Index | Estudos | EBD | Discipulado | Mapas | Igreja | Ervália | Corinhos | Figuras1 | Figuras2 | Vídeos | Fotos |
Tema: A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: Lições do Sofrimento e da Restauração de Jó Comentarista: José Gonçalves.
Comentarista: José Gonçalves.
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
Preciso de sua ajuda para continuar esse trabalho -
Caixa Econômica e Lotéricas - agência - 3151, 1288, conta 000859093213-1 Luiz Henrique de Almeida Silva
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2 Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 Edna Maria Cruz Silva Lição 11, A Teologia de Eliú, O Sofrimento É uma Correção Divina? Dia da Bíblia TEXTO ÁUREO
“Ao aflito livra da sua aflição e, na opressão, se revela aos seus ouvidos.” (Jó 36.15)
VERDADE PRÁTICA
O sofrimento não deve ser visto apenas sob o aspecto punitivo, mas principalmente, educativo. LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jó 32.21 É possível tratar o homem com imparcialidade?
Terça - Jó 33.4 O ESPÍRITO de DEUS é criador
Quarta - Jó 34.3 O cultivo da plena atenção
Quinta - Jó 35.5 O que revela o esplendor do céu?
Sexta - Jó 36.5 DEUS é grande e não despreza ninguém
Sábado - Jó 36.26 O limite do ser humano para compreender DEUS LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 32.1-4; 33.1-4; 34.1-6; 36.1-5
Jó 32
1 - Então, aqueles três homens cessaram de responder a Jó; porque era justo aos seus próprios olhos. 2 - E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão; contra Jó se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a DEUS. 3 - Também a sua ira se acendeu contra os seus três amigos; porque, não achando que responder, todavia, condenavam a Jó. 4 - Eliú, porém, esperou para falar a Jó, porquanto tinham mais idade do que ele.
Jó 33
1 - Assim, na verdade, ó Jó, ouve as minhas razões e dá ouvidos a todas as minhas palavras. 2 - Eis que já abri a minha boca; já falou a minha língua debaixo do meu paladar. 3 - As minhas razões sairão da sinceridade do meu coração; e a pura ciência, dos meus lábios. 4 - O ESPÍRITO de DEUS me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.
Jó 34
1 - Respondeu mais Eliú e disse: 2 - Ouvi vós, sábios, as minhas razões; e vós, instruídos, inclinai os ouvidos para mim. 3 - Porque o ouvido prova as palavras como o paladar prova a comida. 4 - O que é direito escolhamos para nós; e conheçamos entre nós o que é bom. 5 - Porque Jó disse: Sou justo, e DEUS tirou o meu direito. 6 - Apesar do meu direito, sou considerado mentiroso; a minha ferida é incurável, embora eu esteja sem transgressão.
Jó 36.1-5
1 - Prosseguiu ainda Eliú e disse: 2 - Espera-me um pouco, e mostrar-te-ei que ainda há razões a favor de DEUS. 3- Desde longe repetirei a minha opinião; e ao meu Criador atribuirei a justiça. 4 - Porque, na verdade, as minhas palavras não serão falsas; contigo está um que é sincero na sua opinião 5 - Eis que DEUS é mui grande; contudo, a ninguém despreza; grande é em força de coração.
Resumo da Lição 11, A Teologia de Eliú, O Sofrimento É uma Correção Divina?I – O SOFRIMENTO COMO UMA FORMA DE REVELAR DEUS
1. DEUS é soberano (33.14,15).2. O orgulho do homem priva-o de ouvir DEUS.3. O mistério da redenção.II – O SOFRIMENTO COMO MEIO DE REVELAR A JUSTIÇA E A SOBERANIA DE DEUS
1. A justiça de DEUS demonstrada.2. O caráter justo de DEUS.3. A defesa da soberania de DEUS.III – O SOFRIMENTO COMO UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE DEUS
1. O caráter pedagógico do sofrimento (36.7-15).2. Adorando a DEUS na tormenta. LIÇÃO ANTIGA - 2003LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - JOVENS E ADULTOS - 1º Trimestre de 2003
Jó 32. 1-5
Normalmente os jovens são os que discutem e os mais velhos são os que moderam, mas aqui, quando homens mais velhos discutiam, um jovem se levanta para ser o moderador, como uma censura pelo comportamento acalorado e inapropriado deles. Vários dos amigos de Jó estavam presentes, tendo vindo para visitá-lo e receber instrução. Aqui, temos:
I
A razão pela qual os seus três amigos agora estavam em silêncio. Eles cessaram de responder a ele, e deixaram que ele se expressasse, porque ele era justo aos seus próprios olhos. A razão que apresentaram para não dizer mais nada, foi que não adiantava argumentar com um homem de opiniões tão obstinadas (v. 1). É realmente difícil argumentar com os que são convencidos e arrogantes; maior esperança há no tolo (um tolo pela criação de DEUS) do que nos que são tolos por sua própria conta (Pv 24.12). Mas eles não fizeram um juízo justo sobre Jó: ele era, verdadeiramente, justo perante DEUS, e não somente justo aos seus próprios olhos, de modo que foi somente para salvar a sua própria credibilidade que apresentaram esta razão para o seu silêncio, como fazem normalmente os antagonistas impertinentes quando percebem que estão encalhados, e não estão dispostos a se reconhecer incapazes de confirmar o que diziam.
II
As razões pelas quais Eliú, o quarto homem, falava agora. O seu nome, Eliú, significa Ele é o meu DEUS. Todos tinham tentado, em vão, convencer Jó, mas Ele é o meu DEUS é aquele que pode fazê-lo, e o fará, e o fez, por fim: somente ele pode abrir o entendimento. Está escrito que ele é um buzita, de Buz, o segundo filho de Naor (Gn 22.21), e parente de Rão, isto é, Arã (segundo alguns), de que descendiam os sírios ou arameus, e como eram denominados (Gn 22.21). Parente de Abraão, é a paráfrase dos caldeus, supondo que ele se chamasse, primeiramente, Rão – exaltado, depois Abrão – pai exaltado, e, por fim, Abraão – o exaltado pai de uma multidão. Eliú não era tão conhecido como os demais, e por isto a sua descrição é mais detalhada.
1. Eliú falou, porque estava irado, e julgava ter boas causas para isto. Depois de ter feito as suas observações sobre a discussão, ele não foi embora para caluniar os antagonistas atingindo-os secretamente com uma língua maledicente e crítica, mas disse o que tinha a dizer diante deles, para que se defendessem, se pudessem. (1) Ele estava irado com Jó, porque julgava que Jó não falava sobre DEUS de maneira tão reverente como deveria ter falado; e isto também era verdade (v. 2): Jó se justificava a si mesmo, mais do que a DEUS, isto é, se esforçava mais para se inocentar da acusação de injustiça, por estar afligido, do que para inocentar a DEUS da acusação de injustiça por afligi-lo, como se estivesse mais preocupado com a sua própria honra do que com a de DEUS; quando deveria, em primeiro lugar, ter justificado DEUS, e inocentado a sua glória, e então bem poderia ter deixado que a sua própria reputação mudasse por si mesma. Observe que um coração piedoso zela pela honra de DEUS, e não pode evitar se irar quando ela é negligenciada ou postergada, ou quando qualquer ofensa lhe é feita. Não é nenhuma transgressão à lei da mansidão nos iramos com nossos amigos quando são ofensivos a DEUS. “Para trás de mim, Satanás”, diz CRISTO a Simão. Eliú reconhecia que Jó era um homem bom, mas não falou como ele falava, quando julgou que ele tinha dito algo errado: os nossos amigos consideram uma expressão de cortesia não lhes falarmos sobre os seus erros. (2) Ele estava irado com os seus amigos, porque julgava que eles não tinham se comportado com Jó de maneira tão caridosa como deveriam (v. 3): “Não achando que responder, todavia, condenavam a Jó”. Eles o tinham julgado como um hipócrita, um ímpio, e não recuaram desta sentença sobre ele; entretanto, não conseguiam provar que ele realmente o fosse, nem refutar as evidências que ele apresentava de sua integridade. Eles não podiam comprovar as suas premissas, mas se apegavam à sua conclusão. Eles não tinham resposta para os seus argumentos, e, apesar disto, não cediam, mas, certos ou errados, desejavam destruí-los; e isto não era justo. Raramente se inicia uma disputa, e ainda mais raramente uma discussão dura tanto tempo como esta, em que não haja uma falha dos dois lados. Eliú, como convinha a um moderador, não tomou nenhum partido, mas ficou igualmente insatisfeito com os erros e o comportamento inadequado dos dois lados. Os que buscam sinceramente a verdade devem ser imparciais em seus juízos a respeito dos antagonistas, e não rejeitar o que é verdadeiro e bom em qualquer um dos lados por causa do que há de errado, nem aprovar ou defender o que é errado por causa do que é verdadeiro e bom, mas devem aprender a apartar o precioso do vil.
2. Eliú falou porque julgou que era o momento de falar e que agora, por fim, tinha chegado a sua vez (vv. 4,5). (1) Ele tinha acompanhado as palavras de Jó, e as tinha ouvido pacientemente, até que se acabaram as palavras de Jó. (2) Ele tinha acompanhado o silêncio dos seus amigos, de modo que, da mesma maneira como não desejava interrompê-lo, também não desejava impedi-los, não porque fossem mais sábios do que ele, mas porque eram mais velhos do que ele, e por isto era de se esperar que eles falassem antes dele; e Eliú era muito modesto, e de maneira nenhuma desejava privá-los de seu privilégio. Algumas regras de hierarquia devem ser observadas, para a manutenção da ordem. Embora a honra interior verdadeira acompanhe a verdadeira sabedoria e dignidade, se cada homem julgar que ele mesmo ou seu amigo é o mais sábio e mais digno, isto pode resultar na não observância de certas regras para a honra exterior e cerimonial, que, portanto, deve acompanhar o tempo de serviço, em lugar da idade ou do cargo; e este respeito os mais antigos devem exigir, porque o prestaram quando eram jovens, e os jovens devem prestá-lo, porque desejarão tê-lo quando vierem a ser mais velhos. As Palavras de Eliú
Jó 33. 1-7
Eliú usa aqui vários argumentos para persuadir Jó, não somente a ouvi-lo pacientemente, mas a crer que ele desejava fazer-lhe o bem, e a receber gentilmente as suas palavras e estar disposto a receber as instruções que ele (Eliú) iria dar-lhe. Que Jó considere: 1. Que Eliú não está aliado aos seus três amigos contra ele. No capítulo anterior, ele declarou a sua discordância com as atitudes dos três amigos, refutou as suas hipóteses e deixou de lado o método que eles tinham usado para curar Jó: “Assim, na verdade, ó Jó, ouve as minhas razões” (v. 1). Todos eles falaram a mesma coisa, mas eu estou tentando algo novo, por isto dá ouvidos a todas as minhas palavras, e não somente a algumas delas; pois não podemos julgar um discurso a menos que o recebamos inteiramente e o ouçamos todo. 2. Que ele tencionava fazer um discurso solene, não inserir uma palavra incidentalmente, ou apresentar uma breve resposta engenhosa, para mostrar a sua inteligência. Depois de um longo silêncio, Eliú abriu a sua boca (v. 2) com deliberação e intenção. Depois de madura consideração, ele começou a falar, e estava preparado a continuar, se Jó o encorajasse, dando-lhe a sua atenção. 3. Que ele estava decidido a falar o que pensava, e nada diferente disto (v. 3): “As minhas razões sairão da sinceridade do meu coração”, o resultado genuíno de minhas convicções e meus sentimentos. Havia razões para suspeitar que os três amigos de Jó não pensavam, em suas consciências, que Jó fosse um homem tão mau como eles o tinham descrito em seus discursos, e que o fizeram meramente para o respaldo de suas palavras; e isto não era justo. É algo vil condenar com nossas línguas, apenas para cumprir um objetivo, aqueles de quem, ao mesmo tempo, nossas consciências não podem deixar de pensar bem. Eliú é um homem honesto, e desdenha este procedimento. 4. Que o que ele dissesse seria fácil de entender, e não difícil: “A pura ciência, dos meus lábios”. Jó compreenderia prontamente o que ele queria dizer e perceberia o seu objetivo. Os que falam das coisas de DEUS devem evitar cuidadosamente toda obscuridade e desconcerto, tanto de noção como de expressão, e falar tão claramente como puderem; pois desta maneira ficará manifesto que eles mesmos compreendem aquilo de que falam, que têm intenções honestas e desejam a edificação daqueles a quem falam. 5. Que no seu discurso ele tencionava fazer o melhor uso que pudesse da razão e do entendimento que DEUS lhe tinha dado, aquela vida, aquela alma racional que ele recebera do ESPÍRITO de DEUS e a inspiração do Todo-Poderoso (v. 4). Ele reconhece que não tem capacidade para argumentar com os outros amigos, mais velhos do que ele, mas, ainda assim, deseja que eles não desprezem a sua mocidade, pois ele é criação de DEUS, como eles, criado pela mesma mão, dotado dos mesmos nobres poderes e faculdades, e destinado ao mesmo grande fim; e, portanto, por que o DEUS que o criou não poderia usá-lo como um instrumento para o bem de Jó? Com esta consideração também devemos nos estimular (e talvez Eliú fizesse este uso dela) para fazer o bem em nossos lugares, de acordo com a nossa capacidade. DEUS nos criou, e nos deu a vida, e por isto devemos nos esforçar para usar a nossa vida com um bom propósito, vivê-la glorificando a DEUS e servindo nossa geração, de acordo com a sua vontade, para que possamos cumprir a finalidade da nossa criação, e para que não se diga que fomos criados em vão. 6. Que ele estava muito desejoso de ouvir o que Jó pudesse objetar ao que ele tinha a dizer (v. 5): “Se podes, responde-me”; se tens tanta força e tanto espírito em ti, e não estás totalmente exausto pela doença e pela discussão, “dispõe bem as tuas razões” e elas terão a consideração que lhes é devida. Os que podem falar de modo racional ouvirão a razão. 7. Que Jó tinha freqüentemente desejado que aparecesse alguém que se manifestasse em nome de DEUS, alguém com quem ele pudesse conversar livremente, e a quem, como um intermediário, ele pudesse discutir o assunto, e Eliú seria esta pessoa (v. 6): “Eis que vim de DEUS, como tu”. Quão pateticamente Jó tinha desejado (Jó 16.21): “Ah! Se alguém pudesse contender com DEUS pelo homem!”, e, “Ah! Se eu soubesse que o poderia achar!” (Jó 23.3) Ele só desejaria fazer um acordo para que o seu temor não o atemorizasse (Jó 13.21). Eliú diz: Considera-me, desta vez, como em lugar de DEUS. Eu vou defender a causa dele contigo, e te mostrarei onde o afrontaste, e o que Ele tem contra ti; e quaisquer apelos ou queixas que tenhas a fazer a DEUS, faze-os a mim. 8. Que ele não era um páreo desigual para Jó: “Do lodo também eu fui formado”, também eu, como o primeiro homem (Gn 2.7), “como tu”. Jó tinha alegado isto a DEUS, como uma razão pela qual DEUS não deveria ser severo demais com ele (Jó 10.9): “Peço-te que te lembres de que, como barro, me formaste”, diz Eliú. Eu fui formado do barro, como tu, meu amigo Jó (“formado do mesmo barro”, interpretam alguns). É bom que todos nós consideremos que fomos formados do barro; e é bom para nós que aqueles que estão, para nós, no lugar de DEUS, sejam formados do barro, que Ele fale conosco por intermédio de homens como nós mesmos, conforme com o desejo de Israel em uma provação (Dt 5.24). DEUS depositou sabiamente o tesouro em vasos de barro, como nós mesmos (2 Co 4.7). 9. Que Jó não teria razão para se assustar ou amedrontar com as palavras que Eliú lhe dirigiria (v. 7): “Eis que não te perturbará o meu terror”: (1) Como te perturbaram os teus amigos com a sua argumentação. Eu não te repreenderei como eles, “nem será pesada sobre ti a minha mão. (2) Também não agirei “Como DEUS faria, se aparecesse para argumentar contigo”. Eu estou no mesmo nível que tu, e sou feito do mesmo barro, e por isto não posso impor sobre ti o terror que poderias temer da aparição da Majestade divina. Se desejarmos convencer os homens de maneira apropriada, devemos fazê-lo pela razão, e não pelo terror, por meio de uma boa argumentação, e não por meio de uma mão pesada. O Discurso de Eliú
Jó 34. 1-9
Aqui; I. Eliú se dirige humildemente aos ouvintes, e se empenha, como um orador, para conquistar a sua boa-vontade e a sua atenção favorável. 1. Ele os chama de sábios e instruídos (v. 2). É consolador lidar com as pessoas que entendem a razão. “Falo como a sábios; julgai vós mesmos o que digo” (1 Co 10.15). Eliú tinha uma opinião diferente da deles, mas ainda assim os chama de sábios e instruídos. Os disputantes irritadiços pensam que são tolos os que não têm a mesma opinião que eles; mas é uma justiça que devemos aos que são sábios, reconhecer isto, ainda que os nossos sentimentos não estejam de acordo com os deles. 2. Eliú apela para o juízo deles, e por isto se submete à sua avaliação (v. 3). O ouvido do criterioso prova as palavras, considera se o que é dito é verdadeiro ou falso, certo ou errado, e então aquele que fala deve suportar o teste do inteligente. Da mesma maneira como devemos provar tudo o que ouvimos, também devemos estar dispostos a permitir que tudo o que dizemos seja provado. 3. Ele os convida a uma parceria com ele, no exame e na discussão deste assunto (v. 4). Ele não tem a pretensão de ser um ditador solitário, nem se encarregar de dizer o que é justo e bom, e o que não o é, mas está disposto a se unir a eles, para decidir isto, e deseja uma consulta: “Vamos concordar em deixar de lado todas as animosidades e rixas, todos os preconceitos e toda simulação de contradição, e toda rigidez na adesão à opinião que já adotamos, e “o que é direito escolhamos para nós”; fixemos princípios com os quais proceder, e então adotemos métodos corretos para encontrar a verdade; “e conheçamos entre nós o que é bom” e o que não é, comparando observações e expressando nossas razões”. Observe que provavelmente nós discerniremos o que é direito quando concordarmos em nos auxiliar, uns aos outros, na sua busca.
II
Ele acusa Jó, acaloradamente, por algumas palavras inflamadas que tinha proferido, que refletiam no governo divino; ele deveria ser chamado ao tribunal e repreendido por elas.
1. Ele repete as palavras que Jó tinha proferido, tão exatamente como pode se lembrar. (1) Jó tinha insistido na sua própria inocência. Jó tinha dito, “Sou justo” (v. 5), e, quando pressionado a confessar a sua culpa, tinha insistentemente sustentado a sua alegação de inocente: “Apesar do meu direito, sou considerado mentiroso” (v. 6). Jó tinha dito, com respeito a isto: “À minha justiça me apegarei” (Jó 27.6). (2) Jó tinha acusado DEUS de ser injusto nas suas atitudes com ele, que o tinha injustiçado ao afligi-lo e não lhe tinha feito justiça: “DEUS tirou o meu direito”. Jó realmente tinha dito isto (Jó 27.2, na versão RA). (3) Jó tinha perdido a esperança de alívio, e tinha concluído que DEUS não podia, ou não desejava, ajudá-lo: “A minha ferida é incurável” – e provavelmente, mortal – “embora eu esteja sem transgressão”; “apesar de não haver violência nas minhas mãos” (Jó 16.16,17). (4) Na verdade, Jó tinha dito que não se ganha nada no serviço a DEUS, e que, no final, nenhum homem seria melhor por isto (v. 9): Ele tinha dito algo que dava motivo para suspeitar que ele pensava que “de nada aproveita ao homem o comprazer-se em DEUS”. É verdade que há um prazer presente na religião; pois o que é isto, senão comprazer-se em DEUS, na comunhão com Ele, na concordância com Ele, no andar com Ele, como Enoque? Esta é uma noção verdadeira e fiel da religião, e evidencia os seus caminhos para ser prazerosa. Mas este benefício é negado, como se fosse inútil servir a DEUS (Ml 3.14). Isto Eliú apresenta como sendo a opinião de Jó, lançando-lhe em rosto o fato dele ter dito que o Senhor “consome ao reto e ao ímpio” (Jó 9.22), declaração que traz verdade em si (pois todas as coisas acontecem, da mesma maneira, a todos), mas que foi mal expressa, e deu muita oportunidade para esta acusação, e por isto Jó se sentou silenciosamente e se sujeitou a ela, e não tentou fazer a sua própria defesa. Com isto, o Sr. Caryl bem observa que os homens bons às vezes falam algo pior do que aquilo que querem realmente dizer, e que um homem bom preferirá suportar mais recriminações do que merece, a se levantar para se justificar quando merecer alguma recriminação.
2. Eliú acusa Jó, de maneira exaltada. De modo geral: “Que homem há como Jó?” (v. 7). Conheceis a alguém como Jó, ou alguma vez ouvistes um homem falar de maneira tão extravagante. Eliú o descreve, (1) Como estando sentado no lugar do escarnecedor: “Ele bebe a zombaria como água”, isto é, “ele toma uma grande liberdade, para tentar censurar a DEUS e também aos seus amigos, e tem prazer em fazer isto, e é muito liberal em suas reflexões”. Ou, “Ele é muito ávido para receber e dar ouvidos ao escárnio e ao desprezo que os outros lançam sobre seus irmãos, e os aprecia e enaltece”. Ou, como explicam alguns, “Com estas tolas expressões ele se torna objeto de escárnio, se expõe à repreensão, e dá oportunidade para que os outros se riam dele; ao passo que a sua religião sofre, por causa deles, e a sua reputação é ferida”. Nós precisamos orar para que DEUS nunca nos permita dizer ou fazer qualquer coisa que possa nos tornar o opróbrio dos loucos (Sl 39.8). (2) Como andando no caminho dos ímpios, e por ficar na companhia dos pecadores: Ele “caminha em companhia dos que praticam a iniqüidade” (v. 8), não que no seu modo de vida se associasse com eles, mas, em sua opinião, ele os favorecia e tolerava, e fortalecia suas mãos. Se (como vemos no versículo 9, para prova disto) de nada aproveita ao homem o comprazer-se em DEUS, por que ele não deveria tomar as rédeas dos seus desejos e se unir aos que praticam a iniqüidade? Aquele que diz, “Na verdade que em vão tenho lavado as minhas mãos” (Sl 73.13,14), não somente ofende a geração dos filhos de DEUS, mas também gratifica os seus inimigos, e diz o que eles dizem. O Discurso de Eliú
Jó 36. 1-4
Uma vez mais, Eliú pede a paciência dos ouvintes, e particularmente, a de Jó, pois ainda não disse tudo o que tem a dizer, mas não os deterá por muito tempo. Fica comigo um pouco (assim interpretam alguns), v. 2. “Deixa-me ter a sua atenção um pouco mais, e falarei apenas esta vez, tão claramente e de maneira tão relevante quanto puder”. Para conseguir isto, ele alega: 1. Que tem uma boa causa, e um assunto nobre e muito frutífero: “Ainda há razões a favor de DEUS”. Ele falava como um defensor de DEUS, e por isto com razão poderia esperar os ouvidos do tribunal. Na verdade, alguns dizem falar em favor de DEUS, mas, na verdade, falam por si mesmos; mas os que se manifestarem sinceramente na causa de DEUS, e falarem a favor da sua honra, das suas verdades, dos seus caminhos, do seu povo, certamente não precisarão de instruções (elas lhes serão dadas no mesmo momento em que falarem), nem perderão a sua causa nem a sua remuneração, e nem precisarão temer que esgotem o assunto. Os que já falaram muito descobrirão que ainda há mais a ser dito a favor de DEUS. 2. Que ele tinha algo incomum a oferecer, e fora do alcance da observação vulgar: “Desde longe repetirei a minha opinião” (v. 3), isto é, “nós recorreremos aos nossos primeiros princípios e às mais elevadas noções de que podemos fazer uso, para servir a qualquer propósito”. Vale a pena se esforçar para obter este conhecimento de DEUS, escavar para buscá-lo, viajar por ele, pois ele recompensará os nossos esforços. Ainda que seja difícil conquistá-lo, será muito compensador. 3. Que a sua intenção era inegavelmente honesta; pois tudo o que ele queria era atribuir justiça ao seu Criador, sustentar e esclarecer a verdade de que DEUS é justo em todos os seus caminhos. Ao falar de DEUS, e ao falar por Ele, é bom que nos lembremos de que Ele é o nosso Criador, e chamá-lo assim, e por isto estar preparados para prestar a Ele e aos interesses do seu reino o melhor serviço que pudermos. Se Ele é o nosso Criador, tudo o que temos nos vem dele, e devemos usar tudo o que temos por Ele, e ser muito zelosos da sua honra. Que a sua conduta seria muito justa e reta (v. 4): “As minhas palavras não serão falsas” nem desagradáveis, quer seja em relação ao assunto propriamente dito, quer seja em relação aos meus próprios pensamentos e percepções. É pela verdade que eu estou discutindo, e por causa da verdade, com toda a sinceridade e clareza possíveis. Ele fará uso de argumentos claros e genuínos e não usará as sutilezas e as minúcias dos estudiosos. “Contigo está um que é sincero na sua opinião”; e por isto, que ele não somente receba uma boa audiência, mas que aquilo que ele disser seja recebido como algo dito com boas intenções. A perfeição do nosso conhecimento neste mundo deve ser honesta e sincera na busca da verdade, na sua aplicação a nós mesmos, e no uso do que conhecemos para o bem dos outros.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicitar que DEUS, como soberano, pode se revelar e falar por meio do sofrimento;
Destacar que a soberania de DEUS não se sobrepõe ao seu amor;
Afirmar que DEUS não tem prazer no sofrimento, mas pode usar as adversidades para nos educar.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O sofrimento na vida do cristão deve ser um meio pedagógico. Ele serve para esmagar a soberba humana, polir o caráter do crente, prover crescimento e desenvolvimento ao cristão Este o não é o mesmo depois que passa pela "escola do sofrimento". Não por acaso o apóstolo Paulo pôde dizer: "Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Fp 4.12,13). Esse é o caminho que o Senhor nosso DEUS quer que atinjamos: ser experimentados, amadurecidos e crescidos. Que ouçamos a voz de DEUS no sofrimento! Então, poderemos dizer com convicção: "Posso tudo naquEle que me fortalece".
PONTO CENTRAL - O sofrimento deve ser visto sob o aspecto pedagógico.SÍNTESE DO TÓPICO I - Para Eliú, o sofrimento revela um DEUS soberano que ataca a soberba do ser humano.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Para Eliú, o sofrimento revela o caráter justo e soberano de DEUS.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Segundo Eliú, o sofrimento é um instrumento pedagógico para o cristão. SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Inicie a aula de hoje fazendo uma reflexão sobre a soberania de DEUS e o orgulho humano. Uma das questões mais difíceis para o ser humano é aceitar algo que saia do seu domínio. Muito sofrimento hoje tem como causa a não aceitação de determinada realidade. Diante dela, o desespero passa a dominar, o medo passa a ser constante, o grau de ansiedade e estresse aumenta. Entretanto, quando olhamos para a Bíblia percebemos que homens e mulheres puderam reconhecer a voz de DEUS de dentro do sofrimento. É por isso que estamos estudando o Livro de Jó, pois esse patriarca experimentou a DEUS na “escola do sofrimento”. Deixe claro para a classe que quando isso acontece, crescemos em maturidade e espiritualidade. Portanto, estimule os alunos a perguntarem o que DEUS quer falar conosco na “escola do sofrimento”
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP2
“A teologia da prova. Adiantando-se em seu discurso, exclama Eliú: ‘Pai meu! Provado seja Jó até ao fim’ (Jó 34.36a). Recorramos ao hebraico: Avi ybahen Yôb ad-netsah. O vocábulo ybahen comporta os seguintes sinônimos: provar, refinar como ouro, fundir como metal. Por conseguinte, deveria Jó, como o mais precioso dos metais, ser intensamente provado até que todas as impurezas e imperfeições lhe fossem tiradas. Observe que Eliú roga a DEUS seja o patriarca provado até o fim. Se Jó tem de ser acrisolado, que lhe seja completo o crisol; até ao fim: ad-netsah. A provação haveria de perdurar enquanto fosse necessária. Não fora Jó suficientemente provado? Entretanto, teria ele de suportar toda a ardência daquele cadinho até que viesse a entender a soberania de DEUS. Doutra forma, jamais chegaria à estatura de perfeito varão (Jó 34.36b)” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.168). SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ TOP3
“Depois de meditar longamente sobre o propósito do sofrimento do justo, declara H. Dieterlen: ‘Tudo depende do modo por que se sofre. Mas DEUS sempre tem um pensamento de amor nas tristezas que nos envia’. Afinal, como enfatiza o apóstolo, todas as coisas concorrem juntamente para o bem daqueles que, sinceramente, amam a DEUS.
A pedagogia da prova. O Senhor conduzia a Jó através das mais difíceis e inimagináveis provas, a fim de que ele viesse a tornar-se um instrumento ainda mais valioso e útil para o seu Reino. Quão maravilhosa é a pedagogia do sofrimento! Se incrédulos, ensina-nos a crer. Se intempestivos, disciplina-nos em um amor paciente e temperante. Se indiferentes, leva-nos a chorar com os que choram e a alegrar-se com os que se alegram. Sim, DEUS educava a Jó por intermédio do sofrimento. E o mesmo está Ele fazendo com neste instante. Por isto, não se desespere! Este é o modo pelo qual o Senhor educa seus filhos” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.168).
VOCABULÁRIO
Teofania: Aparição ou revelação da divindade; manifestação de DEUS.
PARA REFLETIR - A respeito de “A Teologia de Eliú: O Sofrimento É uma Correção Divina?”, responda:
O que Eliú destaca em seu primeiro discurso? Nesse primeiro discurso, Eliú destaca a queixa de Jó porque DEUS não lhe respondera.
Segundo Eliú, qual o problema em relação ao silêncio de DEUS? De acordo com Eliú, o problema não é o silêncio do Altíssimo, mas o orgulho humano que não lhe permite escutá-lo.
Cite pelo menos duas características do caráter justo de DEUS. 1) Ele age com justiça quando retribui ao homem o que ele merece (Jó 34.11); (2) DEUS não precisa prestar contas de seus atos a ninguém, visto que não recebeu autoridade de nenhum outro ser criado (Jó 34.13).
Quais são as duas coisas destacadas acerca de Eliú pelo comentarista? Primeiramente, ele, assim como seus amigos, erra por partir do princípio de que Jó havia cometido pecado. Em segundo lugar, Eliú exalta apenas a justiça de DEUS e nada diz acerca de sua misericórdia.
Fale acerca do caráter pedagógico do sofrimento. O caráter pedagógico do sofrimento está na capacidade de nos fazer refletir e voltar para DEUS.
SUGESTÃO DE LEITURA - Apologia da Fé Cristã; Bíblia de Estudo Apologia Cristã; Manual de Apologética Cristã