/dela, demônio do câncer", F. F. Bosworth explicava as enfermidades como sendo causas pela “opressão do demônio” {Ckrist tke Healer, p, 1). Ele baseou o seu argumento no que Pedro disse aos gentios sobre o ministério de JESUS: Ele “andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo” (Act 10.38). Oral Roberts concorda com Bosworth (Oral Roberts, IfYou Xeed Healing, p. 16). Há outros trechos que dâo suporte a esta afirmação, como Lucas 13.16 que fala da mulher “a qual há dezoito anos Satanás mantinha presa”. O argumento de CRISTO de que Ele não expulsava demônios por Belzebu (Lc 11.14-23); a permissão de DEUS para que Satanás afligisse Jó com chagas malignas (Jó 2.7), assim como algumas referências ao poder de Satanás (Jo 12.31; Hb 2.14,15; 1 Jo 3.8; 5.19) são usados para corroborar esse ponto de vista.
Embora esteja claro pelas Escrituras que Satanás freqüentemente inflige doenças sobre os homens, está igualmente claro que isso só ocorre com a permissão de DEUS. DEUS, como soberano, pode usar o sofrimento infligido por Satanás, e pelo homem, para os seus próprios objetivos e glória, e o faz (Rm 8.18,22,23,26,28). Muitas enfermidades, no entanto, derivam de outras causas que não são o resultado de uma ação direta de Satanás.
Causas das Enfermidades
Podem ser encontradas quatro principais razões para as enfermidades:
1. Unia conseqüência da maldição que caiu sobre a raça humana depois do pecado de Adão e Eva.Neste sentido, todas as enfermidades derivam do primeiro pecado do homem, embora isso não signifique que uma enfermidade de um indivíduo seja devida ao seu próprio pecado. O fato de que existe uma árvore com todos os tipos de frutas para a cura das nações em Ezequiel 47.12 e Apocalipse 22.2, indica que as enfermidades são o resultado do pecado de Adão e Eva, e que devem ser removidas, assim como a maldição trazida por aquele pecado será removida (Rm 8-18-23; cf. Gn 3.18,19). SOLUÇÃO DE DEUSCristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito. Gálatas 3:13,14
2. Ignorância e falta de cuidados.Existem muitos casos em que a doença é causada pela ignorância do homem e até mesmo pela sua própria falta de cuidados. Uma prova do primeiro caso é a alta taxa de mortalidade de recém-nascidos até que Semmelweis e Lister descobrissem os anti-sépticos; porém a doença constante nos lares de alguns cristãos, em contraste com a maravilhosa saúde desfrutada por outros, se deve freqüentemente ao segundo caso. Com o progresso do conhecimento da medicina, diminui a ocorrência de vários tipos de doenças e a expectativa de vida do homem aumenta.
3. Pecado individual.A doença pode ser diretamente causada pelo pecado do homem, como no caso da disseminação de uma doença venérea, ou uma doença crônica causada pelo alcoolismo. A doença também pode ser enviada por DEUS como uma punição, como no caso do pecado da presunção de Uzias (2 Cr 26.19,20). O Senhor JESUS CRISTO ordenou a um dos doentes crônicos que Ele tinha curado, “Eis que já estás são; não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior״ (Jo 5.14).
4. Como um castigo, para o desenvolvimento do caráter.Este uso particular da doença e dos acidentes, para treinar e desenvolver os filhos de DEUS, não pode ser ignorado. O Senhor corrige àquele a quem ama (Hb 12.6). O crente deve encarar a sua passagem por diversos testes e provas (que podem incluir doenças) como uma bênção, porque se ele suportá-los pacientemente eles irão resultar no fruto aprazível da justiça, e ele receberá a coroa da vida como uma recompensa (Tg 1,2-4,12). Jó foi levado ao reconhecimento do seu orgulho e da sua atitude de autojustificação por meio das suas aflições, e arrependeu-se no pó e nas cinzas (Jó 40.4; 42.6). Paulo viu o espinho na sua carne como algo que Satanás poderia usar para esbofeteá-lo (2 Co 12.7), mas também como algo que DEUS usava para conservá-lo humilde e fazer com que ele confiasse no ESPÍRITO SANTO, em sua graça e em seu poder (vv. 9,10); conseqüentemente, o apóstolo se regozijou com isso. O fato de a doença poder ser usada por DEUS para o desenvolvimento do caráter, da fé e da humildade nos seus próprios filhos faz com que seja impossível continuar a vê-la como sendo sempre o resultado imediato do pecado.
Nas ocasiões em que o Senhor JESUS CRISTO não apenas curava os enfermos, mas também os perdoava dos seus pecados, como no caso do paralítico trazido por quatro amigos (Mt 9,2-8; Mc 2.3-12; Lc 5.18-26), não fica provado que a doença do homem era devida aos seus pecados, mas que CRISTO estava exercendo a sua própria prerrogativa, como DEUS, de perdoar pecados. E foi sob esse enfoque que os escribas e os fariseus enxergaram a situação (Mt 9,3; Mc 2.7; Lc 5.21). Ao mesmo tempo, como foi visto acima, é verdade que alguns estão doentes devido aos seus próprios pecados.
O fato de Paulo ter curado tantos outros (Act 19.11,12), mas ele próprio não ter sido aliviado, mesmo tendo orado por isso três vezes, mostra que a vontade de DEUS é a de que alguns sofram, para o seu próprio bem (2 Co 12.10). Isto também prova que a cura não depende exclusivamente da nossa fé em DEUS; mas também depende da vontade de DEUS. A “oração da fé” que cura o doente em Tiago 5.15 é aquela oração despertada por DEUS, na qual o filho de DEUS tem a certeza, antes de pedir, de que o seu pedido está de acordo com a vontade de DEUS, e que será atendido. Isto fica claro em 1 João 5.14,15, onde se lê: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.” SOLUÇÃO DE DEUSVerdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados. Isaías 53:4,5
As Curas Realizadas pelo Senhor JESUS CRISTO e Pela Igreja Primitiva
Como as enfermidades não faziam parte da criação original, ao contrário eram uma coisa má, o Senhor JESUS nunca hesitou em curar os enfermos. Quando um leproso questionou se era a sua vontade purificá-lo da doença, o Senhor JESUS imediatamente baniu esse pensamento e curou o homem (Mc 1.40-42). Em sua missão de desfazer as obras do diabo (1 Jo 3.8), Ele fez todos os esforços possíveis para expulsar os demônios e curar os enfermos. Portanto, o seu ministério destinava-se tanto à mente e à alma quanto ao corpo. O seu objetivo era a restauração de toda a personalidade. Assim, a cura bíblica inclui as necessidades do homem como um todo.
De certo modo, as curas realizadas pelo Senhor JESUS CRISTO devem ser classificadas em uma categoria especial. Através delas, Ele demonstrou e provou que era o Filho de DEUS (Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos 2:22). Ele as realizou com o seu poder peculiar, e com o do ESPÍRITO SANTO, que Ele possuía de forma ilimitada. Elas confirmaram a sua Pessoa e também o seu poder (Lc 4.14-21 com Is 61.1,2; Mt 11,2-5; 15.30,31 com Is 35.5,6). Os milagres e os dons espirituais de cura (1 Co 12.9,28) dos discípulos e da igreja primitiva eram semelhantes, no sentido de provar que esses homens eram verdadeiros seguidores de CRISTO, e assim corroboravam com eles e com o seu ministério (E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:20). Os milagres de Filipe em Samaria, a cura do mendigo coxo na porta do templo, e do coxo de Listra abriram as portas para a oportunidade de testemunhar a respeito de CRISTO (Act 3,4; 8.6- 8; 14.8-18).
Por outro lado, nem os milagres de JESUS nem os dos apóstolos eram simplesmente sinais; eles eram uma função salutar do reino de DEUS. Com a sua compaixão, o Senhor trazia verdadeiro alívio às multidões de sofredores que necessitavam de cura. Os escritos dos líderes da igreja dos três primeiros séculos dão testemunho do fato de que a oração e a expulsão dos demônios, como meios de cura, continuavam sendo eficientes.
Tanto o Senhor JESUS CRISTO, como no caso do homem cego de nascença (Jo 9.1-38), quanto os apóstolos, como no caso do coxo curado por Pedro no templo (Act 3.1-11), curaram aqueles que inicialmente não tinham nenhuma fé. Mas CRISTO e os apóstolos também curaram outras pessoas com base na fé que elas possuíam (Mt 9.29; Mc 5.34; 10.52; Lc 7.50; 8.48; 17.19; Act 14.9). Isto prova que as curas do Novo Testamento somente algumas vezes se basearam na fé da pessoa que foi curada. O mesmo é verdade quando ocorrem as curas genuínas por meio do ministério dos servos de DEUS dos nossos dias.
Os 35 Milagres, Curas e Libertações de JESUS CRISTO Na Bíblia
Inserir: Colocar; introduzir, intercalar; incluir.
Levítico: Pertencente ou relativo aos levitas.
E | X | P | I | A | Ç | Ã | O | C | A | B | C |
O | N | E | R | O | P | I | T | A | W | Z | O |
I | L | F | E | S | A | N | E | V | O | P | A |
R | A | B | E | E | C | D | E | Ç | F | G | H |
É | A | S | E | R | G | A | L | I | M | X | Z |
T | A | P | R | O | M | E | S | S | A | S | A |
S | J | H | Ç | V | É | I | U | O | P | A | S |
I | A | X | E | U | G | A | D | U | R | N | A |
N | Q | W | E | O | T | Y | U | A | A | G | E |
I | Q | W | E | L | R | U | I | R | D | U | Y |
M | A | S | D | F | G | H | J | U | R | E | O |
G | R | A | Ç | A | A | A | S | C | I | O | S |
A mensagem sobre a cura divina é uma doutrina importante pregada pelos pentecostais. É a percepção de que o Evangelho é pleno, diz respeito tanto à alma quanto ao corpo. É preciso reafirmar essa doutrina em nossos dias. A cura divina é um dos muitos sinais que confirmam a mensagem do Evangelho. A igreja antiga esperava que essa realidade acontecesse enquanto se proclamava a mensagem de salvação. Assim como JESUS curou no passado, Ele continua a fazer atualmente. Nosso Senhor sentia-se compelido a curar pessoas, sua compaixão era visível quando se relacionava com os doentes. Essa imagem também deve ser a de toda igreja que vive na dimensão do ESPÍRITO SANTO.
PONTO CENTRAL - A cura divina é para hoje. SÍNTESE DO TÓPICO I - O ato de cura de enfermidade na Bíblia é essencialmente milagroso.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O discurso profético de Isaías 53 e seu cumprimento no Novo Testamento mostram que salvação e cura divina caminham juntas.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Saber sobre a natureza das enfermidades, se são físicas ou espirituais, e ter o discernimento da vontade de DEUS são desafios atuais.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Ao se preparar para a aula, procure relacionar o maior número possível de passagens sobre cura na Bíblia. Organize essas passagens de um jeito que fique claro todo o processo progressivo da cura nas Sagradas Escrituras até atingir sua plenitude no ministério de JESUS e dos apóstolos. Use uma boa concordância bíblica para lhe auxiliar nessa organização.
À medida que for expondo o primeiro tópico, apresente essas passagens em ordem, a fim de que os alunos confirmem na Bíblia o conceito da cura divina.
SUBSÍDIO DEVOCIONAL TOP2
“E correndo toda terra, em redor, começaram a trazer-lhe enfermos em leito, onde quer que sabiam que JESUS se achava. Assim, aonde quer que entrasse, JESUS, em cidades, aldeias ou pequenos lugares, lhe apresentavam enfermos nas praças e rogavam-lhe ao menos tocar a orla de seus vestidos: e todos que lhe tocavam eram sarados.
E essa mesma autoridade JESUS tem dado aos seus servos, até ao dia de hoje: de pregar o Evangelho, curar os enfermos e expelir os demônios. JESUS disse aos seus discípulos: ‘Ide por todo mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura... e estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão os demônios... e porão as mãos sobre os enfermos e os sararão’, Mc 16.15-18. ‘E, saindo eles, pregavam que se arrependessem. E expulsavam muitos demônios e ungiam muitos enfermos com azeite e os curavam’, Mc 6.12-13.
[...] Ninguém pense que, com estas palavras, queiramos dizer que possuímos em nós aquela virtude que havia nos crentes do tempo dos apóstolos, mas sim, que nos esforçamos para alcançar este fim, pois que estamos certos de que DEUS é poderoso para restabelecer a sua igreja hoje, assim como no tempo dos apóstolos. E eu posso testemunhar o que tenho visto, em minhas viagens às ilhas do Baixo-Amazonas, que multidões de crentes têm sido curadas pela eficácia da oração. Por isso, quero sempre render honra e glória a DEUS, agora e sempre. Amém” (BERG, Daniel. O Senhor é o nosso Médico. In: Mensageiro da Paz: Os artigos que marcaram a história e a teologia do Movimento Pentecostal no Brasil. Vol.1. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.24,25).
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A restauração da pessoa inteira
“Reduzir a expiação à esfera espiritual não provém dos ensinos das Escrituras, mas da influência de uma filosofia pagã. Denegrir o âmbito físico e material não faz parte do Antigo ou do Novo Testamento. DEUS criou pessoas inteiras, e é sua vontade, conforme revelam as Escrituras, restaurá-las inteiramente.” Leia mais em “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, 2019, pp.512-20.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“1. Por que alguns são curados, e outros, não? A resposta a essa pergunta pertence à sabedoria soberana de DEUS, mas podem ser feitas algumas observações. Alguns estão doentes por causa do efeito do pecado. Encontramos um exemplo no Novo Testamento, em 1 Coríntios 11.27-30. Esta a razão por que devemos pedir ao ESPÍRITO SANTO para perscrutar nosso coração e apontar-nos possíveis áreas ocultas de pecado, que nos impedem de receber a cura.
Outra possibilidade é a de que o Senhor está procurando ensinar alguma coisa, assim como a Paulo (2 Co 12.7) e a Jó. Nesse caso, precisamos buscar entendimento da parte do Senhor.
Além disso, existe a questão do momento certo. Muitos não recebem imediatamente a cura. Em semelhantes casos, é preciso lembrar as palavras do Senhor, quando Ele nos admoesta que devemos orar sempre e não desanimar (Lc 18.1). DEUS tem seu momento certo.
[...] A falta de fé também pode impedir o recebimento da cura. O autor da Epístola aos Hebreus, em vários trechos, nos admoesta a conservar firme a fé em DEUS” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.528).
PARA REFLETIR - A respeito de “O Senhor JESUS Cura Hoje”, responda:
Como era a cura de enfermidades em Israel? A cura de enfermidades em Israel era essencialmente milagrosa, principalmente acerca das doenças graves.
Qual o recurso divino seguro para a cura das enfermidades? A ministração da unção com óleo em nome do Senhor sobre os enfermos (Mc 6.13; Tg 5.14,15).
Qual o resultado da obra expiatória do Calvário? A expiação no Calvário resulta na nossa redenção e alcança também a cura do corpo físico (Is 53.4; 1 Pe 2.24).
Como o Novo Testamento interpreta Isaías 53? O Novo Testamento interpreta Isaías 53 como a provisão de DEUS em CRISTO para cura física e espiritual. O Evangelho de Mateus aplica a palavra: “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si” (Is 53.4) ao ministério de cura do Senhor JESUS (Mt 8.17).
Quais as duas coisas básicas devemos observar sobre a enfermidade? Duas coisas básicas devemos observar: primeiro, se a enfermidade é opressão maligna ou uma questão médica, para não “expulsar demônio” onde não há demônio. Isso machuca as pessoas, e não é tão incomum entre nós. Segundo, entender que JESUS é Senhor, e não servo, ele cura como quer e onde quer de acordo com a sua vontade (Mt 6.10).
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 84, p. 41. Ajuda:CPAD - www.cpad.com.br - Bíblias, livros e revistas.Bíblia IlúminaBíblia ThompsonEspada Cortante 1 - Orlando Boyer, Instituto bíblico Das Assembléias de DEUS - Pindamnhagaba - SP - Brasil - CPAD - RJ